Um Marco da Paz na guerra do Quênia Com o Marco da Paz erguido em sua 3ª vitória na São Silvestre, Robert Cheruiyot (foto) voltou para o Quênia, imerso numa feroz guerra tribal desde domingo, quando o presidente Kibaki proclamou-se eleito para novo mandato. Ao lado, em chamas, a igreja em que morreram 30 refugiados. Página 8 Reuters/Cruz Vermelha
Robson Fernandjes/AE
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São Paulo, quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
w w w. d co m e rc i o. co m . b r
Edição concluída às 22h00
Fracassa o resgate de Chávez
Agora a CPMF poderá render descontos no comércio
Nenhum refém surgiu no ponto da floresta marcado pelas FARC. Pág. 4
Economia 1
Robson Fernandjes/AE
200 SEM NOVIDADES
São Paulo voltou das festas de final de ano. Dos quase 600 mil carros que foram ao litoral, a maior parte já subiu a serra. A avenida Paulista, vazia no primeiro dia de 2008, retoma sua rotina depois de abrigar 2,3 milhões de pessoas no réveillon. Pág. 6 Eduardo Knapp/Folha Imagem
Jornal do empreendedor
O OUTRO LADO DA CPMF
Ano 83 - Nº 22.532
Masao Goto Filho/e-SIM
Feliz Ano Novo do comércio Comerciantes do Guarujá festejam aumento de 50% nas vendas. Na padaria (foto), paciência para enfrentar longas filas. E 3 Divulgação
Luciano Amarante/Folha Imagem
O que vai vender em 2008 Água mineral, e das mais caras (foto), por exemplo. As dicas estão em Economia 6 HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 31º C. Mínima 20º C.
AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 30º C. Mínima 20º C.
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Não matem Bilawal Bhutto, ele é tão gatinho. Zahid Hussein/Reuters
Apoio de uma legião de simpatizantes femininas ao herdeiro político de Benazir Bhutto no site de relacionamentos Facebook.
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quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
JANEIRO
10 - LOGO
2 Nascimento do escritor de ficção científica e bioquímico russo Isaac Asimov (1920-1992)
D IREITOS C IÊNCIA
O clone iraniano O Irã confirmou sua entrada no restrito grupo dos países que dominam as técnicas de clonagem de animais. Os cientistas iranianos afirmaram que o primeiro carneiro clonado pelo país com sucesso está se desenvolvendo bem, 15 meses após o nascimento. O animal clonado, que recebeu o nome de Royana, nasceu em 2006, na cidade de Isfahan, menos de dois meses depois que um outro animal clonado pelo país, também um carneiro, morreu dois minutos após o nascimento. Royana, ao contrário, sobreviveu às complicações típicas do pósnatal de animais clonados e agora é considerado um marco para a comunidade científica iraniana. O nascimento desse
carneiro é parte de um esforço do Irã para se tornar uma potência tecnológica em sua região até 2025. Com Royana, o país já se tornou o primeiro no oriente Médio a clonar animais. O Irã também lançou um ambicioso programa espacial, enquanto seu controvertido programa nuclear tem preocupado o mundo em razão das suspeitas de que o país esteja construindo armas nucleares. "Royana é uma façanha científica de sucesso. Nós estamos muito orgulhosos disso. O carneiro é resultado de muitos anos de esforço na pesquisa de células-tronco", afirma Mohammad Hossein Nasr e Isfahani, diretor do Royan Research Institute.
C UBA
A LEMANHA
Aniversário da Revolução
Selo em defesa do meio ambiente
Em mensagem de ano novo transmitida pela TV estatal pouco antes da virada de ano, o presidente Fidel Castro saudou o povo cubano pelos 50 anos de resistência ante os EUA. "Nesta madrugada entraremos no ano 50, que simbolizará meio século de resistência heróica". O discurso de Fidel marca o início de um ano de orgulho para Cuba, que em 1958 iniciou a revolução que culminou com a fuga de Fulgêncio Batista em 1º de janeiro de 1959. Fidel, de 81 anos, se afastou do governo há 17 meses por problemas de saúde e deixou o comando para ser ocupado interinamente por seu irmão, Raúl Castro.
Três cidades alemãs, Berlim, Hannover e Colônia, impuseram a partir da zero hora de ontem a proibição de circulação pelo centro urbano de automóveis que não tenham o "selo ecológico" atestando que têm catalisador ou filtro de diesel. Com isso, as autoridades da capital e as outras duas cidades pretendem reduzir a poluição atmosférica. Além disso, a frota nas ruas deve ser reduzida, pelo menos por algum tempo. Em Berlim, aproximadamente 80% do 1,2 milhão de carros está certificada. As multas para os veículos sem o selo ecológico serão de 40 euros.
E M
Big Brother está de olho Pesquisa internacional mostra que sua privacidade está ameaçada
Suíça adotará método brasileiro Uma verdadeira caçada aos fumantes se inicia este ano na Europa. A França saiu na frente e já proibiu o fumo nos bares, restaurantes e outros estabelecimentos públicos; o Reino Unido anunciou que poderá reduzir o acesso a serviços de saúde aos fumantes. Agora, a Suíça decidiu adotar, baseada na experiência brasileira, as fotos assustadoras com mensagens sobre os riscos do fumo nos maços de cigarro. A medida entrou em vigor no país ontem e foram produzidas três séries de fotos que serão usadas nos próximos dois anos, anunciou o site Swiss Info. Segundo o site, a medida se baseia na experiência do Brasil e outros países que optaram por medidas menos drásticas de combate ao fumo.
A
Privacy International divulgou na virada do ano pesquisa sobre o estado de vigilância e proteção de privacidade em 70 países do mundo. O relatório, de 1.100 páginas, está na internet e detalha aspectos como salvaguardas constitucionais, direitos humanos e revelação de informações sigilosas e pessoais dos cidadãos. A Grécia é o país mais satisfatório nesses termos e Rússia, China, Malásia e Cingapura estão empatados como os que mais ameaçam a privacidade. O Brasil está numa posição de risco: cresce a vigilância inadequada nos locais de trabalho, a escuta telefônica ilegal é um problema, as empresas espionam os concorrentes e não há punição ao tráfico de informações pessoais. www.privacyinternational.org
Robin Utrecht/AFP
M ÍDIA
Emissora árabe no Brasil
C A R T A Z
L
VISUAIS
B RAZIL COM Z
ANO NOVO COMEÇA NO MAR - A tradição de pular sete ondas na virada do ano tem sua versão holandesa. Cerca de 9.500 pessoas iniciaram a manhã do primeiro dia do ano com um mergulho nas águas geladas do Mar do Norte, usando chapéu vermelho.
A rede de TV árabe Al Jazeera (cujo nome pode ser traduzido por "A ilha" ou "A península") anunciou suas intenções de transmitir sua programação também no Brasil. A emissora já abriu escritórios no Rio de Janeiro e em São Paulo e está em negociações com duas empresas de TV a cabo para a inclusão do sinal na grade regular. A Al Jazeera foi criada em 1996 pelo emirado do Catar e é considerada uma das poucas emissoras do mundo árabe com liberdade em relação aos órgãos oficiais do mundo árabe. Além disso, tem uma programação internacional em inglês, transmitida inclusive para os EUA, e um canal infantil.
A RQUITETURA H OLLYWOOD
A TIARA DA PRINCESA
A pior atriz de 2007
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Reproduções
Coletiva Evolução reúne obras de 16 artistas representativos da arte contemporânea brasileira. Na foto, a obra O Galinho, de Antonio Peticov. IQ Art Gallery. Rua Dr. Melo Alves, 294. Tel.: 3062-8813. Grátis.
arquiteto Gyo Obata folheava livros, distraidamente, em uma megastore quando encontrou uma foto da princesa Diana com uma bela tiara de brilhantes. Foi a inspiração para seu projeto do momento: o edifício mais alto de Queen City ("cidade da rainha", literalmente), em Cincinnati, nos EUA. A coincidência entre a idéia da coroa e o nome da cidade foram o toque que faltava no edifício com a fachada em alumínio e vidro. Parte de um complexo que abrigará residências e salas comerciais, o Queen City Square começa a ser construído entre março e abril deste ano, mas não foi muito bem recebido pela população da cidade. Todos acreditam que a tiara da princesa vai dominar a paisagem e relegar a cidade a segundo plano.
www.hok.com
Chegou a hora de aprender inglês
O casaco em algodão da Angry Retail vem com canetas coloridas e marcadores fosforescentes. A utilidade é definida pela criatividade do usuário disposto a pagar 180 euros pelo mimo.
O site WebLínguas pode não deixar seu inglês igual ao da Rainha Elizabeth II, mas certamente é um bom início para quem quer conhecimento básico do idioma ou para quem pretende desenferrujar o conhecimento já adquirido. O site tem aulas gratuitas, lições em inglês, francês, espanhol e português. O internauta pode escolher as lições de acordo com o nível de domínio do idioma, treinar situações cotidianas, pronúncia e ainda consultar os dicionários.
www.angr yretail.com/shop/index.php ?act=viewProd&productId=135
www.weblinguas.com.br
Projeto do Queen City Square: edifício de 40 andares e uma cúpula inspirada na coroa da princesa Diana
A TÉ LOGO
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
Câmbio favorável transforma Argentina e Uruguai em destino de réveillon de celebridades A democrata Hillary Clinton terá mais de US$ 100 milhões para a campanha à presidência
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Por um 2008 mais colorido
C INEMA
A história do Elvis comunista
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F AVORITOS
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G @DGET DU JOUR
A atriz norte-americana Lindsay Lohan foi eleita pelo público como a de pior desempenho no ano de 2007. Em uma pesquisa online realizada pelo Moviefone, serviço norteamericano de informações sobre cinema, pertencente ao site da AOL, 58% dos usuários deu a Lohan essa dúbia honraria pelo papel de uma mulher fugindo de um assassino sádico no fiasco de bilheteria Eu sei quem me matou. A pesquisa teve a participação de 3,8 milhões de pessoas.
Em missa de ano novo, papa Bento XVI diz que educação familiar é a base da paz mundial
O ator Tom Hanks viverá no cinema o "Elvis Vermelho", como ficou conhecido o roqueiro norteamericano Dean Reed, que escolheu viver sob o regime comunista da República Democrática Alemã (RDA) e abraçou a causa revolucionária, após a morte de Salvador Allende no Chile. O filme se chamará Comrad Rockstar, começará a ser rodado no começo do ano e recriará a trajetória do personagem que, em vez de fazer carreira em Hollywood, virou um astro no mundo comunista.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
Tr i b u t o s Empresas Finanças Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5
4,5
DESCOBERTA FAVORECE PETROBRAS
por cento é a meta do governo para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2008.
PREÇOS DOS ALIMENTOS PODEM PRESSIONAR E CABERÁ AO BC, MAIS UMA VEZ, O PAPEL DE GUARDIÃO.
OS RISCOS INFLACIONÁRIOS DE 2008 Ana Laura Castro/e-Sim
Patrícia Büll
A Economista Márcio Nakane: o preocupante é a economia interna.
Cenário favorece as ações da Petrobras Adriana Gavaça
Q Formulário único já vale para encerrar conta bancária
A
Roseli Lopes partir de hoje, o encerramento de uma c o n t a - c o r re n t e e m banco passa a ser feito, obrigatoriamente, por meio de um formulário de modelo único. Nenhum banco poderá oferecer outro tipo de documento para quem quiser deixar de ser correntista da instituição. O novo modelo, agora padronizado, do chamado Termo de Encerramento de Conta Corrente, foi criado no segundo semestre de 2006 com o objetivo de reduzir os problemas que consumidores têm no momento em que optam por encerrar seu relacionamento com o banco, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O assistente de direção do Procon-SP, Donizeti Diógenes, diz que o encerramento de conta malfeito está entre as maiores reclamações contra bancos registradas no órgão em 2006. Um dos problemas, diz ele, é a falta de informação, não apenas por parte do banco, mas também por parte do próprio cliente, no momento em que decide deixar de ser correntista da instituição. Para encerrar uma contacorrente basta o consumidor ir até a agência e preencher o Termo de Encerramento de Conta Corrente agora em padrão único. A partir da data em que o pedido foi feito pelo correntista, o banco não poderá mais cobrar a tarifa de manutenção da conta. Exceção vale para as obrigações vinculadas à contacorrente, como tarifas pendentes de débito e encargos financeiros não debitados. O banco tem de fornecer ao cliente o protocolo do pedido de encerramento, que deve ser feito, sempre, por escrito. Se a conta for conjunta, o pedido tem de ter a assinatura dos correntistas. O cliente bancário também precisa ficar atento ao seguinte: no momento do pedido de encerramento, o banco tem de informar sobre todos os lançamentos de valores futuros que serão feitos em sua conta, em especial os débitos programados, autorizados pelo próprio cliente, como pagamentos de contas de consumo, que costumam ser debitados mensalmente na conta.
Em contrapartida, havendo valores futuros a serem debitados, o cliente tem de deixar fundo suficiente em conta para liquidá-los. Após a solicitação do cliente, o banco tem 30 dias para fazer o encerramento. O consumidor bancário também tem de ser informado quanto à data efetiva do encerramento. E deverá devolver, no momento em que solicitou o fim de seu contrato com o banco, todas as folhas de cheque que estão em seu poder. Não as tendo, tem de fornecer ao banco uma declaração de que as inutilizou. Saldo negativo – O correntista também deve saber que não é possível encerrar uma conta-corrente que estiver com saldo negativo. Também não é possível fechar uma conta-corrente se a ela estiverem atrelados compromissos e débitos referentes a obrigações contratuais com o banco, cujo pagamento esteja vinculado à conta. Nestes casos é preciso que, antes, sejam feitas as quitações devidas. Um exemplo são os empréstimos pessoais, que precisam ser quitados integralmente para que a conta possa ser extinta. O contrário também vale: se no encerramento o cliente tiver um saldo credor este lhe será disponibilizado por meio de uma ordem de pagamento.
uem investe em ações não pode deixar de lado os papéis da Petrobras. Essa é a opinião de analistas da área financeira, para quem o resultado ruim da empresa no último trimestre de 2007 não atrapalha em nada as expectativas positivas para os próximos anos. " A e m p re s a f i c o u a i n d a mais atrativa depois da descoberta das reservas de Tupi", diz o analista-chefe da Corretora Coinvalores, Marco Aurélio Barbosa. Esse fato relevante foi anunciado no início de novembro. De acordo com as informações da estatal, a nova descoberta poderá melhorar a posição do Brasil no mercado de petróleo. Testes realizados pela Petrobras no campo indicam um volume recuperável de 5 bilhões a 8 bilhões de barris de óleo e gás natural. Trata-se da metade de todo o petróleo descoberto pelo País nos últimos 50 anos. "Sem dúvida, todas as declarações animam o investidor, mesmo que a exploração só ocorra a partir de 2011. É um fato que já agrega valor de imediato à empresa", diz Clodoir Gabriel Vieira, analista da Corretora Souza Barros, . Preço – Vieira destaca ainda que o preço em alta do petróleo no mercado internacional e a demanda aquecida devem puxar o resultado da empresa para cima. "Mesmo com a economia norte-americana dando sinais de que poderá crescer menos, outras economias apresentam expansão de dois dígitos, como é o caso dos países asiático", observa Vieira. Na avaliação do analista Marco Aurélio Barbosa, da Coinvalores, o bom resultado da Petrobras vai depender ainda da política econômica
ABANDONO DE EMPREGO A funcionária Srta. Aline Alves de Souza Pires, RG: 34.286.286-8, CPF: 339.000.898-50, não compareceu à empresa DINATESTE IND. E COM. LTDA, CNPJ. 47.900.816/0001-35 do dia 10/10/2007 até a presente data. Comunicamos então, abandono de emprego conforme CLT.
FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR HOSPITAL ESTADUAL BAURU TOMADA DE PREÇOS Nº 001/2008- FAMESP/HEB PROCESSO Nº 001/2008- FAMESP/HEB Acha-se aberta na Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar/Hospital Estadual Bauru, a Tomada de Preços nº 001/2008-FAMESP/HEB, Processo nº 001/ 2008-FAMESP/HEB, que tem como objetivo a Contratação de empresa especializada para perfuração e construção de um poço tubular profundo em terreno pertencente ao Hospital Estadual Bauru, localizado na Av. Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, 1-100 – Jd. Santos Dumont – Bauru/SP, com profundidade de aproximadamente 270 metros, que deverá permitir a extração de vazão de aproximadamente 20 a 30 mç /h, sendo admitida uma variação de 20% (vinte por cento) para mais ou para menos. Será realizada visita para esclarecimentos técnicos e administrativos no dia 23 de janeiro de 2008, às 9:00 horas, no Hospital Estadual Bauru, sito à Av. Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100, na cidade de Bauru, Estado de São Paulo. O envelope nº 01- Documentação e envelope nº 02 - Proposta, serão recebidos até o dia 30 de janeiro de 2008, às 8:45 horas, quando será procedida a abertura dos referidos envelopes no dia 30 de janeiro de 2008, às 9:00 horas. A Pasta Técnica será fornecida pela Seção de Compras da FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, na cidade de Botucatu/SP, até o dia 22 de janeiro de 2008. Maiores informações poderão ser fornecidas pela Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar, pelo telefone (0xx14) 3815-2680 – ramal 111 ou 211 - FAX (0xx14) 3882-1885 – ramal 110, de 2ª a 6ª feira, no telefone acima, durante o expediente normal. Botucatu, 02 de janeiro de 2008. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi - Diretor Vice Presidente - FAMESP.
de controle da inflação adotada a partir de agora. "Principalmente se houver a intenção de segurar repasses de preço, isso poderá ser negativo para a Petrobras. Vamos aguardar", afirma Barbosa. Em 2007, pelo terceiro ano consecutivo, a Petrobras foi a empresa com as ações mais negociadas nos pregões da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Com isso, a estatal ficou com o "Prêmio Destaque 2007", concedido pela Bovespa no final de novembro. A empresa atribuiu a conquista do prêmio à ampliação de sua base de acionistas. Em comunicado distribuído ao mercado, a Petrobras informou ter conquistado 52.385 novos acionistas nos últimos dois anos.
melhora do empreg o , d a re n d a e o acesso fácil ao crédito foram alguns dos fatores que impulsionaram a economia interna em 2007, agindo diretamente sobre o aumento do consumo. Mas, na opinião do professor José Francisco Vince de Moraes, chefe do departamento de Economia da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), foi a inflação controlada que possibilitou todos esses avanços. "Se ainda tivéssemos inflação alta, como era há pouco mais de dez anos, todos esses ganhos não representariam nada, pois a escalada dos preços consumiria essas conquistas. Se é que elas existiriam", afirma Moraes. Para o economista, foi a combinação de inflação baixa, queda do dólar em relação ao real e as reduções da Selic (a taxa básica de juros) até 11,25% que contribuiu para a expansão do crédito e, conseqüentemente, para a ampliação do consumo. Para Márcio Nakane, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), entre os fatores que poderão afetar a inflação em 2008, o mais preocupante é justamente a economia interna. "Nós temos vários indicado-
res de atividade doméstica, como o de renda e do faturamento do comércio mostrando que a atividade está muito robusta. E, do ponto de vista da inflação, isso é um problema, já que pode ocasionar uma inflação de demanda", afirma Nakane. Segundo o coordenador do IPC-Fipe, outra incógnita será saber o que ocorrerá com os preços dos alimentos. "Em 2007 nós aprendemos que o preço de alimento joga a inflação para patamares muito elevad o s r a p i d aNós temos mente. De lonvários ge, a alimentaindicadores ção foi o que mais pressio- mostrando que a atividade nou a inflação está muito em 2007." robusta. E, do Além de fatoponto de vista res climáticos, da inflação, ele cita o cenáisso é um rio internacioproblema. nal muito fav o r á v e l à s Marcio Nakane, IPC-Fipe c om mo d it ie s agrícolas para essa pressão de preços. Guardião – Apesar disso, o economista da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas destaca que a atuação do Banco Central será fator determinante para o comportamento da inflação. "Como o BC tem por política o regime de meta de inflação – e leva esse papel de guardião a sério – seguramente em 2008 a autoridade monetária estará muito focada em seu objetivo, que é perseguir a meta central de 4,5%."
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
Congresso Planalto Política CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5 É hora de apostar no aprimoramento da democracia sem propostas mirabolantes. Cristian Klein
MUDANÇAS NO SISTEMA ELEITORAL
Marcelo Corrêa
S
e Geraldo Alckmin (PSDB) for candidato a prefeito, aumentam as chances de Marta Suplicy reconquistar a Prefeitura de São Paulo para o PT. Mas, se Alckmin ficar fora da disputa, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) tem cacife para se reeleger. Portanto, as pesquisas de fim de ano continuam indicando que a divisão de forças entre Geraldo e Kassab pode favorecer o PT. O ex-governador tucano ficou de dar uma resposta sobre sua eventual candidatura até fevereiro. Enquanto isso, o governador José Serra continua insistindo para que Alckmin não se candidate. O governador é de opinião de que Geraldo deve ser candidato ao governo do Estado em 2010. O tucano é favorito para retornar ao Palácio dos Bandeirantes.
IDA E VOLTA
SURPRESA
A candidatura de Alckmin ao governo do Estado interessa a Serra. Se os tucanos apoiarem a reeleição de Kassab em 2008, terão o apoio dos democratas na eleição presidencial de 2010. Serra está convencido de que será o candidato tucano ao Planalto.
Pelos índices das pesquisas, será difícil um quarto candidato se eleger prefeito em São Paulo. Se Kassab não conseguir a reeleição, o próximo prefeito paulistano será Alckmin ou Marta Suplicy. Não há espaço, portanto, para que ocorra uma surpresa nas urnas.
2º TIME
NA FRENTE O convencimento de Serra tem sua origem nas pesquisas. O governador paulista acha que será escolhido pelo partido porque vem recebendo o dobro no índice de popularidade em relação aos adversários, incluindo outro tucano, Aécio Neves. Mas, o governador mineiro é candidatíssimo a obter a legenda do PSDB.
EMPECILHO Geraldo Alckmin se comporta como candidato a prefeito. O exgovernador desconfia que Serra pode ser candidato à reeleição, caso não consiga a legenda para concorrer ao Planalto. Neste caso, Geraldo ficaria mais tempo sem mandato, coisa que não deseja.
NO PÁREO Os tucanos ligados ao ex-governador estão convictos de que só Alckmin poderia barrar a eleição de Marta Suplicy. Na opinião dos alckmistas, Marta será lançada pelo PT. Mas, as pesquisas registram que também o prefeito Gilberto Kassab é um dos favoritos para vencer a eleição.
RESPOSTA Marta, no entanto, também não decidiu se será candidata. Ela prefere esperar até o carnaval (fevereiro) para dar a resposta ao partido. Se Marta não for candidata, as pesquisas apontam que o PT fica sem condições de disputar a eleição com chance de vitória.
CANDIDATURA Enquanto Alckmin e Marta não decidem, Gilberto Kassab vai tocando sua campanha à reeleição, executando um plano de obras que a população reclama. O prefeito está bem situado nos levantamentos e sua principal obra é a Lei da Cidade Limpa, o carrochefe da sua campanha. De acordo com o GPP, 32,9% dos paulistanos já estariam, hoje, dispostos a votar nele. Há ainda 22,3% de indecisos.
Além de Geraldo, Marta e Kassab, a eleição de prefeito pode apresentar outros candidatos. O PMDB, por exemplo, promete lançar candidato próprio, mas até agora o partido não dispõe de ninguém com densidade eleitoral. Mesmo assim, Quércia insiste na candidatura própria.
ALIADOS Também outros partidos aliados do governo Lula ameaçam lançar candidatos próprios, casos do PSB, PDT, PCdoB e PTB. Os socialistas querem lançar Luiza Erundina, enquanto no PDT se fala na candidatura de Paulinho da Força Sindical e no PCdoB é tido como certo o lançamento de Aldo Rebelo.
TRABALHISTA O PTB paulista pode não atender ao apelo de Lula pela união dos aliados em favor do candidato do PT. O PTB é tradicionalmente atrelado ao PSDB em São Paulo, mas este ano pode romper a tradição e lançar candidato próprio, que será o senador Romeu Tuma.
ESTRAGO O provável lançamento de Luiza Erundina pode prejudicar o esquema do PSB nacional, que sonha com o apoio de Lula à candidatura presidencial de Ciro Gomes. Detalhe: o presidente já disse que se o PT não tiver um bom candidato pode apoiar um aliado.
FORMAÇÃO O PT foi intimado por Lula a preparar um candidato para concorrer ao Planalto. Até agora, porém, o partido não tem um candidato forte. O PT tem quatro ministros e um governador (da Bahia) presidenciáveis, Tarso Genro, Dilma Rousseff, Patrus Ananias, Marta Suplicy e Jaques Wagner.
LIDERANÇA O problema do PT é que nenhum de seus presidenciáveis está bem colocado nas pesquisas de opinião. Nenhum dos presidenciáveis petistas ameaça a liderança de José Serra. O presidenciável que mais se aproxima do tucano é Ciro Gomes, que tem o apoio de Lula. Serra vem alcançado 30% de intenção de voto nas pesquisas. Ciro tem 15%.
'A lista fechada não serve para o país' O pesquisador Cristian Klein teme o ressurgimento do 'caciquismo partidário' e o enfraquecer da democracia representativa Sergio Kapustan
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udar o sistema eleitoral não resolverá os problemas do País na área política. "O grande desafio para os reformadores é trabalhar com os remédios e as doses corretas", conclui Cristian Klein, 32 anos, jornalista e autor de "O Desafio da Reforma Política ", livro cujo conteúdo é baseado em pesquisas para a sua dissertação de mestrado em Ciência Política, defendida no Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj). A discussão da reforma política é um dos pontos da agenda do Congresso que ficou para 2008, o que segundo ele, não é ruim, uma vez que não deve ser feita às pressas. "Na questão da reforma política, o primeiro passo foi dado com a adoção da fidelidade partidária. O segundo poderia ser o fim das coligações proporcionais. É possível melhorar o sistema operando pequenos ajustes", defende ele. O argumento do livro é direto: a transferência de soberania de eleitores para as lideranças partidárias embutidas na passagem da lista aberta para a lista fechada pode trazer, tal como aconteceu na Venezuela e Bolívia, enorme dificuldade de comunicação dos políticos com os eleitores, acarretando, como conseqüência, um dramático afastamento da população relativamente ao mundo da representação política. Klein fez uma extensa pesquisa dos sistemas eleitorais no mundo: majoritário (lista fechada), misto (lista aberta e lista fechada) e proporcional (lista aberta). Em seu livro, ele explica a forma de cada um, os impactos das listas abertas e fechadas na arena eleitoral (eleitor, candidato e partido) e na governabilidade. E conclui: a lista fechada não serve ao País. A adoção da lista fechada do partido e o voto distrital (o candidato elege-se pela maioria dos votos dos eleitores em distritos eleitorais), por exemplo, na avaliação de lideranças partidárias e especialistas, poderia corrigir a baixa qualidade da representação parlamentar e o troca-troca de siglas. Cristian Klein, discorda. Para defender a lista aberta, ele explica que de modo geral o eleitor pune nas urnas o mau deputado. Em média, a renovação parlamentar é de 50%. Boa parte da classe política rebate, alegando que a qualidade do parlamento nos últimos anos piorou. De acordo com o autor, o eleitor brasileiro aprovou o sistema majoritário para eleger o presidente da República, governadores, prefeitos e senadores. E aprovou o sistema proporcional para eleger deputados e vereadores. Dessa forma, o eleitor vota na pessoa do candidato e as cadeiras são distribuídas proporcional-
mente aos votos obtidos pelos partidos políticos. O sistema existe há mais de 70 anos, embora não seja perfeito. Mas uma mudança drástica na escolha dos candidatos, segundo Klein, poderia provocar uma terrível e comprometedora confusão. "O caciquismo ou as oligarquias partidárias podem tomar conta do jogo eleitoral. Com a lista fechada, o eleito que tem pouca informação votaria às cegas", diz ele. América Latina – Ao defender o sistema atual, Klein cita como países problemáticos a Venezuela e a Bolívia, que vivem uma onda populista e de plebiscitos, com o enfraquecimento da democracia representativa. Eles substituíram o modelo de lista fechada pelo sistema misto alemão. O elei-
sem maleabilidade, acabou se estilhaçando. Seu produto foi o personalismo de Hugo Chávez - o antipolítico. O presidente puxou para ele o discurso anti-sistema, em que os partidos não prestam e que a classe política é corrupta". Hip erpr esid enci alis mo – No entendimento dele, as mazelas da política brasileira estão mais nos governos de coalizão, montados num sistema multipartidário, que mistura "alhos com bugalhos", e no excesso de poder do presidente da República – o hiperpresidencialismo, do que no sistema eleitoral. Ou seja, o eleitor faz a sua parte e depois não tem como interferir. O governante mais importante do País domina a pauta de projetos no Congresso Nacional e distribui cargos para
Ricardo Stuckert/PR
Jogo oculto
Pedro Rey / AFP
Eymar Mascaro
O sistema fechado da Venezuela, rígido, acabou se estilhaçando. Seu produto foi o personalismo de Chávez. Já as mazelas da política brasileira estão mais nos governos de coalizão e no hiperpresidencialismo ou excesso de poder do presidente da República. Cristian Klein tor vota duas vezes: na lista do partido e no candidato. A Argentina – que também adota o sistema fechado – já discute mudanças. "No caso da Venezuela, as cúpulas partidárias centralizaram o controle das candidaturas. De vereador a presidente da República, o eleitor votava numa única lista do partido", explica o pesquisador. Segundo Klein, o presidente Hugo Chávez soube capitalizar o descontentamento da população. "O sistema rígido,
conquistar a maioria nas duas casas – Câmara e Senado. O presidente tem iniciativa exclusiva em matérias orçamentárias e veta emendas parlamentares que impliquem na ampliação dos gastos previstos, limitando a ação parlamentar. "O chefe do Executivo conta ainda com importantes recursos não-legislativos, pois controla o acesso aos postos do governo federal, que ultrapassam os 20 mil cargos". Cristian Klein explica que é preciso separar a agenda da
governabilidade do sistema eleitoral. "Um sistema que funciona com muitos partidos tem problemas. Mas garantir que o sistema de lista fechada pode mudar o estado de coisas é arriscado". O autor lembra que o sistema partidário-eleitoral não é descartável como um todo. Há partidos estabilizados, como PT e o PSDB, e outros que se renovaram como o PPS, herdeiro do antigo PCB, e o DEM, produto de uma reformulação do antigo PFL. PSDB, DEM e PPS fazem oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O autor cita como exemplo de ação coerente a união de democratas e tucanos no Senado na derrota histórica que impuseram ao governo na prorrogação da CPMF. "DEM e PSDB mostraram-se uma oposição não dobrável. Ali, no Senado, ao contrário da Câmara, por mais que o governo tenha tentado, o rolo compressor não funcionou". Ele acrescenta que, de acordos com pesquisas, PT e PMDB são os partidos mais conhecidos da população, o que, em tese poderia beneficiar os dois, caso o sistema de lista fechada fosse adotado no País. Ambos defenderam a lista aberta, mas a posição não prosperou na Câmara. Instituições – Klein reforça que há uma tendência no mundo de rever o sistema majoritário fechado. Um exemplo é a Inglaterra, democracia histórica no mundo, que adota o sistema fechado. Lá, o Partido Liberal, terceira força atrás de trabalhistas e conservadores, reclama que o total de votos obtidos na eleição do Parlamento é desproporcional à distribuição total de cadeiras. No caso brasileiro, o melhor caminho seria fazer correções no sistema eleitoral e reforçar as instituições políticas. No calor do debate, diz Klein, é preciso olhar para o passado. "Nós já tivemos a interrupção do processo democrático em 1964, por coincidência, naquela época, segundo pesquisas, 64% da população identificava-se com os partidos. O que veio depois a gente sabe. É hora de apostar no aprimoramento da democracia sem propostas mirabolantes". A relação Legislativo-Executivo, segundo o autor, é boa. Os deputados, por exemplo, votam segundo a orientação dos líderes partidários. Mas a pauta de projeto é dominada pelo presidente da República.
"O Desafio da Reforma Política", Editora Mauad X
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
Política E AS FARC NÃO
Antônio Cruz/ABr
Faltou voto, por conta das circunstâncias, mas não faltou articulação política. Romero Jucá (PMDB-RR)
ENTREGAM OS REFÉNS Governo brasileiro lamenta fracasso na libertação de reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc)
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governo brasileiro lamentou ontem o fracasso no resgate dos três reféns que estão em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e reiterou a disposição de continuar contribuindo para o processo de paz no país vizinho. A expectativa era que Clara Rojas, excandidata à vice-presidência colombiana, seu filho, Emmanuel, nascido em cativeiro, e a ex-congressista Consuelo González, fossem libertados. Em nota, o ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE) informou que "o governo brasileiro reitera sua solidariedade com as famílias das pessoas seqüestradas, assim como seu apoio aos esforços conduzidos pelo Presidente da República Bolivariana da Venezuela, Hugo Chávez Frías, e à Comissão de delegados internacionais que, em coordenação com o Presidente da República da Colômbia, Álvaro Uribe, acompanha nos últimos dias as tratativas com vistas à libertação daqueles cidadãos colombianos". A missão para libertar os reféns que estão sob poder do maior grupo guerrilheiro da Colômbia foi suspensa por tempo indeterminado, depois que representantes das Farc e o presidente venezuelano, Hugo Chávez ( foto à direita), acusaram o governo colombiano de ter sido responsável pelo fracasso do plano.
Depois de três dias de incerteza em relação à soltura dos reféns, o presidente venezuelano afirmou que o governo de Bogotá "dinamitou" a operação e levou as Farc a suspender a entrega dos reféns, devido ao aumento das operações do Exército colombiano. O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, negou que o Exército de seu país tenha realizado operações ou travado combates que pudessem prejudicar a entrega dos reféns. O Itamaraty evitou críticas ao impasse entre Venezuela e Colômbia no caso. "O Governo brasileiro tomou conhecimento da decisão da Comissão de delegados internacionais de suspender, temporariamente, sua presença na Colômbia e acolhe com satisfação a decisão da Comissão de reassumir sua missão assim que estejam dadas as condições necessárias para a entrega dos reféns", disse em nota distribuída à imprensa. Em outro trecho do texto, afirma: " O Governo reitera seu apoio ao processo de paz na Colômbia, assim como a disposição de aprofundar sua contribuição a iniciativas de fortalecimento do diálogo interno naquele país". Na última quinta-feira, o assessor da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia ( foto à esquerda), embarcou para a Venezuela para participar das negociações e só voltou ao Brasil na tarde de ontem. (Reuters)
Pedro Rey/AFP
A 'metamorfose ambulante' ganha cadeira giratória
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portal da ONG "Contas Abertas" informa que foram reservados no Orçamento da Presidência da República, ou seja, empenhados, R$ 61,8 mil para a aquisição de 15 poltronas giratórias. Cada cadeira, comprada por meio de pregão, custa R$ 4,1 mil. A lista de mobiliário para o escritório do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já se denominou como "metamorfose ambulante" (mudando à medida que as coisas mudam) não pára aí: mais de R$ 700 mil foram empenhados para comprar 141 estantes, 180 divisórias de estações de trabalho, 425 gaveteiros móveis, 21 mesas de reunião e 60 de apoio. A Presidência compro-
meteu também R$ 130 mil na aquisição de 40 notebooks e R$ 20 mil com 10 computadores. E ainda gastou quase R$ 50 mil na compra de 25 aparelhos de ar-condicionado.
STJ Já o Superior Tribunal de Justiça (STJ) comprometeu, novamente, mais de R$ 600 mil com novos automóveis. Foram R$ 218,8 mil com a aquisição de seis Corsas, R$ 144,7 mil com duas vans tipo furgão da marca Peugeot e mais de R$ 290 mil para a compra de "dois veículos de representação" (como informado no empenho) da Chevrolet. As compras foram realizadas por meio de pregão. No começo de dezembro, o STJ já havia gasto R$ 435 mil com a compra de três carros de luxo da Chevrolet. Outros R$ 819,4 mil foram empenhados esta semana pelo STJ para a compra de 434 computadores, segundo a ONG. (AOG)
CÂMARA A ONG avalia ainda que quem não ficou para trás na área de tecnologia foi a Câmara dos Deputados, que reservou R$ 41,5 mil com a compra de 62 monitores de vídeo LCD de 19 polegadas cada. Já o ritmo das festas de fim de ano marcou o Senado Federal, que empenhou R$ 6 mil na contratação de serviços de festividades e homenagens em uma loja de produtos de decoração no mês de dezembro.
André Dusek/AE - 31/10/07
Autonomia para gastar Apenas 13 governadores iniciam 2008 com liberdade para gerir seus próprios orçamentos
D Romero Jucá tenta equacionar o prejuízo de R$ 40 bilhões, da CPMF
Jucá: 'Faltou voto, não política'
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epois de amargar a derrubada da CPMF, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDBRR), diz que a administração federal precisa melhorar a articulação política com os senadores. O primeiro passo, defende, é sanar, rapidamente, "o passivo" que ajudou a derrotar o Poder Executivo na CPMF, pagando as promessas de cargos aos aliados. Além do comando do Ministério de Minas e Energia, que o PMDB do senador José Sarney (AP) reserva ao senador Edison Lobão (PMDB-MA), estão pendentes direções de estatais do setor elétrico e 15 outros cargos federais nos Estados, prometidos a senadores aliados.
"Vamos ter um transtorno para administrar sem os R$ 40 bilhões da CPMF e será um processo complicado porque leva em conta interesses de Estados completamente distintos. O resultado da CPMF foi falta de uma base estruturada por decorrência de um passivo, e falta de número (votos), na matemática no Senado, onde a margem é muito apertada. Faltou voto, por conta das circunstâncias, mas não faltou articulação política." Mesmo diante do bombardeio de petistas, que atribuem a Jucá a derrota na CPMF e ainda tentam tomar-lhe a liderança, ele não se culpa. "O voto no Senado é muito individualizado". (AE)
os 27 governadores, 13 começaram 2008 com o primeiro Orçamento elaborado exclusivamente por suas equipes de governo. Nesses Estados – Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Sergipe e São Paulo –, os chefes de governo estão em primeiro mandato e, no ano passado, apenas cumpriram as leis de execução orçamentária elaboradas pelas gestões anteriores. Agora, na busca de uma marca própria, as prioridades mais comuns dos governadores são ajuste fiscal, gasto social, reformas e novas obras. Como será o primeiro Orçamento próprio, só agora se poderá verificar quais setores terão maior atenção durante os últimos três anos de mandato. Para o cientista político e professor da Universidade de Brasília (UnB) David Fleischer, apesar de o Orçamento ser "amarrado" por investimentos obrigatórios, é possível verificar qual a marca pessoal de cada governante con-
forme a alocação de recursos que ele ordena. O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em discurso no Pará, em 6 de dezembro, defendeu a atuação da governadora Ana Júlia Carepa (PT) e chamou a atenção para o fato de que 2008 será o primeiro ano em que ela poderá imprimir suas marcas ao governo. Em 2007, Ana Júlia herdou o Orçamento elaborado pelo PSDB. Em seu primeiro Orçamento, estimado em R$ 9,8 bilhões, Ana Júlia priorizou os investimentos nos setores sociais e em segurança pública, uma possível resposta ao caso da adolescente que foi violentada dentro de uma cadeia, onde foi mantida com homens presos. É agora – O governador da Bahia, um dos nomes cotados como possível candidato à Presidência em 2010, Jaques Wagner (PT), concorda que este é o ano em que começam as mudanças efetivas. Para ele, o início de mandato é "para arrumar a casa" e administrar as dívidas. "O primeiro ano é mais duro, praticamen-
te, você gasta arrumando a máquina." Receitas – Tanto a governadora do Pará, como o da Bahia e o de São Paulo, José Serra (PSDB), informaram que a área social foi a prioridade na elaboração do primeiro Orçamento. No caso de São Paulo que tem o maior Orçamento de todos, R$ 96,8 bilhões –, da receita total de R$ 75,3 bilhões (já descontadas as transferências a municípios), R$ 41,9 bilhões vão para a área social. A Secretaria de Economia e Planejamento de Serra informou que o investimento em infra-estrutura é outra prioridade da gestão, assim como a ampliação do Metrô e a mod e r n i z a ç ã o d o s t re n s d a CPTM. As obras foram apontadas como destaque também nos Orçamentos dos governadores de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB); do Ceará, Cid Gomes (PSB); e de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB). No Ceará, que previu uma arrecadação de R$ 11,3 bilhões para 2008, os dois maiores aumentos de gastos foram verificados nas Secretarias de
Infra-Estrutura (58%) e Cidades (68,5%). Em Mato Grosso do Sul, Puccinelli informou que a prioridade "é a retomada do investimento para fazer o Estado crescer, diversificar sua economia e gerar novas oportunidades". Rombo – Em Alagoas e no Rio Grande do Sul, os tucanos Teotônio Villela e Yeda Crusius têm o ajuste das contas e a redução do endividamento como principais metas. Além de terem representado problemas para boa parte dos Estados no ano passado, as finanças devem concentrar as atenções de alguns dos governadores até o fim de 2008. Com sérios problemas de caixa, atribuídos ao aumento salarial concedido aos servidores públicos pela gestão antecessora e uma greve de mais de 100 dias, Teotônio priorizou em seu primeiro Orçamento o ajuste das contas às leis que definem limites de gastos. Já Yeda informou que dará continuidade ao pesado programa de ajuste iniciado em 2007, mas dobrará os investimentos em 2008. (AOG)
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Empresas Tr i b u t o s Estilo Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
Estão mudando os símbolos de status, a percepção do consumidor e até o modo de produção.
CONSUMIDOR TEM CONSCIÊNCIA AMBIENTAL
Fotos: Divulgação
EM 2008, SUA MARCA PODE VALER OURO. A consultoria holandesa Trendwatching divulgou em dezembro uma prévia das tendências que serão dominantes em 2008. O radar da empresa que monitora o consumismo em escala global detectou 28 tendências, mas só divulgou oito, sintetizadas a seguir. (O estudo completo pode ser comprado por US$ 699 em www.trendwatching.com). Por Ketty Shapazian
M
Statusfera
ais empresas perceberão que alguns símbolos de status, como o Audi R8 e os relógios da série Talismã, da De Beers, não são mais o sonho de consumo de todo cliente. Na statusfera tradicional, o consumidor vai comprar mais e melhores produtos. Milhões deles emergirão de classes médias na China, que passarão de 100 milhões para 200 milhões de pessoas até 2010, e também na Índia, Rússia, África do Sul, Turquia, Nigéria, Vietnã, Indonésia e Brasil. Além disso, o número de milionários continuará crescendo. Consumidores com pelo menos US$ 1 milhão crescerão 8,3%, em 2007, para 9,5 milhões no mundo todo. Já os que possuem mais de US$ 30 milhões cresceram 11,3%, para 94.970 pessoas. Na statusfera transitória, os consumidores vão à busca de experiências e histórias, numa obsessão pelo aqui e agora. Na online, a statusfera virtual, o que importa são quantos amigos você tem em sites de relacionamentos e suas habilidades com os videogames. Na ecológica, o meio ambiente finalmente chegou à agenda dos
poderosos; e milhões de consumidores estão prontos para tornar suas vidas "mais verdes". Os consumidores não sonham de modo igual. Livre-se do hábito de destacar apenas os tradicionais símbolos de status, e você vai descobrir que existe uma infinidade de statusferas.
Tornar premium
P
rimeiro foi o vinho. Depois, o café e o chá. 2008 dará vez à água. Pellegrino ou Perrier já viraram populares e deixaram de emocionar. Abram alas para a Palace, lançamento limitado da marca Evian e disponível em poucos bares e restaurantes. Custa de US$ 15 a US$ 20. Ou para a Bling H2O, que pode custar até US$ 480 a garrafa coberta de cristais Swarovski. A água de chuva da Tasmânia é coletada antes de tocar o chão na costa noroeste da ilha australiana, onde, segundo a Organização
Meteorológica Mundial, o ar é o mais puro do planeta. Custa de US$ 59 a US$ 79, dependendo do tamanho. Outro exemplo de água a preço de ouro é a Carlsberg 900, desenvolvida com a colaboração de bartenders suecos e que custará tanto quanto um bom champanhe. A prova de que qualquer coisa pode ser "premiumnizada" são os marshmallows da loja Dean & Deluca's (em Nova York, por US$ 28). O mel também está a caminho de ser vendido a preço de ouro em alguns lugares. Outros próximos objetos de desejo: primeira classe de companhias aéreas, como Emirates, Singapore Airlines e JetMax; terminais de aeroportos em Frankfurt e Doha; marca de eletrodomésticos Hauzen, da Samsung; o trailer Torre Real, da marca sueca Kabe, por 105 mil euros. Nenhuma dessas marcas vai atravessar 2008 sem lançar pelo menos uma versão caríssima de seus produtos.
Cultura do lanche
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stá relacionada à esfera transitória da statusfera. A s s i m c o m o a " p r emiumnização", não é uma tendência nova, mas vai continuar a todo vapor em 2008. Alguns números do jornal The New York Times ajudam a ilustrar a Snack Culture: em apenas três anos, as vendas dos saquinhos de chips, cookies, balas e bolachas com apenas 100 calorias ultrapassaram US$ 200 milhões anuais, um crescimento de 30% sobre 2006. O mercado da embalagem pequena pode dobrar com seu apelo simples – ajuda o consumidor a comer menos sem ter de contar calorias. E 29% dos americanos crêem que vale a pena pagar por isso. A cultura do lanche pode fazer par com a premiumnização: na Europa, o McDonald's está trocando as cadeiras de plástico amarelas por uma mobília de design verde-limão e estofados de couro escuro. A maior mudança da rede nos últimos 20 anos vai custar 600 milhões de euros e remodelar 1.280 restaurantes no continente europeu.
Objeto de desejo: água de chuva da Tasmânia, colhida por um equipamento antes de tocar o solo.
Oxigênio online
nidades de publicidade.
Mordomo da marca
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edir um hambúrguer no McDonald's em Seul, com o uso de um identificador de radiofreqüência e do site Spore (o criador da série The Sims inventou mais essa) já são tendências a observar. Alguns desenvolvimentos, porém, chamam mais a atenção e pretendem durar mais. É o caso do telefone, que levará mais alguns milhões de pessoas ao mundo online. Iniciativas como a do Andróide, da Google, "primeira plataforma realmente aberta e ampla para aparelhos móveis", deverão acelerar em 2008. Perceba bem o potencial de um mercado de 2,7 bilhões de celulares (em 2011, serão cerca de 3,3 bilhões). Em 2008, gaste sangue, suor e lágrimas no e-comércio, para tentar melhorá-lo. O retorno será imediato. Alguns números para convencê-lo: nos EUA, o comércio eletrônico faturou US$ 259 bilhões em 2007, um aumento de 18% sobre 2006. E a estimativa é de que US$ 400 bilhões em vendas, ou 16% do total do varejo, sejam influenciados diretamente pela internet, pois consumidores pesquisam online e compram off-line. Outra subtendência do Oxigênio online serão os sites de relacionamento. Não estamos falando de MySpace ou Facebook, mas de redes locais de relacionamento, quando não hiperlocais. Chegou a vez da intranet entre vizinhos, prédios ou apenas internautas no mesmo andar de um edifício, pela qual moradores podem se conhecer, se comunicar e obter notícias hiperlocais. Lançado em março de 2007, pela empresa LifeAt, já fez nethood para 335 edifícios nos Estados Unidos. Pense apenas nas oportu-
S
e os consumidores valorizam o autêntico, o prático, o exclusivo, e estão sempre procurando tornar suas vidas mais convenientes, por que insistir em bombardeá-los com campanhas de publicidade que custam milhões e funcionam só numa direção? Por que não ajudá-los de forma inteligente, potencializando ao máximo seu produto e o nome de sua marca? É dando que se recebe... Pense numa marca de papinha ou fralda abrindo um espaço com todas as facilidades para as mamães (trocadores, microondas, etc.), num grande shopping center ou terminal de aeroporto (como foi aberto em 2007 no aeroporto de Schipol, em Amsterdã). Ou um banco instalando armários com fechaduras de alta tecnologia perto da praia, para que os banhistas possam dar um mergulho ou uma caminhada com os pertences a salvo.
Mineração de multidão
E
m 2008, ao invés de deixar a massa entrar, vamos lapidá-la e trazer à tona o diamante. Como fazer isso? Assegurando amor, respeito e muito dinheiro. Um exemplo é a empresa Netflix, que aluga DVDs online e está oferecendo prêmio de US$ 1 milhão a quem descobrir um método seguro de antecipar a preferência de clientes por um determinado filme que ainda não está nas prateleiras, tendo por base os registros de filmes que cada um alugou antes. Outro exemplo é o Andróide, do Google – plataforma móvel gratuita, completa e aberta. A tecnologia permitirá ao usuário abrir seu desktop em qualquer computador (você poderá acessar um docu-
mento que gravou no laptop de casa). O Google lançou o Desafio do Construtor do Andróide, que tem US$ 10 milhões em prêmios para distribuir às inscrições inovadoras.
FVM e VVM
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aça você mesmo (FVM) e, então, venda você mesmo (VVM). A próxima fronteira será produzir digitalmente partindo do zero. E depois, ter alguém que transforme o que você produziu virtualmente em produtos de verdade. A tendência tem tudo para se tornar extremamente sofisticada nos próximos 12 meses. Veja o caso da empresa neozelandesa Ponoko, a primeira plataforma mundial de manufaturação pessoal. É uma comunidade online de criadores e consumidores que usam uma rede global de ferramentas de fabricação digital para criar e comercializar produtos. A proposta facilita a entrada de designers no mercado e o consumidor pode comprar mais facilmente, e por menos dinheiro, produtos que atendem a necessidades específicas e não são feitos em larga escala.
Eco-ícone
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s coisas mudaram de eco-feio (feio, caro demais e com baixa performance) para ecochic (produto eco-amigo que realmente é mais bonito do que sua versão menos responsável). Agora, viraram eco-ícone, ou seja, um produto ecoamigo com tanto design que permite a seu proprietário ecoconsciente usá-lo como uma credencial aos seus pares. É o caso do novo Honda FCX Clarity ou o Mitsubishi I. O FCX vai, inclusive, ser mais reconhecido que o Prius. Ninguém, em lugar algum, vai ter dúvidas sobre a statusfera do dono de um carro desses.
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s vencedores da São Silvestre, os quenianos Alice Timbilili e Robert Cheruiyot, receberam, entre outros prêmios, o Marco da Paz, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), pela vitória da 82º edição da corrida. Infelizmente, eles não encontrarão seu país em paz hoje quando lá chegarem. Desde domingo, quando o resultado das eleições presidenciais que deram vitória ao atual presidente Mwai Kibaki saiu, as ruas da capital Naeróbi foram tomadas por forte violência. O governo contabiliza 150 mortos, a oposição, cerca de 250. Cheruiyot disse, logo após sua vitória em São Paulo, que correu preocupado com o futuro do Quênia. "Há caos nas cidades. É doloroso pra mim. Mesmo assim, tinha que correr. Eu não consegui me comunicar com minha família porque as chamadas não completam. Ainda tentarei me comunicar com eles", disse. Ontem, ambos os atletas voltaram ao Quênia. (Leia mais sobre o assunto na página 2) A explosão de violência no país que possui uma das democracias mais estáveis e economias mais fortes da África chocou o mundo e deixou os próprios quenianos em estado de choque, enquanto rivalidades tribais de longa data estão levando comunidades distintas a se enfrentarem. O importante jornal local The Daily Nation disse temer que o Quênia se encontre "à beira da dissolução total". A polícia saiu às ruas em peso no Dia do Ano Novo, e a situação foi de mais calma. Mas começaram a ser divulgados detalhes sobre o número crescente de mortos e a destruição generalizada que marcam um dos momentos mais sombrios do país desde sua independência da Grã-Bretanha, em 1963. Entre as ações mais graves, uma gangue incendiou uma igreja, matando 30 moradores da região de Eldoret, onde um grande número de membros da tribo Kikuyu – a tribo mais rica do Quênia e da qual faz parte o presidente Kibaki – havia se escondido temendo por suas vidas. Partidários da oposição e membros da tribo Luo ameaçaram rivais com ações militantes. "Eles nos roubaram de nossa vitória e agora estão atirando em nós. Como é possível que um homem (Kibaki) ludibrie a nação inteira? Se uma guerra de guerrilha começar, estarei disposto a participar dela", disse o partidário da oposição Stanley Bwire, que é guarda noturno em Nairóbi. O ataque à igreja reviveu memórias traumáticas do leste africano de incidentes em igrejas, das milhares de vítimas do genocídio em Ruanda em 1994 e do suicídio em massa de centenas de membros de um culto ugandense em uma igreja incendiada em 2000. A polícia, a imprensa e uma autoridade de segurança disseram que o fogo na Assembléia Pentecostal de Deus foi proposital e iniciado por uma gangue de jovens. Testemunhas disseram haver corpos de mulheres e crianças em meio às vítimas nos escombros. "Esta é a primeira vez na história que um grupo ataca uma igreja. Nós nunca esperávamos
Internacional
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
AE
ss/ lli/Gazeta Pre Marcelo Ferre
Alice Timbilili e Robert Cheruiyot receberam o Marco da Paz, da ACSP, pela vitória da São Silvestre
que essa selvageria fosse tão longe", disse o porta-voz da polícia Eric Kiraithe. "Nossos oficiais estão sendo comedidos na aplicação da lei. Essa moderação não vai durar para sempre". Residentes e fontes de segurança disseram que as vitimas procuravam proteção na igreja. "Alguns jovens vieram até a igreja", disse um repórter local que presenciou o incidente. "Eles lutaram com os garotos que estavam fazendo a segurança, mas esses foram dominados e os jovens colocaram fogo na igreja". Resultado – Assim que foi divulgado o resultado das eleições, Washington deu os parabéns a Kibaki, mas logo em seguida mudou sua reação para expressar "preocupação com as irregularidades". Grã-Bretanha, União Européia e outros países fizeram questão de não dar os parabéns a Kibaki, expressaram preocupação e pediram conversações de reconciliação, além de uma investigação para apurar suspeitas de irregularidade na eleição da quinta-feira. A missão de observação da União Européia, em sua avaliação formal do pleito, declarou: "As eleições gerais de 2007 não satisfizeram os padrões internacionais e regionais, chave que regem as eleições democráticas". Diplomatas ocidentais se deslocaram entre representantes das duas partes, tentando dar início a uma mediação. Um deles disse à Reuters: "O governo pensa que poderá superar essa situação, esperando que as coisas se acalmem sozinhas, mas não estamos convencidos disso". (Reuters)
Outra corrida: da São Silvestre para a guerra no Quênia Tony karumbe/AFP Photo
Tribos rivais enfrentam-se em Naeróbi e causam destruição e mortes
Ó RBITA
DIPLOMATA AMERICANO É MORTO NO SUDÃO
O
diplomata americano John Granville, 33 anos, que trabalhava para a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e
seu motorista sudanês, Rahman Abas, de 40, morreram em um ataque em Cartum, capital do Sudão. O diplomata foi atingido por cinco balas enquanto circulava em seu carro. Em um primeiro momento, a embaixada americana trata o ocorrido como uma tentativa de assalto.
HOMEM-BOMBA MATA 30 EM FUNERAL
ADIADAS AS ELEIÇÕES NO PAQUISTÃO
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A
m terrorista matou pelo menos 30 pessoas e feriu outras 30 ontem em Bagdá ao detonar uma bomba em meio à multidão que assistia ao funeral de um ex-militar xiita.
s eleições no Paquistão serão adiadas por um mês, por causa da comoção nacional provocada pelo assassinato da exprimeira-ministra Benazir Bhutto.
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
6 Filipe Araújo/AE
Depois da virada do ano, que reuniu 2,3 milhões de pessoas, gari varre lixo acumulado na Paulista.
DE VOLTA A 2008 O paulistano antecipou o retorno à Capital, mas, mesmo assim, houve congestionamentos e acidentes nas principais estradas, muitos envolvendo motocicletas Robson Fernandjes/AE
André Lessa/AE
André Lessa/AE
Apesar de muitos terem antecipado a volta, um trânsito intenso na pista ascendente da Rodovia Imigrantes marcou ontem o retorno dos paulistanos à cidade (foto maior). Na foto ao alto, já no trecho do planalto, movimento cresceu a partir da tarde. Acima, um dos vários acidentes envolvendo motociclistas ocorridos no Sistema Anchieta-Imigrantes.
ADEUS ANO VELHO Com fogos e festas, a chegada de 2008 foi comemorada nas cidades brasileiras. São Paulo e Rio reuniram mais de 4 milhões de pessoas. Luciano Amarante/Folha Imagem
Bruno Domingos/Reuters
FESTA NA PRAIA 1 – Com um espetáculo de fogos de artifício que durou 22 minutos, a tradicional festa de réveillon na praia de Copacabana reuniu dois milhões de pessoas, segundo informações da prefeitura. AOG
André Dusek/AE
Ivo Gonzales/
M
esmo com a Operação Subida (2x8) iniciada à 1h de ontem, o trânsito para o retorno a São Paulo pelo Sistema AnchietaImigrantes foi intenso durante todo o primeiro dia de 2008, com diversos pontos de lentidão e alguns acidentes, mas nenhum morto até as 19h. Nesse horário, dos 594 mil carros que viajaram para a Baixada Santista e litoral sul do Estado neste feriado prolongado de Ano Novo, 365 mil já haviam retornado à Capital, segundo a Ecovias, concessionária que administra o Sistema. Os mais prejudicados no retorno ao planalto foram os turistas que passaram a virada do ano no litoral sul. No trecho de Baixada da rodovia dos Imigrantes, o tráfego ficou lento na altura de São Vicente durante todo o dia. Às 18h, em São Vicente, havia morosidade entre os quilômetros 70 e 65 da Imigrantes e entre os quilômetros 292 e o 285 da rodovia Padre Manoel da Nóbrega. Dois acidentes ajudaram a piorar o congestionamento. A queda de uma moto no quilômetro 35 da Imigrantes, às 13h39, trouxe lentidão ao trecho por pelo menos duas horas. Já no quilômetros 53 da mesma estrada, trecho de serra, um veículo de passeio pegou fogo por volta das 17h. Não houve vítimas, mas os motoristas enfrentaram trânsito lento até o quilômetro 55 por pelo menos meia hora. Apesar da intensa movimentação nas balsas durante todo o dia, segundo a empresa Desenvolvimento Rodoviário SA (Dersa), não houve filas nas travessias de Santos-Guarujá e São Sebastião-Ilhabela. Motos – Foram registrados no Sistema Anchieta-Imigrantes, desde quinta-feira, 133 acidentes envolvendo motocicletas, segundo balanço parcial da Ecovias. Entre esses acidentes, 91 foram quedas. Pelo menos dez acidentes ocorreram durante o dia. Só na tarde de ontem, depois das 16h, outros dois acidentes interditaram, parcialmente, a Imigrantes, na pista sentido Capital, na altura do quilômetro 35, próximo do pedágio. Régis – No início da tarde, os motoristas enfrentavam 20 km de congestionamento na Rodovia Régis Bittencourt (BR116). O trecho crítico estava na altura do quilômetro 369, em Miracatu (SP), onde a pista dupla se afunila na subida da Serra do Cafezal. Às 19h, a fila de carros ia até o quilômetro 389. A Polícia Rodoviária Federal não tinha registro de acidentes graves. Os motoristas reclamavam das más condições da estrada, cheia de buracos. Num deles, o comerciante Cristiano Arcadia, de Barueri, arrebentou a roda da picape num buraco. "É desanimador começar o ano assim", reclamou. A situação de penúria da rodovia arrasta-se desde outubro, quando houve o leilão do programa de concessões rodoviárias do governo federal. O grupo espanhol OHL venceu a licitação para a Régis, mas o contrato só será assinado em março. Até lá, a manutenção é de responsabilidade do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes. As empresas contratadas não dão conta do serviço. Assim que assinar o contrato, a OHL assumirá a manutenção e fará obras de melhoria, mas a duplicação do trecho da serra deve demorar quatro anos. (Agências)
FESTA NO ASFALTO – Na avenida Paulista, 2,3 milhões de pessoas saudaram a chegada de 2008, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública. Não houve ocorrências graves.
2 – No Rio, a FESTA NA PRAIA Novo se estendeu por
Ano comemoração do turistas. ande presença de gr m co , la or a toda
FESTA NO PLANALTO – O réveillon em Brasília foi comemorado com fogos na Esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso Nacional.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
CÓRREGO Garoto de cinco anos desaparece ao cair em córrego, em Franco da Rocha.
Saúde Educação Tr â n s i t o Transpor te
Ó RBITA
PANCADA A chuva forte de ontem deixou parte da zona norte de São Paulo em estado de atenção.
Filipe Araújo/AE
DIÁRIO DO COMÉRCIO
7 Leonardo Rodrigues/Hype
A novas regras valem para todos os motociclistas, sejam eles motoboys ou não.
FISCALIZAÇÃO DEVERÁ SER RIGOROSA
Entram em vigor as novas normas para motoqueiros J Capacetes precisam ser certificados pelo Inmetro e ter faixas refletivas. Novas regras também para motoboys.
MIRAGEM NO CENTRO
F
oi um momento raro, para ser aproveitado. O viaduto do Chá, em pleno coração de São Paulo, elo de ligação entre o Centro Velho e o Centro Novo, amanheceu, ontem, vazio. A tranqüilidade do primeiro dia de 2008 contrastava com o dia-a-
dia do local, caminho quase obrigatório de três milhões de pessoas que diariamente cruzam a área central da Capital. Essa tranqüilidade deverá acabar hoje, com a volta dos paulistanos que passaram a virada do ano na praia ou no interior.
ROLETA
ORTOPEDISTA
O
cantor e compositor Paulinho da Viola não pensa em se mudar do Rio. Vítima de um assalto à mão armada na tarde de domingo, na Barra, zona oeste do Rio, Paulinho da Viola, de 65 anos, nem cogita mudar a rotina. "O que aconteceu comigo poderia acontecer com qualquer pessoa em qualquer grande cidade do Brasil. A gente vive numa roleta", disse ontem em sua casa, a poucos quilômetros do lugar onde teve o carro cercado por homens armados, quando ia com a mulher, Lila Rabello, encontrar amigos num restaurante. Paulinho não pensa em blindar o carro. "De jeito nenhum. Isso não me faria agir diferente. Nem penso em andar armado. Acho que, se tivesse uma arma, acabaria atirando em mim mesmo", disse o compositor. (AE)
B
aleado em assalto quando seguia para uma festa de Ano Novo, o médico ortopedista Lídio Toledo de Araújo Filho, de 35 anos, filho do também ortopedista Lídio Toledo, que trabalhou com a seleção brasileira de futebol, está internado em estado grave no Rio. Sua mulher, a professora Cilene Trajano, de 33 anos, também está hospitalizada, mas seu quadro é menos delicado. Eles foram feridos no Alto da Boa Vista, ao reagir à ação dos assaltantes, que seriam menores. O ataque ocorreu às 22h de anteontem. Ao subir o Alto da Boa Vista, parou num posto de gasolina, para abastecer. No posto estavam dois criminosos, em duas motocicletas. Araújo foi abordado, mas não parou o carro. Levou vários tiros. (AE)
á estão em vigor as novas regras para o uso de capacetes pelos motociclistas em todo o País. Os equipamentos precisam ter o selo de certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e faixas refletivas nas laterais e na traseira. Quem for flagrado sem os itens obrigatórios de segurança fica sujeito a multa de R$ 127,69, cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e apreensão do veículo para regularização. A norma vale para todos os motociclistas, sejam motoboys ou não. A resolução 203 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) proíbe ainda a colocação de películas na viseira e determina que elas sejam transparentes (padrão cristal) quando usadas no período noturno. No caso dos capacetes que não têm viseira, passa a ser obrigatória a utilização de óculos de proteção, que não podem ser substituídos por óculos corretivos. O uso de viseiras irregulares ou do capacete sem viseira e sem os óculos de proteção é considerado infração gravíssima. Para essas situações, a multa é de R$ 191,54 e mais sete pontos na carteira, além da suspensão do direito de dirigir e recolhimento da habilitação.
Marcelo Min/AFG - 17/07/2006
Desobediência às novas regras do Contran resultará em multas altas, pontos na carteira e apreensão da moto
Ainda de acordo com o regulamento, cada faixa refletiva deve ter pelo menos 18 centímetros quadrados e ser colocada nos pontos de tangência do casco. "De alguns meses para cá, muitos capacetes já têm saído de fábrica com esses novos itens de segurança", disse o presidente da Associação Brasileira do Motociclista (ABM), Adauto Gomes. Motoboys – Das três resoluções do Contran que entraram
em vigor, a 219 promete ser a mais polêmica. Elaborada há quase um ano, ela especifica os tipos e as dimensões dos equipamentos que podem ser usados pelos motoboys para o transporte de cargas e mercadorias. Baús e grelhas estão liberados, mas devem seguir novos padrões de segurança. A mesma norma determina a mudança da cor de placa, de cinza para vermelho, semelhante às utilizadas pelos táxis.
Os motoboys também ficam obrigados a usar coletes com faixas refletivas. "Quero só ver quem vai pagar por tudo isso", protestou Wilson de Souza, assessor do Sindicatos dos Motoboys de São Paulo. Dos cerca de 150 mil motoboys em atividade na Capital, diz ele, 90% são autônomos. "O salário já é baixo, ninguém tem condições de bancar mais essa despesa. Precisaríamos de mais tempo", disse. (AE)
2 - OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
SEM APERTO MONETÁRIO, CORREMOS O RISCO DE DEIXAR SOLTO NOVAMENTE O DRAGÃO DA INFLAÇÃO.
É
patético o balanço do ano político. A extinção da CPMF significou a derrota da matéria mais importante da agenda legislativa do governo em 2007. Em adição a isso, a reforma política também foi derrotada, a reforma tributária sequer foi apresentada e fracassou o Fórum da Previdência, que deveria formular nova proposta de reforma. Além da minguada agenda legislativa, o Congresso sofreu escândalos. O maior deles envolveu o presidente do Senado, Renan Calheiros. Tampouco avançou a agenda de microreformas. Projetos importantes como a regulamentação das agências reguladoras e a reformulação do sistema de defesa da concorrência não avançaram um milímetro embora constem do PAC. Outros projetos, como a lei do gás, a mudança da lei de licitações, a definição da regra de reajuste do salário mínimo, a imposição de limite para o aumento da folha salarial do funcionalismo, a criação do cadastro positivo e a mudança nos critérios de concessão do auxílio-doença progrediram, mas ainda não foram aprovados no Congresso. A rigor, só as Medidas Provisórias conseguiram completar o ciclo de tramitação. A exceção foi o PL 1990 que legalizou as centrais sindicais. A inatividade do Congresso estimulou o Supremo Tribunal Federal a ocupar o proscênio. Foram duas as principais iniciatiavas: a instituição da fidelidade partidária e o início do julgamento do "mensalão". Em outubro, o STF ratificou decisão do Tribunal Superior Eleitoral dando aos partidos políticos a posse dos mandatos de parlamentares eleitos pelas legendas. Em novembro, a decisão foi estendida aos ocupantes de cargos majoritários. Políticos que mudarem de legenda poderão doravante perder o mandato. O indiciamento dos 40 parlamentares e dirigentes políticos denunciados pelo procuradorgeral da República deu início a um processo que se arrastará por anos. Mas a decisão do Supremo esvaziou o movimento pela anistia do ex-ministro José Dirceu. No Executivo, foram poucas as mudanças após a infindável novela da nomeação do minis-
G O fim da CPMF
foi a derrota mais importante na agenda política de 2007. Mas também foram derrotadas a reforma política, a tributária, a da Previdência... tério do segundo mandato de Lula. Em julho, o acidente do avião da TAM em Congonhas custou o cargo do ministro da Defesa, Waldir Pires, que foi substituído pelo ex-presidente do Supremo, Nelson Jobim. A presença de Jobim no ministério gerou grande expectativa que se arrefeceu ao longo do tempo. Jobim conseguiu trocar a direção da Agência Nacional de Aviação Civil, mas não resolveu ainda a crise do setor. Dois ministros saíram do governo no rescaldo de escândalos. Em maio, o ministro Silas Rondeau, acusado de corrupção passiva, foi substituído pelo secretário-executivo do ministério, Nelson Hubner, que se mantém até hoje no cargo em caráter provisório. Em novembro, o ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, foi acusado pelo procurador-geral da República de ter participado do "mensalão mineiro". Foi substituído, pelo deputado José Múcio (PTB). Cercada por ministros inexpressivos, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ampliou seu poder com o lançamento do PAC. Embora o presidente Lula a tenha incumbido de anunciar ao País a descoberta da gigantesca reserva de petróleo e gás na Bacia de Santos e o início das transmissões da TV digital, suas chances como presidenciável têm sido solapadas pelo seu pífio desempenho nas pesquisas de intenção de voto. Embalado por uma economia que cresce ao ritmo de 5%, o presidente Lula atravessou incólume a crise aérea e os escândalos. A aprovação de seu governo mantém-se estável em torno de 50% e seu desempenho pessoal em 65%. Não fosse a derrota no Senado, ele teria pouco a reclamar do ano político que chega ao fim. TRECHOS DO COMENTÁRIO POLÍTICO DA MCM CONSULTORES
Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br
Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luizo@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Adriana David, André Alves, Davi Franzon, Dora Carvalho, Eliana Haberli, Fátima Lourenço, Felipe Datt, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Jane Soares, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Marcus Lopes, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro , Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60
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Céllus
BALANÇO DE UM 2007 PATÉTICO
Matando o dragão da maldade, parte 2
E
m 1969, Glauber Rocha ganhou o prêmio de melhor direção do Festival Internacional de Cinema de Cannes, com O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro. A sinopse do filme diz tudo: Antonio das Mortes, o matador de cangaceiros, é contratado por um político demagogo e corrupto (Horácio) para matar um agitador e líder de beatos, Coirana, que se apresenta como a reencarnação de Lampião. Antonio provoca um duelo com Coirana e o vence, mas poupa sua vida. Horácio manda jagunços matarem Coirana e os beatos. Antonio, o matador justiceiro, troca de lado. Segue-se um conflito em que morrem os principais personagens. Antonio abandona a vida de caçador de cangaceiros e passa a "cruzar os caminhos de fogo do mundo, pedindo perdão pelos crimes que cometeu". O estilo barroco de filmar de Glauber nem sempre deixa óbvio para o espectador a sua mensagem, de resto singela. Para Glauber, os papéis dos atores sociais são "eternos e imutáveis". São eternos e imutáveis o "dragão da maldade" e o justiceiro, ator social cujo papel é matar o dragão. A tese de Glauber é que, diferentemente de Marx, não há um único matador de dragões (o proletariado) nem uma única forma de eliminar o dragão (a revolução violenta). Há muitos justiceiros e muitas formas de eliminar a maldade. Tudo depende da ocasião e do ator. A inflação é o nosso principal dragão da maldade. Por duas vezes acreditou-se que sua cabeça tinha sido cortada e o monstro morto: a primeira, em 1994; e a segunda, em 2003. Cortar a cabeça não basta; é preciso impedir que novas cabeças surjam. Acreditou-se por muito tempo que somente os governos de direita combatiam a inflação. O papel dos governos de esquerda e da socialdemocracia deveria ser o de eleger como prioridade o atendimento das demandas ditas sociais. O problema é que a inflação é o maior promotor de problemas sociais: tributa os pobres e isenta os ricos, piorando a distribuição de renda; reduz o crescimento e o emprego, penalizando os mais pobres; incha o governo e reduz o espaço para o investimento privado, acentuando as desigualdades sociais. Tudo isso compreendeu bem o presidente Lula da Silva. Seu primeiro mandado priorizou o combate à inflação. A justeza dessa decisão, a forma segura com que foi implementada, e os
G Não há inflação
sem expansão monetária. O ano começa com um grande desafio: reduzir a demanda para desacelerar outra vez o crescimento monetário. Por Roberto Fendt resultados obtidos, reelegeram Lula. Está agora novamente o senhor presidente diante da decisão de mais uma vez enfrentar o dragão da maldade. Como já tivemos oportunidade de reiterar nesse espaço (A volta da inflação, DC de 3 de setembro), há motivos de sobra para preocupação com a aceleração da inflação.
A
aceleração recente da inflação vem sendo atribuída a diversas causas. A principal delas é o aumento da demanda mundial por alimentos, tanto pela República Popular da China como pelo aumento da absorção da safra americana de milho para a produção de álcool. Os índices de preços em dólares das commodities apurado pela revista Economist mostram um aumento de 17% para todas as commodities nos doze meses encerrados em 19 de dezembro. Já os preços dos alimentos aumentaram em dólares 42% no mesmo período. Ocorre, contudo, que a inflação – o aumento generalizado nos preços – é um fenômeno essencialmente monetário. Outras causas podem influenciar a inflação, como os mencionados aumentos dos preços externos de nossas commodities de exportação. Mas não há inflação sem expansão monetária. Em outubro de 2003, a oferta monetária crescia a pouco mais de 1%. Com o aumento do saldo comercial e a política de acumulação de reservas, a expansão monetária chegou a atingir 22% ao ano em abril de 2005. Daí em diante, a expansão monetária veio desacelerando, mas nos últimos meses voltou a crescer a 15% ao ano. Há, portanto, um grande desafio à frente: reduzir a demanda agregada (especialmente os gastos de custeio do governo) de forma a desacelerar novamente o crescimento monetário. Caso contrário, corremos o risco de deixar novamente à solta o dragão da inflação.
Blindagem de lata DIMAS DE MELO PIMENTA II
A
crise hipotecária dos Estados Unidos, não bastasse o estrago que está fazendo nos mercados internacionais, suscita amarga desilusão (mais uma...) para os setores produtivos brasileiros. Trata-se da constatação de que a política governamental de compras de títulos de nossa dívida externa e formação de grande reserva cambial não tem sido tão eficaz quanto apregoava sua promessa de reduzir a vulnerabilidade às crises financeiras mundiais. Pelo menos é o que se pode aferir do noticiário relativo aos riscos aos quais continua exposta nossa economia. Não há quaisquer dúvidas quanto à pertinência de se manter uma adequada reserva cambial e tampouco quanto à importância de se equacionar o endividamento externo e o controle da inflação. No entanto, é preciso avaliar se foram corretamente dimensionados o volume de dinheiro destinado a essa finalidade, o timing desse fabuloso aporte de recursos e a gestão correta do processo na sua combinação com a flutuação da taxa de câmbio. Hoje, nossa taxa cambial é uma das mais desfavoráveis ao comércio exterior entre as nações emergentes. Em relação ao dólar norte-americano, muito provavelmente o Real foi o ativo financeiro com a maior valorização nos últimos dois anos.
E cá estamos nós, como todos os emergentes, expostos aos riscos efetivos da crise do mercado hipotecário dos Estados Unidos, agravados pelo alerta do diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Rodrigo de Rato, de que o dólar está sobrevalorizado e precisa se depreciar ainda mais. Acontece que essa depreciação partirá, no Brasil, de um patamar já insustentável em termos de competitividade internacional, enquanto para russos, chineses, hindus, chilenos, argentinos e ouG Erramos muito
em nossa política cambial. Em 2006, perdemos para a China mais de US$ 1 bilhão em exportações aos Estados Unidos. tros emergentes, o referencial presente é muito mais favorável. Com certeza, o País está errando muito em sua política cambial, principalmente comparando-se com as estratégias das economias com as quais compete no mercado global. As conseqüências desse equívoco podem ser medidas em números atualíssimos: estudo da Fiesp constatou que, somente em 2006, o Brasil perdeu para a China mais
de US$ 1 bilhão em exportações aos Estados Unidos. O pior, acentua o relatório, é que, mantido o ritmo de avanço dos chineses sobre os mercados tradicionais brasileiros, em dez anos deixaremos de exportar o equivalente a quase a metade de nossas vendas para os norte-americanos, que somaram US$ 26,17 bilhões no ano passado. Relatório do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento da Indústria (Iedi) mostrou que o saldo da balança comercial brasileira em outubro foi de US$ 3,4 bilhões, fazendo com que o superávit acumulado do ano chegasse a US$ 34 4 bilhões. Isto significa valor 9,7% menor do que o resultado obtido no mesmo período de 2006.
O
s recordes das exportações e do superávit da balança comercial são explorados de modo ufanista pela comunicação do governo brasileiro, embora resultem da conjuntura favorável do mercado mundial. Porém, já não é possível disfarçar os prejuízos causados pela equivocada política de câmbio. Em síntese, o Brasil fez uma blindagem de lata contra crashes financeiros, com efeito colateral danoso para nosso comércio externo. DIMAS DE MELO PIMENTA II É DIRETOR DO DEPARTAMENTO SINDICAL DA FIESP
MOISÉS RABINOVICI CORRIDA PARA O FUTURO
O
s quenianos correndo ilustram as capas dos primeiros jornalões de 2008. Numa foto, eles correm da morte no Quênia: mais de 250 já morreram, depois de contestadas as eleições que deram um novo e suspeito mandato ao presidente Mwai Kibaki. Mas eles também correm noutra foto, para a vitória na São Silvestre, em São Paulo. Imagens ao avesso. O link entre fúria e celebração acabou perdido pelos jornais. Os sangrentos tumultos no Quênia foram para a seção internacional, acrescidos ontem de uma igreja queimada com refugiados dentro, e junto às outras violências 'normais' no Paquistão e Gaza. Já o domínio queniano da São Silvestre, com os vitoriosos Robert Cheruiyot e Alice Timbilili, seguiram para as páginas de Esporte. É provável que a corrida de São Paulo nem tenha chegado à mídia em Nairobi, com as tevês e rádios fora do ar desde o domingo. E um blecaute parcial atingiu a nossa imprensa. A nenhum repórter ocorreu perguntar a Alice e a Robert se eles voltariam para o Quênia, ou se pretendiam ficar no Brasil esperando pela paz. (Última notícia: voaram de volta às 3 da tarde de ontem). A propósito, um dos prêmios que ambos ganharam foi, justamente, o Marco da Paz, concedido pela Associação Comercial de SP.
G Os quenianos da
São Silvestre voltaram para o Quênia em guerra com o troféu Marco da Paz. Fará efeito? A futorologia tem futuro? Não, responde o New York Times. Mesmo assim, pelo 34º ano, anteontem, saiu a página com questões de múltipla escolha para os leitores. Eis uma delas: -Qual ditador deverá deixar a cena política este ano? a) Hugo Chávez; b) Vladimir V. Putin (o Homem do Ano da revista Time); c) Roberto Mugabe; ou d) Fidel Castro. Por 33 anos, o ex-colunista William Safire apostou na queda de Fidel. E diz que apostará agora outra vez. Mas os tempos mudaram. Mais do que prever a prisão de Bin Laden em 2008, o Times preferiu, este ano, abordar quais serão as tendências predominantes de comportamento. E as tendências são: pensar pequeno; pensar a curto prazo; dizer que não sabe (esse mantra tem no Brasil os mestres mundiais e o seu principal guru, o presidente Lula); falar menos e pensar mais – e, especialmente para os mercados financeiros, "mais humildade". Para um feliz ano novo, a sugestão é procurar trabalho em empresas de computação, ou segurança nacional e aquecimento global. O Times cita um estudo de tendências de consumo, produzido pela Trendwatching, de Amsterdã, que o leitor vai encontrar hoje, em Economia, na página 6. Feliz ano novo!
MOISÉS RABINOVICI É DIRETOR DE REDAÇÃO DO DC. rabino@acsp.com.br
OPINIÃO - 3
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
O CASAL PRESIDENCIAL CONCENTROU UMA QUANTIDADE MALÉFICA DE PODER EM SUAS MÃOS
BENEDICTO FERRI DE BARROS
A presidente Cristina Kirchner precisa se desfazer da herança do marido. Vai conseguir?
O QUE GOVERNA O MUNDO: CUM QUIBUS
Por Álvaro Vargas Llosa
Marcos Brindicci/Files
M
A miragem da Argentina
C
ristina Fernandez recentemente tomou posse como presidente da Argentina. Até há poucas semanas, ela era a primeira-dama do país. A grande diferença, é claro, não reside tanto no fato de que seu status anterior era cerimonial e dependente de seu marido, Néstor Kirchner, mas no fato de que ela vai precisar modificar a maioria das políticas populistas dele se ela quiser ter sucesso. É improvável que ela faça isso. Um escândalo recente lembrou a todo mundo na Argentina que o casal Kirchner é uma firme parceria política. O procurador assistente norteamericano Thomas Mulvihill, que está tratando do caso envolvendo três espiões venezuelanos, revelou que uma mala contendo US$ 800 mil apreendida no Aeroporto de Buenos Aires há poucos meses tinha sido enviada pelo governo do presidente da Venezuela Hugo Chávez para financiar a campanha de Fernandez. Kirchner era um aliado próximo de Chávez e vendeu bilhões de dólares em títulos soberanos para o governo venezuelano. Daniel Garcia/AFP
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Fernandez negou a acusação de Mulvihill e reiterou seu apoio a Chávez. Os Kirchners se beneficiaram de um crescimento econômico que é quase artificial. Primeiro houve a grande desvalorização do peso em 2002, que tornou o turismo e as exportações muito baratos. Depois veio a alta dos preços dos cereais e combustíveis da Argentina, que Kirchner tributou para aumentar os gastos do governo. E os credores privados foram informados que não receberiam mais do que 25% do que o governo lhes devia. A combinação desses três fatores ajudou a criação de taxas de crescimento anual do PIB de aproximadamente 8% desde 2003. Muitos argentinos confundiram esse salto como riqueza genuína. A verdade é que há poucos investimentos privados na Argentina e a inflação está crescendo rápido. Apesar de os Kirchners terem tentado disfarçar os números da inflação ao levarem para o cálculo produtos cujos preços estão controlados oficialmente, a maioria das pessoas na
Argentina acha que a taxa está acima dos 20%. Como se isso não fosse suficiente, o país tem passado de uma crise energética para outra. Os abundantes recursos energéticos do país não conseguem satisfazer a demanda crescente porque o governo Kirchner mantém os preços congelados em um terço do valor de mercado e os investidores pararam de botar o dinheiro deles no gás natural. O investimento estrangeiro direto caiu cerca de 30% nos últimos três anos.
N
o clássico estilo populista, o casal presidencial por quarto anos aumentou os gastos públicos em 200% e os salários em 40%, manteve as taxas de juros abaixo das de mercado, controlou os preços e criou empresas estatais. Tudo isso pôs mais dinheiro no bolso da população, mas cedo ou tarde os argentinos vão pagar um preço. Os que votaram contra Fernandez nos principais centros urbanos (Buenos Aires, Córdoba, Santa Fé e outros) provavelmente percebem o que está vindo. Seguindo uma longa tradição peronista, os Kirchners concentraram uma quantidade maléfica de poder em suas mãos – parte da razão pela qual Fernandez venceu a última eleição tão facilmente. Eles mudaram a estrutura do Conselho de Juízes, tomando assim o controle do Judiciário. Eles também controlam o aparato político da Província de Buenos Aires, que representa uma fatia muito grande do voto
nacional. Fernandez agora está tentando estabelecer um modelo corporativista no qual as leis sociais e econômicas seriam negociadas com grupos que supostamente representam a sociedade civil, mas de fato são parte da clientela peronista. As mulheres tiveram um extraordinário impacto na política latino-americana do passado. A chegada de Fernandez ao poder ocorre relativamente logo depois que Michelle Bachelet foi eleita presidente do Chile. Essa tendência tem sido corretamente interpretada como um indício de que uma parte significativa do continente está chegando a um acordo sobre a necessidade de a política transcender o sexo. Porém, ao contrário do Chile, um país que limita o poder de seus presidentes, a Argentina de Fernandez é muito dependente da política presidencial. Isso significa que Fernandez terá mais poder do que Bachelet – e uma tendência muito maior em erodir a democracia e se entregar ao populismo econômico. Ironicamente, a única forma de Fernandez corresponder às expectativas que ela criou é fazer um ato de crueldade matrimonial, desfazendo-se da herança do marido e mudando de rota dramaticamente. ALVARO VARGAS LLOSA É DIRETOR DO CENTER ON
GLOBAL PROSPERITY NO INDEPENDENT INSTITUTE (C) THE WASHINGTON POST WRITERS GROUP TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA
No clássico estilo populista, o casal presidencial por quarto anos aumentou os gastos públicos em 200% e os salários em 40%, manteve as taxas de juros abaixo das de mercado, controlou os preços e criou empresas estatais
eu pai era um homem seriíssimo nas coisas sérias, mas ao mesmo tempo, alegre e brincalhão, humorista ao natural, por temperamento. Colecionava anedotas, das quais tinha como lembrete anotações numa caderneta. E uma de suas diversões era fazer de conta que sabia latim, inventando palavras e frases ou traduzindo gaiatamente ditados latinos. Est modos in rebus (Há uma medida para todas as coisas), por exemplo, ele traduzia por Tenha modos com o rabo. E assim muitas outras. "Cum quibus", dizia ele realistamente, governa o mundo. Queria dizer que nada se faz sem dinheiro, o que é uma realidade universal e intemporal. Uma realidade que nos nossos dias assume proporções avassaladoras, invadindo até campos que antes eram exclusivos do espírito e da gratuidade. Como exemplo magno as "igrejas de araque" que ressuscitaram o dízimo para seus fiéis, ou as damas que cobram cachês para se deixarem fotografar peladas pelas revistas especializadas. É verdade que há as que desfilam gratüitamente nuas por ...- digamos – espírito artístico ou mera vocação. Mas, "voltando à vaca fria", como diziam os antigos, embora o dinheiro se torne crescentemente virtual, acompanhando a mais moderna tecnologia, nem por isso ele deixa de imperar entre os povos e sobre e para cada indivíduo. Os homens reconhecem sua soberania seja na forma de pedras preciosas, de barras de ouro, de moeda de papel, de papelmoeda, de cheque ou de cartão de crédito magnético. Isso é um distintivo genético exclusivo da espécie Homo Sapiens-sapiens. Não consta que mesmo os primatas mais evoluídos, como o chimpanzé, cujo genoma difere do humano apenas em 5%, se utilize desse instrumento ou símbolo para adquirir bananas ou ganhar uma eleição. Mas não foram nem são poucas até grandes figuras humanas que trocaram sua reputação não por apenas 15 dinheiros, como Judas, mas por um bocado a mais de moeda. Isso não é muito comum no homem comum, mas é genérico e constitucional no Homo-politicus. É um equívoco vernacular chamá-los de corruptos, com o sentido de excepcionais. Eles são apenas os normais de sua espécie. Anormais são os políticos honestos. Daí que a ganância pelo dinheiro, a auri sacra famis como a designavam os latinos, seja mais intensa e premente
G Anormais são os
políticos honestos. Os corruptos são apenas os normais de sua espécie.
no caso dos políticos de esquerda, que por não serem homens das elites têm menor oportunidade de passar a mão nele. O varejo desta filosofia do cum quibus se ajusta como uma luva ao bom entendimento da conjuntura política nacional. Como, sem ele, um ex-torneiro poderia adquirir um jato do último modelo, equipado, inclusive, com um bar abastecido com as melhores bebidas existentes, inclusive cachaça de primeira, montar nele e dedicar-se a uma circumnavegação planetária de lazer largando os abacaxis da presidência para seu vice e a administração do país para seu multi-ministério? Deve-se reconhecer que ele teve a sabedoria de nomear mais de uma trintena de encarregados para um ministério com o qual pouco se reuniu e de aparelhar a burocracia do mais alto ao mais baixo bordo, com gente de sua confiança, isto é, do seu partideco que perdeu as eleições mas subiu ao poder no seu cangote eleitoral. Minoria política? Isso se resolve cum quibus: daí o mensalão. E o problema social das massas carentes? Com as bolsas de cum quibus dos mensalinhos.
E
le é a mais avançada forma tecnológica de político existente: o primeiro presidente virtual, que opera on-line e só aparece quando se trata de perpetuar achaques contra o cidadãocontribuinte. É um "pega pra capar." Indispensável para que ele possa continuar a exercer sua missão messiânica de pôr o mundo na linha reta do etanol. Eta-nol ou eta-nóis? BENEDICTO FERRI DE BARROS É ESCRITOR. PAJOLUBE@TERRA.COM.BR
FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
1
210,3
bilhões de reais foi o total de CPMF pago pelos brasileiros desde a criação do tributo
NO VAREJO, REDUÇÃO NAS ETIQUETAS SÓ DEVE SER POSSÍVEL A PARTIR DE MEADOS DE 2008.
SEM CPMF, PREÇOS DEVEM CAIR. Foto: Paulo Pampolin/Hype
Fábio D'Castro/Hype
Renato Carbonari Ibelli
O
Mordida de R$ 922 bilhões
A
valente a mais de 36% do Produto Interno Bruto (PIB). Com esse valor, o governo poderia construir 68 milhões de casas populares de 40 m², mais de 11 milhões de quilômetros de redes de esgoto, asfaltar 1,2 milhão de km de estradas e construir e equipar mais de 3,6 milhões de postos de saúde. Os números estão no
arrecadação tributária do Brasil atingiu novo recorde em 2007. Os municípios, estados e a União recolheram quase R$ 922 bilhões aos cofres públicos. O dado é do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), que estima os valores recolhidos pelas três esferas. O ano terminou com receita tributária equi-
site www.impostometro.com.br. Estudo do IBPT mostra que cada brasileiro trabalhou 146 dias para pagar impostos em 2007, o dobro do necessário na década de 1970. O primeiro dia de 2008 começou com arrecadação de cerca de R$ 2,4 bilhões, e o ano deve terminar com arrecadação superior a R$ 1 trilhão, mesmo sem CPMF. (AD)
Sílvia Pimentel
O
ano de 2008 começa sem a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), um dos tributos mais polêmicos e rentáveis para os cofres da União, que não o divide com os estados e municípios. De janeiro a novembro de 2007, o governo federal arrecadou R$ 33,3 bilhões, 10% mais que em igual período de 2006. Aparentemente conformado com a derrota no Senado, onde não conseguiu aprovar a prorrogação da cobrança até 2011, o governo inicia o ano estudando opções para compensar a perda de R$ 40 bilhões — valor estimado da arrecadação ao longo de 2008. No Congresso Nacional, o relator do orçamento para 2008, deputado José Pimentel (PT-CE), já previu a necessidade de um corte de R$ 30 bilhões na proposta original. Ainda não se sabe onde e como serão feitos os ajustes, mas o deputado já sinalizou que atingirão os três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). O assunto será discutido a partir de 6 de fevereiro, quando termina o recesso parlamentar.
Leonardo Rodrigues/Digna Imagem – 30/11/05
Um alívio para o consumo
Para Alfieri, da ACSP, cálculo das perdas está superestimado.
Consumo — Na opinião do economista Emílio Alfieri, do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o corte de R$ 40 bilhões provocado pela extinção do tributo está superestimado, se for considerada a possibilidade de que esse dinheiro seja destinado ao consumo. "Como a tributação sobre o consumo é pesada no Brasil, a tendência é de aumento na arrecadação de tributos como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)." Pelos seus cál-
culos, com maior consumo, haverá uma recuperação de R$ 15 bilhões na arrecadação tributária. "Com isso, a perda líquida cai para R$ 25 bilhões", calcula. Além da migração desse dinheiro para o consumo, Alfieri diz que o crescimento da economia vai contribuir para tornar mínima a perda. "Na prática, o fim da CPMF talvez force o governo a controlar o aumento dos seus gastos." Histórico — A CPMF nasceu da Emenda Constitucional nº 33, que abriu brechas para que uma lei complementar criasse um tributo incidente sobre movimentação financeira, o chamado Imposto sobre Movimentação Financeira (IMF) até dezembro de 1994, com alíquota de 0,25%. O imposto passou a ser cobrado em agosto de 1993, mas foi suspenso entre 15 de setembro e 31 de dezembro por uma liminar, resultado de Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin). O tributo voltou a ser cobrado em janeiro de 1994. Desde então, foram várias as prorrogações, até chegar à alíquota de 0,38%. Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco), desde a implantação os contribuintes pagaram R$ 210,3 bilhões de CPMF em valores correntes.
Armarinhos Fernando: com vários fornecedores, prazo será maior.
Espaço para redução existe, de acordo com o presidente da Abipp. Ele afirma que o fim da CPMF vai permitir que alguns importadores economizem até R$ 20 mil por mês, montante que deve ser repassado sob a forma de desconto nas negociações com os lojistas. "A redução certamente virá, porque o setor trabalha com produtos muito semelhantes. Quem não der desconto vai perder o cliente para o concorrente", diz o presidente da entidade. Concorrência — O diretor da camisaria Colombo também afirma que a concorrência natural do mercado é a chave para que o fim da cobrança da CPMF resulte em redução de preços. "Esse repasse será um processo natural. Se um fornecedor não reduz o valor de seus produtos, eu procuro outro que consiga cobrir a oferta", diz Kheirallah. Quem trabalha com um grande número de fornecedores, como é o caso da rede varejista Armarinhos Fernando, naturalmente vai precisar de um
tempo ainda maior para recalcular os preços. "Não adianta esperar redução do dia para a noite, porque teremos de fazer acordos com diferentes fornecedores", diz o gerente José Derivaldo dos Santos. Ele ainda lembra que a cadeia produtiva só conseguirá rever seus preços se o governo não aumentar outros tributos para compensar os cerca de R$ 38 bilhões perdidos com o fim da CPMF. Independentemente da posição do governo, líderes empresariais estão organizando uma campanha que pretende conscientizar os diferentes segmentos da cadeia produtiva a repassar para o consumidor a redução de custo gerada pelo fim da CPMF. A proposta é no sentido de que cada segmento conceda aos clientes descontos correspondentes ao custo da contribuição, que, ao longo de 2007, foi equivalente a 0,38% do valor de cada transação bancária. A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) é uma das entidades que encabeçam essa campanha.
Nota eletrônica vai para todo o País Adriana David
A
té 2009 todas as capitais brasileiras estarão usando a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) nos mesmos moldes que na capital paulista, acredita o diretor do Departamento de Arrecadação e Cobrança da Secretaria de Finanças de São Paulo, Ronilson Bezerra Rodrigues. Ele aposta na ferramenta para aumentar o poder da fiscalização e arrecadação nos municípios que integram a Associação Brasileira das Secretarias de Finanças das Capitais (Abrasf). Hoje, além de São Paulo, Manaus e Recife empregam essa tecnologia. Considerada um sucesso pela prefeitura paulistana, que conseguiu em quatro anos elevar de R$ 2 bilhões para R$ 4,8 bilhões a arrecadação, considerando a projeção para 2007, a NF-e não deve ser obrigatória para os pequenos empresários, segun-
Luiz Prado/Luz –15/2/07
No final da tarde, até o último minuto do dia 31, o Leão continuava voraz, para atingir o final do ano com novo recorde.
fim da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) a partir de ontem permitirá que o varejo reduza os preços. No entanto, o consumidor final não deve esperar grandes alterações já neste início do ano porque, em geral, as mercadorias que estarão disponíveis nos primeiros meses de 2008 foram negociadas pelos comerciantes com fornecedores no ano passado, quando a CPMF ainda onerava toda a cadeia produtiva. Para Nelson Felipe Kheirallah, diretor geral da camisaria Colombo, os produtos do atacado e do varejo terão os preços reduzidos significativamente a partir da metade deste ano. Esse período é necessário para que os diferentes segmentos reajustem seus preços, segundo Kheirallah. "Depois que toda a cadeia do setor de tecidos descontar a CPMF dos valores cobrados, o consumidor final poderá encontrar produtos na Colombo com preços entre 2% e 3% mais baixos", diz. O setor de produtos populares importados, como utensílios domésticos (pratos, copos, travessas) ou artigos de decoração (quadros, porta-retratos), espera redução de até 5% em seus preços para o consumidor, mas não de imediato. Segundo Gustavo Dedivitis, presidente da Associação Brasileira de Importadores de Produtos Populares (Abipp), o consumidor vai encontrar preços menores a partir de junho.
Rodrigues: NF-e "é um sucesso".
do Rodrigues. A lei determina que as prestadoras com faturamento acima de R$ 240 mil por ano emitam o documento eletronicamente. Mas muitos empresários desse segmento, mesmo não sendo obrigados, têm usado a ferramenta. "Todos ganham. O prestador
de serviços, que reduz os custos com gráfica e obrigações acessórias; o tomador, que pode ganhar créditos para ter desconto do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano); e a prefeitura, pelo monitoramento e fiscalização mais eficientes", afirma o diretor. A expectativa da administração municipal era a de que, com a implementação da NFe, até 30 mil prestadores se cadastrassem, mas o número foi superado. Hoje, há mais de 54 mil prestadores emitindo a nota eletrônica. Segundo Rodrigues, quase 40 mil são empresas instaladas fora da cidade de São Paulo. Bolsa – Quem tinha créditos em excesso, ou quis comprá-los para pagar menos Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), pôde negociá-los na Bolsa de IPTU (w w w. b ol s a d e i p t u . c om . b r ). Mais de 300 pessoas usaram a ferramenta para comprar e vender créditos, num total de R$ 73.598,00.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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Indicadores Econômicos
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
43,65
31/12/2007
por cento foi a alta acumulada pelo Índice Bovespa nos pregões do ano de 2007.
COMÉRCIO
DC
Fundo
Informe Publicitário FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Posição em
P. L. do Fundo
Empresarial LP
26/12/2007
27.274.747,27
Esher LP Hope LP JCP-SUL LP Master Recebíveis LP Múltiplo LP Odyssey LP Prospecta LP Redfactor LP Valecred LP
26/12/2007 26/12/2007 26/12/2007 26/12/2007 26/12/2007 26/12/2007 26/12/2007 26/12/2007 26/12/2007
21.131.414,24 14.398.555,50 1.951.946,48 2.080.549,97 16.494.007,75 498.234,65 1.375.962,42 13.132.626,29 5.263.794,14
Tipo Subordinada Sr 1ª emissão Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Sub - Classe A
Vlr Cota Sub 1.672,169230 779,216860 1.101,583032 1.284,973867 1.131,758151 1.295,561765 1.517,945383 996,469300 942,178872 1.207,087464 1.042,090595
% rent. mês % ano 1,3813% 28,74% -19,3722% -24,72% 36,8158% 19,21% 0,3778% 28,50% 3,4019% 13,18% -0,2761% 8,82% 2,0860% 21,23% -0,3531% -0,35% 0,7534% 0,75% 2,8091% 20,71% 0,8562% 4,21%
Tipo Sr 2ª emissão Sr 3ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sub - Classe B
Vlr Cota Sr 1.042,859925 1.013,064895 1.033,185220 1.072,521940 1.029,390600 1.287,607811 1.016,479875 1.045,938053 267,660412
% rent. mês 0,8204% 0,8204% 0,7846% 0,7846% 0,7488% 0,7853% 0,8204% 0,8204% 6,2957%
% ano 4,29% 1,31% 3,32% 7,25% 2,94% 12,95% 1,65% 4,59% 15,83%
rating A+(Austin) BBB(Austin) AA-(Austin) AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) A- (Austin) A- (Austin) AA(Austin) A(Austin)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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Será necessário investir, até 2011, cerca de R$ 21,2 bilhões para construir e equipar 35.416 creches
Newton Santos/Hype-06/12/2007
35 MIL CRECHES NO BRASIL ATÉ 2011 Fundação Abrinq e Instituto C&A se unem para auxiliar o governo a eliminar déficit de 4,2 milhões de vagas em instituições para crianças na primeira infância em todo o País nos próximos três anos. Paula Cunha
V
alorizar a primeira infância e ressaltar que ela é decisiva para definir todo o futuro de uma pessoa. Este é o objetivo da Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente e do Instituto C&A com a campanha Creche para Todas as Crianças. Os dois pretendem sensibilizar o empresariado para construir e equipar creches em todo o território nacional, já que o Brasil tem um déficit de 4,2 milhões de vagas em instituições para crianças de 0 a 3 anos. O projeto foi lançado em dezembro com o slogan "A Primeira Infância vem Primeiro – Creche para Todas as Crianças". O Instituto C&A já se comprometeu a investir R$ 1 milhão. Para eliminar esse déficit de vagas, porém, será necessário bem mais do que isso. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2006 (dado mais recente), havia cerca 11 milhões de brasileiros nessa faixa etária, mas apenas 15,5% freqüentavam creches. A meta do Plano Nacional de Educação (PNE), do Ministério da Educação (MEC), é de que, até 2011, o País consiga atender 50% das crianças dessa faixa. Serão necessárias, portanto, 35.416 creches. Para atingir esse objetivo, a Campanha Nacional do Direito à Educação, lançada pelo MEC, criou um indicador, o Custo Aluno Qualidade (CAQ). O índice mostra que será necessário investir, até 2011, cerca de R$ 21,2 bilhões para construir e equipar o número necessário de instituições. Urgência – Diante de estatís-
Apenas 15,5% das cerca de 11 milhões de crianças com até três anos de idade freqüentam creches, segundo o IBGE Masao Goto Filho/e-SIM
ticas tão alarmantes, o diretorpresidente do Instituto C&A, Paulo Castro, ressaltou a urgência do projeto. Para ele, apesar de ser uma ação de médio e longo prazos, o plano só poderá ser implementado com a ajuda da sociedade e empresas privadas. "Diante dos números do setor, vimos que é importante criar uma frente de mobilização e participação para enfrentar a questão", disse. Castro acrescentou que algumas empresas já estão sendo contatadas. "Estamos estimulando nossos parceiros para que adotem não só essa causa, mas passem a pensar em
como avaliam e criam iniciativas para os filhos de seus funcionários e fornecedores. Queremos que eles comecem a atuar localmente e tenham uma participação mais ampla posteriormente." Mobilização – A gerente de projetos e programas da Fundação Abrinq, Denise Cesario, explicou que seu papel na parceria com o Instituto C&A será mobilizar e articular o empresariado. "Já contamos com um mapeamento e constatamos que todos os municípios do País necessitam de creches. No Nordeste e Centro-Oeste, a carência é maior. Por isso, utilizaremos o Programa Empresa Amiga da Criança para estimular os investimentos nessas áreas", afirmou. Pelo projeto
da fundação, empresas que assumem 10 compromissos com a infância brasileira recebem um selo social. Segundo Denise, com a diminuição do déficit de creches, e conseqüentemente com um número maior de crianças atendidas em período integral, outros indicadores da infância também registrarão evolução. Ela citou os índices de violência doméstica contra crianças e de trabalho infantil, que podem apresentar recuos significativos se essa parcela da população for atendida adequadamente. A gerente da fundação lembrou que o projeto surgiu após um seminário realizado pela própria Abrinq para determinar quais são as prioridades para essa faixa etária. Diversos países da América Latina e do Caribe participaram e verificou-se que as necessidades das crianças de todas essas regiões são semelhantes. Adesões – Já na apresentação do programa no mês passado várias empresas assinaram um termo de manifestação de interesse pela ação. Entre elas estão Banco Panamericano, construtora Bairro Novo, Senac-SP, Techma Engenharia, Institutos Torguga e Pró-Mundo, Rede Não Bata, Eduque, Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Unesco e Unicef. Foi criada ainda uma página na internet para divulgar o programa. Os meios de comunicação também estão sendo procurados para a divulgação da iniciativa e conquista de novos parceiros. "Organizaremos um
2,3 milhões 2008 com comércio justo R$ para os Jogos Rafael Hupsel/LUZ-21/01/2007
Ministério do Trabalho e Emprego pretende lançar em 2008 o Sistema Nacional de Comércio Justo, um programa que deve regular as relações comerciais e ampliar o número de empreendimentos solidários. De acordo com os estudos do Ministério, estima-se que existam 22 mil empreendimentos com esse perfil em todo o território brasileiro. O fair trade, ou comércio justo, ou ainda comércio ético e solidário, é uma opção de comercialização de produtos, alimentícios e outros, a partir de critérios e mecanismos que prevêem não apenas preço e qualidade. A definição da expressão e da atividade foi ajustada em 2001, na Conferência Anual da Federation of Alternative Trade (IFAT), uma entidade criada na Holanda, em 1991, que congrega quase 160 organizações e produtores de comércio justo em 50 países.
Gaúchos
O
O
Há 22 mil empreendimentos solidários no Brasil
De acordo com o coordenador geral de Comércio Justo da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), Haroldo Mendonça, o sistema "é uma intervenção no setor do comércio que movimenta cerca de R$ 7 milhões por ano". Segundo ele, os empreendimentos que farão parte do sistema podem incluir cooperativas, associações ou grupos
informais de trabalhadores. O sistema deve melhorar a relação entre as empresas, além de aumentar a renda e a qualidade de vida das pessoas e grupos envolvidos. "Existe uma tendência mundial de mudança individual do consumidor, que hoje quer saber qual a composição de cada produto. Colocaremos o selo de qualidade em cada produto", adiantou Mendonça. (ABr)
Instituto Ronaldinho Gaúcho irá receber cerca de R$ 2,3 milhões do Ministério da Justiça para promover os Jogos Gaúchos de Verão, em fevereiro de 2008. O evento contará com a participação de mais de 2 mil jovens, entre 14 e 17 anos, que vivem em comunidades que sofrem com a violência. O objetivo é afastar esses jovens do crime organizado. Além de participar de competições esportivas em várias modalidades, como futsal, handball e futebol de campo, os atletas serão capacitados em mediação de conflitos. Os jovens também poderão se inscrever em dez cursos profissionalizantes, como teatro e música, que serão oferecidos pelo instituto até setembro de 2008. Ronaldinho Gaúcho inaugurou a entidade há um ano, na zona sul de Porto Alegre. (ABr)
evento no primeiro semestre de 2008 para mostrar os resultados iniciais", disse Denise. No site da Fundação Abrinq (www. fundabri nq.org.b r), encontra-se o histórico da criação do programa e orientações para as empresas interessadas em aderir a ele.
Denise Cesario: "Constatamos que todos os municípios do País necessitam de creches. No Nordeste e Centro-Oeste, a carência é maior."
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
Finanças Tr i b u t o s Empresas Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3 Para facilitar a vida do turista, a Kibon vende sorvetes no Guarujá pelo cartão.
DÓLAR BAIXO FAVORECE LOJA POPULAR
COMÉRCIO DA CIDADE LITORÂNEA TEVE UM DOS MELHORES FINAIS DE ANO DA HISTÓRIA
GUARUJÁ TEM VENDAS 50% MAIORES Masao Goto Filho/e-Sim
Vanessa Rosal
O
comércio do Guarujá entrou em 2008 com o pé direito. De acordo com lojistas da cidade, no último dia do ano a previsão era de um aumento de até 50% nas vendas sobre o réveillon passado. Quem optou pela viagem precisou enfrentar filas nos supermercados, padarias e lojas de vestuário. Em alguns estabelecimentos, a espera chegava a 40 minutos, sem contar o trânsito, que ficou parecido com o da capital. Para ir de uma praia a outra, os motoristas gastavam quase uma hora, a uma temperatura de 37 graus. "Tem de ter paciência. Mas vale a pena, tudo pela festa da virada", comentou a administradora de empresas Fátima Souza. Às 9h da manhã de 31 de dezembro, ela era uma das consumidoras da Padaria La Plage, uma das mais tradicionais da praia das Astúrias. Na frente dela, 30 pessoas esperavam para fazer o pedido. Depois, outra fila se formava em frente ao caixa. O movimento no final do ano foi tanto, que o proprietário da padaria, Erasmo Soares da Fonseca, precisou contratar 23 funcionários temporários, somando um total de 50. "Superamos todas as nossas expectativas", disse. Segundo ele, o fluxo de pessoas aumenta até 100% na alta tem-
Vendas de biquínis explodiram
porada. Em finais de semana normais, a La Plage atende 3 mil clientes por dia. Fonseca afirmou que o comércio de alimentos é o que mais fatura nas férias de verão. Impossível ir ao Guarujá e não consumir águas, sucos e refrigerantes nos quiosques espalhados pela cidade, ou não experimentar o famoso filé de peixe ao molho de frutos do mar, servido nos restaurantes da região. Mas o produto que mais se destaca em dias quentes continua sendo o sorvete. No cartão – No Guarujá, quem comprar nos carrinhos autorizados da Kibon durante a temporada que vai até o carnaval poderá pagar com cartão de crédito. A novidade é fruto de uma parceria entre a Mastercard e a fabricante de sorvetes. O vendedor André Luiz Xavier, que trabalha na praia das Pitangueiras há 13 anos,
Newton Santos/Hype
Danilo Alegria, da loja A Prestativa, vendeu 12% mais no Natal de 1007.
Importados fazem a festa de lojas de R$ 1,99
A
desvalorização do dólar em relação ao real elevou a oferta de produtos importados nas lojas populares em 2007. De acordo com dados da Associação Brasileira de Importadores de Produtos Populares (Abipp), o faturamento alcançou R$ 11 bilhões, ante R$ 9 bilhões de 2006. A estimativa é de que 130 milhões de unidades tenham sido vendidas aos estabelecimentos varejistas de R$ 1,99 até o dia 31 de dezembro. Para o presidente da Abipp, Gustavo Dedivitis, o crescimento de 5% nas vendas sobre o ano anterior pode ser explicado pelo movimento do Natal, o melhor dos últimos dez anos para as mercadorias de apelo popular. Ele diz que o segmento resgata o direito de consumo das classes menos favorecidas (D e E), pois traz para o Brasil artigos com preços que variam de R$ 1 a R$ 15. "Em 2008, as expectativas são ainda melhores. Os importadores projetam crescimento acima de 10%, confiando na economia e na manutenção do dólar abaixo de R$ 2." Dedivitis afirma ainda que as 60 mil lojas de R$ 1,99 espalhadas pelo País começaram a ampliar o mix de produtos para atrair consumidores das classes A e B, o que contribuiu para o crescimento das ven-
das. "O brasileiro não liga muito para grife. Mais importantes são preço baixo e qualidade." Todas as classes – Objetos de decoração, utilidades domésticas e brinquedos são os itens com maior volume de importação. Mas isso pode variar de acordo com a época do ano. A loja A Prestativa, na Pompéia, zona oeste de São Paulo, teve crescimento de 12% nas vendas de Natal, graças à maior variedade de enfeites. "Os brinquedos que mais venderam foram os que custam até R$ 3", afirma o empresário Danilo Alegria. Segundo ele, as vendas são alavancadas não apenas pelo aumento da quantidade de produtos, mas também pela melhora da qualidade dos artigos que chegam da China. Para atrair todas as classes sociais, a loja oferece produtos que custam entre R$ 1 e R$ 60. O destaque no final do ano foram os itens de utilidade doméstica. "Muita gente passa o réveillon na casa de praia ou em sítios, levando utensílios novos para decoração." Para 2008, ano de eleições municipais, as expectativas são boas. Alegria estima que as vendas vão crescer mais que os 5% registrados em 2007. "Atendendo um público diversificado, podemos crescer acima do mercado", afirma. (VR)
disse que 15% das vendas já são feitas pelo sistema. "Muita gente não gosta de andar com dinheiro no bolso, e adorou a solução", disse. Segundo ele, este foi o melhor réveillon dos últimos dez anos, com aumento de 30% nas vendas. "Vendi tanto que até faltou sorvete. Isso nunca aconteceu antes", comentou. Quem também comemorou bons resultados no setor alimentício foi o restaurante Dalmo Bárbaro, especializado em frutos do mar, na praia da Enseada. A hostess Sônia Magon disse que o fluxo de clientes foi 50% maior nos últimos dias do ano sobre o mesmo período de 2006. Segundo ela, o prato mais pedido foi o filé de pescada, que custa R$ 92, e serve duas pessoas. Biquínis – Um dos setores comerciais mais movimentados na véspera do Ano Novo foi o de moda praia. Em Pitangueiras, o produto mais procurado pelas consumidoras foi o biquíni. Vista de cima, a praia se escondia debaixo dos inúmeros guarda-sóis, mas à beira-mar, lembrava uma passarela de moda. A loja Ken Bali foi responsável por parte desse visual. A proprietária, Márcia Curi, disse que as vendas aumentaram 20% em relação ao réveillon de 2006. As peças são vendidas separadamente, a partir de R$ 10. "Continuamos crescendo, e 2007 foi um dos melhores anos. Que venha 2008, ainda melhor", disse Márcia.
Apesar das praias lotadas e das filas, os turistas não reclamaram; charme da cidade acaba compensando.
Ruas vazias, exceto a 25 de Março. Renato Carbonari Ibelli
A
corrida do paulistano para o litoral e o interior deixou as ruas de São Paulo vazias, menos a 25 de Março. A atração exercida pela mais tradicional rua do comércio popular da cidade é tanta que no último dia de 2007, mesmo com a grande maioria das lojas fechadas, o movimento no local era intenso. Isso foi bom para as cerca de dez lojas que abriram e também para os camelôs, que sem-
pre estão por lá. As lojas Armarinhos Fernando estavam entre as abertas. Segundo José Derivaldo dos Santos, gerente da unidade que fica no número 734, a previsão inicial era de que as portas da loja seriam baixadas ao meio-dia. Não foi exatamente isso o que ocorreu. "O movimento nos surpreendeu. Já recebemos mais de mil pessoas ao longo do dia, e tem gente chegando ainda", dizia o gerente Santos, por volta das 14h do dia 31. Os lojistas chamam esse mo-
vimento de final de ano de "ressaca do Natal". Quem ficou devendo um presente para alguém, aproveita o Ano Novo para se redimir. Além disso, tem sempre quem deixa para o último instante os preparativos para o réveillon. Mas a 25 de Março também é um ponto turístico. "Viemos acompanhar uma equipe que vai participar da corrida de São Silvestre, e resolvemos conhecer a Rua 25, antes", disse Sandra Sueli Cardoso, assessora do clube Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense.
Nacional Finanças Negócios Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
EMPRESÁRIOS ACREDITAM NO PAC
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
Fabio D'Castro/Hype
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Estradas em má condição representam grande potencial de obras nos próximos anos
Darrin Lupi/Reuters
Argentina adota horário de verão governo argentino lançou no final de O semana um plano de
economia de energia que inclui a redução do consumo no setor público e a adoção do horário de verão, com o adiantamento dos relógios em uma hora, para atenuar os cortes de luz na indústria, que ocorreram várias vezes em 2007. Desta forma, o governo da presidente Cristina Kirchner espera reagir ao aumento do consumo de eletricidade durante o verão e afastar o fantasma do colapso energético. A Argentina tem enfrentado problemas principalmente por causa do fornecimento irregular de gás natural por parte do Chile. Um dos principais planos do ex-presidente Néstor Kirchner para a área
BÚSSOLA
O
Magazine Luiza inicia sexta-feira sua 15ª Liquidação Fantástica. A empresa promete dar descontos de até 70% em suas 392 lojas. (DC)
O
aumento de 15% no preço do gás liqüefeito de petróleo (GLP) para clientes comerciais e industriais, autorizado pela Petrobras, foi recebido com surpresa. Para executivos do setor, a indústria cerâmica será uma das maiores prejudicadas pelo reajuste. Acredita-se que o repasse do aumento será total. (AG)
energética era a exploração das reservas de gás natural em sua província natal, a Patagônia, por parte da Petrobras. Problemas técnicos atrasaram o início dos trabalhos, criando um mal-estar entre o ex-presidente e a estatal brasileira. O plano estipula facilidades creditícias para a compra de eletrodomésticos cuja tecnologia garanta um consumo menor de energia, assim como a substituição das lâmpadas tradicionais por outras mais econômicas. Segundo o ministro do Planejamento Federal, Julio de Vido, o plano permitirá uma poupança de pelo menos 1% da demanda elétrica nacional, ou 175 MGW. (Agências)
Óleo diesel já tem 2% de combustível vegetal
Pedro Rey/AFP
A moeda de euro de Malta
Chipre e Malta na eurozona
D
esde ontem, as ilhas de Chipre e Malta fazem parte da chamada eurozona, o grupo de países que adota o euro como moeda. Agora, eles chegam a 15. Os líderes das duas ilhas, que, juntas, têm 1 milhão de habitantes, querem aproveitar as vantagens econômicas da moeda única, em especial a estabilidade. Mas a população teme a alta do custo de vida. (Agências) A partir de ontem, a Venezuela tem nova moeda, o bolívar forte. Foram cortados três zeros do bolívar.
D
esde ontem, o óleo diesel vendido nos 35 mil postos de combustíveis do País contém 2% de biodiesel produzido principalmente a partir de mamona, soja, girassol, granola e dendê. A chegada do chamado "B2" representará para o Brasil uma economia de US$ 410 milhões, reduzindo a dependência externa do diesel de 7% para 5%. Apesar de o biodiesel ser mais caro que o diesel, o governo não acredita que haverá aumento no preço final do combustível para o consumidor. (AG)
Lula sanciona a nova lei contábil, com só um veto. presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a nova lei contábil, aprovada em dezembro pelo Congresso. Com apenas um veto presidencial, a nova legislação, que atualiza uma lei de mais de 30 anos, coloca a contabilidade brasileira nos padrões internacionais, o que deve facilitar a entrada de investimentos estrangeiros. Com a padronização de
O
regras com as internacionais, o investidor externo não precisará mais criar departamentos exclusivos para preparar e analisar os balanços das empresas aqui estabelecidas. Pelas novas regras, os ativos e passivos das sociedades anônimas brasileiras serão registrados não mais por seus custos de aquisição, mas pelo valor a eles atribuído pelo mercado,
o que garante mais realismo na análise das condições de solvência. As empresas de capital aberto terão de divulgar com regularidade demonstrações de fluxo de caixa. A lei obriga grandes empresas sem ações em bolsa a divulgar seus balanços. O veto cancelou a modificação do artigo que define o "resultado de exercícios futuros". (AE)
Começam adesões ao Supersimples
A
partir de hoje, micros e pequenas empresas que perderam a oportunidade em 2007 poderão aderir ao Simples Nacional, programa de pagamento de impostos conhecido como Supersimples. O governo acredita que 200 mil empresas farão a mudança. O prazo de adesão vai até agosto. (AE) ciranda@dcomercio.com.br
Fabio D'Castro/Hype
Apesar da ampla malha rodoviária, só pouco mais de 10% das estradas brasileiras são asfaltadas. E a maioria tem buracos.
Setor de infra-estrutura está animado com projetos do PAC Fernanda Pressinott
D
ez meses depois de anunciado, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ainda não mostrou ações concretas na área de infra-estrutura. Apesar disso, os participantes do setor não reclamam e dizem que esta é a primeira vez em anos que o governo sinaliza investir em transportes, rodovias, ferrovias e sistema aéreo. Até agora foram trabalhadas as formas de gestão das 1.271 obras de infra-estrutura monitoradas pelo programa. Outras oito obras de dragagem portuária e seis em aeroportos foram incorporadas ao PAC em setembro. "Estamos acompanhando mês a mês, como se fosse uma gestação, os projetos do PAC, e o governo tem agido de forma positiva. Tem falado com parceiros e tentado resolver as questões burocráticas, jurídicas e ambientais", diz o diretorexecutivo da Associação Nacional de Transportes Ferroviários (ANTF), Rodrigo Villaça. Ele acredita que, entre 2008 e 2010, os projetos serão final-
mente postos em prática. A Casa Civil, responsável pelo PAC, tem um balanço sobre as obras apenas até agosto. A iniciativa privada não tem n ú m e ro s q u e i l u s t re m a s ações. Até agosto, o governo afirmava que 83,6% das ações estavam no ritmo adequado. O próximo balanço do programa deve sair em fevereiro. No setor ferroviário, diz Villaça, alguns graves problemas, como a desapropriação de famílias na área da Transnordestina, já foram resolvidos. "Essa obra deverá estar pronta em 2010", diz. Mas outros projetos sequer começaram a ser discutidos, caso do Programa de Segurança Ferroviária (Prosefer), pleito antigo do setor, que exige a retirada de famílias das linhas dos trens e resoluções concretas para as passagens de nível. "Precisamos de 13 obras urgentes nesse setor de segurança para garantir a continuidade do serviço nos 28 mil quilômetros de linhas férreas existentes. Isso é mais importante que a expansão das linhas", reclama Villaça. Recentemente, a ANTF entregou o programa do Prosefer para a Departamento
Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit), e aguarda parecer da entidade. Estradas – O setor rodoviário está otimista com o PAC, embora não tenha visto ações concretas de melhoria na infraestrutura viária. "Acreditamos no governo, que diz iniciar as obras em 2008", afirma o presidente da seção de cargas da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Flávio Benatti. Pesquisa da entidade mostra que a falta de pavimentação e a geometria das vias, como falta de duplicação, ainda são os principais problemas para os usuários. Uma pequena melhora, em 2007, veio da sinalização. Dos 87 mil quilômetros de rodovias pesquisados, 73,9% apresentaram algum tipo de problema. Em 2006, a proporção de problemas chegava a 75%. "A maior falácia do Brasil é dizer que somos um país com base no transporte rodoviário. Temos estradas sucateadas, e não investimos nem nesse modal, nem em nenhum outro. Apenas em São Paulo e no Sul do País temos condições melhores", afirma Benatti.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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Indicadores Econômicos
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2/1/2008
empresas fundadas entre 1994 e 2005 decretaram falência em dezembro.
COMÉRCIO
DC
Fundo
Informe Publicitário FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Posição em
P. L. do Fundo
Empresarial LP
27/12/2007
27.214.939,74
Esher LP Hope LP JCP-SUL LP Master Recebíveis LP Múltiplo LP Odyssey LP Prospecta LP Redfactor LP Valecred LP
27/12/2007 27/12/2007 27/12/2007 27/12/2007 27/12/2007 27/12/2007 27/12/2007 27/12/2007 27/12/2007
21.190.317,15 14.488.063,77 1.930.213,51 2.120.320,27 16.471.863,91 498.378,08 1.376.388,07 13.121.630,32 5.266.067,68
Tipo Subordinada Sr 1ª emissão Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Sub - Classe A
Vlr Cota Sub 1.665,946232 779,575265 1.104,785451 1.293,247611 1.117,168065 1.320,326793 1.515,662301 996,756160 942,069119 1.205,860890 1.042,613486
% rent. mês % ano 1,0040% 28,26% -19,3351% -24,68% 37,2136% 19,56% 1,0241% 29,32% 2,0689% 11,72% 1,6302% 10,90% 1,9325% 21,05% -0,3244% -0,32% 0,7416% 0,74% 2,7046% 20,59% 0,9068% 4,26%
Tipo Sr 2ª emissão Sr 3ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sub - Classe B
Vlr Cota Sr 1.043,361399 1.013,552044 1.033,660440 1.073,024220 1.029,842560 1.288,200078 1.016,968652 1.046,441006 267,648502
% rent. mês 0,8689% 0,8689% 0,8309% 0,8309% 0,7930% 0,8316% 0,8689% 0,8689% 6,2909%
% ano 4,34% 1,36% 3,37% 7,30% 2,98% 13,00% 1,70% 4,64% 15,83%
rating A+(Austin) BBB(Austin) AA-(Austin) AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) A- (Austin) A- (Austin) AA(Austin) A(Austin)
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
Fotos de Masao Goto Filho/e-SIM
Na foto ao alto, pedestre atravessa o costumeiramente congestionado cruzamento das avenidas Rebouças com Brasil/Henrique Schaumann. À esquerda, a avenida Brigadeiro Luís Antônio com Brasil, outro cruzamento normalmente caótico. Acima, à direita, a avenida 23 de Maio, uma das mais movimentadas da cidade. À direita, o viaduto Dona Paulina vazio. Nem a chuva foi capaz de quebrar a tranquilidade de uma cidade sem carros.
Este sossego acaba dia 14 Na manhã de ontem, zero km de congestionamento Ivan Ventura
A
costumados com as centenas de quilômetros de congestionamento a qualquer hora do dia, o paulistano pôde presenciar, nestes dois primeiros dias de 2008, um fenômeno, no mínimo, surpreendente. Ontem, a quinta maior cidade do mundo, com uma frota de aproximadamente 5,5 milhões de veículos, estava praticamente vazia, livre dos engarrafamentos. E as previsões da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) são boas, pelo menos até a próxima semana: seus técnicos prevêem congestionamentos mínimos, entre dez e surpreendentes zero quilômetro. Ontem, o índice zero de congestionamento foi registrado no final da manhã e manteve-se assim durante boa parte da tarde. Segundo o gerente de tráfego da CET, Gilson Grilli o índice zero ou abaixo de 10 quilômetros não é assim tão raro e sempre acontece nos primeiros dias de um novo ano. Em média, nessa época do ano, ele representa 1% dos 800 km de vias monitoradas pelos agentes da companhia. Também nesse período, os congestionamentos nos períodos da manhã e da tarde são praticamente idênticos, algo que contrasta com a realidade no ano: o normal é que a lentidão da tarde seja maior do que a da manhã. A explicação para o reduzido número de veículos pode até ser óbvia, mas uma cidade como São Paulo livre dos carros até parece um
sonho. “Essa situação não é rara e sempre acontece na primeira semana de um novo ano. Os motivos são conhecidos: os êxodos do Natal, do réveillon e as férias profissionais e das crianças. Há ainda os casos dos pais que retornam à Capital no primeiro ou no segundo dia do ano, mas deixam os filhos e a esposa na praia ou no interior, para que possam aproveitar mais alguns dias de descanso em outras cidades”, disse Grilli. O problema é que as buzinas ensandecidas e o trânsito caótico têm data marcada para voltar. Pelas contas de gerente de tráfego da CET, o índice de congestionamento vai aumentar, ainda que timidamente, já na próxima semana, e voltará à dura realidade paulistana no dia 14, data em que o rodízio veicular municipal será retomado. Depois do dia 14, previsões sombrias: “Mesmo no aniversário de São Paulo (o dia 25 de janeiro cairá numa sextafeira) e no carnaval (que começa em 1º de fevereiro) não haverá reduções drásticas nos congestionamentos", afirmou Grilli. Chuva – Ontem, apenas a chuva conseguiu alterar um pouco a tranqüilidade no trânsito da cidade. E, mesmo assim, sem grandes conseqüências: o pico de congestionamento da tarde foi de 60 quilômetros, às 19h. Às 19h30, a lentidão caiu para 41 quilômetros. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergência, a chuva provocou 11 pontos de alagamento. Em dias normais, com chuva, não seria de estranhar um congestionamento perto dos 200 quilômetros.
7 Com a volta das férias e a retomada do rodízio, as ruas de São Paulo voltarão ao caos de todos os dias.
Países como o Irã que ameaçam o futuro da humanidade não têm futuro. Sobreviveremos a [Mahmoud] Ahmadinejad.
www.dcomercio.com.br/logo/
Do presidente israelense e Nobel da Paz, Shimon Peres, ao afirmar que uma guerra contra o Irã não é necessária, em entrevista publicada ontem no jornal alemão Süddeutsche Zeitung.
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
JANEIRO
AFP - 16/07/07
Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO
10 - LOGO
3 Três anos da morte do autor norte-americano de HQs Will Eisner (1917-2005), criador de Spirit (ao lado)
I NTERNET S AÚDE
Geração biblioteca
Mulheres ganharão seu 'Viagra' 99 instituições médicas participam do projeto para testar a eficácia e segurança da droga. O LibiGel vem em uma embalagem flexível. A mulher aplica uma quantidade de gel na parte superior do braço. Durante 24 horas, a testosterona presente na pomada age na corrente sangüínea, o que deve fazer com que a libido feminina aumente. O novo medicamento é considerado melhor do que seus antecessores porque mantém constantes os níveis de hormônio, processo muito semelhante ao que acontece com a testosterona.
C ELEBRIDADES
Segredos do coração de Paul
Roberto Schmidt/AFP
O ex-Beatle Paul McCartney foi submetido secretamente a uma cirurgia no coração no segundo semestre de 2007, informou ontem o Daily Mirror. O músico se submeteu a uma angioplastia coronária.
O silêncio de Sommerfeld
Pesquisa mostra que o espaço dos livros começa a mudar de função
M
ais de metade dos norteamericanos visitaram uma biblioteca no ano passado. Mas isso não significa que eles estejam lendo mais. Muitos dos usuários de bibliotecas são atraídos pelos computadores mais do que pelos livros. Dos 53% dos adultos norteamericanos que dizem ter visitado uma biblioteca em 2007, a maior concentração de usuários estava na faixa etária dos jovens de 18 a 30 anos, composta por entusiastas da tecnologia e conhecida como "Geração Y", afirmou a pesquisa do Pew Internet & American Life Project. "Essas constatações viram de cabeça para baixo nossas idéias sobre bibliotecas", disse
Leigh Estabrook, professora emérita na Universidade de Illinois e co-autora de um relatório sobre os resultados da pesquisa. "O uso da internet parece criar uma fome de informações, e são os jovens adeptos da informação que têm maior probabilidade de visitar uma biblioteca", afirmou ela. Os usuários de internet têm probabilidade duas vezes maior de utilizar uma biblioteca do que os nãousuários, diz a pesquisa. As bibliotecas públicas agora oferecem assistência virtual às tarefas escolares, programas especiais de jogos, e alguns bibliotecários chegaram a criar personagens no mundo virtual Second Life, disse Estabrook. A pesquisa demonstrou que 62% dos respondentes da
geração Y afirmaram ter ido a uma biblioteca nos últimos 12 meses, e que a proporção de usuários cai firmemente de faixa etária a faixa etária. Cerca de 57% dos adultos de 43 a 52 anos dizem ter ido a uma biblioteca em 2007; essa proporção cai a 46 por cento para a faixa dos 53 a 61 anos; a 42 por cento para a dos 62 a 71; e a apenas 32 por cento para as pessoas com idade superior a 72 anos. "As descobertas nos surpreenderam, em especial com relação à Geração Y", disse Lee Rainie, co-autora do estudo e diretora do projeto Pew. Em 1996, uma pesquisa da Benton Foundation detectou que os jovens adultos consideravam que as bibliotecas se tornariam menos relevantes no futuro.
Menahem Kahana/AFP
Divulgação
Cientistas da Universidade de Virginia, nos EUA, anunciaram que já está em fase de testes o "Viagra para mulheres". Ao contrário da versão masculina, que vem em pílulas, o 'Viagra' feminino é uma pomada chamada LibiGel, que tem o objetivo de aumentar a libido em mulheres que têm pouco interesse em sexo. O remédio será prescrito nos próximos meses para mulheres que sofram de desejo sexual hipoativo (DSH), problema que atinge cerca de um terço das norte-americanas. Além da Universidade de Virginia, outras
M ÚSICA
O lendário pianista do cinema mudo Willy Sommerfeld, responsável pelas trilhas sonoras de filmes míticos de Greta Garbo e Charles Chaplin, morreu aos 103 anos em Berlim, informou ontem a Associação Amigos da Cinemateca Alemã. Sommerfeld, que se manteve ativo até os 100 anos e recebeu a Câmera de Ouro do Festival de Cinema de Berlim em 2004, morreu em 19 de dezembro. O pianista, cuja figura foi resgatada pela diretora Ilona Ziok através do documentário The Sounds of Silents – Der Stummfilmpianist de 2006, era o último entre os grandes desta especialidade, praticamente extinta com a chegada do som.
E UA B RAZIL COM Z
O pequeno pescador de gigantes
E M
Beach Post. O recorde anterior nesse estado – famoso pela presença e ataques de tubarões em suas águas – foi registrado em 1981 em Panama City Beach, no Golfo do México, com a captura de um tubarão de 234 quilos, segundo a Comissão de Pesca e Vida Silvestre da Flórida. Depois de uma luta de vinte minutos, Aidan começou a perder o controle. "A coisa era enorme", contou o menino, que pesca desde os 5 anos. Segundo sua mãe, Maureen Murray, ele pescou outro tubarão de 209 kg há um ano.
Salvem a onça do Pantanal
L
Aidan Murray Medley, um garoto norte-americano de 12 anos, quebrou o recorde de captura de tubarões no estado da Flórida ao pescar, na baía de Palm Beach, um enorme tubarão-touro de 250 quilos e aproximadamente três metros de comprimento. Aidan passava as férias de fim de ano com a família na região quando decidiu praticar um de seus esportes favoritos, a pesca, e acabou surpreendendo a todos ao capturar o imenso tubarão. O feito lhe rendeu ainda uma foto na capa do jornal local, o Palm C A R T A Z
D ESIGN
VISUAIS
L
C IÊNCIA
Embalagem exclusiva do Fleurs de Sel, com edição limitada a 15 frascos, com caixa em detalhes prateados e dourados
Reproduções/site
Spy Snooper é um robô que capta sons e os transmite para um receptor e pode ser usado como babá-eletrônica ou para ouvir conversas a uma distância de até 46 metros. O robô mede 23 cm de comprimento por 25 cm de altura e custa 39,99 libras.
A especialista em moda mais badalada da mídia e que bate o ponto no Fantástico, Glória Kalil, mantém um site em que dá suas dicas de estilo, etiqueta, consumo e, claro, tendências da moda para os internautas. Além de dicas, o site traz notícias comentadas da área, informações sobre as temporadas de desfiles no Brasil e no exterior, deslizes e acertos de moda das celebridades, testes de produtos e muito mais. O site tem ainda vídeos e podcasts sobre o tema. http://chic.ig.com.br
Uma vacina 'anticocaína' Cientistas da Faculdade de Medicina de Baylor, nos EUA, anunciaram ontem que trabalham no desenvolvimento de uma vacina contra o vício em cocaína. A vacina atuaria como uma espécie de estímulo para que o sistema imunológico funcione para combater as moléculas que compõem a droga. A expectativa é de que a Food and Drug Administration (FDA), órgão norte-americano que regula a comercialização de medicamentos e alimentos, libere os testes da vacina "anticocaína" em humanos ainda este ano. L OTERIAS Concurso 789 da LOTOMANIA
A TÉ LOGO
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
EUA: pré-candidatos a presidente pedem que eleitores compareçam nas prévias de Iowa Fogo atinge hospital que é centro de referência para tratamento de câncer em Londres
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Chic, em todas as ocasiões
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Um robô mestre em espionagem
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F AVORITOS
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de luxo
www.millerharris.com
G @DGET DU JOUR
catalog/product_info.
Fragrância imitado a apenas 15 frascos e vendido por US$ 1 mil, o perfume Fleurs de Sel, da empresa de perfumes londrina Miler Harris, vale tanto pelo aroma quanto pela embalagem, de design invejável. A marca, criada pela perfumista Lyn Harris, tem cerca de 20 fragrâncias e aposta no design das embalagens, mas superou as expectativas com o Fleurs de Sel. O perfume tem uma versão mais simples – e mais barata – sem a caixa em veludo negro com forro de cetim amarelo e a decoração, que custa US$ 200.
Exposição resgata patrimônio cultural de Santana de Parnaíba a partir de painéis fotográficos. Cine-Teatro Coronel Raymundo. Rua Suzana Dias, 300.
www.iirobotics.com/
SENTINELA - Turistas em sinagoga na costa do mar da Galiléia, por onde o presidente George W. Bush deve passar na próxima semana em visita a Israel. Mais de 7 mil agentes – quase um terço do efetivo da polícia israelense – farão a segurança de Bush.
O serviço noticioso do jornal norte-americano The New York Times publicou ontem uma longa reportagem sobre as primeiras mobilizações de ambientalistas brasileiros e estrangeiros para a preservação da onça-pintada, ou jaguar, do Pantanal, cujo nome científico é Panthera onca. Considerada o maior felino das Américas e o terceiro maior do mundo, a onça ainda vaga com freqüência pelos pastos do Pantanal. Os grandes felinos são rotineiramente caçados como retaliação pela perda de cabeças de gado, o que colocou o animal na lista de espécies em risco.
Líbano só terá presidente eleito se oposição tiver poder de veto, diz líder do Hezbollah
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Finanças Tr i b u t o s Nacional Empresas
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3 Eduardo Knapp/Folha Imagem
Megaliquidações, como as da Casas Bahia, começam a partir de amanhã.
PRODUTOS CAROS PUXARAM VENDAS
EM DEZEMBRO, AS VENDAS NO VAREJO NA CIDADE DE SÃO PAULO FORAM AS MELHORES EM 10 ANOS.
2007: O MELHOR ANO DESDE 2000. Newton Santos/Hype
Vanessa Rosal
O
crescimento das vendas do varejo paulistano em 2007 foi o maior dos últimos sete anos. A expansão atingiu 6,15%. O melhor desempenho anterior do comércio ao longo de todo o ano ocorreu em 2000, quando houve uma evolução de 7,81%, de acordo com pesquisa do Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), divulgada ontem. As vendas do varejo paulistano tiveram crescimento médio de 7,8% em dezembro, na comparação com o mesmo mês de 2006. De acordo com o balanço do IEGV, o Natal de 2007 foi o melhor dos últimos dez anos para o comércio da capital paulista, com ligeiro destaque para os bens de maior valor. O principal medidor das compras no crediário, o número de consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), revelou expansão de 7,9%. Já as consultas ao UseCheque, que mostram o ritmo dos negócios à vista, aumentaram 7,7%. Para o economista da ACSP Emílio Alfieri, o aumento do volume do crédito e a elevação da massa salarial foram alguns dos fatores responsáveis pelos bons resultados. "As quedas da taxa básica de juros e da moeda americana também fo-
Aproveitando o 13º salário, muita gente tem comparecido ao SCPC para tentar renegociar dívidas.
Começam liquidações-relâmpago Renato Carbonari Ibelli ram fundamentais para um Natal mais gordo", disse. Uma segunda pesquisa do IEGV revelou expansão de 6,15% nas consultas ao SCPC e UseCheque ao longo de 2007, com aumentos de 6,2% e 6,1%, respectivamente. Alfieri acredita na continuidade do crescimento do comércio varejista ao longo deste ano. Inadimplência – Pelo quarto ano consecutivo, o número de carnês em atraso que foram quitados ou renegociados superou o de carnês atrasados, em dezembro – 418.021 cancelamentos, contra 385.602 registros. Segundo Alfieri, o número de registros recebidos no ca-
dastro de inadimplentes da ACSP apontou aumento de 10,2%, ante um crescimento de 16% nos cancelamentos de débitos. "O consumidor está aproveitando o 13º salário para quitar dívidas", afirmou. É o caso da dona-de-casa Alessandra Lopes, que foi ontem ao SCPC resolver uma dívida antiga. "Faz dois anos que estou com o nome sujo", disse. O casal José Adilson Nascimento e Ivania Izabel da Silva queria liquidar uma dívida de R$ 7 mil. "Vamos tentar renegociar com as empresas", disse José Adilson. Somente ontem, cerca de 2 mil pessoas procuraram o SCPC.
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uem não ficou no vermelho com as festas de fim de ano pode fazer bons negócios indo às compras a partir de amanhã, quando grandes redes do varejo começam a promover liquidações-relâmpago. O comércio promete descontos acima de 50% em alguns produtos. Mas o consumidor precisa ser rápido, pois as promoções, em geral, acontecem em um único dia, e os produtos somem rápido. No ano passado, a rede Magazine Luiza vendeu R$ 50 milhões em apenas seis horas. Neste ano, essa rede abrirá
as portas a partir das 5h – pela quinta vez, a doméstica Sirlei Maria de Jesus abriu a fila do Magazine Luiza em Campinas. Ela chegou às 19h20 de terça-feira. Segundo a rede, eletrodomésticos, brinquedos e móveis poderão ser encontrados com até 70% de desconto. Entre os dias 4 e 5, as Lojas Cem darão descontos em produtos de todas as linhas. Segundo Valdemir Coleone, superintendente-geral da rede, os maiores descontos serão para os produtos que estão saindo de linha e precisam ser desovados para dar espaço aos substitutos. As vedetes de consumo, como televisores de plasma, não terão grandes reduções de preço. "A grande
procura por esses televisores já fez seu preço baixar bastante ao longo do ano. Há espaço para uma redução de no máximo 20% do valor", diz. O Ponto Frio também programou sua liquidação para amanhã, com promessas de 70% de descontos em alguns produtos, que poderão ser adquiridos em até 24 vezes no carnê ou em até 12 vezes no cartão de crédito. Logo após o Natal, a maioria das redes fez saldões, incluindo Extra, Casas Bahia e Carrefour. Os shoppings também anunciam liquidações. A do Shopping Penha, por exemplo, ocorrerá entre 17 e 20 de janeiro. Há promessa de descontos de até 60%.
2 - OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
QUAL ESTRAGO UMA RECESSÃO NOS ESTADOS UNIDOS PODE FAZER NA AMÉRICA LATINA?
Céllus
O BANCO DO SUL E A INTEGRAÇÃO
O
Brasil acaba de comprometer-se com uma iniciativa de valor duvidoso para a integração da América do Sul. Com alguma relutância, aderiu à esdrúxula idéia do presidente venezuelano Hugo Chávez de criar um banco regional de desenvolvimento, o B anco do Sul. Por ora, existe apenas no papel. A julgar pela indefinição de aspectos fundamentais para a operação de uma instituição financeira, talvez continue assim por muito tempo. O Banco do Sul foi inicialmente concebido para operar como uma espécie de FMI da América do Sul, incumbido de financiar programas de ajuste em países da região sem as incômodas condições impostas pelas velhas instituições multilaterais, consideradas instrumentos do neoliberalismo. A iniciativa foi entusiasticamente apoiada pelo governo argentino. Com o novo banco, a Venezuela poderia dividir com os países vizinhos o custo da ajuda financeira à Argentina. Vetada a iniciativa pelo governo brasileiro, o Banco do Sul transmutou-se em banco regional de desenvolvimento, nos moldes do BNDES e do BID. O nascimento da nova entidade foi pouco auspicioso. Falta definir quase tudo, desde a missão e estratégia do banco até aspectos básicos de sua operação, o que revela a fragilidade da iniciativa. Não se sabe qual será o capital inicial (fala-se em US$ 7 bilhões, metade do capital do BNDES), o aporte de cada país, como será constituída a diretoria e estruturado seu comando. O poder de decisão será paritário ou proporcional ao aporte de capital de cada país membro? O que se sabe é que o Banco do Sul terá sede em Caracas e sub-sede em Buenos Aires. O governo brasileiro já tomou suas precauções. Decidiu que não serão utilizadas as reservas internacionais, que os recursos sairão de fontes fiscais e que o poder de decisão deverá ser distribuído de maneira proporcional ao aporte de cada país. Tampouco deixou de registrar suas preocupações com o futuro da iniciativa. É difícil acreditar que o Banco do Sul possa evitar o fracasso. Os países da região têm amplo
G Gastar dinheiro
com o Banco do Sul só pode ser mais uma tentativa de apaziguar Hugo Chávez
acesso a instituições multilaterais de crédito como o B anco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Corporação Andina de Fomento (CAF), todas com grau de investimento. Por não desfrutar dessa condição, os empréstimos do Banco do Sul serão necessariamente mais caros.
Q
uanto à integração regional, deve-se notar que o espaço desse objetivo na agenda da política externa brasileira tem sido inversamente proporcional à coesão dos países sul-americanos. Não por acaso, nem o Chile, o Peru ou a Colômbia, países que elegeram como prioritária a relação bilateral com os Estados Unidos, interessaram-se pelo Banco do Sul. O que é mais enigmático é o Brasil apoiar o Banco do Sul precisamente quando resolveu substituir os outros bancos multilaterais pela CAF, aumentando o número de empréstimos tomados pelo governo federal nessa instituição. Para tanto, o País mudou seu status para tornar-se "membro especial" ao custo de um aumento de capital de US$ 467 milhões na CAF. O objetivo do governo brasileiro é obter apoio financeiro para projetos de integração no continente, bem como fortalecer financiamentos do BNDES na região. A legislação impede o banco brasileiro de financiar gastos locais em obras fora do Brasil. Por meio da CAF, cujos recursos são bem mais baratos que o BNDES, será possível financiar projetos de empresas brasileiras em todo o continente. Nessas circunstâncias, gastar dinheiro com o Banco do Sul só pode ser mais uma tentativa de apaziguar Hugo Chávez. TRECHOS DO COMENTÁRIO ECONÔMICO DA MCM CONSULTORES WWW.MCMCONSULTORES.COM.BR
Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br
Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luizo@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Adriana David, André Alves, Davi Franzon, Dora Carvalho, Eliana Haberli, Fátima Lourenço, Felipe Datt, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Jane Soares, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Marcus Lopes, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro , Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60
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PAULO SAAB FÉRIAS FRUSTRADAS
Céu de brigadeiro ou É vôo de galinha?
M
uitas vezes é mais importante a pergunta certa que a resposta. Em recente artigo, Jeromin Zettelmeyer, do FMI, pergunta se a melhoria dos fundamentos econômicos da América Latina não passa de uma ilusão. A pergunta é pertinente. Em toda a região retomou-se o crescimento; a inflação, exceto na Venezuela e na Argentina, está razoavelmente sob controle; muitos países têm saldos em conta corrente elevados; a dívida externa da região está diminuindo. A mesma pergunta óbvia já havia sido feita anteriormente no último relatório Perspectivas Econômicas Regionais-Hemisfério Ocidental, do FMI: qual o estrago que um forte aperto no crédito combinado com uma recessão nos Estados Unidos pode fazer no crescimento latino-americano? Os países mais vulneráveis da região seriam aqueles que dispõem de um volume de reservas internacionais relativamente pequenos; os países cujas exportações, exclusive commodities, não estão crescendo; e que as contas fiscais persistem desalinhadas. Os pessimistas dizem que, na verdade, todo o ganho da região não passa de pura sorte. Nada de novo sob o sol, exceto o fato de que a região é liquidamente exportadora de matérias primas e o crescimento mundial está fazendo a demanda por matérias primas explodir; e que junto com essa explosão da demanda há uma liquidez na economia mundial à cata de opções de investimento na América Latina como não se via há muito tempo. Para daí concluir que o crescimento das exportações puxando o crescimento do PIB é circunstancial e pode ser revertido rapidamente. A questão, contudo, é que a melhoria dos fundamentos econômicos latino-americanos é, em geral, concreta. Os indicadores estão aí, à vista de todos. As principais economias da região são fervorosos praticantes do "tripé virtuoso": política monetária baseada em metas de inflação; superávits primários suficientes para evitar uma explosão da dívida pública; câmbio flutuante. O regime de metas de inflação tornou previsível a política monetária nas principais economias da região (Equador e Venezuela são obviamente exceção). Pela sua gestão quase automática, isolou cada economia de choques decorrentes de eventos aleatórios, como a crise do subprime que ainda não deu sinais de haver terminado.
G Quase todo o crescimento na
América Latina é puxado pela demanda externa. Uma reversão do cenário externo pode transformar o 'espetáculo do crescimento' em um 'vôo de galinha'. Por Roberto Fendt O regime de câmbio flutuante atua na mesma direção. A taxa de câmbio aprecia e desvaloriza, tanto diante de fatos concretos como de expectativas e percepções dos agentes econômicos. Tivemos turbulências externas em março, agosto e agora no final do ano; em cada um dos eventos, o câmbio subiu e posteriormente acomodou-se, resguardando a economia interna e evitando que fossem necessárias medidas recessivas de controle da demanda.
F
inalmente, a geração de superávits primários tem evitado que outro flagelo dos anos 80 assolasse a região: crescimentos explosivos das dívidas públicas, impulsionados por persistentes e significativos déficits fiscais. Não se depreenda que a região tornou-se modelar nas finanças públicas; porque tudo que se necessita é manter um superávit primário mínimo que mantenha a dívida, como proporção do PIB, constante ou ligeiramente declinante. Tudo isso foi feito em vários países da região – Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru. Uma peculiar combinação de pura sorte, expressa principalmente na melhoria dos termos de troca desses países, com acumulação de reservas tornou esses países menos vulneráveis a choques externos que nos anos 80 e início dos anos 90. Céu de brigadeiro, portanto? A curto prazo, provavelmente. A questão é o "espetáculo do crescimento" a longo prazo. Quase todo o crescimento na região, talvez com a exceção de nosso país em 2007, é puxado pela demanda externa. Uma reversão do cenário externo, embora não tenha o potencial de gerar uma crise de vulnerabilidade, pode tornar o "espetáculo do crescimento" um "vôo de galinha". Vamos torcer para que não.
Círculo virtuoso PEDRO RAFFY VARTANIAN
N
o segundo semestre de 2007, o Comitê de Política Monetária (Copom) interrompeu o processo de redução da Taxa Selic, considerando, entre vários aspectos, a meta para a inflação de 2008. Este regime tem como base o alcance, por parte do Banco Central, da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para a inflação, que é de 4,5% para 2008, igual à de 2007. O processo de flexibilização da política monetária, com reduções ininterruptas da taxa de juros desde setembro de 2005, promoveu impactos significativos na economia brasileira, que apresentou uma taxa de crescimento do PIB de 5,2% nos últimos quatro trimestres. Porém, há conseqüências. O aumento da produção eleva os níveis de utilização da capacidade instalada das empresas. Quando este uso aumenta nas empresas, os reajustes de preços são praticamente inevitáveis. Ou seja, quando a demanda por produtos e serviços cresce, os preços também tendem a aumentar. Outra característica do crescimento econômico associado ao processo de redução da taxa de juros é o investimento em bens de capital (máquinas e
equipamentos), por parte das empresas. De uma forma geral, as empresas conseguem ampliar a produção sem que sejam necessários reajustes nos preços. Porém, o aumento da produção eleva a demanda por matériasprimas, o que implica pressões nos custos das empresas, que não têm outra alternativa a não ser o reajuste. Tanto o investimento na produção quanto os custos das matérias-primas e os níveis de utilização da capacidade G Se as empresas
forem capazes de ampliar a produção sem criar inflação, então a Selic poderá sofrer mais cortes. instalada são monitorados pelo Copom. Como os efeitos das reduções da Selic se dissipam num intervalo situado entre seis e nove meses, a economia brasileira continuará fortemente aquecida no primeiro semestre de 2008. Desse modo, como a expectativa de inflação para o próximo ano, de 4,10%, é bem próxima da meta, são esperados apenas três cortes da taxa ao
longo de 2008, provavelmente concentrados no meio do ano. Tanto a intensidade quanto o período dos cortes dependerão do comportamento da economia. Se as empresas forem capazes de ampliar a produção sem a ocorrência de inflação, então a taxa poderá sofrer mais cortes.
E
m contrapartida, se as pressões inflacionárias forem recorrentes, então o período de tempo que a Selic permanecerá constante será ampliado. No cenário mais provável, os três cortes previstos permitirão que o PIB cresça, em 2008, a uma taxa situada no intervalo entre 4% e 5%, repetindo o bom desempenho do ano de 2007. Evidentemente que uma redução mais agressiva da Selic acentuaria a taxa de crescimento econômico. Contudo, quando o crescimento econômico é acompanhado de inflação elevada, um eventual ajustamento futuro da economia rompe o ciclo de crescimento virtuoso, o que justifica a importância da cautela na condução deste processo, que deve ser combinado com estabilidade dos preços. PEDRO RAFFY VARTANIAN É CONSULTOR DO NÚCLEO DE NEGÓCIOS INTERNACIONAIS DA
TREVISAN CONSULTORIA
até lugar comum reclamar-se do trânsito da cidade de São Paulo e da falta de educação dos motoristas e da população em geral no quesito urbanidade no cotidiano de nossas vidas. O final de um ano e o início de outro ,dentro desse quadro, representa uma repetição, com a agravante do crescimento dos problemas, da transferência dos problemas da grande cidade para outras, especialmente do litoral, para onde se dirige uma razoável massa da classe média motorizada. Já houve quem dissesse que a melhor ocasião para se ficar em São Paulo é nos feriados prolongados, no réveillon e no carnaval. O contingente populacional que deixa a cidade a torna mais tranqüila, aprazível, poder-se-ia até dizer, habitável. Para os que viajam, todavia, em busca de descanso e paz, o caos vai junto. Na vida dos que viajam, o estresse já começa nas estradas. São milhares de veículos. Milhões de pessoas a ponto de esvaziar cerca de meia capital paulista. Uma viagem que dura em média uma hora e meia passa a demorar de quatro a seis horas. Sob sol escaldante, seguem carros lotados de gente e carga, em absoluto desrespeito às leis, com ultrapassagens em locais proibi-
G Para os que
viajam em busca de descanso e paz, o caos vai junto. O estresse já começa nas estradas. dos, pelo acostamento, e excesso de velocidade. Tentando se acomodar na cidade de destino, os milhões de viajantes desembarcam nas cidades litorâneas e as transformam em sucursal do inferno. Sem vagas suficientes, 'estacionam' seus veículos nas ruas, calçadas, fecham acessos e largam os carros e picapes gigantescas como se as abandonassem na via pública. A ausência de fiscalização e apreensão, para as quais os poderes municipais locais têm o ano todo para se preparar, concorre para que o exercício de simples caminhada, se transforme numa maratona de pernas em pára-choques. Surgem filas quilométricas nas padarias. Ausência de produtos que estão com os ambulantes e preços nas alturas transformam esse período do ano no inferno anunciado, no caos transportado. É preciso entender melhor o que move a classe média e seus possantes, os novos ricos e os expobres, que entraram no mercado com um primeiro carro. Imagina-se que todos estejam em busca de serem felizes. E fazem dessa mobilização, nesse transporte do caos, uma tentativa de felicidade coletiva. Unânime. Aí, entra a genialidade de Nelson Rodrigues, para quem a unanimidade é burra. Corre-se atrás do descanso e conseguindo voltar, com a graça de Deus, retornam zumbis estressados para a rotina que começa outra vez, em busca das 'férias' do ano que vem. E ainda tem o carnaval.... PAULO SAAB É JORNALISTA E DIRETOR-EXECUTIVO DO INSTITUTO CIDADANIA BRASIL
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Tr i b u t o s Empreendedores Empresas Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
4,6
BALANÇA TEVE SUPERÁVIT EM DEZEMBRO
por cento foi a alta acumulada pelo IPC-S, índice semanal de inflação, em 2007.
AUMENTO DE IMPOSTO NO BRASIL E PETRÓLEO ACIMA DE US$ 100 FIZERAM BOVESPA PERDER 1,56%
BOLSA COMEÇA ANO NO VERMELHO
O
ano de 2008 começou com ambiente pesado para os mercados financeiros. As medidas para compensar a falta da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF), anunciadas no final da tarde de ontem pelo governo (leia mais na primeira página deste caderno), afetaram em cheio as ações de bancos na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O mercado brasileiro de ações também foi prejudicado durante o dia pela deterioração das bolsas em Nova York. Os investidores receberam mal a disparada dos preços do petróleo para fevereiro — até US$ 100 o barril na Nova York Mercantile Exchange (Nymex). O Ibovespa, principal referência do mercado acionário nacional, fechou o primeiro pregão do ano em baixa de 1,56%, em 62.888 pontos. O volume financeiro atingiu R$ 3,26 bilhões. Na Bolsa de Valores de Nova York, o índice Dow Jones caiu 1,67% e o Nasdaq perdeu 1,61%.
Ouro bate valor de 1980
O
ouro disparou ontem para o nível mais alto em 28 anos, impulsionado pelo avanço do petróleo (leia mais no texto acima, nesta
Spencer Platt/Getty Images/AFP
Christian Inton/Reuters/Graphics
Valter Campanato/ABr
Depois de ter ultrapassado US$ 100 por barril, petróleo fechou cotado a US$ 99,62 em Nova York.
A Bovespa iniciou 2008 no vermelho, com o foco no mercado internacional. O movimento de baixa do início do pregão, visto como um ajuste relacionado às perdas das bolsas de valores em Nova York na última segunda-feira, dia 31, quando o mercado aqui estava fechado, ganhou velocidade no final da manhã com a divulgação nos EUA de um dado sobre atividade muito pior do que o esperado.
Petróleo — O preço do petróleo atingiu ontem, pela prim e i r a v e z , a b a r re i r a d o s US$ 100 por barril na Nymex. Segundo analistas, a alta foi provocada por motivos geopolíticos e temores de escassez durante o inverno americano. A cotação cedeu no final do pregão e fechou em US$ 99,62, alta de 3,77%. Em Londres, o petróleo tipo Brent também bateu recorde histórico, alcançando os US$ 97,74 por barril. "Alcançamos finalmente a barreira dos US$ 100 e aí ficaremos enquanto houver desequilíbrio entre a oferta e a demanda", comentou Bart Melek, analista do BMO Capital Markets. Especialistas brasi-
leiros, porém, ainda acreditam em queda das cotações ao final do inverno no Hemisfério Norte, caso as tensões geopolíticas, como a crise política no Paquistão e o conflito étnico no Quênia, arrefeçam. A consultoria Tendências, por exemplo, trabalha com cotação média entre US$ 75 e US$ 80 em 2008 — em 2007, o valor ficou em torno dos US$ 72 por barril. "Não esperamos que essa alta perdure. A queda depende de questões geopolíticas e da economia norte-americana", disse o analista Walter Vitto. Em geral, os economistas não acreditam em alta nos preços da gasolina e do diesel no Brasil. (AE)
página), pelo dólar fraco e por crescentes tensões geopolíticas. De acordo com especialistas, o movimento sugere o teste da marca de US$ 850 dólares a onça do metal. O ouro à vista era negociado a US$ 857,3 no meio da tarde de ontem (horário de Brasília) — preço
mais alto desde o dia 21 de janeiro de 1980, quando o produto valia US$ 850. Na última segunda-feira, o ouro era cotado a US$ 832,7 na bolsa de mercadorias de Nova York. "Os fundamentos atualmente estão bem fortes para o ouro; não há
nenhuma dúvida sobre isso", afirmou David Thurtell, analista de metais no BNP Paribas. "Certamente o dólar fraco e as turbulências no mercado de crédito imobiliário de alto risco nos Estados Unidos têm sido favoráveis para o ouro." (Reuters)
Operadores na Nymex: recorde.
Segundo Barral, secretário de Comércio Exterior, queda era esperada.
Superávit comercial caiu 13,8% em 2007
O
saldo positivo de US$ 40,039 bilhões na balança comercial de 2007, anunciado ontem pelo governo, interrompeu a trajetória de aumento anual do superávit registrada nos últimos dez anos. Com queda de 13,8% em relação aos US$ 46,456 bilhões de 2006, o resultado significou também recuo em relação a 2004, quando o saldo alcançou US$ 44,702 bilhões. A reversão deveu-se a um ritmo de crescimento das importações duas vezes maior que o das exportações. O movimento pode ser explicado por uma combinação dos efeitos do aquecimento da economia e da valorização do real. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior prevê que em 2008 as exportações deverão atingir US$ 172 bilhões, o que representa crescimento de apenas 7,09% em relação a este ano. Se as importações mantiverem o ritmo, o saldo da balança terá novo recuo. A previsão do Banco Central é de que o superávit caia para US$ 30 bilhões. A queda no saldo, entretanto, deu-se em paralelo à expansão do total do comércio de bens do Brasil com o exterior. A corrente de comércio (soma das operações de importação e exportação) alcançou o recorde de US$ 281,259 bilhões — cifra 22,7% maior que a de 2006. Recorde — As exportações totalizaram US$ 160,649 bilhões em 2007, um recorde histórico. Cresceram 16,6%, na comparação com 2006, favorecidas pela elevação de preços de commodities, como milho, e pelo aumento das vendas de materiais de transportes. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), houve recorde de vendas em 70% da pauta exportadora brasileira. As importações também ba-
t e r a m re c o rd e , a o a t i n g i r US$ 120,61 bilhões em 2007, e tiveram expansão bem maior: 32%. Quase a metade do total, 49,3%, correspondeu a compras de insumos pelo setor produtivo, e uma parcela de 20,8% referiu-se a aquisições de bens de capital. Embora com uma fatia menor (13,3% do total), os bens de consumo foram os que apresentaram a taxa mais elevada de expansão entre as categorias de produtos importados — 33,2%, em resposta ao aquecimento econômico do País e ao real valorizado. Nesse conjunto, a importação de automóveis aumentou 62,4%, em relação a 2006. O anúncio da auto-suficiência do Brasil em petróleo não interferiu na lógica de compra do insumo e de seus derivados pela Petrobras. Responsável por 16,6% da pauta de importação do País, o item combustíveis e lubrificantes aumentou 31,6%, em relação a 2006. O secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, minimizou a importância da redução do superávit comercial, que já era esperada. "O saldo de 2007 é historicamente importante e ainda muito alto em comparação com as exportações", disse, observando que o superávit de US$ 40 bilhões correspondeu a 25% do valor total dos embarques do ano. Entre economias em desenvolvimento não-exportadoras de petróleo, afirmou Barral, apenas a Argentina apresenta um cenário tão favorável como esse, com saldo equivalente a 26% de seus embarques. "O resultado da balança comercial brasileira foi excepcional e excedeu todas as expectativas. Também mostrou que a competitividade foi mais importante que a valorização do câmbio", completou. (AE)
Alimentos pressionam IPC-S
A
constante alta dos preços dos alimentos interrompeu, em 2007, o processo de desaceleração do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) observado desde 2004. A informação é do coordenador nacional do índice da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Paulo Picchetti. O IPCS acumulou alta de 4,6% no ano passado, ante variação positiva de 2,06% em 2006. A FGV começou a calcular o IPC-S no formato atual em 2003, quando a inflação atingiu 8,16%. Em 2004, houve a primeira desaceleração, para 6,21% e, em 2005, o indicador atingiu 4,95%. Entre 2006 e 2007, o grupo alimentação saiu de deflação de 0,52% para elevação de 10,65% — a acelera-
ção mais expressiva entre os grupos pesquisados (habitação, vestuário, saúde e cuidados pessoais, educação, leitura e recreação, transportes e despesas diversas). Os preços relacionados às carnes bovinas e ao leite foram os destaques de alta do ano. Entre 2006 e 2007, o primeiro segmento passou de alta de 4,18% para 20,87%; a parte de laticínios saiu de variação de 1,13% para 17,04%. "Essas altas foram resultado de ajustes de preços e também de problemas de oferta", comentou. A FGV faz a apuração da inflação ao consumidor por meio do IPC-S em sete capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife. (AE)
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
Tr â n s i t o Educação Saúde Polícia
DIÁRIO DO COMÉRCIO
9 Para voltar a funcionar, ambulatório do HC teve de recorrer ao improviso. Houve reclamações.
HOSPITAL FAZ ESFORÇO PARA ATENDER
HC improvisa e volta a atender Atendimento, apesar da precariedade, deu algum alento a pacientes que fazem tratamentos no hospital. Muitos reclamaram da burocracia. Ó RBITA Hélvio Romero/AE
ESTE, SIM... otoqueiro usa M capacete com adesivos refletivos,
segundo determina a nova regra baixada no início do ano pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Além dos adesivos, viseiras terão de ser transparentes (à noite). Inobservância é falta gravíssima.
Hélvio Romero/AE
...ESTE, NÃO em adesivos refletivos S no capacete, o motociclista acima está em desacordo com as novas regras baixadas pelo Contran e sujeito a multa de R$ 127,69, cinco pontos na carteira e apreensão do veículo.
SEM FUMO esde ontem, os D funcionários estão proibidos de fumar nas
dependências dos prédios do Metrô paulistano. Os empregados foram avisados da medida por meio de circulares divulgadas no mês passado. O uso do tabaco não será permitido nem nos "fumódromos", áreas criadas para os tabagistas. Os fumantes terão de sair dos prédios para fumar. Segundo o Metrô, trata-se de uma política de melhoria da qualidade de vida dos funcionários. (AE)
N
o primeiro dia de funcionamento do ambulatório do Hospital das Clínicas, desde que um incêndio atingiu parte do prédio, na noite de Natal, pacientes tiveram poucas reclamações quanto ao atendimento médico, mas não faltaram críticas à parte burocrática. A peregrinação por guichês e as informações desencontradas foram os principais problemas. Segundo a Assessoria de Imprensa do HC, metade do Prédio dos Ambulatórios continua interditada por causa do incêndio. Essa área abriga 13 especialidades e respondia por 25% das 1.303 consultas agendadas para ontem. Coube à outra metade do prédio e ao Instituto Central absorver a demanda. Improvisos – Como os meses de janeiro e fevereiro são os de mais baixa procura, o movimento foi tranqüilo durante o dia e a farmácia funcionou normalmente. Mas, por causa do incêndio, o atendimento foi parcialmente improvisado. A maioria das especialidades foi transferida para o Instituto Central, mas o setor de nefrologia, por exemplo, ocupa agora parte do espaço do Ambulatório Geral e Didático (AGD), onde um cartaz escrito a mão anuncia a mudança. Até as 19h30, o HC não havia divulgado o balanço do dia. Às 14h, a paciente Virgínia Ferreira ainda aguardava pela consulta marcada para as 13h10 com a médica que trata seus rins. A aposentada Hiroko Horinouti Berlino, de 63 anos, levou duas horas para remarcar o exame de cabeça e pescoço que o filho de 34 anos deixou de fazer em novembro. "Demorou, mas fui bem atendida", diz. Pela primeira vez, dividiu a fila de espera com pacientes de outras especialida-
Raimundo Paccó/Folha Imagem
Paciente em cadeira de rodas é atendida no Ambulatório do Hospital das Clínicas: no primeiro dia de funcionamento após incêndio, improvisação
des, como pneumologia. Confusão – Quem saía do ambulatório reclamava das orientações confusas por parte dos atendentes. O aposentado Horácio Tominaga, de 66 anos, passou por quatro andares em dois prédios até conseguir remarcar um exame para sua sogra, de 80 anos. "Isso porque eu sou persistente", disse. Ela estava internada em outro prédio do HC e não pôde ir até o ambulatório. Com a mudança física, algumas especialidades também apresentaram problemas de informática. Humberto Magnabosco, de 70 anos, até se dispôs a aguardar o sistema voltar ao ar, depois que a atendente afirmou não poder imprimir o resultado dos exames de sua fi-
lha. "Mas ela disse que o sistema não ia voltar tão cedo e me mandou ligar na semana que vem", disse. Jonas David Caetano da Silva, de 34 anos, perdeu a paciência às 13h, mais de cinco horas depois de ter chegado ao local. Ele passou pela consulta na cirurgia geral, mas, na hora de marcar retorno, foi informado que o computador no local não estava funcionando. "Me mandaram para outro lugar e tive de pegar uma senha para conseguir a filipeta." A raiva aumentou quando, após uma hora de espera, ele acabou cochilando e, por dois números, perdeu sua vez. Quem foi marcar consulta pela primeira vez também visitou vários guichês até conse-
TESTEMUNHAS polícia procura testemunhas que A indiquem como foi o
ataque ao médico Lídio Toledo Filho, filho do exmédico da seleção brasileira de futebol Lídio Toledo, e à mulher dele, a professora Cilene Trajano, segunda-feira, no Rio. Moradores afirmaram que assaltantes dispararam contra o carro depois que o médico avançou sobre as motocicletas em que os bandidos estavam. Toledo Filho continua internado em estado grave. (AE)
Declaração de Extravio de NF, ROBOT CONTROL AUTOMAÇÃO E ROBÓTICA LTDA, CNPJ Nº 01.134.290/0001-29, inscrição municipal nº 5.987, Rua Japão, 514, Unidade 16 A, Jardim São Luiz, Santana de Parnaíba/SP, declara ter sido extraviada a Nota Fiscal nº.269 de 10/2004 no valor de R$6.118,00, assim como 02 talões de notas fiscais do nº 001 ao nº 100 preenchidos.
EXTRAVIO - A Ozz Plot Impressões Digitais S/S Ltda., CNPJ 07.422.601/0001-31, Rua Maranhão 584 cj. 93, extraviou as Notas Fiscais Simplificada Série A de nº 040 ao nº 500 e as Notas Fiscais de Serviços Série A de nº 001 ao nº 250, EM BRANCO, conforme Boletim Eletrônico de Ocorrência B.E.O. 661/2008 emitido em 02/01/2008 na área de Fato 77 D.P. - Santa Cecília.
ABANDONO DE EMPREGO A funcionária Srta. Aline Alves de Souza Pires, RG: 34.286.286-8, CPF: 339.000.898-50, não compareceu à empresa DINATESTE IND. E COM. LTDA, CNPJ. 47.900.816/0001-35 do dia 10/10/2007 até a presente data. Comunicamos então, abandono de emprego conforme CLT.
“PRION TECHNO LTDA.-EPP torna público que requereu à CETESB a renovação da Licença de Operação para produção de pigmentos orgânicos, à Rua Bras de Pina 446, Vila Carioca, CEP 04225-080, São Paulo, SP.” PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
REDESIGNAÇÃO DE DATA MODALIDADE: PREGÃO PRESENCIAL Nº 133/2007 Objeto: Contratação de empresa especializada na prestação de serviços de limpeza, asseio e conservação predial nas escolas de educação infantil, ensino fundamental e em unidades da Sec. Mun. da Educação. Data de processamento do pregão: 16/01/2008 às 14:00h, na sala de audiências da Comissão de Licitações, 2º andar do Paço Municipal. FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, no dia 02 de janeiro de 2008, na Comarca da Capital, não houve pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial.
Cidade de Deus - Companhia Comercial de Participações CNPJ no 61.529.343/0001-32 - NIRE 35.300.053.800 Assembléia Geral Extraordinária Edital de Convocação Convidamos os senhores acionistas da Sociedade a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária, a ser realizada no dia 14 de janeiro de 2008, às 11h, na sede social, Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, Salão Nobre do 5o andar, Prédio Novo, a fim de examinar proposta do Conselho de Administração para aumentar o Capital Social no valor de R$327.600.000,00, elevando-o de R$3.550.000.000,00 para R$3.877.600.000,00, mediante a emissão de 196.167.665 novas ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, ao preço de R$1.670,00 por lote de mil ações, para subscrição particular pelos acionistas no período de 22.1 a 22.2.2008, na proporção de 3,411185150% sobre a posição acionária que cada um possuir na data da Assembléia (14.1.2008), com integralização à vista, de 100% do valor das ações subscritas, em 17.3.2008. Documentos à Disposição dos Acionistas: Este Edital de Convocação e a proposta do Conselho de Administração encontram-se à disposição dos acionistas na sede da Sociedade e no Departamento de Ações e Custódia do Banco Bradesco S.A., Instituição Financeira Depositária das Ações da Sociedade, Cidade de Deus, Prédio Amarelo, Vila Yara, Osasco, SP. Cidade de Deus, Osasco, SP, 2 de janeiro de 2008. Lázaro de Mello Brandão - Presidente do Conselho de Administração. 03, 04 e 07.01.08
guir uma resposta. Desempregada, solteira e morando sozinha, Solemar Spirlandeli, de 21 anos, descobriu há duas semanas que está grávida de cinco meses. "Estava fazendo um tratamento para um cisto que tinha no ovário pela rede particular e tomava um remédio, estranhei quando comecei a perder muito peso", disse. Dois dias antes do incêndio, Solemar seguiu a orientação oficial e ligou para o call center do HC, que distribui os casos de acordo com a demanda entre os hospitais da rede estadual. No dia seguinte ao incêndio, ligou novamente e foi mais uma vez orientada a ir até o HC. "Cheguei aqui, me mandaram para cinco lugares e depois disseram que eu precisa-
va ser encaminhada por um médico e que eles só atendiam gravidez de risco." Sem dinheiro para continuar pagando pelo convênio e pesando 47 quilos, ela deixou o HC em busca de um posto de saúde, sem saber exatamente o que fazer. "Não tomei uma vitamina e fumei sem saber que estava grávida", disse. Muitos, mesmo com exame marcado, não foram atendidos. "Cheguei para fazer exame de sangue e me disseram para voltar na sexta-feira, sem explicações", disse a secretária Fabiane Xavier, de 27 anos. Já Tereza Loturco de Moraes, de 61, foi remarcar o exame do dia 11 e acabou sendo atendida ontem mesmo. "Em oito anos, isso nunca aconteceu", disse. (AE)
OPINIÃO - 3
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
A REVOLUÇÃO CONSERVADORA OCORRIDA NOS ANOS 80 NOS EUA NÃO ESGOTOU SUAS FORÇAS
BENEDICTO FERRI DE BARROS
Rumo à Casa Branca
O POLÍTICO E O PAGURO A alma dos Estados Unidos continua reaganiana -conservadora. O próximo presidente deve se manter dentro do quadrado mágico criado por Ronald Reagan: pouco
Jim Young/Reuters
Estado, moral, mercado e ativismo militar.
Por Guy Sorman
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Iraque? Não. O dólar? Não mais. A falta de seguro social? Quase. A crise do crédito imobiliário? Certamente não. O aquecimento do clima? É claro que não. O Irã? Em caso de necessidade. Nada do que é visto, a partir da Europa ou de outros lugares, parece-nos ser algum tipo de crise norte-americana nem determinará as próximas eleições presidenciais. O que importa é o vencedor das primárias, pois seu resultado revelará, antes de mais nada, a moral, a religião e a psicologia dos candidatos. Esses candidatos são religiosos? Democratas e republicanos, todos são praticantes ou se declaram ser. A devoção é mais interior entre os democratas e mais divulgada entre os republicanos. Mitt Romney é mórmon: ele é suficientemente cristão? Huckabee é um pastor batista? Eis um candidato confiável. Mas ele é suspeito de ter recebido presentes. Hillary Clinton também. Isso é uma boa moral? Barak Obama com esse nome não é um pouco muçulmano? Por acaso, encontrou-se um pastor que garante a fé cristã dele. Rudolf Giuliani casou-se três vezes? De hoje em diante, está jurado, ele é um marido fiel. O presidente norte-americano poderá ser negro, uma mulher, mas ateu jamais. Depois é importante que esse futuro presidente não seja de esquerda. Não existe partido socialista nos EUA, mas todos os democratas têm de se defender de serem liberais, uma palavra (que nos Estados Unidos significa o contrário de seu sentido francês) tão suja que só se pronuncia sua inicial, L. Ser L é imaginar que o Estado resolverá os problemas econômicos e sociais melhor do que conseguiria a economia de mercado e a responsabilidade individual. Então o verdadeiro problema, dizia Ronald Reagan, é o Estado, é Washington. Todo candidato a Washington deve ficar contra Washington. Ser pacifista é ser tão suicida quanto um L. O candidato será um chefe militar confiável que passa confiança às tropas. O único pacifista declarado, Ron Paul, é tido como extravagante. Uma derivação que é compensada
por uma paixão desmedida pelo capitalismo. Do lado republicano, a aparência marcial cai naturalmente em John McCain, herói do Vietnã e em Rudolf Giuliani, herói do 11 de setembro. Entre os democratas, Hillary Clinton trabalha essa questão atenuando sua feminilidade e com idas aos fronts. Seja em Nova York, mais exatamente ao Noroeste de Manhattan (Upper West Side), ou em alguns campus universitários, onde um observador europeu à procura de uma esquerda norte-americana encontrará um punhado de antiimperialistas com alguns simpatizantes. Visto da Europa, o que une candidatos tão semelhantes é mais claro do que suas diferenças. Todos acreditam que os Estados Unidos têm um destino claro, de caráter quase místico. Todos dialogam com Cristo. Todos consideram que o capitalismo norte-americano é insuperável. Nenhum cogita de afastar do mundo, nem econômico nem militar. Não tenhamos dúvida. A alma dos Estados Unidos continua reaganiana -- conservadora. Um presidente democrata será menos conservador que um republicano, mas ele ou ela continuará de qualquer forma dentro do quadrado mágico criado por Ronald Reagan em 1980: pouco Estado, moral, mercado e ativismo militar.
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Iraque? Apenas Obama lamenta que as Forças Armadas estejam lá. Ele deseja que saiam rapidamente, mas para reforçar a presença no Afeganistão. Nenhum outro candidato sério cogita uma retirada do Oriente Médio nem a saída dos soldados de Bagdá, graças ao general Petraeus, que parece aproveitar a vantagem dos Estados Unidos. Completemos que o Iraque, visto na televisão norte-americana, é muito longe e trata-se de uma questão para profissionais. O seguro médico é uma preocupação mais central, porém também não é central. Para as poucas dezenas de milhões de norteamericanos não segurados (mas tratados em hospitais), os democratas, e também os republicanos,
propõem uma cobertura melhor, com a condição que ela não seja centralizada nem estatizada. Uma Previdência Social à francesa ou à canadense, que são parecidas, um monopólio público, ninguém quer nos Estados Unidos e nenhum candidato a sugere. A liberdade de escolha e a privatização continuam regras incontornáveis. A mesma cautela vale para o crédito imobiliário. Milhões de famílias inadimplentes perderam seu imóvel, mas antes de tudo o que importa é que um número bem maior continua a ter acesso à propriedade. Nenhum candidato agüentaria tocar nesse sonho. As diferenças entre republicanos e democratas fica mais nítida quando se trata de assuntos que de fato afligem os norte-americanos e os põem uns contra outros? O aborto, o direito de portar armas, a pena de morte, a imigração. Para todos os candidatos, é um exercício de equilibrismo. Os democratas tendem para a liberdade de escolha das mulheres, o controle de armas de uso pessoal, a abolição da pena de morte, mas com moderação. Encaminha-se de bom grado à inteligência da Corte Suprema e à responsabilidade local dos Estados. Os republicanos não se esforçam mais para condenar o aborto do que para mobilizar sua base radical. Eles se equilibram na mesma linha estreita de seus adversários. Resta a imigração. Sobre esse assunto, as atitudes indicam a aritmética eleitoral. Desde Reagan e com George W Bush, os republicanos são mais acolhedores aos imigrantes do que os democratas porque são mais individualistas ou escutam as empresas em busca de mão-deobra. Os democratas? Mais próximos dos sindicatos, são mais restritivos. Os latinos pesam mais do que os xenófobos e os moradores da fronteira hostis aos clandestinos. A mesma aritmética aproxima os candidatos em relação às importações chinesas: as perdas de emprego causam gritaria, mas os consumidores dos supermercados contam mais. O aquecimento do clima? Fora da Califórnia, sempre na moda, a maioria dos americanos não acredita nele e os que têm medo
são menos numerosos do que os que se recusam a pagar um imposto de energia para salvar o planeta. George W Bush não fez o Tratado de Kyoto ser aprovado no Senado, mas Bill Clinton e Al Gore também não, porque todos sabem que o Senado é unanimemente contrário. Apostamos que o próximo presidente confiará na inovação tecnológica, em vez de aceitar uma restrição internacional.
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o limiar, a economia não foi evocada porque não é, nos EUA, uma questão política. Não existe Ministério da Economia. Remete-se ao mercado e a suas instituições, o Federal Reserve em particular. As controvérsias não importam mais do que a redistribuição do crescimento. Os democratas estão dispostos a taxar os super ricos, mas sem exageros. Eles sabem que o dinheiro e os administradores são voláteis. Como os norte-americanos podem escolher entre programas tão parecidos? A personalidade dos candidatos fará a diferença. O caráter e a psicologia mais do que a economia ou a guerra, como um grande reality show para toda a nação. O mundo deveria se preocupar já que o presidente dos EUA é também o dos não-americanos? A riqueza, a paz, a livre circulação são em todos os lugares tributários da cotação do dólar e da presença militar norte-americana, a polícia internacional. Mas o resultado das eleições presidenciais será decisivo? A Casa Branca é um sistema auto-administrado e as instituições americanas são mais duráveis do que o piloto. Sim, a ideologia dominante importa, mas a eleição de 2008 não anuncia uma transformação comparável à de 1932, com o New Deal, nem à de 1964 com a Grande Sociedade de Lyndon Johnson, nem à Realpolitik de Richard Nixon em 1968. A revolução conservadora dos anos 80 ainda não esgotou suas forças. Contra ela não há alternativa, não desta vez. GUY SORMAN É ESCRITOR E ENSAÍSTA FRANCÊS
TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA
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iversamente do Homo sapiens-sapiens, a gente comum, cujo parente zoológico mais próximo é o chimpanzé, do qual só se diferencia geneticamente em 5% de seu genoma, o parente zoológico mais próximo Homo-político, por sua estrutura e comportamento é Bernardoeremita, o Paguro, um caranguejo também vulgarmente conhecido por 'corrupto'. Essa designação popular, embora incorreta (pois a terminologia zoológica dá o nome de corrupto a outro animal) serve como uma luva
para a variedade brasileira de políticos. O bicho paguro é um caranguejo praiano com um abdome inflado e vulnerável como as trazeiras de um político. Afim de ocultá-lo e proteger-se, andando de viés (como o político), ele procura um caramujo que é revestido de uma concha calcária capaz de abrigá-lo. Cada vez que o molusco bota o corpo para fora, arranca-lhe um pedaço e o devora. (Como faz o político no início de carreira, que nomeado para qualquer instituição, para se nutrir e crescer financeiramente vai devorando as verbas que administra.) Ao final do processo, quando esvaziou a concha do caramujo (instituição ou repartição) aí se instala. E quando cresce e já não cabe na primeira concha busca outra maior, onde se instala e continua a crescer pelo mesmo processo, com seu trazeiro vulnerável oculto e protegido. Para conseguir maior invulnerabilidade para o dito cujo, alguns paguros revestem a parte exterior da concha de actínias (espécie de anêmonas que, se tocadas, provocam urticárias). O que muitos políticos de grosso calibre costumam fazer, munindo-se do cadastro fétido de seus opositores que servem, como a cobertura de anêmonas do paguro, para repelir a aproximação de possíveis inimigos capazes de denunciá-los e ameaçá-los com processos de cassação da concha (mandato) que protege seu trazeiro vulnerável.
Divulgação
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Os norte-americanos estão diante de programas parecidos. A personalidade dos candidatos fará a diferença. O caráter e a psicologia mais do que a economia ou a guerra, como um grande reality show para toda a nação.
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rroladas todas essas analogias, o que diferencia o político brasiliense de seu semelhante em espécie, o paguro popularmente chamado de corrupto? Na história recente e corrente da política brasileira vimos e vemos numerosos
G O paguro é um
caranguejo vulgarmente conhecido por 'corrupto'. Essa designação popular serve como uma luva para a variedade brasileira de políticos.
paguros, isto é "corruptos" políticos e políticos corruptos crescerem e se multiplicarem como os paguros. São inumeráveis os casos de denúncias e tentativas de pôlos para fora da política que deram em nada. Daí o fato estatístico do atrativo que esse modo de ganhar a vida e até fazer fortuna seja tão difundido no país e se fundem tantos partidos que criam paguros como vereadores, deputados, senadores e até presidentes. Salvo as religiões e igrejas fajutas (o Brasil tem 80 religiões!) não há ramo mais ambicionado e próspero no país. E nenhum onde aposentado ou jubilado o pagurão político não viva uma vida cardinalícia de milionário aposentado.
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os dias correntes a questão política mais eminente é que o pagurão-mór do país, o PT, que aparelhou todo o estado brasileiro, já não cabe na casca em que se aboletou. A despeito de todos os cargos de confiança que criou ainda há muitos pagurinhos com o trazeiro vulnerável e vazio exposto às intempéries e dificuldades da luta pela vida. A despeito de ainda haver 3 anos de sobra para o mandato corrente, ele parece insuficiente para acomodar toda a pagurada que proliferou nesses 5 anos. Até da bicharada de corruptos que não sendo paguros mudaram de espécie e hoje temem sua desqualificação política. Há uma efervescência zoológica generalizada no cenário político brasileiro. BENEDICTO FERRI DE BARROS É ESCRITOR. PAJOLUBE@TERRA.COM.BR
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Educação Saúde Estradas Polícia
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008 Filipe Araújo/AE
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL FEZ BALANÇO
Ontem, no km 33 da rodovia dos Imigrantes, trânsito pesado no retorno à Capital.
Wladimir de Souza/Agência O Globo
Cai número de acidentes no feriadão de Ano Novo
Balanço da Polícia Rodoviária contou 99 mortos e 1.276 feridos em 1.738 acidentes nas estradas federais
Policiais rodoviários estaduais dão assistência a passageiros acidentados na Imigrantes. Nas estradas federais, número de acidentes caiu.
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número de mortes nas estradas federais no feriado prolongado do Ano Novo caiu quase à metade, em comparação com o Natal, quando foi registrado o número recorde de 196 mortos em acidentes. Entre sextafeira e anteontem, ocorreram 99 mortes nas rodovias (uma redução de 49,5% em relação ao período entre os dias 21 e 25). Em nota divulgada ontem, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) atribuiu o resultado aos ajustes feitos na Operação Ano Novo, que intensificou a fiscalização, depois dos números do Natal. Apenas no Estado de São Paulo, somados os trechos das estradas federais e estad u a i s , f o r a m re g i s t r a d o s 1.311 acidentes, com 44 mortos. Em São Paulo, a redução no número de mortos foi de 16% em relação ao feriado prolongado do Natal (53 mortes). Coincidentemente, o número de feridos nas estradas do Estado de São Paulo, tanto no Natal como no Ano Novo, foi de 904. Mortes –A PRF detalhou o número de mortes a cada dia do feriado de réveillon, o que re v e l a a c o n c e n t r a ç ã o d e ocorrências na volta para casa: anteontem, 31 morreram nas estradas federais. Na véspera, último dia do ano, foram três mortes, o menor número de 2007, segundo a polícia. Na sexta-feira (dia 28/12), foram registradas 20 mortes. No dia seguinte, o número aumentou para 26. Caiu para 19 no domingo, dia 30. No feriado da virada do ano, ficaram feridas 1.276 pessoas (31,7% a menos que
Wladimir de Souza/Agência O Globo
Ontem à tarde, o movimento de veículos no sistema Anchieta-Imigrantes, em São Paulo, ainda era intenso
no feriado do Natal). Foram registrados 1.738 acidentes (índice 32,1% menor que no Natal). Os dados referem-se aos 61 mil quilômetros das estradas federais Em relação ao feriado de Ano Novo de 2006/2007, a redução foi de 10,8% nas mortes. Os acidentes caíram 14,2% e o número de feridos diminuiu 13,7%. O aumento do número de blitze, a redistribuição de radares e o aumento da carga horária dos policiais (que fizeram plantões de 30 horas ininterruptas) provocaram o crescimento em 19,2% das autuações de motoristas. O número de multas por radar mais que dobrou, passando de 17 mil no feriado de Natal para 40 mil no do Ano Novo. Na nota, a PRF informou que "as estatísticas registradas no feriado de Natal leva-
ram a Polícia Rodoviária Federal a promover ajustes na Operação Ano Novo" e que, "em vários Estados foram montadas escalas extras, inclusive com convocação de agentes de folga e emprego de policiais do serviço administrativo". Retorno – Na tarde de ontem, o motorista que retornava à Capital ainda enfrentava trânsito intenso na rodovia dos Imigrantes. Acidentes envolvendo motos congestionaram o trecho entre os quilômetros 34 e 30. O trecho entre os quilômetros 70 e 65 tinha tráfego lento devido ao excesso de veículos. Segundo a Ecovias, passaram pelos pedágios do sistema AnchietaImigrantes, até as 12h de ontem, 6.013 veículos. Aeroportos – Os juizados especiais instalados nos Ae-
roportos Internacionais de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos, na Grande São Paulo, e Congonhas, na zona sul da capital paulista, registraram 128 reclamações entre o dia 26 de dezembro e anteontem. Em Cumbica, foram 72 reclamações, com 7 acordos e 56 em Congonhas, com 17 entendimentos, segundo balanço do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ). O maior movimento nos juizados especiais foi registrado no dia 26 de dezembro, durante o feriadão de Natal, com 28 atendimentos. O menor movimento aconteceu ontem, com apenas sete queixas. Nos dois períodos de feriado prolongado, a maioria das reclamações foi em relação à falta de informação e assistência aos passageiros e atrasos nos vôos. (Agências)
Apóstolo sai da cadeia. Agora é a vez da bispa. Fundadores da Renascer cumprem pena nos EUA
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Hélvio Romero/AE - 23/10/2004
o último sábado, o auto-intitulado "apóstolo" Estevam Hernandes, fundador da Igreja Apostólica Renascer em Cristo, deixou a cadeia, em Miami. Hernandes estava preso desde o início de agosto de 2007, depois que ele e sua mulher, a também autointitulada "bispa" Sônia Hernandes, foram condenados pela Justiça de Miami a cumprir, intercaladamente, cerca de cinco meses de prisão em regime fechado e mais cinco meses de prisão domiciliar nos Estados Unidos. Em 20 de agosto, Estevam seguiu para o presídio e Sônia ini- "Bispa" Sônia Hernandes vai para a cadeia ciou seu período de prisão domiciliar. No sábado, americano, dia 17 de agosto. O Estevam foi liberado. Sônia casal só poderá sair dos Estadeve seguir para a cadeia no dos Unidos com autorização próximo dia 21. No mesmo dia expressa da Justiça. em que foi libertado, Estevam O casal Hernandes, que tamcomandou um culto em sua re- bém tem residência num considência na Flórida, transmiti- domínio de luxo na cidade de do, via satélite, para cerca de Boca Ratón, na Flórida, foi precinco mil seguidores na sede so no dia 9 de janeiro, no Aeroda Renascer, em São Paulo. porto de Miami. Eles tentaram Durante o tempo em que es- entrar nos Estados Unidos teve em prisão domiciliar, a com US$ 56,5 mil escondidos "bispa" Sônia também condu- na bagagem e dentro de uma ziu cultos, todos transmitidos bíblia, apesar de terem declavia satélite para um telão insta- rado apenas US$ 10 mil. Apalado na sede da igreja nhados em flagrante pela AlAlém da prisão, Estevam e fândega, permaneceram preSônia foram condenados a pa- sos por dez dias. Depois de pagar, cada um, multa de US$ 30 g a r f i a n ç a , c o n s e g u i r a m mil à Justiça americana. E liberdade assistida, monitoramais: terão de cumprir dois dos pela polícia por tornozeleianos de liberdade vigiada, ras eletrônicas. O dinheiro contados a partir da data da di- apreendido no aeroporto não vulgação da sentença do juiz será devolvido aos fundadoSérgio Castro/AE - 05/02/1999 res da Renascer. No dia 8 de junho, o casal se declarou culpado dos crimes de evasão de divisas e formação de quadrilha para violar a lei americana. Depois que cumprir as penas impostas pela Justiça dos Estados Unidos, o casal Estevam e Sônia Hernandes, se voltar ao Brasil, estará sujeito a nova prisão. Aqui, os dois respondem a processos por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e estelionato. O casal chegou a ter prisão preventiva decretada pela JusO "apóstolo", agora em prisão domiciliar tiça. (Agências)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
ECONOMIA - 5
ORIENTAÇÃO LEGAL LEGISLAÇÃO N DOUTRINA N JURISPRUDÊNCIA INSTITUTO JURÍDICO DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO Coordenação: Carlos Celso Orcesi da Costa
AGENDA TRIBUTÁRIA PAULISTA - JANEIRO/2008 COORDENADORIA DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Comunicado CAT - 66, de 27/12/2007 (DOE 28/12/2007) O coordenador da Administração Tributária declara que as datas fixadas para cumprimento das Obrigações Principais e Acessórias, do mês de janeiro de 2008, são as constantes da Agenda Tributária Paulista em anexo. O Decreto 45.490, de 30/11/2000 - DOE de 1°/12/2000, que aprovou o RICMS, estabeleceu em seu Anexo IV os prazos do recolhimento do imposto em relação às Classificações de Atividades Econômicas ali indicadas. O não recolhimento do imposto até o dia indicado sujeitará o contribuinte ao seu pagamento com juros estabelecidos pela Lei n° 10.175, de 30/12/98 - DOE de 31/12/98, e demais acréscimos legais. INFORMAÇÕES ADICIONAIS: DO IMPOSTO RETIDO ANTECIPADAMENTE POR SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA: Os contribuintes, em relação ao imposto retido antecipadamente por substituição tributária, estão classificados nos códigos de prazo de recolhimento abaixo indicados e deverão efetuar o recolhimento até os seguintes dias (Anexo IV, art. 3°, § 1° do RICMS aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00, com alteração do Decreto 45.644, de 26/1/01): DIA 04
cimento - 1031; refrigerante, cerveja, chope e água 1031; N álcool anidro, demais combustíveis e lubrificantes derivados de petróleo 1031; N N
DIA 09
veículo novo - 1090; veículo novo motorizado classificado na posição 8711 da NBM/SH - 1090; N pneumáticos, câmaras-de-ar e protetores de borracha - 1090; N fumo e seus sucedâneos manufaturados - 1090; N tintas, vernizes e outros produtos químicos - 1090; N energia elétrica - 1090; N N
DIA 15 N sorvete, acessório como cobertura, xarope, casquinha, copo, copinho, taça e pazinha - 1150.
OBSERVAÇÕES EM RELAÇÃO AO ICMS DEVIDO POR ST: a) O contribuinte enquadrado em código de CNAE que não identifique a mercadoria a que se refere a sujeição passiva por substituição, observado o disposto no artigo 566, deverá recolher o imposto retido antecipadamente por sujeição passiva por substituição até o dia 9 do mês subseqüente ao da retenção, correspondente ao CPR 1090 (Anexo IV, art. 3°, § 2° do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00; com alteração do D e c r e t o 4 6 . 2 9 5 , d e 2 3 / 11 / 0 1 , D O E d e 24/11/01). b) Em relação ao estabelecimento refinador de petróleo e suas bases, observar-se-á o que segue: 1. no que se refere ao imposto retido, na qualidade de sujeito passivo por substituição tributária, 80% (oitenta por cento) do seu montante será recolhido até o 3º dia útil do mês subseqüente ao da ocorrência do fato gerador - CPR 1031 e o restante, até o dia 10 (dez) do correspondente mês - CPR 1100; 2. no que se refere ao imposto decorrente das operações próprias, 95% (noventa e cinco por cento) será recolhido até o 3º dia útil do mês subseqüente ao da ocorrência do fato gerador - CPR 1031 e o restante, até o dia 10 (dez) do correspondente mês - CPR 1100. 3. no que se refere ao imposto repassado a este Estado por estabelecimento localizado em outra unidade federada, o recolhimento deverá ser efetuado até o dia 10 de cada mês subseqüente ao da ocorrência do fato gerador - CPR 1100 (Anexo IV, art. 3º, § 5º do RICMS, acrescentado pelo Decreto nº 47.278, de 29/10/02). Microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições (Simples Nacional): DIA 15 - Os contribuintes sujeitos a este regime deverão efetuar o recolhimento do imposto apurado no mês de dezembro de 2007 até esta data (art. 16 da Resolução CGSN nº 005, de 30 de
AGENDA TRIBUTÁRIA PAULISTA Nº 221 MÊS: JANEIRO DE 2008 DATAS PARA RECOLHIMENTO DO ICMS E OUTRAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
Classificação de atividade econômica
Código de prazo de recolhimento
CNAE
CPR
Regime periódico de apuração Recolhimento do ICMS Fato gerador
10333, 11119, 11127, 11135, 11216, 11224, 17109, 17214, 17222, 17311, 17320, 17338, 17419, 17427, 17494, 19101, 19217, 19225, 19322; 20118, 20126, 20134, 20142, 20193, 20215, 20223, 20291, 20312, 20321, 20339, 20401, 20517, 20525, 20614, 20622, 20631, 20711, 20720, 20738, 20916, 20924, 20932, 20941, 20991, 21106, 21211, 21220, 21238, 22218, 22226, 22234, 22293, 23206, 24113, 24121, 24211, 24229, 24237, 24245, 24318, 24393, 24415, 24431, 24491, 24512, 24521, 25110, 25128, 25136, 25217, 25314, 25322, 25390, 25411, 25420, 25438, 25501, 25918, 25926, 25934, 25993, 26108, 26213, 26221, 26311, 26329, 26400, 26515, 26523, 26604, 26701, 26809, 27104, 27210, 27317, 27325, 27333, 27511, 27597, 27902, 28135, 28151, 28232, 28241, 28518, 28526, 28534, 28542, 29107, 29204, 29506; 30113, 30121, 30318, 30504, 30911, 32124, 32205, 32302, 32400, 32507, 32914, 33112, 33121, 33139, 33147, 33155, 33198, 33210, 35115, 35123, 35131, 35140, 35204, 35301; 46214, 46222, 46231, 46311, 46320, 46338, 46346, 46354, 46362, 46371, 46397, 46419, 46427, 46435, 46443, 46451, 46460, 46478, 46494, 46516, 46524, 46613, 46621, 46630, 46648, 46656, 46699, 46711, 46729, 46737, 46745, 46796, 46818, 46826, 46834, 46842, 46851, 46869, 46877, 46893, 46915, 46923, 46931, 49302, 49507; 50114, 50122, 50211, 50220, 50912, 50998, 51111, 51129, 51200, 51307, 53105, 53202; 60217, 60225, 63917. 01113, 01121, 01130, 01148, 01156, 01164, 01199, 01211, 01229, 01318, 01326, 01334, 01342, 01351, 01393, 01415, 01423, 01512, 01521, 01539, 01547, 01555, 01598, 01610, 01628, 01636, 01709; 02101, 02209, 02306; 03116, 03124, 03213, 03221; 05003; 06000; 07103, 07219, 07227, 07235; 07243, 07251, 07294; 08100, 08916, 08924, 08932, 08991; 09106, 09904; 12107, 12204; 23915, 23923; 33163, 33171; 41204, 42111, 42120, 42138, 42219, 42227, 42235, 42910, 42928, 42995, 43118, 43126, 43134, 43193, 43215, 43223, 43291, 43304, 43916, 43991, 45111, 45129, 45200, 46117, 46125, 46133, 46141, 46150, 46168, 46176, 46184, 46192, 47318, 47326, 49400; 50301, 52117, 52125, 52214, 52222, 52231, 52290, 52311, 52320, 52397, 52401, 52508, 55108, 55906; 62015, 62023, 62031, 62040, 62091, 63119, 63194, 63992, 64107, 64212, 64221, 64239, 64247, 64310, 64328, 64336, 64344, 64352, 64361, 64379, 64409, 64506, 64611, 64620, 64638, 64701, 64913, 64921, 64930, 64999, 66134, 69117, 69125, 69206; 70204, 71111, 71120, 71197, 71201, 73114, 73122, 73190, 73203, 74102, 74200, 74901, 75001, 77403, 78108, 78205, 78302, 79112, 79121; 80111, 80129, 80200, 80307, 81214, 81222, 81290, 81303, 82113, 82199, 82202, 82300, 82911, 82920, 85503, 86101, 86216, 86224, 86305, 86402, 86500, 86607, 86909, 87115, 87123, 87204, 87301, 88006; 95118; 60101, 61108, 61205, 61302, 61418, 61426, 61434, 61906; 10538; 36006, 37011, 37029, 38114, 38122, 38211, 38220, 39005; 41107, 45307, 45412, 45421, 45439, 47113, 47121, 47130, 47229, 47237, 47245, 47296, 47415, 47423, 47431, 47440, 47512, 47521, 47539, 47547, 47555, 47563, 47571, 47598, 47610, 47628, 47636, 47717, 47725, 47733, 47741, 47814, 47822, 47831, 47849, 47857, 47890, 49116, 49124; 56112, 56121, 56201, 59111, 59120, 59138, 59146; 65111, 65120, 65201, 65308, 65413, 65421, 65502, 66118, 66126, 66193, 66215, 66223, 66291, 66304, 68102, 68218, 68226; 72100, 72207, 77110, 77195, 77217, 77225, 77233, 77292, 77314, 77322, 77331, 77390, 79902; 81117, 81125, 82997, 84116, 84124, 84132, 84213, 84221, 84230, 84248, 84256, 84302, 85112, 85121, 85139, 85201, 85317, 85325, 85333, 85414, 85422, 85911, 85929, 85937, 85996; 90019, 90027, 90035, 91015, 91023, 91031, 92003, 93115, 93123, 93131, 93191, 93212, 93298, 94111, 94120, 94201, 94308, 94910, 94928, 94936, 94995, 95126, 95215, 95291, 96017, 96025, 96033, 96092, 97005, 99008; 25225, 28119, 28127, 28143, 28216, 28224, 28259, 28291, 28313, 28321, 28330, 28402, 28615, 28623, 28631, 28640, 28658, 28666, 28691; 10112, 10121, 10139, 10201, 10317, 10325, 10414, 10422, 10431, 10511, 10520, 10619, 10627, 10635, 10643, 10651, 10660, 10694, 10716, 10724, 10813, 10821, 10911, 10929, 10937, 10945, 10953, 10961, 10996, 15106, 15211, 15297, 16102, 16218, 16226, 16234, 16293, 18113, 18121, 18130, 18211, 18229, 18300, 19314; 22111, 22129, 22196, 23117, 23125, 23192, 23303, 23494, 23991, 24423, 27228, 27406, 29301, 29417, 29425, 29433, 29441, 29450, 29492; 30326, 30920, 30997, 31012, 31021, 31039, 31047, 32116, 33295, 38319, 38327, 38394; 47211, 49213, 49221, 49230, 49248, 49299; 58115, 58123, 58131, 58191, 58212, 58221, 58239, 58298, 59201; 13111, 13120, 13138, 13146, 13219, 13227, 13235, 13308, 13405, 13511, 13529, 13537, 13545, 13596, 14118, 14126, 14134, 14142, 14215, 14223, 15319, 15327, 15335, 15394, 15408; 23419, 23427; 30415, 30423, 32922, 32990;
12/2007
11/2007
Dia
Dia
1031
4
-
1100 1150
10 15
-
1200
21
-
1220
22
-
1250
25
-
2100
-
10
maio de 2007 e Inciso III do art. 21 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006). A Agenda do Simples Nacional encontra-se disponível no portal do Simples Nacional no seguinte endereço: http://www8.receita.fazenda.gov.br/ SimplesNacional/avisos/AgendaSimplesNacional.doc . Fabricantes de celular, latas de chapa de alumínio ou painéis de madeira MDF - CPR 2100 DIA 10 - O estabelecimento com atividade preponderante de fabricação de telefone celular, de latas de chapa de alumínio ou de painéis de madeira MDF, independentemente do código CNAE em que estiver enquadrado, deverá efetuar o recolhimento do imposto apurado no mês de setembro de 2007 até esta data. OUTRAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS 1) Guia de Informação e Apuração do ICMS - GIA A GIA, mediante transmissão eletrônica, deverá ser apresentada até os dias a seguir indicados de acordo com o último dígito do número de inscrição estadual do estabelecimento. (art. 254 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00 - DOE de 1º/12/00 - Portaria CAT 92, de 23/12/98, Anexo IV, artigo 20 com alteração da Portaria CAT 49, de 26/06/01 - DOE de 27/06/01).
Caso o dia do vencimento para apresentação indicado recair em dia não útil, a transmissão poderá ser efetuada por meio da Internet no endereço http://www.fazenda.sp.gov.br ou http://pfe.fazenda.sp.gov.br 2) Registro eletrônico de documentos fiscais na Secretaria da Fazenda Os contribuintes sujeitos ao registro eletrônico de documentos fiscais devem efetuá-lo nos prazos a seguir indicados, conforme o 8º dígito de seu número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas - CNPJ (12.345.678/xxxx-yy). ( P o r t a r i a C AT - 8 5 , d e 4 - 9 - 2 0 0 7 - D O E 05/09/2007)
OBS 1- - Na hipótese de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, emitida por contribuinte sujeito ao Regime Periódico de Apuração - RPA, de que trata o artigo 87 do Regulamento do ICMS, cujo campo "destinatário" indique pessoa jurídica, ou enti-
dade equiparada, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas - CNPJ, e cujo campo "valor total da nota" indique valor igual ou superior a R$ 1.000,00 (mil reais), o registro eletrônico deverá ser efetuado em até 4 (quatro) dias contados da emissão do documento fiscal. (Portaria CAT127/07, de 21-12-2007; DOE 22-12-2007). OBS 2 - As Notas Fiscais, modelo 1 ou 1-A, poderão ser registradas eletronicamente na Secretaria da Fazenda, nos termos da Portaria CAT 85/2007, até 24 de fevereiro de 2008, se emitidas durante os meses de outubro, novembro e dezembro de 2007 e janeiro de 2008. (Portaria CAT-127/07, de 21-12-2007; DOE 22-12-2007) 3) DIA 10 - Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS - Substituição Tributária: O contribuinte de outra unidade federada obrigado à entrega das informações na GIA-ST, em relação ao imposto apurado no mês de dezembro de 2007, deverá apresentá-la até essa data, na forma prevista no Anexo V da Portaria CAT 92, de 23/12/98 acrescentado pela Portaria CAT 89, de 22/11/00, DOE de 23/11/00 (art. 254, parágrafo único do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00). 4) DIA 15 - Demonstrativos do Crédito Acumulado: O contribuinte deverá entregar até essa data, no Posto Fiscal do seu domicílio, os respectivos demonstrativos referentes aos fatos geradores do mês de dezembro de 2007 (art. 72 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00 e art. 1º, inciso IV da Portaria CAT 53/96, de 12/8/96 - DOE de 27/8/96 - Retificada em 31/8/96, na redação dada pelas Portarias CAT 68/96, 15/97, 38/97, 71/97, 71/98; 37/2000, 94/01 e 35/02). 5) DIA 15 - Relação das Entradas e Saídas de Mercadorias em Estabelecimento de Produtor: O produtor não equiparado a comerciante ou a industrial que se utilizar do crédito do ICMS deverá entregar até essa data, no Posto Fiscal a que estiver vinculado, a respectiva relação referente ao mês de dezembro de 2007 (art. 70 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00 e art. 18 da Portaria CAT 17/03). 6) DIA 15 - Arquivo com Registro Fiscal: Os seguintes contribuintes deverão enviar até essa data à Secretaria da Fazenda através do correio eletrônico http://pfe.fazenda.sp.gov.br, com registro fiscal de todas as suas operações e prestações com combustíveis derivados de petróleo, gás natural veicular e álcool etílico hidratado combustível efetuadas a qualquer título no mês de dezembro de 2007: a) os fabricantes e os importadores de combustíveis derivados de petróleo, inclusive de solventes, as usinas e destilarias de açúcar e álcool, as distribuidoras de combustíveis, inclusive de solventes, como definidas e autorizadas por órgão federal competente, e os Transportadores Revendedores Retalhistas - TRR (art. 424B do RICMS, aprovado pelo Decreto 48.139 de 8/10/2003, DOE de 9/10/03, normatizada pela Portaria CAT-95 de 17/11/2003, DOE de 19/11/2003). b) Os revendedores varejistas de combustíveis e os contribuintes do ICMS que adquirirem combustíveis para consumo (art. 424-C do RICMS, aprovado pelo Decreto 48.139 de 8/10/03, DOE de 9/10/03 e normatizada pela Portaria CAT-95 de 17/11/2003, DOE de 19/11/2003). NOTAS GERAIS: 1. Unidade Fiscal do Estado de São Paulo - Ufesp Por meio de comunicado, a Diretoria de Arrecadação divulgou o valor da Ufesp que, para o período de 1°/1/2008 a 31/12/2008, será de R$ 14,88 (Comunicado DA 53, de 19/12/07 - DOE 20/12/07). 2. Nota Fiscal de Venda a Consumidor: À vista do disposto no art. 134 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00, será facultada a emissão da nota fiscal, desde que não exigida pelo consumidor, quando o valor da operação for inferior a R$ 7,00 , no período de 1°/1/2008 a 31/12/2008 (Comunicado DA 54, de 19/12/07 - DOE 20/12/07). 3. Esta Agenda Tributária foi elaborada com base na legislação vigente em 26/12/2007. 4. A Agenda Tributária em formato permanente encontra-se disponível no site da Secretaria da Fazenda (www.fazenda.sp.gov.br) no módulo Legislação Tributária - Agendas, Pautas e Tabelas.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
TURISMO - 1 Divulgação
TÓQUIO
PINK FLEET: A BOA-NOVA NO RIO DE JANEIRO Este equipado navio promete ser a sensação do verão carioca. Em um dia de cruzeiro: almoço, jantar ou festa a bordo, com pontos turísticos da cidade como pano de fundo. Pág. 4 Divulgação/Y. Shimizu/JNTO
(Bem-vindo ao Japão)
Tiago Minami
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Terra de contrastes: luminosos e prédios high-tech dos bairros de Shibuya (acima) e de Ginza (no pé, à dir.) convivem com construções históricas, como o Palácio Imperial (abaixo). Outros pontos interessantes: região de Ueno (à dir.), com parque e zoológico; Yoyogi Koen (à esq.), outro parque onde jovens fazem apresentações ao ar livre; e delícias do francês Chatêau Joel Robuchon. No entorno da cidade, vale conhecer Kamaruka (no pé, à esq.) – local de templos e budas gigantes Tiago Minami
Tiago Minami
Em homenagem
ao Centenário da Imigração Japonesa no Brasil – que será comemorado por aqui com vários eventos ao longo do ano todo –, o DC Boa Viagem desvenda as principais atrações e curiosidades da capital do Japão. Cidade cosmopolita e tecnologicamente avançada, esconde palácios imperiais, oito restaurantes com três estrelas no 'Guia Michelin', lojas divertidas e boas opções de passeio ao redor. Vale conferir cada detalhe nas págs. 2 e 3
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
2 - TURISMO
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
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Q
uando você pensa em Tóquio, logo vêm à mente uma série de placas luminosas, prédios iluminados, trânsito nas ruas e uma multidão ainda mais caótica nas calçadas? Pensou certo. Ou lembra de templos perdidos no meio da cidade, mulheres caminhando de quimono em meio a engravatados, procissões que invadem as ruas ao som de tambores? Acertou de novo. Tóquio é assim, a cidade onde o clichê de que "o novo convive harmoniosamente com o tradicional" funciona. E ali, tudo funciona. Inclusive os horários de partida e chegada dos trens metropolitanos, por onde passam diariamente milhões de pessoas, todas com seu itinerário programado minuto a minuto. Ali, tudo fica perto de uma estação de trem ou metrô, tanto que nem há necessidade de endereços. Poucos andam de carro, só em ocasiões especiais, como festas. Aliás, para os turistas vale pegar táxi só se for para evitar carregar as malas no trem (o que é muito comum na cidade), pois a bandeirada é 660 ienes (cerca de US$ 6) e dá pra andar dois quilômetros – um absurdo de caro. Sem falar que o taxímetro roda muito rápido. Por isso, vale explorar a cidade sobre trilhos. Só assim dá para aproveitar bem os dias que começam tarde e acabam cedo. Às 21h (ou até antes, às 20h), todas as lojas e prédios de eletrônicos – salvo raras exceções – estão fechados. As portas só abrem às 10h do dia seguinte. Restaurantes geralmente recebem o último pedido entre as 22h e 23h – e não fazem cerimônia para pedir para os clientes se retirarem meia hora depois. Passeios – Então, é bom aproveitar o dia ao máximo. Vá direto aos cartões-postais de Tóquio e não se decepcione. Aproveite o jet leg do fuso horário de 24 horas (25 horas em época de horário de verão) entre Brasil e Japão e vá direto para o Mercado de Tsukiji, o maior mercado de peixes do Japão, que abastece toda a região de Tóquio. O principal atrativo é ver a variedade de frutos do mar e o leilão de atuns, que ocorre por volta das 5h da manhã. Há também restaurantes dentro e fora do mercado. Perto dali fica o bairro de Ginza, o metro quadrado mais caro do Japão. Aos domingos, as principais avenidas são fechadas para que os clientes das caras boutiques ali instaladas possam passear tranqüilamente – ou até mesmo sentar e tomar um café nas mesinhas que ficam do
Um roteiro de endereços bizarros Condomania: boa parte das bizarrices do Japão tem a ver com sexo. Entre as mencionáveis está a variedade sem igual de camisinhas disponíveis no mercado. Tanto que foi criada até uma rede de lojas para comercializá-las – a Condomania, que oferece produtos em todos os tamanhos, formatos e estilos que se pode imaginar. Lá tem camisinha em embalagem de leite, com referências a personagens famosos (como os Pokemóns e a Hello Kitty), e em tamanho GG com até 44 milímetros de diâmetro. A loja também vende pela internet
Presidente Alencar Burti Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editora Antonella Salem antonellasalem@uol.com.br Sub-editora Lygia Rebello lygiarebello@uol.com.br Chefe de reportagem Arthur Rosa
Tiago Minami
Entre arranha-céus e palácios imperiais Marcos de Tóquio: Raibow Bridge (à esq.) e Tokyo Tower
A capital do Japão é assim, cheia de surpresas. E a melhor forma de conhecê-la é de metrô, barato e muito eficiente. Confira o itinerário dos cartões-postais da cidade Por Elizabeth Marcon e Thiago Minami Divulgação/JNTO
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Tiago Minami
No sentido horário: Odaiba (bairro futurístico), Asakusa (parte histórica), Mercado de Tsukiji e bairro de Ginza (endereço de boutiques)
lado de fora das lojas. Quem quiser pode alugar uma bicicleta para conhecer o bairro de Ginza e a região de Yurakucho por 525 ienes (US$ 4,74) nos dias de semana e 1.050 ienes (US$ 9,50) nos fins de semana na loja Muji, que fica próxima à saída D9 da Estação Yurakucho, da linha de trem JR. É preciso apre-
sentar o passaporte e deixar um depósito de 3 mil ienes (US$ 27) que será reembolsado quando a bicicleta for devolvida. O aluguel é feito entre 10h e 20h. Imperdíveis – Pedalando ou à pé, é possível ir até o Palácio Imperial. Localizado no coração da capital japonesa, próximo à Estação de Tóquio, os jardins da
Elizabeth Marcon
(www.condomania.co.jp, em japonês), mas só dentro do Japão. Onde: Unidade Harajuku, Shibuya-ku, Meiji-jingumae, 6-30-1, tel. (813) 37976131. Estação Meiji-jingu-mae, linha Chiyoda. Para outros endereços ver o site. Village Vanguard: esta rede tem mais de 20 unidades e faz o maior sucesso no Japão. O segredo: vender aquilo que ninguém pensa em comprar. Pro-
Editor de Fotografia Alex Ribeiro Editor de Arte José Coelho Diagramação Evana Clicia Lisbôa Sutilo Ilustrações Abê Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Impressão S/A O Estado de S. Paulo
www.dcomercio.com.br
residência do imperador são abertos aos visitantes. À noite, uma das principais paisagens da cidade é a Rainbow Bridge, ponte pênsil que cruza a Baía de Tóquio e vai até Odaiba, bairro artificial que foi criado sobre o mar. O destaque é a arquitetura futurista dos prédios. Do Hinode Pier, próximo à
Estação Hamamatsucho, partem barcos que sobem o Rio Sumida até Asakusa, a parte mais histórica de Tóquio. É lá que são realizados os principais festivais da cidade, como o Sanja Matsuri. Além do Templo Sensoji, fundado em 628, o mais antigo da capital japonesa, há atrações como uma rua de lojas de
souvenirs e restaurantes e izakayás (bares) à moda antiga. Zôo – Mais ao sul de Asakusa, está a região de Ueno, endereço do parque e do Zoológico de Ueno, inaugurado em 1882. Lá estão mais de 400 espécies de animais, incluindo o Panda Gigante. Ali, cinco museus exibem sempre boas mostras. Do outro lado da cidade, perto da Harajuku Street e da estação de mesmo nome das linhas JR, o Parque Yoyogi (aberto das 5h às 20h) possui uma atração especial: os inúmeros jovens que se concentram em suas imediações para encontrar amigos, cantar, tocar, dançar ou só se exibir. Vestidos à caráter, como os Rockabillies, ou como bonecas dos mangás, eles estão sempre lá para ver e serem vistos. À esquerda do parque, a Avenida Omotesando se estende até o bairro Aoyama, e concentra as principais marcas da moda mundial. O shopping Omotesando Hills é um exemplo de ostentação fashion. O cruzamento da avenida é um laboratório de moda a céu aberto. No bairro vizinho, Shibuya, está o cruzamento mais famoso do Japão. Cercado por quatro telões enormes e inúmeros luminosos, jovens se espremem para atravessar em todas as direções. No topo – Se quiser observar todo o movimento de Tóquio de cima, dirija-se à Tokyo Tower, mais ao sul da cidade. Inspirada na Torre Eiffel, ela tem 333 metros, 13 m a mais que a de Paris. Outra opção é o sofisticado Tóquio City View, no 52º andar do Mori Building, onde fica também o Museu Mori. A 250 m acima do nível do mar, ele oferece uma vista 360º da cidade e do bairro de Roppongi, meca da diversão dos estrangeiros. Em dias ensolarados é possível ver o onipresente Monte Fuji. No bairro está situado o mais recente empreendimento de luxo: Tóquio Midtown, que inclui museus, restaurantes, hotel e até um hospital de luxo. (E.M. e T.M.)
Fotos: Tiago Minami
dutos curiosos de todo o mundo são dispostos em prateleiras com comentários espirituosos escritos à mão em plaquinhas. A parte de alimentos, uma das mais interessantes, oferece iguarias como lula seca com cobertura de chocolate branco, bala de maionese (para chupar antes de um encontro, como diz a placa), caldo de curry com carne de urso em lata e chocolates do Willy Wonka, aquele do filme A fantástica fábrica de chocolate. Para levar de presente, hashis (palitinhos para comer) em forma de lápis são uma boa pedida. Também é famosa a seção de bonecos, que coloca lado a lado réplicas de Elvis Presley, John Kennedy e Jesus Cristo. Onde: Shinjuku-ku, 3-38-2, Lumine 2, 4º andar, tel. (813) 5908-1302. Estação Shinjuku, linhas Keio, Odakyu, Yamanote, Chuo-Sobu, Marunouchi, Shinjuku. Outros endereços p e l o s i t e w w w. v i l l a g e v. c o . j p / d i r e c t / l i s t . p h p ? pref=all (em japonês).
No parque Yoyogi Koen, jovens oferecem abraços gratuitos. Na Condomania, camisinhas de todos os tipos, e na Tora no Ana, mangás
Ana) e (813) 5209-3330 (Animate). Outros endereços pelos sites w w w. t o r a n o a n a . c o . j p e www.animate.co.jp.
Tora no Ana e Animate: lado a lado, as duas lojas no bairro de Akihabara ocupam dois prédios de dez andares dedicados à veneração de mangás e animes, os gibis e desenhos animados japoneses. Os otakus, como são chamados os nerds de olhos puxados, encontram aí um semnúmero de chaveiros, bonecos, fantasias, cards e outras bugigangas. Para os mais empolgados, três andares de cada uma são dedicados ao gênero hentai, nome dado à pornografia em forma de desenho. Alguns pré-
dios adiante, fica um dos mais famosos "maid cafés" (www.cafe-athome.com), onde as atendentes vestem roupas de empregadas domésticas no estilo inglês e agem como se estivessem num desenho animado. Em vez da costumeira formalidade, elas tratam os clientes como se fossem membros da família, chamando os homens de "oniissan" e as mulheres de "oneessan", ou "irmão mais velho" e "irmã mais velha". Onde: Chiyoda-ku, Gaikanda, 4-3-1, tel. (813) 5294-0123 (Tora no
Yoyogi Koen: na região de Harajuku, os entornos deste parque são o ponto de encontro nos fins de semana para muitos jovens de Tóquio. Bandas universitárias se apresentam na calçada e buscam um lugar no hall da fama. Adolescentes fantasiadas de gothic lolitas – a versão local dos emos – oferecem abraços gratuitos aos transeuntes. Quarentões de topete à Elvis e vestidos como nos anos 70 dançam na rua ao som do velho e bom rock'n'roll. Essas são apenas algumas das atrações que um passeio dominical por ali pode trazer. Onde: Shibuya-ku, jinnan 2 chome. Estação Harajuku, linha Yamanote, ou estação Meiji-jingu mae, linha Chiyoda. (E.M. e T.M.)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
KAMAKURA A 40 km a sudoeste de Tóquio, Kamakura reúne uma boa coleção de pontos turísticos. É o caso, por exemplo, do templo zen-budista Engaku-ji, fundado em 1282 para trazer boas perspectivas ao xogunato que governava o Japão na época. Também famoso é o suntuoso templo xintoísta Tsuru-gaoka Hachiman-gu, construído pelo todo-poderoso xogum Minamoto no Yoritomo, o primeiro do período Kamakura (1185-1333). Lá, dois lagos com flores de lótus adornam o caminho para a construção principal: a Tumba de Yoritomo, que fica a cinco minutos do templo e costuma atrair mais a atenção dos turistas locais que dos estrangeiros. Entre os cartõespostais da região, na Estação de Hase, está a estátua de bronze do Grande Buda, que tem 13,35 metros e só perde em tamanho para a que está no Templo Todai-ji, em Nara. Já para os moradores de Tóquio, que conhecem de cor e salteado a região, a preferência é pela Praia de Enoshima, um dos hits do verão. O visual não é lá muito atraente, mas vale a oportunidade de acompanhar de perto como os nipônicos se divertem no mar. Como chegar: o trem para Kamakura , na linha Odakyu, sai da estação de Shinjuku e leva cerca de 1h30 até a Estação Enoshima. Outra opção é utilizar o trem que sai das estações Tóquio e Shinbashi, na linha JR Yokosuka. NIKKO Este é o lugar para onde os habitantes da cidade grande
Templos budistas, cachoeiras, parque de diversão, museus, termas e a vista do Monte Fuji são alguns dos destaques ao redor de Tóquio que valem a viagem Divulgação/Rapee Suveeranont
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Estátua do Grande Buda em Kamakura e cachoeiras Kegon em Nikko
vão quando querem ver sakuras – as belas flores de cerejeiras –, o cair das folhas vermelhas no outono ou simplesmente apreciar o clima refrescante da montanha numa pequenina cidade do interior. Famoso pelo templo xintoísta Tosho-gu construído, no século 17 em homenagem a Ieyasu Tokugawa, o mais conhecido xogum japonês – e pelas cachoeiras Kegon, Nikko também tem em seus domínios o Lago Chuzenji, reconhecido pelas águas claras e a beleza dos arredores. Um passeio pelos bosques em volta do lago pode revelar paisagens inesquecíveis – fotografadas incansavelmente pelos nipônicos – ou um encontro inesperado com macacos selvagens, que aparecem dependendo da esta-
ção. Mas atenção: as hordas de famílias nos fins de semana e as excursões escolares ou de idosos nos dias úteis podem tirar um pouco da paciência de quem não gosta de multidões. Como chegar: pela linha Tobu, que sai da Estação de Asakusa, dá para chegar a Nikko em duas horas. Já pela Estação de Ueno, a alternativa é tomar a linha Tohoku-Honsen e descer na Estação JR Nikko. YOKOHAMA Em 1853, o comodoro Matthew Perry chegou a Yokohama após o Japão permanecer 200 anos fechado ao exterior. Coincidência ou não, hoje a cidade, a 30 minutos de Tóquio, é uma das mais cosmopolitas do Japão, com um vasto complexo
de museus, lojas e restaurantes. Vale visitar a Landmark Tower, maior edifício do Japão com 70 andares. Abriga atrações como o Hotel Yokohama Royal Park, o Museu Mitsubishi Minato Mirai Industrial, com réplicas de foguetes, usinas nucleares e submarinos, e um observatório no ponto mais alto, com uma vista de cair o queixo para o porto da cidade. Próximo ao prédio, o Cosmo World é um parque de diversões com uma chamativa roda-gigante e mais de 30 brinquedos. Mas o mais famoso ponto turístico da região é a Chinatown, eleita a mais limpa do mundo. Caminhe por entre restaurantes e lojas de iguarias chinesas e experimente um dos deliciosos niku-manjus, pães brancos recheados com carne e cozidos no vapor. Como chegar: da Estação de Tóquio, tome as linhas Yokosuka, Tokkaido ou Keihin Tohoku até a Estação JR Yokohama (de lá, você pode ir para os outros pontos da cidade). Ou então utilize a linha expressa Tokyu Toyoko saindo da Estação de Shibuya. HAKONE Ótimo local para apreciar o Monte Fuji, Hakone, a uma hora e meia de Tóquio, é um parque nacional popular pelos onsens, as aconchegantes termas quentes que são um vício para quase todo japonês. Yumoto, a porta de entrada para a região, traz as opções mais tradicionais, com piscinas ao ar livre (vale lembrar que o onsen é coletivo e dividido por sexos, pois em geral não requer roupas de banho). Além do estilo japonês, parques temá-
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Cidades vizinhas reservam boas surpresas
TURISMO - 3
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quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
Porto de Yokohama, uma das cidades mais cosmopolitas do país. Em Hakone, Lago Ashi – melhor vista do Monte Fuji – e termas quentes
ticos contam com piscinas de chá, vinho, saquê, e ainda ambientadas na Roma Antiga ou nos palácios turcos. Em dias de tempo bom o Lago Ashi é o ponto perfeito para ver o Monte Fuji. Este, por sua vez, pode ser escalado durante o verão, quando o frio no topo não é tão duro.
Mas prepare-se: como tudo no Japão, o excesso de infra-estrutura (hotéis, banheiros, máquinas de bebidas...) tiram boa parte do clima de aventura. Como chegar: da Estação de Shinjuku, a linha Odakyu tem trens para a Estação de Odawara, em Hakone. (E.M. e T.M.)
Capital da gastronomia, com muitas estrelas no Michelin
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uem aprecia boa gastronomia agora tem mais um motivo para incluir Tóquio na rota de viagens. É de se surpreender que em uma cidade com mais de 160 mil restaurantes, somente agora tenha ganho o Guia Michelin como parâmetro de classificação. A espera valeu: a cidade se tornou a capital mundial da gastronomia com 191 estrelas dedicadas a 150 restaurantes da cidade. Só de três estrelas, categoria máxima do guia, foram oito restaurantes premiados: três franceses – entre eles o Chatêau Restaurant Joel Robuchon, localizado num chateau –, dois de sushi e três japoneses. Garantia de que os pratos agradarão até mesmo os paladares ocidentais mais exigentes. A vantagem de Tóquio é que, por oferecer uma enorme gama de bons restaurantes, até mesmo os três-estrelas são mais acessíveis. A surpresa para os donos dos estabelecimentos, como Sushi Mizutani, foi
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Leonardo Uehara
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O elegante Joel Robuchon, um dos três-estrelas no 'Guia Michelin', e o Gompachi, ótimo para happy hours, que serve kushi, espetinho na brasa
ver a lista de reservas lotadas até o fim de 2007 nos primeiros dias seguintes ao anúncio do guia. Para evitar que os clientes antigos ficassem sem vez, eles decidiram não aceitar mais reservas até este mês. O Sukibayashi Jiro, comandado pelo sushiman Jiro Ono, reflete a ostentação que é comer sushi em Ginza. Se quiser algo mais moderno, pode-se optar pela filial comandada pelo filho,
Takeshi Ono, mas igualmente aprovada por outro chef internacionalmente estrelado, Joel Robuchon. Não há cardápio, apenas preço fixo que fica na casa dos 20 mil ienes (US$ 180). No entanto, não faltam opções para quem quer provar todo o tipo de cozinha mundial. O próprio Joel Robuchon ganhou três estrelas no seu restaurante instalado em outro complexo de luxo, Yebisu Garden.
P et i sc o s –Tóquio também tem restaurantes para todos os bolsos. A cidade é pontilhada por redes de izakayás (bares) que servem porções de petiscos japoneses. É lá que os japoneses terminam o dia, no tradicional ritual do happy hour. Um restaurante cujo cardápio segue essa linha é o Gompachi. Especializado em soba (macarrão japonês em caldo de molho de soja) e kushi (espetinho na brasa)
RAIO X COMO CHEGAR A Japan Airlines (tel. 11/31752270, www.jal.com.br) oferece um dos melhores serviços para Tóquio a partir de São Paulo via Estados Unidos. Ida-e-volta a par tir US$ 1.860, conexão em Nova York. Na United (tels. 11/3145-4200 e 0 8 0 0 / 1 6 2 3 2 3 , w w w . u n ited.com.br), a partir de US$ 1.860, via Washington e Nova York. ONDE DORMIR Four Seasons Hotel:Pacific Century Place, 1-11-1 Marunouchi, Chiyoda-ku, Tóquio, Japan, Tel. (813) 5222-7222, www.fourseasons.com/Tóquio. Decoração e quartos no estilo europeu. Diárias a partir de US$ 490 por pessoa. Hotel Okura: 10-4 Toranomon, Minato-ku, Tóquio. Tel. (8103) 35820111, www.okura.com/Tóquio. Um museu, sala para cerimônia do chá e um jardim tradicional japonês estão entre os destaques deste luxuoso hotel. Diárias a partir de US$ 360 por pessoa. Ryoukan Ryumeikan-Honten: 34 Surugadai Kanda Chiyoda-ku,Tóquio, tel. (813) 3251-1135, http://www.ryumeikan.co.jp/honten_e.htm. Ryoukan é um tipo de pousada que oferece quartos no estilo japonês, com tatami e futon
sil. Procure uma das lojas da cadeia Kohmen, onde é possível escolher os ingredientes para "cobertura" separadamente. Existem centenas de restaurantes de sushi com esteiras rolantes. Não é preciso dizer nada. Entre, sente, e escolha o sushi que passar na sua frente. Os preços variam de acordo com a cor do pratinho onde eles estão. No final, a conta é o resultado da soma dos seus pratinhos. Simples assim. (E.M. e T.M.)
1347. Comida Francesa. Gompachi: Minato-ku, Nishi-Azabu 1-13-11, tel. (813) 5771-0180, www.sushi.gonpachi.jp. Petiscos japoneses. Kohmen Lámen: Minato-ku, Roppongi, 7-14-3, tel. (813) 64064565, www.kohmen.com. Refeição rápida. Kikunoi: 6-13-8, Taito-ku, Akasaka, Tóquio, tel. (813) 3568-6055. Oferece a famosa comida kaiseki, tipo de banquete.
para dormir no chão. Tem quartos a partir de U$S 100 por pessoa. ONDE COMER Sukibayashi Jiro: Residence B, Keyakizaka Dori, Roppongi Hills, 6-12-2 Roppongi, Minato-ku. tel. (813) 5413-6626. Sushi. Sushi Mizutani: Tóquio-to Chuoku, Ginza 8-2-10 B1F (subsolo), tel. (813) 3573-5258. Sushi. Chatêau Restaurant Joel Robuchon: Meguro-ku, Mita 1-13-1, Ebisu Gardens, tel. (813) 5424-
ONDE BADALAR AgeHa: 2-2-10, Shinkiba, Koutouku, Tóquio, tel. (813) 5534-2525. Um dos clubes noturnos mais procurados pelos jovens, tem cinco espaços, piscina ao ar livre e até praça de alimentação. Watami: Satose Bldg., 4F, 13-8, Wadagawa-cho, Shibuya-ku, Tóquio, tel. (813) 6415-6516. Espalhada por toda cidade, esta é uma rede de izakayas, espécie de bar com cara de restaurante. É para lá que os nipônicos vão após o trabalho quando querem beber e petiscar. FAÇA AS MALAS Visto: é necessário para brasileiros. Mais informações pelo site www.sp.br.emb-japan.go.jp. Fuso: 12 horas a mais em relação
ao horário de Brasília. Pacotes: a Princess Travel ( tel . 11/ 3388-5288, www.princesstravel.com.br) possui vários tipos de roteiros para o Japão. O roteiro de dez dias só em Tóquio custa a partir de US$ 2.962 por pessoa em quarto duplo – inclui aéreo, hospedagem, city tour com guia em inglês e seguro viagem. A Designer Tours (tel. 11/ 2181-2900, www.designertours.com.br) tem roteiro de nove dias combinando Tóquio com Kyoto a par tir de US$ 3.499 por pessoa em quarto duplo (saídas diárias até 20/2). Inclui parte aérea, acomodação (três noites em Tóquio, duas em Kyoto), transporte com assistência de guia em espanhol, passagem para trem bala, dois city tours e seguro viagem. Mais endereços de agências no www.nikkeybrasil.com.br. Passeios de ônibus pela cidade: o Sky Bus Tóquio tem dois andares e paredes de vidro sem teto, oferecendo uma vista privilegiada num tour pelo cent r o. S i t e w w w. s k y b u s . j p / E ng l i s h / i n d e x . h t m l , te l . ( 8 1 0 3 ) 3215-0008. Tem nove opções de horário por dia e custa 1.200 ienes (cerca de R$ 20). Internet: www.japan-guide.com.
no primeiro andar e sushi no segundo, o restaurante é o preferido de celebridades que passam por Tóquio. A lista vai desde o grupo Strokes até George Bush e o ex-primeiro ministro japonês Junichiro Koizumi. Basta dizer que o cineasta Quentin Tarantino se inspirou no local para ambientar a cena de luta entre a Noiva (Uma Thurman) e O-Ren Ishii (Lucy Liu) do filme Kill Bill. Quem quiser mergulhar ainda mais no cotidiano dos japoneses, pode provar o lámem, o macarrão que é refeição rápida de todo o país, mas está longe dos instantâneos daqui do Bra-
Restaurantes três estrelas em Tóquio Nome Tipo de Cozinha Hamadaya japonesa Kanda japonesa Koju japonesa Sushi Mizutani sushi Sukiyabashi Jiro sushi Joel Robuchon francesa L'Osier francesa Quintessence francesa
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4 - TURISMO
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
FÉRIAS
City tour sobre as águas cariocas Por Flavia Perin
Fotos: Divulgação
O
Rio de Janeiro, cidade que o mundo reconhece como maravilhosa, poderá ser admirado de uma forma diferente neste verão. É que chegou às águas da Baía de Guanabara o novíssimo navio Pink Fleet . Mais nova aposta do empresário Eike Batista, ele oferece passeios de um dia pela orla a partir da Marina da Glória, e também promove brunchs, almoços, jantares, happy hours, festas e eventos corporativos a bordo. A proposta de "day cruise" (cruzeiro de um dia) é pioneira no turismo náutico do Brasil e contou com investimentos de R$ 35 milhões. Os pontos turísticos por onde passa? Museu de Arte Moderna, Aterro do Flamengo, Praia Vermelha, Forte do Leme, Praia de Copacabana, Ponte Rio-Niterói e Ilha Fiscal – só para citar alguns deles. Construída na Alemanha, a luxuosa embarcação (que na realidade se chama Spirit of Brazil VII, título comum aos barcos da frota de Batista) acomoda com conforto e tecnologia de ponta até 450 passageiros. São 54 metros de comprimento divididos em quatro deques e seis ambientes de estilo clean assinado por Lu Kreimer e Carla Muniz, dupla responsável pela decoração do barco Tamarind, da família Marinho, e do catamarã do Hotel do Frade. A madeira e as cores claras cobrem os espaços, e os estofados ganharam desenho exclusivo Toile de Jouy (tipo de estampa em tecido originário da França) e detalhes em cor-de-rosa. No convés Leblon, localizado no topo da embarcação, 66
Muita música no Morro da Urca
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s quentes noites cariocas do verão terão música brasileira da melhor qualidade no cenário estonteante do Morro da Urca. O projeto Verão
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Com a proposta de oferecer cruzeiros de um dia, almoços, jantares, festas e eventos tendo como cenário os cartões-postais do Rio de Janeiro, o navio Pink Fleet é a boa-nova nas águas da Baía de Guanabara
Forma diferente de admirar a beleza da Baía de Guanabara e os pontos turísticos do Rio, o Pink Fleet acomoda até 450 passageiros em quatro deques e seis ambientes de estilo clean
SERVIÇO Pink Fleet: tel. (21) 2555-4063, www.pinkfleet.com.br. Passeios de um dia (duração de duas horas e meia) custam R$ 80 por pessoa, incluindo drinque. O City Lights Dinner sai a R$ 80 (navio atracado) ou R$ 150 (navio flutuando). Sábado, o passeio com almoço sai a R$ 130; domingo, por R$ 140.
do Morro leva os turistas de bondinho, que completa 95 anos de operação, para assistir a cantores como Maria Rita (amanhã e sábado), Arlindo Cruz, Marcelo D2 e Velha Guarda da Império (11/1). A agenda de shows inclui outros artistas nacionais e DJs
que animarão bares, lounges e pistas que compõem o local. Para só parar de dançar na hora de pegar o bonde de volta. Mais informações pelo tel. (21) 2461-0090, site www.morrodaurca.com. Ingressos pelo site www.ingresso.com. (F.P.)
Sofitel: ainda mais estrelado
ano de 2007 foi importante para o Sofitel Rio de Janeiro. O hotel do grupo francês Accor (www.accorhotels.com.br) concluiu a reforma de suas 388 acomodações – que custou R$ 32,5 milhões. E abocanhou prêmios de peso: o de melhor hotel do ano pelo Guia Quatro Rodas e outros das revistas Gula e Viagem
pessoas têm uma privilegiada vista panorâmica. Logo abaixo, o convés Ipanema possui bar, duas lojas (ainda não ocupadas, mas a idéia é que uma seja tabacaria e outra dedicada a óculos), mesas e sofás, que no total dispõem de 92 lugares. No convés Copacabana, há bar externo para 76 pessoas, o salão Maracanã, com 101 lugares, lounge, pista de dança, telão e equipamentos de luz e som, além de outras duas lojas – uma delas a joalheria H. Stern. Já no convés Lagoa, os salões Corcovado e Pão de Açúcar abrigam 114 passageiros sentados. Chef holandês – O comando da cozinha contemporânea brasileira que serve todos os deques é do chef holandês Gabriel Fleijsman, formado pela Cordon Bleu e especializado nas culinárias francesa e oriental. Suas criações podem ser degustadas no City Lights Dinner, que ocorre às quintas-feiras das 21h às 23h, nos happy hours de quartas e quintas, nos brunchs de domingo e nos passeios nos fins de semana e às terças, no cair da tarde, para assistir ao pôr-do-sol no melhor estilo. Oportunidades não faltarão para entender o significado da expressão Pink Fleet, usada pelos marinheiros para nomear o tom de rosa que toma o horizonte antes de a noite chegar.
Aviões da TAM têm novo interior e serviços remodelados
A e Turismo pelo restaurante Le Pré Catelan. Inaugurado em 1996, o Sofitel carioca já nasceu privilegiado: com localização na Avenida Atlântica, Copacabana, quase no Arpoador. Os hóspedes saem ganhando, já que todos os quartos têm varanda. Somam-se a isso luxos modernos como TV de LCD e sistema
O premiado Sofitel Rio reformulou suas 388 acomodações. Destaque, o restaurante Le Pré Catalan (abaixo) serve alta gastronomia
wi-fi. A grande sensação nas novas suítes, porém, é a MyBed, confortável cama-conceito desenhada para tornar o sono ainda mais relaxante. Só experimentando para entender. Se a ordem for relaxar, há também saunas seca e a vapor, fitness, jacuzzi e duas piscinas. Quem busca mais mimos deve se fixar no 8º andar, sob o sistema Imperial Club. Entre os serviços, mordomo, quick massage e check-in/out expressos. A alta gastronomia é parte da essência do Sofitel. A cozinha inventiva do Le Pré Catelan inclui pratos como costela de tambaqui com mousse de batata baroa defumada e molho de tomilho. O clima é ditado pelas cortinas de voiles brancos, que dividem os ambientes ao gosto do cliente, e a iluminação que combina lustres de cristal Swarowski e lâmpadas led, que emitem nuances de cor e mudam a atmosfera de acordo com a ocasião, fazendo vários restaurantes em um. (F.P.)
partir do início deste ano, os aviões utilizados nas rotas de longo curso da TAM terão uma nova cara, serviço remodelado e entretenimento atualizado. "É uma retomada de valores. O serviço sempre foi o nosso forte e queremos dar nova cara a ele. Investimos muito neste projeto, sempre pensando em como poderíamos surpreender o nosso passageiro", explicou a gerente de Marketing da TAM, Manoela Amaro. Nessa nova configuração, todas as aeronaves terão quatro assentos na primeira, 36 na executiva e 183 na econômica. Os aviões que já estão em operação nas rotas internacionais vão passar pelas mudanças a partir do momento que passarem pelo Check C ou D (etapas mais longas de manutenção, que normalmente acontecem uma vez ao ano). A novidade a bordo começa pelo design do interior dos aviões, elaborado pela arquiteta Aline Cobra. As cores frias, como o cinza e o azul, usadas nos estofados e carpetes, foram substituídas por tons quentes e modernos, como o vermelho, o púrpura e o bege. A iluminação promete ser uma atração à parte. Uma tecnologia avançada simula o nascer e o pôr-do-sol. "Os passageiros não serão acordados com aquela luz forte na cara. Será tudo muito sensível e gradual", completou a arquiteta. Além do ambiente, os passageiros das classes primeira e executiva vão encontrar novas louças e um cardápio diferenciado. "Percebemos que os passageiros não querem pratos requintados, por isso elaboramos um menu com produtos de qualidade, porém simples. Toda a base da elaboração dos pratos será o azeite de oliva, dando um tom mediterrâneo ao cardápio", explicou Manoela. Tradição européia – A carta de vinhos também terá novo conceito a partir de janeiro. O sommelier Arthur Azevedo afirmou que seguiu
o lado oposto da moda atual. "Hoje, se valoriza muito os vinhos do novo mundo, esquecendo que é na Europa que estão os vinhos mais tradicionais. Na nossa carta só haverá vinhos europeus", explicou Azevedo. Tanto na executiva quanto na econômica, serão oferecidos cinco opções de vinhos e champanhes. "Tudo isso reforça a tradição e o espírito de receber da TAM, que nunca foram deixados de lado", completou a presidente do Conselho da TAM, Maria Cláudia Amaro. Fotos: Divulgação/Panrotas
Equipe da TAM (acima) responsável pela renovação; aviões que fazem rotas de longa distância terão novo design no início deste ano Mais informações sobre o Panrotas Corporativo no site www.panrotas.com.br. Assinaturas pelo tel. (11) 6764-4816 ou 6764-4800, e-mail assinaturas@panrotas.com.br.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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Política FÉRIAS ADIADAS Para definir os cortes que serão feitos em 2008, Lula adia seu período de descanso
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reocupado em acertar os números do Orçamento deste ano, que sofrerá um corte de R$ 20 bilhões conforme anunciado ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva adiou o início do período de férias, previsto, num primeiro momento, para começar na tarde de ontem e se estender por uma semana. A previsão, agora, é que Lula comece o descanso no sábado. Até sexta-feira ele permanecerá em Brasília, onde despachará com ministros para acertar detalhes sobre os cortes. Na sexta-feira, seguirá para São Bernardo do Campo. O Palácio do Planalto chegou a contestar a possibilidade de Lula tirar alguns dias de descanso, embora a expectativa seja de que ele vá viajar. Ontem pela manhã e no início da tarde o presidente se reuniu com os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Paulo Bernardo, antes do anúncio das medidas de compensação para a perda de R$ 40 bilhões por conta da não prorrogação da CPMF ( le ia mais em Economia 1). Lula vai receber nesta semana os ministros da Educação, Fernando Haddad, e das Cidades, Márcio Fortes. A pasta de
Presidente Lula adia momentos de descanso para decidir sobre os cortes de despesas no Orçamento
embora o governo tenha anunciado que não reduzirá gastos com programas sociais. Enquanto discute onde ocorrerão as tesouradas, Lula faz mistério sobre o seu destino durante uma semana de férias. O Palácio do Planalto informa apenas que a definição, se houver, ocorrerá somente no fim de semana. Por ora, continuam duas opções: Restinga
da Marambaia, no Rio, uma área militar considerada um lugar onde o presidente poderá gozar de certa privacidade, ou Fernando de Noronha (PE), um paraíso aberto a um número restrito de visitantes. Lula e dona Marisa gostam de ficar no Forte dos Andradas, no Guarujá, onde o acesso é restrito. Porém, o local está em obras. (AOG)
BOLSA-FAMÍLIA GERA DISCÓRDIA Apesar da contenção de gastos, governo quer aumentar recursos e abrangência do programa em 2008
O
s planos do governo de aumentar os recursos e os beneficiados do Bolsa-Família neste ano, quando serão realizadas as eleições municipais, voltaram a provocar a reação da oposição, diante da vigência de novas regras eleitorais, e preocupam a Justiça Eleitoral. Para o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio Mello, a decisão do governo corre o risco de ser julgada ilegal porque seria uma forma de disponibilizar recursos públicos, em forma de benefícios sociais, em prol da campanha de candidatos aliados ao governo federal. O ministro criticou a medida. " Essa situação é no mínimo ambígua. A lei afirma que não pode haver benesses no ano das eleições. Se havia necessidade de conceder um benefício maior, por que não fizeram isso antes? Não há justificativa socialmente aceitável para se adotar a prática em ano eleitoral. Não podemos ser ingênuos, nada surge sem uma razão de ser. Não vejo com bons
olhos esse procedimento e governo está com o endosso de analisarei com o rigor da lei", um partido e pode ter a candiavisou Marco Aurélio Mello. datura colocada sob suspeiEm setembro o governo ção. O Bolsa-Família não favoanunciou a decisão de aumen- rece em termos de disputa eleitar de R$ 8,6 bilhões (pagos em toral a oposição". O vice-líder do DEM, depu2007) para R$ 10,4 bilhões os tado Paulo Borrecursos destinanhausen (DEMdos ao Bolsa FaSC), não tem dúmília. A cifra corvida de que o auresponde ao au- Essa situação é mento no valor mento de verba dos benefícios e à ambígua. A lei afirma para o programa inclusão no pro- que não pode haver é eleitoreiro. E avisa que o partigrama de mais 1,7 benesses no ano das milhão de jovens eleições. Se havia do combaterá a de 15 a 17 anos. necessidade, por que intenção do governo politicaLei – A legislamente, na discusção eleitoral sem- não fizeram antes? pre proibiu a criaMarco Aurélio Mello são do Orçamento de 2008, e juriç ã o o u o i n c r edicamente. mento de programas sociais em ano eleitoral. Eqülíbrio –"Qualquer tipo Neste ano, a norma ficou ainda de bondade em ano eleitoral mais rigorosa, pois passa a va- fere a democracia e a igualdaler a partir de 1º de janeiro e não de para que todos os candidaapenas 90 dias antes das elei- tos possam disputar as eleições. Não vivemos na Disneyções, como era antes. Marco Aurélio acredita que lândia: o efeito de um prograo aumento dos recursos pode- ma como este, em ano eleitoral, rá ser alvo de uma ação de au- é alterar o equilíbrio da disputoria da oposição ou do Minis- ta", afirmou Bornhausen. O secretário-geral do Institério Público. "Quem está no
tuto Brasileiro de Direito Eleitoral, o advogado Admar Gonzaga, também entende que o aumento nos valores do programa constitui uma forma de burlar a Lei Eleitoral. "É preciso guardar a paridade entre os que disputam e certamente esses aumentos de benefícios, feitos de forma cirúrgica em ano eleitoral, burlam a legislação", disse Gonzaga. A assessoria do Ministério do Desenvolvimento Social, responsável pelo Bolsa Família, informou que a pasta só se pronunciará sobre o assunto após analisar as implicações da lei eleitoral . O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, ressaltou que o governo tem um compromisso com as 11 milhões de famílias que recebem o BolsaFamília e que a preocupação, agora, é arranjar espaço no Orçamento para atender essas pessoas, já que o programa ficou com um rombo de R$ 7 bilhões em função da perda da CPMF. " Não podemos dar o calote em 11 milhões de famílias", disse Bernardo. (AOG)
Garantia do sigilo bancário O E PPS vai atuar em duas frentes para tentar barrar o novo instrumento que o governo criou para fiscalizar as operações financeiras com o fim da CPMF. O vice-líder do partido na Câmara, deputado Arnaldo Jardim (SP), vai entrar hoje com um projeto para sustar a norma baixada pela Receita Federal e que entrou em vigor anteontem. Junto com o projeto, o deputado vai encaminhar hoje ao presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), um requerimento para que ele convoque a Comissão Representativa do Congresso, que trata de questões legislativas durante o recesso, para que vote o projeto. Caso essa primeira tentativa não surta efeito, Jardim anunciou que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a medida do governo. O
Projetos do governo ficam incompletos
Nilton Fukuda / AE - 05/11/04
Arnaldo Jardim (PPS): ações para sustar norma fiscalizadora da Receita
deputado considera que o ato da Receita é inconstitucional porque significa uma quebra de sigilo ao obrigar as instituições financeiras a repassarem a movimentação bancária dos correntistas ao órgão. Com a função de buscar indícios de sonegação e de evasão fiscais, a instrução normativa da Receita determina que
A preocupação é arranjar espaço no Orçamento para atender essas pessoas. Não podemos dar o calote em 11 millhões de famílias. Paulo Bernanrdo
Eymar Mascaro
Caça ao voto
P
SDB e DEM receberam com reserva, mas com otimismo, o resultado da pesquisa Datafolha indicando que Lula não tem poder de transferir votos aos candidatos do PT às prefeituras da região Sudeste (São Paulo, Rio, Minas e Espírito Santo). A notícia é considerada importante porque o presidente vem recebendo mais de 60% de índice de aprovação ao seu governo. Em contrapartida, a pesquisa registra que Lula transferirá votos aos candidatos petistas no Nordeste, uma região que contabiliza 35 milhões de votos. Em relação a São Paulo, houve regozijo entre tucanos e democratas, sobretudo os que apóiam as candidaturas de Geraldo Alckmin e a reeleição do prefeito Gilberto Kassab (DEM).
Celso Júnior/AE - 20/12/07
Fortes, que concentra os investimentos em saneamento e habitação, poderá perder receitas de investimentos, embora Lula tenha garantido ao ministro, em dezembro, que preservaria o máximo possível os investimentos no setor. Cortes – A redução nas despesas da máquina pública poderá afetar todos os ministérios, inclusive o da Educação,
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
os bancos informem semestralmente as operações de pessoas físicas que ultrapassem, no período de seis meses, R$ 5 mil e, no caso de pessoa jurídica R$ 10 mil. Declarações do ministro do STF Marco Aurélio Mello fortaleceram a decisão do deputado de tentar anular a norma do governo na Justiça. (AE)
studo mostra que 73% dos programas do governo federal tiveram execução inferior a 80% no ano de 2007. Os dados foram levantados pela ONG Contas Abertas, com base em números do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi). O consultor de economia da Contas Abertas, Gil Castelo Branco, explica que isso é possível porque o Orçamento no Brasil é autorizativo, ou seja, o governo faz uma lista de intenções que serão cumpridas. Muitos dos recursos existentes acabam transferidos para outros fins. "O Orçamento ainda é aquela ficção que há tantos anos se comenta, é mais uma lista de desejos do que propriamente uma lista de realizações", disse, em entrevista à Rádio Nacional. (ABr)
SUGESTÃO
APELO
A pesquisa apontou que, em São Paulo, o apoio de Lula pode tirar votos do candidato petista. Os petistas paulistas continuam insistindo na candidatura de Marta Suplicy, que vem empatando na liderança com Alckmin e é perseguida de perto por Kassab.
Diante do resultado do Datafolha, o "bloquinho" de esquerda, formado por PSB, PDT e PCdoB, volta a intensificar os encontros para debater o lançamento de um candidato do grupo. Os nomes citados são os de Luiza Erundina, Paulo Pereira da Silva, da Força Sindical, e Aldo Rebelo.
APOIO
UNIÃO
A restrição feita ao apoio de Lula serve para incentivar os petistas a insistir na candidatura de Marta. A ministra já foi prefeita de São Paulo e criou um eleitorado cativo, que independe do apoio do presidente da República. Lula, no entanto, silencia sobre o resultado da pesquisa.
Lula continua apelando ao "bloquinho" para que mantenha a união do grupo em torno do candidato do PT. Ele se esforça para o PT reconquistar a Prefeitura paulistana, considerada de grande importância na campanha presidencial de 2010.
SATISFEITOS Os alckmistas comemoram o resultado do Datafolha. O medo deles é que Lula coloque a máquina do Estado para trabalhar pela candidatura petista. O receio é recíproco, porque os petistas admitem que o governador José Serra também pode colocar o Estado a serviço do candidato tucano.
REGOZIJO Também o prefeito Gilberto Kassab esfregou as mãos ao saber que Lula não transfere votos. As pesquisas têm indicado que se Alckmin não for candidato, Kassab reúne condições de derrotar o PT no segundo turno. Mas, as coisas se complicariam para o democrata se Alckmin se candidatar.
INFIÉIS Outros dois partidos que integram a coalizão do governo Lula, PMDB e PTB, também se mexem no sentido do lançamento de candidato próprio a prefeito. O PMDB está sendo preparado para lançar candidato por Orestes Quércia, mas, até agora, o partido está sem um candidato forte.
TRABALHISTA O PTB pode romper uma tradição em São Paulo e lançar candidato a prefeito o senador Romeu Tuma. Mas, tradicionalmente, o partido vai a reboque do PSDB em São Paulo. Diz-se que Tuma trocou o DEM pelo PTB para se candidatar a prefeito e ter garantia de legenda para tentar a reeleição ao Senado.
VOTOS A pesquisa Datafolha foi um banho de água fria nos petistas que já pensam na sucessão de Lula. O partido quer reverter o quadro em São Paulo, que terá 30 milhões de eleitores em 2010. O quadro é pior para o PT porque o seu principal adversário em 2010 deve ser o paulista José Serra.
LIDERANÇA
DECISÃO Geraldo Alckmin deve responder até fevereiro se será candidato a prefeito. Se depender de Serra, Alckmin se candidatará apenas em 2010, ao governo do Estado. Para o governador, o PSDB deve apoiar a reeleição de Kassab para ter retribuição na eleição presidencial de 2010.
CAMINHO A mesma coisa acontece no PT: Marta Suplicy ficou de responder ao partido "em breve". Se a decisão fosse tomada hoje, Marta não seria candidata à Prefeitura. A ministra continua disposta a concorrer ao governo do Estado, embora a pressão sobre ela para se candidatar à Prefeitura de São Paulo seja grande no PT.
José Serra continua liderando as pesquisas, o que deve fazer dele o provável candidato do PSDB ao Planalto. O tucanato ainda sonha em constituir uma chapa completa, indicando Aécio Neves para vice de Serra. Detalhe: São Paulo e Minas vão somar em 2010 cerca de 40 milhões de votos.
TRANSFERÊNCIA Se a candidata do PT à Presidência da República for a ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, como se deseja o partido, ela vai depender da transferência de votos de Lula. A pesquisa Datafolha apontou que o presidente também não transfere votos no Sul do País (Rio Grande, Paraná e Santa Catarina). O resultado está mobilizando o PT a rever suas estratégias. Uma ala não confia no levantamento.
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
Congresso Planalto Orçamento CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
O REAJUSTE DAS CONTAS PÚBLICAS
5
675
bilhões de reais é o total estimado das receitas da União para 2008.
DEFINIÇÃO DE GASTOS EXIGE AJUSTE Presidente nacional do PSDB , Sérgio Guerra, propõe outra sistemática de negociação e votação do Orçamento para definir os investimentos do País
D
epois de contribuir para impor ao governo o prejuízo de R$ 40 bilhões no Orçamento deste ano, com a recusa à CPMF, o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), sugere que o Congresso faça sua parte para estabelecer uma nova relação com o Executivo e diz que só há um caminho: "A Comissão Mista de Orçamento tem que acabar". Para compensar parte da perda de arrecadação, do ponto de vista político, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, propôs o fim das emendas coletivas que as bancadas dos vários Estados apresentaram à proposta orçamentária de 2008, totalizando cerca de R$ 13 bilhões. No entendimento de Guerra, porém, isto não altera o processo deformado da confecção do Orçamento, que estimula a cooptação e o fisiologismo, nem tampouco a relação com o Executivo, calcada na troca de votos por favores políticos. Mas Paulo Bernardo adverte que o simples fim da Comissão de Orçamento também não produzirá a mudança que se deseja. "Por este raciocínio, o Orçamento impositivo seria muito mais útil para mudar o processo orçamentário e a relação entre os Poderes", sugere. Boa parte das negociações individuais entre governo e parlamentares passa pela liberação de recursos para bancar as emendas ao Orçamento. Só na tentativa de conquistar o
Roosewelt Pinheiro/ ABr- 24.05.07
voto do senador César Borges (PR-BA) em favor da CPMF, foram liberados R$ 2,5 milhões dos R$ 3,5 milhões em emendas individuais apresentadas pelo ex-democrata que aderiu ao PR. "As emendas ao Orçamento foram privatizadas e hoje representam grupos e interesses que, legítimos ou não, traduzem a deformação do processo", denuncia Sérgio Guerra. "O que não pode haver é parlamentar, bancadas ou grupos de parlamentares donos de
As emendas ao Orçamento hoje representam grupos e interesses que, legítimos ou não, traduzem a deformação do processo. Sérgio Guerra (PSDB) emendas ", completa, certo de que a alternativa é uma espécie de comissão de sistematização para analisar todas as emendas orçamentárias e conferir a elas um formato de anteprojeto a ser examinado pelo plenário do Congresso. Desta forma, avalia o tucano, seria possível criar outra sistemática de negociação e votação da proposta orçamentária, uma vez que até os aliados do governo revelam-se incomodados com o modelo vigente. Na avaliação geral, o
modelo dá espaço e força em demasia a lobbies de empreiteiras, que não raro ditam prioridades ao País. "A negociação orçamentária expõe muito o Legislativo e deixa ainda mais exposta a base governista", queixa-se o líder do PSB no Senado, Renato Casagrande (ES). Ele argumenta que o atendimento à base "não tem nada de ilegítimo", tanto que é prática mundial dos vários governos, mas diz que os governistas ficam mal vistos. "Como as propostas mais relevantes para o Planalto são votadas no fim do ano e o governo sempre executa a maior parte do Orçamento no último trimestre, sempre parece que houve uma troca de apoio com os aliados, ainda que a decisão tenha sido focada no mérito da proposta e não tenha havido cooptação alguma", explica. O presidente do PSDB acredita que Planalto e Congresso só colherão um resultado positivo do episódio da CPMF ao longo de 2008 se o governo cessar a negociação individual com os parlamentares e passar a tratar de seus interesses institucionalmente, com os partidos aliados e de oposição. "As batalhas políticas deste fim de ano só valerão a pena se servirem de ensinamento e, daqui em diante, o diálogo se der com respeito à democracia e ao Congresso. Mas esta decisão de fazer valer a pena e mudar a história, só o governo pode tomar", conclui Sérgio Guerra. (AE)
Sérgio Guerra propõe acabar com a comissão mista de orçamento para desfazer o lobby nas emendas
Orçamento fica para 12/02
S
em a CPMF, a Comissão Mista do Congresso Nacional, responsável por apresentar o Orçamento Geral da União para 2008, precisou rever o trabalho que já tinha sido feito. De acordo com o relator-geral do Orçamento, deputado José Pimentel (PT-CE), uma nova proposta deve ser apresentada até o dia 12 de fevereiro. Segundo ele, estão sendo estudados os cortes a serem feitos no Executivo, Legislativo, Judiciário e no Ministério Público (MP). Depois da votação no Senado que rejeitou a pror-
rogação da CPMF, Pimentel e o presidente da Comissão Mista, senador José Maranhão (PMDB-PB), procuraram o Ministério do Planejamento, os presidentes do Supremo Tribunal Federal, da Câmara, do Senado e o procurador-geral da República. "A partir do dia 8 de janeiro, cada um desses órgãos vai encaminhar suas sugestões de ajustes do Orçamento", explicou Pimentel. Somente depois que os três poderes e o MP encaminharem as propostas, o Orçamento 2008 será fechado e encaminhado para análise e votação
no Congresso Nacional. De acordo com o deputado, o total de receitas da União deve ficar em R$ 675 bilhões. Ele lembra que, como 2008 é um ano eleitoral, há um encurtamento para a aplicação dos recursos. Dos R$ 40 bilhões previstos com a arrecadação da CPMF em 2008, faltam ser cortados do Orçamento R$ 30 bilhões. O relator explica que alguns itens não podem ser alterados, como o pagamento das aposentadorias e pensões do INSS, que somam R$ 190 bilhões, e a folha de servidores da União, de R$ 130 bilhões. (ABr)
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Finanças Tr i b u t o s Empreendedores Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Empresária acredita que elefante de costas para a entrada da agência ajuda a harmonizar o ambiente
AGÊNCIA TEM FILIAL EM CAMPINAS
Class Tour quase fechou as portas. Hoje, está em plena expansão.
A
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
Fotos: Leonardo Rodrigues/e-Sim
Depois da morte do irmão, empresária decidiu reorganizar a empresa. Kety Shapazian
N LETREIRO empresária Tica Moraes não sabe explicar a origem do nome da agência de turismo. Ela diz apenas que o irmão e fundador da Class Tour comprou "da Embratur o registro, que era de alguém". "Acredito que o nome combina com o serviço que vendemos, ou seja um tour de classe. Meu irmão era do mercado financeiro, muito bem relacionado e adorava viajar", conta a empresária.
a porta da Class ano do curso de Letras, mas Tour, um charmo- "odiou" e, aos 19 anos, pediu so elefantinho de um emprego ao irmão, na épopedra está com o ca proprietário da Class Tour, t r a s e i ro v i r a d o aberta em 1975. "Fui ficando e, para a rua. Dentro depois de oito, nove anos, virei da agência de tu- sócia. Entrei como consultora, rismo, no setor fi- atendia clientes, vendia passananceiro, há um gens, alugava carro, dava dibaú cheio de moedas. Senta- cas de restaurantes." Em 2003, dos em suas mesas, os funcom a morte do irmão, Aucionários ficam todos de g u s t o M ocostas para as r a e s , Ti c a pensou em feparedes — assim, estarão char a agência por achar que sempre proteg i d o s e n i nnão daria conta do neguém vai "roubar" suas gócio. "Mas, em vez de feenergias. A fonte na entrachar a Classtour, resolvi da garante a p re s e n ç a d o f a z e r a e mpresa crescer. elemento água. E quanDemorei um do a energia ano para colocar a casa em não está boa, a empresária Ti- Class Tour oferece viagens e serviços ordem. Estav a t u d o d eca Moraes pendura mais uns cristais pelo sorganizado, com as contas ambiente. Ela adotou a antiga atrasadas. Só descobri que as arte chinesa que busca a har- coisas não estavam bem demonia e o sucesso em um am- pois que meu irmão morreu." biente há dez anos. "Minha caRoteiros A Class Tour trabalha com sa e a agência em Campinas também são assim." quatro departamentos distinTímida, Tica não gosta mui- tos. No Exclusive, o cliente fito de dar entrevistas. Mas aos nal é atendido e são vendidos poucos vai contando sua histó- os roteiros que enlouquecem ria. Ela fez apenas o primeiro os turistas — degustação de vinhos na Itália, viagem gastronômica pela França, passeio de Harley Davidson pela Rota 66 (famosa estrada nos Estados Unidos), entre outros. O Corporate atende empresas cujos funcionários viajam muito. O terceiro é o departamento de Eventos, que aluga uma sala de reunião para o lançamento de um produto ou fecha um resort para um grande evento. "É algo que está crescendo. Nós sempre fizemos, mas era algo 'arroz com feijão', mais básico. Se alguém me dissesse que precisava mandar 100 executivos para o Club Med, eu diria que não conseguiria e nem aceitava o trabalho", diz Tica. Por último, um setor cuida de todos os documentos de que o turista precisa (passaporte, visto, carteira internacional de habilitação). "Nada passa por despachantes, e isso
EMPREENDEDORES A empresária Tica, com o marido e sócio Constantino Karacostas: reorganização fez o negócio crescer.
dá segurança ao cliente que não quer uma cópia da sua declaração de Imposto de Renda passando de mão em mão." A agência de Campinas, aberta em 1988 e fechada uma semana depois da morte do irmão, foi reaberta com três funcionários em maio de 2007 e, neste mês de janeiro, muda-se para outro imóvel num bairro que Tica acha "legal" (Nova Campinas), e já tem dez funcionários. "Em Campinas é diferente. As empresas gostam que a gente passe por lá, todo mundo tem tempo, manda foto do filho. Aqui, eu pergunto se posso passar em algum lugar e as pessoas dizem que não, nunca têm tempo", diz a empresária, que vai assumir o departamento de eventos na filial. "Hoje, a Class Tour é três vezes o que era em dezembro de 2003, quando pensei em fechar. Foi um sufoco, mas valeu a pena", afirma.
SERVIÇO Rua André Gonçalves, 40 – Itaim Bibi – São Paulo Telefone: 3040-5060 Site: www.classtour.com.br
Elefante na entrada, tradição chinesa em busca de harmonia e sucesso.
SEGREDO
O
sócio da Class Tour Constantino Karacostas afirma que o segredo do sucesso é "trabalho, trabalho, trabalho". "É dedicar-se 150% àquilo que está fazendo. Se não for assim, nada vai para frente. Também não pode esperar que os outros façam, porque ninguém vai fazer. E tomar muito cuidado para não chegar àquele ponto em que a pessoa fala 'ah, isso eu não faço' porque é quando ela começa a se distanciar. Aí, já era."
PEDRA ica Moraes e o marido, Constantino Karacostas, concordam que relacionamento interpessoal é muito difícil. "Isso ocorre em qualquer empresa, não apenas em uma agência de turismo. Administrar problemas e fofocas internas é muito chato. É impossível agradar a todos os funcionários. Todo fim de ano fazemos escala de trabalho e quem pegou Natal queria Ano Novo e viceversa", diz a empresária.
T
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
Luís Saavedra/Reuters
AFP
Internacional
Vulcão acordado
Punição iraniana Treze iranianos foram enforcados ontem em Teerã por crimes como narcotráfico e assassinato.
Vulcão Llaima, no Chile, entrou em erupção ontem após 13 anos inativo: 700 pessoas ficaram desabrigadas.
Genocídio! Diferenças étnicas ampliam conflito no Quênia e diálogo, agora, dependerá de mediação internacional Desde sua independência da Grã-Bretanha, em 1963, a tribo kikuyu domina a vida política e econômica no país, que hoje é a maior economia da África Oriental e a que cresce em ritmo mais acelerado. Países ocidentais pediram calma e que instituições internacionais como a União Africana e a Comunidade Britânica procurem conciliar Kibaki e Odinga. Cada partido acusa o outro de fraude eleitoral, e Odinga planeja um comício gigante para hoje. "Alguns manifestantes, em reação, foram responsáveis por assassinatos de kikuyus", disseram a Comissão de Direitos Humanos do Quênia e a Federação Internacional de Direitos Humanos. Vi ng an ça – Em uma reação em cadeia assustadora, mais e mais casos foram vistos ontem de mortes por vingança cometidas por militantes kikuyus, incluindo os integrantes da notória gangue Mungiki, contra membros das tribos oposicionistas. Pelo menos 40 kikuyus morreram na terçafeira quando uma multidão ateou fogo a uma igreja onde alguns quenianos desta etnia tinham se refugiado em Eldoret, no oeste do país. O episódio lembrou os massacres de centenas de milhares de pessoas em igrejas durante o genocídio de Ruanda em 1994. (Reuters)
Fotos: Reuters
É
com o assustador termo "genocídio" que o presidente do Quênia Mwai Kibaki tem se referido aos conflitos pós-eleitorais no país. Kibaki, que se proclamou reeleito no domingo, acusa o partido de seu rival Raila Odinga de desencadear um "genocídio" no Quênia. Odinga acusa o presidente eleito de "roubar" votos. O número de mortos na violência decorrente da eleição contestada passa de 300. "Está se tornando claro que esses atos bem organizados de genocídio e limpeza étnica foram bem planejados, financiados e ensaiados por líderes do Movimento Democrático Orange (ODM), antes das eleições gerais", informa uma declaração lida pelo ministro Fundiário, Kivutha Kibwana, em nome de seus colegas de gabinete. O ODM não respondeu de imediato a acusação e só aceita conversar com Kibaki diante de mediadores internacionais. Os partidários de Odinga, em sua maioria da tribo dos luos, atribuíram a violência a Kibaki. Já houve muitos choques de luos contra membros da tribo kikuyu, à qual Kibaki pertence.
O uso do termo "genocídio" choca os quenianos, que estão acostumados a que seu país seja visto pelo mundo como uma democracia estável, destino turístico e de investimentos e oásis de paz numa região volátil e marcada pelo genocídio de Ruanda em 1994. O Quênia é aliado importante do Ocidente em seus esforços antiterrorismo, recebe fluxos crescentes de dinheiro da China e está acostumado a atuar como mediador de paz – e não ponto de conflitos – em regiões tensas da África, como Somália e Sudão.
Reuters
Mohammed Abe/AFP
Dez mortos em ataque suicida no Iraque
Por ar, Israel atinge Hamas em Gaza
P
S
da líder da oposi- governo do Paquistão na in- gações da morte. Musharraf Scotland Yard assassinato ção Benazir Bhutto, anunciou vestigação sobre a morte de Be- também anunciou o adiameno secretário do Foreign nazir Bhutto", disse Miliband. to para 18 de fevereiro das eleino Paquistão ontem Office, David Miliband. Eleições – Em discurso à na- ções legislativas e provinciais nvestigadores da Scotland Yard estarão no Paquistão "antes do final da semana" para ajudar as autoridades paquistanesas na investigação sobre o
I
"A pedido do presidente (paquistanês Pervez) Musharraf, o primeiro-ministro (britânico Gordon Brown) aceitou enviar especialistas da polícia científica para ajudar o
ç ã o , o p re s i d e n t e P e r v e z Musharraf afirmou que Bhutto foi "assassinada por terroristas" islâmicos, e declarou ter solicitado a ajuda da Grã-Bretanha para conduzir as investi-
que deveriam acontecer no dia 8 de janeiro, após os distúrbios mortíferos que se seguiram ao assassinato de Benazir Bhutto e afetaram a preparação das operações de votação.
eis palestinos morreram e três ficaram feridos em um ataque aéreo israelense na cidade de Gaza, executado na madrugada de terça-feira. O ataque israelense, realizado por um helicóptero, aconteceu na zona leste de Gaza e tinha como alvos membros das Brigadas Ezzedine al-Qasam, o braço militar do Hamas, que tomou à força o controle da Faixa de Gaza em junho de 2007. "Vários terroristas foram atingidos durante a operação", disse uma fonte militar não identificada. Outro ativista do Hamas morreu na terça-feira em um bombardeio israelense também na Faixa de Gaza.
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oliciais inspecionaram ontem um veículo destruído depois de um atentado suicida em Baquba, a 65 quilômetros de Bagdá, no Iraque [foto]. Uma mulher-bomba usando um casaco com explosivos provocou o atentado, que causou a morte de dez pessoas e feriu outras oito, segundo fontes policiais. Pelo menos três ataques ocorreram ontem em localidades ao norte de Bagdá, um dia depois de o Ministério do Interior ter destacado que o país registrou em dezembro passado o menor número de pessoas mortos em ações de violência desde 2003.
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São Paulo, quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
Jornal do empreendedor
Melhor ano do comércio desde 2000
Edição concluída às 23h45
Economia 3
w w w. d co m e rc i o. co m . b r
O pacote da traição Lula não ia aumentar impostos. E aumentou
Meu nome é CPMF. Mas pode me chamar de IOF
Quando um repórter lembrou a promessa de Lula, o ministro Mantega explicou: "Era para 2007". A oposição declarou-se "traída" e já prepara uma "batalha campal" pela rejeição da proposta orçamentária.
Elevações de 0,38 ponto no IOF e de seis pontos na CSLL financeira devem render R$ 10 bi + R$ 20 bi de cortes em despesa e investimento = R$ 30 bilhões, ou uma CPMF como a de 2007. Economia 1
Sergio Lima/Folha Imagem
Lula, com Mantega e Paulo Bernardo, embrulha o pacote que prometia não entregar
Petróleo chega a US$ 100 Pela primeira vez, o barril rompeu a barreira de US$ 100, em NY. Mas acabou cotado a US$ 99,62. Economia 4 Masao Goto Filho/e-Sim
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quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
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bilhões de reais é o que o governo quer recuperar das perdas com a falta da CPMF em 2008.
CORTE DE R$ 20 BI EM DESPESAS E INVESTIMENTOS IOF DE 0,38 % NAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO, SEGURO E CÂMBIO AUMENTO DE 0,38 PONTO NAS OPERAÇÕES JÁ TRIBUTADAS PELO IOF CSLL FINANCEIRA SOBE PARA 15%
PACOTE DE ANO-NOVO M
Sérgio Lima/Folha Imagem
Presidente Lula entre ministros Paulo Bernardo e Guido Mantega: pacote, que tinha sido negado, chegou. Mail Bittar/Reuters
esmo depois de juras e promessas de que não aumentaria impostos, o governo baixou ont e m u m p a c o t e q u e p re v ê R$ 10 bilhões a mais de arrecadação com o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Todas as alíquotas do IOF incidentes nas operações de crédito e de câmbio foram elevadas em 0,38 ponto percentual. O IOF das transações de crédito das pessoas físicas foi duplicado. Além disso, a alíquota da CSLL do setor financeiro subirá de 9% para 15%. O pacote prevê, ainda, um corte de R$ 20 bilhões em custeio e investimentos na proposta orçamentária deste ano. Amparado, tecnicamente, pela mudança de ano, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu-se da quebra de palavra. "O compromisso do presidente era de não promover alta de impostos em 2007. E de fato não o fez. Estamos fazendo em 2008 o que está dentro do programado", afirmou. As medidas foram anunciadas por Mantega e pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, depois de reunião com o presidente Lula. Mantega negou que o conjunto de
L Mantega anuncia as medidas, ao lado de Bernardo: governo admite encarecimento do crédito no País.
CUSTO DO CRÉDITO VAI AUMENTAR
A
decisão do governo de elevar tributos para compensar o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) vai aumentar o custo de uma série de operações bancárias. Os empréstimos são os principais afetados, mas não são os únicos envolvidos nas mudanças. Contratação de seguros, compras no exterior feitas no cartão de crédito e até as exportações pagarão mais para os cofres públicos, por meio da elevação da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em 0,38 ponto percentual. Em resumo, o brasileiro deixará de recolher CPMF, mas terá que pagar uma alíquota maior de outro tributo. A elevação do IOF vai afetar transações de crédito, como financiamento da casa própria, operações para a compra de
veículos, empréstimos pessoais e uso do cheque especial. Mas há situações em que a alta será maior. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a alíquota dobrou nas operações para pessoas físicas com cobrança diária de IOF. Sem citar quais casos terão imposto maior, Mantega disse que a alíquota do imposto passará de 0,0041% para 0,0082% por dia. No ano, essa decisão aumenta o custo dos empréstimos em aproximadamente 1,5 ponto percentual. "Estamos criando um pequeno adicional de 1,5% ao ano, é praticamente insignificante", disse. Cartão no exterior – O consumidor também deve sentir os aumentos quando contratar um seguro ou realizar compras no exterior usando o cartão de crédito. Atualmente, seguros de saúde e gastos em
moeda estrangeira no cartão recolhem alíquota de 2% de IOF e passarão a pagar, no mínimo, 2,38%. Até nos casos em que hoje a alíquota do imposto é zero – como o seguro de financiamento imobiliário – haverá a incidência da alíquota adicional de 0,38%. Procurada, a Receita Federal do Brasil anunciou que vai ter detalhes sobre como ficará a cobrança do IOF apenas quando o Diário Oficial da União trouxer o decreto com a determinação de aumento do tributo. A publicação é esperada para esta quinta-feira. A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) mais alta, que valerá de três meses após a publicação da MP, também deve encarecer o crédito, já que os bancos tendem a repassar este maior custo para os empréstimos. (AE)
medidas seja um "pacote". "Não podemos chamar de pacote. São só duas medidas na área tributária", disse. Retaliação? – Ao elevar os impostos, Mantega negou que o governo esteja quebrando um acordo feito com a oposição no Senado, na época da votação da Desvinculação das Receitas Orçamentárias
Não estamos pensando em recuperar os R$ 40 bilhões da CPMF. Por isso, não se pode falar em quebra de acordo ou em retaliação. Guido Mantega (DRU), ou que tenha feito uma "retaliação" por causa do fim da CPMF. "O que estamos fazendo é um ajuste tributário suave", afirmou o ministro. "Não estamos pensando em recuperar os R$ 40 bilhões perdidos com o fim da CPMF. Por isso, não se pode falar em quebra de acordo ou em retaliação. É uma compensação modesta de uma grande perda." Paulo Bernardo disse que, durante a reunião com Lula,
não houve avaliação política sobre a derrota do governo no caso da CPMF. "Esse é um assunto vencido. Nossa responsabilidade agora é a de reequilibrar o orçamento." Segundo ele, Lula pediu que a apresentação começasse pelo anúncio do corte de gastos. "O presidente falou que todo mundo vai ter que apertar um pouco o cinto", afirmou Bernardo, numa referência ao fato de que o corte atingirá Executivo, Legislativo e Judiciário. Embora o aumento do IOF comece a valer hoje, com a publicação da medida no Diário Oficial da União, o corte nos gastos ainda será negociado com o Congresso. "A orientação do presidente é a de trabalhar os cortes junto com o Congresso", disse Bernardo. A elevação da alíquota da CSLL das instituições financeiras de 9% para 15% só entrará em vigor três meses depois da edição da medida provisória (MP), por causa do princípio da noventena. A MP com o aumento da CSLL deverá ser publicada hoje e terá que ser aprovada pelo Congresso. O aumento do IOF nas operações de crédito não terá, segundo Mantega, efeito sobre a economia, embora ele admita que haverá um pequeno encarecimento do custo do crédito no País. (AE)
Oposição diz que foi traída
íderes de partidos de oposição afirmaram ontem que o governo os traiu ao anunciar pacote com aumento de impostos para compensar a perda de arrecadação com o fim da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Os oposicionistas prometem endurecer contra a administração federal e liderar uma "batalha campal" para impedir a aprovação da proposta orçamentária deste ano, que deve ser votada em fevereiro. "Nos sentimos traídos", resumiu o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), momentos depois do anúncio das medidas. "Houve rompimento do acordo que havia sido feito com a oposição", emendou o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgilio (AM). Em dezembro, quando a CPMF foi derrubada no Senado, a oposição concordou em aprovar a Desvinculação das Receitas da União (DRU), desde que o Poder Executivo se comprometesse a não baixar nenhum pacote que implicasse no aumento da carga tributária para compensar o fim do "imposto do cheque". "É um
governo com sua habitual gulodice fiscal", disse Maia. "É claro que isso vai encarecer a produção", afirmou. "O governo não chamou ninguém para conversar a respeito dessas medidas. É uma mentira que precisa de dinheiro para compensar a CPMF", afirmou Artur Virgilio.
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Já os líderes de partidos aliados comemoraram as medidas adotadas pela equipe econômica. "Foram medidas equilibradas", disse o líder do PSB no Senado, Renato Casagrande (ES). "É um mal menor", resumiu o líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN). (AE)
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
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sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de janeiro de 2008
Daniel Mihailescu/AFP
In te rn ac io na l
Noor Khamis/Reuters
AFP
SOB NEVE Temperaturas de -15 graus causaram transtornos e mortes na Romênia e na Bulgária. Estradas foram fechadas.
SOB FOGO Boryana Katsarova/AFP
Turquia: 4 mortos em explosão em Diyarbakir. Quênia (abaixo): novos protestos.
A CAMINHO DA CASA BRANCA
O
AFP
Said Khatib/AFP
SOFRIMENTO EM FAMÍLIA NA FAIXA DE GAZA ma família de palestinos realizou ontem o funeral U de seus mortos após ataques
Candidatos democratas (de cima para baixo) Hillary Clinton, Barack Obama, John Edwards, Bill Richardson, Joe Biden, Dennis Kucinich, Mike Gravel e Christopher Dodd
aéreos israelenses na cidade de Bani Suheila, perto de Khan Yunes, realizados junto com uma operação terrestre do exército israelense na mesma área. Nove palestinos morreram, incluindo as quatro pessoas da mesma família: dois irmãos da Jihad Islâmica, Ahmad e Sami Fayad, de 22 e 25 anos respectivamente, a mãe, Karima, 50 anos, e a irmã Asmaa, 20. Em outra frente, uma coluna de 70 jipes militares israelenses entrou em Nablus, norte da Cisjordânia, e militares atiraram balas de borracha contra estudantes palestinos: 20 ficaram feridos.
Ó RBITA
FARC ANUNCIAM OFENSIVA GERAL EM 2008 chefe da guerrilha das Forças Armadas O Revolucionárias da Colômbia
(Farc), Manuel Marulanda, conclamou uma "ofensiva geral" em 2008, segundo a Agencia Boliviariana de Prensa (ABP), ligada ao grupo. O líder, de 77 anos, diz que é conveniente "aproveitar a crise geral pela qual passa o governo" após o fracasso nas negociações para libertação de três reféns das Farc, para começar a preparar a ofensiva.
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s eleitores do estado de Iowa iniciaram ontem o processo de escolha do próximo presidente dos EUA, com disputas apertadas pelas vagas de candidato dos partidos Republicano e Democrata. Uma nova pesquisa mostrou que Barack Obama liderava sobre John Edwards entre os democratas – enquanto Hillary Clinton caía para um terceiro lugar potencialmente desastroso. Já entre os republicanos, uma pesquisa Reuters/C-Span/Zogby mostrou que Mike Huckabee aumentava sua vantagem sobre o rival Mitt Romney. No entanto, as pesquisas são consideradas pouco confiáveis, já que menos de 250 mil dos quase 3 milhões de eleitores locais devem votar. Apesar da cobertura realizada pela imprensa desse complexo processo político em um estado majoritariamente rural, calcula-se que, na melhor das hipóteses, apenas cerca de 200 mil democratas e menos de 100 mil republicanos participarão das primárias. Por isso, os candidatos foram às ruas ontem tentando conquistar os últimos votos. Edwards prometeu proteger a classe média contra a ganância corporativa nos EUA. Com a idéia, pretende roubar votos de Obama, que tenta se tornar o primeiro presidente negro dos EUA, e de Hillary, que quer ser a primeira mulher a presidir o país. A pesquisa Reuters/C-Span/Zogby mostrou Obama com 31% das intenções de voto, Edwards, com 27% e Hillary com 24%. Entre os republicanos, Huckabee, ex-governador de Arkansas cuja campanha de poucos recursos tem ganhado cada vez mais força nas últimas seis semanas, consolidou sua vantagem sobre Romney na corrida republicana, ficando com 31% das intenções de votos contra os 25% do adversário. Para o vencedor em Iowa, o prêmio vem na forma de renovação de energia e a posição, ainda que temporária, de líder na corrida pela vaga de candidato por seu partido. (Reuters)
Eu não gostaria de ter 20 anos e estar na indústria do cinema hoje em dia. Não me parece divertido.
Divulgação
Da atriz norte-americana Julia Roberts, que considera, aos 40 anos, que sua idade joga a seu favor no cinema e diz que não gostaria de ser mais jovem.
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de janeiro de 2008
JANEIRO
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4 Morte do escritor e filósofo francês Albert Camus (19131960), ao lado em retrato de Stavro Jabra.
B RAZIL COM Z E CONOMIA
China, capitalista na web Os nomes de três bancos e a palavra "ações" superaram a palavra "sexo" entre os termos mais procurados no Google na China em 2007, de acordo com uma lista da filial divulgada ontem. "Sexo", que lidera nos rankings de diversos países, não aparece entre os termos mais buscados da China. O China Merchants Bank, o Industrial and Commercial Bank of China e o China Construction Bank ficaram na segunda, terceira e sexta posição na lista, respectivamente, segundo informa o gigante de buscas em seu site no país. "Na região continental da China,
dinheiro e tecnologia foram os campeões de busca no ano passado", afirmou o jornal China Daily. A quarta palavra mais buscada no Google chinês foi "ações", o que não é de toda surpresa com a bolsa de Xangai acumulando alta de 97% em 2007. Em primeiro lugar ficou o termo "QQ", um serviço de mensagens instantâneas e uma marca de veículos. Na lista de "departamentos mais populares", o banco central da China, o ministério das Finanças e a comissão regulatória de bancos ficaram em primeiro, terceiro e quinto lugares, respectivamente.
Fotos: Michael Pyne/AFP
A USTRÁLIA
Estados Unidos tropicais Para renomado colunista da mídia norte-americana, o Brasil é assim
É
com um sentimento que mistura as saudades de cocos colhidos artesanalmente e as declarações da ministra do Turismo Marta Suplicy, que sugeriu aos passageiros de vôos atrasados que tirassem prazer da situação, que o colunista Roger Cohen, do jornal norte-americano The New York Times se referiu ao Brasil em seu artigo de ontem. Para Cohen, o Brasil é um bom exemplo de como os norteamericanos devem lidar com o ano de 2008, que começa com a corrida presidencial no país. "O Brasil é diferente. É um país tão sério quanto sensual, com uma bolsa de valores que subiu mais de 70% em 2007, produzindo petróleo e etanol, aviões para exportação, minério de ferro para manter o mercado chinês feliz e suportar seu estado de poder em
AE - 06/10/04
ascensão. Mas o prazer triunfa sobre o sacrifício e há um jeitinho – um reparo engenhoso – para tudo", diz Cohen. Um país assim, sugere o colunista, é sempre um exemplo a ser considerado e, por isso, ele resolveu adotar para si mesmo o "karma brasileiro": se esquecer dos
pequenos aborrecimentos da vida cotidiana nos EUA e decretar o fim da irritação, associando-se ao que ele chama de clube de surf "A vida é muito curta". "Verei o mundo pelo prisma do surfista", diz Cohen, que começou logo pela sucessão presidencial de George W. Bush. "Nenhum novo presidente entregará aos norteamericanos os Estados Unidos tropicais, mais ou menos o que é o Brasil, nem membros de gabinete que recomendam sexo para irritações no aeroporto. Ainda assim, os EUA vivem um momento político rico: entre os candidatos há uma mulher, um negro, um mórmon, um criacionista e talvez um judeu. Alguns tabus caem no país e é a hora da liberação em 2008, não só em Copacabana".
P UBLICIDADE
Som dos Beatles vende fraldas As músicas mais famosas dos Beatles estão disponíveis para anúncios publicitários, informou ontem o jornal britânico The Times. Há vinte anos, o grupo musical pediu US$ 15 milhões da Nike pelo uso não autorizado da música Revolution em uma campanha. Até hoje, poucos temas musicais dos Beatles receberam permissão para ser utilizados em comerciais, sob a condição de serem gravados por outros artistas. O primeiro acordo foi com a marca de fraldas Luvs, da Procter & Gamble, que faz um trocadilho com a canção All You Need is Love, transformada em "All you need is Luvs". P ROTESTO William West/AFP
Leia sobre a corrida presidencial nos EUA em Internacional.
Jayanta Dey/Reuters
L
F AVORITOS
Cigarrinho constrangedor
Universidade para todas as idades
Assim como na França, 1º de janeiro de 2008 marcou a entrada em vigor em Portugal da Lei do Tabaco, segundo a qual quem fumar num café, discoteca, repartição pública ou centro comercial fica sujeito ao pagamento de uma multa que pode chegar a 750 euros. Poucas horas depois da virada de ano, Antonio Nunes, presidente da agência portuguesa responsável pela lei, foi fotografado em um cassino perto de Lisboa. Fumando.
O site da Universidade Aberta da Terceira Idade (UATI) traz todas as informações para quem quer iniciar uma fase de estudos e integração social e cultural a partir dos 65 anos. Para os interessados de todas as outras idades, o site tem um serviço interessante: a apresentação dos trabalhos acadêmicos dos alunos da universidade, que abordam temas como criatividade, atividade física e informática, além de algumas atividades de lazer.
E M
2008, um ano aquecido
www.vir tual.epm.br/uati/
C A R T A Z
VISUAIS
NA CORRENTEZA A FAVOR - Hastes de bambu são transportadas ao longo do rio Longai, próximo à vila de Kanmun, na Índia. No país, o bambu é usado na construção de casas e de pousadas de luxo, que são as preferidas de muitos turistas. U RBANISMO
Arquitetura verde U
Yoko Ono - Uma Retrospectiva exibe objetos, fotos, filmes, músicas e instalações no Centro Cultural Banco do Brasil. Rua Álvares Penteado, 112, Centro. Das 10h às 20h. Grátis.
Mulher reproduz bandeira do Japão coberta de sangue falso em um protesto realizado em Melbourne, na Austrália, contra um procedimento que vem sendo chamado no Japão de "caça científica" às baleias.
M EIO AMBIENTE
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P ORTUGAL
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Um casal da cidade de Nobbys Creek colocou quatro bolas de golfe em um galinheiro para incentivar a produção de ovos. Uma cobra, desavisada, acreditou na farsa e fez um "lanchinho". Operada, ela está se recuperando e passa bem.
ma das maiores reclamações das populações urbanas é a falta de verde. Mas uma nova tendência na arquitetura promete minimizar o problema. Empresas como a israelense Knafo Klimor Arquitetos e a norte-americana Inaba Projects apostam na arquitetura verde, que consiste em criar muitos pequenos jardins em espaços comuns de edifícios.
Reproduções/sites
O ano de 2008 será menos quente do que os anos mais recentes, mas ainda assim figurará entre os dez mais quentes já registrados desde 1850 e não deve ser encarado como um sinal de que as alterações climáticas estariam perdendo força, afirma a Agência de Meteorologia da Grã-Bretanha e a Universidade de East Anglia (UEA). A média das temperaturas globais de 2008 ficaria 0,37 ºC acima da média de longo prazo registrada entre 1961 e 1990, de 14 ºC. Ainda assim, será o ano mais frio desde 2000. I NTERNET
Bilawal Bhutto 'apagado' de site O site de relacionamentos Facebook divulgou ontem que os dois perfis de Bilawal Bhutto, filho da ex-primeira-ministra paquistanesa Benazir Bhutto, assassinada há uma semana, não eram verdadeiros e foram tirados do ar. Dois membros do Partido Popular do Paquistão, agora liderado pelo jovem Bilawal, de apenas 19 anos, afirmam que os perfis eram uma farsa. Os perfis eliminados apresentavam supostas informações pessoais sobre Bilawal Bhutto, que estuda na universidade inglesa de Oxford.
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G @DGET DU JOUR
Arte do MoMA na mesa de trabalho A Little Lamp lembra um abajur clássico, mas em versão miniatura. Criado pelos designers Sam Hurt e Jude Biddulph, o objeto se encaixa no topo de uma pilha tamanho D, que serve como base e como fonte de energia para o LED. Custa US$ 19,95 na loja virtual do Museum of Modern Art (MoMA).
L OTERIAS Concurso 286 da LOTOFÁCIL
www.momastore.org
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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
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Mais de 350 intelectuais aderem à campanha que pede a estatização do Masp
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Edifício verde às margens do rio Han, em Seul (alto). Projeto israelense (acima) ganhou prêmio mundial.
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Troféu de melhor do mundo recebido por Kaká será exposto na Igreja Renascer
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Ator e cineasta norte-americano Sean Penn presidirá o júri do Festival de Cannes
Concurso 1846 da QUINA 14
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OPINIÃO - 3
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de janeiro de 2008
AS EMPRESAS DEVEM SE PREPARAR PARA AS MUDANÇAS E SABER INSPIRAR SEUS FUNCIONÁRIOS
NEIL EU VAIO LULLA FERREIRA
O MAIOR MENTIROSO DO MUNDO G Faça seu
"É um presidente que mente, mente de corpo e alma, completamente. E mente de maneira tão pungente que a gente acha que ele mente sinceramente. Mas que mente sobretudo impunemente... E mente tão nacionalmente, que acha que mentindo história afora vai nos enganar eternamente". ( Affonso Romano de Sant´Anna, A implosão da mentira)
comentário direto no site do DC G Ou envie um e-mail: doispontos@ dcomercio. com.br
M
Na Era da inovação Professor da consagrada London Business School afirma que certos dogmas devem ser esquecidos e um novo futuro deve ser inventado para a administração das empresas
Por Paulo Brito
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G Livro apresenta estudo de casos notáveis, como o do Google, o site de busca na Internet
ão se passa uma semana sem que apareça nas livrarias ao menos uma obra sobre a administração das empresas, escrita por um administrador ou ex-administrador com bastante experiência. Não é o caso de The Future of Management, de Gary Hamel (Harvard Business School Press, 288 páginas, US $26,95). Hamel não é um administrador, mas professor de Administração Estratégica e Administração Internacional na London Business School desde 1983 e fundador da empresa de consultoria Strategos, que já preparou milhares de executivos no mundo inteiro. Sua obra não propõe uma solução para os problemas do dia-adia dos executivos – Hamel acha que certos dogmas devem ser esquecidos e que um novo futuro deve ser imaginado e inventado para a administração. A proposta do autor se baseia parcialmente no estudo de casos notáveis como o Google, que inovou na Internet como mecanismo de busca de documentos, e como a empresa de têxteis W.L. Gore, que inovou em fibras especiais para vestimentas esportivas. Não há no livro a descrição de um caminho para se chegar à inovação proposta - Hamel não se preocupa com as dificuldades que todos terão para abandonar os dogmas, da mesma maneira que Darwin fez para elaborar a teoria da evolução, ou para os físicos ultrapassarem as leis de
Newton e descobrirem a mecânica quântica. Na verdade, a obra é um convite para que se inove, para que se pense de modo diferente ao administrar. A missão de Gary Hamel parece ser a de espantar os fantasmas e romper os bloqueios que impedem os executivos de encontrarse com os princípios da inovação – aqueles que estão dentro de seus cérebros: ele acha que as melhores práticas da atualidade não são suficientemente boas e que a obra foi escrita para os sonhadores e executores capazes de inventar hoje as boas práticas de amanhã. É importante lembrar que por mais que um executivo tenha idéias e disposição, e por mais que as idéias sejam boas, sua implantação está longe de ser simples. A 3M, por exemplo, é uma empresa onde praticamente todos os funcionários pensam em inovação. Mas quantas outras são assim? Poucas, bem poucas, porque inovar não é uma característica que possa ser implantada, como um plano de benefícios ou um processo de fabricação. Inovar é uma questão de atitude do pensamento (e no caso da 3M uma atitude coletiva), uma característica que não se implanta do dia para a noite: é uma coisa que se planta, que se cultiva durante anos, e que pode crescer ou não. O próprio Hamel ensina que para participar de um ambiente de inovação, as empresas precisam estar estrategicamente pre-
paradas para isso, serem eficientes, e que antes devem proteger suas margens de lucro e saber como inspirar seus funcionários. O espaço para a reinvenção da administração, segundo ele, aparece à medida em que se possa desconstruir os dogmas que ligam todos os executivos às estratégias convencionais e tradicionais. Nem tudo, porém, pode ser tratado desse modo sem que se passe pelo enorme risco de perder clientes, margens de lucro e colocar a empresa em perigo. É preciso levar em conta o resto do ambiente no qual a empresa está inserida, e que raramente é inovador – fornecedores, funcionários e clientes fazem parte desse ambiente. O executivo que conseguir ao menos pensar nas possibilidades de inovação terá dado um grande passo, já que a maioria está envolvida por uma camisa de força que inclui processos, imagem e mesmo o pensamento dos acionistas.
J
á Roger Martin acha que a solução de problemas de administração não está em inovar, mas na atitude de pensar como os grandes executivos pensam. Reitor da Rotman School of Management da Universidade de Toronto, escreveu The Opposable Mind: How Successful Leaders Win Through Integrative Thinking (M cGraw-Hill Ryerson Agency, 224 páginas, US$ 26,95). Ele acha que se você quer ser um executivo de suces-
so como Jack Welch, Larry Bossidy ou Michael Dell, não adianta ler e decorar suas autobiografias. Embora adotar as melhores práticas dessas pessoas seja interessante, muito melhor é aprender a pensar como elas, diz Martin. Simplesmente imitar as melhores práticas que elas adotaram pode ser decepcionante, ele lembra, porque em 100% dos casos a situação será diferente: você está numa empresa diferente, num local diferente, e o mundo inteiro está diferente a cada instante. Sua proposta é que a leitura do texto ajude os executivos a pensar de modo integrado e criativo, para resolver problemas de qualquer tamanho. Para sua obra ele trouxe histórias de gente como AG Lafley, da Procter & Gamble, Meg Whitman, do eBay, e Nandan Nilekani, da Infosys. Todos, segundo, ele, pensam de modo integrado e as soluções que eles desenvolveram costumam nascer a partir de perguntas como esta: "Que relações causais estão em funcionamento aqui?" ou "Quais são as vantagens e desvantagens?" Esse tipo de raciocínio pode ser aprendido e praticado, para que, segundo o autor, cada vez menos o administrador tenha de repetir a frase "por que eu não pensei nisso antes?" PAULO BRITO É JORNALISTA E CONSULTOR DE EMPRESAS PB@MANDIC.COM
AFP
Se você quer ser um executivo de sucesso como Jack Welch, Larry Bossidy ou Michael Dell, não adianta ler e decorar suas autobiografias. Embora adotar as melhores práticas dessas pessoas seja interessante, muito melhor é aprender a pensar como elas
eu presente de AnoNovo para lulla: cargo vitalício de Barão de Münchausen. Puro Münchausen, "Num vai tê pacóti", garante lulla , enquanto mantega e paulo bernardo baixam o primeiro pacote de impostos do ano. Nomeou-se Tiradentes, Getúlio, Perón, JK e Cristo, acumula mais esse carguinho. Meu agradinho ao nosso Barão, blz. Está vendo, blz. Também escrevo em jovês. É importante falar jovês. A mais recente musa nacional, a gatíssima deputada federal manuela, pc do b/RS, da base de apoio lullista, manu para a cumpanherada, foi a mais votada do Rio Grande do Sul, quase 300 mil votos, apoiada na sua plataforma política de altíssimo nível, resumida no slogan "Aê, blz ?". Não entendeu ? Aê blz, nem eu. Em compensação, São Paulo atirou maluf, crodoviu, aldo rebelo e suplicy às fuças do país inteiro. Empatamos. Com os mesmos podres poderes de que dispõem os lullistas, falsos e verdadeiros, dou a lulla, Honoris Causa, o cargo vitalício de Barão de Münchausen. Cargo D.A.S, seja lá o que isso for, deve dar uma graníssima, está assim de cumpanhero querendo uma nomeação dessa sem concurso, com estabilidade, aposentadoria integral, penduricalhos, direitos adquiridos e de isonomia etc. O Barão de Münchausen era o Maior Mentiroso do Mundo. Tim Maia tentou apossar-se do ponto com o imortal pronunciamento: "Não fumo, não bebo e não chero; em compensação, sou o maior mentiroso do mundo". Não era. O Barão nem se abalou. Nessas priscas eras, lulla, já de posse de Mestrado, ralava batalhando o Doutorado. Montou nos palanques montados do norte ao nordeste e do nordeste ao norte em peregrinação de tempo integral, hipnotizou o humilde povo da Grande Nação do Norte. Conseguiu. Doutor Magna cum Laude, suas münchausices foram aprovadas sob intensos aplausos por duas bancas. Uma, primeiro, com mais de 53 milhões de examinadores. Outra, com 58 milhões. As bancas foram subornadas,
GMeu presente de
Ano-Novo para lulla: cargo vitalício de Barão de Münchausen. Ele garantiu: 'Num vai tê pacóti'. Mas já baixou o primeiro pacote de impostos de 2008
insisto. O Barão estagnou, Tim Maia deixou-nos cedo. Apresentou-se o vácuo, lulla ocupou os espaços abertos. Nunca temeu ultrapassagens de risco. Superou-se. Dou um resumo breve do Conjunto da Obra. Só o título já confere a elle o cargo vitalício de Barão de Münchausen, "lullinha paz e amor", o maior estelionato eleitoral da nossa história.
O
s capítulos subseqüentes são preciosos. "Nunca antes nerççepaíz..."; "Num ççabia, num vi nada, fui traído; "Içço é uma cospiraçção da mídia gorpista; "Num quéru a releissão"; "Disafiu quarqué um neççepaíz pra ser mais ético (i)moral qui eu"; "Num quero o 3º. mandato nem qui tudas vaca du renan tussa, nem qui u povu in peçoa pessa nas rua"; "As zelite i as dereita cunççervadora num qué gunverrnu prus póbri, só qué cunçervá us póbri na pobreza"; "A militânçça devi di perdoá i apoiá us cumpanhero qui errô"; "U pt é u partidu mais ético (i)moral qui inzisti neççepaíz"; "Daqui a poco tamos na opépi"; "Quem é contra a CPMF é tudo aççunegadô"; "Foi impoçíver aprová a CPMF modus qui ela é prus póbri; foçe prus ricu, tava aprovada di véio"; "U ispetáculu du creçimentu cara"; Mentira Bola de Ouro, o crescimento do PIB, Produto Interno Baixinho, anunciado como de 5.2%, maior do que o do ano anterior. Não fosse Barão, sdmitiria que mandou o IBGE mudar a régua da medida. Com a régua velha, que mediu os outros PIBs, nosso crescimento seria de 3,5% -- a régua nova inchou-o para 5,2% . Nova para nós e velha para os outros, mesmo assim apanhamos da Argentina, Venezuela, Peru, Colômbia, Uruguai, Paraguai, Chile. Vencemos Suriname, Guiana, Equador e Bolívia, conheceram papudos? QUANDO LULLA SERÁ PEGO FALANDO A VERDADE ?
NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO NEILFERREI@GMAIL.COM
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
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sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de janeiro de 2008
Política OPOSIÇÃO PREPARA 'RETALIAÇÃO' Waldemir Rodrigues
Este é um governo que não sabe cumprir com seu dever e sua palavra. Kátia Abreu (DEM)
Pacote de medidas do governo para compensar a perda de arrecadação com o fim da prorrogação da CPMF deflagra guerra no Congresso Nacional
A
Celso Junior/AE - 10/11/07
s medidas do governo, elevando tributos, fizeram subir a temperatura política e armaram o cenário de uma nova crise entre Planalto e oposição no Congresso, antes mesmo dos parlamentares voltarem a trabalhar, no início de fevereiro. Ao mesmo tempo em que se dizem traídos pelo governo, que se comprometeu a não baixar nenhum pacote fiscal e tributário quando negociou a aprovação da Desvinculação de Receitas da União (DRU), líderes de oposição já ameaçam uma retaliação ao Planalto. "Vamos fazer o possível para derrotar o aumento da Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL) dos bancos, que será repassada ao usuário e vai travar o crescimento", disse ontem o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN). A CSLL, aumentada por medida provisória, precisa ser aprovada pelo Congresso. A disposição dos adversários de derrubar as medidas tributárias pode dificultar a aprovação de outras propostas de interesse do governo que estão na fila de votações, como
a que cria a TV Pública. Mas isto não assusta nem intimida o governo. "O governo está preparado. Nós vamos atravessar o deserto", avisa o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Ele diz não acreditar que a oposição, que tanto criticou o lucro excessivo do sistema financeiro em 2007, comece o ano derrubando o aumento da CSLL para proteger os bancos. "Está dentro do marco democrático a oposição criar dificuldades e anunciar que vai atrapalhar. O que não pode é a oposição querer governar o país da praia", disse o ministro. O líder José Agripino insiste, no entanto, que haverá uma ampla mobilização da opinião pública para derrubar o pacote do governo e que está em jogo algo mais do que o aumento de imposto que será repassado ao usuário. "O problema hoje é que o diálogo entre oposição e governo está fraturado pela palavra empenhada e quebrada do presidente Lula", argumentou o democrata, ao destacar que seu partido vai "trabalhar duramente" para não vender barato ao governo a conquista da sociedade de aca-
bar com a CPMF". Para o senador, "o governo não quer dialogar e encontrar o caminho do consenso". "(O Planalto) foge do que é contraditório." A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) é contundente: "Este é um governo que não sabe cumprir com seu dever e sua palavra". Ela garantiu ainda que a oposição vai obstruir os trabalhos e não vai aprovar a MP sobre a CSLL. "Vamos usar todos os regimentos para defender a sociedade, partindo do princípio de que vamos obstruir votação e até o Orçamento", disse. Confiança – A ameaça de tucanos e democratas de não votar o Orçamento também não preocupa o governo. "Vamos ao Congresso explicar as medidas tomadas, que a nosso ver foram modestas, diante da perda repentina de R$ 40 bilhões, mas a decisão sobre o Orçamento será do Congresso", diz Paulo Bernardo. Não é sem motivo que o ministro reage com tanta tranqüilidade. Com um volume recorde de restos a pagar da ordem de R$ 41 bilhões, o dobro dos investimentos pagos em 2007, o governo não precisa da peça
Lula baixa 'pacote' que negava existir os exatos 20 dias entre o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e o anúncio do pacote para cobrir a perda dos R$ 40 bilhões, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma grande ginástica política. Em 14 de dezembro, dia seguinte à maior derrota do Planalto no Senado, já se falava em aumento de IOF e CSLL, além de cortes, mas o governo não confirmava. Em viagem à Venezuela, Lula aparentava tranqüilidade: "São coisas da democracia." Nos dias seguintes, ele fez questão de relatar sua "ojeriza" a pacotes e garantiu que o País estaria protegido contra atos de "loucura", como aumento da carga tributária. Na última quartafeira, vieram tanto o pacote como o aumento de impostos. No dia 16 de dezembro, o presidente desautorizou publicamente o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que em entrevista exclusiva ao jornal "O Estado de S. Paulo" dissera que estava em estudo a criação de um novo tributo, substituto da CPMF, para financiar a Saúde. "Avalio que ele vai ter de me convencer da
N
necessidade disso. Ou seja, ele falou para vocês e agora vai ter de colocar na minha mesa e eu vou decidir se vamos ou não vamos, se precisamos ou não precisamos. Eu quero ver todas as contas", disse. Nas palavras de Lula, aquele era um momento de "contar até 10", pois requeria "mais reflexão do que reação". "Não tem nenhuma medida precipitada. Não existe nenhuma razão para que
Não existe nenhuma razão para que alguém faça alguma loucura de aumentar a carga tributária. Lula, no dia 16/12/07 alguém faça alguma loucura de tentar aumentar a carga tributária. O fato é que nós vamos encontrar uma saída." No dia seguinte, 17 de dezembro, Lula voltou ao tema, no programa de rádio "Café com o Presidente". "Acabou o mundo? Não. Agora vamos ter de refletir e ver como arrecadar parte dos recursos do imposto." Disse que não era hora de uma medida "precipitada".
A equipe reforçou o discurso. No dia 18, menos de uma semana após a derrubada da CPMF, o ministro das Relações Institucionais, José Múcio, disse que Lula, em jantar com o Conselho Político, garantira que não haveria aumento de tributos em janeiro. "Nada vai acontecer", teria dito Lula. O deputado aliado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) assegurou: "Não haverá punição para empresas com aumento de impostos. Não vai ter pacote." ‘Página virada’ - No dia 20 de dezembro, Lula reuniu os jornalistas que cobrem os fatos no Planalto para um café da manhã. Disse que a briga com a oposição era "página virada": "Falei com meus ministros que não quero ouvir a palavra pacote. Prefiro comprar de unidade em unidade. O Brasil já foi vítima de muitos pacotes. Claro que, se precisar, podemos ter algumas medidas administrativas emergenciais. Não mando até fevereiro." E completou: "Tenho ojeriza à palavra pacote." Indagado sobre aumentos de impostos, porém, foi enigmático: "Eu não disse que vai ter ou não vai ter. Essa pergunta é mais antiga que Confúcio ". (AE)
O diálogo entre oposição e governo está fraturado pela palavra empenhada e quebrada do presidente Lula. José Agripino
orçamentária para realizar seus investimentos prioritários, o que se configura em um verdadeiro orçamento paralelo para 2008. "Os restos a pagar são despesas de outros exercícios que podemos gastar", resume Bernardo. Nas despesas de custeio, o ministro explicou que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2008 permite que, enquanto o Orçamento não for aprovado, o governo faça seus gastos correntes seguindo a regra que prevê a execução men-
sal de 1/12 das despesas previstas na proposta remetida pelo governo ao Parlamento. Assim, ao promover um nível tão elevado de restos a pagar para 2008, o governo jogou para os deputados e senadores a pressa de se aprovar o Orçamento deste ano. Porque, sem essa peça, não é possível fazer os convênios para executar as emendas parlamentares. Em ano eleitoral, em que novos projetos não podem ser iniciados após 30 de junho, quanto mais tarde o Orçamento é
aprovado, menores as chances de deputados e senadores utilizarem suas emendas para promoverem seus candidatos ou suas próprias candidaturas nos pleitos municipais. Ontem, o ministro disse que a intenção do Planalto era aguardar a reabertura do Legislativo para baixar as medidas. "Mas o presidente entendeu que, se deixássemos para fevereiro, o governo poderia alimentar a especulação com inflação e juros futuros", justificou. (AE)
Planalto deve 'afago' ao PMDB Edison Lobão deve ser nomeado nos próximos dias ministro das Minas e Energia
O
pagamento dos cargos prometidos aos aliados do governo em 2007 vai começar pelo Ministério de Minas e Energia, afagando o PMDB – maior partido da base governista – com a nomeação do senador Edison Lobão (PMDB-MA). Um interlocutor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou ontem que o Palácio do Planalto decidiu acelerar as nomeações de aliados com o objetivo de preparar o terreno político para enfrentar a nova crise com a oposição por conta do aumento de tributos. Um dirigente nacional do PMDB diz que a expectativa do partido é que a nomeação seja anunciada já na próxima semana. O Palácio do Planalto não confirmou oficialmente a escolha de Lobão, mas o minis-
tro Nelson Hubner, que responde interinamente pela pasta de Minas e Energia desde a demissão de Silas Rondeau, há sete meses e meio, abre a agenda de audiências do presidente nesta sexta-feira. "Essa informação não chegou até mim, soube desses rumores pela internet", disse, ao deixar o prédio do ministério, no início da noite. Sobre o encontro, disse que era para tratar "de temas da rotina do ministério", explicou. Lobão foi indicado pelo grupo do senador José Sarney (PMDB-AP), um mês depois de ter trocado o DEM pelo PMDB, mas seu nome teve o apoio explícito da direção nacional, levado a Lula pelo presidente do partido, deputado Michel Temer (SP). Não é à toa que sua nomeação é conside-
rada essencial para evitar problemas com a bancada peemedebista no Senado, que deu 17 de seus 20 votos em favor da CPMF. Ela abre caminho para o atendimento a outros pleitos do partido. Além de recuperar a cadeira de ministro, vaga desde o fim de maio com a demissão de Silas Rondeau, o PMDB reivindica o comando de estatais do setor elétrico, tomados pelo PT da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Mas o Planalto só vai tratar das estatais depois de nomear o novo ministro. Na contabilidade do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), o Planalto terá de atender 15 demandas por cargos na base aliada se quiser pacificar os governistas até a reabertura do Congresso, em 1º de fevereiro. (AE)
MP beneficia jovens eleitores
A
Medida Provisória (MP) assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva às vésperas do Ano Novo ampliou o programa Bolsa-Família para jovens de 16 e 17 anos de idade. Com isso, esses jovens poderão receber o benefício no valor de R$ 30. Antes, a idade limite para permanecer no Bolsa-Família era de 15 anos – com benefício de R$ 18, limitada a três jovens por cada família em situaç ã o d e p o b re z a e e x t re m a pobreza. Esses dois benefícios
constam do carimbo ProJovem do governo. Com a MP, o programa passa a atender uma faixa de jovens eleitores. Para se ter uma idéia, às vésperas das eleições de 2006, segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cerca de 2,5 milhões de jovens dessa faixa etária inscreveram-se para votar. Para essa faixa de idade, o voto é facultativo. A MP 411 foi publicada na edição extra do Diário Oficial de sexta-feira. O governo des-
cartou, ontem, que a edição às vésperas de 2008 tenha sido uma manobra para escapar das limitações impostas pela legislação eleitoral. E unificou o discurso com os ministros. De acordo com a lei, em anos eleitorais, é proibido criar novas despesas e programas sociais, sendo permitidos apenas programas já autorizados em lei que começaram a ser executados no ano anterior ao eleitoral e a decisões que tratam de calamidade pública e estado de emergência. (AE) José Cruz/ ABr
Ó RBITA
FRITSCH x FRITES Justiça Eleitoral determinou a apreensão A de CDs de um cantor de Chapecó (SC) por suspeita de propaganda eleitoral antecipada. A principal música do CD, “Não frites Chapecó”, faz elogios ao atual prefeito, João Rodrigues (DEM). A medida foi tomada após ação judicial
do diretório do PT. O partido alega que a letra é um trocadilho com o nome do ex-ministro da Pesca, José Fritsch, que administrou a cidade por dois mandatos e é cotado para a eleição de 2008. “João Rodrigues de novo, homem do povo não governa só. Vem governar com o João, não frites Chapecó. Já fomos fritados duas vezes, três vezes é pior", diz a letra da música.
SIGILO BANCÁRIO PPS entrou ontem com um projeto no O Congresso para anular os
efeitos da instrução normativa da Receita Federal e anunciou a disposição de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a medida que fiscaliza a movimentação financeira dos correntistas. O vice-líder do partido na Câmara, Arnaldo Jardim (SP), autor do projeto para sustar a decisão da Receita, argumenta que o governo omitiu a necessidade de instauração de processo na instrução normativa que
baixou. "Essa medida, salvo melhor juízo, representa quebra de sigilo bancário ao arrepio da lei", afirmou Jardim. "O Poder Executivo criou dispositivo que exorbita de seu poder regulamentar, ao extrapolar o que estabeleceu a lei 105", afirmou Jardim. O deputado pediu, por requerimento, que o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), convoque a Comissão Representativa para o dia 9 de janeiro para votar o projeto. A comissão é competente para sustar atos normativos do Poder Executivo.
NA MIRA Tribunal Superior Eleitoral (TSE) O confirmou ontem o
recebimento de um recurso ordinário que pede a cassação do diploma e a inelegibilidade do governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB). Segundo o TSE, o presidente do diretório do PT na cidade de Lageado, Arlindo Silvério de Almeida, acusa o peemedebista de abuso de poder político e de autoridade. Miranda, reeleito em 2006, teria firmado convênios a fim de transferir recursos para
prefeituras da base aliada do governo no período eleitoral, o que seria proibido pela Lei Eleitoral.
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de janeiro de 2008
Congresso Planalto Orçamento CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5 Será preciso um amplo entendimento entre os Poderes. Se for ouvido, o Legislativo poderá apontar onde poderia haver cortes. Garibaldi Alves (PMDB)
TESOURADA DO GOVERNO PROVOCA MEDO
LULA PEDE TRANQÜILIDADE Balão de ensaio
Eymar Mascaro
Aliados demonstram preocupação com novas "surpresas", após o anúncio do pacote tributário do governo
D
iante da tensão na base do governo no Congresso com os cortes de despesas para compensar a perda da CPMF, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva procurou tranqüilizar os aliados, assegurando a manutenção especialmente das ações nas periferias das cidades. Mesmo com a insistência da equipe econômica de que os projetos da área social e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não serão atingidos, partidos governistas como o PP e o PR começaram a demonstrar preocupação com possíveis surpresas num ano de eleições municipais. Na manhã de ontem, Lula se encontrou com o ministro de Cidades, Márcio Fortes, do PP, para pedir um programa de viagens. "O presidente quer participar do início das obras do PAC por todo o País", relatou Fortes. As viagens começam no final de fevereiro. Antes, o presidente poderá fazer viagens para fechar contratos nas áreas de habitação e saneamento ainda pendentes. O ministro disse que a proposta orçamentária de 2008 prevê R$ 4,4 bilhões de recursos do PAC para obras tocadas pela pasta de Cidades. Outras obras, num valor total de R$ 110 milhões, não estão previstas no programa. "O presidente já afirmou publicamente que não pretende cortar recursos das áreas de saneamento básico e habitação", afirmou Márcio Fortes. "Ele quer viajar
O
Lula reúne-se com ministro atingido pelos cortes Fernando Haddad e a equipe do ministério da Educação
para mostrar um grande canteiro de obras." Fortes vem sendo procurado por colegas de partido que temem cortes nas emendas parlamentares. Outra bancada que está bastante apreensiva é a do PR, do ministro dos Transportes. Alfredo Nascimento está em recesso. Bastidores – O sinal verde para o anúncio das medidas para compensar os recursos perdidos com o fim da prorrogação da CPMF foi dado pelo presidente Lula depois de fazer uma avaliação pragmática do quadro político. O governo estava dividido em relação ao procedimento que seria adotado. Enquanto os articuladores políticos defendiam mais tempo e debate para o anúncio, a equipe econômica pressionava com o argumento de que era preciso amenizar logo os efei-
tos das perdas da CPMF na economia. Foi esse argumento técnico dos ministros Paulo Bernardo, do Planejamento, e Guido Mantega, da Fazenda, que convenceu Lula a autorizar o aumento de impostos, deixando de lado a promessa que fez antes do Natal de não aumentar a carga tributária. O presidente concluiu que as medidas, de qualquer forma, teriam reflexos negativos na política. O ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, e o líder do governo, senador Romero Jucá (PMDBRR), defendiam um diálogo com o Congresso e com a oposição, antes de anunciar as medidas. Consideravam que esse diálogo seria importante para tirar da oposição o discurso de que o Planalto era arrogante. Mas segundo um assessor
Garibaldi Alves alerta para o clima de hostilidade
presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), alertou ontem para o risco de o governo enfrentar no Congresso as mesmas dificuldades que teve durante a votação da prorrogação da CPMF, que acabou rejeitada em dezembro passado, durante a votação do Orçamento da União para este ano. O senador refere-se ao clima de hostilidade entre oposicionistas e governistas depois do anúncio do pacote para compensar as perdas com o imposto do cheque, que inclui cortes de gastos de R$ 20 bilhões, o que atingirá os três Poderes. Com o anúncio dos cortes, Legislativo e Judiciário vêem cair por terra propostas que somavam R$ 1,2 bilhões em investimentos, principalmente em obras como construção de novos anexos na Câmara e no Senado e de várias sedes de tribunais e outras instituições da Justiça. A votação do Orçamento adequado ao fim da CPMF está prevista para a segunda quinzena de fevereiro. O recesso parlamentar termina no dia 6 daquele mês. Emendas – O senador disse que "o governo tem que ter muita cautela porque o Orçamento brasileiro sempre impõe o dilema da escolha de Sofia e fica-se sem saber onde cortar". Garibaldi reconhece que uma preocupação extra para os parlamentares é o risco de corte nas emendas feitas ao Orçamento. Por estes mecanismos, deputados e senadores tentam direcionar verbas federais para seus redutos eleitorais, o que tem valor especial principalmente em ano de eleições municipais, como agora. "Será preciso um amplo entendimento entre os Poderes. Se for ouvido, o Legislativo poderá apontar onde poderia haver cortes. Mas cortar emendas de parlamentares é muito complicado", afirma.
Moreira Mariz/Ag. Senado 05/12/07
palaciano, o presidente Lula avaliou que dificilmente o PSDB e o DEM iriam ajudar no debate. Pelo contrário. A suspeita é de que, chamada para o diálogo, a oposição dificultaria ao máximo as propostas do governo até inviabilizar algumas das medidas fiscais para compensar a CPMF. Para evitar esse risco, Lula autorizou o anúncio das medidas pelos ministros Guido Mantega e Paulo Bernardo. A constatação interna é de que azedou muito a relação do Planalto com a oposição desde a derrota da CPMF no Senado, e de que pode piorar. Mas a conclusão é que, a cada tempo, a solução de um problema. Agora, o governo começa a resolver o problema do Orçamento. Depois do recesso parlamentar, buscará a retomada do diálogo. (AE/AOG)
Emendas são arma de barganha
A
Presidente do Senado, Garilbaldi Alves (PMDB), teme corte nas emendas
O presidente do Senado defendeu cortes em investimentos previstos no Legislativo do que nas emendas. "Acho que novamente está faltando entendimento. O acirramento dos ânimos não ajuda, pode haver protelação (na votação do Orçamento). Está na hora de sentar para conversar com a oposição, para termos um ano legislativo mais tranqüilo. Novamente, o que está faltando, mais do que a discussão do conteúdo, é o encaminhamento da discussão no Congresso", afirmou Garibaldi Alves. Câmara e Senado tinham previsões orçamentárias que somavam R$ 6,2 bilhões antes d o f i m d a C P M F, s e n d o R$ 254,6 milhões previstos para investimentos.
A
notícia que corre de boca em boca entre tucanos é que Geraldo Alckmin pretende jogar na rua, logo após o Carnaval, sua campanha à Prefeitura de São Paulo. Por enquanto, é apenas boato, porque o exgovernador ainda não deu a palavra final sobre sua candidatura. Mas, o comportamento de Alckmin é o de quem pode mesmo se candidatar para aproveitar o recall da campanha de 2006. Alckmin tem confidenciado também que não pretende ficar mais tempo sem mandato. Enquanto isso, o governador José Serra continua na sua maratona de tentar convencer Alckmin a se candidatar apenas em 2010 ao governo do Estado. A idéia não convence o ex-governador: Alckmin teme que Serra se candidate à reeleição caso sua candidatura ao Planalto não vingue.
Roosewelt Pinheiro/ABr
Durante a discussão do Orçamento de 2008, deputados e senadores apresentaram mais de 9 mil emendas no valor total de R$ 62,5 bilhões. Em mais de 8 mil emendas individuais, pediram investimentos de R$ 4,7 bilhões. O restante é formado por emendas de bancadas estaduais e comissões temáticas da Câmara e do Senado. Ao apresentar emendas, os parlamentares pedem valores além do que sabem que serão empenhados e pagos pelo Executivo. Cabe à Comissão Mista de Orçamento fazer a triagem e escolher as emendas que serão descartadas. A previsão inicial, com a CPMF, era reservar R$ 18 bilhões para emendas. Com o fim do imposto, o valor ainda não está definido. (AE)
s emendas de parlamentares ao Orçamento da União, principal alvo dos cortes nas despesas deste ano, foram reduzidas a menos da metade na execução do Orçamento de 2007. Apesar da correria dos parlamentares nos ministérios para garantir a liberação de suas emendas este ano, até o dia 31 de dezembro o governo só conseguiu empenhar (assumir compromisso de pagamento) R$ 5,475 bilhões, pouco mais de um terço (36%) do total da dotação autorizada inicialmente, que era de R$ 14,967 bilhões. Só em dezembro, o governo empenhou praticamente a metade do total liberado no ano passado. Nesse mês, o empenho atingiu a marca recorde de R$ 2,706 bilhões. Ou seja, o governo concentrou no final parcela significativa das liberações. Esse valor não inclui os restos a pagar dos anos anteriores que somaram R$ 1,593 bilhão. Segundo levantamento feito pela assessoria de orçamento da liderança do DEM no Congresso, entre os dias 20 e 31 de dezembro de 2007 foram liberados para emendas recursos na ordem de R$ 1,663 bilhão. No ano passado, o PMDB foi o partido mais beneficiado com emendas. Ao todo, conseguiu liberar R$ 147 milhões. O PT foi o segundo a conseguir mais: R$ 142 milhões. "Esses números mostram que o governo Lula assumiu de maneira clara a política do “é dando que se recebe”. A base aliada é alimentada por esse princípio da barganha política e não do critério de convencimento", disse o líder do DEM na Câmara, Onyx Lorenzoni (RS). (AOG)
TEMPO
CANDIDATURA
Alckmin teria dado o prazo até fevereiro para dizer ao partido se será candidato. Até lá, o exgovernador pretende manter o suspense. Alckmin é considerado o melhor candidato entre os tucanos para enfrentar os adversários mais fortes, como Marta Suplicy (PT) e Gilberto Kassab (DEM).
Enquanto Alckmin e Marta não se decidem, Kassab vai tocando as obras na cidade, convencido de que terá cacife eleitoral para se reeleger. Kassab faz campanha pela reeleição e não para ser vice de Alckmin, como se sugere entre os alckmistas.
APELO José Serra luta para assegurar o apoio do DEM ao candidato tucano ao Planalto. O governador sabe que se o PSDB não apoiar a reeleição de Kassab, difìcilmente os tucanos contarão com o apoio dos democratas em 2010. É por isso que Serra insiste na candidatura de Alckmin ao governo do Estado.
CONVERSAÇÕES O "bloquinho" de esquerda, representado por PSB, PDT e PCdoB, está programando novas reuniões para decidir se o grupo vai lançar um único candidato a prefeito. A tese desagrada o PT e o presidente Lula. O presidente insiste que os aliados devem se unir e apoiar o candidato do PT.
PREFERÊNCIA Na tentativa de convencer Alckmin a não se candidatar à Prefeitura, Serra tem exibido uma pesquisa em que o exgovernador venceria a eleição para a volta ao Palácio dos Bandeirantes. A pesquisa indica que Alckmin venceria a eleição em quase todos os municípios paulistas.
INSISTÊNCIA Líderes nacionais do DEM tem pressionado a cúpula tucana para convencer Alckmin a não sair candidato a prefeito. Os democratas brigam pelo apoio tucano à reeleição de Kassab. Mas, até agora, Alckmin não deu sinais de que poderia atender ao apelo dos democratas.
PRESSÃO Um grupo de candidatos às prefeituras da Grande São Paulo vai iniciar um movimento de pressão para convencer Marta Suplicy a se candidatar à Prefeitura. A pressão virá porque os candidatos representam cidades que recebem os sinais das televisões da Capital.
PROMESSA A exemplo de Alckmin, também Marta Suplicy se comprometeu em responder ao partido em fevereiro. Marta é a melhor opção no PT para enfrentar Alckmin e Kassab. A ministra, no entanto, continua insistindo em se candidatar somente em 2010 ao governo do Estado.
CONVENCIMENTO Marta está convencida de que Alckmin será candidato a prefeito. Se eleito, Alckmin não se candidataria ao governo estadual. A ministra não acredita que Alckmin repetirá a iniciativa de Serra, que renunciou à Prefeitura para se candidatar ao Palácio dos Bandeirantes.
QUEM SÃO O "bloquinho" quer evitar a divisão de votos entre os três partidos de esquerda, caso cada um deles lance candidato próprio, o que implicaria na divisão do eleitorado simpático às causas de esquerda. Os précandidatos do bloco são todos deputados federais: Luiza Erundina (PSB),Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical (PDT), e Aldo Rebelo (PCdoB).
CHAPA O PMDB paulista rechaça, por enquanto, a idéia de indicar o candidato a vice-prefeito na chapa do PT. Os peemedebistas, liderados por Orestes Quércia, querem lançar candidato próprio. Até agora, porém, o partido não dispõe de um candidato bom de voto.
TRADIÇÃO Os alckmistas vão tentar manter a tradição em São Paulo e querem convencer mais uma vez o PTB a apoiar Alckmin a prefeito. Tradicionalmente, o PTB paulista está atrelado ao PSDB. Mas, os petebistas ensaiam lançar a candidatura do senador Romeu Tuma. O trunfo de Tuma é a bandeira da segurança pública
NAMORADA A Prefeitura de São Paulo está sendo cobiçada pelos dois partidos que devem disputar o Planalto em 2010: PT E PSDB. Petistas e tucanos consideram a Prefeitura paulistana peça essencial na campanha presidencial. A ordem nas duas legendas é reconquistar de qualquer jeito a Prefeitura do maior centro econômico do país.
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
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Luciana Konishi/Hype
Isso afeta principalmente as pequenas empresas, que têm de recorrer aos bancos para sobreviver. José M. Chapina, Sescon-SP
PAULO BERNARDO DISSE QUE MEDIDAS FORAM ANTECIPADAS POR MEDO DA 'PRECIFICAÇÃO" DA FALTA DE DECISÃO
GOVERNO TEMIA ANSIEDADE DO MERCADO
O
ministro do Planej a m e n t o , O r ç amento e Gestão, Paulo Bernardo, informou ontem que o governo decidiu antecipar as medidas destinadas a ajustar o Orçamento da União de 2008, inicialmente previstas para fevereiro, porque identificou uma certa ansiedade do mercado em relação ao que seria feito diante do fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O temor era de que o mercado começasse a "precificar" a paralisia do governo. "As expectativas do mercado poderiam se deteriorar, o que elevaria os juros futuros e a inflação", disse. "Essa situação poderia até mesmo estimular o Banco Central (BC) a desencadear uma política monetária mais agressiva, com aumento do juro", explicou. Segundo Bernardo, foi o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que apresentou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva essa argumentação a favor da antecipação das medidas, durante a reunião de última segunda-feira no Palácio do Planalto. Mantega lembrou ao presidente que a inflação no final do ano passado deu sinais mais fortes do que se esperava e que as incertezas sobre o que o governo faria para compensar a CPMF poderia deteriorar o quadro. "Não podíamos deixar a situação se agravar." Salários e Bolsa – O reajuste salarial de funcionários públicos federais está descartado enquanto o governo federal não conseguir reequilibrar o orçamento, de forma a cobrir os R$ 40 bilhões que deixarão de ser arrecadados com o fim da cobrança da CPMF. "Não posso falar em aumento de gastos no momento em que tenho R$ 40 bilhões de rombo nas minhas contas por
Valter Campanato/ ABr
REVANCHE
O
Andrei Bonamin/ Luz
Alencar Burti diz que a euforia comercial dura só até o Carnaval
Paulo Skaf: receita já é suficiente
Ministro Paulo Bernardo garantiu o reajuste do salário mínimo
Essa situação poderia até mesmo estimular o Banco Central a desencadear uma política monetária mais agressiva, com aumento dos juros. Paulo Bernardo, ministro do Planejamento
conta da CPMF. Prefiro primeiro equilibrar o orçamento", disse o ministro. Segundo ele, esse é um bom momento para tocar o projeto de lei que limita o aumento do funcionalismo público, que está parado na Câmara dos Deputados. "Fazer um limite na segunda maior despesa do governo seria positivo." Ele assegurou, no entanto, que o aumento previsto no orçamento de 2008 para o salário mínimo continua mantido. "Temos um acordo com as centrais sindicais. Manteremos o
reajuste em R$ 408,90, que inclusive está previsto no orçamento," disse. O acordo foi firmado pelo governo federal com as centrais sindicais em 2006. Da mesma forma, o governo federal não abre mão de reajustar o Bolsa Família em 2008. O ministro do Planejamento negou tratar-se de uma medida eleitoreira, em ano que haverá eleições municipais. Segundo ele, o reajuste está previsto desde o primeiro semestre de 2007. "Anunciamos que faríamos um reajuste nos parâmetros do programa, aumentando o valor dos benefícios, mas também incluindo os jovens até 17 anos de idade", disse. Ele lembrou que projeto nesse sentido foi encaminhado pelo governo ao Congresso no segundo semestre de 2007, mas não foi aprovado. Uma medida provisória foi assinada, então, pelo presidente Lula e publicada no Diário Oficial da União no dia 28 de dezembro passado. (AE)(Leia mais sobre pacote nas páginas 6 e 7)
LEI ORÇAMENTÁRIA NÃO MUDA
governo não vai enviar uma nova prop o s t a d e L e i O rç amentária para o Congresso, afirmou ontem o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo em entrevista coletiva sobre a execução orçamentária depois dos cortes de R$ 20 bilhões no Orçamento Geral da União. O ministro disse que a proposta para a lei previa R$ 30,2 bilhões de investimentos e que o governo estima que pelo menos R$ 15 bilhões serão acrescidos a esse valor, com emendas orçamentárias. Ele informou que a margem de negociação para cortes é de R$ 12 bilhões, dentro do total de R$ 30,2 bilhões, e que deve haver cortes, também, nas emendas parlamentares. "A decisão foi negociar, particu-
Felipe Christ/Fotonot&cias
larmente com o relator da Lei Orçamentária." Paulo Bernardo disse também que o governo leva quase um mês para colocar o orçamento (após aprovação no Congresso e sanção presidencial) em condições de ser usado pelos órgãos públicos, mas que existe a possibilidade legal de executar as despesas obrigatórias e de custeio na proporção de 1/12 por mês. PA C – O governo federal gastou, no ano passado, 30,7% (menos de um terço) dos recursos previstos para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Dos R$ 16,6 bilhões que seriam investidos no ano passado, apenas R$ 5,1 bilhões foram efetivamente desembolsados pelo governo, segundo informou o ministro do Plane-
jamento. Apesar do baixo volume de desembolsos, Paulo Bernardo enfatizou que 97% dos recursos do PAC foram empenhados pelo governo federal, ou seja, que R$ 16,05 dos R$ 16,6 previstos foram liberados para desembolso. Segundo ele, os pagamentos são feitos em etapas, na medida da execução das obras. "O balanço que fizemos mostra claramente que o esforço do governo em elevar os investimentos em infra-estrutura está sendo bem-sucedido. Temos um recorde de volumes empenhados e um volume recorde de pagamentos dos investimentos já realizados e temos todas as condições de manter esse patamar no ano de 2008", afirmou. (Agências)
Empresários lamentam medidas desnecessárias Renato Carbonari Ibelli
L
íderes empresariais, que ao longo de 2007 encabeçaram campanhas pelo fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), lamentaram o pacote lançado pelo governo para compensar a perda de arrecadação com a extinção da contribuição. A elevação de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e Contribuição Soc i a l s o b re L u c ro L í q u i d o (CSLL) também dificultam a campanha para redução de preços que envolvia os diferentes setores produtivos. Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), classificou a medida do governo como "revanche". "O governo deu um tiro no próprio pé. Toda euforia de 2007 pode continuar até o Carnaval, mas a partir de março pode haver redução de receita porque o consumo vai ser retraído pelo aumento dos impostos", disse. O s l í d e re s e m p re s a r i a s questionam também se a redução de gastos prevista pelo governo para compensar a CPMF realmente será feita. Com o aumento do IOF e da CSLL, o governo espera aumentar em R$ 10 bilhões o recolhimento desses dois tributos em relação ao ano passado. A União ainda espera aumento de outros R$ 10 bilhões na ar-
O governo deu um tiro no próprio pé. A partir de março pode haver redução de receita porque o consumo vai ser retraído. Alencar Burti, da ACSP recadação para 2008 sobre 2007. Os R$ 20 bilhões restantes para chegar aos R$ 40 bilhões perdidos com a CPMF viriam de cortes de gastos. Para Altamiro Carvalho, economista da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), esses números estão subestimados. "A tomada de crédito vem aumentando a uma taxa de mais de 23% ao ano. Se este percentual se repetir em 2008, os aumentos de IOF e CSLL vão representar acréscimo superior
A arrecadação do governo é próxima dos R$ 600 bilhões, mais do que suficiente para atender todas as demandas, incluindo programas sociais. Paulo Skaf, da Fiesp
aos R$ 10 bilhões esperados. Além disso, tudo indica que o governo vai arrecadar R$ 10 bilhões a mais do que em 2007. Portanto, a única medida louvável, os cortes de gastos, pode ser esquecida", disse Carvalho. Segundo José Maria Chapina, presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis do Estado de São Paulo (Sescon-SP), o governo não cumpriu o trato que tinha com a sociedade. "Quando a CPMF caiu, o governo afirmou que não haveria retaliação, mas não foi o que vimos." Segundo ele, o aumento da CSLL, que afeta diretamente as instituições financeiras, será repassado nas taxas de juros dos empréstimos bancários. "Isso afeta principalmente as micros e pequenas empresas, que recorrem às instituições financeiras para sobreviver." Chapina afirmou também que agora deverá ocorrer o inverso da redução de preços aguardada depois do fim da CPMF. "Seria um desdobramento muito oportuno numa época de clara tendência inflacionária," disse. Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) classificou a medida de "descabida" e "desnecessária". "A arrecadação, próxima dos R$ 600 bilhões, é mais do que suficiente para atender todas as demandas orçamentárias, incluindo programas sociais."
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Indicadores Econômicos
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3/1/2008
títulos de indústrias foram protestados na capital paulista em dezembro, uma queda de 61,5% ante o mesmo mês de 2006.
COMÉRCIO
DC
Fundo
Informe Publicitário FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Posição em
P. L. do Fundo
Empresarial LP
27/12/2007
27.214.939,74
Esher LP Hope LP JCP-SUL LP Master Recebíveis LP Múltiplo LP Odyssey LP Prospecta LP Redfactor LP Valecred LP
27/12/2007 27/12/2007 27/12/2007 27/12/2007 27/12/2007 27/12/2007 27/12/2007 27/12/2007 27/12/2007
21.190.317,15 14.488.063,77 1.930.213,51 2.120.320,27 16.471.863,91 498.378,08 1.376.388,07 13.121.630,32 5.266.067,68
Tipo Subordinada Sr 1ª emissão Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Sub - Classe A
Vlr Cota Sub 1.665,946232 779,575265 1.104,785451 1.293,247611 1.117,168065 1.320,326793 1.515,662301 996,756160 942,069119 1.205,860890 1.042,613486
% rent. mês % ano 1,0040% 28,26% -19,3351% -24,68% 37,2136% 19,56% 1,0241% 29,32% 2,0689% 11,72% 1,6302% 10,90% 1,9325% 21,05% -0,3244% -0,32% 0,7416% 0,74% 2,7046% 20,59% 0,9068% 4,26%
Tipo Sr 2ª emissão Sr 3ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sub - Classe B
Vlr Cota Sr 1.043,361399 1.013,552044 1.033,660440 1.073,024220 1.029,842560 1.288,200078 1.016,968652 1.046,441006 267,648502
% rent. mês 0,8689% 0,8689% 0,8309% 0,8309% 0,7930% 0,8316% 0,8689% 0,8689% 6,2909%
% ano 4,34% 1,36% 3,37% 7,30% 2,98% 13,00% 1,70% 4,64% 15,83%
rating A+(Austin) BBB(Austin) AA-(Austin) AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) A- (Austin) A- (Austin) AA(Austin) A(Austin)
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Imóveis Nacional Empresas Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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GRIFES EXPANDEM NEGÓCIOS
Divulgação
milhões de reais anuais é o faturamento do grupo de gestão de grifes I'M. Metade vem da Zoomp.
Divulgação
DA CASCA DO SALGUEIRO
MAURICIO de Sousa exibe criações como a Mônica
DEBUTANTE
A
agência Pitti'LM Comunicação assina a campanha de férias do Parque da Mônica, que coincide com a celebração dos 15 anos do empreendimento, comemorado no dia 25 de janeiro. Entre as atrações, nos moldes da Disney, a Parada de Aniversário do Parque da Mônica e o Festival de Verão, com o Festival do Sorvete. Prato cheio para saudosistas. Divulgação
PINTOU LIMPEZA
Q
uando o assunto é sujeira difícil, a agência Euro RSCG quer convencer a dona de casa de que Bang é a arma que pode resolver o problema. Para isso, escalou a atriz Cláudia Rodrigues para falar da poderosa "espuma" do produto da Reckitt & Benckiser, que, antes, chegou a ter Hebe Camargo como garota-propaganda.
A
casca de salgueiro triturada e tomada com água, medicamento que surgiu e era usado na Mesopotâmia, três mil anos antes de Cristo, para combater a cefáleia (a popular dor de cabeça), é o segredo e o princípio ativo da Aspirina. Uma das marcas mais reluzentes e vendidas no mundo todo em farmácias, supermercados e até bancas de jornais. A Aspirin, como a batizou a alemã Bayer, é um dos medicamentos mais globais de que se tem notícia e também aquele que conseguiu ser vendido em qualquer lugar, sem prescrição médica. O produto, porém, só foi patenteado pela Bayer em 10 de outubro de 1897. Desenvolvido pelo químico Felix Hoffmann, com a ajuda do professor Heinrich Dreser, que sintetizou o ácido acetilsalicílico, a intenção era de que aliviasse as dores reumáticas. O nome Aspirin vem dos compostos usados na fabricação do remédio: "A" de Acetil, "SPIR" da planta Spirea (de onde era retirada a Salicin) e "IN" um sufixo comum para união de produtos. Em 1899, a Bayer distribuiu Aspirina para os médicos receitarem aos seus pacientes. Em 1910, a empresa introduziu a primeira Aspirina em tabletes solúveis em água, tornando-se a primeira medicação a ser vendida sob essa forma. Fabricada em tabletes, a Aspirina se tornou disponível sem precisar de receita médica no ano de 1915. Virou sucesso absoluto de vendas e, sabendo que a sua fórmula era de fácil preparação, a alemã Bayer começou a investir pesado em publicidade, especialmente em algo que alguns publicitários acham supermoderno e que é tão an-
Donos da Zoomp querem mais grifes O objetivo do grupo de gestão de marcas I'M — cuja criação foi anunciada ontem pelos investidores do grupo HLDC e pela Zoomp após a aquisição de quatro outras grifes — é chegar a um faturamento na casa dos R$ 900 milhões para, então, realizar uma abertura de capital. "Devemos fazer isso quando chegarmos a 12 ou 13 marcas", disse o presidente da Zoomp e atual presidente do I'M, Vicente Mello. O grupo engloba hoje seis marcas: Zoomp, Zapping, Herchcovitch;Alexandre, Fause Haten, Clube Chocolate e Cúmplice — as quatro últimas adquiridas nesta semana, após oito meses de negociação. O faturamento do grupo está estimado em R$ 300 milhões, dos quais metade vem da Zoomp. Os primeiros projetos da I'M são a expansão das marcas por meio da abertura de lojas. Segundo Mello, a idéia do I'M é gerir um grupo de marcas que componham um guardaroupa completo. Ele disse que Alex Silva/AE
há alguns estilos que o grupo estuda para possíveis aquisições. "Procuramos uma grife mais esportiva, uma casual, mais marcas autorais e uma grife de acessórios, com bolsas e sapatos." O executivo não confirmou negociações com nenhuma grife, apesar de haver rumores de que os próximos alvos sejam a Crawford e a Siberian, do grupo Valdac. A aquisição de grifes está em ritmo acelerado no País. O banco suíço UBS, que em dezembro comprou a grife Ellus e criou o grupo In Brands, fechou negócios também com a estilista Isabela Capeto. "No início, víamos empresas do setor comprando outras, como foi o caso da Marisol adquirindo a Rosa Chá", comentou o diretor da BrandAnalytics, Eduardo Tomiya. "Agora, os fundos de investimentos e private equity entraram nessa jogada com muito dinheiro para investir, e devemos presenciar uma onda agressiva de aquisições", afirmou. Em setembro do ano passado, a Artesia Gestão de Recursos adquiriu a grife de roupas Le Lis Blanc. No mês de novembro, o fund o Ta r p o n A l l E q u i t i e s c o mprou 25% da marca de calçados Arezzo. (AE)
Vicente Mello, presidente da Zoomp e da empresa de gestão de marcas I'M, afirmou ontem que a abertura de capital está nos planos do grupo.
tigo quanto Matusalém e o uso da casca de salgueiro – a experimentação, que agora se chama "sampling". Sorte da Bayer, que, em 1949, o Dr. Lawrence Craven, um médico californiano, tenha noticiado que 400 homens para os quais ele havia receitado Aspirina não tinham sofrido nenhum ataque cardíaco, causando a primeira Divulgação
FAMOSA caixinha virou outdoor para reforçar vendas
percepção de que o remédio poderia fazer bem ao coração. O médico receitava uma Aspirina por dia para reduzir os riscos de um ataque cardíaco. E, naquele tempo, os Estados Unidos se sentiam donos da Alemanha, por terem vencido a guerra, com aliados, aos quais sempre se rogaram o título de líderes, apesar do peso de Stalin e da exEnvie informações para essa coluna para o e-mail: carlosfranco@revista publicitta. com.br
União Soviética na derrota de Hitler – mas essa é outra história. Em 1952, se valendo da sua força no mercado adulto, a Bayer lançou a Aspirina infantil. Em 1969, a Aspirina em tabletes fazia parte do kit de primeiros socorros a bordo da nave espacial Apollo. No ano de 1970, ganhou o slogan "Save your head" e, em 1993, o "Always for you there", com o qual revigorou a presença diante da ameaça de genéricos. Em 1999, em mais uma tentativa de manter o poderio, a marca lançou os famosos comprimidos em gel. Detalhe: os Estados Unidos não respeitam a patente da Bayer, por isso mesmo, no país governado por George W. Bush, um assumido consumidor de Aspirina, o termo pode ser usado genericamente em todos os produtos que contenham a substância ativa Ácido Acetilsalicílico. Registrada pela Bayer AG na Alemanha e em mais de 80 países, o produto, curiosamente, não tem garantia no mercado que mais diz defender patentes e direitos industriais, desde, é claro, que sejam seus. É o velho ditado: escreva o que eu digo e não faça o que eu faço, ou o popular, em casa de ferreiro, o espeto é de pau. Há até quem aposte que é por conta disso que a Bayer tem investido pesado em publicidade no próprio mercado americano, e nos mercados do Oriente, em especial China e Japão. Os povos da Mesopotâmia não poderiam imaginar que aquele medicamento fosse capaz de erguer império tão sólido quanto a Bayer. É a força da publicidade e de uma marca. Ninguém quer dor de cabeça.
SEDUÇÃO: ao avançar no Oriente, Bayer cede à força da cultura.
JERIMUM NAS RUAS DE SALVADOR
O
publicitário baiano Nizan Guanaes, ninguém tem dúvida, é ousado. Mais ainda quando clientes endossam suas idéias. Esse o caso do Banco Itaú, que vai vestir de laranja – a cor abóbora com a qual o banco quer ser identificado – as ruas de Divulgação Salvador. O vicepresidente do Itaú, Antônio Matias, que teve a coragem de autorizar comercial em que a marca é dispensada para dar lugar apenas à cor, também deu aval para essa invasão na capital baiana. A intenção é
que, ao patrocinar um dos maiores carnavais de rua do País – o de Recife e Olinda não ficam muito atrás – o Itaú fixe ainda mais essa identidade. A cor característica invadirá os principais circuitos do carnaval de rua, na cidade e na região em que abóbora é jerimum.
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4 - LAZER
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de janeiro de 2008
VISUAIS Olhares brasileiros sobre o Japão Fotos: Divulgação
Yuba: descendentes de japoneses fotografados por Lucille Kanzawa
Mostra exibe 28 fotografias com dimensões de 50X75cm
Japão – um perto distante: mostra exibe 17 obras de artistas brasileiros. Os leques estão entre os trabalhos que o público pode manusear.
Rita Alves
O
s eventos comemorativos do centenário da imigração japonesa no Brasil não serão poucos no decorrer deste ano. Quem quiser acompanhar os festejos desde já tem uma boa alternativa no Espaço Nossa Caixa Arte e Cultura. O local abriga a mostra Japão – um perto distante que exibe obras de 13 jovens artistas brasileiros, que têm como influência a cultura japonesa pop, contemporânea e tradicional. A exposição reúne 17 obras que abordam o Japão a partir do olhar ocidental dos artistas. O público poderá ver o elo entre os dois países representado por fotografias, xilogravuras, impressões digitais, lápis de cor, grafite, estêncil e cerâmicas. Na Caixa Cultural os olhos puxados também estão no foco. Na mostra Yuba é possível conhecer uma comunidade
formada por imigrantes e descendentes japoneses que vivem em Mirandópolis, interior de São Paulo. O grupo, existente no País desde a década de 1930, optou por viver à margem do capitalismo, pautados por valores como a liberdade e o bem-estar espiritual. Quem acompanhou durante quatro anos o cotidiano dessas pessoas foi a fotógrafa Lucille Kanzawa, que soube do universo dos Yubas graças ao pai, médico da comunidade. O resultado desse trabalho está registrado em 28 belas fotografias que podem ser admiradas até o dia 24 de fevereiro. Espaço Nossa Caixa Arte e Cultura. Rua Álvares Penteado, 70, 2º mezanino. De segunda a sexta, das 10h às 16h. Grátis. Até dia 11. Caixa Cultural, Edifício Sé. Praça da Sé, 111, 1º andar, tel.: 3321-4400. Terça/domingo, das 9h às 21h. Grátis.
Prioridade dos Yuba: liberdade e bem-estar espiritual
PROPAGANDA
Uma história brasileira
A
Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo comemora 55 anos de atividades com a edição de um livro histórico. Sob o título de Propaganda Brasileira, traça o panorama da comunicação publicitária no País. No primeiro capítulo, mostra como surgiram os pregões de vendedores, até chegar ao primeiro anúncio publicado na Gazeta do Rio de Janeiro em 1808. Essa linha do tempo ilustra como o laboratório das áreas de criação evoluiu conceitualmente: tanto na concepção de temas, como na redação e na representação gráfica deles. O livro é, em si, uma obra de arte, assinada por Francisco Gracioso e J. Roberto Whitaker Penteado. Vem com um DVD. (MMJ)
Anos 60: lãs Pingouin.
Da Mauro Ivan Marketing
Anos 90: leilão de puro sangue.
1957: perfumes.
SHOW
A bossa de três bambas afinados com o samba
B
oa bossa para começar o ano, a de Jair Rodrigues (à dir.), agora o Jairzão. Com a alegria de sempre, lança mais um álbum: Jair Rodrigues em Branco e Preto. É um trabalho produzido pelos integrantes do Quinteto em Branco e Preto. No repertório, uma miscelânea bem temperada de chorinho (gênero que, atualmente, encanta Jair), samba-
rock, samba de verdade e algumas baladas. No repertório, músicas que integram o disco; entre outras, Toda Maria, de Azambuja e e Almir Santana; Quem Falou, de Paulinho Dafilin e do próprio Jair; e Vida em Sonho, de Jairzinho). Teatro Sesc Pompéia. Rua Clélia, 93. Tel.: 38717700. Sábado (5), 21h; domingo (6), 18h. R$ 16.
Osvaldinho da Cuíca(à esq.) Ele é conhecido como um autêntico do samba paulista. Ótimo compositor e intérprete, relembra a verve de Adoniran Barbosa (ao qual presta tributo, com Saudosa Maloca). Praça dos Eventos do Sesc Vila Mariana. Rua Pelotas, 141. Tel.: 5080-3000. Sábado (5). 13h30. Grátis.
Mateus Sartori (centro) - Depois de surpreender com Dois de Fevereiro, o segundo álbum (elogiado pelo crítico André Domingues, do DC), apresenta-se no Sesc Santana para homenagear Dorival Caymmi, tema disco. Av. Luís Dumont Villares, 579. Tel.: 6971-8700. Domingo (6), 19h. R$ 10. (MMJ)
Divulgação
Clovis Ferreira
21º PRÊMIO DESIGN MUSEU DA CASA BRASILEIRA Painel das tendências do desenho nacional. Av. Brigadeiro Faria Lima, 2705. Tel.: 3032-3727. Terça/domingo. 10h/18h. Grátis. Até o dia 20.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4 - ECONOMIA
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de janeiro de 2008
ORIENTAÇÃO LEGAL LEGISLAÇÃO N DOUTRINA N JURISPRUDÊNCIA INSTITUTO JURÍDICO DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO Coordenação: Carlos Celso Orcesi da Costa
AGENDA TRIBUTÁRIA FEDERAL - JANEIRO/2008 MINISTÉRIO DA FAZENDA Secretaria da Receita Federal do Brasil ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO CODAC Nº 94, de 26 DE DEZEMBRO DE 2007.
A COORDENADORA-GERAL DE ARRECADAÇÃO E COBRANÇA, no uso de suas atribuições, declara: Art. 1º As datas fixadas para pagamento dos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) e para apresentação das principais declarações, demonstrativos e documentos exigidos por esse órgão, definidas em legislação específica, no mês de janeiro de 2008, são as constantes do Anexo Único a este Ato Declaratório Executivo (ADE). § 1º O pagamento referido no caput deverá ser efetuado por meio de: I - Guia da Previdência Social (GPS), no caso das contribuições sociais previstas nas alíneas “a”, “b” e “c” do parágrafo único do art. 11 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, das contribuições instituídas a título de substituição e das contribuições devidas, por lei, a terceiros; ou II - Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), no caso dos demais tributos administrados pela RFB. § 2º A Agenda Tributária será disponibilizada na página da RFB na Internet no endereço eletrônico <http://www.receita.fazenda.gov.br>. Art. 2º As referências a "Entidades financeiras e equiparadas", contidas nas discriminações da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, dizem respeito às pessoas jurídicas de que trata o § 1º do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. Art. 3º No caso de extinção, incorporação, fusão ou cisão, a pessoa jurídica extinta, incorporadora, incorporada, fusionada ou cindida deverá apresentar: I - até o último dia útil do mês subseqüente ao do evento, o Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais (Dacon); II - até o quinto dia útil do segundo mês subseqüente ao do evento: a) a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Mensal (DCTF Mensal); ou b) a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Semestral (DCTF Semestral); III - a Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) até o último dia útil: a) do mês de maio, para eventos ocorridos nos meses de janeiro, fevereiro e março do respectivo ano-calendário; ou b) do mês subseqüente ao do evento, para eventos ocorridos no período de 1º de abril a 31 de dezembro; IV - a Declaração Simplificada das Pessoas Jurídicas – Simples e o Demonstrativo do Crédito Presumido do IPI (DCP) até o último dia útil: a) do mês de março, para eventos ocorridos no mês de janeiro do respectivo ano-calendário; ou b) do mês subseqüente ao do evento, para eventos ocorridos no período de 1º de fevereiro a 31 de dezembro. Parágrafo único. A obrigatoriedade de apresentação da DIPJ, da DCTF Mensal e Semestral, da Declaração Simplificada das Pessoas Jurídicas - Simples e do Dacon, na forma prevista no caput, não se aplica à incorporadora nos casos em que as pessoas jurídicas, incorporadora e incorporada, estejam sob o mesmo controle societário desde o ano-calendário anterior ao do evento. Art. 4º No caso de extinção, incorporação, fusão ou cisão, a pessoa jurídica extinta, incorporada, fusionada ou cindida deverá apresentar a Declaração Simplificada da Pessoa Jurídica (DSPJ) - Inativa até o último dia útil do mês subseqüente ao do evento. Art. 5º No caso de extinção, decorrente de liquidação, incorporação, fusão ou cisão total, a pessoa jurídica extinta deverá apresentar a Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf), relativa ao respectivo ano-calendário, até o último dia útil do mês subseqüente ao da ocorrência do evento. Parágrafo único. A Dirf, de que trata o caput, deverá ser entregue até o último dia útil do
mês de março quando o evento ocorrer no mês de janeiro do respectivo ano-calendário. Art. 6º Na hipótese de saída definitiva do País ou de encerramento de espólio, a Dirf de fonte pagadora pessoa física, relativa ao respectivo ano-calendário, deverá ser apresentada: I - no caso de saída definitiva do Brasil, até: a) a data da saída do País, em caráter permanente; e b) trinta dias contados da data em que a pessoa física declarante completar doze meses consecutivos de ausência, no caso de saída do País em caráter temporário; II - no caso de encerramento de espólio, no mesmo prazo previsto para a entrega, pelos demais declarantes, da Dirf relativa ao ano-calendário. Art. 7º A Declaração Final de Espólio deverá ser apresentada até: I - o último dia útil do mês de abril do ano-calendário a que se refere a declaração, caso o trânsito em julgado da decisão judicial da partilha, sobrepartilha ou adjudicação dos bens inventariados tenha ocorrido até o último dia do mês de fevereiro do referido ano-calendário; II - sessenta dias contados da data do trânsito em julgado da decisão judicial da partilha, sobrepartilha ou adjudicação dos bens inventariados, nas demais hipóteses. Art. 8º A Declaração de Saída Definitiva do País, relativa ao período em que tenha permanecido na condição de residente no Brasil: I - no ano-calendário da saída, bem como as declarações correspondentes a anoscalendário anteriores, se obrigatórias e ainda não entregues, deverão ser apresentadas: a) até o último dia útil do mês de abril do ano-calendário da saída definitiva, caso esta ocorra até esta data; b) na data da saída definitiva, nas demais hipóteses; II - no ano-calendário da caracterização da condição de não-residente, deverá ser apresentada: a) até o último dia útil do mês de abril do ano-calendário da caracterização da condição de não-residente, caso esta ocorra até 31 de março do referido ano-calendário; b) até trinta dias contados da data em que completar doze meses consecutivos de ausência, nas demais hipóteses. Art. 9º No caso de incorporação, fusão, cisão parcial ou total, extinção decorrente de liquidação, a pessoa jurídica deverá apresentar a Declaração sobre a Opção de Tributação de Planos Previdenciários (DPREV), contendo os dados do próprio ano-calendário e do ano-calendário anterior, até o último dia útil do mês subseqüente ao de ocorrência do evento. Art. 10. Nos casos de extinção, fusão, incorporação e cisão total da pessoa jurídica, a Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias (Dimob) de Situação Especial deverá ser apresentada até o último dia útil do mês subseqüente à ocorrência do evento. Art. 11. No recolhimento das contribuições previdenciárias decorrentes de Reclamatória Trabalhista sob os códigos 1708, 2801, 2810, 2909 e 2917, deve-se considerar como mês de apuração o mês da prestação do serviço e como vencimento a data de vencimento do tributo na época de ocorrência do fato gerador, havendo sempre a incidência de acréscimos legais. Parágrafo único. Na hipótese de não reconhecimento de vínculo, e quando não fizer parte do acordo homologado a indicação do período em que foram prestados os serviços, deve ser considerado como mês de apuração o mês da homologação do acordo, ou o mês do pagamento, se este anteceder aquela, e como vencimento o dia dois do mês subseqüente. Art. 12. Este ADE entra em vigor na data de sua publicação. ALEXANDRA WEIRICH GRUGINSKI (Fl. 1 do Anexo Único ao Ato Declaratório Executivo Codac nº 94, de 26 de dezembro de 2007.)
ANEXO ÚNICO
Agenda Tributária Janeiro de 2008 Data de vencimento: data em que se encerra o prazo legal para pagamento dos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. Data de Vencimento Diária
Diária
Diária
Tributos Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos do Trabalho Tributação exclusiva sobre remuneração indireta Rendimentos de Residentes ou Domiciliados no Exterior Royalties e pagamentos de assistência técnica Renda e proventos de qualquer natureza Juros e comissões em geral Obras audiovisuais, cinematográficas e videofônicas Fretes internacionais Remuneração de direitos Previdência privada e Fapi Aluguel e arrendamento Outros Rendimentos Pagamento a beneficiário não identificado Imposto sobre a Exportação (IE)
Cide - Combustíveis - Importação - Lei nº 10.336/01 Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação de petróleo e seus derivados, gás natural, exceto sob a forma liquefeita, e seus derivados, e álcool etílico combustível.
Contribuição para o PIS/Pasep Importação de serviços (Lei nº 10.865/04) Diária Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) Importação de serviços (Lei nº 10.865/04) Diária (até 2 Associação Desportiva que mantém Equipe de Futebol dias úteis após Profissional - Receita Bruta de Espetáculos Desportivos - CNPJ a realização Retenção e recolhimento efetuado por entidade promotora do do evento) espetáculo (federação ou confederação), em seu próprio nome.
Código Darf
Código GPS
Período de Apuração do Fato Gerador (FG)
2063
FG ocorrido no mesmo dia
0422 0473 0481 5192 9412 9427 9466 9478
FG ocorrido no mesmo dia “ “ “ “ “ “ “
5217 0107
FG ocorrido no mesmo dia Exportação, cujo registro da declaração para despacho aduaneiro tenha se verificado 15 dias antes
9438
Importação, cujo registro da declaração tenha se verificado no mesmo dia
5434
FG ocorrido no mesmo dia
5442
FG ocorrido no mesmo dia
Diária
Diária (até 2 Pagamento de parcelamento de clube de futebol - CNPJ - (5% dias úteis após da receita bruta destinada ao clube de futebol) a realização do evento) Data de Reclamatória Trabalhista - NIT/PIS/Pasep vencimento do tributo na época da ocorrência do fato gerador (vide art. 11 do ADE Codac no 94/2007) Reclamatória Trabalhista - CEI Reclamatória Trabalhista - CEI - pagamento exclusivo para outras entidades (Sesc, Sesi, Senai, etc.) Reclamatória Trabalhista - CNPJ Reclamatória Trabalhista - CNPJ - pagamento exclusivo para outras entidades (Sesc, Sesi, Senai, etc.)
2550
4316
1708
Data da realização do evento (2 dias úteis anteriores ao vencimento) Data da realização do evento (2 dias úteis anteriores ao vencimento) Mês da prestação do serviço
2801
“
2810 2909
“ “
2917
“
Data de Tributos Vencimento OU 2 (dia 2 do mês Reclamatória Trabalhista - NIT/PIS/Pasep subseqüente ao mês da homologação do acordo ou do pagamento (vide parágrafo único art. 11 do ADE Codac no 94/2007) Reclamatória Trabalhista - CEI Reclamatória Trabalhista - CEI - pagamento exclusivo para outras entidades (Sesc, Sesi, Senai, etc.) Reclamatória Trabalhista - CNPJ Reclamatória Trabalhista - CNPJ - pagamento exclusivo para outras entidades (Sesc, Sesi, Senai, etc.) 4 Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos de Capital Títulos de renda fixa - Pessoa Física Títulos de renda fixa - Pessoa Jurídica Fundo de Investimento - Renda Fixa Fundo de Investimento em Ações Operações de swap Day-Trade - Operações em Bolsas Ganhos líquidos em operações em bolsas e assemelhados Juros remuneratórios do capital próprio (art. 9º da Lei nº 9.249/95) Fundos de Investimento Imobiliário - Resgate de quotas Demais rendimentos de capital Rendimentos de Residentes ou Domiciliados no Exterior Aplicações Financeiras - Fundos/Entidades de Investimento Coletivo Aplicações em Fundos de Conversão de Débitos Externos Lucros/Bonificações/Dividendos Juros remuneratórios de capital próprio Outros Rendimentos Prêmios obtidos em concursos e sorteios Prêmios obtidos em bingos Multas e vantagens 4 Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) Operações de Crédito - Pessoa Jurídica Operações de Crédito - Pessoa Física Operações de Câmbio - Entrada de moeda Operações de Câmbio - Saída de moeda Aplicações Financeiras Factoring (art. 58 da Lei nº 9.532/97) Seguros Ouro, Ativo Financeiro 4 Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Cigarros do código 2402.20.00 da Tipi Bebidas do capítulo 22 da Tipi
Código Darf
Código GPS
Período de Apuração do Fato Gerador (FG)
1708
Mês da homologação do acordo ou mês do pagamento, se não houver vínculo ou não houver indicação de período da prestação do serviço
2801
“
2810 2909
“ “
2917
“
8053 3426 6800 6813 5273 8468 5557
21 a 31/dezembro/2007 “ “ “ “ “ “
5706 5232 0924
” “ “
5286
21 a 31/dezembro/2007
0490 9453
” “
0916 8673 9385
21 a 31/dezembro/2007 “ “
1150 7893 4290 5220 6854 6895 3467 4028
21 a 31/dezembro/2007 “ “ “ “ “ “ “
1020 0668
21 a 31/dezembro/2007 “ (Continua na página seguinte)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de janeiro de 2008
ECONOMIA - 5
ORIENTAÇÃO LEGAL LEGISLAÇÃO N DOUTRINA N JURISPRUDÊNCIA INSTITUTO JURÍDICO DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO Coordenação: Carlos Celso Orcesi da Costa (Continuação da página anterior)
Agenda Tributária Janeiro de 2008
Data de vencimento: data em que se encerra o prazo legal para pagamento dos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. Data de Vencimento 8
8
10
10
10
10
10
10
10
10
10
Tributos Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) Operações de lançamento a débito em conta Operações de liquidação ou pagamento sem crédito em conta Devida pela instituição financeira na condição de contribuinte Comprev - recolhimento efetuado por RPPS - órgão do poder público - CNPJ Comprev - recolhimento efetuado por RPPS - órgão do poder público - CNPJ - estoque Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos de Capital Aluguéis e royalties pagos a pessoa física Rendimentos de partes beneficiárias ou de fundador Rendimentos do Trabalho Trabalho assalariado Trabalho sem vínculo empregatício Resgate previdência privada e Fapi Benefício ou resgate de previdência privada e Fapi Rendimentos decorrentes de decisão da Justiça do Trabalho Outros Rendimentos Remuneração de serviços prestados por pessoa jurídica Pagamentos de PJ a PJ por serviços de factoring Pagamento PJ a cooperativa de trabalho Juros e indenizações de lucros cessantes Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) Indenização por danos morais Rendimentos decorrentes de decisão da Justiça Federal Juros de empréstimos externos Demais rendimentos Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos de Capital Aluguéis e royalties pagos a pessoa física Rendimentos de partes beneficiárias ou de fundador Rendimentos do Trabalho Trabalho assalariado Trabalho sem vínculo empregatício Resgate previdência privada e Fapi Benefício ou resgate de previdência privada e Fapi Rendimentos decorrentes de decisão da Justiça do Trabalho Outros Rendimentos Remuneração de serviços prestados por pessoa jurídica Pagamentos de PJ a PJ por serviços de factoring Pagamento PJ a cooperativa de trabalho Juros e indenizações de lucros cessantes Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) Indenização por danos morais Rendimentos decorrentes de decisão da Justiça Federal Juros de empréstimos externos Demais rendimentos Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Posição na Tipi Produto 87.03 Automóveis de passageiros e outros veículos automóveis principalmente concebidos para transporte de pessoas (exceto os da posição 87.02), incluídos os veículos de uso misto (“station wagons”) e os automóveis de corrida; 87.06 Chassis com motor para os veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05; 84.29 “Bulldozers”, “angledozers”, niveladores, raspo-transportadores (“scrapers”), pás mecânicas, escavadores, carregadoras e pás carregadoras, compactadores e rolos ou cilindros compressores, autopropulsados; 84.32 Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho do solo ou para cultura; rolos para gramados (relvados), ou para campos de esporte; 84.33 Máquinas e aparelhos para colheita ou debulha de produtos agrícolas, incluídas as enfardadeiras de palha ou forragem; cortadores de grama (relva) e ceifeiras; máquinas para limpar ou selecionar ovos, frutas ou outros produtos agrícolas, exceto as da posição 84.37; 87.01 Tratores (exceto os carros-tratores da posição 87.09); 87.02 Veículos automóveis para transporte de 10 pessoas ou mais, incluindo o motorista; 87.04 Veículos automóveis para transporte de mercadorias; 87.05 Veículos automóveis para usos especiais (por exemplo: auto-socorros, caminhões-guindastes, veículos de combate a incêndios, caminhões-betoneiras, veículos para varrer, veículos para espalhar, veículos-oficinas, veículos radiológicos), exceto os concebidos principalmente para transporte de pessoas ou de mercadorias; 87.11 Motocicletas (incluídos os ciclomotores) e outros ciclos equipados com motor auxiliar, mesmo com carro lateral; carros laterais. Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) Pagamento Unificado - Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias (IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins) Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) Pagamento Unificado - Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias (IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins) Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias Contribuição para o PIS/Pasep Pagamento Unificado - Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias (IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins) Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) Pagamento Unificado - Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias (IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins) Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias Simples - CNPJ Empresas optantes pelo Simples - CNPJ - recolhimento sobre aquisição de produto rural do produtor rural pessoa física. Empresas optantes pelo Simples - CNPJ - recolhimento sobre contratação de transportador rodoviário autônomo. Empresas em geral - CNPJ Empresas em geral - CNPJ - pagamento exclusivo para outras entidades (Sesc, Sesi, Senai, etc.) Empresas em geral - CNPJ - pagamento exclusivo de empresas conveniadas com o FNDE para competências anteriores a 01/2007 Empresas em geral - CEI Empresas em geral - CEI - pagamento exclusivo para outras entidades (Sesc, Sesi, Senai, etc.) Empresas em geral - CEI - pagamento exclusivo de empresas conveniadas com o FNDE para competências anteriores a 01/2007 Filantrópicas com isenção - CNPJ Filantrópicas com isenção - CEI Órgãos do poder público - CNPJ Órgãos do poder público - CEI Órgãos do poder público - CNPJ - recolhimento sobre aquisição de produto rural do produtor rural pessoa física Órgão do Poder Público - CNPJ - recolhimento sobre contratação de transporte rodoviário autônomo Associação Desportiva que mantém Equipe de Futebol Profissional Receita Bruta a Título de Patrocínio, Licenciamento de Uso de Marcas e Símbolos, Publicidade, Propaganda e Transmissão de Espetáculos - CNPJ - retenção e recolhimento efetuado por empresa patrocinadora em seu próprio nome. Comercialização da produção rural -CNPJ Comercialização da produção rural - CNPJ- pagamento exclusivo para outras entidades (Senar) Contribuição retida sobre a NF/Fatura da empresa prestadora de serviço - CNPJ Contribuição retida sobre NF/Fatura da prestadora de serviço CNPJ (uso exclusivo do órgão do poder público - administração direta, autarquia e fundação federal, estadual, do distrito federal ou municipal) Contribuição retida sobre a NF/Fatura da empresa prestadora de serviço - CEI Contribuição retida sobre NF/Fatura da prestadora de serviço CEI (uso exclusivo do órgão do poder público - administração direta, autarquia e fundação federal, estadual, do distrito federal ou municipal) Comercialização da produção rural - CEI Comercialização da produção rural - CEI - pagamento exclusivo para outras entidades (Senar) Acordo Perante Comissão de Conciliação Prévia Dissídio ou Acordo Coletivo e Convenção Coletiva - CEI Acordo Perante Comissão de Conciliação Prévia - Dissídio ou Acordo Coletivo e Convenção Coletiva - CEI - pagamento exclusivo para outras entidades (Sesc, Sesi, Senai, etc)
Código Código Darf GPS
5869 5871 5884
Período de Apuração do Fato Gerador (FG)
Data de Vencimento
21 a 31/dezembro/2007 “ “ 15 7307
1º a 31/dezembro/2007
7315
“
3208 3277
11 a 20/dezembro/2007 “
0561 0588 3223 5565 5936
11 a 20/dezembro/2007 “ “ “ “
1708 5944 3280 5204 6891 6904 5928 5299 8045
11 a 20/dezembro/2007 “ “ “ “ “ “ “ “
3208 3277
21 a 31/dezembro/2007 “
0561 0588 3223 5565 5936
21 a 31/dezembro/2007 “ “ “ “
1708 5944 3280 5204 6891 6904 5928 5299 8045
21 a 31/dezembro/2007 “ “ “ “ “ “ “ “
15
15
15
15
15
0676
21 a 31/dezembro/2007
0676
”
1097
21 a 31/dezembro/2007
15
15 1097
” 15
1097 1097
” “
1097 1097
” “
15
15
1097
”
1097
”
4095
Dezembro/2007
4112
”
4095
Dezembro/2007
4153
”
4095
Dezembro/2007
4138
”
4095
Dezembro/2007
4166 2003
” 1o a 31/Dezembro/2007
2011
”
2020 2100
” “
2119
“
2143 2208
“ “
2216
“
2240 2305 2321 2402 2429
“ “ “ “ “
2437
“
2445
“
2500 2607
18
“ “ 18
2615
“
2631
“
2640
“
2658
“
18
2682 2704
“ “
2712
“
2852
Diversos
2879
“
21
Tributos
Código Código Darf GPS
Acordo Perante Comissão de Conciliação Prévia Dissídio ou Acordo Coletivo e Convenção Coletiva - CNPJ Acordo Perante Comissão de Conciliação Prévia - Dissídio ou Acordo Coletivo e Convenção Coletiva - CNPJ - pagamento exclusivo para outras entidades (Sesc, Sesi, Senai, etc) Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos de Capital Títulos de renda fixa - Pessoa Física 8053 Títulos de renda fixa - Pessoa Jurídica 3426 Fundo de Investimento - Renda Fixa 6800 Fundo de Investimento em Ações 6813 Operações de swap 5273 Day-Trade - Operações em Bolsas 8468 Ganhos líquidos em operações em bolsas e assemelhados 5557 Juros remuneratórios do capital próprio 5706 (art. 9º da Lei nº 9.249/95) Fundos de Investimento Imobiliário - Resgate de quotas 5232 Demais rendimentos de capital 0924 Rendimentos de Residentes ou Domiciliados no Exterior Aplicações Financeiras - Fundos/Entidades de Investimento Coletivo 5286 Aplicações em Fundos de Conversão de Débitos Externos Lucros/Bonificações/Dividendos 0490 Juros remuneratórios de capital próprio 9453 Outros Rendimentos Prêmios obtidos em concursos e sorteios 0916 Prêmios obtidos em bingos 8673 Multas e vantagens 9385 Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) Operações de Crédito - Pessoa Jurídica 1150 Operações de Crédito - Pessoa Física 7893 Operações de Câmbio - Entrada de moeda 4290 Operações de Câmbio - Saída de moeda 5220 Aplicações Financeiras 6854 Factoring (art. 58 da Lei nº 9.532/97) 6895 Seguros 3467 Ouro, Ativo Financeiro 4028 Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Cigarros do código 2402.20.00 da Tipi 1020 Bebidas do capítulo 22 da Tipi 0668 Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Cigarros do código 2402.90.00 da Tipi 5110 Todos os produtos, com exceção de: bebidas (Capítulo 22), cigarros (códigos 2402.20.00 e 2402.90.00) e os das posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01 a 87.06 e 87.11 da Tipi 5123 Contribuição para o PIS/Pasep Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL) 5952 Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado 5979 Retenção - Aquisição de autopeças 3770 Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL) 5952 Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado 5960 Retenção - Aquisição de autopeças 3746 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL) 5952 Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado 5987 Cide - Combustíveis - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural, exceto sob a forma liquefeita, e seus derivados, e álcool etílico combustível. 9331 Cide - Remessas ao Exterior - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a remessa de importâncias ao exterior nas hipóteses tratadas no art. 2º da Lei nº 10.168/2000, alterado pelo art. 6º da Lei nº 10.332/2001. 8741 Simples Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação DAS de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e (Doc. Empresas de Pequeno Porte de Arrecad. do Simples Nacional) Contribuinte Individual - Recolhimento Mensal NIT/PIS/Pasep Contribuinte Individual - Recolhimento Trimestral NIT/PIS/Pasep Contribuinte Individual - Recolhimento Mensal - com dedução de 45% (Lei no 9.876/99) - NIT/PIS/Pasep Contribuinte Individual - Recolhimento Trimestral - com dedução de 45% (Lei no 9.876/99) - NIT/PIS/Pasep Contribuinte Individual - Opção: aposentadoria apenas por idade - Recolhimento Mensal - NIT/PIS/Pasep Contribuinte Individual - Opção: aposentadoria apenas por idade - Recolhimento Trimestral - NIT/PIS/Pasep Segurado Facultativo - Recolhimento Mensal - NIT/PIS/Pasep Segurado Facultativo - Recolhimento Trimestral - NIT/PIS/Pasep Facultativo - Opção: aposentadoria apenas por idade - Recolhimento Mensal - NIT/PIS/Pasep Facultativo - Opção: aposentadoria apenas por idade - Recolhimento Trimestral - NIT/PIS/Pasep Segurado Especial - Recolhimento Mensal NIT/PIS/Pasep Segurado Especial - Recolhimento Trimestral NIT/PIS/Pasep Empregado Doméstico - Recolhimento Mensal NIT/PIS/Pasep Empregado Doméstico - Recolhimento Trimestral NIT/PIS/Pasep Cooperativa de Trabalho - CNPJ - contribuição descontada do cooperado - Lei nº 10.666/2003 Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Posição na Tipi Produto 87.03 Automóveis de passageiros e outros veículos automóveis principalmente concebidos para transporte de pessoas (exceto os da posição 87.02), incluídos os veículos de uso misto (“station wagons”) e os automóveis de corrida; 0676 87.06 Chassis com motor para os veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05; 0676 84.29 “Bulldozers”, “angledozers”, niveladores, raspo-transportadores (“scrapers”), pás mecânicas, escavadores, carregadoras e pás carregadoras, compactadores e rolos ou cilindros compressores, autopropulsados; 1097 84.32 Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho do solo ou para cultura; rolos para gramados (relvados), ou para campos de esporte; 1097 84.33 Máquinas e aparelhos para colheita ou debulha de produtos agrícolas, incluídas as enfardadeiras de palha ou forragem; cortadores de grama (relva) e ceifeiras; máquinas para limpar ou selecionar ovos, frutas ou outros produtos agrícolas, exceto as da posição 84.37; 1097 87.01 Tratores (exceto os carros-tratores da posição 87.09); 1097 87.02 Veículos automóveis para transporte de 10 pessoas ou mais, incluindo o motorista; 1097 87.04 Veículos automóveis para transporte de mercadorias; 1097 87.05 Veículos automóveis para usos especiais (por exemplo: auto-socorros, caminhões-guindastes, veículos de combate a incêndios, caminhões-betoneiras, veículos para varrer, veículos para espalhar, veículos-oficinas, veículos radiológicos), exceto os concebidos principalmente para transporte de pessoas ou de mercadorias; 1097 87.11 Motocicletas (incluídos os ciclomotores) e outros ciclos equipados com motor auxiliar, mesmo com carro lateral; carros laterais. 1097 Contribuição para o PIS/Pasep Faturamento 8109 Folha de salários 8301 Pessoa jurídica de direito público 3703 Entidades financeiras e equiparadas 4574 Fabricantes/Importadores de veículos em substituição tributária 8496 Combustíveis 6824 Não-cumulativa 6912 Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) Entidades financeiras e equiparadas 7987 Demais Entidades 2172 Fabricantes/Importadores de veículos em substituição tributária 8645 Combustíveis 6840 Não-cumulativa 5856 Pagamento de parcelamento administrativo - número do título de cobrança (preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Pagamento de dívida ativa parcelamento - referência (preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Comprev - pagamento de dívida ativa - parcelamento de regime próprio de previdência social RPPS - órgão do poder público - referência
Período de Apuração do Fato Gerador (FG)
2950
“
2976
“
1º a 10/janeiro/2008 “ “ “ “ “ “ ” “ “
1º a 10/janeiro/2008 ” “ 1º a 10/janeiro/2008 “ “ 1º a 10/janeiro/2008 “ “ “ “ “ “ “ 1º a 10/janeiro/2008 “ Dezembro/2007
”
16 a 31/dezembro/2007 “ “
16 a 31/dezembro/2007 “ “
16 a 31/dezembro/2007 “
Dezembro/2007
Dezembro/2007 Dezembro/2007
1007 1104
1o a 31/dezembro/2007 1º out a 31/dez/2007
1120
1o a 31/dezembro/2007
1147
1º out a 31/dez/2007
1163
1o a 31/dezembro/2007
1180 1406
1º out a 31/dez/2007 1º out a 31/dez/2007
1457
1º out a 31/dez/2007
1473
1o a 31/dezembro/2007
1490 1503 1554 1600 1651
1º out a 31/dez/2007 1o a 31/dezembro/2007 1º out a 31/dez/2007 1o a 31/dezembro/2007 1º out a 31/dez/2007
2127
1o a 31/dezembro/2007
1º a 10/janeiro/2008 ”
1º a 10/janeiro/2008
”
” “ ” “
”
” Dezembro/2007 “ “ “ “ “ “
Dezembro/2007 “ “ “ “ 4308
Diversos
6106
“
6505
“ (Continua na página seguinte)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 - ECONOMIA
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de janeiro de 2008
ORIENTAÇÃO LEGAL LEGISLAÇÃO N DOUTRINA N JURISPRUDÊNCIA INSTITUTO JURÍDICO DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO Coordenação: Carlos Celso Orcesi da Costa (Continuação da página anterior)
Agenda Tributária Janeiro de 2008
Data de vencimento: data em que se encerra o prazo legal para pagamento dos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. Data de Vencimento
Tributos
23
Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos de Capital Títulos de renda fixa - Pessoa Física Títulos de renda fixa - Pessoa Jurídica Fundo de Investimento - Renda Fixa Fundo de Investimento em Ações Operações de swap Day-Trade - Operações em Bolsas Ganhos líquidos em operações em bolsas e assemelhados Juros remuneratórios do capital próprio (art. 9º da Lei nº 9.249/95) Fundos de Investimento Imobiliário - Resgate de quotas Demais rendimentos de capital Rendimentos de Residentes ou Domiciliados no Exterior Aplicações Financeiras - Fundos/Entidades de Investimento Coletivo Aplicações em Fundos de Conversão de Débitos Externos Lucros/Bonificações/Dividendos Juros remuneratórios de capital próprio Outros Rendimentos Prêmios obtidos em concursos e sorteios Prêmios obtidos em bingos Multas e vantagens Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) Operações de Crédito - Pessoa Jurídica Operações de Crédito - Pessoa Física Operações de Câmbio - Entrada de moeda Operações de Câmbio - Saída de moeda Aplicações Financeiras Factoring (art. 58 da Lei nº 9.532/97) Seguros Ouro, Ativo Financeiro Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Cigarros do código 2402.20.00 da Tipi Bebidas do capítulo 22 da Tipi Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos de Capital Fundos de Investimento Imobiliário - Rendimentos e Ganhos de Capital Distribuídos Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) Recolhimento mensal (Carnê Leão) Ganhos de capital na alienação de bens e direitos Ganhos de capital na alienação de bens e direitos e nas liquidações e resgates de aplicações financeiras, adquiridos em moeda estrangeira Ganhos líquidos em operações em bolsa Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) PJ obrigadas à apuração com base no lucro real Entidades Financeiras Balanço Trimestral (1a quota) Estimativa Mensal PJ obrigadas à apuração com base no lucro real Demais Entidades Balanço Trimestral (1a quota) Estimativa Mensal PJ não obrigadas à apuração com base no lucro real Optantes pela apuração com base no lucro real Balanço Trimestral (1a quota) Estimativa Mensal Lucro Presumido (1a quota) Lucro Arbitrado (1a quota) Renda Variável FINOR/Balanço Trimestral - Opção art. 9o da Lei no 8.167/91 (1a quota) FINOR/Estimativa - Opção art. 9o da Lei no 8.167/91 FINAM/Balanço Trimestral - Opção art. 9o da Lei no 8.167/91 (1a quota) FINAM/Estimativa - Opção art. 9º da Lei no 8.167/91 FUNRES/Balanço Trimestral - Opção art. 9o da Lei no 8.167/91 (1a quota) FUNRES/Estimativa - Opção art. 9o da Lei no 8.167/91 Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Posição na Tipi Produto 87.03 Automóveis de passageiros e outros veículos automóveis principalmente concebidos para transporte de pessoas (exceto os da posição 87.02), incluídos os veículos de uso misto (“station wagons”) e os automóveis de corrida; 87.06 Chassis com motor para os veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05; 84.29 “Bulldozers”, “angledozers”, niveladores, raspo-transportadores (“scrapers”), pás mecânicas, escavadores, carregadoras e pás carregadoras, compactadores e rolos ou cilindros compressores, autopropulsados; 84.32 Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho do solo ou para cultura; rolos para gramados (relvados), ou para campos de esporte; 84.33 Máquinas e aparelhos para colheita ou debulha de produtos agrícolas, incluídas as enfardadeiras de palha ou forragem; cortadores de grama (relva) e ceifeiras; máquinas para limpar ou selecionar ovos, frutas ou outros produtos agrícolas, exceto as da posição 84.37;
23
23
31
31
31
31
Código Código Darf GPS
Período de Apuração do Fato Gerador (FG)
8053 3426 6800 6813 5273 8468 5557
11 a 20/janeiro/2008 “ “ “ “ “ “
5706 5232 0924
” “ “
Data de Vencimento
31 5286
11 a 20/janeiro/2008
0490 9453
” “
0916 8673 9385
11 a 20/janeiro/2008 “ “
1150 7893 4290 5220 6854 6895 3467 4028
11 a 20/janeiro/2008 “ “ “ “ “ “ “
1020 0668
11 a 20/janeiro/2008 “
31
31
31
5232
Dezembro/2007
0190 4600
Dezembro/2007 “
8523 6015
” “
1599 2319
Outubro a Dezembro/2007 Dezembro/2007
31
0220 2362
31
Outubro a Dezembro/2007 Dezembro/2007
31
31 31
3373 5993 2089 5625 3317
Outubro a Dezembro/2007 Dezembro/2007 Outubro a Dezembro/2007 “ Dezembro/2007
31
9004 9017
Outubro a Dezembro/2007 Dezembro/2007
31
9020 9032
Outubro a Dezembro/2007 Dezembro/2007
9045 9058
Outubro a Dezembro/2007 Dezembro/2007
0676
11 a 20/janeiro/2008
0676
”
1097
31
11 a 20/janeiro/2008
1097
”
1097
”
Tributos
Código Código Darf GPS
87.01 Tratores (exceto os carros-tratores da posição 87.09); 87.02 Veículos automóveis para transporte de 10 pessoas ou mais, incluindo o motorista; 87.04 Veículos automóveis para transporte de mercadorias; 87.05 Veículos automóveis para usos especiais (por exemplo: auto-socorros, caminhões-guindastes, veículos de combate a incêndios, caminhões-betoneiras, veículos para varrer, veículos para espalhar, veículos-oficinas, veículos radiológicos), exceto os concebidos principalmente para transporte de pessoas ou de mercadorias; 87.11 Motocicletas (incluídos os ciclomotores) e outros ciclos equipados com motor auxiliar, mesmo com carro lateral; carros laterais. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) PJ que apuram o IRPJ com base no lucro real Entidades Financeiras Balanço Trimestral (1a quota) Estimativa Mensal Demais Entidades Balanço Trimestral (1a quota) Estimativa Mensal PJ que apuram o IRPJ com base no lucro presumido ou arbitrado (1a quota) Contribuição para o PIS/Pasep Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL) Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado Retenção - Aquisição de autopeças Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL) Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado Retenção - Aquisição de autopeças Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL) Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado Programa de Recuperação Fiscal (Refis) Parcelamento vinculado à receita bruta Parcelamento alternativo ITR/Exercícios até 1996 ITR/Exercícios a partir de 1997 Parcelamento Especial (Paes) Pessoa física Microempresa Empresa de pequeno porte Demais pessoas jurídicas Paes ITR Parcelamento Excepcional (Paex) Art. 1º MP nº 303/2006 Pessoa jurídica optante pelo Simples Demais pessoas jurídicas Parcelamento Excepcional (Paex) Art. 8º MP nº 303/2006 Pessoa jurídica optante pelo Simples Parcelamento Excepcional (Paex) Art. 9º MP nº 303/2006 Pessoa jurídica optante pelo Simples Parcelamento Especial - Simples Nacional Art. 7º § 3º IN/RFB nº 767/2007 Pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional Parcelamento Especial - Simples Nacional Art. 7º § 4º IN/RFB nº 767/2007 Pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional Acréscimos Legais de Contribuinte Individual, Doméstico, Facultativo e Segurado Especial - Lei nº 8.212/91 NIT/PIS/Pasep GRC Trabalhador Pessoa Física (Contribuinte Individual, Facultativo, Empregado Doméstico, Segurado Especial) DEBCAD (preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) ACAL - CNPJ ACAL - CEI GRC Contribuição de empresa normal - DEBCAD (preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Pagamento de débito - DEBCAD (preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Pagamento de débito - CNPJ (preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Pagamento de débito administrativo - Número do título de cobrança (preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Depósito Recursal Extrajudicial - Número do Título de Cobrança Pagamento exclusivo na Caixa Econômica Federal (CDC=104) Pagamento de Dívida Ativa Débito - Referência (Preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Pagamento de Dívida Ativa Ação Judicial - Referência (Preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Pagamento de Dívida Ativa Cobrança Amigável - Referência (Preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Pagamento de Dívida Ativa Parcelamento - Referência (Preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Comprev - pagamento de dívida ativa - não parcelada de regime próprio de previdência social RPPS - órgão do poder público - referência
Período de Apuração do Fato Gerador (FG)
1097
“
1097 1097
” “
1097
”
1097
”
2030 2469
Outubro a Dezembro/2007 Dezembro/2007
6012 2484
Outubro a Dezembro/2007 Dezembro/2007
2372
Outubro a Dezembro/2007
5952 5979 3770
1º a 15/Janeiro/2008 “ “
5952 5960 3746
1º a 15/Janeiro/2008 “ “
5952 5987
1º a 15/Janeiro/2008 “
9100 9222 9113 9126
Diversos “ “ “
7042 7093 7114 7122 7288
Diversos “ “ “ “
0830 0842
Diversos “
1927
Diversos
1919
Diversos
0285
Diversos
4324
Diversos
1759
Diversos
1201 3000 3107
” “ “
3204
“
4006
“
4103
“
4200
“
4995
“
6009
“
6203
“
6300
“
6408
“
6513
“
Agenda Tributária Janeiro de 2008 Data de apresentação: data em que se encerra o prazo legal para apresentação das principais declarações, demonstrativos e documentos exigidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil sem a incidência de multa. Data de Apresentação 7 8 8 10 25
31
31
Declarações, Demonstrativos e Documentos
Período de Apuração
De Interesse Principal das Pessoas Jurídicas GFIP - Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia e Informações à Previdência Social Dacon Mensal - Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais Mensal DCTF Mensal - Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Mensal Envio, pelo Município, da Relação de todos os alvarás para construção civil e documentos de habite-se concedidos DCide - Combustíveis - Declaração de Dedução de Parcela da Contribuição de intervenção no domínio econômico incidente sobre a importação e comercialização de combustíveis das contribuições para o PIS/Pasep e Cofins CPMF - DIC - Declaração de Informações consolidadas da Contribuição Provisória sobre movimentação ou transmissão de valores e de créditos e direitos de natureza financeira CPMF - Medidas Judiciais
Data de Apresentação 31
1o a 31/Dezembro/2007 Novembro/2007 Novembro/2007 1o a 31/Dezembro/2007
31 31 31 31 31 31
Janeiro/2008 7 Dezembro/2007 Dezembro/2007
31
Declarações, Demonstrativos e Documentos DIF Bebidas - Declaração Especial de Informações Fiscais relativa à Tributação das bebidas DIF Cigarros - Declaração Especial de Informações Fiscais relativa à Tributação de cigarros DIF Papel Imune - Declaração Especial de Informações Relativas ao controle de Papel Imune DIP - TIPI 33 - Produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumaria DNF - Demonstrativo de Notas Fiscais DOI - Declaração de Operações Imobiliárias GFIP - Guia de Recolhimentos do Fundo de Garantia e Informações à Previdência Social - competência 13 De Interesse Principal das Pessoas Fisícas GFIP - Guia de Recolhimentos do Fundo de Garantia e Informações à Previdência Social GFIP - Guia de Recolhimentos do Fundo de Garantia e Informações à Previdência Social - competência 13
Período de Apuração Dezembro/2007 Dezembro/2007 Out a Dez/2007 Nov e Dez/2007 Dezembro/2007 Dezembro/2007 1o/Jan/2007 a 31/Dez/2007
1o a 31/Dezembro/2007 1o/Jan/2007 a 31/Dez/2007
COM OS AUMENTOS DAS TAXAS, IBPT PREVÊ ARRECADAÇÃO FEDERAL DE R$ 1,022 TRILHÃO NESTE ANO.
IMPOSTOS CHEGARÃO A 35,4% DO PIB Adriana David
A
carga tributária sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2008 deverá ser de 35,4%, com as mudanças anunciadas pelo governo federal na quarta-feira. A projeção é do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), que prevê uma arrecadação de R$ 1,022 trilhão este ano.
Anteriormente, a entidade esperava uma arrecadação de R$ 1,010 trilhão – R$ 12 bilhões a mais virão do aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) e da contribuição previdenciária. Com o aumento da alíquota d o I O F, q u e p a s s a r á d e 0,0041% por dia para 0,0082%, a arrecadação desse tributo crescerá de R$ 7,6 bilhões, em 2007, para R$ 16,5 bilhões em
2008. Se não houvesse a mudança, a receita do IOF seria de R$ 8,5 bilhões. Com a nova alíquota e a ampliação da incidência do imposto sobre outras operações financeiras, cada habitante vai gastar R$ 45 a mais, somando R$ 92 por ano. O presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, disse que se a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) tivesse sido prorrogada, o custo para cada brasileiro seria
superior a R$ 200 por ano. O aumento da alíquota da CSLL do setor financeiro, que foi de 9% para 15%, deve gerar mais R$ 2 bilhões aos cofres da União. No ano passado, essa contribuição somou R$ 4,6 bilhões para o governo. Por fim, os R$ 2 bilhões que vão completar os R$ 12 bilhões a mais de arrecadação federal serão gerados com o aumento da alíquota da contribuição previdenciária para salários até R$ 1.140.
Ano 83 - Nº 22.534
São Paulo, sexta-feira a domingo, 4 a 6 de janeiro de 2008
Edição concluída às 23h55
R$ 1,40
De nariz torcido para o pacote
Jornal do empreendedor
w w w. d co m e rc i o. co m . b r
Foto de Sérgio Lima/Folha Imagem, com arte de Céllus
Um tiro no próprio pé, diz Alencar Burti (CACB/ACSP)
Comércio, indústria, bancos, consumidores e políticos torceram o nariz para os aumentos de impostos que não ocorreriam, segundo promessa de Lula.Páginas 4 e 5, e E 1, 6 e 7
A conta vai para pequenas empresas. (Chapina/Sescon)
O maior mentiroso do mundo (Neil Ferreira, pág. 3)
O decreto com as mudanças no IOF começou a circular no final da noite. Veja a sua íntegra em www.dcomercio.com.br
Vamos derrotar o aumento da CSLL" (Agripino/DEM) O pacote da revanche. (Editorial, na página 2) Medida descabida, desnecessária. (Skaf/Fiesp)
É
Andrei Bonamin/LUZ
o primeiro fim de semana do ano e a cidade continua vazia. Aproveite: Alvin e os Esquilos (na foto, Simon), um triângulo de paixões de Almodóvar e P.S. Eu Te Amo estão nos cimemas.Artistas brasileiros pintando o Japão (um exemplo, abaixo) e fotos de um grupo japonês de Mirandópolis são exposições em dois espaços da Caixa. Ler, comer, beber... E feliz 2008
Fotos Divulgação
A BLITZ DO SELO Fiscalização da PM causa corrida de motoboys por novos itens de segurança e cria mercado negro. Pág. 7
HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 34º C. Mínima 18º C.
AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 30º C. Mínima 19º C.
Multa no valor do carro Ministério da Justiça prepara pacote com sanções pesadas para os infratores de trânsito. Pág. 9
Começa a corrida para a Casa Branca Página 6
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de janeiro de 2008
Nacional Empresas Tr i b u t o s Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
7 Para o Goldman Sachs, o minipacote de aumentos não prejudicará o "investment grade".
"SACO DE MALDADES" PODERÁ CRESCER
SE A RECEITA NÃO CRESCER NO RITMO ESPERADO, IMPOSTOS SERÃO ELEVADOS, DIZ UMA FONTE OFICIAL.
André Lessa/AE
NOVOS AUMENTOS PODERÃO VIR O 11,2
Segundo o jurista Ives Gandra Martins, já há jurisprudência no STF
Aumento da CSLL pode gerar discussão judicial Adriana David
O
aumento da alíquota da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) de 9% para 15% para o setor financeiro poderá gerar discussões judiciais. Alguns tributaristas entendem que, embora seja respeitado o princípio da noventena (90 dias para o aumento começar a ser cobrado, a partir da publicação da respectiva legislação), o tributo, no caso de pessoa jurídica optante da apuração anual, recairia sobre um fato gerador que ocorreu ao longo de todo o ano de 2008.
O advogado Daniel Bellan, do escritório Lacaz Martins, Halembeck, Pereira Neto, Gurevich & Schoueri Advogados, diz que se a CSLL for cobrada sobre o fato gerador que ocorreu antes de terminar o período de 90 dias, será violado o princípio da irretroatividade. O jurista Ives Gandra Martins diz entender que a contribuição com a nova alíquota deve ser cobrada no próximo ano, sobre o resultado ajustado de 2008. De acordo com ele, já existe jurisprudência no Sup r e m o Tr i b u n a l F e d e r a l (STF) favorável à cobrança sobre o lucro líquido consolidado das empresas.
Febraban: impacto no crédito.
O
pacote destinado a compensar o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) surpreendeu o presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Fábio Barbosa. Para ele, o aumento de 0,38 ponto percentual nas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) vai encarecer o crédito. "Onerar o crédito acaba onerando tomadores de empréstimos, que constituem uma base enorme de pessoas que estão tendo, hoje, acesso ao consumo e ao investimento", afirmou. Ele lembrou que a Febraban vinha criticando as alíquotas em vigor do IOF, pela distorção que provocam nas taxas de juros. A mudança anunciada agora vai agravar
essa situação, afirmou. Mas a pior parte do pacote, segundo Barbosa, foi a decisão de aumentar a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) do setor financeiro. Para ele, a justificativa apresentada pelo governo, de que a escolha do setor financeiro se deve ao fato de estar lucrando mais que outros setores da economia, não tem base na realidade. Santander – Opresidente do Santander, Gabriel Jaramillo, divulgou nota afirmando também que o minipacote vai elevar o custo do crédito no País. Para o executivo, o aumento das alíquotas do IOF e da CSLL é "uma medida prejudicial para a economia brasileira em geral e, claro, ruim para o setor financeiro". (AE)
Goldman Sachs não vê riscos
O
aumento da alíquota da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) cobrada do setor financeiro poderá reduzir o custo político com o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e a oposição do Congresso em relação a novos aumentos de impostos, na avaliação do economista-sênior do Goldman Sachs para a América Latina, Alberto Ramos. Para o analista, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, "não escondeu o fato de que o aumento da CSLL para os ban-
cos foi politicamente conveniente, diante do crescimento e da lucratividade do setor nos últimos anos". Ramos acredita que os aumentos anunciados deverão ter pequeno impacto na avaliação das principais agências de classificação de riscos e não deverão impedir que o Brasil tenha o seu rating soberano elevado para "grau de investimento" em algum momento de 2008. Mas o analista do Goldman Sachs observou que o governo terá de detalhar com exatidão sobre que áreas os cortes de investimentos irão recair. (AE)
Economista se diz "cético"
O
economista Alexandre Schwartsman, do ABN Amro, disse estar "oficialmente cético" quanto à eficácia do pacote de aumentos de quarta-feira. Em nota a investidores, ele afirmou que "apesar da boa intenção do governo" de preservar o superávit primário, e da prevalência de cortes de gastos sobre o aumento de impostos, não gostou das medidas. Para Schwartsman, as decisões da equipe econômica são "mais um truque contábil do que um ajuste verdadeiro, mas
se encaixam bem no tradicional comportamento das autoridades fiscais em todo o mundo, alterando regras contábeis para contornar as mesmas metas que elas estabeleceram. De qualquer maneira, a proposta não compensa inteiramente a perda da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF)." Pedro Jobim, economista do ING, considerou positivo o pacote fiscal, embora deixe aberta a possibilidade de o superávit primário do governo cair levemente. (AE)
a n ú n c i o d e a umento de dois tributos feito na quarta-feira pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, não significa necessariamente que o governo fechou para o restante de 2008 o seu "saco de maldades" tributárias para compensar o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), segundo uma fonte do Ministério da Fazenda. Os mesmos tributos que estiveram o tempo todo em análise na área técnica como possíveis fontes de recursos para cobrir a perda da CPMF, como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o próprio Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), continuam sendo arsenais que podem ser utilizados, caso a receita não cresça no ritmo esperado. A idéia é que o governo não pode, nas palavras de uma fonte da área econômica, ficar "refém" da falta da CPMF e
bilhões de reais foi quanto o Imposto sobre Importações rendeu ao governo federal no período de janeiro a novembro do ano passado.
simplesmente deixar de realizar seus projetos prioritários. Assim, se julgar que o comportamento da arrecadação está aquém do desejável, a hipótese de elevar tributos ganhará força no governo. E os impostos de natureza regulatória, que podem ser elevados a qualquer momento por decreto presidencial, continuam como os preferidos para terem a alíquota elevada.
Os tributos com essa característica são IOF, IPI, Imposto de Importação (II) e Imposto de Exportação (IE). Embora o governo já tenha lançado mão do IOF no pacote agora anunciado, esse imposto, caso o governo considere necessário, poderá subir de novo. Uma fonte da Receita Federal recordou que no início do Plano Real, em 1994, o IOF chegou a ter alíquota de 18%. Evidentemente, esse nível de alíquota passa longe dos estudos feitos pelos técnicos do Ministério da Fazenda, que não querem nem sonhar com uma freada brusca no crédito brasileiro que, em franca trajetória de expansão, tem impulsionado a economia. Bom dinheiro – Mas é importante destacar que o Imposto sobre Operações Financeiras é um bom arrecadador. De janeiro a novembro de 2007, ele levou R$ 7 bilhões aos cofres públicos. Por sua vez, o Imposto sobre Produtos In-
Inflação não justificaria as altas Roseli Lopes
A
idéia de que o aumento de 0,38 ponto percentual do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), como as de crédito, teria por objetivo frear o consumo para não pôr em risco o controle da inflação, foi descartada por alguns economistas ouvidos pelo Diário do Comércio. Uma possível alta da inflação, na avaliação do economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Emílio Alfieri, tem de ser desconsiderada, já que o consumo de bens duráveis, cuja compra costuma exigir um financiamento por parte
do consumidor, está em queda, ajudando a manter a inflação controlada. "A inflação tem sido puxada pelo aumento da compra de alimentos, cujo pagamento costuma ser à vista", disse o economista. Para Alfieri, os aumentos decididos quarta-feira pela equipe econômica, para compensar parte da perda da arrecadação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), tiveram muito mais uma conotação política, de retaliação, do que de preocupação com a inflação. A mesma opinião tem o economista da Integral Trust Serviços Financeiros Roberto Luis Troster. Para ele, o aumento do
EXTRAVIO - A Ozz Plot Impressões Digitais S/S Ltda., CNPJ 07.422.601/0001-31, Rua Maranhão 584 cj. 93, extraviou as Notas Fiscais Simplificada Série A de nº 040 ao nº 500 e as Notas Fiscais de Serviços Série A de nº 001 ao nº 250, EM BRANCO, conforme Boletim Eletrônico de Ocorrência B.E.O. 661/2008 emitido em 02/01/2008 na área de Fato 77 D.P. - Santa Cecília. Declaração de Extravio de NF, ROBOT CONTROL AUTOMAÇÃO E ROBÓTICA LTDA, CNPJ Nº 01.134.290/0001-29, inscrição municipal nº 5.987, Rua Japão, 514, Unidade 16 A, Jardim São Luiz, Santana de Parnaíba/SP, declara ter sido extraviada a Nota Fiscal nº.269 de 10/2004 no valor de R$6.118,00, assim como 02 talões de notas fiscais do nº 001 ao nº 100 preenchidos. PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS
FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE PREGÃO ELETRÔNICO FMS Nº 01/2008 PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 2971/2007 Faço público de ordem do Senhor Secretário Municipal de Saúde, que se acha aberto o Pregão Eletrônico nº 01/2008, tendo como objeto registrar os preços para aquisição de fórmulas especiais, suplementos e complemento alimentar. O Edital na íntegra poderá ser obtido no site www.bb.com.br, opção Licitações. O recebimento das propostas dar-se-á até as 09:00hs do dia 16 de janeiro de 2008 e o início da sessão de abertura dar-se-á as 14:30hs do dia 16 de janeiro de 2008. Maiores informações pelo telefone (16) 3362-1350. São Carlos, 03 de janeiro de 2008. Cristhian Jesus dos Santos - Pregoeiro
Companhia Melhoramentos Norte do Paraná
CNPJ/MF nº 61.082.962/0001-21 - NIRE nº 35.3.0002643-8 Ata da 166ª Reunião do Conselho de Administração Realizada em 17 de Dezembro de 2007 Data, Hora e Local: Aos dezessete dias do mês de dezembro de dois mil e sete, às 10:00 horas, no prédio da sede social, na Rua São Bento, nº 329, 10º andar, nesta Capital. Presença: Conselheiros: Sr. Paulo Nelson Pereira, Sr. Paulo Roberto Nunes, Sra. Suzana de Oliva Mesquita e Sr. Antonio Carlos Srougé. Reunião presidida pelo Presidente do Conselho de Administração, Sr. Paulo Nelson Pereira. Ordem do Dia: Discussão e deliberação sobre a eleição dos membros da Diretoria para o próximo biênio. Deliberações: Aprovou-se, por unanimidade, a eleição dos seguintes membros para compor a Diretoria da Companhia para o próximo biênio: Sr. Gastão de Souza Mesquita, brasileiro, casado, administrador de empresas, portador da Cédula de Identidade RG nº 4.290.003-SSP/SP, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda sob o nº 531.065.208-68, com escritório na Capital do Estado de São Paulo, na Rua São Bento, nº 329, 10º andar, para o cargo de Diretor Presidente, Sr. Paulo Nelson Pereira, brasileiro, casado, engenheiro, portador da Cédula de Identidade RG nº 581.527-7 SSP/SP, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda sob o nº 005.051.028-20, com escritório na Capital do Estado de São Paulo, na Rua São Bento, nº 329, 10º andar; Sr. Antônio Paulo Vaz, brasileiro, casado, contador, portador da Cédula de Identidade RG nº 13.721.801-1 SSP/SP, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda sob o nº 013.451.348-78, com escritório na Capital do Estado de São Paulo, na Rua São Bento, nº 329, 10º andar; e Sra. Vera Lúcia Moraes Novo, brasileira, casada, administradora, portadora da Cédula de Identidade RG nº 8.487.543 SSP/SP, inscrita no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda sob o nº 030.653.628-56 com escritório na Capital do Estado de São Paulo, na Rua São Bento, nº 329, 10º andar, para os cargos de Diretores. Nada mais havendo a tratar, determinou o Sr. Presidente fosse lavrada esta ata, a qual após lida, foi achada conforme e assinada pelos Conselheiros. Assinam a ata: Paulo Nelson Pereira, Paulo Roberto Nunes, Suzana de Oliva Mesquita e Antonio Carlos Srougé. Esta ata é cópia autêntica da que se encontra lavrada em livro próprio da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná. Secretário - Sr. Paulo Roberto Nunes. JUCESP nº 470.733/07-0 em 28/12/2007. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.
Cidade de Deus - Companhia Comercial de Participações CNPJ no 61.529.343/0001-32 - NIRE 35.300.053.800 Assembléia Geral Extraordinária Edital de Convocação Convidamos os senhores acionistas da Sociedade a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária, a ser realizada no dia 14 de janeiro de 2008, às 11h, na sede social, Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, Salão Nobre do 5o andar, Prédio Novo, a fim de examinar proposta do Conselho de Administração para aumentar o Capital Social no valor de R$327.600.000,00, elevando-o de R$3.550.000.000,00 para R$3.877.600.000,00, mediante a emissão de 196.167.665 novas ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, ao preço de R$1.670,00 por lote de mil ações, para subscrição particular pelos acionistas no período de 22.1 a 22.2.2008, na proporção de 3,411185150% sobre a posição acionária que cada um possuir na data da Assembléia (14.1.2008), com integralização à vista, de 100% do valor das ações subscritas, em 17.3.2008. Documentos à Disposição dos Acionistas: Este Edital de Convocação e a proposta do Conselho de Administração encontram-se à disposição dos acionistas na sede da Sociedade e no Departamento de Ações e Custódia do Banco Bradesco S.A., Instituição Financeira Depositária das Ações da Sociedade, Cidade de Deus, Prédio Amarelo, Vila Yara, Osasco, SP. Cidade de Deus, Osasco, SP, 2 de janeiro de 2008. Lázaro de Mello Brandão - Presidente do Conselho de Administração. 03, 04 e 07.01.08 FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 03 de janeiro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:
Reqte:Worth Fomento Mercantil Ltda. - Reqdo: Minetto & Silva Brinquedos Ltda. - Rua Pascoal da Costa, 218 - 1ª Vara de Falências Reqte: Logistic Network Technology Com. Imp. e Export. S/A. Reqdo: Alpha Projetos e Comércio de Eletroeletrônicos
Ltda. - Rua Maestro João Gomes de Araújo, 167 - conj. 03 1ª Vara de Falências Reqte: Brasfilter Indústria e Comércio Ltda. - Reqdo: Douglas Del Cid Roxo - Alameda Lorena, 638 - 10º andar - 2ª Vara de Falências
IOF está longe de qualquer tentativa do governo de segurar um possível avanço da inflação. "É apenas um imposto ruim", resumiu. Para o economista do Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef) de São Paulo, Walter Machado de Barros, a medida deve ter um impacto negativo nos empréstimos das pessoas físicas, mas está distante de uma medida de contenção do avanço da inflação. "Não vejo como uma medida para frear o consumo, mas poderá ter um reflexo negativo, sim, sobre ele, na medida em que poderá encarecer os empréstimos", concluiu.
dustrializados que incide em bebidas e fumo levou ao caixa federal, respectivamente, R$ 2,5 bilhões e R$ 2,3 bilhões. Outro grande arrecadador é o Imposto sobre Importações, que gerou R$ 11,2 bilhões de janeiro a novembro do ano passado. O problema é que este tributo tem repercussão direta na taxa de inflação do País. De modo geral, a equipe econômica considera a elevação do IOF para as operações de crédito e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) dos bancos, além do corte de R$ 20 bilhões de despesas e do aumento de arrecadação pelo crescimento econômico, suficientes para superar o rombo de R$ 40 bilhões. Mas diante do compromisso com a meta de superávit de 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB), a execução orçamentária terá de ser acompanhada de perto, com especial atenção à evolução das receitas ao longo do ano. (AE)
Sinduscon teme cortes em projetos do PAC
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presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), João Cláudio Robusti, teme que o governo corte investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como forma de compensar as perdas da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). "Aí, o setor será prejudicado. Gostaria que o governo cumprisse o que disse", afirmou. Robusti lembrou que o governo investiu apenas 40% do previsto no ano passado. "Comprometer investimento é comprometer o crescimento econômico", disse. (AD)
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SALTINHO
EDITAL RESUMIDO DA CONCORRÊNCIA 01/2008 A Prefeitura do Município de Saltinho, com Paço Municipal à Avenida 07 de Setembro, 1733, Centro, Saltinho/SP, torna público, para conhecimento de interessados, que acha-se aberta a Concorrência 01/ 2008, que objetiva a contratação de empresa para prestar serviços de transporte de alunos, pelo critério de menor preço por quilômetro rodado. O edital completo com os elementos constitutivos poderá ser retirado das 8:00 às 11:00 e das 13:00 às 16:00 horas, de segunda a sexta-feira, mediante o recolhimento da taxa de R$ 20,00 (vinte reais). Será exigida a visita técnica e caução de participação. Os envelopes com a documentação e a proposta deverão ser protocolados no Paço Municipal até às 8:30 horas do dia 12/02/2008 sendo que a abertura dos mesmos será neste mesmo dia às 9:00 horas. Saltinho/SP, 02/01/ 08. Carlos Alberto Lisi - Diretor Administrativo. PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SALTINHO
EDITAL DE TOMADA DE PREÇOS 01/2008 A Comissão de Licitações da Prefeitura do Município de Saltinho/SP, torna público, para conhecimento dos interessados, que acha-se a aberta a Tomada de Preços 01/2008, que tem por objeto a contratação de sistema de ensino para acompanhamento pedagógico, treinamento e formação continuada dos docentes, bem como fornecimento parcelado e a pedido de material didático impresso pelo tipo “técnica e preço”, para ser utilizado no ano letivo de 2008. A documentação, a proposta técnica e a proposta financeira deverão ser entregues até às 8:30 horas do dia 13/02/2008. A abertura dos envelopes dar-seá neste mesmo dia às 9:00 horas. O edital e os anexos com as informações técnicas e pedagógicas deverão ser retirados à Avenida 07 de Setembro, 1733, Centro, Saltinho/SP, no horário de expediente da Prefeitura, de segunda a sexta-feira, mediante o recolhimento da taxa de R$ 50,00 (cinqüenta reais). Não serão enviados editais por via postal ou correio eletrônico. Saltinho/SP, 03 de janeiro. Carlos Alberto Lisi - Diretor Administrativo.
BANCO ITAÚ BBA S.A. CNPJ 17.298.092/0001-30 NIRE 35300318951 EXTRATO DA ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DE 28.9.2007 Instalação: 28.9.2007, às 18:30 horas, na sede social e com presença total. Mesa: Presidente: Dr. Roberto Egydio Setubal; Secretário: Dr. Candido Botelho Bracher. Deliberações: 1. ratificada a instituição da Ouvidoria no Banco Itaú S.A. como componente organizacional único do Conglomerado Itaú, integrado pela instituição líder Banco Itaú Holding Financeira S.A. e por todas as suas subsidiárias autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e também pela Superintendência de Seguros Privados; 2. em decorrência da deliberação acima, alterado o estatuto social para inserção de novo artigo 8º, com a renumeração dos dispositivos subseqüentes, passando a assim se redigir: “Artigo 8º - OUVIDORIA - A Ouvidoria do Conglomerado Itaú será constituída no Banco Itaú S.A. e atuará como componente organizacional único, em nome da instituição líder Banco Itaú Holding Financeira S.A. e de todas as suas subsidiárias autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e pela Superintendência de Seguros Privados.”. Quórum das Deliberações: unanimidade. Formalidades Legais: ata lavrada no livro próprio, homologada pelo Banco Central do Brasil e arquivada conforme seguinte CERTIDÃO: “Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo: certifico o registro sob o número 464.333/07-6, em 17/12/2007. (a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral”.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
FDE AVISA: TOMADA DE PREÇOS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio(s) escolar(es): TOMADA DE PREÇOS N.º - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/2380/07/02 - EE Gov. André Franco Montoro - Rua João Alfredo de Moraes, 400 - Centro - São Lourenço da Serra/SP; EE Asa Branca da Serra - Rua Almerindo Pereira Bueno, 202 - Jardim Virginia - Itapecerica da Serra/SP; EE Júlia de Castro Carneiro - Rua Solimões, 1875 - Crispim - Itapecerica da Serra/SP; EE Profª Leda Felice Ferreira - Rua Cristalino Weishaupt, 440 – Jardim Paraíso – Itapecerica da Serra/SP - 120 - R$ 107.885,00 – R$ 10.788,00 – 09:30 – 23/01/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 07/01/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 22/01/2008, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Fábio Bonini Simões de Lima Presidente
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
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7 Inmetro teme fraudes e quer que seu selo de garantia não se transforme em item a ser fiscalizado.
Nova regra para motos cria mercado negro Ontem, ambulantes já vendiam tarjetas refletivas. Para evitar fraudes, Inmetro quer que seu selo seja apenas um indicativo de qualidade e não objeto de fiscalização. Fotos de Andrei Bonamin/Luz
Davi Franzon
E
m vigor desde o dia 1º de janeiro, as novas regras para a circulação de motos resultaram, em São Paulo, numa corrida pelos itens de segurança. O produto mais procurado foi o capacete com tarjetas refletivas e selo de certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Motoboys e motociclistas reclamaram da dificuldade de encontrar o modelo exigido e pediram um prazo maior de adaptação à nova legislação. Nas lojas visitadas pelos motoqueiros, o preço de um capacete completo ficava na casa dos R$ 84. Para os motoboys, colocando na conta o custo do baú autorizado, o custo do "matacachorro" e do colete de identificação, peça obrigatória desde o segundo semestre do ano passado, o preço final do kit de segurança podia chegar a R$ 450. A procura por alternativas mais baratas já criou até mesmo um mercado negro de tarjas refletivas. Ontem, próximo às lojas de acessórios, ambulantes ofereciam adesivos sem a certificação Inmetro. De acordo com motoboys, antes de a lei entrar em vigor os adesivos custavam R$ 2. Agora, com a grande procura, passaram a custar R$ 15. No mercado paralelo, contudo, saem por R$ 8. Procura – Ontem, na região da alameda Barão de Limeira, importante centro de compras de acessórios para motocicletas, havia grande procura por capacetes, em falta nos estoques das lojas especializadas. Roberto da Silva, motoboy há 11 anos, por exemplo, já havia feito quatro tentativas frustradas para comprar um capacete dentro das novas regras. "Procurei até em lojas da Penha. Tenho de achar isso hoje ou corro o risco de levar multa", disse. Silva, assim como outros motoqueiros, concorda com as novas regras, principalmente com os adesivos refletivos. Para eles, o item dará mais segurança durante as viagens noturnas ou quando rodarem por rodovias. Eles só temem um possível desgaste ou perda do selo do Inmetro, fixado na parte posterior do capacete. "Rodando todos os dias, muitos deles com chuva, o selo vai desgastar. Vamos ter de comprar outro capacete se isso acontecer?", indagou. Na Provel Motos, Marcos Carlos, proprietário do estabelecimento, informou que até o início da tarde de ontem já havia vendido mais de 100 capacetes. Com mais uma loja na região, ele estimou uma saída de 400 peças nos últimos dois dias. "A lei entrou em vigor e a procura começou. Atendemos sem parar durante toda a terçafeira e hoje (ontem). Essa procura deve se repetir na semana que vem. Todo mundo tem de entrar na regra nova", disse. Para Marino de Lima, motoboy há quatro anos, o capacete
No cruzamento da Ipiranga com São João, motociclista é inspecionado
Em busca de irregularidades em relação às novas regras para motos, PMs fizeram blitz na área central da cidade
Capacete dentro das normas: risco de fraudes
que acabara de comprar por R$ 80 dificilmente será custeado pela empresa que contrata os serviços de motofrete. Lima contou que a norma é válida, mas acha que dificilmente será cumprida por todos os motoboys. "Muitos não têm como pagar pelo capacete, baú e colete. Aí vira aquele corre-corre da fiscalização até quando der. Já tem muito motoboy por aí pronto para isso", contou. Uma equipe de 16 soldados do 34º Batalhão da Polícia Militar realizava, por volta das 14h de ontem, uma operação de fiscalização no cruzamento das avenidas São João e Ipiranga, no Centro. Os alvos eram motoboys e motociclistas rodando fora das novas regras. Até as 15h, 60 motos já haviam sido paradas na blitz. Polêmica – O Inmetro vai pedir a suspensão da Resolução 203 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que desde terça-feira estabelece novas regras para o uso de capacetes em todo o território nacional. O diretor de qualidade do Inmetro, Alfredo Lobo, alega que o selo agora exigido pela legislação federal deveria servir apenas como um certificado de controle de qualidade e não ter sido incorporado às ações de fiscalização nos Estados. A impossibilidade de se adquirir o adesivo por vias legais fez surgir um comércio paralelo de selos do Inmetro. Ontem, na área central, a colocação de um selo do Inmetro num capacete usado era feita por R$ 55. (Com AE)
Movimento nas lojas em busca dos novos capacetes foi intensa ontem
Motoboy procurou novo capacete em várias lojas
Policial militar inspeciona capacete de motociclista durante blitz realizada ontem na área central de São Paulo. Quem não se adequar às novas regras do Contran poderá pagar multas pesadas e ter o veículo apreendido.
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Finanças Tr i b u t o s Imóveis Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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O prazo de vigência é decidido pelo cliente. Adílson Neri Pereira, da Porto Seguro
CRESCE MERCADO DE SEGURO RESIDENCIAL
DONOS DE IMÓVEIS APROVEITAM FALTA DE OFERTA E DEMANDA ELEVADA PARA REPASSAR INFLAÇÃO
IGP-M EM ALTA ENCARECE ALUGUEL Karina Castro/AE – 30/3/99
Paula Cunha
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om a disparada do IGP-M, índice de inflação calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os valores dos aluguéis de imóveis tendem a subir neste ano. O indicador, que serve de referência para o reajuste da maior parte dos contratos de locação, teve alta de 7,75% em 2007 — a elevação mais expressiva em três anos. Segundo especialistas do mercado imobiliário, em 2008 haverá repasse do IGP-M porque, ao contrário do que ocorreu nos últimos anos em São Paulo, a oferta de imóveis é menor que a demanda. Segundo Roberto Akasawa, gerente do departamento de economia do Secovi-SP (sindicato paulista da habitação), o momento é bom para os proprietários. "Haverá negociação entre donos de imóveis e inquilinos se o relacionamento entre as partes for bom. Como há pouca oferta, as negociações devem acontecer caso a caso", afirma Akasawa. Ele diz que o IGP-M variou muito nos últimos anos (veja quadro), oscilação que acabou aproximando os reajustes no médio prazo. "Em geral, os contratos de locação residencial são de 30 meses, com a previsão de reajustes anuais. Por isso, no médio prazo, as perdas anteriores dos proprietários dos imóveis acabaram sendo compensadas. "Neste ano, tu-
do dependerá do comportamento do IGP-M", acrescenta. Os aluguéis normalmente são reajustados no mês de assinatura do contrato, com base na variação do índice da FGV nos 12 meses anteriores. Defasagem — Para a analista da Lello Imóveis, Roseli Gouveia Lopes Hernandes, a alta do IGP-M não prejudicará locadores de imóveis, que já recebiam aluguéis considerados defasados, nem os inquilinos, que têm condições de avaliar se o reajuste pedido está de acordo com o valor de mercado do imóvel. "Hoje, grande parte dos inquilinos está pagando valores abaixo da média do mercado e sabe disso." Roseli diz que muitos proprietários não aplicaram os índices totais de reajuste nos últimos anos para manter seus imóveis ocupados e, agora, eles devem elevar os aluguéis sem grandes reclamações dos inquilinos. "A alta de 7,75% do IGP-M em 2007 não deve ter
grande impacto sobre os aluguéis menores. Nos imóveis com maior valor, a tendência é de acontecer uma negociação entre as partes." Por isso, ela acredita que haverá poucas pendências e os contratos de locação serão fechados rapidamente. "A falta de imóveis para alugar contribuirá para o aquecimento dos preços dos aluguéis. Atualmente, já se observam reajustes de 2% a 3% acima dos índices oficiais nos aluguéis de imóveis de um e dois dormitórios. Os inquilinos estão aceitando os repasses", diz Roseli. Luiz Cesar Rodrigues, corretor da Lopes Consultoria de Imóveis, concorda com a análise da especialista da Lello. Para ele, o aumento não prejudicará o setor, pois o proprietário será estimulado a colocar seu imóvel para alugar. Em conseqüência, o mercado se aquecerá. "Atualmente, há falta de imóveis de qualidade para locação", afirma.
Boom imobiliário chega à baixa renda? Nabil Bonduki*
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governo Lula, formulando uma política habitacional, abriu uma nova era para a construção civil. Desde a crise do inicio dos anos 80, o setor habitacional não recebia prioridade nacional. Subordinada a seis estruturas diferentes do governo federal de 1986 a 2003, a área da habitação não formulou nenhuma política consistente. Com FHC, foram mantidas fortes restrições, pois se entendia que a dinamização do mercado imobiliário e da construção civil geraria inflação. Em 2003, foi criado o Ministério das Cidades e, em 2004, foi instalado o Conselho Nacional das Cidades, instância de controle social e participação social, que debateu e aprovou a nova política habitacional e a criação do Sistema
Nacional de Habitação. Em seguida, alterações relevantes no financiamento e subsídio habitacional geraram uma forte ampliação de todas as fontes de recursos. Medidas para estimular o crédito imobiliário dinamizar a m o s e t o r. A l e i f e d e r a l 10.391/2004 deu maior segurança jurídica para o financiamento; resolução de 2005 do Conselho Monetário Nacional obrigou os bancos a cumprirem a exigência legal de investir em habitação os recursos da poupança; como conseqüência destas medidas, 25 empresas imobiliárias abriram seus capitais na bolsa, captando mais de US$ 20 bilhões no mercado de capitais. Com as alterações, as aplicações com recursos do SBPE (poupança) passaram de menos de R$ 2 bilhões em 2002 para cerca de R$ 15 bilhões em 2007. As perspectivas são excelentes para um enfrentamento em
larga escala do problema habitacional, inclusive para a baixa renda. Cabe ao Plano Nacional de Habitação, atualmente em desenvolvimento, estruturar uma estratégia para equacionar o enfrentamento das necessidades habitacionais do País e propor as medidas necessárias, no âmbito do planejamento e regulação urbana, da criação de um novo modelo de subsídios, do fortalecimento da cadeia da construção civil e da capacitação institucional. Se nada ocorrer, o crédito farto gerará um boom imobiliário, mas, novamente, os setores de baixa renda ficarão de fora. Leia a íntegra deste artigo na internet, no endereço www.dcomercio.com.br *Nabil Bonduki é arquiteto e urbanista, professor da FAU-USP e pesquisador e consultor em políticas urbanas e habitacionais
Especialistas no mercado de locação afirmam que oferta de imóveis em boas condições para alugar em São Paulo é pequena. Expectativa é de que diminua o espaço para negociação.
Preço é atração em seguro de imóvel Adriana Gavaça
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uem pretende aproveitar as férias de verão para viajar, mas teme deixar a casa sozinha, pode encontrar nos seguros residenciais uma boa opção. Com valor médio anual de R$ 200 (para uma casa avaliada em cerca de R$ 150 mil), há companhias que oferecem apólices com validade de um, dois ou três meses, justamente para atender clientes que só saem de casa nesta época do ano. "O prazo de vigência do plano é decidido pelo cliente", diz o diretor de Ramos Elementares da Porto Seguro, Adílson Neri Pereira. Apesar de a apólice ter valor menor, o executivo não aconselha a contratação do seguro sazonal. "Só recomendo em último caso", diz. "O cliente não deve pensar apenas em proteger o patrimônio contra assaltos no final do ano. Ele tem de pensar que incêndios, vendavais ou outros contratempos podem ocorrer em qualquer época", afirma.
Ti p o s — D e s e n h a d a d e acordo com o perfil do proprietário do imóvel, a apólice de seguro residencial pode incluir desde coberturas básicas, como as já citadas contra incêndio, explosão, vendaval ou roubo, até as mais inusitadas, como a de indenizações pela queda de um teto da casa em terceiros ou até ferimentos por mordidas de cachorros. "Outra cobertura que tem sido muito procurada é a de dano elétrico, que indeniza o cliente por descargas que queimam equipamentos eletroeletrônicos em casa", informa o gerente de riscos patrimoniais e pessoais da Indiana Seguros, Wilson Fontolan. De acordo com ele, muita gente não tem seguro residencial por achar que ele é caro, como o de um automóvel, por exemplo. "Só que esse tipo de proteção tem um valor extremamente barato, que ainda vem associado a uma série de serviços gratuitos", afirma. Em uma simulação de seguro para uma casa de R$ 150 mil, na região do Tatuapé, zona les-
te da capital, com cobertura contra incêndio, explosão e queda de raio, mais coberturas adicionais de R$ 5 mil para dano elétrico, R$ 6 mil para roubo e de R$ 10 mil para responsabilidade civil, o cliente pagará cerca de R$ 220 ao ano na Indiana Seguros, valor que pode ser diluído em até 12 vezes. Crescimento — Justamente pelo preço atrativo e pelo número ainda pequeno de pessoas que possuem esse produto, as seguradoras estão otimistas quanto ao crescimento da procura nos próximos anos. "Segundo o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há cerca de 40 milhões de unidades habitacionais no País, sendo que, destas, apenas 3 milhões estão seguradas", diz o diretor da Porto Seguro. Tanto na Indiana como na Porto, a procura por seguros residenciais cresceu 15% de novembro de 2006 a novembro de 2007. "Mas vale destacar que em outubro de 2007 o aumento foi de 41% e, em novembro, de 31%", diz Pereira.
Serviços agregam valor
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onsertar a máquina de lavar roupas que quebrou, o microondas que decidiu parar, encontrar um chaveiro de confiança às 4h da madrugada, ou limpar a caixa d'água em cima do telhado podem não ser tarefas das mais fáceis. Por isso, as seguradoras decidiram incluir nas apólices de seguros residenciais uma gama de serviços domésticos como atrativo para a venda do produto. "Quem utiliza um dos serviços nunca mais esquece. Acaba associando a facilidade com
que resolveu um problema ao seguro, o que é muito importante para nós", diz o diretor de ramos elementares da Porto Seguro, Adílson Neri Pereira. Ele afirma que a empresa desenvolveu uma campanha promocional, justamente para lembrar os clientes dos serviços agregados ao seguro do imóvel. "Chamamos o serviço de check-up residencial. Assim como as pessoas têm o hábito de revisar o carro antes de viajar, nossa idéia é que façam o mesmo com suas casas. Para isso, colocamos à disposição
serviços como o de limpeza de caixa d’água, reparos elétricos e hidráulicos, entre outros", diz o diretor. N a I n d i a n a S e g u ro s , o s clientes também dispõem dos mais diversos tipos de serviços. Um dos preferidos dos segurados é a assistência técnica a eletrodomésticos. "Muitas vezes, o cliente não consegue encontrar ninguém de sua confiança para executar o serviço. Isso também ocorre com o chaveiro", diz o gerente de Riscos Patrimoniais e Pessoais, Wilson Fontolan. (AG)
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LAZER - 1
Fernanda Torres em Jogo de Cena, de Eduardo Coutinho. Documentário escolhido como melhor filme de 2007 pela Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA). Ainda no elenco, Marília Pêra e Andréa Beltrão. Não deixe de ver.
Se ainda não viu, veja: Piaf - Um Hino ao Amor. Cinebiografia da cantora Edith Piaf, com a atriz Marion Cotillard, ótima.
Fotos: Divulgação
CLÁSSICOS
Ingrid e Bogart: o amor em Casablanca.
Filmes antológicos, valorizados pela fidelidade do DVD. Fotos: Arquivo DC
P. S. Eu Te Amo: Holly Kennedy (Hilary Swank) e Gerry (Gerard Butler) vivem um amor peculiar, como em Ghost.
CINEMA
Agora, férias.
O
ano de 1939 foi especial para o americano Victor Fleming (1883-1949): dirigiu o musical O Mágico de Oz e o épico E O Vento Levou , 8 prêmios Oscar, inclusive os de melhor filme e diretor. Só com duas láureas da Academia (melhor canção, Somewhere Over The Rainbow, e melhor trilha, assinadas por Harold Arlen e E. Y. Harburg), o musical permanece clássico do gênero, assim como a saga de Scarlett O´Hara (Vivien Leigh), mulher rebelde e decidida que sobrevive à Guerra Civil Americana e luta para defender a sua terra e para conquistar o amor de Rhett Butler (Clark Gable). Eis dois belos programas para se ver em DVD. Principalmente OZ: diversão sob medida para as férias. Baseado no livro infantil homônimo de L. Frank Baum, narra a aventura da garota Dorothy (Judy Garland), "capturada" por um tornado no Kansas e levada em seu vácuo a uma terra fantástica de bruxas. Lá, torna-se amiga de um leão covarde (Bert Lahr), um espantalho (Ray Bolgar) e um homem de lata (Jack Haley). O grupo se defronta com bruxas até chegar ao mágico, que lhes revela um mundo fabuloso, é lógico. Outras (clássicas) sugestões: o humor de Chaplin em Luzes da Cidade/1931; a II Guerra Mundial, sob dois pontos de vista diferentes: A Um Passo da Eternidade/1953), de Fred Zinnemann; e Casablanca (1943, Oscar de melhor filme), de Michael Cur tiz; e uma grande aventura : Lawrence da Arábia de David Lean, 1963, 7 prêmios Oscar. Em cada uma dessas obras, há cenas antológicas. Em Chaplin, a luta de boxe; nos filmes de guerra, o ator Montgomery Clift (mas o Oscar de coadjuvante foi para Sinatra); e a figura majestosa de Peter O´Toole. Em Casablanca, o romance impossível (Ingrid Bergman e Humphrey Bogart) e a canção As Time Goes By. (MMJ)
O Mágico de Oz, musical de 1939, cultuado até hoje pela história, cenários e, antes de tudo, pela presença de Judy Garland.
Swank (do amor), Almodóvar (?!). E esquilos assanhados com a fama. Lúcia Helena de Camargo
Q
ue tal pegar um cinema com a cidade vazia e sem filas? A boa pedida para levar as crianças que acabaram de entrar em férias é Alvin e os Esquilos (Alvin And The Chipmunks, EUA, 2007, 90 minutos), produção elogiada que arrecadou US$ 45 milhões na estréia nos EUA. Baseado em uma série de desenhos animados da década de 1980, o filme conta a história de um grupo musical formado por três esquilos: o líder, Alvin, o alto e envergonhado Simon e o bochechudo Theodore. Eles encontram o compositor Dave Seville e fazem sucesso cantando suas canções. Mas os esquilos ficam deslumbrados com o estrelato e terão que aprender uma lição.
A
Lei do Desejo (La Ley del Deseo, Espanha, 1986, 102 minutos). Com Antonio Banderas, Carmen Maura e Eusébio Poncela, este filme de Pedro Almodóvar trata de um triângulo de paixões e obsessões sem limites entre um cineasta gay, sua irmã transexual que odeia os homens e um jovem indeciso quanto à sua orientação sexual. O longa foi o primeiro grande sucesso de Almodóvar, com Banderas no início da carreira.
P
.S. Eu Te Amo (P.S. I Love You, Sharon (Gina Gershon) dizem que as EUA, 2007, 126 minutos) é para mensagens estão prendendo-a no despertar o romantismo. Holly passado. Mas a voz do povo nem Kennedy (Hilary Swank) é linda, sempre é a voz de Deus. Com direção inteligente e casada com o amor de de Richard LaGravenese. sua vida – um irlandês engraçado, á a coletânea Cinema Asiático do intenso e impetuoso chamado Gerry Cineclube do HSBC Belas Artes (Gerard Butler, astro do filme 300). pode ser um bom motivo para tirar Quando ele morre devido a uma de casa os cinéfilos. O ciclo começa doença, a vida de Holly também nesta sexta (4) e segue até o final do acaba. Mas o homem parece ter mês de janeiro. Serão exibidos quatro deixado tudo planejado. Antes de filmes morrer, Gerry asiáticos escreveu atuais. A várias cartas programação que vão guiáabre com la. A primeira Dolls (Japão, mensagem chega no 2002, 114 minutos), de aniversário de 30 anos de Takeshi Kitano. O filme Holly, em forma de Simon, Alvin e Theodore: esquilos cantores. é composto por três bolo. Na histórias sobre grandes manifestações gravação, Gerry diz para que a moça de amor, com visual e figurinos saia e se divirta. Nas semanas que se deslumbrantes. Fica em cartaz até dia seguem, mais cartas de Gerry são entregues de formas surpreendentes, 10. Em seguida vem As Damas de Ferro (Tailândia), de Yongyoot cada uma levando-a a uma nova Thongkongtoon, de 11 a 17; 2046 - Os descoberta. Todas sempre assinadas Segredos do Amor (Hong Kong), de da mesma maneira: "P.S. Eu Te Amo". Wong Kar-wai (18 a 24) e Casa Vazia Nem todo mundo gosta das cartas, (Coréia), de Kim Ki-duk encerra a porém. A mãe de Holly (Kathy Bates) e suas amigas Denise (Lisa Kudrow) e mostra, exibido do dia 25 ao 31.
J
C
oisas Que Perdemos Pelo Caminho (Things We Lost In The Fire, EUA/ Reino Unido, 2007, 119 minutos), dirigido por Susanne Bier e produzido por Sam Mendes, traz no elenco Halle Berry, Benicio Del Toro, David Duchovny, Alison Lohman, Sarah Dubrovsky. Uma mulher que acaba de ficar viúva, mãe de dois filhos, aproxima-se do melhor amigo de seu falecido marido e recebe o apoio que precisava para se reerguer, apesar de ser um homem aborrecido. Ele passa a morar em sua casa e juntos irão aprender a conviver com a perda e outras dificuldades.
E
streou também Meu Nome Não é Johnny (Brasil, 2008). Com direção de Mauro Lima, traz no elenco Selton Mello e Cléo Pires, na trama do homem que tinha tudo, menos limite. João Guilherme Estrella era um típico jovem da classe média, que viveu intensamente sua juventude. Era inteligente, simpático e popular. Aventureiro e boêmio, cometeu todas as loucuras permitidas. E também as proibidas. No início dos anos de 1990, tornou-se o rei do tráfico de drogas da zona sul do Rio de Janeiro. Investigado pela polícia, foi preso e seu nome chegou às capas dos jornais.
Monty Clift: soldado rebelde e músico; Carlitos no ringue; O´Toole, o grande Lawrence.
Coisas que Perdemos pelo Caminho: uma viúva, crianças, problemas.
Dolls: exuberância nos figurinos e cenários
SESSÃO DA TARDE. CINEMÃO. DIVERSÃO COM PIPOCA. Programa de férias garantido: Bee Movie - A História de Uma Abelha. Você vai querer ser uma?
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de janeiro de 2008
Saúde Educação Tr â n s i t o Polícia
DIÁRIO DO COMÉRCIO
9 Fábio D'Castro/Hype - 29/12/2007
Muitas das sugestões de controle de acidentes de trânsito virão por meio de projetos de lei.
MINISTRO PREVÊ MEDIDAS DRACONIANAS
Luiz Prado/Luz - 23/11/2007
Contra acidentes, apreensão de carros Pacote do governo prevê tirar de circulação carros de motoristas reincidentes Luiz Carlos Murauskas/Folha Imagem
Sistema terá novas composições, que reduzirão os intervalos entre os trens. No projeto, novas linhas.
Prefeitura volta a investir no Metrô Ainda este ano, governo do Estado aplicará R$ 2,2 bi . O município, R$ 1 bi.
Em 2007, o número de mortes nas estradas brasileiras foi de 6.840, 10,89% a mais do que em 2006
O
ministro da Justiça, Tarso Genro, deve anunciar até o fim do mês um pacote de medidas para tentar reduzir os acidentes de trânsito no País. Entre as medidas estudadas estão o seqüestro e apropriação de veículos de motoristas reincidentes, a criminalização de acidentes de trânsito e a redução da gradação alcoólica permitida para motoristas. "Um grupo está avaliando todas as medidas. Com cuidado, para que não seja uma retaliação emocional depois do que ocorreu no feriado", disse Genro. As providências anunciadas por Genro são feitas logo depois de um ano violento nas estradas. A violência, porém, não ficou restrita aos feriados de fim de ano. Em 2007, ocorreram nas rodovias federais 6.840 mortes, 10,89% a mais do que em 2006. O número de feridos aumentou. No ano passado foram 75.006 feridos ante 69.624 em 2006. O ministro afirmou que o grupo de trabalho começou a se reunir no fim de dezembro. "Motoristas reincidentes são tratados com uma comiseração incompreensível pela Justiça. Algumas medidas estudadas pelo grupo são até mesmo draconianas", observou.
ACIDENTE Caminhão desgovernado invade casa e deixa seis feridos em Diadema.
O
Valter Campanato/ABr
Ministro Tarso Genro e Hélio Derenne, da Polícia Rodoviária Federal
Como a fixação de multa no valor do carro – o que poderia significar, na prática, a apropriação do veículo. Muitas das sugestões devem ter o formato de proposta de projeto de lei para que sejam encaminhadas ao Congresso já em fevereiro. Genro disse que, além de mudanças na legislação, medidas preventivas e educativas deverão ser encaminhadas. Há ainda a previsão de realizar um concurso para contratação de 3 mil policiais rodoviários. Embora o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, tenha anunciado que parte dos concursos deverá ser suspensa, Genro disse que a contratação de novos policiais está mantida.
Ó RBITA
Genro afirmou que as medidas para reduzir a associação entre álcool e direção são independentes das preparadas pelo Ministério da Saúde. "Vamos avaliar qual a gradação alcoólica ideal. Ela poderá ser reduzida para 0,3 ou 0,1 para todos motoristas", disse Genro. Os números de violência nas estradas mostram que o maior registro de acidentes ocorre em períodos em que a economia está aquecida. Mas o ministro admite que o fato de a frota de veículos ser maior não significa, necessariamente, que o número de acidentes será maior. A França reduziu muito a violência nas estradas, embora o número de veículos tenha triplicado. (AE)
Metrô de São Paul o d e v e re c e b e r, neste ano, R$ 2,2 bilhões em investimentos do governo estadual para a ampliação da malha e a aquisição de novas composições. Os investimentos fazem parte do Plano de Expansão do Transporte Metropolitano, que envolve Metrô, CPTM e EMTU e está orçado em R$ 16,3 bilhões. Um acordo extra, firmado com a Prefeitura da Capital, em dezembro último, garantiu mais R$ 1 bilhão para o Metrô, elevando o valor investido para R$ 17,3 bilhões. Investimentos por parte da Prefeitura no Metrô não ocorriam há mais de 20 anos. Os recursos do município serão repassados à Companhia do M e t rô c o m b a s e n u m a l e i aprovada no início de outubro do ano passado pela Câmara Municipal. O prefeito Gilberto Kassab vai administrar um fundo que receberá recursos provenientes do adiantamento de recebíveis. Esses valores já estão sendo angariados por meio da lei do Programa de Parcelamento Incentivado (PPI), que permitiu a renegociação de dívidas com a Prefeitura.
MAU TEMPO Rajadas de vento provocaram fechamento do Aeroporto de Congonhas.
Luciano Amarante/Folha Imagem
SÓ DEPOIS DO CARNAVAL
N
o segundo dia de atendimento depois do incêndio ocorrido na noite de Natal, pacientes com consultas marcadas no Hospital das Clínicas foram mais bem atendidos ontem (foto). Os atendimentos foram mais constantes em relação ao primeiro dia, quando a improvisação foi a tônica. Mesmo assim, houve filas, já várias unidades do hospital ainda estão desativadas ou
funcionando de maneira precária. O prédio dos Ambulatórios só deverá ser totalmente reaberto depois do Carnaval. Até lá, o Hospital das Clínicas não deverá receber pacientes novos (quem precisar será encaminhado a outros hospitais da rede estadual de saúde). O Ministério Público Estadual decidiu abrir um inquérito para apurar as reais causas do incêndio. (Agências)
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bilhões de reais é o total de investimentos do Plano de Expansão do Transporte Metropolitano, que envolve Metrô, CPTM e EMTU Investimentos – O Plano de Expansão do Transporte Metropolitano, na área do Metrô, prevê a compra de novos trens e a recuperação e modernização de todas as linhas, além da ampliação e construção de outras. Com a aquisição de novas composições, as Linha 1 e 3 de-
verão reduzir o intervalo entre os trens. Na Linha-2, a extensão do Alto do Ipiranga até a Vila Prudente atenderá a novos conglomerados metropolitanos e reduzirá a emissão de poluentes em 42 mil toneladas por ano, segundo previsão dos técnicos. O plano prevê também o início da segunda etapa de expansão da Linha-5, entre o Largo 13 de Maio, na zona sul da cidade, e a Chácara Klabin. A Linha-4, a ser operada pela iniciativa privada através de Parceria Público-Privada (PPP), promoverá a integração de todo o sistema metro-ferroviário da Grande São Paulo, além de reduzir o volume de veículos no corredor Consolação/Rebouças e facilitar o acesso a importantes pontos da Capital, como Luz, Hospital das Clínicas, avenida Paulista, USP e estádio do Morumbi. (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
2 - LAZER
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O futebol, novo produto de exportação brasileiro.
ARTESANATO
O encanto das bonequinhas russas
De 1994 a 2005, rendeu ao Brasil cerca de U$ 1 bi
Armando Serra Negra Fotos: André Penner/e-SIM
Renato Pompeu
A
Casa da Rússia, na Vila Madalena: peças delicadamente trabalhadas em tília.
Íris De Franco: "russófila".
Arte da pintura: referências a ícones do fabulário russo.
Artesanato refinado
N
ão há quem visite a Rússia e não se apaixone. A imponência das catedrais, o tesouro dos czares, berço de grandes escritores e compositores clássicos. Mas, na pintura, fora Wassily Kandinsk (1866-1944) e Marc Chagal (1887-1985), poucos se popularizaram no Ocidente. O forte da pintura russa sempre esteve nos tradicionais ícones religiosos, quadros a óleo cobertos por chapas de metal nobre em alto relevo (muitas em ouro), deixando transparecer apenas algumas partes das figuras retratadas, veneradas e incensadas pela Igreja Ortodoxa. Mas, como a partir da revolução de 1917 o culto religioso foi banido da União Soviética, sua produção cessou. Tais obras de arte, de altíssimo valor, provinham de uma região chamada Anel de Ouro, designação conferida à reunião dos antigos e mais importantes principados russos entre os séculos XII e XVII, considerados (entre as eras kievana e moscovita) o centro político e cultural do país. Aí destacava-se a cidade de Vladimir,
concentrando os melhores artesãos nos vilarejos vizinhos, como Fedóskino, Palekh e Mstyôra, entre outros, que, para sobreviverem, viram-se obrigados a incrementar a produção das delicadas caixinhas de laca, em papel machê. Feitas e pintadas à mão, minuciosamente, com extrema maestria e riqueza de detalhes, formatos variados, seu
valor não é determinado por meio do tamanho, mas pela meticulosidade iconográfica dos desenhos, que remetem às fábulas e contos de fadas russos, e cenas do cotidiano medieval. A caixa em destaque, por
exemplo, mostra um alegre passeio de troyka (trenó com três cavalos) em frente ao Kremlin (fortaleza) de Suzdal, importante cidade do Anel de Ouro. Na borda inferior das caixas, o lado esquerdo traz grafado, sempre em ouro, a escola artesanal (no caso, Mstyôra), no centro, a descrição da cena (troyka em Suzdal), e à direita, a assinatura do artesão (Berseneva). Pouco conhecidas, com a queda do Muro de Berlim, essas verdadeiras jóias começaram a percorrer o mundo, chegando ao Brasil comercialmente pelas mãos de Íris De Franco, "russófila" de carteirinha. Visitando o "País das Estepes" mais de uma dezena de vezes desde 2002, garimpa-as in loco, oferecendo em sua pequena loja peças de excelente qualidade, com preços de R$ 30 a R$ 1 mil. Além de lindos xales, e – claro! – as infalíveis e meigas matryoshkas. Mãezinhas - As matryoshkas (mãezinhas, em russo) são bonequinhas de madeira – normalmente de tília – que abrem ao meio e têm dentro outra menor igual,
maior parte dos países famosos por suas exportações o são por seu comércio de armas, como os Estados Unidos, a Rússia e Israel. Também os países mais famosos internacionalmente o são por guerras ou atos de terrorismo. Mas o Brasil, ao contrário, se destaca por sua exportação de jogadores – e agora também jogadoras – de futebol e ainda de vôlei e até de basquete. No livro Futebol Exportação, editado pelo Senac Rio, os jornalistas brasileiros, radicados na Inglaterra, Claudia Silva Jacobs e Fernando Duarte fazem um completo levantamento do assunto. Só em 2003 se transferiram para outros países, segundo números oficiais (que podem ser abaixo dos verdadeiros), 858 futebolistas brasileiros; a média por ano no século XXI tem sido acima de 800. A razão para isso é simples: em 2002, cerca de 82% dos 19 mil jogadores de futebol profissionais do Brasil ganhavam por mês no País no máximo dois salários mínimos. No Exterior, mesmo em países sem maior tradição internacional no futebol, como o Azerbaijão, ganham no mínimo 2 mil dólares mensais. Além disso, segundo Jacobs e Duarte registram no livro, em qualquer país do exterior o futebol é mais organizado, paradoxalmente, do que no chamado País do Futebol; e no estrangeiro todos os craques brasileiros recebem em dia, ao contrário do que costuma acontecer no Brasil. De acordo com os autores, em uma década, de 1994 a 2005, as exportações de jogadores de futebol renderam ao Brasil cerca de 1 bilhão de dólares em divisas para os cofres nacionais, ou seja, o futebol já começa a ser um item importante na balança comercial e no balanço de pagamentos. Mas o mais interessante é que o livro não se limita, longe disso, a registrar as histórias milionárias de craques como Kaká e Ronaldinho Gaúcho, ou de jogadores também famosos, mas que atuam em clubes de países menos prestigiados, como Elano, na Ucrânia, e Alex (ex-Palmeiras), na Turquia. Pelo contrário, Jacobs e Duarte entrevistaram jogadores pouco conhecidos, ou inteiramente desconhecidos do público brasileiro, que atuam no que os autores chamam de "mercados exóticos". Por exemplo, Eduardo Ladaga, carioca de Jacarepaguá, atua no FC Baki, em Baku, na capital do Azerbaijão, ex-república soviética localizada entre a Rússia e o Irã; os azeris constituem uma população aparentada aos
que por sua vez contém outra, que também abre com mais uma, igualmente recheada com outras cada vez menores. Com exemplares de no mínimo três bonecas, chegando a 30 ou mais, são todas pintadas à mão, as de melhor qualidade assinadas pelo/a artista. Diz a lenda que elas são guardiãs do lar, que abrem seu ventre para esconder e proteger a família nos momentos de perigo. Também, ao colocar um papelzinho com algum desejo escrito na penúltima boneca, durante duas noites, ele se realizará... As matryoshkas russas tornaram-se mundialmente conhecidas durante a Exposição Universal de Paris em 1900, encantando a todos com seu olhar compreensivo e seu rosto afável e sereno. Parecendo compreender todas as angústias humanas, é como se transmitissem o calor das mãos habilidosas que as criaram. Casa da Rússia - Rua Aspicuelta, 300, Vila Madalena, tel.: (11) 3032-0332. www.tchayka.com.br
turcos e muçulmana. Surpreendentemente, Eduardo Ladaga, que começou ainda menino no Vasco e passou pelo Madureira, Olaria, América do Rio e Napoli da Itália, ganha 6 mil dólares por mês desde 2004, mais entre 3 mil e 4 mil dólares por vitória. Jhones Marques de Souza e Wilson Aparecido Xavier Junior, de Londrina, no Paraná, se radicaram no futebol da Eslovênia, república antes integrante da ex-Iugoslávia. Wilson, no NK Domzale esloveno, ganha o equivalente a 4 mil reais por mês, dez vezes mais do que ganhava como júnior no Londrina, e não se queixa de enfrentar temperaturas de até 15 graus abaixo de zero. Jhones está em situação semelhante, no mesmo clube, e uma vez por ano vem passar férias no Brasil. Os gêmeos Kleber e Cristiano dos Santos Prazeres, de Nova Iguaçu, no Estado do Rio, jogam na Indonésia, no Persela Lamongan, na cidade de Surabaya, na ilha de Java, na Indonésia, e até arriscam se comunicar em indonésio com o técnico e os outros jogadores, ganhando cada um o equivalente a 5 mil reais por mês. Surpreendentemente, há nada menos de trinta jogadores brasileiros de futebol na Indonésia, dos quais oito em Surabaya. Na ilha Darussalam, pertencente ao sultanato de Brunei, pequeno e bilionário (por causa do petróleo) país da Ásia encravado na Malaísia, Rodrigo Antônio Lombardo, do Paraná, e Thiago dos Santos, de São Paulo, que mal chegavam a ganhar mil reais por mês no futebol brasileiro, são contratados por 4 mil dólares mensais, mais 500 dólares por vitória ou empate, no DPMM FC, que joga na liga da vizinha Malaísia (assim como o Monaco disputa o campeonato da França). O polpudo pé de meia compensa a vida sem bebida, festas ou danceterias na rígida nação muçulmana, ou sem comida, bebida, fumo ou sexo à luz do dia durante os trinta dias do mês sagrado do Ramadã. Mas o salário é garantido e às vezes até sai adiantado, pois o presidente do clube é ninguém menos do que o sultão Haji Hassanal Bolkiah, que está na lista dos homens mais ricos do mundo. O resultado é que há brasileiros que se naturalizam para jogar em seleções de países do mundo inteiro. Renato Pompeu é jornalista e escritor, autor do romance-ensaio O mundo como obra de arte criada pelo Brasil, Editora Casa Amarela.
CD
N
o mês em que completa 100 anos, o frevo foi elevado à condição de patrimônio cultural imaterial do Brasil. Merece, pois é manifestação musical sinônimo de liberdade. Desprendidos são seus mestres, cujo repertório embala carnavais e enriquece a música brasileira desde 1907. Livres são as pernas que dançam o frevo. Libertos são os troncos, os braços e as mãos que empunham sombrinhas, roupas multicoloridas, e se esbaldam pelas ruas. Entretanto, a sensação de independência que sentem os que ouvem, dançam e compõem frevo não costuma ser a mesma sentida pelos músicos que o tocam. As partituras escritas pelos maestros mantêm
O frevo em liberdade. Agora, sim. Aquiles Rique Reis quase sempre engessadas as interpretações dos instrumentistas – principalmente as de quem toca metais e palhetas nas bandas e orquestras de frevo. Pois já não é assim: a liberdade agora é integral, materializada pelos músicos na Spokfrevo Orquestra, que lançou o CD Passo de A njo (gravadora Biscoito Fino). Ali brilha o novo entendimento que seus músicos têm do frevo. Criada no Recife, a orquestra de 20 integrantes nasceu para tornar ainda mais abrangente o sentido li-
bertário do frevo. E a idéia do maestro Spok é justamente tocá-lo dando liberdade de improvisação aos músicos. Festejemos, pois todos agora sentirão na pele o gosto que tem sua ilimitada força musical. Soltos, eles não negam fogo; livres, tocam a música que já foi dito equivaler ao nosso jazz. E nós, que os ouvimos, frevemos ao som que nasce lindo da sonoridade de metais e palhetas auxiliados por ou-
tros instrumentos que fazem do frevo música ainda mais sincopada. A massa resultante dos arranjos concebidos por maestros novatos e veteranos, todos craques, acolchoam frevos feitos por gente do tope de Levino Ferreira, Duda, Spok, João Lyra, Clóvis Pereira, Luciano Oliveira, Luizinho Duarte, Sivuca, Glorinha Gadelha, Hermeto Pascoal, Adelson Viana e Edson Rodrigues. Recheados de solos inimagináveis, as
11 faixas que integram Passo de Anjo são pura música feita para ouvir e dançar. Os músicos se esmeram: fantásticos diálogos musicais se sucedem. E é um tal de saxofones cochichando com o trompete, que troca idéias com a guitarra, com o trombone e a bateria, que por sua vez dão a dica para começar outra conversaria com a sanfona, o violino, o violão, o pandeiro e o contrabaixo... E o ouvinte se mexendo, caindo no passo, mesmo sem sair da cadeira. As frases musicais vão e vêm no compasso binário do frevo que a batu-
ta dos mestres conduz à dinâmica variação de pianíssimo a fortíssimo, de rallentando a affrettando. E o frevoventania atiça a moça que gira em "tesoura", o frevo-coqueiro enfeitiça o moço que roda em "dobradiça", passos de que dispõe o frevo para evoluir nas ruas e nos salões. A Spokfrevo Orquestra é mais um motivo para crermos que a boa música, desde que bata no coração da moçada, vai em frente. Aquiles Rique Reis, vocalista do MPB4, é produtor e apresentador de O Gogó de Aquiles na Rádio Roquete Pinto FM do Rio de Janeiro: www.fm94.rj.gov.br
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de janeiro de 2008
Questão 'hamletiana'
Bufê de saladas do Galeto's da Alameda Santos com Augusta: para começar a refeição ou acompanhar o prato principal com folhas, legumes, hortaliças e frios.
José Guilherme R. Ferreira
G
eorge M. Taber, autor do clássico Julgamento de Paris, acaba de lançar To cork or not to cork (Scribner/2007). O novo livro avança ao front na guerra travada entre defensores e detratores da rolha de cortiça no tamponamento dos vinhos. A questão "hamletiana" do título do livro é respondida pelos principais protagonistas: de vitivinicultores arruinados, que passaram a receber suas garrafas de volta, com vinhos contaminados pelas rolhas, a consumidores exigentes que ainda vibram com a capacidade "mágica" da cortiça em preservar conteúdos de várias décadas. Taber coloca de um lado Américo Amorim, chairman do Grupo Amorim, um conglomerado português que fabrica e distribui três bilhões de rolhas por ano, cerca de um quarto de todas as rolhas manufaturadas no mundo, o que gera
LAZER - 3
um faturamento de 1,5 bilhões de euros. Perfilado do outro lado da arena, Jerome Zech, um ex-executivo da IBM, que, instalado na criativa e tecnológica Seattle, ajudou a construir a SupremeCork. No início dos anos 90, a empresa começou a produzir em escala rolhas de material sintético, anti-TCA, e passou a vencer resistências e a abocanhar vários mercados, abrindo espaço para outras empresas do ramo. A SupremeCork gaba-se de ter quebrado o monopólio representado por Amorim e de colocar a ciência a favor do vinho. Amorim, de seu lado, passou a profissionalizar a corticeira, atendendo a um clamor que vem de longe. Taber destaca certo desleixo atávico dos fabricantes de cortiça portugueses, problema que teria crescido após a Revolução dos Cravos e que degradou muitos vinhos franceses a partir da década de 80..
GASTRONOMIA
Para começar o ano leve
U
Lúcia Helena de Camargo
m passeio demorado, paradas para comprar (ou só olhar as novidades) livros das duas megalivrarias da Avenida Paulista – Cultura e Fnac – e um almoço ou jantar leve, depois dos excessos nas festas de final de ano. Gostou do programa? Então a parada para a refeição pode ser o restaurante Galeto´s da Alameda Santos, na esquina com Augusta. Para começar, a sugestão é o carpaccio ao molho de alcaparras, azeite, parmesão e rúcula (R$ 13,10) ou a salada Galeto’s, feita com alface americana, palmito, tomate caqui, azeitonas e rúcula (R$ 12,90). Na hora de pedir o prato principal, se você aprecia carne de frango nem precisa pensar muito. Peça a especialidade da casa, o galeto desossado. Com acompanhamento tradicional custa R$ 24,90. A sugestão é a salada de verdes da estação, mas pode-se escolher entre batatas fritas, cozidas, creme de milho ou de espinafre, arroz branco e integral e polenta. Se o galeto vier com o acompanhamento especial – baked potato ou risoto, entre outros – o prato sair por R$ 33,40 e se vier à mesa com ravioli, R$ 35,40. O bufê de saladas custa R$ 26,80.
http://www.supremecorq.com/ http://www.amorim.pt/cor_home.php
JAZZ
Fotos: Arquivo DC
Oscar Peterson: toques sutis de criatividade.
A arte do improviso. Com mestres do piano e da voz.
Quer sofisticar um pouco? Então vá de galeto à milanesa (com rúcula, tomates frescos e leve pesto de manjericão) ou galeto contemporâneo – com molho barbecue e risoto de cogumelos, R$ 31,40. Combinações - O cardápio é vasto e as carnes, acompanhamentos e massas podem ser combinados entre si. Entre os grelhados há filé mignon (R$ 28,40), costeletas de cordeiro (R$ 38,40), picanha (R$ 30,40), e outros. E para quem prefere peixe, algumas opções são salmão na grelha (R$ 30,40) ou em formato de lascas com molho de ervas finas e champignon (R$ 30,90); truta (R$ 28,40), camarão (R$ 39,40) e bacalhau à camponesa (R$ 40,40). Não resiste à sobremesa? A prudência manda pedir uma salada de frutas (R$ 8,40) ou uma porção de frutas da estação, que neste verão podem ser melão, melancia, abacaxi ou mamão (R$ 6,90). Mas se nessa hora a decisão for por esquecer a dieta, então talvez caia bem um petit gateau (R$ 9,90), a mousse Galeto’s (mousse de chocolate com uma bola de sorvete de baunilha, chantily e farofa doce, R$ 9,90); a banana da terra grelhada, servida com sorvete de creme e
calda de caramelo (R$ 9,90) ou o tartufo de maçã (R$ 9,90). Para beber, águas, refrigerantes, sucos, cervejas e vinhos, inclusive servidos em taça. A loja da Alameda Santos com Augusta tem 192 lugares. O casa
também faz entregas. Há outro Galeto's na mesma Alameda Santos, próxima da Alameda Campinas; e também no Itaim, na região central, em Alphaville e dentro dos shoppings Eldorado, Higienópolis, Ibirapuera, Iguatemi, Morumbi e Paulista.
Fotos: Masao Goto Filho/e-SIM
Sem peso no estômago: galeto desossado com salada verde.
aceita reservas para aniversários e outros eventos. Mas há salão separado para as turmas, com capacidade de até 60 pessoas. E a divisão de áreas com mesas para fumantes e não fumantes funciona bem. A rede, que existe desde 1971,
Mesa à janela do restaurante: arredores da Avenida Paulista bons para passear neste início de ano.
Gravações antológicas de Peterson. Encontros com violinistas (Itzhak Perlman e Stephane Grappelli), com a bossa nova e muito mais.
A
inda lúcido, tempos antes de morrer, em 23 de dezembro passado, o jazz man canadense Oscar Peterson, 82, teve forças para insistir num ponto de vista que sempre defendeu. O jazz do improviso, do apuro técnico, deve ser preservado a todo custo. Ao se ouvirem as gravações de Peterson comprova-se esse princípio. Seja como pianista, seja como vocalista. Na linha formidável de Peterson es-
tão outros artistas cujos registros permanecem puros, graças à tecnologia. Entre outros: o bem-humorado Earl Hines; o agilíssimo Errol Garner; o "bufão" Fats Waller, expressão máxima no rag; o cerebral Bill Evans; o refinado mestre Art Tatum e o eclético Nat King Cole. Todos, fiéis ao próprio estilo, enveredaram às vezes pelo pop. Alguns com mais ênfase, como Nat e o próprio Peterson. (MMJ)
Temporada internacional de 2008
Errol Garner
Fats Waller
Art Tatum
Bill Evans
Nat Kin Cole
CONCERTO
A
Earl Hines
Galeto's - Alameda Santos, 2.209 (esquina com Rua Augusta), tel.: 3342-5310. Serviço de entregas: tel.: 3342-5300. Atendimento ao Cliente: tel.: 0800-11-9643. www.galetos.com.br.
s instituições musicais de São Paulo anunciam com ênfase a temporada que prepararam para 2008. Sociedade de Cultura Artística, 96 anos, a mais tradicional; Mozarteum Brasileiro; Orquestra Sinfônica da USP (Osusp); Teatro Municipal (faz suspense: promete óperas) e Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) trarão em 2008 regentes e solistas internacionais; farão primeiras audições de obras de compositores nacionais; e apresentarão obras de mestres de várias épocas – do barroco (Jordi Savall) ao século XXI. Destacam-se, por exemplo, obras do pianista, compositor e maestro Leonard Bernstein (1918-1990, foto), lembrado pela data de seu nascimento – 90 anos. A Osusp e a Osesp interpretaram obras dele. (Em junho, John Neschling rege a Osesp em um concerto ousado; pri-
meira audição de Te Deum, do brasileiro Aylton Escobar; depois o balé completo Fancy Free, de Bernstein; e gran finale: um dos maiores cellistas da atualidade, o pernambucano Antonio Meneses, solará o Concerto para Cello em Si Menor Op. 104, do tcheco Antonín Dvorák/1841-1904). A SCA abre a temporada, em maio, com o pianista Nelson Freire. No mesmo mês, o Mozarteum estréia com a Sinfônica de Bamberg. Ainda em maio, o Mozarteum brilha: Sexteto da Filarmônica de Berlim; enquanto a SCA leva ao pódio o conductor-starDaniel Barenboim, à frente da Staatskapelle Berlin, responsável pela supermontagem de óperas. Já a Osusp abre 2008 com obras do alemão Richard Wagner (1813-1883). Mais destaques: o pianista norueguês Leif Ove Andsnes (Mozarteum); o grupo espanhol Hespèrion XXI, dirigido por Jordi Savall (SCA) e a Sinfônica de Tóquio (Mozarteum), num ano em que o Japão será homenageado pelos 100 de imigração. (MMJ)
Meneses: cello
Andsnes: piano
Savall: barroco
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Transpor te Saúde Polícia Educação
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de janeiro de 2008 Sérgio Castro/AE
Armadilhas de pregos foram usadas pelos bandidos para furar pneus de viaturas policiais.
PARA REFÉNS, BANDO ERA PROFISSIONAL
Ricardo Padue/AFG - 16/03/2007
ANOS 50, ADEUS!
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assou despercebida mais uma notícia que põe nova pá de cal nos anos 50. O Expresso Luxo, que fazia a linha São Paulo-Santos com automóveis (peruas Zafira e Quantum nos últimos tempos) encerrou as atividades em dois de dezembro. Fora criado em 1945 e viajar nele era símbolo de requinte, pois buscava e deixava os passageiros nos seus domicílios. O Expresso Zefir, seu concorrente, e fundado em 1946, havia tirado o time de campo nos anos 90. Tornouse linha regular de ônibus, destino que o Luxo está assumindo agora. Ficou difícil continuar com o serviço anterior, a R$ 80 por cabeça, quando o ônibus sai por menos de R$ 20. O Luxo-ônibus tem uma novidade: antes da viagem, o motorista informa sobre a posição dos extintores de incêndio, saídas de emergência e outros ítens em gestual que lembra comissários de avião.
BINGO!
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inal inequívoco de que a Era dos Bingos não deverá voltar. O opulento edifício do Bingo Imperador, na avenida Sumaré, está para alugar. "Passa-se o ponto", anunciava uma faixa. O prédio, que tem umas fumaças de arquitetura romana, mede 150m de fachada e soma 4,2 mil metros quadrados de área construída. Era o maior de São Paulo. Seu salão de jogos tinha sete telões para os jogadores acompanharem as cantadas de pedras. A coluna ligou para o telefone indicado, curiosa em saber quanto era o aluguel. Mas ninguém atendeu.
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PARECE CÃO DE TRENÓ
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ias atrás, nós informamos que o adestrador Adelsson Ramalho, 40 anos, estava treinando cães para fazer (ferozmente) a segurança de executivos. A contrapartida a essa espécie de belicosidade é que Adelsson também está amestrando cachorros para servir a cadeirantes, isto é, puxar suas cadeiras de rodas. Ele trabalha em conjunto com a ONG Associação Cão-Guia. A novidade dá mais autonomia ao deficiente, pois o
PAU NELE (1)
cachorro encara rampas e sabe controlar descidas mais acentuadas. Outra coisa: aprende a recolher objetos que eventualmente caiam das mãos do seu guiado, expediente que facilita a vida dele, inclusive dentro de casa. Adelsson não tem preferência por raça. Exige apenas cão de bom porte por motivos óbvios. "O animal trabalha com peitoral especial", esclarece. O treinamento dura seis meses.
praça da República foi cenário de um episódio absolutamente incrível no dia 22 de dezembro, sábado, por volta das 16h. Vocês têm todo direito de duvidar, mas foi a pura verdade, relatada à coluna por uma liderança comunitária do pedaço. Em primeiro lugar, é necessário lembrar que os trombadões, geralmente taludos, que freqüentam a praça e adjacências, introduziram um novo golpe contra mulheres e adolescentes. No primeiro caso, aproximam-se da vítima e, sob ameaça velada, obrigam-na a fingir que são namorados. No segundo, utilizando a mesma técnica, sugerem um pai ou tio amoroso abraçado ao seu menino. O par caminha agarrado por uns 50 ou 100 metros, até que se complete o assalto. Ai, o trombadão parte para outra.
PAU NELE (2)
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as no nosso capítulo, o marginal se estrepou. Foi notado ao abordar um rapazote no ponto de ônibus diante de um estacionamento que fica quase na esquina com a rua do Arouche. A dupla começou a ser seguida quando tomou a direção da avenida São João. Em determinado momento, na rua Aurora, o grandão deu um safanão no menino, uma espécie de golpe nas suas costas. Provavelmente, constatara que o rapaz não tinha dinheiro e ficou frustrado. Nessa altura, o grupo de quatro ou cinco pessoas, mulheres inclusive, convocado às pressas, cercou o bandidão e, após livrar o jovem, aplicou-lhe surra exemplar. Ele raspou-se com aquelas clássicas manchas vermelhas no rosto, que anunciam intumescimento proveniente de sopapos. Convém lembrar que a polícia fora chamada, mas como não chegasse a tempo, a turma resolveu agir.
QUATRO QUILÔMETROS E MEIO DE FAVELA
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ituação difícil vivem as cerca de 15 mil famílias que habitam barracos ao longo do córrego da Água Espraiada, na zona sul (foto acima). Como a área está, há décadas, sob permanente ameaça de desapropriação para a finalização da avenida do mesmo nome e da operação urbana lá projetada, nunca houve um programa para a melhoria das favelas. Resultado: a situação está
à beira da calamidade. Acreditem: há casos de famílias que estavam abrigadas em buracos cavados no solo. E acreditem mais: são 4,5 quilômetros de favela ao longo do córrego, algo em torno de 60 mil pessoas. O subprefeito do Jabaquara, Heitor Sertão, está tentando articular uma "Virada Social" para atender as emergências.
UM BATALHÃO NO CENTRO
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á tempos o coronel Álvaro Batista Camilo, comandante do policiamento da área central, está de olho em um terreno nos arredores da praça da República. A idéia é instalar ali mais um batalhão da Polícia Militar. Caso o projeto se concretize, será mais um empurrão – e que empurrão – para a região voltar aos seus dias de glória.
Bando seqüestra famílias para cavar túnel Por um erro de cálculo na escavação, invasão de uma empresa de transporte de valores em São José dos Campos acabou frustrada. Os bandidos fugiram.
P
ara tentar roubar a sede da transportadora de valores Prosegur, em São José do Campos, uma quadrilha de 30 homens fez 10 pessoas reféns, entre elas duas crianças, e começou a construir um túnel a partir do imóvel vizinho. O plano, que começou a ser executado no dia 1º de janeiro, terminou na madrugada de ontem, sem sucesso. Os bandidos fugiram e os reféns conseguiram deixar o cativeiro. A quadrilha escolheu uma loja, que fica ao lado da Prosegur, num bairro próximo da rodovia dos Tamoios, para iniciar a construção do túnel. Mesmo sem ter relação com a transportadora, os sócios do estabelecimento e seus familiares passaram a fazer parte do projeto. Na terça-feira, o dono recebeu o telefonema de um suposto cliente e foi com um amigo consertar o radiador de um carro quebrado na Tamoios. Os dois chegaram ao local e foram rendidos por bandidos armados em dois carros e uma moto. Rendidos –Os criminosos renderam ainda o outro sócio da loja, que estava no estabelecimento e a sua mulher. Todos foram levados para a casa do proprietário da loja, onde estavam sua mulher e mais duas crianças. Foi lá que os reféns passaram a noite, enquanto, na oficina, cerca de 20 homens trabalhavam no túnel. Ao todo, as vítimas estimam que 30 bandidos participaram da ação. Pela manhã, os reféns foram deitados no chão de uma perua Kombi e levados ao cativeiro (uma chácara na zona rural da cidade vizinha, Jacareí). A propriedade foi alugada no dia 24 de dezembro por R$ 1 mil. A polícia investiga se o dono foi mais uma vítima ou se tinha envolvimento com os criminosos. Com fronhas na cabeça, os cinco adultos foram levados para um dos dois quartos da casa. As crianças podiam brincar no terreno, mas os adultos ficaram confi-
Fotos de Lucas Lacaz Ruiz/AE
Para escavar o túnel a partir de uma oficina mecânica, bandidos seqüestraram as famílias de comerciantes Sérgio de Castro/AE
Intenção dos bandidos era atingir a transportadoras de valores Prosegur (na foto à esquerda). Por um erro de cálculo, o túnel escavado a partir de uma oficina mecânica de São José dos Campos foi abandonado. Frustrado o crime, os bandidos fugiram e abandonaram as famílias seqüestradas num cativeiro em Jacareí.
nados no cômodo. Na sala, com TV, rádio e colchão que eles mesmos levaram, os bandidos dormiam em turnos. No outro quarto, estavam um servente de pedreiro e um motorista feitos reféns na segunda-feira. Como a quadrilha precisava de material de construção e as lojas estavam fechadas, seqüestraram
o servente numa obra em São José dos Campos. Para o transporte, o motorista de uma van também foi levado para o cativeiro. Na noite de quarta-feira, o esquema montado pelos criminosos tomou outro rumo. Os reféns passaram a ouvir que algo teria dado errado. O túnel, construído para terminar no banheiro da
transportadora, não teria sido bem projetado e teria dado num corredor. Por isso, os bandidos nem chegaram à superfície. Para fugir da chácara, o bando espalhou armadilhas feitas de pregos, para furar os pneus das viaturas. Polícia –Os bandidos também teriam escutado por um sistema de rádio, que captava a freqüên-
cia da polícia, que a PM estava atendendo a uma ocorrência próximo do cativeiro. "Os caras sabiam de tudo que estava se passando do lado de fora", disse um dos reféns. Por volta da meianoite, os bandidos deixaram a chácara. Foi quando os dois grupos de reféns se encontraram. Com a van, os dois carros dos comerciantes que estavam no local e as dez pessoas foram para São José dos Campos. Orientados por um dos bandidos a só avisar a polícia no dia seguinte, os reféns fizeram a ligação só por volta das 2h30. "Os caras
eram profissionais, sabiam onde morávamos, onde moravam nossos parentes, o boteco que freqüentávamos. A gente não podia contrariar." A Prosegur informou que os bandidos não conseguiram chegar à transportadora, onde trabalham 204 funcionários. Em São José fica a tesouraria que armazena o dinheiro dos clientes do Vale do Paraíba e litoral norte. Há dois meses, a empresa instalou em todas as suas bases um sistema de segurança que, a qualquer sinal de invasão, libera fumaça, impedindo a visibilidade por duas horas. (AE)
2 - OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de janeiro de 2008
O GOVERNO QUEBROU A PROMESSA FEITA POR LULA DE QUE NÃO HAVERIA AUMENTOS DE IMPOSTOS
A
G O arsenal palestino
em Gaza vai muito além dos Qasam, foguetes de fabricação caseira. Mas Israel não pode revidar (por enquanto).
Um pacote com jeito de revanche
vários milicianos palestinos, além da mãe e da irmã de um miliciano da Jihad. Em Julho de 2006, quando o Hezbollah sequestrou dois soldados israelenses e matou outros oito num ataque bem planejado na fronteira israelense com o Líbano, o exército israelense se lançou numa furiosa campanha de castigo e represália, mas foi surpreendido por uma bem organizada resistência por soldados bem treinados e bem equipados, e por um arsenal quase interminável de foguetes de curto, médio e longo alcance que castigaram as cidades israelenses durante 42 dias.
M
E
m Israel, teme-se que o Hamas prepara em Gaza um cenário similar ao montado no sul do Líbano, mas a situação política é muito diferente e a margem de manobra do governo israelense é limitada. Sob os auspícios dos Estados Unidos, Israel começou uma nova rodada de negociações com a Autoridade Nacional Palestina e com quem a dirige, Mahmud Abbas. O próprio George W. Bush viajará a esta região dentro de poucos dias e uma invasão maciça de forças israelenses em Gaza, para limpar os arsenais do Hamas e da Jihad Islâmica não é uma possibilidade real. DANIEL BLUMENTHAL HTTP://CORRESPONSALISRAELPALESTINA. WORDPRESS.COM/ DANIEL-BLUMENENTHAL/
Amir Cohen/Reuters
Frente Popular Comando Jibrill, que se autoadjudicou nesta quintafeira a autoria do disparo de um foguete Grad - mais conhecido como Katyusha que provocou impactos numa distância de 16 quilômetros, na zona norte de Ashkelon, em Israel, é um pequeno agrupamento, muito pouco ativo em Gaza. Mas o foguete Katyusha é o projétil com maior alcance lançado desde Gaza contra Israel desde que começou a guerra dos foguetes e demonstra que o arsenal de projéteis palestinos em Gaza vai muito mais além dos Qasam, de fabricação caseira. Desde a retirada israelense de Gaza, em agosto de 2005, as organizações da resistência palestina renovaram seus esforços bélicos contrabandeando equipamentos - armas, munições e explosivos de todo tipo - através de túneis escavados desde Gaza até o Egito (a poucos metros da cidade palestina-egípcia de Rafah). Segundo o porta-voz militar israelense, os palestinos dispararam contra o território israelense durante 2007 uns 1500 projéteis, aproximadamente uma cada seis horas, mas o número aumentou especialmente desde que o Hamas tomou o controle da Faixa de Gaza pela força, em junho. Frente a essa situação, em Israel aumenta a ambigüidade. Políticos da oposição dizem que o disparo do foguete Katyusha demonstra que não há que concentrar-se na política de proteção aos cidadãos, por meio da construção de refúgios, mas que a solução é combater. Como em casos anteriores, também desta vez a Força Aérea Israelense respondeu com rapidez, alcançando áreas do Hamas e da Jihad Islâmica e matando nesses ataques
Ilustração Céllus sobre Sergio Dutti/AE
COM AS MÃOS ATADAS
ais uma vez, a população brasileira assiste uma aula de como maquiar informações, negando o que se faz e fazendo o que não se diz. E, mais uma vez, quem pagará a conta dessa trapalhada será o consumidor. Por trás da suposta compensação das perdas causadas pelo fim da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF), parece que o governo aproveita para discretamente colocar um freio no consumo. Com a elevação do custo do crédito – que virá com o aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) – , tira-se ou, no mínimo, restringe-se potenciais compradores. O tamanho do impacto que isso terá sobre a economia, porém, só o tempo dirá. Qualquer avaliação desse tipo feita agora será apenas mais um exercício de futurologia, emocional, não técnica. O que se sabe, por enquanto, é que a lista das pessoas afetadas não é pequena. Ela inclui os compradores de automóveis, quem pretende pegar empréstimo pessoal, utilizar o cheque especial ou fazer compras com cartão no exterior (as operações de câmbio serão atingidas). Pior ainda, a medida impacta também quem fizer seguros. Todas essas operações terão IOF maior. Hoje a Receita Federal vai detalhar as medidas. A alíquota do imposto, que é de 0,0041% ao dia, passará para 0,0082%. No ano, irá de 1,5% para 3%, ou seja, dobrará. Apesar disso, o ministro da Fazenda diz que é "praticamente insignificante" o custo adicional de 1,5 ponto percentual. Tributaristas, como Ives Gandra Martins, alertam exatamente para o contrário: "quem pagará a conta é justamente quem mais precisa de dinheiro". E há ainda o aumento de 66% da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) dos bancos alíquota de 9% foi para 15%, num setor fortemente oligopolizado. É inocência pensar que o segmento não repassará esse custo extra a seus clientes, mesmo que camuflado. Resultado: juros voltando a subir para o consumidor final. Aparentemente o governo acha que punirá os bancos com seus lucros, mas vai punir a grande massa dos brasileiros. Ao afirmar que o impacto das medidas não afeta de forma efetiva o bolso do brasileiro, o governo não apenas quebra a promessa feita pelo presidente da República de que não haveria aumentos de impostos, mas também subestima a capacidade de entendimento da população. E ainda ameaça o crescimento econômico. A atitude negativa mostra mais um clima de revanchismo contra a derrubada da CPMF – e uma medida incoerente com o discurso do próprio governo – do que algo necessário para equilibrar as contas públicas e manter investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
G Por trás da suposta compensação
das perdas causadas pelo fim da CPMF, parece que o governo aproveita para colocar um freio no consumo. Com a elevação do custo do crédito – que virá com o aumento da alíquota do IOF – , tira-se ou restringe-se potenciais compradores. Tudo isso em clima de revanche. Se considerarmos que os aumentos de impostos não interferirão nas vendas nem prejudicarão o consumidor de serviços financeiros (como o governo diz), poderemos manter as previsões de crescimento da economia em torno de 5% este ano. Ora, se isso ocorrer, só o aumento da arrecadação – fora as elevações de IOF e CSLL – já seria suficiente para compensar as perdas de R$ 40 bilhões com a extinção da CPMF. De fato, o Tesouro já começou 2008 com folga na arrecadação obtida no período anterior. Então, por que mais aumentos de impostos? A previsão de arrecadação do País em 2008, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), já era de mais um recorde antes de qualquer nova medida. Pela primeira vez na história, o recolhimento alcançaria a casa de R$ 1,010 trilhão. Agora, ele deve ser maior ainda, de R$ 1,022 trilhão. A carga tributária, estimada anteriormente em 35,2% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, deverá atingir 35,4%. Dados que levam a questionar ainda mais a real necessidade das medidas anunciadas.
H
á ainda o prometido corte nos gastos, que levaria a uma economia de R$ 20 bilhões. Mas ele continua apenas na promessa, pois será discutido futuramente com o Congresso. Já o aumento do IOF passa a valer a partir de sua publicação no Diário Oficial da União. E a CSLL está de noventena. Prevista para daqui a três meses, mas já alvo de questionamentos. Existe uma jurisprudência no Supremo Tribunal Federal sobre o tributo que leva ao entendimento que a elevação da alíquota só poderia começar a ser cobrada em 2009. O presidente Lula negou que faria um pacote de elevações de impostos. Quem apostou que era mentira, como o ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel, acertou. Da mesma forma parece bem provável que as medidas anunciadas sejam apenas a ponta de um iceberg. Pelo menos é o que Maciel e vários outros especialistas pensam. Será que vão acertar mais uma vez? O ministro Guido Mantega diz que são apenas essas duas medidas e mais nada. Será a terceira mentira?
Sem sigilo bancário TIZIANE MACHADO Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br
Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luizo@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Adriana David, André Alves, Davi Franzon, Dora Carvalho, Eliana Haberli, Fátima Lourenço, Felipe Datt, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Jane Soares, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Marcus Lopes, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro , Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60
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secretário da Receita Federal fez publicar no Diário Oficial da União a Instrução Normativa RFB n° 802, determinando às instituições financeiras e equiparadas a prestarem a este órgão informações sobre todas as modalidades de movimentações financeiras de seus clientes: I – lançamentos a crédito nos depósitos à vista e a prazo, inclusive em conta de poupança, e nas emissões de ordens de crédito; II – lançamentos a débito nos pagamentos efetuados em moeda corrente ou cheque, nos resgates em conta de depósito à vista e a prazo, inclusive de poupança; III - nos valores lançados a crédito e a débito referes a contratos de mútuo e nas operações de desconto de duplicatas, notas promissórias ou outros títulos de crédito; IV - nas aquisições e vendas de títulos de renda fixa ou variável; V - nas aplicações em fundos de investimento; VI - nas aquisições e venda de moeda es-
G A Receita apelou,
mas o STF só admite a quebra de sigilo quando existe o interesse público ou social, mediante autorização judicial. trangeira; VII - nas transferências de moeda estrangeira e outros valores para o exterior; VIII - nas aquisições ou vendas de ouro, ativo financeiro; VIII - nas operações com cartão de crédito e o somatório dos repasses efetuados aos estabelecimentos credenciados, no mês; IX - nas operações de arrendamento mercantil. Apesar do Decreto n° 4.489/2002, assinado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – que regulamentava a Lei Complementar 105 –, as instituições financeiras e equiparadas nunca haviam sido obrigadas a segui-lo, já que todas
as informações relativas às movimentações financeiras eram encaminhadas através da Declaração da CPMF de todas as pessoas físicas e jurídicas . É importante frisar que atual jurisprudência do Supremo Tribunal Federal só admite a quebra de sigilo quando existe o interesse público ou social em tal procedimento e mediante autorização judicial. Portanto, a partir de 1º de janeiro de 2008, a norma infra-legal publicada pelo secretário da Receita Federal passou a viger - pelo menos até que sejam ajuizadas ações judiciais – de forma conjunta ou isolada, com o objetivo de afastar não só a Instrução Normativa em epígrafe, mas também o Decreto 4. 489 /200 2 e a Lei Complementar 105/2003. Só assim, a obrigatoriedade na prestação das informações poderá ser impedida. TIZIANE MACHADO É SÓCIA DO ESCRITÓRIO MACHADO ADVOGADOS
JOÃO DE SCANTIMBURGO AMEAÇA DOS EUA
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ão se trata de um título por demais genérico dado a esse artigo como se não houvesse recurso na língua para aproximá-lo da realidade que se espera. Vamos aos fatos. Os Estados Unidos são uma potência econômica tão grande, tão extensa, tão vultosa que basta um espirro na porta do Federal Reserve (FED) para encher de repercussões incalculáveis todos os pontos da Terra. Foi assim, em passado não tão recente, quando os EUA se decretaram incapacitados de assumir os seus próprios malogros nos jogos da Bolsa de Valores. Agora é diferente, pois a potência americana se ampliou demais e não há nada que possa ser comparado com uma crise em sua economia. A economia americana está situada na condição de super desenvolvida. O seu balanço comercial equivale há vários balanços comerciais somados, e não de países inexpressivos. Quando, pois, se imagina que uma crise americana venha afetar a economia de todas as nações estão certos os que assim esperam, como esperamos nós, ser ouvidos antes que reboem os avisos da crise inevitável.
G A Grande
Depressão não vai ter reprodução fiel, mas pode vir em nova versão, com o peso da modernidade
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imos o que foi a crise do sistema cedular acarretando a perda de numerosas fortunas aplicadas nos títulos imobiliários para os quais, até mesmo, uma secretaria de Estado funciona em Washington. Releva notar, porém, que o setor imobiliário, nos EUA, não é total e não é primacial no tabuleiro de seus títulos negociáveis em Bolsa, há títulos mais valiosos do que esses e são esses que vão acarretar perdas nos investidores que confiaram, exatamente, no poderio americano de absorção de crises menores e de investimentos piorados. Ainda não se declarou uma crise geral, como as de 1929 e 1930, nem as advertências que estão vindo dos escritórios econômicos americanos fazem um alerta aos investidores do mundo inteiro que vêm à praça de Nova Iorque, o Stock Exchange, onde até as mulheres fazem filas nos setores de investimentos procurando ampliar os ganhos para cobrir as despesas domésticas. Todos nós desejamos que os rebates sobre crises americanas sejam falsos para não provocar um desfecho amplo em todos os organismos econômicos do mundo. Mas está aí a realidade vinda dos escritórios de Nova Iorque e de outras localidades para salientar que a grande depressão não vai ter uma reprodução, mas que ela é capaz de vir com o peso de sua modernidade que não ficará nada a dever a sua antepassada. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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Indicadores Econômicos
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
7,9
4/1/2008
por cento foi o crescimento no número de consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) em dezembro.
COMÉRCIO
DC
Fundo
Informe Publicitário FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Posição em
P. L. do Fundo
Empresarial LP
31/12/2007
27.301.418,35
Esher LP Hope LP JCP-SUL LP Master Recebíveis LP Múltiplo LP Odyssey LP Prospecta LP Redfactor LP Valecred LP
31/12/2007 31/12/2007 31/12/2007 31/12/2007 31/12/2007 31/12/2007 31/12/2007 31/12/2007 31/12/2007
21.435.089,05 14.445.611,11 1.959.260,98 2.135.214,54 16.777.620,61 498.582,91 1.381.441,50 13.193.032,16 5.277.293,19
Tipo Subordinada Sr 1ª emissão Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Sub - Classe A
Vlr Cota Sub 1.673,367020 780,292890 1.118,149235 1.289,265823 1.136,416682 1.329,601479 1.546,197359 997,165820 951,868597 1.213,156538 1.043,660514
% rent. mês % ano 1,4539% 28,83% -19,2608% -24,61% 38,8734% 21,00% 0,7130% 28,93% 3,8275% 13,64% 2,3441% 11,68% 3,9860% 23,49% -0,2834% -0,28% 1,7896% 1,79% 3,3260% 21,32% 1,0081% 4,37%
Tipo Sr 2ª emissão Sr 3ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sub - Classe B
Vlr Cota Sr 1.044,365509 1.014,527467 1.034,611950 1.074,029940 1.030,747440 1.289,385875 1.017,947378 1.047,448080 270,278270
% rent. mês 0,9659% 0,9659% 0,9238% 0,9238% 0,8816% 0,9245% 0,9659% 0,9659% 7,3353%
% ano 4,44% 1,45% 3,46% 7,40% 3,07% 13,11% 1,79% 4,74% 16,96%
rating A+(Austin) BBB(Austin) AA-(Austin) AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) A- (Austin) A- (Austin) AA(Austin) A(Austin)
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segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
ECONOMIA - 3
Economia
CAIXA 1 O seu consultor financeiro Fotos: Leonardo Rodrigues/e-Sim
Loja da franquia pode ter várias versões, como a de trajes femininos
Roupa masculina é outra escolha
Aluguel de roupas na crista da onda Faturamento da Maison Maria Zeli cresceu 80% no ano passado ante 2006 Divulgação
Fátima Lourenço
O
negócio de aluguel d e t r a j e s c o n t r ib u i u p a r a a a mpliação do número de marcas do franchising brasileiro em 2007. A Maison Maria Zeli, fundada há 14 anos no bairro de Moema pela estilista que dá nome à casa, aderiu ao sistema e contabiliza duas franquias. O projeto é ambicioso: abrir outras dez ao longo deste ano. O Estado de São Paulo é prioritário para a primeira etapa da expansão, a ser iniciada em cidades com pelo menos cem mil habitantes. O mercado de aluguel de trajes está em alta, segundo a empresária. Para a Maison Maria Zeli, o aquecimento da demanda representou um faturamento 80% maior em 2007. E sobre uma base já alta. No ano anterior, a receita crescera 20%. O bom desempenho dos dois últimos anos ocorreu devido a vários fatores. Além das festas, que sempre embalaram o negócio, aumentou a procura de roupas para as formaturas – "até as de oitava série e colegial" – e para as comemorações de quinze anos. Investimento – Nesse ramo, ensina a empresária, alimentar a demanda requer atendimen-
Maria Zeli, dona da franquia.
to personalizado. O franqueado da marca não precisa ter a experiência da estilista, mas disposição para tornar-se um consultor pronto a orientar a clientela sobre o melhor traje. A empresária promete treinamento e ajuda na adequação do mix à área de atuação da franquia. Essa assessoria já está incluída no investimento inicial para entrar no negócio, variável conforme a especialidade da loja. Uma Maison só para trajes masculinos, por exemplo, pode custar R$ 50 mil; uma casa mais completa, R$ 200 mil, fora a decoração do ambiente e o capital de giro. A expectativa de faturamento mensal inicial, para esses dois exemplos, é de R$ 10 mil e R$ 50 mil, respecti-
vamente. O retorno do investimento está previsto para ocorrer em um ano. A adaptação à região de atuação do franqueado passa por várias possibilidades. Além da opção de trabalhar com roupa sob medida – é preciso manter um ateliê para executar os ajustes e consertos nas peças alugadas – há formatos para franquias só de roupas masculinas ou femininas e, nesse nicho, especialidades como para noivas e festas. O valor fixo do royalty mensal varia conforme o investimento inicial, e nunca será inferior a R$ 2 mil. Mas, segundo Maria Zeli, ele sempre será estabelecido de comum acordo com o novo franqueado. O fornecimento dos trajes para as franquias da marca ficará a cargo da matriz da Maison Maria Zeli, instalada em Moema, em área de 500 m², mais do que o dobro da metragem necessária para se abrir uma loja (200 m²). Segundo a empresária, a complementação do estoque só deverá ocorrer depois de um ano. "Ao franqueado cabe avaliar essa necessidade. Os modelos de estação mudam mais rapidamente. Mas optamos por investir mais nos básicos. Na minha loja, tenho vestidos sendo usados há cinco anos".
Seu consultor em ações
Celulose deve roubar a cena Adriana Gavaça
D
eixado um pouco de lado no final do ano passado, o segmento de papel e celulose deve voltar a roubar a cena em 2008. Motivo: mais uma vez, o aquecimento econômico da China deverá ser decisivo para o bom desempenho das empresas ligadas a esse setor. "Claro que o câmbio continua sendo decisivo para as companhias que operam nesse segmento. Mas acreditamos em um aquecimento ainda maior desse mercado, em função da grande demanda por celulose virgem de fibra curta, setor no qual o Brasil aparece como um dos principais
players", diz o analista-chefe da Corretora Coinvalores, Marco Aurélio Barbosa. O executivo afirma que a indicação para as ações de todo o setor é de, no mínimo, manutenção dos preços, com grandes possibilidades de aumento. Ajuda na avaliação positiva, conforme Barbosa, a queda na oferta no mercado mundial de todos os produtos de papel e celulose, por conta do fechamento de várias fábricas no Hemisfério Norte. "Eram empresas extremamente onerosas, diferentemente das brasileiras, que têm um processo de produção mais eficiente", explica. Só este fator isolado, segundo Barbosa, já seria motivo suficiente para puxar os preços dos pro-
dutos em 2008, favorecendo o resultado das companhias. "Imagine esse aspecto somado à forte demanda no mercado asiático", analisa. O vice-presidente do Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças (Ibef-SP), Keyler Carvalho Rocha, também vê o setor com bons olhos, mas faz uma ressalva: "É importante lembrar que o preço dos produtos está atrelado ao câmbio". De acordo com o executivo, são papéis nos quais se deve aplicar, mas não esquecer. "É preciso sempre revisar as perspectivas para esse mercado e o peso da valorização do real sobre os preços finais", explica. O executivo indica a compra de ações de duas empresas: Votorantim e Aracruz.
Sem medo da volatilidade Sonaira San Pedro
O
aumento dos impostos nas transações bancárias no Brasil e a baixa criação de empregos nos Estados Unidos mexeram com o humor dos investidores na semana passada. O ano começou com volatilidade, que deve continuar no primeiro trimestre de 2008. "As eleições norte-americanas influenciarão o sobe-e-desce das bolsas de valores, assim como a questão das hipotecas de alto risco, que ajudarão a definir os preços para os papéis. Os es-
trangeiros devem vir para o mercado brasileiro com um pouco mais de cautela", disse o gestor de renda variável da Infinity Asset, George Sanders. "A expectativa é de a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechar 2008 com alta entre 20% e 25%, aos 80 mil pontos, ante os cerca de 61 mil atuais".
Sanders indicou os papéis que considera as melhores oportunidades de investimento (veja quadro). O investidor não deve se assustar com os altos e baixos da bolsa no curtíssimo prazo. "Será uma época propícia para a escolha de papéis de empresas sólidas e com bom histórico de mercado."
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2 - OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
É QUESTIONÁVEL A REAL INTENÇÃO DOGOVERNO DE CORTAR R$ 20 BILHÕES NASDE S P ES A S
O PODER NA ERA ELETRÔNICA
E
ssa é uma prática de democracia direta cuja representatividade será tanto maior quanto maior interesse o eleitor tiver em contatar com o político, interagir e dialo-
G Com o surgimento da
Internet, o cenário mudou. Agora, os políticos podem ser alcançados a qualquer momento, por qualquer pessoa, via e-mail ou site. gar com ele. O político pode ir desenhando redes (gerais e parciais) e submeter a elas idéias e interagir com as mesmas, desenhar grupos via Orkut, dialogar em tempo real via MSN, etc.... Com isso a dicotomia democracia representativa e direta, desaparece e fica à disposição dos partidos de qualquer tipo, usar estes instrumentos de democracia direta explorando a representatividade que o voto lhe deu tendo seu próprio campo de articulação direta.
D
esta forma os intermediários profissionais que levam e trazem demandas e reclamações da base social e mistificam seu poder manipulando as diretorias que nomearam, que iludem a mídia com nomes e sobrenomes de associações e conselhos, perderam os instrumentos de falsa representação que detinham. A partir de agora termina a dicotomia entre democracia representativa e direta. Passam a ser um todo integrado e único e à disposição daqueles que tendo voto, passam a ter contatos diretos e a qualquer momento com a população (individual e coletivamente) setorial ou regionalmente, corporativa ou horizontalmente. CÉSAR MAIA É PREFEITO DO RIO DE JANEIRO
Ana Maria Guariglia
Céllus
P
or décadas e décadas debateu-se conflituosamente na esfera política, seja entre políticos como entre acadêmicos, a convergência ou divergência entre democracia representativa e direta. Setores de esquerda, fora do poder e sem lastro eleitoral, negavam à representação parlamentar legitimidade, alegando poder econômico, compra de votos, demagogia, etc... Como alternativa propunham instâncias de democracia direta, através de associações de moradores, sindicatos, conselhos diversos. Por outro lado, seus críticos, reforçavam a democracia representativa, questionando a representatividade dessas associações e conselhos, que seriam na verdade manipulados por profissionais de partidos, que não representavam as bases e que aqueles diminutos grupos ativos que se reuniam apenas representavam-se a si mesmos. Em outro corte, os partidos de quadros, sublinham a democracia representativa, e os partidos de militantes, especialmente os profissionalizados, reforçam a democracia direta, especialmente quando não têm votos. Com a comunicação eletrônica, este quadro muda radicalmente. Os políticos têm a possibilidade de serem alcançados a qualquer momento por qualquer pessoa, seja através de mensagens individuais por email, em grupos, em redes, sites, etc. Podem ter o contato individual ou coletivo com o corte que desejarem.
JOÃO DE SCANTIMBURGO AS LIÇÕES DA CPMF
Novas 'maldades' poderão ser anunciadas?
E
m 1789, em uma carta a Jean-Baptiste Leroy, Benjamin Franklin escreveu que "neste mundo nada é certo, exceto a morte e os impostos". Antes dele, Daniel Defoe já havia escrito (na História Política do Demônio, de 1726) que "pode-se mais facilmente acreditar em coisas tão certas como a morte e os impostos". A realidade de 2008, aqui mesmo, mostra a sabedoria dessas observações. Com a edição do pacote de janeiro o governo perdeu uma excelente oportunidade de efetuar cortes significativos nas despesas correntes programadas para 2008 no orçamento da União. Motivos não faltaram, já que se poderia alegar como motivo imperioso a frustração de receitas. As referências a cortes de despesas são vagas e, a julgar pelas recentes declarações do governo sobre aumentos de impostos, devem ser tomadas com cautela. Onde se aplicarão os cortes de gastos, anunciados em R$ 20 bilhões? Certamente não poderão se aplicar sobre as despesas primárias obrigatórias, determinadas por disposições legais e constitucionais, limitando-se os cortes às despesas discricionárias, cujos montantes são fixados ao longo do ano em conformidade com a disponibilidade de recursos financeiros. No projeto de lei orçamentária para 2008, as despesas primárias (total global das despesas excluídas as despesas financeiras e o orçamento de investimento das empresas estatais) correspondem a R$ 631,7 bilhões, das quais R$ 502,1 bilhões são obrigatórias, restando somente R$ 129,6 bilhões de despesas discricionárias. O corte anunciado corresponde a 15,4% do total das despesas discricionárias, algo difícil de realizar.
A
lém disso, como mostrou o site Contas Abertas, o governo empenhou mais de 80% dos recursos destinados a investimentos (R$ 34 bilhões), dos quais R$ 16 bilhões somente no mês de dezembro. Há "restos a pagar" do orçamento de 2007, disponíveis para gastos com investimentos em 2008, correspondentes a R$ 15 bilhões. Parte expressiva desses recursos destina-se aos ministérios dos transportes e das cidades, indicando o interesse do governo em realizar obras que apareçam no ano eleitoral. Portanto, é questionável a real intenção de cortar R$ 20 bilhões nas despesas. O próprio fato de deixar para fevereiro o anúncio dos cortes de gastos expõe o governo a pelo menos um mês de pressões de todos os interessados na burocracia do Estado em
G Com o pacote de janeiro, o governo
perdeu uma excelente oportunidade de efetuar cortes significativos nas despesas correntes programadas para o orçamento da União em 2008. Resta saber ainda se novas medidas serão anunciadas no decorrer do ano. POR ROBERTO FENDT
manter (ou aumentar) o seu orçamento. Vale a pena esse desgaste? Além disso, inicia-se o ano sem orçamento, a exemplo do que já ocorreu diversas vezes desde que a atual sistemática orçamentária foi implantada com a Constituição de 1988. Isso não deverá constituir problema para a continuidade dos investimentos, dado o montante de recursos já empenhados do orçamento de 2007 e que constituem "restos a pagar" em 2008. Esse valor compensaria, até a aprovação do orçamento, as dotações de investimentos dos orçamentos fiscais e da seguridade social.
C
abem também alguns comentários sobre o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) do sistema financeiro. O governo divulgou essas medidas como uma "opção preferencial" de tributar o setor de maior lucratividade da economia – o sistema financeiro – supostamente para resguardar o bolso dos contribuintes. O problema é que a real incidência do IOF se dá sobre os tomadores de empréstimos, supostamente resguardados pelo governo do aumento da alíquota do imposto. O sistema financeiro, nesse caso, é simplesmente o agente arrecadador. Em suma: há um fato novo e muita mesmice nesse pacote. O fato novo é que ele foi desembrulhado no primeiro dia útil do ano, contrariando a tradição dos demais governos de implementar os seus pacotes no final do ano. A mesmice é o aumento de alíquotas de tributos. E quem paga. Resta esperar que o pacote tenha se esgotado nas medidas tributárias já anunciadas, não tendo ficado nenhuma "maldade" guardada para anúncio no resto do ano.
A farsa de Chávez NIVALDO CORDEIRO
D
Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br
Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luizo@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Adriana David, André Alves, Davi Franzon, Dora Carvalho, Eliana Haberli, Fátima Lourenço, Felipe Datt, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Jane Soares, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Marcus Lopes, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro , Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60
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esde o início me pareceu farsesco o suposto esforço de Hugo Chávez para intermediar a libertação dos três reféns das Farc. Quis me parecer o que de fato foi: uma peça de propaganda mal ensaiada, ridícula e ímpia, que logrou apenas mexer com os sentimentos das pessoas envolvidas, as famílias separadas, uma criança nascida em cativeiro, a opinião pública mundial. Essa gente esquerdista não tem medida para anunciar a sua causa e usa de qualquer expediente que possa ter à mão com o fito da propaganda revolucionária. Bem fez o presidente Álvaro Uribe em se manter distanciado dessa farsa toda, sem impedir os propósitos anunciados, porém sem se envolver com os meios farsescos. Não posou para fotos ridículas e nem para imagens grotescas. A parafernália mobilizada por Hugo Chávez serviu apenas, ainda uma vez, para mostrar que o pequeno Hitler venezuelano está ativo e mantém sua liderança sobre a subversão armada da América Latina. Mais uma crônica grotesca do grotesco ditador, que tinha que acabar como acabou: dando em nada.
O papel do governo brasileiro, representado pelo embaixador plenipotenciário de Lula, Marco Aurélio Garcia, não pôde ter sido mais bisonho: avalizou uma aventura sabidamente mentirosa e propagandista, mostrou novamente seu alinhamento com a causa subversiva em curso na Co-
G O suposto esforço de
Hugo Chávez para intermediar a libertação dos três reféns das Farc foi uma peça de propaganda mal ensaiada e ridícula. lômbia, deu credibilidade ao ditador venezuelano e, de forma melancólica, posou de coadjuvante no decorrer de toda a comédia. Situação incompatível com a importância que o Brasil tem na América do Sul. Nem tudo, como se viu, saiu como o planejado. Apesar de levar a causa das Farc para a mídia, viu-se
que a mensagem passada pela guerrilha ficou arranhada. A imprensa deu ênfase ao filho nascido em cativeiro, à nefanda existência de reféns que se mantêm por anos a fio, à imoralidade da situação.
É
certo que a imprensa esquerdista quis colocar sobre o presidente Uribe a responsabilidade da situação, mas não conseguiu. Se as Farc quisessem mesmo libertar reféns bastava, em silêncio, levá-los para um ponto qualquer da fronteira venezuelana ou mesmo brasileira e lá deixá-los. Mas não querem fazer isso. Os reféns são presas de guerra, da pior guerra, a guerra subversiva que não respeita a separação entre quem é combatente e quem é civil. Os amotinados das Farc no fundo deixaram-se usar por Hugo Chávez e saíram perdendo na empreitada propagandista. O ditador venezuelano fez o que mais gosta, que é aparecer na mídia mundial bancando o bufão, o palhaço continental.
O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu o número do prejuízo causado pela perda da CPMF: foram mais de 1 bilhão e 600 mil reais destinados à saúde pública, mas ficamos sabendo pela mesma fonte oficial que não se viu progresso digno de nota na área da saúde realizado com a verba da CPMF. Pode-se, pois, considerar a verba da CPMF arrecadada nos últimos anos e destinada à saúde como perdida, ou por inaptidão do funcionalismo que a manipulou, ou surrupiada pelo funcionalismo que a fiscalizou ou ainda embolsada por espertalhões preparados para agir nos círculos do dinheiro público. O Brasil atual é assim mesmo. Mas voltemos ao prejuízo: 1 bilhão e 600 mil reais não é uma quantia à toa, mas uma expressiva quantia que poderia atender aos reclamos de não poucos brasileiros de serviços de apoio oficial para habitação e educação. Nada disso foi feito, entretanto, porque o governo destinou a verba arrecadada para a saúde pública e dela não se beneficiou. Não adianta, portanto, criar uma nova lei, atentatória do sistema tributário brasileiro, se
G Não se viu nos
últimos anos progresso digno de nota na área da saúde pública realizado com a verba da CPMF já foi feita a experiência com uma lei tributária imperativa, que não deu os resultados esperados. Sabemos que é isso que ocorre com a maioria das leis no Brasil, são votadas e não revelam resultado nenhum.
O
que é preciso fazer é a reforma geral do serviço público do País. Este é um trabalho urgente e gigantesco. Reconhecemos que poderia ser feito num século, e não no tempo de um mandato. A questão no Brasil não é de dinheiro, que este é arranjado e posto em execução, e também não é de especialistas, que esses existem em abundância e podem ser conclamados a prestar serviços por tempo determinado, segundo um plano já aprovado pelo Poder Legislativo. Os técnicos existem e sabem o que podem fazer. O que é preciso é mobilizar os valores à disposição do governo chamados para um programa tão extenso e tão importante como esse aqui sugerido. Não ignoramos que nos governos brasileiros não faltam planos mirabolantes e mesmo bons planos. O que é preciso é executá-los com firmeza e objetividade sem olhar para interesses eleitorais e sem pretender aumentar os próprios ganhos, com dinheiro na conta bancária, uma forma de trabalhar contra os interesses populares que está se generalizando no Brasil. Fica aqui, a lembrança e a lição da CPMF, vencida por campanha encabeçada por nós. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO
NIVALDO CORDEIRO É ECONOMISTA WWW.NIVALDOCORDEIRO.NET
DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
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segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
9
Distritais & FacespInterior
ACSP
Distritais: trabalho marcante em 2007 André Alves
O
ano de 2007 foi de muitas conquistas para as 15 sedes distritais da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), com a união e aproximação das entidades comerciais. E, para o coordenador institucional das distritais, Roberto Mateus Ordine, 2008 será ainda melhor. Uma das novidades, ainda em estudo, é a mudança da denominação de algumas sedes, que já abrangem novas localidades. A seguir, Ordine faz um balanço do trabalho realizado no ano passado e fala das expectativas e planos para 2008. DC - Como o senhor avalia o trabalho realizado pelas 15 distritais ao longo de 2007? Roberto Ordine – Apesar de uma série de legislações terem dificultado um pouco o trabalho do comércio, tivemos uma resposta positiva de todas as distritais, sem exceção. Elas fizeram um trabalho marcante e presente em 2007. E quais as maiores conquistas do ano? A principal delas foi a união do setor. Houve uma maior aproximação entre todas as sedes, os empresários e os comerciantes de cada região. Acredito que essa luta pela conquista de mais espaço e de respeito à entidade foi o resultado de um trabalho conjunto feito pela sede central da ACSP e por todas as 15 distritais.
As distritais conseguiram representar os interesses e anseios dos comerciantes de suas respectivas regiões? Com certeza, em vários aspectos, como nas regiões que tiveram seus estabelecimentos fechados, como o que ocorreu na Rua Alvarenga, na escolha das ruas-modelo para adequação à Lei Cidade Limpa, no projeto do Natal Iluminado, entre tantos outros. Quais as expectativas para 2008? Quais projetos as distritais devem priorizar? As expectativas são as melhores possíveis. Elas devem dar continuidade ao programa de trabalho iniciado nessa gestão, buscar trazer mais associados para a ACSP, perseguir os objetivos do comércio, buscando o seu crescimento, e continuar lutando por uma carga tributária menor. Em suma, elas se prepararão cada vez mais para dar orientação segura tanto aos nossos associados como aos não-associados. Programas como o Projeto Empreender, o Fórum dos Jovens Empreendedores (FJE), o Conselho da Mulher (CM), entre outros, serão fortalecidos? Eles não só vão continuar como serão ampliados. Também vamos priorizar o Projeto Aprendiz, o programa de alfabetização de adultos e o trabalho social junto às escolas. Há planos de introduzir novos projetos sociais nas distritais? Já estamos com alguns projetos-piloto nessa área. Na Dis-
Luludi/LUZ
Desde 1980 a serviço da ACSP
trital Centro já está em funcionamento um posto de coleta de óleo de cozinha usado. Postos de coleta de pilhas e baterias também devem ser implantados em todas as 15 distritais em 2008. Também pretendemos desenvolver campanhas de conscientização sobre o plástico descartável.
O
advogado Roberto Mateus Ordine, atual vicepresidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e coordenador institucional das sedes distritais, começou sua trajetória na entidade em 1980. Na época, trabalhava nos conselhos tributário e jurídico da Distrital Centro. Em 2000, assumiu a vicesuperintendência da sede distrital, até que, em 2002, foi indicado ao cargo de superintendente, função que exerceu por dois mandatos, até 2005. Posteriormente, assumiu a vicepresidência da ACSP e, no início de 2007, foi nomeado coordenador institucional das sedes distritais.
Há planos de se abrir novas sedes distritais da ACSP nos próximos anos? Novas sedes não. Mas estamos estudando uma mudança de denominação de algumas distritais que passaram a abranger mais localidades. Queremos encontrar denominações que não sejam tão bairristas. Um exemplo é a Distrital Butantã, que ampliou sua área de atuação até o bairro do Morumbi. Outro caso é a da Vila Maria. Como ela abrangerá outras localidades, temos de encontrar um nome que contemple toda a região. Que conselhos o senhor daria aos superintendentes neste ano que se inicia? Uma sensibilidade com a realidade do mundo. É extremamente importante que o administrador esteja ligado com a sua comunidade. Ele tem de ser participante e, acima de tudo, tem que trabalhar com garra e persistência para que as regiões cada vez mais se desenvolvam, não só no aspecto comercial, mas também no comunitário. E, logicamente, eles devem estar em sintonia e focados nos objetivos da Associação Comercial.
Ordine: expectativas são as melhores possíveis para 2008
Arquivo DC
Notícias das associações comerciais e industriais do interior do Estado
José Moreira da Silva (acima), presidente da AC de Santos (à dir.), comemorou título de Associação Referência de 2007
Santos recebe homenagem
A
Associação Comercial de Santos (ACS) está em festa. Durante o 17º Congresso da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), ela foi eleita a Associação Comercial Referência 2007 da Região Sudeste. O concurso, que contou com a participação de outras 40 entidades, homenageou as instituições que realizaram ações com resultados concretos de estímulo ao desenvolvimento empresarial nas áreas de prestação de serviços, desenvolvimento local e responsabilidade social em 2007. O projeto da ACS que mais contribuiu para o êxito da entidade nesse setor foi o "ACS a Serviço das Micro e Pequenas Empresas". A iniciativa possui três frentes de atuação: o Posto de Informações do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), o Balcão de Atendimento do Sebrae e o Arranjo Produtivo Local de Tecnologia da Informação e Comunicação. Todos funcionam na sede da entidade. "Desenvolvemos ações em prol dos pequenos empresários com o objetivo de estimular a geração de empregos e a capacitação dos fornecedores de bens e serviços para atender de maneira adequada à demanda da Petrobras, com a exploração de petróleo e gás na Bacia de Santos. Também buscamos soluções para os problemas de logística do Porto de Santos e a transformação da região em um pólo tecnológico", afirmou José Moreira da Silva, presidente da ACS. Cronograma – O projeto teve início em 2005, quando a ACS constatou a dificuldade de acesso das micro e peque-
nas empresas a linhas de crédito. Esse entrave, segundo análise da diretoria da associação, refletia tanto na qualificação dos trabalhadores quanto na baixa qualidade dos postos de trabalho. Três meses após a instalação do Posto do BNDES, em dezembro de 2006, a entidade inaugurou o Balcão de Atendimento do Sebrae, que
oferece consultoria aos interessados em abrir seu próprio negócio e explorar outros nichos de mercado. Essa parceria com o Sebrae ajudou a ACS a colocar em prática o programa Arranjo Produtivo Local de Tecnologia da Informação e Comunicação (APL de TI&C), em parceria com a Prefeitura de Santos, Se-
brae, Ciesp/Santos e Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem). Os objetivos do APL são promover ações de incentivo à busca de recursos para o fomento de pesquisa tecnológica, facilitar o acesso a linhas de crédito e financiamento e incentivar a criação de fundos de investimentos de capital de risco. O foco são as
empresas de tecnologia que ofereçam soluções voltadas para a área portuária. "Com os postos do BNDES, do Sebrae e o APL, a ACS disponibiliza todas as ferramentas para que as empresas se capacitem para atender à demanda da Petrobras e seus parceiros na cidade", explicou Moreira da Silva. (AA)
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4 - ECONOMIA
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Economia
CAIXA 1 O seu consultor financeiro
Ofertas de ações: não tão rentáveis em 2007 Papéis subiram, em média, 29% e o número de investidores dobrou no ano. Agora, o fluxo em 2008 depende de fim da crise dos EUA Felipe Frisch/AG
A
de curto prazo e a procura desenfreada por ações em IPOs – com exceção dos casos da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e Bovespa Holding – foram as incertezas com relação ao futuro da economia norte-americana, especialmente no segundo semestre do ano passado. Em 2008, o mercado tende a ser ainda mais criterioso, avalia. Já são esperadas – estão em análise na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – as ofertas públicas do Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes), da Locaweb Serviços
de Internet, além de novas operações da Ideiasnet e da Cyrela. No total, são 27 ofertas em análise, pelo menos 20 suspensas pelas empresas por motivos variados, sendo o principal as condições do mercado. A manutenção do fluxo de ofertas dependerá do quão rápido a economia dos Estados Unidos se estabilizará. "O primeiro trimestre vai ser de muita volatilidade. A questão das hipotecas de alto risco dos EUA ainda não está superada. De modo geral, os preços devem sair mais justos e não subir como os da Bovespa Hol-
ding. Isso já aconteceu na oferta da BM&F", avalia Patrícia Branco, sócia da gestora de fundos Global Equity. As ações da Bovespa Holding saíram no teto estimado e subiram 52,13% no primeiro
Roberto Zentgraf
O futuro sem bola de cristal
A
doraria ter uma bola de cristal e saber de antemão o que o futuro nos reserva para os investimentos: não seria ótimo descobrir qual aplicação renderá mais durante o ano ou, quem sabe, antecipar ciclos e assim determinar em quais meses a bolsa vai superar a renda fixa ou vice-versa? Com certeza minhas estratégias seriam imbatíveis, eu ficaria rico em muito pouco tempo e, provavelmente, diminuiria o ritmo de minhas atividades (prometo, claro, manter a coluna!). Parece-me que este sonho não é só meu: todos querem uma bola como esta, ou um guru com tal capacidade: boa parte da
Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Dermoliptomia, Lipoaspiração, Lipoescultura, Ritidoplastia, Prótese de mama, Mamoplastia. Glúteo, Panturrilha, Ginecomastia, preenchimento bigode chines, Carboxi terapia.
Desejamos a todos um Feliz Natal e um 2008 repleto de realizações.
Av. Apeninos, 930 - 4º andar - Cj. 44 / Paraíso - São Paulo/SP Consultório: (11) 5575-9069 / 5908-1268 Cel.: (11) 9969-3554 / 8377-7574
andrelanconi@hotmail.com DC
dia. Depois, caíram 13,29%. Já as da BM&F subiram 22% e caem 6,7% desde então. Para Ricardo Rochman, professor de Finanças da FGV-SP e um dos responsáveis pelo Índice de IPOs, a expectativa é
Dinheiro em caixa
DC
s ofertas públicas d e a ç õ e s c o s t umam causar frisson pela possibilidade de lucros rápidos, com as altas das ações nos primeiros dias, mas os ganhos de curto prazo já não são mais tão certos, ou tão elevados, assim. O Índice de IPOs (sigla em inglês para ofertas públicas iniciais), calculado pelo Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (GVCef), teve desaceleração no desempenho em 2007: 29,36%, enquanto em 2006 subiu 77,74% e, em 2005, 46,34%. O índice é composto pelas ações estreantes, mas exclui o primeiro mês de negociação, quando geralmente os papéis oscilam mais. Embora não seja um ganho inexpressivo, de quase 30% em um ano, chama atenção por ter sido a primeira vez que ficou abaixo do Índice Bovespa (Ibovespa), principal indicador da bolsa. Em 2005, o Ibovespa subiu 27,71%; em 2006, 32,93%; e, em 2007, 43,65%. Das 104 ações que compõem o Índice de IPOs – que fizeram ofertas desde 2004 –, apenas 14 superaram o Ibovespa em 2007. Já no ranking de volatilidade, também da Fundação Getulio Vargas – que mede o quanto as ações das empresas oscilam –, apenas os papéis de uma empresa têm volatilidade inferior à do Ibovespa: as da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). O número dá uma idéia dos riscos de aderir a uma oferta pública. Segundo especialistas, os menores ganhos com ações de novas empresas significa que os investidores estão cada vez mais seletivos. "Já tem gente pensando duas vezes antes de entrar numa oferta. A maluquice de dizer 'vou entrar e, se der 7% no primeiro dia, eu pulo fora' já diminuiu um pouco" diz o economista-chefe da Ágora, Álvaro Bandeira. Ofertas públicas – Ele lembra, no entanto, que o principal fator que diminuiu os ganhos
pela manutenção de um bom fluxo de ofertas. "Mas vamos ver um número cada vez maior de empresas de médio para grande porte. E vamos ter não somente uma grande onda de ofertas, mas de fusões e aquisições, até para justificar um IPO (que as empresas também usam para se capitalizar quando querem comprar outra)", diz. O ano de 2007 representou a estréia de 64 companhias na bolsa, além da volta de outras já com capital aberto, mas com poucas ações negociadas: Drogasil, Banrisul e Hering. No total, foram 76 IPOs e R$ 69,552 bilhões captados – R$ 59,315 bilhões em ofertas públicas iniciais –, mais do que o dobro dos R$ 30,436 bilhões de 2006, segundo dados da Bovespa. O ano passado também foi a iniciação de muitos investidores pessoas físicas na bolsa. Juntos, levaram R$ 4,554 bilhões das ações lançadas, ou 7,68% do total ofertado em IPOs. Somando as operações, foram quase 1 milhão de pessoas em todas as ofertas públicas: 953.134 investidores. O número inclui investidores que entraram em mais de uma operação. Mas é fato que houve forte aumento no número de investidores individuais, em parte influenciados pelos IPOs. Essa categoria totalizava 219.634 contas no fim de 2006 e chegou a 456.557 em dezembro de 2007, mais do que o dobro. Somente em dezembro do ano passado, ingressaram 128.817 investidores, somada a oferta pública da BM&F, concluída durante o mês. Até o último mês de novembro, eram 108.106 novos investidores no ano. Os dados são da Companhia Brasileira de Liqüidação e Custódia (CBLC).
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correspondência que me chega é com perguntas sobre onde investir. São pessoas que, animadas pelo sucesso dos amigos que ganharam bastante dinheiro na bolsa (nos últimos dois anos, principalmente), querem participar da festa. Por um lado fico satisfeito, não só por poder ajudar esclarecendo-as, mas também por perceber que o interesse pelo tema tem aumentado. É a educação financeira na veia: todos parecem ter despertado para as virtudes do "guardar hoje para ter algum amanhã" e, se conseguirem guardar mais, e mais rápido, tanto melhor! Infelizmente, bolas-decristal não existem: acho que são frutos do nosso desejo oculto de transferir a tomada de decisões difíceis para outros, até mesmo para termos a quem culpar se tudo der errado. O que faz os preços das ações subirem não é nossa torcida, tampouco a constatação de que os fundos DI estão rendendo pouco, mas sim um conjunto de expectativas acerca de dois principais grupos de informação: os fluxos futuros que as ações vão gerar (se crescem, aumentam os preços) e as taxas de juros utilizadas na avaliação (se caem, aumentam os preços). Veja no blog (www.oglobo.com.br/ blogs/voceinveste) os artigos sobre o tema. Bem, e quais as expectativas para 2008? Li muito o que vários analistas e gestores opinaram. E
parece-me que aquele céu de brigadeiro do início de 2007 apresenta agora algumas nuvens no horizonte. Cito dois exemplos: 1 - A crise norteamericana, longe de estar resolvida, projeta um cenário de desaquecimento econômico. E, se a maior economia do planeta crescer menos, possivelmente as expectativas quanto ao crescimento do resto do mundo (inclusive o Brasil) deverão ser revisadas, impactando para baixo os fluxos de caixa futuros. 2 - A inflação de 2007, medida pelo IGP-M, acusou alta de mais de 7,7%, fato que, aliado à percepção do aumento do risco mundial (de novo, Brasil, incluído), impacta para cima as projeções de taxas de juros. Ou seja, dois efeitos que, combinados, poderão (não temos certeza!) derrubar cotações em bolsa. Conclusão: para você, caríssimo leitor, que pensa em entrar em bolsa neste momento, recomendaria um pouco mais de cautela. Talvez seja a hora de ir com menos sede ao pote, alocando um percentual menor nos ativos de risco ou até mesmo adquirindo ativos de risco limitado, como por exemplo o POP da Bovespa. Volte a ser mais arrojado quando as nuvens se dissolverem! Esta é, pelo menos, a opinião, não de um guru das finanças, mas sim de um modesto colunista! Um grande abraço e até a próxima semana!
OPINIÃO - 3
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
OPERAÇÕES DE DESINFORMAÇÃO LANÇADAS DE WASHINGTONENGANARAM A NAÇÃO INTEIRA
BENEDICTO FERRI DE BARROS
A alma americana debilitada Parte 1
DISTORÇÕES DA
Por Olavo de Carvalho
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hoje repetida uniformemente pela mídia e pelo sistema de ensino, mas se propagaram pelo m u n d o, c r i a n d o a i m a g e m m o n s t r u o s amente deformada que h o j e a l imenta e legitima o ódio antiamericano por toda parte. Pode parecer absurdo que governantes escolham acumpliciar-se à difamação do seu próprio país para evitar problemas com a URSS ou para salvar sua própria imagem eleitoral, mas foi exatamente isso o que fizeram três presidentes americanos, dois dos quais, por ironia, são apresentados pela retórica esquerdista como personificações exemplares do anticomunismo e do "imperialismo ianque".
A
s três operações foram concebidas nas altas esferas do Partido Democrata, mas pelo menos uma delas com intensa colaboração republicana. Três livros recentemente publicados, um dos quais já comentei aqui e o outro mencionei de passagem (v. http://www.olavode c a r v a l h o . o r g / s e m a n a / 0 7 1 2 1 0 d c. h t m l e http://www..olavode c a r v a l h o . o r g / semana/070129dc.html), revelam por fim o que se passou por trás do palco nessas ocasiões, as incríveis maquinações de políticos e jornalistas que por interesses imediatistas não hesitaram em favorecer o inimigo e legar às gerações seguintes um país enfraquecido moralmente. O primeiro desses episódios foi a operação montada
pela administração Harry Truman – e prosseguida fielmente por Eisenhower – para negar ou dissimular a presença maciça de agentes soviéticos em altos postos do governo americano, especialmente no Departamento de Estado, bem como em funções técnicas e administrativas onde tinham acesso a informações secretas de natureza militar. A história é contada com detalhes e extensa documentação por M. Stanton Evans em Blacklisted by History- The Untold Story of
Senator Joseph McCarthy and his Fight Against America's Enemies, New York, Crown Forum 2007. Enquanto vocês não lêem o livro, podem ouvir um bom resumo feito pelo autor na Heritage Foundation, com comentário de H e r b e r t R o m m e r s te i n , e l e próprio responsável por importantes pesquisas sobre a infiltraç ã o s o v i é t i c a n o s E UA ( v. w w w. h e r i t a g e . o r g / p r e s s / events/ev121207a.cfm). Para fazer uma idéia dos riscos estratégicos envolvidos na situação, basta saber que praticamente toda a orientação da política norte-americana na China durante a revolução comunista foi decidida com base em relatórios forjados por agentes soviéticos infiltrados no serviço diplomático americano em Beijing. Mediante falsificações prodigiosas, esses agentes conseguiram persuadir o governo de Washington a sonegar ajuda a seu aliado Chiang Kai-Chek e a apoiar as tropas comunistas de Mao Dzedong, que sem isso jamais teriam conseguido derrubar o governo chinês e instaurar a mais sangrenta das ditaduras genocidas que o mundo já conheceu.
O
embaixador americano Patrick Hurley percebeu a trama e avisou Washington em tempo, mas suas mensagens foram desprezadas. Sentindo-se insultado, Hurley pediu demissão, sendo substituído pelo general George Marshall, que acreditava naqueles relatórios como se fossem evangelhos revelados. Marshall não era pró-comunista, evidentemente, mas se o seu procedimento no caso não foi um exemplo daquilo que Eric Voegelin chamava de "estupidez criminosa", não sei o que mais possa se enquadrar na classificação. (CONTINUA NA EDIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, DIA 14)
Divulgação
O
discurso dominante na grande mídia, no show business e nas universidades dos EUA é hoje tão francamente anti-americano que só em detalhes de estilo – se tanto – é possível distingui-lo das campanhas de difamação empreendidas pela URSS nos anos 50 e 60. A elite americana gabase de ter vencido a Guerra Fria, mas parece que foi psicologicamente dominada pelo inimigo perdedor e acabou acreditando em tudo o que ele dizia contra ela. A vingança póstuma dos soviéticos brilha nas páginas do New York Times, no horário nobre da CBS e nos filmes de Michael Moore e George Clooney com um esplendor que nem Willi Münzenberg, o gênio da desinformação comunista, jamais teria ousado sonhar. O que quer que se diga contra o governo americano, contra os militares americanos, contra a cultura americana parece hoje gozar de credibilidade automática, além de poder ser gritado desde o alto dos telhados sem o menor temor de uma resposta exasperada, ao passo que toda palavra pró-americana tem de vir cercada de precauções politicamente corretas, por medo de represálias infalíveis e ruidosas, se não de um processo judicial. Acompanhar o debate político americano é confirmar diariamente o sentido profético do verso de William Butler Yeats: "The best lack all conviction, while the worst are full of passionate intensity." Algo mudou radicalmente no coração da América na segunda metade do século XX, e mudou exatamente no sentido em que os mais odientos inimigos do país teriam desejado que mudasse. Como isso foi possível? Os agentes da mudança querem fazer-nos crer que foi tudo um processo espontâneo, natural e inevitável, dando ao curso da transformação a autoridade de uma lei histórica impessoal que só a tacanhice reacionária ousaria contestar. Mas há tempos já compreendi que leis históricas impessoais são quase sempre mera camuflagem de ações humanas que desejariam passar despercebidas para que seus efeitos se recubram de uma aura de mistério divino. A mudança que debilitou a alma americana foi precipitada por três grandes e bem sucedidas operações de desinformação que, por serem lançadas desde Washington e não desde Moscou, conseguiram enganar a nação inteira e forjar um novo "senso comum" (no sentido gramsciano do termo) a cuja influência nem os mais conservadores e patriotas escapam por inteiro. Nas três ocasiões as mentiras cuidadosamente elaboradas pelo próprio governo para lançar sobre os EUA a culpa pelas ações maliciosas de seus inimigos não só se tornaram verdade oficial, até
A elite americana gaba-se de ter vencido a Guerra Fria, mas parece que foi psicologicamente dominada pelo inimigo perdedor e acabou acreditando em tudo o que ele dizia contra ela. A vingança dos soviéticos brilha nas páginas dos jornais, na TV e nos filmes.
DEMOCRACIA
A
característica fundamental de todas as democracias é que nelas todos os cidadãos são dotados de iguais direitos, entre eles o direito magno de decidir pela maioria dos eleitores quais serão seus dirigentes soberanos. E aos soberanos, seus dirigentes e representantes, cabe – como o termo designa – o poder supremo e incontrastável de estabelecer quais são esses direitos, mediante leis que o Estado faz, aplica e julga. Assim, a democracia, como a palavra diz (demo=povo e cracia=governo) é, na versão popular, "o governo do povo pelo povo" por oposição à aristocracia, que etimologicamente seria o governo pelos melhores (aristo=melhores e cracia = governo.) Essa não é uma conotação meramente etimológica. Todas as decorrências dos regimes democráticos, as políticas, as econômicas e as sociais se originam da concepção de que a soberania reside no povo (entenda-se, na maioria eleitoral) e isso subordina a concepção do Direito à vontade popular. A democracia moderna tem sua origem na história ocidental em fins do século 18, com a Revolução Francesa. A tradição política anglosaxônica, de origem muito mais remota, tinha concepção diversa, tanto dos direitos dos cidadãos, como das relações entre eles e o Estado e seus dirigentes. Para os ingleses, que foram seus melhores representantes, esses direitos não dependiam da "vontade popular" expressa pelos partidos e maiorias eleitorais, mas em algo anterior e mais radical. A principal decorrência dessa postura foi enunciada em 1215 pelos barões ingleses que declaram que não competia ao governo decidir sobre a tributação, mas aos governados decidir quanto estavam dispostos a gastar para ter esse serviço público. Esse princípio, estabelecido pela Magna Carta alterava radicalmente as relações entre o povo e seus dirigentes e – na prática – eliminava a noção de que maiorias eleitorais tinham o poder soberano de definir direitos que – na prática – deixavam de pertencer ao povo, tornando-os privilégios discricionários de uma minoria de cidadãos – os políticos – erigidos como "soberanos." Foi esse o entendimento que na França, durante a Revolução, o francês Siéyès enunciou ao declarar que ao eleger seus representantes o povo eleitor alienava para eles a representação de sua vontade soberana. Os soberanos passavam a ser eles. Ao resumir toda a questão política nas relações
G No Brasil, o povo
escolheu como seus dirigentes, por meio de eleições democráticas, marxistas de quarto escalão. Já dá para ver a eficiência com que enriqueceram
econômicas, Marx, por sua vez, colocava pragmaticamente toda a problemática política e social na questão de se saber como o produto econômico era apropriado e distribuído entre as diferentes classes sociais. E pragmaticamente, dizemos, porque na prática, todas as relações sociais materiais e o acesso aos bens produzidos, são intermediados pelo dinheiro.
C
om o que concordaram os políticos democráticos na qualidade de donos do poder e depois de chamar a si o direito de taxar, se autoprivilegiaram como os principais beneficiários dessa arrecadação. Pois quem controla o poder controla ao mesmo tempo o dinheiro, o que se evidencia por numerosos fatos e instituições de qualquer regime. Basta citar o macro fato de que nos regimes marxistas que assumiram o governo em todos os países, uma das primeiras coisas a surgir nessas sociedades sem classes foi a "nova classe" dos dirigentes comunistas e sua clientela. Na atualidade brasileira, mediante eleições democráticas o povo escolheu como seus soberanos dirigentes marxistas de quarto escalão. E já dá para ver a velocidade e eficiência com que os altos escalões se enriqueceram e que para os pintos ficou a quirera dos cargos de confiança, que em detrimento dos demais cidadãos, abocanha mordomias e, ao mesmo tempo que aparelha o Estado, colabora para a ampliação de uma "nova classe" nacional. BENEDICTO FERRI DE BARROS É ESCRITOR. PAJOLUBE@TERRA.COM.BR
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10 - LOGO A oposição tem que conseguir fazer com que seus seguidores acabem com os saques, assassinatos e destruições.
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Da queniana Wangari Maathai, Nobel da Paz de 2004, que responsabiliza a oposição pela "violência brutal" no Quênia após a reeleição de Mwai Kibaki.
JANEIRO
7 Dia da Liberdade de Culto
P OLÍTICA
Anna Sam, uma francesa de 28 anos formada em Lingüística, viveu 8 anos como caixa de um supermercado da periferia de Rennes (oeste da França). Para sobreviver à frustração, ela criou um diário virtual em que contava experiências como chorar ao ser insultada por um cliente porque não tinha uma sacola plástica à mão; ouvir mães dizendo aos filhos frases como "Estude. Do contrário, acabará como esta mulher" (todas sem saber, é claro, que ela é bacharel) e observar um homem que, horas depois de comprar
filmes infantis com os filhos usando cartão de crédito, voltou ao mercado e pagou à vista por uma fita pornô. As histórias transformaram Anna em uma espécie de embaixadora das 170.000 operadoras de caixas de supermercados da França. Seu diário virtual superou a marca de 120.000 visitas e Anna se tornou famosa na mídia. Com o sucesso e uma tendinite, ela abandonou o emprego e foi procurada por um editor de Paris para transformar as atribulações em livro. http://caissierenofutur.over-blog.com
A RTE
F RANÇA
Segredos do presidente
O
presidente da Venezuela, Hugo Chávez, concedeu uma entrevista à supermodelo Naomi Campbell na qual qualifica o governo dos EUA de "genocida" e elogia Fidel Castro como o "líder mundial com mais estilo". Na entrevista, que será publicada no próximo número da revista britânica GQ, Chávez insiste em seu ataque ao presidente George W. Bush, mas também faz afirmações ousadas como: "O petróleo se acabará na metade do mundo, mas aqui temos petróleo para outros cem anos. Fidel [Castro] me diz sempre que não diga isso, e exclama que cada vez que o digo me coloco no ponto de mira de Bush". Perguntado por Naomi se conhece o grupo de música pop britânico The Spice Girls, Chávez
diz que se lembra delas, acrescentando que conhece pessoalmente a rainha Elizabeth II. Quando a modelo pergunta se conhece o Príncipe Charles, Chávez responde: "Gosto do príncipe. Agora tem Camilla, sua nova mulher. Não é tão atrativa (como a falecida princesa Diana), não é mesmo?". Naomi quis saber se Chávez se deixaria ser visto com o tronco do corpo humano desnudo como o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ao que ele responde: "Por que não?", e convi-
da a modelo a apalpar seus músculos. Chávez mostrou à entrevistadora sua biblioteca e suas pinturas, e confessou a ela que gosta de cantar. "Se não fosse presidente, seria um cantor latino de muito sucesso", comenta Naomi, afirmando que não foi à Venezuela para "julgar" o político, mas para entrevistar o "homem Hugo Chávez". Em seu comentário final, a modelo considera que "Chávez diz o que pensa", e confessa que lhe pareceu uma pessoa "sem medo, mas não ameaçadora ou irracional". "Espero que as relações da Venezuela com a América [ E UA ] melhorem no futuro imediato. Independente do que esteja reservado para o futuro, para mim seu papel será sempre o de um anjo rebelde", escreve Naomi.
AFP
Sarkozy e a nova primeira dama
Khaled Desouki/AFP
Uma caixa de futuro
AFP - 31/10/07
C OMUNICAÇÃO
O francês Le Journal du Dimanche anunciou ontem que o presidente Nicolas Sarkozy, que se divorciou em outubro, poderá se casar no próximo mês com sua noiva, a exmodelo e cantora Carla Bruni. Sob a manchete "Casamento iminente", o semanário afirma que várias fontes – nenhuma delas identificada – disseram que os dois vão se casar no dia 8 ou 9 de fevereiro. O Palácio do Eliseo, sede da presidência, foi se recusou a comentar sobre o assunto. I NTERNET
Reuters
'Rei' do spam na justiça
L
Atriz realiza movimentos com tecidos durante apresentação de espetáculo de ópera chinesa na província de Sichuan.
T ECNOLOGIA
Salve animais com o celular
E M
resposta dos usuários ajuda a salvar espécies raras e ameaçadas de extinção ao fortalecer a rede de proteção ambiental. Os toques de celular disponíveis no catálogo do site incluem o uivo do lobo cinza mexicano, a baleia beluga do Ártico e dezenas de outros mamíferos, pássaros e répteis. Visitantes do site podem baixar imagens para seu celular e consultar informações sobre os animais. Ainda este ano, o site vai ganhar versão em espanhol e mais toques de celular de espécies da América Latina.
L
O Centro de Diversidade Biológica, baseado em Tucson, no Arizona (EUA), criou um projeto que pretende salvar animais em extinção planeja ampliar seu catálogo de ringtones com sons de animais raros. Novos "ringtones" de animais raros devem ser lançados a cada mês, incluindo os sons do elefante africano e do pingüim imperador. "Tivemos 100 mil downloads em 150 países", disse o diretor do grupo de conservação Peter Galvin. "É muito interessante. Não imaginávamos que seria um sucesso internacional". Segundo ele, a
FETICHE - A Ferrari lançou ontem o modelo da temporada de F-1 que começa em março. É o primeiro carro da nova geração, sem controle de tração. A escuderia não permitiu fotógrafos e câmeras no lançamento e forneceu as imagens do carro. C ARTOGRAFIA
Encontre-se aqui
www.rareear thtones.org/ringtones/
C A R T A Z
P
edaços de argila, desenhos, mapas náuticos, imagens de satélite... Os mapas são muito mais do que representações do espaço, são roteiros para encontrar novos lugares, novas paisagens, espaços inexplorados e, muitas vezes, para encontrar a si mesmo. Esta é a idéia por trás da exposição Mapas, do Field Museum, que ganhou uma versão virtual resumida. Da imaginação à ciência, uma história da cartografia.
VISUAIS
Um júri federal em Detroit, EUA, indiciou Alan Ralsky, de 52 anos, morador de Michigan e apelidado de "rei do spam". Outras 10 pessoas, incluindo o genro de Ralsky também foram indiciadas por um esquema ilegal de fraude de ações e envio de e-mails. Contra Ralsky são 41 acusações. A principal delas é contra uma operação em que o grupo enviou diversos e-mails recomendando ações chinesas de baixo preço e giro fraco, para assim elevar seu preço em bolsa e obter benefícios vendendo as ações a preços artificialmente inflacionados, de acordo com comunicado. B RAZIL COM Z
Ela pode salvar o planeta O jornal britânico The Guardian citou em sua edição de ontem a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, como uma das 50 pessoas que podem salvar o mundo do desastre ambiental. O jornal destaca a carreira de Marina Silva, e lembra que a atual ministra foi analfabeta até os 14 anos, quando começou a estudar, formou-se em História e se tornou a mais jovem senadora brasileira. Marina Silva é a única latinoamericana da lista, que traz nomes óbvios como o Nobel da Paz de 2007 Al Gore, o ator Leonardo Di Caprio e a primeira-ministra da Alemanha Angela Merkel.
www.fieldmuseum.org
BRAZIL COM Z
A mostra Nó na Língua retrata o lado lúdico da Língua Portuguesa em sete instalações. Sesc 24 de Maio (Espaço Transitório). Rua Dom José de Barros, 178. Das 12h às 18h. Grátis. G @DGET DU JOUR
F AVORITOS
Para seu próximo mergulho
Para ler sem gastar um tostão
Para quem mergulha, um gadget fundamental é a Digital Camera Mask. Apesar de estar disponível apenas na cor amarelo gritante, a máscara vem com uma câmera para fotografar a uma profundidade de até 30 metros e resolução de 3.1 MP ou 5MP. Preço não divulgado.
O iG mantém uma área para download de livros digitalizados. Basta escolher o título, clicar, fazer o download gratuito e começar a ler. São mais de 200 livros da literatura brasileira e portuguesa, além de obras da literatura universal. A lista inclui: O Alienista, de Machado de Assis, Os Lusíadas, de Camões, Os Maias, de Eça de Queirós, Pride and Prejudice, de Jane Austen e diversos outros títulos, especialmente aqueles que são de leitura obrigatória para o vestibular.
www.liquidimageco.com
download.html
Século 19: globo hindu em madeira, mistura ciência e religião; uma das imagens de um atlas chinês. Século 21: mapa digital da África. Reproduções/site
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
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Segundo Infraero, 14,9% dos 866 vôos previstos para ontem no país tiveram atrasos
L
Cirurgia plástica que apaga marcas deixadas pela gravidez avança entre brasileiras
L
www.ig.com.br/ paginas/novoigler/
A TÉ LOGO
Pelo menos 74 milhões de pessoas migram de países pobres para 'menos pobres'
A dica é olhar para o Brasil Em artigo no The New York Times, o jornalista Roger Cohen fala que, apesar dos problemas sociais persistentes, o País finalmente chegou ao futuro. Ele cita o presidente Lula ("quem mais consegue ser ao mesmo tempo um amigo de Hugo Chávez e George W. Bush?"), os recordes nas exportações de café, carne bovina, açúcar, suco de laranja e minério de ferro; a liderança do País em combustíveis não-fósseis e a biodiversidade. E acrescenta: "O próximo presidente [nor te-americano] deveria dar prioridade a um olhar para o sul, com o Brasil como pivô de um engajamento mais intenso".
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segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Política PACOTE É SÓ REMENDO, CRITICA ALENCAR Ao receber alta do hospital, vice-presidente voltou a defender a implantação de uma reforma tributária ampla
André Lessa/AE
Os números retratam uma passividade histórica nas contas de aplicações de recursos públicos em todas as esferas. Ubiratan Aguiar
Eymar Mascaro
No funil
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proxima-se a data em que Geraldo Alckmin (PSDB) e Marta Suplicy (PT) devem responder aos partidos se serão candidatos à Prefeitura de São Paulo. Os dois prometeram uma decisão para o mês de fevereiro. Marta e Alckmin são os principais candidatos nos seus partidos, ambos lideram as pesquisas perseguidos pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM), candidato à reeleição. A novidade no PSDB é que José Serra abre espaços no governo para os alckmistas, mas com a condição de Alckmin não se candidatar a prefeito. Serra pleiteia o apoio do PSDB à reeleição de Kassab, na expectativa de obter o apoio dos democratas em 2010. Enquanto isso, Marta continua comentando que prefere ser candidata ao governo do Estado.
ESTADO Além de abrir espaços no governo para alckmistas, Serra assegura a legenda do PSDB para Alckmin ser candidato a governador, onde teria vitória garantida. Serra lembra que as pesquisas dão amplo favoritismo ao exgovernador, que venceria a eleição em quase todos os municípios paulistas.
Pessimismo: "Rezem para mim, que o negócio está feio", comentou José Alencar, à saída do hospital Sírio-Libanês. Tratamento vai continuar.
S
em esconder sua preocupação com os resultados do tratamento, o vice-presidente da República, José Alencar, recebeu alta ontem do hospital SírioLibanês, em São Paulo, onde esteve internado desde quinta-feira para se submeter a uma quimioterapia, para combate de um câncer no abdome. Alencar mostrou-se pouco otimista com o tratamento. "Rezem para mim, que o negócio está feio. Estou saindo satisfeito porque eu sou assim mesmo, mas que a coisa é preta, é".
E
m 2007, a Controladoria-Geral da União (CGU) remeteu ao Tribunal de Contas da União (TCU) 1.459 processos identificando suspeitas de irregularidades na aplicação de verbas públicas. Os processos, classificados como Tomadas de Contas Especiais (TCEs) no jargão do serviço público, apontam prejuízos de R$ 661,7 milhões na aplicação de recursos federais. Os problemas estão localizados nas transferências de dinheiro feitas pelos ministérios a estados, prefeituras, hospitais, santas casas e entidades sem fins lucrativos, como organizações nãogovernamentais, organizações da sociedade civil de interesse público (Oscips) e sindicatos. Do total, indícios de irregularidades como o superfaturamento de serviços ou obras, pagamento irregular de despesas, apresentação de comprovantes fraudados nas prestações de contas, licitações viciadas, não comprovação de aplicação dos recursos repassados ou aplicação do dinheiro em outro tipo de ação, diferente da prevista no convênio e retenção de recursos não aplicados (quando sobra dinheiro, ele deve ser devolvido ao Executivo) somam R$ 157,2 milhões. A execução de obras (ou serviços) pela metade responde por outros R$ 110,5 milhões em prejuízos ao erário. Falta de documentos,
Alencar volta amanhã para Brasília, por volta das 10 horas da manhã, e retorna a São Paulo daqui a três semanas para passar por uma nova sessão de três dias de quimioterapia no mesmo hospital. Mesmo com problemas de saúde, o vice-presidente não deixou de fazer críticas às medidas adotadas recentemente pelo governo. Ele classificou de remendo o pacote tributário anunciado na semana passada, que aumentou as alíquotas do IOF sobre crédito e da CSLL para bancos. "A questão tribu-
tária não será resolvida com esse tipo de remendo". O vice-presidente voltou a defender a implantação de uma reforma tributária mais ampla e abrangente, que simplifique a arrecadação de tributos no Brasil. Ele afirmou, no entanto, que o governo está compromissado com a proposição dessa reforma e, na sua opinião, deveria negociá-la com os governadores. Quanto às declarações de partidos da oposição de que o governo teria traído o Congresso ao aumentar a alíquota
CGU aponta fraudes de R$ 661 milhões em repasse de verbas dono do maior orçamento divergências entre as do Executivo, figura no topo informações prestadas ou da lista em quantidade de entre os documentos processos e volume de apresentados e as repasses com indícios de fiscalizações nos locais dos irregularidades. Em 2007, projetos somam outros R$ foram remetidos ao TCU 469 123,6 milhões sob suspeita. processos relatando Casos de omissão da problemas nas aplicações prestação de contas – feitas por prefeituras e prefeituras e entidades entidades recebem os privadas, recursos, mas como não remetem hospitais, de nenhum verbas documento processos indicam transferidas comprovando suspeitas de pela Saúde. a execução irregularidades na Nesse caso, das obras ou o prejuízo serviços aplicação do dinheiro aos cofres contratados – público, sobretudo no públicos somam R$ apontado 125,6 milhões setor de Saúde, de chega a R$ do total. maior orçamento 235,8 Prejuízos milhões. É o causados por dobro do volume servidor ou empregado identificado em 2006, somam R$ 77,7 milhões e quando a CGU remeteu ao cobrança irregular de serviços hospitalares totaliza tribunal processos que relatavam prejuízos de R$ R$ 61,7 milhões. A maior parte dos processos refere-se 115 milhões. Em segundo lugar está o a repasses realizados nos últimos dez anos. Os valores Ministério do Planejamento: 118 processos apontam identificados são suspeitas de irregularidades preliminares e ainda serão na aplicação de R$ 69,1 submetidos à análise e milhões. A maioria dos votação do TCU. casos envolve repasses O Ministério da Saúde,
1.459
dos dois tributos, Alencar apenas disse que o governo é democrático e que não cabe a ele achincalhar a oposição. Ao mesmo tempo, o vicepresidente ressaltou a importância da manutenção do equilíbrio fiscal como base da política econômica do País. "Não se pode brincar com o orçamento e a inflação sempre foi uma grande preocupação do presidente Lula", disse. "Não queremos a volta da inflação e, em vista disso, não poderemos jamais perder de vista o equilíbrio orçamentário". (AE) antigos realizados por órgãos federais liquidados, como a Legião Brasileira de Assistência e o Ministério do Bem-Estar Social, extintos em 1995, cuja administração passou a ser de responsabilidade da pasta. Passividade – "Esses números retratam uma passividade histórica no trato das prestações de contas de aplicações de recursos públicos em todas as esferas", avalia o ministro do TCU, Ubiratan Aguiar. Mas, segundo ele, há avanços na melhoria dos controles. "O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ligado ao MEC, é um exemplo. Com investimento em tecnologia, que permitiu o processamento eletrônico das contas dos convênios, o órgão conseguiu colocar em dia o acompanhamento dos repasses. Resta apenas um pequeno passivo", diz. "É preciso aumentar o número de exemplos como esse no Executivo", ressalva. O procurador-geral do tribunal, Lucas Furtado, aponta que o Ministério da Saúde tem dificuldades extras para fiscalizar as transferências que faz pela natureza dos seus gastos. Os repasses, destinados em boa parte à compra de material, medicamentos e pagamento pela prestação de serviços, são difíceis de monitorar. O Ministério recebeu R$ 19,4 bilhões no ano passado para financiar a rede de saúde e outros R$ 12 bilhões para construção e reforma de postos de saúde e saneamento. (AE)
menor expressão existem movimentos que podem desembocar no lançamento de outras candidaturas, casos, por exemplo, do PMDB e do PTB. Esses dois partidos integram a coalizão do governo Lula.
CANDIDATURAS O PMDB ainda não dispõe de nenhum candidato capaz de assustar os favoritos, mas Orestes Quércia continua divulgando que o partido terá candidato próprio. No PTB, fala-se na candidatura do senador Romeu Tuma, que também ainda não assusta Alckmin, Marta e Kassab.
ALIADOS DUAS MÃOS Serra amarrou um compromisso com o DEM: apoiar a reeleição de Kassab. O governador não quer correr o risco de perder o apoio dos democratas em 2010. A dificuldade de Serra tem sido a de convencer Alckmin a não se candidatar à Prefeitura.
DISPUTA Alckmin acha que deve aproveitar o recall da campanha de 2006: seu nome ainda está na memória dos eleitores. Além disso, Alckmin pensa que Serra pode ser candidato à reeleição na hipótese de perder a legenda presidencial do PSDB para Aécio Neves.
NA FRENTE As pesquisas continuam indicando que Alckmin, Marta e Kassab são os principais candidatos à Prefeitura. O tucano e a petista ainda vão responder ao PSDB e ao PT, mas o democrata já está em campanha pela reeleição. Kassab confia no apoio tucano à sua candidatura.
NA MOITA Marta Suplicy procura fugir do compromisso da candidatura, mas a pressão sobre ela é cada vez mais acentuada. A ministra é a melhor opção no PT: segundo as pesquisas, só Marta é capaz de levar o PT à vitória. Os demais précandidatos no partido ainda não pagam placê.
CARGO Nos encontros que sustenta com petistas, Marta reafirma que gostaria de continuar no ministério até o fim do mandato de Lula. Seu objetivo é concorrer ao governo do Estado em 2010. A pressão para que a ministra aceite a candidatura é engrossada pelos candidatos do PT às prefeituras da Grande São Paulo.
MOVIMENTAÇÃO As articulações não são privilégios do PT e PSDB. Também em partidos de
Apesar do apelo de Lula para que os aliados apóiem o candidato do PT, a verdade é que PSB, PDT e PCdoB ensaiam o lançamento de um candidato do grupo. Três deputados são considerados précandidatos nos seus partidos. São eles: Luiza Erundina, Paulinho da Força Sindical e Aldo Rebelo.
CARRO-CHEFE Lula continua considerando seus programas sociais carroschefe nas próximas campanhas eleitorais. Por isso, o presidente decidiu ampliar o atendimento do Bolsa-Família, destinando uma ajuda mensal a adolescentes de 16 e 17 anos. Até agora, o BolsaFamília atendia quem tinha até 15 anos.
ALCANCE O Bolsa-Família atende a mais de 40 milhões de pessoas, representando quase 12 milhões de famílias. Admite-se que a grande maioria dos agraciados é eleitor. O Bolsa-Família atende sobretudo as famílias mais pobres, das áreas mais carentes do País.
VOTAÇÃO Na eleição de 2006, Lula obteve 70% da votação no Nordeste, uma região que centraliza 35 milhões de eleitores. A oposição admite que o carro-chefe da campanha de Lula na região foi o Bolsa-Família. Detalhe: Lula não pretende cortar verbas dos seus programas sociais, apesar da perda de arrecadação da CPMF.
PROVISÓRIA Lula usou Medida Provisória editada antes de 1º de janeiro para estender o atendimento do BolsaFamília aos adolescentes de 16 e 17 anos. Nessa faixa etária o voto é facultativo. O presidente não poderia ampliar o assistencialismo em 2008 por ser ano eleitoral. Por isso, lançou mão da MP. A oposição promete derrubá-la assim que for votada.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
POLÍTICA - 5
Marcos Fernandes/LUZ - 25.01.07
Maia: "Até março só se vai falar nisso", prevê.
Oposição vai atacar tributos Líderes concordam que a excessiva carga tributária será o principal mote da oposição na disputa das eleições municipais Quando se colocaram contra a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), os líderes dosprincipais partidos de oposição – DEM e PSDB – não imaginavam que ali estavam cevando um discurso para as eleições municipais de 2008. A luta contra a CPMF virou campanha pela redução da carga tributária e o governo, na semana passada, ainda lhes deu um reforço providencial, ao decretar o
aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). "Até fins de março, pelo menos, o mundo político só vai falar de aumento da carga tributária", avalia o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ). E fim de março já é começo da campanha municipal. Rodrigo Maia prevê que o DEM vai enfatizar, na campanha, a redução da carga tributária e engatar no argu-
mento a discussão sobre a justeza dos impostos que o cidadão paga (no caso, o IPTU e o ISS) e os serviços e benefícios que recebe em troca. Essa, diz, será a fórmula para inflamar o debate sobre a boa gestão pública. "Se o tema estiver aquecido até o começo da campanha – e deverá estar – não tem como dissociar uma coisa da outra", replica o prefeito Gilberto Kassab (DEM), de São Paulo, pronto para se encaixar nesse enredo como virtual can-
didato à reeleição. O deputado Edson Aparecido (SP), vice-presidente do PSDB, afirma que a luta pela redução da carga tributária se amolda com perfeição à eleição municipal, mas lembra que o tema brotou na campanha presidencial do candidato Geraldo Alckmin em 2006. "Esse discurso se consolidou na sociedade mais bem informada e agora ficou muito mais atual com a extinção da CPMF", observa. (AE)
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Nacional Empresas ComércioExterior COMÉRCIO COM A ARGENTINA CRESCEU MENOS Finanças
7 Desoneração tributária para reforma e modernização de portos inclui IPI, Cofins e PIS.
GOVERNO NÃO DESCARTOU POLÍTICA DE RELAÇÕES SUL-SUL, APESAR DO PESO ECONÔMICO DO NORTE
REFORÇO NO COMÉRCIO COM O SUL Jonas Oliveira/ Folha Imagem - 28/3/2005
lhões, mas o crescimento foi menor, de 28,8% sobre 2006, e as exportações, que alcançaram a cifra de US$ 14,4 bilhões, tiveram alta de 22,3%. "A China ganha importância cada vez maior no comércio internacional e aumenta as re-
lações com todos os países do mundo. Não adianta o Brasil fugir da realidade", afirmou o professor de Relações Internacionais da Faculdade Santa Marcelina Wagner Romão. A questão corrobora com alguns críticos da política Sul-
Sul do governo Lula, que sempre afirmaram que o Brasil deveria pensar em parceiros do Hemisfério Norte, que são mais ricos e desenvolvidos, e com a China e Índia, que não param de crescer. "A ênfase em aumentar o comércio com a África e os latinos não é ruim, desde que não exclua as relações com nações mais importantes economicamente", disse o coordenador do curso de Relações Internacionais da Escola de Negócios Trevisan, Sidney Ferreira Leite. Segundo ele, tampouco é verdade que a política do governo Lula tenha dado errado e a importância da China para o Brasil tenha crescido por problemas entre o País e Argentina ou outros membros do Mercosul. "A questão foi cambial. Como o dólar está baixo (em relação ao real) era natural importar do maior exportador do momento, a China". Para Leite, se a finalidade do governo é intensificar as relações com a África e América Latina seria importante que o País mantivesse investimentos públicos em países dessas regiões. "A China coloca dinheiro diretamente na infraestrutura de vários países e mantém linhas de financiamento para a iniciativa privada do exterior, portanto cria relações com essas nações."
provisória que prorroga até dezembro de 2010 o Regime Tributário para Incentivo à Modernização e Ampliação da Estrutura Portuária (Reporto). O objetivo da medida é promover a desoneração tributária para incentivar investimentos na recuperação, modernização e ampliação dos portos
brasileiros. O regime foi instituído por medida provisória em 2004 e perderia a validade no final do ano passado. A desoneração tributária abrange impostos como a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI), Programa de Integração Social (PIS) e Imposto de Importação, incidentes sobre produtos como máquinas e equipamentos para utilização exclusiva em portos. Na mesma edição, foi fixado também o valor limite de dedução para projetos desportivos. (AE)
Fernanda Pressinott
O
governo federal pretende equilibrar melhor o fluxo comercial com os países sul-americanos neste ano. A intenção foi revelada pelo secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) Welber Barral, após a divulgação dos resultados da balança comercial de 2007 há poucos dias. "O único país com o qual o Brasil não tem superávit é a Bolívia, devido à importação de gás. Mas vamos reverter isso e ampliar o comércio com os vizinhos", disse. Os dados da balança, porém, mostram que a dinâmica mundial nem sempre está atrelada aos desejos e políticas governamentais. O comércio entre Brasil e Argentina e outros membros do Mercosul está perdendo espaço para as relações entre o País e a China. Em 2007, a compra de produtos chineses foi de US$ 12,617 bilhões – aumento de 57,3% ante 2006. As vendas para lá chegaram a US$ 10,749 bilhões, crescimento de 27,4%. Entretanto, as importações da Argentina – até então o segundo melhor parceiro do Brasil – somaram US$ 10,41 bi-
Incentivo para os portos é prorrogado
O
governo publicou no último dia de dezembro, em edição extra do Diário Oficial da União, medida
Exportações brasileiras para a China ganham espaço na balança
EXTRAVIO - A Ozz Plot Impressões Digitais S/S Ltda., CNPJ 07.422.601/0001-31, Rua Maranhão 584 cj. 93, extraviou as Notas Fiscais Simplificada Série A de nº 040 ao nº 500 e as Notas Fiscais de Serviços Série A de nº 001 ao nº 250, EM BRANCO, conforme Boletim Eletrônico de Ocorrência B.E.O. 661/2008 emitido em 02/01/2008 na área de Fato 77 D.P. - Santa Cecília.
Greco Comércio de Baterias Ltda, CNPJ n.º 00.688.543/0001-43 I.E 114.425.923.114, vem pelo presente comunicar o extravio da Nota Fiscal modelo 1 nº 20157 formulário contínuo. ASSOCIAÇÃO DOS ENGENHEIROS, ARQUITETOS E AGRÔNOMOS MUNICIPAIS DE SÃO PAULO - SEAM
EDITAL DE CONVOCAÇÃO A Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos Municipais de São Paulo - SEAM convoca Assembléia Geral Ordinária, de acordo com item “b” do artigo 23 dos Estatutos da SEAM, para o dia 14 de Janeiro de 2008 - segunda-feira, em primeira convocação às 18:00hs e segunda convocação às 19:00 hs, no Auditório da SEAM, sito à Av. Ipiranga, 318 – Bloco A, 1º andar - conj. 101 - Centro; Ordem do Dia: Relatório de prestação de contas da Diretoria do Exercício de 2007.
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO ABERTURA DE LICITAÇÃO www.riopreto.sp.gov.br MODALIDADE: PREGÃO PRESENCIAL Nº 001/2008 Objeto: Registro de Preços para aquisição de almôndega de carne bovina, carne bovina de segunda, coxa e sobrecoxa de frango, músculo bovino, salsicha, sassami de frango destinados a alimentação escolar da rede municipal, estadual e entidades filantrópicas do município, durante o ano letivo de 2008. Data de processamento do pregão: 17/01/2008 às 14:00h, na sala de audiências da Comissão de Licitações, 2º andar do Paço Municipal.
Cidade de Deus - Companhia Comercial de Participações CNPJ no 61.529.343/0001-32 - NIRE 35.300.053.800 Assembléia Geral Extraordinária Edital de Convocação Convidamos os senhores acionistas da Sociedade a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária, a ser realizada no dia 14 de janeiro de 2008, às 11h, na sede social, Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, Salão Nobre do 5o andar, Prédio Novo, a fim de examinar proposta do Conselho de Administração para aumentar o Capital Social no valor de R$327.600.000,00, elevando-o de R$3.550.000.000,00 para R$3.877.600.000,00, mediante a emissão de 196.167.665 novas ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, ao preço de R$1.670,00 por lote de mil ações, para subscrição particular pelos acionistas no período de 22.1 a 22.2.2008, na proporção de 3,411185150% sobre a posição acionária que cada um possuir na data da Assembléia (14.1.2008), com integralização à vista, de 100% do valor das ações subscritas, em 17.3.2008. Documentos à Disposição dos Acionistas: Este Edital de Convocação e a proposta do Conselho de Administração encontram-se à disposição dos acionistas na sede da Sociedade e no Departamento de Ações e Custódia do Banco Bradesco S.A., Instituição Financeira Depositária das Ações da Sociedade, Cidade de Deus, Prédio Amarelo, Vila Yara, Osasco, SP. Cidade de Deus, Osasco, SP, 2 de janeiro de 2008. Lázaro de Mello Brandão - Presidente do Conselho de Administração. 03, 04 e 07.01.08
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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
FDE AVISA: TOMADA DE PREÇOS - TIPO TÉCNICA E PREÇO A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de serviços técnicos especializados de projeto executivo completo: TOMADA DE PREÇOS N.º - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO – PRAZO – ÁREA DO PROGRAMA ARQUITETÔNICO (m²) - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 46/1912/07/02 - EE Profª Maria Luiza de Andrade Martins Roque – Rua Marcelino Nogueira Júniior, 117 - Jardim Eliane Grajaú/SP – 90 - 1.791,72 m² - 10:30 – 23/01/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 07/01/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO, PROPOSTA TÉCNICA e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na Supervisão de Licitações, na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Fábio Bonini Simões de Lima - Presidente FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 4 de janeiro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Reqte: Parceria Publicidade e Comunicação Ltda - Reqdo: Línea Nutrição Ciência S/A - Rua Antônio das Chagas, 1.222 - 2ª Vara de Falências Reqte: Banco Industrial e Comercial S/A - Reqdo: Rolfi Importação Exportação e Representação Ltda - Av. General Furtado do Nascimento, 740 - conj.74 - 1ª Vara de Falências Reqte: Diamond Plastic Industrial Ltda - ME - Reqdo: Inbrafil Indústria e Comércio Ltda - Rua Salvador Pires de Lima, 87 - 1ª Vara de Falências
Declaração de Extravio de NF, ROBOT CONTROL AUTOMAÇÃO E ROBÓTICA LTDA, CNPJ Nº 01.134.290/0001-29, inscrição municipal nº 5.987, Rua Japão, 514, Unidade 16 A, Jardim São Luiz, Santana de Parnaíba/SP, declara ter sido extraviada a Nota Fiscal nº.269 de 10/2004 no valor de R$6.118,00, assim como 02 talões de notas fiscais do nº 001 ao nº 100 preenchidos.
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FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Obras: TOMADA DE PREÇOS N.º - OBJETO - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/2541/07/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Prof. Creso Antonio Filetti - Rua Azizi Salomão, 669 - João Paulo II - São Joaquim da Barra/SP – 90 - R$ 28.411,00 – R$ 2.841,00 – 11:00 – 22/01/2008. 05/2540/07/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Jesus Guilherme Giacomini - Rua Prof. Renato Jardim, 646 - Jardim Marchesi - Ribeirão Preto/SP - 90 - R$ 27.239,00 – R$ 2.723,00 – 11:30 – 22/01/2008. 05/2561/07/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE/ EMEF Prof. Oswaldo Salles - Rua Francisco Libardi, 200 - Patrimônio de Sodrelia - Santa Cruz do Rio Pardo/SP; EE/ EMEF Biecio de Britto - Praça São Bom Jesus, 42 - Patrimônio Caporanga - Santa Cruz do Rio Pardo/SP – 90 - R$ 52.878,00 – R$ 5.287,00 – 14:30 – 22/01/2008. 05/2555/07/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Márcia Nuti Molina - Rua Brasília, 380 - Jardim Modro - Bastos/SP – 90 - R$ 21.082,00 – R$ 2.108,00 – 15:00 – 22/ 01/2008. 05/2556/07/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Arthur Francisco Andrighetti - Av. Neisser Machado, s/nº - São João do Marinheiro - Cardoso/SP – 90 - R$ 25.114,00 – R$ 2.511,00 – 15:30 – 22/01/2008. 05/2581/07/02 - Reforma de prédio(s) escolar(es) - DER - Diretoria de Ensino - Região de Itapeva - Rua Torquato Raimundo, 96 - Jardim Ferrari - Itapeva/SP – 120 - R$ 16.100,00 – R$ 1.610,00 – 16:00 – 22/ 01/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 07/01/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 21/01/2008, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Fábio Bonini Simões de Lima Presidente
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FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Construção de ambientes complementares com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador e Reforma de prédio escolar: TOMADA DE PREÇOS N.º - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – ÁREA - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/2539/07/02 - EE Profª Maria Paula Ramalho Paes - Rua Francisco Antonio Correa, 381 - Parque da Torre - Piedade/SP – 210 - 26,60 - R$ 38.020,00 – R$ 3.802,00 – 10:30 – 22/01/2008. 05/2515/07/02 - EE Raul Cortez / Raul Christiano Machado Pinheiro de Amorim Cortez - Rua Faustolo (Esq. c/ Rua Sabaúna), s/nº - Água Branca - São Paulo/SP – 210 - 78,10 - R$ 77.208,00 – R$ 7.720,00 – 14:00 – 22/01/2008. 05/2517/07/02 - EE Prof. Antonio Jose Leite - Rua 10 de Maio, 271 - Vila Amélia - São Paulo/SP – 210 - 69,70 - R$ 84.772,00 – R$ 8.477,00 – 16:30 – 22/01/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 07/01/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 21/01/2008, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Fábio Bonini Simões de Lima Presidente
Bradesco Leasing S.A. – Arrendamento Mercantil CNPJ no 47.509.120/0001-82 – NIRE 35.300.151.381 Ata da Reunião Extraordinária no 27, do Conselho de Administração, realizada em 2.1.2008 Aos 2 dias do mês de janeiro de 2008, às 10h, na sede social, Cidade de Deus, Prédio Novíssimo, 2o andar, Vila Yara, Osasco, SP, reuniram-se os membros do Conselho de Administração da Sociedade, sob a presidência do senhor Lázaro de Mello Brandão. Ausente o senhor Mário da Silveira Teixeira Júnior, em férias. Durante a reunião, os Conselheiros tomaram as seguintes deliberações, no âmbito do 3o Programa de Distribuição dos Valores Mobiliários, a ser arquivado na Comissão de Valores Mobiliários - CVM, nos termos da Instrução CVM no 400, de 29 de dezembro de 2003 (Instrução CVM no 400/03), no montante de até R$10.000.000.000,00 (dez bilhões de reais): I. realizar a 5a emissão, para distribuição pública, de debêntures simples, nominativas-escriturais, não conversíveis em ações (debêntures), com as seguintes características: 1. Quantidade Total de Debêntures: 50.000.000 (cinqüenta milhões) de debêntures, número que, em havendo emissão das Debêntures Adicionais, nos termos do item 18 abaixo, poderá ser elevado para 67.500.000 (sessenta e sete milhões e quinhentas mil) debêntures; 2. Valor Nominal Unitário: R$100,00 (cem reais), na data de emissão; 3. Valor Total da Emissão: R$5.000.000.000,00 (cinco bilhões de reais), valor que, em havendo emissão das Debêntures Adicionais, nos termos do item 18 abaixo, poderá ser elevado para R$6.750.000.000,00 (seis bilhões, setecentos e cinqüenta milhões de reais); 4. Número de Séries: única; 5. Forma, Conversibilidade e Espécie: nominativas-escriturais, não conversíveis em ações, e da espécie subordinada aos demais credores da Sociedade; 6. Data de Emissão: 2 de janeiro de 2008; 7. Prazo: 20 (vinte) anos, contados a partir da data de emissão; 8. Data de Vencimento: 2 de janeiro de 2028; 9. Preço de Subscrição e Forma de Integralização: o preço de subscrição das debêntures será o seu valor nominal unitário, acrescido dos juros remuneratórios, calculados pro rata temporis, desde a data de emissão até a data da efetiva subscrição e integralização. A integralização será à vista, em moeda corrente nacional, no ato da subscrição. As debêntures subscritas somente poderão ser negociadas no mercado secundário após totalmente integralizadas; 10. Juros Remuneratórios: as debêntures renderão juros equivalentes à variação acumulada de 100% (cem porcento) das taxas médias diárias dos depósitos interfinanceiros – DI de um dia, Extra-Grupo (Taxas DI), expressa na forma porcentual ao ano, base 252 (duzentos e cinqüenta e dois) dias úteis, calculada e divulgada pela CETIP – Câmara de Custódia e de Liquidação, incidente sobre o valor nominal da debênture, pro rata temporis, a partir da data de emissão até a data do seu efetivo pagamento. Os juros remuneratórios serão pagos na data do vencimento; 11. Atualização do Valor Nominal Unitário: não haverá atualização do valor nominal unitário das debêntures; 12. Amortização Programada: não haverá; 13. Repactuação: a data da repactuação será 2 de janeiro de 2013, ao final do prazo de 60 (sessenta) meses, a contar da data de emissão; 14. Resgate Antecipado: as debêntures poderão ser resgatadas, a qualquer tempo, por deliberação do Conselho de Administração da Sociedade, com a devida publicação de Aviso aos Debenturistas, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, informando a data e procedimento para o resgate. O resgate poderá ser total ou parcial, pelo valor nominal unitário, acrescido dos juros remuneratórios, pro rata temporis desde a data de emissão até a data do resgate. Na hipótese de deliberação de resgate antecipado parcial, a Sociedade adotará o critério de sorteio, a ser realizado na presença do agente fiduciário contratado para a emissão das debêntures. As debêntures resgatadas serão canceladas pela Sociedade; 15. Vencimento Antecipado: as debêntures deverão ser declaradas antecipadamente vencidas, independentemente de aviso, interpelação ou notificação extrajudicial, sendo exigível da Sociedade o pagamento do valor nominal unitário das debêntures em circulação, acrescido dos juros remuneratórios devidos, calculado pro rata temporis, desde a data de emissão até a data do pagamento das debêntures declaradas vencidas, nas seguintes hipóteses: a) intervenção na Sociedade; b) liquidação, declaração de falência da Sociedade ou pedido de recuperação judicial formulado pela Sociedade; c) pagamento de dividendos pela Sociedade, observado o disposto no Artigo 202 da Lei no 6.404/76, ou, por qualquer forma, distribuição pela Sociedade de todo ou parte de seu resultado, mesmo para pagamento de debêntures com participação nos lucros, se a Sociedade estiver em mora em relação ao pagamento de quaisquer valores devidos aos debenturistas, relativos às debêntures; d) falta de cumprimento, pela Sociedade, de qualquer obrigação prevista na escritura de emissão das debêntures, não sanada no prazo de 30 (trinta) dias contados do aviso escrito que lhe for enviado pelo agente fiduciário contratado para a emissão das debêntures; 16. Procedimento de Distribuição: a distribuição das debêntures será pública, com tratamento justo e eqüitativo para todos os destinatários e aceitantes da oferta pública, sem recebimento de reservas antecipadas. A oferta será destinada exclusivamente a, no máximo, 20 investidores qualificados, conforme definidos no Artigo 109 da Instrução CVM no 409, de 18 de agosto de 2004, e alterações posteriores; 17. Distribuição Parcial: não será admitida a distribuição parcial das debêntures. Na hipótese de não colocação da totalidade das debêntures, os valores eventualmente recebidos em contrapartida à subscrição das debêntures deverão ser integralmente restituídos aos investidores, deduzidas quaisquer outras taxas ou encargos, sem juros ou correção monetária; 18. Debêntures Adicionais: a) a Sociedade poderá exercer a opção de aumentar a quantidade de debêntures a serem distribuídas, nos termos do Parágrafo Segundo do Artigo 14 da Instrução CVM n o 400/03, em um montante que não exceda a quantidade adicional de até 20% (vinte porcento) da quantidade de debêntures inicialmente ofertada; b) a instituição intermediária contratada para atuar como coordenador líder da distribuição das debêntures (Coordenador Líder) terá a opção de aumentar a quantidade de debêntures a serem distribuídas, nas mesmas condições previstas para as debêntures, até um montante de 15% (quinze porcento) da quantidade inicial ofertada; II. autorizar a prática pela Administração da Sociedade de todo e qualquer ato necessário à formalização da emissão das debêntures, tais como celebrar a escritura de emissão, contratar agente fiduciário, fixando-lhes os honorários, agência de classificação de risco, banco mandatário, escriturador e depositário das debêntures e contratar as instituições financeiras que intermediarão a colocação pública das debêntures; III. outorgar poderes aos Diretores para: a) exercer a opção de aumentar a quantidade de debêntures a serem distribuídas, nos termos do Parágrafo Segundo do Artigo 14 da Instrução CVM no 400/03, em um montante que não exceda a quantidade adicional de até 20% (vinte porcento) da quantidade de debêntures inicialmente ofertada; b) conceder ao Coordenador Líder a possibilidade de aumentar a quantidade de debêntures a serem distribuídas, nos termos do Artigo 24 da Instrução CVM no 400/03, até um montante de 15% (quinze porcento) da quantidade de debêntures inicialmente ofertada. Nada mais foi tratado, encerrando-se a reunião e lavrando-se esta Ata que os Conselheiros presentes assinam. aa) Lázaro de Mello Brandão, Antônio Bornia e Márcio Artur Laurelli Cypriano. Declaramos para os devidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. Bradesco Leasing S.A. – Arrendamento Mercantil. aa) Arnaldo Alves Vieira, Milton Almicar Silva Vargas. Certidão: Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob no 1.357/08-6, em 4.1.2008. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.
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Nacional Comércio Exterior Legislação Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Se comprovada, a traição on line pode corroborar a abertura de processos litigiosos de separação.
RELACIONAMENTOS VIRTUAIS, AÇÕES REAIS
INFIDELIDADE
VIRTUAL Quando a internet vira ferramenta de separação e Cuidado, você pode ser vigiado! exclusão O avanço dos namoros na rede fez surgir uma espécie de serviço especializado de "arapongas virtuais". Numa rápida pesquisa pela internet, é possível chegar a vários "detetives" que prometem desvendar flertes por meio da captura de senhas do Orkut e MSN. O técnico de edificação Caio, que preferiu não dar o sobrenome, é um dos que apostam na curiosidade de homens e mulheres que querem a todo custo saber se estão sendo "traídos" através da rede. Ele comercializa um progra-
Advogados esclarecem como a traição online pode parar na Justiça Silvia Pimentel
O
soa a ser vigiada perceba. "É uma ferramenta para auxiliar quem desconfia da traição virtual", diz Caio, que vende o produto há quatro meses. Embora esses "detetives" afirmem que o resultado das investigações serve de prova num processo judicial, os advogados alertam para o risco de os juízes considerarem a atitude como invasão de privacidade, o que é crime. O mais prudente é pedir a quebra de sigilo por via judicial, deixando os programas como meras ferramentas para simplesmente matar a curiosidade.
Ameaça na rede, crime real.
Separação: para Marcy, geralmente as mulheres tomam a decisão.
ta que é necessário apresentar arquivos de computador ou emails que comprovem a traição. Para dar embasamento à ação, há advogados que defendem a quebra de sigilo pela via judicial. Nesse caso, os provedores de acesso à internet são obrigados a fornecer o conteúdo das conversas. "Os e-mails são usados como prova. E se forem obtidos por meio de uma perícia no computador, têm valor maior", completa a advogada. A advogada já apresentou duas ações do gênero. Num dos casos, o casamento durara 35 anos, até a mulher descobrir que seu marido, aposentado, passava as tardes flertando ao
teclado, e o romance foi para o mundo real. "Em geral, são as mulheres que ingressam com processo para efetivar a separação", relata. Para o advogado Angelo Carbone, do escritório Carbone & Faiçal Advogados, "o namoro virtual é falta de fidelidade e motivo para abertura de boletim de ocorrência, podendo influenciar na questão da guarda de filhos e pensão alimentícia", ressalta. Para ele, a partilha dos bens é a única coisa em que não se mexe. "É um assunto tão grave, que possibilita à pessoa que está sendo traída a pedir a separação de corpos e a saída do cônjuge de casa", alerta.
"A
gora todos pra tu é gatinho. Vou te mostrar, vadia. Vou te pegar, galinha. Tu não perde por esperar. Tua hora vai chegar". As ameaças feitas no site de relacionamento Orkut foram concretizadas na madrugada do réveillon, no Beco dos Malheiros, no bairro Serrinha, em Fortaleza. Inconformado com o fim do relacionamento, o estudante José Everardo Costa de Oliveira, 21 anos, assassinou a golpes de faca a ex-namorada Isabel Cristina Alves de Melo, 21 anos, também estudante. Segundo o inquérito policial instaurado, o crime foi presenciado por várias pessoas e abalou os moradores do bairro. De acordo com testemunhas, o acusado, que no Orkut se identifica como "Venon", não se conformava com o término do namoro
com a vítima, há cerca de 40 dias. Amigos de Isabel contaram à polícia que o acusado vigiava a ex-namorada e ficou bastante nervoso quando invadiu a página dela, no Orkut, e descobriu que ela passou a tratar alguns amigos como "gatinho". Segundo ainda testemunhas, no dia do crime Isabel Cristina conversava com um grupo de amigos, quando José Everardo se aproximou e pediu para conversar com ela, em um local mais distante. Após alguns minutos de conversa, os dois passaram a discutir. De acordo com testemunhas, foi quando o acusado sacou uma faca e desferiu dois golpes no peito da ex-namorada. Apesar de perseguido por algumas pessoas, ele conseguiu fugir. Familiares da estudante denunciaram que o acusado
também teria telefonado para a mãe de Isabel Cristina e a teria ameaçado de morte. De acordo com a denúncia da família, José Everardo acredita que a mãe da ex-namorada teria incentivado a filha a não reatar o relacionamento. Uma das últimas mensagens deixadas na página da ex-namorada, José Everardo escreveu: "É triste dizer, mas o final vai ser triste mesmo. Se cuida, te adoro". Perfil – Venon, nome escolhido pelo estudante José Everardo Costa de Oliveira, 21 anos, no site de relacionamentos Orkut, é um dos vilões que combatem o Homem-Aranha. É uma espécie de aracnídeo extra-terrestre que toma o corpo de um jornalista. Ele foi surgiu no filme Homem-Aranha 3 e deverá ser muito explorado na próxima edição. (Agências)
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Divulgação
s flertes virtuais praticados tanto por homens como por mulheres casados estão batendo às portas da Justiça, numa lavagem de roupa suja e conjugal que pode culminar em processos de separação litigiosa, dano moral e até em perda da guarda dos filhos. O que os advogados chamam de infidelidade online ou virtual está previsto nas entrelinhas do Código Civil Brasileiro, na parte que trata dos deveres do casamento. São eles, a fidelidade recíproca e a consideração mútua. "Quando violados pela traição virtual, abrem caminhos para processos de separação litigiosa com graves conseqüências", alerta a advogada Marcy Cuzziol, professora de Legislação da Internet na Faculdade Módulo. De acordo com ela, existem decisões nos tribunais que tiraram até o direito da mulher de usar o sobrenome do ex-marido por conta de namoro via computador. E quando um namoro online parte para a vida real, a situação se complica ainda mais. "Em se tratando de traição virtual, na maioria das vezes não há adultério devido à ausência de relação sexual. Contudo, os atos pré-sexuais ou preparatórios não deixam de ofender os deveres consagrados pelo casamento", diz. Para ingressar com um processo judicial, a advogada aler-
ma de nome Spykey 2000, que é baseado num software norteamericano. "Foi desenvolvido por um programador brasileiro e é legal", garante. O software custa R$ 600, monitora e-mails, webcam, grava senhas do Orkut ou MSN e encaminha relatórios para os emails escolhidos pelo comprador. O detalhe é que a instalação pode ser feita de forma remota, ou seja, é possível enviar o arquivo do programa por email ou MSN ou anexá-lo a imagens ou documentos. O p ro g r a m a s e a u t o - i n s t a l a quando aberto, sem que a pes-
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segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Brian Snyder/Reuters
Brian Snyder/Reuters
Internacional
Obama, Huckabee, Romney e John Edwards em conversa descontraída após debate visando as primárias de New Hampshire, nesta terça-feira
Hillary termina participação no debate, observada por Barack Obama
EUA
Disputa acirrada pela Casa Branca O 31
s democratas Barack Obama e Hillary Clinton estavam praticamente empatados e os republicanos Mitt Romney e John McCain disputavam ponto a ponto a preferência do eleitorado nas primárias de New Hampshire, dois dias antes da disputa para a nomeação do candidato presidencial dos partidos nesse estado, segundo diferentes pesquisas divulgadas ontem. As primárias de New Hampshire são a próxima batalha no processo de escolha,
estado por estado, dos candidatos democratas e republicanos para a eleição de novembro, que definirá o sucessor do presidente George W. Bush. New Hampshire é vital nos esforços de Hillary e Romney para revitalizar as campanhas depois da decepção em Iowa, quando Obama e o ex-governador do Arkansas, Mike Huckabee, obtiveram vitórias tranquilas no teste de abertura da campanha presidencial. De acordo com pesquisa div u l g a d a o n t e m p e l a R e uters/C-Span/Zogby, a sena-
dora democrad i s s e o p e squisador John ta Hillary Clinton tem 31% Zogby. U m a p e sdas intenções de voto e o sequisa divulgada no sábanador Barack por cento dos votos d o p e l a Obama, 30%. dão a vitória a Hillary CNN/WMUR Antes da também indiprévia do Estaem New Hampshire, cava empate do de Iowa, na segundo a Reuters técnico entre qui nta-fe ira, Hillary e ObaHillary tinha ma, com 33%. u m a v a n t agem de 6 pontos porcentuais A grande mudança aparece no sobre Obama. "Estamos vendo quesito elegibilidade, já que uma movimentação clara dos 36% dos entrevistados acham eleitores em direção a Obama", que Hillary tem mais chances
FRAUDE? Líder da Geórgia reeleito
PAQUISTÃO O governo paquistanês reiterou que não aceitará tropas americanas nas zonas tribais da fronteira com o Afeganistão, contrariando notícia do jornal New York Times Mohammed Ameen/Reuters
de derrotar um candidato republicano nas eleições de novembro, contra 35% de Obama. Em outra pesquisa divulg a d a o n t e m p e l a M c C l a tchy/MSNBC, Obama está 2 pontos na frente de Hillary. O senador por Illinois teria 33% das intenções de voto e a exprimeira-dama, 31%. Republicanos Entre os republicanos, McCain está disparado na frente. O senador do Arizona tem 32% das intenções de voto e Mitt Romney, 24%. Mike Huckabee está em terceiro lugar, com
10%, e parece não ter obtido vantagem com sua vitória na prévia de Iowa, quinta-feira. Os rivais republicanos Romney e McCain têm empate t é c n i c o n a p e s q u i s a R e uters/C-Span/Zogby. Romney tem 32% das intenções de voto e McCain, 31%. Huckabee, está em terceiro, com 12%. Mas na pesquisa CNN/WMUR, McCain tem 33% das intenções de voto e Romney, 27%. O ex-prefeito de Nova York Rudy Giuliani está em terceiro lugar, com 14%, seguido por Huckabee, com 11%. (Agências) VENEZUELA O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse que espera ouvir das Farc notícias sobre os dois reféns que o grupo guerrilheiro prometera, sem cumprir, libertar no mês passado
Ó RBITA Gil Cohen Magen/Reuters
Grigory Dukor/Reuters
PALESTINA EXÉRCITO DE ISRAEL MATA QUATRO EM GAZA ropas israelenses mataram quatro T palestinos em uma incursão
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presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili, foi reeleito para um segundo mandato em primeiro turno com 52,8% dos votos, um resultado que ameaça inflamar as tensões na ex-república soviética, onde a oposição acusa o governo de fraude na eleição. O principal rival de Saakashvili, Levan Gache-
chiladze, teve 27% dos votos. Mesmo antes da divulgação dos resultados oficiais, milhares de pessoas enfrentaram a neve nas ruas da capital Tbilisi para protestarem contra os resultados preliminares da eleição. Liderados pela oposição, os manifestantes afirmam que o resultado é uma fraude. A missão de observadores
internacionais da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) apontou "um ambiente de campanha injusto", atribuído à sobreposição das atividades estatais na campanha de Saakashvili. Gachechiladze afirma que ficou em primeiro na votação e fez a convocação para um segundo turno. (AE)
na Faixa de Gaza, no momento em que o premiê Ehud Olmert promete intensificar os ataques contra militantes que lançam
"BOAS-VINDAS"
projéteis contra Israel. Fontes médicas disseram que três das vítimas morreram no acampamento de refugiados de al-Bureij, no centro de Gaza, e eram civis. Vários soldados israelenses ficaram feridos por um foguete
TERROR
militante da Al-Qaeda m militante suicida O U Adam Gadahn (Azzam, explodiu-se em meio a o Americano), incitou os soldados e civis que islâmicos a receberem George W. Bush com bombas, em sua visita ao Oriente Médio, nesta semana. (Reuters)
disparado por militantes durante a incursão, que aumentou as tensões nos dias anteriores à visita que inicia na quarta-feira o presidente dos EUA, George W. Bush, a Israel e à Cisjordânia ocupada. (Reuters)
celebravam o feriado nacional do Dia do Exército no centro de Bagdá, matando 11 pessoas na pior de uma série de
explosões, ontem, na capital. O atentado ocorreu quando um idoso colocava flores nos canos dos rifles de três soldados iraquianos. Ele e os soldados estão entre os mortos. (Reuters)
QUÊNIA
OPOSIÇÃO SINALIZA GOVERNO DE COALIZÃO Georgina Cranston/Reuters
principal líder da oposição no Quênia, Raila Odinga, sinalizou ontem que está disposto a dividir o poder com o governo do presidente Mwai Kibaki, acusado de ter fraudado a eleição da última semana. Mas, ao mesmo tempo, convocou manifestações em massa para amanhã,
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em um movimento que ameaça renovar a violência no país. Odinga, que acusou o presidente Mwai Kibaki de ter fraudado o resultado da eleição realizada na última semana, disse que está pronto para conversar sobre a divisão do poder, mas apenas através de um mediador habilitado a negociar um acordo que seja garan-
Comboio lota estradas de acesso ao Quênia levando mantimentos para os mais de 250 mil desabrigados
tido pela comunidade internacional. Ele saudou, ainda, a iminente chegada do presidente de Gana, John Kufuor, atual presidente da União Africana, nesta terça-feira. Mais de 300 pessoas morreram e 250 mil foram forçadas a deixar suas casas na onda de violência gerada pelo resultado da eleição para presidente
na semana passada, a segunda eleição livre desde a independência do Quênia, em 1963. A violência diminuiu durante o final de semana, embora tenham ocorridos combates isolados e ataques étnicos e a polícia tenha usado bombas de gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes na cidade de Mombasa. (AE)
IOFobia Não tem dinheiro para as contas do cartão do IPVA, DPVAT e do IPTU?
EMPRÉSTIMO, SÓ EM ÚLTIMO CASO. E depois do pacote? (Pág. 2); ABC do IOF (E 1); O que fazer com os tributos vencendo? (E 6) R$ 1,40
São Paulo, segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Edição concluída às 22h10
Flertes virtuais já dão divórcio
Jornal do empreendedor
w w w. d co m e rc i o. co m . b r Céllus
Ano 83 - Nº 22.535
Poupe-$e CAIXA 1 para as E mais férias
Ofertas de ações em 2008 dependem de fim O roteiro de suas próximas férias faz da crise dos EUA. uma escala na poupança. Tornam-se E aluguel de melhores, rendem até desconto roupas: sucesso se pagas à vista. Mas cuidado com a estimula Em carga pesada de IOF no cartão. Economia franchising.
Programa espiona e grava e-mails usados em casos de divórcio. E 8
"Pacote é remendo" Emmanuel Dunand/AFP
Rezem por mim. O negócio está feio.
Ao sair do hospital com prognóstico ruim, o vice José Alencar disse que o pacote da CPMF "é remendo" e receitou uma reforma tributária. Para ele mesmo, só reza. Pág. 4
Segundo round Clinton X Obama Danilo Verpa/Folha Imagem
Hillary perde eleitores em New Hampshire. Será um empate? Pág. 6
HOJE Parcialmente nublado Máxima 28º C. Mínima 26º C.
AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 30º C. Mínima 14º C.
Edição de hoje apresenta os astros do Salão de Detroit. Um deles é o BMW X6
Economia
ROUPAS PARA ALUGAR
Com recursos entre R$ 50 mil e R$ 200 mil, é possível ter franquia da Maison Maria Zeli. Página E3
TUDO SOBRE O IOF
Conheça as novas regras e exemplos de aplicação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Páginas E1, E4 e E6.
CAIXA 1 O seu consultor financeiro
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segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
PLANEJAMENTO GARANTE PAGAMENTO DE DESPESAS DA VIAGEM
Poupe e viaje tranqüilo nas férias De acordo com Leite, vale a pena pagar à vista se o desconto oferecido for equivalente a a s p ró x i m a s f é- 1% ao mês — ou seja, se você rias, o advogado conseguir 10% de abatimento J o rg e B l a n q u e r ao pagar no ato uma compra vai explorar o De- que poderia ser parcelada em serto de Atacama, no Chile. até dez vezes. Nesse caso, o diMas ele não precisará entrar no nheiro economizado pode ainvermelho para desbravar o Va- da bancar alguns prazeres dule da Lua. "Já comecei a poupar rante a viagem. No caso do paos R$ 4 mil de que preciso para cote para a capital argentina, se os 20 dias de viagem. Aplico você conseguir 10% de descontodo mês parte do dinheiro em to, são R$ 180 economizados, um fundo de renda fixa", afir- que pagam um belo show de ma. "Faço isso todas as vezes tango com jantar. Ainda há tempo — Se suas em que planejo um roteiro dipróximas férias estiverem marferente de férias." Blanquer, que embarca no cadas para janeiro de 2009, é próximo mês de agosto, faz possível planejar um roteiro exatamente como recomen- mais incrementado sem aperto dam os especialistas em finan- financeiro. Se você optar por ças pessoais. Poupa, viaja com um pacote turístico completo dinheiro no bolso e, mesmo que custe R$ 5 mil, seja no Cacom o caixa abastecido, parce- ribe ou no Nordeste brasileiro, la sem juros as contas que pu- para embarcar dentro de um der. "Passagem aérea, por ano, pode começar a poupar R$ exemplo, dá para pagar em até 400 mensais, dinheiro guardadez vezes sem juros. Escolho do em um fundo de renda fixa essa opção já sabendo que te- ou na caderneta de poupança. "É muito importante esconho dinheiro guardado para as prestações." O planejamento lher onde você vai aplicar as também permite que ele pague economias", afirma Leite. "Hoje, caderneta e à vista despesas fundo de renda fiem que puder xa são as aplicater desconto. ç õ e s m a i s a d eO mais imporquadas para intante para quem Escolha seu destino, sonha com uma pesquise quanto deve vestimentos de até um ano." Mas bela viagem é gastar no roteiro e se é p re c i s o e s t a r comprometer-se a atento aos rendipoupar com regu- programe para laridade. "Escolha guardar determinado mentos e à taxa de a dm in i st r aç ão , seu destino, pes- valor todo mês, faça no caso do fundo. quise quanto deve chuva ou faça sol. Se as taxas cobragastar no roteiro e Marcos Crivelaro das pelo banco fose programe para rem altas, ele poguardar determinado valor todo mês, faça chu- de ficar com parte do rendiva ou faça sol", diz o consultor mento. Já os viajantes mais ousados podem aplicar até 20% financeiro Marcos Crivelaro. Quem pretende se progra- dos recursos em renda variámar para sair de férias no se- vel, em um fundo de ações ou gundo semestre, não pode um clube de investimentos. mais perder tempo. "Com o real "Nesse caso, é possível que se valorizado em relação ao dólar ganhe bem mais que a renda fie promoções freqüentes de xa, mas se a bolsa cair exatacompanhias aéreas locais, uma mente quando precisar sacar o boa opção é viajar pela América dinheiro, você pode ter o predo Sul sem gastar muito di- juízo", alerta Leite. Também é preciso ficar de nheiro", afirma Crivelaro. Um pacote de uma semana para olho nas novas regras de coBuenos Aires, na Argentina, brança do Imposto sobre Opecom o peso desvalorizado em rações Financeiras (IOF), até 40% em relação ao real, cus- anunciadas pelo governo no ta cerca de R$ 1,8 mil. Se a via- último dia 2 (veja quadro nesta gem for programada para ju- página e mais informações na pálho, por exemplo, uma pou- gina 6 deste caderno). Agora, nas pança iniciada em fevereiro de- transações com cartão de crédito no exterior, a alíquota do ve receber R$ 300 por mês. "Assim fica fácil, porque o imposto é de 2,38% (antes era difícil é parcelar a viagem e de 2%). Já nas operações feitas juntar às prestações as faturas no Brasil, a alíquota do imposde cartão de crédito do passeio to vai aumentar para quem e outras continhas adicionais, não pagar integralmente o vaque acabam estourando o or- lor da fatura ou atrasar a quitaçamento", afirma o professor ção do débito. Em ambos os cade Mercado Financeiro da Tre- sos, o governo considera que a visan Escola de Negócios, Al- administradora vai precisar cides Leite. "Com dinheiro fazer um empréstimo no sisteguardado, você sabe que terá ma financeiro para cobrir a falcomo pagar todas as despesas ta de pagamento do cliente. da viagem sem entrar no ver- Por tudo isso é que os especiamelho ou ter de fazer hora ex- listas recomendam a poupança antecipada para a viagem. tra para pagar juros."
Sonaira San Pedro
O advogado Blanquer já começou a guardar dinheiro para ir ao Chile
O
governo surpreendeu na semana passada ao anunciar a elevação das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para compensar parte da arrecadação da extinta Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O anúncio do pacote foi feito na quarta-feira, mas até a última sexta-feira técnicos da equipe econômica ainda tentavam explicar detalhes das mudanças. Veja no quadro acima as novas alíquotas e as operações financeiras que continuam isentas do tributo.
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Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
7 Fábio D'Castro/Hype
A freqüência nos clubes-escolas da Prefeitura é totalmente gratuita.
VERÃO
Prefeitura promete bons mergulhos O verão terá temperaturas de até 34º e a Prefeitura corre para deixar em ordem 16 de suas 31 piscinas. Elas são a melhor opção de lazer para boa parte da população. Fotos de Fábio D'Castro/Hype
Davi Franzon
C
om a chegada do verão e a previsão de dias muito quentes (a média entre janeiro e fevereiro deve ficar na casa dos 28º, com máximas chegando aos 34º), o paulistano começa a busca por alternativas de lazer na cidade. Uma das opções são as piscinas municipais. Em funcionamento a partir desta semana, esses espaços atraem a população que não tem condições de pagar mensalidades de um clube ou de procurar diversão nas praias. São Paulo tem 31 piscinas municipais. Mas há um Clube-escola da Mooca, na rua Taquari, zona leste, já se prepara para receber os moradores da região problema: apenas 15 estão prontas para receber a população. As outras 16 estão fechadas por problemas de infra-estrutura, obras ou pela falta de salva-vidas. Bairros como Itaquera, Santana, Jabaquara e Ipiranga estão com suas piscinas fechadas. Salva-vidas – No caso de Santana, na zona norte, os três clubes-escolas, centros que agregam serviços sociais para a comunidade local, as piscinas estão fechadas por falta de salva-vidas. O mesmo acontece na Casa Verde. No Jabaquara, zona O clube-escola da Mooca (acima) e o de Santo Amaro são considerados modelo pelos seus freqüentadores sul, não há filtros para a limpeza das piscinas e um vazamento impede o sul, zona norte e até de funcionamento do espaço Diadema. Como é próximo, reservado para as crianças moradores de Diadema usam com menos de sete anos. No o endereço de um parente que caso de Itaquera, na zona mora em São Paulo para ficar leste, um dos bairros mais sócio. É uma opção de lazer populosos da periferia da para quem não pode pagar cidade, as duas unidades um clube ou viajar no verão", existentes estão fechadas contou Rosa. devido à execução de obras e Situação melhor – Ela diz por vazamentos nas piscinas. que a situação das piscinas A secretaria municipal de municipais melhorou nos Esportes informou que últimos dois anos, quando destinará quase R$ 27 milhões ocorreu um repasse contínuo para os clubes-escolas, sendo de verbas para manutenção, que cerca de R$ 7 milhões irão contratação de salva-vidas e para a reforma das piscinas. compra do material Segundo o órgão municipal, necessário para garantir o até fevereiro, quando começa funcionamento do espaço. o projeto Verão da Prefeitura Eduardo Coelho, diretor do de São Paulo, grande parte Clube-Escola da Mooca, que das unidades fechadas abriga duas piscinas públicas, voltará a funcionar. Apenas as conta que em dias de forte unidades de Itaquera (que calor a unidade chega a passa por uma receber 1,5 mil grande pessoas aos reforma) e da sábados e Casa Verde não domingos, têm previsão sendo que Recebemos usuários para a retomada muitas ficam até de Diadema. Como para fora, das atividades. é próximo, usam o O problema esperando para da falta de endereço de um entrar. "Temos salva-vidas, um limite de 1,5 parente de São Paulo que afeta seis mil pessoas só para ficar sócio. das 16 piscinas dentro das Maria Rosa da Silva, do piscinas. Até fechadas, será clube-escola de São Paulo mesmo para solucionado ainda este mês, garantir a informa a segurança e o secretaria municipal dos trabalho dos salva-vidas. Esportes. Em dezembro de Como somos uma das poucas 2007, a Prefeitura abriu opções de lazer na zona leste licitação para a contratação sem nenhum tipo de custo, dos profissionais para o recebemos moradores de período de maior movimento todos os bairros da região", (janeiro e fevereiro). contou Coelho. Prontos – O clube-escola Descentralização – Ele da Mooca (localizado na rua lembra que as piscinas do Taquari, 635) e o de Santo clube da Mooca passaram por Amaro (na avenida Padre um período de abertura por José Maria, 555) estão poucos dias e fecharam por funcionando e prontos para falta de manutenção por receber a população da longos períodos, situação que região e dos bairros durou de 1996 até 2003. "A vizinhos. Essas duas situação ficou melhor com a unidades são consideradas descentralização, com a modelo pela população que administração dos clubesas freqüenta. escolas pelas subprefeituras. Maria Rosa da Silva dirige o Agora, é mais rápido. Você Clube-Escola Jorge Bruder, faz a licitação para uma em Santo Amaro, há 16 anos. compra ou contratação por Ela conta que a unidade chega meio da subprefeitura. Isso a receber mil pessoas num fim impede o fechamento da de semana de muito calor. piscina por um pequeno "Recebemos usuários da zona problema", explicou.
Em Santo Amaro, freqüentadores até do município vizinho de Diadema
SERVIÇO Para freqüentar uma piscina municipal basta ir a um clubeescola, levar uma cópia da identidade, uma foto 3x4 e um comprovante de endereço. A
matrícula vale para todas as piscinas em funcionamento. Mais informações em www. prefeitura.sp.gov.br/secretaria/ esportes. O uso é gratuito.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
DCARR
Divulgação
São Paulo, 7 de janeiro de 2008
Nº 202
Saiba que também existe etiqueta para pegar a estrada. Página 8.
SALÃO
Este BMW e outras atrações de Detroit PÁGINAS 3, 4 E 5
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Saúde Educação Polícia Tr â n s i t o
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
No carretel, a linha mais clara não tem cerol. A mais escura tem a mistura de cola e vidro moído.
O USO DE CEROL É PROIBIDO POR LEI
Fotos de Paulo Pampolin/Hype
Ivan Ventura
N
as férias de fim de dezembro a janeiro ou de junho e julho é comum ver crianças e até adultos com olhares fixos para pipas ou papagaios nos céus das periferias da cidade. A brincadeira, aparentemente inofensiva, vem se revelando perigosa e até mesmo fatal por causa do cortante ou do cerol (uma mistura de cola com vidro moído que é colocado na linha da pipa, com o objetivo de cortar a linha de outras pipas). Dados consolidados sobre acidentes com cerol ainda não existem em São Paulo, segundo a Secretaria de Segurança Pública. O coordenador da campanha “Cerol, não!”, Robson Moraes Almeida, confirma que não existem números precisos sobre esses incidentes. No entanto, um levantamento da Associação Brasileira de Motociclistas (ABRAM) mostra que ocorrem, em média, 100 acidentes por ano. Desse O motociclista total, 50% tem de usar a correspondem antena cortaa ferimentos linha, graves; 25%, a capacete e mortes. roupas Levantamento grossas. realizado pela Robson Moraes fundação Almeida, do Brazilian Kite "Cerol, não!" Club informa que no País 10 pessoas morrem por ano vítimas de acidentes com cerol. Vítimas – A esmagadora maioria das vítimas do cerol é composta de motociclistas. Muitos já foram decapitados pelo fio, cortante como uma lâmina afiada. Para evitar tais tragédias, Almeida defende o uso de alguns equipamentos na moto e pelo motoqueiro. “O motociclista tem de usar a antena corta-linha nos dois retrovisores da moto. Deve ainda usar capacete, óculos de proteção e roupas grossas que protejam o restante do corpo”, disse. A falta desses equipamentos provocou uma vítima fatal há poucos dias, bem no final do ano passado. O caso aconteceu no dia 29 de dezembro, na Praia Grande, litoral sul de São Paulo, e vitimou a estudante universitária Eliana Leandro Santos, de 27 anos. Ela pilotava sua moto quando uma linha com cerol cortou seu pescoço, matando-a. Também em dezembro, um outro caso chamou a atenção,
Cerol, lâmina afiada no céu
Menino mostra as mãos cortadas pelo uso do cerol nas pipas
Mesmo proibido por lei estadual, o cerol (linha para empinar pipas, com cola e pó de vidro) tem ferido e até matado pessoas na cidade, especialmente motociclistas. Na periferia de São Paulo, o kit cerol é vendido a R$ 5.
Principais vítimas do cerol são os motociclistas. Muitos já morreram.
Kit cerol: pipa, linha, cola vegetal e vidro moído: tudo por R$ 5
DICAS DE SEGURANÇA
Em São Miguel Paulista, garoto solta pipa no telhado de uma casa: na zona leste de São Paulo, o uso do cerol, apesar de proibido, é frequente
dessa vez envolvendo o piloto infantil de kart Thiago Cabrino Oliveira, de 10 anos. Durante um treino livre no kartódromo de Interlagos, na zona sul, Thiago teve cortes profundos nos dois braços causados por uma linha com cerol. Thiago sobreviveu. Lei descumprida – O coordenador da campanha "Cerol, não!" acredita que acidentes com cerol seriam evitados se fosse aplicada uma lei estadual de 2005, que proíbe a venda do fio cortante (seja o cerol já feito seja o kit para prepará-lo). O cerol é proibido em São Paulo, Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Nas periferias da Capital,
Lojinhas da periferia vendem ingredientes do cerol: cola e vidro moído
como no extremo da zona leste, papelarias ou mesmo lojas especializadas em pipas descumprem a lei e comercializam livremente o cerol pronto ou os kits, que trazem saquinhos com um tubo de cola vegetal e pó de vidro, além da pipa, da linha, e da rabiola, que ajuda a estabilizar o vôo. As lojinhas vendem até latas de óleo já utilizadas para servirem de carretel para a linha. Em uma dessas lojas, em São Miguel Paulista, bairro da zona leste próximo à divisa de Guarulhos, na Grande São Paulo, o kit-cerol completo sai por apenas R$ 5. O que mais chama a atenção na loja é a venda de cortantes para menores de 18 anos. Em menos de 30 minutos, a reportagem constatou cerca de 20 adolescentes circulando no local, alguns deles aparentando 10, 11 ou 12 anos. Nenhum adulto ou maior de 18 anos foi visto na loja. A ousadia diante da ausência de fiscalização era tão grande que um vendedor chegou a afirmar que um tipo de linha vendida na loja, supostamente especial (e mais cara) não provocaria cortes, mesmo com o cortante. Kit cerol – Aparentemente, as crianças preferem comprar o kit. A mistura é simples e sem segredo. Basta misturar a cola vegetal com o vidro em pó e passar na linha. O adolescente Carretel (apelido que ganhou pelo enorme fascínio quem tem pelas pipas), de 12 anos, que mora em um conjunto habitacional da zona leste, explica o processo: “Você estende a linha entre dois postes e passa o cerol. Mas eu prefiro passar o cerol com a pipa no alto. É mais rápido”, afirmou. Pipeiros mais antigos, como é o caso do estudante
universitário Fábio Luís Reis Assunção, de 25 anos, é contra o cerol. No entanto, ele ressalta que, na brincadeira, quem estiver sem o cerol perde a pipa mais rápido. “Você coloca a pipa no alto sem cerol. Daí, vem outro pipeiro, com o cerol, e te corta. Se não quiser ficar sem a pipa tem que ter o cerol”, disse. Também contrário ao uso do cerol, o operador de
telemarketing, Kleber Lestoria, de 27 anos, revela que a moda, agora, é usar a chamada linha chilena, bem mais resistente. Com o cerol, a textura da linha chilena parece a mesma. Só parece. “Ela é melhor para cortar a linha das outras pipas”, disse. Lestoria disse que esse tipo de linha é encontrada na região central da cidade e chega a ser vendida a R$ 30 o carretel.
tempo
* Solte pipa com segurança * Evite áreas com fios elétricos * O uso do cerol é proibido por lei * Não solte pipa sobre lajes das casas * Não solte pipa em dias de chuva ou de relâmpagos * Se a pipa enroscar em fios de alta tensão, não tente retirá-la * Não use linhas metálicas * Muita atenção ao redor com motos, veículos e buracos * Mais informações sobre os riscos da pipa com cerol em www.cerol.com.br
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DCARRO
São Paulo, segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Não é o carro o culpado! uitos se foram, outros estão em leitos de hospitais, alguns têm no corpo as marcas das centenas de acidentes que vitimaram - fatalmente, ou não muitas e muitas pessoas nas nossas estradas, sem contar nas ruas e avenidas. Segundo cálculos das nossas autoridades de trânsito, os acidentes aconteceram, em sua maioria, pela chamada "falha humana", aquela que, no "frigir dos ovos", acaba sendo sempre a responsável pela maioria dos nossos acidentes aéreos. E bateram recordes nas festas que acabamos de comemorar, principalmente no Natal. Buracos, traçados irregulares, asfalto ruim ou qualquer outra interferência nunca são as causas. Só mesmo a falha humana, com seus drinks a mais, com suas distrações fatais e suas imperdoáveis ultrapassagens em locais absurdamente perigosos. Mas nestas festas que passaram, não foram poucas as vezes em que se encontrou um novo culpado para esta enorme mortandade no trânsito: o automóvel, em que pese toda a tecnologia que nele se instala neste Século 21. Numa reflexão simplista, ouviu-se comentários em emissoras de rádio que a grande causa do aumento dos acidentes é o automóvel - sempre ele - porque as vendas cresceram e as pessoas foram para as estradas sem estarem preparadas para enfrentá-las.
É uma acusação absurda! O que tem o carro de culpa nesta história? É o carro ou é o arcaico sistema de avaliar os futuros motoristas? É o freio do carro ou são as cartas marcadas nos exames de habilitação, com três trajetos préestabelecidos, que são os únicos ensinados aos alunos nas auto-escolas? São a direção e a suspensão do automóvel ou é o ridículo teste de balisa, onde o aluno faz tudo direitinho porque nos veículos da autoescola há marcas por todos os lados mostrando a ele em que ponto frear, quando girar toda a direção para o lado direito e depois para o esquerdo? São os faróis do carro ou a absoluta incapacidade de muitos motoristas novos - até mesmo veteranos - de dirigir à noite? Afinal, ninguém passa por um teste noturno para receber sua carta. Como já foi dito aqui no DCarro, parem de culpar o carro ou, qualquer dia desses, um dos nossos brilhantes políticos em Brasília vai abrir a CPI das Rodas para fechar a indústria automobilística nacional, justificando que ela mata muitos brasileiros. Não dê risada desta hipótese absurda levantada por nós. Antes disso, veja as muitas pitorescas propostas que surgem lá no Planalto Central, nas Câmaras de Vereadores, ou Assembléias Legislativas. Com eles, tudo é possível.
Presidente Alencar Burti
Chefe de reportagem Arthur Rosa Editor de Fotografia Alex Ribeiro
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índice
LANÇAMENTO - 3 A BMW aproveita o Salão do Automóvel de Detroit, nos Estados Unidos, para lançar o X6.
FUTURO - 4 e 5 O Salão de Detroit também será palco dos chamados concept cars, que antecipam o futuro do setor automotivo.
chicolelis
SERVIÇOS - 6 Cuidar do escapamento de seu carro faz bem para o meio ambiente e também para o seu bolso.
MERCADO - 7 Índice de participação no mercado dos carros populares segue em queda.
SERVIÇO - 8 Música alta, paquera e até comilança durante a viagem podem provocar acidentes.
Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editor chicolelis chicolelis@dcomercio.com.br Repórteres Alzira Rodrigues alzira@dcomercio.com.br Anderson Cavalcante acavalcante@dcomercio.com.br
Editor de Arte José Coelho Diagramação Lino Fernandes Ilustração Abê / Céllus / Jair Soares Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Impressão S/A O Estado de S. Paulo www.dcomercio.com.br/dcarro
São Paulo, segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
DCARRO
LANÇAMENTO BMW
Alemão brilha nos EUA O X6, uma das atrações do Salão de Detroit, inaugura um novo conceito de utilitário, denominado "SAV Coupé"
U
ma das grandes novidades do Salão de Detroit, nos Estados Unidos, que abre as portas ao público no próximo dia 19, será o X6, novo utilitário da BMW. O modelo inaugura, segundo a marca bávara, um novo conceito, o de SAV Coupé (SAV - Sports Activity Vechicle, grosseiramente traduzido para Veículo para Atividades Esportivas). Seu lançamento em Detroit justifica-se pelo fato de os Estados Unidos serem o principal mercado deste tipo de carro, absorvendo metade da produção do X5. Belísssimo, o novo BMW X6 tem design que mistura utilitário esportivo com um cupê. Mesmo grande, é muito elegante e atraente. Na frente, as grandes entradas de ar, marca registrada da fabricante, laterais alongadas, e teto baixo dão um claro toque de refinamento. Atrás, o maior toque de esportividade. Sua traseira é alta, bonita e com uma enorme tampa envidraçada. Por dentro, quatro lugares bem definidos. O volante esportivo de couro possui botões multifunções com os quais se controla quase tudo, inclusive a troca de marchas sem tirar a mão do volante. O console central com apoio acolchoado para os joelhos do motorista e passageiro dianteiro tem, além do CD-DVD Player com MP3 e do ar-condicionado digital independente, enorme botão para acionar todas as funções do computador de bordo e uma tela que tanto pode servir para definir as preferências do usuário para todas as funções do computador, como para ver TV e DVD e o sistema de GPS. Pioneiro - O carro é o primeiro veículo do mundo a oferecer DPC (Dynamic Performance Control ou Controle Dinâmico de Desempenho) para melhorar a agilidade, a estabilidade de trajetória e tração em praticamente todas as situações. Uma distribuição variável da potência é garantida não apenas entre os eixos dianteiro e traseiro – pelo xDrive –, mas também pelo DPC, entre as duas
Divulgação
Na traseira, área envidraçada ressalta a esportividade do modelo. O volante possui botões multifunções com os quais se controla quase tudo.
rodas traseiras. Isso mantém uma função superior de estabilização mesmo sob uma brusca mudança de carga e no caso de rotação excessiva do motor ("overrun"). Segundo a engenharia da BMW, a carroceria do novo X6 recebeu uma especial atenção com a segurança dos ocupantes. Além dos cintos de segurança automáticos de três pontos em todos os assentos, air bags frontais, laterais e também de cabeça, o novo modelo conta com apoios de cabeça dianteiros ativados em caso de colisão. Para completar, faróis duplos de bi-xenônio incluindo uma função de luz do dia, os faróis de neblina, as luzes de freio em duas fases e os pneus "runflat" colaboram em muito para a segurança e tranqüilidade do motorista na direção. Nos Estados Unidos e na Europa, o BMW X6 que ainda não tem data para chegar ao Brasil, terá quatro opções de motorização: duas a gasolina e duas a diesel, sempre com tendências esportivas. Na versão top, motor V8 a gasolina com Twin Turbo e injeção direta de 4.395 centímetros cúbicos e potência máxima de 407 cavalos a 5.500 rpm. Ele faz de zero a 100 km/h em 5,4 segundos e sua velocidade máxima é limitada em 250 km/h. O motor a gasolina de seis cilindros em linha, de 3.0 litros com Twin Turbo e injeção direta, tem 306 cv e percorre de zero a 100 km/h em 6,7 segundos. A velocidade máxima é de 240 km/h e o consumo, 9,1 km/litro. O motor a diesel tem seis cilindros em linha, 3.5 litros, com Twin Turbo Variável e injeção direta de combustível "common rail" de terceira geração, com 286 cavalos a 4.400 rpm. Acelera de 0 a 100 km/h em 6,9 segundos e a máxima é de 236 km/h. O menor motor, de 3.0 litros a diesel, com seis cilindros de terceira geração, tem 235 cavalos e máxima de 210 km/h. O "0–100 km/h" leva 8,0 segundos (veja outras novidades do Salão de Detroit nas páginas 4 e 5). Antônio Fraga
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Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5 O Brasil virou uma economia globalizada, está menos dependente dos EUA. Seth Waugh, presidente Deutsche Bank Américas
JANEIRO É BOM PERÍODO PARA PAPELARIAS
Luisa Gomes / Folha Imagem
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
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Fotos: Divulgação
Tempo bom para indústria de móveis
É a vez das lojas de material escolar Leonardo Rodrigues/Hype
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crescimento do poder aquisitivo será o responsável pelo aumento de cerca de 5% nas vendas de material escolar e de papelaria neste começo de ano em São Paulo. Essa é a expectativa da Associação das Papelarias Independentes da Grande São Paulo (Redepel). Por isso, a entidade está orientando seus associados a oferecer aos compradores facilidades e parcelamento no pagamento e a profissionalizar ainda mais o atendimento, segundo o diretor comercial da entidade, Carlos Roberto Araújo. Além desses fatores, o aumento na variedade de itens oferecidos contribuiu para essa estimativa. E o feriado de Carnaval também deve ajudar. "Esperamos que os pais acabem tendo de comprar algum material extra no início das aulas", afirmou. Nem tão otimista quanto os representantes da Redepel, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório e Papelaria de São Paulo e Região (Simpa), Anto-
Papelarias esperam elevar as vendas em 5% neste início de ano em comparação à mesma época de 2007
nio Nogueira, aposta na mobilização do setor para aprovar na Assembléia Legislativa o projeto que oficializaria a distribuição do vale-compra aos alunos da rede pública de ensino, em substituição ao kit oferecido pelo governo. "A proposta será discutida no plenário em fevereiro, e estamos confiantes, porque há parlamentares favoráveis ao projeto", disse. Enquanto a questão não se resolve, o Simpa está recomendando aos 4 mil associados que ofereçam serviços alternativos aos clientes, como encapar e etiquetar livros e cadernos escolares. E empresas do setor esperam abocanhar uma fatia dos R$ 770 milhões gastos pelas famílias de São Paulo em material escolar. A Acrimet é uma delas. A empresa deve aumentar as vendas em 30% neste início de ano. Ela lançará fichários, estojos, réguas e esquadros com design diferenciado. Já a Extraprint prevê alta de 15% na comercialização de itens como cadernos e blocos. Paula Cunha
indústria de móveis e decorações já começa a sentir os reflexos do crescimento do setor da construção civil. Tanto que o segmento deve contabilizar expansão de 12% em 2007, segundo dados da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio). E as lojas já começam a expandir a produção para atender os novos consumidores. O caso da Especialista é uma delas. A empresa inaugurou uma nova unidade no Shopping D&D e está ampliando a produção na fábrica de São Bernardo do Campo. A idéia é apostar em móveis modulados e mobiliário de design.
PASSO DE MIDAS – É notório que as caminhadas fazem bem à saúde. Mas, para algumas pessoas, como a top Gisele Bündchen, elas valem muito mais. A Bela fechou um contrato de US$ 500 mil para as próximas três aparições que fará na Fashion Rio pela marca Colcci. Como a presença da loira na passarela não deve ultrapassar cinco minutos, significa que ela vai faturar mais de US$ 100 mil a cada 60 segundos, com uma centena de passos.
Verão na praia lugar imóveis no litoral paulista está A mais caro. A variação de
preço está entre 2,22% e 22,22%, dependendo da região. O litoral norte concentra as maiores altas. A diária chega a custar R$ 493 para um apartamento de quatro dormitórios. Em São Sebastião e Ilhabela, cujo aumento foi de 22,22%, os valores subiram para R$ 134,44 para imóveis de um dormitório. Os dados são da pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP).
Comida mais cara
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ano de 2007 foi o ano da inflação dos alimentos e a comida deve continuar pressionando o custo de vida em 2008. O Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) fechou 2007 com alta de 4,38%, bem superior à expectativa inicial, que era de 3,6%, e quase dois pontos percentuais acima da inflação acumulada em 2006, que havia sido de 2,55%. Os preços dos alimentos subiram no ano passado 12,73%. (AE)
BÚSSOLA endo como tema a crise imobiliária dos Estados Unidos, começou ontem em Basiléia, na Suíça, o encontro do Banco de Compensações Internacionais (BIS), do qual participam presidentes de bancos centrais de vários países, incluindo o Brasil.
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ara o presidente da Opep, Chakib Khelil, a alta nos preços do petróleo prosseguirá até o final do primeiro trimestre deste ano.
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ciranda@dcomercio.com.br
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DCARRO
São Paulo, segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
São Paulo, segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
DCARRO
Em Detroit, o futuro dos automóveis Marcas de todos os continentes aproveitam o evento para mostrar carros- conceito, antecipando o que estará rodando em nossas ruas nos próximos anos
M
ais uma vez Detroit será palco da exposição de carros que visam antecipar o futuro do setor automotivo. As montadoras aproveitam o North American International Auto Show (Naias), que acontece na cidade norteamericana entre os dias 19 e 27 deste mês, para expor protótipos de veículos que provavelmente estarão em nossas ruas nos próximos anos. A Land Rover revela a sua visão do futuro com a apresentação mundial do LRX Concept – uma evolução do design da marca que assinala a mudança progressiva para novas áreas do mercado automotivo, permanecendo, ao mesmo tempo, fiel aos seus valores básicos. Quando a companhia se prepara para celebrar o seu 60º aniversário agora em 2008, o LRX de três portas, com dimensões mais compactas e peso reduzido, representa a sua entrada num segmento até então inexplorado
Land Rover LRX, um novo segmento para a marca
pela marca. O LRX é descrito como um "cross-coupé", veículo que alia dimensões compactas com a agilidade de uma versão 4x4. Seu interior combina couros suaves em castanho claro e chocolate escuro, com acabamentos em alumínio polido. Do Japão - A Honda vai mostrar em Detroit o protótipo da próxima geração do Pilot, que traz um design mais futurista e ousado, evidenciando aspectos de um autêntico SUV (Sport Utility Vehicle), como um espaçoso interior, além de avançadas tecnologias de segurança e economia de combustível. A atual geração é reconhecida por oferecer conforto e segurança ao motorista e aos passageiros e ótima dirigibilidade. Esses e outros atributos levaram o Pilot a figurar durante seis anos seguidos (2002 a 2007) entre os “5Best Truck”, importante prêmio da revista Car
and Driver. Além do protótipo do Honda Pilot, estarão no Salão de Detroit o FCX Clarity, automóvel movido a célula de combustível que passará a ser comercializado pela Honda já em 2008, e o carro-conceito CR-Z, apresentado pela primeira vez no último Tokio Motor Show e que será a inspiração para uma próxima geração de esportivos híbridos da marca. Nissan - O novo carro-conceito Nissan Forum será apresentado pela primeira vez ao público no Salão de Detroit 2008, mas a imprensa especializada dos Estados Unidos foi privilegiada com uma pré-estréia em meados de dezembro. O carro, uma minivan voltada para a família e que comporta sete passageiros, foi concebido pela equipe do Nissan Design America (La Jolla Califórnia – EUA). Seu grande diferencial é a segunda fileira de bancos
giratórios, que podem virar 90° para qualquer um dos lados ou 180° para ficar frente-a-frente com os passageiros da terceira fileira de bancos, proporcionando assim um interior versátil que garante maior integração entre seus ocupantes. Para tornar viável a proposta do carro-conceito foram eliminadas as colunas laterais do veículo e reforçadas as molduras do teto e ao redor das portas. O Nissan Forum conta com teto solar, sistema individual de áudio Bose, GPS, monitores de LCD, forno microondas, o exclusivo sistema Around View Monitor, que permite ao motorista ter uma visão de 360º em torno do veículo, e transmissão automática CVT, mesma tecnologia que equipa o Nissan Murano e o Nissan Sentra comercializados no Brasil. Grupo Chrysler - Os conceitos Chrysler ecoVoyager, Dodge ZEO e Jeep Renegade serão atração no
estande do Grupo Chrysler no Salão de Detroit. O ecoVoyager exibe o estilo distintamente americano num veículo de quatro portas para quatro passageiros. Projetado para clientes que buscam elegância, simplicidade e serenidade, oferece um avançado conjunto de bateria de líti-oions, juntamente com uma pequena e avançada célula de combustível que serve como um extensor de capacidade. O resultado é um veículo com uma autonomia total de mais de 480 km sem quaisquer emissões, exceto vapor de água. O Dodge ZEO é uma perua esportiva para quatro passageiros (2+2), que incorpora a arrojada e expressiva aparência da marca Dodge à jovialidade do carro “muscular” para o século 21. Desenvolvido para entusiastas do volante, ele oferece um sistema de propulsão elétrica com um conjunto de bateria de líti-oions capaz de oferecer uma autonomia de pelo menos 400 km. Diferente
de outros veículos deste tipo, o conceito Dodge ZEO é um modelo de quatro portas que proporciona ao mesmo tempo funcionalidade e responsabilidade ambiental. Fora de estrada - Já o Jeep Renegade é um esportivo do segmento B, de dois assentos, voltado para quem gosta de aproveitar o prazer de dirigir em condições fora de estrada. Com pára-brisa inclinado, barra anticapotamento e aberturas nas partes inferiores das portas, trata-se de um veículo “eco-amigável” com uso minimizado de materiais – projetado para aqueles que desejam desfrutar do que o planeta oferece enquanto cuidam de seu futuro. O sistema de propulsão do Jeep combina um conjunto de bateria de lítio-oions com autonomia para 64 km e um motor diesel Bluetec para pequenos deslocamentos. O resultado é uma economia de combustível, visto ser possível rodar 46,6 km por litro.
Jeep Renegade, conceito fora de estrada
I N T E R N A C I O N A L
Dodge ZEO, uma perua esportiva ecoVoyager, da Chrysler
Honda Pilot, nova geração
Forum, a minivan da Nissan
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DCARRO
São Paulo, segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
CUIDE BEM DO ESCAPAMENTO
O meio ambiente agradece. E o seu bolso também. Componentes danificados trazem prejuízos para o proprietário do veículo e provocam mais poluição
C
omposto por peças interligadas, o escapamento forma o sistema de exaustão de um automóvel – tubo dianteiro, catalisador, silencioso intermediário e silencioso traseiro. A função desses componentes é filtrar e reduzir a emissão de gases provenientes do motor, assim como controlar seu ruído. Quando danificado, a substituição pode ser parcial, ou seja, apenas algumas das partes podem ser trocadas. A Mastra, uma das mais importantes fábricas de sistemas de exaustão da América Latina, lembra que a vida útil dos escapamentos originais é de cerca de dois anos, pois é natural a deterioração com o tempo de uso. Além da aumentar o consumo do combustível, o mau funcionamento deste equipamento pode causar uma mudança nas taxas de contra-pressão, provocando arraste de óleo do motor e desgaste prematuro de peças. Ou seja, o proprietário do carro vai acabar gastando mais no futuro se não fizer a troca na hora certa. Sem contar os prejuízos à saúde, já que irá comprometer a conversão de gases. O gerente de Engenharia e Qualidade da Mastra, Valdecir Rebelatto, responde às principais dúvidas dos consumidores sobre o sistema de exaustão automotivo. O que fazer quando o carro apresentar excesso de ruído? - Dirigir-se imediatamente a um centro automotivo ou loja do ramo para um diagnóstico do problema. Quando fazer a substituição do escapamento? - Quando notar alterações no nível de ruído do veículo, caracterizado por
O que provoca a quebra do sistema de exaustão ou do tubo do motor? - As quebras ocorrem basicamente em função de pancadas em lombadas, falta de manutenção nos coxins sobrecarregando os demais suportes e a instalação incorreta (instalação tensionada). Por que ocorre o aquecimento do assoalho do carro? - Normalmente, nos casos mais críticos de transmissão de calor pelo escapamento, as montadoras já instalam no assoalho do veículo um defletor de calor que funciona como uma barreira de proteção ao assoalho. Porém, em diversos casos, esta barreira não é suficiente para a função e por isso, alguns escapamentos também são fabricados com defletor de calor. O que fazer quando ocorre a quebra de suportes, abraçadeiras e coxins? Para evitar o agravamento dos danos que vão ocasionar quebras maiores, é recomendável proceder à troca do elemento danificado imediatamente. sopros de gases, chocalhos no catalisador, som estridente, ressonâncias ao trocar marchas, entre outras, e também quando sentir que o veículo está com baixo rendimento (amarrado) ou com excesso de consumo de combustível, é recomendável checar o sistema de escape. Qual a causa dos vazamentos de gases e qual a solução para o problema? - Quando chega-se no ponto de haver vazamento, o escapamento já se rompeu e ocorre um desvio do fluxo de gases, afetando o nível de ruído (sopro), assim como o consumo do
Quais são as causas mais comuns da vibração da carroceria? - Normalmente quando ocorre vibração no chassi do veículo, ela é proveniente do contato do escapamento com a estrutura da carroceria, ou seja, escapamento mal instalado ou com defeito de roteiro. Neste caso, é necessária a substituição ou o realinhamento do elemento envolvido.
Por que não é recomendado soldar partes do sistema de escapamento? - A corrosão deste sistema ocorre de dentro para fora, ou seja, a quebra é conseqüência de danos na estrutura interna dos abafadores e silenciosos e, portanto, soldar o local rompido não é suficiente para que o fluxo de gases internos seja direcionado da maneira correta, isto afeta do mesmo modo a taxa de contrapressão de trabalho do motor. Além do mais, os serviços de solda não são suficientes para dar durabilidade contra corrosão no local.
pelo menos uma vez por ano, porque quando ele perde a eficácia compromete o funcionamento do sistema. As pastilhas de freio precisam ser trocadas conforme a quilometragem estipulada no manual, do contrário o disco pode ser danificado. Antes de pegar a estrada, lembre-se de verificar a validade do extintor de incêndio e fazer a calibragem dos pneus conforme recomendação do manual do proprietário do veículo. Nunca se esqueça de ver o nível do óleo do motor. Se houver necessidade de troca, cheque as condições do filtro de ar. Se a peça estiver escura e suja, a substituição deve ser realizada para que o veículo
mantenha bom desempenho e o controle do nível de emissão de poluentes. Também é importante trocar a correia dentada em intervalo determinado pelo manual do automóvel, pois se a substituição não for realizada de acordo com as especificações do fabricante, ela pode quebrar e travar o motor. Em conseqüência, a junta do cabeçote e até outros componentes do motor terão de ser reparados. Não deixe de verificar as velas de ignição e a injeção eletrônica. Se houver problemas com estes componentes, o desempenho do veículo pode ser afetado (veja dicas sobre como se comportar na estrada na página 8).
veículo através da alteração da taxa de contra-pressão de trabalho do motor. Somente com a troca do elemento danificado se resolve o problema.
SERVIÇOS
Não viaje sem fazer revisão A manutenção preventiva é a melhor forma de garantir uma viagem tranquila e evitar prejuízos futuros
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este período de férias de verão nunca é demais lembrar a importância de se fazer uma revisão geral no carro antes de pegar a estrada. Além do escapamento, é importante olhar toda a parte elétrica do carro, assim como sistema de freio, pneus e todos os demais equipamentos que envolvem a segurança do motorista
e demais passageiros. Uma simples palheta do pará-brisa, que a gente só lembra que existe quando começa a chover, pode comprometer a viagem se não estiver em condições adequadas de uso. Também é importante lembrar que o reservatório do limpador deve estar abastecido com água. No caso dos freios, recomenda-se a troca do fluido
São Paulo, segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
DCARRO
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CARRO 1.0
A menor participação em dez anos Os populares já chegaram a dominar mais de 70% do mercado. Em 2007, este índice baixou para 54,3%. s vendas do carro com motor 1.0, que já teve mais de 70% do mercado, estão caindo ano a ano. Em 2007 o chamado "popular" conquistou 54,3% de participação, o pior desempenho nos últimos dez anos, conforme dados do Renavam. O carro 1.0 chegou ao mercado em 1990 como uma boa opção de compra para aqueles que não tinham condições de adquirir um modelo mais potente. A idéia inicial era oferecer um veículo barato, custando cerca de US$ 7 mil. Aos poucos, a participação deste segmento foi crescendo e o popular dominou amplamente o mercado, chegando a deter mais de 70% de todas as vendas no País. No início havia muita reclamação quanto ao desempenho e também em relação ao consumo, que não seria tão vantajoso se comparado aos mais potentes. Mas a indústria automobilística aperfeiçoou os motores 1.0 e tais problemas foram minimizados. O governo também contribuiu diminuindo a carga tributária. O resultado foi que aos poucos o volume dos populares foi crescendo e a
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participação aumentando. Quatro anos após surgirem no mercado brasileiro, em 1994, já tinham 40% de penetração. O pico de participação foi em 2001, quando as suas vendas representaram 71% do total comercializado internamente. Com o remanejamento da carga tributária, que diminuiu a diferença destes
produtos em relação aos com motor entre 1.000cc e 2.000cc, os carros mais potentes começaram a ficar mais atraentes para o consumidor. É bom lembrar que hoje o preço do popular quase dobrou desde que foi lançado. Um modelo 1.0 básico custa no mínimo R$ 23 mil, cerca de US$ 13 mil. Um popular equipado pode custar até
mais caro que um carro 1.4 ou 1.6. Mas já há alguns anos a participação do popular vem caindo. E em 2007 ele teve o menor índice dos últimos dez anos, ficando com 54,3% do volume total de vendas (dados de janeiro a novembro). Com a facilidade de compra (juros em baixa e aumento do prazo de pagamento) falou-se muito na decadência do carro 1.0. No segundo semestre de 2007 o segmento teve três quedas mensais consecutivas – entre agosto e outubro – mas em novembro houve uma pequena reação, o que mostra que o motor 1.000cc ainda tem muito chão pela frente num mercado no qual o preço é o principal fator de decisão de compra. O presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Jackson Schneider, acha que ainda é muito cedo para saber se o carro 1.0 está mesmo em queda. "Precisamos de mais tempo para avaliarmos a sua performance de vendas".
BALANÇO Divulgação
Venda recorde de caminhões Todas as marcas estão otimistas em relação a 2008 e estão investindo em aumento de capacidade produtiva ssim como o mercado de carros, também o de caminhões teve desempenho surpreendente em 2007. O segmento registrou recorde histórico de vendas, chegando perto de 100.000 unidades comercializadas internamente. A Mercedes-Benz encerrou o ano com mais de 31 mil caminhões vendidos, o que significa a liderança de mercado, com 31% de participação. Esse volume é baseado no critério do Denatran que classifica os veículos acima de 3,5 toneladas de peso bruto total como caminhão. Todas marcas tiveram resultados positivos. A Ford Caminhões, por exemplo, teve crescimento de 32,5%, com mais de 19.200 unidades vendidas
A
no varejo. Com este desempenho, atingiu uma participação próxima a 20% dentro do segmento. A expectativa da montadora de origem norte-americana para 2008 é a de continuidade do crescimento. Estima-se um mercado total de 107.500 caminhões, 11,4% superior ao de 2007. Também a Volkswagen Caminhões, que teve crescimento de 35% em 2007, está otimista com relação a este ano. A empresa vai contratar mais 400 empregados ao longo do ano para aumentar sua produção na fábrica de Resende, no Rio de Janeiro. A decisão faz parte de um novo ciclo de investimentos de R$ 1 bilhão programado para o período 2008/2012.
Entre os mais vendidos estão os caminhões da Ford (abaixo à esquerda), da Mercedes (ao lado) e da Volkswagen (abaixo)
Agência AutoInforme
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DCARRO
São Paulo, segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
COMPORTAMENTO
Etiqueta nas estradas A
lguns simples e, aparentemente, inofensivos hábitos ao volante, podem ser a causa de muitos acidentes nas estradas. O alerta é da OHL Brasil, que responde pela Centrovias, Intervias, Vianorte e Autovias, que atendem às regiões de São Carlos, Araras, Sertãozinho e Ribeirão Preto, respectivamente. Seus técnicos destacam a "música alta, paquera e comilança durante a viagem, além de micos”, como grandes causadores de problemas. Eles lembram que os viajantes se entregam tanto à diversão e ao descanso rumo às praias brasileiras ou campo, antes mesmo de chegar aos seus destinos "que, por vezes, esquecem alguns princípios básicos de boa convivência em sociedade". Segundo a pedagoga Maria José Finardi, coordenadora do ProjetoEscola da OHL, "uma das últimas coisas que passam pela cabeça dos usuários das estradas é a etiqueta, que acaba ficando em casa junto com o estresse da vida moderna". Para a pedagoga um comportamento adequado em um carro ou coletivo, além de promover uma viagem agradável e boa interação entre as pessoas, evita acidentes. Um grande risco, menciona a profissional, é quando um grupo de amigos segue rumo ao litoral em dois ou três carros. É quando ocorre uma natural interação, com acenos e sorrisos entre eles. "O problema - ressalta - começa com o excesso, que pode envolver carros emparelhados para conversas desnecessárias e ultrapassagens perigosas para manter o comboio unido, por exemplo”. Paquera e celular - Maria José cita situações que passam despercebidas na maioria das vezes, como "buzinar sem razão em um túnel, por
Saiba que é possível ser elegante até nas estradas. Eis as dicas das concessionárias para evitar problemas nas viagens.
exemplo, somente pela celebração, pode evitar o atendimento de um pedido de socorro ou abafar o alerta real de perigo iminente". Ela menciona que a música alta é outro fator que pode atrapalhar a percepção de quem dirige e desviar a atenção de outros motoristas. Até uma aparente e inocente paquera na estrada é capaz de gerar um acidente: ela pode provocar lentidão no tráfego e, ainda pior, causar acidentes pela falta de atenção ao volante. O celular, diz a pedagoga, é outro vilão para quem o usa excessivamente – ninguém suporta uma viagem com alguém falando o tempo todo. E irritação não é uma boa companheira de viagem. Entre os grandes problemas registrados pelas concessionárias da OHL, o lixo se destaca. São cerca de 10 toneladas de lixo recolhidas mensalmente dos 1.147 km de rodovias administradas pela empresa no interior de São Paulo. Por isso, Maria José prega: “Saquinhos plásticos nos veículos precisam integrar a bagagem de todo mundo hoje em dia”. Ar-condicionado - Não brigue por causa do arcondicionado. Sua temperatura, recomenda Maria José, precisa de um consenso entre seus usuários. "Discrição no perfume pode fazer a diferença entre não ser notado ou ser odiado pelos colegas de viagem", adverte. Outros alertas: A leitura noturna pode incomodar quem deseja dormir. Os temas das conversas podem constranger desconhecidos. Muita bagagem dificulta a vida do passageiro e pode atrapalhar a visibilidade traseira de algum carro. Quem dorme precisa saber se seu ronco é tolerável. Viaje nos horários de menor pico. E lembre-se que crianças também precisam de atenção especial durante a viagem.
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Nacional Finanças Tr i b u t o s Empresas
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Concessionárias bancam aumento do IOF, mas dão desconto menor na compra de veículos.
EMPRÉSTIMOS PARA QUITAR IMPOSTOS
CUIDADO COM A OFERTA DOS BANCOS
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ários bancos estão oferecendo linha de crédito especial para o pagamento das despesas de início de ano – material escolar, Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), seguro obrigatório (DPVAT) e Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Como as instituições partem do pressuposto que o consumidor está sem dinheiro para quitar essas dívidas porque está endividado com carnês e com cartão de crédito após o Natal, a maioria dá uma carência para o vencimento da primeira parcela, de 45 dias a 90 dias após a contratação. Os prazos máximos para esses financiamentos vão de 12 a 48 meses. As taxas de juros variam de 2,85% a 4,5% ao mês. Ser cliente é condição exigida por todos os bancos pesquisados, com exceção da Nossa Caixa – nesse caso, o juro sobe para 6,95% ao mês e o pagamento é realizado com cheques pré-datados. Antes de optar por esse financiamento, é preciso analisar as condições com cautela, sobretudo depois do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que dobrou
Rodrigo Cubel/AE
Eduardo Knapp/Folha Imagem
O aumento do IOF levou o Banco do Brasil a suspender o financiamento agrícola, pegou de surpresa quem iria comprar veículo no final de semana e pode atrapalhar a vida daqueles que pretendem pegar empréstimo dos bancos para pagar contas no começo do ano.
de 1,5% para 3% ao ano, além da taxa fixa de 0,38%. Segundo o professor de matemática financeira José Dutra Vieira Sobrinho, o empréstimo só deve ser realizado depois de analisadas outras possibilidades. Para Vieira Sobrinho, se o consumidor tiver aplicação em caderneta de poupança ou fundos de investimento de renda fixa, o melhor é fazer o saque e quitar esses compromissos à vista, condição em
que muitas vezes há desconto. "A aplicação é remunerada por juro menor do que o cobrado no financiamento", explica. Para quem não tem dinheiro aplicado, pode ser mais vantajoso usar o parcelamento oferecido pelo estado e pelo município para quitar tributos como o IPVA e o IPTU do que recorrer ao financiamento bancário. Isso porque, feitas as contas, os juros cobrados por essas esferas do governo são
menores que os de mercado. No caso do IPVA, no Estado de São Paulo, por exemplo, o desconto para pagamento à vista é de 3%. Adotar o parcelamento em três vezes equivale ao pagamento de juros de 3,13% ao mês, sem a necessidade de pagar Taxa de Abertura de Crédito (TAC) nem IOF. "Essa taxa é menor do que os juros bancários", diz Dutra. Assim, ele indica o empréstimo apenas para quem precisa
CARRO
BB suspende empréstimos
O
Banco do Brasil (BB) suspendeu temporariamente financiamentos agrícolas que têm incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O objetivo, de acordo com técnicos, é readequar o crédito rural ao aumento do tributo, proposto pelo governo na quinta-feira da
R$ 40 bilhões é o montante que o Banco do Brasil pretende destinar para empréstimos para a safra 2007/08
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semana passada. Os financiamentos agrícolas, como o Fundo Constitucional do CentroOeste e o financiamento da reforma agrária, que não têm incidência do IOF, não foram alterados. Os técnicos do Banco do Brasil trabalharam durante o final de semana para que até amanhã, todas as linhas de crédito rurais estejam reabertas. O BB prevê emprestar até R$ 40 bilhões para a safra 2007/08. Desse total, apenas R$ 15,6 bilhões já foram desembolsados. A suspensão temporária, no entanto, não deve afetar a tomada de empréstimo porque o pico da demanda ocorre em fevereiro, quando começa a safra nas regiões Nordeste e no Norte, e as safrinhas no Sudeste e Centro-Oeste. De acordo com o decreto publicado pelo governo, o IOF teve alíquota diária elevada de 0,0041%, para 0,0082% e implementou-se um adicional de 0,38%. Essa engenharia tributária elevou a cobrança do imposto anual de 1,5%, para 3%. (AG)
parcelar o IPVA em prazo superior a três meses. No caso do IPTU cobrado pela cidade de São Paulo, em que o desconto para pagamento à vista é de 6% e o prazo se estende por dez meses, Dutra recomenda descartar o financiamento bancário. "Melhor optar pelo parcelamento oferecido pelo município, mesmo sem o desconto", diz. Nessa opção, o contribuinte vai pagar juro equivalente a 1,4% ao
mês, bem menos que os cobrados pelos bancos. "Nesse caso, o prazo de dez meses já é bem longo, não há por que recorrer ao empréstimo." No caso de materiais escolares, Dutra recomenda pesquisar preços, pedir descontos para o pagamento à vista, se possível, e comparar o custo do parcelamento com cheque prédatado na própria loja com o financiamento bancário. Se a saída for mesmo o empréstimo, é preciso comparar as condições. Nas linhas especiais para as despesas de início de ano, os bancos estão cobrando juros de 2,85% a 4,5% ao mês dos clientes. Essas condições são mais favoráveis que as do crédito pessoal normal, que tem taxa média de 5,27% ao mês, segundo o Procon-SP, e o cheque especial, cuja taxa média é de 8,21% ao mês. Nas financeiras, o crédito pessoal custa em média 11,16% ao mês, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Um alerta de Dutra: o custo final do empréstimo será bem maior que o juro informado pelo banco, pois é preciso considerar despesas como a TAC e o IOF. (AG)
Uma limonada com limão do IOF
Q
uem esperou o primeiro fim de semana de 2008 para comprar um carro novo teve de repensar a decisão por conta do aumento na alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Os comerciantes reagiram rápido à adversidade e algumas concessionárias de São Paulo anunciaram que vão bancar o reajuste do imposto -– ou seja, o consumidor vai pagar apenas a taxa antiga, de 1,5%. Teoricamente, claro. "Dou um desconto menor para o cliente em troca do IOF", admite o gerente comercial de uma concessionária, Luciano Soares. Na última quinta-feira, o governo aumentou a alíquota do IOF de 1,5% para 3% ao ano.
Além disso, o consumidor terá de pagar uma alíquota adicional de 0,38%, ao tomar um empréstimo, independentemente do prazo (veja na página E1). O empresário Adalberto Moreira Siqueira é um dos consumidores que está em dúvida após a entrada em vigor das novas regras. "Vou pegar instruções com o vendedor e pesquisar para ver o melhor plano, porque ainda estou meio perdido", afirmou. Assim como ele, muita gente precisa refazer as contas. O advogado tributarista Marcos Ferraz de Paiva diz que uma alternativa para quem não quer pagar mais imposto é comprar o carro pelo sistema de leasing, que não
e x i g e p a g a m e n t o d e I O F. "Quem está comprando não percebeu o que está acontecendo.O governo aumentou 100% o IOF e embutiram a CPMF que tinha acabado", diz. Fim de festa – Independentemente das mudanças na alíquota do IOF, os especialistas acreditam que a festa do crediário de longo prazo para a compra de veículos, principal responsável pelo forte aumento das vendas de carros novos em 2007, chegou ao limite. Um dos motivos é o endividamento crescente dos clientes, segundo indica pesquisa realizada com 2,3 mil consumidores em concessionárias e feirões de São Paulo no final do ano passado. (Agências)
Mais de R$ 1 trilhão em impostos
O
Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) revisou para cima a carga dos impostos sobre o Produto Interno Bruto (PIB) prevista para 2008. A projeção, inicialmente de até
35,4%, passou para 35,52%. A expectativa é de que a arrecadação com tributos alcance R$ 1,029 trilhão ao longo deste ano. Segundo o IBPT, devem entrar nos cofres públicos das três esferas (federal, estadual e
municipal) cerca de R$ 928 bilhões referentes a 2007 . Nesse caso, a carga tributária irá representar 36% do PIB. A arrecadação foi estimada com base nos dados até novembro. Adriana David
2 - OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
É PRECISO DESTINAÇÃO MAIS I N T EL I G E NT E D OS R E C UR S O S RESERVADOS PARA A E D U C AÇ Ã O
O DRAMA DE EMMANUEL Céllus
A
criança de três anos gerada na selva colombiana, em área controlada pelos narcotraficantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARCs), é uma marca distintiva das crenças e atitudes dos guerrilheiros. Ao denominar "Emmanuel" a operação que visava compensar o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, por seus últimos fracassos, as FARC mostraram ao mundo que podem trair mesmo seus mais convenientes aliados, já que o menino não estava em seu poder. A curta e trágica estória de Emmanuel, fruto de uma relação consensual ou não de uma seqüestrada (Clara Rojas) com um guerrilheiro, é bem um exemplo da importância que dão aqueles bandidos à vida humana. Ressalte-se que a aliança ou, pelo menos, a conivência das FARCs com parte do governo venezuelano não justifica a atitude dos guerrilheiros envolvendo Hugo Chávez na grande mentira da devolução dos três seqüestrados, já sabendo, de antemão, que um deles não era mais seu refém. Oque une Hugo Chávez à guerrilha é que esta compartilha de três dos princípios bolivarianos: a unidade latino-americana, a luta "antiimperialista" e a soberania nacional.
PAULO SAAB
G A estória do filho de
uma seqüestrada (Clara Rojas), com um guerrilheiro, mostra bem a importância que aqueles bandidos dão à vida humana
A solidariedade bolivariana alcança, em relação às FARCs, seu rendimento máximo em tudo o que se relaciona com a indústria nacional do tráfico de drogas. Hugo Chávez odeia o governo da Colômbia porque o presidente Álvaro Uribe tem um grande apoio dos Estados Unidos no combate às drogas. Isto agride o princípio bolivariano quanto ao "antiimperialismo", já que ele julga as ações da DEA (Drug Enforcement Agency) como uma invasão de território. Além disto, Álvaro Uribe é um liberal. O mais triste em todo o episódio é o sofrimento infringido aos seqüestrados, a seus parentes e, em especial, a uma indefesa criança de três anos. Esta parcela Chávez deveria cobrar a seus "aliados bolivarianos" do outro lado da fronteira venezuelana. ARTHUR CHAGAS DINIZ É PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL
AFP
Uma afronta ao ensino público
A
s escolas denominadas CEUs, invenção de dona Marta Suplicy quando prefeita de São Paulo, são o mais explícito testemunho da incompetência, falsidade, desatino e prejuízos sociais que o ideologismo petista é capaz de praticar no governo contra as classes populares e os princípios de "justiça social" que proclama defender. Com sua estrutura e equipamento de um elitismo que supera o das escolas privadas mais ricas, eles criam dentro da rede escolar do município para uma minoria de crianças uma situação de desigualdade e privilégio que afronta a carência da maioria que freqüenta as demais escolas da rede. Quantas escolas de lata poderiam ser melhoradas com o que se gasta na construção e manutenção de um único CEUs? E no que toda a parafernália de suas instalações promove uma melhoria proporcional no rendimento do objetivo social fundamental da escola, que é melhorar a qualidade e o rendimento do ensino? Que progresso da "justiça distributiva e eqüalitária" se tem? Ao comparar-se o que destina e gasta com um aluno de uma escola de lata e um matriculado no CEU o que se constata é um gritante aumento da desigualdade e injustiça exatamente com os mais carentes. É igualmente óbvio que nem toda a verba que o município dedica à Educação seria suficiente para construir CEUs para todas suas crianças. Não são entretanto apenas as crianças as afetadas por essa discriminação desigualitária criada pelos CEUs na rede escolar. Evidentemente todo o professorado e a equipe de profissionais que trabalham nesses lugares gozam de um ambiente de trabalho elitistamente superior.
S
eria necessário e urgente, portanto, que se criasse um grupo adequado de pesquisa para analisar detalhadamente todas as resultantes, não só econômicas, como educacionais decorrentes da instalação e funcionamento dessas anomalias que são os CEUs. Aparentemente, a única coisa que eles efetivamente promoveram, em virtude da natural
G Os CEUs, inventados por dona Marta
Suplicy, criam dentro da rede escolar do município para uma minoria de crianças uma situação de desigualdade e privilégio que afronta a carência da maioria, que freqüenta as demais escolas. Por Benedicto Ferri de Barros
incapacidade do público em geral para avaliar o significado e conseqüências de uma iniciativa dessa natureza,foi uma publicidade do exibicionismo da ex-prefeita do "relaxe e goze." Por isso é necessário e urgente que a atual administração do município, empenhada em tantos outros projetos de grande significado para a cidade, re-examine cuidadosamente sua disposição de dar continuidade a esse programa infernal, quando há tantas outras prioridades mais importantes na rede de ensino municipal.
É
muito possível que mera inspeção local aos estabelecimentos dessa rede proporcione um arrolamento de casos prioritários, onde as fortunas que são gastas com os CEUs se aplicariam com maior rapidez e economia e com resultados que beneficiariam a um maior número de munícipes e seus filhos. Todas as pesquisas mundiais que vêm sendo divulgadas mostram o estado calamitoso em que se acha o sistema educacional brasileiro, colocado em todos os níveis na rabeira mundial. A base de tudo se acha no ensino elementar, pois nada de sólido se pode construir sobre o analfabetismo funcional que ele produz. Daí a importância fundamental de que se reveste o caso dos CEUs e a de uma destinação mais inteligente e produtiva dos escassos recursos que se reservam para a educação.
Sabedoria de Morin ARNALDO NISKIER
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Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br
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igura destacada da Resistência francesa, nos anos de 1942 e 1943, Edgard Morin notabilizou-se no mundo da educação, pelos seus trabalhos como filósofo ("O Método") e sociólogo ("Os sete saberes"), em que se encontra a síntese do seu pensamento complexo. Aos 86 anos de idade, inteiramente lúcido, Morin aceitou o convite do Sesc/DN para dar uma espécie de aula magna, iniciando os trabalhos na Escola de Ensino Médio situada na Avenida Ayrton Senna, no Rio de Janeiro. Durante mais de uma hora, de improviso, o grande educador discorreu sobre o conteúdo do que deve ser ensinado aos nossos jovens, a partir do conceito universal de solidariedade. Foi muito aplaudido. Na sua opinião, os sete saberes não pertencem propriamente a este ou aquele grau de ensino, mas a todos eles. São buracos negros nos programas educativos, que devem ser corrigidos para o bem da formação dos jovens.
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primeiro deles refere-se ao conhecimento. Os maiores problemas, no caso, são o erro e a ilusão. Crenças do passado, através da percepção, devem ser objeto de um necessário processo de reconstrução: "Tomar a idéia como algo real é confundir o mapa com o terreno", disse Morin, na aula magna no Sesc.
Diferenças culturais, sociais e de origem podem ocasionar erros que impedem a correta visão da realidade. O segundo buraco negro é que não ensinamos um conhecimento pertinente, isto é, que não mutile o seu objeto. As conexões entre as disciplinas são invisíveis. Com uma visão de conjunto, é preciso ter a capacidade de colocar o conhecimento no contexto, reconhecendo as partes para conhecer o todo, como foi recomenG O educador, filósofo e
sociólogo Edgard Morin, de 86 anos, fez palestra recentemente no Rio de Janeiro e falou sobre o que deve, de fato, ser ensinado aos jovens a partir do conceito universal de solidariedade.
dado por Pascal. O terceiro aspecto é a identidade humana, que não pode ser desconhecida. "Somos todos filhos do cosmos, mas nos transformamos em estranhos através do nosso conhecimento e da nossa cultura."
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ser humano é múltiplo. Não vivemos só em função do interesse econômico. O quarto buraco negro é a
compreensão humana. É preciso ensinar sobre como compreender uns aos outros, nossos vizinhos, nossos parentes, nosso país. Para chegar ao quinto aspecto que é a incerteza. Na escola só ensinamos as certezas. Como agir diante do surgimento do inesperado? Há necessidade de ensinar o que chamamos de ecologia da ação.
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hegamos ao sexto aspecto, que é a condição planetária. A globalização representa a interligação de toda a humanidade. Isso no ensino ainda não foi totalmente realizado. São tantas as informações que não conseguimos processar e organizar. O último aspecto abordado por Edgard Morin, que fala espanhol fluentemente, é a antropo-ética. Os problemas da moral e da ética dependem da cultura e da natureza humana. Cabe ao ser humano desenvolver, ao mesmo tempo, a ética e a autonomia pessoal, além da participação social, ou seja, a nossa participação no gênero humano, pois compartilhamos um destino comum. Se todos esses elementos se conjugarem de forma harmônica, no processo ensino-aprendizagem, ganha sem dúvida a educação. ARNALDO NISKIER É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS E PRESIDENTE DO CIEE/RJ ANISKIER@IG.COM.BR
ONDE ESTÃO OS NOVOS LÍDERES?
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nquanto começa nos Estados Unidos a corrida para a sucessão presidencial, o Brasil entra num ano de eleições municipais. Os jornais destacaram nos últimos dias a avidez com que os norte-americanos estão em busca de líderes. Entendem muitos articulistas internacionais que o governo Bush foi fraco. Democratas e republicanos tentam oferecer aos eleitores alternativas capazes de devolver o orgulho e a grandeza do império do norte, desgastada nos últimos anos por guerras frustradas e economia em declínio. A questão de busca por líderes se reflete também no Brasil. Melhor seria dizer se reflete com muita intensidade em nosso país. A falta de renovação de lideranças políticas nos exibe no quadro nacional nomes que estão circulando na vida pública há pelo menos quatro décadas. Eleições presidências nos EUA raramente repetem candidatos derrotados. Lula só foi eleito por aqui na quarta tentativa. E ainda há quem sonhe com um terceiro mandato.
G A falta de renovação
de lideranças nos mostra um quadro nacional com nomes que estão circulando na vida pública há quatro décadas. Essa busca se renova sempre que é ano eleitoral. Quem aparecerá, não como salvador da pátria, mas como político capaz de merecer credibilidade de, de liderar a condução do processo político dentro de uma ótica de Brasil e não da manutenção de grupos exploradores do poder. Confunde-se populismo com governo popular e falta de autoridade com medo de autoritarismo. Os governos ficam fracos. Descompensados.
A
esperança é que os EUA encontrem seus líderes capazes de não levar o mundo a situações de perigo e constrangimento e que o Brasil encontre líderes que não estejam com a bainha da calça (a maioria até os joelhos) mergulhada na lama. Fica a esperança de que Lula consiga superar-se e atender ao seu lema de um Brasil para todos, porque não tem sido assim. Se o balanço econômico do ano de 2007 para o governo teve um bom saldo, cabe observar as palavras do editorial da Folha de São Paulo Os príncipes: "ainda que justas as comemorações presidenciais carregam o travo da omissão. Nisso reside a diferença maquiaveliana entre "fortuna" e "virtú". Sobrou "fortuna" e faltou "virtú" a Lula em 2007. Não se deu nenhum desastre; não se assumiu tampouco. A mediocridade pode ser vista, de qualquer modo, como um triunfo. Desde que se abandonem o que seria deprimente, as perspectivas de fazer do Brasil um grande e civilizado país." PAULO SAAB É PRESIDENTE DO INSTITUTO DA CIDADANIA BRASIL
OPINIÃO - 3
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
QUANTAS BENAZIRES BHUTTO AINDA SERÃO ASSASSINADAS ANTES QUE SE INICIE A RESISTÊNCIA?
AFP
NEIL eu vaio lulla FERREIRA
G O atentado que tirou a vida da expremiê do Paquistão, no fim de 2007, expôs os conflitos internos do islamismo
O 'RISCO SERRA'
O
O islã contra o islã A morte de Benazir Bhutto, no Paquistão, mostra um quadro dramático: o combate que opõe muçulmanos contra muçulmanos. O islamismo está dividido entre fundamentalistas e liberais.
Por Guy Sorman
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morte de Benazir Bhutto é um retrato dramático, o maior de todos, do verdadeiro combate que opõe muçulmanos contra outros muçulmanos. O islamismo está mesmo partido em dois por duas interpretações opostas sobre o que ele significa. Para os que são chamados fundamentalistas, a religião deve tratar de todos os aspectos da vida púbica e privada para repetir exatamente como era a vida na época do profeta Maomé. Para os outros, que serão chamados aqui de muçulmanos liberais, o islamismo com certeza é uma revelação divina, mas que pode e deve acompanhar a modernização das sociedades e a diversidade das culturas dos povos. O papel das mulheres no islamismo é uma questão central nesse conflito intramuçulmano. Os fundamentalistas se baseiam nos textos do Alcorão que submetem as mulheres ao comando masculino. Os liberais encontram, no mesmo Alcorão, muitas provas da autonomia das mulheres na época de Maomé, a começar pela sua própria esposa. Ela era uma comerciante empreendedora. Todo o problema do islamismo e do Alcorão é este: o texto é complexo, facilmente sujeito a interpretações contraditórias sem que ninguém tenha a autoridade de impor uma versão única que seria a única leitura admissível. Não há um papa no islamismo e, assim, cada muçulmano é livre para entrar em contato com Deus pela intermediação do Alcorão. Dessa forma, o Alcorão prescreve ou não que as mulheres usem véus?
Os fundamentalistas exigem, os liberais não se importam. Contudo uns são tão bons muçulmanos como os outros.
P
ortanto, não é no Alcorão que se encontrará uma resposta definitiva e inevitável a essa questão – e a todas que tratam do status das mulheres no islamismo. Depois dos atentados de 11 de setembro nos EUA, lembremo-nos que os americanos mergulharam no Alcorão para tentar compreender o que lhes tinha ocorrido? Em vão, é claro. Mais vale observar as sociedades muçulmanas como são, seus costumes e sua história: a sociologia do islamismo permite explicar o 11 de Setembro. Da mesma forma, a sociologia dos muçulmanos permite compreender o que ocorrerá com as muçulmanas. Por que uma mulher muçulmana usa véu na Arábia Saudita e não usa em Bangladesh, na Índia ou na Indonésia? É que as mulheres árabes sempre estiveram de véu, antes do islamismo e depois, enquanto que as mulheres de Bengala ou de Java nunca usaram, nem antes nem depois da islamização. Como entender que as sauditas não tenham o direito de votar nem de dirigir um automóvel, enquanto que os dois países mais populosos do islamismo, o Paquistão e Bangladesh, já tiveram mulheres na chefia de governos nos anos 80? É que a Arábia é uma sociedade patriarcal enquanto que a civilização indiana, que inclui o Paquistão, não é. Pode-se
concluir que (isso merece ser relativizado) a mulher árabe é uma minoria antes de mais nada porque ela é árabe: uma questão de civilização pastoril mais do que de religião. Nesse aspecto, indaga-se sobre a evolução pessoal, bastante significativa de Benazir Bhutto. Há 20 anos, completamente ocidentalizada, ela não fez nenhuma concessão pública à religiosidade muçulmana. Mas recentemente, preparando seu retorno ao poder, ela usava uma espécie de xale na cabeça e amenizava sua maquiagem; tinha percebido a evolução do Paquistão. O Paquistão é no islamismo uma nação de ponto de encontros, marcada pela herança árabe. Exércitos árabes levaram o islamismo. Na Índia, mais longe, foram os comerciantes. Os primeiros partidos islâmicos fundamentalistas foram fundados nos anos 20 onde seria fundado o Paquistão em 1947. Depois, as migrações de trabalhadores, os investimentos do mundo árabe nas escolas alcorânicas, e os sites na web propagaram no Paquistão a versão árabe fundamentalista do islamismo em detrimento da versão indiana e liberal.
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enazir Bhutto encontrava-se de fato na linha de frente. Abater essa mulher, para os fundamentalistas, é uma mensagem endereçada a todas as mulheres do mundo muçulmano. Esse crime não se relaciona com a democracia ou sua ausência no Paquistão, isso é detalhe. Além do debate sobre o
regime político do Paquistão, trata-se de uma batalha mais significativa, quase apocalíptica. Para os fundamentalistas, em sua visão de mundo, essa morte é uma vitória contra a tentação da modernização e da liberação das mulheres. A questão desse combate pela alma do islamismo provoca muitas incertezas porque a guerra não tem fronteiras bem definidas, ela não põe países contra países. É que cada país, incluindo os do mundo árabe, está fragmentado, atingido pelo confronto islã contra islã. O que podem os ocidentais, os nãomuçulmanos, fazer? As intervenções externas se mostram freqüentemente contraproducentes. Com a vontade de apoiar os liberais, corre-se o risco, como no Iraque, de fazer-lhes perder a credibilidade. O sobressalto contra os fundamentalistas só pode vir do interior dos mundos muçulmanos. Até o presente, os fundamentalistas têm conseguido se organizar em redes globalizadas e eficazes. Os liberais mostram-se incapazes. Perguntamos então quantas Benazires Bhutto ainda serão assassinadas antes que os homens e as mulheres do islamismo iniciem a resistência? O paradoxo dessa guerra é que os muçulmanos moderados são incontestavelmente em maior número. Mas, como em todo período revolucionário, são as minorias eficientes e organizadas que escrevem a História com sangue. TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA
Jerry Lampen/Reuters
O assassinato pode ser visto como mensagem endereçada a todas as mulheres do mundo muçulmano. O crime não se relaciona com a democracia no Paquistão. Para os fundamentalistas, essa morte é uma vitória contra a tentação da liberação das mulheres .
risco Serra é o serra ser o lulla, que sempre quis ser FHC, mas só conseguiu ser o serra e olhe lá. A Careca de Um é a Barba do Outro. A cara de Um é o focinho do Outro. Nem sei mais quem é quem. Meu informante, o Banqueiro de ex-querda, exige garantia de anonimato para falar. Garanto. Arranjamos um codinome. Militante da ex-querda tem que ter codinome. O ex-sequestrador "nosso" franklin tinha oito, um era comprido e descrevia o lombrigão que sempre foi; outro, lulla, mostrava que já então fazia uma fézinha numas a ç õ e z i n h a s p a ra garantir o futuro. O "capitão do time", comissário dirceu, era daniel. Heróico, único e exclusivo sobrevivente da guerrilha do Araguaia, genoíno, era orlando. O quadríssimo dissidente cezinha exibia-se com dezesseis. O usineiro bruno maranhão, invasor e depredador do Congresso, doze. Era a tática para fazer da exquerda uma tropa numerosa e temida. Aquela multidão de (codi) nomes enganava que existiam aos milhares. O Banqueiro de ex-querda a partir daqui será o Cofre Profundo (Deep Safe), numa dupla homenagem: (1) Ao Deep Throat (Garganta Profunda), que ajudou o Washington Post a derrubar Nixon; (2) À ex-assaltante dilma, estela, luiza, patrícia e wanda, especialista em cofres (Safes) quando na ativa; na inativa do poder, tem as chaves dos cofres dos programas do lullismo, viventes nas campanhas da propaganda oficial, como se o fazde-conta fosse real; o empacado PACau é um bom exemplo. Cofre Profundo é importante Banqueiro de ex- qu erd a e não um reles e banal banqueiro de direita, como pensa-se que todos são. Ex-querdista de truz aderido ao lullismo e promovido a quadro, possui valor agregado . A cambada tirou palavra de ordem de exportarem (sic) produtos com valor agregado, não mais apenas comodidades (sic). Os lucros dos bancos sob o Mãe dos Pobres explicam o exqu erdi smo da banquerada. Mãe dos Pobres e Pai dos Ricos são a mesmíssima p eçoa, o DNA provou. ("Us manu pédi... As mina dá... Dispois vai no ratinho prá fazê DNA...") Banqueirada, MST, sindicalistaiada, mensaleiros, caixa 2, valerioduto, "nosso" delúbio, silvinho land rover, waldomiro diniz, vavá, "frei" chico, lurian, lullinha, matadores do celso daniel e do toninho de Campinas, milionários cump adis lobistas, duda mendonça, dólares em paraísos cuecais e fiscais, dirceu, jatinhos, Romanée Conti e charutos cubanos, jader barbalho, sarneys, romero jucá, renan e o PMDB , mares guia e o PTB (aqui não tem da missa nem a metade) são do núcleo duro da ex-querda.
G O 'risco Serra' é
serra ser da situação lullista fingindo oposição. Igual a quando se disfarçou de oposição (no FHC) e era situação. E lulla ganhou com o programa ecônomico da situação.
A política econômica, privatizações (piratizações no FHC ) são ex- querda sangue puro, como nunca antes neçepaíz. Mudo como um peixe, pálido-esverdeado-escr itór io, olheiras de governista moitado, serra é afagado pelo lulla. Horrorizo- me. Na fábrica Ford, que paralisou e depredou dezenas de vezes, lulla festejou serra mais do que a ex-assaltante dilma, dita sua candidata in pectore. É nada, o candidato do lulla é o próprio lulla, mais que ex-pectorado. Clandestino, serra deixou os ouvidos dos aliados roucos de tanto neles ninar a cantilena lullista a favor da CPMF. Cofre Profundo exibe um papel amarfanhado, assinado pelo dedão você-sabe-de-quem.
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a Carta aos Brasileiros. "Serra mete o jamegão aqui e tudo fica na santa paz", profetiza. O risco Serra é serra ser da situação lullista fingindo oposição. Igual a quando se disfarçou de oposição (no FHC) e era situação. E lulla ganhou com o programa ecônomico da situação, ao qual sempre zurrou, rosnou e babou fingida oposição. "I´m he, as you are he, as you are me, and we are all together... "See how they run like pigs from a gun... " S e e h o w t h e y f l y. . . I ´ m cryiiiiing..." ( "I´m the walrus", Lennon & McCartney ). Passei mais de 30 anos sem entender uma vírgula dessa letra. Aí vi lulla e serra trocando afagos, a ficha caiu. Os Beatles, profetas, anteviram eçç epaí z com diabólica precisão. O QUÊ A SONINHA DO PT FAZ NESSE TEXTO SOBRE O SERRA ? NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO NEILFERREI@GMAIL.COM
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Jamais poderíamos impor uma decisão dessas a uma organização privada.
Divulgação
Do ministro francês das Relações Exteriores, Bernard Kouchner, ontem ao considerar "ridícula" a idéia de que a França impôs à organização do rali Lisboa-Dacar a decisão de cancelar a prova.
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
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8 Dia Nacional do Fotógrafo e da Fotografia
R ELIGIÃO F RANÇA
Sarkozy: apaixonado e impopular O presidente da França, Nicolas Sarkozy, que deve se casar com a namorada, a ex-modelo Carla Bruni, no dia 9 de fevereiro já sentiu o primeiro reflexo dessa fulminante história de amor em sua popularidade. A mídia francesa aponta que os eleitores consideram o relacionamento impulsivo, vulgar, exibicionista e, "uma distração dos deveres de presidente". Sondagem do jornal Le Parisien aponta que o presidente está com o índice de aprovação mais baixo desde que foi
eleito, em maio de 2007: 48% ainda confiam nele. "Não elegemos uma estrela do rock", disse o jornal regional Nice Matin. "Não precisamos dessa purpurina – precisamos que ele nos traga resultados econômicos", completa o Alsace. Até mesmo o direitista Le Figaro, que tende a apoiar o presidente, lançou suas reclamações: "enquanto o barril de petróleo flerta com a marca dos cem dólares, Nicolas Sarkozy flerta com Carla Bruni".
I NFÂNCIA Lee Jae-Won/Reuters
Eleitores do papa negro Jesuítas se reúnem em Roma para eleger novo líder mundial
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papa Bento 16 vai bem, obrigada. Mas um novo conclave secreto começou ontem em Roma. Na sede jesuíta, a um quarteirão do Vaticano, 225 delegados do mundo todo [foto] escolherão o novo superior da maior e talvez mais prestigiosa e polêmica ordem clerical católica, a dos jesuítas. O líder jesuíta é chamado de "papa negro" devido à cor do seu manto e porque, a exemplo do Pontífice, tem cargo vitalício. Mas o atual superior-geral, padre Peter-Hans Kolvenbach, 79 anos, recebeu do papa Bento 16 autorização para se aposentar devido à idade avançada. Kolvenbach, holandês de fala mansa, está no cargo desde 1983. Ele não foi eleito pelos delegados, mas apontado pelo papa anterior, João Paulo II, que considerava a ordem esquerdista demais. João Paulo II interveio e para alguns jesuítas, o pe-
Filippo Monteforte/AFP
ríodo sob Kolvenbach foi de uma "lei marcial pontifícia". A eleição do sucessor de Kolvenbach deve ocorrer em meados do mês, após vários dias de orações murmuradas, pedindo orientação para a escolha – período chamado em latim de murmuratio. Embora as campanhas eleitorais sejam proibidíssimas – os delegados devem "entregar" quem desejar aberta-
mente o posto – alguns nomes já circularam na imprensa. Um dos favoritos é o padre indiano Lisbert D'Sousa. A eleição é por voto secreto. Os participantes só podem deixar o recinto depois que o resultado for comunicado ao papa Bento 16 – mantendo a secular tradição segundo a qual o "papa branco" é o primeiro a saber quem é o "papa negro". (Reuters)
John Enoch/AFP
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Estudantes do primário e do secundário da Coréia do Sul participam de treinamento militar de inverno para civis em Ansan, a 40 quilômetros de Seul. O treinamento de seis dias é uma oportunidade de desenvolver "mente e espírito", dizem as autoridades.
T ECNOLOGIA
O robô que vale por um carinho
E M
no cuidado de idosos, mede 57 cm, é coberto por pêlo artificial e se comporta de maneira carinhosa quando acariciado. A foca artificial pesa 2,7 quilos e pode movimentar cabeça, além de emitir sons próprios desta espécie. Diversos testes demonstraram as qualidades de Paro, como a redução do estresse e da depressão. Paro começou a ser comercializado há três anos por um valor de 350 mil ienes (US$ 3.211).
O herói da Primeira Guerra A história de Harry, um soldado britânico que combateu nas trincheiras da I Guerra Mundial é um dos mais novos sucessos da blogosfera. O lapso temporal de 90 anos foi "corrigido" por um blog, que vem publicando aos poucos as cartas que o soldado escreveu para sua família no passado. O leitor que visita o site não sabe quando a próxima carta vai chegar, nem se a carta que está lendo será de fato sua derradeira. O blog foi criado por Bill Lamin, 59 anos, professor de informática que encontrou as cartas de seu avô quando era menino. www.wwar1.blogspot.com
B RAZIL COM Z
Guia para o maior carnaval da Terra O jornal norte-americano The Mercury News publicou uma longa reportagem sobre o carnaval do Brasil, mais especificamente do Rio de Janeiro. Apesar do título "guia para o carnaval do Brasil" sugerir muita informação preciosa, o texto não sai do óbvio. Fala da violência, da dificuldade para quem não fala português, dos ensaios nas quadras das escolas das favelas, dos custos das fantasias (US$ 282 a US$ 1.412) e dos blocos e bailes. Todo o texto faz o carnaval parecer algo bem complicado, que realmente precisa de um guia. T URQUIA
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O robô japonês Paro, que tem o formato de uma foca, foi reconhecido como o mais terapêutico do Divulgação mundo pelo Guinness, o Livro dos Recordes. Segundo a agência de notícias Kyodo, as virtudes terapêuticas do robô, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Ciência Industrial Avançada e de Tecnologia do Japão, foram reconhecidas em mais de 20 países. Paro, desenvolvido para ser usado
I NTERNET
À ESPERA DO RECORDE - O Tríptico 1974-77, do pintor anglo-irlandês Francis Bacon, irá a leilão em fevereiro na Christie's de Londres. A obra foi avaliada por especialistas em US$ 53 milhões, o recorde de uma obra de Bacon. U RBANISMO
Pouso no arranha-céu
C A R T A Z
Reprodução/site
VISUAIS
Liberdade, ainda que pela UE O governo da Turquia, pressionado pela União Européia, vai propor esta semana mudanças em uma lei que tem sido usada para processar escritores e é amplamente considerada um obstáculo à conturbada entrada do país na União Européia. O artigo 301 do código penal considera crime insultar o "turquismo" e foi utilizado para processar o vencedor do Nobel de Literatura Orhan Pamuk além de muitos outros escritores e jornalistas. As negociações de Ancara com a UE foram prejudicadas por questões de direitos humanos, democracia e as relações do país com Chipre. E SPAÇO AFP
Exposição Turnê Artística apresenta 25 telas em técnica mista do pintor Milton César. Museu Brasileiro da Escultura (MuBE), Sala Burle Marx. Av. Europa, 218, das 10h às 19h, tel.: 3081-8611. Grátis. G @DGET DU JOUR
F AVORITOS
O local de trabalho anda meio monótono? Inofensivo, o Airzooka pode colocar um pouco mais de ação no departamento. O lançador de mísseis funciona conectado ao computador via USB e custa US$ 35. www.thinkgeek.com/ geektoys/warfare/8a0f/zoom/
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Imagem de arquivo da Nasa mostra as luas de Júpiter. A lua que aparece no alto, Europa, será o destino de uma nova missão russa ao espaço entre os anos de 2015 e 2025.
L OTERIAS Concurso 287 da LOTOFÁCIL
A TÉ LOGO
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O site SOS Masp foi criado , criado para defender a intervenção estatal no Museu de Arte de São Paulo, depois que duas obras de arte do acervo – O Retrato de Suzanne Bloch, de Pablo Picasso, e O Lavrador de Café, de Cândido Portinari – foram roubadas devido à situação precária de segurança. A proposta é transferir a gestão do museu para a administração pública – ou Prefeitura, ou Estado ou governo federal. Se você acha que está pode ser uma boa idéia, acesse o site e cadastre-se.
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tamanho de oito quarteirões e altura de três andares. O andar inferior desse "aerotropolis", algo como um aeroporto-metrópole, como ele nomeou o projeto, é ocupado por um imenso hangar. Bastante seguro, já que este andar especial tem a altura de 50 andares do tamanho padrão. O aeroporto abrigaria ainda jatinhos particulares para os executivos e
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No escritório, Um site uma guerra via USB para salvar o Masp
icholas DeSantis, um artista de Nova York, criou em 1939 uma solução que muitos países estão buscando hoje, às portas de 2009. Foram cinco anos de estudos para chegar à proposta, que foi publicada na revista da época Popular Science. Tratase de um edifício de 200 andares com um aeroporto cuja cobertura é um aeroporto inteirinho do
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
Brasileiro Rodrigo Santoro é escolhido como o 4º pior ator de 2007 por atuação em "300" Ministério da Justiça adota sistema para melhorar o controle de celulares nas prisões Rio de Janeiro apresenta projeto de candidatura olímpica do receber os jogos de 2016
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
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Roosewelt Pinheiro
Política DEM VAI À JUSTIÇA
Se for seguido o raciocínio do governo (de não mexer no PAC), o cobertor fica muito curto. José Maranhão
Andre Dusek/AE
CONTRA PACOTE TRIBUTÁRIO Partido pede ao Supremo Tribunal Federal a suspensão do decreto governamental que aumentou o IOF e as alíquotas da CSLL, e fala em quebra de acordo do governo com a oposição
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Democratas protocolou ontem no Supremo Tribunal Federal (STF) a primeira ação direta de inconstitucionalidade (Adin), na tentativa de anular o pacote tributário anunciado pelo governo, que aumentou as alíquotas da Contribuição Social sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). De acordo com o presidente do DEM, deputado Rodrigo
Maia (RJ), ao aumentar a carga tributária o governo quebrou o acordo firmado com a oposição em dezembro, quando a DRU foi aprovada no Senado. Para Maia, a sociedade foi desrespeitada. "O não cumprimento do acordo, o desrespeito às instituições, o desrespeito à sociedade, o cinismo do ministro (da Fazenda) Guido Mantega, dizendo que o acordo só valia até 31 de dezembro de 2007. Esse desrespeito todo
vem gerando o enfraquecimento das instituições", afirmou o parlamentar. Na ação, o partido argumenta que o pacote desrespeita o princípio da isonomia, uma vez que as pessoas físicas, agora, ao tomarem empréstimos, passam a pagar mais do que as pessoas jurídicas. Além disso, o aumento do IOF gerou outra distorção: a dupla incidência do imposto nos financiamentos. Isso porque, além dos
Maia prevê repasse dos custos dos impostos e dificuldades para o governo aprovar o Orçamento de 2008
0,38% do valor do empréstimo, o consumidor vai pagar 0,008% ao dia. Quanto aos argumentos do governo de que apenas os bancos teriam sido prejudicados com o aumento da CSLL, Maia disse: "Só na cabeça do ministro (Mantega) e do presidente
Lula: bancos permitem aumentos Altos lucros possibilitaram a elevação da alíquota de impostos, como a CSLL, justificou o presidente
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presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, em seu programa semanal de rádio "Café com o Presidente", que os altos lucros dos bancos justificaram o aumento da alíquota da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), uma das medidas adotadas para compensar o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). "Os bancos têm tido lucros maiores e, por isso, podem pagar mais imposto. Os banqueiros não reclamaram. Não reclamaram por quê? Porque os bancos tiveram muito lucro nesses últimos anos. Agora que os bancos estão ganhando, eles vão poder pagar um pouco mais. Nós resolvemos taxar o lucro líquido desses bancos", afirmou. Lula explicou que além de reajustar a CSLL, o governo aumentou também o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que incide, por exemplo, nos empréstimos. Com essas mudanças, explicou, o governo quer arrecadar R$ 10 bilhões. O Orçamento da União terá corte de R$ 20 bilhões. 'Tranq üilidade' – O presidente reiterou que 2008 será um ano melhor do que 2007 e citou obras em andamento, como a transposição das águas do rio São Francisco. "O dinheiro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi empenhado e a iniciativa
Alan Marques/Folha Imagem
Lula: "Os bancos tiveram muito lucro e agora vão poder pagar mais"
privada tem feito investimentos importantes", disse Lula. "O povo está mais confiante no Brasil. O governo está tran-
E Severino Cavalcanti pode voltar à Câmara ra cassar Ramos da Hora foi ajuizada no TSE no último dia 31. Nela, o suplente de deputado federal Fernando Antônio Rodovalho (PSC-PE) tenta reaver o cargo de Da Hora, que após ser eleito pelo PSC teria passado por outras duas legendas em menos de seis meses, o que fere a lei. Severino é o primeiro suplente da coligação que elegeu Marcos Ramos da Hora. O ministro Cezar Peluso, do TSE, será o relator do caso. O julgamento poderá esclarecer se o mandato pertence ao partido ou à c o l i g ação. Joedson Alves/ AE
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processo de cassação do mandato do deputado federal Marcos Antônio Ramos da Hora (PRB-PE), por infidelidade partidária, poderá reconduzir o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP), à Casa. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Severino é o primeiro suplente do deputado que pode vir a ser cassado. Em 2005, Severino Cavalcanti renunciou à presidência sob acusação de cobrar propina do empresário Sebastião Buani, dono de um restaurante na Câmara. O episódio ficou conhecido como 'm en sa linho'. A petição pa-
qüilo com as coisas que estão acontecendo. Nós fizemos um sacrifício no primeiro mandato para poder garantir a tran-
qüilidade que podemos oferecer ao povo brasileiro hoje. Nós, certamente, estaremos sempre muito vigilantes para que não haja nenhum desvio nas metas que traçamos para chegar a 2010", disse. Ele salientou ainda que o corte de R$ 20 bilhões no Orçamento da União, uma das medidas para compensar a perda da CPMF, atingirá os três poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário –, mas assegurou que os investimentos nas áreas de Saúde, Educação e nos programas sociais serão preservados. "A Educação é condição fundamental para que o Brasil dê um salto de qualidade, melhore e se transforme em uma grande nação, em uma grande potência. Precisamos investir muito nessa área", destacou. O presidente também apontou, entre as metas fixadas pelo governo para a Educação, a instalação de 214 escolas técnicas, 48 extensões universitárias, três universidades e 450 creches, além de levar internet gratuita em alta velocidade para cerca de 55 mil escolas públicas até 2010. Segundo ele, o corte de gastos atingirá não só as contas do Executivo, mas também do Legislativo e Judiciário. "Nós resolvemos primeiro anunciar ao Brasil que nós temos que cortar na veia outra vez, temos que cortar os gastos. Isso vale para o Executivo, o Judiciário e o Legislativo", salientou. (AE)
Jucá admite quebra de acordo com oposição
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líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), admitiu ontem que o prazo para entrada em vigor do aumento da CSLL dos bancos pode ser considerado uma forma de quebra de acordo com a oposição, no pacote tributário anunciado semana passada. Segundo ele, como o Congresso está em recesso, não seria possível convocar a oposição "para tratar de uma medida administrativa do governo". "A oposição tem de entender que acabamos o ano com um déficit de R$ 40 bilhões (com o fim da CPMF). O governo tinha duas alternativas: esperar até fevereiro para tomar alguma medida ou tomar logo", justificou. "Onde houve quebra de posicionamento? Houve aumento do lucro líquido dos bancos. O governo poderia ter
feito em fevereiro e fez em janeiro, isso eu reconheço", disse. "No orçamento não houve (quebra de acordo), no IOF, na CPMF não houve. O governo não criou imposto novo, viveu uma conjuntura nova e resolveu antecipar". Justiça – Sobre o questionamento do pacote na Justiça, pela oposição, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que no caso do IOF está clara a prerrogativa do Executivo de elevar o imposto. O próprio ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tomou tal decisão. Ele não considera a ocorrência de bi-tributação, como apontado pelo DEM. No caso da CSLL, o ministro destacou que a apuração do lucro dos bancos é trimestral e, por isso, não vê chance de prosperar a tese de que ela só poderá ser cobrada a partir de 2009. (Agências)
Lula é que banqueiros não assimilam custos de impostos. Esses custos serão repassados ao cidadão", declarou o presidente do DEM. Além de pedir ao STF que declare o decreto do governo inconstitucional, o DEM solicitou também a concessão de liminar, já que a medida estabelece cobrança imediata do IOF pelo novo regime, afetando desde já as operações de financiamento, empréstimo, câmbio e seguro. Alegando risco de dano à segurança jurídica e à economia popular, o partido pediu a concessão de medida cautelar, para suspender a eficácia dos decretos até o julgamento final da Adin. Maia previu um ano tumultuado na relação entre governo e oposição por causa da quebra do acordo. "Será um início de ano delicado. O líder Romero Jucá (PMDB) terá dificulda-
des, pois perdeu a credibilidade", afirmou, acrescentando que o governo terá dificuldades para aprovar a proposta de Orçamento para 2008. Corte no PAC – O presidente da Comissão Mista de Orçamento do Congresso, senador José Maranhão (PMDB-PB), fez as contas e afirmou ontem que, ao contrário do que planeja o governo, o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) terá de ser afetado, sim, pelos cortes de R$ 20 bilhões para compensar o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). "O PAC tem de dar sua contribuição", afirmou. "se for seguido o raciocínio do governo" de não mexer no PAC, "o cobertor fica muito curto". Maranhão diz que o PAC tem R$ 80 bilhões, que seria valor grande o suficiente para ser cortado. (AE)
Eymar Mascaro
Vento a favor
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presidente do diretório estadual do PSDB, deputado Mendes Thame, pode ser a alavanca que Geraldo Alckmin precisa para sustentar sua candidatura à Prefeitura de São Paulo. Thame avisa que não vai mover uma palha para impedir a candidatura do ex-governador. A posição do dirigente tucano bate de frente com a de José Serra, que luta para salvar a coligação PSDB/DEM nas eleições de 2008 e 2010. O governador deseja que seu partido apóie a reeleição de Gilberto Kassab para obter o apoio dos democratas ao candidato do PSDB ao Planalto. Alckmin vai comunicar se será candidato em fevereiro. Ele pretende jogar a campanha na rua após o Carnaval.
CANDIDATURA Para Mendes Thame, se Alckmin quiser ser candidato, "o será". Ninguém no diretório vai impedi-lo. O dirigente não quer comprar briga com o ex-governador, mas pode se indispor com Serra. O governador paulista joga para ser o candidato tucano ao Planalto em 2010, e faz questão do apoio do DEM.
NA RUA O comportamento de Alckmin é o de quem vai bater o martelo em fevereiro. Ele quer visitar bairros da Capital onde realizou obras como governador. Por enquanto, Alckmin não se entusiasmou com a proposta de Serra, para que seja candidato somente em 2010, ao governo do Estado.
DEFESA Quem também defende a candidatura de Alckmin são os deputados Edson Aparecido e José Aníbal, que luta para voltar à liderança do PSDB na Câmara. Os tucanos acham que Alckmin tem cacife para derrotar Marta Suplicy (PT) e Kassab.
FORÇA As pesquisas continuam a indicar que, se Alckmin não for candidato, o segundo
turno será disputado, a ferro e fogo, entre Kassab e Marta. O atual prefeito tem condições de derrotar a petista. Mas as coisas se complicam para o democrata se Alckmin bancar a candidatura.
INCENTIVO Os aliados de Alckmin estão convencidos de que o PT vai lançar Marta, a melhor opção do partido. Em Brasília, tem-se como certo que a ministra anunciará que será candidata em fevereiro. Mesmo assim, o desejo de Marta é disputar o governo estadual em 2010.
ÓRFÃO Os aliados vão além: dizem que o PSDB não dispõe de nenhum outro candidato com densidade eleitoral para derrotar Marta e Kassab. O mesmo acontece no PT: para eles, só Marta Suplicy pode reconquistar a prefeitura.
DECISÃO O DEM praticamente já bateu o martelo e em breve anuncia seu candidato à reeleição. O presidente nacional dos democratas, deputado Rodrigo Maia não abre mão da candidatura de Kassab. Nem seu pai, o prefeito do Rio, César Maia.
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ex-ministro José Dirceu (PT-SP) atacou ontem a imprensa e os meios de comunicação social pelo tratamento dado à entrevista concedida por ele à revista "Piauí" deste mês. No blog que escreve na internet (www.zedirceu.com.br), Dirceu disse que a mídia se empenhou em explorar apenas as informações que permitissem gerar "intensa polêmica", apesar de a reportagem ser um "simples, bem-feito e, no geral, correto relato" do trabalho atual dele como consultor de empresas. De acordo com a revista, que chegou às bancas na semana passada, José Dirceu afirmou que a sede do PT em Porto Alegre foi construída com recursos provenientes de caixa dois. Além disso, o texto traz menções ao filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fábio Luís Lula da Silva, além de críticas a petistas gaúchos e a senadores da base. "A reportagem da (revista) Piauí tem nada menos que 11 páginas, mas, como sempre, o que interessou foi um único trecho sobre o PT gaúcho que possibilitou à mídia, mais uma vez, explorar as divergências internas no nosso partido e desencadear intensa polêmica", diz o post na página do ex-deputado do PT de São Paulo na internet. Dirceu voltou a dizer que a reportagem contém algumas "imprecisões", apontadas por ele em nota distribuída na semana passada. "Nota que, diga-se de passagem, a grande mídia divulgou a seu modo, em muitos casos ignorando ou minimizando o mais importante, como sempre o faz com o que diz respeito a mim ou ao PT", prossegue, no blog.
Congresso Planalto Polêmica CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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EX-MINISTRO REACENDE CRÍTICA À MÍDIA
Leopoldo Silva/Ag. Senado
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
Vamos mostrar que o governo não precisava aumentar impostos. José Agripino Maia
Fábio Motta / AE - 26.04.06
Campanha pela redução de impostos
DIRCEU VOLTA À E CENA Ex-ministro retomou as críticas à mídia, que segundo ele só se interessa em explorar assuntos que gerem muita polêmica
Na retranca: no seu blog, José Dirceu nega que tenha acusado o PT do RS de se utilizar de caixa dois para a construção da sede do partido
Acusações – O ex-deputado do PT voltou a dizer que não fez nenhum tipo de denúncia ao falar sobre o assunto do dinheiro não-contabilizado no Rio Grande do Sul e afirmou que apenas mencionou acusações da oposição durante o governo Olívio Dutra (PT), hoje presidente do PT no Estado. Na época, Dirceu era presidente nacional da legenda e o secretário nacional de Finanças e Planejamento da sigla era Delúbio Soares – também citado na reportagem da revista. Dirceu também reiterou a
versão sobre a menção a Fábio Luís Lula da Silva na entrevista, ao afirmar que se referia ao jornalista Luiz Costa Pinto, apelidado de Lula, e não ao filho do presidente, que ganhou espaço no noticiário quando a empresa da qual é sócio, a Gamecorp, recebeu investimentos da Telemar. Na mídia, ele ficou conhecido como Lulinha. Num segundo post no blog, Dirceu reprisa o comunicado divulgado na semana passada. Antes disso, prossegue com as críticas à imprensa. "As informações (da nota), como friso
em outra nota deste blog, terminaram usadas ao sabor dos humores da mídia a meu respeito", menciona o texto. "Alguns veículos foram objetivos ao transmiti-las para bem informar seus leitores. Outros o fizeram com a habitual má vontade que têm em relação a mim e às notícias sobre o PT", diz. Ele também criticou o jornal "Folha de S. Paulo" pelo "viés negativo" em relação às notícias sobre o partido. DEM quer CPI – O presidente do DEM, Rodrigo Maia comentou ontem a entrevista
em que o ex-ministro José Dirceu acusou o PT do Rio Grande do Sul de construir sua sede com dinheiro de caixa dois de campanhas eleitorais. O dirigente do DEM disse que, em fevereiro, seu partido recolherá assinaturas para tentar criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com a finalidade de apurar o fato mencionado pelo ex-ministro. Maia acrescentou que o DEM enviará cópias da entrevista ao Ministério Público Federal para serem anexadas ao processo sobre o assunto. (AE)
m contraposição à desoneração de tributos incluída na Medida Provisória 252, de 2005, chamada "MP do Bem", o conjunto de medidas de aumento de impostos editadas pelo governo para compensar a perda de arrecadação com o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) foi batizado pela oposição de "MP do Mal". A expectativa dos oposicionistas é a de que vários setores da sociedade se juntem ao movimento pela redução da carga tributária, que ganhou força com a extinção do chamado "imposto do cheque". Consultores econômicos do DEM e do PSDB estão trabalhando nos números do Orçamento deste ano, utilizando-se das novas previsões de crescimento da economia, para mostrar que o governo não precisa lançar mão de aumento de tributos para compensar o rombo de R$ 40 bilhões resultante da não prorrogação da CPMF. As próximas divulgações dos resultados da arrecadação de 2007 e da de janeiro estão sendo consideradas pelos opositores como uma espécie de "hora da verdade" para indicar o crescimento das receitas do governo com o maior crescimento da atividade econômica nos últimos meses de 2007. "Vamos fazer um diagnóstico da economia apontando o excesso de arrecadação e mostrar que o governo não precisava aumentar impostos", disse o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN). (AE)
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Nacional Empresas Tr i b u t o s Agronegócio
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
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É HORA DE PAGAR O IPVA E O IPTU
por cento é a nova taxa de juros cobrada pelos bancos para o financiamento de veículos
AUMENTOS NOS TRIBUTOS LEVAM BANCOS A ELEVAR JUROS NOS FINANCIAMENTOS DE VEÍCULOS
ALTA DE IMPOSTOS CHEGA AO VAREJO Newton Santos/Hype
Divulgação
Mário Tonocchi
A Reinaldo Domingos: é melhor pagar com atraso.
Marcos Batista, da RM Plaza Veículos: a alta dos juros vai prejudicar os negócios
Pague em parcelas. Mas fuja dos bancos. Adriana David
temporada de pagamentos do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) começa no dia 9 para os veículos com placas de final 1. Quem quiser quitar o tributo em uma única parcela terá desconto de 3% e deverá fazê-lo conforme tabela oficial (veja quadro). Em fevereiro, o contribuinte ainda poderá pagar o IPVA de uma só vez, mas sem o desconto. Caso a opção seja pelo parcelamento, a primeira delas deverá ser quitada em janeiro, e as subseqüentes em fevereiro e março. Para os veículos novos, o desconto de 3% será concedido para quem efetuar o pagamento em parcela única até o quinto dia útil após a emissão da nota fiscal. Nesse caso, o IPVA também pode ser parcelado – a primeira delas deverá ser paga até 30 dias depois de a nota fiscal ter sido tirada. Quem não recolher o tributo fica sujeito à multa de 20% do valor do IPVA e juros de mora, com base na Selic. Além disso, ficará impedido de efetivar o licenciamento do veículo, que
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poderá ser apreendido. Para quem não tem dinheiro para cumprir a obrigação, adiar o pagamento é uma das opções, segundo o consultor Reinaldo Domingos. A outra, é vender o carro. Ele descarta o uso de linhas de crédito como as oferecidas pelo Banco Santander, embora elas ofereçam prazos de até 24 meses, com taxa promocional de 2,85% ao mês e carência de até 90 dias para pagar a primeira parcela. "O empréstimo não compensa", esclarece Domingos. Para exemplificar, cita um financiamento para quitar um IPVA de R$ 1 mil. Em um prazo de 24 meses, o contribuinte vai desembolsar quase 40% a mais. "É melhor juntar o dinheiro para não formar uma bola de neve e pagar com atraso e a multa de 20%", conclui. Domingos lembra que os descontos de 3% para o pagamento de IPVA e de 6% para o IPTU são vantajosos, mas a pessoa precisa observar se não vai ter nenhum compromisso financeiro nos próximos meses. "Caso contrário, corre o risco de cair no cheque especial ou nas linhas de crédito dos bancos, gastando muito mais com juros", afirma.
Abram vai questionar valor do seguro na Justiça
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Novo IPTU bate à porta em SP
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s notificações de cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) dos 2 milhões de imóveis pagantes do município de São Paulo serão enviadas pelo correio a partir do dia 16, conforme a data de vencimento do imposto escolhida pelo contribuinte. Segundo o subsecretário da Receita Municipal, Arnaldo Pereira, até o dia 13, todos os contribuintes terão recebido os avisos. O vencimento da 1ª prestação ou da parcela única do IPTU será no dia escolhido pelo próprio contribuinte, começando a partir de 1º de fevereiro. Para quem não indicou
uma data, o vencimento será no dia 9 de fevereiro. Quem optou por receber a notificação por meio de administradora de imóveis terá o vencimento da 1ª prestação ou parcela única no dia 20 de março. O IPTU deste ano poderá ser recolhido à vista, com desconto de 6%, ou parcelado em dez vezes. E traz um reajuste de 4% em relação a 2007, "bem abaixo de alguns índices de inflação, como o IPCA", diz Pereira. Para o subsecretário, o reajuste baixo deverá contribuir para a manutenção de uma das menores inadimplências do País. Em 2007, o percentual ficou em 10%, o mais baixo dos
s taxas de juros para a comercialização de veículos no longo prazo subiram, ontem, para até 1,8% ao mês. A substituição da tabela já havia sido comunicada extra-oficialmente aos revendedores de São Paulo na última sexta-feira. O aumento decreta o final das promoções de 0,99% mensais nos negócios em até 72 meses sem entrada, que superaqueceram as vendas do setor no ano passado. Para os comerciantes, o aumento nos juros é uma forma de os bancos testarem o mercado para saber até onde podem ir para compensar os reajustes da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que passou de 9% para 15%, e do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Outro motivo para a elevação dos juros dos financiamentos para a compra de veículos, de acordo com os revendedores, é o crescimento constante da inadimplência. Os consumidores estão descobrindo o óbvio: não basta a prestação caber no orçamento. Pedra no sapato – "Aumentar os juros agora vai prejudicar muito o nosso negócio", garantiu o sócio-proprietário da RM Plaza Veículos, Marcos Batista. "O mercado de revenda de veículos vai ter de absorver
o reajuste. Ou isso, ou vai perder clientes. Os empresários terão de trabalhar melhor as comissões para evitar grandes repasses nos preços ao consumidor", explicou o proprietário da Di Bertoni Multimarcas, José Luís Bertoni. "Vamos esperar o mercado se auto-regular para absorver o impacto negativo imediato dos aumentos dos juros", observou o presidente da Associação dos Revendedores de Veículos Automotores no Estado de São Paulo (Assovesp) e do Sindicato do Comércio Varejista de Veículos Usados no no Estado de São Paulo (Sindiauto), George Assad. Para o presidente da associação e do sindicato, a elevação das taxas, no entanto, não deve trazer grandes alteração ao mercado (veja na pág. E4). "Os juros a 0,99% ao mês eram mais uma estratégia de marketing. As taxas, na maioria dos casos, sempre variavam entre 1,3% e 2,2%", completou. O Banco Bradesco confirmou, por meio da assessoria de imprensa, ter divulgado ontem uma nova tabela para os juros praticados nos empréstimos para a venda de veículos. A empresa, entretanto, não deu informação complementar a respeito das novas taxas. O Banco Itaú e a Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), não se pronunciaram sobre o assunto.
últimos anos no Brasil. Em 2008, a Secretaria de Finanças estima que a arrecadação do IPTU será de R$ 3,3 bi-
lhões, ante os R$ 2,9 bilhões de 2007. O crescimento é resultado da expansão imobiliária e do reajuste de 4%. (AD)
a moto é usada tanto para Associação Brasileira trabalhar como meio de de Motociclistas (Abram) vai ingressar, transporte. Só no Estado de São Paulo há 2,5 milhões nos próximos dias, com ações de motos, das quais 700 mil judiciais contra o aumento de são licenciadas na capital 38,25% no valor do seguro paulista. obrigatório, chamado de O presidente da Abram, Danos Pessoais causados por Lucas Pimentel, tem sugerido Veículos Automotores de via aos proprietários de motos Terrestre (DPVAT) para que deixem para pagar o motocicletas, motonetas, DPVAT junto com o ciclomotores e similares. O valor do seguro passou licenciamento. Enquanto isso, ganha-se tempo para a de R$ 183,84, em 2007, para Fábio D'Castro/Hype discussão na R$ 254,16. A Justiça. arrecadação deve Pimentel somar R$ 27 afirma que seria bilhões. Para mais vantajoso se automóveis, o o motoqueiro valor do DPVAT pagasse um permanece o seguro privado. mesmo, R$ 84,55. A indenização A justificativa por morte paga para o aumento pelas do seguro seguradoras é de obrigatório é que mais de R$ 20 mil o risco de e a proveniente acidentes com do DPVAT é de motos é maior e Pimentel da Abram mais pessoas R$ 12 mil. "Além orienta não pagar DPVAT da indenização estão em busca do DPVAT ser das indenizações. mais baixa, o trâmite Os acidentes com burocrático para obtê-la é motocicletas já representam, muito maior", afirma. aproximadamente, 45% das Pimentel lembra que os indenizações pagas pelo motoboys também terão de seguro obrigatório dos desembolsar cerca de R$ 350 veículos automotores, conforme dados da Federação para cumprir as novas resoluções do Conselho Nacional das Empresas de Nacional de Trânsito Seguros Privados e de (Contran), como a Capitalização (Fenaseg). obrigatoriedade de adesivos O número de motocicletas refletores no capacete e nos novas vendidas também coletes. "São boas medidas, cresceu, 1,6 milhão em 2007 apoiamos, mas geram no País, somando 11 milhões custos", afirma o presidente de unidades desse tipo de veículo. Conforme pesquisas, da Abram. (AD) DC
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
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terça-feira, 8 de janeiro de 2008 AFP
Internacional
AMEAÇA DO IRÃ A NAVIOS AMERICANOS É GRAVE, DIZ
PENTÁGONO C BUSH "Exortamos os iranianos a não adotar ações tão desafiadores, que poderiam levar a um incidente perigoso no futuro", disse o porta-voz da Casa Branca, Gordon Johndroe. De acordo com Bryan Whitman, porta-voz do Pentágono, os três navios norte-americanos estavam em águas internacionais no domingo, perto do estreito de Ormuz, quando foram abordados por cinco embarcações rápidas, sendo que pelo menos algumas delas estavam visivelmente armadas. "Os navios da Marinha estavam preparados para tomar as medidas apropriadas", disse. Outros oficiais do Pentágono, que falaram sob a condição de anonimato, disseram que os iranianos fizeram ameaças por rádio e que um capitão norteamericano já estava dando as ordens de abrir fogo quando os barcos iranianos se afastaram. O incidente aconteceu por volta de 2h de domingo (horário de Brasília). Segundo os oficiais, um dos navios iranianos afirmou por rádio: "Vocês explodirão em poucos minutos". Os iranianos teriam lançado pequenas caixas brancas na água, mas não ficou claro o que elas continham. (Reuters) AMEAÇA Site ligado à rede Al-Qaeda pede que "irmãos terroristas" ataquem Paris e seu prefeito
ACIDENTE Dois aviões F-18 americanos bateram e caíram no Golfo Pérsico, sem vítimas
Ó RBITA
GENOCÍDIO onda de violência que atingiu o Quênia depois das A eleições presidenciais do dia 27 de dezembro já matou cerca de mil pessoas. O cálculo foi feito pelo líder
da oposição, Raila Odinga, que contesta o resultado do pleito, no qual o presidente Mwai Kibaki saiu vencedor e foi reeleito. O número é o dobro da estimativa do governo. Derrotado por dois pontos percentuais, Odinga afirma que as eleições foram fraudadas e já disse que não negociará com Kibaki. (AE)
AFP
Acordo de paz entre Israel e Palestina domina viagem
Obama favorito em New Hampshire, revela pesquisa
Joshua Roberts/Reuters
seqüência às conversas e se reunirá com o premiê israelense Ehud Olmert, e com o presidente Shimon Peres. Já na quinta-feira, o presidente americano encontrará o presidente palestino, Mahmud Abbas, e o primeiroministro Salam Fayyad. Um dos temas Bush visita crianças em escola nos EUA que será bastante prepresidente dos EUA, sente na viagem de Bush a IsGeorge W. Bush, dei- rael é o das colônias judaicas xa hoje Washington na Cisjordânia. O porta-voz de para começar na quarta-feira Olmert, Mark Regev, afirmou uma viagem de oito dias por que o governo israelense dirá a seis países do Oriente Médio. Bush estar comprometido a A prioridade na agenda do desmantelar as colônias ilepresidente — que visitará Is- gais. Segundo o jornal israerael, Kuwait, Bahrein, Emira- lense Haaretz, as autoridades dos Árabes Unidos, Arábia do país se negam a tornar púSaudita e Egito — será a nego- blico um relatório oficial sobre ciação de um acordo de paz en- a colonização na Cisjordânia tre israelenses e palestinos. por temerem que seus resultaDurante os dias que passará dos tenham um efeito negativo em Israel, George W. Bush de- em suas relações internaciove continuar seguindo a dire- nais. (AE) ção pautada pela con- Ammar Awad/Reuters ferência de paz realizada em novembro em Annapolis, nos EUA. Na reunião, israelenses e palestinos anunciaram a criação de um comitê de coordenação das negociações de paz, liderado pelos dois lados e supervisionado pelos EUA. Na quarta-feira, Bush dará Olmert: colônias ilegais desmanteladas
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m uma reviravolta surpreendente, o senador de Illinois Barack Obama abriu grande vantagem sobre sua principal adversária, a também senadora Hillary Clinton, e deve sacramentar hoje sua vitória nas primárias democratas de New Hampshire, visando a indicação do partido para as eleições presidenciais de 8 de novembro. No lado republicano, apesar de uma vantagem menor, o senador John McCain também surpreendeu e derrubou o favoritismo do governador de Massachussets, Mitt Romney. Essa é a primeira das pesquis a s re a l i z a d a s s o b re N e w Hampshire com dados colhidos inteiramente depois do chamado caucus de Iowa, onde Obama e o republicano Mike Huckabee venceram, superando Hillary e Romney. As primárias de New Hampshire são a próxima batalha no processo de escolha, estado por estado, dos candidatos democratas e republicanos para a eleição de novembro, que definirá o sucessor do presidente George W. Bush. Obama aparece com 41% das preferências na pesquisa
USA Today-Gallup — um grande crescimento sobre os 32% que dispunha em meados de dezembro. Hillary aparece com 28%, queda frente aos 32% da sondagem anterior. No lado republicano, o senador John McCain aparece com 34% (tinha 27% em meados de dezembro) contra 30% de Romney. O ex-governador de Arkansas, Mike Huckabee, vencedor dos caucuses de Iowa, tem 13%. Apesar de ter perdido o status de favorita, a ex-primeiradama disse que continuará lutando pela vaga no partido para as eleições presidenciais, mesmo que perca as primárias de hoje. "Independentemente do que acontecer amanhã (hoje), vamos em frente", disse a um programa da tevê CBS. "E vamos continuar indo em frente até o fim do processo, no dia 5 de fevereiro. Mas sempre achei que esta ia ser uma eleição muito difícil e disputada." Cerca de 22 Estados norteamericanos realizam primárias no dia 5 de fevereiro, a chamada "superterça", e tanto democratas quanto republicanos podem decidir sua chapa até essa data. (Agências)
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inco embarcações da Guarda Revolucionária Iraniana, com a cobertura de helicópteros, "fizeram manobras agressivas" e "mostraram um comportamento hostil" contra três navios da Marinha norte-americana durante o fim de semana no estreito de Ormuz, uma importante rota do petróleo no Golfo, acusou o Pentágono. Em Teerã, o Ministério das Relações Exteriores confirmou o incidente, mas o descreveu como "comum". Segundo o Pentágono, entretanto, foi um incidente grave. A Defesa norte-americana descreveu as ações dos iranianos como "imprudentes e potencialmente hostis" e disse que o governo do Irã precisa dar uma explicação a respeito. Foi o mais recente episódio de tensão entre Washington e Teerã, países rivais há décadas e que hoje divergem principalmente quanto ao programa nuclear iraquiano e o suposto apoio do Irã ao terrorismo. O incidente aconteceu dias antes de o presidente George W. B u s h d e s e m b a r c a r n o Oriente Médio, com o objetivo, entre outros, de combater a influência iraniana nessa região.
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
DIÁRIO DO COMÉRCIO
INFORMÁTICA - 3
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
1 Tíquete médio varia de R$ 40 a R$ 200 nas lojas especializadas em fantasias
PROCURA POR FANTASIAS E OUTROS ITENS É GRANDE, MAS PERÍODO DE VENDAS SERÁ MAIS CURTO NESTE ANO.
JÁ É CARNAVAL NO COMÉRCIO
Masao Goto Filho/ e-Sim
sumidor final faz suas compras na última hora. Mas sempre há quem seja varejo paulistano prevenido, como a aposentada mal terminou de Estela Mares Pereira. Foi pencontabilizar os re- sando na produção de carnaval sultados do Natal e dos cinco netos, que ela veio de já se prepara para a folia carna- Campinas, onde mora, pesquivalesca. Na Rua 25 de Março, sar produtos e preços na 25 de centro do comércio popular e Março. "É a primeira vez que visazonal, guirlandas e figuras sito a região e estou adorando. de Papai Noel saem de cena Apesar do calor e do grande núdando lugar a máscaras, fanta- mero de pessoas circulando por sias e perucas coloridas. Em lo- aqui, vale muito a pena", disse. jas especializadas da Ladeira Ela gastou cerca de R$ 300 com Porto Geral, a venda desses acessórios e fantasias. Próximo dali, na Millôr, que itens chega a representar 40% também está abastecida para o do faturamento total do mês. É o caso da Festas e Fantasias, carnaval, as fantasias mais que está enfeitada desde o dia 26 procuradas são as de havaiana e odalisca. "As de dezembro. vendas estão Apesar do moviaquecidas neste mento bom no início de ano. início de 2008, o Nosso mercado proprietário da é muito bom, loja, Pierre Sfeir, porque os brasidisse que as exleiros adoram pectativas não carnaval", disse são muito boas. o proprietário "Neste ano, a data da loja, Melhem festiva começa Michel Fegahono dia 1º de feveli. Segundo ele, reiro. Teremos os consumidodez dias a menos res gastam entre de vendas em reR$ 40 e R$ 200 lação ao ano pascom produtos sado", disse. SePierre Sfeir, da Festas e c a r ac t e r í s ti c o s gundo ele, o período é campeão Fantasias: calendário pode da data. encurtar vendas. De acordo de vendas ao lacom a União dos Lojistas da 25 do do Natal e do Halloween. Cerca de 6 mil itens estão ex- de Março e Adjacências (Unipostos na loja. O consumidor vinco), cerca de 300 mil pessoas pode escolher desde o tradi- circulam por dia na região ducional confete, que custa R$ 2 rante os meses de janeiro e feveo pacote, até um objeto de de- reiro, atrás de material escolar e coração para enfeitar salões, de artigos carnavalescos. I nv e s ti m e nt o s – O carnaque custa R$ 80. As fantasias mais procuradas continuam val de São Paulo já se firmou sendo as de pierrô e colombi- como um grande negócio: na, vendidas a R$ 45 cada. O movimenta 52 segmentos da perfil de quem compra varia economia e anualmente recede acordo com o período. Nos be investimentos de R$ 40 miprimeiros dez dias de janeiro, lhões, vindos de patrocinadoa loja vende mais artigos para res, da prefeitura e das leis de pequenos lojistas. Na terceira incentivo à cultura, segundo semana, os itens mais vendi- a São Paulo Turismo (SP Tudos são enfeites para bailes de ris), empresa de turismo da clubes e associações. Já o con- prefeitura paulistana.
Vanessa Rosal
Clubes querem decoração para os bailes. Foliões compram no final.
Pierrô e Colombina são os campeões de venda. Depois vêm as odaliscas.
Estoque de ventiladores está no fim paulistano que quer comprar ventilador de mesa para se refrescar no verão, vai precisar correr. Com a alta temperatura e as promoções, as vendas desses produtos aumentaram até 653% nos últimos dias; e eles começam a faltar no varejo. De acordo com o superintendente das Lojas Cem, Valdemir Colleone, o estoque de ventiladores está com os dias contados. Ele diz que a primeira semana de janeiro teve vendas 50% maiores em relação ao mesmo período de 2007. "Quem esperar muito, poderá ficar sem. Em 15 dias, devemos vender tudo." O modelo mais procurado é o de 40 centímetros, que custa entre R$ 99 e R$ 149. "Ventilador é igual sorvete. Fez calor, acaba o estoque", diz Colleone, destacando que as vendas de ar-condicionado cresceram menos no período: 10%. No Extra Hipermercados, de outubro a dezembro, as vendas de climatizadores aumentaram 46% e as de ventiladores, 44%. A procura por aparelhos de ar condicionado também foi 20% maior. Até o dia 15 de janeiro há descontos de 20% nessa seção, o que contribui para o crescimento. Já no Carrefour, a procura excessiva surpreendeu. De acordo com a rede, de 28 a 31 de dezembro de 2007– em comparação com 2006 – a venda de ventiladores cresceu 653% e as
Milton Mansilha/Luz
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Os de teto não ventilam, e são reprovados.
O
Procura aumentou muito, e lojas começam a ficar desabastecidas.
de ar-condicionado, 200%. Na unidade da Marginal Pinheiros faltou variedade no último final de semana. O modelo mais em conta nas prateleiras era um de 40 centímetros que custava R$ 159. Não está fácil comprar ventilador nem pela internet. Na loja virtual do Ponto Frio, dos 14 modelos expostos na página, cinco não estavam disponí-
veis na tarde de ontem. Na Americanas.com, a situação estava ainda mais complicada: 43 modelos em falta. Também na Magazine Luiza a saída é grande. Em janeiro de 2007, a empresa vendeu pela internet 4,2 mil aparelhos de arcondicionado e 18 mil ventiladores. Neste mês, espera vender 9 mil aparelhos de ar-condicionado e 30 mil ventiladores.
ventilador de teto traz risco de segurança e pode não refrescar nada. De acordo com a Associação de Consumidores Pro Teste, que avaliou 11 aparelhos, além da insegurança elétrica, vários equipamentos sequer cumprem seu objetivo: ventilar. O teste mediu a vazão de vento nas várias velocidades, de acordo com as normas do Programa Brasileiro de Etiquetagem. "Além de não funcionarem direito, os ventiladores podem causar choques e até incêndios", diz a coordenadora da área técnica de produtos, Alessandra Macedo. Segundo ela, o mais apropriado seria o consumidor optar por um ar-condicionado até os aparelhos com problemas serem retirados do mercado. "Não se deve deixar o ventilador de teto funcionando em ambiente sem pessoas, e a instalação deve ser feita por profissionais." Foram reprovados os modelos Cônsul C3 L02, Spirit Wind 202, Zayt 202 PN, Aliseu Cores, Arge Cosmos Lunar, Britânia Nevada, Cônsul C3 L03, Loren Sid Platun, Spirit Wind 302, Tron Búzios Max e Zayt VT 01PC.
DC
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Daqui acesso meu e-mail no pé da página.
SEVERINO SERÁ O 'DA HORA'
Em falta no mercado
Se o deputado Marcos Antônio da Hora for cassado, por infiel, seu substituto será... ele mesmo: Severino. Pág. 4
Economia 1
DEM no STF: Adin contra IOF Sérgio Lima/Folha Imagem
TRADUÇÃO O DEM entrou no Supremo com ação direta de inconstitucionalidade (Adin) contra aumento do IOF. Pág. 4 Jamil Bittar/Reuters
E MAIS:
Carros já estão com juros mais altos: 1,8% ao mês Seguro para motos: aumento de 38,25% É melhor parcelar o IPVA do que quitá-lo com o Banco
Presidente do DEM, Rodrigo Maia (esq.), com a Adin, no Supremo
Página 6 Ano 83 - Nº 22.536
R$ 1,40
São Paulo, terça-feira, 8 de janeiro de 2008
Jornal do empreendedor
Cortem na veia! Pág. 4
w w w. d co m e rc i o. co m . b r
Masao Goto Filho/e-SIM
Edição concluída às 23h45
Pierrô e Colombina abafam na 25 de Março
Loja Festas e Fantasias na Ladeira Porto Geral. Já é Carnaval no comércio. Economia 1
Fábio D´Castro/Hype
AFP
Emplacando 2008 Cidades 7
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HOJE Parcialmente nublado Máxima 16º C. Mínima 29º C.
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IRÃ E EUA: TENSÃO NO MAR. Quase um confronto. Pág. 6
DC
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
Hardwares Softwares Inter net On
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
OS WEBMAILS SÃO OS SERVIÇOS MAIS ACESSADOS
Os principais webmails oferecem 5 GB de disco, com exceção do Yahoo!, que é ilimitado.
Captura de telas
Gmail, Windows Live Mail e Yahoo! Mail: eles usam tecnologia Ajax, o que lhes permite mais velocidade no carregamento, já que o navegador não precisa mais baixar a página toda para ler ou apagar uma mensagem
Webmails turbinados Com mais capacidade e novos recursos, os correios eletrônicos da Web ganham pontos junto aos usuários e substituem o Outlook BÁRBARA OLIVEIRA
O
s serviços de webmails deixaram o acanhamento de lado, se modernizaram, ganharam recursos de compartilhamento, estão mais rápidos e alinhados com a Web 2.0, ampliaram suas capacidades e levam um jeitão do Outlook. O Yahoo! Mail e o Windows Live Mail (ex-Hotmail) estão tão parecidos com o programa da Microsoft, que até parece que estamos navegando nele. Boa notícia para quem vai começar o ano com um novo correio eletrônico. Para o usuário é uma grande vantagem, já que não precisa carregar o notebook para todo o lado. Se estiver numa viagem rápida de trabalho ou com a família de férias, basta entrar em qualquer máquina conectada. Os recursos dos correios eletrônicos online estão tão completos, que estimulam, também, o uso pelas pessoas que trabalham em casa ou compartilham computadores no escritório. Os webmails ampliaram suas capacidades para 5 GB (ela ficou ilimitada no caso do Yahoo! Mail) e têm o poder de filtrar spams (mensagens não solicitadas) e vírus, que muitas vezes acabam caindo na caixa do Outlook. A ativista de Direitos Humanos, Ana Elusa Sperb, mesmo ten-
do o Outlook na sua máquina, nunca utilizou o programa. Só se vale do Yahoo! e do Gmail. Ela guarda mais de 4 mil mensagens em pastas específicas, relativas a assuntos relevantes para sua atividade, divididas em grupos de trabalho, palestras, seminários, cursos dos quais participa no Brasil todo. Ana também usa muito o calendário dos dois programas para lembrá-la dos diversos compromissos agendados. GMail, Yahoo! Mail e o novo Hotmail, lançado em novembro no pacote Windows Live, são baseados em tecnologia Ajax (Asyncronous JavaScript and XML), o que lhes permite mais velocidade no carregamento, já que o navegador não precisa mais baixar a página toda para ler ou apagar uma mensagem. Além disso, ficou mais fácil organizar as pastas pessoais e profissionais com o recurso do arrastar e soltar (presente no Hotmail e Yahoo!), mover mensagens, eliminar spams, sinalizar, classificar conteúdos (por data, assunto, anexo, remetente), adicionar contatos. No Yahoo! o usuário tem a opção de abrir várias janelas ao mesmo tempo, ou seja, ele consulta um e-mail enquanto escreve outro. Sem falar na busca daquelas
mensagens perdidas e que precisamos encontrar, desde que nos lembremos de alguma palavrachave ou frase contida no texto. O resultado é aberto numa janela ao lado direito da tela, com as mensagens recuperadas por remetente, por data, tipo de anexo, pasta e até se ela tem algum tipo de sinalização. O que atrapalha são os banners piscando na tela. O Windows Live Mail (o novo Hotmail), com 29 milhões de usuários no Brasil, foi lançado em novembro com 5 GB de capacida-
de, o que amplia bastante as possibilidades de envio de arquivos, fotos, apresentações e armazenagem, principalmente, se o usuário precisar fazer dele o programa de e-mail padrão. Os filtros de mensagens indesejáveis (que podem ser realocadas para a lixeira) ou mesmo daquelas a serem direcionadas para pastas específicas (família, trabalho etc.), tradicionais nos webmails, ainda não estão ativos no novo serviço Yahoo! Para filtrar conteúdos é preciso a versão Classic.
No Hotmail, muitas coisas melhoraram, além da própria aparência. Priscyla Alves, gerente de marketing do OnLine Service Group da Microsoft, lembra que a organização do correio eletrônico ganha pontos quando são importados os contatos do Outlook, Yahoo! e Gmail. "O usuário pode filtrar esses contatos duplicados". Ele também identifica as mensagens fraudulentas. Os recursos de segurança incorporam cores. Assim, a mensagem vem marcada com um alerta vermelho se o e-mail for uma tentativa de phishing, e amarela para contatos que ainda não fazem parte da lista do usuário. Se o remetente não reconhecido for realmente um amigo, basta clicar em "marcar como confiável" para que o Hotmail aprenda e passe a reconhecê-lo. Outra característica é a possibilidade de se adicionar fotos a mensagens, editá-las (colocando bordas, corrigindo defeitos) e enviálas no corpo do e-mail. Agora, o usuário pode redigir e gerenciar as mensagens mesmo off-line. Tão logo o computador seja conectado, elas são enviadas. Priscyla Alves informa que o prazo de cancelamento por inatividade de uma conta foi ampliado para 120 dias (no Hotmail antigo era de 60 dias), e o usuário tem também a opção de receber e responder convites de compromissos enviados pelo Outlook e que são incluídos no calendário do Windows Live Hotmail.
Concorrente - O Gmail, do Google, abriu o caminho para o largo uso de correio eletrônico na web, por sua interface simples e intuitiva, e por ter sido o pioneiro com a tecnologia Ajax. O programa, agora, oferece 5 GB, e para gerenciar melhor suas mensagens com tanto espaço disponível, o usuário precisa se valer dos marcadores (podem ser agregados novos marcadores para cada tipo de prioridade), ou apenas as estrelinhas para destacar os assuntos principais. Ao respondermos um e-mail ou digitarmos o nome de um contato na janela, à esquerda da tela, aparecem várias opções e informações sobre ele: se queremos ver alguma correspondência desse contato, enviar mensagem instantânea pelo GTalk ou visualizar o perfil e foto da pessoa. Os filtros de spams, que separam as mensagens que chegam, e o salvamento automático do e-mail como rascunho são outros recursos elogiados pelos usuários do Gmail. Nele, o assinante verifica os e-mails recebidos de outras contas, recuperando os novos e os antigos de até cinco contas diferentes. Tanto o programa da Microsoft, como o do Yahoo! e o Gmail têm suporte a RSS feeds, blogs, mensageiros e outros conteúdos online.
SERVIÇO http://www.windowslive.com.br. http://br.mail.yahoo.com/ http://mail.google.com
Leonardo Rodrigues/e-SIM
Notebooks 3G uando o Congresso Mundial de Tecnologia Móvel estiver reunido em Barcelona, na Espanha, em fevereiro, toda a indústria estará de olho nos projetos das fabricantes de computadores portáteis. Serão as respostas ao desafio lançado pela associação GSM e pela Microsoft à indústria: um notebook com banda larga móvel incorporada, para ser vendido por preços entre US$ 500 e US$ 1.000. Conseguirão? Seis fabricantes acham que sim. Asus, Dell, Fujitsu Siemens, Lenovo, Twinhead e Vestel expressaram interesse em encontrar a saída. O ponto de partida foi uma pesquisa divulgada em novembro pela Associação GSM, que congrega as operadoras de telefonia celular da tecnologia conhecida como Global System for Mobile Communications, ou Sistema Global para Comunicações Móveis. É o sistema mais popular: têm 2,5 bilhões de aparelhos em uso, cerca de um terço da população mundial. A pesquisa diz que há um mercado inexplorado para aqueles notebooks baratos e já com banda larga incorporada de pelo menos 70 milhões de consumidores. Se for considerada a faixa de preço até US$ 1.500, o mercado salta para 118 milhões de unidades já em 2008. São pelo menos US$ 50 bilhões em jogo. Mercado potencial - A pesquisa revela uma lacuna potencial de 46,5 milhões de unidades entre as recentes previsões de analistas da indústria e a nova análise, sugerindo que os fabricantes de PCs ainda não conseguiram oferecer computadores com banda larga
Q
Reinaldo Sakis, da IDC: os fabricantes nacionais estão focados, no momento, em vender notebooks de baixa capacidade, com preços não superiores a R$ 2 mil
móvel adequados – equipados com conectividade móvel préconfigurada – para atrair os compradores do mercado de massa. O estudo, realizado pela empresa de pesquisas Pyramid Research, envolveu mais de 12 mil entrevistas com consumidores em 13 países, e com subsídios de fabricantes de notebooks, empresas de componentes e fornecedores de conjuntos de chips, bem como mais de 200 testes de campo. "Agora entendemos o potencial e os consumidores do mercado", diz Rob Conway, CEO da GSMA. "Queremos acelerar o desenvolvimento de PCs com banda larga móvel incorporada", disse Will Poole, vice-presidente corporativo do Unlimited Potential Group da Microsoft. "Pessoas de todo o mundo querem ter acesso às informações de que precisam, quando precisam delas, em qualquer lugar onde estejam," disse Ron Garriques, Presidente do Global Consumer Group da Dell. Segundo a pesquisa, a maioria (40%) quer usar o notebook para aplicações em comunicação, seguida por armazenamento, entretenimento off-line, download de arquivos diversos e, afinal, por entretenimento online. Usariam a máquina principalmente em casa, mas gostariam de poder usá-la também em mais dois ou três lugares – no trabalho ou em viagem, por exemplo. Esse interesse está concentrado, segundo a pesquisa, nos países emergentes da região Ásia Pacífico, onde foram registradas 49% de respostas positivas, praticamente metade de toda a demanda.
Na seqüência, vêm os países da Europa Ocidental, com 15%, e a América do Norte (EUA, Canadá e México), com 14%. A América Latina não deu boa resposta: na nossa região, apenas 4% das pessoas estariam interessadas em um computador móvel já com banda larga de fábrica. Isso se explica, em parte, porque a difusão do uso dos computadores, aqui, é recente. É exatamente o que diz Reinaldo Sakis, analista sênior de PCs e monitores da consultoria IDC. Pelo levantamento do mercado brasileiro, em estudo do 3º trimestre de 2007, os notebooks respondem por 18% do total das vendas de computadores – o que já foi um ótimo salto; em 2005, tinham apenas 5%. "O processo está apenas se iniciando no Brasil", diz Sakis. Segundo ele, os fabricantes do mercado nacional estão focados, no momento, em vender notebooks de baixa capacidade, com preços não superiores a R$ 2 mil. Isso é 80% do mercado, de acordo com o estudo da IDC. E, lembra Sakis, é preciso esperar que a área de telecomunicações cresça o suficiente para aumentar o interesse por banda larga móvel. O que existe ainda é muito caro. A telefonia celular 3G, que começa agora, ainda será cara, ao menos até que redes estejam implementadas na maioria das cidades. A aceleração, entretanto, é alta: no terceiro trimestre do ano passado, o acesso à banda larga no Brasil cresceu 8,3%, de acordo com o indicador Barômetro Cisco da Banda Larga, divulgado recentemente. Luiz Carlos de Assis
DIÁRIO DO COMÉRCIO
2
Indicadores Econômicos
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
7,44
7/1/2008
por cento foi a alta das ações ordinárias da Telemar no pregão de ontem da Bolsa de Valores de São Paulo.
COMÉRCIO
DC
Fundo
Informe Publicitário FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Posição em
P. L. do Fundo
Empresarial LP
02/01/2008
27.360.704,71
Esher LP Hope LP JCP-SUL LP Master Recebíveis LP Múltiplo LP Odyssey LP Prospecta LP Redfactor LP Valecred LP
02/01/2008 02/01/2008 02/01/2008 02/01/2008 02/01/2008 02/01/2008 02/01/2008 02/01/2008 02/01/2008
21.412.600,42 14.468.531,13 1.961.260,12 2.128.441,34 16.790.873,91 498.275,66 1.424.802,48 13.180.479,43 5.281.423,04
Tipo Subordinada Sr 1ª emissão Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Sub - Classe A
Vlr Cota Sub 1.678,623864 780,652104 1.116,890530 1.291,367076 1.137,676210 1.325,383797 1.547,463653 996,551320 1.054,152890 1.211,767280 1.044,184641
% rent. mês 0,3141% 0,0460% -0,1126% 0,1630% 0,1108% -0,3172% 0,0819% -0,0616% 10,7456% -0,1145% 0,0502%
% ano 0,31% 0,05% -0,11% 0,16% 0,11% -0,32% 0,08% -0,06% 10,75% -0,11% 0,05%
Tipo Sr 2ª emissão Sr 3ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sub - Classe B
Vlr Cota Sr 1.044,868137 1.015,015723 1.035,088230 1.074,533360 1.031,200360 1.289,979453 1.018,437295 1.047,952186 271,002384
% rent. mês 0,0481% 0,0481% 0,0460% 0,0469% 0,0439% 0,0460% 0,0481% 0,0481% 0,2679%
% ano 0,05% 0,05% 0,05% 0,05% 0,04% 0,05% 0,05% 0,05% 0,27%
rating A+(Austin) BBB(Austin) AA-(Austin) AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) A- (Austin) A- (Austin) AA(Austin) A(Austin)
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
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Nova tipologia no emplacamento será adotada apenas nos carros novos.
TRÂNSITO
Placas de veículos ganham novo visual Letras e números do emplacamento ganham nova tipografia padrão em todo o País. Objetivo da medida é facilitar a identificação na hora de lavrar as autuações.
COMO ERAM
Ivan Ventura
D
esde o primeiro dia do ano, veículos novos e usados ainda sem emplacamento passaram a receber placas com um novo tipo de letra. O mandatory é agora a tipografia oficial das placas de identificação dos carros em todo o País. À primeira vista, a mudança no formato das três letras e quatro números poderá até passar despercebido pela maioria dos motoristas, mas deverá facilitar a identificação dos veículos que foram flagrados por radares e por agentes de trânsito. Quem emplacou o veículo até o final do ano passado não precisa trocar as placas. A padronização das placas dos veículos novos, dos que precisavam fazer o reemplacamento ou ainda trocar o selo que consta a cidade e as iniciais do estado de origem foi definida em 21 de março do ano passado, através da portaria 231, publicada no Diário Oficial da União. Após passar por regulamentação, ficou definido que a padronização da medida entraria em vigor no primeiro dia de 2008. A princípio, a nova legislação passaria a valer em agosto do ano passado, mas foi prorrogada para que os fabricantes tivessem tempo de se adequar e confeccionar as novas placas. Agora, segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), todos os veículos emplacados a partir deste ano em todo o País deverão usar a fonte mandatory. Até o ano passado, o tipo de fonte usada no emplacamento era de livre escolha do Departamento de Trânsito de cada estado. Cada estado empregava a tipologia de preferência. Até mesmo o itálico, aquela letra inclinada para a direita, chegou a ser utilizada no emplacamento de trânsito, segundo o Denatran. A adoção da nova tipologia também promete acabar com as confusões na identificação das letras presentes nas placas de veículos multados, entre elas o “D”, “O” e o “P”. Segundo o Denatran, em alguns casos, as autoridades de trânsito
Paulo Pampolin/Hype
eram obrigadas a cancelar autuações feitas por agentes e radares eletrônicos, por causa da imprecisão na identificação das letras e até dos números dos veículos multados. A explicação para a não adoção da medida para todos os emplacamentos feitos até o final do ano passado é simples: seria praticamente impossível obrigar os mais de 48 milhões de donos de veículos brasileiros a trocarem as duas placas. Motos - As novas regras também atingem as motos, motonetas, ciclomotores e triciclos emplacados esse ano. Além da tipologia das letras, a resolução do Contran estabelece a inserção de uma película reflexiva na placa, medida voltada à segurança do motoqueiro. Donos de motos emplacadas até o final de 2007 também não precisam trocar as placas, a exemplo dos carros, exceto as motocicletas registradas na categoria aluguel (placa de cor vermelha), que deverão adotar o novo modelo. Lacres - Outra novidade que será adotada em junho deste ano altera o lacre das placas de veículos. Hoje, os lacres possuem as iniciais do estado e a cidade de origem do emplacamento do veículo. Com a publicação da portaria 272, será acrescido no lacre a inscrição Detran (Departamento de Trânsito), as iniciais do estado, o nome da cidade e um código de nove dígitos numéricos, além de um dígito verificador. Esses último código será incluído no banco de dados do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam). Segundo o Denatran, o objetivo é garantir mais segurança e reduzir a possibilidade de fraude. Por meio de um sistema de informação de registro e armazenamento dos lacres, será possível controlar, por exemplo, a distribuição, o que ainda não foi utilizado no emplacamento dos veículos e até a instalação de lacre eventualmente danificado. Assim como no caso das placas, os carros que forem licenciados até junho não precisarão mudar o selo e a medida vai valer para os veículos novos.
COMO FICAM
Fotos de Fabio D'Castro/Hype
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
DIÁRIO DO COMÉRCIO
INFORMÁTICA - 5
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
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ECONOMIA - 3
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Ambiente Educação Saúde Urbanismo
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terça-feira, 8 de janeiro de 2008
É preciso ter maturidade para fazer uma cirurgia plástica. Ruben Penteado, cirurgião
ESTÉTICA PREDOMINA NAS OPERAÇÕES
Plástica vira desejo dos jovens brasileiros Das 700 mil cirurgias plásticas realizadas no Brasil durante o ano de 2006, 15% foram em adolescentes entre 14 e 18 anos. Médicos consideram o índice elevado. Masao Goto Filho/e-SIM
Maristela Orlowski
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oupas justas eram peças fora de cogitação no guarda-roupa da relações públicas Daniela Serres, que encontrava em modelos maiores a salvação para esconder o complexo que carregava desde os seus 14 anos de idade: seios grandes demais. "Procurei um médico para resolver meu problema, mas ele recomendou esperar quatro anos", contou. Assim que completou 18 anos, Daniela procurou um especialista e optou por uma mamoplastia, cirurgia que reduz o tamanho dos seios. Foram quase dois litros retirados de ambas as mamas, passando do tamanho 54 para o 44. De acordo com o cirurgiãoplástico Ruben Penteado, que dirige o Centro de Medicina Integrada, há dois anos o número de cirurgias estéticas em adolescentes dobrou no Brasil. Somente em 2006, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), foram realizadas 700 mil plásticas estéticas em todo o País, sendo que os jovens entre 14 e 18 anos responderam por 15% desse número. "É um índice muito elevado. Ele mostra o abuso e o excesso cometido por esse público", considera. "É preciso ter maturidade física e emocional para fazer uma cirurgia plástica", avaliou. O especialista ressalta que a adolescência é marcada por uma série de mudanças físicas, psicológicas e comportamentais que, muitas vezes, não justificam a opção pela intervenção. Segundo Ruben, 90% das cirurgias que realiza são estéticas e 10% reparadoras, ou seja, para corrigir um problema que interfere no bem-estar e, em alguns casos, na saúde do paciente. "A cirurgia plástica só deve ser uma opção quando não houver outro caminho para resolver um quadro físico que abala a auto-estima e o estado emocional do jovem". Penteado explica que existem casos em que a cirurgia plástica na adolescência ou até mesmo na infância são necessárias. O exemplo são as orelhas de abano (otoplastia), que podem ser corrigidas a partir dos sete anos de idade, quando a cartilagem está formada. Mas o cenário atual é bem diferente. Entre os procedimentos mais procurados pelos adolescentes brasileiros estão a rinoplastia (plástica de nariz), o aumento dos seios com próteses de silicone e as lipoaspirações em diferentes partes.
Ó RBITA
ACIDENTE
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m garoto de 15 anos foi atropelado por um trem na tarde de ontem, entre as estações Antônio Gianetti e Guaianases, na zona leste de São Paulo. A assessoria da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) informou que o acidente ocorreu por volta da 15h. Segundo a assessoria da CPTM, o garoto foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado ao pronto-socorro em Ferraz de Vasconcelos. De acordo com os médicos, o estado de saúde do garoto era gravíssimo. (Agências) A relações públicas Daniela Serres reduziu os seios, fez lipoaspirações e se prepara para uma nova cirurgia plástica para correção estética Fotos de Milton Mansilha/Luz
No caso de Daniela, hoje com 31 anos, os seios grandes eram apenas um problema estético. "Sou alta. Minha constituição óssea suportava todo o peso", contou a relações públicas, que passou por novas cirurgias após a redução das mamas. "Um ano depois fiz lipoaspirações nos braços, barriga, pernas e nas costas". Ela conta que retirou menos de um quilo de gordura nas operações realizadas. "A barriguinha era o que mais me incomodava". Mas tudo indica que ela não deve parar ainda. Daniela elegeu seus braços como o próximo problema a ser resolvido. "São muito gordos. Ainda farei outra lipo neles", prevê. Avaliando casos parecidos com o da relações públicas, Penteado concorda com a cirurgia apenas quando as mamas têm um tamanho desproporcional ao corpo. A intervenção pode ocorrer antes da fase adulta, até mesmo entre os 14 e 15 anos, desde que seja comprovada a possibilidade de problemas futuros no desenvolvimento e limitações para a execução de atividades físicas. "Já nos casos de mamas pequenas, o implante de próteses antes dos 18 anos só deve ocorrer nos casos onde há uma assimetria muito grande devido a alterações no desenvolvimento. Mas existe a possibilidade de uma nova intervenção no final do período de crescimento, para um ajuste da cirurgia". Segundo o cirurgião, a me-
O cirurgião Ruben Penteado é contra lipoaspirações em adolescentes
lhor opção, quando o caso for o de aumento dos seios, é esperar a chegada dos 20 anos, pois a mulher já terá sua fase de desenvolvimento encerrada. Em relação à lipoaspiração, o médico é contrário a cirurgia
na adolescência. "Existem outras maneiras de se resolver a questão, como o incentivo a adoção de hábitos saudáveis, boa alimentação e exercícios físicos", avalia o especialista. Já a rinoplastia é indicada
sempre que se detectar uma dificuldade respiratória causada, por exemplo, por um desvio do septo nasal. "Nos casos estéticos, o jovem devem ter ao menos 18 anos completos". Riscos nas cirurgias– Uma pessoa de 16 anos corre os mesmos riscos que uma de 50 durante uma intervenção plástica. No entanto, a cirurgia nos jovens exige uma série de cuidados especiais. "O corpo precisa estar totalmente formado para se submeter a uma cirurgia. As plásticas de redução e aumento das mamas com uma intenção puramente estética, por exemplo, são indicadas apenas quando a menina chegou a 80% ou 90% do seu crescimento completo", explicou. Tanto a cirurgia quanto a recuperação de Daniela não tiveram qualquer problema considerado grave. Mas uma situação inesperada aconteceu quando a relações públicas teve seu primeiro filho. "Eu tinha bastante leite, mas ele não saía", reclamou. "Quando fiz a cirurgia de mama, perguntei ao médico se teria problemas durante a amamentação, mas ele garantiu que não. Sofri muito para amamentar minha filha até os quatro meses de idade". Apesar dessa experiência pouco positiva, ela diz que não se arrepende, mesmo sem ter conseguido amamentar a filha como gostaria. "A operação ajudou muito meu estado psicológico e elevou minha auto-estima".
DIABÉTICOS
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Hospital das Clínicas de São Paulo desenvolveu um sistema que permite aos diabéticos conhecerem os melhores alimentos para controle dos níveis de açúcar no sangue, por meio do telefone celular. Com 600 tipos diferentes de alimentos cadastrados, o GlicOnline recebe os dados da glicemia enviados pelo paciente e informa a quantidade de insulina necessária para manter a diabetes sob controle. O programa funciona em celulares com chip e linguagem Java. (AOG)
MENINGITE
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s moradores do Guarujá, litoral sul de São Paulo, estão preocupados com um surto de meningite. Um menino de 6 anos morreu e outras quatro crianças estão internadas. A maioria dos casos foi registrada na Favela Chaparral, em Vicente de Carvalho. A população pede a vacinação imediata. Os primeiros testes realizados confirmaram a doença, mas a prefeitura do Guarujá decidiu aguardar um diagnóstico que será fornecido pelo Instituto Adolfo Lutz. (AOG)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 - INFORMÁTICA
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
SENSÍVEL AO SORRISO
ENERGIA NAS FÉRIAS
A Sony Cyber-shot DSC-T70 dispara fotos automaticamente ao reconhecer sorrisos das pessoas no ambiente. Site www.sonystyle.com.br .
Para não perder bons momentos nas férias, a Nodaji (www.nodaji.com.br) lançou novas fontes de alimentação para câmeras, MP3 e MP4 Players.
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MULTIMÍDIA
PC
Som compacto e com praticidade
Um kit "faça você mesmo"
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Timevision lançou o mini alto-falante para MP3, MP4 e iPod. Dobrável e fácil de carregar, o Minispeaker é um sistema compacto de altofalantes, ideal para o uso no escritório, casa, escola, etc. Segundo o fabricante, ele transmite som com qualidade graças aos alto-falantes feitos à base de alumínio. A energia é alimentada através do adaptador USB ou pilhas AAA. Preço sugerido: R$ 69,99. Site www.timevision.com.br
Google planeja lançar seu Google Sites ainda este ano, com a evolução do Google Apps e do Google Page Creator. Dessa forma, ficará acirrada a concorrência com o rival Microsoft Virtual Office.
Imagens e inovações
Notebook com preço de desktop
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uem não aproveitou o último Natal para comprar um notebook, pode adquirir ainda a nova marca que chegou ao varejo. O Evolute SFX 15 vem com Intel Celeron de 1,73 GHz, 1 GB de RAM, 80 GB de HD, tela de 15,4", gravador de DVD, wireless, bateria de quatro células (75 minutos) e peso de 1,7 kg. A configuração básica, com Windows Vista Starter, sai a partir de R$ 1.499. Está à venda no Carrefour. SEGURANÇA
Codecs maliciosos
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Eset identificou a utilização de codecs falsos na propagação de códigos maliciosos. Segundo a empresa, nas últimas semanas foram detectados mais de 80 websites distintos com falsos codecs. Eles contêm diversos malwares criados para infectar os computadores dos usuários. Entre os codecs que estão sendo "falsificados" estão o DivX e o Xvid. Mais informações no site http://www.eset.com.br SOFTWARE
Leopard: mais protegido
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Symantec tem uma nova versão do Norton Antivírus compatível com o Mac OS X 10.5 Leopard, capaz de atuar onde muitos dos ataques ocorrem: nas aplicações conectadas à Internet. Ele Foi projetado para receber atualizações no plano de fundo, permitindo que os usuários possam continuar suas atividades online enquanto as atualizações são feitas. Preço estimado no varejo: US$ 50.
sse é para montar em casa. A Via Technologies lançou uma caixa com um kit compacto de PC, chamado de Artigo. Ele vem com placamãe Pico-ITX Via PX 1000, chassi com dispositivos de montagem, adaptador de energia e acessórios essenciais para as portas e cabeamento. O produto está disponível no varejo dos Estados Unidos ao preço médio de US$ 300. E está previsto para chegar ao Brasil até meados de 2008.
Fabricantes de câmeras mostram suas armas para enfrentar a forte concorrência em 2008
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PORTÁTEIS
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Aplicações potenciais do sistema 3D da câmera Toshiba. Com a reconstrução de informações em três dimensões, ao analisar o padrão e intensidade das luzes refletidas pelos objetos, é possível calcular a distância e seu posicionamento.
TECNOLOGIA
NET adquire a BIG TV
ANA MARIA GUARIGLIA
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ma das novidades para 2008 é a câmera digital capaz de capturar imagens tridimensionais (3D), utilizando um flash especial embutido e um software inteligente, segundo disseram os pesquisadores da Universidade Chuo, em Tóquio. Kazunori Umeda e Naoya Ogawa, responsáveis pelo estudo que mostra essa possibilidade, se inspiraram em um protótipo desenvolvido pela fabricante Toshiba, que possui um processador de movimentos , concebido no final dos anos 90. Esse dispositivo da Toshiba foi instalado em uma câmera com a aparência de uma webcam, com diversos LEDs (diodos emissores de luz). Ela reconstrói as informações em três dimensões ao analisar o padrão e a intensidade das luzes refletidas pelos objetos. Dessa forma, é possível calcular a distância do objeto que está sendo observado e também seu posicionamento. De acordo com o jornal japonês FujiPress, o pesquisador Umeda disse que o objetivo é levar esse tipo de tecnologia às câmeras digitais, de forma que elas possam distinguir uma pessoa à frente de a uma paisagem, permitindo fotos no modo tridimensional. Durante os testes, os pesquisadores da Universidade Chuo usaram uma câmera digital tradicional, com a qual tiraram fotos com e sem flash. Depois, usaram um software de modelo matemático para extrair a primeira imagem (com flash) e a segunda (sem flash), examinando assim somente a luz refletida pelo flash. Ao comparar o padrão e a intensidade da luminosidade geral
Divulgação
O novo sensor Kodak promete melhor desempenho em todas as freqüências de luz da cena, os pesquisadores puderam estimar a distância e os ângulos relativos diferenciados das superfícies capturadas, pessoa e paisagem. Para os cientistas, uma superfície branca e difusa é mais fácil de ser identificada, enquanto aquelas com reflexo são as mais difíceis. A nova câmera será lançada ainda em 2008, mas ainda sem data definida, dependendo da confecção do flash e da instalação do software. Super sensor – Outra novidade é um novo e super sensor desenvolvido pela Eastman Kodak, em Rochester, nos EUA, que praticamente elimina o uso do flash nas fotos com câmeras digitais, po-
Sergio Kulpas
dendo ser usado também com camerafones (celular com câmera). O sensor, batizado como KAI01050, eleva a leitura de luzes, agindo com "olhos" da máquina ao converter a luminosidade em uma carga elétrica, o qual dá início ao processo de captura e registro das imagens. Em comparação com o sensor normalmente utilizado, conhecido desde de 1976 como "Bayer", em homenagem ao seu inventor, Bryce Bayer, cientista da empresa norte-americana, e que integra a grande maioria dos equipamentos Kodak, o novo sensor promete melhor desempenho em todas as freqüências de luz.
Com a nova tecnologia, que deverá começar a ser aplicada às máquinas fotográficas Kodak a partir deste ano, será possível fotografar melhor em condições de menor luminosidade. A sensibilidade à luz tem se tornado um problema crescente com o advento das máquinas digitais, uma vez que, quanto maior for a sua capacidade em nível de pixels, mais aumentam os níveis de "ruído" – aumento dos pixels ou pontos que formam a imagem. Tecnicamente, o sensor "Bayer" é composto por pixels sensíveis às cores vermelha, verde e azul, sendo que a luminosidade é basicamente controlada pelos pixels verdes, enquanto os azuis e vermelhos se ocupam das informações relativas à cor. No novo sensor, metade dos pixels são pancromáticos ou sensíveis a todas as freqüências de luz. Essa característica possibilita que as informações relativas à luminosidade sejam recolhidas com uma sensibilidade muito maior do a conseguida pelo sistema "Bayer". Simultaneamente, todos os pixels vermelhos, verdes e azuis fornecem ao sensor as informações relativas à cor. A Kodak está investindo alguns milhões de dólares e trabalha arduamente para se transformar em uma empresa de fotografia digital, a fim de aproveitar o grande acervo de propriedade intelectual e reforçar os seus lucros. A empresa antecipou que as receitas com royalties e licenças devem atingir 250 milhões de dólares até o final deste ano.
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objetivo das inovações. Na loja de rede Macy's, em Arlington (estado da Virgínia), o gerente Paul Gassner diz que precisou contratar mais funcionários quando a loja implementou um sistema eletrônico de localização de sapatos no departamento de moda feminina. O sistema agilizou as vendas devido à economia de tempo na localização das mercadorias. Um dos maiores sucessos na automatização do varejo é o auto-pagamento. Nos EUA, o setor varejista investiu US$ 380 milhões na implementação de unidades de pagamento self-service em 2006. A previsão era que esse investimento chegaria a US$ 457 milhões em 2007. No entanto, investir em sistemas de auto-pagamento não é sinônimo de retorno financeiro para o lojista. Nos EUA, o custo médio de cada máquina é de US$ 21 mil, e o equipamento tem vi-
sergiokulpas@gmail.com
da útil de 5 anos. Em comparação, uma máquina convencional de caixa custa US$ 4 mil e tem uma vida útil mais longa. Contra furtos – Nos Estados Unidos, as máquinas de auto-pagamento costumam ficar reunidas em grupos de quatro, com um funcionário encarregado da supervisão. Além do custo, há a preocupação com furtos. Em algumas lojas, o funcionário não apenas ajuda como também vigia os consumidores. Analistas do setor dizem que, para as empresas, o maior apelo é a possibilidade de remanejar os funcionários para outras tarefas. Outra grande tendência são os sistemas que dão mais informações, como o quiosque interativo. Nele, através de uma tela de toque, o cliente pode pedir informações a um especialista sobre equipamentos necessários para montar um bom home-
NET Serviços anunciou a aquisição da BIGTV, operadora de TV por assinatura e banda larga, que atua nas cidades de Guarulhos (SP), Valinhos (SP), Botucatu (SP), Jaú (SP), e cidades de outros estados. Com a aquisição, a NET passa a deter 48% do mercado de TV por assinatura e 18% do mercado de internet banda larga. Além disso, amplia sua atuação de 79 para 91 cidades brasileiras. BLOG PAPER
Navegando, sem rastros
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egundo a Wired, o StealthSurfer thumbdrive é o sonho dos mais paranóicos. É um dispositivo USB que armazena todos os arquivos de Internet ao invés de deixá-los em seu computador, ocultando seus hábitos e impedindo roubos de identidade.
http://www.stealthsurfer. biz/buy_now.html?utm_ source=ss248&utm_ medium=web&utm_content=3
N-Gage: novo serviço adiado
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Loja do futuro, mas com toque humano egundo dados da Federação do Varejo dos EUA (National Retail Federation, http://www.nrf.com/), as lojas norteamericanas gastam US$ 34,5 bilhões por ano com tecnologias criadas especificamente para o varejo. Este ano, com as substituições previstas, esse valor deve ser ainda maior. Alguns funcionários vêem as novas tecnologias do varejo como uma ameaça aos seus empregos – como a grande variedade de sistemas de auto-pagamento nos caixas. Outros aparelhos facilitam a vida dos vendedores, como localizadores de produtos e PDAs com tabelas de preços. Mas é fato que o número de empregos em alguns setores do varejo está diminuindo, e alguns analistas apontam a evolução tecnológica como um dos fatores responsáveis. Porém, as empresas dizem que reduzir a força de trabalho não é o principal
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theater ou uma rede wireless em sua casa, por exemplo. A NRF estima que no futuro próximo, os consumidores poderão pagar suas compras através de um único toque na tela, que associará a impressão digital a uma conta de débito. Outra tendência de sucesso são os "espelhos virtuais" em lojas de roupas. Combinando espelhos com computador e projetores, o sistema permite que o consumidor veja uma imagem da roupa desejada projetada sobre seu reflexo no espelho. Fator humano – Um consenso entre os gurus de tecnologia e os especialistas em tecnologia do varejo é que todas essas inovações sempre vão depender de um vendedor que auxilie no processo de compra, aliviando o temor que muitas pessoas sentem diante de novas tecnologias. O elemento humano é a chave para o sucesso da loja high-tech.
Nokia foi forçada a atrasar o lançamento de seu NGage First Access- um serviço que permitiria testar jogos N-Gage antes de fazer o download. Donos de aparelhos N81 tiveram dificuldades com o serviço na pré-estréia.
Na ponta dos dedos
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ovidade: um controle de portão de garagem com leitor de impressões digitais. Ele pode armazenar digitais de até 20 usuários cadastrados e inclui tempo limite de acesso para visitantes cadastrados. http://www.gearlog.com
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
FASHION RIO ACONTECE ATÉ O DIA 12
O McDonald's vai concorrer com a Starbucks nas vendas de capuccinos.
Robyn Beck/AFP
Stefano Rellandini/Reuters
Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s
Karen Bleier/AFP
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FASHION RIO ABRE CALENDÁRIO DE MODA 2008
A das principais cidades européias da moda, já deu início às tradicionais liqüidações de início de ano (foto). Vitrines também estampam descontos chamativos em várias lojas de Barcelona, na Espanha.
Mais franquias
Economia forte
esquisa da Rizzo Franchise, de Marcus Rizzo, revela a adesão de 176 novas marcas ao sistema brasileiro de franchising no ano passado, ainda sem incorporar o último mês do ano. É um impulso de 12,9% no n ú m e r o d e f r a nqueadores, com salto de 1.366 empresas em 2006 para 1.542 em 2007. O estudo detectou alta no índice de mortalidade das redes, de 0,09% para 0,59%, na mesma comparação, incluídas aí aquelas que efetivamente deixaram de existir e as que pararam de franquear. (FL)
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presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse ontem, durante o encontro do Banco de Compensações Internacionais (BIS), na Basiléia, Suíça, que economias que dependam mais da demanda externa sofrerão mais os efeitos de uma eventual recessão norte-americana, em caso de aprofundamento da crise imobiliária pela qual o país atravessa. Para ele, uma das saídas para fortalecer as economias nacionais do impacto global da crise dos subprimes seria o fortalecimento da demanda interna. (AE)
Foram investidos cerca de R$ 7 milhões na organização e devem ser fechados negócios que chegam a R$ 370 milhões. A maioria das 100 modelos que participarão este ano é de brasileiras que se destacam nas passarelas internacionais, como Fernanda Motta, Claudia Seiler, Bruna Tenório, Michelle Alves e Camilla Finn. Os estreantes da Fashion Rio são Ivan Aguilar – que ficou famoso por fazer ternos para o presidente Lula e faz parte da Casa de Criadores de São Paulo – e a Acomb (de artesãs da comunidade de Cidade Alta, nascida a partir do trabalho da ONG Ação Comunitária do Brasil, do Rio de Janeiro).
Aposentadoria presidente e fundador da Microsoft, Bill GaO tes, anunciou em seu discur-
Rafael Andrade/Folha Imagem
TEMPORADA DE LIQÜIDAÇÕES – Milão, na Itália, uma
Fashion Rio começa oficialmente hoje com um time de belas modelos liderado pela top Gisele Bündchen – que vai desfilar pela grife Colcci e o cachê é estimado em R$ 1 milhão – e com o objetivo de faturar cerca de R$ 100 milhões em negócios. O evento terá 46 desfiles até o dia 12 de janeiro, e apresentará as coleções de outono/inverno de marcas nacionais e internacionais na Marina da Glória, Rio de Janeiro. Paralelamente às apresentações, o Fashion Bussiness contará com 150 lojas, 35 compradores internacionais e 80 expositores de vários pólos da confecção têxtil do Rio de Janeiro e de outros estados.
so na abertura da Feira de Eletrônica de Consumo (CES), em Las Vegas, nos Estados Unidos, que vai deixar o trabalho diário na empresa que criou e o tornou bilionário. Gates confirmou que esta foi sua última aparição no evento.
BÚSSOLA Associação Brasileira das Empresas de Leasing (Abel) avalia que os contratos crescerão 30% em 2008. O setor também deve ser impulsionado pelo aumento do IOF.
A
presidente do Banco Santander, Gabriel Jaramillo, acredita que o aumento da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) será ruim para o País e poderá elevar o risco Brasil.
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ciranda@dcomercio.com.br
Vale e BNDES criam Veículos: mais um recorde de vendas nova empresa de energia Vendas devem atingir 2,89 milhões de carros. Para Anfavea, aumento do IOF não deve afetar o mercado. Alzira Rodrigues
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pós fechar 2007 com números recordes, o setor automotivo mantém a projeção de ampliar as vendas internas em 17,5% em 2008, estimando chegar a 2,89 milhões de veículos, contra os 2,46 milhões do ano passado. A produção deve atingir 3,24 milhões, com crescimento de 8,9%. O presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider, disse ontem que o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) não deve afetar o mercado (veja mais na página 6), mas defendeu a necessidade de se discutir no Congresso Nacional uma reforma tributária efetiva, que evite
mudanças constantes. "O aumento do IOF pode até levar a algum adiamento de compra neste primeiro momento, enquanto o consumidor tenta entender o efeito da mudança", comentou Shneider. "Mas não acredito que tenha reflexo negativo no mercado, até porque não existe mais a CPMF e isso vai pesar de alguma forma nas contas". Balanço – A indústria automobilística encerrou 2007 com uma produção de 2.972.822 veículos, com alta de 13,9% sobre 2006. As vendas domésticas cresceram 27,8%, chegando a 2.462.728 unidades. Com relação ao mercado interno, o Brasil passou à frente da Espanha no ano passado e saltará da 9ª para a 8ª posição no ranking mundial do setor. Há possibilidade, segundo Schnei-
der, de o Brasil também galgar posições em produção, passando à frente da Espanha e França. "Os números ainda não estão fechados, mas a disputa entre nós e estes dois países é bem acirrada." As exportações caíram em número de veículos, que baixou de 842,8 mil para 786,7 mil, mas cresceram 8,7% em valor, totalizando US$ 13,2 bilhões. A maior disponibilidade de crédito é apontada como o principal fator de aquecimento do mercado doméstico. No comparativo de novembro de 2006 com o mesmo mês do ano passado, o volume de crédito saltou de US$ 62,7 bilhões para US$ 79,6 bilhões (mais 27%), enquanto os juros anuais baixaram, na média, de 22,4% para 19,4%. E a inadimplência no setor até teve pequena redu-
ção, de 3,3% para 3,1%, situando-se em menos da metade da taxa global do mercado. O setor contratou 14 mil empregados em 2007, fechando o ano com 120,2 mil funcionários. Com relação específica ao mês de dezembro, as vendas internas cresceram 0,6% com relação a novembro, situandose em 209,1 mil unidades, enquanto a produção teve queda de 17,2%, com um total de 215,6 mil veículos no mês passado. É um comportamento normal dentro do setor, por causa das férias coletivas de final de ano. Se a produção de dezembro for comparada com a do mesmo mês de 2006, verifica-se alta de 21,4%. "A média diária de produção de dezembro, de 12.749 veículos, é a melhor da nossa história", explicou o presidente da Anfavea.
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Vale e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estão abrindo a empresa Vale Soluções em Energia S.A. – VSE. A nova companhia vai trabalhar no desenvolvimento de processos de geração de energia que não agridam o meio ambiente, que sejam sustentáveis e também com fontes energéticas renováveis. A Vale terá 51% do capital social, a empresa de participações do BNDES (BNDESPar) ficará com 44% e a empresa paulista Sygma Tecnologia, Engenharia, Indústria e Comércio Ltda. participa da sociedade, com 5%. A VSE será, na prática, o Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Energia (CDTE), que tem investimento inicial previsto em R$ 220 milhões em um período de três anos.
O programa de investimentos do CDTE prevê desenvolvimentos tecnológicos e pesquisas nas áreas de gaseificação de carvão térmico e de biomassa e produção de turbinas a gás e motores pesados multicombustíveis. Também estão previstos acordos de cooperação e convênios com universidades e instituições de pesquisa dentre elas a Universidade de São Paulo (USP), além do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Mais financiamentos – O BNDES vai receber R$ 12,5 bilhões emprestados do Tesouro Nacional para ampliar sua capacidade de financiar empresas ao longo deste ano e estimular novos investimentos no País. O repasse foi autorizado ontem por meio de medida provisória publicada no Diário Oficial da União. (AE)
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
Ambiente Educação Polícia Saúde
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Quatro bandidos foram presos após tentarem roubar hotel na Aclimação, zona sul.
LADRÃO ESTAVA DE TERNO E GRAVATA
Bando faz reféns em assalto a hotel
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Sérgio Castro/AE
Evelson de Freitas/AE
Grupo rendeu cerca de 40 pessoas. Ninguém ficou ferido e ladrões foram presos. Sérgio Castro/AE
Rodrigo Pinho: afastamento não é retaliação por causa de denúncias contra a procuradoria-geral
MP afasta promotor que matou motoboy Pedro Guimarães será transferido para outro cargo, no fórum da Barra Funda Polícia Militar apreendeu duas metralhadoras e duas pistolas com o grupo que tentou assaltar o hotel
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uatro pessoas invadiram, na manhã de ontem, um hotel na avenida Armando Ferrentini, na Aclimação, zona sul. Dois homens e duas mulheres chegaram ao local por volta das 7h. Após uma pequena conversa na recepção do hotel, eles teriam anunciado o assalto. De acordo com a Polícia Militar, que chegou ao local cerca de dez minutos após o início da ação, cerca 40 pessoas foram mantidas como reféns durante toda a ação. Quando a PM entrou no hotel, um casal foi preso imediatamente. O homem, segundo reféns, vestia terno e gravata, mas foi reconhecido pelos policiais como assaltante ao deixar cair parte da munição. A mulher tentava sair pela recepção quando foi apontada pelos reféns como integrante do grupo. Enquanto o casal atuava na recepção, outros dois homens mantinham dois funcionários e um hóspede em um quarto no 5º andar. Os ladrões obrigaram um dos empregados a tocar a campainha do aparta-
mento e renderam o hóspede quando ele abriu a porta. Após prender o casal, a polícia passou a procurar os demais integrantes da quadrilha. A PM acreditava que mais quatro bandidos estavam escondidos em um dos 300 quartos do hotel. Mas imagens do circuito interno de segurança revelaram a presença de somente mais dois. Após três horas de busca, foram localizados dentro do quarto do 5.º andar. Segundo os policiais que participaram da ação, a negociação foi resolvida rapidamente e sem nenhum ferido. "Não houve resistência nenhuma por parte deles porque sabiam que não tinham para onde fugir", informou o tenente Fernando Alves, que comandou a ação dentro no hotel. Por volta das 10h40, a polícia já havia prendido todos os suspeitos e libertado os reféns dentro do hotel EZ. Os policiais informaram que os assaltantes carregavam duas metralhadoras e duas pistolas. O equipamento foi apreendido e levado para 6.º DP, no bairro do Cambuci, que
ficará responsável pela investigação do caso. Ainda na manhã de ontem, a polícia identificou os suspeitos como: Cristiane Meirelles, 32 anos, foragida desde 2002 da Penitenciária de Mirandópolis, a 607 quilômetros de São Paulo, onde cumpria pena por roubo; Camilo da Silva Lallo, de 28 anos; Thiago de Lima Soares, de 21 anos, e Francisco Edivaldo Farias, de 25 anos. A advogada de Cristiane, Kattiê Ferrari, informou que sua cliente negou ter roubado o hotel. Ela preferiu não explicar, no entanto, como a suspeita estava no local no momento do roubo. Já o advogado Josué Antônio de Souza, que defenderá os outros três suspeitos, informou que eles assumiram a ação e disseram que o objetivo era levar o dinheiro do EZ. Os reféns foram levados ao 6.º DP para o reconhecimento dos objetos que foram roubados pelos quatro assaltantes. A lista era composta por quinze celulares, cinco relógios e uma quantia não informada de dinheiro, além de cartões de crédito. (Agências)
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procurador-geral de Justiça de São Paulo, Rodrigo César Rebello Pinho, decidiu afastar o promotor Pedro Baracat Guimarães Pereira do Grupo Especial de Controle Externo da Atividade Policial (Gecep). Pinho anunciou a decisão ontem, na sede do Ministério Público Estadual (MPE). No sábado, Pereira assassinou com 11 tiros o motoboy Firmino Barbosa, durante uma tentativa de assalto na zona sul. A medida revoltou os promotores Luiz Roberto Faggioni e Márcio Christino, colegas de Pereira no Gecep. "É um erro tirálo daqui", protestou Faggioni. "É de longe o profissional que melhor entende o funcionamento da polícia no Estado." Para os dois promotores, Pinho aproveitou o episódio para "punir" Pereira, por causa de
CET interdita faixas da avenida Paulista
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Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) ampliou, desde a manhã do último domingo, a interdição parcial da avenida Paulista devido as obras viárias previstas no Projeto Nova Paulista. As faixas da direita da avenida permanecerão interditadas nos dois sentidos, no trecho entre as ruas da Consolação e Augusta. O tráfego será liberado em um período de 60 dias. Durante as obras, a CET fará uma reforma nas travessias de pedestres da Paulista, ampliando-as de dezesseis para vinte. Elas também serão realocadas a uma distância de cerca de 30 metros dos cruzamentos da avenida. Segundo a Prefeitura, os pedestres, principalmente as pessoas com mobilidade reduzida, serão beneficiados com a adequação do tempo de espera dos semáforos, para que a travessia seja feita com total segurança. Alternativas– Os motoristas que circulam pela Paulista, no sentido da Consolação, devem utilizar a alternativa form a d a p e l a s ru a s Tre z e d e Maio, Cincinato Braga, São Carlos do Pinhal e Antônio Carlos. A rota funciona desde o último dia 22 de julho de 2007, com a finalidade de minimizar os efeitos causados pelas ocupações previstas ao longo da avenida Paulista. Aqueles que seguem em direção aos Jardins farão o desvio pela rua Joaquim Távora e pelas avenidas Pedro Álvares Cabral e Brasil. Outros trechos serão interditados durante o primeiro semestre. (Agências)
uma representação encaminhada em novembro ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). No documento, os três integrantes do Gecep acusavam o procurador-geral de desrespeitar a lei orgânica do MPE ao intervir em investigações que atingiam a Prefeitura e o governo do Estado. Pinho afastou qualquer vinculação entre os dois casos. "Existe uma incompatibilidade entre o controle externo da atividade policial e a apuração em curso", declarou. Ele também negou a tese de punição aos integrantes do Gecep. "O promotor continuará exercendo suas funções na Promotoria Criminal da Barra Funda, onde é titular de uma vara. O fato de a instituição abrir uma investigação não justificava um afastamento." A procuradoria-geral de Justiça ainda não informou
quem será o promotor designado para ocupar a vaga aberta com a saída de Pereira do grupo de controle externo. Reconhecimento -Mais três pessoas estiveram ontem na polícia se dizendo vítimas do motoboy. Segundo o delegado Ruy Fontes, que investiga o caso, o rapaz havia roubado pelo menos sete relógios naquele dia. Os depoimentos colhidos até agora reforçam a versão apresentada pelo promotor. "O criminoso costumava abordar casais em carros de luxo", disse o delegado. Uma das vítimas contou que pensou em jogar seu carro contra o motoqueiro. A polícia não acredita que Firmino agisse sozinho. "Suspeitamos que ele tinha cobertura de mais um criminoso e pelo menos de um receptador para repassar os objetos roubados", disse Fontes. (AE)
Nacional Empresas Agronegócio Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
BALANÇA COMEÇA 2007 COM SUPERÁVIT
5 Marcos Perón/Virtual Photo
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
Cerca de 18,1 milhões de sacas de 60 quilos de café devem ser consumidas no Brasil em 2008.
APESAR DESSE RESULTADO, ATUALIZADO ATÉ NOVEMBRO DE 2007, PRODUTORES TÊM RECLAMAÇÕES
EXPORTAÇÃO DE FRUTAS CRESCE 15% Luludi/LUZ
Divulgação
Adriana David
Newton Santos/Hype – 15/2/07
A Queda do dólar baixou rentabilidade de produtores
Até novembro passado, venda de uva cresceu 30%
Consumo de café: alta em 2008.
A
Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) projeta que o consumo interno da bebida pode evoluir 5,85% em 2008, para 18,1 milhões de sacas de 60 quilos, com vendas alcançando R$ 6,8 bilhões. Em 2007, o volume foi de 17,1 milhões de sacas, com vendas de R$ 6,4 bilhões, ante R$ 5,4 bilhões em 2006. A entidade mantém firme a meta de atingir 21 milhões de sacas em 2010. Para 2008, somando-se o consumo interno com as exportações, em torno de 28 milhões de sacas, tem-se uma demanda total de 46 milhões de sacas. Desse modo, a Abic ava-
lia que não haverá excedente de grãos, pois a próxima safra, estimada entre 46 milhões e 48 milhões de sacas, deverá ser inteiramente demandada pela exportação e pelo consumo interno. Além disso, os estoques físicos brasileiros estão muito baixos e devem chegar em março nos menores níveis das últimas décadas. Segundo o presidente da Abic, Guivan Bueno, nessas condições de mercado não há justificativas para propostas que resultem em restrição da oferta. O aumento do consumo de café ocorreu, segundo a Abic, em razão da melhora da qualidade; a incorporação de ten-
dências mundiais, como o caso dos cafés sustentáveis do Brasil, programa que oferece uma garantia de certificação completa, desde a lavoura até a xícara; o crescimento do consumo fora do lar e do segmento de cafeterias; e a melhor percepção do café quanto aos aspectos de benefício à saúde. A Abic considera que houve uma melhora das condições econômicas no Brasil, com aumento do consumo e do poder de compra da população, expansão da massa salarial, empregabilidade e crescimento do contingente de consumidores que migraram das classes D e E para a classe C. (AE)
Venda externa recua INSS muda crédito
O
ano de 2008 começou com queda nas exportações e crescimento acentuado nas importações. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), divulgados ontem, mostraram que os embarques da primeira semana de janeiro (três dias úteis) somaram US$ 1,493 bilhão, com média diária de US$ 497,7 milhões — cifra 0,3% menor que a de janeiro de 2007. A média diária das importações no período, de US$ 474,3 milhões, aumentou 23,2%, na mesma comparação. Mas o total de US$ 1,423 bilhão importado na semana não impediu que a balança fechasse o período com superávit de US$ 70 milhões. As importações aumentaram mesmo com a queda no principal item adquirido pelo País no exterior, o petróleo. As compras que mais se expandiram foram as de equipamentos mecânicos, de produtos químicos, de equipamentos elétricos, de veículos e partes e de adubos e fertilizantes. A leve queda das exportações brasileiras deveu-se aos recuos de 24,5% nos embarques de produtos básicos, e de 2,7%, nos de manufaturas. (AE)
O
governo suspendeu no último dia 2 as operações de crédito consignado para aposentados e pensionistas. A suspensão será mantida até que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) consolide todas as mudanças nas regras das operações. Em dezembro, o INSS ampliou o prazo máximo de pagamento dos empréstimos com desconto em folha de 36 para 60 meses. Segundo o Ministério da Previdência Social, o INSS deve agora mudar o valor das prestações. Hoje, aposentados e pensionistas podem comprometer até 30% do total do benefício no pagamento dos empréstimos, e o INSS deverá reduzir esse limite para 20%, de acordo com a Agência Brasil. Os empréstimos ficarão suspensos até que o novo percentual seja publicado, o que deve ocorrer ainda neste mês. A mudança no prazo foi estabelecida na Instrução Normativa nº 24, publicada no dia 20 de dezembro no Diário Oficial da União. A taxa de juros aplicada às operações de empréstimos consignados para aposentados e pensionistas é de até 2,64% ao mês. (AE)
Greco Comércio de Baterias Ltda, CNPJ n.º 00.688.543/0001-43 I.E 114.425.923.114, vem pelo presente comunicar o extravio da Nota Fiscal modelo 1 nº 20157 formulário contínuo. ABANDONO DE EMPREGO A funcionária Sra. Luceleide Reis de Lima, RG nº 37.946.304-0 e CPF nº 342.692.658-09, conforme telegrama enviado em 08/02/2007 nº MP052709342BR, não compareceu à empresa Confeitaria Estrela City North Ltda - ME, CNPJ nº 07.194.744/ 0001-33 do dia 28/02/2007 até a presente data. Comunicamos então abandono de emprego conforme CLT.
pesar de a exportação brasileira de frutas ter apresentado expansão ao longo de 2007 (em torno de 15% até novembro), os exportadores não estão tão satisfeitos. Segundo o presidente do Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf), Moacyr Saraiva Fernandes, a rentabilidade dos produtores de frutas foi reduzida por causa de queda do dólar, aumento nos custos de produção e de logística. Pelas projeções do Ibraf, até dezembro, o Brasil deve ter vendido para o mercado externo cerca de 900 mil toneladas, gerando US$ 600 milhões em receitas. Em 2006, as vendas para o exterior foram de US$ 470 milhões. As frutas de destaque no ano passado foram maçã, com crescimento de 96% no volume exportado em relação a 2006, uva (expansão de 30%), melão e limão, ambos com aumento de 19% no volume vendido ao mercado externo no período. Compensação — Mas o aumento de volume não cobre as perdas. Fernandes afirma que o setor precisa de compensações para reposicionar suas margens. Entre as medidas
DECLARAÇÃO DE PROPÓSITO
Maior
A
s ações de marketing no exterior foram intensificadas nas redes de supermercados na União Européia em 2007. Na França e Alemanha, 126 estabelecimentos receberam as frutas brasileiras para que seus clientes pudessem degustá-las. Os produtos foram promovidos também na Itália, onde ainda são pouco consumidos. Segundo o presidente do Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf), Moacyr Saraiva Fernandes, as ações em supermercados são mais eficazes pois atingem diretamente o alvo que interessa: o consumidor. Cria-se a demanda primária. Nas feiras de negócios internacionais, em que o setor apresenta os produtos, estão os compradores. A conseqüência das ações em feiras é o aumento de vendas para as redes varejistas. O
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
COMUNICADO Comunicamos o adiamento da data de entrega dos envelopes 1 (Documentação) e 2 (Proposta Comercial) e a abertura do envelope 1 da Tomada de Preços nº 05/2506/07/02, cujo objeto é a contratação de empresa para execução de serviços de Construção de Ambientes Complementares e Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Prof. José da Conceição Holtz Rua Francisco Almeida Melo, 143 - Gramadinho - Itapetininga/SP para às 09:30 horas do dia 24/01/2008. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de uma garantia a ser apresentada ao Departamento financeiro da FDE até às 16:30 horas do dia 23/01/2008. Ficam mantidas as demais condições do aviso inicial.
Liberty International Brasil Ltda. A pessoa jurídica abaixo subscrita, por intermédio do presente instrumento: DECLARA: 1. Sua intenção de adquirir o controle societário da INDIANA SEGUROS S/A em decorrência de contrato de compra e venda de ações, a qual passará a funcionar com as características abaixo especificadas, negócio cuja concretização depende da aprovação da SUSEP. Denominação Social: INDIANA SEGUROS S/A Local e Sede: Rua Boa Vista, 254, 6º andar, São Paulo/SP Patrimônio Líquido: R$ 90.942.826,16 Data Base: 31/12/2007 Objeto Social: a sociedade tem por objeto a exploração de Seguros de Danos e Pessoas, como definido na legislação em vigor. Controlador: Itaberaba Participações Ltda., uma sociedade limitada, com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Barão do Triunfo, nº 520, 6º andar, apto. 61, Brooklin Paulista, inscrita no CNPJ. sob nº 03.935.708/0001-22, com 3.368.750 (três milhões, trezentas e sessenta e oito mil, setecentas e cinqüenta) ações ordinárias da Sociedade e 4.881.250 (quatro milhões, oitocentas e oitenta e um mil, duzentas e cinqüenta) ações preferenciais da Sociedade, representativas, em conjunto, de 60% (sessenta por cento) do total das ações emitidas e em circulação e Liberty International Brasil Ltda., uma sociedade limitada, com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Dr. Geraldo Campos Moreira, 110, 13º andar, Brooklin Novo, CEP 04571-820, inscrita no CNPJ. sob nº 01.367.211/0001-20, com 3.506.250 (três milhões, quinhentas e seis mil, duzentas e cinqüenta) ações ordinárias da Sociedade e 1.993.750 (um milhão, novecentas e noventa e três mil, setecentas e cinqüenta) ações preferenciais da Sociedade, representando 40% (quarenta por cento) do capital social da Sociedade. Administração Conselho de Administração com mandato até a AGO de 2008: NOME DO ADMINISTRADOR CPF Guilherme Afif Domingos 004.981.738-87 Cláudio Afif Domingos 108.699.568-68 Luis Emílio Maurette 229.301.828-81 Paulo Tadeu Umeki 004.313.568-40 Paulo Renato Fabiano Franco 013.970.548-16 Diretoria com mandato até a RCA de 2009: NOME DO ADMINISTRADOR CPF Luis Emílio Maurette 229.301.828-81 Carlos Adrian Magnarelli 228.291.938-65 Marcos Machini 050.049.948-97 2. Que os administradores acima não possuem quaisquer restrições cadastrais, desfrutam de reputação ilibada, que não foram condenados por crime incompatível com atividade econômico-financeira e, ainda, que não foram nem estão sendo responsabilizados em ação judicial ou processo administrativo junto ao Poder Público. São Paulo, 7 de janeiro de 2008. Liberty International Brasil Ltda. P. _____________________________ (08 e 09/01/08) Luis Emílio Maurette
cobertura pelo menor preço
necessárias estariam a desoneração tributária para toda a cadeia produtiva e a desburocratização na importação de insumos, como adubos e fertilizantes utilizados para a fertirrigação das plantações, aplicação de fertilizantes por meio da água de irrigação. Os acordos de livre comércio bilaterais também têm atrapalhado a fruticultura brasileira. O México, por exemplo, mantém acordo comercial com a União Européia para que em dez anos sejam zeradas as tarifas alfandegárias, que hoje estão em 8,6%. "Concorrer com tarifas de 8,6% é um absurdo", afirma. O setor, por meio do Ibraf, já expôs a situação para o Minis-
Ações de marketing no exterior
DECLARAÇÃO DE PROPÓSITO
LUIS EMILIO MAURETTE: RNE V 356878-9 e CPF nº 229.301.828-81 CARLOS ADRIAN MAGNARELLI: RNE V 335028-0 e CPF n° 228.291.938-65 DECLARAM suas intenções de exercer cargo como Diretor da INDIANA SEGUROS S/A para os quais serão eleitos e que preenchem as condições estabelecidas nos artigos 3° e 4° da Resolução CNSP n° 136, de 07 de novembro de 2005. ESCLARECEM que, nos termos da regulamentação em vigor, eventuais impugnações à presente declaração deverão ser comunicadas diretamente a Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, no endereço abaixo, no prazo de quinze dias, contados da data desta publicação, por meio de documento em que os autores estejam devidamente identificados, acompanhado da documentação comprobatória, observado que o declarante poderá, na forma da legislação em vigor, ter direito a vista do respectivo processo. São Paulo, 07 de janeiro de 2008. LUIS EMILIO MAURETTE - CARLOS ADRIAN MAGNARELLI SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS – SUSEP DECON – Departamento de Controle Econômico Rua Buenos Aires, n° 256 (08 e 09/01/08) Rio de Janeiro/RJ
Fernandes: luta por desoneração.
tério da Agricultura. "O governo reconhece a necessidade de fazer algo relacionado às políticas agrícolas, mas está um tanto vagaroso. O Executivo não pode tomar nenhuma decisão pontual pois pode comprometer outros setores", diz o presidente da entidade. Fernandes, que também é presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Fruticultura, diz ainda que é necessário agilizar a regulamentação de nova lei sobre o uso de defensivos agrícolas no setor. Segundo ele, se o País não estiver adequado às exigências da União Européia (UE) até julho de 2008, poderá sofrer restrições. Ele ainda propõe a inclusão do segmento no programa Revitaliza do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mas Fernandes diz que, por outro lado, é preciso reconhecer o trabalho da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). "São quase dez anos de apoio contínuo. Até 1999, a balança de frutas frescas era negativa." As estatísticas do Ibraf mostram que em 1999, o Brasil vendeu para o exterior 434 mil toneladas de frutas frescas, que garantiram uma receita de US$ 165 milhões.
problema é que a empresa precisa comprar vários tipos de frutas e depende da época da colheita de cada uma delas. Comprar um contêiner só de uma vez é mais complicado, tem que distribuir para várias unidades. Um outro entrave para exportar frutas é o fornecimento. "Em 2007, intensificamos o trabalho de reunir vários produtores para ter volume de escala para negociar com as grandes redes", diz o presidente da Ibraf, que junto com a Apex e os ministérios de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Desenvolvimento Agrário e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), desenvolveram este trabalho. Outro problema é que a fruta tem que ser exportada em contêiner refrigerado, sozinha,
sem mistura com outros produtos. A logística também precisa melhorar. O porto mais especializado em frutas no Brasil é o de Pecém (CE), mas falta freqüência de paradas. Papaia – O Brasil, que detinha 70% do mercado europeu de mamão papaia há alguns anos, teve as exportações para os países desta região reduzidas em 2007. Houve uma retração de 3,55% nas vendas do mamão em volume entre janeiro e outubro do ano passado. A queda foi de 27,5 milhões de toneladas para 26,5 milhões de toneladas. Vários países africanos, asiáticos e da América Latina expandiram a produção desta fruta, o que fez com que o preço caísse. Fernandes, do Ibraf, diz que há novas variedades e a tecnologia foi aprimorada, o que reduziu custos e aumentou a qualidade. (AD)
FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR PREGÃO Nº 001/2008- FAMESP/HEB PROCESSO Nº 007/2008 – FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 07 a 16 de janeiro de 2008, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli s/n, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680–ramal 111-FAX(0xx14)3882-1885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/ licitações/HospitalEstadualBauru, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL Nº 001/2008FAMESP/HEB, PROCESSO Nº 007/2008 - FAMESP/HEB, que tem como objetivo o REGISTRO DE PREÇOS PARA AQUISIÇÃO DE NUTRIÇÃO PARENTERAL ADULTO E PEDIATRICA, EMULSÃO LÍPIDICA E GLUTAMINA, PARA O HOSPITAL ESTADUAL BAURU, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação será realizada no dia 17 de janeiro de 2008, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 – Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 04 de janeiro de 2008. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi - Diretor Presidente - FAMESP. DECLARAÇÃO DE PROPÓSITO
LUIS EMILIO MAURETTE: RNE V 356878-9 e CPF nº 229.301.828-81 PAULO TADEU UMEKI: RG n° 10.408.932-5 e CPF n° 004.313.568-40 PAULO RENATO FABIANO FRANCO: RG n° 7.511.627 e CPF: 013.970.548-16 DECLARAM suas intenções de exercer cargo como membro do Conselho de Administração da INDIANA SEGUROS S/A para os quais serão eleitos e que preenchem as condições estabelecidas nos artigos 3° e 4° da Resolução CNSP n° 136, de 07 de novembro de 2005. ESCLARECEM que, nos termos da regulamentação em vigor, eventuais impugnações à presente declaração deverão ser comunicadas diretamente a Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, no endereço abaixo, no prazo de quinze dias, contados da data desta publicação, por meio de documento em que os autores estejam devidamente identificados, acompanhado da documentação comprobatória, observado que o declarante poderá, na forma da legislação em vigor, ter direito a vista do respectivo processo. São Paulo, 07 de janeiro de 2008. LUIS EMILIO MAURETTE - PAULO TADEU UMEKI PAULO RENATO FABIANO FRANCO. SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS - SUSEP DECON - Departamento de Controle Econômico Rua Buenos Aires, n° 256 (08 e 09/01/08) Rio de Janeiro/RJ
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 7 de janeiro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Porto Forte Fomento Mercantil S.A. - Requerido: Flex Gás Natural Veicular Ltda. Rua Coronel Rodovalho, 329 - 2ª Vara de Falências Requerente: Dova S.A. - Requerido: Fertiaço Comércio de Ferro e
Aço Ltda. - Rua Soldado Antonio Martins de Oliveira, 100 - 1ª Vara de Falências Requerente: Edvaldo César Piva Requerido: Getec Engenharia Ltda. - Rua dos Italianos, 831 2ª Vara de Falências
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
Informática
1 A Symantec tem nova versão do Norton Antivírus para o Mac OS X 10.5 Leopard. Leia pag. 6
NESTA EDIÇÃO
Notebooks e 3G: mercado Pesquisa da GSMA e da Microsoft mostra que há um mercado de 70 milhões de consumidores no mundo para laptops já com banda larga. No Brasil, porém, a demanda pode demorar um pouco mais. Leia Pág. 4
Imagens e inovações Grandes fabricantes de câmeras, como Kodak e Toshiba, mostram suas novidades tecnológicas para enfrentar a forte concorrência em 2008. Leia Pág. 6
BÁRBARA OLIVEIRA
J
á foi o tempo em que as pessoas precisavam se deslocar várias vezes ao dia para o escritório somente para acessar arquivos, tabelas de preços e a agenda no computador da sede. Hoje, profissionais que fazem visitas ou viajam muito, como autônomos e vendedores – e que precisam se comunicar com a matriz ou compartilhar informações com clientes e fornecedores – encontram nos programas da web ótimos companheiros de viagem para acesso de arquivos de forma remota, em qualquer lugar do País – ou até em outros países. Os programas da web se tornaram completos escritórios online, ótimos para trabalhos compartilhados dentro e fora das empresas. Para esses profissionais, estão disponíveis na rede – e gratuitamente – soluções completas de escritórios, como processadores de textos, planilhas, apresentações, discos virtuais, e-mail marketing, entre outras ferramentas. O Google e o Zoho, por exemplo, trazem bons e ágeis programas de escritório virtual que, por serem online, não multiplicam os arquivos anexados para várias pessoas, como acontece com os programas offline, mas com um único documento, sem sair por aí distribuindo cópias e lotando o HD e o servidor da empresa. Ainda nessa edição, destaque para o complemento essencial desses escritórios virtuais: os programas de correio eletrônico da Web, que ganham pontos junto aos usuários por suas inovações, substituindo o Outlook do PC.
Leia nas pags. 2 e 4
2
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Hardwares On Inter net Softwares
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
PROGRAMAS ONLINE FACILITAM A VIDA DOS PROFISSIONAIS
Trabalhe em qualquer lugar
Vantagem dos serviços online: possibilidade de uploads de documentos do Word.
André Penner e-SIM
Os programas da web são ótimos para profissionais viajantes e autônomos
O
BÁRBARA OLIVEIRA
M
obilidade, colaboração, trabalho remoto fazem sentido quando estamos trabalhando fora da rede da empresa, longe do escritório ou de casa. São indicados para pessoas que se deslocam e viajam muito, profissionais autônomos, corretores, vendedores, empresas que precisam se comunicar com seus funcionários, compartilhar informações com clientes e fornecedores, agendar reuniões de forma remota. Para todos eles, a web está trabalhando e oferecendo soluções completas de escritórios online. São processadores de textos, planilhas, apresentações, calendários, discos virtuais, blocos de notas, blogs e até e-mail marketing. Tudo na rede e, melhor, muita coisa de graça. Portanto, para quem não pode gastar com os pacotes caros como MS-Office, não quer baixar programas pesados, trabalha em equipe ou até compartilha uma máquina com outras pessoas dentro da empresa, essas soluções online são ótimas opções. Alguns escritórios virtuais da web trazem as mesmas funções do Office e são armazenados nos servidores de quem fornece o serviço, o que permite o acesso de qualquer micro conectado à internet. Este, aliás, é um dos inconvenientes, pois mesmo para escrever um simples texto no Word online ou alteração de uma planilha, é preciso estar conectado à rede e esperar o programa carregar. Mas com o advento da Web 2.0 e da tecnologia Ajax (que reúne linguagens JavaScript e XML), esses sites ficaram mais rápidos, já que o usuário
acessa as funções da página sem que ela precise ser totalmente recarregada cada vez que ele aciona uma tarefa. Além disso, todos os dados ficam a salvo de qualquer pane no computador pessoal do usuário, pois estão armazenados lá no servidor da empresa proprietária desses websoftwares. Alguns já são conhecidos dos usuários, como o Google Docs, o ThinkFree, o Zoho Office e o brasileiro Aprex. Este último não traz processador de textos do tipo Word ou planilhas, mas é um conjunto de ferramentas muito útil para comunicação e trabalho colaborativo, pois gerencia e-mails, arquivos e agendas, e traz aplicações de calendário, contatos, tarefas, bloco de notas, apresentações, disco virtual, e-mail marketing (para enquetes da empresa), blogs etc. O Aprex é usado por cerca de 50 mil pessoas no País, segundo seu diretor-comercial, Edson Romão. O programa, desenvolvido em São Paulo por três sócios (vindos da área de publicidade e comunicação), está há um ano e meio no ar, e foi indicado pela revista Business 2.0 como um dos 31 serviços de startups mais quentes da web. A vantagem é que ele é em português, mas os planos profissionais mais completos são cobrados. Os preços começam em R$ 19 mensais. Romão avisa que os planos gratuitos, para profissionais liberais, por exemplo, trazem basicamente os mesmos recursos dos demais, só que com limitações em número de usuários (dois) e de espaço em disco (20 MB). Outro recurso do Aprex é que na hora de
Carolina Paz, da Aprender, fez um plano anual da Aprex para oito usuários. Usa o Disco Virtual e o recurso de Tarefas. agendar um compromisso com a equipe, a empresa pode mandar emails ou torpedos pelo celular para seus colaboradores. Exemplo – A Aprender, empresa de conteúdos para aprendizagem, com clientes de médio e grande porte na área de educação à distância ou presencial, é uma usuária do Aprex desde meados deste ano. Sua diretora, Carolina Paz, fez um plano profissional anual para oito usuários e usa exclusivamente o Disco Virtual (2 GB) e o recurso de Tarefas para gerenciar os projetos dentro da empresa: com nomes, datas, priori-
dade (alta/baixa) e status (se está concluída ou ativa). Algumas tarefas são compartilhadas com os funcionários (por uma intranet) e outras com os clientes, já que estes avaliam os conteúdos que a Aprender desenvolve. “Faço os downloads dos arquivos (em Word, por exemplo) e os envio para os clientes para os ajustes necessários. Eles me devolvem para uma pasta dentro do Aprex”, explica Carolina. No programa, os usuários que precisarem compartilhar seus compromissos com outros da conta Aprex devem utilizar o link
Usuários, escolher entre compartilhar com todos eles ou apenas com pessoas selecionadas. Todas as funções do Aprex também podem ser acessadas no telefone móvel via WAP, e outras plataformas como Mac e Linux.
SERVIÇO http://www.aprex.com.br/ http://docs.google.com/ http://goffice.com/ http://www.OpenOffice.org/ http://www.thinkfree.com/ http://www.zoho.com/
Eles são sucesso no mundo todo Reprodução
Google e o Zoho também trazem boas e ágeis ferramentas de escritório virtual, como processadores de textos, planilhas e apresentações. Por serem online, não multiplicam os arquivos anexados para várias pessoas como acontecem com os programas off-line, uma vez que o espírito da colaboração é justamente o de trabalhar em equipe, mas com um único documento, sem sair por aí distribuindo cópias e lotando o HD e o servidor da empresa. O Google Docs está com versão em português e integrou seu processador de textos Writely com a Spreadsheets e o
Telas do Google Docs, do Aprex e do Zoho: funções de tarefas, calendários e processadores de textos são algumas das ferramentas dos escritórios virtuais, que estão ganhando a preferência de profissionais autônomos e vendedores de grandes empresas. Com os recursos, as informações estão disponíveis a qualquer momento e em qualquer lugar.
Presentations, numa interface única e bem simples ao estilo Google de ser, permitindo a colaboração e chat entre usuários assinantes do serviço gratuito. O módulo de Apresentação permite criar as próprias artes com templates (modelos) variados ou também importar arquivos do PowerPoint com menos de 10 MB e exportar para um HTML com imagens. O consultor de TI e blogueiro profissional, Jânio Sarmento, utiliza o Google Docs há mais de um ano, especialmente a planilha, por causa da “facilidade de edição em equipe”. Com ela, ele controla o fluxo de receitas e despesas dos seus
empreendimentos (as pessoais ele controla pelo Palm) e também alimenta as planilhas ou outros documentos que devem estar sempre disponíveis para os clientes, como orçamentos e timelines. O consultor gaúcho adiciona as datas previstas para cada etapa do projeto e, à medida que vai executando, atualiza as planilhas para que o cliente saiba sobre o seu andamento. Sarmento trabalha em diversos locais visitando clientes – é nessas horas que o Google Docs ajuda bastante. Ponto alto: a facilidade de edição simultânea para várias pessoas. "Já fiz reuniões por Skype com
duas ou três pessoas atualizando planilhas ao mesmo tempo. A produtividade aumenta muito", afirma. Pontos negativos: a demora no processamento de documentos muito extensos do Writely e o fato de a planilha não lidar bem com campos totalizadores de horas, detalhe importante para o trabalho do consultor, já que seus serviços são baseados em horas presenciais. O bom é que nesses processadores online podem ser feitos uploads de documentos criados no Word e no OpenOffice (pacote de aplicativos gratuito, mas que precisa ser baixado na máquina). No Google,
a interface do Writely é bem parecida com o Word e os textos podem ser publicados em blogs, desde que o usuário tenha uma senha. Opção - O Zoho Virtual Office é outro pacote de aplicações Web 2.0, mais completo, inclusive para criação de banco de dados e integração ao CRM da empresa (gratuito para até três usuários). No processador de textos Writer, é possível adicionar comentários, emoticons e compartilhar o documento para o resto da equipe, adicionando o conteúdo ao blog corporativo ou pessoal. Alguns plugins para o Office da Microsoft facilitam o
envio de documentos do Word, Excel e PowerPoint direto para o Zoho. Outro plugin é para o Firefox, dando mais velocidade ao browser como leitor de arquivos do Zoho. O ThinkFree, com 1 GB de espaço gratuito, é mais limitado, mas traz recursos de criar, visualizar e editar arquivos compatíveis com o Office, o processador Write, a planilha Calc e o programa de apresentações Show, além de ferramentas de colaboração, publicação em blogs e páginas da web. Limitados? Nem sempre. Eles possuem muitas funções e são gratuitos. Aproveite, porque o almoço é grátis. (B.O.)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
HILLARY X OBAMA: VOTO A VOTO
C
ontrariando as mais de cinco diferentes pesquisas de intenção de voto que davam como certa a vitória do senador Barack Obama nas primárias de New Hampshire, a também senadora Hillary Clinton reverteu o jogo e mostrou que ainda está firme na briga para ser a candidata democrata nas eleições presidenciais dos EUA em novembro. Apuradas 15% das urnas até o fechamento desta edição, os rivais apareciam disputando voto a voto, com ligeira vantagem para a ex-primeira-dama (40% dos votos), contra 35% de Obama. Entre os republicanos, o também senador John McCain confirmava seu ligeiro favoritismo sobre Mitt Romney, ex-governador do vizinho Massachusetts, e ganhava — também com 15% das urnas apuradas — as primárias no Estado, deixando em aberto quem será o republicano na briga para substituir George W. Bush. McCain tinha 37% dos votos; Romney, 28%. As primárias de New Hampshire eram consideradas de grande importância para determinar as chances dos candidatos no restante da dis-
puta, em especial de Hillary Clinton. A ex-primeira-dama ficou apenas em terceiro lugar no caucus de Iowa, na semana passada, chegando atrás de Obama, primeiro colocado. Uma nova derrota, segundo os analistas políticos, pode enterrar as chances da Hillary na corrida presidencial. Vitoriosa ou não em New Hampshire, Hillary joga suas fichas para o dia 5 de fevereiro, a chamada "Superterça", quando 22 Estados realizam suas primárias de forma simultânea e praticamente selam a sorte dos candidatos dos dois partidos. Já entre os republicanos, a vitória de John McCain em New Hampshire levanta a questão sobre o financiamento de sua campanha, que esteve perto da bancarrota em julho. "Espero que o senador consiga capitalizar financeiramente uma vitória em New Hampshire, coisa que ele não conseguiu fazer em 2000", disse o diretor do partido republicano de New Hampshire, Fergus Cullen. O governo de New Hampshire calculou um comparecimento recorde às urnas: cerca de 500 mil eleitores — em 2004 foram 396 mil. Faltaram cédulas eleitorais. (Agências)
Thomas Mukoya/Reuters
No sentido horário, o senador e candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, discursa no estado de New Hampshire; sua avó queniana, Sarah Hussein Obama, mostra retrato com o neto, tirado em 1987; e seca sementes de milho no vilarejo de Nyagoma-Kogelo
SAS Cidade Ademar, dia 14/02/2008, às 09h, à Av. Interlagos, nº 1329 - UNIB; SAS Aricanduva, dia 15/02/2008, à Rua Eponina, 82 - Auditório - Vila Carrão, sendo às 09h referente ao Distrito Vila Formosa; às 14h referente ao Distrito Vila Carrão e às 13h referente ao Distrito Aricanduva; SAS Butantã, dia 15/02/2008, às 14h, à R. Ulpiano da Costa Manso nº 201, Sala de Reuniões, 1º andar - SAS Butantã; SAS Campo Limpo, à Rua Nossa Senhora do Bom Conselho, 59/65 - Jd. Laranjal - Auditório, sendo dia 14/02/2008, às 13h referente ao Distrito Capão Redondo e Vila Andrade e 15/02/2008 às 13h referente ao Distrito Campo Limpo; SAS Capela do Socorro, dia 15/02/2008, à Rua Oscar Barreto Filho, 350 - Parque América Centro de Cidadania das Mulheres, sendo às 09h30 referente ao Distrito Grajaú e às 14h30 referente aos Distritos Cidade Dutra e Socorro; SAS Cidade Tiradentes, dia 15/02/2008, às 10h, à Estrada de Iguatemi, 2751 - Auditório da Subprefeitura Cidade Tiradentes - bairro Cidade Tiradentes; SAS Casa Verde/Cachoeirinha, dia 15/02/2008, às 14h, à Rua Braseliza Alves de Carvalho, 414 Auditório - Casa Verde; SAS Ermelino Matarazzo, dia 14/02/2008, às 10h, à Av. São Miguel, 5550 - Sala de Reuniões, 1º andar - Ermelino Matarazzo; SAS Freguesia do Ó, dia 15/02/2008, às 13h, à Rua João Marcelino Branco, 95 - Auditório da Subprefeitura de Freguesia do Ó - Vila Nova Cachoeirinha; SAS Guaianazes, dia 15/02/2008, às 09h, à Rua Comandante Carlos Rhun, 75 - bairro Vila Princesa Isabel I; SAS Ipiranga, dia 13/02/2008, Rua Lino Coutinho, 444 - Ipiranga - Auditório, sendo às 09h referente ao Distrito Sacomã (bairros Heliópolis e São João Clímaco), às 13h referente ao Distrito Sacomã (bairros Sacomã, Jd. Clímax, Pq. Bristol e Vila das Mercês) e às 16h30 referente ao Distrito Ipiranga; SAS Itaquera, dia 15/02/2008, às 10h, à Rua Sábado D’Angelo, 2085 - 2º andar - Jd. Morgante Distrito José Bonifácio - Auditório; SAS Itaim Paulista, dia 15/02/2008, às 09h, à Avenida Marechal Tito, 3012 - Sala de Reunião Subprefeitura Itaim Paulista; SAS Jabaquara, dia 14/02/2008, às 10h, à Rua Arsênio Tavoliere, 45 - bairro Jabaquara - Centro Cultural Jabaquara; SAS Jaçanã/Tremembé, dia 13/02/2008, às 09h, à Rua Benjamim Pereira, 925 - Auditório da Coordenadoria de Obras da Subprefeitura do Jaçanã/Tremembé - bairro Jaçanã; SAS Lapa, dia 15/02/2008, às 09h, à Rua Guaicurus, nº 1000 - sala 50 - Auditório - Subprefeitura Lapa; SAS M’Boi Mirim, à Avenida Guarapiranga, nº 1.265 - 1º andar - bairro Parque Alves de Lima Auditório - Subprefeitura M’Boi Mirim, sendo dia 13/02/2008, às 09h, referente ao Distrito Jardim São Luiz e dia 14/02/2008, às 09h referente ao Distrito Jardim Ângela; SAS Vila Maria/Vila Guilherme, à R: Soldado José Antônio Moreira, 546 - Auditório - Parque Novo Mundo, sendo dia 14/02/2008, às 09h referente ao Distrito Vila Maria e dia 15/02/2008, às 09h referente aos Distritos Vila Guilherme e Vila Madalena; SAS Mooca, dia 15/02/2008, à Rua Gonçalves Crespo, 227 - Tatuapé, sendo às 08h30 referente aos Distritos Tatuapé, Água Rasa e Belém e dia 15/02/2008, às 14h referente aos Distritos Pari e Mooca; SAS São Miguel Paulista, à Rua D. Ana Flora Pinheiro de Souza, 76, Vila Jacuí - Anfiteatro, sendo dia 13/02/2008, às 09h referente aos Distritos São Miguel e Jardim Helena e dia 14/02/2008, às 12h30, referente ao Distrito Vila Jacuí. SAS Parelheiros, dia 15/02/2008, às 14h30, à Av. Sadamu Inouê nº 5252 - Sala de Reunião de CASD; SAS Penha, dia 14/02/2008, às 09h, à Rua Candapuí n° 492 - Anfiteatro - Subprefeitura Penha; SAS Pinheiros, dia 15/02/2008, às 09h, à Av. Nações Unidas, 7123 - Auditório Chico Mendes Subprefeitura Pinheiros; SAS Pirituba, dia 14/02/2008, às 09h30, à Rua Luis Carneiro, 193 - Pirituba - Subprefeitura; SAS Perus, dia 15/02/2008, às 09h, à Rua Ylídio Figueiredo, 349 - Auditório; SAS Santo Amaro, dia 15/02/2008, à Rua Padre José de Anchieta, 646 - Santo Amaro - Auditório, sendo às 09h referente ao Distrito Campo Belo e às 14h referente ao Distrito Santo Amaro. SAS Sé, à Av. Tiradentes, nº 749 - Auditório da CASD/SÉ, - Luz, sendo dia 15/02/2008, às 09h referente aos Distritos Santa Cecília, Sé, Bom Retiro, República e Liberdade e dia 14/02/2008, às 09h referente aos Distritos Bela Vista, Cambuci e Liberdade; SAS São Mateus, dia 15/02/2008, à Av. Ragueb Chofhi, nº 1400, sendo às 08h referente ao Distrito São Mateus, às 13h referente ao Distrito São Rafael, e às 16h referente ao Distrito Iguatemi; SAS Santana, dia 13/02/2008, às 09h, à Rua Av. Tucuruvi, 808 - Auditório - bairro Tucuruvi; SAS Vila Mariana, dia 13/02/2008, às 09h, à R. Pedro de Toledo, nº 1.651- Vila Clementino - Clube Mané Garrincha; SAS Vila Prudente, à Rua Dona Genoveva D’Ascoli, 37 - térreo - Vila Prudente, sendo dia 13/02/2008, às 09h referente aos Distritos São Lucas e Vila Prudente e dia 15/02/2008, às 09h referente ao Distrito Sapopemba.
Internacional
Num Quênia em crise, as raízes de Barack Obama
Thomas Mukoya/Reuters
N
o final de uma estrada suja e empoeirada, os parentes quenianos de Barack Obama estão sentados fora da casa, rodeados por galinhas, secando sementes de milho e ouvindo rádio. Os primeiros resultados das primárias de New Hampshire são encorajadores. "Ah, é maravilhoso, mas não quero comemorar ainda", declara Said Obama, tio do candidato à sucessão de George W. Bush na Casa Branca.
Em meio às prévias em New Hampshire, a agência de notícias Associated Press encontrou também a avó do pré-candidato, no vilarejo de Nyagoma-Kogelo. Orgulhosa, Sarah Hussein Obama exibiu uma foto dela com o neto, de 1987, e um pôster da campanha autografado. A história de Barack Obama é curiosa: seu pai ganhou uma bolsa de estudos em uma universidade do Havaí, onde conheceu e casou-se com a mãe americana do senador. Os dois se separaram e o pai voltou ao Quênia, onde trabalhou para o governo até morrer, em um desastre de carro, em 1982. Kogela, a cidade natal do pai de Obama, foi poupada da violência política e ética que se espalhou pelo país após a disputada eleição presidencial da última semana, que terminou com mais de 500 mortos. Nessa disputa — acabou perdedor — estava o líder da oposição Raila Odinga, que disse ontem que é primo de Obama. "O pai de Barack é meu tio materno", disse Odinga, ao comentar o fato de que tanto ele como o jovem senador pertencem à comunidade luo do Quênia. (AE)
Clima tenso. É Bush em Israel.
SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) comunica a publicação no DOC de 08/01/2007, do Edital nº 85/2007/SMADS e convocação das audiências públicas para celebração de convênios referente à instalação dos serviços Centro para crianças de 06 a 12 anos e Centro para adolescentes de 12 a 15 anos, conforme segue:
Jason Reed/Reuters
Presidente realiza primeira visita a Tel Aviv em oito anos de mandato e discute paz na região Mohammed Abed/AFP
Menahem Kahana/AFP
Em Gaza, palestinos protestam contra George W. Bush e Ehud Olmert
Israelenses observam cartazes dos três líderes com trajes árabes
O
s líderes israelense e palestino encontraram-se ontem, um dia antes da chegada do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ao Oriente Médio, e ordenaram aos negociadores que iniciem conversações decisivas para impulsionar um acordo final de paz até o final deste ano, um mês após a retomada das negociações na cidade americana de Annapolis. Será a primeira visita de George W. Bush a Israel como presidente. As forças israelenses de segurança montaram um forte esquema de proteção e 10,500 policiais vigiarão os locais onde a comitiva do presidente passará em Jerusalém — vários policiais foram trazidos de outras cidades do país.
A chegada de Bush acontece Golfo, no último domingo. em um momento particularNa Faixa de Gaza, território mente conturbado na região. palestino que é controlado Ontem, dois foguetes dispara- pelo grupo islâmico Hamas dos a partir do Líbano atingi- desde junho, foi convocado ram Israel, sem vítimas, mas para hoje pelo governo local trazendo ten- Moshe Milner/Reuters um grande são à região, protesto conpouco mais de tra a visita de um ano após o Bush. "Vá emfim dos combora, seu asbates entre Tel sassino de Aviv e os milicrianças. Votantes do Hezcê não é bembollah. vindo à Terra Além disso, Olmert e Abbas discutem paz Santa", diz a Casa Branca um dos pane o Irã continuaram trocando fletos do Hamas distribuídos farpas, um dia após a denún- ontem em Gaza. cia do Pentágono de que emNegociações barcações iranianas teriam No encontro de ontem, o ameaçado navios america- premiê de Israel, Ehud Olmert, nos no Estreito de Ormuz, no e o presidente palestino, Mah-
moud Abbas, concordaram em formar três patamares de negociações. Eles definiram os principais pontos da disputa: as fronteiras definitivas do futuro Estado da Palestina; o statu s de Jerusalém Oriental (a parte árabe) e da cidade como um todo; e o destino dos refugiados palestinos. Outro patamar de negociadores definirá questões práticas, como os bloqueios das patrulhas israelenses nas estradas palestinas. Os líderes esperam chegar a um acordo de paz até o final de 2008 "A expectativa é alta com a visita de Bush. Nós pensamos que a visita é uma oportunidade para energizar o impulso dado em Annapolis no diálogo", disse o porta-voz de Olmert, Mark Regev. (AE)
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
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meses é o prazo máximo para o crédito consignado de pensionistas e aposentados do INSS
PEQUENOS E MÉDIOS EMPRESÁRIOS QUE DEPENDEM DE FACTORING PARA FAZER GIRO PAGARÃO MAIS
NOVO IOF TAMBÉM ATINGE COMÉRCIO
Milton Mansilha/Luz
Mário Tonocchi
A
Leite lembra que a Anfac pede na Justiça que as atividades sejam consideradas mercantis e não financeiras
cobrança fixa de 0,38% do novo Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) encareceu em quase quatro vezes o valor do recolhimento do tributo nas operações de factoring, segundo cálculos da Associação Nacional das Sociedades de Fomento Mercantil (Anfac). O imposto, como determina uma resolução do Banco Central que regulamenta o negócio, deve ser pago pelo cliente. "Temos uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) rolando desde 1998 cujo mérito o Supremo Tribunal Federal (STJ) ainda não julgou. Vamos voltar à carga nessa questão, na esperança de reverter o quadro negativo que o novo IOF impôs para as empresas de factoring", disse, ontem, o presidente da Anfac, Luiz Lemos Leite. A Associação quer o reconhecimento de que as opera-
ções das factorings são atividades mercantis e não financeiras, o que eliminaria o imposto sobre o financiamento, diminuindo o custo do serviço (veja simulação no quadro acima). O movimento das empresas de fomento mercantil é grande. Somente em 2006, último fechamento anual da Anfac, suas 746 associadas movimentaram R$ R$ 60,3 bilhões em todo o País, em operações para 125 mil pequenas e médias indústrias e estabelecimentos comerciais. O ano passado deve ter fechado a carteira em R$ 75 bilhões. Segundo a Associação,
80% dos clientes das factorings são pequenas indústrias e prestadores de serviços e 20% pequenos e médios lojistas. Para o assessor de Relações Institucionais do Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo (Sindilojas-SP), Marcos Galindo, o aumento do IOF na operação de factoring vai pesar consideravelmente para os comerciantes. "E muita gente vai tentar embutir esse novo custo. Mas se aumentar muito o preço, o comércio vai ter menos clientes e voltaremos àquela ciranda de que cada um vai ter que perder um pouco."
estão pendentes de verificação por estados e municípios; 23.736 estão com pendências fiscais e 2.776 solicitações foram indeferidas por problemas cadastrais. O prazo de adesão ao Simples Nacional vai até o dia 31 de janeiro e quem estiver com pendências precisa resolvê-las também até essa data; caso contrário, fica fora. Só no início de 2009, o período de entrada no sistema será reaberto. Exceto para empresas novas, que podem aderir até dez dias depois do deferimento do último procedimento de abertura do negócio, ou seja, do CNPJ na Receita Federal do Brasil, nos estados ou nos municípios. "Ao optar no início do prazo, se a empresa tiver pendência o empresário ainda terá até 31 de janeiro para resolvê-la, o que
não ocorrerá se ele escolher na última hora", alerta Paulo Alexandre. As adesões ao sistema são feitas no portal do Simples Nacional, pelo site da Receita Federal do Brasil no endereço www.receita.fazenda.gov.br. O Simples Nacional é o novo sistema de tributação das micros e pequenas empresas. Ele unifica a cobrança de oito tributos, sendo seis federais (IRPJ, IPI, CSLL, Cofins, PIS, INSS patronal), o ICMS, que é estadual, e o ISS, municipal. O regime foi criado pela Lei Complementar 123/06, conhecida como Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. Ela tem por base proposta elaborada pelo Sebrae depois de ouvir empresários do segmento. Entre os objetivos da nova legislação está a redução de burocracia e de tributos. (AE)
CONSIGNADO Ainda dá para aderir ao Simples pagamento passa de 36 para 60 meses e fica estabelecido o limite máximo de 20% do valor do benefício, que pode ser comprometido com as parcelas mensais na modalidade tradicional (em que o dinheiro é creditado em conta) e de 10% para operações consignadas por meio do cartão de crédito. Juros – O teto de juros que podem ser cobrados no crédito tradicional é de 2,64% ao mês e, no cartão, de 3,7% mensais. O INSS afirmou que o objetivo das medidas é estimular o uso do cartão de crédito nessa modalidade. As mudanças atendem a pedidos das entidades representativas dos aposentados e pensionistas, que consideram o cartão mais seguro e protegido contra fraudes.
Além disso, esses representantes querem poder emitir cartões de suas entidades em parceria com bancos. Segundo especialistas, as medidas podem estimular o endividamento, porque os aposentados poderão tomar crédito na forma tradicional, até o limite de 20% da renda, e obter os 10% restantes no cartão. Para o professor do Ibmec Ricardo de Almeida, a extensão do prazo máximo para 60 meses deverá impedir os segurados de fazer algo muito comum até agora, que era a renovação dos créditos, muitas vezes antes do encerramento dos contratos. "É preciso esperar para ver os efeitos, mas muitos deverão recorrer a esse mix", comentou. (AE)
A
Poupança tem captação recorde
A
caderneta de poupança encerrou 2007 com o melhor resultado da história. Em tempos de aumento da renda e queda do juro, o brasileiro voltou a encarar a caderneta como uma opção de investimento. A ausência de taxas de administração e a isenção do Imposto de Renda são os maiores atrativos. No ano, os depósitos superaram os saques em R$ 33,4 bilhões. O valor é cinco vezes maior que o resultado de 2006, quando a captação foi R$ 6,5 bilhões. Conforme dados divulgados ontem pelo BC, o resultado recorde foi gerado pelos depósitos de R$ 1,03 trilhão e retiradas de R$ 995,1 bilhões. Com o aumento de mais de R$ 33 bi-
lhões no ano passado, o estoque de recursos na caderneta atingiu R$ 235,3 bilhões ao final de 2007. O valor é 25,18% maior que o registrado em 2006. Houve recorde também em dezembro, quando a captação somou R$ 9,1 bilhões, maior cifra para um único mês na história, segundo o BC. Juros em queda – Especialistas dizem que o resultado pode ser explicado por dois fatores principais: aumento da renda e queda dos juros. Juntos, esses itens têm levado clientes das classes mais baixas a poupar mais e, ao mesmo tempo, feito com que alguns investidores de classe média saiam dos fundos de renda fixa de volta para a poupança.
"Na classe baixa, o aumento da massa salarial tem feito sobrar mais dinheiro no final do mês", diz administrador de investimentos Fabio Colombo. "Já entre clientes de parte da classe média, muita gente que estava em fundos de investimento com altas taxas de administração, como 4% ou 5% ao ano, tem voltado para a poupança porque não paga essa taxa e nem o IR", completa. O superintendente-geral da Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), José Pereira Gonçalves, comemorou o desempenho. Para ele, o ano de 2007 terminou com uma mudança para melhor na imagem das cadernetas. (AE)
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DC
O
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) liberou ontem novos contratos de crédito consignado (com desconto em folha) a aposentados e pensionistas. Os empréstimos estavam suspensos desde o último dia 2, para que a Dataprev, estatal responsável pela folha de pagamentos da Previdência, adaptasse o sistema às novas regras. A resolução com as normas foi publicada hoje no Diário Oficial da União. A assessoria do Ministério da Previdência determinou aos bancos o cancelamento e a reavaliação, pelas novas regras, de qualquer operação que tenha sido realizada entre 2 e 7 de janeiro de 2008. A partir de agora, o prazo máximo de
té a manhã de ontem, 50.441 empresas haviam solicitado enquadramento ao Simples Nacional, dentro do novo prazo de adesão, que começou no dia 2 e termina no dia 31 deste mês. Desse total, 22.690 empresas já estão no sistema. Somadas às 2.827.998 que haviam aderido a partir de julho de 2007, subiu para 2.850.688 o número de empresas no sistema. Considerando que houve 3.312 exclusões por opção das próprias empresas, há até agora 2.847.376 empreendimentos no novo regime. A informação é do secretário-executivo adjunto do Comitê Gestor do Simples Nacional, Paulo Alexandre Ribeiro. Segundo ele, das solicitações de opção feitas em janeiro, 1.239 são de novas empresas e
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
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Indicadores Econômicos
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
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8/1/2008
por cento foi a alta no número de cheques sustados por roubo ou extravio em dezembro, de acordo com o Banco Central.
COMÉRCIO
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Fundo
Informe Publicitário FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Posição em
P. L. do Fundo
Empresarial LP
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04/01/2008 04/01/2008 04/01/2008 04/01/2008 04/01/2008 04/01/2008 04/01/2008 04/01/2008 04/01/2008
21.820.948,35 14.509.820,40 1.968.302,58 2.140.386,26 16.824.770,92 496.976,27 1.386.743,90 13.216.890,87 5.288.442,35
Tipo Subordinada Sr 1ª emissão Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Sub - Classe A
Vlr Cota Sub 1.691,921748 781,369191 1.139,219949 1.295,147832 1.142,228637 1.332,821917 1.550,767566 993,952540 961,135979 1.215,410539 1.045,230998
% rent. mês 1,1088% 0,1379% 1,8844% 0,4562% 0,5114% 0,2422% 0,2956% -0,3222% 0,9736% 0,1858% 0,1505%
% ano 1,11% 0,14% 1,88% 0,46% 0,51% 0,24% 0,30% -0,32% 0,97% 0,19% 0,15%
Tipo Sr 2ª emissão Sr 3ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sub - Classe B
Vlr Cota Sr 1.045,871544 1.015,990479 1.036,039020 1.075,538320 1.032,104520 1.291,164367 1.019,415305 1.048,958560 271,960673
% rent. mês 0,1442% 0,1442% 0,1379% 0,1404% 0,1317% 0,1379% 0,1442% 0,1442% 0,6225%
% ano 0,14% 0,14% 0,14% 0,14% 0,13% 0,14% 0,14% 0,14% 0,62%
rating A+(Austin) BBB(Austin) AA-(Austin) AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) A- (Austin) A- (Austin) AA(Austin) A(Austin)
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
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quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Os vários resgates do navio Kasato Maru Andrei Bonamin/Luz - 20/12/2007
Há 100 anos, ele trouxe os primeiros imigrantes japoneses para o País. Agora, os descendentes querem resgatar ao menos partes do navio, naufragado na Rússia. A embarcação também vai renascer em maquetes preparadas para a festa do centenário. Rejane Tamoto
Paulo Pampolin/Hype
S
e muitas das histórias que acompanharam os 781 primeiros imigrantes japoneses rumo ao Brasil já não podem ser contadas por eles, o resgate dessa saga será em torno do navio Kasato Maru, que atracou no Porto de Santos em 18 de junho de 1908. Pelo menos é o objetivo de três diferentes projetos para resgatar o navio – no aspecto físico e histórico – no Centenário da Imigração Japonesa no Brasil. No Paraná, a idéia de um instituto é resgatar as peças do navio e lançar um livro. Em Santos (SP), a exposição de uma maquete do Kasato Maru quer relembrar sua chegada ao País. O navio será relembrado até em uma versão de "corte e recorte", pelo Banco Real, que distribuirá o desafio para ser montado por alguns de seus clientes, entidades e associações japonesas. Talvez o mais ousado dos projetos seja recuperar do mar o próprio navio, ou melhor, suas peças, tais como as duas âncoras de 3 metros de altura e 9 toneladas cada, o leme e o sino, que estão a 18 metros de profundidade na península russa de Kamchatka, local onde foi abatido pelos russos e naufragou durante a 2ª Guerra Mundial. A idéia surgiu em julho do ano passado, no Instituto Hyogo, em Curitiba, um braço do governo da província de Hyogo, no Japão. Segundo o diretor de marketing do instituto, Gervásio Tadatoshi Iwamoto, a expedição de resgate das peças, a ser feita por especialistas em mergulho e arqueologia marítima, está prevista para ser realizada em maio. Os custos devem ser levantados neste período, já que será preciso obter patrocínio da iniciativa privada. O apoio da embaixada russa e da Marinha brasileira para as buscas já foram acertados pelo deputado federal Hidekazu Takayama (PTB), um dos líderes do grupo parlamentar Brasil-Japão. Kobe - A proposta é que uma das âncoras seja exposta no porto de Kobe, no Japão, de onde partiu o Kasato Maru com os primeiros imigrantes, e que a outra fique no Parque do Centenário, que está em construção em Curitiba. "Se as peças não estiverem em boas condições, tentaremos resgatar outras, como o motor e o símbolo do navio. Pediremos apoio dos navios cargueiros da Petrobrás para trazêlas", disse o diretor. Segundo ele,
Livro conta a saga do russo que trouxe os japoneses
O
Maquete do navio Kasato Maru que será distribuída pelo Banco Real (acima) e a embarcação real, na época em que cruzava os mares (no detalhe)
há grandes chances de conseguir as peças, já que o navio naufragou a 4,5 quilômetros da costa, em uma região de muito lodo. Por um lado, isso atrapalha os mergulhadores, mas, por outro, preserva as peças. Segundo Iwamoto, a escolha das âncoras, o leme e o sino guarda o significado da imigração. "A âncora significa que saímos do Japão e fincamos uma base concreta no Brasil. O leme simboliza a decisão correta do Brasil de patrocinar a imigração e, o sino, a paz e a harmonia que os japoneses conquistaram aqui", explica. Maquete - Em Santos, no li-
toral paulista, o Kasato Maru está prestes a ressurgir por meio das mãos (e dos cálculos) do modelista náutico Carlos Henrique de Azevedo Marques. Claro que numa versão bem mais modesta, de 1,60 m de comprimento, em uma meia maquete de resina, fibra de vidro, madeira e metais, que terá sua outra metade projetada por um espelho. O exemplar, patrocinado pelo terminal de granéis do Porto de Santos T-Grão, ao custo de R$ 40 mil, fará parte de uma exposição que começa no próximo dia 16, em homenagem ao centenário da imigração japo-
Masao Goto Filho/e-SIM
A idéia é que este trabalho inspire a construção de maquetes de navios que trouxeram imigrantes de outros países. Carlos Henrique Marques, modelista náutico
nesa, na Fortaleza Santo Amaro de Barra Grande, conhecida também como Fortaleza da Barra, no Guarujá, localizada a 10 minutos de Santos. Segundo o modelista, a fase mais demorada de montagem da maquete, que está em fase de conclusão, é a pesquisa de fotos, descritivos e plantas técnicas. "O problema é que a planta original do navio está na Inglaterra e tive de refazê-la no Brasil, a partir do plano construtivo", conta Marques. Esta pesquisa, segundo ele, consumiu 4 dos 7 meses de trabalho de montagem do modelo. "A idéia é que este trabalho inspire a construção de maquetes de navios que trouxeram imigrantes de outros países", disse Marques. Junto à reprodução do Kasato Maru serão expostas 30 gravuras do artista plástico Manabu Mabe (1924-1997), que fez seu último mural, o Vento Vermelho, para a Fortaleza, construída em 1584. Segundo o professor de planejamento estratégico da Universidade Católica de Santos, Élcio Rogério Secomandi, Mabe fez uma homenagem à Fortaleza, já que ela foi uma das primeiras imagens que o artista teve ao avistar o Brasil, a bordo do navio La Plata Maru, em 1934. "Ele dizia
que se lembrava da saudação com uma salva de artilharia que era feita da Fortaleza aos navios que chegavam, uma antiga tradição militar de boasvindas", conta o professor. Corte e recorte – Mais do que uma curiosidade e exercício de contemplação, a proposta de resgate do Kasato Maru, pelo Banco Real, será ao mesmo tempo um desafio: a montagem de uma maquete de 70 cm de comprimento do navio, a partir de moldes que estarão distribuídos em um livro. "Serão 20 folhas de papelão colorido e serrilhado para montar o navio, a partir da técnica de cortar e recortar. A idéia é que os pais façam a atividade com os filhos. Além da maquete, o livro trará histórias do Centenário", explicou o superintendente-executivo do banco, Milton Toshio Nakamura. Segundo ele, o desafio estará em montar o navio a partir de mais de mil peças em papelão, com instruções em inglês, português e japonês. A publicação deve ser lançada este mês e será entregue a 780 associações e entidades ligadas à comunidade nipo-brasileira. "Vamos distribuir o livro a escolas públicas e privadas do Brasil", disse Nakamura. Fortaleza de Santo Amaro de Barra Grande – (13) 3228-1240
nome Kasato Maru não tem tradução e veio de uma adaptação que os japoneses fizeram ao rebatizar o navio russo, ao conquistá-lo durante a guerra russo-japonesa (1904-1905). Segundo o diretor do Instituto Hyogo, Gervásio Iwamoto, o nome original do navio era Kazan. Os japoneses pronunciavam essa palavra como ‘Kasato’ e incluíram a palavra ‘Maru’, que era sempre usada para nomear os navios. Esta e outras curiosidades estão no livro que conta a história do Kasato Maru, do historiador japonês Shozo Usami. O livro terá uma versão brasileira, que será lançada em dois meses. O livro Kasato Maru contará curiosidades sobre a construção, feita na Inglaterra a pedido do governo russo, e de quando foi abatido pelos russos, na Segunda Guerra. "O navio estava carregado de latas de atum e caranguejo que tinham sido compradas pelos japoneses na Rússia", conta Iwamoto. Segundo a historiadora da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa, Célia Oi, o navio foi usado como hospital pela marinha russa e sua única viagem como navio de passageiros foi ao Brasil, em 1908. Fotos e informações sobre a viagem estão à disposição no Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil. (RT)
SERVIÇO Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil: R. São Joaquim, 381, Liberdade. Tel: 3209-9565
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
DIÁRIO DO COMÉRCIO
ECONOMIA - 3
2 - OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
OS PREFEITOS ELEITOS SE REUNIRÃO COM AS BANCADAS MUNICIPAIS PARA OPERAR A PARTILHA DO BUTIM
A IDEOLOGIA NOS LIVROS DE HISTÓRIA Céllus
A
o ajudar seu filho no estudo, o militar José Álvaro Costa Donato, residente em Brasília, indignou-se com o que leu no livro escolar sobre a formação da dívida externa do Brasil durante o governo militar. Ele decidiu escrever para Delfim Netto, que lhe deu razão. Eis as correspondências: De: José Álvaro Donato. "Sr. ministro Delfim Netto, permita-me tratá-lo como ministro pois é com referência a esse período de sua vida, que desejo fazer breve comentário. Confesso que, como cidadão e militar da ativa (Capitão-deMar-e-Guerra), me entristece o fato de ensinarem hoje nas escolas fatos que desvirtuam a realidade. Não vivi intensamente os protestos aos governos militares, uma vez que de 1973 a 1978 estudava no Colégio e na Escola Naval. Acredito que mais do que em outros governos, verdadeiros nacionalistas ocupavam diversos cargos e a eles se dedicavam em prol da Nação. Ao estudar com meu filho de apenas 13 anos, tive que explicar-lhe que, infelizmente, o que estava escrito no livro não correspondia à verdade. Gostaria de sua opinião sobre o texto que transcrevo de um livro didático utilizado por um dos colégios mais conceituados (e nada barato) de Brasília _ no capítulo dedicado à CUT e à CGT há, como era de se esperar, rasgos de elogios. Veja o trecho do livro 'Construindo Geografia - O Brasil e os brasileiros", da 6ª série do Ensin o Fu d a m e nt a l , d e R e g i n a Araujo, Raul Borges Guimarães e Wagner Costa Ribeiro (Editora Moderna): 'Dívida Externa- Os contratos assinados por representantes do Brasil na época da ditadura militar foram muito ruins para o país. Ali, há uma regra muito "curiosa" e conveniente para os credores: eles podem aumentar os juros no momento que desejarem. Assim é fácil! Quando a dívida estiver perto de ser finalizada, é só aumentar os juros que ela cresce de novo. Por isso muita gente acredita que a dívida externa é impagável." Segue trecho da resposta do deputado Delfim Netto: "Prezado José Donato, raramente o senhor lê um comentário isento sobre a maneira firme e civiliza-
ROBERTO FENDT
GPai de estudante
surpreendeu-se com o que leu em livro da 6.º série sobre a dívida externa do Brasil e obtém do deputado Delfim Netto carta corrigindo os fatos da como os militares conduziram o processo de transição do regime autoritário à plena redemocratização. Infelizmente, no campo da educação e não apenas nas esferas federais, os organismos que decidem as edições dos livros didáticos estão dominados por 'intelectuais' que não conseguiram se libertar do velho viés 'esquerdista' que os obriga a negar os avanços sociais naquele período (aumento dos empregos, do salário, da melhoria do padrão de vida) e o formidável crescimento da economia, com a expansão das exportações e da produção agrícola e a modernização de toda a infraestrutura. Recusam-se a conhecer a história, não estudam, e repetem que 'o crescimento se deu à custa do endividamento externo e só beneficiou os ricos'. Se estudassem, veriam que o desenvolvimento se deveu muito mais ao esforço dos brasileiros (investíamos à cada ano 25% do PIB, dos quais apenas uns 3% representava aporte de poupança externa) e muito pouco ao financiamento externo: no final do período de mais forte crescimento (1967/1974) as exportações anuais eram de US$ 6 bilhões, as reservas em moeda forte eram também de US$ 6 bilhões e a dívida externa chegou a US$ 12 bilhões, ou seja, se pagaria em um ano. Não tinha nada de impagável. E boa parcela dos financiamentos externos vinha do BIRD, do BID, dos Eximbanks, em contratos de prazos longos à taxas favorecidas em relação ao mercado. Naquela época, havia pouca flutuação nas taxas de juro e não tivemos nenhum problema de dívida externa. Faço votos que outros pais se interessem por informar corretamente seus filhos e alertar as escolas sobre a má informação. Antonio Delfim Netto" (LEIA A ÍNTEGRA DA CARTA NO SITE WWW.DCOMÉRCIO.COM.BR)
Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br
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MUDANÇAS NOS EMPRÉSTIMOS
A eleição e o loteamento de cargos A
AOS APOSENTADOS
A
no eleitoral, 2008 oferecerá aos brasileiros a reiteração das práticas corruptivas que permeiam as instituições públicas. Sejam quais forem os vencedores nas eleições, sabe-se de antemão quais serão os resultados. A administração dos municípios passará por mais um desses periódicos processos de loteamento sistemático dos postoschave para acomodar acordos políticos firmados em nome da "governabilidade". Os prefeitos se reunirão com as bancadas municipais para operar a partilha do butim. De Norte a Sul, as conversas se darão conforme o mesmo roteiro. De modo a assegurar apoios parlamentares nas Câmaras de Vereadores, os prefeitos oferecerão aos partidos cargos na administração. Ninguém sabe quantos desses cargos existem nos municípios brasileiros, mas uma idéia pode ser formada a partir do fato de que no governo federal eles são cerca de 24 mil; em estados como o Rio de Janeiro, São Paulo ou Minas Gerais cada governador nomeia livremente por volta de 20 mil pessoas. A soma desses apaniguados nas prefeituras brasileiras deve atingir várias centenas de milhares. Não é difícil imaginar por que os partidos e os políticos eleitos querem esses cargos e o quê os nomeados fazem com os postos que lhes são entregues. A crônica dessas motivações está todos os dias no noticiário de corrupção. A contrapartida do Executivo na distribuição dos cargos chamados "de confiança" entre aliados é a leniência. A razão é simples: caso os responsáveis últimos vigiassem com alguma atenção os negócios que se realizam a partir dos cargos loteados, os acordos a pretexto da "governabilidade" perderiam a justificativa e os apoios deixariam de ser emprestados. Essa é a principal causa da minúscula disposição da maioria dos agentes políticos em aperfeiçoar os mecanismos de prevenção e controle da corrupção na administração pública.
N
ão é à toa que qualquer receituário de combate à corrupção recomendado por organismos internacionais tem como um de seus primeiros itens a redução drástica da capacidade de os governantes nomearem pessoas para ocupar funções no Estado. Não que seja fácil fazer isso. No caso brasileiro, semelhante medida teria de passar por uma
G Sejam quais forem os vencedores nas
eleições, sabe-se de antemão que a administração dos municípios passará por mais um processo de loteamento dos postos-chave para acomodar acordos firmados em nome da 'governabilidade'. Por Cláudio Weber Abramo
emenda à Constituição, pois é ali que se garante o loteamento do Estado. O artigo 37, que trata da administração pública, garante em seu inciso V a prerrogativa de detentores de funções elevadas nomearem livremente pessoas para ocupar cargos de "direção, chefia e assessoramento". Além de carrear bandos de pára-quedistas e aventureiros para o setor público, esse direito inaudito destrói qualquer possibilidade de se montar um corpo funcional permanente comprometido com o interesse público.
C
omo no Brasil o que vale na ascensão funcional é estar de bem com algum partido, os funcionários públicos são estimulados a colaborar com os esquemas de captura praticados pelos políticos. Muitos deixam de ser agentes do Estado para se transformarem em intermediários de interesses de políticos e de seus cúmplices privados. Não são só os chefes de Executivos que gozam da prerrogativa de nomear. O Judiciário e o Legislativo beneficiam-se igualmente do despropósito. Desembargadores, procuradores, conselheiros de Tribunais de Contas e outros servem-se liberalmente do direito de nomear amigos. No Legislativo, cada senador, deputado federal, deputado estadual ou vereador nomeia "assessores" cuja quantidade chega, em alguns lugares, a vinte. Esses indivíduos, cuja contratação é apresentada como sendo de grande importância para o desempenho legislativo, na verdade não cumprem função legislativa alguma, não passando de cabos eleitorais. No agregado das três esferas, somam dezenas de milhares de pessoas perfeitamente inúteis para qualquer objetivo ligado ao interesse público. É o que se verá.
Inovar e empreender LOURIVAL MARIANO
C
onheço muitas pessoas que se tornaram empreendedoras, por vocação ou por necessidade. No decorrer das histórias, muitas alcançaram um patamar de estabilidade financeira: não quebraram, mas não cresceram como poderiam. Esse ponto é um divisor de águas entre quem é empreendedor de fato e quem vai garantir apenas a sobrevivência de seu negócio. Apostar em inovação é muito importante para quem deseja permanecer e crescer em qualquer mercado. Sempre tive experiências positivas nesse sentido na empresa que, após 18 anos, especializou-se em impressões de grandes formatos. Após atingir o patamar de estabilidade, que já disse anteriormente _ o que não significou grandes salários e sucesso financeiro, pelo contrário _, para dar o "pulo do gato" decidimos diversificar os produtos e serviços oferecidos aos nossos clientes. Estudar o mercado e planejar ações que poderiam levar a empresa ao sucesso foi decisivo. Aprendi que depois de ter posto tudo no papel, é chegada a hora de pôr em prática o sonho. E de tomar decisões agressivas. Isso é algo que pode ser feito pelo empreendedor. Na época, fizemos o que parecia impossível: produzir de-
zenove vezes mais do que nossa capacidade. Muitos me perguntam se não tive medo de arriscar, mas como diz o ditado "quem não arrisca, não petisca". Depois disso surgiram as oportunidades de dar continuidade ao crescimento.
H
oje, busco sempre identificar oportunidades nos mais diferentes mercados; vislumbrar produtos que teriam demanda, mas que ainda não G Apostar em inovação é
muito importante para quem deseja crescer em qualquer mercado. É o que fazem os verdadeiros empreendedores. são produzidos, ou são de maneira precária. Com ações desse tipo é possível aproveitar da melhor maneira a capacidade de produção de uma empresa ou, se o empreendimento não estiver diretamente relacionado à produção, a capacidade de trabalho dos funcionários. Além de diminuir a dependência do negócio em relação a sazonalidade do mercado em que atua mais freqüentemente.
A visão futura é algo que deve fazer parte do dia-a-dia do empreendedor. Seja para inovar os processos já existentes em seu negócio ou para criar algo de fato. Em nosso país a taxa de mortalidade de pequenas e médias empresas infelizmente ainda é alto, conforme estudos do Sebrae, importante centro de capacitação e aquisição de novos conhecimentos para quem está lidando com seu próprio negócio. Um hábito saudável é planejar e colocar todas as idéias no papel. Parece algo místico, mas ajuda realmente. Quando fazemos isso, transferimos nosso sonho da esfera do pensamento para a esfera do concreto, o que ajuda a viabilizálo. Podemos fazer cálculos, pensar em estratégias, definir o que pretendemos e quais caminhos a empresa deve seguir. Ainda em relação à inovação, ela torna possível a flexibilização do negócio e abre oportunidades no futuro. O empreendedor não pode depender totalmente das forças do mercado, mas, sim, deve fazer de tudo para poder moldarse à elas e, por outro lado, ser capaz de transformá-las de acordo com seu interesse. LOURIVAL MARIANO É DESENHISTA INDUSTRIAL E DIRETOR DA EMPRESA PETINK
nunciam-se mudanças nas regras para a concessão de empréstimos consignados aos aposentados. Segundo informa a Folha de S.Paulo, o INSS deverá baixar uma medida para reduzir o limite que o segurado poderá comprometer da renda mensal com essa modalidade de empréstimo, dos atuais 30% para 20% da renda mensal. Simultaneamente, deverá aumentar o prazo para a quitação do empréstimo, dos atuais 36 para até 60 meses. Ao leitor atento não terá escapado a similitude do problema dos empréstimos subprime nos Estados Unidos com o problema que se avizinha para os aposentados tomadores dos empréstimos consignados no Brasil.
O
problema nos Estados Unidos foi a acentuada e insustentável elevação dos preços dos imóveis, que acabou por gerar um monstruoso excesso de oferta de novas casas e uma queda generalizada nos preços.
G As taxas de juros
incidentes sobre os empréstimos consignados dos aposentados fazem a dívida crescer a uma velocidade seis vezes maior que o reajuste dos aposentados. Boa parte dos tomadores dos empréstimos, incapazes de financiar-se em situação normal, acabou ficando inadimplente. Como acentuou o ex-blog do prefeito César Maia, as taxas de juros incidentes sobre os empréstimos consignados dos aposentados fazem a dívida crescer a uma velocidade seis vezes maior que o reajuste dos aposentados. Para manter-se solvente, o tomador do empréstimo verá sua renda real disponível para outros gastos reduzir-se progressivamente ao longo da vida do empréstimo.
P
ortanto, é de se perguntar: o que pretendem as novas medidas? Espero estar enganado, mas há um risco de que as medidas pretendam apenas jogar para frente uma possível inadimplência maior dos mutuários via recomposição dos empréstimos inadimplentes, especialmente se o governo não reajustar (ou reajustar pouco) os salários dos servidores e as pensões dos aposentados. ROBERTO FENDT É VICE-PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Ambiente Educação Polícia Saúde
DIÁRIO DO COMÉRCIO
7 Marcelo Soares/Folha Imagem
Sistema de alarme do Masp estava desligado no dia do roubo dos quadros recuperados ontem.
DIREÇÃO RECEBEU PEDIDO DE RESGATE
Masp: Picasso e Portinari recuperados Quadros roubados do museu em dezembro foram encontrados pela Polícia Civil em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. Dois homens foram presos.
A
polícia recuperou ontem os dois quadros milionários furtados do Masp, na avenida Paulista, no dia 20 de dezembro. As telas O Retrato de Suzanne Bloch, de Pablo Picasso, e O Lavrador de Café, de Cândido Portinari, foram encontradas intactas em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. Dois homens foram presos. O furto, praticado por três bandidos, foi feito sob encomenda. Eles receberiam R$ 5 milhões ao todo pelo "serviço", que durou poucos minutos. A polícia está agora atrás do mentor do crime, que, segundo a investigação, pretendia revender as telas no exterior. O Ministério Público Estadual investigava a hipótese das telas terem sido levadas para o Leste Europeu. A polícia já tinha prendido, no dia 28 de dezembro, um homem acusado de participar da primeira tentativa de roubo ao Masp, no dia 29 de outubro. Ele negou envolvimento no furto das telas de Picasso e Portinari. No próprio dia 28, um homem fez três telefonemas de orelhões na rua Avanhandava, no Centro, pedindo um resgate de R$ 400 mil pelas telas. Policiais civis passaram a vigiar a região, mas
o suspeito não voltou a entrar em contato. No dia 3 de janeiro, o presidente do Masp, Júlio Neves, recebeu uma carta que, para a polícia, parecia ser a primeira manifestação concreta de quem estava em poder dos quadros. O autor da carta dizia querer US$ 10 milhões de resgate pelas obras. Alertava que a polícia e a imprensa deveriam ficar afastadas do caso. Exigia que a direção do museu publicasse num jornal um anúncio sobre a venda de uma fazenda no Vale do Paraíba com um número de celular para que o bandido telefonasse e fizesse a negociação. Ação - Na noite do roubo, os bandidos usaram um macaco hidráulico, um pé-de-cabra e uma marreta. Em seguida, os ladrões subiram dois lances de escada e usaram a marreta para quebrar o vidro que fechava o salão do acervo permanente. A ação durou 3 minutos, das 5h09 às 5h12. O sistema de alarme do museu estava desligado, pois, segundo os guardas do museu, "vivia disparando". As imagens do circuito interno mostram que os vigias chegaram ao 1º andar dois minutos depois. (Agências)
Marlene Bergamo/Folha Imagem
DC
Telas roubadas chegam ao Deic: roubo durou menos de três minutos
Tels.: (11) 5589-8909 • 5594-6367 Avenida Indianópolis, 3175 • Planalto Paulista • 04063-006 • São Paulo/SP
www.midasdog.com.br • vetfabio@uol.com.br
Fotos: Reprodução/AE
O Lavrador de Café, do brasileiro Cândido Portinari: R$ 10 milhões O Retrato de Suzanne Bloch, do espanhol Pablo Picasso: R$ 90 milhões
Quadros são avaliados em R$ 100 milhões
O
Retrato de Suzanne Bloch, óleo sobre tela de Pablo Picasso, faz parte da chamada fase "azul" do pintor espanhol. Esse período, segundo colecionadores de obras de arte, é marcado pelo uso da cor azul e pela exposição da melancolia vivida por Picasso em sua vida. Junto com
a fase "rosa", outro importante período de Picasso, a produção dessa época está entre as mais valorizadas, devido a pequena quantidade de quadros produzidos pelo artista. A obra, de acordo com negociadores de artes, é avaliada em cerca de R$ 90 milhões. Já O Lavrador de Café, óleo
sobre tela de 1939, de Cândido Portinari, representa o período em que o pintor buscava retratar o povo brasileiro. A obra é do mesmo período dos painéis que o brasileiro pintou para a sede das Organizações das Nações Unidas, em Nova York. "O Lavrador de Café" faz parte do acervo do Masp desde a inau-
guração, em 1947, e é avaliada em R$ 10 milhões. Portinari deixou mais de 4,6 mil obras, entre murais, afrescos, painéis, pinturas, desenhos e gravuras. O conjunto representa uma síntese crítica de todos os aspectos que compõem a sociedade brasileira na primeira metade do século 20. (Agências)
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Nacional Finanças Empresas Estilo
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
O estilista Victor Dzenk apostou em temas como Marlene Dietrich e nos Rolling Stones.
A AVON VAI DEMITIR 2,4 MIL FUNCIONÁRIOS
Avon anuncia demissões e corte de custos marca americana de cosméticos Avon deverá demitir 6% dos trabalhadores da companhia, ou seja 2,4 mil funcionários. Com esse plano, a empresa quer reduzir os custos em US$ 430 milhões no período 2011-2012, ante uma meta inicial de US$ 300 milhões. Desse total, US$ 200 milhões devem ser economizados até o fim de 2009. O grupo também prevê a redução de sua rede de venda direta no exterior, essencialmente na Alemanha; simplificar a produção e distribuição na Europa e na América Latina, além de terceirizar suas atividades de centrais de atendimento e gestão de pagamentos. A Avon pretende readequar a linha de produtos para acabar com a produção dos artigos
considerados menos rentáveis. A companhia anunciou ainda que construirá um centro de distribuição no Brasil para atender à crescente demanda do País. A Avon está avaliando os locais para a nova unidade e espera apresentar sua decisão ainda na primeira metade de 2008. A expectativa é de que o centro esteja funcionando em 2010. Quando estiver completamente em funcionamento, o quadro de funcionários deve ser da ordem de 1,3 mil pessoas e o novo espaço terá capacidade de embarcar 70% do volume unitário do Brasil. Por essa razão, a Avon pretende desativar em 2011 seu atual centro de distribuição em São Paulo, que emprega 1,7 mil pessoas. (Agências)
s produtores agrícolas terão "a maior colheita O da história" na safra de
Páscoa promissora
Pressão
BÚSSOLA
Ministério da Fazenda foi pressionado ontem pelo Itamaraty e pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) a eliminar a aplicação de tarifa específica de até R$ 10 por quilo sobre as importações de 11 categorias de produtos, incluída no pacote de compensação fiscal do fim da cobrança da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF). (AE)
estimativa do Fundo Monetário Internacional para o crescimento global em 2007 foi reduzida de 5,2%, divulgada em outubro, para 4,7%. A previsão foi revista levando em conta as estimativas mais recentes da China e da Índia, dois países emergentes de grande crescimento.
A Fotos: Marcos D'Paula/AE
Preto, franjas e Gisele Bündchen primeiro desfile na Marina da Glória - sede oficial do Fashion Rio - teve a apresentação O conjunta de Giulia Borges e Luciana Galeão,
participantes do segmento batizado de "Novos Estilistas" do evento. As coleções deram destaque para os "babados de pregas", os xadrezes e os vestidos pretos e sequinhos de Giulia e a elegante e fresca cartela de cores em modelos soltos de Luciana. Já o estilista Victor Dzenk apostou em temas como Marlene Dietrich e nos Rolling Stones (com citações ao Carnaval do Rio e à Carmem Miranda), vestidos curtos estilo melindrosa, a cor preta e seda. A modelo Gisele Bündchen foi a principal estrela do dia, no desfile para a Colcci. Ontem, a top fez fotos para a campanha da empresa com o fotógrafo Gui Paganini. As imagens foram feitas no Centro de Ação da Cidadania, perto do Cais do Porto, no Rio, local do desfile. (Agências)
A modelo Gisele Bündchen (no alto) fez fotos para a campanha da Colcci. No desfile de Victor Dzenk, muito glamour.
Safra histórica
período que antecede a Páscoa será mais curto O (este ano cai no dia 23 de mar-
ço), mas não menos lucrativo para o setor de embalagens. É o que garante o presidente da Cromus Soluções para Embalagens, Eduardo Cincinato, que prevê alta de 15% nos negócios para a data em relação ao mesmo período de 2007. "Já realizamos um grande volume de vendas no mês de outubro passado." O segmento de embalagens é considerado um dos termômetros do desempenho da Páscoa. No geral, essa indústria começou 2007 morna e terminou com vendas bastante aquecidas. E 2008 promete: "prevemos expansão de 15% para o ano".
O
grãos 2007/2008, com aumento de 3,1% em relação à anterior, dependendo das condições climáticas das próximas semanas. A afirmação é do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, que fez o anúncio ontem junto com o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Wagner Rossi. Valter Campanato/ABr
A
Índice Geral de PreçosDisponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 1,47% em dezembro e 7,89% em 2007, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O
ciranda@dcomercio.com.br
Honda e GM: risco no combustível
A
Moto Honda da Amazônia convocou os proprietários do modelo CBR 1000RR Fireblade a comparecerem às concessionárias da rede para a inspeção e, se necessário, a substituição gratuita do tanque de combustível. E por razão semelhante, a montadora australiana GM Holden anunciou o recall de 86 mil carros vendidos na Austrália, Oriente Médio, Nova Zelândia e Brasil, com risco de vazamento de combustível do motor (o que pode provocar um incêndio). Os veículos produzidos pela subsidiária da General Motors (GM) entre 2006 e 2007 são conhecidos aqui como Omega, na Austrália e Nova Zelândia como Commodore, e como Lumina e Caprice no Oriente Médio. No Brasil, 784 unidades apresentam o defeito. A variação do modelo vendido nos EUA, o Pontiac G8, não entrou para o recall.
Segundo a GM, o recall representa apenas uma precaução para evitar um possível vazamento sob o capô que poderia ser provocado pelo atrito do combustível contra uma mangueira adjacente. "As chances disso acontecer são muito baixas, mas obviamente estamos optando pelo excesso de cuidado", observou. Falha – No caso das motos Honda, em algumas unidades, a solda do tubo de respiro do tanque de combustível pode apresentar falha sob condições específicas de uso, sofrendo trincas e, da mesma maneira, existe o risco de vazamento pequeno de combustível. A empresa recomenda o agendamento prévio nas concessionárias habilitadas na comercialização de motocicletas importadas da marca. Os endereços e telefones poderão ser obtidos pelo 0800-552221 ou por meio do site www.honda.com.br. (AE)
Carro de US$ 2,5 mil
A
montadora indiana Tata Motors anunciou sua iniciativa mais arrojada: um automóvel vai custará US$ 2,5 mil, menos da metade do preço do veículo mais barato do mercado do país. O novo modelo da empresa foi batizado de "carro do povo". A iniciativa da Tata nasceu de suas observações do mercado local, onde milhões de pessoas freqüentemente acomodam famílias de até quatro pessoas – mais bagagem – em motocicletas. "O produto já ganhou muita atenção internacional", afirmou Mohit Arora, diretor-gerente da empresa de pesquisa indiana J.D. Power Asia-Pacific. "É um grande negócio para a Tata Motors, e será registrado nos livros de história, seja um sucesso ou não", disse.
Volkswagen, Toyota, Honda e Fiat já afirmaram ter planos de fabricar carros de baixo custo. "Toda montadora global percebeu a necessidade de estar nos mercados emergentes com um modelo como esse, para as massas", disse Ashutosh Goel, analista da Edelweiss Securities. Especialistas citam ainda o alto preço do petróleo como fator de impulso para os veículos pequenos.. O "carro do povo" da Tata terá quatro lugares, motor de 600 cilindradas e produção inicial de 250 mil unidades. A empresa pode também exportar o veículo. Os principais mercados externos para o produto da montadora seriam, de acordo com analistas, países de Terceiro Mundo da África, da América do Sul e da América Central. (Reuters)
OPINIÃO - 3
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
OS DOIS POVOS CRIARAM UMA CULTURA ÚNICA, ADAPTADA AO CAPITALISMO, SOB O QUAL PROSPERARAM
BENEDICTO FERRI DE BARROS
Diplomacia de civilizações
A DEMOCRACIA E AS ELITES
Mark Garten/Reuters
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O sistema liberal, capitalista e democrático que EUA e Inglaterra procuram construir enfrenta um novo desafio diante dos conflitos atuais. A resposta passa pela 'diplomacia de civilizações'
Por Paulo Brito
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que há de similar entre a Espanha católica, Luís XIV, Hitler, o comunismo e a Al-Qaeda? Descrito assim, esse conjunto parece mais uma charada insolúvel, mas esse é também uma pequena lista de inimigos dos povos de língua inglesa, representados principalmente pela Inglaterra e pelos Estados Unidos. Os nomes foram reunidos por Walter Russell Mead, um dos melhores estudiosos da política exterior americana, para mostrar contra quem esses os ingleses e americanos estão lutando há cerca de 300 anos – uma luta que está muito longe de acabar, mas que orienta parcialmente os destinos do mundo. Em "God and Gold: Britain, America, and the Making of the Modern World" (Random House, 464 páginas, US$ 27,95), ele descreve essa sua tese, segundo a qual a chave da predominância econômica e cultural da Inglaterra e dos Estados Unidos foi a ideologia individualista das religiões de seus povos. No desenvolvimento de sua argumentação, ele explica de que modo essas características desses dois povos – um oriundo do outro – ajudaram a criar uma cultura única, adaptada ao capitalismo, sistema sob o qual am-
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bos prosperaram, resultando em duas nações que foram capazes de organizar um sistema democrático e liberal. Um sistema cuja influência econômica e social sobre o mundo continua a crescer, e cujo poder não tem paralelo na história. Para chegar a isso, no entanto, foram séculos de lutas contra uma variedade grande de inimigos, vistos especialmente como também "inimigos de Deus e da liberdade", com nenhum apego à moralidade, e que seriam capazes de fazer absolutamente qualquer coisa para vencer. Algumas das batalhas Mead considera que foram perdidas mas as maiores foram vencidas pelos ingleses e americanos, diz o autor, graças inclusive ao controle que ambos tinham sobre os oceanos que os circundavam – e a cada vitória eles se tornaram mais poderosos. Não foi à toa que durante os últimos 300 anos construíram um sistema de política, poder, investimento e comércio que alcança o mundo inteiro.
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mbora pareça uma apologia aos povos anglófonos, a obra de Mead acaba oferecendo uma nova perspectiva para explicar o desenvolvimento da Inglaterra e
dos Estados Unidos, o alcance de sua influência e a implantação do sistema liberal que hoje domina o mundo. A abordagem é discutível, já que ingleses e americanos foram também vilões em vários episódios da história moderna, mas a obra altera a maneira pela qual vemos o mundo. Ele próprio tem a explicação de como ambos estiveram totalmente enganados ao acreditar que sua mistura de comércio, instituições democráticas e Cristianismo poderiam converter todos os oponentes e liquidar com todos os conflitos. O livro é uma cuidadosa revisão da história mundial nos últimos três séculos, e embora realce o papel de americanos e britânicos não ignora suas limitações nem as conquistas de outros povos. O autor seria ingênuo se não acrescentasse as influências que outras nações e culturas tiveram no desenvolvimento e as decepções que sofreram. Ele reconhece e explica os medos e ressentimentos dos que não conseguiram jogar segundo as regras do sistema anglo-americano, às vezes confusas e com freqüência assustadoras, incluindo as que surgiram com a globalização. Segundo a tese de Mead, a Comunidade Britânica e os Estados Unidos não organizaram essa estratégia conscientemente – ela está imbricada em suposições, hábitos e instituições. "Ronald Reagan não estudou os discursos de Cromwell para planejar os ataques ao império do mal nos seus dias", argumenta, "assim como George Kennan não desenvolveu sua estratégia para conter o comunismo estudando as estratégias econômicas e políticas do Duque de Marlborough durante a guerra da rainha Ana". Apesar disso, Mead descreve cor-
relações importantes entre as atitudes desses quatro governantes – como se os contemporâneos tivessem estudado as ações dos antigos. Mas é claro que esse cenário de liderança dos ingleses e americanos pode se alterar. Hoje, armas menores, mais potentes e mais fáceis de conseguir podem transformar estados e grupos terroristas em ameaças do dia para a noite, e a liderança construída por Inglaterra e EUA pode ser mais corroída do que já foi. Nos conflitos atuais, onde alguns vêem o fim da história e outros um choque de civilizações, Mead identifica um novo desafio ao sistema liberal, capitalista e democrático que os dois países procuram construir.
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que ele acha necessário agora é o que chama de "uma diplomacia de civilizações", baseada num entendimento mais profundo dos atuais conflitos entre o mundo liberal e seus inimigos. Na prática, uma recomendação para que os americanos desenvolvam melhor a consciência de qual é o lugar que ocupam no mundo. Walter Mead, que mora em Nova York, escreve para vários periódicos americanos como o Foreign Affairs, The New Yorker e para o Wall Street Journal, e é membro do Council on Foreign Relations, a organização mais influente na política externa americana depois do Departamento de Estado. Entre seus principais livros está "Power, Terror, Peace, And War - America's Grand Strategy in a World at Risk" (R andom House, 2005). PAULO BRITO É JORNALISTA E CONSULTOR DE EMPRESAS PB@MANDIC.COM
Walter Russell Mead oferece uma nova perspectiva para explicar o desenvolvimento da Inglaterra e dos EUA, o alcance de sua influência e a implantação do sistema liberal que hoje domina o mundo. Mas a abordagem é discutível em alguns aspectos.
s elites não são explodidas. Implodem. Não são revoluções, forças da sociedade alheias ao poder que as superando as apeiam do poder. São elas próprias que por perder seu senso de legitimidade, deixam de exercer o poder, por se omitirem do seu papel de dirigentes. Pois o fato real é que contrariamente ao que assevera o ideologismo democrático nenhuma sociedade, sob qualquer regime, pode dispensar a ação dos seus melhores indivíduos, não só na política, como nos demais campos de atividade humana. A ausência de competência e o vácuo de poder que as revoluções provocam têm como seqüela histórica as ditaduras e quando seus êxitos e excessos são suplantados por seus fracassos, volta-se às restaurações, processo no qual novas elites, imbuídas do seu papel e dever recuperam o senso de sua legitimidade e o exercício normal de suas funções sociais. A lei natural suprema de que os melhores reinem e dêem o melhor de si não é um comando de natureza aristocrática, ou, se aristocrática é, constitui o fundamento que promove o progresso humano e politicamente viabiliza a democracia. Pois que outro sentido tem o processo eleitoral e o sufrágio universal se não o de reconhecer à massa popular o direito de, em benefício de seu próprio interesse escolher os melhores para governá-la? E é neste ponto que a omissão, a traição e a perda de legitimidade das elites se inicia quando o "revolucionarismo" democrático ideológico cabala os votos com promessas que não têm competência para cumprir e nem pretende, pois sua única prioridade congênita é a de apoderar-se do poder em benefício próprio. Como foi lucidamente diagnosticado pelo procurador geral da República é esse o significado da trama criminosa da minoria petista que assumiu o poder em nosso país, indivíduos subversivos e guerrilheiros de formação marxista. Quando isto sucede, a corrupção, o banditismo e a violência que não recua diante da destruição física e do assassinato ameaçando a ordem social e a convivência humana se converte em um inevitável estado desnaturado das coisas – como vivemos em nossos dias. Por sua própria natureza a democracia tende a se degenerar em ideologismo democrático, o igualitarismo rousseauniano que vai além da igualdade de todos perante a lei, induzindo à suposição de
G Ao contrário do
que assevera o ideologismo democrático, nenhuma sociedade pode dispensar a ação dos seus melhores indivíduos, tanto na política como nas demais áreas.
que todos os homens têm o mesmo valor. Essa valorização por igual de todo o mundo seria a política adequada para produzir a melhoria das condições do mundo todo. Isso é não só o maior erro que se pode cometer contra a realidade histórica humana, como o maior prejuízo que se pode infligir às massas humanas, que a democracia quer beneficiar. O maior erro porque a verdade dos fatos é que todo o progresso e civilização humanos se deve a uma rara e escassíssima minoria de homens de elite de cujo esforço se beneficia a infinita massa dos homens comuns, que passam pela vida como meros consumidores e não deixam outro legado de sua passagem senão os resíduos do que consumiram.
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ideologismo democrático não passa, na realidade de uma mistificação intelectual utilizada por politicos com objetivos de poder pessoal que nada tem que ver com a racionalidade e o progresso humano, sendo, na realidade, o germe de onde se originam todos os despotismos que culminam nos totalitarismos cujas vítimas principais e mais numerosas são justamente os povos e suas massas populares, como a história recente nos mostrou. Uma lição que povos insuficientemente educados ainda não assimilaram. BENEDICTO FERRI DE BARROS É ESCRITOR. PAJOLUBE@TERRA.COM.BR
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Luke MacGregor/Reuters
A política está em meu sangue. Admito que minha experiência é limitada, mas vou melhorar.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
JANEIRO
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De Bilawal Bhutto Zardari, filho da ex-primeira-ministra paquistanesa Benazir Bhutto, que pede investigação da ONU sobre o assassinato de sua mãe.
9 Dia do Fico. Em 1822, o então príncipe regente D. Pedro I, contrariando ordens de Portugal, decide ficar no Brasil.
F RANÇA M ÚSICA
B RAZIL COM Z
Conexão Brasil
Diga aos italianos que Ronaldo fica Marcelo Barabani/AE
Joel Robine/AFP
Verdadeiro pai de Carla Bruni, a namorada de Nicolas Sarkozy, vive no Brasil
O puro som da voz dos Beatles Um vídeo que tem feito sucesso no YouTube oferece aos fãs dos Beatles a raríssima oportunidade de ouvir, separadamente, o instrumental e as vozes dos músicos da banda separadamente. O vídeo, postado no site por alguém que se auto-denomina Beatlepuzzle traz trechos de Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band e é uma espécie de tributo aos 40 anos do álbum, lançado em junho de 1967. O oitavo álbum da banda britânica é considerado um dos melhores e mais influentes trabalhos dos Beatles e tem entre suas faixas grandes sucessos, como With a little help from my friends e Lucy in the sky with diamonds.
O álbum deveria trazer, ainda, os sucessos Strawberry Fields Forever e Penny Lane, que foram lançados separadamente. Em 2003, a revista especializada em música Rolling Stone colocou álbum em primeiro lugar na lista dos 500 melhores álbuns de todos os tempos. (A imagem acima é retirada do encarte do álbum.) As vozes e o instrumental foram cuidadosamente separados e amplificados para dar maior clareza ao som. Uma rara oportunidade de ouvir 9 minutos e meio de puro Beatles. Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band é www.youtube.com/ watch?v=tE7BodVitck
C INEMA
Diretores na corrida do Oscar A Associação de Diretores da América escolheu ontem os cinco indicados ao seu prêmio de melhor cineasta de 2007. A escolha é tida como um possível indicador para os nomes que devem concorrer ao Oscar. A associação escolheu Paul Thomas Anderson, por Sangue Negro (sobre o enriquecimento de um explorador de petróleo); Sean Penn, por Into the Wild (um filme de aventura na natureza"); Joel e Ethan Coen, por Onde os Fracos Não Têm Vez (descrito como um sombrio drama criminal); o novato Tony Gilroy, por Michael Clayton (mais um eletrizante suspense jurídico, daqueles que Hollywood produz aos montes); e o pintordiretor Julian Schnabel por O
M ÍDIA
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notícia foi disparada na edição de ontem do jornal britânico The Daily Mail com o tom de uma saborosa intriga em família. Embora não revele suas fontes, o jornal afirma que Carla Bruni, a namorada do presidente da França, Nicolas Sarkozy, é o pivô de uma triste saga familiar. Segundo o Daily Mail, Carla Bruni, oficialmente filha do compositor clássico e proprietário da indústria de pneus Ceat Alberto Bruni Tedeschi e da pianista Marysa Borini, é na verdade filha do chef e empresário Maurizio Remmert [foto], um italiano que vive no Brasil. Remmert, hoje com 61 anos e chef do restaurante Vecchio Torino, em São Paulo, e teria vivido um romance com Marysa em 1967 e, do caso amoroso, nasceu Carla,
em dezembro daquele ano. Alberto e Marysa criaram a filha sem mencionar o fato de que ela era o belo resultado de uma infidelidade entre o casal. Foi só em 1996 que, em seu leito de morte, Alberto fez a revelação à filha, então já uma das modelos mais famosas da Europa. A revelação, segundo o jornal, também teve final feliz: Carla Bruni esteve no Brasil e conheceu o verdadeiro pai e também as duas filhas brasileiras dele – suas meio-irmãs. O jornal revela que nem os familiares nem Carla Bruni nem os porta-vozes do presidente Sarkozy quiseram comentar a conexão da bela franco-italiana com o Brasil. Ontem, o pai biológico de Carla Bruni saiu em defesa da filha. "O importante para mim é que minha filha esteja bem", dis-
se. Carla, que tem um filho de 6 anos, já teve relacionamentos com várias personalidades, entre elas Eric Clapton e o ex-premiê francês Laurent Fabius. Sobre o relacionamento com a mãe de Carla, Remmert revelou: "Nós nos relacionamos por seis anos. Quando Carla nasceu eu sabia que era o seu pai", contou. A família da futura top model mudou-se para a França quando ela ainda era pequena, para fugir da violência em Turim. Mesmo só tendo conhecido a filha há 11 anos, Remmert diz que hoje a relação dos dois é muito boa. "Nós nos falamos constantemente. Carla se dá muito bem com minha outra filha, que mora em Nova York". O italiano não falou sobre os rumores de que Carla se casará em fevereiro com Sarkozy.
China censura "next top model" Entra no ar nesta semana a versão chinesa do reality show America's next top model. Mas a atração já sofreu censura governamental. O programa é uma competição na qual candidatas disputam a oportunidade de se lançar na carreira de modelo. O governo proibiu os reality shows no horário nobre da TV chinesa – entre as 19h30 e 20h30 – com o argumento de que eles são "de mau gosto". Apesar das restrições e da classificação, os reality shows têm uma tradição de alcançar grande audiência na China, cerca de 400 milhões de telespec tadores.
Reuters
C A R T A Z
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VISUAIS
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Escafandro e a Borboleta (drama sobre um doente terminal). Desde que a Associação dos Diretores começou a conferir seus prêmios, em 1949, só seis vencedores do prêmio não conquistaram também o Oscar de melhor diretor no mesmo ano. E tradicionalmente o Oscar de melhor filme vai para o filme com melhor direção. O Oscar deste ano é considerado um dos mais concorridos e imprevisíveis das últimas temporadas. Além dos filmes dirigidos pelos indicados na Associação dos Diretores, estão bem cotados também o musical Sweeney Todd, o drama de guerra Desejo e Reparação e "Juno", uma comédia sobre gravidez na adolescência.
A imprensa italiana divulgou ontem o desempenho de Ronaldo. Ele jogou meio tempo na vitória do Milan sobre a seleção dos Emirados Árabes por 2 a 0, em Dubai, mal pegou na bola e movimentou-se pouco. O Fenômeno não entrava em campo desde o dia 25 de novembro, quando sofreu uma lesão, mas ontem foi garantiu: "Estou me sentindo bem, e me coloco à disposição do técnico para o jogo de domingo". "É verdade que o Flamengo me quer, mas minha vontade agora é fazer por merecer um lugar no time do Milan".
KNUT 2, A MISSÃO - Ainda sem nome, o filhote da ursa Vera, do zoológico de Nuremberg, na Alemanha, foi retirado do convívio da mãe depois que ela o carregou para fora de sua caverna e tentou escondê-lo, demonstrando sinais de rejeição. Ele já começa a dar seus primeiros passos na mídia, a exemplo de Knut, cuja rejeição foi um trampolim para a fama mundial. A RQUEOLOGIA
Coleção Nemirovsky apresenta 120 obras de mestres do Modernismo na Estação Pinacoteca. Largo General Osório, 66, Luz, tel.: 3337-0185, das 10h às 18h. Ingresso: R$ 4. G @DGET DU JOUR
F AVORITOS
Canção de ninar no travesseiro
Segurança alimentar na rede
Reprodução
humana típicos da cultura Chimu, datada de 1.350 d.C. Chan Chan, nas proximidades da cidade de Trujillo, foi a capital do reino Chimu, que
alcançou seu esplendor no século XV e abrigava até 60 mil habitantes em uma área de 1.400 hectares. A cidadela, formada por palácios, complexos administrativos e templos em formas piramidais com paredes decoradas, foi declarada em 1986 Patrimônio da Humanidade pela Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Mal-vestida, mas bem-casada Victoria Beckham, Spice Girl casada com o astro do futebol David Beckham, foi considerada a celebridade mais mal-vestida de 2007 na lista do estilista Mr. Blackwell. Victoria se mudou em 2007 para Los Angeles junto com o marido e expressava o desejo de definir tendências nos EUA. L OTERIAS Concurso 622 da DUPLA SENA Primeiro Sorteio 08
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A TÉ LOGO
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Bactéria misteriosa já infectou 19 pessoas submetidas a videocirurgias no Paraná Maradona vai à Justiça para recuperar mais de 600 peças de museu sobre sua vida
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www.agricultura.gov.br
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rqueólogos peruanos encontraram um muro da cultura pré-colombiana Chimu durante trabalhos de restauração em Chan Chan, situada no norte do Peru e considerada a maior cidadela de barro da América. Muros e paredes dessa cultura são decorados com detalhes como os da foto. No muro, de 20 metros de comprimento por 1,5 de altura, são observados desenhos de triângulos escalonados, balsas de junco, pelicanos, caranguejos e aves com forma
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2007/12/27/music-to-your-ears/
MPillow é o MP3 em forma de travesseiro (ou quase) criado pelos designers Ozgur Tasar, Per Arlander e Madlene Linstrom. Com música e luzes para criar o ambiente propício para o relaxamento, o travesseiro também pode se conectar ao computador e baixar muito mais do que canções de ninar. Sem preço definido.
Na cidade de barro
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www.yankodesign.com/index.php/
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento criou um banco de dados para rastrear a produção agropecuária e evitar a contaminação de alimentos. O mecanismo está instalado em Campinas (SP) e consumiu investimentos de R$ 800 mil. No momento em que alguma contaminação é identificada, o alimento é avaliado em laboratório e em oito horas as informações sobre a causa da contaminação estão disponíveis. O serviço pode ser acessado no site.
M ODA
Pesquisa feita em São Paulo mostra que 68% das mulheres não planejam gravidez
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Concurso 1848 da QUINA 15
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
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Política STF DÁ 10 DIAS PARA
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008 Newton Santos
35 senadores votaram pensando neles mesmos e contra a vontade dos 27 governadores. José Pimentel
Eymar Mascaro
LULA EXPLICAR PACOTE A O prazo foi estabelecido pela presidente do Supremo, Ellen Gracie, ao receber a Adin impetrada pelo DEM
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presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, abriu prazo de dez dias para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifeste e forneça informações sobre o decreto que aumentou alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Após os dez dias, a Advocacia Geral da União (AGU) e o Ministério Público Federal (MPF) terão prazo de cinco dias cada um para analisar o decreto presidencial. A resposta do presidente Lula e os pareceres da AGU e do MPF serão anexados à Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) ajuizada na segunda-feira pelo DEM no Supremo Tribunal Federal contra o aumento do tributo. O procedimento adotado por Ellen Gracie acelera a análise do caso. Assim que as informações forem prestadas pelo presidente, pela AGU e pelo MPF, a ação será repassada a um relator no STF e, em seguida, remetida ao plenário do tribunal para que seja julgada em definitivo. O mesmo procedimento deve ser adotado em relação a Ação Direta de Inconstitucionalidade protocolada ontem pelo DEM contra o aumento da alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) cobrada de instituições financeiras. Com esse trâmite, diminuem as possibilidades de um dos ministros, em decisão monocrática, derrubar ou preservar as medidas do governo. Tucanos apóiam – O senador Álvaro Dias, do PSDB, protocolou ontem, na Mesa Diretora da Casa, um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que
Celso Júnior/AE
Largada
informação vem de Brasília: Marta Suplicy deve anunciar no final de fevereiro que será candidata à Prefeitura de São Paulo pelo PT. Por força da Lei de Desincompatibilidade, Marta tem de se desligar do Ministério do Turismo até fim de março. A confirmação de Marta vai forçar Geraldo Alckmin (PSDB) a tomar uma decisão: comunicar se será ou não candidato. O ex-governador dá sinais de que deve entrar na disputa. Assim, PT e PSDB devem lançar seus principais nomes para enfrentar o prefeito Gilberto Kassab (DEM), candidato à reeleição. Apesar da informação, petistas de São Paulo vão continuar pressionando Marta. Os petistas admitem que a ministra é a única candidata capaz de dar a vitória ao partido, apesar da dificuldade que encontrará.
CANDIDATURA
Reação em cadeia: Sérgio Guerra e Álvaro Dias protocolam no STF projeto contra elevação tributária
questiona o aumento da alíquota do IOF, anunciado pelo governo na semana passada. Dias estava acompanhado do presidente do partido, senador Sérgio Guerra, quando apresentou a proposta. Dias disse que o governo não honrou o compromisso de que não aumentaria impostos, mesmo com o fim da Contribuição Provisória de Movimentação Financeira (CPMF), em dezembro. "Ele (o governo) deveria cortar gastos e não aumentar impostos", disse, ao protocolar o PDL. Os dois senadores do PSDB se reuniram com o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) para pedir que fosse convocada uma reunião da Comissão Representativa do Congresso Nacional para deliberar sobre este projeto da oposição. Garibaldi disse que faria consultas para decidir. No entanto, decidiu não to-
car o pedido adiante. Frustrados, Sérgio Guerra e Álvaro Dias afirmaram que Garibaldi atendeu aos interesses do governo, que se livrou de um debate público mais aprofundado sobre o pacote. Com a não convocação da comissão, a discussão só será travada a partir de 6 de fevereiro, quando o Congresso retoma seus trabalhos. "O debate obrigaria o governo a abrir sua caixa-preta, que são as contas e o Orçamento da União", disse o presidente do PSDB. Garibaldi, por sua vez, disse que havia tomado uma decisão democrática, uma vez que o debate na comissão ficaria restrito a um grupo de oito senadores e 17 deputados, ao passo que, em fevereiro, a discussão terá participação de todos os parlamentares (51 senadores e 511 deputados). Além disso, Garibaldi afirmou que o governo sairia ganhando na
comissão, pois nela, tem maioria para deliberar. Além de Álvaro Dias, o deputado Arnaldo Jardim (PPSSP), também questiona o governo e pede a derrubada de norma editada pela Receita Federal no fim do ano passado, depois que o Senado rejeitou a prorrogação da CPMF. DEM – O PSDB e PPS seguiram o DEM, que se adiantou na ofensiva contra o pacote do governo. Na segunda, o partido entrou no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma Adin contra as medidas que aumentaram a alíquota do IOF. "O ministro (Guido Mantega, da Fazenda) foi completamente cínico e fez uma coisa atrapalhada e desrespeitosa", resumiu o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia. "A nossa intenção é anular a decisão do governo em relação ao aumento da carga tributária do País", explicou. (Agências)
Diz-se no PT que Marta espera apenas pelo aval do presidente Lula para comunicar sua candidatura. Além da Prefeitura paulistana, a ministra é também lembrada para ser candidata ao governo do Estado. Mesmo perdendo a eleição municipal, Marta sairia fortalecida para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes.
CONQUISTA Pelas pesquisas, Marta é a melhor opção do PT. Só a ministra pode atender ao desejo de Lula, que quer a reconquista da Prefeitura da Capital. O PT tem outros pré-candidatos, mas que não empolgam os eleitores: os deputados Arlindo Chinaglia, José Eduardo Martins Cardoso, Jilmar Tatto e o senador Aloízio Mercadante.
VISITAS Não é apenas Marta Suplicy que dá sinais de que será candidata: também Geraldo Alckmin acena com a possibilidade. O exgovernador está disposto a iniciar em fevereiro visitas a bairros da Capital beneficiados por suas obras como governador. As visitas começarão depois do carnaval.
estadual. Kassab, no entanto, é candidato à reeleição.
ENTRAVE As pesquisas indicam que, se Alckmin não for candidato, Kassab tem muita chance de derrotar Marta no segundo turno. Mas, se o tucano se candidatar, aumentam as dificuldades do democrata. A virtual candidatura de Alckmin tem o apoio do presidente estadual do PSDB, deputado Mendes Thame.
SONHO Petistas e peemedebistas vão se reunir em São Paulo. O PT vai tentar convencer Orestes Quércia a apoiar a candidatura de Marta Suplicy. Fala-se que o PT ofereceria o cargo de vice ao PMDB. Até agora, porém, Quércia mantém a disposição de lançar candidato próprio.
ALIADO Outro aliado que o PT quer apoiando Marta é o PTB. Mas o partido trabalhista em São Paulo, por tradição, apóia o PSDB. O PTB paulista pode inovar este ano lançando candidatura própria, que seria o senador Romeu Tuma.
Geraldo Magela/Agência Senado
Garibaldi admite: faltou debate do governo com o Congresso
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presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), criticou ontem o governo, em entrevista, afirmando que o Palácio do Planalto errou ao não submeter o pacote de aumento de impostos e de redução de despesas orçamentárias a uma discussão com os partidos oposicionistas e governistas. "O governo deveria ter chamado os líderes oposicionistas e os governistas e mostrar que não poderia cumprir sua palavra (de não aumentar impostos para compensar as perdas de arrecadação resultantes da extinção da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF))", declarou. "Achei errado", acrescentou, "o governo não ter voltado à mesa de negociações para dizer que não poderia manter aquele compromisso (de não elevar a carga tributária). Não seria a primeira e nem a última vez em que um compromisso seria desfeito. Mas teria que ser na base do diálogo e do entendimento". O presidente do Senado afirmou ainda que "todos" os líderes governistas pensam dessa forma, e não apenas os parlamentares oposicionistas. "O governo concluiu que teria de recorrer a aumento de impostos para compensar a
perda da CPMF. Se a oposição compreende é uma coisa. Agora, cortar (despesas do Orçamento) sem ninguém saber é outra", observou. "Tivemos poucos dias entre o que aconteceu com a CPMF (derrubada pelo Senado no dia 13 de dezembro passado) e o que aconteceu agora. Acho que o governo deveria ter refletido sobre tudo isso. O governo se deixou levar pelas festividades natalinas, pelo clima de Ano-Novo, pensou que todos nós iríamos festejar isso, inclusive no mês de janeiro todo", afirmou Garibaldi. 'Na própria carne' – O presidente do Senado disse também que há uma preocupação muito grande no Congresso em relação aos cortes de despesas previstas na proposta de Orçamento. Mostrando temor com possíveis cortes no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Garibaldi disse que este "é um exemplo de como se cortar na própria carne", porque "é a menina dos olhos" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. " F i c a m o s p re o c u p a d o s , pois, se cortar no PAC, a porta estará aberta, e a tesoura estará afiada para se cortar em outros setores vitais", disse Garibaldi. Em seguida, mostrou cautela com as próprias declarações:
COLIGAÇÃO
ENCONTRO
Apesar da disposição de Alckmin, o governador José Serra continua insistindo para que o PSDB não lance candidato próprio à Prefeitura. O ideal para Serra seria o partido apoiar a reeleição de Kassab, Serra, provável presidenciável tucano em 2010, espera pelo apoio dos democratas.
Outros três partidos que integram a coalizão do presidente Lula – PSB, PDT e PCdoB – também podem não atender ao apelo do presidente para que apóiem Marta Suplicy. Os três partidos vão continuar se reunindo para o lançamento de um único candidato do grupo à Prefeitura.
RECALL Garibaldi: 'O governo se deixou levar pelas festividades natalinas'
"Mas é preferível aguardar", disse. "Estamos fazendo conjeturas. Não sabemos se o corte será linear, onde será cortado e se será mesmo cortado." O senador disse estranhar declarações de representantes do governo, como a do líder governista no Senado, Romero Jucá (PMDB-RO), de que poderia haver cortes no PAC. "Isso é estranho" disse, "porque o presidente Lula era peremptório no sentido de que não seria cortado o PAC. Mas não podemos deixar de acreditar no líder do governo. O melhor é aguardar a proposta do Executivo para que nós ofereçamos também a nossa proposta, não deixando que a tesoura aja livremente." No entender de Garibaldi, "os cortes não podem ser de cima para baixo, porque há todo um orçamento sendo examinado." O senador previu que a oposição vai "colaborar" com o governo e observou: "Primeiro, teremos o problema do Orçamento do Poder Legislativo, mas vamos ver o que será cortado no Executivo. O Judiciário tem absoluta autonomia para ver as contas".
'Corte Seletivo' – O relator do Orçamento da União para 2008, deputado José Pimentel (PT-CE), prometeu um "corte seletivo" na proposta orçamentária original para cumprir a redução dos gastos em R$ 20 bilhões, como determinou o governo com o objetivo de compensar o fim da CPMF. Pimentel rejeitou o corte linear – que padronizaria um porcentual de redução de gastos para todas as áreas – e criticou uma possível manobra da oposição para protelar a votação do Orçamento no Congresso. "A oposição governa municípios e Estados. Ela mesma seria prejudicada (por uma possível manobra para atrasar a votação)", afirmou. Ele disse que "35 senadores votaram pensando neles mesmos e contra a vontade dos 27 governadores, que queriam a prorrogação da CPMF". O deputado referia-se aos senadores que votaram contra ou se ausentaram na votação da prorrogação do "imposto do cheque", quando a administração federal foi derrotada pela oposição e aliados. (AE)
O deputado Edson Aparecido admite que Alckmin não pode perder a oportunidade de se lançar candidato. O exgovernador, segundo Aparecido, tem de aproveitar o "recall" da campanha de 2006. Para os aliados, o nome de Alckmin ainda está na memória dos eleitores.
FAVORITOS Alckmin, Marta e Kassab são os principais précandidatos à Prefeitura, segundo as pesquisas. Dificilmente, um haveria outro vencedor nas próximas eleições. O tucano, a petista e o democrata dividem o eleitorado na Capital. Em tempo: São Paulo centraliza hoje 8 milhões de eleitores.
CHAPA Tucanos ligados a Alckmin continuam admitindo que Kassab poderia ser candidato a vice na chapa do PSDB. A idéia é: se ganhar a eleição, Alckmin poderia renunciar a Prefeitura para se candidatar ao governo
QUEM SÃO PSB, PDT e PCdoB têm seus pré-candidatos a prefeito de São Paulo. Pelo partido socialista, poderá ser a deputada Luíza Erundina, enquanto no PDT o nome mais citado é o de Paulinho da Força Sindical. No PCdoB, o candidato seria outro deputado, o deputado Aldo Rebelo.
COBIÇA Mendes Thame diz que a campanha presidencial de 2010 passa pela eleição para prefeito em São Paulo. A cidade terá 30 milhões de eleitores em 2010, sendo 10 milhões na Capital.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
POLÍTICA - 5
Sérgio Lima/ Folha Imagem - 27/12/07
Marco Aurélio Garcia acha que há um mal entendido
GARCIA NEGA SIMPATIA PELA FARC Para ministro das Relações Exteriores da Colômbia a comissão de observadores internacionais chegou com discurso favorável ao grupo
O
assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, disse ontem em entrevista à BBC B ra si l que sua "posição não é de simpatia pelas Farc" – as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. A declaração foi feita em resposta à afirmação do ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Fernando Araújo, de que a comissão que foi acompanhar uma suposta entrega de reféns ao presi-
dente venezuelano Hugo Chávez "chegou com um discurso muito carregado contra o governo (da Colômbia) e favorável às Farc". Araújo fez a afirmação ao anunciar que o governo de Álvaro Uribe não aceitará novas comissões de observadores internacionais em seu território. "A declaração é surpreendente", disse Marco Aurélio Garcia, que foi o representante brasileiro no grupo. "Ela não corresponde às posições do presidente Uribe. Acho que há algum desen-
tendimento dentro do governo colombiano", afirmou. Garcia disse que soube das declarações pela imprensa e que vai conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro das Relações Internacionais, Celso Amorim. "A comissão não tem nenhuma simpatia pelas Farc. Não conheço qual é a opinião pessoal de cada um dos membros da comissão, mas o grupo não revelou nem simpatia nem antipatia, colocou-se numa posição neutra.
A minha posição não é de simpatia pelas Farc", ressaltou. A proposta de que uma comissão de representantes de países testemunhasse a libertação dos reféns, prometida pelas Farc, foi feita por Chávez e aceita por Uribe. Garcia disse que o próprio Uribe esteve em Vilavicenzio, onde o grupo ficou aguardando os reféns, e conversou com ele e o ex-presidente argentino Néstor Kirchner, também membro da comissão, agradecendo a presença deles. (DC)
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Empresas Finanças Nacional Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5
1,4
USO DE TERMOELÉTRICAS SE AMPLIA
ponto percentual foi a queda do nível dos lagos das hidrelétricas do Centro-Oeste e Sudeste no mês.
DESEMPREGO DE 5% MOSTRA QUE A ECONOMIA NORTE-AMERICANA PERDEU ÍMPETO, DIZ O MERRILL LYNCH.
PARA BANCO, EUA ESTÁ EM RECESSÃO.
O
banco de investimentos norteamericano Merrill Lynch afirmou, em relatório distribuído ontem a investidores, que os Estados Unidos entraram em recessão. A instituição fundamenta sua análise na alta taxa de desemprego de dezembro, de 5%. Essa avaliação foi contestada por outros bancos, como o Lehman Brothers. Ontem, o secretário do Tesouro, Henry Paulson, afirmou que a economia continuará a crescer, e que o governo estuda opções para permitir essa continuidade. "É claro que o crescimento se desacelerou muito", afirmou Paulson ao canal de televisão CNBC. Mas a expansão (econômica) vai continuar". Questionado sobre os riscos de uma recessão na maior economia mundial, Paulson se limitou a repetir que "os indicadores estão fracos. Vamos acompanhar de perto, mas a economia vai continuar a crescer". Ontem, o secretário visitou a Bolsa de Valores de Nova York, numa tentativa aparente de transmitir
confiança ao mercado. Por sua vez, o presidente George W. Bush reconheceu que a economia dos EUA apresenta sinais que "devem causar preocupação", mas não deu indicações sobre o pacote de estímulo econômico que está estudando. "Estamos observando muito atentamente", disse Bush, na Casa Branca. O próprio conceito de recessão é controvertido. Para alguns economistas, um país perde o ímpeto econômico quando o seu Produto Interno Bruto (PIB) fica estagnado ou recua por três trimestres seguidos. Outros acham que não há um período específico para essa avaliação. "Meio grávida" – Para o Merrill Lynch, com o desemprego em 5% já há um processo recessivo. "Em nossa análise, isto é uma realidade", disse o banco. "Convencionou-se em Wall Street que um modo de evitar a recessão é fingir que ela não existe. Dizer que o cenário lembra o de uma recessão seria como se um obstetra dissesse a uma mulher que ela está meio grávida". (AG)
Em Cumprimento ao Disposto no § Único do art. 45 combinado com o § 1º do art. 1152 da Lei 10406/2002 (NCC), comunicamos a Abertura da Empresa: FIL Administração e Empreendimentos Ltda., estabelecida à Rua José Bonifácio, 209 – 6º andar, sala 610 – Centro – Cep 01003-001 – São Paulo –SP, com Capital Social de R$ 4.920.000,00, sendo 99,99% das quotas pertencentes a sócia, Filomena Maria Matarazzo Pennacchi – CPF 102.959.708-12 e 1% das quotas pertencente a sócia, Joana Maria Pennacchi – CPF 808.171.738-20; com o objetivo social de locação e administração de bens imóveis próprios, com seu Contrato Social Registrado no 4º Ofício de Registro de Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica – São Paulo, em 31/10/2007 sob nº 539.403.
Fischer S.A. - Comércio, Indústria e Agricultura
CNPJ nº 33.010.786/0001-87 - NIRE nº 35.300.040.724 Ata da Reunião do Conselho de Administração Realizada em 12 de Dezembro de 2007 Dia, hora e local: 12 de dezembro de 2007, às 09:00 horas, na sede social, na Rua Major Joaquim Gabriel de Carvalho, 966, Matão-SP. Presenças: Presente a totalidade dos membros deste Conselho de Administração. Mesa Dirigente: Maria do Rosário Fischer - Presidenta e Julio Alvarez Boada - Secretário. Deliberações Tomadas, por Unanimidade dos Votos dos Conselheiros e Sem Reservas: (1) aprovada a abertura das filiais a seguir relacionadas: (i) Sítio São Judas Tadeu: Rodovia Deputado Victor Maida, SP 331, km 21, s/nº, complemento Rodovia Araraquara/Ibitinga, Bairro Rural, Nova Europa - SP, CEP: 14920-000. Atividade: Cultivo de Laranja; (ii) Sítio Córrego da Forquilha: Rodovia Deputado Victor Maida, SP 331, km 22, s/nº, complemento - Rodovia Araraquara/Ibitinga, Bairro Rural, Nova Europa - SP, CEP: 14920-000. Atividade: Cultivo de Laranja; (iii) Sítio Santo Antônio II: Rodovia Deputado Victor Maida, SP 331, km 23, s/nº, complemento - Rodovia Araraquara/ Ibitinga, Bairro Rural, Nova Europa - SP, CEP: 14920-000. Atividade: Cultivo de Laranja; (2) Atribuir, para efeitos legais, o Capital de R$ 1.000,00 (um mil reais) para cada filial aberta no item acima; e (3) Autorizar a Diretoria a praticar todos os atos necessários a fim de que sejam efetivadas as deliberações ora aprovadas. Encerramento: Nada mais havendo a tratar e como nenhum dos membros do Conselho de Administração houvesse desejado fazer qualquer pronunciamento, foi lavrada a presente Ata, que lida e achada conforme, foi assinada por todos os presentes. (aa) Maria do Rosário Fischer - Presidenta e Julio Alvarez Boada - Secretário; Maria do Rosário Fischer; Bianca Helena Fischer de Moraes; Ana Luisa Fischer Marcondes Ferraz; Alessandra Fischer de Souza Santos; e Renata Fischer Fernandes. Certificamos que a presente Ata é cópia fiel da original lavrada no livro competente. Matão-SP, 12 de dezembro de 2007. Maria do Rosário Fischer - Presidenta, Julio Alvarez Boada - Secretário. JUCESP nº 1.034/08-0 em 03/01/08. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.
Timothy Clary/AFP
Nível de reservatórios de hidrelétricas cai de novo
O O secretário Henry Paulson em visita à Bolsa de Valores de Nova York
Estoque alto de álcool derruba preço nas usinas
O
preço do álcool nas usinas caiu de R$ 0,86 em janeiro do ano passado para R$ 0,73 na virada desta segunda semana de janeiro de 2008. O recuo de 15% em pleno período de entressafra da cana é resultado da grande produção desse combustível no País, que atingiu 19,7 bilhões de litros, 20% a mais em relação à safra passada. O estoque é alto para abastecer o mercado interno. É o me-
nor preço nominal de janeiro desde 2005, quando o litro era vendido por R$ 0,76. Os dados são do Centro de Estudos Av a n ç a d o s e m E c o n o m i a Aplicada (Cepea), da EsalqUSP. O último recuo deste ano foi de 0,53%. Segundo Sérgio Prado, diretor da União da Indústria Canavieira (Unica), o estoque está alto porque o Brasil exportou menos para os Estados Unidos e produziu mais álcool que açúcar. (AE)
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
FDE AVISA: Comunicado REF.: TOMADA DE PREÇOS Nº 05/2506/07/02 – Objeto: Contratação de empresa para execução de serviços de Construção de Ambientes Complementares e Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Prof. José da Conceição Holtz - Rua Francisco Almeida Melo, 143 Gramadinho - Itapetininga/SP. Comunicamos a SUSPENSÃO do recebimento dos invólucros contendo os documentos de Habilitação e a PROPOSTA, bem como a abertura do envelope de documentação da Tomada de Preços em referência, que seria realizada no dia 24/01/2008, às 09:30 horas, na Supervisão de Licitações, na SEDE da FDE, na Rua Rodolfo Miranda, 636 - Bom Retiro - CEP 01121-900 - São Paulo - SP.
CNPJ/MF nº 07.970.021/0001-89 - NIRE 35 300 317 092 Extrato da Ata da 1ª Assembléia Geral Ordinária de 30.05.2007 Data, Hora, Local: 30.05.07, às 09hs., sede social, Av. Gen. Furtado do Nascimento, 740, 5º and., Conj. 57, sl. 02, SP/SP. Presença: totalidade dos acionistas: Convocação: Dispensada (§ 4º, Art. 124, Lei 6.404/76). Mesa: Presidente: Mauro Suaiden, Secretária: Verena Maria Bannwart Suaiden. Deliberações: Aprovadas por unanimidade: 1) Relatório da Diretoria relativo às contas dos exercícios findos em 31/12/04, 31/12/05 e 31/12/06, bem como Balanço Patrimonial, e demais Demonstrações Financeiras e Notas Explicativas, correspondentes aos exercícios sociais de que se tratam, todas publicadas no “DOESP” e “Diário do Comércio”, em 18/04/07; 2) destino do lucro líquido do exercício e distribuição de dividendos, prejudicada face aos prejuízos apurados no período; 3) alteração do endereço da sede, alterando a redação do art. 2º do Estatuto Social: “Art. 2º - A sociedade tem sede e foro em São Paulo/SP, na Av. Engº Luiz Carlos Berrini, 1645, 7º andar, Cj. 71, Sl. 06, Cidade Monções, CEP 04571-011, podendo, por deliberação da Diretoria, instalar, transferir ou suprimir estabelecimentos e escritórios, em qualquer parte do País, observadas as prescrições legais e regulamentares atinentes à matéria”; 4) eleição dos administradores: reeleição dos atuais diretores para os mesmos cargos que ocupavam: Mauro Suaiden, brasileiro, casado, empresário, CI 10.385.021/SSP-SP, CPF 015.636.208-20, para Diretor Presidente e Davino Aparecido Cordeiro, brasileiro, casado, adm. empresas, CI 6.398.003/SSP-SP, CPF 559.250.148-04, para Diretor Administrativo, ambos residentes em Rio Verde/GO, para um mandato de 03 anos, a contar de 31.05.07, os quais receberão remuneração mensal de R$ 1.000,00 para o Diretor Presidente e R$ 800,00 para o Diretor Administrativo. Encerramento: Nada mais havendo, lavrou-se a ata. São Paulo, 30.05.07. Mauro Suaiden - Presidente, Verena Maria Bannwart Suaiden - Secretária, Mauro Suaiden, Verena Maria Bannwart Suaiden e Davino Aparecido Cordeiro. Visto: Hélio Gomes Pereira da Silva OAB/GO 2.847-A. JUCESP nº 295.683/07-7 em 09.08.2007. Cristiane da Silva F. Corrêa - Sec. Geral.
GAP Empreendimentos e Participações S.A. CNPJ/MF nº 07.225.990/0001-05 - NIRE nº 35300318846, de 29/10/2004 Extrato da Ata da 1ª Assembléia Geral Ordinária de 30.05.07 Data, Hora, Local: 30.05.07, às 9 hs., sede social,Av. Gen. Furtado do Nascimento, 740, 5º and., Cj. 57, Sl. 04, SP/ SP. Presença: totalidade dos acionistas. Mesa: Presidente: Geraldo Antônio Prearo, Secretária: Rosangela de Lurdes Veronesi Prearo. Convocação: Dispensada (§ 4º, Art. 124, Lei 6.404/76). Deliberações: Aprovadas por unanimidade: 1) Relatório da Diretoria relativo às contas dos exercícios findos em 31/12/04, 31/12/05 e 31/12/ 06, bem como o Balanço Patrimonial, Demonstrações Financeiras e as Notas Explicativas, correspondentes aos exercícios sociais de que se tratam, todas publicadas no “DOESP” e “Diário do Comércio” em 18/04/07. 2) destinação do lucro líquido do exercício e distribuição de dividendos, prejudicada face aos prejuízos apurados no período. 3) alteração do endereço da sede, alterando-se o art. 2º do Estatuto Social: “Art. 2º: A sociedade tem sede e foro na cidade de São Paulo, capital do Estado de São Paulo, na Av. Engº Luiz Carlos Berrini, nº 1645, 7º andar, Cj. 71, Sl. 07, Cidade Monções, CEP 04571-011, podendo, por deliberação da Diretoria, instalar, transferir ou suprimir estabelecimentos e escritórios, em qualquer parte do País, observadas as prescrições legais e regulamentares atinentes à matéria”. 4) eleição dos administradores: reeleição dos atuais diretores para os mesmos cargos que ocupavam: Hermindo Prearo, brasileiro, casado, agropecuarista, CI 7.435.058/SSP-SP, CPF 096.757.018-20, para Diretor Presidente e José Antonio Veronesi, brasileiro, casado, engenheiro agrônomo, CI 18.813.899/SSP-SP, CPF 656.988.606-10, para Diretor Administrativo, ambos residentes em Rio Verde/GO para um mandato de 03 anos, a contar de 31.05.07. Estabelecidos os honorários dos administradores, aprovada uma remuneração mensal de R$ 1.000,00 para o Diretor Presidente e R$ 800,00 para o Diretor Administrativo. Encerramento: Nada mais havendo, lavrou-se a ata. SP, 30.05.07. Geraldo Antônio Prearo - Presidente, Rosangela de Lurdes Veronesi Prearo - Secretária, Geraldo Antônio Prearo, Hermindo Prearo, Rosangela de Lurdes Veronesi Prearo, Angélica Cardoso Prearo, José Antônio Veronesi. Visto: Hélio Gomes Pereira da Silva - OAB/GO 2.847-A. JUCESP nº 261.592/07-5 em 24.07.2007. Cristiane da Silva F. Corrêa - Sec. Geral.
DECLARAÇÃO DE PROPÓSITO
LUIS EMILIO MAURETTE: RNE V 356878-9 e CPF nº 229.301.828-81 PAULO TADEU UMEKI: RG n° 10.408.932-5 e CPF n° 004.313.568-40 PAULO RENATO FABIANO FRANCO: RG n° 7.511.627 e CPF: 013.970.548-16 DECLARAM suas intenções de exercer cargo como membro do Conselho de Administração da INDIANA SEGUROS S/A para os quais serão eleitos e que preenchem as condições estabelecidas nos artigos 3° e 4° da Resolução CNSP n° 136, de 07 de novembro de 2005. ESCLARECEM que, nos termos da regulamentação em vigor, eventuais impugnações à presente declaração deverão ser comunicadas diretamente a Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, no endereço abaixo, no prazo de quinze dias, contados da data desta publicação, por meio de documento em que os autores estejam devidamente identificados, acompanhado da documentação comprobatória, observado que o declarante poderá, na forma da legislação em vigor, ter direito a vista do respectivo processo. São Paulo, 07 de janeiro de 2008. LUIS EMILIO MAURETTE - PAULO TADEU UMEKI PAULO RENATO FABIANO FRANCO. SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS - SUSEP DECON - Departamento de Controle Econômico Rua Buenos Aires, n° 256 (08 e 09/01/08) Rio de Janeiro/RJ
O Jornal do Empreendedor
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ocorreu não só para prevenir cortes de energia, mas por fatores econômicos. O uso de boa parte das termoelétricas visa a assegurar geração mais barata de eletricidade. Risco – A situação crítica dos reservatórios das hidrelétricas levou uma importante autoridade da área energética a admitir que há possibilidade de o Brasil enfrentar um racionamento de eletricidade em 2008. "Não estou dizendo que haverá problema. Não é impossível haver racionamento este ano, mas o mais provável é que não haja", disse. Por sua vez, o diretor do Departamento de Infra-estrutura da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Saturnino Sérgio da Silva, disse que os empresários estão apreensivos com a perspectiva de dificuldades no fornecimento de energia no longo prazo, diante da escassez de chuvas. (Agências)
público que recebeu da Cetesb a Licença de Prévia
33001283 e Licença de Instalação 33002557, e requereu Licença de Operação, para ativ. de com. de prod. deriv. de petróleo, Av. Senador Teotonio Vilela, 2004, 04801-000 - Interlagos SP.
Condlight Indústria e Comércio de Condutores Elétricos Ltda, torna público que requereu Cetesb a Renovação da Licença de Operação,
para a atividade
na
de industrialização de
condutores elétricos, sito à Rua Baquiá, 54 Cep: 03443-000 - Vila Carrão - São Paulo - SP.
Greco Comércio de Baterias Ltda, CNPJ n.º 00.688.543/0001-43 I.E 114.425.923.114, vem pelo presente comunicar o extravio da Nota Fiscal modelo 1 nº 20157 formulário contínuo.
GR Empreendimentos e Participações S.A. CNPJ/MF nº 07.224.896/0001-31 - NIRE 35.300.318.501 de 19.10.04 Extrato da Ata da 1ª Assembléia Geral Ordinária de 30.04.07 Data, Hora, Local: 30.04.07, às 09hs., sede social, Av. Gen. Furtado do Nascimento, 740, 5º and., Conj. 57, sl. 03, SP/SP. Presença: totalidade dos acionistas: Mesa: Presidente: Geraldo Antônio Prearo, Secretária: Rosangela de Lurdes Veronesi Prearo. Convocação: Dispensada (§ 4º, Art. 124, Lei 6.404/76). Deliberações: Aprovadas por unanimidade: 1) Relatório da Diretoria Relativo às contas dos exercícios findos em 31/12/04, 31/12/05 e 31/12/06, Balanço Patrimonial, Demonstrações Financeiras e Notas Explicativas, correspondentes aos exercícios sociais de que se tratam, encaminhadas aos acionistas, por cópia reprográfica, com o anúncio de convocação da assembléia, independentemente de publicação (art. 294, Inciso II, Lei 6.404/76). 2) destinação do lucro líquido do exercício e distribuição de dividendos, prejudicada face aos prejuízos apurados no período. 3) alteração do endereço da sede, alterando-se o art. 2º do Estatuto Social: “Art. 2º - A sociedade tem sede e foro em São Paulo/SP, na Av. Engº Luiz Carlos Berrini, 1645, 7º andar, Cj. 71, Sl. 08, Cidade Monções, CEP 04571-011, podendo, por deliberação da Diretoria, instalar, transferir ou suprimir estabelecimentos e escritórios, em qualquer parte do País, observadas as prescrições legais e regulamentares atinentes à matéria”. 4) eleição dos administradores: reeleição dos atuais diretores para os mesmos cargos que ocupavam: Geraldo Antônio Prearo, brasileiro, casado, empresário, CI 10.385.206-2/SSP-SP, CPF 015.636.198-14, para Diretor Presidente e José Antonio Veronesi, brasileiro, casado, engenheiro agrônomo, CI 18.813.899/SSP-SP, CPF 656.988.606-10, para Diretor Administrativo, ambos residentes em Rio Verde/GO, para um mandato de 03 anos, a contar de 01.05.07. Aprovada remuneração mensal de R$ 1.000,00 para o Diretor Presidente e R$ 800,00 para o Diretor Administrativo. Encerramento: Nada mais havendo, lavrou-se a ata. SP, 30.04.07. Geraldo Antônio Prearo - Presidente, Rosangela de Lurdes Veronesi Prearo - Secretária, Geraldo Antônio Prearo, Rosangela de Lurdes Veronesi Prearo e José Antonio Veronesi. Visto: Hélio Gomes Pereira da Silva - OAB/GO 2.847-A. JUCESP nº 250.774/07-0 em 04.07.07.Cristiane da Silva F. Corrêa-Sec. Geral.
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nível dos reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e CentroOeste continua caindo, a despeito do uso de usinas térmicas para compensar a estiagem. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), as barragens dessas regiões estão com 44 8% de sua capacidade de armazenamento de água. No mês, a queda acumulada é de 1,4 ponto percentual. A redução do nível das barragens é atípica nesta época, quando as chuvas normalmente contribuem para a recuperação da água usada para gerar energia no inverno. Devido à estiagem, o ONS está acionando todo o parque térmico do País, para poupar água para o período seco, que começa entre maio e junho. O diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, disse que o funcionamento em tempo integral das termoelétricas para as regiões Nordeste e Sudeste
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 8 de janeiro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:
Requerente: Divinal Distribuidora de Vidros Nacional Ltda. - Requerido: Super Glass Com. Import. e Exp. de Vidros Ltda. - Rua Ferreira Viana, 716 - 1ª Vara de Falências
Requerente: Uniserv Factoring Fomento Comercial Ltda. - Requerido: Servelev Design de Elevadores Ltda. - Rua dos Pescadores, 116 - 1ª Vara de Falências
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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Nova Data de Abertura – Concorrência nº 05/1994/07/01 A Comissão Julgadora de Licitações comunica nova data de entrega dos envelopes 1 (Documentação) e 2 (Proposta Comercial) para o dia 12/02/2008, sendo que a abertura do envelope 1 (Documentação), dar-se-á às 09:30 hs, cujo objeto é o Registro de Preços para a Execução de Serviços de Manutenção, Conservação, Reformas e Pequenos Serviços de Engenharia nos Prédios Pertencentes à Rede Pública de Ensino do Estado de São Paulo, com Fornecimento de Materiais e Mão-de-Obra. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até às 17:00 horas do dia 11/02/2008. Os invólucros contendo os Documentos de Habilitação e a Proposta Comercial deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Os interessados poderão adquirir o Edital completo, devidamente alterado, através de CD-ROM a partir de 09/01/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas. Ficam mantidas as demais condições do aviso inicial. Solicitamos às empresas que já adquiriram anteriormente o edital realizarem a devida troca. DECLARAÇÃO DE PROPÓSITO
LUIS EMILIO MAURETTE: RNE V 356878-9 e CPF nº 229.301.828-81 CARLOS ADRIAN MAGNARELLI: RNE V 335028-0 e CPF n° 228.291.938-65 DECLARAM suas intenções de exercer cargo como Diretor da INDIANA SEGUROS S/A para os quais serão eleitos e que preenchem as condições estabelecidas nos artigos 3° e 4° da Resolução CNSP n° 136, de 07 de novembro de 2005. ESCLARECEM que, nos termos da regulamentação em vigor, eventuais impugnações à presente declaração deverão ser comunicadas diretamente a Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, no endereço abaixo, no prazo de quinze dias, contados da data desta publicação, por meio de documento em que os autores estejam devidamente identificados, acompanhado da documentação comprobatória, observado que o declarante poderá, na forma da legislação em vigor, ter direito a vista do respectivo processo. São Paulo, 07 de janeiro de 2008. LUIS EMILIO MAURETTE - CARLOS ADRIAN MAGNARELLI SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS – SUSEP DECON – Departamento de Controle Econômico Rua Buenos Aires, n° 256 (08 e 09/01/08) Rio de Janeiro/RJ DECLARAÇÃO DE PROPÓSITO
Liberty International Brasil Ltda. A pessoa jurídica abaixo subscrita, por intermédio do presente instrumento: DECLARA: 1. Sua intenção de adquirir o controle societário da INDIANA SEGUROS S/A em decorrência de contrato de compra e venda de ações, a qual passará a funcionar com as características abaixo especificadas, negócio cuja concretização depende da aprovação da SUSEP. Denominação Social: INDIANA SEGUROS S/A Local e Sede: Rua Boa Vista, 254, 6º andar, São Paulo/SP Patrimônio Líquido: R$ 90.942.826,16 Data Base: 31/12/2007 Objeto Social: a sociedade tem por objeto a exploração de Seguros de Danos e Pessoas, como definido na legislação em vigor. Controlador: Itaberaba Participações Ltda., uma sociedade limitada, com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Barão do Triunfo, nº 520, 6º andar, apto. 61, Brooklin Paulista, inscrita no CNPJ. sob nº 03.935.708/0001-22, com 3.368.750 (três milhões, trezentas e sessenta e oito mil, setecentas e cinqüenta) ações ordinárias da Sociedade e 4.881.250 (quatro milhões, oitocentas e oitenta e um mil, duzentas e cinqüenta) ações preferenciais da Sociedade, representativas, em conjunto, de 60% (sessenta por cento) do total das ações emitidas e em circulação e Liberty International Brasil Ltda., uma sociedade limitada, com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Dr. Geraldo Campos Moreira, 110, 13º andar, Brooklin Novo, CEP 04571-820, inscrita no CNPJ. sob nº 01.367.211/0001-20, com 3.506.250 (três milhões, quinhentas e seis mil, duzentas e cinqüenta) ações ordinárias da Sociedade e 1.993.750 (um milhão, novecentas e noventa e três mil, setecentas e cinqüenta) ações preferenciais da Sociedade, representando 40% (quarenta por cento) do capital social da Sociedade. Administração Conselho de Administração com mandato até a AGO de 2008: NOME DO ADMINISTRADOR CPF Guilherme Afif Domingos 004.981.738-87 Cláudio Afif Domingos 108.699.568-68 Luis Emílio Maurette 229.301.828-81 Paulo Tadeu Umeki 004.313.568-40 Paulo Renato Fabiano Franco 013.970.548-16 Diretoria com mandato até a RCA de 2009: NOME DO ADMINISTRADOR CPF Luis Emílio Maurette 229.301.828-81 Carlos Adrian Magnarelli 228.291.938-65 Marcos Machini 050.049.948-97 2. Que os administradores acima não possuem quaisquer restrições cadastrais, desfrutam de reputação ilibada, que não foram condenados por crime incompatível com atividade econômico-financeira e, ainda, que não foram nem estão sendo responsabilizados em ação judicial ou processo administrativo junto ao Poder Público. São Paulo, 7 de janeiro de 2008. Liberty International Brasil Ltda. P. _____________________________ (08 e 09/01/08) Luis Emílio Maurette
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 01/08. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 8573/5900/2007. OBJETO: MISTURA PARA O PREPARO DE ARROZ DOCE. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 9:30h do dia 22 de janeiro de 2008. PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 02/08. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 8574/5900/2007. OBJETO: MISTURA PARA O PREPARO DE LEITE COM CHOCOLATE TIPO FRAPÊ. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 14:30h do dia 22 de janeiro de 2008. PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 03/08. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 8575/5900/2007. OBJETO: MISTURA PARA O PREPARO DE CREME SABOR BAUNILHA. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 9:30h do dia 23 de janeiro de 2008. PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 04/08. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 8577/5900/2007. OBJETO: MISTURA PARA O PREPARO DE CREME BRIGADEIRO DE CHOCOLATE. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 14:30h do dia 23 de janeiro de 2008. Edital completo à disposição dos interessados, via Internet, pelo site www.e-negociospublicos.com.br. INFORMAÇÕES: fones: (11) 3866-1615/1616, de 2ª a 6ª feira, no horário das 8h às 17h. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE SUPRIMENTO ESCOLAR
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Nacional Finanças Estilo Empresas
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Em cinco segundos, o cliente pode ser atraído, ou afastado, pelo visual da vitrine.
A IMPORTÂNCIA DE MONTAR A "JANELA" DA LOJA
As vitrines, feitas para impactar o cliente, podem decidir a compra. A fachada da loja é fundamental, pois 75% das compras são feitas por impulso.
T
udo começa pelo olhar. O visual de uma vitrine, que pode encantar ou não o consumidor, é fundamental na hora de impulsionar as vendas. Especula-se que uma vitrine bem elaborada tecnicamente, e com a iluminação correta, pode incrementar até 20% a comercialização dos produtos. No Brasil, essa técnica ainda dá os primeiros passos, ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos e na Europa, onde as vitrines são cada vez mais valorizadas, arrojadas e diferenciadas. Para a coordenadora-geral do site Vitrina & Cia, Patrícia Rodrigues, dependendo do setor, mais de 80% das vendas começam quando o consumidor está olhando a fachada do estabelecimento. "Para o cliente, a vitrine é fundamental – é a hora crucial em que ele decide entrar ou não na loja. Para o lojista, investir no espaço é escolher entre ver a em-
Kelly Ferreira e Kety Shapazian Fotos: Divulgação
The Bay: assimilação imediata
presa crescer ou não, uma vez que 75% das compras são feitas por impulso", disse Patrícia, que há 23 anos monta vitrines em todo o País e dá aulas de Visual Merchandising. Segundo a coordenadora, o trabalho do vitrinista está cada vez mais valorizado, mas o setor ainda engatinha no Brasil. "Em Salvador, pagavam R$ 100 para fazer uma vitrine e hoje pagam R$ 800, R$ 900. Mas o investimento brasileiro
visual da entrada da loja é amador se comparado a Tóquio, Nova York ou Paris. Ninguém paga bem porque não conhece a importância do serviço. Às vezes, uma boa vitrine não custa caro, mas nasce de uma grande sacada de um bom profissional. E um bom profissional custa caro", disse. Patrícia selecionou alguns exemplos que chamaram sua atenção no ano passado. Todos são de lojas no exterior. "Os empresários brasileiros não divulgam as vitrines na internet por medo de que alguém copie a idéia. Não posso apresentar no meu site nem as minhas próprias criações." As produções mais bonitas foram escolhidas por ela com base em diferentes critérios, nem sempre estéticos. A Chanel renovou seu conceito e fez algo mais lúdico, iluminando o espaço de forma graciosa e muito simples. A Zara é hors concours (ou seja, fora de concurso) porque é a única empre-
Dior usa elementos simples para grandes idéias
Chanel renovou conceitos e brinca com o espaço
Galeria Melissa: na Europa e nos Estados Unidos, técnicas de montagem de vitrines são mais valorizadas.
sa que consegue ser identificada pela vitrine, não é preciso ler o nome da loja para identificá-la. É sua marca registrada. A fachada da The Bay tem uma proposta primaveril de assimilação instantânea e a da Holt Renfrew dispensa comentários (o manequim está deitado e a iluminação incide apenas sobre as roupas e sapatos). "No ano passado, particularmente, o público foi agra-
ciado com belíssimas vitrines mundo a fora. Fica até difícil elegê-las ou colocá-las num ranking das 10 melhores. E nenhuma produção deve ter custado uma fortuna. A da Dior, por exemplo, foi elaborada com um galho de madeira", disse Patrícia. Cinco segundos – Na opinião da especialista em comunicação estratégica de varejo da Opus Design, Kátia Bello,
montar uma vitrine não é apenas colocar os produtos. "É trabalhar com o que vai chamar a atenção do consumidor, se fazer diferente do concorrente. Costumo dizer que o lojista tem apenas cinco segundos para impactar o cliente", disse. Para ela, no Brasil ainda não há o costume de fazer esse tipo de investimento de marketing nos pontos-de-venda. Além disso, ela apontou como um fator negativo para os lojistas, e muito comum, a exposição de todos os produtos de uma vez nas vitrines. "Tem comerciante que faz um mix de tudo o que a loja vende e esquece que a vitrina tem o objetivo de captar o desejo do consumidor. Elaborar esse espaço não é um gasto e sim uma técnica de investimento", disse Kátia. O presidente da Popai Brasil, uma associação de desenvolvimento de merchandising, Chan Wook Min, vai além quando o assunto são as vitrines no comércio brasileiro. Para ele, diferente do que ocorre nos Estados Unidos e na Europa, os lojistas aqui se preocupam mais com a promoção do que com o produto propriamente dito, quando elaboram uma vitrine. "Essa questão tem um lado bom e outro ruim. O bom é o fato de se criar uma oportunidade para o consumidor, quando o objetivo é a promoção. O lado ruim é que a loja perde no conceito, no estilo, na compra por empatia e não só pelo preço."
Montar a vitrine não é apenas colocar o produto, nem exibir tudo que a loja tem, orientam os profissionais. É trabalhar com o que vai atrair o consumidor.
Thomas Mukoya/Reuters
Marlene Bergamo/Folha Imagem
Marcelo Barabani/AE e Claudio Onorati/AFP
A VÓ DE OBAMA
O PAI DE CARLA
Polícia expõe Picasso e Portinari roubados
Sarah Obama (foto) torce para o neto conquistar a Casa Branca. Pág. 8
Maurizio é o verdadeiro pai de Carla Bruni. E vive em SP. Logo, pág. 10
As telas roubadas do Masp, O Retrato de Suzanne Bloch, de Picasso, e O Lavrador de Café, de Portinari, já estão no Deic. Dois homens, presos, receberiam R$ 5 mi pelo roubo. Pág. 7 Ano 83 - Nº 22.537
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São Paulo, quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Jornal do empreendedor
w w w. d co m e rc i o. co m . b r
Edição concluída às 23h55
Lula diante da Justiça
10 DIAS PARA JUSTIFIC AR AUMENTO DE IMPOSTO
A presidente do STF, ministra Ellen Gracie (à dir.), deu ontem 10 dias para o presidente Lula se manifestar sobre o aumento do IOF, decretado para compensar o fim da CPMF.
Oposição também cerca governo Foto de José Cruz/ABr, arquivo, alterada por computador
O PSDB entrou com um Projeto de Decreto Legislativo questionando o IOF Página 4
Moshe Milner/Reuters
HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 29º C. Mínima 31º C.
AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 31º C. Mínima 16º C.
Paulo Pampolin/Hype
Hoje Bush fará parte desta foto Olmert (Israel) e Abbas (Palestina) reuniram-se à espera de Bush. Pág. 8
Kasato Maru, 100 anos depois Maquete relembra saga dos primeiros imigrantes do Japão. C 1
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
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Há 24,5 milhões de deficientes no País. A cidade de São Paulo tem 1,1 milhão.
Newton Santos/Hype
Quando o comércio é deficiente
Newton Santos/Hype
Loja da Rua General Carneiro tem entrada alta, sem rampa de acesso Newton Santos/Hype
Piso rebaixado atrai mais clientes
Newton Santos/Hype
Cesar Diniz/Hype
Estabelecimentos do Centro não se adaptaram para atender consumidor que tem problemas de locomoção
B
Paula Cunha* asta uma rápida olhada para os estabelecimentos comerciais localizados na região central da cidade, uma das mais movimentadas, para perceber que quando o assunto é acessibilidade a esses locais de consumidores com algum tipo de dificuldade de locomoção ainda há muito o que fazer. Não é difícil encontrar lojas, farmácias e outros tipos de comércio sem as adaptações que permitiriam àquele público freqüentar os estabelecimentos com segurança e comodidade. Os obstáculos começam na entrada com a ausência de pisos rebaixados necessários para quem se utiliza de cadeiras de rodas ou muletas e se estendem pelo interior, onde os corredores são estreitos e os balcões, muito altos. Chega até mesmo aos provadores, no caso das lojas de vestuário, Silvana Cambiadi: adaptações não custam muito geralmente muito apertados. Ao deixar de adotar em seu estabelecimento, seja um comércio tradicional, uma farmácia, plar pessoas com alturas diferentes", explica. lanchonete ou restaurante, facilidades para a Ela cita as redes Renner e C&A como exemplos circulação daqueles consumidores o varejista de comércio com instalações adequadas às pesnão vai apenas contra a lei que dispõe sobre a soas com deficiência de locomoção: os provadoobrigatoriedade da construção de acessos para res são largos, os espelhos estão em alturas pessoas com problemas de locomoção. As bar- apropriadas e as peças ficam ao alcance de careiras físicas podem se transformar em menos deirantes e pessoas baixas. O mesmo se vê em vendas. Hoje, o número de pessoas com dificul- lojas da rua João Cachoeira, no bairro do Itaim dades para se deslocar soma 24,5 milhões em to- Bibi, e da Oscar Freire, nos Jardins. do o País. Desses, 1,1 milhão está na cidade. Silvana aponta ainda a sinalização em braile Para a consultora de acessibipara os deficientes visuais como lidade do Instituto Paradigma, importante. A rede de lanchonevoltado ao trabalho de inclusão tes McDonald's adotou há temsocial de pessoas com deficiênpos o cardápio em braile, lembra cia, a arquiteta Silvana Cambia- É preciso pensar em a consultora. Chama a atenção di, medidas como rebaixamento todos os tipos de ainda para os indicadores voltade degraus e ampliação de espa- deficiência dos aos deficientes auditivos, coços internos não são caras. "Elas Silvana Cambiadi, mo lâmpadas indicando se os podem ser adotadas gradativaconsultora do Instituto provadores de lojas de vestuário mente, à medida que o comerestão desocupados, por exemParadigma plo. (ver quadro nesta página) ciante reforma e pinta anualmente seu estabelecimento. EsA arquiteta cita ainda os shopsas melhorias não têm alto custo e a manuten- ping centers como locais com acessibilidade paç ã o é i g u a l à d i s p e n s a d a a q u a l q u e r ra o público que tem algum tipo de deficiência equipamento de um comércio", diz ela. física. Recentemente, a administração do ShopAlém da entrada – A arquiteta lembra, no en- ping Metrô Tatuapé foi mais além: incentivou tanto, que apenas rampas e degraus rebaixados seus lojistas a treinar os funcionários na linguanão tornam uma loja ou restaurante acessível. gem de libras – sinais de comunicação com de"É preciso pensar em todos os tipos de deficiên- ficientes auditivos – para melhor atender esse cia. Por isso, balcões mais baixos são adequados público que se reúne no shopping todas as quinpara pessoas de baixa estatura ou que utilizam tas-feiras. Silvana menciona também os bares cadeira de rodas. Provadores mais largos per- Madá (na vila Madalena) e a unidade do Salve mitem que se entre e prove roupas com confor- Jorge do Centro como locais com acessibilidato. Seus espelhos devem ser amplos e contem- de. O cinema Espaço Unibanco é outro que conta com elevadores, rampas e banheiros adaptados com sinalização correta. As livrarias Cultura e da Vila possuem rampas e acessos adequados. "O Brasil tem todos os equipamentos necessários para tornar todos os ambientes acessíveis. Basta fazer as adaptações necessárias e encará-las como uma melhoria normal para o espaço", conclui. Selo – No município de São Paulo, já existe uma classificação oficial para os estabelecimentos comerciais com acessibilidade. Eduardo Flores Auge, secretário-executivo da Comissão Permanente de Acessibilidade, explica que os critérios de concessão do selo estão sendo reavaliados. "Primeiramente damos um certificado aos projetos arquitetônicos inclusivos. Já o selo é obtido pelo estabelecimento que é realmente acessível. A Comissão visita os locais", diz. Segundo Auge, o selo, que existe desde 2004, vale por um ano. O interessado em tê-lo paga uma taxa de R$ 70. Mais informações podem ser obtidas no site da Prefeitura de São Paulo, no endereço eletrônico www.prefeitura.sp.gov.br. * Colaborou Masao Goto Filho
Corredores ficam menores com excesso de produtos
Balcão alto impede alcance de consumidor baixo
Masao Goto Filho/e-SIM
Andrea Paes Alberico, que depende de uma cadeira de rodas para se locomover, diz que balcões altos para o preenchimento de cheques, mesas que impedem a entrada da cadeira e carpetes são problemas a serem resolvidos
Boletim
www.memoria–empresarial.com.br
ANO XX – Nº 822
A HORA DO SIMPLES Depois de seis meses da implemen- dade do cliente com base no impos- cia e licitação, as normas dessa nova tação do Super Simples ou Simples to de renda anual. Agora, ele paga legislação, uma vez que o Simples não Nacional como enquadramento tri- os tributos todos os meses com essa é só tributação. E agora, como embutário, já foi possível identificar os nova legislação, que é maravilhosa, presários contábeis, todos nós vamos benefícios para mais de três milhões por dois grandes aspectos, que são orientar os clientes dentro da lei e do de pequenas e microos incentivos às micro perfil profissional de cada empresa, empresas que optaram e pequenas empresas porque temos essa missão.” por essa nova legislae a incorporação de Mutirões ção. Chegou a hora de todos os impostos em fazer um balanço da um só documento de “Além de trazer benefícios em questão tributária no pagamento. O novo geral, o Super Simples está levando Brasil e corrigir, com presidente da Fena- os empreendedores clandestinos base na experiência con, Valdir Pietrobon, para a legalidade. Está mostrando já vivenciada, as faestá trabalhando mui- que, por meio de uma cobrança lhas detectadas para to nesse momento, tributária menor, é possível fazer Carlos José de Lima Castro que se possa passar fazendo com que os com que a informalidade deixe de aos empresários a orientação mais Estados regulamentem esse novo existir na livre iniciativa. Nós critiadequada para o pagamento de sistema tributário. Ainda ficaram camos muito o aumento da carga impostos em 2008, tendo em vista arestas que os Estados precisam tributária e queremos uma redução as modalidades oferecidas hoje às aparar, e a Fenacon está esforçan- desse percentual em relação ao PIB, pessoas jurídicas. As nobem como o alargamento vas adesões ao Super Sim“E agora, como empresários contábeis, da base de contribuintes. O Super Simples vai ples poderão ser efetuadas todos nós vamos orientar os clientes trazer tudo isso, porque até 31 de Janeiro pelo site: www.receita.fazenda.gov.br. dentro da lei e do perfil profissional de agora vão começar os Quem analisa esse aspecto cada empresa, porque temos essa missão.” mutirões da formalidade crucial para o incentivo comandados por instituido empreendedorismo é Carlos José do-se nesse sentido, ou seja, cons- ções financeiras de âmbito federal, de Lima Castro, diretor do Escri- cientizando a população para que juntamente com várias entidades tório Contábil Anchieta Ltda. – e- os governantes sejam pressionados. representativas. Nós já chegamos mail: carlos.castro@eanchieta.com. A lei do Simples prevê o mínimo, até os profissionais que vão prestar br – Tel.: (11) 2274-6955 –, funda- mas, se o Estado conceder algo me- serviços para os microempresários, do em 1949. Como ex-presidente da lhor, prevalece isso, o que me faz mas ainda não chegamos àqueles Federação Nacional das Empresas acreditar que essa nova legislação que são informais e demonstrar as de Serviços Contábeis e das Em- foi uma sacada genial.” grandes vantagens do Super Simpresas de Assessoramento, Perícias, ples, de poder pegar crédito para Treinamento vender mais. Ninguém quer ser Informações e Pesquisa (Fenacon), além de ser um empresário contábil “O Super Simples está surtindo informal ou trabalhar sem carteira atuante no seu segmento, ele reúne bons resultados para todo o Brasil assinada. Essa legislação veio para todas as condições necessárias para e, ainda na minha gestão da Fena- dar aos nossos filhos a oportunidafornecer um panorama abrangente con, pudemos divulgar essa lei. Nós de de ver o pequeno empreendedor do impacto do Super Simples para fizemos um convênio com o Sebrae brasileiro ganhar o status merecido, a economia brasileira. Em depoi- e conseguimos dar um treinamento pois são eles que mais geram emmento exclusivo, Castro assume um de 12 horas por R$ 20,00 para mais pregos nesse país.” posicionamento bastante otimista de 30 mil empresários contábeis. Foi a Realização: IMEMO – Instituto da Memória Empresarial Assessor: Alberto B. Matias (USP), Alencar Burti, sobre o assunto, acreditando ser esse maior divulgação que uma lei já teve Conselho Aparecida Terezinha Falcão, Carlos Sérgio Serra, Dácio Múcio Souza, Dante Matarazzo, Elvio Aliprandi, Irani Cavagnoli, um grande passo para a formalida- neste país. Nenhuma outra legislação de Irineu Thomé, José Serafim Abrantes, Marcos Cobra (FGV), Ernesto Fabri, Roberto Faldini, Yvonne Capuano. foi tão divulgada quanto a do Super Pedro de dos pequenos negócios. Publicado por Hífen Comunicação – Redação: Maria Carnevalli – Revisão: Lírio C. da Silva – E–mail: Simples. Levamos essas informações Alice sala@empresario.com.br Regulamentação também para as pessoas ligadas às APOIO: “Acabou aquele tempo em que no prefeituras, para que elas possam mês de abril se fechava a contabili- adptar seus processos de concorrên-
© 1987 HÍFEN
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
TURISMO - 1
MARAU
Divulgação
VIAJAMOS A BORDO DO COSTA MAGICA O gigante da temporada encanta pela decoração inspirada nas paisagens da Itália, pelos shows noturnos e pela variedade de atrações: spa, cassino, jacuzzis ao ar livre, toboágua... Pág. 4
PENÍNSULA DE
Fotos: Luiz Prado/LUZ
Bahia redescoberta
Divulgação
Divulgação
N a chamada Costa do Dendê, sul do Estado, o lugarejo com ares de vila de pescadores e difícil acesso só caiu nas graças dos turistas nos últimos anos. Melhor para todos. Entre as atrações, preservam-se nada menos que 40 quilômetros de praias com coqueiros a perder de vista, além de piscinas naturais, rios e lagoas. A dica: vá conhecê-lo antes que seja tarde! Págs. 2 e 3 Veja mais imagens desta edição na nossa galeria de fotos virtual no site www.dcomercio.com.br/ galeria/boa viagem_index.htm
Simpáticos pescadores, praias belíssimas e esculturas em pedra – como a Pedra Furada (ao lado) – são as estrelas desse pedaço de terra baiana, acessível por avião bimotor, barco ou 4x4. Ali, o luxo está representado pelo Kiaroa Eco-Luxury Resort (fotos acima), com seus bangalôs inspirados na Polinésia, na África e em Bali
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
Suhaib Salem/Reuters
VOLTEI!
Internacional
Hillary Clinton ignora pesquisas, vence primária em New Hampshire e embola corrida presidencial nos EUA; McCain é destaque republicano Larry Rubenstein/Reuters
Larry Downing/Reuters
CHEGOU!
Considerada "carta fora do baralho" por muitos analistas, ex-primeira-dama comemora vitória na terça
2009
Mohammed Abed/AFP
tem que a proximidade do fim de seu mandato (janeiro de 2009) e as eleições americanas limitam sua margem de ação. Eles também consideram poucas as chances de um acordo para a criação de um Estado palestino, já que tanto o premiê israelense, Ehud Olmert, como o presidente palestino, Mahmud Abbas, estão politicamente enfraquecidos. Após uma reunião de três horas com Olmert, Bush disse que Israel deve remover todos os assentamentos ilegais na Cisjordânia, algo que o premiê israelense declarou que fará, mas sem determinar uma data. Bush também afirmou que dirá a Abbas, hoje, que o território palestino não pode ser um paraíso para terroristas. Ao mesmo tempo, na Faixa de Gaza, milhares de palestinos linha-dura fizeram uma manifestação convocada pelo movimento islâmico Hamas em protesto contra a visita de Bush. Os palestinos queimaram retratos de Bush e gritaram "Morte à América." Em seguida, queimaram bandeiras dos EUA e de Israel. (AE)
importantes as próximas disputas democratas, em Nevada (dia 19 de fevereiro) e na Carolina do Sul (no dia 26). Hillary havia terminado em terceiro lugar no "caucus" de Iowa, atrás de Obama, o que gerou especulações de que estaria fora do páreo. Nos últimos dias, pesquisas indicavam vantagem superior a 10 pontos percentuais para Obama em New Hampshire, mas a senadora acabou vencendo. A vitória também deu novo fôlego à cambaleante campanha de senador por Arizona John McCain, que agora volta a ter chances na embolada disputa do Partido Republicano. Com 38% dos
Ó RBITA
ÁFRICA John Kufuor, presidente da União Africana, reuniu-se com o governo e a oposição do Quênia para tentar desfazer o impasse político que já matou 500 pessoas
Juan Barreto/AFP
E
m meio a protestos, contra barcos iranianos no Esbandeiras america- treito de Ormuz, na região do nas queimadas e gri- Golfo Pérsico. "Haverá consetos de "assassino", qüências graves se atacarem George W. Bush iniciou ontem nossos navios gratuitamente. sua primeira visita a Israel e Meu conselho é que não o faaos territórios palestinos como çam", advertiu o americano. presidente dos Estados UniVisita histórica dos em meio a seus esforços Apesar do caráter histórico para obter um da visita, neacordo de paz nhum grande na região. Ele anúncio é esdeclarou que perado nos há uma nova três dias de oportunidade viagem, apepara a paz enTermina em janeiro do sar de Israel e tre israelenses Palestina tepróximo ano o e palestinos e r e m s e c o mque os dois laprometido — mandato de Bush, dos estão durante a conque quer acordo de prontos para ferência de paz até essa data fazer duras Annapolis — concessões. a tentar che"Há um "mogar a um acormento histórico, uma oportu- do antes do final do ano. nidade histórica", avaliou. Bush, acusado de negligenMas conversas em torno da ciar o conflito palestino-israepaz foram ofuscadas pelo Irã. lense durante seus sete anos de Bush voltou a ameaçar Teerã governo, está empenhado em com "conseqüências graves", obter um acordo de paz para, caso o país volte a provocar aparentemente, deixar um lesuas forças militares — no do- gado melhor na região do que a mingo, navios americanos es- criticada invasão do Iraque. tiveram prestes a abrir fogo No entanto, analistas adver-
s pré-candidatos a presidente dos EUA espalharamse ontem por diferentes partes do país, um dia após a surpreendente primária de New Hampshire, que reformulou a corrida eleitoral americana com a vitória da democrata Hillary Clinton e do republicano John McCain. E abriu caminho para uma dura e, sobretudo, longa disputa pela indicação dos partidos para concorrer nas eleições de novembro. Hillary contrariou as mais diversas pesquisas de opinião e superou por uma pequena margem — 39% a 36% dos votos — o senador Barack Obama, tornando ainda mais
Mohammed Abed/AFP
SEM FESTA ristina Kirchner completa vários bairros de Buenos Aires desde o Natal, tornou-se hoje um mês no poder. C constante nos últimos três dias. Mas, para irritação da
Seguidores do Hamas protestaram na Faixa de Gaza Cartaz mostra cachorro mordendo retrato de Bush
presidente argentina, a celebração será atrapalhada pelos apagões energéticos. A falta de energia, que atinge
Para evitar um colapso, o governo importou energia do Brasil e exigiu às empresas que reduzam o consumo. (AE)
votos, ele superou o exgovernador de Massachussets, Mitt Romney. A próxima batalha entre os republicanos acontece na terça-feira, em Michigan, onde Romney é apontado como favorito, embora também deva haver muitos votos para McCain e Mike Huckabee, vencedor de Iowa. Outro republicano importante, o ex-prefeito de Nova York Rudy Giuliani, concentra esforços na Flórida, que vota dia 29. Ele espera que um resultado expressivo nesse Estado lhe dê impulso para a chamada "Superterça", em 5 de fevereiro, quando 22 Estados realizam as prévias simultaneamente. (Reuters)
NOVELA presidente da Venezuela, O Hugo Chávez, disse ontem que as Farc lhe deram as coordenadas do local onde serão deixadas as duas reféns que o grupo prometeu libertar em dezembro. Chávez disse que pediu permissão ao governo da Colômbia para resgatar as duas reféns — a ex-assessora da campanha de Ingrid Betancourt, Clara Rojas, e a ex-congressista colombiana Consuelo González. As reféns poderão ser resgatadas hoje. O governo da Colômbia informou horas depois que foi dada a permissão para a missão de resgate. O grupo guerrilheiro suspendeu a libertação dos reféns em 31 de dezembro, ao alegar que operações militares do Exército da Colômbia impediam a entrega das reféns. Chávez disse que aviões decolarão com a Cruz Vermelha de algum ponto da Venezuela em direção ao Guaviare (na Colômbia) para o resgate. (AE)
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Na visita da paz a Israel, ameaças de Bush ao Irã dão o tom
DIÁRIO DO COMÉRCIO
2 - TURISMO
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
Encanto na Costa do Dendê A pacata vila de Barra Grande é a porta de entrada para a região depois da travessia de barco que leva cerca de uma hora e meia a partir da cidade de Camamu. A longa viagem até a península compensa Por Mariana Bergel
C
Fotos: Luiz Prado/LUZ
ravada na Costa do Dendê, no sul da Bahia, a Península de Maraú esbanja paisagens paradisíacas em seu ecosistema praticamente intocável. Se, para alguns, a dificuldade de acesso é um problema, para muitos amantes da natureza ela é mais um motivo de felicidade. Até a última década, quando começou a ser descoberta por turistas, a região era um verdadeiro paraíso perdido. Mas a tendência é que a exploração turística aumente rapidamente por ali e o lugarejo perca sua aura de vila de pescadores. Melhor conhecê-la antes que isso aconteça. Localizada entre a Baía de Camamu e Itacaré, a península conta com 40 quilômetros de praias com coqueiros a perder de vista, piscinas naturais formadas por recifes de corais, rios e lagoas de água doce. A cor do mar, que oscila entre tons de verde-claro e azul-piscina, completa a perfeição da beleza natural de Maraú. Todas as caminhadas na península são em solo plano, seja nas praias ou em meio à Mata Atlântica, onde o passeio é brindado com a companhia de sagüis. O clima é quente e úmido, com temperatura média anual de 28ºC. Mas prepare-se: no verão os dias são bem mais quentes. Quem prefere evitar o perío-
Vista de tirar o fôlego do Morro do Celular (à esq.), que até pouco tempo atrás era o único lugar onde os celulares tinham sinal. Para se ter uma idéia da península, um tour de 4X4 parte da Praia do Mutá (à dir.)
do de chuvas não deve fazer a viagem entre abril e junho. Centrinho – A vila de Barra Grande serve como porta de entrada para a península e a Baía de Camamu e concentra a maioria das pousadas e restaurantes da região. A praia do vilarejo tem mar calmo e barracas que servem petiscos e bebidas. É ali o local da chegada dos turistas que vêm da cidade de Camamu. Durante a travessia, que leva
cerca de uma hora e meia, já é possível se deslumbrar com as dezenas de ilhas, manguezais e vilarejos de pescadores. Muitos turistas vêm de Itacaré, situada a aproximadamente 65 km da península, mas é bom considerar que a estrada – quase toda de terra – não apresenta boas condições de tráfego. As possibilidades de passeios na região são incontáveis. Para ter uma noção geral da penínsu-
la a sugestão é partir, em um veículo 4x4, da Praia do Mutá e percorrer a orla até a Praia do Cassange. Ali fica também a Lagoa do Cassange, com cerca de um quilômetro de água doce. Separada do mar apenas por uma faixa de areia de 300 metros, segundo a versão dos nativos, suas águas são carregadas de lanolina. Por isso, é bastante freqüentada por mulheres que buscam amaciar seus cabelos.
Os praticantes de esportes a vela também se deliciam em suas águas calmas. Vista – Junto à lagoa, do lado oposto ao oceano, fica o Morro da Bela Vista, de onde se tem uma vista de tirar o fôlego. O local é popularmente conhecido como Morro do Celular, pois, até pouco tempo atrás, era o único lugar onde os aparelhos celulares tinham sinal. Bem pertinho dali fica a Trilha das Bromé-
lias. Trata-se de um caminho repleto de bromélias gigantes, com folhas que chegam a quatro metros de altura, sendo que muitas ficam nas copas das árvores. Com sete quilômetros de extensão, Taipus de Fora é considerada uma das praias mais belas do País. Quando a maré está baixa, surge uma piscina natural de quase um quilômetro de extensão e 500 metros de largura. Cercada por corais e repleta de peixes coloridos, a piscina é ideal para a prática de mergulho livre. Para completar a paisagem, um sem-fim de coqueiros – car a c t e r í s t i c a c omum a todas as praias da península –, vegetação de Mata Atlântica, e areias cortadas por córregos que descem em direção ao mar. Há ainda as praias da Bombaça e Três Coqueiros, ideais para a prática do surfe. Passando o limite de Barra Grande, chega-se a Saquaíra, um vilarejo que vem crescendo rapidamente. Com extensão de nove quilômetros, a Praia de Saquaíra é praticamente deserta e tem ondas fracas. E como se não bastasse, ali – e em todas as praias da península – quando baixa a maré aparecem piscinas naturais. Um espetáculo à parte na Península de Maraú. A viagem foi oferecida pelo Kiaroa Eco-Luxury Resort
A lenda dos apaixonados
As caminhadas na Península de Maraú são em solo plano, seja nas praias ou em meio à Mata Atlântica. Passeios de jipe percorrem toda a orla
Piscinas naturais de Taipus de Fora: beleza local criada, segundo a lenda, pelo índio Maraú para impressionar sua amada Saquaíra
Presidente Alencar Burti Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editora Antonella Salem antonellasalem@uol.com.br Sub-editora Lygia Rebello lygiarebello@uol.com.br Chefe de reportagem Arthur Rosa
Editor de Fotografia Alex Ribeiro Editor de Arte José Coelho Diagramação Evana Clicia Lisbôa Sutilo Ilustrações Jair Soares Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Impressão Diário de S. Paulo
www.dcomercio.com.br
U
ma das lendas mais conhecidas na região trata de uma história de amor indígena entre o guerreiro Maraú e a índia Saquaíra. Os dois viviam apaixonados, até que apareceu o índio Camamu, que teria seduzido Saquaíra com promessas de amor, riqueza e de uma terra cheia de encantos naturais. Bastava ela entrar no barco de Camamu e abandonar o índio Maraú para ser merecedora de tais pre-
sentes. Saquaíra sucumbiu à tentação e partiu. Maraú evocou a ajuda do deus Tupã e conseguiu dar à sua pequena canoa velocidade suficiente para acompanhar o ritmo de viagem do veloz barco de Camamu. Munido dos poderes conferidos por Tupã, Maraú aproveitou o trajeto criando belezas naturais para encher os olhos de sua amada. Ao adentrar o mar, Camamu, percebendo a estratégia do rival, passou a recortar o li-
toral com seu barco, criando belas enseadas para dificultar a perseguição de Maraú. Morros e lagoas – Para saber onde estavam Camamu e Saquaíra, Maraú criou o Morro da Bela Vista, de onde conseguiu localizá-los. Ao descer do morro, criou as lagoas do Cassange, da Tabatinga e a Lagoa Azul, tentando impressionar sua amada. No entanto, o casal fugitivo se distanciava cada vez mais de Maraú, que seguiu criando
mais e mais atrativos, como as impressionantes piscinas naturais de Taipus de Fora. Mesmo sem conseguir reaver Saquaíra, Maraú pediu a Tupã que todas as belezas que criara para ela servissem para selar a união dos casais apaixonados que passassem pela região, desejando aos outros a sorte que não teve. Por isso os nativos afirmam que os casais que se formam na península ou que vão juntos até lá não se separam nunca mais. (M.B.)
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
1 Shopping Ibirapuera firmou parceria com o canal de TV Rá-Tim-Bum para as férias de janeiro
PRÉVIA DA ACSP MOSTRA QUE CONSUMIDORES TÊM EVITADO COMPRAS A CRÉDITO NESTE INÍCIO DE ANO
IOF COMEÇA A MUDAR PAGAMENTOS Fotos: Divulgação
Newton Santos/Hype
Mário Tonocchi
A
Shoppings: atrações para as férias. Vanessa Rosal
O
consumidor paulistano que não viajou nas férias de janeiro poderá encontrar boas opções para se divertir na capital. Cursos, exposições e brincadeiras são algumas das atrações oferecidas pelos shoppings nesta época do ano — e elas funcionam também como estratégia para atrair famílias inteiras aos empreendimentos. A expectativa é de que as vendas aumentem até 8% em relação ao mesmo período de 2007. A partir de hoje, no Shopping Leste Aricanduva, as crianças poderão ver de perto uma miniexposição com brinquedos feitos de madeira, como pião, ioiô, jogos educativos, casinhas de bonecas e carrinhos de rolimã. A idéia é mostrar uma diversão diferente da tecnologia a que elas estão acostumadas. De acordo com o gerente de marketing do shopping, Cezar Augusto Campos, crianças entre 4 e 10 anos poderão participar da oficina de confecção de peças com temas infantis recortadas em MDF (material semelhante à madeira). "Nossas atividades em janeiro e julho
P
À espera do consumidor "folião"
costumam atrair um grande número de curiosos. E o resultado é muito bom para as vendas." Quem preferir uma brincadeira mais radical poderá se divertir na pista de patinação no gelo. Por 20 minutos de diversão pagam-se R$ 12. A pista fica aberta até 20 de fevereiro. Do outro lado da cidade, na zona sul, o Shopping Interlagos apostou no "Ateliê do Ventinho", para crianças de 4 a 12 anos. Oficinas de aquarela e confecção de marcadores de páginas, ímãs de geladeira e adereços de carnaval são algumas das atrações. Segundo a superintendente Carla Gomes, o centro de compras investiu R$ 100 mil nesse evento. "Nossa expectativa é de au-
mento de vendas de 8% e crescimento de 10% no fluxo de público em relação à mesma época do ano passado", disse. Já o Shopping Ibirapuera, também na zona sul, firmou parceria com o canal de TV RáTim-Bum. Reciclagem, alimentação saudável e cinema fazem parte da programação educativa para as crianças que não viajaram nas férias. A partir do dia 16, elas poderão interagir com os personagens e assistir aos programas de maior sucesso da televisão. Para o gerente de marketing Ricardo Portela, o evento tem forte apelo para as crianças e deverá atrair um grande público até o dia 3 de fevereiro. Com a proximidade do carnaval, o Shopping D, na zona norte da cidade, traz uma exposição de fantasias para atrair os consumidores "foliões". Pelo quarto ano consecutivo, o empreendimento aposta no brilho e na grandiosidade das escolas de samba paulistanas como atividade oficial do calendário de janeiro. De acordo com a gerente de marketing Elaine Leonel, 12 agremiações já confirmaram participação. "Muita gente vem ao shopping ver de perto a fantasia da sua escola do coração", afirmou.
Alshop cancela Liquida SP
elo segundo ano consecutivo, a Liquida, São Paulo, tradicional venda promocional conjunta de shoppings, não será realizada em janeiro. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), Nabil Sahyoun, a decisão do cancelamento foi unânime. "Preferimos
desta vez abrir mão do evento neste mês para concentrar esforços no mês de julho, quando acontece a troca de coleção", afirmou. Segundo ele, a maioria dos lojistas iniciou liqüidações descoordenadas depois do Natal, dificultando a realização do evento. "No ano passado também optamos por não fazer a liqüidação
conjunta em janeiro e fevereiro. Em julho os resultados são mais satisfatórios", disse. A última edição da Liquida São Paulo, realizada entre os dias 25 e 29 de julho de 2007, teve a participação de 14 shoppings. De acordo com os lojistas, o faturamento foi 9% maior que o obtido em julho do ano anterior. (VR)
Consumidor mostra preferência por compras à vista, segundo a ACSP.
9,9
por cento foi a alta do número de consultas ao UseCheque, termômetro das vendas à vista, entre os dias 1º e 8 de janeiro na capital. dobrou, que está tudo mais caro quando comprado com financiamento. Isso pode assustar no começo. De qualquer forma, acredito que o consumidor deve voltar em breve aos carnês", observou. De acordo com Alfieri, a pesquisa da ACSP mostra "que entramos em 2008 com o mesmo ritmo de vendas do final do ano passado". Pelas contas do Instituto de Economia da entidade, na média, as consultas
ao UseCheque e ao SCPC cresceram 7,95% na primeira semana de janeiro na comparação com o mesmo período do ano passado. Em dezembro de 2007, o volume de consultas aos dois sistemas cresceu 7,8% em relação a dezembro de 2006. Nessa comparação entre meses de dezembro, a consulta para carnês aumentou 7,9% e para cheques cresceu 7,7%. Alfieri disse que apenas o fechamento desta primeira quinzena de janeiro deve mostrar com mais clareza como o novo IOF afetou o comportamento do consumidor e vai determinar as atitudes do comércio diante desse cenário. As novas regras do IOF aumentaram o custo para financiamentos de longo prazo. A cobrança diária para o recolhimento nas operações de financiamento passaram de 0,0041% ao dia para 0,0082%. A mudança aumentou a alíquota de 1,5% para 3%. Além disso, ficou estabelecida uma taxa fixa extra de 0,38%.
Móveis são destaque no varejo
O
faturamento do setor de móveis e decoração cresceu 36% em novembro passado na comparação com o mesmo período de 2006. Segundo a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), divulgada ontem, o segmento apresentou a alta mais expressiva no mês. O ramo tem apresentado crescimento acima da média do varejo, que foi de 6,6% em novembro ante o mesmo mês de 2006. De acordo com a entidade, o crédito farto e o mercado imobiliário aquecido explicam o bom desempenho. A Fecomercio informou também que a oferta de crédito continua impulsionando as vendas do segmento de farmácias e perfumarias, que tiveram receitas 16,2% maiores em novembro de 2007 que em igual mês do ano anterior. A ampliação da procura por remédios genéricos e a maior variedade de produtos contribuíram para o resultado.
Na mesma base de comparação, as receitas de lojas de material de construção subiram 14,6%. Também tiveram faturamento maior o varejo de eletrodomésticos e eletroeletrôni-
cos (14,4%), vestuário, tecidos e calçados (12,2%), concessionárias de veículos (7,8%) e supermercados (3,8%). Caíram as vendas de lojas de departamento (3,5%). (AE) DC
Shopping D, na zona norte da cidade, aposta em exposição de fantasias de escolas de samba paulistanas
s novas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), fixadas pelo governo no último dia 2, já mexeram com as formas de pagamento no varejo da capital paulista nos primeiros seis dias úteis deste mês. Levantamento do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), divulgado ontem, mostra que o volume de consultas ao UseCheque (que serve de termômetro para as vendas à vista) aumentou 9,9% entre os dias 1 e 8 de janeiro (467.482 consultas) em relação a igual período de janeiro do ano passado, quando foram registradas 425.385 consultas. Nessa mesma comparação, o volume de consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), que reflete as vendas a prazo, cresceu menos, 6%. Foram 416.241 consultas registradas, ante 392.601 consultas nos primeiros dias de janeiro de 2007. Na avaliação do economista da ACSP Emílio Alfieri, com os novos valores de IOF, muitos consumidores estão em compasso de espera para fazer compras com carnês ou por meio do crédito rotativo do cartão. Segundo ele, os compradores tendem a querer esperar para ver o que vai ocorrer com os preços dos produtos e com o custo do dinheiro. "O sujeito está lá, em frente à televisão, esperando a novela e o repórter fala que o imposto
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
TURISMO - 3
Pela grande Baía de Camamu
Fotos: Luiz Prado/LUZ
Terceira maior do País depois da Baía de Todos os Santos e da Baía de Guanabara, ela abriga 90 ilhas e muitas maravilhas. Embarque num passeio de barco por águas calmas
Navegar pela Baía de Camamu (à esq.) é um programa surpreendente. Povoado de Campinho (fotos à dir.) convida ao mergulho; já em Sapinho (acima) há manguezais
É
difícil escolher para qual lado olhar. Com paisagens de tirar o fôlego, a Baía de Camamu abriga mais de 90 ilhas, além de florestas, manguezais, praias e vilarejos ainda bastante preservados. Terceira maior do Brasil em vo-
lume de água depois da Baía de Todos os Santos, localizada no mesmo Estado, e da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, ela é um convite para um envolvente passeio de barco. Para chegar lá, saindo da Península de Maraú, pode-se alugar uma lancha ou um barco no
porto de Barra Grande. Para aproveitar bem a oportunidade de estar nesse paraíso, vale a pena sair logo pela manhã. Ainda assim, é impossível conhecer tudo em apenas um dia. Quem tem medo de se aventurar mar adentro não tem motivos para se preocupar, pois ali as águas
são bastante calmas. Os ventos constantes ajudam a refrescar o corpo do sol forte. A ilha mais próxima de Barra Grande é a da Coroa Vermelha, que fica na entrada da baía. Ela não passa de um grande banco de areia, visto especialmente quando a maré está bai-
Kiaroa: pérola de Maraú Fotos: Divulgação
Numa área verde de 240 mil metros quadrados, o hotel oferece 28 acomodações, entre suítes e bangalôs com piscina privativa. A cozinha por ali é um luxo à parte
S
e a região já é uma jóia, aliada ao conforto e ao bom-gosto do Kiaroa Eco-Luxury Resort o destino fica ainda mais especial. Projetado para parecer uma extensão da natureza, o Kiaroa – nome inspirado em uma pérola negra da Polinésia Francesa– segue o padrão de resorts internacionais. Erguido em uma área de 240 mil metros quadrados, o resort fica a três quilômetros do vilarejo de Barra Grande, de frente para o mar, na praia da Ponta do Mutá. Cercada por vegetação nativa, suas águas cristalinas e calmas formam cinematográficas piscinas naturais quando a maré está baixa. Quem tiver sor-
te e visitar o local em época de lua cheia terá o privilégio de presenciar um espetáculo à parte. Ilustre e imponente, ela parece surgir de dentro do mar. Suas 28 acomodações contam com decoração exclusiva. Todas têm camas com dossel e lençóis de algodão egípcio. Alguns bangalôs foram inspirados na Polinésia Francesa, outros em Bali e os inaugurados mais recentemente homenageiam a África. Batizados de Malindi, nome de uma charmosa praia no Quênia, cada um dos bagalôs "africanos" possui uma área de 95 m². Além da varanda e da hidromassagem cromoterápica, esses bangalôs cercados pela
mata nativa contam com televisão de plasma de 42 polegadas, aparelho de DVD e ar-condicionado. As opções de bangalôs Bali e Moorea têm piscinas privativas. Mordomias – Na área central do resort, uma piscina de 800 m² se confunde com o mar azul. Além de uma raia de natação, há hidromassagem, um bar e deque molhado. O luxo também se estende à mesa: o restaurante serve um incrível café da manhã, com tipos variados de pães – feitos durante a madrugada lá mesmo –, sucos e guloseimas. O almoço e o jantar são preparados especialmente pelo chef Antonio Bispo, ex-Fasano. A gastrono-
mia refinada aliada ao visual e o sabor dos pratos somada à privacidade que o local oferece são raras de encontrar. A última novidade do Kiaroa é o Spa Armonia. Construído em meio à mata nativa em uma área de 1 mil m², ele reproduz um templo oriental. Lá, são oferecidos tratamentos corporais, massagens e rituais de beleza que valem a pena experimentar. Quem dispensa a estrada para chegar até esse paraíso e prefere o conforto e a praticidade pode fazer a viagem de avião. O resort tem uma pista de pouso particular homologada pelo Departamento de Aviação Civil (DAC) e oferece o serviço incluído nos pacotes. (M.B.)
RAIO X COMO CHEGAR A TAM (tel. 11/4004-5700, www.tam.com.br) tem vôos saindo de São Paulo. Ida-e-volta a partir de R$ 579 para Salvador, e a partir de R$ 559 para Ilhéus. Pela Gol (tel. 0300/1152121, www.voegol.com.br), SPSalvador-SP custa R$ 498 e SPIlhéus-SP a partir de R$ 638. Partindo de Salvador Há vôos em avião bimotor para Barra Grande pela AeroStar (tel. 71/3377-4406, www.aerostar. com.br). O trecho sai por R$ 300. Outra opção é terrestre, pela rodovia BR-324, atravessando a Baía de Todos os Santos com ferry-boat e, passando pela Ilha de Itaparica, chegando até a cidade de Camamu. De lá, em barcos ou lanchas percorre-se o Rio Maraú e alcança-se o porto de Barra Grande. O trajeto é de 370 quilômetros e demora em média seis horas. Partindo de Ilhéus Também se chega a Maraú, por barco ou via terrestre, percorrendo cerca de 170 km, em
três horas. O traslado de carro do aeroporto de Ilhéus até Barra Grande sai por R$ 360 o casal. Há ainda a opção aérea, pela AeroStar, mas os vôos são fretados e a tarifa depende do número de passageiros. ONDE DORMIR Taipabas Hotel: Rua Vivaldo Monteiro, 20, Barra Grande, tel. (73) 3258-6177, www.taipabashotel.com.br. A 100 metros da praia, amplos quartos com varanda. Diárias a partir de R$ 140, com café. Pousada Compostela: Rua
Maraú, 77, Barra Grande, tel. (73) 3258-6270, www.pousada compostela.com.br. A poucos metros da praia. Suítes com varanda privativa com rede. Diárias com café da manhã a partir de R$ 110. Kiaroa Eco-Luxury Resort: Loteamento da Costa, área SD6, Barra Grande, www.kiaroa.com.br, tel. (71) 3272-1320. Diárias a partir de R$ 988, com café da manhã e jantar. Pousada Lagoa do Cassange: Praia do Cassange s/nº, Maraú, tel. (73) 3255-2348, www.maris. com.br. Na beira da praia, bangalôs com varanda. A partir de R$ 240 com café e jantar. ONDE COMER Restaurante Panela de Barro: Rua Antonio Calumbi, s/n°, Três Coqueiros, Barra Grande, tel. (73) 3258-6162. Comida baiana. Bobó de camarão custa R$ 50 (para duas pessoas). Gaúcho's Bar e Restaurante: Praia Taipu de Fora, em frente às piscinas naturais, tel. (73) 3258-
9014. Variado. Uma das especialidades é a moranga recheada com lagosta ao creme de queijo (R$ 90, para duas pessoas). Uai Bahia Restaurante e Sushi Bar: Rua Desembargadora Olny Silva, s/nº, Barra Grande, tel. (73) 3258-6194. Cozinha mineira, grelhados, frutos do mar e sushi bar. O tutu à mineira custa R$ 19. FAÇA AS MALAS Clima: tropical e úmido, com média anual de 28ºC. Agências: a Terral Turismo (tel. 73/3258-9018, www.terral turismo.tur.br, ) oferece jeep tours, passeios marítimos e trilhas para praias e cachoeiras, além de outros esportes de aventura. A Naturemar (tel. 73/3258-6361, www.naturemar.tur.br) faz traslados de Ilhéus e passeios para as atrações locais. Dica importante: leve dinheiro, pois não há agências bancárias em Barra Grande. Internet: www.barragrande.net e www.portaldemarau.com.br.
xa. O mais curioso é que a formação dessa porção de areia nunca é a mesma, de forma que os barcos atracam cada vez em um local diferente. Ainda que o local pareça sem graça, as piscinas naturais formadas entre os blocos de areia são especiais e a ilha rende boas fotografias. Pedra Furada – Um pouco adiante fica a Ilha da Pedra Furada, uma das mais incríveis da Baía de Camamu. Apesar de pequena, ela é bem peculiar. De formação rochosa, foi batizada com esse nome em homenagem a uma grande pedra erodida em forma de arco. Curiosamente, cada uma das inúmeras pedrinhas espalhadas pela ilha também têm um furo. Por se tratar de uma propriedade particular, é preciso pagar R$ 2 para desembarcar ali. Perto da Pedra Furada fica a Ilha Grande que, como o nome já diz, é a maior da Baía de Camamu. Ela conta com cerca de 1.500 habitantes e mede aproximadamente 4 quilômetros quadrados. Assim como nas outras ilhas, suas águas são calmas e límpidas. As praias mais conhecidas são: Enseada, Furado, Cantagalo, Taiti e Caravelas. Dê atenção especial à Prainha, que tem um cenário impressionante. Há um vilarejo de pescadores na ilha com algumas opções de pousadas, bares e restaurantes, que ofereCamamu (abaixo) tem mil atrações, como a llha da Pedra Furada – assim nomeada graças à grande pedra em forma de arco
cem pratos à base de frutos do mar. Ali não há automóveis. Outra atração da baía é o povoado de Campinho, aonde é possível chegar também por terra. Partindo de Barra Grande, são apenas três quilômetros. Moradores antigos afirmam que por lá teria passado, por volta da década de 1930, Antoine de Saint-Exupéry, autor de O Pequeno Príncipe. Por suas águas límpidas e profundas, cercadas de corais e repletas de peixes. Campinho é um dos melhores locais para mergulhar. Pouco adiante fica o povoado do Sapinho, com seus abundantes manguezais. Quem não tiver pressa, pode se aventurar baía adentro e conhecer locais ainda menos explorados por turistas, como Barcelos do Sul, Cajaíba, Ilha das Flores, o Rio Maraú e a alucinante Cachoeira do Tremembé. (M.B.)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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Indicadores Econômicos
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
21,31
9/1/2008
reais é a unidade padrão de capital (UPC) para os três primeiros meses de 2008.
COMÉRCIO
DC
Fundo
Informe Publicitário FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Posição em
P. L. do Fundo
Empresarial LP
07/01/2008
27.532.121,10
Esher LP Hope LP JCP-SUL LP Master Recebíveis LP Múltiplo LP Odyssey LP Prospecta LP Redfactor LP Valecred LP
07/01/2008 07/01/2008 07/01/2008 07/01/2008 07/01/2008 07/01/2008 07/01/2008 07/01/2008 07/01/2008
21.781.132,60 14.510.777,77 1.968.159,12 2.070.912,62 16.769.920,94 495.252,78 1.386.535,91 13.094.116,30 5.291.953,46
Tipo Subordinada Sr 1ª emissão Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Sub - Classe A
Vlr Cota Sub 1.693,773808 781,729307 1.137,011478 1.295,213185 1.142,057017 1.289,560571 1.545,174520 990,505560 959,509546 1.202,515487 1.045,756517
% rent. mês 1,2195% 0,1841% 1,6869% 0,4613% 0,4963% -3,0115% -0,0662% -0,6679% 0,8027% -0,8771% 0,2008%
% ano 1,22% 0,18% 1,69% 0,46% 0,51% -3,01% -0,07% -0,67% 0,80% -0,88% 0,20%
Tipo Sr 2ª emissão Sr 3ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sub - Classe B
Vlr Cota Sr 1.046,375468 1.016,480000 1.036,516500 1.076,043020 1.032,558560 1.291,759425 1.019,906476 1.049,463973 272,436299
% rent. mês 0,1925% 0,1925% 0,1841% 0,1874% 0,1757% 0,1841% 0,1925% 0,1925% 0,7984%
% ano 0,19% 0,19% 0,18% 0,19% 0,18% 0,18% 0,19% 0,19% 0,80%
rating A+(Austin) BBB(Austin) AA-(Austin) AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) A- (Austin) A- (Austin) AA(Austin) A(Austin)
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
Sob aplausos e escoltadas, telas voltam para o Masp
7 Paulo Pinto/AE
Forte esquema policial garantiu o retorno de Picasso e Portinari à avenida Paulista.
Sérgio Castro/AE
Cem policiais e um helicóptero protegeram as obras
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s quadros R etra to lizado no Museu do Louvre, na de Suzanne Bloch, França, e contará com 48 equide Pablo Picasso, e pamentos de vigilância, entre O Lavrador de Café, sensores e câmeras de monitode Cândido Portinari, retorna- ramento. "O Louvre é um dos ram na manhã de ontem ao museus do mundo que tem as Masp. As duas telas chegaram melhores condições de seguacompanhadas por uma escol- rança e nós estamos colocando ta de cem policiais do Grupo aqui equipamentos de última Especial de Resgate (GER) e do geração, tão bons ou melhores helicóptero da Polícia Civil. do que tudo aquilo que existe Diretores e integrantes do no mundo", afirmou Júlio Neconselho do museu, presidido ves durante o ato. pelo médico Adib Jatene, receAntes de saírem da sede do beram os quadros D E I C , o s q u acom aplausos. O dros foram emsecretário de Sebalados com um gurança Pública tipo especial de do Estado de São Esse foi o melhor papel protetor, Paulo, Ronaldo presente de 60 anos com fibras de teMarzagão, parti- do Masp que cido chamado cipou do ato, que "tyevec", que impoderíamos ter foi aberto com a pede a aderência assinatura de um recebido. a pintura. A em"auto de entrega" Júlio Neves, presidente presa especialidas obras furta- do Museu de Arte de São zada responsádas no dia 20 de Paulo (Masp) vel pela viagem dezembro. também levou "Esse foi o mepapelões para lhor presente de 60 anos que proteger as obras durante o capoderíamos ter recebido", dis- minho até a avenida Paulista. se o presidente do Masp, o ar- De acordo com a restauradora quiteto Júlio Neves. Ele não fez do Masp, Karen Barbosa, as mais comentários sobre o re- obras passaram por uma análitorno das obras. Neves tam- se mais detalhada assim que bém não deu detalhes sobre o chegaram ao museu com o uso novo sistema segurança do de lentes de aumento. Ela inmuseu, mas adiantou que par- formou que os quadros não fote dele estará em funciona- ram danificados. Karen tammento na reabertura do Masp, bém garantiu a autenticidade marcada para amanhã. das duas pinturas recuperaO único dado fornecido é de das, que valem, juntas, cerca que o modelo é similar ao uti- de R$ 100 milhões. (Agências)
Polícia procura outros ladrões
O
s dois homens presos que ocorreram anteriormente, acusados da execução provavelmente na ação do dia do roubo ao Masp são: 17 de dezembro, também conRobson de Jesus Jordão, de 32 tra o Masp. Lima já admitiu ter anos, que foi preso no local on- participado em uma das tentade as telas eram mantidas, na tivas, mas negou qualquer encidade de Ferraz de Vasconce- volvimento com o furto. Jorlos, Grande São Marcelo Soares/Folha Imagem dão, segundo a Paulo, e FranSecretaria de cisco Laerton Segurança PúLopes de Lima, blica, possui de 33 anos, preuma extensa fiso no último cha criminal e d i a 2 7 d e d eera foragido da zembro, na Cap e ni t e nc i á ri a pital paulista, e de Valparaíso, que revelou o no interior de endereço do São Paulo. imóvel que serFreire disse via de "cativeique a investiro" para os qua- Jordão era foragido de presídio gação correrá dros furtados. em segredo, e Segundo o delegado Lemos que detalhes sobre como ocorFreire, os dois presos partici- reram as prisões e a apreensão param da ação no dia do furto e das obras não serão revelados também estão envolvidos com para garantir a prisão de todos as outras tentativas de roubo os envolvidos. (Agências)
Em Ferraz, surpresa geral
O
s moradores do Cambiri, bairro de Ferraz de Vasconcelos, demonstraram surpresa com a descoberta dos quadros furtados do Masp. A polícia recuperou as obras O Lavrador de Café, de Cândido Portinari, e Retrato de Suzanne Bloch, de Pablo Picasso, anteontem, em uma operação que durou cerca de 12 horas e envolveu dez policiais civis. "Nunca imaginei que eles estavam na casa do lado", contou o estudante Ícaro Correa Lira, 18 anos, vizinho da residência onde as obras estavam guardadas. Ele conta que havia ido ao banco com o primo e, quando voltou, encontrou os policiais retirando
as obras furtadas. Segundo os moradores da rua, os ocupantes da casa onde as telas ficaram escondidas eram bastante discretos e raramente saiam. Os mais antigos contaram que, no passado, o imóvel era habitado por um casal de velhinhos. Os proprietários morreram e, em seguida, seus filhos utilizaram o imóvel por um período, mas, nos últimos meses, nenhum dos antigos moradores apareceu no local. "Aqui sempre foi um bairro muito sossegado, a gente nunca viu nada disso", disse o mecânico Gerson Santos Cavalcante, que ficou surpreso ao ser informado que os quadros estavam no local. (AOG)
Policiais do GER fizeram a segurança dos quadros devolvidos ao Masp na manhã de ontem (acima). Júlio Neves e conselheiros do Masp brindam retorno das obras ao museu (à esquerda).
2 - OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
O RISCO AGORA É DA INFLAÇÃO ACELERAR NOS EUA E O DÓLAR TER DESVALORIZAÇÃO MAIS ACENTUADA
A última chance de George Bush Céllus
A
imagem de tranqüilidade artificial vista pelo presidente George Bush da janela de seu helicóptero e de sua limosine foi produto de rigorosas medidas de segurança adotadas pelas forças de segurança israelenses e pela CIA. Porém, não é esta a realidade que se vive em Israel e nos territórios palestinos. No final de novembro, na cidade americana de Annapolis, a secretária de Estado Condoleezza Rice deu um pontapé inicial ao processo de paz entre israelenses e palestinos, depois de sete anos de interrupções e Bush chega para dar um novo impulso e obter os frutos durante o corrente ano, antes de que chegue ao fim o seu mandato presidencial. Avanços concretos não são esperados nesta visita. Ehud Olmert e Mahmoud Abbas apenas conseguiram um acordo em torno de alguns pontos das negociações de paz e a ala direita da coalização do governo de Israel ameaça abandonar as fileiras. George Bush foi recebido festivamente e um coro de crianças cantou para ele na residência presidencial em Jerusalém, porém nem todos estão contentes com sua chegada. A direita israelense, igual às organizações islamicas, se opõe à visita presidencial e demonstrou isso de maneiras diversas. Entretanto, o Hamas e a Jihad Islâmica continuam disparando foguetes Qasam desde Gaza contra as localidades israelenses, e pelo menos cinco destes foguetes atingiram alvos durante as primeiras horas da visita, os colonos judeus levantaram durante a noite novos postos ilegais em um número similar nas colinas da Ribera Ocidental. O primeiro item da agenda do dia anunciado pelo presidente Bush, e adotado pelo Quarteto (de líderes) para a paz no Oriente Médio e os atores principais desta região, compromete Israel a desmantelar os postos ilegais e a congelar as construções nos assentamentos e aos
PAULO SAAB
G O presidente dos
Estados Unidos iniciou, ontem, visita ao Oriente Médio. Mas não são esperados avanços concretos na negociação de paz. palestinos a pôr fim ao terrorismo. Nenhuma das partes cumpriu algo até agora. Com a intenção de demonstrar que não é um “pato manco” em seu último ano na Casa Branca, Bush assegurou a Peres que trabalhará duro este ano para que seja criado um Estado palestino. Algo estranho, dizer ao presidente de Israel, porque neste caso a maioria dos israelenses está quase tão interessada na criação do estado como os próprios palestinos.
P
orém, mais do que o conflito com os palestinos, os dirigentes de Israel mostram maior preocupação com o programa nuclear iraniano e com a pouca probabilidade de que os Estados Unidos façam uso da força para desbaratá-lo. Bush chega ao Oriente Médio com o objetivo de corrigir a impressão deixada por seus atos de governo nesta região, durante os sete anos de sua administração, que começou, como se pode recordar, com o fulminante ataque da Al Quaeda em Nova York e Washington em 11 de setembro de 2001. Porém, a única recordação que poderá realmente deixar positiva de seus anos de governo será um feliz término da intervenção norteamericana no Iraque e a conseqüente redução do preço do petróleo. Por isso, George Bush vem à região e visitará também a Arabia Saudita e os Emiratos Árabes, com o objetivo de consolidar uma frente unida contra a ameaça iraniana.
A
Um novo pacote em gestação
N
ão, leitor, ao contrário do que o título poderia indicar, não se trata do Brasil, mas dos Estados Unidos. Lá, como cá, engendra-se um pacote, destinado a combater as mazelas econômicas do momento. O sinal amarelo definitivo foi dado pelo recente discurso (7 de janeiro) do Secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, na Associação dos Analistas do Mercado Financeiro de Nova Iorque sobre o mercado imobiliário e seus efeitos sobre a economia. No discurso, o secretário Paulson enfatizou que os problemas do mercado imobiliário continuam constituindo o maior risco para a economia americana. O aumento insustentável dos preços das residências nos últimos anos induziu um grande aumento na oferta; e levará um bom tempo até que a demanda possa absorver o estoque atualmente existente, embora o ritmo das construções e os preços das casas novas tenham caído pela metade em relação a 2006. Mas o estoque existente sugere que o ajustamento dos preços ainda não está completo. Nesse cenário, é compreensível que os consumidores americanos estejam relutantes em comprometer-se com a aquisição da casa nova, já que os consumidores não estão seguros de que os preços tenham se estabilizado. É natural que as pessoas não queiram se comprometer com novos empréstimos nessa situação de incerteza. É claro que o persistente aumento dos preços das residências, junto com políticas de empréstimos frouxas do sistema financeiro à habitação, demandaria mais cedo ou mais tarde uma correção. A correção está ocorrendo desde março do ano passado, sob a forma de ondas de inadimplência dos mutuários. "Nos próximos dois anos, esperamos uma onda sem precedentes de renegociação de 1,8 milhão de empréstimos imobiliários", estimou o secretário. O sistema financeiro da habitação americano não está capacitado a gerir um volume de renegociação dessa magnitude, demandando ação do governo para impedir uma onda de falências. As ações para fazer face a esse desafio têm se concentrado até aqui em identificar os possíveis inadimplentes entre os tomadores dos empréstimos. "Sem comprometer o dinheiro dos contribuintes", enfatizou o secretário, "a atual administração tem ajudado o sistema financeiro da habitação a evitar essa falha de mercado. Mas é preciso que fique claro: não há uma única solução
G Diante do risco de uma recessão nos
EUA durante as eleições, a resposta em gestação é a adoção de pacote de estímulo fiscal à economia. Mas a questão não é mais saber se se deve ou não implementar um pacote. A questão é saber quais as medidas. Por Roberto Fendt
simples que desfará os excessos cometidos nos últimos anos".
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ara complicar mais as coisas, há eleições presidenciais este ano nos EUA. A persistir a atual tendência, talvez o colégio eleitoral americano escolha o futuro presidente durante uma recessão. A percepção corrente é de que estímulo monetário – redução da taxa de juros – promovido pelo Federal Reserve, o banco central dos EUA, foi muito pequeno e talvez tenha vindo muito tarde. Ele não somente não estancou a crise dos empréstimos subprime como não estimulou a economia a frear a recessão. O risco agora é da aceleração da inflação e de uma desvalorização ainda mais acentuada do dólar. Diante do risco de uma recessão aguda durante as eleições, a resposta em gestação é um novo pacote de estímulo fiscal à economia. Como apontou Lawrence Summers em sua coluna do último dia 6 no Financial Times, a questão não é mais se se deve ou não implementar um pacote fiscal de estímulo à economia. A questão é a natureza desse pacote. A sugestão de Summers é que o pacote fiscal seja direcionado às famílias de classe de renda baixa e média, justamente as que estão encalacradas com as hipotecas. Quando o presidente Bush assumiu seu primeiro mandato, os Estados Unidos efetuaram um corte de impostos. Naquela ocasião, havia um superávit fiscal da ordem de 2,5% do PIB. Atualmente, os EUA têm um déficit fiscal de 3,5% do PIB. Não há espaço, portanto, para um pacote fiscal bemsucedido nos EUA. Aumentar a demanda com um pacote fiscal somente acelerará a inflação. O mesmo poderá acontecer aqui se não se definir logo o corte de R$ 20 bilhões no orçamento. O governo foi rápido no gatilho ao anunciar o aumento de impostos. Mas o principal, o corte de gastos, continua pendente.
DANIEL BLUMENTHAL HTTP://CORRESPONSALISRAELPALESTINA. WORDPRESS.COM/DANIEL-BLUMENENTHAL
Defesa da terceirização VIVIEN MELLO SURUAGY
A
Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br
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terceirização dos serviços contribui para que empresas de todos os segmentos atendam aos requisitos contemporâneos de qualidade, produtividade, agilidade, baixo custo operacional e foco na atividade-fim. A definição, uma síntese das teses acadêmicas e literatura sobre o tema, seria redundante não fosse o caráter subvertido com o qual a atividade é abordada no Brasil. Prevalece, no caso, o estranho vício nacional de desqualificar procedimentos, processos e até leis, por melhores que sejam em sua essência e conteúdo, pois o contratante, público ou privado, mostra-se às vezes incapaz de fiscalizar e garantir o total cumprimento do que foi acordado entre as partes. Ou seja, abdica-se do correto pela mera incapacidade de monitoramento. Por conta desse pragmatismo burro, cá estamos nós — quase duas décadas depois de a terceirização mitigar a crise do desemprego estrutural/tecnológico e potencializar a competitividade das empresas no mundo civilizado — discutindo se a prática deve ou não ser extinta no País. A extem-
porânea polêmica dá-se até mesmo no Congresso Nacional, no qual tramitam alguns projetos de lei sobre o tema. Enquanto isso, a ausência de normalização adequada e, principalmente, o descumprimento de normas já existentes e a fragilidade da fiscalização permitem a impune atuação G Em vez de se discutir o
mérito da terceirização, já consagrado, que se cumpram os princípios que regulam todos os itens envolvidos em um contrato do gênero. de alguns prestadores de serviços informais, exploradores inescrupulosos de mão-de-obra. Tal deformação não se justifica, pois há soluções viáveis, passíveis de adoção imediata. No mercado privado B2B, os serviços de terceirização, em regime de livre concorrência, são objeto de contratos juridicamente perfeitos entre duas partes. No setor público, os contratos resultam de licitações,
A NOVA IMAGEM DA POLÍCIA
conforme a Lei nº 8666 e uma infinidade de portarias e decretos. Bastaria a fiscalização rigorosa dos serviços, dos materiais utilizados e das relações trabalhistas para que o mercado evoluísse de modo súbito. Em vez de se discutir o mérito da terceirização _ há muito consagrada como padrão de eficiência no Primeiro Mundo e até em nações emergentes _, que se cumpram os princípios que regulam todos os itens envolvidos em um contrato do gênero. Esse procedimento deve começar pelo respeito às normas de contratação de trabalhadores, estendendo-se aos critérios relativos à segurança, materiais e tecnologia. Para tudo já há leis e normas adequadas. Portanto, não se justifica questionar a eficácia e legitimidade da terceirização e tampouco permitir a deturpação desse mercado, tanto nos contratos privados, quanto nos do setor público. VIVIEN MELLO SURUAGY É PRESIDENTE DO SINDICATO DA INDÚSTRIA DE INSTALAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. (LEIA A ÍNTEGRA DO SEU ARTIGO NO SITE WWW.DCOMERCIO.COM.BR)
qui mesmo, no Diário do Comércio, onde escrevo há 26 anos, já cheguei um dia a publicar com sentido duplo: 'Socorro, polícia!!!!' Ainda é comum, quando se trata da polícia Brasil afora, que sua menção ou presença provoque muitas vezes mais medo do que segurança. É notório que há na corporação, seja civil ou militar, corrupção, violência e outras mazelas. Em função de casos e mais casos de envolvimento de policiais com o crime, ou sua omissão ou mesmo incompetência, isso acaba gerando na população um sentimento de medo, um preconceito contra sua eficiência. Corrupção, violência, mazelas existem onde está presente o ser humano. Onde há corporações, varia o grau de controle, de organização e de tecnologia. Estas considerações são necessárias para começarmos a separar o joio do trigo ao nos referirmos à polícia, especialmente no Estado de São Paulo. Existem muitos problemas. Aqui mesmo registrei queixa de leitor sobre a demora do atendimento em delegacia de polícia da capital. Mas há uma outra verdade acontecendo na polícia, que não tem sido percebida ainda (talvez pelos inúmeros problemas).
G Houve evolução
grande na qualidade da polícia paulista. Ainda há erros e mazelas, mas a imagem já é outra. A polícia está melhor, mais qualificada e tem em seu meio, onde ainda permanecem marginais, policiais e equipamentos de qualidade indubitável.
N
os últimos anos, houve evolução muito grande na qualidade da polícia paulista. Tornou-se mais científica e inteligente, menos truculenta e tem dado satisfações mais rápidas à sociedade na solução de crimes. Não estou absolvendo a polícia de seus erros. Apenas argumentando que nós, a sociedade, precisamos prestar atenção também ao que de bom tem acontecido no meio policial. Considerando-se a grandeza de São Paulo, a análise da atuação merece ser mais reflexiva. Ainda existe preconceito e medo porque os erros e mazelas são também elevados. O que significa que o lado bom do trabalho e do caráter da polícia precisa ser estimulado e olhado com olhos menos severos _ sem que abramos mão das críticas e punições. Não vou lançar mão de estatísticas. Até porque, como diziam os romanos, "a mulher de César, além de ser honesta, precisa se mostrar honesta". O ditado cabe na visão que a população exige da polícia. Tento me despir da imagem esteriotipada contra a polícia olhando os fatos positivos e acreditando que, saindo os policiais do seio da sociedade, estes, como a sociedade, querem ser mais respeitados e considerados. Com ação positiva pode-se mudar a imagem e o sentimento. Falta muito, mas este é um estímulo... PAULO SAAB É PRESIDENTE DO INSTITUTO DA CIDADANIA BRASIL
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4 - TURISMO
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
VERÃO A BORDO Por Nathalia Molina
Nathalia Molina
T
ruques de mágica, efeitos especiais e produção cuidadosa. Os espetáculos a bordo do Costa Magica, apresentados no Teatro Urbino, impressionam. Em Magic Moments, Aladdin passeia no tapete voador, a mocinha levita na selva e Pinóquio dança com seus amigos brinquedos. Em Cinemagique, as coreografias lembram filmes como Matrix, Harry Potter e Austin Powers (com divertida interpretação do bailarino principal). Além de aproveitar os shows noturnos, quando se entra no Urbino, teatro com três andares e 1.370 lugares, tem-se a real noção do tamanho do transatlântico onde ele está instalado. Maior navio no litoral brasileiro nesta temporada de cruzeiros, o Magica tem 105 mil toneladas, 272,2 metros de comprimento e capacidade para até 3.470 passageiros. São 1.027 tripulantes de mais de 25 nacionalidades. Aliás, num navio a diversidade de idiomas pode enriquecer o passeio, mas também causar alguma dificuldade. Que língua falar? Inglês, espanhol, italiano? Qualquer uma que quiser praticar. Caso contrário, ataque de português: 15% da tripulação é de brasileiros. Projetado pelo americano Joe Farcus – responsável pelo design de mais de 100 navios –, o Magica é inspirado nas paisagens da Itália. Numa viagem que percorre o país europeu de norte a sul, os painéis estão até dentro dos elevadores. Os ambientes foram batizados de acordo com o local representado na decoração.
Mágica ou musicais? Há um show a cada noite. Obras de arte estão à mostra por todo o navio
Costa Magica: um espetáculo de navio O maior transatlântico da temporada possui uma programação de shows de primeira linha. Aladdin, Harry Potter, Austin Powers e Pinóquio são alguns dos personagens que brilham nos palcos deste navio da Costa Cruzeiros. Fora do teatro, outras mil e uma atrações: de toboágua a obras de arte Arte – Cada detalhe chama a atenção. E são muitos. No Piano Bar Capo Colonna, por exemplo, grandes colunas sustentam um céu de estrelas piscantes. Outro destaque do Magica é o acervo de obras espalhadas pelo navio. Há 360 exemplares originais, como pinturas, esculturas e armaduras.
Nathalia Molina
Das 1.358 cabines do Magica, 522 têm varanda. "É uma tendência nos navios modernos", explica Renê Hermann, diretorgeral da Costa Cruzeiros para a América do Sul. É especial ver o pôr-do-sol na privacidade daquele pedacinho ali, só seu. Todas as cabines do Magica dispõem de minibar, secador e co-
Fotos: Divulgação
fre. Uma dica para controlar os gastos a bordo é checar seu saldo pela televisão. Lazer – As opções de atividade são muitas: academia, spa, percurso de jogging, sala de cartas, cassino, bares e discoteca. De dia, contemplar o mar de uma das dezenas de espreguiçadeiras já seria suficiente, mas, na área externa há quatro piscinas, seis jacuzzis e um toboágua. Todos próximos do Restaurante Bellagio. Com bufê self-service, funciona praticamente o dia todo. Abre para o café (se preferir expres-
so, não comece o dia nesse restaurante) e segue com almoço, chá da tarde e jantar. É lá também que se encontra a pizzaria – é possível comer pizza do meio do dia ao fim da noite! Para o conforto de ser servido, vá ao Costa Smeralda ou ao Portofino. Neles, o serviço é dividido em dois turnos, com menu composto de entrada, massa, prato principal, salada e sobremesa. Bastidores – Nos bastidores, uma equipe de 117 cozinheiros garante o sabor e a beleza do que se come. Perto dos salões dos
restaurantes, frigoríficos armazenam tanto mantimentos quanto pratos prontos, etiquetados com dia e hora da preparação. Dali, vão para a mesa. Mas antes viajam numa verdadeira linha de montagem. Salada, carne e acompanhamento, cada parte é colocada no prato num espaço diferente da cozinha. Ainda se descascam batatas no navio, mas pratos não se lavam mais. Uma máquina enorme faz o serviço. No Brasil, novos ingredientes são incorporados às receitas. Queijo minas, mandioca e carne para feijoada dão o toque regional aos pratos. Brigadeiro e doce de leite entram para o cardápio de sobremesas ao lado de delícias internacionais como o canudo siciliano, recheado com creme e frutas. Sim, prepare-se para se esbaldar. Não é novidade que em navio se come muito, e o Magica certamente não foge à regra.
SERVIÇO Costa Magica: informações e reservas pelo tel. (11) 21233655 ou pelo site www.costacruzeiros.com.br. Cruzeiros de sete noites a partir de US$ 939 por pessoa em cabine dupla, com saída de Santos em 26/1. O roteiro passa por Rio de Janeiro, Salvador, Ilhéus e Ilhabela.
Feira ILTM mostra tendências do luxo
O Atrações: piscina com toboágua, 522 cabines com charmosas varandas e o Teatro Urbino, com três andares
Temporadas antecipadas
Q
uando o assunto é viagem, comprar com antecedência quase sempre vale um bom desconto. É por isso que o verão 2007/2008 está longe de terminar e as vendas para 2008/2009 já começaram. Com esta temporada praticamente toda vendida – até começo de dezembro, apenas 4% do total de acomodações nos três navios não havia sido vendido –, a Costa Cruzeiros oferece descontos de até 15% com a tarifa "Pague Já" para cruzeiros em 2008/2009. No Magica, que volta no outro verão, um roteiro de seis noites nessa tarifa custa a partir de US$ 569 por pessoa em cabine dupla. O Mediterranea, com varanda em 70% de suas 1.057 ca-
bines, vem pela primeira vez à América do Sul. Pela "Pague Já", nove noites saem a partir de US$ 899. O Romantica completa a frota em 2008/2009 e terá 80% de sua ocupação destinada ao mercado argentino. Boas vendas – Para este verão, no Magica, ainda é possível encontrar lugar durante o Carnaval. Os outros dois navios da Costa que estão no litoral brasileiro nesta temporada são o Classica (cabines disponíveis no cruzeiro de Carnaval e em três outros roteiros de 11 noites; a partir de US$ 1.349 por pessoa em cabine dupla) e o Victoria (vagas apenas no cruzeiro de 22 noites para a Terra do Fogo; a partir de US$ 2.249). "Os cruzeiros caíram nas
graças dos brasileiros, mas o Brasil ainda está descobrindo este mercado", diz Renê Hermann, diretor geral da Costa Cruzeiros para a América do Sul. "Por mais anúncio que se coloque, as pessoas ainda acham que é caro, que é para velho, que tem de pôr gravata. Isso é apenas na noite de gala e se a pessoa quiser." Nesta temporada, segundo Hermann, estima-se que cerca de 400 mil brasileiros façam um cruzeiro. Assim como famílias e amigos, de acordo com ele, empresas descobrem a possibilidade de fazer eventos a bordo em fretamentos ou em viagens para grupos, promovendo seu negócio em parceria com a empresa que fretou o navio. (N.M.)
O DC AGRADECE E RETRIBUI OS VOTOS DE BOAS FESTAS Abih, Acesso, A2 Comunicação, A&G Comunicação, Alléttera Comunicação e Editoração, Anice Aun Assessoria, Approach Gestão de Informação, Assimptur, Bahiatursa, Blue Tree Mogi Park Paradise, CDN, Centro Oficial de Turismo Espanhol, Cia Nacional de Ecoturismo, Circuito Serra do Cipó, Di Fatto Comunicação, Degustadores Sem Fronteiras, Designer Tours, Di Fatto Comunicação, DPNY Hotel, Ellie Perla, Estilo Press, Familia Muller Aventura, Flávia Fusco, Gávea Hotel, Grand Hotel Timeo, Gladtur Turismo, ML&A Comunicações, Greater Miami Convention & Visitors Bureau, Grupo Pestana, HIP, Hotéis Fasano, Infato Comunicação, Informa Assessoria, Insider2, Link Comunicação,
Lufhtansa, Lu Zanatta e Gramado, MajMaluf, Mapa Comunicação Integrada, Maquinário Assessoria de Comunicação, Maxpress, Nina Marciano Comunicações, Oficina da Comunicação Integrada, Orlando Convention & Visitors Bureau, Pisa Trekking, PR Newswire, Primeira Página, Publicom Assessoria de Comunicação, Raidho Tour Operator, Ralcoh, Reestructure, Rogler, Secom (Santos), Scritta, South Africa, Terra Mater, Textofinal, Tropical Hotéis, The Leading Hotels of the World, The Royal Palm Hotéis, Trama Comunicação, Turismo Kamel, Universal Orlando, Varig, Via Pública Comunicação, Villa Aminta, Virou Notícia, Visar Planejamento Estratégico, Visit Britain, Visual Turismo, Vivaterra Viagens, Way Comunicações, Windows Tour, ZDL.
turismo de luxo vai muito bem, obriga- mercado brasileiro. "Os hotéis franceses, não só os do. Cada vez mais os turistas buscam ex- chamados hotéis-palácio, mas aqueles que não periências únicas que custam à altura pertencem às redes, estão de olho nos nossos tutambém. No Brasil, não é diferente. No ristas", recordou o agente. De acordo com Vera, da L'Espace, os destinos em final do ano passado, de 3 e 6 de dezembro, um grupo de agentes de viagens brasileiros que trabalha que ela mais se concentrou foram Dubai, Japão e com o segmento luxo participou da sexta edição da Tahiti. "Com a chegada da Emirates ao Brasil, temos maior feira do setor – a International Luxury Travel uma ligação direta com esse lugar lindo e surpreenMart (ILTM) – em um lugar para lá de glamouroso: a dente e, ainda, conexões para outros lugares maravicidade francesa de Cannes. Como opinião geral e lhosos como a Índia e as Ilhas Maldivas sem aqueles unânime, três questões foram apontadas: a organi- horários escabrosos." Sobre o Japão e o Tahiti, respeczação da feira, que é realizada pela Reed Exhibitions, tivamente, ela achou algumas celebrações intereso destino Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e o fo- santes e viu passeios marítimos com iates. Tendências - Já para Ricardo Ferreira, da Alatur, a co das empresas no Bric – sigla, em inglês, que define quatro dos mais importantes países emergentes, ILTM foi o melhor evento de que ele participou no ano passado. Ele vai um ano sim e outro não à feira. nessa ordem: Brasil, Rússia, Índia e China. Segundo a organização da ILTM, a edição deste Do que observou, Ferreira traçou um panorama de ano teve presença superior a 3,7 mil profissionais, algumas tendências no mercado de luxo. "A busca por destinos exóticos entre os quais 1,2 mil Divulgação/Al Maha Desert Resort & Spa sustentáveis é muito compradores de 110 grande; milhares de tupaíses. "Mais de 65% dos ristas querem visitar a compradores não estinatureza em seu esveram na feira do ano plendor", afirmou. Nesanterior, o que significa se caminho, ele citou que a nossa política de destinos como Bornéu, rotatividade é bem rígina Ásia, Tasmânia, na da", declararam em nota Austrália, e África do oficial. Do Brasil, mais Roteiro no deserto a partir do Sul. As embarcações particularmente, partiHotel Al Maha, em Dubai pequenas e luxuosas, ciparam cerca de 40 para cerca de 30 a 50 agentes de viagens, todos escolhidos "a dedo" e especialmente convida- passageiros, é outra tendência. "Há produtos sendos pela organização. Entre esses profissionais esta- sacionais nessa área, que fazem circuitos igualmenvam Vera Gattaz (L'Espace Viagens e Turismo), Mar- te sensacionais e que vão agradar muita gente." É a mesma opinião da representante de hotéis de celo Almeida (Paragon Turismo) o casal Maria Helena e Luiz José Berenguer (Nob Hill Tour Operator), e alto luxo no Brasil, Greice Penteado, da GP MarkeRicardo Ferreira (Alatur). Na área dos expositores, fo- ting. "Vi uma oferta muito interessante de barcos ram dez os participantes brasileiros: CBV Incoming, muito luxuosos", disse. Greice destacou ainda, coQueensberry, Matueté Expeditions, SAT Brazil e os mo destinos, Dubai, Itália, sul da França, Ilhas Malhotéis Copacabana Palace, Fasano, Kiaroa, Txai, So- divas, Suíça e Butão. A sétima edição da ILTM já tem data marcada: sefitel Rio de Janeiro e Ponta dos Ganchos. "A ILTM é o melhor salão de turismo de luxo do rá de 8 a 11 de dezembro. E, de olho nos buyers asiámundo e lá sempre fazemos ótimos contatos", dis- ticos, a Reed Exhibitions criou uma versão da feira se Maria Helena, da Nob Hill. A agente e o marido francesa. É a Asia Luxury Travel Mart (ALTM). A sefizeram cerca de 60 entrevistas cada um. Entre os gunda edição acontece de 16 a 19 de junho, em destaques desta edição, ela enumerou Malta, no Xangai, na China. Mais informações sobre os dois mar Mediterrâneo, a cidade de Lourdes, na França, eventos no site www.reedexhibitions.com. que este ano vai celebrar os 150 anos das aparições da Virgem Maria a uma jovem, a região da Provence Mais informações sobre o Panrotas Corporativo no site www.panrotas.com.br. Assinaturas e Dubai. Para Almeida, da Paragon Turismo, a ho- pelo tel. (11) 6764-4816 ou 6764-4800, telaria francesa está focada fortemente também no e-mail assinaturas@panrotas.com.br.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
DIÁRIO DO COMÉRCIO
ECONOMIA - 3
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Ambiente Educação Cultura Saúde
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
Exposição marca abertura das comemorações dos 100 anos, que ocorrerão ao longo do ano.
VERNISSAGE SERÁ REALIZADA HOJE
Fotos: Divulgação
Seqüência do trabalho fotográfico do artista japonês Tatsumi Orimoto, que estará à disposição do público a partir de amanhã, no Masp: artista integrou sua mãe à obra, em uma demonstração de gratidão e carinho
Centenário marca reabertura do Masp Museu voltará a receber o público a partir de amanhã, com uma exposição que marca a abertura das comemorações dos 100 anos da Imigração Japonesa no Brasil Rejane Tamoto
A
pós a recuperação dos quadros de Pablo Picasso e Cândido Portinari, o Museu de Arte de São Paulo (Masp) reabre ao público amanhã com duas exposições: uma retrospectiva de fotografias, vídeos e aquarelas do artista japonês Tatsumi Orimoto e outra de 16 fotógrafos espanhóis, que trabalham o conceito de luz e sombra. Na prática, o museu volta a receber o público hoje, com as vernissages das duas exposições, apenas para convidados. Centenário - A reabertura do Masp, com a exposição retrospectiva do artista japonês Tatsumi Orimoto, também marca o início das comemorações do
Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, que será festejado em São Paulo no decorrer deste ano. A retrospectiva é a primeira que o artista realiza fora do Japão e será composta por 1.420 fotografias, 160 desenhos (incluindo aquarelas) e 10 vídeos, que ocuparão dois andares do museu, o primeiro e o segundo subsolos. Na abertura da exposição de Orimoto, hoje à noite, será apresentada uma performance em homenagem às avós da imigração japonesa no Brasil, intitulada 50 Grandmamas. Trata-se de uma refeição que o artista oferecerá para 50 avós imigrantes, todas participantes ativas da colônia japonesa. Elas sentarão à mesa para saborear um tradicional jantar da província de Nara, no Ja-
pão, o Nara-cha-meshi, que é pressar a cultura do ocidente composto por arroz cozido em e, ao fixá-los na cabeça, torchá verde, feijão, soja e amen- nou-se ele próprio a obra de doim. "Neste momento, ele irá a r t e , c o m a p e r f o r m a n c e transpor a estas avós toda a Bread Man, o homem-pão. A gratidão pelo trabalho de inte- p e r f o r m a n c e B i rd , B re a d Man in a City, na gração entre a cultura japonesa e a qual Orimoto sai ao espaço público brasileira que elas fizeram. Isto porcom os pães na q u e e l e t a m b é m Ele transformou a sua cabeça, é a sétem esta atitude no rie de maior desmãe em meio taque do artista, trabalho dele", explica a curadora da público, em parte a p re s e n t a d a n a exposição, Tereza da obra e em uma Bienal Internacional de São Paulo, de Arruda. pessoa famosa. As obras do arTereza de Arruda em 1991. Em 2002, o artistista japonês buscam estabelecer ta também particiu m a c o m u n i c a ç ã o c o m o pou da Bienal com a série de fomundo ocidental, que não ne- tografias Art Mama e a perforcessita do uso das palavras. mance Two Bread Men. Para isso, ele elegeu os pães A obra de Orimoto também como o símbolo forte para ex- tem raiz no início de sua carrei-
ra, na década de 70, quando se mudou para o Soho nova iorquino, foi assistente do artista coreano Nam June Paik e participante do movimento de arte contemporânea Fluxus. O movimento, surgido na década de 60, teve como característica a espontaneidade, interdisciplinaridade e a quebra com as instituições, ocorrendo fora dos museus e espaços pré-definidos. Na retrospectiva, serão apresentadas as séries que retratam todas as fases da carreira de 30 anos do artista japonês. Gratidão -A tradição na obra do artista está na filosofia oriental do cuidado com os mais velhos e a gratidão que Orimoto tem com a mãe, de 82 anos. Há cerca de 20 anos, Orimoto descobriu que ela tinha a doença de
Alzheimer e, em vez de abandonar a arte para cuidar dela, decidiu integrá-la à sua obra. "Ele transformou a mãe em meio público, em parte da obra e em uma pessoa famosa internacionalmente", explica Tereza. Não só na performance, mas na maioria das séries de fotografias, a mãe de Orimoto está presente. Inclusive em situações do cotidiano triviais, como quando ela havia almoçado com algumas vizinhas, em casa, e o artista registrou o encontro com a máquina fotográfica, com o detalhe de que elas estavam com pneus de automóveis no pescoço ou armazenadas em caixas de papelão, série que conquistou o público europeu na Bienal de Veneza, em 2001. "A obra tem a característica de atuação no espaço público e a transparência do cotidiano e dos hábitos privados. Por trás disso, habita o lado irônico e o banal", explicou Tereza. Segundo a curadora, o artista também tem uma atuação social em asilos e deve visitar, amanhã, o asilo Assistência Social Dom José Gaspar, na Liberdade. A retrospectiva de Tatsumi Orimoto fica no Masp até o dia 6 de abril e, entre julho e agosto, deve ir para o Museu Dragão do Mar, em Fortaleza, no Ceará. Luz e sombra - Paralelamente à exposição do artista japonês, serão expostas, a partir de amanhã, 92 fotografias de 16 artistas espanhóis, que buscam a transição entre o claro e o escuro, a luz e a sombra, o percebido e o pressentido. Tratase da exposição Caçadores de Sombras, que ocupa até o dia 29 de fevereiro o mezanino do 1º subsolo do Masp.
Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO
Ele foi e continua sendo o grande amor de minha vida.
Fotos: Divulgação
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Da modelo britânica Naomi Campbell, em declaração pública de amor a seu ex-namorado, o ator norte-americano Robert de Niro.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
JANEIRO
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10 Nascimento do cantor britânico Rod Stewart (1945)
P ERSONAGEM I NTERNET
Caminhos virtuais levam a Roma virtuais online, como o Second Life. O internauta cria seu personagem – ou avatar – e caminha pela Via Flaminia explorando todos os detalhes do caminho. podem ainda visitar a "villa" de Livia, esposa do imperador romano Augusto. O tour virtual ainda permite observar os monumentos como eles são hoje – em sua maioria, ruínas. A viagem ao passado demorou dois anos para ser criada no mundo virtual. www.vhlab.itabc.cnr.it/flaminia/
R ELIGIÃO Cheryl Ravelo/Reuters
Espião vermelho da CIA
Gustau Nacarino/Reuters
Morre ex-agente norte-americano que trocou EUA por Cuba
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hilip Agee, ex-agente da CIA que se tornou um fervoroso defensor da revolução cubana e se radicou na ilha, o que o transformou em verdadeiro inimigo de sua ex-empregadora, faleceu em Havana na segunda-feira aos 72 anos, anunciou ontem o jornal oficial Granma. O norte-americano foi oficial da Agência Central de Inteligência (CIA) até 1968, quando rompeu com a agência "por motivos de consciência". Agee, que se mudou para
Cuba nos anos 70, publicou em 1974 Dentro da companhia: diário da CIA, best-seller em 1975 e traduzido para mais de 30 idiomas em que ele denuncia várias operações da agência de inteligência dos EUA e re v e l a n o m e s d e a g e n t e s . "Desde então, se dedicou a denunciar as atividades terroristas, desestabilizadoras e subversivas" de Washington "contra governos e pessoas progressistas e revolucionárias da América Latina e do Caribe", segundo o Granma.
Segundo o jornal, o ex-espião, que reconheceu "ter feito muito mal" à ilha quando trabalhava para a CIA, "se destacou pela solidariedade com Cuba, Nicarágua, Granada e Venezuela, entre outros países". Em 2000, Agee fundou a Cubalinda, uma agência de viagens na internet que apresentou como a primeira empresa norte-americana criada na ilha, desafiando o embargo imposto por Washington contra Cuba desde 1962.
L
Todos os caminhos levam a Roma, diz o ditado. Mas agora, essa frase, quase tão antiga quanto Roma, passa a ser válida também para os caminhos virtuais. Um museu virtual acaba de reconstruir e colocar na rede uma das principais artérias do antigo império romano, permitindo que internautas observem monumentos reconstruídos e interajam com a elite política da época. A viagem no tempo usa um conceito semelhante ao dos mundos
M ÚSICA
Vista do vitral do Palau de la Musica Catalana, em Barcelona, que completa 100 anos em 2008.
Chris Wilson/AFP
A FFAIR
Sarkozy 'recicla' anel da ex-mulher
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Devotos rezam na procissão do Negro Nazareno, em Manila. Milhares de fiéis das Filipinas caminham até Manila nesta época do ano - muitos deles, descalços para adorar uma estátua secular de um Cristo negro que, eles acreditam, é capaz de operar milagres.
S AÚDE
Inteligência melhora com a idade
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da Guerra do Vietnã, foram submetidos a novos testes décadas depois. Os resultados mostram que a capacidade aritmética se manteve inalterada, em vez de ser reduzida com a idade, e a habilidade verbal melhorou consideravelmente. Os cientistas acreditam que o uso das habilidades intelectuais pode anular o efeito da perda de células cerebrais, que acontece por volta dos 30 anos, e esperam que a pesquisa ajude empregadores a contratarem funcionários mais velhos – e mais inteligentes.
L
A inteligência pode aumentar com o passar dos anos, aponta um estudo da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, publicado na revista acadêmica Intelligence. A pesquisa contradiz a teoria de que a capacidade intelectual tem o seu auge na juventude, entre os 18 e os 26 anos de idade. O estudo foi baseado em dados de 4,3 mil exsoldados norte-americanos, que foram submetidos a testes de inteligência aos 20 anos, antes de entrarem para o serviço militar. Os mesmos soldados, todos veteranos
PÓLO DE LUZ - A Aurora Austral ilumina o céu noturno da estação de pesquisa de Casey, no território antártico australiano. Cientistas australianos estão no local para estudar o impacto das mudanças climáticas no frágil meio ambiente da Antártida. A RTE
Detalhes enganadores Toby Melville/Reuters
C A R T A Z
VISUAIS
O presidente francês Nicolas Sarkozy deu de presente à namorada, a cantora italiana Carla Bruni, o mesmo anel que sua ex-mulher, Cécilia CiganerAlbéniz, usava antes do divórcio. A gafe amorosa foi registrada pela revista francesa Gala, que exibiu em seu site as fotos de Cécilia e de Carla com o mesmo anel de ouro branco com um coração enorme e rosa circundado de pequenos diamantes. O anel é o modelo Coeur Romantique ("Coração Romântico") da Dior. A revista dá a entender que se trata do mesmo anel, e não de dois exemplares do mesmo modelo. www.gala.fr
B RAZIL COM Z
Brasileiros fazem caminho de volta O jornal norte-americano The Boston Globe publicou ontem uma reportagem sobre a volta dos imigrantes brasileiros que vivem nos EUA para o Brasil. O jornal caracteriza o fato como um "retorno em massa" dos imigrantes. "O declínio do dólar, conjugado a uma economia brasileira em expansão, está fazendo com que os brasileiros reavaliem as dificuldades de se viver nos EUA, longe de suas famílias, em um país no qual muitas vezes é difícil ser imigrante, até mesmo para alguém que possui visto de residência", diz o jornal. L ITERATURA
Saramago internado
Mostra Caminhos da Arte exibe trabalhos de quatro artistas que se expressam por meio de técnicas distintas. Espaço Cultural Citi, av. Paulista, 1111, térreo, tel.: 4009-3000, das 9h às 19 h. Grátis.
Últimas chamadas para concursos
Krups BeerTender, desenhado para operar apenas com chopp da Heineken, promete servir sua bebida na temperatura adequada – bem gelada – e mantê-la fresquinha por até 30 dias. O visor em cristal líquido indica todas as informações importantes sobre a bebida. Custa US$ 380 e começa a ser vendido e março.
Quem pretende ingressar no funcionalismo público ainda tem algumas chances de se inscrever em concursos que estão com as inscrições abertas. Como a safra de concursos deve ser menor este ano, principalmente para órgãos federais, é hora de aproveitar as últimas chamadas. Os sites abaixo oferecem informações sobre concursos com inscrições abertas ou em andamento, incluindo editais, dados sobre locais das provas e muito mais.
www.beer tender.com
www.vunesp.com.br
www.cesgranrio.org.br
A TÉ LOGO
28 deste mês e 7 de março o artista trabalhando in loco, na Walker Art Gallery, onde o painel ficará exposto permanentemente. Johnson já criou vistas
panorâmicas de diversas outras cidades do mundo, incluindo Jerusalém, Zurique e Hong Kong além de pinturas das cidades de Chicago e Paris. www.benjohnsonar tist.com
L OTERIAS Concurso 791 da LOTOMANIA 01
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David Beckham pode ser garoto-propaganda de campanha por Copa de 2018 na Inglaterra Papa Bento 16 diz que quer futebol promovendo honestidade e solidariedade para jovens
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Bebida na temperatura certa
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F AVORITOS
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m 2008, a cidade de Liverpool será a Capital da Cultura Européia. para celebrar o fato, o artista Ben Johnson foi escolhido para criar um enorme painel que recriar a paisagem da cidade em um enorme mural. O artista é especialista na técnica de pintar detalhes de modo tão enganador que é possível ao observador imaginar-se como parte da paisagem. Além do painel, quem passa pela cidade ou mora ali poderá ver, entre o dia
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G @DGET DU JOUR
O escritor e Prêmio Nobel português José Saramago está internado em um hospital particular da ilha de Lanzarote (parte das Ilhas Canárias, território espanhol no Oceano Atlântico). Segundo a imprensa local, o escritor de 85 anos, já havia sido internado em dezembro por insuficiência respiratória derivada de uma gripe que se transformou em pneumonia. No entanto, ele se encontra atualmente estável e não corre risco de morte. O escritor trabalha atualmente no romance A viagem do elefante.
Namorada para Knut: filhote de urso polar afastado da mãe em Nuremberg pode ser fêmea
Concurso 933 da MEGA-SENA 08
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OPINIÃO - 3
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
O FEDERAL RESERVE TEM CRIADO MAIS PROBLEMAS DO QUE SOLUÇÕES DESDE A FUNDAÇÃO EM 1913
Kevin Lamarque/Reuters
BENEDICTO FERRI DE BARROS
O PENTE-FINO E O ESFREGÃO
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O Federal Reserve no banco dos réus O Federal Reserve dos Estados Unidos, que exerce função de um Banco Central, é acusado de ser um fator de instabilidade financeira. Desativá-lo é a solução?
Por Alvaro Vargas Llosa
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e c e n t e m e n t e, T h e Washington Post publicou uma reportagem de capa sobre uma operação federal na sede da Organização Nacional pela Revogação da Lei do Federal Reserve e do Código do Imposto de Renda (Norfed, pelas iniciais em inglês). A companhia, sediada em Indiana, que preconiza o “dinheiro saudável”, tem vendido moedas e certificados em papéis baseados no ouro e na prata durante anos e está de fato tentando competir com o dólar. O governo ignorou os “Dólares da Liberdade” da Norfed durante um longo período _ até que o grupo começou a vender milhares de moedas com a imagem de Ron Paul para mostrar apoio à sua candidatura à presidência pelos republicanos. Paul também quer abolir o Federal Reserve. Para o grande público, as atividades da Norfed parecem utópicas, ingênuas e até totalmente fraudulentas. A idéia que a maior economia do mundo possa ser administrada sem um banco central e que grupos particulares possam substituir o governo como emissores de moeda é algo que muitas pessoas vão considerar assustadora. Com o dólar em uma espécie de queda livre e os Estados Unidos no meio de uma
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Toru Hanai/Reuters
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crise de crédito e imobiliária que demitiu alguns dos mais importantes CEOs do país, os americanos estão procurando segurança financeira e não aventuras monetárias. Porém, é precisamente num ambiente financeiramente oscilante que as ações da Norfed devem chamar para um olhar crítico na forma com que o dinheiro é administrado. Alguns dos maiores economistas do país, incluindo ganhadores do Prêmio Nobel, vêm dizendo há anos que o Federal Reserve provavelmente tem criado mais problemas do que os solucionado desde sua fundação em 1913. Seu papel nos ciclos de altas e baixas do último século está registrado; embora parece que ele também está desempenhando um papel parecido na atual crise do mercado imobiliário.
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inda que a criação do Federal Reserve tenha sido essencialmente uma resposta a uma série de corridas aos bancos, essas crises eram amenas comparadas às que se seguiram. Em 1913, os Estados Unidos estavam sob o padrão-ouro. Embora o governo emitisse a moeda, o fato de o dinheiro está ligado ao ouro significava que as autoridades não podiam manipular
o fornecimento da moeda facilmente. A missão inicial do Fed era garantir a conversibilidade dos depósitos em moeda quando solicitada. Poucas décadas depois, os Estados Unidos abandonaram o padrão-ouro e o Federal Reserve se tornou a mais poderosa instituição econômica, exercitando seu monopólio na emissão de moeda baseados no poder discricionário de seu conselho de presidentes. No final, a instabilidade financeira tem sido bem maior desde a criação do Federal Reserve. O que a Grande Depressão nos ensinou? Essencialmente que até com a melhor das intenções é impossível para as autoridades administrar o fornecimento de moeda de acordo com as exatas necessidades da economia. A economia de um país é o resultado de milhões de pessoas tomando decisões que nenhum indivíduo sozinho está numa posição de prever.
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omo o economista Murray Rothbard mostrou em seu livro America’s Great Depression (A Grande Depressão Americana), nos anos 20, o Federal Reserve aumentou a emissão de dinheiro, expandindo o crédito em mais de 60%. Como a economia estava muito produtiva, essa expansão monetária não aparecia nos índices de inflação regulares. Mas, como é sempre o caso com a inflação, muitos recursos foram para os tipos errados de investimentos _ até a crise chegar. O falecido Milton Friedman mostrou
como o Fed fez as coisas piorarem ao não abastecer o sistema com liqüidez suficiente quando a Depressão estava clara. As atuais crises no mercado imobiliário e no de dívidas são em boa parte crias do Federal Reserve. Ao cortar os juros 13 vezes entre 2001 e 2003, e mantê-los muito baixos durante anos, a política monetária contribuiu para a bolha imobiliária. Isso para não citar outros fatores _ incluindo instrumentos financeiros que dificultaram ver que os fundamentos básicos não estavam tão sólidos quanto pareciam _ que também fizeram sua parte. Mas, novamente, o Fed mostrou-se ser um fator de instabilidade financeira. Neste contexto, a tentativa da Norfed em provar ao Fed que o mercado está preparado para confiar numa moeda privada apoiada no ouro é uma bemvinda ocasião para dar uma segunda olhada em algumas das instituições econômicas nas quais confiamos. Ingenuidade e utopia? A aposta é sua. Mas isso ocorre provavelmente em virtude do quanto o mundo se modificou desde a época quando o dinheiro era importante demais para ser deixado para os políticos. ALVARO VARGAS LLOSA, AUTOR DE “LIBERTY FOR LATIN
AMERICA” (LIBERDADE PARA A AMÉRICA LATINA), É DIRETOR DO CENTER ON GLOBAL PROSPERITY NO INDEPENDENT INSTITUTE. AVLLOSA@INDEPENDENT.ORG TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA
As atuais crises no mercado imobiliário e no de dívidas são em boa parte crias do Federal Reserve. Ao cortar os juros 13 vezes e mantê-los baixos a política monetária contribuiu para a bolha imobiliária americana.
om a primeira grande derrota política que a oposição infligiu a este desgoverno, ela exprimiu à saciedade o repúdio maior da sociedade brasileira ao modo caolho de gerir o país, metendo a mão no bolso do cidadão. Provavelmente o Brasil já está no pódio universal daqueles que tem o mais caro custo do Estado para seus cidadãos. Falamos de derrota política, porque do ponto de vista financeiro a opinião econômica generalizada é que o aumento previsto da arrecadação será mais do que suficiente para a manutenção dos serviços públicos no nível em que se acham. Não obstante, seja como vingança à derrota que lhe infligiu a sociedade, seja natural inclinação desse desgoverno ao autoritarismo, passando por cima do Congresso e utilizando disposições de uma legislação caduca e contestável, com simples instrução normativa ou coisa que o valha, o governo ditou pela Receita Federal regras que são mais adstringentes do que a CPMF para controlar sonegadores.
A saber: semestralmente os bancos terão de informar às autoridades competentes todo o movimento de particulares que superar 5 mil reais e de empresas que superar o dobro disso. Dá para pensar que seja quase, se não for a totalidade da movimentação financeira dos bancos. Mas se a disposição é mesmo de apanhar sonegadores por que as autoridades em lugar de usar esse pente-fino não usam o instrumento muito mais simples e efetivo da lei de riqueza aparente para fazer uma faxina geral na própria casa? A faxina geral pode ter início a partir da cúpula do PT que se escafedeu por conta própria depois de haver montado o esquema do "mensalão" que foi um dos maiores casos de corrupção da história brasileiro. Algumas dessas figuras vivem na melhor, não se sabe como.
G As autoridades
deveriam usar o instrumento da lei de riqueza aparente para fazer uma faxina geral na própria casa. Neste caso, a faxina pode ter início a partir da cúpula do PT.
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unca se sabe nada na vigência dos mandatos. O pobretão Jânio, Catão da moralidade, deixou 70 imóveis em São Paulo, o que só se ficou sabendo muitos anos mais tarde com a abertura do seu inventário. Só muitos anos depois se começou a levantar suspeitas financeiras sobre a gestão de Collor. E não foram poucos seus sucessores que saíram do governo com um padrão de vida incompatível com seu estado financeiro pregresso. Este governo bateu todos os recordes históricos com a nomeação de cargos de confiança (já ultrapassam 250) e se a disposição de moralização e devassa que
proclama vier a ser copiada pelos governos futuros, será uma obra hercúlea, como a limpeza das estrebarias de Áugias, apurar, punir e reaver tudo o que foi clandestinamente embolsado pelas mil-e-uma maracutaias (expressão lulista) utilizadas para se enriquecerem. Isso se assemelha muito à filosofia de governo de Getúlio Vargas: "para os amigos, tudo – para os inimigos a lei."
O
critério do cupinchanato substitui o da seleção. A nomeação de cargos de confiança que dispensam concurso viola o direito dos demais cidadãos de concorrem e desfalca o governo de dispor de gente mais capaz – o que é uma de suas pragas. BENEDICTO FERRI DE BARROS É ESCRITOR. PAJOLUBE@TERRA.COM.BR
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Nacional Finanças Empresas Empreendedores
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008 Divulgação
A Granado está investindo em uma loja na internet e na ampliação do mix de produtos.
6% DA POPULAÇÃO FAZ PARTE DA ELITE
Maurício Lima/AFP
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Área valiosa b a i r r o d o L eblon, no Rio de Janeiro, tem o metro quadrado mais caro do País: R$ 12 mil. Nas áreas próximas à praia, esse valor pode chegar a R$ 20 mil. A grande valorização dos imóveis no bairro é explicada pela falta de terrenos disponíveis: muitas construções antigas são consideradas áreas de proteção e não podem ser demolidas. A valorização chega a 20% ao ano. (AG)
Fábio Motta/AE e Ernesto Carriço/AE
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Para elite, dinheiro traz felicidade ma pesquisa do Instituto professor de marketing da U IP2, de Curitiba, mostra Fundação Getúlio Vargas que a elite brasileira – que (FGV-RJ) e diretor do IP2,
Tecidos rústicos entre obras de arte
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terceiro dia de Fashion Rio começou com o charme da construção clássica do Museu Histórico Nacional, no Centro do Rio. Foi lá, entre obras de arte, canhões e carruagens, que a Tessuti (fotos) reservou um salão para desfilar sua coleção outono-inverno, abusando dos babados e dos comprimentos assimétricos. Já a grife Juliana Jabour apostou nos tecidos em
camadas e fluidos, ombros à mostra, ponche de corte reto e assimétrico no corpo e mangas em estilo morcego. A marca Homem de Barro ousou com estampas de textos de revistas com texturas e bordados. Com mosaicos e colagens de couro e chamois, Caroline Rossato investiu em golas e mangas amplas. A estilista investiu em tecidos como lã, verniz e pele de coelho.
Marcelo Peruzzo, dá para fazer a relação entre renda alta e satisfação com a vida. Para Peruzzo, construir um bom relacionamento com os membros da chamada classe A é uma boa forma de ascender profissionalmente. Isso porque, entre os entrevistados, 33% eram donos de algum tipo de negócio e geradores de emprego. (AG)
Lucas Jackson/Reuters
representa 6% da população e é formada por famílias com renda superior a R$ 6.563,73 – acredita que dinheiro traz felicidade. Segundo o levantamento, que entrevistou 2,4 mil pessoas de diferentes classes sociais, sendo 526 da classe A, 91% das pessoas na faixa mais alta de renda disseram "sim" à pergunta "dinheiro traz felicidade?". Segundo o
HISTÓRIA – O Museu de Finanças dos Estados Unidos reabre as portas amanhã em Wall Street. Além de notas e moedas antigas, há relíquias como uma fita com os preços das ações no dia 29 de outubro de 1929, data do “grande crash” da bolsa de Nova York. O local também possui um banco feito com moedas de US$ 0,05.
Maquiagem
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Depar tamento d e Pr o t e ç ã o e Defesa do Consumidor (DPDC), do Ministério da Justiça, multou as empresas de alimentos Marilan, Pepsico do Brasil, Nestlé do Brasil e CIPA Industrial de Produtos Alimentares por terem reduzido as quantidades de vários produtos sem avisar os consumidores nem dar destacar a mudança nas embalagens. A prática é conhecida como maquiagem de produtos e a punição está prevista no Código de Defesa do Consumidor. As empresas ainda podem recorrer. (AE)
Recorde histórico
A
fabricante de aeronaves Embraer entregou 61 jatos para os segmentos de Aviação Comercial, Aviação Executiva e de Defesa e Governo no quarto trimestre de 2007. Com isso, a empresa registrou o maior número de aviões entregues em um ano na sua história, totalizando 169 unidades. (AE)
BÚSSOLA governo Luiz Inácio Lula da Silva recuou da decisão de adotar tarifas específicas sobre a importação de produtos de 11 capítulos da pauta de comércio exterior brasileira.
O
investimento estrangeiro direto (IED) recebido pelo Brasil chegou a US$ 37,4 bilhões em 2007, isto é, quase 100% sobre o ano anterior.
O
ciranda@dcomercio.com.br
Marca tradicional ganha roupa nova Divulgação
Lojas físicas da Granado ganham boticas repaginadas para atender novas exigências do comércio. No varejo virtual, as novidades: mais de 300 itens.
Fátima Lourenço
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comércio eletrônico ganhará uma nova loja. A Granado, tradicional marca carioca com quase 140 anos de mercado, planeja iniciar a venda de seus produtos pela internet antes do Dia das Mães. De acordo com a diretora de marketing, Sissi Freeman, as vendas online são prioridade para a empresa, recém-chegada a São Paulo com uma charmosa unidade própria no bairro dos Jardins. Apesar da grande procura por interessados em abrir uma franquia da marca, Sissi explica que a empresa não tem esse projeto. "Queremos um crescimento controlado. As lojas são nosso investimento em marketing para o consumidor conhecer os produtos", justifica. Os projetos para este ano incluem abrir mais duas ou três unidades no varejo tradicional, no interior de São Paulo, Sul do País e Minas Gerais. Botica – As lojas terão a mesma ambientação do ponto inaugurado em São Paulo no
final de novembro, com investimentos da ordem de R$ 300 mil. A proposta é remeter o consumidor às antigas boticas, repaginadas para atender um novo varejo no qual o cliente interage com os produtos e os atendentes estão aptos a explicar seus benefícios. O re p o s i c i o n a m e n t o d a marca, com inovações nas embalagens e no ponto tradicional, no centro do Rio de Janeiro, aconteceu no final de 2005. As mudanças, segundo Sissi, alavancaram as vendas da loja. Em 2007, o faturamento cresceu 30,6% sobre o ano anterior. A Granado também ganhou novos produtos – a empresa é conhecida pelo centenário polvilho antisséptico e pelo sabonete de glicerina. "Não queríamos depender de poucos artigos", explica a diretora. O consumidor brasileiro terá, na internet, a oportunidade de conhecer as novidades da marca – mais de 300 itens, todos concebidos para compor linhas voltadas ao tratamento. As novidades incluem até os pets, com itens como xampu e sabonetes, entre outros.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
Ambiente Educação Saúde Urbanismo
DIÁRIO DO COMÉRCIO
ESTRANGEIROS SERÃO ALERTADOS
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Jamil Bittar/Reuters
Não há nenhuma epidemia. José Gomes Temporão, ministro da Saúde
Temporão nega surto de febre amarela Ministro da Saúde garante ter a situação sob controle, mas determina que seja feito alerta sobre os casos da doença a turistas e embaixadas de outros países.
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Jamil Bittar/Reuters
Mulher recebe vacina em Águas Lindas (DF), que registrou aumento na procura pelo medicamento
ministro da Saúde, José Gomes Temporão, tentou tranqüilizar a população brasileira sobre os casos de febre amarela verificados em Goiás e no Distrito Federal, onde três pessoas morreram nos últimos dias, sob suspeita de ter contraído a doença. Em entrevista coletiva concedida ontem, disse que a situação está sob controle, mas confirmou que estão sendo providenciadas mais dois milhões de doses adicionais da vacina. O ministro afirmou que, nos últimos anos, têm sido registrados apenas episódios isolados da forma silvestre da doença, que tem se mantido em torno de dois ou três ocorrências por ano. "A situação está absolutamente sob controle. Desde 1942 não tem caso de febre amarela urbana no Brasil, apenas caso de febre amarela silvestre ", afirmou Temporão. Apesar de garantir a normalidade da situação, o mi-
nistro solicitou às pastas de bro e 7 de janeiro, pelo menos Turismo e Relações Exterio- 230 mil pessoas foram imunires que alertem embaixadas e zadas em postos de saúde do representações de órgãos in- Distrito Federal. O movimento ternacionais em Brasília so- ficou mais intenso depois da divulgação da notícia de que bre os casos da doença. Além de confirmar os dois macacos foram encontrados milhões de doses adicionais da mortos com suspeita da doença na região. vacina que foram liberados De acordo com Temporão, ontem pela Fundação Oswaldo o Parque Nacional de Brasília, Cruz (Fiocruz), A situação está o ministro onde dois macaabsolutamente sob c o s f o r a m e nadiantou ainda que o Distrito controle. Desde 1942 contrados mort o s , s u p o s t aFederal, onde não tem caso de febre vários postos de amarela urbana no mente com febre amarela permasaúde ficaram Brasil. necerá fechado. sem o medicaJosé Gomes Temporão, Ele não deu pramento, já está reministro da Saúde zo para a reabercebendo mais 250 mil doses. tura do local. Segundo o seTemporão também lembrou à população que cretário de Vigilância à Saúde a vacina tem validade de dez do Ministério da Saúde, Geranos, não necessitando de no- son Penna, atualmente exisva dose no período. "Não há tem oito casos em investigação nenhuma epidemia", comple- em todo o país de pessoas internadas com suspeita de febre tou o ministro. Entre os dias 29 de dezem- amarela. (Agências)
Tasso Marcelo/AE
Leilão de casas de Abadía rende R$ 4,3 milhões
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os cinco imóveis que pertenciam ao trafic a nte co l o m b i a n o Juan Carlos Abadía Ramirez, preso no ano passado em São Paulo, três foram arrematados ontem durante leilão judicial. Os imóveis receberam propostas com valores superiores ao lance mínimo, rendendo R$ 4,3 milhões. O dinheiro ficará à disposição da Justiça, numa conta bancária, e poderá ser usado pela União no caso de condenação de Abadía, acusado de lavagem de dinheiro, formação
de quadrilha e uso de documentos falsos. A idéia inicial era arrecadar R$ 5,7 milhões, mas uma mansão e uma fazenda não receberam lances. A maior proposta foi dada para a casa na praia de Jurerê Internacional, em Santa Catarina. Avaliada inicialmente em R$ 1,5 milhão, a mansão foi vendida por R$ 2,05 milhões – 37% a mais que o esperado. O imóvel, de 622 metros quadrados, foi o mais disputado, com 12 lances, pela internet como ao vivo. Outros dois bens vendidos, uma casa em Angra dos Reis (RJ) e um sítio em Pouso Alegre (MG), também receberam propostas acima dos valores mínimos. O sítio, que tinha lance inicial de R$ 540 mil, foi
vendido por R$ 650 mil (21% a mais). Já a casa em Angra foi vendida por 45% a mais que o esperado: de R$ 1,1 milhão para R$ 1,6 milhão. Não foram vendidas a casa em Aldeia da Serra (SP), onde Abadía foi preso no ano passado juntamente com a mulher, e a fazenda de Guaíba, no Rio Grande do Sul. A casa estava sendo negociada por R$ 877 mil e a fazenda por R$ 1,7 milhão. Os dois imóveis não receberam lances e voltam a leilão no dia 21 com lances iniciais depreciados em 40%. Abadía teria acumulado patrimônio de R$ 3,4 milhões à frente de um cartel internacional de tráfico, que incluía até um submarino para o transporte das drogas. (AG)
Mansão no condomínio do Frade, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, arrematada por R$ 1,6 milhão
CARNAVAL
Escolas de samba ganharão ateliê Galpão dos Sonhos, anunciado pela Prefeitura, garantirá espaço para a montagem de carros e alegorias Ivan Ventura roblemas com as chuvas de verão e com o transporte dos carros alegóricos e das fantasias até o sambódromo não deverão afligir as escolas de samba de São Paulo, pelo menos no Carnaval de 2009. Essa é a intenção do prefeito Gilberto Kassab, que
P
anunciou ontem a construção da chamada Fábrica de Sonhos, um terreno de 77 mil metros quadrados que deverá abrigar 14 barracões para as agremiações carnavalescas do grupo especial. No local, elas poderão construir os carros e as alegorias carnavalescas. A iniciativa, capitaneada pela Prefeitura e São Paulo Turismo, está em fase de captação
de recursos e parcerias, que devem se concretizar a partir de 2009. Segundo os organizadores, já existem empresas interessadas em custear o projeto. O terreno escolhido para a Fábrica dos Sonhos está localizado entre a marginal do Tietê e a rua Professor Joaquim Monteiro de Carvalho, na região de Santana, a 1.100 metros do sambódromo do Anhembi,
na zona norte. Segundo a SPTuris, além dos barracões, o local deverá abrigar espaços culturais, salas para cursos e um ponto para reciclagem de material descartado pelas escolas, como plástico, isopor e outros. A expectativa é que o projeto estimule a criação de cerca de 2 mil novos postos de trabalho, avaliam os organizadores.
Sérgio Alberti/Folha Imagem
CHUVAS s fortes chuvas que A atingiram o norte do Espírito Santo provocaram Ó RBITA
MENINGITE ayssa Moraes Ribeiro, 17 anos, morreu M anteontem em Santos,
vítima de meningite. Ela estava internada desde o último domingo na UTI do hospital Ana Costa, onde uma outra menina com a mesma doença está internada desde sábado. Segundo a secretaria de Saúde de Santos, 62 pessoas que tiveram contato com Mayssa, que era bancária, foram submetidas a antibióticos. (Agências)
PANE NO METRÔ PREJUDICA 1 MILHÃO passageiros se acumularam ais de um milhão de nas plataformas. A falha passageiros da Linha M Jabaquara-Tucuruvi do metrô ocorreu nos isoladores de foram prejudicados ontem por uma pane mecânica, entre as estações Santa Cruz e Praça da Árvore. Entre 9h40 e 14h30, os vagões circularam com velocidade reduzida e os
energia da barra de alimentação, pela qual os trens captam a eletricidade. O Metrô informou que irá apurar as causas do problema. (Agências)
pelo menos uma morte. José da Cruz de Jesus, de 47 anos, observava a cratera de 15 metros de profundidade e 30 metros de comprimento que se formou na BR-101, quando foi surpreendido pela força das águas. Seu corpo foi resgatado a cerca de 100 metros do local. A estrada, na altura da localidade de Jacupemba, em Aracruz, estava alagada e o asfalto cedeu anteontem. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, a quantidade de água acumulada na pista dificultou até mesmo a passagem de carros maiores. (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
Política
Sérgio Lima/ Folha Imagem
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bilhões de reais é o valor dos cortes que serão feitos no Orçamento para compensar o fim da CPMF
Eymar Mascaro
Entre amigos
A
preocupação dos tucanos paulistas é desfazer os boatos sobre uma possível crise que estaria envolvendo José Serra e Geraldo Alckmin, tendo como pano de fundo a provável candidatura do exgovernador à Prefeitura. Os tucanos se apressam em desmentir que existiria briga entre os dois. Os rumores surgiram porque Serra é contra a candidatura de Alckmin a prefeito. O governador quer preservar a coligação PSDB/DEM e isto só será possível se os tucanos apoiarem a reeleição de Gilberto Kassab. Serra está convencido de que, se o seu partido não apoiar a reeleição do democrata, dificilmente terá o apoio do DEM em 2010. Em tempo: Alckmin ainda não decidiu se será candidato e prometeu que daria a resposta em fevereiro.
Paulo Bernardo e José Maranhão: difícil tarefa de definir os setores que sofrerão cortes no Orçamento após a perda de arrecadação com a CPMF
EXECUTIVO SOFRERÁ 90% DOS CORTES, DIZ MINISTRO Paulo Bernardo evita identificar as áreas que serão atingidas pela tesoura. Nem o PAC foi descartado da lista
O
ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que dos R$ 20 bilhões de cortes que serão feitos no Orçamento de 2008 para compensar o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), cerca de 90% deverão ser feitos no Executivo. "Os cortes terão que ser proporcionais, senão o peso seria muito forte no Legislativo e Judiciário", disse. Bernardo explicou que na reunião de ontem com o presidente da Comissão Mista de Orçamento, senador José Maranhão (PMDB-PE), e o relator da comissão, deputado José Pimentel (PT-CE), ficou acertado que será preparado um relatório geral de opções de cortes, que serão apresentadas hoje, em reunião com os líderes aliados. A partir daí, explicou Bernardo, o governo e os parlamentares trabalharão no detalhamento desses cortes, de modo que o relator consiga preparar o texto do seu parecer e entregá-lo no dia 12 de fevereiro à comissão. "Meu desafio é apresentar o Orçamento em 12 de fevereiro e vou fazer isso", disse Pimentel. Ele destacou que a postura da oposição de retardar a votação do Orçamento vai prejudicar os 27 Estados e os mais de 5 mil municípios do País que precisam do Orçamento aprovado para receber recursos do governo federal. Pimentel também afirmou que está descartado o corte linear no Orçamento e que os ajustes serão feitos de forma detalhada. Questionado se líderes oposicionistas participariam da reunião, Bernardo respondeu que não e brincou: "a oposição
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advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli, afirmou ontem que uma análise feita pelo órgão mostra não haver ilegalidade no fato de o ministro do Trabalho, Carlos Luppi, acumular o cargo com a presidência do PDT. A demissão de Luppi por acumular os dois cargos foi recomendada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Comissão de Ética Pública. O exercício dos cargos, de acordo com o órgão de assessoramento da Presidência, comprometeria a "necessária clareza de posições de autoridades públicas". Segundo Toffoli, na maioria dos países não há impedimento legal para que um ministro seja presidente de um partido político. "A princípio, não vislumbramos
participa para criar problema e missão do Orçamento, José nós, para resolver". Maranhão (PMDB-PB), e o líBernardo voltou a afirmar der do governo no Senado, Roque cortar R$ 20 bilhões do Or- mero Jucá (PMDB-RR), já mençamento não é tarefa simples, cionaram a hipótese de cortes mas tem que ser feita "imperio- no PAC. "Por isso não posso disamente". O problema, segun- zer que não vai haver cortes em do o ministro, é que ninguém hipóteses alguma". O senador José Maranhão, quer cortar na sua área. "As pessoas acham excelente fazer que se reuniu com Bernardo e o cortes de gastos, mas no outro relator do Orçamento, José Pilado da rua, no outro Poder, no mentel (PT-CE), reafirmou a outro ministério", disse. Ber- possibilidade de efetuar cortes nardo informou que o governo no PAC e ressaltou que se fosse vai mirar também os cortes em derrubado o pacote do govergastos de custeio, como despe- no que eleva as receitas em sas de passagens aéreas e de R$ 10 bilhões, ocorreria uma "segunda catásdiárias, previstas e m R $ 9 0 0 m itrofe", após a primeira que foi a exlhões. Mas lembrou que mesmo tinção da CPMF. "Não fechamos o que fossem corta- As pessoas acham dos todos os gas- excelente fazer cortes Orçamento sem essa fonte de retos de passagens e de gastos, mas no diárias, ainda se- outro lado da rua, no ceita", disse Maria necessário cor- outro Poder, no outro ranhão. Servidores – tar outros R$ 19 ministério. bilhões. Ao ser indagado PAC – Segundo Paulo Bernardo, ministro sobre a situação o ministro, a indo Planejamento d o s s e r v i d o re s públicos, o ministenção do governo com relação ao t ro d o P l a n e j aPrograma de Aceleração do mento disse que o governo só Crescimento (PAC) é preser- vai discutir reajuste para os var os recursos destinados an- servidores públicos após adeteriormente e adequar o Orça- quar o Orçamento com a perda mento ao fim da CPMF. Ele de receita da CPMF. "Não tedestacou que os investimentos mos a menor condição de decisão estruturais e que, por isso, dir aumento de despesas em o governo deseja proteger es- um momento em que temos ses recursos. um desequilíbrio de R$ 40 biBernardo ponderou que, co- lhões. Precisamos resolver isso mo ocorreu em anos anterio- primeiro", disse Bernardo, inres, o governo pode remanejar formando que vai voltar a se recursos de uma obra atrasada encontrar na segunda quinzepor problemas burocráticos, na de fevereiro com o ministro como por exemplo falta de li- da Defesa, Nelson Jobim, com cenciamento ambiental, para quem se reuniu anteontem. outras que estejam com andaO ministro também tocou mento normal. O ministro dis- num ponto nevrálgico do Conse também que alguns senado- gresso: os cortes nas chamadas res como o presidente da Co- emendas coletivas. "Já falei
AGU diz ser legal acúmulo de cargos por Carlos Luppi nenhuma ilegalidade ou inconstitucionalidade. Na maioria dos lugares do mundo, esse impedimento não existe. No Brasil, também não", disse o advogado-geral. Lula – A reunião entre Luppi e Lula que aconteceria ontem foi adiada para o dia 23 deste mês. O Ministério do Trabalho descartou qualquer relação com o relatório da Comissão de Ética Pública e informou que a decisão foi tomada porque dados do balanço a ser apresentado ao
presidente não ficaram prontos. Ontem, o presidente Lula enviou ao ministro do Trabalho um ofício com a posição da Comissão sobre acumular o cargo no governo com a presidência do PDT. Tudo para dar ao ministro uma oportunidade de se explicar oficialmente sobre a duplicidade de funções. Justificativa – Em reação à Comissão de Ética Pública, vinculada à Presidência da República, Luppi tem dito que não haveria violação de
que o meu sonho de consumo, e que não é propriamente popular no Congresso Nacional, é preservar as emendas parlamentares individuais e suprimir as emendas coletivas", afirmou o ministro. Segundo o relator da Comissão de Orçamento, José Pimentel (PT-CE), que participou de reunião com o ministro, as emendas coletivas no Orçamento somam R$ 12,9 bilhões, enquanto as individuais totalizam R$ 4,8 bilhões. As emendas coletivas são mais voltadas para os Estados. Pimentel evitou se posicionar claramente sobre essa questão, destacando que mesmo que todas as emendas fossem cortadas, o valor seria insuficiente para cobrir a perda de R$ 40 bilhões com a CPMF. Após a reunião de Bernardo com Maranhão e Pimentel, o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai comandar, hoje, uma conversa na qual os três participarão. Tomarão parte também o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, e os líderes do governo e dos partidos aliados ao Palácio do Planalto. A rm a – Os governistas fazem questão de atribuir à oposição a responsabilidade pela extinção da CPMF e pela necessidade de ajustes na proposta orçamentária. A oposição será responsabilizada, por exemplo, pela impossibilidade de mais e melhores aumentos aos servidores. O relator do Orçamento, José Pimentel, diz que só no dia 12 de fevereiro vai resolver o "problema" criado por "senadores que contrariaram os governadores de seus próprios partidos ". (AE) ética no fato de assumir os dois cargos e acusa o presidente da comissão, Marcílio Marques Moreira, de defender interesses próprios ao recomendar seu afastamento. Até o final do mês, a Advocacia-Geral da União (AGU) concluirá um parecer definitivo sobre o assunto e o encaminhará ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem caberá a palavra final sobre o caso. Denúncia – Luppi vem sendo alvo também de outras acusações. Ele teria usado o cargo de ministro para supostamente favorecer a criação de um novo sindicato filiado à Força Sindical, controlada pelo PDT. A acusação foi feita por sindicatos de frentistas ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT). Luppi nega a acusação. (AE)
NUMA BOA
REELEIÇÃO
Os tucanos garantem que Serra e Alckmin se relacionam bem. Apesar de entender que Alckmin deve ser candidato ao governo do Estado, o governador comenta que, se ele quiser ser candidato a prefeito, nada o impedirá. Os tucanos querem o partido unido na eleição para prefeito em São Paulo.
Gilberto Kassab luta para alcançar o apoio do PSDB. Se, no entanto, Alckmin se candidatar, a situação eleitoral do prefeito se complica. As pesquisas indicam que o democrata pode derrotar Marta no segundo turno, sobretudo se contar com o apoio dos tucanos. Kassab vai inaugurar várias obras até março.
NA RUA Embora não tenha declarado ainda que será candidato, Alckmin programou para fevereiro visitas a bairros da Capital que receberam obras do seu governo. Sua iniciativa é interpretada como início da campanha de rua. Alckmin não pretende ficar mais tempo sem mandato.
APOIO Serra pensa no futuro do partido e na sua virtual candidatura a presidente. O governador não pretende correr o risco de ficar sem o apoio dos democratas em 2010. Pior ainda: Serra teme que, se o PSDB não apoiar Kassab, o DEM pssa vir a lançar candidato próprio ao Planalto.
ENTENDIMENTOS Consta da agenda de Alckmin conversações com dirigentes de outros partidos. O ex-governador quer garantir o apoio de outras legendas, caso decida pela candidatura. Alckmin vai atrás, por exemplo, do PMDB e PTB. Os dois, porém, ameaçam lançar candidatos próprios às eleições municipais.
LIDERANÇA Alckmin vem liderando as pesquisas para prefeito juntamente com Marta Suplicy (PT). E ambos são perseguidos de perto por Gilberto Kassab. PT e PSDB lutam para reconquistar a Prefeitura paulistana e, por isso, querem lançar seus melhores candidatos. Para petistas e tucanos, a eleição de 2010 passa por 2008.
NEGATIVA Marta Suplicy nega que tenha decidido pela candidatura à Prefeitura. A ministra diz que dispõe de tempo de sobra para tomar uma decisão. Marta nega também que espera pelo aval de Lula para se candidatar. Ela entende que tem prazo até junho para pensar.
OPÇÃO A ministra continua sendo a melhor opção do partido. Se ela não for candidata, o PT terá dificuldade de indicar um substituto. Os demais précandidatos ainda não empolgaram os eleitores nas pesquisas. Por isso, aumenta a pressão no partido para que a ministra entre na disputa.
PERIGO Ao defender a candidatura de Gilberto Kassab à reeleição, o prefeito do Rio, César Maia (DEM), admitiu que a eleição para prefeito em São Paulo pode ser muito "perigosa" para Geraldo Alckmin. Maia admite que, se for derrotado, Alckmin pode colocar em xeque sua provável candidatura a governador.
COLIGAÇÃO Alckmin confia na tradição de contar sempre com o apoio do PTB, embora os trabalhistas pensem em candidatura própria: a do senador Romeu Tuma. O apoio do PTB é cobiçado também pelo PT. No plano federal, os petebistas integram a coalizão do governo Lula.
COMUNISTAS O PCdoB quer que o expresidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo, seja o candidato do "bloquinho" de esquerda à Prefeitura de São Paulo. Mas outros partidos que formam o "bloquinho" também têm seus pré-candidatos: o PDT fala em Paulinho Pereira, da Força Sindical, e o PSB em Luíza Erundina.
DIÁLOGO O líder do governo no Senado, Romero Jucá, vai procurar as lideranças de partidos de oposição para tentar remover a radicalização contra o governo. Jucá quer convencer tucanos e democratas a desistirem da idéia de tumultuar a votação do orçamento da União de 2008.
SANGRIA Os líderes do PSDB e DEM, senadores Arthur Virgílio e José Agripino, estão prometendo "sangrar" Lula em represália ao aumento de impostos. Como pano de fundo, está a sucessão presidencial de 2010. A "sangria" de Lula duraria até a próxima campanha ao Planalto.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
DIÁRIO DO COMÉRCIO
ECONOMIA - 5
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
Congresso Planalto Pacote CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5 Eles (os 'aloprados') são irresponsáveis – arrecadam bem e gastam mal. Mão Santa
PSDB E PPS INVESTEM CONTRA IMPOSTOS
Mão Santa: Lula deve demitir 'aloprados'
O
senador Mão Santa (PMDB-PI) criticou ontem a postura do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, de cortar emendas de parlamentares para compensar as perdas com a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Ele alegou que o presidente nomeou "25 aloprados pela larga porta da malandragem ganhando R$ 10.448 por mês. Estes é que ele deveria cortar para investir em outros seto-
res", adiantou Mão Santa. Ele disse que falta ao presidente Lula ver a austeridade. Segundo Mão Santa, o número de ministros da República é também o maior da história político-administrativa do País. "Existem 40 ministros, quando o País funcionava bem com apenas 16. E eles são muitos aloprados", declarou. O senador fez uma comparação do número de assessores diretos de Lula com os líderes políticos de outros países. "Como Tony Blair, da Inglaterra,
que nomeou apenas 160 pessoas, preparadas, adequadas e qualificadas. Nicolas Sarcozy, o presidente da França, nomeou apenas 350 pessoas. Na Alemanha, foram 400". "O senhor da guerra, George Bush, o todo-poderoso, nomeou 45 mil pessoas. O presidente Lula nomeou 25 mil", criticou Mão Santa. Ele disse que para compensar as perdas da CPMF, o presidente deveria então reduzir o número de aloprados ao invés de cortar as emendas para
investimentos nos estados. "Temos que ensinar. Eu deveria ser o presidente da República, porque temos muito o que ensinar. Falta austeridade ao presidente Luiz Inácio". Pelos ensinamentos de Mão Santa, se houver redução na máquina pública, haverá economia suficiente. "Ele (Lula) precisa ter parcimônia nos gastos públicos. Eles (os aloprados) são irresponsáveis – arrecadam bem e gastam mal. Fazem mal ao povo", analisou o senador. (AE)
Leopoldo Silva/Agência Senado
Sugestão do senador é começar os cortes pelos 25 assessores que entraram pela "porta da malandragem"
No ataque: "Nunca o País teve tantos ministros", diz senador
PSDB e PPS: ofensiva contra pacote
Lula viaja para Guatemala e Cuba
Os tucanos entram com ação no STF e o PPS quer que Senado convoque Mantega para explicar medidas
O
PSDB decidiu entrar até hoje com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo a suspensão do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) decretado pelo governo na semana passada. Durante reunião da Executiva Nacional, os dirigentes do partido resolveram também conversar com o governo sobre os cortes no Orçamento de 2008, defendendo, porém, a manutenção dos recursos destinados à Saúde. "Estamos abertos ao diálogo
e queremos influir na discussão dos cortes", afirmou o líder do PSDB na Câmara, Antonio Carlos Pannunzio (SP). Em relação à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), os tucanos condenaram a Medida Provisória baixada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva elevando a contribuição, e prometem votar contra no Congresso. Ao mesmo tempo, a assessoria do partido está preparando um levantamento sobre o montante de dinheiro do Orçamento de 2007 que foi empenhado e ainda precisa ser executado. Comissão – O vice-líder do
PPS na Câmara, deputado Arnaldo Jardim (SP), entregou ontem ao presidente do senado, Garibaldi Alves (PMDBRN), um requerimento pedindo a convocação da Comissão Representativa do Congresso, e outro pedindo à própria comissão que convoque para depor o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para explicar as medidas do governo. No pedido, o deputado alega que o tema é urgente, e que justifica uma decisão ainda no início do período legislativo pela comissão representativa. A título de exemplo, citou o fato de o próprio STF ter proferi-
do despacho na terça-feira, para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifeste, no prazo de 10 dias, sobre o pedido da declaração de inconstitucionalidade do decreto que aumentou as alíquotas do IOF e da CSLL nos bancos. Já no pedido de convocação de Mantega, o deputado lembra que o governo desrespeitou acordo firmado com a oposição de não elevar tributos quando da aprovação da Desvinculação da Receita da União (DRU) e que, apesar disso, editou uma MP e um decreto para cobrir um déficit de R$ 40 bilhões. (AE)
O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva viaja na próxima semana à Guatemala, onde participa da posse do presidente Álvaro Colón; e a Cuba, para visita ao líder Fidel Castro, afastado do poder por questões de saúde. Lula estará na segundafeira na Guatemala e no dia seguinte em Cuba, segundo informações do Planalto. Será sua primeira viagem internacional este ano. O presidente brasileiro pretendia ir a Havana em novembro, mas adiou a viagem para aguardar a finalização
de acordos bilaterais que serão assinados com o governo cubano. Esta será a segunda visita de Lula a Havana. A anterior foi em setembro de 2003, quando assinou com Fidel protocolos de cooperação nas áreas financeira, agrícola, de saúde e turismo. Aos 81 anos, Fidel está há quase um ano e meio afastado do poder, depois de uma doença no intestino guardada em sigilo, que o obrigou a transferir a administração do país a seu irmão Raúl Castro. (Reuters)
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Nacional Empresas Finanças Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
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MEIRELLES NÃO VÊ SITUAÇÃO DE PÂNICO
por cento é quanto deverá crescer a economia americana, na previsão do Goldman Sachs.
BANCO DE INVESTIMENTOS ACHA QUE O PIB DOS EUA CAIRÁ NOS DOIS PRÓXIMOS TRIMESTRES
GOLDMAN SACHS PREVÊ RECESSÃO
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m dia depois de o banco de investimentos Merrill Lynch ter afirmado que os Estados Unidos estão em recessão, outro importante banco norte-americano, o Goldman Sachs, disse acreditar que o país enfrentará um processo recessivo este ano, forçando o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) a reduzir o juro básico mais uma vez, na tentativa de estimular a economia. Em nota aos investidores, o banco previu que o Produto Interno Bruto (PIB) americano cairá 1% (em projeção anualizada) no segundo e terceiro trimestres. Para o ano inteiro, o Goldman espera um crescimento de 0,8% do PIB. Para o ano que vem, a instituição financeira acredita que a taxa de desemprego passará dos 5% atuais para 6,5%. Enquanto isso, a Casa Branca estuda um pacote de medidas para estimular a economia. A idéia é conceder incentivos fiscais para pessoas físicas e fomentar o consumo, e diminuir impostos das empresas para encorajar investimentos. A principal opção em aná-
lise pelo presidente George W. Bush envolve um incentivo fiscal de US$ 500 para os cidadãos e a autorização para que as empresas deduzam dos impostos uma boa parcela dos investimentos em equipamentos. ONU – Enquanto diferentes instituições, como o Fórum Econômico Mundial, já temem o risco de uma recessão nos EUA, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou relatório afirmando que a economia mundial poderá ficar próxima à estagnação em 2008. A entidade previu que o mundo crescerá 3,4% este ano, contra 3,9% em 2006 e 3,7% em 2007. Mas o relatório mencionou o risco imediato de estagnação, lembrando que a crise no setor imobiliário americano ainda causa incertezas nos mercados financeiros. Isso, aliado à desvalorização do dólar e aos desequilíbrios globais, pode contribuir para a redução na atividade mundial. Ontem, em Brasília, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, voltou a dizer que o Brasil está bem preparado para enfrentar uma eventual recessão nos Estados Unidos. (Agências)
Banco Boavista Interatlântico S.A. CNPJ no 33.485.541/0001-06 - NIRE 35.300.188.501 Extrato da Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 31.5.2007 Data, Hora, Local: Aos 31 dias do mês de maio de 2007, às 9h, na sede social, Cidade de Deus, Prédio Novíssimo, 4o andar, Vila Yara, Osasco, SP. Presenças: Totalidade do Capital Social. Constituição da Mesa: Presidente: Milton Almicar Silva Vargas; Secretário: Domingos Figueiredo de Abreu. Convocação: Dispensada (§ 4o do Artigo 124 da Lei no 6.404/76). Deliberação: aprovada a proposta da Diretoria para aumentar o Capital Social no valor de R$400.000.000,00, elevando-o de R$822.850.000,00 para R$1.222.850.000,00, mediante a emissão de 671.001.907 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, para subscrição particular ao preço de R$0,596123492 por ação, que será integralmente incorporado ao Capital Social, com integralização à vista, de 100% do valor das ações subscritas. O preço de emissão teve como base o valor do Patrimônio Líquido ajustado por ação da Sociedade em 30.4.2007, de conformidade com o disposto no Inciso II do Parágrafo Primeiro do Artigo 170 da Lei no 6.404/76. Os representantes do Banco Bradesco S.A., único acionista da Sociedade, assinaram o respectivo Boletim de Subscrição, subscrevendo as 671.001.907 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, e integralizando no ato, em moeda corrente nacional. Em seguida, comunicou o senhor Presidente: a) ter sido totalmente subscrito e integralizado o aumento de capital; b) que os valores recebidos do subscritor serão recolhidos ao Banco Central do Brasil, Delegacia Regional em São Paulo, na época devida, observadas as prescrições legais; c) que as ações subscritas e integralizadas no referido aumento terão direito a dividendos e/ou juros sobre o capital próprio que vierem a ser declarados a partir da data da aprovação do referido aumento de capital pelo Banco Central do Brasil, fazendo jus também, de forma integral, a eventuais vantagens atribuídas às demais ações, a partir daquela data; d) que verificada a subscrição integral e a integralização do aumento de capital o “caput” do Artigo 6o do Estatuto Social passará a vigorar com a seguinte redação: “Art. 6o) O Capital Social é de R$1.222.850.000,00 (um bilhão, duzentos e vinte e dois milhões, oitocentos e cinqüenta mil reais), dividido em 2.569.275.469 (dois bilhões, quinhentos e sessenta e nove milhões, duzentas e setenta e cinco mil, quatrocentas e sessenta e nove) ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal.”. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a Ata da referida Assembléia encontra-se lavrada em livro próprio, homologada pelo Banco Central do Brasil e arquivada conforme segue: “Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo Certifico o registro sob número 252.190/07-5, em 6.7.2007. a) Cristiane da Silva F. Corrêa Secretária Geral.”. Banco Boavista Interatlântico S.A. aa) Sérgio Socha e Norberto Pinto Barbedo.
Banco Bradesco BBI S.A. CNPJ no 06.271.464/0001-19 - NIRE 35.300.335.791 Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 11.7.2007 Data, Hora, Local: realizada aos 11 dias do mês de julho de 2007, às 10h, na sede social, Cidade de Deus, 4o andar do Prédio Novíssimo, Vila Yara, Osasco, SP. Presença: Compareceram, identificaram-se e assinaram o Livro de Presença os representantes do Banco Bradesco S.A., único acionista da Sociedade. Constituição da Mesa: Presidente: José Luiz Acar Pedro; Secretário: Sérgio Socha. Convocação: Dispensada a publicação do Edital de Convocação, de conformidade com o disposto no Parágrafo Quarto do Artigo 124 da Lei no 6.404/76, com a seguinte ordem do dia: 1) eleger novo membro para compor a Diretoria da Sociedade; 2) designar responsável pela Administração de Carteiras de Valores Mobiliários. Deliberações: 1) eleito Diretor, com mandato coincidente com o dos demais membros da Diretoria, até a Assembléia Geral Ordinária de 2008, o senhor Anibal Cesar Jesus dos Santos, brasileiro, casado, securitário, RG 11.543.465/SSP-SP, CPF 091.345.568-77, com domicílio na Avenida Paulista, 1.450, 8o andar, Bela Vista, São Paulo, SP, cujo nome será levado à aprovação do Banco Central do Brasil, após o que tomará posse de seu cargo, sendo que permanecerá em suas funções até que a Diretoria a ser eleita no ano de 2008 receba a homologação do Banco Central do Brasil e seja a Ata arquivada na Junta Comercial e publicada. O Diretor eleito declara, sob as penas da lei, que não está impedido de exercer a administração de sociedade mercantil em virtude de condenação criminal; 2) designado o senhor Anibal Cesar Jesus dos Santos, Diretor eleito, como responsável perante a CVM Comissão de Valores Mobiliários pela Administração de Carteiras de Valores Mobiliários - Instrução no 306, de 5.5.1999, daquele Órgão. Na seqüência dos trabalhos, o senhor Presidente comunicou aos presentes que a Diretoria da Sociedade fica assim constituída: Diretor-Presidente - Márcio Artur Laurelli Cypriano; Diretores Vice-Presidentes - José Luiz Acar Pedro, Laércio Albino Cezar, Arnaldo Alves Vieira, Luiz Carlos Trabuco Cappi, Sérgio Socha, Julio de Siqueira Carvalho de Araujo, Milton Almicar Silva Vargas e Norberto Pinto Barbedo; Diretor Geral - Bernardo Parnes; Diretora Gerente: Denise Pauli Pavarina de Moura; Diretores - Fernando Jorge Buso Gomes, Jaime Leôncio Singer, João Carlos Zani, Luiz Antonio de Ulhôa Galvão, Patrick Gontier, Rômulo de Mello Dias, Helio Biagi e Anibal Cesar Jesus dos Santos. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata no livro próprio, que vai assinada pelo senhor Presidente, por mim Secretário e pelos representantes do acionista. aa) Presidente: José Luiz Acar Pedro; Secretário: Sérgio Socha; Acionista: Banco Bradesco S.A., representado por seus Diretores, senhores José Luiz Acar Pedro e Milton Matsumoto. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. Banco Bradesco BBI S.A. aa) José Luiz Acar Pedro e Sérgio Socha. Certidão - Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob no 311.706/07-1, em 5.9.2007. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.
Maior
Toru Hanai/Reuters
Ouvidorias de bancos podem educar sobre consumo Roseli Lopes
A
Em períodos de instabilidade, o metal costuma ganhar força.
Ouro vai a US$ 891 e bate recorde
O
ouro atingiu ontem a cotação recorde de US$ 891,40 por onça-troy (31 gramas). O preço do metal foi
influenciado por fortes compras de fundos de investimentos e pela elevação do petróleo. A platina também atingiu a maior cotação histórica, acompanhando a alta do ouro, e a prata chegou ao maior patamar em dois meses. (Reuters)
FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR PREGÃO Nº 002/2008- FAMESP/HEB PROCESSO Nº 009/2008 – FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 10 a 24 de janeiro de 2008, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli s/n, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680–ramal 111-FAX(0xx14)3882-1885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/HospitalEstadualBauru, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL Nº 002/2008- FAMESP/HEB, PROCESSO Nº 009/2008 - FAMESP/HEB, que tem como objetivo o REGISTRO DE PREÇOS PARA AQUISIÇÃO DE AGULHAS, ALÇAS, BALÕES, AGULHAS PARA BIÓPSIA, ETC. PARA O HOSPITAL ESTADUAL BAURU, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação será realizada no dia 13 de fevereiro de 2008, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 – Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 09 de janeiro de 2008. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi Diretor Vice-presidente - FAMESP FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR PREGÃO Nº 003/2008- FAMESP/HEB PROCESSO Nº 010/2008 – FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 10 a 24 de janeiro de 2008, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli s/n, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680–ramal 111-FAX(0xx14)3882-1885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/HospitalEstadualBauru, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL Nº 003/2008- FAMESP/HEB, PROCESSO Nº 010/2008 - FAMESP/HEB, que tem como objetivo o REGISTRO DE PREÇOS PARA AQUISIÇÃO DE ESCOVAS, PINÇAS, CATÉTERES, EXTRATORES, ETC. PARA O HOSPITAL ESTADUAL BAURU, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação será realizada no dia 15 de fevereiro de 2008, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 – Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 09 de janeiro de 2008. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi Diretor Vice-presidente - FAMESP
Andorra Holdings S.A. CNPJ no 08.503.501/0001-00 - NIRE 35.300.337.018 Extrato da Ata da Assembléia Geral Extaordinária realizada em 19 de julho de 2007 Data, Hora, Local: Aos 19 dias do mês de julho de 2007, às 11h, na sede social, Cidade de Deus, Prédio Novíssimo, 4o andar, Vila Yara, Osasco, SP. Presenças: Totalidade do Capital Social. Constituição da Mesa: Presidente: Sérgio Socha; Secretário: José Luiz Acar Pedro. Convocação: Dispensada (§ 4o do Artigo 124 da Lei no 6.404/76). Deliberação: aprovada a proposta da Diretoria para o aumento do Capital Social no valor de R$10.000,00, elevando-o de R$1.000,00 para R$11.000,00, mediante a emissão de 15.285 ações ordinárias, nominativasescriturais, sem valor nominal, ao preço de R$0,65423618 por ação, com integralização à vista, no ato da subscrição. O preço de emissão foi fixado com base no valor do Patrimônio Líquido ajustado por ação da Sociedade em 30.6.2007. As ações subscritas no referido aumento de capital terão direito a dividendos e/ou juros sobre o capital próprio que vierem a ser declarados a partir da data de aprovação do referido aumento de capital, fazendo jus também, de forma integral, a eventuais vantagens atribuídas às demais ações a partir daquela data. A acionista Bradesplan Participações Ltda., por seus representantes, abriu mão de seus direitos à subscrição de ações em favor da acionista União Participações Ltda., que por seus representantes legais, subscreveu a totalidade das 15.285 ações ordinárias, nominativasescriturais, sem valor nominal, assinando o respectivo Boletim de Subscrição e integralizando no ato, em moeda corrente nacional. Em seguida, comunicou o senhor Presidente: 1) ter sido totalmente subscrito e integralizado o aumento de capital; 2) que verificada a subscrição integral e a integralização do aumento de capital, o “caput” do Artigo 6o do Estatuto Social passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 6o) O Capital Social é de R$11.000,00 (onze mil reais), dividido em 16.285 (dezesseis mil, duzentas e oitenta e cinco) ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal.”. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a Ata da referida Assembléia encontra-se lavrada no livro próprio e arquivada conforme segue: “Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob número 269.243/070, em 6.8.2007. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.”. Andorra Holdings S.A. aa) Sérgio Socha e José Luiz Acar Pedro.
Andorra Holdings S.A. CNPJ no 08.503.501/0001-00 - NIRE 35.300.337.018 Extrato da Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 10 de agosto de 2007 Data, Hora, Local: Aos 10 dias do mês de agosto de 2007, às 11h, na sede social, Cidade de Deus, Prédio Novíssimo, 4o andar, Vila Yara, Osasco, SP. Presenças: Totalidade do Capital Social. Constituição da Mesa: Presidente: Sérgio Socha; Secretário: Milton Almicar Silva Vargas. Convocação: Dispensada (§ 4o do Artigo 124 da Lei no 6.404/76). Deliberação: aprovada a proposta da Diretoria para o aumento do Capital Social no valor de R$65.138.259,72, elevando-o de R$11.000,00 para R$65.149.259,72, mediante a emissão de 173.555.806 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, ao preço de R$0,375315936 por ação, com integralização à vista, no ato da subscrição. O preço de emissão foi fixado com base no valor do Patrimônio Líquido ajustado por ação da Sociedade em 31.7.2007. As ações subscritas no referido aumento de capital terão direito a dividendos e/ou juros sobre o capital próprio que vierem a ser declarados a partir da data de aprovação do referido aumento de capital, fazendo jus também, de forma integral, a eventuais vantagens atribuídas às demais ações a partir daquela data. Os representantes da acionista União Participações Ltda., abriram mão de seus direitos à subscrição de ações em favor da acionista Bradesplan Participações Ltda., que por seus representantes legais, subscreveu a totalidade das 173.555.806 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, assinando o respectivo Boletim de Subscrição e integralizando mediante a conferência de 76.866.425 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, de emissão da Veneza Empreendimentos e Participações S.A., CNPJ no 08.503.652/0001-50, pelo valor de R$65.138.259,72, avaliadas pelo critério contábil, pela empresa Probus Assessoria Contábil e Fiscal Ltda., CRC no 2SP018437/O-3. Em seguida, comunicou o senhor Presidente: 1) ter sido totalmente subscrito e integralizado o aumento de capital; 2) que verificada a subscrição integral e a integralização do aumento de capital, o “caput” do Artigo 6o do Estatuto Social passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 6o) O Capital Social é de R$65.149.259,72 (sessenta e cinco milhões, cento e quarenta e nove mil, duzentos e cinqüenta e nove reais e setenta e dois centavos), dividido em 173.572.091 (cento e setenta e três milhões, quinhentas e setenta e duas mil e noventa e uma) ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal.”; 3) que a acionista Bradesplan Participações Ltda. autoriza a Instituição Financeira Depositária das ações da Veneza Empreendimentos e Participações S.A. a efetuar a transferência do referido investimento para a Andorra Holdings S.A., nos registros da já referida Veneza Empreendimentos e Participações S.A., declarando a inexistência da incidência de imposto de renda na conferência das ações, efetuada com base no valor contábil do investimento. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a Ata da referida Assembléia encontra-se lavrada no livro próprio e arquivada conforme segue: “Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob número 339.860/07-8, em 12.9.2007. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.”. Andorra Holdings S.A. aa) Sérgio Socha e Milton Almicar Silva Vargas.
cobertura pelo menor preço é no
s ouvidorias de bancos, que passaram a ser obrigatórias em 2007 por determinação do Conselho Monetário Nacional (CMN), poderão ajudar a educar o brasileiro para o consumo de crédito, que explodiu a partir de 2006 e chegou a R$ 900 bilhões no ano passado. A avaliação é da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que ontem divulgou o balanço do primeiro trimestre de atuação das ouvidorias bancárias (outubro a dezembro de 2007), onde a demanda no produto crédito representou 27% das quase 570 ocorrências registradas/mês por banco. Os empréstimos e financiamentos representaram quase 10%. Junto com o atendimento das reclamações dos clientes, função principal dos ouvidores, a Febraban diz que o trabalho pode ser ampliado para a educação financeira de consu-
midores. O objetivo, diz o assessor técnico da Federação, André Luiz Lopes dos Santos, é tentar reduzir as demandas. Para ele, apesar dos avanços dos bancos, ainda é preciso atuar de forma mais efetiva para o esclarecimento de clientes sobre os produtos bancários. Especialmente porque até bem pouco tempo atrás muitos dos atuais clientes não eram bancarizados. "Não basta oferecer os produtos financeiros, é preciso ajudar quem toma o crédito a entender seu uso correto", avalia Santos. Um consumidor bem-informado, diz ele, acaba tendo mais confiança na instituição. "Vemos muita gente indo até o Procon para apenas confirmar cálculos, uma amostra de que não confiam no banco. E isso pode ser mudado", acrescenta. A Febraban tem a expectativa de que, com o tempo, as ouvidorias contribuam para um aumento da confiança dos clientes no sistema bancário.
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS - TOMADA DE PREÇOS Nº 001/2008 PROCESSO ADMINISTRATIVO N.º 2162/2007-SMS - Faço público de ordem do Senhor Prefeito Municipal de São Carlos, que se acha aberta licitação na modalidade de TOMADA DE PREÇOS, do tipo menor preço, tendo como objeto a contratação de empresa para fornecimento de refeições para o quadro funcional das unidades: UPA Avenida, UPA Aracy e SAMU, conforme Memorial Descritivo e Planilha de Quantitativos e Preços, constantes dos Anexos IV e V do presente edital. O Edital na íntegra poderá ser retirado na Sala de Licitações da Prefeitura Municipal de São Carlos, situada à Rua Major José Inácio, n.º 1973, Centro, São Carlos, fone 3307-4272, a partir do dia 09 de janeiro de 2008 até o dia 24 de janeiro de 2008, nos horários das 09:00h às 12:00h e 14:00h às 16:00h, mediante o recolhimento de emolumentos no valor de R$ 30,00 (trinta reais). Os envelopes contendo a documentação e as propostas serão recebidas na Sala de Licitações até às 09:00 horas do dia 24 de janeiro de 2008, quando após o recebimento, iniciar-se-á sessão de abertura. São Carlos, 08 de janeiro de 2008. Paulo José de Almeida - Presidente da Comissão Permanente de Licitações.
MITSUI BRASILEIRA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO S.A.
CNPJ nº 61.139.697/0001-70 - NIRE nº 35.300.172.108 Ata da Assembléia Geral Extraordinária 1. Data e Horário: 24/12/2007 às 10:00 hs. Local: Sede Social à Av. Paulista, 1842 - 23º andar - Cetenco Plaza Torre Norte, em São Paulo/ SP. 2. Convocação e Quórum: Presentes acionistas representando a totalidade do capital social conforme assinaturas constantes do Livro de Presença de Acionistas, dispensada, dessa forma, a publicação de editais de convocação nos termos da faculdade outorgada pelo § 4º, do art. 124, da Lei 6404/76. 3. Mesa Diretora: Presidente Takao Omae; Secretário Osamu Yasuda. 4. Ordem do Dia: a) Indicação do Sr. Yasushi Sugimoto, de nacionalidade japonesa, portador do Passaporte Japonês nº TH4728734, expedido em 13/11/2007 para ocupar futuramente o cargo de Diretor de Departamento; b) Outros assuntos de interesse social. 5. Deliberações: Foram aprovados por unanimidade com abstenção dos legalmente impedidos: 5.1. Quanto ao ítem “a” da ordem do dia, foi aprovado por deliberação unânime a indicação do Sr. Yasushi Sugimoto, para ocupar futuramente o cargo de Diretor de Departamento da Cia., devendo ser efetuado oportunamente, na forma da lei e das disposições estatutárias. A efetivação do Sr. Yasushi Sugimoto no referido cargo dar-se-á por deliberação a ser adotada pela respectiva Assembléia Geral dos Acionistas a ser convocada para esse fim, após a legalização de sua permanência no país. 5.2. Quanto ao ítem “b” da ordem do dia, nada foi apresentado para discussão e deliberação. Cumprida, assim, a ordem do dia e nada mais havendo a ser tratado, o Sr. Presidente declarou suspensa a sessão pelo tempo necessário a lavratura da presente que lida e aprovada vai assinada por todos os presentes. São Paulo, 24/12/2007. aa) Mitsui & CO. Ltd., pp. Takao Omae; Mitsui & CO. (U.S.A) INC., pp. Takao Omae. Mesa: Takao Omae, Presidente e Osamu Yasuda, Secretário. Esta é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio. São Paulo, 24/12/2007. Secretaria da Fazenda. JUCESP. Certifico o Registro sob o nº 128/08-9, em 02/01/08. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS
Ata de Registro de Preços n° 09/2007 Processo Administrativo n.° 11755/2007 Pregão Eletronico n.° 082/2007 INTERESSADO: Secretaria Municipal de Transporte, Trânsito e Vias Públicas. Aos 23 dias do mês de outubro do ano de 2007, na cidade de São Carlos, Estado de São Paulo, o MUNICÍPIO DE SÃO CARLOS - PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS, situado à Rua Conde do Pinhal, nº 2.017, Centro, inscrito no CNPJ/MF sob nº 45.358.249/0001-01 devidamente representado neste ato, conforme permissivo dado pelo Decreto nº 60 de 13 de março de 2006, pelo Secretário Municipal de Planejamento e Gestão, João Carlos Pedrazzani, brasileiro, casado, portador do RG nº 5.540.836 e CPF nº 833.762.598-87, residente e domiciliado no sítio Danga, Caixa Postal nº 518, São Carlos, e a empresa Engenharia e Comércio Bandeirantes Ltda., com sede na Rodovia SP – 215, KM 148 + 900 metros, nº s/n, Zona Rural, São Carlos, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 59.598.029/0001-60 por seu representante legal, João Leopoldino Neto, brasileiro, engenheiro civil, portador do RG nº 6.351.200 SSP-SP e CPF nº 020.003.038-89, residente e domiciliado na cidade de São Carlos/SP, Avenida Juscelino Kubitscheck de Oliveira, nº 235 – Parque Sabará, acordam proceder, nos termos do Decreto Municipal nº 065/2007 e do edital do Pregão Eletrônico em epígrafe, parte integrante do presente instrumento independentemente de transcrição, ao Registro de Preços para a aquisição de pedras, conforme memorial descrito e orçamento quantitativo médio, constantes nos anexos II e IV que acompanham o edital, nas condições abaixo. Lotes DESCRIÇÃO Qtde Preço Unitário Preço Total Valor do Registro 001 Pedra Britada n°1 1000 R$37,50 R$37.500,00 R$37.500,00 003 Pedrisco Limpo 16000 R$40,63 R$650.000,00 R$650.000,00 004 Pó de Pedra 1000 R$43,50 R$43.500,00 R$43.500,00 005 Brita graduada 3000 R$43,00 R$129.000,00 R$129.000,00 Fica declarado que o preço registrado na presente Ata é válido pelo prazo de 12 meses, contados a partir da sua data de assinatura, podendo ser prorrogado, nos termos do artigo 57, § 4º, da Lei Federal nº 8.666/ 93, quando a proposta continuar mostrando-se mais vantajosa, conforme art. 4º, § 2º, do Decreto nº 65/ 07. Nada mais havendo a ser declarado, foi encerrada a presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada pelas partes em 04 vias de igual teor e forma. São Carlos, 23 de outubro de 2007. Contratante : João Carlos Pedrazzani Contratado: João Leopoldino Neto
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 05/08. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 8578/5900/2007. OBJETO: MISTURA PARA O PREPARO DE PUDIM SABOR CHOCOLATE. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 09:30h do dia 24 de janeiro de 2008. PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 06/08. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 8576/5900/2007. OBJETO: MISTURA PARA O PREPARO DE CANJICA. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 14:30h do dia 24 de janeiro de 2008. PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 07/08. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 8580/5900/2007. OBJETO: CARNE DE FRANGO EM PEDAÇOS AO MOLHO. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 9:30h do dia 29 de janeiro de 2008. PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 08/08. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 8570/5900/2007. OBJETO: PEITO DE FRANGO EM PEDAÇOS AO MOLHO. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 14:30h do dia 29 de janeiro de 2008. Edital completo à disposição dos interessados, via Internet, pelo Site www.e-negociospublicos.com.br. INFORMAÇÕES: fones: (11) 3866-1615/1616, de 2ª a 6ª feira, no horário das 8h às 17h. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE SUPRIMENTO ESCOLAR
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 9 de janeiro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: José Antonio Carlos de Requerente: Dulcineia Ferreira Almeida Correa - Requerido: dos Santos - Requerido: ConBadra S.A. - Av. Condessa fecções M. Point Ltda. - Rua Elisabeth de Robiano, 1.822 - 1ª Miller, 340 - 2ª Vara de FalênVara de Falências cias
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
Empresas Finanças Nacional Empreendedores
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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Divulgação
REGIME DE CHUVAS EM DISCUSSÃO NO GOVERNO
Indústrias esperam melhorias das obras do PAC e do governo paulista.
AVANÇO DE 5% AO ANO DEPENDE DA CHUVA, DA QUEDA DOS JUROS E DOS RECURSOS DO PAC
PAÍS SÓ CRESCE SE VENCER OBSTÁCULOS Marcos Perón/ Virtual Photo
Fernanda Pressinott
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Brasil deve ter crescido entre 4,7% e 5% em 2007 e a expectativa da maioria dos economistas é a mesma para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2008 e 2009. A dúvida é se o País consegue manter esse ritmo de crescimento com a atual capacidade produtiva e estrutural. A indústria diz que isso acontecerá se não faltar chuva, se a taxa básica de juros se mantiver em queda e se os recursos do Pacote de Aceleração do Crecimento (PAC) forem efetivamente aplicados. Se não chover o suficiente, entre janeiro e maio nos próximos anos, pode faltar energia, principalmente entre 2009 e 2011. Isso porque a usina hidrelétrica do Rio Madeira – prevista para manter o abastecimento normal com o PIB crescendo no patamar atual – deve estar concluída só entre 2012 e 2013. E as usinas atuais não darão conta do crescimento industrial previsto para o período, de 5,5% a 7%. "O problema não é só a estiagem, que pode ser resolvida com a utilização de termoelétricas. Mas o preço com que a energia chegará às indústrias. Se aumentar muito o custo, os produtos ficam mais caros, perdemos competitividade internacional e o consumidor também pagará mais", diz o economista-chefe do Instituto Econômico de Desenvolvi-
Projeções para o ritmo industrial
mento Industrial (Iedi), Edgard Pereira. Além disso, a energia de termoelétricas depende do fornecimento de gás da Bolívia e/ou do investimento da Petrobras em usinas de regaseificação (que transformam o gás líquido vindo de qualquer lugar do mundo em gás novamente), ainda em fase de construção. "Já que não podemos fazer chover, estamos acompanhando os investimentos da Petrobras e também a transformação do bagaço de cana em combustível para dar as diretrizes da indústria", diz o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) Saturnino Sérgio. O gerente-geral de Operação Logística de Gás Natural do Petrobras, Sérgio Guerbatin, afirma que, até 2012, a empresa investirá US$ 18,2 bilhões na cadeia de gás no País, mantendo o abastecimento. De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o
Brasil consome hoje cerca de 370 terawatts/hora na média do ano, sendo que a indústria c o n s o m e c e r c a d e 1 6 1 t erawatts/hora. Se o País mantiver um crescimento médio de 4% ao ano até 2011, precisará de 483,6 terawatts/hora no total, 244 deles para a indústria. Infra-estrutura – Além do problema energético, a capacidade produtiva do País está arriscada se os investimentos previstos no PAC não acontecerem dentro do prazo. As 1.271 obras de infra-estrutura do programa estão em fase de elaboração, sendo que 83,6% delas estão dentro do cronograma do governo. "Acreditamos que o governo vai cumprir o prazo", diz o presidente da Confederação Nacional dos Transportes, Flávio Benatti. Para as indústrias paulistas, os principais problemas estruturais encontram-se no corredor de exportação São PauloSantos. Mas as obras do PAC e as iniciativas do governo estadual devem mudar a situação. Por exemplo, há um projeto estadual para melhoria da Avenida dos Bandeirantes, com separação de vias para caminhões. "Isso é um paliativo para o término do Rodoanel, que é a solução adequada e deve ficar pronto em 2010. Mas já nos ajuda", diz Sérgio, da Fiesp. E a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) promete para julho as obras de dragagem do porto de Santos, que vão elevar o calado de 11,5 metros para 15 metros.
ENERGIA Governo descarta apagão
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ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, assegurou ontem que não há risco de o País viver um novo apagão neste ano ou no próximo. "Está descartado apagão elétrico em 2008 e 2009", afirmou. Ele disse que a afirmação feita na terçafeira pelo diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Jerson Kelman, de que não é impossível haver racionamento de energia este ano expressa "a posição individual de Kelman e não reflete o pensamento da diretoria da agência". O ministro já chamou Kelman para conversar. Ele lembrou que o governo possui "vários espaços para debate", como o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que se reunirá hoje. Criado após o racionamento de 2001, o CMSE tem como principal função acompanhar a situação do abastecimento de energia elétrica. Além do Ministério de Minas e Energia, compõem o comitê representantes da Aneel, do Operador Nacional do
Sistema Elétrico (ONS), da Agência Nacional do Petróleo (ANP), da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Preocupação – Apesar das declarações de Hubner, o fornecimento de energia preocupa o governo. Tanto é que no início da noite de ontem, depois da entrevista do ministro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião com Hubner, Kelman e o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, para discutir o assunto. Para Hubner, o quadro atual é diferente do registrado em 2001, quando ocorreu o racionamento de energia. "A população brasileira já ficou traumatizada com o que aconteceu em 2001. A situação atual é bem diferente. Nós criamos mecanismos para evitar que aquilo se repita." O ministro reconheceu que no último trimestre de 2007 o ciclo hidrológico foi desfavorável, mas lembrou que o País
está apenas no décimo dia do período chuvas mais intensas, que vai de janeiro a abril. "Somente no final de janeiro será possível avaliar com mais precisão qual é a situação de geração hidrelétrica." Hubner afirmou que as usinas termelétricas foram acionadas para garantir a segurança do sistema. "A previsão hidrológica é uma ciência incerta. Por isso, antecipamos a geração das térmicas." Segundo ele, se mais adiante o governo chegar à conclusão que o nível dos reservatórios continua abaixo do ideal, mais termelétricas serão acionadas. Ele disse que o governo já dispõe de um plano de contingenciamento de gás e que, se houver necessidade, poderá transferir para as térmicas o gás que a Petrobras utiliza para consumo próprio. Qualquer medida, no entanto, deverá evitar a alta no preço da energia para a população. Hubner ironizou os que afirmam que haverá problemas no fornecimento. "Tem analista para tudo." (AE)
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Nacional Empresas Empreendedores Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
COMPANHIA QUER FATURAR R$ 10 MILHÕESEM 2008
Percebemos a existência de um nicho inexplorado, e crescemos 35% apenas no ano passado. João Vianna, empresário
Fotos: Leonardo Rodrigues/e-Sim
Parallèle: sucesso nos balcões do varejo e nas passarelas da moda. Empresa cresce explorando nicho de mercado e sistema de franchising Vanessa Rosal
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LETREIRO
O
nome Parallèle vem da preocupação de estar próximo do cliente, ao lado – em "paralelo". O diferencial da marca está no alto poder de fixação da fragrância. "Procuramos trabalhar sempre com os melhores profissionais. Assim, conseguimos um produto de qualidade, fazendo com que ele tenha uma excelente aceitação do público. Buscamos essa aceitação e identificação também para a marca e a imagem da empresa", revela. DC
Móveis
Silton Conceito " Design " Conforto
riar identidade olfativa para grandes empresas de moda brasileira é o atual desafio da Parallèle Cosméticos, surgida em 2003 com a proposta de produzir fragrâncias para perfumaria fina. O objetivo da empresa, que faturou R$ 7 milhões no ano passado, é fazer o cliente associar o perfume ao estilo das grifes, como já ocorre com Armani, Calvin Klein e Chanel, entre outras marcas internacionais. Quando os empresários João Vianna e Simon Levi fundaram a Parallèle não imaginavam o leque de oportunidades oferecido pelo mercado da beleza. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), o setor faturou R$ 17,3 bilhões em 2006, com expectativas de um aumento de 13% em 2007. "Percebemos a existência de um nicho inexplorado pelos nossos concorrentes, e crescemos 35% no ano passado, número acima do mercado", diz João Vianna, formado em economia pelo Ibmec do Rio de Janeiro. "Sempre trabalhei em bancos, mas a vontade de empreender falou mais alto. E conheci por acaso meu sócio, que já possuía algumas lojas no setor de vestuário". Segundo Vianna, que trabalhou três anos na Natura – daí a paixão pelos cosméticos –, doze marcas de roupas já fecharam contrato para o desenvolvimento de perfumes com o nome da grife. A Patachou, por exemplo, é uma delas. Além do tricô, que é uma referência da marca de roupa feminina em todas as coleções, a marca agora tem o charme da fragrância Chou, criada especialmente para complementar o estilo das
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consumidoras. "O sucesso foi enorme e nos últimos seis meses tivemos aumento médio de 200% na consulta para o desenvolvimento de perfumes nesse segmento", diz Vianna. Sob medida – Até o final de janeiro, a DeMillus deverá lançar em todos os pontos-devenda o perfume "Sexy". O design da embalagem remete a consumidora à lingerie: um lacinho cor-de-rosa, como o encontrado em suas calcinhas, dá um toque especial ao produto. Para Vianna, o objetivo é fazer as clientes lembrarem da marca quando olharem e sentirem a fragrância. "O importante é levar para casa a sensação de bem-estar e identificação com a loja. Para isso, temos um perfumista próprio, para desenvolver a identidade olfativa de acordo com a grife". Além da idéia inovadora – Vianna garante que nenhum concorrente pensou em criar fragrâncias exclusivas para confecções –, a Parallèle possui 20 franquias espalhadas pelo Brasil, em lojas de shopping centers e de rua, como a oficial da empresa, na Rua da Graça, no Bom Retiro, em São Paulo. Lá, os consumidores encontram 400 itens diferentes de cosméticos, divididos entre linhas de hidratantes, sabonetes, perfumes, óleos corporais e produtos masculinos, como cremes e loções pós-barba. Outra novidade de 2007, que contribuiu para o crescimento da empresa, segundo Vianna, foi o lançamento da linha de maquiagem Lumina. Dentre os 85 produtos criados, 40 foram nesse segmento. "Foi uma ação importante porque agora podemos concorrer de igual para igual com grandes marcas." Para este mês, está prevista a entrada de mais dois produtos no mercado: o demaquilante e a base líqüida. Com projeto de abrir 15 novas franquias, principalmente na capital e interior dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, a expectativa é de a empresa chegar ao final de 2008 com um faturamento de R$ 10 milhões. Nada mal para uma marca recém-chegada à indústria da beleza. "Temos muito o que aprender, e muito mais a oferecer", garante o empresário.
EMPREENDEDORES Simon Levi e João Vianna, proprietários da Parallèle, comemoram o sucesso da marca de cosméticos
Empresa pretende abrir 15 franquias neste ano em São Paulo e no Rio
Perfume masculino da grife
SEGREDO
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Hidratante foi lançado em 2007
Linha de perfumes da Parallèle
sistema de franquias ajuda a explicar o sucesso, de acordo com os proprietários da Parallèle. A opção inicial era trabalhar apenas com lojas próprias, sem vender em supermercados e redes farmacêuticas, como ocorre com outras marcas. "Ainda somos novos no mercado, e precisamos ir devagar. Por enquanto, não podemos investir muito em marketing", diz Vianna. "O principal é inovar sempre, desenvolvendo uma cultura de mudança em lugar de uma mudança de cultura."
PEDRA
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s maiores obstáculos da Parallèle, segundo Vianna, são a burocracia para manter a empresa aberta e a alta carga tributária, que muitas vezes impossibilita o investimento em novas idéias. Quanto à enorme concorrência no mercado de cosméticos, a maior dificuldade é se diferenciar e aparecer entre as grandes marcas. A empresa está conquistando um lugar de destaque com a abertura de novas franquias, com os produtos de marca própria e com a atuação em um nicho ainda inexplorado.
As pessoas acham excelente fazer cortes de gastos, mas no outro lado da rua, no outro poder, no outro ministério.
Arte de Céllus
Ano 83 - Nº 22.538
Dos R$ 20 bilhões de cortes no Orçamento, por causa do fim da CPMF, 90% deverão ser feitos no Executivo. E se for necessário, nem o PAC escapará. Um relatório do que há para cortar será apresentado hoje aos líderes do governo. O ministro Paulo Bernardo quer cortes proporcionais, para que o peso não se concentre no Legislativo e Judiciário. Mãos de tesoura em ação, na pág. 4
Ministro Paulo Bernardo
Edição concluída às 23h45
São Paulo, quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
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Mãos de tesoura para cortar R$ 20 bi
A volta do pré-datado O aumento do IOF e o fim da CPMF trazem o cheque pré-datado de volta. O Instituto de Economia Gastão Vidigal, da ACSP, constatou um aumento de 9,9% de 1º a 8 de janeiro nas consultas ao UseCheque. E 1 Sérgio Castro/AE
Fernando Donasci/Folha Imagem
E Tupã fez o éden baiano
De volta ao Masp. Agora, vigiados.
O índio Maraú criou um paraíso para resgatar uma paixão seqüestrada. E ele existe até hoje.
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E polícia caça autores do roubo dos quadros de Picasso (foto) e Portinari. Págs. 7 e 2
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
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sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de janeiro de 2008
Gustavo Miranda/ AOG
Política GOVERNISTAS QUEREM RECRIAR A CPMF Não há absoluta intenção do governo de reeditar a CPMF. Não houve decisão sobre isso na reunião. José Múcio Monteiro
Proposta de líderes da base aliada é trazer de volta o imposto, agora com alíquota de 0,20% e destinação exclusiva ao financiamento da saúde pública
O
Roberto Jayme / AE - 08.01.07
s partidos da base a l i a d a d o p re s idente Luiz Inácio Lula da Silva pretendem trabalhar em 2008 pela restituição da CPMF, com receitas voltadas exclusivamente para a Saúde, afirmaram ontem lideranças do Congresso. Em reunião com os ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e José Múcio (Relações Institucionais), os parlamentares também se mostraram dispostos a aceitar uma redução de 50% dos recursos para as emendas de bancada deste ano, o que representaria um corte de cerca de R$ 6 bilhões. Também houve um entendimento informal em torno da redução a zero dos R$ 2 bilhões previstos para as emendas ao orçamento apresentadas pelas comissões, segundo relatos de parlamentares. "Os líderes concordaram em torno desses cortes e o relator do Orçamento, o deputado José Pimentel (PT-CE), ficou de estudar. Se aprovado, somados aos cortes no Orçamento do Legislativo, nós ( o Congresso) estaremos pagando metade da conta", afirmou o líder do PR na Câmara, Luciano Castro (RR). Ele se referia ao corte de R$ 20 bilhões que o governo se propôs a fazer no Orçamento este ano para compensar o fim da arrecadação de R$ 40 bilhões com a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Segundo Castro, Paulo Ber-
Henrique Fontana (PT-RS): idéia é reintroduzir um tributo cobrado sobre as movimentações financeiras, agora com alíquota de 0,20%
nardo afirmou na reunião que o governo espera elevar em R$ 11,1 bilhões a arrecadação com o aumento da taxação da IOF e da CSLL. Ao anunciar o pacote tributário, na última semana, o governo havia estimado inicialmente esse aumento em R$ 10 bilhões. CPMF, o retorno – Segundo o líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), a idéia dos partidos
governistas é reintroduzir um tributo cobrado sobre as movimentações financeiras, só que agora com alíquota de 0,20%, apenas para alavancar os investimentos na Saúde. "O caminho nosso é fazer um amplo debate nacional sobre a necessidade de a Saúde ter mais recursos", afirmou Fontana a jornalistas. Ele defendeu que a reforma tributária a ser encaminhada
pelo governo ao Congresso em fevereiro já traga a CPMF sob esses novos moldes. "Todos os partidos (da base) discutiram e entenderam que esse é o caminho", confirmou o líder do PTB na Câmara, deputado Jovair Arantes (GO). IOF e CSLL não – Henrique Fontana afirmou que o retorno da CPMF não será negociado tendo como contrapartida a reversão dos aumentos do
Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Segundo ele, a proposta se insere num contexto de se definir um montante maior de recursos para a Saúde e está desvinculado da discussão de como adequar o Orçamento de 2008 ao fim do chamado "imposto do cheque". De acordo com o deputado,
essa idéia tem o apoio dele como parlamentar ligado a área da Saúde e não foi encaminhada pelo governo. Reunião sem definição – Após reunião com os líderes governistas para estabelecer os critérios dos cortes no Orçamento – que terminou sem consenso – o ministro Paulo Bernardo admitiu que a tesoura pode atingir 50% das emendas de bancada de parlamentares. Já as emendas de comissão perderiam R$ 2 bilhões, enquanto as individuais, que destinam recursos para os municípios, seriam preservadas. Essa proposta renderia aproximadamente R$ 8 bilhões ao Orçamento. Participaram também da reunião de ontem os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Luiz Dulci (Secretaria-Geral da Presidência), Franklin Martins (Comunicação Social), além do vice-presidente José Alencar e do chefe de gabinete, Gilberto Carvalho. Varas federais – Além de reduzir os recursos destinados à construção e reforma de prédios pelo Poder Judiciário, a tesoura do relator da proposta orçamentária para 2008, José Pimentel, deverá atingir a criação de varas federais. O projeto de Orçamento enc a m i n h a d o a o C o n g re s s o prevê a instalação de 230 varas da Justiça Federal, um acréscimo de 30,1% em relação às atualmente existentes. Nesta fase do processo orçamentário, apenas o relator pode fazer cortes. (Agências)
Celso Junior/ AE
Bernardo admite que cortes podem atingir o PAC Ajustes serão feitos no cronograma quando obras não tiverem licitação ou o licenciamento concluídos
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ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, admitiu pela primeira vez que os cortes de R$ 20 bilhões que serão feitos nas despesas para adequar o Orçamento à perda dos recursos que seriam arrecadados neste ano com a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) poderão atingir as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em entrevista concedida em Brasília a emissoras de rádio, Bernardo ressaltou que o governo já tem feito ajustes no cronograma quando obras importantes não tiveram o processo de licitação concluído ou o licenciamento ambiental finalizado, mas frisou que a idéia é preservar ao máximo as obras incluídas no PAC. "Eventualmente pode haver algum ajuste, porque nós já temos feito isso quando alguma obra, por importante ou grande que seja por exemplo, não conseguiu licença ambiental ou a licitação não foi concluída. Nós fazemos a substituição", disse ele. "Então isso pode também acontecer nas obras deste ano, mas a nossa idéia é, tanto quanto possível, preservar os recursos do PAC", acrescentou. Os cortes no Orçamento devem atingir os Poderes
Executivo, Judiciário e Legislativo e serão anunciados até o dia 12 de fevereiro. O governo pretende priorizar os cortes nas emendas coletivas de parlamentares referentes a obras de grande porte. Emendas individuais e que atendam às bases políticas dos parlamentares deverão ser preservadas. A idéia, segundo Bernardo, é convencer o Congresso de que o PAC não é um projeto que pertence apenas ao governo federal ou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas sim aos governadores, prefeitos e parlamentares. Aumento de impostos – O governo pretende arrecadar outros R$ 10 bilhões com o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), mas ainda não definiu o que fazer caso o Supremo Tribunal Federal (STF) considere as elevações inconstitucionais no julgamento das Ações Diretas de Inconstitucionalidade (Adin) impetradas pelo PSDB e pelo DEM. "Agora, não temos alternativa pronta. Se isso não for possível, se o Supremo disser 'não vale, não pode cobrar', isso significa que temos um problema adicional de R$ 10 bilhões", admitiu.
Bernardo, porém, acredita que o STF não deverá derrubar o aumento dos tributos, pois esta não é a primeira vez que o IOF é elevado para adequar a receita do governo – durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, essa foi a alternativa utilizada para compensar as perdas da arrecadação com o atraso da votação da prorrogação da CPMF. "Se não vier (os R$ 10 bilhões esperados com o aumento da CSLL e do IOF), vamos discutir alternativas. Talvez tenha que cortar R$ 30 bilhões ou achar uma outra forma de recompor isso. Mas de fato, a verdade é que para votar o Orçamento, para ter o Orçamento de 2008, nós temos que ter as receitas e despesas equilibradas", disse o ministro. Na avaliação dele, a elevação da alíquota da CSLL cobrada dos bancos não deverá ser repassada para os contribuintes, já que o tributo é pago somente após a apuração do lucro das instituições. "Repassar para os preços não vai. Eles têm que fazer as suas operações e depois apurar o lucro. Se aumentarem, primeiro vão ter problema de concorrência; segundo, vão aumentar o lucro e vão aumentar a contribuição que vão ter que pagar para nós", concluiu. (AE)
Ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, é enfático: "Não temos intenção de retomar a CPMF".
Ministros descartam hipótese e relembram palavras de Lula Paulo Bernardo e José Múcio dizem que Lula garantiu não recriar a CPMF
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s ministros do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, e de Relações Institucionais, José Múcio, afastaram ontem qualquer intenção do governo de incluir a proposta de recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) no projeto de reforma tributária que será encaminhado ao Congresso logo nos primeiros dias do mês de fevereiro. "Não temos intenção de retomar a CPMF. Se alguém do Congresso apresentar uma proposta nesse sentido, o governo vai discutir no momento se isso é possível", disse Bernardo. "Não se trata de uma posição do governo. Portanto, de forma alguma, essa proposta pode ser atribuída a nós", afirmou, com o propósito de esvaziar a discussão sobre uma nova contribuição. A possibilidade de recriar o imposto no âmbito da discus-
são da reforma foi anunciada pelos líderes da base aliada depois de um encontro com ele e Múcio, como alternativa para aumentar os recursos da saúde, por meio do tributo. Durante a reunião, a proposta foi levantada pelos líderes, sobretudo os que têm relação com a área de Saúde, segundo Bernardo. O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão lembrou que, no fim do ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu que não encaminharia um projeto para criar de novo a CPMF. Negativa – Na mesma linha, o ministro de Relações Institucionais afirmou: "Não há absoluta intenção do governo de reeditar a CPMF. Não houve decisão sobre isso na reunião com líderes da base aliada." O encontro de Bernardo e Múcio com os líderes foi mais uma tentativa para avançar na definição dos cortes do Orçamento de 2008, ainda pendente de aprovação no Legislativo.
Como o governo anunciou um pacote aumentando a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para ampliar a arrecadação, os cortes no Orçamento devem somar R$ 20 bilhões. O ministro de Relações Institucionais disse que houve um entendimento unânime de que as emendas individuais dos parlamentares não serão incluídas nos cortes a serem anunciados pelo governo. Paulo Bernardo foi categórico ao afirmar que a proposta de recriar a CPMF não é do governo e descartou sugestão de Henrique Fontana de que a proposta de reforma tributária possa sugerir a volta do imposto. "Não é posição do governo, nós não temos decisão sobre isso. Quando isso foi aventado (em dezembro), o presidente Lula disse que isso não seria feito", afirmou elevando o tom de voz. (AE)
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de janeiro de 2008
Estados Planalto Congresso CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5 Moreira Mariz
SENADORCRITICA DECLARAÇÃO DE MANTEGA
O PMDB não é esse partido, que tenha de ser estimulado por nomeação aqui e acolá. Garibaldi Alves
'EXPLICAÇÃO DE MANTEGA NÃO DESCEU' O senador Renato Casagrande (PSB-ES) critica a relação do governo com o Congresso e afirma que o anúncio do aumento de impostos só fez piorar a situação
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eclarações como as do ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmando que o compromisso do governo era o de não aumentar impostos apenas em 2007, não contribuem para o bom andamento das relações no Congresso e "não desceram junto à sociedade", avaliou ontem o líder do PSB no Senado, Renato Casagrande (ES). A afirmação de Mantega foi para justificar a elevação da carga tributária, anunciada poucos dias depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter afirmado que, entre as medidas destinadas a compensar a perda da CPMF, não haveria aumento de impostos. Casagrande criticou a relação do governo com o Congresso, dizendo que houve falta de planejamento do Executivo na elaboração do Orçamento e na atenção aos parlamentares aliados, o que acaba resultando, em momentos de maior necessidade, no predomínio da barganha política para que o Executivo faça valer seus interesses no Congresso. Na avaliação do líder do PSB – partido aliado do governo – o anúncio de aumento de impostos feito pelo governo no primeiro dia útil de 2008 "azedou" a relação do Executivo com o Legislativo. Casagrande disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se esforçará ao máximo para evitar cortes no Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC), pois quer que o programa seja a marca de seu segundo governo. O líder do PSB, destacando que as emendas parlamentares de bancada são importantes porque destinam recursos para grandes obras nos Estados, afirmou que os cortes em emendas devem ser feitos "de forma seletiva". Para Casagrande, se é para cortar R$ 20 bilhões em despesas orçamentárias, os parlamentares devem ter a consciência de que isso irá atingir
O governo descumpriu sua palavra de que não aumentaria impostos. Mais do que isso, contrariou a vontade do povo. Sergio Guerra todo mundo, inclusive as emendas. O ministro Paulo Bernardo vem defendendo corte das despesas previstas em emendas de bancada. Ele já adiantou que as emendas parlamentares do Orçamento não devem escapar dos cortes. Casagrande, como a maioria dos líderes dos partidos aliados, esteve reunido no Ministério do Planejamento com os ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e José Múcio Monteiro (Relações Institucio-
nais) para discutir os cortes na proposta orçamentária. Ação contra – O PSDB ajuizou ontem no Supremo Tribunal Federal (STF) uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) na tentativa de anular o decreto presidencial que elevou a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A ação se soma a outras duas ajuizadas pelo DEM nesta semana – uma contra o aumento da alíquota do IOF e a outra contra a elevação da alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) do setor financeiro. No texto de sua ação, o PSDB argumenta que o governo "burlou", por decreto, a decisão do Congresso de derrubar a CPMF e barrar aumento da carga tributária. "O governo descumpriu sua palavra de que não aumentaria impostos. Mais do que isso, contrariou a vontade do povo e do Congresso Nacional", reagiu o presidente do partido, Sérgio Guerra (PE). Da mesma forma como fez nas outras duas ações, a presidente do STF, ministra Ellen Gracie, deve adotar um rito para acelerar o julgamento. O presidente Lula terá dez dias de prazo para enviar suas explicações sobre os aumentos de impostos. Depois, a Advocacia-Geral da União (AGU) terá cinco dias para se manifestar, e o Ministério Público terá o mesmo prazo para emitir um parecer. A expectativa é de que as ações sejam julgadas no início de fevereiro. (AE)
Celio Azevedo/Ag.Senado
O líder do PSB diz que os parlamentares devem ter a consciência de que os cortes atingirão as emendas
Garibaldi defende o nome de Lobão para ministério
O
presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDBRN), defendeu ontem o nome do senador peemedebista Edison Lobão (MA) para assumir o comando do Ministério de Minas e Energia. Desde maio do ano passado, com o afastamento do ex-ministro Silas Rondeau, o cargo é ocupado interinamente por Nelson Hubner. A escolha do novo ministro
ainda não foi feita oficialmente, mas o nome de Edison Lobão tem sido cotado para assumir a vaga, pertencente ao PMDB. "Se ele (Lobão) for designado pelo presidente, acho que é um bom nome. Já foi governador, já foi senador, já assumiu inúmeros cargos públicos e não vejo motivo para que não se tenha a nomeação dele", disse Garibaldi. Ele negou que indicações
para cargos públicos sejam a única forma de manter bom relacionamento entre governo e partido. "O PMDB não é esse partido que, para ter uma boa relação com o governo, tenha de ser estimulado por nomeação aqui e acolá", afirmou. "O PMDB tem o direito de fazer parte da composição do governo. Quanto à hora que isso possa acontecer, quem sabe é o presidente", acrescentou Garibaldi. (Agência Brasil)
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6 - LAZER
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O LIVRO DAS MIL E UMA NOITES
O LUXO DAS NUVENS DE PALAVRAS Renato Pompeu
Pois são essas esculturas de sons luxuosos que fazem o encanto desse terceiro volume (...).
S
e o primeiro volume da primeira tradução integral do árabe para o português do milenar Livro das Mil e Uma Noites, em versão do professor da USP Mamede Mustafa Jarouche, Editora Globo, se caracterizava pela ousadia erótica e documental do cotidiano islâmico na Idade Média, e se o segundo volume, o Ramo Sírio, era notável pelas maravilhas das façanhas de gênios e outros seres livremente fantásticos, este volume 3, o Ramo Egípcio, chama a atenção pela singular beleza não só das pessoas, paisagens e coisas descritas, como, e principalmente, pelo encantamento e nobreza das palavras que as descrevem, numa sucessão de afrescos estetizantes renovados pela delicada pena do tradutor. São como que nuvens de sons, tecidos de palavras, que não só descrevem como também encarnam os verdadeiros volumes, no sentido geométrico do termo, que, cuidadosamente lavrados e lapidados, enchem nossos olhos de luxo e nossas imaginações de maravilhamentos. Como é que nossos olhos não se podem encher das cores dos tons vermelhos do ouro que tinge as portas de palácios iridescentes, ou
dos tons de plenilúnio que revestem as peles de belos moços e lindas raparigas; como podemos deixar de sentir, sobre nossos corpos, o macio das roupas honoríficas encantadas, bordadas de fios de ouro e prata; como não se encantar com os cachos de uvas douradas, o rubro das romãs, a cor do mel dos doces que se nos oferecem em repastos mágicos? Pois são essas esculturas de sons luxuosos que fazem o encanto desse terceiro volume, a par das aventuras, entre mistérios e heroísmos, das navegações do marinheiro Sindabad, antes mais conhecido como Simbad, através de um inesperado encontro com Jesus Cristo. Os tecidos de palavras retratam os amores e desamores, os perigos e os triunfos da gente nobre como reis e princesas e da gente simples como lavadeiros. O livre imaginar só imaginar é tão fulgurante que chega a reunir numa época só, como se fossem contemporâneos, os tempos em que os egípcios adoravam o sol como Deus único, os tempos em que reinava Salomão, filho de Davi, e os tempos em que o Islã se expandia no Egito e na Índia. Somos
transportados também para a China e para o Ceilão, para ilhas de negros e de ogros canibais, para os reinos governados por gênios, para paisagens assombradas por dragões. O prazer de narrar e de seguir a narrativa, de narrar por narrar, funciona como fio que vai costurando o bordado das histórias, e aqui nos damos conta do rigor poético dos cuidados do tradutor, que parece que foi recriando, ou melhor, criando, as frases sonoras e lapidadas como se fossem suas próprias filhas, com o encantamento de quem está descobrindo pela primeira vez essas situações e essas descrições. Nos vemos transportados para um mundo de puras magias, de ficções literalmente enfeitiçadas, encarnadas em palavras sestrosas e fraseados charmosos. O luxo, nesse ramo egípcio, não é um mero atributo de particulares, mas é um bem público, como é o luxo das manifestações de massa como os desfiles de Carnaval, e como é o luxo dos prédios governamentais e das cerimônias públicas. Os trajes ondulantes e drapejados, com seus bordados de fios de metais
preciosos; as jóias finamente cinzeladas, encastoadas de pedras preciosas delicadamente lapidadas, os móveis maciços de madeiras belamente esculpidas, os sons musicais que se evolam de instrumentos mágicos e gargantas privilegiadas – tudo é um luxo só. A ponto de nos fazer aquecer o coração com a esperança de um mundo só de belezas, onde as únicas atribulações seriam as dos amores, sempre bem-sucedidos ao final. A beleza desse ramo egípcio é uma beleza de toucador, uma beleza de porta-jóias. A tradução, nas mãos de Jarouche, se transforma de exercício de estética lingüística em exercício de festa, numa sucessão de imagens fantásticas que é como que um baile de máscaras. Essas histórias dentro de histórias, afinal, só podiam ser narradas entre o meio da noite e os primeiros albores da manhã. Pois a noite é o momento mágico do luxo. Renato Pompeu é jornalista e escritor, autor do romance-ensaio O mundo como obra de arte criada pelo Brasil, Editora Casa Amarela.
Nos vemos transportados para um mundo de puras magias (...).
DVD Fantasia sem limites
F
ábrica de fantasias, o cinema embarcou a todo vapor no encanto das Mil e Uma Noites. À época de ouro dos cenários de papelão, vendeu sonhos memoráveis em cults preservados hoje em DVDs. Exemplo? As Mil e Uma Noites (A Thousand and One Nights), , lançado em 1945 no Brasil como Aladim e a Pricesa de Bagdad ! É uma das obras mais celebradas do americano Alfred E. Green (18891960), autor de cerca de 50 filmes, para a Columbia e a Warner. Narra a aventura de Aladim (Cornel Wilde) perseguido por ferozes algozes depois de ter ousado abordar a princesa (Adele Jergens), filha do sultão. Green trata o gênio da lâmpada com humor e ironia. Três anos antes dele, John Rawlins, filmou As Mil e Uma Noites (Arabian Nights), também para a Columbia. Pôs nesse trabalho experiência
Os filmes em DVDs (acima): diversão. Documentário do professor Jarouche (abaixo): erudição e reflexão.
vivida antes como dublê em estúdios mambembes. Ou seja, recheou-o com suspense, perseguições e intrigas. Na verdade, Arabian Nightspretende ser épico para maquiar argumento banal. Dois irmãos lutam entre si
em pelo poder político e pelo amor de Sheherazade (Marisa Montez). Só que... Veja o filme! Dias antes de morrer (em 1997, aos 94 anos), Rawlins testamentou: "Vivi bem; pois vivi ungido pela fantasia de ser amado eternamente por Sheherazade". A magia de Sheherazade hipnotizou inclusive Pier Paolo Pasolini (1922-1975), polêmico intelectual italiano. E Steve Barron, impetuoso irlandês, que enveredou pelo mundo da publicidade e dos videoclipes, arriscou uma "livre" versão de Sheherazade, protagonizada pela exótica atriz Mili Avital. Até aqui, falamos de entertainment movies. Já o professor Mamede Mustafa Jarouche dá lições de erudição e rigor histórico ao analisar as Mil e Uma Noites em magnífico documentário de 2005 (série Grandes Cursos, distribuição Log On). (MMJ)
MÚSICA
Sheherazade, dança e sinfonia.
O
compositor russo Nikolai Rimski-Korsakov (1844-1908) inspirou-se em As Mil e Uma Noites, para escrever uma das mais coloridas arquiteturas sinfônicas do repertório romântico: Sheherazade, balé em tom de fogos de artifício: mix de timbres, melodias insinuantes e enfurecidos tuttisinfônicos. Os quatro episódios das Mil e Uma Noites, que serviram de ponto de partida para essa obra antológica, permitiram a Korsakov uma imaginativa viagem musical ao Oriente. O Oriente "dele". O balé ganhou também uma suíte (síntese),
classificada como Opus 35, transformada em referência obrigatória dos mais importantes conjuntos sinfônicos, como a Filarmônica de Berlim, por exemplo. Uma das gravações mais recentes dessa peça, foi registrada ao vivo em 2006, no teatro ao ar livre de Berlim, o famoso Waldbühne, famoso pelos concertos de verão europeus. Sob a batuta do maestro estoniano Neeme Järvi (abaixo), músico refinado e alegre, Sheherazade contagia 30 mil espectadores – sem ser show de rock. Na versão-suíte em CD dessa obra, vale a pena ouvir a edição história
que a Sinfônica de Londres gravou com o maestro Igor Markevitch (edição da Philips). Mas... e o balé? Korsakov o compôs em apenas um ato. Estreou na Ópera de Paris, com o mitológico Nijinski. Vale a pena ouvilo na íntegra com a Orquestra do Teatro Mariinsky, de São Petersburgo. Regência do superstar russo Valery Gergiev. (MMJ)
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
ECONOMIA - 7 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS
A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio(s) escolar(es): TOMADA DE PREÇOS N.º - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/2562/07/02 - EE Luiz Carlos Gomes - Rua João Abdelnur Abrahao, 1 - 10 - Vila Industrial - Bauru/SP; EE Prof. José Viranda - Rua Fortunato Resta, 810 - Jd. Faria - Bauru/SP; EE Profª Iracema de Castro Amarante - Rua Vitória, 14 - 99 - Vila Cordeiro - Bauru/SP; EE Ver. Antonio Ferreira de Menezes - Rua Cap. Mario Rossi, 09 - 37 - Alto Alegre - Bauru/ SP; EE Guia Lopes - Praça São Pedro, 1 - 23 - Vila Dutra - Bauru/SP – 90 - R$ 135.296,00 – R$ 13.529,00 – 09:30 – 29/01/2008. 05/2563/07/02 - EE Prof. Leo Pizzato - Rua Londrina, 17 - Jardim Paraná - Assis/SP; EE Dom Antonio José dos Santos - Rua Fagundes Varela, 1814 - Vila Ribeiro - Assis/SP; EE Profª Cleophania Galvão da Silva - Rua Luiz Nobile, 487 Vila Operária - Assis/SP – 90 - R$ 77.796,00 – R$ 7.779,00 – 10:00 – 29/01/2008. 05/2564/07/02 - EE Prof. Vicente Teodoro de Souza - Rua Jorge de Lima, 660 - Jardim Maria Goreti - Ribeirão Preto/ SP; EE Dr. Edgardo Cajado - Rua Gal Camara, 157 - Ipiranga - Ribeirão Preto/SP; EE Esplanada da Estação - Rua Serra Negra, 100 - Jardim Joquei Club - Ribeirão Preto/SP; EE Prof. Helio Lourenço de Oliveira - Rua Gonçalves de Magalhães, 1500 - Jardim Piratininga - Ribeirão Preto/SP – 90 - R$ 101.141,00 – R$ 10.114,00 – 10:30 – 29/01/2008. 05/2566/07/02- EE Angelo Campo Dall’orto - Av. São Paulo, 466 - Nova Veneza - Sumaré/SP – 120; EE Prof. Eliseo Marson - Rua Oswaldo de Andrade, 255 - Jardim Amanda - Hortolândia/SP – 90; EE Profª Marianina de Rosis Moraes - Rua Nossa Senhora Aparecida, 279 - Parque Florely - Sumaré/SP – 90; EE Pe. José Narciso Vieira Ehrenberg - Rua Campos Salles, 350 - João Aranha - Paulínia/SP - 90 - R$ 86.986,00 – R$ 8.698,00 – 11:00 – 29/01/2008. 05/2567/07/02 - EE Prof. José da Conceição Holtz - Rua Francisco Almeida Melo, 143 - Gramadinho - Itapetininga/ SP; EE Prof. Carlos Eduardo Mattarazzo Carreira - Rua Antônio Soares da Silva, s/n - Jardim Brasil - Itapetininga/SP; EE Profª Maria Francisca Deoclecio Arrivabene - Rua Camilo Moises, 150 - Cohab - São Miguel Arcanjo/SP; EE Profª Altina Maynardes Araujo - Rua Teofilo Andrade Gama, 800 - Boqueirão - Tatuí/SP – 90 - R$ 116.645,00 – R$ 11.664,00 – 11:30 – 29/01/2008. 05/2568/07/02 - EE Prof. Diogenes Almeida Marins - Rod. Raposo Tavares, Km-109 - Jd. Novo Eldorado - Sorocaba/ SP; EE Profª Ida Yolanda Lanzoni de Barros - Rua Paulo Alves Souza, 168 - Vila Zacarias - Sorocaba/SP; EE Profª Ossis Salvestrini Mendes - Rua Paes de Linhares, 1.198 - Jardim Brasilândia - Sorocaba/SP – 90 - R$ 83.266,00 – R$ 8.326,00 – 14:00 – 29/01/2008. 05/2569/07/02 - EE Prof. Benedito Flores de Azevedo - Rua Emilio Hadami Kamimura, 64 - Lot. João Barro - Itapira/ SP; EE Profª Cleide da Fonseca Ferreira - Rod. Dep. Mario Beni, Km-186 - Itaqui - Mogi Guaçu/SP; EE Prof. Aristides Gurjão - Av. Luiz Pilla, s/n - Martim Francisco - Mogi-Mirim/SP; EE São Judas Tadeu - Rua Paulino Albejante, 264 Santa Clara - Mogi-Mirim/SP – 90 - R$ 107.080,00 – R$ 10.708,00 – 14:30 – 29/01/2008. 05/2570/07/02 - EE Rev. Ovidio Antonio de Souza - Rua Itangua, 750 - Jd. Nova Esperança - Sorocaba/SP; EE Profª Elza Salvestro Bonilha - Rua Arlinda Almeida Santos, 414 - Jd. Itangua II - Sorocaba/SP; EE Profª Isabel Lopes Monteiro - Av. Manoel Camargo Sampaio, s/n - Jd. Marcelo Augusto - Sorocaba/SP – 90 - R$ 85.600,00 – R$ 8.560,00 – 15:00 – 29/01/2008. 05/2598/07/02 - EE Profª Maria Pacheco Nobre - Rua Guanabara, 200 - Boqueirão - Praia Grande/SP – 90 - R$ 29.436,00 – R$ 2.943,00 – 15:30 – 29/01/2008. 05/2599/07/02 - EE Profª Iria Barbieri Vita - Rua dos Brandimarte, 1450 - Jd. Stª Claudia - Mirassol/SP – 90 - R$ 33.138,00 – R$ 3.313,00 – 16:00 – 29/01/2008. 05/2600/07/02 - EE Assentamento Santa Zelia - Fazenda Assentamento Santa Zelia, s/n - Fazenda Santa Zelia Teodoro Sampaio/SP; EE Eng. Orlando Drumond Murgel - Rua Curitiba, 09-36 - Centro - Presidente Epitácio/SP – 90 - R$ 51.836,00 – R$ 5.183,00 – 16:30 – 29/01/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 14/01/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até às 17:00 horas do dia 28/01/2008. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente
"Não me venham cortar a luz. " Lula, Economia 1 Ano 83 - Nº 22.539
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R$ 1,40
Jornal do empreendedor
Querem a CPMF de volta
Edição concluída às 23h50
Página 4
w w w. d co m e rc i o. co m . b r
Jorge Silva/Reuters
Liberdade a reféns. E Glória a Chávez. "Os que ficaram pedem: não baixe a guarda, presidente" - disse a Chávez a ex-refém Consuelo (a das flores, na foto). A outra refém, Clara (ao lado da mulher de vermelho) acrescentou: "Te agradeço de toda a minha alma". O resgate, página 8.
Via Sacra de Bush
Divulgação
Larry Downing/Reuters
Paulo Pampolin/Hype
O barato é Nano
Reuters/Tata
Bush sai da Igreja da Natividade, em Belém (foto). Foi ao Santo Sepulcro, em Jerusalém. Esteve no QG palestino, em Ramallah. Pediu a Israel que desocupe territórios conquistados na Guerra de 6 Dias, em 1967. E à Palestina, que se una. Aos refugiados, indenização. Pág. 7
O carro mais barato do mundo, US$ 2.500, da indiana Tata Motors, foi apresentado ontem: espaço para quatro pessoas, motor de 625 mil cilindradas, capaz de rodar 20 km por litro de gasolina. O dono da Tata o considera "o carro do povo". E vai produzir 250 mil este ano. E 3 HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 32º C. Mínima 19º C.
AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 26º C. Mínima 20º C.
Reprodução
O QUENTE DO FIM DE SEMANA
Com a máxima perto dos 30º, quem resiste ao sorvete? Veja as dicas em gastronomia. Cinema: Desejo e Reparação (com Keira Knightley) é a grande estréia. Leitura: ministro Eros Grau, do STF, resenha Crônica de Uma Tragédia Inesquecível, sobre o
processo de Dilermando de Assis, que matou Euclides da Cunha. Mais: autobiografia de Eric Clapton; As Mil e Uma Noites; Nicette Bruno e Paulo Goulart em nova peça; grafites nos bueiros e Roda do Vinho.
Leonardo Rodrigues/e-SIM
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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CHÁVEZ RESGATA REFÉNS DAS FARC Jorge Silva/Reuters
AFP
Internacional
Enrique Hernandez/AFP
FINAL FELIZ: APÓS RESGATE, CHÁVEZ REÚNE-SE COM REFÉNS E FAMILIARES. EM DESTAQUE, CLARA E FUNCIONÁRIO DA CRUZ VERMELHA E CONSUELO COM FAMILIARES
A
s Forças Armadas R ev ol uc io ná ri as da Colômbia (Farc) libertaram na tarde de ontem duas reféns capturadas há mais de cinco anos pela guerrilha, cumprindo um acordo mediado pela Venezuela e mantendo a esperança de que dezenas de outros sequestrados deixem o cativeiro nos próximos meses. Foi a primeira libertação de prisioneiros pela guerrilha em 6 anos. A ex-candidata a vice-presidente Clara Rojas e a ex-deputada Consuelo González foram soltas em um local não revelado da selva colombiana, perto da cidade de San José del Guaviare. O resgate foi coordenado pelo governo venezuelano de Hugo Chávez, com
a ajuda da Cruz Vermelha e o consentimento de Bogotá. Elas pousaram na base aérea de Santo Domingo, na Venezuela, perto da fronteira com a Colômbia e, em seguida, embarcaram em um jatinho para o Aeroporto de Caracas. Recebidas com abraços e flores por familiares, as duas mulheres desembarcaram no final da tarde de ontem na Venezuela. "Recebemos Clara e Consuelo das mãos das Farc. Conversei com as duas há um minuto e elas estavam muito emocionadas", disse Hugo Chávez, em discurso transmitido pela TV. "Ramón Rodríguez Chacín (ministro do Interior venezuelano e coordenador do resgate) me disse que elas estão em boas condições", afirmou.
A libertação encerra um ca"A Venezuela continuará a pítulo de uma saga que come- abrir o caminho para a paz na çou em 20 de agosto de 2007, Colômbia. Estamos prontos quando o venezuelano candi- para isso e em contato com as datou-se para Farc, e esperamediar uma mos que o gonegociação verno colomhum anitá ria biano comprevisando a troenda isso", disc a d e re f é n s se Chávez. p o r g u e r r iO resgate foi o ano em que lheiros das Bogotá auClara Rojas, libertada torizou a opeFarc nas mãos do governo ração na quarontem pelas Farc, foi col ombia no. ta-feira, logo seqüestrada Mesmo afasapós Chávez t a d o p o s t et e r re v e l a d o riormente da que já estava função pelo colega Álvaro Uri- com as coordenadas do local be, Chávez manteve a media- do resgate. Mas a expectativa ção e, segundo analistas políti- de um novo fracasso deixou os cos, ganhou pontos junto à co- dois governos apreensivos. munidade internacional. Em 28 de dezembro, Chávez
2002
Líderes celebram feito
QUÊNIA
O
s EUA agradeceram colombiana. Supõe-se que pelos "bons ofícios" do mais de 750 pessoas sejam presidente venezuela- mantidas reféns. O presidente francês, Nicono, Hugo Chávez, para conseguir a libertação das duas reféns las Sarkozy, afirmou que a que estavam em poder das Farc. "França se alegra profunda"Damos boas-vindas aos bons mente" e prometeu redobrar os esforços para obter ofícios de qualquer Charles Platiau/Reuters pessoa, incluindo o a libertação da franco-colombiana Inpresidente Chávez, grid Betancourt, exque possa ajudar na candidata à presilibertação dos redência da Colômféns em poder das bia. "Quero agradeFarc", disse o portacer ao presidente v o z d o D e p a r t aChávez e a todos mento de Estado, que se preocupam Tom Casey. com a situação draWashington volmática dos reféns.". tou a pedir que as "O sucesso dessa Farc, um grupo que os EUA consideram terro- operação pode abrir espaço parista, libertem todos os se- ra que outras negociações sejam qüestrados, incluindo os três estabelecidas. A rigidez para se americanos, funcionários do abrir novas conversas foi desPentágono, que estão em po- bloqueada", disse o secretário der da guerrilha desde feve- especial da Presidência do Brareiro de 2003, quando o avião sil para assuntos internacionais, em que viajavam caiu na selva Marco Aurélio Garcia. (AE)
armou operação semelhante para resgatar as reféns, mas o resgate fracassou porque a guerrilha ficou descontente com a movimentação do Exército colombiano perto do local onde as reféns seriam soltas. Ontem, porém, o final foi outro. As equipes de resgate venezuelanas chegaram a Santo Domingo, que fica na fronteira com a Colômbia, e a televisão estatal venezuelana Telesur divulgou imagens do momento do resgate. Clara e Consuelo conversaram com Chávez por telefone e agradeceram o venezuelano pela mediação. "Os que ficaram me pediram que te passasse uma mensagem, presidente: Não abaixe a guarda", disse Consuelo. "Obrigada, presidente, te agradeço de to-
Kofi Annan mediará crise
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Já advogada tributarista Clara Rojas, de 43 anos, foi sequestrada junto com a então candidata a presidente Ingrid Betancourt, em fevereiro de 2002, em uma estrada do Departamento do Caquetá. Rojas era chefe da campanha de Betancourt e posteriormente foi registrada como vice em sua chapa presidencial. Sua amizade com a candidata havia começado em 1993, quando trabalhavam no Ministério de Comércio Exterior, durante a Presidência de César Gaviria. Ambas seguiram rumos distintos, mas voltaram a se encontrar quando Rojas foi eleita deputada. Após o resgate das duas reféns, os esforços da comunidade internacional se concentram, agora, na libertação de Ingrid Betancourt. (Reuters)
Ex-secretário geral das Nações Unidas tentará terminar com impasse que já matou 500 pessoas no país
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ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, será o novo mediador na disputa sobre as eleições presidenciais no Quênia, depois do fracasso da última tentativa, que não conseguiu nem promover um encontro entre o presidente Mwai Kibaki e seu rival Raila Odinga, visando a formação de um futuro governo de coalizão. A disputa em torno das eleições, supostamente fraudadas, deflagrou conflitos que já causaram a morte de mais de 500 pessoas e o êxodo de cerca de 250 mil
"Equador terá ano turbulento", diz presidente Rafael Correa
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Fabrice Coffrini/AFP
Seis anos no cativeiro resgate realizado ontem representou a primeira vez na história recente da Colômbia em que as Farc soltam de forma unilateral reféns de destaque. O país vive há mais de quatro décadas numa guerra civil que já fez milhares de vítimas. Consuelo González de Perdomo era deputada nacional pelo Partido Liberal e tinha 51 anos quando foi sequestrada por um comando rebelde, em 10 de setembro de 2001, numa estrada do Departamento do Huila. Em mais de seis anos de cativeiro, a família dela recebeu apenas uma prova de vida. Seu marido, Jaime Perdomo, morreu em 2003, de parada cardíaca. Suas duas filhas, Patricia e María Fernanda, participam de um movimento pela libertação de reféns das Farc.
da minha alma", disse Clara. As imagens mostraram as duas se despedindo de guerrilheiros e guerrilheiras das Farc, que lhes desejaram boa sorte e em seguida voltaram para a selva. Clara, que foi seqüestrada juntamente com Ingrid em 2002, e Consuelo, capturada em 2001, deixaram o helicóptero em que foram resgatadas e embarcaram em uma avião Falcon com destino ao aeroporto de Caracas. Além de Chacín, estavam presentes na entrega das seqüestradas quatro delegados da Cruz Vermelha, a senadora colombiana Piedad Córdoba, um médico venezuelano e o embaixador de Cuba na Venezuela, Germán Sánchez. (Agências)
habitantes que temem novos atos de violência. As negociações diplomáticas estão paralisadas há dias. Mas ao deixar o país, ontem, o mediador da União Africana e presidente de Gana, John Kufuor, fez comentários positivos: "Os dois lados concordam que é preciso pôr um fim à violência". O comunicado da União Africana diz que Kufour conseguiu que Kibaki e Odinga se comprometessem a participar de discussões sobre as últimas eleições de dezembro com altas
autoridades africanas, lideradas por Annan. A aliança "Quenianos para a Paz com Verdade e Justiça", que reúne várias organizações civis e formada depois das eleições, apresentou ontem à polícia uma longa lista de supostas acusações contra autoridades eleitorais e parte da administração, incluindo fraude, mal uso da lei, falsificação de certificados e abuso de poder. Os grupos civis pediram que todos os 22 membros da Comissão Eleitoral sejam levados a julgamento. (AE)
presidente do Equador, Rafael Correa, previu que o país viverá um ano turbulento devido à resistência de vários setores do poder, entre eles o sistema financeiro e os meios de comunicação, às reformas que ele quer executar para implantar o chamado "socialismo do século 21" — em linha com movimentos colocados em prática pelos colegas Hugo Chávez, da Venezuela, e Evo Morales, da Bolívia O líder socialista garantiu ontem que as reformas constitucionais que planeja para desmantelar o poder que os partidos hegemônicos exerciam no Estado, assim como o modelo neoliberal, provocarão mais turbulência política na nação andina durante este ano. Segundo ele, 2008 continuará sendo um ano "de confronto político, e ainda mais." "Só um insensato busca o confronto, mas não nos enganemos: diante de um processo de mudança a resistência é inevitável," afirmou Correa em entrevista ao jornal El Comercio, a dias de completar um ano no cargo. Correa aposta na Assembléia Constituinte, que começou a reforma constitucional em novembro, num dos países menos estáveis da América Latina. A Constituinte, de maioria governista, virou símbolo do descontentamento com os partidos tradicionais, acusados por Correa de compactuarem com a manutenção da pobreza. Já os adversários de Correa esperam conseguir derrotá-lo no referendo para aprovar a nova Constituição. As medidas mais criticadas são a instituição da reeleição presidencial e da antecipação das eleições gerais. (Reuters)
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
Empresas Finanças Imóveis Nacional
Arivaldo Chaves/Agência RBS/AE
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Mercado de Porto Alegre também tende a apresentar valorização.
AJUDA DE ESPECIALISTA É IMPORTANTE
Divulgação
COM BOAS PERSPECTIVAS, IMÓVEIS DISPUTAM INVESTIDORES. Possibilidade de o Brasil alcançar o grau de investimento deve elevar preços Kelly Ferreira
Tiago Queiroz/AE – 30/1/06
O
em relação a outros ativos, garantem maior segurança quando se faz um bom negócio. Ele recomenda a diversificação. "Se o dinheiro disponível for suficiente, é melhor aplicar em várias propriedades. Mais indicado é comprar três imóveis de R$ 150 mil do que um de R$ 450 mil, por exemplo", afirma. Outro aspecto muito importante é a localização. Depen-
No investimento em imóveis, mais indicado é comprar três unidades de R$ 150 mil do que uma de R$ 450 mil, por exemplo. Tarcísio Souza Santos dendo da região, o ganho com o aluguel pode girar em torno de 0,8% a 1% do valor do imóvel. "É por isso que a casa ou apartamento tem de ser escolhido com cautela", afirma o consultor e diretor da Amaral D'Avilla Engenharia e Avaliações, Celso Amaral. Na opinião dele, uma boa opção pode ser investir em imóveis ainda na planta. "O preço é mais baixo e o valor de mercado aumenta com o tem-
po. O único problema é que o investidor não tem rendimento de locação em um primeiro momento", destaca. Cuidados — Para a gerente geral da Lello Imóveis, Roseli Hernandes, é preciso tomar certos cuidados antes de investir. Segundo ela, a orientação de um especialista no setor para a escolha do imóvel é primordial. Outra dica importante é evitar comprar imóveis com valor alto de condomínio, o que torna a locação mais difícil. Nos imóveis mais antigos, é preciso avaliar se uma reforma compensa. A região onde está a casa ou apartamento também deve ser levada em consideração. Os mais valorizados são de áreas em crescimento e com fácil acesso aos meios de transporte, principalmente os próximos às estações de metrô. Outros fatores a serem considerado são as vagas de garagem e as áreas de lazer, principalmente se forem voltados para casais com filho e jovens. "Um especialista em mercado imobiliário pode avaliar essas e outras questões e indicar o melhor investimento, sem que o investidor corra risco de perder dinheiro ou ficar com o imóvel parado", diz Roseli. Segundo ela, os imóveis com maior rentabilidade hoje são os apartamentos residenciais de um e dois dormitórios e os galpões comerciais.
Robson Fernandes/AE – 28/9/06
Paulo Pampolin/Digna Imagem – 22/6/05
Arivaldo Chaves/Agência RBS/AE
De acordo com especialistas, devem ter as altas mais expressivas os imóveis de (pela ordem, a partir do alto), Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Campo Belo e Brooklin (bairros paulistanos) e Salvador.
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momento é propício para o investimento em imóveis no Brasil. Mas, de acordo com especialistas, é preciso que o interessado conheça bem o mercado imobiliário ou seja assessorado por um consultor para não fazer a escolha errada. A tendência é de que a valorização dos imóveis se intensifique quando o País alcançar a categoria "grau de investimento", o que pode acontecer ainda neste ano. Países com essa marca são considerados seguros para investimentos pelas agências internacionais de classificação de riscos. Para se ter uma idéia do que isso pode significar no segmento imobiliário, no México os preços das unidades quadruplicaram quando o país recebeu o grau de investimento. "Isso não quer dizer necessariamente que haverá valorização tão grande no Brasil, até porque nosso mercado imobiliário tem crescido desde o ano passado. Mas a expectativa é de que os imóveis passarão por significativa reavaliação de preços", afirma o economista e professor da Fundação Arm a n d o Á l v a re s P e n t e a d o (Faap) Tarcísio Souza Santos. "Acredito que este é o momento ideal para investir, tanto no primeiro imóvel quanto em unidades para futura locação. É um excelente negócio para quem tem dinheiro guardado", diz o economista. No Brasil, as cidades com melhores perspectivas são Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Natal, Porto Alegre, Belo Horizonte e Vitória. Na capital paulista, os destaques são bairros como Campo Belo, Brooklin, Santo Amaro e Vila Andrade. O Jabaquara, na zona sul, tem potencial no caso do médio padrão, enquanto Santana, do outro lado da cidade, chama a atenção pelos investimentos em alto padrão. Para Santos, apesar de os imóveis terem liquidez menor
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
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9 Leonardo Rodrigues/e-SIM
Atual sede do Detran, no Ibirapuera, vai abrigar o Museu de Arte Contemporânea (MAC).
Detran está de mudança para o Centro Após 48 anos funcionando no Ibirapuera, Departamento Estadual de Trânsito será transferido para a região central da cidade. Mudança será realizada até junho.
Leonardo Rodrigues/e-SIM
dia, que está sendo reurbanizada com o nome de Nova Luz. Com isso, o prédio da avenida Departamento Es- do Estado, que ficaria ocioso, tadual de Trânsito será cedido ao governo estade São Paulo (De- dual para instalar o Detran. tran) e os seus ser- Assim, o edifício do Ibirapueviços de regularização de veí- ra, ficará disponível para abriculos estão de mudança. Eles gar as obras do MAC. Hoje, deixarão a região do Ibirapue- apenas uma parte do acervo do ra, na zona sul, e seguirão para museu fica exposta, por limitao Centro da cidade. O prédio ção de espaço. O anúncio da mudança foi que o departamento ocupa há 48 anos, projetado pelo arqui- publicado no Diário Oficial do Município no teto Oscar dia 3. A previNiemeyer, irá são é que o Deabrigar o Mutran descarreseu de Arte gue toda a muC o nt e m po r âdança em junea (MAC), nho. q u e a t u a lmil vistorias em A subprefeimente funciotura da Sé, por na dentro da veículos são sua vez, deve Universidade realizadas por mês mudar de ende São Paulo. no Detran dereço em Os novos março. Inicialendereços do mente, os funDetran já foram definidos e deverão ser cionários deverão ocupar um ocupados até junho. A área ad- prédio na rua Álvares Penteaministrativa do órgão utilizará do. Em 2009, o órgão se muda dois prédios, localizados nas em definitivo para a região da ruas Boa Vista e na João Brícola, Cracolândia, depois de reurbanizada. próximos à Bolsa de Valores. A pressa na mudança se exO atendimento ao público será transferido para uma área na plica pela necessidade de realtura do número 900 da aveni- formar o local que vai abrigar o da do Estado, onde hoje funcio- atendimento do Detran. O dena a subprefeitura da Sé. A mu- partamento ocupará uma área dança ocorre graças a um acor- de 50,8 mil metros quadrados, do entre a Prefeitura de São Pau- superior aos 31 mil metros que dispõe atualmente. O Detran lo e o governo estadual. A administração municipal recebe cerca de 30 mil pessoas pretende instalar a subprefei- por dia e realiza 20 mil vistotura da Sé na antiga Cracolân- rias por mês.
Ivan Ventura
O
20
Andrei Bonamin/Luz
Leonardo Rodrigues/e-SIM
Os prédios que vão abrigar o setor administrativo do Detran ficam nas ruas Boa Vista e João Brícola (fotos acima e à esquerda). O atendimento ao público será no pátio da atual subprefeitura da Sé (à direita), na avenida do Estado, que será transferida para a região da Nova Luz.
Atendimento ao público será descentralizado Idéia é criar praças de atendimento regionais
O
utra novidade virá junto com a mudança de endereço do Detran. Serão criadas três praças de atendimento ao público espalhadas em diferentes regiões da cidade. Trata-se de uma iniciativa que visa promover a descentralização do atendimento ao motorista, atualmente concentrado no prédio do Ibirapuera e que, a partir de junho, estará localizado na avenida do Estado, na região central – local onde atualmente funciona a subprefeitura da Sé. De acordo com a assessoria do departamento, a idéia é escolher prédios para recepcionar o público nas regiões Oeste, Leste e Sul da cidade. No entanto, não há uma data oficial para a definição dos endereços desses locais e que tipos de serviços serão prestados nas novas praças de atendimento. Entretanto, segundo a re-
portagem do Diário do Comércio apurou, nos três novos prédios deverão funcionar balcões de atendimento para a retirada de documentos e a realização de exames. Um segundo argumento do Detran para o impasse na escolha das três praças de atendimento é que o departamento ainda aguarda a transferência do terreno ocupado pela subprefeitura da Sé. A Prefeitura de São Paulo já repassou legalmente a área à Secretaria Estadual da Fazenda que, por sua vez, terá de transferir o local de 50,8 mil metros quadrados para a Secretaria de Segurança Pública – responsável pelo Detran. O órgão definirá exatamente quais serviços prestará somente depois de formalizada a transferência da posse do imóvel, composto por terreno, edifício sede, galpão e estacionamento. (IV)
RODÍZIO Restrição volta a vigorar a partir de segunda-feira
A
partir da próxima segunda-feira, o rodízio de veículos volta a vigorar na Capital. A restrição à circulação de carros, motos e caminhões é necessária por causa do aumento gradativo de viagens a partir da terceira semana de janeiro, segundo dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). O rodízio está suspenso desde o dia 17 de dezembro do ano passado, em decorrência das festas de fim de ano. Nesse período, segundo a CET, o número de veículos em circulação é reduzido. Com a volta da restrição, não poderão circular às segundas-feiras carros com placas final 1 e 2. Na terça, placas com final 3 e 4. Na quarta, 5 e 6. Na quinta, 7 e 8 e, na
sexta-feira, placas com final 9 e 0. O rodízio funciona das 7h às 10h e das 17h às 20h. Nesses horários, fica proibida a circulação de veículos nas ruas dentro do Centro Expandido da cidade, formado pela marginal Tietê, avenida Salim Farah Maluf, avenida Professor Luís Inácio de Anhaia Melo, avenida Juntas Provisórias, avenida dos Bandeirantes e marginal Pinheiros. De acordo com a CET, transitar em locais e horários não permitidos pela regulamentação prevista no Código de Trânsito Brasileiro implica em infração de trânsito média, o que resulta em uma multa no valor de R$ 85,12 e quatro pontos na carteira de motorista. (IV )
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
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1 Joel Silva/AE
A falta de chuvas provocou a redução nos níveis de reservatórios como o da Represa do Rio Grande, na divisa entre São Paulo e Minas Gerais.
APARELHOS ELETROELETRÔNICOS QUE FICAM NA TOMADA, ENCARECEM A CONTA DE ENERGIA ELÉTRICA
STAND-BY: A ESPERA QUE CUSTA CARO Pablo Valadares / AE
Renato Carbonari Ibelli
O
s televisores à venda no País receberão, até o final do ano, etiquetas informando quanto consomem de energia elétrica em standby (modo de espera). A medida faz parte do Programa Brasileiro de Etiquetagem, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) com o objetivo de alertar o consumidor quanto à eficiência energética dos eletrodomésticos. De acordo com o instituto, o consumo de televisores em standy-by varia de um watt a dez watts, dependendo do fabricante. O televisor é apenas um item que costuma ficar em stand-by nas residências. Em geral, equipamentos que funcionam por controle remoto, possuem teclado por toque ativo, ou têm mostrador com relógio digital, consomem energia mesmo quando desligados. Segundo Gustavo Kuster, gerente da divisão de Programas de Avaliação de Conformidade do Inmetro, uma residência de classe média possui entre seis e oi-
to equipamentos em standyby durante 24 horas. "Isso pode representar até R$ 30 na conta do mês", diz Kuster. A etiqueta será restrita aos televisores em 2008, mas a proposta é gradualmente implantá-la em outros equipamentos da linha. Enquanto o Inmetro não informa ao consumidor qual fabricante tem a linha marrom mais econômica, talvez tirar os equipamentos da tomada seja uma medida razoável. Estudos mostram que, por exemplo, o microondas, ao longo de sua vida útil, gasta
mais energia em stand-by do que quando ligado. Quando não está esquentando alimentos, o microondas consome energia para fazer funcionar o relógio digital e o teclado por toque ativo. Cabe ao consumidor decidir se o relógio do forno realmente compensa o gasto a mais de energia. Kuster também lembra que equipamentos mais modernos, mesmo tendo custos maiores, em geral representam consumo menor de energia. A economia se torna uma medida importante, agora, com a escassez de chuva, que pode encarecer o preço do fornecimento. Por causa da falta de chuva, o governo está acionando as termelétricas, que têm custo de produção mais elevado, despesa que pode ser repassada para o consumidor. Desligar os equipamentos que ficam em stand-by da tomada pode representar economia considerável para o País. Um estudo da Light, que fornece energia para os 33 municípios da Grande Rio de Janeiro, mostra que se estes equipamentos fossem desligados em todo aquele estado, seria possível economizar energia para abastecer 150 mil famílias.
Mais informação, mais economia
E
studo realizado pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos, divulgado ontem pelo New York Times, indicou que se as pessoas tivessem instrumentos digitais para medir o consumo dos equipamentos elétricos e tivessem referências sobre os preços da energia, o consumo poderia ser reduzido em até 15% por ano. Ao longo de 20 anos, isso tornaria dispensável a construção de 30 termoelétricas a carvão e de
outras usinas, incluindo a respectiva infra-estrutura, no total de US$ 70 bilhões. Segundo os pesquisadores, se o cidadão tiver condições de acompanhar constantemente o consumo, ele efetivamente economizará energia. Em 112 casas da Península de Olympic, em Seattle, foram instalados termostatos digitais e terminais de computadores a aquecedores de água e secadoras automáticas. Esses controles foram conectados à
internet. Assim, os moradores podiam controlar pela web a temperatura ideal para os equipamentos. Eles também indicavam o nível de tolerância para a flutuação do preço da energia. Por fim, tinham de decidir se dariam prioridade à economia ou ao conforto. Em pouco tempo, eles passaram a controlar os gastos. "Fiquei espantado com o envolvimento e a reação dos participantes", disse Robert Pratt, coordenador da pesquisa.
Ivan Cruz/Folha Imagem
Tolmasquim, Hubner e o diretor do ONS, Hermes Chipp: governo anunciou medidas para garantir energia.
Não haverá falta de energia elétrica, garante governo
O
ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, apresentou, ontem, as novas medidas preventivas adotadas pelo governo para garantir a normalidade do abastecimento de energia em 2008 e 2009. O anúncio foi feito em entrevista concedida após a reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). Segundo o ministro, o governo vai determinar, de imediato, o funcionamento de seis usinas térmicas a óleo no Sudeste, que somam 800 megawatts. A medida surge para não comprometer os reservatórios da região, em virtude das transferências de energia que estão sendo feitas para o Nordeste. Hubner disse ainda que, na segunda semana de fevereiro, entrará em operação um gasoduto no Espírito Santo que permitirá o fornecimento de 5 milhões de metros cúbicos diários de gás para o Rio de Janeiro . S egu nd o o mi n is tro , a Petrobras também se comprometeu a apresentar, até a próxima terça-feira, condições para o remanejamento do gás usado em consumo próprio para as térmicas, se essa medida se mostrar necessária. Um dos participantes da co-
Hoje, felizmente, não precisamos restringir o consumo (de energia elétrica) da população brasileira. Maurício Tolmasquim, Empresa de Pesquisa Energética (EPE)
letiva, Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia, descartou o risco de racionamento. "Hoje, felizmente, não precisamos restringir o consumo da população brasileira", destacou. Tolmasquim ressaltou ainda que o uso de usinas termelétricas pretende exatamente assegurar a continuidade do fornecimento de energia. "Seria de estranhar que as usinas térmicas ficassem a vida inteira paradas", alegou. Falta d'água – Os dados mais recentes divulgados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) indicam que o nível de água nos reservatórios do Nordeste, no último dia 7, era de 27,04%, en-
quanto nos do Sudeste e Centro-Oeste, o índice estava em 44,73%. No ano passado, os lagos das usinas estavam com 60,2% da capacidade no Sudeste e Centro-Oeste e com 65,4% no Nordeste. Hubner disse que o acionamento das usinas termelétricas para gerar energia devido ao baixo nível nos reservatórios das hidrelétricas não afeta as tarifas. "São contratos de fornecimento que já foram estabelecidos", explicou. O ministro também disse que a geração de energia por fontes alternativas às hidrelétricas é uma medida de precaução para garantir a oferta em 2008 e 2009. E lembrou: "Estamos apenas na primeira semana do período chuvoso". Tomalsquim ressaltou que "hoje temos uma transmissão que não tínhamos em 2001. Naquela época sobrava água no Sul, mas não conseguíamos transmitir energia para o Sudeste e Nordeste. Agora, estas linhas de transmissão foram dobradas. E não precisamos restringir o consumo. Nós podemos enfrentar o fato de termos chuvas piores. Como garantia, temos um parque de usinas termelétricas que não existia naquela época", afirmou o executivo. (Agências)
"Não me venham cortar luz de consumidores", esbraveja Lula Lago de Sobradinho, na Bahia, estava ontem com 19,3% da capacidade. Situação no Nordeste preocupa.
Volume de reservatórios em queda
A
curva de armazenamento de água nos reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste continua em trajetória declinante, segundo o Informativo Preliminar Diário da Operação do dia 9 de janeiro, publicado ontem pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O documento mostra que o volume de água nos re-
servatórios das hidrelétricas recuou 0,1 ponto percentual, para 44,6% da capacidade total das duas regiões. Por isso, diminuiu novamente a diferença entre a curva do nível de armazenamento dos reservatórios e a curva de aversão ao risco, referência do ONS para o volume de água que garantiria o abastecimento com segurança.
da Companhia Sertãozinho terá medida Paulista de Força e Luz (CPFL). produção afetada A empresa extinguiu os
A
s indústrias de Sertãozinho, maior pólo tecnológico do setor sucroalcooleiro do mundo, prevêem a desaceleração da produção por causa da nova
contratos de fornecimento de energia elétrica a preços especiais em horários fora de pico de consumo, das 18h às 21h. Hoje, essas indústrias pagam R$ 0,35 por kw/hora por esse plano. A partir de
A situação na região Nordeste permaneceu estável na comparação entre os dias 8 e 9 de janeiro, mas é preocupante. O nível dos reservatórios da região está em 27,1% da capacidade. No Sul, o informativo revelou nova queda no volume de água disponível nas hidrelétricas, de 74% para 73,7%. No Norte, o nível de armazenamento caiu para 29,8%. (AE) segunda-feira, irão pagar mais que o dobro (R$ 0,80). Na avaliação do presidente do Centro das Indústrias de Sertãozinho (Ceise), Mário Garrefa, a medida deve inibir a geração de empregos em 2008, uma vez que fará encarecer o custo de produção. (AE)
O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem a um grupo de ministros que não quer saber de racionamento e muito menos de corte de energia elétrica em seu governo. Ao chegar para a reunião de coordenação política, no Palácio do Planalto, Lula foi taxativo: afirmou que pretende ver todos os problemas resolvidos num curto espaço de tempo e estranhou as avaliações discrepantes na equipe sobre a possibilidade de um novo apagão. "Não me venham cortar luz dos consumidores", esbravejou o presidente, que determinou a adoção das medidas que forem necessárias para que não haja interrupções no fornecimento de energia. Convocada por Lula para fazer uma exposição sobre o assunto, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, garantiu que o sistema energético do Brasil não só é seguro como conservador. "Não existe risco de apagão", assegurou a ministra, que retornou ontem de férias.
Dida Sampaia/AE
Lula: presidente disse que ainda não entendeu o porquê do alerta para racionamento de energia
Com a autoridade de quem já comandou a pasta de Minas e Energia, Dilma lembrou que os sistemas de controle e transmissão de energia são interligados e monitorados. Mais: assegurou que é possível antever problemas com margem de segurança necessária para tomar providências. Apesar das declarações do diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Jerson Kelman, de que o racionamento de energia "não é impossível", a avaliação dos principais au-
xiliares de Lula sobre a crise é bem mais amena. Nível dramático – Na reunião de ontem, Dilma afirmou que os reservatórios das hidrelétricas não estão em nível dramático, como sugeriu Kelman. A explicação para os problemas ocorridos é a de um "quadro atípico" de falta de chuvas. Lula não entendeu até agora, porém, por que Kelman fez o alerta sobre a possibilidade de racionamento. "Não podemos ficar dependendo de chuvas", disse o presidente, em conversa reservada. De qualquer forma, embora não ache que a situação é dramática, o governo está preocupado. Na última quarta-feira, ao saber do prognóstico desanimador do diretor da Aneel, Lula cobrou explicações. O ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, chamou o diretor-geral da Aneel para uma conversa. Participantes do encontro contaram que o presidente ainda continuava intrigado com as diferentes avaliações sobre o mesmo tema. (AE)
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LAZER - 1
A vida como ela é Em 1909, Dilermando de Assis matou Euclides da Cunha. O crime transformou-se em questão nacional. O livro Crônica de Uma Tragédia Inesquecível reproduz os autos do processo e reacende o debate. Dilermando é culpado ou inocente? Eros Roberto Grau
Crônica de uma Tragédia Inesquecível. Editoras Albatroz, Loqüi e Terceiro Nome
Dilermando, que matou Euclides.
O
militar, engenheiro e escritor Dilermando Cândido de Assis nasceu em Porto Alegre, em 1888. Morreu no Rio de Janeiro, em 1951. Foi um dos defensores da maçonaria tradicional, polemizando com o grão-mestre Joaquim Rodrigues Neves. Aos 17 anos, apaixonou-se por Ana Emília Ribeiro, esposa de Euclides da Cunha. Escreveu Um Nome, Uma Vida, Uma Obra e A Tragédia de Piedade, obras relacionadas com o crime em que se envolvera. (DCultura)
C
rônica de Uma Tragédia Inesquecível é um livro incomum: a reprodução dos autos do processo de Dilermando de Assis, que matou Euclides da Cunha. Incomum porque é um livro sem autor. Ou cujo autor é a vida. Um livro que como diria Nelson Rodrigues - descreve a vida como ela é. Incomum, ainda, porque se abre para muitos leitores. Tanto os estudiosos de Euclides da Cunha e dos costumes sociais no início do século XX, quanto os que cogitam das práticas judiciárias e da linguagem do direito nele encontram precioso material de pesquisa. E os que se enredam na literatura, em geral, põem-se diante de um relato talvez mais ambíguo, e por isso mesmo mais rico, do que poderiam urdir os que se exercitam na ficção. Uma objetiva introdução de Walnice Nogueira Galvão situa o leitor no tempo de Euclides, no episódio de Canudos e n’Os Sertõese toma o leitor pela mão, conduzindo-o ao relato. Relato ambíguo como a vida. A tragédia é conhecida. Euclides e a mulher, Ana, coexistem às turras. Desentendem-se mais uma vez. Ela diz que irá à casa da mãe. Três dias depois, não a encontrando, Euclides vai ao en-
dereço do amante, Dilermando. Ana, informada da chegada do marido, esconde-se. Dinorah, irmão de Dilermando, recebe-o. Tenta conter a ira de Euclides. É ferido. Euclides avança. Arromba a porta do quarto onde se encontra Dilermando. Alveja-o. Grande atirador, Dilermando mata Euclides. Eis a versão corrente dos fatos. O réu é absolvido no primeiro júri, após novamente inocentado, em um segundo julgamento. Há dois júris. Inicialmente os doze jurados, em maio de 1911, adotaram a tese sustentada por seu advogado, o grande Evaristo de Moraes, de legítima defesa. Mas essa decisão foi tomada por empate, seis jurados a afirmando, seis recusando-a. E isso sem firmeza, pois sete deles, ao responderem um dos quesitos propostos pelo juiz, afirmaram que Dilermando cometera o crime "por motivo reprovável". A incoerência em ao menos um dos votos - o réu teria cometido o crime em legítima defesa, por motivo reprovável - deu lugar à anulação do primeiro júri e, no segundo, em outubro de 1914, Dilermando foi inocentado por cinco votos a dois. A leitura dos autos permite ao leitor
Auto de denúncia: 25 de setembro de 1909 (à esq.) e documentos do 20º Distrito Policial: autuação em 15 de agosto de 1909.
Triângulo no Ponto: estréia na ficção.
O
ministro Eros Roberto Grau (à dir.) é autor, entre outros, destes livros ligados ao direito: Ensaio e Discurso Sobre a Interpretação/Aplicação
perceber que a decisão judicial não é científica. Não pode ser apreciada em termos de veracidade. Não será jamais exata. Que há sempre mais de uma versão dos mesmos fatos. Cada testemunha relata a sua versão: mais de uma pessoa, mais de uma versão. Os fatos não são, fora do relato a que correspondem, o que são. O compromisso entre o relato e seu objeto, entre o relato e o relatado, é extremamente frágil. O que prevalece, no bojo de qualquer processo judicial, é a verdade dos autos, não a verdade dos fatos. No processo de Dilermando Reis alguns depoimentos impressionam, dois deles de uma menina de nove anos, ouvida no inquérito policial como declarante, em juízo como informante. Na primeira ocasião ela conta que viu sair da casa vizinha à sua um senhor (Euclides), seguindo-o "um dos moços moradores da casa" (Dilermando) e "dar um tiro no senhor que saiu na frente". Na segunda, que "viu saindo por uma porta da sala da casa em que reside o denunciado um moço que depois soube ser o Doutor Euclides da Cunha e atrás dele o denunciado com um revólver na mão". A tragédia é desdobrada para além da morte de Euclides, também nos depoimentos de um menino de quinze anos, Sólon, filho do casal. Euclides aparece no enredo não
apenas como a vítima de um homicídio, mas também porque Dilermando tomou-lhe a mulher e engravidou-a duas vezes. O primeiro fruto do adultério sobrevive oito dias, morrendo de inanição. Dilermando, embora absolvido, suportará a vida toda a pecha de assassino. Uma tragédia para tirar nem pôr. A leitura dos autos pode e deve ser feita de modo recorrente, o leitor percorrendo os trajetos seguidos pelos personagens da trama, sensibilizando-se com suas angústias e apreensões, surpreendendo-se com a determinação e - apesar de tudo - a fragilidade de Ana, alarmando-se com o caráter de Euclides. Uma leitura diferente, ao cabo da qual se pode refazer o julgamento, para decidirmos, nós mesmos, cada leitor, pela culpa ou inocência de Dilermando. Eros Roberto Grau é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) desde 30 de junho de 2004
Trecho do texto da denúncia feita pelo adjunto dos promotores públicos Costa Ribeiro (25 de setembro de 1909) Corte de Apelação: julgamento designado para a partir de 8/4/1911
(Malheiros/2006); Estudos de Direito Constitucional (Malheiros/2003); Ordem Econômica na Constituição de 1988 (Malheiros/2006) e O Direito Posto e
o Direito Pressuposto (Malheiros/2005). Em 2007, estreou no romance, com o livro Triângulo no Ponto (Nova Fronteira). (DCultura)
Euclides, por Roberto Ventura.
P
esquisador, professor e ensaísta de literatura, Roberto Ventura (abaixo), nascido em 1957 no Rio de Janeiro, é considerado um dos mais importantes estudiosos de Euclides da Cunha (acima) no Brasil. Em 2002, ano em que comemorou o centenário da publicação de Os Sertões, preparavase para concluir a biografia do escritor, referência fundamental para quem queira conhecer melhor a obra euclideana. Publicou Euclides da Cunha: Esboço Bibliográfico (Companhia das Letras, 2003) e participou de uma das edições de Cadernos de Literatura Brasileira, dedicada a Euclides, com apoio do Instituto Moreira Salles. (DCultura)
Arte: Jair Soares Fotos: reprodução/Arquivo DC
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
Ambiente Educação Transpor te Urbanismo
Filipe Araújo/AE
Ministério Público Estadual ainda não puniu os responsáveis pelo desabamento.
ACIDENTE DO METRÔ COMPLETA UM ANO
PEGA! PEGA!
DURA LEX SED LEX
P
O ROLO DO TIETÊ (1)
E
por falar em conflitos, fiquem atentos. Semana que vem, talvez já na segunda-feira, a Secretaria do Verde comece a demolição de 427 casas na várzea invadida do Tietê, na zona leste. Trata-se daquela área que ocupou as manchetes semanas atrás porque o rio estava sendo aterrado por entulhos para dar lugar a loteamentos clandestinos. "A ousadia é incrível", conta o médico-sanitarista Hélio Neves, chefe de gabinete da Secretaria do Verde. "Há um mês as pessoas foram notificadas judicialmente a sair. De lá para cá, 25 novas casas foram erguidas".
O ROLO DO TIETÊ (2)
A
lém do crime ambiental – verdadeiro "riocídio" – a remoção é uma questão de segurança. O estrangulamento progressivo do Tietê provocará grandes enchentes, favorecidas pelo seu traçado, ali ainda original, cheio de meandros que ampliam o transbordamento natural. A retificação – que reduz o risco, embora isso não a absolva do ponto de vista ecológico – foi feita da Penha até o Cebolão em duas etapas: primeiro pela Light, nos anos 30, para produzir energia elétrica, e depois pela Prefeitura, nos anos 60, para assentar as marginais. A várzea a ser liberada será ocupada por campos de futebol até que o parque projetado se torne realidade. Vejam que bela ironia: o resgate propicia o ressurgimento do futebol de várzea na cidade, cujo desaparecimento é nostálgico e permanentemente pranteado.
TRAGÉDIA DO METRÔ
HONESTIDADE
O
Às vésperas de completar um ano do acidente da Linha 4 (Amarela) do Metrô, onde sete pessoas morreram, no dia 12 de janeiro de 2007, o Ministério Público ainda não concluiu as investigações sobre as causas da tragédia e nem identificou os responsáveis pelo desabamento das obras da futura estação Pinheiros.
LAR DOCE ÔNIBUS
S
emana passada, em operação para remover carros abandonados no bairro, Alexandre Aniz, subprefeito do Ipiranga, esbarrou com a carcaça de um ônibus na rua dos Sorocabanos, já próximo ao museu, que era habitada por uma família: pai, mãe, filho adolescente e alguns agregados. Plásticos azuis nas janelas propiciavam certa privacidade. As
caminhoneiro Valdir Costa dos Santos, de 41 anos, morador em Curitiba, casado e com dois filhos, devolveu R$ 17 mil que achou no estacionamento de um posto de gasolina em Promissão, interior de São Paulo. Ele passou dois dias com o dinheiro e comprou dois cartões de orelhão para procurar e marcar um encontro com o engenheiro agrônomo José Carlos de Oliveira, dono do valor. O caminhoneiro recusou recompensa. "Apenas pedi para ele orar por mim e por minha família, que já estava bem pago", contou. (AE)
pessoas foram encaminhadas aos albergues e a carcaça aguarda destino, que pode ser o Corpo de Bombeiros. O subprefeito acha que veículos abandonados podem ser aproveitados em treinamento do resgate de vítimas em acidentes, tipo cortar ferragens com aquelas tesouras especiais. Mas, para tanto, precisa vencer as barreiras da burocracia.
TIRO NO PÉ
U
m manda-chuva do PT disse à coluna que a rumorosa entrevista dada à revista "Piauí" foi erro de cálculo de Zé Dirceu. Está arrependido. Ele apenas pretendia se mostrar como articulador empresarial e, na tentativa de seduzir os editores para garantir publicação destacada da matéria, decidiu apimentá-la com um assunto requentado. Além de mexer em vespeiro, Zé, abrindo a caixa de ressentimentos, arranhou seu enorme prestígio junto à maioria interna silenciosa, onde era visto como militante desprendido que chamou a si o ônus da crise do
EDUCAÇÃO A Unesp premiará com R$ 15 mil pesquisadores que publicarem artigos nas revistas científicas Nature e Science.
Ayrton Vignola/Folha Imagem
/Luz - 22/12/ 2007
es/AE-05/09/ Márcio Fernand
O
nó em que se meteu a coligação PSDB-DEM na sucessão municipal da Capital, dividida entre a supremacia de Geraldo Alckmin nas pesquisas, o crescimento de Gilberto Kassab e o interesse de José Serra em manter a parceria de olho em Brasília, está empurrando o problema à uma instância superior: Fernando Henrique Cardoso e Jorge Bornhausen. (Talvez Sérgio Guerra também dê uns piados). Este conselho de anciões improvisado será o desatador do imbróglio, pois entre o pessoal cá de baixo, da planície, as fórmulas parecem esgotadas. Por outro lado, os tucanos fizeram uma descoberta extraordinária: fora Alckmin, não têm outro nome para o Palácio dos Bandeirantes, em 2010.
2006
A BOLA ESTÁ COM ELES
assadas as festas, as blitze contra o comércio ilegal voltarão a todo vapor na região da rua 25 de Março. Só foram interrompidas por causa da concentração de gente para as compras de Natal. Temia-se que as operações, sempre de grande envergadura e com homens armados, pudessem provocar desconforto e até tragédia em caso de eventual pânico ou provocações decorrentes. O nome de Law Chong continua na berlinda. Também tem coisa prevista para outras regiões da cidade.
Pablo de Sousa
O
Fórum da Barra Funda tornou-se epicentro da indignação do Ministério Público contra a possibilidade de o promotor Pedro Bacarat Guimarães Pereira vir a ser acusado de porte ilegal de arma, que dá de três a seis anos. É pé de guerra. Como se recorda, Pedro Baracat matou o motoboy Firmino Barbosa no sábado com uma pistola 9 mm, de uso restrito, ao reagir à tentativa de assalto. Os colegas, em polvorosa, lembram que Pedro tem legalmente o direito de carregar uma pistola ponto 40, também de uso restrito e bem mais potente do que aquela com a qual se defendeu, independente de estar em seu nome. No caso, a pistola 9 mm pertence ao seu irmão, que é colecionador e para tanto tem o competente registro. E, a propósito, também lembram uma ironia: bandidos raramente são pronunciados pelo porte ilegal de arma, seja ela raspada, contrabandeada, roubada ou desviada. Os juízes, em geral, costumam dar esses delitos como absorvido – eis a linguagem técnica – pelo crime maior que cometeram, que pode ser assalto à mão armada, latrocínio, seqüestro etc. Passam em branco.
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de janeiro de 2008
Ó RBITA
mensalão, para salvaguardar o partido e governo, e dela saiu como o cordeiro imolado. Quanto ao envolvimento de Lulinha, o Lulão tremeu sobre os sapatos.
VIGILÂNCIA EM ÔNIBUS O Departamento de Transportes Rodoviários do Rio de Janeiro testará detectores de metal na frota intermunicipal de ônibus.
AIDS
CONTRABANDO
O
STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou o pedido de liminar para liberdade do contrabandista Law Kin Chong. A decisão é do ministro Raphael de Barros Monteiro Filho. O empresário chinês naturalizado brasileiro foi preso pela PF no dia 14 de novembro em sua casa, no Morumbi, acusado de contrabando e descaminho. Ele cumpria pena por corrupção ativa em prisão domiciliar desde junho passado. Antes disso, estava preso desde 1º de junho de 2004 no Instituto Penal Agrícola de Bauru. (AE)
U
m portador do vírus HIV obteve na Justiça o direito de receber os remédios Tipranavir e Fuzeon da prefeitura de Santos e do governo de São Paulo. A decisão, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Santos, foi divulgada ontem. Segundo a Defensoria Pública, as secretarias de Saúde municipal e estadual recusaram-se a entregar os remédios por não constarem na lista de fornecimento. O portador do vírus, que está desempregado, não teria renda pagar o tratamento, que custa mais de R$ 3 mil por mês. (Agências)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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Indicadores Econômicos
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10,75
10/1/2008
por cento ao ano é a taxa para Certificação de Depósito Bancário (CDB) de 32 dias.
COMÉRCIO
DC
Fundo
Informe Publicitário FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Posição em
P. L. do Fundo
Empresarial LP
07/01/2008
27.532.121,10
Esher LP Hope LP JCP-SUL LP Master Recebíveis LP Múltiplo LP Odyssey LP Prospecta LP Redfactor LP Valecred LP
07/01/2008 07/01/2008 07/01/2008 07/01/2008 07/01/2008 07/01/2008 07/01/2008 07/01/2008 07/01/2008
21.781.132,60 14.510.777,77 1.968.159,12 2.070.912,62 16.769.920,94 495.252,78 1.386.535,91 13.094.116,30 5.291.953,46
Tipo Subordinada Sr 1ª emissão Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Sub - Classe A
Vlr Cota Sub 1.693,773808 781,729307 1.137,011478 1.295,213185 1.142,057017 1.289,560571 1.545,174520 990,505560 959,509546 1.202,515487 1.045,756517
% rent. mês 1,2195% 0,1841% 1,6869% 0,4613% 0,4963% -3,0115% -0,0662% -0,6679% 0,8027% -0,8771% 0,2008%
% ano 1,22% 0,18% 1,69% 0,46% 0,51% -3,01% -0,07% -0,67% 0,80% -0,88% 0,20%
Tipo Sr 2ª emissão Sr 3ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sub - Classe B
Vlr Cota Sr 1.046,375468 1.016,480000 1.036,516500 1.076,043020 1.032,558560 1.291,759425 1.019,906476 1.049,463973 272,436299
% rent. mês 0,1925% 0,1925% 0,1841% 0,1874% 0,1757% 0,1841% 0,1925% 0,1925% 0,7984%
% ano 0,19% 0,19% 0,18% 0,19% 0,18% 0,18% 0,19% 0,19% 0,80%
rating A+(Austin) BBB(Austin) AA-(Austin) AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) A- (Austin) A- (Austin) AA(Austin) A(Austin)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
2 - LAZER
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de janeiro de 2008
TEATRO Um arriscado jogo de sedução e conquista em cena na peça O Homem Inesperado
Leonardo Rodrigues/e-SIM
Marcelo Carnaval
A Pane: comilança filosófica no palco
Não vá com fome
A
lém dos tradicionais avisos de desligar o telefone celular e de que estão proibidas fotos e filmagens sem autorização prévia, o público de A Pane deveria receber um terceiro, e mais providencial, alerta: a de que ninguém deve comparecer ao Teatro Sesc Anchieta, onde a peça entra em cartaz neste sábado, dia 12, de estômago vazio. Explica-se: durante as duas horas do espetáculo, nascido a partir da adaptação de um conto de mesmo nome do escritor suíço Friedrich Dürrenmatt, é servida, apenas para o elenco, é bom frisar, uma refeição de verdade apresentada em sete etapas: canapés, sopa, primeiro prato, segundo prato, tábua de queijos, sobremesa e cafezinho. Toda esta comilança é preparada, praticamente em tempo real, em uma cozinha montada na coxia
Para rir: ele é chato de doer.
Nicette Bruno e Paulo Goulart: personagens de O Homem Inesperado em busca de algo que dê sentido a suas vidas.
cenário é um campo de batalha na Guerra do Iraque. Ferido, o soldado americano Willum Cabbert é abandonado inconsciente à própria sorte no meio do deserto. Quem o encontra e o conduz até a patrulha mais próxima é um outro recruta, Rick Steadman, que segue adiante com seu pelotão antes que o companheiro cuja vida ele acabara de salvar recupere os sentidos. Alguns anos depois, Cabbert, já um arquiteto formado, resolve comemorar seu aniversário de 34 anos. Entre os poucos convidados, uma única surpresa: a presença de Steadman que, ao saber da festa por meio de cartas, resolve aparecer sem avisar. É a primeira vez que os dois efetivamente se falam. Estas informações são essenciais para que o público entenda por quê, na comédia O Mala, que entra em cartaz nesta sexta, dia 11, no Teatro Folha, o arquiteto Cabbert sinta-se moralmente devedor a Steadman, que se revela, já durante a festa, a pessoa mais inconveniente do planeta. “Ele tem uma capacidade inigualável de falar as coisas erradas, na hora errada para as pessoas erradas”,
Sérgio Roveri
P
intermédio do diretor Daniel Filho, que havia visto a montagem francesa e surge agora, nesta versão nacional, como supervisor do espetáculo dirigido por Emílio de Mello. "Esta peça apresenta uma forma curiosa de se contar uma história", diz Nicette Bruno. "No início, não há diálogos entre os personagens, apenas pensamentos ditos em voz alta. É por meio deles que cada um dos personagens revela o que pensa sobre o outro. Como se verá mais tarde, estavam ambos enganados em seus diagnósticos precoces". Este recurso do pensamento resulta numa carpintaria teatral que, segundo a atriz, transforma o público ora em voyeur ora em passageiro do mesmo trem. Ator da primeira montagem de um texto de Yasmina Reza no Brasil, o espetáculo Arte, em 1998, Paulo Goulart se refere à dramaturga francesa como uma grande repórter existencialista. "Ela é uma excelente observadora da vida e das minúcias do cotidiano", diz. "Tanto em Arte como neste texto atual, ela não nega que tenha se inspirado nos amigos para compor os personagens".
um jantar para três velhos amigos da magistratura. Durante o jantar, os juízes trazem à tona antigos crimes e brincam de julgar a raça humana. O executivo, recémintegrado ao grupo, é então convidado a fazer as vezes de réu em um julgamento simulado que nasceu como diversão mas em pouco tempo revela suas conseqüências trágicas e imprevisíveis. Para manter a fidelidade e a linguagem jurídica presente no conto que Dürrenmatt escreveu em 1956, a tradução foi entregue ao advogado criminalista Nilo Batista. (SR) A Pane, estréia neste sábado, dia 12, no Teatro Sesc Anchieta, Rua Dr. Vila Nova, 245, tel.: 3234-3000. Sábado às 21h e domingo às 19h. Ingressos a R$ 20.
Divulgação
O
Viagens sobre a vida. A bordo de um trem noturno. aulo Goulart e Nicette Bruno estão casados há 53 anos, mas amanhã à noite, a bordo de um trem noturno que faz o trajeto entre Paris e Frankfurt, terão de se submeter novamente ao sempre arriscado jogo de sedução e conquista. Ele, na pele de Paul Brodsky, escritor renomado que atravessa mais uma de suas constantes crises de descrença na humanidade; ela, como uma dona de casa de quem pouco se sabe além de sua paixão pela literatura, principalmente por aquela produzida por Brodsky. Personagens da peça O Homem Inesperado, da premiada dramaturga francesa Yasmina Reza, de quem o público brasileiro já conhece a pegada contemporânea por meio dos espetáculos Arte e Três Versões da Vida, Paul e Marta, como quis o destino, foram postos lado a lado na mesma cabine e agora terão várias horas pela frente para revelar – ou não – suas impressões mais sutis a respeito da vida e também a respeito um do outro. Depois de uma temporada de sucesso no Rio, O Homem Inesperado entra em cartaz neste sábado, dia 12, no Teatro Renaissance. O texto de O Homem Inesperado chegou às mãos do casal de atores por
do teatro para que o público, segundo o diretor José Henrique, seja capturado não só pela condução da história mas também pelo aroma dos pratos. Apenas o vinho, servido ininterruptamente, não passa de uma inofensiva mistura de água com corante a fim de preservar a sobriedade do elenco de sete atores. O banquete não é um mero capricho da produção – de acordo com o próprio Dürrenmatt, ele é essencial para a compreensão da trama e deve ser respeitado como se fosse um oitavo personagem em cena. A história, que se passa em apenas uma noite, envolve um executivo da indústria tecnológica cujo carro quebra em uma pequena cidade interiorana. O único lugar disponível para que ele passe a noite é a casa de um juiz aposentado, que está oferecendo
Quando decidem trocar o fluxo de pensamento por diálogos reais, os personagens de O Homem Inesperado ao mesmo tempo se conhecem e se revelam. Paul Brodsky, por exemplo, confessa a esta quase desconhecida seu desconforto com a velhice que se avizinha, os problemas com a filha e o genro e a incômoda desconfiança de que teria perdido a mão para a literatura. Em troca, ela fala da facilidade que sempre teve para se relacionar com homens e da perda recente de um grande amigo. "No fundo, são dois solitários em busca de alguma coisa que dê sentido a suas vidas", diz Goulart. "Eles têm diferenças enormes e uma característica comum: uma sólida formação intelectual, que lhes permite falar da vida de uma maneira crítica, ácida e bem humorada também". O Homem Inesperado, estréia neste sábado, dia 12, no Teatro Renaissance, Alameda Santos, 2233, tel.: 3188-4141. Sábado às 21h e domingo às 19h. Ingressos a R$ 60.
O Mala: no clima das sitcoms
diz o ator Otávio Martins que, na pele de Willum Cabbert, experimenta a primeira comédia de sua carreira. “Steadman cria constrangimentos insuperáveis. Meu personagem fica a ponto de perder o emprego em função das confusões criadas por este visitante indesejável, a quem eu não posso expulsar de minha casa porque, afinal, só estou vivo graças a ele”. O Mala foi escrito pelo ator e comediante americano Larry Shue, e já teve uma série de montagens nos Estados Unidos e Inglaterra – a mais célebre delas foi estrelada pelo ator Rowan Atkinson, popular como Mister Bean. Nesta primeira versão nacional, adaptada e traduzida por Isser Korik, o papel do mala Steadman ficou com o ator José Rubens Chachá. Por se tratar de uma comédia americana contemporânea, os
diálogos de O Mala se aproximam sem culpa das incontáveis sitcoms apresentadas atualmente pelos canais a cabo. “Os americanos são peritos neste tipo de comédia. De tanto que as produzem, eles se tornaram insuperáveis na arte de extrair o riso fácil a partir de situações cotidianas”, diz Martins. A peça teve sua estréia adiada por uma semana em razão da morte de um dos atores do elenco, Olayr Coan, ocorrida no último dia do ano. Em seu lugar, entra o ator Eduardo Leão. (SR) O Mala, estréia nesta sexta, dia 11, no Teatro Folha, segundo piso do Shopping Higienópolis, Avenida Higienópolis, 618, tel.: 3823-2323. Sexta às 21h30, sábado às 20h e 22h e domingo às 20h. Ingressos de R$ 40 a R$ 50.
CD
Diz que Nara está aqui. E está mesmo. Aquiles Rique Reis
A
o sugerir que Fernanda Takai gravasse um CD com interpretações e arranjos contemporâneos para músicas do repertório de Nara Leão, creio que nem o próprio Nelson Motta, diretor artístico do projeto, tinha noção de quão profunda resultaria a empreitada. Sim, pois para muito além de um tributo a uma de nossas intérpretes mais instigantes, o álbum se transformou num exemplar monumento às releituras, tão buscadas quanto abomináveis algumas conseguem ser hoje em dia. Evidentemente, Nelsinho, produtor sagaz que só, conhecia bem o po-
tencial vocal de Fernanda Takai. Jovem vocalista do Pato Fu, ela apreciava Nara Leão de ouvir os discos que seu pai colocava na vitrola. Afeita a desafios, foi em busca do universo musical de Nara junto com John Ulhoa – produtor do CD, que tocou guitarra, baixo, violão, teclados, programações e também teve participações nos vocais. Aí está Fernanda Takai para manter viva a chama Nara. Mas, muito mais do que isto, para demonstrar que homenagear não é apenas reverenciar submissamente, muito menos “desconstruir” (êta moda besta!) coisas belas.
Fernanda e John, mais o piano, os teclados, as programações e a voz de Lulu Camargo, trazem à tona o primor do reper tório de Nara; criam atmosferas musicais que, se por um lado recriam arranjos e reinventam intenções musicais, por outro dão roupagem alinhadamente modernas e, sobretudo, criativas, a tudo o que Nara já cantara com sabor. Chama atenção o belo projeto gráfico da capa de Onde Brilhem os Olhos Seus (Do Brasil Música), concebido por Andréa Costa
Gomes, que estampa relevos contornando um círculo vazado a revelar parte do rosto de Fernanda. A base de tudo é a simplicidade, e sobre ela a voz pequena e afinada de Fernanda sobrevoa. A criatividade está em cada detalhe e em cada acorde, em cada levada. É a música vencendo preconceitos, derrubando barreiras, cumprindo seu papel que é não ter papel algum, senão o de agradar aos ouvidos de quem a ouve. O CD abre com Diz Que Fui Por Aí (Zé
Kéti e Hortênsio Rocha). Vê-se que tudo será diferente daquilo que um dia foi feito por Nara Leão. E vem Lindonéia (Caetano e Gil). Não à toa estes dois momentos fundamentais da carreira irrequieta de Nara servem como cartão de visitas do CD. Eles são o resumo e amplitude de sua inquietude. Um primor o arranjo criado para Luz Negra (Nelson Cavaquinho e Irani Barros) – trágico feito Nelson, belo como a voz a cantá-lo. Tem Roberto Menescal num primoroso solo de guitarra em Insensatez. Tem Roberto e Erasmo, Capinam e Robertinho do Recife. Tem Tom, Vinícius,
Ary e Dolores Duran. Tem Joubert Carvalho e também uma versão de Nelson Motta. A utilização precisa dos recursos com que contam e dominam John e Lulu permitem a Fernanda Takai prestar o tributo proposto, mas também para demonstrar que aquilo que um dia foi feito por Nara para ser sua imagem e semelhança é também o que faz da música e dos músicos brasileiros os mais diversificados e criativos do mundo. Aquiles Rique Reis é vocalista do MPB4.
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Ambiente Educação Cultura Saúde
DIÁRIO DO COMÉRCIO
11 Artista japonês fez homenagem com jantar a 50 avós imigrantes.
MUSEU REABRE HOJE PARA O PÚBLICO
Após susto, Masp quer retomar a rotina Sob forte esquema de segurança, museu reabriu ontem para uma vernissage em homenagem ao Centenário da Imigração Japonesa. Hoje, é a vez do público voltar. Fotos: Fábio D'Castro/Hype
Rejane Tamoto
O
Museu de Arte de São Paulo (Masp) reabriu para convidados das comunidades japonesa e espanhola sob clima de festa na noite de ontem. A vernissage da exposição retrospectiva do artista japonês Tatsumi Orimoto e a da exposição Caçadores de Sombra, de 16 fotógrafos espanhóis – ambas disponíveis ao público a partir de hoje – marcaram o primeiro evento no Masp, que estava fechado em decorrência do furto dos quadros de Pablo Picasso e Cândido Portinari. "O roubo é página virada. Não vamos falar nada sobre segurança e nem sobre o que aconteceu. Hoje o dia é de festa", disse o presidente do Masp, Júlio Neves. Os quadros recuperados pela polícia estavam em uma sala
especial e não podiam ser vistos pelo público ontem. Segundo a assessoria do Masp, os quadros só voltarão a ser expostos hoje, já que em uma noite de vernissage a exibição deles roubaria as atenções do público. A assessoria também informou que mais de 100 câmeras e sensores nos quadros devem ser instalados pela LG Security System. A segurança do museu conta, por enquanto, com dois carros, um da Polícia Militar e outro de uma empresa particular no vão livre. Na entrada, uma câmera recebeu ajustes pelos funcionários por volta das 18h de ontem, e u m g u a rd a c o m u m c ã o rotweiller estavam na entrada do museu, à noite. Embora não quisesse comentar os detalhes do sistema de segurança, Neves disse que o governo pode ajudar nesse sentido. "Você tem o controle dentro do museu, mas
Cães estão auxiliando na segurança do museu, que foi reforçada Reprodução/AE
Polícia procura líder do roubo
A Moisés Manuel de Lima Sobrinho, suspeito de ter coordenado o roubo dos quadros
Febre mata 1 em Brasília
O
Ministério da Saúde confirmou ontem que Graco Carvalho Abubakir, de 38 anos, morreu de febre amarela em Brasília, na terça-feira. É o único caso confirmado até agora, apesar de outras cinco mortes terem ocorrido com suspeita da doença. Outros três casos foram descartados: um em Goiás, outro em Minas Gerais e um em São Paulo. Em nota divulgada ontem, a Secretaria da Saúde de Minas Gerais informou que o pecuarista Geraldo Jaider Rocha, de 48 anos, internado no hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, não tem febre amarela. Rocha é natural de Acrelândia, no Acre, e, sentindo-se mal, viajou para a capital mineira, onde tem parentes, para se tratar. A notícia de mortes por suspeita de febre amarela e a recomendação das autoridades sanitárias para que todas as pessoas que viajam para regiões endêmicas devem se vacinar contra a doença, provocaram uma grande procura pela vacina em várias cidades do Brasil. Mais de 500 pessoas foram atendidas ontem no posto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Aeroporto de Congonhas, na zona sul. No Rio, a procura foi tanta que os estoques de vacina se esgotaram. (AE)
Polícia Civil de São Paulo acredita que o foragido Moisés Manuel de Lima Sobrinho, de 25 anos, é o intermediário entre os assaltantes e o mandante do furto das telas de Picasso e de Portinari levadas do Museu de Arte de São Paulo, no dia 20. Sobrinho teve a prisão preventiva decretada pela Justi-
a rua é diferente, é como na frente da nossa casa", disse. No primeiro e no segundo subsolos, espaço que abriga as obras do artista japonês, câmeras e sensores estavam instalados. "Assisti na TV, em Tóquio, a notícia sobre o roubo dos quadros e aqui ouvi que tinham sido achados. Isso não me preocupou sobre o fato de expor aqui e esta é a minha maior exposição fora do Japão" , disse Orimoto. Performance - O que mais chamou a atenção, ontem, foi a performance 50 Grandmamas (50 avós) de Tatsumi Orimoto, que abriu no Masp uma retrospectiva de fotografias, desenhos e vídeos. Por volta das 19h, ele serviu pessoalmente uma refeição para 50 senhoras imigrantes que, segundo ele, foram muito importantes para a comunicação e integração entre as culturas japonesa e brasileira. O prato servido na performance, chamado Nara-chameshi, leva arroz cozido em chá verde, com feijões de soja, abóbora cozida, brócolis e tomate recheado com maionese. "Estava maravilhoso, ótimo mesmo. Nem tenho palavras para dizer como me sinto homenageada", contou uma das senhoras, Ruriko Higa, de 73 anos. Mas a estrela da festa mesmo f o i a i m i g r a n t e d e O k inawa,Yoshiko Hanashiro, que completa 100 anos no próximo dia 15 de abril. Além de ser conduzida de cadeira de rodas
até a mesa pelo artista, ela recebeu um beijo do prefeito Gilberto Kassab. "We love japanese people", disse o prefeito, em inglês, para que o artista entendesse. "Esta performance é um gesto de solidariedade com pessoas de idade, o que me deixa muito admirada e agradecida", disse Yoshiko. As senhoras levaram cerca de meia hora saboreando a refeição, o que deixou muitos dos convidados com água na boca. "Também quero", disse um senhor japonês. "Ah, mas tem de ter mais de 70 anos", respondeu sua colega. Os dois riram.
ça e sua foto foi divulgada na manhã de ontem pela Secretaria de Segurança Pública. Os investigadores do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic) já têm pistas sobre seu paradeiro, mas ele não havia sido capturado até o início da noite de ontem. Segundo o delegado Adilson Marcondes, do Deic, Sobrinho teve participação no furto das obras. Sem antecedentes criminais, é suspeito de ter coordenado a ação dos dois assaltantes já presos e de ser o contato com quem encomendou o crime.
Sobrinho também foi visto no "cativeiro" das telas, no município de Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. Era ele quem guiava o carro de luxo que por várias vezes chamou a atenção de vizinhos do imóvel. De acordo com o delegado, as investigações poderiam "avançar muito" com o depoimento de Sobrinho. "Há uma possibilidade de que ele (Sobrinho) fale muito mais que os outros (dois presos)", justificou Marcondes, que evitou dar detalhes "para não atrapalhar as investigações". (AE)
Júlio Neves, presidente do Masp (à direita), ontem, com o artista Tatsumi Orimoto: roubo é página virada
Kassab e a imigrante Yoshiko Hanashiro, de 99 anos: homenagem
DISTRIBUIDORA CAIEIRAS
DC
Mercado e Distribuidora de Alimentos Caieiras Ltda. Telefones: (11)
3313-6398 / 3313-6500 (fax) 3313-4053 / 3329-9599
Rua Mendes Caldeira, nº 136 1º andar - conj. 05 - Brás Cep: 03007-060 - SP
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ECONOMIA - 5
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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LAZER - 3
Fotos: Divulgação
Fotos: 6emeia/Divulgação
O escritor Ferréz, um cogumelo e O Rato Azul: criações de Leonardo Delafuente e Anderson Augusto do Projeto 6emeia.
Keira Knightley é a irreverente e apaixonada Cecilia
CINEMA
Instintos e culpa. Em um filmão. Lúcia Helena de Camargo imprensa, devido à greve dos roteiristas. Desejo e Reparação está indicado, entre outras, nas categorias melhor filme, atriz (Keira Knightley), ator (James McAvoy) e trilha sonora – quesito que chama a atenção para o trabalho de Dario Marianelli, que inventou músicas pontuadas por teclas de máquinas de escrever, instrumento de fundamental importância dentro da história. Cenário - A estupenda casa de campo onde a história se passa foi encontrada pela desenhista de produção Sarah Greenwood e a cenógrafa Katie Spencer com a providencial ajuda do arquivo da revista Country Life. Folheando números antigos, elas acharam aquela que era o retrato fiel da residência dos Tallis em Surrey
Saoirse Ronan como Briony Tallis
descrita por McEwan: a mansão Stokesay Court, em Shropshire, que serviu de cenário. Curiosidade que talvez possa provocar alguns fetichistas: o diretor de fotografia, Seamus McGarvey, usou como filtro em sua filmadora uma meia-calça feminina, segundo ele para criar "brilho em torno dos pontos luminosos e uma sensação resplandecente". Brilho e sol não faltam ao enredo, no qual a constante é o calor. E entre uma amenidade e outra, uma prima é estuprada. E surge um intrincado equívoco gerado pela soma de desejo reprimido, ingenuidade, preconceito, covardia, necessidade de manter aparências e outras emoções confusas. Robbie é preso, acusado pelo crime, já que Briony afirma tê-lo visto fugindo do local. Vem a guerra, passam-se os anos. E a então jovem de 18 anos Briony Tallis tentará reparar seu erro. Mérito maior: ao discutir as conseqüências derivadas de um ato covarde na Inglaterra nos anos de 1940 e exibir um belo panorama da sociedade de então, o filme investiga motivações que se escondem por trás das ações das pessoas em qualquer época. Desejo e Reparação (Atonement, EUA/Inglaterra, 2007, 130 minutos). Direção: Joe Wright. Com Keira Knightley, James McAvoy, Romola Garai, Saoirse Ronan, Brenda Blethyn, Vanessa Redgrave, Juno Temple.
Rita Alves
VISUAIS
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o interior da Inglaterra, 1935, período que antecede a Segunda Guerra Mundial, os endinheirados criam meninas sob uma moral rígida – ou hipócrita, dependendo do ponto de vista. Mas o instinto não é privilégio de poucos e mexe também com a aspirante a escritora Briony Tallis (Saoirse Ronan), de 13 anos, e sua irmã mais velha, Cecilia (Keira Knightley). Desejo e Reparação, que estréia nesta sexta (11) começa morno, mas ganha ação quando uma carta datilografada por Robbie (James McAvoy), o filho da governanta, com menções pouco sutis a genitais femininos, transforma humores e disposições. Cecilia, que se descobre apaixonada por Robbie, é uma moça sem meias palavras, incomoda-se com o excesso de convenções familiares, mas tem poucas armas para lutar contra elas. Repete-se nesta produção a dupla que funcionou em Orgulho e Preconceito: Joe Wright na direção e Keira Knightley como protagonista. O inglês Ian McEwan, autor do best seller Reparação, no qual o roteiro foi baseado, elogiou a adaptação, dizendo que o roteirista Christopher Hampton "trilhou um inteligente e engenhoso caminho através do livro". O filme recebeu o maior número de indicações (sete) para o Globo de Ouro 2008 – que este ano não terá cerimônia, apenas uma coletiva de
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s moradores da Barra Funda, Bom Retiro, Capão Redondo e Santa Cecília andam cabisbaixos. Motivo? Os bueiros daqueles bairros estão de cara nova e atraindo o olhar de quem passa. O fascínio dos pedestres nasceu graças ao projeto 6emeia, criado pelos artistas Leonardo Delafuente e Anderson Augusto, jovens de 25 anos que vivem no Bom Retiro e Barra Funda. Desde julho de 2006 os dois começaram a colorir bueiros e a chamar a atenção dos pedestres. "O primeiro que fizemos foi o Che Guevara. Já que queríamos começar uma "revolução", nada melhor do que usar o Che", conta Augusto. Mas não é a pintura do "revolucionário" que
chama mais a atenção dos observadores. Ele revela que o "bueiro fumante" feito na rua do Bosque com a rua Boracéia é um dos mais comentados. Além de ser elogiado, o bueiro tem características das obras mais recentes dos grafiteiros. "Nos primeiros nós não usávamos cores, era apenas um contorno preto. Nos mais recentes usamos mais cores e não limitamos o desenho apenas ao bueiro", explica Augusto. Com as pinturas inusitadas a dupla tem a intenção de mudar o olhar das pessoas. "A idéia é mostrar que existem muito mais coisas além das que vemos e que uma galeria nunca irá ditar o que é arte e o
Comédia romântica sobre uma babá em NY e drama que exibe a saga da da cantora judia Rachel Stein.
Mulheres, romantismo. E a guerra. Rachel Stein (Carice van Houten), que tem a família massacrada, mas consegue fugir da perseguição nazista com a ajuda da Resistência, transformando-se em espiã. Para aperfeiçoar seu disfarce, ela torna-se amante de um oficial alemão (Sebastian Koch, do longa A Vida dos Outros, em cartaz na cidade).
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A Espiã: drama de guerra
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Segunda Guerra Mundial inspira bons filmes até hoje. O suspense A Espiã (Zwartboek, Holanda/ Alemanha/ Bélgica, 2006, 145 minutos), é um deles, que vem sendo elogiado por pintar um consistente retrato do período. Na direção está Paul Verhoeven, cujo último filme lançado foi O Homem sem Sombra, em 2000. Ambientado em 1945, traz a saga da cantora judia
ulheres Sexo Verdades Mentiras (Brasil, 2007, 78 minutos). Direção de Euclydes Marinho, criador dos seriados Malu Mulher e Armação Ilimitada, exibidos na TV Globo nos anos de 1980. Mistura de documentário e ficção (como em Jogo de Cena, de Eduardo Coutinho). Laura (Julia Lemmertz) é uma documentarista que separa-se após 22 anos de casamento. E decide fazer um filme sobre a sexualidade feminina.
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Diário de uma Babá (The Nanny Diaries, EUA, 2007, 106 minutos). Direção de Shari Springer Berman e Robert Pulcini. Nesta comédia romântica, Scarlett Johansson
está no papel de Annie Braddock, recém-formada que vai trabalhar como babá na casa de uma família rica de Manhattan. Passa por percalços com os patrões e apaixona-se pelo "Gatão de Harvard" (Chris Evans).
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aroto Cósmico (Brasil, 2007, 75 minutos). Direção: de Alê Abreu. Desenho animado para crianças pequenas. Conta a história de três amiguinhos que vivem no Planeta das Crianças e vão investigar o mundo. Uma das aventuras acontece em um circo, cujo dono foi dublado pelo ator Raul Cortez. As canções são de Arnaldo Antunes e Vanessa da Mata.
Cigarro, Eye of the Moon, Papagaio de Pirata e Tartaruga: cores, criatividade e beleza pelo caminho.
Wafer e o rabino Henri Sobel: o inesperado vira arte na cidade.
que não é", completa. E parece que o plano tem dado certo. Os dois já ouviram elogios de moradores do bairro, inclusive de crianças. Outro exemplo vem do dono de uma banca. O bueiro pintado perto dela é cuidado pelo próprio dono que limpa e varre o local, conservando o trabalho dos artistas. "Minha maior surpresa com o projeto foi perceber que é possível modificar, transformar o mundo. Não o mundo como conhecemos, o planeta Terra, e sim o meu mundo, que são as pessoas que me cercam, que estão ao meu alcance. Vivemos em sociedade, com centenas de pessoas ao redor, mas é necessário algo que nos una, algo em comum", diz Delafuente. As mudanças também estão acontecendo no plano profissional. Depois do projeto os dois receberam novas propostas de trabalho e, em fevereiro, abrirão um espaço no site www.6emeia.com para os fãs que querem admirar o trabalho da dupla também dentro de casa. Mas sem abandonar o gosto de olhar para baixo do lado de fora.
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Suspeito (Rendition, EUA/África do Sul, 2007, 120 minutos). Direção: Gavin Hood (Infância Roubada, Oscar de melhor filme estrangeiro em 2006). Anwar ElIbrahimi (Omar Metwally) chega aos EUA, vindo da África do Sul, e é interceptado por agentes da CIA como suspeito de terrorismo. Com Meryl Streep e Jake Gyllenhaal. (LHC)
Leitora acerta tudo e ganha um espumante!
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ganhadora do Concurso Espumantes, publicado no DCultura em 28 de dezembro de 2007, foi Josefina Perez Alvarez, primeira leitora a responder corretamente todas as dez questões, que abrangiam itens sobre fabricação, marcas, cultivo de uvas, locais no Brasil onde são feitos Scarlett Johansson em Diário de uma Babá
Julia Lemmertz vive a documentarista Laura
vinhos e curiosidades sobre champanhes e espumantes nacionais e estrangeiros. Agradecemos a todos a participação. A seguir, as respostas corretas: 1-b; 2-c; 3-b; 4-a; 5-d; 6-b; 7-d (o nome do perfume foi modificado para Yvresse); 8-c; 9 - a e d corretos; 10-a.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4 - LAZER
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de janeiro de 2008
GASTRONOMIA
Uma uva impronunciável
Derreta-se com o maior prazer! Lúcia Helena de Camargo
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José Guilherme R. Ferreira
Fotos: Paulo Pampolin/Hype
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aunilha e chocolate são disparados os campeões na preferência do público. Mas há quem goste também de sorvete de pistache, castanhas, iogurte. Numa tarde de calor, cai bem até um leve e refrescante picolé de limão... E as sorveterias não perdem tempo, lançando novidades para quem quer se refrescar e ao mesmo tempo provar novos sabores. A Maxifour, em Moema, oferece 300 variações de gelados. Entre os mais procurados está o de misky, feito com ingrediente típico libanês. É a especialidade da casa, que serve também pratos dessa cozinha e vende produtos em um empório ao lado do estabelecimento, onde pode-se comprar narguiles e acessórios, artesanatos, souvenires, toalhas bordadas, peças em mosaico, enfeites, utensílios e peças ornamentais importadas do Líbano. Já as crianças deliciam-se com sorvetes céu azul e de chiclete, frutas vermelhas e, claro, chocolate. Vendido por quilo (R$ 32 qualquer sabor), o sorvete da Maxifour é artesanal. Se pedido na taça, sai entre R$ 6 e R$ 12, dependendo do tamanho. E vale provar ainda a casquinha de halawa (à base de doce de gergelim), marzipan, málaga e ovomaltine. Se a idéia é optar por um sabor exótico, então a dica são as bebidas geladas e sorvetes do indiano Delhi Palace. No cardápio, a Lassi, feita com iogurte, manga e essência de rosas (R$ 3), sorvetes de açafrão com pistache e cardamono com castanha de caju. No restaurante Piselli, a opção gelada fica por conta dos sorbets – tipo de sorvete feito à base de água, sem a adição de gorduras nem gemas – nos sabores manjericão, manga, framboesa e menta, vendidos a R$ 12 cada. E quem não dispensa uma cerveja para se refrescar pode optar por tomá-la em forma de sorvete. No Drake´s Bar & Deck a sobremesa do Verão é o sorvete de Guinness, feito evidentemente à base da famosa cerveja tipo Stout, a irlandesa Guinness, levemente amarga. Servida com farofa, custa R$ 12. História - Inventado na China há três mil anos, o sorvete surgiu, diz a lenda, de uma mistura de leite e arroz com neve. Sucos de frutas depois passaram a integrar a receita e por volta do ano de 1.200, quando Marco Polo – sempre ele – levou para Veneza fórmula da
Delhi Palace Avenida Juscelino Kubitschek, 1132, Itaim Bibi, telefones.: 3073-1209 e 3168-4943. Drake´s Bar & Deck - Rua Tucambira, 93 a 111, Pinheiros, tel.: 3812-4477. Maxifour Alameda dos Nhambiquaras, 374, Moema, tel.: 5052-8475.
Divulgação
com uma provocante minissaia, de costas, olhando de uma sacada. Graças a uma tinta especial sensível ao calor, assim que a temperatura da garrafa sobe, sua roupa... desaparece. Na garrafa do Nero di Predappio . , a atração é a estampa de um jovem Benito Mussolini. Há gosto para tudo!
www.winelabels.org http://www.winesofhungar y.com/variet.htm
Piselli - Rua Padre João Manuel, 1253, Cerqueria César, tel.: 3081-6043.
Arquivo DC
Bebida Lassi (alto, à esquerda), do Delhi Palace. A Maxifour, especializada em produtos libaneses. O sorvete de chiclete e o de Guinness e uma taça com sabor de morango (foto maior).
GULA
Prazeres de final de ano
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Sergio de Paulo Santos
T Sorvete indiano, de açafrão e pistache.
Vitrine: 300 sabores para escolher.
Modinhas e chorinhos no CCBB
Centro Cultural Banco Brasil começa 2008 com um ciclo voltado para raízes da música brasileira – modinhas e chorinho. Vocais de Mirella Zilli mais o grupo instrumental Futricando. Violão, flauta, bandolim e percussão sustentam as interpretações. CCBB. Rua Álvares Penteado, 112. Tel. 3113-3651. Terça (15), às 18h e 19h30. Até fevereiro. Arquivo DC
Arquivo DC
RECITAL
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iguaria, que dali ganharia o mundo. No Brasil, chegaria em 1834, em um navio norte-americano carregado com 217 toneladas de gelo, comprado por dois comerciantes do Rio de Janeiro, que iniciaram a fabricação por aqui em uma versão tropical, com coco, abacaxi e outras frutas. Há registros de que o imperador Dom Pedro II era grande fã do sorvete de pitanga. Em São Paulo, o sorvete ganha este ano uma grande homenagem na festa popular: o gelado será tema de dois sambas-enredo no carnaval paulista. Na escola Acadêmicos do Tucuruvi, que falará sobre A História do Sorvete, o samba diz: "Hummm... É tempo de sorvete, do Oriente ao Ocidente o Alimento refrescante e nutritivo". E a Águia de Ouro, cujo enredo é Os Cinco Sentidos, vai cantar: "A Taça da Felicidade, uma viagem pelos sentidos às delícias do sorvete".
inglês Peter F. May advoga a tese de que o vinho tem de ser divertido. E é com esse espírito que vem colecionando rótulos ímpares de vinícolas de todo mundo. Em 1998, sua coleção foi parar na web, num site aberto a colaborações. Até que no ano passado May selecionou 100 dos mais inusitados e os reuniu num luxuoso pocket book (Marilyn Merlot and the Naked Grape/Quirk Books). Há impressões degustativas de cada um dos vinhos, mas nada disso desperta mais interesse do que o humor de alguns rótulos. The Unpronounceable Grape (A Uva Impronunciável) está na garrafa de um vinho húngaro elaborado com a variedade Cserszegi Füszeres ! Fat Bastard, compondo com o desenho de um rinoceronte, é o Chardonnay francês mais vendido nos Estados Unidos. Já o Rude Girl, vinho sulafricano da uva Shiraz, etiquetado com inovação na Inglaterra, é uma grande brincadeira. A moça do rótulo aparece vestida
odos os que lutam contra a balança costumam culpar o final do ano, o período entre o Natal e o Ano-Novo, por seus excessos, quando, na realidade, ocorre justamente o contrário: o período em que perdem essa luta ocorre entre o Ano-Novo e o Natal. Com o final do ano e os pecadilhos da gula que cometemos, é impossível deixar de lembrar do percursos do que hoje chamamos de "jornalismo gastronômico", Alexandre – Balthazar – Laurent Grimod de La Reymière. Nascido em 1758 em Paris, de família abastada, teve uma vida agitada no turbulento período da França entre o Ancien Regime (Antigo Regime, monárquico), a Revolução, o Diretório, o Consulado e o Império, chegando ao início da Belle Époque. Foi em uma conjuntura histórica – do fim da monarquia à Revolução e ao Terror de Robespierre e Danton, em que as pessoas não queriam mais saber de guerras, de guilhotina e de exílios. Queriam divertir-se, comer, beber e gozar. Morreu glorioso, pela boca, como os peixes, após um lauto jantar na noite de Natal de 1837. Viveu para comer e morreu comendo... Coincidência ou não, seu avô, Antoine, morreu centenário, sufocado por um foie gras. Fez seus primeiros estudos com os jesuítas e formou-se em Direito em 1777. Em 1786, após uma dura crítica teatral, foi processado. Reagiu com um panfleto contra todo o sistema judiciário e contra alguns magistrados. A corporação reagiu expulsando-o do foro e de Paris (como Sade), para o convento de Domèvre, na Lorena. Deu-se bem no convento. Os monges cozinhavam e comiam bem e pode com calma e lazer elaborar suas idéias e conceitos culinários que mais tarde divulgaria em suias obras. Sua vida no "exílio" foi de cozinhar, comer, ler, passear e conversar com monges cultos e amantes da boa mesa. Do convento vai para Genebra,
onde continua vivendo bem, casa-se com uma jovem e bela artista, mademoiselle Feuchère, voltando a Paris em 1793. Viveu discretamente até o início do Consulado Napoleônico (1799) quando inicia sua "carreira gastronômica", percorrendo e escrevendo sobre restaurantes. Foi assim o percursos dos Gault e Millaut, dos Michelin, Fodor’s, com seu Almanach des Gourmands, publicado em oito volumes, de 1803 a 1813, hoje raridades bibliográficas. Importantes e deliciosas são suas obras – Manual de Anfitriões, do qual constam. A Arte de Trichar Carnes; A Arte de Compor Cardápios e a Elementos de Civilidade Gastronômica, em que aborda praticamente todos os alimentos disponíveis entre carnes vermelhas, aves, peixes, massas, legumes, doces etc, e todas as regras e maneiras relacionadas à mesa. Requintado recebeu toda sociedade de amigos do bem comer em sua bela casa dos Champs Elisées (depois Embaixada dos Estados Unidos) e curiosamente ignorou Napoleão, que considerava o primeiro "parvenue" em um mundo de "parvenues." Para muitos autores Grimod de La Reynière foi, até hoje, o mais completo dos que escreveram sobre os prazeres da mesa. Dele disse o conhecido gastrônomo galego Xavier Domingo: "Figura exíminia do século XVIII, pode ombrear-se com as maiores de seu tempo. Foi o primeiro a entender a cozinha como um fato voluptuoso, quase sexual, e ao mesmo tempo como um fenômeno semiológico. Nesse sentido sua modernidade surpreende." Neste final de ano, aos 170 anos de sua morte, nossa homenagem ao pioneiro. Sergio de Paula Santos é médico e crítico de vinhos. Membro-Fundador da Federação Internacional dos Jornalistas e Escritores do Vinho (Fijev), é autor de livros sobre vinhos, o último dos quais, Memórias de Adega e Cozinha, Senac, São Paulo, 2007.
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12 - LOGO Giampiero Sposito/Reuters
Espero que em 2008 eu tenha um pouco mais de sorte do que em 2007. Do brasileiro Felipe Massa, que na temporada 2007 de Fórmula 1, após diversos erros e problemas mecânicos, ficou na quarta colocação e viu seu companheiro, Kimi Räikkönen, ser campeão.
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de janeiro de 2008
Nascimento do escritor modernista brasileiro Oswald de Andrade (18901954), ao lado em retrato de Tarsila do Amaral.
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JANEIRO
F UTEBOL C ARREIRA
5 leis do macaco bem empregado Uma pesquisa norte-americana divulgada esta semana na revista britânica NewScientist aponta que o comportamento dos macacos pode ajudar na carreira. O estudo compara a selva ao ambiente de trabalho e indica as 5 atitudes tomadas pelos primatas para sobreviver na vida selvagem que podem também ajudar quem quer a evoluir na carreira. As 5 "leis da selva" infalíveis no trabalho são: 1 – saber trabalhar em equipe, como os macacos que normalmente trocaram favores entre si, o que ajuda a obter algo em troca no futuro, além de fortalecer alianças; 2 – mesmo que seja importante
contar com a simpatia dos colegas, o primordial é ser aliado do chefe, os chimpanzés, por exemplo, gastam mais tempo alisando seus superiores do que seus pares; 3 – não guardar rancores, os chimpanzés geralmente se beijam e abraçam após uma briga; 4 – não ficar com os créditos de um trabalho feito em equipe, quando os pesquisadores premiaram apenas um dos primatas que tinham feito um bom trabalho juntos, deu briga; 5 – ser um bom chefe, primatas que se sentem agredidos por seus superiores têm altos níveis do hormônio do estresse e problemas de saúde.
A LPINISMO Deepa Shrestha/Reuters
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Sir Edmund Hillary, o primeiro alpinista a chegar ao topo do monte Everest, morreu nesta sexta-feira na Nova Zelândia. Hillary nasceu em 1919 e, juntamente com o guia Tenzing Norgay, chegou ao topo dos 8.850 metros do Everest em maio de 1953. Ele tambem escalou outros dez picos do Himalaia entre 1956 e 1965.
O melhor no comando Em um ano de trabalho, técnico do Brasil é campeão. De votos.
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brasileiro Dunga foi o vencedor de uma votação organizada pela Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS) entre especialistas em futebol de 93 países. Campeão da Copa América no ano passado e sem medir esforços para nas Eliminatórias para Copa de 2010 (em que a seleção brasileira coleciona tanto momentos brilhantes como erros), Dunga teve 148 pontos na votação. Longe de ser uma unanimidade, Dunga é seguindo por Slaven Bilic, da seleção croata, com 101 pontos, e pelo também brasileiro Jorvan Vieira, que levou o Iraque ao título da Copa da Ásia e obteve 83 pontos. Outros brasileiros no ranking: Luiz Felipe Scolari, o Felipão, técnico da seleção
Reuters - 18/05/07
portuguesa, na décima colocação com 36 pontos e Hélio dos Anjos, em 24º, vice-campeão asiático com a Arábia Saudita. Felipão amargou uma queda significativa na preferência dos eleitores, já que em 2006 havia ficado em quarto lugar no mesmo ranking. Com
quatro nomes na lista, o Brasil é o país com maior número de técnicos entre os 26 nomes lembrados. A votação também teve, pela primeira vez, uma mulher bem colocada. A ex-jogadora Silvia Neid, que levou a Alemanha ao bicampeonato da Copa do Mundo de Futebol Feminino, na China. Silvia ficou em 12º lugar, com 28 pontos, logo atrás de Felipão. A IFFHS também divulgou a lista dos melhores times do mundo: O Sevilla, da Espanha, ficou em primeiro, com 306 pontos, seguido do inglês Manchester United, com 281 pontos, apenas um a mais do que o italiano Milan, terceiro colocado. O inglês Chelsea (277 pontos) e o brasileiro Santos (254 pontos) completam a lista dos cinco melhores times de 2007.
Nacho Doce/Reuters
Assalto em nome do presidente Um homem na GrãBretanha foi até uma agência do banco Barclays fingindo ser o presidente da instituição e conseguiu retirar 10 mil libras (quase R$ 35 mil) da conta do presidente do banco. O homem teria descoberto os detalhes da conta de Marcus Agius pela internet e conseguiu convencer os funcionários do atendimento telefônico do banco a emitirem um novo cartão, com o qual ele fez o saque. O banco alegou falha no atendimento humano. Segundo a notícia divulgada pela BBC, depois do golpe o banco implementou medidas de segurança mais severas para seus executivos mais importantes. "Fraude com cartões de crédito é uma questão que continua a desafiar nosso setor", disse o próprio presidente Marcus Agius. "O Barclays está determinado a fazer tudo o possível em nome de nossos clientes para minimizar este impacto", acrescentou ele, que obteve o dinheiro de volta. B RAZIL COM Z
As vovós de Ipanema
C IÊNCIA
Células-tronco sem polêmica pluripotência que caracteriza as células-tronco embrionárias. O desenvolvimento do embrião não é afetado pelo procedimento, segundo estudo divulgado pela revista norte-americana Cell Stem Cell. A nova técnica promete acelerar as possíveis aplicações clínicas de células-tronco em terapias para diversas doenças, atualmente incuráveis e na reparação de órgãos destruídos por câncer ou um acidente. Além disso, acaba com as críticas, especialmente de setores religiosos, sobre a destruição de embriões para a pesquisa médica.
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Em um avanço que pode colocar fim ao debate ético sobre o uso de embriões humanos na pesquisa médica, cientistas desenvolveram uma maneira de criar células-tronco embrionárias humanas sem causar danos ao embrião. Os cientistas retiram apenas uma célula do embrião, seguindo o procedimento utilizado nas clínicas de fertilização in vitro para a realização de testes de detecção de falhas genéticas. Depois, inserem uma simples molécula, denominada laminina, de maneira que esta preserve a E M
G RÃ-BRETANHA
HOMEM X MÁQUINA - Ensaio de Evil Machines ("Máquinas Malvadas"), de Terry Jones (ex-Monty Python), que estreou ontem em Lisboa. No espetáculo, humanos e máquinas se comunicam e compartilham as mesmas esperanças e aspirações. T AILÂNDIA
C A R T A Z
Sukree Sukplang/Reuters
Divulgação
VISUAIS
Oui, o supersapo
Jovens artistas expõem obras que têm como influência a cultura japonesa pop, contemporânea e tradicional. Espaço Nossa Caixa Arte e Cultura, rua Álvares Penteado, 70, 2º Mezanino, das 10h às 16h. Grátis. Último dia.
Guia geográfico e muito mais
O Bloc MP3 player é uma criação do designer Chetan Sorab inspirada no clássico Lego. A parte principal do MP3 tem visor e controle e cada um dos módulos tem 50 GB de memória. Assim, a cada vez que sua memória fica lotada de músicas, é só adicionar mais um tijolinho. Mas a brilhante idéia, por enquanto, é só um conceito.
O Guia Geográfico é um site de turismo, mas que vai muito além das dicas de destinos e acomodações. É quase um atlas completo para os viajantes de plantão. Apesar do visual não ser dos melhores, o site capricha no conteúdo: cultura, curiosidades, mapas, fotos e história de cada lugar. Há até fotos do planeta Terra visto do espaço e as informações são organizadas por regiões, o que facilita a navegação. Além disso, há links, telefones e endereços de serviços úteis para os viajantes.
http://epicenterdesign.blogspot.com/
www.guiageografico.com
A TÉ LOGO
E SPORTE
Rali Dakar no Brasil? O Brasil estaria entre os países candidatos para sediar um rally que substituirá o Rally Dakar (ex-Paris-Dakar), cancelado há uma semana por ameaça de terrorismo. A informação foi divulgada ontem pela agência de notícias alemã DPA. A imprensa européia, entretanto, tem especulado sobre outras alternativas ao rali, todas na América do Sul. Uma das versões é a de que Brasil, Argentina e Chile estariam na disputa para sediar a nova prova, cujo trajeto tradicionalmente cruza a África do Norte. Outra versão informa que a Argentina é a favorita para sediar o evento e outra, ainda, que Peru, Chile e Argentina podem dividir o evento. A largada, em todas as versões, deve ser mesmo em Lisboa. L OTERIAS Concurso 288 da LOTOFÁCIL 01
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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
Daiane dos Santos pode se mudar para São Paulo e treinar no Pinheiros após Olimpíada Rio de Janeiro entrega hoje projeto de candidatura a sede dos Jogos Olímpicos de 2016
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Memória que não tem fim
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F AVORITOS
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G @DGET DU JOUR
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ong Oui é o nome de um sapo de estimação que começa a ganhar fama internacional depois de virar atração na cidade de Pattaya, na Tailândia. A dona do bicho, Tongsai Bamrungthai (na foto com seu mascote), diz que consegue se comunicar com ele, o que acontece desde a primeira vez que ela olhou em seus olhos. Além disso, ela diz que convence a brincar nos brinquedos de seus filhos. Entre as peripécias do sapo estão "pilotar" uma moto de brinquedo e "surfar" em uma prancha apoiada sobre objetos. Oui já se tornou famoso na cidade, que recebe visitantes de localidades próximas interessados em conhecer o supersapo.
A revista britânica The Economist, na edição de ontem, traz um curioso artigo que tenta, sem muito sucesso, estabelecer a relação entre o "uso econômico de tecidos para cobrir a carne" nos biquínis de Ipanema e o desequilíbrio entre o número de homens e mulheres. O artigo mostra como o envelhecimento da população, ligado à redução na taxa de natalidade e a transformação do País em predominantemente urbano, agrava o desequilíbrio entre homens e mulheres em todo o País, mas especificamente no Rio, onde para cada 100 mulheres há apenas 86,4 homens, de acordo com o IBGE. A média das grandes cidades brasileiras é de 95 homens para 100 mulheres.
Grã-Bretanha aprova construção de novas usinas nucleares que operarão antes de 2020
Concurso 1849 da QUINA 16
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Reprodução/Livro E.C.
PERSONALIDADE
vro E.C Reprod ução/Li
Eric Clapton, em carne viva. Numa autobiografia apaixonada.
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O BLUES EM ALFA Maria Amélia Rocha
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VOCÊ SABIA QUE... John Kennedy morreu toNuma noitada regada a música e droA primeira propriedade que Q uando do mundo sabia dizer onde gas em Los Angeles, no sítio de Stephen comprou foi a Hurtwood Edge. Foi estava. Ele não. Mas, de quando o cantor Buddy Holly morreu, não esquece: estava no pátio da escola, em clima de velório. Clapton conheceu os futuros Rolling Stones no circuito dos bares de Londres. Mick Jagger andava sempre com um microfone Reslo no bolso. Clapton o substituía quando Mick tinha dor de garganta.
Stills (do Crosby, Stills, Nash and Young), a polícia chegou e ele acabou preso. Usava o cabelo na cintura e botas cor de rosa. Foi jogado numa cela com os Panteras Negras (ativistas anti-racismo). Comprou uma Stratocaster branca canhota para dar a Jimi Hendrix no show do Sly and Family Stone. Jimi não apareceu. Era 18 de setembro de 1970, dia de sua morte.
lá que George Harrison, praticamente seu vizinho, compôs Here Comes The Sun. Duas guitarras que estavam com ele desde o começo da carreira foram a leilão para arrecadar fundos para o centro de reabilitação Croosroads. Blackie foi arrematada por quase um milhão de dólares. Cherrie Red por quase 850 mil dólares. (MAR)
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Brian Roylance/Reprodução
Michael Ochs/Reprodução
Clepton aos 4 anos. E no Japão, com George Harrison.
Acima: Derek and the Dominos, 1970: Jim Gordon, Carl Radle, Bobby Whitlock e Clapton Alto: com Alice Ormsby-Gore, filha de Lord Harlech, em Londres: noivado.
Pattie Boyd/Reprodução
Arquivo E. C./Reprodução
MOMENTOS E BANDAS Michael Ochs/Getty Images/Reprodução
achista, egoísta, cínico, roína, Clapton mostra o que é ir ao fundo drogado e apaixonante. do poço – e sair. Mas, como tudo tem Eric Clapton não deixa dois lados, a tragédia também pode ter pedra sobre pedra em sua autobiogra- pinceladas cômicas. Numa turnê em fia. Ao mesmo tempo em que traça um Honolulu, bêbado, galgou a janela do perfil pouco lisonjeiro de si mesmo, hotel onde ele e os músicos estavam faz um painel da música pop dos últi- hospedados, de pijama e espada de samos 40 anos não por dever, mas, sim- murai só para dar um susto num amigo. plesmente porque, desde os anos de Estavam no 30º andar. Nas Bahamas, pa1960 quando tudo começou, ele sem- ra onde se mudou em meados dos anos pre esteve na linha de frente. de 1970 para fugir dos impostos, comUma boa biografia tem de ser as- prou um bar para poder beber de graça. sim. E, depois de décadas vendo sua Depois de trair Pattie pela milésima vez e própria vida estampada nos jornais e pedir para voltar, ouviu um não. Tentou revistas, resolveu contar a sua versão o suicídio, ingerindo um frasco inteiro de de tudo o que, por anos, esteve no Vallium. Para sua surpresa, acordou dez imaginário de milhares de fãs. É im- horas depois, sóbrio. possível contar o número de mulheO inglês Eric Patrick Clapton, nasceu res com as quais esteve envolvido, em Ripley, em 30 de março de 1945 e, mas ele não se furta a revelar todos os por quase 10 anos, acreditou que Rose detalhes de seu amor por Pattie, a ex- e Jack fossem seus pais. Eram seus avós. mulher de George Harrison, um de Quando descobriu que Patrícia, que julseus melhores amigos. Foram anos gava ser sua irmã, era sua mãe, virou um tentando esconder a paixão, outros introspectivo. Teve grandes dificuldatantos implorando para que deixasse des com as mulheres. Amou e abandoGeorge, o que finalmente aconteceu. nou muitas delas com enorme facilidaNo meio disso tudo, muita droga, de. Estudante e colecionador de arte, muita bebida e a revelação para o designer, pescador, caçador, Clapton próprio George – "estou apaixonado está casado com a artista gráfica Melia e pela sua mulher", disse, diante da per- é pai de quatro filhas (três com ela, uma plexidade do beatle que achou por com uma mulher que fazia parte do bem não levar a sério. Mas deveria. staff de uma turnê). Conta em detalhes Eric e Pattie se casaram. como foi perder Connor, o garotinho O Eric Clapton que emerge das pá- que teve com uma italiana, e que caiu ginas do livro é um sujeito especial. da janela do 53º andar de um edifício Nunca é surpreendido em auto-elogio, em Nova York, onde morava com a mãe. tampouco faz o falso modesto. Adorou Clapton está ficando surdo, detesta faquando Londres amanheceu com os zer exercícios e está fora de forma. É ramuros pichados com "Clapton é Deus". bugento e se orgulha disso. Uma coisa Para ele valia muito mais do que o topo não mudou: ainda é um dos maiores das paradas alcançado por Beatles e guitarristas do mundo. Rolling Stones. Para que se vangloriar quando a própria história dá a dimenEm são da sua importância? Ele foi do cul1970 tuado Cream; em sua primeira viagem para os Estados Unidos – berço do blues, sua razão de viver –, fez várias jam sessionscom B. B.King e Jimi Hendrix; foi chamado para tocar no disco Lady Soul, de Aretha Franklin, que considera um dos grandes momentos de sua vida; tocou com Bob Dylan, John Lennon, Pete Towsend, Muddy Waters, Buddy Guy, Stevie Ray Vaughan; fez o solo de While My Guitar Gently Weeps, de George Harrison, incluída no Álbum Branco, dos Beatles. Alcoólatra e viciado em he-
A
primeira guitarra Fender que viu foi com Buddy Holly no programa Night at the London Palladium. Neste show Jerry Lee Lewis cantou Great Balls of Fire. "É isso que eu quero", disse Clapton. Fez parte da banda The Roosters, que durou só seis meses, antes de entrar pros Yardbirds, em 1963, seu primeiro emprego como músico em tempo integral. Foi a primeira
vez que saiu de casa e o primeiro disco que gravou cujo resultado, d i z e l e, s o o u " j o v e m d e m a i s e branco demais". Em abril de 1965 estava na banda Bluesbreakers. Nesta época começou a pipocar por Londres a pichação Clapton é Deus. O final da Copa do Mundo de 1966 marcou a estréia do Cream, nome escolhido por ele por se acharem a
nata, a elite que fundiu o blues antigo e o moderno. Durou pouco mais de dois anos. A Blind Faith, com Steve Winwood, teve vida meteórica. Veio em seguida a Delaney, & Bonnie and friends e depois a Derek and Dominos, num espaço de dois ou três anos. Foi Delaney quem o convenceu a seguir carreira solo o que aconteceu no início dos anos de 1970. (MAR)
CLÁSSICOS
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om meia centena de discos-solo lançados, além de trilhas para cinema, centenas de participações especiais e discos com bandas, estes destaques mostram quem é Eric Clapton.
Disraeli Gears, 1967, o próprio Clapton considera o disco definitivo do Cream, mas deu o azar de ser lançado quando Jimi Hendrix Arquivo DC gravou Are you Experienced? Layla and Other Jimmi Assorted Hendrix: Love mito Songs, sempre 1970, lembrado. álbum duplo hoje considerado obra-prima com todas as músicas em homenagem a Pattie Boyd Harrison, ex-mulher de George. 461 Ocean Boulevard, 1974, com I Shot the Sheriff, que gravou depois de ouvir o disco Burnin’, de Bob Marley. Chegou ao topo das paradas. Unpplugged, 1992, com velhos sucessos e a célebre Tears in Heaven. From The Cradle, 1994, um disco de blues sem firulas, como ele mesmo diz. Pescador! Riding With the King, 2000, depois de 30 anos de amizade, saiu o disco que os dois, Clapton e B.B. King, tanto queriam gravar. Me and Mr. Johnson, 2004, tributo a uma das suas grandes paixões musicais, o bluesman Robert Johnson. (MAR)
Congresso Planalto Corr upção CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
CERCO CONTRA JOSÉ DIRCEU
PSDB QUER CPI SOBRE ENTREVISTA DE DIRCEU
O
Virgílio informou que proporá uma CPI de curta duração, para que termine no primeiro semestre e não seja esvaziada pelas eleições de outubro. No Senado, a disputa entre governo e oposição é mais acirrada do que na Câmara, o que garante ao PSDB e ao DEM (ex-PFL) mais chances de conseguir a criação da CPI. Virgílio disse que as assinaturas começarão a ser colhidas tão logo o Congresso voltar do recesso, no início de fevereiro. M en s al ão – O PSDB também protocolou ontem na Procuradoria-Geral da República pedido para que a entrevista dada pelo ex-ministro da Casa Civil seja incluída nos autos do processo do mensalão, em que ele é um dos 40 réus acusados de participar de esquema de compra de votos em troca de apoio político. "Na entrevista, ele confessa alguns atos investigados pela CPI dos Correios e pelo próprio Ministério Público Federal", disse o líder do partido na Câmara, Antônio Carlos Pannunzio (SP). Pannunzio afirmou também que iria entregar ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra o aumento da alíquota do Imposto
Eymar Mascaro
Sedutor
O
s democratas confiam no poder de sedução do expresidente do PFL, Jorge Bornhausen, um dos principais encarregados pelo partido para convencer Geraldo Alckmin (PSDB) a não se candidatar a prefeito em São Paulo. Bornhausen deve visitar a Capital na próxima semana para um encontro com José Serra. O objetivo do democrata é convencer Serra a pressionar ainda mais Alckmin para não se candidatar. Jorge Bornhausen assegura o apoio do DEM a Alckmin se for candidato ao governo do Estado em 2010. Em contrapartida, os tucanos apoiariam a reeleição de Gilberto Kassab este ano. Ressalte-se que Bornhausen é o principal articulador da candidatura de Kassab. Detalhe: se Alckmin não for candidato, as pesquisas indicam que o atual prefeito pode derrotar o PT no segundo turno.
Tema cabeludo: José Dirceu passou por implante capilar ontem
sobre Operações Financeiras (IOF), anunciado pelo governo na semana passada (veja reportagem na página seguinte). Essa não é a primeira tentativa da oposição de derrubar o aumento do imposto. Na última terça-feira, o DEM também protocolou uma ação no STF contra o mesmo imposto. Ontem, o tribunal deu prazo de dez dias para que o presidente Lula explique a medida. "As duas ações são complementares", disse Pannunzio. Implante – O ex-ministro José Dirceu, teve 6.710 fios de cabelos retirados da nuca e implantados na parte superior da cabeça em uma cirurgia chamada microtransplante de unidades foliculares, no Hospital Memorial do Recife, realizada ontem pelo cirurgião plástico pernambucano Fernando Basto. De acordo com o médico, ele poderia deixar o hospital ainda ontem à noite. Segundo
Basto, que já realizou mais de 3.200 cirurgias semelhantes em homens e mulheres, José Dirceu o procurou por indicação do ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, que se submeteu ao processo há cerca de um ano, ficou satisfeito com o resultado e passou a divulgar a técnica. José Dirceu foi internado às 6 horas. Às 11h30 teve início a cirurgia, que durou cinco horas e meia, tempo que ele passou sedado e com anestesia local. Nove pessoas integraram a equipe de Fernando Basto. Ele classifica o trabalho de "artesanal", com uso de microscópio tridimensional, bisturi microcirúrgico e lente de aumento. O médico antecipou que os fios implantados não irão cobrir toda a área superior da cabeça. "Mas deverá agradar", adiantou. "Daqui a quatro meses começam a nascer, e em nove meses teremos o resultado final". (Agências)
Planos de saúde têm novas regras
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Normas aprovadas pela ANS ampliam cobertura aos beneficiários, que incluem cirurgias como vasectomia e mamografia digital, antes vetadas pelas operadoras
Diário Oficial da União trouxe ontem as normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre Procedimentos e Eventos em Saúde, relativos à cobertura dos planos de saúde no País. As novas regras, que ampliam as coberturas para os beneficiários dos planos de saúde, passam a valer a partir do dia 2 de abril para todos os planos individuais e de grupo contratados a partir de 1999. Dentre as mudanças previstas, estão a atenção multiprofissional e tratamento especial aos obesos mórbidos, estímulo ao parto natural, direito à cirurgias de vasectomia, colocação e custos do DIU (Dispositivo Intra Uterino), mamografia digital,
Ó RBITA
LULA EM CUBA
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m sua primeira viagem internacional deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende visitar, na próxima terça-feira, o presidente de Cuba, Fidel Castro, mas até ontem o
mamotomia, videolaparoscopia e exames de DNA para tratamento de doenças genéticas. Além disto, a versão 2008 do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS determina a cobertura ambulatorial e atendimentos de terapia ocupacional, fonoaudiologia, nutrição e psicoterapia. Torna-se regra que os planos de saúde ofereçam um planoreferência, podendo contar de forma alternativa, planos ambulatoriais, hospitalares, hospitalar com obstetrícia, odontológico e suas combinações. Atendimento especial – Pela gravidade e risco de vida, o obeso mórbido terá direito a atendimento especial. Seu atendimento Palácio do Planalto não havia confirmado o encontro com o governo cubano. Fidel está afastado do poder há um ano e meio por motivos de saúde e o local de sua internação é mantido em sigilo. Desde que transferiu o cargo provisoriamente para seu irmão, Raúl Castro, Fidel Castro já recebeu visitas de várias autoridades, entre elas o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. "Dependemos dos médicos", afirmou o porta-voz da Presidência, Marcelo Baumbach.
Basta uma quarta-feira para recolher essas assinaturas (para a CPI sobre José Dirceu). Arthur Virgílio (PSDB-AM)
JF Dorio/AE - 30.08.07
Senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) diz que começará a colher assinaturas para apurar declarações do ex-ministro sobre a criação de um caixa dois para a construção da sede do PT em Porto Alegre líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), afirmou ontem que começará a colher assinaturas para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a apurar as declarações feitas pelo ex-ministro e ex-deputado José Dirceu à revista "Piauí" de que a sede do PT de Porto Alegre teria sido construída com dinheiro de caixa dois. São necessárias 27 assinaturas para garantir a criação da CPI. "Basta uma quarta-feira para conseguirmos recolher essas assinaturas", previu Virgílio. Na avaliação de Tasso Jereissati (PSDB-CE), que esteve com Virgílio no Supremo Tribunal Federal (STF) para a entrega de uma ação contra o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), a entrevista de Dirceu tem impacto semelhante à concedida em 1992 por Pedro Collor, que contribuiu decisivamente para o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello. "A entrevista (de Dirceu) traz dois fatos novos: um, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabia (do mensalão), e o outro é que a sede do PT de Porto Alegre foi construída com caixa dois".
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Roosewelt Pinheiro
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deverá ser assegurado e realizado por equipe multiprofissional em nível ambulatorial. À gestante, por sua vez, deverá ser assegurada e estimulada a possibilidade de parto natural. Na nova versão do Rol, as coberturas do parto podem ser feitas por enfermeiros obstétricos e a presença de um acompanhante durante toda a estada da mulher no hospital (até a alta). O inclusão da mamografia digital é um reforço na luta contra o câncer de mama, e o procedimento poderá ser feito desde que sua indicação obedeça às diretrizes definidas pela ANS: mulheres com menos de 50 anos que tenham mamas densas e estejam em fase pré ou peri-menopáusica.
Complicações clínicas – O que for necessário ao tratamento de complicações clínicas e cirúrgicas, decorrentes de procedimentos não cobertos pela assistência médica (estéticos, inseminação artificial, transplantes não cobertos, entre outros), terão cobertura obrigatória quando constarem do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde – respeitadas as segmentações e os prazos de carência e da Cobertura Parcial Temporária (CPT). Os contratos que já estão em vigor não podem ter aumento em função das novas regras. As operadoras poderão, no entanto, requisitar aumento no reajuste anual para serviços contratados futuramente. (ABr)
CANDIDATURA
GOVERNO
Por enquanto, está difícil o DEM convencer Alckmin a não se candidatar a prefeito. Os aliados do exgovernador argumentam que 2010 está longe demais. Além disso, Serra não conseguiu ainda a legenda presidencial do PSDB e, portanto, não está afastada a hipótese do governador ser candidato à reeleição.
Marta Suplicy nega que esteja esperando um aval do presidente Lula para anunciar sua candidatura à Prefeitura. A ministra continua insistindo pela permanência no Ministério do Turismo até o fim do mandato de Lula. Marta quer mesmo é ser candidata ao governo estadual.
CONFIANÇA
A ministra admite que pode concorrer ao governo do Estado sem ter de enfrentar Alckmin. Marta está certa de que o exgovernador se elegerá prefeito e que não renunciaria um ano após a posse para se candidatar ao Palácio dos Bandeirantes.
Jorge Bornhausen está convencido de que seu encontro com tucanos em São Paulo será produtivo. O democrata confia no sucesso dos entendimentos, embora Alckmin dê sinais de que será candidato. Kassab, por sua vez, trabalha para obter o apoio de tucanos à sua candidatura.
LIDERANÇA Alckmin está convicto de que poderá se eleger. O exgovernador toma por base as pesquisas. O tucano vem liderando a preferência dos eleitores, juntamente com Marta Suplicy (PT) e Gilberto Kassab. Os três são os principais candidatos à Prefeitura paulistana.
OBSTÁCULO As pesquisas apontam que, as eleições fossem disputadas em dois turnos, a segunda etapa seria disputada pau a pau entre Marta Suplicy e Gilberto Kassab, caso Alckmin não seja candidato. A situação do atual prefeito se complica se o exgovernador resolver bater o martelo e bancar a candidatura.
OPOSIÇÃO O grupo aliado de Alckmin não tem dúvidas de que Marta Suplicy será a candidata do PT. A ministra é considerada a única que pode recuperar a Prefeitura para o partido. Os alckmistas acham que o partido não vai lançar um candidato sem respaldo eleitoral.
INFIDELIDADE PUNIDA
O
Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará cassou ontem o mandato do vereador Adenor Ferreira da Silva (PMDB), de Marapanim (PA), por infidelidade partidária, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Silva elegeu-se pelo PV em 2004, mas, em setembro, filiou-se ao PMDB. Com isso, chega a três o número de "infiéis" que perderam o cargo após o TSE definir que
o mandato pertence ao partido e não ao político. Os outros dois alvos foram os vereadores João Maria Alves da Silva (PSC), de Santa Izabel do Pará, e Lourival Pereira de Oliveira (PV), de Buritis (RO). No requerimento ajuizado para a recuperação do mandato, o PV alegou que o vereador do PMDB de Marapanim deixou a legenda verde sem justa causa – simplesmente trocou de partido.
ADVERSÁRIO
NAMORO PT, PSDB e DEM estão flertando com o PMDB em São Paulo. Lideranças dos três partidos tem conversado com Orestes Quércia. Os partidos teriam oferecido a vaga de vice ao PMDB, mas Quércia fez charme e disse que o objetivo é ter candidato próprio.
SEM FORÇA Há quem no PMDB se entusiasme com a oferta para o partido indicar o vice na chapa do PSDB. O PMDB está fraco na Capital e, se vier a se coligar com os tucanos, pode eleger uma bancada de vereadores representativa. O PMDB não tem um candidato forte para disputar a Prefeitura.
TRANSFERÊNCIA Os petistas continuam desacreditando a pesquisa do Ibope, que registrou que o presidente Lula não tem poder de transferir votos aos candidatos do partido no Sul e Sudeste do País. Os petistas lembram que Lula tem prestígio na Capital paulista.
DIVISÃO Lula continua apelando para os partidos aliados apoiarem o candidato do PT. O presidente não quer dispersão de votos, mas PMDB, PTB, PSB, PDT e PCdoB ameaçam com candidaturas próprias. O "bloquinho" de esquerda, formado por PSB, PDT e PCdoB, fala em lançar um único candidato representando o grupo.
REFLEXO
DECISÃO Petistas paulistas não querem esperar até junho para obterem a resposta de Marta. Eles desejam que a ministra tome uma decisão até março. Os petistas querem também mais tempo para o preparo de outro candidato, caso Marta não responda "sim" ao partido.
Petistas e tucanos, que esperam polarizar a campanha presidencial de 2010, lutam pela conquista da prefeitura paulistana, porque acham que a sucessão de Lula passa pelas eleições municipais em 2008. A Prefeitura de São Paulo é considerada essencial para a campanha ao Planalto. Até 2010, calcula-se que o Estado de São Paulo concentre 30 milhões de eleitores.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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7 Kevin Frayer/Reuters
Bush pede fim de ocupação a Israel
Internacional
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Marco Longari/AFP
presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, completou ontem o segundo de oito dias de um giro no Oriente Médio e afirmou que Israel deve acabar com a ocupação dos territórios palestinos, iniciada com a guerra de 1967. Por outro lado, disse também que o futuro Estado palestino deve refletir sobre "a realidade" da região. As declarações foram feitas em um hotel de Jerusalém após reunião com o líder da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, na Cisjordânia. Mais cedo, em visita a Ramallah, na Cisjordânia, Bush reafirmou que o acordo de paz entre israelenses e palestinos será finalizado até o fim de sua presidência, este ano. Depois
de se reunir na quarta-feira com líderes políticos israelenses, o presidente Bush se encontrou ontem com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, e com o primeiro-ministro Salam Fayad. "Tenho um cronograma a cumprir", disse, após visitar a Igreja da Natividade, em Belém. "Tenho doze meses", afirmou. Esta é a primeira vez que Bush visita a Cisjordânia em oito anos de mandato, mas sua visita não causou agitação entre palestinos, céticos sobre suas promessas de paz. O líder disse que espera que israelenses e palestinos cumpram com sua parte do plano de paz. Bush nomeou ainda o general William Fraser, assistente do comandante do Estado
O presidente norte-americano durante encontro com líder palestino
maior conjunto, para monitorar o progresso dos dois lados em relação ao "mapa de caminho" do acordo de paz. Bush explicou sua visão so-
bre o "ponto de partida" das negociações no Oriente Médio. "Deve ser colocado um ponto final à ocupação que começou em 1967", ratificou. O
resultado das conversas deve culminar em um Estado que será a pátria dos palestinos, enquanto Israel é a pátria dos judeus, completou o presidente americano. "Estas negociações devem assegurar que Israel tenha fronteiras reconhecidas internacionalmente e seguras, além de garantir um Estado palestino contínuo, soberano e independente", acrescentou. Enquanto manifestantes ateavam fogo a bonecos de Bush e queimavam bandeiras dos EUA e de Israel em Gaza, o americano dizia que "o melhor para vencer a ideologia do ódio, que mata inocentes para alcançar seus objetivos, é a ideologia da esperança". Os palestinos, por sua vez, pediram a Bush para que ele
"pressione" Israel a retirar os "assentamentos ilegais" da Cisjordânia e que exija dele o veto da ampliação das colônias estabelecidas em 1967. Pessimismo A maioria dos israelenses se mostra pessimista sobre a possibilidade de que a visita do presidente dos EUA represente um progresso nas negociações de paz com os palestinos. Para 77%, a visita não servirá para promover as negociações. Apenas 21% opinaram o contrário na pesquisa elaborada pelo instituto de demografia Dahaf para o jornal "Yedioth Ahronoth". Segundo a pesquisa, 59% dos 500 israelenses entrevistados acham que a visita de Bush não influi na posição política interna. (AE)
IRÃ X EUA: A GUERRA DOS VÍDEOS O
Irã divulgou um ví- patrulha da marinha iraniana, deo mostrando lan- está me ouvindo?" diz o hochas de sua Guarda mem com o rádio portátil em Revolucionária e navios de inglês com forte sotaque. "Este guerra dos EUA no Golfo Pér- é o navio da coalizão número sico numa tentativa de mostrar 73, ouço você em alto e bom s o m . O p e r aque não houve mos em águas um confronto i n t e r n a c i oe n t re a s e mnais", responbarcações, code a voz de um mo acusa o americano. Pentágono. A divulgaO vídeo, em minutos e 20 ção acontece preto e bransegundos tem o vídeo um dia depois co, tem 5 minutos e 20 sedivulgado ontem pelo que o Pentágono mostrou gundos e traz governo do Irã seu próprio víum iraniano deo sobre o infalando por cidente de dorádio portátil com três navios norte-ameri- mingo. No vídeo, um suposto canos a cerca de 100 metros de iraniano fala em inglês com distância. As imagens não forte sotaque: "Estou indo até mostram nenhuma lancha ira- vocês (...) Vocês vão explodir niana se aproximando dos na- em (...) minutos". A Casa Branvios ou fazendo manobras rís- ca mandou ontem ao governo pidas. "Navio da coalizão nú- do Irã uma reclamação formal mero 73, esta é uma lancha de contra o incidente. (AE)
Joshua Lott/Reuters
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PAQUISTÃO Atentado mata 24
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m atacante suicida detonou explosivos no meio de um cordão policial na frente de um tribunal no leste do Paquistão onde ocorreria um protesto contra o governo, matando pelo menos 24 pessoas e ferindo mais de 70. O atentado na frente da Alta Corte de Lahore foi o último de uma série de atos terroristas no convulsionado ambiente políti-
co do Paquistão, que pretende realizar eleições parlamentares em 18 de fevereiro. Ninguém assumiu imediatamente a responsabilidade pelo atentado, mas oficiais suspeitam de militantes ligados ao Talebã e à Al-Qaeda. A explosão estilhaçou vidraças do tribunal e fez disparar bombas de gás lacrimogêneo que policiais portavam. (AE)
Jewel Samad/AFP
CARNIFICINA erca de 151 mil iraquianos C foram mortos apenas nos primeiros três anos após a
Obama ganha apoio de Kerry
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senador John Kerry, que em 2004 foi o candidato presidencial democrata derrotado por George W. Bush, endossou ontem a pré-candidatura presidencial pelo Partido Democrata do senador Barack Obama, de Illinois. Citando um dos maiores líderes afro-americanos ao apoiar o pré-candidato que espera ser o primeiro presidente negro dos EUA, Kerry declarou: "Martin Luther King Jr. disse que o tempo é sempre certo para fazer o que é certo. Eu estou aqui na Carolina do
Sul porque esse é o tempo certo para dividir com vocês, para que todos fiquem sabendo que temos a confiança de que Obama pode ser e será o próximo presidente dos EUA", disse. Kerry deu seu apoio a Obama no estado sulista da Carolina do Sul duas semanas antes da primária no estado — que acontece no dia 26 — e em um momento no qual Hillary Clinton saboreia sua vitória na primária democrata em New Hampshire, após Obama ter vencido o caucus democrata em Iowa. Kerry disse que res-
peita os outros candidatos democratas, mas apoia Obama. Republicanos Os principais pré-candidatos republicanos já estão em Michigan, local das próximas prévias do partido, na terçafeira. O senador John McCain, o ex-governador do Arkansas Mike Huckabee e o ex-governador de Massachusetts, Mitt Romney, elegeram a economia como tema de campanha. Tudo porque o estado, berço da indústria automobilística dos EUA, vive uma crise econômica sem precedentes. (AE)
invasão americana, segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde e do governo do Iraque, no mais abrangente esforço até hoje para determinar o custo humano da guerra deflagrada pelo governo de George W. Bush em março de 2003. O número foi obtido a partir de pesquisas feitas em 10 mil residências no Iraque, e é bem menor do que as 600 mil mortes estabelecidas por um estudo anterior do respeitado jornal médico The Lancet. Mas é bem maior do que o número admitido pela Casa Branca. A nova estimativa cobre o período do início da guerra, março de 2003, até junho de 2006. O número verdadeiro pode nunca ser conhecido porque muitas das mortes não são relatadas em meio ao caos que vive o país. A pesquisa foi feita no final de 2006 e no início de 2007. (AE)
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Empresas Finanças Nacional Imóveis
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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O NANO SERÁ VENDIDO POR US$ 2,5 MIL
bilhões de reais é o quanto a Oi deve pagar pela Brasil Telecom.
OPERADORA CONFIRMA NEGOCIAÇÕES. ANATEL E HÉLIO COSTA DIZEM NÃO TER SIDO INFORMADOS.
OI DEVE COMPRAR A BRASIL TELECOM
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Raveendran/AFP
Ratan Tata, presidente do conselho da Tata Motor: "Carro está dentro das normas de segurança".
Tata Motors exibe o Nano. É carro mais barato do mundo.
A
montadora indiana Tata Motors apresentou ontem o carro mais barato do mundo. O modelo, batizado de Nano, possui quatro lugares, motor de 625 cilindradas e terá preço de 100 mil rúpias ou o equivalente a US$ 2,5 mil. O veículo deve chegar ao mercado até o final deste ano. Os impostos e as margens de lucros dos revendedores devem elevar o valor, mas ainda assim o carro sairia por metade do custo de seu concorrente mais próximo em termos de preço. "Eu asseguro que o carro que projetamos está dentro das normas de segurança e critérios estrangeiros acerca de questões ambientais", afirmou o presidente do conselho da empresa, Ratan Tata, enquanto revelava o "carro do povo" ao mundo na Auto Expo em Nova Délhi. O modelo vem sendo planejado há anos como uma alternativa segura e acessível para os milhões de india-
nos que freqüentemente carregam uma família de quatro pessoas em motocicletas. O motor do carro fica na parte de trás do veículo e tem rendimento de 20 quilômetros por litro, segundo a empresa. Ele deve ser oferecido em um modelo básico, além de outros dois mais luxuosos. A expectativa da companhia é de produzir 250 mil Nanos, para uma eventual demanda de 1 milhão de unidades. A grande atenção dada ao Nano fez as principais montadoras do mundo a desenvolverem estratégias de produção em países emergente e de motores mais econômicos, como
consequência da crescente preocupação global com o meio ambiente e as altas no preço do petróleo. A Ford é uma delas. A companhia anunciou que irá fabricar um carro de pequeno porte na Índia em dois anos. A Volkswagen, a Toyota, a Honda e a Fiat também confirmaram planos semelhantes para mercados emergentes, onde um forte crescimento econômico passou a tornar a compra de um automóvel mais acessível à população. A Tata afirmou que se voltará para o mercado interno por dois ou três anos antes de exportar o Nano para a África, América Latina e sudeste asiático. Na Índia, apenas 8 em cada 1 mil pessoas possuem carro, o q u e re p re s e n t a u m g r a n d e p otencial de mercado, incluindo pessoas que desejam trocar suas motos por veículos mais seguros. (R e uters)
Prêmios de loterias batem recorde
A
Caixa Econômica Federal distribuiu, em 2007, a maior bolada já paga em toda a história das loterias da instituição financeira – cerca de R$ 1,6 bilhão. Apenas a Mega-Sena foi responsável pela premiação de aproximadamente R$ 696,5 milhões. Aparecem em seguida a Lotofácil, com R$ 526,8 milhões, e a Quina, com R$ 181,6 milhões. O crescimento no total de premiados foi de 22% em relação ao ano anterior.
A Mega-Sena continua sendo a preferida dos apostadores. Em 2007, arrecadou R$ 2,2 bilhões. Outro destaque é a Lotofácil, com o segundo maior volume – R$ 1,3 bilhão. Em terceiro lugar, aparece a Quina, com R$ 590 milhões. No ano passado, saíram o segundo e o terceiro maiores prêmios da Mega-Sena. Em janeiro, o prêmio de R$ 52.807.317,17, do concurso 832, foi para um apostador de Goiás. Em setembro, o concurso 898 distribuiu
R$ 55.564.107,66 a apostadores de Rondônia e Santa Catarina. Já o maior prêmio da sua história foi o do concurso 188, de 1999 – R$ 64,9 milhões. Arrecadação – A estimativa de arrecadação das loterias federais, projetada em R$ 5 bilhões no ano passado, foi ultrapassada e atingiu R$ 5,2 bilhões. O crescimento verificado é de 23% em relação a 2006, que fechou com a soma de R$ 4,2 bilhões. A previsão para 2008 é de R$ 6,3 bilhões. (AE)
grupo Oi (ex- Telemar) divulgou ontem um comunicado em que confirma negociações em andamento para a compra da Brasil Telecom Participações (BrT). Segundo o aviso, as conversas com os controladores da empresa "se intensificaram nas últimas horas", mas nenhum acordo foi ainda assinado. "Os valores discutidos durante esses entendimentos são meramente indicativos e dependerão, como é natural, da estrutura e configuração do negócio se vier a se concluir, além dos ajustes próprios da dinâmica de negociação desta natureza", disse o aviso, sem especificar as cifras envolvidas. Mas há rumores de que o negócio envolva a quantia de R$ 4,8 bilhões. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) disse que não foi informada de que esteja em curso, ou que já tenha sido fechada, a compra da Brasil Telecom pelo Grupo Oi. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, a Anatel só tem conhecimento das negociações pela imprensa. As operações de compra e venda no setor de telecomunicações e mudanças de acionistas das operadoras só podem ser concretizadas com anuência do órgão regulador. A Anatel analisa essas operações tanto do ponto de vista regulató-
Wilson Dias/ABr/09/04/2007
Hélio Costa: governo é favorável
rio quanto sob o aspecto da concorrência. Nesse último caso, a agência encaminha processo de instrução ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O ministro das Comunicações, Hélio Costa, reafirmou ontem, em entrevista por telefone, que o governo é favorável à fusão da Oi com a Brasil Telecom. "O governo já acenou em diversas oportunidades que poderá, dependendo do entendimento entre as empresas, rever o Plano Geral de Outorgas (PGO), que é a única relação do governo com essa proposta de compra", afirmou o ministro. A compra da Brasil Telecom pela Oi só poderá ser efetivada se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mudar a lei para beneficiar a empresa compradora.
Mas o ministro disse que o governo é apenas observador nesse processo e que estará preparado para tomar a decisão correta se o negócio se concretizar. Costa disse que, a princípio, não vê nenhum impedimento para a mudança de regras. Ele disse que não falou com o presidente Lula sobre a compra da BrT pelo Grupo Oi, mas que sempre que esse assunto vem à tona, a reação do presidente é de tranqüilidade, apesar de o negócio poder trazer problemas políticos para Lula, já que seu filho, Fábio Luís da Silva, o Lulinha, tem negócios que envolvem a participação da Telemar. O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse que "se o presidente Lula tiver a ousadia de fazer um decreto, nós teremos a decência de recorrer à Justiça para impedi-lo". Fundos – Os fundos de pensão estão negociando um aumento de sua participação na megaempresa de telecomunicações que poderá surgir a partir da compra da Brasil Telecom (BrT) pelo Grupo Oi. A idéia é reduzir a diferença de tamanho com relação a outros acionistas, principalmente a Andrade Gutierrez (AG) e a La Fonte Participações. Para isso, as fundações discutem a compra de uma fatia acionária do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no negócio. (AE)
Bens de capital puxam indústria
A
s regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com maior destaque na produção industrial em 2007 têm forte presença de segmentos vinculados a bens de capital e de consumo duráveis (automóveis e eletrodomésticos). Todas as 14 áreas pesquisadas tiveram desempenho positivo de janeiro a novembro. Em novembro ante outubro, por outro lado, houve queda em sete regiões. A indústria paulista, que responde por 40% da produção nacional, recuou 1,6% em novembro ante mês anterior e puxou a queda na média nacional (de 1,8%, segundo divulgou o IBGE no início desta semana). Mas o estado continuou como principal influência positiva para a produção nacional nos dados comparativos a igual período de 2006, com expansão de 8,5% ante novembro e de 6,1% no acumulado de janeiro a novembro. O economista André Macedo, da coordenação de indústria do IBGE, disse que os dados das regiões mostram que "os resultados industriais continuam amplamente favoráveis, com altas espalhadas setorial e regionalmente".
De acordo com Macedo, as quedas nos sete locais ante outubro, assim como ocorreu na média nacional, podem ser explicadas pela base de comparação elevada e o menor número de dias úteis do mês. Duas das regiões que estão entre os três principais impactos nacionais de queda, São Paulo e Rio de Janeiro, tiveram em 20 de novembro o feriado
da Consciência Negra, o que contribuiu para o resultado negativo da produção. Além disso, novembro teve dois dias úteis a menos do que outubro no ano passado. "Os resultados regionais negativos não alteram a trajetória de crescimento da produção nas regiões, como mostram os resultados mensais e acumulados no ano", disse Macedo. (AE)
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de janeiro de 2008
Juros na Europa devem subir, diz Jean-Claude Trichet, presidente do BC europeu.
Thomas Lohnes/AFP
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BRADESCO SUPERA ITAÚ EM RANKING
PRESIDENTE DO BC DOS ESTADOS UNIDOS PROMETE ESTIMULAR A ECONOMIA, AMEAÇADA DE RECESSÃO.
FED DEVERÁ CORTAR JURO OUTRA VEZ Febraban pode ir à Justiça contra impostos
O
presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Fábio Barbosa, disse que a entidade avalia a possibilidade de contestar judicialmente o aumento de impostos promovido pelo governo, embora não haja nada em curso. "Nenhuma possibilidade foi descartada até o momento", afirmou. Segundo o executivo, que também é presidente do ABN Amro Real, o que preocupa no aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é o encarecimento do crédito, um motor da atividade econômica. Apesar de os empréstimos se tornarem mais caros ao tomador, a Febraban acredita que o impacto no ritmo de expansão das operações será pequeno, e mantém as projeções de crescimento entre 20% e 22% para a carteira de crédito do sistema neste ano. Já o "incômodo" causado pela mudança da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), segundo Barbosa, deve-se à criação de uma alíquota diferenciada – e mais alta – apenas para um setor da economia. A nova CSLL aplica-se somente ao setor financeiro. "Deve-se premiar a produtividade e a eficiência, e não punilas", afirmou. Barbosa criticou o fato de o governo ter elevado o tributo do setor por considerá-lo o
mais rentável. "É um preconceito dizer que o setor financeiro é o mais lucrativo. As estatísticas mostram que não é assim", comentou. O presidente da entidade acrescentou que bancos fortes são fundamentais ao crescimento de um país, porque devem fomentar o crédito. "Dos cinco maiores bancos em valor de mercado do mundo, três são chineses, pois uma economia que cresce como a chinesa precisa de instituições financeiras fortes", disse. Barbosa afirmou que é difícil saber se as instituições financeiras repassarão o aumento da CSLL aos preços dos produtos e serviços vendidos, já que o mercado é muito competitivo. Apesar da insatisfação do setor, a Febraban não levará ao governo nenhum pleito oficial de mudança da carga tributária. De acordo com ele, a entidade discute atualmente com o governo apenas questões técnicas e específicas sobre a incidência das novas alíquotas nas operações. Barbosa defendeu um debate amplo do governo, Legislativo e sociedade para a concretização da reforma fiscal. "Preocupa o fato de o governo não encarar de frente a reforma fiscal, necessária para tornar o Brasil mais competitivo. Os remendos feitos pontualmente acabam criando problemas", disse. (AE)
Europa em "alerta total"
O
presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, destacou ontem os riscos para a inflação e deixou a porta aberta para aumento dos juros neste ano. Mas, por enquanto, a instituição manteve em 4% a taxa da zona do euro. Segundo ele, o conselho está preparado para agir preventivamente com a política monetária para manter a inflação sob controle e evitar o surgimento de efeitos secundários. Trichet afirmou que o BCE
vai monitorar "com muito cuidado" todos os desdobramentos nas próximas semanas. O BCE está preocupado com a possibilidade de que os fortes aumentos nos preços de alimentos e energia se traduzam em inflação persistente se os trabalhadores receberem salários maiores e os produtores começarem a transferir os custos mais elevados para os consumidores. "Estamos em posição de alerta total", disse. "Não vamos tolerar que esse risco se materialize." (AE)
Serra do Acaraí Empreendimentos e Participações S.A. C.N.P.J./M.F. nº 05.964.738/0001-92 • NIRE: 35.300.198.841 Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 09/11/07 Data, Hora e Local: Dia 09/11/07, às 10h, na sede social da Cia, localizada na Av. das Nações Unidas, nº 12.551, 18º and., conj. 1.812, parte, na Cidade de São Paulo/SP. Presenças: Presentes acionistas da Cia representando 100% do capital social total e votante, conforme assinaturas constantes no livro de presença de acionistas. Mesa: Presidente: Marcelo Faria de Lima; Secretário: Márcio da Rocha Camargo. Convocação: Dispensada a convocação, nos termos do art. 124, § 4º da Lei nº 6.404/ 76. Ordem do Dia: alteração da sede social. Deliberações Tomadas por Unanimidade: Foi aprovada a alteração da sede social, que passa para a Av. das Nações Unidas, 12.551, 15º and., conj. 1.507, s/D, São Paulo/SP, com a conseqüente alteração do art. 2º do Estatuto Social, que passa a vigorar com a seguinte redação:“Art. 2º-A Cia tem sua sede e foro na Cidade de São Paulo/SP, na Av. das Nações Unidas, 12.551, 15º and., conj. 1.507, sl D.”.Esclarecimen- tos: Foi autorizada, pela unanimidade dos acionistas, a elaboração e publicação da ata sob forma sumária, nos termos do art. 130, § 1º da Lei 6.404/76. Encerramento, Lavratura, Aprovação e Assinatura da Ata: Nada mais havendo a tratar, foram os trabalhos suspensos pelo tempo necessário para a lavratura da presente ata que, lida, conferida, e achada conforme, foi assinada por todos os presentes. Mesa: Marcelo Faria de Lima-Presidente; Márcio da Rocha Camargo-Secretário. Acionistas: Marcelo Faria de Lima, Márcio da Rocha Camargo, Erwin Theodor Herman Louise Russel e Maurice Ferdinand Bernard Marina Russel. S. Paulo,09/11/07. Jucesp nº 433.082/07-0 em 04/12/07. Cristiane Silva F. Corrêa - Secr. Geral
O
Joshua Roberts/Reuters
presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Ben Bernanke, disse ontem que novos cortes no juro básico dos Estados Unidos poderão ser necessários. Os mercados reagiram bem ao pronunciamento. As bolsas subiram e o dólar recuou. Em discurso a empresários em Washington, ele afirmou que "um afrouxamento adicional da política monetária poderá ser necessário", e que o Fed "está pronto para adotar medidas essenciais de apoio ao crescimento econômico". O juro básico foi reduzido em meio ponto percentual em setembro, e em 0,25 ponto percentual em outubro e em dezembro. A taxa é de 4,25% ao ano, a mais baixa desde dezembro de 2005. Bernanke disse que desde o último semestre, "os mercados financeiros dos Estados Unidos e de outros países industrializados estiveram sob pressões consideráveis. As turbulências afetaram as perspectivas da economia em geral, principalmente por seus efeitos na disponibilidade e nos termos do crédito às famílias e às empresas". Ele acrescentou que o Fed notou sinais de que os bancos estão restringindo os empréstimos aos consumidores e às empresas como resultado das turbulências nos mercados financeiros. Problemas – Bernanke acrescentou que apesar dos es-
Bernanke admite dificuldades para os mercados ao longo do ano
Petrobras e Vale, as maiores da América Latina
A
maior empresa em val o r d e m e rc a d o n a América Latina é a Petrobras, com US$ 242,7 bilhões no final de 2007, um grande salto em relação aos US$ 107,7 bilhões do ano anterior. A segunda maior é a Vale, com US$ 154,5 bilhões, ante US$ 68,6 bilhões em 2006. A mineradora passa a ser a maior empresa privada de capital aberto do continente. Das 25 maiores empresas latino-americanas listadas, 13 são brasileiras, segundo pesquisa da consultoria Economatica. Essas 25 companhias encerraram o ano passado com valor de mercado de US$ 1,072 trilhão, um crescimento de 51,8% sobre os US$ 706,4 bilhões do final de 2006. O terceiro lugar é da mexicana América Móvil, com US$ 104,7 bilhões. Entre as dez primeiras, o Brasil tem outras três representantes. Na sexta colocação aparece a AmBev (US$ 44,04 bilhões), seguida pelo Banco do Brasil (US$ 42,469 bilhões). Na décima posição está a Itausa, valendo US$ 27,39 bilhões. Outro destaque entre as nacionais foi a novata Bovespa Holding, que abriu seu capital no final de outubro e já figura no ranking. O valor de mercado da controladora da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) era de US$ 13,64 bilhões em dezembro, o que lhe deu a 24ª
colocação no ranking. Uma curiosidade destacada pelo levantamento é que se o valor de mercado da Petrobras fosse comparado ao das empresas norte-americanas no final de 2007, a estatal brasileira ficaria na 5ª posição, enquanto a Vale ficaria na 18ª colocação. Maiores do que a Petrobras, nos EUA, só a ExxonMobil (que tem o dobro do valor de mercado da estatal brasileira, US$ 511,8 bilhões), General Electric, Microsoft e AT&T. Bancos – O estudo da Economatica chamou a atenção para uma mudança no setor bancário. Em 2006, o Itaú detinha a quarta colocação no ranking latino-americano, posto perdido, em 2007, para o Bradesco. Este passa a ser o maior banco de capital aberto do continente, com valor de mercado de US$ 61,8 bilhões contra US$ 39,6 bilhões no ano de 2006, um crescimento de 55,8%. O Itaú fechou o ano passado com valor de mercado de US$ 60 bilhões. O valor das empresas brasileiras foi calculado pela Economatica da seguinte maneira: o preço da ação ON foi multiplicado pela quantidade de ações ON e somado ao preço da ação PN multiplicado pelo número desses papéis. O Chile teve só uma empresa no ranking, enquanto enquanto a Argentina manteve as duas de 2006. (Agências)
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
O
IIF espera dificuldades
Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) previu que um ambiente difícil, decorrente dos problemas do mercado imobiliário dos Estados Unidos e do petróleo caro, deverá contribuir para o arrefecimento da economia global este ano. Mas os EUA provavelmente não entrarão em recessão, e o crescimento dos mercados emergentes deverá continuar forte. Segundo o IIF, que reúne os principais bancos privados do
mundo, o crescimento das maiores economias industrializadas deverá ser de 2,1% este ano, inferior ao ritmo de 2,4% registrado em 2007. A expansão das economias emergentes deverá ficar em 6,9%, contra 7,3% no ano passado. Para os mercados emergentes da América Latina, a entidade projetou crescimento de 4,6% em 2008, inferior ao ritmo de 5,2% de 2007. Para os emergentes asiáticos, o instituto espera uma expansão econômica de 8,6%. (AE)
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SERVIÇO MUNICIPAL AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - SeMAE NOTIFICAÇÃO AOS LICITANTES EXTRATO DE RETIFICAÇÃO 2 – TOMADA DE PREÇOS 05/2007 Objeto: Serviços de recuperação e impermeabilização de Reservatórios, com fornecimento de m. o., materiais, máquinas e equipamentos. Ficam retificados: itens 5.3 e 5.4 do Anexo 1, o anexo 4, quantitativos do anexo 2, atualização dos preços de alguns insumos (anexo 8), em decorrência, sofreram alterações os anexos 3, 6 e 7 (do SeMAE), passando o valor global estimado para R$ 210.553,67. Ficam também alteradas as planilhas eletrônicas anexos 2A até 8A (da licitante). Como consequência, foram retificados: a página inicial e os itens 2.1, 2.2 e 14 do edital, e a cláusula 8.1 do anexo 14. Desta forma, fica designado o dia 29/01/2008 às 8:30h o término do prazo de entrega dos envelopes pelas Licitantes, no mesmo local programado e às 8:35h., a sessão para abertura dos envelopes de Habilitação. São José do Rio Preto/SP, 10 de janeiro de 2008. Ronaldo Luiz de Oliveira – Presidente da C.L.
FDE AVISA: PREGÃO (PRESENCIAL) ATA DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 36/1869/07/05 OBJETO: AQUISIÇÃO DE LIQUIDIFICADOR INDUSTRIAL 8 LITROS - BT 01 A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação de Registro de Preços para aquisição de liquidificador industrial 8 litros - BT 01. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 11/01/2008, na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – CEP 01121-900 – São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. O credenciamento do representante das proponentes e o recebimento dos Envelopes “Proposta” e “Documentos de Habilitação” ocorrerão na sede da FDE, no endereço acima mencionado, às 09:30 horas do dia 24/01/2008. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA - Presidente
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS
TOMADA DE PREÇOS Nº 001/2008 - PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 17005/2007 Faço público de ordem do Senhor Prefeito Municipal de São Carlos, que se acha aberta licitação na modalidade de TOMADA DE PREÇOS, do tipo menor preço, tendo como objeto a contratação de empresa de engenharia especializada para execução galeria de águas pluviais no bairro São Carlos VIII, conforme Memorial Descritivo, Planilha de Orçamento Básico e Projeto, constantes dos Anexos IV a VI do presente edital, que será fornecido em CD-ROM. O Edital na íntegra poderá ser retirado na Sala de Licitações da Prefeitura Municipal de São Carlos, situada à Rua Major José Inácio, nº 1973, Centro, São Carlos, fone 3307-4272, a partir do dia 11 de janeiro de 2008 até o dia 28 de janeiro de 2008, nos horários das 09:00h às 12:00h e 14:00h às 16:00h, mediante o recolhimento de emolumentos no valor de R$ 30,00 (trinta reais). Os envelopes contendo a documentação e as propostas serão recebidos na Sala de Licitações até às 09:00 horas do dia 28 de janeiro de 2008, quando após o recebimento, iniciar-se-á sessão de abertura. São Carlos, 10 de janeiro de 2008. Paulo José de Almeida Presidente da Comissão Permanente de Licitações
forços do Fed e dos bancos centrais de outros países, os mercados financeiros globais continuam vulneráveis, e correm o risco de sofrerem maiores dificuldades. "Apesar das melhorias em algumas áreas, a situação financeira ainda é frágil, e muitos mercados permanecem debilitados", disse. "As informações mais recentes sugerem que o panorama básico da atividade econômica real em 2008 piorou, e os riscos para o crescimento ficaram mais evidentes". Ele sugeriu que os responsáveis pela política monetária estão mais preocupados agora com a sustentação do crescimento do que com a inflação. Segundo Bernanke, as expectativas de inflação estão "razoavelmente bem ancoradas". Mesmo assim, prometeu acompanhar de perto as expectativas inflacionárias. Ontem, o presidente da regional de Kansas City, Thomas Hoenig, considerou-se "menos pessimista do que alguns", mas fez um alerta em relação à alta dos preços. Os analistas receberam bem o reconhecimento franco de Bernanke sobre os perigos enfrentados pela economia norte-americana que, na avaliação de alguns bancos, já está em recessão, ou a caminho dela. "Ele reconheceu que embora a inflação preocupe, o Fed precisa enfrentar os problemas imediatos, sendo o principal deles o risco de recessão", comentou Angel Mata, da Stifel Nicolaus Capital Markets. (Agências)
FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PARA ENTREGA IMEDIATA PREGÃO Nº 038/2007-FAMESP PROCESSO Nº 972/2007-FAMESP Acha-se à disposição dos interessados do dia 11 de janeiro a 08 de fevereieo de 2008, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680 – ramal 111-FAX (0xx14) 3882-1885 – ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL - PREGÃO Nº 038/2007FAMESP, PROCESSO Nº 972/2007-FAMESP, que tem como objetivo A AQUISIÇÃO DE LÂMPADA DE FENDA E TONÔMETRO, do tipo menor preço global por lote, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 11 de fevereio de 2008, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar, no endereço supra citado. Botucatu, 10 de janeiro de 2008. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi Diretor Vice-presidente - FAMESP
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
FDE AVISA: PREGÃO (PRESENCIAL) ATA DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 36/1870/07/05 OBJETO: AQUISIÇÃO DE CARRO PARA COZINHA - CA 01 A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação de Registro de Preços para aquisição de carro para cozinha - CA 01. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 11/01/2008, na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – CEP 01121-900 – São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. O credenciamento do representante das proponentes e o recebimento dos Envelopes “Proposta” e “Documentos de Habilitação” ocorrerão na sede da FDE, no endereço acima mencionado, às 14:00 horas do dia 24/01/2008. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital. FáBIO BONINI SIMÕES DE LIMA - Presidente
Posto de Serviços Copacabana Ltda, torna
público
Operação 29003497, c/ val.09/01/2013, para
que
recebeu da
atividade de comércio
Cetesb de
a
Licença de
produtos derivados
de petróleo, sito à Alameda Afonso Schmidt, 638 - 02450-000 - Santana - São Paulo - SP.
EDITAL RESUMIDO DA TOMADA DE PREÇOS Nº 02/2008 A Prefeitura do Município de Saltinho, torna público, para conhecimento de interessados, que se acha aberta a Tomada de Preços Nº 02/2008, para o fornecimento mensal de, aproximadamente 210 (duzentas e dez) Cestas Básicas, inclusive a mão-de-obra para a distribuição aos servidores públicos municipais de Saltinho, pelo tipo “menor preço”. A documentação e a proposta financeira deverão ser entregues até às 08:30 horas do dia 30 de janeiro de 2008. A abertura dos envelopes dar-se-á neste mesmo dia às 09:00 horas. A pasta contendo o edital e os anexos será gratuita e está a disposição dos interessados à Avenida 07 de setembro, 1733, Centro, Saltinho/SP, nos horários das 8:00 às 11:00 e das 13:00 às 16:00 horas, de segunda a sexta-feira. Poderão ser feitos contatos pelo telefone (19) 3439-1141 e consulta do Edital através do site www.saltinho.sp.gov.com.br. Não serão enviados editais e anexos por via postal ou correio eletrônico. Exigir-se-á cadastro prévio dos interessados até às 15:00 horas, do dia 25 de janeiro de 2008. Saltinho/SP, 10 de janeiro de 2008. WANDERLEI MOACYR TORREZAN - Prefeito Municipal.
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FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, informamos que no dia 10 de janeiro de 2008, não houve pedido de falência na Comarca da Capital-SP.
Menor preço pelo mesmo espaço, só no DC
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2 - OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de janeiro de 2008
O PLANO VISA DEBILITAR O PODER AMERICANO E UNIFICAR MILITARMENTE BRASIL E VENEZUELA
A
pós a derrota do governo na questão da CPMF no fim de 2007, o próprio presidente da República jurara que não haveria aumento de impostos ou algo assemelhado a um pacote fiscal para cobrir a perda de receitas em 2008. Como se sabe, a promessa não foi mantida, e na aurora do novo ano, acordamos sabendo que o setor privado pagará algo em torno de 10 bilhões de reais a mais em IOF e CSLL. Curiosamente, logo após o anúncio das medidas que oneram as transações financeiras, os juros de mercado, que vinham subindo consistentemente por justificável medo da combinação de inflação em alta e demanda pujante, registraram queda. A lógica aventada para explicar tal movimento é de que a intervenção via aumento de imposto levará a maior taxa de juros nos empréstimos bancários. Este aperto de liquidez reduziria, por sua vez, a necessidade de aumentos da taxa básica. O aumento do custo do crédito derivado da cunha tributária maior funcionaria ele mesmo como torniquete monetário refreando a inflação. Neste artigo, criticamos esta linha de raciocínio e concluímos reafirmando nosso cenário de juros onde prevemos, no caso “otimista”, a manutenção da Selic no atual patamar ao longo deste ano, e no pessimista, elevação de quase 200 pontos-base. Não gastaremos muita tinta para dizer o óbvio de que esta elevação de impostos é ruim, pois atravanca a intermediação financeira em um país onde ela já é pobre. Melhor seria ser mais firme na estratégia de reduzir os gastos correntes. Passemos, pois, à relação entre o pacote fiscal e os rumos da política monetária. Primeiramente, a hipótese de que todo o aumento de impostos será repassado ao consumidor _ gerando um aperto de liquidez _ é irrealista. Para isto, seria necessário que a elasticidade preço da demanda por crédito fosseextremamente mais alta que a da oferta. Não é necessário ser um grande economista para saber que ao menos parte do fardo recairá sobre os próprios bancos. Note que se isto não fosse verdade, eles não teriam razão para pro-
Céllus
O QUE VEM POR AÍ DEPOIS DO PACOTE G O cenário previsto
para a taxa de juro no país não muda: no caso 'otimista', será mantida a Selic no atual patamar ao longo de 2008 testar contra o aumento do IOF e da CSLL. Segundo, é preciso lembrar que há vários canais de transmissão da política monetária além do canal do crédito. Os juros afetam a substituição intertemporal do consumo _ isto é, incentivam as pessoas a adiar o consumo do presente para o futuro; estando todo o resto constante, juros mais altos levam à apreciação da taxa de câmbio e a menor inflação dos bens comercializáveis, aumentam o custo de carregamento de estoques. Por fim, oscilações de juros afetam o valor presente dos ativos e, portanto, a riqueza das pessoas e a demanda agregada. Mais do que isto, como no Brasil o volume de crédito ao setor privado ainda é pequeno comparativamente aos valores encontrados em outras economias, este canal seguramente não constitui a ligação crucial entre política monetária e demanda. Em terceiro lugar, o eventual aumento dos juros dos empréstimos ao setor privado não apresenta equivalência um para um com aumentos da Selic. Uma elevação de um ponto percentual no preço do crédito é 'equivalente' a menos do que um aumento de um ponto percentual da Selic, visto que a correlação parcial entre juro de mercado e Selic é maior do que um. Em último lugar, não se deve esquecer que mesmo que a meta de superávit seja cumprida, como diz o governo, a economia fiscal do setor público em 2008 será menor que a de 2007, visto que esta foi provavelmente de 4,2% do PIB, e a meta para o ano que começa é de 3,8%. Isto adicionará lenha à fogueira da demanda. Por isso, mantemos inalterado nosso cenário de juros para 2008.
U
m artigo da Tribuna da Imprensa, significativamente reproduzido no site do Ministério da Ciência e Tecnologia (http://agenciact.mct.gov.br/ index.php/content/view/46968.html) informa que um acordo militar entre Brasil e Venezuela já vem sendo negociado sigilosamente desde há um ano e meio. Segundo o articulista, Carlos Newton, o acordo parece ter sido inspirado pelo desejo de “proteger a Amazônia” contra os riscos iminentes representados pela Declaração dos Povos Indígenas, assinada em setembro de 2006, bem como por um suposto plano do governo britânico, denunciado pelo Daily Telegraph um mês depois e ecoado com grande alarde pela Folha de São Paulo em 10 de outubro daquele ano, que visava à completa privatização da Amazônia para evitar o desmatamento e combater as emissões de gazesestufa. Comentando a matéria da Folha, o site esquerdista www.outraglobalizacao.blogspot.com alertava que a proposta inglesa podia ser "apenas a ponta de um iceberg". Na verdade, ela encobriria um plano maligno para manter a hegemonia dos EUA mediante mudanças na matriz energética mundial. As premissas implícitas das interpretações apresentadas nessas matérias são as seguintes: 1) O esquema globalista ecológico-indigenista é um instrumento a serviço dos EUA. 2) A esquerda latino-americana, personificada no caso pelos governos do Brasil e da Venezuela, é o baluarte da resistência patriótica ao esquema globalista.
A
mbas essas premissas são comprovadamente falsas. De um lado, o conflito aberto entre o interesse nacional americano e as ambições globalistas são hoje o tema essencial de preocupação nos círculos conservadores americanos (A leitura do livro de Jerome Corsi, The Late Great U.S.A., WND Books, 2007, e consultas periódicas ao site http://www.sovereignty.net/ bastariam para tirar qualquer dúvida quanto a esse ponto). De outro lado, o governo petista e a esquerda nacional como um todo têm se notabilizado pela sua extrema subserviência às exigências do globalismo ecológico e indigenista (v. por exemplo http://www.olavodecarvalho.org/ semana/071001dc.html). O pacto militar Lula-
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Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luizo@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Adriana David, André Alves, Davi Franzon, Dora Carvalho, Eliana Haberli, Fátima Lourenço, Felipe Datt, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Jane Soares, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Marcus Lopes, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro , Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60
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G O pacto militar Lula-Chávez não se
destina às finalidades que alega, mas apenas a prestar serviço ao globalismo, usando as forças militares nacionais como instrumento para a política anti-americana que é o item principal do cardápio globalista. Por Olavo de Carvalho
Chávez – materialização final de um eixo cuja existência a esquerda nacional inteira negava como "invencionice imperialista" (verifique na página www.olavodecarvalho.org/semana/ 040717globo.htm) – não se destina às finalidades que alega, mas apenas a prestar serviço ao globalismo, usando as forças militares nacionais como instrumento para a política anti-americana que é o item principal do cardápio globalista. Complementando magistralmente o lance, o Sistema Nacional de Mobilização (Sinamob) acena às Forças Armadas com a possibilidade de aumentos substanciais do orçamento militar à custa de desapropriações maciças que ameaçam transformar o país, do dia para a noite, em uma república socialista.
T
rata-se, evidentemente, de um plano integrado, abrangente e complexo, destinado a alcançar em breve tempo, e todos de uma vez, vários objetivos da revolução latino-americana: 1) Unificar militarmente Brasil e Venezuela. 2) Colocar as Forças Armadas nacionais a serviço da revolução continental. 3) Fortalecer o esquema globalista mediante a debilitação do seu principal adversário, o poder nacional americano. 4) Transformar legalmente a propriedade privada em concessão provisória do Estado, revogável ao menor sinal de ameaça à “segurança nacional”. Ignorando tudo dessa monstruosa iniciativa estratégica, muitos dos nossos liberais e conservadores preferem continuar com seus ataques minimalistas a detalhes fiscais e administrativos do governo petista, e acham que são temíveis.
À frente do Quirguistão ARNALDO NISKIER
E
Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio
SEU PREÇO
Monstruosa e A abrangente estratégia
TRECHO DO COMENTÁRIO ECONÔMICO DA MCM CONSULTORES WWW.MCMCONSULTORES.COM.BR
Presidente Alencar Burti
ROBERTO FENDT A ENERGIA E O
nquanto se discute de quem é a culpa pela baixa qualidade da educação brasileira, avaliada no exame internacional do Pisa, variando as versões entre os que vitimam os alunos, os professores, os pais e as escolas, um fato que mereceu notável destaque: descobriu-se o Quirguistão, país que bravamente superamos, na última olimpíada do conhecimento (ciências, matemática e leitura). Fica na Ásia Central, faz fronteira com o famoso Sin-kiang, que integrou a antiga União Soviética (era uma das suas quinze repúblicas). Tem uma população de cerca de cinco milhões de habitantes. A capital? Bishkek. Não houve quem deixasse de recorrer às melhores enciclopédias para se atualizar sobre o país que derrotamos, embora tenhamos ficado numa das últimas colocações das provas realizadas com a participação de alunos de 15 anos de idade, testando 57 países. O ministro da Educação, Fernando Haddad, aceitou convite para visitar a Academia Brasileira de Letras, onde debateu democraticamente com os imortais sobre a problemática que enfrentamos. Ouviu pacientemente as questões levantadas, anotou sugestões, co-
mo a volta da literatura brasileira aos currículos do ensino médio e a possível publicação de obras de grandes escritores – em edições populares – para uma farta distribuição às escolas públicas, com vistas à valorização do gosto pela leitura. Não deixou de registrar que seria uma boa idéia oferecer o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, produzido pela ABL, para figurar nas bibliotecas. G Na última olimpíada do
conhecimento, o Brasil ficou bravamente à frente do Quirguistão, país da Ásia Central, que tem 5 milhões de habitantes.
O
ministro disse que deseja estimular o pensamento reflexivo no espírito dos alunos e mandou reservar 1 bilhão de reais do orçamento de 2008 para aplicar em obras de escolha das próprias escolas. Inquirido sobre o que está ocorrendo com os livros didáticos, cuja operação é alvo de críticas da nossa sociedade, respondeu com veemência: "Querem que eu institua um
tribunal para censurar os livros. Isso não farei de jeito nenhum!" Manifestou desejo de cuidar melhor da capacitação de professores: "O sistema relegou essa prioridade ao quinto plano. Vamos tratar do assunto como uma carreira de Estado, sob responsabilidade do governo federal. Só assim poderemos dar melhor assistência, inclusive salarial, aos quase três milhões de professores que cuidam dos nossos 50 milhões de alunos". Foi aplaudido. O debate prosseguiu com a abordagem da questão da qualidade do ensino. O ministro Haddad revelou que há sinais de aperfeiçoamento nas tarefas de alfabetização, seguindo dados de 2003 e 2005. "A minha maior preocupação é o ensino médio, por isso estamos distribuindo livros gratuitos aos estudantes." É claro que concordamos que nada em educação se resolve da noite para o dia. Fernando Haddad não concorda com a demonização do ensino superior. "Devemos aperfeiçoá-lo e não destruílo." Prometeu intensa cooperação com a Casa de Machado de Assis. ARNALDO NISKIER É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS E PRESIDENTE DO CIEE/RJ ANISKIER@IG.COM.BR
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), através de seu diretorgeral Jerson Kelman, está defendendo uma campanha para redução do consumo de energia*. Propõe também um plano de contingência para um eventual racionamento. Embora afaste a iminência de um racionamento, a Aneel configura como altamente incerta a situação energética para 2009. Não há nenhuma indicação de que tenha sido cogitado deixar os preços das diversas fontes de energia refletir a escassez de água nos reservatórios ou de gás para alimentar as termoelétricas. Ao contrário, fala-se de "racionalizar" o consumo, o que, a julgar pelo radical do termo "racionalizar", se está falando de fato de racionar o consumo. Curiosamente, o governo insiste que os rumores constituem "exagero, delírio e catastrofismo". A probabilidade de racionamento em 2008 seria quase nula, no entender das autoridades. Com relação ao futuro, as perspectivas seriam ainda mais brilhantes: a oferta de gás estaria normalizada a partir de maio ou junho deste ano,
G Existe um
instrumento para resolver o problema de escassez e adequar demanda à oferta. A isso chama-se preço. afastando definitivamente o risco de um novo "apagão". Ora, é muito estranho que a Aneel esteja estudando alternativas para tornar demanda e oferta compatíveis, este ano e no próximo, e ao mesmo tempo outros manifestem total despreocupação com o problema.
M
ais estranho ainda é o fato de que não se tenha cogitado de deixar aos consumidores a tarefa de racionar a energia disponível. Existe um instrumento específico para resolver problemas de escassez e adequar demanda à oferta. Esse mecanismo chama-se preço. É utilizado há milhares de anos em todo o mundo com o intuito de restringir a demanda às quantidades disponíveis e incentivar o investimento em novas fontes de geração. O racionamento atua somente sobre a demanda, não incentivando o investimento que aumenta a oferta. Parece tolo precisar dizer isso, mas aparentemente essa obviedade não é tão óbvia como seria de desejar. * Jornal Folha de S. Paulo / Dinheiro, 09.01.08 ROBERTO FENDT É VICE-PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL
OPINIÃO - 3
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de janeiro de 2008
EMPREENDEDORES ACUMULARAM AÇÕES PARA UNIFICAR FÁBRICAS E CRIAR AS NOVAS CORPORAÇÕES
Brendan McDermid/Reuters
NEIL eu vaio lulla FERREIRA G O pregão de
MAZZAROPI BAIXOU NO JOÃOZINHO SALLES
Nova York: mercado de ações afastou-se dos objetivos iniciais, afirma autor
C
A origem da cultura especulativa Neste momento de turbulência na economia americana, professor revela em livro como teve início o mercado de ações nos EUA e discorre sobre a obsessão dos executivos pelos ganhos
Por Paulo Brito
N
o final dos anos 80, quando a inflação brasileira galopava a 1.600 ou 1.700% ao ano, os assalariados perdiam dinheiro a cada dia, os salários só eram reajustados no fim do mês, as mercadorias subiam de preço diariamente, e apesar desse furacão monetário os bancos faziam muito dinheiro. Comentava-se, nessa época, que os balanços da indústria mostravam mais lucro financeiro do que operacional. Em outras palavras: elas ganhavam mais aplicando seu dinheiro em operações financeiras de curto prazo (como o "overnight", por exemplo) do que com aquilo que era o objeto de seu contrato social. Na época, isso era considerado não apenas normal como saudável – e os gerentes financeiros valiam mais do que os engenheiros de chão-de-fábrica. No final das contas, era possível fazer mais dinheiro por meio da manipulação financeira do que pelo aperfeiçoamento dos negócios como as inovações em tecnologia, gerenciamento, distribuição e marketing. No caso brasileiro, a taxa de inflação escandalosamente alta foi responsável por ter empurrado o capital para essa direção, mas em The Speculation Economy - How Finance Triumphed Over Industry (editora Berrett-Koehler, 395 pág i n a s, U S $ 3 5 , 0 0 ) , o a u t o r Lawrence Mitchell mostra como isso começou a acontecer nos Estados Unidos, mesmo num tempo em que a inflação não era alta: foi quando nasceu o mercado de capitais, no início do século XX. Mitchell é professor de legisla-
ção de negócios na George Washington University, e já publicou outras obras dentro desse tema, incluindo Corporate Irresponsibility: America’s Newest Export e Progressive Corporate Law. Os acontecimentos relatados por Mitchell são diferentes na aparência, mas idênticos, na essência, ao que acontecia no Brasil: representam o movimento dos capitais deslocando-se, pela força da perspectiva de um lucro mais elevado, em direção a operações puramente financeiras – no caso do Brasil, eram feitas exclusivamente entre os bancos, enquanto que numa bolsa de valores eles são aplicados na compra de títulos (especialmente ações de empresas) na expectativa de que rendam lucros da operação no longo prazo. Durante quase um século, esse tipo de comportamento resultou no que ele chama de verdadeira obsessão dos poupadores e administradores de empresa americanos pelo preço das ações: alguns executivos foram capazes de colocar em risco as perspectivas de longo prazo de uma empresa só para não terem balanços trimestrais abaixo das previsões. Do contrário, qualquer oscilação poderia gerar noticiário adverso, inquietação nos acionistas, processos, cortes no orçamento, demissões e, em última análise, uma gigantesca perda do valor da empresa em bolsa. Esse é o cerne da obsessão dos executivos pelo valor das ações de uma companhia. O ponto de partida desse tipo de comportamento é a própria origem do mercado de ações,
que no início da década de 1920 deixou de fazer apenas a captação de fundos para a indústria e passou a criar negócios para si. A crítica do autor está justamente no fato de que esse mercado não deveria ter outra finalidade que não a inicial. E é a obsessão pelo valor dos títulos que acaba gerando problemas como o da falecida Enron, cujos balanços foram sendo sucessivamente alterados de forma ilegal para que não exibissem o verdadeiro estado da empresa, iludindo o mercado para que as ações não perdessem valor e, em consequência, para que ela não tivesse de interromper seu fluxo de captação de capital.
A
ntes do final do século XIX, o mercado dos Estados Unidos era formado por dezenas de milhares de fábricas e de empresas comerciais, cada uma com alcance geográfico limitado e geralmente administradas por um dos membros da família proprietária. Entre 1890 e 1910, no entanto, empreendedores como J.P. Morgan, John Gates e Henry Havemeyer usaram dinheiro emprestado ou ações acumuladas pouco-a-pouco para unificar milhares de fábricas sob novos arranjos chamados, a partir de então, de corporações. Para conseguir isso, esses financistas usaram intensivamente o recurso das ofertas públicas de ações, o que acabou resultando na transferência da propriedade (ou do controle) à nova classe de investidores americanos. Isso levou a uma mudança
de visão do público em relação ao mercado acionário, às bolsas de valores e naturalmente ao risco das operações. Até então, o pequeno número de investidores tratava as ações mais ou menos como tratava os bônus, dando preferência àquelas que tinham como lastro empresas grandes e sólidas (ao menos na aparência), com grande quantidade de imobilizado, e um fluxo de dividendos tão firme quanto contínuo. Mas uma avalanche de histórias de sucesso publicadas nos jornais mudou esse comportamento e acelerou o nascimento da cultura especulativa da qual trata a obra.
P
or mais que ela seja uma crítica, a verdade é que o sistema funciona bastante bem: os empreendimentos nos Estados Unidos baseiam-se fortemente em capitalização por meio de ações, as bolsas operam com grande vigor, influenciam mercados no mundo inteiro, e o governo tem controles muito rígidos sobre as operações. O que não impede o surgimento de falcatruas como a da Enron e dos seus auditores. Mas felizmente isso continua sendo uma exceção: hoje, aplicar em bolsa é um investimento respeitável tanto para os cidadãos americanos quanto para os brasileiros. Mesmo que ele contenha, afinal de contas, um risco como o dos jogos de azar.
PAULO BRITO É JORNALISTA E CONSULTOR DE EMPRESAS PB@MANDIC.COM
AFP
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Livro conta que alguns executivos foram capazes de colocar em risco as perspectivas de longo prazo de uma empresa só para não terem balanços trimestrais abaixo das previsões. Qualquer oscilação poderia gerar noticiário adverso.
om seu cultivado sotaque de Mazzaropi, zé dirceu falou que não falou o que falou para a revista Piauí e virou chanchada. Tome desmentido do zé dirceu, quem manda se meter com o guerrilheiro "daniel", safo de arriscada missão clandestina como pequeno negociante treinado em Cuba. Ainda se fosse a New Yorker. Mas é a Piauí, agüenta. Já que não se pode escolher a dedo fino nome, escolham-se finas estampas, presenças que enobreçam o espaço editorial . Joãozinho Salles, rico por herança, intelectual de apurada educação e ótimo cineasta por formação, é zelite de nascença. Seus documentários estão entre os melhores do cinema brasileiro. Notícias de uma Guerra Particular, de 1.999, corajosa revelação do submundo do narcotráfico, é o melhor, na minha modesta opinião. Entreatos é uma elegia ao lulla, gravado durante a campanha de 2002. Veio na crista do tsunami lullista, quando aplaudia-se lulla até pelos palavrões que emitia, pontilhando sua sintaxe grosseira com imagens que fariam corar um "frei" betto de pedra. O sal da terra dos alto, médio e baixo cleros lullistas. Mesmo lullistas laicos salivam quando lulla os abençoa com sonoros e gordos palavrões, pesados e cabeludos. Confirma a Chauí, catedrática da USP , que filosofou o emblema da Cultura Nos Tempos do Lulla: "Quando lulla fala o país se ilumina". Novilíngua: Inguinorançça é Çaber. Ao colocar "Piauí" no estúdio, Joãozinho foi um Spielberg, que nunca insinuou que qualquer obra dele fosse d´auteur, como sempre quis a frescura cinematográfica francêsa. De Duel para cá, em visitas a Jaws, Close Encounters, ET, Munich, Schindler, foi tudo obra do time, o diretor no set é tão importante quanto o diretor de fotografia, o editor, o cara que coloca o filme na câmera, ou o mais modesto figurante. O editor de Citizen Kane, melhor filme de todos os tempos, Robert Wise, mais tarde dirigiria West Side Story. Joãozinho e time garimpam a cada mês uma obra cult do texto. Juntam-se as palavras, como os frames juntam-se na sua mágica para compor as obras-primas que amamos no cinema. As palavras interligam-se umas às outras em períodos, parágrafos, linhas, páginas, cada qual mais de lamber-se os dedos que as outras. Piauí, gueixa pronta para o conúbio tão ansiado com o leitor que a irá desnudar, amadurece sob os olhos atentos de old pros,
G Zé dirceu falou que
não falou o que falou para a revista Piauí e virou chanchada. Tome desmentido do zé dirceu, quem manda se meter com o guerrilheiro daniel.
experientes cafetinas que sabem tudo da arte _ tudo e mais um pouco. Time no ponto de bala, Joãozinho recebe o gênio de Chaplin ou Welles. Na entrevista com FHC, Joãozinho/Welles/Chaplin apita o pênalti, arruma a bola, ele mesmo grita "and Action!", ele mesmo chuta – e gol! Pênalti é tão importante que quem chuta é o dono do time. Repercussão merecida, aquela Piauí mais que um presidente, devolveu-nos um estadista. Eu era feliz e sabia.
B
aixou o Mazzaropi no Joãozinho. Chamar a fina platéia da Piauí para assistir zé dirceu depois do FHC, bateu febre de populismo em alguém. Não que zé dirceu seja pobrinho, até é (novo) rico demais. Só anda de jatinho, bebe Romanée Conti de 7 mil pratas a garrafa, fuma charuto cubano de 30 dólares, veste roupas e calçados de grife. Mas manca qual´cosa, tem a elegância cara e torta do mafioso rico e malajambrado da Baixa Manhattan. Não é fino. Parvenu. Pregou em território hostil pela repercussão, obteve-a. Mandou torpedo mortal às fuças da ex-assaltante dilma, sua aliada. Obrou obra-de-arte em ensurdecedor elogio ao Serra, seu adversário. Gritou "Cinema !" no meio de um incêndio lotado e ficou por isso mesmo. Aí, desmentiu tudo, melou a Piauí e leitores. Como a vida inteira disse, lulla sempre sabe de tudo que faz, zé dirceu deve-nos uma sessão com Holmes e Poirot no mínimo, para ajudar-nos a adivinhar a quem interessa o crime. (suplicy é flagrado, furtivo, sobraçando uma Piauí disfarçada da Playboy com a Mônica do renan na capa, o mistério aumenta). SÓ TEM BANDIDO NESSE FILME.
NEIL EU VAIO LULLA FERREIRA É PUBLICITÁRIO NEILFERREI@GMAIL.COM
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Nacional Finanças Empresas Imóveis
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ONDA DE MAU GOSTO EM CAMPANHAS BRASILEIRAS
5,04
por cento foi a inflação para a população idosa em 2007, o patamar mais alto em dois anos.
Marcio Madeira/Divulgação
É ELA DE NOVO. GISELE.
Q
uer mídia gratuita? Espaço nobre e garantido em jornais, revistas, emissoras de rádio e televisão, internet e até blogs? Simples: contrate Gisele Bündchen. Tanto faz se em reais, dólares ou euros. A moça vale o que pede. O rendimento ultrapassa o das bolsas de valores, e fica acima de 150%. Tanto melhor que o espaço garantido por ela ao anunciante é o editorial, com muito mais credibilidade – isso é, com a assinatura do veículo. Pode parecer brincadeira. Não é. A fórmula é parte de uma estratégia simples, rápida e eficaz de marketing, especialmente quando o assunto em questão são as passarelas da moda. A Colcci tem conquistado esse espaço na mídia com Gisele, independentemente das roupas caras e sem graças da grife. E, como era de se esperar, foi isso o que aconteceu na última terça-feira, quando ela brilhou na Fashion Rio e invadiu os meios de comunicação no mesmo dia e no seguinte, ganhando espaço nobre e generoso – mais até do que ocupa aqui, nessa coluna. A fórmula tem rendido resultados. Então, essa ferramenta é acionada inúmeras vezes e parece não se desgastar. Mas revela a apatia dos publicitários em relação ao novo e também a pobreza de idéias do mundo no qual vivemos hoje. Uma pobreza de idéias tão grande que se estampa em campanhas de mau gosto, veiculadas neste início de ano. É o caso, por exemplo, da distribuidora de veículos Ford Costa Sul. No último sábado, ela publicou
anúncio na "Tribuna de Santos", convidando o consumidor para uma grande queima de carros. Até aí, tudo bem. O comércio está em fase de ofertas. Mas qual era a ilustração da brilhante peça? Águas-vivas. Isso mesmo: as águas-vivas que deixaram um rastro de graves queimaduras no litoral santista, especialmente na Praia Grande. E esse tipo de estratégia não tem a menor graça. Divulgação
Madeixas de Gere no ar
O mau gosto, porém, não se resume a anúncio publicado em jornal fora dos grandes centros, apesar de Santos ser cidade de importância no Estado de São Paulo. Vai além. Bastou a TV Globo colocar no ar, na última terça-feira, a oitava edição do Big Brother Brasil para os anunciantes se nivelarem àquilo que se espera Envie informações para essa coluna para o e-mail: carlosfranco@revista publicitta. com.br
dos participantes dessa atração da maior emissora brasileira. A Coca-Cola passou a veicular campanha criada pela Wieden+Kennedy, com tradução da McCann-Erickson, e dublagem de Miguel Falabella, Evandro Mesquita e Chorão (Charles Bown Jr.). A pobreza de diálogos é impressionante. Envolve um olho e duas línguas que insistem em tomar Coca-Cola. O olho garante setratar da Coca-Cola Zero. Tudo para falar do sabor do produto. Pior ainda são as aparições da Assolan. A turma da MPM, onde trabalha o criativo Aaron Sutton, é capaz de fazer algo bem melhor. Há até quem aposte ser aquilo coisa do próprio cliente. Pode até ser, mas revela que a publicidade está paupérrima neste início de ano. E nem adianta a fabricante de cosméticos Niely escalar, para comerciais no mesmo BBB8, o brilhante e antenado astro Richard Gere para fazer par com Carolina Ferraz – se sentindo a própria linda mulher. O comercial também é revelador dessa pobreza de idéias como se diretores de agência tivessem sido acometidos pela síndrome do siri, que tem caracterizado o BBB, e tomado a decisão coletiva de andar de lado, mesmo querendo ir para a frente. Então, pode estar certo um publicitário. Ele me garantiu que, nos dias de hoje, vale mais a aparência. O conteúdo não importa. E quando nem a aparência salva algumas campanhas, surge Gisele. Esqueça conteúdo. Ela funciona. E antes Gisele que as tragédias que nos cercam.
GISELE Bündchen empresta glamour à fraca coleção da Colcci no Fashion Rio outono-inverno 2008 Divulgação
ABSURDO DOURADO NA AVENIDA
U
m vestido de R$ 800 mil. Todo em ganha salário mínimo. Pior: não tem nada a ver com o esouro. É isso o que a atriz, ex-BBB, Grazielle Massafera deverá usar no des- pírito do carnaval, ocasião em que o file da Grande Rio, escola do primeiro ti- pobre vira rei e enche de alegria as me do carnaval carioca. ruas. Esse é o tipo de marketing de Tudo bem. A idéia não foi da moça. mau gosto. Mais lamentável ainda: é Tanto pior que seja essa gente simples, que ganha salário míparte de uma estraténio, que dá brilho à gia de marketing para Grande Rio, escola de promover a AngloDuque de Caxias, pela Gold Ashanti, gigante qual desfila. da mineração e das Faltou bom senso. jóias em ouro. O vestido criado peSobrou ouro. Esse tipo de estratélo estilista Victor Dzenk pesa sete quigia, que visa a mídia gratuita, pode, como los. Seu valor corresponde hoje, acredite, a neste caso, criar constrangimento. Publici10 anos de vencimendade é para profissiotos, férias e décimo nais, não para amadoterceiro de um trabaGrazielle Massafera res de plantão. lhador brasileiro que
Volta às aulas versus web
MEIGUICE
A
agência Talent aproveita o início das compras escolares para veicular campanha para a Tilibra, que lança novos cadernos. E dá um pito na garotada que está trocando o papel pela web.
MOVIMENTADAS fluxo de veículos nas O rodovias que cobram pedágios no País foi recorde Ó RBITA Crescimento A produção de alumínio somou 1,65 milhão de toneladas em 2007, 3,1% a mais do que em 2006.
no ano passado. Aumentou 6,2% em 2007 em relação a 2006, com alta de 6,5% no movimento de veículos leves e de 5,5% no de pesados. A taxa é a maior da série histórica do Índice ABCR de Atividade, que começou a ser divulgado em 1999. (AE)
PERIGO DE ESCRAVIDÃO NO CAMPO legalidade desses contratos. medida provisória (MP) "Alguns empregadores que suspende a exigência A podem colocar os contratos de assinatura da carteira de trabalho para bóias-frias que atuem por até dois meses em colheitas abre brechas para o trabalho escravo no campo. A avaliação é do procurador do Ministério Público do Trabalho, Jonas Ratier Moreno. O principal problema, diz ele, é a falta de estrutura para fiscalizar a
na gaveta e retirá-los somente quando o fiscal chegar, alegando que o funcionário foi contratado recentemente". O procurador do Ministério Público criticou ainda o apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) à medida provisória. (AB)
FIPE MANTÉM PROJEÇÃO PARA O ANO coordenador do Índice O de Preços ao Consumidor (IPC) da
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) da Universidade de São Paulo, Márcio Nakane, manteve sua projeção de que a inflação em 2008 na cidade de São Paulo ficará em 4%. Para o cálculo, ele havia considerado alta de 0,66% para o índice em janeiro, mas ontem elevou sua estimativa
para o período, para 0,85%. "Talvez seja o caso de revisar este número após a primeira divulgação fechada de 2008." Nakane acredita que a demanda continuará aquecida, ainda por conta do aumento do crédito, do emprego e da renda, e que o governo estará atento aos preços. "Não podemos esquecer que o governo pode até decidir elevar os juros para conter a inflação." (AE)
INFLAÇÃO DO IDOSO DISPARA inflação para a dos preços dos alimentos no população idosa (com ano passado teve impacto A mais de 60 anos) registrou, em significativo no orçamento 2007, o mais elevado patamar em dois anos. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i) subiu 5,04% – a mais forte alta desde 2004, quando havia apresentado elevação de 6,58%. O economista da FGV André Braz disse que a alta
familiar do idoso. "O grupo alimentação é o que mais pesa no cálculo do IPC-3i", disse, lembrando que os idosos gastam mais com alimentos do que a média da população. Entre os alimentos, o destaque de alta ficou com o feijão carioquinha, que subiu 128,48% no ano passado no âmbito do IPC-3i. (AE)
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Reuters
Basquete Vôlei Fórmula 1 Tênis
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segunda-feira, 14 de janeiro de 2008 AFP
Será uma disputa dura entre Ferrari e McLaren, mas BMW e Renault podem entrar na briga.” Michael Schumacher
EQUIPES INICIAM HOJE TESTES EM JEREZ
ACABOU A FOLGA
A
temporada 2008 da Fórmula 1 só começ a e m m a rç o , n a Austrália, mas o trabalho das equipes já começou. A Ferrari apresentou na semana passada o F-2008, seu novo carro, botou Kimi Raikkonen para correr e depois fez alguns dias de festa na estação de esqui de Madonna di Campiglio, com direito a demonstrações até que razoáveis de Felipe Massa ao esqui. A partir de hoje, porém, é trabalho duro: nove das 11 equipes irão à
Eduardo Mendes/AE
Depois das férias de fim de ano, muito trabalho duro espera Felipe Massa e Nelsinho Piquet na preparação para a temporada da Fórmula 1, que terá, entre as novidades de 2008, o fim do controle de tração e a primeira corrida noturna. Hoje, as equipes se encontram para testes coletivos em Jerez, na Espanha
pista hoje em Jerez de la Frontera para os primeiros testes coletivos do ano - apenas a Honda e a BMW não darão as caras na pista espanhola. Será o primeiro dia em que Nelsinho Piquet guiará uma Renault como piloto titular da escuderia francesa - piloto de testes em 2007, ele foi anunciado em dezembro como o companheiro de Fernando Alonso, que deve pilotar amanhã. Vai dividir a pista com Raikkonen, Massa e os pilotos de teste da McLaren, Pedro de la Rosa e
Gary Paffett - Lewis Hamilton e Heikki Kovalainen também só aparecem amanhã. É o novo carro da McLaren, aliás, o maior centro de polêmica até agora. Apresentado na última terça-feira, ele já foi testado em Jerez, durante a semana passada, e chamado de “Ferrari prateada” pelo presidente da equipe italiana, Luca di Montezemolo, numa clara referência ao escândalo de espionagem do ano passado, que eliminou a McLaren do Mundial de Construtores.
“Nosso carro é muito bom e ainda tem muito a evoluir”, disse um empolgado Hamilton após os testes da semana passada. Ele sabe que também estará em teste: revelação na temporada passada, ele terá de provar que não se abalou com os erros nos últimos GPs do ano, na China e no Brasil, que lhe tiraram o título mundial, além de mostrar que pode liderar a equipe, depois de ser apenas a “sombra” de Alonso. O espanhol, por sua vez, tem a missão de reerguer a Renault,
que viveu um péssimo ano em 2007, com apenas um pódio. Terá novamente a seu lado um novato, Nelsinho Piquet, que chegou prometendo dar trabalho e com um sobrenome de peso. “Meu filho não vai ser segundo piloto de ninguém”, já avisou Nelson pai, dono de três títulos mundiais. Massa, por sua vez, encara a dura realidade de pilotar o carro número 2 e dividir os boxes com o campeão mundial - ainda que a Ferrari prometa tratamento igual aos dois pilotos.
“Não me importo se sou o número 1, só quero saber de acelerar”, avisa Raikkonen, pronto para o bi. Os carros, à parte os elogios, darão mais trabalho: sem o controle eletrônico de tração, devem voltar as derrapadas e saídas de traseira que encantam os torcedores e facilitam as ultrapassagens. Em setembro, a pista de Cingapura receberá a primeira corrida noturna da história da categoria. A promessa é de um ano quente, dentro e fora das pistas.
Darren Whiteside/Reuters
Federer sob pressão om as iniciais “RF” estilizadas no boné, Roger Federer fez ontem sua primeira aparição em público no Aberto da Austrália, para a tradicional entrevista do campeão. Ele chegou com o objetivo de conquistar seu quarto título em Melbourne, e o 13º Grand Slam, mas admitiu que vai ter dificuldades nos primeiros jogos, pois ainda não atuou neste ano - ficou de fora de um torneio de exibição por causa de uma virose adquirida durante os treinos no Catar. A estréia será na madrugada de hoje para amanhã, diante
C
Sem ritmo de jogo, suíço joga sob o risco de perder o primeiro lugar no ranking mundial
do argentino Diego Hartfield, número 107 do ranking. “Estou fisicamente muito bem, 100% recuperado, mas não há dúvidas de que tive uma preparação diferente”, explicou o suíço, que lidera o ranking há 4 anos, desde que venceu pela primeira vez na Austrália, e vê a posição em risco: se cair antes das semifinais, cairá se Rafael Nadal for campeão. Confiante, Federer assumiu a responsabilidade de favorito e vê boas perspectivas de repetir uma boa campanha, apesar da mudança no piso das quadras de Melbourne Park. “A quadra ficou um pouco mais lenta, mas gostei da alteração da cor de verde para azul, é mais simpática. Só espero que
os organizadores não mudem mais o piso”, alfinetou. Também ontem, Federer anunciou que fará mais um jogo de exibição contra a lenda Pete Sampras, que se aposentou em 2003. No fim de 2007 eles fizeram três jogos na Ásia (duas vitórias de Federer), e agora o desafio será no Madison Square Garden, em Nova York. “É um sonho jogar ali, onde há tempo não acontecem jogos de tênis”, explicou o número 1. A data não foi marcada, mas pode ser em março, quando há dois Masters Series nos Estados Unidos. Federer diz que não perderá a chance de enfrentar de novo o ídolo. “Nunca se sabe quando a oportunidade pode surgir.”
Fatih Saribas/Reuters
PEDRA NO CAMINHO – O levantador Nicola Grbic comemora a
classificação da Sérvia para a Olimpíada de Pequim, após vitória por 3 a 2 sobre a Espanha, de virada, ontem, no Pré-Olimpico Europeu. É um adversário que vai dar trabalho para o time de Bernardinho.
Wander Roberto/CBB/01.09.2007
A nova luta de Nenê N
enê vive mais um desafio em uma carreira marcada por pioneirismo e percalços. O pivô do Denver Nuggets foi afastado do time na sexta-feira por “motivos médicos” e será submetido amanhã a uma cirurgia, nos Estados Unidos, cujo motivo não foi divulgado pelo clube “a pedido do jogador”. A bomba atingiu em cheio a cidade de São Carlos, onde Nenê nasceu e deu os primeiros arremessos. Seu primeiro técnico, Nivaldo Meneghelli Jr., diz que não sabe do que se trata. “Só nos falamos quando ele está aqui”, contou o treinador. “Nossos pensamentos e orações estão com Nenê e sua família”, afirmou o técnico do Denver, George Karl. “O basquete é só fantasia, o mais importante agora é Nenê colocar sua vida em primeiro lugar”, disse o pivô Marcus Camby, um dos astros do time. Nenê abriu as portas da NBA para a atual geração de brasilei-
ros, ao trocar o Vasco pela liga norte-americana em 2003. No ano seguinte, afastou-se da seleção brasileira por não concordar com os métodos de trabalho voltou apenas neste ano, mas mesmo com ele o Brasil mais uma vez foi eliminado no PréOlímpico, e ele ainda se contundiu, no jogo decisivo contra a Argentina. De volta ao Denver, sofreu nova lesão, no polegar esquerdo, que o tirou de 22 jogos na temporada - em 12 partidas, atuou em média 19 minutos, 6,4 pontos e 6,4 rebotes. Na internet, mesmo sem saber qual é a doença misteriosa de Nenê, os torcedores encheram seu site oficial e várias comunidades no orkut com mensagens de apoio. O Denver Nugets também abriu uma seção para que os fãs deixem seu recado ao craque brasileiro. Para mandar uma mensagem ao jogador Nenê, acesse: http://www.nene31.com.br http://www.nba.com/nuggets
Pivô brasileiro será submetido amanhã a uma cirurgia nos EUA
DIÁRIO DO COMÉRCIO
DCARR São Paulo, 14 de janeiro de 2008
Na página 8, o mapa mostrando onde usar álcool ou gasolina no Brasil inteiro. Nº 203
Divulgação
SEDANS DE LUXO
Vem aí o Fiat Linea PÁGINAS 4 E 5
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DCARRO
São Paulo, segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
Ilumine sua segurança oucos sabem qual é a efetiva importância da luz para os veículos, uma das grandes paixões dos brasileiros. Poucos sabem dizer, por exemplo, porque as lâmpadas automotivas param de funcionar ou, então, porque sempre devemos trocá-las aos pares. Só que o conjunto dessas informações é essencial para que se tenha uma iluminação adequada, capaz de previnir acidentes de trânsito tanto nas ruas como nas avenidas e rodovias, sempre cheias nas férias. Quando a lâmpada de um dos faróis queima, o ideal é que se faça a troca da outra também. Isso porque esses produtos passam pelo mesmo processo de fabricação, com os mesmos materiais e equipamentos, o que significa que têm o mesmo tempo de vida útil. Com pequenas atitudes, como este 'adiantamento' da troca de lâmpadas, você economiza tempo e dinheiro e, consequentemente, não precisa interromper seus compromissos por problemas técnicos. As lâmpadas dos automóveis param de funcionar devido à uma ruptura que pode ocorrer no filamento e que é provocada pelo desgaste natural do produto. Além desse, existem outros fatores que podem gerar sua queima, como por exemplo o uso
de produtos de má qualidade, que possuem uma vida útil menor que a especificada nas normas, filamento com posicionamento irregular, mau contato entre a lâmpada e o soquete, vibrações e choques mecânicos acima do especificado, entre outros eventuais problemas . A escolha de um produto de alta qualidade é essencial para o melhor funcionamento do seu veículo e para a sua segurança também. As lâmpadas de má qualidade não possuem homologação por não atenderem às especificações técnicas e, além dos problemas já citados, podem provocar alto índice de ofuscamento, o que é uma ameaça para o motorista que vem em sentido contrário na estrada, por exemplo. Além disso, sua potência é fora do padrão oficial, o que ocasiona um aumento da corrente elétrica e gera um superaquecimento, podendo, inclusive, causar uma pane total do sistema elétrico do veículo. Quando se trata de automóveis e seus componentes os detalhes são importantes e devem ser levados a sério! Afinal, todo cuidado é pouco quando o assunto é segurança que preserva a vida.
Presidente Alencar Burti
Chefe de Reportagem Arthur Rosa Editor de Fotografia Alex Ribeiro
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índice
FORA DE ESTRADA - 3 As impressões de quem se aventura em um Tracker da GM: um jipe valente, simpático e "malandro".
FIAT LINEA - 4 e 5 Chega no final do primeiro semestre ao Brasil o sedan Linea da Fiat para brigar com vários fortes concorrentes.
Cirilo Moscatelli, gerente Nacional de Vendas da Osram
MERCADO - 6 Com aumento nas vendas superior a 40%, Renault e Citroën foram as montadoras que mais cresceram no Brasil, em 2007.
SALÃO DE DETROIT - 7 O carro-conceito Cadillac Provoq tem autonomia de 483 km com uma única carga de hidrogênio.
COMBUSTÍVEL - 8 Consumidores que optaram pelo álcool durante o ano de 2007 economizaram muito mais que os usuários de gasolina.
Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editor chicolelis chicolelis@dcomercio.com.br Repórteres Alzira Rodrigues alzira@dcomercio.com.br Anderson Cavalcante acavalcante@dcomercio.com.br
Editor de Arte José Coelho Diagramação Lino Fernandes Ilustração Abê / Céllus / Jair Soares Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Impressão S/A O Estado de S. Paulo www.dcomercio.com.br/dcarro
Economia
LENTA MATURAÇÃO
O retorno do investimento em loja da rede Óticas Carol na capital ocorre em até 28 meses. Página E3
MIMOS PARA OS ACIONISTAS
CAIXA 1 O seu consultor financeiro
Atentas ao crescimento do mercado, empresas abertas tentam manter investidor. Página E4. 1
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
DEIXAR COMPRAS DE DEZEMBRO PARA JANEIRO PODE COMPENSAR
Quem espera as liqüidações paga menos
Fotos: Fábio D'Castro/Hype
Sonaira San Pedro
D
Seu consultor em ações
A
Volatilidade deve continuar
volatilidade registrada nos mercados financeiros na semana passada deve continuar por enquanto. Isso porque, mais uma vez, a possibilidade de recessão na economia americana e a ansiedade dos investidores em torno da divulgação de balanços de grandes empresas e de bancos no país deixam os aplicadores cautelosos. "Este ano começou bem mais complicado que 2007", diz o gerente de Operações da Novinvest Corretora , Ricardo Rodrigues. "É preciso que o investidor tenha cuidado na escolha dos papéis e paciência
para suportar os altos e baixos da bolsa", acrescenta. A pedido do Diário do Comércio, ele listou as cinco empresas que considera as melhores oportunidades: Vale do Rio Doce, Bradesco, Petrobras, Unibanco e ALL-América Latina Logística. "Recomendo a compra de ações preferenciais, apesar de as ordinárias darem direito a voto aos acionistas", afirma Rodrigues. "Os papéis preferenciais têm maior liquidez no mercado. No caso das ações ordinárias, é preciso ser grande acionista para fazer valer seu voto em uma decisão importante da empresa."
Nesta semana, mesmo com mercado volátil, o especialista diz que notícias sobre o provável corte de juros a ser anunciado pelo Fed (Federal Reserve, o banco central americano), no final deste mês, devem animar os investidores. "O mercado espera corte de 0,25 a 0,5 ponto percentual nos juros, como tentativa de reaquecer rapidamente os investimentos e o consumo nos Estados Unidos", observa Rodrigues. "O investidor deve esperar os efeitos dessa medida e também do novo pacote fiscal de incentivo ao consumo divulgado pelo governo do país."
Com planejamento, é possível fazer bons negócios nos saldões.
cia. "Mas não é porque um campo de futebol está barato que você precisa levar o Maracanã inteiro para casa." Planejamento — A recomendação é que, antes de comprar, o consumidor analise com cuidado seu fluxo financeiro para saber se as compras de Natal e os compromissos que vencem em janeiro, como impostos anuais e despesas escolares, já não sufocaram o orçamento. Depois disso, é preciso fazer uma lista dos itens realmente necessários. "Essa é uma maneira de evitar que seu guarda-roupa fique cheio de peças que nunca sairão de lá", afirmou o planejador financeiro pessoal Fabiano Calil. Ele citou o exemplo de uma amiga que aproveitou um saldão para comprar bolsas de grife. Ela conseguiu até 60% de desconto nos modelos. Mas, quando chegou a fatura do cartão de crédito, teve de usar o limite do cheque especial para fazer o pagamento mínimo e assumiu os juros de 12% ao mês do cartão de crédito e 8% do li-
Vitagua
11
mite bancário. "Depois de três meses, com as altas taxas se acumulando, ela fez um empréstimo pessoal para quitar o cartão de crédito e o cheque especial, mas acabou entrando de novo no vermelho para pagar o novo empréstimo. As contas evoluíram como bola de neve", disse. "É por isso que a organização da vida financeira é primordial para um dia-a-dia mais tranqüilo", afirmou. Na hora da compra, é importante considerar se a loja permite a troca de peças em promoção. Se o consumidor aceitar levar para casa produtos com pequenos defeitos, normalmente não vai poder reclamar depois. Por isso, a loja deve listar os problemas da mercadoria já na nota fiscal. De acordo com o Procon, quaisquer problemas não descritos na nota fiscal garantem ao consumidor o direito de reclamar e trocar o produto por outro igual ou abater do preço um valor proporcional. E até mesmo resgatar as quantias pagas, com correção monetária. DC
A auxiliar administrativa Fernanda Lopes não quis começar mais um ano no vermelho: esperou as promoções.
e olho nos tradicionais descontos, saldões e liqüidações de janeiro, a auxiliar administrativa Fernanda Lopes decidiu não comprar nada em dezembro. Ela poupou o 13° salário e esperou o ano virar para levar para casa os eletrodomésticos de que precisava: geladeira, cafeteira e liqüidificador. Fernanda só precisou de um pouco de paciência para economizar 50% no que gastaria com as compras. O dinheiro poupado agora vai pagar o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e a matrícula da escola do filho, que vencem neste mês. "Depois de começar alguns anos já com o orçamento estourado, aprendi a esperar janeiro para comprar pagando menos", disse. Segundo Fernanda, esperar pelas liqüidações tem ainda outra função: avaliar se a compra é realmente necessária. "Muita coisa que adquiri em promoções nunca usei. Mas, com o tempo, aprendi que qualquer preço que se pague por algo que você nunca vai usar é alto demais." Ela tem razão, de acordo com especialistas em finanças pessoais. Muitas pessoas acabam se deixando envolver pelos descontos anunciados e levam para casa produtos que ficarão esquecidos no fundo do baú por muito tempo — e ainda ficam endividadas. "Nesses períodos de promoções, o consumidor pode conseguir descontos de até 70% em roupas ou eletrodomésticos", disse o professor de Economia da Faculdade Getúlio Vargas e autor do livro "Como fazer orçamento familiar", Fábio Gallo Gar-
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São Paulo, segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
DCARRO
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EXPERIÊNCIA Cyra de Araújo Moreira
No lugar dos cavalos, um
4x4
Habituada a lidar com telas e pincéis, a artista plástica Cyra de Araújo Moreira rodou 1.500 km com o Tracker, incluindo cidade, estrada, mato e lama. E gostou.
O
Tracker subiu o pasto de capim alto, morro acima, como se estivesse no asfalto. - Malandro ele, né? - comentou animado, sobre o jipe Chevrolet, o administrador da fazenda. Se o “malandro” do administrador for o mesmo de “valente”, eu concordo. O carro é valente e simpático. Atravessou os pastos da fazenda. Alguns em áreas superíngremes e acidentadas e carreadores (caminhos) com lama, sem problemas. Fiquei surpresa e animada com a possibilidade de percorrer todo o pasto, o que teria sido impossível a cavalo, no tempo disponível.
FALANDO TECNICAMENTE Custando R$ 60.990, o Tracker oferece uma boa relação custo/benefício. O motor é um 2.0 litros, 16 válvulas, a gasolina, com 128 cavalos, com máxima de 168 km/h. Possui sistema de tração 4x4 com reduzida. Faz, segundo a GM, 10,1 km/l na cidade, 11,5 km/l na estrada. Vendido em versão única, vem equipado com ar-condiiconado, ABS e EBD.
Tudo que tinha direito - Tive a chance de usar os três tipos de tração das rodas disponíveis no carro. Fomos e voltamos pela fazenda cheia de lama na maior tranqüilidade. Fiquei de novo surpresa. O Tracker não é um “jipão”, quero dizer, o tamanho dele é médio, normal. Antes da viagem, ainda na cidade, em São Paulo, onde trafegar com veículos muito grandes e altos não combina com o trânsito de metrópole, o veículo (vindo da Argentina ele é igual ao Suzuki Vitara, modelo anterior) não incomodou. É fácil encontrar uma
vaga para ele, por dentro é espaçoso e confortável. Os bancos têm ajustes de altura e distância automáticos. O porta-malas é grande e, com os bancos traseiros deitados, é ainda melhor. Tem teto solar e um arcondicionado que enfrentou bem o calor de quase 40°C. Minha filha adorou a inclinação do banco do passageiro dianteiro e, segundo ela, me esperou por alguns minutos “deitada como na minha cama!” Mas é preciso lembrar, sempre, que ninguém deve usar o banco reclinado, com o veículo em movimento. Em caso de freadas bruscas ou colisões, a pessoa pode ser enforcada como aconteceu com o jogador Dener. Bom de campo e bom de cidade, o Tracker não é tão esperto quando se pega uma estrada aberta, que recebe muitas correntes de ventos laterais, como a Castelo Branco. Senti que dirigia um jipe. Um veículo que joga um tremendo charme. Por onde passa todos olham. Na rua e nos estacionamentos ele chama a atenção das pessoas. Mesmo com cara esportiva e de aventuras, o visual não é agressivo. Ele é bonito, bom e na medida certa.
Sobre quatro rodas a visita demorou menos do que seria feita usando-se o transporte comum na fazenda: o cavalo. E tudo com conforto do arcondicionado e a força do 4x4.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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Indicadores Econômicos
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
0,74
11/1/2008
por cento foi a inflação em dezembro, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
DC
COMÉRCIO
Informe Publicitário FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Fundo
Posição em
P. L. do Fundo
Empresarial LP
09/01/2008
27.588.179,75
Esher LP Hope LP JCP-SUL LP Master Recebíveis LP Milligan LP Múltiplo LP Odyssey LP Prospecta LP Redfactor LP Valecred LP
09/01/2008 09/01/2008 09/01/2008 09/01/2008 09/01/2008 09/01/2008 09/01/2008 09/01/2008 09/01/2008 09/01/2008
22.128.776,35 14.512.806,80 1.970.492,34 2.071.954,72 50.000,00 16.804.858,05 494.705,96 1.491.166,09 13.137.689,87 5.298.144,46
Tipo Subordinada Sr 1ª emissão Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Sub - Classe A
Vlr Cota Sub 1.698,261781 782,447070 1.156,013654 1.295,354643 1.143,464189 1.290,209489 1.000,000000 1.548,552608 989,411920 967,006441 1.206,906211 1.046,803998
% rent. mês 1,4877% 0,2761% 3,3863% 0,4723% 0,6202% -2,9227% 0,0000% 0,1523% -0,7776% 1,5903% -0,5152% 0,3012%
% ano 1,49% 0,28% 3,39% 0,47% 0,62% -2,96% 0,00% 0,15% -0,78% 1,59% -0,52% 0,30%
Tipo Sr 2ª emissão Sr 3ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sub - Classe B
Vlr Cota Sr 1.047,379892 1.017,455723 1.037,468200 1.077,048980 1.033,463520 1.292,945498 1.020,885502 1.050,471360 273,063231
% rent. mês 0,2886% 0,2886% 0,2761% 0,2811% 0,2635% 0,2761% 0,2886% 0,2886% 1,0304%
% ano 0,29% 0,29% 0,28% 0,28% 0,26% 0,28% 0,29% 0,29% 1,03%
rating A+(Austin) BBB(Austin) AA-(Austin) AA-(Austin) A+(Austin) A (Austin) A+(Austin) A- (Austin) A- (Austin) AA(Austin) A(Austin)
DCARRO
São Paulo, segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
São Paulo, segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
DCARRO
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A Fiat chega ao luxo
Linea
Divulgação
SEDANS
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T
A Fiat vai entrar no segmento dos sedans médios de luxo. E vem com o Linea, que já faz grande sucesso no exterior.
Novo modelo da Fiat vai acirrar a disputa no já concorrido segmento de sedans de luxo
endo como base o novo Fiat Punto, do qual tem semelhança e a plataforma esticada, chega neste primeiro semestre ao mercado brasileiro o Linea, que já é produzido na Turquia e atende mercados como Rússia, Índia e alguns países da Europa. No caso do Brasil, este deverá ser um dos maiores lançamentos deste ano e promete se transformar, assim como já é o Punto, em sucesso. Destinado a suceder a descontinuada Marea, que, diga-se de passagem, era um belíssimo carro mas, por razões inexplicáveis, não fez sucesso aqui, o Linea chega cheio de atributos e um design que o faz parecer maior do que realmente é. Vale destacar, porém, que em relação ao Marea ele tem maior espaço interno, mais conforto e seu design é agradabilíssimo. A principal tarefa da Fiat brasileira será realmente mostrar que sabe vender carros mais sofisticados que o Idea ou Palio, e que ficam mais longe dos preços acessíveis. Mais que isso, a marca italiana terá que diferenciá-lo do Punto, situá-lo - corretamente numa categoria superior. Seus prin-
cipais concorrentes, Renault Mégane, Ford Focus, Honda Civic, Nissan Sentra, Chevrolet Astra e o Toyota Corolla, vão ganhar um "desafeto" ingrato. A briga promete ser acirrada, inclusive porque a Toyota já terá apresentado o novo Corolla, que será um mini Camry, como já foi apelidado em alguns mercados onde está circulando há algum tempo. Conforto garantido - Cada vez mais fica claro que o consumidor de sedans quer carros atraentes e modernos, mas sem perder muito aquele apelo clássico. Outro desafio é uma perfeita união entre a dianteira e a traseira. A Fiat, depois de alguns tristes modelos, como o Oggi dos anos 80, tem se superado nesse quesito, inclusive, pelo recémlançado Siena. O Linea é outro excelente exemplo. Um carro harmonioso do começo ao fim. A frente, como é tendência da marca em todo o mundo, tem como princípio os esportivos Maserati e a traseira remete aos brilhantes Alfa Romeos. Por dentro, há a maior diferenciação em relação ao Punto, que por sinal tem
um bom acabamento e design atraente. É que o Linea desperta uma sensação de carro de luxo, com acabamento digno de categorias muito superiores, detalhes muito bem cuidados e desenho mais requintado. No banco traseiro três pessoas adultas serão bem recebidas sem grandes dificuldades. É lógico que, o ideal, é que apenas duas pessoas se acomodem nele. Neste caso, é pura folga. Na frente os bancos também são muito confortáveis e a posição de dirigir é muito agradável. Para conseguir a posição ideal é fácil nas versões top de linha, que vêm com controles elétricos. O volante é regulável na distância e na altura, tem boa pega e é revestido de couro. Os controles estão todos lá, do som ao telefone, já que o modelo possui a tecnologia Blue & Me. Os Lineas ainda contam com seis air bags, ABS com EBD, faróis de neblina, retrovisores, travas e vidros elétricos, rodas de liga leve aro 16 polegadas, computador de bordo, ar-condicionado automático digital, sensores de estacionamento e som de alta fidelidade com radio e CD Player com MP3.
Acelerando - Os modelos produzidos na Turquia dispõem de diversos tipos de motorizações. No Brasil, deverá ter apenas três, sendo duas a gasolina e uma a diesel, a ser destinada principalmente para a Argentina. Aqui, o destaque será um novíssimo motor 1.9 litro, que promete ter excelente desempenho. Andando o carro é muito estável, transmite segurança, mas a suspensão sente um pouco o piso irregular. Como o modelo que o DCarro teve contato foi uma versão para o mercado europeu, não deve ser sentido o mesmo problema por aqui, já que o nosso será devidamente adaptado, ou melhor, tropicalizado como se diz, e adequado aos nossos pisos. A versão nacional terá pneus de maior perfil, maior altura do solo e suspensões recalibradas. É o preço que pagamos em todos os carros pela péssima qualidade de nossas vias. O Linea é muito prazeroso de dirigir e fará, quem já teve ou ainda tem, não ter saudades do Marea. Antônio Fraga
2 - OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
AS IMPORTAÇÕES DO PAÍS ESTÃO SUSTENTANDO TAXA DE CRESCIMENTO SUPERIOR A 30% AO ANO
O GOVERNO SOB FOGO CRUZADO G O triste saldo do novo
TROPICAL
confronto entre governo e oposição é que minguaram as chances de se negociar uma reforma tributária. cussões, o governo tenta arrumar uma forma de preservar ao menos parte das emendas parlamentares. O mau humor da oposição já aumentou quando o governo descumpriu a promessa de não aumentar tributos para compensar a perda da CPMF. A promessa, transmitida pelos líderes do governo no Senado, foi fundamental para que o PSDB e o DEM liberassem suas bancadas para a votação da DRU, que corria risco de naufragar. Guido Mantega aproveitou a oportunidade para demonstrar sua habilidade de tornar a emenda pior que o soneto. “O governo prometeu não aumentar impostos em 2007”, disse, “mas não em 2008”. A oposição dificilmente conseguirá derrubar a MP que aumenta a CSLL. O governo tem maioria folgada na Câmara e a medida requer apenas maioria simples para ser aprovada. Mesmo no Senado, onde a oposição é forte, há votos suficientes. Basta lembrar que 45 senadores votaram a favor da CPMF. Não dá para aprovar emendas constitucionais, mas dá e sobra para passar MPs e projetos de lei ordinária. A oposição pode no máximo bloquear a pauta de votações. O primeiro alvo deverá ser o Orçamento da União. Mas é uma estratégia pouco eficaz. Na prática, é difícil manter a obstrução por muito tempo. Além disso, o governo conseguiu fazer um belo colchão de restos a pagar – R$ 41 bilhões –,que lhe permite prescindir da aprovação do Orçamento por bom tempo. O triste saldo do novo confronto entre governo e oposição é que minguaram as chances de se negociar uma reforma tributária. E dizer que o presidente Lula ainda tem três anos de mandato pela frente. COMENTÁRIO ECONÔMICO DA MCM CONSULTORES www.mcmconsultores.com.br
Céllus
O
governo adentrou 2008 sob fogo cruzado e ainda desatinado pela derrota da CPMF. De um lado, como evidenciou o líder do governo, senador Romero Jucá (PMDBRR), em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, a base aliada continua a demandar maior espaço (leia-se cargos e verbas) no governo. De outro, a oposição está disposta a derrotar a decisão do governo de compensar parte da perda dos R$ 40 bilhões da CPMF com aumento do IOF e da CSLL. Na entrevista, Jucá atribuiu à existência de um “passivo” político entre o Planalto e seus aliados parte da culpa pela derrota da CPMF. Segundo ele, o governo não resolveu a tempo algumas pendências. Não é sequer um “passivo” muito grande, segundo Jucá. Trata-se de 15 “encaminhamentos” – forma metafórica de se referir ao preenchimento de cargos na administração –ainda não resolvidos. É uma tese discutível. Não há porquê supor que o governo teria ganho a batalha da CPMF se tivesse distribuído mais cargos para os governistas. Mas o governo também parece concordar com Jucá, tanto que deverá substituir o ministro interino das Minas e Energia, Nelson Hubner, pelo senador Edson Lobão (PMDB-MA). Membro emérito do grupo político de José Sarney, Lobão trocou o DEM pelo PMDB no ano passado e faz parte do “passivo” a ser sanado. O problema é que esse tipo de “passivo” não tem fim. O próprio Jucá o admite. “Resolvem-se as pendências mais históricas", disse. Os pleitos não páram. “Não pára. É a dinâmica da política”. Dinâmica perversa, pode-se acrescentar, para um governo como o do presidente Lula, sustentado por uma coalizão de 11 legendas. O mensalão já demonstrou que uma disputa entre aliados acaba prejudicando o governo. O mau humor dos governistas aumentará quando o governo divulgar os cortes no orçamento para compensar a perda da receita da CPMF. Os ministros Guido Mantega e Paulo Bernardo declararam que a redução de despesas, a ser anunciada em fevereiro, alcançará R$ 20 bilhões. Receoso das reper-
MOISÉS RABINOVICI O AIATOLÁ
Largada ruim no comércio exterior
C
onfirmando a expectativa do mercado, os números da balança comercial da primeira semana de 2008 mostram significativo encolhimento do saldo, na comparação com o resultado do mesmo período de 2007. Não que tenha havido alguma tragédia do lado das exportações. A média diária das exportações na primeira semana de 2008 é virtualmente idêntica à da primeira semana de 2007 (queda de 0,3%). A questão é que a média diária das importações cresceu 23,2% no mesmo período, reduzindo o saldo da semana para míseros US$ 70 milhões. E ajudou muito o fato de que a importação de petróleo, principal item da pauta de importações, tenha caído em relação a dezembro. Alguém poderá observar, com propriedade, que a primeira semana de 2008 teve apenas três dias úteis; mas a observação, embora verdadeira, é irrelevante para o argumento. Tivesse o mesmo ritmo se mantido, em cinco dias úteis o saldo teria sido de apenas US$ 166 milhões, equivalente a US$ 525 milhões no mês. Novamente, é certo que janeiro é mês de menor atividade no comércio exterior, especialmente das exportações. De qualquer forma, não é com superávits dessa magnitude que se manterá o saldo comercial em 2008. Os principais analistas já vinham antecipando que a conjugação de real valorizado com retomada da atividade econômica iria reduzir o saldo da balança comercial em 2008. As estimativas variam entre US$ 30 bilhões e US$ 35 bilhões, comparado com um saldo de US$ 40 bilhões alcançado em 2007. O que talvez esses analistas não tenham antecipado é que as importações estão sustentando uma robusta taxa de crescimento superior a 30% ao ano, enquanto o crescimento das exportações vem desacelerando, depois de crescer 17% em 2007. Em artigo recente, o professor David Kupfer, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), aponta que, mantidas as taxas de crescimento de exportações e importações observadas em 2007, o saldo cairia para US$ 28,7 bilhões em 2008, US$ 9,7 bilhões em 2009 e apontaria para um déficit de US$ 20,1 bilhões em 2010. Aponta também o efeito da recente elevação dos preços das commodities no mercado internacional sobre as exportações brasileiras: se os preços vigentes em 2002 tivessem se mantido, o valor das exportações teria sido 55% menor. Uma queda nos preços dos
G Registrou-se encolhimento do
saldo da balança comercial na primeira semana de 2008. Os analistas já vinham antecipando que a conjugação de real valorizado com retomada da atividade econômica iria reduzir o saldo da balança comercial neste ano. Por Roberto Fendt produtos exportados pelo Brasil, ainda que modesta, reduziria nossas exportações, já que as quantidades exportadas estão crescendo a taxas muito modestas. É claro que nem o professor Kupfer nem eu estamos sugerindo que os resultados apontados pela simples extrapolação das tendências passadas das exportações e importações venham se materializar. Uma boa razão para que ele não ocorra é o regime de câmbio flutuante e a dependência do câmbio do saldo comercial. Em 2007, o fluxo cambial – total líquido de entradas de divisas de todas as fontes – superou US$ 87 bilhões. Nesse total, o fluxo cambial das exportações foi de longe a principal fonte de divisas do balanço de pagamentos brasileiro. Embora positivo e mostrando-se pela primeira vez superavitário desde 2000, o fluxo cambial financeiro foi de apenas US$ 10,7 bilhões.
U
ma redução no crescimento das exportações pode reduzir o saldo cambial observado no ano passado, dependendo essa redução dos fatores já apontados: crescimento das importações a uma taxa maior que a das exportações; possível estabilização dos preços dos produtos exportados; e a pequena importância do fluxo financeiro na composição do total do saldo cambial. Nessa circunstância, o real tenderia a se desvalorizar, incentivando os exportadores e penalizando os importadores. Não importa agora discorrer sobre os limites de uma possível desvalorização; o que interessa é a direção em que provavelmente se moverá o câmbio. Resta torcer para que a primeira semana deste ano tenha sido atípica e que nada de mal ocorra com os preços dos produtos exportados pelo país. Já nos basta a perspectiva de racionamento de energia.
Os reféns de Chávez ARTHUR CHAGAS DINIZ
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Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br
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a quinta-feira, dia 10, as reféns Clara Rojas e Consuelo González foram libertadas dentro de um grande show protagonizado por Hugo Chávez. Era o mínimo que o venezuelano poderia receber das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), depois das duas derrotas sofridas no fim de 2007. A libertação, inicialmente, de três reféns, entre eles Emmanuel, filho de Clara com um guerrilheiro, prometida para o fim do ano passado, foi frustrada porque as FARC falharam na recuperação do menino. Isto deixou Chávez mal diante da opinião pública internacional, mas, ao mesmo tempo, tendo sido enganado por seus aliados, Chávez ficou credor das FARC. Conduzindo um show de televisão, Chávez teve o desplante de cumprimentar a Manoel Marulanda, comandante da narcoguerrilha. Mandou-lhe um abraço bolivariano. A aliança entre Chávez e a narcoguerrilha só não é vista por
aqueles que não querem ver. Quem abastece de armas as FARC, dizem analistas espanhóis isentos, é a Guarda Nacional da Venezuela.
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gualmente os portos e aeroportos venezuelanos são as principais portas de saída da cocaína para a Europa. Puerto Cabello e Maracaibo fecham os olhos à saída de barcos pesqueiros conduzindo drogas. G A aliança entre
Hugo Chávez e a narcoguerrilha só não é vista por aqueles que não querem ver. Quem abastece de armas as FARC, dizem analistas, é a Guarda Nacional da Venezuela. Recentemente, um pesqueiro foi detido pela marinha espanhola carregando centenas de toneladas da cocaína.
Em nome de uma causa bolivariana, cujo fulcro é o antiimperialismo norte-americano, Chávez tem uma influência na narcoguerrilha determinante. Vê no presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, um liberal a quem deseja desalojar. A sustentação das FARC, em nome de um ideal tão indistinto como os "princípios bolivarianos", é coerente com a doutrina marxista tão difundida e defendida no Brasil que acredita que os fins justificam os meios.
A
manutenção do narcotráfico e a indústria do seqüestro na Colômbia são evidências de que não importa a crueldade dos meios, o fim é o socialismo. Ou, como prefere dizer Chávez, o bolivarianismo. A refém Ingrid Betancourt só será liberada se Chávez sofrer algum sério revés interno. Até lá, ele vai aproveitar a popularidade recuperada com a libertação de Consuelo e Clara. ARTHUR CHAGAS DINIZ É PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL
O
presidente Bush falou ontem de um país que financia terrorismo, arma guerrilha, desestabiliza o seu vizinho e intimida toda uma região com sua retórica alarmista. Podia estar falando da Venezuela, mas ele se referia ao Irã. O aiatolá tropical, coronel Hugo Chávez, é um clone do aiatolá atômico, Mahmoud Ahmadinejad, a quem considera "um irmão que luta por um mundo justo", talvez até mais bolivariano. O Irã arma os guerrilheiros do Hezbolah no Líbano e do Hamaz, em Gaza. A Venezuela dá às Farc apoio logístico e político, dentro e fora da Colômbia. Ambos promovem uma Jihad contra os Estados Unidos. Adoram a tribuna da ONU. Detestam Israel. Perpetuam-se no poder. E usam como arma suas enormes reservas de petróleo. Malas de dinheiro voam para a Argentina. Ameaças rondam quem ousar um golpe contra seu discípulo, Evo Morales. E toda ajuda possível, financeira e moral, é destinada ao ditador Fidel Castro. Só há uma pequena diferença: se o aiatolá dos trópicos fizesse no Oriente Médio o circo que armou em Caracas para dois reféns que extraiu às Farc, depois do que ainda tripudiou sobre a Colômbia, seria imediatamente bombardeado.
G Quando o
presidente Bush fala do Irã poderia estar falando da Venezuela. Ambos são um perigo aos seus vizinhos Não é à toa que o coronel Chávez já foi às petro-compras para se proteger (ou atacar). Ele encomendou 24 supersônicos de guerra Sukhoi 30 da Rússia, a US$ 34 milhões cada. Esses caças-bombardeiros carregam oito toneladas de mísseis e bombas para ataques até 3 mil quilômetros de distância, o que põe a Flórida entre seus alvos possíveis. A encomenda também incluiu um número não especificado de mísseis Onyx, em geral disparados para afundar porta-aviões, além de 15 helicópteros Mi-35 e 100 mil fuzis Kalashnikov. O presidente Bush pediu ontem em Abu Dhabi, nos Emirados, a união dos aliados árabes contra o perigo iraniano, "antes que seja muito tarde". Os países moderados do Golfo, à frente a Arábia Saudita, seguidos da Jordânia, Egito e Israel, certamente o apóiam. Mas se ele pedisse a união latino-americana contra o perigo venezuelano teria algum aliado? Não. Na Organização dos Estados Americanos (OEA) poderia contar como votos certos o Canadá, o México, a Colômbia e o Panamá. Mais ao Sul, porém, o aiatolá tropical tem uma rede que lembra a antiga liga árabe que só dizia não, o Foro de São Paulo, de que o presidente Lula é fundador.
MOISÉS RABINOVICI É DIRETOR DE REDAÇÃO DO DC RABINO@ACSP.COM.BR
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DCARRO
São Paulo, segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
MERCADO
Renault, a que mais cresceu em 2007 Marca francesa foi a que teve maior índice de expansão no ano. A Toyota ficou por último.
A
Renault deu um passo importante para a recuperação da liderança entre as novas montadoras, posto que ocupou em 2001 e depois perdeu. Fechou o ano apenas na sétima posição, mas foi a marca que mais cresceu no mercado brasileiro em 2007, entre as 10 mais vendidas, uma evolução de 42,4%, passando de 51.672 unidades para 73.576. A Citroën foi a segunda, com praticamente o mesmo índice. Aumentou a comercialização de 34.906 para 49.565 veículos: mais 42%. É verdade que as duas partiram de uma base de vendas bem inferior à das líderes do mercado, Fiat e Volks, que cresceram em vendas, cada uma, cerca de 130 mil unidades em 2007, mas os aumentos porcentuais foram menores: 31,8% (Volks) e 30,5% (Fiat). Além dessas quatro, outra francesa, a Peugeot, encerrou o ano com um avanço acima da média do mercado, que foi de 27,7%. A marca do "leão" cresceu 28,6% em
2007. E foi só. As outras cinco, entre as dez marcas mais vendidas no Brasil, apresentaram um desempenho abaixo da média nacional. Terceira colocada no ranking do ano
montadora de origem norte-americana teve um incremento de quase 90 mil unidades no ano. A Ford também ampliou volume em 2007. Foram 45 mil carros a mais que no ano anterior, mas a ampliação foi de apenas 20,4%, ou seja, 7,3 pontos percentuais abaixo do crescimento do mercado total. Com o novo Ka, a montadora espera melhorar seus índices para o ano que começamos há apenas 14 dias. A Honda cresceu 27,4%, próximo da média, e a Mitsubishi 22,1%. O pior desempenho entre as chamadas novas foi da Toyota, que além de perder a quinta posição no ranking doméstico (ficou apenas em oitavo lugar em 2007), praticamente não ampliou os negócios em relação a 2006: vendeu 72.068 unidades no ano passado, ante 69.668 no anterior.
passado, a General Motors não acompanhou o crescimento do mercado interno, fechando com aumento de apenas 21,6%. Apesar deste resultado desfavorável, em números absolutos a
AutoInforme
PREÇO PRODUTOS E SERVIÇOS
Carro sobe abaixo da inflação O
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carro zero ficou 2,62% mais caro no ano passado, conforme pesquisa da Agência AutoInforme, que compara mês a mês o preço oficial com o praticado no mercado, tendo por base a cotação da Molicar. O resultado ficou bem abaixo dos indexadores da inflação. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe fechou 2007 em 4,37%, enquanto o IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado), medido pela Fundação Getúlio Vargas, ficou em 7,75%. Os preços acessíveis, além de prazos maiores e dos juros mais baixos, incentivaram as vendas, que baterem todos os recordes da história do setor. Foram emplacados 2,46 milhões de veículos, 27% a mais do que em 2006. Próximo da tabela - Ainda há distorções nos preços praticados no mercado de carros novos em relação aos sugeridos nas tabelas oficiais, mas nota-se ultimamente uma proximidade cada vez maior entre ambos. Os grandes descontos ou os sobrepreços ficam por conta de carros defasados (no primeiro caso) ou de produção menor do que a procura, o que provoca a especulação. Mas de uma forma geral os carros estão sendo vendidos com
A Ranger 3.0 é um dos veículos com maior índice de desconto no mercado
base nas tabelas das montadoras. Estudo da AutoInforme mostra que o desconto, atualmente, está em 4,1%, o índice mais baixo dos últimos anos. Com exceção dos importados da Ferrari, Ssangyong e Mercedes, além dos veículos Agrale, as demais marcas estão comercializando seus produtos com preço abaixo dos de tabela. O maior desconto médio, de 7,7%, é o da Peugeot. O porcentual é de 6,5% no caso da Fiat e de
5,1% nos veículos Ford. Alguns carros têm descontos de quase 15%, caso da Saveiro Super Surf 1.8 Flex, da Volkswagen. A picape custa oficialmente R$ 38.770, mas pode ser encontrada nas concessionáris por R$ 33 mil. Outra picape, a Ranger XL 3.0 turbodiesel, cabine simples e tração 4x2, tem desconto similar, de 14,8%. Seu preço oficial de tabela é R$ 65.745, mas pode ser adquirida por R$ 56 mil.
Divulgação
No acumulado do ano, a alta foi de 2,62%, índice inferior aos medidos pela Fipe e FGV
Custo de manutenção IMC – Índice de Manutenção do Carro, calculado pela Agência AutoInforme, que mede o custo para andar e manter o carro, fechou 2007 com alta de 4,51%. Em 2006, a inflação do carro chegou a 3,80%. Nos últimos cinco anos, este custo ficou 35,3% mais caro, considerando revisões e manutenção preventiva. Os combustíveis são os itens com o maior peso nos gastos, sendo responsáveis por mais de 40% das despesas totais. A gasolina fechou o ano com queda de 0,57%. O álcool, com o aumento da produção, está com preços estáveis e teve alta de apenas 2,31%. Já os serviços, na média, subiram 9,35%. A cambagem ficou 27,23% mais cara. O balanceamento de rodas subiu 25,62% e a limpeza do bico injetor passou a custar 24,92% mais. O IMC de dezembro ficou em 0,53% e foi o terceiro maior índice do ano. O maior aumento em dezembro foi do jogo de velas, que subiu 3,32%, seguida pela correia dentada, com alta de 3,31%.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
ECONOMIA - 3
Economia
CAIXA 1 O seu consultor financeiro
Oportunidade para quem tem visão A Óticas Carol pretende abrir pelo menos 115 unidades em dois anos Paulo Pampolin/Hype
Fátima Lourenço
O
varejo ótico brasileiro enfrentou dificuldades em função das importações em 2007. Mesmo assim, cresceu 5% ante 2006, quando faturou R$ 7,8 bilhões, conforme dados da Associação Brasileira de Produtos e Equipamentos Ópticos (Abiótica). Para a Óticas Carol, também foi mais um ano de bons resultados. A marca abriu 41 novas franquias, deu seqüência à ocupação de um novo território, a Grande São Paulo, e fechou dezembro com um total de 215 unidades. Em 2007, restrições às importações, aliadas às dificuldades de abastecimento pela indústria local, tiveram impacto no varejo. "Mas houve uma evolução qualitativa importante dos produtos", contrapõe o presidente da Abiótica, Bento Alcoforado, que projeta um crescimento de 15% para o setor neste ano. O dono da Óticas Carol do Shopping Eldorado, Roberto Oliveira de Moraes, inaugurou a loja no final de abril de 2007, em meio a cinco concorrentes. Moraes pesquisou o negócio e descobriu a existência de um mercado promissor – segundo dados da Abiótica, mais de 40 milhões brasileiros
Moraes: aposta no potencial de crescimento do mercado interno
precisam de óculos, mas não os utilizam. "O setor deve se fortalecer, a exemplo do que ocorre na Europa e Estados Unidos, onde há redes com milhares de lojas", explica Moraes. Hoje, há mais de 23 mil óticas no País, e o mercado nacional começa a atrair grupos estrangeiros, como o holandês Hall Investiments, que em 2007 comprou a Fotóptica e uma rede baiana. O fundador da Óticas Carol, Odilon Santana, também tem sido procurado por grupos locais e internacionais, mas diz não ter intenção de vender o negócio. Para ele, o setor se fortalecerá com lojas especializadas. "Quem vai comprar um produto técni-
co quer especialidade, qualidade e bom atendimento." Com essa certeza, nos próximos dois anos ele planeja ampliar a rede para 330 ou até 350 unidades, sempre no Estado de São Paulo e em pontos considerados viáveis. "A maturação de uma ótica é lenta, o retorno do investimento acontece entre 24 e 28 meses", justifica o franqueador. Custos - Na capital paulista, uma franquia da marca custa pelo menos R$ 350 mil, incluído o ponto. No interior, a partir de R$ 200 mil. A experiência no ramo não é o que mais conta para ser um franqueado. Moraes supriu o desconhecimento sobre o varejo ótico e o fran-
chising com a ajuda de cursos e assessoria do franqueador para a seleção dos funcionários experientes – a lei exige a presença de um técnico em ótica. A l é m d e p r o d u t o s p r emium, nacionais e importados, a Óticas Carol trabalha com marca de fabricação pró-
pria e tem laboratório para produzir lentes. Segundo o fundador, a marca investe de R$ 6 milhões a R$ 7 milhões anuais em publicidade. Santana, dono de uma fábrica de óculos, decidiu estruturar a franquia em 1997, quando o aumento das importações
tornou a situação desfavorável para os fabricantes. A estratégia foi abrir lojas no interior c o m a p o i o d e u m p ro j e t o agressivo de divulgação regional. Só em 2006, já com 130 unidades, a empresa desembarcou na Grande São Paulo, onde tem atualmente 52 unidades.
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Ambiente Educação Centenário Saúde
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
MOLHO SHOYO FOI ADAPTADO NO PAÍS
As muitas histórias da imigração japonesa Livro reúne informações pouco conhecidas do público, como a criação do shoyo no Brasil e os imigrantes que chegaram há mais de 100 anos, pois não entraram nos EUA Rejane Tamoto
C
apital da gastronomia, São Paulo tem 6.600 restaurantes japoneses contra 5.500 churrascarias. Os hotéis Maksoud Plaza, Sofitel e Fasano, que não são de japoneses, são alguns dos muitos associados da Câmara de Comércio e Indústria Japonesa do Brasil. Esses são os resultados de 100 anos de influência japonesa em uma sociedade que já incorporou o sushi ao cardápio e que nem precisa de ajuda para segurar o ‘ohashi’ (os palitos que fazem de talheres japoneses). Estas e muitas outras curiosidades estão no livro O Nikkei no Brasil, da editora Atlas, que será lançado amanhã, às 19h, no hall da Assembléia Legislativa de São Paulo. A publicação teve o apoio da Associação para Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil e foi coordenada pelo advogado e especialista em direito tributário e financeiro, Kiyoshi Harada. "É um livro
para homenagear a comunidade nikkei (descendentes de japoneses) no ano do centenário. A proposta foi abordar a imigração e a atuação dos nikkeis no Brasil nos setores artístico, cultural, político, esportivo, econômico, educacional, profissional e científico. É Divulgação um trabalho de cunho histórico e crítico, escrito por acadêmicos, mas de linguagem acessível", diz Harada. O livro, de 630 páginas, tem textos de 12 colaboradores, incluindo o organizador. Segundo Harada, a tiragem será de 2 mil exemplares e custa R$ 80,00. Amanhã, os exemplares serão vendidos com desconto de 50% e, depois, com o preço de R$ 60,00 na Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa (Bunkyô) e na Aliança Cultural Brasil-Japão. Shoyu - Junto à história da
imigração, a edição traz 19 entrevistas de personalidades da comunidade nikkei, que discorrem sobre questões genéricas e também sobre sua área específica. Em uma delas, Renato Kenji Nakaya, que comanda a empresa Sakura-Nakaya, fundada em 1940, conta a história da fabricação do shoyu e do missô, já populares entre os brasileiros. "Ao verificar a dificuldade que os j a p o n e s e s t inham para conseguir produtos básicos de sua alimentação, como o missô e o shoyu, a empresa passou a fabricar esses produtos artesanalmente, para a família e para distribuir entre os amigos", conta. Segundo ele, para produzir o missô não foram encontradas dificuldades, já que a matériaprima, a soja e o arroz, eram fáceis de serem encontradas aqui.
Antonio Milena/AE
CHUVA – Os motoristas que voltaram do litoral ontem enfrentaram problemas por causa da chuva. A rodovia Padre Manoel da Nóbrega (SP-55) ficou interditada durante a manhã por causa da queda de uma barreira, em Peruíbe (foto). A cidade está em estado de calamidade pública. Na Oswaldo Cruz, outra queda de barreira interrompeu o trânsito na altura do Km 23. Em São José dos Campos, uma mulher de 85 anos morreu afogada.
Ó RBITA
FEBRE AMARELA
O
ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afastou ontem o risco de uma epidemia de febre amarela no País. Em pronunciamento feito
em cadeia nacional, Temporão disse "que o Brasil é o maior produtor mundial de vacina" contra a doença. Segundo ele, "os postos de saúde estão sendo abastecidos e as autoridades sanitárias preparadas para atender quem realmente precisa da vacina". Segundo o governo federal, 24 casos de febre amarela já foram notificados este ano, mas apenas dois casos foram confirmados, um em Goiás e outro em São Paulo. (Agências)
TURISTA MORTO
U
m turista de 48 anos morreu e outro de 39 anos ficou ferido, sábado à noite, durante assalto a uma casa de veraneio em Caraguatatuba (SP). Segundo a polícia, três criminosos invadiram a casa, na praia de Indaiá, durante um churrasco. Os turistas reagiram e um dos ladrões atirou. O bando fugiu após roubar pertences do grupo. Ninguém foi preso. (AE)
Luludi/Luz-19/10/2005
Apesar do consumo de carne pelos brasileiros, País tem mais restaurantes japoneses do que churrascarias
Mas para o shoyu houve dificuldades, já que o trigo usado na fermentação junto com a soja não era encontrado com facilidade no País. A solução foi usar o milho torrado. Imigração - Outra curiosida-
de é que, se o ano oficial da imigração japonesa no Brasil é 1908, alguns japoneses já estavam no País antes, como funcionários de casas comerciais, importadoras, empresas, do consulado ou, simplesmente, imigrantes que
pretendiam ir para os Estados Unidos. Ao serem barrados, desembarcaram aqui. Uma das casas comerciais mais antigas ficava na rua São Bento, em 1906, a Casa Fujisaki, conhecida como Casa do Japão.
OPINIÃO - 3
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
A MITOLOGIA ANTIAMERICANA QUE CIRCULA NO MUNDO ORIGINOU-SE EM WASHINGTON E NOVA YORK
ANTONIO DELFIM NETTO
A alma americana debilitada Parte 2
FESTA E AÇÕES
Por Olavo de Carvalho AFP
PARA EXPORTAR
N
Os irmãos Kennedy na Casa Branca, em 1963: meses depois John (à direita) seria morto. O julgamento do assassino teria sido uma farsa
A mudança que debilitou a alma americana foi precipitada por três operações de desinformação que enganaram a nação. Elas envolvem a morte de John Kennedy e a Guerra do Vietnã
A
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pós o recorde genocida de 70 milhões de pessoas, o governo chinês, acumulando bombas atômicas com o dinheiro que lhe é facultado generosamente pelos investidores americanos, é hoje o maior risco de segurança para os EUA. Alertado sobre esse e outros inumeráveis casos de infiltração soviética, o governo Truman optou por bater no carteiro, fazendo tudo para dar a impressão de que o único perigo sério para a América era o anticomunismo, especialmente o do Senador Joe McCarthy, cuja imagem demonizada ainda permanece viva na memória mundial. Para obter esse resultado, a tropa-de-choque de Harry Truman não hesitou em dar sumiço a documentos essenciais que, só agora revelados, mostram que em substância todas as acusações lançadas por McCarthy eram verdadeiras e até modestas, em comparação com as dimensões reais do problema. Além de sonegar provas e proteger-se por trás de testemunhos falsos, o governo Truman, em vez de afastar os suspeitos, preferiu apadrinhar suas carreiras, permitindo que subissem na hierarquia e continuassem prestando serviços à ditadura soviética com dinheiro dos contribuintes americanos. Toda uma cultura de antimacartismo que se espalhou pelos livros didáticos, pelo cinema e pelo jornalismo teve origem nesse empreendimento de falsificação proposital. As conseqüências disso prolongam-se até hoje, fazendo com que os americanos, arrependidos de pecados que jamais cometeram contra os comunistas, sintam mais pavor ante a possibilidade de um "retorno à era McCarthy" do que ante a de um ataque conjugado de generais chineses e radicais islâmicos.
O
segundo episódio da série veio quando Lee Harvey Oswald matou o presidente John F. Kennedy em 22 de novembro de 1963. Tanto na Casa Branca quanto na CIA ou no FBI, todo mundo sabia que Oswald era um comunista
fanático e que seu intuito ao atirar em Kennedy fôra o de frustrar qualquer iniciativa americana contra a ditadura de Fidel Castro. Aterrorizado ante a perspectiva de que uma explosão nacional de revolta anticomunista respingasse sobre o Partido Democrata, reavivando suspeitas do tempo de Harry Truman, o presidente Lyndon Johnson fez o que podia para que a comissão Warren desviasse as atenções desse ponto sensível, explicando o crime de Oswald não como resultado de suas convicções ideológicas, mas de motivações genéricas como instabilidade emocional, problemas de família, etc.
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or incrível que pareça, a comissão consentiu em analisar o mais famoso homicídio político do século XX sem falar em política. Vindo em socorro do presidente, a mídia chique e os intelectuais iluminados produziram então uma caudalosa literatura de pretensões pseudo-sociológicas, que lançava a culpa do delito sobre a "cultura americana de violência" e outras generalidades ocas que, no acerto final, eram debitadas na conta dos conservadores. O discurso antiamericanista da New Left, que então começava a ganhar algum destaque, recebeu assim um poderoso apoio vindo do próprio governo de Washington contra o qual ele voltava a sua histérica eloqüência. Esse discurso acabou por se incorporar no "senso comum", ao ponto de que hoje é repetido rotineiramente pela grande mídia sem que ninguém note nisso nada de estranho. O livro que descreve essa imensa mutação psicológica que nasceu nas altas esferas de Washington e se propagou por toda a cultura americana é Camelot and the Cultural Revolution- How the Assassination of John F. Kennedy Shattered American Liberalism, de James Piereson (New York, Encounter Books, 2007). O mais irônico em tudo isso é que, se Lee Oswald, convertido ao comunismo desde a adolescência, não podia de maneira alguma ser considerado representativo das correntes reacionárias
supostamente responsáveis pela "violência americana" que o teria induzido ao homicídio, muito menos poderia sê-lo o fanático palestino Sirhan Bishara Sirhan, que em 1968 assassinou o irmão do ex-presidente, Robert Kennedy. Não por coincidência, hoje sabemos que a Autoridade Palestina de Yasser Arafat foi de cabo a rabo uma criação da KGB (v. http://www.weizmann.ac.il/home/comar tin/israel/pacepawsj.html), mas, na época, a incansável fábrica de mitos da elite esquerdista conseguiu fazer que dois crimes praticados por agentes pró-comunistas contra dois políticos notoriamente anticomunistas parecessem obras da "direita reacionária", e que essa versão rigorosamente invertida da realidade se incorporasse à psique americana tão profundamente que será preciso muitas décadas para desarraigá-la, se ainda for possível.
A
terceira grande mentira, também incorporada aos rituais do masoquismo pseudo-moralista da América contra si mesma, foi igualmente obra de Lyndon Johnson. Após ter dificultado por todos os meios possíveis a ação das tropas americanas no Vietnã, Johnson tirou a conclusão lógica da sua própria estratégia, transfigurando a vitória em derrota. Em 31 de janeiro de 1968, o exército norte-vietnamita de Ho Chi-Minh lançou uma ofensiva contra os americanos e sul-vietnamitas. A idéia era ocupar de uma vez todas as cidades do Vietnam do Sul, a começar pela capital, Saigon, preparando um levante geral com o auxílio dos guerrilheiros vietcongues. Militarmente, a ofensiva foi um fracasso monumental. Os comunistas perderam em poucos dias cinqüenta mil soldados e todos os objetivos que haviam conquistado. Mesmo o famoso ataque à embaixada americana em Saigon foi um fiasco: nem um único vietcongue conseguiu entrar no edifício – todos morreram na porta. Como, no entanto, o exército americano, procedendo segundo a norma de praxe, retirasse ve-
lozmente os funcionários civis por meio de helicópteros colocados no topo da embaixada, as imagens da retirada foram exibidas pela TV americana como provas de pânico geral e indício certo da derrota do Vietnam do Sul. Quando o presidente Johnson viu essas cenas assim interpretadas pelo veterano comentarista de TV Walter Cronkite, ponderou: “Se perdi o Cronkite, perdi a nação.” O comandante nortevietnamita, general Giap, deulhe toda a razão, ao admitir que sua principal arma contra o Vietnã do Sul tinha sido a mídia americana. Endossando a lenda da derrota americana, Johnson impôs a seu país uma humilhação que a mídia elegante e a intelectualidade tagarela não cessaram de celebrar desde então como um castigo justo imposto ao povo reacionário, fanático e violento que perseguira inocentes na era McCarthy e assassinara dois Kennedys. Só agora, com o primeiro volume do livro consagrado pelo historiador Mark Moyar à guerra do Vietnã, a realidade da vitória artificialmente travestida em derrota começa a aparecer. Leiam Triumph Forsaken- Th e Vietnam War 1954-1964 ( Ca mbridge University Press, 2006). Nenhum outro país do mundo teve tantos traidores por milha quadrada quanto os EUA. Toda a mitologia antiamericana que circula no mundo originou-se em Washington e Nova York – com nada mais que leves empurrões da KGB. Como os EUA conseguiram sobreviver a tão graves mentiras lançadas contra o país por seus próprios governantes e por seus mais destacados líderes, eis algo que só pode ser explicado pela obstinada permanência residual do apego popular às tradições americanas. É verdade que nós, brasileiros, não precisamos vir à América do Norte para conhecer um povo bom governado por trapaceiros. Mas a pergunta que não me sai da cabeça é se os trapaceiros de Brasília teriam subido tão alto sem a ajuda dos de Washington. (Leia o artigo completo no site www.dcomercio.com.br)
ão é nenhum exagero comemorar o fato que a economia brasileira viveu em 2007 o seu melhor momento dos últimos vinte anos em matéria de crescimento e estabilidade. No balanço que apresentou à Nação, em sua fala no rádio e TV dia 27 de dezembro, o presidente Lula festejou à sua maneira dizendo que finalmente parece que o Brasil aprendeu a fazer crescimento com inclusão social. O IBGE mostra que isso está acontecendo com os números do combate à pobreza (20 milhões de brasileiros ascendendo das classes D e E para a classe C, desde 2002) e de queda do desemprego para o nível de 8.2% , o mais baixo desde que o índice foi criado. Dois milhões de novos empregos foram criados, registrando um aumento de 7% da massa salarial. Como aconteceu, uma boa parte da "grande" mídia tratou com a habitual ligeireza esses resultados como se eles não representassem grande coisa. A mesma que dedicaram ao seu conteúdo global, alías notável pela civilidade e concisão, sem nenhum desperdício retórico nos seus 9 exatos minutos em que ocupou a atenção dos ouvintes. Além da densidade, a forma com que apresentou o balanço deve servir de padrão para seus sucessores. É verdade que o presidente Lula decepcionou a oposição, aceitando respeitosamente a decisão do Congresso extinguindo o imposto do cheque (criado, aliás, quando a atual oposição era governo). Sua postura deu uma extraordinária contribuição ao fortalecimento das instituições republicanas entre nós. Além do fato inédito de poder comemorar uma redução importante do desemprego, desde muitos anos, o presidente assumiu com todas as letras, ao referirse ao PAC, uma opção de governo para recuperar o planejamento estratégico que foi abandonado nos últimos vinte anos: "as décadas perdidas (para o crescimento) pela falta de confiança e pela falta de planejamento e ação do Estado ficaram para trás", disse ele. A renovação da crença que entramos numa etapa de crescimento firme é claramente mensurável pelas pesquisas em todas as classes sociais: é dominante entre assalariados, cresce entre empresários e ganha terreno até mesmo em certos extratos das chamadas classes médias que se julgam mais "intelectualizadas", dominadas pelo preconceito em relação ao fato de serem governadas por um ex-
G O ministro Miguel
Jorge tem pronto conjunto de ações para implantar uma política industrialexportadora que terá função decisiva na sustentação do crescimento.
torneiro-mecânico de poucas letras... Como o desenvolvimento depende em boa parte do estado de espírito das pessoas e do despertar do espírito selvagem (o animal spirit) dos empresários, estamos em bom caminho, mas... o que falta?
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alta realizar plenamente aquela opção, em primeiro lugar não retardando mais as ações de uma política industrialexportadora, para garantir: 1) geração de empregos capazes de absorver a mão-de-obra que nos próximos anos será liberada das atividades agropastorís e minerometalúrgicas, em razão do aumento da produtividade que as inovações tecnológicas estão rapidamente impondo a esses setores e 2) renovação do ânimo (em baixa, atualmente) dos empresários industriais para que retomem os investimentos direcionados ao aumento das exportações, sem o que voltaremos a conviver com os constrangimentos externos que sempre travaram o desenvolvimento brasileiro, na eventualidade de perturbações que já estão visíveis no comportamento dos mercados financeiros e no comércio globais. Isso dará ao governo a oportunidade de montar toda uma estratégia que oriente as ações estatais de suporte aos setores privados que em última análise são os responsáveis pelo desenvolvimento. O governo Lula sabe o que fazer: o ministro Miguel Jorge tem pronto um conjunto de ações para implantar uma política industrial-exportadora que terá função decisiva na sustentação do crescimento brasileiro. ANTONIO DELFIM NETTO É PROFESSOR EMÉRITO DA FEA-USP, EX-MINISTRO DA FAZENDA, DA AGRICULTURA E DO PLANEJAMENTO. CONTATODELFIMNETTO@TERRA.COM.BR
FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894
São Paulo, segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
DCARRO
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SALÃO INTERNACIONAL
Cadillac Provoq, conceito em Detroit
DCARRO POR AÍ
FESTIVAL DO MOTOBOY
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Cadillac expõe no Salão de Detroit 2008, que abre suas portas ao público no dia 19, o carro conceito Provoq, um veículo esportivo utilitário movido a célula de combustível de hidrogênio, que reforça o compromisso da GM de substituir o petróleo através de uma tecnologia avançada. O modelo combina a quinta geração do sistema de célula de combustível com uma bateria de lítio-íon, que permite o acionamento eletrônico do veículo, e autonomia de 300 milhas (483 km) com uma única carga de hidrogênio. Um par de tanques de armazenagem de materiais compostos de 10.000 psi (700 bar) embaixo do piso do porta-malas carrega 13.2 libras (6 kg) de hidrogênio para alimentar a pilha de células de combustível, situada embaixo do capô. Um pacote de baterias
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Divulgação
O modelo é movido a célula de combustível de hidrogênio
Motoboy Festival 2008, que será realizado entre os dias 24 e 27 de janeiro, promete agitar as comemorações de aniversário da metrópole paulista com um evento criado especialmente para motociclistas profissionais (motofretistas e mototaxistas, entre outros). Durante o festival no Centro de Exposições Imigrantes, cerca de 20 mil pessoas deverão acompanhar a realização do primeiro leilão oficial de motos, exposição de fabricantes de motos,
acessórios, motopeças, vestuário, alimentação, segurança, cosméticos, higiene pessoal e pneus, além da Gincana Melhor Entrega, campeonato de futebol society entre as empresas do ramo, "Praça das Artes", campanha de doação de sangue, performances acrobáticas , a eleição da nova "Musa Motoboy" e o concurso "Motoboy Top Model". O horário de funcionamento será das 13 às 20 horas, e o ingresso será 1 kg de arroz ou feijão.
RECALL 1: OMEGA
RECALL 2: MOTOS HONDA
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O carroconceito tem autonomia de 300 milhas (483 km) com uma única carga de hidrogênio
de lítio-íon pode armazenar até um total de 9 kWh de energia elétrica e também proporciona um pico de 60 kW de desempenho adicional. A eletricidade gerada pela célula de combustível é distribuída para um sistema de transmissão coaxial de 70kW para as rodas dianteiras e motores individuais de 40 kW nos cubos das rodas traseiras, dando ao Cadillac Provoq tração integral em todas as rodas e excelente dinâmica de condução. Sua velocidade de 0-60 mph (aproximadamente 100 km/h) em 8,5 segundos é muito mais do que uma melhora de 30% sobre o sistema a célula de combustível da geração anterior, com um torque instantâneo para as rodas. Sua velocidade máxima é de 100 mph (160 km/h). As características adicionais de segurança incluem tecnologia de freios com assistência elétrica.
montadora australiana GM Holden anunciou na última semana o recall de 86 mil carros vendidos na Austrália, Oriente Médio, Nova Zelândia e Brasil. Segundo a empresa, há risco de vazamento de combustível do motor, o que poderia provocar um incêndio. A GM no Brasil divulgou que já está tomando providências sobre o assunto, entretanto, adianta que não registrou, até o momento, nenhuma ocorrência em conseqüência desta inconformidade técnica no Omega. Em 2007, foram vendidas 410 unidades do modelo no Brasil e no ano anterior, 562.
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Honda anunciou recall para 1.945 motos importadas, do modelo CBR 1000RR Fireblade, fabricadas em 2006 (chassi de JH2SC579*6M200001 a JH2SC579*6M200907) e 2007 (JH2SC579*7M300001 a JH2SC579*7M301200) por possíveis problemas no tanque de combustível. Os serviços de inspeção e possível substituição da peça podem ser agendados na rede de concessionárias da marca. A Moto Honda da Amazônia disponibiliza o telefone 0800 552221 e o site www.honda.com.br para informações .
FUTUROS MESTRES E DOUTORES DA POLI
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ncerram-se hoje as inscrições para os cursos de Mestrado, Doutorado e Doutorado Direto em Engenharia Mecânica da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. As inscrições on line, www.thinkup.com.br/ppgem/Default.asp ou pessoalmente na Escola Politécnica da USP - Departamento de Engenharia Mecânica - Programa de Pós-graduação em Engenharia Mecânica, Rua Prof. Mello Morais 2231, 1º andar, Cidade Universitária, São Paulo, SP. Mais informações pelo telefone (11) 3091-5320.
GPS E KIT BLUETOOTH
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Navisystem acaba de lançar o novo modelo de Navegador GPS Multimídia, o DOTB 400. O lançamento oferece o moderno conceito “All-in-One” que, no mesmo equipamento, o usuário terá navegador GPS, leitor multimídia e kit para celular Bluetooth. O novo produto tem valor sugerido de R$ 1.850. São mais de mil cidades cadastradas e o DOTB 400 mostra ainda a localização de mais de 1200 radares eletrônicos e emite um sinal sonoro quando a velocidade programada é ultrapassada.
SOCORRO MECÂNICO, TAMBÉM DE BIKE.
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m benefício da preservação do meio ambiente, agilidade no atendimento e qualidade de vida, a Porto Seguro lançou o serviço Bike Socorro: socorristas-ciclistas realizam atendimentos aos segurados Auto em casos que possam ser solucionados no local, como troca de pneu, falta de combustível, carga de bateria, pane simples, entre outros. "O que queremos é, além de tornar o atendimento mais ágil, multiplicar ações socialmente responsáveis e incen-
tivar o uso da bicicleta tanto para o lazer como também para o trabalho", afirma Milton Oliveira, gerente do Porto Socorro e coordenador do projeto. O serviço atende os segurados no litoral paulista (Santos, Guarujá, Praia Grande e Caraguatatuba), praias cariocas (Copacabana, Ipanema, Leblon e Barra da Tijuca), região central da capital paulista (de segunda a sexta-feira) e proximidades dos Parques Ibirapuera e Villa Lobos nos finais de semana.
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Eles não vão conseguir me mandar para o hospital de novo. Eu me mato antes de ser trancada novamente. Por isso, diga a minhã mãe e ao meu pai que eu lhe disse isso.
Reprodução
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
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Britney Spears, em declaração a um amigo
Morte do ator norte-americano Humphrey Bogart (1899-1957)
JANEIRO
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F ESTA S AÚDE
Fantasias sem pluma?
Técnica permite prever derrame Uma técnica descoberta por médicos brasileiros poderá definir quais os pacientes com maior risco de desenvolver o acidente vascular encefálico (AVE) ou derrame cerebral. Uma regulagem específica no aparelho tradicional de ressonância magnética permite identificar imagens de pequenos sangramentos, que aparecem como um sinal de alto brilho e denunciam a possibilidade de derrame cerebral. Com a nova técnica, o AVE deixa de ser imprevisível. O coordenador da pesquisa e cirurgião cardiovascular do
Hospital São Lucas, da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Porto Alegre, Luciano Cabral Albuquerque, explicou que na artéria com placa de gordura podem ocorrer, repentinamente, as microhemorragias, que fazem com que a placa inche, se rompa, produza a formação de um coágulo, provocando o derrame. Segundo ele, esse processo pode levar horas, dias ou semanas, ocasionando até a morte. "Essas microhemorragias são um indício de que o paciente está prestes a ter um derrame." E acrescenta: "o melhor é que a técnica não vai gerar novos custos aos hospitais".
R ELIGIÃO Maurizio Brambatti/AFP
Papa de costas para os fiéis O Papa Bento XVI celebrou parte da missa de domingo de costas para os fiéis, reintroduzindo um antigo ritual que não era utilizado há décadas. O Papa usou o altar com a representação do "Juízo Final", de Michelangelo, na Capela Sistina, em vez da plataforma móvel que o permitiria ficar de frente aos fiéis. Foi mais uma retomada aos rituais antigos utilizados pela igreja Católica antes da reforma do Concílio Vaticano Segundo (1962-1965).
Gripe aviária tem dificultado a importação de penas e plumas para os foliões
A
s plumas, adorno amplamente usado nas fantasias carnavalescas, vêm perdendo espaço no comércio do setor. A gripe aviária, que tem dificultado a importação de penas e plumas, somada à escassez do produto nacional, prejudicam a oferta. O varejo do ramo já se ressente. "A última compra que fizemos da África do Sul foi em janeiro de 2006. No meio do ano passado, tentamos importar e não conseguimos", diz Alexandre Correa, da importadora Cortatex, responsável pelo abastecimento da Casa Costa, na 25 de Março, em São Paulo. A loja só tem 1,5 mil quilos de plumas de avestruz em estoque para atender a demanda deste ano. No Palácio das Plumas, a importação para este ano foi me-
nor do que a feita para o Carnaval passado. Foram 7 mil quilos. No ano anterior, compraram 10 mil quilos. Na loja, a pluma "chorona especial", importada e considerada de melhor qualidade, é vendida por R$ 880 o quilo. É a mais cara. O espigão, que são as primeiras penas do avestruz e podem ter algumas falhas, saem por R$ 220 o quilo. As penas de peru custam R$ 43,50 o quilo, e as de faisão real, R$ 80. Importação – Os números de importação do governo revelam a queda das vendas. De janeiro a novembro de 2007, o Brasil comprou 5,7 toneladas de penas, peles e outras partes de aves da África do Sul, o maior fornecedor mundial de plumas de avestruz. Em 2006, foram importadas 6,8 toneladas no mesmo período. Só não
é possível separar desse total quanto representam apenas as plumas. A importação, de acordo com o Ministério da Agricultura, tem de obedecer a determinados parâmetros. Entre eles garantir que as plumas e penas estão vindo de países livres da gripe aviária e da doença de Newcastle. O Brasil tem o segundo maior plantel de avestruz do mundo, com cerca de 450 mil animais, mas não consegue atender a toda a demanda do Carnaval. "Os animais são criados para abate e as plumas são pequenas para as fantasias. A maior parte acaba indo para o mercado de espanadores", explica o presidente da Associação dos Criadores de Avestruzes do Brasil (Acab), Luís Robson Muniz.
Robert Atanasovski/AFP
P OLÊMICA
Inédito 'estacionamento' do amor
CARNAVAL - Três irmãos vestidos de palhaços participam da parada de Carnaval nas ruas de Vevchani, a 180 quilômetros da capital da Macedônia, Skopje. Realizado todos os anos entre os dias 13 e 14 de janeiro, a festa macedônica tem 1400 anos de tradição.
Apple lançará laptop superfino A Apple deve lançar na próxima convenção anual da empresa, que começa hoje e vai até o dia 18, em São Francisco (EUA), um laptop extremamente fino e um serviço online de locação de filmes. A expectativa é que os novos produtos sejam tão inovadores como a atração do ano passado, o iPhone. A convenção é a ocasião preferida do presidente da Apple, Steve Jobs, lançar novos produtos, sempre em pronunciamentos com tom de espetáculo. Os especialistas esperam um laptop com metade da espessura da atual linha MacBook, que utilize chips de memória flash, como dos tocadores iPod, em lugar de discos rígidos B RAZIL COM Z
Acesso à elite do petróleo O jornal norte-americano The New York Times publicou no fim de semana uma reportagem sobre a situação do Brasil em relação aos combustíveis fósseis. "Enquanto alguns dos maiores produtores de petróleo, incluindo o México e o Irã, lutam para permanecerem exportadores, o Brasil está caminhando na direção oposta", diz o jornal, referindose ao campo de petróleo submarino descoberto no final do ano passado, o campo de Tupi. "O novo campo, juntamente com os projetos de refino em andamento da Petrobras, a empresa estatal de petróleo, também pode vir a transformar o Brasil em um grande exportador de gasolina, aumentando a oferta nos EUA e outros países onde é praticamente impossível a construção de novas refinarias", avalia o NYT.
D ESIGN
C A R T A Z
BRINQUEDOS
Exposição de brinquedos antigos traz 120 peças das décadas de 1950 a 1990. Shopping Campo Limpo (piso Carlos Caldeira), Estrada do Campo Limpo, 459, tel.: 2144-3500. Das 12h às 20h. Grátis.
Material escolar com economia
A Switchrings criou um novo conceito de anel customizado que você mesmo monta e desmonta a partir de kits com quatro peças. Todos são feito em plástico e alguns têm pedrinhas de cristal. Custa US$ 10.
O site do Procon-SP traz dicas sobre como economizar e que cuidados tomar na hora de comprar o material escolar. A mais importante informação é que as escolas não podem exigir que o material seja comprado no próprio estabelecimento. Mas além desta orientação, o site traz informações sobre pesquisa de preços, uniforme escolar, compra de materiais de uso coletivo (produtos de higiene e limpeza), exigir a aquisição de produtos de marca específica, reaproveitamento de livros etc.
www.switchring.com/shop.html
www.procon.sp.gov.br
www.gillianblease.co.uk
A TÉ LOGO
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
Brasileiro trabalhará mais este ano, porque 2008 tem o maior número de dias úteis da década Diretores de Hollywood anunciam negociação com estúdios, num gesto visto como golpe contra os roteiristas em greve
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Nunca repita um anel
Ilustrações de Gillian Blease criadas para revistas e jornais britânicos exploram o contraste de cores como elemento gráfico mais importante
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F AVORITOS
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ilustradora britânica Gillian Blease opta por linhas simples, muitas curvas e cores marcantes, mas nem sempre fortes, para criar suas gravuras e desenhos e se destacar na poluição visual multimídia. Com esse estilo, pretende marcar a feminilidade e o aspecto familiar dos objetos do cotidiano e criar imagens que funcionem quase como logotipos, transmitindo mensagens diretas e evitando a interferência de outros elementos. A artista é considerada uma das mais brilhantes do design contemporâneo britânico. Mais trabalhos no site.
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G @DGET DU JOUR
Linhas e curvas bem iluminadas
Reproduções/site
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custo de 10 euros – cerca de R$ 26 – por 90 minutos em um box coberto, os amantes podem fazer o que bem entenderem dentro de seus carros sem correr o risco de serem denunciados por ato obsceno ou de assaltos. Quem quiser ficar mais tempo no local paga três euros por hora adicional. Um dos principais inimigos do "revolucionário" drive-in é o padre da localidade, Ennio Raimondi. "Ali, fazem coisas contra a moral cristã", diz ele, que organizou uma vigília em frente ao estacionamento, atrapalhando os pombinhos que só queriam namorar.
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Um estacionamento dedicado aos amantes foi aberto recentemente na cidade de Bagnolo Cremasco, em Cremona (norte da Itália), e causou a fúria dos moradores católicos da região. O Luna Parking tem como público alvo os jovens que, ainda vivendo com os pais até depois dos 30 anos, sofrem com a falta de locais para seus encontros amorosos e não têm como bancar os altos preços da rede hoteleira de qualidade não tão boa da Itália. Os jovens consideram a idéia – bastante conhecida no Brasil com o nome de drive-in – revolucionária. Com
T ECNOLOGIA
Rússia deve firmar nesta semana protocolo com o Brasil para retomar a compra da carne brasileira suspensa desde 2005
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4 - ECONOMIA
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
Economia
CAIXA 1 O seu consultor financeiro
EMPRESAS DE CAPITAL ABERTO TENTAM MANTER ACIONISTAS
Vale tudo para atrair investidor Alexandre Cassiano/Agência O Globo
Os bancos já abriram linhas de crédito para impostos. Veja as condições no quadro.
Maria da Guia, que usou parte dos ganhos com ações para comprar um imóvel, aprova desdobramento.
Felipe Frisch/AG
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ue algumas empresas fazem de tudo para atrair clientes não é novidade. Mas, diante de um cenário cada vez mais competitivo também na bolsa de valores, com um número crescente de companhias com capital aberto — de 381, em Aqui é 2005, para 449 tudo ainda hoje —, os muito frio, executivos se matemático, empenham só o balanço, para atrair e com números. manter invesBeto Saadia, da tidores. EspeIntra Corretora cialmente os pequenos, que não mantêm contato freqüente com as empresas, mas ajudam na pulverização do capital. As estratégias vão desde o envio de boletins para as casas dos investidores, semelhantes a encartes de varejistas — caso da Positivo Informática — a programas de reinvestimento automático de dividendos (lucros distribuídos aos acionistas) em ações — oferecidos por Vale, Bradesco e Itaú. "Quem investiu na Vale no início do Real e reinvestiu divi-
dendos tem quase cinco vezes o que tem quem gastou os dividendos", diz Roberto Castello Branco, diretor de Relações com Investidores da Vale. O programa de reinvestimento de dividendos da mineradora, o Vale Investir, foi lançado em 2005 e já tem cerca de 5 mil cadastrados — dos 94 mil investidores pessoas físicas da empresa no Brasil e 180 mil no exterior. A adesão pode ser feita nos bancos custodiantes das ações: Bradesco, Banco do Brasil e HSBC, no caso da Vale, e Bradesco e Itaú no caso dos próprios, ou por meio de suas agências virtuais, para quem for correntista. A preocupação da Vale se explica: os investidores individuais correspondem a 12% do seu capital. O corretor Beto Saadia, da Intra Corretora, lembra que as práticas no mercado brasileiro de relação das empresas com o acionista ainda estão distantes do que ocorre nos Estados Unidos. Empresas como GM e Wal-Mart transformam suas assembléias anuais em grandes eventos, com shows de música pop e apresentações de atores e grandes gurus do mercado. São realizadas em estádios, pois recebem mais de 20 mil pessoas. "Aqui, é tudo muito frio, matemático, só o
Dinheiro em caixa
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balanço, com números", diz. O mais próximo disso no Brasil, e que tem dado mais público do que as assembléias de acionistas — nas quais decisões são tomadas —, são apresentações das empresas com a Associação dos Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec). Outra prática comum é o desdobramento das ações que as empresas fazem quando elas chegam a valores muito altos, dificultando a compra do lote-padrão de cem ações. Cada ação é transformada em duas ou mais, com menor valor e sem perda para o acionista. "Comprei as ações da Vale subindo. Um dia, estavam a R$ 80 e, no outro, a R$ 40. Achei que tinha tido prejuízo, mas minha quantidade de papéis tinha dobrado. É nessa hora que o investidor tem que correr para comprar mais", ensina a professora Maria da Guia de Medeiros de Andrade. A professora, que usou parte dos ganhos com ações — reaplicando dividendos — para completar o valor de um apartamento, arrisca um palpite. "A Petrobras, daqui a pouco, vai ter que fazer um desdobramento. Não vejo a hora. Aí, eu pego até dinheiro emprestado para investir", afirma. Roberto Zentgraf
Poupando, apesar do IPTU om a chegada do início do ano, além dos planos e promessas, vêm contas adicionais que, apesar de refletirem despesas para todo o ano, são cobradas logo no seu início. Refiro-me principalmente ao IPTU, ao IPVA e ao material, matrícula e anuidade escolares. Optei por tratar o IPTU na coluna de hoje. Irei ajudá-lo a tirar vantagem financeira em seu pagamento. Que fique claro, a maior vantagem seria não termos que pagar mais este imposto, mas infelizmente ele é obrigatório. Como é de costume, você poderá quitá-lo em dez parcelas mensais, mas, optando pela cota única (à vista, portanto!), receberá um desconto de 6%. Fica, então, a pergunta: vale a pena aceitar o desconto da prefeitura? Raciocine comigo: a taxa cobrada pela Prefeitura para financiar o imposto é próxima a 1,65% ao mês. Há duas situações distintas: 1 - Você tem o dinheiro para a cota única: levará vantagens no financiamento se conseguir aplicá-lo a taxas superiores a essa (por
exemplo, se investisse a 3% ao mês, teria um lucrinho, tomando emprestado da prefeitura a 1,65% e aplicando a 3%). Infelizmente, na atual conjuntura do mercado, não há aplicações financeiras que ofereçam essa rentabilidade. Também não julgo adequado você se aventurar em bolsa para tentar obter taxas maiores. Conclusão: se esse é o seu caso, pague à vista. 2 - Você não tem o dinheiro para a cota única: levará vantagens ao solicitar um empréstimo, se conseguir obter uma taxa menor que os 1,65% cobrados pela prefeitura. Fora o empréstimo com familiares ou amigos (com grandes risco de perder a amizade ou brigar), desconheço quem esteja emprestando a essa taxa. Conclusão: se é este o seu caso, parcele o IPTU, pagando nas datas estipuladas no carnê (evite a multa pelo atraso, é puro desperdício)! Nessa altura, você deve estar se perguntado: "E qual a vantagem financeira comentada no início do artigo?" Bem, essa
engenharia financeira é apenas para os que têm o dinheiro para a cota única. Entenda como fazê-la através da história a seguir. O IPTU de João e José é de R$ 1 mil, em dez parcelas de R$ 100 ou em cota única de R$ 930. Vencem sempre no dia 8 e, no banco onde têm conta, um fundo de renda fixa remunera a 0,8% ao mês. João decidiu pagar o IPTU a prazo e, assim, aplicou em 8 de fevereiro os R$ 930, correspondentes ao valor da cota única do IPTU. Em 8 de dezembro, ele terá R$ 1.007,14. José, por outro lado, pegou os R$ 930 que tinha guardado e pagou o IPTU em cota única; ao mesmo tempo, em 8 de fevereiro depositou no fundo do banco os R$ 100 referentes à primeira cota, em 8 de março mais R$ 100 referentes à segunda, e assim sucessivamente, até 8 de novembro. Em 8 de dezembro ele terá acumulado R$ 1.045,07, uma diferença a seu favor de R$ 37,93. Nada mal, não? E aí, após dessa pequena história, quem você preferirá imitar: João ou José? Um grande abraço e até a próxima semana!
Fugir dos bancos para despesas de início de ano é o melhor, dizem economistas Simone Marinho/Agência O Globo
Para não se endividar, a artesã Cerize Barbosa Blyth diz que não vai recorrer a empréstimos para impostos.
Juliana Rangel/AG
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u e m e x a g e ro u n a s compras de Natal e se esqueceu de poupar para as despesas de início de ano, como pagamento de Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) ou compra de material escolar se vê agora entre duas questões: optar pelo parcelamento oferecido pelos governos municipal e estadual e pelas papelarias ou tomar empréstimos em bancos para pagar as despesas de uma só vez, aproveitando descontos. Banco do Brasil, Santander e Bradesco já abriram essas linhas de crédito, com taxas de juros entre 2,32% e 3,28% ao mês. Outros bancos têm linhas de crédito pessoal que podem
ser usadas para esse fim, com taxas de 2,2% a 6,26% mensais, ou que são negociadas caso a caso. Mas os especialistas não recomendam o financiamento em instituições financeiras. Nas contas do professor de finanças do Ibmec-Rio Gilberto Braga, empréstimos bancários para pagamento dos impostos à vista só valeriam a pena por um período de até dois meses. A partir de três, os financiamentos passam a ser uma opção mais custosa. A artesã Cerize Barbosa Blyth não pretende pegar financiamento para pagar os dois impostos para não se endividar. "Faço tudo por um desconto e evito empréstimos." Tomando como base os juros mensais dos três bancos que oferecem as linhas específicas, Braga estima taxa média mensal de 3,65%. A conta considera
gastos com o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no ato, de 0,38%, mais IOF de 3% ao ano, o que daria 0,25% ao mês. Além disso, engloba a Taxa de Abertura de Crédito. No caso de um financiamento de R$ 1 mil, por exemplo, em 12 meses, as prestações seriam de R$ 104,37, com gasto total de R$ 1.252,43. Em 24 meses, a prestação média mensal seria de R$ 63,22, com o valor final chegando a R$ 1.517,28. Material — No caso do material escolar, a alternativa é recorrer às ofertas do varejo. Os sites Submarino e Americanas.com e o da Saraiva parcelam em até 12 vezes sem juros. "Só é vantajoso tomar empréstimo se a alternativa for entrar no cheque especial ou no rotativo do cartão de crédito, bem mais custosos", diz o professor do Ibmec-Rio Ruy Quintans.
CRÉDITO Cadastro positivo pode sair do papel
P
roposto há cinco anos, o cadastro positivo de consumidores, cujo objetivo é reduzir a taxa de juro dos empréstimos para bons pagadores, pode entrar em vigor no segundo semestre. A expectativa é de que a tramitação do Projeto de Lei nº 836, de 2003, chegue ao fim no Senado em meados deste ano. A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e a Serasa já estão com tudo pronto para colocar seus cadastros em ação. Hoje, como a taxa cobrada no crédito é única, os bons pagadores arcam com
juros maiores para compensar as perdas que o banco terá com quem não honra dívidas. De acordo com o projeto, caberá ao consumidor decidir se deseja ou não fazer parte da lista. "O consumidor só será inscrito no cadastro positivo se der sua autorização", diz Marcel Solimeo, da ACSP. "Mas se ele não autorizar, é claro que isso já vai ser um sinal negativo." Ou seja, o sucesso do cadastro dependerá da adesão de consumidores. O projeto foi aprovado em 2007 em duas comissões da Câmara dos Deputados
(Defesa do Consumidor e de Constituição e Justiça). Como se trata de projeto conclusivo, a princípio, bastariam essas duas votações para que ele fosse aprovado e encaminhado ao Senado. Mas foram apresentados dois recursos à aprovação do projeto nessas duas comissões. Assim, o próximo passo será a votação desses recursos, conjuntamente, pelo plenário da Casa. Se forem aceitos, o projeto de lei terá de ser votado pelo plenário. Do contrário, o projeto voltará à Comissão de Constituição e Justiça. (AE)
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Distritais & FacespInterior
ACSP
Fotos de Paulo Pampolim/Hype
SÃO MIGUEL GANHARÁ COMPLEXO VIÁRIO Iniciativa da Prefeitura de São Paulo com o governo do Estado, projeto, que ligará a marginal do Tietê e a rodovia Presidente Dutra à avenida Jacú-Pêssego, deve ser finalizado ainda neste primeiro semestre
Miguel Rachid (à esq.): menos trânsito, mais indústrias e empregos. É a expectativa quanto à nova obra na região.
André Alves
O
complexo viário Jacu-Pêssego, que está em fase de construção, na zona leste da Capital, ajudará a desafogar o problemático tráfego de veículos em São Miguel Paulista e suas redondezas, promoverá a criação de empregos, alavancará o comércio e incentivará a chegada de indústrias à região. Essas mudanças fazem parte das expectativas do superintendente da Distrital São Miguel da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Miguel Rachid. A primeira fase do projeto, a alça que liga a rodovia Ayrton Senna no sentido Interior à avenida Jacu-Pêssego, foi entregue no dia 20 de dezembro de 2007. De acordo com o subprefeito de São Miguel, Décio Ventura, a previsão é de que todo o complexo esteja finalizado até o final do primeiro semestre deste ano. A iniciativa é uma parceria entre a prefeitura e o governo de São Paulo. O primeiro trecho do projeto (a alça tem 2,1 quilômetros de extensão) consumiu investimentos de R$ 368 milhões. Desses, R$ 185 milhões foram desembolsados pelo governo do esta-
Obras devem ser concluídas até o final de 2007, diz Décio Ventura (à dir.), subprefeito de São Miguel
do, R$ 119 milhões, pela Prefeitura de São Paulo e os restantes R$ 64 milhões, pela Caixa Econômica Federal (CEF). "Essa alça é extremamente positiva para o trânsito local, já que aliviará o fluxo de veículos nas avenidas Doutor Assis Ribeiro e São Miguel", disse Rachid. Até então, quem precisava acessar a Jacu-Pêssego tinha apenas a avenida Assis Ribeiro como alternativa. Projeto - Além da alça que liga a rodovia Ayrton Senna à Jacu-Pêssego, o projeto do complexo viário contempla outras intervenções. Quando estiver concluído, ele interligará a marginal do Tietê e a rodovia Presidente Dutra à ave-
nida Jacu-Pêssego, facilitando o acesso ao aeroporto de Cumbica. O projeto ainda prevê a conexão futura com os pólos industriais do ABC, de Mauá e Guarulhos. Em suma, a JacuPêssego funcionará como uma espécie de minirrodoanel leste, até a conclusão das obras do Rodoanel. A previsão é de que um milhão de pessoas seja beneficiada. A complementação da extensão norte do complexo, com quase 5,1 quilômetros, está sob a responsabilidade da Prefeitura de Guarulhos. Ela interligará a região metropolitana às rodovias Ayrton Senna e Dutra e ao aeroporto de Cumbica. O restante das obras contempla a parte final da ligação do viaduto da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) à Ayrton Senna e a conexão entre São Paulo e Guarulhos por meio do entroncamento entre as avenidas Assis Ribeiro e Santos Dumont. Por fim, serão erguidas três pontes: uma sobre o rio Tietê e a Ayrton Senna e duas sobre a Jacu-Pêssego, sendo uma no sentido São Paulo e outra no sentido Rio de Janeiro.
A alça que liga a Rodovia Ayrton Sena à avenida Jacu-Pêssego (acima) vai aliviar o atual tráfego intenso da rua Doutor Assis Ribeiro (à direita)
Parque - Além do complexo viário, a população da zona leste ganhará um parque verde, ainda sem nome definido, que será construído nas áreas remanescentes do complexo viário. "São Miguel Paulista carece de áreas verdes. O parque será uma grande conquista para toda a população da região", afirmou Ventura. Para o superintendente da Distrital São Miguel, como o complexo facilitará a entrada e a saída do bairro, o comércio de São Miguel e seus arredores será diretamente beneficiado. "Essas obras refletirão de forma positiva não apenas em São Miguel, mas em outros bairros, como Itaquera e Penha. Além disso, quando estiver pronto, o complexo servirá como ligação do aeroporto de Cumbica ao Porto de Santos, via ABC e zona leste", concluiu o superintendente.
Notícias das associações comerciais e industriais do interior do Estado
INFORMAÇÕES TURÍSTICAS AO ALCANCE DA MÃO
Divulgação
Atrativos de 67 estâncias paulistas vão poder ser conferidos em 13 totens que funcionarão pelo sistema touch screen, ou seja, pelo simples toque na tela.
A
s 67 estâncias paulistas contarão, a partir do próximo dia 20, com uma nova ferramenta para divulgar seus atrativos turísticos: os 13 totens desenvolvidos pela Associação das Prefeituras de Cidades-Estância do Estado de São Paulo (Aprecesp). Onze deles serão instalados em lojas da rede Frango Assado, um, na subida da Baixada Santista em direção a São Paulo e outro, na região Noroeste do Estado. Os totens trarão informações sobre as principais atrações turísticas das cidades contempladas, além de um guia de serviços. A iniciativa visa aumentar a divulgação desses atrativos e, conseqüentemente, levar mais turistas para as cidades-estância, beneficiando o comércio e os segmentos de hotelaria e restaurantes dessas localidades.
André Alves
Para Orlando de Faria (foto), o ganho será dos usuários e das cidades menos conhecidas de muitos turistas
Município de São Roque (foto): entre os beneficiados com a divulgação
O totem, com aproximadamente dois metros de altura e design em metal, permitirá que o interessado acesse as informações sobre as estâncias por meio do conceito t ou ch s cree n, que exige apenas um toque na tela do computador.
As cidades foram divididas em quatro categorias: balneárias, climáticas, hidrominerais e turísticas. Entre as informações que poderão ser encontradas estão atrações turísticas, box de serviços (telefones úteis, endereços, si-
tes de hotéis, restaurantes e outros), eventos, bancos, dicas de como chegar, vídeos institucionais, temperatura e o serviço fale conosco. De acordo com o gerente da Aprecesp, Orlando de Faria, a Associação investiu R$ 170 mil no projeto. "Queremos oferecer o maior número de serviços aos usuários. Além de fomentar o turismo e o comércio das cidades, muitas ainda não muito conhecidas terão a oportunidade de divulgar suas potencialidades para um grande público". Segundo estimativas
do executivo, quase 2,5 milhões de pessoas passam mensalmente pelas 11 lojas do grupo Frango Assado no Estado de São Paulo. Otimismo - Os presidentes das Associações Comerciais das cidades-estância enxergam com otimismo a iniciativa. "Os totens trarão desenvolvimento para os municípios. Com o aumento esperado no número de turistas, o comércio certamente se beneficiará, assim como os prestadores de serviços", enfatizou Zagma Margiotte, presidente da As-
sociação Comercial e Industrial de Ilha Solteira (Aceis). O mesmo ponto de vista tem o presidente da Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de São Roque (Acia), Antonio Di Girolano. Para ele, "trata-se de uma ótima idéia. Com as informações, os turistas poderão comparar diversas cidades e seus principais atrativos turísticos. O comércio, os hotéis, as pousadas e os restaurantes serão os grandes beneficiados", concluiu. André Alves
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Política OPOSIÇÃO QUER FREIO É um escândalo, uma verdadeira compulsão por gasto supérfluo. Augusto Carvalho (PPS-DF)
NA FOLIA DE GASTOS
Ag. Câmara
O ministro (Guido Mantega, da Economia) foi cínico, fez uma declaração atrapalhada e desrespeitosa. Deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), a respeito da justificativa dada pelo governo para o aumento de impostos.
Despesas com cartões subiram 129% em 2007; escolas do Rio esperam R$ 12 milhões do "PAC do Samba"
A
oposição vem aumentando o cerco ao aumento dos gastos do governo. O primeiro golpe foi a não prorrogação da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF). Agora, esta semana haverá uma mobilização para impor medidas de controle dos gastos com cartões corporativos, que cresceram 129% em 2007 em relação ao ano anterior. Estão em estudo a edição de decreto legislativo que obrigue o governo a reduzir e dar transparência aos gastos, a convocação do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, para dar esclarecimentos ao Congresso; e até mesmo um pedido ao Ministério Público de abertura de uma ação de improbidade administrativa contra os responsáveis pela gastança. De janeiro a dezembro, a despesa com os cartões somou R$ 75,6 milhões, 4,3 vezes mais do que em 2004, quando o go-
"Rezem para mim, que o negócio está feio. Estou saindo satisfeito (do hospital) porque eu sou assim mesmo, mas que a coisa é preta, é". Vice-presidente José Alencar (PR-MG) ao deixar o hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde passou por nova cirurgia para combater um tumor abdominal.
Falta ao presidente Luiz Inácio austeridade. Ele nomeou 25 mil aloprados pela porta larga da malandragem ganhando R$ 10.448 por mês. Senador Mão Santa (PMDB-PI)
As pessoas acham excelente fazer cortes de gastos, mas no outro lado da rua, no outro Poder, no outro ministério. Paulo Bernardo, ministro do Planejamento
Novamente, o que está faltando, mais do que a discussão do conteúdo, é o encaminhamento da discussão no Congresso". Senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), presidente do Congresso, sobre o relacionamento do Executivo com os parlamentares.
deputado Augusto Carvalho (PPS-DF), co-autor da representação que levou o Tribunal de Contas da União (TCU) a fazer uma devassa nos cartões
U
m em cada sete dos parlamentares que decidirão se aprovam a elevação da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) dos bancos de 9% para 15%, proposta pelo governo após o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), teve parte dos gastos de campanha financiada pelo setor bancário em 2002 e 2006. Um levantamento feito no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que estão nessa situação 24 dos 81 senadores (29,6%) e 64 dos 513 deputados (12 4%). Ao todo, são 88 políticos – 48 oposicionistas e 40 aliados do governo. O recordista foi o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que em 2006 recebeu R$ 1,6 milhão de quatro bancos – o que respondeu por 13,7% de seus
Celio Azevedo/Ag. Senado 09.10.2007
Mercadante foi o recordista: recebeu R$ 1,6 milhão de 4 bancos
gastos. Oposicionistas como o s e n a d o r A r t h u r Vi r g í l i o (PSDB-AM), com R$ 210 mil, e o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), com R$ 80 mil, também estão na lista daquele ano. Em 2006, as planilhas do TSE apontam contribuições feitas
por 20 bancos, num total de R$ 11.431.670,00. Não há preferências partidárias: a lista de beneficiados inclui tanto políticos do DEM ou do PMDB como do PPS ou PCdoB, por exemplo. Entre os maiores bancos nacionais, Unibanco, Bradesco e Itaú aparecem
como os principais doadores, com valores acima de R$ 2,3 milhões cada. Defesa – Os parlamentares descartam a possibilidade de influência na votação. "Isso não mexe com a minha racionalidade", diz Arthur Virgílio. "Tive ajuda de empreiteiros e pedi com energia a CPI das Empreiteiras", exemplifica o senador. Rodrigo Maia concorda: "Quando a Febraban me criticou e a meu partido, disse que iria convocá-los a se explicar na Câmara. Mantenho uma relação imparcial com o setor." Tanto Virgílio como Maia dizem que votarão contra o aumento da alíquota da contribuição. O senador tucano afirma ser contra o aumento da carga tributária e lembra que os aliados de Lula "jamais ganharam tanto dinheiro (de campanha) dos bancos." (AE)
Alencar: sem previsão de alta vice-presidente da República, José Alencar, foi internado sábado à noite no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para tratar um "quadro infeccioso". Ainda não há previsão de alta do vice-presidente, segundo o boletim médico, e seu "estado geral é estável". Alencar assumiria a Presidência hoje, durante a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Cuba e Guatemala. Alencar, de 76 anos, esteve internado entre os dias 3 e 6 deste mês no mesmo hospital para sessões de quimioterapia, que fazem parte do tratamento ao qual vem sendo submetido devido a um tumor na região abdominal. Mesmo internado, Alencar ocupará oficialmente o posto de chefe da nação a partir da manhã de hoje. "Ele está bem, graças a Deus", disse ontem à tarde o empresário Josué Christiano Gomes, filho e sucessor de Alencar na Companhia de Tecidos Norte de Minas (Coteminas). Josué confirmou que a febre do pai está controlada. "De certa maneira, era até espera-
Luiz Prado/LUZ 18.10.2007
Raimundo Paccó/Folha Imagem
Alencar: estado geral é estável
Disposição é levar adiante a candidatura, disse o ex-governador
Ag. Senado
O
Roosewelt Pinheiro/ABr
Sérgio Guerra, presidente do PSDB, também insatisfeito com a forma com que o governo lida com o Congresso.
Tem a sensibilidade dos militares, mas também tem a sensibilidade das famílias dos mortos e a sensibilidade dos que consideram que a tortura não prescreve. Tarso Genro, ministro da Justiça, sobre as acusações da justiça italiana contra militares brasileiros que teriam tido suposta participação na Operação Condor, montada entre governos latinoamericanos durante as ditaduras.
verno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou o uso dos cartões. "É um escândalo, uma verdadeira compulsão por gasto supérfluo", criticou o
88 políticos receberam doações de bancos
Marcello Casal Jr/ABr
Não é dando cargos, favores ou liberando emendas, como ficou provado na época do mensalão, que faremos com que o Brasil vá para frente.
O presidente Lula deu a palavra dele. Não pode voltar atrás. Nilo Figueiredo, presidente da Portela
corporativos em 2005. "O que vem ocorrendo é uma afronta à moralidade", acrescentou o senador Heráclito Fortes (DEM-PI). PAC do Samba – Os gastos do governo não páram por aí. O já milionário carnaval do Rio vai receber um reforço de caixa este ano – R$ 12 milhões, para serem divididos entre as 12 escolas do Grupo Especial. O comando das escolas ainda não recebeu nada da bolada, apelidada de "PAC do Samba". "Está demorando, mas vem. O presidente Lula deu a palavra dele. Não pode mais voltar atrás", diz Nilo Figueiredo, presidente da Portela. Mesmo assim, as escolas já estão gastando por conta. A Beija-Flor, atual campeã, não confirma, mas o que dizem nos barracões é que os gastos este ano batem a casa dos R$ 8 milhões. "Deixa o povo falar. A gente sabe gastar o dinheiro que entra", desconversa Josué Júnior, que administra o carnaval da escola. (AE)
PACOTE TRIBUTÁRIO Dida Sampaio/AE
Alguns veículos foram objetivos ao transmiti-las para bem informar seus leitores. Outros o fizeram com a habitual má vontade que têm em relação a mim e às notícias sobre o PT. Ex-ministro da Casa Civil e deputado cassado José Dirceu (PT-SP), sobre a repercussão de suas declarações à revista "Piauí".
Agência o Globo
do", observou o empresário. Os médicos explicaram que a quimioterapia provoca efeito colateral por causa da perda da capacidade imunológica do organismo. "É assim mesmo" anotou Josué. "Os médicos procuram manter sob controle absoluto essa capacidade do organismo de combater infecções. Na hora em que cai a um patamar que consideram abaixo, eles procuram dar um conjunto de medicações para trazer essa capacidade a níveis normais ou pelo menos razoáveis." (Agências)
Alckmin fala como candidato
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ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), não vai mudar um milímetro de sua estratégia por causa das afirmações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, segundo as quais "seria ótimo" manter a aliança PSDB-DEM em São Paulo, com a candidatura do prefeito Gilberto Kassab (DEM) à reeleição. Embora Alckmin tenha evitado – nas entrevistas que
deu ontem de manhã, durante as comemorações do Dia de São Benedito – manifestar em público a discordância, sua disposição é de levar adiante a candidatura. O ex-governador aproveitou o evento de ontem para falar de política, e se disse contra a proposta de recriação da CPMF. E criticou ainda o aumento da alíquota do IOF. "Muito ruim essa questão", disse o tucano. (Agências)
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Passe Livre Camp. Paulista Estaduais Copa São Paulo
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10 CAMPEONATOS JÁ COMEÇARAM
clubes têm os campeonatos Paulista e Mato-Grossense, os dois maiores do Brasil
TEMPO DE ESTADUAIS paSse livre Roberto Benevides
Futebol é fácil
P
arece fácil jogar futebol quando a gente vê em campo um craque como o brasileiro Alexandre Pato que, aos 18 anos, estreou oficialmente com a mitológica camisa do Milan como se estivesse apenas jogando mais uma pelada nas ruas poeirentas de Pato Branco. Será mera coincidência que, depois de oito decepções sucessivas, o Milan tenha conseguido sua primeira vitória dentro do San Siro neste Campeonato Italiano exatamente na estréia do garoto paranaense, feito cidadão do mundo da bola no Internacional de Porto Alegre? Não é o que indica a curta, porém significativa, carreira da mais promissora jovem estrela do futebol brasileiro. Em novembro de 2006, com 17 anos, Pato estreou espetacularmente no Brasileirão como destaque dos 4 a 1 sobre o Palmeiras, no Parque Antártica! Menos de um mês depois, em seu terceiro jogo como profissional, ganharia no Japão o Mundial de Clubes ao ajudar o Inter a bater o Barcelona por 1 a 0. Não admira, pois, que o garoto tenha voltado a brilhar numa nova estréia - os 5 a 2 do Milan sobre o Napoli, com direito a um gol e participação em outros dois. O futebol é fácil. Pelo menos, para Pato.
APROVADO
A estréia de Pato foi saudada com entusiasmo por La Gazzetta Dello Sport, a mais importante publicação esportiva italiana, com direito a três imagens no alto da primeira página do seu site e um trocadilho infame na manchete: "É um Milan (P)ATÔmico". Dos 8.132 internautas que votaram até as 21 horas (do Brasil) no site do jornal, 21.3% deram nota 10 ao brasileiro; 15.3% deram 9 e 32.8% deram 8.
E O CORINTHIANS?
Bem que os responsáveis pelo site do Palmeiras tentaram disfarçar, alinhando os quatro semifinalistas de 2007, mas não há corintiano que não tenha sentido como provocação a ausência do Corinthians entre as opções da enquete Qual será o mais forte adversário do Palmeiras no Paulistão de 2008? A torcida parece ter sido sincera na resposta: São Paulo - 79.93%; Santos - 10.55%; Bragantino 6.75%; São Caetano - 2.77%.
*Com Agência Estado e Reuters
O
futebol está de volta, com a disputa dos vários campeonatos estaduais pelo Brasil afora. Nestes primeiros meses do ano, e até o início das Séries A, B e C do Campeonato Brasileiro, eles dividirão as atenções com as Copas do Brasil e Libertadores, que serão jogadas paralelamente a partir de fevereiro. Em São Paulo, a bola só começará a rolar na quarta-feira, mas no resto do país já há várias disputas em andamento. O primeiro campeonato de 2008 começou ainda em 2007. É o Paraense, em que desde novembro nove clubes disputaram em um turno único cinco vagas para se juntar aos cinco primeiros colocados de 2007 a partir de 9 de fevereiro. Neste ano, o primeiro campeonato do ano a se iniciar foi o
Edu Nadar/AE
Cearense, no dia 5, com uma surpreendente derrota do favorito Ceará diante do pequeno Horizonte, por 5 a 1. Também já tem jogos no Paraná, desde o dia 9, e na Bahia, desde o dia 10. Sábado, dia 12, e ontem, 13 de janeiro, começaram os campeonatos estaduais do Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo. Amanhã começa o Campeonato Rondoniense, e na quarta, além do Paulista, têm início os jogos em Santa Catarina. No próximo final de semana começa o Campeonato Carioca, que neste ano terá a dupla Flamengo e Fluminense envolvida também na disputa da Copa Libertadores. Para ambas as competições, o Fluminense foi quem melhor se reforçou. Trouxe os atacantes Dodô (ex-Botafogo), Washing-
ton (ex-Reds Urawa-JAP) e Leandro Amaral (ex-Vasco), o meia argentino Conca (ex-Vasco), o volante Ygor (ex-Start, da Noruega) e o lateral-esquerdo Gustavo Nery (ex-Corinthians). Mas o Flamengo também foi às compras, e estréia reforços como o zagueiro Rodrigo (ex-Dínamo de KievUCR), os volantes Kleberson (ex-Besiktas-TUR), Jonatas (ex-Espanyol-ESP) e Gavilán (ex-Grêmio) e o meia Marcinho (ex-Atlético-MG). No mesmo fim de semana do Rio de Janeiro,terão início os campeonatos estaduais do Rio Grande do Sul e em Goiás, Amazonas, Mato Grosso e Paraíba. Em Minas Gerais, o campeonato estadual começa somente no dia 27. Os únicos estados sem previsão para o início de seus campeonatos são Roraima e Maranhão.
Fluminense de Dodô e Leandro Amaral foi o time carioca que mais se reforçou para este início de temporada
José Luís da Conceição/AE
COPA SÃO PAULO DE JUNIORES
A
Santos de Alemão está na segunda fase, com os outros grandes
Todos classificados
segunda fase da Copa São Paulo de Juniores terá a presença de todos os quatro grandes clubes paulistas. Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo passaram pela fase de grupos sem maiores dificuldades, e agora entram nos mata-matas como favoritos. A competição começou no dia 5 de janeiro, com 88 times divididos em 22 grupos de quatro, sediados em cidades diferentes do Estado. Classificaram-se o primeiro colocado de cada grupo e os dez melhores segundos colocados por índice técnico. A classificação de Corinthians e São Paulo, como primeiros colocados de seus respectivos grupos, foi decidida no sábado. Jogando em São José do Rio Preto, o Corinthians fez 3 a 1 no América e manteve o
aproveitamento de 100%, como primeiro colocado do Grupo A, que tinha também Sorriso-MT e Ceilândia-DF. Antes, o time corintiano havia feito 3 a 0 no Ceilândia, em sua estréia, e 2 a 0 no Sorriso. Já o São Paulo teve que suar para ficar com a primeira colocação do Grupo P, que foi jogado em Araras. A última partida foi contra o União São João, o dono da casa, e terminou com a difícil vitória tricolor por 3 a 2. Antes, o São Paulo havia estreado na competição fazendo 3 a 0 no CSA-AL e empatando surpreendentemente com o Piauí-PI em 1 a 1. Ontem, foi a vez de Palmeiras e Santos garantirem os primeiros lugares de seus grupos e assegurarem presença na segunda fase da Copa São Paulo. Em Rio Claro, o Palmeiras empatou em 1 a 1
com o Rio Claro, resultado suficiente para o Alviverde ficar em primeiro no grupo. Nos jogos anteriores, o Palmeiras fez 2 a 0 no São José de Porto Alegre (RS) e 2 a 1 no Americano do Maranhão. Pelo Grupo K, na Rua Comendador Souza, na capital, o Santos goleou o Nacional, time da casa, por 4 a 0 e também terminou em primeiro lugar. O destaque da partida foi o atacante Alemão, autor de dois gols santistas. Nos jogos anteriores, o Santos fez 2 a 1, de virada, no ABCRN e goleou o Barra do Garças por 5 a 1. Além dos quatro times mais tradicionais do Estado, também estão entre os 32 classificados para a próxima fase: Santo André (Grupo B), Ferroviária, de Araraquara (Grupo G), Rio Branco, de Americana (Grupo H), Pão de Açúcar (Grupo I), Ponte
Preta, de Campinas (Grupo R), São Bernardo, União São João, de Araras, Guarani, de Campinas, e Taboão da Serra. O Corinthians vai enfrentar o Santo André; o Santos vai medir forças com o AméricaMG; o São Paulo vai enfrentar o Atlético-PR, quarto classificado pelo índice técnico, enquanto o Palmeiras vai pegar o Figueirense, oitavo pelo índice técnico. Os demais confrontos, ainda sem datas definidas, são os seguintes: Fortaleza x Coritiba; Taboão da Serra x MaríliaMA; Ferroviária x Rio BrancoSP; Pão de Açúcar x Portuguesa; Internacional-RS x Juventude-RS; Flamengo-RJ x Goiás; Fluminense-RJ x Nacional-AM; Grêmio x São Bernardo; Ponte Preta x Bahia; Vasco da Gama x União São João; Vitória x São Carlos e Cruzeiro x Guarani
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DCARRO
São Paulo, segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
ÁLCOOL
Dono de flex leva vantagem em 22 Estados Balanço de 2007 mostra que o preço do álcool caiu 11% e garante economia para o consumidor em grande parte do País
E
nquanto o preço médio da gasolina teve queda de 1,6% no ano passado, o do álcool caiu 11%, garantindo maior economia aos consumidores de carros flex de 22 Estados brasileiros. A conclusão faz parte do último levantamento feito pelo Ticket Car, produto de gestão de despesas de veículos da Ticket, que faz acompanhamento mensal do preço dos combustíveis em todo o País. São Paulo continua à frente na lista dos Estados onde o álcool é mais vantajoso, mas a diferença - que já passou dos 49% entre o preço dos dois combustíveis - hoje está em 45%. Na seqüência aparecem Mato Grosso, Paraná e Alagoas. Já em relação à gasolina, o levantamento mostra que apenas no Amapá, Amazonas, Pará,
Piauí, e Roraima ainda vale a pena utilizá-la. Para Marcelo Nogueira, gerente de Negócios Especialista do Ticket Car, a queda no preço do álcool em 2007 se justifica, principalmente, pela popularização dos veículos bicombustíveis e o aumento expressivo da produção. Considerando o volume abastecido pelos 220 mil veículos geridos pelo Ticket Car, o álcool representou 15% do volume consumido no último trimestre do ano passado, contra 11% do mesmo período de 2006. Além de informação para reduzir os custos com abastecimento, os dados fornecidos pelo Ticket Car também são úteis no momento de definir se vale ou não a pena comprar automóveis bicombustíveis em cada
uma das regiões do Brasil. As informações completas podem ser consultadas pelos consumidores por meio do endereço www.ticket.com.br/ticketcar. Pesquisa - O levantamento, feito por profissionais do Ticket Car, abrange mais de 8 mil postos credenciados à sua rede, nos quais são verificados os preços médios dos dois combustíveis em cada localidade. O objetivo da empresa om esse serviço é agregar valor às operações de seus clientes, oferecendo consultoria contínua para gestores e usuários. “O gasto com combustíveis é um dos principais custos de uma frota. E é preciso tomar cuidado pois, apesar de mais barato, a autonomia do veículo com o álcool é em média 30% menor.
Assim, para ser vantajosa a sua utilização, o preço do litro também precisa ser 30% menor”, explica Marcelo Nogueira. No mercado desde 1990, inicialmente apenas para abastecimento, o Ticket Car é uma linha de produtos e serviços para gestão de despesas de veículos, que inclui controle do abastecimento e da manutenção, serviços de assistência 24 horas, administração de bomba de combustíveis interna, entre outros. O Ticket Car traz uma economia média de até 20% na gestão de frotas empresariais e é um produto que opera 100% em cartão. Atualmente, o Ticket Car atende a mais de 4 mil empresasclientes. Ao todo, são 220 mil veículos geridos, atendidos por meio de 10 mil estabelecimentos credenciados.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
DIÁRIO DO COMÉRCIO
ECONOMIA - 5
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
Congresso Planalto Bastidores CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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POLÍTICOS NAS PRATELEIRAS De Zélia Cardoso de Mello a Mônica Veloso há leitura suficiente sobre a claudicante história recente do País aconteceram em seu governo e entraram para a história, estão as mortes do jornalista Vladimir Herzog e do operário Manuel Fiel Filho, que levaram à exoneração do comandante do II Exército Eduardo D'Ávila Melo, da linha dura. Versão municipal – Fora do cenário nacional, a Capital paulistana é cenário do livro "São Paulo, o Bom Combate da Paz", do secretário municipal de Esporte, Lazer e Recreação, Walter Feldman (PSDB). Secretário municipal de Coordenação das Subprefeituras, de 1º de janeiro de 2005 a 31 de janeiro de 2006, na gestão José Serra, ele conta sua experiência na pasta : fiscalização do comércio ambulante e combate à poluição sonora. O livro já vendeu oito mil exemplares e agora ele prepara um novo livro para mostrar o trabalho na Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação. De acordo com Feldman, seu objetivo é documentar o trabalho realizado na gestão pública. Isso vem desde o período em que foi vereador e deputado. Outro parlamentar paulistano, o deputado federal José Eduardo Martins Cardozo (PT), registrou em livro uma experiência inquietante: a participação na CPI da Máfia dos Fiscais da Câmara de Vereadores na gestão do
Sergio Kapustan
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ocumento histórico, defesa política, prestação de contas, relato pessoal e até biografia em estilo de romance. A política brasileira vem conquistando espaços em livrarias nos últimos 20 anos. Não faltam assuntos bombásticos, mas os resultados são pobres. A avaliação é do jornalista e escritor Luis Gutemberg, que escreveu sobre a vida política de Ulysses Guimarães e Pedro Simon, entre outros. Ele cita dois exemplos: Os livros "Sobre formigas e cigarras", de Antonio Palocci, e "O Poder que Seduz", de Mônica Veloso. Ambos lançados em 2007. Palocci narra sua trajetória no primeiro governo do presidente Lula – sua indicação em 2002 para o Ministério da Fazenda à demissão do cargo em 2006 – por uma suposta participação no
Não faltam assuntos bombásticos, mas os resultados são pobres. Luis Gutemberg
CADA UM CONTA A SUA VERSÃO
Ex-ama nte de Ren an
istro da Ex-min a Fazend
24.877 exemplares e vendeu 21.365. Paixão no Planalto – O livro da jornalista Mônica Velloso, cujo affair com o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB) explodiu na mídia e motivou um processo de cassação contra ele, foi lançado no final do ano passado. O livro pegou carona na edição de outubro da revista
te
siden Ex-pre FHC
2004, narrar sua trajetória no ministério e a paixão pelo também ministro, Bernardo Cabral. O polêmico livro foi publicado na década 90. O leitor interessado em ler a obra pode adquiri-la nos sebos de São Paulo ao preço de R$ 7,00 em média. Nacional – Três figuras do presente –Fernando Henrique Cardoso, José Genoino e Roberto Jefferson – e uma do passado da ditadura militar (19641985), o ex-governador Paulo Egydio, estão com livros na praça. O mais antigo é Fernando Henrique Cardoso, cuja obra "A Arte da Política", no mercado há dois anos, conta os principais fatos de sua gestão na Presidência da República (1995-2002).
Eymar Mascaro
Mais pressão
P
or considerarem fundamental o apoio do PSDB à candidatura do prefeito Gilberto Kassab à reeleição, dirigentes do DEM vão intensificar as conversações com os tucanos na esperança de evitar que Geraldo Alckmin seja candidato à Prefeitura. Um dos dirigentes do DEM que pretende se avistar com o governador José Serra em São Paulo é o ex-presidente do PFL, Jorge Bornhausen. Gilberto Kassab reúne boas condições de se reeleger, sobretudo se contar com o apoio dos tucanos. Mas, se Geraldo Alckmin se candidatar, a situação do democrata se complica. Pesquisas indicam que Kassab tem chance de derrotar o PT no segundo turno, desde que Alckmin não se candidate.
COMPORTAMENTO
CARGO
Geraldo Alckmin tem dado demonstração de que pretende se candidatar à Prefeitura, porque admite ter chances de se eleger. O tucano vem liderando as pesquisas juntamente com Marta Suplicy (PT) e Gilberto Kassab (DEM). Alckmin não tem vontade de esperar até 2010 para disputar uma nova eleição.
A ministra do Turismo reafirma que, pelo seu gosto, permanecerá no cargo até o final do mandato de Lula. A disposição de Marta é disputar o governo do Estado em 2010. Os petistas argumentam que, mesmo sendo derrotada para a Prefeitura, Marta tem chance de se eleger governadora.
SUGESTÃO
CHAPA
José Serra continua contrário à candidatura de Alckmin a prefeito. Para o governador, Alckmin deve se preservar para disputar o governo estadual. Pelas pesquisas, o ex-governador é favorito. Ele ganharia a eleição para governador em quase todos os municípios paulistas.
Petistas trabalham para que o PMDB indique o candidato a vice-prefeito na chapa do PT. Diz-se que o PMDB está fraco na Capital e que, em aliança com o PT, pode eleger uma boa bancada de vereadores. Peemedebistas foram sondados também para indicar o vice na chapa do PSDB.
MANDATO Mas os aliados argumentam que o ex-governador não pode esperar até 2010 para disputar o Palácio dos Bandeirantes. Por isso, são favoráveis à candidatura de Alckmin à Prefeitura. Porém, para o prefeito do Rio, César Maia (DEM), se perder as eleições municipais, Alckmin fica em xeque para se eleger governador em 2010.
APOIO O PSDB não abre mão de ter o apoio, mais uma vez, do PTB em São Paulo. Os tucanos querem manter a tradição no Estado, mas o PTB quer ter candidato próprio. O nome mais citado no partido é o do senador Romeu Tuma, que ainda sonha em ser candidato a prefeito.
CONQUISTA Roberto Jeffers on Sobre Z élia Cardos o de Me llo
Playboy, com Mônica na capa. As curvas da jornalista foram apreciadas até no plenário do Senado. O livro, que não teve a mesma repercussão da revista (segundo a livraria Cultura, vendeu 89 exemplares até o dia 28 de dezembro) conta sua experiência profissional até a repercussão das fotos na revista masculina, e, claro, termina com a idéia de recomeçar a vida. Antes de Mônica Veloso, uma outra mulher ganhou espaço no mercado editorial: a todo-poderosa ministra da Economia no governo Collor, Zélia Cardoso de Mello. Coube ao escritor Fernando Sabino, morto em
Walter Feldma n
Paulo Egydio
CANDIDATURA José o Genoin
Personagem do mensalão (escândalos de corrupção na Câmara no primeiro governo Lula), o deputado federal José Genoino (PTSP) teve sua biografia política lançada em 2007 pela socióloga Maria Francisca. Outro personagem do mensalão, Roberto Jefferson, cassado na Câmara em 2005, lançou no mesmo o ano "Nervos de Aço". A primeira edição foi esgotada (cinco mil exemplares). Uma segunda foi lançada no final do ano com uma nova atualização do autor. O livro é um ataque frontal ao PT. Fora da política, o governador Paulo Egydio (1975-1979) ganhou uma edição de luxo da Imprensa Oficial do Estado. "Em Paulo Egydio Conta", resultado de 45 horas de depoimentos concedidos ao Centro de Pesquisa e Documentação Histórica da Fundação Getúlio Vargas. Entre os fatos que
prefeito Celso Pitta, em 1999. Além de documentar a CPI, que a investigou e cassou dois vereadores – Vicente Viscome e Maeli Verginiano – , o livro ajudou o petista a se reeleger com mais de 200 mil votos, que o qualificaram a presidir a Câmara em 2001 e 2002. uardo José Ed o a C rdos
Este grupo de tucanos não admite que o PSDB fique sem candidato a prefeito em São Paulo. Argumentam que o partido que controla o Estado não pode ficar sem candidato próprio nas eleições municipais. Detalhe importante: Alckmin programou visitas a bairros da Capital.
RESPOSTA Se não ocorrer recuo de última hora, Alckmin deve dar a palavra final até março. O tucano tem conversado com lideranças de outros partidos, entre os quais, o PMDB. Se vier a ser candidato, Alckmin pretende construir um leque de apoios.
PARALELO
Reprodução DC
esquema de distribuição de propina arrecadada em Ribeirão Preto, cidade em que foi prefeito. "Ele faz uma defesa apaixonada de seus aliados. O leitor não tem nenhuma surpresa ao ler. Quem não leu o livro não está perdendo nada", diz o jornalista ao comparar o Brasil com os Estados Unidos, onde a indústria editorial é mais criteriosa. "O livro é um investimento para a editora americana. Examina-se a obra do ponto de vista de atrair o leitor e elevar as vendas. Precisa mostrar, por exemplo, um perfil do personagem que é desconhecido do público", completa Gutemberg. Segundo a editora Objetiva, o livro teve uma tiragem de
O grupo ligado a Alckmin entende que o PSDB só tem chance de reconquistar a Prefeitura de São Paulo se o ex-governador for o candidato do partido. Pelas pesquisas, nenhum outro tucano reuniria as mesmas condições para enfrentar de igual para igual adversários como Marta Suplicy e Gilberto Kassab.
Marta Suplicy reitera que pode esperar até junho para responder ao partido se será candidata à Prefeitura. Enquanto não decide, a ministra continua sendo pressionada por ser a melhor opção do PT. Petistas querem que Marta se decida antes de junho, pois podem ter de preparar outro candidato e precisam de tempo.
UNIÃO Cardeais do PSDB vão se reunir para apagar a impressão que ficou de que o partido estaria desunido por causa da disputa presidencial e agora da disputa à Prefeitura. Os encontros deverão contar com os governadores José Serra e Aécio Neves, o expresidente Fernando Henrique, o senador Tasso Jereissati e o presidente Sérgio Guerra.
PLANALTO O PSDB não quer sofrer desgaste que possa prejudicar sua imagem na campanha de 2010. A primeira coisa a fazer, na visão dos tucanos, é mostrar aos eleitores que Serra e Aécio falam a mesma linguagem, apesar da luta que sustentam pela legenda presidencial do partido.
DOBRADINHA FHC ainda defende a tese de que Serra e Aécio devem formalizar a chapa presidencial no partido. Um seria o vice do outro. Resta saber qual dos dois governadores aceitaria ser o candidato a vice. Mas Serra tem medo de ficar sem a coligação do partido com o DEM em 2010.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
Futebol europeu Alemanha Itália Inglaterra
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Não estou pensando em renovação de contrato, só em jogar bem e fazer gols.” Ronaldo
BRASILEIROS DÃO SHOW E MILAN GOLEIA
PATO CHEGA COM TUDO C
Alberto Pizzoli/AFP
O jovem craque fez tudo o que se esperava dele na estréia com a camisa do Milan: correu, lutou, deu passes, marcou um belo gol e ajudou a equipe a vencer pela primeira vez em casa no Italiano
Alexandra Beier/Reuters
ESTRÉIA VITORIOSA - O zagueiro Breno fez no sábado sua primeira partida pelo Bayern de Munique, que pagou US$ 18 milhões para tirá-lo do São Paulo. Foi uma estréia em grande estilo: vitória por 7 a 2 sobre a seleção olímpica da China. A estréia oficial só será no fim do mês, quando o Campeonato Alemão volta da parada de inverno. Dylan Martinez/Reuters
GOLAÇO – Belletti aproveitou a chance como titular do Chelsea: acertou um belo chute de fora da área e abriu caminho para a vitória por 2 a 0 sobre o Tottenham, que deixou a equipe mais perto da briga pelo título do Campeonato Inglês: o Chelsea tem 47 pontos, quatro a menos que os líderes Manchester United e Arsenal.
om menos de 10 segundos de jogo, uma falta no zagueiro do Napoli: foi essa a primeira ação de Alexandre Pato com a camisa do Milan. Depois disso, o jovem craque brasileiro fez de tudo: correu muito, brigou com os zagueiros rivais, deu passes e chutes certeiros e coroou com um belo gol a ansiosamente aguardada estréia no Campeonato Italiano. Depois de quase seis meses de espera, contratado sem poder estrear por causa da idade, Pato mostrou a que veio e foi importante para a goleada de 5 a 2 sobre o Napoli, a primeira vitória do Milan no San Siro nesta edição do Italiano. O resultado não aliviou muito a situação da equipe, que está em 12º lugar, com 21 pontos 25 a menos que a líder Inter. Mas foi uma chama de esperança para a torcida do Milan, que viu que pode confiar não apenas em Pato, mas em toda a esquadra brasileira. Ronaldo, por exemplo, desencantou, e em sua segunda partida na temporada 2007/2008, marcou dois gols - um deles de cabeça, seu fundamento mais fraco. Kaká, com a classe e a garra de melhor do mundo, marcou mais um, e o holandês Seedorf completou a goleada. “Nota para Pato? Dez! Sua aceleração é devastadora”, empolgou-se o dono do Milan, Silvio Berlusconi. No quinto gol, Pato escapou da marcação de dois napolitanos e finalizou com categoria. “Pato tem técnica e é um jogador que já está maduro”, elogiou com mais sobriedade o técnico Carlo Ancelotti, que procurou afagar também Ronaldo. “Mostrou mais uma vez que é um jogador de muita habilidade”, disse. Pato, por sua vez, procurou manter a modéstia e a tranqüilidade. “Estou muito feliz e só posso agradecer ao Milan e a todos os meus companheiros pelas chances que tive”, afirmou o atacante, que completou 18 anos em setembro, quando as inscrições na Itália já estavam fechadas. Kaká também era só elogios. “Ele fez um belo gol e mostrou personalidade. E fico feliz pela recuperação de Ronaldo, os dois vão nos ajudar muito.”
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Nacional Finanças Empresas Comércio Exterior
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segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
SP ABRIGA 38% DAS 100 MAIORES EMPRESAS DO PAÍS
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bilhões foi o Produto Interno Bruto da cidade de São Paulo em 2005. O valor supera 22 estados norte-americanos.
Wilton Júnior/AE
Fotos: Divulgação
Concorrência
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Tendências de presentes para 2008 pós a contabilidade das para esse tipo de expositor, com custo reduzido. vendas de final de ano, A Outra novidade será a é hora de os lojistas começarem a preparar o estoque para a segunda principal data comemorativa do ano para o varejo: o Dia das Mães. E as tendências de presentes estarão na 36ª edição da Gift Fair, que vai de 3 a 6 de março (mais informações no site www.giftfair.com.br). Considerada a maior feira de bens de consumo doméstico da América Latina, a mostra abrirá espaço para o artesanato e novos talentos do design. A Laço, promotora do evento, criou uma área exclusiva
participação de empresários franceses com interesse em exportar para o Brasil. Eles estarão na feira por meio da Embaixada da França (Missão Econômica de São Paulo), que terá um estande. Segundo a Laço, a visitação da feira deve ser de 70 mil pessoas. Toda a mostra terá 700 expositores de utensílios para o lar, mesa posta, copa e cozinha, além de objetos de decoração e design. Entre os expositores, estão grandes empresas como Porcelana Schimidt, Oxford, Dupont e Invicta.
F/Nazca Saatchi & Saatchi, Quê Comunicação e Heads foram as três agências de publicidade vencedoras da licitação para atender a Petrobras. Os contratos terão a duração de dois anos e totalizam a soma de R$ 250 milhões. Durante o processo, foram analisadas propostas técnicas de 17 agências que participaram da concorrência. A F/Nazca Saatchi & Saatchi ficou em primeiro lugar.
Gasolina com crédito HSBC acaba de lançar um cartão de crédito que deO volve aos clientes 3% de todas as despesas efetuadas em postos de gasolina. O cartão combustível é aceito em todos os postos, é internacional e disponível nas bandeiras Mastercard e Visa, sem anuidade, mas com tarifa mensal de R$ 3,45. "Devem ser emitidos meio milhão de cartões em 2008", afirmou o diretor-executivo do HSBC responsável por cartões, Henrique Frayha. (SSP)
A VEZ DE SÃO PAULO – Modelo apresenta peça da coleção de inverno da grife Alessa, no sábado, último dia da Fashion Rio. "Circo" da moda se transfere agora para a capital paulista, onde começa na próxima quarta-feira a edição outono-inverno 2008 da São Paulo Fashion Week. A semana de moda paulistana, o maior evento do setor na América Latina, vai até o dia 21, no Pavilhão da Bienal.
Um "país" chamado São Paulo
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e a capital paulista fosse um país, seria a 47ª maior economia do mundo, ao lado de Nova Zelândia e Hungria, e a 5ª da América do Sul, junto com o Chile. O Produto Interno Bruto (PIB) da cidade de São Paulo, que foi de US$ 102,4 bilhões em 2005, supera o de 22 estados norteamericanos analisados individualmente, segundo uma pesquisa realizada pela Fecomercio-SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo). Os dados foram levantados para a comemoração do aniversário da cidade, que completa 454 anos no dia 25 de janeiro. Em reais, o PIB paulistano somou R$ 263,2 bilhões em 2005,
BÚSSOLA
12,3% do total nacional. O valor em dólar, feito para a comparação internacional, foi obtido por meio da conversão pela taxa de câmbio média de 2005, que foi de R$ 2,57. O PIB da cidade é maior que o de qualquer estado do País, exceto São Paulo. A capital é o centro financeiro da América Latina e abriga 38% das sedes das 100 maiores empresas privadas de capital nacional; 63 % dos grupos internacionais que estão no País. A cidade detém a sede de 16 dos 20 maiores bancos múltiplos e Caixas Econômicas, de 8 das dez maiores corretoras de valores e de 5 das dez maiores companhias de seguros.
s despesas das famílias mais pobres cresceram mais no ano passado, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 5,16% em 2007. As vendas da alemã Volkswagen, quarta maior montadora de carros do mundo, aumentaram 7,9% no ano passado, para um recorde de 6,189 milhões de unidades. Todas as oito marcas do grupo tiveram crescimento no período.
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ciranda@dcomercio.com.br
Moacyr Lopes Jr./Folha Imagem – 23/2/99
Usina de Porto Primavera, da Cesp: Citi coordenará venda da estatal.
Disputa pelo bilionário mercado de fusões
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esta semana sai um numa operação que começa dos principais ran- com pelo menos US$ 5 bilhões. k i n g s d e f u s õ e s e O Citi tem o mandato para aquisições do País. A disputa vender o controle da Compapelo primeiro lugar está mobi- nhia Energética de São Paulo lizando alguns dos mais im- (Cesp) e da Brasiliana (dona da portantes banqueiros respon- Eletropaulo e da AES Tietê). sáveis por costurar negócios Segundo estimativas de merno Brasil. Até aqui, Citi, Credit cado, as duas operações poS u i s s e e A B N A m ro R e a l , dem chegar a US$ 15 bilhões. Mas todas essas que já soam cada um por trás de negócios grandes para de US$ 15 bios padrões lhões, estão brasileiros, fiembolados cam modestas n a s t r ê s p r iperto de uma m e i r a s p o s ieventual oferções. No mota da Vale pela mento em que bilhões de dólares mineradora as operações devem movimentar as suíça Xstrata. de compra e As cifras povenda promeoperações de fusão dem ultrapastem bater ree aquisição de sar US$ 70 bicorde no País, lhões, pelos estar no alto empresas no Brasil cálculos de do ranking é em 2008, segundo analistas de uma poderosa previsão de bancos. mercado. arma para O s n ú m eatrair os clienros, por si só, tes e conseguir explicam a euforia dos banos melhores negócios. Em 2007, o mercado movi- queiros neste início de ano. mentou US$ 59 bilhões. A pre- Apesar da crise financeira nos visão dos banqueiros é de que Estados Unidos e do comporesse número ultrapasse a mar- tamento nervoso da bolsa braca de US$ 100 bilhões, a julgar sileira, eles concordam num pelas operações engatilhadas ponto: o Brasil tem hoje uma até agora. O ano mal começou combinação inédita de fatores e negócios bilionários estão para um crescimento explosiperto de serem fechados. A Oi vo de negócios entre compatenta comprar a Brasil Telecom nhias de grande porte. (AE)
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SETOR DE COURO DEVE CRESCER 11% EM 2008
por cento foi o aumento da produção de calçados na indústria de Franca no ano passado
Pedro Vilerá/Futura Press
COURO: MODA NO MUNDO. Abre hoje a Feira Internacional que mostra a versatilidade do material aplicado em calçados e artigos esportivos Divulgação
Mário Tonocchi
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setor calçadista brasileiro já exporta 10% de todo seu PIB de US$ 50 bilhões para mais de 120 países. No ano passado, o segmento bateu US$ 5,06 bilhões em exportações, ante US$ 4,66 bilhões em 2006, crescimento de 11%. Somente em calçados, a venda externa chegou a US$ 1,91 bilhão. Os negócios com o exterior acumularam, no ano passado, US$ 2,2 bilhões em couros semi-acabados, US$ 928 milhões em componentes, US$ 20 milhões em artefatos e US$ 10,31 milhões em máquinas e equipamentos. "Nos calçados, poderíamos chegar facilmente a US$ 4 bilhões não fossem os problemas que enfrentamos com o atual câmbio brasileiro", disse Francisco Santos, fundador e presidente da Couromoda, que abre hoje a 35ª edição da Feira Internacional de Calçados, Artigos Esportivos e Artefatos de Cou-
Retalhos: bolsa vale 300 euros.
França: valorização do artesanato.
ro, no Anhembi, em São Paulo. E vai até o dia 17. Apesar do câmbio, da falta de uma reforma tributária que poderia aliviar a vida das empresas e da deficiência da infraestrutura brasileira para as exportações, o setor de couro deve crescer neste ano pelo menos os mesmos 11% registrados em 2007, espera Santos. O vigor baseia-se quase que exclusivamente na eficiência das empresas que se adaptaram e profissionalizaram o atendimento para chegar a novos mercados internacionais.
"Hoje entregamos qualquer quantidade em qualquer lugar do mundo. Além dessa eficiência, nossos calçados subiram na prateleira das lojas internacionais. O preço médio aumentou e hoje comercializamos modelos de até US$ 60 o par", afirmou Santos. Con ceito – O lucro como conseqüência do conceito de produção centrado na valorização da cultura brasileira pelo mundo. Esta é a fórmula empregada para conquistar o mercado internacional da empresa 1001 Retalhos, de Ati-
Feira terá peças de 3 mil marcas
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B r a s i l é o t e rc e i ro maior produtor mundial de calçados, com 800 milhões de pares ao ano em 13 pólos industriais de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Ceará, Paraíba, Goiás e Bahia. Somente o mercado interno movimenta aproximadamente R$ 35 bilhões nas vendas de sapatos e artefatos como bolsas, cintos, pastas, mochilas e acessórios. O consumo per capita estimado é de três pares por ano ao preço médio de R$ 46. A 35ª edição da Couromoda apresenta, de acordo com a organização, 3 mil marcas e novidades para as próximas coleções deste ano produzidas por cerca de 1,1 mil empresas baseadas no Brasil que atuam nos mercados interno e externo. Para esta edição da Couromoda, a organização do evento espera cerca de 70 mil visitantes, todos empresários e profissionais do setor, além de importadores de aproximadamente 60 países. DECLARAÇÃO DE EXTRAVIO A DKT do Brasil Produtos de Uso Pessoal Ltda. CNPJ nº 38.756.680/0001-40, Inscrição Estadual nº 112.961.206.114, Avenida Faria Lima, 1739 - Jd Paulistano, declara extravio das Notas Fiscais nº 049710 no valor de R$ 1.044,28 e 049711 no valor de R$ 50,12, emitidas em 12/11/07.
baia, no interior de São Paulo, que participa desta edição da Couromoda apresentando os lançamentos de bolsas de artesanato têxtil de patchwork com matérias-primas recicláveis e de reflorestamento. "Valorizamos o artesanato brasileiro com o resgate das técnicas artesanais estilizando, em nossos produtos, nossas árvores em extinção", disse o diretor comercial da empresa, Paulo França. "Mostramos o Brasil em nossos produtos feitos com nossas mãos", completou. A empresa produz 2.500 peças por mês e emprega 30 pessoas. De acordo com o diretor, distribui ainda bolsas para todo o Brasil e exporta para os EUA, França, Itália, Uruguai, Austrália e Alemanha. No momento, negocia com uma empresa do Japão. Na Europa, a porta de entrada é a Prêt-à-porter Paris, feira que abriu o mercado na França, Portugal, Itália, Irlanda e Escócia. As bolsas da 1001 Retalhos custam, em média, R$ 500 no Brasil e entre 250 e 300 euros na Europa.
Estande da Couromoda 2007: exportações de mais de US$ 5 bilhões
Franca precisou mudar para garantir vendas
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ob pressão da atual política cambial, nos últimos anos a indústria de calçados de Franca, no interior de São Paulo, refez sua política de negócios para abrir novos mercados no mundo e colocar nas prateleiras produtos de maior valor agregado. Além disso, passou a produzir calçados esportivos e femininos. Com as mudanças, em 2007, segundo o Sindicato da Indústria de Calçados de Franca (SindiFranca), o crescimento foi de 7,84% na produção em pares; e as vendas no mercado interno aumentaram 13,5%. As exportações, entretanto, caíram 3,9% em dólares e 9,7% na quantidade de pares. Nesta edição da Couromoda, cerca de 100 representantes de fábricas de 200 marcas de calçados da cidade esperam contatos com grande número de clientes do mercado interno e do exterior. CLUB ATLÉTICO PAULISTANO
EDITAL O Club Atlético Paulistano, com sede na Rua Honduras, 1400, nesta Capital, faz público que foi cientificado pelo associado Paulo Ribeiro Campos Filho do extravio do título social nº 59, da série “A”, emitido de acordo com o Estatuto Social, razão pela qual expedirá uma 2ª via desde que, dentro do prazo de 10 dias, não houver qualquer reclamação de terceiros relativamente ao referido título. São Paulo, 10 de janeiro de 2008. CLUB ATLÉTICO PAULISTANO.
Vencimento da Contribuição Sindical Patronal O Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo, entidade legalmente reconhecida pelo Ministério do Trabalho, com sede nesta capital, na Rua Cel. Xavier de Toledo nº 99 - 1º andar - Centro - cep: 01048-100, inscrita no CNPJ/MF nº 62.661.269/0001-76, Código Sindical nº 002.127.86396-2, informa a todas as empresas comerciais, na base territorial da capital de São Paulo, inclusive as estabelecidas em shopping centers, ruas e outlets, integrantes da categoria e representadas por este sindicato, que o vencimento da Contribuição Sindical Patronal relativa ao Exercício de 2008, de Acordo com a Tabela Progressiva de Capital Social, conforme obrigatoriedade estabelecida nos artigos 578/591 da CLT ocorrerá no dia 31 de janeiro de 2008. Informações sobre valores de Tabela e Guias de Recolhimento poderão ser obtidas tanto pelo telefone 6858 8470, como pelo endereço eletrônico: contribuicoes@sindilojas-sp.org.br. Após a data de vencimento, o valor da contribuição será acrescido de cominações previstas no Artigo nº 600 da CLT. São Paulo, 14 de janeiro de 2008. Ruy Pedro de Moraes Nazarian - Presidente.
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO ABERTURA DE LICITAÇÃO Site: www.riopreto.sp.gov.br MODALIDADE: TOMADA DE PREÇOS Nº 001/2008 Objeto: Contratação de empreitada de mão-de-obra com fornecimento de materiais para conclusão da construção da Creche do Jardim Nunes. Limite p/ entrega dos envelopes 29/01/2008 às 17:00h e abertura dia 30/01/2008 às 08:30h. MODALIDADE: TOMADA DE PREÇOS Nº 002/2008 Objeto: Contratação de empreitada de mão-de-obra com fornecimento de materiais para reforma e ampliação da Creche Silvia Purita. Limite p/ entrega dos envelopes 29/01/2008 às 17:00h e abertura dia 30/01/2008 às 08:45h. MODALIDADE: TOMADA DE PREÇOS Nº 003/2008 Objeto: Contratação de empreitada de mão-de-obra com fornecimento de materiais para reforma e construção no prédio da E.E.I. Célia Homsi. Limite p/ entrega dos envelopes 29/01/2008 às 17:00h e abertura dia 30/01/2008 às 09:00h.
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PREGÃO (presencial) para Registro de Preço DSE nº 09/08. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 8579/ 5900/2007. OBJETO: FEIJÃO COZIDO E TEMPERADO. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 09:30h do dia 30 de janeiro de 2008. PREGÃO (presencial) para Registro de Preço DSE nº 10/08. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 8581/ 5900/2007. OBJETO: FEIJÃO COZIDO E TEMPERADO COM CARNE BOVINA. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 14:30h do dia 30 de janeiro de 2008. PREGÃO (presencial) para Registro de Preço DSE nº 11/08. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 8569/ 5900/2007. OBJETO: BATATA DESIDRATADA EM FLOCOS. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 9:30h do dia 31 de janeiro de 2008. PREGÃO (presencial) para Registro de Preço DSE nº 12/08. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 8568/ 5900/2007. OBJETO: ARROZ POLIDO TIPO 1 – LONGO FINO. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 14:30h do dia 31 de janeiro de 2008. Edital completo à disposição dos interessados, via Internet, pelo site www.e-negociospublicos.com.br. INFORMAÇÕES: fones: (11) 3866-1615/1616, de 2ª a 6ª feira, no horário das 8h às 17h. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE SUPRIMENTO ESCOLAR
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 11 de janeiro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Poli Paper Indústria e Comércio Ltda. - Requerido: Comercial Camarati Ltda. Rua Lavariz, 04 - 1ª Vara de Falências Requerente: Ameplan Assistência Médica Planejada S/C Ltda. Requerido: Concreta Serviços de Vigilância Ltda. - Av.
Indianópolis, 1.500 - 1ª Vara de Falências Recuperação Judicial Requerente: S.M. Comércio de Plásticos Ltda. - EPP - Requerido: S.M. Comércio de Plásticos Ltda. - EPP - Rua Marquês de Praia Grande, 214 - 2ª Vara de Falências
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS
A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio(s) escolar(es): TOMADA DE PREÇOS Nº - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/2601/07/02 - EE José Theodoro de Moraes - Rua Valins, 274 - Centro - Aguaí/SP – 90 - R$ 29.324,00 – R$ 2.932,00 – 09:30 – 30/01/2008. 05/2604/07/02 - EE Profª Zilah Barreto Pacitti - Rua Antonio da Cunha Leite, 3100 - Portão - Atibaia/SP; EE Profª Circe Teixeira Musa e Silva - Rua Wilson Mutti, s/n - Jardim Maracana - Atibaia/SP; EE Dr. Fernando Amos Siriani Est. Municipal, 635 - Jardim Fraternidade - Bragança Paulista/SP; EE Inaldo Manta (Desportista) - Rod. Cap. Barduino, KM-99 - Curitibanos - Bragança Paulista/SP; EE B. Country Residencial Felix - Rua Maria Cele da Costa, s/n - Country Res. Felix - Bom Jesus dos Perdões/SP – 90 - R$ 134.800,00 – R$ 13.480,00 – 10:00 – 30/01/2008. 05/2571/07/02 - EE B. Carmo Messias - Rod. dos Bandeirantes, KM-57 - Carmo Messias - Ibiúna/SP; EE Bel Elias Alves da Costa - Rua Joaquim Soares Rodrigues, 200 - Portão Vermelho - Vargem Grande Paulista/SP; EE Jardim São Lucas - Rua Dr. Rene Correa, 1.088 - Jardim São Lucas - Vargem Grande Paulista/SP – 90 - R$ 77.442,00 – R$ 7.744,00 – 10:30 – 30/01/2008. 05/2585/07/02 - EE Prof. Raymundo Cintra - Rua Condessa de Serra Negra (Antiga Estação de Vitoriana), 01 - Dist. de Vitoriana - Botucatu/SP; EE Pq. Res. 24 de Maio (Nair Amaral) - Rua Carlos Rosa (Rua Hum), s/n - Pq. Res. 24 de Maio - Botucatu/SP; EE/EMEF Prof. Atilio Innocenti - Rua Luiz Ricardo, 85 - Vila Stª Helena - São Manuel/SP; EE Pref Antonio Odilon Franceschini - Rua Canada, 361 - Bonfim - Cabreúva/SP; EE Cel. Eugenio Euclydes Pereira da Mota - Rua Angelo Dianna, 120 - Bambu - Porto Feliz/SP – 90 - R$ 129.163,00 – R$ 12.916,00 – 11:00 – 30/01/2008. 05/2587/07/02 - EE Prof. João Alves de Almeida - Rua Dr. Alberto Coury, 602 - Tanquinho - Piracicaba/SP; EE Cdor. Luciano Guidotti - Rua Armando Chiquito, 35 - Jardim Jupia - Piracicaba/SP; EE Prof. Manasses Ephrain Pereira - Rua Dona Stella, 1039 - Jardim Monte Libano - Piracicaba/SP; EE Pedro de Mello - Rua 16 de Julho, 288 - Tupi - Piracicaba/ SP; EE Felipe Cardoso - Rua Principal, s/n - Anhumas - Piracicaba/SP – 90 - R$ 108.764,00 – R$ 10.876,00 – 11:30 – 30/01/2008. 05/2591/07/02 - EE/EMEF Heitor Guimarães Cortes - Rua Joaquim Dias Tatit, 372 - Cruzeiro - Itararé/SP; EE/EMEF Profª Esther Carpinelli Ribas - Rua Dr. Demetrio Azevedo, 355 - Jardim Alvorada - Itararé/SP; EE Barbara Vidal Cesar - Rua Francisco Louro, s/n - Dist. de Toriba do Sul - Itaberá/SP – 90 - R$ 79.257,00 – R$ 7.925,00 – 14:00 – 30/01/2008. 05/2582/07/02 - EE Prof. Francisco Ribeiro Sampaio - Rua Fernando Vaqueiro Ferreira, 415 - Jardim Nsa. Sra. Lourdes - Campinas/SP; EE Pe. José dos Santos - Rua Piracicaba, s/n - Jardim Novo Campos Elísios I - Campinas/SP; EE Profª Idalina Grandin Mirandola - Rua Agenor Faion, 691 - Vila Bertini III - Americana/SP; EE/EMEIF Fioravante Luiz Angolini/Analia de Lucca Furlan - Rua Cel. Helio Caldas, 101 - Cruzeiro do Sul - Santa Bárbara D’Oeste/SP – 90 - R$ 88.357,00 – R$ 8.835,00 – 14:30 – 30/01/2008. 05/2583/07/02 - EE Prof. Uacury Ribeiro de Assis Bastos - Rua Maria Salome Braz, 80 - Jardim Monte Belo I - Campinas/SP; EE Profª Ana Rita Godinho Pousa - Rua Dona Benedita Franco Gomes, 165 - Vila Esmeralda - Campinas/SP; EE Barão Ataliba Nogueira - Rua Cassio Ciampolini, 76 - Jardim Magnolia - Campinas/SP; EE Prof. Benedito Sampaio - Rua Delfino Cintra, s/n - Botafogo - Campinas/SP – 90 - R$ 99.620,00 – R$ 9.962,00 – 15:00 – 30/01/2008. 05/2592/07/02 - EE Profª Mercia Maria Cazarini - Rua Geceny Cabreira, 73 - Portal do Eden – Itu/SP; EE Prof. Rogerio Lazaro Toccheton - Rua Francisco Falcato Júnior, 465 - Vila S. Luiz – Itu/SP; EE Prof. Antonio Berreta - Rua Sorocaba, 277 - Centro - Itu/SP; EE Dr. Cesário Motta - Rua Thomaz Simon, 280 - Centro - Itu/SP – 90 - R$ 104.409,00 – R$ 10.440,00 – 15:30 – 30/01/2008. 05/2594/07/02 - EE Prof. Arthur Leite Carrijo - Rua Aureliano Valadão Furquim, 690 - Jardim Umuarama - Araçatuba/ SP; EE Prof. Abranche José - Rua Joaquim Henrique de Oliveira, s/n - Jardim Ipanema - Araçatuba/SP; EE Dr. Mitsusada Umetani - Rua Stelio Machado Loureiro, 1.251 - Centro - Pereira Barreto/SP – 90 - R$ 89.328,00 – R$ 8.932,00 – 16:00 – 30/01/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 14/01/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até às 17:00 horas do dia 29/01/2008, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
Irã lidera patrocínio ao terror, diz Bush Kevin Lamarque/Reuters
Jeffery Noble/AFP
Internacional
Presidente participa de lançamento do Partido Socialista Unido da Venezuela
Golpe de Estado de 2002 visava atingir Lula, diz Chávez
O
presidente venezuelano Hugo Chávez sugeriu, durante discurso na noite de sábado, que o frustrado golpe de Estado de 2002 contra seu governo tinha como objetivo impedir a eleição do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. "Se nos batem, batem na Bolívia, batem até no Brasil, apesar do seu tamanho. O golpe de Estado contra mim tinha como objetivo afetar a candidatura do Lula, para ativar o efeito dominó contra-revolucionário na América Latina. Mas não conseguiram", afirmou. As declarações foram feitas durante o Congresso de fundação do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).
Os EUA e os países árabes devem se unir antes que seja tarde George W. Bush, presidente dos Estados Unidos
e as pessoas tomem a iniciativa de realizar uma emenda. A única coisa que peço é que não façamos isso agora, não este ano. Temos que refazer o jogo", disse. Ele sugeriu que o novo referendo pode ser realizado em 2010 para perguntar aos venezuelanos se eles apoiariam uma "pequena emenda" que acabe com os limites de mandato presidencial. Partido A fundação do PSUV foi limitada ao discurso do presidente. Não houve eleição dos representantes estaduais do partido, como estava previsto. Com o Congresso instalado, a partir de agora devem ser realizadas novas assembléias em que serão definidos temas como ideologia. (Agências)
Jonathan Ernst/Reuters
A ex-primeira dama participa de evento religioso no estado da Carolina do Sul
Luther King opõe Hillary e Obama nos EUA
A
pré-candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, sugeriu que a campanha de seu principal adversário, o senador Barack Obama, injetou tensão racial na corrida presidencial norte-americana, dizendo que seus comentários sobre o papel de Martin Luther King no movimento de direitos civis foram distorcidos pelos apoiadores do candidato. "Esta é uma estória infeliz da campanha de Obama, que ele soube explorar com sucesso. Eu não acredito que esta campanha seja sobre gênero, e tam-
bém espero que também não seja sobre raça", opinou. Os democratas enfrentam um grande teste para a indicação de seu candidato no dia 19, na Carolina do Sul, onde os negros constituem um grande bloco de eleitores no partido. Hillary tem sido criticada por comentários recentes que, para alguns, deram a entender que ela deu mais crédito ao expresidente Lyndon Johnson pelos avanços nos direitos civis do que a Luther King. Ontem, Hillary elogiou Luther King e disse que ele é uma das pessoas que ela mais admi-
ra no mundo, e sugeriu que seus registros de ativismo contrastam muito com os de Obama. "Dr. King não fazia apenas discursos. Ele marchava, organizava, protestava, ele foi espancado, foi preso", disse ela, ressaltando que King fez campanha para Johnson porque ele reconheceu a necessidade de se eleger um presidente que pudesse incluir os direitos civis dentro da lei. Obama considerou "infeliz" os comentários. "O que vimos é o motivo pelo qual os americanos estão cansados dos políticos de Washington." (Reuters/AE)
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des civis, dizendo que gover- ses e palestinos vivam juntos". O presidente norte-americanos nunca construirão confiança perseguindo e aprisio- no também pediu que os palesnando candidatos e opositores tinos rejeitem os extremistas, que protestam contra o atual embora não tenha mencionaregime. Mas seu discurso foi do o grupo radical islâmico generalista e ele não citou ne- Hamas, que hoje controla a nhum parceiro na região por Faixa de Gaza. Em relação ao Irã, Bush está tentando reduzir práticas opressivas. "Você não pode esperar que as preocupações dos aliados as pessoas acreditem na pro- do Golfo Pérsico, nervosos em messa de um futuro melhor relação ao poder militar do quando elas são aprisionadas país e sua influência na região. por questionarem seu governo Questão nuclear pacificamente", disse Bush. O discurso de Bush, reiterando o pedido por democracia no Oriente Médio, foi realizado em um dos poucos países da região, os Emi- George W. Bush conversa com jovem em Abu Dhabi r a d o s Á r abes, onde a democracia não A Agência Internacional de tem sido uma questão vital. Energia Atômica anunciou Ele elogiou as reformas de- que o Irã concordou em esclamocráticas feitas entre as na- recer em um mês as questões ções árabes e pediu aos líderes pendentes sobre seu programa árabes que apoiem o frágil go- nuclear. Em comunicado, auverno iraquiano, abram suas toridades do órgão afirmaram sociedades e dêem apoio, e se que Teerã deu informações sopossível financiamento, para bre seus trabalhos para desenauxiliar o acordo entre Israel e volver uma centrífuga avançaPalestina. "Chegou a hora de da de enriquecimento de urâuma terra santa onde israelen- nio. (AE/Reuters)
Jim Watson/AFP
E
m seu principal — e mais duro — discurso no giro em que realiza pelo Oriente Médio, o presidente norte-americano George W. Bush disse ontem que o Irã está ameaçando a segurança mundial, e que os EUA e os aliados árabes devem se unir para enfrentar o perigo "antes que seja tarde". Bush, em visita aos Emirados Árabes Unidos, afirmou que o Irã financia os extremistas e o terrorismo, solapa a estabilidade do Líbano, envia armas para o regime Talebã, intimida seus vizinhos com retórica alarmista e desafia a Organização das Nações Unidas (ONU) ao se recusar em ser transparente em relação ao seu criticado programa nuclear. "O Irã é o país líder em patrocínio ao terror", acusou Bush em discurso sobre democracia realizado na metade de sua viagem de oito dias pelo Oriente Médio, que teve início com um novo impulso para um acordo de paz entre israelenses e palestinos, um acordo que, segundo Bush, "chegou a hora de ser concretizado". Ontem, em Dubai, Bush reuniu-se com empresários locais, jantou no deserto e segurou o falcão caçador. O presidente dos EUA criticou aliados norte-americanos que desrespeitaram as liberda-
Durante o discurso, Chávez voltou a acenar com a possibilidade de concorrer à reeleição em 2012. O presidente venezuelano sugeriu que seus eleitores irão lançar um novo referendo político para que as barreiras constitucionais que existem hoje impedindo a reeleição sejam retiradas. Um mês depois de ter perdido um referendo similar, Chávez disse que ele não fará a proposta desta vez, e sim seus eleitores. Em 2 de dezembro, eleitores venezuelanos rejeitaram mudanças constitucionais que dariam mais poder a Chávez, deixariam a economia mais próxima dos socialismo e permitiriam que ele concorresse à reeleição permanentemente. "Vamos supor que o partido
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Empresas Finanças Nacional Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
70% DAS VENDAS ANUAIS DE SORVETE SÃO NO VERÃO
Fabricantes querem mostrar que esse alimento é altamente nutritivo, para incentivar o consumo.
COM ECONOMIA E TEMPERATURA AQUECIDAS, SETOR PODE REPETIR CRESCIMENTO DE 2007, DE 15%.
ALTA ESTAÇÃO PARA AS SORVETERIAS André Alves
O
ano de 2007 foi excepcional para a indústria de sorvetes, até mesmo para os fabricantes artesanais. Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Sorvetes (Abis), o faturamento do setor aumentou 15% em comparação a 2006. Esse resultado é conseqüência de fatores como a melhora do poder aquisitivo e as altas temperaturas – o verão responde por 70% das vendas. Para as sorveterias artesanais, o cenário não foi diferente. Neste início de ano, elas estão expandindo a produção e reforçando as equipes para atender à crescente demanda. A Fredissimo Gelateria, com 20 lojas espalhadas pelo País, comemora o bom desempenho conseguido até agora, na estação mais quente do ano. De acordo com o proprietário das unidades dos shoppings Ibirapuera e Morumbi, e sócio da loja no Market Place, Alessandro Diniz, houve aumento de 15% nas vendas em comparação ao verão anterior. "Estamos conseguindo atender todos os nossos clientes. Apesar do aumento da procura, não está faltando produto porque a u m e n t a m o s a p ro d u ç ã o . Contratamos mais dois fun-
cionários em cada unidade para reforçar o atendimento." Para este ano, o empresário espera faturamento 25% maior em comparação a 2007. Os executivos da Fábrica de Sorvetes Rochinha também estão otimistas. Segundo a gerente-geral da empresa, Juliana Lopes, "neste verão as vendas aumentaram 30% em comparação ao mesmo período de 2006. Ganhamos novos clientes porque investimos bastante na divulgação dos produtos". Para assegurar que não falte produto, a Rochinha investiu em equipamentos de estocagem e dobrou o quadro de funcionários. "Neste ano, nossa produção deve crescer aproximadamente 15%", ressaltou. Tendência – A tendência para 2007, na opinião do presidente da Abis, Eduardo Weisberg, é de o mercado continuar aquecido, tanto para as grandes fabricantes como para as sorveterias artesanais. "Se a economia do País continuar crescendo e o tempo colaborar, devemos repetir, ou até mesmo ultrapassar, o crescimento de 15% em 2007." Uma das metas do executivo é mostrar que o sorvete é altamente nutritivo e, portanto, deve ser saboreado o ano inteiro. "O consumo brasileiro é dependente do clima. Se conseguirmos mudar isso, se tornará ainda mais promissor."
Fotos: Luludi/LUZ
Divulgação
Alessandro Diniz, da Fredissimo Gelateria: preparado para procura.
Rede Rochinha investiu em estocagem e cresceu 30% em 2007
Empresas reforçam suas equipes para enfrentar o crescimento das vendas na temporada do calor
Nova identidade visual do SCPC reforça sua modernidade Divulgação
Os serviços de análise de gestão e risco de crédito, que fornecem informações ao associado, passam a ser chamados de SCPC/Soluções Pessoa Física, SCPC/Soluções Pessoa Jurídica e SCPC/Soluções. Geriane Oliveira
A
Grandes sorveterias e as artesanais estão em fase de crescimento COMPRA - VENDA - ASSESSORIA NOVA ALUGUEL - ADVOCACIA CASA IMÓVEIS
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A s s o c i a ç ã o C omercial de São Paulo (ACSP) começa o ano com uma novidade: a família do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) ganha nova identidade visual. Agora, a sigla SCPC antecede a nomenclatura dos 35 serviços da entidade. O UseCheque, por exemplo, passa a se chamar SCPC/Cheque (confira a lista no quadro à direita). O objetivo dessa mudança é o reposicionamento de marcas para fortalecer os conceitos de confiança, segurança e credibilidade do maior banco de informações para pessoas físicas e jurídicas do País e tornar mais rápida e fácil aos usuários a percepção visual do SCPC. A proposta faz parte da campanha que criou o slogan "SCPC– Não faça negócios sem ele", trabalhado durante 2007. A expectativa da ACSP é de que as novas marcas sejam assimiladas em curto prazo. Desenvolvidos em parceria com a Agência de Comunicação e Marketing Avenida Brasil, os serviços de análise de gestão e risco de crédito, que fornecem informações de apoio ao associado, foram centralizados em três famílias e passam a ser chamados de SCPC/Soluções Pessoa Física, SCPC/Soluções Pessoa
Jurídica e SCPC/Soluções. R ep re se nt aç ão – "A nova identidade visual do SCPC traduz a modernização dos serviços, gerada por tecnologia desenvolvida pela ACSP. A intenção foi transformá-los em serviços de ponta, incorporando ganhos em conteúdo e facilidade na hora de sua utilização", diz Roseli Garcia, superintendente de Produtos e Serviços da ACSP. A divulgação das novas logomarcas é feita pelo site www.acsp.com.br e também por ações promocionais. Além disso, um manual explicativo foi distribuído às 410 associações comerciais ligadas à Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). Na capital, o SCPC possui cerca de 25 mil clientes entre instituições financeiras, varejistas e o setor de serviços. Desde a criação, em 1955, o SCPC procura acompanhar as mudanças do mercado financeiro e ser o principal aliado das empresas no momento da análise de crédito. Em 2007, o crescimento das vendas do varejo paulistano atingiu 6,15%, o maior dos últimos sete anos. Para atender a essa demanda, a entidade investe em tecnologia da informação, com a qual reforça a imagem positiva do SCPC, considerado hoje um dos mais eficientes fornecedores de dados em todas as etapas – concessão, manutenção e recuperação de crédito.
Roseli Garcia, da ACSP: serviços com ganho em conteúdo e facilidade.
Kevin Lamarque/Reuters
O ÁGUIA E O FALCÃO
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São Paulo, segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
Edição concluída às 23h00
O presidente Bush pediu a união dos países árabes contra o Irã, "antes que seja tarde", num discurso feito em Dubai, nos Emirados. O falcão indócil na mão, brincou: a culpa é dos fotógrafos. Pág. 6
Mira de golpe contra Chávez era...Lula
Jornal do empreendedor
Reuters
Ano 83 - Nº 22.540
O Irã é uma 'ameaça à segurança mundial'
w w w. d co m e rc i o. co m . b r
O aiatolá tropical, págs. 2 e 6
Bloco da oposição tem novo enredo: o gasto com cartões.
Refrão das escolas de samba: 'Cadê os R$12 milhões?'
Como a ala bancária vai votar contra os bancos no Congresso?
Conta cresce 4 vezes, para R$ 75,6 milhões
Lula prometeu R$ 1 milhão a cada escola
Bancos financiaram campanhas. E agora?
Página 3. Em Logo, página 2, a falta de plumas para o carnaval. Daniele La Monaca/Reuters
CAIXA 1 Economia, 1 a 4
Liqüidação
Ainda há tempo para aproveitar os bons descontos de janeiro
Óculos
O comércio do setor superou dificuldades e cresceu 5% em 2007
Investidores
Divulgação
Estratégias das empresas de capital aberto para atrair acionistas
HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 26º C. Mínima 18º C.
AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 27º C. Mínima 17º C.
Fiat na corrida do luxo Sedã Linea agita o segmento de sedãs sofisticados
Brasil do Milan
5 a 2 contra o Napoli, 4 gols de brasileiros: Kaká, Ronaldo e Pato (foto). E mais: Paulistão!
Esporte
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
7 Luiz Prado/Luz - 06/02/2006
Parte do dinheiro arrecadado no Rodoanel será investido na construção do trecho sul.
Cumbica: empresários pedem nova pista Ampliação do aeroporto seria benéfica para o desenvolvimento de Guarulhos, afirmam empresários da cidade. Para eles, pressões políticas travam realização da obra. Davi Franzon
A
pontada como uma das principais alternativas para desafogar o tráfego aéreo brasileiro, a construção da terceira pista do aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos, ainda não saiu do papel por questões políticas, e não por falta de recursos. A avaliação é da Agência de Desenvolvimento de Guarulhos (Agende), formada por empresários da cidade e que conta com apoio de especialistas no setor aéreo, entre eles ex-presidentes da Empresa Brasileira de InfraEstrutura Aeroportuária (Infraero). A entidade defende a construção da terceira pista como solução logística para o caos aéreo vivido nos últimos meses. Além disso, a ampliação do aeroporto contribuiria para o desenvolvimento do município, argumentam. A indefinição em relação à desapropriação dos cerca de 20 mil moradores que residem no entorno de Cumbica, em nove bairros, seria o principal entrave político enfrentado pelos defensores da ampliação. Mas alguns empresários da região acreditam que, além de problemas burocráticos decorrentes da obra, há uma forte pressão de grupos empresariais interessados na construção de um terceiro aeroporto no Estado, em vez de ampliar o de Guarulhos. No auge da crise aérea, no ano passado, foi cogitada a construção e a ampliação de aeroportos em cidades como Jundiaí e Sorocaba, além da ampliação de Viracopos, em Campinas. Pelas contas de Marcelo Chueri, coordenador-técnico da Agende, o custo da terceira pista é de cerca de R$ 700 milhões, dos quais R$ 560 milhões seriam utilizados nas de-
sapropriações de famílias que vivem no entorno do aeroporto. O brigadeiro Adyr da Silva, ex-presidente da Infraero, lembra que o custo da terceira pista é muito inferior aos R$ 5 bilhões que seriam gastos com a construção de um terceiro aeroporto no Estado de São Paulo. "Os números já são favoráveis para a pista", disse Silva. Prazos - O prazo de entrega, na avaliação dos técnicos da Agende, é outro fator que pode pesar na decisão do Ministério da Defesa. O período médio para entregar uma nova pista seria de três anos, depois de encerrado o período de licitação. Já um novo aeroporto só seria entregue em 2015. Mesmo com toda a urgência exigida pelo atual quadro do setor aéreo brasileiro, há quem defenda mais cautela antes da construção da terceira pista de Cumbica. Ângelo Lins, consultor de projetos aeroportuários, avalia que é preciso uma revisão do projeto original, que prevê a nova pista paralela às duas já existentes, o que pode transformar uma solução em um novo problema. Segundo ele, as aeronaves que deixam Cumbica contornam à direita para entrar no plano de vôo. Com a terceira pista ocorreria um "cruzamento" de aviões, o que obrigaria a espera entre os aparelhos, fato que anularia qualquer eficiência de uma nova pista. Procurada pela reportagem do Diário do Comércio, a Infraero informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que um estudo ainda está sendo elaborado por técnicos da estatal para definir qual a melhor opção para o principal aeroporto brasileiro. A prefeitura de Guarulhos não se manifestou sobre o assunto, inclusive sobre as desapropriações na região do aeroporto para construção da pista.
RODOANEL Agliberto Lima/AE - 20/07/2004
Trecho Oeste: valor máximo cobrado dos motoristas será de R$ 3
Pedágio mais baixo vai definir a concessão
I
nspirado na recente licitação do Ministério dos Transportes para concessão de estradas federais, o governo paulista decidiu alterar as regras para a exploração de pedágios do Rodoanel. O novo critério leva em conta o menor preço da tarifa de pedágio, limitado ao teto de R$ 3, com o maior valor da outorga que será cobrada do vencedor da licitação. Além disso, a empresa que ficar com o trecho Oeste terá de desembolsar cerca de R$ 2 bilhões, dinheiro que será destinado à construção do trecho Sul do Rodoanel, segundo a Secretaria Estadual de Transportes. O edital de concessão, publicado na semana passada pela Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), prevê o repasse da rodovia para a administração privada por 30 anos, renovável pelo mesmo prazo.
A Artesp optou por uma concorrência internacional, pela qual a empresa ou consórcio vencedor terá ainda que investir cerca de R$ 804 milhões durante a vigência do contrato, sendo que 35% desse valor serão investidos nos três primeiros anos. Serão R$ 280 milhões destinados à adequação do novo trecho ao padrão das demais concessões em andamento no Estado de São Paulo. O edital também especifica as regras para cobrança dos pedágios, que terão a tarifa reajustada anualmente pela variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Empresas interessadas poderão apresentar propostas até o próximo dia 11 de março. Além do valor da tarifa, serão avaliadas qualificação, plano de negócios e situação financeira e jurídica da melhor oferta. O vencedor deve ser conhecido em até quatro meses. (DF)
Marcelo Soares/Hype
Mais de 4 mil famílias vivem em bairros como o Novo Portugal, situado no entorno do aeroporto de Cumbica, desde a década de 70
Moradores temem perder casas H
á cerca de 20 mil pessoas vivendo nos arredores do aeroporto internacional de Guarulhos. Parte desses moradores teme pelo destino de suas casas, caso seja confirmada a construção de uma terceira pista no local.
A área é formada por cerca de nove subdistritos reconhecidos pela prefeitura da cidade e a população não deseja deixar os imóveis e seguir para outros bairros. Eles começaram a chegar ao local no final da década de 1970 e, atualmente,
são cerca de 4 mil famílias. Representantes de associações de bairro lembram que as casas são de alvenaria e existe fornecimento de energia e água, o que descaracterizaria a área como ilegal. Além de temer desapropria-
ções, os moradores reclamam do ruído, que aumentaria com a construção da nova pista. Como não há nenhuma definição oficial, eles esperam para saber se continuarão sendo vizinhos do aeroporto mais movimentado do Brasil. (DF)
DIÁRIO DO COMÉRCIO Estamos voltando aos treinos aos poucos. O time marca forte, porque o Paulistão será difícil. ” Hernanes, do São Paulo
Esporte
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Neco Varella/AE
Márcio Fernandes/AE
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
Espero que a torcida compreenda, mas jogaremos o futebol-força, de resultado.” William, zagueiro do Corinthians
O
Paulo Liebert/AE
almanaque Celso Unzelte
25 ANOS SEM GARRINCHA UH/Arquivo do Estado de São Paulo
Completam-se no próximo domingo, 20 de janeiro, 25 anos da morte de um dos maiores jogadores do futebol brasileiro em todos os tempos: Manoel dos Santos, o Garrincha. Acima, ele aparece abraçado a Djalma Santos e Pelé, comemorando um dos gols brasileiros na vitória por 5 a 2 sobre a Suécia, na final da Copa de 1958. Pela Seleção Brasileira, Garrincha seria ainda bi mundial em 1962, no Chile, e disputaria a Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra.
DO BOTAFOGO À FAMA MUNDIAL Garrincha adotou o apelido do passarinho que costumava caçar em sua infância em Pau Grande (distrito de Magé, no Rio de Janeiro), onde nasceu em 18 de outubro de 1933. Foi no Botafogo, time que defendeu entre 1953 e 1966, que Garrincha encantou os torcedores com seus dribles estonteantes, capazes de enlouquecer seus marcadores. Ganhou a posição de titular durante a Copa do Mundo de 1958 e quatro anos depois, no Chile, foi o principal responsável pela conquista do bi pela Seleção Brasileira.
O TRISTE FIM DA CARREIRA Em 1966, ano em que disputou pela última vez a Copa do Mundo, Garrincha já sofria com problemas no joelho. Trocou o Botafogo pelo Corinthians e, a seguir, pelo Flamengo. Nunca mais foi o mesmo. Fora de campo, sua vida foi marcada pelo alcoolismo e por tragédias pessoais, como a morte de sua sogra, Rosália Gomes (mãe da cantora Elza Soares), em um acidente automobilístico em que o próprio jogador dirigia o veículo. Morreu com lesões no fígado e pâncreas provocadas pelo álcool, em 20 de janeiro de 1983.
DE CARA NOVA José Luís da Conceição/AE
"De que planeta viene Garrincha?" (Manchete do jornal chileno Mercúrio durante a Copa do Mundo de 1962, disputada naquele país. Após a contusão de Pelé, Garrincha tornou-se o principal jogador do Brasil na campanha do bi, marcando gols e executando cruzamentos perfeitos para os companheiros.)
Durante o recesso do futebol, faleceu em São Paulo, no dia 4 de janeiro, aos 74 anos, o ex-ponta-esquerda José Romeiro Cardoso, o Romeiro. Ele foi o herói da conquista do supercampeonato paulista de 1959, ao marcar, de falta, o gol da vitória do Palmeiras sobre o Santos por 2 a 1 na terceira partida decisiva. O Paulistão 2008 começa quarta, com o Santos, atual bicampeão, em busca do tri. Algo que não acontece no Estado desde 1969, quando o último tricampeão foi também o Santos, vencedor em 1967 e 1968. Além do tri, Vanderlei Luxemburgo, bi em 2006 e 2007 pelo Santos e agora no Palmeiras, luta por outra marca particular: seu oitavo título paulista, igualando a marca do extécnico santista Lula, até hoje o único oito vezes campeão no Estado.
Daniel Augusto Júnior/AE
Maurício de Souza/AE
O Campeonato Paulista começa na quarta-feira com novidades no campo e no banco. O São Paulo aposta no atacante Adriano, emprestado pela Inter de Milão. Palmeiras, Santos e Corinthians acreditam na força de seus técnicos: Vanderlei Luxemburgo, Leão e Mano Menezes
Campeonato Paulista de 2008 começa na quarta-feira, sob amplo favoritismo do São Paulo. O time é o atual bicampeão brasileiro, manteve o técnico Muricy Ramalho e seus principais jogadores, como o goleiro Rogério Ceni. De quebra, ainda trouxe o reforço mais importante do futebol paulista: o atacante Adriano, que, após recuperarse fisicamente no Reffis do clube, permanece emprestado pela Inter de Milão. Além dele, chegaram o volante Fábio Santos, ex-São Caetano, que estava no Lyon, da França; o lateral-direito Joílson e o zagueiro Juninho, ex-Botafogo. Mas todos os principais rivais do Tricolor também trataram de se reforçar, ainda que suas principais estrelas, dessa vez, sejam os técnicos. O Palmeiras, que vem tentando o título estadual sem sucesso desde 1996, foi buscar de volta o técnico daquela última conquista, Vanderlei Luxemburgo, que estava no Santos. Vieram também o lateral-direito Élder Granja, do Inter, o atacante Alex Mineiro, do Atlético-PR, e o meia Diego Souza, que jogou o último Brasileiro pelo Grêmio, mas cujos direitos pertenciam ao Benfica, de Portugal. O chileno Valdivia, principal jogador do time no ano passado, permanece. Com a saída de Luxemburgo, o Santos foi buscar Emerson Leão, que recebeu poucos e modestos reforços: para a zaga, Evaldo (ex-Grêmio, que estava jogando no Tokyo F.C., do J a p ã o ) e B e t ã o ( e x - C o r i nthians); para o meio-campo, Marcinho Guerreiro (ex-palmeirense, importado do Metalurg Donetsk, da Ucrânia); para o gol, Douglas, do Sertãozinho, que vem apenas disputar com Felipe a reserva de Fábio Costa. “Teremos um ano difícil”, pressagiou Leão. Quem tenta se reestruturar, após a queda para a Série B do Campeonato Brasileiro, no fim do ano passado, é o C o ri nthians. A começar pelo técnico. Mano Menezes chega com a missão de repetir o trabalho realizado no Grêmio, clube que levou de volta à primeira divisão nacional. Por isso, o clube foi o que mais contratou. Da equipe que caiu no Brasileiro, somente o goleiro Felipe, o volante Carlos Alberto e o atacante Finazzi permanecem como titulares. Voltaram de empréstimo os laterais-direitos Eduardo Ratinho, do CSKA, da Rússia, e Coelho, do Atlético-MG. Foram contratados o lateral-direito Alessandro (exSantos), que pode atuar também no meio-campo; os zagueiros Chicão (ex-Figueirense), William (ex-Grêmio), Suárez (ex-Unión San Felipe, do Chile) e Valença (ex-Náutico); o lateral-esquerdo André Santos (ex-Figueirense); o volante Perdigão (ex-Vasco); os meias Marcel (ex-Palmeiras) e Rafinha (ex-São Bernardo); e os atacantes Lima (ex-AtléticoPR e São Paulo), Acosta (exNáutico) e Herrera (ex-Gimnasia-ARG). O Paulistão 2008 será marcado também pela volta da Portuguesa à primeira divisão e pelo investimento de algumas equipes menores, como o Guaratinguetá (atual campeão do interior) e o Grêmio Barueri.
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
GLAMOUR OU EMPREGO GARANTIDO? EIS A QUESTÃO.
1 Cristina Serafim aprendeu o ofício do marido relojoeiro, por falta de jovens que se interessem pela atividade.
Fotos: Luiz Prado/Luz
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Alguns nichos do mercado de serviços têm vagas, mas faltam profissionais técnicos. Fernanda Pressinott
A
luizio Serafim é relojoeiro há 36 anos e, nos últimos dez, procurou um jovem para ensinar o serviço e ajudá-lo a cuidar de sua loja. Por fim, desistiu. Resolveu transformar a própria mulher, Cristina, em ajudante, porque não há jovens interessados na profissão. Relojoeiro, açougueiro, peixeiro, torneiro, costureira e outras profissões técnicas perderam o glamour. E os jovens preferem ganhar menos em cargos administrativos a se sentir discriminados. "Nem meu filho, nem ninguém quer ser relojoeiro. Tentei por muito tempo. Os jovens vêm aqui, ficam duas semanas e desistem. A profissão está morrendo", diz. Sua loja fica em uma das ruas mais tradicionais do centro de São Paulo, a Barão do Paranapiacaba, que já foi conhecida como a rua dos relógios. Hoje, no endereço funcionam basicamente lojas de jóias e bijuterias.
Oficina: jovem prefere glamour.
Embora não haja estatísticas sobre o assunto, o desinteresse por algumas profissões é facilmente notado em locais como o Centro de Solidariedade ao Trabalhador (CST), mantido pela Prefeitura de São Paulo. Das 2 mil pessoas que passam pelo posto da Liberdade por dia, apenas uma se interessa por essas vagas. A grande maioria procura por oportunidades em postos administrativos, de telemarketing e como motoristas. "Chamo de 'eiros', as vagas que não conseguimos preencher, que são para açou-
gueiros ou padeiros, e ninguém quer. Não importa o salário. Tenho uma vaga há um ano para peixeiro, com salário de R$ 1 mil por mês e nenhuma exigência escolar, mas não consigo preenchê-la. O único 'eiro' em moda é pedreiro", diz o gerente do posto do CST, Enoch Romano. E continua: "Os jovens preferem ganhar R$ 400 por mês em uma sala com ar-condicionado. Não pensam em concorrência e nem no desenvolvimento para se manter nessas funções". Procura-se – As profissões administrativas ou de telemarketing têm aproximadamente 20 mil vagas disponíveis no CST, mas não são preenchidas facilmente. Além da concorrência, o problema é que os candidatos não têm o p re p a ro m í n i m o e x i g i d o . "Quando o empregador aplica uma prova, alguns candidatos com ensino médio não sabem o nome do presidente da República. São pessoas que poderiam exercer as funções 'eiras', mas têm vergonha." Algumas formações de ní-
Aluizio e Cristina: ela virou ajudante do relojoeiro por falta de candidatos para essa profissão tradicional.
vel superior entraram no ranking das sem glamour, entre elas as de contador e secretária executiva. "A percepção dos jovens muda com o tempo. E as profissões tradicionais dão espaço ao que eles acreditam ser mais promissoras, como jornalismo, publicidade, design de jogos, gestão de meio ambiente. Isso não significa que estejam certos", afirma o superintendente da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap) e especialista em sociologia do trabalho, Luiz Guilherme Brom. O problema é que o glamour e as ondas de interesse causam também excesso de mão-deobra em algumas áreas. De acordo com as projeções de Brom, com base no último censo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) – do Ministério da Educação –, apenas 27% dos formados em comuni-
cação social conseguem trabalhar na área. Isso não impede que o vestibular da Fuvest, o maior e mais concorrido do País, mantenha um número de 41,33 candidatos por vaga para Jornalismo neste ano e de 41,02 para Publicidade. Porém, essa relação candidato/vaga já foi maior: em 1995 chegou a 84,13 por vaga para Publicidade e 56 por vaga para Jornalismo. Fashion – "Algumas profissões viram moda por um período, como já aconteceu com publicidade. É o caso também de turismo, que teve um boom há alguns (chegou a 63 candidatos por vaga no ano 2000) e hoje está em decadência (18,53 candidatos/vaga)", diz Brom. Em contrapartida, as profissões "menos glamorosas" do momento têm recolocação quase garantida. De acordo com o superintendente da Fecap, 100% dos alunos de secretariado executivo e contabili-
dade conseguem trabalhar na área antes mesmo de concluir o curso e a maior parte é com contrato efetivo, não é vaga de estágio, diz. (No vestibular 2008 da Fuvest, a relação candidato/vaga em Ciências Contábeis é de 9,78). As profissões tradicionais mantêm seu espaço no Brasil. Segundo dados do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp), 30% da população universitária do País faz cursos de Direito, Administração ou Pedagogia. Se somados os cursos de Engenharia e Psicologia, chega-se a 50% da população universitária. "É também uma questão de propaganda. O que os jovens acreditam ser sucesso, é o que fazem. Depois, muitas vezes mudam de opinião ou não conseguem vaga e acabam migrando para outras funções."
DIÁRIO DO COMÉRCIO
2
Indicadores Econômicos
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
5,3
14/1/2008
por cento é a taxa média praticada pelos bancos para empréstimo pessoal, de acordo com o Procon-SP.
DC
COMÉRCIO
Informe Publicitário FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Fundo
Posição em
P. L. do Fundo
Empresarial LP
10/01/2008
27.625.484,30
Esher LP Hope LP JCP-SUL LP Master Recebíveis LP Milligan LP Múltiplo LP Odyssey LP Prospecta LP Redfactor LP Valecred LP
10/01/2008 10/01/2008 10/01/2008 10/01/2008 10/01/2008 10/01/2008 10/01/2008 10/01/2008 10/01/2008 10/01/2008
22.137.256,22 14.550.664,20 1.968.748,93 2.070.826,31 49.461,06 16.772.974,68 493.772,27 1.490.072,43 13.290.047,59 5.301.480,52
Tipo Subordinada Sr 1ª emissão Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Sub - Classe A
Vlr Cota Sub 1.701,399002 782,806661 1.156,452303 1.298,840499 1.142,224136 1.289,506826 989,221200 1.545,292675 987,544540 964,011867 1.222,731159 1.047,328810
% rent. mês 1,6752% 0,3222% 3,4256% 0,7426% 0,5110% -3,0155% -1,0779% -0,0585% -0,9649% 1,2757% 0,7892% 0,3515%
% ano 1,68% 0,32% 3,43% 0,74% 0,51% -3,02% -1,08% -0,06% -0,96% 1,28% 0,79% 0,35%
Tipo Sr 2ª emissão Sr 3ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sub - Classe B
Vlr Cota Sr 1.047,883111 1.017,944559 1.037,944980 1.077,552960 1.033,916880 1.293,539673 1.021,376000 1.050,976066 273,470482
% rent. mês 0,3368% 0,3368% 0,3222% 0,3280% 0,3075% 0,3222% 0,3368% 0,3368% 1,1811%
% ano 0,34% 0,34% 0,32% 0,33% 0,31% 0,32% 0,34% 0,34% 1,18%
rating A+(Austin) BBB(Austin) AA-(Austin) AA-(Austin) A+(Austin) A (Austin) A+(Austin) A- (Austin) A- (Austin) AA(Austin) A(Austin)
8
Ambiente Educação Centenário Saúde
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
LIBERDADE SERÁ REFORMADA
Masao Goto Filho/e-SIM
Seis meses de festas do Centenário Imigração será comemorada com mais de 300 eventos Rejane Tamoto
A
s comemorações do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil começam este mês e continuarão nos próximos seis meses, com uma programação de mais de 300 eventos, festas e homenagens em todo o Brasil. O cronograma foi divulgado ontem pela Associação para Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil (ACCIJB), em entrevista coletiva no Anhembi, que foi iniciada ao som de um grupo de taikô. Os principais festejos serão realizados em junho – em comemoração à chegada do primeiro navio com imigrantes ao Brasil –, mês em que o príncipe-herdeiro do Japão, Naruhito, visitará Brasília, São Paulo e Paraná. "Trabalhamos para essa programação há cinco anos. Esta comemoração será um sucesso não só pela participação
da comunidade nipo-brasileira, mas também de toda a sociedade que homenageia os imigrantes", disse o presidente da ACCIJB, professor Kokei Uehara. Arigatô – Durante a apresentação da programação do centenário, o prefeito Gilberto Kassab disse "Arigatô", numa expressão que, segundo ele, significa tanto a gratidão que os japoneses tem da acolhida brasileira, quanto do País por ter tido a contribuição nipônica em áreas tão diversas, como agricultura e siderurgia. "São Paulo é a maior cidade japonesa fora do Japão e tenho muito orgulho de ser o prefeito dela", afirmou Kassab. Mesmo sem os números totais de investimentos públicos nas comemorações, o prefeito disse que o centenário será o marco nas relações entre os países. "O que a Prefeitura puder fazer, o que estiver a seu alcance, quanto a gastos e participação, ela fará", afirmou. O governo
Lançamento da programação do Centenário da Imigração, ontem, no Anhembi: princípe-herdeiro do Japão visitará o Brasil em junho
municipal anunciou um investimento de R$ 2,5 milhões para a reforma do Estádio de Beisebol Mie Nishi, no Bom Retiro (veja matéria ao lado). A São Paulo Turismo (SPTuris) divulgou ontem folhetos em japonês para atender o turista na cidade. O presidente da SPTuris, Caio Carvalho, disse que o tema da São Paulo Fashion Week, em junho, também será a imigração japonesa.
Milton Mansilha/Luz
Estádio Mie Nishi, no Bom Retiro: R$ 2,5 milhões para reforma e construção de quadras, teatro e jardim
Estádio de beisebol será ampliado O Estádio Municipal de Beisebol Mie Nishi, no Bom Retiro, será reformado e ampliado em 10 mil m2 para tornar-se um complexo esportivo e cultural em comemoração ao Centenário da Imigração Japonesa. O
investimento, de R$ 2,5 milhões, foi anunciado ontem pela secretária-adjunta do governo municipal, Stela Goldenstein. A proposta é construir, até junho, uma quadra de aquecimento e outra de jogo de bei-
sebol. O restante das obras, que incluem a reforma do ginásio de Sumô, quadras de gateball, acessibilidade, paisagismo e construção de um teatro têm previsão de término até o final do ano. (RT )
Em abril, a nova Liberdade Reforma do bairro oriental, de R$ 55 milhões, depende de mais investidores
U
ma das principais atrações da Capital, o bairro da Liberdade depende da liberação de documentos da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras para o início das obras de reurbanização. O projeto de R$ 55 milhões, do arquiteto Márcio Lupion, da Kallipolis Arquitetura, quer dar ao bairro facha-
das orientais, em respeito à lei Cidade Limpa, além da reforma das ruas Galvão Bueno, Tomaz Gonzaga, de quatro viadutos e quatro praças. O projeto prevê recursos tecnológicos para expor a logomarca do patrocinador, com projeções, já aprovadas pela Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU).
"Além disso, colocaremos uma placa com o nome das empresas que fizeram parte da transformação do bairro, nos 100 anos da imigração japonesa", disse. Com metade das cotas de patrocínio vendidas, Lupion capta recursos junto a empresas para começar as obras na Liberdade em abril. (RT)
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Empresas Finanças Nacional Agronegócio
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3
5,3
EMPREGO DEVE CRESCER AINDA MAIS EM 2008
por cento foi o ganho real da folha de pagamento da indústria no ano passado
DADOS DE JANEIRO A NOVEMBRO INDICAM QUE EMPREGO INDUSTRIAL BATERÁ RECORDE EM 2007
UM ANO PARA FICAR NA HISTÓRIA
O
Sebastião Moreira/AE
Mais dinheiro no bolso dos trabalhadores
E
m novembro de 2007, o valor real da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria recuou 3,5% ante a outubro, interrompendo a seqüência de cinco taxas positivas, período em que acumulou expansão de 4,2%. O economista André Macedo, da coordenação de indústria do IBGE, destacou que o resultado negativo não reverteu a tendência de expansão. Ta n t o q u e e m r e l a ç ã o a iguais períodos do ano anterior, os resultados continuaram positivos. No acumulado do ano, a expansão foi de 5,3%, no acumulado do ano, o melhor resultado na série histórica desde 2004. Já na comparação entre os meses de novembro, o valor real da folha de pagamento
O aumento da folha salarial no ano passado foi generalizado
cresceu 6,4% em 2007 ante 2006, e sustenta taxas positivas neste tipo de indicador há 20 meses consecutivos. Contribuição – Para essa expansão contribuíram positivamente 13 dos 14 locais pesquisados, com o principal impacto sobre a média global vindo de São Paulo (6,4%), por conta sobretudo dos ganhos assina-
lados nos setores de meios de transporte (12,5%), produtos químicos (18,1%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (11,4%). Os ganhos salariais foram bem disseminados: dos 18 setores que registraram crescimento no emprego, 16 também tiveram aumento na folha de pagamento. (Agências)
Paulo Pampolin/Hype
O Extra pretende vender 2 milhões de dúzias de cervejas neste carnaval, 20% a mais do que em 2006.
Monalisa Lins/AE
s dados do emprego na indústria ent re j a n e i ro e n ovembro do ano passado garantem: 2007 será o melhor ano para o mercado de trabalho industrial desde 2002. Ontem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou um crescimento de 2,1% na ocupação do setor nesse período, superando o recorde de 2002, quando o indicador subiu 1,8%. Na comparação com outubro, o emprego industrial registrou aumento de 0,3%, a quinta expansão consecutiva nessa base de comparação. Ante novembro de 2006, a expansão foi de 3,9%, a maior desde dezembro de 2004. O economista André Macedo, da coordenação de indústria do IBGE, ressaltou que os resultados positivos de 2007 atingiram vários setores e regiões, com destaque para São Paulo. Ainda no acumulado de janeiro a novembro, 13 de 14 regiões mostraram crescimento no emprego e 12 setores elevaram a ocupação. Para o consultor do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Econômico (Iedi), Julio Sérgio Gomes de Almeida, o aumento, mesmo sendo um recorde histórico, está aquém do quadro atual de expansão do setor. "No segundo semestre de 2007, chegamos a um novo patamar de crescimento, ainda não refletido integralmente nos dados divulgados", afirmou.
Crescimento foi generalizado e atingiu 13 das 14 regiões pesquisadas
De fato, o aumento da ocupação, na comparação com igual mês de 2006, passou progressivamente de 0,9%, apurados em fevereiro, para 3,9% em novembro, o melhor resultado apurado no ano passado para o período de 11 meses. Para Almeida, o crescimento de novembro aponta para uma expansão entre 3% e 3,5% no emprego na indústria em 2008. Ganhos e perdas – Macedo destacou que os segmentos com maior impacto positivo nos dados de emprego e da folha de pagamento são aqueles com maior destaque na atividade industrial, ligados à produção de bens de capital e de consumo duráveis, como máquinas e equipamentos (6,6%) e meios de transporte (7,3%).
Por outro lado, foram apurados resultados negativos na geração de vagas em segmentos que estão sofrendo com as importações ou com dificuldades nas exportações, em conseqüência da desvalorização do dólar em relação ao real, como artigos de couro (-7,1%) e vestuário (-3,7%). Em termos regionais, o Estado de São Paulo, que responde por 37% do emprego industrial, puxou os resultados positivos. A indústria paulista mostrou o maior crescimento no número de vagas (6,5%) entre as regiões na comparação com novembro de 2006, puxado por máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (19,5%) e meios de transporte (10,4%). (AE) INFORME PUBLICITÁRIO
Varejo pronto para o carnaval Kelly Ferreira
O
clima de verão e do feriado do carnaval invadiu o comércio de São Paulo. De olho em quem vai ficar na cidade e nos que vão curtir o feriado prolongado na praia ou no campo, algumas redes varejistas já anunciam suas ofertas e oferecem maiores prazos de pagamento. Em alguns casos, a expectativa é de um crescimento de até 20% em relação ao mesmo período do ano passado. O hipermercado Extra, do grupo Pão de Açúcar, por exemplo, aposta principalmente no aumento da procura por bebidas alcoólicas e não alcoólicas. O destaque é para as cervejas, que devem ter um incremento de 20% nas vendas até o carnaval em relação ao ano passado. A intenção é comercializar 2 milhões de dúzias do produto. No segmento de águas minerais, a estimativa de crescimento é de 15%, e no de refrigerantes, que terão preços especiais, de aproximadamente 20%. Além dos refrigerantes, o setor de camping também será objeto de promoções. Com isso, a intenção do Extra é aumentar em 17% as vendas de cadeiras, mesas, guarda-sóis, coolers (caixas térmicas) e outros itens. "Importamos muitos produtos exclusivos e montamos tendas promocionais nas lojas. O incremento desses itens pode até superar a expectativa dos 17%, por causa do preço. Além disso, ampliamos o estoque dos artigos mais procurados nessa época do ano para não deixar o consumidor na mão", explicou o diretor do Mundo Casa do grupo Pão de Açúcar, Jorge Letra. Por conta do calor, a expectativa de crescimento nas vendas de produtos de higiene e beleza, como protetor solar, hidratante corporal e cre-
me para pentear, é de 15% a mais do que em 2007. A estratégia da rede não se limita às promoções. Para os itens de bazar, como cadeiras de praia e coolers, a rede oferece pagamento em três vezes sem juros no cartão de crédito. O mesmo é feito para as bebidas. Mas, nesse caso, a facilidade vale apenas para quem tem cartão Extra. A rede Armarinhos Fernando pretende aumentar em 6% as vendas nesse mês dos itens de praia e piscina. Segundo o gerente da loja, Márcio Gavranic, entre os artigos mais procurados estão bóias, espaguetes, baldinhos infantis, bolas e piscinas de plástico. "As férias
e o calor estão ajudando muito as vendas desses produtos. Para o carnaval, os itens mais comercializados são espuma, buzina, serpentina e confete", disse o gerente. O pagamento também está facilitado nas lojas do Armarinhos Fernando. Nos cartões de crédito, as compras de R$ 100 a R$ 300 podem ser pagas em duas vezes, e acima de R$ 300 em três parcelas sem juros. No cartão Armarinhos Fernando, as despesas de R$ 50 a R$ 100 podem ser pagas em duas vezes; de R$ 100 a R$ 300, em três; e acima de R$ 300 em quatro vezes sem juros. O pagamento à vista de compras acima de R$ 300 tem 5% de desconto.
VOCÊ CONHECE O POP?
O
POP (Proteção do Investimento com Participação) é um novo produto de renda variável, negociado na BOVESPA, que proporciona uma determinada proteção contra a eventual desvalorização do investimento em ações em troca de uma participação nos potenciais ganhos desse investimento. Isso é possível por meio da combinação da aplicação em ações e seus respectivos derivativos. COMO FUNCIONA O investidor define o nível de proteção desejado ao escolher em que série de POP vai investir. Se a ação cair, ele recebe o valor do capital protegido, cobrindo assim o risco correspondente à desvalorização. Em contrapartida, se a ação subir, o aplicador abre mão de parte do lucro obtido
com a valorização do papel. A proteção do POP pode ser menor do que o investimento, mas é válida somente se mantida até o vencimento. VENCIMENTO No vencimento do POP, podem acontecer duas coisas: se o valor da ação for menor que o capital protegido, o investidor escolherá receber esse montante em vez de ficar com a própria ação. Essa escolha é o exercício da opção, que deverá ser comunicado à Corretora que o administra para ser executada no mercado. Se o valor da ação for maior que o capital protegido, o investidor deverá escolher se quer ficar com a ação sem qualquer proteção ou adquirir um novo POP, para continuar a ter uma determinada proteção ao seu capital. Essa escolha também deverá ser comunicada à Corretora.
RESGATE Caso o investidor precise resgatar o POP antes de seu vencimento, será realizada uma transação comum. O POP, assim como as ações, é um bem que pode ser comprado ou vendido a qualquer instante e em qualquer montante (obedecidos os lotes mínimos de negociação). Caso o investidor decida, basta dar à Corretora a ordem de vendê-lo e o valor correspondente será disponibilizado em sua conta. Nesse caso, ele receberá o valor de mercado do POP no momento da venda. É importante ressaltar que o valor do capital protegido é assegurado somente no vencimento do POP e a sua negociação antes do vencimento é efetuada aos preços do mercado. Para mais informações ligue para 0800 7710194 ou acesse o site www.bovespa.com.br.
COMO INVESTIR
COMO ACOMPANHAR
PROTEÇÃO
I O processo para investir no POP é o mesmo para comprar ações. O primeiro passo é procurar uma Corretora de Valores. Elas são as únicas instituições autorizadas a operar na BOVESPA. Acesse o site www.bovespa.com.br e veja a lista completa de Corretoras.
I O investidor que deseja acompanhar suas aplicações no POP pode acessar o site da BOVESPA (www.bovespa.com.br), pela área "Cotação Rápida" ou a página da CBLC (www.cblc.com.br) e procurar pela seção CEI – Canal Eletrônico do Investidor.
I O funcionamento do POP e suas características de risco-retorno só valem se ele for mantido inalterado. Se o investidor vender ou comprar qualquer um dos três instrumentos do POP, a proteção de capital tornase inválida. Portanto, antes de "desmanchar" um POP, consulte sua Corretora.
Acompanhe quinzenalmente, nesta seção, mais informações sobre a importância do mercado de ações para a economia do país
2 - OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
A MAIORIA ELEITORAL FEITA DE IGNORANTES PODERÁ CONTINUAR A SER SEDUZIDA PELO MESSIANISMO
C
om o surgimento das transações comerciais feitas com dinheiro, foi criado o conceito de medição de riqueza de uma pessoa de acordo com a quantidade de moedas que ela acumulava. Não tardou para que os governantes dos países percebessem que um imposto cobrado a partir dos pertences dos cidadãos seria uma ótima fonte de arrecadação de recursos para a nação. Com isso, criou-se o Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza, ou Imposto de Renda, como é conhecido no Brasil. Apesar de ser amplamente divulgado, em época de declaração do Imposto de Renda, a maioria das pessoas apenas sabe que o IR é o principal imposto federal do País. Seu funcionamento, processos de elaboração e entrega ainda são bastante obscuros para a maioria dos contribuintes que acabam por confiar essa árdua tarefa aos profissionais da Contabilidade.
A
primeira informação a ser esclarecida é que o Imposto de Renda é um tributo que incide sobre os rendimentos provenientes de qualquer origem (salário, aluguel ou venda de imóveis, pensão judicial, ganhos no exterior etc) e deve ser declarado anualmente para a Receita Federal por todos os brasileiros que possuem CPF. Em 2007, a Receita Federal foi unida à Previdência Social, de onde surgiu a Super Receita. Com esse órgão, o contribuinte deve ter atenção redobrada, com a declaração deste ano, base 2007, a ser entregue até 30 de abril, já que com o cruzamento de dados se consegue mais eficiência na fiscalização e maior possibilidade tem o contribuinte, que não declarar corretamente seus rendimentos, de cair na malha fina. Em termos de malha fina toda atenção é pouca. Afinal, mesmo se todos os dados forem preenchidos corretamente, ainda há o risco de a empresa (responsável pelo salário do contribuinte) ter errado na hora de passar os dados à Receita ou ainda ter deixado de repassar o Imposto de Renda, bloqueando assim a movimentação da restituição. Neste ano, devemos ter cui-
Céllus
SAIBA COMO ENCARAR O LEÃO G Os contribuintes
devem entender o funcionamento do Imposto de Renda, para não serem lesados pelos altos impostos cobrados no nosso Brasil.
dados ainda maiores, inclusive com cartões de crédito, pois com a queda da CPMF, o governo deverá ficar mais atento em relação à medição de rendimentos dos contribuintes através de diversos tipos de operações.
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a hora de declarar o Imposto de Renda Pessoa Física, os cidadãos devem verificar primeiro em qual faixa de contribuição se encaixam. De modo geral, o sistema pretende que quanto maior forem os rendimentos tributáveis, maior será a alíquota efetiva de contribuição. Ou seja, quem ganha mais, paga mais. Mas nem sempre é assim. Além dos casos de sonegação, as pessoas que não preencherem corretamente a Declaração do Imposto de Renda poderão ser prejudicadas ao cair na famigerada malha fina, portanto tomem cuidado. É importante também enfatizar que a Receita Federal oferece uma série de deduções, em despesas com educação, médicos, pensão alimentícia, dependentes, Previdência Social ou Privada (PGBL / VGBL) e também doações. Só que para ter direito às deduções é necessário guardar todos os recibos dedutíveis obtidos durante o ano exercício. Entender o completo funcionamento do Imposto de Renda é tarefa para especialistas, mas todos os contribuintes devem ficar atentos às novas possibilidades de dedução bem como o correto preenchimento dos formulários para não serem lesados pelos altos impostos cobrados no nosso Brasil. MAURO DE MARTINO JÚNIOR É PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO DOS
CONTABILISTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO (FECONTESP)
A educação e o futuro do país
A
o pensar nosso país o que nos ocorre de pronto é que ele é uma "terra abençoada por Deus", como diz a canção de Ari Barroso, o que foi repetido como um refrão por tantos e tão diversos pensadores, nacionais e estrangeiros. Dois macro-aspectos autenticam esse refrão: a extensão e a variedade e abundância de nossos recursos naturais e a qualidade genética e o espírito de nosso povo. Ao falar em qualidade genética queremos nos referir a uma espécie negativa de racismo, o resultante da miscegenação de "raças" que melhora o mosaico eugênico brasileiro. E ao falarmos em espírito queremos nos referir à alegria, que Beethoven erigiu como o mais elevado dom humano. Descendo dessa avaliação de caráter humanista para os critérios materiais que hoje predominam na avaliação e julgamento de tudo, estamos economicamente colocados entre os quatro países do mundo como preferenciais para investimentos. Os Estados Unidos, a Índia, a China e nós. E como sobra dinheiro no mundo, desse ponto de vista nossas perspectivas de longo prazo são excepcionalmente favoráveis. Invertendo, porém, a posição ocular do binóculo que focaliza nosso futuro o fato da boa eugenia e do bom espírito do povo brasileiro não garante que o desenvolvimento que aqui ocorra venha a beneficiar diretamente os indivíduos brasileiros. A extensão e nível de sua participação nesse desenvolvimento depende de um outro aspecto decisivo, que é o grau de sua educação, instrumento que dá acesso aos níveis culturais e por extensão, sociais mais altos. Pois, se de um lado a divisão do trabalho e as novas tecnologias tornam tudo mais simples, seu comando exige uma educação mais elevada. Assim, ao passo que o adestramento será cada vez mais fácil, a educação para atividades superiores será cada vez mais demorada e difícil.
I
sso nos coloca diante de um dos maiores desafios sócio-culturais, sabendo-se, como é universalmente conhecido, que nossa rede escolar e nosso ensino são dos piores do mundo. Se não conseguirmos dar a esse fato a importância que ele tem e continuarmos a produzir analfabetos funcionais e doutores analfabetos, produziremos uma população de ignorantes que só servirão para ser adestrados para atividades de rotina pouco acima das que os robôs poderão executar – uma população de párias em sua própria terra, com todas as conseqüências daí decorrentes, tanto econômicas, como políticas e sociais. Não cremos em profecias nem as estamos fazendo. Prospectamos, apenas, o que pode decorrer de uma situação que enxergue apenas o aspecto econômico das coisas e secundarize o valor do indivíduo, valor que só o processo educativo pode proporcionar. E o que se pode construir com analfabetos funcionais, indivíduos que são capazes de ler, mas não de entender? Eles não são educados, mas meramente adestrados pela repetição de ensinamentos que se transformam em reflexos condicionados. Os reflexos operam como circuitos neurológicos automáticos, mas não pertencem ao campo da inteligência consciente. Macacos e
Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio
Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luizo@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Adriana David, André Alves, Davi Franzon, Dora Carvalho, Eliana Haberli, Fátima Lourenço, Felipe Datt, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Jane Soares, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Marcus Lopes, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro , Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60
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no Brasil a importância que ela tem, vamos continuar a produzir analfabetos funcionais e doutores analfabetos, uma população que só servirá para atividades de rotina. Por Benedicto Ferri de Barros papagaios também podem ser amestrados. Ignoramos, porém, de onde poderá vir uma força social suficientemente poderosa para reformar uma estrutura escolar e um sistema de ensino no estado de descalabro dos nossos. Uma das maiores, se não a maior força de comunicação e formação de opinião do país, é a televisão. Mas talvez a maior parte do seu tempo e de sua audiência se concentra nos filmes e novelas onde predominam como temas o sexo, a violência, a gritaria e o sensacionalismo.
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á não temos também pedagogos do vulto e do prestígio de um Anísio Teixeira, de um Lourenço Filho, de uma Noemy Silveira Rudolfer, de um Fernando Azevedo, capazes de formular uma pedagogia, sugerir uma nova didática, expandir o campo do ensino e propor uma formação melhor do professorado. Embora tenhamos em todos os campos de atividades líderes de renome e prestígio nacional e internacional, nenhum deles parece ter se sensibilizado com o problema educacional a ponto de encará-lo como uma cruzada merecedora de seus melhores esforços. Alguém que, como Júlio de Mesquita Filho, haja assumido a tarefa de promover um movimento que ampliou e modernizou nosso ensino superior para abranger todo o universo da cultura. Tarefa de que resultou a USP atual. Seus esforços levaram a importarmos equipes de mestres franceses, italianos e alemães que nos poucos anos de seu magistério em nosso país produziram brasileiros de renome mundial, como Mário Schenberg, Marcelo Damy de Souza Santos, Oscar Sala, Crodowaldo Pavan, Paulo Nogueira Neto. Assim, se continuarmos a produzir doutores formatados sobre analfabetos funcionais, pode o país ter um brilhante desenvolvimento futuro, mas sua liderança será de estrangeiros. Não passaremos de cidadãos de segunda classe em nossa terra. A grande massa popular será de párias apenas melhor remunerados, como mão-de-obra para funções que robôs não poderão executar. Os que puderem mandarão seus filhos estudar no exterior e muitos deles ficarão por lá. Estaremos exportando o melhor de nossa inteligência, como hoje ocorre com nossos melhores jogadores de futebol Deixamos a cargo do leitor inteligente e culto imaginar as conseqüências sócio-político-culturais da caricatura acima traçada como resultado da estrutura escolar e dos métodos de ensino de que hoje dispomos. Com a prevalência do democratismo a maioria eleitoral feita de ignorantes poderá continuar a ser seduzida pelo messianismo na escolha dos seus dirigentes e do país, com resultados piores do que a caricatura que traçamos.
Qual a credibilidade?
Presidente Alencar Burti
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G Se não conseguirmos dar à educação
ARTHUR CHAGAS DINIZ
D
omingo, o Ministro da Saúde, José Temporão, fez pronunciamento em cadeia nacional informando que não há riscos de uma epidemia de febre amarela no País. A febre tem origem silvestre e os poucos atingidos estiveram dias antes em área de risco. Isto deveria tranqüilizar os brasileiros que já estão fazendo fila, no entender de Temporão, sem qualquer justificativa. Provavelmente, o Ministro da Saúde tem razão e não vamos ter nenhum surto de epidemia. O que ocorre é que os brasileiros, em ocasião recente, foram surpreendidos com pronunciamentos ou entrevistas de Lulla e sua equipe contraditórios e mentirosos.
G Autoridades
afirmam que não vai haver epidemia, mas os brasileiros foram supreendidos, recentemente, com declarações mentirosas de Lulla.
Mantega, em primeiro lugar, assegurou que o Governo se vingaria (não conheço expressão melhor) da população, aumentando impostos para substituir parte da perda orçamentária decorrente do fim da CPMF. Lulla, rapidamente, desautori-
zou o seu desastrado Ministro da Fazenda afirmando que não iria aumentar ou tentar criar novos impostos. "Vamos cortar na raiz", disse Lulla, uma licença poética admissível, dado o seu primarismo intelectual. Ele queria dizer "na carne" porque "na veia" mata. Na primeira semana depois do desmentido, Lulla se desmentiu. Ao invés de reduzir despesas, anunciou o aumento do IOF e da contribuição sobre o lucro dos bancos. Por isso, é que o pronunciamento de Temporão se dá fora do tempo. Vai alavancar as filas de gente atrás da vacina. É claramente extemporâneo. Ou temporão. ARTHURCHAGAS DINIZ É PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL
JOÃO DE SCANTIMBURGO A AMEAÇA DA FEBRE AMARELA
I
sto de o governo negar ou frear a corrida à vacina da febre amarela, não quer dizer nada. Muitas negativas do governo já foram esclarecidas e comprovadas, não adiantando nada, pois a necessidade da vacina se comprovou. Estamos na mesma situação, agora com a notícia que há febre amarela no Brasil. Eu mesmo já viajei para o exterior com o atestado de vacina contra a febre amarela. Passei pela África, evidentemente, nada senti e voltei como parti, sem o contágio da febre amarela. A vacina me defendeu. Somos um país tropical sujeito às epidemias, como a da febre amarela, entre outras. Temos, portanto, o serviço de saúde pública no Brasil, que deve estar preparado para atender ao apelo temeroso de todos os brasileiros, principalmente os viajantes que vão passar por cidades do Nordeste e o do Centro-Oeste, sabendo que, sem a vacinação, o contágio poderá ocorrer e ser fatal. Lembramos que o Brasil já foi país visitado pela febre amarela. Todos os viajantes que seguem em destino a algumas cidades do Nordeste e CentroOeste brasileiros estão sendo
G O governo deve se
adiantar aos receios do povo brasileiro, dar orientação e garantir a vacinação. vacinados e imunizados contra a febre amarela.
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emos experiências de vacinação maciça como, por exemplo, a que é periodicamente aplicada às crianças menores de cinco anos contra a paralisia infantil. Tudo é assunto de interesse da saúde pública, por exemplo, impõe-se que essa repartição providencie a vacina para as cidades que estão ameaçadas do surto da febre amarela. Sabemos que os boatos circulam acarretando o medo aos desassistidos da vacinação, mas é preciso insistir que o governo tem que se adiantar ao povo brasileiro prevenindo o estado de higidez contra o estado de emergência. Nesse momento, estamos ainda em fase preparatória sobre a difusão da febre amarela entre os indivíduos sãos, tendo já havido casos de morte pela febre amarela em cidades brasileiras. Segundo informações colhidas por um grande jornal desta capital, e publicadas ontem, muitas pessoas têm procurado postos dos terminais rodoviários do Tietê e Barra Funda em busca da vacina. Mas muitos estão se vacinando sem orientação e necessidade _ conforme informações de especialistas, a vacina pode ter reações adversas. Isto tudo é o que temos a dizer a respeito do surto da febre amarela. Que a ameaça desta doença não passe de um surto! JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Ambiente Educação Tr â n s i t o Saúde
DIÁRIO DO COMÉRCIO
9 Nilton Fukuda/AE
O investimento anual por quilômetro de cada uma das concessões será da ordem de R$ 200 milhões. Governador José Serra
NOVAS RODOVIAS SERÃO PRIVATIZADAS
Pedágio vai ajudar a reformar Marginal Edital das novas concessões rodoviárias determina que os ganhadores sejam obrigados a investir na conservação de vias urbanas da Capital e do interior do Estado
O
Robson Fernandes/AE 23.4.2002
Marginal Tietê: dinheiro arrecadado com pedágio em estradas vai ajudar na manutenção e reforma da via
valor do pedágio em cinco rodovias estaduais que serão concedidas à iniciativa privada neste ano – Ayrton Senna/Carvalho Pinto, D. Pedro I, Raposo Tavares e Marechal Rondon – será menor do que o cobrado atualmente nas vias que já estão terceirizadas. Além disso, as concessionárias que ganharem a licitação terão de bancar R$ 9 bilhões pela outorga. Os valores serão utilizados na manutenção e ampliação de avenidas como as Marginais, em São Paulo, e o Anel Viário, em Campinas. O governador José Serra (PSDB) anunciou ontem que o valor máximo cobrado por quilômetro será de R$ 0,10, o mesmo praticado atualmente. "Este é o teto, então a tarifa certamente será menor", disse. O valor de R$ 0,10 é 17% mais baixo que o cobrado em sistemas rodoviários, como o
Anhangüera/Bandeirantes e Castelo Branco/Raposo Tavares, em que o preço do quilômetro é de R$ 0,12. Em leilão, feito em outubro, a União limitou o valor por quilômetro em R$ 0,06, apesar do modelo de concessão ser diferente. Além do teto por quilômetro, o governo exigirá que a empresa vencedora pague uma outorga fixa de R$ 2,1 bilhões em dois anos e realize investimentos de R$ 9 bilhões ao longo dos 30 anos da concessão. O dinheiro da outorga será utilizado, por exemplo, para fazer o prolongamento do Anel Viário de Campinas, ligando a avenida Bandeirantes ao aeroporto de Viracopos. Somando as cinco estradas, serão 1.500 quilômetros de novas concessões. Com o dinheiro da outorga, o Estado deverá duplicar 382 quilômetros de rodovias, fazer 153 quilômetros de marginais e 179 quilô-
metros de faixas adicionais. Também estão previstas construções de trevos, passarelas e investimentos em vicinais. Embora o modelo do governo federal para concessão de rodovias garanta uma tarifa menor ao usuário, uma vez que o valor por quilômetro foi limitado em R$ 0,06 no leilão ocorrido em outubro de 2006, Serra citou vantagens no modelo paulista. "O investimento anual por quilômetro de cada uma das concessões será da ordem de R$ 200 mil. Na esfera federal, as licitações recentes são de aproximadamente R$ 140 mil. Ou seja, temos um investimento 44% mais alto que aquele da modelagem federal." Porém, ele declarou que as concessões são diferentes e não caberiam comparações. O edital deve ser lançado em março e o governo do Estado acredita que até julho os contratos sejam assinados. (AE)
Divulgação/Prefeitura
CIDADE LIMPA Vidente do Amor não escapa de multa por propaganda ilegal Faixas que ofereciam serviços espirituais estavam em desobediência à lei Ivan Ventura
O
início da fiscalização da lei Cidade Limpa, em janeiro de 2007, trouxe à tona um grande mistério. Afinal, quem era o autor das faixas ilegais com a inscrição “vidente do amor” espalhadas em ruas e avenidas da Capital? Com a ajuda da polícia, finalmente a vidente do amor foi localizada: a esotérica e agente de viagem Amanda Munis Gimenez, 27 anos, que atendia em seu escritório no Itaim Bibi, na zona sul. Agora, ela receberá uma multa de R$ 20 mil (R$ 10 mil em cada uma das duas faixas apreendidas pela Prefeitura). No mesmo local também foi descoberta uma agência de viagem clandestina, com o sugestivo nome de Videtur. Um dos sócios era justamente Amanda.
De acordo com a Secretaria de das. Ambas tinham o mesmo Coordenação das Subprefeitu- número de telefone. Foi regisras, desde o início da lei a Prefei- trado um boletim de ocorrêntura tentava localizar o autor cia contra uma pessoa (até endas faixas, mas esbarrava em tão desconhecida) por dificulum problema: tar a ação fiscalizatória do sem condições de comprovar poder público. “Como não legalmente o endereço a partir Registramos um co nse gu íam os identificar o endo número de boletim de ocorrência telefone, como pelas faixas dereço, registramos um boletim enviar a multa encontradas. Assim, a de ocorrência por desrespeito pelas faixas enà l e i C i d a d e polícia identificou o endereço. contradas. AsLimpa? Na quintaSecretário Andrea s i m , a p o l í c i a feira da semana Matarazzo identificou o enpassada, a polídereço do proprietário do telecia entrou no caso. Segundo a Secretaria de Se- fone”, disse, em nota, o secretágurança Pública, um represen- rio de Subprefeituras, Andrea tante da subprefeitura de Pi- Matarazzo. Na sexta-feira, dia n h e i r o s p r o c u r o u o 7 8 . º seguinte à denúncia, a polícia fiDistrito Policial (Jardins) e en- nalmente localizou a vidente do tregou duas faixas apreendi- amor no Itaim. Era um sobrado. Nilton Fukuda/AE
Ó RBITA
CARGA ROUBADA Polícia Militar prendeu, A na manhã de ontem, dez suspeitos de receptação de
carga roubada em um galpão na rua Santa Elisabeth, em Guarulhos. No local havia quatro caminhões com produtos de limpeza e alimentos que estariam avaliados em R$ 1 milhão. Os policiais chegaram ao galpão após denúncia de uma transportadora que teve seu caminhão roubado no domingo. (Agências)
TURISMO SEXUAL m grupo de instituições de Pernambuco criou U uma frente para proteger a
faixa da população mais vulnerável ao turismo sexual: a infância e adolescência. O Ministério Público Estadual, a Polícia Militar, Vigilância Sanitária, a Diretoria de Controle Urbano de Recife e a Delegacia da Criança e do Adolescente firmaram acordo para desenvolver ações durante o Carnaval de Olinda e Recife. (Agências)
RODÍZIO VOLTA EM DIA DE TEMPESTADE volta do rodízio A municipal de veículos, que ocorreu ontem em São
Paulo, não ajudou a resolver a situação do trânsito, agravada pelas chuvas, principalmente no final da tarde. O aumento da intensidade das chuvas prejudicou o fluxo progressivamente. No início da noite, filas de veículos se
estendiam nas marginais Pinheiros e Tietê, atingindo as rodovias que cortam a cidade. Um acidente entre dois caminhões no km 15 da Castello Branco, em Osasco, na Grande São Paulo, por volta das 18h40, deixou uma pessoa com ferimentos graves e mais de 3 km de lentidão no sentido interior. (Agências)
PROCURA POR VACINA CONTINUA mais de 2,7 milhões de pesar dos sistemáticos pedidos do Ministério da pessoas foram vacinadas. A A Secretaria de Saúde do Saúde e de secretarias locais para que apenas moradores e visitantes de regiões de risco se vacinem contra a febre amarela, a busca pela imunização continua intensa. Em Goiás e no Distrito Federal, que concentram casos de suspeita da doença,
Distrito Federal, que já vacinou aproximadamente um milhão de pessoas, tem enfatizado que não é preciso repetir a vacina em período inferior a dez anos, tempo em que a fórmula assegura a imunidade. (AE)
Anúncios foram multados em R$ 20 mil: Prefeitura acionou a polícia para conseguir enquadrar a vidente
No primeiro andar funcionava o local de atendimento da vidente Amanda e, no térreo, a agência de viagem clandestina Videtur, que não tinha alvará de funcionamento. Segundo a secretaria, o local deverá ser fechado até sexta-feira.
Levada à delegacia, a vidente do amor admitiu ser a proprietária das faixas e que não possui alvará de funcionamento para a agência. Na polícia, Amanda vai responder em liberdade por crimes contra o meio ambiente e sonegação fis-
cal. A multa pela Cidade Limpa será enviada nos próximos dias nos próximos dias. O DC tentou conversar com Amanda. Uma mulher identificada como Marina atendeu a ligação e disse que a vidente não iria atender a reportagem.
4
Empresas Finanças Nacional Agronegócio
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
ENSINO FUNDAMENTAL TERÁ ALTA ENTRE 5,5% E 11,5%
15
por cento dos alunos da rede particular de ensino médio ficaram inadimplentes em 2007
DESPESAS COM EDUCAÇÃO TÊM PESO DE 7,1% DO IPCA. INDICADOR DEVE CHEGAR A 0,5% EM FEVEREIRO.
ESCOLAS PRESSIONAM A INFLAÇÃO O 0,6 reajuste das men- profissionalizante, oscila entre salidades escola- 3% e 6%. Lourenço observa res é o principal que o aumento deste ano nas item de preocupa- escolas infantis e de ensino ção dos economistas no pri- fundamental é bem superior à meiro trimestre de 2008 da in- média de 2007, que foi de 5%. flação ditada pelo calendário, "O reajuste é maior e a culpa é aquela cujo aumento ocorre do governo", diz o presidente uma vez por ano. A MB Asso- do Sieeesp, que representa ciados, que projeta variação do 7.705 escolas no Estado de São Índice de Preço ao Consumi- Paulo. Ele explica que o goverdor Amplo (IPCA) de 0,45% no aumentou a tributação das para janeiro, prevê, por exem- empresas enquadradas no plo, que o índice possa atingir Simples e, com isso, a maioria 0,5% em fevereiro por causa das escolas viu seus custos se dos reajustes das escolas. (Leia ampliarem. No caso do ensino mais sobre inflação na página 10.) médio, o percentual de reajus"A inflação de fevereiro será te foi influenciado pela inapressionada pela educação, dimplência elevada, que atinporque os reajustes se concen- giu 15% dos alunos em oututram nesse mês", afirma o eco- bro de 2007. nomista-chefe da consultoria, Vale, da MB Associados, Sergio Vale. acrescenta que Elson Telles, a demanda eseconomista tá aquecida no chefe da Concaso de gastos córdia Corretocom educação. ra de Valores De 2005 para deverá ser o aumento 2006, aumencalcula que a inflação do pritou 7,3% o núdo IPCA no primeiro meiro trimestre m e ro d e a l utrimestre do ano, em nos em escolas deste ano apurada pelo IPCA particulares de razão das despesas chegue a 1,4% primeiro grau, com mensalidades ante 1,26%, reenquanto caíescolares, além da gistrada no ram 0,34% as mesmo perío- pressão de alimentos. matrículas nas do do ano pasescolas públisado, em razão cas. No caso do das despesas com mensalida- ensino médio, o recuo foi de des escolares, além da pressão 1,17% nas escolas públicas e a dos alimentos. "Os reajustes alta foi de 0,54% nas particuladas escolas são preocupantes." res, no mesmo período. Os daNo IPCA, as despesas com dos são da Pesquisa Nacional educação pesam 7,1%. por Amostra de Domicílios do O temor dos economistas se Instituto Brasileiro de Geograjustifica. "Já reajustamos as fia e Estatística (IBGE). No caso dos planos de saúmensalidades escolares", afirma o presidente do Sindicato de, outro setor que tem reajusdos Estabelecimentos de Ensi- te anual, o quadro é ainda inno no Estado de São Paulo (Sie- certo. Na semana passada, eesp), José Augusto de Mattos chegou-se a falar em aumento Lourenço. No caso do ensino de 8% a 10% para os planos ininfantil e fundamental, o au- dividuais por causa dos novos mento varia entre 5,5% e 11,5% procedimentos médicos a senos valores. No ensino médio e rem contemplados. (AE)
1,4
Marcos Peron/Virtual Photo
por cento foi a alta no faturamento do último mês de novembro, ante o mesmo mês de 2006. No acumulado de 2007, persiste a baixa, de 1,6%.
Pequeno varejo melhora, mas ainda não está no azul Em dezembro, 69,6% dos carros usados vendidos no estado tinham motor 1.0, menos que em novembro.
O Vendas de usados subiram 51,8%
A
s vendas de veículos usados cresceram 51,8% em São Paulo em 2007, ante 2006, totalizando 1,606 milhão de unidades segundo informaram a Associação dos Revendedores de Veículos Automotores no Estado de São Paulo (Assovesp) e o Sindicato de Comércio Varejista de Veículos Usados do Estado de São Paulo (Sindiauto). Em dezembro de 2007, as vendas de carros usados avançaram 1,26% na comparação com novembro do mesmo ano, totalizando 161.061 unidades. Em relação a dezembro de 2006, quando foram realizados 102.484 negócios, o setor apresentou alta de 57,16%. Dos negócios realizados em dezembro passado, 69,6%
(112.123) foram com veículos de motor 1.0, uma queda de 2,4% em relação ao registrado no mês anterior (114.883 negócios). Segundo as entidades, apenas 59% dos negócios fechados em dezembro tiveram algum tipo de financiamento, ante 79% observados em novembro de 2007. O prazo para pagamento dos empréstimos aumentou. Foram concedidos, em média, 48 meses para pagamento, ante os 47 acertados, em média, em novembro. As vendas de motocicletas em dezembro de 2007 evoluíram 8,89% em relação a novembro, totalizando 9.567 unidades. Dos negócios fechados com motos, em média, 73% foram financiados. Isso representa uma queda de quatro
pontos percentuais em relação ao mês de novembro. O prazo médio dos empréstimos foi de 37 meses, um mês a mais que o de novembro. As vendas de caminhões, por sua vez, caíram 0,13% em dezembro do ano passado, na comparação com novembro do mesmo ano, totalizando 5.483 unidades. Em relação a dezembro de 2006, houve uma expansão de 20,72%. No último mês do ano passado, 62% dos negócios nesse nicho foram financiados. Segundo a Assovesp, 71% dos negócios tiveram financiamento em novembro. O prazo de pagamento subiu de 43 meses para 44 em dezembro. O saldo médio financiado foi de 70% em dezembro. (AE)
Tendência de estabilidade nos juros Sonaira San Pedro
A
taxa média de juros cobrada pelos bancos p a r a e m p ré s t i m o s pessoais subiu 0,09 ponto percentual neste mês na comparação com dezembro, de acordo com pesquisa da Fundação Procon-SP. A atual taxa média está em 5,36% por mês, ante 5,27% no mês passado. Apesar da alta, a diretora de Estudos e Pesquisas do Procon-SP, Valéria Rodrigues Garcia, disse que a tendência é de estabilidade, principalmente por causa da concorrência entre as instituições financeiras. No cheque especial, por exemplo, o juro médio de janeiro é o mesmo de dezembro: 8,21% ao mês. Na modalidade de empréstimo pessoal, a Nossa Caixa elevou a taxa mensal em 10,59% entre dezembro e janeiro, de 4,25% para 4,7%. Mesmo com o reajuste, o banco continua com o juro mais baixo para empréstimo pessoal entre os estabelecimentos pesquisados. No banco Real, os juros passaram de 5,9% para 6,3% ao mês, o que representa elevação
de 6,78%. Já o HSBC decidiu subir a taxa em 0,65%, de 4,6% para 4,63% por mês. Na linha de cheque especial, o ProconSP constatou aumento entre dezembro e janeiro no Banco do Brasil, onde os juros passaram de 7,52% para 7,56%. "O problema é que o consumidor, em geral, não está atento às diferenças das taxas cobradas pelos bancos", afirmou a especialista. "Por isso, não
percebe as pequenas variações dos encargos", acrescentou. As instituições pesquisadas pelo Procon-SP foram Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Safra, Santander e Unibanco. Os dados coletados referem-se a taxas máximas prefixadas para clientes não-preferenciais. Para o cheque especial, foi considerado o período de 30 dias.
e suco de laranja segunda semana e Saldo da balança na No lado das importações, acumulam no mês saldo positivo de US$ 4,73 bilhões. o crescimento acumulado no é de US$ 325 mi Os dados são do Ministério mês ante janeiro de 2007,
A
balança comercial registrou na segunda semana deste mês saldo positivo de US$ 325 milhões. Com isso, o superávit acumulado no ano, até o último dia 13, é de US$ 395 milhões. Pelo critério de média diária, o saldo no mês é 56,8% inferior ao verificado em janeiro de 2007. As exportações somaram US$ 3,237 bilhões
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Pelo critério de média diária, as vendas ao exterior neste mês estão 18,4% maiores que as registradas em janeiro de 2007. Os produtos com maiores altas nas vendas, pela média diária, foram soja e "fumo e sucedâneos". As maiores quedas ocorreram em açúcar
também pela média diária, é de 40,8%. Na semana passada, as compras de produtos do exterior somaram US$ 2,912 bilhões, acumulando no mês US$ 4,335 bilhões. As maiores altas nas importações foram em adubos e fertilizantes, veículos automotores e partes e produtos químicos orgânicos/inorgânicos. (AE)
pequeno varejo do Estado de São Paulo registrou alta de 0,6% no faturamento de novembro, ante o mesmo mês de 2006. Apesar da variação positiva, o índice da Pesquisa Conjuntural do Pequeno Varejo (PCPV) da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) ainda acumula baixa de 1,6% em 2007. Dos sete grupos analisados, quatro apresentaram quedas. O destaque da PCPV em novembro foi o segmento de Lojas de Material de Construção, que registrou alta no faturamento real de 16,8% em relação ao mesmo período de 2006. No acumulado de 2007, o desempenho ainda é negativo em 1,4%. Segundo a Fecomercio, a elevação foi reflexo do aquecimento do setor e da expansão de crédito. Na mesma base de comparação, as Lojas de Vestuário, Tecidos e Calçados tiveram crescimento de 7,1%, com acúmulo anual de 10,9%. A instituição analisa que o setor é pouco concentrado e vende bens de valor unitário relativamente baixo e de reposição obrigatória. Além disso, o segmento enfrenta queda real de preços graças à valorização do real frente ao dólar. Já o grupo de Lojas de Móveis e Decorações alcançou alta de 4,8%, chegando a 8,9% de elevação acumulada em 2007. Na PCPV de novembro de 2007, em comparação com o mesmo mês de 2006, o setor de farmácias e perfumaria apresentou queda de 3,9%, com baixa acumulada de 6,4% no ano. O segmento de alimentos e bebidas também teve desempenho negativo, com queda de 6,4%, somando em 2007 uma baixa de 13,5%. Segundo a Fecomercio, o faturamento de lojas de eletrodomésticos, que teve queda (14%) e baixa acumulada de 8,3%, pode ter sido influenciado por problema da distribuição assimétrica das carteiras de crédito (privilegiando grandes redes), e pela competição desleal, quando se analisa a ampla comercialização de aparelhos contrabandeados e roubados em vários pontos do estado. Mas o pior desempenho de novembro, segundo a pesquisa da Fecomercio, ficou por conta das lojas de autopeças e acessórios. Em 2007, o setor acumulou queda de 19,8% no ano, enquanto em novembro a baixa foi de 24,7%. De acordo com a Federação, essa posição não é propriamente uma novidade para as empresas do segmento, que enfrentam problemas de concorrência com grandes redes, a venda de veículos novos, que reduz a necessidade de manutenção, o aumento da participação de mercado por parte das concessionárias e a entrada de peças chinesas. (AE)
OPINIÃO - 3
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
DESDE A FUNDAÇÃO DO FEDERAL RESERVE O DÓ L A R PE R D EU MAIS DE 90% DE SEU VALOR
PAULO SAAB AS CONTRADIÇÕES ENTRE O DISCURSO E A PRÁTICA G O contraste entre o que
dizem integrantes do primeiro escalão e o que fazem na prática bloqueia minha tentativa otimista de querer crer que eles não estão sendo maliciosos em palavras e atitudes.
Issei Kato/Reuters
A valorização do ouro Nos EUA, fundos formados por pessoas comuns, preocupadas com a inflação e a fraqueza do dólar, estão investindo no ouro. Na crise das hipotecas em 2007, o valor do metal teve alta de 30%
Por Alvaro Vargas Llosa
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lguns ativos crescem porque as pessoas acham que não haverá fim na boa sorte delas. Esse tipo de “exuberância irracional” parcialmente explica a bolha das pontocom nos anos 90 e a bolha imobiliária do novo milênio – para usar a feliz expressão cunhada pelo ex-presidente do Federal Reserve Alan Greenspan, o homem cuja infeliz administração da moeda norte-americana contribuiu para ambas. E além disso há os ativos que sobem por causa do medo do futuro. O ouro é de longe o exemplo mais interessante. O preço spot do ouro (o que significa o preço para entrega imediata em oposição ao contrato futuro) rodeava os US$ 800 a onça em dezembro e não está longe dos US$ 900 agora. Mas seria um erro concluir que, à maneira de vários ativos especulativos na memória recente, o ouro disparou repentinamente. Ele tem subido com constância desde 1999. Apenas em 2007, quando a crise das hipotecas atingiu os Estados Unidos, ele experimentou uma alta abrupta de 30%. Particularmente importante em relação ao estrelato obtido pelo ouro atualmente é o fato que o preço está sendo conduzido por gerentes investindo os fundos das pessoas comuns que estão preocupados que a inflação e a resultante fraqueza do dólar provoque danos duradou-
ros à economia dos Estados Unidos. A demanda crescente por jóias em países como a Índia e a China e a decrescente produção de barras de ouro na África do Sul, o produtor número 1 do mundo, contribuíram em parte ao que está ocorrendo. Mas Peter Munk, o presidente do conselho do Barrick Gold, e outros têm declarado repetidamente que o atual preço do ouro é filho mais dos investidores do que da demanda dos usuários.
P
or causa dos nomes complicados dados aos fundos de investimentos atualmente, é fácil perder de vista o fato que muitas dessas instituições representam não uns poucos especuladores muito ricos, mas milhões de pessoas tentando proteger seu dinheiro ou fazer bom uso dele. Uma parte desse dinheiro está sendo depositada nos "exchange-traded funds", que são simplesmente mecanismos pomposos com os quais as pessoas compram e vendem barras de ouro, entre outras commodities. Esses mecanismos agora possuem mais ouro do que a maioria dos bancos centrais do mundo, o que equivale a uma privatização das barras. Diferentemente do petróleo, cuja demanda crescente tem uma conexão direta com o aumento da atividade econômi-
ca em locais como a China, a demanda pelo ouro não está tão ligada a necessidades produtivas quanto a um fator psicológico que geralmente chamamos de insegurança. O que isso nos diz sobre o mundo atual? Essencialmente que a confiança no “fiat money”, o sistema no qual o governo administra a moeda com a manipulação arbitrária das taxas de juros e com a compra e venda de dívidas, está gravemente baixa. Cada novo indicador que pareça apontar para uma recessão nos Estados Unidos – por exemplo, o recente dado relacionado à contração no setor manufatureiro – aumenta a suspeita de que o mau gerenciamento do dinheiro atingiu a economia como um todo. Então, as pessoas se viram para o ouro.
À
primeira vista, o ouro é um investimento ridículo – ele não obtém nenhum juro. Mas pôr dinheiro em ouro se torna prático quando percebemos que o valor do ouro é inversamente proporcional à desvalorização da moeda: quanto menos o papel moeda vale, mais vale o ouro. Desde a criação do Federal Reserve no começo do século 20, o dólar perdeu mais de 90% de seu valor. Essa é a razão pela qual um dólar compara menos do que 1/800 de uma onça de ouro
atualmente. O ouro, que costumava ser um símbolo da ganância dos impérios, tornou-se ironicamente uma revolta das bases contra a administração “imperial” da moeda pelo Estado. Os conquistadores espanhóis devem estar se revirando na tumba e o Peru – o sexto maior produtor mundial – está tendo a sua vingança séculos após enormes quantidades de ouro terem passado das mãos dos incas ditatoriais para as mãos dos chefes coloniais espanhóis.
É
claro, há uma diferença. Na época colonial, ouro foi de fato o criador – em vez de um paraíso seguro – da inflação. Ao inundar o mercado europeu com lingotes das Américas, o império espanhol provocou uma distorção generalizada dos preços. Atualmente, a distorção geral dos preços – refletida nas crises do crédito e do mercado imobiliário – levou as pessoas, por intermédio de seus fundos de investimentos, a correrem para o ouro em busca de proteção. ALVARO VARGAS LLOSA, AUTOR DE LIBERTY FOR LATIN
AMERICA (LIBERDADE PARA A AMÉRICA LATINA), É DIRETOR DO CENTER ON GLOBAL PROSPERITY NO INDEPENDENT INSTITUTE. AVLLOSA@INDEPENDENT.ORG TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA
Cada novo indicador que pareça apontar para uma recessão nos Estados Unidos – por exemplo, o recente dado relacionado à contração no setor manufatureiro – aumenta a suspeita de que o mau gerenciamento do dinheiro atingiu a economia como um todo. Então, as pessoas se viram para o ouro, que vem se valorizando.
T
enho desenvolvido um exercício diário, mental, claro, de tentar encontrar um meio de acreditar nas declarações que ouço de membros do governo, notadamente o federal. O contraste, a contradição existente entre o discurso dos integrantes do primeiro escalão e aquilo que de fato ocorre na prática , ainda bloqueiam minha tentativa otimista de querer crer que não estão sendo maliciosos em suas palavras e atitudes. Sou um eterno otimista. Sempre acredito no melhor das pessoas. Uma coisa me intriga. Vou me limitar a um único e recente exemplo. Vejam o caso das declarações do presidente da República, logo após a rejeição da prorrogação da CPMF, argumentando com ênfase que não haveria aumento da carga tributária. Alguns dias depois, entrando em 2008 , o seu governo majorou impostos (ainda se discute a legalidade da medida). Como complemento, o ministro da Fazenda, veio a público defender o presidente e profere uma pérola de descaso com a inteligência alheia, ao alegar que o presidente havia dito que não haveria aumento de impostos em 2007 e já estávamos em 2008. Vesti meu chapéu de cone, como o burro das charges, e me sentei no banquinho, virado para a parede. Afinal, se é assim que nos consideram, vamos assumir o papel porque assim agimos. A passividade da mídia e sua tolerância com essas contradições que, fossemos mais sérios e civilizados, colocaria em situação delicada a autoridade que as comete, me intriga também. Nossos meios de comunicação são intransigentes com escalões médios de qualquer poder público ou corporação da iniciativa privada. Quando se trata do primeiro escalão, todavia, o tratamento é mais do que de tolerância, com raras exceções, claro.
N
o meio do festival de populismo e demagogia que se espraia na vida brasileira (e em outros países da chamada América Latina) tento manter viva minha capacidade de discernimento sobre o certo e o errado. Confesso que às vezes vacilo. Diante de ações demagógicas, mentirosas, contraditórias, explícitas, somente eu as enxergo? O resto da mídia e, mesmo da população, não vê? Sou o único soldado do batalhão com o passo errado no desfile da tropa? Eu e mais alguns, certamente, para não ser presunçoso ou injusto. Continuo acreditando na boa vontade das autoridades em fazer o melhor. Mas esse melhor, por seus critérios subjetivos e eleitoreiros, gera desconfiança.
E
stou lendo um livreto, Como me tornei um estúpido, que aliás me foi indicado pelo deputado federal do PT, José Eduardo Cardoso, numa viagem de volta de Brasília para São Paulo, buscando inspiração. Para poder perder a tormenta da dúvida sobre se ainda estou lúcido o suficiente para entender o que se passa em volta, melhor, talvez, aderir e me tornar um alienado estúpido que sorri à toa e por tudo. O que me segura, ainda, é o "talvez" da frase acima, e o exercício diário, mental, claro, de tentar entender e acreditar. PAULO SAAB É JORNALISTA E PRESIDENTE DO INSTITUTO DA
CIDADANIA BRASIL
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Henry Romero/Reuters
Depois de ver 'Cidade de Deus', eu disse: 'Quero trabalhar com essa garota'. Do astro hollywoodiano Will Smith, ontem, na coletiva do filme 'Eu sou a Lenda', sobre a atriz brasileira Alice Braga. Alice está no elenco do filme, que estréia no Brasil na sexta-feira.
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Dia Mundial do Compositor. Ao lado, tela 'The Composer', de Jennifer Main.
JANEIRO
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E CONOMIA M ODA Patrícia Santos/AE
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Muita arte, pouco lucro
onsiderado um pólo de arte, o Brasil ainda não consegue traduzir sua criatividade em exportações. Dados da ONU apontam que o país representa menos de 1% do comércio mundial de música, arte, design, moda, artesanato, arquitetura e outras áreas das "indústrias criativas". A China, por
exemplo, vendendo produtos criados no Ocidente e manufaturados no país, controla 26% desse mercado mundial. Em 2004, a ONU lançou a idéia de incentivar as indústrias criativas como forma de criar empregos. O governo brasileiro se comprometeu a criar um centro internacional em Salvador para lidar com a
questão. Mas a iniciativa nunca saiu do papel. Enquanto isso, os chineses não perderam tempo. Criaram em Xangai um centro para incentivar a indústria criativa e 75 parques de produção nos arredores da cidade. Hoje, 6,5% do PIB da cidade vem dessas indústrias. Resultado: China e Hong Kong, hoje, faturam US$
88 bilhões anuais nesse mercado e a América Latina, apenas US$ 8,6 bilhões anuais. Do total latino-americano, metade vem do México. O Brasil vem em segundo lugar na região, mas não aparece sequer entre os 20 maiores exportadores mundiais. Turquia, Áustria, Polônia e Tailândia estão melhor posicionados que o Brasil.
Jayanta Shaw/Reuters
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B RAZIL COM Z
Mural com diversas fotos recortadas que decora o prédio da Bienal, no Ibirapuera, onde será realizada a 24ª edição da São Paulo Fashion Week. A temporada de desfiles para o Inverno 2008 começa amanhã.
Floresta para gado comer
M ARKETING
Vinho caro, prazer em dobro os pesquisadores observaram que, no momento em que saboreavam o vinho supostamente mais caro, as pessoas apresentaram maior atividade no córtex órbito-frontal médio, parte do cérebro importante na sensação de prazer. Isso mostra, segundo a pesquisa, que os consumidores percebem uma diferença real em cada dose de vinho. Não apenas eles acreditam que o vinho mais caro é melhor como percebem no paladar a diferença. O estudo pode influenciar pesquisas de marketing.
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Pesquisa do California Institute of Technology mostra que um dos componentes do vinho que mais proporcionam prazer é o preço. O valor da garrafa está ligado a um mecanismo psicológico de satisfação. Os cientistas deram a 20 pessoas duas doses do mesmo vinho, dizendo a eles que a bebida havia custado valores entre US$ 5 e US$ 90. Aqueles que acreditaram estar consumindo o vinho mais caro tiveram uma avaliação mais elevada da qualidade do vinho. Utilizando ressonância magnética,
MERGULHO SAGRADO - Peregrinos hindus caminham ao pôr-do-sol para um mergulho na confluência do rio Ganges com a Baía de Bengala, na ilha de Sagar. No festival hindu de Makar Sankranti, o mergulho nessas águas é considerado sagrado.
A RTE Carl de Souza/AFP
D ESIGN
A invenção do espaço Reproduções/site
L E M
Mural em grafite do artista britânico Bansky, em muro da Portobello Road, em Londres. O mural foi leiloado por 1 milhão de libras no Ebay e o comprador terá, agora, de arcar com os custos de remoção e transporte da obra.
C A R T A Z
A BBC divulgou ontem um relatório apresentado pela ONG Amigos da Terra – Amazônia Brasileira segundo o qual o Banco Mundial (Bird), por meio de sua agência International Finance Corporation (IFC), pode estar colaborando com o desmatamento da Amazônia ao financiar projetos de pecuária na região sem analisar com cuidado seus efeitos sociais e ambientais. Financiamentos do Banco Mundial promovem a expansão do abate em áreas vulneráveis da Amazônia, sem estudar os impactos na floresta, revela o relatório da ONG. A FFAIR
Sarkozy e Bruni: casamento secreto O jornal francês L'Est Républicainpublicou ontem que o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a cantora e ex-modelo Carla Bruni teriam se casado na quinta-feira, 10, no Palácio do Eliseu. Na assessoria de comunicação de Sarkozy, ninguém quis comentar a notícia, com o argumento de que "esta informação corresponde à vida privada de Nicolas Sarkozy". O jornal diz que a informação foi transmitida por uma testemunha do casamento. Sarkozy já havia afirmado que os jornalistas saberiam do casamento quando este já "tivesse ocorrido". A mídia francesa também divulga rumores que de Bruni estaria grávida. C INEMA
Gal Oppido
As relíquias caça-níqueis
BARES
A popular vida noturna da cidade está representada por 44 bonecos em tamanho natural na mostra EveryBares. Saguão do Edifício Altino Arantes, rua João Brícola, 24, Centro, das 10h às 17h. Grátis.
Ciência, biologia, saúde e muito mais
Cansado de comer sempre o mesmo ovo frito redondinho? A Urban Trend vende estas molduras para fritar ovos em forma de diversos tipos de armas. A idéia é brincar com o efeito do colesterol para a saúde. Para quem gosta de humor negro. Preço sob consulta.
O Instituto Oswaldo Cruz digitalizou os cerca de 4 mil artigos científicos publicados na revista Memórias e o material está disponível online para consultas gratuitas. Qualquer pessoa pode consultar, pela internet, os estudos publicados ao longo dos 98 anos do instituto, todos ligados às áreas biomédicas. Há ainda ilustrações científicas importantes e criadas por profissionais renomados. O material pode ser baixado no formato pdf.
www.urbantrendhk.com
http://memorias.ioc.fiocruz.br
scener y/index.html
L OTERIAS Concurso 289 da LOTOFÁCIl
A TÉ LOGO
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Colesterol assassino
O jornal britânico The Mail on Sunday anunciou no fim de semana que o último filme da série Harry Potter, baseado no sétimo livro Harry Potter e as relíquias da morte, será dividido em dois episódios. O periódico cita informações que circulariam no set de gravações de Harry Potter e o enigma do príncipe (baseado no sexto livro). Os cinco primeiros filmes do bruxinho mais famoso do cinema e da literatura renderam quase US$ 5 bilhões em bilheteria. Com uma média de lucro de US$ 1 bilhão por filme, a divisão do livro em dois episódios otimizaria os lucros da companhia cinematpgráfica responsável pelo filme, a Warner Bros. A empresa, entretanto, diz que a divisão é artística e não comercial.
http://digital.lib.umn.edu/
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F AVORITOS
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G @DGET DU JOUR
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nteriores de igrejas, jardins, salões... Decoração egípcia, ambientes indianos, vulcões no Chile... O desafio dos criadores de cenário para teatro é imenso, transformando papel, cortinas, objetos e alguns outros poucos recursos em espaços para abrigar histórias. A Universidade de Minessota criou um site que é um tributo a esses artistas e reúne cenários criados nos EUA desde o século 19.
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
Derretimento de grandes plataformas de gelo na Antártida aumentou na última década Lançado primeiro de três novos medicamentos que promete combater a fibromialgia Estréia de Alexandre Pato no Milan faz clube desistir de contratar Ronaldinho Gaúcho
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Política LULA VAI À POSSE DE 'ADMIRADOR' Clayton de Souza/AE
Me deixou muito feliz vê-lo bem. Imaginem só, ele (o vice-presidente José Alencar) leu um artigo inteiro. Marta Suplicy
Valter Campanato/ ABr
Primeira parada: Guatemala, onde o presidente Álvaro Colom é "interessado no etanol". Já em Cuba...
O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou ontem na Cidade da Guatemala para assistir à solenidade de posse do presidente guatemalteco eleito, Álvaro Colom Caballero. O Palácio do Planalto justificou a presença de Lula dizendo que Colom "é um grande admirador" do presidente, segue a mesma linha política e está muito interessado nos programas sociais do governo brasileiro e nos biocombustíveis". Ao descer do avião, Lula não conversou com jornalistas, mas prometeu: "Amanhã (hoje), em Havana, falaremos." Depois da posse de Colom, o presidente seguiu à noite para Cuba, onde o encontro com o presidente Fidel Castro ainda não está confirmado. A posse de Colom contou com a presença também dos presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Colômbia, Álvaro Uribe, os quais, nos últimos dias, trocaram farpas a propósito da operação de resgate de duas reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). 'Presentes' – Hoje, em Havana, Lula anunciará a ampliação de linhas de crédito e de financiamento brasileiros. Vai oferecer a Cuba US$ 1 bilhão em créditos para financiar a alimentação, construir estradas, explorar o níquel e para outros projetos, afirmaram diplomatas brasileiros. O governo brasileiro também vai se oferecer para cooperar na exploração de petróleo no Golfo do México e na construção de uma fábrica de lubrificantes, embora questões como o risco e os contratos ainda estejam sendo negociados pela Petrobras . "O Brasil quer se envolver com Cuba e
possui recursos econômicos, comerciais e tecnológicos para oferecer no momento em que Cuba busca se modernizar", disse um representante do Itamaraty. "Eles precisam de nov o s a m i g o s e n o s q u e re m aqui." Sem definição – Continua incerto o encontro de Lula com Fidel Castro ao longo da estada de 24 horas. "Não será confirmado até que aconteça", disse um diplomata brasileiro. "Vai acontecer se Fidel estiver disposto." O jornal do Partido Comunista "Granma", disse que Lula vai se encontrar com Raúl Castro. O presidente estará acompanhado de quatro ministros e do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. Fidel não aparece em público desde que foi submetido a uma operação no sistema digestivo em julho de 2006, que o forçou a transferir o poder para seu irmão Raúl. Os dois países assinarão um acordo que vai incluir o compromisso brasileiro de analisar a exploração nas águas profundas do Golfo do México, onde seis empresas estrangeiras procuram reservas de petróleo. Segundo o acordo, a Petrobras vai treinar funcionários cubanos e oferecer ajuda no refino e nas pesquisas. Fidel critica – Há anos o Brasil tenta vender a tecnologia do etanol para Cuba, mas o assunto não faz parte da agenda da visita. No ano passado, Fidel criticou o uso de terras destinadas ao cultivo de alimentos para produzir biocombustíveis, dizendo que isso aumentaria a fome no mundo. Desde que adoeceu, Fidel só é visto em vídeos e fotos. Mas ele já recebeu líderes estrangeiros, como Hugo Chávez, que o visitou em meados de dezembro. (Agências)
Juan Mabromata/ AFP - 20/08/06
Presidente cubano Fidel Castro não confirmou o reencontro com Lula
Lula visita a Guatemala para assistir a posse do presidente Álvaro Colom e em seguida embarca para Havana, onde será recebido por Raúl Castro
Presidente descarta apagão energético Preferência do uso do gás no País é para a geração de eletricidade, não para o abastecimento de automóveis
O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou, no seu programa semanal de rádio "Café com o Presidente", que não há risco de apagão energético no País. Lula, que iniciou ontem uma viagem para a Guatemala e Cuba, afirmou que o Brasil está seguro e que não faltará energia para dar sustentabilidade ao crescimento do País. Lula disse que se reuniu com todo o setor energético brasileiro, inclusive com representantes da Petrobras, e que todo o esforço necessário será feito para que não falte energia. O presidente afirmou ainda que a preferência do uso do gás no País é para a geração de eletricidade, não para consumo da população, como no caso do abastecimento dos automóveis. "Se estiver sobrando gás, nós poderemos atender os carros, poderemos atender as empresas, mas é importante definir que a prioridade é servir, é produzir energia para atender aos interesses de toda a sociedade brasileira". Boatos – Lula alertou que "a questão energética vive de boatos e voltou a repetir o que o Ministério de Minas e Energia havia anunciado: o imediato funcionamento de seis usinas térmicas a óleo no Sudeste para não comprometer os reservatórios da região em virtude das transferências de energia que estão sendo feitas para
o Nordeste e o funcionamento, junto com a Cruz Vermelha Inna segunda semana de feverei- ternacional. A ex-candidata à ro, de um gasoduto no Espírito vice-presidência da Colômbia, Santo que permitirá o forneci- Clara Rojas, e a ex-senadora mento de 5 milhões de metros Consuelo Gonzáles, estavam cúbicos diários de gás para o em poder das Farc havia mais de quatro anos. Rio de Janeiro. Para Lula, a libertação das O presidente disse também que a construção da hidrelétri- reféns Clara Rojas e Consuelo ca do Rio Madeira vai garantir Gonzáles é um sinal de que ainda mais o abastecimento de mais reféns podem vir a ser lienergia no País. "Nós estamos bertados. "Portanto, o apelo preparados para 2009, prepa- que eu faço é para que o governo colombiano e o rados para 2010. meu amigo, o preCom o começo da s i d e n t e Á l v a ro construção da hiUribe, mais os didrelétrica do Rio rigentes das Farc Madeira agora, Se estiver sobrando se coloquem de nós estamos se- gás, poderemos acordo para que guros de que não atender os carros, as se possa libertar faltará energia no mais pessoas que B r a s i l p o r u m empresas, mas é bom tempo", sa- importante definir que estão seqüestralientou Lula. a prioridade é servir, das, algumas há quatro, cinco e até R e f é n s d a s é produzir energia seis anos", disse o Farc – Lula disse presidente da Retambém no pro- para atender aos pública. grama que o Bra- interesses da O presidente sil vai continuar a sociedade brasileira. viajou ontem para trabalhar para Presidente Lula a Guatemala, onque mais reféns de acompanha a das Forças Armadas Revolucionárias da Co- posse do novo presidente Állômbia (Farc) sejam libertados. varo Colom Caballero e do vi"É uma questão humanitária, e ce, Rafael Espada (veja mais soo Brasil continuará contribuin- bre a viagem na reportagem ao lado para que mais seqüestrados do). "A posse do presidente Álvaro Colom é um momento sejam libertados", explicou. Na última quinta-feira, duas importante da Guatemala, reféns das Farc foram liberta- porque ele é um homem prodas numa operação coordena- gressista, um homem que tem da pelo presidente da Vene- compromissos sociais, já dezuela, Hugo Chávez, em con- monstrou interesse em apren-
der as políticas sociais brasileiras", disse o presidente Lula, lembrando que o Brasil tem como estratégia a aproximação com os países da América Central e da América Latina. "Pretendemos fazer com que o Brasil contribua com o desenvolvimento daqueles países, aumente a nossa balança comercial com eles para que nós possamos, produzindo em alguns países da América Central, fazer com que alguns produtos brasileiros cheguem aos Estados Unidos numa situação, eu diria melhor, sem taxação de impostos como é hoje", afirmou Lula. Depois da Guatemala, Lula viajará para Cuba para a assinatura de vários acordos de cooperação. "O Brasil tem interesse em ajudar os cubanos a descobrir se há petróleo em águas profundas em Cuba, até porque Cuba está muito próximo do Golfo do México. É uma viagem que eu vou fazer com muito interesse porque acho que tudo que o Brasil puder fazer para ajudar os países da América Central e do Caribe nós temos de fazer", concluiu. O Brasil vai dobrar as linhas de crédito de compras de alimentos para US$ 200 milhões, e vai oferecer crédito no valor de US$ 600 milhões para a construção de estradas na ilha, além de US$ 70 milhões para uma usina de níquel, segundo o Itamaraty. (AE)
André Lessa/AE - 06.01.08
Alencar assume Presidência e despacha no hospital
E
Ele leu jornais, conversou e ainda deu 'broncas', segundo assessores mbora com um quadro de saúde estável, o presidente em exercício, José Alencar, deverá permanecer pelo menos até hoje no Hospital SírioLibanês, em São Paulo, informaram ontem assessores do governo. Alencar foi internado na noite de sábado com febre alta – uma reação normal às sessões de quimioterapia às quais se submete, segundo médicos. Auxiliares dele dizem que, embora tenha melhorado, Alencar ficará internado por precaução. Mesmo longe da administração federal, o presidente em exercício deu ordens e passou orientações
para subordinados. No comando do País desde a manhã de ontem, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcou para a Guatemala, Alencar demonstra bom humor e não deixa de dar "broncas", comentou um assistente. Pela manhã, o presidente interino foi informado das notícias divulgadas pelas páginas na internet e jornais. Alencar e mostrou especial preocupação com a notícia de um seqüestro de seis turistas colombianos, possivelmente pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). O presidente em exercício ainda fez uma
análise de assuntos internos da gestão. Marta- A ministra do Turismo, Marta Suplicy, esteve ontem no SírioLibanês, em São Paulo, onde foi visitar o vice-presidente da República. Ela afirmou que conversou com ele e disse que Alencar estava bem, falando o tempo todo. A ministra disse que Alencar despachou normalmente pela manhã e reiterou que ele está bem disposto. "O que me deixou muito feliz foi vê-lo bem.",afirmou. "Imagine só, ele leu um artigo inteiro". A ministra do Turismo chegou ao hospital por volta das 14
Gabinete provisório: com quadro estável, José Alencar recebeu visitas e despachou no Sírio-Libanês. Ele deve receber alta hoje.
horas e não quis falar sobre assuntos da sua pasta. De acordo com o boletim do hospital, o paciente está recebendo tratamento antibiótico e seu estado geral é estável. O vice-presidente internou-
se às 22h30 de sábado para tratamento de um quadro infeccioso persistente. A assessoria do Hospital informou que o próximo boletim médico só seria divulgado hoje, quando poderá ter alta.
Marisa Letícia A primeiradama Marisa Letícia Lula da Silva também visitou ontem o presidente em exercício, José Alencar, no Hospital SírioLibanês. Ela não deu declarações nem antes nem depois da visita. (AE)
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
ECONOMIA - 5
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Congresso Eleições Ministério CPI
LOBÃO DEVE ASSUMIR MINAS E ENERGIA
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A.Baeta/O Imparcial
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Não sabia que Maria Lúcia era empregada doméstica. Edison Lobão Filho
LOBÃO SERÁ INDICADO Hora de falar AMANHÃ PARA MINISTÉRIO P
Eymar Mascaro
O presidente Lula deve fazer o convite a Edison Lobão nesta quarta. O filho dele deve assumir a vaga de senador.
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presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai convidar amanhã o senador Edison Lobão (PMDB-MA) para assumir o cargo de ministro das Minas e Energia, apesar das denúncias envolvendo o nome do filho do senador, Edison Lobão Filho (DEM-MA), seu suplente, acusado de usar "laranjas" para ocultar dívidas de uma distribuidora de bebidas, da qual era sócio. A indicação de Lobão também contraria a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que havia se posicionado contra a entrega da pasta no sistema "porteira fechada", com todos os cargos distribuídos ao PMDB. Dilma defendeu a ocupação das funções estratégicas por técnicos ligados ao PT – e a ela, principalmente. Segundo líderes do PMDB, Lula deu o aval para que Lobão se integre ao ministério, que ficou vago em maio, depois que o então ministro Silas Rondeau foi afastado por suspeitas de seu envolvimento com o esquema de superfaturamento em obras públicas comandado pela construtora Gautama, descoberto pela Operação Navalha da Polícia Federal (PF). Tanto Rondeau como Lobão são afilhados políticos do senador José Sarney (PMDBAP). Homem forte no governo, em nenhum momento Sarney concordou em abrir mão do ministério. O PMDB conseguiu a nomeação de Lobão para o ministério, mas não terá autonomia para nomear afilhados políticos na direção das principais e cobiçadas estatais do setor de energia. Negociações – Com a nomeação de Lobão, o PMDB resolveu dar uma trégua à Dilma
Celio Azevedo/AE 10.04.2007
DISPUTA As pesquisas continuam indicando que somente Marta no PT pode enfrentar adversários como Geraldo Alckmin (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM). O ideal, segundo os petistas, seria se a ministra decidisse até março. Anteriormente, a ministra pretendia responder ao partido em fevereiro.
Rousseff. "Não haverá litígio entre Minas e Energia e a ministra Dilma Rousseff. Os dois estão no mesmo governo", disse no domingo o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP). "A partir da designação do ministro, vão se iniciar as conversações sobre os cargos nas estatais. O partido não tem pretensão de assumir o comando de todas as diretorias de estatais", disse o senador Valter Pereira (PMDB-MS). "Primeiro, a indicação do ministro. Depois veremos o que vem", observou o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro (PTB-PE). Após emplacar Lobão, Sarney quer indicar Astrogildo Quental para a presidência da Eletrobrás. Já o deputado Jader Barbalho (PMDB-PA) quer pôr Lívio Rodrigues no comando da Eletronorte, enquanto Ro-
mero Jucá (PMDB-RR) pleiteia a Eletrosul para o ex-governador de Santa Catarina, Paulo Afonso Vieira. Defesa – Lobão Filho afirmou ontem que desconhecia que Maria Lúcia Martins, para quem passou suas cotas na sociedade da distribuidora de bebidas Bemar, em 1998, era uma empregada doméstica. Ele afirma que apenas transferiu as cotas – e as dívidas – da empresa para Maria Lúcia porque seu sócio na época, Marco Antonio da Costa, disse que ela se tratava de uma pessoa de sua confiança. "Só muito tempo depois fui saber que Maria Lúcia Martins era empregada de Marco Antônio Costa. Meu ex-sócio firmou a meu pedido um documento no qual assume toda a responsabilidade pela transferência das cotas para Maria Lú-
cia Martins e, também, todas as eventuais conseqüências cíveis, fiscais, criminais e tributárias decorrentes de um ato que foi de inteira responsabilidade dele. Repito: não sabia que Maria Lúcia era empregada doméstica de Marco Antonio, não sei por que ele tomou tal decisão e não tive absolutamente nenhuma participação na mesma", diz o filho do senador Edison Lobão, em nota divulgada ontem. Lobão Filho nega também que tenha feito a transferência com o intuito de "fugir do Fisco". Segundo ele, o ex-sócio assumiu todos os débitos passados e futuros da Bemar. "Acredito que fatos antigos só estão sendo remexidos para tentar criar um clima de intimidação em virtude da minha condição de suplente de senador", reclama. (Agências)
Líderes condenam a proposta do governo e dizem que 'a sociedade não suporta mais novos impostos'
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beneficiados com obras do seu governo. Seria o começo da campanha de rua do tucano. Mas Alckmin vem sendo pressionado para não se candidatar à Prefeitura.
OPÇÃO O senador vai ocupar a vaga de Silas Rondeau; o PMDB quer evitar conflito com Dilma Rousseff
Oposição repudia recriação da CPMF íderes de partidos de oposição criticaram ontem a proposta do governo de recriar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) com alíquota de 0,20% e toda a arrecadação destinada para o financiamento da saúde pública. Para os oposicionistas, a sociedade não suporta mais novos impostos e, conseqüentemente, o aumento da carga tributária. Para o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEMBA), provável líder do partido na Câmara a partir de março, a oposição "não vai apoiar de jeito nenhum" a recriação da CPMF. "Nada que signifique
etistas paulistas fizeram um apelo para que Marta Suplicy não espere até junho para responder se será candidata à Prefeitura. O partido precisa de prazo para preparar um outro candidato, caso a ministra fique fora da disputa. Marta continua sendo a melhor opção do PT: se ela não for candidata, o partido terá dificuldade de encontrar um substituto que reúna as mesmas condições de vitória. O apelo pode ser em vão: a ministra quer mesmo esperar até junho para responder se assume a candidatura. O PT tem outros pré-candidatos, mas nenhum empolgou os eleitores até agora. São os deputados Arlindo Chinaglia, José Eduardo Martins Cardoso e Jilmar Tatto, o senador Aloizio Mercadante e o ministro Fernando Haddad.
Ed Ferreira/ AE - 31/01/06
Mas o camiaumento de nho não poimposto terá de ser a crian o s s o ção de um apoio", afirnovo imposmou o demoto", complecrata. Ele detou. fendeu que o Para ele, governo coru m d o s c ate gastos paminhos para ra remanejar recursos pa- ACM Neto (DEM-BA): de jeito nenhum aumentar os recursos para a área da ra a área da Saúde é aprovação, Saúde. "A discussão tem de ser on- no Senado, de projeto de lei de cortar gastos, como o núme- que regulamenta o repasse de ro dos cargos de confiança, de verbas para o setor. O líder do PSDB na Câmara, ministérios, e cortes nas emendas de bancada apresentadas Antonio Carlos Pannunzio, ao Orçamento", disse ACM (SP) classificou de "retrocesso" Neto. "Todos nós defendemos a proposta de recriação da mais recursos para a Saúde. CPMF para o financiamento
da saúde. "É preciso fazer uma reforma tributária que desonere o consumo e faça o real compartilhamento dos tributos entre os entes federados", disse. Ele argumentou ainda que a vinculação da arrecadação da nova CPMF para a área da saúde, na prática, não significa que os recursos sejam destinados para o setor. "Primeiro o governo aprova o novo tributo com a arrecadação para a Saúde, mas aí depois consegue aprovar uma desvinculação desses recursos e gasta onde quer", afirmou Pannunzio. Apesar de defender a recriação da CPMF, lideranças governistas e ministros negam apoio à iniciativa. (AE)
Depois de Marta, o petista que alcança melhor índice nas pesquisas é Aloizio Mercadante. Mas o senador pula fora da disputa, argumentando que não tem "vocação municipal". Mercadante não pretende concorrer à Prefeitura porque está de olho na candidatura ao governo do Estado.
GOVERNO Marta segue empenhada em disputar a eleição para governador em 2010. Ela não quer deixar o Ministério do Turismo este ano. A ministra admite que tem chance de se eleger porque teoricamente não teria de disputar a eleição contra Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab.
SUCESSO Para a petista, Alckmin tem muita chance de se eleger para a Prefeitura, apesar de enfrentar a forte candidatura de Kassab. Se eleito, a ministra acha que Alckmin não renunciaria ao cargo para concorrer ao governo do Estado. Marta acha que Alckmin não repetiria o gesto de Serra.
ATRASO Admite-se no PSDB que Alckmin pode cumprir a promessa de comunicar se será candidato a prefeito até março. O ex-governador não pretende esperar até 2010 para disputar outra eleição.
CAMPANHA Assim que terminar o Carnaval, Alckmin pretende iniciar uma série de visitas a bairros da Capital que foram
PRESSÃO Democratas, como o expresidente do PFL, Jorge Bornhausen, vão pressionar José Serra para que o governador convença Alckmin a apoiar a reeleição de Kassab. O próprio Serra tem interesse no apoio ao atual prefeito, de forma a obter a retribuição do DEM em 2010.
CHAPA Os democratas gostariam que o PSDB indicasse o vice de Kassab, de preferência o secretário municipal Andrea Matarazzo. A dificuldade, no entanto, está em convencer Alckmin a não se candidatar. Detalhe: o tucano Andrea apóia a reeleição de Kassab.
INDICAÇÃO PT e PSDB têm algo em comum: os dois partidos trabalham para ter um vice do PMDB. Petistas e tucanos já abordaram Orestes Quércia, mas o exgovernador ficou na moita porque continua disposto a lançar candidato próprio à Prefeitura.
CANDIDATURAS Aliados do governo Lula, como PTB, PSB, PDT e PCdoB também admitem que poderão lançar candidatos à prefeitura paulistana. Os petebistas, no entanto, estão atrelados ao PSDB em São Paulo. Quem deseja ser o candidato do PTB é o senador Romeu Tuma, que deixou o DEM justamente para ser candidato.
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Nacional Tr i b u t o s Empresas Legislação
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Couromoda abre sua 35ª edição voltada para o respeito à natureza nos processos produtivos
MÊS COMEÇA MAL PARA OS TAXISTAS
FEIRA INAUGURADA ONTEM EM SP INCORPORA A CONSCIÊNCIA AMBIENTAL AO PROCESSO PRODUTIVO
COUROMODA APOSTA NA ECOLOGIA Fotos: Fábio D'Castro/Hype
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ecologia entrou de vez na cadeia dos produtos de couro. A consciência ambiental como estratégia de mercado faz parte de uma série de ações que a indústria de calçados e acessórios estabeleceu, nos últimos anos, para reagir ao avanço dos produtos asiáticos nos mercados interno e externo. Outras duas ações efetivas são a modernização para a redução de custos e investimentos na qualidade. "O investimento ambiental é algo sólido que temos, hoje, contra nossos concorrentes asiáticos", disse Francisco Santos, presidente da Couromoda – Feira Internacional de Calçados, Artigos Esportivos e Artefatos de Couro –, que abriu ontem sua 35ª edição, no Parque Anhembi, em São Paulo. A feira incentiva o conceito de produção sustentável e premiou três empresas pelo trabalho com preocupação ecológica. Uma das premiadas é a Ecobras, pequena indústria recicladora dos subprodutos e do lixo da produção de artigos em couro de Franca, no interior paulista. De acordo com a empresária Joana D' Arc Souza, que montou o negócio há cinco anos, depois de terminar o doutorado em Química, a companhia recicla tanto os retalhos como os produtos químicos da produção. "No Brasil, a cadeia do couro remete para os aterros sanitários 300 mil toneladas de retalhos por ano", disse. Pequena, sua empresa não chega a reciclar uma tonelada ao ano. As indústrias de calçados convencionais já reconhece-
ram a necessidade de investir na responsabilidade ambiental para permanecer no mercado. "Cada vez mais, os consumidores estão exigindo qualidade ambiental para adquirir os produtos", disse o gerente comercial da Corso Cromo, de Campo Bom, no Rio Grande do Sul, Eduardo Keoeff. A indústria lança, na Couromoda 2008, produtos feitos sem poluir o ambiente. "Até nossas caixas de sapatos são feitas de materiais recicláveis", completou Éder Laredo, gerente comercial da Okean, outra empresa de calçados de Campo Bom, que trouxe para a Couromoda sapatos com EVA expandido reciclado. Esse material é usado para fazer solas. As empresas querem manter o bom momento. No mercado interno, o setor de calçados registra crescimento de 10% nos últimos quatro anos, tendo fechado 2007 com a produção de 800 milhões de pares. Já a exportação, que compreende 18% da produção nacional, está em queda. De janeiro a novembro do ano passado o Brasil exportou 163 milhões de pares, menos 1,4% que no mesmo período de 2006. Mas como o preço médio chegou a US$ 10,41 o par, no ano passado, uma alta de 4,1% em relação a 2006, o faturamento com as vendas externas cresceu 2,6%, atingindo US$ 5 bilhões. Fá br ic a –Na Couromoda 2008, o Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçados e Artefatos e a prefeitura de Franca montaram uma fábrica-modelo que produz 200 pares de sapatos masculinos ao dia. A "Fábrica Temática Couromoda 2008" também serve de vitrine para novas máquinas.
O governador Serra, o presidente da Couromoda e o prefeito Kassab na abertura da feira.
Keoeff, da Corso Cromo: preocupação ambientalista faz a diferença.
Laredo, da Okean: caixa dos sapatos é reciclada.
A feira da indústria do couro vai até o dia 17, no Parque Anhembi.
Movimento de táxis cai até 50% Paula Cunha máxima de que o ano só começa após o carnaval também vale para as empresas de táxi na cidade de São Paulo. Nas duas primeiras semanas do ano, elas tiveram queda de 30% a 50% no movimento em relação a dezembro. Eventos como a São Paulo Fashion Week, que começou ontem, ajudam a aliviar um pouco a retração. Para reverter o quadro, as empresas de radiotáxi estão aumentando a divulgação de seus serviços mediante o envio
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Eventos fazem hotéis iniciarem bem o ano
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pesar de janeiro ser um mês fraco para os hotéis paulistanos, as redes mantêm um bom ritmo em função dos eventos que agitam a cidade. O setor encerrou 2007 com avan-
Porta Condimentos
de panfletos para potenciais novos clientes e reforçando os contatos com os cadastrados. A Serv-Táxi tem queda de 40% a 50% no movimento nesta época. Seu presidente, Aparecido Roberto Martins, diz que intensifica a distribuição de panfletos nas principais avenidas da cidade. A empresa edita uma revista, e aumenta os pontos de distribuição em janeiro. Para Martins, a São Paulo Fashion Week e a feira Couromoda ajudam a aumentar o movimento nesta época. "Somos a empresa de táxi transportadora oficial da Couromoda neste ano", acrescenta. A Ligue Táxi, que atua na ca-
pital e na Grande São Paulo, também sentiu a retração. Ricardo Silva, diretor comercial, avalia em cerca de 30% a 40% a redução nas chamadas. "Aproximadamente 95% de nossa clientela é composta de pessoas jurídicas, e muitas empresas estão em férias", comenta. Por isso, a empresa aumenta o número de e-mails enviados aos clientes para manter o vínculo com eles. A Cooperativa Use Táxi, que atua na região central e alguns bairros, teve queda de 30% no movimento. Seu presidente, Éder Wilson Souza da Luz, diz que os eventos como Couromoda e São Paulo Fashion We-
ek ajudam um pouco. Nos hotéis – Em geral, a rede hoteleira mantém convênios com pontos de táxi. Por isso, as cadeias consultadas pelo Diário do Comércio não criaram uma estratégia específica para atender os pedidos dos seus hóspedes. O diretor de Operações das redes Ibis e Formule 1, Franck Pruvost, afirma que cada hotel tem um ponto de táxi e, por isso, ela nunca recorre aos serviços de radiotáxi. Isso também ocorre com o Novotel. Segundo o empreendimento hot e l e i ro , h á p o n t o s d e t á x i próximos que atendem à demanda de seus clientes.
ço de 8% na ocupação, na comparação com o ano anterior. Segundo Maurício Bernardino, diretor da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih), "o ano passado foi bastante positivo para o setor, e janeiro começa muito bem para as redes de São Paulo". É o caso do Novotel São Paulo Center Norte da Vila Guilherme, bandeira pertencente ao
grupo francês Accor. Nesta semana, a taxa de ocupação do hotel atingiu 80%, ou seja, mais de 300 apartamentos estão em uso. "Janeiro começou excelente, e isso se deve especialmente à 35ª Couromoda, que acontece no Anhembi, perto daqui" (ver texto nesta página), afirma o gerente da unidade, Carlos Alberto de Almeida. Para o São Paulo Airport
Marriott Hotel, próximo ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, o ano igualmente começou bem, segundo o gerente-geral João Paulo Berger. Lá, o índice de ocupação da unidade está em 70%. Nas redes Ibis e Formule 1, do grupo Accor, 75% dos 2 mil apartamentos estão ocupados, diz o diretor de Operações, Franck Pruvost. Geriane Oliveira
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Informática
1 Mais de 2,2 milhões de CDs com programas piratas foram recolhidos em 2007. Leia Pag. 4
NESTA EDIÇÃO
A hora dos macmaníacos Até o dia 18 de janeiro será realizada em San Francisco (EUA) a Macworld Conference & Expo 2008. O evento, cheio de sigilos prévios, conta com a participação de centenas de empresas. Leia Pág. 2
As apostas da indústria
Inovações à vista! Óculos que reproduzem imagens de tevê e um monitor de 3 mm de espessura com tecnologia OLED: só mesmo na CES
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BARBARA OLIVEIRA as Vegas foi novamente sacudida neste comecinho de ano – de segunda a quinta-feira da semana passada – pela maior feira de produtos eletrônicos do mundo, a Consumer Electronic Show. A 41ª edição do evento teve 2.700 expositores de 140 países e mais de 140 mil visitantes. Mas o que surpreendeu foi o volume de lançamentos: cerca de 20 mil novos aparelhos e sistemas foram expostos na feira, segundo a organização do evento. Alguns requentados, outros apenas upgrades, mas, ainda a s s i m , l a n ç amentos. Bill Gates se despediu em tom bem-humorado (vai se dedicar à filantropia) e, para não perder o c o s tu m e , c o n t inuou fazendo suas tradicionais previsões t e c n o l ó g icas para o futuro próxim o, d e s ta c a ndo o início de uma “segunda década digital”. Outro keynote de peso na CES foi o presidente e CEO da Intel, Paul Otellini, que também fez algumas apostas. O executivo lembrou que esta é a “melhor oportunidade para a indústria redefinir os eletrônicos de consumo e de entretenimento desde o lançamento da televisão”. Como a computação e a comunicação andam juntas, Otellini disse que “a internet pessoal vai atender aos desejos do usuário, com a informação que ele quer e onde ele estiver”.
O CEO da Intel imagina o seguinte cenário: uma pessoa viajando a Pequim poderá usar um dispositivo móvel para traduzir visualmente, e com efeitos sonoros, as sinalizações em edifícios, cardápios de restaurantes e conversas em tempo real. Também demonstrou como o viajante poderia se localizar melhor nas cidades com o uso de pistas visuais, tendo a paisagem como guia, na tela do dispositivo. Mas, para que isso aconteça rapidamente, avaliou Otellini, “os chips precisam ser mais poderosos e consumir menos energia para equipar esses portáteis, a banda larga deve ser universal e a internet precisa ser mais inteligente e pró-ativa para facilitar a busca por informações relevantes, com interfaces naturais que reconheçam vozes e gestos.” A Intel aproveitou a CES para demonstrar o seu novo chip com codinome “Canmore”, preparado para a próxima geração de decodificadores, reprodutores de mídia e TVs, visando à migração das aplicações e serviços da internet para os televisores. O chip estará disponível no segundo semest re d o a n o e s e r á equ ipado com núcleo d e p r oc e s s amento d e d i c ad o d e á u d i o e v ídeo (A/V) para a reprodução de vídeos com 1080p, som surround de 7.1 canais e uma unidade gráfica 3D visando a oferecer interfaces modernas ao usuário, jogos online e tecnologias que habilitem transmissões televisivas. Tudo isso porque o mundo esta ficando ultramóvel e o usuário não quer se privar de sua experiência na internet, mesmo que seja num equipamento portátil.
Confira nas páginas 2 e 3 mais novidades e tendências mostradas na CES.
Janeiro é ainda um mês de previsões para o setor tecnológico. Conheça algumas das principais tendências da indústria no País, apontadas por especialistas e empresários de diversos segmentos. Leia Pág. 4
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
ECONOMIA - 9
A PETROBRAS ENERGIA TEM PARTICIPAÇÃO DE 35,15%, MAS O PRODUTO NÃO DEVE CHEGAR AO BRASIL
REPSOL ENCONTRA GÁS NO PERU
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petroleira espanhola Repsol-YPF anunciou ontem a descoberta de um grande campo de gás natural no Peru, com reservas que podem chegar a 56 bilhões de metros cúbicos, quase duas vezes o consumo anual de gás na Espanha. A descoberta aconteceu no poço exploratório Kinteroni X1, do bloco 57, no departamento de Cuzco. Os primeiros testes de produção indicam vazão de 1 milhão de metros cúbicos por dia e de 198 metros cúbicos diários de hidrocarbonetos líquidos. O campo de Kinteroni X1 tem a Repsol como operadora e dona de 41%, com 35,15% de participação da Petrobras Energia e
de 23,85% da Burlington Resources Peru. Atualmente, Repsol e Petrobras estão em processo de aquisição de toda a participação da Burlington, que está dependendo da aprovação formal por parte das autoridades peruanas, diz o comunicado divulgado pela Repsol. A nova reserva está localizada ao norte do campo de Camisea, onde já havia sido descoberta área com ocorrência de gás natural. Em Camisea, a Repsol e a norte-americana Hunt Oil firmaram acordo para desenvolver as reservas de gás e uma unidade de produção de gás natural liqüefeito (GNL). O contrato permite a comercialização, pela Repsol,
de 4 milhões de toneladas anuais de GNL e formaliza a aquisição pela companhia espanhola da Peru LNG Company LLC, proprietária da unidade de produção de GNL. De acordo com a companhia espanhola, a produção de Camisea abastecerá com GNL diversos mercados da costa americana do Pacífico e países asiáticos. Kinteroni X1 se soma a outras descobertas recentes da Repsol na América do Sul. No Brasil, há o campo Carioca, na Bacia de Santos, em águas profundas na área de pré-sal. Na Bolívia, a empresa descobriu o poço de gás de Huacaya X-1, cujos testes verificaram uma vazão de 800 mil metros cúbicos diários. (AG)
Reunião definirá usinas
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Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) se reúne, hoje, no Rio, para escolher as termoelétricas que vão produzir os 800 megawatts (MW) anunciados na semana passada pelo governo federal para poupar o nível dos reservatórios. Devem participar representantes da
Petrobras, Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Agência Nacional do Setor Elétrico (Aneel) e Ministério de Minas e Energia. Juntos, eles tentarão encontrar a solução para algumas usinas que ainda não entraram em operação por questões técnicas e que também precisam de um cronograma. A maioria deverá ser movida a óleo diesel, mas há expectativa de que a Petrobrás possa reduzir seu consumo de gás natural e destinar parte do combustível para suas operações. O ONS também quer saber qual a capacidade das usinas de
bicombustível movidas a gás ou óleo diesel da estatal. Na prática, o acionamento dessas térmicas não é tão simples como o governo fez parecer na última quintafeira. "Se até agora elas não entraram em operação é porque tinham alguma restrição", afirmou um especialista. Segundo ele, a operação das térmicas obrigou a Petrobras a mapear que indústrias podem ter o gás natural substituído. Os dados são vitais para planejar a recuperação dos reservatórios, caso as chuvas continuem irregulares. (Mais energia na página C1.) (AE)
DECLARAÇÃO DE EXTRAVIO A DKT do Brasil Produtos de Uso Pessoal Ltda. CNPJ nº 38.756.680/0001-40, Inscrição Estadual nº 112.961.206.114, Avenida Faria Lima, 1739 - Jd Paulistano, declara extravio das Notas Fiscais nº 049710 no valor de R$ 1.044,28 e 049711 no valor de R$ 50,12, emitidas em 12/11/07.
Reynaldo Mazzeo & Cia. Ltda., CNPJ nº 49.195.381/0002-81, IE nº 110.901.891.118, vem pelo presente comunicar o extravio do livro de registro de inventário modelo 7 nº 1, do talão de NF Mod 1 de 2101 a 2150 e dos talões de NF anteriores. Vencimento da Contribuição Sindical Patronal O Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo, entidade legalmente reconhecida pelo Ministério do Trabalho, com sede nesta capital, na Rua Cel. Xavier de Toledo nº 99 - 1º andar - Centro - cep: 01048-100, inscrita no CNPJ/MF nº 62.661.269/0001-76, Código Sindical nº 002.127.86396-2, informa a todas as empresas comerciais, na base territorial da capital de São Paulo, inclusive as estabelecidas em shopping centers, ruas e outlets, integrantes da categoria e representadas por este sindicato, que o vencimento da Contribuição Sindical Patronal relativa ao Exercício de 2008, de Acordo com a Tabela Progressiva de Capital Social, conforme obrigatoriedade estabelecida nos artigos 578/591 da CLT ocorrerá no dia 31 de janeiro de 2008. Informações sobre valores de Tabela e Guias de Recolhimento poderão ser obtidas tanto pelo telefone 6858 8470, como pelo endereço eletrônico: contribuicoes@sindilojas-sp.org.br. Após a data de vencimento, o valor da contribuição será acrescido de cominações previstas no Artigo nº 600 da CLT. São Paulo, 15 de janeiro de 2008. Ruy Pedro de Moraes Nazarian - Presidente.
ANÚNCIO DE ENCERRAMENTO DE DISTRIBUIÇÃO DE COTAS
“Este anúncio é de caráter exclusivamente informativo, não se tratando de oferta de venda de cotas” A PETRA - Personal Trader CTVM Ltda. (“Administradora e Intermediária”) comunica o encerramento da distribuição de cotas seniores da 1ª (primeira) série de emissão do FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS MULTISETORIAL ODYSSEY CREDITÓRIO LP, no montante total de
R$ 500.000,00 Código ISIN:BRODYSCTF005 Foram distribuídas publicamente 500 (quinhentas) cotas seniores da 1ª (primeira) série, no valor total de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), e foram colocadas privadamente 1513 (mil quinhentas e treze) cotas subordinadas no valor de R$ 1.513.000,00 (um milhão quinhentos e treze mil reais), perfazendo um patrimônio inicial do Fundo no valor de R$ 2.013.000,00 (dois milhões e treze mil reais). O resultado da colocação por valores mobiliários, classe e série; por tipo de investidor; e por número de adquirentes e quantidades adquiridas é a seguinte: Investidor
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio(s) escolar(es): TOMADA DE PREÇOS Nº - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/2586/07/02 - EE Olga Cury - Rua Alexandre Fleming, s/n - Aparecida - Santos/SP; EE Marquês de São Vicente - Av. Dr. Bernardinho de Campos, 569 - Gonzaga - Santos SP; EE Profª Gracinda Maria Ferreira - Rua Alan Ciber Pinto, 52 - Vila São Jorge - Santos/SP – 90 - R$ 83.148,00 – R$ 8.314,00 – 09:30 – 31/01/2008. 05/2602/07/02 - EE Dr. Clovis Guimarães Spinola - Rua Arthur Mesquita, 130 - Jardim Santa Vitória Pitangueiras/SP – 90 - R$ 29.074,00 – R$ 2.907,00 – 10:00 – 31/01/2008. 05/2605/07/02 - EE Prof. Bento da Silva César - Rua José Quatrochi, s/n - Stª Felícia - São Carlos/SP; EE Prof. Gabriel Felix do Amaral - Avenida Botafogo, s/n - Botafogo - São Carlo/SP – 90 - R$ 49.844,00 – R$ 4.984,00 – 10:30 – 31/01/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 16/01/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até às 17:00 horas do dia 30/01/2008, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente
Número
Pessoa física Fundo de investimento Clube de investimento Ent. Previdência Privada Cias. Seguradoras Investidores Estrangeiros Instituições ligadas Demais inst. Financeirais Pessoas jurídicas ligadas Demais pessoas jurídicas Sócios e outros (art.34,inst.400) Total
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Quantidade de cotas seniores (1ª série) 500
Quantidade de cotas subordinadas 1513
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 14 de janeiro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: 07
500
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Do total ofertado foram distribuídas 500 cotas, sendo que o saldo restante fica cancelado. O montante total tem como data-base 22 de outubro de 2007, data do início de distribuição. Data da deliberação da presente oferta pela Administradora: 14 de junho de 2007. Fundo Registrado na CVM sob código: 218-6 Distribuição Registrada na CVM sob código: CVM/SER/RFD/2007/050 em 19/09/2007. NOME E ENDEREÇO DA INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA DO FUNDO E RESPONSÁVEL PELA DISTRIBUIÇÃO DAS COTAS PETRA - Personal Trader CTVM Ltda. Rua Pasteur, 463, 11º andar, Batel, Curitiba – Paraná. A distribuição das cotas do FUNDO encerrou-se no dia 15 de janeiro de 2008. “Fundos de Investimento não contam com garantia da Instituição Administradora, de qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, do Fundo Garantidor de Créditos - FGC.” “A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade futura.” “Ao investidor é recomendada a leitura cuidadosa do prospecto e do regulamento do fundo de investimento ao aplicar seus recursos.”
Requerente: Incofer Ferro e Aço Ltda. - Requerido: Destilaria Benalcool S/A - Rua Capitão Antonio Rosa, 376, 11º andar - 1ª Vara de Falências Requerente: Incofer Ferro e Aço Ltda. - Requerido: Agrisul Agrícola Ltda. - Rua Capitão Antonio Rosa, 376, 11º andar - 1ª Vara de Falências Requerente: Gross Fare Confecções Ltda. - Requerido: Alavanca Comércio de Confec-
ções Ltda. - Rua Barão de Ladário, 680 - 1ª Vara de Falências Recuperação Judicial Requerente: Toque de Casa Com. de Utilidades Domésticas, Limpeza e Artigos de Presentes Ltda. - Requerido: Toque de Casa Com. de Utilidades Domésticas, Limpeza e Artigos de Presentes Ltda. - Rua Peixoto Gomide, 62 - 1ª Vara de Falências
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O Jornal do Empreendedor
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Mundo digital On Te c n o l o g i a Fotografia
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
FABRICANTES ESTÃO APOSTANDO EM TELAS GIGANTES
Começa hoje, em São Francisco a Macworld, evento da Apple que sempre traz novidades.
O sucesso das supertelas Divulgação
A briga pelas telonas de alta definição foi um dos destaques da CES Las Vegas BARBARA OLIVEIRA
S
e muitos equipamentos mostrados na CES – como os Ultra Mobile PC, smartphones, celulares, players musicais e de vídeo, tablets PCs, entre outros – eram realmente móveis e portáteis e vão acompanhar o usuário onde ele estiver, como destacou o CEO da Intel, Paul Otellini, este não foi o caso das telas demonstradas pela Sony, Samsung, Toshiba, LG, Sharp e Panasonic e Pioneer. Houve uma verdadeira disputa entre esses fabricantes na oferta de aparelhos gigantes, cada vez mais finos e embutindo inovações tecnológicas. São televisores para serem fixados nas paredes. A Panasonic mais uma vez saiu na frente dessa corrida, e mostrou uma tela de plasma de 150 polegadas, da linha Viera LifeScreen, um protótipo com 2,7 cm de espessura com ultra resolução de 2160 x 4096 pixels. A Sharp não ficou atrás e exibiu a maior tevê de LCD, de 108 polegadas. São produtos que devem chegar ao mercado até 2009. A Sony esnobou com o lançamento e comercialização imediata nos Estados Unidos e Japão do seu aparelho XEL-1, com tecnologia OLED, de 11 polegadas e 3 mm de espessura, ao preço salgado de US$ 2.500. A OLED (diodo orgânico emissor de luz) é uma alternativa aos equipamentos de plasma e LCD (embora mais cara), porque reduz muito o consumo de energia e per-
mite a produção de televisores finos e leves. Ela dispensa a luz de fundo e traz mais nitidez a imagens em movimento e em cores. Além da Sony, que mostrou outro protótipo de 27 polegadas com a mesma tecnologia, a Samsung, Toshiba, Sharp e Epson também têm televisores em OLED, mas ainda protótipos. Outra novidade foram as telas curvas. A Philips e a LG produziram um novo modelo de e-paper flexível, do tamanho de uma folha A4 e espessura de 0,3 mm, de 14,3 polegadas, capaz de exibir imagens em resolução de 1280 x 800 pixels para aplicações multimídia portáteis (no futuro, já que não há previsão de uso comercial). As baterias nesse tipo de telas duram mais porque só usam energia quando a imagem é trocada. O mesmo consórcio LG-Philips teve como outro destaque a televisão de 52 polegadas de LCD touch screen, para a entrada de dados em mais de um ponto da tela, recurso semelhante ao adotada pelo iPhone, da Apple. A desconhecida Alienware também mostrou um monitor de 42 polegadas curvo para simular a visão periférica do ser humano. O projeto prioriza os jogadores de games, que terão uma visão mais ampla do jogo, embora precisem focar sua atenção em vários pontos, o que pode atrapalhar um pouco a concentração.
A Alienware mostrou um monitor DLP de 42 polegadas com tela curva para simular a visão periférica do ser humano
A Philips e a LG produziram um novo modelo de e-paper (papel eletrônico) flexível, do tamanho de uma folha A4 e espessura de 0,3 mm, de 14,3 polegadas, capaz de exibir imagens em resolução de 1280 x 800 pixels para aplicações multimídia portáteis. O produto ainda está em teste.
Pequenos, curiosos e personalizados
HP DV2800t Artist Edition: design foi criado pelo artista português João Oliveira
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Lenovo Y710: notebook possui tela de 17”, traz HD de 500 GB, conexão HDMI e é ideal para gamers
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Sansa Clip: a SanDisk atualizou o seu tocador de MP3, que agora tem capacidade para armazenar 4 GB
or ser um evento onde tudo parece ser importante (e nem sempre é) e superlativo – o espaço, o número de expositores, de visitantes e de lançamentos –, fica até difícil destacar os produtos mais interessantes e com reais inovações tecnológicas. A CES ficou grande demais e alguns analistas e blogueiros de tecnologia dizem que a feira, que já lançou o videocassete, o CD, o DVD e o XBox, pode estar perdendo um pouco o foco. É impossível, porém, ignorar a importância da CES como plataforma de lançamento de produtos que passarão a integrar nosso dia-a-dia num futuro próximo. Mesmo que muitos sejam atualizações de sistemas anteriores ou não passem de mera curiosidade. Curiosos, aliás, são os dispositivos que podem ser submersos na água; óculos que reproduzem imagens de TV em boa definição (como o Myvu Crystal, à venda por US$ 300 nos Estados Unidos);
o relógio-celular da LG ou a pilha ecológica da japonesa NoPoDo, recarregada com qualquer líquido (água, saliva, álcool e até urina). A 3M, por sua vez, fez a de-
monstração de um protótipo de projetor móvel tão pequeno (4 x 3 x 1 cm) que pode ser encapsulado dentro de um celular, PDA ou de uma câmera digital. Usando LED como fonte
de luz, ele projeta imagens pelas lentes de 1 cm de diâmetro. A SanDisk também lançou o upgrade de seu MP3 minúsculo, do tamanho de uma caixa de fósforos, o Sansa Clip, agora com 4 GB de capacidade. A Lenovo partiu para o mercado doméstico com uma nova linha de notebooks, a IdeaPad. Um deles tem tela de 11,1 polegadas e vem na cor vermelha, e o outro, o Y710, com 17”, traz HD de 500 GB, conexão HDMI e é ideal para gamers. Um notebook que chamou a atenção na CES foi o modelo customizado da HP DV2800t Artist Edition, cujo design com motivos asiáticos foi criado pelo artista português João Oliveira, de 20 anos, escolhido num concurso com a participação de cerca de 6.500 jovens do mundo inteiro. O portátil estará à venda no segundo trimestre nos Estados Unidos. (B.0.)
O mundo de olho na Macworld
O
s macmaníacos de plantão já podem se preparar para as novidades da "maçã". Até o dia 18 de janeiro será realizada em São Francisco, nos EUA, a maior feira focada na plataforma Mac. Trata-se da Macworld Conference & Expo 2008. O evento, sediado no Moscone Center (South and West Halls), conta com a participação de centenas de empresas, que desenvolvem produtos compatíveis com o sistema da Apple. Apesar de haver muito rumores sobre possíveis lançamentos, nada ainda foi confirmado – a Apple não costuma divulgar informações sobre novos produtos, que são mantidos em segredo absoluto, antes do encontro.
A palestra de abertura será feita pelo diretor-presidente da empresa, Steve Jobs, que deverá anunciar as novidades da companhia para este ano. O único produto já confirmado para ser lançado na feira é o do seu principal concorrente, o Office 2008, da Microsoft. O pacote de aplicativos para escritório para Mac terá três versões: Office 2008 (US$ 400), Office 2008 Home e Student Edition (US$ 150) e o Office 2008 Special Media Edition (US$ 500). No Brasil, estará disponível apenas a versão Office 2008 Home e Student Edition, que deverá chegar até o final de janeiro ao mercado. Recentemente, a Apple também atualizou a sua linha de desktops
de última geração, a Mac Pro. O equipamento tem uma arquitetura de dar inveja. São dois processadores Quad-Core Xeon, que rodam em até 3,2 GHz, totalizando oito núcleos de processamento. Os dados podem ser armazenados em até quatro compartimentos de drive interno, sendo possível ligar diversos dispositivos, já que a máquina tem quatro entradas USB 2.0 e quatro entradas firewire (duas 400 e duas 800). Quem puder comparecer, poderá conversar com executivos com profundos conhecimentos nos produtos da Apple, que farão apresentações sobre os recentes lançamentos da empresa, além de encontros com outros executivos da América Latina. (F.P.)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Reuters
Internacional
COLÔMBIA
Farc sequestram seis turistas em selva colombiana AFP
Bush arma árabes contra o Irã
O
p re s i d e n t e d o s EUA, George W. Bush, completou ontem seu antepenúltimo de um um total de oito dias no Oriente Médio e, em vista à Arábia Saudita, anunciou um acordo bilionário de venda de armas ao reino, aliado crucial de Washington no Oriente Médio. O pacote de vendas de armas é parte importante da estratégia americana para aumentar as defesas das nações produtoras de petróleo do Golfo Pérsico, como a Arábia Saudita, das ameaças do Irã. No domingo, em visita aos Emirados, Bush disse que Teerã é uma ameaça à estabilidade da região e "país líder em financiamento ao terrorismo". Coincidindo com a visita, o departamento de Estado notificou a venda de armamento à Arábia Saudita no valor de US$ 120 milhões (R$ 210 milhões) ao Congresso, que tem 30 dias para analisá-la. A operação faz parte de um pacote muito maior anunciado em julho pela secretária de Estado, Condoleezza Rice, e que girava em torno de US$ 20 bilhões (cerca de R$ 34 bilhões) para os aliados dos EUA no Golfo Pérsico, segundo Efe Gordon Johndroe, porta-voz do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca.
Em troca dos US$ 120 milhões, a Arábia Saudita receberá 900 sistemas para transformar explosivos convencionais em munições com sistemas de navegação por satélite, conhecidas como JDAM (munição de ataque direto conjunto), além de outros sistemas bélicos avançados. O Departamento de Estado já havia notificado anteriormente o Congresso da venda de mísseis Patriot aos Emirados Árabes Unidos e ao Kuwait, e de um sistema de radar aéreo para a Arábia Saudita, por um valor total de US$ 11,5 bilhões (cerca de R$ 20,1 bilhões). Boa acolhida George W. Bush recebeu acolhida calorosa da parte do rei Abdullah. Ele passou a noite no rancho do monarca —
uma rara distinção que reflete a hospitalidade de Bush quando Abdullah visitou os EUA. Em duas ocasiões, o monarca foi hóspede de Bush no próprio rancho do líder americano, em Crawford, Texas. A hospitalidade contrasta com a profunda impopularidade de Bush entre o povo saudita. Pesquisa conduzida na Arábia Saudita pelo "Terror Free Tomorrow" — um instituto americano bipartidário, cujo objetivo é minar o apoio ao terrorismo no mundo inteiro — descobriu que apenas 12% dos sauditas têm uma visão positiva de Bush. Sua imagem é pior para os sauditas que a do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ou que a do líder terrorista da Al-Qaeda, Osama bin Laden. (AE)
Kevin Lamarque/Reuters
Bush posa para foto com grupo de garotas em Riad, na Arábia Saudita
Clara Rojas, libertada na última semana, abraça filho Emmanuel, de quem conseguiu a guarda
G
uerrilheiros das Farc seqüestraram seis turistas que viajavam de barco num rio de uma região remota do país, poucos dias depois da entrega de duas reféns pelos rebeldes em uma negociação mediada pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Os turistas colombianos — duas professoras, uma
Nicolas Sarkozy recebe espada de presente de príncipe saudita
A
companhia petrolífera francesa Total SA, a empresa pública Suez SA e a fabricante estatal de reatores atômicos Areva trabalham juntas em plano para criar uma usina nuclear para uso civil nos Emirados Árabes Unidos. Em comunicado, as três companhias disseram que a proposta inclui o desenvolvimento de dois reatores de terceira geração e produtos e serviços ligados ao combustível. O anúncio, realizado ontem, coincidiu com a viagem do
presidente francês Nicolas Sarkozy ao Oriente Médio, visitando a Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes. A cooperação nuclear é um dos principais temas dos encontros. No domingo, Nicolas Sarkozy ofereceu ao rei Abdullah, da Arábia Saudita, os serviços da Comissão de Energia Atômica da França para explorar as possibilidades de um programa nuclear civil no país nas próximas semanas. Mesmo deixando o país de mãos abanando, prometeu grandes con-
tratos que serão assinados nas próximas semanas ou meses. A França também espera assinar tratados de cooperação nuclear com os Emirados Árabes Unidos, que o presidente francês visita nesta terça-feira. Vários países árabes moderados estão começando a rever seus programas nucleares para suprir a necessidade crescente de eletricidade. Apenas no emirado de Dubai, a demanda em eletricidade aumenta em 20% a cada ano e o equipamento do estado precisa de companhias estrangeiras para financiar os US$ 37 bilhões requeridos para quadruplicar a capacidade chegando a 25 mil megawatts — metade da capacidade elétrica da Flórida — em 2017, de acordo com estimativas da indústria. Sarkozy esforça-se para exportar a tecnologia nuclear francesa no meio do crescente interesse global. A França conta com geração nuclear para produzir a maior parte de sua eletricidade e abriga duas estatais campeãs nucleares: Areva e Electricité de France, cujas a t i v i d a d e s n u c l e a re s s ã o 71,2% de sua produção. (AE)
vez os planos de Chávez, que ajudou a negociar a libertação das políticas Clara Rojas e Consuelo González e vinha pressionando o governo de Álvaro Uribe a reclassificar as Farc de "grupo terrorista" para "movimento insurgente". Ontem, Clara conseguiu a guarda do filho E m m a n u e l , q u e n a s ce u quando ela ainda estava em cativeiro. (Agências)
EUA
A vez do Michigan Emmanuel Dunand/AFP
A vantagem é pequena, mas John McCain é o favorito nas primárias que acontecem nesta terça em Michigan. Ele lidera as pesquisas com 27% das intenções de voto, seguido de Mitt Romney, que tem 24%. Um empate técnico Carlos Barria/Reuters
O ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, ignorou as primárias de Iowa e New Hampshire e concentra seus esforços na Flórida e na "Superterça", quando 22 estados decidirão seus candidatos
Sarkozy vende energia nuclear Eric Feferberg/AFP
bióloga, um estudante universitário e dois comerciantes — foram capturados no fim da tarde de domingo, quando seu barco foi interceptado por rebeldes das Farc na província de Choco, em uma região de selva na costa do Pacífico, divulgou a Marinha, que informou que os pertences de todos os 19 turistas foram roubados. A notícia deve enterrar de
O
senador John McCain e o exgovernador de Mas sach uset ts, Mitt Romney, devem travar uma disputa acirrada na primária republicana de hoje no Estado do Michigan. Pesquisas mostram os dois praticamente empatados. Enquanto McCain (27% das intenções de voto) aposta nos eleitores independentes, Romney (24%) espera levar vantagem por ter crescido no Estado e pela popularidade de seu pai, que governou Michigan de 1963 a 1969. Analistas dizem que a prévia é crucial para Romney — derrotado em New Hampshire e Iowa —, mes-
mo com a intensa campanha que fez nesses Estados. Ele prometeu "não descansar enquanto Michigan não estiver de volta" ao cenário nacional. O Estado, berço da indústria automobilística americana, tem a maior taxa de desemprego do país. Do lado democrata, só a senadora Hillary Clinton, vencedora em New Hampshire, participa da prévia em Michigan. Barack Obama e John Edwards retiraram seus nomes após o comando nacional do partido penalizar a direção partidária no Estado por antecipar as primárias. A maioria dos democratas concentra as energias em Nevada (prévia
no sábado, 19) e Carolina do Sul (terça-feira, 26), e na chamada "Superterça", quando 22 estados farão primárias visando encontrar o republicano e o democrata que disputarão a presidência nas eleições de novembro. Giuliani corre por fora Enquanto a maioria dos republicanos concentra esforços em Michigan, o exprefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, está focado numa possível vitória na Flórida para impulsionar sua ainda combalida campanha. O republicano acredita que, se vencer no estado, terá mais chances de ganhar a briga na "Superterça". A Flórida, que terá as prévias em 29 de janeiro, é um dos estados com maior número de representantes no colégio eleitoral. Giuliani, que fica na Flórida até esta terça, começou a disputa pela candidatura republicana com boas chances de vitória, segundo as pesquisas, mas tem perdido para os rivais John McCain, Mitt Romney e Mike Huckabee. O ex-prefeito desmentiu boatos de que sua campanha passava por dificuldades financeiras e disse aos repórteres que tem dinheiro suficiente para atravessar a eleição até o final. (Agências)
Nacional Empresas Agronegócio Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
ALIMENTOS PODEM PESAR NO CUSTO DE VIDA
Marcos Bergamasco/Folha Imagem
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As altas interna e externa do milho puxaram a inflação
José Maria Tomazela/AE
PREÇO DO FEIJÃO DEVE CAIR UM POUCO, DEPOIS DE DISPARAR EM 2007. A maior parte da safra deve ser colhida neste mês e ser vendida em seguida Adriana David
Luludi/Luz
Q
uem quiser pagar menos pelo feijão d e v e a g u a rd a r o produto chegar ao varejo no fim do mês. Até lá, o preço deve recuar aos patamares dos últimos dias de dezembro, quando o saco de 60 quilos de feijão era vendido no atacado a R$ 157,70, em média, no País. Um valor alto se comparado aos R$ 70 de setembro, mas bem inferior aos R$ 222,50 dos primeiros dias do mês passado. O valor de venda pelos agricultores chegou a R$ 268,50 no início de dezembro, teto histórico. O feijão tem puxado os índices de inflação nos últimos meses. Em 2007, o tradicional alimento da mesa dos brasileiros teve alta de 109,2% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A partir de 21 de dezembro, antes das festas de final de ano, a demanda por feijão diminuiu e, com isso, o preço também teve retração. A situação mudou nos primeiros cinco dias de janeiro, quando o valor subiu de R$ 215 para R$ 222,50. "No fim de dezembro, a procura por feijão foi menor e, após as festas de Natal e Ano-Novo, o brasileiro voltou a consumir o produto", diz o analista de Feijão da Safras & Mercados, Ra-
O
fael Poerschke. A alta do preço ocorreu pelas condições climáticas (seca no campo), que não permitiram o plantio a partir de julho de 2007. Os agricultores plantaram depois de setembro. Com isso, a colheita atrasou. No fim de dezembro passado, o Estado do Paraná, maior produtor da leguminosa no Brasil, que já devia ter colhido perto de 80% da produção, tinha apenas 13% do total da colheita. No Rio Grande do Sul, o percentual era um pouco mais alto, de 27%. Ambos foram responsáveis por mais de 500 mil toneladas nesta primeira safra. Para o analista da Safras & Mercados, a redução do preço nos próximos dias deve ocorrer pelo fato de haver expectativa de que a maior parte da produção seja colhida até o fim de janeiro e de que chegue aos mercados varejistas logo em
Frango continuará em alta
preço do frango, que também tem contribuído para elevar a inflação, mantém tendência de alta em 2008. Ele segue o aumento do milho, que corresponde a 60% de seu custo, por conta da composição da ração. É o que garante o diretor-executivo da União Brasileira de Avicultores (UBA), Clóvis Puperi. Em 2007, enquanto o preço do milho subiu 36,12%, o do frango aumentou 24%. O repasse ao varejo não foi completado no ano passado. "Tem sido feito aos poucos", diz o representante da associação. Carne foi o item do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que registrou maior alta em 2007: 22,15%. Em seguida aparece o item leite e deriv a d o s , c o m a c ré s c i m o d e 19,79%. No ano passado, os preços de alimentos subiram 10,79 %, respondendo por 2,21 pontos percentuais, quase metade do IPCA, que avançou 4,46%. Em 2006, a alta dos alimentos havia sido de 3,14%. Para o IBGE, são diversas as razões para o aumento no período, como as condições cli-
Soja perde área para o milho
A
Demanda caiu perto do Natal
seguida. "Quanto antes os produtores venderem sua colheita, melhor, para aproveitarem os altos preços", afirma. Segundo o analista, a produção brasileira na região Centro-Sul caiu 17%, e a área plantada, 21%. No Paraná, a produção, que deve ser colhida até o fim deste mês, caiu 22%, para 433 mil toneladas. Ele afirma que o agricultor de feijão é suscetível ao mercado do momento. "Com preços de commodities, como algodão, milho e soja em alta, o feijão é a última opção", diz Poerschke. Segunda safra – A segunda safra de feijão, que começará a ser plantada a partir de fevereiro em São Paulo, deverá gerar um aumento de 3% a 5% na produção, segundo projeção de Poerschke. Ele entende que o produtor será estimulado a plantar, pelos altos preços do momento. Para o coordenador do Instituto de Economia Agrícola (IEA), José Sidney Gonçalves, a dúvida é saber se os agricultores que apostaram no feijão estarão capitalizados para continuar a plantar. "Não é porque o preço foi lá para cima que eles ganharam. Poucos ganharam", afirma. Ele ainda lembra de um risco grande da produção. "A colheita em janeiro poderá ser prejudicada, se chover muito." (Leia mais sobre preços na página 4 deste caderno.)
safra brasileira de soja 2007/08 deve atingir 59,1 milhões de toneladas, 5% abaixo das 62,3 milhões de toneladas da previsão de dezembro, informou ontem a
Hélvio Romero/AE
máticas desfavoráveis no País; preços elevados dos produtos cotados no mercado internacional; aumento das exportações, favorecidas por problemas climáticos em países produtores; redução de safra por baixa remuneração em períodos anteriores; e aumento da demanda por alimentos, tanto interna como externa. A expectativa de Puperi é de que o preço do milho continue em alta pela expansão da população no mundo e pelo uso do grão para a produção de
etanol nos Estados Unidos. Ele diz que atualmente, das 44 milhões de toneladas de milho produzidas no Brasil, 50% têm como destino a alimentação humana. Os outros 22 milhões de toneladas são usados na produção de ração para aves. Em 2008, o consumo interno de frango deve registrar expansão de 4%, a mesma de 2007. Puperi acredita que, para aumentar o consumo de frango no Brasil, não adianta dirigir os esforços para os que têm renda, mas para os que começam a obtê-la. "Ao ter um acréscimo de renda, a pessoa aumenta o consumo de proteína, e a mais barata delas é o frango", diz. Para os produtores de milho também não houve repasse integral das altas ao longo de 2007. A tendência é de que o preço do grão continue oscilando acima de R$ 20 o saco de 60 quilos. No início do ano passado, ele valia R$ 14, mas chegou a ser negociado a R$ 26 ao longo de 2007, segundo o presidente da Associação Brasileira de Milho (Abimilho), Nelson Kowalski. (AD)
consultoria Céleres. Em seu sexto relatório sobre a safra atual de soja, que começou a ser colhida no Centro-Oeste, a Céleres afirmou que a área plantada ficou abaixo do esperado anteriormente por causa "do atrativo preço do milho". A área plantada ficou 3,7 % abaixo da estimativa de dezembro, em 21,4 milhões de hectares, ainda acima dos
20,85 milhões de hectares da temporada passada, afirmou a consultoria em seu relatório mensal. A produtividade, informou a consultoria, deve cair 2,3% neste ano, para 2,76 toneladas por hectare, ante 2,83 toneladas no ano anterior devido em grande parte à chegada tardia das chuvas no final de outubro passado. (Reuters)
Preço segue cotação do milho
Plantio foi atrasado no ano passado, por causa da seca. O Paraná colheu só 13% do total até dezembro. Fotos: Divulgação
Fernanda Possebon: aumento da carga e do preço.
David Soares: Receita deve conceder mais prazo.
Mudanças na tributação do álcool podem mexer no seu bolso
A
lém das mudanças tributárias anunciadas no segundo dia do ano para o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e para Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), o governo federal publicou a Medida Provisória, de número 413/08, no Diário Oficial da União, que pode mexer no bolso de quem abastece o veículo com álcool hidratado. O Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) relativos ao combustível passarão a ser recolhidos apenas pelo produtor ou importador de álcool, pelo sistema de substituição tributária. O produtor sujeita-se à alíquota global do PIS/Cofins, de 21%, e aos demais integrantes da cadeia cabe alíquota zero. C o m o o p ç ã o , o p r o d utor/importador de álcool poderá optar por regime especial de apuração e pagamento do PIS/Cofins, em alíquotas específicas de R$ 58,45 (PIS) e de R$ 268,80 (Cofins) por m³ de álcool. De acordo com o Sindicato das Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom), esses valores ainda poderão ser reduzidos com a publicação de um decreto. Segundo cálculos do consultor de impostos da IOB, David Soares, se o contribuinte optar pela tributação fixa – R$ 327,25 por m³ de álcool – irá recolher R$ 0,32 sobre o litro. A opção teria que ter sido feita até novembro de 2007 para começar a valer em 2008, mas com a MP, a Receita Federal deverá conceder mais prazo. A medida provisória também determina a instalação de medidores de controle de produção nas usinas. "Vai ficar mais difícil as empresas sonegarem", afirma. Além dessas mudanças, a MP 413 prevê alteração na relação entre produtoras e distribuidoras que mantêm interdependência (empresas com participação acionária nas distribuidoras, ou que vendem combustível com exclusividade para alguma delas). Essas deverão recolher no mínimo
32,43% de PIS/Cofins sobre o valor negociado. Segundo a advogada do escritório Braga & Marafon, Fernanda Possebon Barbosa, esse será o possível causador de aumento do preço do álcool, pois haverá elevação da carga tributária – de 11,85% para mais de 32%.
Vaz, do Sindicom: clandestinos.
O objetivo da MP 413 é coibir a sonegação do setor, facilitando a fiscalização da Receita Federal. O vice-presidente do Sindicom, Alísio Vaz, afirma que a sonegação nas vendas de álcool chegou a R$ 1 bilhão no ano passado em todo o País, sendo a maior parte proveniente das duas contribuições. Ele diz que 25% do álcool são vendidos ilegalmente. A estimativa do setor é de que a receita de 2007 tenha alcançado quase R$ 8 bilhões. Vaz afirma que muitas distribuidoras não recolhem os tributos e depois desaparecem. "São empresas pequenas e inescrupulosas, que ganham
mais ao deixar de pagar o tributo do que com a própria atividade. Criam o mercado clandestino ", diz Vaz. Ele afirma que as secretarias de Fazenda, com destaque para a de São Paulo, que é rigorosa e eficiente, fazem um ótimo trabalho na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), mas a Receita Federal tem dificuldades de fiscalizar. Vaz informa que a margem da distribuidora com a venda de álcool varia de R$ 0,03 a R$ 0,05 e que ela recolhe pela sistemática cumulativa R$ 0,09 de PIS e Cofins e R$ 0,005 de ICMS. As produtoras também recolhem R$ 0,14 com os três tributos. A venda de álcool para a Zona Franca de Manaus também não poderá mais ser efetuada pelas distribuidoras. A medida provisória prevê que a venda seja feita diretamente pelas produtoras. A União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica) apóia todas as medidas do poder público adotadas com o objetivo de reduzir a adulteração do álcool e a sonegação de tributos. Ela está realizando estudos com os seus associados para avaliar impacto das medidas na cadeia produtiva. Vaz lembra que a tributação do ICMS para gasolina também passou a ser por substituição tributária, com recolhimento pela refinaria a partir de 1998, e a do PIS/Cofins desde 2000. Em 2004, houve a instituição da tributação da gasolina em valores fixos. (AD)
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
DIÁRIO DO COMÉRCIO
INFORMÁTICA - 3
Ano 83 - Nº 22.541
Edição concluída às 23h40
Tiago Queiroz/AE
Jornal do empreendedor
w w w. d co m e rc i o. co m . b r
Prato da inflação Feijão, frango e milho
R$ 1,40
São Paulo, terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Arquivo DC
Chamem Chávez: as Farc fizeram mais 6 reféns
O feijão deve baratear, mas vai continuar caro. Frango e milho mantêm a alta. Prato feito para a inflação. E 10
Guerrilheiros das Farc, que libertaram duas reféns para Chávez, seqüestraram 6 turistas que viajavam num barco. Pág. 6
0.3% A MAIS PARA ENERGIA. E MORTOS. Só em SP, 4 mortos, 15 mil desalojados 300 semteto, ruas alagadas (foto) e trânsito parado. Mas o temporal encheu as represas do Sudeste e CentroOeste em 0,3 pontos porcentuais no fim de semana. Página 7
As profissões também morrem
Relojoeiro, peixeiro, açougueiro, torneiro... Veja como a criatividade substitui ofícios que estão desaparecendo. E 1 Robyn Beck/AFP
Marlene Bergamo/Folha Imagem
Nosso presidente despacha de pijama
E a vidente não previu: multa de R$ 20 mil
Vice José Alencar recebeu a 1ª dama Marisa e dirigiu o Brasil no Sírio-Libanês, onde está internado, tratando de uma seqüela da quimioterapia. Pág. 4
Fazia propaganda ilegal. Caiu nas malhas da Lei Cidade Limpa. Página 9
AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 30º C. Mínima 17º C.
O futuro já chegou aos eletrônicos
Selecionamos o imperdível mostrado em Las Vegas, como o telão na foto. Informática
DC
HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 28º C. Mínima 17º C.
Pabx (11)
6748-5627 (Itaquera) www.finanfactoring.com.br
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4 - INFORMÁTICA
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
AUTOMAÇÃO COMERCIAL
TELEFONIA MÓVEL
O novo correspondente bancário POS Corban, da Perto, integra leitor de código de barras e CMC7 e é manuseado pelo próprio atendente de loja.
A Belkin lançará em fevereiro um adaptador USB bluetooth que melhora a qualidade de fotos de celular: inclui um software Kodak (R$ 199).
n
Memórias
CES LAS VEGAS - 2008
Mais gigabytes em seu aparelho
Handycam de alta definição
A
SanDisk começou a fornecer amostras de cartões de memória flash microSDHC de 12 gigabytes para fabricantes de celulares, servindo para testes e avaliação. O cartão de 12GB representa um aumento de 50% na capacidade em relação aos cartões microSDHC de 8GB. Ele pode armazenar, ao mesmo tempo, 1.500 músicas, 3.600 fotos e 24,5 horas de vídeo. Mais informações em: www.wakeupyourphone.com
A
linha Handycam de Alta Definição da Sony oferece alta resolução de 1920 X 1080 e fotos em 10 MP. O sensor ClearVid CMOS traz seis novos modelos que incorporam reconhecimento facial tanto para fotos quanto para vídeos. Ajusta automaticamente o enfoque, a exposição e o controle de cor. Vem com sistema Bravia Sync, que controla a reprodução da filmadora utilizando o controle remoto do televisor de LCD.
esde o dia 10 D último, mais de 900 mil estabelecimentos no Brasil, com até dois check-outs, poderão baixar pela internet, e instalar em suas lojas um software de automação comercial totalmente gratuito. O Zeus Free se comunica com a maioria das impressoras fiscais homologadas pelo Fisco, executa funções de venda e trata diversas formas de pagamento. O site é www.zanthus.com.br
RETRANCA
Tecnologia na pauta acadêmica
E
stão abertas as inscrições para o MBA "Inovação Tecnológica em Comunicação e Redes" do LARC (Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores) do Departamento de Computação e Sistemas Digitais da Escola Politécnica da USP. A duração do curso é de 15 meses, com aulas às segundas, terças e quintas. As inscrições se encerram no dia 7 de março. Mais informações pelo site http//mba.larc.usp.br SOFTWARES
Pirataria de CDs: aumento de 150%
A
Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES) e entidades parceiras divulgaram o resultado das ações de combate à pirataria realizadas durante o ano de 2007. Foram 718 ações no País, que resultaram na apreensão de mais de 2,2 milhões de CDs contendo programas piratas, um aumento de 150% se comparado ao ano anterior. Também foram apreendidos 212 PCs e retirados do ar 243 sites de comércio ilegal. SOLUÇÕES
Garantia de mailing atualizado
A
Quadrant, especializada em automação comercial, disponibilizou uma nova ferramenta de gerenciamento de mailing com a promessa de nível de atualização com, no mínimo, 95% de precisão para endereços, 85% para telefones e 75% para e-mails. A atualização se inicia através da chave "CPF". Caso não exista tal informação, utilizam-se outros parâmetros. Site: www.quadrant.com.br
Tecnologia: as apostas da indústria para 2008 Teclado para computador e TV
VANDERLEI CAMPOS
C
onsolidação e amadurecimento das inovações experimentadas em 2007 são as principais tendências apontadas por especialistas de diversos segmentos do mundo tecnológico. Veja algumas previsões de experientes profissionais do mercado brasileiro: Acesso à banda larga – "O que vai mudar nos próximos anos é que as redes Wi-Fi deixarão de ficar restritas ao público corporativo e vão ser de interesse dos usuários de telefones híbridos, games portáteis e outros dispositivos de consumo. Além da expansão da cobertura, é necessário simplificar os mecanismos de acesso e tarifação", Roberto Ugolimi Nteo, presidente da Vex. Serviços – "Em termos relativos, o Brasil cresce com a sofisticação das economias desenvolvidas. Enquanto nos demais países emergentes os investimentos se concentram em hardware e software, a prestação de serviços já representa 40% da receita no Brasil, o que deve aumentar em 2008", Mário Anceloni, presidente da HP Brasil. Complexidade mascarada – "Novas ofertas de empresas como Microsoft e Google reforçam a tendência do software como serviço, em que o usuário deixa de dar tanta importância a hardware ou sistema operacional. A contrapartida é a necessidade de tecnologias
como virtualização e integração, para atender a altas expectativas de acesso a informações, serviços e aplicativos, tudo isso de forma simples ao usuário", David Barzilay, gerente de marketing da empresa Red Hat. PMEs e operadoras – "Com o avanço da telefonia IP, as pequenas e médias empresas passaram a fazer parte das estratégias das operadoras. O principal benefício é que agora elas contam com tarifas mais atrativas e planos exclusivos. Com a expansão do VoIP, muitos paradigmas foram quebrados e as empresas puderam comprovar que este possui boa qualidade e fácil instalação. O cuidado que as empresas precisam ter é ao analisar rede e estrutura que possuem na hora da instalação, para que a comunicação não seja prejudicada". Germano Coradin, gerente de marketing do Vono, da GVT Sem sombra de recessão – "Nossa grande base de consumidores vem do mercado de varejo, que não é afetada pelo comportamento do povo americano. Esse tipo de cliente é, sim, sensível a preços e ofertas de crédito, fatores que continuam sendo positivos, com as linhas de crédito concedidas pelo governo e pelos varejistas e a redução da taxa de juros". César Aymoré, diretor de marketing da Positivo Informática. Desafio da Conectividade – "A
Sergio Kulpas
Intel acredita que o mercado brasileiro de PCs terá um aumento entre 25% a 30%, com cerca de 13 milhões de unidades vendidas. Os notebooks devem bater novos recordes, com vendas estimadas em 2,8 milhões de unidades. O grande desafio dos próximos anos será o crescimento da oferta de banda larga na mesma velocidade em que o mercado de PCs cresce. Para isso será cada vez mais fundamental o desenvolvimento de uma infra-estrutura adequada, uma forte atuação do governo nesse sentido, definindo as regras e criando condições para os investimentos necessários, além do desfecho do leilões 3G e WiMAX que definirá os padrões e regras que o mercado deve seguir" – Elber Mazaro, diretor de marketing da Intel. Aplicações móveis – "A tu almente os executivos e profissionais de média e alta gerência, além das equipes operacionais externas, passam a maior parte do seu tempo fora da empresa. O conceito de ter uma sala exclusiva e local fixo para trabalho já é coisa do passado. Nesse contexto, além de mensageria, soluções como CRMMobile, Field Service, e Automação de Força de Vendas têm sido as aplicações mais demandadas no mercado", Roberto Lechuga - Gerente de marketing da MGI Riscos personalizados – "As redes de relacionamento serão utili-
zadas para disseminarem vírus e outros códigos maliciosos. Sites como Facebook e MySpace criaram mecanismos que possibilitam aos usuários desenvolverem pequenos aplicativos, e os hackers se utilizaram da vulnerabilidade destes mecanismos para, por exemplo, permitir o download de malwares. O Google também criou um conjunto de ferramenta, o OpenSocial, para o desenvolvimento de aplicações para qualquer rede social. Em 2007, um jovem russo usou a lista da Forbes para escolher um bilionário para atacar. Em 2008 os crimes virtuais se tornaram mais pessoais e lucrativos. Os hackers terão como alvo pessoas e empresas que ofereçam grande capacidade de lucro", Frederico Tostes, gerente regional da Fortinet Brasil. Consumidor e e-commerce – "A Web 2.0 veio para consolidar o conceito de que o consumidor é quem dita as regras, e não poderia ser diferente no comércio eletrônico. Com iniciativas de Web 2.0 o consumidor assume o papel de principal vendedor das empresas, afinal ele passa a indicar produtos, referenciar as melhores companhias e consultar outros consumidores sobre qualidade dos serviços. Iniciativas de Web 2.0 para o comércio eletrônico são "obrigatórias" para os varejistas no próximo ano", Alessandro Gil, diretor de marketing da Ikeda.
sergiokulpas@gmail.com
Daisy Brands, pioneira em RFIDs
A
empresa Daisy Brands, uma rede de produtos derivados de leite nos Estados Unidos, foi uma das primeiras a entrar no programa de etiquetas com radiotransmissores (RFIDs) lançado pelo WalMart no final de 2003. Mais de quatro anos depois, porém, o ritmo da implementação do programa está abaixo do previsto. Muitos grandes fornecedores do Wal-Mart ainda não aderiram, e não estão instalando etiquetas com RFIDs nas caixas de seus produtos enviados aos armazéns do Wal-Mart. Até agora, a rede de supermercados não aplicou qualquer punição a esses retardatários, mas isso deve mudar. A rede Sam's Club, que pertence ao Wal-Mart, já informou aos fornecedores que vai cobrar uma taxa de US$ 2 por caixa sem RFID a partir de 1º de fevereiro.
Enquanto outros se atrasam, a Daisy Brands diz que seu investimento em RFIDs foi uma ótima estratégia, permitindo que a empresa gerenciasse melhor o tráfego de seus produtos perecíveis nas lojas do WalMart. Segundo Kevin Brown, diretor de sistemas de informação da Daisy, essa agilidade permitiu o lançamento de promoções eficientes de marketing, com grande economia e redução do desperdício. Além disso, o sistema permite que outros clientes da Daisy (mesmo aqueles que não usam RFIDs) tenham um acompanhamento melhor de suas encomendas. A Daisy usa etiquetas e equipamentos de leitura fornecidos pela Alien Technology. A Daisy ainda não realizou um estudo completo sobre a economia gerada pela implementação dos RFIDs, mas Brown disse que os benefícios
vão além da relação com o Wal-Mart. Segundo ele, a implementação das etiquetas inteligentes nunca foi pensada como um projeto de ROI. A intenção original era se sobressair como um bom parceiro (do Wal-Mart). Brown disse que acompanhar os pedidos da Daisy será como monitorar uma encomenda da FedEx. Os clientes poderão entrar no site da empresa e ver a cada momento onde está sua encomenda. Segundo o executivo, a Daisy vai trabalhar mais estreitamente com o Sam's Club, que acelerou seu programa de RFIDs. Pouca adesão – Os executivos da rede Wal-Mart afirmam que o programa geral de implementação dos RFIDs está dando bons resultados mas, durante 2007, todas as caixas de produtos nos grandes centros de distribuição deveriam ter RFIDs. A grande maioria dos mais de 20 mil forne-
cedores do Wal-Mart ainda não adotou a tecnologia. Um dos maiores obstáculos é o custo das etiquetas com microtransmissores, que chega a custar US$ 1,00 cada – enquanto uma etiqueta de código de barra custa alguns cents. Além disso, ainda há problemas técnicos de leitura com alguns materiais, como líquidos, vidro e metais. Mas o ritmo de adoção do programa do Wal-Mart não preocupa a Daisy Brands. Agora, a empresa está convencendo seus fornecedores de matéria-prima a também adotar os RFIDs nos pedidos. Em 2003, a Daisy foi uma das 30 e poucas empresas que se ofereceram voluntariamente para participar do programa do Wal-Mart. Segundo Brown, esse pioneirismo se mostrou providencial e lucrativo no decorrer do tempo.
O
teclado Logitech diNovo Mini, do tamanho da palma da mão, tem controle remoto de mídia para conectar o PC à televisão sem precisar sair do sofá. O modelo inclui teclas dedicadas para players e navegadores da Web, além de botões grandes de PageUp e PageDown, para deslocamentos na navegação na internet. Traz Bluetooth e será lançado nos EUA e Europa a partir deste mês.
Mais espaço para as fotos
A
Panasonic aproveitou o evento em Las Vegas para divulgar mais um produto para enfrentar a forte concorrência no segmento de cartões de memória de cãmeras digitais. A empresa apresentou o cartão SD (SecureDigital Card) de 32 GB, que atende ao aumento da resolução das atuais câmeras compactas e profissionais, armazenando imagens pesadas em formato RAW, considerado o negativo das imagens digitais.
Pequeno e robusto
O
Ultra Mobile PC, da OQO, está saindo nesta versão E2 com Windows Vista, WiMax e o primeiro ultra mobile pronto para 3G para assinantes da Europa e da Ásia. A capacidade é de 64 GB. A tela é anti-reflexiva. A versão com WiMax só chega no fim do ano, mas o equipamento, sem o recurso, está à venda na loja da empresa (www.oqo.com) por cerca de US$ 1.800.
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Nacional Empresas Finanças Agronegócio
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
SEMANA PODE SER CONTURBADA PARA MERCADOS
21,19
por cento é a queda acumulada pelas ações da Bolsa de Valores de São Paulo neste ano.
BOLSAS FECHARAM EM ALTA ONTEM, MAS PERSISTEM NO MERCADO TEMORES DE RECESSÃO NOS EUA.
CAUTELA EM SEMANA DE AGENDA CHEIA
O
s mercados de ações americanos tiveram ontem um dia de recuperação parcial das perdas acentuadas na semana passada, que haviam sido provocadas por temores de recessão no país. As bolsas foram sustentadas pelos fortes resultados da IBM e por especulações em torno de possível corte agressivo de juro pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) neste mês. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acompanhou o desempenho positivo externo até o início da tarde, quando a queda das ações da Petrobras afetou os negócios. O Ibovespa, principal referência da bolsa paulista, encerrou o pregão em alta de 0,4%, para 62.188 pontos. O índice oscilou entre a mínima de 61.643 pontos (queda de 0,48%) e a máxima de 62.536 pontos (alta de 0,96%). Com o desempenho de ontem, a Bovespa reduziu para 2,66% as perdas acumuladas desde o início do ano. O volume financeiro foi fraco, de R$ 4,71 bilhões. Na Bolsa de Valores de Nova York, o índice Dow Jones fechou com alta de 1,36%, enquanto o Nasdaq subiu 1,57%. Na sessão de ontem, os investidores também observa-
ram o comportamento do ouro. No meio da tarde, o metal a t i n g i u n o v o re c o rd e , d e US$ 915,9 por onça-troy, em Nova York. Com isso, analistas já falam na possibilidade de o produto ultrapassar a marca de US$ 1 mil. O dólar caiu ante o euro e o iene, também influenciado pela expectativa de corte mais acentuado dos juros. No Brasil, a moeda ameri-
0,8
por cento foi a queda do dólar comercial no mercado brasileiro ontem. Moeda americana fechou valendo R$ 1,733 para compra. cana recuou 0,8%, cotada no fechamento a R$ 1,733 para compra e a R$ 1,735 para venda. A taxa de risco do Brasil estava em 231 pontos-base no fim da tarde, com queda de 0,86%. Indicadores — Em praticamente todos os mercados, os investidores redobraram a cautela na expectativa pela carrega-
da agenda de indicadores da semana. Hoje, serão divulgados o balanço do Citigroup (leia texto abaixo), dados de vendas no varejo e o índice de preços ao produtor (PPI) de dezembro nos Estados Unidos. Na quinta-feira, o presidente do Fed, Ben Bernanke, depõe sobre as condições da economia em audiência do Comitê de Orçamento da Câmara. No mercado brasileiro de ações, as preocupações com a economia americana continuam como pano de fundo para o comportamento cauteloso nos negócios. Temerosos de que o pior quadro se instale (ou seja, recessão econômica nos Estados Unidos), os investidores estrangeiros estão se protegendo em ativos mais seguros e, os brasileiros, tímidos com relação à compra de ações. As maiores altas do Ibovespa ontem foram Usiminas PNA (5,69%), Klabin PN (4,43%) e Lojas Americanas PN (4,2%). Na lista das quedas mais expressivas destacaramse Comgás PNA (-5,16%), Gafisa ON (-3,69%) e Telesp PN (-3,18%). As ações da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) até esboçaram uma reação, mas não conseguiram manter a alta (leia mais em texto nesta página). No fechamento, a queda foi de 2,27%. (AE)
Selic deve ficar estável em 2008
A
inflação persistente parece diminuir a chance de o Banco Central (BC) retomar os cortes do juro básico (Selic) em 2008. No relatório semanal Focus divulgado ontem, aumentaram as apostas de analistas do mercado financeiro de que a taxa deve permanecer no atual patamar durante todo o ano. Com isso, a mediana da previsão para a taxa ao final de 2008 subiu de 10,75% para 11,13%. No mercado, há quem aposte até que o juro possa subir. No levantamento do BC, que apura as expectativas so-
bre os principais indicadores econômicos, o mercado se mostrou dividido entre a possibilidade de um corte de 0,25 ponto percentual até o final do ano e a chance de o juro permanecer em 11,25% anuais. Essa divisão gerou o número quebrado de 11,13%. "Os analistas estão revendo as projeções. Está ganhando força a avaliação de que o juro deve permanecer, no mínimo, estável até o final do ano", diz o economista-chefe da López León Corretora, Flávio Serrano. Para o economista, a evolução recente da inflação tem fei-
to com que as apostas fiquem mais conservadoras. Ele cita a persistência da pressão sobre os preços dos alimentos e uma eventual alta nos serviços e tarifas públicas no decorrer de 2008 como focos de tensão do mercado. "Temos de ver como será o comportamento desses números nos próximos meses e, principalmente, como será a desaceleração nos alimentos", diz. Para ele, o cenário deve ficar mais claro apenas no segundo trimestre. Segundo Serrano, é "muito provável" a possibilidade de a projeção para a Selic subir para 11,25% no próximo relatório, patamar idêntico ao observado atualmente. A aposta de juro estável, entretanto, pode ser apenas a primeira etapa de uma projeção ainda mais pessimista. A economista-chefe do ABN Amro Bank no Brasil, Zeina Latif, diz que a probabilidade de aumento do juro no decorrer de 2008 já está próxima de 40%. "Para termos mais clareza sobre essa hipótese, temos de ver quais altas de preço são transitórias e quais não são", diz a economista. (AE)
Paulo Pampolin/Hype
Banco Merrill Lynch revisou preço justo da ação da BM&F para R$ 19, valor inferior ao de lançamento (R$ 20)
Bovespa e BM&F: ações em queda.
D
epois de sustentarem fortes altas até o fim do ano passado, as ações distribuídas nas ofertas públicas iniciais (IPO, na sigla em inglês) da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) têm desvalorização expressiva neste início de ano. A ação da BM&F, que no último pregão de 2007 acumulava alta de 24,9% desde o lançamento, já caiu 31,14% neste ano. O papel da Bovespa, com alta acumulada de 48,95% no fim de 2007, recuou 21,19% neste ano. Só ontem, a ação da Bovespa caiu 5,1% e a da BM&F, 2,27%. "O principal motivo é que os investidores estão receosos em relação ao impacto do aumento da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) nos resultados das duas bolsas", disse Ana Paula Martins, economista da Corretora Souza Barros. A alíquota da CSLL foi elevada de 9% para 15% para instituições financeiras no início
deste mês, no pacote de medidas de compensação do fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Segundo Fábio Gouveia, analista da Win, homebroker da Alpes Corretora, as bolsas terão de absorver o custo adicional, porque não têm o espaço que bancos e outras instituições financeiras têm para fazer o repasse a clientes. Revisão — Ana Paula comenta que, no caso da BM&F, o mau desempenho foi reforçado na quarta-feira passada pela revisão do preço justo do papel para R$ 19 pelo banco de investimentos Merrill Lynch, valor inferior ao de lançamento da ação (R$ 20). "O banco foi coordenador do IPO e por isso sua revisão teve impacto tão negativo", afirmou Gouveia. A decisão do banco provocou fortes vendas, principalmente por estrangeiros. Ontem, boatos envolvendo a Bovespa e a BM&F continuaram surgindo no mercado brasileiro. Um relatório reservado
citava uma possível compra de 5% da BM&F pela Bolsa de Valores de Nova York. Outro rumor foi o de que a Bovespa perderia sua participação em leilões da Câmara de Custódia e Liqüidação (Cetip). Desde o lançamento, no último dia 29 de novembro, a ação da BM&F caiu 14%, para R$ 17,2; a da Bovespa, lançada em 25 de outubro de 2007, reduziu alta superior a 50% para 17,39% (R$ 27 no fechamento do pregão de ontem). Gouveia afirma que os dois papéis têm plenas condições para se recuperar. "Com perspectiva de médio prazo, ambos estão com preço bom para compra", diz Gouveia. Para o analista, o papel da Bovespa tem chance de recuperar-se até mesmo no curto prazo. Para Ana Paula, uma tendência para a ação da BM&F deverá ficar mais clara no fim de fevereiro, quando sairá o primeiro resultado financeiro da empresa após o IPO, o do último trimestre de 2007. (AE)
Citigroup: prejuízo e demissões.
A
baixa contábil do banc o a m e r i c a n o C i t igroup poderá atingir US$ 24 bilhões, afirmou ontem a rede de televisão CNBC em seu site na internet. Além disso, o Citigroup deverá demitir até 20 mil pessoas, como parte de um plano abrangente para redução de custos. Segundo a rede, os planos serão anunciados hoje, quan-
do o Citi divulga seu balanço do quarto trimestre do ano passado e o fechado de 2007. O banco também poderá anunciar que vai cortar seu pagamento de dividendos. A CNBC informou ainda que o Citi poderá levantar até US$ 15 bilhões por meio da venda de participação para investidores domésticos e estrangeiros. Acredita-se que o
príncipe saudita Alwaleed bin Talal, o maior acionista individual do Citi, poderá aumentar sua participação no banco. Já The Wall Street Journal relatou que o China Development Bank deve investir cerca de US$ 2 bilhões no Citi. O Financial Times, por sua vez, afirmou que o Kuwait Investment Authority poderá injetar até US$ 3 bilhões no banco. (AE)
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
7 Marcelo Justo/Folha Imagem
A cidade de Peruíbe, no litoral sul do Estado, foi uma das mais prejudicadas.
Chuvas provocam 4 mortes no Estado Temporais começaram no fim de semana e se estenderam até a tarde de ontem. Com a volta da chuva, reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste começam a reagir.
A
Fotos: Antonio Milena/AE
s fortes chuvas re- da cidade impediu os serviços gistradas no Estado de manutenção. de São Paulo desde Boletins divulgados pela sábado causaram Defesa Civil Estadual aponestragos em municípios do lito- tam o município de Itariri, no ral sul, vales do Ribeira e Paraí- norte do Estado, como o mais ba, região de Campinas e na afetado pelas chuvas. Na cidaGrande São Paulo. Quatro pes- de, 1.500 pessoas ficaram desasoas morreram, outras 15 mil fi- lojadas e cinco, desabrigadas. caram desalojadas (levadas paEm Peruíbe, 200 pessoas fira casas de familiares) e cerca de caram desabrigadas. Elas tive300 ficaram desabrigadas (leva- ram de ser encaminhadas ao das para abrigos públicos). NIP (Núcleo de Iniciação ProEm São José dos Campos, fissional) e ao Centro de ConMaria do Rosário Silva, de 85 venções. A chuva provocou anos, morreu d e s l i z a m e nafogada ao t o s e a l a g atentar sair de mentos. sua casa, na Segundo a V i l a C o r i nprefeitura de thians. São José dos Em Peruíbe, Campos, as É o número de no litoral Sul, chuvas deixapessoas que ficaram bombeiros enram 428 desacontraram o lojados e dois desalojadas no corpo de um d es ab ri ga do s Estado de São Paulo pescador que na cidade. estava desapor causa das chuvas Houve transparecido desb o rd a m e n t o de domingo. d o r i o C a mEm Jacupiranga, no Vale do buí, que provocou inundação Ribeira, o Corpo de Bombeiros em nove bairros. também encontrou um casal Em Ferraz de Vasconcelos, na que estava soterrado desde Grande São Paulo, duas casas domingo, quando a casa onde desabaram. O acidente provoeles moravam foi destruída cou ferimentos em três pessoas pela chuva. e deixou nove desalojados. Energia – Cerca de 1.100 A chuva também causou consumidores da região de Pe- problemas nas rodovias que ruíbe, Cajati e Jacupiranga fi- cortam o Estado. Uma das caram sem energia elétrica on- mais afetadas, a Régis Bittentem e não havia previsão de re- court (BR-116), registrou ditorno do fornecimento. Segun- versas quedas de barreiras nos do a concessionária Elektro, o trechos que cruzam o Estado. alagamento em vários bairros (Agências)
15.000
Monica Bento/AE
Alagamento obriga homem a usar barco para atravessar rua em Peruíbe (acima). Desabrigados lotam ginásio da cidade (à esq.). Ontem, voltou a chover forte na Capital (ao lado).
POR OUTRO LADO... Sobe o nível dos reservatórios de água
O
nível dos reservató- uma das medidas anunciadas rios das regiões Su- pelo governo na semana pasdeste e Centro-Oeste sada para conter a queda do nívoltou a subir no sábado, após vel das águas nas barragens do semanas de queda devido à es- Sudeste/Centro-Oeste, que tiagem. Dados do Operador concentram cerca de dois terNacional do Sistema Elétrico ços da capacidade de armaze(ONS) apontam alta acumula- namento de energia no País. da de 0.3 pontos percentuais A m e t e o ro l o g i a a p o n t a no fim de semana. Desde o iní- boas projeções de chuvas pacio do mês, o nível de água ra o próximo fim de semana em algumas a p re s e n ta v a queda de 0.1 das principais bacias do Suponto percentual ao dia. deste, como as Segundo o dos rios Grande, Tietê e PaONS, os reservatórios do r a n a í b a , s epontos percentuais foi gundo análiSudeste e Ceno índice de reação das ses probabilístro-Oeste tert i c a s d o minaram o dorepresas no fim de mingo com Centro de Presemana, no visão do Tem44,7% de sua Sudeste/Centro-Oeste po e Estudos capacidade de Climáticos a r m a z e n a(Cpetec), dismento de energia. A instituição não co- poníveis na página do ONS menta a reversão do cenário, na internet. Caso confirmadas, as chuque pode ter sido provocada pela chuva, pelo consumo elétrico vas poderão reduzir a necessimenor ou pelo aumento das im- dade de uso do parque térmico do País para poupar água nos portações de energia do Sul. A elevação da transferência reservatórios. (AE) Mais sobre energia na página 9 da energia do Sul, onde os reservatórios estão cheios, foi de Economia
0.3
Ruas de SP alagam e o trânsito foi recorde
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chuva que atingiu a Capital na tarde de ontem provocou pelo menos 17 pontos de alagamento, em toda a cidade. Três deles eram intransitáveis. De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura (CGE), por volta das 18h30 o motorista estava impedido de trafegar em dois pontos da avenida Olavo Fontoura e num trecho da avenida Mofarrej, por causa dos alagamentos.
No mesmo horário, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrava 134 quilômetros de congestionamento, recorde do ano na cidade. O índice indica que 16,4% dos 820 quilômetros de vias monitoradas estavam congestionadas. O governador José Serra disse ontem que vai liberar verbas para os municípios atingidos assim que os prefeitos realizarem os diagnósticos dos estragos. (AE)
Nacional Finanças Empresas Agronegócio
DIÁRIO DO COMÉRCIO
7
SUÍÇOS CONSOMEM 25 MIL TONELADAS DE SALSICHA
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por cento será o total permitido de participação de capital estrangeiro nas companhias aéreas, segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim.
Mike Clark/AFP
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Telecom s concorrentes das concessionárias de telefonia fixa criticam a participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na compra da Brasil Telecom pela Oi (antiga Telemar). " P a r e c e q u e o d inheiro vai ser usado para que o Citibank expatrie seus investimentos", disse o presidente da Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas, Luís Cuza. (AE)
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Marcos D'Paula/AE
A salsicha é suíça, mas o boi é brasileiro. salsicha, um dos pratos A mais tradicionais da Suíça, pode acabar. Isso As ações de empresas que associaram a marca ao nome de Gisele Bündchen tiveram alta de 29% em 2007
culinária suíça, basta observar o cálculo dos produtores: por ano, os 7 milhões de porque a produção depende habitantes do país consomem de tripa brasileira. O 160 milhões de governo suíço, salsichas (25 mil seguindo a decisão toneladas). da União Européia, Para ser milhões de impôs barreiras produzida, a sanitárias à carne do salsicha precisa de salsichas são Brasil desde abril de partes do intestino consumidas 2006. E agora os da vaca brasileira. por ano. estoques chegaram Mais precisamente ao fim. da tripa do gado Conhecida como cervelat, a zebu, que permite o salsicha é uma paixão revestimento da carne com nacional. Para se ter uma um diâmetro de 32 a 34 idéia do que representa na milímetros. (AE)
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Bryan Mitchell/AFP
ELA RENDE MAIS QUE A BOLSA DE NY
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s ações de empresas que associaram a marca a Gisele Bündchen subiram 29% em 2007. No mesmo período, segundo o analista de mercado norte-americano Fred Fuld, criador do "índice Gisele Bündchen", o Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, subiu 6,5%. A top liderou a lista das modelos mais bem pagas do mundo no ano passado, recebendo US$ 33 milhões, segundo a revista Forbes. Entre os negócios que com-
põem o "índice Gisele", estão empresas listadas na bolsa de Nova York, como as marcas de luxo Louis Vuitton e Givenchy, a gigante de computadores Apple, a companhia de moda Ralph Lauren e a linha de lingerie Victoria's Secret. Ela também ajudou a elevar os lucros de empresas no Brasil, como Vivo, C&A, Grendene, além da marca Havaianas. "Ela é obviamente uma influência positiva sobre os negócios que apadrinha", afirma o analista. (AG)
VEÍCULOS VERDES – As montadoras estão investindo cada vez mais em automóveis que utilizam combustíveis alternativos. Prova disso é a o carro Vue Green Line, exposto ontem pela General Motors no Salão de Detroit. Ele roda com gasolina e energia elétrica.
Investimentos
Luxo vai para a Ásia Louis Vuitton é uma A das marcas européias que vem crescendo na Ásia. Artigos de luxo têm grande potencial de expansão na região, que detém 37% dos US$ 80 bilhões movimentados pelo setor em 2007.
O
grupo Pão de Açúcar investirá R$ 1 bilhão em abertura de lojas, infraestrutura, tecnologia e logística em 2008. A empresa pretende abrir 105 unidades neste ano, sendo 80 da marca Extra Fácil, 14 lojas do Assaí, um Extra e as demais no formato de supermercado, com Pão de Açúcar (6 unidades), Comprebem/Sendas (3) e Extra Perto (1). O grupo deve encerrar o ano com 669 lojas. O Pão de Açúcar calcula que gerará oito mil empregos diretos ao colocar os projetos em prática. (AE)
BÚSSOLA América Latina deverá ser a mais afetada pelo desaquecimento econômico dos Estados Unidos em 2008, segundo relatório da consultoria Economist Intelligence Unit (EIU). A expansão da região cairá dos esperados 4,9% em 2007 para 4,3% neste ano e 4,2% em 2009.
A
ela quinta semana consecutiva, e em plena entressafra, o preço do álcool hidratado caiu 5,5% nas usinas do Estado de São Paulo.
P
ciranda@dcomercio.com.br
2 - OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira,16 de janeiro de 2008
O MONTANTE PREVISTO DOS INVESTIMENTOS BRASILEIROS É DA ORDEM DE 2,5% DO PIB CUBANO
A
Câmara Municipal de São Paulo tem um poder fantástico de aprovar projetos demagógicos. A relação custo benefício de certos vereadores, custo de cada vereador e sua produção para a comunidade, é indecente. Em um só pacote, a Câmara aprovou cerca de cinqüenta projetos, muitos inúteis, demagógicos, inaproveitáveis. Como cada um queria aprovar um projeto paroquial, fez-se um entendimento que todos votariam em todos, algo incrível num país com tantos problemas. Em um deles, as vítimas são os restaurantes. Se sancionado pelo prefeito, os estabelecimentos serão obrigados a ter uma câmera na cozinha, transmitindo imagens em tempo integral para o salão. É uma exigência que se soma a meia centena de outras: cadeiras de gordo, cardápios de cego, descrição de nutrientes e componentes de cada prato, WC do deficiente, nota fiscal eletrônica, isolamento acústico, segurança obrigatório, água potável, copos de plástico, manobristas, cartazes dizendo isto ou aquilo. Vistas isoladamente as exigências parecem ser razoáveis. Se levarmos em conta que 70% dos estabelecimentos da cidade vivem uma semi-informalidade característica de um país subdesenvolvido e de população com renda média ridícula, então se constata que os edis legislam imitando o primeiro mundo, ou com base nos lugares que eles freqüentam nos Jardins, ignorando a realidade. Em conjunto, as exigências são impossíveis de serem atendidas. Essa imensa maioria de estabelecimentos humildes, que
Céllus
BIG BROTHER NAS COZINHAS G Vereadores de São
Paulo aprovam projeto que prevê instalação de câmeras nas cozinhas dos restaurantes. Empresários protestam. não tem condições de obedecer à enxurrada de leis, cai na informalidade, ficando de portas abertas graças à boa vontade e conivência dos fiscais. Porém, em vez de se preocupar com os grandes problemas da cidade, em exigir eficiência de órgãos públicos, os edis se preocupam com... câmeras na cozinha de restaurantes, algo que causaria riso em Paris.
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projeto é bom para o fabricante de câmeras e monitores, que, certamente, poderá colaborar com as campanhas eleitorais que se aproximam, mas é demagógico, pois jamais poderá focar com detalhes se alguma infração está sendo cometida, a não ser que o vereador autor da proposta pense em colocar um funcionário mexendo na câmera, para usar zoon, ir ao WC ver se o funcionário lava as mãos. E, neste caso, deveria fechar os diversos órgãos encarregados de fiscalização, como Procom. Fica uma idéia: por que não termos câmeras nos gabinetes dos nobres parlamentares? TRECHO DO ARTIGO DE PERCIVAL MARICATO, DIRETOR DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS BARES E RESTAURANTES (LEIA ÍNTEGRA DO ARTIGO NO SITE WWW.DCOMERCIO.COM.BR)
Divulgação
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m viagem a Cuba, o senhor presidente anunciou investimentos da ordem de 1 bilhão de dólares em infra-estrutura, incluindo projetos de geração de energia, empreendimentos turísticos e saúde. Esse montante equivale a mais de 10% dos investimentos do governo brasileiro no Brasil, de forma que é oportuno indagar o porquê de investirmos em Cuba, quando é notória a deterioração da infraestrutura brasileira. O Granma, órgão oficial do governo cubano, foi parcimonioso em sua edição do dia 14 ao anunciar a visita do presidente Lula ao país. "A visita do presidente sul-americano contribuirá para aprofundar as relações de amizade e cooperação existentes entre os dois países" afirma a versão eletrônica do jornal. E completa: "Durante sua estada em nosso país, o presidente Lula da Silva, terá conversações oficiais com o vice-presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, general-deexército Raúl Castro Ruz, e percorrerá lugares de interesse histórico, científico e educacional." Não há menção a acordos para o financiamento de investimentos nem que investimentos específicos serão realizados. O PIB cubano está estimado em US$ 40 bilhões (US$ 46 bilhões, medido pela paridade do poder de compra). As estatísticas cubanas dão conta de que o investimento total realizado no país é da ordem de 12,1% do PIB (US$ 4,8 bilhões). Portanto, o montante previsto dos investimentos brasileiros é da ordem de 2,5% do PIB cubano e quase 21% do total investido. Parece muito. É de se supor que os investimentos propostos tenham sido analisados. E, dada a escassez de informações sobre os investimentos programados, é de supor-se que terão o apoio ou, pelo menos, a garantia de aval do governo brasileiro. Caso contrário, se nem um nem outro fossem necessários, os empresários brasileiros que farão os investimentos aplicariam seus próprios recursos ou tomariam recursos no mercado financeiro internacional para bancar os seus investimentos em Cuba. Como se disse, essas considerações decorrem da escassez de informações a respeito do que anunciará o senhor presidente em Cuba durante sua viagem. Não há nada de errado com relação a investir em Cuba, desde que a taxa interna de retorno esperada dos projetos cubra os custos financeiros do investimento e o país tenha solvência suficiente para garantir o repagamento do investimento ao Brasil. Contudo, além dessas considerações de ordem financeira, associadas ao repagamento do principal
G O presidente Lula anunciou
investimentos da ordem de 1 bilhão de dólares em infra-estrutura em Cuba, incluindo projetos de geração de energia e empreendimentos turísticos. O montante equivale a mais de 10% dos investimentos do governo brasileiro no Brasil. É oportuno indagar o porquê de investirmos em Cuba, quando é notória a deterioração da infraestrutura brasileira. Por Roberto Fendt emprestado, há outras considerações relevantes que é preciso apontar. Muitos países dão apoio financeiro a suas exportações. Em muitos casos, esse apoio visa equalizar condições competitivas para que as empresas nacionais possam concorrer em pé de igualdade com empresas de outras nacionalidades em terceiros mercados. Em razão disso, se um país subsidia suas exportações, outros países julgam-se moralmente obrigados a compensar esse subsídio com "incentivos" de efeito similar.
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principal razão alegada para esse apoio às exportações é o fato de que se promove a produção de valor agregado nacional, destinado à exportação. Exportar o bem ou serviço é secundário, já que o principal é que são pagos salários e retorno ao capital a brasileiros na produção dos bens exportados. No caso dos investimentos em Cuba é relevante indagar quanto de valor adicionado nacional estará incorporado no valor das exportações dos bens e serviços que compõe o pacote de investimentos. Se a mão-de-obra for toda cubana e a parcela de bens exportada for pequena, possivelmente estaremos desviando recursos que poderiam estar sendo investidos aqui, para investimento fora. E de se supor que tudo isso tenha sido levado em consideração. Da mesma forma, é de se supor que as garantias adequadas – como avais de bancos internacionais de primeira linha – tenham sido oferecidos, para assegurar o recebimento futuro dos valores investidos. Caso contrário, tão carentes de investimentos, estaremos dando uma de país desenvolvido perdulário, doando o que tanto falta nos faz.
MARCELO CHERTO
V Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br
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PETRÓLEO
Negócios de 1 bilhão E de dólares com Cuba
Tendência do franchising
Presidente Alencar Burti
JOÃO DE SCANTIMBURGO O PREÇO DO
amos analisar as tendências mais relevantes do mercado de franquias para 2008. Na minha visão, devemos testemunhar a intensificação dos movimentos de consolidação, com a concentração de várias marcas sob um mesmo 'guarda-chuva', o surgimento de franquias especializadas em produtos e serviços para a Terceira Idade e um aumento na exportação de redes brasileiras. O mercado de franquias já vem se consolidando, seja via fusões, aquisições, associações ou outros mecanismos. Com um estímulo adicional: o Bovespa Mais, um programa que facilita o lançamento de ações de empresas de pequeno e médio porte. Acompanho com atenção o processo de abertura de capital da Nutriplant, empresa que nada tem a ver com franquias, mas é de porte relativamente pequeno, com faturamento anual bastante inferior aos cabalísticos R$ 150 milhões ou R$ 200 milhões que os especialistas do mercado de capitais sempre disseram ser o mínimo pa-
ra quem pretendesse ter suas ações cotadas em bolsa, no Brasil. Se for bem-sucedido, o IPO da Nutriplant poderá ser um divisor de águas, indicando um caminho para a abertura de capital das empresas franqueadoras. É bem verG Abertura de capital na
Bolsa, os negócios para a Terceira Idade e a exportação devem ser os principais movimentos das redes de franquias em 2008. dade que a maioria destas não chega a faturar sequer o mesmo que a Nutriplant. Porém, fundindo-se duas ou três delas, especialmente se atuarem no mesmo ramo ou em ramos sinérgicos, será fácil atingir o volume necessário. Quanto aos negócios focados na Terceira Idade, o que não entendo é como ainda não existem dezenas de alternativas disponíveis para quem busca onde investir
nesse mercado. O aumento da longevidade humana é evidente, assim como o são os impactos que isso terá sobre a economia e os negócios, principalmente no Brasil, um dos países onde o "envelhecimento" da população se dará de forma mais intensa. Em 1950, havia em nosso país cerca de 2 milhões de pessoas com mais de 60 anos. Hoje, já são uns 17 milhões. E em 2020 serão mais de 32 milhões. É isso mesmo: a população com mais de 60 anos vai praticamente dobrar nos próximos 13 anos.
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á com a internacionalização das franquias, a questão é outra. Nem sempre se trata de ganhar dinheiro no curto e médio prazo. Ainda assim, muitos empresários consideram estrategicamente importante levar seus negócios para outros países. A ida para o exterior tende a se traduzir em valorização da marca e da empresa, tornando-a um "alvo" atraente para aquisição por investidores. MARCELO CHERTO É CONSULTOR E PRESIDENTE DO GRUPO CHERTO
m 1973 o petróleo foi objeto de um decreto da OPEP, o poderoso grupo que cuida dos interesses petrolíferos dos produtores em geral. Passou o preço do barril numa noite de 12 dólares para 20 dólares pondo de joelhos o mundo inteiro necessitado dessa matéria-prima para numerosos produtos industriais, isto sem falar sobre o transporte em geral que necessita desse bem. Agora, temos de novo o petróleo precificando o barril a 100 dólares, o que vai acarretar a elevação de preços da totalidade dos produtos, inclusive dos agroindustriais, para não se falar mais detidamente dos produtos de consumo no varejo dos supermercados. O óleo bruto vinha subindo desde 1973 e não paralisou ainda o seu preço, o que leva a crer que voltará a aumentar a cotação do barril. Felizmente, nós já produzimos, para a supressão do consumo brasileiro, mais ou menos cem mil barris por dia. A Petrobras fez um extraordinário avanço na conquista de reservas em águas profundas e a notícia de barris à disposição da produtora nos tranqüiliza.
G A Petrobras
avançou na conquista de reservas em águas profundas. Mas sabemos que isto não é tudo. Mas sabemos que isto não é tudo, pois nós temos tipos de petróleo que não produzimos ao passo que produzimos outros tipos que não são pedidos pela indústria brasileira. É curioso este fato, pois somos dependentes e independentes, sendo certo que poderemos nos entender pondo a política de lado com produtores americanos que dispõem de liquidez do bruto para atender às nossas necessidades.
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petróleo foi sempre, desde que descoberto nos EUA no século XIX, uma matéria-prima vital para a indústria pesada derivando pela suficiência tecnológica para produtos da pequena e média empresa, e fazendo os países com grandes reservas acreditarem que se bastam a si mesmos, como é o nosso caso. Guerras já foram travadas tendo o petróleo como causa, não sendo de exagerar no momento a guerra dos EUA contra o Iraque, um país necessitado de importação contra um país com excesso de matéria-prima para uso industrial. Por menos que sejamos adeptos de uma economia livre, nela incluindo o petróleo _ nesse caso a Petrobras_, somos obrigados a ficar a distritos à estatização, ainda que seja aberto o investimento privado nos papéis da produtora nacional. A Petrobras tem um papel a cumprir da maior importância. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
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Luke MacGregor/Reuters
[Diana] vivia em um ambiente estranho. Vivia em grande solidão.
quarta-feira,16 de janeiro de 2008
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www.dcomercio.com.br/logo/
Da ex-advogada da princesa Diana, Maggie Rae, sobre a vida de sua cliente em interrogatório que investiga a causa do acidente que matou Diana em 1997.
Dia de Felicitas, deusa romana da sorte e da fortuna
JANEIRO
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T ECNOLOGIA C IÊNCIA
O fino da Apple
Inteligência, não, crença Estudo do psicólogo Adrian Furnham, da University College London, divulgado ontem pela imprensa britânica aponta que os homens superestimam sua inteligência, atribuindo a si mesmos maior capacidade intelectual do que realmente possuem. Já as mulheres tendem a subestimar suas habilidades. O pesquisador analisou dados obtidos em 25 estudos realizados em vários países sobre as possíveis diferenças entre os coeficientes de inteligência (QI) de homens e
mulheres. Os trabalhos analisados pelo psicólogo mostram que as mulheres tendem a dar notas mais baixas para seu nível de inteligência, cerca de cinco pontos a menos do que os homens. Os testes mostraram ainda que tanto os homens como mulheres tendem a acreditar que seus avôs são mais inteligentes do que as avós, e os pais são mais brilhantes do que mães e que os irmãos são mais espertos do que as irmãs. Parte desse erro de avaliação pode estar ligada às crenças sociais.
A RQUEOLOGIA Reuters
M ÍDIA
Oprah terá sua própria TV a cabo
Notebook tem menos de 2 centímetros de espessura e é ecologicamente correto
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presidente da Apple, Steve Jobs [foto], anunciou ontem o lançamento do MacBook Air, o notebook que é o mais fino do mundo. Visto de perfil, o MacBook Air, equipado com uma tela LED de 13,3 polegadas e uma bateria com duração de cinco horas, mede 0,4 centímetro em sua parte mais fina e 1,9 centímetro em sua parte mais grossa. Além disso, o computador, que cabe em um envelope, também é um dos mais leves do mercado, já que pesa apenas 1,3 quilo. Em seu discurso de apresentação do equipamento, para cerca de 4.000 pessoas na conferência MacWorld, em San Francisco, Jobs explicou que MacBook Air utiliza processadores Core 2 Duo da Intel, de
Robert Galbraith/Reuters
B RAZIL COM Z 1,6 GHz de velocidade – ampliável para 1,8 GHz – e que, para serem usados no computador portátil, tiveram seu tamanho reduzido em 60%. O notebook, que já pode ser encomendado no site e começará a ser distribuído daqui a
duas semanas, custará US$ 1.799 nos EUA. Jobs também destacou que a carcaça do MacBook Air não contém mercúrio nem chumbo e é totalmente feita de alumínio, o que facilita sua reciclagem. www.apple.com
Franck Perry/AFP
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Esqueleto de um um réptil marinho do período triássico – cerca de 230 milhões de anos atrás – que integrava um lote ilegal com dezenas de fósseis contrabandeados para a Austrália. Os fósseis foram devolvidos ontem à China em cerimônia do governo australiano.
C INEMA
A um passo da indicação ao Oscar
Concurso 624 da DUPLA SENA Primeiro Sorteio 06
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O ano novo chinês começa aqui
A Arrow Bookshelf é uma estante de livros com o formato da peça em L utilizada no jogo Tetris. Criada pelo designer Timothy Ben, a peça está disponível em 20 cores e pode ser encaixada de acordo com a agilidade mental do usuário. Preço não divulgado.
Entre 26 e 27 de janeiro ocorrem as festividades do Ano Novo Chinês. As atividades incluem música, dança, artes marciais e em diversos restaurantes chineses do bairro da Liberdade, cardápio especial. Mas a programação da festa começa já no dia 19, para celebrar o ano do rato, que é considerado pelos chineses um período de abundância, oportunidades, crescimento da economia e dos negócios. Para participar da festa, acesse o site e confira a programação.
www.timothybenfurniture.co.uk
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A RTE
Contador de histórias
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romance Book from the Ground é a obra do artista chinês, que vive em Nova York, Xu Bing. Mas o que difere seu livro de outras obras literárias é que Xu Bing se propõe a fazer literatura com ícones e, para isso, criou uma linguagem toda especial, colecionando e organizando ícones usados no Ocidente em avisos e sinais e criando outros. O resultado é uma interessante inversão no modo de ler e contar histórias, que o autor coloca à disposição dos internautas. Você escreve uma frase – em inglês – que é transformada em ícones. Por enquanto, valem apenas frases simples. E o autor-artista garante que o
A TÉ LOGO
Detalhes do capítulo 1 de Book from the Ground e dos ícones criados por Xu Bing para "falar" sem usar palavras
principal mérito de sua obra é que, independentemente da bagagem cultural, qualquer um pode ler e entender suas histórias. Vale conferir. www.bookfromtheground.com
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
Gustavo Kuerten anuncia que dará seu adeus definitivo ao tênis em Ronald Garros Depois de anos de conflitos, Fifa, Uefa e clubes europeus assinaram 'acordo de paz'
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Estante para fãs de Tetris
SEM MISTÉRIO - Imagem de arquivo da exposição 'Mona Lisa Sintetizada', de Yzaral, no Museu de História da Arte de Cholet. Ontem, especialistas anunciaram a confirmação da real identidade da Mona Lisa de Leonardo Da Vinci: Lisa de Giocondo, de Florença.
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F AVORITOS
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Segundo Sorteio
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G @DGET DU JOUR
A BBC divulgou ontem o dilema dos açougueiros suíços. As restrições impostas à importação da carne brasileira pela União Européia, pelo temor de contaminação pela Doença da Vaca Louca, provocaram uma falta de carne do Brasil usada na fabricação da salsicha favorita na Suíça, a Cervelat. A Associação de Carne Suíça afirmou que os estoques, já em baixa, podem acabar até junho, quando fãs do futebol europeu devem comparecer em massa ao país para acompanhar a Eurocopa, a ser sediada no país.
Reproduções/site
Rei das Flores, em exposição no 21º Prêmio Design Museu da Casa Brasileira. O colorido vaso de plástico mantém a água longe do mosquito da dengue. Ganhou menção honrosa da empresa curitibana Megabox Design. Museu da Casa Brasileira. Av. Brig. Faria Lima, 2705. Das 10h às 18h. Grátis.
Ameaça à preferência suíça
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seus respectivos países e votam para definir nove semi-finalistas. Em seguida, estes nove filmes são exibidos em sessões aber tas para todos os membros da Academia (estas sessões ocorrerão neste fim de semana). Nesta fase, apenas os membros que assistirem a todos os nove semi-finalistas podem votar para indicar os favoritos ao Oscar. Depois desta votação, os cinco mais votados são oficialmente indicados ao prêmio. Os cinco finalistas serão anunciados oficialmente na terça-feira e a premiação está marcada para 24 de fevereiro.
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O filme brasileiro O Ano em que meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger, deu um passo avante rumo à indicação para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou ontem a lista dos nove selecionados que participarão da segunda fase de votação. É esta a fase que determinará quais serão os cinco filmes indicados ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2007. O processo de seleção é dividido em duas fases: na primeira, algumas centenas de acadêmicos assistem aos 63 longas selecionados oficialmente por
A apresentadora norteamericana Oprah Winfrey vai criar uma rede de TV a cabo junto da Discovery Communications. A rede estréia em 2009 em mais de 70 milhões de residências americanas. Oprah também pensa em colocar um fim em seu programa diário, o The Oprah Winfrey Show em 2011. A rede a cabo representa uma grande ampliação do domínio de Oprah na mídia, que inclui filmes, a revista O, The Oprah Magazine, um programa de rádio e um web site.
Instituto Butantan testa veneno da jararaca em tratamento contra a pré-eclâmpsia
OPINIÃO - 3
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira,16 de janeiro de 2008
EM 1968 ABREM-SE AS CONDIÇÕES PARA A ASCENSÃO DO LIBERALISMO POLÍTICO E ECONÔMICO
Folha Imagem
BENEDICTO FERRI DE BARROS
G Barricadas em São Paulo, diante da faculdade de Filosofia da USP: época de protestos e idéias liberais
A CASA DA MARIA JOANA
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onfesso aos meus leitores que me nauseia continuar a escrever sobre assuntos políticos. A coisa me lembra uma casa de Maria Joana, como despudoradamente se mostra numa das novelas de maior audiência da Globo, a Duas Caras, que não assisto, mas a qual vejo sem querer, às vezes, algumas cenas. O suficiente para me nausear. Como ocorre nos palcos políticos. Cito a esmo alguns exemplos, como a declaração do exJosé Dirceu que afirmou ter sido a construção da sede do PT de Porto Alegre feita com caixa 2 e que seu patrão Lula sabia sim sobre o mensalão. Quando ficamos fartos de ouvir do próprio Lula que ele não sabia nada de nada, nem estava nem aí. De fato, passou a maior parte do tempo voejando numa tournée pelo mundo afora. Cogita-se de montar no Senado uma CPI para se apurar as declarações de Dirceu.
O ano que deflagrou a revolução liberal No fim da década de 60, tem início a revolução que abriu espaços ideológicos, filosóficos e políticos às reformas liberais em todo o mundo. Agora, 40 anos depois, este ciclo termina.
Por César Maia
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e Gaulle percebeu que muito mais que um movimento revolucionário, que pouco tinha de esquerda, o maio de 1968 era uma gigantesca revolução liberal. Chamou eleições a fins de 1968 e venceu. Mas por uma margem estreita que não lhe dava condições de desdobrar seu estilo vertical de governo. Renunciou em 1969, e retornou à Colombey-les-Deux-Eglises, seu refúgio de sempre. A coincidência de 1968, com Vietnam e outros movimentos armados revolucionários inspirados por Guevara, Mao, Giap ou Malcom X, levou muitos analistas desatentos, à confusão. Os próprios estudantes "revolucionários" na França e na Alemanha se pensavam assim. G Faça seu comentário direto no site do DC G Ou envie um e-mail: doispontos@ dcomercio. com.br
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a verdade encarnavam muito mais o final de um ciclo no que pensavam, e o início de outro, no que faziam e diziam. Era o final de um longo ciclo conservador _ pela direita ou pela esquerda _ e o início de um ciclo liberal com intensidade nunca vista an-
tes em nenhum país central. A palavra de ordem _ É Proibido, Proibir _ era de caráter anarquista, e nesse sentido radicalmente liberal. O que 1968 trouxe foi a exponenciação do individualismo, a ruptura com a tradição, a idéia que tudo começa a cada momento, a reação à guerra fria e aos sistemas de um e outro lado, a negação dos padrões e das aparências, o direito individual de cada um empreender o que quisesse, e como quisesse a cultura hippie-liberal. A década seguinte viu os desdobramentos dessa revolução hiper-liberal nas idéias e costumes, transportar-se para a política e para a economia. A base sócio-político anterior, sindical ou estudantil, a partir dos valores conservadores _ pela esquerda soviética, principalmente _ não oferecia condições para reformas liberais intensas. Depois de 1968 a esquerda se estilhaça em tendências de todos os tipos, e a idéia que um grupo de bravos poderia desintegrar os alicerces dos regimes, a partir de focos, idéia de inspiração anarquista, desmonta pro-
gressivamente a capacidade de reação das massas na forma anterior. A vanguarda, principalmente juvenil, era liberal e não sabia, alicerçada num individualismo exacerbado. A partir daí abremse as condições para a ascensão do liberalismo político e econômico. O Estado questionado e apedrejado em 1968, não podia continuar sendo o mesmo. Desmorona-se o franquismo na Espanha a partir de 76 e ascende a primeira chama liberal com Adolfo Soares, que vai redundar no longo governo liberal do socialista Felipe González a partir de 1982. Mitterrand assume a presidência da França em 1981, e muda como González. Ascende Helmut Kohl na Alemanha em 1982 e aponta na mesma direção de Thatcher. Ascende Ronald Reagan em 1981. E principalmente, ascende Margareth Thatcher na Grã-Bretanha em 1979. Em seguida, 1985, Gorbachev na URSS. Thatcher e Reagan articula mse em torno de reformas liberais profundas em relação ao Estado e a economia, impensáveis com a
base de resistência social e política, anterior a 1968. A resistência à Thatcher é a dos velhos sindicatos, e assim mesmo setorialmente _ mineiros, gráficos... E no final, mudam também os trabalhistas britânicos com a ascensão do liberal Tony Blair em 1994 e a mudança do programa do Labor.
P
aradoxalmente, 1968 abre os espaços ideológicos, filosóficos e políticos às reformas liberais, intensas como nunca. Esse ciclo aberto em 1968 começa a declinar no início dos anos 2000. Abre-se um novo ciclo conservador, nos valores, nos vetores e conflitos nacionais, na visão de Estado... O final de ciclo é percebido com clareza na eleição de Sarkozy que afirma de diversas maneiras em vários discursos e entrevistas que 1968 finalmente acabou. Está acabando pela Europa toda. Quarenta anos depois! CÉSAR MAIA É PREFEITO DO RIO DE JANEIRO E ESCREVE NO SEU EX-BLOG
Folha Imagem
Os acontecimentos de 1968 trouxeram a exponenciação do individualismo, a ruptura com a tradição, a reação à guerra fria e o direito de cada um empreender o que quisesse, e como quisesse.
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á, como nas novelas, um repeteco indigerível de velhas notícias, que são sempre estrondos publicitários e o que de fato vem a acontecer é um diz-que-disse mas não disse, de um ministro falando uma coisa, o presidente dizendo outra e fazendo uma terceira, como no caso do CPMF-IOF, quando ele disse que não haveria aumento de imposto. Não dá mesmo para se ter nenhuma coerência nem qualquer confiabilidade, seja nas declarações, seja no noticiário. E como entre as notícias, a redação e a publicação de artigos decorre um tempo indeterminável, tenho me surpreendido na leitura de alguns que escrevi e que novas notícias os contradizem. É claro que a contradição ou erro não são meus, mas da bagunça política geral reproduzida pelo noticiário. Mas a assinatura dos artigos é minha. Daí a náusea. Recentemente, este jornal noticiou carta que um pai escreveu ao ministro Delfim Netto apontando distorções históricas em livro escolar distribuído pelo governo. Carta que o ministro se dignou responder, restabelecendo a verdade factual. Tudo bem. Mas não consta que a opinião pública ficou sabendo disso, nem que os livros foram retirados de circulação. Um episódio dessa natureza parece mera futrica da casa da Maria Joana da novela. Quem se importa? Na realidade é um indício aberrante de que chegamos a um ponto em que na Rússia se havia adotado o que se denominou de "língua de pau", isto é, re-escrever a história segundo a versão do partido. Mas quem se importa? A novela continua e cada novo episódio é um repeteco das incongruências e contradições desse desgoverno. Assim, escrever como comentarista sobre o que se passa é o mesmo que involuntaria-
mente se tornar coadjuvante de terceiro escalão desse mar-dedejetos. E o que mais se poderia esperar de um mandato político que trouxe à tona um regime cujos participantes desde o início se sabia que cultivavam um marxismo caduco que se julgara extinto na pátria de Stalin? Sendo esses os autores, que surpresa com a peça produzida? Dá para compreender. Por sua imaturidade cívica o povo tem estado ausente dos grandes acontecimentos políticos. E a partir do presidencialismo republicano voltou as costas para a política e os políticos. Temos sim uma consciência social promovida e expressa pela miscegenação de povos e raças diagnosticada por Gilberto Freire que os intelectuais de esquerda odeiam. E que este governo combate estimulando a formação de uma "consciência racial" discriminatória inclusive por seu sistema de cotas e bolsas. Nossa "consciência social" se manifesta pelo assistencialismo espontâneo praticado por toda a população, que nos coloca, a esse respeito, como o segundo país do mundo.
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á sim, para compreender. O que é difícil é agüentar, não perder a compostura diante de tudo isso que fica camuflado por uma efetiva melhoria das condições econômicas. Melhoria resultante em grande parte da voga de desenvolvimento e prosperidade mundial. Voga que leva países estrangeiros a investir como nunca no Brasil e nos permite, ainda que na rabeira, como um Haiti, compartilhar desse desenvolvimento e ser, por isso, louvado pelos interesses da mídia mundial. Claro: somos um dos quatro ou cinco países do mundo onde eles têm oportunidade de investir os excedentes de suas poupanças e reservas pletóricas.
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esta altura, o desabafo me deixa mais reconfortado para prosseguir em minha atividade de comentar vetores e realidades do nosso tempo e do nosso país, embora, como a maioria dos brasileiros conscientes, preferisse que a nossa não fosse uma casa de Maria Joana, mas o lar higiênico, amistoso e alegre da nossa convivência social e doméstica. O carnaval vem aí e o futebol também. O desmando do atual mandato vai terminar num futuro não muito distante. Dá para agüentar até lá. Dá. (Texto censurado pelo próprio autor: "As vezes me surpreendo falando com meus botões:."Fiz o Tiro de Guerra. Sou reservista do Exército. Se as Forças Armadas se calam para poupar ao país anomalias piores, porque eu, simples paisano, não devo disciplinadamente acompanhar seu exemplo?") BENEDICTO FERRI DE BARROS É ESCRITOR. PAJOLUBE@TERRA.COM.BR
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
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quarta-feira,16 de janeiro de 2008
Política EM CUBA, LULA CONDENA SEQÜESTROS Marcello Casall Jr/ABr
O zelig do Itamaraty, o camaleão (Celso Amorim), não tem opinião alguma. Reinaldo Azevedo
"Fazer com que pessoas inocentes paguem o preço da disputa política não é admissível para qualquer ser humano", afirmou o presidente sobre as ações das Farc
O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem, em Havana, que considera "abominável" o seqüestro de seres humanos. A declaração foi feita em resposta a uma pergunta sobre a prática do grupo Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) de capturar pessoas como forma de pressionar o governo daquele país. "Fazer com que pessoas inocentes paguem o preço da disputa política não é admissível para qualquer ser humano do mundo. É abominável essa história de seqüestros", declarou Lula. E acrescentou que a manutenção de pessoas em cativeiro "não pode ser feita por nenhum ser humano em juízo perfeito, no mundo." O presidente O sinal das brasileiro citou Farc de liberar s e u c a s o p e sdois reféns foi soal de opção um gesto por disputar o importante. O poder em eleiChávez ções. "Eu fiz contribuiu, o uma opção pela Uribe democracia. contribuiu. Construí um Presidente Lula partido e, em 20 anos, cheguei à Presidência da República. As Farc fizeram uma opção que já dura 40 anos", disse, referindose ao recurso do uso de armas, que mantém essa organização em luta com sucessivos governos da Colômbia. Lula informou que conversou na segunda-feira, na Cidade da Guatemala, com os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Colômbia, Álvaro Uribe, que vêm travando uma guerra verbal em torno das Farc e da recente libertação de duas reféns pelo grupo armado, com mediação do dirigente venezuelano. Lula disse que, depois da conversa com os dois presi-
Adalberto Roque/ AFP
Ao lado do presidente interino de Cuba, Raúl Castro, Lula evitou classificar as ações da guerrilha colombiana
dentes, acha possível uma reconciliação entre eles. "Eu penso que o sinal das Farc de liberar dois reféns foi um gesto importante. Acho que o Chávez contribuiu, e o Uribe contribuiu, e eu penso que os dois, como chefes de Estado, não podem ficar fazendo cara feia um para o outro", afirmou o presidente brasileiro. No entanto, Lula evitou comentar a ação dos guerrilheiros das Farc. "O Brasil não é território de classificação de tendência política ou grupo de luta armada. O Brasil segue sempre a orientação das Nações Unidas (ONU), explicou. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, rejeitou o pedido do governo venezuelano, que solicitava a classificação das Farc como 'força insurgente', e não como grupo terrorista. Para o ministro, o Brasil não é responsável pela classificação das organizações. "A única organização terrorista que o Brasil tem classi-
ficada é a Al-Qaeda, porque o País segue a ONU (Organização das Nações Unidas)", explicou Amorim. Menos de cinco dias após a libertação das duas reféns, as Farc seqüestraram um grupo de seis turistas colombianos. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, pediu no último fim de semana ao chefe de Estado colombiano, Álvaro Uribe, para reconhecer as Farc como 'forças beligerantes'. Petróleo – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ofereceu linhas de crédito a Cuba e o compromisso de ajuda na busca de petróleo na costa da ilha, localizada no Golfo do México. O presidente da Petrobras, Jos é S e rg i o G a b r i e l l i , q u e o acompanhou na viagem, disse a jornalistas que a estatal estava adquirindo e analisando dados sísmicos, mas não identificou os blocos. As águas cubanas do Golfo do México estão sendo ofertadas para exploração, e seis em-
Alerta vermelho
presas estrangeiras já contrataram 24 dos 59 blocos. A Petrobras e a estatal cubana de petróleo Cupet acertaram estudar a formação de uma associação para construir uma fábrica de lubrificantes em Cuba, um projeto que estava em discussão há anos. Sem Fidel – Lula jantou com o atual presidente Raúl Castro após chegar em Havana, na segunda-feira à noite, e voltou a encontrar o dirigente em reunião privada no Palácio da Revolução, ontem, onde assinaram acordos para impulsionar os laços econômicos (leia mais na página 2). O Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações (Cofig), que acompanha as operações do Programa de Financiamento às Exportações (Proex), aprovou um crédito para a compra de alimentos brasileiros por Cuba e a expansão e modernização da mina de níquel Che Guevara. No total, o Brasil ofereceu a
Cuba mais de US$ 1 bilhão em linhas de crédito para a compra de bens e serviços brasileiros em áreas como construção de estradas, indústria açucareira, setor hoteleiro e biotecnologia. Um acordo concreto que saiu da visita de Lula foi a licença do medicamento interferon para a pesquisa em medicina tropical da Fundação Oswaldo Cruz. Cuba é um dos seis países do mundo que produzem o interferon. O encontro de Lula com Fidel Castro durante a visita de 24 horas a Havana aconteceu à portas fechadas. O líder cubano, 81 anos, não aparece em público desde que foi submetido a uma cirurgia de intestino que o forçou a transferir o poder para o irmão Raúl, em julho de 2006. A confirmação da reunião com Fidel só foi dada à imprensa quando o encontro já estava em andamento, no início da noite. Edison Lobão – Lula confirmou também em Havana que terá hoje uma conversa com o senador Edison Lobão (PMDB-MA), mas fez a ressalva de que ainda não está certo se o convidará para assumir o cargo de ministro de Minas e Energia. "Eu vou ter uma conversa com ele (Lobão), e vamos estabelecer uma discussão", disse Lula. "O problema é que o PMDB, por unanimidade, indicou o Lobão, mas eu disse ao PMDB que isso vai depender de uma conversa com ele, que será feita amanhã (hoje)". O Ministério de Minas e Energia está sendo ocupado interinamente pelo economista Nelson Hubner, ligado à ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, em substituição ao peemedebista Silas Rondeau, que renunciou após ser acusado de favorecer uma empreiteira, em ação deflagrada pela Polícia Federal. (AE)
PSDB defende posição firme contra as Farc
O
PSDB pediu ontem em nota oficial que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva condene, "de forma clara e segura as ações das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc)". O texto dos tucanos diz ainda que Lula em seu programa de rádio "Café com o Presidente" transmitido na última segunda-feira, "mais uma vez, foi dúbio e tratou a questão com pouca firmeza". "No mesmo dia em que se noticia o seqüestro pelas Farc de mais seis cidadãos colombianos, inocentes turistas" – prossegue o texto –,"é vergonhoso para o Brasil que seu presidente peça ao governo da Colômbia para negociar com os narcoguerrilheiros, sem uma palavra sequer de solidariedade a essas vítimas e outras, mais de 700, que são mantidas acorrentadas na selva colombiana." Definição de lado – No texto, os tucanos perguntam: "Com quem está o presidente Lula: com seu amigo Hugo Chávez, que trata as Farc como um movimento político legítimo? Ou com a sociedade brasileira e o chanceler Celso Amorim, que se pronunciou contra isso? O silêncio do presidente enfraquece a declaração do chanceler e mantém a ambigüidade sobre a posição do Brasil". E conclui: "A opinião pública brasileira exige e os interlocutores externos do Brasil merecem uma manifestação clara do presidente a respeito de um assunto de tamanha gravidade". A nota do PSDB é assinada pelo seu presidente, o senador Sérgio Guerra. (AE)
Reinaldo: 'Não há ambigüidade'
"L
ula e Amorim cobrem o Itamaraty e o Brasil de vergonha!", era o título de um post do blog do jornalista Reinaldo Azevedo, que foi ao ar ontem à tarde. No post, Reinaldo faz duras críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. O jornalista comenta a nota divulgada pelo PSDB, em que os tucanos apontam para uma contradição entre a opinião do presidente Lula e a de
Amorim. Para Reinaldo, não há contradição alguma. "Lula iguala um grupo terrorista ao governo legal da Colômbia, e esta tem sido a posição do governo Lula na questão", alfineta Azevedo. "E por quê? A razão é simples: o PT e as Farc são 'companheiros' numa mesma entidade, o Foro de São Paulo, que já foi exaltado pelo próprio babalorixá em discurso", acrescenta o jornalista. Em seguida, Azevedo dirige sua metralhadora a Amo-
rim: "É excesso de boa vontade dizer que a sua opinião é diferente da do presidente. Até porque o zelig do Itamaraty, o camaleão, não tem opinião alguma", critica. "O máximo que fez foi contestar a opinião de Hugo Chávez, segundo a qual os terroristas devem ser reconhecidos como 'força beligerante'. Mas é muito pouco", explica, lembrando que o Itamaraty chegou a divulgar uma nota em que expressava opinião semelhante a de Lula. (DC)
O avanço dos líderes de esquerda na América Latina Kety Shapazian
A
confirmação de que a América Latina estava de fato dando uma guinada política para a esquerda veio com a vitória nas eleições presidenciais do líder camponês Evo Morales na Bolívia, em dezembro de 2005. Em março do ano seguinte, foi a vez do Chile, quando a socialista Michelle Bachelet tomou posse. A imprensa alemã, ao comentar o fato de que pela primeira vez uma mulher havia sido eleita (por méritos próprios) para presidente em toda a América Latina, não deixou de citar o posicionamento político de Bachelet – ela viveu no lado leste de Berlim durante o seu período de exílio. São dois nomes numa lista que parece não parar de
crescer (o último é o presidente Álvaro Colom Caballero, na Guatemala). Depois de um longo período de governos alinhados à direita, o pêndulo político na região agora pende para o outro lado. O candidato Tabaré Vazquez venceu no Uruguai e tornou-se o primeiro presidente de esquerda da história daquele país. No Equador, quem levou a presidência foi o esquerdista Rafael Correa. Na Argentina, Cristina sucedeu ao marido Néstor Kirchner na presidência e o sociólogo argentino disse que o peronismo ganhou um perfil majoritariamente de centro-esquerda. Todos prometeram em suas campanhas erradicar a miséria dos pobres e das minorias e a inclusão de todos. Apesar do mesmo discurso, não dá para chamá-los de farinha do mes-
mo saco. Uma distância enorme separa a chilena Bachelet de Evo Morales ou Hugo Chávez, da Venezuela. "A esquerda chilena, com seu pragmatismo, destoa de praticamente tudo o que boa parte da esquerda latino-americana admira em Chávez – a postura antiamericana, o populismo e o assistencialismo", disse o cientista político chileno Miguel Angel López. E tem Cuba. Alguns meses depois de tomar posse, Morales foi, ao lado de Chávez, à Havana firmar com o presidente cubano, Fidel Castro, uma aliança de esquerda, vista como alternativa à proposta americana de livre comércio com a América Latina. "Um grande encontro de três gerações, de três revoluções", definiu, exaltado, o líder boliviano em sua chegada à Cuba.
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Estilo Empresas Finanças Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
ABN TEM MAIOR NÚMERO DE QUEIXAS
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milhões de aposentados e pensionistas do INSS recorreram ao crédito consignado desde 2004
DADOS NEGATIVOS DA ECONOMIA DOS EUA E FALA DE GREENSPAN FIZERAM BOVESPA DESPENCAR 3,67%
TEMOR DE RECESSÃO DERRUBA BOLSAS
O
balanço ruim divulgado pelo Citigroup e os números fracos de vendas no varejo americano em dezembro fizeram as bolsas de valores despencar ontem na Europa, nos Estados Unidos e no Brasil. Os investidores reforçaram as análises de um quadro de recessão na economia americana, endossados pela avaliação do ex-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central do país) Alan Greenspan. Nesse cenário, decidiram vender papéis brasileiros para procurar ativos mais seguros ou cobrir perdas em outros mercados. Assim, o Ibovespa, principal referência da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), voltou a operar abaixo de 60 mil pontos — patamar em que não fechava desde o último dia 17 de dezembro. No pregão de ontem, índice caiu 3,67%, para 59.907 pontos (recuo mais expressivo também desde 17 de dezembro passado). Com esse resultado, o Ibovespa ampliou para 6,23% as perdas acumula-
das no mês e no ano. O volume financeiro ontem atingiu cerca de R$ 5,824 bilhões. Em Nova York, o índice Dow Jones teve queda de 2,17% e o Nasdaq recuou 2,45% no fechamento. Os tombos das bolsas influenciaram outros mercados no Brasil. O dólar comercial encerrou a sessão com alta de 1,04%, cotado a R$ 1,751 para compra e a R$ 1,753 para venda. A taxa de risco do Brasil subia 3,9% no fim da tarde, para 240 pontos-base. Logo cedo, o Citigroup revelou um prejuízo de US$ 1,99 por ação no quarto trimestre de 2007, praticamente o dobro da estimativa de US$ 1 dos analistas. Por outro lado, ajudou a diminuir o impacto negativo dessa perda a capitalização de US$ 14,5 bilhões anunciada pela empresa, por meio de colocação privada e oferta pública de ações preferenciais. (leia mais sobre o balanço do Citi nesta página). O Merrill Lynch também anunciou capitalização, de US$ 6,6 bilhões. Sintomas — Os investidores reagiram, ainda, às declara-
ções de Greenspan, em entrevista a The Wall Street Journal. Segundo ele, os Estados Unidos provavelmente já estão ou entrarão em recessão. "Os sintomas estão claramente aí. Recessões não acontecem tranqüilamente. Elas geralmente são demonstradas por descontinuidades no mercado, e os dados das últimas semanas podem muito bem ser caracterizados dessa maneira", afirmou Greenspan. O ex-presidente do Fed levantou publicamente a possibilidade de recessão nos EUA pela primeira vez em fevereiro do ano passado. Na época, segundo ele, a possibilidade era de 33%. Em dezembro, a chance de recessão subiu para 50%. Ontem, ele disse que a possibilidade ainda está perto de 50%, mas "provavelmente mais para cima que para baixo". As vendas no varejo dos EUA caíram 0,4% em dezembro, acima do recuo de 0,1% estimado pelos analistas. Excluídas vendas de automóveis, houve recuo de 0,4%, ante previsão de baixa de 0,2%. (AE)
Kevin Lamarque/Reuters
Mario Tama/Getty Images/AFP Photo
Para Greenspan, possibilidade de recessão nos EUA está perto de 50%.
Crédito afetou balanço de 2007
Citigroup perde US$ 9,83 bilhões
O
banco americano Citigroup anunciou ontem prejuízo líquido de US$ 9,83 bilhões no quarto trimestre do ano passado. O resultado inclui baixa contábil antes de impostos de US$ 18,1 bilhões, em parte referente a problemas com crédito imobiliário de alto risco. Em igual período de 2006, a instituição financeira havia registrado lucro de US$ 5,13 bilhões.
O Citi vem sendo afetado pelos investimentos relacionados ao segmento de hipotecas de segunda linha (subprime) nos Estados Unidos. Investidores e analistas pretendem, com os números dos balanços dos bancos que começam a ser divulgados, apurar o grau de influência da crise hipotecária, que se arrasta há meses, sobre os negócios das empresas e a economia americana.
Na comparação entre dezembro de 2007 e o mesmo período do ano anterior, a receita do Citigroup despencou 70%, de US$ 23,83 bilhões para US$ 7,22 bilhões. Em comunicado distribuído ao mercado ontem, o grupo revelou decisão de cortar os dividendos do trimestre para US$ 0,32 por ação, ante US$ 0,54. Em 2007, o lucro do Citigroup chegou a US$ 3,62 bilhões. (AE)
atendimento observadas no mês de dezembro de 2006. O segundo serviço mais citado no ranking do BC é o fornecimento de documentos, com 736 queixas. Em seguida, dois problemas semelhantes: liqüidação antecipada de operações, com 592 registros, e prazos não estabelecidos ou cumpridos, com 581. Um dos principais temas da discussão sobre o serviço bancário no ano passado, as tarifas, não têm reclamações tão freqüentes. Em dezembro, o tema foi o 8º mais citado, com
140 registros. Em novembro, estava em 7º e em dezembro de 2006, em 8º lugar na lista. Bancos — O ABN Amro Real liderou, pelo terceiro mês consecutivo, o ranking de reclamações. A instituição teve índice de reclamação de 3,6 (consideradas também as queixas contra o Sudameris, incorporado pelo ABN). O segundo lugar ficou com a ocupado pela Caixa Econômica Federal, com índice de 2,34. Em seguida, aparecem Unibanco (2,3), Nossa Caixa (2,27) e Santander (1,75). O ranking é feito com o resultado da divisão do número de reclamações consideradas procedentes pelo universo total de clientes da instituição financeira. O ABN lidera desde outubro — coincidentemente, o mês em que o espanhol Santander anunciou a compra do controle do banco holandês no Brasil. Antes dessa notícia, o ABN só aparecia eventualmente em destaque no ranking. (AE)
R$ 30,6 bilhões em consignado Clientes reclamam de atendimento A posentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) realizaram 23,6 milhões de operações de empréstimos consignados (com desconto em folha de pagamento), no período de 2004 a dezembro de 2007, que
correspondem a R$ 30,6 bilhões. No ano passado, foram 9,393 milhões de contratos, totalizando R$ 10,413 bilhões em crédito. Apenas em dezembro, foram registradas 692,2 mil operações, com volume de R$ 834,76 milhões.
De 2004 a dezembro de 2007, cerca de 9 milhões de pessoas recorreram aos empréstimos. Estão ativas atualmente 14,2 milhões de operações de consignado para aposentados e pensionistas, que correspondem a R$ 22,609 bilhões. (AE)
O
atendimento continua sendo a principal reclamação dos clientes quando se trata de bancos. Segundo levantamento divulgado ontem pelo Banco Central (BC), 818 clientes registraram queixas sobre o atendimento em dezembro passado. Apesar de continuar na liderança, o número do mês passado é menor que o registrado em novembro, quando as reclamações sobre o tema somaram 1.441 registros no BC. O volume também é menor que as 837 queixas relacionadas a
Anefac aposta em repasse de CSLL e IOF
O
vice-presidente da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira, acredita que os bancos vão repassar ao custo do crédito e aos valores das tarifas parte do aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) do setor financeiro, determinado pelo governo no início do mês. A alíquota vai de 9% para 15%, mas a medida ainda depende de aprovação do Congresso. Oliveira mudou a avaliação, feita há 30 dias, de que 2008 seria um ano de reduções dos juros das operações de crédito. "Dois fatores novos levam à cautela nas projeções, pois deverão até contribuir para alta dos juros ao consumidor", afirma, referindo-se aos aumentos da CSLL e do Imposto sobre as Operações Financeiras (IOF). No caso do IOF, a alta da alíquota incide diretamente na operação de crédito. O aumento já fará com que as taxas efetivas de juros (juros e demais acréscimos) sejam elevadas, segundo o executivo. (AE)
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Congresso Planalto Orçamento CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5 Thiago Bernardes/Folha Imagem
Ele não falou de nova cirurgia. Apesar da fama de hipocondríaco, não entendo de saúde. José Serra
JUDICIÁRIO DISCUTE ÁREAS DE CORTE
ALENCAR CHEFIA REUNIÃO Última forma NO SÍRIO-LIBANÊS A
Eymar Mascaro
Ele reuniu ministro, governador e prefeito para discutir ajuda aos desabrigados por enchentes em São Paulo
"L
épido e faceiro", s e g u n d o i mpressão do ministro Márcio Fortes (Cidades), "muito afável, ótimo e bem disposto", na definição do governador José Serra (PSDB), o presidente da República em exercício, José Alencar, cumpriu ontem seu segundo dia no cargo. No Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, ele reuniu o governador paulista, o ministro e o prefeito da capital, Gilberto Kassab (DEM), para discutir medidas de combate às enchentes que assolam o estado. Depois recebeu por 20 minutos Lurian Cordeiro Lula da Silva, de 33 anos, filha do presidente Lula. Alencar enfrenta um câncer na região abdominal que já o levou seis vezes à mesa de cirurgia. Sábado ele se internou com febre alta. Às 12h24 de ontem, boletim médico de 11 linhas informou que o presidente continuava "recebendo tratamento antibiótico e de medicamentos de suporte clínico". A equipe médica que cuida de Alencar decidiu mantê-lo internado para "tratamento de
alterações hematológicas". Não há previsão de alta. Indagado se Alencar poderá passar por mais uma operação, o governador disse: "Ele não falou de nova cirurgia. Apesar de ter sido ministro da Saúde e de ter fama de hipocondríaco, não entendo de saúde, eu não perguntei. O médico disse que (Alencar) tem que ficar pelo menos mais uns dois dias porque é controle". "Estão aqui me segurando até agora, por mim eu saía já", queixou-se Alencar ao senador Romeu Tuma (DEM), que o visitou durante uma hora. "Ele está 100% bem", acredita o senador. Antes do encontro com o governador, o ministro, o prefeito e Roberto Guimarães, secretário Nacional de Defesa Civil, Alencar reuniu-se com o subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Beto Vasconcelos. Assinou dez atos normativos, entre decretos, projetos de lei e portarias. "Atos de rotina", resumiu Vasconcelos. Depois da refeição, o presidente em exercício retornou ao escritório montado no 11º an-
Magistrados: cortes vão prejudicar a União
E
m reunião com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie Northfleet, representantes de quatro tribunais superiores deram sinais de que vão criar dificuldades para o governo nas negociações para definir que investimentos poderão ser cortados do Orçamento de 2008. Entre os magistrados, ficou clara a intenção de que a tesoura não prejudique a melhoria da prestação de serviço ou a ampliação do acesso à justiça. Ainda assim, prometeram elaborar uma lista de obras e projetos previstos para este ano que podem ser adiados ou ter os custos reduzidos. O documento deverá ficar pronto até o dia 31 e, em seguida, será entregue à Comissão Mista de Orçamento, que tem o aval do Executivo para deter-
minar os investimentos que podem ser sacrificados neste ano. O pedido para listar os gastos supérfluos foi feito por Ellen Gracie, que recebeu em seu gabinete os presidentes do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Raphael de Barros Monteiro, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Rider Nogueira de Brito, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, Lécio Resende da Silva e o vice-presidente do Superior Tribunal Militar (STM), José Coelho Ferreira. A intenção da cúpula do Judiciário é decidir pessoalmente onde cortar no Orçamento e, dessa forma, atender ao pedido do governo de diminuir gastos para compensar a queda na arrecadação causada pelo fim da CPMF. Não foram estipuladas metas de cortes para cada tribunal. (AOG)
Cassol vai à Justiça contra dívida de RO
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governador de Rondônia, Ivo Cassol (sem partido), ajuizou ontem no Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação, com pedido de liminar, para impedir temporariamente a cobrança da dívida do extinto Banco do Estado de Rondônia (Beron) com a União, pelo Ministério da Fazenda. Na ação, o governador pede ainda a devolução de R$ 192 milhões aos cofres do Estado que teriam sido cobradas pela União de forma abusiva. "Não queremos o perdão da dívida, mas a revisão dela. Não quero esmola", afirmou Cassol, ao chegar ao Supremo. "A gente espera justiça e ela vai dar o que é de direito do povo de Rondônia", disse. Até o julgamento da ação, o governador afirmou que não decretará a moratória de pagamentos devidos pelo Estado ao governo federal. De acordo com Cassol, Rondônia ainda deverá pagar a dívida por 20 anos, que assim chegaria a R$ 4 bilhões. Em dezembro, o Senado aprovou um projeto de resolução para suspender por 270
Sergio Lima/Folha Imagem
O governador pede reembolso
dias o pagamento da dívida. O Tesouro descontava as parcelas da dívida, em torno de R$ 546 milhões, diretamente do Fundo de Participação dos Estados (FPE) repassado a Rondônia. Apesar da decisão do Senado, a União descontou na semana passada uma nova parcela de R$ 10,3 milhões do repasse de recursos. Por isso, a Mesa do Senado impetrou, na sexta-feira, um mandado de segurança para garantir que o governo respeite o projeto de resolução e suspenda a cobrança da dívida. (AE)
Thiago Bernardes/Folha Imagem
exemplo de Marta Suplicy (PT), também Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu esticar o prazo para responder se será candidato à Prefeitura de São Paulo. O ex-governador e a ministra haviam se comprometido a decidir sobre candidaturas em fevereiro, mas o tucano deixou o assunto para "depois de março", enquanto a petista só pretende dar a resposta em junho. Alckmin considera "natural" que o PSDB tenha candidato próprio a prefeito, mas acha que o problema não deve ser discutido agora. O ex-governador se comporta como candidato, mas aumenta a pressão do governador José Serra para que o partido apóie a reeleição de Gilberto Kassab (DEM). Alckmin não quer deixar de ser candidato a prefeito para se candidatar somente ao governo do Estado, em 2010.
CAMPANHA Alckmin negou que sua presença nas igrejas dos bairros da Capital seja o início de sua campanha à Prefeitura. O ex-governador diz que gosta de andar e visitar amigos nos bairros. O ex-governador também vai rever obras que inaugurou na periferia da Capital.
APELO Kassab: visita e anúncio de ajuda a população atingida pelas chuvas
dar do prédio para deliberar sobre as enchentes. Ele ficou chocado com o desamparo milhares de pessoas em várias regiões. "Todos têm que estar presentes", disse, ao convocar
o ministro das Cidades. Segundo Márcio Fortes, serão acelerados projetos de recuperação de áreas de risco em São Paulo atingidas por enchentes ou desabamentos. (AE)
Alan Marques/Folha Imagem
Fernando Henrique também passou a defender a tese de que o PSDB mantenha a coligação com o DEM nas próximas eleições. Para o ex-presidente, seria natural o apoio dos tucanos à reeleição de Kassab. O governador José Serra acha que se o PSDB não apoiar Kassab este ano, dificilmente terá o apoio dos democratas nas eleições presidenciais de 2010.
IMPORTÂNCIA Alckmin e Marta Suplicy continuam sendo os principais candidatos do PSDB e PT à Prefeitura. Por isso, são pressionados nos seus partidos a optarem pela candidatura. Alckmin considera inoportuna a tese para que se candidate apenas em 2010. O ex-governador acha que o seu partido deve ter candidato próprio a prefeito da Capital.
PREFERÊNCIA
Ellen Gracie: pedido coletivo sobre redução de custos orçamentários
Paraná anuncia R$ 40 mi para microcrédito
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om o objetivo de atender cerca de 1,8 milhão de habitantes dos 127 municípios paranaenses com os menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), o governo do Paraná lançou ontem, em Curitiba, o Banco Social, um programa de microcréditos com juros de 0,95% ao mês e que destinará R$ 40 milhões na primeira fase de implantação. O Banco Social deve iniciar as primeiras atividades dentro de duas semanas, sendo que já existem 59 municípios em condições de receber o programa. Essas regiões têm restrições de solo para produção agrícola, onde faltam empregos e serviços básicos. O s e m p ré s t i m o s v ã o d e R$ 300 a R$ 10 mil reais. Quem deseja abrir um negócio pode conseguir até R$ 2 mil. Já as empresas com até seis meses de vida podem conseguir até R$ 5 mil, e as empresas formais podem pedir até R$ 10 mil. Censura – Depois de ter suas críticas e comentários feitos na TV Educativa censurados pelo Ministério Público na semana passada, o governador do Pa-
raná, Roberto Requião (PMDB) convidou o desembargador Edgar Lippmann Júnior, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, e a procuradora Antônia Lélia Sanchezeu, autores da ação, para debaterem a liberdade de expressão e outros assuntos relacionados à justiça na próxima reunião da Escola de Governo, que acontece na terça-feira, dia 22. "Quero fazer um convite democrático. Venham bater um papo sobre liberdade de imprensa", provocou o governador paranaense.
As pesquisas indicam que Alckmin, Marta e Kassab lideram a preferência do eleitor paulistano. Se Alckmin não for candidato, aumenta a chance de Kassab derrotar a provável candidata do PT no segundo turno. Mas a situação se complica para Kassab se Alckmin figurar entre os candidatos.
COLIGAÇÃO Gilberto Kassab trabalha para disputar a reeleição com o apoio do PSDB. O prefeito acha que tucanos e democratas devem manter a coligação nas eleições deste ano na Capital e na sucessão presidencial de 2010. A aliança entre os dois partidos dificultaria a campanha eleitoral do PT nos dois pleitos.
PRESSÃO Mas os petistas continuam pressionando Marta, porque ela é a única candidata que poderia reconquistar a Prefeitura de São Paulo para o PT. Enquanto os petistas pressionam a ministra, o presidente Lula mantém o desejo de que o partido lance seu melhor candidato, com o apoio dos aliados, tanto em São Paulo como nas demais capitais.
INTERESSE PT e PSDB querem reconquistar a Prefeitura paulistana porque admitem que vão polarizar a campanha presidencial. Os dois partidos acham que a conquista da prefeitura será fundamental na campanha de 2010 em São Paulo. O cálculo é que o Estado terá cerca de 30 milhões de eleitores, 10 milhões dos quais concentrados na Capital.
IRRADIAÇÃO Tucanos e petistas estão convictos de que os atos da Prefeitura da Capital repercutem nos municípios do Estado. Daí a importância de conquistar politicamente a Capital. Mas as pesquisas apontam que não será fácil derrotar Kassab, sobretudo se o democrata contar com o apoio dos tucanos.
PLANALTO Repercute no PSDB e em outros partidos o comentário de Fernando Henrique, de que José Serra será o candidato tucano à presidência. O expresidente toma por base as pesquisas, que dão ao governador paulista a liderança absoluta na preferência do eleitor.
CHAPA FHC chegou a defender a formação de uma chapa pura no partido, isto é, indicando os candidatos a presidente e a vice. O vice seria Aécio Neves. A formalização da chapa "puro sangue", porém, pode fechar as portas para uma coligação tucana com os democratas.
CANDIDATURA
Roosewelt Pinheiro/ABr
ATRASO Apesar da pressão que sofre para se candidatar, Marta não cede e justifica que só dará a palavra final em junho, data-limite para se desincompatibilizar do Ministério do Turismo. A ministra quer ser candidata ao governo do Estado. Sua Requião quer debater censura
vontade é permanecer no ministério até o final do mandato de Lula.
Tucanos mineiros dizem que o governador Aécio Neves faz campanha para ser o cabeça de chapa em 2010, e não para ser vice. As pesquisas, no entanto, até agora dão preferência para Serra, que apresenta o dobro de índice de preferência em relação aos demais nomes. De qualquer maneira, a idéia no PSDB é que a sucessão presidencial passará por São Paulo e Minas. Os dois estados somam mais de 35 milhões de votos, de um total de 125 milhões em todo o País.
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quarta-feira,16 de janeiro de 2008
ECONOMIA - 7
ESTATAL INFORMOU TER ENCONTRADO 875 MILHÕES DE BARRIS DE PETRÓLEO E GÁS EM 2007, FORA A ÁREA DE TUPI.
CRESCEM RESERVAS DA PETROBRAS ´ Custo da energia A rios que foram incorporados a projetos existentes. Além disso, elevou as reservas de campos como Roncador e Albacora Leste, em Campos; Mexilhão, em Santos; e Manati, na Bahia, entre outros. Produção – Nas contas da estatal, a produção nacional somou 708 milhões de barris em 2007. Com a descoberta de 875 milhões de barris, o aumento líquido das reservas foi de 167 milhões de barris de petróleo e gás. O volume é 68% inferior ao de 2006, quando o crescimento líquido foi de 521 milhões de barris. Em 2007, segundo especialistas, a companhia centrou esforços na exploração de rochas abaixo da camada de sal, com grande potencial, mas com prazo mais longo de avaliação. Em acordo com a ANP, a companhia conseguiu prazo até 2011 para avaliar as reservas de Tupi, por exemplo, que podem superar os 40 bilhões de barris, segundo estimativas de bancos de investimento. As descobertas de gás da estatal também foram pequenas. As reservas provadas aumentaram 1,7%, o equivalente a 6 bilhões de metros cúbicos. (AE)
ALCOOL
Dela Vita Produtos Naturais Ltda.-ME, Inscrição Estadual 116.900.832.112, CNPJ 06.983.019/0001-98, comunica o extravio de seus talões de Nota Fiscal modelo 2 série D1, do número 2501 a 2516, emitida em 30/04/2007 e 2517 a 2600, em branco.
Reynaldo Mazzeo & Cia. Ltda., CNPJ nº 49.195.381/0002-81, IE nº 110.901.891.118, vem pelo presente comunicar o extravio do livro de registro de inventário modelo 7 nº 1, do talão de NF Mod 1 de 2101 a 2150 e dos talões de NF anteriores.
Maria Aparecida Gabriel da Costa Me. torna público que requereu da Cetesb a Licença Prévia para atividade de reciclagem, sito à Avenida Central, nº 1, no Município de Barretos/SP.
DECLARAÇÃO DE EXTRAVIO A DKT do Brasil Produtos de Uso Pessoal Ltda. CNPJ nº 38.756.680/0001-40, Inscrição Estadual nº 112.961.206.114, Avenida Faria Lima, 1739 - Jd Paulistano, declara extravio das Notas Fiscais nº 049710 no valor de R$ 1.044,28 e 049711 no valor de R$ 50,12, emitidas em 12/11/07.
Itautec S.A. - Grupo Itautec
Vencimento da Contribuição Sindical Patronal O Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo, entidade legalmente reconhecida pelo Ministério do Trabalho, com sede nesta capital, na Rua Cel. Xavier de Toledo nº 99 - 1º andar - Centro - cep: 01048-100, inscrita no CNPJ/MF nº 62.661.269/0001-76, Código Sindical nº 002.127.86396-2, informa a todas as empresas comerciais, na base territorial da capital de São Paulo, inclusive as estabelecidas em shopping centers, ruas e outlets, integrantes da categoria e representadas por este sindicato, que o vencimento da Contribuição Sindical Patronal relativa ao Exercício de 2008, de Acordo com a Tabela Progressiva de Capital Social, conforme obrigatoriedade estabelecida nos artigos 578/591 da CLT ocorrerá no dia 31 de janeiro de 2008. Informações sobre valores de Tabela e Guias de Recolhimento poderão ser obtidas tanto pelo telefone 6858 8470, como pelo endereço eletrônico: contribuicoes@sindilojas-sp.org.br. Após a data de vencimento, o valor da contribuição será acrescido de cominações previstas no Artigo nº 600 da CLT. São Paulo, 16 de janeiro de 2008. Ruy Pedro de Moraes Nazarian - Presidente.
Petrobras informou ontem ter encontrado 875 milhões de barris de petróleo e gás no Brasil em 2007. O número é referente apenas a campos com viabilidade comercial comprovada e exclui os que estão em avaliação, como o de Tupi. Com as novas descobertas, as reservas brasileiras da estatal subiram 1,2% no ano passado, atingindo 13,92 bilhões de barris de petróleo e gás, segundo o critério da Sociedade dos Engenheiros de Petróleo (SPE, em inglês), utilizado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Com esse volume, segundo a companhia, o Brasil tem hoje reservas para 19,6 anos, mantido o ritmo de produção atual. A conta não considera descobertas de empresas privadas. A Petrobras informou que fez 53 notificações de descobertas à ANP em 2007, incluindo Tupi. Mas só seis campos foram declarados comerciais e passaram à fase de projetos. De acordo com a estatal, outras descobertas foram feitas em campos já em produção – como Marlim Sul e Jubarte, na Bacia de Campos – e reservató-
CNPJ 54.526.082/0001-31 Companhia Aberta NIRE 35300109180 REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DE 26 DE DEZEMBRO DE 2007 Instalação: 26.12.2007, às 17 horas, na sede social. Deliberação: aprovado, por unanimidade, o crédito individualizado, aos acionistas, em 28.12.2007 e o pagamento, até 30.4.2008, de juros sobre o capital próprio, imputados ao valor do dividendo obrigatório de 2007, no valor de R$ 0,90 por ação, com retenção de 15% de imposto de renda na fonte, resultando em juros líquidos de R$ 0,765 por ação, excetuados dessa retenção os acionistas pessoas jurídicas comprovadamente imunes ou isentos, com base na posição acionária de 27.12.2007, sendo as ações, a partir de 28.12.2007, negociadas “ex” esses juros sobre capital próprio. Formalidades Legais: ata lavrada no livro próprio e arquivada conforme seguinte: CERTIDÃO: “Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo: certifico o registro sob nº 2.213/08-4, em 7.1.08. (a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral”.
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também traz risco
Queda dos preços não chega às bombas O
A
queda dos preços do álcool pagos ao produtor não deverá chegar ao bolso do comprador, de acordo com Plínio Nastari, presidente da consultoria Datagro, especializada no setor de açúcar e álcool. Segundo ele, a redução, em torno de 5% no último mês, é muito pequena e não deverá ser repassada pelas distribuidoras ao consumidor final. "Na bomba, os preços deverão permanecer nos atuais patamares", disse. Lá fora – A importação do produto brasileiro para a Europa corre riscos. A União Européia divulgou ontem a intenção de banir de seu mercado o biocombustível sem certificação ambiental. A lei será apresentada na próxima semana
para ser avaliada pelos 27 países do bloco . "Se o Brasil quiser exportar etanol ao mercado europeu, terá de certificar sua produção", afirmou o portavoz do Departamento de Energia da Comissão Européia, Ferran Tarradellas. Pela proposta, o etanol a ser exportado não pode ser produzido em áreas que tiveram as florestas destruídas ou nas quais o ambiente foi danificado. O Brasil já deixou claro aos europeus que não aceitará um sistema discriminatório no comércio do etanol e que não hesitará em levar o caso à Organização Mundial do Comércio (OMC) se o mecanismo prejudicar o País. Para os diplomatas, a certificação é uma forma de barreira. (AE)
diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Edvaldo Santana, disse ontem que o atual cenário de turbulências no setor elétrico "está caminhando para uma solução". Para ele, a solução virá no campo técnico, por meio do aumento da oferta de energia produzida por usinas termelétricas. Ele admitiu, entretanto, que as autoridades responsáveis pelo setor elétrico no País estão preocupadas. "Até porque, se não estivessem todos preocupados, não haveria como estarmos caminhando para uma solução", afirmou. Ontem foi realizada uma reunião técnica na sede do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), no Rio de Janeiro, para fazer um dimensionamento da capacidade de geração térmica que ainda pode ser utilizada.
ITOCHU Brasil S.A. CNPJ/MF nº 61.274.155/0001-00 – NIRE 35.300.014.723 Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 09 de novembro de 2007 Data e Local: Em 09 de novembro de 2007, às 10:00 horas, em sua sede social, na Avenida Paulista, nº 37 – 19º andares, na Capital do Estado de São Paulo. Presença: Acionistas representando a totalidade do Capital Social, conforme se verificou pelas assinaturas constantes do Livro de Presença de Acionistas, dispensada a publicação de Editais de Convocação, conforme disposto no artigo 124, § 4º, da lei 6.404/76. Mesa Diretora: Presidente da Mesa: Kazuo Tanaka; Secretário da Mesa:Yoshio Hirata. Ordem do Dia: 01) Nomeação do Sr. Naohisa Kawakami para o cargo de Diretor Gerente; 2) Outros assuntos de interesse da sociedade. Deliberações: Foram aprovados por unanimidade de votos de todos os acionistas, com exceção dos legalmente impedidos: 01) A nomeação do Sr. Naohisa Kawakami, japonês, casado, do comércio, portador da cédula de identidade RNE nº W 186.560-S, inscrito no CPF/ MF sob nº 787.466.477-91, residente na cidade de São Paulo - SP, a partir de 15/10/2007 para o cargo de Diretor Gerente e o seu mandato terminará junto com os demais diretores, previsto para 30.04.2008. Encerramento: Nada mais havendo a tratar o Sr. Presidente ofereceu a palavra a quem dela quisesse fazer uso e como ninguém se manifestasse, declarou suspensos os trabalhos pelo tempo necessário à Iavratura desta Ata em livro próprio, a qual foi lida, aprovada e por todos assinada. São Paulo, 09 de novembro de 2007. Presidente da Mesa – Kazuo Tanaka e Secretário da Mesa – Yoshio Hirata. (Aa). ITOCHU CORPORATION – Pp. Kazuo Tanaka; e KAZUO TANAKA. A presente é cópia fiel do original. São Paulo, 09 de novembro de 2007. (Aa). Kazuo Tanaka – Presidente da Mesa; Yoshio Hirata – Secretário da Mesa. Secretaria da Fazenda. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº 165/08-6 em 02/01/2008. Cristiane da Silva F. Corrêa – Secretária Geral.
COMPANHIA METALÚRGICA PRADA CNPJ Nº 56.993.900/0001-31 CONVOCAÇÃO Convocamos os Senhores Acionistas da Companhia Metalúrgica Prada (“Companhia”) a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária, que deverá se realizar às 9:00 horas do dia 23 de janeiro de 2008, na sede social, à Rua Engenheiro Francisco Pita Brito, 138, a fim de deliberarem sobre a eleição de conselheiro e outros assuntos do interesse social. (16, 17, 18) São Paulo, 8 de janeiro de 2008 – A Diretoria
União Brasileira de Vidros S.A. CNPJ/MF n°: 60.837.689/0001-35 - NIRE: 35.300.033.205 Assembléia Geral Extraordinária - Edital de convocação Ficam convocados os senhores acionistas desta companhia a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária, a ser realizada no dia 24 de janeiro de 2008, às 10:00 horas, na sede social da companhia, localizada na Avenida Senador Teotônio Vilela, S/N, Km 30, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, para deliberarem sobre a operação de obtenção de Conta Garantida pela Companhia perante o Banco Bradesco S.A., no valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais). São Paulo, 16 de janeiro de 2008. Luis Roberto Souto Vidigal - Diretor Presidente. (16, 17 e 18/01/08)
FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PARA REGISTRO DE PREÇOS PREGÃO Nº 001/2008-FAMESP PROCESSO Nº 005/2008-FAMESP REGISTRO DE PREÇOS Nº 001/2008-FAMESP Acha-se à disposição dos interessados do dia 16 a 24 de janeiro de 2008, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680–ramal 111-FAX (0xx14)3882-1885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL - PREGÃO Nº 001/2008-FAMESP, PROCESSO Nº 005/2008-FAMESP, que tem como objetivo O REGISTRO DE PREÇOS PARA AQUISIÇÃO DE HEMÁCIAS, FRASCOS E SOLUÇÕES, PARA O HEMOCENTRO DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU, do tipo menor preço global por lote, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 25 de janeiro de 2008, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar, no endereço supracitado. Botucatu, 15 de janeiro de 2008. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi Diretor Vice-presidente - FAMESP
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 15 de janeiro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Malharia e Tinturaria Paulistana Ltda. - Requerido: Ah Young Têxtil Com. Ltda. - Rua Salvador Leme, 241 e 243 - 2ª Vara de Falências Requerente: Paema Embalagens São Paulo Ltda. - Requerido: Embalagens Ivaí Indústria e Comércio Ltda. - Av. Gabriela Mistral, 1.246 - 2ª Vara de Falências
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A pa g ão – O presidente da Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia Elétrica (Abiape), Mário Luiz Menel, disse ontem que o setor de energia já opera em ritmo de apagão, diante da alta do custo do megawatt-hora. A entidade reúne gigantes como Vale, CSN, Votorantim e Gerdau. O empresário rechaçou a afirmação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que "a questão energética vive de boatos". Para o empresário, "o racionamento se faz no preço". "Ora, se estamos pagando de cinco a seis vezes mais pela energia, isso já é racionamento. Para mim, pagar cerca de R$ 600 o megawatthora já configura apagão." Mário Menel reúne-se hoje com o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, para expor a apreensão dos empresários do setor. (AE)
Banco Bradesco S.A. CNPJ no 60.746.948/0001-12 NIRE 35.300.027.795 Companhia Aberta
Ata da 210a Assembléia Geral Extraordinária realizada em 4.1.2008 Data, Hora, Local: realizada aos 4 dias do mês de janeiro de 2008, às 17h, na sede social, Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, no Salão Nobre do 5o andar, Prédio Novo. Presença: compareceram, identificaram-se e assinaram o Livro de Presença acionistas da Sociedade representando mais de dois terços do capital social votante. Constituição da Mesa: Presidente: Lázaro de Mello Brandão; Secretário: Antonio José da Barbara. Ordem do Dia: examinar propostas do Conselho de Administração para: 1. Reformar parcialmente o Estatuto Social, no “caput” do Artigo 12, reduzindo 3 (três) cargos de Diretor Regional e alterando a sua denominação para Diretor, compatibilizando a nova nomenclatura com a atividade exercida pelo Administrador, e por conseqüência o Parágrafo Segundo do já mencionado Artigo, Parágrafo Quarto do Artigo 13, letra “e” do Artigo 14, e Inciso II do Artigo 19; e no Parágrafo Terceiro do Artigo 13, que dispõe sobre a representação individual da Sociedade, incluindo a hipótese de “depoimentos judiciais”; 2. Cancelar 2.246.224 ações nominativasescriturais, sem valor nominal, sendo 828.700 ordinárias e 1.417.524 preferenciais existentes em Tesouraria, representativas do seu próprio Capital Social, sem redução deste, com a conseqüente alteração do “caput” do Artigo 6o do Estatuto Social; 3. Aumentar o Capital Social no valor de R$1.200.000.000,00, elevando-o de R$19.000.000.000,00 para R$20.200.000.000,00, mediante a emissão de 27.906.977 novas ações, nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo 13.953.489 ordinárias e 13.953.488 preferenciais, ao preço de R$43,00 por ação, já considerado o cancelamento mencionado no item “2”, para subscrição particular pelos acionistas no período de 22.1 a 22.2.2008, na proporção de 1,382441029% sobre a posição acionária que cada um possuir na data da Assembléia (4.1.2008), com integralização à vista, de 100% do valor das ações subscritas, em 17.3.2008. Publicações Prévias: a) o Edital de Convocação foi publicado em 19, 20 e 21.12.2007, nos jornais “Diário Oficial do Estado de São Paulo”, respectivamente, páginas 11, 16 e 15; e “Diário do Comércio”, respectivamente, páginas 7; b) o Aviso aos Acionistas foi publicado em 19.12.2007, nos jornais “Diário Oficial do Estado de São Paulo”, página 6; e “Diário do Comércio”, página 5; Leitura de Documentos: os documentos citados no item “publicações prévias”, as Propostas do Conselho de Administração e o Parecer do Conselho Fiscal sobre a Proposta para aumento do capital social mediante a emissão de novas ações foram lidos, colocados sobre a mesa e entregues à apreciação dos acionistas. Deliberações: as matérias constantes da ordem do dia foram colocadas em discussão e votação, tendo sido aprovadas as Propostas do Conselho de Administração, registradas na Reunião no 1.266, daquele Órgão, de 17.12.2007, conforme segue: “1. reformar parcialmente o Estatuto Social, no “caput” do Artigo 12, reduzindo 3 (três) cargos de Diretor Regional e alterando a sua denominação para Diretor, compatibilizando a nova nomenclatura com a atividade exercida pelo Administrador, e por conseqüência o Parágrafo Segundo do já mencionado Artigo, Parágrafo Quarto do Artigo 13, letra “e” do Artigo 14, e Inciso II do Artigo 19; e no Parágrafo Terceiro do Artigo 13, que dispõe sobre a representação individual da Sociedade, incluindo a hipótese de “depoimentos judiciais”. Se aprovada esta proposta, os dispositivos supra passarão a vigorar com as seguintes redações: “Art. 12) A Diretoria da Sociedade, eleita pelo Conselho, com mandato de 1 (um) ano, é composta de 52 (cinqüenta e dois) a 76 (setenta e seis) membros, sendo de 19 (dezenove) a 26 (vinte e seis) o número de Diretores Executivos, distribuídos nas seguintes categorias de cargos: 1 (um) Diretor-Presidente, de 7 (sete) a 10 (dez) Diretores Vice-Presidentes e de 11 (onze) a 15 (quinze) Diretores Gerentes. Os demais cargos da Diretoria serão distribuídos da seguinte forma: de 33 (trinta e três) a 50 (cinqüenta) Diretores Departamentais e Diretores, sendo de 27 (vinte e sete) a 41 (quarenta e um) o número de Diretores Departamentais, de 6 (seis) a 9 (nove) o de Diretores. Parágrafo Segundo – Os requisitos previstos no Inciso II do Artigo 18 e “caput” do 19, relativos, respectivamente, a Diretores Executivos, Diretores Departamentais e Diretores, poderão ser dispensados pelo Conselho em caráter excepcional, até o limite de ¼ (um quarto) de cada uma dessas categorias de cargos, salvo em relação aos Diretores nomeados para os cargos de Presidente e de VicePresidentes. Art. 13) Parágrafo Terceiro – A Sociedade poderá ainda ser representada isoladamente por qualquer membro da Diretoria ou por procurador com poderes específicos, nos seguintes casos: f) em depoimentos judiciais. Parágrafo Quarto – Aos Diretores Departamentais e Diretores são vedados os atos que impliquem em alienar e onerar bens e direitos da Sociedade. Art. 14) Além das atribuições normais que lhe são conferidas pela lei e por este Estatuto, compete especificamente a cada membro da Diretoria: e) aos Diretores, orientar e supervisionar os Pontos de Atendimento sob sua jurisdição e cumprir as funções que lhes forem atribuídas, reportando-se à Diretoria. Art. 19) Para exercer o cargo de Diretor Departamental e Diretor é necessário que o candidato faça parte dos quadros de empregados ou de administradores da Sociedade ou de empresas a ela ligadas, e tenha na data da eleição: II. Diretor - menos de 60 (sessenta) anos de idade.”; 2. cancelar 2.246.224 ações nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo 828.700 ordinárias e 1.417.524 preferenciais existentes em Tesouraria, representativas do seu próprio Capital Social, sem redução deste, com a conseqüente alteração do “caput” do Artigo 6o do Estatuto Social, que passará a vigorar com a seguinte redação: “Art. 6o) O Capital Social é de R$19.000.000.000,00 (dezenove bilhões de reais), dividido em 2.018.673.956 (dois bilhões, dezoito milhões, seiscentas e setenta e três mil, novecentas e cinqüenta e seis) ações nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo 1.009.337.030 (um bilhão, nove milhões, trezentas e trinta e sete mil e trinta) ordinárias e 1.009.336.926 (um bilhão, nove milhões, trezentas e trinta e seis mil,
novecentas e vinte e seis) preferenciais.”; 3. com o objetivo de dar continuidade e fortalecer os investimentos na ampliação e modernização de nossas instalações, notadamente em tecnologia da informação, mantendo a estrutura do Banco em níveis adequados a uma eficiente prestação de serviços e otimização de processos, e reforçar a capitalização do Banco frente à expectativa de crescimento do volume de operações de crédito para os próximos anos, vimos propor o aumento do Capital Social no valor de R$1.200.000.000,00, elevandoo de R$19.000.000.000,00 para R$20.200.000.000,00, mediante a emissão de 27.906.977 novas ações, nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo 13.953.489 ordinárias e 13.953.488 preferenciais, ao preço de R$43,00 por ação, já considerado o cancelamento mencionado no item “2”, para subscrição particular pelos acionistas no período de 22.1 a 22.2.2008, na proporção de 1,382441029% sobre a posição acionária que cada um possuir na data da Assembléia (4.1.2008), com integralização à vista, de 100% do valor das ações subscritas, em 17.3.2008. O preço de emissão foi fixado com base no Parágrafo Primeiro do Artigo 170 da Lei no 6.404/76, havendo prevalência da média ponderada das cotações das ações no mercado, tendo em vista o alto índice de sua negociabilidade. A sua fixação em níveis inferiores ao preço de mercado tem por finalidade conferir margem para o normal desenvolvimento da operação, ao mesmo tempo em que proporciona condições para a formação do preço do direito de subscrição. Independentemente da data da entrega do Boletim de Subscrição, o pagamento de 100% do valor das ações subscritas ocorrerá em 17.3.2008, mesma data proposta para o pagamento dos Juros sobre o Capital Próprio Complementares e Dividendos, devendo o acionista fazer a opção por uma das formas previstas no Boletim de Subscrição, conforme segue: - compensação com créditos de Juros sobre o Capital Próprio Complementares e Dividendos anteriormente citados. Neste caso, o exercício do direito de subscrição às ações não importará em qualquer desembolso de novos recursos por parte dos acionistas inscritos nos registros do Banco em 28.12.2007, data proposta para declaração dos já mencionados Juros sobre o Capital Próprio Complementares e Dividendos; débito em conta corrente mantida no Banco Bradesco S.A.; - cheque à ordem do referido Banco Bradesco. No caso de ocorrerem sobras de ações, após decorrido o prazo para o exercício do direito de preferência, estas serão vendidas por meio de leilão a ser realizado na BVSP - Bolsa de Valores de São Paulo, de acordo com o disposto na letra “a” do Parágrafo Sétimo do Artigo 171 da Lei no 6.404/76, ao preço mínimo unitário correspondente a 90% da média ponderada das cotações verificadas na BVSP - Bolsa de Valores de São Paulo, das ações ordinárias e preferenciais, prevalecendo a menor cotação dentre as duas espécies, nos últimos 10 (dez) pregões imediatamente anteriores à data da comunicação oficial das sobras finais por este Banco, obedecido o preço mínimo de subscrição a ser aprovado na Assembléia. Todo o valor apurado na operação, que ultrapassar o valor da subscrição, será integralmente levado a crédito da conta “Reserva de Capital - Ágio de Ações”, beneficiando a todos os acionistas, indistintamente. Os Boletins de Subscrição estarão à disposição dos acionistas na Rede de Agências Bradesco, no período de 22.1 a 22.2.2008. Para aqueles com endereço atualizado nos registros da Sociedade, uma via do Boletim será encaminhada pelo Correio, devendo o acionista, que desejar exercer seus direitos, entregá-lo preenchido na Rede de Agências Bradesco até 22.2.2008. Os acionistas com ações custodiadas na CBLC – Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia deverão exercer seus direitos nas respectivas Corretoras depositantes até 20.2.2008. Os acionistas que não desejarem exercer seus direitos de preferência à subscrição poderão negociá-los na BVSP - Bolsa de Valores de São Paulo, a preço de mercado, até 15.2.2008, por meio da Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários ou outra corretora de sua livre escolha. Em conseqüência, a redação do “caput” do Artigo 6o do Estatuto Social será alterada após completado todo o processo do Aumento do Capital, o que se dará em Assembléia Geral de ratificação. Direito das Ações Subscritas – Farão jus a Dividendos e/ou Juros sobre o Capital Próprio Mensais e eventualmente Complementares que vierem a ser declarados a partir da data da aprovação do respectivo processo pelo Banco Central do Brasil, bem como, de forma integral, a eventuais vantagens atribuídas às demais ações a partir daquela data.”. Em seguida, relativamente à proposta para aumento do capital social com emissão de novas ações, disse o senhor Presidente que: a) independentemente da data da entrega do Boletim de Subscrição, o pagamento de 100% do valor das ações subscritas ocorrerá em 17.3.2008, mesma data do pagamento dos Juros sobre o Capital Próprio Complementares e Dividendos declarados em 28.12.2007; b) a Diretoria estava autorizada a dar andamento ao processo de aumento do Capital Social, abrindo a subscrição das ações dentro das condições estabelecidas na proposta do Conselho de Administração ora aprovada, e da legislação pertinente; c) toda a matéria ora aprovada somente entrará em vigor e se tornará efetiva depois de homologada pelo Banco Central do Brasil e de estarem atendidas todas as exigências legais de arquivamento na Junta Comercial e publicação. Publicação da Ata: autorizada a publicação na forma prevista no Parágrafo Segundo do Artigo 130 da Lei no 6.404/76. Quorum das Deliberações: unanimidade de votos dos acionistas presentes, ficando consignada a manifestação do acionista senhor José Luiz de Almeida Nogueira Junqueira Filho, de que o preço de emissão deveria ser de R$50,00 por ação. Aprovação e Assinatura da Ata: lavrada e lida, foi esta Ata aprovada por todos os acionistas presentes e assinada. aa) Presidente: Lázaro de Mello Brandão; Secretário: Antonio José da Barbara.
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira,16 de janeiro de 2008
Cartela de cores terá verde celofane, rosa psicodélico, vermelho sangue e dourado.
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Paulo Pampolin/Hype
Feira de negócios é cancelada e volta em 2009
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Caldeirão de peças terá mistura de lã e tecidos de bambu Maratona de desfiles começa hoje e vai até o dia 21 Vanessa Rosal
C
aixas de papelão se transformam em uma grande metrópole durante a 24ª edição da São Paulo Fashion Week (SPFW), que começa hoje e vai até o dia 21 de janeiro no prédio da Bienal, em São Paulo. O indivíduo no caos cotidiano das cidades congestionadas e poluídas é enredo do tema "Uma babel para o século 21", escolhido como pano de fundo para os desfiles das coleções de inverno. A temporada terá a presença de tops internacionais e famosas nacionais em desfiles exclusivos, como a canadense Coco Rocha, a romena Irina Lazareanu e a brasileira Isabeli Fontana, que desfilarão para a Zoomp. Ao todo, 38 marcas entrarão nas passarelas. Tecnologia, misticismo, urbanização, literatura estrangeira e cultura oriental são alguns dos conceitos que os estilistas pretendem mostrar na semana de moda paulistana. Os tecidos utilizados na confecção das roupas estão mais leves, como o náilon plastificado e os fios de bambu, mas a lã continua presente na maioria dos desfiles. Ponchos e gorros feitos com esse material prometem contrastar com saias, bermudas e vestidos, que surgem curtos e com modelagem abaixo dos joelhos. As cores sugeridas para o inverno 2008 aparecem mais fortes do que na estação passada. Verde celofane, rosa psicodélico, vermelho sangue, dourado e outros tons metalizados dão vida à roupagem nesta edição da Fashion Week. O branco, o preto e o cinza aparecem renovados em estampas sóbrias, com o charme de rendas, babados e franjas. Um dos destaques vem dos
anos 70, na coleção da V.ROM. A grife entra nas passarelas da SPFW amanhã para fechar a trilogia que começou no inverno do ano passado, cujo tema foi música, seguido de arquitetura – apresentado no verão. Desta vez, as peças são inspiradas na tecnologia. A estamparia traz muito dégradé, brincando com o orgânico e o sintético. O estilista Igor de Barros, à frente da marca pela segunda coleção, buscou inspiração na literatura e encontrou o que procurava no clássico "Admirável Mundo Novo", de Aldous Huxley. Dessa forma, a mistura entre o selvagem e o urbano aparece materializada nos tecidos. Cultura oriental Ousadia e pluralidade cultural entre Brasil e Japão fazem parte das peças desenvolvidas pela estilista Érika Ikezili, pensadas para mulheres de todas as raças, cores e credos. Godês, semigodês e construções que surgem a partir de laços e formas do quimono poderão ser apreciadas no desfile que será realizado domingo, dia 20 de janeiro. Bolsas em couro de peixe, com rendas e paetês, botas com pelúcia e scarpins com estampas grandes completam a coleção da marca. Já no desfile da estilista Simone Nunes, na segunda-feira, dia 21, mulheres clássicas tomam emprestado o quadrado da estética nerd e o quebram com babados. Um exemplo são as camisas pólo, quebradas e transformadas em novas peças, mantendo apenas referências das originais. Do universo grunge, ela pinça o xadrez e os gorros, além de se mirar no universo das motos, estampadas nos tricôs da marca. Inspirada em misticismo,
Desfile de estudantes do curso de moda do Senac abriu oficialmente a semana de moda de São Paulo
magia, poderes primitivos e na origem animal de Deus, a estilista Giselle Nasser promete surpreender na sexta-feira, dia 18, com suas peças feitas em algodão com seda e lã. Para o inverno 2008, ela sugere ponchos e cores mais suaves, como o lilás rosado e o rosa "bubaloo". Desfile-manifesto Nada suave será o desfile da Cavalera, marcado para domingo, dia 20. Aproveitando o tema da 24º edição da São Paulo Fashion Week, a grife pretende voltar a atenção da sociedade para um dos maiores problemas da cidade: a poluição. Para tanto, o Rio Tietê será a passarela do desfilemanifesto da marca. O local que abrigará o evento não será maquiado, mantendo suas características originais para exibir a realidade. Os convidados assistirão ao desfile a bordo do Almirante do Lago, única embarcação navegável do Tietê. A Cavalera se inspirou no universo apocalíptico do caos urbano
Porta Condimentos
para exibir a urgência de mudança. A estética de "pós-acontecimento" guiou o conceito da coleção, desde a trilha até os looks do desfile. Em meio à mensagem ecologicamente correta do evento surgem ainda as estreantes grifes Animale e Amapô. Outra novidade é Alexandre Hercovitch, que pela primeira vez expõe suas criações pela Zoomp. A marca carioca Patrícia Vieira, que não desfilou na última SPFW, volta às passarelas, enquanto Isabela Capeto, Vide Bula, Marcelo Quadros e Jefeerson de Assis deixam a semana de moda de São Paulo. Croqui de peça da grife Cavalera: babados serão o forte da estação fria.
ela primeira vez em quatro anos, a FW House, evento paralelo de negócios que é realizado simultaneamente aos desfiles, não se realizará. De acordo com a organização da SPFW, algumas alterações, como o aumento da área de estandes, são necessárias para a continuidade de seu crescimento. "Para os desfiles de verão, teremos grandes novidades, um espaço novo", disse ontem o diretor artístico da semana de moda, Paulo Borges. Na edição passada, cerca de 3,5 mil pessoas compareceram ao FW House. As vendas registradas no salão chegaram ao patamar de R$ 20 milhões, o que representa um crescimento de 40% em relação à feira de negócios anterior. Segundo Borges, foram investidos R$ 6,5 milhões para transformar a Bienal no maior evento de moda brasileiro. No início da semana, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, incluiu a São Paulo Fashion Week no calendário oficial de eventos da cidade. Merchandising Antenadas à visibilidade dos desfiles, algumas empresas estarão presentes neste ano dentro da Bienal. A montadora Fiat, por exemplo, traz nesta edição o último lançamento da companhia – o modelo Punto – como referência criativa para a moda. Nesse sentido, o carro ganha diversas interpretações, em estampas exclusivas da coleção de roupas ou, ainda, em objetos de decoração. De acordo com o diretor de publicidade e propaganda da Fiat, João Ciaco, a empresa ocupará três espaços da Bienal, com propostas diferentes: o Fiat Café, a nova edição das FiaT-Shirts e a coleção Inverno 2008, além da intervenção inédita do Fiat Punto por Alexandre Herchcovitch. "Pela primeira vez, um estilista de moda criou um carro. Essa troca de experiências dá um charme todo especial à SPFW." Pelo sexto ano consecutivo, a Motorola está presente e lançará dois modelos exclusivos de celular durante os desfiles. Quem também traz novidades é a Melissa, com a apresentação de peças assinadas por Alexandre Herchcovitch, Isabela Capeto, Triton, Thaís Losso, J. Maskrey e Fiorucci. O Grupo Schincariol e a Natura fecham o ciclo de patrocinadores do evento. Ontem à noite, um desfile desenvolvido por formandos do curso de moda do Senac abriu oficialmente a semana paulista de moda.
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 Jack Guez/AFP
quarta-feira,16 de janeiro de 2008 Amir Cohen/Reuters
Suhaib Salem/Reuters
Incursão de Israel na Faixa de Gaza deixa 19 mortos; militantes do Hamas atiram em kibutz e matam um trabalhador do Equador
Internacional
"Um tapa na cara da paz de Bush" Exército de Israel mata 19 em Gaza, na mais sangrenta incursão à região desde 2006 e dias após a visita de George W. Bush para negociar acordo de paz
T
anques, escavadeiras e helicópteros de Israel invadiram a Faixa de Gaza, matando pelo menos 19 palestinos, entre eles um filho do líder do Hamas, na mais sangrenta incursão militar israelense desde dezembro de 2006. Durante os confrontos, atiradores palestinos mataram um equatoriano que trabalhava em uma fazenda comunitária em Israel. O confronto acontece no momento em que o presidente dos EUA, George W. Bush, viaja pelo Oriente Médio para incentivar a paz entre os dois povos. Mas a morte de Hussam Zahar, de 24 anos, filho do líder do Hamas Mahmoud Zahar, e a do civil equatoriano em Israel ameaçam alimentar um novo ciclo de violência. "Nosso povo foi vítima de um massacre. E nós prometemos ao mundo que nosso povo não ficará calado diante desses crimes", afirmou o presidente palestino, Mahmoud Abbas. Em nota, o governo palestino disse que "os repulsivos crimes de Israel foram um tapa na cara" dos esforços de Bush e da comunidade internacional para retomar o processo de paz.
O
"Israel está agindo para pro- em condições críticas. Guerra sem fim teger sua população civil dessas barragens diárias de fogueIsrael vem atacando militantes", retrucou o porta-voz do tes de Gaza que lançam foguegoverno israelense, Mark Re- tes diários contra o sul do estagev. A milícia Hamas, por sua do judeu mesmo enquanto vez, prometeu que responderá busca a paz com o moderado presidente palestino, Mah"de forma apropriada". A operação teve início quan- moud Abbas, na Cisjordânia. do agentes à paisa- David Furst/AFP O H a m a s i m ediatamente retona de Israel entraram em território mou o seu envolvimento no disparo palestino com a intenção de atacar diário de foguetes contra o sul de Iscasas abandonadas a leste de Gaza rael, após o ataque de ontem. Isso porque são usadas por militantes para que, embora permitisse nos últilançar foguetes de fabricação caseira mos meses que militantes de outros contra o território grupos, como a judeu. Quando militantes palestinos Jovem israelense ferida Jihad islâmica, disparassem foguetes perceberam os agentes, uma dura troca de ti- contra Israel, o grupo evitou se ros ocorreu. Então, tanques is- envolver diretamente nos ataraelenses fizeram pelo menos ques. Mas após a morte do jotrês disparos de canhão e vem Zahar, o Hamas afirmou aviões de combate bombar- ter disparado ontem 17 morteiros em dois pequenos cruzadearam duas vezes a área. Ao todo, foram mortos 16 mentos na fronteira e três focombatentes do Hamas e três guetes contra a cidade israecivis — entre eles um homem lense de Sderot, a primeira vez de 65 anos —, e mais de 40 pa- em vários meses que o Hamas lestinos ficaram feridos, in- atacou a cidade, no passado cluindo um garoto de oito anos um alvo freqüente. (AE)
EUA Disputa acirrada em Michigan s resultados de bocade-urna das primárias de Michigan, realizadas na noite de ontem, indicavam uma disputa acirrada entre os précandidatos republicanos à presidência dos EUA. Até o fechamento desta edição, o senador John McCain e o exgovernador de Massachusetts, Mitt Romney apareciam em empate técnico (27% e 26%), seguidos pelo ex-governador do Arkansas, Mike Huckabee, com 15%. Em Michigan, debaixo de neve e onde os termômetros não superaram 0ºC na terçafeira, a participação na votação não atingiu 20% dos eleitores do Estado. Após gastar US$ 50 milhões na disputa, Romney, derrotado em Iowa e em New Hampshire, era quem mais precisava de uma vitória para continuar na disputa. Para McCain, vencedor em New Hampshire, o triunfo consolidaria sua liderança nas pesquisas nacionais do partido. Já Huckabee, que surpreendeu em Iowa, se contentaria com o terceiro lugar, desde que a vantagem não fosse tão grande para o segundo colocado. Michigan é o Estado que tem o maior índice de desemprego dos EUA —
AFP
cerca de 7%. A principal razão é o fato de suas montadoras terem sido atingidas pela concorrência estrangeira, sobretudo a Candidato Mike Huckabee é atingido por bola de neve japonesa. Enquanto os candidatos buscavam a Democratas vitória — e um fôlego extra na O Estado do Michigan campanha — em Michigan, os pretendeu antecipar sem também republicanos Fred permissão as primárias para Thompson e Rudolph conseguir ter maior Giuliani já focavam nas relevância ao longo do próximas etapas da disputa processo eleitoral de EUA, presidencial. Depois da mas o Partido Democrata o primária de Michigan, puniu e decidiu que seus democratas realizam um delegados não poderão votar caucus (assembléia popular) na convenção que elegerá o em Nevada no dia 19, e candidato à presidência, republicanos fazem sua marcada para agosto. Como primária na Carolina do Sul conseqüência, os democratas no mesmo dia. No dia 26, é a não fizeram campanha. vez dos democratas fazerem Apesar disso, a senadora e sua primária na Carolina do ex-primeira-dama Hillary Sul. No dia 29, republicanos Clinton decidiu não retirar fazem a primária na Flórida. seu nome das cédulas — o E, finalmente, no dia 5 de único dos principais fevereiro, a chamada candidatos que não o fez. Por "superterça", 22 estados terão isso, seu nome apareceu suas primárias e caucus e ontem nas cédulas praticamente decidirão os democratas, apesar de a candidatos republicano e eleição realmente não ter democrata que concorrerão à validade para o partido. Casa Branca em novembro. (Agências)
Rafi Barbarian/Reuters
Os atacantes colocaram a bomba entre duas lixeiras e o artefato explodiu quando o carro passou
LÍBANO Atentado a bomba mata três
U
m ataque a bomba contra um carro da embaixada dos Estados Unidos em um bairro predominantemente cristão de Beirute matou pelo menos três libaneses e deixou outras cinco pessoas feridas, entre elas um pedestre americano que passava pelo local na hora do ataque, informaram autoridades locais. O primeiro-ministro do Líbano, Fuad Saniora, pediu uma reunião de emergência do gabinete após o atentado. Nos últimos três anos tem havido uma série de ataques a bomba no Líbano, alvejando principalmente autoridades, políticos e jornalistas anti-Síria. A embaixada dos EUA cancelou imediatamente um banquete que estava programado para ontem, em homenagem ao
embaixador americano que deixa o Líbano, Jeffrey Feltman. O porta-voz da Casa Branca, Sean McCormack, disse em Washington que dois empregados da embaixada — incluindo o motorista — estavam no veículo atingido pela explosão. O motorista ficou levemente ferido e o outro funcionário — cujo cargo não foi divulgado — escapou ileso. Nenhum cidadão americano estava no carro, acrescentou o porta-voz. McCormack disse, mais cedo, que quatro libaneses morreram na explosão, que foi ouvida em toda a capital e fez subir uma coluna de fumaça perto da costa mediterrânea. Mas a Cruz Vermelha confirmou que apenas três morreram. Imagens de televisão mostraram vários carros danificados, entre eles um
QUÊNIA Por 105 votos a 101, a oposição vai liderar o Parlamento, menos de um mês após a polêmica reeleição de Mwai Kibaki como presidente do país
utilitário com vidros escurecidos, como os usados por diplomatas americanos. Agentes a paisana foram vistos removendo fuzis de dentro do veículo. O estrondo da explosão pôde ser ouvido a uma grande distância, em vários bairros da capital. Os atacantes colocaram a bomba entre duas lixeiras e o artefato explodiu quando o automóvel passou. A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, definiu o atentado como um "ataque terrorista." Rice, que fez ontem visita-surpresa a Bagdá, disse que os EUA "não se deterão, é claro, nos seus esforços em ajudar o povo libanês, em ajudar as forças democráticas no Líbano e em ajudar o Líbano a resistir à interferência nos seus assuntos internos." (AE)
TERRORISMO O colombiano Álvaro Uribe disse que poderia pedir que EUA e Europa deixem de considerar as Farc um grupo terrorista, caso a guerrilha negocie a paz
Ó RBITA Ahmed Jadallah/Reuters
ACORDOS França e os Emirados Árabes Unidos assinaram ontem uma A série de acordos, entre eles o que
permite a instalação de uma base militar francesa no Golfo Pérsico, que contará com efetivo de 500 homens, e um de cooperação num programa pacífico de energia nuclear. Em viagem pelo Oriente Médio, o presidente Nicolas Sarkozy selou a venda de dois reatores nucleares para os Emirados Árabes Unidos, num acordo de US$ 6 bilhões. (AE)
Ano 83 - Nº 22.542
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São Paulo, quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
Jornal do empreendedor
O FININHO
w w w. d co m e rc i o. co m . b r
Edição concluída às 23h50
UM BANCO ABALA O MUNDO O prejuízo de US$ 9,83 bilhões no 4º trimestre, pelo Citigroup, derrubou as bolsas no mundo.
São Paulo caiu 3,67% Economia 6
Tony Avelar/AFP
Em Logo, pág. 10
O CONSUMIDOR ESTÁ CONFIANTE Índice nacional da ACSP revela: confiança cresceu cinco pontos em dezembro, chegando a 139. E 1
Celso Junior/AE
GUERRILHA
PACUBA
"Seqüestros são abomináveis"
US$ 1 bilhão
Nova metamorfose de Lula: agora, "é abominável" seqüestrar por disputa política. Foi o que ele disse à imprensa, em Cuba. Alejandra Vega/AFP
Pelas fotos trazidas por refém libertada, Alan agora sabe que seu pai está vivo, prisioneiro das Farc
para los hermanos O presidente Lula exportou seu PAC para Cuba, oferecendo US$ 1 bilhão para projetos de infra-estrutura, energia, turismo e saúde. São mais de 10% dos investimentos no Brasil, ou 12,1% do PIB cubano. Editorial, pág. 2. A visita, pág. 4
Lula viu El Comandante Em Havana, reuniu-se a portas fechadas com Fidel.
Brasil entre Colômbia e Venezuela
Guga Matos/JC Imagem/AE
Lula conversou com os presidentes Uribe e Chávez, que travam duelo verbal sobre as Farc. Acha que chegarão a um acordo.
Olha a cabeleira do Zezé
Fernando Pereira/AE
Fotos: Paulo Pampolin/Hype
1ª foto de Dirceu após implante de 6710 fios
Motos na cidade, sob controle Nas marginais, fora das pistas expressas. Na 23 de Maio, terão pistas exclusivas. Página 7
Cadê meu crédito?
A contribuinte Eliane Tieppo perdeu a paz: juntou 40 notas para o crédito da NFP, mas 33 "sumiram". E 4 HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 30º C. Mínima 18º C.
AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 32º C. Mínima 19º C.
Na passarela da SPFW Estudante de moda do Senac abriu a festa da moda na Bienal. E 8
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira,16 de janeiro de 2008
OS BRASILEIROS ESTÃO MAIS CONFIANTES PARA SAIR ÀS COMPRAS
1 Clima quente do final do ano passado e deste mês de janeiro eleva vendas de refrigeradores.
Masao Goto Filho/e-Sim
Índice nacional da ACSP cresceu cinco pontos em dezembro, chegando a 139. Fernanda Pressinott
A
confiança do consumidor brasileiro esteve em alta em dezembro, assim como nos meses anteriores. O Índice Nacional de Confiança (INC), elaborado pela Ipsos Public Affairs para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), revela um crescimento de cinco pontos no último mês do ano, passando de 134 em novembro para 139. Em dezembro de 2006, o índice estava em 141 pontos. A região Norte/CentroOeste do País mostrou-se a mais otimista, com 152 pontos, crescimento de 16 pontos sobre novembro. Em seguida ficou a região Sudeste, que registrou aumento de quatro pontos, passando para 145 no último mês (nota similar ao índice elaborado pela Federação do Comércio de São Paulo, que registrou 142,8 pontos no estado – leia texto abaixo, nesta página). O Nordeste registrou 133 pontos em dezembro ante 131 um mês antes. A região Sul, considerada a menos otimista nos últimos meses, subiu de 113 pontos em novembro para
4
pontos de aumento da confiança no INC foi o que a região Sudeste registrou, passando para 145 pontos no último mês de dezembro. 119 em dezembro. O INC mostra que 55% da população brasileira acredita que a situação econômica de sua região para os próximos seis meses vai continuar forte, contra 10% que estimam o contrário. "Uma vez que as pessoas sentem-se seguras em seus empregos, e sabem que a maioria à sua volta também está empregada, a conseqüência é um aumento natural da confiança para os meses futuros", afirma o presidente da ACSP, Alencar Burti. Em relação à possibilidade de compras, o INC indica que 44% dos entrevistados estavam mais favoráveis a aquisi-
ções de eletrodomésticos em dezembro, ante 26% que responderam ser menos favoráveis. Para imóveis e automóveis, a diferença é mínima, 33% responderam ser mais favoráveis e 32% menos favoráveis a essas aquisições. O único ponto que destoa do otimismo geral é o fato de os consumidores terem prestações com valores menores em dezembro – na média de R$ 63 – em relação a novembro (com R$ 81) e ante dezembro de 2006 (R$ 78). "Na minha interpretação, a alta no preço dos alimentos no fim do ano fez os consumidores gastarem mais com comida e sobrou pouco para o endividamento. Entretanto, como o resultado do varejo foi bom, acho que os consumidores fizeram um número maior de prestações para continuar comprando", acredita Emílio Alfieri, economista do Instituto de Economia Gastão Vidigal. Sobre a manutenção do emprego, o INC mostrou um ligeiro aumento de confiança de 43% para 44%. A pesquisa é resultado de mil entrevistas em 70 cidades do País e está disponível no site da ACSP, em http://www.acsp.com.br/pesquisa_inc/inc_jan08.pdf
Em São Paulo, o avanço foi de 1,9%.
A
confiança do consumidor paulistano na economia se mantém em alta em janeiro. Segundo pesquisa da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), o Índice de Confiança do Consumidor atingiu 142,8 pontos, avanço de 1,9% em relação a dezembro (140,1 pontos). Na comparação com o mesmo período de 2007, a elevação foi de 6,4%. Esse é o maior patamar registrado desde abril de 2005, quando o índice ficou em 141,9 pontos. O recorde ainda pertence a fevereiro de 2005 (com 147,3 pontos). O índice da Fecomercio é
composto por dois indicadores: o Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e o Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Neste mês, o ICEA – que registra como o entrevistado percebe a sua situação atual – passou de 145,9 pontos para 153,9 pontos, um aumento de 5,5%. Já a percepção para o futuro, contemplada pelo IEC, teve queda de 0,6% em relação a dezembro, atingindo 135,4 pontos em contraponto a 136,2 pontos da medição anterior. Na análise por faixa de renda, o índice apurado entre os que ganham menos de dez salários mínimos atingiu 140,2
pontos, um avanço de 2,1%. Já entre os que recebem mais de dez salários mínimos, ficou em 147,7 pontos, crescimento de 1,7% em relação a dezembro. Na análise segmentada, os homens estão mais otimistas que as mulheres. Em relação ao público masculino. o índice subiu 4,5% (147,8 pontos), enquanto para o feminino caiu 0,6% (138,1 pontos). Os consumidores com idade superior a 35 anos estão mais confiantes. A alta do segmento foi de 4,5% no ICC, atingindo 139,6 pontos. Já entre os paulistanos da faixa etária inferior àquela, o crescimento foi de 0,6% (para 144,8 pontos). (AG)
Indústria usa capacidade plena
A
s vendas reais da indústria apresentaram crescimento dessazonalizado (que desconta variações de dias úteis de um mês para o outro) de 0,7% em novembro de 2007, o quinto mês consecutivo de avanço. No acumulado de janeiro a novembro do ano passado, houve alta de 5,1%, segundo informou ontem a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os indicadores industriais de novembro confirmam a continuidade da trajetória de crescimento da indústria de transformação, avaliou a entidade. A melhora das vendas foi mais concentrada nos setores de máquinas e equipamentos, alimentos e bebidas e veículos automotores, mas teve variação positiva na maioria dos setores pesquisados. "A trajetória das vendas na indústria está bastante satisfatória", disse o economista Paulo Mol, da entidade. Para o ano de 2008, a expectativa da CNI é de que o cenário permaneça favorável, pelo menos nos três primeiros meses do ano. "O ano
0,7
por cento foi o crescimento das vendas da indústria no último mês de novembro, segundo a CNI. Foi a quinta alta consecutiva. começa embalado por 2007." A entidade detecta uma certa "acomodação" da atividade, uma vez que o emprego na indústria e as horas trabalhadas tiveram queda, mas diz que isso ocorre por conta do fim do ano, e não por perda de ritmo da indústria. Capacidade – O economista-chefe da confederação, Flávio Castello Branco, disse que a indústria atingiu o pico de utilização da capacidade instalada nos meses de outubro e novembro do ano passado. Es-
sa alta atividade no setor, segundo ele, não deverá se repetir no período de dezembro a fevereiro deste ano, quando normalmente se observa uma desaceleração da produção. A retomada da produção em nível mais acelerado, segundo ele, ocorrerá a partir de março. Mas ele acredita que, então, parte dos investimentos que a indústria vem fazendo em capacidade produtiva estará madura, o que significará uma capacidade de produção maior. Castello Branco diz que o crescimento da produção não deverá provocar grandes pressões inflacionárias. "Não vejo pressão na capacidade da indústria em atender à demanda," afirmou. Segundo ele, o crescimento pelo quinto mês da indústria em novembro, mesmo em ambiente de valorização cambial, mostra uma situação extremamente positiva. O economista afirmou que esse desempenho reflete o aquecimento do mercado interno, que tem sido "o motor do crescimento da indústria". (Agências)
Janeiro é tradicional para as vendas da linha branca. Mas o comércio acha que o movimento vai até março.
Crédito fácil e alta da renda elevam as vendas do varejo em até 40%
Hora de renovar a cozinha
Consumidor decidiu trocar a geladeira do "Plano Real" Mário Tonocchi
O
varejo da linha branca (geladeira, ar condicionado, fogões) entrou em janeiro deste ano mantendo a mesma alta de vendas de dezembro de 2007. Nos departamentos de eletrodomésticos das lojas, o setor cresce acima do previsto pela Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) para o início deste ano – algo em torno de 10%. Neste mês, como em dezembro, as vendas superam de 15% a 20% as de 12 meses antes. O comércio deve continuar assim pelo menos nos próximos dois meses, acredita o grande varejo. A alta procura do consumidor é impulsionada, segundo o comércio, por expansão do setor imobiliário, crédito abundante, ascensão das classes C e D ao consumo e término da vida útil dos equipamentos adquiridos no início
do Plano Real, em 1994. No Grupo Pão de Açúcar, o gerente da linha branca, Marcelo Muller, vê grande disposição de compra nos clientes. "O primeiro mês do ano é, historicamente, quando as pessoas compram mais equipamentos da linha branca. Mas nossa projeção, neste ano, entretanto, é de que esse grande movimento deve continuar pelo menos até março", afirmou. Para Muller, a procura pelos eletrodomésticos de porte maior reflete principalmente o fácil acesso ao crédito. " Mas também o clima quente do final do ano e dos primeiros dias de janeiro também ajudou muito nas vendas de ar condicionado e de refrigeradores", observou. O Magazine Luiza divulga expectativas maiores do que a da média do mercado. De acordo com o comprador de eletro pesado da empresa, Fernando Canina, a loja registrou no último trimestre de 2007 alta de
40% nas vendas de produtos da linha branca em relação ao mesmo período de 2006. A expectativa da rede para o primeiro trimestre de 2008 é de crescimento de 35% em relação ao mesmo período de 2007. Já no mercado em geral, esperase alta de 13% nas vendas. Siderurgia – O desempenho do varejo é uma extensão do da siderurgia. Em 2007, a venda de laminados planos, utilizados principalmente pelas indústrias automotiva e de linha branca, somaram 12,1 milhões de toneladas, alta de 17,8% sobre 2006. A previsão do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), que reúne 25 usinas controladas por oito grupos e que respondem por cerca de 95% da produção local, é de aumento, neste ano, de pelo menos 18% sobre 2007 no consumo dos laminados planos. A produção de aço voltada para a linha branca e setor automotivo deve chegar a 13,2 milhões de toneladas em 2008.
Produção paulista cresce 0,2% O
Sinalizador da Produção Industrial (SPI) de São Paulo subiu 0,2% em dezembro do ano passado ante o mês anterior. Essa é a décima edição do indicador mensal, elaborado por meio de parceria entre a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a AES Eletropaulo. O objetivo do indicador é antecipar tendências da atividade industrial no estado. A queda de 0,2% ocorrida no último mês de novembro
no sinalizador foi uma espécie de previsão antecipada, fornecida pelas duas instituições – assim como o aumento de 0,2% divulgado ontem. A FGV e a Eletropaulo esclareceram que, em novembro, o SPI teve, na verdade, redução de 1,6%. Portanto, a taxa de elevação referente a dezembro, divulgada ontem, também está sujeita a atualizações no próximo anúncio do SPI. Em comunicado, as institui-
ções afirmaram que o resultado "indica uma leve reversão do ritmo da atividade econômica na indústria paulista após a redução de 1,6% verificada no mês anterior". Em termos acumulados, nos 12 meses anteriores a dezembro de 2007, a taxa de crescimento da indústria paulista alcançaria 6,3%, superior à de 5,6% registrada até novembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (AE)
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira,16 de janeiro de 2008
7 Restrição ao trânsito de motos nas marginais Pinheiros e Tietê será por tempo indeterminado.
Novas regras para motos em São Paulo Fotos: Rubens Cavallari/Folha Imagem
Avenida 23 de Maio terá faixa exclusiva nos dois sentidos, em caráter experimental. Nas marginais, motociclistas não poderão circular nas pistas expressas. Rejane Tamoto
O
Trânsito na marginal Tietê: objetivo das novas medidas no tráfego é evitar acidentes com motociclistas
Febre amarela: número de mortos sobe para cinco
S
ubiu para seis o número de casos confirmados de febre amarela silvestre no País, dos quais cinco resultaram em mortes. Com esse resultado, o registro acumulado ao longo da primeira quinzena de janeiro já é igual ao de todas as ocorrências de 2007. O Ministério da Saúde recebeu ontem a comprovação laboratorial de três pacientes: o espanhol Salvador Peres de la Cal, de 41 anos; Maria Geraldina Siqueira, de 63 anos; e Almir Rodrigues da Cunha, de 47 anos. Desse grupo, cinco pacientes morreram. Apenas uma mulher hospitalizada em São Paulo conseguiu se recuperar. O Ministério da Saúde recebeu também informação de suspeita de mais um caso, na cidade de Aruanã, em Goiás. As três confirmações registradas ontem referem-se a contaminações ocorridas na re g i ã o C e n t ro - O e s t e . N enhum deles era vacinado. Atualmente, 15 casos continuam sob investigação. Desmatamento - O desmatamento intenso, a urbanização desordenada e as conseqüentes mudanças climáticas
decorrentes de todo o processo colaboram para que doenças como a febre amarela se alastrem não só no Brasil, mas também em um grande núm e ro d e p a í s e s e m t o d o o mundo. A afirmação é do médico epidemiologista José Cássio de Moraes, da Santa Casa de São Paulo. O último relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta crescimento não apenas do número de casos de febre amarela, como também de países atingidos pela doença nos últimos 20 anos. "Toda essa mudança do ecossistema, o aquecimento global, chuvas intensas, calor, tudo isso é um facilitador de doenças por vetores", diz Cássio de Moraes. Comércio – Os comerciantes da cidade histórica de Pirenópolis (GO), onde o empresário Graco Abubakir supostamente contraiu a febre amarela que causou sua morte, têm reclamado da queda no movimento no período de férias. Cerca de R$ 700 mil teriam deixado de circular na cidade no último fim de semana, quando a maioria das reservas em hotéis da cidade foi cancelada. (AE)
CRIME NO JAPÃO
A
Ó RBITA
TRÁFICO
A
Polícia Federal prendeu ontem um casal de colombianos com 11,5 quilos de heroína no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. O homem e a mulher, apontados por denúncia anônima, haviam desembarcado de um vôo da Colômbia e traziam a droga costurada em forros de roupas, na bagagem. (AE)
polícia prendeu ontem em Bastos (SP) Edílson Donizete Neves, de 45 anos. Ele é acusado de matar três pessoas no Japão, em 2006. Ele vivia em uma chácara com nome falso. Neves estrangulou a namorada, Sônia Aparecida Ferreira Sampaio Misaki, de 41 anos, e os dois filhos dela, Hiroaki Misaki, de 15 anos, e Hiroyuki Misaki, de 10 anos. Os crimes aconteceram na cidade japonesa de Yaizu, onde o assassino trabalhava em uma indústria de beneficiamento de peixes. Após o crime, ele fugiu para o Brasil. (AE)
s motociclistas poderão trafegar em uma faixa exclusiva na avenida 23 de Maio, em um trecho de 2 km, entre os viadutos Tutóia e Pedroso, do dia 21 ao dia 25 deste mês. A faixa será a primeira da esquerda da via, junto ao canteiro, e será delimitada por cones, nos dois sentidos. A faixa vai vigorar de segunda a sexta-feira, entre as 10h e 16h. Esta é a segunda faixa exclusiva para motos. A primeira foi na avenida Sumaré que, ainda em caráter experimental, teve a adesão de 85% a 97% dos motociclistas e está em avaliação pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). A faixa na 23 de Maio, anunciada ontem pelo prefeito Gilberto Kassab, também será experimental e integra um conjunto de ações de segurança para diminuir os acidentes e mortes envolvendo motociclistas na Capital. O prefeito também anunciou a proibição da circulação de motocicletas nas pistas expressas das marginais Pinheiros e Tietê, a partir do dia 11 de fevereiro. A fiscalização ocorrerá nas entradas das pistas e a multa será de R$ 85,00 e quatro pontos na carteira de habilitação. Nas marginais, a medida será por tempo indeterminado. "Estas são soluções para di-
minuir os acidentes envolven- sustentar a família", disse. do motociclistas, que aumenRestrição -Segundo o presitam a cada ano. É uma ação pa- dente da CET, Roberto Scarinra melhorar a segurança e o gella, a restrição nas pistas exconforto para os motociclis- pressas das marginais deve ditas", disse Kassab. minuir este índice, já que nela Acidentes - A 23 de Maio e as circulam mais veículos e camimarginais são as campeãs em nhões de grandes dimensões, acidentes. A estimativa da CET que apresentam pontos cegos é que cada acidente em uma que impedem a visão das motodestas vias, por 15 minutos, gera cicletas. O presidente da Asso3 km de lenticiação Brasileidão. Em 2006, ra de Motocid o s 2 3 1 a c iclistas, que dentes na 23 de reúne 42 mil fiMaio, 130 enliados, Lucas volveram moPimentel, disse tociclistas. que a faixa exmotociclistas Ainda em clusiva é uma morreram em 2006, 35 pesrei vi nd ic aç ão soas morreram antiga da entiacidentes ocorridos de um total de dade, mas atanas marginais 740 acidentes cou a restrição com vítimas nas marginais. Pinheiros e Tietê em em motocicle2006, segundo dados "A faixa na 23 tas nas margide Maio deveda CET. nais. Outro daria ser definitido preocupanva e a restrição te é o aumento nas marginais, de acidentes com vítimas gra- em caráter experimental, e não o ves por mês, que saltou para 72 contrário. Pode haver sobrecarem 2007, ante os 62 mensais no ga de motocicletas nas pistas loano anterior, em média. cais das marginais", alegou. O diretor do pronto-socorro Seta – A CET identificou que de cirurgia do Hospital das 50% dos motoristas e dos motoClínicas, Renato Poggetti, dis- ciclistas não usam a seta para a se que os acidentes envolven- mudança de faixa, o que podedo motociclistas são um pro- ria evitar acidentes. Segundo blema de saúde pública. "O Scaringella, a fiscalização será perfil de motociclistas aciden- intensificada nos próximos 15 tados é jovem, com cerca de 30 dias e, depois, serão aplicadas anos, uma idade em que, pro- multas de R$ 127,69, além de dutivos, eles trabalham para cinco pontos na carteira.
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
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Indicadores Econômicos
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15/1/2008
por cento é a queda do índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, no mês até ontem.
DC
COMÉRCIO
Informe Publicitário FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Fundo
Posição em
P. L. do Fundo
Empresarial LP
11/01/2008
27.635.577,70
Esher LP Hope LP JCP-SUL LP Master Recebíveis LP Milligan LP Múltiplo LP Odyssey LP Prospecta LP Redfactor LP Valecred LP
11/01/2008 11/01/2008 11/01/2008 11/01/2008 11/01/2008 11/01/2008 11/01/2008 11/01/2008 11/01/2008 11/01/2008
22.138.007,88 14.565.477,10 1.972.509,21 2.083.947,36 48.954,25 16.824.868,75 1.993.271,90 1.494.721,53 13.277.352,48 5.309.654,81
Tipo Subordinada Sr 1ª emissão Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Sub - Classe A
Vlr Cota Sub 1.701,912394 783,166733 1.156,467334 1.300,190201 1.144,659689 1.297,677325 979,085000 1.550,433597 986,543800 971,990729 1.221,326839 1.047,854331
% rent. mês 1,7059% 0,3683% 3,4269% 0,8473% 0,7254% -2,4010% -2,0915% 0,2740% -1,0652% 2,1140% 0,6735% 0,4018%
% ano 1,71% 0,37% 3,43% 0,85% 0,73% -2,40% -2,09% 0,27% -1,07% 2,11% 0,67% 0,40%
Tipo Sr 2ª emissão Sr 3ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sub - Classe B
Vlr Cota Sr 1.048,387006 1.018,434062 1.038,422400 1.078,057600 1.034,370840 1.294,134646 1.000,000000 1.021,867139 1.051,481446 275,800480
% rent. mês 0,3851% 0,3851% 0,3683% 0,3750% 0,3515% 0,3683% 0,0000% 0,3851% 0,3851% 2,0432%
% ano 0,39% 0,39% 0,37% 0,38% 0,35% 0,37% 0,00% 0,39% 0,39% 2,04%
rating A+(Austin) BBB(Austin) AA-(Austin) AA-(Austin) A+(Austin) A (Austin) A+(Austin) A- (Austin) A- (Austin) AA(Austin) A(Austin)
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Ambiente Educação Clima Saúde
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira,16 de janeiro de 2008 Werther Santana/AE
Ladrões derrubaram portão com um caminhãoguincho, que foi baleado pelos seguranças.
KASSAB PROMETE MAIS PISCINÕES
Chuvas afastam risco de racionamento Temporais que caíram no Estado nas últimas semanas contribuíram para melhorar a situação dos mananciais que abastecem a população da Grande São Paulo Davi Franzon
A
região metropolitana de São Paulo não corre risco de enfrentar racionamento de água nos próximos meses. Pelo menos é o que prometem os técnicos da Sabesp, que garantem não existir qualquer possibilidade de rodízio no abastecimento dos 17 milhões de habitantes. Responsável pelo monitoramento das seis principais reservas da região (veja quadro abaixo), a Sabesp informa que o atual índice de armazenamento, cuja média é de 30%, é sufi-
ciente para manter o fornecimento durante o verão. Para a empresa, os bons índices pluviométricos registrados desde outubro de 2007, com média mensal de 45 milímetros cúbicos, garantiram a recuperação das represas e, com as primeiras chuvas de janeiro, os reservatórios estão com níveis satisfatórios. A Sabesp lembrou que, em janeiro de 2003, o índice no sistema Cantareira chegou a apenas 2,06% de sua capacidade. Ainda assim, não houve racionamento naquele ano. Ontem, o reservatório estava com 33,5% de sua capacidade. As fortes chuvas dos últimos
dias, que registram índice de 127,2 milímetros cúbicos – quase a metade da média para janeiro, de 254 milímetros – também afastaram a possibilidade de falta de água. Para o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), as chuvas de janeiro foram as responsáveis pela elevação nos reservatórios do sistema Alto Tietê, que ontem estava com 43,3% de sua capacidade. O sistema acumula 311 milhões de metros cúbicos de água, nível considerado suficiente para atender as cerca de 4 milhões de pessoas atendidas pelo sistema. Saldo - O prefeito Gilberto Kassab avaliou ontem como "positivo" o saldo das fortes chuvas dos últimos dias. Kassab lembrou que a cidade sofreu com os pontos de alagamentos, mas ressaltou que as precipitações afastam a possibilidade de racionamento. Durante entrevista à rádio Jovem Pan, ontem, Kassab afirmou que que a Prefeitura trabalha para reduzir os problemas deixados pelos alagamentos. Entre as medidas tomadas estão a limpeza de bocas-delobo, coleta de lixo em áreas de risco e a construção de piscinões, além da manutenção dos que já existem.
Werther Santana/AE
Caminhão-guincho utilizado pelos bandidos foi crivado de balas pelos seguranças da empresa de valores
Ação na Protege acaba em tiroteio
C
erca de 30 homens armados com fuzis tentaram assaltar, anteontem à noite, a empresa de transporte de valores Protege, em Santo André, na Grande São Paulo. Segundo a polícia, nada foi levado pelos bandidos, que trocaram tiros com seguranças da empresa. Uma funcionária foi baleada no braço. Por volta das 22h, o portão da Protege foi derrubado pelos bandidos com a ajuda de um caminhão-guincho. Outros
quatro criminosos, armados, renderam uma van com funcionários que saíam de um dos turnos. Na hora da ação, vinte pessoas estavam na Protege. Os seguranças da empresa, após a entrada do guincho, começaram a disparar contra os bandidos, que fugiram antes da chegada da polícia. A cabine do caminhão-guincho ficou totalmente crivada de balas. No tiroteiro, um veículo da equipe de segurança também foi atingido. Funcionários fo-
ram retirados do local em estado de choque. Os bandidos fugiram e, até ontem à noite, ninguém havia sido capturado. Em setembro do ano passado, entre 20 e 40 homens assaltaram a sede da Protege, na Barra Funda, zona oeste. Eles utilizaram explosivos de uso exclusivo das Forças Armadas e levaram cerca de R$ 15 milhões em dinheiro. Na fuga, dois supostos criminosos foram mortos. Até o momento, R$ 4 milhões foram recuperados. (Agências)
Fernando Donasci/Folha Imagem
No fim do dia foram registrados 17 pontos de alagamento em toda a cidade. Houve queda de granizo.
E A ÁGUA NÃO PÁRA O
s temporais voltaram a castigar a cidade ontem. Na zona norte choveu granizo no fim do dia. Os bairros mais atingidos foram a Freguesia do Ó e Limão. Também houve registro de granizo nas cidades de Barueri e Osasco.
No início da noite, o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) registrou 17 pontos de alagamento na Capital. O ponto mais crítico formou-se na avenida Antônio Munhoz Bonilha, próximo à avenida Nossa Se-
nhora do Ó. O trânsito ficou complicado também na avenida Hermano Marchetti e em alguns trechos da marginal Tietê, na altura da ponte da Freguesia do Ó. O CGE decretou estado de atenção em toda a cidade. (Agências)
quarta-feira,16 de janeiro de 2008
Empresas Finanças Nacional Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3
49,7
PERCEPÇÃO DE CORRUPÇÃO É ALTA
bilhões de dólares foi o superávit do agronegócio brasileiro no ano passado
KÁTIA DE ABREU ACHA QUE DINHEIRO PARA O BNDES FINANCIARIA A COMPRA DA BRT PELA OI/TELEMAR
SENADORA SUSPEITA DE EMPRÉSTIMO
A
Ailton de Freitas/Agencia O Globo
Kátia de Abreu ingressa com uma Adin no Supremo Tribunal Federal contra a ajuda ao banco de fomento
senadora Kátia Abreu (DEM-TO) lançou suspeitas sobre a operação de empréstimo de R$ 12,5 bilhões do superávit primário para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ontem, ela afirmou que é possível que o reforço de caixa do banco de fomento tenha sido pensado pelo governo para financiar a compra da Brasil Telecom (BrT) pela Oi/Telemar. Ao citar o montante envolvido na eventual compra da BrT – próximo de R$ 5 bilhões –, ela disse que o baixo nível de caixa do BNDES faz com que seja necessário dar mais recursos ao banco para que possa financiar grandes operações, como a que se desenha no segmento de telecomunicações. "A operação é de R$ 4,8 bilhões, e eles colocam R$ 12,5 bilhões para disfarçar. Eles não colocariam o número certinho", afirmou. Antes de entrar com Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF)
contra a Medida Provisória 414, que definiu o empréstimo para o BNDES, a senadora avaliou que se a oposição conseguir derrubar a MP, possivelmente a operação entre a BrT e a Oi/Telemar terá de ser adiada por falta de financiamento. "Acho complicado, porque o BNDES não tem condições de financiar, no momento", disse Kátia Abreu. Antes de protocolar a Adin no STF, a senadora disse que o governo tentou maquiar a operação de empréstimo para o BNDES. "Na MP, a operação é um empréstimo, e não uma capitalização. Mas é um empréstimo que nunca será pago. Eles não dizem que é capitalização, porque isso afetaria o superávit primário", afirmou. Kátia Abreu considerou "um desrespeito" a iniciativa do governo de emprestar para o BNDES. Isso porque, no final de 2007, ela propôs ao governo que repassasse para os seus gastos R$ 6 bilhões do superávit primário para compensar parte da queda da arrecadação resultante do fim da Contri-
buição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). A proposta foi rejeitada pela equipe econômica. "O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, atacou brutalmente a idéia", afirmou a senadora do DEM por Tocantins. Int eress e – Se as negociações entre os controladores da Oi (ex-Telemar) e da Brasil Telecom derem certo, poderá surgir uma megaoperadora com capital nacional sob o comando dos empresários Andrade Gutierrez e Carlos Jereissati. O governo não se opõe à idéia e indicou que poderá financiar a operação, por meio do BNDES. O banco estatal, que é um dos controladores da Oi, deverá reduzir sua fatia na empresa. Existe a possibilidade de que parte de suas ações seja vendida para os fundos de pensão, que vão sair da BrT junto com o Citigroup, mas querem elevar sua participação na companhia resultante. Essa nova empresa concorreria com os grupos estrangeiros em operação no País. (Agências)
Brasil tem economia "pouco livre" Emprego bateu recorde, diz Lupi. rupção, que impede o bom funcionamento da economia, piorou em relação ao indicador do ano passado. Outros problemas citados em relação ao Brasil são a falta de respeito à propriedade intelectual, as regras para investimentos diretos e um setor bancário engessado. "Um sistema de impostos confuso, uma estrutura de transporte inadequada e barreiras ao investimento estrangeiro são obstáculos ao crescimento", diz o levantamento. A liberdade econômica do País, segundo o estudo, também é prejudicada pelo tamanho do Estado, que ainda controla boa parte da economia, e pela alta incidência de impostos. O Imposto de Renda de 27,5% para as pessoas de maior rendimento é considerado excessivo. Para o instituto, a alíquota ideal para essa faixa de
rendimentos seria de 15%. Os primeiros – Os países com maior liberdade econômica, de acordo com o Instituto Heritage, são Hong Kong, Cingapura, Irlanda, Austrália, Estados Unidos, Nova Zelândia, Canadá, Chile, Reino Unido e Dinamarca. Entre os 29 países do continente americano avaliados, os Estados Unidos aparecem bem à frente dos demais no conceito de liberdade econômica. Já o Brasil, nesse item específico, vem atrás de países como o México (44º lugar), Peru (55º) e Paraguai (77º). Na metodologia do estudo da Heritage Foundation, quanto mais alta a pontuação, menor a interferência do governo na economia. Na pesquisa do ano passado, o Brasil ficou na 99ª posição no ranking geral de liberdade econômica. (Agências)
Superávit maior no agronegócio
A
s carnes e os grãos puxaram a alta de 18,2% na receita das exportações do agronegócio em 2007, que atingiram US$ 58,41 bilhões, ante US$ 49,42 bilhões em 2006. O País teve superávit recorde no setor agropecuário no ano passado: US$ 49,7 bilhões, 16,4% a mais que os US$ 42,7 bilhões de 2006. Ao dar a informação, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, disse que o volume de exportação cresceu 5,6%, e os preços subiram 12% no mer-
cado internacional. As vendas do complexo soja (grão, farelo e óleo) saltaram 22,3%, para US$ 11,38 bilhões. As exportações de carnes somaram U S $ 11 , 2 9 b i l h õ e s , c o n t r a US$ 8,6 bilhões em 2006, um aumento de 30,7%. Sobre a abertura de mercados para os produtos brasileiros, Stephanes citou os países que podem aumentar as compras em 2008: Malásia, Filipinas, México e China, além da União Européia. O aumento de US$ 2,65 bilhões no faturamento do setor
de carnes decorre da elevação de 15,5% no volume e da alta nos preços da carne bovina (6%), do frango (24%) e da suína (2,9%). O destaque na participação das exportações ficou para o frango, cujo faturamento superou o de bovinos. As exportações de frango ao natural cresceram, entre 2006 e 2007, 44,3%, atingindo US$ 4,2 bilhões. Já as exportações de carne bovina saltaram 11,2% no mesmo período, e as vendas de suínos subiram 18,7%. As importações do agronegócio cresceram 30,2%. (AE)
O
ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, disse ontem que a economia gerou no ano passado "mais de 1,6 milhão" de empregos com carteira assinada. O resultado será conhecido oficialmente amanhã, quando o Ministério do Trabalho divulga os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O recorde do cadastro até agora era o resultado de 2004, quando as empresas privadas criaram 1,523 milhão de empregos formais. A série histórica do Caged foi iniciada em 1992. Lupi disse que o bom desempenho do mercado de trabalho formal no ano passado reflete o crescimento da econoDC
O
Brasil ficou em 101º lugar no ranking das economias mais livres do mundo, feito pelo Instituto Heritage (entidade de tendência conservadora) e pela publicação norte-americana The Wall Street Journal. O ranking, que avaliou 163 nações, é liderado por Hong Kong, considerada a economia mais adaptada à condição de livre mercado – dando liberdade às exportações, à entrada de capitais, ao ingresso de investidores estrangeiros e ao deslocamento de trabalhadores. O índice também leva em conta o nível de corrupção nos países. O Brasil ficou com 55,9 pontos, o que o coloca em um nível considerado pelos responsáveis pelo estudo "relativamente não-livre". No item corrupção, o País aparece na pior posição. De acordo com o instituto, a percepção da cor-
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mia. Até o terceiro trimestre de 2007, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 5,2%. Para o ministro, a expansão econômica em 2008 será superior a 6%. De janeiro a novembro de 2007, os dados do Caged já apontavam para um novo recorde. O resultado acumulado no período somava 1,936 milhão de vagas formais. No mesmo período de 2004, o saldo positivo era de 1,875 milhão de empregos. O mês de de-
zembro, entretanto, normalmente registra saldo negativo na geração de empregos, que tende a puxar para baixo o dado acumulado até novembro. O aumento das dispensas no último mês do ano é provocado pela redução de produção da indústria. Até novembro, todos os setores da economia geraram mais postos de trabalho com carteira assinada, mas tiveram destaque a construção civil e o setor de serviços. (AE) SECRETARIA DO VERDE E MEIO AMBIENTE
COMUNICADO DE LICITAÇÃO TOMADA DE PREÇOS Nº 001/SVMA/2008 PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 2007-0.190.433-6 OBJETO: Contratação de empresa, organização e/ou entidade, com equipe multidisciplinar, para subsidiar a equipe técnica da Divisão Técnica de Unidades de Conservação e Proteção da Biodiversidade na atualização e consolidação do Diagnóstico Sócio Ambiental da APA CapivariMonos, através de serviços de sistematização e produção de informações, conforme Termo de Referência - ANEXO I, integrante deste Edital. Informamos aos interessados em participar do certame supracitado que: ENTREGA DOS ENVELOPES 1 e 2 e da Declaração de Cumprimento das Condições de Habilitação da licitação em epígrafe, na Seção Técnica de Licitações - SGA-13 da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, na Rua do Paraíso, nº 387, 8º andar, até às 10:00 horas do dia 01 de FEVEREIRO de 2008. SESSÃO DE ABERTURA DO CERTAME, será no auditório da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, na Rua do Paraíso, nº 387, 11º andar, às 10:30 horas, do dia 01 de FEVEREIRO de 2008. As não cadastradas deverão entregar a documentação de habilitação até o 3º dia que anteceder a abertura do certame em SGA-13, situada na Rua do Paraíso, nº 387/389, 8º andar, Paraíso, nesta Capital, das 09:00 às 17:00 horas. O edital e anexos poderão ser retirados pelo endereço eletrônico http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br/ ou mediante a entrega de 1 CD ROM novo na Seção Técnica de Licitações desta Secretaria, à Rua do Paraíso, 387/389 - 8º andar, no horário das 09:00 às 17:00 horas, tel. 3372-2261/3372-2262 e fax 3372-2270.
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira,16 de janeiro de 2008
RISCOS PARA A CREDIBILIDADE DO PROGRAMA
Não consigo saber o que aconteceu. Estou me sentindo enganada. Eliane Tieppo, consumidora
FALHAS NO SISTEMA DA FAZENDA IMPEDEM CONTRIBUINTES DE SABER QUANTO RECEBERÃO DE VOLTA
O INEXPLICÁVEL SUMIÇO DOS CRÉDITOS Paulo Pampolin/Hype
Adriana David
C
adê meus créditos? Muitos consumidores que solicitaram a Nota Fiscal Paulista (NFP) têm feito essa pergunta. A NFP integra o Programa de Estímulo à Cidadania Fiscal, da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (SefazSP), instituído pela Lei nº 12.685/07. Desde outubro, quem pede a nota estadual e informa o número do CPF ou o CNPJ ajuda o governo do estado a evitar a sonegação e, ao mesmo tempo, junta créditos – segundo a legislação, 30% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) recolhidos pelo estabelecimento comercial serão devolvidos aos clientes dessa forma. Os créditos poderão ser usados para reduzir o valor do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) ou serem depositados na conta bancária ou no cartão de crédito do contribuinte. Desde outubro, quando a lei entrou em vigor, a assistente administrativa Eliane Tieppo passou a pedir as notas e cupons fiscais com seu CPF. Ela juntou cerca de 40, no valor total de R$ 740. Mas os créditos provenientes dos gastos em restaurantes ainda não apareceram no site da nota fiscal p a u l i s t a ( w w w. n f p . f a z e nda.sp.gov.br). Na página na qual ela verifica os documentos, apenas sete estão registrados.
Eliane: 40 documentos até agora
Desde outubro, Eliane Tieppo pediu notas e cupons fiscais. Mas créditos não estão relacionados no site.
Lá constam os valores das notas, mas não os dos créditos, nem os dos cupons fiscais. A situação destes é de "a calcular". O portal explica de maneira confusa como serão gerados os créditos, salientando serem necessárias algumas semanas para realização dos cálculos e publicação no site para consul-
ta. A total falta de informações quanto aos prazos desestimula o consumidor a continuar solicitando os documentos. "Estou me sentindo enganada. Mas não vou me desgastar com isso", diz Eliane. A assessoria de imprensa da Fazenda também não explicou quando os créditos serão cal-
culados nem quando o consumidor saberá quanto conseguiu juntar, apesar das solicitações feitas pelo Diário do Comércio por mais de uma semana. Contrariando todas as evidências, a assessoria insiste na versão de que "o sistema não apresenta problemas". As falhas não se limitam à
Cópia de página do site da NFP
falta de informações sobre os créditos. Eliane afirma ter recebido um aviso, por e-mail, sobre o registro de uma nota fiscal, feito pelo comerciante. Mas ele não consta no site. "Não consigo entender por que o documento não aparece", diz. A assistente administrativa enviou uma reclamação pela
internet, relacionando nota por nota. As respostas, algumas automáticas, não explicam nada e só servem para confundir o consumidor. Uma delas, referente a uma nota fiscal emitida por um restaurante em 28 de outubro diz: "Este contribuinte (CNPJ) não está obrigado a registrar as operações no sistema desta data de emissão da nota fiscal." Em outubro, os proprietários dos restaurantes não conseguiram fazer o Registro Eletrônico do Documento Fiscal (Redf). O fisco estendeu o prazo para 21 de dezembro, no caso das notas emitidas em outubro e novembro. Para os documentos de dezembro, a data limite é 24 de janeiro. A nota de 28 de outubro obtida por Eliane ainda não foi registrada, apesar de o prazo dado pela Secretaria já ter terminado. O caso de Eliane não é o único. A jornalista autora dessa reportagem tem dezenas de cupons e notas fiscais. Apenas duas delas estão discriminadas no site da Fazenda – nenhum cupom fiscal está registrado. Uma terceira foi visualizada nos primeiros dias de janeiro. Depois, sumiu misteriosamente. Mesmo assim, a assessoria de imprensa insiste que "está tudo bem". Para o consultor tributário da Confirp Consultoria Contábil, Welinton Mota, a nota fiscal paulista é "uma boa idéia", mas é preciso corrigir essas falhas para não desestimular os contribuintes.
Paulo Pampolin/Digna Imagens
Welinton Mota, da Confirp: nem toda compra vai gerar créditos.
Confusão com as exceções
D
e acordo com cálculos do consultor da Confirp Welinton Mota, Eliane obteria quase R$ 7 de desconto com os créditos resultantes do gasto de R$ 740 com alimentação desde outubro. "É pouco, mas juntando com outras notas, como os de DVDs, supermercados e combustível, vou conseguir mais ao fim de um ano", diz ela. Os consumidores não sabem que as despesas com alguns itens, a exemplo de artigos de higiene, limpeza e gasolina, não geram créditos. Isso ocorre porque o ICMS desses produtos é recolhido pelo sistema de substituição tributária. Ou seja, o imposto de toda a cadeia é pago pela indústria. Além disso, os créditos são menores quando a compra é
feita em estabelecimentos optantes do Simples Nacional – eles pagam menos impostos e, portanto, o montante do ICMS a ser recolhido é menor. Para o presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo (Sescon-SP), José Maria Chapina Alcazar, isso pode provocar uma concorrência desleal entre companhias de diferentes regimes tributários. Os consumidores reclamam do mau atendimento nos restaurantes quando pedem a nota. Segundo eles, os funcionários fazem cara feia ou demoram a fornecê-la. Mas a Secretaria da Fazenda reitera: o estabelecimento é obrigado a fornecer o documento fiscal com o CPF do cliente sempre que solicitado. (AD)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira,16 de janeiro de 2008
9 Proposta é desenvolver o artista que existe em cada um desses jovens Susana Yamauchi, coordenadora do Fábricas
MÚSICA PARA DERRUBAR BARREIRAS Projeto Fábricas da Cultura, que nasceu de uma parceria com a Prefeitura de São Paulo e 34 ONGs, quer ampliar as oportunidades para jovens carentes Paula Cunha
B
aseado no balé Petrushka, do compositor russo Igor Stravinsky (1882-1971), o espetáculo musical Pedrinho Luz, em cartaz no Centro Educacional Unificado (CEU) Casa Blanca, no Jardim São Luiz, zona sul da cidade, parece mais uma apresentação como tantas na cidade. Todavia, por trás de toda sua coreografia, que é apresentada por jovens dançarinos carentes com idade entre 14 e 19 anos, está o Projeto social Fábricas da Cultura, criado pela Secretaria Estadual de Cultura em parceria com a Prefeitura de São Paulo e mais 34 Organizações NãoGovernamentais (ONGs). A associação do espetáculo com a famosa obra de Stravinsky não foi feita ao acaso. Assim como o compositor russo, que em Petrushka deu vida, com a música, a um fantoche, o Fábricas da Cultura tem como proposta oferecer, por meio da arte, mais vida à população de jo-
vens moradores das chamadas áreas socialmente vulneráveis. Aquelas áreas onde a pobreza é grande e as oportunidades, quase inexistentes. A cessão, por parte da Prefeitura de São Paulo, do espaço dos CEUs ao projeto foi fundamental para sua concretização. Na avaliação do coordenador de produção do Fábricas da Cultura, Luiz Alex Tasso, o trabalho é importante para que os jovens carentes "se reconheçam como cidadãos ao desenvolverem seus projetos artísticos", disse. Descoberta – Pensando nisso, as atividades desenvolvidas dentro do Fábricas da Cultura estimulam a disciplina e a projeção desse público dentro do seu meio social, ao mesmo tempo em que incitam a troca de experiências com outros adolescentes. "Os jovens do núcleo que montou o espetáculo Pedrinho Luz vieram de diversas áreas da cidade. Foram selecionados com a ajuda
A DANÇA MUDOU A VIDA DE DOIS JOVENS
T
amires Souza dos Santos, de 18 anos, dança desde os cinco. Mas as oportunidades de levar adiante esse dom foram poucas. Agora, ela diz que chegou a hora. "Este é o momento de agarrar esta oportunidade", diz ela definindo o Fábricas da Cultura. Para a jovem, o projeto é importante porque permitiu a formação dos primeiros grupos de dança de moradores da periferia. Tamires mostra que demonstra experiência quando fala de sua trajetória. A mãe, que trabalha como empregada doméstica, montou um grupo de dança com as seis filhas e começou a dançar em um centro cultural da prefeitura de Diadema, onde moram. A descoberta da dança como vocação veio em 2002 quando começou a apresentar as coreografias que criava em diversas escolas. Seu grupo de dança começou a viajar e participou de um festival na Coréia do Sul, em 2007. O Fábricas da Cultura reforçou a vocação de Tamires. em 2008, ela fará um curso de dança clássica. Quer entrar para uma companhia de dança maior. Buscar o autoconhecimento e descobrir, por meio da dança e das artes, o trabalho em grupo e sua vocação é o objetivo de Magno Henrique, de 17 anos, morador do Jardim Ângela, na zona sul da cidade. Magno já havia participado do projeto Cidadança, do dançarino
Ivaldo Bertazzo. "No começo, tinha um pouco de preconceito contra a dança, mas com ela aprendi a importância de cuidar do corpo e entendi que posso me expressar por meio dele". Magno já participou de três peças e fez parte da oficina de teatro de um projeto denominado Redescobrindo o Adolescente na
Tamires: grande oportunidade
Comunidade (RAC), quando tinha 15 anos. "Entrei para o RAC para perder a timidez", diz. Antes do Cidadança, o jovem baiano que chegou em São Paulo há quatro anos nunca havia participado de nenhum projeto cultural. "Projetos como o Fábricas da Cultura são muito importantes porque é a partir deles que haverá mudanças sociais". (PC)
Fotos de César Diniz/Hype
de ONGs que já atuam nessa áreas há algum tempo e que portanto conhecem seus moradores. Cada núcleo tem atividades semanais em um CEU", diz a assistente social do projeto Lígia Labate Frugis. A coordenadora do núcleo Pedrinho Luz, Susana Yamauchi, completa dizendo que o espetáculo tem a proposta de desenvolver o artista que existe em cada jovem. Para isso eles são estimulados a criar as coreografias e muitos deles estão descobrindo sua vocação, como Tamires, de 18 anos, e Magno, de 17 (ver matéria abaixo). As áreas de atuação do Fábricas foram escolhidas com base em uma pesquisa da Fundação Seade que identificou os locais com os maiores índices de vulnerabilidade social. A gestora do CEU, Marlene de Moraes Zillig, se diz satisfeita com a parceria com o Fábricas de Cultura. Em sua opinião, o projeto tem um objetivo educativo e de integração bem estruturado e vai de encontro à proposta de inclusão com que os CEUs foram criados. "É gratificante ver que esses jovens se encontraram", disse. Para Marlene, o público também ganha com o projeto, já que há pessoas que freqüentam os CEUs e nunca haviam visto um espetáculo artístico. Laércio Gonçalves de Oliveira, que mora no Jardim Novo Santo Amaro, próximo a Piraporinha, no extremo Sul da capital paulista é um deles. Apesar de participar do projeto Fábricas da Cultura, nunca tinha assistido a um espetáculo teatral. "Já fui ao cinema uma vez, mas a sensação de ver um espetáculo no teatro é incrível. O espaço é grande e muito bonito. Vendo isso, acho que é isso que quero para a minha vida profissional". Segundo os coordenadores do Fábricas da Cultura, o projeto não nenhum caráter profissionalizante. Visa, sim, despertar o potencial artístico de jovens sem nenhuma oportunidade e, com esse potencial, que ampliem sua autoestima. Em 2008, diz Marlene Zillig, serão construídos três Centros Fábricas de Cultura na cidade de São Paulo. Também está prevista, diz ela, uma parceria com o Projeto Guri, ligado ao governo do Estado e que também trabalha com jovens. A parceria teria o objetivo de montar um programa de musicalização infantil.
Apresentação do balé Pedrinho Luz (fotos acima e à esquerda), o primeiro dentro do Projeto Fábricas da Cultura, reuniu jovens carentes de várias áreas da cidade de São Paulo.
quarta-feira,16 de janeiro de 2008
Nacional Finanças Empresas Estilo
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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75
FERRARI REDUZIRÁ EMISSÃO DE POLUENTES
por cento é a redução de impostos estaduais oferecida pelo governo paulista para a Symetrix
Yuriko Nakao/Reuters
PILHA RECORDE –
Geof Robins/AFP
Uso de transgênicos aparece em rótulos
O
Ferrari lança modelo movido a etanol Ferrari apresentou no Salão de Detroit uma A versão movida a etanol. A
empresa está se comprometendo a reduzir em 40% as emissões dos escapamentos de seus carros míticos até 2012. O modelo escolhido pela Ferrari para inaugurar seu motor alimentado pelo biocombustível foi o F430 Spider. A empresa garante
que ele emitirá 5% a menos de CO2 e que, ainda assim, sua potência aumentará 10%. Outros modelos também serão vendidos ainda neste ano com motores a etanol. Na Itália, a Ferrari anunciou que as vendas de seus modelos aumentaram 14% em 2007. No total, 6,4 mil carros foram vendidos nos últimos 12 meses.
Cade pede venda da Cintra pela Ambev
A
s Secretarias de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, e de Acompanhamento Econômico (Seae), do Ministério da Fazenda, pediram ontem ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que aprove com restrições a compra da cervejaria Cintra pela Ambev. O negócio foi anunciado em abril de 2007 e ainda não foi julgado pelo órgão responsável pela defesa da concorrência. As secretarias informaram que recomendaram ao Cade que determine à Ambev a venda da marca Cintra e de sua rede de distribuição, por preço de mercado, a um terceiro competidor. (AE)
Alan Marques/Folha Imagem
Marcelo Teixeira, presidente da empresa: projeto tem quatro anos.
Estados disputam fábrica de chips Americana Symetrix vai implantar fábrica no Brasil
A
Symetrix Corpora- do há quatro anos, segundo o tion, empresa ameri- presidente da Symetrix do Bracana que tem entre sil, Marcelo Teixeira. O negócio se tornou mais seus donos um brasileiro, investirá US$ 1 bilhão na cons- viável, segundo Teixeira, detrução de uma fábrica de semi- pois da edição de um decreto condutores (chips) no Brasil, presidencial, em outubro de com recursos próprios e de in- 2007, que isenta as fábricas de vestidores, entre eles um gru- semicondutores de todos os po australiano. Não está des- impostos federais, inclusive cartada ajuda de Imposto de do Banco NaRenda. Segund o Te i x e i r a , cional de Desenvolvimentambém há inc e n t i v o s f i sto Econômico e Social (BNcais nos três estados, com D E S ) . A e mbilhão de dólares presa pretenredução de será o investimento 9 7 % d o s i md e a l c a n ç a r, no prazo de p o s t o s e s t ada Symetrix na duais no Rio cinco anos, faconstrução de turamento de Janeiro e de 75% em São anual de US$ 1 fábrica. P a u l o e P e rbilhão. nambuco. O presidenA fábrica, que terá 700 funte mundial da Symetrix, Carlos Paz de Araújo, disse ontem, ao cionários, será usada para a anunciar o negócio, que em 90 produção de cartões inteligendias a unidade física da fábrica tes. Nesses cartões, conhecicomeçará a ser construída. Ain- dos como smart cards, o chip da não está definido o local de não é aparente, e a memória instalação, mas três estados que registra os dados é altadisputam o direito de ter a sede mente resistente. A tecnologia da fábrica: São Paulo, Rio de Ja- da Symetrix pode ser usada em neiro e Pernambuco. A cons- cartões de saúde, de fidelidatrução da fábrica no Brasil é um de, carteiras de motorista e de projeto que vem sendo estuda- estudante. (AE)
1
s primeiros produtos com rótulos que identificam o uso de transgênicos em seu preparo já começaram a chegar às gôndolas dos supermercados. A lei que que obriga os fabricantes de alimentos a incluir no rótulo o símbolo de "geneticamente modificado" entrou em vigor em 2004. O óleo da marca Soya, fabricado pela Bunge, já traz o aviso: Produto produzido a partir de soja transgênica. Em 2005, o Greenpeace havia denunciado que a soja usada pelas empresas Bunge e Cargill (fabricante do óleo Liza) era geneticamente modificada. Em setembro do ano
A
Mais vô os
passado, o Ministério Público de São Paulo apresentou ação civil pública na Justiça exigindo a rotulagem dos dois produtos. De acordo com o decreto 4.680/03, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, conhecido como Lei de Rotulagem, todos os produtos fabricados com mais de 1% de organismos geneticamente modificados devem trazer essa informação no rótulo. A coordenadora afirmou ainda que os consumidores devem ficar atentos aos rótulos: "O símbolo dos transgênicos é um triângulo amarelo com uma letra T em preto no meio."
em Gua
rulhos
Agência Nacion Av ia ç ã o Civ il al de e s t r u t está es (Anac) ur tu que o n a . A A n a c d ção de dando a aplic iz ovo s a u m n ov o Regim - incentivar istema visa Ta r i f á r o uso d io e por oa t aliviar a E s p e c i a l p a r a cie o de forma m erop re s s ã o a n is efia e ro p o t e s o b re o .C rt m e , a o m o n ovo r e g q u e , s e o de Guarulho is, q u e a g ê n c i a e s g t está op u n d o o ó r g ã o, me s e r i a p o s s í v i m a e ra n d o e n n da cap a c id a d o limite vô tar em 150 o to l a uos diário e d e in tal de f ra - lh o s . ( A E ) s p a r a G u a r u-
A Matsushita Electrical Industrial Co., detentora da marca Panasonic, apresentou ontem a certificação no livro dos recordes, o Guiness Book, da pilha Evolta: o produto é considerado o de maior duração de carga do mundo. As pilhas alcalinas serão lançadas no mercado japonês no mês de abril deste ano.
BÚSSOLA
Superleilões
A
s nove rodadas de licitação para exploração de petróleo e gás realizadas no Brasil na última década pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) arrecadaram em bônus para o Tesouro Nacional cerca de R$ 6 bilhões. Somente na última rodada, realizada em novembro do ano passado, a ANP registrou arrecadação superior a R$ 2 bilhões. (AE)
hotel da família Mofarrej, em São Paulo, passará a ser administrado pelo Grupo Espírito Santo, dono da marca Tivoli. O empreendimento, construído no fim dos anos 80 e hoje considerado antiquado para os padrões mundiais da hotelaria de luxo, passará por uma reforma de R$ 15 milhões.
O
s lojas da Casa Santa Luzia e do Pão de Açúcar, em São Paulo, e do supermercado Zona Sul, no Rio, poderão provar, a partir de abril, o primeiro frango 100% orgânico vendido em supermercados. Serão 5 mil unidades de frango congelado – de raça caipira.
A
ciranda@dcomercio.com.br
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
TURISMO - 1
DO
SÃO LUIZ
PARAITINGA
Divulgação
OPÇÕES PARA O FERIADO, COM OU SEM FOLIA Selecionamos dez roteiros por todo o País para quem ainda não escolheu o seu destino no Carnaval. Aproveite as dicas, afinal não dá para ficar parado na festa mais alegre do ano. Pág. 4
Carnaval de marchinhas Fotos: Antônio Paulo Pavone
"Ô, ô, Barbosa, essa curva é perigosa ! Siga em frente nessa linha que eu vou contar para a tia Rosa. Ô, ô, Barbosa, aí que dor no coração. Ô, ô, Barbosa, mete o pé nesse bondão" (Marchinha do Bloco do Barbosa, 1999) Claudio Vieira/Vale Paraibano/AE:
N o Vale do
Paraíba, a 170 quilômetros de São Paulo, esta pacata cidade histórica, repleta de casarões e igrejas coloniais, é palco de um carnaval de rua à moda antiga, movido a folclore regional. Nas redondezas, conheça inúmeras trilhas e cachoeiras e experimente um rafting emocionante nas águas do Rio Paraibuna. Págs 2 e 3
Veja mais imagens desta edição na nossa galeria de fotos virtual no site www.dcomercio.com.br/ galeria/boa viagem_index.htm
Divulgação
A CÉU ABERTO: 15 mil foliões (no topo) devem desfilar diariamente pelo antigo calçamento de pedras, ao som de melodias inspiradas na cultura caipira. O cenário para a passagem da multidão e dos bonecos gigantes é o preservado casario colonial. No entorno da cidade, passeios com aventura – descida de corredeiras e banhos em cachoeiras, como a Cachoeira Grande
DIÁRIO DO COMÉRCIO
2 - TURISMO
Folia à moda antiga anima São Luiz do Paraitinga
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Fotos: Divulgação
Blocos embalados por marchinhas enchem e animam esta simpática cidade do interior Por Antônio Paulo Pavone
P
eida N'água, Pé na Cova, Bebebum, Maria Gasolina, Oreia Seca, Pai do Troço, Cruis Credo, Maricota, Espanta Vaca. Os nomes exóticos, diferentes e originais são marcas registradas dos blocos do carnaval de marchinhas que animam São Luiz do Paraitinga, pacata cidade do interior de São Paulo, com 10 mil habitantes, localizada no Vale do Paraíba. Lugar ideal para quem deseja curtir um carnaval diferente, longe do lugar comum das escolas de samba do eixo RJ-SP e dos trios elétricos de Salvador. Ao contrário do que ocorre na Marquês de Sapucaí ou no
Sambódromo da Avenida Tiradentes, o tríduo momesco caipira não tem celebridades globais desfilando nuas em suntuosos carros alegóricos. A parada toda é embalada apenas pelas singelas melodias que os próprios moradores compõem, inspirados no folclore regional e no ritmo dos carnavais do passado. Funk, pagode, axé e música eletrônica ficam de fora da festa. Quem insistir em outro ritmo recebe vaias e é obrigado a parar. A multidão se espreme nas ruas estreitas e acompanha os blocos pulando da mesma forma alucinada dos foliões do Farol da Barra, em Salvador. Em Luiz do Paraitinga a folia é bem autêntica e preservada, uma manifestação popular nascida da confluência cultu-
ral de três raças: negros, índios e europeus. A presença dos bonecões gigantes João Paulino e Maria Angu, lembra o Carnaval de Olinda, mas é fruto da cultura caipira do Vale do Paraíba. Outro ponto em comum com a pernambucana Olinda é a arquitetura colonial barroca do centro histórico, cenário imponente dos tempos imperiais que serve de fundo para as brincadeiras. Ritmo antigo – A marchinha é um gênero musical popular de ritmo vivo, que imortalizou compositores como Lamartine Babo, considerado seu inventor. Lamartine é autor de sucessos como O Teu Cabelo Não Nega, entre outros. As canções que animam os festejos de São Luiz têm esta linguagem alegre, com musicalidade e letras
Os blocos seguem a programação oficial. A exceção é o Peida N'água, no qual foliões brincam sem roteiro
muito semelhantes às utilizadas pelos grandes compositores do passado – valorizam maliciosamente os costumes e lendas do povo, sem nenhum apelo comercial. Esta, talvez, seja a fórmula do sucesso e do reconhecimento do público. Para o 23º Carnaval de São Luiz do Paraitinga são esperadas cerca de 15 mil
pessoas por dia. A fórmula funcionou tão bem que já está sendo copiada por municípios vizinhos como Taubaté, Guararema e Ubatuba. Programação – Todos os blocos seguem uma programação oficial. O único que teima em fugir às regras é o Peida N'água. Seus integrantes saem para a folia sem nenhum roteiro ou horário. Outro bloco tradicional, este bem organizado, é o do Juca Teles. O Juca se veste com um traje completo, incluindo cartola e tamancos, e convida os festeiros à farra. Os compositores do Bloco
Tradição nas fantasias da multidão, bonecos gigantes e melodias compostas pelos próprios moradores, inspirados nos costumes do interior, dão o tom da festa
da Maricota, com 20 anos de experiência, se inspiram em fatos inéditos para compor suas músicas. Misturam personagens conhecidos com um toque de malícia. É o caso, por exemplo, do pescador que tinha problemas em sua vara. "O evento assumiu a sua verdadeira identidade em 1984, como festa popular de marchinhas e carnaval de rua com bonecões e não parou mais de crescer", disse Eduardo de Oliveira Coelho, chefe do Departamento de Turismo de São Luiz do Paraitinga e um dos responsáveis pela organização do Carnaval local. Uma semana antes da folia, o Festival de Marchinhas Carnavalescas seleciona as músicas que serão tocadas pelos blocos de rua. A tradição vem da década de 1920, quando moradores de fazendas e sítios na zona rural vinham à cidade comemorar a data em bailes de salão antes da missa, na Quarta-feira de Cinzas.
Patrimônio histórico de São Paulo
A
antiga vila que deu origem à cidade de São Luiz do Paraitinga foi fundada em 1769. O nome atual é uma homenagem ao padroeiro local, São Luís, bispo de Tolosa, e ao caudaloso rio que corta o espaço urbano. Paraitinga em tupi-guarani significa "rio de águas claras". O antigo entreposto de tropeiros hoje é conhecido como a Cidade dos Músicos e Cidade Presépio. E tem o privilégio único de promover as suas animadas festas, como o Carnaval e a Festa do Divino, em meio ao maior acervo de arquitetura colonial do Estado de São Paulo. O município tem cerca 90 sobrados, casarões e casas térreas tombados pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephhat), declarados de interesse paisagístico. A sensação é sempre a de túnel do tempo, ou mesmo a de caminhar pelas vielas de uma cidade cenográfica. A expectativa é a de que a qualquer momento avistaremos numa esquina velhos personagens de época, como Santos Dumont, Oswaldo Cruz (o filho mais ilustre da terra) ou Olavo Bilac, andando pelo antigo calçamento de pedras. O coração da cidade, um
Presidente Alencar Burti Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editora Antonella Salem antonellasalem@uol.com.br Sub-editora Lygia Rebello lygiarebello@uol.com.br Chefe de reportagem Arthur Rosa
Fotos: Antônio Paulo Pavone
Coreto e Igreja da Matriz (à esq.); Capela Nossa Senhora das Mercês (ao lado), do século 17; casario que forma o maior acervo colonial do Estado (abaixo); a casa de Oswaldo Cruz, filho ilustre de São Luiz (detalhe); e preparo do cozido, típico da Festa do Divino
grande quadrilátero com um coreto colorido, é a Praça Dr. Oswaldo Cruz. A Igreja da Matriz, dedicada a São Luís de Tolosa, e os sobrados que a cercam foram construídos no século 19, no período áureo do café. Outras duas igrejas integram o patrimônio: a Igreja do Rosário, em estilo gótico e do século 19, e a Capela Nossa Senhora das Mercês, do fim do século 17. Taipa de pilão – A técnica de construção da época usava uma espécie de argamassa rústica, a taipa de pilão, para erguer as paredes externas. As divisórias eram feitas de pau-a-pique. As janelas tipo guilhotina e as portas com bandeiras de ferro chamam a atenção pelos detalhes artesanais. Um dos antigos sobradões abriga hoje a prefeitura e foi construído em
Editor de Fotografia Alex Ribeiro Editor de Arte José Coelho Diagramação Djinani Lima Ilustrações Álvaro Ferreira Filho Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Impressão Diário de S. Paulo
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1859. Em um século e meio quase nada mudou na pracinha de Paraitinga. À noite, aos sábados, os rapazes ainda saem às ruas em seus melhores trajes para fazer a corte às donzelas. É neste ambiente histórico preservado que se misturam de maneira harmoniosa as duas mais importantes manifestações populares do lugar: o Carnaval e a Festa do Divino, que começa sempre numa sexta-feira, no fim do mês de maio. Neste dia é realizada uma novena na Igreja Matriz, onde são bentas as bandeiras dos milhares de fiéis que desfilarão pelas ruas nos dez dias de comemoração. Festa do Divino – No sábado ocorrem as procissões e outros atos litúrgicos. As procissões terminam no Império, uma sala enfeitada, geralmente na Praça da Matriz, onde predomina a cor vermelha, a do Divino. Ali permanecem as bandeiras, o cetro e a coroa que são os símbolos do ritual. A cada ano os fiéis percorrem a zona rural em busca de prendas e comida para a festa. Dezenas
de cabeças de gado são amealhadas para o preparo de um prato típico: o afogado. O cozido é um dos mais conhecidos do cardápio deixado como herança pelos tropeiros. Forte e gorduroso, deve ser provado com uma dose de cachaça. A ponta de filé, acém e courinho de porco são as carnes usadas. Elas cozinham em fogo brando entre 8 a 10 horas. Vai à mesa em prato forrado com farinha de mandioca, que adicionada a um molho especial forma um grosso pirão. Um dos pontos altos da Festa do Divino é a distribuição do afogado. Os organizadores preparam um ensopado gigante, feito com a carne de 20 vacas – gratuito a todos os participantes. A devoção litúrgica impressiona. As rezas da novena são sempre celebradas às 19h. As bandeiras tremulam durante o cortejo, que segue do Império à Igreja Matriz. Após a celebração, fazem o caminho inverso, seguindo por um roteiro diferente a cada dia. Os devotos são acompanhados pela banda de
Divulgação
música Folia do Divino. O dia principal da festa é conhecido como Grande Dia. A cidade desperta por volta das seis horas, com o toque da alvorada: banda de música e batuque da congada (dança africana que mescla elementos religiosos e históricos). Há um
revezamento entre as festas e missas. Pau-de-sebo, moçambiques, congadas, brincadeiras com os bonecões João Paulino e Maria Angu, distribuição de doces, cavalhada e brincadeiras de criança, como as corridas de ovo e saco, divertem o povo durante todo o dia. (A.P.P)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
2
Indicadores Econômicos
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
1,14
16/1/2008
por cento foi a alta do dólar comercial ontem. A moeda fechou o dia cotada a R$ 1,773 para venda.
DC
COMÉRCIO
Informe Publicitário FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Fundo
Posição em
P. L. do Fundo
Empresarial LP
14/01/2008
27.879.119,93
Esher LP Hope LP JCP-SUL LP Master Recebíveis LP Milligan LP Múltiplo LP Odyssey LP Prospecta LP Redfactor LP Valecred LP
14/01/2008 14/01/2008 14/01/2008 14/01/2008 14/01/2008 14/01/2008 14/01/2008 14/01/2008 14/01/2008 14/01/2008
18.451.104,22 14.586.775,39 1.974.164,11 1.980.668,64 48.433,22 16.781.523,11 1.988.332,91 1.596.607,82 13.188.911,21 5.313.064,64
Tipo Subordinada Sr 1ª emissão Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Sub - Classe A
Vlr Cota Sub 1.703,722856 783,526345 954,362176 1.302,141100 1.145,689238 1.233,365502 968,664400 1.546,024257 983,129130 974,690871 1.212,015797 1.048,379222
% rent. mês % ano 1,8141% 1,81% 0,4144% 0,41% -14,6480% -14,65% 0,9987% 1,00% 0,8159% 0,82% -7,2380% -7,24% -3,1336% -3,13% -0,0112% -0,01% -1,4077% -1,41% 2,3976% 2,40% -0,0940% -0,09% 0,4521% 0,45%
Tipo Sr 2ª emissão Sr 3ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sub - Classe B
Vlr Cota Sr 1.048,890277 1.018,922946 1.038,899210 1.078,561600 1.034,824200 1.294,728888 1.000,459180 1.022,357678 1.051,986200 276,236928
% rent. mês 0,4333% 0,4333% 0,4144% 0,4219% 0,3955% 0,4144% 0,0459% 0,4333% 0,4333% 2,2046%
% ano 0,43% 0,43% 0,41% 0,42% 0,40% 0,41% 0,05% 0,43% 0,43% 2,20%
rating A+(Austin) BBB(Austin) AA-(Austin) AA-(Austin) A+(Austin) A (Austin) A+(Austin) A- (Austin) A- (Austin) AA(Austin) A(Austin)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Além do casario histórico, São Luiz do Paraitinga preserva belas paisagens naturais e uma importante unidade de conservação ambiental: o Núcleo Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar
TURISMO - 3
Entre trilhas e cachoeiras na Serra do Mar
Fotos: Divulgação
Antônio Paulo Pavone
Trilha do Parapitinga é uma das que não exigem muito esforço físico
A
s escarpas do reverso da Serra do Mar formam vales e montanhas com belas paisagens, onde a Mata Atlântica nativa esconde, nas curvas pedregosas de rios de águas límpidas, dezenas de cachoeiras de variados formatos e tamanhos. O município de São Luiz do Paraitinga conseguiu preservar o seu casario histórico e também está numa posição geográfica privilegiada. O entorno da cidade tem cenários de rara beleza natural e uma importante unidade de conservação ambiental: o Núcleo Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar. Só na área do núcleo estão abertas à visitação cerca de 17 cachoeiras. Para visitálas é preciso consultar a administração do parque ou contratar um guia em operadora local. Nesse mesmo refúgio de fauna e flora também podem ser feitas várias trilhas com graus de dificuldade
diferentes. Entre elas a do Parapitinga, a do Poço do Pito e a do Ipiranga. Durante as caminhadas é possível conviver tranqüilamente com o belo cenário marcado por rochas e rochedos esculpidos por riachos e córregos. Nos vales e recantos mais ermos, cachoeiras formam poços e piscinas naturais de água potável e cristalina. Durante os passeios pelas trilhas do Núcleo Santa Virgínia ainda podem ser vistas árvores raras como cedros, jequitibás, jatobás e ipês. Para os andarilhos – Nada mais gratificante do que sair da poluição da cidade grande, respirar o ar puro da serra e caminhar atentamente pela mata para ver e ouvir o canto das aves. Para os que não apreciam muito desgaste físico, a Trilha do Parapitinga (5.600 metros), que margeia o Rio Paraibuna, é a ideal. O nome Parapitinga vem de uma espécie de peixe que está em extinção e somente é encontrada no Rio Paraibuna.
A Trilha do Poço do Pito (8.000 m), também é tranqüila – não exige muito esforço . Já a do Ipiranga (14.000 m) é recomendável para os caminhantes mais dispostos. Parte do caminho percorre uma antiga estrada usada para a exploração e transporte de madeira nativa. Para os mais radicais, o desafio é fazer a Trilha do Pico do Corcovado (18.000 m), com alto nível de dificuldade. A caminhada é íngreme e leva até um mirante a 1.168 metros de altitude, de onde se avistam as praias de areias alvas e o mar verde do litoral de Ubatuba. Propriedades rurais – Fora do núcleo também existem muitas cachoeiras e trilhas, algumas delas em propriedades rurais situadas nos distritos vizinhos à reserva ambiental. É o caso do Distrito Turístico de Catuçaba. Um desses sítios é o Refúgio 7 Cachoeiras, que oferece hospedagem e inúmeras opções de lazer junto à natureza. Fica bem na
Cachoeira Grande, no município de Lagoinha, exibe uma bela queda de 40 metros de altura
divisa dos municípios de São Luís, Cunha e Ubatuba. Seus proprietários apostaram no turismo sustentável e oferecem aos visitantes um ambiente rústico e agradável, com vista permanente para a Cachoeira das Andorinhas. Desenvolvem ainda ali um programa de reflorestamento e educação ambiental. A Cachoeira Grande está localiza no município de Lagoinha, entre a Serra do Mar e a Serra do QuebraCangalha, a 18 quilômetros de São Luiz do Paraitinga. Formada pelas águas do Rio Pinhal, ela apresenta uma bela queda de 40 metros de altura, com todos os níveis de dificuldade. Depois da subida, para fechar a aventura com chave de ouro, pode-se realizar uma tiroleza de 180 m. (A.P.P.)
Propriedades rurais nos distritos vizinhos reúnem trilhas e cachoeiras Divulgação
O rafting em São Luiz dura duas ou quatro horas
Aventura nas águas do Paraibuna
O Às margens do Rio Paraibuna, a Trilha do Parapitinga abrange 5.600 metros...
... e foi batizada conforme uma espécie de peixe local
RAIO X COMO CHEGAR São Luiz do Paraitinga fica a 170 km de São Paulo. O acesso é pela Rodovia Presidente Dutra ou Ayrton Senna, até chegar a Taubaté, e depois até o km 42,5 da Rodovia Oswaldo Cruz, sentido Ubatuba. ONDE DORMIR Refúgio das 7 Cachoeiras: Estrada do Pinga, km 2,5, Distrito Turístico de Catuçaba, tel. (12) 3671-6201, www.trilhadas7cachoeiras.com. Com apenas nove apartamentos, tem uma vista bacana para a Cachoeira das Andorinhas e é rodeada por montanhas e rios. Simples, mas aconchegante. Diárias sob consulta. Pousada Sertão das Cotias: Rodovia Dr. Oswaldo Cruz, km 42,5, tels. (12) 3671-1318 e 3671-1741, www.pousadasertaodascotias.com.br. Próxima ao centro da cidade. Diárias a partir de R$ 110 o casal, com café da manhã. Pousada Morada dos Curiangos: Estrada do Rio Acima, 3000, tels. (12) 3671-2680 e (11) 5017-0240, www.pousadadoscuriangos.com.br. Localizada na zona rural da cidade, está a três quilômetros do centro, às margens do Rio Paraitinga. Tem uma ampla piscina com deque e hidromassagem. Diárias a partir de R$ 100 o casal com café da manhã. Pousada Ápice: Rua Antônio Benildo Vaz de Campos, 213, tel. (12) 36711724, www.pousadaapice.com.br. Hospedagem simples e um farto e variado café da manhã. Diárias para casal a partir de R$ 50. Barão Hotel: Rua Coronel Domingues de Castro, 193, tels. (12) 36711412 e 3671-1739, Perto do centro histórico da cidade. Na época do Carnaval, suas sacadas se transformam em camarotes para quem quer ver a festança do alto. Diárias para casal a partir R$ 75. ONDE COMER Taperê: Rodovia Abílio Monteiro de Campos, km 10,5, tel. (12) 36716160. Cozinha que valoriza a diversidade dos sabores e a produção
artesanal dos alimentos. Seu objetivo é resgatar as antigas receitas para contribuir com a cultura local. Culinária regional e de novos sabores. Conta com excelente carta de vinhos. Restaurante e Pizzaria Cantinho dos Amigos: Rua Coronel Domingues de Castro, 10, tel. (12) 3671-1466. Comida caseira com grande variedade de pratos típicos, como a 'vaca atolada' e pizzas feitas em forno à lenha. Dá para sentir o clima simples da cidade do interior. Porções fartas. Restaurante Canto da Praça: Rua 31 de Março, 7, tel. (12) 3671-1343. Um dos restaurantes mais tradicionais da cidade, com comidas típicas interioranas e porções caprichadas. FAÇA AS MALAS Núcleo Santa Virgínia: a sede do núcleo fica a 45 km do centro de São Luiz. A área com 4.898 hectares faz parte do Parque Estadual da Serra do Mar e preserva as nascentes e trechos de rios da região responsáveis pelo abastecimento de água do Vale do Paraíba, como o Paraibuna, Ipiranga e Ribeirão Grande. Tem trilhas abertas à visitação, como a da Pirapitinga, que corta trechos de Mata Atlântica preservada, onde é possível ver bromélias, orquídeas e grandes árvores. Tel. (12) 3671-9159. Esportes de Aventura: a Paraitinga Turismo (tel. 12/3671-2691, www.paraitinga.com.br) é uma das mais completas operadoras de ecoturismo da cidade e oferece cerca de 13 opções de passeios e esportes de aventura, como arvorismo, caminhadas, rapel, tirolesa, cicloturismo, luau caipira e visita a um alambique, entre outras. Cachoeira Grande: fica no município vizinho de Lagoinha, a 18 km do centro de São Luiz. No espaço público, estão instaladas uma lanchonete e uma empresa que oferece esportes radicais como o rapel seco e molhado, a R$ 25 e R$ 35, e a tirolesa, a R$ 10. É lá também que ocorre uma festa diferente: o Carnarock. Mais informações pelos tels. (12) 36471250 e (12) 9745-1370, www.cachoeiralagoinha.com.br. Rafting: a Cia. de Rafting (tel. 12/3912-9797) oferece passeios de bote pelo Rio Paraibuna, com duas e quatro horas de duração a partir de R$ 110 por pessoa, incluindo transporte local e equipamento de segurança completo. Carnaval: para o feriado é preciso reservar com antecedência ou ficar em cidade vizinhas, como Taubaté e outras. Confira a programação dos blocos no site www.sãoluizdoparaitinga.sp.gov.br.
rafting (descida de corredeiras a bordo de um bote) é uma boa opção entre os diversos esportes de aventura e atividades junto à natureza preservada na região de São Luiz do Paraitinga. As operadoras locais oferecem o passeio completo. A descida é feita em trechos de corredeiras do Rio Paraibuna, em lugares onde a água ainda é potável. A proximidade com o Núcleo Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar garante um ambiente preservado, nas escarpas do reverso montanhoso por onde corre o rio. É um refúgio de animais e vegetais ameaçados de extinção. O uso de coletes, capacete e outros equipamentos de segurança são obrigatórios. Existem descidas de duas ou quatro horas de duração. A prática do rafting ocorre em fins de semana alternados, para evitar um maior impacto ao meio ambiente. (A.P.P.)
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Empresas Finanças Va r e j o Empreendedores
DIÁRIO DO COMÉRCIO
MAIS VENDAS NO ANO PASSADO E NESTE
3
8,8
por cento foi a alta registrada no uso do cheque neste ano
ENTIDADE SUGERE AO BC TIRAR SAZONALIDADE DO CÁLCULO DO CUSTO DE VIDA PARA JUROS NÃO SUBIREM
ACSP: INFLAÇÃO SEM ALTAS SAZONAIS. Fernanda Pressinott
A
A s s o c i a ç ã o C omercial de São Paulo (ACSP) vai recomendar ao Banco Central (BC) e ao governo federal que, a partir de agora, seja utilizado apenas o núcleo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para estabelecer as metas de inflação e monitorar a situação da taxa básica de juros (Selic). A intenção é tirar do índice as altas sazonais de preços, como a ocorrida com os alimentos em dezembro passado e a provável pressão nos preços energéticos agora. "O banco central dos EUA leva em consideração apenas o núcleo da inflação para baixar ou diminuir os juros. Queremos o mesmo tipo de cálculo aqui", afirma o economista do Instituto Gastão Vidigal, da ACSP, Emílio Alfieri. Por enquanto, porém, a entidade não enviará um ofício ao BC, mas apenas fará um alerta pela imprensa. De acordo com o economista da ACSP, se for levado em consideração todo o IPCA na decisão sobre o patamar da Selic, na próxima ou na segunda reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do ano, vai haver aumento de juros. "O petróleo está subindo e isso faz com que os custos e os preços dos alimentos subam. Além disso, há um risco de aumentos nas tarifas energéticas. Tememos que essas pressões
O banco central dos EUA leva em consideração apenas o núcleo da inflação para baixar ou diminuir os juros. Queremos isso aqui. Emilio Alfieri, economista da ACSP
6,9
por cento de aumento nas consultas foram registrados pelo SCPC na primeira quinzena deste ano sobre igual período de 2007. induzam a manutenção ou o aumento da Selic", afirma o economista. Se os juros subirem, a economia tende a estagnar e o País pode novamente passar por "um crescimento medíocre, um vôo de galinha", diz. Alfieri lembra que a associação foi declarada "órgão de assessoramento técnico do poder público brasileiro" pelo decreto 7.448, de 26 de junho de 1941, e por isso tem a incumbência de fazer recomenda-
ções ao governo. Quinzena – Por enquanto, para o comércio varejista, o ano começou bem, mantendo o mesmo ritmo de vendas do final de 2007. As consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) cresceram 6,9% na primeira quinzena em relação ao mesmo período do ano passado. As consultas ao SCPC Cheque (antigo UseCheque) cresceram 8,8%. Um movimento médio 7,8% maior que o registrado nos primeiros 15 dias de 2007. "Percebemos, entretanto, uma pequena diminuição do crediário e um aumento no uso do cheque entre dezembro de 2007 e janeiro deste ano. Isso ocorreu por conta do fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e das incertezas com o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Porém, a tendência é de que os números do crediário e do cheque voltem a se equilibrar", diz o presidente da ACSP, Alencar Burti. Os registros de dívidas incluídos no cadastro de inadimplentes do SCPC cresceram 11% na primeira quinzena de janeiro sobre igual período de 2007. Os registros cancelados (dívidas excluídas) subiram 11,5%. "O crescimento nos registros recebidos continua sendo um sinal de alerta para o comércio, porém o crescimento maior nos registros cancelados mostra que a inadimplência continua controlada", analisa Burti.
Newton Santos/Hype
Alencar Burti: diminuição do crediário e aumento no uso do cheque entre dezembro de 2007 e este mês
Recorde de vendas em novembro
O
comércio varejista bateu novo recorde de vendas em novembro. A expansão de 9,9% ante igual mês de 2006 representou a maior variação para um mês de novembro desde 2001, quando teve início a série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O varejo acumulou em 11 meses crescimento de 9,7%, também o maior em sete anos. Na comparação com outubro, houve aumento de 1,6%. O técnico da coordenação de serviços e comércio do IBGE, Nilo Lopes, disse que o "extraordinário" aumento das vendas do varejo no acumula-
do de janeiro a novembro do ano passado responde especialmente às boas condições de crédito e ao alongamento de prazos de financiamento. Ele observou que os segmentos com maior crescimento em 2007, de janeiro a novembro, sofrem diretamente o efeito do crédito. São eles equipamentos de informática (27,9%); veículos, motos, partes e peças (23,6%); outros artigos de uso pessoal e doméstico – que incluem brinquedos, óticas e lojas de departamento – (22,4%), e móveis e eletrodomésticos (15,5%). Lopes avalia que, depois do crédito, as importações foram o
principal fator a gerar impacto positivo nas vendas, já que possibilitaram aumento da concorrência e queda de preços. Outro fator citado por ele é o bom desempenho do mercado de trabalho, que sinaliza para a manutenção do emprego, dando segurança para a contratação de financiamentos. Mas, para o analista, o crescimento de novembro ante outubro pode ter refletido antecipação das compras de Natal. Por isso, o resultado de dezembro é uma "incógnita", o que torna difícil garantir que o crescimento das vendas do varejo em 2007 representará um recorde anual. (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4 - TURISMO
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
CARNAVAL
Dez roteiros para curtir o feriado Para quem não decidiu o destino no 1º de fevereiro ainda há tempo. De Salvador a Florianópolis, o DC Boa Viagem selecionou pacotes Fotos: Divulgação
A
ngra dos Reis (RJ): o Novo Frade é o endereço do momento neste destino do litoral fluminense. Entre seus 157 apartamentos, cinco suítes e 16 bangalôs duplex, estão as acomodações projetadas pelo arquiteto Sig Bergamin. Na programação, há desde passeios de barco até mergulho e ecoturismo. Sem falar na festa com uma bateria de escola de samba carioca. O pacote de sete noites (de 1º a 8/2) inclui meia pensão e sai a partir R$ 4.080 por pessoa em apartamento duplo. Tel. 0800/8819500, www.hoteldofrade.com.br. Búzios (RJ): próximo da famosa Rua das Pedras, o Pérola Búzios Design Hotel tem charme de sobra, muitas obras de arte e 60 apartamentos com luxos, como TV de tela plana. Neste Carnaval, o animação está garantida com o show exclusivo de músicos da Vila Isabel e DJ ao vivo na beira da piscina. Cinco noites, com café da manhã incluído, (de 1º a 6/2) custam a partir de R$ R$ 4.440 por casal. Camburi (SP): nesta badalada praia do litoral norte de São Paulo, a Pousada Camburyzinho oferece suítes bem equipadas, com varanda ou hidromassagem. É só escolher. Entre os serviços há internet wireless, além de guarda-sol e garçons na areia. O pacote de cinco dias sai a R$ 1.700 o casal, com café da manhã. Tel. (12) 3865-1276, www.pousadacamburizinho. com.br.
Campos do Jordão (SP): os ares de montanha certamente irão relaxar corpo e mente no feriado. Um dos mais luxuosos da cidade, o Grande Hotel Senac preparou para o feriado matinês com concurso de fantasias e oficina e baile de máscaras. Na programação, haverá um passeio de trem com degustação de espumante e diversos workshops gastronômicos, como os de pizza e coquetelaria. O pacote de 1º a 6/2 custa R$ 4.531, por casal em apartamento duplo, com pensão completa. Tel. 0800/7700790, www.grandehotelsenac.com.br. Florianópolis (SC): a bela ilha catarinense reúne muitas praias, muito agito e diversão. O roteiro de quatro noites da CVC (saída em 1º/2) – com aéreo, hospedagem no Intercity Premium Florianópolis (em apartamento duplo) com café da manhã, traslados e city
Pantanal faz parte do roteiro casado com Bonito, oferecido pela Ambiental Divulgação/Pisa Trekking
Jericoacoara (CE): pela Pisa Trekking, oito dias saem R$ 3.112 por pessoa
tour – sai a partir de R$ 998 por pessoa. Tel. (11) 21918410, www.cvc.com.br. Jericoacoara (CE): e que tal fugir para este pequeno pedaço de "céu" no litoral cearense? O programa de oito dias da Pisa Trekking (com saída dia 1º/2) custa a partir de R$ 3.112 por pessoa. Inclui acomodação na charmosa Pousada Blue Jeri com café da manhã, passagem aérea, traslados, diversos passeios de bugue, caminhada à Pedra Furada e seguro viagem. Tel. (11) 5052-4085, www.pisa.tur.br. Pantanal e Bonito (MS): dois grandes destinos ecológicos no Brasil em uma só viagem: é essa a proposta da Ambiental. Primeiro com cavalgadas e caminhadas em meio a uma bela fazenda pantaneira. Depois, mergulhando nos rios de águas cristalinas de Bonito. Sete dias saem a partir de R$ 2.525 por pessoa (quarto duplo), com traslados, sete refeições, hospedagem com café, passeios com transporte e guias locais, seguro viagem e passagem aérea. Tel. (11) 3818-4600, www.ambiental.tur.br. Salvador (BA): é a meca para quem quer cair na farra baiana. Situado no bairro de Ondina – pertinho do badalado circuito carnavalesco Barra-Ondina, onde ficam os camarotes de Gilberto Gil e Daniela Mercury –, o Hotel Vila Galé Salvador oferece quartos modernos com vista para o mar e excelente área de lazer, com piscina e fitness center, além de hidromassagem ao ar livre. O pacote com passagem aérea e cinco noites de hospedagem (incluindo café da manhã e traslados) sai a partir de R$ 3.757. Tels. 0800286-6606 ou (24) 2103-8282, www.litoralverde.com.br/ vilagalesalvador. Recife (PE): frevo e maracatu vão agitar as ruas da capital pernambucana. O roteiro de cinco dias da CVC (saída em 1º/2) inclui passagem aérea, hospedagem no Hotel Atlante Plaza com café da manhã e traslados e custa a partir de R$ 1.798 por
Viva São Paulo!
J
á que se aproxima o aniversário de São Paulo, aí vai a dica de três novos guias para quem quiser aproveitar a cidade no feriado. Aos amantes das compras, a On Line Editora lançou o Guia Oficial do Brás, que dá um roteiro com mais de 2.800 endereços– de lojas de decoração a moda. A publicação inclui ainda bares, galerias, restaurantes, história do bairro e festas típicas, além
de um mapa. Nos mesmos moldes, o Guia Oficial da 25 de Março chega à sua segunda edição. Reúne 1.200 estabelecimentos comerciais em 96 categorias. Sem falar
nos shopping centers (são 20!), restaurantes e lanchonetes. Da Publifolha, o Guia GLS São Paulo apresenta o calendário turístico da cidade, passeios e programas culturais, clubes noturnos mais badalados, ruas de compras, restaurantes e bares mais amigáveis, uma seleção de meios de hospedagem e até uma lista de expressões e gírias mais usadas no universo gay.
Opção para aproveitar a festa carioca (acima) é o InterContinental Rio. Para o Recife, o pacote da CVC sai por R$ 1.798. Em Salvador, o Hotel Vila Galé (à dir.) fica perto da folia baiana
pessoa em quarto duplo. Tel. (11) 2191-8410, www.cvc.com.br. Rio de Janeiro (RJ): a capital fluminense já está em clima de samba. Localizado na Praia de São Conrado, zona sul da cidade, o Hotel InterContinental Rio garante preços promocionais para um
mínimo de quatro noites. Entre os dias 2 e 6/2, a partir de R$ 4.800 por casal, com até duas crianças de no máximo 12 anos no mesmo quarto, e café da manhã. O hotel tem academia de ginástica, três
piscinas, sauna, serviço na praia e transporte exclusivo por toda a orla e shoppings. Tels. 0800/210722 e (21) 3323-2200, www.rio-de-janeiro.brazil. intercontinental.com.
Brasil atinge 910 vôos semanais para o exterior
O
buraco deixado pela Varig foi superado nos vôos internacionais segundo os dados de janeiro de 2008 compilados pela editoria técnica da PANROTAS, sob os cuidados de Artur Salvador Neto. Este mês, o Brasil tem 910 vôos diretos semanais para o exterior, sendo 457 (50,22%) para a América Latina, 246 (27,03%) para a Europa, 175 (19,23%) para a América do Norte, 20 para a África (2,2%) e 12 para a Ásia (1,32%). Em janeiro de 2007, havia 820 vôos semanais, sendo 55,37% para a América Latina, 22,07% para a Europa, 20,49% para a América do Norte, 1,46% para a África e cinco para a Ásia. Em quantidade de assentos, o quadro percentual muda um pouco. A América Latina continua sendo o principal pólo de vôos (origem e destino, janeiro de 2008), mas com 39,1% da capacidade. A Europa vem com 35,52%, a América do Norte com 20,9%, a África com 2,66% e a Ásia com 1,83%. América Latina – O principal destino dos vôos internacionais com origem no Brasil inclui ligações diretas para Assunção, Bogotá, Buenos Aires (201, maior número), Caracas, Cayenne, Ciudad del Este, Córdoba, Curaçao, Georgetown, Lima, Montevidéu, Panamá, Paramaribo, Punta del Este, Rosário, Santa Cruz de la Sierra e Santiago (segundo colocado em quantidade de vôos, 67). A região ganhou vôos como os de Ciudad del Este, Curaçao e Punta del Este, mas os dos principais destinos/emissores perderam vôos em relação a janeiro de 2007: Buenos Aires tinha 212 no ano passado e Santiago 67. A região fechou janeiro de 2007 com 454, chegou a 457 em janeiro deste ano. Europa – O salto da Europa foi bem maior. Eram 181 vôos em janeiro de 2007 e 246 este ano. Hoje há vôos para Amsterdã (sete), Frankfurt (28 – eram 14 em janeiro de 2007), Lisboa (55 contra 46), Londres (23 contra 27), Madri (43 contra 29), Milão (14 contra sete), Munique (sete), Paris (56 contra 42), Porto (seis) e Zurique (sete). América do Norte – Para os Estados Unidos, México e Canadá, poucas mudanças. Havia 168 vôos e hoje há 175. Atlanta perdeu três vôos, o México ganhou dez, daí a diferença de sete vôos. Destinos como Nova York (35, incluindo Newark) e Miami (61) não tiveram alterações, mostrando esgotamento de capacidade.
Aeroportos no Brasil – São Paulo lidera com folga entre as cidades brasileiras com mais vôos para o exterior: 581, contra 533 em janeiro de 2007. Depois vem o Rio com 159 (crescimento em relação aos 124 de 2007), Porto Alegre com 51, Manaus com 26, Florianópolis com 18, Salvador com 16, Fortaleza com 14, Belém com nove, Recife com oito, Cuiabá e Curitiba com sete, Brasília com seis e Natal e Campo Grande com cinco cada. Boa Vista tem três e Cabo Frio estreou com dois vôos semanais. Macapá e Porto Seguro saíram da lista. TAM e Gol têm 92% do mercado doméstico A TAM, com 48,86%, e o grupo Gol, com 43,02% (39,56% da Gol e 3,46% da Varig), dominaram o mercado doméstico brasileiro em 2007, segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). No geral, a oferta doméstica aumentou 16,3% no ano passado, em relação a 2006, e o transporte de passageiro subiu 11,9%, chegando a 44,4 milhões de passageiros por km pago. Depois de TAM, Gol e Varig, a BRA, mesmo tendo parado as operações em novembro, veio em quarto lugar com 2,81%. A OceanAir teve 2,43% de share, praticamente o dobro do ano anterior. A Webjet ficou com 0,77%, a Total com 0,53%, a Trip com 0,47%, a Rico com 0,36% e a Taf com 0,33%. No internacional, contando só as empresas brasileiras, a TAM teve 64,49% (contra 37,52%), a Gol 14,2%, a Varig 13,06% (contra 50,16% da antiga Varig) e a BRA ficou com 4,74%. Somente levando em conta os dados de dezembro, no doméstico a TAM teve share de 48,61%, a Gol 41,16% e a Varig 3,41%. A Webjet conseguiu passar de 1% (1,09%), e a Ocean Air quase chegou a 4% (3,79%). No internacional de dezembro a Gol teve 11,12% entre os passageiros transportados (queda em relação aos 14,49% do mesmo mês no ano anterior). A TAM cresceu um ponto para 69,96% e a Varig conseguiu 17,64%. A OceanAir chegou a 1%. Somente entre as nacionais. Também em dezembro, a oferta da Gol internacional foi de 11,16% do total das nacionais, a TAM 63,96% e a Varig 22,18%. Mais informações sobre o Panrotas Corporativo no site www.panrotas.com.br. Assinaturas pelo tel. (11) 6764-4816 ou 6764-4800, e-mail assinaturas@panrotas.com.br.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Ambiente Educação Urbanismo Saúde
DIÁRIO DO COMÉRCIO
9
Armando Fávaro/AE 02.04.2002
Museu afirma que vai analisar as exigências de segurança, pois o prédio é tombado.
MASP NÃO TEM ALVARÁ
Promotoria pede fechamento do Masp por não oferecer segurança ao público Filipe Araújo/AE 21.12.2007
Vistoria do Corpo de Bombeiros aponta falta de extintores, hidrantes e saídas de emergência. Para o Ministério Público, ausência de equipamentos coloca em risco a vida dos visitantes e o acervo da instituição.
O
Masp, que teve interdição solicitada ontem pela promotoria de Meio Ambiente, depois de uma vistoria realizada pelo Corpo de Bombeiros
Polícia ainda caça terceiro suspeito Moisés Lima Sobrinho é apontado na investigação como o elo entre os outros ladrões e o mandante do crime
A
polícia paulista ainda procura o terceiro suspeito de ter participado do furto de duas telas do Masp, avaliadas em R$ 100 milhões e recuperadas na semana passada. Reaberto na última sextafeira, o museu expôs as obras, que haviam sido furtadas em 20 de dezembro de 2007: Retrato de Suzanne Bloch, de Pablo Picasso, e Lavrador de Café, de Cândido Portinari. O Masp
voltou a funcionar com a promessa de implantar um forte esquema de segurança. Entre as medidas a serem tomadas estão a compra de sensores, 48 câmeras e um sistema de vigilância idêntico ao utilizado pelo Louvre, em Paris. Também foi adotada uma equipe de segurança, que ficará responsável pela proteção ao acervo do local durante 24 horas. O crime ocorreu na madrugada do dia 20 de dezembro,
durante a troca de turno dos vigias. Segundo a polícia, três ladrões invadiram o prédio, arrombaram a porta principal com um maçarico e furtaram as pinturas. Imagens do circuito interno de TV registraram parte da ação dos criminosos. Os dois quadros foram recuperados no último dia 8 de janeiro. As obras estavam em uma casa em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. Dois supostos envolvidos com
o crime já foram presos: Francisco Laerte Lopes de Lima e Robson de Jesus Jordão. Um terceiro homem, identificado como Moisés Lima Sobrinho, ainda é procurado pela polícia. As duas telas são avaliadas em cerca de R$ 100 milhões e estão entre as mais importantes do acervo do Masp. Ambas não tinham seguro. As salas onde estavam expostas também não possuíam nenhum tipo de alarme. (DF)
SEM ACORDO Justiça rejeita proposta de Abadía juiz Fausto Martin de Sanctis, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, rejeitou ontem o acordo proposto pelo traficante colombiano Juán Carlos Ramírez Abadía, preso no Brasil em agosto do ano passado. Abadía ofereceu entre US$ 30 milhões e US$ 40 milhões à Justiça brasileira, para que fosse extraditado para os Estados Unidos. Segundo informação da procuradora da República Thamea Danelon Valiengo, transmitida por meio da assessoria de imprensa do Ministério Público Federal em São Paulo, Abadía também se propôs a delatar um brasileiro que seria seu colaborador e disse que três integrantes de sua quadrilha poderiam se entregar à Justiça americana. Como compensação, o traficante pediu transferência para um presídio de menor segurança, no município de Itaí (SP). Abadía também solicitou que fossem extintos os processos contra a mulher dele, Yéssica Paola Morales, acusada de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e uso de documentos falsos. De acordo com Valiengo, o juiz Sanctis mostrou-se contrário aos três pedidos feitos pelo traficante. Com a decisão, o processo contra Abadía segue o andamento normal. O colombiano responde pelos crimes de tráfico interna-
O
Ernesto Carriço/Agência O Dia
Avião P-31 Navajo, apreendido do traficante colombiano, que será usado no combate ao crime organizado
cional de drogas, lavagem de dinheiro e assassinatos. Ele é acusado de mais de 300 homicídios na América Latina e de outros 15 nos EUA, vários deles contra policiais. Avião – O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, apresentou ontem o avião bimotor modelo PA-31 Navajo, apreendido pela Polícia Federal entre os bens do narcotraficante Juan Carlos Ramírez Abadía, que será usado pelo Grupamento Aéreo e Marítimo (GAM) da Polícia Militar do Rio em operações de d e s l o c a m e n t o d e p re s o s , transporte de policiais em missões, mapeamento de favelas, monitoramento de queimadas
e até em transporte de órgãos para o Rio Transplante. "O Rio será o fiel depositário durante o processo contra o narcotraficante. Após o julgamento, nós vamos trabalhar para o perdimento (posse definitiva) desta aeronave para o Estado do Rio", afirmou Beltrame. De acordo com o secretário, o Rio disputou a aeronave com os Estados de São Paulo e Mato Grosso, mas obteve a autorização da Justiça porque fez o pedido primeiro. O avião não consta na lista oficial de bens apreendidos de Abadía e estaria em nome de uma empresa apontada como "laranja" do narcotraficante, segundo a Secretaria de Segu-
rança Pública do Rio. Com capacidade para seis passageiros e dois tripulantes, a aeronave era usada para o transporte de grandes negociantes do tráfico e da família de Abadía. Avaliado em R$ 400 mil, o bimotor se juntará no GAM à aeronave modelo Baron 58, avaliada em R$ 150 mil, apreendida há cerca de dois anos entre os bens do traficante e homicida Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. Beltrame não informou a estimativa de gastos com a manutenção da aeronave, feita por meio de um convênio com a Petrobras, mas garantiu que a aquisição será vantajosa aos cofres públicos. (AE)
Ministério Público dros O Lavrador de Café, de do Estado de São Cândido Portinari, e Retrato de Paulo propôs on- Suzanne Bloch, de Pablo Picastem uma ação civil so, ocorridos em 20 de dezempública que solicita a interdi- bro de 2007. O final feliz do ção do Museu de Arte de São roubo atraiu cerca de 3 mil pesPaulo (Masp) por falta de se- soas ao local nos dias 11 e 12 de janeiro. Os quadros foram regurança aos visitantes. De acordo com a promotora cuperados pela polícia paulisde Justiça e Meio Ambiente ta no dia 8 de janeiro. do MPE, Mariza Shiavo TuA promotora recomenda cunduva, responsável pelo que, caso o museu não regulaprocesso, vistorias feitas pelo rize a situação, seja aplicada Corpo de Bommulta diária de R$ 60 mil. beiros apontam que no museu O Masp informou, por meio não há extintores, hidrantes Fizemos uma de sua assessoria de imprensa, o u s a í d a s d e solicitação para o emergência suque ainda não Contru e eles foi notificado a ficientes. No texto en- informaram que respeito da ação do Ministério c a m i n h a d o à nenhum documento Justiça, a pro- relativo ao alvará de Público, mas motora afirma funcionamento foi que irá tomar "todas as medique a falta dos e q u i p am e n t o s encontrado. das cabíveis" paMariza Tucunduva ra adequar a escoloca em risco iminente a vida trutura do prédio às exigêne a saúde dos freqüentadores do museu, cias de segurança. Entre as medidas exigidas bem como o patrimônio histórico e cultural que representa o pelo Ministério Público estão a melhor sinalização das saíacervo da instituição. Alvará - A promotora acres- das de emergência, instalacenta que o museu não tem al- ção de alarmes contra incênvará de funcionamento. "Fize- dio e de mais extintores. O mos uma solicitação para o Masp informa, contudo, que Contru e eles informaram que algumas alterações sugerinenhum documento relativo das, como na estrutura de corao alvará de funcionamento rimões, ainda terão de ser foi encontrado", disse. analisadas, já que o prédio é Para Tucunduva, as provi- tombado como patrimônio dências devem ser tomadas histórico pelo Conselho de com urgência, por causa do au- Defesa do Patrimônio Histómento no número de visitantes rico, Arqueológico e Artístico do Masp após o furto dos qua- (Condephaat). (Agências)
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Nacional Finanças Empresas Empreendedores
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Os calçados Made in Brazil foram responsáveis por 62,4% do total das importações argentinas desse produto.
PEQUENOS TÊM MELHOR DESEMPENHO EM 5 ANOS
BLECAUTE
120 mi de celulares
A Lionel Bonaventure/AFP
Sapatos brasileiros calçam "los hermanos" calçados brasileiros Brasil se tornou o principal fornecedor do ostentem uma ampla O margem em relação à mercado argentino de calçados em 2007. Segundo a consultoria Investigações Econômicas Setoriais (IES), os calçados Made in Brazil foram responsáveis por 62,4% do total das importações argentinas desse produto entre janeiro e novembro do ano passado. Segundo a IES, em 2007 a presença brasileira aumentou em relação a 2006, ano em que a participação dos calçados brasileiros nas importações argentinas foi de 59,6% Os temidos calçados Made in China ocupam o segundo lugar no ranking. Embora os
concorrência chinesa, as empresas orientais estão avançando sobre o mercado argentino de forma gradual e persistente. Em 2007, a presença chinesa nas importações argentinas de calçados foi de 27,1%. Em 2005, a China foi responsável por 18,8% das vendas externas para esse mercado. Em 2006 subiu para 21,9%. As empresas brasileiras também estão se instalando no país com a compra de companhias locais. Entre as brasileiras que já estão funcionando lá estão a Dilly e a Paquetá. (AE)
Brendam McDermid/Reuters
VENDAS DE AVIÕES DISPARAM
dos em 2007, abaixo dos 1.431 p e d i d o s re g i s t r a d o s p e l a Boeing, num ano de recordes nesse quesito para ambas as empresas. A Airbus contabilizou 1.458 pedidos antes de cancelamentos, contra 1.423 da Boeing, afirmou a empresa européia. "Esses números são enormes, foi um ano incrível.
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Diane Keaton (da esq. para a dir.) abriram o pregão da Bolsa de Nova York ontem durante a promoção do filme "Mad Money".
Brasil encerrou 2007 com 120,98 milhões de linhas móveis (telefonia celular), o que representa uma alta de 21% sobre a base de 99,918 milhões de terminais de telefonia móvel registrada em dezembro de 2006. Comparativamente a novembro, quando o mercado brasileiro de telefonia móvel tinha 116,313 milhões de linhas, o avanço é de 4%. Os dados são da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). No mês passado, o presidente da agência, Ronaldo Sardenberg, havia projetado que o mercado fecharia o ano com 118,9 milhões de celulares. (AE)
BÚSSOLA
Abaixo da meta
fabricante européia de ae- Agora é uma questão de como Symetrix Corporation, crescimento das ronaves Airbus anunciou conseguir manter o ritmo", empresa americana que A O vendas brutas do A ontem que obteve 1.341 pedi- afirmou o presidente da Airtem entre seus donos um Grupo Pão de Açúcar no bus, Tom Enders, a jornalistas. A fabricante de aviões, subsidiária do grupo aeroespacial EADS, manteve a liderança como maior produtora de aeronaves de grande porte em 2007, mas perdeu para a Boeing em número de novos pedidos para o segundo ano corrente. (Reuters)
País fica em 122º em lista do Banco Mundial
DE HOLLYWOOD – As atrizes Queen Latifah, Katie Holmes e
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s casas Lotéricas do Estado de São Paulo podem paralisar suas atividades a partir de hoje após discussão dos trabalhadores em assembléia, de acordo com o Sindicato das Casas Lotéricas, Bingos, Jogos Eletrônicos, Locadoras, Empresas Comissárias e Consignatárias do Estado de São Paulo (Sincoesp). A decisão de interromper as atividades deve-se a uma resolução da Caixa Econômica Federal (CEF) de expandir a rede lotérica em 20% em todo o País ainda este ano. Elas querem um aumento na comissão paga pela CEF. (AE)
m estudo divulgado pelo Banco Mundial ontem colocou o Brasil na 122º posição em ranking mundial em facilidade de se fazer negócios. A conclusão do órgão é que é difícil montar e administrar um negócio no país, especialmente no que diz respeito à complexidade tributária, à burocracia para abrir e fechar um negócio e o engessado mercado de trabalho nacional. São necessários 152 dias para se abrir um negócio no Brasil, enquanto um registro de patente leva pelo menos um mês e meio.
conceito mesmas lojas (aquelas abertas há no mínimo um ano) em 2007 foi inferior à meta prevista pela companhia. No período, esse indicador evoluiu 2,8%, na comparação com 2006. O Pão de Açúcar estimava um aumento entre 3% e 3,5%, quando revisou pela última vez o indicador, durante teleconferência sobre o desempenho do terceiro trimestre de 2007. No ano passado, as vendas líquidas das mesmas lojas atingiram 3,4%, segundo o grupo. (AE)
brasileiro, vai anunciar a instalação de uma fábrica de semicondutores (chips) no Rio de Janeiro, com investimentos previstos de US$ 1 bilhão. om isenções tributárias e descontos vindos das negociações com o governo, a Positivo Informática acredita que seu computador educacional pode chegar a US$ 300, disse o presidente da empresa, Hélio Rotenberg. A empresa foi a vencedora da licitação do governo para a compra de 150 mil laptops.
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ciranda@dcomercio.com.br
STF barra tentativa da Vale de adiar decisão do Cade
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Va l e s o f re u o n t e m mais uma derrota na tentativa de não cumprir exigências do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, arquivou recurso da mineradora que pretendia restaurar uma liminar cassada na semana passada pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Raphael de Barros Monteiro Filho. A liminar permitia que a Vale adiasse o cumprimento das decisões do Cade que afetam os negócios da mineradora. O Cade determinou que a Vale precisa vender a mineradora Ferteco ou abrir mão do direito de preferência na compra da produção excedente de minério de ferro da mina "Casa de Pedra", de propriedade da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). A exigência foi feita pelo conselho em agosto de 2005 para aprovar a compra de cinco pequenas mineradoras pela Vale, concluídas naquele ano. No mesmo processo, o Cade aprovou o descruzamento de participações acio-
nárias entre a Vale e a CSN existentes desde a privatização de ambas. Por sua vez, o Cade, em sua primeira sessão do ano, deu seu aval à parceria da mineradora Vale com o grupo chinês Baosteel para a construção de uma usina siderúrgica em Anchieta, no Espírito Santo. A siderúrgica, batizada de Companhia Siderúrgica Vitória (CSV), produzirá placas de aço para exportação e terá capacidade inicial de 5 milhões de toneladas por ano, com a criação de 3 mil empregos diretos. Preços – A Vale cancelou a entrega de 5 milhões de toneladas de minério de ferro para a China no primeiro trimestre do ano chinês, provocando uma queda nas taxas de frete, mas dando suporte às cotações da commodity no mercado de entrega à vista em meio às negociações sobre os preços contratados. As siderúrgicas chinesas estão avançando lentamente nas negociações neste ano, esperando que um cenário econômico mundial enfraquecido possa abater a busca por preços mais altos do minério de ferro. (Agências)
Resultado de MPEs surpreende
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1,3 milhão de micros e pequenas empresas paulistas tiveram receita de R$ 22,7 bilhões em novembro de 2007, registrando alta de 3,2% no acumulado dos primeiros 11 meses do ano passado. É o melhor desempenho do segmento em termos de faturamento nos últimos cinco anos, segundo o Sebrae. A partir dos dados de novembro de 2007 – quando a alta real no faturamento foi de 1,9% sobre 2006 –, o diretor superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP), Ricardo Tortorella, disse que o crescimento da receita dos peque-
nos empreendimentos em 2007 deve ser de 4%. "Acreditamos que as pequenas empresas vão recuperar a perda que tiveram em 2006, quando fecharam no negativo em 3,5%." Os microempresários também estão otimistas: 50% esperam melhora de faturamento nos próximos seis meses e 43% acreditam que vai permanecer como está. É o índice mais alto de expectativas positivas desde que este indicador começou a ser medido, em 2005. Mas o nível do pessoal ocupado não acompanhou o ritmo de expansão da receita e caiu 2,4% na comparação com os 12 meses anteriores. (Agências)
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10 - LOGO A religião não se opõe à modernidade; nós, humanos, temos de encontrar o que nos une, e não o que nos separa.
AP/AE - 23/09/04
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
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Do ex-presidente iraniano Mohamed Khatami, em entrevista ao jornal espanhol El País.
JANEIRO
Primeira aparição do marinheiro Popeye, personagem de Elzie Crisler Segar, em quadrinhos de jornal (1929)
T ECNOLOGIA C A R T A Z
NOIVAS
E M
Exposição Vestidos de Noiva Domínio da Fantasia e do Imaginário reúne obras de dez artistas da Associação Brasileira dos Artistas Plásticos de Colagem (ABAPC), como o trabalho de Mônica Nudelman (foto).
O software espião Microsoft cria programa que monitora até 'arrepios' de usuários de computador
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jornal britânico The Times revelou ontem que a Microsoft desenvolveu um software capaz de monitorar o desempenho dos funcionários no ambiente de trabalho a partir de expressões faciais, estado físico e comportamento. O jornal afirmou que a empresa enviou há um ano e meio
um pedido de patente ao Departamento Americano de Patentes e Marcas Registradas. O software capta informações sobre batimentos cardíacos, temperatura corporal, movimentos, expressões faciais, reações do cérebro, arrepios da pele, respiração e pressão arterial do usuário diante do computador. A idéia é oferecer a empregado-
res meios para medir a produtividade dos funcionários. Grupos de liberdades civis e advogados ouvidos pelo jornal criticaram a ferramenta, que representa uma invasão em todos os aspectos da vida do funcionário e viola sua privacidade. A Microsoft confirmou o pedido de patente e espera obter a aprovação em três anos e meio.
Yiorgos Karahalis/Reuters
P ALEONTOLOGIA 1
O roedor de uma tonelada de anos atrás. Os cientistas acreditam que o animal tinha os dentes incisivos muito maiores que os necessários para um animal herbívoro porque os usava para derrubar árvores ou lutar contra outros animais. Os outros dentes eram, no entanto, tão pequenos que impediam o animal de mastigar bem a comida, por isso os especialistas deduzem que devia consumir frutas e plantas aquáticas e frutos, vivendo normalmente em uma floresta perto de água fresca.
Na corrida armamentista O jornal norte-americano Christian Science Monitor publicou ontem uma reportagem em que afirma que o aumento de gastos com defesa na Venezuela, no Brasil e no Equador pode representar o início de uma corrida armamentista na América do Sul. O jornal afirma que, no Brasil, "que tem metade da área e da população da América Latina, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu recentemente ao Congresso que reservasse R$ 10,13 bilhões – um aumento de 53% – para o orçamento militar de 2008", o que coloca Brasil e Venezuela na disputa pela "supremacia política na América do Sul". C IÊNCIA
Tradutor de latidos
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Paleontólogos uruguaios divulgaram ontem a descoberta de uma espécie de roedor até então desconhecida e que seria a maior do mundo, com cerca de uma tonelada, e que teria vivido há milhões de anos na costa oeste do país. Antes de os pesquisadores concluírem que se tratava de uma nova espécie, os restos do animal ficaram cerca de 20 anos no Museu Nacional de História Natural e Antropologia de Montevidéu. A espécie teria vivido entre 2 milhões e 4 milhões
B RAZIL COM Z
P ROTESTO Remo Casilli/Reuters
TRAÇOS DO ARTISTA - A escritora grega Doreta Peppa mostra desenho de um caderno encontrado em sua casa e que ela acredita conter esboços do pintor holandês Vincent Van Gogh. O caderno tem 60 páginas e o Museu Van Gogh vai analisar as obras. A RQUITETURA
Cientistas da Universidade Elte de Budapeste anunciaram que estão desenvolvendo um programa de computador que analisa latido de cães para ajudar as pessoas a reconhecer melhor as emoções básicas desses animais. O software já consegue distinguir emoções dos cães da raça húngara mudi em seis situações: solidão, a visão de uma bola, uma briga, uma brincadeira, quando encontram um estranho e quando saem para caminhar.
Reproduções/site
P ALEONTOLOGIA 2
Portas fechadas ao passado
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Meio milhão de bolinhas coloridas foram jogadas na praça de Espanha, em Roma, ontem, em um protesto do ativista Graziano Cecchini. Ele afirmou que o objetivo era chamar a atenção para os problemas da Itália. Ele foi detido pela polícia
E SPANHA
O hino que ninguém canta O tenor Plácido Domingos reconheceu ontem que seu sonho de cantar o hino nacional espanhol vai ser adiado. O hino do país, uma marcha militar do século 18, não tem letra. O comitê olímpico espanhol havia promovido um concurso público para escolher uma letra, mas a proposta vencedora foi descartada, por começar com a frase "Viva a Espanha". A frase é associada ao ditador Francisco Franco e ao passado fascista do país. O comitê recebeu 7.000 candidaturas que foram avaliadas por um júri composto de um musicólogo, um
historiador, um compositor e um atleta. A letra proposta também foi criticada por conter um verso clamando os espanhóis a "amar a terra pátria", o que foi visto por alguns como um ataque à identidade cultural das regiões da Catalunha e País Basco. O novo hino seria interpretado por Plácido Domingo no dia 21, em um evento esportivo. Agora, a Espanha deve partir em busca de uma nova letra. Não há prazo para o projeto, mas Plácido Domingo disse que "seria ótimo" se os atletas espanhóis tivessem uma letra para cantar nas Olimpíadas de Pequim, neste ano.
G @DGET DU JOUR
F AVORITOS
Uma simples lata de lixo
A batalha diária da informática
http://etienne-meneausculptures.blogspot.com/
O arquiteto não criou uma casa para alguém morar, mas pensou em proporcionar momentos agradáveis de liberdade em meio à natureza. A estrutura tem duas versões básicas, uma com 'quartos' em módulos e outra em estilo 'estúdio', em tecido impermeável.
A TÉ LOGO
L OTERIAS Concurso 793 da LOTOMANIA 07
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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
Ataque contra um ônibus mata 31 no Sri Lanka no dia final do acordo de cessar-fogo Mulher-bomba mata nove pessoas perto de um mercado e uma mesquita em Bagdá
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www.infoguerra.com.br
terremotos. Seu principal objetivo, entretanto, não é a segurança, e sim abrigar quem gosta, segundo ele, de ambientes "instáveis e precários", "de ser acordado pelo barulho da chuva", "de sentir a força da gravidade e o vento, o equilíbrio e o prazer de experimentar". Nada de paredes ou chão. Um conceito engraçado para uma casa.
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japanfan/89e4/?cpg=cj
A lixeira R2-D2 tem 60 cm de altura e custa US$ 149, bastante caro para uma simples lata de lixo que não emite luzes ou sons. O "diferencial" da lata: é uma réplica perfeita do personagem de Star Wars. Os fãs da série vão adorar.
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uem se lembra da letra de Vinícius de Moraes para A Casacertamente reconhecerá nesse projeto algumas das características descritas na canção. E quem nunca conseguiu entender a utilidade dessa "casa muito engraçada", pode perguntar ao arquiteto francês Etienne Meneau, que concebeu as "casas elásticas". São estruturas "imunes" a instabilidades do terreno, como os
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www.thinkgeek.com/geektoys/
O site Infoguerra reúne uma série de serviços para os internautas que lidam diariamente com questões ligadas à informática. Além das notícias sobre as principais empresas do setor, lançamentos e eventos, o site traz dicas, informações sobre os vírus mais perigosos e ativos no momento e muito mais. Uma das áreas mais relevantes é a de boatos, que ajuda a acabar com a paranóia virtual e as lendas que se disseminam pela internet tanto quanto as ameaças reais.
'Não tinha teto, não tinha nada...'
A falta de R$ 15 mil por mês para pagar salários e manutenção fez o Museu dos Dinossauros e o Centro de Pesquisas Paleontológicas Llewellyn Ivor Price, em Peirópolis, a 20 quilômetros de Uberaba (MG) fechar as portas. Todos os funcionários deixaram o local. O centro esteve envolvido em algumas das mais importantes descobertas recentes no Brasil. Entre elas, a do fóssil do Uberabasuchus terrificus, crocodilo pré-histórico de até três metros, que vivia na região há 70 milhões de anos, e de titanossauros, dinossauros herbívoros que chegavam a 15 metros de comprimento.
Centenas de militantes islâmicos pró-Talebã e Al-Qaeda explodem forte no Paquistão
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
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quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Política PLANALTO JÁ DISCUTE A NOVA CPMF Antonio Cruz/ABr
Vai ser um trabalho nosso com o Congresso. José Múcio Monteiro, isentando o governo de propor um novo imposto
Recriação do imposto foi tema de uma reunião, ontem, com secretários de Saúde
Dida Sampaio/AE
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Edison Lobão e Lula: entre desencontros e encontros, finalmente a nomeação pleiteada pelo PMDB
Confirmado: Edison Lobão é o ministro de Minas e Energia
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presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou ontem à noite a indicação do senador Edson Lobão para o Ministério de Minas e Energia. A primeira reunião entre eles, marcada para às 18h, foi cancelada. O senador foi recebido no Palácio do Planalto apenas pelo ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro. Lula chegou atrasado da viagem à Cuba e estaria cansado. Porém, às 19h15, Lobão retornou ao
Palácio do Planalto, e foi recebido pelo presidente, que confirmou sua nomeação. Indicado por unanimidade pelo PMDB para a vaga, Lobão sofria restrições da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que preferia um nome com perfil técnico. Apesar do risco de uma crise no fornecimento de energia elétrica nos próximos meses, Lula optou por manter o compromisso com PMDB e indicar um político sem conhecimento do setor de energia. Lobão substituirá o
ministro interino Nelson Hubner, que assumiu o comando da pasta em maio de 2007 no lugar de Silas Rondeau. O filho e suplente do senador Edison Lobão, Edison Lobão Filho (DEM-MA), sofre acusações de irregularidades. Ele é investigado pelo Ministério Público do Maranhão por suposta participação, como sócio oculto, da Itumar, empresa que comandaria uma rede de sonegação de impostos. (AE)
Palácio do Planalto começou ontem a discutir com secretários estaduais de Saúde proposta que recria a Contribuição sobre Movimentação Financeira (CPMF), extinta pelo Senado no mês passado. Para facilitar o diálogo com o PSDB e o DEM, o governo não se envolverá oficialmente no debate do imposto do cheque. Tanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto os ministros procuraram ressaltar que estarão fora das negociações. Em audiência pela manhã, o ministro de Relações Institucionais, José Múcio, recebeu representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Eles avaliaram o orçamento da Saúde neste ano e estratégias para convencer a oposição no Congresso a recriar o imposto do cheque, que poderá ter outro nome. "Queremos discutir com o Congresso um imposto sobre movimentação financeira que garanta um orçamento anual de R$ 70 bilhões a partir de 2010", disse Osmar Terra, presidente da entidade. Ainda pior – Terra disse que o Brasil investe US$ 300 em Saúde por habitante, a metade do investido na Argentina. "Não se tira R$ 40 bilhões sem desgastes e perdas", disse, referindo-se à receita anual prevista da CPMF. "O orçamento, que já era ruim, ficou pior". Desde a rejeição da emenda que prorrogava a CPMF até 2011, o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva evitou ataques à oposição, descartou o envio ao Congresso de nova proposta de tributo e orientou a equipe de governo a fazer um corte total de R$ 20 bilhões para compensar a perda de receita. Não faltaram, porém, avisos aos parlamentares de que o corte pode atingir as emendas apresentadas por eles. Os adversários reclamaram que o governo estava pressionando para que partisse do Congresso a idéia do imposto. Definitivo – Os secretários estaduais de Saúde defendem um imposto do cheque definitivo, com recursos totalmente repassados para o setor. Essa proposta, como lembrou Terra, foi apresentada pelo Planalto ao PSDB no dia 12 de dezembro, horas antes da votação da emenda que prorrogava a CPMF. À época, os tucanos não aceitaram a proposta do governo. O plenário do Senado rejeitou a emenda que prorrogava o imposto do cheque. Logo após encontro com o ministro José Múcio, o presidente do Conass afirmou, em entrevista, que a situação atual da Saúde poderá sensibilizar a oposição no Senado a discutir a proposta do novo tributo. Ao propor uma emenda constitucional, Osmar Terra ressaltou que, na audiência, o ministro José Múcio fez questão de mostrar que o governo não vai participar diretamente do debate. "Vai ser um trabalho nosso com o Congresso". Ressalva – O presidente do Conass disse que a CPMF não
foi avaliada durante as negociações para prorrogar o imposto no ano passado. "Nas discussões, a Saúde foi o patinho feio", afirmou. Depois, Osmar Terra jogou nos parlamentares a culpa pelos problemas na área. "Quando começar a morrer gente nas portas dos hospitais, não podem colocar a culpa nos secretários, mas em quem tirou dinheiro para a gente trabalhar", ressalvou. Reavaliação –A Comissão Mista de Orçamento deve preparar uma nova reestimativa de receitas, da ordem de R$ 5 bilhões, para tentar reduzir a necessidade de cortes no Orçamento de 2008, inicialmente fixada em R$ 20 bilhões – metade da perda produzida pelo fim da CPMF. Os técnicos só estão esperando a Receita Federal divulgar o resultado da arrecadação de 2007 para retomar os cálculos e projeções sobre o valor esperado da receita neste ano. As estimativas de receita dependem de vários aspectos, como inflação, crescimento econômico e até preço internacional do barril de petróleo, mas também são influenciadas pela base de arrecadação do ano anterior. De modo geral, todo excesso de arrecadação verificado em 2007 é automaticamente projetado para 2008 acrescido de uma variação porcentual referente à inflação e ao crescimento econômico. Até agora, a Comissão Mista já promoveu duas revisões da receita. (AE)
Fausto Macedo/AE
Aécio critica investimentos brasileiros no país 'hermano'
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governador de Minas Gerais, Aécio Neves, provável presidenciável em 2010, disse ontem que o governo brasileiro não deve fazer investimentos em Cuba. As palavras foram uma crítica ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que regressou de viagem àquele país. A objeção maior é com relação a dois tratados, que, embora não tenham sido fechados na visita do presidente, continuam em negociação. Um deles, no valor de US$ 600 milhões, para recuperação da malha viária cubana; e outro de US$ 47 milhões, para reconstrução da rede hoteleira. Questão de prioridade – "A prioridade central é reconstruir a infra-estrutura do País, no que diz respeito às suas estradas, aos seus portos, ao seu sistema de saúde, certamente esse investimento em Cuba
Valter Campanato / ABr
Aécio Neves diz que Brasil deve ser prioridade de investimentos
não deveria ser, nesse momento, uma prioridade", afirmou Aécio Neves. As declarações foram dadas em Belo Horizonte, durante uma visita feita pelo governador a uma unidade de prestação de serviços à população. Segundo ele, estão ocorrendo acidentes gravíssi-
mos nas rodovias federais que cortam Minas, muito em razão da precariedade das pistas. "O péssimo estado de algumas rodovias federais tem feito com que o trânsito seja desviado para as rodovias estaduais, inclusive trazendo prejuízo para os investimentos que o Estado já vinha fazendo", disse. As expectativas eram de que, em sua viagem a Cuba, o presidente Lula anunciasse aproximadamente US$ 1 bilhão entre investimentos e acordos bilaterais. Na realidade, os contratos firmados ficaram em apenas 20% desse valor referente à ampliação para US$ 200 milhões a linha de crédito para a exportação de alimentos brasileiros. Aécio deve confirmar seu apoio à candidatura do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin à prefeitura paulistana nesta semana. (AE)
Fidel Castro
TV cubana mostra Lula e Fidel
A
televisão cubana divulgou ontem um vídeo do encontro do líder cubano Fidel Castro e o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. Castro, com 81 anos, sofreu uma série de operações em julho de 2006 que o afastaram do poder e desde então não foi visto em público. Seu irmão, o vicepresidente Raúl Castro, está interinamente no governo. A imprensa cubana não divulgava imagens do líder há vários meses, até que ontem à noite funcionários brasileiros mostraram a jornalistas fotos do encontro. Em roupas esportivas, Castro aparece mais magro que nas imagens anteriores, com a barba branca bem cuidada.
No foco cubano: fotografia tirada por Fidel Castro durante visita
Em todas as imagens ele aparece sentado. A televisão divulgou um vídeo de quase dois minutos com imagens em movimento e algumas das fotos. Castro aparece falando animadamente com Lula. O tom do encontro foi ainda mais descontraído quando Lula decidiu tirar fotos de
Fidel, que aproveitou para tirar fotos de Lula também. Não é possível escutar a voz dos dois. O locutor diz que ambos reforçaram as relações de irmandade entre as nações, mas não especificou os temas discutidos. Ontem, porém, Fidel falou a respeito do encontro (veja os detalhes na página 6). (AE)
José Alencar almoça no restaurante do hospital Sírio Libanês, diz que está bem e só precisa de orações
S
Alencar avisa que está bem, mas pede que rezem por ele
entado à mesa do restaurante do Hospital SírioLibanês, no segundo andar, vestindo uma camisa pólo branca e calça social escura, o vice-presidente José Alencar almoçou ontem na companhia de sua esposa Mariza, seu neto Ricardo, duas médicas do hospital e Ricardo Kalil Filho – cardiologista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Bem-humorado e disposto, Alencar acredita que deverá ter alta a qualquer momento. "Eu estou bem", disse, por volta das 13h30. Com um sorriso no rosto, seu único pedido foi uma oração. "Eu preciso de uma oração de todos. Todos que gostam de mim podem rezar, pelo menos um Pai Nosso", apelou. O vice-presidente agradeceu todas as manifestações e mensagens que recebeu nos últimos dias de todo o País. "Elas (manifestações) me encorajam" afirmou. Alencar disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lhe telefonou na manhã de ontem, por volta das 8h30, trans-
mitindo excelentes notícias e resultados da viagem à Guatemala e Cuba. "Ele também manifestou agradecimento pelos esforços que fiz, ainda que internado", contou. Sorrindo, o vice-presidente leu o boletim médico divulgado pelo hospital pela manhã. "Os jornais disseram que eu entrei com febre alta, mas eu não estava com febre alta. Cheguei com 37,8 ºC para 37,9 ºC", disse. Sua mulher, que estava ao lado, ao ouvir a conversa sobre sua temperatura, rebateu. "Mas isso é febre alta sim". Mariza afirmou também que Alencar já tinha tido febre na outra ocasião em que se submeteu a sessões de quimioterapia, porém, segundo ela, os médicos esclareceram que este é um quadro que pode ser considerado normal. A diferença é que, desta vez, o vice-presidente apresentou também algumas alterações hematológicas. "Na hora, o médico pediu a contagem dos glóbulos e já medicou com antibióticos, pois suspeitava de uma infecção",
disse ela. 'Clara melhora' – O vicepresidente apresenta "clara melhora clínica, sem a ocorrência de febre nas últimas 48 horas". Foi o que destacou o boletim médico divulgado ontem pelo Hospital Sírio Libanês. Alencar ainda está recebendo tratamento com antibiótico e de medicamentos de suporte clínico. Ao ler a expressão "clara melhora clínica", Alencar disse: "Os médicos são parcimoniosos", considerou, ressaltando que já se sente bem melhor. Um assessor de José Alencar considerou a evolução do estado de saúde do vice-presidente "como espetacular". Além do presidente Lula, os senadores Agripino Maia (DEM-RN) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA), e o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ) também telefonaram ontem para se informar sobre o estado de saúde do vice-presidente. O ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Resende, também ligou e pediu para visitá-lo. (AE)
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
DIÁRIO DO COMÉRCIO
ECONOMIA - 5
Congresso Planalto Eleições CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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PARA MELLO, STF ESTÁ FORA DOS CORTES José Cruz/ABr
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Seria tolo não imaginarmos que o favorito nesta disputa não seja o governador Serra. Arthur Virgílio
Fabio Pozzebom/ABr 07.12.2006
CORTES NÃO ATINGEM ELEIÇÕES, DIZ MELLO
Eymar Mascaro
Lenha no fogo
E Mello: "Se quiserem, paguem para ver as conseqüências"
Virgílio se lança, mas prefere José Serra
O presidente do TSE diz que estão reservados R$ 600 milhões para as eleições de outubro
A
s verbas destinadas às eleições deste ano devem ser poupadas do corte proposto pelo governo para compensar o fim da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), garantiu ontem o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio Mello. Para as eleições de outubro, estão reservados R$ 600 milhões, dinheiro que será aplicado, por exemplo, no transporte e manutenção de urnas eletrônicas e envio de tropas federais para áreas problemáticas. "É inimaginável cortar a verba destinada a promover essa festa cívica. Se os deputados e senadores quiserem, paguem para ver as conseqüências". Um dos possíveis alvos de corte na Justiça Eleitoral é a construção da nova sede do TSE que, neste ano, custará aos cofres da União R$ 80 milhões. Neste caso, Marco Aurélio ad-
mite a possibilidade de diminuir o ritmo da obra. Mesmo assim, resiste à idéia. "O que pretendem é interromper as obras? Não acho possível. Diminuir o ritmo da obra? Vamos analisar, mas dentro de um quadro de razoabilidade", ponderou. Ontem a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Ellen Gracie, reuniu os presidentes dos tribunais superiores para discutir possíveis contingenciamentos no orçamento do Judiciário. E fez um apelo para que fossem apontados projetos que pudessem ser adiados ou readequados. Ao final da reunião, ficou explícita uma ameaça do Judiciário e uma tentativa de resistir aos cortes. Marco Aurélio argumenta que o orçamento dos tribunais corresponde estritamente às necessidades da Justiça. "O Judiciário já encaminha a proposta rente ao que precisa. Não há gordura", disse. (AE)
O
senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) anunciou ontem sua pré-candidatura à Presidência pelo partido. Ele admite, no entanto, que o governador José Serra (PSDB), um dos principais nomes do partido para 2010, é o favorito na legenda. Combativo líder da bancada no Senado, onde está desde 2003,Virgílio, 62, advogado, afirmou que a decisão foi tomada a partir da receptividade da opinião pública. "Vivemos em função do que a opinião pública nos transmite. A gente anda pelas ruas, recebe e-mails, faxes, telefonemas. Não vejo que tenha nada de antipartidário", disse. As declarações foram dadas no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, onde Virgílio nesteve para levar a notícia a Serra. "Seria tolo não imaginarmos que o favorito nesta disputa não seja, neste momento, e com toda a certeza, o governador Serra, mas vamos saber
qual o tamanho", completou o senador. Virgílio disse que realização de prévias, aprovadas pela direção do partido, também pesou em sua decisão. Seu nome já constará na próxima pesquisa, ainda sem data, que o PSDB vai realizar para aferir a preferência do eleitor. Prefeitura – O senador Sérgio Guerra (PE), presidente do PSDB, que acompanhava Virgílio na visita a Serra, afastou a existência de uma crise na legenda em razão da disputa pela prefeitura de São Paulo. Uma ala dos tucanos (Serra e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, entre os principais) apóiam a reeleição do p re f e i t o G i l b e r t o K a s s a b (DEM), enquanto outros defendem o nome do ex-governador Geraldo Alckmin. "Não vamos inventar crise. Vamos esperar que as coisas amadureçam, que se desenvolvam. Temos tranquilidade que vamos acertar", disse Guerra. (Reuters)
stá em fase de esboço uma moção de tucanos que defende a candidatura de Geraldo Alckmin à Prefeitura de São Paulo. Os aliados do exgovernador não aceitam a possibilidade de o partido não ter candidato próprio ou apoiar a reeleição do democrata Gilberto Kassab. O lançamento da moção coincide com o apoio do governador de Minas, Aécio Neves, à candidatura de Alckmin. Aécio pretende cobrar dos cardeais do partido o lançamento de candidato próprio à Prefeitura paulistana, o que conflita com as opiniões de Fernando Henrique e José Serra, que defendem o apoio a Kassab, de olho na coligação PSDB/DEM em 2008 e 2010.
REPERCUSSÃO
SUGESTÃO
Repercutiu intensamente no PSDB a posição de Aécio. O próprio Alckmin ficou sensibilizado com o gesto do governador mineiro. Era a força que o exgovernador esperava receber no partido.
Serra vai insistir na candidatura de Alckmin ao governo estadual, com base em uma pesquisa indicando que o tucano é favorito absoluto para se eleger, pois venceria em quase todos os municípios paulistas.
MÃO DUPLA
NÃO QUER
FHC e Serra não admitem o fim da coligação. Para eles, se o partido não apoiar a reeleição de Kassab, não terá o apoio dos democratas em 2010. Por enquanto, a campanha de FHC e Serra não surtiu efeito, pois Alckmin tem-se revelado disposto a se candidatar.
O temor de Alckmin é que Serra perca a legenda presidencial do PSDB e seja obrigado a ser candidato à reeleição. O ex-governador acha que não deve correr o risco de ficar mais tempo sem mandato, mas Serra garante a legenda do PSDB a Alckmin.
DESGASTE
IMPORTÂNCIA
Entre amigos, Alckmin tem admitido que, se não se candidatar, sua carreira política pode sofrer um baque. Em fevereiro, o tucano fará visitas a bairros da Capital, sobretudo os que foram beneficiados por obras do seu governo.
Defensor da candidatura de Alckmin, o deputado federal Edson Aparecido diz que o ex-governador não pode esperar até 2010. Para o deputado, é importante para o PSDB reconquistar a Prefeitura da Capital.
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Com investimentos de R$ 6,5 milhões, a SPFW terá 40 desfiles até o dia 21 de janeiro.
FAUSE HATEN FEZ DESFILE EM PASSARELA DUPLA
Fotos: Paulo Pampolin/Hype
SPFW Inverno de vestidos curtíssimos e botas
A apresentação da coleção de Fause Haten abriu a semana de moda Maurício Lima/AFP
Desfile mais esperado do dia foi o de Herchcovitch Vanessa Rosal
A Cori usou estampas coloridas em tecidos mais leves como a seda
O tema da SPFW deste ano é "Uma Babel para o século 21"
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esfiles coloridos e em dose dupla marcaram a abertura da 24ª edição da São Paulo Fashion Week (SPFW), que começou ontem e vai até o dia 21 na Bienal do Parque Ibirapuera. A aposta dos estilistas para o inverno deste ano é em vestidos curtíssimos e botas acima do joelho, com cores fortes e muito brilho – inclusive em calças e bermudas, que ganham novas modelagens e acessórios arrojados. O desfile de abertura foi realizado na casa do estilista Tufi Duek, que mostrou as criações para a Fórum. A marca iniciou a semana de moda paulista em grande estilo, exibindo modelo embrulhada em papel celofane, como um presente. Vestidos inteiros feitos de paetês, principal tendência do verão, continuam charmosos no inverno quando combinados com casacos curtos. Nos pés, botas em verniz preto dão um toque final ao look. O estilista Fause Haten, que abriu os desfiles no prédio da Bienal, inovou ao promover um desfile duplo. Duas passarelas separadas por uma cortina branca deram um toque especial ao evento. Listras horizontais estiveram presentes em grande parte da coleção, inclusive na bota de cano longo, usada por todas as modelos. Vestidos curtos, rendados e com franjas, além de calças inteiras feitas com lantejoulas cor-de-rosa, prometem conquistar a simpatia das consumidoras antenadas com a moda.
Porta Condimentos
Inspirado no México e na diva Marlene Dietrich, o desfile teve como destaque a top Daiane Conterato. As referências mexicanas aparecem em blusas que lembram ponchos e nos modelos com listras coloridas como em um arco-íris. Já a elegância de Marlene Dietrich vem em vestidos mais justos e cores mais sóbrias, como o branco e o pretinho básico. Ao contrário da Fause Haten, que ousou na combinação de cores e modelos – unindo estampas listradas e floridas –, a Cori aposta em um inverno mais básico. O desfile, de acordo com os estilistas Dudu Bertholini e Rita Camparato, foi uma homenagem à mulher contemporânea. Referências como as calças de alfaiataria e o tricô aparecem em diferentes texturas. Baseada nas cores preta, branca, cinza e azul-marinho, a coleção expôs tecidos mais leves, como a seda, presente em vestidos curtos com manga longa. A estrela do desfile foi a top Fernanda Motta, do Brazil's Next Top Model. O desfile mais esperado do primeiro dia da SPFW f o i o d e A l e x a n d re Herchcovitch. Segundo ele, o vestido que representa a alma da coleção é o com estampas de triângulos, círculos e retângulos na cor laranja, único modelo vibrante em meio ao restante das peças, em tons pastel. Os tecidos usados na coleção foram a seda, o veludo, o algodão e a lã pura, além de formas geométricas em recortes de mangas, golas e decotes.
Vestidos justos e de cores sóbrias são inspirados em Marlene Dietrich Paulo Whitaker/Reuters
Modelos de Fause Haten exibiram looks curtos e em tecidos moles
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O "pretinho básico" foi uma das apostas do desfile da Cori
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O IMPACTO DA FOLHA DE PAGAMENTO Divulgação
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
A importância de nossos produtos agrícolas para os árabes já está consolidada. O trabalho agora é agregar mais valor. Antônio Sarkis Jr, Câmara Árabe-brasileira
PESQUISA MUNDIAL APONTA OS MAIORES ENCARGOS NA PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS
O PESO DOS SALÁRIOS NOS PREÇOS Adriana David
U
ma pesquisa com 150 empresários brasileiros feita pela Grant Thornton International mostra que os encargos com a folha de pagamento são os que mais pesam no preço final dos produtos. A opinião foi apontada por 49% dos pesquisados no País. O resultado não causou espanto para o sócio da Te r c o G r a n t Thornton, Wa n d e r l e y Costa Ferreira. "É a confirmação de que o e mp res ar i ad o tem razão quando clama por campanhas de mudanças tributárias e trabalhistas", afirma. E m s e g u n d o l u g a r, c o m 42% das respostas, foi votado o custo da matéria-prima. Em seguida, o custo de energia, com 23% das opiniões. Para Ferreira, se a pesquisa realizada entre novembro e dezembro de 2007 tivesse sido aplicada hoje, o resultado seria diferente. Ele acredita que o percentual em relação aos
custos de energia seria maior por causa das últimas notícias sobre um possível apagão no setor, o que levaria ao aumento de seu custo. Mas, segundo ele, os empresários (66%) afirmam que têm investido em tecnologias que reduzem gastos com energia. O País é o segundo que mais tem se empenhado em reduzir o uso de energia, atrás apenas das Filipinas. No mundo, o custo da energia impacta no preço do produto para 45% dos entrevistados. Para diminuir os custos, 5 8 % d a s e mpresas tentam usar menos eletricidade. A maior parte delas (60%) utiliza o desligamento automático de máquinas, computadores e equipamentos elétricos quando não são usados como forma de economizar energia. A matéria-prima aparece como uma preocupação para 63% dos pesquisados em todo o mundo. O estudo chamado Grant Thornton International Business foi feito em 32 países com 7.200 empresários.
COMPANHIA METALÚRGICA PRADA CNPJ Nº 56.993.900/0001-31 CONVOCAÇÃO Convocamos os Senhores Acionistas da Companhia Metalúrgica Prada (“Companhia”) a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária, que deverá se realizar às 9:00 horas do dia 23 de janeiro de 2008, na sede social, à Rua Engenheiro Francisco Pita Brito, 138, a fim de deliberarem sobre a eleição de conselheiro e outros assuntos do interesse social. (16, 17, 18) São Paulo, 8 de janeiro de 2008 – A Diretoria
Indústria paulista cria 104 mil vagas
Brasil vendeu 12% a mais para árabes
O
Renato Carbonari Ibelli
A
corrente comercial entre o Brasil e os países árabes movimentou US$ 13,5 bilhões ao longo de 2007, montante que representou crescimento de 12% em comparação ao ano anterior. O resultado poderia ser melhor, segundo Antônio Sarkis Jr., presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, mas acabou prejudicado pela queda de cerca de 20% na cotação mundial do açúcar, commodity que vinha encabeçando a pauta de exportação brasileira para aqueles países. Por outro lado, mesmo com a queda nas vendas do açúcar – foi negociado US$ 1,6 bilhão, montante 24% inferior ao atingido em 2006 –, as exportações brasileiras para o mundo árabe cresceram 5% em 2007 ante o ano anterior, chegando a US$ 7 bilhões. Sarkis atribui o resultado positivo ao crescimento da participação de produtos manufaturados na pau-
ta. Entre os destaques estão as máquinas agrícolas, aviões e produtos lácteos. As vendas dessa última categoria cresceram 440% entre 2006 e 2007, saindo de US$ 17,8 milhões para US$ 98 milhões. O principal destaque das exportações, no entanto, foram as carnes, que atingiram US$ 2 bilhões, superando o açúcar como principal item negociado. Cerca de 66% das vendas brasileiras para os árabes ainda são provenientes do agronegócio. "A importância dos produtos agrícolas brasileiros para os árabes já está consolidada. Nosso trabalho agora é agregar
Reynaldo Mazzeo & Cia. Ltda., CNPJ nº 49.195.381/0002-81, IE nº 110.901.891.118, vem pelo presente comunicar o extravio do livro de registro de inventário modelo 7 nº 1, do talão de NF Mod 1 de 2101 a 2150 e dos talões de NF anteriores. Dela Vita Produtos Naturais Ltda.-ME, Inscrição Estadual 116.900.832.112, CNPJ 06.983.019/0001-98, comunica o extravio de seus talões de Nota Fiscal modelo 2 série D1, do número 2501 a 2516, emitida em 30/04/2007 e 2517 a 2600, em branco.
União Brasileira de Vidros S.A. CNPJ/MF n°: 60.837.689/0001-35 - NIRE: 35.300.033.205 Assembléia Geral Extraordinária - Edital de convocação Ficam convocados os senhores acionistas desta companhia a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária, a ser realizada no dia 24 de janeiro de 2008, às 10:00 horas, na sede social da companhia, localizada na Avenida Senador Teotônio Vilela, S/N, Km 30, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, para deliberarem sobre a operação de obtenção de Conta Garantida pela Companhia perante o Banco Bradesco S.A., no valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais). São Paulo, 16 de janeiro de 2008. Luis Roberto Souto Vidigal - Diretor Presidente. (16, 17 e 18/01/08)
FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR PREGÃO Nº 004/2008- FAMESP/HEB PROCESSO Nº 014/2008 – FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 17 a 30 de janeiro de 2008, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli s/n, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680–ramal 111-FAX(0xx14)3882-1885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/ licitações/HospitalEstadualBauru, o Edital de Pregão Presencial nº 004/2008- FAMESP/ HEB, Processo nº 014/2008 - FAMESP/HEB, que tem como objetivo o Registro de Preços para Aquisição de Carnes e Frios, para o Hospital Estadual Bauru, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação será realizada no dia 31 de janeiro de 2008, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 – Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 16 de janeiro de 2008. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi - Diretor Vice-presidente - FAMESP.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
FDE AVISA: Nova Data – Tomada de Preços nº 05/2506/07/02 A Comissão Julgadora de Licitações comunica que a nova data limite para entrega dos envelopes 1 (Documentação) e 2 (Proposta Comercial) será dia 01/02/2008, até 30 minutos antes da abertura do envelope 1 (Documentação), que se dará às 09:30 hs. O objeto da TP em referência é a Construção de ambientes complementares e Reforma do prédio escolar - EE Prof. José da Conceição Holtz - Itapetininga/SP. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 31/01/2008. Os invólucros contendo os Documentos de Habilitação e a Proposta Comercial deverão ser entregues na SEDE DA FDE. Os interessados poderão adquirir o Edital completo, através de CD-ROM, a partir de 17/01/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas. Ficam mantidas as demais condições do aviso inicial. Solicitamos às empresas que já adquiriram anteriormente o CD-ROM, que compareçam à Supervisão de Licitações – SLI para efetuarem a devida e necessária substituição. As empresas que já efetuaram a caução de participação deverão refazê-la, resgatando a anterior.
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
FDE AVISA: TOAMADAS DE PREÇOS FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio(s) escolar(es): TOMADA DE PREÇOS Nº - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/2588/07/02 - EE Dr. Antônio Ablas Filho - Av. Bartolomeu de Gusmão, 107 - Aparecida - Santos/SP; EE Prof. Benevenuto Madureira - Praça Maria Coelho Lopes, s/n - Jardim Stª Maria - Santos/SP; EE Prof. Fernando de Azevedo Rua Cordovil Fernandes Lopes, 68 - Jardim Castelo - Santos/SP – 90 - R$ 68.728,00 – R$ 6.872,00 – 09:30 – 07/02/ 2008. 05/2589/07/02 - EE Prof Oscar Alves Janeiro - Rua Arlindo Cressoni, 200 - Residencial Bosque Versales - Araras/SP; EE Carlota Fernandes de Souza Rodini - Avenida Loreto, 1299 - Jardim Celina - Araras/SP; EE Jd. Alto da Boa Vista - Estrada Orlando Leme Franco, s/n - Jardim São Joaquim - Leme/SP; EE Nsa. Sra. Loreto - Rua Vila Sub-Oficial e Sargento Z.E, 44 - Zona E-AFA - Pirassununga/SP – 90 - R$ 110.528,00 – R$ 11.052,00 – 10:00 – 07/02/2008. 05/2590/07/02 - EE Fernando Aluíso Corrêa - Rua das Flores, 67 - Jardim Novo Édem - Santa Isabel/SP; EE Prof Amancia Dias Sampaio - Rua Ary D’Ávila, 200 - Jardim Terras de São João - Jacareí/SP; EE Prof. Adherbal de Castro - Rua Hollywood, 30 - Jardim Califórnia - Jacareí/SP; EE B. São Leopoldo - Rua Natália Ângelo Stabile, 84 - São Leopoldo - São José dos Campos/SP – 90 - R$ 109.965,00 – R$ 10.996,00 – 10:30 – 07/02/2008. 05/2593/07/02 - EE Dona Cota Leonel - Rua Antonieta Paulucci, 533 - Alto B. Vista - Avaré/SP; EE Jd. Primavera - Al. das Tipuanas (Setor 26 - Quadra 24), s/n - Jardim Primavera - Cerqueira César/SP; EE Dona Bene Andrade - Av. Paranapanema, 150 - São Luis - Avaré/SP – 90 - R$ 78.098,00 – R$ 7.809,00 – 11:00 – 07/02/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 18/01/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até às 17:00 horas do dia 01/02/2008, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente
Maior
Bradesco Vida e Previdência S.A. CNPJ no 51.990.695/0001-37 - NIRE 35.300.006.020 Grupo Bradesco de Seguros e Previdência Extrato da Ata da 70a Assembléia Geral Extraordinária realizada em 9.4.2007 Data, Hora e Local: Aos 9 dias do mês de abril de 2007, às 16h30, na sede social, Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP. Quorum: Totalidade do Capital Social. Mesa: Presidente: Marco Antonio Rossi; Secretário: Marcos Suryan Neto. Convocação: Dispensada (§ 4o do Artigo 124 da Lei no 6.404/76). Deliberação: eleitos Diretores, com mandato coincidente com o dos demais membros da Diretoria, até 29.3.2008, os senhores Ivan Luiz Gontijo Júnior, brasileiro, casado, advogado, RG 44.902/OAB, CPF 770.025.397/87, e Samuel Monteiro dos Santos Júnior, brasileiro, casado, securitário, RG 2.700.826/IFP-RJ, CPF 032.621.977/34, ambos com domicílio na Avenida Paulista, 1.415, parte, Bela Vista, São Paulo, SP, sendo que permanecerão em suas funções até que a Diretoria a ser eleita no ano de 2008 receba a homologação da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP e seja a Ata arquivada na Junta Comercial e publicada. Em conseqüência, a Diretoria da Sociedade fica assim composta: Diretor-Presidente Marco Antonio Rossi; Diretor Gerente: Marcos Suryan Neto; Diretores: Eugênio Liberatori Velasques, Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa, Ivan Luiz Gontijo Júnior, Jair de Almeida Lacerda Júnior, Jorge Pohlmann Nasser, Lúcio Flávio Condurú de Oliveira e Samuel Monteiro dos Santos Júnior. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a Ata da referida Assembléia encontra-se lavrada no livro próprio, homologada pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP e arquivada conforme segue: “Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob número 437.350/07-1, em 12.12.2007. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.”. Bradesco Vida e Previdência S.A. aa) Jair de Almeida Lacerda Júnior e Lúcio Flávio Condurú de Oliveira.
Bradesco Vida e Previdência S.A. CNPJ no 51.990.695/0001-37 - NIRE 35.300.006.020 Grupo Bradesco de Seguros e Previdência Extrato da Ata da 69a Assembléia Geral Extraordinária e 27a Assembléia Geral Ordinária realizadas cumulativamente em 29.3.2007 Isoldi S.A. Corretora de Valores Mobiliários C.N.P.J./M.F. Nº 62.051.263/0001-87 - N.I.R.E. 35.300.025.059 Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 04 de dezembro de 2007 Data, hora e local: Aos 04 (quatro) dias do mês de dezembro do ano de 2007, às 10:00 horas, na sede social da Companhia, na Rua São Bento, nº 365, 12º andar, CEP 01011-100, Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo. Presenças: Acionistas representando a totalidade do capital social, conforme assinaturas constantes do Livro de Presença de Acionistas da Companhia. Convocação: Dispensada a convocação nos termos do parágrafo 4°, do artigo 124, da Lei n° 6.404/76. Mesa: Carlos Alberto da Silveira Isoldi – Presidente; Geraldo Isoldi de Mello Castanho – Secretário. Ordem do dia: Cancelamento da redução do capital social da Companhia aprovada pelos acionistas na Assembléia Geral Extraordinária da Companhia realizada em 31 de julho de 2007. Deliberações: Dando início aos trabalhos, os acionistas examinaram o item constante da ordem do dia e, considerando que a ata da Assembléia Geral Extraordinária da Companhia realizada em 31 de julho de 2007, na qual os acionistas aprovaram a redução do capital social da Companhia no valor de R$ 13.383.618,79 (treze milhões, trezentos e oitenta e três mil, seiscentos e dezoito reais e setenta e nove centavos), foi devidamente publicada no “Diário Oficial do Estado de São Paulo” e no “Diário do Comércio” em 14 de agosto de 2007, e que, até a presente data, referida ata não foi aprovada pelo Banco Central do Brasil, deliberaram, por unanimidade de votos, cancelar a redução do capital social, tornando sem efeito todos os atos aprovados na mencionada Assembléia Geral Extraordinária. Encerramento, lavratura, aprovação e assinatura: Nada mais havendo a ser tratado, foi a presente ata lavrada, lida, aprovada e assinada por todos os presentes. São Paulo, 04 de dezembro de 2007. Assinaturas: Mesa: Carlos Alberto da Silveira Isoldi – Presidente; e Geraldo Isoldi de Mello Castanho – Secretário. Acionistas: Carlos Alberto da Silveira Isoldi; Edith Pinheiro Guimarães Isoldi; Maria Martins da Silveira Isoldi; Clóvis Joly de Lima Júnior; Geraldo Isoldi de Mello Castanho; Maria Fernanda Guimarães Isoldi; Maria Cristina Guimarães Isoldi; Maria Cecília Guimarães Isoldi; Geraldo José Guimarães Isoldi; Luiz Eduardo Guimarães Isoldi; Ana Emília Isoldi de Morais; Inês Eloísa da Silveira Isoldi; Maria Clara Isoldi Whyte.
DIANA PAOLUCCI S/A. INDÚSTRIA E COMÉRCIO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
mais valor", diz Sarkis. Para este ano, a Câmara espera incremento de 10%. "Esperamos melhora na cotação do açúcar. As vendas de carnes devem continuar crescendo e grãos, como o milho, vão ganhar espaço. Por outro lado, o petróleo deve continuar em alta, favorecendo as vendas árabes", afirma. A alta no preço da commodity fez as vendas árabes para o Brasil crescerem 20,13% em 2007, chegando a US$ 6,5 bilhões, o que diminuiu o superávit brasileiro na comparação com 2006, passando de US$ 1,3 bilhão para US$ 516 milhões em 2007.
nível de emprego da indústria paulista encerrou 2007 com alta de 5,01% em relação a 2006, com a criação de 104 mil postos de trabalho. O desempenho superou as expectativas da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que projetava aumento de no máximo 3%. Do total de postos de trabalho gerados em 2007, o setor de açúcar e álcool respondeu por 20% ou 20,8 mil vagas criadas. Em termos percentuais, o segmento de outros equipamentos de transporte (Embraer e produtos ferroviários) foi o que mais cresceu (23,56%), seguido por máquinas e equipamentos, com 11,98%. Dos 21 setores que fazem parte da pesquisa mensal de emprego da Fiesp, apenas três encerraram o ano com variação negativa: artigos do vestuário e acessórios (-1,05%), couros e artefatos de couro e calçados (-4,44%), e material eletrônico e equipamentos de comunicação (-8,99%). (AE)
CNPJ/MF 60.715.703/0001-28 – NIRE 35.300.033.264 Ata de Assembléia Geral Extraordinária em 15 de agosto de 2007 Data, hora e local: 15/08/2007, 09h30, sede social. Quorum: Totalidade do capital social. Convocação: Dispensada a publicação. Mesa: João Paolucci, Presidente da Assembléia e Stanislau Ronaldo Paolucci, Secretário da Assembléia. Deliberações unânimes constantes da ordem do dia: 1) Aprovada lavratura da ata de forma sumária, nos termos do art. 130 da Lei 6404/76. 2) Aprovada proposta de aumento da participação da Cia. na JSA - Administração e Participações Ltda., CNPJ/MF nº 07.404.757/0001-90 e Contrato Social registrado na Jucesp sob nº 35.219.671.744 em 27/04/2005 através subscrição de 507.228 novas quotas no valor de R$ 507.228,00. A subscrição é integralizada neste ato pela transmissão ao patrimônio da JSA - Administração e Participações Ltda., dos seguintes imóveis de propriedade da Cia.: a) prédio e seu respectivo terreno, situados na Rua Odorico Mendes nº 657, no 16º sub-distrito – Mooca (Matrícula nº 52.387 do 7º Cartório de Registro de Imóveis de São Paulo), cujo valor contábil é de R$ 14.700,00; b) casa e seu respectivo terreno, situados na Rua Odorico Mendes nº 665, no 16º sub-distrito – Mooca (Matrícula nº 56.051 do 7º Cartório de Registro de Imóveis de São Paulo), cujo valor contábil é de R$ 17.544,00; c) terreno situado à Rua Odorico Mendes, onde existia a casa nº 623, antigo nº 155, antes nº 93, no 16º sub-distrito – Mooca (Matrícula nº 30.625 do 7º Cartório de Registro de Imóveis de São Paulo), cujo valor contábil é de R$ 9.626,60; d) casa e seu respectivo terreno, situados na Rua Odorico Mendes nº 615, no 16º sub-distrito - Mooca (Matrícula nº 30.624 do 7º Cartório de Registro de Imóveis de São Paulo), cujo valor contábil é de R$ 9.626,00; e) casa e respectivo terreno, situados na Rua Odorico Mendes nº 667, no 16º sub-distrito – Mooca (Matrícula nº 1.490 do 7º Cartório de Registro de Imóveis de São Paulo), cujo valor contábil é de R$ 17.570,00; f) terreno situado nos fundos do prédio nº 657 da Rua Odorico Mendes, e destacado da casa nº 1 da Rua Odorico Mendes nº 661, no 16º sub-distrito – Mooca (Matrícula nº 51.885 do 7º Cartório de Registro de Imóveis de São Paulo), cujo valor contábil é de R$ 7.499,00; g) um grupo de três pequenas casas, todas elas de um só pavimento, localizadas nos fundos da Rua Odorico Mendes nº 661, no 16º sub-distrito – Mooca, casas essas sob os nºs 1, 2 e 3 (Matrícula nº 18.271 do 7º Cartório de Registro de Imóveis de São Paulo), cujo valor contábil é de R$ 17.544,40; h) um terreno situado à Rua Anna Nery, nº 176, no 16ª Subdistrito da Mooca (Matrícula nº 57.664 do 7º Cartório de Registro de Imóveis de São Paulo) cujo valor contábil é de R$ 171.998,00; i) 2/3 das partes ideais do imóvel situado à Rua Dom Bosco, nº 726, no 16º Subdistrito da Mooca (Matrícula nº 45.161 do 7º Cartório de Registro de Imóveis de São Paulo) cujo valor contábil é de R$ 52.666,00; j) apartamento, nº 11 localizado no 1º andar, do Ed. Luiz Jorge Ribeiro, à Rua Esmeralda, nº 146 (Matrícula nº 39.939 do 16º Cartório de Registro de Imóveis de São Paulo) cujo valor contábil é de R$ 188.454,00. Em virtude da subscrição do aumento de capital realizado com a integralização dos imóveis citados acima, a Cia. passa a deter 1.187.442 quotas da JSA - Administração e Participações Ltda. Os administradores ficam autorizados a praticar todos atos necessários à implementação e formalização das transmissões dos imóveis acima. 3) Aprovada proposta de distribuição aos acionistas de lucros acumulados da Cia. no valor de R$ 1.187.442 que será pago mediante a cessão de 1.187.442 quotas da participação societária da Cia. na JSA - Administração e Participações Ltda., na proporção de 1/3 das quotas para cada acionista, ou seja, 395.814 quotas para cada um. Os administradores ficam autorizados a praticar todos atos necessários à implementação e formalização da cessão de quotas acima. 4) Aprovada 2ª alteração do contrato social da JSA - Administração e Participações Ltda., com elevação da participação societária da Cia. através subscrição e integralização de novas quotas pela transferência dos imóveis descritos acima, e ainda, a cessão total das quotas da Cia. na sociedade, ou seja, a cessão de 1.187.442 quotas pelo valor nominal das mesmas, a título de dação em pagamento, aos demais sócios da sociedade, Srs. João Paolucci, Stanislau Ronaldo Paolucci e Abelardo Paolucci, na proporção de 1/3 para cada um, com a correspondente retirada da Cia. da sociedade limitada. S. Paulo, 15/8/2007. (aa) João Paolucci: Presidente e Stanislau Ronaldo Paolucci: Secretário; Acionistas: Abelardo Paolucci, Stanislau Ronaldo Paolucci e João Paolucci. Jucesp nº 464.410/07-1 em 17/12/2007. Cristiane da Silva F. Corrêa: Secretária Geral.
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Data, Hora e Local: Aos 29 dias do mês de março de 2007, às 13h, na sede social, Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP. Quorum: Totalidade do Capital Social; Lúcio Flávio Condurú de Oliveira, Diretor, e Edison Arisa Pereira, representante da empresa Pricewaterhousecoopers Auditores Independentes. Mesa: Presidente: Marco Antonio Rossi; Secretário: Marcos Suryan Neto. Convocação: Dispensada (§ 4o do Artigo 124 da Lei no 6.404/76). Deliberações: Assembléia Geral Extraordinária: aprovadas, sem qualquer alteração ou ressalva, as propostas da Diretoria para: 1. alterar o Estatuto Social, no Artigo 7o, elevando de 7 (sete) para 9 (nove) o número máximo de cargos na Diretoria, que passará a vigorar com a seguinte redação: “Art. 7o) A Sociedade será administrada por uma Diretoria, eleita pela Assembléia Geral, com mandato de 1 (um) ano, composta de 3 (três) a 9 (nove) membros, sendo 1 (um) DiretorPresidente, 1 (um) Diretor Gerente e de 1 (um) a 7 (sete) Diretores sem designação especial.”; 2. aumentar o Capital Social no valor de R$45.000.000,00, elevando-o de R$580.000.000,00 para R$625.000.000,00, mediante a capitalização do saldo da conta “Reserva de Lucros - Reserva Legal de 2004” - R$1.889.786,51, e de parte do saldo da conta “Reserva de Lucros - Reserva Legal de 2005” - R$43.110.213,49, sem emissão de ações, de acordo com o Parágrafo Primeiro do Artigo 169 da Lei no 6.404/76, com a conseqüente alteração do “caput” do Artigo 6o do Estatuto Social, que passará a vigorar com a seguinte redação: “Art. 6o) O Capital Social é de R$625.000.000,00 (seiscentos e vinte e cinco milhões de reais), dividido em 182.381 (cento e oitenta e duas mil, trezentas e oitenta e uma) ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal.”. Assembléia Geral Ordinária: I. aprovadas, sem reservas, as contas dos Administradores, o Relatório da Administração, as Demonstrações Financeiras e o Parecer dos Auditores Independentes, relativos ao exercício social findo em 31.12.2006; II. aprovada a proposta da Diretoria para a destinação do lucro líquido do exercício encerrado em 31.12.2006, no valor de R$1.095.154.359,73, conforme segue: R$54.757.717,99 para a conta “Reserva de Lucros - Reserva Legal de 2006”, e após, considerando a realização da Reserva de Reavaliação, no valor de R$454.122,84, R$540.850.764,58 para a conta “Reserva de Lucros - Reserva Estatutária de 2006”; e R$500.000.000,00 para pagamento de dividendos, os quais deverão ser pagos até 31.12.2007; III. para composição da Diretoria, foram reeleitos, com mandato de 1 (um) ano, até 29.3.2008, os senhores: Diretor-Presidente: Marco Antonio Rossi, brasileiro, casado, securitário, RG 12.529.752/SSP-SP, CPF 015.309.538/55, com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP; Diretor Gerente: Marcos Suryan Neto, brasileiro, divorciado, securitário, RG 12.925.794/SSP-SP, CPF 014.196.728/51, com domicílio na Avenida Paulista, 1.415, parte, Bela Vista, São Paulo, SP; Diretores: Jair de Almeida Lacerda Júnior, brasileiro, casado, securitário, RG 30.784.795-0/SSP-SP, CPF 750.204.247/49; Lúcio Flávio Condurú de Oliveira, brasileiro, divorciado, securitário, RG 1.692.514/SSP-PA, CPF 236.703.472/91; Eugênio Liberatori Velasques, brasileiro, casado, engenheiro, RG 07.293.428-4/IFP-RJ, CPF 445.999.357/00; Jorge Pohlmann Nasser, brasileiro, casado, securitário, RG 36.651.358-8/ SSP-SP, CPF 399.055.270/87, todos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP; Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa , brasileiro, casado, contador, CRC RJ-075823/09, CPF 756.039.427/20, com domicílio na Avenida Paulista, 1.415, parte, Bela Vista, São Paulo, SP, os quais permanecerão em suas funções até que os nomes dos Diretores que forem eleitos em 2008 recebam a homologação da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP e seja a Ata arquivada na Junta Comercial e publicada; IV. fixados: a) o montante global anual da remuneração dos Administradores, no valor de até R$8.000.000,00; b) a verba de até R$4.000.000,00, destinada a custear os Planos de Previdência dos Administradores, dentro do Plano de Previdência destinado a Funcionários e Administradores da Organização Bradesco; V. designado, de conformidade com o disposto na Circular SUSEP no 234, de 28.8.2003, o senhor Lúcio Flávio Condurú de Oliveira, Diretor, como responsável pela incumbência de desenvolver e implementar procedimentos de controle que viabilizem a fiel observância das disposições sobre os crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores, em substituição ao senhor Marcos Suryan Neto; VI. ratificadas as seguintes designações: 1. Circular SUSEP no 234, de 28.8.2003, os senhores: a) Marcos Suryan Neto, Diretor Gerente, como responsável administrativo-financeiro pela supervisão das atividades administrativas e econômicofinanceiras, englobando o cumprimento de toda a legislação societária e aquela aplicável à consecução dos respectivos objetivos sociais; b) Jair de Almeida Lacerda Júnior, Diretor, como responsável pelas Áreas Técnicas de Previdência e Seguros e como Diretor de Relações com a SUSEP; 2. Circular SUSEP no 249, de 20.2.2004, o senhor Marcos Suryan Neto, Diretor Gerente, pela implementação de controles internos das atividades da Sociedade, de seus sistemas de informações e do cumprimento das normas legais e regulamentares a elas aplicáveis; 3. Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa , Diretor, como responsável pelo acompanhamento, supervisão e cumprimento das normas e procedimentos de contabilidade; VII. ratificada, de conformidade com o disposto no Artigo 14, da Resolução no 118, de 22.12.2004, do Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP, a opção pela utilização de Comitê de Auditoria único, já constituído pelo Banco Bradesco S.A., Instituição Financeira líder do Conglomerado Financeiro Bradesco. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a Ata das referidas Assembléias encontra-se lavrada no livro próprio, homologada pela Superintendência de Seguros Privada – SUSEP e arquivada conforme segue: “Secretaria da Fazenda – Junta Comercial do Estado de São Paulo – Certifico o registro sob número 437.929/07-3, em 12.12.2007. a) Cristiane da Silva F. Corrêa – Secretária Geral.”. Bradesco Vida e Previdência S.A. aa) Jair de Almeida Lacerda Júnior e Lúcio Flávio Condurú de Oliveira.
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 16 de janeiro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Blue Bay Comercial Ltda. - Requerido: Euro Fashion Modas Ltda. Rua dos Italianos, 988 - 2ª Vara de Falências Requerente: Sales Comercial Distribuidora de Higiênicos Ltda. - Requerido: OrbralOrganização Bras. de Prestação de Serviços Ltda. - Rua Candido Vale, 291 - 1ª Vara de Falências
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Rick Wilking/Reuters
Internacional
CUBA
"Faço o que posso: escrevo", diz Fidel Em artigo, líder cubano fala das eleições em Cuba e elogia o Brasil Reuters
Paz: em debate visando as prévias na Carolina do Sul, senadores acertam em deixar as desavenças de lado
EUA
Obama dispara e já empata com Hillary Pesquisa Reuters/Zogby mostra que diferença entre candidatos é de dois pontos
B
arack Obama eliminou uma distância substancial para ficar virtualmente empatado com Hillary Clinton na corrida à vaga de candidato democrata para as eleições presidenciais dos EUA, revelou pesquisa da Reuters/Zogby divulgada ontem. Entre os republicanos, o senador John McCain conseguiu o primeiro lugar em uma disputa ainda indefinida, passando o ex-governador de Arkansas, Mike Huckabee, e deixando o ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, de lado enquanto as prévias iniciais da
corrida de 2008 pela Casa Branca alteram o perfil do embate nos dois partidos. Os resultados iniciais das primeiras prévias, com diferentes vencedores em cada estado, apontam para disputas potencialmente longas. "Essa é a definição de uma corrida cabeça a cabeça", disse John Zogby, especialista em pesquisas. Hillary, a ex-primeira-dama que pode se tornar a primeira mulher a ocupar a Casa Branca, tinha vantagem de 21 pontos percentuais sobre Obama em outubro. Mas a nova pesquisa da Reuters dá à pré-candidata 39% das intenções de
voto. Obama tem 38%. Mesmo com a disputa acirrada, os précandidatos prometeram ontem acabar com a recente disputa racial envolvendo suas campanhas e elogiaram-se mutuamente pelo comprometimento com os direitos civis. Republicanos Mitt Romney venceu as primárias em Michigan na terça, dando à sua campanha impulso extra após terminar em segundo lugar em duas disputas anteriores. Mas ele está longe de figurar entre os favoritos. John McCain lidera, segundo a Reuters, com 28% das intenções de voto. (Agências)
Hazem Bader/AFP
O líder afastado de Cuba tira fotos do presidente Lula durante encontro na terça-feira: "Brasil é a salvação"
O
presidente afastado de Cuba, Fidel Castro, lamentou em artigo publicado ontem que seu estado de saúde não o permite falar em público e nem visitar pessoalmente seus eleitores antes das eleições gerais de domingo. O anúncio acontece um dia depois de um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou que o cubano "tem uma lucidez incrível, está com uma saúde impecável e pronto para assumir um papel político em Cuba". "Não desfruto de capacidade física necessária para falar diretamente com os moradores do município pelo qual foi feita minha postulação para as PAQUISTÃO Militantes do Talebã tomaram um forte militar no noroeste do Paquistão, deixaram 27 paramilitares mortos e desaparecidos e explodiram a construção
eleições do próximo domingo. Faço o que posso: escrevo", disse Fidel em suas habituais "Reflexões", publicadas no Gramma, jornal oficial da ilha. Com 81 anos, Fidel não é visto em público desde julho de 2006, quando se submeteu a várias cirurgias e entregou o poder ao irmão Raúl Castro. Os cubanos elegerão domingo os delegados para as Assembléias Provinciais do Poder Popular e os 600 deputados da unicameral Assembléia Nacional do Poder Popular, que elegem o presidente do Conselho de Estado, cargo ocupado por Fidel desde 1976. Fidel é novamente candidato a deputado, mas existe uma grande expectativa sobre se ele
se apresentará novamente para ser presidente do conselho. Lula na ilha No artigo publicado ontem, Fidel poupou o Brasil de críticas ao falar sofre biocombustíveis e disse que, junto com a Argentina, o país "poderia ser a tábua de salvação para os povos da América Latina e do Caribe". No texto, comenta um artigo publicado no jornal espanhol El País sobre a relação entre a alta no preço dos alimentos e os combustíveis. O líder cubano disse que o Brasil não terá altas nos preços dos alimentos por causa do avanço dos biocombustíveis. "O Brasil, que já se auto-abastece de combustíveis, sem dúvida escapará deste dilema." (AE) IRAQUE Uma mulher com explosivos escondidos sob as vestes se explodiu perto de um popular mercado e uma mesquita xiita em Diyala, norte de Bagdá, matando 9 pessoas
Ó RBITA
Jose Miguel Gomez/Reuters
Soldados israelenses vigiam militantes palestinos presos durante incursão, ontem, na cidade de Hebron
ISRAEL Líder da Jihad Islâmica é morto
T
ropas israelenses mataram na Cisjordânia o principal comandante da milícia palestina Jihad Islâmica, um dia depois de sangrentos combates que vitimaram 19 militantes palestinos na Faixa de Gaza e ameaçaram a retomada de uma onda de violência na região em meio a esforços por um acordo de paz. Walid Obeidi morreu ao re-
sistir a uma operação israelense para prendê-lo durante a madrugada em sua casa na vila de Qabatiya, sul de Jenin. A Jihad jurou vingança. Também ontem, cinco civis palestinos morreram num ataque aéreo israelense contra militantes que lançavam foguetes e morteiros do norte de Gaza contra o Estado judeu. Três deles eram um garoto de 12 anos, o
pai e um tio, que viajavam numa camionete atingida por engano por um míssil israelense. Israel informou que mais de 40 foguetes e disparos de morteiros foram efetuados contra seu território desde terça-feira. A Jihad Islâmica e o Hamas afirmam que realizaram os disparos em retaliação à morte de 19 palestinos em ataque israelense em Gaza na terça. Depois deste ataque israelense, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmud Abbas, conversou por telefone ontem com um dirigente do Hamas pela primeira vez desde que o movimento islâmico assumiu o poder na faixa de Gaza, em junho de 2007. Enfraquecimento Um facção ultranacionalista da coalizão do premiê Ehud Olmert abandonou o governo em protesto contra o início das negociações de Israel com os palestinos sobre as questões mais espinhosas do conflito. A saída de Avigdor Liberman, do partido Yisrael Beiteinu, enfraquece Olmert no momento em que ele precisa de ampla base de apoio para negociar um acordo final com os palestinos — teoricamente até o fim do ano, como quer George W. Bush. (AE)
PROVAS DE VIDA DE REFÉNS CHOCAM COLÔMBIA guerrilha, no qual ele fala s cartas e fotos dos oito A sobre as precárias condições reféns em cativeiro das Farc divulgadas na terça-feira dos acampamentos das Farc. causaram manifestações de repúdio em toda a Colômbia e na comunidade internacional. "Mendieta comoveu e fez todos chorarem", dizia a manchete do jornal El Tiempo, o principal do país, referindose ao relato do refém Luis Mendieta, oficial de mais alto escalão em poder da
Yasuyoshi Chiba/AFP
As provas de vida — que mostram diversos reféns em condições precárias de saúde e amarrados por correntes em árvores — foram trazidas pelas duas reféns libertadas na última semana, as políticas Consuelo González e Clara Rojas. Ontem, membros da cúpula da Igreja Católica
Romana, dos partidos políticos e diversas representações diplomáticas mostraram-se indignados com o que consideraram "um ataque grave aos valores e à dignidade humana". O presidente Álvaro Uribe propôs a criação de uma missão humanitária, liderada pela Cruz Vermelha, para garantir tratamento médico aos reféns. (AE)
TERROR NO QUÊNIA polícia usou gás lacrimogêneo e A balas de borracha para dispersar manifestantes em várias cidades do
Quênia, no primeiro dos três dias de protestos convocados pela oposição. Pelo menos três pessoas foram mortas e meia dúzia ficaram feridas. O líder oposicionista Raila Odinga, que diz ter sido vítima de fraude nas eleições presidenciais de dezembro, convocou manifestações em 42 localidades, apesar da proibição do governo. (AE)
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Nacional Finanças Empreendedores Empresas
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
A empresa fabrica 300 pares de sapatos por dia para abastecer suas três lojas e para terceiros.
A CERVERA COMPLETA 25 ANOS EM 2008
Masao Goto Filho/e-Sim
Alpargatas: de um modesto povoado espanhol para a rica Oscar Freire. A Cervera tem planos de aumentar a produção e criar lojas próprias e franqueadas Kety Shapazian
A LETREIRO
O
nome da alpargateria não poderia ser outro além de Cervera, a cidade espanhola de apenas 2 mil habitantes que vivem basicamente de fazer esse tipo de calçado. "Já no século 19, o povoado inteiro tinha a mesma ocupação. Enquanto os homens enrolavam o fio, as mulheres costuravam e finalizam as alpargatas, todos sentados em bancos pela cidade ou no campo. "Hoje a indústria se sofisticou, é claro, mas a cidade continua um lugar pequeno onde todos se conhecem", diz a empresária.
A
SEGREDO na Delia, responsável pela criação dos modelos da Cervera, credita o sucesso da empresa à grande variedade de alpargatas da marca. "Para produzir em escala e com qualidade é preciso ter foco. Por isso, não fazemos muitas bolsas. É necessário estar sempre atento ao que o mercado pede, porque a moda é muito volátil. Mas percebo que o cliente gosta mais do conforto do produto. Jamais fazemos uma alpargata que não seja confortável, mesmo se o modelo estiver na moda."
na Delia Moreno Ia- clusivos para outras grifes conelli chegou ao conceituadas, como Side Walk, Brasil em 1954, aos Uncle K, Richards, Cantão e três anos de idade. Maria Bonita. "Esse tipo de solado, só nós A família vinha de uma Europa pós- fazemos no Brasil. Compraguerra e, particular- mos o fio de juta e um maquimente, de uma Espanha de- nário faz as tranças. Depois, pois da guerra civil. Quando elas são enroladas manualchegou aqui, o pai retomou mente. Cada formato de sola uma atividade que os avós ma- tem um urdume diferente, é terno e paterno de Ana já exer- uma peça artesanal, com váciam na cidade de Cervera – a rias etapas de produção. Forconfecção de alpargatas. "Não mamos a mão-de-obra porque durou muito, porque o produ- mesmo quem fabrica sapato to é totalmente artesanal e não não sabe fazer alpargata. E ainhavia na época mão-de-obra da trazemos as ferramentas da especializada. Abriu, então, Espanha porque elas não exisuma fábrica de sapatos vulca- tem no Brasil." nizados. Ela funcionou até a A produção diária é de 300 década de 70", conta. Em 1983, pares de sapatos por dia. Na fáa filha resolveu que era hora de brica, trabalham 35 pessoas. Já dar outra chance às alpargatas, a costura manual é feita nas cae fundou a Cervera Alpargate- sas das funcionárias terceirizaria. Deu certo. Em 2008, a em- das. "Isso permite a elas trabapresa complelhar e cuidar dos filhos e da ta 25 anos de existência. casa." A Cervera faz ainda "Sempre achei que o bolsas com bas e d e c o rd a , Brasil, com seu clima troe n co n t r ad a s pical, combinas três lojas. naria com o As peças mais produto. E elaboradas, assim como as também queria muito resbijuterias, são produzidas gatar a tradição familiar", por terceiros. Há cinco diz Ana Delia. Começaram anos, a empresa exporta fazendo a alpargata básisuas alpargaca – até hoje, o Fachada da loja na Oscar Freire tas para divercarro-chefe sos países, coda empresa – e hoje produzem mo Estados Unidos, Chile, Armais de dez tipos de solados, gentina e Rússia. Vende até pacom alturas e formatos dife- ra a própria Espanha. "Hoje, rentes. "O público fiel gosta fazemos uma alpargata até do conforto do calçado e sem- mais elaborada que a deles. Os pre vai usar o modelo tradi- espanhóis compram porque cional, mas não dá para ficar temos uma coleção mais diversó nisso. O mercado exige ou- tida, com cores e modelos mais tras coisas e, pelo menos uma tropicais", diz a empresária. "Vamos comemorar 25 anos vez por ano, vou à Espanha atrás de novas tendências", em 2008 e ainda não fizemos afirma a empresária, que, em sequer um selinho", ri Ana. 2007, esteve quatro vezes na "Como nosso produto vende terra natal. "Cervera é o berço mais no verão, o segundo seda alpargata. Ela tem até um mestre de cada ano sempre é selo de origem e autenticida- uma loucura." Os planos para de do produto." 2008 incluem a abertura de A empresa tem três lojas pró- mais lojas próprias e também prias. A mais antiga é a do Bro- de franquias. A Cervera preoklyn, nascida em 1985 como tende ainda aumentar a proloja de fábrica. Depois vieram dução de sua marca própria e, a da Oscar Freire e a do Shop- ao mesmo tempo, continuar a ping Morumbi. Além disso, desenvolver projetos para faz alpargatas de modelos ex- outras etiquetas.
EMPREENDEDORES Ana Delia resgatou uma tradição familiar ao fabricar no Brasil um produto original de sua terra natal
A alpargata tradicional ganhou novas cores e formatos na Cervera
PEDRA
CABECEIRA
A
sazonalidade da alpargata, segundo Ana Delia, é uma das dificuldades enfrentadas pela empresa. "Quando começamos a exportar, o faturamento se equilibrou um pouco. O ideal, no entanto, seria que o câmbio estivesse em patamar mais alto. Outro problema é o fato de esse tipo de calçado ser um produto extremamente artesanal. Um ponto de costura nunca é igual ao outro. Sempre mandamos refazer o trabalho quando o resultado fica fora do padrão de qualidade da companhia."
Cada solado tem trama própria
A força da equipe
E
m meio às turbulências do setor aéreo, a norteamericana Southwest Airlines parece viver em um oásis de prosperidade. São 33 anos consecutivos de lucros. Após os ataques de 11 de setembro de 2001, quando as ações do grupo despencaram na bolsa de valores, a companhia conseguiu se
reaprumar em três meses, e não dispensou nenhum dos 31 mil empregados. O segredo é revelado em Como Transformar sua equipe no seu maior patrimônio (Editora Sextante), de Lorraine GrubbsWest. A autora aponta as nove lições de lealdade que podem ser aplicadas em qualquer empresa.
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
1
Sérgio Dutti/AE
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Economia brasileira está bem posicionada. Guido Mantega
IBOVESPA FECHOU COM BAIXA DE 1,89%, INFLUENCIADO PELA PREOCUPAÇÃO COM A ECONOMIA AMERICANA.
BOLSA CAI COM SAÍDA DE ESTRANGEIROS As más notícias de ontem vieram do balanço do banco americano JP Morgan e da inflação nos EUA. A instituição financeira anunciou lucro líquido de US$ 2,97 bilhões no quarto trimestre de 2007, o que representa queda de 34% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já a inflação ao consumidor no país foi de 4,1% em 2007, a maior desde 1990.
Apesar desses dados, a Bolsa de Nova York escapou de nova rodada de fortes baixas. O índice Dow Jones recuou 0,11%, e o Nasdaq perdeu 0,75%. Nesta quinta-feira, a Bolsa de Tóquio abriu em alta, puxada por notícias ligadas à Toyota. A de Hong Kong também mostrava reação nas primeiras horas de pregão. Emergentes — Os países emergentes, como o Brasil, não
estariam protegidos do estresse financeiro desencadeado pela crise americana, alertam alguns analistas, referindo-se à tese de "descolamento" desses mercados. Para Philip Poole, chefe de Pesquisa em Mercados Emergentes do HSBC, alguma forma de contágio é inevitável. "Há argumentos a favor do descolamento, mas o cenário quase perfeito de descolamento que estava sendo precificado pelos ativos e moedas emergentes era exagerado", disse. Com eventual recessão americana no horizonte, o F ó r u m E c onômico Mundial realiza na próxima semana sua reunião anual na estação de esqui de Davos, na Suíça. De acordo com a entidade, 2008 deverá ser o ano de maior incerteza, tanto econômica como política, da última década, o que preocupa empresários e autoridades de todos os países. O encontro, que ocorre todos os anos desde a década de 1970, está agendado para os dias 23 a 27 deste mês. (AE)
Tendência para câmbio é incerta Adriana Gavaça
A
s notícias negativas sobre a economia a m e r i c a n a re a c e ndem a discussão de como deve se comportar a taxa de câmbio neste ano. Se por um lado o aumento do preço das commodities — liderado pela soja — vinha mantendo o real valorizado, o pessimismo internacional contribui para elevar a cotação do dólar. "Neste ano está mais difícil prever o que acontecerá. Provavelmente assistiremos a uma queda de braço entre a preocupação com a economia americana e as boas notícias internas", diz o diretor de Gestão de Recursos da Nossa Caixa, Joaquim Eloi Cirne de Toledo.
Brasil perde US$ 2 bi
O
investidor estrangeiro começou o ano deixando o Brasil. De acordo com dados do Banco Central (BC) divulgados ontem, o fluxo cambial (relação entre entrada e saída de moeda
O ex-diretor de Política Internacional do Banco Central (BC) Emílio Garófalo diz acreditar que a moeda americana vai oscilar no intervalo entre R$ 1,60 e R$ 1,80 até o final do ano. "O banco central americano tem usado a redução da taxa de juros do país como estratégia para evitar uma recessão. Com isso, abre caminho para que economias como a brasileira voltem a se tornar atrativas para os investidores. E esse movimento deve pressionar o dólar novamente para baixo." Inflação — O preço em alta das commodities, como a soja, já havia derrubado a taxa cambial líquida. Isso porque o aumento desses preços no mercado externo serviu para elevar o preço dos alimentos no atacado internamente, provocando estrangeira do País) ficou negativo em US$ 2,18 bilhões nos oito primeiros dias úteis de janeiro. O saldo negativo foi puxado pelo segmento financeiro, que, segundo especialistas, teve impacto das fortes saídas de investidores da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), assustados com o riscos de uma crise internacional. No período, o fluxo financeiro ficou
um aumento de inflação. "Se descontarmos da taxa de câmbio bruta a inflação acumulada no final do ano chegamos a uma taxa cambial ainda menor", afirma Toledo. Para Garófalo, independentemente da inflação, o dólar vinha sendo derrubado pela forte injeção de investimentos no País. Segundo ele, esse fluxo deve continuar, já que a taxa de juros brasileira continua em alta, oferecendo opção de retorno maior para os investidores. Além disso, o ex-diretor do BC lembra que, se houver uma grande pressão no câmbio, o governo tem elementos de sobra para conter rapidamente um processo de alta da moeda americana, lembrando o volume de reservas, que está em cerca de US$ 183 bilhões. negativo em US$ 3,495 bilhões, com compras de US$ 13,207 bilhões e vendas de US$ 16,702 bilhões. Em igual período de 2007, a conta estava positiva em US$ 747 milhões. O resultado geral só não foi pior porque, pelo segmento comercial, os fluxos continuaram positivos: US$ 1,315 bilhão, com exportações de US$ 5,477 bilhões e importações de US$ 4,162 bilhões. (AG)
Toru Hanai/Reuters
Bolsa de Tóquio fechou na quarta-feira em queda de 3,4%, mas hoje abriu em alta de 1,2%, puxada por bons resultados de grandes empresas.
Governo agirá "se necessário"
E
m meio ao agravamento da crise nos mercados internacionais depois da divulgação de dados desfavoráveis da economia dos Estados Unidos, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, antecipou o retorno das férias e anunciou que o governo, se necessário, tomará medidas para enfrentar o impacto negativo, no Brasil, de eventual desaceleração maior da atividade econômica mundial. De acordo com Mantega, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recomendou vigilância à equipe econômica. "Por enquanto não há necessidade de medidas, porque a economia brasileira está bem posicionada", assegurou o ministro. Mesmo com a crise, disse Mantega, o Produto Interno
Bruto (PIB) terá em 2008 um crescimento "robusto", em torno de 5%. Em sua avaliação, o consumo do mercado interno pode compensar perdas que os exportadores brasileiros venham a ter com a desaceleração da economia mundial. Para o ministro, "a interrogação" é saber até que ponto a desaceleração da economia dos EUA afetará o mercado de commodities — o que pode prejudicar a economia brasileira. Impacto — O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, disse que o crescimento da economia brasileira neste ano vai depender muito do impacto da crise econômica americana. "Se os EUA tiverem um problema grave, isso não é bom para ninguém, vai afetar todo mundo, inclusive o
Brasil", declarou Meirelles. "Mas o Brasil pode até ser menos afetado que outros países, pois o crescimento hoje é impulsionado pela demanda interna. O Brasil vai bem e está menos dependente dos mercados internacionais", disse, com discurso parecido com o do ministro da Fazenda. Na avaliação do presidente do BC, os efeitos dos problemas no nível de atividade na economia americana podem ser sentidos pelo Brasil não só pelas exportações para os EUA, mas também nas importações de produtos da maior economia do planeta. Eventualmente, ainda de acordo com a avaliação de Meirelles, uma recessão americana também pode afetar os preços das commodities no mercado externo. (AE)
"Bernanke é responsável por crise"
B
en Bernanke, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), é parcialmente responsável pela instabilidade nos mercados do país, em especial por não ter conseguido prever a crise do crédito imobiliário. E é provável que não consiga impedir o ingresso dos EUA na recessão ou até numa depressão (período em que os preços dos produtos e serviços caem por falta de demanda e a economia fica estagnada). A opinião é de Roger Lowenstein, escritor que colabora com a revista dominical do jornal The New York Times. Em artigo intitulado "O aprendizado de Ben Bernanke", a ser publicado no próximo domingo, Lowenstein diz que o presidente do Fed tem estilo muito diferente de seu antecessor, Alan Greenspan. "Bernanke é um acadêmico da Universidade de Princeton, que ouve a opinião de seus colegas do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), e tenta chegar a um consenso através do debate", diz Lowenstein. "Ele nunca procu-
ra impor sua visão, e acha que o presidente do banco central não pode agir pensando só nos mercados de capitais." O autor lembra que após tomar posse, em 2006, Bernanke deu uma entrevista a uma rede de TV em que pintou um quadro muito otimista da economia. Ele ficou impressionado com a repercussão, e passou a ser mais reservado. Lowenstein diz que "a fé de Bernanke nos modernos modelos de previsão (do desenvolvimento econômico) foi insuficiente para que ele previsse a repentina alta na inadimplência dos compradores de imóveis, que desencadeou a atual crise". Eleição — O autor destaca que a economia é a principal preocupação dos americanos na eleição presidencial deste ano, e que "uma recessão criaria um claro repúdio à política e c o n ô m i c a d o p re s i d e n t e George W. Bush e, por extensão, ao Partido Republicano". "Todos sabem que Bernanke não se envolve em política. Ele diz aos amigos que quer ficar conhecido apenas como um grande presidente do Fed."
A íntegra do artigo pode ser lida no site www.nytimes.com. Hoje, Bernanke fala sobre o quadro econômico no Comitê de Finanças da Câmara. Dia 29, o FOMC se reunirá para decidir o juro básico. Os analistas esperam novo corte. (DC) DC
P
uxado pela saída de investidores estrangeiros, que estão cada vez mais cautelosos diante do risco de recessão nos Estados Unidos, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) caiu ontem 1,89% e atingiu o nível mais baixo desde setembro do ano passado. Neste ano, a perda acumulada do Ibovespa já chega a 8%. A p e rc e pç ã o d o s e strangeiros é de que a economia dos países emergentes deve ser afetada pela crise americana. Prova disso é que, só no pregão de sexta-feira passada, a Bovespa registrou fuga de capital externo de R$ 310,45 milhões. Desde o início do ano, a saída de recursos estrangeiros já atingiu R$ 1,877 bilhão, movimento que já influencia o fluxo cambial do País (leia mais nesta página). O dólar comercial fechou cotado a R$ 1,773 para venda, com alta de 1,14%. A taxa de risco do Brasil caía 2,08% no fim da tarde, para 235 pontos-base.
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Edição concluída às 23h50
Derretem os mercados
Jornal do empreendedor
Ibovespa cai 1,89% Fogem os investidores
R$ 1,40
Mantega de plantão Salário pesa nos preços
São Paulo, quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
E fala-se de nova CPMF
OUTRO AQUE CI MEN TO GLOBAL
A expectativa criada por 2007 começa a derreter: com o risco de recessão nos EUA, o Ibovespa já perdeu 8% e US$ 2 bi fugiram do Brasil. O medo é global. E 1 e pág. 3
Joe Baker/Corbis
Ano 83 - Nº 22.543
ACSP sugere novo cálculo para inflação e taxa de juros Paulo Whitaker/Reuters
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Que só se use o núcleo do IPCA, sem as altas sazonais de preços. A sugestão será feita ao Banco Central. Economia 3
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Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
7 Construção do novo túnel na zona sul retoma projeto original do exprefeito Jânio Quadros.
Do Morumbi à 23 de Maio em 5 minutos Prefeitura tira da gaveta projeto de túnel de 1,5 quilômetro sob a avenida Juscelino Kubitschek, que será transformada em bulevar. Kassab promete iniciar obra neste ano. Ivan Ventura
Rodízio: Serra muda tudo no Cetran
A
Prefeitura de São Paulo retomou este ano um antigo projeto do ex-prefeito Jânio Quadros (1985-1988). Trata-se da construção de um túnel sob a avenida Juscelino Kubitschek, com 1,5 km de extensão, que deverá interligar a avenida 23 de Maio ao Morumbi. A JK deixaria de existir e daria lugar a um bulevar, com praças e estabelecimentos comerciais. A previsão da Empresa Municipal de Urbanização (Emurb) é de que as obras sejam concluídas em junho do próximo ano. Apesar de ter surgido na gestão Jânio, a obra só começou a sair do papel na administração Paulo Maluf (19931996). Porém, apenas um dos três trechos previstos, do Túnel Tribunal de Justiça até a altura da rua João Cachoeira, foi concluído. Desde então, o projeto saiu da pauta de prioridades da administração municipal. Em entrevista concedida ontem à Rádio Capital, o prefeito Gilberto Kassab confirmou a retomada do projeto. Em outubro passado, ele já havia pedido à Emurb a realização de estudos sobre a obra. Anteontem, foi publicada no Diário Oficial uma carta-convite para seleção da empresa que irá adaptar o projeto original do túnel. Será necessário fazer mudanças que levem em conta
CIDADE LIMPA O Tribunal de Justiça rejeitou uma ação contra a lei, movida pela Federação dos Taxistas.
O
Nilton Fukuda/AE - 27/10/2006
o tráfego da Faria Lima, que atualmente cruza a JK. A Prefeitura pagará à empresa vencedora cerca de R$ 140 mil pela revisão do projeto. O prazo para entrega da proposta comercial vai até o próximo dia 21. Na seqüência, a atual gestão quer iniciar a construção dos dois trechos remanescentes, entre as ruas João Cachoeira e Atílio Innocenti e até o túnel Jânio Quadros. “Será uma pista expressa interligando o Morumbi à 23 de Maio, com rotas de saída dentro dos túneis para que o motorista acesse outras ruas e avenidas, como a Marginal Pinheiros”, afirmou o diretor de obras da Emurb, Edward Zeppo Boretto. Ele acredita que a iniciativa reduzirá para cinco minutos um trajeto que hoje é feito em meia hora. Após a construção do túnel, o bulevar – que ainda não teve
ASSASSINATO O coronel da PM José Hermínio Rodrigues foi morto a tiros ontem, na zona norte.
Ó RBITA
Joedson Alves/AFP
FEBRE: MAIS UMA MORTE SUSPEITA
M
ais um paciente com suspeita de ter contraído a febre amarela morreu no Distrito Federal. Antônio Rates dos Santos, de 44 anos, não resistiu a quatro paradas cardiorrespiratórias que sofreu na noite de anteontem, no Hospital Anchieta, em Taguatinga. O Ministério da Saúde ainda investiga 15 casos de
DC
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suspeita da doença em todo o País. Das 10 ocorrências já confirmadas oficialmente, sete pacientes morreram. A única sobrevivente, uma mulher que ficou nove dias internada no Hospital São Luiz, em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, teve alta ontem. O hospital não divulgou o nome da paciente. (AE)
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Emurb quer construir túnel que vai ligar a avenida 23 de Maio ao Morumbi (acima), interligando túneis na avenida JK (à esquerda)
projeto paisagístico definido – substituirá a atual avenida. Enquanto aguarda licitações relativas à obra, a Emurb encomendou à Comgás, Eletropaulo e Sabesp um levanta-
mento dos obstáculos sob a avenida, que deve ficar ponto em quatro meses. A empresa espera concluir o projeto inteiro até junho do próximo ano. O engenheiro e ex-diretor da
Companhia de Engenharia de Tráfego, Elmir Germani, também favorável ao túnel, acredita que a obra deverá durar três anos, um ano e meio a mais que a previsão da Emurb.
governador José Serra destituiu ontem os 12 integrantes do Conselho Estadual de Trânsito (Cetran) de São Paulo. A decisão foi tomada cinco dias após vir a público o posicionamento contrário do órgão em relação às multas por desrespeito ao rodízio. Oficialmente, o Estado alega que a composição do Cetran estava em desacordo com a Resolução 244 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), em vigor desde o dia 5. Nos bastidores, a versão é de que Serra intercedeu a favor do prefeito Gilberto Kassab. "O Cetran tomou decisões absurdas em relação ao rodízio, que acontece há 10 anos", disse o governador. "Foi como obrigar a colocar placas em cada rua para avisar que não se pode falar ao celular enquanto dirige. Todo mundo sabe qual é a área do rodízio." Mesmo assim, Serra disse que a decisão de substituir os conselheiros não tem relação com a polêmica. "Descobrimos que o Cetran estava em situação irregular, porque o conselho nacional instruiu que deveria ser mudada a composição dos Cetrans." (AE)
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Ambiente Educação Av i a ç ã o Saúde
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008 Leonardo Rodrigues/Hype - 26/07/2007
FISCAIS VÃO INSPECIONAR VÔOS
Aeroportos brasileiros são campeões mundiais de atrasos em pousos e decolagens.
Hora certa para decolar, promete Anac Agência começa nos próximos dias a Operação Hora Certa, para diminuir o caos aéreo nos aeroportos do País. Fiscalização será realizada até durante os vôos.
A
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) começa nos p ró x i m o s d i a s a Operação Hora Certa, que pretende intensificar a fiscalização da qualidade da prestação dos serviços aéreos no País. O foco, segundo o órgão, é detectar e corrigir as falhas das companhias aéreas que vêm ocasionando atrasos nos vôos domésticos e contribuir para a regularização dos horários das aeronaves. No primeiro momento, a meta é reduzir significativamente os atrasos de mais de uma hora nos vôos domésticos até o mês de julho de 2008. Em seguida, o alvo passará a ser a diminuição dos atrasos acima de 30 minutos. A Operação Hora Certa consiste em um esforço integrado de fiscalização na terra e no ar. Quatro companhias aéreas terão seus vôos incluídos na fiscalização extraordinária. Foram selecionadas as empresas com mais de 1% de participação no mercado doméstico brasileiro: TAM, Gol, Varig e Ocean Air. Em terra, os fiscais da Anac atuarão junto às oficinas de
manutenção das empresas, na operação de embarque de passageiros e na movimentação de aeronaves no pátio dos aeroportos. Além disso, inspetores de aeronavegabilidade e de operações da Anac acompanharão vôos das quatro companhias, dentro da cabine dos aviões. Em todos os casos serão checados os procedimentos operacionais das equipes e tripulações, além da manutenção e o correto funcionamento dos equipamentos das companhias em terra e no ar. Os vôos serão inspecionados por amostragem, sem conhecimento prévio da empresa aérea. A companhia mais fiscalizada será a Ocean Air, por causa do alto índice de atrasos e cancelamentos de vôos. Carnaval – A Operação Hora Certa começará nos próximos dias e a expectativa da Anac é de que os primeiros efeitos positivos já serão sentidos nos vôos durante o período de Carnaval. O balanço preliminar de resultados da Operação Hora Certa será realizado na segunda semana de fevereiro. (AOG)
Thiago Bernardes/Luz
Aeroporto de Brasília, o pior do mundo
O
Aeroporto Internacional de Brasília foi o pior do mundo em relação a atrasos nas decolagens em 2007. Os terminais paulistas de Guarulhos e Congonhas não ficaram longe e ocupam, respectivamente, o terceiro e quarto lugar na lista dos que registraram os piores índices de partidas fora do horário programado, no ano passado. Essa é a conclusão do levantamento da consultoria FlightStatus, publicada pela revista norteamericana Forbes. O campeão da pesquisa, o aeroporto de Brasília, teve pouco menos de 27% dos vôos em Aeroporto de Cumbica: levantamento da Forbes desclassifica terminais do País, por causa do caos aéreo 2007 partindo dentro de uma margem de quinze minutos de da que o aeroporto Tom Jobim mente pequeno. cando-o no segundo lugar seu horário programado. Em (Galeão), no Rio de Janeiro, Mas o Brasil não é o único entre os piores, atrás apenas de Guarulhos, 41% dos vôos saí- apresentou "a mesma confia- país com um fraco desempe- Brasília. Até no Charles de Gaulram pontualmente, enquanto bilidade miserável" nas parti- nho no setor aéreo. No Aero- le, em Paris, apenas 50% vôos em Congonhas, na zona sul, es- das, mas não foi incluído no le- porto Internacional de Pe- saíram na hora, tornando-o o se desempenho foi de 43%. vantamento por causa de seu quim, apenas 33% dos vôos de- pior entre os aeroportos euroA consultoria observou ain- porte, considerado relativa- colaram pontualmente, colo- peus. (AE)
Congonhas terá novo acesso dia 25
A
passagem subterrânea sob a avenida Washington Luís que dará acesso ao estacionamento do Aeroporto de Congonhas, na zona sul da Capital, será inaugurada no dia 25 de janeiro, durante as comemorações do aniversário da cidade. Dessa maneira, o acesso ao estacionamento será facilitado e o trânsito na região deve melhorar, pois não haverá necessidade do motorista esperar no semáforo.
O anúncio da inauguração da obra foi feito ontem pelo p re f e i t o G i l b e r t o K a s s a b (DEM), em visita ao local. A passagem é resultado de uma parceria entre a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária), estatal que administra os aeroportos, e a Prefeitura de São Paulo. Segundo a administração municipal, o acesso irá melhorar o tráfego de veículos na região do aeroporto. O atual semáforo chega a receber picos
de 1.800 veículos por hora no sentido de Congonhas – para embarque e desembarque de passageiros – e 3.600 veículos por hora em direção ao centro. A passagem tem 310 metros de extensão, dos quais 160 metros são cobertos. A largura do novo túnel é de 9,5 metros, com duas pistas no sentido Washington Luís - Congonhas, que dará acesso ao estacionamento e ao terminal de passageiros do aeroporto. (Agências)
2 - OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
CRIAM-SE E COBRAM-SE IMPOSTOS POR MEIO DE DECRETOS, RESOLUÇÕES OU SIMPLES PORTARIAS
CORTAR NA 'VEIA' NÃO SERÁ FÁCIL Céllus
O
primeiro anúncio de “cortes na veia” no orçamento brasileiro foi feito por D. Pedro II quando disse: “Venderei até o último brilhante da minha coroa para acabar com a seca do nordeste”. A coroa, intacta, com todos os brilhantes, está exposta no Museu Imperial de Petrópolis (RJ), enquanto os nordestinos, vítimas da seca, estão sepultados nos cemitérios da região. Desta vez, porém, com o fim abrupto da CPMF, algumas jóias da República deverão ser afetadas. Cortar R$ 20 bilhões do Orçamento Geral da União (OGU) de 2008 não será uma tarefa fácil. O OGU deste ano possui despesas de R$ 1,4 trilhão. A grande dificuldade para o corte de R$ 20 bilhões é que 90,4% das despesas (R$ 1,2 trilhão) são financeiras (juros, encargos e refinanciamento da dívida) e/ou obrigatórias, determinadas por Lei ou pela Constituição (salários, aposentadorias e pensões, benefícios para idosos e deficientes, seguro desemprego etc.). Resta, portanto, percentual de apenas 9,6% de despesas discricionárias. O pior é que desses 9,6% de gastos discricionários, 34,6% estão alocados em Saúde, 10,3% em Educação, 10,8% no Combate à Fome e 3,2% em Ciência e Tecnologia. Diante disso, onde passar a tesoura? Há seis áreas onde o governo pode cortar. As emendas parlamentares, individuais e coletivas (bancadas e comissões), que atingem cerca de R$ 18 bilhões, é uma delas. O valor individual da emenda de cada parlamentar aumentou 33% (de R$ 6 milhões para R$ 8 milhões), de 2007 para 2008. Com a boa vontade do Congresso, seria plausível a manutenção do valor das emendas individuais em R$ 6 milhões e um corte de 50% nas emendas coletivas, o que significaria R$ 7,7 bilhões. As obras no Legislativo e no Judiciário poderiam sofrer cortes. Os projetos previstos atingem R$ 492,2 milhões, incluindo prédios faraônicos do Judiciário e um túnel para passagem de parlamentares na área dos Ministérios. Um corte de 50% nas obras não prejudicaria os dois poderes e significaria R$ 246,1 milhões. O aumento dos salários do funcionalismo é outro exemplo.
JOÃO DE SCANTIMBURGO O CITIGROUP
G O primeiro anúncio de
'cortes' no orçamento foi feito por D. Pedro II. Prometeu vender até o último brilhante da coroa para acabar com a seca. A coroa está até hoje intacta. Estão previstos R$ 5,9 bilhões para aumentos dos servidores dos Três Poderes. Restringindose o aumento às categorias onde for inevitável, seria admissível redução de R$ 3 bilhões. A mesma situação acontece com os concursos. Está previsto R$ 1,9 bilhão para admissão de funcionários. Caso houvesse limitação dessas contratações, poderia ser obtido R$ 1 bilhão.
P
oupar recursos com a máquina administrativa pode gerar uma boa economia. A União gastou R$ 9,4 bilhões em 2007 com despesas passíveis de cortes como passagens, diárias, energia elétrica, veículos, cópias, limpeza, manutenção e locação de imóveis. Um corte de 20% nessas despesas representaria R$ 1,9 bilhão. Os investimentos listados no OGU de 2008 também podem ser minimizados. Estão previstos R$ 28,8 bilhões para investimentos, incluindo as obras do PAC, avaliadas em R$ 18 bilhões. É possível preservar integralmente os projetos do pacote econômico, considerando as mais importantes, e cortar R$ 6,2 bilhões. Desta forma, a União investiria R$ 22,6 bilhões em 2008, montante superior aos R$ 19,2 bilhões pagos efetivamente em 2007 (a maior marca dos últimos sete anos). Algumas soluções criativas poderiam reduzir esses cortes. Não seria nada mal a União receber parte dos R$ 341 bilhões que lhe devem, utilizar melhor o seu patrimônio (imóveis, terrenos etc), e acelerar algumas privatizações. Com o sacrifício e a colaboração de todos, sob o ponto de vista matemático, o corte de R$ 20 bilhões é possível. Difícil é viabilizá-lo politicamente, justamente em ano de eleições municipais... DO SITE CONTAS ABERTAS, SOCIEDADE CIVIL QUE ESTÁ DE OLHO NOS GASTOS PÚBLICOS
Presidente Alencar Burti
Sob o domínio É de uma ditadura legal
U
ma Constituição se destina, como diz o próprio vocábulo, a dar uma estrutura estável às relações entre um povo e uma nação e o poder político representado pelo Estado que os governa. Ela se compõe de duas peças fundamentais, as que definem os direitos dos indivíduos e seus grupos e a que estabelece as funções dos poderes e suas relações. Ela objetiva essencialmente estabelecer uma ordem estável que se designa como um Estado de Direito como a melhor forma de convivência entre os cidadãos e as instituições de seu país. Justamente por isso, a formulação e promulgação de uma Constituição se faz segundo um ritual específico, que depende da eleição para um Congresso Constituinte, com a finalidade expressa e única de elaborá-la e que se dissolve em seguida à sua promulgação. Esse ritual foi violado em 1988 quando um Congresso ordinário, num verdadeiro golpe branco, se arrogou poderes constituintes, produzindo o que seu líder denominou de Constituição dos Miseráveis. Foram tais as facilidades concedidas aos congressos ordinários para fazer reformas constitucionais que, na realidade, de lá para cá ficamos sem Constituição alguma, mas com um farrapo de remendos constitucionais remendáveis a qualquer instante. As conseqüências para os cidadãos no que se referem aos seus direitos formais não foram diretamente afetadas. Mesmo porque a maioria dos indivíduos ignora e vive de costas para o Estado. Mas as disposições tradicionais da divisão, autonomia e cooperação entre os poderes, que constituem a essência do constitucionalismo, foram totalmente subvertidas, em benefício do Executivo. E não apenas pelo magno escândalo do mensalão, que cooptou membros do Legislativo para garantir a maioria que um minúsculo e infra-votado partido, o PT, não podia garantir. Entretanto, como se tornou explícito na atualidade, nem no caso magno da tributação, que pelo bolso afeta a vida de todos os cidadãos, é preciso acionar o cooptado Legislativo. Basta, passando por cima da anarquia do nosso acervo de leis, usar uma simples disposição regulamentar para anular todos os efeitos da extinção da CPMF decretada pelo Legislativo para se restabelecer a arrecadação da CPMF sobre todo setor privado, dos cidadãos e suas empresas. E um simples ministro do governo, membro do Poder Executivo, simplesmente decretando um aumento de alíquotas pode aumentar a imposição fiscal.
É
o que se pode chamar de uma ditadura legal. Designando-se por ditadura legal uma situação em que o Executivo dispõe de instrumentos para entre os farrapos constitucionais, anular, a seu talante, decisões tomadas pelo Legislativo. Para que se precisa e para que mais servem os demais poderes se no que há de fundamental, que é a disposição dos dinheiros, se o Executivo tem completa autonomia de ação, por meio de decretos e mera iniciativa de um simples ministro? Criam-se e cobram-se impostos por meio de decretos, resoluções ou simples portarias. O brasileiro trabalha 146 dias por ano para pagá-los, quase 5 meses. Nunca como anteso Estado cresceu tanto no Brasil.
Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio
G Há 20 anos, um Congresso ordinário
criou uma Constituição que subverteu a relação entres os poderes, beneficiando o Executivo. A partir de então, o Executivo pode, entre os farrapos constitucionais, anular decisões tomadas pelo Legislativo. É a vigência de uma ditadura legal. Por Benedicto Ferri de Barros Já nasceu com essa disposição de obesidade criando 36 ministérios para os quais foi preciso inventar nomes inexistentes em atividades de governo, como o de "Relações Institucionais", onde se colocou uma ex-guerrilheira que não se sabe o que administra e faz o quê, além de aparições políticas. Na atualidade o governo já bate o recorde histórico de arrecadação, tomando 36% de tudo o que os brasileiros e o país produz. Mundialmente só é superado por dois países, a França e a Suécia têm governos mais caros. ( Mas na França serviços de saúde são gratuitos para todo o mundo e aqui faltam serviços mínimos de saúde justamente para a maioria da população mais necessitada.)
E
m compensação aqui existem mais de 250 'cargos de confiança'; preenchidos sem concurso, em flagrante violação do direito dos demais cidadãos de concorrer a esses empregos. Empregos que evidenciam uma desconfiança generalizada, não se sabe o quê fazem, quanto ganham e a quem estão subordinados. Mas quem duvida que justamente por exprimirem desconfiança e serem de confiança, são aparelhados com gente da estrela vermelha? Compreende-se que o presidente prefira o parlamentarismo ao presidencialismo. No presidencialismo, os mandatos têm prazos fixos e são limitadamente renováveis. No parlamentarismo, enquanto se tenha maioria, o mandato perdura indefinidamente. E uma vez que se monte uma maioria como se poderá desmontála? Putin também deseja ser primeiro ministro. Some-se a tudo isso as dificuldades, os embaraços, o tempo e os custos da burocracia para qualquer indivíduo ou empresa fazer qualquer coisa e se terá a explicação do fato porque o Brasil se situa tão mal no ranking mundial da economia, justamente numa era de prosperidade mundial. E isso a despeito de ser um dos países preferenciais para investimentos. Comemoram-se taxas de crescimento acima de 5% que são menos da metade das obtidas por outras nações e também menos da metade das que o Brasil atingiu em outras épocas. Menos da metade de suas necessidades e potencialidades. Esse quadro geral indica que estamos necessitando, urgentemente de uma reforma de cabo a rabo. Infelizmente esse mesmo quadro nos adverte que seria uma temeridade intentá-la na situação política sob a qual vivemos. O tiro poderia sair pela culatra e passarmos da ditadura legal, em que hoje vivemos, para uma outra forma imprevista e imprevisível de regressão político-social e econômica.
Lulla, Fidel e as FARC
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ARTHUR CHAGAS DINIZ Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luizo@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Adriana David, André Alves, Davi Franzon, Dora Carvalho, Eliana Haberli, Fátima Lourenço, Felipe Datt, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Jane Soares, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Marcus Lopes, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro , Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60
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ABALA O MUNDO
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ulla desembarcou em Cuba tendo como objetivo precípuo da viagem um encontro com o ditador Fidel Castro. De alguma forma, ele e Hugo Chávez disputam a atenção do velho caudilho. Ambos se sentem premiados por se verem reconhecidos como aplicados alunos que, para infelicidade deles, ainda não puderam realizar o sonho marxista. Chávez chegou mais longe. Afirmou que Venezuela e Cuba eram um único país. Tropeçou, mas vai insistir. Além dos acordos que Lulla levou a Fidel, acredito que deve ter se aconselhado sobre o episódio
G Além dos acordos que
Lulla levou a Fidel, acredito que deve ter se aconselhado sobre o episódio das FARC. Foi liberado para qualificálas como abomináveis. das FARC. Há poucos dias, considerava que a narcoguerrilha não era um movimento terrorista. Tem razão, não em essência, mas não pode comprometer companheiros que realizaram o Foro de São Paulo dando legitimidade aos seqüestradores das FARC. Difícil,
pois, fazer uma análise isenta sem colocar mal seu parceiro Marco Aurélio "Toc-Toc" Garcia. Acho que foi liberado por Fidel para qualificar como abomináveis as atividades das FARC. A qualificação dada por Lulla contrasta com a de Chávez. Não será estranho que outros membros do governo venham a emitir declarações contraditórias. O melhor que podem fazer agora é não dizer nada. A credibilidade dos aloprados (inclusive Mangabeira Unger) está próxima a zero.
difícil para nós, brasileiros fazermos idéia do tamanho do Citigroup, mas vá lá a nossa afirmação: é o maior grupo financeiro da Terra. No Brasil, ele é representado pelo Citibank, nos demais países tem a sua representação de acordo com os interesses locais despertados pelo grupo. Simplesmente para fazer uma idéia da grandeza desse banco, o prejuízo das operações do Citi é um total de US$ 9,8 bilhões, que alcançaram os mercados nacionais levando a perda de 3,67% na Bovespa de 15/01, e vai levar os grupos de acionistas que lá tem uma força extraordinária a se reunir e estudar o que de grave aconteceu na administração do Citigroup para registrar uma perda desse volume inqualificável para nós. Sabe-se que nos EUA prevalece a mentalidade do investimento em todas as classes, principalmente na popular que encerra costumes já assentados na psicologia do homem comum. Lemos no jornal O Globo de ontem trechos de artigos que transcrevemos: "Dados da economia americana, como queda nas vendas do varejo e a maior inflação anual desde
G O maior grupo
financeiro da Terra registrou prejuízos de US$ 9,8 bilhões, o que ameaça vários países. 1981, contribuíram para o nervosismo dos investidores. Em Nova York, o Dow Jones caiu 2,17%, o Nasdaq, 2,45%, e o S&P, 2,49%. As ações do Citi caíram 7,3%. No Brasil, o Índice Bovespa (Ibovespa), da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), caiu 3,67% e voltou a ficar abaixo dos 60 mil pontos: 59.907. Nenhuma ação das que compõem o Ibovespa fechou em alta. O dólar comercial fechou os negócios a R$ 1,753, em alta de 0,98%."
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em a maior importância o que relatamos sobre os EUA, porquanto a maioria do povo americano corre para o Stock Exchange para empregar a sua poupança que avulta de maneira inobservada, tal a grandeza que ela tem, abarcando nas suas expansões toda a população de investidores. É uma realidade extraordinária notar-se na economia americana a presença do Stock Exchange, tão ele influi significativamente no volume das ações emitidas pelas empresas e subscritas pelo povo, inclusive pelo povo miúdo que canaliza a sua poupança para os títulos de maior cotação na informação diária de cada um deles. O Citigroup abalou essa economia e o abalo vai transbordar para outros países. Ficaremos na expectativa para dar a conhecer o nosso ponto de vista sobre a maior economia da Terra. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA
ARTHUR CHAGAS DINIZ É PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
OPINIÃO - 3
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
O BS E RV A DO R ES NÃO ACREDITAM QUE OB A MA SIGNIFIQUE UMA MUDANÇA T RA U MÁ T IC A PARA OS EU A
AFP
ELENO BEZERRA
ESFORÇO CONTRA A FEBRE AMARELA
Decifrando Obama O crescimento gradual da candidatura do democrata Barack Obama rumo ao sucesso é impulsionado por fenômeno psicológico e simbólico mais do que um presságio de uma grande mudança.
Por Alvaro Vargas Llosa
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íderes e jornalistas estrangeiros freqüentemente brincam dizendo que o mundo todo deveria votar nas eleições dos Estados Unidos, pois seu resultado afeta o mundo inteiro. Apesar de seu recente revés em New Hampshire, uma grande análise de Barack Obama está sendo feita de Buenos Aires a Paris. Mas o que os observadores e os políticos estão dizendo sobre ele é o que de fato eles estão dizendo sobre suas próprias sociedades. Na Europa, sente-se uma discreta vergonha. A esquerda, que adora criticar os Estados Unidos por sua política externa imperialista e sua discriminação contra negros e hispânicos, não está realmente saudando Obama. Têm surgidos alguns artigos entusiasmados no italiano La Repubblica ou no francês Le Monde. E ao enviar a mensagem que o país pode estar preparado para eleger um afro-americano, uma parte do sistema norteamericano está mostrando ao mundo industrializado uma atitude de mente mais aberta do que a pela qual os Estados Unidos geralmente recebem crédito. Isso é particularmente embaraçoso na Europa socialista. A atitude desses norte-amer i-
canos brancos que estão preparados para um presidente Obama contrasta com as condições que levaram os imigrantes do Norte da África na França aos distúrbios nos subúrbios de Paris. E os países escandinavos já criaram algo comparável a Obama entre as minorias que são bem cuidadas enquanto não fazem barulho demais? A direita européia aparenta estar mais entusiasmada com o liberal Obama do que a esquerda. O cientista político francês Dominique Moisi parece acreditar que o democrata dará aos europeus pró-americanos alguns argumentos para “vender” os Estados Unidos entre os anti-americanos. “Por que Obama é tão diferente dos outros candidatos?”, perguntou num ensaio recentemente. "Afinal, em questões de política externa, o espaço para se mover do próximo presidente é muito pequeno. Ele (ou ela) terá de permanecer no Iraque, se comprometer com Israel nos conflitos Israel-Palestina, enfrentar uma Rússia mais forte, negociar com uma China ainda mais ambiciosa e enfrentar o desafio do aquecimento global. Se Obama pode fazer uma diferença, não é por causa de suas escolhas políticas, mas pelo que ele é. No exato momento em que aparecer nas telas de TV do mundo todo, vitorioso e sorrindo, a imagem dos EUA e o poder brando vão experimentar algo como uma revolução copérnica”.
G Faça seu comentário direto no site do DC G Ou envie um e-mail: doispontos@ dcomercio. com.br
O filósofo francês Guy Sorman declara em um artigo opinativo recentemente publicado na Europa que “o coração dos Estados Unidos ainda é conservador” e que ele “vai continuar dentro dos limites estabelecidos por Reagan da década de 1980: valores morais, mercado, ativismo militar e pouco governo”. Ele comenta que Obama vai retirar as tropas do Iraque, mas aumentar a presença dos EUA no Afeganistão. Outros comentaristas de direita apontam para o fato de que, ao contrário de Hillary Clinton, o projeto de Obama para o serviço de saúde não impõe um seguro obrigatório – sinal que sua forma de engenharia social é “leve”.
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a América Latina, os conservadores também estão olhando positivamente para Obama por diferentes razões. Eles o utilizam como um exemplo de um caminho sensato para se chegar à mudança social – pacificamente e por intermédio de instituições estabelecidas – mesmo que discordem de sua tendência liberal. Por exemplo, no argentino La Nación, Mario Diament observa que o repertório de Obama indica que o candidato “não carrega a história de discriminação racial” que outros líderes negros carregam e aplaude o fato de que “ele não é um dos líderes enfurecidos da era dos direitos civis”. A mensagem implícita dirigida à esquerda da América Latina é que os EUA são uma sociedade que se autocorrige e que, ao contrário dos radicais bolivianos ou venezuelanos, não acredita em transformar o legado da discriminação contra minorias com revoluções populistas.
A esquerda latino-americana, sentindo que a história de mobilidade racial implícita na história pessoal de Obama é uma propaganda muito boa da sociedade norte-americana, optou por moderar seu apoio ao senador negro. Um intelectual observou na Venezuela que o único gesto significativo em relação à América Latina vindo da agenda política de Obama seria “o fim das restrições de viagens a Cuba” e “talvez um dia falar com Hugo Chávez”. Poucos observadores no estrangeiro, de direita ou de esquerda, parecem esperar que Obama signifique uma mudança traumática para os EUA. Sobre a política doméstica, nenhum europeu ou latino-americano espera algo parecido com 1932 (o New Deal) ou 1964 (a Grande Sociedade), em relação à política externa, ninguém espera algo como 1968 (a realpolitik de Nixon e Kissinger). O que leva o crescimento gradual de Obama rumo ao sucesso é basicamente um fenômeno psicológico e simbólico mais do que um presságio de uma grande mudança. Conseqüentemente, a forma como ele é visto no exterior tem muito mais a ver com a forma que cada facção se relaciona com a outra no espectro ideológico interno do que com o que Obama de fato fará ou não. ALVARO VARGAS LLOSA, AUTOR DE “LIBERTY FOR LATIN
AMERICA” (LIBERDADE PARA A AMÉRICA LATINA), É DIRETOR DO CENTER ON GLOBAL PROSPERITY NO INDEPENDENT INSTITUTE. AVLLOSA@INDEPENDENT.ORG TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA
Jason Reed/Reuters
A esquerda que adora criticar os EUA por sua discriminação contra negros e hispânicos não está saudando Obama.
O
país entrou em alerta contra a febre amarela. Por considerarmos que é dever e, mais que dever, obrigação de todo cidadão contribuir com o governo, estamos recomendando a todo metalúrgico que faz parte de nossa entidade _ representamos 1,2 milhão de trabalhadores_, que oriente os companheiros para que procurem se vacinar contra este mal. A vacinação contra a febre amarela é indicada em caso de viagem para as áreas de risco da doença. A vacina é válida por 10 anos. Em São Paulo, capital, a vacina está disponível, gratuitamente, em postos instalados em terminais rodoviários e aeroporto. Mas em outros lugares não sabemos o que está sendo feito. Se houver necessidade de se fazer algo, recomendamos a todos que forcem as autoridades locais a agirem. O ministro da Saúde foi à televisão, em rede nacional, para tentar acalmar a população. Garantiu que não há exatamente uma epidemia. Mas o trabalhador Graco Carvalho Abubakir, de Brasília, técnico em informática, morreu vítima de febre amarela. Isso foi constatado depois de exames de vísceras feitas no Instituto Médico Legal do Distrito Federal. Outros casos foram registrados.
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embramos que a febre amarela surgiu no Recife em 1685. Um ano depois fez 900 mortes em Salvador. Em 1749, espalhou-se pelo país. Em 1849 a febre atacou o Rio de Janeiro. Veio a bordo de um navio, de Nova Orleans, passou por Havana e espalhou-se pelas cidades costeiras brasileiras. Em 1928 com a ação do médico sanitarista Oswaldo Cruz _ aquele visionário que saía borrifando os ambientes com bombas manuais de inseticidas mata-mosquitos _ houve um pico de 436 mortes.
G Todos devem se
mobilizar contra a febre amarela e cobrar ações das autoridades. Mas devem também ficar de olho no governo, que estuda criar fonte permanente de recursos para a área da Saúde.
Até o médico Dráuzio Varela foi vítima da febre amarela, mas, felizmente, saiu ileso. Até os anos 1940, fazia-se um exame em que até se tirava um pedaço do fígado para saber se era ou não febre amarela. Tempos sombrios. O Exército vai entrar em ação nos próximos dias para combater a doença no Distrito Federal, diante do risco de a febre amarela se alastrar. O setor de Turismo está apavorado, pois teme que haja reflexo no movimento com a diminuição de interesse em vir para o Rio de Janeiro às vésperas do carnaval. Enquanto isso, para compensar a perda de R$ 40 bilhões com a extinção do imposto do cheque, a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o governo está sendo cobrado por líderes aliados na Câmara e no Senado para que crie um novo tributo com recursos direcionados para a saúde.
O
governo estuda incluir uma fonte permanente de recursos para o setor na proposta de reforma tributária que enviará ao Congresso até o fim de fevereiro. Por esse motivo, alertamos à sociedade e aos companheiros para que fiquem de olhos bem abertos para que isso não penalize mais os trabalhadores. ELENO BEZERRA É PRESIDENTE DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL
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esde 1942 não se registra mais febre amarela urbana. Mas a doença, em sua forma silvestre, nunca desapareceu.
DOS TRABALHADORES METALÚRGICOS E DO SINDICATO DOS METALÚRGICOS DE SÃO PAULO, MOGI DAS CRUZES E REGIÃO
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A corrida recorde do Leão em 2007 A corrida de 2008 já começou: R$ 50 bi em 18 dias
Sem a CPMF ainda sobrariam R$ 24,1 bilhões O Leão devorou 11,09% a mais do que em 2006. O novo recorde é atribuído à maior eficiência no combate à sonegação e à expansão econômica. O secretário da Receita, Jorge Rachid, espera um 2008 também recordista, mesmo sem CPMF. Ano 83 - Nº 22.544
São Paulo, sexta-feira a domingo, 18 a 20 de janeiro de 2008
R$ 1,40
Jornal do empreendedor
Edição concluída às 23h55
w w w. d co m e rc i o. co m . b r Marcello Casal Jr/ABr
Mastrangelo Reino/Folha Imagem
A ACSP abrirá 3 casas em seu painel para acomodar o 1º trilhão do Leão. E 6
Grife da Animale no 2º dia da SPFW. E3
Jim Young/Reuters
A CRISE NO BRASIL
A CRISE NOS EUA
O ministro Mantega sorri confiante na blindagem brasileira, elogiada até pela Economist. Mas a Bovespa caiu mais 2,96% e o risco país subiu 4,24%. O governo acha "normal" a grande sangria de capitais no País. E 1
A foto do presidente do BC americano, Ben Bernanke, é reveladora. O seu discurso varreu os ganhos obtidos em 2007 na Bolsa de NY, aquém das expectativas. O índice Dow Jones caiu para 2,46%. Hoje é a vez de Bush falar. E 1
Milton Mansilha/LUZ
Fotos: Divulgação
Marcelo Ximenez/AE
Futurismo e romance no cinema: estréiam Eu Sou a Lenda, com o astro Will Smith, e O Caçador de Pipas. Gravuras e pinturas de Tarsila do Amaral ocupam a bela Pinacoteca do Estado. O teatro traz de volta a emoção dos musicais que marcaram época no Brasil. Prepare seu coração... Mais: rádio erudito e Roda do Vinho. HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 29º C. Mínima 20º C.
AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 31º C. Mínima 21º C.
O JAPÃO DÁ SAMBA Escolas homenageiam o centenário da imigração. Na foto, Yura, rainha da bateria da Unidos de Vila Maria. Carnaval com saquê na página 7.
Chávez provoca a Colômbia Escalada na guerra verbal. Página 9
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de janeiro de 2008
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CARNAVAL COM SAQUÊ
O Japão pede passagem na avenida Escolas de samba de São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis fazem homenagens ao Centenário da Imigração nos desfiles. Alas contarão com integrantes japoneses. dora e coordenadora do desfile da Unidos de Vila Maria, Luciana de Albuquerque Barros. Durante os ensaios, aderem ano de Centenário da Imigração Japone- ços típicos do oriente, como os sa, o saquê e as gueixas leques, aparecem nas mãos de deixam de ser tipica- passistas e mestres-salas e as mente nipônicos e invadem a únicas fantasias disponíveis festa mais popular do País, o são as que representam o MonCarnaval. Pelo menos é o que te Fuji e os Mangás. Segundo o coordenador do prometem quatro escolas de samba, das quais duas em São setor 4, que reúne oito alas, Jefferson Eloy, o Paulo, uma no Nilo, o diferenRio de Janeiro e cial da escola outra em Floriafrente às outras nópolis (SC). que tratam do No Sambódro- Quando pisei na mesmo tema é a mo paulistano, a Bahia, me senti forte presença Unidos de Vila mulata. É mais difícil dos japoneses Maria desfilará o na passarela do enredo I ra sh ai - falar português do Anhembi. CerMase, Milênios de que sambar. Cultura e SabedoYuka Sugiura, japonesa ca de 300 deles ria no Centenário de Nagoya, durante virão de diferentes cidades da Imigração Japoensaio da escola do Japão e serão nesa, com 27 alas distribuídos e mais de 4 mil innas alas da estegrantes. A agremiação da zona norte cola, no dia do desfile. Musa - Mas a musa da batecontará a história dos japoneses a partir do momento em ria talvez seja a principal japoque desembarcaram no porto nesa da avenida. Yuka Sugiude Santos, a bordo do Kasato ra, de 36 anos, é de Nagoya, no Maru. Dentre os temas das Japão, e já tem até um nome aralas, haverá menções às guei- tístico, Yukachan. Há oito xas, à festa do Buda e origami. anos, ela faz a ponte entre seu "Irashai-Mase significa bem- país de origem e o Brasil, que vindo. Esse é o espírito, o da conheceu durante uma viaconstrução de uma nação ni- gem de turismo. A convivênpo-brasileira", conta a historia- cia com os brasileiros, no en-
Fotos: Milton Mansilha/Luz
Rejane Tamoto
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No Rio e em Florianópolis, homenagens na passarela Mulher faz plástica nos olhos para tornar-se japonesa
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á 203 anos, um navio pesqueiro japonês naufragou e foi resgatado por uma embarcação russa, que deixou quatro tripulantes na ilha de Florianópolis. Essa história, pouco conhecida, virou samba na escola Copa Lord, em Florianópolis, que homenageia os japoneses com o samba Matsuri em Sankateríni. "Matsuri significa festival japonês e Sankateríni é como os japoneses chamavam Santa Catarina", disse o diretor do carnaval da Copa Lord, Osvaldo Meira Júnior, o Meira. No Rio de Janeiro, a proposta da Porto da Pedra, com o enredo 100 anos de imigração japonesa - Tem pagode no Maru, é fazer uma síntese do centenário e mostrar como os brasileiros influenciaram os japoneses. Pré-Kasato - "Vamos relatar a primeira aparição nipônica no Brasil, que antecede o Kasato Maru. A história está registrada na Assembléia Legislativa de Florianópolis", conta o diretor da Copa Lord. Segundo Meira, o samba também abordará história, lendas e mitologias japonesas, além da
ocidentalização dos imigrantes, agricultura e tecnologia. O diretor disse que a comunidade de japoneses e descendentes, embora pequena na ilha, deve comparecer em peso. "Temos duas participações importantes, como a da cineasta Tizuka Yamazaki e do tenista de mesa Hugo Oyama", disse. Loura - Para o desfile da escola de São Gonçalo, Porto da Pedra, até uma japonesa loura será "fabricada". Segundo o jornal O Globo, Ângela Bismarchi fará uma cirurgia para ficar com os olhos de uma japonesa e, assim, desfilar como Madame Butterfly na avenida. A idéia é que ela desfaça a operação plástica após o Carnaval. Sob a idéia da síntese do centenário, a Porto da Pedra exibirá ícones como samurais, Budas, ninjas, cerimônias do chá e gatos da sorte. Uma ala com 200 japoneses representará os imigrantes e um carro dedicado ao bairro da Liberdade também está previsto no desfile, além de uma homenagem ao artista plástico Manabu Mabe (19241997). (RT)
Dida Sampaio/AE
MASCOTE – O desenhista Maurício de Souza apresentou ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o mascote oficial das comemorações do Centenário da Imigração Japonesa. A cerimônia, realizada no Palácio do Itamaraty, em Brasília, marcou o início do Ano do Intercâmbio Brasil-Japão, celebrado por causa dos 100 anos da imigração. O mascote ainda será batizado pela comissão responsável pelos festejos.
Fantasias e adereços japoneses relembram a saga dos imigrantes
Yuka Sugiura, da Unidos de Vila Maria: japonesa com sangue de baiana
tanto, se deu em Salvador, onde já se casou e separou. "Quando pisei na Bahia, me senti mulata", disse.
O resultado foi o sotaque metade japonês e metade baiano de Yuka, que já foi dona de bar e karaokê no Japão, onde
sambava antes de vir ao Brasil. "É mais difícil falar português do que sambar", conta, aos risos. O preparo para a responsabilidade de ser a musa incluiu um regime às avessas: Yuka ganhou dez quilos para não fazer feio ao lado das brasileiras. "Sou farofeira, como muita farofa", brinca, ao explicar a dieta de engorda. Karatê - Com uma homenagem à Okinawa, província de onde emigraram cerca de 40% dos japoneses que estavam no Kasato Maru, a escola paulistana Prova de Fogo quer alcançar o grupo especial. O enredo Cem
Anos de Imigração Japonesa, Prova de Fogo é Okinawa neste Carnaval abordará a cultura daquela região do Japão, como em uma viagem de retorno às origens, na qual serão mostradas especialidades do lugar, como a cerâmica, a tecelagem e o karatê. "Vamos ter um grupo de taikô na bateria", disse o presidente da agremiação, Celso Lima. O presidente conta que este tema o fez descobrir as coincidências existentes entre os japoneses de Okinawa e os afrodescendentes. "Eles cultuam os ancestrais e são felizes, a despeito do sofrimento pelo qual passaram".
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Ambiente Educação Av i a ç ã o Saúde
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de janeiro de 2008 Evelson de Freitas/AE 27/08/2007
Aeronáutica ainda não tem previsão de quando será concluído o inquérito sobre o acidente.
ACIDENTE COMPLETOU 6 MESES ONTEM
SAMBA ECONÔMICO
VIVA A INTELIGÊNCIA!
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oda a zona leste aguarda com ansiedade e esperança a inauguração da estação da CPTM dentro da USP-Leste, programada ainda para este mês. Acredita-se que a introdução desse elemento às UM JARDINZINHO SINGELO intelectual dará novo status Ana Ottoni/FolhaImagem-2 3/12/2003 linhas proletárias e, de ria lho me e, caminho de completar 88 anos, em setembro próximo, Dom conseqüentement Paulo Evaristo Arns está de endereço novo. Mudou-se do qualidade. Aliás, já se fala em e s ado rm Jaçanã, onde morava desde que deixou o arcebispado da refo ou trens novos nas ape de lo cidade, em 1998, para o convento das irmãs franciscanas, rva inte promissor as re em Taboão da Serra. Trata-se de uma casa modesta, como ent s uto cinco min os am est o: nçã convém a um frade franciscano, com sala, quarto, cozinha, Ate es. içõ pos com F. O ha Lin a rad banheiro e um jardinzinho singelo, segundo palavras de ige fam da ndo fala Dom Pedro Stringhini, bispo auxiliar do Belém e entusiasmo é de tal ordem que companhia inseparável de Dom Paulo. Foram dois os até a humilde União da Vila as motivos da mudança: a insistência das freiras e o gosto do religioso por lugares Nova, conglomerado de um a mais frescos. Ali a temperatura média é inferior em dois graus à do Jaçanã. 40 mil pessoas que se assent rio o ria cor e ond em terras por , nos Tietê antes de ser retificado a ndo ma ani se á est O RELÓGIO VAI VOLTAR (1) O RELÓGIO VAI VOLTAR (2) anos 40, pleitear uma estação no seu s Banco Itaú poderá voltar a exi- Milton Mansilha/Luz - 16/11/2005 propósito, o tombamento do território. Hoje, os moradore tro qua bir sua logomarca no famoso Conjunto Nacional está provoprecisam caminhar uns a relógio instalado no teto do Conjunto cando outra grande marola que proquilômetros de cada lado par o elin Erm Nacional, na avenida Paulista. Parecer vavelmente aumentará o mau humor pegar o trem em uel Mig São do Conselho de Defesa do Patrimônio do prefeito Gilberto Kassab e do seem Matarazzo ou Histórico, Arqueológico e Artístico cretário Andrea Matarazzo. Em princíPaulista. (Condephaat) nesse sentido enconpio, por causa daquela medida de 2006 Luiz Prado/Luz - 26/07/ tra-se em mãos de Vilma Peramezza, preservação, a calçada de mosaico síndica do conhecido edifício. Segunportuguês em torno do edifício e que do o documento, divulgado em dese prolonga dentro dele, não poderá zembro passado, a logomarca faz ser mexida. Portanto, a alardeada troparte daquele conjunto arquitetônica do mosaico português por placas co, que foi tombado em 7 de abril de de cimento, ora em andamento e que 2005. Portanto, também deve ser preestá pondo a Paulista de pernas para servada. Como se recorda, sua preo ar, deve passar ao largo daquele tresença provocou animada polêmica cho. Aliás, ao que parece, é este o depor ocasião da implantação da lei da sejo da administração do prédio. Os já Cidade Limpa no ano passado. Acatradicionais conflitos causados pela bou sendo suprimida. Em todo caso, troca do piso da avenida nos últimos de lá para cá, o Itaú continuou fazenanos sugere que há alguma caveira do a manutenção do equipamento. de burro ou sapo com a boca costuNaturalmente, a decisão provocou rada enterrados por ali. O Conjunto mau humor na Prefeitura. Nacional é de 1952.
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Ato lembra 6 meses da tragédia da TAM Parentes de vítimas preparam manifestações para o próximo domingo nos aeroportos de Congonhas, na zona sul, e Guarulhos, na Grande São Paulo
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s 199 pessoas que morreram no vôo 3 0 5 4 d a TA M , o maior acidente aéreo brasileiro, serão lembradas no domingo em dois atos que serão realizados por seus amigos e familiares. O acidente completou seis meses ontem. As manifestações, que vão ocorrer nos aeroportos de Congonhas e Cumbica, se referem ao atraso nas investigações sobre as causas do acidente e ao fato de que apenas 15% das indenizações foram pagas. Amanhã, familiares devem se reunir com representantes do governo estadual para discutir o andamento do inquérito. Os secretários estaduais de Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, e de Justiça, Luiz Antônio Marrey, foram convidados para o encontro, que vai acontecer em um hotel na zona sul da cidade. No domingo serão realizados os dois atos: em Congonhas, às 16h, e em Cumbica, às 20h. Além das reivindicações relativas ao inquérito e às indenizações, os parentes das vítimas pretendem fazer um concurso para criação de um memorial do desastre. Ele seria construído no terreno onde funcionava o prédio da TAM Express, que foi totalmente destruído no acidente. A assessoria de imprensa da TAM informa que 30 acordos com os familiares já foram concluídos e pagos. Segundo a companhia, outros 11 foram feitos verbalmente. A Aeronáutica não tem previsão de quando irá concluir o relatório final sobre a tragédia. Em reunião realizada an-
Divulgação
lém da qualidade musical, que levou a Prefeitura a contratá-la para o show do aniversário da cidade, dia 25, no Parque da Independência, a Banda Glória tem uma particularidade que merece ser mencionada: foi fundada em 1998 por Frederico Mathias Mazzucchelli, 60 anos, para interpretar clássicos da MPB com arranjos contemporâneos. Em principio, a conciliação entre os gostos desse líder de banda parecia improvável: cifras e teorias econômicas com samba. Mas no caso deu certo. Mazzucchelli, que na foto aparece de óculos e boné, à esquerda, é professor de pós-
Eugênio Goulart/AE - 17/07/2007
Ó RBITA
DENGUE oldados do Exército serão treinados para combater S a dengue em uma campanha promovida pelo governo do
Choque do Airbus: acidente foi o pior da história da aviação brasileira
teontem com familiares das vítimas e representantes da Polícia Civil e do Ministério Público, foi apontado que a complexidade do acidente e a demora na obtenção de documentos atrasam a conclusão
da investigação. Tragédia - Em 17 de julho de 2007, o Airbus A320 da TAM se incendiou depois que pousou em Congonhas, não conseguiu parar e colidiu com um prédio da TAM Express. (Agências)
Missa de 7º dia A família de
Dulce Salles Cunha Braga convida para a missa de sétimo dia de seu falecimento Hoje, às 18 horas Igreja Santa Teresinha: Rua Maranhão, 617, Higienópolis.
Dulce Salles participou ativamente da vida política do País. Foi vereadora, deputada estadual e senadora. Era viúva de Antonio Roberto Alves Braga, falecido em 1995. Braga foi vice-presidente e membro vitalício do Conselho Deliberativo da Associação Comercial de São Paulo.
graduação da Faculdade de Economia da Unicamp e foi secretário estadual do Planejamento e da Fazenda, respectivamente dos governadores Orestes Quércia e Luiz Antonio Fleury Filho. Mazzucchelli toca violão e canta. Tem prazer especial em fazê-lo com as canções de Chico Buarque.
QUE "ESTICA"!
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s alfaiates mais chiques da cidade são guardiões de um sonho de consumo masculino pouco comentado: os ternos cujos fios de lã fria 170 de carneiros Merino, da Austrália, foram batizados de "diamond sheep". Alexandre Mirkai, 67 anos, presidente da Associação Paulista de Alfaiates, que tem seu ateliê em Moema, contou à coluna que cada terno custa em torno de R$ 13 mil. Ele fez seis no ano passado. Há uma variação para cima, o "golden sheep", que sai por R$ 26 mil. Mas desses Mirkai nunca fez. Devido ao preço, os alfaiates
Distrito Federal. Cerca de 100 homens do Comando Militar do Planalto participarão da campanha, que começa segunda-feira. Eles serão treinados por um período de dois dias, das 8h às 18h. O treinamento inclui aulas teóricas e práticas sobre o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e da febre amarela urbana, já erradicada no país. (ABr)
trabalham com mostras. Se o negócio for fechado, importam o tecido da Inglaterra. Convém lembrar, para efeito de referência, que em Paris o freguês deixa na loja algo em torno de R$ 7 mil para levar um terno pret-aporter de Ermenegildo Zegna.
ABADÍA juiz federal Fausto de O Sanctis determinou que o traficante colombiano Juan
Carlos Abadía entregue, em 48 horas, os US$ 40 milhões que havia prometido para que seu pedido de delação premiada fosse aceito. Se não obedecer, Abadia poderá responder a mais um processo, dessa vez por lavagem de dinheiro.(AE)
Aqui no Milan há tantos campeões que é estupendo entrar em campo com meus companheiros.
AFP - 17/12/07
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Do craque Kaká, rasgando seda para seus colegas de time, em especial o 'Fenômeno' Ronaldo.
Nascimento do ator inglês Cary Grant (1904 -1986)
JANEIRO
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C ARNAVAL A RQUEOLOGIA
Vou de 'Tropa de Elite'
A primeira espada debaixo do céu Arqueólogos chineses descobriram aquela que consideram ser a espada mais antiga da China, com cerca de 2.500 anos, num túmulo no leste do país, informou ontem a imprensa estatal chinesa. A relíquia, que se encontra em bom estado de conservação na província de Jiangxi "é reconhecida como a espada mais antiga desenterrada no país", disse ao jornal oficial China Daily, o chefe da equipe de arqueólogos, Xu Changqing. Xu explicou que a
espada é negra, dourada e vermelha, brilhante e com cerca de 50 centímetros de comprimento. Está ornamentada com o desenho de um dragão esculpido de ambos os lados da bainha e duas linhas em zigue-zague no centro da lâmina. A equipe de arqueólogos batizou a peça de "A Primeira Espada debaixo do Céu", de acordo com os nomes atribuídos a outras duas relíquias, "Primeiro Tapete debaixo do Céu" e "Primeiro Leque debaixo do Céu", que foram encontradas no mesmo túmulo.
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m grito de guerra exaustivamente repetido em 2007 deve fazer sucesso no carnaval: "Tropa de elite, osso duro de roer, pega um, pega geral, também vai pegar você". Pelo menos é o que imaginam os lojistas do comércio popular do Saara, no centro do Rio. As fantasias de policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) personagens do filme Tropa de
Elite, são as mais vendidas para adultos e crianças. A inscrição no uniforme das crianças, Trupe de Elite, é uma variação do original. Há também outras vertentes, como o Bofe de Elite, com um círculo rosa em volta da caveira. "Todas as variações que chegam vendem rapidamente", garante o gerente de uma das lojas, Marcelo Servos. A professora Maria de Lur-
des Mota chegou atrasada ontem e terá de voltar hoje. Ela quer uma roupa para o filho de 10 anos. "Acho até bom para desmistificar essa coisa do policial", filosofou. Nas lojas, os vendedores trabalham fantasiados ou experimentam o colete para exibir aos clientes. "É divertido, a gente brinca mesmo. Aqui, eu sou o capitão Nascimento", disse, todo fantasiado, o vendedor Jedir Pereira.
Fabio Serin/Reuters
E SPANHA
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Philippe Desmazes/AFP
Cavalo e cavaleiro atravessam o fogo na vila de São Bartolomé de Piñares para celebrar a festa de Santo Antonio, patrono dos animais. Desde a antigüidade, os cavaleiros obrigam seus cavalos a atravessarem o fogo nesta data para livrar todo o vilarejo de qualquer doença.
L
E M
ACENDE A FOGUEIRA - Explosão de fogos durante a inauguração da maior fogueira da Europa, ontem na pequena cidade de Novoli, comuna italiana da Puglia. A fogueira é feita de 80 mil videiras e tem 23 metros de altura. A RQUITETURA
CASTELOS PARTICULARES
http://www.ushmm.org/
C A R T A Z
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A vida amorosa do presidente da França continua ocupando mais espaço na mídia do que seu desempenho político. Ontem, a notícia veiculada pela imprensa francesa foi a condenação do jornal gratuito francês Metroa pagar uma indenização de 5 mil euros à jornalista Laurence Ferrari, por ter publicado em seu site rumores de um suposto romance entre ela e Nicolas Sarkozy. O diário deverá pagar ainda 3 mil euros para cobrir as despesas da jornalista com advogados. O total pago é muito inferior aos 25 mil euros pedidos pela jornalista por "danos à sua privacidade".
Lula, uma escada para Fidel?
Arquivos secretos do nazismo da Memória, em Varsóvia, na Polônia. O museu em Washington é o primeiro a abrir, ainda que apenas por meio indireto, os arquivos secretos do nazismo. Qualquer um que queira realizar pesquisas sobre familiares poderá entrar em contato com o museu, que possui documentos como listas de transporte, registros de campos, documentos da Gestapo. Os documentos são referentes a 17,5 milhões de pessoas que sofreram por causa da política de extermínio nazista.
Rentável romance com Sarkozy
B RAZIL COM Z
H ISTÓRIA
O museu do Holocausto nos EUA anunciou ontem que, depois de meses de trabalho para organizar e digitalizar mais de 100 milhões de documentos, começará a aceitar pedidos de pesquisa de sobreviventes e familiares de pessoas que foram vítimas do nazismo durante a Segunda Guerra Mundial. Grande parte dos documentos que estavam em Bad Arolsen, na Alemanha, foi transferida para o museu em Washington e para outras duas instituições, o Yad Vashem, memorial do holocausto em Israel, e o Instituto Nacional
M ÍDIA
RUA
O jornal espanhol El País destacou ontem o encontro entre os presidentes do Brasil e de Cuba. "Lula vê Fidel Castro lúcido, saudável e disposto a assumir seu papel político", diz o jornal, que vê "interesses" no encontro. Segundo o El País, Fidel só confirmou seu encontro com Lula na última hora, e com o objetivo de obter ganhos políticos, já que Cuba atravessa um processo eleitoral que desembocará no final de fevereiro na constituição de uma nova Assembléia Nacional. Ou seja, Lula, hoje, seria uma "escada" para Fidel. S AÚDE
Celular 'embaralha' sono Um estudo realizado no Massachusetts Institute of Technology (MIT) mostrou que a radiação emitida pelo telefone celular pode afetar o sono. O estudo submeteu 71 pessoas entre 18 e 45 anos à radiação do celular enquanto dormiam. Os registros mostraram que as pessoas que dormem próximas ao telefone celular sofrem mais de dores de cabeça e têm má qualidade de sono nas fases iniciais, além de terem as fases mais profundas afetadas, o que atrapalha o descanso e a restauração das energias. I NTERNET
N Arte de rua é transferida para tela e madeira em 60 obras na mostra Street Art – do Graffiti à Pintura. MAC USP Ibirapuera, Pavilhão Ciccillo Matarazzo, 3º piso, Parque Ibirapuera, portão 3, tel.: 5573-9932, das 10h às 19 h. Grátis.
Controle a diabetes na internet
O Virtual Cable é um display para os sistemas de navegação existente nos veículos que "indica o caminho" ao motorista mostrando a rota como uma linha vermelha no pára-brisa. A imagem em 3D facilita a tarefa de dirigir, principalmente sob neblina ou à noite. Preço sob consulta.
O Hospital das Clínicas de São Paulo lançou o sistema GlicOnline, que vai auxiliar o paciente diabético nas refeições, informando o tipo e quantidade de insulina que deverá ser aplicada para compensar o nível de açúcar no sangue. O site mantém um prontuário do paciente, indicando tipos de insulina prescritos, especificações de bombas e quantidade diária da medicação. Por meio de qualquer aparelho de celular com chip, o sistema informa alimentos indicados e medidas caseiras.
http://mvs.net/index.html#display
www.gliconline.com.br
http://curiousexpeditions.org/?p=91
No alto, o castelo de Robert Tatin, na França; acima, Grotto of the Redemption, em Iowa. Ao lado, o Tarodi Var, na Hungria e, no canto, o Palais Ideal, na França
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L OTERIAS Concurso 290 da LOTOFÁCIL 01
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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
Cientistas norte-americanos anunciam produção de clones humanos embrionários Ministério determina corte de 6.323 vagas em faculdades de Direito em todo o País
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Uma ajudinha na hora de dirigir
O Google destinará mais de US$ 25 milhões para iniciativas relacionadas com a luta contra a mudança climática e a pobreza, informou ontem a companhia proprietária da ferramenta de busca mais utilizada na internet. Os recursos financeiros correspondem a cerca de 1% do valor dos ativos e 1% dos lucros anuais das empresas. A companhia elegeu cinco áreas nas quais concentrará suas doações sem fins lucrativos, e pretende reforçar os esforços de comunidades para prevenir acontecimentos que depois podem dar lugar a crises locais, regionais ou globais.
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F AVORITOS
O Google é tão bonzinho
ada além de um pouco de criatividade, um sonho e a ajuda ocasional de alguns amigos e parentes. É isso que inspira algumas pessoas a erguerem, elas mesmas, seus próprios castelos. O site Curious Expeditions fez uma seleção dos 15 mais belos castelos particulares espalhados pelo mundo e conta a história de seus donos, que os construíram pedra por pedra.
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G @DGET DU JOUR
Reproduções
Farmanguinhos recebe sinal verde produzir um novo medicamento contra a aids
Concurso 1852 da QUINA 08
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2 - OPINIÃO
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NOS PRIMEIROS11 DIAS DE JANEIRODESTE ANO SAÍRAM DO BRASIL 2,18 BILHÕES DE DÓLARES
UM CADASTRO NECESSÁRIO G Estima-se que a
adoção do cadastro positivo no Brasil elevaria os empréstimos em 25%, provocando aumento de quase 1% no crescimento do PIB. ção do cadastro positivo no Brasil elevaria os empréstimos privados em 25%, provocando um aumento de quase 1% no crescimento do PIB. Em segundo lugar, o maior compartilhamento de informações permitiria melhorar a capacidade de diferenciar indivíduos de risco, o que reduziria o custo de concessão de crédito, diminuindo a taxa média de juros. Isso expandiria a capacidade de consumo da população.
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or último, o sistema tenderia a aumentar o acesso ao crédito das mulheres, minorias e grupos de baixa renda, viabilizando seus pequenos negócios e a aquisição de ativos. De fato, outro estudo, de autoria de Thorsten Beck, Asli Demirgüç-Kunt e Ross Levine (Finanças, Desigualdade e os Pobres) conclui que esse tipo de sistema de informação de crédito reduz a desigualdade na distribuição da renda. Os autores estimam que, no caso brasileiro, haveria aumento de 25% na renda dos 20% mais pobres. Esses resultados mostram que a estrutura dos sistemas de informação de crédito pode ter resultados macroeconômicos importantes, que no caso brasileiro se consubstanciariam em aumento do crédito, maior crescimento econômico e menor desigualdade na distribuição da renda. O estabelecimento do cadastro positivo no nosso país ainda depende de uma legislação que dê segurança aos bancos de dados para sua implementação. O Projeto de Lei elaborado pelo governo, com a colaboração da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e de outros bancos de dados, acha-se em tramitação no Congresso desde setembro de 2005. É urgente sua aprovação. ULISSES RUIZ DE GAMBOA É ECONOMISTA DO INSTITUTO GASTÃO VIDIGAL, DA ACSP
ESTÁ DE VOLTA
Lucas Jackson/Reuters
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principal problema que afeta qualquer transação de crédito é a existência de informação incompleta sobre o perfil dos tomadores de crédito, que conhecem sua real capacidade e intenção de pagamento. Essa situação, por um lado, dificulta a diferenciação entre indivíduos de alto e baixo risco, levando ao aumento da taxa de juros cobrada pelos empréstimos. O maior custo do financiamento resultante reduz a participação dos mutuários de baixo risco, aumentando a incidência de mutuários de alto risco, fenômeno conhecido como seleção adversa. Por outro lado, a existência de informação incompleta pode incentivar comportamentos oportunistas por parte de mutuários de alto risco, o que provoca restrições de crédito. A existência de bancos de dados de crédito, como o SPC, permite reduzir a escassez de informação sobre o perfil dos diferentes mutuários, o que atenua tanto o problema de seleção adversa como os possíveis comportamentos oportunistas. No entanto, estudos recentes como o de Michael Turner e Robin Varghese (A Estrutura do Compartilhamento da Informação: Algumas Considerações às Vésperas da Reforma Brasileira do Sistema de Informações de Crédito), também ressaltam a importância da estrutura do sistema de informação de crédito _ se os dados informados incluem dados positivos; se a informação integra vários setores; se a propriedade dos bancos de dados de crédito é privada ou pública. Esse estudo conclui que um sistema de informação de crédito com dados negativos e positivos, com abrangência multi-setorial e de propriedade privada contribui com maior intensidade para reduzir os problemas de informação do mercado de crédito, produzindo efeitos macroeconômicos importantes. Em primeiro lugar, um sistema de informação de crédito desse tipo, ao reduzir a seleção adversa e o comportamento oportunista, provocaria um aumento nos empréstimos ao setor privado, redundando em elevação da produtividade e maior crescimento econômico. Os autores estimam que a ado-
JOÃO DE SCANTIMBURGO A INFLAÇÃO
E O impacto da crise americana no Brasil
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té que ponto o Brasil está "descolado" da economia americana e "blindado" contra o contágio de uma desaceleração mais brusca da economia dos EUA? A pergunta é relevante. A crise do subprime – como já se enfatizou repetidamente neste espaço – se manifesta por ondas. Tivemos a primeira em março do ano passado, uma mais forte em agosto e outra de menor intensidade no final do ano, e agora estamos recebendo o impacto de mais uma onda. A natureza do problema e o motor dessas ondas são os mesmos, agora e anteriormente: não se conhece o montante de títulos subprime nem sua distribuição entre as instituições financeiras. O fato é que, com o acentuado prejuízo do Citigroup e a possibilidade de enormes prejuízos em outras instituições, elevam-se as saídas de recursos externos trazidos para o país. Essas saídas destinam-se a compor caixa nas instituições que estão perdendo liquidez e não se restringem, obviamente, ao nosso país. O retorno de recursos investidos fora dos EUA e que para lá voltaram tem por origem todos os países em que estão aplicados, como mostra a queda generalizada das bolsas de valores em todo o mundo. Os números divulgados pelo Banco Central na quarta-feira passada são eloqüentes: nos primeiros 11 dias do mês, saíram liquidamente do país US$ 2,18 bilhões. Parcela significativa desses recursos estava aplicada no mercado acionário brasileiro, razão pela qual a Bovespa acumula este ano perda de mais de 3%. Pelas mesmas razões, o valor do dólar, que continuava em sua lenta e segura desvalorização reverteu a tendência e praticamente recuperou as perdas que já havia sofrido em relação ao real em 2008. Se o problema é conhecido e as conseqüências já se fazem sentir, aqui e alhures, o que é possível esperar para frente?
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á quem diga que uma recessão americana não tem mais tanta importância porque os novos atores – Índia, China e os Tigres Asiáticos – mais que compensam o poder econômico americano. Não é o que pensa Michael Pettis, diretor de banco de investimentos em Nova York e professor de Finanças da Universidade Columbia. Para ele, uma recessão nos EUA pode ter um impacto maior justamente sobre os países asiáticos, que têm no mercado americano seu principal destino de exportações. Embora haja hoje mais comércio entre países emergentes, no final das contas, quem
G A turbulência que abala a
economia dos EUA pode trazer problemas para o Brasil. Mas ainda não é possível se ver ao certo o que vem pela frente. As reservas de 180 bilhões de dólares servirão de primeiro anteparo, qualquer que seja a intensidade da crise. Por Roberto Fendt consome os bens produzidos na Ásia é o consumidor americano. Já o ânimo do consumidor americano ainda não dá mostras de estar começando a se recuperar, a julgar pelos indicadores de construção de novas residências nos EUA. O volume de construção em 2007 foi o pior em 30 anos; e as autorizações para novas construções são as menores nos últimos 12 anos.
U
m aprofundamento da crise pode nos atingir de forma indireta. Boa parte do crescimento dos países emergentes não asiáticos decorreu da extraordinária expansão da demanda, principalmente da China. Um desaquecimento da economia americana teria como primeiro efeito uma queda na demanda americana por produtos asiáticos; tendo em vista a dificuldade de paralisar a produção na China e na Índia, provavelmente o crescimento nesses países se sustentaria ainda por algum tempo, gerando acumulação de estoques. Eventualmente, essa acumulação de estoques poderia levar a uma queda na produção; e a queda na produção, por sua vez, levaria em uma terceira etapa a uma queda na demanda por matérias primas provenientes dos países emergentes fora da Ásia, dentre eles, nós. Esse é o canal através do qual poderemos ou não vir a ser afetados por uma desaceleração mais acentuada na economia americana. É possível que a "aterrissagem" da economia americana seja mais suave do que se imagina, a julgar pela recuperação relativamente rápida das exportações dos EUA com a desvalorização do dólar. De qualquer forma, talvez seja o momento de reconhecer a prudência do Banco Central em acumular 180 bilhões de dólares de reservas internacionais. São essas reservas que servirão de primeiro anteparo, qualquer que seja a intensidade da crise que vem pela frente.
Equipe alinhada RENATO ANTONIO ROMEO
Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br
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ão é novidade para nenhum empresário que os mercados estão cada vez mais competitivos. Mas o que fazer para tornar uma organização mais competitiva? Um dos caminhos que necessariamente deve ser trilhado é cultivar uma cultura voltada a resultados. "Quem não vende, deve servir àqueles que vendem". Essa frase, usada por Thomas John Watson Jr., presidente e filho do fundador da IBM, era encontrada em praticamente todas as paredes e lugares visíveis de sua empresa. Quando queremos que nossa empresa seja voltada a resultados, temos que conscientizar todos os funcionários – não só os vendedores – para a importância de se gerar receitas. Todos os funcionários da empresa dependem de vendas. Sem que o cliente compre os nossos produtos e serviços, não existe empresa. Portanto, todos os funcionários, aqueles que têm a função de vender e aqueles que desempenham outras funções, de-
vem estar integrados e comprometidos com vendas. O conceitochave aqui é alinhamento organizacional. Quando se fala em alinhar uma organização, comumente se pensa em criação ou extinção de cargos, promoções ou decessos de pessoas. Na verdade, para se alinhar uma organização dependemos de duas coisas: ter uma visão comum e coG Todos os funcionários
devem estar integrados e comprometidos com as vendas da empresa. O conceito-chave é o do alinhamento organizacional. municá-la adequadamente a todos os funcionários de nossa empresa. Quando sabemos onde devemos chegar e o que devemos fazer, trabalhamos de forma alinhada com os objetivos estabelecidos. Quando o cliente entra em con-
tato com a empresa, por qualquer motivo, esse momento deve ser encarado pelo funcionário que atende àquele cliente como uma oportunidade de se entender mais sobre a situação e os desafios daquela pessoa. Muitos problemas que o cliente enfrenta podem significar novos negócios. Quando um funcionário está diante de um cliente, ele deve estar atento a novas oportunidades de vendas e comunicá-las internamente. Isso significa ter funcionários alinhados e incentivados para manterem-se focados no cliente; e não isolados no cumprimento de suas funções. Desde a telefonista até o funcionário do departamento de contas a receber, todos devem estar conscientes da importância da interação com o cliente, pois é ele que paga o salário e concede aumentos e promoções. RENATO ANTONIO ROMEO É SÓCIO DA SALESOLUTION DESENVOLVIMENTO E AUTOR DO LIVRO Vendas B2B: Como Negociar e Vender em Mercados Complexos e Competitivo
la veio de mansinho, não fazendo tremer a terra com o seu passo desordenado, mas exibindo sim uma aparência anódina aceitável perfeitamente para as donas de casa. A realidade é, porém, outra. É a volta da inflação, a menos que o governo tenha meios para cortar qualquer perspectiva do retorno dessa megera que é a inflação, a nossa velha conhecida que já figurou com grande presença nos cálculos das estatísticas dos organismos de estudo do processo inflacionário. Evidentemente, os supermercados estão preparados para serem os informantes da inflação cotidiana, visto que os preços no varejo vão dando a notícia do aumento das tarifas precificadas e sujeitas a mudanças de um dia para outro segundo os fornecimentos para os estoques. A inflação já nos atacou demasiadamente, pondo de atalaia todos os empresários nos negócios do varejo como os que temos na rede comercial do dia-a-dia.
G O aumento de
preços veio de mansinho, mas já é certo que este mal terrível está de volta ao mercado. Lembramos que tivemos inflações de mais de 200% ao mês, entrando em função a revisão salarial por dia e os preços do varejo também por dia. A inflação é a maior inimiga da dona de casa, principalmente numa cidade como São Paulo onde predomina a classe média inferior. Essa classe média é que mantém os mercados populares dispersos pela capital e com planos de aumentar o seu estoque para fazer ofertas mais baratas do que as atuais.
E
ssa perspectiva está, porém, distante da dona de casa, porque o detalhe não se eleva com a inflação, ao contrário fica mais caro, exigindo uma parte do salário que não foi considerada por ser cedo ainda um movimento de aumento salarial. Vê-se que a inflação altera todos os cálculos dos empresários e dos consumidores, verificando-se, mesmo, uma nota de recessão nas compras a varejo por quanto os salários não são inflexíveis e dependem das oscilações inflacionárias que devem entrar na cogitação do empresário e do consumidor. É um assunto grave este e leva em conta a transformação das famosas donas de casa que se mudam sob o peso das taxas de inflação que o salário não cobre, porquanto as empresas não podem fazer aumentos imediatos. Fica aqui a nossa opinião: a inflação é um mal terrível. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
OPINIÃO - 3
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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OS DIREITOS DE PROPRIEDADE E AS GARANTIAS INDIVIDUAIS ESTÃO SENDO DESRESPEITADOS
NEIL essa eu não engulo
FERREIRA
FIDEL GANHA BOLSACUBA DO BRAZIU, ZIU Céllus
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Reflexões sobre o direito de propriedade Professor de Filosofia, Denis Rosenfield, apresenta em seu novo livro uma análise teórica, filosófica e histórica do direito de propriedade a partir de diversos autores
Por Marcel Domingos Solimeo
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G Faça seu comentário direto no site do DC G Ou envie um e-mail: doispontos@ dcomercio. com.br
ditado pela Universidade SECOVI, e com a apresentação de seu presidente Romeu Chap Chap, o livro Reflexões sobre o direito de propriedade do professor de Filosofia Denis Rosenfield, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, apresenta uma análise teórica, filosófica e histórica do direito de propriedade a partir de diversos autores, a começar pelo "arroubo" de Proudhon, de que "a propriedade é um roubo", que norteou o desenvolvimento de diversas correntes socialistas, notadamente o marxismo. Tão importante quanto essa análise, é a parte introdutória do livro, na qual o professor Rosenfield apresenta uma panorâmica preocupante sobre a situação do direito de propriedade no Brasil, o qual vem não apenas sendo relativisado a partir da Constituição de 88, que estabeleceu sua "função social", como freqüentemente desrespeitado e enfraquecido. O professor adver te que "Idéias estruturam o comportamento humano, a ação dos homens, organizando, desta maneira, o mundo ..." Todos, de uma forma ou de outra, estão engajados numa "grande luta de idéias". Destaca que a onda do "politicamente correto" é cada vez mais invasora e, "por culpa moral ou por mera acomodação, as resistências começam a cair". Isto se observa com relação às reações da sociedade no tocante às violações do direito de propriedade, que, em muitos casos, partem do próprio governo, no geral por pressões de ONG’s, muitas delas financiadas e orientadas do exterior, como no caso da demarcação de terras indígenas, especialmente no tocante à reserva Raposa-Serra do Sol, que além de ocupar três quartos do
território de Roraima para um grupo de apenas 15 mil índios, ao estabelecer como área contínua, vai atingir sete cidades e desapropriar praticamente todas as plantações de arroz da região, que são importantes para o abastecimento nacional. Também no tocante aos quilombolas, o presidente da República regulamentou por decreto o dispositivo constitucional que trata da questão do direito de propriedade dos quilombos, com parcialidade e superficialidade, permitindo, com estímulo do INCRA, que qualquer grupo se autodenomine como tal, e passe a reivindicar áreas muitas vezes com sua posse legal consolidada há muitos anos.
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isso tem resultado reivindicações de áreas como uma ilha de propriedade da Marinha ou uma área próxima da Praça Mauá, no Rio de Janeiro, que há dezenas de anos está nas mãos da Ordem Terceira do Carmo. Uma terceira ação do governo contra o direito de propriedade é a tentativa do INCRA de alterar os índices de produtividade da agricultura, para aumentar as desapropriações, uma vez que escasseiam áreas improdutivas (a não ser em regiões distantes) que possam ser usadas pela reforma agrária. Não bastasse a atuação direta do governo, diversos grupos, que se autodenominam de movimentos sociais, como o MST, o MAB, a Frente Campesina, os Sem-Teto, e outros, com omissão, estímulo e, até recursos governamentais, vêm aumentando não apenas a quantidade, como a agressividade, de suas ações contra a propriedade, invadindo fazendas, laboratórios, hidroelé-
tricas, plantações, campos de pesquisa, casas e prédios, paralisando rodovias, destruindo bens particulares, matando gado e até atingindo a integridade física de proprietários e trabalhadores.
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ais do que a atuação do governo e as ações desses grupos, o que é motivo de grande preocupação é a omissão e indiferença das elites empresariais, e da própria população, que vai sendo anestesiada pela repetição sistemática desses atos, sem que ninguém seja punido, mostrando que não apenas os direitos de propriedade, como as garantias individuais, estão sendo cada vez mais desrespeitados. Denis Rosenfield, em sua análise, mostra que o objeto da lei deve ser o de "impedir que não seja ferida a liberdade e a propriedade de qualquer um" e que "um atentado cometido contra a propriedade, equivale a um
atentado contra a liberdade". A estratégia "gramiscista" de ir enfraquecendo gradativa, mas sistematicamente, o direito de propriedade, utilizando-se do "politicamente correto" para encobrir suas verdadeiras intenções, é reforçada pela atuação dos auto intitulados movimentos sociais, e facilitada pela ocupação de posições chave no governo, e pela penetração nas universidades e na mídia. Reflexões sobre o direito de propriedade não é apenas o título do livro, mas um convite para que pensemos sobre o que está ocorrendo no País, e para onde estamos indo e, sobretudo, serve como um alerta para que nos mobilizemos e organizemos para tentar reverter essa trajetória. MARCEL DOMINGOS SOLIMEO É SUPERINTENDENTE INSTITUCIONAL DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO (ACSP)
Denis Rosenfield mostra, em sua análise, que o objeto da lei deve ser o de "impedir que não seja ferida a liberdade e a propriedade de qualquer um" e que "um atentado cometido contra a propriedade, equivale a um atentado contra a liberdade".
camelo voador pousa no aeroporto de La Habana e os Reis Magos lulla o pernambuquinho, gabrielli o baiano, e temporão o fluminense, descem levando ouro, incenso e mirra para el comandante em jéfe. Não vi o temporão em nenhuma foto. Se não estava é porque querem me pegar em falta grave. Sua função nessa missão de Estado é tão crucial que me arrisco a colocá-lo na ação, em honra do dever que cumpriu, ausente ou presente. Fiel ao patrocinador, fidel recebeu-os com o moletom usual, das três listras. O big brother braziu ziu ziu é o Grande Irmão dos países africanos, latinos e caribenhos ditos precisados, a quem damos sonante, cantante e sobrantes. A Bolívia bateu a carteira da Petrobras recheada com um bilhão e meio de dólares e foi premiada com a doação de outro bilhão da mesma Petrobras, para eventuais reparos a danos provocados. Os modernos Merquior, o caldeu, Gaspar, o cáspio, e Baltazar, o mouro, ofertaram um bilhãozinho de dólares, para começar, ao moderno El Cid, que mesmo morto e amarrado à sela do cavalo para não cair, freqüenta os campos de batalhas para motivar seus comandados e apavorar inimigos. Há quem se apavore até hoje. A Petrobras é a "viúva" da vez. Em tempos d´antanho, metia-se a mão a fundo perdido para tenebrosas transações e dizia-se "a viúva paga", sendo a "viúva" a mãepátria distraída. Hoje, não mais, são muitas as "viúvas", de várias apelações controladas ou não, mas os bolsos pagantes sempre são os mesmos, o meu e o seu. No caso destes dois bilhõezinhos recentes para Bolívia e Cuba, a "viúva" é a Petrobras. (Há belos currais de "viúvas" também nos fundos de pensão). O mais velho dos Magos, Merquior, o pernambuquinho, abre o cofre como se dono fosse, passa a mão no bagulho, dá-o ao cocalero boliviano primeiro e ao jéfe cubano depois. Note-se, o capim não é dele embora faça parecer que é. É dos acionistas. O acionista majoritário é o tesouro nacional, que não produz o cacau que usa para controlar a companhia, aplica o dos impostos pagos por todos. O acionista majoritário é quem paga os impostos, eu, você. Os acionistas minoritários são donos de ações nas quais depositaram seus caraminguás e esperanças, confiando na boa gestão da maior empresa brasileira, a espera de uma bufunfinha para o futuro sempre nebuloso. O Mago Merquior ao meter a mão na bolada da Petrobrás para dar ao evo e ao fidel,
G O big brother
braziu ziu ziu é o Grande Irmão dos países africanos, latinos e caribenhos ditos precisados, a quem damos sonante, cantante e sobrantes.
apropriou-se do que não é dele. Garfou. Rapelou. Expropriou. Mago temporão, o fluminense, se foi, levou o que foi prometido a milhões de brasileiros aqui. Distribuiramse lá as sobras – os empregos. Mago de origem portuguesa, íbero pois, quase certo ser sangue mouro tanto quanto Baltazar, magicou multiplicação de boquinhas para desempregados médicos cubanos.
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iga corretamente "Mi Comandante siempre está donde nuestro pueblo lo necessita" e estará aprovado para marchar nas fileiras que erradicarão as epidemias legadas pelas heranças malditas de FHC na presidência e Serra na çaúde, tais como as inexistentes dengue e febre amarela. Por serem cubanos, têm diplomas impregnados de socialismo popular revolucionário. São nossos compatriotas afins, seus cursos melhores do que os nossos, observe-se a imortalidade do comandante. Dispensam-se, pois, exames de adequação à medicina deççepaíz. DNA petista, são funcionários públicos honoris causa, nomeados sem concurso com todos os penduricalhos, isonomia etc. Mago gabrielli, o baiano, como Gaspar, o que deu incenso, também levou fumaça _ a esperança de achar petróleo para os hermanitos, mas o tênue sonho viajou a bordo da sustança do bilhão de dólares da "viúva". Terá que provar a incompetência soviética, que morou na salsa 50 anos sem tirar uma gota, vai ver os tovarishs não queriam concorrência para Baku. Eu e você temos agora nas nossas costas mais 20 milhões de bolsistas cubanos, somados aos 50 milhões que já sustentamos aqui. Haja CPMF. Se distrairmos, naturalizam-se e votam no lulla, que aí terá os 95% do Stalin. PLATA O MUERTE ! NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO NEILFERREI@GMAIL.COM
FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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Política MÚCIO: REFORMA
Márcia Kalume/ Ag. Senado
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de janeiro de 2008
Eu tenho a intuição de que o corte pode ser um pouco menor, nunca maior. José Maranhão (PMDB-PB)
Roosewelt Pinheiro/ABr
TRIBUTÁRIA ESTÁ PRONTA Ministro das Relações Institucionais prevê a entrega da proposta no início do ano legislativo. "Os deputados e senadores que participem dessa discussão", disse.
O
ministro das Relaç õ e s I n s t i t u c i onais, José Múcio Monteiro, afirmou que o governo não desistiu de enviar ao Congresso Nacional a proposta de reforma tributária. Segundo ele, a proposta está pronta e será encaminhada nos primeiros dias do ano legislativo, da forma como foi elaborada, sem o tributo com receitas vinculadas à área de Saúde – uma nova Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O ministro disse que caberá aos parlamentares decidir se criam ou não uma nova CPMF. "A decisão é mandar a proposta (da reforma tributária), que está pronta. E os deputados e senadores que participem dessa discussão", comentou Múcio, ao deixar o Ministério da Fazenda. Ele afirmou que o governo não está por trás dessa estratégia e que não vai se envolver na discussão no Congresso. "Da mesma forma que o parlamento tirou (a CPMF), o governo não vai se envolver. Vamos esperar", disse. Questionado se o governo não estaria apoiando indiretamente, sem se envolver de forma oficial, respondeu: "Eu assevero que não. Seria pouco inteligente estar por trás disso. Nós já sofremos uma derrota". Corte da CPMF – Ao comentar sobre a desconfiança do mercado financeiro com o compromisso do governo em fazer os cortes no Orçamento para compensar o fim da CPMF, o ministro assegurou
que serão cortados R$ 20 bilhões de despesas, conforme anunciado anteriormente. Ele reconheceu, no entanto, as dificuldades do governo para fechar os cortes. "Todos os ministros acham justo, desde que os cortes não os atinjam", afirmou, destacando que será preciso encontrar uma solução para resolver o problema do fim da CPMF.
Seria pouco inteligente estar por trás disso (preparando uma nova CPMF). Nós já sofremos uma derrota. José Múcio Monteiro Sobre a possibilidade de o governo reduzir o valor de corte, ele afirmou que não haverá essa flexibilização e acrescentou que todos no governo têm absoluta convicção da necessidade da medida, já que foram perdidos R$ 40 bilhões anuais de receitas com o fim do imposto do cheque. Múcio disse que até o final de janeiro e início do ano legislativo (previsto para depois do carnaval) o governo fará o anúncio dos cortes. 'Boa relação' – Ele também informou que esteve com o ministro Guido Mantega para discutir indicações de cargos
estaduais vinculados ao ministério da Fazenda. Ele não disse quantos cargos seriam, mas deu alguns exemplos, como superintendências e Caixa Econômica Federal. Segundo o ministro, existem alguns cargos que Mantega afirmou que não são negociáveis. Agora, Múcio vai levar essa informação aos parlamentares. Múcio negou rumores de que tenha problemas com Mantega. "Não conheço quem eu não esteja de bem. A melhor coisa para se viver é com clareza. A verdade, às vezes, é mais dura, mas é mais duradoura", atalhou o ministro. Segundo Múcio, a vantagem de se conversar é saber que "de tal cargo não se abre mão". Ele não soube responder quando as negociações estarão concluídas. "Tomara que rápido", afirmou. E chegou a brincar com as dificuldades que terá pela frente. "Eu disse à ministra Marina Silva (Meio Ambiente) que ela cuida do meio ambiente e eu do bom ambiente." Demandas – O ministro das Relações Institucionais disse que tem ido a todos os ministérios para resolver as demandas dos parlamentares que, segundo ele, são referentes a maio/abril do ano passado. Múcio disse ainda que não se trata de barganha política. "Para ser sincero, honesto e justo com eles, estamos resolvendo coisas que foram acordadas e que precisam se materializar", explicou. (AE)
Chinaglia prevê aprovação tranqüila do aumento da CSLL
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CPMF, extinta pelo Senado no fim do ano passado, o governo determinou o corte de R$ 20 bilhões de suas próprias despesas e elevou a CSLL e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) com o propósito de obter mais R$ 10 bilhões. No caso da CSLL, a elevação da alíquota cobrada dos bancos foi de 9 para 15%. "Essa medida não vai ter dificuldade de ser aprovada, até porque fica difícil alguém falar que está defendendo o povo através da defesa dos bancos,
Dida Sampaio/ AE
presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), estima que a proposta do governo de elevar a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para o setor financeiro não terá dificuldades de ser aprovada no Congresso. Chinaglia, porém, prevê dificuldades na aprovação da reforma tributária que o governo vai enviar ao Congresso até março – e já cogita fatiá-la. Depois de perder a arrecadação de R$ 40 bilhões da
Chinaglia descarta a possibilidade de o Congresso parar em 2008 por causa das eleições municipais
que têm altos lucros", disse Chinaglia a jornalistas no salão verde da Câmara. "Acho razoável que o financiamento da sociedade seja feito por quem pode mais. Acho que vai na linha de se fazer justiça social", acrescentou. Sobre a reforma tributária, o presidente da Câmara afirmou que houve esforço do governo federal pela proposta, "mas ninguém conseguiu fazer isso até hoje", o que, segundo ele, demonstra a dificuldade de um entendimento. "Uma alternativa é fazer a reforma por inteiro ou não. Você pode não produzir acordos em todos os pontos. Temos que ter diálogo com todas as forças no Congresso para escolher um caminho e fazer a reforma", defendeu. Chinaglia descartou a possibilidade de o Congresso parar em 2008 por ser ano eleitoral, mas considerou normal a redução dos trabalhos. "Temos duas tarefas: aproveitar o primeiro semestre para produzir acordos e votar, e construir entendimentos para fazer uma agenda realista para o segundo semestre", afirmou, acrescentando que não passa pela sua cabeça um recesso branco na segunda metade do ano. Chinaglia criticou os parlamentares da base aliada ao governo que têm defendido publicamente a recriação da CPMF, com alíquota de 0,20% toda destinada à Saúde "Tem gente falando demais e trabalhando de menos". (Agências)
Alta costura: José Múcio esteve no Ministério da Fazenda para discutir indicações de cargos
Temporão muda discurso sobre recriação da CPMF Agora ministro se diz favorável a qualquer fonte de recursos para a saúde
D
epois de ter dito, ao entrar no Ministério da Fazenda, que não era a favor da recriação da CPMF "porque o governo é contra", o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, na saída da reunião com o ministro Guido Mantega, mudou o tom do discurso e passou a considerar a proposta dos líderes aliados "uma possibilidade" de financiamento para o setor. "Sou a favor de todas as iniciativas que garantam ao setor de Saúde uma estrutura de financiamento sustentável. Hoje o Brasil não tem uma estrutura de financiamento da Saúde que nos permita cumprir o que está estabelecido na Constituição", afirmou, dizendo que o governo não vai propor nada nesse sentido. "O ônus da solução é do Congresso, que criou o problema", disse, para depois destacar que o cenário apresentado por Mantega para o financiamento adicional do setor é "ruim". Temporão destacou que o retorno da CPMF como fonte para o financiamento da Saúde não é a única proposta. Segundo ele, especialistas na área propõem, por exemplo, que o setor seja financiado com 10% da receita bruta federal. "É muito cedo para se ter uma posição clara sobre
isso", disse, ponderando que não cabe a ele sugerir iniciativas na área tributária. "Eu não sugiro, não me meto na política tributária. Defendo mais recursos para a Saúde. O Brasil gasta pouco com Saúde e gasta mal", afirmou, defendendo o projeto de fundações estatais de direito privado, que, avalia, terá impacto na
melhor gestão da área. Temporão afirmou também que a oposição tem que assumir a responsabilidade política pelo fim da CPMF e os prejuízos para a gestão da área da Saúde. Sobre a reunião com Mantega, disse que não obteve nenhum aceno de recursos adicionais. "Não há dinheiro novo". (AE)
Wilson Dias/ ABr- 08.01.08
José Gomes Temporão diz que oposição deve assumir ônus da CPMF
Comissão de Orçamento projeta diminuição de cortes
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presidente da Comissão Mista de Orç a m e n t o d o C o ngresso, senador José Maranhão (PMDB-PB), e o relator do Orçamento de 2008, deputado José Pimentel (PT-CE), confirmaram ontem à tarde que esperam uma reestimativa de receita para tentar diminuir a necessidade de cortes, inicialmente, fixada em R$ 20 bilhões. "Eu tenho a intuição de que o corte pode ser um pouco menor, nunca maior", disse Maranhão. "A reavaliação de receitas facilitará a definição de cortes", afirmou Pimentel. Eles tiveram ontem um encontro com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, com quem discutiram as diminuições no orçamento do Judiciário, que só deverão ser definidas após uma reunião dos presidentes dos tribunais superiores, no dia 28. Até lá, o senador Francisco Dornelles (PP-RJ), relator de receita na Comissão Mista de
Orçamento, também terá concluído a reestimativa com base na arrecadação divulgada pela Receita Federal e a atualização dos parâmetros da economia. Apesar de o cenário internacional apontar para um risco de desaceleração econômica, a comissão não deverá rever a estimativa de crescimento do PIB brasileiro porque isso teria um efeito redutor na arrecadação, quando o que eles buscam é o contrário. Como balão de ensaio, nos bastidores, os técnicos da Comissão de Orçamento comentam a possibilidade de um aumento de R$ 5 bilhões nas receitas de 2008, além do excedente de R$ 15,1 bilhões encontrado nas duas estimativas anteriores. Essas reavaliações têm um papel meramente formal, de fechar as contas de receitas e despesas do Orçamento. Para evitar o cancelamento das dotações orçamentárias das emendas, os parlamentares têm o recurso de inflar a receita.
Contingenciamento – Depois de aprovado o Orçamento, entretanto, o governo tem o recurso do contingenciamento, que é o que deve fazer. Quando divulgou uma necessidade de cortes de R$ 20 bilhões, a administração federal contava com R$ 10 bilhões de reestimativa de receitas e outros R$ 10 bilhões decorrentes da expectativa de aumento de impostos, fechando a conta dos R$ 40 bilhões perdidos com a extinção da CPMF. A única possibilidade de reduzir um pouco mais o corte previsto de R$ 20 bilhões é os congressistas aceitarem abrir mão de parte dos R$ 12,1 bilhões que foram alocados para as emendas, mas essa negociação parece estar difícil. O máximo que os parlamentares aceitam é reduzir a previsão de gastos do Poder Legislativo, com adiamento de concursos públicos e contratações, além de cortes em verbas destinadas a obras e custeio. (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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Festa e Fantasia: consumidores verificam as novidades entre as tradicionais máscaras de protesto político
Lula e Bin Laden, lado a lado.
R$ 5 é o valor médio do protesto
Imagem de Severino Cavalcante
No carnaval de protestos, os políticos são as vítimas. Geriane Oliveira
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s máscaras de políticos, tradicional brincadeira de carnaval, sumiram da região da 25 de Março. No local, a loja Festas e Fantasias foi a única em que o artigo estava nas prateleiras. De acordo com o proprietário do estabelecimento, Pierre Sfeir, na Ladeira Porto Geral, no centro, as máscaras são vendidas durante o ano todo, mas quando chega o carnaval a procura aumenta.
IPC-S perde ritmo em SP
A
inflação do varejo desacelerou em apenas duas das sete cidades pesquisadas pela Fundação
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Além do modelo que representa o presidente Lula, atual campeão de vendas, o folião ainda encontra o da ministra do Turismo Marta Suplicy; dos ex-deputados federais José Genoino, Roberto Jefferson; do empresário Marcos Valério e dos ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci. Todos ao preço unitário de R$ 5. A duas semanas do carnaval, a loja garante bom estoque e estima vender entre 10 mil e 12 mil unidades e ampliar o faturamento em 30% sobre a média mensal, como foi em 2007.
Hora do baile – O prefeito da cidade de Coroados, no interior paulista, Elias Ferreira, ao experimentar algumas das máscaras, disse que "as pessoas adoram usá-las para satirizar os políticos". "Só o prefeito deve levar umas 20 para os blocos de carnaval" , afirmou o assessor técnico Márcio Lorenzetti. Para uma comerciante de Limeira, que não se identificou, mas também se interessou pelos artigos da prateleira, as máscaras são "uma forma de expressar raiva por tudo o que a gente vê", afirmou.
Getúlio Vargas (FGV) para o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S). Segundo a FGV, na passagem da primeira para a segunda prévia do índice, a alta dos preços perdeu força em São Paulo e Brasília.
Os preços na capital paulista subiram 0,8% na semana encerrada na última terça-feira, ante aumento de 0,85% no período anterior. No mesmo intervalo, o IPC-S de Brasília recuou de 0,9% para 0,89%. (AE)
s vendas dos lojistas da região da Rua 25 de Março, o maior centro de comércio popular de São Paulo, aumentaram 14% no ano passado na comparação com 2006. A informação é da União dos Lojistas da 25 de Março e Adjacências (Univinco). O segmento de tecidos para decoração liderou o crescimento das vendas no período, com elevação de 17% entre 2006 e 2007, seguido por materiais para artesanato e embalagens para presente, com 16% de expansão. Aumento de 15% foi registrado nas vendas dos segmentos de brinquedos e de artesanato em geral. Os setores de eletrodomésticos de pequeno porte, artigos natalinos e bijuterias cresceram, respectivamente 14%, 13% e 10%. No mês de dezembro, o comércio local chegou a receber um público superior a um milhão de pessoas por dia. De acordo com o presidente da Univinco, Miguel George Júnior, o crescimento nas vendas verificado em 2007 está ligado a inovações como o Cartão 25 de Março, que possibilita o parcelamento das compras nas lojas da região. Desde o lançamento do produto, em setembro passado, 200 mil unidades foram emitidas. (AE)
Descontos para compras à vista
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maioria dos empresários do comércio da cidade de São Paulo (68%) descarta a adoção de medidas para compensar a possível inibição das vendas com o pacote tributário anunciado pelo governo federal. No início deste mês, aumentou a tributação sobre as operações de crédito. O dado faz parte de sondagem feita pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) com 250 varejistas. Dos 32% que irão tomar alguma medida, 54% afirmam que pretendem oferecer desconto especial para as compras à vista, 19% apostarão no alongamento dos prazos e 27% irão adotar outras medidas. Segundo 38% dos comerciantes, as vendas nos dez primeiros dias de janeiro foram idênticas às de igual período do ano passado. (AE)
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negócios costumam ficar parados. O Bom Retiro recebe, normalmente, 70 mil pessoas por m o v i m e n t o n o s dia. O fluxo deve subir 10% bairros do Brás e com as ofertas." E completa: do Bom Retiro, fa- "Em 2008, em comparação com mosos pelos pre- 2007, os comerciantes podem ços baixos, vai ficar ainda mais registrar aumento de faturaintenso. Os comerciantes estão mento de 12%". Brás – As peças mais procurealizando a tradicional promoção de janeiro, de olho nos radas no Brás são as de moda consumidores que freqüen- praia, feminina e masculina, tam os locais nesta época do vendidas com descontos que ano para efetuar trocas de pe- variam entre 30% e 60%. As promoções ç a s c o m p r a- Pablo de Souza/Luz devem contidas no Natal. nuar até o carA "queima" naval. "É espedo Bom Retiro r a d o u m a ucomeçou na mento de vensegunda-feira das de 10% em passada. As co mpa raç ão 1,2 mil lojas ao mesmo peoferecem desríodo de 2007. contos que vaNeste ano, o riam entre carnaval será 20% e 70%. De mais cedo. Isacordo com a so traz resultasecretária exed o s f a v o r ácutiva da Câveis ao comérmara de Diricio", afirma o gentes Lojistas diretor de re(CDL), Kelly C r i s t i n a L o- Bom Retiro: 70 mil pessoas por dia. lações públicas da Assopes, os produtos comercializados no bairro ciação de Lojistas do Brás (Alojá custam, normalmente, 40% brás), Jean Makdissi Jr. Ele diz que a expectativa dos menos em comparação com os preços dos shoppings, por lojistas para 2008 são boas, mas exemplo. "As promoções de- há também preocupações. "Alvem acontecer até a segunda gumas questões macroeconôsemana de fevereiro, quando micas podem atrapalhar. A faas prateleiras começam a exi- cilitação do crédito aumentou bir a moda de inverno. A ex- as vendas em 2007. Se houver o encarecimento pectativa é de que as vendas sejam até 4% maiores em rela- das linhas de crédito, o movição ao mesmo período do ano mento vai cair. As turbulências nas bolsas e os problemas na passado", diz Kelly. Segundo ela, o mês de janei- economia norte-americana ro está com cara de "novem- podem atrapalhar. O governo bro". "Os lojistas estão dizendo tem que promover a reforma que nunca venderam tanto tributária adequada e cortar num início de ano, quando os gastos", defende Makdissi.
Neide Martingo
Congresso Planalto Eleições CPI
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CANDIDATO TUCANO, SÓ APÓS O ANÚNCIO DO PT
A.Baeta/O Imparcial
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Lobão Filho é acusado de usar uma empregada doméstica como laranja em uma empresa, da qual é sócio.
LOBÃO FILHO VAI SE Curto-circuito LICENCIAR DO SENADO P
Eymar Mascaro
Suplente não terá foro privilegiado para se defender das acusações de usar "laranja" em uma empresa no MA
O
futuro ministro de Minas e Energia, senador Edison Lobão (PMDBMA), disse ontem que seu filho e suplente, Edison Lobão Filho, pretende se licenciar da vaga que assumirá no Senado para responder às denúncias feitas contra ele. Lobão Filho vem sendo acusado de ter usado uma empregada doméstica como "laranja" na gestão de uma empresa no Maranhão. "Ele pretende se licenciar para responder lá fora as alegações que são feitas contra ele do ponto de vista empresarial. Não é nada político e nem há dinheiro público. Além disso, é tudo injusto e falso", disse o ministro. Lobão disse que espera que as denúncias contra seu filho não atrapalhem sua atuação no ministério. "Mas isso consome bastante energia", ironizou. Lobão avalia que, uma vez licenciado do cargo, Lobão Filho não deverá ter foro privilegiado para se defender das acusações. Cargos – Lobão diz que já tem pelo menos dois nomes cotados para o cargo de secretário-executivo do ministério: o atual secretário de Planejamento Energético do ministério, Márcio Zimmermann, e o ex-prefeito de São Paulo, Miguel Colasuono (PMDB-SP). Segundo fontes, Colasuono seria uma indicação do ex-governador paulista Orestes Quércia. Zimmermman, por sua vez, chegou ao ministério pelas mãos da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Ele, inclusive, chegou a ser co-
tado para assumir o comando do MME no ano passado, quando Silas Rondeau deixou o cargo por causa de denúncias de corrupção. Lobão disse, entretanto, que sua gestão no ministério não será de "porteira fechada", o que significa que o PMDB não terá todos os cargos. "Haverá diretorias de estatais de outros partidos." Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lhe deu liberdade para formar sua equipe. "Mas não vou trocar todo mundo. Aqui há técnicos que têm a memória do setor." A respeito de sua conversa com a ministra Dilma, ontem, Lobão afirmou que ela está otimista com relação à velocidade do licenciamento ambiental das novas hidrelétricas. "O Ibama é um bem, mas o rigor acima do limite pode prejudicar", explicou. O senador avalia que os projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que estão sob responsabilidade do ministério de Minas e Energia, não deverão sofrer cortes devido à perda de arrecadação provocada pelo fim da CPMF. "Eu suponho que o ministério ficará de fora, pois sem energia nada funciona." 'Cordialidade' –Em audiência com Lobão na noite de terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva o orientou a manter uma relação cordial com Dilma. A maioria dos técnicos em energia elétrica do ministério é da confiança de Dilma, e o presidente não quer o esvaziamento do quadro técnico desse ministério. (AE)
Mônica Veloso volta à telinha
A
Paulo Liebert/AE - 02.10.07
Mudança: mundo automotivo
jornalista Mônica Veloso,pivô do escândalo envolvendo o senador Renan Calheiros, fechou contrato com a emissora TV Alterosa, afiliada do SBT em Minas Gerais e vai apresentar o programa "Vrum", segundo a sua assessoria. Ao lado dos já apresentadores Boris Feldman e Emílio Camanzi, Mônica mostrará as novidades do mercado automotivo. A jornalista tem uma filha com o senador Renan Calheiros. Em maio de 2007, ela deu uma declaração à revista "Veja" e admitiu que a pensão que recebia do senador vinha por mãos de um lobista da construtora Mendes Júnior. (AE)
José Cruz/ABr
ode sair faísca no encontro que o ex-presidente do PFL, Jorge Bornhausen, pretende "amarrar" com Geraldo Alckmin na próxima semana. O democrata vai tentar convencer Alckmin a não se candidatar à Prefeitura de São Paulo. Bornhausen quer o apoio do PSDB à reeleição de Gilberto Kassab. O democrata já conversou com o governador José Serra, principal articulador da não-candidatura do exgovernador. Comenta-se que Alckmin está cada vez mais irritado com o movimento, do qual se diz "vítima". Os tucanos admitem que dificilmente Bornhausen arrancará uma resposta afirmativa do ex-governador.
CANDIDATURA
LIDERANÇA
A bancada de deputados do PSDB na Assembléia Legislativa reagiu e resolveu se reunir, também na semana que vem, para preparar um documento favorável à candidatura de Alckmin. Os deputados não querem ver o partido fora da disputa municipal.
Alckmin deve comentar com o democrata sua posição privilegiada nas pesquisas para as eleições municipais. O tucano vem liderando a preferência do eleitor, juntamente com Marta Suplicy (PT) e Gilberto Kassab. Alckmin acha que o seu partido não deve ficar sem lançar candidato em São Paulo.
DECISÃO
"Não há dinheiro público. É tudo injusto e falso", afirma Lobão, o pai IM
Massao Goto Filho/e-S
Leonardo Rodrigues/e -SIM
Enquanto tucanos e democratas se movimentam, Alckmin está disposto a deixar para depois de março sua decisão sobre a candidatura. Mas o ex-governador se comporta como pré-candidato e vai continuar visitando bairros da Capital nos fins de semana.
APOIO Serra continua contrário à candidatura de Alckmin. O governador paulista pode ser o candidato do partido ao Planalto e não pretende correr o risco de perder o apoio dos democratas. E sabe que, sem o apoio à candidatura de Kassab, não haverá retribuição.
PSDB vai esperar PT para definir candidatura
O
PSDB decidiu esperar o PT para definir o candidato do partido à Prefeitura de São Paulo. Reunidos na última quarta-feira com o governador José Serra, com o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), e o líder do partido no Senado, Arthur Virgílio (AM), os tucanos concluíram que a melhor estratégia é aguardar a posição da ministra do Turismo, Marta Suplicy. Se for concorrer à prefeitura da capital ela terá de se desincompatibilizar até abril do cargo de ministra. "Não va-
mos nos precipitar. Temos tempo", disse Virgílio, preferindo conhecer primeiro o adversário. Enquanto aguarda o PT, os tucanos tentam acomodar a situação internamente, já que o PSDB paulista está dividido. O grupo de Serra prefere reservar o ex-governador Geraldo Alckmin para o governo estadual em 2010, o que já foi defendido por lideranças como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Nesse caso, o PSDB apoiaria a reeleição de Gilberto Kassab (DEM). (AE)
SUGESTÃO O ex-governador considera inoportuna a proposta de Serra para que se candidate apenas em 2010 ao governo do Estado. Alckmin não quer continuar sem mandato. Além disso, Serra pode ser candidato à reeleição, caso venha a perder a legenda presidencial do PSDB para Aécio Neves.
NO PT A roda pega também no PT. Um grupo de petistas paulistas pretende ter um encontro com Marta Suplicy em data oportuna, para pedir à ministra uma decisão antecipada sobre sua candidatura. Por enquanto, a ministra só deseja se decidir em junho, data-limite da desincompatibilização.
COLIGAÇÃO
AMEAÇA No encontro que sustentará com Alckmin, Bornhausen pretende reafirmar que o DEM romperá a coligação com o PSDB, se Kassab não contar com o apoio dos tucanos nas eleições municipais. Por isso, a reunião do democrata com o tucano promete ser quente.
Além de pedir à ministra uma resposta imediata, os petistas vão continuar conversando com a cúpula do PMDB paulista. O principal interlocutor peemedebista é Orestes Quércia. O PT quer o apoio do PMDB em São Paulo prometendo apoiar peemedebistas nos municípios do interior do Estado.
SUGESTÃO Orestes Quércia tem conversado também com tucanos. Antes do Natal, Quércia se encontrou com Geraldo Alckmin. Até agora, só ouviu propostas.
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POLÍTICA - 5
Anúncio de Início de Distribuição Pública da 5ª Emissão de Debêntures Simples da
Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil Cidade de Deus, Prédio Novíssimo, 2º andar, Vila Yara, Osasco, São Paulo, CEP 06029-900 C.N.P.J./M.F. nº 47.509.120/0001-82 – Companhia Aberta
ISIN nº BRBDLSDBS073 Classificação de Risco: Austin Rating AAA O Banco Bradesco BBI S.A., na sua qualidade de coordenador líder (o “Coordenador Líder”) comunica o início, nesta data, da distribuição pública de 50.000.000 (cinqüenta milhões) de debêntures simples da 5ª emissão da Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil (a “Oferta”, a “Emissão” e a “Emissora”, respectivamente), não conversíveis em ações de emissão da Emissora, da forma escritural, em uma única série, da espécie subordinada, com valor nominal unitário de R$ 100,00 (cem reais) (as “Debêntures”), perfazendo, na data de emissão, qual seja, 02 de janeiro de 2008 (a “Data de Emissão”), o total de:
R$ 5.000.000.000,00 (cinco bilhões de reais)
INFORMAÇÕES SOBRE A OFERTA A Oferta é realizada no âmbito do 3º Programa de Distribuição de Debêntures da Emissora (“3º Programa”), arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) nos termos da Instrução CVM nº 400, de 29 de dezembro de 2003 (“Instrução CVM nº 400/03”), sob nº CVM/SRE/PRO/2008/002, em 17 de janeiro de 2008, o qual tem prazo de duração de até 2 (dois) anos e limite de R$ 10.000.000.000,00 (dez bilhões de reais).
1. REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO QUE DELIBEROU SOBRE A EMISSÃO A Emissão foi aprovada conforme deliberação da Reunião do Conselho de Administração realizada em 02 de janeiro de 2008 (“RCA”), cuja ata foi publicada no jornal Diário Oficial do Estado de São Paulo, em 05 de janeiro de 2008 e no jornal Diário do Comércio, edição nacional, em 07 de janeiro de 2008, e arquivada na Junta Comercial do Estado de São Paulo – JUCESP (“JUCESP”) sob nº 1.357/08-6, em 04 de janeiro de 2008.
2. CARACTERÍSTICAS DAS DEBÊNTURES 2.1. Valor Nominal Unitário As Debêntures terão valor nominal unitário de R$ 100,00 (cem reais) (“Valor Nominal Unitário”), na Data de Emissão. 2.2. Número de Séries A Emissão será realizada em série única. 2.3. Quantidade de Títulos 2.3.1. Serão emitidas 50.000.000 (cinqüenta milhões) de Debêntures, número que, em havendo emissão das Debêntures, nos termos dos itens 2.3.2. e 2.3.3. abaixo, poderá ser elevado para 67.500.000 (sessenta e sete milhões e quinhentas mil) Debêntures. 2.3.2. Nos termos do artigo 14, § 2º, da Instrução CVM nº 400/03, a quantidade de Debêntures a ser distribuída poderá, a critério da Emissora e sem a necessidade de novo pedido à CVM ou modificação dos termos da Emissão, ser aumentada até um montante que não exceda número correspondente a até 20% da quantidade de Debêntures inicialmente ofertada (“Debêntures Adicionais”). Neste caso, será mantido o mesmo preço de subscrição das Debêntures para as Debêntures Adicionais, conforme previsto no item 2.13.3 abaixo. A distribuição dar-se-á no regime de melhores esforços de colocação. 2.3.2.1. A utilização da faculdade prevista no item anterior para a emissão de Debêntures Adicionais foi deliberada pelo Conselho de Administração da Emissora. 2.3.3. Além da quantidade de Debêntures prevista no item acima, o Coordenador Líder poderá colocar uma quantidade suplementar de até 15% da quantidade inicialmente ofertada de Debêntures sob regime de melhores esforços de colocação em função do exercício da opção de que trata o item 2.13.8 abaixo. 2.4. Valor Total da Emissão O valor total da Emissão será de R$ 5.000.000.000,00 (cinco bilhões de reais), observado o disposto no item 2.3. acima, valor que, em havendo emissão das Debêntures, nos termos dos itens 2.3.2. e 2.3.3. acima, poderá ser elevado para R$ 6.750.000.000,00 (seis bilhões, setecentos e cinqüenta milhões de reais). 2.5. Data de Emissão Para todos os efeitos legais, a Data de Emissão das Debêntures é 02 de janeiro de 2008 (“Data de Emissão”). 2.6. Prazo e Data de Vencimento As Debêntures terão prazo de vencimento de 20 (vinte) anos contados da Data de Emissão, com vencimento fixado em 02 de janeiro de 2028 (“Data de Vencimento”). 2.7. Forma e Conversibilidade As Debêntures serão da forma nominativa-escritural, simples, não conversíveis em ações de emissão da Emissora. 2.8. Espécie As Debêntures serão da espécie subordinada. 2.9. Negociação As Debêntures serão registradas para distribuição no mercado primário (i) através do SDT - Sistema de Distribuição de Títulos, administrado pela CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação, com base nas políticas e diretrizes fixadas pela ANDIMA - Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro, sendo as Debêntures liquidadas e custodiadas na CETIP, e (ii) através do Sistema BovespaFix, administrado pela Bovespa - Bolsa de Valores de São Paulo S.A. - BVSP, sendo as Debêntures liquidadas e custodiadas na CBLC - Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia. As Debêntures serão registradas para negociação no mercado secundário (i) através do SND - Sistema Nacional de Debêntures, administrado pela CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação, com base nas políticas e diretrizes fixadas pela ANDIMA - Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro, sendo as debêntures liquidadas e custodiadas na CETIP, e (ii) através do Sistema BovespaFix, administrado pela Bovespa - Bolsa de Valores de São Paulo S.A. - BVSP, sendo as Debêntures liquidadas e custodiadas na CBLC - Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia. 2.10. Forma Não serão emitidos certificados representativos das Debêntures. Para todos os fins de direito, a titularidade das Debêntures será comprovada pelo extrato da respectiva conta de depósito das Debêntures, aberta em nome de cada debenturista, emitido pela instituição escrituradora. Adicionalmente, será expedido pelo SND o “Relatório de Posição de Ativos” acompanhado de extrato em nome do titular da Debênture, emitido pela instituição financeira responsável pela custódia desses títulos quando depositados no SND. Para as Debêntures depositadas na CBLC, será emitido, pela CBLC, extrato de custódia em nome do titular da Debênture. 2.11. Preço de Subscrição e Forma de Integralização 2.11.1. As Debêntures serão subscritas pelo seu Valor Nominal Unitário acrescido dos Juros Remuneratórios (conforme definido abaixo), calculados pro rata temporis desde a Data de Emissão até a data de sua efetiva subscrição e integralização (o “Preço de Integralização”). 2.11.2. As Debêntures serão integralizadas em moeda corrente nacional, à vista, no ato da subscrição. As Debêntures subscritas somente poderão ser negociadas no mercado secundário após totalmente integralizadas. 2.12. Regime e Prazo de Colocação das Debêntures 2.12.1. O Coordenador Líder desenvolverá os melhores esforços para efetuar a colocação pública de 50.000.000 (cinqüenta milhões) de Debêntures, além das Debêntures decorrentes da Opção, conforme descrita no item 2.13.8. e das Debêntures Adicionais, descritas no item 2.3.2.. 2.12.2. A colocação das Debêntures deverá ser efetuada até o período máximo de 6 (seis) meses, a contar da data da publicação do Anúncio de Início de distribuição (“Prazo de Colocação”). 2.13. Forma, Procedimento e Condições de Colocação das Debêntures 2.13.1. Nos termos do artigo 54 da Instrução CVM 400/03, a colocação das Debêntures somente terá início após: (a) a concessão de registro da Emissão pela CVM; (b) a publicação do Anúncio de Início de Distribuição; e (c) a disponibilidade do prospecto definitivo do 3º Programa e do suplemento definitivo da Oferta para os investidores. 2.13.2. A colocação das Debêntures será pública, realizada no(s) sistema(s) de negociação autorizado(s) pela CVM e indicado(s) no item 2.9. acima, sem recebimento de reservas antecipadas e intermediada pelo Coordenador Líder, que deverá assegurar tratamento justo e eqüitativo para todos os destinatários e aceitantes da Emissão das Debêntures, sendo que as Debêntures serão destinadas exclusivamente a, no máximo, 20 investidores qualificados. 2.13.3. Durante todo o Prazo de Colocação, o preço de subscrição das Debêntures será o seu Valor Nominal Unitário, acrescido dos Juros Remuneratórios, calculados conforme o Instrumento Particular de Escritura da 5ª Emissão de 50.000.000 (cinqüenta milhões) de Debêntures Simples, Não Conversíveis em Ações, em Série Única, da Espécie Subordinada, da Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil (“Escritura de Emissão”), pro rata temporis, desde a Data da Emissão até a data da efetiva subscrição e integralização. 2.13.4. Na hipótese de o Coordenador Líder não lograr êxito em colocar as 50.000.000 (cinqüenta milhões) de Debêntures objeto de melhores esforços de colocação, dentro do Prazo de Colocação, este não estará obrigado a subscrever e integralizar o eventual saldo remanescente que não tenha sido subscrito e integralizado por investidores no âmbito da Oferta. 2.13.5. Não serão constituídos fundos de sustentação de liquidez nem celebrados contratos de estabilização de preços e/ou de garantia de liquidez para as Debêntures. 2.13.6. Não será admitida a distribuição parcial das Debêntures. Na hipótese de não colocação da totalidade das Debêntures, a Emissão não será realizada e os valores eventualmente recebidos em contrapartida à subscrição das Debêntures deverá ser restituído aos investidores, deduzidas quaisquer taxas ou encargos, sem juros ou correção monetária. 2.13.7. Conforme autorizado pela Emissora, o Coordenador Líder organizou plano de distribuição, que poderá levar em conta suas relações com clientes e outras considerações de natureza comercial ou estratégica, tendo o Coordenador Líder assegurado: (i) que o tratamento aos destinatários e aceitantes da Oferta seja justo e eqüitativo; (ii) a adequação do investimento ao perfil de risco de seus respectivos clientes, se for o caso; e (iii) se houver consórcio, que os representantes de venda das instituições participantes do consórcio de distribuição das Debêntures recebam previamente exemplar do prospecto do 3º Programa e do suplemento ao referido prospecto, para leitura obrigatória, e que suas dúvidas possam ser esclarecidas por pessoa designada pelo Coordenador Líder. 2.13.8. A Emissora poderá outorgar ao Coordenador Líder a opção de, caso, a critério do Coordenador Líder a procura pelas Debêntures assim justifique, aumentar a quantidade de Debêntures a distribuir junto aos destinatários da Emissão, nas mesmas condições e preço constantes da Oferta aplicáveis às Debêntures, até um montante de 15% da quantidade inicialmente ofertada de Debêntures (“Opção”).
2.13.9. A Opção outorgada nos termos do item 2.13.8. acima deverá ser exercida até um dia antes do encerramento do prazo final da distribuição, devendo o Coordenador Líder comunicar a Emissora, com até um dia útil de antecedência, da intenção de exercer a Opção. 2.13.10. O Coordenador Líder deverá informar a CVM, até o dia posterior ao do exercício da Opção, a data do respectivo exercício e a quantidade de Debêntures envolvidas. 2.14. Alteração das Circunstâncias, Revogação e Modificação da Emissão 2.14.1. A Emissora, a critério da instituição intermediária líder da distribuição das Debêntures, poderá solicitar modificação ou revogação da oferta perante a CVM na hipótese de alteração substancial, posterior e imprevisível nas circunstâncias de fato existentes quando da apresentação do pedido de registro da Emissão perante a CVM, ou que o fundamentem, acarretando aumento relevante dos riscos assumidos pela Emissora e inerentes à própria oferta. 2.14.1.2. É sempre permitida a modificação da oferta para melhorá-la em favor dos debenturistas ou para renúncia à condição da Emissão estabelecida pela Emissora. 2.14.1.3. A revogação torna ineficazes a Oferta e os atos de aceitação anteriores ou posteriores, devendo ser restituídos integralmente aos aceitantes os valores, bens ou direitos dados em contrapartida às Debêntures ofertadas, na forma e condições previstas no suplemento ao prospecto da Emissão deduzidas quaisquer taxas ou encargos, sem juros ou correção monetária. 2.14.1.4. Os investidores que já tiverem aderido à Oferta deverão ser comunicados diretamente a respeito da modificação efetuada, para que confirmem, no prazo de 5 (cinco) dias úteis do recebimento da comunicação, através de correspondência protocolada na sede da Emissora, o interesse em manter a aceitação da oferta, presumida a intenção de manutenção da mesma na hipótese de silêncio. 2.14.1.5. Na hipótese de o debenturista manifestar a intenção de revogar sua aceitação à presente Emissão, terá direito à restituição integral dos valores dados em contrapartida à aceitação da oferta, na forma e condições que deverão estar previstas no suplemento ao prospecto da Emissão, deduzidas quaisquer taxas ou encargos, sem juros ou correção monetária. 2.14.1.6. Na hipótese do item 2.14.1. acima, a modificação dos termos da Emissão deverá ser divulgada ampla e imediatamente, nos termos do item 2.26. e a instituição intermediária deverá se acautelar e se certificar, no momento do recebimento das aceitações da oferta, de que o manifestante está ciente de que a oferta original foi alterada e de que tem conhecimento das novas condições da Emissão. 2.15. Remuneração As Debêntures serão remuneradas de acordo com as seguintes condições: As Debêntures renderão juros correspondentes à variação acumulada de 100% (cem por cento) das taxas médias diárias dos Depósitos Interfinanceiros - DI de um dia, Extra-Grupo (“Taxas DI”), expressas na forma percentual ao ano, base 252 (duzentos e cinqüenta e dois) dias úteis, calculadas e divulgadas pela CETIP, incidente sobre o valor nominal da Debênture, pro rata temporis, a partir da Data de Emissão até a data do seu efetivo pagamento (“Juros Remuneratórios”). 2.16 Pagamento dos Juros Remuneratórios Os Juros Remuneratórios das Debêntures serão pagos na Data de Vencimento. 2.17 Repactuação As Debêntures serão objeto de repactuação de acordo com os procedimentos descritos a seguir. A Emissora reserva-se o direito de repactuar as condições da remuneração aplicáveis às Debêntures, ressalvado que a data da repactuação será 02 de janeiro de 2013, ao final do prazo de 60 (sessenta) meses a contar da Data de Emissão (“Data da 1ª Repactuação”). O Conselho de Administração da Emissora deverá deliberar e comunicar aos Debenturistas com antecedência mínima de 15 (quinze) dias úteis da Data da 1ª Repactuação, as condições aplicáveis ao Período de Vigência dos Juros Remuneratórios subseqüente (“Novo Período de Vigência dos Juros Remuneratórios”), incluindo: a) a remuneração a vigorar durante o Novo Período de Vigência dos Juros Remuneratórios; b) alterar a periodicidade de pagamento dos Juros Remuneratórios durante o Novo Período de Vigência dos Juros Remuneratórios; e c) demais datas de repactuação, conforme o caso. As condições fixadas pelo Conselho de Administração da Emissora, de acordo com o disposto acima serão comunicadas aos debenturistas até o 15° (décimo quinto) dia útil anterior à Data da 1ª Repactuação. Caso os Debenturistas não concordem com as condições fixadas pelo Conselho de Administração da Emissora para o Novo Período de Vigência dos Juros Remuneratórios ou caso tais condições não sejam publicadas pela Emissora, os Debenturistas poderão, entre o 14° (décimo quarto) e o 5° (quinto) dia útil anterior à Data da 1ª Repactuação, inclusive, manifestar sua opção de exercer o direito de venda das Debêntures, sem prejuízo da possibilidade de ser requerido o vencimento antecipado das Debêntures na hipótese de não publicação das condições aplicáveis às Debêntures durante o Novo Período de Vigência dos Juros Remuneratórios. A manifestação dos debenturistas será realizada por meio da CETIP e/ou do BOVESPA FIX, conforme o caso, ou, tratando-se de debenturistas não vinculados ao sistema CETIP e/ou BOVESPA FIX, por correspondência dirigida à Emissora, sendo certo que somente serão consideradas as manifestações recebidas pela CETIP, pelo BOVESPA FIX ou pela Emissora, conforme o caso, até o 5° (quinto) dia útil anterior à Data da 1ª Repactuação, inclusive. A Emissora obriga-se a adquirir as Debêntures dos debenturistas que se manifestarem de acordo com o disposto no parágrafo acima, pelo Valor Nominal Unitário acrescido dos Juros Remuneratórios devidos nos termos do suplemento e da Escritura de Emissão até a data da efetiva aquisição, que deverá ocorrer na data de encerramento do respectivo Período de Vigência dos Juros Remuneratórios. A aquisição a que se refere este parágrafo não será acrescida de prêmio de qualquer natureza. As Debêntures adquiridas pela Emissora, nos termos desse parágrafo, poderão ser canceladas, permanecer em tesouraria da Emissora ou ser novamente colocadas no mercado. 2.18. Amortização Programada Não haverá amortização programada para as Debêntures. 2.19. Resgate Antecipado 2.19.1. As Debêntures poderão ser resgatadas, a qualquer momento, mediante deliberação do Conselho de Administração da Emissora e publicação de “Aviso aos Debenturistas”, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias da data do resgate antecipado, informando a data e o procedimento de resgate. 2.19.2. O resgate antecipado poderá ser total ou parcial, pelo valor nominal unitário da Debênture, na Data de Emissão, acrescido dos Juros Remuneratórios incidentes, pro rata temporis, desde a Data de Emissão até a data do pagamento das Debêntures resgatadas. 2.19.3. Na hipótese de deliberação de resgate antecipado parcial, adotar-se-á o critério de sorteio, a ser realizado, nos termos da Lei das Sociedades por Ações, na presença do Agente Fiduciário e com divulgação pela imprensa, inclusive no que concerne às regras do sorteio. Caso se realize o evento parcial, o mesmo deverá ser realizado (i) para as Debêntures registradas no SND, conforme procedimentos adotados pela CETIP, através de “operação de compra e venda definitiva no mercado secundário”, sendo que todas as etapas desse processo, tais como habilitação dos debenturistas, qualificação, sorteio, apuração, definição do rateio e de validação das quantidades de Debêntures a serem resgatadas por debenturista, serão realizadas fora do âmbito da CETIP. Fica definido que, caso a CETIP venha a implementar outra funcionalidade para operacionalizar o resgate antecipado, não haverá a necessidade de ajuste à Escritura de Emissão ou qualquer outra formalidade, ou (ii) conforme os procedimentos adotados pela CBLC, ou ainda, (iii) por meio da Instituição Escrituradora, no caso do debenturista não estar vinculado à CETIP ou à CBLC. 2.19.4. As Debêntures resgatadas nos termos aqui previstos deverão ser canceladas pela Emissora. 2.20. Aquisição Facultativa 2.20.1. A Emissora poderá, a qualquer tempo, adquirir as Debêntures em circulação por preço não superior ao Valor Nominal Unitário acrescido dos Juros Remuneratórios, calculados pro rata temporis, desde a Data de Emissão até a data da efetiva aquisição, observado o disposto no parágrafo 2º do artigo 55 da Lei das Sociedades por Ações. 2.20.2. As Debêntures objeto desse procedimento poderão ser canceladas, permanecer em tesouraria da Emissora ou ser colocadas no mercado. 2.21. Vencimento Antecipado 2.21.1. O Agente Fiduciário, independentemente de aviso, interpelação ou notificação extrajudicial, deverá declarar antecipadamente vencidas todas as obrigações constantes da Escritura de Emissão e exigir da Emissora o pagamento integral do Valor Nominal Unitário das Debêntures em circulação, acrescido dos Juros Remuneratórios devidos, pro rata temporis, desde a Data de Emissão até a data do pagamento das Debêntures declaradas vencidas, nas seguintes hipóteses: i) intervenção na Emissora; ii) liquidação, decretação de falência da Emissora ou pedido de recuperação judicial formulado pela Emissora; iii) pagamento de dividendos pela Emissora, observado o disposto no artigo 202 da Lei das Sociedades por Ações, ou, por qualquer forma, distribuição pela Emissora de todo ou parte de seu resultado, mesmo para pagamento de debêntures com participação nos lucros, se a Emissora estiver em mora em relação ao pagamento de quaisquer valores devidos aos debenturistas, relativos às Debêntures objeto desta Emissão; e iv) falta de cumprimento, pela Emissora, de qualquer obrigação não pecuniária relevante prevista na Escritura de Emissão, não sanada no prazo de 30 (trinta) dias contados do aviso escrito que lhe for enviado pelo Agente Fiduciário. 2.21.2. A ocorrência de evento indicado no subitem (ii) acima acarretará o vencimento antecipado automático das Debêntures, independentemente de qualquer consulta aos Debenturistas. 2.21.3. Na ocorrência de qualquer dos eventos indicados nos subitens (i), (iii) e (iv) supra, o Agente Fiduciário deverá convocar, dentro de 48 (quarenta e oito) horas da data em que tomar conhecimento da ocorrência de qualquer dos referidos eventos, Assembléia Geral de Debenturistas para deliberar sobre a declaração do vencimento antecipado das Debêntures.
2.21.4. A Assembléia Geral de debenturistas a que se refere o item 2.21.3. anterior poderá, por deliberação de 75% (setenta e cinco por cento) das Debêntures em circulação, determinar que o Agente Fiduciário não declare o vencimento antecipado das Debêntures. 2.21.5. Na ocorrência da declaração do vencimento antecipado das Debêntures, a Emissora obriga-se a efetuar o pagamento do Valor Nominal, acrescido dos Juros Remuneratórios (e, no caso do subitem (iv) do item 2.21.1. acima, dos encargos moratórios, calculados a partir da data em que tais pagamentos deveriam ter sido efetuados), calculada pro rata temporis desde a Data de Emissão até a data do seu efetivo pagamento e de quaisquer outros valores eventualmente devidos pela Emissora nos termos da Escritura de Emissão, em até 5 (cinco) dias úteis contados de comunicação neste sentido, a ser enviada pelo Agente Fiduciário à Emissora, sob pena de, em não o fazendo, ficar obrigada, ainda, ao pagamento dos encargos moratórios. 2.21.6. Para fins do subitem (ii) do item 2.21.1. acima, será considerado como pedido de recuperação judicial ou decretação de falência qualquer procedimento extrajudicial ou judicial análogo previsto na legislação que venha a substituir ou complementar a atual legislação sobre falências e recuperação judicial. 2.22. Local de Pagamento Os pagamentos referentes às Debêntures serão efetuados: (i) utilizando-se os procedimentos adotados pelo SND, para as Debêntures registradas em negociação nesse sistema e/ou pela CBLC, para as Debêntures registradas para negociação no Bovespa FIX; ou, na hipótese de as Debêntures não estarem custodiadas no SND e/ou na CBLC, (ii) na sede da Emissora; ou, conforme o caso, (iii) por instituição financeira contratada para este fim. 2.23. Encargos Moratórios Ocorrendo impontualidade no pagamento pela Emissora de quaisquer obrigações pecuniárias relativas às Debêntures, os débitos vencidos e não pagos serão acrescidos de juros de mora de 0,5% (cinco décimos por cento) ao mês, calculado pro rata temporis, desde a data de inadimplemento até a data do efetivo pagamento, bem como de multa não compensatória de 2% (dois por cento) sobre o valor devido, independentemente de aviso, notificação ou interpelação judicial ou extrajudicial. 2.24. Não Comparecimento dos Debenturistas O não comparecimento do debenturista para receber o valor correspondente a quaisquer das obrigações pecuniárias da Emissora nas datas previstas na Escritura de Emissão, no prospecto desta Emissão ou em comunicado publicado pela Emissora, não lhe dará direito ao recebimento de remuneração e/ou encargos moratórios no período relativo ao atraso no recebimento, sendo-lhe, todavia, assegurados os direitos adquiridos até a data do respectivo vencimento. 2.25. Prorrogação dos Prazos Considerar-se-ão automaticamente prorrogadas as datas de pagamento de qualquer obrigação pecuniária relativa às Debêntures, pela Emissora, até o primeiro dia útil subseqüente, se a data de vencimento da respectiva obrigação coincidir com dia em que não houver expediente comercial ou bancário na Cidade de São Paulo, no Estado de São Paulo, sem qualquer acréscimo aos valores a serem pagos, ressalvados os casos cujos pagamentos devam ser realizados através da CETIP e/ou CBLC, hipótese em que somente haverá prorrogação quando a data de pagamento coincidir com sábado, domingo ou feriado nacional. 2.26. Publicidade Todos os atos e decisões relevantes decorrentes da Emissão que, de qualquer forma, vierem a envolver, direta ou indiretamente, os interesses dos titulares de Debêntures, deverão ser publicados sob a forma de “Aviso aos Debenturistas” no Diário Oficial do Estado de São Paulo e no jornal Diário do Comércio, edição nacional, utilizados pela Emissora para efetuar as publicações ordenadas pela Lei das Sociedades por Ações e pela legislação da CVM. 2.27. Público Alvo da Oferta A Oferta será destinada a, no máximo, 20 investidores considerados qualificados nos termos do artigo 109 da Instrução da CVM nº 409, de 18 de agosto de 2004. As Debêntures poderão ser negociadas no mercado primário e secundário somente entre investidores qualificados, na forma como estes vêm definidos no Art. 109 da Instrução CVM 409, de 18 de agosto de 2004, e/ou na forma a que vierem a ser definidos na regulamentação aplicável, sendo ineficaz a negociação que não obedecer a este dispositivo. Ao alienante de qualquer das Debêntures recairá o ônus de comprovar perante a Companhia e/ou a CVM, se e quando for solicitado por qualquer delas, o atendimento, pelo adquirente de tais Debêntures, quando de sua aquisição, dos requisitos que permitem a este ser considerado investidor qualificado, conforme regulamentação aplicável. 2.28. Declaração de Inadequação de Investimento A presente Oferta não é adequada aos investidores que necessitem de ampla liquidez em seus títulos, uma vez que o mercado secundário no Brasil para negociação de debêntures é restrito. 2.29. Imunidade Tributária Caso qualquer Debenturista goze de algum tipo de imunidade ou isenção tributária, este deverá encaminhar ao Banco Mandatário, no prazo mínimo de 10 (dez) dias úteis antes da data prevista para recebimento de valores relativos às Debêntures, documentação comprobatória dessa imunidade ou isenção tributária, sob pena de ter descontados dos seus rendimentos os valores devidos nos termos da legislação tributária em vigor.
3. LOCAIS ONDE AS DEBÊNTURES PODEM SER ADQUIRIDAS Os interessados em adquirir Debêntures poderão contatar o Coordenador Líder no endereço indicado abaixo: Coordenador Líder Banco Bradesco BBI S.A. Av. Paulista 1450, 8º andar, São Paulo - SP, CEP 01310-917 At. Sr. Renato Ejnisman Telefone: (11) 2178-4800 - Fax: (11) 2178-4880 Correio eletrônico: renato@bradescobbi.com.br Os administradores abaixo prestarão esclarecimentos sobre a Oferta em nome da Bradesco Leasing: At.: Sr. Milton Almicar Silva Vargas - Diretor de Relações com os Investidores Telefone: (11) 3681-4011 - Fax: (11) 3684-4630 Correio eletrônico: 4000.diretoria@bradesco.com.br Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco - SP, CEP 06029-900
4. BANCO MANDATÁRIO E ESCRITURADOR Banco Bradesco S.A. Cidade de Deus, s/ nº, Vila Yara, Prédio Amarelo, 2º andar, Osasco - SP, CEP 06029-900 At.: Sr. José Donizetti de Oliveira - Departamento de Ações e Custódia Telefone: (11) 3684-3749 - Fax: (11) 3684-5645 Correio Eletrônico: 4010.donizetti@bradesco.com.br
5. AGENTE FIDUCIÁRIO C&D - DISTRIBUIDORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS LTDA. Rua XV de Novembro, nº 270, 6º andar, conj. 601, Centro, Curitiba - PR, CEP 80020-310 At.: Rogério Montefusco A. Pessoa Telefone: (41) 3014-1406 - Fax: (41) 3014-1400 Correio Eletrônico: rogerio@ceddtvm.com.br
6. OUTRAS INFORMAÇÕES Data do Início da Oferta: a partir da data da publicação deste Anúncio de Início, qual seja, 18 de janeiro de 2008. Para maiores informações sobre a Oferta e as Debêntures, bem como para obtenção do exemplar do prospecto e do suplemento da Oferta, os interessados deverão dirigir-se à CVM, à sede da Emissora ou à sede do Coordenador Líder, nos endereços indicados abaixo, sendo que o prospecto e o suplemento da Emissão encontram-se à disposição dos investidores na CVM para consulta e reprodução apenas. Comissão de Valores Mobiliários – CVM Rua Sete de Setembro, nº 111, 5º andar, Rio de Janeiro - RJ, CEP 20050-901 Rua Cincinato Braga, 340, 2º, 3º e 4º andares, Edifício Delta Plaza, São Paulo - SP, CEP 01333-010 Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco - SP, CEP 06029-900 At.: Sr. Milton Almicar Silva Vargas - Diretor de Relações com Investidores Telefone: (11) 3681-4011 - Fax: (11) 3684-4630 Correio eletrônico: 4000.diretoria@bradesco.com.br Banco Bradesco BBI S.A. Avenida Paulista, n° 1.450, 8° andar, São Paulo - SP, CEP 01310-917 At. Sr. Renato Ejnisman Telefone: (11) 2178-4800 - Fax: (11) 2178-4880 Correio eletrônico: renato@bradescobbi.com.br Exemplares impressos do prospecto e do suplemento da Emissão estão disponíveis para retirada, pelos interessados, junto aos endereços da Emissora e do Coordenador Líder indicados acima. O prospecto e o suplemento da Emissão estão disponíveis, para consulta e reprodução, na página da rede mundial de computadores (a) do Coordenador Líder (www.bradescobbi.com.br); (b) da Emissora (www.bradescoleasing.com.br); (c) da BOVESPA (www.bovespa.com.br); e (d) da CETIP (www.cetip.com.br). A Oferta foi previamente submetida à análise da CVM e registrada sob o nº CVM/SRE/DEB/2008/003, em 17 de janeiro de 2008. O REGISTRO DA PRESENTE OFERTA PÚBLICA DE DISTRIBUIÇÃO NÃO IMPLICA, POR PARTE DA CVM, GARANTIA DE VERACIDADE DAS INFORMAÇÕES PRESTADAS OU EM JULGAMENTO SOBRE A QUALIDADE DA EMISSORA, BEM COMO SOBRE AS DEBÊNTURES A SEREM DISTRIBUÍDAS.
“A(O) presente oferta pública/programa foi elaborada(o) de acordo com as disposições do Código de Auto-Regulação da ANBID para as Ofertas Públicas de Distribuição e Aquisição de Valores Mobiliários, o qual se encontra registrado no 4º Ofício de Registro de Títulos e Documentos da Comarca de São Paulo, Estado de São Paulo, sob o nº 4890254, atendendo, assim, a(o) presente oferta pública/programa, aos padrões mínimos de informação contidos no código, não cabendo à ANBID qualquer responsabilidade pelas referidas informações, pela qualidade da emissora e/ou ofertantes, das instituições participantes e dos valores mobiliários objeto da(o) oferta pública/programa.”
O Banco Bradesco BBI S.A. é o Coordenador Líder da Oferta
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Nacional Empresas Tr i b u t o s Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de janeiro de 2008
Lucratividade das 220 maiores empresas da Bovespa cresceu 46% no ano passado
RECEITA CERCA EMPRESAS DE FACTORING
NO ANO PASSADO, A ADMINISTRAÇÃO CENTRAL ARRECADOU R$ 602,793 BILHÕES, 11,09% A MAIS QUE EM 2006.
ARRECADAÇÃO FEDERAL BATE RECORDE
A
arrecadação do governo federal em dezembro somou R$ 65,632 bilhões, e ao longo de 2007 totalizou R$ 602,793 bilhões, dois recordes. O resultado de dezembro foi 11,59% superior ao do mesmo mês de 2006, e o do ano passado cresceu 11,09% em relação ao ano anterior. Em termos nominais, o crescimento da arrecadação no ano passado foi de 15,18%. Em valores, o aumento nominal da arrecadação foi de R$ 79,435 bilhões. Em termos reais, o crescimento da arrecadação foi de R$ 61,375 bilhões. A Receita Federal atribuiu o crescimento da arrecadação total de impostos e contribuições em 2007 à expansão econômica, ao combate à sonegação, à recuperação de débitos, à fiscalização sobre o contrabando, o descaminho e a inadimplência. Para esse órgão, o crescimento também se deveu ao aumento da governança corporativa das empresas, com o objetivo de abertura de capital, e por causa do ganho líquido das operações em bolsa de valores. Em multas, juros e depósitos judiciais e administrativos, a arrecadação de 2007 somou R$ 22 898 bilhões, ante R$ 16,774 bilhões em 2006, um aumento de 36,51%. A arrecadação previdenciária somou em dezembro R$ 20,586 bilhões, fechando o ano com R$ 153,845 bilhões. No mês, o crescimento real foi
Marcello Casal/ABr
Para Rachid, o contribuinte pagou menos impostos no ano passado.
de 11,14% ante dezembro de 2006 e, no ano todo, a expansão real atingiu 11,43% em relação ao ano anterior. A receita própria da arrecadação previdenciária somou R$ 142,931 bilhões, e as demais receitas, R$ 13,944 bilhões. Ex p an s ão – Embora tenha evitado fazer projeções para a arrecadação de 2008, o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, disse acreditar que a receita neste ano crescerá, mesmo sem a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). "Esperamos que o crescimento econômico se mantenha. Por isso, deve haver um aumento da arrecadação, mas em menor volume, por conta (do fim) dessa contri-
buição", afirmou. O secretário ressaltou que a arrecadação cresceu por causa da expansão da atividade econômica, mesmo com desonerações tributárias feitas pelo governo. "O importante é que o contribuinte pagou menos impostos no ano passado" disse Rachid. Ele preferiu mencionar "uma arrecadação efetiva mais próxima do potencial", e não um aumento de arrecadação. "Há um importante alargamento na base de contribuintes. Pessoas que não pagavam impostos estão pagando", argumentou. "O crescimento econômico e o combate à sonegação determinaram esse aumento de receitas." Após o anúncio do aumento real de 11,09% na arrecadação
federal do ano passado em relação a 2006, ele mencionou também as medidas administrativas de combate à sonegação como fatores fundamentais para inflar os cofres do governo. "Nós tivemos pontos positivos que influenciaram a arrecadação durante o ano de 2007. Podemos destacar fatores econômicos e administrativos. Como fatos econômicos, nós tivemos maior lucratividade das empresas, maior faturamento, além do efetivo crescimento da produção industrial", afirmou. Lucratividade – O secretário mencionou especificamente o aumento do número de empresas que abriram capital para operação em bolsas de valores. Segundo ele, 113 corporações ingressaram no mercado de ações em 2007. De acordo com a Receita Federal, as 220 maiores empresas com ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), aumentaram em 46% a lucratividade no ano passado. No aspecto administrativo, o governo informou que a fiscalização do pagamento de impostos por parte de pessoas físicas e jurídicas cresceu 80% em 2007. Parte do aumento na arrecadação veio da cobrança d e j u ro s e m u l t a s . H o u v e 30,7% de receitas a mais advindas dessas punições. "Em termos administrativos, tivemos maior presença da administração tributária, que ensejou maior combate à sonegação e ao contrabando", disse. (AE)
Reprodução do site
A marca de R$ 50 bilhões arrecadados será alcançada hoje
No Impostômetro, R$ 50 bilhões em 18 dias. Adriana David
O
s brasileiros recolheram R$ 50 bilhões em impostos aos cofres públicos das áreas federal, estaduais e municipais nos primeiros 18 dias de 2008. Esse montante é mostrado no Impostômetro, painel eletrônico instalado na fachada da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), na região central de São Paulo, que também pode ser visualizado pelo site www.impostometro.com.br. O valor foi alcançado com três dias de antecedência em relação ao ano passado. Com essa arrecadação, calculada pelo Instituto
Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), seria possível construir mais de 3 milhões de salas de aula e entregá-las equipadas, ou fazer mais de 558 mil quilômetros de redes de esgoto, ou asfaltar mais de 60 mil quilômetros de estradas. Os números do painel giram com tanta rapidez, que quem passa em frente tem dificuldade em acompanhálos. Ficam sem saber que, por segundo, o "taxímetro do Leão" registra uma arrecadação de cerca de R$ 33 mil, e R$ 2 milhões por minuto. Até o fim do mês, serão R$ 88 bilhões arrecadados, um aumento de 16% em relação ao mesmo período de 2007.
Receita autua 62 empresas por sonegação
A
Receita Federal constatou que em 2007, empresas do setor financeiro do Rio de Janeiro e do Espírito Santo deixaram de recolher aos cofres do governo um montante de R$ 2 bilhões, referente ao não pagamento de impostos. No total, 62 instituições foram fiscalizadas. Entre as empresas autuadas estão bancos, cooperativas de crédito, companhias de seguro e de previdência privada. Segundo a Receita Federal, a maior dívida é de empresas de fomento mercantil, ou de factoring. O montante chega a R$ 1,5 bilhão. O delegado substituto Guilherme Otávio Guimarães, da Delegacia Especial de Instituições Financeiras no Rio, afirma que fiscais da Receita foram até as empresas para fazer cruzamentos de dados e detectaram o não pagamento dos impostos. "Há uma movimentação bem expressiva de dinheiro envolvendo estas instituições. Enquanto havia movimentações milionárias, as declarações de Imposto de Renda desDC
sas empresas apresentavam ou rendimentos pífios, ou nenhuma receita. Por isso, desde 2005 estão sendo realizadas autuações, nas quais têm sido detectadas infrações à legislação tributária federal", afirma o delegado. Segundo Guimarães, não existe uma regulamentação específica para as empresas de factoring, as que mais deixaram de pagar impostos em 2007. No momento, a maioria dessas instituições autuadas está apresentando sua defesa à Receita Federal. Caso seja comprovada sonegação, essas companhias deverão pagar o que devem. Se não o fizerem, a dívida será encaminhada à Procuradoria da Fazenda. Na hipótese de ser constatada fraude (que implica a manipulação de dados encaminhados à Receita Federal), uma representação criminal contra as empresas será encaminhada ao Ministério Público. Também haverá cobrança de multa, e os empresários responsáveis poderão ser presos. (Agências)
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Empresas Va r e j o Nacional Imóveis
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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BRASILEIRO É O MAIOR INTERNAUTA DO MUNDO
1,61
milhão de empregos formais foram criados no ano passado, segundo o Ministério do Trabalho.
EMPREGO FORMAL PODE CRESCER 6%
C
om quase 587,1 mil novos empregos em 2007, o setor de serviços liderou as contratações de empregados com carteira assinada, ao lado do comércio, que abriu 405 mil vagas. Os setores tiveram, no ano passado, o melhor desempenho no mercado formal de trabalho desde 1992, quando começou a série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. Os números confirmaram a afirmação, antecipada há dois dias pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, de que foram abertos 1,61 milhão de postos de trabalho em 2007, a melhor marca do Caged. O recorde anterior era o de 2004, quando foram criados 1,52 milhão de empregos pelas empresas privadas que contratam pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O saldo de 2007 é 31% superior ao de 2006. Segundo Lupi, o emprego formal vai crescer "mais 6%
neste ano, com a criação de 1,8 milhão a 2 milhões de vagas". Todas as regiões do País tiveram números positivos na geração de empregos no ano passado, mas o destaque foi o Sudeste (949,7 mil postos). O Estado de São Paulo liderou a estatística, com 611,5 mil vagas novas. De 2003 a 2007, em todo o País foram feitas 6,26 milhões de novas contratações, ainda longe dos dez milhões de empregos prometidos pelo presidente Lula na campanha à Presidência de 2002. Turismo – "Os setores ligados à indústria do turismo, como bares, restaurantes e hotéis, contribuíram muito para o desempenho do emprego em serviços", disse Lupi. Em 2007, a indústria aumentou o número de empregados em 394,5 mil, registrando a segunda melhor marca histórica. O recorde ainda é de 2004, quando o setor abriu 504 mil vagas. O destaque no setor industrial foi a construção civil que empregou 13% mais. (AE)
COMPANHIA METALÚRGICA PRADA CNPJ Nº 56.993.900/0001-31 CONVOCAÇÃO Convocamos os Senhores Acionistas da Companhia Metalúrgica Prada (“Companhia”) a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária, que deverá se realizar às 9:00 horas do dia 23 de janeiro de 2008, na sede social, à Rua Engenheiro Francisco Pita Brito, 138, a fim de deliberarem sobre a eleição de conselheiro e outros assuntos do interesse social. (16, 17, 18) São Paulo, 8 de janeiro de 2008 – A Diretoria
União Brasileira de Vidros S.A. CNPJ/MF n°: 60.837.689/0001-35 - NIRE: 35.300.033.205 Assembléia Geral Extraordinária - Edital de convocação Ficam convocados os senhores acionistas desta companhia a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária, a ser realizada no dia 24 de janeiro de 2008, às 10:00 horas, na sede social da companhia, localizada na Avenida Senador Teotônio Vilela, S/N, Km 30, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, para deliberarem sobre a operação de obtenção de Conta Garantida pela Companhia perante o Banco Bradesco S.A., no valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais). São Paulo, 16 de janeiro de 2008. Luis Roberto Souto Vidigal - Diretor Presidente. (16, 17 e 18/01/08)
Navegar é preciso! E sem sair de casa. Carlos Franco
A
internet brasileira bateu todos os recordes em 2007. Em dezembro, o País possuía 21,4 milhões de usuários residenciais, 48,4% mais do que no mesmo mês de 2006. Também mantemos o maior tempo médio de navegação residencial por internauta entre os 10 países monitorados pela Nielsen/ Netratings, com 22 horas e 59 minutos, à frente da França (20h34), EUA (19h47), Alemanha (19h) e Japão (17h46). O brasileiro mandou mais cartões de Natal pela internet (4,2 milhões de pessoas), visitou mais os endereços automotivos e de comércio eletrônico.
"Considero, porém, como mais relevantes os números do e-commerce", afirma Alexandre Sanches Magalhães, gerente de análise do Ibope/ NetRatings. Ele explica que, pela primeira vez desde setembro de 2000 (quando o Ibope/NetRatings passou a fazer a pesquisa), a categoria "comércio eletrônico" ultrapassou a barreira dos 12 milhões de visitantes únicos residenciais. Também é a primeira vez que essa categoria atinge o alcance de 57%, ou seja, quase 60% do total dos internautas residenciais ativos visitaram algum site de vendas. "É um crescimento expressivo e recorde, sem levar em contas os valores das transações."
Coopsuporte Cooperativa de Trabalho dos Profissionais Especializados em Suporte e Apoio às Cooperativas e Empresas de Transporte de Passageiros e Cargas em geral do Estado de São Paulo. Edital de Convocação Assembléia Geral Ordinária O Diretor Presidente da Coopsuporte Cooperativa de Trabalho dos Profissionais Especializados em Suporte e Apoio às Cooperativas e Empresas de Transporte de Passageiros e Cargas em geral do Estado de São Paulo, inscrita no CNPJ/MF sob o nº CNPJ 06.083.419/0001-30, com sede e foro no município de São Paulo, Capital, no exercício dos poderes que lhe são conferidos pelo Estatuto Social da Entidade, CONVOCA seus associados cooperados em nº de 1320 para efeito de quorum, para se reunirem em Assembléia Geral Ordinária, a se realizar no dia 21 de fevereiro de 2008, na sua sede sita à Rua Frei Vicente do Salvador, 252, Santana, São Paulo, Capital, em primeira convocação às 07:30 (sete horas e trinta minutos), com a presença de 2/3 (dois terços) dos seus associados em pleno gozo dos seus direitos sociais; em segunda convocação às 08:30 (oito horas e trinta minutos), com a presença de ½ (metade) mais um de seus associados em pleno gozo dos seus direitos sociais; e em terceira e última convocação às 09:30 (nove horas e trinta minutos), com a presença mínima de 10 (dez) dos seus associados em pleno gozo dos seus direitos sociais, a fim de ser deliberada a seguinte Ordem do Dia: 1. Deliberação das contas do exercício Social de 2007; 2. Deliberação sobre as sobras apuradas ou rateio das perdas decorrentes das insuficiências das contribuições para cobertura das despesas da sociedade; 3. Eleição dos membros do Conselho Fiscal; 4. Eleição dos membros do Conselho de Administração; 5. Plano de gestão para o exercício de 2008; 6. Outros Assuntos de interesse da sociedade. São Paulo, 18 de janeiro de 2008. Alexsandro Silva Conti - Diretor Presidente.
DROGASIL S.A. C.N.P.J./M.F. n° 61.585.865/0001-51 - NIRE 35.300.035.844 Companhia Aberta FATO RELEVANTE Em cumprimento ao disposto nas Instruções CVM n°s 10/80 e 358/02, a Drogasil S.A. (“Companhia”) comunica aos seus acionistas e ao mercado em geral que o seu Conselho de Administração, em reunião realizada em 17 de janeiro de 2008, aprovou a aquisição de ações de emissão da própria Companhia para manutenção em tesouraria e posterior cancelamento ou alienação, nas seguintes condições: • Objetivos da Companhia: 1. Atender ao exercício das opções de compra de ações a serem outorgadas aos diretores da Companhia conforme Reunião do Conselho de Administração realizada em 28 de junho de 2007, nos termos do Plano de Opção de Compra de Ações aprovado pelos acionistas na Assembléia Geral Extraordinária realizada em 28 de junho de 2007. 2. Maximizar a geração de valor para os acionistas. • Quantidade de Ações a Serem Adquiridas: 3.706.696 ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, de emissão da Companhia, respeitando o limite de até 10% (dez por cento) das ações em circulação, sem redução do capital social, mediante a aplicação de recursos disponíveis oriundos das contas “ Reserva de Lucros” e “ Reserva de Capital”. • Prazo para Realização das Operações: 365 dias, iniciando-se em 18/01/2008. • Quantidade de Ações em Circulação no Mercado: 37.132.768 ações ordinárias em 17/01/2008. • Instituição Financeira Intermediária: As operações de aquisição serão realizadas em bolsa, a preços de mercado, com a intermediação de Indusval S/A Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, localizada na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Boa Vista, 356, 7o andar, CEP: 01014-000. A Diretoria da Companhia definirá a oportunidade e a quantidade de ações a serem efetivamente adquiridas, observados os limites e o prazo de validade estabelecidos pelo Conselho de Administração. A decisão de cancelamento ou alienação das ações mantidas em tesouraria será tomada oportunamente e comunicada ao mercado. São Paulo, 17 de janeiro de 2008. Cláudio Roberto Ely - Diretor de Relações com Investidores
TECELAGEM CALUX S/A CNPJ (MF) nº 61.379.723/0001-38 Ata das Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária de 16 de novembro de 2007 Data, hora e local: 16/11/2007, às 10 hs., na sede social. Quorum de Instalação: Presentes os acionistas detentores de mais de 92,59 % do capital social, conforme assinaturas constantes no Livro de Presença. Composição da mesa dos trabalhos: Ricardo Maria Cabral de Sampaio, Presidente e Margarida Maria Sampaio Metne, Secretária. Edital de Convocação com Aviso aos Acionistas: Publicados nos jornais Diário Oficial do Estado de São Paulo nos dias 16, 17 e 18/10/2007 e no Diário do Comércio nos dias 16, 17 e 18/10/2007. Deliberações tomadas: Em AGO - Item A) Aprovados Relatório da Diretoria, Balanço Patrimonial e Demonstrações Financeiras com Notas Explicativas referentes ao exercício findo em 31/12/2006, colocados à disposição dos Srs. Acionistas conforme aviso publicado juntamente com o edital de convocação para estas assembléias. Referidos documentos contábeis deixaram de ser publicados em decorrência do Patrimônio Líquido da empresa estar abaixo de R$ 1.000.000,00 em conformidade com os dispositivos legais contidos na atual redação do art 294 da Lei nº 6404/ 76. Fica consignado em ata que a documentação aprovada neste item será anexada a presente ata para registro e arquivamento na Junta Comercial do Estado São Paulo. Item B) A companhia deixa de proceder a correção monetária do atual capital social de R$ 3.500.000,00 (três milhões e quinhentos mil reais) atendendo ao disposto na Lei nº 9249 de 26/12/1995, a qual, dentre outras determinações, eliminou à partir de 1996, a adoção de qualquer sistema de correção monetária para fins fiscais e societários. Item C) Ratificados todos os atos e resoluções praticados pela Diretoria no exercício de 2006. Em AGE: Item A) Aprovada a mudança da sede social, a saber: Endereço Antigo - Rua Artur Mendonça nº 223, bairro do Tatuapé, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo. Endereço Novo: Rua Jacirendi nº 309, bairro do Tatuapé, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo. Item B) Em decorrência é alterado o Estatuto Social referente a redação do Art. 1º: Sob a denominação de Tecelagem Calux S/A., gira um sociedade anônima que se regerá pelo presente estatuto e as disposições legais que lhe forem aplicáveis. § 1º: A sociedade terá sua sede e foro na Capital do Estado de São Paulo à Rua Jacirendi nº 309, bairro do Tatuapé, podendo abrir agências, filiais, sucursais e outras dependências em qualquer localidade no território nacional a critério da diretoria. § 2º: A sociedade tem por objeto social : a) a indústria de tecidos e de confecções em geral, tanto de fibras naturais como de fibras Sintéticas; b) a importação e exportação de produtos têxteis e de maquinária; c) a representação de outras firmas ou sociedades; d) a participação em outras sociedades na qualidade de sócia, quotista ou acionista; § 3º: A sociedade pode operar por conta própria ou de terceiros. Conselho Fiscal: Dispensada sua instalação conforme facultam a lei e o estatuto social. Observações Finais: 1) Ata lavrada pelo sumário dos fatos ocorridos e das decisões tomadas. 2) Deliberações unânimes, abstendo-se de votar os legalmente impedidos. 3) Ficam arquivados na sede da Cia. os documentos citados. Encerramento: Ata lavrada, lida, aprovada e assinada para registro na Jucesp e posterior publicação na forma da lei. São Paulo, 16/11/2007. (aa) Ricardo Maria Cabral de Sampaio: Presidente; Margarida Maria Sampaio Metne: Secretária. Acionistas: (aa) Ricardo Maria Cabral de Sampaio; Margarida Maria Sampaio Metne; Frederico Cabral de Sampaio. Cópia fiel do original. (aa) Ricardo Maria Cabral de Sampaio: Presidente. Certidão Jucesp – nº 463.501/07-0 em sessão de 14 de dezembro de 2007. Cristiane da Silva F. Corrêa – Secretária Geral.
TIM quer regras iguais
O
D
nível dos reservatórios das hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste atingiu, na quarta-feira, o limite de segurança estabelecido pela curva de aversão ao risco (car). As barragens mantiveram, pelo segundo dia, 44,8% de sua capacidade de armazenamento, mas a car sobe diariamente nesta época do ano, o que provocou o encontro entre as duas curvas. No início do ano, a diferença entre o nível real dos reservatórios e o limite mínimo de segurança era de 9,5 pontos percentuais. A curva foi criada após o racionamento de 2001. (AG)
irigentes da Telecom Itália (TI), controladora no Brasil da operadora de celular TIM, advertiram ontem que se forem feitas mudanças regulatórias no setor de telecomunicações – para permitir fusão da Oi (Telemar) com a Brasil Telecom –, elas devem garantir isonomia de regras, independentemente de o capital ser nacional ou estrangeiro. Os executivos da TI, que visitaram ontem o presidente Lula, afirmaram que a empresa está pronta para mudar sua estratégia de competição para não perder mercado, caso a fusão se concretize. (AE)
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 17 de janeiro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Interest Factoring Fomento MerRequerente: WP Factoring Fomento Mercantil cantil Ltda. - Requerido: Pakto Modas e Ltda. - Requerido: Mobim Móveis e AcesConfecções Ltda. - Rua Luís Gama, nº 600 sórios Ltda. - Rua da Consolação, 1.219 e 604 - 2ª Vara de Falências - 1ª Vara de Falências
Dela Vita Produtos Naturais Ltda.-ME, Inscrição Estadual 116.900.832.112, CNPJ 06.983.019/0001-98, comunica o extravio de seus talões de Nota Fiscal modelo 2 série D1, do número 2501 a 2516, emitida em 30/04/2007 e 2517 a 2600, em branco.
Condlight Indústria e Comércio de Condutores Elétricos Ltda, torna público que recebeu da Cetesb a Licença de Operação 30004782, val até 16/01/2012, para fabricação de fios, cabos e condutores elétricos de cobre, isolados, Rua Baquiá, 50, 54 - Vila Carrão - São Paulo - SP.
UVCC ADMINISTRAÇÃO E PARTICIPAÇÕES S/A CNPJ (MF) nº 61.594.172/0001-25 - NIRE nº 35.300.314.743 Edital de Convocação de Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária a ser realizada no dia 19/02/08. Ficam convocados os senhores acionistas da UVCC Administração e Participações S/A, a se reunirem em Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária, na sede da Companhia, na Rua Amaral Gurgel, 560, São Paulo, às 20:00 horas do dia 19 de fevereiro de 2008 a fim de deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: 1. Tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2006, bem como analisar a responsabilidade dos administradores da UVCC. 2. Alteração da forma de alienação do Patrimônio Imobiliário, a cargo da Comissão de Vendas instituída na Assembléia Geral realizada em 19 de dezembro de 2005; 3. Eleição de novos membros para a Comissão de Vendas; 4. Redução do capital social, a fim de fazer frente aos prejuízos acumulados, de acordo com parecer do Conselho Fiscal e proposta da Administração; e 5. Outros assuntos de interesse social. De acordo com o disposto no artigo 133 da Lei 6.404/76 acham-se à disposição dos acionistas na sede da UVCC, o relatório de administração, cópia das demonstrações financeiras, parecer do auditor, parecer do Conselho Fiscal e demais documentos pertinentes a assuntos incluídos na Ordem do Dia. Maury Sergio Lima e Silva - Diretor Presidente.
COMERCIAL MÓVEIS DAS NAÇÕES SOCIEDADE LTDA., nome de fantasia de Lojas MARABRAZ, CNPJ/MF sob o No. 06.094.768/0001-58, com sede na Rodovia Anhanguera, Km 37,5, Lado Direito, Jordanésia, Cidade de Cajamar, informa que não possui nenhuma relação societária e/ou comercial com a empresa MUNDO-E COMERCIAL LTDA., inscrita no CNPJ/MF sob o No. 00.087.703/0001-07, tratando-se apenas de sua inquilina. Cajamar, 15 de janeiro de 2008.
Fischer Sucos Indústria e Comércio Ltda. ASSOCIAÇÃO DOS ESCREVENTES TÉCNICOS JUDICIÁRIOS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO EDITAL - CONVOCAÇÃO - ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA IVO RIBEIRO DE OLIVEIRA, Presidente da Associação dos Escreventes Técnicos Judiciários do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, no uso das suas atribuições que lhe confere o estatuto social da Entidade, convoca os associados para se reunirem em Assembléia Geral Ordinária, marcada para o dia 13/02/2008, para dar seguimento e conclusão à Assembléia Geral Ordinária realizada no dia 21/12/2007, na sede da Entidade, na Praça da Sé nº 96, 2º andar, conjunto 201, Capital, às 9:30 hs em primeira chamada e 30 minutos após em segunda chamada, a fim de: 1) Concluir o exame das contas da diretoria; 2) Outros assuntos de interesse. São Paulo, 17 de janeiro de 2008. (a) IVO RIBEIRO DE OLIVEIRA - Presidente.
Energia no limite do risco
CNPJ nº 38.777.694/0001-40 - NIRE nº 35.209.330.642 Alteração de Contrato Social Pelo presente instrumento particular, os abaixo assinados: Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura, pessoa jurídica de direito privado, c/ sede na R. Major Joaquim Gabriel de Carvalho, 966, na Cidade de Matão/SP, Cep: 15997-002, inscrita no CNPJ 33.010.786/0001-87, c/ seus atos constitutivos arquivados na Jucesp, NIRE 35300040724, neste ato representada na forma de seu Estatuto Social por seus Diretores José Lopes Celidônio, bras., casado no regime da comunhão parcial de bens, industriário, natural de São Paulo/SP, portador da carteira de identidade nº 6.333.432 SSP/SP e CPF 762.458.618-53, domic. na R. João Pessoa, 305, Matão/SP, Cep: 15990-902, e Tales Lemos Cubero, bras., cas. no regime da comunhão parcial de bens, industriário, natural de São Paulo/SP, portador da carteira de identidade RG 4.161.907 SSP/SP e do CPF 193.666.20868, domic. na Av. Pasteur, 110, 10º andar, Rio de Janeiro/RJ, Cep 22290-240 e Fischer S/A - Agroindústria, pessoa jurídica de direito privado, c/ sede na R. João Pessoa, 305, no Município de Matão/SP, Cep: 15990-902, inscrita no CNPJ 52.311.529/0001-20, c/ seus atos constitutivos arquivados na Jucesp sob o NIRE nº 35.300.021.703, neste ato representada na forma de seu Estatuto Social por seus Diretores Executivos, José Lopes Celidônio e Tales Lemos Cubero, retro qualificados, na qualidade de únicos sócios representando a totalidade do capital social da Fischer Sucos Indústria e Comércio Ltda., pessoa jurídica de direito privado, c/ sede na Av. Ludwig Eckes, 1.955, fundos, Bairro São José, na cidade de Matão/SP, Cep 15990-750, inscrita no CNPJ 38.777.694/0001-40, c/ seus atos constitutivos arquivados na Jucesp, NIRE 35.209.330.642 em 28/05/90, e última alteração contratual datada de 03/07/06, registrada sob o nº 208.648/06-9 em sessão de 10/08/06 (“Sociedade”), resolvem, de comum acordo, e na melhor forma de direito, o que segue: 1) Em conseqüência da incorporação da parcela cindida da sócia-quotista Fischer S/A - Agroindústria pela outra sócia-quotista Fischer S/A Comércio, Indústria e Agricultura, acima qualificada, realizada nesta data, as quotas emitidas por esta Sociedade de propriedade da Fischer S/A - Agroindústria são, neste ato, transferidas por força da incorporação da parcela cindida acima mencionada p/ a sócia-quotista Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura. 1.1) Em razão da deliberação do item “1” acima, a Cláusula 4ª do Contrato Social desta Sociedade passa a vigorar c/ a seguinte redação: “Cláusula 4ª: O Capital Social é de R$ 6.130.142,00, totalmente subscrito e integralizado em moeda corrente nacional, dividido em 6.130.142 quotas, no valor nominal de R$ 1,00 cada uma, assim distribuído entre os sócios-quotistas: Sócio-Quotista: Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura, Quantidade de Quotas: 6.130.142, Valor das Quotas em R$: 6.130.142,00, Total: 6.130.142, 6.130.142,00. § Único: As quotas são indivisíveis em relação à sociedade e não poderão ser, a qualquer título, cedidas ou transferidas a terceiros, s/ prévia e expressa autorização dos demais sócios-quotistas, que terão prioridade p/ sua aquisição, em igualdade de condições e preços, exceto no caso de transferência p/ empresas do mesmo grupo econômico de uma sócia, observado, ainda, o disposto na Cláusula 15 abaixo.” 1.2) A sócia-quotista Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura e esta Sociedade declaram, tendo em vista o disposto no item “1” acima, ter conhecimento da necessidade de reconstituição da pluralidade de sócios dentro do prazo de 180 dias previsto no inciso IV do Art. 1.033 do Código Civil, o que fica desde já dispensado, tendo em vista a realização da incorporação desta Sociedade, conforme estabelecido nos itens de “3 a 9” abaixo. 2) Ficam ratificadas as demais cláusulas, parágrafos e condições do Contrato Social não alteradas por este instrumento, as quais permanecem em pleno vigor. 3) Debatida a incorporação desta Sociedade na Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura, concluiu-se pelo interesse e oportunidade da medida. 4) Aprovado o respectivo “Protocolo Justificativo de Incorporação”, firmado em 31/12/06 entre esta Sociedade e a Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura, que estabelece os termos e condições da incorporação do acervo líquido desta Sociedade pela Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura. 5) Ratificada a indicação dos Srs. João Aparecido de Lucca, bras., cas., contador, resid. e domic. na Av. Maria Moralles, 280, na cidade de Araraquara/SP, portador da Cédula de Identidade RG 12.717.073/SP, CPF 020.378.128-76 e CRC 1SP191043/O-1; Ricardo de Paula Luqui, bras., cas., contador, resid. e domic. na R. Antonio Geraldo Granata, 41, na cidade de Matão/SP, portador da Cédula de Identidade RG 24.218.906-4/SP, CPF 149.639.028-85 e CRC 1SP235513/O-9, e Ronaldo Coletti, bras., divorciado, contador, resid. e domic. na R. Castro Alves, 1960, Apto. 72, na cidade de Araraquara/SP, portador da Cédula de Identidade RG 7.570.656/SP, CPF 930.665.208-97 e CRC 1SP182440/O-2, p/ funcionarem como avaliadores do acervo, a valor contábil, desta Sociedade a ser incorporado pela Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura. 6) Aprovado o laudo de avaliação apresentado pelos Srs. Peritos, no montante de R$ 32.087.451,22. 7) Declarada extinta esta Sociedade por incorporação à Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura, c/ sede na R. Major Joaquim Gabriel de Carvalho, 966, Matão/SP, inscrita no CNPJ 33.010.786/0001-87, que se subroga nos direitos e assume as obrigações decorrentes deste ato. 8) Todas as deliberações foram tomadas por consenso entre os sócios-quotistas; O “Protocolo Justificativo de Incorporação” firmado em 31/12/06 pelas Sociedades envolvidas na operação ora concretizada e o Laudo de Avaliação mencionado na deliberação nº 6 ficam fazendo parte integrante e indissociável da presente Alteração do Contrato Social, p/ todos os fins e efeitos legais. 9) Autorizada a administração desta Sociedade a praticar todos os atos e assinar todos e quaisquer documentos necessários à implementação da respectiva incorporação. E, por estarem justas e contratadas, assinam as partes o presente instrumento em 3 vias, juntamente c/ 2 testemunhas, p/ que produza seus devidos e legais efeitos, obrigando-se todos a bem e fielmente cumpri-lo por si, seus herdeiros e/ou sucessores. Matão/SP, 31/12/06, às 13:30 hs. Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura, José Lopes Celidônio - Diretor, Tales Lemos Cubero - Diretor. Fischer S/A - Agroindústria, José Lopes Celidônio - Dir. Executivo, Tales Lemos Cubero - Dir. Executivo, Visto do Advogado: Sérgio Adriano Gomes Machado - OAB/SP nº 192.657. Testemunhas: Nome: José Alberto Macoppi - RG:17.410.093 SSP/SP, Nome: Luiz Eduardo Orlando RG: 16.351.072-6 SSP/SP. (Nota: última folha da Alteração do Contrato Social da Fischer Sucos Indústria e Comércio Ltda., CNPJ 38.777.694/0001-40). JUCESP 195.233/07-4 em 18/05/07. Cristiane da Silva F. Côrrea - Secr. Geral.
Fischer Indústrias Gráficas Ltda. CNPJ nº 56.719.297/0001-02 - NIRE nº 35.211.412.863 Alteração do Contrato Social Pelo presente instrumento particular, os abaixo assinados: Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura, pessoa jurídica de direito privado, c/ sede na R. Major Joaquim Gabriel de Carvalho nº 966, na Cidade de Matão/SP, Cep: 15997002, inscrita no CNPJ 33.010.786/0001-87, c/ seus atos constitutivos arquivados na Jucesp, NIRE 35300040724, neste ato representada na forma de seu Estatuto Social por seus Diretores José Lopes Celidônio, bras., cas. no regime da comunhão parcial de bens, industriário, natural de São Paulo/SP, portador da carteira de identidade nº 6.333.432 SSP/SP e CPF 762.458.618-53, domic. na R. João Pessoa, 305, Matão/SP, Cep: 15990-902, e Tales Lemos Cubero, bras., cas. no regime da comunhão parcial de bens, industriário, natural de São Paulo/SP, portador da carteira de identidade RG 4.161.907 SSP/SP e do CPF 193.666.208-68, domic. na Av. Pasteur, 110, 10º andar, Rio de Janeiro-RJ, Cep 22290-240 e Fischer Sucos Indústria e Comércio Ltda. sociedade c/ sede na Av. Ludwig Eckes, 1.955, fundos, Bairro São José, na cidade de Matão/SP, Cep: 15990-750, inscrita no CNPJ 38.777.694/0001-40, c/ seus atos constitutivos arquivados na Jucesp, NIRE 35.209.330.642, neste ato representada na forma de seu Contrato Social por seus Diretores José Lopes Celidônio e Tales Lemos Cubero, retro qualificados, na qualidade de únicos sócios-quotistas representando a totalidade do capital social da Fischer Indústria Gráficas Ltda., estabelecida na Av. Marginal Francisco Carlos Merlos nº 3.000, Distrito Industrial I, no Município de Araraquara/SP, Cep 14801-139, inscrita no CNPJ 56.719.297/0001-02, inicialmente constituída na forma de Sociedade por Quotas de Responsabilidade Limitada em 27/10/86; transformada em Sociedade por Ações em 06/08/87; novamente transformada em Sociedade por Quotas de Responsabilidade Limitada em 21/12/92, c/ Contrato Social de Constituição arquivado na Jucesp sob o nº 35.211.412.863 em 16.02.1993 e última alteração Contratual de 28/06/06, registrada na Jucesp sob nº 202.423/06-2 em 31/07/06 (“Sociedade”), resolvem, de comum acordo, e na melhor forma de direito, o que segue: 1) Em conseqüência da incorporação da sócia-quotista Fischer Sucos Indústria e Comércio Ltda pela outra sócia-quotista Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura, acima qualificada, realizada nesta data, as quotas emitidas por esta Sociedade de propriedade da Fischer Sucos Indústria e Comércio Ltda são, neste ato, transferidas por força da incorporação acima mencionada p/ a sócia-quotista Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura. 1.1) Em razão da deliberação do item “1” acima, a Cláusula 4ª do Contrato Social desta Sociedade passa a vigorar c/ a seguinte redação: “Clausula 4ª - O Capital Social é de R$ 2.466.397,00, totalmente subscrito e integralizado em moeda corrente nacional, dividido em 2.466.397 quotas, no valor de R$ 1,00 cada uma, assim distribuído entre os sócios-quotistas: Sócio-Quotista: Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura, Quantidades de Quotas: 2.466.397, Valor das Quotas em R$: 2.466.397,00, Total: 2.466.397, 2.466.397,00. § Único: As quotas são indivisíveis em relação à sociedade e não poderão ser, a qualquer título, cedidas ou transferidas a terceiros, s/ prévia e expressa autorização dos demais sócios-quotistas, que terão prioridade p/ sua aquisição, em igualdade de condições e preços, exceto no caso de transferência p/ empresas do mesmo grupo econômico de uma sócia, observado, ainda, o disposto na Cláusula 15 abaixo.” 1.2) A sócia-quotista Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura e esta Sociedade declaram, tendo em vista o disposto no item “1” acima, ter conhecimento da necessidade de reconstituição da pluralidade de sócios dentro do prazo de 180 dias previsto no inciso IV do Art. 1.033 do Código Civil, o que fica desde já dispensado, tendo em vista a realização da incorporação desta Sociedade, conf. estabelecido nos itens de “3 a 9” abaixo. 2) Ficam ratificadas as demais cláusulas, parágrafos e condições do Contrato Social não alteradas por este instrumento, as quais permanecem em pleno vigor. 3) Debatida a incorporação desta Sociedade na Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura, concluiu-se pelo interesse e oportunidade da medida. 4) Aprovado o respectivo “Protocolo Justificativo de Incorporação”, firmado em 31/12/06 entre esta Sociedade e a Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura, que estabelece os termos e condições da incorporação do acervo líquido desta Sociedade pela Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura. 5) Ratificada a indicação dos Srs. João Aparecido de Lucca, bras., cas., contador, resid. e domic. na Av. Maria Moralles, 280, na cidade de Araraquara/SP, portador da Cédula de Identidade RG 12.717.073 (SP), CPF 020.378.128-76 e CRC 1SP191043/O-1; Ricardo de Paula Luqui, bras., cas., contador, resid. e domic. na R. Antonio Geraldo Granata, 41, na cidade de Matão/SP, portador da Cédula de Identidade RG 24.218.906-4/SP, CPF 149.639.028-85 e CRC 1SP235513/O-9, e Ronaldo Coletti, bras., divorciado, contador, resid. e domic. na R. Castro Alves, 1960, Apto. 72, na cidade de Araraquara/SP, portador da Cédula de Identidade RG 7.570.656/SP, CPF 930.665.208-97 e CRC 1SP182440/O-2, p/ funcionarem como avaliadores do acervo, a valor contábil, desta Sociedade a ser incorporado pela Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura. 6) Aprovado o laudo de avaliação apresentado pelos Srs. Peritos, no montante de R$ 1.160.965,50. 7) Declarada extinta esta Sociedade por incorporação à Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura, c/ sede na R. Major Joaquim Gabriel de Carvalho, 966, Matão/SP, inscrita no CNPJ 33.010.786/0001-87, que se subroga nos direitos e assume as obrigações decorrentes deste ato. 8) Todas as deliberações foram tomadas por consenso entre os sócios-quotistas; O “Protocolo Justificativo de Incorporação” firmado em 31/12/06 pelas Sociedades envolvidas na operação ora concretizada e o Laudo de Avaliação mencionado na deliberação nº 6 ficam fazendo parte integrante e indissociável da presente Alteração do Contrato Social, p/ todos os fins e efeitos legais. 9) Autorizada a administração desta Sociedade a praticar todos os atos e assinar todos e quaisquer documentos necessários à implementação da respectiva incorporação. E, por estarem justas e contratadas, assinam as partes o presente instrumento em 3 vias, juntamente c/ 2 testemunhas, p/ que produza seus devidos e legais efeitos, obrigando-se todos a bem e fielmente cumpri-lo por si, seus herdeiros e/ou sucessores. Araraquara/SP, 31/12/06, às 15hs. Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura, José Lopes Celidônio - Diretor, Tales Lemos Cubero - Diretor. Fischer Sucos Indústria e Comércio Ltda., José Lopes Celidônio - Diretor, Tales Lemos Cubero - Diretor, Visto do Advogado: Sérgio Adriano Gomes Machado - OAB/SP nº 192.657. Testemunhas: Nome: José Alberto Macoppi, RG: 17.410.093 SSP/SP, Nome: Luiz Eduardo Orlando - RG: 16.351.072-6 SSP/SP. (Nota: última folha da Alteração do Contrato Social da Fischer Indústrias Gráficas Ltda., inscrita no CNPJ 56.719.297/0001-02). JUCESP 195.235/07-1 em 18/05/07. Cristiane da Silva F. Côrrea - Secretária Geral.
Fischer Agropecuária Ltda. CNPJ nº 06.319.567/0001-01 - NIRE nº 35.219.214.459 2ª Alteração do Contrato Social Pelo presente instrumento particular, os abaixo assinados: Fischer S/A - Agroindústria, pessoa jurídica de direito privado, c/ sede na R. João Pessoa, 305, no Município de Matão/SP, Cep: 15990-902, inscrita no CNPJ 52.311.529/0001-20, c/ seus atos constitutivos arquivados na Jucesp sob o NIRE nº 35.300.021.703, neste ato representada na forma de seu Estatuto Social por seus Diretores Executivos, José Lopes Celidônio, bras., cas. no regime da comunhão parcial de bens, industriário, natural de São Paulo/SP, portador da carteira de identidade nº 6.333.432 SSP/SP e CPF 762.458.618-53, domic. na R. João Pessoa, 305, Matão/SP, Cep: 15990-902, e Tales Lemos Cubero, bras., cas. no regime da comunhão parcial de bens, industriário, natural de São Paulo/SP, portador da carteira de identidade RG 4.161.907 SSP/SP e do CPF 193.666.208-68, domic. na Av. Pasteur, nº 110, 10º andar, Rio de Janeiro-RJ, Cep 22290-240 e Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura, pessoa jurídica de direito privado, c/ sede na R. Major Joaquim Gabriel de Carvalho 966, na Cidade de Matão/SP, Cep: 15997-002, inscrita no CNPJ 33.010.786/0001-87, c/ seus atos constitutivos arquivados na Jucesp, NIRE 35300040724, neste ato representada na forma de seu Estatuto Social por seus Diretores, José Lopes Celidônio e Tales Lemos Cubero, retro qualificados, na qualidade de únicos sócios-quotistas representando a totalidade do capital social da Fischer Agropecuária Ltda., sociedade ltda. c/ sede na R. São Lourenço, 79, Centro, Matão/SP, Cep 15990-200, inscrita no CNPJ 06.319.567/0001-01, c/ seu contrato social de constituição datado de 30/04/04, devidamente arquivado na Jucesp sob o NIRE 35.219.214.459, em sessão de 04/06/2004, e última alteração contratual datada de 28/06/2006, registrada sob o nº 227.151/06-9 em sessão de 23/08/06 (“Sociedade”), resolvem, de comum acordo, e na melhor forma de direito, o que segue: 1) Em conseqüência da cisão parcial ocorrida na sócia-quotista Fischer S/A - Agroindústria e a incorporação da parcela cindida pela Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura, acima qualificada, realizada nesta data, as quotas emitidas por esta Sociedade de propriedade da Fischer S/A Agroindústria são, neste ato, transferidas por força da cisão parcial e incorporação acima mencionadas, p/ a Fischer S/A Comércio, Indústria e Agricultura. 1.1) Em razão da deliberação do item “1” acima, a Cláusula 4ª do Contrato Social desta Sociedade passa a vigorar c/ a seguinte redação: Cláusula 4ª: O capital social é de R$ 1.000,00, totalmente subscrito e integralizado em moeda corrente nacional, dividido em 1000 quotas de valor nominal R$ 1,00 cada uma, assim distribuído entre os sócios-quotistas: Sócio-Quotista: Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura, Quantidade de Quotas: 1.000, Valor das Quotas em R$: 1.000,00, Total: -, 1.000, 1.000,00. § Único: As quotas são indivisíveis em relação à sociedade e não poderão ser, a qualquer título, cedidas ou transferidas a terceiros, sem prévia e expressa autorização dos demais sócios-quotistas, que terão prioridade p/ sua aquisição, em igualdade de condições e preços, exceto no caso de transferência p/ empresas do mesmo grupo econômico de uma sócia, observado, ainda, o disposto na Cláusula 14 abaixo.” 1.2) A sócia-quotista Fischer S/A Comércio, Indústria e Agricultura e esta Sociedade declaram, tendo em vista o disposto no item “1” acima, ter conhecimento da necessidade de reconstituição da pluralidade de sócios dentro do prazo de 180 dias previsto no inciso IV do Art. 1.033 do Código Civil, o que fica desde já dispensado, tendo em vista a realização da incorporação desta Sociedade, conf. estabelecido nos itens de “3 a 9” abaixo. 2) Ficam ratificadas as demais cláusulas, parágrafos e condições do Contrato Social não alteradas por este instrumento, as quais permanecem em pleno vigor. 3) Debatida a incorporação desta Sociedade na Fischer S/A Comércio, Indústria e Agricultura, concluiu-se pelo interesse e oportunidade da medida. 4) Aprovado o respectivo “Protocolo Justificativo de Incorporação”, firmado nesta data entre esta Sociedade e a Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura, que estabelece os termos e condições da incorporação do acervo líquido desta Sociedade pela Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura. 5) Ratificada a indicação dos Srs. João Aparecido de Lucca, bras., cas., contador, resid. e domic. na Av. Maria Moralles, 280, na cidade de Araraquara/SP, portador da Cédula de Identidade RG 12.717.073 (SP), CPF 020.378.128-76 e CRC 1SP191043/O-1; Ricardo de Paula Luqui, bras., cas., contador, resid. e domic. na R. Antonio Geraldo Granata, 41, na cidade de Matão/SP, portador da Cédula de Identidade RG 24.218.906-4 (SP), CPF 149.639.028-85 e CRC 1SP235513/O-9, e Ronaldo Coletti, bras., divorciado, contador, resid. e domic. na R. Castro Alves, 1960, Apto. 72, na cidade de Araraquara/SP, portador da Cédula de Identidade RG 7.570.656(SP), CPF 930.665.208-97 e CRC 1SP182440/O-2, p/ funcionarem como avaliadores do acervo, a valor contábil, desta Sociedade a ser incorporado pela Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura. 6) Aprovado o laudo de avaliação apresentado pelos Srs. Peritos, no montante de R$ 775,12. 7) Declarada extinta esta Sociedade por incorporação à Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura, c/ sede na R. Major Joaquim Gabriel de Carvalho, 966, Matão/SP, inscrita no CNPJ 33.010.786/0001-87, que se subroga nos direitos e assume as obrigações decorrentes deste ato. 8) Todas as deliberações foram tomadas por consenso entre os sócios-quotistas; O “Protocolo Justificativo de Incorporação” firmado em 31/12/06 pelas Sociedades envolvidas na operação ora concretizada e o Laudo de Avaliação mencionado na deliberação nº 6 ficam fazendo parte integrante e indissociável da presente Alteração do Contrato Social, p/ todos os fins e efeitos legais. 9) Autorizada a administração desta Sociedade a praticar todos os atos e assinar todos e quaisquer documentos necessários à implementação da respectiva incorporação. E, por estarem justas e contratadas, assinam as partes o presente instrumento em 3 vias, juntamente c/ 2 testemunhas, p/ que produza seus devidos e legais efeitos, obrigando-se todos a bem e fielmente cumpri-lo por si, seus herdeiros e/ou sucessores. Matão/SP, 31/12/06, às 14hs. Fischer S/A - Agroindústria: José Lopes Celidônio - Dir. Executivo, Tales Lemos Cubero - Dir. Executivo. Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura: José Lopes Celidônio - Diretor, Tales Lemos Cubero - Diretor. Visto do Advogado: Sérgio Adriano Gomes Machado - OAB/SP nº 192.657. Testemunhas: Nome: José Alberto Macoppi - RG: 17.410.093 SSP/SP, Nome: Luiz Eduardo Orlando RG: 16.351.072-6 SSP/SP. (Nota: Última folha da 2ª Alteração do Contrato Social da Fischer Agropecuária Ltda, inscrita no CNPJ 06.319.567/0001-01). JUCESP nº 195.234/07-8 em 18/05/07. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.
Fischer Cítricos Agroindústria Ltda. CNPJ nº 06.313.539/0001-87 - NIRE 35.219.134.145 14ª Alteração do Contrato Social Pelo presente instrumento particular, os abaixo assinados: Fischer S/A - Agroindústria, pessoa jurídica de direito privado, c/ sede na R. João Pessoa, 305, no Município de Matão/SP, Cep: 15990-902, inscrita no CNPJ 52.311.529/0001-20, c/ seus atos constitutivos arquivados na Jucesp sob o NIRE nº 35.300.021.703, neste ato representada na forma de seu Estatuto Social por seus Diretores Executivos, José Lopes Celidônio, bras., cas. no regime da comunhão parcial de bens, industriário, natural de São Paulo/SP, portador da carteira de identidade nº 6.333.432 SSP/SP e CPF 762.458.618-53, domic. na R. João Pessoa, 305, Matão/SP, Cep: 15990-902, e Tales Lemos Cubero, bras., cas. no regime da comunhão parcial de bens, industriário, natural de São Paulo/SP, portador da carteira de identidade RG 4.161.907 SSP/SP e do CPF193.666.208-68, domic. na Av. Pasteur, 110, 10º andar, Rio de Janeiro-RJ, Cep 22290-240 e Aliança S/A - Indústria Naval e Empresa de Navegação, S/A c/ sede na Av. Pasteur nº 110, na Cidade e Estado do Rio de Janeiro, Cep 22290-240, inscrita no CNPJ 33.055.732/0001-38 e NIRE sob o nº 33.300.082.000, neste ato representada na forma de seu estatuto social, por seus Diretores, Tales Lemos Cubero, retro qualificado e José Lopes Celidônio, acima qualificado, na qualidade de únicos sócios-quotistas representando a totalidade do capital social da Fischer Cítricos Agroindústria Ltda., sociedade Ltda. c/ sede na Rod. Armando de Salles Oliveira, km 393, Cxp. 232, na cidade de Bebedouro/SP, Cep 14710-000, inscrita no CNPJ 06.313.539/0001-87, c/ seu contrato social, de 09/04/04, devidamente arquivado na Jucesp sob o NIRE 35.219.134.145, em sessão de 24/05/04 e a 13ª e última alteração do contrato social datada de 28/06/06, registrada sob o nº 198.077/06-3 em sessão de 24.07.2006 (“Sociedade”), e, ainda, Fischer S/A Comércio, Indústria e Agricultura, pessoa jurídica de direito privado, c/ sede na R. Major Joaquim Gabriel de Carvalho nº 966, na Cidade de Matão/SP, Cep: 15997-002, inscrita no CNPJ 33.010.786/0001-87, c/ seus atos constitutivos arquivados na Jucesp, NIRE 35300040724, neste ato representada na forma de seu Estatuto Social por seus Diretores José Lopes Celidônio, brasileiro, casado no regime da comunhão parcial de bens, industriário, natural de São Paulo/SP, portador da carteira de identidade nº 6.333.432 SSP/SP e CPF 762.458.618-53, domiciliado na R. João Pessoa, 305, Matão/SP, Cep: 15990-902, e Tales Lemos Cubero, brasileiro, casado no regime da comunhão parcial de bens, industriário, natural de São Paulo/SP, portador da carteira de identidade RG 4.161.907 SSP/SP e do CPF 193.666.208-68, domiciliado na Av. Pasteur, 110, 10º andar, Rio de Janeiro/RJ, Cep 22290-240, resolvem, de comum acordo, e na melhor forma de direito, o que segue: 1) Em conseqüência da cisão parcial ocorrida na sócia-quotista Fischer S/A - Agroindústria e a incorporação da parcela cindida pela Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura, acima qualificada, realizada nesta data, as quotas emitidas por esta Sociedade de propriedade da Fischer S/A Agroindústria são, neste ato, transferidas por força da cisão parcial e incorporação acima mencionadas, p/ a Fischer S/A Comércio, Indústria e Agricultura. 1.1) Em razão da deliberação do item “1” acima, a “Cláusula 5ª - Capital Social” do Contrato Social desta Sociedade passa a vigorar c/ a seguinte redação: “Cláusula 5ª - Capital Social: O capital social, totalmente subscrito e integralizado em moeda corrente nacional, é de R$ 92.482.424,00, dividido em 92.482.424 quotas iguais, c/ valor nominal de R$1,00 cada uma, assim distribuídas entre os sócios-quotistas: Sócio-Quotistas, Quantidade de Quotas, Valor das Quotas em R$: Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura: 92.482.423, 92.482.423,00; Aliança S/A - Indústria Naval e Empresa de Navegação: 1, 1,00; Total: 92.482.424, 92.482.424,00.§ 1º - A responsabilidade dos sócios é restrita ao valor de suas respectivas quotas, mas todos os sócios respondem solidariamente pela integralização do capital social. § 2º - As quotas da Sociedade são indivisíveis em relação à Sociedade.” 2) Aprovado o encerramento das atividades das filiais a seguir relacionadas: (i) São Paulo: Av. Morumbi, 8234, Brooklin - São Paulo/SP, CNPJ 06.313.539/0002-68, NIRE nº 35.902.937.315; e (ii) Faz. São Vicente: Estrada Miraporanga-Uberlândia, s/nº, km 12, Bairro Rural, Uberlândia/MG, CNPJ 06.313.539/0006-91, NIRE nº 31.901.650.302. Aprovada, em decorrência desta deliberação, a alteração da Cláusula 2ª do Contrato Social, a qual passa a vigorar c/ a seguinte redação: “Cláusula 2ª - Sede: 2.1. A Sociedade tem sede na Cidade de Bebedouro/SP, na Rod. Armando de Salles Oliveira, km 393, Cxp 232, Cep 14710-000, podendo manter filiais, escritórios e representações em qualquer localidade do país ou do exterior, por deliberação de sócios representando a maioria do capital social. § Único. A Sociedade possui: (i) uma filial localizada na Cidade de Uberlândia/MG, na Estrada Miraporanga-Uberlândia, s/nº, Km. 12, Cep 38412-000; (ii) uma filial localizada na Cidade de Olímpia/SP, na Estrada Municipal Cajobi-Olímpia, s/nº, Cep 15410-000; (iii) uma filial localizada na Cidade de Bebedouro/SP, na R. Lucas Evangelista, s/nº, Cxp 232, Cep 14700-000; e (iv) uma filial localizada na Cidade de Limeira/SP, na Av. Araras, 1255, Vila São José, Cep 13485-130.” 3) Ficam ratificadas as demais cláusulas, parágrafos e condições do Contrato Social não alteradas por este instrumento, as quais permanecem em pleno vigor. 4) Debatida a incorporação desta Sociedade na Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura, concluiu-se pelo interesse e oportunidade da medida. 5) Aprovado o respectivo “Protocolo Justificativo de Incorporação”, firmado em 31/12/06 entre esta Sociedade e a Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura, que estabelece os termos e condições da incorporação do acervo líquido desta Sociedade pela Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura. 6) Ratificada a indicação dos Srs. João Aparecido de Lucca, bras., cas., contador, resid. e domic. na Av. Maria Moralles, 280, na cidade de Araraquara/SP, portador da Cédula de Identidade RG 12.717.073 (SP), CPF 020.378.128-76 e CRC 1SP191043/O-1; Ricardo de Paula Luqui, bras., cas., contador, resid. e domic. na R. Antonio Geraldo Granata, 41, na cidade de Matão/SP, portador da Cédula de Identidade RG 24.218.906-4 (SP), CPF 149.639.028-85 e CRC 1SP235513/O-9, e Ronaldo Coletti, bras., divorciado, contador, resid. e domic. na R. Castro Alves, 1960, Apto. 72, na cidade de Araraquara/SP, portador da Cédula de Identidade RG 7.570.656 (SP), CPF 930.665.208-97 e CRC 1SP182440/O-2, p/ funcionarem como avaliadores do acervo, a valor contábil, desta Sociedade a ser incorporado pela Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura. 7) Aprovado o laudo de avaliação apresentado pelos Srs. Peritos, no montante de R$ 97.561.626,53. 8) Declarada extinta esta Sociedade por incorporação à Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura, c/ sede na R. Major Joaquim Gabriel de Carvalho, 966, Matão/SP, inscrita no CNPJ 33.010.786/0001-87, que se subroga nos direitos e assume as obrigações decorrentes deste ato. 9) Todas as deliberações foram tomadas por consenso entre os sócios-quotistas; O “Protocolo Justificativo de Incorporação” firmado em 31/12/06 pelas Sociedades envolvidas na operação ora concretizada e o Laudo de Avaliação mencionado na deliberação nº 7 ficam fazendo parte integrante e indissociável da presente Alteração do Contrato Social, p/ todos os fins e efeitos legais. 10) Autorizada a administração desta Sociedade a praticar todos os atos e assinar todos e quaisquer documentos necessários à implementação da respectiva incorporação. E, por estarem justas e contratadas, assinam as partes o presente instrumento em 3 vias, juntamente c/ 2 testemunhas, p/ que produza seus devidos e legais efeitos, obrigando-se todos a bem e fielmente cumpri-lo por si, seus herdeiros e/ou sucessores. Bebedouro/SP, 31/12/06, às 9:30 hs. Fischer S/A - Agroindústria, Tales Lemos Cubero - Dir. Executivo, José Lopes Celidônio - Dir. Executivo; Aliança S/A - Indústria Naval e Empresa de Navegação, Tales Lemos Cubero - Diretor, José Lopes Celidônio - Diretor; Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura, Tales Lemos Cubero - Diretor, José Lopes Celidônio - Diretor, Visto do Advogado: Sérgio Adriano Gomes Machado - OAB/SP nº 192.657, Testemunhas: Nome: José Alberto Macoppi - RG: 17.410.093 SSP/SP, Nome: Luiz Eduardo Orlando - RG: 16.351.072-6 SSP/SP. (Nota: Última folha da 14ª Alteração do Contrato Social da Fischer Cítricos Agroindústria Ltda., inscrita no CNPJ 06.313.539/0001-87). JUCESP 195.232/07-0 em 18/05/07. Cristiane da Silva F. Côrrea - Secretária Geral.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de janeiro de 2008
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Venezuela e Colômbia em pé de guerra Oswaldo Rivas/Reuters
Juan Carlos Ulate/Reuters
O conflito com as Farc na Colômbia não terá solução militar nem dentro de 600 anos
Se contarmos, perceberemos que as acusações da Venezuela são muitas, e nunca há provas
Hugo Chávez, presidente da Venezuela
Juan M. Santos ministro colombiano
Internacional
E
m um novo capítulo de uma história que promete deteriorar ainda mais as já fragéis relações diplomáticas entre os dois países, a Venezuela acusou o governo do presidente colombiano Álvaro Uribe de obstruir os esforços do presidente Hugo Chávez para negociar um intercâmbio humanitário de reféns em poder das Farc por guerrilheiros presos. O comunicado, emitido pelo Ministério do Exterior de Caracas, veio à tona horas depois que a chancelaria colombiana informou que preparava um protesto formal contra a "interferência de Hugo Chávez em assuntos internos" — como a proposta de mudar a classificação da guerrilha colombiana de "grupo terrorista" para "movimento insurgente", uma idéia rechaçada por Uribe. Tendo como alvo o presidente Álvaro Uribe, o Ministério do Exterior de Caracas afirmou em comunicado que "o governo colombiano não está
comprometido com a paz, mas sim obcecado em derrotar militarmente as forças insurgentes, obcecado com a guerra". E, conforme Chávez, o conflito na Colômbia não "terá solução militar nem em 600 anos." Hugo Chávez, que por vários meses tentou mediar o intercâmbio com as Farc, foi desautorizado em novembro pelo presidente Uribe, que alegou que o venezuelano ignorou sua recomendação para não comunicar-se diretamente com os chefes militares colombianos ao telefonar para o comandante do Exército. O incidente fez estremecer as relações entre os dois países. Mesmo assim, Chávez recebeu o mérito pela libertação, no início de janeiro, das reféns Clara Rojas e Consuelo González. "O governo colombiano chegou ao extremo de obstruir e sabotar a missão humanitária liderada pela comunidade internacional, colocando em risco a vida de pessoas inocentes", diz o comunicado da chancelaria venezuelana, que
Expectativa por reféns
A
emissora "W", de Bogotá, anunciou ter recebido na tarde de ontem "de maneira exclusiva" a informação de que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) anunciariam nas próximas horas, na Venezuela, a libertação de novos seqüestrados, duas semanas após a soltura das políticas colombianas Clara Rojas e Consuelo González. Entre os libertados, segundo a emissora, estaria um americano sequestrado em 2003 e outros reféns em condições críticas de saúde. O ministro de Relações Exteriores venezuelano, Nicolás Maduro, disse não ter informações de que a guerrilha colombiana vá libertar mais reféns. "Ficaríamos muito felizes se isso ocorresse, mas não temos informações", afirmou. A senadora Piedad Córdoba, que foi entrevistada pela "W", pediu prudência, e se absteve de confirmar o anúncio. "Levando em consideração tudo o que ocorreu nas libertações anteriores, os parentes têm uma imensa preocupação para que isto chegue a um final feliz. Por isso, acho que se deve ter muita discrição", opinou. (Agências)
completa: "A Colômbia ataca o presidente Hugo Chávez porque ele é o único que obteve sucesso na libertação de reféns e tem explorado o único caminho em direção à paz". Troca de acusações A nota oficial divulgada
ontem foi apenas uma das muitas trocas de acusações entre os governos dois dois países vizinhos. Na noite de quarta-feira, o governo colombiano afirmou que Chávez ignora os crimes cometidos pela guerrilha e que pro-
testará formalmente contra a Venezuela pelo pedido de Chávez de reclassificar as Farc. Na semana passada, Chávez pediu que as Farc e outra guerrilha colombiana de esquerda, o Exército de Libertação Nacional, sejam retirados das listas internacionais de organizações terroristas, e que sejam reconhecidas como legítimas "forças insurgentes." Os Estados Unidos e a União Européia catalogam as Farc e o ELN como organizações terroristas e, como Bogotá, se recusam a alterar sua classificação. O chanceler colombiano, Fernando Araújo, leu um comunicado no qual disse que o líder venezuelano "confunde cooperação com intrusão, assim como confundiu mediação com tomar lados". Assinalou, também, que Chávez "não perde a oportunidade para maltratar a Colômbia, ao seu governo e aos dirigentes colombianos." Ao mesmo tempo, pediu que o presidente venezuelano cesse "as agressões"
contra o país, e o acusou de ser favorável às Farc em sua recente mediação humanitária. Complô contra Chávez Ainda na noite de quartafeira, em visita à Nicarágua, Chávez disse que tinha provas sobre um complô que estaria sendo preparado na Colômbia para assassiná-lo, com o apoio dos Estados Unidos. A acusação, que envolve ainda o exército de Bogotá, revoltou o ministro da Defesa colombiano, Juan Manuel Santos, que desafiou o presidente da Venezuela a mostrar provas do suposto complô para assassiná-lo. "Que mostre as provas, se isso for verdade, que tome as ações necessárias", afirmou o ministro em entrevista a rádios colombianas. "Se fizermos uma contagem nos últimos seis ou sete anos, perceberemos que as acusações desse tipo provenientes do governo venezuelano são muitíssimas, e quando se trata de provas concretas nunca há nada", afirmou o ministro da Defesa. (Agências)
Stephen Hird/Reuters
ISRAEL Fechadas fronteiras com Gaza
Mohammed Salem/Reuters
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SUSTO EM HEATHROW TERROR ove pessoas morreram e N 20 ficaram feridas
Palestinos observam veículo destruído por míssil israelense. Ontem, sete morreram durante os confrontos
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ilitantes palestinos n a Fa i x a d e G a z a dispararam 40 foguetes contra o sul de Israel, que respondeu fechando as fronteiras com o território e lançando mais ataques aéreos, nos quais sete palestinos foram mortos. O premiê israelense, Ehud Olmert, prometeu levar adiante uma "guerra" para impedir os disparos de foguetes, apesar das advertências de líderes palestinos de que a ofensiva de Israel pode prejudicar o processo de paz. Dois palestinos, um homem
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que estavam em um carro ao lado da charrete, ficaram gravemente feridos. O Exército de Israel confirmou o ataque. Segundo Olmert, Israel não tem "paixão especial" em ferir civis inocentes de Gaza, mas continuará com sua campanha contra militantes responsáveis pelos "intolerantes disparos de foguetes contra os residentes do sul de Israel". Já o presidente palestino, o moderado Mahmoud Abbas, rival do Hamas e parceiro de Israel, denunciou o que chamou de "massacre" israelense. (AE)
Néstor Kirchner, 160% mais rico
/AFP
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e uma mulher, foram mortos quando o carro em que viajavam foi atingido por um míssil israelense no norte de Gaza. O homem era líder de um pequeno comitê de resistência popular aliado ao Hamas em Gaza. Mais tarde, dois palestinos, uma mulher e seu filho, foram mortos por outro míssil israelense, disparado contra um carro onde estavam dois militantes da Jihad Islâmica. O míssil errou o alvo e atingiu uma charrete, onde estavam a mulher e o filho. Os dois militantes da Jihad Islâmica,
em um atentado a bomba contra uma mesquita xiita em Peshawar, no Paquistão. A explosão ocorreu no momento em que a minoria xiita do país se prepara para celebrar o festival de Ashura, que nos últimos anos tem sido marcado pela violência sectária envolvendo a maioria sunita. Ainda ontem, um homem-bomba se explodiu na frente de uma mesquita xiita numa província a nordeste de Bagdá, no Iraque, matando 10 pessoas que participavam de celebrações da Ashura. (AE)
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ex-presidente da Argentina, Néstor Kirchner, aumentou seu patrimônio em 160% durante os quatro anos em que chefiou o governo (2003-2007), segundo a declaração de bens apresentada perante o Escritório Anticorrupção do país e publicada ontem pelo jornal argentino La Nación.
Segundo a declaração, 2007 foi o melhor ano para a economia pessoal do ex-presidente, já que sua fortuna pessoal aumentou em US$ 1,8 milhão, para US$ 5,6 milhões. De acordo com o La Nación, no ano passado Kirchner incorporou a seu patrimônio um edifício de dez apartamentos e um complexo turístico em sua província na-
tal de Santa Cruz. No total, ele e a esposa, a presidente Cristina Kirchner, possuem 19 casas, 14 apartamentos, seis terrenos e dois estabelecimentos comerciais, que em sua maioria estão em Santa Cruz, província que Kirchner governou entre 1991 a 2003. As exceções são duas propriedades em Buenos Aires. (AE)
m avião da companhia British Airways fez um U pouso de emergência fora da
Airways disse que não iria especular sobre as causas do acidente, que aconteceu pouco antes de um avião transportando o primeiroministro Gordon Brown e uma delegação composta de grandes empresários — entre eles o presidente da Virgin, Richard Branson — partir para a China. O avião do primeiro-ministro, que estava a um quilômetro de distância do acidente, não foi envolvido. (AE)
HERMANOS
IMPASSE
pista do aeroporto de Heathrow, em Londres, colidindo a parte inferior, estragando as asas e deslizando antes que os escorregadores de emergência fossem acionados. Todos os 152 passageiros e a tripulação escaparam com segurança. Oito pessoas sofreram ferimentos leves. A British
s pré-candidatos O democratas terão seu primeiro "teste latino" no
sábado, no caucus de Nevada, onde 20% dos eleitores são hispânicos. A senadora Hillary Clinton saiu na frente, já que diversas pesquisas mostram que ela tem alto índice de popularidade na comunidade latina. (AE)
governo chileno retirou O temporariamente seu embaixador do país em Lima,
em represália ao pedido de demarcação da fronteira marítima que o Peru apresentou à Corte Internacional de Justiça, em Haia. Santiago descartou uma possível nota de protesto ao governo peruano. (AE)
BANCO MERCANTIL DO BRASIL S. A. CNPJ
Nº
17.184.037/0001-10
COMPANHIA ABERTA
AVISO AOS ACIONISTAS Fato Relevante
Em cumprimento ao disposto na Instrução CVM nº 358/02, comunicamos ao mercado que o Banco Central do Brasil, através do expediente Deorf/GTBHO-2008/0100, recebido em 14/01/2008, aprovou as alterações no Estatuto Social do Banco, deliberadas na AGE de 30/11/2007. Assim, foi aprovado o grupamento da totalidade das ações representativas do Capital Social do Banco, na proporção de 20 (vinte) ações de cada espécie para cada 01 (uma) ação da respectiva espécie, sendo que as novas ações originadas a partir do grupamento conferirão a seus detentores direitos idênticos aos atualmente garantidos pelo Estatuto Social do Banco à respectiva espécie, sendo que as frações serão complementadas, por
doação,
pelos
acionistas
controladores
do
Banco.
O
grupamento
será
efetivado
considerando a posição acionária registrada nos livros da sociedade em 18/01/2008. A partir de 21/01/2008, as ações emitidas pelo Banco serão negociadas grupadas em bolsa.
Belo Horizonte, 14 de janeiro de 2008.
BANCO MERCANTIL DO BRASIL S.A. Milton de Araújo Diretor de Relações com Investidores
8
Empresas Finanças Imóveis Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de janeiro de 2008
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CONSTRUÇÃO CIVIL CONTINUARÁ A CRESCER
mil imóveis para a faixa de renda menor serão construídos neste ano com novo convênio da CEF
RECURSOS DAS CADERNETAS NO FINANCIAMENTO DE IMÓVEIS CRESCEU 96% NO ANO PASSADO
USO DE DINHEIRO DA POUPANÇA DOBRA atraente para os bancos como produto financeiro. O resultado é que o crédito volume de recur- ganhou novas condições de fisos da caderneta nanciamento, mais flexíveis de poupança libe- quanto a prazos, renda comrado pelos bancos prometida e custo. "Se antes os bancos financiapara o financiamento da casa própria praticamente dobrou vam a juros de 13% ou 14% ao em 2007. Foram R$ 18,3 bi- ano, hoje emprestam a 9%. O lhões, que, comparados aos percentual de comprometiR$ 9,3 bilhões emprestados em mento da renda aceito hoje pe2006, representam um avanço los credores também dobrou, de 96%. Parte desse excepcio- assim como o do valor do imónal resultado, divulgado on- vel financiado", diz o diretortem pela Associação Brasileira geral da Abecip, Osvaldo Cordas Entidades de Crédito Imo- rêa Fonseca. Segundo Fonseca, biliário e Poupança (Abecip), um trabalhador com renda de foi possível graças aos R$ 26,5 até seis salários mínimos conbilhões de captação líquida seguia financiar, cinco ou seis (depósitos menos saques) que anos atrás, um imóvel de no entraram para as contas de máximo R$ 80 mil. Hoje, pode poupança no ano passado de- comprar um de até R$ 150 mil. "Isso fez muita vido à redução diferença", diz da taxa básica Fonseca. de juros e que Essas novas ajudaram os condições ofeb a n c o s a f irecidas pelos nanciar mais bancos enconimóveis. O mil reais é o novo teto traram um númontante rede financiamento de mero maior de presenta 433% consumidores de alta sobre imóvel a que o com poder de os R$ 4,964 bicomprador com renda compra devilhões de saldo do ao aumenda poupança de seis salários to da renda em 2006. mínimos pode ter real, em espeO impacto acesso hoje. cial da camamais significada com salário tivo, no entanmais baixo. to, veio das melhores condições de finan- Foi suficiente para que o núciamento que os consumido- mero de unidades financiadas res encontraram, resultado da aumentasse 72%, de 2006 para maior segurança jurídica dada 2007. Olhando apenas para pelo governo aos credores. O o ano passado, o aumento patrimônio de afetação (que foi ainda mais espetacular: proíbe a incorporadora de mis- 2.153% entre janeiro e dezemturar a contabilidade da em- bro. Os bons números de 2007 presa à do empreendimento), já fizeram a Abecip estimar um somado à alienação fiduciária aumento de quase 40% no vo(garantia que o credor tem so- lume de recursos emprestados bre o imóvel na falta de paga- em 2008, que poderá chegar a mento do crédito), diz o dire- R$ 25 bilhões, segundo Fonsetor-geral da Abecip, tornaram ca, com um total de 250 mil o crédito imobiliário mais imóveis financiados.
Leonardo Rodrigues/Hype
Roseli Lopes
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Mais construções de imóveis e maior procura por materiais nas lojas Milton Mansilha/Luz
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CEF e Mudar fecham convênio para baixa renda
A
Caixa Econômica Fe- ção de Crescimento (PAC) do deral (CEF) assinou, na governo, porque beneficiará quinta-feira, um pro- famílias de renda mais baixa. tocolo de intenções com a cons- Os imóveis da Mudar estarão trutora Mudar, pertencente ao concentrados nos estados de Grupo AGM, do segmento São Paulo, Rio de Janeiro e Maimobiliário, para o financia- to Grosso, com maior destaque mento de 14 mil imóveis que se- para os dois primeiros, onde o rão entregues em 2008, com déficit habitacional para a capreço máximo de venda de mada de menor renda é mais R$ 130 mil. O documento é o significativo. O comprador de um imóvel primeiro assinado pelo banco neste ano, e o terceiro dentro do da Mudar terá o valor inicial programa que prevê ampliar o pago à construtora incluído crédito habitacional à camada em sua capacidade de pagad e c o n s u m imento. "O valor funcionará dores com renda média mencomo se fosse uma renda do sal de cinco até dez salários c on su m id or, ampliando mínimos. Em dezembro de seu limite de mil reais é o preço f in an c ia me n2007, a CEF máximo dos imóveis to", diz Previtambém fez parceria semefinanciados pela CEF lato. Isso também valerá lhante com as de acordo com os para quem esc o ns t ru t or a s tá pagando Goldfarb e termos do convênio MRV, que, asaluguel. O valor do aluguel sim como a Mudar, têm atuação nacional. também funcionará, para a Segundo o gerente regional Caixa, como uma renda. Amde negócios do segmento de bos os valores serão acrescenhabitação da Caixa, Luiz Carlos tados ao limite de crédito do Previlato, o financiamento será consumidor. É a chamada feito com recursos do Fundo de "adimplência premiada", diz o Garantia do Tempo de Serviço gerente da CEF. Criada em agosto de 2005, a (FGTS) e contemplará não apenas os correntistas do banco, Mudar atua no mercado de mas também quem não é clien- construção, incorporação e te. Para os 14 mil imóveis pre- vendas de apartamentos e cavistos para serem entregues pe- sas para o mercado de baixa la Mudar, o orçamento será de renda. Tem, hoje, 14 empreenR$ 980 milhões. Ainda de acor- dimentos em São Paulo e três do com Previlato, o acordo faz no Rio. Já vendeu mais de 1,5 parte do Programa de Acelera- mil apartamentos. (RL)
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Preço de materiais básicos, como o cimento, cresceu a partir de 2007.
Maior procura por itens de construção Kelly Ferreira
A
retomada de obras e reformas de imóveis aqueceram o varejo de material de construção. O setor, segundo a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), cresceu 8,5% de janeiro a dezembro do ano passado, se comparado ao mesmo período de 2006. Somente no mês de dezembro, o desempenho foi 5,5% superior ao de doze meses antes. A venda de materiais básicos teve incremento de 12,5% no mesmo período. Para o presidente da associação, Cláudio Conz, os índices refletem o aumento das obras, desde os primeiros anúncios de incentivos ao setor por parte do governo federal. "O momento é favorável, principalmente porque os juros estão em queda e tivemos aumento das linhas de financiamento." Mas o crescimento nas vendas dos materiais básicos não beneficiou tanto o pequeno comércio. No depósito Santa Fé, no Centro de São Paulo, por
Newton Santos/Hype
Rede cresceu no ano passado o dobro do estimado para o setor
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exemplo, as vendas cresceram 6% no ano passado. Segundo o gerente Antonio Ângelo Moreti, o que aumentou mesmo foi o valor dos produtos, principalmente o cimento. "Tivemos de repassar o reajuste para o consumidor. Antes vendíamos o saco de cimento com 50 quilos por R$ 12, R$ 13. Agora ele está em R$ 15,50." Na opinião de Moreti, há risco de faltar materiais básicos, com a grande procura. "Os meus fornecedores até diminuíram o prazo de pagamento. Acredito que seja para investir na produção." Na Casa das Construções, também na região central, o aumento no preço dos básicos (areia, pedra, cal e cimento) foi de 3%, em média. "Não tem o que negociar. Quando o fornecedor aumenta o valor do produto, temos de repassar para o consumidor. Espero que a indústria dê conta de atender a demanda", disse o gerente da loja, Edson Luis. A perspectiva para 2008, de acordo com o presidente da Anamaco, é que o setor cresça mais – entre 8,5% e 10%.
Leroy comemora vendas
O
varejo também colheu bons resultados no segmento de material de construção. A Leroy Merlin, por exemplo, dobrou o índice de crescimento, estimado em 8,5% pela Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção). Segundo o diretor-geral da rede no Brasil, Alan Ryckeboer, o ano de 2007 foi o melhor no volume de vendas dos últimos cinco anos. "Dobramos o crescimento estimado para o setor, e os mo-
tivos foram a queda de juros, as promoções e a facilidade nos pagamentos. As pessoas se animaram para reformar suas casas. A expectativa é de que este ano siga o mesmo ritmo. Muitos clientes devem receber as chaves de seus imóveis e, assim, incrementar as vendas." Até o dia 6 de fevereiro as lojas da rede terão o Festival de Verão, com promoções em todas as seções. O pagamento está sendo facilitado. Com o cartão da loja, pode ser parcelado em até 24 vezes. (KF)
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
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1 Mike Segan/Reuters
Banco americano Merrill Lynch teve prejuízo com o mercado de crédito imobiliário de risco
INVESTIDORES RECEBERAM MAL DISCURSO DO PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL DOS ESTADOS UNIDOS
MAIS UM DIA DE QUEDA NA BOVESPA: 2,96%
A
expectativa de que o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Ben Bernanke, pudesse trazer algum alívio para o mercado financeiro não se confirmou. No Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), ainda influenciada pela fuga do capital estrangeiro, continuou despencando e chegou a despencar, no pior momento do dia, para o patamar de 56 mil pontos. Na mínima, foi a 56.734 pontos, em queda de 3,48%. Mas teve uma ligeira recuperação e fechou em baixa de 2,96%, em 57.037 pontos, o nível mais baixo desde 21 de setembro. No mês, a queda acumulada é de 10,72%. O risco-país, índice que mede o grau de perigo que uma nação representa para o investidor, brasileiro subiu 4,24%, para 246 pontos. Na Bolsa de Valores de Nova York, o índice Dow Jones caiu 2,46%, patamar abaixo do último pregão de 2006, o que significa que todos os ganhos obtidos em 2007 serão eliminados se o nível se mantiver. O Standard & Poor's recuou 2,67% e o Nasdaq, 1,99%.
Sem novidades no discurso de Bernanke (leia texto nesta página), os investidores se apegaram aos dados de atividade divulgados pelo Fed da Filadélfia e ao número de novas construções. Ambos foram ruins. Para piorar o cenário, mais um grande banco americano anunciou prejuízo: o Merrill Lynch perdeu US$ 9,83 bilhões no quarto trimestre.
246
pontos-base era a taxa de risco do Brasil no fim da tarde de ontem, o que representa alta de 4,24% em relação ao fechamento anterior. Oportunidades — A expectativa é de que o mercado acionário continue estressado amanhã, mas ainda há quem aposte em oportunidades de negócios. O gerente do Depar-
tamento de Análise da Prosper Corretora, André Segadilha, é um dos que ainda mantêm o otimismo com a Bovespa. Para ele, a volatilidade ainda será a tônica dos negócios, pelo menos nos próximos três meses. Mas até o final do ano a tendência de alta deve se consolidar. Isso porque, diz ele, a microeconomia ainda não foi afetada, e a Bovespa está menos dependente dos Estados Unidos. "Uma crise dessas nos EUA há cinco anos seria muito mais grave", ponderou. Hoje as atenções estarão voltadas para os resultados de empresas no mercado externo, com o balanço da General Electric, e para o índice de sentimento do consumidor, da Universidade de Michigan. Isso sem contar as declarações do presidente do Fed de Richmond, Jeffrey Lacker, sobre as perspectivas da economia. Outro evento importante e que será monitorado de perto pelos investidores é o detalhamento do plano de estímulo fiscal prometido pelo presidente dos EUA, George W. Bush (leia nesta página). As medidas poderão trazer alívio ao mercado financeiro. (AE)
Sai hoje o pacote de Bush
O
presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, anuncia hoje uma série de medidas "de curto prazo e temporárias" para estimular a economia, informou o porta-voz da Casa Branca, Tony Fratto. "Serão propostas medidas efetivas, temporárias, de crescimento, e Bush exporá os princípios sobre os quais devem ser efetivadas."
O discurso em que o presidente fará o anúncio deve começar às 14 horas (horário de Brasília). Segundo Fratto, o governo entende que o estímulo é necessário "para ajudar a economia a atravessar este momento". O porta-voz advertiu que não se deve esperar o anúncio de cifras no pacote, que certamente precisará ser aprovado pelo Congresso.
Brasil deve manter seus Para Mantega, fundamentos sólidos. evasão é natural. Mantega disse que o
O
ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem considerar "natural" que investidores estrangeiros deixem a bolsa de valores brasileira em meio às turbulências dos mercados internacionais. Ele ressaltou que, para enfrentar a crise, o
"fundamento número um" é o cumprimento da meta fiscal. Para garantir isso, "os cortes anunciados nas despesas serão feitos", afirmou. Outras prioridades, de acordo com ele, são o controle da inflação, o fortalecimento das contas externas e a manutenção da atividade econômica.
"O presidente falará de princípios, dos tipos de políticas que pensa que serão efetivas", disse Fratto. Bush discutiu o assunto com líderes do Congresso. De acordo com fontes não identificadas citadas por agências internacionais, ele defendeu reduções de impostos sobre a renda de pessoas físicas e também isenções tributárias a empresas. (AE) Mantega destacou ainda que as bolsas de todo o mundo estão em queda e, nesse contexto, é normal haver evasão de capitais do País. "Em 2007, foram investidos US$ 20 bilhões no mercado brasileiro." De 2 a 14 de janeiro houve saída líquida de R$ 1,82 bilhão em recursos de estrangeiros da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). (Reuters)
The Economist vê Brasil preparado
O
Brasil está hoje em melhores condições de enfrentar eventual desaceleração econômica mundial do que há uma década. A avaliação é da revista britânica The Economist. No número que está nas bancas, a publicação diz, no artigo intitulado "Desta vez, tudo será diferente", que três motivos explicam essa posição favorável. "Primeiro, a demanda
interna é forte. A taxa de juro real é um pouco inferior a 7% ao ano, o que levaria a maioria dos países à recessão, mas esse número é baixo pelos padrões brasileiros. Com isso, o crédito explodiu, e o consumo aumentou", afirma a revista. "Segundo, o Brasil está razoavelmente bem integrado aos mercados. Ele não depende demais dos Estados Unidos, que absorvem um quinto
de suas exportações. Os restantes quatro quintos estão bem espalhados entre Europa, Ásia e o resto da América Latila. Embora a maioria de suas exportações seja de commodities, o País não depende de apenas uma delas, como a Venezuela e seu petróleo. E, terceiro, o Brasil está menos vulnerável porque, entre outros motivos, a dívida do governo é em reais". (DC)
Jim Young/Reuters
Mark Ralston/AFP Photo
O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke (à esq.), disse apoiar a idéia do governo de dar incentivos fiscais para consumo. Ao falar sobre a intenção do Fed de reduzir juros se necessário, ele reforçou as apostas dos analistas em recessão, afetando as bolsas. Acima, cenário na bolsa chinesa de Xangai, que ontem caiu 2,6%.
Bernanke sinaliza corte de juros
O
presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, endossou ontem a implementação rápida de um pacote de estímulo fiscal no país, afirmando que esse conjunto de medidas complementaria os esforços do Fed contra o esfriamento econômico. Em comentários previamente preparados para seu depoimento ao Comitê do Orçamento da Câmara, Bernanke também repetiu a promessa feita na semana passada de determinar corte substancial da taxa de juro se for necessário para combater a ameaça à economia trazida pela fragilidade dos mercados financeiros e enfraquecimento do emprego. Essas declarações foram am-
plamente interpretadas como sinal de que o Fed poderia reduzir a taxa de juro de curto prazo, provavelmente em 0,5 ponto percentual, na próxima reunião de política monetária, marcada para os próximos dias 29 e 30. Atualmente, a taxa está em 4,25% ao ano. O Fed já reduziu a taxa básica de juro em um ponto percentual desde setembro de 2007. Indicadores — Dados recentes, incluindo um aumento acentuado na taxa de desemprego e o declínio das vendas do varejo americano, têm respaldado essa necessidade de juros menores, embora o Livro Bege, documento divulgado na última quarta-feira pelo Fed, tenha trazido avaliações sobre as condições da econo-
mia que indicam desaceleração, mas não contração. Bernanke também repetiu que o banco central está "preparado para agir de maneira decisiva e precisa e, em particular, está pronto para conter qualquer dinâmica adversa que possa ameaçar a estabilidade econômica e financeira do país". Ele também reiterou que os riscos negativos para o crescimento se tornaram mais pronunciados. O setor de habitação, afirmou Bernanke, vai, provavelmente, subtrair mais de um ponto percentual do crescimento do Produto Interno Bruto no quarto trimestre e pode continuar agindo como "draga do crescimento durante boa parte deste ano". (AE)
Mundo passa por crise de confiança
O
mundo atravessa uma crise de confiança no futuro, teme que a próxima geração viverá com maiores dificuldades econômicas e qualifica seus políticos como "desonestos". Esse é o resultado de uma pesquisa coordenada pela Gallup International e pelo Fórum Econômico Mundial, feita com 61 mil pessoas em 60 países. Segundo o levantamento, 77% dos entrevistados na América Latina acreditam que os políticos são desonestos. A região é a que pior avaliou a classe política, revelando o desencanto por seus eleitos. As entrevistas, porém, não foram realizadas no Brasil. No mundo, 60% da população entrevistada classificou os políticos como desonestos. Em 2006, essa taxa era de apenas 43%.
A pesquisa também concluiu que há uma queda significativa no otimismo em relação à prosperidade econômica no mundo. Hoje, 33% dos entrevistados acreditam que a próxima geração será mais próspera que a atual e 36% apostam que será menos. O restante aposta em manutenção dos padrões. As conclusões são mais pessimistas que a dos anos anteriores. Insegurança — Mais uma vez, os europeus são os mais pessimistas, com 54% apostando em um mundo menos próspero. Entre os americanos, 27% acreditam em uma melhor situação, contra 43% que esperam uma crise. Segundo o estudo, quase metade dos entrevistados — 49% — diz que próxima geração irá viver em um mundo
mais perigoso, tanto politica como economicamente. Em relação à pesquisa realizada em 2005, as entidades indicam uma queda de otimismo nas respostas em 2007. Os mais pessimistas em termos de segurança são os europeus e americanos. Na Europa, 69% da população entrevistada acredita que a próxima geração viverá em um mundo menos seguro. No Canadá e Estados Unidos, os pessimistas chegam a 62%. Apenas 14% dos americanos apostam em um mundo mais seguro. Na América Latina, 51% acreditam que estarão menos seguros no futuro, contra 22% mais seguro. No Oriente Médio, a violência afeta o otimismo: apenas 23% dos entrevistados acreditam em maior segurança no futuro. (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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LAZER - 1
Enfim, estréiam três musicais bem brasileiros. Que trazem o máximo de alguns dos nossos compositores máximos.
Sérgio Roveri Fotos: Divulgação
Festivais a 40 graus
O
dramaturgo Mário Viana expõe um oportuno diagnóstico sobre a atual cena dos musicais na cidade. "Temos, de um lado, as superproduções made in Broadway, como o Fantasma da Ópera e Miss Saigon; do outro, o musical biográfico normalmente produzido no Rio de Janeiro, em que as canções são ótimas e o texto, em geral, fraco". Para subverter esta equação, ele próprio, em parceria com Fábio Torres, escreveu o espetáculo Prepare Seu Coração, que assume o desafio de traçar um perfil da juventude brasileira dos anos 60 a partir dos já lendários festivais de música popular que revelaram nomes como Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil e Elis Regina. O musical, encomendado para comemorar os 60 anos da Escola de Arte Dramática de São Paulo, EAD, entra em cartaz esta semana trazendo no elenco 18 formandos da 57ª turma da escola dirigidos por Iacov Hillel. "Até pelo fato de ser uma universidade, houve a preocupação de tentar ser fiel a muitos fatos históricos dos anos 60", diz Viana. "Na verdade, essa é a essência da peça: um espetáculo sobre o público que assistia aos festivais. Ninguém vai ver uma imitação de Caetano, Gal ou Chico em cena". O trabalho, que envolveu uma colossal pesquisa por parte dos autores e
dos alunos (já que grande parte dos formandos não tinha a menor familiaridade com as 26 canções apresentadas ao vivo durante as duas horas de espetáculo), resultou numa radiografia eclética dos conturbados anos de 1960, que confere peso semelhante tanto para o momento político quanto para a revolução na moda e no comportamento. Para não soar saudosista, até o arranjo daquelas canções tornadas clássicas recebeu um novo tratamento. "As canções estão integradas à trama. Algumas vezes são falas dos personagens, outras são panos de fundo para cenas coletivas. É algo parecido com o que foi feito no filme Across the Universe, inspirado nas canções dos Beatles", diz Viana. "O trabalho do diretor musical Carlos Bauzys serviu para quebrar alguns ‘retratos fixos’ dos arranjos. As músicas são cantadas de modo diferente, os arranjos não vão necessariamente lembrar aqueles dos anos de 1960. Só mesmo trabalhando com uma galera jovem para poder ter esta liberdade". (SR) Prepare Seu Coração, em cartaz no Teatro Laboratório da Eca-USP, Sala Alfredo Mesquita. Avenida Luciano Gualberto, travessa J, 215, Cidade Universitária, tel.: 3091-4376. Quarta a sábado às 20h30, domingo às 19h. Grátis.
O
ano começa no tom para os musicais brasileiros. Somente esta semana entram em cartaz três produções que recorrem a uma trilha sonora de primeira para narrar fatos marcantes da história do País. Na ECA, Prepare Seu Coração se inspirou nas canções dos festivais da Record para falar sobre a juventude dos anos de 1960. No Sesc Paulista, volta ao cartaz Calabar, de Chico Buarque e Ruy Guerra, clássico do teatro político brasileiro que imortalizou as canções Tatuagem e Bárbara. Neste repertório eclético, até a capoeira ganha o palco do Sesc Pompéia com Besouro Cordão-de-Ouro, a primeira peça escrita pelo compositor Paulo César Pinheiro. Para ver, divertir-se e, se for possível, cantar junto bem baixinho.
Filosofia da capoeira
E
le viveu apenas 27 anos, de 1897 a 1924, mas teve tempo suficiente para se transformar no maior capoeirista que o Brasil já conheceu. Sua trajetória foi cercada de lendas, as principais delas davam conta de que tinha o corpo fechado, imune a tiros e facadas. Grande parte das histórias que rondam o mito de Manuel Henrique Pereira, nascido na região de Santo Amaro, na Bahia, e conhecido como o Besouro Cordão-deOuro ou Besouro-Mangangá, foram recuperadas pelo compositor Paulo César Pinheiro em sua estréia como dramaturgo no espetáculo Besouro Cordão-de-Ouro, que entra em cartaz nesta sexta (18), transformando, com a ajuda de berimbaus, atabaques, balaios, pandeiros e caxixi, o galpão do Sesc Pompéia numa imensa roda de capoeira. Além do texto, Pinheiro escreveu dez novas canções para o musical. Algumas delas, como Jogo de Dentro e Jogo de Fora, fazem referência direta às
principais variantes surgidas no Brasil a partir da capoeira original, trazida pelos escravos de Angola. De conhecida no repertório, apenas a canção Lapinha (Quando eu morrer/Não quero choro nem vela), que surge acrescida de oito novos versos, um para cada ator negro do elenco. Para incentivar a participação da platéia, o cenário traz também vários painéis onde podem ser lidas as letras das canções. Caixotes e balaios surgem no lugar das tradicionais poltronas. Com o espetáculo, Pinheiro pretende deixar claro que a capoeira é muito mais que uma coreografia ou um jogo de defesa pessoal: é uma filosofia de vida que contribuiu, ainda que de maneira mais acentuada no Rio e na Bahia, na formação do brasileiro. (SR)
Calabar de Buarque
O
musical Calabar é um daqueles casos em que o palco se revela pequeno para acomodar a estatura de suas canções. Compostas para a trilha deste espetáculo que passou seis anos proibido pela censura (a estréia se deu em 1980), as canções Tatuagem, Bárbara e Não Existe Pecado ao Sul do Equador caíram nas graças de intérpretes do quilate de Elis Regina, Gal Costa e Ney Matogrosso e daí para se tornarem clássicos foi um passo. Vinte e sete anos após sua primeira e única montagem, este drama musical escrito por Chico Buarque e Ruy Guerra volta ao cartaz nesta sextafeira (18), em versão compacta. Calabar – Breviário traz, segundo o adaptador Heron Coelho, uma cuidadosa síntese do espetáculo original, um trabalho centrado apenas na performance dos atores e naquilo que o texto tinha de mais contundente. Esta é a segunda experiência de Coelho em condensar um musical de Chico Buarque. Há dois anos ele fez o mesmo com Gota d’Água. O musical é inspirado em uma das figuras mais controversas da história do Brasil, o pernambucano
Domingos Fernandes Calabar, que após ter sido educado por jesuítas e lutado em defesa da coroa portuguesa, mudou de lado e passou a colaborar com os invasores holandeses que queriam se apossar do nordeste brasileiro. Capturado depois de três anos de colaboração com os holandeses (de 1632 a 1635), ele foi enforcado e teve o corpo esquartejado como castigo por sua traição. Historiadores contemporâneos afirmam que Calabar teria dado as costas aos portugueses por acreditar que o Brasil seria um país mais livre e próspero nas mãos da Holanda. Encontram assim, em seu gesto, uma disposição muito mais patriótica do que traiçoeira. A peça deveria ter chegado ao palco originalmente em 1974, pelas mãos de Fernanda Montenegro e seu marido Fernando Torres. Faltando oito dias para a estréia, no entanto, o espetáculo foi vetado pelo governo. (SR) Calabar – Breviário, estréia sexta (18) no Espaço 10º Andar do Sesc Avenida Paulista. Avenida Paulista, 119, tel.: 3179-3700. Sexta a domingo às 21h. Ingressos: R$ 20.
Besouro Cordão-deOuro, estréia hoje, sexta (18), no Galpão do Sesc Pompéia. Avenida Clélia, 93, tel.: 3871-7700. Sexta e sábado às 21h30, domingo às 18h30. Ingressos a R$ 16.
O teatro na época de ouro dos festivais da MPB. Página 2.
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2 - LAZER
TEATRO Monólogo da finitude. Ou: Hilda Hilst.
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de janeiro de 2008
O teatro dos festivais de música
7: , 196 ! II FIC arida Marg
Sérgio Ricardo, 1967: violão quebrado. Mal cantou Beto Bom de Bola.
Política, lirismo, bossa-nova, samba, tropicália. A arte do Brasil fervia na era de ouro dos festivais.
André Domingues
P
Fotos: Reproduções/Arquivo DC Ary Brandi
oucas vezes a música popular e o teatro brasileiro andaram tão juntos quanto na produção da juventude politicamente engajada dos anos do governo militar. Era um tempo em que os resultados sociais se sobrepunham a todos os demais sentidos da arte, fazendo com que as canções atingissem seu significado mais profundo na concretude de uma ação. Daí sua associação ao teatro, também politizado e naturalmente capacitado para dar corpo às idéias contestadoras. O resultado foi grandioso. Espetáculos como Arena Conta Zumbi, Opinião, Rosa de Ouro e Roda Viva estabeleceram um modelo original e de bastante apelo popular, eternizando uma série de canções: Primavera, Upa, Neguinho e Carcará, entre outras. Sua enorme influência
N
A Obscena Senhora D, em cartaz no terceiro andar do Sesc Consolação, rua Doutor Vila Nova, 245, tel.: 3234-3000. De quarta a sexta às 21h. Ingressos a R$ 10.
sofisticado aparato técnico e teórico herdado da bossa-nova. Uma combinação poderosa, ao ponto de Paulo César Pinheiro, autor de Besouro Cordão-de-Ouro, afirmar: "Aquele modelo de musical foi, com certeza, o mais forte e o mais bem feito que o Brasil já teve!".
Jair Rodrigues: Disparada em 1966.
Símbolo III Festival de MPB
Paulo César Pinheiro e o Besouro
Chico e MPB4: Roda Viva, 1967.
Chico: Ca
s Sanche De P.A.
Por que esse formato de musical foi tão importante para a sua geração? Aquela época era revolucionária, tinha muita efervescência nos CPCs (Centro Popular de Cultura), nas faculdades, nas ruas, com vários autores talentosos produzindo muito e com muita qualidade. Eles tiveram o mérito de esquecer o modelo importado, de voltar-se para o Brasil e desenvolver uma arte de cor local. A minha formação e a de mais um monte de gente foi ali! Espero conseguir com minha peça dar a dimensão do que era o teatro daquela época. Qual foi o musical mais marcante para você? O que eu tenho como maior lembrança, pela força e pela qualidade, é o Arena Conta Zumbi, do Augusto Boal e do Gianfrancesco Guarnieri. Na trilha, tinha um monte de músicas lindas do Edu Lobo. Foi magistral! (AD)
Zuza. Festival:
Embora estreante como autor de teatro, o compositor carioca Paulo César Pinheiro (foto) já é um veterano em trilhassonoras para musicais, ofício em que se iniciou há quase 40 anos. Agora, com Besouro Cordão-de-Ouro, espera repetir a seriedade e o vigor dos musicais dos anos de 1960. Como foi a criação do musical? O Besouro me persegue desde a adolescência, quando li Mar Morto, do Jorge Amado, que escreve um capítulo sobre ele. Acabou virando, talvez, o meu personagem mais recorrente, aparecendo em várias das minhas músicas, tanto nas parcerias com o Baden Powell, quanto com o João Nogueira e, mais recentemente, com o Théo de Barros. Então, eu contava com usar essas músicas já prontas, mas o texto acabou indo para outro lado. Aí eu precisei pegar umas capoeiras que eu tinha composto e adaptar as letras à peça.
labar.
O autor de Besouro Cordão-de-Ouro fala de sua peça e dos musicais do Brasil
Gil (Domingo no Parque, 1967); Elis (Arrastão, 1965) e Edu Lobo e Marília Medalha (Ponteio, 1967).
Festival: Solano.
o romance A Paixão Segundo GH, a escritora Clarice Lispector leva sua personagem até o quarto da empregada onde, diante de uma barata, a obriga a protagonizar uma das mais contundentes cerimônias de autoconhecimento da literatura brasileira. Hilda Hilst, que em alguns momentos é capaz de ser mais hermética e reveladora que Clarice, também conduz uma de suas principais criações, a sexagenária Hille, viúva recente, até o vão de uma escada em que, por meio de um jorro irrefreável de palavras e pensamentos, passa a cutucar sem dó aquela que talvez seja a mais dolorida das feridas humanas: a finitude da vida. Hille é a personagem central do romance A Obscena Senhora D, lançado em 1982, e que agora chega aos palcos em um monólogo apresentado por Suzan Damasceno (foto), uma das atrizes mais completas saídas do CPT (Centro de Pesquisa Teatral) de Antunes Filho. Damasceno assina, em parceria com o ator Germano Pereira, a intrincada adaptação do romance para o teatro. A montagem, dirigida por Rosi Campos e Donizete Mazonas, economiza nos objetos de cena para centrar fogo nas reflexões de Hilda Hilst. Após a morte do marido, que a chamava de Senhora D, Hille acomoda-se no apertado vão da escada de sua casa para tentar dar um sentido aos temores que a assombram, como a morte, o abandono, a decadência do corpo e os limites da sanidade. Cercada por peixes de papelão recortado, a personagem também se entrega às lembranças do tempo que passou ao lado do marido. (Sérgio Roveri)
é marcante nos três musicais que estréiam neste final de semana: Calabar - Breviário é um documento da época, Besouro Cordão-de-Ouro traz uma aplicação atual do mesmo princípio criativo e Prepare Seu Coração retoma aquela linguagem para retratar a época. Se havia uma característica principal nas canções dos musicais dos anos de 1960 e 1970, era, sem dúvida, a comunicação rápida e objetiva do seu conteúdo, com imagens muito vívidas como "fui escravo no reino e sou/ fui escravo no mundo em que estou/ mas acorrentado ninguém por amar" (Esse Mundo é Meu, 1965). A forma de apresentá-las, porém, não era assim crua, mas moldada pelo
CD
A música desordeira de Siba Aquiles Rique Reis
R
olava o ano de 1995 quando Sérgio Veloso, de apelido Siba, vindo do Recife junto com seus cinco companheiros de Mestre Ambrósio, ajuntou as tralhas e chegou a São Paulo. Eles trouxeram no matulão um CD gravado lá mesmo, no estúdio do Conservatório Pernambucano de Música. 2002, Siba, rabequeiro, violeiro, cantador, arranjador e compositor, ouviu seu mundo gritando a lhe chamar e correu para abraçá-lo. Pegou as tralhas, despediu-se dos companheiros do Mestre Ambrósio e voltou para a sua Nazaré da Mata.
O moço se deixou ainda mais impregnar por aquela música feita em barro e poesia. Enquanto se preparava para vôos mais profundos, fazia-se mais poeta e melhor compositor. Nascia o cirandeiro de ofício e criador da banda Fuloresta, que logo gravou o CD Fuloresta do Samba. Chega 2007. Siba e a Fuloresta criam Toda Vez Que Eu Dou Um Passo, O Mundo Sai do Lugar (Brazil Música). Para este novo trabalho ele amplia o naipe de metais da banda, que passa a contar com o trompete de Roberto Manoel, com a tuba de André Tubista, com o trombone de Galego do Trombone e
com o sax-tenor de João Minuto. Nesse time estão centradas a beleza e a sabedoria do álbum. Siba escreve arranjos com orquestrações espetaculares, prenhas de contrapontos e harmonias feitas sob medida para melodias que soam por caminhos insuspeitados. Além dos sopros, com ênfase para os solos de trompete e de tuba, há bombos e taróis segurando o ritmo que seduz e chacoalha os sentidos de quem o escuta. Biu Roque e Cosmo Antonio (ta-
rol, bombo e voz), Mané Roque (mineiro e voz) e Zeca (póica) completam o Fuloresta e acentuam a pisada – ora do coco, ora da ciranda, ora do frevo. Música! Assim como os arranjos, chamam atenção os versos criados por Siba. Extremamente poéticos e bem-humorados, a força da música nordestina está no canto que vem da garganta deste também bom cantor. Com 12 faixas, o CD tem oito composições só de Siba. Além disso, há
Cantar Ciranda, parceria com a cantora Céu, que participa cantando com ele; Alados, parceria com Dengue e Lúcio Maia, da Nação Zumbi, que toca guitarra (a música tem ainda a participação especial do pianista Arthur Faria e um belo arranjo); 12 Linhas, com Zé Galdino, que participa cantando; e A Folha da Bananeira, que é só de Biu Roque, ele que faz a voz solo. O som que se ouve neste CD é o que alimenta grande parte do povo brasileiro, mas é desconhecido de outra e ainda maior parcela da nossa gente. Escutar Toda Vez Que Eu Dou Um Passo, O Mundo Sai do Lugar é um jeito pre-
cioso de ter contato com a diversidade e com a rara e pouco conhecida beleza da música do nordeste intenso. Não bastasse Siba ser um grande músico e pesquisador, sua contribuição para a divulgação e a continuidade da cultura musical pernambucana é hoje fundamental. Aquiles Rique Reis, vocalista do MPB4, é produtor e apresentador do programa O Gogó de Aquiles, apresentado na Rádio Roquete Pinto FM do Rio de Janeiro às segundas-feiras, das 15h às 16h: www.fm94.rj.gov.br
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Indicadores Econômicos
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5,02
17/1/2008
por cento foi a queda das ações preferenciais da Petrobras no pregão de ontem da Bolsa de Valores de São Paulo.
DC
COMÉRCIO
Informe Publicitário FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Fundo
Posição em
P. L. do Fundo
Empresarial LP
15/01/2008
27.724.832,42
Esher LP Hope LP JCP-SUL LP Master Recebíveis LP Milligan LP Múltiplo LP Odyssey LP Prospecta LP Redfactor LP Valecred LP
15/01/2008 15/01/2008 15/01/2008 15/01/2008 15/01/2008 15/01/2008 15/01/2008 15/01/2008 15/01/2008 15/01/2008
18.455.383,76 14.610.790,68 1.974.931,74 2.078.351,01 147.318,79 16.842.762,97 1.995.084,86 1.948.147,96 13.209.094,06 5.316.739,24
Tipo Subordinada Sr 1ª emissão Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Sub - Classe A
Vlr Cota Sub 1.693,546752 587,914557 954,570591 1.304,343841 1.146,126180 1.294,192469 946,375800 1.547,088551 987,438121 976,394939 1.214,043526 1.048,904368
% rent. mês 1,2059% 0,4605% 3,3030% 1,1695% 0,8544% -2,6631% -5,3624% 0,0576% -0,9755% 2,5767% 0,0731% 0,5024%
% ano 1,21% 0,46% 3,30% 1,17% 0,85% -2,66% -5,36% 0,06% -0,98% 2,58% 0,07% 0,50%
Tipo Sr 2ª emissão Sr 3ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sub - Classe B
Vlr Cota Sr 1.049,393791 1.019,412092 1.039,376250 1.079,065860 1.035,277760 1.295,323395 1.000,918560 1.022,848466 1.052,491206 276,778219
% rent. mês 0,4815% 0,4815% 0,4605% 0,4689% 0,4395% 0,4605% 0,0919% 0,4815% 0,4815% 2,4049%
% ano 0,48% 0,48% 0,46% 0,47% 0,44% 0,46% 0,09% 0,48% 0,48% 2,40%
rating A+(Austin) BBB(Austin) AA-(Austin) AA-(Austin) A+(Austin) A (Austin) A+(Austin) A- (Austin) A- (Austin) AA(Austin) A(Austin)
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LAZER - 3
Fotos: Divulgação
VISUAIS
Viagens concretas e imaginárias da nossa musa. Lúcia Helena de Camargo
M
odernista dos primeiros tempos, musa e mulher de Oswald de Andrade, talentosa. Sabia ousar e não tinha medo de críticas. E acima de tudo, original. Tarsila do Amaral (1886-1973) foi uma artista singular. A exposição Tarsila Viajante, que será aberta na Pinacoteca do Estado neste sábado (19) traz 35 pinturas e 110 desenhos, que exibidos juntos dão uma idéia da formação de seu repertório visual, formado pela influência das viagens concretas e imaginárias feitas pela artista. Com curadoria de Regina Teixeira de Barros e consultoria de Aracy Amaral, a mostra acontece para celebrar 80 anos do Manifesto Antropófago, lançado por Oswald de Andrade em 1928, inspirado na pintura Abaporu. Lido para os amigos na casa de Mário de Andrade, foi publicado na Revista de Antropofagia. O trecho de abertura diz: "Só a Antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente". Ênfase de uma época de efervescência cultural e muita criatividade. Nascida em uma família de fazendeiros de café em Capivari, interior de São Paulo, ela retratou em sua obra a cultura nacional, paisagens brasileiras, na sua visão muito particular. A exposição Tarsila Viajante, que fica em cartaz até 16 de março, será dividida em seis núcleos: 1º. Anos de formação: quando morou em Paris e viajava a Londres para visitar a filha e à Espanha. São desta época as pinturas Grande avenida, Vista do hotel de Paris e Rua de Segóvia. 2º. Ensaios modernistas: volta a São Paulo e conhece os artistas e intelectuais da Semana de Arte Moderna. São desta época as pinturas Pont Neuf e Rio de Janeiro, vista estilizada da Baía de Guanabara. 3º. O "descobrimento" do Brasil: em 1924, Tarsila passa o Carnaval no Rio, acompanhada do poeta
CINEMA
franco-suíço Blaise Cendrars e um grupo de modernistas paulistas, em seguida visita cidades históricas de Minas Gerais. Executou então Carnaval em Madureira, Morro da Favela e O Mamoeiro. A capital paulista é tema de São Paulo, uma estilização do Parque do Anhangabaú. 4º. Viagem ao Oriente Médio: feita no final de 1925, na qual produziria diversos desenhos. 5º. Brasil mágico: com imagens do subconsciente, derivadas de histórias de assombrações, lendas e superstições ouvidas na infância, na fazenda. São dessa fase Manacá e Abaporu, entre outras. 6º. Viagem à Rússia: feita após a quebra da bolsa de Nova York, em 1929, também marca o fim do casamento com Oswald de Andrade. Nessa época fez Operários. Tarsila ganha este ano também uma elaborada compilação de sua obra. Está previsto para ser concluída a edição de seu catálogo raisonné.
TARSILA
Tarsila Viajante Pinacoteca do Estado, Praça da Luz, 2, Luz, tel.: 3324-1000. De terça a domingo, das 10h às 18h. Ingressos: R$ 4. Grátis aos sábados.
As pinturas São Paulo (acima) e Morro da Favela foram executadas quando a artista voltou ao Brasil, depois de estágio em Paris.
Hassan (com a pipa) e Amir: amizade.
Um toque nos nervos mais sensíveis do ser humano Filme O Caçador de Pipas é 100% fiel ao livro de Hosseini
Geraldo Mayrink
O
espetacular sucesso mundial do romance O Caçador de Pipas (só no Brasil está há um ano em primeiro lugar entre os mais vendidos) talvez não se repita com o filme que estréia nesta sexta-feira (18). Apesar da fidelidade quase obsessiva ao texto do afegão Khaled Hosseini, por um desses mistérios as pessoas costumam preferir ler (e visualizar por conta própria) a ver uma transposição pronta. A apreciadíssima obra literária não é um grande livro, e o filme também está longe da perfeição. No entanto, os dois tocam nos nervos mais sensíveis do ser humano, a sua memória afetiva, mesmo que ela tenha como cenário um outro mundo tão diferente do nosso, na sua terra seca e arenosa, suas montanhas cobertas de neve e seus costumes incompreensíveis. Para quem não leu, vale lembrar que essas memórias afetivas remetem a duas crianças, no texto de uma delas – dois meninos muito amigos que soltam pipas e correm pelas ruas e becos de Cabul no tempo em que a cidade parecia a recriação do paraíso. Eles não vêem as serpentes que todo paraíso oculta, soterradas no fundo da alma. Mostram a cara na forma de tanques soviéticos com a invasão do Afeganistão em 1976, quando as crianças ainda assistiam no cinema a
faroestes e aventuras como as de Bullit. As coisas pioraram ainda mais com a tomada do poder pela milícia Taleban, em 1996, com suas barbas empoeiradas, seus turbantes ensebados e sua incomparável selvageria. Ela trucidava os adversários com golpes de machado e depois os fritava em óleo fervente. Deu no The New York Times (e lamenta-se que pequenos afegãos não lessem jornais em inglês) que os Taleban criaram um espetáculo macabro chamado “dança do homem morto”. Cortavamse as cabeças das vítimas, depois derramava-se gasolina nos seus pescoços e tocavam fogo
Amir adulto: tentativa de "ser bom de novo".
em cima, enquanto o sangue borbulhava e os corpos se contorciam nos estertores finais. Mas não é disso que se lembra o pequeno Amir (Zekria Ebrahani), depois médico e pai de dois filhos nos Estados Unidos (Khalid Abdalla). Só que há muita dor também, na alma, de sua relação com Hassan (Ahmad Mahmodzeda), o amigo fiel a quem atraiçoa. Moleques mal encarados ameaçam os dois. O pai de Amir, Baba (Homayoun Sushadil) bebe, embora isso seja proibido. E deseja arrancar as barbas dos
mulás religiosos. Há um secreto filho ilegítimo e a grande sensação: empinar e caçar pipas ao vento. Hosseini (ou Amir) deixou esse lugar aos onze anos e voltou aos 38 para resgatar um sobrinho. Ele comenta: “Achei que tivesse esquecido minha terra. Mas não. Talvez o Afeganistão também não tivesse me esquecido. Você escreve sobre o que vive. E vive o que está escrito”. O filme é falado em inglês e dari, um dos dois principais idiomas do Afeganistão, e foi filmado lá, no Paquistão, na China e nos Estados Unidos. Mas a geografia é só para compor o cenário. Ao relatar os 30 anos em que se passa esta história, digamos assim, interior, o diretor Mark Forster (de Mais Estranho que a Ficção e Em Busca da Terra do Nunca) evitou o tom épico. Alonga-se talvez um pouco demais (128 minutos), mas acerta na sensibilidade com que toca temas como amizade, família, erros, culpa, perda e redenção. Foi assim que Hosseini capturou seu vasto público leitor e é nessas pegadas que o filme segue. Não faz mal nenhum acompanhar os dois. O Caçador de Pipas (The Kite Runner, Estados Unidos, 2007, 128 minutos). Direção: Marc Forster. Com Khalid Abdalla, Zekeria Ebrahimi, Homayoun Ershadi.
DANÇA Antropofagia (acima) e A Negra: engajamento da artista no movimento modernista. Tarsila nasceu em Capivari, interior de SP. E ganhou o mundo.
Do mar de gente ao samba chique
A
Companhia de dança de Ivaldo Bertazzo volta à cena, com espetáculo de 30 bailarinos. Mar de Gente é o nome da montagem, que reúne passos e gestos embalados por uma trilha de ritmos e melodias ciganos. Como sempre reafirma Bertazzo, o que vale mesmo nas apresentações de seu grupo é a emoção, que se sobrepõe à técnica. Afinal, Bertazzo transformou amadores e artistas que já podem
sonhar com o estrelato. Embora continue firme no propósito de usar a dança como elemento de integração social. Mar de Gente Teatro do Colégio Santa Cruz. Rua Orobó, 277. Tel.: 3024-5191. Sexta (18), sábado (19), 21h; domingo (20), 19h. R$ 30 a R$ 50. Lu Brites Combinação de dança e teatro, Lu Brites faz o espetáculo solo Lavanda. A montagem usa projeção de vídeo, que replica a imagem e os
movimentos da bailarina. Lavanda Espaço Parlapatões. Praça Roosevelt, 158. Tel.: 3258-4449. Às terças e quartas, 21h. R$ 20. Sambando na sala de estar - A Companhia Arquitetura do Movimento, do Rio de Janeiro, traz a coreografia Sala de Estar, As Cinco Peles do Samba. Sesc Avenida Paulista Espaço 9º Andar. Av. Paulista, 119. Tel.: 3179-3700. Sexta (18) a domingo (20), 19h. R$ 16.
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Nacional Finanças Moda Empresas
3 O desfile da Maria Bonita foi animado por Adriana Calcanhoto, que cantou ao vivo a trilha sonora.
MARCAS APOSTAM NAS SUPERMODELOS
Fotos: Paulo Pampolin/Hype
SPFW Mulheres e homens de preto, cinza e bege Peças "desconstruídas" e tons monocromáticos marcam segundo dia de desfiles Tereza Santos fez uma coleção elegante
Vanessa Rosal
D
O tricô e o xadrez moderno da Maria Bonita
epois do encerramento movimentado de segundafeira, quando a Osklen reuniu mil pessoas em seu desfile, o segundo dia da 24ª edição da São Paulo Fashion Week (SPFW) começou tranqüilo. Ontem, nas passarelas do Museu de Arte Moderna (MAM), a estilista Tereza Santos iniciou as atividades do dia mostrando roupas inspiradas nas décadas de 1960 e 1970. Ao contrário da moda sugerida nos desfiles anteriores, com peças mais leves para o inverno, lã e tecidos de origem animal foram utilizados em grande parte da coleção. Tereza criou roupas centradas no tricô, combinadas com couro e filó. Franjas longas e flores em alto relevo deram charme a saias compridas e bolsas grandes. Cores básicas, como branco, preto, marrom e tons de bege deixaram a coleção elegante. Sem Luiza Brunet – figura tradicional dos desfiles da marca – Tereza Santos apostou em um time de jovens modelos na faixa dos 18 anos e estrelas de campanhas internacionais. Futurista Mais futurista esteve a coleção da grife Maria Bonita, que mesclou tecidos tecnológicos com tricôs e formas geométricas. No corpo das modelos os desenhos pareciam se desmontar, misturando-se às listras. A cantora Adriana Calcanhoto cantou ao vivo a trilha sonora do desfile. A cartela de cores é clássica: azuis, verdes, cinza e vinho,
riscados por tons iluminados – turquesa, amarelo e laranja. Os vestidos ultralargos e acinturados da estilista Danielle Jensen, que fizeram sucesso na coleção passada, deram lugar a uma cintura reta, quase pesada pelo corte do tricô. Destaque para as novas peças que pareciam minérios, chumbo com efeito grafite, e para os ca-
sacos transparentes estilo "capa de chuva". Top models Estreante na SPFW, a Animale surpreendeu como uma das grifes que mais trouxeram modelos famosas para São Paulo. A número 1 do mundo, Raquel Zimmermann, e as disputadas Ana Beatriz Barros, Marcele Bittar e Jeísa Chiminazzo, desfilaram para a marca. Ao contrário de todos os desfiles anteriores, que mostraram roupas mais largas, a marca da estilista Karlla Girotto apareceu com uma coleção mais sexy para o inverno 2008. A aposta em uma mulher que não sente frio traz vestidos justos e saias curtíssimas em couro. Seda e algodão aparecem em vestidos e calças ajustadas ao corpo, marcando as formas. Cinza, preto e marrom foram as cores mais trabalhadas nas roupas e acessórios. Um dos desfiles mais esperados de ontem foi o da Zoomp, que entrou na passarela sob direção artística de Alexandre Herchcovitch. Faltou cor na apresentação da grife, que preferiu mesclar tons escuros e beges para a coleção de inverno. Preto, chumbo e azul marinho estamparam microvestidos e macacões justos ao corpo das modelos. Do lado masculino, coletes com gorro e casacos que também podem ser usados sem as mangas. O melhor da noite: as "super tops" Isabeli Fontana e Carol Trentini levantaram a platéia, como a comemoração de um gol em um estádio de futebol.
Franjas longas combinam com peças de couro
A grife Maria Bonita reinventou a forma do cardigã
Vivienne: a dama da moda.
Melissa desenvolveu sandália em parceria com estilista inglesa
Bienal é vitrine para carros e sapatos
N
Casacos de chuva serão em tecidos brilhantes
os bastidores da São Paulo Fashion Week, várias empresas investem em marketing para associar a marca à moda. É o caso da Fiat, que expõe na Bienal até o dia 21 de janeiro um carro criado pelo estilista Alexandre Herchcovitch. O Punto diferenciado pode ser apreciado por todos os visitantes da semana de moda paulista. Uma capota de vidro, detalhes de estofamento vindos de sofás antigos, volante de madeira e painel redesenhado, tudo transformado pelo estilista, propõe a idéia de que o consumo de carros no fu-
turo poderá ser vinculado ao desejo pela moda. Outra ação da empresa durante a SPFW são as "FiatShirts". Seis marcas de grife, entre nacionais e internacionais, foram convidadas para criar, cada uma, dois modelos de camiseta. Zoomp e Amapô fazem parte do projeto. Modelos exclusivos com desenhos de alienígenas e carros da Fiat serão vendidos até o final dos desfiles, na segunda-feira. Dentre outras ações, como a Natura, que montou um pequeno spa dentro da sala de imprensa, a Melissa, marca de calçados da Grendene, trouxe
a estilista Vivienne Westwood para lançar dois modelos: Ultragirl e Mary Jane. "Sempre quis fazer sandálias de plástico, mas o máximo a que chegamos foi produzir em borracha, que não ficaram como eu queria", disse. Para o ano que vem, mais três modelos serão lançados pela Melissa com o aval e a assinatura da estilista inglesa. Na SPFW, vários sapatos criados por ela ao longo dos anos podem ser admirados em uma exposição, inclusive os com plataforma exagerada, característica principal da chamada "dama da moda". (VR)
O bege voltará com força no próximo inverno Mastrângelo Reino/Folha Imagem
A Animale foi a grife que mais contratou top models
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de janeiro de 2008
Fotos: Divulgação
Variáveis Busby e Chernobyl José Guilherme R. Ferreira
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Austrália deve muito a James Busby pelo atual quadro de sua vitivinicultura. O país já é o quarto maior exportador mundial de vinhos e caiu no gosto global por causa do seu produto tecnicamente irrepreensível. Hoje são 170 mil hectares de vinhedos, em 63 regiões demarcadas. Busby, filho de imigrante que estudou viticultura na França antes de acompanhar o pai, engenheiro de águas, na aventura da colônia, é precursor dos estudiosos que até hoje fazem da Austrália um grande centro de pesquisa sobre vinhos. Esses cérebros estão nos laboratórios de Waga ou no tradicional Roseworthy Agricultural College. Além de ter publicado em 1825 um tratado referencial sobre a cultura do vinho (A Treatise on the Culture of the Vine and the Art of Making Wine), Busby peregrinou pela Espanha e França atrás de cepas que pudessem florescer na Austrália. O
GASTRONOMIA
Que tal almoçar uma Aclimação? Lúcia Helena de Camargo
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uem fica em São Paulo em janeiro aproveita a cidade mais vazia. E a Avenida Paulista, com diversos museus, galerias, cinemas, lojas e outras atrações é um dos bons passeios para o final de semana e o feriado do aniversário da cidade, no dia 25. Se bater a fome, a uma quadra da avenida, na Haddock Lobo, há uma padaria que vale por um restaurante, a Bella Paulista. Aberta 24 horas, além de vender 200 variedades de pães e bolos, tem um cardápio imenso que oferece sanduíches, carne, frango, massas, omeletes, sopas, 30 sabores de pizzas e grande variedade de doces. Homenagem - Os nomes dos pratos quentes homenageiam ruas da cidade. Um dos mais pedidos é o Haddock – picanha grelhada, shitake ao molho, arroz com brócolis e purê de mandioquinha (R$ 21,30). As áreas verdes nomeiam saladas. A Panamericana leva alfaces americana e lisa, tomate cereja, tiras de frango (ou filé mignon), molho roquefort, parmesão e croutons (R$ 15,20). E a Aclimação é feita com mix de folhas, salmão defumado, moyashi, champignon, queijo estepe, molho à base de shoyo com laranja e croutons (R$ 24,80). E ainda mais leve é a salada orgânica Charles Müller: torta integral orgânica recheada com queijo e abóbora, servida com mix de folhas e azeite de limão (R$ 18,90). E quem prefere frango pode ir de Oscar Freire: escabeche de frango com vegetais, arroz integral marroquino e purê de batatas (R$ 20,40). Se a vontade for de um rápido sanduíche, a boa pedida é o Pacaembu, com filé mignon ao molho barbecue, cebola frita, tomate, alface e agrião (R$ 14,80), ou o Vila Olímpia: carpaccio, parmesão, cream cheese, molho mostarda, cogumelos e rúcula (R$ 16,50). Quer uma bebida de verão? Vá de smoothie. Custam R$ 9,50 e aparecem em três sabores:
Bella Paulista: saladas têm nome de praças, como a orgânica Charles Müller (alto, esq.). Entre as sobremesas, brownie (dir.) é a mais pedida.
SHOW
Yamandu. Espere o máximo.
Osesp/Divulgação
1. morango, melão, hortelã, sorvete de creme light e soda light; 2. abacaxi, manga, sorvete de creme light e soda light e 3. banana, frutas vermellhas, sorvete de creme light e coca light. Na sobremesa, o carro-chefe da casa é o brownie de chocolate com cobertura, vendido a R$ 27,50 o quilo. Os chocólatras sempre pedem um segundo pedaço. E há ainda waffles (serve duas pessoas), que vêm à mesa com sorvetes, caldas e compotas. Café da manhã - Se passar por lá com fome matinal, aproveite o bufê de café da manhã, que funciona das 6h às 11h e dispõe de 100 itens, entre frutas, pães, bolos, sucos, doces etc. Custa R$ 11,90 de segunda a sexta-feira e R$ 17,90 aos sábados e domingos. Na madrugada depois da balada, a sugestão é a sopa do dia (R$ 9,30) ou o bufê de sopas (R$ 19,80). Entre as mais pedidas pelos jovens que saem das boates e desembarcam ali nas altas horas da noite paulistana estão caldo de abóbora com camarão; linguado com abóbora, ervilha e rúcula com alho poró, cogumelos, tomate seco e shitake. Entregas - Os moradores da região ou quem trabalha na área podem usar o serviço de entregas, que atende 24 horas nos Jardins, Consolação e Bela Vista. Bastante solicitados pelo telefone são itens para aquela reunião de última hora, como vinhos, tábuas de frios e de queijos e cestas de mini-pães. Além dos itens do cardápio é possível encomendar ainda cestas de café da manhã, montadas com xícara de porcelana, dois tipos de iogurte, sonho de valsa, salada de frutas, sucos, torradas, mini pães variados e sachês de geléias e manteiga, pedaços de bolo de chocolate e talheres descartáveis. Padaria Bella Paulista - Rua Haddock Lobo, 354, Cerqueira César, tel.: 3214-3347.
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erder a oportunidade de ver Yamandu Costa (violão, na foto) e Hamilton Holanda (bandolim) é sacrilégio, dizem os especialistas. Radicalismo? Confirme (ou desminta) você mesmo. Eles tocam neste fim de semana em São Paulo, numa série de espetáculos disputadíssimos. O roteiro é entremeado por composições clássicas da MPB (pode esperar um Chico, um Gil) e obras de Yamandu como Chamané e Mariana e de Hamilton (1 Byte 10 Cordas). Auditório Ibirapuera. Sexta (18), sábado (19), 21h. Domingo (20), 18h. R$ 30.
escritor britânico Gerald Asher lembra, no seu ensaio Australia: Sunny-Side Up, que uma das relíquias de Busby em terra australiana é a Crouchen, cepa plantada comercialmente no país, mas já desaparecida na França. Outra jóia é o vinhedo de Chardonnay, na região de Mudgee, descendente direto das mudas colhidas em Clos Vougeot por Busby, mais de 150 anos atrás. Isso sem contar que a ele é atribuída a introdução da uva Shiraz. O florescimento foi interrompido pela corrida do ouro, na virada do século, até o fim da II Guerra. Mais tarde, novos imigrantes – italianos, gregos, iugoslavos – criaram grande demanda por uma boa mesa, com vinhos. Um forte impulso na produção ocorreu quando a Austrália passou a abastecer, no final dos anos 80, mercados temerosos com uma possível contaminação do ambiente europeu após o desastre na usina de Chernobyl.
http://www.wineaustralia.com/australia/ http://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_nuclear_de_Chernobil
ADEGA
San Juan e Mendoza Sergio de Paula Santos
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assado o período das festas e comemorações, quando geralmente se exagera no garfo e no copo, com espumantes ou não, voltamos à rotina do diário, do vinho do dia-a-dia, as vezes até com um sentimento de culpa... Voltamos assim ao "vinho nosso de cada dia", com as mesmas intenções de sempre. Voltamos então para alguns vinhos bem simples, de boa relação custo/benefício, dois vinhos argentinos, um sanjoanino e um mendocino. Mendoza e San Juan são as duas principais províncias vinícolas do país, o quinto produtor mundial de vinho, com produção anual média de 13 milhões de hectolitros. Encuentro - Syrah 2006 - Mendoza
Com 149.000 km², Mendoza, a maior província vinícola nacional, tem 1 milhão e meio de habitantes. Seus vinhedos localizamse nos "oasis" dessa região seca, nas zonas altas do rio Mendoza (Lujan de Cuyo e Maipú), vale do Uco e San Rafael. Os vinhedos localizam-se entre 700 e 1400 metros de altura. O Encuentro, curiosamente não tem no rótulo a gradação alcoólica, nem o nome do produtor, constando do contra-rótulo apenas uma sigla, INVB, seguida de alguns números que não esclarecem sua origem. O vinho tampouco consta do guia de vinhos de Elizabeth Checa e Martin Cuccorese (edição 2006), o mais independente do setor. De coloração vermelha escura e aroma herbáceo, na boca é ainda rústico. Mesmo novo, não tem taninos agressivos e ásperos, podendo assim arredondar-se com o tempo. O futuro dirá. Importado pela Gran Cru, R. Bela Cintra, 1799, tel.: 3062-6388, Adquirido n a R e d e P ã o d e A ç ú c a r. Pre ç o : R$ 18,90. Avaliação: 76/100.
Graffigna - Malbec 2005 - San Juan Com uma superfície de 90.000 km² e uma população de 620 mil habitantes, San Juan é a segunda maior região vitivinícola do país, depois de Mendoza. Sua economia é baseada na agricultura e seus vinhedos nos vales de Tulum, Ullum - Zonda, Calingasta e El Pedernal, entre 600 e 1.200 metros de altura. As bodegas y Viñedos Santiago Graffigna, fundadas em 1870, com a globalização do mercado do vinho passou há alguns anos para o grupo Allied Domecq e mais recentemente para a poderosa Pernod Ricard, como ocorreu também com Etchard de Salta, e produz na Argentina vinhos para o segmento de vinhos correntes econômicos e médios, corretos e apreciados pelo consumidor. Entre nós adquiriu uma empresa de vinhos secundários, que continuaram secundários. O vinho provado é de coloração vermelho-escura, bem elaborado para o segmento de vinhos jovens, frutado e pouco complexo. É redondo equilibrado, agradável de ser bebido, com carnes vermelhas, mesmo condimentadas e massas. Valorizado pelo seu bom custo/benefício. Importado pela Allied Domecq do Brasil, Garibaldi, RS. Adquirido na Rede Pão de Açúcar. Preço: R$ 20,39. Avaliação: 80/100 Critérios Regular - De 50 a 60 pontos, sobre 100 possíveis Bom - De 60 a 70 pontos Muito Bom - De 70 a 80 pontos Ótimo - De 80 a 90 pontos Excepcional - Acima de 100 pontos Sergio de Paula Santos é médico e crítico de vinhos. Membro-Fundador da Federação Internacional dos Jornalistas e Escritores do Vinho (Fijev), é autor de livros sobre vinhos, o último dos quais, Memórias de Adega e Cozinha, Senac, São Paulo, 2007.
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Nacional Finanças Empresas Imóveis
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MODA É ALVO DO BAIANO GUANAES
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bilhões de reais é a estimativa de negócios realizados na Couromoda
Agência Brasil
RODANDO A BAIANA
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moda está no centro das atenções. Terminada a Fashion Rio, a São Paulo Fashion Week mostra, até segundafeira, nas passarelas e em vários cantos da cidade, sua força. O momento não poderia ser mais oportuno para a AmBev apresentar como musa do badalado camarote da Brahma, no Rio, a bela modelo Luiza Brunet – a matogrossense que, ainda menina, foi para o Rio, trabalhou como doméstica e conquistou, com talento e uma dose elevadíssima de dignidade, seu espaço. Deixou saudade nos desfiles de carnaval, nos quais reinou como rainha de bateria. Mas achou que passados os 40 anos, não tinha mais a energia necessária para manter o ritmo dos passos. Pura modéstia, é claro, sobretudo porque é raro, num mundo de aparências, pessoas que sabem a hora de sair de cena. E se o assunto é moda, existe no meio publicitário aqueles que nunca saem de cena. Nem que para isso tenham que rodar a baiana. Nizan Guanaes é um exemplo clássico. Ele faz valer o ditado que baiano não nasce, estréia. Nesses 15 dias em que o eixo Rio-São Paulo respira moda, ele tentou comprar a SPFW – isso mesmo, comprar –, para transformá-la em plataforma de novos negócios. Guanaes mostra ser brasileiro: não desiste nunca. E como bom baiano, quando gira, pode ter certeza: tem pano na manga para mostrar. E o que tem o baiano Nizan Guanaes? Cerca de R$ 10 milhões para investir no Rio Summer Fashion, um evento inventado por ele, que deve-
Paulo Pampolin/Hype
SPFW: passarela da moda.
rá ocorrer em outubro, com a intenção de empatar o capital investido com a receita já nessa primeira edição. E como ele tem "n" idéias na cabeça, tem uma agência para executá-las, a N/Idéias. Quer fazer da mostra uma passarela de negócios internacionais. Ninguém duvide. Quando Nizan se mexe é porque já visualizou oportunidades. E, para torná-las realidade, já seduziu, com êxito, aqueles que têm dinheiro para investir, leia-se a banca privada. Foi assim com Daniel Valente Dantas (Opportunity), Kátia de Almeida Braga (Icatu) e, mais recentemente, Armínio Fraga (ex-presidente do BanEnvie informações para essa coluna para o e-mail: carlosfranco@revista publicitta. com.br
co Central, gestor dos fundos de investimentos Gávea). E o que vê Guanaes fora da publicidade convencional? Certamente enxerga aquilo que é hoje a realidade da propaganda: levar marcas para mais próximo do público, especialmente os formadores de opinião e, assim, conseguir criar experiências com os produtos, fomentar negócios entre atores diferentes e também associações. No mundo dos negócios, cada vez mais a parceria deixa de ser algo restrito aos dicionários para se tornar prática ambulante. Desde que o escândalo do "mensalão" sacudiu Brasília, expondo as receitas das agências com o BV, o chamado bônus por volume (a bonificação ganha por elas dos veículos quando compram grande quantidade de espaço em jornais, revistas, emissoras de rádio e TV e internet), as coisas ficaram diferentes. Os anunciantes apertaram o cerco. A concentração, com a TV Globo como oportunidade quase única de aproximação de marcas e consumidores, também perdeu o fôlego, e a publicidade passou a girar em outras direções. Eventos é uma delas. E para quem ainda tem dúvida de que Nizan poderá ser bem sucedido, basta lembrar: é casado com Donata Meirelles, a mulher que cuida de renovar as tendências internacionais da moda na Daslu (pode-se não gostar, mas é referência no mundo fashion). Com consultoria em casa, a coisa fica mais simples. E de evento esse baiano entende; e é capaz até de dar nó em pingo d'água.
GOVERNADOR sairá em defesa do etanol
SERRA ATIÇA AGÊNCIAS
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RAINHA: Luiza Brunet será musa de camarote.
ma concorrência de R$ 88 milhões. É essa a verba de que dispõe o governo do Estado de São Paulo para propaganda neste ano. As agências DPZ e Lua Branca, que tinham o contrato desde o governo de Geraldo Alckmin, agora disputam, por licitação, essa grana alta, que foi dividida em três blocos. O primeiro, de R$ 23,,4 milhões, visa aumentar a arrecadação – leões são sempre famintos. O segundo, de R$ 30 milhões, é para divulgar os serviços da máquina estadual, com destaque para o etanol – até aqui, bandeira de Lula. O terceiro, de R$ 34,6 milhões, tem como foco ações com segurança pública. As agências estão em pé de guerra para conquistar Serra e sua verba.
Divulgação
ITAIPAVA SUPERA KAISER
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brasileiro consome por ano mais de R$ 12 bilhões em cerveja. A bebida número 1 do verão. A estação será marcada por forte disputa. Em dezembro, numa prévia do que vem por aí, o Instituto ACNielsen divulgou que a AmBev, dona de marcas como Skol, Brahma, Antarctica, Bohemia e Original, ficou com fatia de 68,6% desse mercado. O grupo ituano Schincariol apareceu em segundo lugar, com 11,4%. E surpresa: a Cervejaria Petrópolis, dona da marca Itaipava, ganhou 8,5%, portanto à frente da mexicana Femsa, dona da Kaiser, com 7,7%. A briga promete. Melhor para o consumidor: preço é o que move essas estatísticas.
VERÃO das cervejas começa com forte disputa nas praias e bares Fábio D'Castro/Hype
A 35ª edição da Couromoda: sucesso de público e grande volume de negócios fechados
Boas perspectivas para o setor de calçados Mário Tonocchi
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e depender dos resultados da 35ª edição da Feira Internacional de Calçados, Artigos Esportivos e Artefatos de Couro (Couromoda), o setor calçadista terá bons motivos para festejar o novo ano. Encerrada ontem, no Anhembi, em São Paulo, a Feira recebeu 77 mil visitantes – 16% vindos de outros países –, 10% a mais que os 70 mil do ano passado. O volume de negócios superou as expectativas mais otimistas. Na abertura do evento, no último dia 14, os organizadores esperavam crescimento de 10% em relação a 2007, quando a Couromoda movimentou R$ 5,2 bilhões. Agora, a estimativa é de serem fechados contratos no valor de R$ 6 bilhões, expansão de 11,5%. O desempenho reflete a estratégia dos calçadistas brasileiros de aumentar o valor agregado dos produtos para o mercado externo, única forma de enfrentar a concorrência avassaladora dos sapatos chineses vendidos a preços de banana. A reposição de estoques pelo comércio também contribuiu para elevar os preços. "Apenas um representante da Turquia levou 150 mil pares ao preço médio de US$ 30 cada", comemora o diretor geral da feira, Jeferson Santos. A venda de calçados mais caros cresce desde o início de 2007 e foi responsável por re-
sultados melhores na balança comercial do setor, apesar de o volume exportado ter sido menor. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), no ano passado foram vendidos 177 milhões de pares, ante os 180,4 milhões do ano anterior. A receita, no entanto, cresceu 2,6%, passando de US$ 1,86 bilhão em 2006 para US$ 1,91 bilhão. O preço por unidade foi de US$ 10,33 para US$ 10,80. A Couromoda abriu o calendário de feiras no País, e apresentou as novas coleções de 1.100 expositores. Foram oferecidos mais de 3 mil itens, entre eles, calçados, tênis, artigos esportivos, artefatos de couro, confecções, acessórios de moda, couros, componentes e tecnologia para calçados. Normas -Nessa última Couromoda, a Associação Brasileira do Vestuário (Abravest) entregou ao Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) a edição final do Manual de Simbologia Aplicada para Etiquetagem do Couro Vestuário. O trabalho, que levou três anos para ficar pronto, estabelece a simbologia para identificar o couro vestuário desde a sua origem até a aplicação da etiqueta dirigida ao consumidor final – esta trará, inclusive, símbolos específicos para orientar sobre a limpeza e conservação dos produtos. O Inmetro ainda vai definir as regras e procedimentos para a regulamentação.
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Fotos: Newton Santos/Hype/Arquivo DC
RÁDIO Fiéis à idéia de que o rádio não é apenas entretenimento, Cultura FM e a USP FM de São Paulo apostam em preceitos educativos. Assim, fazem da música clássica, do jazz e da informação cultural o seu cardápio diário. Turbinado pela interatividade digital.
Galindo responde e diverte
Valter Calis (operações) e Gioconda Bordon (direção): Cultura FM repaginada.
CLÁSSICO, JAZZ. NO DIAL E NA INTERNET. Cultura FM e USP FM abrem as portas à percepção mais aguda do ouvinte Sérgio Roveri
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eria exagero dizer que há algo de pop no sagrado reino da música clássica. Mas, nos últimos tempos, as rádios especializadas em Bach, Beethoven, Mozart e outros mestres eruditos resolveram, tanto no dial quanto na internet, deixar um pouco de lado aquela sobriedade que beirava à sisudez e investir em uma programação dinâmica, ágil e, acima de tudo, aberta à participação do ouvinte. Tudo para mostrar que a audição de concertos, sonatas e movimentos exige do público muito mais sensibilidade do que conhecimento prévio. Única emissora de São Paulo que só executa música clássica, com abertura diária ao jazz, a Cu l t u r a F M ( 1 0 3 , 3 M H Z ) , p o r exemplo, entrega nas mãos dos seus ouvintes a seleção musical que vai ao ar às 10h, de segunda a sexta. Na Internet, a rádio Last.Fm (w w w. l a s t. f m . co m ) executa uma seleção de compositores que tenham uma obra de alguma maneira similar a determinado artista escolhido pelo internauta. Ass i m , s e a lguém fizer uma busca por Chopin, por exemplo, irá tomar contato com parte da produção de Liszt ou Debussy. A inglesa BBC3, cuja qualidade da programação é mundialmente reconhecida, presenteia seus ouvintes esta semana com a transmissão de uma série sobre os grandes poetas gregos e romanos além de um emocionante manifesto em prol da saúde do planeta. Este último, batizado de Ode to Gaia, pode ser acompanhado neste sábado (19) a partir das 10h15, quando composições de John Cage, Mahler e Peter Maxwell Davies servirão de trilha sonora para uma série de leituras dramáticas que trazem o planeta Terra como tema. É a prova de que a concorrência desembarcou no mundo dos allegros e adágios com o alerta de que o sucesso não vai chegar para quem continuar pianinho. "Não é porque somos a única emissora paulista a tocar somente música clássica que podemos cruzar os braços", diz Gioconda Bordon, coordenadora do Núcleo de Rádio da Fundação
Padre Anchieta. "A concorrência hoje se dá também pela internet. As melhores rádios do mundo neste segmento estão disponíveis com um toque do mouse. Os nossos concorrentes estão espalhados pelo mundo e têm muitos anos de tradição". No final do primeiro semestre de 2007 Gioconda coordenou, ao lado de uma equipe formada por quatro profissionais, uma mudança radical na grade da Cultura FM, que fechou os microfones para os programas de música popular e os jornalísticos de variedades, como o Diário da Manhã e Estação Cultura. "A mudança foi ne-
Markun. "São Paulo, como um dos maiores centros de radiodifusão do mundo, merecia isso". Entre a eclética grade da Rádio USP FM (93,7 MHZ), há pelo menos quatro programas que se aproximam, com maior ou menor intensidade, do universo clássico. O Canto Coral, levado ao ar nas noites de domingo, apresenta as composições de mestres como Mozart e Debussy destinadas à voz humana, enquanto que o Clube do Jazz mostra, no sábado à noite, performances memoráveis de cantores e instrumentistas deste gênero elegante por excelên-
John Cage: na BBC3.
Sumac: é com o maestro
Mahler, no Odeto Gaia, da BBC: música e literatura no rádio.
Mehmari: fã dos sites.
cessária porque, ao tentar atender vários segmentos do público, a emissora acabou perdendo sua identidade", diz. "Criada para transmitir música clássica e jazz, a Cultura FM estava caminhando em direção a um generalismo". Da nova grade de programação, no ar desde agosto de 2007, fazem parte, entre outros, os programas Delicatessen, que mostra peças curtas e leves, e Encontro com o Maestro, no qual o maestro João Maurício Galindo, regente da Orquestra Jazz Sinfônica e da Sinfônica Jovem do Estado, revela ao ouvinte, de maneira saborosa, alguns mandamentos do re-
Sumac, que foi um fenômeno na década de 60. Nenhuma das minhas enciclopédias musicais trazia informações sobre ela. Foi um dos raros casos em que tive de recorrer à internet, coisa que não costumo fazer". Esta mudança na programação da Cultura FM foi uma das primeiras medidas tomadas pelo jornalista e apresentador Paulo Markun à frente da presidência da Fundação Padre Anchieta. "Podemos garantir que a atual grade da rádio acompanha uma tendência mundial que se registra nos EUA, Canadá e alguns países da Europa, que é a de oferecer uma programação segmentada de qualidade", diz
cia. Filhote da programação, o Jazz Côrte Cara van, conduzido por Ricardo Real: Côrte Real, também nas noites de força domingo, abre espaço para o jazz para o clássico, mas sem deixar de lado o jazz na perfil mais moderno deste gênero. USP FM. "Os programas destinados à música clássica e ao jazz devem ter, sempre, a preocupação com a informação e formação do seu ouvinte", diz Côrte Real. "Popularizar a linguagem ou apostar apenas na descontração do apresentador é subestimar a inteligência do ouvinte. É fundamental que os ouvintes não encarem a programação de música clássica como algo inacessível para eles".
NAVEGANDO PELOS ERUDITOS. NA WEB.
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amante de música clássica que decidir trocar o botão do dial pelo deslizar do mouse vai encontrar infinitas possibilidades de ouvir seus compositores prediletos, interagir com a programação, realizar compras online e, em algumas vezes, surpreender-se também com o que os programadores entendem como clássico. O site Sonora (www.sonora.terra.com.br) traz, esta semana, a cantora inglesa Sarah Brightman no topo do ranking dos artistas clássicos mais requisitados pelos internautas, à frente de nomes como os dos maestros Daniel Barenboim e Kurt Masur (foto) e do pianista Nelson Freire. A gravação campeã de acessos é Santa Lucia Lontana, na voz do tenor Luciano Pavarotti. Além de
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per tório clássico. Está sob o comando de Galindo, também, um dos programetes de maior apelo popular da rádio. Levado ao ar de segunda a sexta em dois horários, às 10h e 16h, o Pergunte ao Maestro, boletim de apenas um minuto, esclarece as dúvidas mais prosaicas dos ouvintes. "As questões são muito variadas. Recebo perguntas sobre os instrumentos, terminologia musical, estilos, compositores específicos e até sobre o figurino dos músicos", diz Galindo. "Houve o caso de um ouvinte que pediu para que eu falasse sobre a vida da cantora peruana Yma
uvir a programação de uma rádio pela internet não é das tarefas mais complicadas para quem navega pela rede. Agora o internauta pode ir mais além. O RadarCultura, inaugurado há cerca de um mês, traz a chance de o público produzir o conteúdo de uma emissora de rádio. Para tal proeza, o usuário deve acessar o site www.radarcultura.com.br e se cadastrar. Já imaginou uma série de campos em branco para preencher?
ter acesso ao ranking e da possibilidade de ouvir trechos das gravações, o internauta pode comprar as músicas e baixá-las no computador ou em MP3. Os preços por faixa variam de R$ 1,89 a R$ 2,49. O site da BBC 3 (www.bbc.co.uk/radio3) continua sendo um dos melhores exemplos de classe e bom gosto no universo clássico. A rádio fechou 2007 com uma concorrida eleição, a cargo dos ouvintes, que iria apontar o melhor álbum de música clássica do ano. Entre os 15 finalistas, havia gravações do Oratório de Natal de Bach, árias de Handel e obras de Schumann. O álbum vencedor foi Bach: Cello Suites, do violoncelista londrino Steven Isserlis, 49 anos. Cereja do bolo, o site transmitiu ao vivo toda a temporada de
concertos de fim de ano do Metropolitan, de Nova York. Além das emissoras de rádio online, alguns sites de lojas são ótimos veículos de difusão da música clássica. "Escuto trechos de música em sites de artistas e venda de CDs, como o da loja Amazon", diz o pianista André Mehmari. No final do ano, a grande atração do site da Amazon (www.amazon.com) eram versões de obras de Mozart e Beethoven adaptadas para os bebês e as gestantes. Se alguém achar estranho e ficar indeciso na hora da compra, tudo bem: o site permite que se ouça, de graça, ao menos um minuto de cada faixa. (SR)
RADAR EM VOCÊ. FAÇA O TESTE. Nada disso. Nome, e-mail e cidade já são suficientes para começar a ter voz ativa e ser um co-editor do veículo. A informação é publicada sem filtros e a participação do internauta não se resume apenas a votação de músicas. Ainda é possível propor e discutir temas de interesse comum e sugerir e comentar as pautas dos jornalistas e produtores. Tanto as sugestões dos participantes quanto as dos produtores são publicadas no site.
Qual entrará na programação? Aquela que receber o maior número de votos. O conteúdo escolhido é transmitido pela internet e rádio Cultura AM (1200 KHz em São Paulo). Desde o lançamento do projeto, dia 17 de dezembro, o material gerado pelos ouvintes, produtores e colaboradores da Rádio Cultura AM, ocupava a programação com duas horas diárias, das 20h às 22h. No último dia 16 os cerca de 700
visitantes diários passaram a interagir também entre 15h e 18h. "Queremos estreitar nosso relacionamento com o ouvinte até o ponto de essa interatividade atingir toda a programação. Propomos isso no início do projeto, experimentando duas horas diárias. Deu certo, e agora estamos trabalhando para cumprir o quanto antes", diz Gioconda Bordon, diretora da Rádio Cultura. (Rita Alves)
LEITURA
Antonio Soler e os últimos verões da adolescência Renato Pompeu
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ma leitura adequada para o verão: o romance sobre adolescentes O Caminho dos Ingleses, do escritor espanhol Antonio Soler, que se passa num verão um tanto parecido com o nosso, em Málaga, e que deu origem ao filme do mesmo nome estrelado por Antonio Banderas. Soler, nascido em 1956, em Málaga, é um dos escritores vivos mais reconhecidos em seu país, tendo colecionado uma verdadeira sucessão de prêmios literários; este romance conquistou o prestigioso Prêmio Nadal. Embora tema constante no cinema e na televisão, a adolescência tem um peso menor na alta literatura, menor, por exemplo, do que a infância. Mesmo no cinema e na televisão, entretanto, são mais importantes as obras que têm os próprios adolescentes como público-alvo, enquanto o agradável romance de Soler é dirigido aos que já passaram pela adolescência. Tal público-alvo é ainda mais definido, e o romance tornado ainda mais agradável, porque Soler trata de pessoas comuns, com as quais todos que passaram pela adolescência num país ocidental podem se identificar. Trata-se de um grupo de jovens que enfrenta talvez o seu último verão antes de passarem a adultos, com seus sonhos grandiosos (uma jovem que na infância foi modelo de um anúncio de talco sonha agora com uma carreira gloriosa como atriz, inspirada na vida da famosa atriz americana Lana Turner, mas começa a se deparar com suas possibilidades reais, bem mais limitadas) e seu modo algo desengonçado de viver (outro personagem tem o exótico apelido de Babirrussa, um estranho pequeno mamífero da Malaísia, por sua aparência diferenciada). O romance talvez não perdure como obra de arte, porque daqui a algumas décadas poucas pessoas saberão, por exemplo, quem era Lana Turner, e assim perderão toda a aura que seu nome ainda hoje evoca nas pessoas mais velhas; o livro contém outras referências culturais que, se o tornam atual hoje, o tornarão datado em poucas décadas. Mas para
os próximos verões e, também, como guia para férias em Málaga, é uma boa leitura. Se bem que as últimas décadas de rápido desenvolvimento econômico da sociedade espanhola modificaram radicalmente a cidade da famosa canção da Malagueña salerosa, cidade que hoje está longe de ser a mesma que foi retratada no livro. Mais perdurável nesta obra de Soler é a aura de magia que banha a adolescência de todos nós: o descobrimento do sexo, por meio dos primeiros desejos e dos primeiros relacionamentos – por exemplo, a inesquecível primeira vez em que um jovem contempla os seios já formados de uma garota que já passou pela puberdade, sem que ela perceba que está sendo observada na intimidade, ou a primeira experiência efetivamente sexual. A par do despertar do sexo, há o despertar dos primeiros amores, aquelas paixões ao mesmo tempo angustiadas e desajeitadas que acometem os adolescentes, que surgem em erupções como febres e que têm a intensidade e a duração da vida de uma flor, mas que marcam a personalidade da pessoa para sempre. O primeiro amor é sempre o mais inesquecível, porque nunca fica rotinizado pela mesmice, já que se sucedem as peripécias das primeiras experimentações, dos primeiros sofrimentos e dos primeiros êxtases. Não é à toa que o principal símbolo do amor, na cultura ocidental, seja o casal formado por Romeu e Julieta, ele morto com 18 anos, ela com 15, antes que passassem por experiências do amor mais maduro e mais cotidiano, só tendo vivido mesmo os êxtases da paixão. Os personagens de Soler estão começando a superar essa fase de maravilhamento e espanto perante o mundo. Nesse sentido, por retratar uma passagem da vida que tem de ser atravessada por todos os seres humanos, é que O Caminho dos Ingleses poderá ser mais durável como ficção, na sua qualidade de importante documento social. Renato Pompeu é jornalista e escritor, autor do romance-ensaio O mundo como obra de arte criada pelo Brasil, Editora Casa Amarela.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 - LAZER
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de janeiro de 2008
Apocalipse ao som de Bob Marley
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Fotos: Warner Bros/Divulgação
Smith e o pastor alemão Abbey: "Depois de ter esse cachorro como colega de cena me dei conta de que todos os outros cães que conheço são burros". Com Alice Braga e Charlie Tahan: a esperança.
CINEMA Lúcia Helena de Camargo
ill Smith atua na companhia somente de um cão durante mais da metade do filme Eu Sou a Lenda. Ele vive o cientista militar Robert Neville, último homem sobre a Terra em 2012, depois que um vírus vitimou toda a população mundial. A descoberta da cura para o câncer está na origem da contaminação. A atriz inglesa Emma Thompson, em uma rápida participação, aparece no início do longa como a pesquisadora que anuncia na TV a vitória dessa batalha da medicina. Porém, a comemoração descamba em apocalipse. E vemos Smith solitário e quase insano, andando por uma Nova York totalmente desabitada. Conseguir tornar vazios quarteirões inteiros da metrópole foi, aliás, um dos maiores desafios logísticos da produção, que fechava os espaços de madrugada. Foram usadas locações na Washington Square, Columbus Circle, Chinatown, entre outros pontos usualmente movimentados da ilha de Manhattan. "Se filmássemos em Los Angeles, não teria o mesmo efeito, porque a cidade é vazia o tempo todo. Mas quando se vê Nova York sem ninguém nas ruas, percebe-se imediatamente que algo muito grave aconteceu", justifica o diretor, Francis Lawrence, em entrevista no Rio de Janeiro esta semana, onde ocorreu o lançamento nacional do filme. Neville esforça-se para manter a sanidade física e a mental, enquanto faz experiências em seu laboratório e cultiva a esperança de que mais algum humano tenha sobrevivido. Culpa-se pela morte da mulher e da filha, e durante três anos transmite uma mensagem por ondas de rádio, marcando um encontro todos os dias, ao meiodia, no Porto de South Street, "quando o sol estiver mais alto no céu". À noite, esconde-se em uma casa-fortaleza, pois é nessa hora que atacam os violentos seres afetados pelo vírus, que não suportam a luz do sol. Mas eis que surge Anna (Alice Braga), acompanhada do garoto (Charlie Tahan). A brasileira encarna a mulher que, chegada de São Paulo, ouvira a transmissão radiofônica e
conhece a fama de Neville, a lenda viva. Falando inglês sem sotaque, a atriz convence. Não à toa recebeu elogios rasgados de toda a equipe do longa, mesmo não estando presente no lançamento carioca, pois filmava em Toronto a ficção científica Repossession Mambo, na qual atua ao lado de Jude Law e Forest Whitaker. "Ela está 100% convincente como sobrevivente. No roteiro original, o papel era para uma britânica. Mas ficamos encantados com ela desde o início e não testamos mais ninguém", conta Lawrence. "Ela é autêntica, ficou perfeita em cena. Queria que ela estivesse em todos os meus filmes", exagera Smith. Embora tenha elementos de ficção científica, suspense e aventura, o diretor prefere classificar Eu Sou a Lenda como um drama. OK. A atuação de Smith está soberba. Mas o gênero que melhor define o filme é mesmo a ação. Esta é a terceira adaptação para o cinema do livro I am Legend, escrito em 1954 por Richard Matheson, no qual os habitantes das sombras eram vampiros. No longa atual, os roteiristas Mark Protosevich e Akiva Goldsman acharam mais verossímil usar pessoas contaminadas. Na versão de 1964, Mortos Que Matam (Last Man on Earth), Vincent Price enfrenta zumbis que não toleram alho. Já A Última Esperança da Terra (The Omega Man, 1971) é estrelada por Charlton Heston, que trava batalhas contra mutantes albinos. Ambos os filmes podem ser encontrados no formato DVD. E a obra escrita (296 páginas, R$ 39,90) foi relançada agora em português pela Novo Século Editora, com capa ilustrada por emblemática cena: o cientista desolado e seu cão caminham lado a lado pela cidade devastada. Eu Sou a Lenda (I am Legend, EUA, 2007, 101 minutos). Direção: Francis Lawrence. Com Will Smith e Alice Braga.
Medo e armas: o último homem na Terra.
Vincent Price enfrenta zumbis na versão de 1964. E Charlton Heston trava batalhas contra mutantes albinos, em 1971.
O homem e um cão de talento
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xiste um final alternativo filmado para Eu Sou a Lenda que será incluído entre os extras, quando o longa-metragem for lançado em DVD. Na versão que chega às telas agora há esperança, mesmo que o preço a pagar seja alto. Será que a distopia será completa nessa seqüência opcional? Mas há momentos realmente melancólicos, nos quais Will Smith aproveita para esbanjar talento dramático. Não se vê ali o ator piadista e bemhumorado que esteve no lançamento do
filme no Rio de Janeiro, muito menos brevemente é sua filha, Willow o hilário agente que caça alienígenas Smith. Papai comemora: "É ótimo tê-los comigo no set, porque posso em Homens de Preto. "Ficamos mais ensiná-los. E, bem, assim a família velhos e procuramos papeís mais ganha mais dinheiro". sérios", diz ele, que em 2006 fez À Ricardo Gama/Warner Bros/Divulgação Sobre sua Procura da companhia Felicidade (The constante em Pursuit of cena, a cadela Happyness), ao Samantha – que lado do filho na verdade é o Jaden Smith, adestrado levando às telas pastor alemão a real e sofrida Abbey, de três saga de Chris anos de idade – Gardner, pai de Smith primeiro faz piada: "Depois de família que enfrenta sérios problemas ter esse cachorro como colega de cena financeiros. A atuação rendeu-lhe a me dei conta de que todos os outros segunda indicação para os prêmios Oscar e Globo de Ouro de Melhor Ator. cães que conheço são burros". Ele disse ao DC que chorou de verdade A primeira fora pela interpretação de quando assistiu ao filme e viu o animal Muhammad Ali, em Ali. sofrendo (somente na ficção, Desta vez quem aparece
evidentemente). "Termino um trabalho e o vejo três, quatro meses depois e então é possível tomar distância suficiente para enxergar a história sem lembrar o tempo todo que sou eu mesmo ali, atuando", declarou. "Mas corri riscos, porque esse cachorro é tão bom que o público provavelmente vai gostar mais dele do que de mim". O DC quis saber também como surgiu a referência a Bob Marley, cujas canções integram a trilha sonora, e de quem Anna (Alice Braga) nunca ouviu falar. "Brincamos com a pouca idade dela (24 anos) em relação à nossa", respondeu o roteirista Akiva Goldsman (à esquerda na foto, com o astro e Lawrence). E Smith relatou que o acaso interferiu na escolha: "Eu estava googando e me deparei com o CD Legend, de Bob Marley. Não tivemos dúvida de que tinha tudo a ver". (LHC) Encontro marcado pelas ondas de rádio: "Ao meiodia, no Porto de South Street, quando o sol estiver mais alto no céu."
DIÁRIO DO COMÉRCIO
DCARR Nº 204
São Paulo, 21 de janeiro de 2008
Donizete Castilho/Vipcomm
Quer adrenalina pura? PROCURE NAS PÁGINAS 4 E 5 Divulgação
Vem aí o o novo MercedesBenz SLK. Veja as mudanças que ele sofreu na página 8.
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São Paulo, segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
índice IMPORTADO - 3 A Ford anuncia que a partir do próximo semestre inicia a venda no Brasil do crossover Edge.
MOTOS - 4 e 5 Vem crescendo no mercado brasileiro o número de interessados em motocicletas on-off e off-road.
DETROIT - 6 e 7 Marcas de todos os continentes participam do Salão de Detroit, inaugurado neste fim de semana.
DA ALEMANHA - 8 A Mercedes renova o elegante roadster SLK. Pelo menos 650 itens do modelo tiveram algum tipo de mudança.
aGenDa
Crescimento à "la Brasil" Brasil poderá ter um crescimento "brasileiro" este ano. Se o percentual de aumento de vendas da primeira quinzena de janeiro perdurar por todo o ano – como ocorreu em 2007 – o mercado vai avançar em torno de 25%, número próximo dos 27% registrados no ano passado e acima do verificado na China, que foi de 20%. Embora tenha um volume de vendas muito maior (8,8 milhões de veículos automotores), o país asiático teve uma evolução menor que a do Brasil em 2007. Por enquanto, o melhor janeiro da história foi o de 2007, com 145.383 carros e comerciais leves comercializados internamente e uma média diária de 6.923 automóveis. O balanço de janeiro do ano passado surpreendeu a todos, fazendo com que se refizessem as previsões de 2007. Tanto que os 7% de crescimento previstos inicialmente transformaram-se em 27,8% no fechamento do ano. A história se repete. A previsão
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24 a 27 de janeiro
de 17,5% de aumento em 2008, feita pela Anfavea, começa a cair por terra logo na primeira quinzena do primeiro mês do ano. A média de vendas, nos primeiros dez dias úteis, foi de 8.679 unidades, conforme dados do Renavam. Se esse número se confirmar nos próximos dez dias úteis, 2008 começa com um crescimento de 25,4% em relação a janeiro do ano passado, ou seja, muito acima da previsão das montadoras, que estão traçando aumento de 17,5%. Como normalmente a segunda quinzena é melhor do que a primeira, é possível que o incremento em relação a janeiro de 2007 seja ainda maior. O avanço de janeiro do ano passado em relação ao mesmo mês de 2006 foi de surpreendentes 27,2%, índice que se confirmou no fechamento em dezembro. Se a história continuar se repetindo, 2008 vai surpreender mais uma vez as montadoras e repetir os 27% de acréscimo. Joel Leite
Acontece no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, o Motoboy Festival 2008, maior encontro da América Latina para motociclistas profissionais.
28 e 30 de janeiro
A Moto School realiza curso de pilotagem de moto, que tem duração de dois dias no período das 8h às 18h, no Autódromo de Interlagos (SP).
14 e 15 de abril
Autodata promove seminário sobre compras automotivas no Hotel WTC, em São Paulo.
Presidente Alencar Burti Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editor chicolelis chicolelis@dcomercio.com.br Repórteres Alzira Rodrigues alzira@dcomercio.com.br Anderson Cavalcante acavalcante@dcomercio.com.br
Chefe de Reportagem Arthur Rosa Editor de Fotografia Alex Ribeiro Editor de Arte José Coelho Diagramação Lino Fernandes Ilustração Abê / Céllus / Jair Soares Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Impressão S/A O Estado de S. Paulo www.dcomercio.com.br/dcarro
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IMPORTADO Divulgação
Produzido nos Estados Unidos, o utilitário esportivo esportivo de luxo tem motor 3.5 litros Duratec V-6, que gera 265 cv
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Ford aproveitou o Salão do Automóvel de Detroit, aberto ao púlico no último sábado, para anunciar que lançará no Brasil, no segundo semestre deste ano, o Edge, um crossover médio que combina características dos utilitários esportivos com automóveis de luxo e tem feito grande sucesso nos Estados Unidos. "A Ford está em crescimento na América do Sul e o nosso plano é usar nossa oferta global para acelerar a introdução de modelos que atendam a diferente segmento do mercado em todo o mundo," disse Mark Fields, presidente da Ford para as Américas. Durante o período de janeiro a setembro de 2007, as operações da Ford América do Sul tiveram um ganho de US$ 754 milhões, um aumento de 72% em relação ao mesmo período do ano anterior. É o 15º trimestre consecutivo de lucro.
Expansão - O mercado de crossovers foi o segmento com crescimento mais expressivo nos Estados Unidos em 2007, registrando um aumento de 17% em relação ao ano de 2006. As vendas de crossovers da Ford ampliaram-se em 62% por conta principalmente do lançamento do Edge. No seu primeiro ano completo de comercialização, o modelo totalizou 130.125 unidades no mercado norte-americano, excedendo a expectativa original da montadora em 30%. Fabricado na planta de Oakville, Ontario, o Edge é um utilitário esportivo para
Crossover Ford Edge virá para o Brasil
cinco passageiros, com motor 3.5 litros Duratec V-6. O veículo traz uma série de equipamentos relativos à segurança, incluindo o sistema de tração e estabilidade eletrônica AdvanceTrac® e freios ABS. Está equipado com air bags frontais de duplo estágio, laterais dianteiros e de cortina para os bancos dianteiros e traseiros. Travas de segurança nas portas traseiras e monitoração da pressão dos pneus são outros itens de série.
No seu interior, oferece descansa-braço central com dois porta-copos no banco traseiro, que pode ser rebatido integralmente. O revestimento em couro contribui para o acabamento e conforto. O Edge possui 265 cv com transmissão automática de 6 velocidades, sendo disponibilizado com tração dianteira ou nas quatro rodas. "O lançamento do veículo no Brasil tem como objetivo criar uma nova opção para os con-
Informações sobre preço e versões só serão divulgadas por ocasião do lançamento
sumidores. É um produto moderno, que traz para o País as últimas tendências da tecnologia mundial, alinhado com a proposta de qualidade e inovação da marca", destaca Marcos de Oliveira, presidente da Ford Brasil e Mercosul. O executivo informa que todos os detalhes do lançamento, tais como versões, preço e estratégia de mercado, serão informados apenas por ocasião da sua chegada ao País.
CONCEITOS DA MARCA NO SALÃO
Entre os carrosconceito da Ford, o Verve (vermelho) e o Explorer America
Além de mostrar seus produtos em linha, como o Edge, a Ford também expõe em Detroit alguns carrosconceito. Um deles é o Verve, que adianta o visual do novo carro pequeno que a marca pretende introduzir em breve na Europa, Ásia e América do Norte. A montadora também mostra em Detroit o conceito Explorer America, que adiciona uma nova vantagem ao veículo que os consumidores conhecem há anos: a eficiência maior na economia de combustível, que varia de 20% a 30% dependendo da motorização (veja as novidades de outras marcas que estão sendo mostradas no Salão de Detroit nas páginas 6 e 7).
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MOTOS
São Paulo, segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
São Paulo, segunda-feira, 21 de janeiro de 2008 Fotos: Divulgação
Desafio para aventureiros Se você quer adrenalina pura, escolha um destes modelos de moto e vá desafiar rampas, buracos, lama, subidas, descidas, travessias de rios e muito mais.
Donizete Castilho/Vipcomm
Dois momentos de motos especiais: o quadriciclo no Rally dos Sertões e o comportado trial, que só exige equilíbrio
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servar a quantidade de modalidades dentro do segmento: minicross, motocross, enduro, rally, trail, bigtrail, trial. Além delas, começam a surgir, no Brasil, mais duas categorias no segmento onoff (aquelas que andam no asfalto e na terra) e off-road (que só andam fora de estrada): as motards (correm em terreno misto) e os ATVs (quadriciclos). É possível assistir ou participar de provas de motocross, enduro e rallies praticamente todos fins de semana. E grupos de
amigos têm até site para combinar passeios nas inúmeras trilhas País afora. Perfil - Num mercado em que mais de 85% é de motos de pequenas cilindradas com utilização para transporte, o consumidor é, em sua maioria esmagadora, masculina (81%), boa parte (25%) tem mais de 40 anos, é casado (58%) e não está comprando sua primeira moto (62%). Herdeiros podem começar cedo: a partir de quatro anos já participam de
provas de minicross! As condições de nossas ruas, avenidas e estradas também fazem com que muitos motociclistas optem por utilizar motos on-off, destinadas também ao fora de estrada. Com suspensões e amortecedores próprios para enfrentar obstáculos maiores, ajudam muito a enfrentar as inúmeras deficiências das vias mesmo que asfaltadas. O investimento varia de R$ 4.000 (minimotos de 50 cc) a R$ 100.000 (big
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Rally O rally é uma prova em que, em geral, participam motos, carros e caminhões. São provas longas que aliam velocidade e resistência. Em geral as big trails são as preferidas para quem vai participar destas corridas (aliam potência, velocidade e autonomia). As motocicletas são emplacadas e assim podem circular também nas cidades e estradas. trail) na motocicleta. Acrescente-se aí todo equipamento de segurança: capacete, botas, luvas, colete de proteção, roupas (calça, camisa e casaco, de materiais especiais), protetores para cotovelos e joelhos. Para quem pretende competir oficialmente existem outros gastos: filiação ao Moto Clube, federações, confederações, inscrições nas provas e o transporte da moto até os locais das competições. A Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) não tem dados específicos do segmento fora de estrada. Mas a presença das grandes marcas internacionais - BMW, Buell, GasGas, Husaberg, Husqvarna, KTM, Kawasaki, Suzuki, Triumph e outras - mostra o quanto ele é importante no País. As Categorias
mbora não se consiga obter números oficiais, em razão do elevado volume de modelos importados, a participação das motocicletas on-off e off-road no mercado cresce significativamente a cada ano aos olhos de observadores mais atentos. É certo que sua representação não é significativa num universo de 1.730.000 motos produzidas no Brasil em 2007. Entretanto, é uma fatia de mercado extremamente efervescente. Basta ob-
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por exemplo entre duas cidades próximas, ligadas por terrenos acidentados. As provas de cross country geralmente ocorrem num circuito de trilhas fechado e mapeado. No trail, lê-se "treil" os pilotos andam em trilhas e estradas secundárias, em grupos, sem competir.
Minicross Elas são motocicletas que variam de 50 a 85 cc com câmbio automático ou não, dedicados aos jovens corredores, menores de idade e de pouco peso. Em geral não são emplacadas e o piloto precisa de autorização dos pais ou responsáveis para participar de corridas que acontecem, sempre, em circuitos fechados. Motocross São motocicletas especiais de competição de dois ou quatro tempos. Tam-
bém não recebem emplacamento e não podem circular pelas vias públicas. Como as pequenas motos, não dispõem de faróis, lanternas indicadoras de direção ou buzinas, encontradas nas motos normais. Normalmente estes modelos são utilizados em provas de motocross realizadas em pistas construídas em locais fechados. Alguns pilotos participam de provas de enduro (trilhas e estradas vicinais) com estes modelos. Trial Esta é uma moto especial de competição e seu nome é lido como se escreve. As provas são realizadas em circuitos fechados (indoor ou outdoor) tendo como objetivo superação de obstáculos sem colocar os pés no chão. A habilidade do piloto é mais importante que a velocidade. Mas o motociclista brasileiro ainda não despertou para este tipo de competição, que é mais popular entre os que usam bicicletas especiais para elas. As motocicletas também não podem ser emplacadas. Aliás, elas nem banco possuem. Enduro/Cross Country / Trail Estas provas abrigam as motos chamadas on-off, que podem ser emplacadas e utilizadas tanto em trilhas como nas ruas (nas trilhas são colocados pneus com "cravos" e na rua, um pneu de uso misto). As provas de enduro (regularidade ou de velocidade) acontecem em trilhas e estradas secundárias; normalmente vai de um local para outro, como
Quadriciclo Eles são os ATV, também chamados de quadriciclos, que já são usados há muito tempo no exterior e no Brasil começaram a ganhar a atenção do mercado há pouco, conforme matéria especial do DCarro de 19/11, edição número 195. Os veículos não podem ser emplacados; utilizados para lazer na praia e no campo, já têm categoria em provas de rally. Embora com quatro rodas, não representa um modelo de segurança. Até mesmo os motociclistas mais tarimbados vêem nele um veículo de alto risco para se pilotar. "É preciso cuidado", alertam. Cuidados! Para participar de corridas, o piloto deve filiar-se a um clube, depois à Federação de seu Estado e à Confederação Brasileira de Motociclismo. Se desejar apenas fazer trilhas, o melhor é procurar um grupo que se reúna rotineiramente. Não é recomendável fazer trilhas sozinho pois, no caso de acidente, você pode correr o risco de não ser socorrido no tempo necessário para atendimento médico. Também é importante, e necessário, pilotar com preocupação ambiental, visando a preservação das áreas das trilhas, cuidando para não deixar lixo no caminho, provocar queimadas ou destruição de vegetação nativa. E lembre-se: o equipamento de segurança é item obrigatório. Ele garante sua vida. Sueli Rumi
Donizete Castilho/Vipcomm
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SITES IMPORTANTES Se você quer informações sobre trilhas ou passeios fora de estrada, eis alguns endereços na internet onde poderá encontrá-las: http://www.poeiramotoclube. com.br http://www.terratours.com.br http://www.trailtrip.com.br/ http://www.dustoffroad.com.br/ Para quem quer começar a correr: Se você quer entrar para este mundo do off-road, visite estes sites. Lá você encontrará orientação. http://www.cbm.esp.br http://www.fpm.esp.br
Aqui, um quadriciclo usado no trabalho. A seguir, uma prova de motocross, mais Rally dos Sertões, a turma se preparando para um descida radical de trail e mais aventura no maior rally brasileiro. Repare, todo mundo devidamente equipado: capacetes, botas, óculos...
Aqui, os pequeninos, com menos de 15 anos, correm de trail, em circuitos fechados. E adultos disputam o Enduro das Montanhas.
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SALÃO DE DETROIT
Bonitos, econômicos e ecológicos A indústria automotiva continua investindo em veículos que consomem e poluem menos Divulgação
Mais compacto que o Hummer H3, o conceito HX é um veículo off-road aberto, de duas portas, que contempla a tradição pela qual o marca se tornou lendária
O Buick Riviera é um cupê “asa de gaivota” feito pela GM em parceria com uma fábrica chinesa. Um veludo do tipo camurça garante um interior luxuoso.
omo tem sido comum nos últimos eventos do gênero, a preocupação com o meio ambiente é a principal base das novidades apresentadas pelas montadoras no Salão do Automóvel de Detroit, que abriu suas portas ao público no último fim de semana e se estende até o próximo dia 27. A maioria dos carros-conceito tem motor híbrido, visando não apenas menor
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emissão de poluentes mas, também, a redução do consumo. A General Motors, por exemplo, apresenta o Buick Riviera, um conceito cupê "asa de gaivota" desenvolvido em parceria com a chinesa Shanghai Automotive Industry Corporation (SAIC). Projetado para acomodar um novo sistema híbrido que será produzido a partir deste ano, apresenta diversos avanços
tecnológicos que garantem benefícios ecológicos e econômicos. Também do Grupo GM, a marca Saturn mostra um conceito compacto esportivo, o Flextreme elétrico, que fornece até 55 km de autonomia sem emissões. Com várias inovações funcionais e estéticas, tais como câmeras que substituem os espelhos laterais e portas não convencionais que
permitem fácil entrada e saída, o Flextreme é diferente dos veículos convencionais e híbridos existentes hoje no mercado. Incorpora o sistema E-Flex da General Motors, que usa um motor elétrico acionado por uma bateria de lítio-íon, que pode ser recarregada em uma tomada doméstica em apenas três horas. Na estrada, um motor turbo-diesel simples e eficiente de 1.3 litro gera
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SALÃO DE DETROIT Divulgação
O Conceito Saab 9-4X BioPower confirma os planos da empresa de entrar no segmento dos veículos ‘crossover’ com um produto inovador
Um dos destaques do estande da Mercedes-Benz é o Vision GLK, novo SUV compacto da marca alemã
Compacto esportivo dá a dica da direção do design do futuro do Saturn. Modelo é equipado com o Sistema E-Flex da GM e fornece até 55 km de autonomia
eletricidade adicional para reabastecer a bateria e estender a autonomia do veículo. Outro marca pertencente à General Motors, a Hummer expõe em Detroit o conceito HX, mais compacto que o já conhecido modelo HX3. É um veículo offroad aberto de duas portas, com uma carroceria que facilmente se transforma em conversível e que se adapta a uma variedade de
condições das trilhas e necessidades de carga. O veículo tem motor Flex E85 3,6 l V6. Utilitário compacto - No estande da Mercedes-Benz, dois importantes lançamentos mundiais: o Vision GLK, novo utilitário esportivo (SUV) compacto da marca, e a nova geração do modelo esportivo SLK, que chega ao Brasil ainda neste
semestre (veja matéria sobre o automóvel na página 8). Com a apresentação em Detroit do conceito Saab 9-4X BioPower, a marca sueca confirma os planos da empresa de entrar no segmento dos veículos ‘crossover’ com um produto inovador, inspirado nos valores do design escandinavo e respeito ao meio-ambiente. As características do design do 94X são combinadas com a
tecnologia do motor BioPower, responsável pela experiência agradável de direção, assim como pelo sistema de última geração de tração em todas as rodas. A Volkswagen aproveita o Salão de Detroit para promover a estréia mundial do novo Volkswagen Passat CC, um cupê que se destaca por ter quatro portas e um interior esportivo, porém bastante espaçoso.
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VEM AÍ
O elegante Mercedes SLK chegando No segundo semestre vai desembarcar no Brasil o novo Mercedes-Benz SLK, um dos mais bonitos da fábrica alemã m dos automóveis mais elegantes e bonitos da Mercedes-Benz, o roadster SLK, foi atualizado. Segundo a engenharia da marca, 650 itens receberam algum tipo de mudança (um carro tem, em geral, cerca de três mil itens). As mais visíveis estão na frente do modelo. O "bico", seguindo a linha da marca na Fórmula Um, ficou maior e mais destacado. O pára-choques ficou mais esportivo e teve as suas entradas alteradas. Na traseira, poucas modificações. A saída dos escapes agora têm novo formato, mais agressivos e as lanternas contam com acabamento fumê. Os retrovisores, com luzes in-
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Sem capota, um charme. Com ela, elegância charmosa. Detalhe do pisca no retrovisor, mais charme ainda.
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dicativas incorporadas, ganharam leds e forma de setas. Por dentro, destaque para a tecnologia. Internamente, houve muitas melhoras em termos de design, mantendo o acabamento primoroso, uma das características da marca. Todo o acabamento é em couro. Os bancos continuam bem envolventes e são muito confortáveis. Há a opção de acabamento em vermelho, bege e preto. O novo volante, de três raios, tem todas as funções para controlar o som e o telefone celular. Os instrumentos também ganharam novo design. O B l u e t o o t h , s o m H a rman/Kardon Logic 7, sistema multimídia no porta-luvas que
permite a conexão com IPod e o GPS, são de última geração e muito mais simples de usar. As motorizações continuam as mesmas, desde quatro cilindros até V8. No Brasil terá os motores 1.8 Kompressor, com 163 cv, para pronta entrega e, sob encomenda, com espera média de três meses, versão com motor 3.5, V6, de 272 cv e o de preparação esportiva, o 55 AMG, motor 5.4 V8, com 360 cv. Hoje os modelos custam, respectivamente, R$ 218 mil, R$ 321 mil e US$ 182 mil (cerca de R$ 325 mil), um preço muito atraente diante dos "irmãos" mais fracos. Antônio Fraga
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2 - ECONOMIA
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Indicadores Econômicos
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CAIXA 1 O seu consultor financeiro
por cento é a queda acumulada pela Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) em janeiro até a última sexta-feira.
18/1/2008
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COMÉRCIO
Informe Publicitário FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Fundo
Posição em
P. L. do Fundo
Empresarial LP
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27.754.588,80
Esher LP Hope LP JCP-SUL LP Master Recebíveis LP Milligan LP Múltiplo LP Odyssey LP Prospecta LP Redfactor LP Valecred LP
16/01/2008 16/01/2008 16/01/2008 16/01/2008 16/01/2008 16/01/2008 16/01/2008 16/01/2008 16/01/2008 16/01/2008
18.457.904,57 14.645.350,74 1.978.005,55 2.076.983,25 196.981,87 16.915.791,98 1.996.745,42 1.950.175,07 13.193.011,04 5.322.278,58
Tipo Subordinada Sr 1ª emissão Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Sub - Classe A
Vlr Cota Sub 1.692,043816 588,184285 954,682621 1.307,524044 1.148,103365 1.293,340762 944,211427 1.554,346596 988,383498 977,973366 1.212,285646 1.049,429335
% rent. mês 1,1161% 0,5066% 3,3152% 1,4162% 1,0284% -2,7272% -5,5789% 0,5271% -0,8807% 2,7425% -0,0718% 0,5527%
% ano 1,12% 0,51% 3,32% 1,42% 1,03% -2,73% -5,58% 0,53% -0,88% 2,74% -0,07% 0,55%
Tipo Sr 2ª emissão Sr 3ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sub - Classe B
Vlr Cota Sr 1.049,897114 1.019,901027 1.039,853090 1.079,569920 1.035,731120 1.295,917639 1.001,377760 1.023,339046 1.052,996013 278,061364
% rent. mês 0,5297% 0,5297% 0,5066% 0,5158% 0,4835% 0,5066% 0,1378% 0,5297% 0,5297% 2,8797%
% ano 0,53% 0,53% 0,51% 0,52% 0,48% 0,51% 0,14% 0,53% 0,53% 2,88%
rating A+(Austin) BBB(Austin) AA-(Austin) AA-(Austin) A+(Austin) A (Austin) A+(Austin) A- (Austin) A- (Austin) AA(Austin) A(Austin)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
ECONOMIA - 3
Economia
CAIXA 1 O seu consultor financeiro
CRISE NAS BOLSAS AUMENTA CAPTAÇÃO CONSERVADORA
INVESTIDOR RETORNA AOS FUNDOS DI 11,13% ao ano, em média, para o fim de 2008. A taxa básica de juros está hoje em 11,25%. A coordenadora de markeaumento da instabilidade do merca- ting Daniela Todtmann De La do financeiro neste Cal começou a investir há um início de ano tem ano e colocou metade da sua feito os investidores voltarem aplicação em um fundo DI. Seu a olhar com carinho para uma objetivo é usá-lo para dar enaplicação que vinha sendo dei- trada em um apartamento. xada de lado com a queda dos "Faço aplicações mensais. Deijuros e a aparente pujança do xei uma parte num fundo DI mercado de ações. São os fun- porque achei que era mais sedos DI. Segundo dados da As- guro, e posso tirar no curto prasociação Nacional dos Bancos zo. Não acho que esteja gade Investimento (Anbid), essa nhando dinheiro", diz. Para gestores independencategoria de fundos registrou captação líquida (depósitos tes de recursos, as aplicações menos resgates) positiva em que estão sendo feitas agora nos fundos DI são migrações R$ 5,667 bilhões até o dia 15. É considerável, especial- de investidores que aplicaram mente se for considerado que em fundos multimercados, no ano de 2007 inteiro os fun- principalmente no ano passados DI sofreram retiradas líqui- do. Após o mau desempenho das de mais de R$ 16 bilhões, do segmento no segundo sediante do cenário de queda de mestre, veio a decisão de voltar juros. Nos primeiros dias de a fundos mais conservadores. "A indústria de multimerca2008, os fundos DI são a categoria que tem recebido o maior dos cresceu muito no segundo semestre e sovolume de nofreu seis mevas aplicações. ses de volatiliSegundo espedade. São escialistas, a exses investidoplicação para a res que estão volta da hegeindo para os monia dos bilhões de reais é o fundos DI fundos DI se saldo (captação agora, mas é deve ao concedo para faservadorismo menos retirada) dos lar em aversão de investidorecursos destinados a a risco ou dires diante do zer que é uma risco de recesfundos DI nos tendência", são nos Estaprimeiros quinze diz Alexandre dos Unidos e dias deste ano. Horstmann, de seus reflediretor de gesxos na econotão da Meta mia mundial. Os fundos DI são também os Asset Management. No ano passado, os fundos que mais se beneficiam de uma eventual elevação da taxa bási- multimercados receberam ca de juros, a Selic, pelo Banco R$ 26,740 bilhões em novas Central (BC), pois são compos- aplicações (excluindo os restos de títulos federais que a gates do ano), a maior captação acompanham. No entanto, entre os fundos de investimenpoucos se arriscam a dizer que to. Neste ano, registraram é provável uma alta da Selic R$ 2,113 bilhões em resgates e, ainda neste ano. A procura pe- nos últimos 30 dias, saques de la aplicação estaria mais ligada R$ 5,340 bilhões. Horstmann ao receio do investidor de estar ainda espera ver mais saques exposto a outros mercados, co- neste início de ano, já que muimo o de ações, avalia Hélio tos têm prazo de até 180 dias a França, professor de Estraté- partir do pedido feito. No segundo semestre do gia Financeira do Ibmec. "Os investidores estão se ano passado, em média, os precavendo. Quem agora está fundos multimercados rendeprocurando os fundos DI está ram 4,26%, com direito a dois fazendo mais por segurança meses de variação negativa: do que por hipótese de alta da agosto e novembro. É pouco para aplicações que correm Selic", diz França. M ig r a çã o – Um dado que mais riscos do que os fundos comprova isso está na pesqui- DI e de renda fixa — pois invessa Focus, do Banco Central, tem em mercados mais sofisticom expectativas dos agentes cados —, que renderam 5,48% do mercado, lembra Ricardo e 5,43% no período. Já os funMagalhães, gestor da Argúcia dos de ações, com toda a volaCapital Management. O rela- tilidade, renderam 15,63% na tório aponta uma Selic de segunda metade de 2007.
Felipe Frisch/AG
O
5,66
Fabio Rossi/AG
Investidora Daniela Todtmann: aplicação para comprar imóvel.
O bê-a-bá das ações, na sala de aula. Custodio Coimbra/AG
Juliana Rangel/AG m busca de maior rentabilidade para seus investimentos, uma turma bem heterogênea — de adolescentes a idosos — divide os espaços em salas de aula. Em comum, o mesmo interesse: desmistificar o fabuloso mundo do mercado de ações. De olho no segmento, corretoras e instituições ligadas ao mercado de capitais oferecem cursos que vão do bê-á--bá a modalidades sofisticadas, como o mercado de opções (em que são negociadas opções de compra ou venda de um determinado ativo no futuro a um preço determinado). A Associação Nacional das Corretoras de Valores, Câmbio e Mercadorias (Ancor) promoveu 28 cursos diferentes em 2007, para 3.650 alunos. Para 2008, várias classes já estão com vagas esgotadas. Os carros-chefes são os básicos: "Introdução ao mercado de ações", "Como investir em ações" e "Análise de investimentos em ações". A média é de 50 alunos por turma. Para o diretor de marketing da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), Luiz Abdal, a forte procura está associada à estabilidade da economia. "Esta geração que está começando a investir convive com uma única moeda desde 1994, em um cenário de inflação controlada. Isso permite que se faça um planejamento, o que é fundamental em ações", diz. Já o secretário-geral da Ancor, Guilherme Marconi Neto, cita a necessidade de o público se informar sobre a queda dos juros básicos, que reduziu os ganhos da poupança e dos fundos de renda fixa. E lembra a oportunidade que representa o desenvolvimento da Bovespa e da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F).
E
Josoel, 61 anos, estuda para não perder dinheiro como em 2002. Marcos Tristão/AG
João Pedro, 18 anos, não sabia que o mercado era tão acessível.
Crianças e adultos Na comparação com 2006, o número de investidores que operam por intermédio de home broker (sistema para pessoas físicas que dá acesso direto ao pregão eletrônico da Bovespa, pela internet) saltou 194,3%, de 78.211 para 230.175. Luiz Abdal conta que a bolsa paulista recebe de 600 a 700 visitantes por dia. Eles percorrem o espaço onde eram realizados os pregões viva-voz e assistem a palestras. A bolsa também promove cursos gratuitos de até seis horas por meio do projeto "Educar", para crianças a partir de 11 anos a adultos. "Atendemos, desde março de 2006, 70 mil pessoas. Estamos formando turmas em São Paulo, Rio, Ceará, Recife, Por-
to Alegre e Curitiba." Também algumas corretoras dão palestras gratuitas a investidores. "A gente tem de duas a cinco palestras por semana, com uma média de 50 ouvintes", diz o gerente comercial da Ágora, Hélio Pio. Ainda cursando faculdade de economia no Rio, o estudante João Pedro Fabbriani, de 18 anos, já freqüentou vários cursos da XP Educação. "Para mim, o mercado não era uma coisa tão aberta, em que você precisa simplesmente querer para poder investir", diz ele, que guarda parte da mesada e do salário do estágio para comprar ações sempre que vê boas oportunidades. Aos 61 anos, o capitão-defragata da Marinha Josoel de Souza de Lima, atualmente na
reserva, investe há algum tempo. "Antes, eu via um papel subir e comprava a ação. E me dava mal", conta. Em 2002, em meio às turbulências das eleições presidenciais, ele perdeu 80% do valor de sua carteira. "De lá para cá, fiz vários cursos da Ágora e consegui multiplicar meus investimentos por seis", calcula. A consultora Sandra Blanco, autora dos cursos da Fundação Getulio Vargas (FGV), vê com bons olhos a busca por informações. " Em tempos de Bovespa em alta, todos querem investir. Mas tenho medo de que se repita o que ocorreu em 1996: o mercado crescia e, com a crise da Ásia (em 1997), todo mundo perdeu e saiu. Foram quase cinco anos em que investidores ficaram arredios."
Vagas disputadas nas corretoras
A
procura pelos cursos tem sido tão grande, com salas lotadas semanalmente com até 50 alunos, que algumas corretoras e empresas de investimento têm os cursos como um negócio à parte — e rentável. É o que ocorre, por exemplo, na XP Educação, do Rio de Janeiro. Em apenas um mês ela chega a organizar 65 cursos. A empresa já esteve em 50 cidades ministrando aulas. Ligada à XP Investimentos, uma empresa de agentes autônomos — que faz intermediação de ordens de clientes para outras corretoras —, o braço
educacional, existente desde 2003, tornou-se uma empresa separada em 2005. O diretor da XP Educação, Gabriel Leal, se orgulha do fato de já terem passado pelos cursos cerca de 25 mil alunos. A meta do executivo é dobrar esse número ao longo de 2008. Segundo ele, 1.400 pessoas já estão matriculadas em janeiro. O objetivo é ambicioso. A Bolsa de Valores tem menos de 500 mil investidores individuais cadastrados. A importância do negócio de educação tem crescido na medida em que serve para atrair investidores para o mer-
cado, mas, claro, para operar pela empresa. Segundo Leal, de 50% a 60% dos alunos viram clientes. O executivo diz que as aulas são dadas por profissionais que operam no mercado, para dar um tom mais prático. O mesmo perfil é buscado pela Ágora, a maior corretora da Bolsa. O gerente comercial, Helio Pio, afirma que em 2007 passaram pelas palestras gratuitas 10.300 alunos. O objetivo da corretora, agora, é oferecer cursos a cada dois fins de semana, variando o local. Segundo ele, 56% dos alunos tornam-se clientes da corretora. (FF/AG)
Onde aprender
B
OVESPA: Palestras gratuitas para públicos de 11 a 15 anos; de 15 a 18 anos; adultos; mulheres; e idosos. Pedidos devem ser feitos pelo site www.bovespa.com.br FGV: Até 13 de fevereiro, inscrições para "Introdução ao Mercado de Ações à Vista", com aulas pela internet. Valor: R$ 680, em até três parcelas, com início em 3 de março. ANDIMA: Vagas esgotadas para "Home Broker: Aprenda a Investir pela internet". Outras opções, no site www.andima.com.br/treinamento
2 - OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
COMO NOS LIVRAR DOS ACHAQUES DA VIDA POLÍTICA DISTRIBUÍDOS POR 'NOSSOS REPRESENTANTES'?
NOVOS DADOS SOBRE A INFLAÇÃO Céllus
O
ano de 2008 começou com revisões para cima nas projeções de inflação para o primeiro trimestre, notícias da intenção dos bancos de continuarem a aumentar suas operações de crédito de forma acelerada e alterações nas normas relativas aos empréstimos consignados para os aposentados do INSS que, a nosso ver, aumenta significativamente o potencial de expansão dessa modalidade de crédito. Segue análise dos fatos: Inflação _ O IPCA de dezembro confirmou as expectativas do mercado ao encerrar o mês com alta de 0,74%, levando o resultado do ano para 4,47%, no centro da meta de inflação. Em 2007, pela primeira vez desde a implementação do regime de metas de inflação, os preços administrados (1,65%) apresentaram variação inferior à dos preços livres (5,73%). Entre os preços de mercado, verificou-se elevação tanto dos itens comercializáveis (+4,75%) quanto dos não comercializáveis (6,65%). Os dados revelam a importância do choque dos alimentos para tal movimento, mas evidenciam que houve maior dispersão dos aumentos, mantendo os bens não comercializáveis, exclusive alimentos, rodando acima do centro da meta. A surpresa com o ritmo de alta dos alimentos e dos serviços em dezembro (ante o esperado em novembro) e a continuidade de boa parte da pressão dos alimentos nas coletas de janeiro, nos levaram a revisar para cima a projeção de janeiro (de 0,5% para 0,6%). Além disso, as informações disponíveis nas pesquisas da FGV para os reajustes das mensalidades escolares, cujos efeitos serão captados no IPCA de fevereiro, apontam para aumentos mais fortes que os inicialmente esperados. Para os cursos de educação infantil, fundamental e médio, as coletas da FGV revelam reajustes entre 6% e 6,5%, cerca de um ponto percentual acima do registrado em 2007. A incorporação desses dados em nossas estimativas de fevereiro elevaram nossa projeção de IPCA para 0,50%. Desta forma, trabalhamos com alta de cerca de 1,4% para o primeiro trimestre de 2008 e de 4,5% pa-
JOÃO DE SCANTIMBURGO
G A incorporação de
novas informações elevaram nossa projeção de IPCA para 0,50%. Trabalhamos com alta de cerca de 1,4% para o primeiro trimestre de 2008. ra o acumulado do ano (contra 4,30% do cenário inicial).
A
lguns desses movimentos podem ser considerados pontuais, mas não há dúvida que persistem as pressões de custos no atacado e de que a conjuntura de demanda aquecida favorece os repasses para o consumidor. Não se trata de perda de controle da inflação no que concerne à sua convergência para a meta, mas o atual quadro exige cuidado por parte da política monetária para evitar que isso ocorra. Crédito _ Já destacamos que a baixa inadimplência, a baixa taxa de desemprego e a elevação contínua da massa real e do rendimento médio do pessoal ocupado (dados IBGE) são fortes estímulos para os bancos continuarem a expandir significativamente a oferta de crédito, o que é confirmado por pesquisa da Febraban. Outro ponto relevante foi a alteração determinada pelo governo nas regras do crédito consignado aos aposentados da previdência social. Como se sabe, pelas novas normas, ampliou-se o prazo de pagamento dos empréstimos de 36 para 60 meses, com a concomitante redução do limite de comprometimento da renda mensal com pagamento da prestação de 30% para 20% . À primeira vista, parecia que o limite menor para comprometimento do rendimento mensal limitaria a expansão desta modalidade de crédito. No entanto, dado que apenas cerca de um terço dos aposentados do INSS tomaram crédito consignado, o aumento do prazo significa forte estímulo para a ampliação das operações de crédito. TRECHO DO COMENTÁRIO ECONÔMICO DA MCM CONSULTORES WWW.MCMCONSULTORES.COM.BR
Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br
Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luizo@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Adriana David, André Alves, Davi Franzon, Dora Carvalho, Eliana Haberli, Fátima Lourenço, Felipe Datt, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Jane Soares, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Marcus Lopes, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro , Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60
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O mandamento do 'cada um na sua'
M
olière relata em uma de suas peças, O burguês, gentil-homem que, sem querer, se deu conta de que era um escritor. D. Marta Suplicy também sem querer, e até despropositadamente (pois se desculpou em seguida), produziu um aforisma dos mais momentosos para os dias correntes: "Relaxe e goze". Dizemos momentoso e não útil ou aplicável por todos os cidadãos. Pois se isso fosse possível teríamos como nos livrar e ficaríamos imunes às maiores pragas do nosso tempo, como os programas de televisão, as novelas, as malasdiretas, os 'paus' de computador, a Telefônica, a propaganda e marketing e seus telefonemas e – principalmente - as abobrinhas e achaques da vida política distribuídas por "nossos representantes". Geneticamente imunes a tais coisas ou capazes de aplicar o aforisma até a casos mais peludos, são os políticos, como explicou nosso presidente e guru, Luiz Inácio Lula da Silva, o Lula, ao minimizar o episódio que o rei João Carlos, da Espanha, protagonizou com Hugo Chávez, quando, ao ouvir suas grosserias anti-protocolares, lhe disse "Por que não se cala?" e voltou-lhe as costas indo-se embora.
S
egundo Lula, que tentou minimizar a lição dada ao seu cupincha, o episódio só se tornou relevante por ter sido coisa de um rei. E explicou que se fosse por aqui ninguém ligaria bulufas, pois entre nós os políticos se dizem e ouvem coisas muito piores. No que ele depõe com conhecimento de causa. Mas, se não podemos, os cidadãos-eleitorescontribuintes, utilizar a receita de D. Marta, estamos todos desenvolvendo alternativamente, como caramujos, uma casca protetora defensiva contra os incômodos e calamidades, casca conhecida como 'Cada um na sua'. Recolhemo-nos egoisticamente em nosso eu, em nosso computador, em nossa vidinha doméstica, no
G Estamos todos desenvolvendo
alternativamente, como caramujos, uma casca protetora defensiva contra os incômodos e calamidades da atualidade, casca conhecida como 'Cada um na sua'. Recolhemo-nos em nosso eu, em nosso computador, em nossa vidinha doméstica, sozinhos, sob esta regra de chumbo. Por Benedicto Ferri de Barros
eu-mesmo e sozinho, expondo ao exterior apenas nossas antenas prospectivas, que palpam os acontecimentos e as pessoas de lá de fora e imediatamente se recolhem para dentro, numa rejeição e imunização total, se não nos sincronizamos com elas ou elas conosco.
O
'Cada um na sua' se alastra e impõe como um salva-vidas, ou, para empregar a expressão de uma das maiores autoridades filosóficas – Kant – como um imperativo categórico da razão prática. Ao seu tempo ele só encontrou um imperativo dessa natureza, a que deu três redações por não estar satisfeito com nenhuma. E que em suma é a velha regra de ouro do 'não faças aos outros o que não queres que te façam'. Regra universal que se encontra em todas as filosofias humanistas e que se exprime na sua forma excelsa do "Ama a teu próximo como a ti mesmo." Pelos motivos aqui explanados parece que isso hoje se tornou vitalmente impossível. Daí sua substituição pela regra de chumbo: 'Cada um na sua'.
Defesa dos biocombustíveis JOSÉ ALEXANDRE ALTAHYDE HAGE
A
presença do presidente Lula na abertura da 62ª Assembléia-Geral das Nações Unidas, no ano passado, fez com que os temas energéticos escrevessem mais um capítulo das crônicas de conflito que o assunto provoca na política internacional, principalmente com o petróleo. Os combustíveis renováveis, como o álcool hidratado, por exemplo, embora sendo um bem energético, não fazia parte dos insumos com poder de provocar conflitos na política internacional. Com a viagem do presidente ficou claro que haveria a necessidade de a diplomacia nacional refutar críticas ao projeto brasileiro. As críticas do presidente Hugo Chávez, da Venezuela, e de Evo Morales, da Bolívia, são confluentes na medida em que procuram ligar os esforços nacionais em biocombustíveis a problemas sociais e econômicos, como a fome e a concentração fundiária. Segundo eles, o agravamento das questões sociais e econômicas se daria pela redução de área agrícola para a produção de alimentos e pela concentração de terras agricultáveis em mãos (poucas) de usineiros. Embora sejam pertinentes, não são críticas originais. Já no ano de 1975, na criação do Projeto Nacional do Álcool – Pró-álcool – havia quem falasse numa possível crise do setor de alimentos pelo fato de o governo ter direcionado boa parte das terras agricultáveis à plantação de cana-de-açúcar. Na mesma toada havia quem não gostasse do Pró-álcool porque o projeto iria degenerar a sociedade senhorial do Nordeste.
Em 2007, a crítica contra os combustíveis renováveis retornou na palavra de presidentes com características contestatórias sobre a forma pela qual os Estados se relacionam. Acreditam que o sistema internacional é desigual e antidemocrático, mas eles não chegam a perceber a atual política energética mundial como parte dessa injustiça. Vale dizer, não criticam o fato de que a cadência mundial sobre o petróleo, o mais importante dos energéticos até este momento, não se encontra nas mãos dos proG A produção de álcool
combustível não será razão de uma eventual crise de alimentos no Brasil. Precisamos é de um projeto estratégico para aproveitar tal fase. dutores, mesmo com o tão exaltado poder da OPEP ou da Arábia Saudita, seu maior produtor. Quem bem percebeu os meandros da política mundial sobre os combustíveis fósseis foi o engenheiro José Walter Bautista Vidal, ex-professor da Unicamp e criador do Pró-álcool nos laboratórios do ITA, em São José dos Campos. Vidal observou que somente pela abundância e pelos baixíssimos preços do petróleo é que as grandes potências do Hemisfério Norte puderam se industrializar e criar uma economia de escala e de pleno emprego, mesmo sob governos conservadores. Eis a questão que passa incólu-
me pela nova crítica aos combustíveis renováveis. A Venezuela, em primeiro plano, é grande produtora de petróleo e país-membro da OPEP. Contudo, a política de Chávez não foi além de promover a alta de preços do barril para figurar busca ao “interesse nacional” de forma mais larga, que abarcasse todos os produtores petrolíferos. O controle fundamental que passa pela logística e pela tecnologia sobre novos produtos ainda continua centrado nos grandes consumidores, como os EUA. Na verdade, o Brasil tenciona escapar dessa estrutura, cujo espaço para os países produtores tem sido bastante limitado. A escolha para isso foi a produção e a atual dianteira que o País adquiriu na área do álcool combustível e o investimento em novas pesquisas em biodiesel. Ainda que não seja a busca por “Canaã”, a participação brasileira em insumos renováveis é mais coerente do que intensificar gastos e pesquisas vultosos em exploração de petróleo. A produção de álcool combustível não será razão de uma eventual crise de alimentos no Brasil. O terreno agricultável para o etanol, que sempre foi utilizado para algum tipo de cultura, não passa de 2% do que o Brasil destina para plantações. O que devemos esperar do Estado é que haja um plano de ação, um projeto estratégico, para que o País aproveite tal fase sem comprometer seus esforços, pois a oportunidade é única. JOSÉ ALEXANDRE ALTAHYDE HAGE É CONSULTOR DA TREVISAN CONSULTORIA (LEIA A ÍNTEGRA DESTE ARTIGO NO SITE WWW.DCOMERCIO.COM.BR)
OS RISCOS DA RECESSÃO NOS EUA
E
sse gigante já nos pôs medo mais de uma vez, mas agora as Bolsas caem ainda mais e os Estados Unidos lançam um plano anti-recessão, segundo os jornais de maior circulação em São Paulo e as agências que cobrem a crise americana. Preferimos ficar no interesse que nos liga aos EUA e o que se pode esperar de uma recessão americana. Para quem conhece os EUA é fácil chegar a uma conclusão a respeito da queda das Bolsas e do plano antirecessão anunciado pelo governo americano. Nos EUA tudo se faz com consulta de opinião. A máquina americana funciona sentindo o que o homem comum pensa e decide em família e em grupo no interesse geral que é o interesse da população americana. Os EUA têm a mais poderosa economia do mundo, uma recessão americana recai sobre a economia de todos os países, inclusive os mais fortes e mais poderosos com economia sólida e bem administrada como é o caso da Alemanha e da Inglaterra, para citar dois exemplos. Mas a desaceleração da economia americana, no caso de uma recessão, terá impactos
G A desaceleração
da economia americana terá impacto em vários países, mesmo entre os mais poderosos. negativos em vários países e, principalmente, sobre a própria economia de mercado, pois os EUA se fecharão por força de seus problemas e deixarão de fazer o que é mais importante para eles: a campanha pela democracia em todo o mundo.
N
a sexta-feira, dia 18, foi anunciado em Washington o plano antirecessão do governo americano lançado por Bush. O plano poderá evitar a recessão, mas, talvez, apenas parcialmente. O homem comum americano não se guia exclusivamente pelo governo diante de uma recessão. Ele pode colaborar no seu próprio interesse e no interesse da nação e do mundo, mas não age absolutamente só com a força do poder, que lá não tem a inflexibilidade dos países latinoamericanos. Temos recordações da Grande Depressão e o que ela acarretou para os EUA durante os anos que durou o governo Roosevelt. A recessão foi natural. Desta vez a recessão é planejada e pode ser acolhida ou não, sendo de se imaginar que vá ser oficial e no interesse da economia mundial. Estamos nas mãos dos EUA, dos seus técnicos que ocupam lugares de exponência nos grandes organismos que dirigem a política econômica americana. Enfim, estamos sujeitos aos americanos, o que vier de lá terá conseqüências aqui e em outros países, dando-se a reação que for cabível. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
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4 - ECONOMIA
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Economia
CAIXA 1 O seu consultor financeiro Monalisa Lins/e-Sim
Érika Salvato é uma das associadas da Curves, uma academia dirigida apenas ao público feminino
Exercite sua vocação para os negócios em uma academia Procura por saúde e melhor qualidade de vida impulsionam o setor
A
busca pelo bem-estar e pela qualidade de vida alimentam muitos negócios. Nas academias, além de impulsionar um mercado que faturou mundialmente US$ 55,8 bilhões em 2006, esses desejos têm imprimido mudanças no ramo. "O modelo dos anos 1970, voltado só para a malhação, está superado no
Fátima Lourenço mundo", afirma o presidente da Fitness Brasil, Waldyr Soares. Aqui, acrescenta, o setor está em transformação há cerca de cinco anos, incorporando ao fitness (malhação) o chamado wellness (bem-estar). A tendência abriu espaço para novos formatos de negócio. O exemplo emblemático é a norte-americana Curves, uma academia só para mulhe-
res, com 11 mil unidades em 60 países. No Brasil desde 2003, tem 191 franquias abertas, 29 contratos novos e planos de chegar a 500 entre cinco e sete anos, diz o diretor de vendas e desenvolvimento da master franquia, Marcelo Collares. Uma unidade da Curves custa de R$ 65 mil a R$ 85 mil (fora ponto e reforma), tornase um negócio saudável a par-
tir de 150 alunas, e alcança faturamento mensal em torno de R$ 30 mil com 300 associadas. A proposta é oferecer um ambiente descontraído, sem espelhos, onde até quem não gosta de academia, mas precisa de exercícios, sinta-se à vontade. A associada freqüenta o espaço três vezes por semana. Che-
ga quando quer e sai quando termina a série de 30 minutos de exercícios, em equipamentos com resistência hidráulica, que não demandam ajustes. Condições – O franqueado Curves não precisa ser do ramo, mas por força da legislação precisa ter profissional formado em educação física. O franqueador promete treinamento. Nesse mercado, segundo Silvia Mankel, dona de duas unidades Curves na capital paulista, é muito importante oferecer atendimento personalizado para ganhar a fidelidade da cliente. A propaganda boca-a-boca é responsável pela maioria das adesões. O sistema de franchising reserva aos interessados outras opções com formato semelhante. A Contours, uma delas, também nasceu nos Estados Unidos e está presente em 27 países, com 800 academias para mulheres, com oferta de horário flexível e circuito de 30 minutos de atividades. A marca chegou ao Brasil em 2004 por iniciativa de Cassiano Ximenes. Hoje, a rede é formada por 45 unidades, 18 delas na capital paulista, onde, segundo ele, cabem outras 26 Contours. A meta é chegar a 220 academias em cinco anos. A capital e o interior de São Paulo e Rio de Janeiro são prioridades para a expansão, especialmente cidades com pelo menos 100 mil habitantes e alto poder aquisitivo. A franquia custa de R$ 200 mil a R$ 220 mil. "Depende muito da reforma do imóvel", diz Ximenes, que projeta faturamento mensal em torno de R$ 35 mil para unidades com 250 alunas. Outra opção nesse nicho é a Citrus Gym, concebida em Florianópolis (SC) em 2005 pelo norte-americano John Kersh. Segundo um dos sócios, Viviane Lopes, ela é a primeira academia expressa para homens e mulheres da América Latina,
onde se pretende abrir pelo menos 50 franquias da marca em 2008. No Brasil, a marca tem dez unidades e outras 20 em implantação. A meta é finalizar 2008 com 150 pontos. Ser dono de um deles requer investimento de R$ 90 mil (fora ponto, reforma e capital de giro) e presença do franqueado na gestão do negócio. Con junção – Os modelos adotados por essas franquias não demandam grandes espaços físicos, ao contrário do que ocorre com marcas como a Cia Athletica, que, em lugar do franchising, se expande com sócios que ficam à frente do negócio. Só o formato expresso da marca requer pelo menos dois mil metros quadrados, ao custo de R$ 2 mil a R$ 3 mil por m² construído, explica o presidente e criador da rede, Richard Bilton. "Adotamos o que há de melhor no franchising: ter um dono (no caso, o sócio minoritário) operando o negócio". Para Bilton, nesse ramo só vale expandir com franquia quando o negócio permite ganhos em escala. "Médias e grandes academias, mais sofisticadas, são negócios de alto reinvestimento. Nem há espaço para abrir muitas delas no Brasil." A conjunção de fitness e bemestar já está incorporada na Cia Athletica há pelo menos sete anos, garante Bilton, que adota o slogan "Gente cuidando de gente". Para o executivo, atualmente o mercado comporta vários modelos de operação. "Negócios como o da Curves, segundo ele, ajudam a trazer mais público às academias", explica. No entanto, a despeito das boas perspectivas para o futuro do setor, o candidato a empreendedor precisa de muita cautela ao analisar as oportunidades. No Brasil, muitas academias nascem e morrem todos os anos. Hoje, estima-se a existência de 7 mil empreendimentos do gênero.
Ambiente da Curves: sem espelhos para aumentar o bem-estar
OPINIÃO - 3
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
O MENSALÃO NÃO FOI UM PECADO TEMPORÃO COMETIDO POR ALMAS SANTAS
ANTONIO DELFIM NETTO
PT, o partido dos ricos A corrupção financeira do PT não é senão a exteriorização tardia – e mais vistosa, para a mentalidade dinheirista – da podridão interior sem fim que inspirou a criação do partido-seita
Por Olavo de Carvalho
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G Faça seu comentário direto no site do DC G Ou envie um e-mail: doispontos@ dcomercio. com.br
PT não é um partido ladrão porque abandonou seus altos ideais e se corrompeu ao contato com a maldita direita. Para que a direita o corrompesse seria preciso que ela fosse mais corrupta do que ele, e é só comparar a lista de escândalos dos governos respectivos para ver que o próprio P. C. Farias teria muito a aprender com os Dirceus e Berzoinis. O PT é um partido ladrão porque é um partido revolucionário, filiado a uma tradição de amoralismo maquiavélico que pelo menos desde a Revolução Francesa, com intensidade crescente desde a Primeira Internacional de 1864 e mais ainda desde a fundação do Partido Social-democrata de Lênin, sempre achou que era de seu direito, e até da sua obrigação, financiar a si próprio por meio de assaltos, de seqüestros, de extorsões, de desvio de dinheiro público, bem como de uma infinidade de negócios capitalistas legais e ilegais, cujo volume total faria inveja a seus mais reacionários inimigos burgueses. Estudem a vida de Lênin e confirmarão o que estou dizendo. O volume do capital que o financiava, sem contar a ajuda de governos estrangeiros, era tal que, se aplicado em atividades produtivas, teria feito dele uma espécie de J. P. Morgan – com o detalhe significativo de que as contribuições de J. P. Morgan engrossavam aquele capital junto com o dinheiro dos assaltos comandados por Stálin. Revoluções custam caro. O revolucionário Parvus, que enriqueceu com mil e um negócios na Turquia, já ensinava em 1914: “A melhor maneira de derrubar o capitalismo é nós mesmos nos tornarmos capitalistas.” Não foi o Lulinha quem descobriu essa fórmula. Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht riram dela e acabaram derrotados. Lênin, o vitorioso, ouviu-a com reverência e gratidão da boca de seu gerente financeiro na Suíça, Jacob Hanecki, a quem depois da Revolução premiaria com o cargo de Comissário do Povo para as Finanças. Leiam Lenin in Zurich, de Alexander Solzhenitsyn (London, Farrar, Straus & Giroux, 1975). A revolução socialista consiste na simples transfiguração de uma elite ativista proprietária de boa parte do capital em senhora absoluta de todo o capital. Sempre foi assim, e com a esquerda nacional não é diferente. O mensalão não foi um pecado temporão cometido por almas santas no último minuto antes da ascensão aos céus. Foi a execução lenta e metódica de planos traçados desde o começo da década de 90 _ contemporâneos à criação do Foro de São Paulo _, já denunciados então por César Benjamin, algo como uma versão “los macaquitos” de Karl Liebknecht, à qual, como a este último, a História e o distinto público deixaram falando sozinha. Tomem, por exemplo, a forma mais simples e bruta do capital – a posse da terra – e façam a conta de tudo o que a militância organizada, com o auxílio deste governo e dos anteriores, vem amealhando ao longo dos últimos anos. Somem a extensão das propriedades do MST com as reservas indígenas, com os quilombos (ou ditos tais) em vias de desapropriação, com os imóveis estatais e privados já transferidos a ONGs ativistas, com as áreas sob domínio das Farc diretamente ou através de seus pre-
postos locais – e verão que nunca houve, neste país, um patrimônio imobiliário comparável. Nem incluo aí o patrimônio financeiro – as verbas estatais que jorram sobre as organizações esquerdistas, as participações acionárias em mil e uma empresas, as contribuições internacionais impossíveis de calcular e, last not least, os lucros do narcotráfico. Os ricos não serão destruídos pelos pobres. Serão destruídos pelos mais ricos.
N
o fundo, o cinismo lulista é até mais respeitável do que o moralismo posado de seus críticos de esquerda, postiço até o desespero, macaqueação tardia do mesmo discurso enganoso que levou o PT às supremas glórias eleitorais. O que o antilulismo de esquerda nos promete, na hipótese viabilíssima de sua ascensão ao poder, são prodígios de ladroagem que farão Dirceu e Berzoini parecerem São Cosme e São Damião. No ato mesmo em que explicam a corrupção petista como traição aos ideais revolucionários, os santarrões do PSOL e do PSTU se desmascaram a si próprios com uma eloqüência quase sublime: Quem pode acreditar em patifes que prometem fazer a revolução marxista sem descumprir em nada os ditames da moral burguesa? Ademais, por que alardeiam suas denúncias na Rede Globo, na Folha, no Estadão – naquela mesma mídia a que chamam reacionária e imperialista – antes de haver sequer tentado discuti-las discretamente no Foro de São Paulo, a instância máxima do esquerdismo continental? Roupa suja se lava em casa, e quando alguém o faz em público antes de haver nem mesmo tocado no assunto em família, é porque está tramando alguma. Imaginem um soi disantdissidente soviético que, nos anos 60, saísse berrando contra o comunismo na Voz da América ou Rádio Europa Livre, ao mesmo tempo que conservasse seu cargo e suas boas relações no Politburo ou na KGB. É exatamente a mesma coisa. Se a
esquerda está dividida entre os corruptos e os honestos, a divisão deveria aparecer primeiro nos seus debates internos – só depois ante os inimigos, se chegasse a tanto. O inverso é prova clara de que se trata de pura encenação, de que por trás a família continua unida e coesa, tramando para ludibriar uma vez mais a multidão dos trouxas. Não há cisão na esquerda: há apenas uma natural divisão de trabalho – uns amealham dinheiro e poder à custa de enfear a imagem do esquerdismo, outros embelezam a imagem consentindo devotadamente em adiar o recebimento da sua quota de dinheiro e poder. Sempre foi assim. O movimento revolucionário limpa-se na sua própria sujeira, engorda alimentando-se do seu próprio cocô. O hábito de salvar o prestígio do esquerdismo no ato mesmo de denunciar os seus crimes já está tão arraigado nas rotinas mentais da classe falante, que aparece até mesmo nos lugares que se julgariam, à primeira vista, os mais inusitados. Falando dos reféns em poder da narcoguerrilha colombiana, escreve a Veja desta semana – sim, Veja, nominalmente o spalla da orquestra antipetista: “A organização que mantém cerca de oitocentas pessoas em seu poder, conhecida pela sigla Farc, não é formada por guerrilheiros marxistas, como repete a denominação usual (grifo meu). Nem Marx endossaria as barbáries cometidas pelas Farc, que se originaram numa guerra civil ocorrida na Colômbia e depois tiveram inspiração esquerdista, mas há muito tempo degeneraram em uma espécie de seita de fanáticos que vive à custa do tráfico de cocaína.” Desde logo, é falso que Marx não endossaria essas violências e outras piores, de vez que contemplava como exigência normal e desejável do processo revolucionário a extinção sumária de povos inteiros. Em segundo lugar, o narcotráfico das Farc é mixaria perto do que foi feito na China por Mao Dzedong, a quem ninguém jamais
acusou de ser infiel às tradições marxistas. Em terceiro lugar, o comércio latino-americano de drogas foi na sua parte mais substantiva uma criação da KGB, que se empenhou nisso desde os anos 50 (v. o depoimento do general tcheco Jan Sejna – um participante direto da operação – em Christopher Story, Red Cocaine - The Drugging of America and the West, London, Edward Harle, 2nd. Ed., 1999). Devemos crer que o governo soviético, Mao Dzedong e o próprio Marx não representam o autêntico espírito do marxismo, cujo único porta-voz autorizado é o redator de Veja? Este aliás se trai miseravelmente ao dizer que, de esquerdistas genuínos, os militantes das Farc se trasnformaram numa “seita de fanáticos”. Se dissesse que se transformaram em aproveitadores sem fé nenhuma, talvez enganasse melhor. Mas “fanáticos”? Fanáticos do quê? Do espiritismo? Do vegetarianismo? Da SeichoNo-Iê? Fanáticos jogadores de futebol-de-botão? Fanáticos admiradores da Ana Paula Arósio? Fanáticos, por definição, acreditam em alguma coisa, e em que acreditam os homens das Farc, senão no bom e velho marxismo de sempre? Fanáticos marxistas, sim, é o que são, ontem como hoje. Se não o fossem, não seriam aceitos e celebrados como representantes fidedignos do marxismo no templo mesmo da revolução comunista, o Foro de São Paulo. Ou será que Veja tem mais autoridade do que o Foro de São Paulo para julgar a ortodoxia comunista dos outros?
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ais abusadamente ainda, Marcelo Otávio Dantas, no artigo “Messianismo e o credo petista” (Folha de S. Paulo, www1.fol h a . u o l . c o m . b r / f s p / o p iniao/fz2312200709.htm), querendo contrastar o PT corrupto de hoje com o PT puríssimo de outrora, diz que a mentalidade do partido “converteu-se, assim, em um neosabbatianismo radical, alimentado por uma intelectualidade delirante, especializada em justificar o injustificável”.Como se os traços da heresia de Sabbatai Zevi já não estivessem no próprio sangue do movimento revolucionário desde sempre e como se a marca distintiva do PT não tivesse sido, desde a origem, o culto do pecado redentor assumido até mais explicitamente que o dos outros partidos de esquerda então existentes. Nascido de uma aliança entre os comunistas e a esquerda católica, o PT veio imbuído do projeto gramsciano de subverter a Igreja por dentro, esvaziando-a de seu conteúdo espiritual e fazendo dela o instrumento dócil do que pode haver de mais anticristão no mundo, a revolução comunista. Se isso não é uma forma extrema de heresia messiânica, não sei em que outra classificação possa caber. O discurso untuosamente moralista do PT nunca teve nada de sincero, foi sempre, entre os líderes, uma parasitagem maquiavélica do prestígio da Igreja para fins de propaganda e, na arraia miúda dos militantes, uma forma patológica de auto-engano lisonjeiro. Perto disso, o mensalão é apenas um pecadinho de fim de semana. A corrupção financeira do PT não é senão a exteriorização tardia – e mais vistosa, para a mentalidade dinheirista – da podridão interior sem fim que inspirou a criação do partido-seita.
PLANEJAR UMA GERAÇÃO À FRENTE
A
defesa que faço da necessidade e da urgência de voltarmos a desenvolver uma política industrial exportadora não tem sido bem compreendida em setores do governo e do próprio empresariado. Dizem "se as exportações continuam crescendo, os saldos do comércio se mantêm em bom nível, os preços agrícolas e minerais mais do que satisfatórios, onde está a urgência de reinventar uma política que vai depender da intervenção do Estado para privilegiar uns poucos setores escolhidos arbitrariamente?". Muitas pessoas, satisfeitas com o bom desempenho da economia, limitam suas observações ao curto prazo, sem se preocupar em enxergar um pouco além da linha do horizonte, digamos uma geração à frente. A idéia, por exemplo, que ao Brasil basta copiar exemplos "virtuosos" de desenvolvimento econômico e social de países que se dão muito bem vivendo das exportações de produtos da agropecuária e minerais, deixa de considerar o problema fundamental: daqui a 20 anos o Brasil terá 250 milhões de habitantes, dos quais 140 a 150 milhões entre 15 e 65 anos que vão precisar estar empregados. Obviamente as atividades nos setores agro e de mineração, por mais que se desenvolvam, não darão conta de absorver talvez uma décima parte dessa mão-de-obra. A tendência nesses setores, ao contrário, é de liberar trabalhadores nos próximos anos devido ao rápido desenvolvimento tecnológico e conseqüente aumento da produtividade. Só o crescimento rápido da indústria e do setor de serviços permitirá absorver essa imensa população apta para o trabalho.
D
os "exemplos de sucesso" habitualmente citados, a Austrália terá daqui a duas décadas seus 25 milhões de habitantes, a Nova Zelândia aproximadamente 5 milhões e o Chile pouco mais de 30 milhões. São populações que eventualmente poderão continuar a se sustentar com as exportações de suas commodities, (basicamente carnes, minérios e frutas) mas claramente não servem de paradigma. Às vezes as explicações no nível técnico não são muito adequadas para convencer as
G É preciso uma
política que favoreça a expansão das exportações industriais e de serviços. Tal ação criará empregos no futuro próximo para milhões de brasileiros.
pessoas, o que se consegue de forma até inesperada com exemplos bem simples. Tive uma lição dessas no domingo passado quando participava do "Canal Livre" na TV Bandeirantes e para destacar a diferença de dimensão do problema da geração de emprego daqui a 20 anos no Brasil e na Nova Zelândia calculei que a população total deste país não será maior do que a da "favela do Alemão", no Rio de Janeiro.
C
onvenci-me, pela repercussão dos dias seguintes, que tal explicação ajudou muito a "cair a ficha" para pessoas que antes aceitavam como boa a idéia de nos alinharmos com as economias exportadoras de matérias-primas. Sem uma política de suporte aos investimentos para expansão das exportações industriais e de serviços (como vem fazendo com sucesso a China e a Índia, apenas para citar dois "emergentes") não haverá onde colocar os milhões de brasileiros que vão demandar o mercado de trabalho, da mesma forma que não criamos empregos suficientes nos últimos vinte anos pela incapacidade de pensar uma geração à frente. ANTONIO DELFIM NETTO É PROFESSOR EMÉRITO DA FEA-USP E EX-MINISTRO DA FAZENDA, DA AGRICULTURA E DO PLANEJAMENTO. CONTATODELFIMNETTO@TERRA.COM.BR
FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894
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Quero ficar velhinha, mas tendo uma saúde legal. Não sei até quando eu vou fazer show, não sei se eu agüento, seria bom morrer no palco – pro currículo, né? Fazer um filme depois, eu lá, morrendo no palco, Edith Piaf!
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Rita Lee, para o Jornal da Globo.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
21 JANEIRO Dia Mundial da Religião
F EBRE AMARELA E M
C A R T A Z
VISUAIS
Mostra do artista plástico Adilson D'Aparecida reúne 35 quadros em óleo sobre tela no Espaço Design do Shopping Interlar Interlagos. Avenida Interlagos, nº 2225, tel.: 3471-8800. Grátis. T RÂNSITO
Faixa para motos na 23 de Maio Começa a funcionar hoje, em caráter experimental, a faixa exclusiva para motociclistas na Avenida 23 de Maio, zona sul de São Paulo. Demarcada por cones, funcionará das 10h às 16h, entre os viadutos Pedroso e Tutóia. Um posto da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) será instalado na Rua Stela, junto ao Viaduto Tutóia, para a
Luciano Amarante/Folha Imagem
Doença afeta ecoturismo E risco de superdosagem: imunizados a partir de 1999 não devem repetir vacina.
E
m Brasília, a preocupação com a febre amarela está fazendo cair o ecoturismo. Apesar de o início do ano não ser considerado a alta temporada em Brasília e cidades próximas no estado de Goiás, segundo Eder Costa Ferreira, um dos funcionários da fazenda que promove o passeio na região, disse que as mortes por causa da febre amarela fizeram diminuir em 30% o número de excursões realizadas por sua empresa em janeiro deste ano em comparação com o mesmo período de 2007. O Ministério da Saúde informa que a vacina deve ser tomada com dez dias de antecedência por quem pretende visitar área rural ou mata e não foi imunizado depois de 1999. A Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da
Saúde confirmou no sábado oito mortes por febre amarela no País. A oitava morte ocorreu no dia 4, em Goiás. No total, das 33 notificações de suspeita de febre amarela silvestre, encaminhadas pelas secretarias estaduais de saúde, 12 foram confirmadas, 14 foram descartadas e sete permanecem em observação. O número de casos registrados até o momento é maior do que o de anos anteriores, o que gerou grande corrida aos postos de saúde. Só no Distrito Federal foram vacinadas mais de 1,1 milhão de pessoas. Na última semana, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou que não há risco de epidemia de febre amarela urbana. Ele lembrou que a vacina fabricada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é
100% eficiente, se tomada com a antecedência mínima recomendada, de dez dias. Balanço da Secretaria de Vigilância em Saúde mostra que, nos últimos sete anos, foram distribuídas 177 milhões de doses da vacina contra febre amarela aos estados. Somente este ano já foram distribuídas 7 milhões de doses. Superdosagem - O boletim do Ministério da Saúde adverte para que as pessoas vacinadas de 1999 para cá não repitam a dose, porque a revacinação pode provocar efeitos adversos, como febre alta, vômito, enrijecimento muscular, alergia e problemas neurológicos. Até o momento, as secretarias estaduais de saúde já notificaram 31 casos de efeitos colaterais, dois dos quais em estado grave. (AE)
Tiziana Fabi/AFP
Yellow cab só para pequenos
Receitas e dicas para o verão
Os famosos táxis de Nova York se transformaram em fofíssimos pares de sapatinhos para bebês até 12 meses. Há quem ache brega, mas quem ama Nova York bem que gostaria de uma versão para adultos. O par custa US$ 33. Busque por Taxi Booties no site
O canal a cabo GNT preparou uma programação especial de verão e estendeu a idéia ao site. Há dicas de moda, beleza, saúde e bem estar e um espaço dedicado à gastronomia, com receitas que têm a cara do verão e preparar em casa pratos criados por chefs badalados que estão no ar no GNT. É o caso da salada de frutas de Jamie Oliver ou da lasanha do dia seguinte de Claude Troisgros. Nessa seção, os internautas também podem postar as suas receitas.
www.spoonsisters.com
www.gnt.com.br
Um mutirão de limpeza marcou a comemoração, no Rio de Janeiro, do Dia Estadual de Limpeza dos Rios. Segundo o governo do estado do Rio, cerca de 5 mil voluntários participaram no domingo, também Dia de São Sebastião e aniversário da cidade, da limpeza de 35 rios. A data tem o objetivo de conscientizar a população sobre a necessidade da preservação dos recursos hídricos, que sofrem com o despejo de lixo e esgoto, desmatamento e ocupação irregular. O secretário de ambiente do Rio, Carlos Minc, enfatizou a necessidade de parcerias para a despoluição dos rios de todo o estado. (AE) B RAZIL COM Z
Todo mundo quer investir aqui
S USTO
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F AVORITOS
5 mil voluntários limpam rios no RJ
O jornal britânico Financial Times publicou no fim de semana uma reportagem sobre o aumento dos investimentos estrangeiros diretos no Brasil. O artigo cita dados da Unctad (órgão das Nações Unidas para o desenvolvimento) que mostram que o Brasil recebeu duas vezes mais investimentos estrangeiros diretos do que a Índia em 2007 e que cresceram a uma taxa mais rápida do que na China ou na Rússia. O Financial Times garante que os brasileiros estão surpresos com tanto crescimento, que o jornal atribui à melhora das perspectivas macroeconômicas no Brasil.
observação, fiscalização e orientação aos condutores durante os cinco dias de testes.
G @DGET DU JOUR
C IDADANIA
PUXÃO DE ORELHA - Boneca gigante representando Hillary Clinton, candidata ao senado americano, segura pela orelha boneco com a cara do presidente George W. Bush, em tradicional parada carnavalesca na cidade de Viareggio, neste domingo.
I NTERNET Reproduções/site
Vida efêmera B
ioephemera é um site voltado para os fãs de biologia e de arte. A proposta do site é, ao mesmo tempo, registrar o que há de efêmero nesses dois universos. Os principais personagens do site são os transitórios (ephemeros, em grego) insetos, borboletas, larvas e outras formas de vida que, se olhadas bem de perto por quem tem criatividade e sensibilidade, podem ser esteticamente interessantes. Ephemera se refere também a fotografias, gravuras, selos e outros registros que são observados de passagem, que flagram apenas momentos. O site traz quase diariamente uma nova imagem dessa vida que nem sempre se vê.
Idoso acorda em seu próprio velório Felisberto Carrasco, um idoso de 81 anos, acordou neste domingo no meio de seu próprio velório, para a surpresa de amigos e familiares que choravam sua morte na pequena cidade chilena de Angol, no Chile. Todos pensavam que o velho estava morto porque o corpo dele estava frio e imóvel. Em vez de chamarem um médico para comprovar a morte, chamaram uma funerária. "Não podia acreditar. Meu tio estava me olhando. Comecei a chorar e corri para buscar algo para abrir o caixão" relatou Pedro Carrasco ao jornal local Últimas Notícias. Uma vez retirado do caixão, Felisberto disse que não sentia dor e pediu um copo d'água. As rádios da cidade tiveram que retificar o anúncio da morte, que já havia sido divulgada. E DUCAÇÃO
http://bioephemera.com
Docentes querem fim da mordaça
A TÉ LOGO
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
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Agência de Alimentos dos EUA pode obrigar fábricas a rotular produtos feitos com clones
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Com apenas mais R$ 3 de cada segurado, planos de saúde poderiam incluir transplantes
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Suicídio e alcoolismo entre jovens da comunidade levam lideranças indígenas ao debate
Movimentos ligados à educação querem tirar a mordaça colocada há 40 anos nos professores, que proíbe os funcionários públicos do Estado de São Paulo de se pronunciarem sobre sua função. Na prática, um professor não pode dizer o que pensa do sistema onde trabalha, das condições nas quais dá aula ou mesmo de sua experiência pessoal como docente. Caso o faça, pode sofrer um inquérito administrativo e até ser exonerado. Circula entre os docentes um abaixo-assinado contra a lei, criada na época da ditadura militar e ainda vigente.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
DIÁRIO DO COMÉRCIO
ECONOMIA - 5
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Estaduais Copa da África Carioca Italiano
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008 AFP
Estou ansioso para ver como a Copa da África mudou nestas quatro décadas.” Carlos Alberto Parreira
SÓ O VASCO DECEPCIONA NA ESTRÉIA
Rudy Trindade/Futura Press
BOLA NA REDE O
Fábio Luciano marca o segundo do Flamengo, que fez 2 a 0 no Boavista. Na abertura do Campeonato Carioca, só o Vasco decepcionou
Começaram no fim de semana mais seis campeonatos.
Começaram também os campeonatos do Amazonas, Distrito Federal, Mato Grosso e Paraíba.
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Ontem, o Inter empatou (2 a 2) com o Inter de Santa Maria, fora de casa.
No primeiro clássico do Paranaense, ontem, deu Atlético: 2 a 0 no Coritiba.
Em Goiás, vitória do Goiás no clássico de abertura: 2 a 1 no Atlético.
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No Rio Grande do Sul, o Grêmio estreou em casa, no sábado. Fez 3 a 0 no 15 de Campo Bom.
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P ELO BRASIL
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zendo sua parte. Abriu a contagem com Souza, aos 20 minutos do segundo tempo, e só foi ampliar, com o zagueiro Fábio Luciano, aos 41. Pior aconteceu com o Vasco, que mesmo jogando em São Januário acabou derrotado pelo Madureira por 2 a 1. O carrasco vascaíno foi um ex-jogador do clube, Muriqui, autor dos dois gols do Madureira, marcados aos 9 e aos 38 minutos do segundo tempo. O Vasco havia empatado quatro minutos antes, com Abuda, quando o Madureira fez o segundo. Nas demais partidas da rodada de abertura da Taça Guanabara (o primeiro turno do Campeonato Carioca), no sábado, Volta Redonda e Macaé empataram em 0 a 0 e a Cabofriense fez 3 a 0 no Mesquita. Ontem, o América foi goleado em casa pelo Duque de Caxias por 5 a 2 e o Friburguense fez 1 a 0 no Americano. No Grupo A, Duque de Caxias, Flamengo e Fluminense lideram com 3 pontos, seguidos por Macaé e Volta Redonda, com 1. No B, Cabofriense, Botafogo, Madureira e Friburguense são os líderes, com 3.
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Campeonato Carioca começou no final de semana com três dos quatro times grandes dando as cartas. Fluminense, Botafogo e Flamengo venceram seus jogos. Só o Vasco perdeu. No sábado, enquanto o Fluminense fazia 2 a 0 no Cardoso Moreira no Maracanã, o Botafogo vencia o Resende pelo mesmo placar jogando no Estádio Engenhão. Apesar das várias estréias (Gustavo Nery, Y g o r, L e a n d r o A m a r a l e Washington), os dois gols da vitória do Fluminense foram marcados por jogadores que já estavam no elenco na temporada passada: Thiago Neves, aos 23, e Cícero, aos 36 minutos do segundo tempo. Um pouco mais tranqüila foi a vitória do Botafogo sobre o Resende. Logo aos 8 minutos do segundo tempo, Zé Carlos fez Botafogo 1 a 0. Aos 15, Wellington Paulista ampliou o placar. No domingo, foi a vez de o Flamengo estrear contra o Boa Vista, no Maracanã, e de o Vasco receber o Madureira em São Januário. O rubro-negro sofreu um pouco, mas acabou fa-
No fim de semana que vem começa o Campeonato Mineiro. No ano de seu centenário, o Atlético estréia contra o Democrata, em Sete Lagoas. O Cruzeiro com o Uberaba, em casa.
Ricardo Matsukawa/Futura Press
C OPA SÃO PAULO
Só sobrou o São Paulo
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São Paulo será o único clube grande do futebol paulista presente nas semifinais da Copa São Paulo de Juniores. Ontem, jogando no Estádio Antônio Soares de Oliveira, em Guarulhos, o Tricolor bateu o Grêmio por 2 a 0, com um gol de Inácio, contra, e outro de Ronielli. Com o resultado, classificouse para disputar uma das vagas na decisão contra o Figueirense (SC), que também ontem, jogando em São Carlos, fez 1 a 0 no time da casa. Marquinhos, logo aos 10 minutos do primeiro tempo, fez o gol da classificação do Figueirense,
Vitória sobre o Grêmio por 2 a 0, em Guarulhos, coloca o Tricolor nas semifinais da competição de juniores Damien Meyer/AFP
Começa a festa africana oi aberta ontem, com muita festa e um jogo emocionante, a 26ª edição da Copa da África, na cidade de Accra, em Gana. E os donos da casa começaram com o pé direito, ainda que com sofrimento: venceram Guiné por 2 a 1, placar definido por Muntari, com um chute de longa distância, nos acréscimos - Gyan havia marcado para os donos da casa e Kalabane empatou
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que nas oitavas-de-final havia eliminado o Palmeiras. A outra semifinal será entre Internacional (RS) e Rio Branco de Americana (SP), que se classificaram no sábado. A classificação dos gaúchos foi heróica. Saíram na frente, com um gol de Rafael Forster, mas ainda no primeiro tempo o Santos chegou aos 3 a 1, com um gol de Paulo Henrique e dois de Tiago Luís. Na segunda etapa, o Colorado chegou a um surpreendente empate por 3 a 3, com dois gols de Walter, marcados aos 28 e aos 43 minutos. Nos pênaltis, o Inter venceu por 6 a 5.
Já o Rio Branco não encontrou dificuldades para fazer 4 a 1 no Fortaleza, que na fase anterior havia eliminado o Corinthians nos pênaltis. Felipe, Índio e Helerson, dois, fizeram os gols do Rio Branco, enquanto Marlon marcou o gol de honra da equipe cearense. Os jogos Rio Branco x Internacional e São Paulo x Figueirense acontecem no meio da semana, em datas a serem definidas pela Federação Paulista de Futebol. A decisão da 38ª Copa São Paulo de Futebol Júnior deste ano acontece no feriado de 25 de janeiro, aniversário da cidade, excepcionalmente no Estádio do Morumbi, já que o Pacaembu, tradicional palco da festa de encerramento, encontra-se fechado para reformas.
depois para Guiné. Entre as autoridades presentes ao jogo e à cerimônia de abertura, os presidentes da Fifa, Joseph Blatter, e da Uefa, Michel Platini - nada mais natural, já que, dos 368 atletas inscritos na competição, 208 defendem clubes europeus e só 145 atuam na África. Hoje, Marrocos e Namíbia completam a primeira rodada do Grupo A, e haverá mais
duas partidas pelo Grupo B: Nigéria x Costa do Marfim e Mali x Benin. Os brasileiros aparecem na quarta: Francileudo dos Santos joga pela Tunísia, que enfrenta Senegal pelo Grupo D; em seguida, Angola pega a África do Sul de Carlos Alberto Parreira. Para o ex-técnico do Brasil, a participação na Copa da África em Gana marca uma volta ao início da carreira - em 1968, à
frente da seleção da casa, foi vice-campeão africano, em seu primeiro emprego à frente de uma seleção. “É um lugar mágico na minha carreira”, diz o técnico, que chegou ao país com 24 anos e contou que seu trabalho à frente dos anfitriões da Copa de 2010 tem um obstáculo e tanto: ”Estou na África do Sul contra os desejos da minha família, acham que eu já deveria ter me aposentado.”
Abdelhak Senna/AFP
Pato e Ronaldo ajudaram na difícil vitória de ontem sobre a Udinese
Milan começa a embalar
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Gyan, autor do primeiro gol de Gana, em lance com Jabi, de Guiné: boa vitória dos donos da casa na abertura da Copa da África
s brasileiros mais uma vez foram importantes para o Milan, que venceu a Udinese por 1 a 0 e já subiu para o nono lugar, com 24 pontos e três jogos a menos que os demais rivais, por causa da viagem ao Japão para o Mundial de Clubes. Já nos acréscimos, quando o jogo caminhava para um frustrante empate, Pato roubou uma bola na entrada da área rival e deixou para Kaká, que rolou de calcanhar para Gilardino, que marcou, dez minutos depois de substituir Ronaldo. O Fenômeno estreou um no-
vo corte de cabelo, com pequenas tranças, parecido com o dos astros na NBA. E, enquanto teve fôlego, foi o melhor jogador do Milan em campo, com pelo menos três boas chances perdidas. A liderança segue com a rival Inter, que foi a 49 pontos depois de suar para vencer o Parma por 3 a 2, de virada, gols de Cambiasso e Ibrahimovic (2). São sete pontos de vantagem para a Roma, que foi a 42 ao vencer o Catania por 2 a 0 - Giuly e De Rossi marcaram. A Juventus empatou por 0 a 0 com a Sampdoria e tem 37 pontos.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Política
Pelo visto, quase ninguém economiza nos gastos pessoais. Muito menos Lula. A mordomia corre solta na família dele. Rodrigo Maia
Givaldo Barbosa/Agência O GLOBO
Alex Almeida/ Folha Imagem
Na hora em que os movimentos sociais conseguiram colocá-lo lá onde ele está, na hora que ele alcançou o poder, ele dá as costas aos movimentos sociais. Eu diria que ele cospe no prato em que comeu.
A CPMF é uma página virada. Guido Mantega, ministro da Fazenda, descartando a possibilidade de o governo lançar novo 'imposto do cheque' sob outra denominação.
Dom Luiz Cappio
Célio Azevedo/Agência Senado/10-04-2007
Da mesma forma que o parlamento tirou (a CPMF), o governo não vai se envolver. José Múcio Monteiro, ministro das Relações Institucionais, sobre o relançamento do tributo
Não é nada político e nem há dinheiro público. Além disso, é tudo injusto e falso. Edison Lobão, que assume hoje o as Minas e Energia, sobre a acusação de que seu suplente no Senado (e filho), Edison Lobão Filho, usou a empregada doméstica como 'laranja'
Lula e (Celso) Amorim nos cobrem de vergonha e desmoralizam o Itamaraty. Nunca antes nestepaiz! Reinaldo Azevedo, em seu blog, sobre as acanhadas declarações de ambos sobre as Farc
'Lula cospe no prato em que comeu', diz Cappio Bispo lembra que Lula foi eleito pelos movimentos sociais e, uma vez no poder, deixou para trás suas origens
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bispo de Barra (BA), dom Luiz Flávio Cappio, voltou a cobrar do governo federal um diálogo sobre a transposição do Rio São Francisco e retomou as críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em visita a São Paulo para celebrar uma missa em homenagem a migrantes baianos, o bispo disse que Lula foi eleito pelos movimentos sociais e, uma vez no poder, deixou para trás suas origens.
"Na hora em que os movimentos sociais conseguiram colocá-lo lá onde ele está, na hora que ele alcançou o poder, ele dá as costas aos movimentos sociais, esquece os movimentos sociais. Eu diria que ele cospe no prato em que comeu", afirmou Cappio, em entrevista concedida após a celebração. "Quando precisou dos movimentos sociais para se eleger, se elegeu. Uma vez lá só governa o Brasil para as elites", emendou.
Dom Cappio afirmou que até agora não obteve nenhum sinal do governo favorável ao diálogo, apesar da greve de fome realizada no final do ano passado e interrompida após internação e intervenção médica. "Infelizmente, por parte do governo não existe nenhum desejo de dialogar. O projeto de transposição do São Francisco é uma imposição do governo federal, decidido entre quatro paredes de um gabinete", afirmou.
A missa, celebrada há 18 anos pelo próprio Cappio, se estendeu por cerca de duas horas e meia. A celebração também se tornou palco para a luta do bispo contra a transposição do Rio São Francisco, que falou sobre as dificuldades enfrentadas durante a greve de fome e agradeceu aos fiéis pela solidariedade. Diversos representantes de movimentos sociais e partidos políticos estiveram presentes, como Plínio de Arruda Sampaio, do PSol. (AE)
André Dusek/AE - 07.01.08 Roosewelt Pinheiro/ABr
Eu preciso de uma oração de todos. Todos que gostam de mim podem rezar, pelo menos um Pai Nosso. Vice-presidente José Alencar, que convalesce de uma cirurgia abdominal e passa por sessões de quimioterapia
A média de gastos com viagens de servidores federais é de R$ 1,2 milhão por dia. Durante os cinco anos do governo Lula foram consumidos R$ 2 bilhões dos cofres públicos.
(O dinheiro do PAC do Samba) está demorando, mas vem. O presidente Lula deu a palavra dele. Não pode mais voltar atrás. Nilo Figueiredo, presidente da Portela
Digam algum ato do ministro Carlos Lupi que não seja republicano e transparente. Do próprio Carlos Lupi, ministro do Trabalho, que acumula o cargo com o de presidente do PDT
Marcello Casal Jr/ABr
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Se os deputados e senadores quiserem, paguem para ver as conseqüências (do corte de verbas no Tribunal Superior Eleitoral). Ministro Marco Aurélio Mello, presidente do TSE
José Cruz/ABr
Rodrigo Maia indignado com gastos do governo
Certamente esse investimento em Cuba não deveria ser, nesse momento, uma prioridade. Governador mineiro Aécio Neves ao criticar a aplicação de U$ 1 bilhão em Cuba pelo governo brasileiro
presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), usou o blog do partido na internet para comentar reportagens publicadas ontem pelo jornal "O Estado de S. Paulo", que dissecaram o gasto do governo federal com diárias para funcionários e autoridades em viagens. A média de gastos é de R$ 1,2 milhão por dia, ou quase R$ 2 bilhões durante os cinco anos de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "É um escândalo. Pelo visto, quase ninguém economiza nos gastos pessoais. Muito menos o presidente Lula. A mordomia corre solta na família dele. O filho do presidente Lula, Fábio 'Lulinha', ficou milionário de um dia para outro fa-
Rodrigo maia: " Lula tem de parar de usar o dinheiro público como se os recursos da Nação fossem dele"
zendo negócios com concessionária de serviço público, mesmo ao custo do completo desgaste moral do governo do pai", acusou Rodrigo Maia. Banquete – Para ele, o governo do presidente Lula pode ser definido como "lauto banquete para o PT e seus aliados, festa de gala para banqueiros e sopa rala e ordinária para o povo brasileiro que depende dos serviços públicos". Para Rodrigo, nem os recursos mínimos necessários para manter as ações básicas da Saúde, Educação e Segurança são assegurados por Lula. "Todos estes serviços pioraram e seguem piorando". O deputado afirmou que o presidente Lula aparelhou o governo com petistas. "O nú-
mero de cargos políticos nas estatais dobrou. O número de ministérios quase dobrou, de 20 para 38. O desvio de recursos públicos para ONGs petistas não tem limites. Os gastos com cartões corporativos também não", afirmou. Chantagem – "O presidente Lula, porém, insiste que não há recursos para atender a área social e que o corte de gastos, a ser feito em função do fim da CPMF, afetará a Educação. Trata-se de uma chantagem vergonhosa. Foi feita inicialmente na Saúde e agora está sendo reeditada na Educação". Rodrigo disse que os cortes devem ser feitos em outro lugar. "O que o presidente precisa cortar são os gastos perdulários com mais de 20 ministé-
rios, incluindo os passeios de avião para cima e para e baixo às custas do dinheiro público. Igualmente necessária é a adoção de medidas duras contra a corrupção das ONGs petistas e os gastos com cartões. Além disso, o presidente Lula tem de parar de usar o dinheiro público a seu bel prazer, como se os recursos da Nação fossem dele e não do povo brasileiro". Rodrigo Maia criticou ainda o anúncio feito pelo presidente, no início da semana passada, da concessão de crédito no valor total de R$ 2 bilhões para Cuba. "Vale a pena perguntar: o que será que a população vai pensar quando tiver consciência que o presidente Lula ofereceu R$ 2 bilhões ao ditador Fidel Castro?" (AE)
'Provão' para candidatos a vereador ntidades de classe e movimentos sociais organizados de Januária, município de 63 mil habitantes, no Norte de Minas Gerais, vão pedir que o juiz eleitoral da comarca aplique teste aos candidatos a vereador e prefeito suspeitos de serem analfabetos. A
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iniciativa é da Associação dos Amigos de Januária (Asajan), com apoio da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral local. As entidades vão sugerir que o teste a ser aplicado seja de leitura, interpretação de
texto e escrita. Quem não atingir nota mínima, a ser definida pelo juiz eleitoral, teria o registro de sua candidatura negado. O presidente da Asajan, Cleuber Carvalho Oliva, explica que políticos analfabetos causaram estrago enorme ao progresso e desenvolvimento
do município. "Legislar e fiscalizar são as duas tarefas mais importantes dos vereadores. Temos visto alguns votarem matérias de qualquer jeito, sem compreender a importância e o conteúdo, simplesmente porque não sabem ler ou interpretar seus textos", ele diz.
Congresso Planalto Minas e Energia CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Ninho agitado bancada de deputados estaduais do PSDB na Assembléia Legislativa deve se reunir hoje para se solidarizar com a candidatura de Geraldo Alckmin à Prefeitura de São Paulo. Os deputados estão contra a posição do governador José Serra, que continua defendendo o apoio dos tucanos à reeleição de Gilberto Kassab. Também para esta semana está previsto o encontro do ex-presidente do DEM, Jorge Bornhausen, com Alckmin. O ex-dirigente democrata pretende convencer Alckmin a não se candidatar a prefeito. Bornhausen defende a manutenção da coligação do DEM com o PSDB. Mas para que a coligação dos dois partidos seja respeitada é necessário então que em 2008 os tucanos apóiem Kassab e que em 2010 os democratas fechem com a candidatura do PSDB ao Planalto.
ENCONTRO A reunião dos deputados estaduais deve ocorrer na residência de Bruno Covas. Deve ser distribuído um documento de apoio à candidatura de Alckmin. Os deputados não aceitam que o partido fique sem candidato a prefeito em São Paulo.
COINCIDÊNCIA O encontro dos tucanos coincide com a decisão do governador de Minas, Aécio Neves, de apoiar a candidatura de Alckmin. Mas Alckmin ainda não decidiu se será candidato. O ex-governador quer deixar para fazer o anúncio depois de março, mas os tucanos desejam uma decisão antecipada.
IRRITAÇÃO Informa-se no PSDB que Alckmin anda irritado com a pressão que sofre para não se candidatar. O ex-governador se comporta como précandidato e costuma comentar que sua carreira política se desgastaria se ficar mais tempo sem mandato. Ele não quer esperar por 2010 para se candidatar a governador.
RETRIBUIÇÃO
Prefeitura e afirma que ela já estaria buscando apoios e costurando alianças antes de anunciar a decisão.
APELO Petistas paulistas continuam pressionando Marta. Querem que ela antecipe sua resposta. Também o PT não dispõe de um candidato substituto bom de voto. Os pré-candidatos que desejam se candidatar no partido não empolgam os eleitores como ela.
FORÇA Os petistas querem que Lula convença Marta a se candidatar. O apelo é feito ao presidente porque Lula já pediu ao partido para ganhar a eleição em São Paulo. O presidente quer que o partido lance seu melhor candidato na Capital paulista.
UNIÃO Os partidos aliados não devem atender ao apelo de Lula para que apóiem o candidato petista em São Paulo. PMDB e PTB, por exemplo, falam em lançar candidatos próprios. O PMDB ainda não dispõe de candidato forte, mas o PTB pode lançar o senador Romeu Tuma.
Serra tem interesse ao se posicionar contra a participação do ex-governador na eleição de prefeito. Serra acha que não deve correr o risco de ficar sem o apoio dos democratas, caso o PSDB não apóie a reeleição de Kassab. Serra e Kassab querem sustentar a coligação DEM/PSDB em 2008 e 2010.
NA FRENTE
CONVERSAÇÕES O PMDB tem mantido entendimentos com o PSDB: Geraldo Alckmin já se reuniu com Orestes Quércia. O tucano, se for candidato, não deseja abrir mão do apoio peemedebista. A ordem no PSDB é convencer o PMDB que se apoiar o candidato tucano em coligação pode eleger uma boa bancada de vereadores.
SUBSTITUTO
Também o "bloquinho" de esquerda, formado por PSB, PDT e PCdoB, estaria disposto a lançar um candidato do grupo, que seria um desses deputados: Luiza Erundina, Paulinho da Força Sindical e Aldo Rebelo. Detalhe: os três partidos integram a coalizão do governo Lula.
ADVERSÁRIO Os deputados estaduais tucanos estão convencidos de que o PT vai lançar Marta Suplicy, sua melhor opção. A revista "Isto É" desta semana aposta que ela vai concorrer à
PMDB MOSTRA SUA FORÇA Posse de Edison Lobão dará controle de cinco áreas estratégicas ao PMDB de José Sarney
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stá marcada para às 16h30 de hoje, no Palácio do Planalto, a cerimônia de posse de Edison Lobão (MA) no cargo de ministro de Minas e Energia. Com isso, o PMDB passa a controlar cinco das mais importantes pastas do governo do petista Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar de fragilizado pelas denúncias contra seu filho e suplente na vaga de senador, Lobão chega com carta branca para nomear diretores de estatais e lotear cargos. "Esse ministério não será, como os demais também não são, um ministério de porteira fechada. O ministro é do PMDB, muitos cargos serão ocupados por indicações do PMDB, mas haverá também diretores de estatais de outros partidos", afirmou Lobão. Novos indicados – Depois de ter confirmado o nome do técnico Márcio Pereira Zimmermann – ex-funcionário de carreira da Eletrosul, para a Secretaria-Executiva da pasta – Lobão anunciou ontem que vai manter José Antonio Coimbra no cargo de chefe de gabinete. Técnico de carreira do setor elétrico, Coimbra tem origem
José Cruz/ABr
Edison Lobão faz duas indicações técnicas para acalmar Dilma
na Eletronorte e foi chefe de gabinete dos ministros Silas Rondeau e Nelson Hubner. Com isso, Lobão tenta passar para o Palácio do Planalto, e mais especificamente para a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que irá adotar critérios técni-
cos para o loteamento de cargos do ministério e das estatais do setor elétrico. A manutenção de Coimbra no cargo foi sugerida pelo ex-ministro Silas Rondeau. Sarney nos bastidores – A ida de Lobão para o Ministério
de Minas e Energia deu mais poderes ao senador José Sarney (PMDB-AP), aliado de Lula desde 2002, quando aderiu ao petista ainda durante a campanha presidencial. Foi Sarney quem conseguiu transformar Lobão em ministro. A senadora Roseana Sarney (MA), que também saiu do DEM para entrar no PMDB, é a atual líder do governo no Congresso. Roseana é filha de Sarney, que luta ainda para levar para a presidência da Eletrobrás seu afilhado político Astrogildo Quental. Força do PMDB – Além do Ministério de Minas e Energia, o PMDB comanda também os Ministérios da Integração Nacional – entregue ao deputado Geddel Vieira Lima (BA), exdesafeto de Lula – Agricultura, Saúde e Comunicações. Detém ainda o Ministério da Defesa, com Nelson Jobim, exdeputado, ex-ministro da Justiça no governo de Fernando Henrique Cardoso e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Mas por suas características apartidárias, o PMDB não considera que a Defesa seja de sua cota no governo. (AE/AOG)
Lobão estuda racionamento de energia A.Baeta/ O Imparcial/ AE
dison Lobão (PMDBMA) chega ao ministério de Minas e Energia tendo pela frente a possibilidade de uma crise energética e cede o mandato de senador ao filho Edison Lobão Filho, envolto numa série de suspeitas, a principal delas a de que teria usado "laranjas" numa empresa, com o objetivo de sonegar o Imposto de Renda. O novo ministro já estuda a possibilidade de iniciar uma campanha para que os consumidores reduzam o consumo de energia. Essa proposta será discutida com o corpo técnico do ministério e seria uma solução para evitar que o governo seja obrigado a impor um corte a setores da indústria caso haja problemas no fornecimento de energia, o que seria um impasse ao crescimento do país.
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Edison Lobão Filho, suplente de Edison Lobão ( o agora ministro das Minas e Energia) deve tomar posse da vaga de senador deixada pelo pai e em seguida pedirá licença para que possa responder às acusações sem foro privilegiado
Uma redução de 5% no consumo permitiria ao país poupar 2.500 MW de energia, o que evitaria, por exemplo, uma outra alternativa que é analisada pelo governo: retirar gás das
indústrias para mandar para as termelétricas. "Uma campanha poderia reduzir uma enormidade o consumo de energia. Isso criaria um hábito. Vou discutir o as-
sunto com os assessores do ministério", ressaltou o novo ministro de Minas e Energia. Denúncias – Para evitar que as denúncias contra o filho se alastrem, o ministro aconselhou o filho a tomar posse da vaga de senador e em seguida se licenciar, para que possa responder às acusações sem usar a imunidade parlamentar que a Constituição Federal dá aos congressistas brasileiros. Lobão Filho pertence ao DEM, partido de onde o pai, agora ministro, saiu em setembro do ano passado, quando foi para o PMDB e formalmente aderiu ao governo Lula. O DEM pressiona Lobão Filho a sair, não pelas acusações, mas pela possibilidade de que venha a votar com o governo, visto que o pai é, a partir de hoje, auxiliar de Lula. (AOG)
UM ANO DE PAC
Alckmin quer aproveitar a fase favorável nas pesquisas. O tucano vem liderando a preferência dos eleitores juntamente com Marta Suplicy (PT) e Gilberto Kassab. Se Alckmin não for candidato, Kassab reúne condições de superar o PT no segundo turno. A candidatura de Alckmin prejudica a do prefeito democrata. Os alckmistas justificam que o PSDB não dispõe de um candidato para substituir Geraldo. Outros pré-candidatos do partido não estão bem situados nas pesquisas. Os ackmistas admitem que se Geraldo não for candidato, o partido não tem chance de ganhar a eleição.
Esse ministério não será, como os demais também não são, um ministério de porteira fechada. Edison Lobão
LOTEAMENTO DE CARGOS
Eymar Mascaro
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BLOCO
AMEAÇA Mas o "bloquinho" pode desistir da idéia de lançar candidato próprio se o PT sair com Marta Suplicy. Se o PT lançar outro candidato sem o mesmo lastro eleitoral, o "bloquinho" não deixará de ter candidato próprio.
Meta: tornar o programa visível à população
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Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), peça-chave do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, completa um ano sob a ameaça de cortes de verbas. Doze meses depois de lançado com estardalhaço, o conjunto de obras mostra poucos avanços visíveis à população, por isso a meta é mudar. O fantasma do apagão elétrico, que o PAC tanto tentou afastar, continua assombrando o País. Além disso, há dúvidas se a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), previsto em 5% para este ano, será concretizada devido à deterioração da economia internacional. Os economistas projetam expansão modesta: 4,5%. Porém, se os planos do governo forem bem sucedidos, o PAC será uma poderosa máquina de turbinar campanhas às eleições municipais Brasil afora, fortalecendo as bases do PT e de seus partidos aliados. Se os governos e prefeituras forem ágeis o suficiente, em meados do ano o País estará convertido em um "canteirão de obras", como prometeu no ano passado a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Projetos ambiciosos de ur-
banização de favelas, obras de saneamento básico e construção de casas populares negociados ao longo de 2007 deverão finalmente sair do papel. São obras nas cidades, portanto essas iniciativas tornarão o PAC visível aos eleitores. Por causa delas, o setor de construção civil espera crescer 6% este ano - mais do que os 5% registrados em 2007. DC
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
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No Rio de Janeiro, o governo estadual está programado um início de impacto: a polícia fará uma megaoperação na favela do Alemão antes do início as obras do PAC. São R$ 859 milhões para obras no Complexo do Alemão, Manguinhos e Rocinha. Amanhã, Dilma vai apresentar o balanço de um ano do PAC, destacando os avanços
na licitação da hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira, e a entrega para exploração pela iniciativa privada de sete trechos de rodovias federais. Nos dois casos, depois de consumir anos de idas e vindas na burocracia, o governo conseguiu assegurar que os serviços serão prestados a tarifas tão baratas que surpreenderam os especialistas. (AE)
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HENIN E SHARAPOVA DUELAM NA AUSTRÁLIA
William West/AFP
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Não gosto de ganhar assim, mas o que importa é que estou nas quartas.” Rafael Nadal
DECISÃO ANTECIPADA V
A belga Justine Henin, número 1 do mundo, está invicta há mais de 30 partidas
Greg Wood/AFP
ale pelas quartas-de-final, mas será como uma final antecipada: a belga Justine Henin, número 1 do mundo, enfrentará a russa Maria Sharapova por uma vaga nas semifinais do Aberto da Austrália. As duas venceram ontem: Henin atropelou Hsieh Su-wei, de Taiwan, com duplo 6/2, e Sharapova despachou a compatriota Elena Dementieva por 6/2 e 6/0. “Sempre tenho que dar o melhor para vencê-la. É uma verdadeira lutadora”, admitiu a belga sobre a rival na partida, que pode começar entre as 22h de hoje e as 6h30 de amanhã, no horário brasileiro - o horário exato sai hoje à tarde. Para Sharapova, que foi vice-campeã em 2007 e tenta subir no ranking - está em quinto lugar -, será apenas um desafio a mais para quem, na segunda rodada, passou por outra ex-número 1, a norteamericana Lindsay Davenport. No confronto direto até agora, Henin está em vantagem: 6 a 2. A norte-americana Serena Williams, atual campeã, também está nas quartas-de-final: passou pela checa Nicole Vaidisova por 6/3 e 6/4, e agora vai enfrentar a número 3 do mundo, a sérvia Jelena Jankovic, que venceu a australiana Casey Dellacqua por 7/6 (7/3) e 6/1. Entre os homens, o número 2 do mundo, Rafael Nadal, nem precisou se esforçar para chegar às quartas e conseguir a melhor campanha de sua carreira em Melbourne: o francês Paul-Henri Mathieu desistiu quando perdia por 6/4 e 3/0, por causa de dores na perna esquerda. “Era meu melhor jogo até agora em todo o torneio”, disse Nadal, que vai pegar o finlandês Jarkko Nieminen - eliminou o alemão Philipp Kohlschreiber por 3/6, 7/6 (9/7), 7/6 (11/9) e 6/3. A surpresa do dia foi a eliminação do numero 4 do mundo, Nikolay Davydenko, derrotado em três sets - 7/6 (7/2), 6/3 e 6/1 - por A russa Maria Sharapova, musa maior do tênis, foi vice em 2007 na Austrália outro russo, Mikhail Youzhny. Ina Fassbender/Reuters
O UTROS CAMPOS
A Ferrari e as outras equipes também devem aparecer, inclusive a BMW, que na semana passada apresentou o carro novo e não testou em Jerez.
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O nadador Thiago Pereira já tem data para encarar Michael Phelps, seu maior rival pelo ouro olímpico: será em 15/02, no Grand Prix de Missouri, nos EUA.
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Jean Azevedo, que se aposentaria das motos no cancelado Dacar, estreará de carro no Rali Cerapió, prova de 1.300 km entre Fortaleza e Recife.
CUIDADO COM ELAS – A Rússia, que eliminou a seleção brasileira feminina de vôlei nas semifinais da Olimpíada de Atenas, assegurou sua vaga em Pequim ao vencer a Polônia por 3 a 2, ontem, na final do Pré-Olímpico Europeu, disputado na Alemanha.
DE ROUPA NOVA – A Adidas e o Comitê Organizador apresentaram os uniformes que os voluntários vão usar na Olimpíada de Pequim. A cerimônia também marcou nova etapa da contagem regressiva: ontem faltavam exatos 200 dias para o início dos Jogos, em 8 de agosto.
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A Renault deve colocar hoje seu carro novo na pista, em Valência. Alonso vai pilotar o carro até quarta, e depois cede a vez a Nelsinho Piquet.
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enê teve uma semana que valeu por muitos anos: em poucos dias, descobriu que tinha um tumor num dos testículos; pediu afastamento do Denver Nuggets, seu time na NBA, sem anunciar o motivo; só divulgou qual era a doença depois de passar por uma cirurgia; e, finalmente, descobriu que o tumor era benigno e que poderá voltar a jogar. Não há, contudo, prazo previsto para o retorno do pivô, e todos estão à espera. O técnico George Karl, do Denver, torce para que ele se recupere a tempo de disputar os playoffs, a partir de abril. Nenê estava na reserva e atuou em apenas 12 jogos na temporada, mas é considerado um jogador importante para o rodízio da equipe. E o novo técnico da seleção brasileira, o espanhol José Manuel Monsalve, o “Moncho”, sonha em vê-lo com a camisa do Brasil no PréOlímpico da Grécia, em julho. “Espero que o Nenê se recupere e vá ao Pré-Olímpico”, afirmou o treinador espanhol. A competição coloca em jogo três vagas para a Olimpíada de Pequim - o Brasil ficou fora das duas últimas edições, em Sydney e Atenas.
O Brasil conquistou ontem o Sul-Americano de Futebol de Areia, ao derrotar o Uruguai por 4 a 3, no Guarujá. Invicta há 62 jogos, a seleção se prepara para buscar o tri mundial, em julho, na França.
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Pivô extraiu um tumor beningo do testículo, e deve voltar logo a jogar
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Todos à espera de Nenê
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
11,25
REAL RESISTE À CRISE NOS ESTADOS UNIDOS
por cento é a aposta do mercado para os juros que o Copom decide em reunião a partir de amanhã
A RECESSÃO NOS ESTADOS UNIDOS PODE LEVAR O BANCO CENTRAL A ASSUMIR UMA POLÍTICA MAIS DURA
COPOM DEVE MANTER OU ELEVAR A SELIC
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crise norte-americana praticamente enterrou a possibilidade de o Comitê de Política Monetária (Copom) voltar a reduzir a taxa Selic neste ano. Entre os mais pessimistas, a opinião é de que há risco até mesmo de o País ser obrigado a mudar o rumo da política monetária e ter de elevar os juros nos próximos meses, algo impensável no meio econômico até o fim do ano passado. A primeira reunião do ano, que começa amanhã e termina quarta-feira, poderá dar uma sinalização do que vem pela frente. A aposta majoritária do mercado é a de que os juros sejam mantidos em 11,25% ao ano. Mas as atenções dos analistas estarão voltadas para o placar da votação, se vai haver unanimidade ou se algum diretor já é favorável à alta dos juros. Na avaliação de economistas, a principal preocupação é que a turbulência internacional pressione ainda mais a inflação no País. O IPCA de dezembro, acima das expectativas de mercado, já justificaria uma postura mais cautelosa do BC, segundo Maristella Ansanelli, economista do Banco Fibra. Ainda mais se juntar-se a isso a demanda interna aquecida e agora as incertezas internacionais. A economista Alessandra Ribeiro, da Tendências Consultoria Integrada, explica que um dos primeiros efeitos da turbulência no mercado financeiro é a fuga de capitais aplicados em ativos de risco para ativos de
qualidade (como os títulos americanos). "A saída de recursos provoca a desvalorização do câmbio, que pode afetar os índices de inflação e, por fim, atingir os juros", explica. O economista Flávio Serrano, da corretora López Leon, acredita que só a partir de março ou abril o País terá um cenário mais claro em relação aos rumos da política monetária, à inflação e à atividade econômica. De acordo com os economistas, os indicadores de produção e vendas sinalizam crescimento robusto da demanda
Se o BC tiver de elevar a taxa Selic, o primeiro a sofrer será o fluxo de investimentos. José Júlio Senna, economista da MCM agregada, o que também se reflete nos patamares recordes do nível de utilização da capacidade instalada. "Ainda acreditamos ser cedo para prever uma alta de juros em 2008, porém os riscos aumentaram de maneira significativa", diz Arthur Carvalho, economista-chefe da Ativa Corretora. Para ele, as projeções de inflação estão perigosamente próximas da meta.
Ou seja, qualquer choque mais forte que o esperado pode pôr a inflação acima da meta e exigir postura mais rigorosa da autoridade monetária. "Se o BC tiver de elevar a taxa Selic, o primeiro a sofrer será o fluxo de investimentos. O efeito sobre essa variável costuma ser superior ao que se verifica sobre o consumo das famílias", afirma o economista José Júlio Senna, da MCM Consultores e ex-diretor do Banco Central. Economia real - Estudos realizados pela MCM mostraram que a elasticidade de resposta da economia mundial (sem Estados Unidos) a alterações de comportamento da economia americana parece mais baixa nas duas últimas décadas que em períodos anteriores. Mas ainda é muito elevada. "Ficou entre 0,7 e 0,75. Isso significa que para cada 1% de queda do crescimento americano, o PIB (Produto Interno Bruto) do resto do mundo cai entre 0,7% e 0,75%. Parece bastante significativo", avalia Senna. No Brasil, uma desaceleração forte dos EUA será traduzida em ritmo menor de crescimento das exportações e preços menos atraentes de produtos vendidos ao exterior. "Os formuladores de política econômica do Brasil devem se preparar. Seria um erro grave subestimar o poder de influência da crise atual sobre o comportamento de nossa economia. É impossível não sofrer as conseqüências da crise nos Estados Unidos", diz Senna. (AE)
Real é a moeda que menos perdeu com a crise
A
pesar da extrema volatilidade do mercado financeiro, o real tem reagido bem às bruscas movimentações dos investidores. Segundo dados da Tendências Consultoria Integrada, a moeda foi uma das que menos se desvalorizou no mês, desde que a crise americana estourou. Até sexta-feira passada, a desvalorização da moeda em relação ao dólar era de 0,56%. Já a moeda da África do Sul caiu 2,99%; a libra esterlina, 1,55%; o won da Coréia do Sul, 1,04; o dólar canadense, 3,55%; e o dólar neozelandês, 1,02%. Em meados do ano passado, quando a crise das hipotecas de segunda linha (subprime) começou, o real reagiu negativamente. Chegou a bater R$ 2,09 por dólar, mas acabou se recuperando com o arrefecimento da crise. Mas, desta vez, a desvalorização tem ocorrido de forma mais lenta. (AE)
Contraponto a Davos
O
Fórum Social Mundial (FSM) só se reunirá em 2009, mas os ativistas do movimento preparam muitas atividades para 26 de janeiro, data da reunião do Fórum Econômico Mundial (FEM) em Davos. O "site" www.wsf2008.net já listou 430 ações, em 85 países, incluindo cidades brasileiras como Belém, (sede do FSM em 2009), Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre,
Natal e São Paulo. Na capital paulista, além das mais de cem instituições sociais e grupos culturais que mostrarão trabalhos, idéias e propostas no Centro de Eventos do Colégio São Luis, haverá um ato político-teatral nas ruas centrais, inspirado no "Rei Lear", de William Shakespeare. O ato político de encerramento será realizado às 15 horas, na Praça Ramos de Azevedo. (AE)
Luiz Prado/Luz
Na ACSP, apresentação de evento que reunirá jovens de 27 estados.
Em março, a semana do jovem empreendedor. Sergio Leopoldo Rodrigues
F
oi dada a largada para a realização da primeira Semana do Empreendedor no Município de São Paulo, entre 10 e 14 de março próximo, na Câmara Municipal. A organização é do Fórum de Jovens Empreendedores (FJE), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). "Esse é um trabalho importante para fortalecer a livre iniciativa em São Paulo e no Brasil", disse Alencar Burti, presidente da ACSP. Instituída pela Lei Municipal 14.251 de dezembro de 2006, a Semana é promovida pelo FJE-ACSP e outras nove entidades parceiras, como Sindicato da Habitação (Secovi), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP). Para Burti, o trabalho voluntário dos jovens empreendedores expressa o desejo de construir uma sociedade mais próspera e socialmente mais
justa. "Por isso, todos os núcleos de jovens do Brasil podem contar com o apoio desta entidade", acrescentou. O c o o rd e n a d o r d o F J E ACSP, Gênys Alves Júnior, reuniu, na sexta passada na ACSP, as lideranças jovens dos 27 estados do Brasil , representados pela Conaje (Confederação Nacional de Jovens Empreendedores), para apresentar os detalhes do evento. Aproximar - Segundo Gênis, a Semana tem o objetivo de promover a aproximação dos núcleos de jovens das 15 sedes distritais da ACSP e de outras entidades, além de promover o empreendedorismo jovem em São Paulo e no País. "Esperamos como resultado, a formação de novas lideranças e formatação de políticas públicas que incentivem a formalização dos negócios." O evento recebeu o apoio do presidente da Conaje, Pedro Fiúza. "Vamos usar o exemplo da lei aprovada em São Paulo, para que cada núcleo possa trabalhar em seus municípios", resumiu.
Paulo Pampolin/Hype
Da esquerda para a direita, Chapina, Mariano e Santos.
Posse no Sindicont
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s entidades empresariais devem se manter unidas e parceiras nas lutas em defesa dos interesses da sociedade, como a que resultou na derrubada da CPMF, disse José Maria Chapina Alcazar, presidente do Sindicato das Empresas Contábeis e de Assessoramento no Estado de São Paulo (Sescon-SP), representando o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alencar Burti, na posse da nova diretoria do Sindicato dos Contabilistas de São Paulo (Sindicont-SP), na noite da última sexta-feira.
O novo presidente do Sindicont-SP, José Heleno Mariano, prometeu manter a luta pela reforma tributária e trabalhar no sindicato pela capacitação, valorização e maior reconhecimento do trabalho do contabilista, "além de aprofundar o nosso relacionamento com outras entidades contábeis". Ao entregar o cargo, o expresidente Sebastião Luiz Gonçalves dos Santos fez um balanço de sua gestão (20052007), comprometendo-se a continuar a trabalhar junto com a nova diretoria para o período 2008-2010. (SLR)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4 - ESPORTE AE
Filipe Araújo/
Como na vitória não encontrei cinco ou seis craques aqui, hoje não tem cinco ou seis pernas-de-pau." Mano Menezes, depois de São Caetano 3 x 1 Corinthians
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
4,5
www.dcomercio.com.br/canais/esporte
Passe livre
milhões de reais - o mínimo que o São Paulo quer do Grêmio para liberar Souza.
P ERSONAGEM X EQUE-MATE John McConnico/AP
Como se ainda fosse o 10
John Lent/AP
Quinta-feira, dia 17
P ALPITE INFELIZ
Lula faz tabelinha com Morales Na contramão das indicações dos especialistas em medicina esportiva, o presidente Lula resolver fazer dupla com o boliviano Evo Morales para pressionar a Fifa contra a decisão de proibir jogos internacionais em altitude superior a 2.750 metros. Morales diz que a proibição, defendida pelo comitê médico da Fifa, é "uma medida discriminatória". Em comunicado de um porta-voz da Presidência da República, Lula deu-lhe apoio. Márcio Braga, presidente do Flamengo, reagiu ao anúncio em carta aberta ao presidente da República, lembrando-lhe que "a
prática de atividade física em altitude acima de 2.600 metros coloca em risco a saúde e mesmo a vida de seus participantes". Na carta, com uma ponta de ironia, o cartola refresca a memória de Lula, que divide com Morales a paixão pelas peladas: "Os efeitos da altitude são perigosíssimos, vide o corrido com o ministro Tarso Genro, cuja assessoria também recebe cópia deste e-mail, que desmaiou no dia 17 de dezembro de 2007 em meio a uma solenidade em La Paz." O Palácio do Planalto, apressado na resposta à Bolívia, ainda não respondeu ao Fla. Sexta-feira, dia 18, e sábado, 19
Roosevel Cassio/AE
B AD-BOYS
Adriano ganha a torcida na estréia Foi uma estréia de gala: Adriano marcou os gols do São Paulo nos 2 a 1 sobre o Guaratinguetá pela primeira rodada do Paulistão. Depois do jogo, cercado pelos repórteres, alguns vindos da Itália, pediu para não ser mais chamado de Imperador, garantindo se sentir um jogador como outro qualquer. É o que os são-paulinos também esperam de Carlos Alberto, outro bad-boy anunciado como reforço durante a semana. Quinta-feira, dia 17
O BEM-AMADO
C ESTA
Mais uma torcida pede Edmundo
Espanhol comanda basquete do Brasil
Não foi por vontade da torcida palmeirense que ele deixou o Parque Antártica nesta temporada, abrindo caminho para seu velho amigo e atual desafeto Vanderlei Luxemburgo. E se voltar para o Vasco, apesar da má-vontade do presidente Eurico Miranda, será por insistência da torcida. Depois da derrota por 2 a 1 para a Madureira, na primeira rodada do Campeonato Carioca, a torcida do Vasco mais uma vez se rendeu ao velho ídolo, gritando em São Januário: "Queremos Edmundo." A negociação para o retorno dependerá do desconto que o craque der ao que o clube ainda lhe deve do contrato anterior.
O espanhol Juan Manuel Monsalve Fernandez, conhecido como Moncho, será o técnico da seleção brasileira de basquete que ainda tenta uma vaga na Olimpíada de Pequim. Ex-treinador de Oscar e Marcelinho Machado no basquete europeu, Moncho diz que baseará sua atuação em “trabalho, respeito e generosidade.” Sexta-feira, dia 18 Divulgação
Domingo, dia 20
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manhã, o goleiro-artilheiro são-paulino Rogério Ceni completa 35 anos. Ele nasceu em Pato Branco (PR), em 22 de janeiro de 1973. Desde os 5 anos de idade, costumava jogar como goleiro com o pai, Eurydes, na sala do apartamento em que moravam. Começou no Sinop, da cidade mato-grossense de mesmo nome, que fica a 500 quilômetros de Cuiabá, e foi contratado pelo São Paulo em setembro de 1990.
Miguel Schincariol/AE
elo São Paulo, Rogério conquistou os seguintes títulos: Mundial de clubes, em 1993 (como reserva de Zetti) e em 2005; Libertadores, Supercopa da Libertadores e Recopa SulAmericana, todas em 1993, ainda como reserva; Libertadores de 2005; Copa Conmebol de 1994; Campeonatos Brasileiros de 2006 e 2007; Torneio Rio-São Paulo de 2001; Campeonatos Paulistas de 1998, 2000 e 2005. Pelo Sinop, Rogério foi campeão matogrossense em 1990, e pela Seleção Brasileira, pentacampeão mundial na Coréia do Sul e no Japão, em 2002, como terceiro goleiro, na reserva de Marcos e Dida.
por basquete - Francisco Eroídes Quagliato, o sr. Chicão, que em 2003 fez o mesmo tipo de contrato com Janeth e também paga 50% da folha salarial do time de Ourinhos.
78
gols É o número de ogério marcado por R que fazem Ceni até hoje, oleirodele o maior g istória do artilheiro da h os os futebol em tod s, 46 foram tempos. Deste e pênalti, de falta e 32 d um incluindo 2 de amistoso não ela Fifa. reconhecico p
Copa São Paulo chega à fase final Amanhã e quarta-feira serão conhecidos os finalistas da Copa São Paulo de Juniores. Pela tabela original, Internacional e Rio Branco se enfrentam amanhã, no campo do Nacional, em São Paulo, e na quarta-feira é a vez de São Paulo x Figueirense, em Guarulhos. Os vencedores disputam a decisão na sextafeira, dia do aniversário de São Paulo, e será disputada no Morumbi, já que o Pacaembu está em obras - o horário, no entanto, ainda não foi definido. Amanhã e quarta, às 16h, no SporTV
Clássico pela Superliga Feminina Rexona-Ades e Finasa/Osasco fazem o grande jogo desta semana pela Superliga Feminina. As equipes, que fizeram as últimas duas decisões, se enfrentam pela primeira vez nesta temporada, lideram seus grupos e devem fazer este jogo como um aperitivo para a decisão do segundo torneio, que vale dois pontos extras na classificação geral. Em quadra, várias atletas que estarão com a seleção na Olimpíada de Pequim. Sábado, às 15h, no SporTV
C URTAS
Também na terça, 22, o lateral-esquerdo Altair, ex-Flu e Seleção, faz 70 anos. 24/1/1915: Palestra 2 x 0 Savóia, no primeiro jogo da história alviverde.
L
Rogério Ceni: 35 anos de um ídolo
P
malas", diz a jogadora, hospedada num hotel em Ourinhos. O laptop e a nécessaire com produtos de maquiagem são os itens indispensáveis da bagagem. Nos últimos anos, o contrato mais longo que Iziane assinou foi de sete meses com o time francês Aix-en-Provence (em 2002). Recentemente rescindiu o contrato de dois meses com o Spartak, para jogar o Campeonato Nacional no Ourinhos - e terminou a fase de classificação como cestinha da competição, com 403 pontos em 16 jogos. "Resolvi dar uma chance para o Nacional porque é um campeonato rápido, de novembro a fevereiro", explica. Iziane firmou contrato único com o empresário do setor agropecuário - e aficionado
Hoje, às 22h, na ESPN
L
Celso Unzelte
queria para mostrar que merece a tal valorização. "Quem deu a vitória ao São Paulo não fui eu, mas sim todo o grupo", insistia o camisa 21, que na temporada passada jogou com a 10, agora entregue ao astro Adriano. E, depois de garantir o 1 a 0, caprichava na humildade: "A tendência de quem está fora é entrar no jogo para suprir algo errado."
Rafael Nadal é umas das estrelas que entra em campo na noite de hoje pelas quartas-definal do Aberto da Austrália, para enfrentar o finlandês Jarkko Nieminem. O espanhol já tem a melhor campanha de sua carreira no Grand Slam australiano, e sonha em conseguir derrubar o suíço Roger Federer do topo do ranking. A programação atravessa a madrugada e inclui ainda o jogo entre o russo Mikhail Youznhy, que eliminou seu compatriota Nikolay Davydenko, e o surpreendente francês Jo-Wilfried Tsonga. Haverá também jogos pela chave feminina e de duplas.
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almanaque
gre, as chances de ser titular são grandes. No São Paulo, ele já percebeu que a concorrência será grande - ainda mais depois da chegada de Carlos Alberto. Mesmo assim, a torcida sãopaulina o adora. E isso ficou claro quando Souza entrou no lugar de Dagoberto, logo após o intervalo do jogo deste domingo. O gol era tudo o que ele
A vida em duas malas A
O Raí, o Pedro Rocha, o Leônidas foram figuras que ficaram para a história do São Paulo, mas o clube continua. É tudo muito legal, tudo muito bom, mas no dia que acabar você tem que saber conviver com isso também.” Rogério Ceni
Nigéria e Costa do Marfim, dois dos principais candidatos ao título da Copa da África, que foi aberta ontem, em Gana, se encontram hoje pela primeira rodada do Grupo B, que conta também com Mali e Benin. As duas equipes apostam em vários astros que atuam no futebol europeu - enfrentam-se companheiros de Chelsea, o nigeriano John Obi Mikel e os marfinenses Salomon Kalou e Didier Drogba, além dos experientes Kanu e Martins, pela Nigéria, e os irmãos Kolo, do Arsenal, e Yaya Touré, do Barcelona, pela seleção da Costa do Marfim.
Feras em quadra na Austrália
C IGANA
ala Iziane, estrela da seleção brasileira feminina de basquete, carrega a vida em duas malas que estão sempre prontas para acompanhá-la no vaivém entre Brasil, EUA e Europa. Iziane leva vida de cigana, como outras jogadoras brasileiras. Vaga de time em time - no exterior, a estrutura e o salário são infinitamente melhores - e faz contratos de poucos meses, para disputar diferentes campeonatos. Na temporada, a maranhense de 25 anos jogou no Seattle Storm da liga norte-americana WNBA, na seleção brasileira no Pré-Olímpico das Américas, no Spartak de Moscou e agora está na equipe de Ourinhos. Antes de voltar para a WNBA, em abril, Iziane ainda poderá atuar dois meses na Europa. "Tento carregar minha vida em duas
Duelo de favoritos na Copa da África
Hoje, às 15h, na ESPN Brasil
Wander Roberto/CBB
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Bobby Fischer morreu em sua casa em Reikjavik, capital da Islândia, aos 64 anos - mesmo número de casas de um tabuleiro. A causa da morte foi insuficiência renal. Enxadrista de estilo agressivo, o norte-americano Robert James Fischer ganhouo título mundial em 1972 ao vencer Boris Spassky, encerrando um domínio russo de 30 anos.
O
herói do domingo são-paulino ainda não sabe o que será da sua vida em 2008. Autor do gol da vitória sobre o Rio Preto no Morumbi, o meia Souza continua na mira do Grêmio. Embora tenha recebido uma proposta tentadora para deixar o São Paulo, ele jura que seu desejo é permanecer no clube paulista. Com contrato até o fim de 2010, Souza só quer ser valorizado - ou seja, receber aumento salarial. Assim, a novela se arrasta, mesmo com o presidente Juvenal Juvêncio já tendo avisado que o jogador não sairá do Morumbi por menos de R$ 4,5 milhões. "Independentemente de algumas propostas, nesta segunda-feira eu estarei lá, às quatro da tarde, treinando e fazendo meu trabalho. Quem decide é a diretoria e está nas mãos dela", garantia, ontem, o herói Souza, que receberia no Grêmio duas vezes mais do que ganha atualmente no São Paulo. Na sexta-feira, o dirigente Paulo Pelaipe esteve em São Paulo para negociar com a diretoria são-paulina. E mesmo diante da intransigência de Juvenal Juvêncio, ele garante que Souza ainda pode ir para o Estádio Olímpico. "O jogador quer vir. A reunião com a diretoria do São Paulo foi muito boa e ficamos de conversar na segunda-feira. Até terça, essa negociação terá final. Senão, vamos buscar alternativas", promete o dirigente gremista. Não é só o dinheiro que faz Souza balançar. Em Porto Ale-
Rodrigo Coca/Futura Press
Com a camisa 21, Souza sai do banco para garantir vitória a dois minutos do final
N A TELINHA
24/1/2004: morria aos 90 anos Leônidas da Silva, artilheiro da Copa de 1938.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Nacional Finanças Comércio Exterior Empresas
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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SÃO PAULO TERÁ VÔOS DIRETOS PARA ISTAMBUL
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frigoríficos brasileiros serão fiscalizados nesta semana por inspetores russos
ACORDOS MULTILATERAIS ABREM A POSSIBILIDADE DE NOVOS NEGÓCIOS COM TURQUIA E EGITO
BRASIL MAIS PRESENTE NO ORIENTE MÉDIO Sergio Leopoldo Rodrigues
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uas boas notícias para os brasileiros: a visita confirmada ao Brasil, do primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, ainda neste semestre, vai marcar o início de dois vôos semanais diretos entre Istambul e São Paulo, pela Turkish Airlines. Isso deverá ampliar o contato entre o Brasil e o Oriente Médio, informou, na semana passada, o embaixador brasileiro na Turquia, Cesário Melantonio, durante visita à Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A segunda é uma parceria firmada, na última quinta-feira, entre o presidente da Confederação das Associações Comerciais do Brasil (CACB) e da ACSP, Alencar Burti, a São Paulo Chamber of Commerce, braço internacional da Associação Comercial, o secretário de Relações Internacionais da Prefeitura paulistana, Alfredo Cotait Neto, e o Itamaraty, representado pelo embaixador Melantonio, para o envio de uma missão com aproximadamente 30 empresários brasileiros para o Egito, em setembro ou outubro deste ano. O embaixador Cesário Melantonio assumirá, já no início do segundo semestre, a embai-
xada do Brasil no Egito, maior país árabe, com 80 milhões de habitantes, e o segundo maior importador mundial de carne bovina brasileira, depois da Rússia. E para ampliar essa oportunidade de negócios, pela primeira vez na história do País, Melantonio tomará o assento de observador brasileiro junto à Liga Árabe (LA), com sede no Cairo, capital egípcia, que congrega os 22 países do mundo árabe. "A Liga Árabe está abrindo uma sede no Brasil, com embaixador já designado", adiantou Melantonio, que antes da Turquia, comandou a embaixada no Irã, entre 2001 e 2004. Tudo isso também colocará o Brasil mais perto da Organização da Conferência Islâmica, com sede na Arábia Saudita, cujo secretário-geral é turco e reúne 53 países islâmicos, árabes ou não, o que inclui a Turquia e o Irã. "Isso poderá ampliar as relações comerciais do Brasil de forma multilateral com esses países", adiantou. A missão ao Egito será a largada desse amplo processo de aproximação. "O fato de Alencar Burti ser presidente da CACB ajuda muito, pois a entidade tem capilaridade em todo o País e um perfil multissetorial", esclareceu o embaixador. Boas perspectivas – Alencar
Burti lembrou o importante papel do embaixador Melantonio na missão brasileira à Turquia, em julho de 2007, para o encontro Mundial de Câmaras de Comércio. "Agora, com ele na embaixada do Egito, melhoram nossas perspectivas de intensificar o comércio multilateral com a região, abrindo espaço no mundo árabe para as empresas de todo o Brasil", afirmou. Burti lembrou que a enorme capilaridade da CACB (há associações comerciais presentes em mais de 2 mil municípios do Brasil), junto com a experiência da SP Chamber, pod e a j u d a r a a r re g i m e n t a r empresas de todos os tamanhos e segmentos (comercial, industrial, serviços e agronegócios). "Isso reforça nossa participação nessa importante parceria", afirmou. O secretário Municipal de Relações Internacionais, Alfredo Cotait Neto, que é também o coordenador da SP Chamber, da ACSP, disse que o trabalho desenvolvido por Melantonio na Turquia representa um aval de sucesso para a futura missão ao Egito. "Ela vai ser de grande importância para o Brasil e para São Paulo", enfatizou. Cotait Neto disse que as partes envolvidas na parceria vão começar a definir neste
O
Brasil e a Rússia assinaram na última sexta-feira um acordo de regras sanitárias para a certificação e a produção de carnes exportadas para aquele país. Nesta semana, uma missão de inspeção russa virá ao Brasil e auditará 40 frigoríficos para reabilitá-los para exportação. Essas unidades ficam na região que permaneceu embargada pelo governo russo entre 2005 e dezembro de 2007, depois do surgimento de casos de febre aftosa no Mato Grosso do Sul e no Paraná. A região embargada compreendia Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, São Paulo, Rio de Janeiro Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia e Sergipe, além do Distrito Federal. Durante o período do embargo, apenas as carnes bovina e suína do Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia, Santa Catarina e de uma área do sul do Pará puderam ser exportadas. O acordo sanitário é uma conseqüência do fim do embargo russo, anunciado em dezembro.
Inspeções – As novas regras sanitárias prevêem que as inspeções nos frigoríficos e nos portos sejam feitas pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF) do governo brasileiro. Essa atribuição era dos russos, que continuarão com a fiscalização na entrada da carne brasileira nos portos locais e ainda farão auditorias periódicas no Brasil. Caso a carne seja rejeitada pelo mercado russo, o exportador terá de arcar com os custos da perda do produto e ainda com o frete de retorno da mercadoria refugada. O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz, comemorou o acordo e previu um crescimento nos negócios do setor entre os dois países. "Vamos crescer cada vez mais nesse mercado, é claro, se cumprirmos as exigências sanitárias", afirmou o secretário. A Rússia é o maior cliente individual de carnes do Brasil, com um comércio, em 2007, de 5,5 milhões de toneladas. O faturamento no período foi de US$ 3,38 bilhões. (AE)
Lafayette Auto Posto Ltda, torna
que
público
recebeu da
Cetesb
a
Melantonio, Burti e Cotait: estratégias para ampliar a participação brasileira no comércio global.
mês os setores a serem envolvidos na missão, pensando sempre o comércio internacional como via de duas mãos. Para ele, a visita do primeiroministro turco abre novas perspectivas comerciais para o Brasil, pois seu ministro das finanças, Kemal Munakitan, que visitou o País há dois anos, além de grande empresário e administrador de sucesso, é também o presidente da Comissão de Cooperação Econômica Brasil-Turquia. DC
Rússia aceita acordo sanitário para carnes
Andrei Bonamin/Luz
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FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE PREGÃO ELETRÔNICO FMS Nº 003/2008 PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 305/2006 Faço público de ordem do Senhor Secretário Municipal de Saúde, que se acha aberto o Pregão Eletrônico nº 003/2008, tendo como objeto AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS PARA APOIO DIAGNÓSTICO E TERAPIA , para atender as necessidades da Secretaria Municipal de Saúde. O Edital na íntegra poderá ser obtido no site www.bb.com.br, opção Licitações. O recebimento das propostas dar-se-á até às 9:00hs do dia 31 de janeiro de 2008 e o início da sessão de abertura darse-á às 14:30hs dia 31 de janeiro de 2008. Maiores informações pelo telefone (16) 3362-1350. São Carlos, 17 de janeiro de 2008. Cristhian Jesus dos Santos - Pregoeiro
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 18 de janeiro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Indústria e Comércio de Refrigeração Real Ltda. - Requerido: Frigorífico Flórida Ltda. Alameda Lorena, 1.004 - 1ª Vara de Falências
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O Jornal do Empreendedor
“Comunicamos à praça que a empresa Quasar Energy Engenharia Elétrica Consultoria e Capacitação S/S Ltda., estabelecida na Rua Deputado Nelson Fernandes, 392, SL 03, Município de Poá, Estado de São Paulo, Cep 08554-120, inscrita no CNPJ sob nº 03.567.982/0001-96, encerrou suas atividades a partir de 31/12/2007.” UVCC ADMINISTRAÇÃO E PARTICIPAÇÕES S/A
CNPJ (MF) nº 61.594.172/0001-25 - NIRE nº 35.300.314.743 Edital de Convocação de Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária a ser realizada no dia 19/02/08. Ficam convocados os senhores acionistas da UVCC Administração e Participações S/A, a se reunirem em Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária, na sede da Companhia, na Rua Amaral Gurgel, 560, São Paulo, às 20:00 horas do dia 19 de fevereiro de 2008 a fim de deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: 1. Tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2006, bem como analisar a responsabilidade dos administradores da UVCC. 2. Alteração da forma de alienação do Patrimônio Imobiliário, a cargo da Comissão de Vendas instituída na Assembléia Geral realizada em 19 de dezembro de 2005; 3. Eleição de novos membros para a Comissão de Vendas; 4. Redução do capital social, a fim de fazer frente aos prejuízos acumulados, de acordo com parecer do Conselho Fiscal e proposta da Administração; e 5. Outros assuntos de interesse social. De acordo com o disposto no artigo 133 da Lei 6.404/76 acham-se à disposição dos acionistas na sede da UVCC, o relatório de administração, cópia das demonstrações financeiras, parecer do auditor, parecer do Conselho Fiscal e demais documentos pertinentes a assuntos incluídos na Ordem do Dia. Maury Sergio Lima e Silva - Diretor Presidente.
FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PARA REGISTRO DE PREÇOS PREGÃO Nº 005/2008-FAMESP/HEB PROCESSO Nº 021/2008-FAMESP/HEB REGISTRO DE PREÇOS Nº 005/2008-FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 21 de janeiro a 18 de fevereiro de 2008, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680–ramal 111-FAX (0xx14)3882-1885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL - PREGÃO Nº 005/2008-FAMESP/HEB, PROCESSO Nº 021/2008-FAMESP/ HEB, que tem como objetivo o REGISTRO DE PREÇOS PARA AQUISIÇÃO DE BOBINA DE PAPEL GRAU CIRURGICO, PARA O HOSPITAL ESTADUAL BAURU, do tipo menor preço por item, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 19 de fevereiro de 2008, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, localizado na Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100, Jardim Santos Dumont, na Cidade de Bauru, no Estado de São Paulo, CEP 17033-360. Botucatu, 18 de janeiro de 2008. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi - Diretor Vice-Presidente - FAMESP.
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segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Juan Barreto/AFP
CUBA Futuro de Fidel indefinido Enrique De La Osa/Reuters
Parlamento decide no dia 24 de fevereiro o próximo presidente do país
Internacional Hugo Chávez recebe parlamentar norte-americano e discute Farc no Palácio Miraflores, em Caracas
Chávez facilita narcotráfico, acusa C órgão dos EUA
Ricardo Alarcon, líder da Assembléia Nacional cubana, prepara-se para votar na capital Havana
Venezuelano retruca, e põe culpa pela acusação no "colega" Álvaro Uribe
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presidente da Venezuela, Hugo Chávez, está se tornando um grande facilitador do narcotráfico de cocaína na Europa e outras partes do hemisfério por sua negligência em combatê-lo. A acusação é do chefe do departamento antidrogas dos Estados Unidos, John Walters. Trata-se do mais forte pronunciamento de um membro do governo de Washington contra o venezuelano, que em 2005 suspendeu um acordo de cooperação com a Agência Antidrogas dos EUA, a quem acusava de espionagem. A declaração acontece no momento em que as relações diplomáticas entre Colômbia e Venezuela atravessam seu pior momento em anos, pelo pedido de Chávez para que se retire as Farc da lista de grupos
terroristas e lhes seja concedido o reconhecimento político e estado de beligerância. Chávez aproveitou a acusação para criticar seus dois inimigos prediletos: o presidente colombiano Álvaro Uribe e o americano George W. Bush. "O czar antidrogas de Bush foi dizer que Chávez é o traficante de drogas do mundo, o que foi propiciado pelo governo da Colômbia, porque não é que os gringos vão (por iniciativa própria) mas é o governo da Colômbia que convida-os e coloca-os aí para que nos ataquem", sustentou. "Nos últimos dias, a oligarquia colombiana pede reforços para atac a r. U r i b e é c o v a r d e , mentiroso, nocivo e manipulador", finalizou Chávez. Críticas Por sua posição geográfica, a Venezuela é considerada um
ponto estratégico do tráfico de drogas entre os EUA e Europa desde sua vizinha Colômbia, o maior produtor mundial de cocaína, com 610 toneladas anuais. Segundo os EUA, a Venezuela se tornou nos últimos anos a principal rota para tráfico e envio ilegal de drogas da Colômbia para a Europa. A Venezuela apareceu em 2007 pelo terceiro ano consecutivo como país que "fracassou" na luta contra as drogas numa lista do Departamento de Estado dos Estados Unidos. "Creio que é o momento de enfrentar o fato de que o presidente Hugo Chávez está se convertendo num grande facilitador do tráfico de cocaína na Europa e outras partes deste hemisfério", disse John Walters, chefe do departamento antidrogas dos Estados Unidos, durante visita oficial à Colômbia. (Agências)
erca de 8,4 milhões de cubanos foram às urnas para ratificar seu apoio aos candidatos indicados pelo governo ao Parlamento — incluindo o líder Fidel Castro — em uma votação que faz parte de um processo eleitoral que definirá o futuro político da ilha. A grande incógnita, no caso, não é o nome dos vitoriosos. Foram apresentados 614 candidatos para 614 cargos e a grande maioria dos cubanos se dizia disposta a dar "voto único", elegendo todos os postulantes em bloco. O que ainda está incerto é se esses novos parlamentares apontarão o líder cubano Fidel Castro — que passou o poder para Raúl Castro, seu irmão mais novo, após uma cirurgia de emergência no intestino, em 2006 — como chefe de Estado e do governo cubano. Raúl, hoje presidente interino da ilha, anunciou que a decisão será tomada no dia 24 de fevereiro. "Essa votação é muito importante. Estamos elegendo um novo Parlamento numa etapa complexa, na qual temos de enfrentar diferentes
AFP
situações e grandes decisões, pouco a pouco." Desde 1976, quando foi criado este sistema eleitoral, nunca houve dúvidas de que Fidel seria o indicado Cubano deposita seu voto em urna. Fidel fica? pelo Parlamento. Por causa do Claudia Daut/Reuters precário estado de saúde em que se encontra o líder cubano, porém, neste ano a Casa poderia optar por Raúl ou qualquer outra figura do governo. "Posso antecipar que votarei em Fidel", disse o Eleitor sai de cabine após eleição ao Parlamento v i c e - p re s i d e n t e Carlos Lage enquanto votava. tensa campanha defendendo o "Sem dúvida há avanços em "voto unido". "Eu aderi ao voto seu processo de recuperação." unido por questão de consOs cubanos também foram ciência", disse ontem Fidel, às urnas para ratificar 1.201 de- que votou em sua casa e prolegados provinciais. Os eleito- pôs essa forma de votar em res podiam votar um a um, em 1993, em um dos piores mocada candidato, mas as autori- mentos da crise econômica na dades cubanas fizeram um in- ilha. (AE)
EUA Hillary e McCain descartam favoritismo
O
republicano John McCain e a democrata Hillary Clinton passaram a se concentrar nas próximas batalhas da caótica corrida à Casa Branca no domingo, após conseguirem vitórias difíceis nas primeiras votações realizadas no Sul e no Oeste dos Estados Unidos, no último sábado. Apesar dos bons resultados, nenhum dos pré-candidatos dos dois partidos assumiu o papel de favorito na disputa para a escolha dos dois nomes que disputarão a eleição de 4 de novembro para suceder George W. Bush, já que as primeiras grandes votações nos Estados tiveram
diferentes vencedores. Senador por Arizona, McCain derrotou por pequena margem seu rival Mike Huckabee, exgovernador de Arkansas, na Carolina do Sul, um Estado onde suas esperanças de chegar à presidência foram destruídas numa amarga disputa em 2000, que colocou George W. Bush no caminho para a Casa Branca. Mitt Romney, ex-governador de Massachusetts, venceu a corrida republicana em Nevada, que seus rivais deixaram de lado para se concentrar na Carolina do Sul. Na corrida democrata em Nevada, a senadora por Nova York Hillary Clinton venceu o
Joshua Lott Enrst/Reuters
Mike Stone/Reuters
O republicano John McCain
A democrata Hillary Clinton
também senador (Illinois) Barack Obama numa disputa apertada que incluiu votações nos famosos hotéis-cassino do
Estado, produzindo acaloradas denúncias de irregularidades. "Acho que é assim que se ganha o Oeste",
afirmou Hillary, em Las Vegas. Mais tarde, disse a repórteres: "Este é um passo numa longa jornada por todo o país". Hillary, que pode ser a primeira mulher presidente dos EUA, venceu a disputa democrata em Nevada com 51% dos votos a 45% de Obama, e comparecimento de mais de 115 mil eleitores. Próximos passos A batalha pela nomeação a candidato à presidência dirige-se agora para o Sul dos EUA, e as próximas disputas serão a primária democrata da Carolina do Sul, no sábado (26), e a republicana da Flórida, no dia 29 de janeiro. Depois ambos os partidos voltarão suas atenções à
Tony Karumba/AFP
"Superterça", em 5 de fevereiro, quando ocorrem votações em 22 Estados, marcando a mudança da política das primeiras prévias para os vôos de costa a costa e campanhas com grandes orçamentos. A corrida republicana na Flórida marca a estréia do exprefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, que viu sua grande liderança nas pesquisas de opinião nacionais desaparecer enquanto se afastava durante as primeiras votações primárias. Giuliani aposta que uma vitória na Flórida o impulsionará a ter bons resultados em 5 de fevereiro. (Reuters)
Rupak De Chowdhuri/Reuters
Ó RBITA
IMPASSE eleição presidencial A libanesa foi postergada para 11 de fevereiro, o 13º
adiamento de uma votação bloqueada pela crise política do país. O Líbano está sem presidente desde que terminou o mandato de Emile Lahoud em novembro, completando um ano de dura disputa pelo poder entre o governo apoiado pelo Ocidente e a oposição apoiada pela Síria. (Agências)
VIOLÊNCIA
TERROR
inco pessoas morreram no Quênia no final m homem bomba matou seis pessoas na de semana nos últimos protestos pela província de Anbar, oeste do Iraque, C U polêmica reeleição do presidente Mwai Kibaki, incluindo um membro da tribo sunita elevando a 45 o número de vítimas fatais das manifestações organizadas pela oposição nos últimos cinco dias, anunciou a polícia. A tensão política pela vitória de Kibaki, que pertence à principal etnia do país, resultou na explosão dos conflitos étnicos que já mataram mais de 700 pessoas. (Agências)
envolvido na luta contra Al-Qaeda, afirmaram fontes oficiais. O ataque foi o segundo desse tipo com mortes em alguns dias em Anbar. O domingo marcou também o último dos dez dias do rito de purificação religioso da Ashura, com um saldo de mais de 80 mortos em confrontos étnicos. (Agências)
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Paulo Pampolin/Hype
Empresas Nacional Moda Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Platéia do desfile principal da SPFW, protegida por capas de chuva. E máscaras.
TERMINA HOJE A SÃO PAULO FASHION WEEK
N LUXO I X O
Paulo Pampolin/Hype
O desfile de Wilson Raniere foi despojado e esportivo
Vestidos curtíssimos foram apresentados por Iódice Paulo Pampolin/Hype
O inverno terá saias bem acima do joelho Paulo Pampolin/Hype
Máscara para os espectadores do desfile da São Paulo Fashion Week ontem Paulo Pampolin/Hype
O encontro da moda com as águas do Tietê Grife Cavalera realizou desfile em barco.
Vanessa Rosal
A unanimidade do preto, ao lado de tons fortes. Paulo Whitaker/Reuters
O penúltimo dia da 24ª edição da São Paulo Fashion Week (SPFW), ontem, começou debaixo de chuva, com lixo e mau cheiro. Como forma de protesto, a grife Cavalera realizou seu desfile às margens do rio Tietê, com direito a capas impermeáveis, máscaras e guardachuva para os convidados. A platéia ficou a bordo do Almirante do Lago, embarcação de três andares que é usada para a conscientização ambiental a partir da experiência real de navegar pelo rio. Apocalipse – A chuva não tirou o brilho da apresentação da Cavalera. Muito pelo contrário, contribuiu para que a grife reforçasse seu projeto. Ao som de sirenes de alerta, os modelos andaram juntos, desgovernados, como zumbis perdidos em meio ao caos da poluição. Fazendo fundo para o cenário apocalíptico, as pontes paulistanas pichadas e os barcos abandonados e destruídos pela ferrugem. O contraste da moda com o lixo e a reciclagem é a proposta
da marca para o inverno deste ano. Com peças de acervo e rolos de tecidos antigos resgatados, foi montada a matériaprima para a coleção. Vestidos longos, em tons azuis e estampas xadrezes, sobretudos e calças jeans coloridas foram algumas das peças apresentadas. O destaque era o esqueleto estampado nas camisetas masculinas – a marca registrada da Cavalera – e a echarpe de bandeira do Brasil. Botas cowboy, com estampas e decorações coloridas deram a finalização da bela coleção, ao lado de um nada belo Tietê. De volta à Bienal do Parque Ibirapuera, local onde é realizada a semana de moda paulista, a grife Carlota Joakina continuou com o tema do xadrez. A estampa proposta da marca, uma das principais tendências para o frio, tinha toques de urbanismo inspirado no skate. Na coleção, calças largas e correntes presas aos cintos lembravam o visual streetwear. Vestidos curtos e soltinhos, com cinto para marcar a silhueta, acertaram no charme. A cartela de cores para o inverno foi formada pelo vinho, verde, amarelo e cinza. Já o desfile do estilista Wilson Raniere foi despojado e es-
portivo. Combinando com quase todos os looks, bonés estilo tenista, com faixas, formavam laços atrás da cabeça ou se enrolavam no pescoço. Blusas com capuz e estampas de animais foram apresentadas como forte tendência dos modelos, com oncinhas e zebras douradas. Sapatos tipo scarpin ganharam leveza com uma desconstrução suave no bico, combinando com o uso de meias soquetes. Bolsas em couro de peixe, com rendas e paetês, botas com pelúcia e scarpins com estampas grandes chamaram a atenção do público no desfile de Érika Ikezili, que desenvolveu peças a partir da ousadia e pluralidade cultural da mistura de Japão e Brasil, no ano em que se comemora o centenário da imigração japonesa. Vestidos largos, estilo quimono, com estampas de flores, são a aposta da grife para o inverno. Com suavidade e leveza, a estilista não preparou uma coleção para dias muito frios, assim como a maioria das grifes que desfilaram nesta Fashion Week. A grife Néon foi a que mais ousou nas transparências. Afinal, o inverno brasileiro não deixa de ser tropical.
Modelos usam capas e botas no teatro da Marginal Paulo Pampolin/Hype
Sobretudos feitos com tecidos "resgatados" Paulo Pampolin/Hype
Paulo Pampolin/Hype
Transparências da Néon para o inverno tropical Paulo Pampolin/Hype
Reinaldo Lourenço: rendas com estilo cowboy
E
stilo country, deusas indianas e histórias em quadrinhos invadiram o terceiro dia da 24º edição da São Paulo Fashion Week (SPFW), na última sexta-feira. As passarelas mostraram que o inverno será inovador e poético, com vestidos desenhados até para homens . O estilista Reinaldo Lourenço, que abriu as apresentações do dia, se inspirou em cavalos e trens do Velho Oeste. Ele combinou
A proposta de Cavalera se opôs à paisagem da poluição: uma moda para os tempos de reciclagem.
Peças sobrepostas e muito xadrez
Inspiração de lendas, animais e até do Velho Oeste agradou ao público. vestidos rodados com botas de cowboy e inseriu couro nas mangas das camisas de cetim. Giselle Nasser surpreendeu o público com a força das lendas femininas de bruxas celtas, deusas indianas, figuras de tarô e guerreiras medievais. A estilista utilizou algodão com
seda em vestidos e calças de cintura alta. Algumas tops usaram tiaras em forma de corujas e ursos. Giselle era um dos personagens e levantou o público ao retirar a máscara de alce que a encobria. Surpreendente também foi o desfile masculino de Mário
Queiroz. Jaquetas de couro, calças justas e até blusas mais compridas – que imitam vestidos – são a aposta do estilista para o inverno. Coletes e gravatas-borboleta em couro combinavam com charme com camisetas de algodão. Ternos roxos, camisas de franjas e
polainas foram alguns dos destaques da apresentação, que reuniu 32 modelos. No sábado, foi a vez do estilista Valdemar Iódice abrir a semana de moda paulista. O ponto de partida da coleção foi o grafitti, manifestação contemporânea e
democrática, com peças em couro, seda e muito decote – principalmente nas costas. A aposta ficou nas cores roxa, azul, preta e amarela. Apesar das belas criações, o fato mais marcante do sábado foi policial, com o confisco de 48 peças da coleção de Lorenzo Merlino que acabara de ser mostrada nas passarelas. O estilista está sendo processado por dívidas trabalhistas do salão L'Équipe, do qual foi sócio.
Economia
MUDANÇA DE RUMO
Malhar para melhorar a qualidade de vida é a meta dos vários formatos de academias. Pág. E4
CRISE FORTALECE FUNDOS DI
CAIXA 1 O seu consultor financeiro
Com a queda dos juros e a crise das bolsas, esses fundos têm atraído mais investidores neste ano. Pág. 3 1
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
ESPECIALISTAS DIZEM QUE É POSSÍVEL REEQUILIBRAR CONTAS SEM GRANDE APERTO
Corte desperdícios e saia do vermelho Fábio D'Castro/Hype
Sonaira San Pedro
V
O empresário Fernando Campos seguiu os conselhos de especialistas e trocou dividas por investimentos
Seu consultor em ações
ocê já pensou em q u a n t o d i n h e i ro gastou nas rodadas de chope nas últimas semanas? Ou para comprar as camisas que ficaram esquecidas no fundo do armário? Foi pensando em gastos como esses que o empresário Fernando Campos resolveu colocar tudo no papel e fechar as torneiras que tinham sido abertas sem necessidade. Deu certo: em vez de administrar os pagamentos do rotativo do cartão de crédito e o limite do cheque especial, em pouco tempo Campos começou a aplicar em fundos de renda fixa e previdência privada. O segredo, de acordo com ele, é um só: planejamento. "Há dois anos, eu colecionava dívidas que se arrastavam por meses", diz. "Hoje, depois de cortar gastos sem perder qualidade de vida ou deixar de fazer as coisas de que gosto, já poderia me manter por um ano inteiro se não pudesse trabalhar." Campos seguiu à risca as dicas de consultores financeiros. Despesas com bares e restaurantes nos finais de semana, por exemplo, foram reduzidas pela metade. Para comprar roupas, ele adotou a estratégia de pesquisar os preços. Assim, foi cortando o desperdício. E também separou as finanças pessoais das contas de sua empresa, uma papelaria no bairro da Lapa, em São Paulo.
Campos "arrumou a casa" por etapas. "Para liqüidar os valores do cartão de crédito e do cheque especial, que tinham taxas de juros médias de 10% ao mês, fiz empréstimo pessoal com taxas mensais de 3% e concentrei as dívidas em um só lugar", diz. "Depois que vi quanto dinheiro já tinha rasgado no dia-a-dia, cortei o desperdício mesmo e, só assim, consegui alcançar o que queria", afirma o empresário.
Para liqüidar dívidas no cartão e no cheque especial, fiz empréstimo pessoal com taxa de juro de 3% e concentrei as dívidas em um só lugar. Fernando Campos Pequenas despesas — As principais vilãs das crises financeiras pessoais são as pequenas despesas do cotidiano, segundo o consultor e autor do livro "Terapia Financeira", Reinaldo Domingos. "Estamos acostumados a dar atenção aos grandes gastos, que geralmente são poucos, e não damos importância às muitas pequenas despesas diárias", diz. Ele cita o exemplo de uma mulher que gasta R$ 80 em cada visita semanal ao cabeleirei-
ro — R$ 320 em um mês. Se essas visitas forem realizadas a cada dez dias, ela vai economizar R$ 80 mensais sem deixar de cuidar da beleza. "E se aplicar esse montante em um fundo de renda fixa todos os meses, ao final de um ano terá guardado R$ 1 mil", afirma. A quantia pode pagar uma viagem de final de ano ou um belo eletroeletrônico. Vale também deixar aplicado o valor e acumular rendimentos. Em sete anos, os R$ 80 mensais se transformariam em R$ 10,5 mil. "Essa seria uma pequena mudança de hábito que passaria despercebida com o passar do tempo", afirma. "Se essa economia veio de uma pequena mudança de agenda no cabeleireiro, imagine o que essa mulher alcançaria se repensasse toda sua vida financeira." Segundo ele, vale repetir o procedimento ao comprar roupas e calçados, nos jantares freqüentes fora de casa, na procura por uma academia de ginástica com preço mais baixo. "Não é questão de ser pãoduro, mas de pensar como se está vivendo financeiramente e dar ao dinheiro o valor que ele merece", diz o especialista em finanças Olavo Furtado. "Atitudes assim não interferem diretamente em seu dia-adia, mas fazem grande diferença no médio e longo praz o s " , a f i r m a . Ve j a n o s i t e www.dcomercio.com.br o simulador de rendimentos criado por Reinaldo Domingos.
Momento não é para venda de ações
N Mercados ainda atentos aos EUA
O
s últimos pregões das bolsas de valores mundiais comprovaram o aumento da aversão ao risco e a conseqüente fuga de recursos dos mercados emergentes. A semana passada foi marcada por volatilidade por conta da divulgação de importantes indicadores econômicos e do início da temporada de balanços nos EUA. Os temores de recessão na economia americana se intensificaram nos últimos dias e fizeram o Ibovespa, principal índice do mercado brasileiro de ações, perder 7,16% na semana. Mesmo assim, a expec-
tativa é de recuperação das perdas recentes, com valorização do Ibovespa em até 52% em 2008, de acordo com Daniel Doll Lemos, analista da corretora Socopa. Para ele, o índice pode chegar a 77 mil pontos (hoje está próximo a 57 mil). A pedido do Diário do Comércio, ele listou os cinco papéis que considera as melhores oportunidades de investimento no momento: Positivo Informática, B2W Global, Cemig, Odontoprev e Duratex. "O aumento da renda, do crédito e a queda na taxa de juros ajudarão no crescimento do consumo, o que aquecerá a economia
interna", disse. "O Brasil depende menos do comércio com os Estados Unidos e está cada vez mais integrado com os mercados mundiais." E, nesta semana, as atenções continuam voltadas para as notícias do mercado americano, mesmo que a agenda esteja praticamente vazia. "É preciso que o investidor fique atento às reações do mercado ao pacote de incentivo à economia do país anunciado na última sexta-feira pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush (leia mais na página 6 deste caderno)", afirmou o analista da Socopa.
ão venda suas ações. Não saia da bolsa agora. E, se puder, aproveite a baixa para comprar papéis de empresas de primeira linha. Essas são as dicas dos especialistas em relação ao atual momento do mercado financeiro. Balanços de empresas divulgados na semana passada e perspectivas ruins para a economia americana assustaram os investidores estrangeiros, que venderam por aqui papéis com bons rendimentos para cobrir prejuízos lá fora. Mas as expectativas em torno do desempenho do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que acumula queda de 13,9% neste ano, ainda são positivas. "Não há razão para preocupações porque as empresas brasileiras continuam sólidas, e quem investiu em companhias de primeira linha só tem a ganhar", disse o operador-sênior da TOV Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários, Décio Pecequilo.
"Dados concretos mostram que a bolsa é o melhor investimento no longo prazo." Ele citou números do Ibovespa, que, entre altos e baixos, acumula valorização de 1.267,28% desde sua criação, em 1968.
Não há razão para preocupações. Quem investiu em companhias de primeira linha só tem a ganhar. Décio Pecequilo, operador-sênior Para ele, a alta da inflação deve preocupar mais do que a possibilidade de desaceleração na economia americana. "A reunião do banco central dos Estados Unidos, no final deste mês, deve acalmar os ânimos do mercado com um provável corte nos juros", disse.
As chances de os Estados Unidos realmente entrarem em recessão são de 30%, pois é necessário que se registrem dois trimestres seguidos de crescimento negativo da economia, segundo o professor do Departamento de Economia da PUC-SP e autor do livro "Globalização e Investimento Estrangeiro no Brasil", Antonio Corrêa de Lacerda. "E o banco central americano vai usar todas as ferramentas disponíveis para impedir que isso aconteça", afirmou. Lacerda observou que o Ibovespa caiu muito nos últimos dias devido à saída de aplicadores estrangeiros. "Mas a tendência é muito favorável para o Brasil, e vale a pena aproveitar a baixa para investir em ações de primeira linha", disse Lacerda. "O Brasil tem uma forte demanda de consumo doméstico, depende cada vez menos do comércio dos Estados Unidos e está mais integrado com os mercados mundiais, além de já ter acabado com sua dívida em dólares."
Fotos: Divulgação
Saia fora do vermelho
CAIXA 1
O BONITÃO
Asilo da crise? Fundos DI
Economia, 1 a 6
Não faça como o capital estrangeiro. Fique na Bolsa
e
E R AD NA A LIN
Vem aí o primeiro Copom da recessão americana Ano 83 - Nº 22.545
R$ 1,40
São Paulo, segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Jornal do empreendedor
Edição concluída às 23h25
w w w. d co m e rc i o. co m . b r
EUA equiparam Chávez a traficante Por negligência, Chávez se torna cúmplice e até traficante dos narcoguerrilheiros das Farc. A acusação mais dura até hoje dos EUA partiu de seu comando antidrogas. Págs. 6 e 3 Paulo Whitaker/Reuters
Alex Silva/AE
Inverno com leveza: linha da Neon na SPFW.
Tape o nariz, vai começar o desfile
Paulo Pampolin/Hype
No esgoto do rio Tietê, a grife Cavalera desfilou sua coleção. O público usou máscara. E 8
ENFIM, FUROU A FILA. (ONZE ANOS DEPOIS) HOJE Nublado com chuva Máxima 24º C. Mínima 18º C.
AMANHÃ Nublado com chuva Máxima 22º C. Mínima 18º C.
O Fura-Fila vai ficar pronto no final do ano, 11 anos depois de iniciado. Seu nome agora é Expresso Cidade Tiradentes. São 31,8 km ao custo de R$ 1,1 bilhão. Pág. 7
São Paulo sai na frente
Segunda rodada do Paulista: Souza (foto) marca e garante vitória contra o Rio Preto.
ESTRÉIA: PASSE LIVRE Esporte
Padre não perdoa Lula D. Cappio: Lula 'cospe no prato que comeu'. Pág. 3
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
7 Até o fim do primeiro semestre deve ser concluído o trecho até a Vila Prudente.
Próxima parada, Cidade Tiradentes Prefeitura promete construir mais 23,3 quilômetros do Expresso Tiradentes, o antigo Fura-Fila. Caso saia do papel, projeto vai beneficiar 1,5 milhão de pessoas. Leonardo Rodrigues/Hype - 08/03/2007
Davi Franzon
A
té o final da sua gestão, o prefeito Gilberto Kassab promete entregar mais 23,3 quilômetros do Expresso Tiradentes. Com isso, até o final deste ano, o corredor pode ligar a região do Parque Dom Pedro II à Cidade Tiradentes, na zona leste, beneficiando 1,5 milhão de pessoas. Para cumprir sua promessa, Kassab terá de concluir três etapas do plano de expansão do corredor, principalmente o ramal que seguirá pela avenida Professor Luiz Inácio de Anhaia Melo, com 12 quilômetros. O custo total é de R$ 250 milhões. Ainda no primeiro semestre, o prefeito espera inaugurar a fase três do projeto, que está em construção, levando o corredor do Sacomã até a Vila Prudente. Com a conclusão desse trecho, a cidade deve encerrar o mês de julho com 11,3 quilômetros de via em operação. Atualmente, o expresso tem 8,5 quilômetros de extensão. Antes mesmo de finalizar as obras do trecho entre o Sacomã e a Vila Prudente, Kassab já autorizou o projeto para a ampliação até a Cidade Tiradentes. A secretaria de Negócios Jurídicos já está negociando a desapropriação de terrenos na região de Sapopemba. Procurado, o Departamento de Desapropriações da Prefeitura de São Paulo informou
Especialista diz que o projeto melhorou Aumento do trajeto e do público são bem vistos
P
roposta polêmica, que já foi alvo de duras críticas quanto à sua viabilidade, o Expresso Tiradentes, sucessor do Fura-Fila, começa a receber aceitação por técnicos do setor. Para Valeska Peres Pinto, especialista que integra a Comissão de Circulação e Urbanismo da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), o Expresso Tiradentes poderá tornar-se o primeiro passo na organização e integração do transporte público na cidade de São Paulo. Valeska avalia o projeto como resultado de uma herança eleitoreira, que gerou grande desperdício de dinheiro público. Contudo, depois das modificações que sofreu, ele poderá tornar-se uma eficiente opção de transporte. "Como uma alternativa ao metrô, o corredor servirá perfeitamente. Ele será como um sistema alimentador, levando essa grande parcela de usuários até uma estação já próxima à região central e aliviando um pouco o sistema", avaliou. A especialista lembra que o ex-prefeito Celso Pitta decidiu adotar o então Fura-Fila sem nenhum tipo de estudo de impacto ou avaliação de sua eficácia como alternativa ao alto custo do metrô. "O que restou
foi uma estrutura abandonada e nenhuma previsão de quando as obras seriam retomadas", lembra. Entre as modificações positivas que o projeto recebeu, Valeska cita a troca do sistema elétrico pelo movido a diesel. Opina que o alto custo da alternativa elétrica inviabilizaria a operação. "O modelo elétrico poderá ser adotado no Expresso Tiradentes no futuro, quando houver uma política tarifária especial para o setor de transportes", disse. Outro acerto, para ela, foi a ampliação do trajeto até o bairro de Cidades Tiradentes, o que dará caráter de sistema de integração ao Expresso. Com isso, o serviço atenderá uma área populosa, tornando-se uma alternativa de médio impacto de fato. "O metrô é eficiente, todos sabemos disso. Mas ele não pode ser a única opção", diz Valeska, referindo-se à crítica relativa ao custo do Expresso Tiradentes, que deverá consumir R$ 1,15 bilhão, um valor que poderia ser investido no metrô. Para ela, um modelo eficiente de transporte público deve ser composto por metrô, corredores expressos e, numa situação ideal, integração com carros particulares. (DF)
Leonardo Rodrigues/Hype 08.03.2007
Estação do Expresso Tiradentes, que deve operar novo trecho em julho
Ônibus circula no Expresso Tiradentes: custo total do corredor expresso será de R$ 1,15 bilhão
que as desapropriações estão sendo analisadas, inclusive o valor das indenizações. De acordo com Ligia Torggler da Silva, diretora do órgão, após esse levantamento, as informações serão repassadas para a secretaria de Negócios Jurídicos, que depois informará quanto a Prefeitura dispõe para pagar as indenizações. "Dependendo da urgência do projeto, as negociações podem ser finalizadas em até três meses. Tudo depende do quanto a secretaria tem em caixa e o acerto com os proprietários das áreas que serão desapropria-
das", informou Ligia Torggler. Se tudo ocorrer como espera Gilberto Kassab, as obras dos trechos 4 e 5 (Anhaia Mello-Cidade Tiradentes), devem começar em junho. Apenas o trecho 5, que vai levar o Expresso até Cidade Tiradentes, tem 8,5 quilômetros. Custo - Quando todo o Expresso Tiradentes estiver concluído, o sistema terá consumido R$ 1,15 bilhão. Desse total, o ex-prefeito Celso Pitta, autor do projeto, investiu R$ 500 milhões e deixou apenas o esqueleto da obra. Sua sucessora, Marta Suplicy (PT), rebatizou
o Fura-Fila como Paulistão e gastou mais R$ 200 milhões. Ela também não conseguiu colocar o expresso em operação. Ao assumir a Prefeitura, em 2005, o então prefeito e atual governador, José Serra, investiu mais R$ 200 milhões e, finalmente, entrou em operação o trecho de 8,5 quilômetros, entre o Parque D. Pedro II e o Sacomã. Esse era o trajeto idealizado por Pitta. Agora, Kassab pretende investir mais R$ 250 milhões: R$ 50 milhões no trecho em execução e o restante no projeto de expansão.
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Saúde Urbanismo Centenário Transpor te
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
CONCURSO VAI ELEGER A MISS BRASIL-JAPÃO
Patrícia Santos/AE
Miss da imigração japonesa é alta e loura
Leonardo Rodrigues/e-SIM
Rejane Tamoto
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Parentes de vítimas do acidente da TAM pedem justiça, seis meses após a tragédia no Aeroporto de Congonhas.
Ato lembra acidente da TAM
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erca de 200 familiares e amigos das vítimas do acidente com o Airbus da TAM fizeram uma manifestação no Aeroporto de Congonhas ontem, seis meses após a tragédia que matou 199 pessoas. Durante o ato, os manifestantes percorreram os saguões do aeroporto com faixas e um megafone, pelo qual pediram que os documentos ainda não entregues à polícia sejam encaminhados o quanto antes, para compor o inquérito policial e dar seqüência às investigações. Justiça –Em seguida, os fa-
miliares das vítimas foram até o local do acidente e escreveram pedidos de "justiça e verdade", além do nome de vítimas nos tapumes que cercam o terreno onde ficava o prédio da TAM, destruído pelo choque. Segundo o manifesto entregue a um funcionário da Infraero, a polícia de São Paulo pede explicações sobre quem teria liberado a pista principal para o pouso das aeronaves. Além disso, o documento pede o laudo da Polícia Federal sobre a perícia da pista, a transcrição dos 23 minutos suprimi-
dos da gravação da caixa-preta do avião, o relatório dos exames da pista de Congonhas (realizados após o acidente), o projeto de pavimentação da pista e as atas de todas as reuniões da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sobre a pista de Congonhas desde dezembro de 2006. Os manifestantes disseram que a ex-diretora da Anac, Denise Abreu, foi intimada três vezes a depor no 27º Distrito Policial, mas não compareceu, obstruindo o andamento do inquérito. (AE)
Passageiros recusam avião no RJ
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m problema em um avião Boeing 767 da United Airlines causou transtornos a passageiros e funcionários do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, ontem. De acordo com o relato de passageiros à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), houve discussão a bordo e viajantes quiseram descer do avião. Segundo o relato, a aeronave se-
guiria rumo a Nova York, nos EUA, quando o comandante falou aos passageiros que houve um problema no motor, mas que, por ter sido resolvido, poderiam continuar a viagem. Com medo, um grupo de passageiros pediu para descer. Após discussão com a equipe de bordo, dez passageiros desceram do avião, que seguiu viagem. Minutos depois de le-
vantar vôo, houve um problema na turbina e o piloto pediu permissão à torre de controle para retornar ao Galeão. Como havia fumaça, o comandante pousou imediatamente a aeronave, contrariando uma medida padrão que exige que os aviões gastem combustível antes de descer. Ao pousar com a aeronave pesada, dois pneus estouraram. (Agências)
L.C. Costa/AE
11 mortes em acidentes no fim de semana
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ma seqüência de graves acidentes ocorridos no fim de semana, em diferentes pontos da capital e da Grande São Paulo, deixou um saldo de 11 mortos. Um engavetamento envolvendo três carretas, um caminhão, um ônibus e um carro no km 221 da Rodovia Presidente Dutra resultou na morte de uma pessoa na madrugada de ontem. O acidente teria sido causado pelo caminhão que, roubado em Araraquara, foi bloqueado via satélite, a partir de um dispositivo
Quatro morreram em acidente com veículo roubado na zona leste
de segurança. Na capital, os acidentes começaram no sábado, quando uma colisão na avenida Sumaré deixou um morto. No mesmo dia, morreram duas pessoas em
um acidente na zona leste, um motociclista na marginal Tietê e um policial militar no Centro. Ontem, um acidente com veículo roubado deixou quatro mortos na zona leste. (AE)
beleza da miss que representa os municípios paulistas do Alto Tietê durante as comemorações do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil não lembra, de longe, a de uma típica japonesa, já que ela tem 1,75 m e é loura. Mas os olhos puxados não deixam de confirmar a descendência de Karina Eiko Nakahara, de 26 anos, eleita no último sábado a Miss Centenário do Alto Tietê, concurso realizado pelo Bunkyô da cidade, que reuniu 17 descendentes de japoneses, de idades entre 15 a 26 anos, moradoras de Mogi das Cruzes, Suzano, Ferraz de Vasconcelos e Salesópolis. Em maio, Karina competirá o posto de Miss Brasil-Japão. O concurso de miss está na grade de programação das comemorações do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil e já elegeu misses no Paraná, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Brasília, Paraíba, Per-
A miss Karina Nakahara, de Mogi das Cruzes, disputará eleição nacional.
nambuco, Minas Gerais e em Araçatuba (SP). Segundo o apresentador e coordenador do evento, Kendi Yamai, os próximos concursos regionais do Estado de São Paulo ocorrem no próximo dia 26, em fevereiro e em maio, quando também haverá a final para escolher a miss Brasil-Japão. "É um concurso criado especialmente para o ano do centenário", explicou Yamai. Jurados – Ao escolherem Karina - cujo pai é descendente de japoneses e a mãe é brasileira - os jurados privilegiaram a miscigenação e elegeram em segundo lugar a miss Vivian Kato Nakashima, de 16 anos, e em terceiro, a miss Adriana Tiemi Tanikawa, de 17 anos. A
miss Simpatia, a professora de japonês, Camila Omori da Silva, de 18 anos, venceu com o apoio de uma torcida organizada, que gritava seu nome, exibia cartazes e ocupava duas fileiras do Teatro Municipal de Mogi das Cruzes, no qual estavam presentes cerca de 300 convidados. Karina, que terá seu próximo desafio em maio – na disputa pelo título de miss nacional – ainda não quer pensar sobre o assunto e passou os seus minutos de felicidade com poucas palavras e muitos flashes. "Não imaginei que venceria. Agora, só quero aproveitar este momento feliz", disse. E ele foi eternizado com uma longa seção de fotos, bem ao costume japonês.
DIÁRIO DO COMÉRCIO O Valdivia me bateu o jogo inteiro. Ele me acertou pelo menos quatro cotoveladas.” Adriano, do Santos
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Esporte
Marcelo Ferrelli/AE
Ricardo Saibun/AE
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Acho que o Leão queria um autógrafo meu, quando estava no Atlético-MG fez a mesma coisa.” Valdivia, do Palmeiras
BANCO DE ESTRELAS Caetano Barreira/AE
Alex Silva/AE
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Na segunda rodada do Paulistão, os técnicos uma vez mais roubaram a cena. Duelo entre Santos de Leão e Palmeiras de Luxemburgo termina empatado: 0 a 0. No Morumbi, o São Paulo de Muricy Ramalho sofreu, mas conseguiu ganhar do Rio Preto com um gol solitário de Souza, enquanto em Mogi-Mirim o novo Corinthians de Mano Menezes lembrou os maus tempos de 2007 na derrota para o São Caetano por 3 a 1. AE Filipe Araújo/
Paulistão começou no meio da semana passada sob a expectativa da disputa entre os quatro melhores técnicos do Brasil — Mano Menezes, do Corinthians; Vanderlei Luxemburgo, do Palmeiras; Emerson Leão, do Santos; e Muricy Ramalho, do São Paulo. E esse campeonato à parte continuou ontem, na segunda rodada. Das quatro estrelas do banco, Leão é a única que ainda não sentiu o gostinho de uma vitória. Após a derrota para a Portuguesa por 2 a 0 na estréia, o Santos recebeu ontem o Palmeiras de Luxemburgo na Vila Belmiro, e não foi além de um 0 a 0, em um jogo muito truncado. Luxemburgo e Leão passaram a semana inteira trocando farpas. Mas ontem nem sequer se olharam. Antes do jogo, o técnico do Palmeiras foi direto do túnel para o banco de reservas, sem sequer cumprimentar os jogadores que, até um mês atrás, eram seus comandados. Após o jogo, resolveu abraçar alguns santistas, enquanto Leão ficou por alguns minutos parado no centro do campo, antes de se dirigir ao vestiário. Quando questionado sobre a luta entre o “primo rico” e o “primo pobre” (em alusão aos milhões do Palmeiras e à penúria do Santos), respondeu: “Eu não sou primo de ninguém”.
N ÚMEROS
A derrota do Noroeste para o Guaratinguetá em casa, com um gol no último minuto, fez a primeira vítima entre os técnicos: José Carlos Fescina, demitido ontem.
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Ademir Affonso será o técnico interino do Noroeste no jogo de quinta, com o Guarani.
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E o Santos, com apenas um ponto ganho, está na zona de rebaixamento, ao lado dos dois e do Juventus.
Somente o Santos e o lanterna Guarani ainda não conseguiram marcar nenhuma vez.
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Paulista e Guarani foram os únicos que perderam suas duas partidas. Não por acaso ocupam a penúltima e a última colocações.
A melhor defesa é a do Marília, a única que até aqui não sofreu nenhum gol no campeonato.
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Destes, apenas um terminou 0 a 0: o clássico de ontem, entre Palmeiras e Santos.
Os melhores ataques são os do Marília e da Ponte Preta, com 6 gols marcados cada um.
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Apenas três dos 20 jogos terminaram empatados: Juventus x Noroeste, Rio Preto x São Caetano e Santos x Palmeiras.
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Após duas rodadas, somente três dos 20 clubes conseguem manter aproveitamento de 100%: Marília, Ponte Preta e São Paulo.
No próximo domingo acontece o clássico São Paulo x Corinthians.
Já Luxemburgo desabafou: “É claro que eu e o Leão não somos amigos. Eu não vou jantar na casa dele, e nem ele na minha. Nem vamos sair para passear juntos. Mas somos cidadãos e treinadores de futebol. Não tenho ódio no coração, não trabalho assim”. Se Leão ainda não venceu e Luxemburgo já ganhou uma e empatou outra, Muricy Ramalho, do São Paulo, é o único entre os grandes a somar seis pontos em dois jogos. A vitória do São Paulo ontem, sobre o Rio Preto, no Morumbi, foi difícil. Mas afinal veio, com um gol solitário de Souza marcado já aos 43 minutos do segundo tempo. “O time sentiu falta de ritmo, o que é normal”, justificou Muricy. “Não fomos nada bem no primeiro tempo e melhoramos demais na etapa complementar”, completou, feliz da vida. Quem ontem não teve motivos para sorrir foi Mano Menezes, técnico do novo Corinthians. Após a estréia com os 3 a 0 diante do Guarani, ele ontem viu seu time sucumbir por 3 a 1 diante do São Caetano em Mogi-Mirim. Foram dois gols no primeiro tempo, de Fábio Luiz e Acosta, contra, e outro no segundo, de Luan. Dentinho descontou para o Corinthians. “O São Caetano é mais equipe que o Guarani, e estivemos abaixo do que podemos produzir”, resumiu.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
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Distritais & FacespInterior
ACSP
Fotos de Andrei Bonamim/Luz
Vila Prudente desponta para novos negócios Obras do metrô e do Expresso Tiradentes levarão para o bairro mais infra-estrutura e mais qualidade de vida, além do aumento do número de transeuntes, atraindo os segmentos imobiliário e varejista. André Alves
O
bairro da Vila Prudente, na zona leste da cidade, está na rota do desenvolvimento. O início das obras da Linha 2-Verde do metrô, em janeiro deste ano, somado à c o n s t ru ç ã o , e m f a s e m a i s adiantada, do trecho 3 do Expresso Tiradentes, começam a dar à região maior visibilidade em termos de oportunidade de negócios. O subprefeito de Vila Prudente/Sapopemba, Felipe Sigollo, conta que, desde que a construção da estação do metrô na Vila Prudente foi anunciada, chega a quase 15 o número de empreendimentos imobiliários que ganham corpo no bairro. Seus esqueletos estão a apenas um quilômetro da futura estação do metrô. Segundo o diretor da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp), Paulo Pompéia, Vila Prudente está entre os bairros paulistanos que têm recebido o maior número de empreendimentos imobiliários (foram 11 apenas entre janeiro e novembro de 2007). O preço dos imóveis locais ainda não sente o reflexo das duas obras, disse Pompéia. "Mas com a melhor qualidade
de vida que chegará ao local após as obras concluídas e em funcionamento eles devem se valorizar", afirmou. Para Felipe Sigollo, o metrô e o Expresso Tiradentes beneficiarão cerca de 3 milhões de pessoas, entre as que residem no bairro e as que apenas o usam como passagem para outros locais. Sozinho, o Expresso Tiradentes vai favorecer perto de um milhão de usuários de transporte público enquanto o metrô facilitará a vida de todos os moradores da zona leste", disse o subprefeito. Varejo – Para Sigollo, tanto o metrô quanto o Expresso Tiradentes também darão mais dinamismo ao comércio local. Ele diz que haverá um maior estímulo para a abertura de mais estabelecimentos comerciais, na medida em que o público que passará a circular pelo bairro também aumentará. "A principal avenida beneficiada será a Anhaia Melo e seus arredores", conclui. Um dos comerciantes entusiasmados com as obras no bairro é o gerente da unidade do Habib´s próxima à futura estação, Sidnei Ferreira. "O número de freqüentadores do estabelecimento deverá aumentar em 20%. O perfil de nosso público coincide com o do
Apenas o Expresso Tiradentes, cujo trecho 3 está em fase final de construção (acima), beneficiará um milhão de usuários do transporte público Sidnei Ferreira, do Habib's (à esq.), prevê alta de 20% no movimento em sua loja, perto da estação Para o subprefeito Felipe Sigollo (à dir.), três milhões de pessoas serão beneficiadas Comércio e serviços ganharão, diz Antonio Vioto (à esq.), da Associação Comercial Linha 2 Verde do metrô, cujas obras começaram neste mês (acima), tem previsão de entrega para 2010
usuário do metrô". Opinião semelhante tem o superintendente da Distrital Mooca da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Antonio Viotto Netto, para quem as duas estações revitalizarão
o bairro. "Não é só o transporte público que ganha com as obras, mas também o comércio e os prestadores de serviços". Viotto, no entanto, alerta para um problema que, em sua avaliação, tende a se agravar com a
chegada do metrô e do Expresso Tiradentes: o aumento do número de veículos em circulação no bairro. "O tráfego na região, que já é problemático devido à grande frota de caminhões que por lá passam, deve
aumentar", disse. Para ele, apesar dos benefícios que as duas obras trarão ao bairro, seria preciso, também, que esse problema fosse resolvido com o término das obras do Rodoanel no trecho leste.
Fotos: Divulgação
Notícias das associações comerciais e industriais do interior do Estado
Ourinhos chega em 2008 com 373 novas empresas Número de pedidos de registros para a abertura de novos negócios na cidade subiu 15% em relação às aberturas realizadas em 2006, segundo balanço divulgado pelo Posto Regional da Junta Comercial de Ourinhos. Incentivos fiscais oferecidos pelo governo municipal influenciaram no resultado. André Alves
A
cidade de Ourinhos, localizada no sudoeste do estado de São Paulo fechou o ano de 2007 com um número maior de empresas. É o que mostra o levantamento feito pelo Posto Regional da Junta Comercial (Jucesp) do município, divulgado neste mês. Segundo o balanço, em 2007 foram computados 373 pedidos de registro, soma que representa um acréscimo de 15% sobre o total de registros solicitados no ano de 2006, com 324 empresas abertas. Na avaliação do presidente da Associação Comercial e Empresarial de Ourinhos
(ACE), Diógenes Corrêa, a explicação para o crescimento no número de empresas que foram criadas no ano passado estão os incentivos fiscais oferecidos pelo governo municipal. Também pesaram o trabalho que vem sendo feito em conjunto entre o executivo e as entidades de classe da cidade para melhorias do ambiente de negócios da região. "Ourinhos está crescendo e os números comprovam isso. Os novos investimentos que estão chegando à cidade são sinais da confiança dos empresários no desenvolvimento do município", disse Corrêa. A localização de Ourinhos também é um ponto determinante para a escolha da cidade, que está estrategica-
mente localizada, funcionando como entroncamento de duas importantes ferrovias, a ALL, que vai até o sul do País, e a Ferroban, que liga a cidade de São Paulo até o extremo oeste do estado. A malha rodoviária que passa pela cidade é outro fator positivo que torna Ourinhos atraente que pesaria na decisão de empresários em abrir negócios lá. Relatório - O relatório da Jucesp mostra que a maior parte das empresas foi constituída no segundo semestre. O mês de agosto bateu o recorde, com 47 estabelecimentos registrados. Já no mês de dezembro foram abertas 20 empresas. "Como as vendas no final do ano costumam aumentar por conta das festividades
Ourinhos (acima, vista aérea, e à esquerda, no comércio) tem localização estratégica que aumenta a atração de novas empresas
Diógenes Corrêa (à esq.): trabalho de executivo e entidades de classe pesou
do final de ano, muitos estabelecimentos acabaram pedindo o registro de abertura nesse período", afirmou Corrêa. Para a coordenadora da Junta Comercial de Ourinhos, Ivone Guglielmelli, a grande maioria dos registros foi de microempresas, com capital médio declarado em torno de
R$ 12 mil. "São empresas com faturamento anual de no máximo R$ 244 mil, de acordo com a Lei Geral, e que possuem incentivos diferenciados no campo tributário", ressaltou. A maior parte das firmas refere-se ao setor alimentício, que correspondeu a 18,7% das constituições.
Para este ano, Corrêa está otimista. "Temos planos de ampliar os projetos de cooperativas de crédito. Também em conjunto com a prefeitura, pretendemos oferecer áreas livres para a instalação de novas empresas na cidade", concluiu o presidente da Associação Comercial.
2 - OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
TUDO PARECE SER UM LONGO E PENOSO PROCESSO DE REAJUSTE DA ECONOMIA AMERICANA
A ENGRENAGEM DAS ELEIÇÕES
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esmo sem primárias no Brasil, esse processo exige a antecipação da campanha. Paul Lazarsfeld construtor da metodologia de medição de opinião política e eleitoral dizia, ainda nos anos 30, que o processo eleitoral tem duas fases: a pré-campanha e a campanha. E comparava com a fotografia de sua época. Na précampanha se clica e se impreg-
G Sendo a força do voto
individual, serão os vereadores e prefeitos eleitos neste ano os que darão lastro aos deputados estaduais e federais, senadores e governadores que disputarão as próximas eleições.
na a imagem no celulóide. Na campanha, se revela a foto na câmara escura. Sem pré-campanha não há imagem a revelar. As primárias nos EUA resolvem isso organicamente. Mas aqui, a pré-campanha é o período da costura de apoios e alianças, entre políticos individualmente. O voto proporcional aberto, como é aqui, tem como conseqüência uma taxa espantosa de renovação das casas legislativas, algo em torno de 50%. A conseqüência é a ansiedade e o estresse, neste período. Às vezes, isso é visível. Outras vezes ocorre fora dos holofotes da imprensa. Mas inevitavelmente ocorre.
E
ssa dinâmica gera fatos, e a imprensa vai atrás em busca de notícias, e termina se envolvendo precocemente com um processo eleitoral que ainda está numa fase embrionária, individual e anárquica. Esta cobertura acelera o amadurecimento desta fase, porém produzindo uma enorme confusão, pois as costuras mais ou menos individuais estão ainda sendo tecidas. E uma ação ainda não se articulou horizontalmente com outra, e assim em vez de se ter a cobertura de um ponto político costurado, se dá um nó com a cobertura, prejudicando indistintamente partidos e políticos divergentes. É isso o que começa a ocorrer desde já em janeiro de 2008. CÉSAR MAIA É PREFEITO DO RIO DE JANEIRO E ESCREVE EM SEU EX-BLOG
Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio
Céllus
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calendário eleitoral brasileiro _ eleições gerais de dois em dois anos _ constrói, como em nenhum outro país, uma rede de dependências, entre as eleições gerais municipais e as gerais, estaduais e federais. Curiosamente, a relação de determinação entre uma e outra é mais forte desde as eleições municipais em direção às estaduais e federais. Isso ocorre em função da inorganicidade partidária brasileira e do sistema eleitoral de voto proporcional aberto. Essa combinação transforma cada parlamentar _ em qualquer nível _ em uma espécie de partido unitário. Desta forma, se no exercício do mandato os parlamentares podem ser temáticos, corporativos, especialistas..., na busca do mandato, cada vez menos existem parlamentares que são eleitos pela opinião pública. Na Câmara de Deputados, não são 10 de 513. A busca do voto é capilar, regional, de prestação de serviço, de clientela... Com isso, sendo a força do voto individual, serão os vereadores e prefeitos eleitos, os que darão lastro aos deputados estaduais e federais, senadores e governadores, nas eleições seguintes. E as eleições municipais tornam-se paradoxais. De um lado são de caráter local. De outro, impulsionam os deputados, senadores e governos, que apóiam. Uma conseqüência é que a base parlamentar do presidente da República _ costurada a golpes de clientela _ naturalmente se dissolve durante as eleições municipais. Depois delas restam as mágoas e queixas. E a cicatrização não é imediata. Por isso mesmo, poder-se-ia dizer que o governo federal fica sem base parlamentar de julho de um ano (no caso 2008) a julho do ano seguinte (de 2009).
JOÃO DE SCANTIMBURGO A TAXA DE JURO E
A gangorra americana
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om o fim da Segunda Guerra Mundial, em 2 de setembro de 1945, tem início um período de meio século de hegemonia americana a que o episódio da destruição das torres do World Trade Center em 11 de setembro de 2001 parece emblematicamente assinalar o início de seu fim. Essa não foi meramente uma hegemonia econômica, mas geral. Abrangendo desde a substituição dos sorvetes naturais de frutas (sherbet) pelos ice-creams elaborados com uma mesma base de leite temperada com extratos artificiais. Muito mais ampla e profundamente do que isso, o mundo passou a copiar os modelos do gigante vencedor. Os tradicionais valores humanistas universais da lógica, da estética e da ética foram suplantados pela supremacia de uma visão pragmática que erigia como supremo o critério simplificado do "custo-benefício" e seus benefícios democráticos. Na economia, o país se tornara sim o Centro do Comércio Mundial, como proclamavam suas imponentes torres no coração de Manhatan. Recuperando-se das destruições bélicas, o mundo inteiro exportava para o mercado americano realizando superávits na sua balança comercial que, ao mesmo tempo que criavam imensa fartura de bens nesse país, acumulavam uma gigantesca dívida americana sem maior perigo na sua estabilidade financeira, contudo, pois os superávits obtidos eram aplicados na sua maioria em títulos do governo americano. A decorrência desse regime econômico praticado décadas a fio foi o desenvolvimento de uma obesidade pletórica de recursos nas instituições financeiras americanas, as quais descarregaram seu sufoco no boom imobiliário facilitando concessões de crédito à população independentemente e muito além de sua capacidade de resgate das dívidas assumidas. O aumento da inadimplência seria uma decorrência matemática. Ela explodiu nos nossos dias e os grandes bancos americanos, como o Merrill Lynch, começaram a contabilizar prejuízos. Prejuízos que ao se propagar em cascata abalavam todo o sistema financeiro do país. Um abalo sísmico mais acentuado levou os bancos centrais dos principais países a uma operação de pronto socorro que injetou bilhões de dólares no sistema bancário americano. A medida foi mero paliativo, pois o problema não era meramente conjuntural, mas estrutural.
E
m meados de dezembro de 2007, Allan Greenspan, prestigioso economista que fora dirigente do Federal Reserve System (o banco central americano), declarou com eufemística prudência ver uma probabilidade de 50% da economia americana entrar em recessão. E o episódio seguinte da novela foi o governo entrar em campo com o programa de um pacote que visa conceder incentivos fiscais às empresas e alívio tributário aos consumidores. A Bolsa caiu. Explica-se: nas bolsas americanas operam gigantescas corporações financeiras cujos economistas e técnicos conhecem a fundo as realidades econômicas e financeiras. Elas reagiram de acordo. O pacote anunciado por Bush não representa mais do que 1% do PIB americano, o que parece insuficiente para corrigir uma situação que, como dissemos acima, não é meramente conjuntural, mas estrutural.
CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luizo@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Adriana David, André Alves, Davi Franzon, Dora Carvalho, Eliana Haberli, Fátima Lourenço, Felipe Datt, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Jane Soares, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Marcus Lopes, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro , Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60
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representa mais do que 1% do PIB americano, o que parece insuficiente para corrigir uma situação da economia que não é meramente conjuntural, mas estrutural. No Brasil, no entanto, as autoridades insistem em dizer que estamos protegidos de uma crise mundial. Por Benedicto Ferri de Barros Não é a primeira vez que temos uma situação dessa natureza na história econômica mundial. O término da Primeira Guerra Mundial em 1918 originou nos Estados Unidos uma década conhecida como a dos gay twenties, os alegres e levianos anos 20, em que o céu parecia o limite, e que despencaram na crise mundial da década dos 30 inaugurada pelo crash de 1929 da Bolsa de New York. A crise se agrava e se alastra por todo o mundo. Um dos documentos fotográficos mais característicos da época é o de um desempregado sentado em uma calçada de Manhatan com uma cesta de maçãs que tentava vender para ganhar a vida... Em 1936 Franklin Roosevelt assume a presidência e cria um Brains Trust, um "grupo de crâneos" como conselheiro para a sugestão de medidas destinadas a debelar a crise. Eram essencialmente economistas discípulos de John Maynard Keynes, que nesse mesmo ano vinha de publicar seu livro Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, que inaugurava a macro-economia, dando novos rumos e instrumentos à clássica e tradicional Economia Política.
E
m essência, dizia Keynes que a política econômica estava errada ao tentar economizar para debelar a crise, e enunciava em números o que aconteceria com ela. Dependendo dos gastos governamentais ela continuaria como estava, se agravaria ou seria superada. Seu argumento é que numa situação de recessão, se o setor privado não tem disposição nem possibilidade de investir para criar empregos, o governo deve fazê-lo, assumindo a iniciativa de grandes obras, mesmo com a emissão de moeda para suplementar suas receitas orçamentárias. O essencial teórico da macro-economia keynesiana permanece íntegro. Mas a síndrome atual parece outra, outro o cenário da economia mundial e outros os remédios necessários e aplicáveis. Tudo parecendo constituir um longo e penoso processo de reajustamento da economia americana e também mundial num quadro de novas potências econômicas que surgem no mundo. Processo que, obviamente, não cometeremos a tolice de sequer pretender imaginar. Aventuramo-nos, isto sim, a comentar a opinião emitida por autoridades financeiras do nosso país, de que por tais e quais motivos estaremos bem protegidos de uma crise mundial se ela vier. O que parece indicar que elas não avaliam o grau atingido pela globalização econômica e até que, a limite, ignoram o fato de que o Brasil está inserido num único e mesmo planeta _ a Terra.
Investigando as ONGs ARTHUR CHAGAS DINIZ
Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br
Fundado em 1º de julho de 1924
G O pacote anunciado por Bush não
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elfim Netto, um dos mais atilados participantes e observadores da cena política e econômica brasileira, declarou na semana passada: "Nunca vi Organizações Não-Governamentais sendo financiadas com recursos governamentais." Como ocorre na maior parte das vezes, Delfim está certo. Nos últimos 15 anos, o Tesouro foi sangrado em R$ 30 bilhões. As finalidades das ONGs são as mais diferentes. A CPI aberta no Senado já detectou indícios de fraudes em convênios da Funasa e no Ministério do Desenvolvimento Agrário, segundo jornais. O buraco é muito mais embaixo. Toda a estrutura do MST é ban-
G Há ONGs para tudo no
Brasil. Elas são financiadas pelo governo. Nos últimos 15 anos, o Tesouro foi sangrado em R$ 30 bilhões. cada por ONGs. Campanhas de políticos como de Ideli Salvatti, usam o dinheiro público com objetivos eleitorais. No caso da compra do "dossiê" que incriminaria os tucanos em São Paulo, o valor carregado pelo chefe da campanha de Mercadante casava curiosamente com o desembolso feito por uma ONG ligada aos malfei-
tores. Os portadores do dinheiro – um grupo de aloprados, diria Lulla – não declararam sua origem e a Polícia Federal parece ter coisa mais importante para apurar.
H
á ONGs para tudo. Os chamados "movimentos sociais" não têm nada de espontâneo, nem de sociedade. São organizações paraestatais suportadas com dinheiro público. Se o governo decidisse desapropriar terras com os recursos que usa para sustentar as manifestações do MST, teríamos um número muito maior de assentados. Mas Lulla perderia a massa de manobra. ARTHUR CHAGAS DINIZ É PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL
A CRISE MUNDIAL
O
jornal O Estado de S. Paulo deu a seguinte manchete na edição de ontem: Mercado já espera que BC aumente juros em 2008. Desde o Plano Real, o Banco Central vem exercendo a política de redução de juros de acordo com o mercado que dessa maneira pode safar-se das aberturas que ocorreram durante um longo período de tempo. O mercado já espera que o BC aumente a taxa de juro em 2008, conforme o título do jornal paulistano, mas o uso da taxa pelo BC é uma política de acordo com a variação da inflação que aumenta ou cai segundo as circunstâncias do mercado internacional, agora visualizado pela crise americana que se agrava no início da corrida eleitoral. Não haveria necessidade das autoridades da economia manterem uma taxa fixa de juro, mas isso é impossível, numa política frágil como é a nossa em que o valor da taxa de juro independe do presidente do BC e das demais autoridades da área econômica que não podem fazer o que querem, mas o que é imposto pelo mercado, muito bem salientado pelo grande órgão da imprensa de São Paulo. Será possível uma queda de juros quando a nossa economia
G Já estamos
habituados a taxas elevadas de juros e não vemos como poderá ela cair em meio à crise mundial. estiver mais sólida e mais firme em relação às outras economias dos grandes países, principalmente dos EUA em que o mercado interno absorve a taxa de juro com facilidade ainda não estimada por todos os quantos necessitam de comprar em prestações e pagar aos bancos taxas elevadas, exatamente, para compensar a desvalorização da moeda.
J
á estamos habituados a taxas elevadas de juros e não vemos como poderá ela cair em meio a crises mundiais que chegam até nós num repente de influência política. Não é fácil, como se vê, governar um país com a extensão do Brasil, com a sua diversificação de zonas de influência sobre o poder central e administrando taxas de juros que estão sujeitas ao mercado interno e externo. Por mais bem que sejam capacitados os organismos de estudo e de estatística, não se atinge uma taxa de juro fixa num ambiente de tantas influências como o nosso, principalmente da situação americana que tem força decisiva nos mercados ainda não fortalecidos por um desenvolvimento que estamos longe de atingir _ embora grande tenha sido o nosso crescimento econômico nos últimos anos. Ficamos com o mercado que espera o aumento da taxa de juro em 2008, por força de circunstâncias internacionais abarcando a nossa economia como um todo. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
OPINIÃO - 3
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
ALGUMAS DESPESAS DO GOVERNO AMERICANO VÃO FUNDO NOS BOLSOS DA SUA POPULAÇÃO
Fotos: Newton Santos/Hype-02/10/2007
PAULO SAAB
DICAS CONTRA A ENROLAÇÃO
A
O cidadão paga a conta Governos e empresas precisam de dinheiro, muito dinheiro, e tanto um quanto outro têm apenas um lugar de onde obtê-lo: o seu bolso. Por isso, o cidadão foi transformado em centro de receita
Por Paulo Brito
G
G Faça seu comentário direto no site do DC G Ou envie um e-mail: doispontos@ dcomercio. com.br
overnos e empresas precisam de dinheiro, muito dinheiro e quanto mais dinheiro, melhor. E tanto um quanto outro têm apenas um lugar de onde obter esse dinheiro: o seu bolso. Cada um deles chama você por um nome diferente: se for o governo, o nome é "contribuinte". Se for uma empresa, é "consumidor". Mas isso tanto faz, porque o objeto é o mesmo: cidadão transformado em centro de receita. Duas obras chamam a atenção para os movimentos dessas duas instituições, incessantemente em busca de um pedaço da sua renda: Free Lunch - How the Wealthiest Americans Enrich Themselves at Government Expense (de David Cay Johnston, Portfolio, 2007) e Gotcha Capitalism - How Hidden Fees Rip You Off Every Day (de Bob Sullivan, Ballantine Books, 2007). Os livros foram publicados nos Estados Unidos, mas o que eles relatam acontece no mundo inteiro, ou seja, falam da comprovação de um ditado americano segundo o qual tem gente que rouba você com um revólver. E gente que rouba você assinando papel. Free Lunch conta uma história muito familiar para os contribuintes brasileiros: mostra de que modo uma parcela não superior a um por cento da população enriquece à custa dos outros 99%: são empresas, corpora-
ções e empresários que investem pesado em lobby, para fazer com que a legislação sempre os favoreça, transferindo riscos e custos para os contribuintes, ou para que subsídios engordem seus cofres. O trabalho do autor foi investigar as versões oficiais de vários eventos para mostrar de que modo certas políticas e despesas do governo americano vão fundo nos bolsos de sua população e acabam beneficiando um privilegiado grupo de pessoas e empresas.
O
que David Cay Johnston descobriu é que muitas desregulamentações são na verdade camisas-de-força que prejudicam a livre concorrência e os salários e favorecem más condutas em administração de negócios, sem falar em subsídios que não fazem qualquer sentido. O autor conclui que o atual presidente George W. Bush ficou rico com uma alta de impostos e que o milionário Warren Buffet foi premiado com US$100 milhões do governo em subsídios. Essas contas são feitas não apenas sobre subsídios, mas também sobre financiamentos concedidos pelo governo: "Jogamos bilhões de dólares em times e campos de golfe (...). Nosso sistema de saúde custa mais do que o de qualquer outro país industrializado e ainda assim vivemos
menos do que os canadenses, os europeus e os japoneses. Estamos sozinhos entre as modernas sociedades, fazendo dezenas de milhões de cidadãos ficarem sem atenção à saúde, muitos dos quais morrem ou ficam inválidos por causa dessa idéia maluca de que a medicina é um negócio e não um serviço", diz o autor. Além de afirmar que os americanos acabaram tendo o mais caro e ineficiente sistema de saúde por causa do lobby das empresas, ele dá outros exemplos, entre eles os seguintes: como o ramo de seguros de residências se tornou um oligopólio caro, decepcionante e quase invisível; como o avô da socialite Paris Hilton fez para recuperar a fortuna da família a partir de uma obra social para crianças pobres; e como os times de beisebol Yankees e Mets ganharam US$ 1,3 bilhão em verbas públicas.
S
e governos obtêm dinheiro por decreto, as empresas fazem a mesma coisa por meio de contratos ou cobrando pequenas e constantes taxas que vão pouco-apouco esvaziando o bolso do consumidor, como mostra Bob Sullivan em How Hidden Fees Rip You Off Every Day. Os exemplos que ele mostra estão no dia-a-dia dos americanos, mas os brasileiros reconhecerão semelhanças ou equivalências com facilidade. Por exemplo: esqueceu de devolver o carro alugado com o tanque cheio? Vai pagar o dobro pelo galão de gasolina na bomba da locadora. O saldo médio no banco diminuiu? As tarifas bancárias aumentam imediatamente. Quer encerrar a assinatura de um tele-
fone celular? Não consegue.
A
lém de apontar essa grande quantidade de taxas embutidas em muitos serviços, o trabalho de Sullivan foi indicar de que modo o consumidor pode fugir delas e, em alguns casos, recuperálas. Muitas dessas despesas são quase imperceptíveis _ estão embutidas em facilidades que utilizamos no dia-a-dia e parcialmente integradas aos totais que costumamos observar. Pior ainda, não são muito grandes, mas durante o ano acabam representando uma quantia relevante. Elas aparecem sutilmente _ serviços de telefonia que você não pediu, tarifas que você não combinou com o banco, opções não solicitadas no serviço de TV por assinatura, cobrança reincidente de opções que você pediu apenas uma vez à operadora de telefonia celular... Valores que prosseguem pingando, pingando, drenando sua receita. Para provar, o autor contratou uma pesquisa para ouvir consumidores sobre quanto eles achavam que perdiam em dez serviços relevantes para suas vidas, o que incluiu compras em supermercados e viagens. O total foi surpreendente: perto de mil dólares por ano. Mas a pesquisa foi mais longe e identificou quanto isso representa na receita de dez setores. O resultado foi ainda mais surpreendente: US$ 45 bilhões, mesma quantia representada pelas perdas com a falsificação de cartões de crédito e outros documentos nos EUA. PAULO BRITO É CONSULTOR DE EMPRESAS PB@MANDIC.COM.BR
O autor do livro, David Cay Johnston, conclui que o atual presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ficou rico com uma alta de impostos e que o milionário Warren Buffet foi premiado com US$100 milhões do governo na forma de subsídios.
lguns ditados romanos expressam através dos séculos a sabedoria de uma civilização que até hoje serve de base para o chamado mundo ocidental, no qual o Brasil se insere. Nos tempos modernos autoridades e figuras públicas criam meios e maneiras de dizer o oposto do que é a realidade, do que pensam ou de como deveriam agir. Em mais uma contribuição para que o leitor possa entender esse complicado mundo daquilo que em 1984 George Orwell chamou de metalinguagem, ofereço uma sugestão de entendimento numa espécie de manual prático de tradução dessa linguagem. São exemplos simples, de nosso dia-a-dia, mas que muitas vezes passam sem ser percebidos em seu conteúdo intrínseco. Assim, recomendo ao leitor que fique atento quando alguém responder "veja bem!". Sinal de que está pensando numa resposta. Fique alerta quando alguém disser: "eu gostaria de dizer para vocês...". Sinal de que não tem idéia ainda do que vai dizer. A recomendação , aqui, vale também para a expressão "cada caso é um caso". Fique em pânico quando a autoridade desmentir que vai haver racionamento de combustível, de energia elétrica ou de água. É como clube de futebol dizer que o técnico está prestigiado quando o time cai pelas tabelas. Aplica-se, aqui, o mesmo, quando a autoridade diz que não há epidemia em meio à corrida para vacinação. Entre em desespero quando alguém disser que está tudo sob controle. Sinal de que não há controle nenhum sobre a situação. Enrugue a testa quando responderem que a informação não pode ser dada por estar sob segredo de Justiça. Enrugue o cérebro se a resposta for que várias pistas estão sendo seguidas para elucidar o caso. Ainda não há pista nenhuma. Fique em estado de choque quando alguém disser que a lei será cumprida doa a quem doer. E entre em processo catatônico quando disserem que será feita justiça. Desmaie apoplético quando ouvir de algum economista que não houve inflação na última quadrisemana. Ainda mais se for do governo.
A
gora, saia correndo e não olhe para trás, nem volte nunca mais, se algum político brasileiro num gesto de total "espontaneidade" o chamar de "meu querido" ou "meu irmão". Suma porque vem
G Saia correndo e
não olhe para trás se algum político brasileiro, num gesto de total 'espontaneidade', o chamar de "meu querido" ou "meu irmão". Suma porque vem aí chumbo grosso.
chumbo grosso. Para encerrar, por ora, recomendo que o leitor se esconda embaixo da cama e não saia nunca mais se alguma autoridade jurar que não vai haver aumento na carga tributária.
C
ertamente, inteligente como é, o leitor tem muitas outras frases de efeito que estão fora deste pequeno manual de hoje. Uma delas, deixei de mencionar por não conseguir me recordar de seu autor, embora nunca antes nesse País tenha ocorrido algo semelhante. Não vai haver enchente neste verão. Não faltará peixe na Semana Santa. As rodovias estão em boas condições para os motoristas. Não há risco de epidemia. A população pode ficar tranqüila. Tudo será apurado com muito rigor. Estamos determinando a abertura de uma investigação interna para apurar os fatos. Esta cadeia é de segurança máxima. Ninguém é mais ético do que "nóis". Última contribuição de hoje: (claro que não para o leitor) : é "mas" e não "mais". Isso é coisa da oposição para me desestabilizar politicamente. PAULO SAAB É PRESIDENTE DO INSTITUTO DA CIDADANIA BRASIL
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
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terça-feira, 22 de janeiro de 2008
Política LULA: PAÍS PODE CRESCER 5% SEM APAGÃO Ela (Dilma) jamais indicou alguém nem vetou. Ninguém tutela o ministro, a não ser o presidente da República. Edison Lobão
Jamil Bittar/ Reuters
Presidente empossa Edison Lobão nas Minas e Energia e descarta falta de energia
O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva empossou ontem o novo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA). Na cerimônia realizada no Palácio do Planalto, Lula lembrou que a posse acontece em meio a notícias de um novo "apagão elétrico", mas descartou o risco e inclusive afirmou que o Brasil pode crescer até mais de 5% sem sofrer problemas. "Você (dirigindo-se a Lobão) vai perceber que estamos preparados para crescer 5% e até um pouco mais sem problemas de energia", disse o presidente. Para ele, a questão não é energética. "Lobão terá oportunidade de comparar alguns pessimistas que 'vendem' diariamente que faltará energia. Duas hipóteses: ou não querem que as coisas aconteçam neste País ou querem que o preço suba". O presidente voltou a garantir o fornecimento de energia. "Temos uma decisão do governo, uma decisão da Petrobras,
de todo o setor. Queremos fornecer gás para carro, ônibus, para para a indústria, mas todo mundo tem que ter claro que a prioridade número 1 é garantir energia para esse País", explicou. "Queremos é que esse País tenha energia de sobra, de preferência farta e de preferência por um preço extraordinário". Lula agradeceu ao ministro interino Nelson Hubner e disse que o governo estará sempre de "portas abertas". Poucas e boas – O presidente disse também considerar o momento de Lobão nas Minas e Energia "auspicioso" e que tem certeza de que Lobão exercerá a pasta com "grandeza". "Estou convencido de que você exercerá sua pasta com a grandeza de sua carreira e vai desmontar uma série de preconceitos neste País. Eu não podia ser presidente porque era metalúrgico; você, porque não era técnico. Você ouvirá poucas e boas por aí também". Segundo Lula, Lobão toma posse em um dia especial. "Hoje (ontem) tive a felicidade de
ter uma demonstração do que a ministra Dilma Rousseff vai apresentar à imprensa (o balanço do PAC). E penso em algum momento, Múcio (José ministro das Relações Institucionais), que seria importante conseguir juntar deputados e senadores para que pudéssemos dar uma dimensão do que está acontecendo no Brasil". Crise nos EUA– Lula também comentou a crise nos mercados em todo o mundo. "Os países da América Latina e outros países da África passaram praticamente 30 anos sem crescer e agora encontraram o caminho. Não é possível que pessoas que não têm nenhuma casa nos Estados Unidos e não fizeram nenhuma hipoteca paguem a crise da irresponsabilidade de alguns que resolveram ganhar dinheiro fácil como se estivessem apostando num cassino", disse Lula. "Os EUA precisam assumir a responsabilidade de evitar que essa crise se alastre e possa criar uma crise mundial", completou. (Agências)
Lobão anuncia troca na Eletrobrás Presidente da Eletrobrás será indicado pelo PMDB; demais estatais não estão definidas
L
ogo após tomar posse do cargo de ministro das Minas e Energia, Edison Lobão anunciou que o presidente da Eletrobrás será substituído. Atualmente, o cargo está sendo ocupado por Valter Cardeal, ligado ao PT e à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. "O presidente da Eletrobrás seguramente será outro", anunciou Lobão, em sua primeira entrevista como
ministro, acrescentando que o indicado será um nome do PMDB. Em relação às demais estatais, Lobão disse que nada está decidido e que fará poucas mudanças entre os técnicos. "Os partidos vão conversar entre eles e, depois, comigo", disse. Alfinetada – Lobão fez vários elogios à ministrachefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, mas afirmou que o ministério não será tutelado.
"A ministra Dilma é uma profissional conhecida do setor, e temos laços de amizade e admiração", disse. Em seguida, comentou que, nos últimos dias, cresceram rumores de que a ministra, de alguma forma, influenciaria a gestão dele no ministério, mas assegurou: "Ela jamais indicou alguém nem vetou. Ninguém tutela o ministro, a não ser o presidente da República." (AE)
IOF alto ajuda a combater inflação, diz governo
O
governo acenou com o fantasma da inflação ao justificar o pacote tributário para compensar a perda de arrecadação com o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Uma nota da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda revela que o aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) também serviu para conter o consumo e, assim, evitar mais pressões sobre a inflação. E mais: segundo o governo, o aumento serviu para dificultar a saída de dólares do País e inibir operações de câmbio de curto prazo. Os dois argumentos serviram para contestar a ação direta de inconstitucionalidade do DEM, que atribuía ao aumento de alíquota uma mera função arrecadatória. No documento enviado pelo Ministério da Fazenda à Presidência da República e depois ao Supremo Tribunal Federal (STF), o governo admite a função de obter recursos para compensar a extinção da CPMF, mas reforça o impacto da medida na política monetária e cambial. "Embora a questão fiscal esteja, de fato, presente na razão da edição da medida debatida, importa ressaltar que ela não se sustenta tão-somente nesse aspecto. Ao contrário, as alterações levadas a efeito no IOF têm forte viés nas questões de política monetária, especialmente no que diz respeito àquelas relacionadas ao crédito, e também de política cambial", di-
zem os técnicos da Fazenda no documento, divulgado ontem pelo STF. Na avaliação da Fazenda, o fim da cobrança da CPMF baratearia o crédito às pessoas físicas e contribuiria para o aumento de demanda, já que mais dinheiro estaria disponível à população e, portanto, a soma desses fatores pressionaria a inflação. "Nos últimos meses, tem se verificado uma elevação nos
Do ponto de vista da política monetária, é prudente não acrescentar mais vetores de pressão sobre a inflação. Documento do governo em resposta ao DEM índices inflacionários, indicando que mais variáveis concorrendo para o ciclo de aumento do consumo possam eventualmente ter efeitos deletérios sobre as taxas inflacionárias", informa a Fazenda. "Isso significa que, do ponto de vista da política monetária, é prudente não acrescentar mais vetores de pressão sobre a inflação. Ou seja, num contexto em que a inflação encontra-se pressionada – tendo apresentado tendência de elevação nos últimos meses – e a demanda doméstica se encontra aquecida, justifica-se uma postura mais conservadora quanto a
qualquer novo estímulo ao crédito e ao consumo." Além da função monetária de conter a inflação, o documento indica um receio do governo de que, com a eliminação da CPMF, aumentasse o volume de operações de câmbio de curto prazo e, assim, houvesse pressão sobre a taxa de câmbio. "A incidência da CPMF, ao onerar as operações tanto de entrada quanto de saída de divisas, representava um elemento de fricção a contribuir para a redução da volatilidade dos fluxos cambiais. Tal fricção agia essencialmente como um fator de desestímulo para a realização de operações de curto prazo, contribuindo para redução da pressão sobre a taxa de câmbio", ponderam os técnicos da Fazenda no documento. Por esses argumentos, o aumento da alíquota do IOF serviria para suprir o fim da CPMF e evitar essas operações de curto prazo. Pelos cálculos do governo, o aumento da alíquota do IOF representará uma receita de R$ 8 bilhões. Pelo decreto que elevou o tributo, a alíquota diária nas operações para pessoa física passará de 0,0041% para 0,0082%. Agora, a Advocacia-Geral da União (AGU) terá prazo de cinco dias para se manifestar. Depois, o procuradorgeral da República, Antonio Fernando de Souza, terá também cinco dias para dar seu parecer. A partir daí, a ação será julgada pelo plenário do S u p re m o , e m f e v e re i ro , quando os ministros retornam do recesso. (AE)
Edison Lobão abraça Lula durante cerimônia de transferência do cargo. Dilma Rousseff observa.
Para a OAB, Lobão Filho é 'biônico' e 'clandestino' Presidente da entidade compara posse de suplentes ao "pacote da ditadura'
O
presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, classificou como "biônicos" e "clandestinos" os suplentes de senadores porque, sem terem recebido um único voto, substituem os senadores titulares quando estes deixam o mandato, conforme admite o regulamento interno do Senado. O caso mais recente é o de Edison Lobão Filho (DEMMA), que deve assumir o cargo deixado vago pelo seu pai ontem, ao assumir o Ministério das Minas e Energia. "Vamos ter mais um senador clandestino – tão biônico quanto aqueles inventados pelo Pacote de Abril da ditadura militar, de triste memória", criticou Cezar Britto, referindose ao conjunto de medidas baixadas em abril de 1977 pelo então presidente da República, general Ernesto Geisel, "Nada expressa melhor o nível de indigência moral do sistema político brasileiro do que a regra anômala dos senadores suplentes, que já venho chamando desde o ano passado de senadores clandestinos e que precisam ser extintos por uma reforma política", disse Britto. Ele se referia ao fato de que, nas eleições majoritárias, o nome do candidato a suplente de senador não aparece na urna eletrônica nem em eventuais cédulas de papel, das quais constam apenas o candidato a senador e o do candidato a governador. Além de não ter sido eleito, Edison Lobão Filho é investigado pelo Ministério Público do Maranhão por suspeita de ser sócio oculto da distribuidora de bebidas Itumar, que teria sonegado R$ 42 milhões em 2000. Antes mesmo de assumir, ele já teve de dar explicações e corre o risco de ser expulso do DEM (ex-PFL). Outro suplente que recentemente assumiu o mandato sob suspeita foi Gim Argello (PTBDF), que substituiu o então senador Joaquim Roriz (PMDB-
Marcelo Casall Jr/ABr
Britto: 'Nada expressa melhor a indigência moral do sistema político'
DF), quando este renunciou após ser acusado de irregularidades. Argello e Roriz são investigados como suspeitos de envolvimentos no esquema de desvio de recursos do Banco Regional de Brasília (BRB), revelado pela Operação Aquarela da Polícia Civil do Distrito Federal. Prazo – O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDBRN), afirmou ontem que Edison Lobão Filho, o primeiro suplente no Senado do novo ministro de Minas e Energia, regimentalmente está em condições de assumir o mandato do pai e tem 30 dias para tomar posse. Sobre as denúncias contra Lobão Filho de sonegação de impostos e outras irregularidades, Garibaldi disse apenas que, elas devem ser investigadas logo. "Espero que sejam esclarecidas até o início dos trabalhos legislativos (em fevereiro, após o Carnaval), para que possamos trabalhar em paz",
afirmou. "Acho que o Senado não pode ficar amedrontado nem constrangido com fatos que não têm a ver com o Senado", afirmou Garibaldi, referindo-se ao fato de que o suplente não era senador na época em que teria praticado as irregularidades de que é acusado. O presidente do Senado disse ainda que "Edison Lobão Filho não é senador, nem assumiu e, assim que assumir, será tratado como qualquer outro senador". "E, se chegar (ao Senado) alguma denúncia, ele será denunciado e haverá apuração. Mas hoje ele tem condições de assumir". Apagão – Sobre o novo ministro de Minas e Energia, Garibaldi disse que ele terá um desafio muito grande no cargo, por estar assumindo um ministério complexo. "E temos, sim, a possibilidade de ocorrência de apagão, apesar de as autoridades dizerem que não haverá", afirmou. (AE)
Dilma faz balanço do PAC hoje
A
ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, apresenta hoje balanço de um ano de execução do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O evento será às 10h30, no Palácio do Planalto, informa a Casa Civil. Dilma deve falar sobre o andamento das obras, identificando as que estão dentro do cronograma e as atrasadas. No início do mês, o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, informou que
foram desembolsados pelo governo federal R$ 5,1 bilhões dos R$16,6 bilhões que seriam investidos no programa em 2007, o equivalente a 30,7% (menos de um terço). Bernardo ressalvou que, apesar da baixa porcentagem de desembolso, 97% dos recursos foram empenhados pelo governo, equivalente a R$ 16,05 bilhões dos R$ 16,1 bilhões previstos. O PAC será tema da primeira reunião ministerial na quarta-feira. A reunião estava prevista para ontem,
mas Lula adiou para que toda a equipe do governo conheça os números do programa. Corte – O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou ontem que o corte no Orçamento da União deste ano para compensar a perda de arrecadação CPMF será de R$ 19 bilhões, e não de R$ 20 bilhões, como inicialmente divulgado. Jucá disse que o corte será menor porque o governo recalculou as receitas e observou que terá R$ 1 bilhão a mais. (Agências)
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
Congresso Planalto Te r r a s CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5 Não vamos parar de nos mobilizar enquanto não saírem os assentamentos. Invasora da fazenda de Abadía, ontem.
SEM-TERRA OCUPAM FAZENDA DE TRAFICANTE
MST INVADE FAZENDA DE ABADÍA QUE IA A LEILÃO S O Incra considerou a propriedade inviável para assentamentos; valor do imóvel está estimado em R$ 1,7 mi
O
Mo v i m e n to d o s Trabalhadores Rur a i s S e m Te r r a (MST) confirmou ontem, através de nota oficial, a invasão da Fazenda Finca, em Guaíba, região metropolitana de Porto Alegre, que pertencia ao megatraficante colombiano Juan Carlos Abadía. Os agricultores querem que a área seja desapropriada para fins de reforma agrária e utilizada no cumprimento da meta de assentamento de mil famílias até abril. A promessa foi feita pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A fazenda foi a leilão ontem pelo Ministério da Justiça. A propriedade, que estava estimada em R$ 1,7 milhão, foi vendida por preço inferior. De acordo com Luciana da Rosa, uma das integrantes do MST, cerca de 300 famílias entraram no local. "Acreditamos que áreas que não cumprem sua função social têm que ser desapropriadas para a reforma agrária, e não leiloada para a burguesia usufruir delas", afirmou Luciana. De acordo com a nota do MST, a invasão demonstra que o agronegócio tem sido uma das principais formas de lavagem de dinheiro do crime organizado, "como já havia denunciado o juiz Odilon de Oliveira, da vara especializada". A integrante do MST lembra que, no ano passado, o governo federal prometeu assentar mil famílias até abril e outras mil até dezembro. "Até agora não houve avanço algum. Decidimos que não vamos parar de nos mobilizar enquanto não saírem os assentamentos", disse. Segundo ela, existem mais de 2,5 mil famílias acampadas no Rio Grande do Sul. Conforme o MST, a fazenda está estimada em R$ 1,7 milhão. O narcotraficante, preso no dia 7 de agosto pela Polícia Federal, em São Paulo, tem uma fortuna avaliada em US$ 1,8 bilhão. Ele teve seus bens desapropriados pela Justiça Federal. Imprópria – Uma avaliação feita por engenheiros agrônomos do Incra concluiu que a
Ronaldo Bernardi/Agência RBS
A fazenda Finca, invadida ontem pelos sem-terra e vendida em leilão, e o traficante colombiano Juan Carlos Abadía, preso em agosto do ano passado pela Polícia Federal: o patrimônio, avaliado em R$ 1,8 bilhão, foi todo apreendido pela Justiça Federal; três imóveis do traficante já foram leiloados em São Paulo com ágio.
traficante já foram leiloados em São Paulo. Os imóveis foram vendidos com ágio, acima do valor de avaliação. A arrecadação foi de R$ 4,3 milhões, considerada positiva pelo leiloeiro oficial, Renato Moyses. As cinco casas estavam avaliadas em R$ 5,7 milhões. A mansão de Santa Catarina foi a mais disputada, com 12 lances, a maioria pela internet. Mas quem comprou foi uma pessoa que estava participando fisicamente do leilão, realizado na Alameda Lorena. O comprador, o advogado Homero Cardoso Machado Filho, pagou R$ 2 milhões pelo imóvel, que estava avaliado em $ 1,5 milhão. Também foi vendido o sítio Santa Bárbara, na cidade de Pouso Alegre (MG), vendido por R$ 650 mil. (Agências)
STF julga quebra obrigatória de sigilo pelos bancos Rito processual será o mesmo de outras ações contra o pacote do governo
Newton Santos/Hype
Ellen Gracie: trâmite semelhante
sões Liberais (CNPL). A entidade contesta instrução normativa da Receita Federal que permite o acesso do Fisco às contas de pessoas físicas e jurídicas. Com isso, a ministra, em vez de examinar imediatamente o pedido de liminar contido na ação da CNPL, deixa para o plenário o julgamento do mérito do pedido. A CNPL pede a suspensão imediata da instrução que obrigou bancos a repassarem à Receita dados bancários sobre a movimentação, nos últimos seis meses, de valores acima de R$ 5 mil (pessoas físicas) e mais de de R$ 10 mil (jurídicas). A obrigatoriedade do repasse de informações bancárias serviria para substituir o efeito fiscalizatório da CPMF, extinta no final do ano passado. De acordo com o rito processual definido pela ministra, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá dez dias para explicar a instrução normativa. Em seguida, a Advocacia Geral da União (AGU) terá cinco dias e,
por fim, a Procuradoria-Geral da República terá outros cinco para dar um parecer sobre o assunto, quando então a ação pode seguir para o plenário do Supremo. (AE) DC
A
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, estabeleceu o mesmo rito definido para as três ações que contestam o pacote do governo para compensar o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), no caso do julgamento da ação direta de inconstitucionalidade (Adin) da Confederação Nacional das Profis-
Gatilho
e não lançar a candidatura de Geraldo Alckmin, o PSDB pode indicar o secretário municipal Andréa Matarazzo para ser o candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pelo democrata Gilberto Kassab. Para que esta chapa vingue, ela precisa que Alckmin não se candidate. A pressão para que o ex-governador desista da candidatura é cada vez mais acentuada. Faz parte do movimento o governador José Serra e o ex-presidente Fernando Henrique. Até agora, Alckmin não deu sinais de que poderá atender ao apelo, pois vem liderando as pesquisas juntamente com Marta Suplicy (PT) e o próprio Kassab.
CONVERSAÇÕES
ENCONTRO
Além do posicionamento da bancada de deputados estaduais do PSDB, favorável à candidatura tucana, Alckmin vem recebendo o apoio também de deputados federais, liderados por Edson Aparecido. Mas é significativa também a oposição no partido para que o ex-governador não se candidate.
Bornhausen esteve com Serra e depois articulou uma reunião com Alckmin. O ex-dirigente democrata encabeça o movimento para convencer Alckmin a ficar fora das eleições municipais.
MÃO DURA
Marcio Fernandes/AE
área da Fazenda Finca, de 119 hectares, é imprópria para a agricultura e inviável para a realização de assentamentos da reforma agrária. Em nota divulgada à imprensa, a Superintendência Regional do Incra informa que a área não apresenta viabilidade de exploração agrícola e pecuária. Além disso, segundo o órgão, parte da fazenda é formada por áreas de preservação permanente. Além da inviabilidade para assentamento, o imóvel possui benfeitorias, como a casa de 600 metros quadrados, que elevam desproporcionalmente seu valor. Não havia, portanto, razões para que o Incra-RS participasse do leilão deste imóvel e adquirisse a fazenda para a reforma agrária. Leilões – Três imóveis do
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Os aliados de José Serra não querem perder o apoio dos democratas na eleição presidencial de 2010. E, se o PSDB não apoiar a reeleição de Kassab, não poderá contar com o DEM como aliado, como vem acontecendo desde as eleições de 1994. O expresidente do partido, Jorge Bornhausen, deixou claro que a coligação pode acabar.
PRÉVIA Volta a se falar no PSDB sobre a realização de prévia para a escolha do candidato a presidente em 2010. Além de José Serra e Aécio Neves, surge um novo presidenciável: o senador Arthur Virgílio, que já avisou de sua intenção de tentar a candidatura.
NÃO ASSUSTA Até agora, os tucanos não sabem até onde vai a densidade eleitoral de Virgílio. Por enquanto, sua pré-candidatura não assusta o principal adversário dos tucano, o PT.
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
Nacional Empresas Moda Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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RUA SÃO CAETANO MOVIMENTA R$ 2,5 MI POR MÊS
Evento da Rua São Caetano terá roupas para noivas, madrinhas e padrinhos.
Fotos: Fábio D'Castro/Hype
Eventos de moda pegam carona na fama da São Paulo Fashion Week Capital abriga, nesta semana, de feira de confecção infantil a desfile de noivas. Neide Martingo
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São Paulo Fashion Week não dita apenas moda; em razão dela, muitos eventos são agendados paralelamente ou pouco tempo depois, de olho no público que não deixa de comparecer. E desta vez há um detalhe a mais: o FW House, o salão de negócios da SPFW, foi cancelado. Um prato cheio para os demais salões de moda, que podem fechar mais contratos. A Feira Internacional do Setor Infantil – Teen e Bebê (FIT0/16) começa hoje e vai até 25 de janeiro. De acordo com o diretor do evento, Humberto Rebonato, lojistas do Brasil inteiro viajam para visitar a SPFW. "Com mais compromissos agendados, os gastos são minimizados. As pessoas se organizam para prestigiar as principais feiras de moda." A 36ª FIT deve movimentar R$ 110 milhões, o que representa um aumento de 5% em relação à edição de janeiro de
São Caetano terá evento próprio
2007. O número de compradores poderá ter aumento de 15%. "Tudo indica que o ano de 2008 será positivo para o segmento. Os lojistas não têm estoque, tudo foi vendido no final de 2007", afirma Rebonato. Do total de visitantes, 50% são da cidade de São Paulo e interior e 30% de Santa Catarina e Rio de Janeiro.
TURBOCENTER COMERCIAL LTDA. torna público que recebeu da CETESB a licença de operação nº 45002961, válida até 04/01/2012 para RECONDICIONAMENTO DE TURBOCOMPRESSORES PARA MOTORES, á Rua Alvarenga Peixoto, 419 - Vila Anastácio - São Paulo. SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE CALÇADOS DE SÃO PAULO CNPJ (MF) nº 60.745.932/0001-95 – Fone (11) 3229-5862 EDITAL CONTRIBUIÇÃO SINDICAL PATRONAL – 2008 Pelo presente edital ficam NOTIFICADAS todas as empresas comerciais, cuja atividade econômica seja representada pelo sindicato supra, para recolherem conforme Artigo 579 da CLT, a Contribuição Sindical de 2008, durante o mês de Janeiro, nas agências da Caixa Econômica Federal ou em estabelecimento bancário integrante do sistema de arrecadação dos tributos federais, através das competentes guias obtidas em nosso Sindicato. O recolhimento em atraso acarreta os acréscimos previstos no Artigo 600 da CLT. As guias de recolhimento poderão ser retiradas em nossa sede sito à Av. Rangel Pestana, nº 1292, 1º andar, conjunto 12 nesta capital. Observação: O recolhimento indevido ou o não recolhimento acarretará as sanções previstas em lei. São Paulo, 21/01/2008. NAZARETH DANIELIAN – Presidente.
"Os clientes vêm a São Paulo para assistir aos desfiles da SPFW e fazer negócios. Uma oportunidade é visitar o Encontro de Moda Feminina, que ocorre duas vezes por ano há 16 anos", diz a diretora do evento, Sarah Vaintraub. Ela espera que as vendas, nos quatro dias de evento, que vai até o dia 24 de janeiro, cresçam entre 10% e 15%, em comparação à edição de janeiro de 2006. Participam do EMC 120 expositores – principalmente de Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro e também de São Paulo – um aumento de 10% em comparação ao ano passado. "Tem fila de espera de proprietários de confecções querendo participar do encontro. Há compradores que vêm do Brasil inteiro. São donos de butiques, de multimarcas que abastecem as prateleiras no EMC." Noivas – A Rua São Caetano, centro comercial especializado em roupas de festa, não vai ficar de fora do "circuito".
Carlos Lima, da Rua São Caetano: o objetivo é divulgar o centro comercial para novos clientes.
Nos dias 26 e 27 será realizado um salão com direito a desfiles de vestidos de noivas, roupas para madrinhas e padrinhos e daminhas. Os consumidores terão informações dos produtos mais procurados por quem vai casar: agências de viagens, jóias e semijóias, aluguel de móveis, contratação de bufês, foto, vídeo e telão. De acordo com o presidente da Associação dos Lojistas da Rua São Caetano, Carlos Lima, o objetivo é divulgar o centro comercial para mais clientes. "As noivas mais jovens ainda não conhecem a São Caetano muito bem. Existem no local 117 lojas, com estoque total de
15 mil vestidos", afirma Lima. O local movimenta mensalm e n t e a p ro x i m a d a m e n t e R$ 2,5 milhões. Lima diz que a escolha da data foi em razão do aniversário de São Paulo. Aproveitar o público da SPFW foi uma "feliz coincidência". "Certamente, as pessoas que visitam a semana de moda devem esticar a estada para participar dos demais eventos em São Paulo, como o da São Caetano. Há planos de fazer contato com os organizadores do que é considerado o maior evento de moda do País, para que as noivas ganhem espaço nas passarelas nas próximas edições.
SERVIÇO 34º Encontro de Moda Feminina De 21 a 24 de janeiro Centro de Convenções Frei Caneca 30ª FIT 0/16 - Feira Internacional do Setor Infantil Teen e Bebê De 22 a 25 de janeiro Expo Center Norte Primeira Mostra Rua São Caetano de Produtos para Casamento Dias 26 e 27 de janeiro Rua São Caetano
BUFFET ACTUEL
Comunicado O Buffet Actuel vem à público para esclarecer que o contrato firmado com o Esporte Clube Sírio, para elaboração de festas, encerrou-se no ano de 2006 e não previa exclusividade na realização das mesmas. Essa informação não ficou devidamente esclarecida na matéria publicada pelo Diário do Comércio em 18/10/07, intitulada “A arte de transformar um sonho em uma festa sem igual”. Assim, agradecemos a publicação deste comunicado para retificar a informação e renovamos nosso apreço por este conceituado jornal.
Sindicato das Empresas Distribuidoras Cinematográficas,Vídeo e Similares do Estado de São Paulo CNPJ (MF) nº 53.054.193/0001-20 – Fone (11) 3229-5862 EDITAL CONTRIBUIÇÃO SINDICAL PATRONAL – 2008 Pelo presente edital ficam NOTIFICADAS todas as empresas comerciais, cuja atividade econômica seja representada pelo sindicato supra, para recolherem conforme Artigo 579 da CLT, a Contribuição Sindical de 2008, durante o mês de Janeiro, nas agências da Caixa Econômica Federal ou em estabelecimento bancário integrante do sistema de arrecadação dos tributos federais, através das competentes guias obtidas em nosso Sindicato. O recolhimento em atraso acarreta os acréscimos previstos no Artigo 600 da CLT. As guias de recolhimento poderão ser retiradas em nossa sede sito à Av. Rangel Pestana, nº 1292, 1º andar, conjunto 12 nesta capital. Observação: O recolhimento indevido ou o não recolhimento acarretará as sanções previstas em lei. São Paulo, 21 de janeiro de 2008. ALBERTO BITELLI – Presidente.
SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE LIVROS DE SÃO PAULO CNPJ (MF) nº 53.807.310/0001-16 – Fone (11) 3229-5862 EDITAL CONTRIBUIÇÃO SINDICAL PATRONAL – 2008 Pelo presente edital ficam NOTIFICADAS todas as empresas comerciais, cuja atividade econômica seja representada pelo sindicato supra, para recolherem conforme Artigo 579 da CLT, a Contribuição Sindical de 2008, durante o mês de Janeiro, nas agências da Caixa Econômica Federal ou em estabelecimento bancário integrante do sistema de arrecadação dos tributos federais, através das competentes guias obtidas em nosso Sindicato. O recolhimento em atraso acarreta os acréscimos previstos no Artigo 600 da CLT. As guias de recolhimento poderão ser retiradas em nossa sede sito à Av. Rangel Pestana, nº 1292, 1º andar, conjunto 12 nesta capital. Observação: O recolhimento indevido ou o não recolhimento acarretará as sanções previstas em lei. São Paulo, 21 de janeiro de 2008. JAMIL BIZIN – Presidente. SINCOMED – SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE MATERIAL MÉDICO, HOSPITALAR E CIENTÍFICO NO ESTADO DE SÃO PAULO CNPJ (MF) nº 62.803.069/0001-00 – Fone (11) 5572-6200 – Edital Contribuição Sindical Patronal – 2008 Pelo presente edital ficam NOTIFICADAS todas as empresas comerciais, cuja atividade econômica seja representada pelo sindicato supra, para recolherem conforme Art. 579 da CLT, a Contribuição Sindical de 2008, durante o mês de Janeiro, nas agências da Caixa Econômica Federal ou em estabelecimento bancário integrante do sistema de arrecadação dos tributos federais, através das competentes guias obtidas em nosso Sindicato. O recolhimento em atraso acarreta os acréscimos previstos no Art. 600 da CLT. As guias de recolhimento poderão ser retiradas em nossa sede sito à Rua dos Otonis, nº 662, nesta capital. Observação: O recolhimento indevido ou o não recolhimento acarretará as sanções previstas em lei. São Paulo, 21 de janeiro de 2008. LUIZ ANTONIO SILVA – Presidente (22, 23 e 24/01/2008)
SERVIÇO MUNICIPAL AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - SeMAE EXTRATO DE RETIFICAÇÃO 3 - CONCORRÊNCIA 06/2007 Objeto: Reforma Geral em Reservatórios e Quadros de Comando Elétrico dos poços, reforma e construção de abrigos dosadores de cloro e flúor e execução e recuperação de alambrados. Fica retificada a publicação efetuada em 28/12/2007, e notificações aos interessados, no que segue: onde se lê: “prazo de execução para 15 meses”, entenda como “prazo de execução para 18 meses”. Ronaldo L. de Oliveira - Presidente da C.L. UVCC ADMINISTRAÇÃO E PARTICIPAÇÕES S/A
CNPJ (MF) nº 61.594.172/0001-25 - NIRE nº 35.300.314.743 Edital de Convocação de Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária a ser realizada no dia 19/02/08. Ficam convocados os senhores acionistas da UVCC Administração e Participações S/A, a se reunirem em Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária, na sede da Companhia, na Rua Amaral Gurgel, 560, São Paulo, às 20:00 horas do dia 19 de fevereiro de 2008 a fim de deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: 1. Tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2006, bem como analisar a responsabilidade dos administradores da UVCC. 2. Alteração da forma de alienação do Patrimônio Imobiliário, a cargo da Comissão de Vendas instituída na Assembléia Geral realizada em 19 de dezembro de 2005; 3. Eleição de novos membros para a Comissão de Vendas; 4. Redução do capital social, a fim de fazer frente aos prejuízos acumulados, de acordo com parecer do Conselho Fiscal e proposta da Administração; e 5. Outros assuntos de interesse social. De acordo com o disposto no artigo 133 da Lei 6.404/76 acham-se à disposição dos acionistas na sede da UVCC, o relatório de administração, cópia das demonstrações financeiras, parecer do auditor, parecer do Conselho Fiscal e demais documentos pertinentes a assuntos incluídos na Ordem do Dia. Maury Sergio Lima e Silva - Diretor Presidente.
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO ABERTURA DE LICITAÇÃO Site: www.riopreto.sp.gov.br MODALIDADE: CONCORRÊNCIA DE PREÇOS Nº 001/2008 Objeto: Contratação de empreitada de mão-de-obra com fornecimento de materiais para construção hospital da zona norte, sito à Rua Manoel Moreno esquina com a Rua Josepha Voltarelli, no Jd. Antunes. Limite para entrega dos envelopes 21/02/2008 às 17:00h e abertura dia 22/02/2008 às 08:30h. MODALIDADE: CONCORRÊNCIA DE PREÇOS Nº 002/2008 Objeto: Contratação de empresa para prestação de serviços de engenharia especializada em transporte, para o suporte técnico, operacional e gerencial, ao município de São José do Rio Preto/SP, na gestão viária e do trânsito e na operação do tráfego do município. Limite para entrega dos envelopes 27/02/2008 às 17:00h e abertura dia 28/02/2008 às 08:30h.
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Fazenda Sete Lagoas Agrícola S/A CNPJ/MF Nº. 52.746.419/0001-90 e NIRE 35300026683. Extrato Reunião do Conselho de Administração de 05/10/2007 Em 05/10/07, às 10h00, na sede social da Companhia, à Av. Prefeito Nelson Cunha, 800 - Frente - Sala 1, Jardim São Luiz, CEP 13835-000, Conchal, São Paulo. Presença: Com a presença dos conselheiros Sra. Liliane Joseph Françoise Van Parys e Sr. Miklós János Náday. Mesa: Sra. Liliane J F Van Parys - Presidente e Sr. Miklós János Náday - Secretário. Prestados os esclarecimentos necessários à instalação da Reunião do Conselho de Administração pela Presidente do Conselho, a mesma informou aos presentes que: 1) “Com base nas demonstrações financeiras da Sociedade levantadas em 30/09/2007, transcritas no Livro Diário nº 153, cuja cópia está em poder de V. Sas., que acumulam lucro de R$613.800,11 (Seiscentos e treze mil, oitocentos reais e onze centavos), já deduzidas as antecipações de dividendos autorizadas por este conselho de administração em reuniões realizadas nos dias 05/04/2007 e 06/07/2007, proponho a distribuição antecipada de dividendos fixos e cumulativos às 684 ações preferenciais no valor de R$777,00 (Setecentos e setenta e sete reais) por ação, num total de R$531.468,00 (Quinhentos e trinta e um mil, quatrocentos e sessenta e oito reais) àquelas ações, “ad referendum” da próxima Assembléia Geral de Acionistas. Assinado : Liliane J F Van Parys - Presidente do Conselho de Administração”. Deliberação: Colocada em discussão, a proposta foi aprovada por unanimidade, ficando autorizada a diretoria a antecipar a distribuição de dividendos fixos e cumulativos às 684 ações preferenciais no valor R$777,00 (Setecentos e setenta e sete reais) por ação, num total de R$531.468,00 (Quinhentos e trinta e um mil, quatrocentos e sessenta e oito reais) àquelas ações, “ad referendum” da próxima Assembléia Geral de Acionistas. Encerramento: Não havendo qualquer outro pronunciamento, a Sra. Presidente encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente ata que lida e achada de conforme, segue assinada pelos presentes. Assinaturas : Liliane J F Van Parys e Miklós János Náday. A presente Ata encontra-se registrada na JUCESP sob nº 30.770/08-7 em 16/01/2008.
BRASMOTOR S.A. Av. das Nações Unidas, 12.995, 32º andar, sala 3 - São Paulo, SP CNPJ/MF 61.084.984/0001-20
Companhia Aberta
NIRE 35300026667
AVISO AOS ACIONISTAS PAGAMENTO DE DIVIDENDOS 1. Comunicamos aos Senhores Acionistas da BRASMOTOR S.A. que o Conselho de Administração, em reunião realizada nesta data, aprovou o pagamento de dividendos “ad referendum” da Assembléia Geral Ordinária, para todas as ações integrantes do capital social atual (beneficiando os acionistas que se acham inscritos nos registros da Companhia nesta data), (2.864.444.110 ações), da seguinte forma: (a) R$ 0,0040 por ação, para todas as ações ordinárias; e (b) R$ 0,0044 por ação, para todas as ações preferenciais, conforme disposto no inciso I do artigo 17, da Lei nº 6.404/76, com a nova redação dada pela Lei nº 10.303/2001. 2. Os referidos dividendos são declarados com base nos resultados apurados no Balanço Anual - base 31.12.2007, computando-se no cálculo do dividendo mínimo obrigatório do exercício em 2007, em complemento ao dividendo aprovado na Reunião do Conselho de Administração, realizada em 03 de dezembro de 2007. 3. O pagamento desses dividendos será feito a partir do dia 15 de fevereiro de 2008. 4. Sobre os dividendos não incidirá imposto de renda na fonte. ATENDIMENTO: O pagamento será efetuado por intermédio da Instituição Financeira Depositária - Banco Bradesco S.A., observado o seguinte: a) os Acionistas correntistas do Banco Bradesco S.A. terão os dividendos creditados, automaticamente, no dia do pagamento; b) os Acionistas correntistas de outros Bancos, que comunicaram essa condição ao Banco Bradesco S.A., também terão seus dividendos creditados, automaticamente, no dia do pagamento; c) os demais Acionistas que estiverem com o endereço devidamente cadastrado no Banco Bradesco S.A. receberão via correio, a “Ordem de Pagamento de Dividendos de Ações Escriturais” devendo, para o recebimento, apresentar-se na Agência Bradesco de sua preferência, munidos, além do formulário, de Documento de Identidade e do Cadastro de Pessoa Física - CPF. São Paulo, 18 de janeiro de 2008. Enrico Zito Diretor de Relações com Investidores
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, informamos que no dia 21 de janeiro de 2008, não houve pedido de falência na Comarca da Capital-SP.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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Ibraheem Abu Mustafa/Reuters
No Palácio do Eliseu, Sarkozy e Uribe anunciam planos sobre reféns, mas não incluem Chávez
Palestinos fazem fila em busca de mantimentos em Gaza. ONU fez alerta e pediu abertura das fronteiras
Internacional
Charles Platiau/Reuters
Colômbia e França PALESTINA criam missão médica Sob pressão, para atender reféns Israel alivia
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presidente colombiano, Álvaro Uribe, revelou que seu governo, em parceria com a França, está organizando uma missão médica internacional para examinar os reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A declaração veio apenas um dia depois da guerrilha ter rejeitado a proposta do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) para visitar os seqüestrados no cativeiro. Uribe reuniu-se ontem, em Paris, com o presidente francês Nicolas Sarkozy, que desde que assumiu o cargo em maio está empenhado em conseguir a libertação de reféns políticos da guerrilha, como a ex-candidata presidencial franco-colombiana Ingrid Betancourt, em cativeiro desde 2002. A viagem de Uribe tem como objetivo, ainda, costurar com alguns países europeus — França, Suíça e Espanha — um acordo internacional para negociar com a principal guerrilha colombiana, que propõe a troca de 47 reféns políticos por cerca de 500 guerrilheiros presos. A mediação era feita até novembro de 2007 pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que foi afastado da
Juan Mabromata/AFP
Chávez: fora das negociações
função por manter uma "agenda paralela" de negociações. Em entrevista coletiva após o encontro, Uribe pediu para que "o mundo inteiro" pressione as Farc para que assumam a responsabilidade sobre a situação dos reféns, muitos com a saúde em estado crítico. Mas a missão médica corre o risco de fracassar. No domingo, o porta-voz das Farc, Raúl Reyes, negou a possibilidade de visita médica de membros da Cruz Vermelha aos seqüestrados. "Para nossa organização, a segurança dos reféns políticos é mais importante do que qualquer consideração irrealista com as quais o presidente Uribe tenta ampliar a dor e a angústia dos parentes Carlos Barria/Reuters
Ó RBITA
CRISE NA BOTA pequeno partido católico Udeur abandonou a O coalizão de governo da Itália, deixando o primeiro-ministro Romano Prodi sem maioria no Senado. O dirigente partidário Clemente Mastella defendeu a convocação de eleições extraordinárias. "Esta centro-esquerda acabou", disse Mastella, que renunciou na semana passada ao cargo de ministro da Justiça após ser envolvido em denúncias de corrupção. (Reuters)
dos prisioneiros", afirmou Reyes em um comunicado. Apoio No encontro de ontem, Álvaro Uribe ouviu de Nicolas Sakozy que a França, assim como toda a União Européia e os Estados Unidos, continua classificando as Farc como "grupo terrorista" — ignorando a recomendação de Chávez de mudar o status do grupo para "movimento insurgente". "A Colômbia e a França estão em sintonia", disse Uribe, alfinetando o venezuelano. Uribe evitou responder aos ataques feitos pelo presidente venezuelano, que no domingo o chamou de "covarde, mentiroso e mafioso". "Não vou me referir ao tema porque devo respeito ao povo irmão da Venezuela", disse Uribe, que descartou a possibilidade de Chávez retornar às mediações do acordo humanitário. No entanto, Nicolas Sarkozy pediu que Uribe não exclua nenhuma ajuda que seja "útil" à libertação dos seqüestrados. Em meio aos esforços para negociar com as Farc, outra guerrilha colombiana, o Exército da Libertação Nacional, anunciou na madrugada de segunda-feira a libertação de nove reféns. (AE/Agências)
Suhaib Salem/Reuters
bloqueio contra Gaza
Governo permitirá a entrada, hoje e de forma parcial, de combustível, comida e remédios no território palestino
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ob pressão internacional, Israel decidiu suspender por um dia o bloqueio sobre a Faixa de Gaza, imposto na semana passada em retaliação aos ataques com foguetes, dizendo que permitirá a entrada, nesta terça-feira e de forma apenas parcial, de combustível, alimentos e remédios por um dia no território palestino. O anúncio foi feito após uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU) advertir que, por falta de condições, suspenderia na quarta-feira a distribuição de alimentos a 860 mil palestinos na Faixa de Gaza a menos que Israel reduzisse o bloqueio fronteiriço. Além disso, agências internacionais haviam advertido que os Saul Loeb/AFP
Cidades às escuras. Velas são a solução
hospitais de Gaza ficariam sem remédios e combustível para seus geradores em poucos dias a menos que Israel levantasse o bloqueio. O ministro israelense de Defesa, Ehud Barak, permitirá que a União Européia entregue combustível para a usina de energia elétrica de Gaza, que teve suas duas turbinas desligadas no domingo, deixando Gaza às escuras. Israel também permitirá a entrega de combustível para geradores e gás de cozinha, mas manterá a restrição ao combustível para veículos. Antes de concordar com a abertura temporária da fronteira — sob pressão da Grã-Bretanha, França e União Européia, entre outros — o premiê israelense, Ehud
Olmert, defendeu o bloqueio. Ele foi imposto na sexta-feira, após militantes palestinos terem disparado cerca de 200 foguetes em cinco dias contra o território israelense e Israel ter respondido com ataques aéreos que mataram 36. Em discurso ao Parlamento, Olmert disse que "de forma nenhuma" Israel deixará "que a vida em Gaza seja cômoda e agradável", mas destacou que não permitirá uma crise humanitária no território. "Os moradores de Gaza podem andar e ficar sem combustível para seus carros, pois têm um regime terrorista que não deixa as pessoas no sul de Israel viver em paz." E advertiu que não ficará sentado enquanto militantes disparam foguetes contra Israel. (AE)
Novo satélite israelense espionará Irã dia e noite
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srael lançou na segunda-feira um sofisticado satélite espião para observar eventos no Irã, mesmo durante a noite ou com tempo encoberto, anunciou uma autoridade da Defesa. O Tecsar é um satélite que poderá controlar o programa nuclear iraniano, que segundo os EUA e Israel visa a produFIDEL CASTRO E MARTIR LUTHER KING DIVIDEM OS HOLOFOTES NOS EUA ção de armamentos nucleares. O satélite, desenvolvido pelas Indústrias Aeroespaciais candidato republicano à Casa Branca John McCain não Já o atual presidente, George W. Bush, visitou escolas para de Israel (IAI), opera com um precisou de muitas palavras para explicar sua posição uma causa muito mais nobre: homenagens a Martir Luther sobre o regime comunista de Fidel Castro em Cuba caso seja King, cujo assassinato completou 40 anos. "Ao amar o próximo sistema especial de radar que permite uma visão muito eleito o próximo presidente dos EUA. Em um restaurante como a si mesmo, podemos transformar os EUA em um lugar maior do que a dos atuais satécubano em Miami, McCain foi atrás de votos de dissidentes. melhor e realizar o sonho de King", disse Bush. lites Ofek, que usam câmeras, segundo o mesmo oficial da OBSCENO Defesa, que pediu anonimato. Marcos Adandia/AFP Israel apóia os esforços ameA oposição ricanos para que a comunidaargentina de internacional aprofunde apresentou representações sanções contra Teerã por seu programa nuclear. O Irã diz em três que seu programa visa exclusiesferas vamente a geração de energia. estatais Líbano pedindo a investigação do Forças libanesas dispara"enriquecimento obsceno" do ram contra aviões de combate ex-presidente Néstor israelenses que invadiram seu Kirchner— cujo patrimônio espaço aéreo no sul do Líbano, subiu de US$ 2,1 milhões em mas aparentemente nenhum 2003, no primeiro ano de aparelho foi atingido, disse um governo, para US$ 5,6 oficial. Foi a segunda vez que o milhões, em 2007. "Houve exército libanês dispara contra incrementos patrimoniais nas declarações de Kirchner, jatos israelenses sobrevoando o sul do Líbano desde que um eu diria que isso é obsceno", cessar-fogo mediado pela disse Fernando Sánchez, ONU pôs fim a 34 dias de guerdeputado da Coalizão ra entre o Estado judeu e as Cívica, que pedirá a guerrilhas do Hezbollah em criação de uma CPI no agosto de 2006. (AE) Senado. (Reuters)
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Nacional Empresas Moda Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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Para a estilista Glória Coelho, o preto será a cor do inverno deste ano.
SETOR TÊXTIL É DESTAQUE DA FENIN 2008
Paulo Pampolin/Hype
Paulo Whitaker/Reuters
SPFW Maurício Lima/AFP
A coleção da Amapô é inspirada em guerreiras Paulo Pampolin/Hype
Desfile da Ellus foi considerado o mais bonito de toda SPFW. Apresentação foi na Estação Júlio Prestes.
Gloria Coelho: passarela foi o Shopping Iguatemi.
Feira mostra moda inverno no Sul
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Kelly Ferreira berta a temporada de inverno no Sul do País. Começa hoje e termina no dia 25, a XII edição da Fenin – Feira Nacional da Moda Inverno, uma das maiores do setor têxtil do Brasil. O evento, realizado em Gramado, no Rio Grande do Sul, terá 700 expositores e 1,2 mil marcas. Além das novidades em jeanswear e surfwear nas modas feminina, masculina, infanto-juvenil e moda íntima, a Fenin vai antecipar acessórios e tendências das tecelagens para o Verão 2008/2009. Entre as estreantes estão a Mormaii, a Vicio, a Fila e a Kappa. A feiras terá também a participação de expositores internacionais, como a Beltex da Argentina. A expectativa dos organizadores é superar a visitação de 35 mil pessoas e ter um crescimento no volume de negócios em torno de 15% em relação à edição anterior. As duas últimas feiras registraram presença de compradores da África do Sul, Bolívia, Argentina, China, Estados Unidos, França, Holanda, Itália, Líbano, México, Nova Zelândia, Portugal e Uruguai. Um diferencial da mostra será a grande concentração de lançamentos das confecções voltadas para o segmento de moda infanto-juvenilbebê para o outono/inverno 2008. Além disso, com as fabricantes de tecidos presentes numa mesma mostra, as confecções devem buscar um reforço ou comprar tecidos para este inverno. A Fenin também terá o Salão da Lingerie pelo terceiro ano consecutivo. As novidades serão apresentadas em um desfile hoje, com a presença de várias celebridades, na Rua Coberta, anexa à feira. Os lançamentos Outono/Inverno serão mostrados pelas marcas Del Rio, Scala, Trifil, Lupo, Marcyn, Mash e Hope. Já o desfile do Salão da Moda Masculina, que participa da Fenin pelo oitavo ano seguido, está programado nesta quarta-feira. As tendências serão apresentadas por 30 empresas, entre elas a Dudalina, Ônix Jeans e Spring. Os organizadores da feira estão otimistas em relação ao potencial de realização de negócios durante o evento. Os diretores da Expovest, empresa responsável pelo evento, Cláudio Goerl e Julio Viana, destacaram como diferenciais da Fenin 2008, o grande número de empresas importantes do setor presentes no evento. Mais informações no site www.fenin.com.br.
A elegância dos Evento ajuda casacos e as mulheres a fazer parcerias P guerreiras Simone Nunes apostou em mulheres clássicas
As maiores apostas para o inverno deste ano são o preto, o couro e o xadrez. Vanessa Rosal
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último dia da São Paulo Fashion Week (SPFW) começou com um grande desafio para as grifes que desfilaram ontem: superar a beleza poética que a Ellus conseguiu transmitir no desfecho de domingo, quando a marca se apresentou na Estação Júlio Prestes, no centro da cidade. Na ocasião, o público aplaudiu de pé a chegada das modelos em um trem que buzinava, mostrando uma coleção marcada por recortes, grafismo e muitos bordados. Os desfiles de ontem mostraram muita franja e casacos mais pesados do que nos dias anteriores. Para Glória Coelho, roupas com pêlos serão a tendência do inverno. A estilista abriu o último dia da semana de moda paulista com uma apresentação elegante no salão de eventos do Shopping Iguatemi. Inspirada na rainha Elizabeth I, a coleção mostrou casacos ricos em detalhes com o brilho dos cristais Swarovski, nas cores preta e prata. Já o desfile de Simone Nunes, no prédio da Bienal, mostrou roupas desenhadas para mulheres clássicas, com babados e estampa xadrez. Ao contrário do que a estilista propôs na coleção passada, as saias estão mais compridas, abaixo dos joelhos, com modelagens
amplas e confortáveis. Um dos desfiles mais esperados do último dia de Fashion Week foi o da estreante Amapô, que se apresentou no Museu de Arte Moderna (MAM). A grife se inspirou em mulheres guerreiras para desenvolver uma coleção colorida e cheia de estampas. Na cabeça das modelos, tiaras com chifres dos mais variados tipos. Para o Paulo Pampolin/Hype
Herchcovitch: velho oeste.
inverno, os estilistas Carolina Gold e Pitty Taliani criaram casacos com detalhes de franjas e couro, além de calças com cintura alta e boca de sino. Outra apresentação muito esperada foi a de Alexandre Herchcovitch, que não desapontou com suas criações mas-
culinas. Inspirado no velho oeste, ele sugere franjas em camisas e coletes decotados nas costas. Ponchos e sobretudos de couro foram combinados com calças justas. Já a inspiração para a coleção de inverno de Marcelo Sommer, da grife Do Estilista, foi o fogo – em 2006 havia sido a chuva. Antes do desfile realizado ao ar livre, no Parque do Ibirapuera, ele explicou que a partir da chama e da luz, criou roupas de cores quentes, como o vermelho e o laranja. A silhueta das peças ficou mais justa que na coleção passada, estilo anos 1930. Encerramento Ronaldo Fraga fechou a semana de moda paulista em grande estilo – a começar pelo cenário da passarela, repleta de árvores artificiais com lâmpadas roxas, que imitavam os frutos. O grupo de modelos fez parte do jardim, com grandes flores brancas presas aos cabelos. Para o inverno deste ano, o estilista aposta em vestidos pretos combinados com meias-calças coloridas. Destaque para o laranja, o pink e o verde-limão. Já os homens poderão abusar de ternos despojados, com estampa florida, e acessórios como mochilas, que ganharam modelagem redonda na coleção de Fraga.
or detrás das passarelas, a 24ª edição da São Paulo Fashion Week mostrou numerosas parcerias formadas entre estilistas e empresas que apostam na moda para crescer. É o caso da marca Halls Creamy, da Adams, que patrocinou o desfile de Mário Queiroz. A ação faz parte da estratégia de marketing da empresa, com previsão de investimentos de R$ 16 milhões em 2008. A Arezzo esteve presente no desfile de Reinaldo Lourenço, com a criação de botas estilo cowboy. Já a marca belga Kipling, presente há 20 anos no mercado internacional, assinou uma linha de bolsas exclusivas da estilista Glória Coelho. Os tecidos utilizados nas criações vieram da parceria com as empresas Tecelagem Saliba e Têxtil Picasso. Nos corredores da Bienal, onde a semana de moda paulista foi realizada, destaque para empresas como a Tetra Pak, que desenvolveu uma embalagem customizada de sucos para os convidados. Foram distribuídas cerca de 40 mil caixinhas nos seis dias de evento, com visual que destaca a utilização de linhas do metrô com a cronologia da diversidade em diferentes aspectos: cultura, meio ambiente, política e moda. Com instalação assinada pelo cenógrafo e artista plástico Gringo Cardia, a Natura criou um lounge dentro da Fashion Week, no qual uma equipe de maquiadores e massagistas trabalhou durante a semana. Dois produtos foram lançados no espaço da SPFW: a Natura Faces batom hidratante e a nova linha Natura Faces Pop. "Nossa proposta dentro de um evento de moda é demonstrar que a beleza deve ser reconhecida em sua diversidade, sem preconceitos ou estereótipos", disse o diretor de marketing da empresa, Eduardo Costa. Incentivo – A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) também montou um lounge na São Paulo Fashion Week. Neste ano, para fortalecer a imagem da moda brasileira no exterior, a entidade trouxe 30 jornalistas internacionais em parceria com a Texbrasil, programa desenvolvido com a Apex-Brasil. O objetivo é reverter o quadro negativo apresentado em 2007, quando o setor apresentou faturamento de US$ 34,6 bilhões. As exportações atingiram US$ 2,4 bilhões, e as importações, US$ 3,0 bilhões, resultando em um déficit da balança comercial de R$ 648 milhões. (VR)
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
On Te c n o l o g i a Fotografia Mundo Digital
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
AS CÂMERAS DIGITAIS COMPACTAS ESTÃO PODEROSAS
Nokia está trazendo para o Brasil um modelo já conhecido lá fora: o N800 Internet Tablet.
Divulgação
A FinePix F50D (esq.) recebeu prêmio por ser a primeira câmera que realmente detecta rostos com otimização de foco, exposição e cor. À direita, a impressora Kodak 5300 All, que deverá custar US$ 200 no mercado norte-americano.
Câmeras de 2008: menores, mas eficientes Os modelos apresentados na CES de Las Vegas são apenas um aperitivo, uma vez que os fabricantes estarão reunidos em um evento próprio no fim deste mês, nas mesma cidade. Novos equipamentos estão mais compactos, sofisticados e de alta resolução. ANA MARIA GUARIGLIA
A Kodak EasyShare V1253: câmera grava vídeo em alta definição para reprodução em TVs digitais
Lexid: permite capturar imagens através da parede e que será vendida para a polícia
Consumer Electronic Show (CES), realizada em Las Vegas no início do mês, apresentou apenas um preview das novidades do segmento de câmeras digitais em 2008. Mesmo assim, os poucos lançamentos já encheram os olhos dos profissionais e aficionados por fotografia. O jornalista e analista de câmeras digitais John Carter disse que os produtos compactos estão mostrando a tendência do aumento de megapixels, chegando a 12 MP, e permitindo gravações de vídeos pelo sistema HDTV, ajustando-se aos aparelhos de TVs digitais. “Poucos fabricantes de câmeras estiveram presentes no CES, com alguns lançamentos, devido à feira da Photo Marketing Association International (PMAI), exclusivo de fotografia, e que acontecerá no final de janeiro na mesma cidade”, lembra Carter. Os principais produtos lançados até o momento foram os da Kodak, empresa que recebeu os prêmios CES 2008 por inovações tecnológicas, como a impressora 5300 All, na categoria de periféricos de computador. Deverá custar US$ 200, vem com monitor de 3 polegadas, entradas para cartões de memória, podendo imprimir até 32 páginas por minuto em preto e 30 páginas por minuto em cores, com impressão de fotos a par-
tir dos sistema PictureBridge, sem envolver os comandos do PC. A câmera EasyShare V1253 recebeu prêmio por sua tecnologia baseada em HDTV, que grava vídeo em alta definição, utilizando padrão de 720 pixels e compressão MPEG-4. Tem resolução de 12,1 MP (4.000 x 3.000 pixels), objetiva com elementos Schneider-Kreuznach Variogon, com zoom de 3 vezes e monitor de 3,1". A japonesa Panasonic mostrou a Lumix DMC-FZ18, com 8,1 MPpixel, objetiva Leica com grande angular de 28 mm, com zoom óptico de 18 vezes. De acordo com Carter, o modelo tem excelente desempenho, sobretudo pela qualidade das lentes alemãs da Leica, reconhecida mundialmente. Outro destaque foi a câmera digital Olympus SP-560UZ, com flash pelo sistema Wireless RC Flash, sem fio, permitindo usar várias unidades de flash para uma só foto. A gama de luminosidade dispara sempre de acordo com a condição do ambiente. Já a Fujifilm apresentou a compacta FinePix F50D, que recebeu um prêmio de tecnologia da revis-
ta Popular Science, por ser a primeira câmera que realmente detecta rostos com otimização de foco, exposição e cor, graças o programa Face Detection 2.0. A compacta também possui um nov o s e n s o r c a p a z d e re m o v e r “olhos vermelhos” na própria máquina automaticamente, criando novo arquivo para a foto. Possui resolução de 12 MP, possibilidade de tirar fotos submarinas e modos de exposição automáticos, incluindo regulagem manual. Espionagem – A Physical Optics Corporation, da Califórnia
Panasonic Lumix DMC-FZ18: modelo mostrado no evento oferece resolução de 8,1 MP, zoom óptico de 18x e objetiva Leica com grande angular 28 mm (EUA), lançou a câmera digital de segurança Lexid, que pode ver através das paredes. Ela imita a maneira como as lagostas enxergam emitindo Raios X, que focalizam na reflexão (ao invés da refração) dos objetos. Isso permite que o equipamento capture imagens através de madeira, concreto, aço e paredes. A direção da empresa anunciou que será vendida para a polícia federal norte-americana e instituições que trabalham para identificar armas e terroristas.
E NO BRASIL
Ultramóvel da Nokia chega ao País A
inda não sabemos se os UltraMobile PCs, também conhecidos como tablets PC, têm futuro garantido no mercado, mas os grandes fabricantes continuam apostando no formato e fizeram upgrades ou lançamentos durante a CES de Las Vegas, há duas semanas, entre eles a LG, a Samsung e a Intel. Mas enquanto essas novidades não chegam por aqui, a Nokia está trazendo para o Brasil um modelo já conhecido lá fora, o N800 Internet Tablet. O produto foi apresentado em janeiro do ano passado, também na feira de Las Vegas, e chegou ao mercado
europeu em meados de 2007. O N800, nesta versão, é baseado na plataforma Linux e oferece rápida conectividade com aplicativos corporativos e pessoais, ou seja, para produtividade pessoal e entretenimento. Os conteúdos também podem ser baixados para o aparelho ou acessados por streaming. O UltraMobile foi projetado para aplicações VoIP (voz sobre protocolo IP) e de vídeo, já que tem webcam e permite o uso do programa Skype, também integrado ao aparelho, podendo ser utilizado para troca de mensagens instantâneas, e-mails
móveis e alguns acessos rápidos na internet, já que por ser de pequeno porte, uma navegação muito intensa pode ser cansativa. O tamanho compacto possibilita levar a internet dentro do bolso. Mas ele não funciona como celular, por isso suas opções de conectividade se limitam ao WiFi, WLAN e Bluetooth. O formato é ergonômico, o visor é sensível ao toque com resolução de 800x480 pixels e o áudio é estéreo. Ele pesa apenas 206 gramas, tem memória RAM de 128 MB e 256 de memória flash, que é expansível. O preço sugerido no varejo será de R$ 1.499. (B.0.)
Nokia N800 Internet Tablet: visor é sensível ao toque, com resolução de 800x480 pixels, tem áudio estéreo e pesa apenas 206 gramas.
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
1 Paulo Leibert/AE
A tensão tomou conta das bolsas. No detalhe, os operadores da BM&F seguem a queda das comoditties no mercado futuro.
OS MERCADOS GLOBAIS ENTRARAM EM PANE ONTEM. E HOJE AS BOLSAS DA ÁSIA ABRIRAM EM FORTE QUEDA.
O DIA EM QUE AS BOLSAS DESABARAM
O
mercado financeiro enterrou ontem a tese do "descolamento", segundo a qual a economia global seria hoje menos dependente dos Estados Unidos do que no passado. A percepção, agora, é de que o mundo poderá sofrer, e muito, com uma eventual recessão americana. Essa "descoberta" derrubou as bolsas de valores na Ásia, na Europa e na América Latina, que enfrentaram as maiores baixas desde os atentados ao World Trade Center, em 11 de setembro de 2001. Nos EUA, o mercado não funcionou por causa do feriado de Martin Luther King Jr. "Os recentes dados das economias desenvolvidas, como Japão e União Européia, colocaram em dúvida a tese do decoupling", disse o economista do banco JP Morgan Julio Callegari, citando a palavra inglesa que tem sido usada entre os analistas para designar o "descolamento". "A economia japonesa, que já teve um fraco desempenho em 2007, está desacelerando ainda mais", afirmou. "Na Europa, a inflação está em nível elevado, o que impede o banco central de cortar o juro (o que estimularia a atividade econômica)." Nesse cenário, disse Callegari, "crescem as incertezas sobre os emergentes". Após as quedas de ontem (veja tabela), hoje as bolsas de valores da Ásia abriram em forte queda. Nos primeiros minutos do pregão na bolsa de
Alex Grimm/Reuters
Empurrados pela crise americana, os mercados (como o de Frankfurt, acima) despencaram fortemente.
Tóquio, o índice Nikkei recuava 2,73%. Já a Bolsa de valores de Seul, Coréia do Sul, caía 3,4% logo após a abertura. Os analistas que defendem a idéia do "descolamento" têm argumentado que o crescimento global seria pouco afetado pela desaceleração dos
EUA graças ao vigor dos emergentes. A economia chinesa, por exemplo, avançou, em média, 11% nos últimos anos. Apesar do pânico entre os investidores, Alexandre Póvoa, economista do Banco Modal, não se impressionou. "Havia um claro descompasso en-
tre os preços dos ativos financeiros e os resultados dos indicadores econômicos", disse. Segundo ele, os investidores abraçaram várias teses nas últimas semanas, que acabaram não se confirmando. "Acreditava-se que os preços das commodities não cairiam,
o que segurou um pouco a Bovespa", exemplificou. "Agora já se aceita essa idéia." Poucos mercados de commodities funcionaram ontem em razão do feriado nos EUA, mas, mesmo assim, ficou claro que as cotações do segmento começam a se deteriorar. O barril do petróleo, que chegou a superar US$ 100 no início do ano, fechou a US$ 87,50 em Londres. O ouro foi cotado a US$ 884,50 a onça-troy, menor valor em duas semanas. Pacotão – Na semana passada, Bush propôs as linhas gerais de um plano de estímulo fiscal de ao menos US$ 140 bilhões envolvendo alívio de impostos para consumidores e empresas. Segundo o governo dos EUA, a proposta pode salvar ou proteger 500 mil empregos. Para muitos analistas, a iniciativa não é suficiente para esquentar a economia dos Estados Unidos. Essa percepção derrubou os índi-
ces acionários de Wall Street na sexta-feira e essa queda influenciou negativamente os pregões em todo o mundo ontem. Da casa – A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve ontem a maior queda percentual diária desde o final de fevereiro de 2007. O Ibovespa fechou o pregão com queda de 6,6%. No dia, foram negociados R$ 6,1 bilhões. Com o resultado de ontem, a queda acumulada no ano é de quase 16%. O principal índice da Bolsa caiu de 63.886 pontos no final do ano passado para 53.709 pontos nesta segunda. Velho mundo – As principais bolsas européias despencaram nesta segunda-feira em um mercado global em debandada, com os analistas dizendo que os investidores estão agora diante da perspectiva de um mercado bear (tendência de baixa) e que deverão se preparar para quedas adicionais. "Se isto ainda é um mercado bull (em alta), agora é o momento para comprar para uma grande alta. Contudo, se este é um mercado bear (de baixa), como nós pensamos, qualquer possível vigor provavelmente será breve e apontaria para a venda", disse Teun Draaisma, analista de ações do Morgan Stanley em Londres. Em Madri, o índice Ibex-35 caiu 7,54% e fechou com 12.625 pontos; em Milão, o índice S&P/MIB recuou 5,17% para 33.903 pontos; em Lisboa, o índice PSI-20 caiu 5,83% e fechou com 10.823 pontos. (Agências)
O DIA EM QUE O MUNDO TODO PERDEU ÁSIA Em Xangai, -5,14%. E em Tóquio, após queda de ontem, pregão abriu hoje com -2,73%.
Não é possível que pessoas que não têm casa nos EUA (...) paguem a crise de alguns que resolveram ganhar dinheiro como se estivessem apostando num cassino
EUROPA A Europa teve a pior queda desde o terror às torres em NY
BRASIL O Ibovespa caiu 6,60%, a maior queda desde fevereiro de 2007
Lula, na posse de Lobão
Editorial
Corbis
A gangorra americana Pág. 2
LULA, MANTEGA E MEIRELLES APOSTAM NO BRASIL Os mercados desabando no mundo, Lula aposta: Brasil vai crescer mais de 5%. E Mantega e Meirelles reafirmam: o Brasil tem cacife. Pág. 4 e E 1 a 4
Ano 83 - Nº 22.546
R$ 1,40
São Paulo, terça-feira, 22 de janeiro de 2008
Jornal do empreendedor
Edição concluída às 23h50
w w w. d co m e rc i o. co m . b r Mauricio Lima/AFP
Paulo Whitaker/Reuters
A MODA DO CHIFRE Um dos desfiles mais esperados no último dia da SPFW: criações da Amapô, inspiradas em mulheres guerreiras. À cabeça, tiaras com chifres. E 8 Danilo Verpa/Folha Imagem
Milton Mansilha/LUZ
Como fazer seu site na internet
Colacioppo, da Mano Browser: exemplos para empresas investirem na web. INFORMÁTICA Ronaldo Bernardini/RBS
MST na terra do ex-rei da coca Terra do traficante Abadia no Sul foi invadida pelo MST. Pág. 5
AMANHÃ Nublado com chuva Máxima 22º C. Mínima 15º C.
Pra ver a moto passar 23 de Maio travou ontem. Teste em faixa exclusiva continua hoje. Pág. 9
DC
HOJE Nublado Máxima 21º C. Mínima 16º C.
Pabx (11) 6748-5627 (Itaquera) www.finanfactoring.com.br
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
DIÁRIO DO COMÉRCIO
INFORMÁTICA - 5
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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Indicadores Econômicos
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
11,09
21/1/2008
por cento foi a queda na rentabilidade dos fundos de investimento atrelados ao dólar no ano passado.
DC
COMÉRCIO
Informe Publicitário FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Fundo
Posição em
P. L. do Fundo
Empresarial LP
17/01/2008
27.636.002,61
Esher LP Hope LP JCP-SUL LP Master Recebíveis LP Milligan LP Múltiplo LP Odyssey LP Prospecta LP Redfactor LP Valecred LP
17/01/2008 17/01/2008 17/01/2008 17/01/2008 17/01/2008 17/01/2008 17/01/2008 17/01/2008 17/01/2008 17/01/2008
18.460.901,29 14.658.602,18 1.979.773,64 2.088.524,38 196.740,38 16.900.301,32 1.971.379,32 1.934.066,10 13.034.283,34 5.324.406,00
Tipo Subordinada Sr 1ª emissão Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Sub - Classe A
Vlr Cota Sub 1.680,298569 588,454130 954,820723 1.308,729022 1.149,208470 1.300,527442 943,053873 1.552,728131 971,473391 961,126837 1.195,637656 1.049,954558
% rent. mês 0,4142% 0,5527% 3,3301% 1,5096% 1,1256% -2,1867% -5,6946% 0,4224% -2,5765% 0,9726% -1,4441% 0,6031%
% ano 0,41% 0,55% 3,33% 1,51% 1,13% -2,19% -5,69% 0,42% -2,58% 0,97% -1,44% 0,60%
Tipo Sr 2ª emissão Sr 3ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sub - Classe B
Vlr Cota Sr 1.050,400681 1.020,390209 1.040,330150 1.080,074200 1.036,184720 1.296,512203 1.001,837180 1.023,829875 1.053,501066 277,987263
% rent. mês 0,5779% 0,5779% 0,5527% 0,5628% 0,5275% 0,5527% 0,1837% 0,5779% 0,5779% 2,8522%
% ano 0,58% 0,58% 0,55% 0,56% 0,53% 0,55% 0,18% 0,58% 0,58% 2,85%
rating A+(Austin) BBB(Austin) AA-(Austin) AA-(Austin) A+(Austin) A (Austin) A+(Austin) A- (Austin) A- (Austin) AA(Austin) A(Austin)
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
7 Sérgio Castro/AE- 02/09/2004
Nos últimos meses, os passageiros do metrô têm sofrido com as constantes falhas no sistema.
OPERAÇÃO ANTIPANE
Metrô quer entrar de novo nos trilhos Companhia anunciou ontem novas medidas para evitar falhas no sistema. Entre elas, a compra de trens e novos equipamentos de segurança para as composições.
A
Paulo Pinto/AE - 21/12/2004
pós quatro panes lhões até 2010 na compra de 99 em duas semanas, trens e na ampliação das linhas a Companhia do de metrô e trem, dos atuais 61,3 Metropolitano de quilômetros para 240 quilômeSão Paulo (Metrô) anunciou tros de extensão. Segundo ontem 21 medidas para melho- Avelleda, esta é uma resposta rar a operação e a manutenção ao crescimento do número de dos trens. A empresa promete usuários, que chega atualmencontratar cerca de 200 funcio- te a 3,4 milhões por dia no sisnários temporários para traba- tema Metrô/CPTM (Compalhar até julho, quando serão nhia Paulista de Trens Metroadmitidos 450 politanos). Outras noviempregados por concurso públidades serão o uso de megafoco. Além disso, q u a t r o n o v o s Pela primeira vez, o nes para avisar os passageiros trens começarão a operar até 15 de Metrô mudou o sobre problemas na operação dos m a r ç o e s e r ã o discurso. Eles sempre substituídos, até diziam que as panes trens e o treinamento de funcioo fim do ano, en- eram pontuais. gates e isoladonários para atenWagner Gomes, der ao público. res dos veículos presidente do Sindicato Também serão antigos – peças dos Metroviários espalhados técresponsáveis penicos em manulas falhas recentes no sistema. tenção ao longo As medidas foram anuncia- das vias. das três dias após a última paSindicato - O presidente do ne, que parou um trem da Li- Sindicato dos Metroviários, nha 1 - Azul (Jabaquara-Tucu- Wagner Gomes, afirmou que o ruvi) por duas horas e prejudi- pacote é um reconhecimento c o u 1 2 5 m i l p e s s o a s . N o oficial de que o sistema tem faentanto, o diretor de assuntos lhas de manutenção e de pescorporativos do Metrô, Sérgio soal. "Pela primeira vez, o MeAvelleda, garante que se trata trô mudou o discurso. Eles de uma "antecipação" das sempre diziam que as panes ações previstas no plano de ex- eram pontuais." Para Gomes, porém, "entre anunciar e colopansão da rede metroviária. De acordo com o Metrô, de- car em prática, há uma distânvem ser investidos R$ 16,3 bi- cia grande".
Robson Fernandes/AE 13.09.2004
Superlotação, falta de trens e sujeira são as queixas mais freqüentes
Passageiros pedem melhor manutenção
D
uas falhas elétricas e uma pane no sistema de tração, ocorridas neste ano em trens do Metrô de São Paulo, abalaram a confiança de alguns usuários em relação à qualidade dos serviços prestados pela estatal. Apesar de ainda ser apontado como o tipo de transporte mais confiável na cidade, sobram críticas para a superlotação, falta de lixeiras e até sujeira. Há quem recomende que os condutores passem informações em inglês, a exemplo do metrô do Rio de Janeiro. A ausência de lixeiras é uma das poucas críticas do gráfico Lindomir Paulino, 32 anos. Todos os dias ele embarca na estação Barra Funda, zona oeste, e segue para a estação Corinthians-Itaquera, na zona leste. “Existem muitos quiosques vendendo comida nas estações, mas falta lixeira. As latas de refrigerante e os pacotes de salgadinhos se acumulam em algumas estações”, disse.
A estudante Juliana Aguiar Rodrigues da Costa, 18 anos, vê outros problemas. “Há superlotação em horários não muito comuns. Às 10h, por exemplo, tem muita gente dentro dos trens”, critica. O pedreiro Osvaldo Laurentino Silva, 28 anos, pede aumento no número de trens. “O metrô é o melhor meio de transporte, mas tem que construir mais estações e colocar mais trens”, afirma. Já o office-boy Marcos Antonio, 23 anos, acredita que o dinheiro para melhorar o sistema poderia vir arrecadação das bilheterias. O representante comercial, Carlos Alberto do Nascimento, 64 anos, defende a necessidade de ampliar e conservar as estações, além de comprar mais trens. Pede até curso de inglês para os operadores, como ocorre no Rio. “Isso poderia ser implantado aqui, afinal também temos eventos que atraem milhares de turistas”, pontua. (IV)
Panes registradas nos últimos dias no metrô provocaram transtornos para os passageiros. Companhia promete melhorias com plano de ação.
Na opinião do especialista em transportes Sérgio Costa, as medidas não contribuem para resolver o problema do transporte metropolitano. "O sistema já está saturado." O que mais o surpreendeu o especialista foi o uso de megafones. "Com a tecnologia de hoje, isso é muito arcaico. Lembra a Segunda Guerra Mundial." Segurança - O Metrô também promete aumentar a segurança dos passageiros nas estações. Para isso, uma das
medidas anunciadas ontem foi o aumento no número de seguranças nas estações. No primeiro mês, a presença dos agentes será intensificada nas estações Sé, Barra Funda, Itaquera, São Bento, Paraiso, Luz e Anhangabaú. Nos trens, haverá uma série de medidas educativas para aumentar a velocidade e impedir o atraso das composições. Entre elas, orientar os passageiros para não impedirem o fechamento das portas. (Agências)
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 - INFORMÁTICA
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
RECARGA DE APARELHO
ARMAZENAMENTO
O adaptador Targus transforma energia de corrente contínua das baterias de automóveis em corrente alternada convencional.
Novo case para HD Integral E-Sata, da Akasa, transfere arquivos com transmissão de até 1,5 Gb por segundo (R$ 110).
RETRANCA
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Videoconferência com estilo A Telesul lançou o Maia XC, um sistema de baixo custo e fácil de usar, ideal para pequenas empresas BARBARA OLIVEIRA
elular também pode ser um artigo de moda, como é o caso do Motorola ROKR U9, carregado com quatro músicas e um vídeo da cantora Fergie que desfilou no São Paulo Fashion Week. Para obter informações sobre uma música que estiver tocando num ambiente, basta aproximar o aparelho da fonte musical e saber o nome da canção e artista. A câmera é de 2 Mpixel e permite memória de até 4 GB por cartão. EVENTO
Inscrições para o Campus Party
O
RadarCultura (site www.radarcultura.com) distribuirá 50 inscrições para a Campus Party, a maior festa da tecnologia, que acontece pela primeira vez no Brasil – de 11 a 17 de fevereiro, no Pavilhão da Bienal. O site da Fundação Padre Anchieta realiza um concurso até o dia 25 de janeiro, dando ao vencedores as inscrições. Para participar, acesse o endereço: www.radarcultura.com.br/ campusparty COOLER
Desempenho sem aquecimento
P
ara resfriamento das placas de vídeo, a CASEmall lançou um novo cooler fabricado pela Zalman. Trata-se do modelo VGA VNF100 – compatível com as placas nVIDIA e ATI. O acessório conta com três heatpipes, tubos que conduzem rapidamente o calor da zona refrigerada, maximizando ainda mais a refrigeração. A partir de R$ 149 (www.casemall.com.br).
O
ação
C
Divulg
Telefone em desfile no SPFW
s sistemas de videoconferências já não são um bicho-de-sete-cabeças para o mercado corporativo, pois estão caindo de preço e oferecendo soluções mais simplificadas, seja em redes IP ou ISDN. Não só instituições financeiras, grandes corporações ou governos têm o privilégio de integrar esse clube, também executivos de médias e pequenas empresas podem realizar suas reuniões face-a-face com seus interlocutores e em sistemas mais simples, mas com vídeo de boa qualidade e sem complicações. Para esse público, a Telesul lançou o Maia XC, da italiana Aethra Networks, um videofone IP com tela de LCD de 7 polegadas, resolução de 800x480, alto-falante, teclado para discagem e um design que faz a diferença na mesa de qualquer executivo. “Uma chamada com o Maia torna-se tão simples quanto uma ligação telefônica comum”, garante o gerente da divisão de videoconferências da distribuidora Telesul,
Maia XC: videofone IP com tela de LCD de 7 polegadas, resolução de 800x480 Nilton Lopes. “Além da integração com o PABX da empresa e das suas funcionalidades, os clientes vão gostar muito do design do aparelho”, observa Lopes. Basta que o cliente tenha uma rede IP ou ISDN instalada, fornecida por qualquer operadora de telefonia,
para fazer a conexão. Na tela de 7 polegadas do Maia XC, o usuário tem uma interface parecida com a do Windows, com browser, e-mail, mensagens instantâneas e visor de fotos, sem falar das tradicionais características de um telefone: botões para enca-
minhamento de chamadas, conferência, chamada em espera. “Se o usuário precisar de apresentações mais amplas, basta conectar o Maia a um televisor”, explica Lopes. O áudio é full-duplex e o aparelho traz viva-voz, com microfone, cancelamento de eco e supressão de ruídos do ambiente, de forma automática. Para entrada de vídeo, a câmera interna traz foco manual e balanço automático de luz, e reproduz movimentos naturais em 30 quadros por segundo. A conectividade é feita por múltiplas redes e dentro dos padrões internacionais de comunicação, observa Lopes. “A videoconferência ainda não explodiu no Brasil, como no resto do mundo, mas começa a ter uma procura sustentada pelas empresas que precisam economizar custos com deslocamentos e evitar as longas esperas em aeroportos”, diz o gerente da Telesul. A empresa espera comercializar entre 200 e 250 unidades do Maia XC neste ano, ao preço de US$ 2.500 a unidade (cerca de R$ 5 mil).
O fino que satisfaz
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uando o CEO da Apple, Steve Jobs, sacou de um envelope pardo, desses do tamanho de ofício, o novo Macbook Air, o notebook mais fino do mundo, durante a MacWorld, o que se ouviu no auditório do Moscone Center, em São Francisco, foram aplausos, risadas e alguns assobios, mas nada daquela ovação e entusiasmo presentes no ano passado, quando a Apple surpreendeu o mercado lançando o iPhone no mesmo evento. Muito aguardado pelos macmaníacos, o Macbook Air, que está prometido para março no Brasil, aparece como o portátil mais fino do mundo – com 1,9 cm na sua parte mais robusta e apenas 0,4 cm na beirada mais estreita – e um dos mais leves nessa categoria, pois pesa apenas 1,3 kg. A tela também é pequena, 13,3 polegadas, com resolução de 1.280 x 800 pixels e um trackpad sensível a múltiplos toques, a mesma do iPhone. Mas o que torna o equipamento tão fino assim é falta de um drive óptico para CD e DVD, o que de-
cepcionou um pouco os consumidores. Essa limitação pode ser resolvida com um drive externo portátil, que a marca está vendendo por U$ 99. O que Steve Jobs ressaltou, em sua exposição durante a abertura da MacWorld, é que o Macbook é um produto realmente móvel, pelas suas características (tem redes sem fio Wi-Fi e Bluetooth, mas não dispõe de placa Ethernet), e foi feito também para baixar filmes e músicas da internet. A propósito disso, a Apple anunciou uma nova mina de ouro
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Macbook Air: portátil mais fino do mundo, medindo entre 0,4 a 1,9 cm
Sergio Kulpas
CELULAR
no campo de entretenimento doméstico: um serviço de aluguel de filmes, inicialmente disponível somente nos Estados Unidos, mas até o fim do ano se espalhando pelo resto do mundo (não sabemos se o Brasil terá esse serviço tão cedo, já que nem o iPhone, lançado em junho do ano passado, está liberado para o mercado brasileiro ainda). Serão oferecidos mais de mil filmes para aluguel pelo iTunes Movie Rental, aos preços US$ 2,99 os mais baratos, e o usuário pode ficar com o título em sua máquina por um mês. Os acordos fe-
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Música exclusiva no aparelhinho
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m telefone com 11 faixas inéditas da banda Simple foi o lançamento da LG/Vivo. O KM500d é um Music Phone que tem 128 MB de memória, reproduz vários formatos de mídia, traz câmera de 2 Mpixel e cartão de memória MicroSD de 1GB. É capaz de guardar até 900 faixas musicais. Exclusivo da Vivo sai por R$ 700 (prépago), mas pode custar R$ 10, dependendo do plano.
Os clientes da ShopRite que têm cartões de fidelidade poderão entrar online em casa e preencher um formulário com a lista de compras. Ao chegar na loja, o cliente passa o cartão no carrinho com MediaCart, e a lista vai aparecer na tela. Com o uso de chips com microtransmissores de rádio (RFIDs), o MediaCart será capaz de acompanhar o progresso da compra, checando para ver se todos os itens estão dentro do carrinho. Além disso, o sistema permitirá que esses clientes paguem pelas compras sem enfrentar a fila do caixa, usando o débito no cartão. Anúncios –O uso dos RFIDs na hora da compra proporcionará ao MediaCart gerar anúncios relacionados com os produtos na lista do cliente. À medida que o consumidor se deslocar pelos corredores, ele verá anúncios relacionados com os produtos
Mais um super portátil
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Via Technologies (fabricante de chips) e a Everex (subsidiária da First International Computer) lançaram o UMPC CloudBook CE1200V, com 23 cm de comprimento e 900 gramas (US$ 399 nos EUA). Uma das razões para o preço acessível é o sistema operacional gOS (em código aberto). O processador é de 1,2 GHz, o HD é de 30 GB e ele ainda tem uma saída de vídeo digital, leitor de cartão e webcam de 1,3 Mpixel. SOFTWARE
Comparando preços dos postos
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partir do dia 25 de janeiro, aniversário da cidade, os paulistanos poderão comparar gratuitamente preços de gasolina, álcool, diesel e GNV por meio do telefone celular. O serviço é a nova versão do U.find, plataforma gratuita de informações criada pela empresa Kwead.com. Para utilizar o sofftware, basta o usuário fazer o download do aplicativo no site www.ufind.com.br ACESSÓRIOS
chados pela Apple, até agora, incluem títulos distribuídos pela 20th Century Fox, Warner, Walt Disney, Paramount, Universal, Miramax, MGM e Sony. Os filmes podem ser baixados também para iPods e iPhones, mas estarão liberados para download um mês após saírem em DVD. Portanto, se o usuário for um cinéfilo e adora ver seus filmes logo que eles são lançados na locadora, sentirá falta de um drive de DVD. Filmes de alta definição – 100 títulos, por enquanto – serão alugados por US$ 4,99. O preço do Macbook Air, com chip Intel Core 2 Duo de 1.6 GHz e HD de 80 GB e bateria para até cinco horas, começa em US$ 1,8 mil. No Brasil, esse preço será acrescido de impostos. Steve Jobs também lançou na MacWorld o disco rígido externo TimeCapsule de 500 GB e 1 Terabyte, e anunciou novos recursos para o iPhone, com mapas, capacidade para enviar mensagens para várias pessoas ao mesmo tempo e personalização de telas iniciais. (B.O.)
Mochilas tecnológicas
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loja de tecnologia Tybo , do Shopping Iguatemi, passou a comercializar três novos modelos de mochilas JanSport - Thundervolt, SuperBreak Live e Granite dotadas de tecnologia LiveWire, que permite controlar o iPod pela própria alça, o que traz comodidade para seus usuários. Os preços variam de R$ 369 a R$ 499. Mais detalhes dos produtos no site oficial da loja: www.tybo.com.br
sergiokulpas@gmail.com
NA EUROPA
Microsoft: carrinho de supermercado Microsoft está investindo em um sistema que pode revolucionar a comunicação dos varejistas com os consumidores dentro das lojas. O sistema MediaCart vai permitir que o cliente aproveite promoções especiais, enquanto vê anúncios dos produtos vendidos na loja. O console MediaCart é uma tela de cristal líquido montada sobre o carrinho de compras, que usa tecnologia sem fio para exibir informações e anúncios. O conceito básico por trás do MediaCart é que os usuários poderão entrar em um website em seus computadores pessoais, preencher uma lista de compras online e essa lista estará à espera na loja quando o cliente chegar. A rede de supermercados ShopRite da costa leste dos Estados Unidos é uma das primeiras a testar o sistema da Microsoft.
NOTEBOOKS
nas gôndolas, o que poderá aumentar as vendas. Além disso, o sistema pode ser programado para exibir promoções-relâmpago em várias seções da loja. Segundo informa a Microsoft, o MediaCart poderá ainda acessar o histórico de comprar anteriores do cliente e gerar anúncios de produtos que possam interessar aquele consumidor. O sistema é uma parceria da Microsoft com a empresa texana MediaCart Holdings (http://www.mediacart.com/). Além da ShopRite, outras pequenas redes de varejo dos EUA iniciaram testes com o sistema. O lançamento do sistema em escala nacional está previsto para o segundo semestre de 2008. A Microsoft entrou no projeto em parte devido à sua aquisição da empresa de publicidade online aQuantive, por US$ 6 bilhões.
A tecnologia da aQuantive facilita a transmissão de anúncios via internet para as telas do MediaCart. No teste com a ShopRite, o supermercado e a Microsoft estão trabalhando juntos para atrair os anunciantes, que podem se interessar por uma nova maneira de exibir mensagens aos consumidores, justamente durante o ato da compra. Anúncios interessantes, criados especialmente para esse sistema, têm boas chances de cativar o consumidor, levando-o a consumir imediatamente o produto anunciado. O uso de RFIDs vai permitir que supermercado e fabricantes dos produtos entendam melhor os hábitos de compras dos clientes, ajudando na disposição ideal das mercadorias. A Microsoft informou ainda que está desenvolvendo um sistema que poderá gerar cupons de desconto.
Celular com Câmera potente
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Samsung lançou na Europa o modelo F490. Com câmera de 5 MPixel, está pronto para 3G (habilitado com HSDPA), a internet de alta velocidade pelo celular. A tela é touchscreen de 3,2 polegadas e a câmera fica na parte frontal para facilitar as chamadas com vídeos, que podem ser gravados à velocidade de 15 quadros por segundo. A conexão Bluetooth é 2.0 e a memória interna de 120 MB. O F490 vem com Google Search integrado, navegador NetFront 3.4 e um cliente de email. Está sendo vendido na Europa a 530 euros.
Nacional Empresas Finanças Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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Fabio Pozzebom/ABr
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
BRASIL DEMONSTRA CALMA NA CRISE
Não temos a ilusão de que o Brasil está totalmente imune, mas cremos que estamos melhor preparados. Henrique Meirelles
MINISTRO AFIRMA QUE O BRASIL NUNCA ESTEVE TÃO PREPARADO PARA ENFRENTAR CRISES COMO AGORA
ECONOMIA ESTÁ SÓLIDA, DIZ MANTEGA.
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pesar de ter avalia- Mas alertou: "Se houver algudo a segunda-feira ma retração internacional, como um "dia de que não está confirmada, caso quase pânico" no isso ocorra, poderemos ter mercado financeiro, o ministro uma queda nos preços das da Fazenda, Guido Mantega, commodities e, portanto, afirmou que a economia brasi- uma queda no nosso saldo da leira nunca esteve tão prepara- balança comercial." da para enfrentar uma crise inEle insistiu, no entanto, que ternacional como agora. Se- o saldo da balança comercial gundo ele, a economia está só- continuará muito positivo. lida e, por enquanto, não há Não é possível, segundo ele, necessidade de o governo to- tomar um dia como o todo, porque não é representativo. mar alguma medida. "É como se nos últimos qua- "Hoje (ontem) é um dia de quatro, cinco anos, nós estivésse- se pânico, eu diria, porque as mos nos prepabolsas caíram rando para enmuito no munfrentar alguma do todo, e isso turbulência extraz um contágio: uma cai, e terna, de modo É possível que esta turbu- que o Brasil faz cair a outra. Mas isso não lência possa consiga passar não nos atingir, quer dizer que amanhã será aso u n o s a t i n j a por esta crise sem com pouco re- maiores sim, ou depois de amanhã". sultado", disse, conseqüências. em Brasília. O ministro Guido Mantega disse que as auCom um discurso otimista, toridades ameMantega afirmou que a econo- ricanas deverão tomar medimia brasileira continua dando das para acalmar os mercasinais de vitalidade, com os in- dos e tentar reverter esse quavestimentos crescendo e a de- d r o . E l e d e s t a c o u q u e a manda aquecida, mesmo sen- solidez econômica do País do janeiro o mês sazonalmente t e m s i d o c o n f i r m a d a f remais fraco. "É possível que o qüentemente. E citou matéria Brasil consiga passar por esta recente da The Economist , na crise sem maiores conseqüên- qual a revista britânica afirma que o Brasil está sólido e precias", acrescentou. O ministro disse que os parado para enfrentar uma mercados estão nervosos, turbulência internacional. respondendo a uma frustraMantega disse que o goverção ao pacote de ajuda do go- no não deverá divulgar mediverno norte-americano, que das ou pacotes para tranqüilic o n t a g i o u o m u n d o t o d o . zar o mercado. (Agências)
Sergio Dutti/AE
FMI ALERTA "A situação é séria"
A Para o ministro, risco maior seria uma queda na balança comercial.
Meirelles: BC vai agir se for necessário.
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presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou ontem, em Brasília, que a autoridade monetária, sempre que for necessário, adotará medidas para evitar que as turbulências nos mercados internacionais atinjam o Brasil. Meirelles voltou a afirmar que o País tem hoje uma situação econômica muito melhor que no passado, entre outros motivos, por ser credor em relação à dívida externa. "O Banco Central está monitorando isso (a crise financeira nos Estados Unidos e a agitação nos mercados mundiais) atentamente e, sempre que necessário, tomamos medidas. São medidas preventivas", disse Meirelles em discurso
durante a posse da nova diretora de Assuntos Internacionais da autoridade monetária, Maria Celina Arraes. O presidente do BC também ressaltou a importância do câmbio flutuante neste momento, e disse que o Brasil aproveitou os bons momentos no cenário internacional, nos últimos anos, para "fazer o dever de casa". E acrescentou: "Não há atalho para o crescimento sustentável. O custo de ignorar as restrições macroeconômicas pode demorar a aparecer, mas ele vem". Meirelles voltou a afirmar que os efeitos de uma possível recessão nos EUA são substancialmente menores que no passado, mas suficientes para afetar a economia global. (AE)
situação econômica m u n d i a l é p re o c upante, porque todos os países desenvolvidos estão sofrendo com a desaceleração dos Estados Unidos, disse ontem o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn. "A situação é séria", afirmou à imprensa, após se reunir com o presidente francês,
Nicolas Sarkozy, em Paris. "Todos os países estão sofrendo com a desaceleração do crescimento nos Estados Unidos, incluindo os do mundo desenvolvido", acrescentou. "Felizmente, os países emergentes continuam a ter uma expansão forte, e vão continuar a puxar o crescimento global. Mas não é impossível que cresçam menos que o previsto". (Reuters)
UE acredita na Rodada Doha
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União Européia (UE) e os Estados Unidos ainda acreditam na conclusão da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) até o final do ano. Ontem, em Bruxelas, autoridades européias e norteamericanas se reuniram para traçar uma estratégia para o ano. Nos próximos dias, os principais ministros do Comércio do mundo irão a Davos, na Suíça, debater uma saída para a crise na OMC. O próprio presidente suíço, Pascal Couchepin, duvida de um acordo antes de 2009. "Não acredito que vamos fechar nada agora", afirmou o presidente. Ele comentou que "o Brasil precisa ser mais flexível em
seus pedidos de liberalização do setor agrícola". Em Bruxelas, o comissário de Comércio da Europa, Peter Mandelson, alertou para a necessidade de um acordo preliminar já em abril ou maio. Um rascunho desse acordo deverá ser apresentado entre fevereiro e março, mas as diferenças ainda são grandes para que os delegados na OMC possam mostrar otimismo. Americanos e europeus não aceitam os cortes nos subsídios e em suas tarifas no setor agrícola, como pedem os países em desenvolvimento. Já o Brasil e Índia não estão dispostos a abrir seus mercados para bens industriais sem uma contrapartida no setor agrícola. (AE)
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Ambiente Educação Av i a ç ã o Urbanismo
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 22 de janeiro de 2008 Filipe Araújo/AE - 20/06/2007
Prioridade no aeroporto de Cumbica será a construção do novo terminal de passageiros.
GOVERNO QUER NOVO AEROPORTO EM SP
Nova pista em Cumbica não vai decolar Governo federal pretende investir na construção de um novo terminal de passageiros em Guarulhos e na ampliação do aeroporto de Viracopos, em Campinas. Ivan Ventura *
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Ministro da Defesa, Nelson Jobim, descartou ontem, por “inviabilidade técnica", a construção da terceira pista do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Apesar de ser favorável à nova pista, o prefeito da cidade, Elói Pietá (PT), comemorou a notícia porque o fim da terceira pista encerra a possibilidade de remoção de 5,3 mil famílias que moram em bairros na região do aeroporto. Do projeto original, será mantida apenas a construção do terceiro terminal de passageiros, uma pista para taxiamento e um estacionamento para aviões. Depois de meses de estudos para viabilizar a terceira pista de Guarulhos, o ministro Jobim disse que as duas pistas existentes são suficientes para atender a demanda no aeroporto. "Não é necessário mais pistas. O problema de Guarulhos não são as pistas, mas o pátio", afirmou o ministro. Nos últimos meses, foram estudadas três alternativas para Guarulhos. A primeira, a construção da nova pista na parte norte do aeroporto, que custaria R$ 750 milhões, esbarrou na constatação de que o comprimento máximo poderia ser de 1.800 metros, considerado muito curto para os aviões que operariam no local,
e também por ficar muito pró- Guarulhos, Jobim afirmou que, xima à Serra da Cantareira. a curto prazo, uma das soluções Havia ainda um problema po- será a ampliação do aeroporto lítico com a necessidade de re- de Viracopos, em Campinas, moção das famílias em bairros com a construção de mais uma pista. No entanto, não existe no entorno do aeroporto. Outra opção seria a constru- previsão para o início da obra. Novela – Pietá disse que a ção da pista na parte sul, usando o terreno da Base Aérea, medida encerra uma novela de mas a obra custaria R$ 3 bi- 24 anos. “Sempre defendi a terlhões e a relação custo/benefí- ceira pista, um desejo majoritácio foi considerada inviável. A rio dentro da cidade. Ao mesmo terceira opção seriam obras tempo, estávamos preocupaque permitissem que as duas dos com a remoção dos morapistas funciodores. Como a nassem com retirada foi descartada, o nosso pousos e decolagens quase siobjetivo é investir R$ 4 milhões m u l t â n e o s , o Não é necessário mais que não ocorre pistas. O problema (do nas melhorias viárias dos bairatualmente, mas essa hipó- aeroporto) de ros e que contemplará princitese também foi Guarulhos não são as avaliada como pistas, mas o pátio. pal avenida, João Jamil Zarif. inviável. "A soNelson Jobim, ministro lução, portanto, As obras devem da Defesa, sobre o começar em feé trabalhar o teraeroporto de Cumbica vereiro”, disse o ceiro aeroporto de São Paulo", prefeito. Por outro laresumiu Jobim. No projeto original foi man- do, Pietá anunciou ontem que tida, segundo o ministro, ape- 740 famílias do Jardim Novo nas a construção do Terminal 3 Portugal e do Jardim Regina de Guarulhos, que vai aumen- deverão sair em breve. “Os tar o movimento em 12 mi- dois bairros estão próximos lhões de passageiros – de 17 das pistas já existentes e as pesmilhões por ano para 29 mi- soas correm riscos de saúde, lhões. A previsão é concluir o causados principalmente peterceiro terminal em 2011. O los ruídos dos aviões, que senúmero de movimentos (pou- rão intensificados com a conssos e decolagens) passará de 45 trução da pista de taxiamento e por hora para 54. do estacionamento das aeroCom o fim do plano de cons- naves”, disse o prefeito de trução da terceira pista em Guarulhos. (com AE)
Valter Campanato/ABr
Ministro Nelson Jobim: construção de nova pista no aeroporto de Cumbica não tem viabilidade técnica
Decisão frustra os empresários
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fim do projeto de construção da terceira pista no aeroporto de Cumbica frustrou a expectativa de novos negócios em Guarulhos, segundo a Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos (ACE) e a Agência de Desenvolvimento (Agende). Porém, as duas entidades concordam que a decisão pôs fim ao medo de desapropriações das famílias que moram em áreas declaradas de utilidade pública. Para o presidente da ACE –
Guarulhos, Wilson Lourenço, a cidade perde com o fim do projeto, pois a notícia afasta novos investimentos no município. No entanto, Lourenço ressaltou que, pelo menos, "a novela acabou” para os moradores de bairros vizinhos ao aeroporto. “Se por um lado as perspectivas de novos negócios em nossa cidade tenham sido frustradas, por outro, os moradores que viviam o fantasma da desapropriação, há anos, podem ficar tranqüilas,
pois a novela acabou. Esperamos, porém, que a administração municipal realize as revitalizações prometidas para a região”, disse. Atrasos - O coordenador técnico da Agende, Marcelo Chueri, acredita que o fim do projeto da terceira pista deverá provocar mais atrasos no aeroporto de Cumbica, pois a tendência é o aumento constante de vôos. "Por isso, é necessário que o novo terminal saia o mais rapidamente possível”, disse. (IV)
Congonhas volta a operar conexões
Juan Barbosa/Agência RBS/Folha Imagem
Ministro nega recuo do governo e disse que a proibição era necessária para "retomar o controle" do aeroporto
S Monomotor ficou destruído ao cair em Osório, no Litoral do RS
Quedas de aviões matam 3
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queda de um avião monomotor Piper, de prefixo PT-CBO, matou o piloto Rodrigo Lucimar Wasen, de 32 anos, ontem, em Osório, no litoral norte do Rio Grande do Sul, a 100 quilômetros de Porto Alegre. Ao cair, a aeronave bateu uma asa sobre o muro de um metro de altura que separa dois terrenos na rua Barra do Ouro, no bairro Prima-
vera, a poucos metros das casas. Ninguém ficou ferido em terra. No Mato Grosso, Mauro Frizzon, de 43 anos, e Eduardo Fernandes Rodrigues, de 47, morreram após a queda do ultraleve prefixo PU-AFQ, em Juara, a 700 quilômetros de Cuiabá. As causas do acidente são desconhecidas. Frizzon era instrutor de vôo há 25 anos. (Agências)
eis meses depois de anunciar medidas emergenciais para reformular o sistema aéreo, sob o impacto do acidente com o avião da TAM, o governo recuou ontem em uma das medidas que apresentou como cruciais para evitar o caos e garantir a segurança dos passageiros. A partir do dia 16 de março, o Aeroporto de Congonhas voltará a receber escalas e a fazer conexões, que estavam proibidas, retomando a condição de hub (aeroporto de distribuição de vôos). Também serão permitidos pousos e decolagens de vôos fretados (charter), mas somente nos fins de semana, das 14h às 22h45 aos sábados, e das 6h às 14h aos domingos. Apesar das regras mais flexíveis, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que será mantido o limite máximo de 34 movimentos (pousos e decolagens)
Eduardo Nicolau/AE - 17/09/2007
por hora no terminal. O fim das escalas e conexões em Congonhas era tratado como ponto inegociável. Jobim garantiu que não cederia às pressões das empresas aéreas. "As companhias terão problemas, mas a questão da segurança é uma prioridade. Não está em negociação que Congonhas volte a ser um hub nacional", afirmou Jobim, em agosto. Ontem, o ministro disse que não houve erro de avaliação e que a proibição das conexões e escalas foi necessária para que o governo "retomasse o controle" do Aeroporto de Congonhas. "Não errei. Quando cheguei (ao ministério), a matéria já estava decidida. As medidas se justificaram naquele momento, havia caos e desconexão entre a Anac, o Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo). Houve uma espécie de congelamento e recuperamos o controle com-
Congonhas: vôos de longa distância serão novamente autorizados
pleto de Congonhas. Passamos a ter condições de redimensionar a operacionalidade do aeroporto", justificou o ministro, ontem, ao anunciar as mudanças. Ele lembrou que, no passado, Congonhas chegou a ter mais de 40 movimentos (pousos e decolagens) por hora, mas agora está reduzido
a 30 movimentos. Outra medida que perderá a validade é a proibição de vôos de mais de 1.500 quilômetros de distância partindo de Congonhas. O fator decisivo para que sejam autorizados os vôos que passam por Congonhas será o tamanho e o peso dos aviões, e não a distância. (AE)
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
Educação Saúde Tr â n s i t o Transpor te
DIÁRIO DO COMÉRCIO
9 Jamil Bittar/Reuters
Soldados do Exército foram treinados durante uma semana para combater o mosquito.
TRÁFEGO FOI PIOR DE MANHÃ
Faixa para motos trava a 23 de Maio Hoje, o trânsito deve continuar complicado na avenida, pois o teste da faixa exclusiva vai até sexta-feira. Prefeitura diz que é ainda é cedo para avaliar resultados.
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Daniel Verpa/Folha Imagem
O secretário municipal dos abertura da faixa exclusiva para mo- Transportes, Alexandre de tos deixou ontem a Moraes, disse que as complicaavenida 23 de Maio ções ocorreram porque os téccom mais de 10 quilômetros de nicos não tinham experiência congestionamento entre 9h e na montagem da faixa exclusi10h – horário em que a Compa- va. No total, 250 cones deliminhia de Engenharia de Tráfego tam a faixa ao longo de 2,4 qui(CET) iniciou l ô m e t ro s d a avenida, entre os testes. D e a c o rd o o s Vi a d u t o s Tu t ó i a e P ec o m a C E T, por volta das droso, junto ao canteiro 9h30 foram registrados picentral, nos quilômetros de dois sentidos. c o s d e l e n t ilentidão foram Ao longo do dão nos dois sentidos da dia, quatro registrados ontem de motos da CET via: 10,3 quilômanhã na avenida metros entre o percorreram a avenida, recov i a d u t o Tutóia e a avenilocando no luda Interlagos, sentido centro, e gar os cones derrubados por. 8,3 km entre o mesmo viaduto "É natural que ocorram proe a praça Campo de Bagatelle, blemas no primeiro dia. Temos sentido zona norte. de esperar até o final do teste À tarde, das 14 às 16 horas, os para chegar a alguma conclucongestionamentos diminuí- são", afirmou Moraes. O resulram, variando entre 3 e 6 km, tado será divulgado em até 15 índice considerado normal no dias após o término da expehorário, pela CET. A faixa ex- riência e tomará por base a reclusiva será testada até sexta- dução dos acidentes e a fluidez feira, das 10h às 16 h. do trânsito. (AE)
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No primeiro dia da experiência com a faixa exclusiva, apenas as motos circularam à vontade na 23 de Maio. Problema deve se repetir hoje.
Celso Júnior/AE
Governo proíbe álcool em estradas A partir de 1º de fevereiro, nenhum estabelecimento poderá vender bebidas alcoólicas nas rodovias federais partir do dia 1º de fevereiro será proibida a venda de bebidas alcoólicas nas rodovias federais. A determinação consta da Medida Provisória assinada ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a MP, cujo conteúdo foi divulgado pelo Ministério da Justiça, fica proibida a comercialização de qualquer bebida que contenha álcool em sua composição com grau de concentração igual ou acima de 0,5º. O descumprimento da norma implicará multa de R$ 1.500,00 ao comerciante. Em caso de reincidência, o valor da multa será dobrado e o acesso ao estabelecimento pela rodovia será suspenso por um período de dois anos. Os bares e restaurantes situados às margens das estradas deverão fixar avisos indicando a proibição em locais de
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Masp: mais um envolvido
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Polícia Civil de São Paulo identificou a quarta pessoa envolvida no furto de duas telas do Museu de Arte de São Paulo (Masp), no dia 20 de dezembro do ano passado. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o delegado Adílson Marcondes, do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic), informou que Alexandro Bezerra da Silva, de 31 anos, é o proprietário da casa em Ferraz de Vasconcelos, cidade da Grande São Paulo em que foram encontradas as obras O Lavrador de Café, de Cândido Portinari, e O Retrato de Suzanne Bloch, de Pablo Picasso. Na última quinta-feira, Silva, que não apresenta antecedentes criminais, teria confessado à polícia que sabia do "seqüestro" das telas na residência. Ele foi indiciado por receptação e formação de quadrilha. A prisão de Silva, no entanto, acabou sendo decretada pela Justiça apenas na noite daquele dia. Quando os policiais tentaram localizá-lo, ele havia desaparecido. O furto das duas telas do Masp foi o maior caso de crime envolvendo obras de arte já registrado no Brasil. (AE)
ampla visibilidade. Caso con- vítimas mortais dos acidentes trário, estarão sujeitos a multas de trânsito apresentavam álcode R$ 300,00. Os comerciantes ol no sangue. Por isso as legistêm até o dia 31 de janeiro para lações mais modernas, como se adequar à nova legislação, as da Inglaterra, Portugal e Escuja fiscalização caberá à Polí- panha, têm fortes penas pecucia Rodoviániárias e incluria Federal. sive de prisão Segundo inpara quem diformações da rige alcoolizaassessoria do do", diz a nota Ministério da oficial divulJustiça, o migada Ministédas pessoas que n i s t ro Ta r s o rio da Justiça. Genro diz que De acordo morrem em acidentes a Medida Procom informade trânsito têm traços visória repreções divulgade álcool no sangue senta um d a s p e l o m ia v a n ç o i mnistério, a Poportante no lícia Rodoviácombate à violência no trânsi- r i a F e d e r a l r e f o r ç a r á a to e à mortalidade nas estra- fiscalização nas estradas já na das. "Trabalhos do Centro de Operação Carnaval, que será Estudos de Prevenção e Reabi- lançada pelo ministro Tarso litação da Universidade Fede- Genro no dia 31 de janeiro, em ral do Rio de Janeiro (UFRJ) Porto Alegre, no Rio Grande destacam que mais de 88% das do Sul.
88%
Consumo - Segundo informações do Ministério da Justiça, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que o álcool provoque, anualmente, 1,8 milhão de mortes no mundo todo. De acordo com a organização, entre as décadas de 1970 e 1990, o consumo de álcool entre os brasileiros cresceu mais de 70%. Além do crescimento da dependência alcoólica, dados compilados do Sistema Único de Saúde (SUS) apontam que as despesas de estados e municípios com o tratamento de dependentes de álcool e outras drogas em unidades extrahospitalares, entre 2002 e 2006 ultrapassam R$ 36 milhões. O levantamento aponta que foram gastos mais de R$ 4 milhões em procedimentos hospitalares de internações ligadas ao uso de álcool e outras drogas no período. (Agências)
FEBRE AMARELA – Soldados do Exército foram convocados para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e da febre amarela, em Brasília. Sob a supervisão de agentes ambientais, os soldados orientam os moradores a identificarem larvas do mosquito.
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Finanças Empresas Nacional Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
ENDIVIDAMENTO PESSOAL CRESCEU
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
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bilhões de m³ seria o volume de gás da nova jazida descoberta pela Petrobras
ANALISTAS ACREDITAM QUE ALTAS DO FINAL DE 2007 PUXARÃO OS ÍNDICES INFLACIONÁRIOS NESTE ANO
CRISE PODE LEVAR A INFLAÇÃO MAIOR
Para Skaf, País não sofrerá.
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aulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), diz que, até o momento, o desaquecimento da economia dos Estados Unidos não afetou os investimentos da indústria nacional. De acordo com ele, o País não vai sentir os efeitos da crise americana, pelo menos no curto prazo. "Não há motivo para acreditar que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano fique abaixo dos 5% atingido em 2007." Skaf
também não acredita que a taxa de juros saia do controle por conta do descompasso da economia americana. "Os juros brasileiros já estão bastante elevados; além disso, o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) criou uma folga para que o juro brasileiro seja baixado", diz. Para ele, o mercado está antecipando uma crise que ainda não existe. "Esse terrorismo é que prejudica, porque pode acabar desestimulando os investimentos", disse. Renato Carbonari Ibelli
Danilo Verpa/Folha Imagem
Brasil Telecom diz que venda para a Oi não está decidida
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Preocupação com recessão nos EUA abalou os mercados mundiais e levou tensão ao pregão da BM&F (acima)
Recessão prejudicaria o Brasil
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professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e sócio da consultoria Tendências, José Márcio Camargo, acredita que uma eventual recessão nos Estados Unidos poderá ser de fortes proporções, o que levaria o Produto Interno Bruto (PIB) daquele país a crescer só 1%, numa hipótese otimista. Se isso se confirmar, ele estima que o Brasil poderá registrar uma queda do crescimento de um ponto percentual em 2008, o que levaria o PIB de uma alta de 4,5%, como prevê o Banco Central, para uma elevação de apenas 3,5%. "Não há dúvida de que uma intensa desaceleração da economia norte-americana vai afetar o País de forma vigorosa", afirmou. Na opinião de Camargo, a "credit crunch" que ocorre nos
EUA – iniciada em 2007, especialmente devido à forte exposição de bancos internacionais ao segmento de hipotecas – é o principal fator que poderá levar os EUA à recessão. "A robusta contração de crédito para as empresas e famílias poderá reduzir drasticamente o nível de atividade da economia norte-americana", avaliou. "Quando um banco naquele país registra uma perda de US$ 10 bilhões, na prática isso não significa somente prejuízo contábil, mas sobretudo uma expressiva redução na concessão de financiamentos, que neste caso representaria uma queda de US$ 100 bilhões. Isso porque os bancos emprestam aproximadamente dez vezes mais do que possuem em seus caixas", disse. Para Camargo, se os EUA ingressarem numa recessão neste ano, um dos principais efei-
tos para o Brasil poderá ser a queda dos preços internacionais das commodities, sobretudo as metálicas, que registrariam forte queda devido à desaceleração do nível de atividade mundial. "Isto poderia diminuir o saldo da balança comercial e levar as contas correntes para um resultado ainda mais negativo do que o previsto para 2008. Um menor ingresso de dólares poderia provocar uma desvalorização do câmbio", comentou. Para a economista-chefe do banco ABN-Amro, Zeina Latif, há a tendência de que a cotação do real perante o dólar não se valorize nos próximos 11 meses, como ocorreu em 2007, quando o fortalecimento de 17% da moeda nacional perante a americana evitou que o Índice de Preços ao Consumidor - Amplo (IPCA) subisse 0,8 ponto percentual. (AE)
Petrobras descobre mais gás
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Petrobras anunciou ontem mais uma descoberta abaixo da camada de sal na Bacia de Santos. Desta vez, a companhia encontrou um reservatório de gás natural no bloco BM-S-24, localizado 37 quilômetros a leste das reservas gigantes de Tupi. A empresa não informou qualquer estimativa de reservas, mas segundo especialistas, as características técnicas divulgadas apontam para a existência de grandes volumes de gás. O poço foi batizado de Júpiter. Segundo a Petrobras, o reservatório foi encontrado a Porta Condimentos
uma profundidade de 5,1 mil metros e tem 120 metros de espessura. A área da jazida pode ser equivalente à de Tupi, diz a companhia. Para o geólogo Giuseppe Baccocoli, aposentado da estatal e professor da UFRJ, a espessura de Júpiter é semelhante à de grandes campos nacionais, como Marlim, na Bacia de Campos, o maior produtor nacional de petróleo. A profundidade da descoberta também é um bom sinal. "Quanto mais profundo, mais gás tem", garantiu. A Petrobras afirma, porém, que precisa de novos estudos
para comprovar a descoberta. Segundo a empresa, um plano de avaliação da área será encaminhado à Agência Nacional do Petróleo (ANP). A Petrobras tem 80% do BM-S-24 – o restante pertence à portuguesa Galp, parceira da estatal em outros projetos de grande potencial em Santos. O bloco teria até 500 milhões de barris de óleo somado ao gás. A análise foi feita antes da perfuração e, por isso, não indicou a existência do combustível. O volume projetado equivale a 75 bilhões de metros cúbicos de gás. (Agências)
s empresas do grupo Brasil Telecom (BrT) enviaram ao mercado uma resposta a questionamento feito pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre as oscilações de volume e preço na negociação de suas ações na última semana. Segundo as empresas, suas controladoras voltam a reiterar que "têm avaliado, com o auxílio de assessorias especializadas, várias alternativas estratégicas para as participações societárias." As controladoras dizem ainda que, apesar de rumores contrários, não tomaram qualquer decisão no sentido de realizar uma reorganização societária das companhias". Afirmam também que tampouco assinaram algum compromisso, mesmo que preliminar, sobre fusão, compra ou venda com a Oi (ex-Telemar), ou com qualquer outra empresa ou veículo de investimento. As controladoras disseram que divulgarão fato relevante sobre alguma novidade. O grupo de controle da cadeia societária da Brasil Telecom é composto por Solpart, Techold, Invitel e Zain. (AE)
Consumidor começa o ano endividado
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paulistano iniciou 2008 com mais dívidas, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio). O índice de endividamento subiu para 53%, um aumento de cinco pontos percentuais na comparação com dezembro. Já em relação a janeiro de 2007 (58%), houve queda de cinco pontos. Quanto à inadimplência, foi apurada baixa de cinco pontos percentuais em janeiro na comparação com o mês anterior, para 33%. A pesquisa é feita mensalmente com cerca de 1.360 consumidores. Para a Fecomercio, a alta do endividamento é reflexo das compras de dezembro, da facilidade de crédito e dos pagamentos de começo de ano. (AE)
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s analistas do mer- das expectativas de inflação. cado financeiro esPara o economista da Austin tão mais pessimis- Rating, é importante observar tas com a inflação. a s c o n s e q ü ê n c i a s d e u m a No relatório semanal Focus, eventual manutenção do dólar do Banco Central, divulgado em patamar elevado por mais ontem, todas as projeções para tempo. Agostini fez projeções os índices inflacionários subi- mostrando que, se houver alta ram. A elevação seria efeito da da cotação em cerca de 10% por alta dos preços registrada no fi- três meses, haverá impacto dinal de 2007. Especialistas ob- reto na inflação. Esse período servam ainda que a inflação de 90 dias, segundo ele, é depoderá ganhar mais força se a terminado pela fase de renovasubida do dólar, que reflete a ção de estoques na maioria do incerteza diante da crise exter- varejo. "Como a economia está na, for duradoura. com uma dinâmica muito viNa pesquisa, a previsão do gorosa, pode haver esse efeito mercado para o Índice de Pre- de repasse", disse. ços ao Consumidor Amplo Selic – Com inflação em rit(IPCA) em 2008 subiu de 4,29% mo mais forte, o mercado elepara 4,37%. Com a alta, o nú- vou novamente a projeção pamero se aproxira o nível da taxa ma do centro da Selic no final meta de inflação do ano. No relapara o ano, de tório, o número passou de 4,5%. "A inércia Há uma preocupação inflacionária do com a deterioração do 11 , 1 3 % p a r a a n o p a s s a d o cenário internacional 11,25%. Com esainda é a princisa elevação, ae seus efeitos sobre o pal influência, nalistas enterramas é impossí- câmbio e a inflação. ram a possibilivel desprezar a Alex Agostini, dade de o Banco preocupação economista da Austin Central retomar com a deterioraRating. os cortes de juro ção do cenário em 2008. internacional e "A mudança está até meio seus efeitos sobre o câmbio e a inflação", disse atrasada, porque já há uma o economista-chefe da Austin corrente que aposta em alta do Rating, Alex Agostini. juro básico", disse o economisO ambiente negativo descri- ta-chefe da Sul América Investo pelo economista também timentos, Newton Rosa. Para determinou a alta de outros in- ele, atualmente a chance de dicadores. Para o Índice Geral elevação é próxima de 40%. de Preços de Mercado (IGPEntre os demais indicadoM), houve elevação de 4,69% res, houve deterioração dapara 4,8%. No Índice Geral de queles ligados ao setor exterPreços - Disponibilidade Inter- no. Pela oitava semana consena (IGP-DI), o número subiu cutiva, o mercado piorou a de 4,5% para 4,75%. Para 2009, projeção para o déficit em cono IPCA também subiu e pas- ta corrente em 2008, que passou de 4% para 4,15%. sou de US$ 4,75 bilhões para Em relatório a clientes, a US$ 5 bilhões. Para 2009, a exTendências Consultoria ava- pectativa de resultado negatiliou que esses números mos- vo passou de US$ 10 bilhões traram "forte deterioração" para US$ 10,78 bilhões. (AE)
Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO
10 - LOGO A gente sente que o filme tem um apelo universal, que a história, de uma certa forma, toca as pessoas no mundo todo.
Reprodução
Do cineasta paulistano Cao Hamburguer sobre "O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias", finalista para concorrer ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
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JANEIRO Nascimento de Maria Leopoldina de Áustria(1797-1826), imperatriz do Brasil
E NERGIA
92% de amor à pátria Uma pesquisa do Grupo IDB, divulgada ontem durante a Conferência Internacional de Herzliya (localizada na região oeste de Israel) apontou que nove entre dez cidadãos israelenses estão dispostos a arriscar a vida pelo Estado de Israel. Eles afirmam que estariam dispostos a lutar se o país se envolvesse em uma nova guerra. A pesquisa revela ainda que pouco mais de dois terços dos judeus israelenses se consideram patriotas. O "amor ao país" foi o valor mais vinculado pelos entrevistados ao conceito de patriotismo (92%),
seguido pela disposição de lutar por seu Estado (90,5%) e a língua hebréia (89%). A pesquisa sobre o nível de patriotismo reflete que não houve mudanças significativas nos últimos anos no perfil nem no número dos que se definem como patriotas, mas aponta a diminuição na percepção de que Israel é um Estado melhor do que os outros. Os israelenses mais patriotas têm mais de 45 anos, são religiosos, mas não ultra-ortodoxos, e pertencem a todas as principais facções políticas: trabalhistas, conservadores e ultranacionalistas.
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empresa de energia árabe Masdar Initiative e arquitetos britânicos da Foster and Partners apresentaram ontem, em Abu Dhabi, o projeto da primeira cidade sustentável do mundo. Batizada como Masdar ("a fonte", em árabe), a cidade será a primeira livre de emissões de carbono e será abastecida apenas com
energia renovável, graças à conversão de energia solar em energia elétrica. Além disso, 99% do lixo produzido será reciclado, o que representará o fim do desperdício. Localizada nos arredores de Abu Dhabi, em meio ao deserto, nos Emirados Árabes Uni-
Reprodução/site
Uma utopia realizada
I SRAEL
dos, Masdar será murada e terá 50 mil habitantes, que devem começar a ser mudar em 2009.
A cidade não terá carros e, por isso, foi desenhada para que nenhum pedestre tenha que andar mais de 200 metros para ter acesso ao transporte público. Além disso, as calçadas serão largas e as ruas, estreitas, para incentivar as caminhadas. "Masdar promete estabelecer padrões para as cidades sustentáveis do futuro", diz um comunicado da Foster and Partners. http://www.masdaruae.com/
Fernando Soutello/Agif/Folha Imagem
L EILÃO
B RAZIL COM Z
Carl de Souza/AFP
Reprodução
Estilo brasileiro em Nova York
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Funcionária da casa de leilões Bonhams observa duas esculturas de Nefertiti que integram uma sessão especial apenas com peças egípcias originais que serão vendidas em Londres a partir de amanhã. Os valores das peças variará de US$ 2 mil a US$ 8 mil.
C OMPORTAMENTO
O cientista britânico Cliff Arnall, ex-acadêmico da Universidade de Cardiff, no País de Gales, divulgou que ontem seria o dia mais triste do ano na Grã-Bretanha. A data é calculada anualmente a partir de uma fórmula que ele desenvolveu em 2005 e que considera fatores como dívidas acumuladas no fim de ano, tempo ruim, retorno ao trabalho depois das férias, volta às aulas das crianças, fracasso das resoluções de ano novo e dia da semana. Normalmente, o dia mais triste do ano cai numa segundafeira de janeiro e recebeu o nome de Blue Monday (segunda-feira E M
deprimente). A data é levada a sério pelos britânicos. Empresas oferecem cursos para ajudar as pessoas a superarem seus efeitos depressivos e agências de turismo que oferecem pacotes especiais para destinos ensolarados nesse dia. Arnall também consegue calcular o dia mais feliz do ano para os britânicos que, segundo sua fórmula, geralmente coincide com a última sexta feira do mês de junho. A fórmula do dia mais feliz combina o bom tempo e a chegada das férias. De acordo com os cálculos, em 2008, o dia mais feliz será 27 de junho.
C A R T A Z
VISUAIS
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O dia mais triste do ano
COPACABANA EYE - Foi inaugurada no Forte de Coapacabana, no Rio, a roda gigante de 36 metros de altura e 80 toneladas que funcionará até 9 de fevereiro. A estrutura tem o conceito da London Eye, na capital inglesa: oferecer vista privilegiada da cidade. I NTERNET
O gato paparazzo Fotos: AFP e Reproduções/site
F
M EIO AMBIENTE
ritz, o gato da alemã Ramona Markstein, se transformou em celebridade depois que a dona colocou uma câmera fotográfica digital, à prova d'água e de 1,3 megapixel, em sua coleira. O resultado são mais de duzentas fotografias a cada passeio do felino. Fritz vê o mundo a apenas alguns centímetros acima do chão ou do alto dos muros e telhados que escala com facilidade. As melhores fotos – em geral paisagens inusitadas – vão para o blog, em alemão.
Medicamentos em extinção
www.katz23.de
Fritz e sua dona: as imagens registradas na câmera acoplada à coleira: a casinha de madeira para pássaros, os sapatos da família e paisagens 'rasteiras'.
Parte da 6ª Bienal do Mercosul pode ser vista na mostra Conversas, em cartaz no Instituto Tomie Ohtake. Av. Faria Lima, 201 (entrada pela Rua Coropés), Pinheiros, tel.: 2245-1900, das 11h às 20h. Grátis. Última semana.
G @DGET DU JOUR
F AVORITOS
Novo conceito de skate
O mundo da diplomacia
Da Casa Branca para Hollywood
Concurso 291 da LOTOFÁCIL
A TÉ LOGO
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www.guiadiplomatico.com.br
www.hadassah.ac.il/Site/TechEn/
C INEMA
L OTERIAS
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finalProject/galler y07b.asp
O designer Ofir Tal criou esta mistura de snowboard e skate que, movido por uma célula combustível de hidrogênio, alcançaria velocidades de até 15 km/h. Por enquanto, apenas um conceito à espera de alguém para produzi-lo.
Cerca de 400 plantas medicinais estão em risco de extinção, o que dificultará a descoberta de tratamentos para várias doenças, indica um estudo divulgado ontem pela Organização Internacional para a Conservação em Jardins Botânicos (BGCI). O estudo indica que mais de 50% dos medicamentos produzidos hoje são obtidos de plantas em risco de desaparecimento, devido ao desmatamento no planeta. Pesquisadores acreditam que estas plantas podem tratar doenças tão graves como o câncer.
O próximo filme do cineasta norte-americano Oliver Stone será sobre George W. Bush, com o ator Josh Brolin no papel principal. À revista Variety, Stone declarou que não será um filme anti-Bush. "Quero um retrato objetivo e justo de um homem. Por exemplo, como deixou de ser alguém com problemas com o álcool para se tornar a personalidade mais importante do mundo? Trarei os fantasmas de sua vida particular. O filme terá surpresas para os detratores e partidários de Bush", garantiu.
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Departments/Industrial/Galler y/
O Guia Diplomático é muito mais do que um site com endereços de embaixadas e consulados, links úteis para quem vai viajar para fora do País e serviços semelhantes. Embora tenha tudo isso, com acesso gratuito para quem se cadastrar, o site também publica notícias relativas ao mundo diplomático, dicas de como lidar com as diferenças culturais em cada país ou região, principalmente na hora de oferecer presentes ou fechar um negócio e muito mais.
A versão norte-americana da revista Elle Decor transformou a casa do artista brasileiro Vik Muniz e de sua esposa, também artista, Janaina Tschape, em reportagem da edição de janeiro/fevereiro. Uma antiga garagem no Brooklyn foi transformada em ateliê/casa decorada com obras de Tiepolo, Courbet, Man Ray, Warhol e combinando uma série de outras tendências como móveis em estilo árabe e gravuras de arte chinesa. A revista dá destaque especial à biblioteca [foto].
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
Pesquisa revela que 25% dos brasileiros até 29 anos não concluíram ensino fundamental Fifa e Uefa desembolsam US$ 252 para indenizar clubes que cedem jogadores às seleções Ator Luiz Carlos Tourinho morreu no Rio ontem após ruptura de um aneurisma cerebral
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ECONOMIA - 5
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Informática
Milton Mansilha/LUZ
1 O console MediaCart é uma grande inovação tecnólogica para supermercados. Pg. 6
NESTA EDIÇÃO
Cliques mais sofisticados As câmeras apresentadas na CES foram apenas um aperitivo das novidades deste ano, uma vez que outra feira ocorre na próxima semana. Mas foram uma amostra do grau de sofisticação das novas digitais. Leia Pág. 4
O mais fino da Apple
Orlando Colacioppo, designer gráfico e diretor da Mano Browser, empresa especializada em desenvolvimento de portais, aconselha: é preciso ter certeza de estar contratando o serviço de uma empresa legalizada
Um site com sua cara Ao contrário do que muitos imaginam, não são necessários grandes investimentos para apresentar sua empresa na web. No entanto, é preciso estar atento a detalhes importantes para atrair o consumidor e gerar bons negócios. FÁBIO PELLEGRINO
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esquisas, compras, entretenimento... Cada vez mais as pessoas utilizam a rede mundial de computadores para fazer tarefas cotidianas, se relacionar e procurar informações sobre produtos, serviços e empresas. Estar a um clique do consumidor deixou de ser apenas mais um meio de comunicação para se tornar um canal fundamental para gerar vendas e serviços. Pesquisas demonstram esse crescimento. Segundo o Ibope/ NetRatings, o Brasil está em primeiro lugar em tempo de navegação, superando nações bem mais desenvolvidas tecnologicamente, como os EUA e França. Além disso, bateu recorde em número de usuários navegantes no ano passado – mais de 39 milhões de internautas são daqui. Mas qual é o primeiro passo para entrar nesse mundo digital? Se-
rá que é necessário fazer um grande investimento? Ao contrário do que muitos imaginam, apresentar a empresa na web é muito mais simples; não é necessário conhecimento técnico profundo. Mas a construção do site requer alguns cuidados para atrair o consumidor e conseguir gerar negócios. Especialistas e empresários que utilizam o serviço foram ouvidos pela reportagem para entender a importância de estar na internet e quais são as informações necessárias na hora de se criar uma home. Além de um passo-a-passo para quem deseja estar na rede sem gastar dinheiro, o DC Informática preparou dicas para uma apresentação mais profissional, mostrando como ter o domínio da empresa, onde hospedar e orientações para não fazer feio na web. Leia nas páginas 2 e 3
Paulo Pampolin/Hype
Para Luciene Capps, ortodontista de Jundiaí, o site conquista novos clientes
O Macbook Air, o portátil mais fino do mundo, está prometido para março. Mas o que permite essa façanha é a falta de drive óptico para CD e DVD – detalhe que decepcionou um pouco os consumidores. Leia Pág. 6
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Nacional Finanças Agronegócio Empresas
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
AUGE DA BOLSA DE CEREAIS FOI ENTRE 1970 E 1980
Os grãos passam por processo de homogeneização para serem classificados
FUNDADA EM 1923, ENTIDADE PERDEU ESPAÇO COM CONCORRÊNCIA E AUTUAÇÕES DO GOVERNO
BOLSA DE CEREAIS PROCURA CLIENTES Adriana David
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Bolsa de Cereais de São Paulo pretende ampliar sua área de atuação em fevereiro. Continuará negociando produtos agrícolas, mas também fará pregões eletrônicos para compras das prefeituras de todo o estado. "As administrações municipais poderão adquirir qualquer coisa por meio da bolsa", afirma o presidente da entidade, Oswaldo Russomanno. Contatos estão sendo feitos com as prefeituras e já há interessados em vender seus produtos pelo pregão eletrônico. O representante comercial Humberto de Petrini, que trabalha para dez empresas do setor têxtil, é um dos que têm interesse. A maior parte das empresas que ele representa é de indústrias instaladas nas regiões Nordeste e Sul. "A idéia é interessante, o processo fica mais cristalino, mas precisamos verificar as regras", diz. Segundo o vice-presidente da bolsa, Reinaldo Rosanova, o custo das compras eletrônicas será zero para as prefeituras. As empresas vendedoras é que pagarão para a entidade uma comissão definida no edital. Os fornecedores poderão participar desde que estejam cadastrados junto à Bolsa e em situação regular no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf), e apresentem os documentos necessários à habilitação. Os pre-
Hoje são dez corretores. Eram 50.
gões serão acompanhados pessoalmente ou eletronicamente. O fornecedor que, após o fechamento do negócio, não entregar os produtos negociados será inscrito em cadastros de proteção ao crédito, e excluído de outros leilões. A expectativa de diretores e corretores é retomar o sucesso da bolsa nos tempos de auge, entre as décadas de 70 e 80, quando havia 50 corretores rep re s e n t a n d o m i l h a re s d e clientes nos leilões do governo. Eram 4,2 mil empresas registradas, entre produtores, indústrias, suinocultores e avicultores que negociavam milho, arroz e feijão. Atualmente, são apenas dez corretores, que negociam para 47 empresas. "Aos poucos, a gente chega lá", diz otimista o corretor Luiz Eduardo. Pioneira no Brasil, a Bolsa de Cereais de São Paulo, com o passar dos anos, foi sentindo o
impacto de autuações federais por irregularidades com o INSS e o FGTS e da pulverização de bolsas pelo País. Hoje são 25, e muitas empresas que até a década de 80 negociavam por meio de São Paulo, passaram a fechar os negócios em bolsas de estados vizinhos. Autuações – A bolsa perdeu espaço depois que fiscais federais autuaram a instituição, por entenderem que havia irregularidades tributárias nas relações trabalhistas. Em 1987, com seis autuações, três relativas ao Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) e três do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a questão foi para a esfera administrativa, em que a entidade não apresentou defesa. Entre 1997 e 1998, funcionando apenas com certidão com efeito negativo e incluída no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin), a bolsa parou de realizar os leilões da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Mas voltou a apresentar defesas judiciais. Desse período até novembro de 2006, apenas intermediou negócios entre produtores e indústrias. Em 2002, quase encerrou as atividades. Na primeira instância do âmbito judicial, uma ação do final da década de 1990 foi julgada procedente para a bolsa e será julgada no Tribunal Regional Federal (TRF). "Estamos confiantes em um resultado favorável", diz a advogada da entidade, Andréa Saad.
O mesmo trabalho há 58 anos
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le é literalmente o salvador, como é chamado pelos colegas da Bolsa de Cereais. O primeiro motivo é seu nome real – Salvador Gutierrez Lechuga. E o segundo, é que ele resolve conflitos envolvendo produtos em desacordo com o que foi negociado, principalmente em exportações e importações. "Há algum problema? Chame o Salvador", diz o diretor da Bolsa, Francisco Nascimento. Salvador Lechuga tem 81 anos, quase a mesma idade da bolsa, fundada em 1923 para negociar produtos de origem vegetal para todo o Brasil. Dedica-se há 58 anos à classificação de 40 produtos, dos quais 21 oficialmente pelo Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária (Mapa). Segundo ele, no País há apenas mais uma pessoa em posição igual à sua, no Paraná.
Fotos: Leonardo Rodrigues/e-Sim
Reinaldo Rosanova, presidente da Bolsa de Cereais: pregões eletrônicos com custo zero para as prefeituras.
Classificação de grãos, como arroz e feijão, garante qualidade
Entidade busca novo mercado
Depois do leilão, vem o transporte
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uiz Eduardo da Silva, corretor que atua na Bolsa de Cereais de São Paulo há 15 anos, foi o único que comprou milho no leilão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) do último dia 17 para um de seus clientes, um produtor de suínos e aves do interior de São Paulo. Foram adquiridas 1.520 toneladas do grão. Mas outros clientes de Luiz não se entusiasmaram em
comprar o produto, em um momento em que o preço começa a baixar no mercado. Outro corretor, Donizeti Cardoso, que atua na bolsa há 30 anos, fez vários contatos durante o leilão de milho da última quinta-feira, mas não achou interessados. Isso porque, na região em que estão instaladas as empresas de seus clientes, a próxima safra vai chegar em fevereiro, mesma época de entrega do milho lei-
loado na bolsa. Logística – Terminado o leilão, o trabalho do corretor Luiz Eduardo prosseguiu. Ele tem de asssegurar que o produto chegará em boas condições ao cliente. A logística faz parte de suas responsabilidades. Antes do pregão, ele faz a cotação dos fretes. A qualidade do produto a ser leiloado também deve ser verificada previamente por um especialista. (AD) (Leia matéria nesta página.)
Saldo da balança desapareceu
Salvador Lechuga , classificador da Bolsa de Cereais de São Paulo.
O classificador se anima com a retomada das atividades da bolsa. Hoje, ele tem dois auxiliares, mas já chegou a ter 30 para emitir os certificados de compra nos leilões da Conab. Entre as décadas de 1970 e 1980, a média diária era de 150 certificados de produtos adquiridos por mais de 30
empresas. O seu trabalho consiste em analisar os produtos que foram adquiridos para serem leiloados, e classificá-los por tipo e qualidade. O maior problema das análises é o armazenamento inadequado. "Com o tempo, a umidade toma conta dos grãos, que se enchem de fungos." (AD)
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rodutos agrícolas brasileiros de exportação, como o óleo de soja, são alguns dos poucos itens que puxam para cima o saldo da balança comercial. O saldo praticamente sumiu na terceira semana de janeiro, quando foi registrado superávit de apenas US$ 1 milhão. A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) apontou as importações de petróleo cru, que somaram US$ 273 milhões no período,
como responsáveis pela redução. Se excluídas essas compras e as exportações de petróleo, que foram de apenas US$ 39 milhões, o cálculo da balança comercial da terceira semana teria fechado com superávit de US$ 235 milhões. Na terceira semana, as exportações somaram US$ 2,844 bilhões, enquanto as importações fecharam em US$ 2,843 bilhões. O descompasso entre a evolução mais lenta das ex-
portações e o ritmo mais acelerado das importações vem sendo notado de semana a semana desde o segundo semestre do ano passado. Esse foi um dos fatores responsáveis pelo superávit menor do ano passado, de US$ 40,039 b i l h õ e s , e m re l a ç ã o a o d e 2006, que alcançou US$ 46,456 bilhões. No ano, as exportações haviam crescido 16,6%, enquanto as importações haviam se expandido 32%. (AE)
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Fotografia On Inter net Mercado
DIÁRIO DO COMÉRCIO
AS EMPRESAS PRECISAM FAZER NEGÓCIOS PELA REDE
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Para ter um endereço na internet brasileira é preciso registrar o domínio no Registro.br
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A infectologista Lígia Câmera Pierroti é responsável pelo portal e clínica Medicina do Viajante, há mais de dois anos no ar
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terça-feira, 22 de janeiro de 2008
Luciene Capps: site serve para divulgar a sua clínica odontológica em Jundiaí, interior de São Paulo.
Sua empresa de portas abertas para o mundo crescimento no número de internautas ativos no Brasil e a queda nos preços de hospedagens levaram muitos empresários e profissionais liberais a repensarem na necessidade de se criar um novo site ou remodelar a página na web. Para o analista José Calanzas, do Ibope Intelligence, as empresas precisam entender que a web é um canal que não deve ser ignorado. “As empresas precisam saber que até mesmo aquela fase de criar uma página institucional já passou, há muito tempo. Hoje, já estamos em um momento em que as empresas precisam fazer negócios pela web. Se ela está fora, precisa rever a sua estratégia de divulgação e negócio, o quanto antes”, avalia. De fato, a internet é a chance de expor a empresa em uma vitrine de alcance mundial. Cada vez mais internautas procuram informações sobre produtos e companhias antes de finalizar a compra, principalmente pela agilidade e facilidade de achar o item desejado em sites de buscas, podendo comparar preços e aspectos técnicos, aumentando muito as chances de venda. Em algumas áreas, essa necessidade de exposição é ainda mais importante, como a de serviços. Profissionais liberais têm a oportunidade de expor seu currículo e demonstrar seus trabalhos para conquistar novos clientes. Foi pensando desta forma que a ortodontista Luciene Capps, de Jundiaí, decidiu dar continuidade ao projeto de colocar informações sobre a sua clínica na rede (www.lucienecapps.com). “Acho importante porque, hoje
Nos dias de hoje, ter um site é fundamental para os negócios. Mas uma página malfeita pode ser uma propaganda negativa. Saiba o que levar em conta no desenvolvimento de uma boa página web. FÁBIO PELLEGRINO em dia, muita gente verifica informações através de sites. Mudamos para um consultório novo e estamos em fase de divulgação. Na minha área, trabalho muito com indicações e se um colega de profissão verificar o nosso site, terá informações sobre minha formação e nossos serviços, o que facilita a indicação. Além disso, o perfil dos meus pacientes também ajudou a escolher essa mídia, já que atendemos principalmente a classe A”, explica Luciene. A infectologista Lígia Câmera Pierroti, responsável pelo portal e clínica Medicina do Viajante ( w w w. m e d i c i n a d o v i a j a nte.com.br), sabe muito bem o que significa estar na web. Seu portal está há mais de 2 anos na internet e dele vem cerca de 30% dos seus clientes. “Muitas pessoas vão ao site buscando informações e nos procuram para fazermos a prevenção e o diagnóstico de doenças infecciosas, que podem ser contraídas durante uma viagem. Optamos pela internet porque poucas pessoas sabem como funciona a prevenção em caso de viagens, apesar de ser bem divulgada em outros países”, explica Lígia. Segundo Orlando Colacioppo, designer gráfico e diretor da Mano B r o w s e r ( w w w . m a n obrowser.com.br), empresa especializada em desenvolvimento de portais, há vários pontos importantes que o empresário deve levar em consideração antes de contratar um serviço de desenvolvimento ou construção visual. O primeiro é garantir que está contratando o serviço de uma empresa legalizada e com experiência. “Não se compara um trabalho feito por um amador com o de um
profissional. É claro que nem sempre é possível para contratar um designer para fazer o projeto, principalmente as pequenas empresas e as que estão começando, mas essa janela tão privilegiada, onde todos acessam e podem comprar o seu produto, é a cara da empresa. Se sua página for malfeita, a sua exposição também funcionará de forma negativa”, explica Colacioppo. Além disso, é preciso ter a preocupação com a linguagem utilizada. “O empresário tem de levar em conta que está fazendo o site para o seu cliente. Sendo assim, precisa utilizar a linguagem adequada ao seu público. É inadequado falar da mesma forma com um comprador de bicicleta e um investidor”, afirma. A navegação direta também é fundamental, de forma a direcionar o cliente para aquilo que ele procura. “Não adianta ter muitos elementos visuais, se o internauta não puder ir direto ao ponto. Isso significa que é preciso se preocupar em fazer com que o cliente vá a qualquer parte do site, ou busque o que lhe interessa, com o mínimo de clique possível”, explica Colacioppo. Segundo o especialista, apesar de ser importante trazer informações resumidas e bem escritas, existem dados que não podem faltar no site. “O contato deve estar de forma bem clara e direta, para que a empresa esteja sempre alcançável. Além disso, mesmo que não venda produtos, a companhia tem de se mostrar. Por isso, informações institucionais, como quem ela é, há quanto tempo existe e o que vai fazer para garantir o seu lugar na praça, são fundamentais”, completa.
Milton Mansilha/LUZ
Orlando Colacioppo, designer gráfico e diretor da Mano Browser: trabalho deve ser feito por profissionais.
Primeiro passo: endereço na rede
Q
ualquer entidade jurídica (instituições) ou física (profissionais liberais e pessoas físicas), legalmente estabelecida no Brasil, pode ter um endereço próprio na web, conhecido como domínio. Empresas estrangeiras também, desde que possuam um contato em território nacional e que já não tenha alguém utilizando o nome desejado. Ter um domínio na internet significa adquirir um endereço direto com o nome desejado, ou seja, a l g o d o t i p o : w w w. s e u n ome.com.br. Ele foi inventado para facilitar a memorização dos endereços de computadores, onde estão localizados os arquivos que compõem as páginas na web. Sem ele, teríamos de memorizar seqüências grandes de números pa-
ra localizá-los, como 172.185.30.11. Todos os domínios na internet com extensão .br são registrados, exclusivamente, no Registro.br (www.registro.br), que cobra uma taxa de R$ 30 por ano para manter exclusivo o nome registrado, mas existem pacotes mais longos com descontos. Fazer o registro é muito simples. Após consulta, o usuário preenche um cadastro e pode solicitar diretamente o domínio. Se preferir, existe também a possibilidade de comprar de provedores de acesso ou empresas especializadas, que muitas vezes já oferecem pacotes que incluem: registro, construção do site e hospedagem. Quem deseja ter seu endereço precisa levar em conta que é neces-
sário contratar um serviço de hospedagem, para que sejam fornecidos os números dos servidores DNS, equipamento responsável por permitir que as demais máquinas conectadas à internet consigam acesso às máquinas onde estarão os arquivos do seu site. Existem vários planos e empresas especializadas em hospedagem, com preços conforme as necessidades de cada usuário. Normalmente, os valores variam com base em aspectos técnicos, como quanto se deseja armazenar, tipos de aplicações e suporte. Quem não deseja gastar com hospedagem pode ter pequenos sites e blogs em servidores gratuitos, mas muitos não oferecem suporte ou não dão garantia de que os arquivos ficaram lá para sempre. (F.P.)
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
On Inter net Mercado Fotografia
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3 Em 2008, a América Latina deverá investir US$ 48 bilhões em TI, mais de 12% sobre 2007
O BRASIL TEM 39 MILHÕES DE INTERNAUTAS ATIVOS
Monte sua página de graça
H
oje, ter uma página institucional da empresa na internet é tão imprescindível e simples quanto abrir uma conta de e-mail. O portal hpG
(www.hpg.com.br) é a prova de que em poucos passos é possível estar na rede com um design aceitável e sem gastar nada por isso. Apesar de ter as chatas janelas de pop-up na sua
home e de submeter o usuário aos anúncios vendidos pelo Hpg, o fato de permitir colocar o nome da sua empresa no domínio (www.seunome.hpg.com.br) ajuda a memorizar a sua
marca e o endereço na net, sendo possível ser repassado a outros internautas facilmente. Para demonstrar como é fácil criar uma página utilizando o assistente de
criação fornecido pelo portal, fizemos um passo-apasso de uma página de uma empresa fictícia, chamada Empresa Legal (www.empresalegal. hpg.com.br).
Antes de iniciar o processo de criação é preciso fazer um cadastro no IG. Depois clique em “Comece agora!” para iniciar o processo.
Preencha corretamente todos dados pessoais. O sistema também lhe criará um e-mail como novo usuário.
É preciso responder uma rápida pesquisa sobre a sua empresa.
A próxima tela é a do cadastro no Hpg. A partir desse momento, as informações serão as do seu site, como a categoria em que estará a home, o seu endereço na rede, título e descrição da página e da atividade da empresa.
Nesse passo, você estará no painel de controle do seu site, onde estão contidas as informações sobre a página e o assistente de criação do Hpg, que é muito intuitivo e traz diversos modelos de sites.
Na hora da criação, escolha um modelo entre os vários temas, além de menus e destaques. Depois, vem o momento da edição da página, já que o assistente de criação coloca textos e imagens aleatórias. Clique em “editar” para alterações (fonte, cor, tamanho e alinhamento). No final, basta clicar em “Salvar e publicar” e conferir o resultado na web.
Aumentam investimentos em TI
A
explosão do mercado de consumo de informática em 2007, o aumento da cobertura da banda larga (que passou de 10% em 2006 para 18% no ano passado) e a busca por inovação tecnológica devem sustentar um crescimento de 12,6% dos investimentos em TI na América Latina durante 2008. Segundo Ricardo Villate, vice-presidente de pesquisa para América Latina do IDC, os economistas admitem que há impactos da retração norteamericana, mas divergem sobre os efeitos nesta região. "A maioria dos países latinoamericanos está com uma posição macro-econômica menos vulnerável", avalia. O IDC estima que os investimentos em TI na região totalizem US$ 48 bilhões. Em hardware, o crescimento seria de 13,4%, com destaque para os dispositivos por táteis (25,6%) e os PCs (16%). Software, na média, ficará em 11,6%. Ferramentas de segurança terão 21,4% a mais de investimentos. ( V.C.)
Internet brasileira continua crescendo E
mpresas e prestadores de serviços precisam ficar atentos ao crescimento de internautas no País. Segundo pesquisas do Ibope/NetRatings, o Brasil é o número 1 em tempo de navegação, superando nações mais desenvolvidos tecnologicamente, como os EUA e França. Esse crescimento tem sido notado em praticamente todas as áreas, impulsionado principalmente pela queda dos preços dos computadores e pelo aumento de oferta de acesso à internet. Em outubro do ano passado, por exemplo, o Ibope divulgou a marca histórica de 39 milhões de pessoas com acesso à internet, levando em conta todos os ambientes (residência, de trabalho, escola, cybercafé, bibliotecas, telecentros etc) – número relativo ao terceiro trimestre de 2007, que inclui pessoas com 16 anos de idade ou mais. Esse número é 21% maior do que os 32,2 milhões de pessoas do mesmo período de 2006. “Esse aumento se deve também à defasagem que o Brasil tinha em relação aos outros países, mas ain-
da há muito o que crescer. Menos de 20% dos brasileiros têm acesso à internet”, explica José Calanzas, analista do Ibope Intelligence. As compras e as contratações de serviço pela rede também tiveram aumento considerável. Em novembro, o comércio eletrônico liderou o crescimento da web residencial, com índices de crescimento de 11,5% para e-commerce e de 11,3% de viagens, o que indica níveis recordes de audiência para os períodos de Natal e as férias de verão. O número de internautas residenciais ativos em novembro de 2007 ficou em 21,5 milhões de indivíduos, 49,1% mais do que em novembro de 2006 e 8,3% mais que no mês de outubro. Também continuamos a ser o país com maior tempo médio de navegação residencial por internauta entre os 10 países monitorados pela Nielsen/Netratings, com 23h04min, 8 minutos menos que em outubro de 2007 e 3 horas e 1 minuto acima do tempo de novembro de 2006. Completam a lista dos cinco países com maior tempo por pessoa no domicílio a França (21h14min),
os Estados Unidos (19h35min), a Alemanha (18h48min) e o Reino Unido (18h35min). Entre as outras categorias com melhor desempenho por número de usuários residenciais em novembro, comparando com números de outubro, temos: “Telecom e Serviços de Internet”, com 8,6% de aumento, com visitas de 19,3 mi-
lhões de pessoas; e “Entretenimento”, que cresceu 8,6% em número de usuários, atingindo 17 milhões de brasileiros. “Novos recordes virão pela frente, frutos de uma internet dinâmica e em franco crescimento”, afirma Alexandre Sanches Magalhães, gerente de análise de mercado do IBOPE.
Já no período de um ano, enquanto a internet residencial ativa cresceu 49,1% em número de usuários no período, algumas categorias cresceram mais: “Viagem e Turismo” (68%), “Casa e Moda” (64%), “Notícias e Informação” (55%), “Computadores e Produtos Eletrônicos” (53%) e “Entretenimento” (52,3%). (F.P.)
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
1 Após anúncio do Fed, os mercados iniciam recuperação, como o da BM&F, em São Paulo
Mauricio Lima / AFP
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
O FEDERAL RESERVE FEZ UM AGRESSIVO AJUSTE NA TAXA BÁSICA PARA CONTER QUEDAS GLOBAIS DAS BOLSAS
ESTADOS UNIDOS CORTAM SANGRIA
D
epois de muita demora e dúvidas sobre sua ação, finalmente o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) agiu e anunciou um corte na taxa básica de juros nos Estados Unidos. E o desabamento de segunda-feira dos mercados, que ameaçava se repetir ontem por todo o planeta, obrigou o Fed a reduzir os juros em 0,75 ponto percentual, para 3,5% ao ano, e a taxa de redesconto de 4,75% para 4% ao ano. As bolsas de valores dos Estados Unidos fecharam em queda ontem, ainda por preocupações de uma recessão nos Estados Unidos, mas a desvalorização foi menor do que se temia devido à atuação do Federal Reserve. O índice Dow Jones recuou 1,06%, para 11.971 pontos. O Standard & Poor's 500 declinou 1,11%, para 1.310 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq perdeu 2,04%, a 2.292 pontos. A Europa, que ainda operava na hora do anúncio, inverteu a mão e fechou em alta. A Bovespa também trabalhou nesse sentido na maior parte do dia, i m pu l s io n ada ainda pelo desem penho das ações da Petrobras, após o anúncio de mais uma reserva descoberta pela empresa estatal, desta vez, de gás. Alta – O Ibovespa encerrou o pregão em alta de 4,45%, aos 56.097,2 pontos, depois de oscilar entre a mínima de 53.610 pontos (-0,19%) e a máxima de 56.541 pontos (+5,27%). Com o desempenho de ontem, a queda acumulada em janeiro de 2008 foi reduzida a 12,19%. "O mercado não aguentaria chegar até o dia 30", data da próxima reunião do Fed, disse Marcelo Voss, economista-chefe da Corretora Liqüidez. "O mercado reagiu muito bem." Dóla r – O corte-surpresa dos juros nos Estados Unidos derrubou o dólar e a moeda norte-americana devolveu praticamente toda a alta registrada na véspera em meio à turbulência dos mercados. A moeda terminou o dia com baixa de 2,02%, cotada a R$ 1,793. Na segunda-feira, a alta havia sido de 2,46%. Em janeiro, a moeda se valorizou 0,9%. Já o risco país avançou 6,7% e atingiu a marca de 271 pontos. A Ásia também já reagiu ao anúncio do Comitê do Mercado Aberto (Federal Open Market Committee, FOMC) e o índice Nikkei, da bolsa de Tóquio, se movimentava em alta de 3,31% nas primeiras horas do pregão de hoje. Anteontem, o tombo por lá foi feio, de 5,7%, e talvez tenha sido o catalisa-
dor para a antecipação do encontro do Fed de 29 e 30 de janeiro. Na Europa, os índices abriram em baixa, mas fecharam em alta com as medidas norte-americanas. Se por um lado o corte da taxa básica de juros agradou porque, mesmo tardiamente, o Fed finalmente agiu, por outro lado o tamanho da redução reforçou os piores temores acerca da economia dos Estados Unidos. Até a redução de ontem, era dada como certa pelos especialistas a baixa de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros no encontro de 29 e 30 de janeiro do Fed. Mas o fato de a autoridade monetária ter ido além disso corrobora o indício de que o quadro é muito ruim. O fato é que a economia norte-americana está mesmo num processo de desaceleração (a redução mais forte na taxa só reduziria o prazo para a recuperação da economia), o que levou o governo George W. Bush, com alguma demora, a informar ontem que o pacote de ajuda poderá ser mais forte do que o inicialmente previsto. Segundo a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino, 1% do Produto Interno Bruto (PIB), cerca de U S $ 1 5 0 b ilhões, foi o "ponto de partida" do governo para o plano de estímulo e o volume pode ser ampliado. Hoje, quando a agenda está tranqüila e sem indicadores relevantes nos Estados Unidos, a perspectiva é de que seja mais um dia de ganhos para a Bovespa. Claro, se nenhuma notícia inverter o humor. Ventos favoráveis – Além do Fed, contribuiu com as compras na Bovespa o relatório do banco Morgan Stanley favorável aos emergentes. O texto, assinado pelos analistas Jonathan Garner, Michael Wang e Vinicius Silva, diz que "a decisão do Fed de cortar o juro é um potencial catalisador para os investidores reavaliarem o valor dentro dos mercados emergentes". Além desse impulso, o real pode se beneficiar de forma mais duradoura com a decisão do Fed. O corte do juro aumenta a diferença de rendimento entre os títulos norte-americanos e os ativos brasileiros, favorecendo as chamadas operações de arbitragem, como os "carry trades". No "carry trade", os investidores tomam dinheiro em países de juros mais baixos e aplicam em lugares com taxas mais altas, como o Brasil. O objetivo é lucrar com a diferença das taxas. (Agências)
PERDAS Um rombo de R$ 344,9 bi
O
valor de mercado das empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) já caiu R$ 344,9 bilhões neste ano, para R$ 1,704 trilhão, segundo levantamento feito ontem pela consultoria Economática. No período, o índice Bovespa acumula perdas de 15,93%. A capitalização de mercado das empresas listadas na Bo-
vespa corresponde ao preço de uma ação multiplicado pela quantidade de ações emitidas pela companhia. A queda do valor de mercado da Bolsa em 2008 equivale ao valor de todos os bancos listados, que é de R$ 341,5 bilhões hoje. O setor que registrou perda mais expressiva foi o de petróleo e gás, incluindo a Petrobras, que caiu R$ 97,158 bilhões. (AE)
Arko Datta / Reuters
Scott Olson / AFP
Em Mumbai, na Índia, operador se desespera com as flutuações do mercado financeiro mundial.
Em Chicago, o índice Nasdaq é negociado.
Atuação do Fed divide analistas no mundo
O Jamil Bittar / Reuters
Mantega, ladeado por Dilma Roussef, afasta a possibilidade de prejuízos maiores devido à crise nos EUA.
Mantega vê Investimento ileso
O
ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que a demanda doméstica em aceleração é o principal fator de estímulo aos investimentos na economia brasileira, tanto nacionais como estrangeiros. Segundo ele, até agora não houve conseqüência da crise externa nos investimentos do Brasil. Para o ministro, se a crise tiver impacto será sobre as exportações. Em sua visão, esse
eventual impacto será compensado pelo interesse no aquecido mercado doméstico, que cresce a taxa superior a 10%. O ministro destacou que a aceleração da atividade interna, verificada sobretudo no final do ano passado, continua em alta em janeiro. Ele tentou dissociar o corte de juros anunciado pelo BC dos Estados Unidos do encontro, ontem e hoje, do Comitê de Política Monetária (Copom).
"As realidades são diferentes. O Brasil não sofre dos mesmos problemas. O comportamento dos juros, aqui, mantém-se em função da meta de inflação, que está sob controle", disse . Ele avaliou que a decisão do Fed de cortar o juro tem como objetivo alimentar a economia norte-americana. "A atitude do Fed se deve ao problema de crédito que eles têm por lá, que aumenta o custo do dinheiro", acrescentou. (Agências)
Bush apóia ação do Fed e pede que Congresso aprove pacotão
O
Federal Reserve (Fed) surpreendeu ontem o mercado ao reduzir a taxa básica de juros. O corte de 0,75 ponto percentual foi o maior desde 1982. Além do tamanho, os analistas ficaram intrigados com o fato de a ação do Fed ter ocorrido fora do calendário ordinário de reuniões. O último encontro foi realizado em 11 de dezembro e o próximo está agendado para os dias 29 e 30. O Fed não apelava para decisões extraordinárias desde a semana de 11 de setembro de 2001, quando o mercado sucumbia aos atentados ao World Trade Center. A decisão de ontem foi bem recebida pelos investidores e, ao menos momentaneamente, interrompeu o clima de pânico
que se havia instalado nas bolsas na segunda-feira. O Fed informou que tomou a decisão "tendo em vista a perspectiva de enfraquecimento econômico e aumento dos riscos para o crescimento". "O comitê (do Fed) continuará a monitorar os efeitos do desenvolvimento financeiro e outros desdobramentos em relação às projeções econômicas e agirá da maneira que for necessária para enfrentar esses riscos." Os contratos futuros mostraram que os investidores esperam por um novo corte na semana que vem. Para eles, há 100% de chances de uma redução de 0,25 ponto percentual e 80% de uma diminuição de 0,50 ponto. Denominador – O presiden-
te dos EUA, George W. Bush, disse que está confiante que a Casa Branca e os congressistas possam chegar a um acordo sobre um pacote "pró-crescimento" para impedir "a força inerente" de sua economia de escorregar para uma recessão. "Eu acredito que podemos encontrar um denominador comum, para fazer algo grande e eficaz, para que a economia que é inerentemente forte possa ganhar impulso e garantir que esta incerteza não se traduza em mais preocupação para nossos trabalhadores e pequenos empresários", disse Bush. Contudo, até agora, o presidente não levantou questões ou discutiu pontos específico do pacote de estímulo fiscal. (AE)
economista sênior para os Estados Unidos do banco Dresdner Kleinwort, em Nova York, Kevin Logan, afirmou ontem que os cortes extraordinários adotados pelo Fed devem ser seguidos por mais uma redução de 0,50 ponto percentual dos Fed Funds na próxima semana, quando cairiam de 3,5% para 3%. "O Fed deu um sinal bem vigoroso aos mercados de que deseja evitar a intensa desaceleração da economia e deterioração dos valores dos ativos financeiros", afirmou. "Para confirmar tal ação, o Fomc (Comitê do Mercado Aberto, o Copom dos americanos) deve adotar mais um corte na sua próxima reunião", disse. Para Logan, a ação do Fed deve ser complementada em março, quando o Fomc se reunirá e deverá reduzir os juros em mais 0,50 ponto percentual, levando a taxa para 2,5%. Ao contrário de outros analistas, Logan não acredita que a forte distensão da política monetária implementada pelo Fed pode trazer no médio prazo o risco de alta da inflação. Na sua avaliação, a autoridade monetária está mais preocupada em revigorar a economia norte-americana e reduzir ao máximo os efeitos da intensa desaceleração sobre a sociedade, como o aumento do desemprego. Segundo ele, o nível do desaquecimento neste ano não será severo, pois estima que o produto interno bruto do País deve crescer 1,4%. O ex-presidente do BC, Gustavo Loyola, classificou a atitude de "arriscada e, talvez, precipitada". Além do mais, argumentou, "do ponto de vista da atividade econômica, há poucos ganhos com o corte extraordinário". Para ele, o Fed não deveria se preocupar em auxiliar o mercado financeiro neste momento difícil, pois uma correção nos preços dos ativos é saudável. Já o ex-diretor do Banco Central (BC) Ilan Goldfajn elogiou a ação do Fed. "Se a recessão que ameaça os EUA agora fosse 'normal', não seria necessária essa queda extraordinária do juro", disse. "Mas há um risco de que essa forte desaceleração econômica se associe aos problemas do setor bancário, o que poderia resultar numa depressão." Em nota, o departamento de Economia do banco Santander disse que "é fato que, com a atuação de ontem, o Fed agirá agressivamente para sustentar o crescimento e prefere errar por excesso a enfrentar uma recessão. (Agências)
X DEBATE
O CUSTO LULA Prof. José Pastore
SOCIALISMO PETISTA
Edição de segunda-feira
Ano 83 - Nº 22.547
Ministro Tarso Genro R$ 1,40
São Paulo, quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
Jornal do empreendedor
Edição concluída às 23h55
w w w. d co m e rc i o. co m . b r Celso Junior/AE
Febre vermelha nos mercados tem cura: é a vacina da Dilma Basta ter PAC, como explicou a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef: "O PAC é uma vacina contra a crise externa". Na foto, ela comemora o primeiro ano do PAC com um balanço cuja conclusão é a de que o governo já empenhou 97% dos R$ 16,5 bilhões em investimentos em infra-estrutura. Em 4 anos, serão R$ 500 bilhões. Página 4
TERAPIA DE CHOQUE RESSUSCITA BOLSAS Alex Grimm/Reuters
Thomas Lohnes/Reuters
Segunda-feira - Pessimismo de Michael Glos, ministro da economia alemão: -7,16% em Frankfurt.
Terça-feira - Otimismo de Glos: Bolsa de Frankfurt reagiu e fechou em baixa de apenas 0,31%.
O choque aplicado pelo BC americano, o Fed, reduzindo inesperadamente os juros em 0,75 ponto porcentual, para 3,5% ao ano, tirou da UTI as bolsas que abriam para mais um dia de agonia, após a Ásia fechar em coma. A Europa estabilizou rapidamente. O Brasil, com um estímulo a mais, a Petrobras com um novo poço de gás, fechou em alta de 4,45%. Os EUA não se recuperaram, mas estancaram a sangria. Economia 1 e 3; editorial, pág. 2
O caos na 23 de Maio vai até 24 de janeiro SONHO DE CONSUMO
Depois de triplicar congestionamento em apenas dois dias, faixa exclusiva de motos deverá acabar amanhã. Kassab diz que experiência não deu certo. Pág. 7 HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 22º C. Mínima 14º C.
AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 23º C. Mínima 14º C.
Thiago Bernardes/Folha Imagem
Câmera fotográfica, filmadora e... Economia 8
DIÁRIO DO COMÉRCIO
2
Indicadores Econômicos
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
12,28
22/1/2008
por cento foi a rentabilidade média dos fundos de renda fixa no ano passado, de acordo com a Anbid.
DC
COMÉRCIO
Informe Publicitário FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Fundo
Posição em
P. L. do Fundo
Empresarial LP
17/01/2008
27.636.002,61
Esher LP Hope LP JCP-SUL LP Master Recebíveis LP Milligan LP Múltiplo LP Odyssey LP Prospecta LP Redfactor LP Valecred LP
17/01/2008 17/01/2008 17/01/2008 17/01/2008 17/01/2008 17/01/2008 17/01/2008 17/01/2008 17/01/2008 17/01/2008
18.460.901,29 14.658.602,18 1.979.773,64 2.088.524,38 196.740,38 16.900.301,32 1.971.379,32 1.934.066,10 13.034.283,34 5.324.406,00
Tipo Subordinada Sr 1ª emissão Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Sub - Classe A
Vlr Cota Sub 1.680,298569 588,454130 954,820723 1.308,729022 1.149,208470 1.300,527442 943,053873 1.552,728131 971,473391 961,126837 1.195,637656 1.049,954558
% rent. mês 0,4142% 0,5527% 3,3301% 1,5096% 1,1256% -2,1867% -5,6946% 0,4224% -2,5765% 0,9726% -1,4441% 0,6031%
% ano 0,41% 0,55% 3,33% 1,51% 1,13% -2,19% -5,69% 0,42% -2,58% 0,97% -1,44% 0,60%
Tipo Sr 2ª emissão Sr 3ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sub - Classe B
Vlr Cota Sr 1.050,400681 1.020,390209 1.040,330150 1.080,074200 1.036,184720 1.296,512203 1.001,837180 1.023,829875 1.053,501066 277,987263
% rent. mês 0,5779% 0,5779% 0,5527% 0,5628% 0,5275% 0,5527% 0,1837% 0,5779% 0,5779% 2,8522%
% ano 0,58% 0,58% 0,55% 0,56% 0,53% 0,55% 0,18% 0,58% 0,58% 2,85%
rating A+(Austin) BBB(Austin) AA-(Austin) AA-(Austin) A+(Austin) A (Austin) A+(Austin) A- (Austin) A- (Austin) AA(Austin) A(Austin)
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
7 Rodrigo Albuquerque/AFG
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
Proibição de álcool nas estradas desagradou os donos de postos.
Martírio na 23 de Maio vai até amanhã Ontem pela manhã, o prefeito Gilberto Kassab afirmou que o teste da faixa exclusiva para motos não deu certo. Mas a Prefeitura decidiu manter a faixa até amanhã.
D
epois de triplicar o cidade. Mas esse primeiro pracongestionamento zo desconsiderava o fato de ser na avenida 23 de feriado – e o trânsito menor Maio, zona sul, em não serviria de parâmetro para apenas dois dias, a faixa exclu- avaliar a experiência. siva para motos não deve pasNos dois primeiros dias de sar do período de experiência, faixa exclusiva, o congestionaque termina amanhã. O prefei- mento na 23 de Maio atingiu to Gilberto Kassab (DEM) dis- uma média de 5,1 km, quando se ontem que a medida "possi- o normal para o período foi de velmente" não será mantida, 2,5 km, no ano passado. Onpois os resultados "não são fa- tem, a lentidão chegou a 7 km. voráveis". Os Na cidade, grandes conhouve 95 quig e s t i o n alômetros de mentos abalentidão pela laram o que manhã, recoraté agora era de do ano. tratado como O publiciquilômetros de prioridade tário Edson lentidão foram pela CompaFabri, de 29 nhia de Engeanos, nem registrados na cidade nharia e Tráprecisou saontem às 10h30, fego (CET): a ber desses núsegurança meros para recorde do ano em dos motocievitar a via. pleno período de clistas. "Costumo férias escolares. " E m r e l apassar por ela ção à fluidez, d ia r i am e n te , está sendo mas desde sedesfavorável", disse o secretá- gunda-feira estou fazendo ourio municipal de Transportes, tros caminhos." Alexandre de Moraes. "Mas A faixa segregada tem sido precisamos concluir os testes adotada entre 10h e 16h, do para saber se o aumento da se- viaduto Tutóia ao Pedroso. São gurança compensa o conges- 2,4 km em cada sentido. No tionamento." Segundo Mo- anúncio da faixa exclusiva, o raes, os técnicos da CET estu- presidente da CET, Roberto dam rotas alternativas para Scaringella, havia dito não que o motorista não tenha de acreditar que a medida implienfrentar o trânsito da 23 de casse congestionamento. No Maio entre hoje e amanhã. Ini- entanto, já na estréia, a 23 de cialmente, a Prefeitura havia maio liderou o ranking das divulgado que os testes iriam avenidas mais lentas de São até sexta-feira, aniversário da Paulo. (AE)
Luciano Amarante/Folha Imagem
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LEI SECA NA ESTRADA Donos de bares temem prejuízos com a proibição Comerciantes têm dúvidas sobre os detalhes da lei
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Medida Provisória que proíbe a venda de bebidas alcoólicas nas estradas federais não agradou aos donos de restaurantes, lanchonetes e churrascarias à beira da rodovia Presidente Dutra. A MP entrará em vigor a partir do dia 1.º de fevereiro. Ontem, esse era o principal assunto entre comerciantes e clientes. "Hoje (ontem) não se fala em outra coisa. Tá todo mundo sem saber como será esta nova lei", disse o gerente Alexandre Meneghini, da churrascaria Bom Boi, em Taubaté. Um dos mais antigos da via Dutra, o restaurante funciona há 40 anos às margens do km 112 da principal ligação entre São Paulo e Rio de Janeiro. Com 300 lugares, a churrascaria recebe, aos domingos, cerca de 600 pessoas no horário de almoço. "E a maioria das famílias pede cerveja", disse Meneghini. Segundo ele, o local também é freqüentado por casais, à noite, que tomam vinho
e outras bebidas. "Vai atrapalhar muito, não sei como vamos fazer", preocupa-se. Em uma das mesas da churrascaria, os vendedores José Carlos Russo Ferreira e Ricardo D'Cara Barboza tomavam uma cerveja olhando o movimento da rodovia. "Costumamos vir aqui pra almoçar e sempre tomamos uma cervejinha", afirmou Ferreira. A entrada da churrascaria fica a 20 metros da estrada. Os donos da Vinhos Dani, à beira da Dutra, em Caçapava, também estão preocupados. O estabelecimento já virou tradição na rodovia por vender vários tipos de vinho. Um dos proprietários, Alcides Dani, informou apenas que vão aguardar o detalhamento da nova medida do governo. "Não concordo com a venda em copo, mas em garrafa não teria problema. Ninguém compra para tomar na hora", limitou-se a dizer, acreditando em uma redução de 70% nas vendas. (AE)
ROTA MATA 3
P Ó RBITA
RENASCER
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líder da igreja Renascer, Sonia Hernandes, apresentou-se anteontem à prisão de Tallahasse, Flórida, onde cumprirá 140 dias de detenção. Ela e o marido, Estevam Hernandes, foram condenados a um ano de pena (metade no presídio e metade em casa) por tentar entrar no país com dólares não declarados. (AE)
oliciais da Rota mataram, na noite de anteontem, três homens na zona norte da cidade. Os acusados estavam em um EcoSport roubado pouco antes na região do Carandiru, segundo a polícia. Eles foram perseguidos, abandonaram o carro, fugiram a pé e foram baleados pelos policiais. Levados pela Rota para um pronto-socorro, todos morreram. Segundo os policiais, os supostos assaltantes levavam dois revólveres calibre 38 e uma pistola semi-automática de calibre 380. (AE)
Trânsito pesado, ontem, na 23 de Maio: apesar do resultado desfavorável, Prefeitura decidiu manter faixa exclusiva para motos até amanhã
Código de Trânsito completa 10 anos No começo, as multas pesadas assustaram os motoristas. Mas os índices de acidentes só aumentaram.
O
novo Código Brasileiro de Trânsito completou dez anos ontem. Quando entrou em vigor, em 1998, o código assustou os motoristas com multas pesadas. Porém, a falta de regulamenta-
ções e a burocracia afrouxaram o código, aumentando o índice de acidentes e mortes no País. Apenas entre 2006 e 2007, a Polícia Rodoviária Federal registrou aumento de 9% no número de acidentes nas estra-
das, saltando de 112 mil para quase 122 mil. O de feridos subiu de 69 mil para 75 mil (7,7%). O índice de mortos nas rodovias federais subiu mais de 10% (de 6.168 para 6.840). Diante das estatísticas, o Mi-
nistério da Justiça montou um grupo para estudar mudanças no código. Uma delas é a diminuição da burocracia para aplicação das punições. O ministério também estuda aumento da fiscalização. (Agências)
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
Nacional Empresas Finanças Estilo
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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AFP
Crise acende luz amarela sobre perigo do aumento de protecionismo. Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores
TURBULÊNCIA EXIGEPROTEÇÃO PARA BENS
ESPECIALISTAS INDICAM OPÇÕES PARA QUEM TEM DÍVIDAS EM DÓLAR E PARA QUEM QUER SE PROTEGER
É HORA DE RESGUARDAR O PATRIMÔNIO Alejandro Pagni/AFP Photo
Adriana Gavaça
A
A blindagem argentina
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governo da presidente Cristina Fernández de Kirchner mantém – ou pelo menos aparenta – a placidez em meio à turbulência que assolou as bolsas em todo o mundo nos últimos dias. Segundo seus representantes, a Argentina atualmente está relativamente "blindada" contra a crise mundial. Na semana passada, o ministro da Economia, Martín Lousteau, afirmou que o país está suficientemente respaldado pelos superávits fiscal e comercial. Além disso, tem um nível de reservas recorde no Banco Central, de mais de US$ 47 bilhões, consideradas suficientes para driblar desequilíbrios bruscos. De quebra, afirmou, a Argentina tem cinco anos acumulados de crescimento econômico elevado e superávit, o que não acontecia desde 1907. Os assessores de Cristina ressaltam: o país ficou fora dos
mercados internacionais de crédito desde o calote da dívida pública com os credores privados e sua posterior reestruturação. Portanto, explicam, adaptou-se a viver sem financiamento externo (embora isso condicione a expansão da economia) e ficou menos exposto em relação às crises externas. Segundo o governo, nunca a Argentina esteve tão preparada para enfrentar turbulências financeiras. Para os economistas portenhos, no entanto, o governo não deve subestimar o temporal. Por esse motivo, afirmam, a administração Cristina deveria dar um sinal positivo aos mercados e moderar o gasto público, que em 2007 – um ano eleitoral – disparou e bateu recordes. Segundo eles, a Argentina não terá grandes problemas com a turbulência. Eles recomendam ao governo ficar atento à China, o maior com-
prador da soja argentina. Afinal, a sorte da Argentina está estreitamente vinculada à capacidade de resistência da China à crise mundial. Além disso, os argentinos devem cruzar os dedos e torcer para a economia do Brasil, o principal destino das exportações do país, não esfriar neste ano. Na crise do real de 1999, a Argentina sofreu os efeitos dos problemas enfrentados pelo País. O economista Miguel Bein considera a crise "uma gripe longa. "O impacto não será tão significativo como em países com forte comércio com os EUA, como o México, que ali coloca 80% de suas exportações. A Argentina vende ao mercado americano apenas 10% de seus produtos ". Para o ex-vice-ministro da Economia, Orlando Ferreres, "o verdadeiro índice do risco do país é o preço da soja". (AE)
Mais negócios nos emergentes
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os próximos meses, a maior quantidade de operações de fusão e aquisição ocorrerá em países emergentes. Os setores mais agitados para compra entre empresas serão os de telecomunicações, insumos básicos e bens industriais. Essas são algumas tendências traçadas pela consultoria e auditoria KPMG, que divulgou ontem pesquisa sobre a relação entre preço e lucro de fusões e aquisições no mundo no segundo semestre de 2007. De julho a dezembro do ano passado ocorreram 19.343 negócios no globo, somando cerca de US$ 2,147 trilhões. O valor caiu em relação aos
US$ 2,699 trilhões do primeiro semestre, quando foram realizadas 17.717 transações. No segundo semestre a quantidade de operações foi maior, 9%, por um valor total cerca de 20% menor porque houve grande número de negócios de baixo custo na Ásia-Pacífico. Ao contrário, na América Latina o número de transações permaneceu estável no segundo semestre de 2007, mas o valor das transações aumentou. De julho a dezembro 567 operações foram concluídas envolvendo empresas latinoamericanas, atingindo US$ 51,8 bilhões. No primeiro semestre, foram 562 operações, por US$ 30,1 bilhões.
No segundo semestre de 2007, empresas brasileiras foram alvo de 224 negócios, envolvendo US$ 32,5 bilhões. Na opinião de Cláudio Ramos, sócio de corporate finance da KPMG, há muito espaço para consolidação no Brasil, que assim como a América Latina, ainda não atingiu o estágio de maturidade do ciclo mundial de fusões e aquisições. Para os próximos seis meses, empresas de telecom, insumos básicos e bens industriais devem apresentar a maior atividade de fusões e aquisições e os maiores índices de valorização futura, conforme análises de projeção de valor da relação preço/lucro. (AE)
Não é aconselhável a compra de ações, apesar dos preços baixos. Esse não é um mercado indicado para o investidor que é avesso ao risco. Emílio Alfieri, economista vo de grande liquidez. Por isso, é muito indicado em situações como essa. O problema é que o preço dele já subiu muito. Quem entrar agora poderá ter prejuízo na frente, caso a recessão não seja duradoura, fazendo o preço do metal voltar a cair", diz o executivo do Ibef. O preço à vista do ouro na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) fechou cotado a R$ 51 o grama na última segunda-feira, dia em que o pacote de socorro à economia norteamericana, anunciado pelo presidente dos EUA, foi maldigerido pelos mercados financeiros de todo o mundo. Só para efeito de comparação, o metal terminou o mês de janeiro do ano passado cotado a
Crise acende luz amarela
O
ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que os sinais de recessão nos Estados Unidos acendem uma luz amarela sobre a possível repetição de um dos mais graves erros da história econômica do século 20: a guinada protecionista provocada pela crise de 1929. Ela "gerou prejuízos para o mundo todo". Por isso, Amorim vai defender no Fórum Econômico Mundial, em Davos, a existência de uma razão a mais para a conclusão da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) no menor prazo possível. A expectativa do ministro é que até o feriado de Páscoa, 23 de março, os membros da OMC concluam os acordos básicos sobre agricultura e indústria/serviços. "Como esse quadro recessivo ainda não se materializou totalmente, essa é mais uma razão para tentarmos concluir a Rodada o quanto antes", afirmou Amorim. Na sexta-feira, o ministro se
encontrará em Davos com a representante dos Estados Unidos para o comércio, Susan Schwab, o comissário de comércio da União Européia, Peter Mandelson, o ministro britânico do comércio, David Milliband, e o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy. No dia seguinte, participará de duas sessões de debates do Fórum Econômico Mundial – uma sobre a revitalização da Rodada Doha, e a outra, sobre o futuro do sistema multilateral de comércio. Essas conversas se darão em um momento delicado das negociações, a duas semanas da conclusão de reuniões técnicas, em Genebra, e a uma semana da divulgação das propostas de acordo para os capítulos agrícola e de indústria/serviços pelos presidentes dos grupos de negociação da OMC. Esses papéis deverão nortear as negociações finais em torno dos tópicos mais importantes da Rodada – o corte e as disciplinas
para os subsídios domésticos, o acesso ao mercado agrícola dos países desenvolvidos e o grau de abertura do setor industrial dos países em desenvolvimento. Fontes do Itamaraty acreditam que, na reunião de Davos, deverão ser discutidos os procedimentos a serem adotados, a partir da apresentação das novas propostas de acordo. Em princípio, Amorim, Schwab, Mandelson e Lamy deverão optar pela discussão dos textos nos grupos de negociação, envolvendo todos os países da OMC. (AE) DC
Para governo de Cristina Kirchner, bons fundamentos e reservas de US$ 47 bilhões "blindam" o país
ameaça cada vez mais próxima de recessão nos Estados Unidos tem tudo para assustar empresas e pessoas físicas com dívidas em dólar a vencer no curto prazo. As opções, para quem não quer correr o risco de enfrentar grandes oscilações ou para quem pretende viajar para o exterior nas próximas semanas, são a escolha dos fundos cambiais ou a compra direta da moeda norte-americana. "Mas essa não será uma tendência para o ano inteiro. O dólar não deverá provocar grandes sobressaltos como ocorria no passado. A indicação é válida apenas para esse período de maior turbulência", diz o vice-presidente do Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças (Ibef-SP), Keyler Carvalho Filho. Outra indicação para quem pretende fugir dos respingos da crise – essa válida também para investidores interessados em proteger o patrimônio – é a aplicação em ativos considerados de blindagem, caso do ouro e da prata. "O ouro é um ati-
R$ 44,90 o grama. Sem liquidez – Também considerada uma blindagem contra períodos de oscilação, a compra de imóveis é descartada para quem pretende apenas proteger o patrimônio. "Essa era uma boa alternativa no passado, mas, devido à pouca liquidez, não é indicada atualmente. Há outros investimento que oferecem maior liqüidez", explica o economista da Associação Comercial de São Paulo, Emílio Alfieri. Ele cita, por exemplo, as aplicações em fundos DI. "Com a queda dos juros nos EUA e a expectativa de manutenção ou de até uma elevação da taxa de juros no Brasil, volta a ser interessante investir em renda fixa, já que os juros brasileiros ocupam o segundo lugar dentre os mais altos do mundo", argumenta Alfieri. Para o investidor que já está assustado com as últimas quedas registradas pelas bolsas de todo mundo, o executivo não aconselha a compra de ações, apesar de as quedas serem atrativas para quem esperava comprar os papéis em baixa. "Esse, certamente, não é um mercado indicado para o investidor avesso ao risco", diz.
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
DIFERENÇAS REGIONAIS PERSISTEM Alex Silva/AE
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A temperatura de 15,5 graus registrada ontem, no Mirante de Santana, foi a mais baixa de 2008.
Cai mortalidade de crianças no Brasil Queda de mais de 50% no indicador mostra que o Brasil está no caminho correto, aponta o relatório do Unicef. O desafio do País, agora, é acelerar as ações.
A
Alex Silva/AE
Paulistanos enfrentaram dia atípico de verão, vestidos com agasalho pesado e se protegendo do frio
Frio deixa SP com cara de outono Frente polar derrubou a temperatura nas regiões Sul e Sudeste do Brasil
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m mês depois do início do verão, uma massa de ar polar derrubou a temperatura no Sul e no Sudeste do Brasil. Em São Paulo, a sensação de frio começou a ser sentida no domingo. Ontem, o dia amanheceu gelado. Na estação meteorológica do Mi-
rante de Santana, zona norte, a temperatura mínima foi de 15,5 graus, a mais baixa do ano, menor ainda do que os 16,4 graus registrados segunda-feira. Em Guarulhos, na Grande São Paulo, a mínima também foi de 15,5 graus. A temperatura também caiu
no Sul do País. Santa Catarina teve mínima de 9,2 graus em São Joaquim. Na serra gaúcha, Bom Jesus registrou 10,8 graus. Curitiba, no Paraná, teve temperatura mínima de 14,1 graus. No interior, a temperatura baixou para 13 graus, em Castro, e 15,2 graus, em Campo Mourão. (AE)
MISTÉRIO
Polícia apreende 300 quilos de cocaína. Mais da metade sumiu. Piloto disse que carregava 300 kg, os policiais anunciaram 200 e, a perícia, 98.
P
arte de uma carga de cocaína apreendida pela polícia desapareceu em Itu (SP), no ano passado. De acordo com reportagem do Jornal Nacional, ontem, o piloto do avião que transportava a droga declarou, ao ser preso, que o carregamento da droga era de 300 quilos. Os policiais, porém, anunciaram a apreensão de 200 quilos, mas nem a metade da carga foi entregue à Justiça. Segundo a reportagem da TV Globo, o Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), informou que havia aproximadamente 200 quilos de cocaína. Mas a perícia registrou apenas 98 quilos. Para tirar a dúvida se a droga desapareceu ou se a carga foi calculada de forma errada, o Jornal Nacional levou as imagens da droga dentro do avião
para serem analisadas por um ram da apreensão e que hoje perito criminal. De acordo com ocupa um cargo de chefia no a análise, a quantidade regis- Detran. Ele estava no prédio, trada nas imagens é compatí- mas não quis gravar entrevista. vel com 200 quiTambém foi prolos e não com 98 curado o delegaquilos. Para ledo que assina o var os 98 quilos auto de apreennão seria preciso Simplesmente são da cocaína. tirar nenhum Ele continua traroubaram 202 quilos banco do avião, balhando no Deo que foi feito no (de cocaína) narc, mas se redia do transpor- Mário de Jesus, piloto do cusou a falar. te da droga. O piloto que avião que transportava a O piloto, Mádenunciou o sudroga, em uma carta rio de Jesus, gamiço da cocaína escrita de dentro da rante que o avião prisão, onde morreu. dizia que tinha transportava sido ameaçado mais: 300 quilos. pelos investiga“ Si mp l es me nt e dores que fizeroubaram 202 quilos”, disse, ram a apreensão. Na ficha priem uma carta que escreveu da sional do piloto consta: falecicadeia, antes de morrer. mento, oito meses depois da deO Jornal Nacional procurou núncia. Motivo: morte natural, um dos policiais que participa- dentro da penitenciária. (G1)
vida das crianças brasileiras melhorou. O relatório "Situação Mundial da Infância 2007", do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), divulgado ontem, mostra que a mortalidade infantil no País caiu. Entre 194 países, o Brasil melhorou 27 posições em um ano no ranking que avalia a chance de meninos e meninas chegarem aos 5 anos. Ainda assim, a possibilidade de uma criança morrer em Alagoas é três vezes maior do que a de uma nascida em São Paulo. Nos últimos cinco anos, 20 mil crianças brasileiras foram salvas por intervenções simples, como exames pré-natais, cuidados preventivos, vacinação e políticas de alimentação adequada. A maioria, nas regiões mais pobres do Norte e N o rd e s t e , o n d e h o u v e o s maiores avanços. É também lá que se concentra a pobreza, o que significa que ainda há muito que avançar. "Houve uma queda de mais de 50% na mortalidade no Brasil desde 1990, o que mostra
um caminho correto", avalia a avanços significativos nas rerepresentante do Unicef no giões mais pobres. "Há uma Brasil, Marie-Pierre Poirier. tendência na diminuição da "Agora, se podemos ter esse desigualdade", afirma Marieavanço, ele precisa ser para to- Pierre. dos. Um País que consegue faUm dos avanços brasileiros zer acontecer, precisa fazer pa- mereceu um texto explicativo ra todos os grupos ". Marie- na versão internacional do rePierre lembra que a mortalida- latório do Unicef. O Programa de entre crianças de Saúde da Fanegras brasileimília (PSF), de ras é 48% maior agentes comunido que entre as tários, foi tratado brancas. Entre as Se podemos ter esse como um exemindígenas, 138% avanço, ele precisa ser plo, por ter conmaior. Dos 3 mi- para todos. Um país tribuído, desde lhões de crianças 1990, para a reque consegue fazer que nasceram em duzir mortes de 2005 no Brasil, acontecer, precisa bebês, "'especial400 mil não fo- fazer para todos os m e n t e n a s r eram registradas. grupos. g i õ e s m a i s p oSe na região Sul o bres", diz o texto. Marie-Pierre Poirier. sub-registro é zeA representanro, no Nordeste te do Unicef, no uma em cada cinco crianças entanto, diz que o governo branão é registrada. O número de sileiro precisa fortalecer sua crianças em creche no Norte é a capacidade de atendimento metade da região Sudeste. Dos em saúde e também em educa20,5 milhões de crianças brasi- ção, transformando o que hoje leiras até 6 anos de idade, 56% são campanhas em ações pervivem em famílias com renda manentes. "É sempre preciso per capita abaixo de meio salá- acelerar. Não se pode trabalhar rio mínimo por mês. com campanhas ou ações ponAinda assim, o Unicef vê tuais" afirma. (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
9 Projeto não só ajudou jovens a escolher profissões, mas a melhorar os estudos
Informática: aliada na inclusão social Fundação Heydenreich, com quase 80 anos de atuação, cria projeto que usa a computação para o desenvolvimento não apenas profissional, mas social de jovens. Fotos de Andrei Bonamin/Luz
Paula Cunha
U
sar a informática como instrumento para o crescimento pessoal, profissional e cultural de jovens é a meta do Projeto Uirapuru, criado pela Fundação Heydenreich, voltada ao desenvolvimento de programas de inclusão digital. Antes de atingir o atual formato, o projeto, que utiliza a transmissão de conteúdos de informática para alcançar aquele objetivo, passou por várias mudanças. Jovens mais seguros e confiantes, certos de que poderão utilizar as habilidades adquiridas na informática não apenas na continuidade de sua formação acadêmica, mas também para competir no mercado de trabalho é o resultado dessa iniciativa (ver texto abaixo). Na última sexta-feira, o Diário do Comércio co n ve r so u com alguns dos adolescentes que fizeram parte do Uirapuru. Para eles, participar da última edição do projeto, composto de um curso que usa a informática para transmitir outros conteúdos, foi importante, na medida em que, disseram, os ajudou não somente a definir suas escolhas profissionais como também a melhorar seu desempenho escolar. Para Leandro Silva de 14 anos, por exemplo, um dos participantes, o projeto Uira-
Alunos do Uirapuru junto com a gerente de projeto da Heydenreich, Daniela Michel (à esquerda) e com a professora Izeulena Almeida (à direita).
puru significou desde um aperfeiçoamento em sua formação como a descoberta de um mundo novo. O jovem morador do Jardim São Judas, na divisa entre os municípios de Taboão da Serra e do EmbuGuaçu, contou que, além das aulas, as atividades culturais
do programa permitiram que ele conhecesse a cidade de São Paulo, uma vez que nunca havia saído de sua cidade. "Fiquei fascinado com a avenida Paulista e o Centro de São Paulo. Mas o que mais me impressionou foi a rua 25 de março, que estava lotada de gente
Da esq. para a dir: Celso Augusto da Silva, Tatiana Lemos Cruz e Leandro Silva, todos alunos do Uirapuru.
Fundação busca parceiros para ampliar atendimento a jovens
A
mpliar os horizontes culturais dos jovens que procuram os cursos de inclusão digital e inseri-los no mercado de trabalho. Após 78 anos de atuação, a Fundação Heydenreich decidiu expandir seu campo de atuação e, hoje, busca parceiros para atingir esse objetivo. Depois de desenvolver projetos na área de inclusão digital, a Fundação montou laboratórios de informática e criou programas em Centros de Juventude. "Nossa preocupação sempre foi a educação de jovens", disse o presidente da Fundação, Dielmar Hydenreich. Os programas foram instalados em igrejas luteranas e escolas públicas municipais e incluiu o treinamento de professores. Foi criado o Projeto Navegar é Preciso, centrado em ações de inclusão digital para jovens carentes, e que durou oito anos . Com a expansão de iniciativas de outros grupos e
Heydenreich: priorizar educação
as medidas para tornar mais acessível a compra de computadores, como os programas do governo de redução dos impostos para incentivar a venda de equipamentos a preços mais baratos, as atividades do Navegar foram encerradas. O próximo passou foi transformar o Navegar em cursos mais rápidos para jovens entre 14 e 17 anos. No final do ano passado, os coordenadores do projeto resolveram ampliar o
conteúdo do programa: incluíram aulas de empreendedorismo, inglês e reforço de português. O curso, com duração de 400 horas, tem também atividades físicas. Sede própria – A primeira turma, formada por 30 alunos durante o período da manhã e outros 30 à tarde, formou-se em dezembro em um prédio no município de Taboão da Serra construído pela Fundação especificamente para desenvolver as atividades do programa. A gerente de projetos da Fundação, Daniella Michel, explica que, para viabilizar a proposta, seria necessário buscar parceiros. Bancos e empresas já foram procurados. Segundo ela, outra meta é encaminhar os jovens que concluem o curso para programas de aprendizes em empresas. "Nossa meta é, a médio prazo, aumentar esse atendimento e manter contato com os alunos que já concluíram o curso", diz Daniella. (PC).
por todos os lados. Eu me empolguei tanto que acabei chegando muito tarde em casa naquele dia", disse. Novo futuro – O jovem acrescentou que o curso o fez modificar seus planos para o futuro. Sua opção pela engenharia ficou para trás quando
descobriu nas aulas de empreendedorismo que a área de contabilidade é muito interessante e que ela pode ser uma outra opção profissional. Além disso, Leandro ressaltou o quanto foi positivo o incentivo à leitura durante o processo. "No ano passado, não tinha
muita noção se o que aprendia era importante ou não. Depois do curso passei a valorizar muito mais o estudo", contou. Tatiana Lemos da Cruz, de 14 anos, disse que no começo esperava só aulas convencionais "apenas para para preencher o tempo". Entretanto, a adolescente também teve aulas básicas de inglês. Isso a convenceu de que escolheu a carreira certa: turismo. "Uma amiga da minha irmã é aeromoça e as histórias que ela contou me despertaram o interesse por essa área", disse. Agora, ela acha que, com os conhecimentos adquiridos no projeto Uirapuru seu desejo não é mais um sonho distante. "Estou confiante de que tenho mais chances no mercado de trabalho", acrescentou. Integração – P ro c ur a nd o um curso que estimulasse o trabalho em grupo, César Augusto da Silva viu no projeto Uirapuru uma chance para aprofundar seus conhecimentos de informática, uma área da qual sempre gostou. "O acesso a computadores na escola é difícil porque eles são poucos para muitos alunos", disse. Nas aulas de Excell, por exemplo, César descobriu que é bom em matemática. E que o convívio com outros alunos o ajudou a superar a timidez. "Passei a me integrar melhor na escola e a ter uma convivência mais positiva com os colegas", contou.
2 - OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
TAXA DE JUROS ARTIFICIALMENTE BAIXA INDUZ CONSUMIDORESA ENDIVIDAREM-SE PARA FINANCIAR O CONSUMO
OCASIÃO PARA AS REFORMAS G O crescimento do País
Céllus
O
Brasil inicia o ano novo sob o otimismo do crescimento superior a 5% registrado em 2007, estimulado pelo movimento recorde do comércio no Natal, embalado pela boa performance no comércio externo e, sobretudo, com a auto-estima elevada por estudo recém-divulgado pelo Banco Mundial. Como se sabe, essa reconhecida instituição, ao tornar públicos os dados do Programa de Comparação Internacional (PCI), incluindo 146 nações, classificou a economia brasileira como a sexta maior do mundo. Por esse critério, baseado na paridade do poder de compra e não no valor nominal do PIB em dólares, o País também aparece como responsável por metade da economia da América do Sul e quase dois terços dos gastos governamentais no Continente. Contrastando com todos esses indicadores, a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da S i l va , d e q u e n ã o p r o p o r á emendas constitucionais até o final de seu mandato, coloca em cheque a capacidade do País de manter período prolongado de expansão substantiva do PIB. Explica-se: o crescimento sustentado não será atingido sem as reformas estruturais necessárias, que somente podem ser efetivadas por meio de emendas à Constituição. Estas matérias exigem aprovação por três quintos dos parlamentares, em votação separada na Câmara e no Senado, sendo dois turnos em cada casa. Lula quer evitar as emendas, pois teme _ depois de ver a CPMF ser derrubada no Senado _ que novas derrotas na Casa, na qual não tem maioria confortável, possam lhe causar desgaste político. O presidente afirma que enviará apenas a proposta de reforma tributária, mas com a ressalva de que não é prioridade do governo. É bastante questionável essa postura anunciada pelo chefe da Nação, considerando que seu mandato terá ainda três anos, nos quais a ausência das reformas estruturais poderá custar muito caro ao Brasil. Dificilmente a oposição terá a iniciativa de propor reformas mais profundas, também obstada pelo temor de uma derrota
não será atingido sem as reformas estruturais. Lula deveria se empenhar pelas reformas tributária, trabalhista e previdenciária.
para a maioria governista no Congresso. Assim, em meio a esse jogo de interesses, o Brasil deixa de fazer a lição de casa. O próprio presidente Lula perde oportunidade raríssima de transformar seu segundo mandato num marco do desenvolvimento brasileiro. A perspectiva de manutenção dos preços das commodities e os indicadores internos positivos oferecem ao governo a chance de promover todas as reformas até hoje postergadas desde a promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988, que, aliás, completará 20 anos em 2008.
O
presidente Lula, em vez de ficar receoso com a rejeição da CPMF no Senado, deveria fazer do “limão uma limonada”, cortando das despesas de custeio do orçamento de 2008 os 40 bilhões de reais que deixarão de ser arrecadados com o fim da contribuição e adotando uma postura ousada de propor e se empenhar pelas reformas tributária, previdenciária e trabalhista, que são essenciais ao desenvolvimento. Ao abster-se dessa responsabilidade, o presidente simplesmente entra para a galeria dos chefes de Estado brasileiros, como tantos outros. O mesmo aplica-se à presente legislatura do Congresso Nacional. Há hora para só fazer política, mas há momentos em que esta, acima de interesses partidários, tem de atender à sua real essência nas democracias, ou seja, constituir-se em ferramenta de legitimidade para a solução dos problemas e o desenvolvimento de um povo. ANTÔNIO LEOPOLDO CURI É PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE FORMULÁRIOS, DOCUMENTOS E GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES
Por que as bolsas estão caindo?
N
os últimos cinco anos experimentamos diversas crises, refletidas, como agora, em expressivas quedas nas bolsas de valores. A crise que começou em 26 de janeiro de 2004 levou a uma queda de 27,7% no índice Bovespa e a crise política de 2005, em torno do "mensalão", levou primeiro a uma queda de 18,9% no índice a partir de sete de março daquele ano e a seguir, começando em nove de maio, a uma queda de 11,4%. A atual crise do crédito já produziu uma queda de 17,4% no índice Bovespa tomando por base 19 de julho, e assistimos agora a uma queda de 18,4% tomando como ponto inicial o pico prévio da bolsa de São Paulo em 6 de dezembro de 2007 e a segunda-feira, dia 21 de janeiro. Por que as bolsas em todo o mundo estão caindo? Fundamentalmente, as bolsas estão caindo porque os investidores estão antecipando que as empresas não terão resultados tão bons como se imaginava. Antevendo que os resultados poderão ser menores que os esperados, os preços das ações se tornaram caros. A única maneira de alguém ganhar com uma alta de preços em uma bolsa de valores é vendendo os papéis cujos preços subiram. Se muitos investidores antecipam uma queda no resultado das empresas, em relação ao que esperavam anteriormente, procurarão vender; outros se disporão a comprar, desde que a preços menores. É esse movimento, e a diferença de opiniões entre compradores e vendedores, que leva os preços a cair (no caso presente) ou a subir (como havia ocorrido anteriormente). Não faltam explicações para o fenômeno das crises periódicas que afetam os mercados. Não é certamente o fato de que algumas empresas têm um mau resultado que faz os índices caírem; isso ocorre todos os dias, compensando-se os maus resultados de umas com os bons resultados de outras. Não há crise alguma e os índices dos preços das ações permanecem estáveis ou sobem sem grandes saltos. É assim que operam em situações normais as economias de mercado dinâmicas. Diferente é a perspectiva de um grande número de empresas apresentando resultados aquém dos esperados pelos investidores. Alguma coisa precipitou os maus resultados. Alguns atribuem os movimentos nas bolsas a fatores psicológicos, associados à "confiança" dos investidores (ou, no caso dos EUA, à "confiança" dos consumidores). Se os consumidores passam a acreditar que a economia "vai mal", deixam de consumir; pela mesma razão, as empresas deixam de investir. Se caírem o consumo e o investimento, o resultado só pode ser um: a queda no PIB, confirmando o que esperavam consumidores e investidores. Que essa teoria é ingênua, não pairam dúvidas. Se tudo fosse comandado por movimentos
G Os investidores estão antecipando
que as empresas não terão resultados tão bons como se imaginava e estão vendendo as ações. Mas o epicentro da crise está nos EUA. O mercado imobiliário entrou em espiral de queda e, em um passo, contaminou outros mercados e outros países. Por Roberto Fendt
irracionais de consumidores e investidores, bastaria que alguém com credibilidade suficiente afirmasse o contrário para que os resultados se revertessem. Deve haver alguma mudança nos fundamentos econômicos que justifiquem as mudanças de opinião.
E
m uma obra clássica de 1912 (A Teoria da Moeda e do Crédito), Ludwig von Mises apontou os efeitos das taxas de juros sobre as decisões de investimentos. Em uma economia de mercado com pouca intervenção do governo, as taxas de juros são determinadas pela oferta e demanda de crédito. Quando um banco central intervém no mercado de crédito fixando uma taxa de juros artificialmente baixa, incentiva projetos de investimento de baixa rentabilidade e induz consumidores a endividarem-se para financiar o consumo de residências e outros bens duráveis. Se esse processo dura o suficiente para induzir um grande aumento na oferta monetária, mais cedo ou mais tarde surgirão pressões inflacionárias na economia. E, se para combater as pressões inflacionárias, o mesmo banco central eleva as taxas de juros, investidores e consumidores poderão ficar inadimplentes, particularmente se os empréstimos foram contratados a taxas de juros flutuantes. Qualquer semelhança dessa história com o caso real dos EUA não é mera coincidência. Se o valor presente de pagar uma casa, aos novos juros, é maior que o valor de mercado dessa casa, a decisão mais inteligente para o mutuário é deixar de pagar e entregar a casa ao financiador. Se muita gente faz isso, o mercado imobiliário entra em uma espiral de queda; daí para a transmissão para outros mercados e outros países, é um passo.
Por dentro da legislação ALESSANDRA ARAÚJO
Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br
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É
quase sempre a mesma história: o franqueado investe na tão desejada franquia, planeja sua relação com o franqueador pautada na Circular de Oferta, mas, no decorrer do contrato, percebe que muitas cláusulas são desrespeitadas. A Lei de Franquias nº. 8.955 de 1994 não estabelece um prazo para a duração do contrato de franchising, mas geralmente é acordado um prazo pré-determinado entre as partes, prazo este, no mínimo, suficiente para que o franqueado recupere o investimento realizado, bem como aufira alguma vantagem econômica. O problema é que, às vezes, muito antes do esperado lucro, a relação entre franqueado e franqueador já está desgastada diante de inúmeras promessas não cumpridas por parte deste último. Como se não bastasse, o Contrato de Franquia geralmente prevê uma série de sanções ao franqueado, caso ele queira rescindir o contrato antes do prazo _ multas
de valores exorbitantes, impossibilidade de continuidade no mesmo segmento do franqueador etc. Desse modo, o franqueado que já estava descontente com o seu contrato, se vê ainda impossibilitado de rescindi-lo, tendo em vista G Contratos de franquia
obedecem a uma lei específica no País. É preciso conhecer a legislação que orienta a relação do franqueador com os franqueados. as diversas punições constantes no contrato de franquia. Totalmente desanimado, o franqueado acaba desistindo do sonho de ter sua franquia, o que explica o fracasso de muitos empresários. Uma assessoria especializada pode auxiliar o franqueado nesta hora, dando suporte mercadológico, jurídico e comercial, evitando que os desentendi-
mentos com o franqueador cheguem a situações extremas. O contrato de franchising é um contrato de adesão, ou seja, o contratante não tem a possibilidade de discutir ou negociar suas cláusulas, limitando-se a assiná-lo. O que muitos franqueados não sabem é que essa peculiaridade já autoriza interpretações em favor do contratante.
A
lém disso, quando algumas de suas cláusulas impostas não são devidamente cumpridas pelo franqueador, constituem motivo plausível para a sua rescisão, sem multas. Na verdade, quando o franqueador pratica algum ato diverso do acordado entre as partes, ou se omite em alguma situação que se obrigou a atuar, infringe cláusulas do contrato, autorizando a rescisão pela parte que se sentiu lesada, o franqueado. ALESSANDRA ARAÚJO É ADVOGADA DA MACHADO ADVOGADOS E CONSULTORES
JOÃO DE SCANTIMBURGO SERÁ A CPMF IMORTAL?
O
governo está dando ares de imortalidade à CPMF, procurando, até mesmo, nos Estados adesão a uma forma de torná-la viva. Mas é inútil essa extorsão para o bolso do contribuinte, pois há aumento da arrecadação no País. Como leio no jornal O Globo: "A arrecadação cresce 11%, quase duas vezes a CPMF". Nós estamos observando uma arrecadação brutal, uma mordida recorde do Leão, como a que ocorreu em 2007, conforme acentuou também o Diário do Comércio. O que se vê é que a arrecadação não tem limites na perspectiva dos estudiosos de vulto. Não adianta, portanto, o governo tentar reviver a CPMF _ se já está duas vezes maior a arrecadação, que cresceu 11%, como dissemos acima _ para atender a política de investimentos oficiais, de acordo com agenda de prioridades ajuizada pelo presidente da República. Ao mesmo tempo, lemos que está pronto o plano de reforma tributária que não foi dado a conhecer aos técnicos abalizados que dominam o mercado e podem dar uma contribuição decisiva ao governo, bastando consultá-los.
G O governo está
dando ares de imortalidade à CPMF e procura agora adesão a uma forma de revivê-la. Há muito tempo estamos batalhando contra o sistema tributário nacional. Sistema inadequado e cheio de falhas, com arrecadações que têm sobrepujado o mínimo previsto pelos técnicos para satisfação do governo. O imposto é tudo num país. A nossa força está nesse ponto, mas as campanhas como a do nosso jornal, não esquecem, todos os dias, de forçar a nota principal da fome do Leão, pois consideramos o sistema tributário nacional cheio de defeitos, o que reclama uma reforma já preparada num antiprojeto que foi feito e não submetido ao conhecimento dos interessados.
T
udo isso foi deflagrado pela CPMF, pois partimos do imposto conhecido por esse nome contra o poder oficial, que se esforçou enormemente pela continuidade da tributação que estava adequada aos seus interesses. Isto foi antes da sua derrota. Como se vê, o imposto era desnecessário no quadro da tributação nacional, não fosse a perseverança do presidente e de seus auxiliares imediatos na área econômica, querendo, por força, ver aprovado um imposto que foi superado pela arrecadação em quase duas vezes o seu montante. Fica aqui a nossa análise sobre a questão tributária nacional. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
4
Empresas Finanças Nacional Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
A Paper in the Sky é especializada na personalização de produtos
PAPELARIAS DEVEM FATURAR R$ 770 MILHÕES
A INCIDÊNCIA DE IMPOSTOS SOBRE MATERIAL ESCOLAR VARIA ENTRE 16,72% E 48,69%, SEGUNDO O IBPT.
TRIBUTOS ENTRAM NA LISTA DE MATERIAL Leonardo Rodrigues/Hype
Leonardo Rodrigues/e-Sim
Fundação Procon recomenda que pais façam muita pesquisa de preços
A mochila da marca Kipling virou símbolo de status entre estudantes
Adriana David
E
Diferença de preços chega a 260%, diz Procon
A
diferença no preço do material escolar em distintos estabelecimentos pode chegar a até 260%. É o que revelou estudo realizado pela Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania. A pesquisa foi feita entre os dias 8 e 10 de janeiro e abrangeu dez pontos comerciais distribuídos pelas cinco regiões de São Paulo. A maior diferença constatada foi no preço do caderno universitário de capa dura com espiral e 96 folhas da marca Foroni – Linha Quatro Elementos. A divergência no valor do produto é de R$ 7,15, o que representa uma variação de 260%. Também constatou-se disparidade expressiva no valor
da caneta esferográfica Cristal Power Ball da Faber-Castell. A unidade foi encontrada na zona oeste, por R$ 1, enquanto na zona sul, era vendida por R$ 3,15, o que representa uma diferença no valor absoluto de R$ 2,15 (variação de 215%). Na comparação entre menor e maior valor, foi constatado que, entre os 128 itens, 74 (ou 57,81%) tiveram diferença de preço abaixo de 50%; 38 (29,69%) apresentaram diferença de preço entre 50% e 100%; e em 16 produtos (12,5%) foi verificada diferença de preço de 100% ou mais. Na compra do material escolar, o Procon recomenda que o consumidor compare preços e leve em conta a forma de pagamento. (AE)
Fotos: Divulgação
m todo início de ano os pais deixam muitos reais nas papelarias e livrarias para comprar a longa lista de material que os alunos têm que levar para a escola. Dados do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório e Papelaria de São Paulo e Região (Simpa) mostram que o setor deve faturar R$ 770 milhões com material escolar. Mas grande parte desse montante vai para os cofres públicos, na forma de tributos. Um levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) indica que a carga tributária sobre itens escolares varia de 16,72% a 48,69%. O percentual mais baixo incide sobre o livro. O mais alto, sobre a caneta. Muito tributados também são a borracha, a agenda e o apontador, com 44,39% de impostos sobre o valor de venda. A régua tem incidência de 45,85%. Na faixa dos 40%, ainda há outros itens usados pelos estudantes. A cola, por exemplo, carrega 43,91% de impostos no preço ao consumidor; e artigos de plásticos, como pastas e estojos, em torno de 41%. Os tributos embutidos nos preços de mochila e lancheira representam mais de 40%. Com carga tributária entre 36% e 38% estão pincéis, cadernos, lápis, papéis e tintas guache e plástica.
A Tybo aposta em tecnologia
A Eastpack em grafismos
Grifes aproveitam para lançar produtos Kety Shapazian
I
magine entrar numa papelaria e poder comprar cadernos para os filhos com fotos e nomes dos pimpolhos nas capas. É a proposta da Paper in the Sky, empresa virtual que trabalha com produtos de papelaria e presentes personalizados. E não é só a foto que o cliente pode escolher. Também o tipo, tamanho e cor da letra são escolhidos. "É uma compra altamente personalizada, e os produtos com fotos são os mais vendidos", diz Nivia Galego, diretora da Paper, empresa do grupo Type Brasil, gráfica com 23 anos de idade. "Quando ingressamos na impressão digital, achamos que havia um mercado muito maior e abrimos a Paper in the Sky. Optamos pela empresa digital para o cliente fugir da forma convencional de compras e nós aproveitarmos o boom do comércio eletrõnico." A diretora diz que os campeões de vendas do site são os cadernos (R$ 57,40, o grande), quebra-cabeças (R$ 35) e cubos mágicos (R$ 32,10). Nesta época do ano, quando as mães se preocupam com a lista de material escolar, as agendas e tags (plaquetas de identificação para pendurar nas mochilas ou etiquetas para colar) são muito procurados. "Nossos maiores clientes são mulheres com mais de 25 anos, das classes A e B." O site é usado por namoradas e esposas que presenteiam seus parceiros (por isso mesmo, Natal e Dia dos
Namorados ocupam o topo da lista de datas mais importantes para a Paper) e por mulheres que gostam de fazer um agrado às amigas. Apesar de a empresa existir há apenas dois anos e meio, Nivia diz que o faturamento tem aumentado e que a Paper enfrenta um período de estabilidade. "No começo, havia picos de pedidos apenas em quatro datas comemorativas: Natal, Dia dos Namorados, volta às aulas e Dia das Mães. Hoje, isso não acontece mais", diz. A mania das mochilas – A mochila é um daqueles itens que não aparecem na lista de material escolar, mas não tem pai ou mãe que escape de comprar uma nova a cada início de ano. É nessa época que as empresas apostam em modelos que vão de estampas de personagens de filmes ou de TV a desenhos exclusivos feitos por skatistas e roqueiros. Esse é o caso das peças da marca americana Eastpak, cuja estampa é feita por jovens grafiteiros e até roqueiros, como o Ozzy Osbourne. Já a loja Tybo, aproveitando a época de volta às aulas, está vendendo três modelos da marca Jansport. As mochilas são dotadas de tecnologia LiveWire, que permite controlar o iPod pela própria alça e ainda possuem costas acolchoadas. A marca belga Kipling, que tem um macaquinho como ícone, virou símbolo de status entre os estudantes. Mas a mania sai caro para o bolso dos pais, que desembolsam até R$ 640 por uma mala com rodinhas.
Call centers terão normas
A
Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça (SDE) anunciou ontem que fará audiência pública em 13 de fevereiro com as partes envolvidas nos serviços de call centers, que são os atendimentos eletrônicos feitos por telefone. O objetivo é elaborar normas que garantam tratamento adequado aos consumidores, cujas principais reclamações dizem respeito a demora do atendimento. Serão convidados a participar da audiência representantes de entidades civis, do Ministério Público, da Defensoria
Pública, Procons, órgãos reguladores e de empresas que oferecem o serviço. A SDE fará outras ações ao longo do ano. A Polícia Rodoviária Federal informará, nos boletins de ocorrência de acidentes em estradas federais, se os veículos envolvidos foram alvo de recall. Outra medida é a criação do Denuncie Aqui, que será um espaço na página eletrônica do Ministério da Justiça (www.justica.gov.br) para que pessoas físicas e empresas denunciem práticas lesivas à concorrência, como a formação de cartéis. (AE)
OPINIÃO - 3
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
É PRECISO LEVAR EM CONTA QUE NÃO HÁ RECEITAS INFALÍVEIS DE NEGÓCIOS NEM NA INTERNET
Paulo Pampolin/Hype-12/07/2007
BENEDICTO FERRI DE BARROS
A ALQUIMIA DO PODER
N
modo fazer dinheiro. Isso aconteceu nos sete primeiros anos de operação comercial, e ao final deles as ações de empresas "virtuais" começaram literalmente a derreter na Nasdaq, a bolsa de valores americana que concentra os papéis das empres a s d e t e cnologia. Explicação: ess a s e m p r esas foram criadas naquele período de entusiasmo, quando os bancos de i nve s t i m e nto american o s ( e a lguns brasileiros) apost a r a m mont anhas de dinheiro n e s s e m e rcado. Mas no ano 2000 ficou claro que nem todas as empresas que haviam aparecido nessa onda continuariam surfando bem. Muitas operações deram certo, embora tenham consumido muito dinheiro, como foi o caso de provedores de acesso das empresas de telecomunicações. Deram certo também certas operações de varejo, como aconteceu com o Submarino e as Lojas Americanas, sem falar na Amazon. Mas os bancos mudaram de foco, o tempo passou e hoje a internet vive uma fase de relativa maturidade, oferecendo novas oportunidades _ mas o dinheiro não é mais tão fácil. Um livro como o da dupla Joe Vitale e Jillian Coleman Wheeler, no entanto, pode dar a impressão de que aqueles tempos voltaram _ o título é nada menos do que Your Internet Cash Machine: The Insiders Guide to Making Big Money, Fast! (editora Wiley, 222 páginas, US$ 24,95). Ou seja, dá a idéia de que a Internet é uma caixa registradora que vai encher de dinheiro
Vale a pena abrir um negócio na internet? Autores afirmam que sim, e dão informações relevantes para quem quer apostar na internet. Mas a web não é uma máquina de fazer dinheiro que dispensa inovação e investimentos
Por Paulo Brito
P
G Faça seu comentário direto no site do DC G Ou envie
AFP
um e-mail: doispontos@ dcomercio. com.br
or mais que todos achemos que a internet é uma novidade, a verdade é que ela já está fazendo 40 anos. O que a maioria das pessoas conhece por esse nome é a internet em sua fase comercial, que começou em 1993. Antes disso, ela era um recurso desenvolvido para o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, aproveitado depois pela comunidade acadêmica e finalmente por todos nós. Como toda novidade pode ao mesmo tempo ser vista como uma oportunidade _ muita, mas muita gente mesmo correu para conseguir um lugar de destaque na internet e desse
os bolsos de todos nós. O que a obra traz são informações importantes para quem optou por uma operação comercial na internet. Os autores têm boa visão dos negócios, apresentam vários modelos que deram certo e para cada um colheram um depoimento de um empresário bem-sucedido. A idéia básica do livro é guiar o leitor passo-a-passo por todo o processo de selecionar um nicho de negócios com base em seus próprios interesses e aptidões, construir um site e gerenciar o negócio, temperando isso tudo com estratégias de marketing online capazes de atrair um número muito grande de visitantes. É preciso levar em conta que não há receitas infalíveis nem na internet e nem em qualquer outra área de comércio, a começar pela seleção do negócio com base em "interesses e aptidões". Pode ocorrer que o tema de interesse do leitor-empresário esteja absolutamente saturado de concorrentes, e isso é apenas o início dos problemas. É preciso levar em conta também que a internet não é exatamente o negócio _ a internet é a mídia, o meio através do qual os visitantes ou consumidores terão acesso a informações ou transações que, no final, vão se transformar em faturamento.
É
bom lembrar que embora Joe Vitale esteja sendo considerado o "Buda" da internet, por causa da inserção de espiritualidade nas estratégias da sua empresa, a Hypnotic Marketing, ele não tem informações miraculosas nem a internet vai começar a despejar dinheiro de uma hora para outra nos cofres de ninguém _ a maioria esmagadora das operações que dão lucro atualmente custou muito investimento, levou muito tempo para se tornar lucrativa e consumiu muito dinheiro em experiências que deram errado até que o modelo de negócios fosse definido. Os negócios do mundo digital têm particularidades cuja desco-
berta é recente, e que desafiam o senso comum. Claro que o conhecimento trazido pelos autores é valioso _ entre outras coisas eles resolvem para o leitor o problema de definir um website que seja funcional a ponto de aumentar o faturamento da empresa, ensinam a selecionar o melhor modelo de negócio, a tornar o site conhecido, atrair público, conseguir simpatizantes que dêem suporte ao negócio e superar as expectativas dos clientes.
N
ada disso vai funcionar se os princípios básicos do comércio não forem respeitados com relação a mercado apropriado, custo dos produtos, qualidade, preço, margem, logística, marketing, pós-venda. Vale a pena lembrar que a Enciclopédia Britânica foi um sucesso em papel durante cerca de 250 anos, até que surgiu o CD. Desse momento em diante, aqueles que tinham dinheiro para comprar uma enciclopédia passaram a presentear filhos e netos com um computador, porque era ali que viam as possibilidades de ampliação do conhecimento. Por causa desse fenômeno, a Britânica quase faliu, tentou sobreviver comercializando seu conteúdo em CDs (o que não deu certo pois ninguém queria pagar muito dinheiro por CDs, ainda que eles contivessem toda a Britânica) e só recuperou seu prestígio ao ressurgir na Internet, no ano 2000, com um novo modelo de negócios que incluía a cobrança de assinatura para quem quisesse consultá-la online. O modelo deu certo, mas custou quase uma década de trabalho e milhões de dólares em prejuízos e investimentos, para que se descobrisse aquilo que não está escrito em livro nenhum e não se ensina em nenhuma escola: como chegar ao sucesso no mundo dos negócios. PAULO BRITO É CONSULTOR DE EMPRESAS PB@MANDIC.COM.BR
É preciso levar em conta que a internet não é exatamente o negócio _ a internet é a mídia, o meio através do qual os visitantes ou consumidores terão acesso a informações ou transações que, no final, vão se transformar em faturamento.
a Idade Média os alquimistas se aplicavam a vida inteira para descobrir a pedra filosofal, que transformaria um metal qualquer em ouro, e o elixir da longa vida que lhes garantiria vida eterna. Não consta que algum deles tenha alcançado um sequer desses objetivos. Com meros quatro anos de mandato e um ano de remandato, Lula proclamou estar atingindo a perfeição. Como não especificou no quê, nem o que entende por isso, a nós, meros cidadãos-eleitores e contribuintes compulsórios, só cabe especular no quê e por quê... Ora, quem passou parte da vida morando de favor e foi aposentado prematuramente pode dispensar a pedra filosofal, pois ao final de apenas quatro anos de mandato amealhou algo próximo de um milhão de reais, já que seus gastos de manutenção, viagens e demais mordomias, são cobertos por verbas oficiais com recursos tomados dos contribuintes. E se os cabelos brancos que adquiriu nesse período não constituem passaporte para a eternidade, não é extravagante admitir que com o empuxo que o vem propelindo, daqui a pouco estará levitando e para quem levita só o céu é o limite. Em carta trocada com o bispo Creighton Lord Acton escreveu o que veio a se tornar seu mais conhecido aforisma: "Todo poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente." Não pretendia, nem era o caso de numa simples carta dizer tudo o que, com sua cultura enciclopédica, sabia sobre o assunto. Nem pretendo, com meus modestos conhecimentos esgotar a matéria num simples artigo. Apenas arrolar algumas outras características que a alquimia do poder exerce sobre os que são ungidos por ele. A primeira e mais evidente é uma adiposidade do ego que já não cabe em si mesmo. Um inchaço de autodeslumbramento que só o uso reiterado de psicotrópicos pode ocasionar, como se viu, por outros motivos, suceder com o famoso guitarrista e cantor de "rock", Elvis Presley.
O
narcisismo assume tal proporção que mesmo quando o indivíduo está falando para um público parece que está se mirando num espelho e dizendo para si próprio: "Puxa! como eu sou bom!"
G Lula declarou
estar atingindo a perfeição. O narcisismo assume tal proporção que parece que o sujeito está dizendo para si: 'Puxa! como eu sou bom!'
Pudera! por toda a parte, onde passa, soberanos o recebem com todas as honras, multidões o aplaudem e até expoentes os mais altos da sociedade se honram (ou fazem de conta que) em entrevistar-se com ele. O mais desconfiado dos homens, mesmo os que se olham de esguelha ao espelho, não pode negar o fato de que ele é um vitorioso. E quando isso acontece é fatal que o indivíduo se torne um ventríloquo de si próprio e uma marionete de sua mímica irresistível, sejam lá quais forem os assuntos e as abobrinhas que esteja expelindo sobre sua audiência. Embora não tenha sequer passado por uma ordenação, ele se crê um sumo-pontífice. Ficamos nesse esboço a bico-de-pena no espaço deste artigo. O leitor interessado no assunto fará sua leitura mais proveitosa lendo o livro de Bertrand de Jouvenel, Du Pouvoir –Histoire Naturelle de as croissance (Éditions du Cheval Ailé, Constant Bourquin, Genève, 1947.) BENEDICTO FERRI DE BARROS É ESCRITOR. PAJOLUBE@TERRA.COM.BR
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Ela é uma mulher magnífica, uma mulher adequada para o Eliseu, ela tem todas as qualidades de uma primeira-dama.
Reprodução e AFP
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
JANEIRO
10 - LOGO
www.dcomercio.com.br/logo/
Do estilista italiano Valentino, que apresenta seu último desfile hoje em Paris, sobre Carla Bruni se casar com o presidente da França Nicolas Sarkozi.
23 Morte do pintor surrealista espanhol Salvador Dalí (1904-1989)
C INEMA 1 C A R T A Z
Brasil barrado em Hollywood
A MuBE
pesar da forte campanha, o filme brasileiro O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias ficou fora da lista de indicados ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Os concorrentes em todas as categorias foram anunciados ontem em Hollywood. O Brasil perdeu para filmes da Polônia, Áustria, Israel, Rússia e Cazaquistão.
"É uma pena que nenhum filme da América Latina tenha sido escolhido", disse Cao Hamburger, diretor do longa. A produção ficou entre as nove que poderiam ser indicadas ao Oscar de um universo de 63. Indicados a Melhor Filme foram Desejo e Reparação, Onde Os Fracos não Têm Vez, Conduta de Risco, Juno e Sangue Negro. Onde os fracos não têm vez e Sangue Ne-
gro concorrem a outros sete Oscars cada um. Para melhor diretor, os nomeados foram: Paul Thomas Anderson (Sangue Negro), Julian Schnabel (O Escafandro e a Borboleta), Jason Reitman (Juno), Tony Gilroy (Conduta de Risco), Joel e Ethan Coen (Onde os fracos não têm vez). Os nomeados para melhor ator foram: George Clooney (Conduta de Risco), Johnny
Juan Mabromata/AFP
C INEMA 2
Artistas finlandeses manifestam sua visão de mundo em 20 obras. MuBE (Museu Brasileiro da Escultura), av. Europa 218, Jardim Europa, tel: 3081-8611, das 10h às 19h. Grátis.
Mistério na morte de Heath Ledger O ator norteamericano Heath Ledger foi encontrado morto ontem em sua casa em Manhattan. Há suspeita de que a morte esteja relacionada com consumo de drogas. Ledger foi encontrado pela empregada, quando ela foi informá-lo de que que sua massagista havia chegado. O ator, nascido na Austrália, foi indicado ao Oscar por sua atuação no filme O Segredo de Brokeback Mountain, de 2005. Heath Ledger, 28 anos, foi casado com a atriz Michelle Williams, com quem tem uma filha de dois anos.
F UTEBOL
Entra Pato, sai Ronaldinho O técnico Dunga anunciou ontem os 22 jogadores convocados para o amistoso contra a Irlanda no dia 6 de fevereiro em Dublin. Os destaques da lista são as presenças do jovem atacante Alexandre Pato, do Milan, e do meia Richarlyson, do São Paulo, além da ausência do meiaatacante Ronaldinho Gaúcho, do Barcelona. Dunga optou por uma equipe com vários jogadores com idade para participar das Olimpíadas de 2008, em Pequim:
Renan (Internacional), Rafinha (Schalke 04), Breno (Bayern de Munique), Marcelo (Real Madrid), Hernanes (São Paulo), Lucas (Liverpool), Anderson (Manchester United), Thiago Neves (Fluminense), Alexandre Pato (Milan) e Rafael Sóbis (Bétis). Por outro lado, outros jogadores normalmente convocados como Diego (Werder Bremen), Wagner Love (CSKA), Doni (Roma) e Daniel Alves (Sevilla), estarão de fora deste confronto amistoso.
E MBAIXADOR
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David Turnley/Reuters
TANGO DE ALUGUEL - Na rua Florida, em Buenos Aires, profissionais do tango encenam os passos da dança com turistas especialmente para fotos.
B RAZIL COM Z
Um museu em sérios apuros
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T ECNOLOGIA
Big Brother no metrô de Xangai
F AVORITOS
Jardim conectado ao computador
Meteorologia na internet
Um minijardim de mesa que funciona com luzes alimentadas pela energia do computador graças a uma conexão USB. Assim é o MiniGreenHouse. O kit tem solo artificial, redoma e sementes de calêndula. e custa US$ 20. www.geeks.com/details.asp?
O Instituto Nacional de Meteorologia mantém em seu site um conjunto de informações exclusivas sobre meteorologia. Além da previsão do tempo, que pode ser encontrada em muitos outros sites, o instituto mantém parte de seu acervo, desde suas origens no antigo Observatório Imperial, online. Há principalmente artigos e textos de publicações especializadas. O internauta pode pesquisar o que há no acervo e acessar alguns textos online no link da biblioteca.
invtid=USB-GREENHOUSE-051
www.inmet.gov.br
zou a recepção à família real. À época, muitos dos portugueses estavam com a mesma roupa desde o embarque, em Lisboa, em novembro de 1807, e a alta incidência de piolhos forçou o corte do cabelo de grande parte dos integrantes da alta cúpula, incluindo a princesa Carlota Joaquina.
Em entrevista à BBC, ontem, o curador-chefe no departamento de Artes Gráficas do Museu Louvre, Régis-Michel, disse que a situação do Masp "é catastrófica porque pode prejudicar a reputação das instituições culturais em São Paulo que são, com freqüência, dinâmicas e prestigiosas". "Está claro que apenas uma intervenção forte, determinada e urgente do poder público tem a possibilidade de salvar o museu". O Masp é uma instituição privada. L OTERIAS Concurso 626 da DUPLA SENA Imagens da parada naval, ontem, em Salvador: multidão no lugar de D. João
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Seis novas Fatecs com 480 vagas entram começam a funcionar neste semestre Hospital A.C. Camargo investirá R$ 14 milhões em centro de pesquisa e ensino
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G @DGET DU JOUR
O Museu de Arte de São Paulo (Masp) recuperou as duas obras de arte roubadas em dezembro, mas ainda é uma instituição frágil e em apuros. Ao menos na visão do norte-americano The New York Times, que destacou no fim de semana a ação civil pública que foi proposta pelo Ministério Público Estadual (MPE) contra o museu, pedindo a interdição temporária do prédio-sede da instituição. O Masp aceitou abrir a gestão à participação dos governos municipal, estadual e federal e de empresas privadas em troca de verbas.
Curador francês quer intervenção
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casal extremamente envergonhado", afirmou o jornal. O casal contratou um advogado no interesse de "todos os passageiros do metrô e trem em Xangai", afirmou o homem que aparece no vídeo. A operadora do metrô, a Shanghai Metro Operation, estava investigando e prometeu "punição severa" se encontrar empregados usando os vídeos de forma inapropriada. Especialistas e acadêmicos jurídicos chineses pediram uma legislação de privacidade mais forte para regular o uso de trechos de vídeo e impor penalidades sobre seu abuso.
ma parada naval comemorou ontem, em Salvador, o bicentenário da chegada da família real portuguesa, que autorizou a abertura dos portos, entre outras providências para fortalecer a economia da colônia, no período anterior à independência do Brasil. O navio Cisne Branco zarpou do porto de Salvador para a Barra, onde ancorou próximo ao forte de Santa Maria, diante da multidão presente na balaustrada. Além do Cisne Branco, a parada naval contou com um desfile de 12 navios. Construído em estaleiros holandeses, o navio é uma réplica das embarcações típicas do século 19, como as que chegaram ao Brasil, vindas da Europa, em guerra por causa da expansão francesa, comandada por Napoleão Bonaparte e que provocou a fuga da família real portuguesa para sua principal colônia. Segundo o presidente da Fundação Pedro Calmon, o sociólogo Ubiratan Castro, a esquadra da família real causou apreensão depois de ser avistada do forte de São Marcelo, situado à entrada da Baía de Todos os Santos. "O primeiro navio tinha a bandeira britânica e assustou os baianos". O pesquisador acrescentou que os baianos só ficaram mais tranqüilos depois de confirmarem que as outras três caravelas exibiam a bandeira portuguesa. O Conde da Ponte, então governador da Bahia, organi-
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Um irritado casal chinês, filmado aos beijos e abraços numa plataforma do metrô, planeja processar a operadora do metrô depois que este vídeo foi carregado para o YouTube e outros sites, obtendo milhares de acessos. O vídeo de três minutos do casal, em torno dos 20 anos, foi filmado em setembro e colocado no YouTube e sites de compartilhamento de vídeo na semana passada, afirmou edição de ontem do jornal China Daily. Foram mais de 15 mil acessos em dois dias, afirmou. "Uma voz em tom de deboche pode ser ouvida ao fundo do vídeo. Ela deixou o
Há 200 anos...
Fotos: Caio Guatelli e Haroldo Abrantes/Folha Imagem
H ISTÓRIA
O craque inglês David Beckham, embaixador da Boa Vontade da Unicef, em Serra Leoa no fim de semana. Beckham jogou futebol com os garotos em campos improvisados, conheceu vilarejos e centros de tratamento contra a malária.
Depp (Sweeney Todd), Viggo Mortensen (Senhores do Crime) e Tommy Lee Jones (No Vale das Sombras) e Daniel Day-Lewis (Sangue Negro). Nas lista de indicadas a Melhor Atriz ficaram Ellen Page (Juno), Cate Blanchett (Elizabeth: A Era de Ouro), Julie Christie, (Longe Dela), Marion Cotillard (Piaf - Um Hino ao Amor) e Laura Linney (The Savages).
Europa anuncia plano de corte de emissões de CO2 que custará US$ 86 bilhões
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Concurso 1854 da QUINA 08
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Jeff Haynes/AFP
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
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Política
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008 Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr
Vamos fazer um esforço de arrecadação, mas não há previsão de fazer corte no PAC. Paulo Bernardo
Celso Junior/AE
UM ANO DEPOIS, PAC RECEBE R$ 16,5 BI Durante apresentação do balanço de um ano do Programa de Aceleração do Crescimento , governo reforça a expectativa de superar a previsão de investimentos de R$ 500 bilhões em quatro anos
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ministra-chefe da balanço do PAC divulgado à Casa Civil, Dilma imprensa, o agravamento da Rousseff, divulgou crise externa nas últimas seontem um balanço manas levanta a questão de do Programa de Aceleração do "potenciais impactos no BraCrescimento (PAC) e o classifi- sil". Em seguida, porém, o docou como uma "vacina" contra cumento informa haver uma a turbulência dos mercados. "ampla concordância" de que o "O PAC é uma vacina contra a País estaria, atualmente, mecrise externa. O PAC é uma va- nos vulnerável a este tipo de cina porque acelera a deman- crise do que no passado. da interna, foca na demanda O governo avalia que, eminterna e cria uma grande per- bora o Brasil não esteja "imumanência em relação à deman- ne" à crise externa, os seus impactos no País da. É um conjunto de obras cujo tendem a ser "limitados". "A maf a t o r d e t e r m inante é interno, nutenção de funnão é externo", O PAC é uma vacina damentos sóliafirmou Dilma. contra a crise externa dos é essencial De acordo com porque acelera a para enfrentar a o balanço de um crise", diz o godemanda interna, ano do PAC, o governo no texto v e r n o f e d e r a l foca na demanda do PAC. destinou R$ 16,5 interna e cria uma Ao comparar os períodos do bilhões do Orça- permanência . mento Geral da ano, o governo Dilma Rousseff argumenta que União para o programa. Desse toa e x e c u ç ã o f ital, R$ 16 bilhões, ou 97%, des- nanceira dos recursos gase valor foram empenhados, nhou agilidade ao longo de ou seja, foram comprometidos 2007. "Na comparação com o com as ações descritas no pla- primeiro quadrimestre, a dono de investimento até o dia 31 tação cresceu 73%, os empede dezembro de 2007. Os paga- nhos aumentaram 733% e os mentos realizados ao longo do pagamentos 18 646%", inforano passado totalizaram os ma o texto oficial. Os investiR$ 7,3 bilhões. mentos em geração e transSegundo o documento de missão de energia das empre-
Ministra -chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, durante exposição do balanço de um ano do PAC, ao lado do ministro da Fazenda Guido Mantega
sas estatais e privadas alcançaram R$ 40,9 bilhões, dos R$ 56,8 bilhões previstos para o período. No setor de petróleo e gás, foram aplicados R$ 30,4 bilhões, e em geração e t r a n s m i s s ã o d e e n e rg i a R$ 10,5 bilhões. Investimentos – A ministra Dilma Rousseff disse acreditar que o País vai conseguir superar a previsão de investimentos de R$ 500 bilhões em quatro anos, no período do PAC. Ela evitou dizer qual foi a soma de investimentos públicos e privados realizados no ano passado, primeiro ano de vigência do programa. A ministra desviou da resposta ao destacar que todo o investimento público é feito por empreiteiros e empresas do setor privado e que, por isso, não há oposição entre investimento público e privado. Ontem a ministra voltou a garantir que "não há a menor possibilidade de racionamento de energia". Dilma explicou que a situação, hoje, é "bem diferente" da de 2001, ano em que
O cronograma do 'crescimento' Governo anuncia as áreas em que o investimento irá fluir daqui para a frente
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stradas, portos, energia... o governo faz as contas e diz que os recursos serão suficientes para destravar o crescimento do País. Acompanhe o que foi anunciado ontem: Rodovias – A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, anunciou para este ano a recuperação de 32 mil quilômetros de rodovias no País. Esse total foi dividido em duas fases. A primeira, com 17 mil quilômetros, e a segunda com 15 mil quilômetros. O edital de publicação das duas fases será lançado, segundo a ministra, no primeiro semestre deste ano e as obras estão previstas para 2009. Entre as rodovias estão trechos da BR 101, no Nordeste; da BR 381, em Minas Gerais especificamente os contornos das cidades de Belo Horizonte e Governador Valadares; a segunda ponte internacional de Foz do Iguaçu; a BR 470, de Santa Catarina; a BR 116, do Rio Grande do Sul e as BRs 163 e 364, em Mato Grosso. Dilma anunciou também que o preço máximo para a tarifa do leilão de concessão dos trechos baianos das rodovias federais (BRs) 116 e 324 caiu de R$ 3,50 para 3,06 por 100 quilômetros. Segundo o governo, a redução foi possível. Transmissão – O governo pretende realizar no segundo semestre deste ano o leilão de concessão da linha de trans-
missão Porto Velho-Araraquara (SP) – linha que transportará até o Sudeste do País a energia a ser gerada pelo complexo hidrelétrico do Rio Madeira, em Rondônia. A linha terá cerca de 2.700 quilômetros de extensão e demandará investimento total de R$ 3,6 bilhões. Mais especificamente, o governo pretende realizar esse leilão até o fim do terceiro trimestre. A estimativa é a de que a linha esteja concluída até 30 de março de 2012 – antes, portanto, da conclusão das obras da primeira hidrelétrica do Madeira (Santo Antonio). O governo planeja realizar, ainda neste ano, outros dois leilões de linhas de transmissão. O primeiro, no primeiro semestre, deverá envolver oito novas linhas, somando 2.600 quilômetros. O segundo, no segundo semestre, terá 360 quilômetros. O governo estima também que, ao longo de 2008, entrarão em operação 2.945 quilômetros de novas linhas de transmissão. Tr em -ba la – O governo pretende licitar no primeiro semestre de 2009 a concessão do projeto do trem de alta velocidade, conhecido como trem-bala, que ligará Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas, no interior paulista. A idéia do governo é concluir até agosto a modelagem e viabilidade do projeto. O trem percorrerá 518 qui-
lômetros entre os aeroportos do Galeão (RJ), Guarulhos e Viracopos (SP) em Campinas. O investimento estimado é de US$ 11 bilhões. Com o obra, o percurso RioSão Pulo poderá ser feito em 85 minutos e o de São Paulo a Campinas em 25 minutos. O balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) divulgado ontem também prevê a publicação, até o primeiro semestre de 2009, do edital para a concessão do trecho sul da ferrovia Norte-Sul, que vai de Palmas (TO) até Rubinéia (SP). Portos – Foi adiada de janeiro para julho a implantação do novo modelo para a realização de dragagem dos portos federais. Em agosto de 2007, o governo havia divulgado um cronograma que previa a publicação, em janeiro, do edital para a licitação da dragagem do porto de Rio Grande (RS) e em maio, para o porto de Santos (SP). Ontem, porém, o governo anunciou que o edital do Rio Grande só deverá sair em 31 de julho e o de Santos, em 31 de agosto. Apesar disso, o governo antecipou a data para a publicação dos editais de dois outros portos: Itaguaí (RJ), de outubro para 31 julho e o do Recife (PE), de setembro para 31 de julho. Os demais sete portos que entrarão no programa tiveram seus cronogramas mantidos. (AE)
ocorreu o racionamento no do FGTS. Brasil. Segundo ela, de 2001 Trâmite – Três propostas para cá o porcentual de energia passaram na Câmara e aguartérmica aumentou de 11% para dam ainda a votação no Sena20% e o de energia hidrelétrica do, entre elas a que altera a Lei foi reduzido de 89% para 80%. das Licitações. O projeto que Congresso – O documento trata da melhoria da gestão sobre o balanço do PAC traz previdenciária passou no Setambém informações a respei- nado e espera deliberação na to do seu andamento legal, e Câmara. Outras cinco medimostra o desend a s a g u a rd a m volvimento de votação na Câum conjunto de m a r a , e n t re a s propostas legisquais as que tralativas destina- Hoje não tam das agências das a destravar a há a menor reguladoras e do economia e a as- possibilidade de Sistema Brasileisegurar um amro de Defesa da racionamento de biente seguro paConcorrência. ra os investimen- energia. A situação O Executivo tos. No total, são é bem diferente também editou 27 Medidas Pro- da de 2001. n o v e d e c re t o s visórias (MP) e no âmbito do Idem projetos de lei enPAC, tratando caminhados ao de temas tribuCongresso Nacional, das quais tários, previdenciários e rela18 já foram aprovadas pela Câ- cionados à gestão do Estado. mara e pelo Senado, com des- Um ponto importante do dotaque para as leis que criam o cumento mostra a estrutura Fundo de Investimento em In- que o governo montou para fra-estrutura e a do Fundo de monitorar o PAC, contando Investimentos com recursos com equipes especiais para
acompanhar as pendências junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) e os licenciamentos ambientais junto ao Ibama e à Funai. Essas equipes acompanham o atendimento, pelos Ministérios, das determinações do Tribunal de Contas da União (TCU) e as deliberações do tribunal, após as providências tomadas pelos órgãos do governo. Em 2007, foram acompanhados 44 processos relacionados a empreendimentos do PAC e liberados 36, correspondendo a 82% do total. Destes, 16 são obras rodoviárias. No caso dos aeroportos, ferrovias, hidrovia, metrôs e recursos hídricos, 100% dos processos foram liberados. Em dezembro do ano passado, 86% dos projetos monitorados apresentavam ritmo adequado, 12% exigiam atenção e aceleração na execução e apenas 2% estavam no limite preocupante (muito atrrasadas). Do total de ações acompanhadas, 62% são obras que vêm sendo tocadas. (AE)
Programa melhorou, dizem Mantega e Bernardo Para os ministros da Economia e Planejamento, o PAC já avançou muito
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ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) tem sido bem-sucedido no seu objetivo de promover a aceleração do crescimento da economia. Ele destacou que os resultados econômicos em 2007 são, no geral, melhores do que os previstos inicialmente, no lançamento do PAC. Entre esses indicadores melhores, ele mencionou a taxa Selic nominal média, que ficou em 11,9% ao ano, ante uma projeção de 12,2%; a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que ficou acima de 5% (o dado de 2007 ainda não foi fechado pelo IBGE), ante uma estimativa de 4,5%; Mantega destacou também que a inflação ficou em 4,5%, um pouco acima da meta (4,1%) e que isso ocorreu, basicamente, pela alta nos preços dos alimentos no segundo semestre. Outros indicadores destacados por Mantega foram o superávit primário da dívida pública acima da meta de 3,8% do PIB e a relação dívida pública/PIB, que chegou a 42,6% em novembro de 2007, ante uma projeção de 43,4%. O ministro ressaltou que em dezembro a relação dívida/PIB deve subir um pouco e se aproximar da projeção para o ano. "Fomos bem-sucedidos, e o PAC
conseguiu acelerar o crescimento do País, mantendo os fundamentos da economia", afirmou Mantega. Ele ressaltou que o Brasil está hoje menos vulnerável e em "situação privilegiada" para enfrentar a atual crise internacional. "O Brasil não é imune, mas nunca estivemos tão preparados. Imaginem se a crise tivesse ocorrido alguns anos atrás", disse o ministro, que mantém as projeções de um crescimento de 5% da economia brasileira para 2008 e de uma inflação de 4,5%. Mantega destacou o crescimento dos Alan Marques/ Folha Imagem
Otimismo: "Nunca estivemos tão preparados", diz Mantega
investimentos internos acima do PIB, a aceleração das vendas no varejo, o crescimento do crédito e a queda nos juros – fatores que, segundo ele, mostram os bons resultados do PAC. Sem cortes – De sua parte, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse que o governo não pretende fazer cortes nos investimentos das obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ele lembrou que o governo terá neste ano uma redução de receita, com o fim da CPMF, e que, mesmo com as medidas já adotadas para a compensação da perda, haverá um corte de despesas no Orçamento. "Vamos fazer um esforço de arrecadação, dentro das alíquotas e dos tributos já existentes. Mas não há previsão de fazer corte no PAC", ressaltou o ministro. Ele admitiu que sempre há a possibilidade de algumas obras não poderem ser executadas e que, nesse caso, haverá remanejamento do valor a ser investido. Bernardo disse que vem conversando com parlamentares sobre os cortes no Orçamento. "É fundamental que sejamos parceiros", afirmou. A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, também assegurou que o governo não pensa em cortar recursos do PAC. (AE)
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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A ZTE ATUA NO BRASIL COM A MARCA AIKO
por cento foi o aumento das exportações brasileiras de frango, segundo a Abef.
Roby Beck/AFP
Aquisição
O Gol faz promoção para destinos em baixa ZTE INVESTIRÁ US$ 10 MI EM BARUERI companhia aérea Gol anunciou uma A promoção para "destinos
mais sossegados" no feriado de carnaval. A companhia aérea dará descontos de até 40% para viagens realizadas nos períodos de 31 de janeiro a 2 de fevereiro; 3 e 4 de fevereiro; e entre 5 e 11 de fevereiro. Segundo a empresa, são 51 destinos e mais de 650 trechos com preços especiais. "Entre as promoções há passagens por R$ 69, do Aeroporto do Galeão (RJ) para o Aeroporto de São José dos Campos (SP). Os clientes que desejarem viajar de Florianópolis a Porto Alegre
podem encontrar bilhetes a R$ 89. Já os que saírem do Rio de Janeiro (Aeroporto do Galeão) com destino à cidade de Aracaju podem pagar R$ 179", exemplifica a empresa, em comunicado. O vice-presidente de marketing e serviços da Gol, Tarcísio Gargioni, disse em comunicado que a iniciativa "segue a filosofia da companhia de popularizar o transporte aéreo no Brasil". A promoção "Contramão no carnaval" é válida somente para compras de passagens aérea realizadas pelo site da companhia e não incluem as taxas de embarque. (AE)
chinesa ZTE Corporation, afirma o presidente da ZTE que fornece equipamen- Brasil, Yuan Lie. A O centro de treinamento da tos de rede para telecomunica-
ções, investirá US$ 10 milhões ZTE terá dez salas, três laborana construção de um centro de tórios avançados e capacidade para atender até 100 treinamento tecnolóusuários. Trata-se do gico na cidade de Basexto centro de esturueri, em São Paulo. A inauguração desse dos no mundo. As demais unidades esnúcleo, que atenderá países já clientes e parceiros tão na China, Sul da da empresa em toda a têm fábricas Ásia, Leste da Ásia, América do Sul, está França e Rússia. do grupo A ZTE atua no marcada para o priBrasil desde 2004. meiro trimestre de 2008. "Esse é um mercado es- Fabrica para a Vivo celulares tratégico para a ZTE e conside- vendidos sob a marca Aiko. rando a economia estável, o A g o r a , a e x e m p l o d o q u e desenvolvimento da região e o ocorre em outros 40 países, a potencial em telecomunica- empresa quer lançar a marca ções, o Brasil é fundamental", ZTE no País. (AE)
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Alex Grimm/Reuters
Exportações de frango são recordes
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BOICOTE – O movimento antiglobalização Attac Finlândia protestou ontem contra o fechamento de fábrica da Nokia em Bochum, na Alemanha, e pediu boicote dos produtos da fabricante.
Feira têxtil reflete bom momento do setor nados e é o segundo maior produtor de denim no mundo. A cadeia têxtil do País está verão nem bem che- em um momento muito bom. gou e os visitantes da Para se ter idéia, o volume de XII edição da Fenin – vendas no comércio varejista Feira Nacional da Moda Inver- de vestuário, tecido e acessóno, que começou ontem, na ci- rios registrou, até outubro do dade de Gramado, no Rio ano passado, um crescimento Grande do Sul, já sabem as ten- acumulado de 10,54%. O resultados positivos do sedências da moda para o outono/inverno 2008. Considera- tor estão aparecendo na Fenin. da uma das feiras de moda A Colella, confecção de moda mais importantes do País, a Fe- feminina, por exemplo, teve nin reúne 700 expositores, de um movimento 40% maior em mais de 1,2 mil marcas, dos número de visitantes em relasegmentos de moda feminina, ção ao primeiro dia da edição masculina e infanto-juvenil. anterior. Atualmente, a Colella produz 300 Além disso, os mil peças por lojistas podeano e registra rão ver as noexpansão de vidades das 10% anuais. tecelagens pa"Não temos ra o verão números ab2008/2009. por cento foi o quanto solutos desse A feira mocresceu o segmento primeiro dia vimentou a cide feira, mas dade. Mais de têxtil em todo o Brasil com certeza o 90% dos hotéis até o mês de outubro movimento é da região esdo ano passado. 40% maior do tão reservados que na edição para os quatro Setor vive bom do ano passadias do evento momento. do, que se repara acomofletirá nas dar visitantes, vendas", disse lojistas, profissionais da moda e comprado- José Carlos de Oliveira, diretor res. A lojista Maria Cristina da Colella. As expectativas dos exposiSouza, do Rio de Janeiro, aproveitou a oportunidade para tores da Fenin são grandes. Na ver e reservar as novidades pa- Tropi, que comercializa jaquera a nova estação. "As coleções tas e blusas de lã, achar um estão lindas. Nem sei o que vou vendedor disponível estava difícil. "Isso aqui está uma loulevar", disse. A Fenin é um termômetro do cura. Esperávamos muitas videsempenho desse segmento. sitantes, mas não sabíamos Segundo a Associação Brasi- que seria assim. A previsão é leira da Indústria Têxtil e de comercializar R$ 200 mil em Confecção (Abit), o setor apre- produtos nos quatro dias da sentou no último ano (janeiro a feira", disse o gerente Ibrahim dezembro de 2007) um fatura- Kassen Kalakech. Seguindo as tendências da mento estimado em US$ 34,6 bilhões. Já as exportações atin- Fashion Week, entre as novigiram cerca de US$ 2,4 bilhões dades apresentadas na Fenin e as importações, US$ 3 bi- para o inverno 2008/2009 eslhões. Atualmente, a indústria tão os shorts e minissaias com brasileira ocupa a sexta posi- meias de lã ou legging, jaqueção no ranking mundial de tas e casacos com cores quenprodutores têxteis e confeccio- tes, estampas e xadrez.
Kelly Ferreira, de Gramado
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exportação brasileira de carne de frango aumentou 21% em 2007, para 3,29 milhões de toneladas, na comparação com 2006, quando o volume somou 2,7 milhões de toneladas. A receita cambial do ano passado alcançou US$ 4,97 bilhões, o que corresponde a um aumento de 55% sobre o ano anterior, quando o faturamento da exportação totalizou US$ 3,2 bilhões. Com esse resultado, a exportação de carne de frango atingiu em 2007 números
recordes, segundo o presidente-executivo da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abef ), Christian Lohbauer. Para 2008, as projeções da entidade indicam aumento de 8%, tanto em volume como em receita. Esse desempenho mais fraco do que no ano passado deve ser provocado pelo aumento do custo de produção no setor, com alta do preço do milho e da soja.
banco Bradesco anunciou ontem, por meio de comunicado ao mercado, a compra do controle societário da Mediservice Administradora de Planos de Saúde, por R$ 84,9 milhões. A Mediservice, que atua no País há mais de 20 anos, possui mais de 300 mil usuários em todo o Brasil e uma rede de aproximadamente 30 mil credenciados. O Bradesco acredita que a aquisição possibilitará ganhos de escala ao grupo e a consolidação de sua posição de líder no mercado de saúde suplementar. (AE)
Yahoo! menor
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gigante americano da internet Yahoo! deverá cortar 15% do quadro de funcionários para melhorar a rentabilidade. Serão 2,5 mil demissões.
BÚSSOLA
Sem parafina
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presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Velas, Jozarba Cavalcante Rodrigues, diz que a situação do setor é alarmante. Isso porque a Petrobras, único fabricante de parafina no País, parou de produzir o insumo para manutenção de equipamentos. O produto desapareceu do mercado e os preços dispararam. Segundo Rodrigues, se a situação não mudar, as empresas começarão a demitir. As indústrias de móveis, fósforo, ceras, emulsões, tintas e chicletes também estão sendo afetadas.
economista Wladir Pereira Gomes, professor da PUC foi eleito presidente do Conselho Regional de Economia de SP.
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Perdigão levantou R$ 933 milhões com a oferta de ações realizada para financiar a compra da Eleva (ex-Avipal). Ao todo, foram distribuídas 20.744.200 ações ordinárias, com preço de emissão em R$ 45. O destaque foi para a participação das entidades de previdência privada, que compraram 30,8% dos ativos ofertados.
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ciranda@dcomercio.com.br
Congresso Planalto Te r r a s CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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REAÇÃO À APOSENTADORIA PARA SEM-TERRA
Daqui a pouco jovens que atuam no tráfico de drogas também vão tentar se aposentar. Ronaldo Caiado
Leonardo Rodrigues
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
DEM: MAIS APOIO A KASSAB Partido ao meio
Eymar Mascaro
Líderes descartaram a possibilidade de o prefeito sair como vice em uma chapa encabeçada por Alckmin
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s principais líderes do Democratas (DEM) reforçaram o apoio do partido às pretensões políticas do prefeito Gilberto Kassab, que deseja disputar a reeleição na capital paulista, e descartaram qualquer possibilidade de Kassab sair como vice em uma chapa encabeçada pelo ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB). Em reunião realizada ontem de manhã em São Paulo, embora tenham negado discussões a respeito da provável candidatura de Kassab à reeleição, os líderes fizeram questão de ressaltar o desejo de manter a aliança com o PSDB com vistas à eleição presidencial de 2010. O prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, foi um dos maiores entusiastas da candidatura de Kassab e disse que os cariocas têm enviado e-mails sugerindo a adoção no Rio de medidas aplicadas pelo prefeito em São Paulo. Para César Maia, não há dúvida de que a candidatura de Kassab se sustenta. "Se vocês acompanharem a curva de crescimento dele, tanto em matéria de avaliação quanto de intenção de voto, é um crescimento sustentado", disse, citando que a mesma opinião é compartilhada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Alto risco – Ele avalia que uma eventual candidatura de Alckmin para a Prefeitura de São Paulo seria de alto risco. "O
A
centua-se o racha entre os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin, tendo como pano de fundo a eleição de prefeito de São Paulo. O governador Serra quer sustentar a coligação PSDB/DEM nas eleições de 2008 e 2010 e, por isso, defende o apoio do seu partido à reeleição de Gilberto Kassab. Porém, Alckmin deseja se candidatar a prefeito, o que impediria o apoio tucano ao atual prefeito. O rompimento da coligação assusta Serra, apontado como o provável candidato tucano ao Planalto. Agora, Alckmin resolveu correr atrás do apoio das bases do partido para consolidar sua candidatura.
Raimundo Paccó/Folha Imagem
PRESTÍGIO
Rodrigo Maia, Kassab e César Maia: aposta convicta na sustentabilidade da candidatura a prefeito
eleitor médio sempre faz um raciocínio prático: como uma pessoa que chegou a uma posição tão alta (candidato a presidente) vai ter motivação para estar numa posição menor?", questionou. "Do outro lado, há um prefeito que, unanimemente, todos entendem e acham que tem feito uma excelente prefeitura, que cresce, já se aproxima da Marta no primeiro turno e que a vence no segundo turno. Será que vale a pena correr esse risco?", acrescentou César Maia. O deputado Rodrigo Maia (RJ), atual presidente nacional do DEM, disse que o partido pretende manter a aliança com o PSDB em São Paulo e ressal-
tou que ainda é cedo para que as discussões entre os partidos sejam encerradas. "A aliança virá se todos entenderem que é o melhor caminho para os dois partidos e para a cidade de São Paulo. Nossa vontade é que a aliança permaneça", disse. O presidente nacional do DEM descartou qualquer possibilidade de Kassab sair em uma chapa encabeçada por Alckmin. "Não pode. O prefeito Kassab ou será candidato ou não. Para ser vice, ele teria que renunciar à Prefeitura, e não é correto. Se ele renunciar, assume de fato que um outro nome tem mais condições de administrar São Paulo que ele, e não tem", destacou.
Kassab foi o único que não falou abertamente sobre o assunto. Ele evitou polemizar sobre a disputa. "Estamos procurando com muito cuidado travar entendimentos internamente no partido para que depois possamos, entre os aliados, definir o rumo do partido em São Paulo", disse. Kassab disse que sua eventual candidatura não será um entrave para a aliança entre PSDB e DEM, mas admitiu que deseja continuar na Prefeitura de São Paulo. "Jamais algo que é natural que é uma candidatura à reeleição da minha parte, será colocada como um entrave à manutenção da aliança", afirmou. (AE)
O corregedor está verificando se há documentos na Polícia Federal que comprovem denúncias da imprensa
O
PONTA-DE-LANÇA O deputado federal Edson Aparecido tenta convencer a bancada tucana na Câmara a apoiar a candidatura de Alckmin. Ao mesmo tempo, deputados estaduais debatem a conveniência da candidatura do exgovernador.
NÃO QUER
Tuma investiga denúncias contra Lobão Filho corregedor do Senado, senador Romeu Tuma (PTB-SP), afirmou ontem que já está tomando providências em relação às acusações que pesam sobre Lobão Filho – primeiro suplente do senador licenciado Edi-
com dirigentes de diretórios do partido. Além disso, Alckmin vai visitar obras na periferia realizadas durante seu governo.
O DEM está apoiando totalmente a reeleição de Kassab. As pesquisas indicam que o prefeito tem grandes chances de derrotar o PT no segundo turno, caso Alckmin não se candidate.
son Lobão, que assumiu o cargo de ministro de Minas e Energia. O senador disse que está consultando, na Polícia Federal, a existência de alguma investigação sobre o caso e se há documentos que comprovem as denúncias publica-
Celio Azevedo/Ag.Senado 16.05.07
Tuma: "São denúncias graves. Agora, têm que ser comprovadas"
das na imprensa, de que Lobão Filho teria utilizado "laranjas" para cometer crimes fiscais. Tuma iria conversar ainda ontem com o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, sobre possível processo contra Lobão Filho por utilização de procuração falsa. "São denúncias graves. Agora, têm que ser comprovadas", disse. Em relação à possibilidade de Lobão Filho assumir e se licenciar imediatamente para fazer sua defesa sem o foro privilegiado, Tuma disse que, de acordo com as entrevistas, essa estratégia foi aconselhada por Edison Lobão. Questionado por jornalistas se daria esse conselho a seu filho, Tuma afirmou que não o faria porque seu filho, o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr, nunca sofreu
Alckmin começou a procurar o apoio de dirigentes municipais do PSDB. O ex-governador não admite que o partido fique sem candidato à Prefeitura.
ROMPIMENTO
NO PT
Nada assusta mais o governador Serra do que a hipótese de rompimento do DEM com o PSDB. O medo do tucano é que os democratas lancem candidato próprio a presidente.
O principal argumento dos tucanos favoráveis à candidatura própria à Prefeitura é a força eleitoral de Alckmin, o único capaz de enfrentar a petista Marta Suplicy. Mas a ministra ainda não decidiu se será candidata à Prefeitura.
LIDERANÇA Serra tem exibido pesquisas quando tenta convencer Alckmin a não se candidatar: o governador tem a preferência dos eleitores como précandidato ao Planalto. Alckmin, no entanto, acha que sua candidatura a prefeito não prejudica a de Serra a presidente.
PONTA-DE-LANÇA Aumenta a pressão pela candidatura de Marta. Os petistas querem que o presidente Lula convença a ministra a se definir antes de junho.
CANDIDATURA Sindicalistas devem lançar, sexta-feira, em São Paulo, a candidatura de Paulinho da Força Sindical, pelo PDT. Em seguida, começa um movimento no partido para convencer os pedetistas a deixarem os cargos que ocupam no governo Kassab.
ENCONTROS
uma acusação como a que Lobão Filho está enfrentando. "Não quero nem pensar nessa hipótese. Teria profundo desgosto em ter que aconselhá-lo a não assumir um cargo político para o qual, dentro da lei, foi escolhido", disse. (AE)
Alckmin vem mantendo suas visitas às igrejas dos bairros da Capital aos domingos. Agora, o exgovernador decidiu prolongar sua permanência nos bairros, encontrando-se
“Este anúncio é de caráter exclusivamente informativo, não se tratando de oferta de venda de debêntures”.
Anúncio de Encerramento de Distribuição Pública de Debêntures O Banco Bradesco BBI S.A., na sua qualidade de Coordenador Líder (o “Coordenador Líder”), comunica, nos termos do artigo 29 da Instrução da Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) nº 400, de 29 de dezembro de 2003, conforme alterada, que foram subscritas e integralizadas 67.500.000 (sessenta e sete milhões e quinhentas mil) debêntures simples, da forma nominativa-escritural, não conversíveis em ações, em uma única série, da espécie subordinada, com valor nominal unitário de R$ 100,00 (cem reais), na data de emissão, qual seja, 02 de janeiro 2008, da 5ª emissão da:
Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil Companhia Aberta – C.N.P.J. nº 47.509.120/0001-82 Cidade de Deus, Prédio Novíssimo, 2º andar, Vila Yara, Osasco, São Paulo, CEP 06029-900
ISIN nº BRBDLSDBS073 Classificação de Risco: Austin Rating AAA Perfazendo o montante total de:
R$ 6.750.000.000,00 (seis bilhões setecentos e cinqüenta milhões de reais)
Caiado vai contestar aposentadoria para sem-terra
A
decisão do Ministério da Previdência de garantir cobertura previdenciária a invasores de terra que estejam trabalhando em áreas ocupadas – inclusive públicas – será contestada no Congresso e no Supremo Tribunal Federal (STF). O deputado Ronaldo Caiado (DEMGO) avisou que, na volta do recesso parlamentar, vai elaborar um decreto legislativo para derrubar a medida aprovada pelo ministro da Previdência, Luiz Marinho. Para ele, o parecer aprovado por Marinho e publicado no "Diário Oficial" não passa de "insanidade". "O Marinho é um chavista do ABC, um obturado mental", disse. Caiado também afirmou que vai consultar o setor jurídico do DEM para avaliar o ingresso de uma Ação Direta de
Marri Noguera/Folha Imagem
O autor da medida, Luiz Marinho
Inconstitucionalidade (Adin) para barrar a medida. O parecer aprovado por Marinho foi feito pela Consultoria Jurídica do ministério. Com a
decisão, os invasores de terra podem usar o tempo de atividade rural para se aposentar. "Se o governo começar a banalizar crimes e dar benesses e até aposentadoria, daqui a pouco jovens que atuam no tráfico de drogas também vão tentar se aposentar", afirmou Caiado. A peça aprovada por Marinho é mais um capítulo da polêmica que se instaurou no ministério, segundo funcionários da própria pasta, em relação a trabalhadores que exercem atividades agrárias em terras às margens de rodovias, que são públicas. A partir de então, a Procuradoria Federal Especializada do INSS considerou que os invasores de terra podem ser enquadrados no regime de previdência, pois entendem que a titulação da terra "é irrelevante". (AE)
A Emissão das Debêntures, bem como os termos e condições da Oferta, foi aprovada conforme deliberação da Reunião do Conselho de Administração da Emissora realizada em 02 de janeiro de 2008, cuja ata foi publicada no jornal Diário do Comércio, edição nacional, em 07 de janeiro de 2008, e no Diário Oficial do Estado de São Paulo, em 05 de janeiro de 2008, e arquivada na Junta Comercial do Estado de São Paulo – JUCESP sob o nº 1.357/08-6, em 04 de janeiro de 2008. As Debêntures foram subscritas da seguinte forma: Destino de Colocação das Debêntures Pessoas Físicas Clubes de Investimento Fundos de Investimento Entidades de Previdência Privada Companhia Seguradoras Investidores Estrangeiros Instituições Intermediárias Participantes do consórcio de distribuição Instituições financeiras ligadas à Emissora e/ou aos Participantes do consórcio Demais instituições financeiras Demais pessoas jurídicas ligadas à Emissora e/ou aos Participantes do consórcio Demais Pessoas Jurídicas Sócios, Administradores, Empregados, Prepostos e demais pessoas ligadas à Emissora e/ou ao Coordenador Líder Total
Número de Adquirentes 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0
Número de Debêntures Adquiridas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 67.500.000 0
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67.500.000
Registro na Comissão de Valores Mobiliários da Emissão de Debêntures sob nº CVM/SRE/DEB/2008/003, em 17 de Janeiro de 2008. BANCO MANDATÁRIO E ESCRITURADOR
AGENTE FIDUCIÁRIO DA EMISSÃO
Banco Bradesco S.A. Cidade de Deus, s/ nº, Vila Yara, Prédio Amarelo, 2º andar Osasco - SP - CEP: 06029-900
C&D – Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. CNPJ/MF nº 82.016.270/0001-55 Rua XV de Novembro, nº 270, 6º andar, conj. 601 Centro - Curitiba/PR - CEP: 80020-310
“A(O) presente oferta pública/programa foi elaborada(o) de acordo com as disposições do Código de Auto-Regulação da ANBID para as Ofertas Públicas de Distribuição e Aquisição de Valores Mobiliários, o qual se encontra registrado no 4º Ofício de Registro de Títulos e Documentos da Comarca de São Paulo, Estado de São Paulo, sob o nº 4890254, atendendo, assim, a(o) presente oferta pública/programa, aos padrões mínimos de informação contidos no código, não cabendo à ANBID qualquer responsabilidade pelas referidas informações, pela qualidade da emissora e/ou ofertantes, das instituições participantes e dos valores mobiliários objeto da(o) oferta pública/programa.”
O Banco Bradesco BBI S.A. é o Coordenador Líder da Oferta
6
Tr i b u t o s Empresas Nacional Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
DÉFICIT DA PREVIDÊNCIA CONTINUA
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
105
milhões deverá ser o número de cartões em circulação no Brasil até o final do ano.
ATÉ 30 DE ABRIL, SERÁ APLICADA A ALÍQUOTA DE 9%, E A PARTIR DE PRIMEIRO DE MAIO, VALERÁ A DE 15%.
RECEITA DIZ COMO CALCULAR A CSLL
A
Receita Federal regulamentou o aumento de 9% para 15% da alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para as instituições financeiras. O aumento faz parte do pacote de medidas anunciado em janeiro pelo governo para compensar a perda de arrecadação com o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Como é preciso observar o período de noventena, a elevação começa a valer sobre os fatos geradores ocorridos a partir do próximo
Ed Ferreira/AE
dia 1º de maio. A regulamentação, prevista em Instrução Normativa (IN), tem caráter técnico para instruir as empresas sobre a forma de calcular o tributo com a mudança da alíquota. Não há alterações em relação ao que está previsto na Medida Provisória 413, que estabelece o aumento da CSLL. Essa contribuição deve ser apurada, como regra geral, em períodos trimestrais e, opcionalmente, em período anual. A alteração da alíquota deve gerar efeitos somente no segundo trimestre. Assim, a aplicação da alíquota será de
9% até 30 de abril, e a de 15%, a partir de 1º de maio. Como no segundo trimestre um mês será tributado por uma alíquota, e os outros dois por outra, a IN estabeleceu a fórmula para a apuração proporcional. Para os trimestres subseqüentes, o cálculo será efetuado mediante a aplicação da alíquota de 15% sobre a base de cálculo da CSLL apurada conforme a legislação fiscal. Para os trimestres seguintes, o imposto devido deve ser apurado com a aplicação da alíquota de 15% sobre a base de cálculo da CSLL. (AE)
Cartão amplia espaço no varejo
A
Roseli Lopes Itaucard, a administradora de cartões do Itaú, aposta no varejo para a indústria brasileira de cartões de crédito faturar, neste mês, R$ 16,3 bilhões. A estimativa representa um incremento de 24,4% sobre a receita conseguida um ano atrás. Hoje, 1 milhão de estabelecimentos comerciais no País aceitam o pagamento com cartão. Mas o n ú m e ro p o d e s e r a i n d a maior, segundo o diretor de marketing de cartões do Itaú, Fernando Chacon, se o varejo olhar o potencial do produto na otimização dos negócios. A aposta da Itaucard está nas entrelinhas do estudo "O cartão de crédito e o mercado
varejista", divulgado ontem pela administradora. De acordo com ele, essa indústria faturou, em 2007, R$ 182,9 bilhões, resultado de 2,399 bilhões de transações com valor médio de R$ 76,30. Esses números, diz Chacon, mostram o aumento da força do cartão como instrumento de vendas. Considerando-se o crescimento médio anual de 20% desse mercado a partir de 1995, a avaliação da Itaucard é de o total de transações chegar a 214 milhões neste mês, com alta de quase 22%. Segundo Chacon, entre 2002 e 2007 o varejo faturou 109% a mais, enquanto os cartões de crédito registraram uma receita 150,5% maior. Essa alta, segundo Chacon, indica que o produto, além de funcionar como uma forma de
crédito, é cada vez mais usado também como meio de pagamento, em detrimento de outras opções, como o cheque ou o dinheiro em espécie. Ao final deste mês, estima a Itaucard, haverá 11,9 milhões de cartões a mais em circulação no mercado, comparado a janeiro de 2007. Um crescimento de 14,7% na base. O que levará o setor, se a estimativa se concretizar, a somar 92,4 milhões. Até o final do ano, a expectativa é de que o total de cartões em circulação some 105 milhões, um aumento de 13,2% em relação ao verificado no final de 2007. O faturamento, estima a Itaucard, deverá chegar a R$ 218 bilhões, o que equivalerá a uma alta de 19% sobre o ano passado.
Otimista, o ministro Luiz Marinho espera zerar ainda neste ano o déficit dos trabalhadores urbanos; o de toda a Previdência deverá persistir.
Déficit da Previdência sobe 2,4%
A
Previdência Social teve déficit de R$ 46 bilhões no ano passado, 2,4% a mais que os US$ 44,9 bilhões de 2006. Segundo o governo, esse aumento deveu-se ao pagamento antecipado de R$ 2,7 bilhões referentes aos benefícios de janeiro. Se descontados os benefícios pagos antecipadamente entre 17 e 31 de dezembro, o governo alega que, pela primeira vez, o déficit teria diminuído em relação ao ano anterior. Segundo o ministro da Previdência, Luiz Marinho, o resultado negativo seria de R$ 43,2 bilhões, queda de 3,66% em relação a 2006. Ao levar em conta apenas o resultado previdenciário dos trabalhadores urbanos, que contribuem para o Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS), o déficit em 2007 seria de R$ 537,7 milhões. Marinho considerou o resultado um sucesso. "Para 2007, calculávamos um déficit entre R$ 1,7 bilhão e R$ 1,9 bilhão na previdência dos trabalhadores urbanos", comentou. Segundo o ministro, a previsão para 2008 é zerar esse déficit. "Neste ano, vamos alcançar o equilíbrio e entrar num novo conceito na série", disse. Se consideradas as aposentadorias rurais, nas quais o trabalhador, na maioria das vezes, não contribui para o INSS, a previsão é de que a Previdência encerre este ano com déficit em torno de R$ 44 bilhões. As projeções, segundo o ministro, incluem a hipótese de crescimento de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2008. Con ceitos – Desde o ano
passado, o Ministério da Previdência utiliza dois conceitos na apresentação dos resultados do INSS. O antigo abrange os trabalhadores urbanos e rurais. O novo inclui as diferenças entre a arrecadação e as despesas com benefícios apenas dos trabalhadores urbanos, além dos recursos recebidos do Tesouro Nacional para cobrir as renúncias previdenciárias. As renúncias previdenciárias representam dinheiro que o INSS, por lei, deixa de receber de contribuintes que não pagam contribuição ou pagam com redução. As renúncias beneficiam as empresas que integram o sistema Simples Nacional, as entidades filantrópicas, os exportadores rurais e os trabalhadores com salário de até R$ 1.400,77. (AE)
Propostas para mudar o sistema
A
busca de soluções para acabar com o rombo da Previdência mobiliza especialistas que desencadeiam uma verdadeira torren-
te de propostas. O ex-ministro da Previdência José Cecchin defende que o valor da aposentadoria seja calculado tendo como base a expectativa de
vida que o contribuinte terá depois de se aposentar. Assim, o benefício de um indivíduo que se aposentasse aos 60 anos seria calculado dividindo-se o montante recolhido por ele para a Previdência pelo tempo de vida que ainda teria, ou seja, 20 anos, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para ele, a medida desestimularia aposentadorias precoces, uma vez que o fator previdenciário sugerido – a expectativa de vida – reduziria o valor do benefício à medida que fosse elevado. Cecchin disse que a previdência privada e os fundos de pensão ganharam credibilidade junto ao brasileiro, o que abriria a possibilidade de criação de um sistema misto de contribuição. "O governo deveria permitir ao contribuinte optar pela previdência privada ou continuar recolhendo para o Instituto Nacional de Seguro Nacional", disse o exministro, na Câmara Americana de Comércio (Amcham). Por sua vez, a proposta do jornalista britânico Brian Nicholson, autor do livro "Previdência Injusta", se baseia no fim dos privilégios concedidos a algumas categorias, como juízes, políticos e altos funcionários. “Para chegar a isso, o governo terá de deixar de reconhecer direitos adquiridos por essas categorias", disse. "Isso não é tão grave, já que nem tudo o que está na Constituição é respeitado. Educação, por exemplo, é direito de todos, mas nem todos a recebem". Com o cálculo dos benefícios igualado, ele sugere que o sistema previdenciário brasileiro seja dividido em dois níveis. Um seria a aposentadoria básica, destinada a todos os cidadãos. O segundo nível seria a aposentadoria nacional complementar, com o trabalhador recebendo benefício proporcional ao valor contribuído. Renato Carbonari Ibelli
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
Nacional Finanças Energia Empresas
DIÁRIO DO COMÉRCIO
DESCOBERTA GARANTE AUTO-SUFICIÊNCIA
PETROBRAS: JÚPITER GARANTE AUTONOMIA DE GÁS AO BRASIL. Volume das reservas ainda não foi revelado e campo só será explorado em 2014, mas ações da empresa subiram ontem 9,5% na Bolsa de Valores de São Paulo
O
diretor de exploração e produção da P e t r o b r a s , G u ilherme Estrella, afirmou ontem que a descoberta do reservatório de gás natural batizado de Júpiter praticamente elimina os riscos exploratórios da região, onde também foram encontradas as reservas gigantes de Tupi. Estrella não quis antecipar qual o volume de gás descoberto no novo campo. Mas garantiu: as reservas contribuirão para permitir a auto-suficiência nacional em gás. O campo, porém, só entrará em produção a partir de 2014. Em entrevista concedida ontem, Estrella, destacou que "todos os poços na região obtiveram sucesso. Isso acaba com qualquer risco", disse. Segundo ele, as perfurações realizadas inicialmente em Tupi – onde a Petrobras estima existirem entre 5 e 8 bilhões de barris recuperáveis – e posteriormente nas áreas ao redor, como
Carioca e agora Júpiter, se mostraram "exitosas", porque todos os blocos apresentam alta prospectividade. Segundo ele, a impossibilidade de calcular o volume existente hoje no campo se deve ao fato de a Petrobras ter sido obrigada a retirar do projeto a sonda de perfuração que operava no local porque ela havia chegado ao seu limite operacional e estava com uma parada programada para manutenção. Os trabalhos serão retomados no final de 2008. Estrella comemorou a descoberta de um reservatório com grandes volumes de gás. Trata-se do primeiro reservatório exclusivamente de gás natural encontrado abaixo da camada de sal em Santos, região com grande potencial. Para o diretor da Petrobras, a descoberta também deve tornar mais confortáveis as negociações com a Bolívia para o reajuste do preço do insumo, no próximo mês.
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
DECISÃO SOBRE IMPUGNAÇÃO AO EDITAL: Impugnante: Construtora Etama Ltda. Modalidade: Concorrência nº 028/07 Objeto: Contratação de empreitada de mão-de-obra com fornecimento de materiais para reforma, restauração e adequação do prédio da antiga SWIFT. A Comissão Municipal de Licitações, à vista da manifestação da Secretaria de Obras, visando evitar qualquer alegação de prejuízo à elaboração das propostas, dá parcial provimento à impugnação, corrigindo a Planilha Analítica de preços. Por força do artigo 21, §4º da Lei 8.666/93, fica devolvido, integralmente, o prazo para apresentação dos envelopes contendo a habilitação e proposta, da seguinte forma: Limite para entrega dos envelopes 26/02/2008 às 17:00h e abertura dia 27/02/2008 às 09:00h. Visita técnica dia 25/02/2008, conforme regramento nas alterações do edital. O inteiro teor da retificação, inclusive as novas planilhas, será disponibilizado aos interessados no site www.riopreto.sp.gov.br, no link licitações abertas. FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PARA REGISTRO DE PREÇOS PREGÃO Nº 006/2008-FAMESP/HEB PROCESSO Nº 030/2008-FAMESP/HEB REGISTRO DE PREÇOS Nº 006/2008-FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 23 de janeiro a 25 de fevereiro de 2008, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 38152680–ramal 111-FAX (0xx14)3882-1885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br, o Edital de Pregão Presencial - Pregão Nº 006/2008-FAMESP/HEB, Processo Nº 006/2008-FAMESP/ HEB, que tem como objetivo o Registro de Preços para aquisição de Kit Insuflador Descartável para Angioplastia ao Hospital Estadual Bauru, do tipo menor preço unitário por item, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 26 de fevereiro de 2008, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, localizado na Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100, Jardim Santos Dumont, na Cidade de Bauru, no Estado de São Paulo, CEP 17033-360. Botucatu, 21 de janeiro de 2008. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi - Diretor Vice-presidente - FAMESP.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
A descoberta do reservatório de Júpiter fez as ações da empresa descolarem do índice Bovespa no pregão de ontem. O valor das papéis subiram 9,5%, revertendo queda junto com o mercado financeiro. "Outras empresas também estão com suas ações em alta por conta das notícias relativas à queda dos juros americanos mas a Petrobras está acima da média", disse o especialista de petróleo do Banco do Brasil, Nelson Rodrigues de Matos. Para Emerson Leite, do Credit Suisse, a estratégia da Petrobras nas suas perfurações na Bacia de Santos apontam o interesse da companhia em delinear o tamanho da potencial reserva da camada pré-sal e compreender as características de cada reserva. O foco agora, diz ele, está no cronograma das novas perfurações da empresa na região e que podem confirmar a expectativa de reservas acima de 50 bilhões de barris para a área. (AE)
A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Reforma de Prédio(s) Escolar(es): TOMADA DE PREÇOS Nº - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/2647/07/02 - EE Fortunato Pandolfi Arnoni - Rua Boa Sorte, 162 - Jardim Boa Sorte - Ribeirão Pires/SP – 180 - R$ 24.645,00 – R$ 2.464,00 – 14:00 – 11/02/2008. 05/2648/07/02 - EE Profª Maria José de Oliveira Jacobsen - Av. Antonio Joaquim Mendes, 195 - Centro - Pirassununga/SP – 120 - R$ 18.124,00 – R$ 1.812,00 – 14:30 – 11/02/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 24/01/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 08/02/2008, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/ 93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Fábio Bonini Simões de Lima - Presidente
7,85
por cento foi o aumento ocorrido em 2007 para o gás, o maior verificado entre os combustíveis.
Wilton Junior/AE
Diretor de exploração Guilherme Estrella e presidente José Sérgio Gabrielli: perfurações "exitosas".
Conversões de motores para uso do GNV caíram 31,39%
O
número de conversões para o uso de gás natural veicular (GNV) caiu 31,39% em 2007, segundo relatório distribuído ao mercado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). A queda confirma estimativas de oficinas conversoras e fabricantes de cilindros, que vinham notando movimento mais fraco desde o início da campanha do governo para conter o consumo do combustível. De acordo com a agência, o volume de vendas do gás manteve-se praticamente estável entre agosto e novembro do ano passado. Empresários ligados ao mercado de GNV haviam antecipado projeções de queda no volume de conversões, principalmente nos últimos
Avalon Auto Posto Ltda, torna público que recebeu da Cetesb a Licença de Operação 16005216 válida até 21/01/2013, para atividade de comércio de produtos derivados de petróleo, sito à Rua: São Paulo, 21 - Cep: 09530-210 - São Caetano do Sul - SP.
CONSÓRCIO EMPREENDEDOR SHOPPING TAMBORÉ
Arquivado na JUCESP sob o NIRE 35.500.050.022 em sessão do dia 14/01/2008.
dois meses de 2007, depois de declarações do então ministro de Minas e Energia, Nelson Hubner, desestimulando o uso do combustível. A fabricante de cilindros MAT, por exemplo, calculou uma perda de 50% nas vendas em dezembro. A estatística da ANP se baseia em dados do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP). O GNV foi o combustível automotivo com maior aumento de preço em 2007 (7,85%), devido à retirada de descontos por parte da Petrobras e à alta do preço do petróleo no mercado internacional. De acordo com o Boletim do Abastecimento da ANP, divulgado ontem após meses de problemas no sistema de captação de dados das distribuidoras, os demais combustíveis – gasolina,
diesel e álcool hidratado – fecharam 2007 com preços estáveis, em comparação com os valores do final de 2006. As vendas de gasolina ficaram praticamente estagnadas, com ligeiro crescimento de 0,45%. Já o mercado de diesel recuperou-se e cresceu 5,95% em 2007. As vendas de álcool hidratado aumentaram 41,86%. Segundo especialistas, porém, o percentual reflete principalmente medidas contra o comércio ilegal desse combustível. Ou seja, um maior volume de álcool foi vendido no mercado formal. O levantamento da agência inclui ainda as vendas de gás de cozinha, com expansão de 3,06%; querosene de aviação, com alta de 9,18%; e óleo combustível, mais 11,36%. (AE)
SINCOMED – SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE MATERIAL MÉDICO, HOSPITALAR E CIENTÍFICO NO ESTADO DE SÃO PAULO CNPJ (MF) nº 62.803.069/0001-00 – Fone (11) 5572-6200 – Edital Contribuição Sindical Patronal – 2008 Pelo presente edital ficam NOTIFICADAS todas as empresas comerciais, cuja atividade econômica seja representada pelo sindicato supra, para recolherem conforme Art. 579 da CLT, a Contribuição Sindical de 2008, durante o mês de Janeiro, nas agências da Caixa Econômica Federal ou em estabelecimento bancário integrante do sistema de arrecadação dos tributos federais, através das competentes guias obtidas em nosso Sindicato. O recolhimento em atraso acarreta os acréscimos previstos no Art. 600 da CLT. As guias de recolhimento poderão ser retiradas em nossa sede sito à Rua dos Otonis, nº 662, nesta capital. Observação: O recolhimento indevido ou o não recolhimento acarretará as sanções previstas em lei. São Paulo, 21 de janeiro de 2008. LUIZ ANTONIO SILVA – Presidente (22, 23 e 24/01/2008)
Diana Paolucci S/A. Indústria e Comércio CNPJ/MF 60.715.703/0001-28 – NIRE 35.300.033.264 Edital de Convocação de Assembléia Geral Extraordinária A Diretoria da Diana Paolucci S/A. Indústria e Comércio, representada por seu Diretor Executivo Presidente, na forma do artigo 13º, §1º, do Estatuto Social da Companhia, convoca os Senhores Acionistas a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária, no dia 31 de janeiro de 2008, às 09:00 horas, na sede da Companhia localizada na Avenida Brigadeiro Faria Lima, 3015, Bairro do Itaim Bibi, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, a fim de discutirem e deliberarem sobre as seguintes matérias constantes da Ordem do Dia: I – Renúncia de membro titular do Conselho de Administração; II – Proposta para alteração do Estatuto Social da sociedade nos seguintes termos: i) inclusão de parágrafo único ao artigo 25, de forma a autorizar a Companhia a prestar avais em operações relacionadas ao seu objeto social quando representada, isolada ou conjuntamente, por quaisquer acionistas até o limite do capital social da Companhia; III – Fixação da verba global para remuneração dos membros da Diretoria da Companhia; IV – Outros assuntos de interesse social. Os documentos relativos às matérias a serem discutidas em Assembléia Geral Extraordinária encontram-se à disposição dos acionistas na sede da Companhia.São Paulo, 21 de janeiro de 2008. Abelardo Paolucci – Diretor Executivo Presidente. (23, 24 e 28/01/2008)
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
FDE AVISA: PREGÃO (PRESENCIAL) ATA DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 36/1868/07/05 OBJETO: AQUISIÇÃO DE FOGÃO INDUSTRIAL 4 BOCAS - FO 03 E FOGÃO INDUSTRIAL 6 BOCAS - FO 04 A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação de Registro de Preços para aquisição de fogão industrial 4 bocas - FO 03 e fogão industrial 6 bocas - FO 04. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 23/01/2008, na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Rua Rodolfo Miranda, 636 - Bom Retiro - CEP 01121-900 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. O credenciamento do representante das proponentes e o recebimento dos Envelopes “Proposta” e “Documentos de Habilitação” ocorrerão na sede da FDE, no endereço acima mencionado, às 09:30 horas do dia 13/02/2008. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA - Presidente
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PEDRO
FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS
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AVISO DE LICITAÇÃO Tomada de Preços nº 01/2008 De conformidade com a necessidade da Secretaria Municipal de Educação e baseado na justificativa apresentada, faço público, para conhecimento dos interessados, que se acha aberta, na Prefeitura deste Município, o Edital de Tomada de Preços nº 01/2008, para a contratação de empresa visando o fornecimento de gêneros alimentícios para a merenda escolar no Município de São Pedro, durante o exercício de 2008, pelo tipo de menor preço global, regida pela Lei Federal nº 8.666/93, suas alterações e demais dispositivos legais expressos no item 4, deste Edital. Os envelopes dos licitantes com a documentação e a proposta deverão ser entregues no Departamento de Compras e Licitações, sito à Rua Valentim Amaral, 748, nesta cidade, até às 11:00 horas, do dia 07 de fevereiro de 2008. O início da abertura dos envelopes será às 14:00 horas, do dia 07 de fevereiro de 2008, na Sala de Abertura de Licitações, sito à Rua Valentim Amaral, 748, nesta cidade. A Pasta Técnica contendo o Edital e seus respectivos anexos deverá ser retirada no Departamento de Compras, sito à Rua Valentim Amaral nº 748, Centro Cívico desta cidade, a qual será fornecida das 09:00 às 15:00 horas. Para conhecimento do público, expede-se o presente Edital, que será publicado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, do Município de São Pedro, em jornal de grande circulação no Estado e no Município e afixado em Quadro de Avisos, no saguão do Paço Municipal. São Pedro, 17 de janeiro de 2008. Eduardo Speranza Modesto Prefeito Municipal
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS
A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Obras: TOMADA DE PREÇOS Nº - OBJETO - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – ÁREA - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/2580/07/02 - Construção de ambientes complementares e Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Dr. Julio Mesquita Rua Campos Salles, 35 - Centro - Itapira/SP – 150 - 574,98 - R$ 97.526,00 – R$ 9.752,00 – 11:30 – 11/02/2008. 05/2655/07/02 - Construção de ambientes complementares com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador e Reforma de prédio escolar - EE Anisio José Moreira - Rua Campos Salles, 1834 - Centro - Mirassol/SP – 210 - 39,29 - R$ 69.818,00 – R$ 6.981,00 – 15:00 – 11/02/2008. 05/2656/07/02 - Construção de ambientes complementares com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador e Reforma de prédio escolar - EE Prof. Paulo de Barros Ferraz - Rua Panamá, 1082 - Vila Esperança Pirassununga/SP – 210 - 27,63 - R$ 59.944,00 – R$ 5.994,00 – 15:30 – 11/02/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 24/01/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até às 17:00 horas do dia 08/02/2008, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Fábio Bonini Simões de Lima Presidente
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Obras: TOMADA DE PREÇOS N.º - OBJETO - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – ÁREA (se houver) - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/2631/07/02 - Construção de ambientes complementares e Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Prof. Livio Thomaz Pereira - Rua Rui Pupo Campos Ferreira, 290 - Jardim Campos Elisios - Campinas/SP – 150; EE Prof. Wilson Brandão Toffano - Rua Ernesto Carlos Reimann, s/nº - Campos Eliseos - Campinas/SP – 90 - 167,12 - R$ 63.905,00 – R$ 6.390,00 – 10:30 – 11/02/2008. 05/2642/07/02 - Construção de ambientes complementares, com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador e Reforma de prédio escolar - EE Prof. Deocles Vieira de Camargo - Rua Sete de Maio, 828 -São Roque – Tatuí/SP – 210 - 18,77 - R$ 28.357,00 – R$ 2.835,00 – 11:00 – 11/02/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 24/01/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 08/02/2008, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Fábio Bonini Simões de Lima Presidente
SECRETARIA DE ESTADO
GOVERNO DO ESTADO
FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Obras: TOMADA DE PREÇOS N.º - OBJETO - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – PATRIMONIO LÍQUIDO MÍNIMO P/ PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/2603/07/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Clementino Vieira Cordeiro - Est. Velha Sorocaba-Piedade, Km-10 - Jurupara - Piedade/SP; EE Evilazio de Goes Vieira - Av. Cristiano Vieira Pedrico, s/n - Vila Guilherme - Votorantim/SP – 90 - R$ 42.775,00 – R$ 4.277,00 – 09:30 – 11/02/2008. 05/2606/07/02- Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Profª Catarina Martins Artero - Av. Ademar de Barros, 199 - Vila Maristela - Presidente Prudente/SP – 150 - R$ 27.242,00 – R$ 2.724,00 – 10:00 – 11/02/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 24/01/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 08/02/2008, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Fábio Bonini Simões de Lima Presidente
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 22 de janeiro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Petronova Distribuidora de Petróleo Ltda. - Requerido: Auto Posto Jardim Vila Formosa Ltda. - Av. João XXIII, 1.376 - 1ª Vara de Falências Requerente: Petronova Distribuidora de Petróleo Ltda. - Requerido: Elite Posto de Serviços Ltda. - Av. Oratório, 3.333 - 1ª Vara de Falências
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O Jornal do Empreendedor
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Finanças Empresas Va r e j o Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
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DECORAÇÃO EM PROMOÇÃO NOS SHOPPINGS
mil reais é o valor médio que o consumidor pretende gastar com produtos da linha branca
Divulgação
FOTO E CINE NOS PLANOS DE CONSUMO Equipamentos desbancam celulares em pesquisa de intenção de compra Mário Tonocchi
A
A alternância de planejamento de compras coloca desta vez máquinas fotográficas no topo da lista Andrei Bonamin/Luz
No atual momento econômico, segundo o coordenador, desponta a demanda de reposição de bens ditada pelos ciclos de duração dos equipamentos. Até agora, pesava mais a demanda pela expansão do poder de compra das classes C e D. Otimismo – De maneira geral, de acordo com Felisoni, o consumidor está mais otimista, no momento, para ir às compras. Podem explicar isso os prazos mais longos de crediário, e a redução de taxas de juros no varejo em 2007, que caíram nove pontos percentuais na ponta. A intenção de compra é medida pelas respostas de quem não vai adquirir nenhum bem durável no trimestre. Na pesquisa, esse índice ficou em 43,4%, o que significa que 56,6% pretendem ir às compras. A negativa de consumo tinha 54,8% no primeiro trimestre de 2007. O maior índice de não-intenção de compra foi registrado no último trimestre de 2006,
quando chegou a 63,2%. Na época, a mídia recomendava muito ao consumidor que não se endividasse. O menor dado foi registrado entre abril e junho de 2006, quando bateu em 30,8% ou, na contrapartida, 69,2% de consumidores com intenção de comprar. Na pesquisa atual, por categoria, cine e foto foi a que apresentou maior variação na intenção de compra, com crescimento de 169,57%. O item eletroeletrônicos teve crescimento de 54,5%, e material de construção, 30%. O destaque negativo ficou com a linha branca, que caiu 25,5% nos planos de consumo em relação ao apurado entre janeiro e março do ano passado. No primeiro trimestre de 2007, o segmento respondeu por 6,4% das intenções de compra. No último trimestre do ano passado, planos de comprar artigos de linha branca eram compartilhados por 10,2% dos consumidores e, entre janeiro e março de 2007, por 8,6%.
Intenção é gastar menos
A
pesquisa de intenção de compras do Provar também avalia a intenção de gastos. O resultado deste trimestre mostra que o consumidor quer pagar menos pela maioria dos bens duráveis. Enquanto a idéia era gastar R$ 1.390,93, em média, com linha branca no primeiro trimestre de 2007, para este ano o valor baixou para R$ 1.013,41 – 27,14% menos. Para automóveis e motos, a intenção de gasto ficou 22,26% menor; passou de R$ 19.857,10 no início do ano passado para R$ 15.437,50
neste ano. Material de construção, ao contrário, subiu de R$ 1.238,30 para R$ 2.046,20. O crediário ainda se mantém em alta entre os consumidores, para quem pesa mais o valor do pagamento mensal do que o volume da dívida. Automóveis e motos (91,3%), linha branca (87,5%) e informática (80,5%) lideram a opção de aquisição por crediário. Com disposição um pouco menor, por parte do consumidor, de comprar a prazo, aparecem artigos de cama, mesa e banho (64,3% de intenção), eletroele-
trônicos (62,5%) e eletroportáteis (58,3%). "As condições de crédito em 2007 foram muito melhores do que as do ano anterior. Isso anima os clientes neste ano", afirmou o coordenador-geral do Provar, Claudio Felisoni. De acordo com ele, no primeiro trimestre de 2008, o consumidor deve utilizar 12,9% do total disponível da renda média para pagamento de juros e crediário. No último trimestre de 2007, antes das compras de Natal, a intenção era usar 7,3% da renda. (MT)
Porta Condimentos
Na liquidação, ofertas para a casa da cidade, da praia e do campo.
Interlar espera mais vendas
Móveis têm agora o seu Natal Neide Martingo
O
mês de janeiro é considerado "Natal" pelos lojistas de móveis. É que, tradicionalmente, o setor realiza vendas especiais nesta época do ano. Muitos esperam a temporada de descontos para renovar a casa com preço mais em conta. A Etna está promovendo liquidação anual com descontos de até 70% em todas as lojas. A Tok&Stok oferece aos clientes a promoção Ponto Vermelho, com alguns produtos vendidos temporariamente com preço reduzido. Dependendo do valor, é possível parcelar em até 12 vezes sem juros. As 90 lojas do Shopping Interlar Interlagos realizam a campanha Interqueima de móveis, com redução de preços de até 60%. A expectativa é de que as vendas cresçam 12% em janeiro, em relação ao mesmo mês de 2007. O aumento de público pode chegar a 15%. "Janeiro é mês de férias. As pessoas têm tempo para comprar com mais tranqüilidade, inclusive para a casa de campo e a de praia. A escolha de um móvel é demorada; não pode ser feita por impulso", afirma a
Crescimento pode ser de 10%
superintendente do Interlar, Carla Bordon Gomes. É o segundo ano em que o shopping faz a promoção. "A explosão imobiliária estimula as vendas", diz Carla. O Shopping D&D iniciou o Bota Fora 2008 no dia 17 deste mês – vai até 17 de fevereiro. A 11ª edição da promoção tem um diferencial: os móveis serão colocados nos corredores do shopping, em frente às 95 lojas, onde as pessoas podem "testá-los". "As reduções ficarão entre 20% e 70%. A expectativa é de que as vendas subam 10% na promoção deste ano, em relação à realizada em 2006. É um índice que não pára de crescer, já que em 2006, em
comparação a 2005, a alta registrada chegou a 9%", diz a gerente de marketing do shopping, Flávia Samia. "Os lojistas esperam o início do ano para realizar boas vendas. O número de carros que entra no estacionamento do shopping em janeiro cresce 19% em comparação a períodos sem promoções." Mais negócios – De acordo com o presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), as promoções dos revendedores de móveis aquecem o mercado. "Os lojistas reduzem o preço, fazem mais negócios e têm que repor mercadoria. A expectativa é de que, em 2007, as vendas e a produção tenham crescido 15% em comparação a 2006. Neste ano o aumento pode chegar a 10%", detalha o vice-presidente da associação, Cláudio Grineberg. Um dos planos do setor para aquecer os negócios é criar a possibilidade de uma pessoa financiar, junto com um imóvel, também os móveis. "É um grande esforço para o mutuário realizar a compra da casa própria. Montar os ambientes fica sempre em segundo plano. A idéia será oferecida aos governos."
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"Pesquisa Trimestral de Intenção de Compra no Varejo" para bens duráveis do Programa de Administração de Varejo (Provar), da Fundação Instituto de Administração (Fia) da Universidade de São Paulo (Usp), mostra que, nos três primeiros meses de 2008, o consumidor está mais inclinado a comprar artigos de cine e foto – 12,4% dos entrevistados em São Paulo na semana passada citaram esses itens como produtos de interesse para aquisição imediata. Foram ouvidas 500 pessoas com renda mensal média de R$ 1,7 mil. Em seguida, aparecem material de construção, com 7,8%, e informática, com 7,6%. Na pesquisa divulgada ontem, esses produtos desbancaram a categoria de telefonia e celulares, com 7% de intenção, eletroeletrônicos (6,8%) e linha branca (6,4%), as vedetes no último trimestre e no Natal do ano passado. "A intenção de compra depende de uma série de variáveis, mas hoje podemos afirmar que o varejo está mais moderno e o consumidor, com renda familiar de até R$ 1,7 mil, mais consciente e sabendo lidar melhor com o crédito", disse o coordenador-geral do Provar, Claudio Felisoni. Para a próxima pesquisa, prevê, podem entrar na lista de alta itens com baixo índice de intenção de aquisição hoje, como eletroportáteis, em último lugar na relação, com 2,4%, além de cama, mesa e banho, com 2,8%.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
Ibraheem Abu Mustafa/Reuters
Stan Honda/AFP
Internacional
Ó RBITA Remo Casilli/Reuters
Os democratas Hillary Clinton e Barack Obama: atentos aos mercados
EUA
Protesto em Gaza termina com 60 mulheres feridas
Recessão vira foco
A
crise econômica e a mundo está passando por uma turbulência dos mer- "crise global" e pediu mais mecados se transforma- didas para o mercado imobiram no tema central da campa- liário. "Ainda não ouvi nenhunha presidencial americana, ma medida significativa que na medida em que aumenta a será adotada pela Casa Branca probabilidade de o próximo para lidar com a crise das hipopresidente dos EUA herdar tecas", disse. "Precisamos de um pacote que seja uma comum país em recessão. Os democratas criticam o binação de estímulo fiscal, repacote de estímulo à economia gulamentação do mercado proposto pelo presidente imobiliário e restituição de imGeorge W Bush e o corte de ju- postos" propôs a senadora. ros emergencial anunciado onNas últimas semanas, a maioria dos tem, e pedem ações mais vicandidatos apresentou gorosas para evitar a recespacotes para são. Já os rereativar a ecopublicanos nomia. Hillary mantêm sua propõe um bilhões de dólares é o programa de posição de valor do pacote de menor interU S $ 7 0 b ilhões, que invenção do goHillary Clinton para verno na ecoclui US$ 40 bireativar a economia, lhões em auxínomia, e pregam mais corl i o - a q u e c ique incluem US$ 40 m e n t o , t e s d e bi em extensão de impostos. extensão de seguro-desemprego " P e l o s es e g u r o - d egundo dia sesemprego e inguido, bolsas vestimentos de valores de todo o mundo em eficiência energética. Os despencam, porque os países outros US$ 30 bilhões seriam temem que os EUA não farão o destinados a famílias atingisuficiente para evitar uma re- das pela crise de hipotecas. Em seu plano de US$ 100 bicessão", disse o senador Barack Obama, candidato à indica- l h õ e s , o d e m o c r a t a J o h n ção no partido democrata. "Es- Edwards prevê entre US$ 25 peramos que o corte de juros bilhões e US$ 75 bilhões para restabeleça parte da confiança criação de empregos. O senae diminua o estrago, mas o me- dor Obama tem um plano de do ainda existe", opinou. injetar US$ 75 bilhões na ecoA senadora Hillary Clinton, nomia. O pacote do republicaque vem se apresentando co- no Mitt Romney inclui cortes mo a mais preparada para li- de impostos permanentes que dar com uma desaceleração podem custar US$ 250 bilhões econômica, afirmou que o ao Tesouro. (AE)
No dia em que Israel aliviou bloqueio contra a região palestina e enviou carregamentos de comida e remédio, manifestantes pedem abertura de fronteira com Egito e são reprimidos
CONFIANÇA primeiro-ministro da Itália, Romano Prodi, O colocou a sobrevivência do
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DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3 ABERTURAS DE LICITAÇÃO Encontram-se abertos no Gabinete, os seguintes pregões: PREGÃO PRESENCIAL 001/2008-SMS.G, processo 2007-0.359.446-6, destinado ao registro de preços de vasodilatadores e soluções parenterais de pequeno volume, para a Seção Técnica de Estoque Central, SMS-34/Área Técnica de Medicamentos, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 14h00min do dia 07 de fevereiro de 2008, a cargo da 1ª CJL/SMS, Comissão de Julgamento de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO PRESENCIAL 311/2007-SMS.G, processo 2007-0.338.026-1, destinado ao registro de preços de papel crepado, para a Seção Técnica de Estoque Central, SMS-34/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 14h00min do dia 11 de fevereiro de 2008, a cargo da 1ª CJL/SMS, Comissão de Julgamento de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO PRESENCIAL 002/2008-SMS.G, processo 2007-0.359.430-0, destinado ao registro de preços de antibióticos, anticoagulante, broncodilatador e cardiotônico, para a Seção Técnica de Estoque Central, SMS-34/Área Técnica de Medicamentos, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 14h00min do dia 11 de fevereiro de 2008, a cargo da 2ª CJL/SMS, Comissão de Julgamento de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO PRESENCIAL 006/2008-SMS.G, processo 2007-0.349.191-8, destinado ao registro de preços de sonda gástrica de Levine curta e longa, para a Seção Técnica de Estoque Central, SMS-34/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 11h00min do dia 11 de fevereiro de 2008, a cargo da 4ª CJL/SMS, Comissão de Julgamento de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO PRESENCIAL 008/2008-SMS.G, processo 2007-0.350.210-3, destinado ao registro de preços de sapatilha de malha simples, para a Seção Técnica de Estoque Central, SMS-34/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 11h00min do dia 12 de fevereiro de 2008, a cargo da 4ª CJL/SMS, Comissão de Julgamento de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO PRESENCIAL 009/2008-SMS.G, processo 2007-0.353.144-8, destinado ao registro de preços de abaixador de língua, para a Seção Técnica de Estoque Central, SMS-34/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 14h00min do dia 12 de fevereiro de 2008, a cargo da 2ª CJL/SMS, Comissão de Julgamento de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO PRESENCIAL 010/2008-SMS.G, processo 2007-0.330.988-5, destinado ao registro de preços de albumina em solução injetável com 200mg/ml, para a Seção Técnica de Estoque Central, SMS-34/Área Técnica de Medicamentos, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 14h00min do dia 12 de fevereiro de 2008, a cargo da CPL/SMS, Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO PRESENCIAL 004/2008-SMS.G, processo 2007-0.361.031-3, destinado ao registro de preços de desinfetante hospitalar para artigo semi-crítico à base de hipoclorito de sódio a 2,5% - frasco, para a Seção Técnica de Estoque Central, SMS-34/Área Técnica de Medicamentos, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 11h00min do dia 13 de fevereiro de 2008, a cargo da 4ª CJL/SMS, Comissão de Julgamento de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO PRESENCIAL 012/2008-SMS.G, processo 2007-0.340.636-8, destinado ao registro de preços de medicamentos diversos VIII, para a Seção Técnica de Estoque Central, SMS-34/Área Técnica de Medicamentos, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 14h00min do dia 13 de fevereiro de 2008, a cargo da 2ª CJL/SMS, Comissão de Julgamento de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO PRESENCIAL 019/2008-SMS.G, processo 2007-0.359.392-3, destinado ao registro de preços de hipnoanalgésicos, antilipêmico, anti-hipertensivo e surfactante pulmonar, para a Seção Técnica de Estoque Central, SMS-34/Área Técnica de Medicamentos, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 14h00min do dia 14 de fevereiro de 2008, a cargo da 2ª CJL/SMS, Comissão de Julgamento de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO PRESENCIAL 312/2007-SMS.G, processo 2007-0.344.735-8, destinado ao registro de preços de cânula endotraqueal com e sem balão, para a Seção Técnica de Estoque Central, SMS-34/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 14h00min do dia 15 de fevereiro de 2008, a cargo da 2ª CJL/SMS, Comissão de Julgamento de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO PRESENCIAL 023/2008-SMS.G, processo 2007-0.361.065-8, destinado ao registro de preços de medicamentos diversos IX, para a Seção Técnica de Estoque Central, SMS-34/Área Técnica de Medicamentos, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 13h00min do dia 15 de fevereiro de 2008, a cargo da 3ª CJL/SMS, Comissão de Julgamento de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde. Os documentos referentes ao credenciamento, os envelopes contendo as propostas comerciais e os documentos de habilitação das empresas interessadas, deverão ser entregues diretamente aos pregoeiros das respectivas comissões de julgamento, acima relacionadas, no momento da abertura da sessão pública de pregão. Os editais dos pregões acima, poderão ser consultados e/ou obtidos pelo sítio da PMSP, no endereço: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, ou, no gabinete da Secretaria Municipal de Saúde, local de realização dos pregões, na Rua General Jardim, 36 - 3º andar Vila Buarque - São Paulo/SP - CEP 01223-010, mediante o recolhimento de taxa referente aos custos de reprografia do edital, através do DAMSP, Documento de Arrecadação do Município de São Paulo.
Mahmoud Raouf Mahmoud/Reuters
Mohammed Salem/Reuters
SECRETARIA DA SAÚDE
seu governo de centroesquerda nas mãos do Parlamento, ao fazer um apelo aos deputados para que apoiem a sua cambaleante coalizão com um voto de confiança, o que evitará a antecipação das eleições. O voto de confiança deverá ocorrer hoje na Câmara de Deputados. Essa é a 32ª vez que o premiê italiano é forçado a convocar um voto de confiança desde que sucedeu a Silvio Berlusconi, em 2006. Se perder qualquer uma das duas votações, tanto na Câmara de Deputados quanto no Senado, ele terá que renunciar, 20 meses após chegar ao poder. (AE)
MUDANÇA Em cima de tanque de guerra, palestinas, com bandeira do Hamas criticam presidente egípcio
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srael começou a entregar alimentos, palestino, o suficiente para gerar eletricimedicamentos e combustível para a dade por dois dias para a região. Outros usina geradora de energia em Gaza, caminhões entregaram gás de cozinha, e suspendendo parcialmente um blo- um carregamento de remédios estava queio imposto na semana passada para previsto para chegar no fim do dia. A decisão de abrandar o bloqueio foi totentar conter ataques com foguetes caseiros de militantes palestinos depois de for- mada depois de um aviso da ONU de que teria de suspender nos próximos dias a tes críticas internacionais. Mas o dia esteve longe de ser pacífico entrega de alimentos para cerca de 860 mil na faixa litorânea da Palestina. Guardas palestinos. Autoridades da ONU uniramde fronteira do Egito fizeram disparos se à União Européia na acusação de que Ispara o ar e usaram cassetetes, bombas de rael estava impondo "punição coletiva" gás e canhões d'água para dispersar mi- aos palestinos, um crime de guerra pelas lhares de mulheres e crianças que mar- Convenções de Genebra. Israel havia bloqueado completamente charam até a fronteira para exigir que a passagem fosse aberta para a entrada de na quinta-feira a Faixa de Gaza, impedindo a entrada de combustível, remédios e alimentos e produtos básicos. alimentos para seus 1,5 Cerca de 60 mulheres Ibraheem Abu Mustafa/Reuters milhão de habitantes. e crianças ficaram feriNo domingo, com o fim das nos choques com os do combustível, a única egípcios. Ao menos 10 geradora de energia de policiais também se feGaza parou, deixando riram. Testemunhas grande parte de sua podisseram que milhares pulação às escuras. de mulheres e crianças, Na segunda-feira, com bandeiras do Hadepois que o grupo ismas, promoveram a lâmico Hamas, que gomanifestação, exigindo verna a área, e agências a abertura da fronteira, insultando o presiden- Manifestantes querem abrir fronteira humanitárias internacionais advertiram pate egípcio, Hosni Mubarak, e condenando os EUA por seu ra uma iminente crise humanitária, Israel apoio a Israel. "Hosni Mubarak, você é um decidiu suspender parcialmente o blocovarde, você é um agente dos america- queio. O combustível para carros, porém, nos", gritavam. "As mulheres de Gaza não continua restringido. Ontem, o coordenador humanitário da serão humilhadas", protestaram. Desde que o movimento islâmico Ha- Organização das Nações Unidas em terrimas assumiu à força o controle de Gaza, tórios palestinos, Maxwell Gaylard, alerem junho de 2007, o Egito uniu-se a Israel tou para uma "crise de pobreza" pela qual na imposição de duras restrições de aces- passa a população palestina. "Temos uma so a Gaza, mantendo a passagem virtual- crise generalizada de pobreza, uma alta mente fechada. Cairo teme que o exemplo no desemprego, uma deterioração das do Hamas incentive a oposição interna, a condições de vida, e afrontas em grande escala contra a dignidade do palestino." Já proscrita Irmandade Muçulmana. o Comitê Internacional da Cruz Vermelha Bloqueio reduzido Caminhões-tanque israelenses estacio- lançou uma dura advertência sobre a sinados no cruzamento Nahal Oz, na fron- tuação dos serviços básicos em Gaza, e peteira com a Faixa de Gaza, bombearam diu permissão especial para entregar re700 mil litros de combustível para o lado gularmente a ajuda humanitária. (AE)
Parlamento do Iraque aprovou uma lei que O muda a bandeira do país, da
era do ex-ditador Saddam Hussein, atendendo a um pedido da minoria curda, que ameaçou não hastear a bandeira durante um evento pan-arábico que ocorrerá no Curdistão iraquiano no próximo mês. As três estrelas foram retiradas da bandeira e a lei determinou que seja mudada a caligrafia que traz a frase "allahu akbar" (Deus é grande) escrita no lábaro iraquiano. Uma lei para determinar qual será a nova bandeira deverá ser aprovada em um ano. Os curdos pedem ainda que o amarelo, que é central na bandeira do Curdistão, passe a fazer parte da bandeira do Iraque. (AE)
REFORÇO Venezuela enviou 1.200 A soldados para a fronteira com a Colômbia a fim de frear
o contrabando de alimentos entre os dois países, azedando ainda mais uma relação já conturbada em virtude de impasse envolvendo as Farc. A Guarda Nacional de Caracas anunciou o reforço pouco depois de o presidente Hugo Chávez ordenar que os militares contivessem o contrabando de produtos com preços controlados, como o leite, para a Colômbia. A Venezuela tem sofrido escassez de produtos básicos e a tentativa do governo de congelar os preços agravou o problema, com produtores buscando vender produtos do outro lado da fronteira para aumentar o lucro. (AE)
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Empresas Empreendedores Nacional Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Heloisa Ballarini/e-Sim
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Vejo em São Paulo a chave de uma política de desburocratização. Piquet Carneiro, do Instituto Hélio Beltrão.
PLANO ODONTOLÓGICO SE EXPANDE
GOVERNO ISENTA EMPRESAS E PESSOAS DE BUROCRACIA EM TRANSAÇÕES COM ADMINISTRAÇÃO ESTADUAL
ESTADO DISPENSA FIRMA RECONHECIDA Fotos: Heloisa Ballarini/e-Sim
Mário Tonocchi
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Seminário "Os Desafios da Desburocratização" discute sugestões
É impressionante a falta de respeito que a burocracia tem com os empresários. Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo
O programa estadual de desburocratização está no caminho certo. Domingos Orestes Chiomento, do Conselho Regional de Contabilidade.
Beltrão, organização não-governamental que visa contribuir para a eficiência e agilidade da administração pública. "Não tenho grande esperança de conseguir, pela via federal, hoje, grandes mudanças. Vejo no Estado de São Paulo a chave para a construção de uma política de desburocratização", disse o presidente do instituto, João Geraldo Piquet Carneiro. Tempo – No empreendedorismo, uma das metas do programa é reduzir de 152 para 15 dias os trâmites para a abertura e o encerramento de pequenas e micro empresas. "Precisamos fazer um esforço para criar uma moeda chamada tempo. Na medida em que os empresários perdessem tempo com a burocracia, que ganhassem créditos com isso. É impressionante a falta de respeito que a burocracia tem com
os empresários’, afirmou o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alencar Burti. "Precisamos nos unir para esta cruzada contra a burocracia", completou. Redução do tempo é a corrida do Programa Estadual de Desburocratização. Em janeiro de 2009, segundo Afif Domingos, entrará no ar o portal Poupatempo do Empreendedor. Outra medida será a formatação de uma rede única de informações nas esferas municipais, estaduais e federal para questões relacionadas a empresas. O vice-presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRCSP), Domingos Orestes Chiomento, afirmou que "o programa estadual de desburocratização está no caminho certo para trazer benefícios aos empresários paulistas".
Alencar Burti, Afif Domingos e José Serra: governo promete uma medida contra a burocracia por mês.
O sucesso do plano odontológico Neide Martingo
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uidar da saúde dos funcionários pode ser um bom negócio. A visão moderna é a de que trabalhadores bem cuidados faltam menos e se apegam à empresa. Os benefícios são um caminho: além do convênio médico, a preocupação agora se estende ao atendimento odontológico. A empresa de telemarketing Dedic contratou o serviço para os funcionários e sentiu a diferença. "O engajamento da equipe é visível. O retorno para a companhia é maior. Os colaboradores se sentem valorizados, e isso acaba se refletindo nos resultados", afirma o diretor de Recursos Humanos da Dedic, Wagner Cruz. Os próprios funcionários pagam o plano odontológico. A vantagem é que, como a contratante tem muitos empregados, o valor mensal cai muito. Dos 15 mil funcionários, 60%
Newton Santos/Hype
governador José Serra (PSDB) assinou decreto que dispensa empresas e cidadãos de apresentar cópias autenticadas e firmas reconhecidas em transações e solicitações feitas para a administração estadual. A medida, que vale a partir da publicação no Diário Oficial, provavelmente hoje, faz parte do Programa Estadual de Desburocratização implantado no início do governo. O também denominado "Vamos Desatar o Nó da Burocracia" vai apresentar pelo menos uma medida dessas por mês, a partir de agora, segundo o coordenador do programa, o secretário do Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingos. De acordo com o secretário, a apresentação de autenticações e firmas reconhecidas só será feita, na administração direta, autárquica e fundacional, quando a lei exigir. O governo não tem uma lista exata dos setores que cobram a apresentação de autenticações e firmas reconhecidas em seus procedimentos. "O levantamento será feito a partir de agora, ao mesmo tempo em que vamos orientar os servidores de que a exigência desses procedimentos só poderá ser feita por escrito, com a indicação da respectiva lei que faz a exigência", observou Afif Domingos. Os cartórios de São Paulo fazem 12 milhões de autenticações e reconhecimentos de firma por mês. Os preços variam, para firma reconhecida, de R$ 2,75 a R$ 7,15. A autenticação custa R$ 1,85. O decreto foi assinado pelo governador durante o seminário "Os Desafios da Desburocratização". No encontro foi assinado convênio entre o Programa Estadual de Desburocratização e o Instituto Hélio
Cruz, da Dedic: "Engajamento".
optaram pelo convênio. Crescimento – De acordo com o diretor de operações da Prodent, empresa que vende planos odontológicos, Rodrigo Rosolem Califoni, o interesse pelo serviço não pára de crescer. "Em dezembro de 2006, aproximadamente 6,5 milhões de pessoas eram usuárias de planos odontológicos. Esse número subiu para 7,3 milhões em novembro de 2007, um salto de cerca de 12%. O índice na Prodent, no período, aumentou 50%. O número de usuários pulou de 80 mil para
120 mil. A qualidade de vida é uma motivação para o funcionário", diz Califoni. A Prodent só trabalha com empresas. "O funcionário paga, em média, R$ 13 por mês por um plano básico. Mas há empresas que arcam com o valor. Aí, a adesão da equipe é maior", comenta Califoni. "Há 190 milhões de brasileiros, e 38 milhões têm plano médico. Esse é o potencial de crescimento dos planos odontológicos". A Prontodente Dental Cheque atende empresas e pessoas físicas. De acordo com o presidente, Murtrajan de Albuquerque Cavalcanti, a maior parte dos planos é de pessoas jurídicas. "O custo fica menor porque é diluído entre mais usuários", diz Cavalcanti. "Cai de R$ 50 para R$ 15 por mês. A odontologia no Brasil é vista como uma questão cosmética, mas várias doenças podem ser detectadas por um dentista, inclusive a aids. As empresas estão acordando para isso."
Cartórios temem "laranjas" Um congresso para os dentistas Renato Carbonari Ibelli
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decisão do governo de dispensar empresas e indivíduos de reconhecimento de firma e da apresentação de certidões nas relações com a administração estadual foi vista como desnecess á r i a p o r P a u l o Va m p r é , presidente da seção de São Paulo do Colégio Notarial do Brasil. Segundo ele, não existia a exigência legal do reconheci-
mento de firma para contratos sociais que entram na Junta Comercial. Vampré disse que o reconhecimento de firma previne que contratos sociais sejam elaborados em nome de "laranjas", e acrescentou: "O mérito da medida é a criação de uma linha de conduta para os funcionários públicos, o que vai agilizar os procedimentos, ao uniformizar os padrões das repartições públicas. Mas a burocracia não está nos cartórios. Um
reconhecimento de firma demora, no máximo, uma hora. Agora, para fazer a inscrição do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica na Receita Federal, leva-se 20 dias". Para o dirigente, a medida não terá impacto no dia-a-dia dos cartórios de notas. "As empresas reconhecem firma sem que ela seja exigida, porque sabem, por exemplo, que os bancos vão pedir autenticação dos documentos na hora de liberar empréstimos", acrescentou.
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m evento no qual os dentistas poderão conhecer as novidades em equipamentos e discutir os avanços científicos. O 26º Congresso Internacional de Odontologia (Ciosp), considerado um dos maiores do setor, vai ser realizado entre os dias 25 e 29 no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo. De acordo com o coordenador comercial do evento, Carlos Alberto
Battaglini, são esperadas 50 mil pessoas, entre cirurgiões e estudantes de odontologia, além de 10 mil congressistas, o que representará um aumento de 5% em relação ao Ciosp de 2007. "A geração de negócios deve apresentar alta de 10% neste ano em comparação com o congresso de 2007", afirma o coordenador. Serão 260 expositores nacionais e 80 de outros países. Ele diz que, entre os
principais assuntos discutidos, estará o implante dentário. "Esse tipo de tratamento está se popularizando", afirma Battaglini. "Há pouco tempo, as pessoas tinham de pagar um preço exorbitante por ele. As empresas nacionais hoje produzem material de boa qualidade, e os valores ficaram mais em conta. Além disso, o raio laser está sendo usado também para cirurgias e pós-operatórios." (NM)
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Nacional Finanças Empresas Empreendedores
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No Brasil, as vendas do Carrefour cresceram 53,1% no quarto trimestre do ano passado.
VALENTINO TEM 45 ANOS DE CARREIRA
General Motors perde para a Toyota
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General Motors Corp. perdeu a liderança das vendas internacionais de automóveis para a Toyota Motor Corp. , depois de um domínio de sete décadas, ficando em pé de igualdade com seu adversário japonês. A americana GM, que registra fortes perdas em seu importante mercado interno, anunciou vendas totais de 9.369.524 veículos, contra um anúncio da Toyota de 9.370.000 vendas em cifras arredondadas no ano passado, segundo seu site. Em comunicado, a GM enfatiza que os dados são provisórias. O número um americano assinala que suas
François Guillot/AFP
Vendas do Carrefour disparam rede de supermercados de euros, e 40,2% em 2007, paCarrefour anunciou um ra 6,7 bilhões de euros. A Uma convergência de faaumento de 10% na receita do quarto trimestre, como reflexo do desempenho robusto no mercado interno francês, e espera crescimento no lucro operacional em 2008, com aumento das vendas externas. A receita do último trimestre do ano passado foi de 25,57 bilhões de euros (ou US$ 37,2 bilhões) e a companhia não informou o resultado do ano. Os dados foram melhores que as expectativas dos analistas, de 25,22 bilhões de euros. No Brasil, as vendas cresceram 53,1% no quarto trimestre e alcançaram 2,1 bilhões
tores, incluindo o efeito positivo do calendário – com a véspera de Natal e de Anonovo caindo em uma segunda-feira –, preços de combustíveis mais altos e inflação de alimentos, se traduziu em uma alta de 4% na receita na França e chegou a 11,43 bilhões de euros. Analistas do setor destacam os planos do governo francês de diminuir a regulação do setor varejista como potencial impulsionador do Carrefour em comparação com rivais domésticos e internacionais. (AE)
Emprego bom
O ADEUS DE VALENTINO
da capital, para celebrar o aniversário de 454 anos de São Paulo. No sábado e no domingo, lojistas vão expor 10 mil vestidos.
site de pesquisas Google lidera a lista das 100 melhores empresas americanas para trabalhar pelo segundo ano consecutivo, de acordo com um ranking publicado pela revista de negócios Fortune. Em segundo lugar ficou a Quicken Loans, que trabalha com empréstimos, seguida pela rede de supermercados Wegmans Food Markets. A empresa de investimentos Edward Jones ocupa o quarto lugar, e a especialista em biotecnologia Genentech, o quinto. A pesquisa foi realizada apenas nos Estados Unidos.
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Odival Reis/AG
ANIVERSÁRIO – Noivas andam pela Rua São Caetano, no centro
vendas em 2007 aumentaram 3%, apesar das dificuldades no mercado nacional. No quarto trimestre, a GM vendeu 2,306 milhões de veículos (4,8% a mais, se comparado ao mesmo período do ano anterior). A GM anunciou, além disso, que as vendas superaram um milhão de unidades na China, praticamente se duplicaram na Rússia (alcançaram 258 mil unidades) e estabeleceram um recorde no Brasil, com quase meio milhão de automóveis vendidos. O grupo americano realizou 59% de suas vendas fora dos Estados Unidos. (AG)
alentino deu adeus à semana de alta-costura de V moda, depois de 45 anos Paris. O estilista italiano, de de carreira. Ele foi aplaudido 75 anos, apresentou os de pé pelos 800 convidados, durante o desfile da sua última coleção, realizado na
tradicionais vestidos longos, que o tornaram popular entre as estrelas de Hollywood.
BÚSSOLA cadeia Starbucks testa nos Estados Unidos a venda de café a US$ 1 e de refis para a bebida. No País, o preço do café varia de US$ 1,50 a US$ 4, dependendo do tamanho e do sabor.
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companhia aérea Gol acaba de firmar um acordo com a KLM Royal Dutch Airlines. Os passageiros da companhia holandesa podem comprar bilhetes para os 60 destinos atendidos pela Gol no Brasil e em países da América do Sul.
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ciranda@dcomercio.com.br
Newton Santos/Hype
Os presidentes da ACSP, Alencar Burti, e da ACS, José Moreira da Silva
Facesp cada vez mais presente em Santos do estado. "Por isso, todo o sistema Facesp ganhará com essa maior aproximação", afirmou. omeçou uma nova fase O presidente José Moreira da de aproximação e par- Silva disse que "estamos concerias entre a Federação solidando a participação no das Associações Comerciais do dia-a-dia da Facesp e asseguEstado de São Paulo (Facesp) e a rando uma integração mais Associação Comercial de San- consistente". Moreira da Silva acredita tos (ACS), que neste ano comemora 137 anos, com o prêmio que várias ações, em várias Associação Comercial Referên- áreas, adotadas pela ACS poderão ser particia 2007 da Região lhadas com ouSudeste, oferecido tras entidades copela Confederairmãs. "Participação das Associamos de todos os ções Comerciais e Santos é cada dia conselhos da preEmpresariais do mais importante feitura de nossa Brasil (CACB). em nosso estado. cidade e temos "Vamos estreitar mais nosso re- Alencar Burti, da ACSP muitos trabalhos conjuntos para lacionamento porque Santos é, cada dia mais, ajudar a modernizar a infra-esuma cidade importante na nos- trutura e a região metropolitasa rede e no nosso estado", disse na de Santos." Para Natanael Miranda dos Alencar Burti, presidente da Facesp, CACB e Associação Co- Anjos, superintendente da Famercial de São Paulo (ACSP), cesp, a ACS é também um que recebeu o presidente da exemplo na criação de prograACS, José Moreira da Silva, e mas para o desenvolvimento seus dois vice-presidentes, João das micros, pequenas e médias Luiz Zanethi e Virgílio Gonçal- empresas locais. Natanael saves Pina Filho, na sede da ACSP, lientou que essa aproximação também deverá ampliar as pana terça-feira passada. Segundo Burti, "essa ligação recerias entre as duas entidamais estreita" é muito impor- des. "Apesar de não ter o SCPC tante para ambas as entidades, (Serviço Central de Proteção sobretudo num momento em ao Crédito), a ACS tem um disque a cidade de Santos pode curso tão ou mais afinado com oferecer suas experiências pa- a Facesp do que muitas outras ra ajudar no desenvolvimento entidades filiadas", resumiu.
Sergio Leopoldo Rodrigues
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Nacional Finanças Empresas Empreendedores
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7 O setor de moda íntima no Brasil é composto por 6 mil confecções
EVENTO ATRAI LOJISTAS DE TODO O PAÍS
VENDAS NO SALÃO DE LINGERIE SURPREENDEM FABRICANTES. SETOR APOSTA EM NOVAS TECNOLOGIAS.
Lingerie ganha destaque na Fenin Kelly Ferreira, de Gramado
O
Salão Lingerie Brasil Sul reune, nesta XII edição da Fenin – Feira Nacional de Moda, 45 das mais representativas confecções de underwear e homewear para apresentar os lançamentos da moda outono/inverno 2008. O evento, em sua terceira edição, está sendo realizado na Rua Coberta, no centro de Gramado, com a participação do modelo Paulo Zulu, do ator Dudu Azevedo e das atrizes Karina Bacchi e Ticiane Pinheiro. Parte integrante da Fenin, o salão apresenta um mix de produtos compostos por lingerie para uso durante o dia e noite, pijamas, meias, modeladores e acessórios. Entre as novidades femininas para a nova estação estão pijamas com aparência de agasalhos, lingerie com rendas, tules irisados (que mudam de cor), tons vibrantes, como o roxo e o pink, flores, estampas de onça e modelagens para dar mais conforto e levantar os seios e o bumbum. Já para os homens, pijamas de malha e cuecas estilo boxe de microfibra com elásticos à mostra. As cores vibrantes também fizeram parte do visual masculino, como o amarelo. A expectativa da New Stage, promotora do evento, é superar em 20% os resultados da edição anterior e comercializar uma média de dois a três meses
de produção do volume anual dos expositores. Entre as participantes do salão estão as marcas Jogê, Darling, NU, Luxe, Val France, Del Rio, Marcyn, Liebe, Beautiful Woman, Lupo, TKTS e Daniela Tombine, entre outras. "A cada ano o Salão Lingerie Brasil-Sul se posiciona como uma opção de qualidade para os lojistas e atacadistas de moda íntima. Hoje, o mercado está mais criativo e cheio de novidades. A lingerie não é apenas uma peça para se usar por baixo da roupa", disse a diretora da New Stage, Ana Flores. O setor de moda íntima no Brasil é
Novos materiais e modelagens dão mais conforto às peças
composto por 6 mil confecções que produziram em 2006 cerca de 739 milhões de peças e faturaram R$ 4,07 bilhões, registrando um crescimento de 11%, se comparado aos resultados do ano anterior. Entre os principais estados produtores estão São Paulo, Ceará e Rio Grande do Sul. Segundo dia – O movimento ontem continuou intenso na Fenin. Pela primeira vez na feira, a grife de lingerie Liebe comercializou em um dia o equivalente a dois dias de produção. "Isso aqui está uma loucura. Vendemos cerca de 10 mil conjuntos entre o primeiro e o se-
gundo dia da feira. Não imaginávamos que seria assim. O resultado está sendo tão positivo que vamos voltar para lançar a coleção primavera/verão", disse a coordenadora de marketing da Liebe, Erytreia Marinho Uchôa. A aposta da Liebe é a lingerie sensual, com peças trabalhadas com renda, fitas, cristais e paetês. No setor de lingerie masculina, a Mash aposta nas cuecas em microfibra para a prática de esportes e na push up, que dá um volume aos órgãos genitais masculinos sem perder o conforto. Além disso, a empresa licenciadora das marcas TNG e Bad Boy lançou uma linha de cuecas com elásticos coloridos, para o público mais descolado. "Com todos esses lançamentos, esperamos comercializar R$ 500 mil até o último dia da feira", disse a coordenadora de marketing da Mash, Fabiana de Paula. Pijamas em alta – No setor de pijamas, a Kanto dos Sonhos também tem grandes expectativas de vendas. Segundo a gerente comercial da empresa, Katherine Assis, a meta é comercializar R$ 200 mil até o último dia da feira. "Estamos participando pela primeira vez da Fenin. E só no primeiro dia, vendemos o equivalente a dois dias de produção, além de aumentar a carteira de clientes", disse. A Fenin prossegue até amanhã, dia 25, na cidade de Gramado,. Mais informações no site www.fenin.com.br.
Fotos: Divulgação
Tons vibrantes como o roxo e o pink são as apostas para o inverno
É a vez do Nordeste
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uas novas feiras prometem movimentar os negócios das regiões Sul e Nordeste do País. A primeira será para mostrar as novas coleções primavera/verão, de 17 a 20 de junho, no Serra Park, em Gramado, no Rio Grande do Sul, onde já é realizada a Fenin outono/inverno. A outra irá reunir confecções para mostrar as novidades de alto verão, de 2 a 4 de setembro, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Recife. A de primavera/verão deverá seguir os mesmos moldes
da outono/inverno, reunindo cerca de 700 expositores. Já a de alto verão será menor. Em um espaço com 20 mil metros quadrados deverá reunir 380 expositores, principalmente das regiões Norte e Nordeste. "Será a mistura certa para negócios e lazer", disse Júlio Viana, diretor da Expovest, empresa organizadoras do evento. Outra novidade é a mudança da sigla da Fenin. Agora , a denominação da mostra terá um "m" no final e terá o nome mudado para Feira Nacional da Indústria da Moda.
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25, 26 e 27 de janeiro de 2008
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Jorge Takla: jornada de 14 horas...
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Acho o público de São Paulo bem mais exigente do que o americano. Jorge Takla
A palavra de personagens que são a cara da cidade. Sérgio Roveri
ois meses antes do término da elogiada temporada de My Fair Lady, em outubro do ano passado, o diretor Jorge Takla já dava início às audições para a escolha do elenco de sua nova superprodução, o musical West Side Story, montado pela primeira vez no Brasil. O musical, que estréia dia 8 de março, terá um elenco de 42 atores e 24 músicos na orquestra. Além de dirigir, Takla é o produtor, cenógrafo e iluminador do espetáculo. Para dar conta de tudo isso, é obrigado a seguir um ritmo que lembra muito o de São Paulo: ele trabalha em média 14 horas por dia, sem folga. Diário do Comércio: Ao encenar produções caríssimas como My Fair Lady e West Side Story você estaria dando um
voto de confiança ao público de São Paulo? Jorge Takla: Exatamente o oposto. O público de São Paulo é que está me dando seu voto de confiança para que eu continue realizando produções como essas. É graças ao interesse e sofisticação do público paulista que me sinto estimulado para montar espetáculos como My Fair Lady e West Side Story, correspondendo à expectativa dos espectadores e patrocinadores. Acho o público de São Paulo bem mais exigente do que o americano e um dos mais sofisticados do mundo. A cidade, de alguma maneira, serve de inspiração para você? Sim, com certeza. Sou uma pessoa extremamente urbana. Nasci no Líbano, já morei na
França, nos Estados Unidos e escolhi São Paulo para viver. É uma cidade que inspira a minha carreira, minha obra e, particularmente, tem uma ligação forte com West Side Story, que é um espetáculo que retrata conflitos essencialmente urbanos. São Paulo seria mesmo uma espécie de Broadway ou você não gosta desta comparação? São Paulo é muito superior. Do público que freqüenta a Broadway, por exemplo, 90% não são de Nova York e 50% não são nem americanos. Dos freqüentadores de musicais em São Paulo, 99% são formados por brasileiros e 80% por paulistanos. Isso faz com que o público de São Paulo possa ser considerado um dos maiores freqüentadores de teatro do mundo.
Amor e ódio de quem vive aqui: Neurópolis. Na TV.
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uando São Paulo festeja aniversário, e lá se vão 454 anos, a dona da festa tem que ser ela mesma, a cidade que amamos e odiamos às vezes na mesma proporção. Dois documentários que têm a capital como absoluta protagonista estarão na tela do SescTV – e neles poderemos nos ver numa espécie de 'espelho' do que somos. Neurópolis, direção de Márcia Derraik, é o primeiro a entrar em cena, às 18h30. Nele, você poderá acompanhar a experiência generosa do compositor e maestro Livio Tragtenberg, o criador da Orquestra de
Maria Adelaide: geografia como destino.
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s primeiras chamadas da minissérie Queridos Amigos, que estréia dia 18 de fevereiro na Rede Globo, mostram que São Paulo, mais uma vez, servirá de cenário para um obra de Maria Adelaide Amaral. Com 24 capítulos previstos, a minissérie, que tem cenas gravadas no Parque do Ibirapuera e escadarias do Municipal, é baseada em Aos Meus Amigos, livro que a autora publicou nos anos de 1980. Com Dan Stulbach e Fernanda Montenegro à frente de um grande elenco, Queridos Amigos vai nar-
A cidade é pano de fundo de quase todas as minhas obras. Maria Adelaide Amaral
rar alguns dos fatos mais marcantes da história recente do País, como a volta dos exilados e a chegada de Collor ao poder. Diário do Comércio: A cidade de São Paulo, de alguma maneira, é uma fonte de inspiração para sua obra? Maria Adelaide Amaral: A cidade inspirou as minisséries A Muralha e Um Só Coração e é pano de fundo de quase todas as minhas obras no teatro, na televisão e na literatura. No caso específico da minissérie que estréia em
fevereiro, a cidade tem um peso especial? Mais uma vez trata-se de uma história ambientada em São Paulo. Se geografia é destino, como dizem, então ela também é um fator determinante da vida dos meus queridos amigos. Do que você mais sente saudade de São Paulo quando viaja? Das raízes. Amigos, família, paisagem que nem sempre é bonita mas que a memória enfeita e transfigura.
Rejane Tamoto
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o aniversário de 454 anos de São Paulo não haverá motivos para ficar parado – a não ser que seja para apreciar um bom espetáculo. A data reserva comemorações para variadas tribos e toda a família. A festa começa hoje, às 15h, no Vale do Anhangabaú, e se estende até amanhã, sexta (25), às 21h, com shows, recreação, oficinas de trabalhos manuais, teatro, dança e até atendimento jurídico gratuito. Entre as oficinas, a principal será a de origami, na qual serão feitos mil tsurus (pássaros). O público poderá conferir capoeira, afro e taikô (tambores japoneses). Às 23h, Beth Carvalho e convidados fazem o show da virada, seguido de queima de fogos. A programação completa está no site http://portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/participacao_parceria. No Mercado Municipal (Rua Cantareira, 306), as comemorações começam hoje, quinta (24), às 21h, com os shows de seresteiros, Trovadores Urbanos e Inezita Barroso. A festa continua com apresentações de Eduardo Gudin e da escola de samba Mocidade Alegre. Na sexta (25), há show do Quinteto em Branco e Preto, às 15h30, além de palestras sobre gastronomia. Em frente ao Edifício Altino Arantes, a Torre do Banespa (Rua João Brícola, 24), apresentam-se Jair Rodrigues e Virgínia Rosa, amanhã, sexta (25), às 12h30. Será ainda uma oportunidade de subir os 161 metros do prédio e ver a cidade de cima. No saguão, a dica é a expo-
sição EveryBares, com bonecos que representam os boêmios da cidade. A entrada é franca. Os eventos gratuitos contemplam os amantes da música erudita. No Teatro Municipal de São Paulo (Praça Ramos de Azevedo, s/nº, Centro), a apresentação da Orquestra Sinfônica Municipal será amanhã, às 11h. No sábado (26), será a vez do Balé da Cidade de São Paulo e do Corpo de Baile Jovem da Escola Municipal de
Pai-nosso em tupi-guarany O tenor Gualtieri Beloni Filho cantará a oração da mesma maneira como os índios, catequizados pelo padre José de Anchieta, o faziam ao entardecer, na igreja do Pátio do Colégio (Praça Pátio do Colégio, 2, Centro), amanhã, às 16h. A cerimônia incluirá apresentações de serestas brasileiras e a entrada é franca.
Bailado, às 17h. No domingo (27), a Orquestra Experimental de Repertório exibe óperas de Verdi e Tchaikovsky, às 11h. A Banda Sinfônica do Estado de São Paulo faz um concerto amanhã, às 18h, no T he a tr o São Pedro (Rua Barra Funda, 171). No repertório, de Heitor Villa-Lobos a André Mehmari. Para os apaixonados por poesia, a Casa das Rosas (Av. Paulista, 37), sediará um evento com recitais poéticos e música, amanhã, das 14h às 21h. Mas se a proposta é dançar, vá ao Parque da Independência (Av. Nazaré, s/nº, Ipiranga)
onde, a partir das 15h da sexta, ocorrem os shows do cantor Jorge Ben Jor, do grupo sul-africano Kholwa Brothers, Banda Glória e Funk como Le Gusta. No Parque do Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº) os eventos acontecem do dia 25 ao 27. No Auditório (Portão 2), o grupo Meninos do Morumbi apresenta, às 18h, show com músicas de Caetano Veloso, Elis Regina e Ari Barroso, com ingressos a R$ 30. Haverá espetáculos gratuitos na Fonte Multimídia do Ibirapuera, às 20h30 e 21h05. No repertório, canções de Adoniran Barbosa, clássicos de Bethoven, Vivaldi e outros. No Centro Cultural São Paulo (CCSP– Rua. Vergueiro, 1000, Paraíso), o grupo de samba-rock Clube do Balanço faz um show gratuito hoje, à meianoite. E amanhã, às 15h30, o aniversário da cidade e Centenário da Imigração Japonesa serão comemorados juntos com a performance Kagura, um ritual que invoca a paz, junto a uma exposição de indumentárias japonesas. E para as crianças, atividade de recorte de vinil, no CCSP, das 11h às 16h. Quer teatro de graça e brincadeiras de rua? A Cia. Nau de Ícaros leva ao palco amanhã, sexta (25), as peças Cidade dos Sonhos (16h) e De um Lugar para o Outro (20h), no Teatro Sérgio Card oso (Rua Rui Barbosa, 153). Outra dica é conferir, no Sesc Santana (Av. Luiz Dumont Villares, 579), o espetáculo circense Gigantes de Ar, da Companhia Pia Fraus, às 16h, com os bonecos infláveis gigantes de animais. Grátis. Veja mais na página 4
Fotos: Divulgação
ARTE NA RUA. PARABÉNS, SAMPA!
Bonecos gigantes da Companhia Pia Fraus (acima), no Sesc Santana. E Beth Carvalho: show no Vale do Anhangabaú.
Músicos das Ruas de São Paulo. Formada por 17 artistas de várias regiões do Brasil e do mundo, a orquestra atua em ruas, praças, estações de trem e metrô da capital paulista para, segundo Tragtenberg, construír o "som nervoso" das ruas de São Paulo. Outro destaque da programação do SescTV, no ar às 22h, é o documentário O Resto é Dia a Dia, uma produção do Laboratório de Imagem e Som em Antropologia da USP, com direção de Andréa Barbosa, que mostra a experiência única que é viver na capital paulista. Através de um passeio por suas ruas, avenidas e vielas, vemos pessoas de várias nacionalidades que se cruzam em meio a um emaranhado de arranhacéus. O prédio do Correio, o Viaduto do Chá, a Estação da Luz e o Teatro Municipal (foto) dividem o espaço com edifícios modernos, mas toda a modernidade da metrópole não conseguiu tirar algumas poesias de sua paisagem, como as pequenas barbearias de bairro, os casais de namorados, os aposentados e os jogos de futebol no parque. (Regina Ricca)
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Finanças Nacional Empresas Empreendedores
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25, 26 e 27 de janeiro de 2008
Parques de diversão esperam público até 20% maior neste feriado prolongado
PARQUE DE EVENTOS É PROJETADO EM PIRITUBA
O SETOR DE LAZER PREPAROU ATRAÇÕES, MAS SABE QUE PODE PERDER PÚBLICO, MAIS INTERESSADO EM VIAJAR.
A CIDADE NÃO PÁRA. NEM NO FERIADO. Divulgação
caso de Marcius Temperani, da família dos proprietários do restaurante O Compadre, instalado no Shopping Lar Center. Para o aniversário da cidade, ele prepara uma maionese desenhada com a bandeira paulistana. "Vamos servir coisas típicas, como cuscuz e bolinhos de chuva." A OceanAir oferece preços especiais de passagens para 21 destinos brasileiros. Para amanhã, os passageiros poderão adquirir ainda hoje bilhetes com tarifas a partir de R$ 63. A promoção vale para quem vem visitar São Paulo e para os pauDessa forma, contas de consumo, como água, luz e cartão de crédito, com vencimento hoje, poderão ser quitadas até o próximo dia útil – segunda-feira, 28. Para essas contas, os bancos dispõem de agendamento ou autoatendimento nos caixas
automáticos, lotéricas e correios, além da internet. Já tributos, como IPTU, IPVA e outras contas do governo devem ser pagos até o vencimento, normalmente já ajustado pelo calendário de feriados. Shoppings ficarão abertos entre 14h e 20h. (GO)
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feriado do aniversário dos 454 anos de São Paulo, amanhã, será o primeiro prolongado do ano. Mas esfriou os ânimos dos empresários que pretendiam fazer bons negócios com o lazer. Os responsáveis por hotéis, restaurantes, bares, parques de diversão, locadoras de veículos e até empresas de aviação apostaram em pacotes para atrair os paulistanos, mas estão certos de que, se o feriado fosse no meio da semana, certamente teriam mais clientes. "Em um feriado no meio da semana, a rede de restaurantes recebe até 30% a mais de consumidores em seus salões. Com a comemoração na sextafeira, nosso movimento deve cair até 20% no final de semana", disse o diretor social da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-SP), Joaquim Saraiva de Almeida. Mas muitos empresários do setor mantêm a confiança. É o
Bancos fecham no feriado
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Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) informou que as agências bancárias não abrirão amanhã, dia 25, feriado de aniversário de São Paulo.
Fábio D'Castro/Hype
listanos que pretendem viajar para um pouco mais longe. O diretor de assuntos internacionais da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav), Leonel Rossi Júnior, entretanto, aposta mais nas viagens curtas, principalmente para o litoral paulista. "De fora, podemos receber moradores do interior do estado para programações culturais e de gastronomia. Mas esse fluxo não pode ser chamado de aumento de movimento", diz. O público deve aumentar nos parques de diversão, segundo o vice-presidente da Associação das Empresas de Parques de Diversões do Brasil (Adibra), Fernando Souza. Segundo ele, os parques devem ter crescimento entre 10% e 15% no movimento, com o feriado. "A procura deve ser maior (mais 30%) nos parques Wet’n Wild e Hopi Hari, fora da cidade." Andreas Auerbach, diretor do Playcenter, diz que o local é "100% paulistano" e espera receber 20% a mais de público neste fim de semana.
Mário Tonocchi
Andreas Auerbach, do Playcenter.
Temperani, de "O Compadre".
Um mega pólo de eventos em SP Geriane de Oliveira
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maior cidade da América Latina vai ganhar mais um pólo de exposições e feiras. Essa é a proposta da Prefeitura de São Paulo, que destinou para o empreendimento uma área de grande porte no distrito de Pirituba/Jaraguá, na zona noroeste. Ainda não há previsão para o início das obras, que dependem totalmente de investimentos da iniciativa privada. Segundo o subprefeito da região, Amauri Luiz Pastorello, será o maior pólo de exposições e feiras do mundo. A área do terreno é de 5 milhões de metros quadrados, dez vezes maior que o Parque do Anhembi. "A área útil para a construção será de três mi-
lhões de m², e o restante deve ser destinado à preservação ambiental", disse. De acordo com Pastorello, a escolha do local foi definida pela Empresa Municipal de Urbanização de São Paulo (Emurb) e tem o objetivo de acabar com o déficit de espaço para a realização de eventos na cidade. "Estamos perdendo eventos", afirmou. O presidente da União Brasileira de Promotores de Feiras (Ubrafe), Jorge Alves de Souza, também ressalta a carência de mais espaços para feiras na cidade. "Estamos com dificuldades de sediar congressos mundiais. Nesse caso, o prefeito saiu na frente", disse. A desapropriação do imóvel, que não possui moradores, foi determinada por meio do decreto municipal n°
49.132, de 11 de janeiro de 2008, e as condições serão negociadas com os proprietários. A escolha do terreno também teve como critério a liqüidez e a localização do imóvel. "Está próximo às marginais, ao Rodoanel Mário Covas, à estação de trem de Vila Clarice e será beneficiado ainda com a ampliação do sistema Anhanguera. Um pólo desse porte terá todo um pulsar em volta dele", disse o subprefeito. Centro de negócios – São Paulo é uma das cidades de maior turismo de negócios em todo o continente. Dados da São Paulo Convention & Visitors Bureau (SPCVB) revelam que a cidade abrigou 90 mil eventos em 2007 e recebeu 16,5 milhões de visitantes nos seus 13 centros de convenções.
SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL Edital 06/SMADS/2008 A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) comunica a publicação no DOC de 19/01/2008, do Edital nº 06/2008/SMADS convocação de audiência pública para celebração de convênios referente à instalação dos serviços CENTRO PARA CRIANÇAS DE 06 A 12 ANOS E CENTRO PARA ADOLESCENTES DE 12 A 15 ANOS conforme segue: SAS Cidade Ademar, Dia 14/02/2008, às 09h00, à Av. Interlagos, nº 1329 - UNIB SAS Aricanduva/Formosa/Carrão, Distrito Aricanduva, Dia 15/02/2008, às 13h00, à Rua Eponina, 82 - Auditório - Vila Carrão SAS Aricanduva/Formosa/Carrão, Distrito Vila Formosa, Dia 15/02/2008, às 09h00, à Rua Eponina, 82 - Auditório - Vila Carrão SAS Aricanduva/Formosa/Carrão, Distrito Vila Carrão, Dia 15/02/2008, às 14h00, à Rua Eponina, 82 - Auditório - Vila Carrão SAS Butantã, Dia 15/02/2008, às 14h00, à R. Ulpiano da Costa Manso nº 201, sala de reuniões 1º andar SAS Campo Limpo, Distrito Capão Redondo e Vila Andrade, Dia 14/02/2008, às 13h00, Subprefeitura de Campo Limpo à Rua Nossa Senhora do Bom Conselho, 59/65 Jd. Laranjal - Auditório SAS Campo Limpo, Distrito Campo Limpo, Dia 15/02/2008, às 13h00, Subprefeitura de Campo Limpo à Rua Nossa Senhora do Bom Conselho, 59/65 - Jd. Laranjal - Auditório SAS Capela do Socorro, Distrito Grajaú, Dia 15/02/2008, às 09h30, Centro de Cidadania das Mulheres à Rua Oscar Barreto Filho, 350 - Parque América SAS Capela do Socorro, Distritos Cidade Dutra e Socorro, Dia 15/02/2008, às 14h30, Centro de Cidadania das Mulheres à Rua Oscar Barreto Filho, 350 - Parque América SAS Cidade Tiradentes, Dia 15/02/2008, às 10h00, Subprefeitura Cidade Tiradentes à Estrada de Iguatemi, 2751 - Auditório - bairro Cidade Tiradentes SAS Casa Verde/Cachoeirinha, Dia 15/02/2008, às 14h00, à Rua Braseliza Alves de Carvalho, 414 - Auditório - Casa Verde SAS Ermelino Matarazzo, Dia 14/02/2008, às 10h00, à Av. São Miguel, 5550 - Sala de Reuniões, 1º andar - Ermelino Matarazzo SAS Freguesia/Brasilândia, Dia 15/02/2008, às 13h00, Subprefeitura de Freguesia do Ó à Rua João Marcelino Branco, 95 - Auditório - Vila Nova Cachoeirinha SAS Guaianazes, Dia 15/02/2008, às 09h00, à Rua Comandante Carlos Rhun, 75 - bairro Vila Princesa Isabel I SAS Ipiranga, Distrito Sacomã (bairros Heliópolis e São João Clímaco), Dia 13/02/2008, às 09h00, à Rua Lino Coutinho, 444 - Ipiranga - Auditório SAS Ipiranga, Distrito Sacomã (bairros Sacomã, Jd. Clímax, Pq. Bristol e Vila das Mercês), Dia 13/02/2008, às 13h00, à Rua Lino Coutinho, 444 - Ipiranga - Auditório SAS Ipiranga, Distrito Ipiranga, Dia 13/02/2008, às 16h30, à Rua Lino Coutinho, 444 Ipiranga - Auditório SAS Itaquera, Dia 15/02/2008, às 10h00, à Rua Sábado D’Angelo, 2085 - 2º andar Jd. Morgante - Distrito José Bonifácio - Auditório SAS Itaim Paulista, Dia 15/02/2008, às 09h00, Subprefeitura Itaim Paulista à Avenida Marechal Tito, 3012 - Sala de Reunião SAS Jabaquara, Dia 14/02/2008, às 10h00, Centro Cultural Jabaquara à Rua Arsênio Tavoliere, 45 - bairro Jabaquara SAS Jaçanã/Tremembé, Dia 13/02/2008, às 09h00, Subprefeitura do Jaçanã/Tremembé à Rua Benjamim Pereira, 925 - Auditório da coordenadoria de Obras - bairro Jaçanã SAS Lapa, Dia 15/02/2008, às 09h00, Subprefeitura Lapa à Rua Guaicurus, nº 1000 - sala 50 - Auditório SAS M’Boi Mirim, Distrito Jardim São Luiz, Dia 13/02/2008, às 09h00, Subprefeitura M’Boi Mirim à Avenida Guarapiranga, nº 1.265 - 1º andar - bairro Parque Alves de Lima - Auditório SAS M’Boi Mirim, Distrito Jardim Ângela, Dia 14/02/2008, às 09h00, Subprefeitura M’Boi Mirim à Avenida Guarapiranga, nº 1.265 - 1º andar - bairro Parque Alves de Lima - Auditório SAS Vila Maria/Vila Guilherme, Distrito Vila Maria, Dia 14/02/2008, às 09h00, R. Soldado José Antônio Moreira, 546 - Auditório - Parque Novo Mundo SAS Vila Maria/Vila Guilherme, Distritos Vila Guilherme e Vila Madalena, Dia 15/02/2008, às 09h00, à R. Soldado José Antônio Moreira, 546 - Parque Novo Mundo - Auditório SAS Mooca, Dia 15/02/2008, às 08h30, à Rua Gonçalves Crespo, 227 - Tatuapé SAS São Miguel, Distritos São Miguel e Jardim Helena, Dia 13/02/2008, às 09h00, Subprefeitura São Miguel Paulista à Rua D. Ana Flora Pinheiro de Souza, 76, Vila Jacuí Anfiteatro SAS São Miguel, Distrito Vila Jacuí, Dia 14/02/2008, às 12h30, Subprefeitura São Miguel Paulista à Rua D. Ana Flora Pinheiro de Souza, 76, Vila Jacuí - Anfiteatro SAS Parelheiros, Dia 15/02/2008, às 14h30, Subprefeitura de Parelheiros à Av. Sadamu Inouê nº 5252 - Sala de reunião de CASD SAS Penha, Dia 14/02/2008, às 09h00, Subprefeitura Penha à Rua Candapuí nº 492 Anfiteatro SAS Pinheiros, Dia 15/02/2008, às 09h00, Subprefeitura Pinheiros à Av. Nações Unidas, 7123 - Auditório Chico Mendes SAS Pirituba/Jaraguá, Dia 14/02/2008, às 09h30, à Rua Luis Carneiro, 193 - Pirituba Subprefeitura SAS Perus, Dia 15/02/2008, às 09h00, à Rua Ylídio Figueiredo, 349 - Auditório SAS Santo Amaro, Distrito Santo Amaro, Dia 15/02/2008, às 14h00, à Rua Padre José de Anchieta, 646 - Santo Amaro - Auditório SAS Santo Amaro, Distrito Campo Belo, Dia 15/02/2008, às 09h00, à Rua Padre José de Anchieta, 646 - Santo Amaro - Auditório SAS Sé, Distritos Santa Cecília, Sé, Bom Retiro, República e Liberdade, Dia 15/02/2008, às 09h00, Coordenadoria Assistência Social Desenvolvimento à SÉ Av. Tiradentes, 749 Auditório - Luz Distritos Bela Vista, Cambuci e Liberdade, Dia 14/02/2008, às 09h00, à Coordenadoria Assistência Social Desenvolvimento à Av. Tiradentes, nº 749 - Auditório da CASD/SÉ - Luz SAS São Mateus, Distrito São Mateus, Dia 15/02/2008, às 08h00, à Av. Ragueb Chofhi, nº 1400 Supervisão de Assistência Social São Mateus, Distrito Iguatemi, Dia 15/02/2008, às 16h00, à Av. Ragueb Chofhi, nº 1400 SAS São Mateus, Distrito São Rafael, Dia 15/02/2008, às 13h00, à Av. Ragueb Chofhi, nº 1400 SAS Santana/Tucuruvi, Dia 13/02/2008, às 09h00, à Rua Av. Tucuruvi, 808 - Auditório bairro Tucuruvi SAS Vila Mariana, Dia 13/02/2008, às 09h00, Clube Mané Garrincha à R. Pedro de Toledo, nº 1.651- Vila Clementino SAS Vila Prudente/Sapopemba, Distritos São Lucas, Vila Prudente e Sapopemba, Dia 14/02/2008, às 09h00, à Rua Dona Genoveva D’Ascoli, 37 - térreo - Vila Prudente
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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Europa Filmes/Divulgação
Cristiano Mascaro/ Divulgação
Arquivo DC
SHOW
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ilho de João Nogueira, não à toa Diogo tem o dom da música na garganta. Desde menino, sentiu na pele o balançar que vem do pandeiro. Ainda no colo, seu coração acelerou ao som do surdo de marcação. Do ronco da cuíca entendeu o chamado. O repique de mão acelerou seu destino. Pelas andanças em quintais e terreiros, em meio às rodas e aos pagodes, fezse de samba o Diogo. Firmou em sua alma a vivência que arrebata os que não têm mais escolha, pois o samba chamou e nada resta se não obedecer ao chamamento. Diogo Nogueira foi. Firmou seu pon-
Bruna: roteirista e atriz de O Signo da Cidade, com direção de Riccelli.
Telma de Freitas clicada por Cristiano Mascaro: sonho de ser diva.
CINEMA
VISUAIS
B
runa Lombardi é a estrela e roteirista da estréia desta sexta (25), O Signo da Cidade, dirigido por seu marido Carlos Alberto Riccelli e com o filho, Kim Riccelli, no elenco. Ela está no papel da astróloga Teca, que em um programa noturno de rádio atende ouvintes anônimos, e vai aos poucos envolvendo-se nos enredos das vidas alheias.
Premiado em diversos festivais, o filme é a grande pedida deste feriado, seja porque foi filmado aqui, e exibe um apanhado dos tipos humanos e paisagens urbanas da metrópole, e também em razão da promoção que cobrará apenas R$ 1 de ingresso, amanhã, em qualquer cinema. (LHC) Fotos e bastidores das filmagens no site www.osignodacidade.com.br.
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artista cearense Telma de Freitas sempre quis ser uma estrela hollywoodiana. Marilyn Monroe estava entre as suas aspirações. O sonho se materializou por meio de uma série de auto-retratos, fotos-pinturas e um ensaio feito pelo fotógrafo Cristiano Mascaro na casa dela em 2007. As imagens podem ser vistas a partir do dia 26 (sábado) na Galeria
Estação. Além do conjunto de fotos, a mostra também exibe cerca de 60 registros de Marilyn Monroe feitas por Bert Stern na década de 1960. O diálogo entre a estrela mundial e a anônima fica em cartaz até 16 de março. Galeria Estação, rua Ferreira de Araújo, 625, Pinheiros, tel.: 3813-7253. Terça a domingo, das 11h às 19h, exceto sábado, das 11h às 15h. Ingresso: R$ 10. (RA)
GASTRONOMIA Fotos: Divulgação
TEATRO Almoço lírico com Clarisse na Cultura
Sabor paulista
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rede de restaurantes São Paulo I propõe-se a servir comida da fazenda com gosto paulista. Inaugurada há 23 anos, a casa tem filiais no Pátio Higienópolis, Anália Franco, Villa Lobos e em mais 26 praças de alimentação de shoppings da capital paulista, onde serve, em sistema de bufê, 15 tipos de saladas, 20 pratos quentes e 15 doces. E às quartas e sábados, também feijoada. Para esta sexta (25), o chef de cozinha Augusto Borges sugere a salada Verão, feita com folhas verdes, nozes e frutas da época. Para prato principal, feijão car-
reteiro, arroz, couve, mandioca, leitão pururuca, vaca atolada, carne seca e polenta. E como sobremesa, a boa pedida é doce de leite ou de abóbora e Romeu e Julieta. A rede surgiu em 1984, com uma loja na avenida Rebouças. Tinha no cardápio receitas da avó do dono, Dona Iza. Em 1991, foi instalada no shopping Eldorado. Hoje com 54 franquias no Estado de São Paulo, comercializa novas marcas como o Divino Fogão e o Spaghetti Primo. (LHC) Endereços dos restaurantes e outras informações: www.saopaulo1.com.br.
A
atriz Clarisse Abujamra vem provando que pode haver muita elegância e lirismo no horário dos almoços dominicais. Acompanhada do pianista Ivan Abujamra, ela ocupa, até o dia 24 de fevereiro, o palco do Teatro Eva Herz, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, para falar trechos das obras de João Cabral de Melo Neto, Fernando Pessoa, Bertolt Brecht e Arnaldo Antunes. Neste recital poético, chamado de Antonio – Da Tua Tão Necessária Poesia, a atriz ainda comenta fatos emocionantes de sua trajetória pessoal, como a convivência com o tio Antonio Abujamra e o ex-marido Antonio Fagundes. O horário é um convite para quem deseja fugir da rotina: 13h30 dos domingos. (Teatro Eva Herz,
BAR Drinque São Paulo no Senzala: homenagem com café.
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ara curtir o aniversário da cidade com amigos, em uma mesa de bar, a sugestão é o Senzala Bar & Grill, que prepara nesta sexta (25) um drinque diferente para homenagear a metrópole que fica um ano mais velha: é o Coquetel São Paulo, feito com café gelado, conhaque, licor de cacau, chantily e grãos de café. Custa R$ 16. Localizado na Praça Panamericana, na zona
BOSSA NOVA
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Projeto Bossa-Nova S empre, iniciado em 2007, ganha fôlego em 2008, quando o movimento comemora 50 anos. Neste fim de semana, o Quarteto em Cy revive grandes sucessos desse gênero musical que, hoje, faz parte do repertório internacional, no mesmo nível de standards americanos de Cole Porte, George Gershwin e Irving Berlin. As moças do quarteto apresentam-se acompanhadas por violão, piano, baixo e bateria. Interpretam Wa ve e Samba do Avião, entre outros clássicos de Tom Jobim. Teatro Sesc Vila Mariana. Rua Pelotas, 141. Tel.: 50803000. Sábado (26), 21h; domingo (27), 18h. R$ 30. E Miucha (foto), eterna m u s a d a b o s s a - n ova , apresenta-se no Memorial acompanhada da Jazz Sinfônica. No programa, Você Vai Ver (Tom) e Desalento (Chico Buarque e Vinícius). Memorial da América Latina. Av. Auro Soares de M o u ra A n d ra d e, 6 6 4 . Tel.: 3823-4600. Sexta (25), 21h. Grátis. (MMJ)
Antonio: poemas e trajetória pessoal
oeste, o bar serve chope, cervejas, petiscos e pratos rápidos em um ambiente agradável e arejado, com pé direito alto, pequenas cascatas dentro do salão, decoração com bastante verde e iluminação suave. Funciona de segunda a segunda, das 11h à 1h da madrugada. Site: www.senzala-sp.com.br. Na Praça Panamericana, 99, Alto de Pinheiros, telefone: 3032-5518. (LHC)
Avenida Paulista, 2073, telefone: 3170-4059, ingressos a R$ 30). Sérgio Roveri
DANÇA O Balé da Cidade embala a platéia do Teatro Municipal no dia 26 (sábado) com a coreografia Onde Está o
Silvia Machado/Divulgação
Arquivo DC
uiz Melodia (foto) volta à cidade, para uma esticada de três espetáculos. O compositor da clássica Estácio, Holly Estácio promete muito mais (é possível?; é!) do que fazer um rivavel de sua bela carreira. Vai concentrar o repertório das apresentações no roteiro álbum Estação Melodia, que presta emocionado tributo ao samba. Você vai ouvir Tive Sim, de Cartola; Eu Agora Sou Feliz, de Jamelão e Mestre Gato; e Não Me Quebro à Toa, de Oswaldo Melodia, pai do astro. Teatro do Sesc Pompéia. Rua Clélia, 93. Tel.: 3871-7700. Sexta (25) e domingo (27), 18h; sábado (26), 21h. R$ 32. (Ingressos podem ser comprados no CineSesc e demais unidades do Sesc). Parceria afinada fazem Ceumar e Dante Ozzetti. A mineira Ceumar, vocais, acompanhada de Dante, violonista paulistano. No repertório, obras de Dante (música) com letras de Zeca Baleiro, Chico César e Zélia Duncan. Sustenta ainda o som um quarteto de músicos. O espetáculo faz parte da boa agenda do Sesc Pinheiros - Teatro Paulo Autran. Rua Paes Leme, 195. Tel.: 3095-9400. Sábado (26), 21h; domingo (27), 18h. R$ 20. Mais violão e voz. Chico Pinheiro, compositor, violonista e vocalista afinado, apresenta o recente álbum Nova. Com apoio de piano, baixo e bateria, conta ainda com a participação da cantora Luciana Alves. Ao Vivo Music. Rua Inhambu, 229. Tel.: 5052-0072. Quinta (24), 22h30. R$ 20. (MMJ)
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Norte?. Praça Ramos de Azevedo, s/nº, tel.: 3222-8698. Ingressos gratuitos distribuídos duas horas antes do espetáculo.
CD
O espelho de Diogo Nogueira Aquiles Rique Reis to, encorpou seu canto e se fez sambista. Seu pai, lá em cima, olhos cheios de orgulhoso amor, aponta-o aos velhos companheiros reunidos entre moelas e rabos-de-galo, e marca o ritmo na palma da mão. Era o início de julho de 2007 quando Diogo pisou o palco do Teatro João Caetano no Rio de Janeiro. Com direção de Ginaldo de Souza, dois shows estavam marcados. Dali sairia um CD gravado ao vivo. Subiram ao palco com ele Alceu Maia (cavaquinho), André Neiva (baixo), Camilo Mariano (bateria), Marcelo Nami (violão de sete cordas), Wallace Peres
(violão de seis cordas), Dirceu Leite (sopros), Fernando Merlino (teclado), Marçalzinho, Marcelo Pizzott e Pirulito (percussão), Paulinho da Aba (pandeiro), Analimar Ventapane e Jussara Lourenço (coro). E havia também três convidados especiais: Marcelo D2, Xande de Pilares e Marcel Powell. Eis que Diogo chega à praça com seu Diogo Nogueira ao vivo (EMI). Com produção de Alceu Maia, que fez arranjos para 11 das 14 músicas do CD – as ou-
tras três tiveram arranjos de Ivan Paulo –, o CD se vale principalmente da cozinha rítmica para acentuar a cadência dos sambas cantados por Diogo. O teclado de Merlino é sutil como deve ser um instrumento que, em excesso, se torna um estranho no ninho do samba. Os sopros de Dirceu são eficientes e criam momentos distintos para cada faixa que interpretam. A batera de Camilo é pulsante e permite que a levada seja preenchida pelos
instrumentos de ritmo que dão mais gosto aos arranjos. Poder da Criação (João Nogueira e Paulo César Pinheiro) abre o disco e causa arrepio. A semelhança do cantar do filho com o do pai é emocionante. E a roda de samba segue com um show de interpretação de Diogo. Vem outra parceria de João e Paulinho Pinheiro (Batendo a Porta). Marcel Powell abre a faixa 12, Violão Vadio (Baden e Paulo César Pinheiro). Melodia difícil, para a qual Diogo talvez devesse ter dado um pouco mais de atenção na emissão dos graves e, principalmente, na respiração, ou na
falta dela, que faz com que ele respire no meio de uma palavra. Grande intérprete, Diogo é um compositor em formação. Sua trajetória tem um espelho a seguir e seguirá, posto que o samba se lê na raça daqueles cantores que já nascem criado para a façanha. Aquiles Rique Reis, vocalista do MPB4, é produtor e apresentador do programa O Gogó de Aquiles, apresentado na Rádio Roquete Pinto FM do Rio de Janeiro às segundas-feiras, das 15h às 16h: www.fm94.rj.gov.br
Cansei de dizer que não sou candidata. E acho que, em vez de me credenciar, isto prejudica o PAC.
ABr - 12/12/06
Da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, nome forte do PT para as eleições presidenciais de 2010.
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24 Morte do estadista, escritor e político britânico Winston Churchill (1874-1965)
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I NTERNACIONAL
Marie Smith Jones, a última pessoa 100% eyak e última falante nativa do idioma, morreu aos 89 anos esta semana em sua casa em Anchorage. "Pelo que sabemos, era a última pessoa 100% eyak viva", disse sua filha Bernice Galloway. Jones também era a última pessoa fluente em eyak, um ramo da família de línguas indígenas Athabaskan, segundo Michael Krauss, lingüista e professor emérito da University of Alaska Fairbanks. Ela teve papel importante na conscientização do mundo sobre a cultura dos povos
do Alasca. "Com sua morte, a língua eyak se torna extinta", disse Krauss. Jones foi chefe honorária da nação eyak. A terra ancestral cobria 500 quilômetros do Golfo do Alasca. Cerca de 20 línguas nativas do Alasca estão em risco de extinção segundo Krauss. "Este é o começo do fim se não fizermos alguma coisa". "As línguas nativas do Alasca são a herança intelectual dessa parte do mundo. É algo único e se as perdermos, vamos perder o que é exclusivo do Alasca", acrescentou o lingüista.
Henning Bagger/AFP
D INAMARCA
Síndrome de Pinóquio
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presidente George W. Bush e altos funcionários do governo norte-americano não tiveram a menor consideração pela verdade no período anterior à guerra no Iraque e mentiram 935 vezes em dois anos, revela o estudo F als os Pretextos divulgado ontem. O relatório, elaborado pelo Center for Public Integrity (CPI) e pelo Fundo para a Independência no Jornalismo, mostra que muitas declarações do governo Bush "fizeram parte de uma campanha orquestrada que induziu a opinião pública e conduziu o país à guerra com base em informações absolutamente falsas". O fundador do CPI, Charles Lewis, e os pesquisadores que o ajudaram no estudo, que será publicado em forma
de livro, afirmam que Bush e outras autoridades propagaram "metodicamente informações errôneas nos dois anos anteriores ao 11 de Setembro de 2001 sobre a ameaça que representava o Iraque de Saddam Hussein para a segurança nacional".
Durante os dois anos que precederam o início da intervenção americana no Iraque, em março de 2003, "em 532 ocasiões (discursos, entrevistas, etc), Bush e o secretário de Estado Colin Powell, o subsecretário de Defesa Paul Wolfowitz, e os porta-vozes da Casa Branca, Ari Fleisher e Scott McClellan garantiram que o Iraque tinha armas de destruição em massa (ou estava tentando produzi-las ou obtê-las) e vínculos com a AlQaeda ou os dois". Era mentira, mas com isso, justificaram a intervenção no Iraque. O vice-presidente Dick Cheney, a conselheira para a segurança nacional Condoleezza Rice e o secretário de Defesa Donald Rumsfeld também foram flagrados em mentiras em seus discursos no período.
A Vale vai às compras
A carioca Dora Bria, um dos maiores destaques da história do windsurfe brasileiro, morreu na tarde de terça-feira, em um acidente de carro em Minas Gerais. A notícia, no entanto, só foi divulgada ontem. Dora Bria tinha 48 anos e durante sua vitoriosa carreira no windsurfe, Dora Bria conquistou três títulos sul-americanos e seis brasileiros, entre muitos outros.
O jornal britânico Financial Times destacou na edição de ontem a compra da anglo-suíça Xstrata pela brasileira Vale. Segundo o jornal, que cita fontes de Londres, nenhum preço foi definido, mas as negociações continuam acontecendo. Entretanto, o negócio, segundo o FT, não é muito bem visto por todos os acionistas da empresa. "Está se tornando muito mais difícil justificar a aquisição para os investidores", disse um analista ao jornal. O risco de uma recessão nos EUA também ameaça a compra.
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DANÇA-RITUAL - Jovens dançarinos australianos ensaiam o espetáculo Kin, que conta a história e as tradições dos povos aborígenes. O show faz parte do Festival de Dança de Sydney, que começou ontem. A RQUEOLOGIA
Vovô da humanidade
Divulgação
VISUAIS A
Carnaval com segurança
Percorrendo o Brasil de A a Z
O projeto Criando Laços lançou este simpático porta-camisinhas: uma mini mochila em lona amassada, nas cores bege ou preta, que pode ser usada no cinto ou como pulseira. Vem com três camisinhas e custa R$ 5.
Este é o lema do site City Brazil que é mais do que um guia de turismo do País. Trata-se de um verdadeiro "manual" que reúne mapas, informações sobre economia, serviços úteis em várias cidades, índices, empregos e muito mais. Mas o grande apelo do site é mesmo o turismo. Basta escolher um estado para encontrar informações sobre cultura, culinária, folclore, pontos turísticos, hotéis, pousadas, transportes etc...
mais surpreendente é que o crânio ainda conserva u m a m e mbrana fossilizada em sua parte interior, o que permitirá que os cientistas estudem o sistema nervoso dos antepassados do Paleolítico". Os restos encontrados se fossilizaram porque ficaram enterrados a cinco metros de profundidade, perto de um manancial cujas águas contêm altos níveis de cálcio.
Além dos restos do crânio humano, 30 mil fósseis de animais e de artefatos feitos com ossos e pedras foram achados na região nos dois últimos anos. "Esperamos continuar realizando descobertas de importância na região", disse Li.
L OTERIAS Concurso 795 da LOTOMANIA 04
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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
Para cúpula do Barcelona, demora na recuperação de Ronaldinho é problema 'psicológico' Igreja pode ir à Justiça contra distribuição de 'pílula do dia seguinte' no carnaval de Recife
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www.citybrazil.com.br
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Crânio e 16 fragmentos encontrados na China há dois anos
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F AVORITOS
rqueólogos chineses desenterraram os restos de um crânio humano que pode ter 100 mil anos, o que transforma essa descoberta "na mais importante" ocorrida na China desde que foram achados os restos do "Homem de Pequim", no começo do século 20. A descoberta foi informada pelo diretor da Administração Estatal do Legado Cultural, Shan Jixiang, e publicada ontem pelo jornal China Daily. Segundo Shan, esse achado "vai jogar luz sobre um período crítico da evolução humana". A descoberta aconteceu no mês passado em uma jazida situada em Xuchang, na província de Henan (centro do país), na qual os arqueólogos trabalham há dois anos e meio, apesar de não ter sido anunciada até agora. Foram encontradas 16 peças de um crânio quase completo, que possui supercílios proeminentes e testa pequena. No entanto, segundo ressaltou o diretor do grupo de arqueólogos que trabalha na escavação, Li Zhanyang, "o
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G @DGET DU JOUR
Telefone: (11) 3334-0704 Divulgação
www.shuuemura-usa.com
C A R T A Z
Paço das Artes exibe visões estrangeiras do País na mostra fotográfica Brasil: desFocos (O Olho de Fora). Avenida da Universidade, nº 1, Cidade Universitária, tel.: 3814-4832, das 11h30 às 19h. Grátis.
O estilista japonês Kakuyasu Uchiide tirou a moda do corpo e a levou para os olhos. Considerado uma espécie de suprema autoridade na missão de criar maquiagens e outros efeitos de beleza, o principal criador da grife de cosméticos Shu Uemura criou esses cílios postiços para as jovens que freqüentam as animadíssimas e ultramodernas festas noturnas de Tóquio. Na cidade, garante Uchiide, você pode usar uma dessas alegorias todas as noites. "Os cílios postiços evidenciam a sensualidade feminina", diz ele. Mas a idéia já vem sendo sugerida como muito adequada para o Carnaval brasileiro. O segredo dos cílios postiços é a transformação imediata de um rosto comum na face misteriosa de uma princesa egípcia, de uma mulher cujos olhos lembram um pássaro extravagante ou um elfo mágico, exemplifica o estilista-artista que nunca esteve em um desfile de escolas de samba.
Fotos: Reuters
Morre ex-campeã Dora Bria
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Nelson Peixoto/AE
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Quatro tigres siberianos nasceram esta semana no zoológico de Aalborg, na Dinamarca. Eles serão separados quando completarem dois anos. Há atualmente apenas 500 exemplares da espécie.
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Fetiche num piscar de olhos
Estudo indica 'mania de mentir' entre altos funcionários do governo Bush
Anoek de Groot/AFP
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A extinção de um idioma
Jim Young/Reuters
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Morte do astro de hollywood Heath Ledger faz Bush adiar campanha antidrogas lícitas
Concurso 937 da MEGA-SENA 02
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Política 'SANTA CEIA' DEVE ZELAR PELO CONGRESSO Temos de capitalizar melhor o potencial político de cada ministro. Mesmo entre os mais técnicos. José Múcio Monteiro
Presidente compara a primeira reunião ministerial do ano com a ceia de Jesus junto aos seus discípulos. Ele não fala em traidores, mas dá bronca em ministros.
A
o abrir a primeira reunião ministerial do ano, na manhã de ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou o encontro com a Santa Ceia – a última refeição de Jesus Cristo antes ser crucificado – e disse que a articulação política seria a pauta central. "Começamos com política e terminamos com política", disse ele, após pedir que os ministros fossem breves em suas exposições. "Eu fico imaginando que muitas vezes nesta mesa aqui, que parece a Santa Ceia com todo mundo reunido, passamos um ano sem conversar", iniciou o presidente. "Penso que entre vocês existe pouca conversa política. Eu diria que há meses e meses que vocês quase não conversam entre si, que não trocam idéias. Certamente as pessoas conhecem menos do que deveriam conhecer sobre o que o governo faz, porque o sistema de comunicação entre nós talvez não seja o mais perfeito ainda", emendou. A reunião foi fechada à imprensa, mas fotógrafos e cinegrafistas puderam registrar a abertura. O encontro começou sem o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que foi ao dentista. Ele foi substituído pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, na exposição sobre a crise americana. Participaram também o vice José Alencar e os líderes do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), e no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). SANTA CEIA O teor completo da reunião só foi conhecido após entrevista coletiva à imprensa do ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro. Em resposta à pergunta de uma jornalista se o presidente estaria com uma "aura mais religiosa", ou se haveria algum
Sergio Lima/ Folha Imagem
Ministro José Múcio explica: "A comparação com a Santa Ceia foi um toque de humor do presidente porque estávamos em volta de uma mesa"
"Judas" em seu gabinete ele respondeu: "Foi um toque de humor que o presidente deu para que a reunião ficasse mais informal. A comparação com a Santa Ceia é porque estávamos em volta de uma mesa. A comparação pode ser feita desde que a reunião seja contributiva e para o bem", disse Múcio. PUXÃO DE ORELHA De acordo com o ministro de Relações Institucionais, Lula gastou boa parte das suas intervenções para pedir que os ministros se esforcem pessoalmente nas negociações com o Congresso Nacional. O presidente cobrou empenho dos ministros para evitar novas derrotas no Congresso – a exemplo dos R$ 40 bilhões a menos no Orçamento deste ano com o fim da arrecadação
da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), aprovada pela Câmara, mas rejeitada pelo Senado. Além disso, toda a equipe do governo foi convocada a reduzir os gastos. "Um tema importante da reunião foi que nós organizássemos mais o potencial político da cada ministro. O governo é resultado da coalizão de 14 partidos. Precisamos exatamente de troca de informação para que o governo atue politicamente como somatória do potencial de cada ministério", disse Múcio. DERROTA DA CPMF O processo de negociação para aprovar a emenda que prorrogava a CPMF foi considerado "pedagógico" pelo governo, segundo Múcio. "Te-
CNI sugere mudança nas regras para impulsionar o PAC
mos de capitalizar melhor o potencial político de cada ministro", defendeu. "Mesmo os ministros mais técnicos vão ter que dar sua contribuição política", afirmou. ARTICULAÇÃO José Múcio avaliou que mudanças nas relações do governo com o Congresso Nacional só serão possíveis quando cada ministro e cada secretário estiverem unidos no trabalho de articulação política. "Como todos são políticos, todos têm com que contribuir", afirmou. "Há necessidade de conversar mais sobre política e aproveitar melhor o talento político que cada um tem, não só para sua pasta, mas para o conjunto", disse Múcio. "Nesta nova fase do governo", segundo própria defini-
ção do ministro, ele vai centralizar as informações referentes ao relacionamento do governo com o Congresso. Desta forma, ao mesmo tempo em que receberá informações sobre ações de cada ministério que tenha atendido ou não algum político, os outros ministérios saberão por ele das ações realizadas em outras pastas. "Às vezes, um parlamentar não está sendo atendido em um ministério, mas está sendo atendido em outro", disse Múcio, justificando a importância de centralizar as informações para que as negociações do governo com deputados e senadores sejam bem sucedidas. "Os ministérios nos informam os seus contatos, assim como informamos no que cada parlamentar já foi atendido".
TRIBUTOS Com relação à hipótese de o governo propor a criação de um novo tributo para substituir a extinta CPMF e financiar o setor de Saúde, o ministro disse que esse assunto não chegou a ser discutido na reunião ministerial. Houve a discussão apenas da reforma tributária. Múcio reafirmou a decisão do governo de enviar a proposta da reforma tributária ao Congresso no reinício dos trabalhos legislativos, em fevereiro, logo depois do carnaval, e aproveitou para fazer um novo apelo em favor da mobilização dos ministros para a aprovação da matéria. "Temos 53 senadores e precisamos administrar isso. Temos maioria para aprovar qualquer PEC", afirmou Múcio, deixando claro que a derrota do governo na CPMF ocorreu por um descuido do governo na sua relação com a sua base de apoio. "Na Câmara, tivemos duas vitórias fantásticas. No Senado, se deu um embate político. A coisa foi fulanizada, houve descaso em coisas importantes", disse Múcio, ainda referindo-se à derrota na votação da CPMF. ELEIÇÕES MUNICIPAIS Outro assunto que também foi discutido na reunião ministerial foi a posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva diante de aliados que disputarem as eleições municipais de outubro próximo. "Isso foi falado. O presidente só participará se toda a base estiver unida. Em não havendo isso, respeitará as particularidades de cada cidade", disse José Múcio. Ele negou, no entanto, que o presidente Lula tenha imposto data-limite para os ministros que pretendam disputar cargos municipais deixarem a equipe de governo. (Reuters/ AOG/AE)
Marri Nogueira/ Folha Imagem
"Persistem obstáculos para a execução de importantes projetos", diz entidade
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Confederação Nacional da Indústria (CNI) criticou ontem o andamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em nota distribuída à imprensa, a CNI diz que os pagamentos realizados no primeiro ano, equivalentes a 44% do previsto, mostram que a máquina pública tem dificuldades na execução de alguns projetos. Na área de logística, por exemplo, a CNI lembra que faltam resultados efetivos para os portos e mudanças na estrutura técnica do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT). "Persis-
tem obstáculos para a execução de importantes projetos de infra-estrutura logística e energética", lembra a CNI. A entidade sugere o aperfeiç o a m e n t o d o p ro c e s s o d e licenciamento ambiental, com redução de custos e prazos para as empresas. Propõe a definição das competências dos órgãos de meio ambiente e a independência das agências reguladoras, de modo a dar mais segurança jurídica aos investidores. A indústria também considera necessárias novas formas de investimentos e contratação de obras, como as Parcerias
Público-Privadas (PPP). Fecomercio – Na avaliação da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), o PAC continua a ser muito mais uma maquete de uma obra grandiosa do que uma ponte concreta para o crescimento sustentado. Entretanto, a entidade espera que os recursos empenhados em 2008 compensem a falta de investimentos em 2007. Na avaliação da federação, o PAC é composto por uma coleção de peças orçamentárias de empresas estatais e de ministérios que já estavam previstas. A federação afirmou que o montante de recursos destinado ao programa é "bastante tímido" se comparado aos esforços que o Brasil demanda em infra-estrutura básica. Carro blindado – A Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro quer usar veículos blindados das Forças Armadas para transportar e proteger os policiais que farão a segurança dos operários que vão participar de obras do PAC em três favelas da cidade, informou o secretário de segurança, José Mariano Beltrame. Segundo Beltrame, a polícia fluminense não tem blindados suficientes para a ocupação, e por isso vai solicitar às Forças Armadas blindados do tipo Urutu para auxiliar nos trabalhos. As obras de urbanização na Rocinha, Manguinhos e Complexo do Alemão deverão começar em março. (AE)
Presidente do Senado, Garibaldi Alves, defende que partidos têm legitimidade para fazer indicações
Garibaldi defende a indicação política em cargos públicos
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presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDBRN) disse ontem que os partidos têm legitimidade para indicar ocupantes de cargos públicos "a não ser quando partem para o confronto e comprometem a base". Ele afirmou que as indicações têm sido de nomes técnicos para ocupar esses cargos e criticou aqueles que dizem que os indicados por políticos não têm capacidade ou que a escolha política impede um trabalho técnico. "As vezes fico impressionado, porque acham que os indicados por políticos são ruins e que
quando tem o dedo ou o DNA do político não vale a pena nomear". O senador ressalvou que, depois das indicações quem faz a escolha é o governo. "Os políticos estão indicando técnicos e o governo pode optar. Esse é um processo em que o governo é árbitro". Com a posse, na última segunda-feira, do então senador Edison Lobão no Ministério de Minas e Energia, começou o debate sobre as nomeações no setor. Para a presidência da Eletrobrás, o PMDB do Senado indicou, a pedido do senador José Sarney (PMDBAP), Evandro Coura, que
comanda a associação das empresas concessionárias de energia. O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves, disse que na próxima segunda-feira o Conselho da Petrobras deve bater o martelo em torno da nomeação de Jorge Zelada para a Diretoria Internacional da empresa, atendendo a uma reivindicação da bancada federal do partido. Se Evandro Coura for confirmado na Eletrobrás, Valter Cardeal, ligado à ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), permanecerá na diretoria de Engenharia da estatal, pois acumulava os dois cargos. (AE)
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PÁGINAS QUE CONTAM NOSSA HISTÓRIA Fotos: Reprodução/DC
Marcus Lopes
D Monalisa Lins/AE - 21-01-2004
os primeiros relatos de Piratininga à memória dos descendentes de imigrantes, passando por períodos traumáticos para a população, como as bombas que assolaram a cidade na Revolução de 1924. São Paulo ganha de presente no seu aniversário livros que contam um pouco da sua história, abordando os mais diversos temas referentes à metrópole. Em Pateo do Collegio - Coração de São Paulo, (Edições Loyola, 280 págs.), o jornalista, escritor e historiador Hernâni Donato descreve a longa trajetória da cidade de São Paulo, da fundação aos nossos dias, tendo como epicentro o Pátio do Colégio, marco da fundação da Capital. Donato, que colheu as informações para o livro ao longo de décadas de trabalho, oferece ao leitor uma série de histórias curiosas e saborosas sobre a vida dura dos primeiros paulistanos. Se hoje a cidade é conhecida como a capital da gastronomia, por exemplo, na época dos jesuítas o cardápio da população era pobre e escasso, à base de mandioca. E, às vezes, nem isso. Outra passagem do livro refere-se ao primeiro crime que comoveu toda a cidade. Foi em 1583, quando o franciscano frei Diogo, espanhol, foi morto por um patrício, que fugiu porque a cidade não tinha cadeia. A população da vila, estarrecida, acompanhou o enterro do frei no colégio, "com todas as honras." Outro livro interessante lançado no ano passado e que ganha destaque no aniversário é Bombas Sobre 24-A Revolução de 1924, de Ilka Stern Cohen (Editora Unesp, 143 págs.). A autora aborda o movimento tenentista comandado por Isidoro Dias Lopes e seu efeito devastador sobre a cidade, transformada em campo de guerra. Independente do aniversário, a vasta bibliografia paulistana permite conhecer a cidade em todos os aspectos. Para viajar pela história dos serviços públicos, vale conferir Bonde-Saudoso Paulistano, de Fernando Portela (Terceiro Nome, 220 págs.). Em Cidade das Águas, de Denise Bernuzzi de Sant´Anna (Senac, 320 págs.), a autora descreve a relação da cidade com suas águas, das primeiras fontes até seus problemas atuais: as enchentes.
A metrópole na telona, em fotos e de graça
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feriado também pode ser uma oportunidade para conhecer melhor a metrópole, seja em passeios, exposições ou filmes. Para começar, que tal circular de trólebus, com guia turístico, pelos principais pontos do Centro? O passeio, gratuito e que dura 40 minutos, será amanhã, das 9h às 16h, com saídas em frente ao Pátio do Colégio. Outra alternativa, ao ar livre, é o passeio ciclístico de 20 km pelos principais pontos da cidade, com partida às 8h e retorno às 13h, no Parque das Bicicletas (Alameda Iraé, 35, Moema). No centro, vale passar pelo museude documentos do prédio histórico da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), que estará de portas abertas no nº 19 do Largo São Francisco. Na Passagem Literária (esquina da av. Paulista com rua da Consolação), 36 tePaulo Pampolin/Hype las do artista Sinval Medeiros também mostram a noite da região central. A história e epopéia dos índios no País foi retratada em painéis de cerâmica, bronze e alumínio, pela artista plástica Maria Bonomi. Amanhã, eles serão expostos na passagem subterrânea entre a estação de metrô Barra Funda e o Memorial da América Latina. E por que não conhecer os personagens e histórias que cercam a canção mais popular de Adoniran Barbosa? Elas estão na exposição gratuita de fotos, textos, sons e filme Nos Trilhos do Trem das Onze, no Sesc Santana, na zona norte. A cidade na década de 20 ressurgirá amanhã, às 20h30, no documentário São Paulo, A Symphonia da Metrópole, com trilha sonora ao vivo de Livio Tragtenberg e Wilson Sukorski, no Centro da Cultura Judaica (Rua Oscar Freire, 2500). A entrada é 1 kg de alimento. No Centro Cultural São Paulo, no Paraiso, os destaques, gratuitos, são os fil mes ambientados na Paulicéia: Uma Outra Cidade (16h), Bem-Vindo a São Paulo (18h) e A Via Láctea (20h). (Rejane Tamoto)
Em A Paisagem Humana, um pouco do comércio paulistano em 1912
A São Paulo dos saudosos bondes
Em 1924, a cidade bombardeada
Livro-agenda, Cúpulas reúne tesouros arquitetônicos
Cidade das Águas mostra a relação da Capital com os recursos hídricos. Na foto, uma inundação na Várzea do Carmo, em 1892.
Em Paixão por São Paulo, coletânea de poesias sobre a cidade
CENTENÁRIO: LIVROS ESTABELECEM A PONTE SÃO PAULO-JAPÃO
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m 454 anos, São Paulo recebeu um século de contribuição dos imigrantes japoneses. Para entender melhor sobre este período histórico e os porquês de costumes japoneses (como o de tirar muitas fotos, por exemplo), duas obras propõem uma viagem Brasil-Japão. Em Os Japoneses (Editora
Fotos: Reprodução/DC
Contexto, 368 páginas), a historiadora Célia Sakurai quebra os estereótipos sobre o modo de ser dos orientais e explica a mitologia e as tradições desta cultura milenar, a partir da história do
Japão. A imigração japonesa no Brasil, iniciada em 18 de junho de 1908, é o mote do livro O Nikkei no Brasil (Editora Atlas, 630 páginas), coordenado pelo
advogado Kiyoshi Harada. O livro reúne artigos de 12 autores e entrevistas que abordam os descendentes nas artes, política, esporte, economia, educação e ciência. (RT)
Punk em Tóquio, de Os Japoneses
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quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25, 26 e 27 de janeiro de 2008 Fábio D' Castro/Hype
COMO JOSÉ DE ANCHIETA CHEGOU E VIVEU EM SÃO PAULO
Padre César desvenda caminhos e humores do jesuíta José Maria dos Santos Diário do Comércio – Vamos nos imaginar em Coimbra, Portugal, em 1553. O que faz um noviço jesuíta de 19 anos decidir ir para uma nova terra, que viria a se chamar Brasil? Estamos falando de José de Anchieta. Padre César Augusto dos Santos – Anchieta foi educado por frades dominicanos. Quando foi estudar em Coimbra, no início da adolescência, teve contato com os jesuítas locais. Ingressou na Companhia de Jesus e, como todo jesuíta, fazia exercícios espirituais. Foi nesse processo que teve a revelação de vir catequizar no Brasil. O que são exercícios espirituais? Como o nome sugere, são práticas voltadas para o espírito, criadas por Ignácio de Loyola (1491-1556), fundador da Ordem, em 1539, e que viria a ser Santo Ignácio de Loyola. Trata-se de um assunto complexo e difícil de explicar em poucas palavras. O fato é que Anchieta estava na comitiva de Dom Duarte da Costa, nosso segundo governador-geral. Chegou a Salvador, que era sede do governo, em 13 de julho de 1553. Mas Anchieta deveria seguir viagem para São Vicente, conforme o destino programado pela Ordem. Ele aportou em São Vicente no dia 24 de dezembro, véspera de Natal.
Mas Anchieta não era espanhol? Sim. Nasceu em San Cristóbal de La Laguna. Aliás, seu pai, Juan Lopes Anchieta, era primo em segundo grau de Ignácio de Loyola. O senhor, que tanto estudou a figura de Anchieta, poderia ressaltar traços da sua personalidade? Um traço que chama a atenção é a sua capacidade de observação. Um bom exemplo é como ele criou seu método de catequização dos índios, através da dança e música. O método nasceu justamente na travessia de Salvador para São Paulo. O navio trazia um grupo de índios que estava sendo recambiado para São Paulo, por pressão dos jesuítas, pois haviam sido levados para a Bahia como escravos. Fazia-se uma espécie de resgate. Como sabemos, a ordem dos jesuítas combatia severamente a escravidão indígena. Também à bordo havia meninos órfãos portugueses, que tinham sido trazidos por Dom Duarte para participar do trabalho de evangelização e do povoamento do Brasil. Os índios ficaram fascinados com as danças e cânticos dessas crianças durante a viagem. Anchieta percebeu que era um excelente canal para se aproximar. E assim fez. Quer dizer que Anchieta chegou apenas um mês antes da instalação do
colégio, tido como marco da fundação da cidade? Tenho a impressão de que ele participou da primeira missa, rezada por Dom Manoel de Paiva em 25 de janeiro de 1554, como uma espécie de coroinha. Ele somente seria ordenado padre em 1565, na Bahia. E como ele era fisicamente? Podemos inferir, pelas informações disponíveis, que media cerca de 1,60 m. Tinha cabelos castanhos escuros e olhos azuis. E tornou-se corcunda. Essa deficiência decorreu da tuberculose óssea que sempre o acompanhou? Não. Foi de um acidente aqui em São Paulo. Uma escada caiu sobre sua coluna vertebral. Supõe-se que contraiu a tuberculose óssea devido à frialdade das igrejas de pedra de Coimbra, ao longo de seus estudos. Então está justificada a sua fama de ser um homem frágil? Mas ele não era um homem frágil. Viveu bastante. Morreu com 64 anos no Espírito Santo. Era uma façanha naqueles tempos. E há um relato que mostra claramente sua força física e que envolve Dom Manoel da Nóbrega, provincial dos jesuítas no Brasil na época. O que diz o relato? Ao mesmo tempo em que os je-
suítas tinham a tribo do cacique Tibiriçá como aliada, havia outras comunidades inimigas. Em certa ocasião, ele e Nóbrega foram surpreendidos por índios hostis. Durante a fuga, esbarraram com um rio. Diante da dificuldade de Nóbrega em atravessá-lo, Anchieta não teve dúvida em carregá-lo nas costas. Que rio? Seria o Tamanduateí? Pode ser. Não há registro, só o relato. Anchieta também tinha a fama de dormir pouco. É verdade? É. Ele passava madrugadas preparando suas aulas e escrevendo. Organizou uma gramática tupi e certamente esse trabalho contribuiu para a língua ser falada em São Paulo até o século 18. O português era falado apenas em eventos oficiais. Na intimidade se falava o idioma indígena. Que aulas Anchieta ministrava? Havia dois níveis de educação escolar na época. A escola em si, que se prestava à alfabetização e à catequese. Já existia uma dessas na Vila de Piratininga, próxima de onde está hoje Santo André. E havia o colégio, que tratava das chamadas artes: gramática, latim, teologia. Era algo mais avançado. Foi um estabelecimento desse tipo que os jesuítas fundaram, em 25 de janeiro de 1554.
E como o povo se alimentava nessa época? Anchieta descreve que comiam farinha, frutas silvestres, peixe e rara caça. A toalha eram folhas de bananeira. Mas ele se adaptou bem aqui. Até passou a fabricar um calçado de cordas que dizia ser muito mais confortável e apropriado do que o sapato europeu para suas freqüentes e longas movimentações. Uma das características dos jesuítas é que não paravam. Padre Leonardo Nunes, contemporâneo de Anchieta, ganhou o apelido de "padre voador" dos índios. Anchieta também era assim? Era. E foi assim até o fim. Aliás, quando se tornou provincial da Companhia de Jesus no Brasil, em 1577, aprendeu a pilotar o bergatim (barco à vela) da Ordem e vivia navegando para baixo e para cima visitando as províncias. Nós temos duas relíquias de Anchieta expostas no Pátio do Colégio: seu manto e o fêmur esquerdo. Como chegaram até nós? Na verdade, são os dois fêmures. O esquerdo está aqui em São Paulo, exposto no Pátio do Colégio. O direito encontra-se no Espírito Santo. Ambos são autenticados pela Companhia de Jesus e por ela foram doados na década de 60, quando o movimento pela santificação de Anchieta começou a ganhar força. Quanto ao manto, igualmente exposto no Pátio do Colégio,
faz parte de uma história com que merece ser contada.
Então vamos a ela. Padre Murillo Moutinho, meu cessor como vice-postulador da são pró-canonização de José de A ta, teve a informação de que ha uma faculdade de Lisboa um ba presumíveis objetos e ossos de A ta. Tratava-se de um baú de m com as características de ser seis ta, que teria sido levado daqui po sião da evacuação dos jesuítas, e corrência da expulsão da Compan Jesus, por determinação do Marq Pombal, em 1759.
Pombal, ou Sebastião de Carvalh Melo, era primeiro-ministro do r Dom José I, não é? Sim. Depois de trabalhosa tões, Padre Moutinho consegu zer o baú para cá, na década de 8 exames feitos na USP e outras in ções revelou que não eram os Anchieta. E até hoje o paradeiro ossada, à exceção dos dois fêmu tados, é desconhecido.
Mas e o manto? Este manto, hoje exposto n seu, estava dentro do baú. Er vestimenta usada nos temp Anchieta. Mas não se pode a que tenha sido dele ou que el nha usado.
Reprodução/DC
A fundação de São Paulo e a espiritualidade inaciana Livro relembra origem da cidade
Domingos Zamagna
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entenas de religiosos da Companhia de Jesus estão reunidos em Roma. Em clima de oração e estudos, realizam a eleição do seu Preposto Geral. Quando estas linhas forem publicadas talvez já saibamos o nome do eleito. Seja pela importância deste instituto para a história da Igreja, seja pelos incontáveis benefícios culturais que dele muitos já obtiveram, estamos também atentos à esta reunião histórica, desejando que o ano novo seja uma nova primavera para uma agremiação que tanto marcou São Paulo e o Brasil.
Essas palavras pretendem ser uma motivação para que as férias escolares sirvam também para a leitura de uma sugestiva obra recém-lançada: O Colégio de Piratininga. A influência da espiritualidade inaciana na fundação da cidade de São Paulo" (Editora Loyola), de autoria do Pe. César Augusto dos Santos. A edição tem um grandioso prefácio do historiador Hernâni Donato, da Academia Paulista de Letras e presidente de honra do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Trata-se de um livro que deve ser conhecido pelos historiadores e por todos os que lidam com educação e cultura. Muito se fala, hoje, sobre a originalidade dos povos. Na Europa, por exemplo, como se vê em discursos do papa e de conferências episcopais, as pessoas e instituições com maior sensibilidade humana e histórica procuram preservar as origens cristãs da cultura. Também nós, brasileiros, somos
herdeiros de valores cuja perda, desconhecimento ou deturpação, poderão alterar o nosso destino. Às vezes, o preconceito com que se abordam pontos da nossa existência torna-se responsável por injustiças para com os artesãos de nossa his-
tória. Não se trata de reducionismo, nem de intransigência, muito menos de conservadorismo. O que o Pe. César empreendeu nessa tese foi oxigenar o universo das pesquisas, com espantosa liberdade e coragem, disciplinando-se contra os tradicionais fil-
Reprodução/DC
Pe. José de Anchieta: leitura retrata trabalho dos missionários no País
tros ideológicos, propiciando-nos o descortino de um horizonte realmente amplo que serve para amadurecer a historiografia paulista e brasileira. Em que sentido? Nem todos se dão conta do que significa a espiritualidade inaciana. Ignácio de Loyola (1491-1556), fundador da Companhia, entendeu de fato o que significava o advento da modernidade; preparou-se e preparou os seus para enfrentar desafios jamais conhecidos na história do pensamento e da Igreja. Tanto que conseguiu fazer chegar ao cotidiano de cada ambiente, onde os jesuítas puderam estender sua influência, uma espiritualidade evangélica propiciadora de nova qualidade: empreendedora, não repetitiva, baseada em novos paradigmas, os requeridos pelo mundo pós-renascentista, pós-luterano, da educação, dos descobrimentos, das novas artes e
técnicas, exigentes de novas ções, seja com os índios prof mente atingidos pelos europe com os escravos, com os tempo os espaços, com os costumes, c conquistadores, os governantes até com o desconhecido. A tese do Pe. César pode s sob várias dimensões, sempr muito proveito. Sua original consiste exatamente na res que nos deu à pergunta: o qu mava os espíritos de homens Nóbrega e Anchieta para cheg o novo mundo? Não basta con a história, é preciso conhece bém a espiritualidade que im nava tais homens. A leitura desta instigante nos revela a razão íntima que i sionou esses extraordinários m nários do século XVI a ver no mundo o espaço da realizaç uma nova criação.
O Brasil pelas lentes do fotojornalismo paulistano. E a visão metafísica e poética de Boris Kossoy. FOTOGRAFIA
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2007 EM 80 IMAGENS
J.F. Diório/Divulgação
Claudinei Plaza/Divulgação
José Patrício/Divulgação
Djalma Vassao/Divulgação
A visita do Papa Bento XVI marcou 2007 e J.F. Diório estava lá para registrar o momento. O cotidiano no foco de Claudinei Plaza. Djalma Vassao registra cena do Panamericano. E o ator Paulo Autran pelas lentes de José Patrício.
Eugênio Goulart/Divulgação
Rita Alves
Rubens Cavallari/Divulgação
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uais os fatos mais marcantes de 2007? Difícil eleger ou relembrar? A partir de sábado (26), os registros de tais acontecimentos estarão expostos na mostra Foto Retrospectiva 2007, no Memorial da América Latina. A coletiva reúne trabalhos de 75 fotojornalistas de todo o estado de São Paulo. Não escaparam das lentes dos fotógrafos cenas inusitadas do cotidiano, tragédias e paisagens poéticas. Entre os profissionais selecionados estão Alex Ribeiro (fotógrafo do DC), Eugênio Goulart, Paulo Whitaker e Nilton Fukuda. Assinam a curadoria da exposição os fotógrafos Nair Benedicto, João Bittar e Emídio Luisi. Os fatos importantes do ano passado estão congelados em 80 painéis. A recordação poderá ser feita tanto em imagens coloridas como em preto-e-branco. Memorial da América Latina, Auditório Simon Bolívar, galeria II. Avenida Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda. De terça a domingo, das 9h às 18h. Grátis.
Eugênio Goulart fotografa cena do acidente com o avião da TAM próximo do Aeroporto de Congonhas.
O futebol do fotógrafo Rubens Cavallari
O olhar de um arquiteto pelo mundo Fotos: Boris Kossoy/Divulgação
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Pinacoteca do Estado exibe a partir de amanhã, sexta (25), a mostra O Caleidoscópio e a Câmara, individual do fotógrafo paulistano Boris Kossoy, nascido em 1943. São cerca de 100 imagens feitas pelo artista que, além de arquiteto e pesquisador, decidiu trilhar o rumo da fotografia em meados de 1960. A individual de Kossoy, considerado um dos maiores historiadores da fotografia brasileira, exibe tanto os ensaios metafísicos do artista feitos no início da carreira, quanto a série inédita criada durante as diversas viagens feitas ao redor do mundo. Na mostra o visitante encontrará em maior número imagens em preto-ebranco. Diógenes Moura é o curador de O Caleidoscópio e a Câmara. Pinacoteca do Estado, Praça da Luz, 2, tel.: 33241000. De terça a domingo, das 10h às 18h. Ingresso: R$ 4. Grátis aos sábados. Até 30 de março. (RA)
Hommage à Escher; Cuba, 2001, Havana H. Riviera e Brasília, 1972: arquitetura, cotidiano e viagens inspiradoras.
Leverkusen - Alemanha Ocidental, 1983: cliques ao redor do mundo. França, 1988, Paris, Hommage à Hitchcock.
Aqui está acabando a firma reconhecida e a autenticação O governador Serra decretou o fim das cópias autenticadas e firmas reconhecidas para empresas e cidadãos nas relações com a administração estadual. O projeto é do secretário Afif, "Vamos desatar o nó da Burocracia". Burti, presidente da ACSP (1º à esq.), quer uma "cruzada" anti-burocrática. E 4
Heloisa Ballarini/e-SIM
Fábio D´Castro/Hype
Jornal do empreendedor
Dominique Faget/AFP
Padre César: estudioso de Anchieta.
w w w. d co m e rc i o. co m . b r
do primeiro empreendedor de São Paulo Padre César, do Colégio São Luiz, conta como José de Anchieta chegou à cidade e como desenvolveu nela seu espírito de administrador. E mais, no caderno dedicado aos 454 anos de São Paulo: shows, concertos no Municipal, documentário na TV, cinema, teatro, galeria de fotos que marcaram 2007, gastronomia e drinques.
Edição concluída às 23h55
Ano 83 - Nº 22.548
São Paulo, quinta-feira a domingo, 24 a 27 de janeiro de 2008
R$ 1,40
454 anos
L.C.Costa
O presidente do BC Europeu, Jean-Claude Trichet (foto), fechou os olhos para um corte de juros. E as bolsas na Europa cairam.
Na mostra: tragédia da TAM
O RETRATO DA CRISE Toda a crise, Economia 1 a 3, e Opinião, página 2
E o Copom decidiu não mexer nos juros
A palavra do mundo em Davos: recessão
Suhaib Salem/Reuters
Meirelles prevê: crise não será longa
E para quem quer escapar...
O CUSTO LULA Prof. José Pastore
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Dez passeios nota 10 próximos a São Paulo. Um deles é o Hopi Hari, na rodovia Bandeirantes. Boa Viagem
SOCIALISMO PETISTA Ministro Tarso Genro
Não perca! Edição de segunda-feira
AMANHÃ Sol com pancadas de chuva??? Máxima XXº C. Mínima XXº C.
Abaixo o muro em Gaza E 200 mil palestinos vão às compras no Egito. Página 7
DC
HOJE
Bruna Lombardi em O Signo da Cidade.
Juca Varella/Folha Imagem
DEBATE
Sol com pancadas de chuva??? Máxima XXº C. Mínima XXº C.
Divulgação
A surpresa de ontem surgiu na meia-hora final do pregão em Wall Street. De 2,72% negativos o Índice Dow Jones subiu a 2,5%. E a Nasdaq o seguiu, fechando em 1,05%. A Bovespa perdeu mais 3,32%.
Pabx (11) 6748-5627 (Itaquera) www.finanfactoring.com.br
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VIVA SÃO PAULO Por Antonella Salem e Lygia Rebello
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PASSEIOS
Aproveite a folga para conhecer as atrações pertinho da capital – da visita a um templo budista à prática de rafting. O DC Boa Viagem selecionou passeios que podem ser feitos num só dia. E como o feriado cai numa sexta, dá até para fazer três programas diferentes. Confira!
A MENOS DE 100 KM DA CAPITAL... Embu: 31 km de SP
Paulo Pampolin/Digna Imagem
Cesar Diniz/Digna Imagem
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Paranapiacaba: 25 km de SP
Cotia: 37 km de SP
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rograma totalmente zen, o Templo Zu Lai (tel. 11/4612-2895, www.templozulai.org.br, foto abaixo) faz esquecer que se está no Brasil. É um dos muitos santuários do Monastério Fo Guang
Editor de Fotografia Alex Ribeiro Editor de Arte José Coelho Diagramação Djinani Lima Ilustrações Álvaro Ferreira Filho Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Impressão Diário de S. Paulo
www.dcomercio.com.br
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Presidente Alencar Burti Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editora Antonella Salem antonellasalem@uol.com.br Sub-editora Lygia Rebello lygiarebello@uol.com.br Chefe de reportagem Arthur Rosa
Santos-Jundiaí e o sofisticado vagão que levava as cargas de d. Pedro I. Para os fãs de ecoturismo, uma boa notícia: graças à localização privilegiada de Paranapiacaba, nos limites do Parque Estadual da Serra do Mar, há diversas trilhas ecológicas para percorrer. A Trilha do Vale do Quilombo (contate a agência local Ecodreams, tel. 11/4439-0001, www.ecodreams.com.br), por exemplo, leva de oito a dez horas, passando por Mogi e Santos. Dentro da vila, há ainda o Parque das Águas e suas trilhas. Mais informações pelo site www.guiaparanapiacaba.com.br.
Em meio a uma área de Mata Atlântica, o lugar mostra a vida das abelhas e oferece diversão ao mesmo tempo – escorregadores, pequena trilha e brinquedo pula-pula. Mais informações pelo site www.embu.com.br.
Shan espalhados pelo mundo, considerado o maior templo budista da América Latina. Idealizado pelo importante mestre budista asiático, Hsing Yün, o lugar abrange 10 mil metros quadrados de tranqüilidade. Já na entrada, impressionam as diferentes imagens de Buda esculpidas em pedra. Na sala principal, destaque para a escultura feita em jade. Entre os serviços, há cafeteria com refeições e lanches vegetarianos, livraria e loja de artigos budistas. Na programação, participe de palestras, cursos (de culinária a língua chinesa) e sessões de meditação. Saindo de lá, se quiser fazer um passeio com as crianças, o Pet Zoo (tel. 11/4158-1664, www.petzoo.com.br) é uma minifazenda onde os pequenos podem alimentar e brincar com animais (ovelhas, coelhos, porcos...) na companhia de monitores. E mais: é possível ver a ordenha e visitar o berçário que abriga os filhotes ali nascidos.
Santana de Parnaíba: 41 km de SP
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m passeio e tanto para quem gosta de construções históricas. Fundada em 1580, Santana de Parnaíba é uma das vilas mais antigas do Estado. O centro abriga mais de 200 casarões dos séculos 17, 18 e 19, tombados pelo Patrimônio Histórico e restaurados por um projeto que utiliza mão-de-obra de jovens carentes, como a Igreja da Matriz (foto ao lado). Entre eles está a Casa do Anhangüera, onde nasceu o bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva, hoje transformada em museu. Ao domingos, atrações à parte na cidade: na Praça XIV de Novembro ocorre uma feira de artes e artesanato, além de atrações musicais. Aos fãs de aguardente, a dica é a Rota da Cachaça (tel. 11/4622-8700), que segue pelos tradicionais engenhos Caninha do Moraes, Engenho do Osíris e Caninha Parnaíba. Mais informações pelo site www.santanadeparnaiba.sp.gov.br.
Divulgação
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istrito de Santo André, no ABC paulista, a vila de Paranapiacaba dá um banho de história. Foi erguida entre 1865 e 1867 para abrigar os operários da companhia ferroviária inglesa São Paulo Railway – responsável pela construção da primeira ferrovia do Estado. Na parte alta da cidadezinha localiza-se a Igreja de Bom Jesus, datada de 1889. Já na parte baixa, cujas casas em madeira mostram a influência da arquitetura britânica, fica o Museu Funicular (foto acima), que exibe intacta a primeira locomotiva de Estrada de Ferro
inguém resiste ao charme desta cidade conhecida por seus antiquários e lojas de móveis rústicos. Aos domingos, quando automóveis não circulam pelo centro e as ruas ficam tomadas por barraquinhas, a Feira de Artes e Artesanato atrai um sem-fim de turistas. A pé, passando pelo casario típico colonial, encontram-se desde telas a óleo a trabalhos em madeira e até plantas ornamentais. Nos sábados e feriados, boa parte das lojinhas e das barracas também funciona. Aos que estiverem com crianças, uma dica a mais de passeio é o Apiário Cidade das Abelhas (tel. 11/4703-6460, www.cidadedasabelhas.com.br, foto acima).
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...DIVIRTA-SE PERTINHO DA CIDADE Divulgação
Atibaia: 67 km de SP
A São Roque: 65 km de SP
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uem disse que é impossível esquiar em São Paulo? O Ski Mountain Park (tel. 11/47123299, www.skipark.com.br, foto acima) é o endereço da única pista de esqui artificial do Brasil, feita com placa de polietileno com uma textura que lembra – e muito – o gelo. Com nível de dificuldade tido como médio, segundo padrões internacionais, o visitante pode se divertir bastante sobre esquis e snowboards. O lugar também oferece a prática de outras modalidades de esportes radicais, como arvorismo, mountain bike, rapel e alpinismo. Se
a idéia for continuar o passeio com um pouco de história, o Sítio de Santo Antônio, tombado há 60 anos pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional, reúne capela e casa-grande, construídas em 1681 por Fernão Paes de Barros. No centro, a Igreja Matriz conta a vida de São Roque, padroeiro do local, por meio de seus vitrais. E para brindar o passeio, nas 13 vinícolas da Estrada do Vinho (acesso pelo km 59 da Rodovia Raposo Tavares) o visitante pode degustar gratuitamente a bebida de Baco. Mais informações pelo site www.sroque.com.br.
maior atração desta estância turística do interior do Estado, também conhecida como Cidade das Flores e do Morango, é a Pedra Grande (foto), na Serra do Itapetinga. A formação rochosa de 1.500 metros de altura é um mirante natural que oferece uma vista privilegiada e serve também como plataforma para os praticantes de vôo livre – em paraglider. Quem quiser se aventurar, é possível fazer vôo duplo (Academia de Vôo Livre, tel. 11/4411-7619). Ali, próximo à entrada da cidade, fica o Museu Ferroviário Dinâmico (tel. 11/4411-4499), no qual é possível fazer um passeio (neste feriado, funcionará apenas no domingo) a bordo das locomotivas maria-fumaça mais antigas em operação na América do Sul. Datadas de 1881, elas fazem um pequeno passeio de
Divulgação
Alex Ribeiro/DC
apenas dez minutos pelo passado paulista. Quem quiser conferir de perto a Festa da Uva, que ocorre todo mês de janeiro, pode dar uma passadinha no Parque Edmundo Zanoni e, de quebra, relembrar a infância num passeio de pedalinho pelo lago local. Mais informações pelo site www.atibaia.sp.gov.br.
Santos: 80 km de SP
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Juquitiba: 74 km de SP
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sugestão é para quem quer aproveitar a folga para se aventurar. Que tal um emocionante rafting (foto acima)? E nem é preciso ir tão longe, até Brotas por exemplo, para encontrar adrenalina dentro d'água. Nessa cidade no interior do Estado, que abriga ainda trilhas ecológicas e cachoeiras, o esporte de aventura pode ser praticado no Rio Juquiá, que tem corredeiras de níveis II e III. A Canoar (tel. 11/ 38712282) oferece dois passeios por dia – um às
9h e outro às 14h. Ao todo, o programa dura quatro horas, sendo que duas são dentro do rio. No final, há um suco geladinho à espera dos aventureiros. A empresa disponibiliza um vestiário com chuveiro, para depois do esporte. A recomendação é levar um kit de higiene pessoal, um par de tênis ou papetes (obrigatório o uso dentro do bote) e uma muda de roupa seca para a volta para casa. Mais informações pelos sites www.juquitiba.com e www.canoar.com.br.
maior cidade do litoral paulista obviamente tem praias emolduradas por um calçadão ótimo para caminhadas. A dica, porém, é redescobrir o seu centro histórico, que foi todo restaurado. Entre as construções estão o Prédio da Bolsa de Café (tel. 13/32195585), com seus vitrais e painéis de Benedito Calixto, que abriga o Museu dos Cafés Brasileiros (foto); o Outeiro de Santa Catarina (tel. 13/3223-7009), um casarão do século 19 que marca a fundação da Vila de Santos; e o Pantheon dos Andradas (tel. 13/ 3201-5032), que guarda os restos do patriarca da Independência, José Bonifácio de Andrada e Silva. Para tornar o passeio ainda mais interessante, suba no bonde (sai da Praça Mauá) datado da década de 20, que percorre as principais atrações do centro. Vale conferir ainda o Museu da Pesca (tel. 13/3261-5995) – com
esqueleto de uma baleia – e o Memorial das Conquistas do Santos (tel. 13/3257-4000, www.santosfc.com.br/memorial), no Estádio da Vila Belmiro, para amantes de futebol. Mais informações pelos sites www.vivasantos.com.br e www.santos.sp.gov.br. Divulgação
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Grupo Espírito Santo Hotéis assume Mofarrej em SP
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Vinhedo: 81 km de SP
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sse roteiro, na verdade, tem como destino final, a apenas meia hora de carro da capital, dois parques temáticos vizinhos: Hopi Hari (tel. 11/3058-2207, www.hopihari.com.br) e Wet'n Wild (tel. 19/3836-8000, www.wetnwild.com.br, foto acima) – ideais para um dia de diversão em família. O primeiro é o maior parque da América Latina e tem idioma próprio – o hopês. Nos 760 mil metros quadrados, há mais de 40 atrações para todas as idades. Entre os destaques radicais estão a Montezum, a quinta
Carolina Venturelli/Folha Imagem
maior montanha-russa de madeira do mundo, o Hadikali, uma espécie de bungee-jump a 120 km/h, e o La Tour Eiffels, uma torre com 69,5 metros, na qual os visitantes descem por três segundos em queda livre. Já no parque Wet'n Wild a água é a estrela da casa. Toboáguas de todos os tipos e piscinas com ondas e corredeiras fazem a alegria dos turistas que querem se refrescar. No terreno de 116 m² ficam atrações como o Space Bowl (toboágua com funil) e o Twister (toboágua com altura de um prédio de seis andares).
Guarujá: 86 km de SP
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ma das cidades litorâneas mais badaladas do Estado, é também uma das preferidas de quem gosta de fazer bate-volta. Além das praias concorridas – como Pitangueiras e Pernambuco –, o destino abriga o maior aquário da América do Sul, o Acqua Mundo (tel. 13/ 3351-8867, foto ao lado), com mais de 700 espécies. Na Praia da Enseada, exibe várias espécies de peixes (de água doce e salgada), tartarugas, répteis e até animais mais exóticos como pingüins e lobos marinhos. Quem quiser esticar o programa, vale passar pelo Forte dos Andradas, inaugurado durante a 2ª Guerra Mundial (tel. 13/3354-2888), e pela Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, de 1584, (tel. 13/3354-0234), ambos com visitas monitoradas. Mais informações pelo site www.guaruja.sp.gov.br.
e olho em uma oportunidade na maior intenção é que a prestigiosa rede asiática Banyan cidade do País, a rede portuguesa Espí- Tree, venha administrar o espaço. Em Portugal, a rito Santo Hotéis (ESH) concretizou essa marca está presente em outras unidades Tivoli." intenção no início do mês. A empresa as- Quanto à gerência geral, o executivo afirmou que já sinou com o Grupo Mofarrej um contrato de arren- está conversando com profissionais do ramo para damento por 20 anos do edifício hoteleiro de 230 assumir o cargo. E, no mês de março, não só o gerente da unidade apartamentos localizado na Alameda Santos, inaugurado em 1985 como Sheraton Mofarrej e, desde será apresentado, mas a marca Tivoli vai ser oficial2003 – e até 30 de junho –, como Gran Meliá Mo- mente lançada no Brasil. "Vamos fazer um grande evento, com a presença de toda a farrej, gerenciado pela espanhola Divulgação/Panrotas diretoria do Grupo Espírito Santo, Sol Meliá Hotels & Resorts. que virá especialmente de Portu"Assumiremos o prédio no dia 1° gal, para anunciarmos a nossa chede julho e vamos investir R$ 16 migada", adiantou Mercier, que já tralhões em uma grande reforma que, balhou em redes como Intercontiquando reabrirmos a unidade, em nental e Sheraton no País e em dijaneiro de 2009, o hotel será nosso versos países. "Inclusive vamos cartão de visitas no Brasil", disse o alterar o nome do nosso hotel na diretor-geral do Praia do Forte EcoBahia", completou ele, que está na Resort & Thalasso Spa (BA), que rede portuguesa desde outubro do também pertence à ESH, Bernard ano passado. Mercier. O executivo suíço-carioca Em relação ao desenvolvimento acumula a direção do empreendide outras unidades no Brasil, o exemento paulista. "A presença na cutivo disse que as melhores possimaior cidade do País e uma das bilidades apontam para Alagoas e maiores da América Latina é fundamental para a rede", emendou ele, Prédio do Grupo Mofarrej (SP) Pernambuco. Os projetos poderão ser feitos diretamente pela ESH ou afirmando que o mercado vai se por meio da Invest Tur, empresa brasileira que tem surpreender com as mudanças que virão. O futuro Tivoli São Paulo Jardins – Tivoli é o nome participação de 10% da Espírito Santo Tourism. Sol Meliá – A Sol Meliá Hotels & Resorts se proda marca hoteleira utilizada pela ESH – vai passar por uma ampla reforma. A assinatura é da arquiteta nunciou por meio de um comunicado oficial sobre a Patrícia Anastassiadis, que foi também responsável não renovação do contrato de gerenciamento com pela concepção da renovação do hotel na Praia do o Grupo Mofarrej, dono do edifício que abriga o cinForte. "Em termos de tecnologia, por exemplo, o ho- co estrelas Gran Meliá Mofarrej. O documento foi firtel vai incorporar o que há de mais moderno e será mado em 2003, com validade a partir de 1º de maio todo wi-fi", destacou Mercier. E como o executivo vê daquele ano para um período de quatro anos – e os concorrentes na mesma alameda, como por prorrogado até 30 de junho de 2008. O motivo, seexemplo os também cinco-estrelas Intercontinen- gundo o vice-presidente Rui Manuel de Oliveira, é tal e Renaissance? "Vai ser um grande desafio, mas que a rede vai priorizar investimentos próprios no acredito muito no produto. Vamos trabalhar para Brasil, no segmento lazer. No primeiro semestre deste ano, assegurou a Sol que o nosso hotel seja um point, tenha vida própria, Meliá, serão iniciadas as obras da primeira etapa do bem animada." Mercier, que é formado em hotelaria pela escola Complexo Turístico Guarajuba, na Bahia, que conde Lausanne, na Suíça, destacou dois, digamos as- templa um hotel com 300 apartamentos. sim, mimos do novo hotel: o restaurante do último Mais informações sobre o Panrotas Corporativo andar e um spa. "Só posso dizer que o restaurante no site www.panrotas.com.br. Assinaturas não será típico português, mas levará a assinatura pelo tel. (11) 6764-4816 ou 6764-4800, de um grande chef", disse. "Em relação ao spa, nossa e-mail assinaturas@panrotas.com.br.
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
Ambiente Educação Incêndio Saúde
Matuiti Mayezo/Folha Imagem
Sala do Prédio dos Ambulatórios, onde o fogo começou, foi interditada para a perícia.
SERRA ACREDITA EM CRIME
ADMIREM ANTES QUE ACABE
TRISTE TRADIÇÃO DE ABANDONO
CANDIDATO
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secretário municipal Floriano Pesaro, da Assistência Social, vai sair candidato a vereador pelo PSDB. É o primeiro, e talvez o único, da equipe de Kassab a fazê-lo.
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DIÁLOGO EXTRAORDINÁRIO
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elato feito pelo sambista Germano Matias, 73 anos, à platéia entre uma música e outra no seu show na choperia do Sesc-Pompéia, semana passada, sobre sua dificuldade para tomar banho. Ele tem limitação de movimento em um dos braços, decorrente de acidente. "Minha mulher me ajuda a tomar banho. Outro dia ela estava me esfregando e começou a rir muito. Perguntei pra ela. - Por quê você está rindo, bem? Ela respondeu: - Sua bunda tá tão murchinha." Germano mora em Parada de Taipas, na zona norte.
22/8/2007
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TATTOLÂNDIA EM AÇÃO! palavra de ordem no PT municipal é a de incensar o prefeito Gilberto Kassab. Com isso, procura aprofundar as divergências na aliança PSDB-DEM para favorecer a candidatura de Marta Suplicy, de preferência sem Geraldo Alckmin no páreo. Segundo a coluna foi informada, a "Tattolândia", leia-se os irmãos Tatto (Arselino, Ênio e Jilmar), é uma das vanguardas mais ativas naquele sentido. A força dos Tatto na zona sul não é de se jogar fora.
Fabio Pozzebom/ABr -
o que tudo indica, a troca de piso da avenida Paulista não vai poupar uma obra de arte: a calçada criada pelo paisagista Burle Marx em frente ao Banco Safra, no número 2100, próximo à rua Augusta. Ela faz parte do conjunto do prédio, inaugurado em 1988, e foi montada sob o mosaico português, que agora está sendo inexoravelmente substituído por placas de cimento. E no caso, não adianta argumentar que as pedras estão sendo guardadas, pois seu armazenamento não conservará os desenhos bolados pelo artista, falecido em 1994 e que, aliás, era paulista.
quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25, 26 e 27 de janeiro de 2008
US$ 15 MILHÕES X 60 (1) 04 19/09/20 a esteira da andes/AE Robson Fern recente série de enguiços do metrô, há um gigantesco abacaxi a ser descascado: a custosa substituição dos trens. Senão, vejamos: a vida útil de uma composição é de 30 anos. As cerca de 60 que transitam na linha nortesul (azul) atingiram essa marca em 2004. Portanto, até a eventual troca, cumpre apenas fazer remendos. Enquanto isso está correndo um projeto de financiamento junto ao BID. Sabem quanto vale, US$ 15 MILHÕES X 60 (2) em média, um trem novo lá fora? 15 milhões or outro lado, talvez seja razoável ordenar o serviço de manutenção. A de dólares. Por trem coluna soube que, em um ano, o Metrô está no seu terceiro gerente de novo leia-se seis carros, manutenção. O primeiro, que acumulava cerca de 20 anos no posto, foi que é o tamanhosubstituído tão logo José Luiz Portella Pereira, atual secretário dos Transportes padrão para as nossas Metropolitanos, assumiu o cargo. O segundo ficou pouco tempo, pois pediu o plataformas de estação. boné para ir trabalhar no Consórcio Linha Amarela, que constrói a Linha 4.
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DIA DE GENTE PEQUENINA
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caba de ser oficializado na cidade, pela Câmara Municipal, o "Dia do Anão", a ser comemorado em 20 de janeiro. A comunidade, cerca de 150 pessoas, que costuma se reunir no shopping center Eldorado, está festejando, pois os baixinhos precisavam de algo dessa natureza para colocar suas dificuldades na mesa. Por exemplo: altura dos caixas eletrônicos. O promotor de eventos César Augusto Mazali, 42 anos e 0,98m, cliente do HSBC, batalhou duramente para ser isento da taxa de uso do Banco 24 Horas, único equipamento do gênero que consegue, com esforço, alcançar. Os anões da cidade reúnem-se em torno da Associação Gente Pequena, que tem obtido algumas conquistas. A mais expressiva foi a de incluir os pequenos na lei de cotas de emprego para pessoas com necessidades especiais. "Antes, em geral, só conseguíamos emprego em circo, como anão da Branca de Neve ou mensageiro de correio elegante nas festas" afirma César Augusto.
oje é o momento oportuno para lembrarmos como o Pátio do Colégio foi maltratado ao longo do tempo. O prédio original, de paua-pique, deu lugar a uma construção de taipa que sobreviveu bem até 1640, quando os jesuítas foram expulsos por combaterem a escravidão de índios. Passou 13 anos abandonada, até os padres voltarem, em 1653. Com a nova expulsão em 1759 – determinada pelo Marquês de Pombal, primeiroministro do rei Dom José I – tornouse sede do palácio do governo. Por seu lado a igreja foi fechada e assim permaneceu até desabar sob um temporal, carcomida, em 1896. O que restou do seu acervo foi distribuído aleatoriamente. A restauração do local, que lhe deu a feição atual, perdurou de 1954, por ocasião do IV Centenário, até 1970. Tentou-se na época recuperar os objetos da antiga igreja. Das coisas importantes voltaram apenas o retábulo do altar, que estava na Igreja da Pompéia e a pia batismal de granito, datada de 1556, abrigada em uma fazenda no interior e agora em exposição no museu. Milton Mansilha/Luz - 07/04/2006
HC sofre terceiro incêndio em um mês O governo e a polícia suspeitam que o fogo, que foi rapidamente controlado pelos funcionários do hospital antes da chegada dos bombeiros, tenha sido criminoso
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acientes e funcionários do Prédio dos Ambulatórios do Hospital das Clínicas de São Paulo voltaram a ficar assustados pouco depois das 6h de ontem, por causa de mais um incêndio no local, o terceiro em menos de um mês. Dessa vez, a área atingida foi o departamento de arquivos. O fogo foi logo controlado, antes mesmo da chegada dos bombeiros. Segundo a assessoria do Corpo de Bombeiros, o que aconteceu foi um superaquecimento em um equipamento eletrônico. De acordo com um comunicado do Hospital das Clínicas, o foco de incêndio ocorreu em uma sala no piso intermediário, entre o quinto e o sexto andar do Prédio dos Ambulatórios. De acordo com a nota, "a área atingida pelo fogo é restrita e serve como local para armazenar equipamento do serviço de endoscopia". Não há no local nenhum tipo de instalação elétrica, além de iluminação. O hospital também afirmou que o Instituto de Criminalística foi acionado para examinar o material recolhido no local, a fim de determinar a causa do fogo. A direção do HC acrescentou que ninguém ficou ferido e a área do incêndio está interditada para perícia. Serra - O governador José Serra disse ontem que considera forte a possibilidade de que tenha ocorrido um crime. "Esse incêndio de hoje (ontem) foi numa sala fechada, sem elementos de combustão, inclusive existe a hipótese, que vai ser investigada, de que foi provocado. No primeiro incêndio essa hipótese já era investigada e neste está mais forte" disse Serra, destacando que os usuários não foram prejudicados. "Não teve conseqüência nenhuma,
José Luís da Conceição/AE
Ó RBITA
FERIADO Companhia de Engenharia de Tráfego A (CET) estima que cerca de 1,3 Corpo de Bombeiros enviou oito equipes para o Hospital das Clínicas
agora, que foi esquisito, foi", disse o governador. Na véspera do Natal, um incêndio no mesmo prédio, também controlado rapidamente, levou a suspensão de novas consultas e do agendamento de cirurgias, que só foram retomados com a regularização do atendimento, apenas em 2 de janeiro. Anteontem, na unidade da Fundação Pró-Sangue, ocorreu um novo princípio de incêndio.
Interdição - O promotor de Justiça de Habitação e Urbanismo, José Carlos de Freitas, disse que vai solicitar vistoria do prédio ao Corpo de Bombeiros e ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas. A partir dos resultados, o Ministério Público poderá pedir a interdição parcial ou total do edifício. O sindicato dos funcionários do HC informou que também pedirá a interdição ao governo estadual. Mário Tonocchi, com agências
milhão de veículos deixarão a Capital paulista a partir de hoje, devido ao feriado de comemoração dos 454 anos da cidade de São Paulo. Para evitar transtornos aos motoristas, a CET prepara a Operação Estrada, que visa o monitoramento da saída de São Paulo durante a tarde de hoje e a manhã de sexta. O acompanhamento do retorno à cidade será no período entre a tarde de domingo e a manhã de segunda-feira. A CET vai monitorar os acessos das rodovias para garantir a fluidez e a segurança no trânsito (AE).
Prefeitura antecipa fim da faixa para motociclistas DROGA DESVIADA m ex-investigador, que U foi expulso da Polícia suficiente para avaliar o Prefeitura de São Paulo Civil, confirmou participação corredor exclusivo. A mudou de idéia e
resolveu suspender, a partir de hoje, a faixa exclusiva para motocicletas na avenida 23 de Maio. O cronograma inicial previa o teste até sexta-feira, mas desde anteontem o prefeito Gilberto Kassab (DEM) já havia dito que os resultados preliminares dos testes não foram "favoráveis" e que a faixa não iria vigorar. A experiência visava evitar acidentes com motos, mas congestionou ainda mais a via. A assessoria de imprensa da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) afirma que a antecipação ocorreu porque o período da experiência já foi
De acordo com a Secretaria Municipal de Transportes, a lentidão média nos dois dias de testes da faixa chegou a 5,1 quilômetros, ante 2,5 quilômetros no mesmo período em 2007. Anteontem, o engarrafamento chegou a sete quilômetros. A criação da faixa exclusiva faz parte de um pacote para tentar diminuir as mortes em acidentes com motos. A partir de 11 de fevereiro, motociclistas terão também restrições nas marginais Tietê e Pinheiros, onde poderão trafegar apenas nas pistas locais. (Agências)
no desvio de drogas apreendidas por policiais do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), em Itu (SP). Preso por tráfico, ele concordou em denunciar os comparsas em troca de redução da pena. Em entrevista ao Jornal Nacional de ontem, o ex-policial disse que ele mesmo guardava drogas em casa e depois as vendia em um bar. Disse que guardou parte de outra grande apreensão no interior de São Paulo, de 400 quilos, dos quais apenas 348 quilos constam no processo. (G1)
Nota de Falecimento A família de
Alfredo Bruno Júnior comunica seu falecimento, ocorrido anteontem, aos 74 anos, em São Paulo.
Alfredo Bruno Júnior era vendedor aposentado e exercia o cargo de conselheiro nato na Distrital Santo Amaro da Associação Comercial de São Paulo. Deixa esposa, filho e netos.
Congresso Planalto Justiça CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25, 26 e 27 de janeiro de 2008
O interesse privado não pode sobrepor-se ao reclame público. Juíza Iolete Fialho de Oliveira
DECLARADA ILEGAL A GREVE DE ADVOGADOS
Lobão Filho deve renunciar
Eymar Mascaro
Prestígio
A. Baeta/AE
Denúncias contra o filho do ministro Edison Lobão podem levá-lo a desistir do cargo. E o 2° suplente...
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ressionado por parlamentares do PMDB, o suplente no Senado do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, seu filho Edison Lobão Filho (DEM-MA), conhecido por Edinho, deve renunciar ao mandato – e não apenas se licenciar do cargo. Apoiada pela cúpula do partido, a medida derruba a estratégia inicial, defendida pelo senador José Sarney (PMDB-AP), pela qual o filho do novo ministro apenas transferiria a vaga provisoriamente ao segundo suplente, o peemedebista Remi Ribeiro, enquanto aguarda que se silenciem ou sejam esclarecidas as denúncias de que é alvo. A preocupação dos peemedebistas se explica: eles temem que a ligação de Edinho com o Senado, mesmo ele sendo de outro partido, e as repercussões daí decorrentes, dificultem a permanência de seu pai, que é do PMDB, no ministério. Na avaliação de um senador que acompanha os movimentos da cúpula do partido, Lobão estaria numa situação "danada". Para parlamentares da bancada do PMDB no Senado, Lobão pode ser arrastado pelas investigações contra seu filho ou ganhar credibilidade com a renúncia de Edinho. No entanto, a biografia de Remi Ribeiro deixa igualmente a desejar. Ele foi apontado, em 2005, como um dos beneficiários do esquema de apropriação indébita de recursos da Prefeitura de São Bento, no Maranhão, onde era tesoureiro. Ainda assim, a avaliação do PMDB é que sua posse na vaga de senador vai "pesar" menos para Lobão do que a do filho.
D e s f i l i a ç ã o – Lobão Filho está se preparando para deixar o DEM. Em entrevista à Globonews, o líder do partido no Senado, José Agripino Maia (RN), disse que a saída de Lobão Filho está ligada à "ética partidária". "O DEM faz oposição ao governo. Fica difícil ele ser um senador, filho de um ministro do governo, e votar contra. Eu o aconselhei a deixar o partido e ele concordou comigo. Seria melhor para ele e para o DEM", disse Agripino Ex pl ic açõ es – Recordista nos gastos com o cartão corporativo do governo, a ministra especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, será convocada ao Senado para explicar o porquê do uso de dinheiro público para custear despesas de R$ 171,5 mil em 2007. Autor da convocação, o senador Heráclito Fortes (DEMPI) quer que Matilde seja ouvida na Comissão de Fiscalização e Controle da Casa. Fortes alega que, apesar de o uso desses cartões se restringirem a gastos emergenciais, ela o utilizou para pagar aluguel de carros, hospedagem em hotéis e resorts, padarias, bares e restaurantes de luxo, conforme mostrou uma reportagem publicada pelo jornal "O Estado de S. Paulo" no último dia 13. No caso de Matilde, o senador cita ainda o uso do cartão num free shop, em outubro, no pagamento de compras no valor de R$ 461,16. Segundo Fortes, a alegação de que este mês a ministra teria devolvido este valor ao Tesouro não a exime da responsabilidade pelo "péssimo uso" do cartão.(AE)
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pós uma série de reuniões em São Paulo, dirigentes do DEM decidiram bancar a candidatura do prefeito Gilberto Kassab à reeleição, mesmo que isto custe o rompimento da aliança com o PSDB. O prefeito busca o apoio dos tucanos, mas uma ala do PSDB pretende sustentar a candidatura de Geraldo Alckmin. Os democratas têm o apoio do governador José Serra, interessado em manter a coligação para a eleição presidencial de 2010. Serra sabe, contudo, que se o seu partido não apoiar a reeleição de Kassab, não terá o apoio dos democratas na sucessão de Lula. Detalhe: Serra deve ser o candidato do PSDB a presidente.
LARGADA Diretórios zonais do PSDB da Capital vão se reunir na próxima semana para extrair um documento de apoio à candidatura de Alckmin. Os dirigentes dos diretórios não estão admitindo a hipótese de o PSDB ficar sem candidato em São Paulo.
RACHA Mas não existe unanimidade na bancada de deputados estaduais do PSDB em São Paulo. Dos 20 integrantes da bancada, apenas sete se solidarizaram com a candidatura Alckmin.
COMO ESTÁ Edinho: afastamento evitaria um alto desgaste político do pai
Justiça declara ilegal a greve dos advogados da União
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juíza da 16.ª Vara Federal do Distrito Federal, Iolete Fialho de Oliveira, considerou ilegal a greve dos advogados da União, dos procuradores da Fazenda e do Banco Central e dos defensores públicos. A decisão liminar atende ao pedido feito na semana passada pela Procuradoria Regional da
Porta Condimentos
União (PRU) na 1.ª Região. Na ação, os procuradores argumentaram que as categorias exercem atividade considerada essencial e, por isso, a greve contrariaria o interesse público. A juíza considerou que o direito de greve, previsto na Constituição, não pode se sobrepor ao interesse público. E avaliou que a paralisação pode causar danos à União. "O interesse privado não pode sobrepor-se ao reclame público. A acenada interrupção das atividades pelo movimento grevista mostra-se hábil a causar danos também ao erário, com repercussões para o contribuinte", argumentou a juíza em seu despacho. "O direito aos movimentos paredistas, sem questionar a justeza destes, deve harmonizar-se aos ditames do interesse público, de molde a não causar dano aos serviços essenciais". O presidente do Fórum Nacional da Advocacia Pública Nacional, João Carlos Souto, criticou a decisão da juíza e afirmou que vai recorrer da decisão. "A Constituição é muito clara quando diz que a proibição de greve vale para os militares", afirmou. (AE)
Por enquanto, o PSDB paulista está rachado: metade defende a candidatura de Alckmin, mas a outra parte é favorável ao apoio a Kassab. As pesquisas revelam que, se contar com o apoio do PSDB, Kassab pode derrotar o PT no segundo turno.
CANDIDATURA Entre amigos, Alckmin garante que não abre mão de sua candidatura. O ex-governador não deseja esperar até 2010 para se candidatar ao governo do Estado, como propõe Serra.
CONVERSAÇÕES Mesmo com a disposição de Alckmin, dirigentes democratas vão continuar dialogando com os tucanos para convencê-lo a não se candidatar. Os democratas consideram essencial a manutenção da coligação com o PSDB em 2008 e 2010.
DECISÃO Alckmin ficou de dar a palavra final depois de março. Agora, fala-se que a decisão do ex-governador só virá em junho.
PERIGO O prefeito do Rio, César Maia (DEM), mantém o entendimento de que a
eleição para a Prefeitura de São Paulo é perigosa para Alckmin. Se for derrotado, Maia entende que o tucano corre o risco de perder o favoritismo na eleição de governador em 2010.
META Para o ex-presidente Fernando Henrique, o ideal seria que Alckmin se candidatasse somente em 2010 ao governo estadual, com o apoio dos democratas. FHC acha que Serra será candidato a presidente e não à reeleição.
RIVAL Pode ser na próxima semana o encontro de petistas paulistas com Marta Suplicy. O grupo pretende convencer a ministra a antecipar sua decisão sobre a candidatura à Prefeitura. Marta, no entanto, admite que só deve se decidir em junho.
PAU A PAU Alckmin, Marta e Kassab continuam sendo os principais pré-candidatos à Prefeitura. Porém, se Alckmin e Kassab dividirem os votos, o candidato beneficiado será do PT.
CARGO Apesar do lançamento da candidatura a prefeito de Paulinho Pereira, dirigente da Força Sindical, o secretário municipal do Trabalho, Geraldo Vinholi, que é do PDT, não deve deixar o cargo imediatamente. Em tempo: o PDT fala em devolver os cargos a Kassab porque terá candidato próprio à Prefeitura.
LANÇAMENTO Além do PDT, outros dois partidos que formam o "bloquinho" de esquerda (PSB e PCdoB) também podem lançar candidatos próprios, que são os deputados Luíza Erundina e Aldo Rebelo.
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
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PETROBRAS ENTRE AS GIGANTES DO MERCADO
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bilhões de reais é quanto o Santander oferece em créditos para financiamento imobiliário.
RANKING GLOBAL FEITO PELA PFC MOSTRA QUE AS AÇÕES DA ESTATAL SE VALORIZARAM 93% EM UM ANO
PETROBRAS: A SEXTA MAIOR DO MUNDO.
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Petrobras passa a ser a sexta maior empresa de petróleo do mundo em termos de capitalização de mercado, superando multinacionais tradicionais como a Total, BP e Chevron. O ranking é produzido todos os anos pela consultoria PFC que, em sua versão publicada ontem, destaca ainda a chinesa PetroChina como a maior companhia de petróleo do mundo. A própria Organização das Nações Unidas (ONU) vem destacando o crescimento sem precedentes das empresas petrolíferas dos países emergentes. Mas os analistas admitem que não pensavam que a chegada dessas companhias no topo do ranking seria tão rápida. Entre as dez primeiras colocad a s n e s t e a n o , q u a t ro s ã o oriundas de economias em desenvolvimento.
No ano passado, a Petrobras ocupava a 11ª colocação na classificação e a PetroChina, a terceira posição. Mas, com uma alta de 93% em suas ações em um ano, a empresa brasileira superou a Total, que caiu para a 8ª posição com uma alta de apenas 4% nos valores de suas ações. Segundo a consultoria, a valorização da Petrobras ocorreu graças às grandes descobertas de reservas nos últimos meses. No total, sua capitalização chegou a US$ 241,7 bilhões em 12 meses. Outra multinacional que perdeu lugar para a Petrobras foi a Chevron, que passou da 7ª posição para o 10º lugar. Suas ações tiveram alta mais modesta que a da Petrobras, com 27%. ENI e ConocoPhillips também perderam posições. Para analistas, o surgimento das novas empresas deixa claro que a geopolítica do petró-
leo poderá sofrer importantes mudanças nos próximos anos, principalmente com a alta nos preços do combustível. Os governos que têm reservas estão se sentindo poderosos para renegociar acordos com as multinacionais e estão usando o momento para incrementar os investimentos em suas próprias empresas estatais. Nos anos 1970, as multinacionais controlavam 85% das reservas mundiais de petróleo. Hoje, 80% delas estão nas mãos de empresas nacionais. Sonda s – A Petrobras está com uma licitação aberta para a contratação de 29 sondas terrestres, que deverão operar nas bacias do Espírito Santo, Bahia, Rio Grande do Norte, Sergipe-Alagoas e Solimões. As unidades devem começar a operar a partir de julho deste ano, com contratos entre quatro e cinco anos. (AE)
Estatal gastará US$ 63 bi no País
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presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse ontem que a estatal deverá gastar o equivalente a US$ 12,6 bilhões com fornecedores do mercado interno, em cada um dos próximos cinco anos. O total dessas encomendas vai representar mais de 50% dos investimentos previstos para o período, de US$ 112 bilhões. Esses valores não incluem, no entanto, o dinheiro necessário para o desenvolvimento
dos novos campos, como o de Tupi e o recém-descoberto de Júpiter. Até junho a empresa deverá concluir a revisão do orçamento para o qüinqüênio, atualizado anualmente. Dos US$ 112 bilhões já previstos, US$ 104 deverão provir do fluxo de caixa interno. Esse fluxo é calculado com base numa cotação de US$ 35 por barril, conservadora em face dos preços observados nos últimos anos. Gabrielli não exclui, no entanto, novas captações no mer-
cado, se forem necessárias. Em sua última operação, a empresa levantou US$ 750 milhões. Os fornecedores internos têm atendido a Petrobras satisfatoriamente em termos de preços e de prazos, segundo ele. Daí seu interesse em estimular a ida de companhias estrangeiras para operar no Brasil. Contatos com fornecedores são parte de sua agenda em Davos, onde se realiza até domingo a reunião do Fórum Econômico Mundial. (AE)
Santander: R$ 3 bi para imóveis. Roseli Lopes
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Santander vai destinar R$ 3 bilhões neste ano para suas operações de crédito imobiliário, R$ 1 bilhão a mais do que o volume de recursos direcionados em 2007 para essa modalidade de empréstimo. O banco também anunciou que outros R$ 5,2 bilhões deverão ser usados, pelos próximos dois anos, no financiamento de imóveis via incorporadores com os quais fez parceria em 2007 (Cyrella, Rossi e Rodobens). Com as duas somas, o Santander quer ampliar em 50% o volume de empréstimos neste ano – expansão que ficaria acima da prevista para o mercado como um todo (de 25%, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). Representaria o mesmo crescimento, em percentual, apresentado em 2007 sobre 2006.
Na meta de expansão do Santander está embutida a previsão do banco de começar a usar, ainda no primeiro semestre, os recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que permitirá a oferta de crédito a juros mais baixos para o consumidor, já que o custo dos recursos é menor para o banco. O pedido para uso do Fundo, embora já aprovado, depende de liberação por parte da Caixa Econômica Federal (CEF), gestora do dinheiro. O banco, que em 2005 inaugurou no mercado o financiamento imobiliário com parcelas fixas, continuará investindo em produtos diferenciados. "Fomos o único banco privado a ampliar o prazo dos planos para 30 anos", diz a vice-presidente de Crédito Imobiliário do Santander, Ana Isabel Perez. Segundo ela, as estratégias diferenciadas adotadas pela instituição permitiram que, no ano passado, 60% dos tomado-
res de crédito imobiliário que não tinham nenhum vínculo com o banco se tornassem correntistas do Santander. O que torna o produto fundamental no portfólio do banco. Apesar da estimativa otimista de expansão para 2008, o crescimento poderia ser maior, na avaliação de Ana Isabel, se não houvesse amarras no setor. "O mercado ainda é muito regulado, o que impede que os bancos cresçam mais do que poderiam", diz a executiva. Outro ponto que na sua opinião desequilibra o mercado é o fato de se ter condições diferenciadas para o uso do dinheiro do FGTS por parte dos bancos privados em relação à Caixa. Sob as mesmas condições, diz ela, a expansão viria de forma mais acelerada. "As carteiras de crédito imobiliário dos bancos ainda são muito pequenas comparadas não apenas a países desenvolvidos, mas aos em desenvolvimento", comentou.
Alan Marques/Folha Imagem
Dilma afastou a possibilidade de racionamento e disse que os projetos do PAC não trarão inflação
Empolgada, Dilma nega crises.
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ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse ontem que, no momento, não é necessário falar em racionamento de energia. "Porque nós tomamos todas as medidas para que haja o f e r t a d e e n e rg i a " , d i s s e . "Quem faz racionamento é quem não tomou as providências para que haja energia suficiente", acrescentou. Segundo ele, as usinas incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foram licitadas, com licença ambiental, e estão prontas para serem iniciadas. Além disso, lembrou, a chuva começou e o governo acredita no aumento do nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas. "Mas nós não dependemos só deles". Dilma lembrou que o governo tomou providências para
Nova montadora no mercado
M
ais um grupo de revendas de veículos, o Itavema, dono de 60 lojas de várias marcas, decidiu investir na produção de veículos. A empresa iniciou neste mês a produção de motocicletas da marca Dafra em Manaus (AM), projeto que consumiu até agora R$ 100 milhões e gerou 310 empregos. A produção será feita com CKDs (peças desmontadas) trazidas da China, mas a empresa adquiriu licença para produção local de peças, o que significará maior índice de nacionalização no futuro. A Dafra será a oitava fabricante de motos em Manaus. (AE)
Prion Techno Ltda. EPP torna público que recebeu da CETESB a Licença de Operação N° 31004120, válida até 22/01/2010, para produção de Pigmentos orgânicos de origem animal, vegetal ou sintética em forma básica, sito à Rua Brás de Pina, 446 - Vila Carioca - São Paulo/SP.
Extravio A empresa Norberto Rogério Nora Ribeiro Calçados ME, CNPJ 03.584.368/0001-32, Inscrição Estadual nº 115.597.899.113, comunica o extravio do talão de notas fiscais nº 451 a 500, sendo que, preenchidas até o nº 479.
SINCOMED – SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE MATERIAL MÉDICO, HOSPITALAR E CIENTÍFICO NO ESTADO DE SÃO PAULO CNPJ (MF) nº 62.803.069/0001-00 – Fone (11) 5572-6200 – Edital Contribuição Sindical Patronal – 2008 Pelo presente edital ficam NOTIFICADAS todas as empresas comerciais, cuja atividade econômica seja representada pelo sindicato supra, para recolherem conforme Art. 579 da CLT, a Contribuição Sindical de 2008, durante o mês de Janeiro, nas agências da Caixa Econômica Federal ou em estabelecimento bancário integrante do sistema de arrecadação dos tributos federais, através das competentes guias obtidas em nosso Sindicato. O recolhimento em atraso acarreta os acréscimos previstos no Art. 600 da CLT. As guias de recolhimento poderão ser retiradas em nossa sede sito à Rua dos Otonis, nº 662, nesta capital. Observação: O recolhimento indevido ou o não recolhimento acarretará as sanções previstas em lei. São Paulo, 21 de janeiro de 2008. LUIZ ANTONIO SILVA – Presidente (22, 23 e 24/01/2008)
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
ABERTURA DE LICITAÇÃO www.riopreto.sp.gov.br MODALIDADE: PREGÃO PRESENCIAL Nº 003/2008 Objeto: Aquisição de módulos pedagógicos para fornecimento às escolas de ensino fundamental - ano letivo 2008. Data de processamento do pregão: 11/02/2008 às 08:30h, na sala de audiências da Comissão de Licitações, 2º andar do Paço Municipal.
Diana Paolucci S/A. Indústria e Comércio CNPJ/MF 60.715.703/0001-28 – NIRE 35.300.033.264 Edital de Convocação de Assembléia Geral Extraordinária A Diretoria da Diana Paolucci S/A. Indústria e Comércio, representada por seu Diretor Executivo Presidente, na forma do artigo 13º, §1º, do Estatuto Social da Companhia, convoca os Senhores Acionistas a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária, no dia 31 de janeiro de 2008, às 09:00 horas, na sede da Companhia localizada na Avenida Brigadeiro Faria Lima, 3015, Bairro do Itaim Bibi, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, a fim de discutirem e deliberarem sobre as seguintes matérias constantes da Ordem do Dia: I – Renúncia de membro titular do Conselho de Administração; II – Proposta para alteração do Estatuto Social da sociedade nos seguintes termos: i) inclusão de parágrafo único ao artigo 25, de forma a autorizar a Companhia a prestar avais em operações relacionadas ao seu objeto social quando representada, isolada ou conjuntamente, por quaisquer acionistas até o limite do capital social da Companhia; III – Fixação da verba global para remuneração dos membros da Diretoria da Companhia; IV – Outros assuntos de interesse social. Os documentos relativos às matérias a serem discutidas em Assembléia Geral Extraordinária encontram-se à disposição dos acionistas na sede da Companhia.São Paulo, 21 de janeiro de 2008. Abelardo Paolucci – Diretor Executivo Presidente. (23, 24 e 28/01/2008)
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 23 de janeiro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Soluções e Propaganda Ltda. - Rua
Requerente: Macri Copiadoras – Vendas e
Requerente: Minipa Indústria e Comércio
Serviços Ltda-Me. - Autofalência - Reque-
Ltda.- Requerido: WA Componentes Ele-
Guarara, 529 - 2ª Vara de Falências
rido: Macri Copiadoras – Vendas e Ser-
trônicos Ltda. - Rua General Osório, 235/
Requerente: Moinho Vacaria Industrial e
viços Ltda-Me. - Autofalência - Rua
239, sala 216 - 1ª Vara de Falências
Agrícola Ltda. - Requerido: Cilas Ali-
Cristiano Clemente da Silva, 82 - 1ª Vara
Requerente: Redfactor Factoring e Fomento
mentos S.A. - Rua Canindé, 948 - 2ª
de Falências
Comercial S.A. - Requerido: Converse
Vara de Falências
Menor preço pelo mesmo espaço, só no DC
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assegurar que haja energia térmica, com base no gás, suficiente neste ano. E lembrou que, agora em fevereiro, entrará em operação o gasoduto Cabiúnas-Vitória. "A entrada desse gasoduto produzirá mil megawatts (MW) de energia térmica". E destacou também que, ao longo deste ano, o País terá dois terminais de gás natural liqüefeito (GNL). PAC – A ministra disse que o PAC vai dinamizar a economia, mas sem comprometer a inflação. "Só gera inflação quando você investe aquém do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Hoje, no Brasil nós temos uma situação extremamente favorável. O País cresce sustentavelmente, porque cresce o investimento na frente, o que os economistas chamam de
formação bruta de capital fixo, que avança a uma taxa superior à do PIB", afirmou. Segundo ela, a indústria de bens de capital está investindo em sua própria capacidade, possibilitando um crescimento virtuoso. "Isso significa que nós não teremos pressão inflacionária, porque teremos uma capacidade de fornecer bens além da demanda", destacou. "Então, nós acreditamos que o Brasil passa por uma situação de desenvolvimento sustentável por que ele nunca passou. E isso permite afirmar que estamos em excelente condição para enfrentar qualquer crise externa muito melhor do que nos últimos 50 anos no País. Nós nunca tivemos uma situação tão robusta, equilibrada e sustentável", concluiu a chefe da Casa Civil. (AE)
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Nacional Finanças Empreendedores Empresas
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O crédito no Brasil é caro e escasso. Nós crescemos com capital de terceiros. Eduardo Vannuchi, empresário
EMPRESA QUER TER 11 MIL CARROS EM 2010
A EMPRESA COMEÇOU COM SEIS VEÍCULOS E AGORA ESTÁ PRESENTE EM QUASE TODOS OS ESTADOS DO PAÍS
Master roda em direção ao topo do setor
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Kety Shapazian
P
LETREIRO annuchi conta que a antiga denominação da empresa o incomodava profundamente. Como as concessionárias Fiat sempre tinham nomes de cidades italianas, o pai escolheu Rimini para a firma. Quando a locadora nasceu, o filho começou a procurar uma marca. A solução foi dada por sua mulher, que na época trabalhava na TV Manchete. "Ela recomendou colocar master, nome do equipamento usado nas ilhas de edição. Gostei, porque significa mestre em todo o mundo, e a numerologia também deu certo."
ara quem começou há 19 anos com apenas seis carros e hoje tem uma frota de nove mil veículos, Eduardo Vannuchi está muito bem, obrigado. À frente da Master Rental, ele sonha em logo assumir uma posição entre as três maiores empresas de locação de veículos no Brasil. "O jeito é crescer rápido para se colocar no topo. A briga está entre cinco locadoras para ver quem vai se firmar. Não vejo mercado para todo mundo. Há espaço para no máximo quatro companhias", afirma. Com um crescimento de 25%, em média, ao ano, Vannuchi acredita estar perto de realizar seu sonho. Em 2006, o faturamento da Master chegou a R$ 64 milhões. Quando ele estava com 12 anos, Sidney Vannuchi, seu pai, cansado de São Paulo, mudou-se para Araraquara, no interior do estado, atrás de "qualidade de vida". Abriu uma concessionária Fiat, onde o filho foi trabalhar depois de se formar na capital. A locadora veio depois e foi inaugurada com seis carros comprados com capital próprio. Em 1992, depois de fecharem a revendedora de veículos, decidiram apostar no negócio de terceirização de frotas. "No meu diagnóstico, não havia futuro algum no aluguel de carros em Araraquara, porque não havia turismo na cidade."
Novo foco: o turismo de negócios.
Agências e postos da empresa começaram a ser abertos em Santos, Campinas, Ribeirão Preto e São Paulo, que na época tinha apenas uma filial da Master. A empresa passou a utilizar leasing e consórcio para adquirir os veículos. "Usamos o que tem disponível para financiamento. Crescemos com capital de terceiros", diz o empresário. O pai continua sócio até hoje, mas não participa da gestão da locadora. "O negócio dele é a fazenda. É o que ele mais gosta de fazer. Agora, está criando avestruz. Cada hora é uma novidade." Presença na capital Vannuchi decidiu trazer a matriz da empresa para a capital em 2000, quando a frota já tinha 1,5 mil carros. "Por força do mercado, viemos para São Paulo. É aqui que nossos clientes, as montadoras e os bancos estão. E se você quer ser alguém, tem de estar em São Paulo", afirma. Hoje, o forte da companhia é a terceirização de frotas, responsável por 42,5% da receita. O aluguel de veículos, dividido entre viagens de negócios e lazer, corresponde a
27,5%. A Master ainda trabalha com franquias e seminovos. "Queremos agora atacar fortemente o turismo de negócios", adianta. Para abrir uma loja franqueada, o interessado desembolsa de R$ 20 mil a R$ 60 mil. "A taxa nem é alta; o que eleva o investimento é a compra dos automóveis, feita pelo franqueado." Em média, uma franquia nova é aberta por mês. Em 2008, pretendemos inaugurar 18 unidades. Somando as lojas próprias e as franqueadas, a rede só não está presente em quatro estados: Acre, Rondônia, Roraima e Amazonas". A Master tem 300 funcionários e pretende ter uma frota de 11 mil veículos até 2010. A empresa está passando por um processo de reestruturação de capital, alongando o perfil da dívida e procurando um sócio capitalista. Trouxe novos diretores e mudou a identidade visual. "Concluímos que estava na hora de mudar a cara da Master. Nossa identidade visual estava pesada e antiga." Quanto a sair do País, Vannuchi diz ser cedo, porque ainda tem muita coisa para fazer por aqui. "Mas se o cliente pedir, aceitaremos, porque não podemos perder uma oportunidade como essa."
Fotos: Leonardo Rodrigues/e-Sim
EMPREENDEDORES Vannuchi, da Master Rental: diversificação para ser uma das maiores.
SERVIÇO www.masterental.com.br
A terceirização de frotas é responsável por 42,5% do faturamento
Empresa se estrutura para abrir 18 unidades ainda neste ano
SEGREDO
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ara o empresário, são vários os segredos do sucesso. "Mas tudo se resume a 90% de transpiração e 10% de inspiração. O mercado cresce bastante e nós também tivemos uma expansão muito forte. Sempre acreditei muito no Brasil, independentemente de crise econômica. Existem muitas oportunidades aqui. Por outro lado, isso também é uma selva e a cada hora tem algo ou alguém lhe ameaçando. É preciso ter cuidado com a administração e controles internos", afirma Vannuchi.
PEDRA
U
mas das dificuldades da Master Rental é com o crédito, "um dos mais caros e escassos do mundo". A outra é a "guerra declarada de São Paulo contra as locadoras", diz Eduardo Vannuchi. "Isso vai expulsar os negócios daqui. O governo não vai ceder, vai continuar a fazer blitze, a ser arbitrário. Sabe onde estamos e, mesmo assim, vai para cima do cliente, que, com razão, reluta em voltar a São Paulo depois de ser parado na rua pela polícia. E por que cobrar 4% de Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) se em outros estados a alíquota do tributo é menor?", argumenta.
2 - OPINIÃO
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TRIPÉ CÂMBIO FLUTUANTE, RESPONSABILIDADE FISCAL E METAS DE INFLAÇÃO AMORTECERÁ PARTE DOS CHOQUES
A REVOLUÇÃO AUTOMOTIVA
SÃO PAULO, CASO Céllus
O
setor automotivo brasileiro, nos seus 50 anos de existência, já passou por altos e baixos. Agora está numa boa fase, mas poucos perceberam que ela é muito melhor do que parece. Desde os anos 50, no governo de Juscelino Kubitschek, que iniciou a industrialização do País, carros e caminhões eram fabricados a partir de projetos vindos de fora. Em geral, eram modelos já fora de linha nos EUA ou na Europa que vinham ganhar sobrevida por aqui, como o Opala ou o Fusca, este criado por Ferdinand Porsche na Alemanha. Já tivemos outras boas fases de produção, vendas e exportações, mas na fase atual temos uma grande novidade: vários desses carros que estão sendo fabricados aqui, vendidos e exportados, foram criados, projetados e desenvolvidos no Brasil, por engenheiros brasileiros. São automóveis com 'DNA brasileiro' andando no mundo inteiro. Por exemplo, a General Motors do Brasil criou a Meriva, que já estava rodando aqui quando foi lançada na Europa. O Ecosport, da Ford, é outro que saiu da cabeça de engenheiros brasileiros, assim como o Fox, da Volkswagen. Além disso, a General Motors do Brasil, há dois anos, tornouse um dos cinco centros mundiais da montadora de desenvolvimento de veículos, ao lado dos EUA, Alemanha, Austrália e Coréia. A tecnologia dos veículos "flex-fuel" é brasileira. Por que é tão importante termos um projeto brasileiro? Uma razão é emocional, claro, a nossa auto-estima sobe ao saber que um americano ou um alemão vai escolher, comprar e dirigir um carro feito por brasileiros. Deixamos de ser apenas o
PAULO SAAB
G Indústria automotiva
do Brasil passa por fase excepcional. Engenheiros e designers criam e desenvolvem carros que têm 'DNA' brasileiro. país do futebol e do carnaval. Porém, mais importante do que isso, é o fato de o Brasil deixar de ser um mercado passivo e se tornar um participante ativo no cenário global, colocando sua engenharia ao lado das mais avançadas do mundo. Além disso, de um ponto de vista macroeconômico, o Brasil tem 24 montadoras e 468 empresas fornecedoras de autopeças. Se o Centro de Desenvolvimento de projeto de uma montadora está no Brasil, é maior a possibilidade de participação de fornecedores locais na criação de um novo veículo.
E
n t re t a n t o, a s i t u a ç ã o atual não é uma conquista acabada. Estamos num bom momento, mas a oportunidade pode ser ou não aproveitada. A consolidação da presença brasileira no setor automotivo mundial vai depender de uma congregação de esforços e ações de três setores: o produtivo (empresas), o de ensino e pesquisa (universidades), e o governamental, este último por um lado fornecendo apoio e por outro retirando entraves. TRECHO DO ARTIGO DE RONALDO DE BREYNE SALVAGNI, PROFESSOR DO DEPARTAMENTO DE ENG. MECÂNICA DA ESCOLA POLITÉCNICA DA USP. (LEIA ÍNTEGRA DO ARTIGO NO SITE WWW.DCOMERCIO.COM.BR)
Robson Fernandes/AE-10/06/2003
Como a crise mundial Q pode nos atingir
Q
ualquer que seja o tamanho da crise, os seus efeitos sobre a economia brasileira serão muito menores que em passado recente. O câmbio flutuante absorve os choques de mudanças na demanda e nos preços externos; a redução da relação dívida/PIB amortece os choques de natureza financeira, já que é relativamente menor a dívida a financiar _ uma decorrência da lei de responsabilidade fiscal. Finalmente, a inflação está relativamente baixa graças ao regime de metas de inflação, que assegura que quando a crise bater por aqui os preços estarão relativamente bem comportados. O tripé câmbio flutuante, responsabilidade fiscal e metas de inflação amortecerá boa parte dos choques, qualquer que seja a intensidade deles. Não quer isso dizer que se está menosprezando o tamanho da crise. Sua intensidade pode ser sumariada no fato de o principal índice bursátil americano, o Dow Jones industrial, ter fechado nesta terça-feira no nível mais baixo dos últimos 15 meses. Estamos em meio a um processo de ajuste de preços de ativos, principalmente de residências nos EUA, e ações em todo o mundo. Foi a tentativa de impedir que esse ajuste tivesse se realizado nos últimos anos que tornou mais aguda a crise e maiores as perdas para famílias e investidores. A questão, agora, é saber como a continuidade desse processo de ajuste pode nos afetar. Há dois canais a prestar atenção nesse processo.
O
primeiro canal é o dos mercados financeiros. Esses mercados trabalham com 'expectativas' e miram o futuro, em lugar de olhar pelo retrovisor. As mudanças de preços nos mercados financeiros são abruptas e rápidas, acentuadas e de amplitude geográfica maior com o aprofundamento da globalização e desregulamentação dos mercados financeiros. As perdas de bancos e fundos nos EUA e outros países desenvolvidos reduzirão os fluxos de recursos para os países emergentes e, em muitos deles, produzirão o retorno de capitais de curto prazo que haviam sido atraídos aos emergentes pelos diferenciais de juros pagos. Isso tornará a redução das taxas de juros mais difícil e terá efeitos sobre o investimento e o crescimento do PIB desses países. O segundo canal é o dos mercados 'reais' de bens e serviços. Ao contrário dos mercados financeiros, esses mercados reagem mais lentamente às mudanças nos fundamentos econômicos e nas expectativas. Diversos mecanismos foram desenvolvidos nas economias modernas para assegurar que a volatilidade nos preços não
G Estamos em meio a um processo de
ajuste de preços de ativos, principalmente de residências nos EUA, e de ações em todo o mundo. Foi a tentativa de impedir que esse ajuste tivesse se realizado nos últimos anos que tornou mais aguda a crise e maiores as perdas para famílias e investidores. A questão, agora, é saber como a continuidade desse processo de ajuste pode nos afetar aqui no Brasil. Por Roberto Fendt inviabilizasse o horizonte de planejamento das empresas. Esses mecanismos incluem contratos de fornecimento de longo prazo e mercados futuros para os preços das principais commodities transacionadas no mercado internacional. A crise pode nos atingir por um ou por ambos os canais, com maior ou menor intensidade, dependendo do grau de desaceleração da economia dos EUA e de seus efeitos sobre os preços dos produtos exportados pelas empresas brasileiras.
A
economia americana desacelerará porque o consumo corresponde nos EUA a 70% do PIB e os consumidores americanos estão se sentindo mais pobres com a queda no valor de suas moradias e de seus fundos de ações. Sentindo-se mais pobres consumirão menos, levando as empresas também a reduzir seus investimentos; ambos os movimentos levarão no mínimo a uma desaceleração do crescimento americano. A China tem nos EUA seu maior mercado e a China é o grande motor da demanda mundial por commodities. A China é o principal destino das exportações de commodities brasileiras. Uma desaceleração da demanda americana por produtos chineses provavelmente implicará, em um primeiro momento, em formação de estoques na China, já que não é possível parar uma economia que cresce a mais de 10% ao ano há mais de 15 anos. Eventualmente, contudo, a produção se reduzirá e com ela a demanda por commodities brasileiras. Se isso ocorrer, afetará o segmento mais dinâmico das exportações brasileiras. É por aí que a crise pode chegar a nós. Se há uma lição a tirar do episódio, é a de que devemos aprofundar o nosso ajuste interno, nem que seja para nos resguardar de outras crises no futuro.
Pense, antes de decidir CARLOS ALBERTO PESCADA
A
Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br
Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luizo@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Adriana David, André Alves, Davi Franzon, Dora Carvalho, Eliana Haberli, Fátima Lourenço, Felipe Datt, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Jane Soares, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Marcus Lopes, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro , Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60
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DE AMOR E ÓDIO
tomada de decisão é tipicamente descrita como “escolher entre alternativas”. Mas acredito que esta visão é muito simplista, pois a tomada de decisão é um processo abrangente, não apenas um simples ato de escolher entre alternativas. O processo decisório divide-se em um conjunto de oito passos, que começa com a identificação do problema e os critérios de decisão. Depois é necessário desenvolver, analisar e selecionar uma alternativa que pode resolver o problema. Em seguida, implementar a alternativa e, por fim, fazer uma avaliação da eficácia da decisão. Essa metodologia pode ser aplicada nas decisões pessoais e profissionais, seja para definir onde passar as férias ou até mesmo optar pelo lançamento de um produto ou serviço no mercado. Tudo começa com a existência de um problema. Deve-se fazer uma comparação entre o estado atual e algum padrão _ que pode ser o desempenho anterior, decisões tomadas por outras áreas da
organização ou fora dela _ para fato semelhante. Em seguida, devese avaliar a pressão para a tomada de decisão como prazos, crises financeiras, expectativas da diretoria. Depois, identificar a autoridaG A tomada de decisão
faz parte de processo abrangente, não é um ato apenas de escolha entre as alternativas postas sobre a mesa. de delegada para a decisão e outros recursos necessários. Para identificar os critérios de decisão, é preciso determinar pontos relevantes, sejam eles implícitos ou explícitos. Nesse processo também é necessário determinar os pesos desses critérios. Eles devem sofrer uma classificação de importância, ou seja, devem ser atribuídos pesos aos itens para que seja dada a eles a prioridade
adequada. A sugestão é atribuir um peso 10 para o critério mais importante e então determinar os pesos dos restantes. Mas como desenvolver alternativas? Essa etapa exige que o tomador de decisão apenas liste as alternativas viáveis que poderiam resolver o problema. Somente depois, deve-se dar início à análise das alternativas listadas. Os pontos fortes e fracos de cada uma se tornam evidentes quando são comparados com os critérios e pesos estabelecidos. Depois da avaliação, chega o momento de selecionar uma alternativa. Como já foram determinados todos os fatores pertinentes da decisão, atribuídos pesos de forma apropriada e também identificadas as alternativas viáveis, é hora de escolher a alternativa que teve a melhor nota final. O último passo é avaliar a eficácia da decisão. Para isso, é importante analisar se os objetivos desejados foram atingidos. CARLOS ALBERTO PESCADA É CONSULTOR DO IDORT
uando São Paulo completou seu quarto centenário, eu era apenas um menino, como tantos outros netos de imigrantes nascidos na capital paulista que começava a dar suas primeiras andanças, acompanhado pelos pais, na cidade da qual todos se orgulhavam de ser a que mais crescia no mundo. A única lembrança que tenho daquele 25 de janeiro de 1954 é da chuva de papel prateado caindo dos céus no Ibirapuera. Dos anos seguintes, quando entrei no Grupo Escolar, comecei a me alfabetizar e a descobrir de verdade a cidade, meu orgulho e amor por ser paulistano cresceu de forma até ufanística. Sem ser saudosista, mas pela passagem de novo aniversário (São Paulo faz 454 anos), recordo que fui conhecendo a cidade em aventuras de ônibus e de bonde. Caminhava também todos os dias para a escola. Fiz isto até completar 18 anos, tomando ônibus ou caminhando, sem nunca ter tido um rasgo de medo ou de ameaça decorrente da insegurança urbana. Nasci, cresci, me formei e vivo em São Paulo. Aqui me casei com uma paulistana e aqui nasceram minhas três filhas. Ao longo de mais de cinco décadas de vida, minha paixão por São Paulo só não é maior do que a paixão pelo
G O amor que havia
do paulistano à sua cidade foi trocado pela guerra da sobrevivência. São Paulo. Estão niveladas. Hoje, todavia, em face de toda a deterioração que sofreu a atual terceira maior cidade do mundo, em muitos momentos minha relação com a capital bandeirante chega a ser de ódio. Não foram poucas as vezes em que me peguei fazendo contas e projeções imaginando mudar-me daqui. O ônus de viver em São Paulo hoje, ou o seu custo benefício, já não está compensando. O amor que havia do paulistano anônimo à sua cidade foi substituído pela indiferença, pela guerra da sobrevivência, pela disputa de espaço (literalmente) e pelo inchaço de gente, obras e veículos, não acompanhado pela atenção da autoridade pública. Hoje, o governante busca paliativamente, diante da grandeza dos problemas, minimizar a gama de necessidades da megalópole. Falta à São Paulo de hoje o amor que antes sobrava. O ódio pelo trânsito, seja por veículo particular ou coletivo, o massacre das motos, a violência, a miséria, a baixa qualidade dos equipamentos públicos, o empobrecimento da qualidade da representação legislativa, a ausência de comprometimento de todos, prevalecem no que se transformou simplesmente em luta pela sobrevivência. Pouco tempo e condições faltam para se apreciar e amar a cidade. Mas vou ficando por aqui. Afinal, 57 anos depois, com muito mais alegrias do que decepções, nesse balanço entre o amor e o ódio, ainda fico com o amor pelo cantinho (melhor cantão) que me deu muito. Tento ser um bom cidadão. E, ao menos o São Paulo, no impedimento da São Paulo, continua dando... PAULO SAAB É PRESIDENTE DO INSTITUTO DA CIDADANIA BRASIL
OPINIÃO - 3
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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BR ASÍLIA DEVE SUAS DE FICIÊN CIAS INSANÁVEIS AO PLANEJAMENTO FEITO POR LÚCIO COSTA
Celso Junior/AE
NEIL
A marca registrada de Niemeyer
pasmo
FERREIRA
O BRUXO E A ÁGUA DA AMAZÔNIA
O
As obras do brasileiro Oscar Niemeyer condenam o ser humano
G Palácio do
Planalto, ao desconforto e abusam do concreto armado. Arquiteto oficial na cidade do poder brasiliense, ele se tornou arauto da esqualidez orbital, e Memorial da América Por Cláudio Weber Abramo Latina, em São Paulo: omo dificilmente o leitor terá deixado de reparar, o arqui- profissional. Por exemplo, diversos dos prédios perfeitamente inadedesprezo teto brasileiro Oscar Niemeyer recém comemorou 100 anos quados para atividades universitárias que infestam o campus da Unipela função de idade. É notório que a obra arquitetônica de Niemeyer se versidade de São Paulo foram projetados por medalhões da arquitedo prédio e constituiu em "corpus" a partir da época em que ele foi guindado à tura uspiana. Os espécimes mais terríveis são o edifício da própria Faajuntamento posição de arquiteto oficial do poculdade de Arquitetura e Urbanismo, desenhado por Villanova Artihostil de der brasiliense. Da mesma forma gas, e o prédio da História e Geografia, um pesadelo megalomaníaco concreto.
C
que acontecia nas cortes européias a partir do Renascimento, Niemeyer virou arquiteto oficial. E não apenas no Brasil. Durante anos, ele foi também arquiteto de variados regimes africanos. Muitas capitais daquele continente abrigam casamatas niemeyerescas postadas em meio à miséria abissal circunvizinha. Ali reside o poder. O poder segundo Niemeyer é b ra n co, estéril, proibitivo, desdenhoso. É claro que Niemeyer não tem responsabilidade sobre a miséria, mas o fato de aqueles potentados terem-no contratado indica identidade de propósitos. Todo prédio público erigido especialmente para a função tem um tanto de monumentoso e distante. Niemeyer levou isso ao paroxismo, tendo feito da esqualidez marca registrada. Nada em suas criações exerce atração. Tudo afasta. Não exatamente pela feiúra, pois seus edifícios não são feios no mesmo sentido que, por exemplo, são horrendos o estilo rococó, o monumento a Vittorio Emanuele II em Roma ou a Chancelaria de Berlim. As criações de Niemeyer são feias porque monocromáticas, geladas, monótonas em seu falso despojamento, reincidentes no cantochão pretensamente original das curvaturas de concreto armado. Combinadas com a paisagem fantasmagórica de Brasília, a impressão é de que compõem alguma cidade orbital povoada por autômatos.
R
e barulhento cujo autor não consegui descobrir ao certo quem tenha sido (talvez Eduardo Corona). Outro exemplo notório de prédio hipervalorizado por um séquito de arquitetos paulistas, mas que falha miseravelmente em cumprir seu papel de habitáculo para seres humanos, é o Museu de Arte de São Paulo (MASP), projetado a partir de um esboço de Lina Bo Bardi (projetista também, entre outras coisas, de insentáveis cadeiras que existem ali). Além de seus espaços internos serem inadequados para mostras, o que já bastaria para desqualificá-lo como museu, o prédio do MASP é afetado por incorrigíveis defeitos de projeto, que tornam sua conservação proibitivamente dispendiosa. Entre as grotesquerias do edifício está uma notória escadaria apelidada de "marcha do proletariado rumo ao socialismo", pela impossibilidade material de se caminhar ao longo dela sem ter de acertar o passo a cada degrau. Só conseguem usá-la sem sobressaltos crianças de três anos e gigantes com seis metros de altura.
B
obôs não têm necessidade de conforto. Prédios feitos para eles não precisam funcionar para seres humanos. Quem já teve a desventura de freqüentar a Universidade de Brasília sabe que assistir ou dar aulas no "Minhocão" é quase impossível, acústica e termicamente. Não que ele esteja sozinho no desprezo pela habitabilidade. Outros arquitetos brasileiros famosos padecem da mesma distorção
DC
G Faça seu comentário direto no site do DC G Ou envie um e-mail: doispontos@ dcomercio. com.br
rasília deve suas deficiências insanáveis ao planejamento incompetente de Lúcio Costa, em malfadada materialização das elocubrações felizmente nunca concretizadas de Le Corbusier para Paris. Esse ícone da arquitetura mundial queria arrasar boa parte da cidade ao norte do Sena e elevar uns espigões em meio a um campo desértico. Lembra alguma coisa? A disfuncionalidade de Brasília fornece o cartão de visitas perfeito para Niemeyer. Apesar disso, as manifestações mais acabadas da ruindade de Niemeyer talvez não estejam na capital, mas em São Paulo, no Memorial da América Latina, um ajuntamento hostil de concreto e vidro fumê plantado numa superfície pétrea. Ao possível visitante aconselhase levar um cantil. A biblioteca do Memorial não tem luz. Tudo contado, o legado de Niemeyer é uma concepção de mundo em que o ser humano, complemento de um poder inatingível, é condenado ao desconforto permanente. Não merece tanto barulho.
CLÁUDIO WEBER ABRAMO É JORNALISTA
As criações de Niemeyer são feias porque monocromáticas, geladas, monótonas em seu falso despojamento. Combinadas com a paisagem fantasmagórica de Brasília, a impressão é de que compõem alguma cidade orbital povoada por autômatos.
bruxo unger ressurgiu das sombras com a idéia-mãe de transpor a Amazônia para o nordeste, num gigantesco aqueduto romano. Não sabia que há 300 mil ribeirinhos sem água encanada. A água da Amazônia precisa ser transposta para resolver a seca da Amazônia mesmo. O problema é lá, não no nordeste. É de cano, não de aqueduto. Não interessa a mínima como será feito, a qual custo, nem se será feito mesmo, ninguém liga. O que interessa é a manchete nos jornais, a gritaria nas rádios, o tempo na Globo, o auê federal. Se a mídia deu, então aconteceu. Se a Globo deu, o nordeste foi inundado e salvo pela Amazônia, nunca antes neççepaíz. (Entre parênteses, milhões das comissões e zilhões das obras). Salivam zuleidos e gautamas, teúdos lobistas e manteúdos deputados e encenadores, renans e mônicas, que todos os têm. A Amazônia tem água doce demais, é a maior reserva do mundo, não precisa de tanta assim, está atrapalhada com a imensidão que tem. O nordeste não tem. Dar uma talagada a quem não tem, lullismo do puro, do escocês... Com uma idéiazinha à toa, o bruxo desafoga a Amazônia, afoga o nordeste, enriquece empreiteiras e políticos. Estamos conversados. Próxima idéia, faz favor. Transposição de São Paulo para o nordeste. "Vem pro nordeste você também, vem !" O bruxo tipo surgiu do nada, assumiu, sumiu. Caiu. Surgiu de novo, assumiu de novo, mudo foi de aerolulla à África e calado voltou, voodoo reforçado e o corpo fechado. Ocupa o MiFu, Ministério da Futurologia, se é que existe, inventado para substituir a SeAlopra, Secretaria de Assuntos a Longo Prazo, se é que algum dia existiu. MiFu soa melhor que SeAlopra. Com salonas, mesonas, poltronas para os paletós, uma pá de funcionários por decreto imperial, carros, motoristas, secretárias, seguranças, garçons, ascensoristas, barbeiros, engraxates. Existe no faz-deconta, mas as contas são reais. Nós, cegos-surdos-mudos. O bruxo "pensa" o Brasil do futuro, daí MiFu, Ministério da Futurologia. "De pensar morreu um burro", diz a voz do povo. Misterioso, unger ou é americano, que fala português mal e porcamente, ou é baiano, que fala português mal e porcamente. Um debate com o rabino Sobel seria impagável. E incompreensível. Como Cagliostro, é bruxo. Fumamos fumaças das suas passagens, nunca se sabe de onde vieram nem para aonde vão, materializam-se com suas míticas fórmulas de virar metal
G Unger ressurgiu
ao dar a idéia da transposição dos rios da Amazônia para o Nordeste.
em ouro e poções da vida eterna. Vivem nas janelas do tempo, intuídas por Einstein. Na biografia, unger atribuise currículo acadêmico ímpar, 40 anos professor da Universidade de Harvard, uma das mais prestigiosas do mundo, com prêmios Nobel e presidentes dos Estados Unidos entre professores e exalunos. Não há, porém, currículo que sobreviva a um aqueduto aloprado. Despencou na guruzice mais que a bolsa. Queda livre de Harvard, afundou guruzando brizola, ciro gomes, caretano veloso, vice-presidente "coteminas", renan avacalheiros, cada um pior que o outro. Rolando Escada Abaixo, impávido, rola. Sabe de notas frias, vacas gordas e mulheres quentes.
S
ua obra mais festejada é o artigo que escreveu na Folha de S. Paulo, indigitando o governo lulla "o mais corrupto da nossa história, digno de imediato impeachment". Concordo. Afirmou que lulla, "ignorante e preguiçoso", chefia um governo "cujo centro de podridão é a mala preta". Concordo. Vaiou lulla muito antes da vaia histórica do Marancanã. Concordo. Submergiu. Bruxaria pura, emergiu na SeAlopra, de onde despencou para cima. Antes mesmo de pendurar o paletó na poltrona e pedir cafézinho, tirou férias. Submergiu de novo. Emergiu a bordo do aerolulla, já no MiFu. Pitonisa chapada pelos fumitos de Delfos, vê "visões" do Brasil de 2010 a 2030. Uma, o aqueduto da transposição da Amazônia para o nordeste. Outra, a poção da transposição do lulla, desmorrido, da cova aos céus do nordeste, três dias depois de morto. Não há futuro fora do nordeste. Nóis SiFu. VAIAR LULLA DÁ MINISTÉRIO. QUERO O MEU. NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO NEILFERREI@GMAIL.COM
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Congresso Planalto Corr upção CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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RÉUS DEPÕEM EM PROCESSO DO MENSALÃO
O ex-ministro e deputado cassado José Dirceu depõe hoje, em São Paulo.
Guga Matos/AE
quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25, 26 e 27 de janeiro de 2008
Sérgio Castro/AE
DELÚBIO: PT FEZ EMPRÉSTIMO PARA PAGAR FESTA O partido precisou de R$ 2,4 milhões, contraídos junto ao BMG, para comemorar
O Delúbio e Pitombo: confirmação da versão anterior, apresentada à Justiça Federal no começo do mês
O
Dirceu vai contestar credibilidade de Jefferson
ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, réu no processo aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar o caso do mensalão, – suposto esquema de pagamento de propinas a parlamentares para a aprovação de projetos do governo no Congresso– já desenhou a estratégia que usará para se defender das acusações de corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Dirceu, que vai depor hoje na 2ª Vara Criminal da Justiça Federal em São Paulo, pretende contestar mais uma vez a credibilidade do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que incluiu seu nome nas denúncias referentes ao caso.
Além disso, o deputado cassado pretende rebater cada um dos pontos da denúncia que serviu de base para o inquérito. O plano foi traçado pelo advogado de Dirceu, José Luís Oliveira Lima. "Ele vai negar o argumento de que participou desse suposto esquema do mensalão, até porque ninguém fala disso além de Roberto Jefferson, que é réu confesso", disse o advogado. "Vamos rebater os pontos da denúncia um a um." Acusações – Dirceu é acusado de corrupção ativa e formação de quadrilha. Foi ao banco dos réus, junto com outros 39 acusados, há cinco meses, por decisão do STF. Deveria ser ouvido no próprio Supremo. Mas
o relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, optou por delegar à Justiça Federal a tarefa de inquirir os réus. Foi a forma que encontrou para dar mais celeridade ao processo. Oliveira Lima aproveitou a tarde de ontem para acompanhar os primeiros depoimentos colhidos em São Paulo para o caso. Por volta das 15h, a juíza Silvia Maria Rocha ouviu o ex-diretor da corretora BônusBanval, Breno Fischberg ( leia mais na reportagem ao lado), com a participação dos procuradores federais Rodrigo de Grandis e José Alfredo, que se recusaram a falar sobre o caso. Os depoimentos foram marcados pelo ministro do STF, Joaquim Barbosa. (AE)
Ano III - Nº 132
ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, reafirmou ont e m , e m d e p o imento na 2ª Vara Criminal da Justiça Federal em São Paulo, a versão de que o partido contraiu um empréstimo junto ao banco BMG, no valor de R$ 2,4 milhões, com o objetivo de quitar déficit causado por despesas relacionadas à festa da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no período da transição do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para a gestão petista, em 2003. O depoimento de Delúbio é parte do inquérito que trata do escândalo do mensalão. O extesoureiro do PT depôs a portas fechadas, mas as primeiras informações foram repassadas por advogados que acompanhavam os procedimentos. Delúbio já havia apresentado a decisão referente à festa da posse de Lula em depoimento à Justiça Federal, no início do mês. O depoimento do ex-tesoureiro do PT começou pouco antes das 17 horas, quase uma hora após a conclusão da exposição realizada pelo ex-diretor da corretora Bonus-Banval, Breno Fischberg.
24 de janeiro de 2008
ESPAÇO SESCON-SP Empresas de contabilidade e de assessoramento: parceiras do seu negócio
S. Paulo desata os nós da firma reconhecida e da autenticação O governador José Serra assinou, ontem, decreto que dispensa reconhecimento de firmas e autenticação de cópias nas entregas de documentos a órgãos da administração pública estadual.
Chapina Alcazar, Afif Domingos, José Serra e Alencar Burti: cruzada contra a burocracia
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om isso, dois grandes entraves burocráticos deixam de existir, proporcionando aos micros e pequenos empreendedores e cidadãos paulistas mais agilidade em suas transações. A novidade, que deve vigorar a partir da data de sua publicação no Diário Oficial, faz parte de um pacote de
medidas em favor das MPEs do Programa Estadual de Desburocratização, presidido pelo secretário estadual do Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingos, no qual o SESCON-SP auxilia tecnicamente, e que se notabilizou pelo slogan “Vamos desatar o nó da burocracia”. De acordo com o governador, a luta pela desburocratização é permanente e prioritária no atual governo. “Hoje demos um avanço significativo nesse combate, pois essa dispensa tornará mais ágil e menos onerosa a relação entre a administração estadual e a população”, argumentou Serra. “Devemos evitar a má burocracia para preservar aquela que permita ao Estado fluir no seu trabalho de facilitar a vida do cidadão. A partir de São Paulo, o Brasil está dando um salto no apoio ao empreendedorismo”, ressaltou Afif Domingos. Já o presidente do SESCON-SP, José Maria Chapina Alcazar, falou dos diversos empecilhos enfrentados pelos contribuintes para cumprir suas obrigações com os fiscos e destacou
que o Sindicato estará sempre à disposição das administrações públicas e de outras entidades para parcerias como essa formada em torno do PED, com a finalidade de facilitar a vida do cidadão e do empreendedor. “É muito bom iniciar o ano tratando de uma questão como essa, pois superamos mais uma barreira imposta pela burocracia”, frisou. O decreto foi assinado durante o seminário “Os Desafios da Desburocratização”, que contou com a presença do presidente do Instituto Hélio Beltrão, João Geraldo Piquet Carneiro. Também fizeram considerações sobre o tema os presidentes da Fecomercio, Abram Szajman e da ACSP, Alencar Burti. Entre outras ações do PED, estão previstas a diminuição do tempo de abertura de empresas para 15 dias, a criação do Microempreendedor Individual (um enquadramento ao alcance dos empreendedores que faturam até R$ 36 mil anuais) e o lançamento do Poupatempo do Empreendedor, que estará em funcionamento em janeiro de 2009.
Bonus-Banval – O ex-diretor da Bonus-Banval deixou o local sem falar com a imprensa. O advogado de Fischberg, Antonio Pitombo, no entanto, afirmou que o depoimento transcorreu "muito bem" e marcou a primeira oportunidade de seu cliente se explicar diante das acusações de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. "O grande problema nessa matéria é que as pessoas não conhecem o mercado financeiro", disse o advogado, para garantir que as operações realizadas são legais. Além disso, Pitombo negou insistentemente que a BonusBanval tenha intermediado pagamentos a beneficiários do suposto esquema do mensalão. "O que a gente torce agora é para que os documentos que estão nos autos sejam lidos. Agora tem um depoimento", disse Pitombo. O depoimento do ex-diretor da corretora e do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares foram acompanhados pelos advogados de outras partes citadas no processo. Estavam presentes no Fórum, por exemplo, o advogado do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, José Luiz
Oliveira Lima, além do advogado do ex-ministro da Comunicação de Governo e Gestão Estratégica Luiz Gushiken, José Roberto Leal de Carvalho. O advogado de Gushiken, que deixou por alguns minutos o prédio da Justiça Federal, aproveitou para negar qualquer envolvimento de seu cliente no esquema. "Não há nenhuma prova contra ele. Aquilo que está na denúncia é um absurdo", afirmou. Só cabo eleitoral – Em Campinas, o senador Aloizio Mercadante (PT) disse ontem, em visita a lideranças locais do PT, que o seu nome está à disposição do partido para as eleições municipais de São Paulo, "mas como cabo eleitoral". O nome forte do PT na corrida pela prefeitura paulista é o da ministra do Turismo, Marta Suplicy, admite. Mercadante defendeu novamente a unificação dos tributos federais cobrados sobre serviços e bens, prevista no projeto de reforma tributária anunciado pelo governo federal e que deverá sair em fevereiro. "O IVA (Imposto sobre Valor Agregado) é a prioridade, a Europa e EUA já têm", afirmou. (AE)
SINDICATO DAS EMPRESAS DE SERVIÇOS CONTÁBEIS E DAS EMPRESAS DE ASSESSORAMENTO, PERÍCIAS, INFORMAÇÕES E PESQUISAS NO ESTADO DE SÃO PAULO ASSOCIAÇÃO DAS EMPRESAS DE SERVIÇOS CONTÁBEIS DO ESTADO DE SÃO PAULO Presidente: José Maria Chapina Alcazar - Gestão: 2007/2009 INICIATIVAS
www.sescon.org.br espacosesconsp@sescon.org.br sesconsp@sescon.org.br
Facilidade na emissão de notas fiscais eletrônicas
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om o objetivo de facilitar a vida dos empreendedores, por meio das empresas associadas à entidade, o SESCON-SP firmou parceria com a J&W, empresa que atua no mercado de tecnologia da informação, e desenvolveu uma solução tecnológica para agilizar a emissão de notas fiscais eletrônicas. Simples, prática e de excelente custo-benefício, a ferramenta permite a realização de operações, tanto on-line como off-line, independentemente da infra-estrutura disponível no estabelecimento, e ainda evita multas aos empresários, pela não transmissão dos arquivos aos fiscos dentro dos prazos estipulados em lei. “Além de facilitar o procedimento eletrônico de envio das notas, a ferramenta agrega modernidade ao cotidiano dos empreendedores”, destaca o presidente do SESCON-SP, José Maria Chapina Alcazar.
Na ocasião da assinatura do contrato, realizada no dia 16 de janeiro na sede do SESCON-SP, a Fenacon firmou convênio semelhante com a J&W, a fim de atender aos demais sindicatos de empresas contábeis e de assessoramento do País. Outras informações podem ser obtidas com o Departamento de Relacionamento do SESCON-SP pelo telefone: (11) 3304-4434.
Valdir Pietrobon (presidente da Fenacon), Chapina Alcazar e João Baptista (J&W)
CPMF nunca mais
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a próxima quarta-feira, dia 30, às 16h, as entidades integrantes do Fórum Permanente em Defesa do Empreendedor se reunirão, na sede do SESCON-SP, para discutir a tentativa do governo de reeditar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira. “A CPMF foi extinta em pleno regime democrático, em que os representantes dos brasileiros fizeram valer a vontade da maioria da população. Foi uma situação inédita nas últimas décadas envolvendo redução de carga
tributária no Brasil e devemos permanecer atentos para reagir prontamente contra qualquer iniciativa pela recriação desse imposto, o que seria uma grande arbitrariedade a ser combatida pela mesma sociedade que o derrubou”, enfatiza o presidente do SESCON-SP e coordenador do Fórum, José Maria Chapina Alcazar. A volta da contribuição, que agora teria caráter permanente e alíquota de 0,20%, tem sido debatida por ministros e lideranças ligadas ao governo federal.
CURSOS - UNICORP • Atendimento ao Fisco e Defesa do Contribuinte em Ação Fiscal 29 Janeiro, das 9h às 18h
• Assistente Fiscal
• Estrutura e Montagem de um Plano de Contas Contábil 28 e 29 de janeiro, das 18h às 22h
Envolvendo Acidentes de Trabalho 7 de fevereiro, das 9h às 18h
• Auditoria Interna da Qualidade 29 de janeiro, das 18h às 22h • Gestão Administrativa com Foco no Secretariado 30 de janeiro, das 18h às 22h
28 de janeiro, das 9h às 18h • Como Evitar Futuras Ações
• Departamento Pessoal – Rotinas 7 de fevereiro, das 19h às 22h • Negociando com Sucesso (Técnicas de Negociação) 12 de fevereiro, das 9h às 18h
CIRCULAREMOS DIA 31, QUINTA-FEIRA
Educação Continuada O desenvolvimento profissional e a Educação Continuada são prioridades para a Universidade Corporativa, que conta atualmente com 130 títulos de cursos divididos nas áreas Contábil, Fiscal, Tributária, Pessoal e de Desenvolvimento Humano. Todos os cursos foram elaborados para oferecer os instrumentos necessários à qualificação especializada dos profissionais de Ciências Contábeis, Administração de Empresas, Economia e áreas afins, além de pontuarem no Programa de Qualidade de Empresas Contábeis (PQEC). Av. Tiradentes, 960 - Luz São Paulo - SP (a 50 m da estação Armênia do metrô) Tels.: (11) 3304-4511 / 3304-4450 universidade@sescon.org.br www.sescon.org.br
DICAS&NOTAS
Fonte: Fiscosoft – www.fiscosoft.com.br
INSS - Tabela de salário-de-contribuição - Vigência a partir de Janeiro de 2008 A tabela auxiliar do salário de contribuição do INSS - vigência a partir da competência 01/2008, já está disponível na página da CAIXA na internet através das opções DOWNLOADS – FGTS – GRF-SEFIP. Para atualizar a tabela, basta capturar e salvar o arquivo da página e alimentar o programa SEFIP com o arquivo. Portaria MF/MPS nº 501/07 de 28.12.2007.
ICMS/SP - REDF Os contribuintes sujeitos ao registro eletrônico das Notas Fiscais, modelo 1 ou 1-A, poderão efetuá-lo na Secretaria da Fazenda até 24 de fevereiro de 2008, se emitidas durante os meses de outubro, novembro e dezembro de 2007 e janeiro de 2008. Portaria nº 127/2007.
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Ibraheem Abu Mustafa/Reuters
Internacional
FAIXA DE GAZA
200 mil palestinos invadem o Egito Palestinos derrubaram a fronteira e invadiram cidade egípcia para comprar comida, remédios e combustível, itens que se tornaram escassos e caros por causa dos vários meses de restrição de entrada e saída de mercadorias em Gaza
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Alessandro Bianchi/Reuters
ilhares de moradores da Faixa de Gaza cruzaram a pé, de automóvel ou mesmo de carroça a fronteira com o Egito, depois que militantes palestinos destruíram com 17 explosões cerca de dois terços da barreira que separa os territórios na área da cidade de Rafah. Os palestinos — cerca de 200 mil, segundo o jornal israelense Haaretz —, invadiram o lado egípcio para comprar alimentos, remédios, peças de carro, combustível, baterias e cigarros, itens que se tornaram escassos e muito caros por causa dos vários meses de restrição de entrada e saída de mercadorias na Faixa de Gaza. O presidente egípcio, Hosni Mubarak, disse que ordenou a suas forças de segurança que liberassem a entrada dos moradores de Gaza, depois que militantes explodiram partes da barreira de madrugada. "Pedi às autoridades responsáveis que permitissem a entrada dos palestinos no Egito para comprar bens de primeira necessidade e seu retorno a Gaza, desde que não estives-
sem com armas", relatou. O Hamas, milícia que controla a região desde junho de 2007, não assumiu a responsabilidade pela ação, mas um membro do grupo radical islâmico disse que há meses a invasão vinha sendo preparada. Maçaricos foram usados para fazer alguns cortes nas partes metálicas da barreira. Explosivos e até um trator também foram usados pelos militantes. O rompimento da barreira e a invasão de palestinos ocorreram em protesto contra o bloqueio imposto na semana passada por Israel a Gaza por causa dos lançamentos diários de foguetes contra o território israelense. Israel aliviou, na terça-feira, parte do bloqueio, mas o risco de uma crise humanitária na região litorânea da Palestina ainda é grande. Israel controla a maior parte da fronteira de Gaza, enquanto o Egito tem uma pequena fronteira com o sul do território palestino. O Egito normalmente mantém estrito controle de sua fronteira com Gaza, apesar de Israel acusá-lo de fazer vistas grossas ao tráfico de armas. Mas o Egito manteve sua
fronteira com Gaza fechada desde junho de 2007, quando o Hamas derrotou e expulsou as forças de segurança ligadas ao líder da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. Preocupações Israel manifestou preocupação de que militantes e armas possam entrar em Gaza em meio ao caos e disse que o Egito é o responsável por restaurar a ordem. Os EUA também disseram estar preocupados com os milhares de palestinos que entraram no Egito. Os EUA, que não querem criticar publicamente Israel ou Egito, colocaram no Hamas a culpa pela situação. "Os palestinos em Gaza vivem o caos por causa do Hamas", disse a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino. Um dia após Israel suspender temporariamente seu bloqueio a Gaza permitindo a entrada de combustível e alimentos, fontes do governo israelense disseram que "enquanto continuarem os ataques com foguetes, os caminhões com mercadorias não atravessarão a fronteira." Militantes palestinos dispararam ontem 21 foguetes contra Israel. (AE)
Reuters
VENEZUELA
Oposição quer exame anti-doping de Chávez
A
oposição venezuelana acredita ter encontrado o segredo dos prolongados discursos e das extensas viagens internacionais de Hugo Chávez: "dopar-se" com folhas de coca. O próprio presidente revelou a prática em meados do mês, quando disse mastigar coca todos os dias pela manhã. Setores da oposição não acharam o comentário engraçado e pediram à promotoria que o acuse de apologia ao consumo de drogas, e exigiram que ele se submeta a um exame toxicológico. (Reuters)
ESPANHA
Desmontada célula terrorista
A
Justiça espanhola informou que parte dos 14 jovens muçulmanos presos na última semana no bairro de El Raval planejavam cometer um atentado na cidade de Barcelona. O ministro do Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba, revelou ontem à imprensa que três pessoas do grupo planejavam atuar como homens-bomba — em alguma data entre os dias 18 e 20 de janeiro — nos transportes públicos do movimentado bairro de Ciudad Condal. A Guarda Civil libertou ontem quatro dos presos. Os outros 10 integrantes do grupo tiveram a prisão decretada, segundo informações do diário espanhol El País. Rubalcaba explicou que o grupo era formado por 12 paquistaneses e dois indianos que "compunham um grupo com grande organização interna", "que havia dado um passou mais adiante em sua radi-
calização ideológica" e "pensava em se abastecer de explosivos para cometer um atentado". Não foi informado se eles tinham ligação com outros grupos terroristas ou mes-
mo com o ETA. O ataque terrorista que mais causou mortes na Europa até hoje aconteceu em Madri, em março de 2004, quando 191 pessoas morreram. (Agências)
MERCANTIL DO BRASIL FINANCEIRA S. A. Crédito, Financiamento e Investimentos CNPJ
Nº
33.040.601/0001-87
COMPANHIA ABERTA
AVISO AOS ACIONISTAS Fato Relevante
Em cumprimento ao disposto na Instrução CVM nº 358/02, comunicamos ao mercado que o Banco Central do Brasil, através do expediente DEORF/GTBHO-2008/327, recebido em 21/01/2008, aprovou as alterações no Estatuto Social da Financeira, deliberadas na AGE de 30/11/2007. Assim, foi aprovado o grupamento da totalidade das ações representativas do Capital Social da Financeira, na proporção de 10 (dez) ações de cada espécie para cada 01 (uma) ação da respectiva espécie, sendo que as novas ações originadas a partir do grupamento conferirão a seus detentores direitos idênticos aos atualmente garantidos pelo Estatuto Social da Financeira à respectiva espécie, sendo que as frações serão complementadas, por doação, pelo acionista controlador da Financeira. O grupamento será efetivado considerando a posição acionária registrada nos livros da sociedade em 24/01/2008. A partir de 28/01/2008, as ações emitidas pela Financeira serão negociadas grupadas em bolsa. Informa ainda que não existe bloqueio de ações em circulação, na condição de ações não grupadas.
Belo Horizonte, 21 de janeiro de 2008.
MERCANTIL DO BRASIL FINANCEIRA S.A. Crédito, Financiamento e Investimentos Luiz Henrique Andrade de Araújo Diretor de Relações com Investidores
ITÁLIA
Renúncia de Prodi pode sair ainda hoje Voto de confiança será decidido pelo Senado
O
primeiro -ministro italiano, Romano Prodi, enfrentou forte pressão para renunciar na quarta-feira, mesmo após ter ganhado a moção de confiança na Câmara Baixa por 326 a 275 votos. Prodi foi forçado a colocar sua coalizão de centro-esquerda sob votação após perder o apoio do pequeno parti-
do Udeur na segunda-feira e, com isso, sua maioria de apenas um voto no Senado. A Casa é quem decide hoje o destino do premiê, com a expectativa de que não conceda novo voto de confiança ao ministro — o 32º desde que assumiu o cargo, em maio de 2006. Prodi reuniu-se ontem com o presidente Giorgio Napolita-
no, que, segundo a agência italiana de notícias Ansa, teria lhe pedido que renunciasse ao cargo. Aliados do líder italiano também pressionaram para que ele deixasse o governo logo depois da votação na Câmara Baixa, para mostrar que ele renunciou por opção e não após uma derrota humilhante no Senado. (AE)
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Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
1 Preços baixos de ações, depois das quedas recentes, provocaram caça às barganhas em NY.
EM DIA DE VOLATILIDADE, BOLSA PAULISTA FECHOU ANTES DA RECUPERAÇÃO DAS BOLSAS AMERICANAS
NY SOBE, MAS BOVESPA CAI MAIS 3,32%.
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o dia seguinte à surpreendente redução da taxa básica de juros nos Estados Unidos, as bolsas de valores globais tiveram pregões com intensa volatilidade. A maioria fechou no vermelho, mas o mercado americano, que normalmente dita a tendência para o resto do mundo, inverteu a mão perto do fim dos negócios e registrou expressivas valorizações. O Índice Dow Jones, que chegou a perder 2,72% na mínima do dia, avançou 2,5%. A bolsa eletrônica Nasdaq, que no pior momento do pregão caiu 3,91%, subiu 1,05%. A virada foi atribuída a um movimento de caça às barganhas, no qual investidores compram papéis cujas cotações caíram muito e começam a ser considerados baratos. Por causa do fuso horário, outras praças não acompanharam a mudança. A maioria refletiu o pessimismo com a ameaça de recessão nos EUA, que não se dissipou nem com o corte do juro determinado pelo Federal Reserve (o banco central americano) na terça-feira.
Brendan McDermid/Reuters
Na Europa, a bolsa de Londres perdeu 2,3% e a de Paris, 4,3%. A bolsa de Frankfurt despencou 4,9%. O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) recuou 3,32% e acumula baixa de 15,11% em 2008. Na Ásia, os mercados de ações, que subiram na sessão de ontem, abriram com ganhos nesta quinta-feira. No início dos negócios, a bolsa de Tóquio operava em alta de 2%. Foi suficiente? — "A pergunta entre os investidores é se o Fed fez o suficiente para deter a onda negativa", afirmou
um relatório do banco de investimentos americano Bear Stearns. "No dia seguinte à ação do Fed, caiu a ficha de que o impacto da queda do juro na economia demora", observou a economista-chefe do banco ABN Amro Real, Zeina Latif. A julgar pela avaliação dos especialistas, a melhora em Wall Street pode ter sido temporária. "O grau de incerteza é muito grande e, por isso, os mercados oscilam demais", disse Zeina. Segundo ela, ainda há muitas perguntas sem resposta. "Não se trata apenas de avaliar as ações do Fed, mas de saber como estão se comportando o mercado imobiliário, o crédito e a própria economia, o que só pode ser feito à medida que mais indicadores forem divulgados." O dólar subiu ontem 1,9%, para R$ 1,826. Ainda assim, a valorização da moeda no ano (2,82%) é pequena se comparada às perdas da Bovespa. Para Zeina, mesmo que a situação nos EUA piore, o real deve ter um desempenho mais positivo do que em outras crises, pela melhora dos fundamentos da economia brasileira. (AE)
Operador na Bolsa de Nova York acompanha as oscilações do pregão ontem
Tesouro paga mais por títulos
A
crise externa já afetou o Tesouro Nacional. Os investidores passaram a exigir prêmios mais altos para comprar os títulos do governo, o que encareceu o custo de financiamento da dívida pública. O cenário fez o Tesouro diminuir nas últimas semanas a oferta de títulos com juros prefixados nos leilões para o mercado.
Com taxa estabelecida no leilão, esse tipo de papel é considerado mais confortável para a administração da dívida, mas traz mais riscos para os investidores em caso de um aumento dos juros. Por isso, em momentos de turbulências eles pedem taxa de retorno maior para comprar os títulos. A taxa média da NTN-F, título prefixado com vencimen-
to em janeiro de 2012, saltou de 12,96%, na semana passada, para 13,26% ao ano no leilão da última terça-feira. No início do ano, o mesmo papel foi vendido a 12,93% ao ano. As LTNs — papéis mais curtos, com vencimento em janeiro 2010 — foram vendidas ontem a 12,98%, ante 12,78% no leilão anterior. No final de 2007, os papéis saíam a 12,62%. (AE)
BC continua comprando dólares
Davos discute grau de contágio
A
recessão americana vai durar três trimestres, talvez mais, e nenhum país ficará imune a seus efeitos, afirmou ontem o professor de economia e consultor Nouriel Roubini, na abertura da reunião do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. No mesmo painel, no ano passado, ele foi o único de cinco economistas a prever a retração nos Estados Unidos como conseqüência do estouro da bolha imobiliária, do arrocho do crédito e do aumento do preço da energia. Segundo ele, o Brasil e outros países da América Latina estão em condições melhores do que há alguns anos para enfrentar uma crise na maior economia do mundo porque suas contas internas estão mais sólidas, a inflação está contida e, além disso, acumularam reservas cambiais. Mas esses mesmos países, acrescentou, também aproveitaram a boa sorte e souberam ganhar com a alta dos preços dos produtos básicos. A situação dos preços, advertiu, poderá mudar com a retração americana. "Podemos estar diante da mãe de todas as recessões", afirmou o presidente do banco
de investimentos Morgan Stanley na Ásia, Stephen Roach. "Acho que será uma recessão dolorosa e razoavelmente longa", acrescentou o economista, que também previu o contágio de outros países. A grande polêmica em Davos, neste ano, não está relacionada ao risco de recessão ou de forte resfriamento da economia americana, e sim ao grau de contágio dos países emergentes. Apesar disso, a secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, procurou tranqüilizar os participantes do Fórum, insistindo que seu país ainda é a locomotiva do desenvolvimento mundial e que possui fundamentos e estrutura fortes e saudáveis. Motores — O ministro indiano do Comércio, Kamal Nath, defendeu a tese do descolamento. Pela primeira vez, segundo ele, uma recessão começa com a economia mundial puxada por dois motores adicionais — a Índia e a China. Os emergentes, segundo Kamal, têm um comércio muito mais diversificado, as transações Sul-Sul têm crescido e sua dependência do mercado americano diminuiu nos últimos anos. Mas, segundo Roubini e
Roach, o crescimento da China da Índia não será suficiente para compensar a redução da atividade nos Estados Unidos. O consumo americano, cerca de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, soma cerca de US$ 9,6 bilhões. Isso equivale a seis vezes o valor do consumo combinado da Índia e da China, argumentou Roach. A economia chinesa será certamente afetada pela recessão americana, mas a redução de seu crescimento deverá ser de 11% para 9%, disse o diretor do Instituto de Economia e Política Mundiais, da Academia Chinesa de Ciências Sociais, Yu Yongding. O problema das autoridades chinesas, de acordo com ele, será encontrar o equilíbrio entre o combate às crescentes pressões inflacionárias e a reação aos efeitos da recessão nos Estados Unidos, grande mercado consumidor de produtos da China. Em outra sessão do Fórum Econômico, o presidente do Banco Central do México, Guillermo Ortiz, rejeitou a tese do descolamento dos emergentes. O risco para o México é o mais evidente: cerca de 80% de suas exportações vão para os Estados Unidos. (AE)
Recessão no lugar do otimismo
R
ecessão, recessão, recessão. Ao circular pelos corredores, salões e cafés do Centro de Congressos em Davos, o assunto das conversas entre os dois mil banqueiros, empresários, acadêmicos, jornalistas e representantes de governos era um só: o futuro da economia dos Estados Unidos. Recessão, neste ano, transformou-se numa obsessão no encontro anual do Fórum Econômico Mundial. Inícios de conversas, geralmente centradas no frio dos Alpes suíços, estão sendo dire-
cionadas para a economia americana. "E o Fed (Federal Reserve), hein? Vai resolver?", ou "Que encrenca..." são as frases mais ouvidas nos bastidores e corredores do evento. A reportagem fez pesquisa informal com 30 participantes do Fórum, escolhidos aleatoriamente, para opinar sobre o futuro da economia dos Estados Unidos. Resultado: 18 afirmaram que uma recessão é inevitável, sete acham que ela não ocorrerá (alguns salientaram que será "por um fio") e cinco não quiseram responder.
Nos últimos anos, presidentes de grandes bancos de investimentos circulavam esbanjando otimismo nos corredores do Centro de Congressos. Mas, neste ano, ainda contabilizando os prejuízos bilionários com a crise do mercado de crédito imobiliário de alto risco nos Estados Unidos — e em muitos casos tentando salvar seus empregos — passam rápido pelos repórteres. "O clima de ressaca no pessoal do mercado financeiro é geral", afirmou um antigo freqüentador do Fórum. (AE)
M
esmo com a piora da crise externa, o Banco Central (BC) mantém a estratégia de reforçar as reservas internacionais. Os leilões de compra de dólar continuam sendo realizados diariamente. Com isso, as reservas crescem ininterruptamente desde o último dia 26 de dezembro. Apenas na terçafeira passada, o montante aumentou em US$ 1,315 bilhão, para US$ 186,417 bilhões. No mercado cambial, analistas observam que o BC tem atuado todos os dias, inclusive nas sessões mais nervosas. A diferença é que o BC tem optado por adquirir menor quantidade de dólares.
Soros: BCs perderam controle.
O
s bancos centrais perderam o controle das economias, mostra enquete realizada com 300 participantes do Fórum Econômico Global, que começou ontem em Davos, na Suíça.
O superintendente do banco Banif, Rodrigo Trotta, calcula que a compra diária média em janeiro foi de US$ 120 milhões. Há poucos meses, antes da crise, as compras freqüentemente chegavam a US$ 500 milhões. "Por isso, o aumento de mais de US$ 1,3 bilhão não tem relação com as intervenções. É possível que o valor tenha crescido pela incorporação de juros pagos pelos títulos que compõem as reservas." O BC não confirma se o aumento foi gerado pela incorporação de juros. Mas dados do próprio BC mostram que US$ 156 bilhões das reservas — quase 85% do total — são compostos por títulos que rendem juros.
Reforço — Com a continuidade da compra de dólares, o BC reforçou as reservas em US$ 39,316 bilhões — ou cerca de 26,7% — desde junho do ano passado, mês que antecedeu o início da crise no mercado de crédito imobiliário de alto risco nos EUA. Com esse aumento, diz Trotta, o Brasil está mais preparado para enfrentar a crise internacional. O aumento das reservas, no entanto, não significa que o fluxo de dólares para o Brasil esteja positivo. Nas duas primeiras semanas de janeiro, US$ 2,18 bilhões saíram do País. O superintendente do Banif aposta que haverá saída de recursos neste mês. (AE)
Dos entrevistados, 59% disseram concordar com a afirmação, enquanto 41% discordaram. Mas 75% das pessoas ouvidas afirmaram ser contra a idéia de um novo "xerife" para controlar os mercados globais. A enquete foi realizada com um equipamento de votação automático colocado nas cadeiras do auditório onde ocorria o debate "Quem está no comando?", com a
participação de especialistas como o vencedor do prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz, o megainvestidor George Soros e o ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos John Snow. A idéia de que os mercados mundiais precisam de um novo órgão de controle foi defendida no debate por George Soros. "Os bancos centrais perderam o controle", afirmou. (Agências)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
2
Indicadores Econômicos
quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25, 26 e 27 de janeiro de 2008
10,38
23/1/2008
por cento foi a queda registrada ontem pelas ações ordinárias da BM&F no pregão da Bovespa.
DC
COMÉRCIO
Informe Publicitário FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Fundo
Posição em
P. L. do Fundo
Empresarial LP
21/01/2008
27.705.483,12
Esher LP Hope LP JCP-SUL LP Master Recebíveis LP Milligan LP Múltiplo LP Odyssey LP Prospecta LP Redfactor LP Valecred LP
21/01/2008 21/01/2008 21/01/2008 21/01/2008 21/01/2008 21/01/2008 21/01/2008 21/01/2008 21/01/2008 21/01/2008
18.291.112,43 14.665.178,47 2.011.111,80 2.081.345,64 246.844,84 17.068.696,23 1.975.311,77 1.955.948,63 12.998.692,87 5.330.028,23
Tipo Subordinada Sr 1ª emissão Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Sub - Classe A
Vlr Cota Sub 1.686,006684 588,993743 945,462316 1.309,291878 1.169,986605 1.296,057229 943,503928 1.569,484051 973,767939 982,395380 1.191,764379 1.051,004902
% rent. mês 0,7553% 0,6449% 2,3173% 1,5533% 2,9540% -2,5229% -5,6496% 1,5061% -2,3464% 3,2070% -1,7633% 0,7037%
% ano 0,76% 0,64% 2,32% 1,55% 2,95% -2,52% -5,65% 1,51% -2,35% 3,21% -1,76% 0,70%
Tipo Sr 2ª emissão Sr 3ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sub - Classe B
Vlr Cota Sr 1.051,407677 1.021,368433 1.041,284120 1.081,082620 1.037,091680 1.297,701084 1.002,755840 1.024,811398 1.054,511033 278,383002
% rent. mês 0,6743% 0,6743% 0,6449% 0,6567% 0,6155% 0,6449% 0,2756% 0,6743% 0,6743% 2,9987%
% ano 0,67% 0,67% 0,64% 0,66% 0,62% 0,64% 0,28% 0,67% 0,67% 3,00%
rating A+(Austin) BBB(Austin) AA-(Austin) AA-(Austin) A+(Austin) A (Austin) A+(Austin) A- (Austin) A- (Austin) AA(Austin) A(Austin)
quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25, 26 e 27 de janeiro de 2008
Nacional Empresas Finanças Empreendedores
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3 Os preços dos produtos mais exportados pelo Brasil devem continuar altos. Joseph Stiglilz, economista
POR UNANIMIDADE, COPOM MANTEVE JUROS.
EM SUA PRIMEIRA REUNIÃO DO ANO, O COMITÊ DECIDIU MANTER A SELIC EM 11,5% AO ANO
COPOM: TUDO IGUAL PARA OS JUROS.
E
m meio aos temores sobre uma possível recessão nos Estados Unidos e às fortes oscilações nas bolsas de valores, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu por unanimidade manter a taxa básica de juros, a Selic, em 11,5% ao ano pela terceira vez consecutiva. A ata dessa primeira reunião do ano será divulgada na quinta-feira da próxima semana. A cautela não foi surpresa. Os analistas já esperavam essa atitude tanto em função das incertezas sobre os rumos da economia mundial quanto do aumento da inflação brasileira. O Copom também não estabeleceu viés para a taxa de juros, como chegou a ser cogitado pelos analistas. Assim, a Selic permanecerá no mesmo patamar até o próximo encontro, em 4 e 5 de março. O comunicado do órgão diz que o Comitê "irá acompanhar a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na sua estratégia de políti-
ca monetária". A manutenção da Selic em 11,5% ao ano dividiu a opinião dos empresários. Para o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alencar Burti, a decisão era esperada por conta das incertezas no cenário internacional. "A forte redução dos juros nos Estados Unidos poderia permitir algum corte da Selic", comentou. "O que nos preocupa é o aumento do diferencial dos juros internos com os externos e seus reflexos sobre o câmbio. Devemos considerar que a elevação do Imposto sobre Operação Financeira (IOF) provocou aumento do custo dos financiamentos, o que deve inibir a expansão do consumo." Abram Szajman, presidente da Federação do Comércio de São Paulo, foi pelo mesmo caminho. "Não podemos ignorar que, se as reduções da Selic tivessem sido maiores, hoje os juros estariam próximos do seu nível mínimo, e a cautela não traria ônus para o setor produtivo." A Fecomercio-SP diz esperar a retomada da tra-
jetória de queda a partir da próxima reunião do Copom. "No momento em que o Fed, o banco central norte-americano, baixa os juros, o Copom mantém a Selic em 11,25% ao ano", disse Paulo Skaf, presidente da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp). "Esse posicionamento aumentará o diferencial de juros do Brasil em relação às economias internacionais". Para Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical, a decisão "inibe a geração de empregos e renda". Logo após a reunião, o banco ABN Amro Real anunciou a redução dos juros das linhas de crédito voltadas ao empreendedorismo, à inclusão social, à preservação da biodiversidade, entre outras. As taxas dos financiamentos para educação, por exemplo, passaram de 2,05% para 1,89% ao mês. Segundo Paul Witsiers, superintendente-executivo do banco, "esse ajuste sinaliza o comprometimento do banco Real com a melhoria da acessibilidade e da educação". (Agências)
Meirelles: crise não será longa.
O
presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, afirmou na reunião ministerial de ontem que, se houver uma recessão nos Estados Unidos, ela não deverá ser longa. O relato da declaração de Meirelles foi feito por um dos participantes do encontro. Apesar da avaliação serena, ele alertou que "não se trata de uma crise num país qualquer". Segundo o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concordou com Meirelles: "Crise americana é crise americana". Lula orientou sua equipe a continuar fortalecendo o mercado interno, como forma de proteger a
economia brasileira. A crise internacional foi o primeiro tema a ser discutido na reunião ministerial. Segundo relato de Bernardo, o presidente do BC disse que a crise deve ser acompanhada com "seriedade e serenidade". Ele avaliou que a situação da economia brasileira é hoje "incomparavelmente melhor do que em épocas anteriores", por causa das reservas de US$ 186 bilhões, dos bons fundamentos econômicos e da baixa dependência dos EUA. Disse também que a economia americana não desempenha sozinha o papel de motor do crescimento mundial. Se as economias da Ásia e da Índia não desacelerarem, será um
importante contraponto a uma recessão dos Estados Unidos. Ainda segundo Bernardo, Meirelles disse que, diante da crise, o BC aposta em taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,5% este ano. É a projeção do Relatório de Inflação divulgado em dezembro, inferior aos 5% previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em entrevista após a reunião, o ministro da Articulação Política, José Múcio Monteiro, disse que, segundo Meirelles e o chanceler Celso Amorim, o mercado americano representa de 15% a 17% da nossa balança comercial e a abertura de novas fronteiras dá tranqüilidade ao País. (AE)
Brasil sem grandes abalos
H
á uma mistura de cautela e moderado otimismo no encontro anual do Fórum Econômico Mundial em relação à capacidade do Brasil e de outros países da América Latina de resistir sem abalos desastrosos à provável recessão nos Estados Unidos e à turbulência dos mercados globais. O prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz lembrou que a maior parte dos problemas da América Latina nos últimos 25 anos veio da economia internacional, que afetou até os países com políticas econômicas razoáveis. Comentando a situação brasileira, ele notou que o País "fez uma série de coisas certas, mas também é
dependente dos preços altos das commodities". Stiglitz acrescentou que a dívida pública do País ainda é considerada muito elevada. "Mas a boa notícia para o Brasil é que as forças que elevaram os preços de commodities devem prosseguir, mesmo se ocorrer uma desaceleração global", afirmou. Ele previu que o preço do petróleo permanecerá alto, mesmo que recue um pouco, e notou que os biocombustíveis criaram uma ligação entre o mercado de combustíveis fósseis e o de alimento. Considerando esta inter-relação, ele concluiu haver uma grande chance de os preços dos produtos mais exportados pelo Brasil continuarem altos".
Desta forma, Stiglitz acha que "o Brasil é um dos muito poucos países que terá uma relativa facilidade para atravessar a tempestade". Mais cauteloso, Stephen Roach, presidente regional do Morgan Stanley na Ásia e um dos mais famosos "pessimistas" em relação à economia global, observou que uma desaceleração mundial vai reduzir o preço das commodities, o que afetará o Brasil. Mesmo frisando que o País tem feito um "ótimo trabalho" em termos de política econômica, o economista ponderou que "o Brasil está ligado aos ciclos de globalização, e não poderá deixar de sentir os efeitos de uma crise". (AE)
Alan Marques/Folha Imagem
Francois Lenoir/Reuters
Meirelles: acompanhar a crise.
Para Trichet, inflação é a principal preocupação dos bancos centrais
O
União em tempos difíceis
presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, declarou que os bancos centrais devem ancorar as expectativas de inflação em "tempos difíceis" para evitar encorajar a volatilidade dos mercados. Segundo Trichet, os BCs devem assegurar o funcionamento ordenado dos mercados abertos, como o BCE vem
fazendo desde o início da turbulência dos mercados financeiros no ano passado. Trichet fez seus comentários durante audiência ao Comitê de Assuntos Econômicos e Monetários do Parlamento Europeu. Suas declarações foram interpretadas pelo mercado como um sinal de que o BCE não deve seguir o o Banco Central dos Estados Unidos e cor-
tar os juros em breve. Ele pediu ainda por uma relação mais próxima entre autoridades de supervisão financeira e bancos centrais na Europa. Para ele, na situação atual todos têm de trabalhar lado a lado. Segundo Trichet, uma integração mais profunda deve fazer com que, em caso de problemas, os efeitos sejam menos sentidos na Europa. (AE)
Desemprego pode crescer
petróleo farão com que o número de desempregados no mundo aumente em 5 milhões em 2008, segundo divulgou ontem a Organização Internacional do Trabalho (OIT), em seu informe sobre as tendências globais do emprego.
O número de desempregados no mundo era de 189,9 milhões no final de 2007 e a perda do ritmo de crescimento em 2008 elevará a taxa de desemprego mundial a 6,1% ante os 6% do ano passado, estima a agência da ONU. (AG)
A
crise do crédito imobiliário de risco nos Estados Unidos e a alta descontrolada dos preços do
Renda fixa vai ganhar espaço
O
mercado de capitais deve assistir em 2008 a uma migração significativa de operações de renda variável para renda fixa, diante da crise externa originada nos Estados Unidos. Para a Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), empresas que abriram o capital no ano passado, por exemplo, podem dar sequência a seus projetos via emissões de dívida. Atualmente há 26 operações de renda fixa em análise na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), equivalentes a R$ 18,5 bilhões. No caso da renda variável, as operações com registro na CVM chegam a 38, mas 15 estão "congeladas" diante do cenário adverso. "Algumas deverão ser suspensas", afirmou Luiz Fernando Resende, vicepresidente da Anbid. Em 2007, as operações de renda variável superaram o volume da renda fixa pela primeira vez nos últimos cinco anos. (Reuters).
SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL Edital 07/SMADS/2008 A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) comunica a publicação no DOC de 19/01/2008, do Edital nº 07/2008/SMADS convocação de audiência pública para celebração de convênios referente à instalação dos serviços CENTRO PARA A JUVENTUDE - AGENTE JOVEM I - FAIXA ETÁRIA DE 15 A 18 ANOS E CENTRO PARA A JUVENTUDE - AGENTE JOVEM II - FAIXA ETÁRIA DE 18 A 24 ANOS CONFORME SEGUE: SAS Aricanduva/Formosa/Carrão, Distrito Vila Formosa, Dia 15/02/2008, às 09h00, à Rua Eponina, 82 - Auditório - Vila Carrão SAS Butantã, Distritos Raposo Tavares e Vila Sonia, Dia 15/02/2008, às 14h00, à SAS Butantã à R. Ulpiano da Costa Manso, 201 - sala de reuniões - 1º andar SAS Cidade Ademar, Distrito Cidade Ademar, Dia 14/02/2008, às 09h00, à Av. Interlagos, 1329 - UNIB SAS Ipiranga, Distrito Sacomã: Bairros Heliópolis e São João Clímaco, Dia 13/02/2008, às 09h00, à Rua Lino Coutinho, 444 - Auditório - Ipiranga SAS Ipiranga, Distritos Cursino e Ipiranga, Dia 13/02/2008, às 16h30, à Rua Lino Coutinho, 444 - Auditório - Ipiranga SAS Itaim Paulista, Distrito Itaim Paulista, Dia 15/02/2008, às 09h00, Subprefeitura Itaim Paulista à Avenida Marechal Tito, 3012 - Sala de Reunião SAS Jabaquara, Distrito Jabaquara, Dia 14/02/2008, às 10h00, Centro Cultural Jabaquara à Rua Arsênio Tavoliere, 45 - Bairro Jabaquara SAS Jaçanã/Tremembé, Distrito Jaçanã, Dia 13/02/2008, às 09h00, Subprefeitura do Jaçanã/Tremembé à Rua Benjamim Pereira, 925 - Auditório da Coordenadoria de Obras Bairro Jaçanã. SAS Lapa, Distritos Barra Funda e Jaguaré, Dia 15/02/2008, às 09h00, Subprefeitura Lapa à Rua Guaicurus, 1000 - Sala 50 - Auditório SAS Mooca, Distrito Pari, Dia 15/02/2008, às 14h00, à Rua Gonçalves Crespo, 227 - Tatuapé SAS Parelheiros, Distrito Parelheiros, Dia 15/02/2008, às 14h30, Subprefeitura de Parelheiros à Av. Sadamu Inouê, 5252 - Sala de Reunião de CASD SAS Penha, Distrito Artur Alvim, Dia 14/02/2008, às 09h00, Subprefeitura Penha à Rua Candapuí, 492 - Anfiteatro SAS Pinheiros, Distrito Alto de Pinheiros, Dia 15/02/2008, às 09h00, Subprefeitura Pinheiros à Av. Nações Unidas, 7123 - Auditório Chico Mendes SAS Santana/Tucuruvi, Distritos Tucuruvi e Mandaqui, Dia 13/02/2008, às 09h00, Av. Tucuruvi, 808 - Auditório - Bairro Tucuruvi SAS Santo Amaro, Distrito Campo Belo, Dia 15/02/2008, às 09h00, à Rua Padre José de Anchieta, 646 - Santo Amaro - Auditório SAS São Mateus, Distrito São Mateus, Dia 15/02/2008, às 08h00, à Av. Ragueb Chofhi, 1400 SAS São Mateus, Distrito Iguatemi, Dia 15/02/2008, às 16h00, à Av. Ragueb Chofhi, 1400 SAS São Mateus, Distrito São Rafael, Dia 15/02/2008, às 13h00, à Av. Ragueb Chofhi, 1400 SAS São Miguel, Distritos São Miguel e Jardim Helena, Dia 13/02/2008, às 09h00, à Subprefeitura São Miguel Paulista à Rua D. Ana Flora Pinheiro de Souza, 76, Vila Jacuí - Anfiteatro SAS São Miguel, Distrito Vila Jacuí, Dia 14/02/2008, às 12h30, Subprefeitura São Miguel Paulista à Rua D. Ana Flora Pinheiro de Souza, 76, Vila Jacuí - Anfiteatro SAS Sé, Distritos Santa Cecília, Sé, Bom Retiro, República e Liberdade, Dia 15/02/2008, às 09h00, Coordenadoria Assistência Social Desenvolvimento à SÉ Av. Tiradentes, 749 Auditório - Luz SAS Sé, Distritos Bela Vista, Cambuci e Liberdade, Dia 14/02/2008, às 09h00, Coordenadoria Assistência Social Desenvolvimento à Av. Tiradentes, nº 749 - Auditório da CASD/SÉ, - Luz SAS Vila Maria/Vila Guilherme, Distrito Vila Maria, Dia 14/02/2008, às 09h00, à R. Soldado José Antônio Moreira, 546 - Auditório - Parque Novo Mundo SAS Vila Maria/Vila Guilherme, Distritos Vila Guilherme e Vila Medeiros, Dia 15/02/2008, às 09h00, à R. Soldado José Antônio Moreira, 546 - Parque Novo Mundo - Auditório SAS Vila Prudente/Sapopemba, Distritos Vila Prudente e Sapopemba, Dia 14/02/2008, às 09h00, à Rua Dona Genoveva D’Ascoli, 37 - Vila Prudente
EIS O CUSTO -LULA
SOCIALISMO PETISTA
O PT no jogo do poder
Por um novo contrato social
A revista Digesto Econômico, editada há mais de 60 anos pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), teve sempre por objetivo maior publicar temas relevantes ao destino do Brasil e dos brasileiros, tratando não apenas as questões econômicas a partir da visão de renomados especialistas, mas diversos outros temas que, em geral, são pouco abordados pela mídia e até mesmo pelo mundo acadêmico. Em sua última edição (nº 445, novembro/dezembro de 2007), publicamos um brilhante artigo do professor José Pastore, que teve enorme repercussão. Em seu texto, ele faz uma profunda análise das estratégias do PT para o aparelhamento do Estado e sua hegemonia no cenário político nacional, claramente baseadas nos ensinamentos do filósofo italiano Antonio Gramsci, inspiração para muitos dirigentes do PT. O artigo do professor Pastore esgotou a Digesto e chegou ao conhecimento do ex-presidente do PT e atual ministro da Justiça, Tarso Genro, citado através de trechos de seus livros e discursos. Ele não só o elogiou como também disse ter dele “divergências de fundo”. E enviou um artigo-resposta com a sua visão da democracia e do socialismo petista, no qual propõe um novo contrato social. Ambos os autores concordaram que seus textos fossem publicados nesta edição especial do Diário do Comércio e Digesto Econômico, levando a um público amplo o debate sobre o futuro que queremos para o Brasil. É com o espírito democrático que pauta há 113 anos a Associação Comercial de São Paulo que acolhemos idéias, visões e contribuições capazes de enriquecer nossos leitores e associados.
Rafael Hupsel/LUZ
CARTA AO LEITOR
Boa leitura!
Alencar Burti Presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (FACESP) e da Confederação Brasileira de Associações Comerciais (CACB)
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Presidente Alencar Burti - Diretor de Redação Moisés Rabinovici - Diretor Responsável João de Scantimburgo Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira - Editores Carlos Ossamu e Domingos Zamagna Editor de Arte José Coelho - Diagramação Evana Clicia Lisbôa Sutilo e Lino Fernandes - Capa Álvaro Ferreira Filho Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 - Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Impressão S/A O Estado de S. Paulo Os pôsteres que ilustram esta edição pertencem à coleção de 1.469 fotos públicas de propaganda soviética e/ou russa (1917-1991), acessível em http://www.flickr.com/photos/bpx/sets/72057594117941491/
Digesto Econômico Revista bimestral editada há mais de 60 anos pela Associação Comercial de São Paulo. Sua pauta é o debate dos principais temas sobre o Brasil e o mundo. As edições anteriores podem ser consultadas no site: www.dcomercio.com.br/especiais/digesto/anteriores.htm
Brasil vem apresentando um desempenho econômico bastante favorável. Os indicadores básicos registram um nível de crescimento que há muito não ocorria. A maioria das boas notícias apareceu no governo Lula (2). O que dizer do futuro? A sustentabilidade desse crescimento depende de regras claras. Em qualquer sociedade, as instituições é que fazem esse papel, dando base para a previsibilidade. São elas que garantem o direito de propriedade, a validade dos contratos e os estímulos para investir. Até que ponto as regras que estão sendo moldadas no governo Lula favorecem a concretização desses objetivos no longo prazo?
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Os primeiros passos do PT no governo O PT nunca escondeu seu propósito de transformar as instituições brasileiras para implantar no Brasil um regime socialista, restabelecendo-se assim a figura do EstadoEmpreendedor. O Partido dos Trabalhadores nasceu na esteira do marxismo misturado com catolicismo, e sempre visou a estratégia de forte intervenção governamental na economia e na sociedade. No campo institucional, a mudança de maior profundidade buscada pelo PT diz respeito à substituição da democracia representativa pela democracia participativa, com ampla liberdade de voz, voto e ação para os movimentos sociais. Nos primeiros anos do governo Lula, o direito de propriedade e a validade dos contratos foram abertamente questionados por esses movimentos e por vários integrantes da máquina pública federal. Dois exemplos. Uma grande onda de ocupações de terras tomou conta do País, tendo à frente o MST – Movimento dos Trabalhadores sem Terra – e continua até hoje. No início do primeiro mandato do presidente Lula, o ministro das Comunicações, Miro Teixeira, declarou nulos os contratos com as empresas de telecomunicações, então privatizadas. (3) O ímpeto intervencionista nos primeiros anos do governo Lula foi além da área econômica, adentrando no campo das idéias. As tentativas de criar o Conselho Nacional de Jornalismo (CNJ) e a Agência de Cinema e Audiovisual (ANCINAV) mostraram que o dirigismo pretendido incluía o monitoramento do pensamento social por meio do controle da imprensa e da cultura. Isso fazia parte do projeto de poder do PT. Frei Betto
costumava dizer que "o PT chegara ao governo, mas não ao poder". Segundo analistas, o partido perseguia cinco etapas para concretizar o projeto de poder. Primeiro, era necessário transformar o PT em partido hegemônico. Segundo, era crucial ocupar toda a estrutura do Estado. Terceiro, fazia-se urgente ampliar o arco de apoio eleitoral pela via dos programas sociais. Quarto, era fundamental desenvolver a tática da persuasão social, mediante a espetacularização das atitudes. Quinto, era preciso cimentar a legitimidade social pela via das urnas, ganhando eleições em todos os níveis. (4) Essas etapas eram consideradas exeqüíveis. A brutal desigualdade do País garantiria ao PT as condições básicas para a construção de um partido hegemônico, com forte adesão dos destituídos. Mas, uma vez no governo, os dirigentes do partido apreenderam que isso não seria rápido, e muito menos automático. Uma estratégia abrupta se chocaria com os direitos civis e políticos e com as garantias de liberdades assentadas na Constituição Federal. Era necessário certo gradualismo. A estratégia gradual estava explicitada na receita de Antonio Gramsci, que inspirou muitos dirigentes do PT, que em suas falas e obras mostravam familiaridade com os conceitos de "hegemonia", "desconstrução", "intelectuais orgânicos", "sociedade civil" etc., cunhados pelo filósofo italiano na década de 30. Por exemplo, José Genoíno, quando presidente do PT, raciocinava da seguinte maneira: "A partir das formulações de Antonio Gramsci, os partidos de esquerda aceitam as premissas do jogo político democrático até as últimas conseqüências. A radicalização e o aprofundamento da democracia se tornaram elementos centrais de suas estratégias. Trata-se de lutar, gradualmente, pela hegemonia política, cultural e moral (valores) no interior das sociedades democráticas". (5) Tarso Genro, que também foi presidente do PT, em um de seus livros pregava o seguinte: "A adaptação aos novos métodos de trabalho não pode se dar apenas pela coerção. Esta deve ser sabiamente combinada com a persuasão e o consenso". (6) "O governo reformista de Lula está, sim, agindo com realismo, pois qualquer política pode e deve combinar realismo com ousadia, nos seus momentos próprios". (7) "[O PT] não é um partido que exacerba a luta de classes, porque essa exacerbação fragiliza o governo ante o domínio do capital financeiro globalizado: esta é a primeira e estratégica
As regras do governo Lula e o Brasil no longo prazo (1) Versão atualizada
Miguel Angelo/Divulgação
Antonio Cruz/ABr
Com os escândalos de corrupção eclodidos em 2005 ("mensalão"), o governo Lula suspendeu a estratégia indicada, passando a intensificar os programas sociais.
O PT NO JOGO DO PODER
José Pastore Professor da Faculdade de Economia e Administração da USP. www.josepastore.com.br
mais pobres. Qualquer tentativa nessa direçãoseria um suicídio político. A continuar com o quadro econômico atual, o presidente Lula tem uma grande oportunidade de construir um candidato do PT ou muito próximo ao PT para levar o partido a vencer as próximas eleições. Mas, se a situação econômica virar, em decorrência de uma desaceleração do mercado externo, com aumento da inflação interna, as dificuldades políticas para Lula e o PT crescerão. Mas, mesmo nessa situação, há que se considerar que o capital político de Lula pode resistir por um bom tempo. Tudo indica que esse capital estará vivo nas eleições de 2008, o que permitirá – provavelmente – o avanço do PT no domínio das máquinas municipais. Daí a importância da Lei dos Consórcios Públicos, que viabiliza os repasses diretos da União aos municípios. Isso é estratégico para alavancar a campanha de 2010. Há indicações ainda que, pelo menos até 2010, a militância do PT continuará ocupando os cargos públicos e exercendo muito poder de manobra para buscar um novo sucesso eleitoral nas eleições presidenciais.
Ou seja, mesmo no cenário de um desaquecimento econômico, não há como afirmar que o governo Lula entrará em erosão a ponto de perder toda a sua credibilidade ao longo dos próximos 30 meses. O estilo intervencionista e estatizante tem seu próprio fôlego e só será abandonado no caso de uma crise econômica muito séria. Parece legítimo esperar que ao longo dos próximos anos o Brasil conviverá com uma economia mais dirigida. Isso tudo aumenta o risco de perdermos eficiência em um mundo que prosseguirá na competição. O Estado é lerdo; demora para decidir; e, em muitos casos, decide mal. Em conclusão. O risco do Brasil se tornar menos competitivo não é imediato. Ele será uma decorrência da desconstrução dos valores da liberdade, da produtividade, da eficiência, do mérito e da ética do trabalho. Sabemos bem o que é um Estado dirigido por grandes massas de burocratas, que acreditam na capacidade do governo de planejar e financiar a produção e, em muitos casos, executar os projetos. Esse é o futuro que nos espera. Nada
de pânico para os nossos dias. E toda atenção aos dias dos nossos filhos e netos. Este tipo de preocupação parece cair fora da análise da maioria dos investidores e até mesmo dos estudiosos do processo de crescimento econômico. Na área acadêmica, seria oportuno retomar a temática das instituições para, com apoio nela, tentarmos enxergar para além das estatísticas do presente. Mas, por outro lado, é ingênuo cultivar o catastrofismo. O Brasil é um país que surpreende. É possível que os governantes atuais venham a se conscientizar a respeito da inviabilidade dos regimes que suprimem a liberdade. Mas, isso não será automático. Os que acreditam na democracia precisam entender que não basta votar. James Madison dizia que a democracia é um processo de formação demorada. No primeiro estágio, os governados precisam aprender a respeitar os governantes. No segundo, os governantes têm de aprender a respeitar os governados. E no terceiro, os governados têm de controlar os governantes.
NOTAS (1) A versão inicial deste trabalho foi apresentada na Reunião dos Membros do Grupo de Conjuntura da FIPE – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, 21/09/2007. Esta versão incorpora inúmeras sugestões dos participantes daquela reunião. O Autor agradece os professores Antonio Evaldo Comune, Carlos Antonio Luque, Celso Luiz Martone, Domingos Pimentel Bortoletto, Eli Roberto Pelin, Eliana A. Cardoso, Fernando Homem de Melo, Guilherme Leite da Silva Dias, Helio Nogueira da Cruz, Joaquim Elói Cirne de Toledo, José Paulo Zeetano Chahad, Juarez Alexandre Baldini Rizzieri, Maria Helena Pallares Zockun, Rodrigo Rodrigues Celoto e Simão Davi Silber. (2) De 2003 a 2007, o Governo Lula reduziu a dívida externa de US$ 210 bilhões para US$ 161 bilhões; derrubou o Risco Brasil de 2.000 pontos para 200 pontos; elevou as reservas internacionais de US$ 16 bilhões para US$ 165 bilhões; fez o saldo comercial passar de um déficit de US$ 9 bilhões para um superávit de mais de US$ 120 bilhões; aumentou as exportações em 100%; chegou a uma inflação de apenas 3,4% em 2006; e mostra levar o país a crescer quase 5% em 2007. (3) Foi necessário um recurso à Justiça para restabelecer a ordem. (4) Extraído de Gaudêncio Torquato, "Por trás da barricadas", O Estado de S. Paulo, 15/08/2004. (5) José Genoino, "A esquerda e as reformas", O Estado de S. Paulo, 07/06/2003. (6) Tarso Genro, Esquerda em Processo, Ed. Vozes, São Paulo, 2004, p. 48. (7) Tarso Genro, op. cit., p. 96 (8) Tarso Genro, op. cit., p. 71 (9) Tarso Genro, op. cit. P. 76 (10) Tarso Genro, op. cit., p. 87 (11) Tarso Genro, op. cit., p. 77 (12) Antonio Gramsci, Escritos Políticos, Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 2004, Vol. I, p.121. (13) Antonio Gramsci, op. cit., Vol. I, p. 122. (14) Antonio Gramsci, op. cit., Vol. I, p. 123-125. (15) Antonio Gramsci, Cadernos do Cárcere, Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 2000, Vol. II, pp. 78- 79. (16) Antonio Gramsci, Escritos Políticos, Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 2004, Vol. I, pp. 142-145 (17) Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), Movimento de Libertação dos Trabalhadores sem Terra (MLST) e Comissão Pastoral da Terra (CPT). (18) Para assegurar a produção e o crescimento, foram aprovados alguns alívios tributários, estímulos a investimentos setorizados e ampliação do crédito aos consumidores, em especial, o vinculado às folhas de pagamento e às aposentadorias e pensões. (19) O PT lamentou a perda de apoio dos jovens, em especial da classe média, depois dos escândalos de corrupção denunciados em 2005 e 2006. Segundo dados apresentados no 3º. Congresso do PT, o número de filiados jovens, com idade até 29 anos, é de apenas 280 mil – dentro de um total de 900 mil de todo o partido ("PT Concepção e Funcionamento", 3º. Congresso do PT, São Paulo, 1/9/07, p. 7). O Congresso aprovou o trabalho junto aos jovens como prioridade número 1 a ser seguida nos próximos anos ("PT Concepção e
Funcionamento", op. cit. p. 54). (20) IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios, (PNAD), 2006. (21) Esta lei permite à União firmar convênios, contratos, acordos de
qualquer natureza, receber auxílios, contribuições e subvenções sociais e econômicas de outras entidades e órgãos do governo. No estabelecimento desses instrumentos, o PT tem indicado um grande número de seus filiados para deles participarem como funcionários. (22) No primeiro mandato de Lula, o aparelhamento do Estado em nível federal visou os cargos mais altos e mais estratégicos. Cerca de 45% da cúpula do governo (que leva em conta apenas os cargos de níveis 5 e 6) era composta de sindicalistas ligados à CUT e ao PT. (23) Celina D´Araujo, "Governo Lula: contornos sociais e políticos da elite do poder", Centro de Pesquisas e Documentação Histórica da Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 2007. (24) Paulo Delgado, "A Problemática do PT", in João Paulo dos Reis Velloso e Roberto Cavalcanti de Albuquerque (coordenadores), Crise política e reformas das instituições do estado brasileiro, Livraria José Olympio, Rio de Janeiro, 2005 (25) "Miséria no Brasil cai 27,7% no primeiro mandato de Lula", O Estado de S. Paulo, 20/09/07. (26) Apesar do aumento dos investimentos verificado no período de 2005-2007, o seu montante (18% do PIB) ainda é muito baixo quando comparado com grande parte dos países emergentes que investem mais de 25% do PIB anualmente. (27) O Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão registra a criação de mais de quinze empresas no Governo Lula. A grande maioria de seus dirigentes é de origem sindical, mais especificamente, militantes da CUT. (28) A MP 398 institui os princípios e objetivos dos serviços de radiodifusão pública explorados pelo Poder Executivo ou outorgados a entidades de sua administração indireta, autoriza o Poder Executivo a constituir a Empresa Brasil de Comunicação - EBC, e dá outras providências. (29)"IPEA expurga economistas divergentes", Folha de S. Paulo, 15/11/07. (30)"Lula defende Chávez e diz que não falta democracia na Venezuela", Folha de S. Paulo, 15/11/07. (31) "Á sombra de El Supremo", Veja, 07/11/07. (32) "ABDIB vê cipoal burocrático em incentivos do PAC ao setor privado", O Estado de S. Paulo, 20/09/07. (33) Dados referentes a 63 empreendimentos licenciados pelo IBAMA entre 1997 e 2006 e coletados pelo Banco Mundial (34) Declaração de Paulo Godoy, Presidente da ABDIB. (35) Ver os vídeos em http://www.pt.org.br/sitept/index_files/videos/index.php. (36) "O Socialismo Petista", "O Brasil que Queremos" e "O PT, Concepção e Funcionamento". (37) "O Socialismo Petista", 3º. Congresso do PT, São Paulo, 1/9/07, p. 7. (38) "O Socialismo Petista", op. cit. p. 8. (39) "O Brasil que queremos", 3º. Congresso do PT, São Paulo, 1/9/07, p. 20.
(40)"Lula critica desaprovação da secretaria de Mangabeira", O Estado de S. Paulo, 01/10/2007 (41) "Lula critica desaprovação da secretaria de Mangabeira", O Estado de S. Paulo. (42)Rodolfo Kuntz,"É isso aí, choque de gestão", O Estado de S. Paulo, 04/10/2007. (43) "O Socialismo Petista", op. cit., p. 11 (44) Dos 20 superintendentes do INCRA, 12 são dirigentes do MST. O movimento mantém uma rede educacional com 1.800 escolas, 4 mil professores e cerca de 160 mil alunos, com verbas oficiais. (45) "O Brasil que queremos", op. cit., p 58 (46) "Há invasões compreensíveis, diz ministro", Folha de S. Paulo, 23/02/2007. (47) No primeiro mandato, o governo Lula impediu que as agências gastassem 79% dos seus recursos. Entre 2003 e 2006, as agências ficaram impedidas de gastar R$ 14,6 bilhões, aprovados por lei. No primeiro semestre de 2007, o bloqueio de verbas das agências chegou a R$ 5,3 bilhões (73% do orçamento aprovado). (48) "O Brasil que queremos", op. cit., p. 12 (49) "Chávez faz ameaças a escolas", O Estado de S. Paulo, 18/09/07. Segundo o Presidente venezuelano todas as instituições de ensino do país terão de permitir a visita de inspetores, cujo objetivo principal será o de verificar se o conteúdo ministrado em sala de aula está de acordo com o "socialismo do século 21". Um novo currículo escolar, "livre dos valores individualistas do sistema de ensino capitalista" deverá ficar pronto até meados de 2008. (50) "Vinte milhões utilizam livro polêmico", O Estado de S. Paulo, 20/09/07. (51) Ali Kamel, "O que ensinam às nossas crianças", O Globo, 18/09/07. (52) Ali Kamel, "Livro didático e propaganda politica", O Globo, 01/10/07. (53) "PT Concepção e Funcionamento", 3º. Congresso do PT, São Paulo, 1/9/07, p. 12. (54) "PT Concepção e Funcionamento", op. cit., p. 56. (55) "PT Concepção e Funcionamento", op. cit. p. 60. (56) "PT Concepção e Funcionamento", op. cit., p. 61. (57) "PT Concepção e Funcionamento", op. cit., p. 62. (58) "O Brasil que queremos", op. cit., p. 27. (59) Antonio Carlos Almeida, A Cabeça do Brasileiro, Editora Record, Rio de Janeiro, 2007. (60) O Brasil que queremos, op. cit., p. 28. (61)"Saques com cartão em 2007 somaram R$ 58,7 milhões", O Estado de S. Paulo, 15/01/2008. (62) No caso do traficante colombiano, despontou, ao contrário, o desatrelamento entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos. (63) Luiz Carlos Bresser-Pereira, "Esquerda Nacional e Empresários na América Latina", Revista Lua Nova, No. 70, 2007, pp. 83-100. (64) Pesquisas de opinião pública sobre o estilo de política externa que visa aproximar o Brasil dos países mais pobres contam com a simpatia da maior parte do eleitorado. Persiste, para a maioria das pessoas, uma certa antipatia pelos ricos e a prática da generosidade em relação aos pobres.
Na concepção do astuto filósofo (Gramsci), para se chegar ao estado socialista é preciso conquistar os corações dos cidadãos e prepará-los para absorverem as elites sem choques, seduzindo a mente dos adversários para as novas idéias. Isso vai melhor pelas vias das emoções do que pelas vias da razão
condição a ser assumida. Tudo para que possa ocorrer uma transição – internamente negociada – para um modelo de desenvolvimento de produção, emprego e distribuição de renda". (8) "A pura representação política do parlamento, por mais depurada que seja, é insuficiente e incapaz de mediar vontades democraticamente formadas. Estas precisam de outras mediações. É preciso, pois, reinventar a democracia..." (9) "No que se refere à questão da informação, impõe-se uma estratégia que direcione a sociedade para uma forma de socialismo democrático, que se baseia em uma estrutura estatal de caráter político-administrativo..." (10) "As 'não-classes' – da exclusão, da precariedade – são as que mais pesam como formadoras de opinião eleitoral e também para os movimentos sociais extraparlamentares. As próprias classes hegemônicas já não são mais alicerçadas na ideologia burguesa clássica, com o seu manto fáustico-produtivista". (11) Em outras palavras, o novo socialismo teria de ser buscado através de uma "revolução espontânea", com base na educação, propaganda e ação massiva junto aos grupos desprotegidos. De fato, Gramsci alertava os militantes do socialismo para o fato de que os trabalhadores não odeiam as classes média e alta e nem têm disposição inata para destruir a ordem existente, porque eles mesmos estão impregnados com muitos valores dessa ordem. O importante era atacar e destruir esses valores o que, não podia ser feito com base na força, mas sim por meio de persuasão e ação deliberada. O novo socialismo seria baseado, assim, em uma revolução com o povo e não sem povo, como foi na Rússia, em 1917. O método persuasivo é demorado, trabalhoso e requer um planejamento estratégico para, no fim, chegar ao domínio das consciências. Nessa empreitada, tem grande importância, para Gramsci, a conquista dos órgãos da cultura, das escolas, das igrejas, dos jornais, do rádio, das revistas, da música (letrada), da literatura e, sobretudo, das artes visuais. É crucial trilhar muito mais a pista das emoções do que a da razão. Com isso, chegar-se-ia ao "controle natural" dos pensamentos, utilizando-se com ênfase a imaginação e a criatividade das pessoas. As resistências mais fortes tenderiam a desaparecer. Os integrantes da classe baixa deixariam de amar a servidão sem, no entanto, odiar os dominadores. Essa é a receita para se chegar a uma hegemonia cultural, que seja capaz de minar os elementos da cultura tradicional. Dentro dessa concepção, a transformação almejada pelo projeto de poder do PT não podia vir por meio da tradicional concepção marxista de revolução do proletariado contra a burguesia. Ao contrário, ela teria de se utilizar das próprias instituições para fazer penetrar na juventude e no povo o questionamento dos valores existentes, de modo a levar os destituídos a ocuparem, gradualmente, os postos dirigentes das empresas e do governo, para então apoiar e implantar uma forte intervenção do Estado em setores estratégicos da vida econômica – única forma de se assegurar mais igualdade e mais justiça social. Para Gramsci, a escola e a cultura desempenham papéis cruciais nesta trajetória. Nas suas palavras, ao criticar a situação italiana dos anos 30: "Nosso partido [socialista] ainda não se pronunciou sobre um programa escolar preciso. A escola continua sendo um organismo estri-
tamente burguês, no pior sentido da palavra. A escola é um privilégio. O Estado não deve pagar a escola (...) para os filhos medíocres e deficientes dos ricos, enquanto deixa de fora os jovens proletários inteligentes e capazes". (12) A semelhança com os vários sistemas de cotas e programas de inclusão propostos pelo PT é mera coincidência? Na tarefa de desconstrução dos valores, dizia Gramsci, a cultura desempenha um papel fundamental. Referindo-se mais uma vez à situação da Itália, criticava: "Em Turim, não existe nenhuma organização de cultura popular. Da Universidade Popular, é melhor nem falar: ela já foi algo vivo". (13) "A escola deve ser uma instituição proletária e, como tal, a Associação de Cultura deveria criar convicções, contribuindo poderosamente para gerar novos costumes, mais livres e despreconceituosos que os atuais..." (14)
Leia a edição "A Revolução Gramscista no Ocidente" em http://www.dcomercio. com.br/especiais/ digesto/digesto_04/ anteriores.htm
Enfim, na concepção do astuto filósofo, para se chegar ao estado socialista é preciso conquistar os corações dos cidadãos e prepará-los para absorverem as elites sem choques, seduzindo a mente dos adversários para as novas idéias. Isso vai melhor pelas vias das emoções do que pelas vias da razão ou da confrontação. A imprensa, a escola e a cultura tinham, assim, um importante papel na modelagem da nova ideologia para se chegar ao poder, ordeiramente e por meio do voto. Sobre a imprensa: Dizia Gramsci: "A imprensa é a parte mais dinâmica dessa estrutura ideológica. Mas não é a única: tudo o que influi ou pode influir na opinião pública,
direta ou indiretamente, faz parte dessa estrutura. Dela fazem parte as bibliotecas, as escolas, os círculos de variado tipo, até a arquitetura, a disposição e o nome das ruas. O que se pode contrapor, por parte de uma classe inovadora, a este complexo formidável de trincheiras e fortificações da classe dominante? O espírito de cisão. A conquista progressiva da consciência da própria personalidade histórica requer um complexo trabalho ideológico, cuja primeira condição é o exato conhecimento do campo a ser esvaziado de seu elemento de massa humana." (15) Sobre a família: "Para nós, socialistas, a família deve ser reintegrada em sua função moral, de preparação humana, de educação cívica. A família atual não pode realizar esta tarefa. A preocupação maior dos pais é a de garantir o desenvolvimento fisiológico da prole e de assegurar-lhe os meios de subsistência... Queremos que todos disponham dos meios necessários para educar a própria inteligência. Portanto, somente a abolição da propriedade privada e sua conversão em propriedade coletiva poderão fazer com que a família seja aquilo que deve ser: um organismo de vida moral. Os pais não mais viverão na angústia de buscar o pão para seus filhos, mas poderão assim exercer serenamente sua tarefa moral de educadores". (16) A pregação da hegemonia da família na ocupação de terras praticada pelo MST, MLST e CPT (17) é mera coincidência? Voltando ao primeiro mandato dos petistas. Com os escândalos de corrupção eclodidos em 2005 ("mensalão"), o governo Lula suspendeu a estratégia indicada, passando a intensificar os programas sociais e, com base neles, atender concretamente os destituídos (18) pela via do Bolsa Família (que atende a mais de 45,5 milhões de pessoas), o PROUNI (que já ofereceu mais de 250 mil bolsas de estudo), PROJOVEM (que favoreceu a educação de mais de 440 mil jovens que estavam fora da escola) (19), a construção de quase 150 mil cisternas para as famílias pobres, o grande aumento de 37% reais no salário mínimo e suas repercussões nas aposentadorias e pensões, a Farmácia Popular, o Programa Luz para Todos e vários outros. Com base nesses programas, o presidente Lula saiu da crise como o amigo dos ricos e pai dos pobres – a fórmula adotada com sucesso por Getúlio Vargas. Na linha do Estado-Empreendedor, no curto período de 2005 a 2006, o Brasil viu criados 404 mil postos de trabalho na administração pública dos três níveis de governo (chegando a um total de 5,9 milhões de servidores) (20), uma grande parte estimulada diretamente pelo governo federal: o presidente Lula declarou explicitamente que o choque de gestão é engordar a máquina pública. Outra parte foi realizada (e assim continua), através de convênios com Estados e municípios, disciplinados pela Lei dos Consórcios Públicos (Lei 11.107/05) (21), que permitiu a penetração do poder central nas esferas estaduais e municipais. Com isso, o aparelhamento das máquinas públicas foi irradiado para os três níveis de governo. Foi a fase de ocupação da imensa maquinaria estatal do Brasil. Muitos sindicatos ligados à CUT e ao PT ressentiram-se da perda de quadros estratégicos para a luta sindical. A situação presente O aparelhamento da máquina pública e os programas sociais tiveram um impacto decisivo
Alexander Titorenko/AFP - 23/02/07
Mulher segura cartaz com imagem do ex-líder soviético Josef Stálin durante ato pró-comunista, realizado no Dia Nacional de Defesa da Pátria.
sta pergunta não interessa somente aos socialistasmarxistas e sociais-democratas. Interessa a todos aqueles que aceitem o socialismo como generalidade abstrata, como "movimento" que busca "justiça social", implementando novas condições de funcionamento da sociedade e do Estado, que transitem de mais desigualdade para mais igualdade, de mais coerção para mais autonomia e equilíbrio social. Para quem conceber que o socialismo será "instaurado" por um poder revolucionário que "destrói o Estado", que passe a partir da destruição a construir novas relações sociais e econômicas, as questões abordadas pelo presente texto não têm importância. Quem entende que é possível, mesmo sem a extinção da alienação e sem a ocupação total dos poderes do Estado, iniciar a construção, dentro da democracia, de uma "sociedade conscientemente orientada", pode encontrar nas idéias que apresento um estímulo para o debate da utopia democrática e socialista, que não supõe a recíproca necessidade de anulação entre reforma e revolução. Entendo que a "consciência da orientação", no atual processo de fragmentação social e poder exacerbado do capital fi-
Valter Campanato/ABr
E
Tarso Genro Ministro da Justiça
nanceiro sobre a vida pública, é a consciência possível – da maioria dos indivíduos que compõe a coletividade e não das "massas" abstratas – que pode colocar diversos setores da sociedade no mesmo barco da revolução democrática (1). Uma "sociedade conscientemente orientada" é uma sociedade que só poderá ser construída com altos níveis educacionais, culturais, inclusão social massiva, baseada numa correta distribuição da renda e que institui – a partir da sociedade civil – diversos níveis e mecanismos de controle sobre o Estado e sobre os agentes públicos. Uma "sociedade conscientemente orientada" é o objetivo da revolução democrática. Ela alarga as possibilidades de escolhas democráticas perante o futuro indeterminado e abre espaços nos quais os socialistas lutam por seus ideais de emancipação e igualdade social. Quem defende a posição de "instauração" do socialismo, certamente lida com um sistema categorial, que está referido especialmente a "como" destruir o Estado e a "como" reconstruí-lo, a partir daí, "construindo o socialismo". Ao não concordar com esta visão, por considerá-la não só impossibilitada pelas mudanças históricas recentes, mas
Roosewelt Pinheiro/Abr
na reeleição de Lula em 2006, quando obteve mais de 60 milhões de votos. Nos vários cargos ocupados nos três níveis de governo, em especial no federal, os filiados do PT, na maioria dirigentes sindicais, passaram a ser as peças-chave para levar adiante a filosofia do partido – muitas vezes sem conhecer em profundidade os seus alicerces ideológicos. Mas, na prática, são eles que autorizam despesas, propõem decretos, assinam portarias e tomam decisões, na maioria, irreversíveis e que vão modelar a feição do governo e da economia no longo prazo. (22) Os postos ocupados foram tão numerosos que, raramente, conseguiu-se casar a necessidade de competência dos cargos com a qualificação dos ocupantes. Dos novos indicados, os mais bem preparados estão na área econômica. Mesmo assim, apenas 27% dos nomeados têm formação universitária compatível com suas responsabilidades. Na área da Saúde, são 19%. E na da Educação, só 14%. Nas áreas de maior concentração de petistas (programas sociais, reforma agrária, assistência social, trabalho, previdência social), a grande maioria não tem formação universitária e, muitas vezes, nem de nível médio. (23) Se de um lado a penetração de sindicalistas na máquina pública pode ser considerada como um avanço democrático, de outro, pode ser entendida também como a reinauguração da cooptação dos sindicatos pelo governo, nos moldes do corporativismo praticado por Getúlio Vargas, que distribuía cargos e recursos para as entidades sindicais para alinhá-las aos propósitos do governo. Lula, que sempre condenou essa cooptação, enviou ao Congresso Nacional o projeto de lei 1.990/071 que instituiu um sistema de repasse de recursos públicos da contribuição sindical para as centrais sindicais, sabendo-se que, pela Constituição Federal art. 8º, essas organizações não são entidades sindicais. A retórica hoje não é a mesma do primeiro mandato. Mas, não é inteiramente diferente. A linguagem mudou, mas ficou o sotaque. Para se conhecer a orientação de um partido político tem-se que ir além da retórica explícita dos governantes e chegar ao seu ideário. E, no Brasil, o PT é o único partido que possui um ideário e uma estrutura de ação. O partido conta com quase 900 mil filiados com carteira, contribuindo financeiramente, de forma regular, com endereço conhecido, sede própria e que consegue, a qualquer momento, mobilizar milhares de militantes para defender uma causa (24), nem sempre bem conhecida. Essa combinação de ideário e militância deu ao PT uma força indiscutivelmente superior à dos demais partidos. Para se entender o impacto do ideário do partido e as conseqüências das medidas tomadas pelos governantes para os próximos oito ou dez anos, há de se distinguir as ações do presidente Lula das ações do governo Lula. As ações do presidente Lula tendem a acomodar variados interesses corporativos, que estão presentes no seu governo e, ao mesmo tempo, a vender otimismo para os empresários e os trabalhadores quanto ao futuro do País. Os bons resultados da economia fluem nas suas falas com muita facilidade, da mesma maneira em que, a cada oportunidade, relaciona a concretização do tão pregado crescimento com progresso social, ignorando que isso é fruto de ações anteriores ao seu mandato e à boa fase da economia mundial. Não há dúvida de que o poder de compra dos
Os dirigentes de associações de investidores em infra-estrutura não se cansam de dizer que, no Brasil de hoje, o setor privado não encontra ambiente favorável para ajudar a construir o País, apesar de estar preparado para "bancar" mais de 40% do PAC.
pobres cresceu de forma expressiva no governo Lula e é um dos principais responsáveis pelo forte aumento da demanda doméstica e, mais recentemente, do crescimento dos investimentos internos. Estudos da Fundação Getúlio Vargas mostram que a miséria foi reduzida em 28% no primeiro mandato do presidente Lula, o que ajudou a ampliar a demanda interna. (25) A boa onda da economia mundial é um forte convite para os empresários a elevarem os investimentos. (26) Lula tem usado o seu carisma para capitalizar em cima desses fatores. A sua ação é de um ativista do crescimento. Entretanto, são nas ações do governo Lula que se devem procurar as medidas que terão maiores conseqüências para o futuro dos investimentos e para a eficiência da economia no médio e longo prazos. Será que a ação do presidente Lula casa com as ações do governo Lula? Fiel à sua preferência pelo Estado-Empreendedor, o PT tem mantido sua ojeriza pela privatização. Uma enormidade de empresas estatais foi criada pelo governo federal. (27) Na área da infra-estrutura, o governo tem feito pouco e não tem deixado a iniciativa privada fazer, com raras exceções. A conduta do governo em relação às empresas privadas continua dicotômica. Para as empresas que produzem bens e serviços onde o EstadoEmpreendedor não tem vantagem comparativa, o espaço está aberto para investir. Os advogados desse estilo de governo não vêem o Estado em condições de produzir sapatos, confecções, mobiliário, alimentos, automóveis, maquinários etc. Esses setores continuam com autonomia para planejar, produzir e vender. Mas, para as empresas que dizem respeito aos bens e serviços básicos e que dependem da autorização do governo, a maioria dos auxiliares do presidente Lula tem utilizado a máquina pública, a burocracia governamental e as agências reguladoras de forma rigorosa e até discricionária. Entram aí os vários projetos de infra-estrutura e as empresas que dependem de autorização governamental nas áreas de energia, meio ambiente, transporte e outros. Recentemente, o governo aprovou as concessões de cerca de 2.600 mil quilômetros de rodovias. O modelo adotado foi bem diferente do anterior. As concessionárias nada pagaram pela concessão e venceram pelo menor preço do pedágio oferecido. No modelo anterior, as concessionárias pagaram pela con-
cessão e destinam uma parte da arrecadação dos pedágios para o governo que, por sua vez, constrói outras rodovias. Como elemento eleitoral, o modelo de Lula é muito mais poderoso, pois contará com o apoio de todos os motoristas que, sem atentarem para as conseqüências de longo prazo, sentir-se-ão satisfeitos com um pedágio mais barato. No campo das idéias e valores sociais, o fracasso das tentativas de implantar o CNJ e a ANCINAV foi compensado pela TV Brasil, criada pela Medida Provisória 398/07. (28) Trata-se de uma nova empresa pública com forte intervencionismo governamental. Dos vinte membros que comporão o conselho superior da entidade, dezenove serão indicados pelo presidente Lula. Há mais intervencionismo. O artigo 29 da MP 398/07 determina que as prestadoras de serviços de TV por assinatura deverão reservar, gratuitamente, dois canais para o Poder Executivo Federal: um para transmitir a TV pública e outro para transmitir atos e matérias de interesse do governo. É a volta da "Hora do Brasil", agora ampliada e fortalecida. Nas palavras dos dirigentes do PT, a nova televisão visa "democratizar" os meios de comunicação de massa, para que todos tenham oportunidades de entender os debates políticos e saber como decidir. O governo Lula tem sido impiedoso com quem lhe faz oposição, atingindo até mesmo intelectuais de grande respeitabilidade. Quatro dos mais prestigiados economistas do IPEA foram "expurgados" em 14/11/07, logo após a indicação de um quadro petista (Márcio Pochmann) para a direção daquele órgão de pesquisa. Os quatro pesquisadores (Fábio Giambiagi, Gervásio Rezende, Regis Bonelli e Otávio Tourinho), além de sua alta competência profissional, tinham em comum o fato de serem críticos do excesso de gastos do governo, o que contraria o pensamento de Pochmann que no seu discurso de posse afirmou que o Estado brasileiro é raquítico e precisa crescer. Ao saber do expurgo, Delfim Netto assim se manifestou: "Nunca houve censura de nenhuma natureza no IPEA. O que espero é que não haja censura à pesquisa acadêmica que o IPEA tem produzido". (29) Bem diferente tem sido o caso da Venezuela onde, segundo Lula, brilha uma pujante democracia. (30) Na mesma época em que essa afirmação foi feita, a imprensa nacional in-
IV Nenhum projeto socialista, obviamente, poderá ser construído sem respeitar os interesses imediatos do proletariado e dos trabalhadores. Sem "acordar", pois, com estes grupos e classes os seus interesses, necessidades atuais e futuras. Inclusive como classes e grupos sociais diferenciados, que eventualmente pretendam (mesmo dentro do capitalismo) "negar" a sua situação de trabalhadores subordinados, para melhorarem as suas condições econômicas e culturais, para liberarem-se da dependência em relação ao Estado ou aos seus patrões privados, seja através de iniciativas cooperadas, seja através de empreendimentos empresariais comuns. Parto, porém, da premissa que a classe operária orgânica e tradicional, sobre a qual o marxismoleninismo ergueu seu edifício conceitual – ao contrário do que ocorria no período da segunda revolução industrial – torna-se cada vez mais particularista. Um sujeito cada vez mais improvável de portar com principalidade, conscientemente ou não, um projeto coerente de socialismo, seja ele democrático ou autoritário. Na concepção de socialismo que trabalho no presente texto, portanto, o proletariado atual e específico não tem qualquer papel messiânico ou substancial, mas poderá ter o papel que ele mesmo se colocar, a partir da requalificação consciente do seu universo corporativo. Estas concepções só podem vir do seu ser social atual e real, "em si", "dentro" das suas lutas e conciliações, e não a partir de "fora" da sua vida social e produtiva, como entendeu o leninismo. A capacidade cada vez menos "universalizante" das lutas operárias tradicionais – demandas econômicas e propostas ao Estado, de políticas "para si" – decorre, de uma parte, da redução numérica do seu contingente "clássico", organizado na fábrica moderna. Decorre,
também, da qualidade dos seus novos interesses imediatos (desde a sua adversidade em relação aos imigrantes até as lutas que travam contra a informalidade). E origina-se, principalmente, do deslocamento das funções mais importantes no processo de reprodução do capital, em direção aos trabalhadores não-assalariados ou assalariados não-proletários. Refiro-me àqueles grupos organizados em estruturas autônomas, terceirizadas, "quarteirizadas", ora articuladas no entorno da produção cultural, dos serviços de segurança privada, da produção e armazenamento do conhecimento, da pesquisa e implementação de novas tecnologias, ora vinculados a empresas "novo tipo", a escritórios de "design", a firmas de franquias e a outros tipos de serviços realizados em pequenos coletivos ou isoladamente. E àqueles prestadores e operadores, nas atividades mais significativas em escritórios burocráticos ou unidades financeiras e da "sociedade de informática", em atividades com relação jurídica subordinada ou que são feitas por "conta própria"; seja por instituições de forma cooperada ou ordinária, assim como são feitas por aqueles trabalhadores – assalariados ou não – de altíssima capacitação científica ou técnica, das mais variadas instituições públicas e privadas,
base produtiva do capitalismo. É o mundo do trabalho fragmentado pela pós-modernidade, disponibilizado para novas formas econômicas e jurídicas de exploração, insuflado pela alienação consumista, que oprime ainda de forma mais radical as vidas vazias e repetitivas de milhões, com seus sentimentos manipulados pela baixa cultura de massas, carentes de sentido e de perspectivas de futuro. As grandes mudanças no seu "modo de ser" e no seu "modo de vida", com alterações importantes nas relações entre as classes, comungam com um processo radicalizado de reificação onde, de forma cada vez mais agressiva, "o trabalho mercantilizado gera o puro consumidor dominado, que não produz nada daquilo que ele precisa" (19). Aqui tem inteira propriedade a formulação genial de Marx (20): "A produção não se limita a fornecer um objeto material à necessidade, fornece ainda uma necessidade ao objeto social (...). A necessidade que sente deste objeto é criado pela percepção dos mesmos. O objeto de arte, tal como qualquer outro produto, cria um público capaz de compreender a arte e apreciar a beleza. Portanto, a produção não cria somente um objeto para o sujeito, mas também um sujeito para o objeto (...). A produção
produtivas ou improdutivas, todas totalmente alheias ao "mundo operário". Mas é deste mundo complexo que pode começar, hoje, a experimentação de novos modos de produzir e ofertar serviços, que possam acumular para a interrupção progressiva do "sociometabolismo" do capital, através de uma regulação que tenha por finalidade defender o ser humano concreto, que subordina o mercado abstrato (17). Não parto, todavia, da visão que as classes sociais estão em extinção ou que a luta entre elas "cessou". Ou mesmo que o "trabalho" perdeu a sua centralidade na sociedade capitalista contemporânea. Sugiro, porém, que as classes estão em profunda mutação objetiva, com reflexos importantes nas suas formas de socialização e na sua vocação política. Trata-se, na verdade, da abertura de um novo mundo do trabalho (18), indiferente às "premissas indiscutíveis da tradição socialista", cuja subjetividade é construída separadamente da cultura da luta de classes, vigente à época em que as grandes fábricas modernas sintetizavam o que havia de mais avançado na
engendra, portanto o consumo (...), gerando no consumidor a necessidade dos produtos que, de início, foram postos por ele como objeto. A existência de um produto não faz dele uma necessidade social, mas a generalização da sua produção torna-o uma necessidade humana historicamente determinada". Este é um processo universal, que atinge de forma plena toda a vida social e brutaliza a vida cotidiana do conjunto dos trabalhadores e de outros setores da sociedade, aos quais é sempre vedada e, ao mesmo tempo, estimulada a ampliação significativa do consumo. Em escala diferenciada, este processo atinge grandes massas não trabalhadoras, que têm o seu poder aquisitivo limitado a apenas manter um nível medíocre de reprodução das suas condições de existência. Nestas condições, com a crise profunda de cerne do "sujeito objetivo", a questão do partido democrático do socialismo adquire importância maior. O "sujeito-classe" que deu origem ao leninismo e ao socialismo correspondente àquela época, debilitou-se com a perda dos seus vínculos
Reprodução
cepções sobre o Estado e o Direito Público, sobre as formas de controle social dos agentes públicos e as concepções sobre as instituições de participação da sociedade nas grandes decisões públicas, sejam construídas ou reconstruídas a partir da "apropriação", num plano superior, do que foi elaborado pelo Direito moderno. As duas grandes manifestações particulares e concretas da idéia socialista compõem o elenco civilizatório moderno e têm muito a colher da experiência democrática moderna. Refiro-me tanto à tradição presente no reformismo socialdemocrata, como aquela dos modelos inspirados, direta ou indiretamente, no marxismoleninismo e no stalinismo. Para estas últimas, o proletariado é o sujeito necessário da instauração do socialismo no bojo de uma revolução, que destrói o Estado para refazê-lo com outra ordem. Trata-se de iniciar a construção de uma sociedade "inteiramente outra" e que desemboque, idealmente, na supressão de toda a coerção estatal e das diferenças sociais. Para o reformismo social-democrata – de outra parte – o proletariado é o sujeito ativo de um processo conciliatório, que promove um contrato social, cuja vigência foi possível nas condições específicas da segunda revolução industrial. Através deste contrato, as organizações proletárias negociaram uma poderosa influência sobre o Estado, visando o uso acordado dos fundos públicos, sem a destruição do Estado de Direito (15). Tal acordo leva aos limites a capacidade do Estado de "assumir (uma) visão de longo prazo" (16), dentro da sociedade capitalista.
Nenhum projeto socialista, obviamente, poderá ser construído sem respeitar os interesses imediatos do proletariado e dos trabalhadores.
Estado sobre a economia privada. (35) Tanto esses vídeos como as três teses aprovadas no Congresso (36) , levaram o PT a recomendar grandes mobilizações populares, com movimentos de ruas, especialmente no que tange à preparação da população na prática do voto em plebiscitos e referendos. O partido deseja utilizar esses meios para obter decisões sobre temas econômicos e políticos de grande importância. Para o PT, "o socialismo não é apenas um meio, mas o fim e o valor da sua ação política". (37) Essa idéia tem levado os seus dirigentes a considerar o próprio partido como um fim. Isso ficou claro nos casos de corrupção denunciados em 2005. "Recursos não contabilizados" foi um dos meios ilícitos para justificar um fim pretensamente lícito. Mais. A corrupção encontrou um amplo amparo dentro da filosofia explicitada no 3º Congresso do PT, segundo a qual os fins supremos do partido justificam os meios. Voltemos à relação entre as ações e a economia. Para reafirmar a sua linha de "intervencionismo seletivo", o Congresso do PT concluiu pela necessidade de se "reabilitar o papel do Estado no planejamento democrático da economia". (38) Em 1º de setembro de 2007, o partido rechaçou, de uma vez por todas, a idéia do Estado mínimo. (39) Um mês depois, o presidente Lula declarou que "choque de gestão" é contratar mais gente, ter mais pessoas qualificadas trabalhando (40) em consonância com a burocracia governamental, que decidiu gastar em 2008 R$ 130 bilhões com pessoal e encargos – um valor 10,1% maior que o previsto na revisão do orçamento de 2007. Para os petistas, mais funcionários e mais despesas com pessoal correspondem a melhores serviços públicos. "Se essa tese fosse verdadeira, a administração federal teria melhorado incessantemente nos últimos cinco anos. Não há notícia dessa melhora. O Tesouro Nacional gastou com pessoal e encargos, de janeiro a agosto de 2007, 13,5% mais que nos oito meses correspondentes de 2006. As despesas com esse item cresceram mais que a receita do governo central, 12,3%. A folha de pessoal foi inflada não só pela contratação de funcionários, mas também pela generosa concessão de aumentos salariais". (41) No 3º Congresso do PT, os petistas reafirmaram que o Estado precisa crescer para assumir o planejamento e o financiamento do crescimento econômico. "É necessário retirar o planejamento econômico das mãos de quem o faz hoje: da anarquia do mercado capitalista, bem como da minoria de tecnocratas estatais e de grandes empresários, a serviço da acumulação do capital... Lailson Duarte/O Popular/AE
Mesmo delegando a avaliação pedagógica dos livros a professores universitários sem vinculação direta com o Ministério, o MEC responde pela avaliação.
ternacional dava um resumo da reforma constitucional que Chávez submeteria ao povo venezuelano em 02/12/07 por meio de um plebiscito. Dentre as medidas, constava o art. 337 que dizia: "o Presidente pode decretar o estado de exceção e, com isso, suspender os direitos individuais e de imprensa". A mesma imprensa registrava milhares de casos de afastamento de funcionários públicos e perseguição de empregados e empregadores do setor privado que não concordavam com a política de Chávez. (31) Ao lado da grande penetração de petistas na burocracia governamental, a máquina pública tem se revelado muito lenta nas decisões. Em muitas áreas, os funcionários têm medo de decidir. Eles são os mesmos que, quando na oposição, acionavam o Ministério Público contra os funcionários que autorizavam as agências reguladoras a prosseguir no seu trabalho. Com receio de serem vítimas do próprio "modismo", eles não decidem. Os investidores têm mostrado grande preocupação com a lentidão do Novo Estado Empreendedor. Segundo a ABDIB, o PAC vai produzir efeitos muito menores do que os anunciados pelo governo, em vista do cipoal burocrático que trava a aprovação dos projetos e o começo das obras. (32) A área do meio ambiente é das mais críticas. Por exemplo, o prazo legal para a concessão de uma licença ambiental pelo IBAMA é de 30 dias, enquanto que o prazo médio (real) no governo Lula tem sido de 394 dias. A aprovação de um EIA-Rima, que deveria ser feita em 60 dias, está levando 576 dias. A realização de uma audiência pública sobre questão ambiental, que deveria ocorrer em 45, leva 239 dias. E uma licença prévia, que deveria ser concedida em 270 dias, leva 1.188 dias. (33) Os dirigentes de associações de investidores em infra-estrutura não se cansam de dizer que, no Brasil de hoje, o setor privado não encontra ambiente favorável para ajudar a construir o País, apesar de estar preparado para "bancar" mais de 40% do PAC (34). Ou seja, o viés anticapitalista leva as autorizações para o mais alto nível de decisão e envolve muitos administradores que, no conjunto, titubeiam para decidir. No 3º Congresso do PT, realizado em 1º de setembro de 2007, o partido reafirmou essa convicção anticapitalista. Nos vídeos preparatórios ao evento, os apelos foram explícitos, com indicativos para aumentar o controle do
(42)
"O governo Lula tem um projeto para o País. É um governo que trabalha para que os bancos públicos sejam bancos de fomento e que o BNDES seja o carro-chefe da economia brasileira". (43) O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) foi lançado dentro dessa filosofia, na qual o Estado planeja e financia os projetos.
No que tange à preservação do direito de propriedade privada, o PT, apesar de ter ocupado certos setores críticos com um grande número de filiados (44) , lamenta a conduta dos magistrados na condução de controvérsias sobre aquele direito: "O Poder Judiciário tem representado um importante obstáculo à reforma agrária (...) sendo ágil nas ações penais contra lideranças dos movimentos sociais e lento nas ações de desapropriação". (45) Nesse campo, aliás, o atual Ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, declarou: "há invasões compreensíveis". (46) Na esteira do anti-privatismo, uma série de medidas vêm sendo tomadas no sentido de restringir a ação das agências reguladoras. A desmoralização da ANAC foi usada como paradigma em busca das mudanças, em especial, na regra que garante a estabilidade dos diretores das agências. Tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei 3.337/04, de autoria do Poder Executivo, que visa dar um novo formato às agências reguladoras. Há uma forte tendência de se transformar as agências em repartições do governo federal, que não estarão livres de influências políticas. Nesse campo, as medidas concretas foram além dos sonhos. No governo Lula, as agências reguladoras tiveram grandes cortes em seus recursos (47) e novas restrições têm sido introduzidas para o investimento privado. Nos projetos de produção e transmissão de energia elétrica, por exemplo, o governo estabeleceu um limite estreito para a participação do capital privado na construção de usinas e linhões. No caso da Usina Santo Antônio, do Rio Madeira, essa participação será acanhada. A preferência do PT é pela elevação do papel dos órgãos de Estado no investimento e na gerência das atividades de infra-estrutura, o que pode comprometer os aspectos da eficiência, custos, margens, cortes, inadimplência ou equilíbrio financeiro dos contratos. Em recentes revisões tarifárias, as empresas de energia elétrica, privatizadas, são levadas a trabalhar em condições intoleráveis. Já há sinais de empresas que estão se desinteressando e se retirando da atividade. Pressões exageradas podem derrubar os preços dessas empresas, o que, de certa forma, facilitaria a recompra pelo Estado. Mas, as propostas apresentadas no 3º Congresso do PT foram além da área econômica. Seguindo os passos de Gramsci, os intelectuais do partido aprovaram várias teses no campo das instituições. Sobre a escola: "A escola deve sedimentar os valores que queremos". (48) (grifo acrescentado) Sem querer estabelecer semelhanças, é interessante notar uma decisão de Hugo Chávez na mesma direção: "As escolas públicas e privadas têm de ensinar às crianças o socialismo do século 21. Quem não quiser terá de fechar sua escola. Haverá intervenções, nacionalizações e assumiremos a responsabilidade sobre essas crianças". (49) Além disso, será determinada a adoção de novos livros didáticos para todas as escolas. Coincidentemente, a imprensa brasileira denunciou que mais de 20 milhões de estudantes vêm sendo "doutrinados" pelos livros distribuídos pelo Ministério da Educação e Cultura, em especial, pela Nova História Crítica, livro usado na 8ª série, que busca incutir nas crianças
mente em relação às questões atinentes às liberdades públicas efetivas, mas também naquelas questões vinculadas à liberdade de escolha para melhores perspectivas na vida privada, as promessas do Iluminismo e do socialismo moderno estão cada vez mais distantes. Os impulsos que os indivíduos detêm para buscar a felicidade pessoal tornam-se, progressivamente, sentimentos abstratos, que cotidianamente se desvelam em depressão, insegurança, raiva dos "bem-sucedidos", angústias indecifráveis pelo consumo não realizado, combinados com o sofrimento de milhões pelas carências materiais. O que "restou, então, para os vencedores"? Criaram um mundo melhor? É este mundo do império, dirigido por Bush, da guerra de conquista? Do domínio do capital financeiro desmontando até as conquistas sociais-democratas? Do consumismo desenfreado e elitista? Da narco-criminalidade dominando grande parte dos recursos do mundo? Da exploração irracional dos recursos naturais? Do genocídio africano? Da concentração especulativa de renda? Da insensibilidade total dos "grandes", perante a fome e a doença de milhões? Esse é o mundo "democrático", pós-muro de Berlim? Seu fracasso não é menor do que o fracasso soviético. É maior, porque sua crise combina, de forma mais "científica", a força coativa material do Estado subordinado ao capital financeiro com o consenso manipulado das próprias vítimas. Seu fracasso é previsível, inclusive no que refere às possibilidades de sobrevivência da humanidade, num planeta dilapidado pela acumulação irracional, combinada com a depredação calculada (27): "superar, com o atual modelo econômico, o problema do desemprego basear-se-ia em um incremento da produção e isso acabaria por destruir ainda mais rapidamente o planeta (...), para criar empregos, fala-se que é preciso crescer acima de 3,5% do PIB. ‘Um crescimento de 3,5% anual durante 20 anos significa duplicar as cifras atuais do PIB mundial quando, já hoje em dia, a economia mundial utiliza, ou melhor vampiriza, cerca de 40% da biomassa do planeta, transformando-a em alimentos, combustíveis, têxteis, materiais de construção... O que significaria que em apenas 20 anos e sem que houvesse se gerado emprego líquido, uma só espécie, a humana, especialmente uma minoria dentro dela, estaria dilapidando 80% da biomassa do planeta..." A questão da igualdade, da efetividade das conquistas sociais do século 20 e da própria sobrevivência planetária são, portanto, questões "combinadas", extremamente atuais. Elas vinculam rejeição à barbárie e necessidade de um novo sistema regulatório, para que se inaugure uma nova fase histórico-universal, na qual finalmente sejam postas as condições de reprodução da existência de forma "conscientemente orientada". VI No período atual de descrença na idéia do socialismo em escala global e de crise do Partido dos Trabalhadores, em função dos acontecimentos de 2005, o início da recomposição consciente do projeto socialista e da utopia democrática nele imbricada – a refundação teórica e política do partido democrático do socialismo moderno – é pressuposto para a ampliação da influência social e política de todos os grupos e organizações socialistas.
Caso este processo não se reabra, rapidamente, é provável que a nossa base mais politizada comece a se perguntar o que a levaria a aceitar "sacrifícios", para reerguer o socialismo, se o seu maior partido pode se tornar apenas um partido do pragmatismo de governo, de um reformismo sem projeto, condição a que – nós do PT – fomos levados pela hegemonia da direção anterior? Embora nem o governo Lula nem o PT tenham colocado a questão do socialismo na "ordem do dia", é evidente que a falta de um horizonte mais claro sobre o governo, em função do bloqueio "oportuno" da elaboração partidária, nos foi extremamente prejudicial. No horizonte governamental, deveríamos vislumbrar pelo menos a recuperação de uma cultura republicana fortemente democrática (que deve ser prévia e concomitante à elaboração de um novo projeto socialista) e deveríamos ousar "adiantar" normativas de uma nova ética pública (cuja ausência também estimulou a visão "materialista" de que "os fins justificam os meios"). A perda de referenciais também está determinada pela orientação burocrática e autoritária que foi imprimida à relação "partido x governo", inclusive na própria formação do governo. Esta orientação teve influência na própria conduta política do centro do governo, "a posteriori" e está marcada pelo fato de pouco avançarmos – apesar de esforços isolados – também na participação da sociedade civil no controle das políticas públicas e do orçamento público, ambos pressupostos de uma estratégia democrática renovada, verdadeiramente reformadora (28). O documento conciliatório do nosso V Congresso, "Socialismo Petista", é um documento de excelente qualidade. Mas deveria ter sido tomado como reabertura da discussão num novo nível e foi consagrado como documento que a encerrou de forma conciliatória. As visões tradicionais do marxismo e da social-democracia, dentro do partido, com exceções, conciliaram com ele: a maior parte dos heterodoxos estava preocupada com questões imediatas de governabilidade de curto prazo e as visões mais "tradicionais" de esquerda estavam ocupadas, em regra, em busca do controle político no Partido e depois no governo. No concreto, aquele documento estimulou uma moratória consensual do debate, conveniência que permitiu – por um longo tempo – que cada grupo partidário "fosse levando" a sua política, com referenciais socialistas (ou não), mas sempre incomunicáveis entre si. A vitória do pragmatismo dirigente no período recente, para quem esta discussão deixou de interessar, também tem muito a ver com este "arquivamento" da discussão teórica. Ficou demonstrado também, neste período, que é possível "debater" sobre este tema através de uma sucessão de "ajustes", com premissas falsas, para não chegar a qualquer lugar. Como? Mantendo as emulações ideológicas sem definições estratégicas e sem a preocupação de produzir uma elaboração doutrinária dialeticamente construída. Por exemplo: discutir para "comprovar" a superioridade de um socialismo (teórico) sobre o capitalismo (concreto) sem maiores definições estratégicas a partir do presente; elaborar "demonstrações" que o domínio global do sistema capitalista está radicalizando os problemas da humanidade – ambientais, segurança mundial, pobreza, vio-
lência na suas diversas formas – fazendo-o de maneira puramente "constatativa"; alertar que as democracias, no império global, só avançam naquelas questões que não ameacem o poder das grandes corporações globais (casamento de homossexuais, direitos da mulher, "garantismo" jurídico para as dívidas públicas e grandes investimentos) sem considerar a magnitude e a importância da questão democrática, como fundamento estruturador de uma nova política democrática com valores socialistas, o que ainda permanece como a "Esfinge" (29). O essencial da discussão para uma certa parte da esquerda mais tradicional também pôde ser escondido pela via da "moratória autoritária", a saber: partir da afirmação velada de que é necessário, num "socialismo verdadeiro", um "período de ditadura do proletariado", para que a democracia floresça mais tarde com mais viço e
(...) o ideal socialista é também uma idéia reguladora do presente; e importante, estrategicamente para a renovação teórica, moral e espiritual da utopia socialista (...)
universalidade, e jamais colocar esta questão de maneira explícita. Se ficar estabelecida a falsa premissa de que a única forma de socialismo concebível como "verdadeira" é esta que foi formulada no século passado – a partir da identificação de uma missão "ensejada pelo capitalismo para a classe operária" (30) – também a discussão do novo não avançará. Tornar-se-á impossível um debate produtivo, porque a premissa arbitrária já supõe que, quem não a aceita, nega uma afirmação que tem foros de "verdade científica": a verdade que foi comprovada pelo crivo do marxismo-leninismo, aliás teoria assim
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
ECONOMIA - 3
Economia
CAIXA 1 O seu consultor financeiro
EMPRESAS DO SETOR PRETENDEM ABRIR 45 NOVAS UNIDADES AINDA NESTE ANO
Lavagem a seco, o brilho extra no negócio. Paulo Pampolin/Digna Imagem/18/8/2005
Fátima Lourenço
A
s franquias de lavagem de carro sem utilizar água planejam abrir pelo menos 45 novas unidades em 2008. São possibilidades anc o r a d a s e m m a rc a s c o m o DryWash, DryTech, Dry Up e BestDry, estampadas em 150 pontos de serviço, com diferentes formatos de negócio e faixas de investimento inicial. A montagem de uma delas, excluído o ponto, demanda de R$ 10 mil a R$ 100 mil. As variações contemplam lojas de rua ou as instaladas em estacionamentos de shoppings e supermercados, e também em conjuntos comerciais e residenciais. "Para cada situação é um projeto arquitetônico", diz o fundador da DryTech, Roberto Barallobre. Criada em 1999, a marca opera 42 franquias, e oferece negócio a partir de R$ 20 mil. Barallobre não busca crescimento acelerado. "Esse sistema exige mais atenção, não é um trabalho automatizado. Depende da mão-de-obra e de controle de qualidade." As franquias do gênero trabalham com produtos de formulação exclusiva e, além da lavagem, vendem serviços como enceramento, polimento e higienização dos estofados. No geral, espera-se dinamismo do franqueado para buscar parcerias (descontos para clientes dos shoppings ou conta de fro-
Rodriguez, da DryWash: pioneiro.
tas de empresas) e atingir um nível ótimo de venda dos serviços, de maior valor agregado. A história do negócio de lavagem de carro sem água é recente. As referências vêm de pioneiros como o criador da DryWash, em 1994, Lito Rodriguez. Ele já teve 250 contratos assinados, com 140 operações funcionando simultaneamente. Entre 2001 e 2003, no entanto, reestruturou a operação, hoje com 65 franquias. O movimento teve o objetivo de dar prioridade ao profissionalismo, único caminho, segundo ele, para enfrentar margens menores, clientela cada vez mais exigente e concorrência pulverizada. A meta é crescer 20% em 2008. "O mercado ainda está engatinhando." A DryWash oferece franquias para atuação em estacionamentos de pequena, média e grande movimentação, que demandam investimentos entre R$ 10 mil e cerca de R$ 60
mil. A marca está integrada a um grupo fabricante de produtos utilizados pela rede e tem o apoio da empresa EGF, especializada em administrar franquias do ramo, o que facilita projetos de expansão com o apoio de investidores. Na BestDry, fundada há quatro anos e desde 2005 sob o comando de Marcos Bronsert, o formato mais procurado – o premium – requer investimento de R$ 45 mil a R$ 55 mil. Das 33 unidades distribuídas por 11 estados, 28 têm esse perfil, prioritário para a expansão e o mais viável para a saúde do negócio, com faturamento mínimo mensal estimado em R$ 12 mil e lucro líquido de 20%. Bronsert, que também opera em Portugal, por meio de um master franqueado, planeja abrir 18 novas franquias no Brasil em 2008. A internacionalização também está nos planos da DryUp para 2008. "No final de março, abriremos uma operação própria em Buenos Aires, com um sócio local", diz o fundador da empresa, Guilherme Gmeiner. No Brasil, onde atua desde 2006, a marca está presente em cinco estados, com 18 unidades. A meta é abrir mais 12 em 2008. Uma franquia DryUp custa de R$ 50 mil a R$ 60 mil. O ponto é decisivo para o faturamento, variável entre R$ 20 mil e R$ 50 mil, com lucro líquido de 20% a 40%. São Paulo e Rio de Janeiro são prioridades para a expansão.
Divulgação
Dinheiro em caixa
Por onde começar?
os dois artigos anteriores apresentei exemplos práticos de decisões financeiras que permitirão pequenas economias. Analisadas isoladamente, não parecem grande coisa... Com efeito, deixar de gastar R$ 100 ou R$ 50 por pagar o IPVA e o IPTU à vista, não mudará a vida de ninguém. Então por que esquentar a cabeça com isso? Antes que você se envergonhe por estar com tendências de "mão-de-vaca", reflita comigo sobre alguns pontos que justificam tal comportamento: (1) Você rasgaria uma nota de R$ 50 ou de R$ 100? Acho que não, não é mesmo? Então por que jogar fora estas quantias pagando mais juros, se você puder pagar menos? (2) As economias que citei foram apenas duas oportunidades surgidas no início do ano. Até dezembro, quantas mais surgirão e que você poderá aproveitar? Matrículas, anuidades escolares, academias...Enfim, quantas? Só para refletir, R$ 100 economizados mensalmente, a 0,8% ao mês, viram R$ 1.264 ao fim de um ano, ou mais de R$ 20
mil ao fim de dez! (3) Por que não incorporar bons hábitos, evitando desperdícios e fortalecendo sua saúde financeira? Bem, no artigo de hoje, generalizo os exemplos, dando dicas para que você se sinta mais seguro diante de oportunidades similares! Calcule as taxas: Em um financiamento, descubra a taxa mensal embutida. Se você não possui calculadora financeira, use o site www.bcb.gov.br/ ? P RE S T FI X A . Exemplo: financiar R$ 1 mil em cinco parcelas de R$ 250, a primeira como entrada. Preencha quatro meses, a prestação, R$ 250 e o valor financiado, sem a entrada, de R$ 750 para chegar à taxa de 12,5898%. Se você possui recursos para pagar à vista: Opte pelo pagamento à vista sempre que a taxa calculada for maior que a taxa que você obtém em suas aplicações. Use a rentabilidade das aplicações de renda fixa para análise. Nesse caso, deposite em suas aplicações o valor das prestações que você iria pagar, nas respectivas datas de vencimento. Se você não possui recursos
para pagar à vista: Opte pelo pagamento à vista sempre que a taxa calculada for maior que a obtida em um empréstimo. Nesse caso, faça o empréstimo bancário, pague o imposto ou a compra à vista e fique devendo ao banco, pagando-o nos prazos estipulados para evitar multas e outros encargos. Diante de várias dívidas ou oportunidades: Caso você não possua recursos para liqüidar/aproveitar todas, opte pelas mais caras, que não necessariamente são as maiores, mas sim as que embutem as maiores taxas, pois crescem mais rápido. Por exemplo, se você possuir hoje: dívida de R$ 500 no cheque especial (10,27% ao mês); R$ 1 mil no CDC (3,01% ao mês) e R$ 1 mil em conta corrente, será preferível zerar sua dívida do cheque e pagar metade da dívida do CDC, pois assim você ficará devendo apenas R$ 515,05 no CDC. Caso você optasse por zerar toda a dívida do CDC, no mês que vem ficaria devendo R$ 551,35 no cheque. Assim, em casos como este, faça sempre as contas, para ver onde sua economia será maior!
Franquias de lavagem sem água também oferecem serviços complementares, de maior valor agregado.
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que o regime capitalista é mau e que a solução de todos os problemas é o socialismo. (50) O jornalista Ali Kamel fez um resumo das partes mais ilustrativas dessa estratégia: "Terras, minas e empresas são propriedade privada. As decisões econômicas são tomadas pela burguesia, que busca lucro pessoal. A burguesia recebe muito mais do que o proletariado. [No socialismo], terras, minas e empresas pertencem à coletividade. As decisões econômicas são tomadas democraticamente pelo povo trabalhador. Os produtores são os próprios consumidores, por isso tudo é feito com honestidade. Não há mais ricos, e as diferenças sociais são pequenas". (51) Ao comentar um outro livro de história, com tiragem de mais de um milhão de exemplares e distribuído pelo Ministério da Educação e Cultura – "Projeto Aribá, História, Ensino Fundamental 8" – o mesmo jornalista destacou vários trechos de pura propaganda do governo Lula e que nada têm a ver com a realidade dos fatos da formação do Brasil. (52) Para agir de forma mais harmônica e competente, o 3º Congresso decidiu criar a "Escola Nacional do PT" para elaborar e executar uma política de formação de futuros gestores de prefeituras, governos estaduais e parlamentares. (53) No campo da cultura, o PT reconheceu a necessidade de: "reforçar o seu compromisso com a cultura como ferramenta de transformação" (54) , dentro de uma "prática cultural petista" (55), na qual "artistas, intelectuais e militantes da cultura tenham um papel mais importante na construção do ideário e atuação partidária". (56) Nesse campo, o partido prega que "se pense a ação cultural como assunto estratégico de governo e de poder". (57) Qual será o método para se chegar a esses fins? No 3º Congresso o PT anunciou os mecanismos que pretende pôr em marcha para atingir a democracia participativa como, por exemplo: "A convocação de plebiscitos para decidir questões de grande alcance nacional; a simplificação das formalidades para a proposição de iniciativas populares legislativas; a convocação de consultas e referendos em temas de impacto nacional..." . (58) Foi dentro dessa perspectiva que surgiu a idéia de um plebiscito sobre a validade da privatização da Companhia Vale do Rio Doce. Trata-se de um plebiscito de resultado quase conhecido. Os brasileiros, de modo geral, gostam mais de estatização do que de privatização. A grande maioria quer ver o governo tomando conta da energia elétrica (64%), estradas e rodovias (68%), bancos (51%). A única área em que a privatização é privilegiada pelo povo é a da telefonia, devido ao fácil acesso aos telefones celulares. (59) Por isso, há os que especulam que a idéia do plebiscito sobre a Vale do Rio Doce foi pensada como um projeto piloto para testar a viabilidade das consultas populares e, ao mesmo tempo, desenvolver o "know how" do PT no campo dos plebiscitos e referendos sobre temas mais complexos, como é o caso das questões políticas como, por exemplo, as que visam mudar as funções das instituições democráticas (Senado Federal), dos mandatos eletivos e até mesmo as cláusulas pétreas da Constituição Federal. Outros vêem nisso um mero estratagema para alinhar aquela empresa na futura campanha eleitoral à Presidência da República. Mas, ao que tudo indica, a busca de plebiscitos
vai mais longe do anunciado pragmatismo e se mostra como uma das peças para se materializar uma reforma política. Nesse terreno, o PT deseja: "a convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte exclusiva, livre, soberana e democrática, a ser alcançada através de um grande movimento que venha a ganhar as ruas com um sentido de conquista e ampliação de direitos políticos e democráticos". (60) Não foi mencionada a idéia de mudança do mandato presidencial e muito menos a possibilidade de reeleição do presidente Lula. Mas, nada disso pode ser feito sem uma Assembléia Nacional Constituinte. Uma vez na rua, a campanha prevista pode ser ampliada em seus objetivos, para criar o clima de forte demanda das massas pela continuidade do presidente. O próprio Presidente Lula, na entrevista citada (concedida no Itamaraty em 14/11/07) não viu nada de errado no fato de Chávez propor uma mudança constitucional que lhe garanta a possibilidade de reeleição perpétua e competência para suspender os direitos individuais e de imprensa, tendo justificado seu posicionamento com exemplos (inadequados) de primeiros ministros que ficaram muito tempo no poder tais como Margareth Thatcher, Felipe Gonzalez, Helmut Kohl e outros. O assunto da reeleição do Presidente Lula tem sido cogitado e camuflado no âmbito do PT. Os projetos de lei apresentados nesse campo não obtiveram o apoio aberto do Presidente Lula ou do Presidente do partido. No final de 2007, essa hipótese era considerada remota, mas não estava fora de cogitação. Tudo iria depender do andamento da economia e da satisfação dos eleitores com as políticas do governo atual, o que de resto foi o caldo de cultura utilizado por Chávez para obter do povo venezuelano uma verdadeira carta branca para o exercício da presidência – fato já registrado pela história nos casos de Hitler e Mussolini. Especulações sobre o Futuro O que se pode esperar dos investimentos em um governo de esquerda e intervencionista? O que antever em termos de eficiência da economia brasileira? O governo Lula se caracteriza por uma esquerda do tipo burocrático-sindical. Não se trata de uma esquerda revolucionária. Lula é um homem conservador e que não gosta de correr grandes riscos. Ademais, vários de seus auxiliares aprenderam que, para a sobrevivência no governo, o crescimento econômico é indispensável e, portanto, não se pode agredir os investidores privados impunemente. Ao lado da concepção ideológica que preside as decisões nos Congressos do Partido dos Trabalhadores e nos escritos dos expoentes mais intelectualizados, há que se considerar que a grande maioria dos militantes que ocuparam a máquina do Estado age de forma pragmática e fisiológica. São dirigentes sindicais que assumiram postos públicos, que permitem a liberdade para contratar pessoas, independentemente de qualificação e concurso. São pessoas que se encantam com os hotéis cinco estrelas e
que usufruem de outras facilidades, comuns aos cargos públicos, e estranhas à dureza franciscana da vida sindical – com exceções, é claro. Os integrantes do governo federal fizeram saques eletrônicos com os cartões corporativos no valor de R$ 58,7 milhões para pagamento de despesas em espécie. A quantia representa 77,6% de um total de R$ 75,6 milhões gastos em 2007. O saque em espécie virou rotina. (61) Para essas pessoas, o socialismo dos intelectuais do partido é um ornamento sofisticado para justificar uma vida de regalias que agrada a todos. Sentados na proa de uma grande nave, elas agem com extremo pragmatismo para manter-se no governo, haja vista a variada lista de coligações do PT com partidos que nada têm a ver com os princípios socialistas – ou, para ser franco, com quaisquer princípios. Na verdade, os que defendem de modo mais aguerrido as teses socialistas são os políticos que se desligaram do PT, como é o caso, por exemplo, dos integrantes do PSOL. Reproduç
ão
Coincidentemente, a imprensa brasileira denunciou que mais de 20 milhões de estudantes vêm sendo doutrinados pelos livros distribuídos pelo Ministério da Educação e Cultura, em especial, pela Nova História Crítica - 8ª série.
Dentro do pragmatismo do dia-a-dia, a conduta desses petistas se aproxima do velho peronismo, em que o sindicalismo fez todo o tipo de arranjo para continuar governando a Argentina. Para essa massa de recém-chegados à vida pública, a delapidação da máquina do Estado virá mais pela degradação ocasionada pela incompetência técnica e pelo estilo de administração feudal do que pela concepção intelectualizada do novo socialismo pregado pela cúpula do PT. As ações praticadas se assemelham às de uma política de varejo de estilo municipalista – muito longe do que caracteriza a construção de um projeto de desenvolvimento de Nação. A maioria desses militantes tem conseguido "desconstruir" no pressuposto de que a "reconstrução" será automática. Miram em ações intervencionistas, como se a economia e a sociedade reagissem na mesma direção e com a mesma eficiência – sem levar em conta os problemas de segunda geração. Tome o caso do desrespeito ao direito de propriedade. Em certos casos, o desrespeito tem
Só o bem inestimável da derrota do nazismo, cuja principal responsabilidade é atribuível ao Estado Soviético, que é produto de uma revolução, já é um legado extraordinário para o futuro comum dos seres humanos sobre o planeta terra (...)
No pôster, em cirílico, está escrito REVOLUÇÃO
batizada pelo próprio Stálin (31). Com esta fórmula, porém, já estamos perante uma proposta, que embora tenha coerência formal, já tem "testes" históricos realizados e, inclusive, parâmetros alternativos – como a socialdemocracia – para que possamos estabelecer comparativos qualitativos e quantitativos. Através destes comparativos é possível aferir se este tipo de socialismo poderia ser regenerado ou se os seus "desvios" poderiam ser corrigidos. Acredito que ambas as empreitadas são impossíveis. As afirmações de que "não há contradição" entre socialismo e democracia", porque "democracia só existe com socialismo" ou, ainda, que "não existe socialismo sem democracia", são totalmente falsos. Não é verdade que não exista democracia sem socialismo. Nem é verdade que o socialismo só pode existir com democracia. Muitos países são democráticos e inclusive derrotaram os ideais socialistas por métodos democráticos. Todos os países que fizeram experiências socialistas (mais além da social-democracia), ou são não-democráticos ou são totalitários. O "cientificismo" de tais afirmativas é mera escolástica. VII Ainda estamos por constituir um sistema categorial adequado (32) ao presente histórico, já que aquele originário – por exemplo – da IIIª Internacional não tem mais vitalidade. As categorias históricas não são eternas, são mutáveis e reciprocamente condicionadas. Embora, evidentemente, ninguém tenha uma proposição acabada
para um "socialismo democrático", que possa ser fundamentada com rigor (Marx sequer tentou uma elaboração sistêmica), quero defender que o socialismo do século 20, tanto na sua versão "social-democrata" como na "burocrático-estatal"– independentemente dos seus méritos e deméritos – não têm a menor possibilidade de tornarem-se vencedores no século atual. O socialismo, apresentado como "marxistaleninista, ou o socialismo "social-democrata" baseados, ambos, na força política e importância econômica do proletariado (genericamente o mundo do trabalho do século 20) não tem mais condições de ser regenerado. A sociedade de classes, que lhes deu origem, está profundamente modificada e aqueles projetos socialistas não têm mais "sujeitos" sociais capazes de lhes dar sustentação. Seja sustentação para uma revolução que "quebre o Estado" (quebrando também as conquistas jurídicas plebéias que ele incorpora), seja a sustentação para moldar um contrato social-democrata clássico (produto de uma situação histórica específica do capitalismo), que foi marcado pela conciliação contratual entre burguesia industrial e os operários organizados na grande fábrica moderna. (Este contrato, se repetido nos dias de hoje, inclusive não teria condições de dar conta da massa gigantesca de excluídos, especialmente nos países de 2º e 3º grupo na hierarquia do capitalismo global.) (33) Há um outro motivo, este de fundo teórico, para que apostemos na reinvenção e não na
recuperação do velho socialismo. O marxismo mantém o seu vigor em pontos fundamentais da análise e da crítica do capitalismo e permanece sendo um referencial filosófico básico para a compressão do capitalismo e da modernidade, e para "mudar o mundo". É preciso notar, contudo, que alguns dos pontos de apoio fundamentais da teoria marxista foram dissolvidos ou diluídos. Para não falar da sua visão, historicamente alienada, da "religião como ópio do povo", lembremo-nos de alguns alicerces da elaboração de Marx, a respeito do futuro do capitalismo, fundamentais para a estratégia política do "socialismo proletário". Refiro-me à não realizada "proletarização crescente" da sociedade; à impropriedade da previsão marxiana de que o desenvolvimento das forças produtivas estimularia a revolução nos países capitalistas mais avançados; à superação gradativa de condições históricas que unificariam os trabalhadores numa ação internacional de caráter antiburguês e revolucionário. Ao contrário: o que ocorreu foi o aumento do número de trabalhadores, mas principalmente naquelas atividades sem qualquer tipicidade proletária; as revoluções vingaram nos países mais atrasados e ali fracassaram; os interesses dos trabalhadores, no plano internacional (principalmente no que refere aos trabalhadores do "primeiro mundo" em relação aos demais) são cada vez mais conflitivos. Trotsky já advertira a respeito de uma situação totalmente nova e fora dos cânones até então desenhados pelo marxismo soviético, que poderia se abrir depois da Segunda Guerra mundial. Eminentes dirigentes políticos, estudiosos e intelectuais marxistas e não marxistas, vêm trabalhando há muito sobre o tema, sem maiores acolhimentos pelo marxismo sonolento de setores ainda importantes da esquerda. Trotsky, porém, num daqueles lampejos geniais que às vezes lhe caracterizava, já apontava para a necessidade de "revisão" das forças motrizes da revolução, "se, contra todas as probabilidades, a Revolução de Outubro, durante a guerra atual ou logo depois, não conseguir se estender a algum país avançado (...)" (34), o que, como se sabe, efetivamente não ocorreu. O "socialismo proletário", porém, não legou para a democracia e para o futuro da humanidade somente erros e tragédias. Ele integra, como a própria revolução burguesa, com as suas barbáries coloniais e imperiais, um processo civilizatório pós-medieval, cujo desfecho ainda não está definido. Só o bem inestimável da derrota do nazismo, cuja principal responsabilidade é atribuível ao Estado Soviético, que é produto de uma revolução, já é um legado extraordinário para o futuro comum dos seres humanos sobre o planeta terra, se é que um futuro conquistaremos. VIII Quero fundamentar, ao final, que é possível e necessário conciliar democracia e socialismo. Bem como é possível "taxas" maiores ou menores de democracia em sociedades capitalistas, sejam elas mais "avançadas" ou mais "atrasadas". Caso não seja possível, porém, combinar um projeto de revolução democrática com a retomada, mesmo no longo curso, de um sentimento majoritário alicerçado na utopia da igualdade social – consolidada pela idéia do socialismo moderno –, os movimentos e partidos socialistas perderão totalmente a sua importância histórica e os aspectos
David Brauchli/Reuters
mais conservadores e autoritários, também contidos na democracia sob o capitalismo, poderão firmar-se e crescer. No médio prazo, as bandeiras da igualdade e da emancipação poderão ser falsamente retomadas por outras mãos e por novos caminhos. Talvez por algo que se aproxime dos novos projetos politizados de "eugenia social", que vêm com mais força dentro da pós-modernidade: as utopias "negativas" (35), aquelas que partem do pressuposto de que a ausência de um espírito nacional, a desigualdade e a violência decorrem da "natureza humana", que é diferenciável entre raças, etnias ou classes sociais. É possível também um certo tipo de socialismo sem ancoragem num regime político democrático. Uma ditadura do aparato estatalpartidário poderá combinar um socialismo igualitário e atrasado, com formas de "engenharia política" que soneguem a liberdade, inclusive para as classes trabalhadoras, o que de resto não é uma novidade. A "estatização da sociedade", através da extinção da vida plural da sociedade civil e o processo de monopolização da ação política "legal" pelos agentes do Estado, pode fazer avançar rapidamente a igualdade social na pobreza, para a maioria, conformando um certo tipo de regime socialista. Mas também reforçará minorias privilegiadas que se constituirão – como já ocorreu – como uma bomba de retardo para mais tarde implodir aquele edifício social. Não há nenhuma relação necessária ou mecânica entre as formas políticas pelas quais o Estado mantém o monopólio da violência e a centralidade da produção do Direito, de um lado, e, de outro, a forma através da qual ele organiza a produção e a distribuição da riqueza produzida. Se um socialismo de carência poderá ser reerguido com mais "eficiência", ou não, com um mínimo ou um máximo de coerção, é outro problema. O projeto socialista pode ser autoritário ou totalitário e pode também travestirse para apresentar portando novas formas de controle social e motivações ideológicas antihumanistas. A democracia também pode manter a injustiça social, desde que ela consiga construir mecanismos que "naturalizem" ou "legitimem" a dominação, a partir da aceitação livre ou manipulada dos próprios dominados. O partido moderno do socialismo democrático será aquele que conseguir, neste novo período histórico, propor e construir políticas públicas, instituições, formas de organização econômica e um novo direito público, no qual a legitimação do poder dependa, crescentemente, das condições que o poder gere para a redução progressiva das desigualdades, para o respeito e a afirmação das diferenças, para a redução dos níveis de alienação, a redução radical da violência e da idiotização consumista. A integração, complementaridade e recíproca determinação entre democracia e socialismo só ocorrerá se for "conscientemente orientada". Elas devem ser pensadas "de fora" e "de dentro" dos movimentos sociais, operário-sindicais, pelos setores mais modernos e recentes do mundo do trabalho e por todas as pessoas que aceitem lutar pela emancipação, na defesa de políticas de igualdade e de reconhecimento de diferenças. Esta integração também deve ser pensada a partir dos movimentos democráticos da sociedade, que lutam para preservar e obter dignificação cultural, étnica, sexual, sem nenhum referencial "classista".
O que "restou, então, para os vencedores"? Criaram um mundo melhor? É este mundo do império, dirigido por Bush, da guerra de conquista? (...) Esse é o mundo "democrático", pós-muro de Berlim?
De todas estas lutas democráticas "conscientemente orientadas", à medida que elas se opuserem à barbárie neoliberal, devem emergir propostas aplicáveis a curto, médio e longo prazos, específicas e totalizantes, que consigam refazer os laços ideológicos de solidariedade social entre os oprimidos e explorados: aquela ampla maioria que, por ser excluída, é obrigada a desenvolver políticas subversivas de "inclusão" (que só podem ser adotadas pelo Estado se ele se libera da tutela escravagista do capital financeiro global), acordada com aqueles que, embora não excluídos, querem e têm o direito de ter uma vida pacífica, mais segura e mais plena de sentido (e que para obter este resultado, sabem que é preciso eliminar as fontes que reiteram e ampliam a miséria e a violência). Não é impossível que nas atuais condições de niilismo, individualismo possessivo e pessimismo, surjam alternativas, mediata ou imediatamente de caráter totalitário, com fundamentos populistas, com presumíveis "saídas" rápidas e salvacionistas para a crise da esquerda. Devemos nos prevenir
contra esta possibilidade, pois qualquer totalitarismo ou autoritarismo, por mais verniz social ou "socialista" que ele tenha, é sempre, ou se tornará, regressivo e direitista. Repito, não há nenhuma relação "necessária" ou de complementariedade mecânica entre as formas institucionais e as condições políticas, através das quais o Estado detém o monopólio da violência e da produção do Direito, de um lado, e a organização da produção e da distribuição da riqueza produzida, de outro. Esta relação, os homens as constróem – conscientemente – ou aceitam as desigualdades produzidas pelo que pode ser o eterno "sociometabolismo" do capital, até a provável extinção da humanidade. O socialismo nem sempre é democrático. O capitalismo nem sempre é ditatorial ou autoritário. Mas, o socialismo que pode permanecer é aquele que for construído com democracia, para alargá-la até às suas melhores possibilidades, as quais ainda não se sabe claramente quais são.
sido aberto como foi a quebra de patente do medicamento Efavirenz para tratamento de AIDS e produzido pelo Laboratório Merck Sharp & Dohme, determinada por um decreto presidencial em 4 de maio de 2007. Em outros casos, o desrespeito se esconde na leniência do governo em relação às ações predatórias do MST em várias regiões do País. Há ainda a conduta que fica nas entrelinhas, como é o caso da simpatia pelos governos de esquerda da América Latina. Muitos burocratas nem conhecem a realidade dos países, mas atuam na direção a ser seguida porque se trata de uma contestação às elites formulada e acionada pelo Foro de São Paulo, que foi fundado, pela iniciativa de Lula, para articular os esforços de todos os partidos de esquerda da região, com o apoio de Fidel Castro e Hugo Chávez. Trata-se de um pano de fundo, que justifica certas condutas, aparentemente triviais, mas que levam avante a utopia de um novo socialismo na América Latina. Podem ser citadas algumas decisões muitos simples. No caso dos atletas cubanos, por exemplo, ficou clara a interligação entre os governos do Brasil e de Cuba, na pronta deportação daqueles esportistas. (62) No caso da Bolívia, ficou patente o alinhamento entre os presidentes Lula e Evo Morales em face de uma brutal invasão de escritórios e plantas das refinarias da Petrobras naquele país. No caso do Mercosul, identificouse um acordo tácito entre Lula e Chávez, apoiando um convite da Argentina para a Venezuela entrar no bloco regional sem a aprovação prévia dos respectivos parlamentos. Logo depois do incidente diplomático ocorrido no Chile (novembro de 2007), no qual o Rei Juan Carlos da Espanha pediu para Chávez se calar, Lula veio em seu apoio para dizer: "Podese criticar Chávez por qualquer outra coisa, mas por falta de democracia na Venezuela, não. Nos últimos anos, a Venezuela teve três referendos, três eleições e quatro plebiscitos" (Entrevista concedida no Itamaraty em 14/11/07). São forças que se somam na redução da eficiência dos órgãos públicos e, no longo prazo, da economia como um todo. Por não ser uma esquerda de total arbítrio, o grosso da interferência do Estado na vida das empresas privadas vem sendo feita através de leis, medidas provisórias, decretos e outros atos administrativos. Entram nessa estratégia a agressividade da Petrobras ao comprar, no período de poucas semanas, o Grupo Ipiranga, juntamente com a Braskem e Ultra – assim como na aquisição da Suzano Petroquímica. São sinais de franca reestatização do setor. Compõe esse modelo o negócio realizado no final de 2007, que redundará na criação da maior empresa nacional de telecomunicações, com a fusão da OI (ex-Telemar) com a Brasil Telecom. Indiretamente, atuam nessa direção as dificuldades criadas pelo governo contra a terceirização, o que está levando as empresas privatizadas a uma reestatização pela incorporação forçada em seus quadros de empregados que pertenciam às empresas contratadas. É a chamada "estatização branca" – tudo dentro da legalidade. O mesmo combate à terceirização reduz a eficiência das empresas que não podem realizar todas as atividades e dependem de sub-contratação. A redução das liberdades vem sendo praticada também através de mecanismos legais muito sutis. Por exemplo, a Medida Provisória 316/06, depois
O Foro de São Paulo foi fundado pela iniciativa de Lula para articular os esforços de todos os partidos de esquerda da região, com apoio de Fidel Castro e Hugo Chávez. Na foto, capa da revista Digesto 439 Os 4 Cavaleiros do Leviatã
convertida na Lei 11.430/06, inverteu o ônus da prova no caso de acidentes do trabalho e doenças profissionais. Um empregado, individualmente, ou por meio de seu sindicato, passou a ter o direito de responsabilizar a empresa onde trabalha por qualquer problema de saúde que lhe venha a ocorrer durante o seu contrato de trabalho. Cabe à empresa provar que o problema não foi causado por suas atividades. Isso já está gerando uma enorme quantidade de ações trabalhistas, invocando, inclusive, vultosas indenizações por danos materiais e morais. O acúmulo dessas ações na mesma empresa acarreta uma elevação do seu grau de risco, o que implica em aumentos expressivos na alíquota da contribuição compulsória ao seguro acidentes do trabalho. Outro exemplo. Desde julho de 2006, os sindicatos laborais passaram a ter o direito de acionar as empresas em nome de seus representados, mas sem autorização destes e até mesmo contra a sua vontade, o que, de certa forma, tornou os empresários reféns dos sindicalistas. Trata-se do dispositivo legal chamado de "substituição processual", por meio do qual o sindicato substitui o trabalhador, sem anuência deste. Com isso, os sindicatos estão se preparando para usar esse poderoso direito para acionar as empresas por motivos presentes e passados, em ações trabalhistas de grande monta. Numa palavra, os empresários não sabem mais o passivo trabalhista que de fato possuem porque, a qualquer momento, um sindicato pode processá-los por motivos remotos referentes a todos os seus empregados e até mesmo a toda uma categoria profissional. Esses dois exemplos explicitam a insegurança jurídica que cerca os investidores no longo prazo. É a formação de passivos ocultos. A qualquer momento eles podem se transformar em ações judiciais onerosas para ressarcir um acidente ou uma doença que foi contraída fora de suas empresas ou indenizar prejuízos alegados por um sindicato que sequer consultou seus representados para deles obter a devida autorização. Na área trabalhista, a lista de medidas intervencionistas é infindável e transborda os limites deste ensaio. Em vista de tudo isso, ainda é vantajoso investir no Brasil? Parece que sim. Afinal, o potencial de consumo do País é enorme. A melhoria da distribuição de renda vem ampliando esse potencial. A elevação do poder de compra dos pobres, promovida em grande parte pelos programas sociais, amplia as oportunidades de vendas e lucros. Ganhos adicionais podem surgir da estabilidade política mantida por um governo que tem fortes raízes populares. Na opinião do economista Luiz Carlos Bresser-Pereira, para os investidores, a esquerda ideal é a que busca reformar o capitalismo. (63) Na concepção do PT, entretanto, o capitalismo não tem conserto. O regime precisa ser substituído pelo socialismo moderno que, deixa para o setor privado a produção do "varejo", para a qual o Estado não tem condições de sobressair, e reserva para o governo os grandes investimentos em infra-estrutura e em programas sociais, incluindo-se aqui, as trans-
ferências de renda, os projetos educacionais, da cultura, da imprensa e outros que garantem a hegemonia do partido no processo eleitoral. Se essa hipótese tem validade, o socialismo moderno estaria sendo cunhado dentro de um pacto implícito, no qual as grandes empresas, que podem trabalhar com mais liberdade em áreas não estratégicas, concordariam em repassar para o governo quase 40% do PIB na forma de impostos, e o governo, em contrapartida, garantir-lhes-ia uma exposição mínima ao comércio internacional. Sim, porque uma grande abertura comercial colocaria a céu aberto as feridas da economia brasileira. Seria um desastre para muitas empresas terem de competir com similares de países que produzem os mesmos bens com menos custo e mais qualidade. Ademais, isso traria à praça pública as mazelas que hoje impedem as empresas nacionais de competirem com vantagem, como é o caso do gigantismo das despesas públicas e do anacronismo da carga tributária. Como isso não interessa nem às empresas, nem ao governo, a troca de uma pesada carga tributária por garantias contra as agressões externas surge como uma hipótese de um pacto quase sinistro, o que explicaria, dentre outras coisas, o bombardeio do Brasil à ALCA e a busca de um relacionamento mais forte com os países pobres. (64) Mas, o que há de errado com um governo que distribui renda e reduz a pobreza? Nada. Há que se perguntar, porém, se, em nome dessa política, o País consegue manter a eficiência da economia no longo prazo. É bom lembrar que o comunismo morreu por ter abandonado a eficiência, deixando como saldo o desamor pela produtividade e o desprezo ao mérito. Aliás, esse mesmo mérito vem sendo "desconstruído" em muitas áreas da sociedade brasileira. Há sindicatos que criticam as empresas que premiam os melhores empregados, porque isso significa uma exclusão social dos demais. O mesmo ocorre nas escolas, em que a premiação do aluno mais brilhante é vista como desprezo aos demais. E assim vai se destruindo a noção de mérito, que é o símbolo da eficiência, da garra, da dedicação, do comprometimento, do amor ao bem-feito, numa palavra, da ética do trabalho. No caso do Brasil, o grosso da produção ainda se guia pela produtividade e pelos sinais dos preços, que caracterizam a concorrência acirrada. É isso que levou as empresas a avançarem bastante no terreno da eficiência, das inovações organizacionais e da modernização tecnológica. As melhorias da produção e da produtividade se aplicam à agricultura, à indústria, ao comércio e aos serviços. Só não houve mais avanços devido à persistência dos constrangimentos da infra-estrutura, à má qualidade da educação e à perversidade dos juros e tributos. O que dizer da marcha do intervencionismo depois do PT? O "day after" depende muito do andamento do crescimento econômico. A continuar com taxas de 5%, com a economia internacional favorável aos preços brasileiros e com a valorização do real garantindo baixa inflação, tudo indica que Lula terá um amplo espaço para continuar como o amigo dos ricos e pai dos pobres e, com isso, ser, no mínimo, um eleitor decisivo nas próximas eleições. Nesse cenário, o intervencionismo será crescente. A reversão é pouco provável. Mesmo porque a oposição terá grandes dificuldades para conquistar os corações da grande maioria dos eleitores, mexendo nos programas de apoio aos
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4 - ECONOMIA
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Economia
CAIXA 1 O seu consultor financeiro
Ibovespa chega aos 40 anos Felipe Frisch/AG
M
uitos investidores que se vêem às voltas com o nervoso sobe-edesce do mercado de ações das últimas semanas não fazem idéia de por quantas mudanças o setor já passou. Hoje, entre as grandes preocupações, estão o preço do petróleo – que se reflete nas ações da Petrobras – e com a cotação internacional do minério de ferro – que influencia diretamente os papéis da Vale. Juntas as ações das duas empresas detêm 31% do Índice Bovespa (Ibovespa), o principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que determina se o dia foi de alta ou de baixa no mercado brasileiro. Desde 1968, quando foi criado, a alta acumulada já chega a 3.756,63% (corrigida pelo IGP-DI). No passado, eram empresas de setores os mais diferentes possíveis que eram usadas para diagnosticar se o dia tinha sido bom ou ruim: a fabricante de sorvetes Kibon, a brinquedos Estrela, a editora Melhoramentos, as bicicletas Monark e a montadora Ford-Willys – dos modelos Jeep, Rural, AeroWillys e Galaxie – já fizeram parte do Ibovespa. Elas participavam do índice com ações ao portador, extintas em 1990. Hoje, até os setores em que elas atuam estão fora da bolsa, ou com poucos negócios – casos de Monark e Estrela. A composição do Ibovespa é reavaliada a cada quadrimestre. As mudanças refletem, em parte, a economia do País, explica Ricardo Pinto Nogueira, diretor de operações da bolsa. Em 1993, 50,47% do índice eram compostos pelas ações preferenciais (PN, sem direito a voto) da Telebrás. A concentração no setor de telecomunicações durou até o início dos anos 2000, mesmo depois da privatização do setor (realizada em 1998). Somadas, as novas empresas detinham forte participação. Hoje, as teles têm 9,7% do índice; varejo, 5,2%; setor de alimentos, 2,09%; imobiliário, 2,31%; transportes, 3%; e energia, 8,89%. "Nos anos 60, o perfil da bolsa era mais de empresas dos setores de mecânica, metalurgia, bancos e comércio (a Casa Anglo era a dona da marca Mappin). Empresas grandes, e até líderes em seus segmentos, foram fechando capital." Ele lembra que, com a crise do petróleo dos anos 70, a bolsa só voltaria a ficar atraente para a capitalização de empresas nos anos 80, com a concessão de incentivos fiscais para investidores. Outro ponto importante foi a abertura para o capital estrangeiro, em 1992, quando foi possível a comparação das empresas brasileiras com estrangeiras. "O setor de telecomunicações era promissor. Mas houve a virada do mundo em relação às commo-
Tesouro alcança 100 mil investidores
O
programa Tesouro Direto, que permite aos investidores comprarem diretamente do governo federal, via corretoras, os mesmos títulos públicos que são comprados por fundos DI e de renda fixa, encerrou 2007 com mais de 100 mil investidores cadastrados: 102.993. A maior participação dos investidores foi em títulos prefixados – que têm juros determinados na hora da compra, recomendados para quem aposta na queda da taxa de juros. As Letras do Tesouro Nacional (LTNs) – prefixadas que pagam o valor no vencimento – e as Notas do Tesouro Nacional da série F (NTN-F) – prefixadas que pagam ainda juros semestrais – representaram 51,6% dos títulos comprados, 36,8% apenas para as LTNs. Na seqüência, vieram os títulos indexados ao IPCA, como as Notas do Tesouro Nacional da série B (NTNs-B), que foram 33,8% das vendas. A procura por títulos prefixados refletiu uma aposta do investidor na queda da taxa básica de juros, a Selic, que remunera as Letras Financeiras do Tesouro (LFTs, pós-fixadas, portanto), atualmente em 11,25% ao ano. Os especialistas alertam, no entanto, que, com a crise recente nos Estados Unidos, não pode ser totalmente descartada a possibilidade de alta na taxa Selic pelo Banco Central (BC), ainda este ano. As taxas de juros projetadas em contratos negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) para janeiro de 2009 apontam uma taxa de 11,91% ao ano. (FF/AG)
Marcelo Carnaval/AG
O setor de telecomunicações era promissor. Mas houve a virada do mundo em relação às commodities, como petróleo e minério de ferro. Eduardo Roche, da Model Asset Management
dities (como petróleo e minério de ferro) devido ao crescimento mundial e da China. A distorção saiu de um setor e foi para outros. Talvez o Ibovespa sofresse menos se tivesse mais ações ligadas ao mercado interno", avalia Eduardo Roche, gerente de análise da Modal Asset Management. Para fazer parte do Ibovespa, as regras não mudaram. Houve apenas ajustes na pontuação devido aos planos econômicos e aos períodos inflacionários, com 11 cortes de zero. A ação precisa ter feito parte do grupo de empresas que respondem por 80% do número de negócios e do volume financeiro da Bolsa nos 12 meses que antecedem a revisão. O peso da ação é dado por quanto cada papel é negociado. Atualmente, a carteira teórica tem 64 ações de 59 empresas – algumas possuem ONs (com direito a voto) e PNs na lista –,
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mas começou com 27 papéis e já chegou a ter 127 em 1986. Por isso, sua concentração é freqüentemente questionada. "A partir de 80 ações, consegue-se uma diversificação maior", reconhece Nogueira. Para as próximas revisões, que acontecem em janeiro, maio e setembro, a expectativa dele é que entrem ações de empresas que fizeram ofertas públicas recentes com volume elevado. O destaque seria para setores que ele denomina "parafinanceiros", como a própria Bovespa Holding, a Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e a Redecard, de sistemas de cartões. Os bancos são 11,88% do índice. Para Luiz Kleber Hollinger, diretor da America Invest, um setor que pode vir a ter peso na bolsa e no Ibovespa é o de educação, com a entrada de empresas como SEB, a Kroton e Anhangüera Educacional.
ENTENDA
A
ções ao Portador – Além d a s a ç õ e s o rd i n á r i a s (ON, de "ordinárias nominativas", com direito a voto) e preferenciais (PN, de "preferenciais nominativas", que não votam, mas têm mais direitos, como preferência no recebimento de dividendos), o Brasil já teve ações ao portador, PP e OP, extintas em 1990 por facilitarem evasão fiscal e lavagem de dinheiro.
C
ircuit Breaker – Mecanismo que interrompe as negociações quando a queda chega a 10% no dia. O sistema pára por 30 minutos. Se, na volta, o Ibovespa chegar a cair 15%, o sistema é interrompido por mais uma hora. No Brasil, já foi acionado oito vezes desde a implantação, em 1997.
também porque não acredito no seu resultado – pelas várias amostras históricas que tivemos – é que abordo o "socialismo" como movimento estrategicamente concebido como componente da revolução democrática, a partir da construção de uma "sociedade conscientemente orientada". Esta, aliás, não é uma questão nova nem sua resposta é de fácil solução. Se "democracia" for tomada no sentido concreto que lhe é dado pelo presente texto, através da leitura – por exemplo – do livro de István Mészáros, "Além do Capital" (2), chegar-se-á à demolidora conclusão que a resposta é um rotundo "não". Segundo Mészáros – provavelmente um dos mais preparados teóricos e críticos do capitalismo e da globalização – o capital é incontrolável pelos meios e formas que o socialismo e a social-democracia experimentaram até o presente. Para o autor, todo o complexo social no qual o capitalismo está envolvido reproduzirá, sempre, as condições necessárias para a sua perpetuação como fonte radical de poder. Por este motivo irremovível, qualquer estratégia "gradualista", que não interrompa a articulação "sociometabólica" do domínio do capital – mesmo que seja no bojo de uma revolução – é suicida: o capital "não pode compartilhar o poder". As decorrências das posições defendidas por Mészáros, no que se refere a um projeto político, provavelmente não são menos "utópicas" (3) do que as que defenderemos neste texto. Mas são, dada a realidade histórica que vivemos, provavelmente muito mais difíceis e longínquas, para serem implementadas. Nosso esforço, aqui, é para colaborar com a retomada da discussão socialista sem o apego, necessariamente, aos cânones do marxismo "dominante" ou "vencedor", a saber, aquele inscrito na tradição da IIª e da IIIª Internacional, e também sem vínculos com a idéia de um "socialismo" que já é transição para uma sociedade sem classes. O texto não renega esta possibilidade. Simplesmente não a coloca num horizonte sequer presumido. Desejamos vincular nesta discussão, portanto, "democracia" com um socialismo não originário exclusivamente da teoria marxista-leninista "clássica", nem com o socialismo da sua vertente economicista típica. Trato, aqui, o socialismo mais como um "movimento" por "dentro" e por "fora" do Estado – de sucessivas transformações que obstruam a reprodução das desigualdades e ampliem as condições de igualdade – e menos a partir da pré-visão de um modo de produção desde logo determinado. E o faço, também, a partir do reconhecimento de que o imprescindível é a construção, na modernidade, de uma consciência emancipatória nova, de grupos de interesse, classes não-dominantes, indivíduos conscientemente organizados, para os quais a melhor saída para uma existência digna e plena de sentido é dar efetividade aos direitos da constituição moderna. Penso que é possível construir esta consciência a partir de uma luta política, cultural e institucional, que possa ter efeitos cumulativos e assim promover (no interior de um regime democrático aberto à sua própria radicalização) uma reforma democrática do Estado. Promover a construção de uma nova esfera pública democrática e novas relações entre Estado x Sociedade: na verdade, um novo contrato social. Através deste, a pretensão é que o poder político se desloque, progressivamente, da força econômica
das classes dominantes para as classes nãodominantes, dos proprietários privados do capital financeiro para os setores produtivos públicos e privados e para os "não-proprietários" dos meios de produção, cujas ações sobre o Estado reformado se processe através dos partidos, sindicatos, instituições não-governamentais e organizações de representação da sociedade civil. Por isso, sustento que é preciso promover e aceitar a luta cotidiana para aperfeiçoar e radicalizar a democracia realmente existente, sem a preocupação exagerada de termos imediatamente um projeto estratégico "fechado. É uma luta "conscientemente orientada" para a construção de uma nova hegemonia, experimentada e legitimada no ritual democrático republicano, de molde que as idéias emancipatórias sejam, como Reprodução
Nosso esforço, aqui, é para colaborar com a retomada da discussão socialista sem o apego, necessariamente, aos cânones do marxismo "dominante" ou "vencedor"(...) Na foto, Karl Marx, um dos autores de "O Capital"
queria Antonio Gramsci, dominantes antes, e não construídas (artificialmente) depois, pela via autoritária ou ditatorial. Tratar, portanto, a questão do socialismo como questão integrada na revolução democrática, cuja centralidade é a obstrução da barbárie e do "apartheid" social, é a efetividade dos direitos sociais da modernidade, é a democratização da formação da opinião e a construção institucional do controle público do Estado, do poder local até o centro político do governo (4). II Alguns fatos de alcance histórico-universal, nos últimos 50 anos, devem ser acolhidos pela teoria para testar validades, avaliar previsões e medir distâncias entre os projetos emancipatórios do século 20 e os seus resultados. Os resultados conseguidos pelas lutas em direção às utopias "positivas"* – aquelas que se baseiam na
busca da igualdade social e da solidariedade humana – devem ser "localizados" no tempo e no espaço, para que os debates sobre o futuro aproveitem o passado, mas não sejam apenas a reposição de discussões que não têm mais conexões com a realidade. Por exemplo: não é necessário reavivar, hoje – nos mesmos termos – um debate como o proposto por Lenin no seu "A Revolução Proletária e o Renegado Kautsky". De uma parte, porque muitas das previsões de Kautsky (5), que foram "aniquiladas" por Lenin, mostraram-se válidas e, de outra, porque o bolchevismo (como forma de organização política) a não ser por pequenos grupos, já é compreendido como um fenômeno tipicamente russo, carente de universalidade. Finalmente, porque não está colocada, hoje, como contradição principal da política socialista, o "caminho da reforma" ou o da "revolução", tomada esta como ruptura abrupta e violenta do poder. Esta "via" – a da revolução, principalmente com violência – está historicamente interrompida, face os efeitos políticos e econômicos desastrosos do socialismo real. Escrevi em outra oportunidade e mantenho a posição: "... a opção, seja pela ‘reforma’ ou pela ‘revolução’, vai se deparar com uma questão preliminar intransponível, que obriga a unificação de ambas as opções (talvez para dividi-las num outro momento): a necessidade da defesa da socialização do trabalho como alicerce para a ‘inclusão’, numa sociedade ‘conscientemente orientada’ (...). Uma sociedade ‘conscientemente orientada’ (que) só pode ser uma sociedade radicalmente democrática, com um Estado sob seu controle e independentemente da regulação do capital financeiro (...); a porta de entrada da democracia renovada, não-manipulatória, passa a ser a igualdade, que hoje tem o nome insuportável de inclusão. É o encontro vital de um projeto socialista com uma estratégia democrática." (6). Parece certo que a recomposição inovadora do projeto socialista deve ser feita, então, com novas categorias, que abranjam uma nova compreensão teórica das lutas com sentido socialista. São lutas dotadas de um programa de direitos, através dos quais se reconheça que "reforma" e "revolução" se convertem, incessantemente, uma na outra. Inclusive, como possibilidade negativa e conservadora, esta através da retomada da "revolução" neoliberal. Esta recomposição do movimento e do projeto socialista deve ser pensada por vários partidos socialistas e grupos de opinião, marxistas ou não, neomarxistas, republicanos democráticos, para que não se corra o risco – no interior do próprio movimento – de restauração do ranço dogmático do positivismo–naturalista (7), em que o stalinismo transformou o marxismo, inclusive vinculando-o ao autoritarismo e à ditadura: "Uma política totalitária tende precisamente: 1) a fazer com que os membros de um determinado partido encontrem neste único partido todas as satisfações que antes encontravam numa multiplicidade de organizações, isto é, a romper todos os fios que ligam estes membros a organismos culturais estranhos; 2) a destruir todas as outras organizações ou a incorporá-las num sistema cujo único regulador seja o partido. Isto ocorre: 1) quando um determinado partido é portador de uma nova cultura e se verifica uma fase progressista; 2) quando um determinado partido quer impedir que uma outra força, portadora de
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segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
ECONOMIA - 7
Diana Paolucci S/A. Indústria e Comércio CNPJ/MF 60.715.703/0001-28 – NIRE 35.300.033.264 Edital de Convocação de Assembléia Geral Extraordinária A Diretoria da Diana Paolucci S/A. Indústria e Comércio, representada por seu Diretor Executivo Presidente, na forma do artigo 13º, §1º, do Estatuto Social da Companhia, convoca os Senhores Acionistas a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária, no dia 31 de janeiro de 2008, às 09:00 horas, na sede da Companhia localizada na Avenida Brigadeiro Faria Lima, 3015, Bairro do Itaim Bibi, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, a fim de discutirem e deliberarem sobre as seguintes matérias constantes da Ordem do Dia: I – Renúncia de membro titular do Conselho de Administração; II – Proposta para alteração do Estatuto Social da sociedade nos seguintes termos: i) inclusão de parágrafo único ao artigo 25, de forma a autorizar a Companhia a prestar avais em operações relacionadas ao seu objeto social quando representada, isolada ou conjuntamente, por quaisquer acionistas até o limite do capital social da Companhia; III – Fixação da verba global para remuneração dos membros da Diretoria da Companhia; IV – Outros assuntos de interesse social. Os documentos relativos às matérias a serem discutidas em Assembléia Geral Extraordinária encontram-se à disposição dos acionistas na sede da Companhia.São Paulo, 21 de janeiro de 2008. Abelardo Paolucci – Diretor Executivo Presidente. (23, 24 e 28/01/2008)
Banco Bankpar S.A. CNPJ no 60.419.645/0001-95 - NIRE 35.300.021.355 Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 3 de dezembro de 2007 Data, Hora e Local: Aos 3 dias do mês de dezembro de 2007, às 10h, na sede social, Avenida Maria Coelho Aguiar, 215, Bloco F, 8o andar, parte, Jardim São Luís, São Paulo, SP. Presença: Compareceram, identificaram-se e assinaram o Livro de Presença os representantes do Banco Bradesco S.A., único acionista da Sociedade. Constituição da Mesa: Presidente: Sérgio Socha; Secretário: Milton Matsumoto. Convocação: Dispensada a publicação do Edital de Convocação, de conformidade com o disposto no Parágrafo Quarto do Artigo 124 da Lei no 6.404/76, com a seguinte ordem do dia: eleger novo membro para compor a Diretoria da Sociedade. Deliberação: eleito Diretor, com mandato coincidente com o dos demais membros da Diretoria, até a Assembléia Geral Ordinária de 2008, o senhor Marcos Valério Tescarolo, brasileiro, casado, bancário, RG 16.367.864-9/SSP-SP, CPF 085.195.768/42, com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, cujo nome será levado à aprovação do Banco Central do Brasil, após o que tomará posse de seu cargo, sendo que permanecerá em suas funções até que a Diretoria a ser eleita no ano de 2008 receba a homologação do Banco Central do Brasil e seja a Ata arquivada na Junta Comercial e publicada. O Diretor eleito declarou, sob as penas da lei, que não está impedido de exercer a administração de sociedade mercantil em virtude de condenação criminal. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente esclareceu que toda a matéria ora aprovada somente entrará em vigor e se tornará efetiva depois de homologada pelo Banco Central do Brasil e de estarem atendidas todas as exigências legais de arquivamento na Junta Comercial e publicação. Em seguida, encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata, que lida e achada conforme, foi aprovada por todos os presentes, que a subscrevem. aa) Presidente: Sérgio Socha; Secretário: Milton Matsumoto; Acionista: Banco Bradesco S.A., representado por seus Diretores, senhores Sérgio Socha e Milton Matsumoto. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. Banco Bankpar S.A. aa) Sérgio Socha e Milton Almicar Silva Vargas. Certidão Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob no 4.988/08-5, em 11.1.2008. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.
Banco Bankpar S.A. CNPJ no 60.419.645/0001-95 - NIRE 35.300.021.355 Extrato da Ata das Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária realizadas cumulativamente em 23.4.2007 Data, Hora, Local: Aos 23 dias do mês de abril de 2007, às 13h, na sede social, Avenida Maria Coelho Aguiar, 215, Bloco F, 8o andar, parte, São Paulo, SP. Presença: Totalidade do Capital Social; Marcelo de Araújo Noronha, Diretor Geral, e Washington Luiz Pereira Cavalcanti, representante da empresa Pricewaterhousecoopers Auditores Independentes. Constituição da Mesa: Presidente: Milton Almicar Silva Vargas; Secretário: José Luiz Acar Pedro. Convocação: Dispensada (§ 4o do Artigo 124 da Lei no 6.404/76). Deliberações: Assembléia Geral Ordinária: 1. aprovadas, sem reservas, as contas dos Administradores, o Relatório da Administração, as Demonstrações Financeiras, as Notas Explicativas e o Parecer dos Auditores Independentes, relativos ao exercício social findo em 31.12.2006; 2. reeleitos membros da Diretoria, com mandato até a Assembléia Geral Ordinária de 2008, os senhores, DiretorPresidente: Márcio Artur Laurelli Cypriano, brasileiro, casado, bancário, RG 2.863.339-8/ SSP-SP, CPF 063.906.928/20; Diretores Vice-Presidentes: Laércio Albino Cezar, brasileiro, casado, bancário, RG 3.555.534/SSP-SP, CPF 064.172.724/00; Arnaldo Alves Vieira, brasileiro, viúvo, bancário, RG 4.847.312/SSP-SP, CPF 055.302.378/00, todos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP; Luiz Carlos Trabuco Cappi , brasileiro, casado, bancário, RG 5.284.352/SSP-SP, CPF 250.319.028/68, com domicílio na Avenida Paulista, 1.415, parte, Bela Vista, São Paulo, SP; Sérgio Socha, brasileiro, casado, bancário, RG 208.855-0/SSP-SC, CPF 133.186.409/72; Julio de Siqueira Carvalho de Araujo, brasileiro, casado, bancário, RG 3.272.499/IFP-RJ, CPF 425.327.017/49; Milton Almicar Silva Vargas, brasileiro, casado, bancário, RG 7.006.035.096/SSP-RS, CPF 232.816.500/15; José Luiz Acar Pedro, brasileiro, casado, bancário, RG 5.592.741/SSP-SP, CPF 607.571.598/34; e Norberto Pinto Barbedo, brasileiro, divorciado, bancário, RG 4.443.254/SSP-SP, CPF 509.392.708/20; Diretor Gerente: Paulo Eduardo D’Avila Isola, brasileiro, divorciado, bancário, RG 6.610.6709/SSP-SP, CPF 857.044.828/72, todos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP; Diretor Geral: Marcelo de Araújo Noronha , brasileiro, casado, bancário, RG 2.062.931/SSPPE, CPF 360.668.504/15; Diretores: Cesário Narihito Nakamura, brasileiro, casado, engenheiro, RG 14.130.520-4/SSP-SP, CPF 065.816.148/23; Luiz Antonio Sacco, brasileiro, casado, engenheiro, RG 12.319.159-2/SSP-SP, CPF 088.625.528/74; Roberto de Souza Lopes, brasileiro, casado, economista, RG 05.332.148-5/IFP-RJ, CPF 739.380.507/30; e Salvador Evangelista Junior, brasileiro, casado, advogado, RG 4.305.160/SSP-SP, CPF 255.904.108/19, todos com domicílio na Avenida Maria Coelho Aguiar, 215, Bloco F, 6o andar, parte, São Paulo, SP, sendo que permanecerão em suas funções até que a Diretoria a ser eleita no ano de 2008 receba a homologação do Banco Central do Brasil e seja a Ata arquivada na Junta Comercial e publicada; 3. fixado o montante global anual da remuneração dos Administradores, no valor de até R$63.000,00. Assembléia Geral Extraordinária: aprovada, sem qualquer alteração ou ressalva, a proposta da Diretoria para absorver parte dos Prejuízos Acumulados até 2005, mediante utilização do saldo da conta “Reserva de Capital Atualização de Títulos Patrimoniais” - R$206.343,60. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a Ata das referidas Assembléias encontra-se lavrada em livro próprio, homologada pelo Banco Central do Brasil e arquivada conforme segue: “Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob no 258.892/07-9, em 18.7.2007. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.”. Banco Bankpar S.A. aa) Sérgio Socha e Norberto Pinto Barbedo.
BV Leasing – Arrendamento Mercantil S.A. Companhia Aberta CNPJ/MF N.º 01.858.774/0001-10 - NIRE N.º 35.300.150.082 Reunião do Conselho de Administração realizada em 18 de Janeiro de 2008 Data, Horário e Local: 18 de janeiro de 2008, às 11:00 horas, na sede social da Companhia, na Rua Amazonas 439, 11º andar, no município de São Caetano do Sul, Estado de São Paulo. Presença: José Ermírio de Moraes Neto, Marcus Olyntho de Camargo Arruda e Wilson Masao Kuzuhara, únicos conselheiros da Companhia. Mesa: José Ermírio de Moraes Neto, Presidente; Marcus Olyntho de Camargo Arruda, Secretário. Deliberações: Foi aprovada, por unanimidade, a quinta emissão de debêntures pela Companhia, de acordo com as seguintes características: (i) Valor total da emissão. O valor total da emissão é de R$10.000.000.000,00 (dez bilhões de reais) na Data de Emissão (conforme definido abaixo); (ii) Quantidade. Serão emitidas 1.000.000 (um milhão) de debêntures (“Debêntures”); (iii) Valor nominal. As Debêntures terão valor nominal unitário de R$10.000,00 (dez mil reais) na Data de Emissão (“Valor Nominal”); (iv) Séries. A emissão será realizada em uma única série; (v) Conversibilidade. As Debêntures não serão conversíveis em ações; (vi) Espécie. As Debêntures serão da espécie subordinada, nos termos do artigo 58 da Lei n.º 6.404, de 15 de dezembro de 1976, conforme alterada; (vii) Data de emissão. Para todos os efeitos legais, a data de emissão das Debêntures será 02 de janeiro de 2008 (“Data de Emissão”); (viii) Prazo e data de vencimento. O prazo de vencimento das Debêntures será de 20 (vinte) anos, contados da Data de Emissão, vencendo se, portanto, em 02 de janeiro de 2028 (“Data de Vencimento”); (ix) Pagamento do Valor Nominal . O Valor Nominal das Debêntures será pago em uma única parcela na Data de Vencimento; (x) Remuneração. Sobre o Valor Nominal das Debêntures incidirão, desde a Data de Emissão até a data de seu efetivo pagamento, juros remuneratórios correspondentes a 100% (cem por cento) da variação acumulada das taxas médias diárias dos DI – Depósitos Interfinanceiros de um dia, “over extra grupo”, expressas na forma percentual ao ano, base 252 (duzentos e cinqüenta e dois) dias úteis, calculadas e divulgadas diariamente pela Câmara de Custódia e Liquidação (“CETIP”) (“Taxa DI”), calculada de forma exponencial e cumulativa pro rata temporis por dias úteis decorridos (“Remuneração”). A Remuneração será paga em uma única parcela na Data de Vencimento; (xii) Colocação. As Debêntures serão objeto de distribuição pública (“Oferta”), com intermediação de instituições financeiras integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários, sob o regime de melhores esforços de colocação, não existindo reservas antecipadas, lotes mínimos ou máximos, sendo que a Oferta será realizada ainda que sejam colocadas 5 mil (cinco mil) Debêntures; (xiii) Forma de subscrição. As Debêntures serão subscritas por meio dos procedimentos do Sistema de Distribuição de Títulos, administrado pela CETIP, com base nas políticas e diretrizes da Associação Nacional das Instituições de Mercado Financeiro (“ANDIMA”), sendo as Debêntures liquidadas e custodiadas na CETIP; (xiv) Forma de integralização. As Debêntures serão integralizadas à vista, no ato da subscrição (“Data de Integralização”) e em moeda corrente nacional, sendo que as Debêntures serão integralizadas pelo Valor Nominal, acrescido da Remuneração, calculada pro rata temporis desde a Data de Emissão até a Data de Integralização; (xv) Negociação. As Debêntures serão registradas para negociação no mercado secundário por meio do (a) Sistema Nacional de Debêntures, administrados pela CETIP, com base nas políticas e diretrizes da ANDIMA, sendo processadas pela CETIP a custódia e a liquidação financeira da Oferta e da negociação das Debêntures; e (xvi) Vencimento Antecipado: As Debêntures terão o seu vencimento antecipado declarado nas hipóteses previstas na Escritura de Emissão. Encerramento: Nada mais havendo a ser tratado, foi lavrada a presente ata que, lida, achada conforme e unanimemente aprovada, foi por todos assinada. (a.a.) José Ermírio de Moraes Neto, Marcus Olyntho de Camargo Arruda e Wilson Masao Kuzuhara. A presente transcrição é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio. São Paulo, 18 de janeiro 2008. Marcus Olyntho de Camargo Arruda - Secretário. Arquivado na JUCESP em 24.01.08, sob nº 35.033/08-3. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 24 de janeiro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerentte: Sarpav Mineradora Ltda - Requerido: Engetersa Terraplanagem Pav. e San. Básico S/A - Rua Calçada das Begônias, 14 - 1ª Vara de Falências Requerente: ALG Terceirização e Serviços Ltda - Requerido: White Comunicações e Participações Ltda - Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 28 - 2º andar - sala 1 - 1ª Vara de Falências RECUPERAÇÃO JUDICIAL Requerente: Ansett Tecnologia e Engenharia S/A e outros - Requerido: Ansett Tecnologia e Engenharia S/A e outros Avenida das Nações Unidas, 17.891 - Conjunto 201 - 2ª Vara de Falências Requerente: Paraty Mudanças e Transporte Ltda - Requerido: Paraty Mudanças e Transporte Ltda - Rua Cipriano Barata, 240 - 1ª Vara de Falências
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FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS – TIPO TÉCNICA E PREÇO A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de serviços técnicos especializados de projeto executivo completo: TOMADA DE PREÇOS Nº - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO – PRAZO – ÁREA DO PROGRAMA ARQUITETÔNICO (m²) - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 46/2052/07/02 - Terreno Cid. Aracy III – Rua João Paulo, s/nº - Cidade Aracy – São Carlos/SP – 90 - 2.362,64 m2 - 16:00 – 13/02/2008. 46/0023/08/02 - Terreno B. Santa Cruz / Omar D. Bassani – Estrada do Rio Acima, s/nº - Bairro Santa Cruz – São Bernardo do Campo/SP – 90 - 2.776,68 m2 - 16:30 – 13/02/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 28/01/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO, PROPOSTA TÉCNICA e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na Supervisão de Licitações, na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA - Presidente
Summer Brasil Turismo S.A. - CNPJ/MF nº 09.117.534/0001-77 - NIRE 35.300.349.687 - Ata de Reunião do Conselho de Administração. 1. Data, Hora e Local: Realizada às 12:30h, do dia 30/11/07, na sede social da Cia., na Rua Joaquim Floriano, 72, conjunto 32 do Edifício São Paulo Head Offices, CEP 04534-000, Itaim Bibi, Cidade de São Paulo/SP. 2. Convocação e Presença: Dispensada a convocação por estarem presentes a totalidade dos membros do Conselho de Administração da Cia. 3. Mesa: Os trabalhos foram presididos pelo Sr. René Feijó de Pontes Neto e secretariados pela Sra. Maria Cristiana Dubeux Pontes Tavares de Melo. 4. Ordem do Dia: Deliberar sobre (a) Renúncia de Diretores e (b) Eleição de novos membros da Diretoria. 5. Deliberações: Como já era do conhecimento de todos, o Sr. Presidente esclareceu que a presente reunião tinha por ordem do dia a deliberação quanto a renúncia de diretores da Cia. e a eleição dos novos membros da Diretoria da Cia. Colocada a matéria em discussão, os membros do Conselho de Administração da Cia., por unanimidade de votos e sem quaisquer restrições, deliberaram: (a) Aceitar e homologar os pedidos de renúncia do Sr. René Feijó de Pontes Neto ao cargo de Diretor Presidente e do Sr. José Guilherme Dubeux Pontes ao cargo de Diretor Adjunto, tendo sido externados votos de agradecimento pelos relevantes serviços prestados pelos Diretores. Em reconhecimento aos serviços prestados pelo Sr. René Feijó de Pontes Neto enquanto exerceu o cargo de Diretor Presidente da Cia., os acionistas aprovaram a concessão de um prêmio em dinheiro a ser pago a ele no mês de dezembro de 2007. Com a renúncia do Sr. René Feijó de Pontes Neto ao cargo de Diretor Presidente, o Diretor Luiz Guilherme Dubeux Pontes passará a exercer a função de Diretor Presidente; (b) Eleger os Srs. (a) Luiz Henrique Santiago Lessa, brasileiro, divorciado, portador da Carteira de Identidade RG nº 894499263, administrador, inscrito no CPF/MF sob nº 011.650.617-24, domiciliado na Cidade de São Paulo/SP, na Rua Antônio Aggio, 455, apto. 81, Bairro do Morumbi, CEP 05713-420 para o cargo de Diretor Superintendente; e (b) André Gustavo Rodrigues de Menezes, brasileiro, solteiro, portador da Carteira de Identidade RG nº 3.149.568, administrador, inscrito no CPF/MF sob nº 501.042.924-15, domiciliado na Cidade de São Paulo/SP, na Rua Ourania, 100, apto. 42, Bairro da Vila Madalena, CEP 05445-030, para o cargo de Diretor Adjunto. O mandato dos diretores ora eleitos deverá se estender até a Assembléia Geral Ordinária que aprovar as contas do exercício social encerrado em 31/12/2010. Os Diretores ora eleitos, que tomaram posse nesta data por meio da celebração dos Termos de Posse lavrados no livro próprio, aceitaram os cargos para os quais foram eleitos e declaram, sob as penas da lei, não estar impedidos, por lei especial, nem condenados ou sob efeito de condenação a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, ou qualquer outro que os impeça de exercer atividades empresariais ou a administração de sociedades empresárias. 6. Encerramento: O Sr. Presidente ofereceu a palavra a quem dela quisesse fazer uso e, não havendo manifestação, deu por encerrada a reunião, da qual se lavrou a presente ata que, lida e achada conforme, foi pelos presentes assinada. São Paulo, 30/11/07. (aa) Mesa: René Feijó de Pontes Neto - Presidente; Maria Cristiana Dubeux Pontes - Secretário. Conselheiros: René Feijó de Pontes Neto; Maria Cristiana Dubeux Pontes Tavares de Melo; Paulo Guilherme Dubeux Pontes. Confere com a original lavrada em livro próprio. Maria Cristiana Dubeux Pontes Tavares de Melo - Secretária.
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FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Obras: TOMADA DE PREÇOS Nº - OBJETO - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – ÁREA - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/2607/07/02 - Construção de ambientes complementares com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador e Reforma de prédio escolar - EE Dona Elvira Santos de Oliveira - Praça Mogi Mirim, s/nº - Santa Cruz - Itapira/SP – 150 - 48,70 - R$ 52.561,00 – R$ 5.256,00 – 09:30 – 13/02/2008. 05/2609/07/02 - Construção de ambientes complementares com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador e Reforma de prédio escolar - EE Adelino Peters - Av. Dr. Antonio Define, 1280 Centro - Penápolis/SP – 210 - 56,54 - R$ 61.021,00 – R$ 6.102,00 – 10:30 – 13/02/2008. 05/2610/07/02 - Construção de ambientes complementares e Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Virgilio Capoani - Rua José Paulino da Silva, 61 - Centro - Lençóis Paulista/SP – 120 - 49,79 - R$ 15.503,00 – R$ 1.550,00 – 11:00 – 13/02/2008. 05/2614/07/02 - Construção de ambientes complementares com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador e Reforma de prédio escolar - EE Dr. Honorino Fabbri - Rua Osório Candido da Silva, 179 - Jardim Sumarezinho - Hortolândia/SP – 180 - 27,80 - R$ 23.712,00 – R$ 2.371,00 – 14:00 – 13/02/2008. 05/2616/07/02 - Construção de ambientes complementares com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador e Reforma de prédio escolar - EE MMDC - Rua Cuiabá, 667 - Alto da Mooca São Paulo/SP – 210 - 19,80; EE Dr. Benedito Estevam dos Santos - Rua Aguapei, 831 - Tatuapé - São Paulo/SP - 210 - 109,15 - R$ 66.919,00 – R$ 6.691,00 – 14:30 – 13/02/2008. 05/2644/07/02 - Construção de ambientes complementares com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador e Reforma de prédio escolar - EE Dr. Fábio Barreto - Av. Clara Gianotti de Souza, 257 - Centro - Registro/SP - 210 - 71,07 - R$ 42.219,00 - R$ 4.221,00 - 15:00 – 13/02/2008. 05/2654/07/02 - Construção de ambientes complementares com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador e Reforma de prédio escolar - EE Prof. Alberto Levy - Av. Indianópolis, 1570 Indianópolis - São Paulo/SP - 210 - 36,36 - R$ 33.184,00 - R$ 3.318,00 - 15:30 – 13/02/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 28/01/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 12/02/2008, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente
Extravio A empresa Norberto Rogério Nora Ribeiro Calçados ME, CNPJ 03.584.368/0001-32, Inscrição Estadual nº 115.597.899.113, comunica o extravio do talão de notas fiscais nº 451 a 500, sendo que, preenchidas até o nº 479.
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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Reforma de prédio escolar: TOMADA DE PREÇOS Nº - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/2608/07/02 - EE Profª Maria Joaquina de Arruda - Av. 29 de Agosto, 877 - Centro - Leme/SP – 150 - R$ 53.412,00 – R$ 5.341,00 – 10:00 – 13/02/2008. 05/2613/07/02 - EE Prof. Odilon Correa - Rua Dezessete, 1726 - Jardim Claret - Rio Claro/SP – 150 - R$ 21.364,00 – R$ 2.136,00 – 11:30 – 13/02/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 28/01/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 12/02/2008, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente
Elo Participações e Investimentos S.A. CNPJ no 07.838.611/0001-52 - NIRE 35.300.335.295 Ata da 5a Assembléia Geral Extraordinária realizada em 26.12.2007 Data, Hora e Local: Aos 26 dias do mês de dezembro de 2007, às 15h, na sede social, Cidade de Deus, 4o andar do Prédio Novíssimo, Vila Yara, Osasco, SP. Presenças: Compareceram, identificaram-se e assinaram o Livro de Presença acionistas da Sociedade, representando mais de quatro quintos do Capital Social votante. Constituição da Mesa: Presidente: Lázaro de Mello Brandão; Secretário: Antônio Bornia. Ordem do Dia: examinar proposta do Conselho de Administração para aumentar o Capital Social, mediante a emissão de novas ações nominativas-escriturais, sem valor nominal, para subscrição particular, com integralização à vista. Publicações Prévias: o Edital de Convocação foi publicado nos dias 14, 15 e 18.12.2007, no jornal “Diário Oficial do Estado de São Paulo”, páginas 28, 9 e 14, respectivamente, e nos dias 14, 17 e 18.12.2007, no jornal “Diário do Comércio”, páginas 9, 9 e 11, respectivamente. Leitura de Documentos: o Edital de Convocação e a Proposta do Conselho de Administração foram lidos, colocados sobre a mesa e entregues à apreciação dos acionistas. Deliberação: aprovada, sem qualquer alteração ou ressalva, a proposta do Conselho de Administração, registrada na Reunião Extraordinária no 8, daquele Órgão, de 13.12.2007, e complementada com o valor do aumento do capital, quantidade de ações a emitir e preço por ação a ser subscrita, na Reunião Extraordinária no 11, de 20.12.2007, a seguir transcrita: “Tendo por objetivo prover a Sociedade de recursos para a manutenção de suas atividades, vimos propor o aumento do Capital Social no valor de R$81.165.870,00, elevando-o de R$505.568.076,05 para R$586.733.946,05, mediante a emissão de 7.214.744 novas ações, nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo 6.067.145 ordinárias e 1.147.599 preferenciais, ao preço de R$11,25 por ação, para subscrição particular pelos acionistas. O preço de emissão das ações foi fixado com base no valor patrimonial contábil da Sociedade, apurado no último balancete trimestral auditado, ajustado por 70% (setenta porcento) da mais-valia das ações de emissão do Banco Bradesco S.A. e da Bradespar S.A. (Investimentos), detidas direta ou indiretamente pela Sociedade. A mais-valia foi apurada utilizando-se a média ponderada das cotações médias diárias das ações ordinárias e preferenciais, verificadas nos 30 (trinta) pregões da Bolsa de Valores de São Paulo imediatamente anteriores ao dia 18.12.2007, considerada a dedução dos valores contábeis dos Investimentos. Dessa forma, para apuração da mais-valia foram utilizados os pregões verificados entre os dias 1o.11 e 17.12.2007. A subscrição pelos acionistas deverá ser feita no período de 28.12.2007 a 28.1.2008, com integralização à vista, de 100% do valor das ações subscritas, no ato da subscrição, e o valor será integralmente incorporado ao Capital Social. No caso de ocorrerem sobras de ações, após decorrido o prazo para o exercício do direito de preferência, estas serão rateadas, na proporção dos valores subscritos, entre os acionistas que tiverem pedido, no Boletim de Subscrição, reserva de sobras, conforme determina o Parágrafo Oitavo do Artigo 171 da Lei no 6.404/76. As ações subscritas no referido aumento de capital terão direito a Dividendos e/ou Juros sobre o Capital Próprio que vierem a ser declarados, a partir do mês em que ocorrer a sua aprovação, que dar-se-á em Assembléia Geral de homologação, fazendo jus também, de forma integral, a eventuais vantagens atribuídas às demais ações a partir da citada aprovação. Em conseqüência, a redação do “caput” do Artigo 20 do Estatuto Social será alterada após concluído todo o processo de aumento do Capital Social.”. Dando seqüência aos trabalhos, o senhor Presidente declarou que: a) a Diretoria estava autorizada a dar andamento ao processo de aumento do Capital Social, abrindo a subscrição das ações e respeitando o prazo de 28.12.2007 a 28.1.2008, para o exercício do direito de preferência, com pagamento à vista, em moeda corrente nacional, de 100% do valor das ações subscritas; b) vencido o prazo para o exercício do direito de preferência, a eventual sobra será rateada dentro das condições estabelecidas na proposta do Conselho de Administração e legislação vigente; c) os acionistas que desejarem exercer o direito de preferência, deverão fazê-lo dentro do prazo determinado no Departamento de Ações e Custódia do Banco Bradesco S.A., Instituição Financeira Depositária das Ações da Sociedade, com endereço na Cidade de Deus, Prédio Amarelo, Vila Yara, Osasco, SP; d) após totalmente subscritas as novas ações emitidas, deverá ser convocada nova Assembléia Geral de ratificação, para exame, pelos acionistas, dos atos praticados pela direção da Sociedade no andamento do processo. Publicação da Ata: autorizada a publicação na forma prevista no Parágrafo Segundo do Artigo 130 da Lei no 6.404/76. Quorum da Deliberação: unanimidade de votos. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente esclareceu que, para a deliberação tomada o Conselho Fiscal da Companhia não foi ouvido por não se encontrar instalado, e que toda a matéria ora aprovada somente entrará em vigor e se tornará efetiva depois de estarem atendidas todas as exigências legais de arquivamento na Junta Comercial e publicação, e encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata, que vai assinada pelo senhor Presidente, por mim Secretário e pelos acionistas presentes. aa) Presidente: Lázaro de Mello Brandão; Secretário: Antônio Bornia. Certidão - Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob no 30.765/08-0, em 16.1.2008. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.
Publicidade - 11 3244-3643
SUMMER BRASIL TURISMO S.A. - CNPJ 09.117.534/0001-77 Relatório da Administração em 31/12/07 A COMPANHIA: A Summer Brasil Turismo S.A. (“Companhia”) foi constituída em 01 de outubro de 2007 com o escopo de explorar o setor de desenvolvimento turístico-imobiliário com foco em turismo de lazer e de negócios, incluindo hotéis e desenvolvimento imobiliário para segunda residência, bem como atividades relacionadas a esses objetivos. A Companhia ainda não iniciou de modo pleno suas operações e o plano de negócios atualmente contempla a aquisição e incorporação de novas áreas para o desenvolvimento ou exploração de empreendimentos de turismo de lazer e de negócios para posterior locação e/ou alienação, bem como a aquisição de participações em sociedades que já desenvolvam atividades no mesmo setor. A Companhia encontra-se em fase pré-operacional e tem a intenção de obter registro de companhia aberta junto à Comissão de Valores Imobiliários
(“CVM”). RESULTADO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO: O capital social da Companhia, em 31 de dezembro de 2007, era de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) e encontrava-se totalmente integralizado e era representado por 2.500 (dois mil e quinhentas) ações ordinárias nominativas, escriturais e sem valor nominal. A Companhia terminou o período findo em 31 de dezembro de 2007 com patrimônio líquido de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), não tendo sido verificado qualquer resultado no exercício. As despesas pré-operacionais, foram registradas em sua maioria no ativo diferido e compreendem gastos realizados para construção e implementação do plano de negócios, desenvolvimento do estudo de viabilidade, serviços de consultorias, auditoria, contábeis e legais. PERSPECTIVAS OPERACIONAIS: Tendo sido fundada por participantes atuantes no mercado
Balanço Patrimonial em 31/12/2007 (Valores expressos em Reais) ATIVO Ativo circulante: Disponibilidades Adiantamentos Despesas antecipadas Total do ativo circulante Ativo não circulante: Permanente Imobilizado líquido Diferido Total do ativo não circulante Total do ativo
Notas _________
2007 ________
-
30.381 1.287 6.722 ________ 38.390 ________
3 4
98.641 533.189 ________ 631.830 ________ 670.220 ________ ________
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Passivo circulante: Obrigações trabalhistas e tributárias Contas a pagar Partes relacionadas Total do passivo circulante
Notas _________
2007 ________
5
101.398 94.076 472.246 ________ 667.720 ________
6
2.500 ________ 2.500 ________ 670.220 ________ ________
Patrimônio líquido: Capital social Total do passivo e patrimônio líquido
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Contábeis para o período de 01/10 (constituição) e 31/12/2007 (Valores expressos em Reais, exceto quando expressamente mencionado em contrário) 1. Contexto operacional - A Summer Brasil Turismo S.A. (“Companhia”), foi constituída em 01/10/2007, por meio de Assembléia Geral de Constituição e até 31/12/2007, não havia iniciado suas operações, encontrando-se em fase préoperacional. A Companhia tem como objetivo atuar com foco: • Na incorporação, no desenvolvimento, no planejamento e exploração econômica de empreendimentos imobiliários nos ramos de negócios, lazer e turismo; • Na aquisição ou construção de imóveis, mas não se limitando a, terrenos, casas, apartamentos, para exploração própria ou venda, em áreas urbanas ou rurais destinadas ao turismo; • Na participação, como sócia quotista ou acionista, em outras sociedades. Nesta fase pré-operacional as despesas incorridas da Companhia estão sendo registradas no ativo diferido, para futura amortização a partir do início das suas atividades. O efetivo início das operações, seu posterior desenvolvimento, a obtenção de lucros e fluxos de caixa positivos, dependem de diversos fatores, incluindo, entre outros, a obtenção de fontes de financiamento em volume e custo adequados, seja por meio de emissão de ações ou financiamentos, a estruturação de uma equipe gerencial e de diretoria e a identificação de oportunidades na área de desenvolvimento imobiliário turístico e hoteleiro, com um rendimento esperado e um custo adequado, considerando os preços dos produtos a serem comercializados. Neste sentido os acionistas da Companhia pretendem utilizar-se da estrutura e tecnologia de uma empresa que se encontra em processo de constituição, formada por acionistas da Companhia, com o objetivo de prestar serviços exclusivos de consultoria nas seguintes áreas: • Consultoria técnica na identificação, aquisição, desenvolvimento e administração de empreendimentos e negócios relacionados ao setor turísticoimobiliário e atividades correlatas a esse setor; • Consultoria técnica, econômicofinanceira de empreendimentos hoteleiros, imobiliários e atividades relacionadas; • Consultoria técnica na gestão de recursos humanos ligados aos empreendimentos hoteleiros, imobiliários e atividades correlatas; • Consultoria técnica para obtenção de recursos econômicos junto a instituições financeiras e órgãos governamentais. A remuneração por estes serviços prestados será fixada com base em um percentual sobre o capital social da Summer Brasil Turismo S.A., ou do capital social corrigido, paga trimestralmente. O objetivo das demonstrações contábeis levantadas em 31/12/2007 é o de apresentar a posição patrimonial e financeira da Companhia em conexão com o projeto de registro de Companhia Aberta à Comissão de Valores Mobiliários “CVM”. 2. Apresentação das demonstrações e principais práticas contábeis - A Companhia não apurou resultados por estar em fase pré-operacional e, portanto, não apresenta a demonstração do resultado. As demonstrações contábeis são elaboradas em conformidade com as práticas contábeis adotadas ao Brasil, consubstanciada pela Lei das Sociedades por ação, normas e instruções da CVM, sendo as principais as seguintes: Ativo circulante: São apresentados ao valor de custo ou de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e variações monetárias incorridas. Ativo permanente: Os gastos pré-operacionais, registrados como ativo diferido, incluem, em sua maioria, as despesas com prestadores de serviços, como advogados, auditores e consultores, além de legais, necessários para a formação inicial da Companhia, bem como estruturação da operação de
registro de Companhia aberta e levantamento de recursos, conforme comentado à Nota Explicativa nº 1. Sua amortização acontecerá no início de suas operações. Os gastos com bens do ativo imobilizado são registrados pelo custo de aquisição. As depreciações são computadas pelo método linear, de acordo com a vida útil estimada dos bens. As taxas de depreciação utilizadas pela Sociedade estão informadas na Nota Explicativa nº 03. Passivo circulante: São apresentados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos financeiros e as variações monetárias incorridas. Estimativas contábeis: Na preparação das demonstrações contábeis são adotadas premissas para o reconhecimento das estimativas para registro de certos ativos, passivos e outras operações como provisões para contingências, depreciação e amortização do ativo permanente. Os resultados a serem apurados quando da concretização dos fatos que resultaram no reconhecimento destas estimativas poderão ser diferentes dos valores reconhecidos nas presentes demonstrações. 3. Imobilizado líquido - Representado por: Descrição % - Taxa de depreciação _______ R$ _____________________________ _____________________ Veículos 20 42.000 Móveis e utensílios 10 23.960 Equipamentos de informática 20 9.796 Equipamentos de comunicação 20 6.341 Software 20 5.841 (1) 11.520 Benfeitorias em imóveis de terceiros Instalações 10 ________ 1.145 Subtotal 100.603 ________ (-) Depreciação acumulada (1.962) ________ = Imobilizado líquido 98.641 ________ ________ (1) As benfeitorias em imóveis de terceiros referem-se aos gastos para melhoria das instalações da sede da Companhia e são depreciados pelo prazo de vigência do contrato de aluguel (36 meses). 4. Ativo diferido - Representado por: Construção e implementação do plano de negócios 210.066 Desenvolvimento de estudo de viabilidade 193.089 Serviços de terceiros - auditoria, advogados, contabilidade 52.794 Montagem e estruturação física do escritório 57.546 Outros 19.694 ________ 533.189 ________ ________ 5. Partes relacionadas - Representado por: Solaris Empreendimentos S.A. 472.246 Referem-se ao custeio inicial das operações, com vencimento em novembro de 2009 e com encargos financeiros de 0,5% ao mês. 6. Patrimônio líquido - Capital social: O capital social monta em R$ 2.500, representado por 2.500 ações ordinárias, todas integralizadas, nominativas e sem valor nominal, distribuído da seguinte forma:
A Diretoria
imobiliário nacional, a Companhia espera, após a concessão do registro de companhia aberta junto à CVM, ter acesso ao mercado de capitais brasileiro por meio de uma oferta pública primária de ações de sua emissão. A Companhia, anteriormente à implementação de cada investimento relevante, apresentará ao conselho estudos para avaliar a sua adequação e retornos esperados. A decisão da Companhia de realizar investimentos será baseada na avaliação da viabilidade de cada empreendimento. A Companhia dedicará especial atenção à situação legal e financeira do ativo considerado, adotando todos os procedimentos necessários para a tomada de decisão sobre os investimentos. São Paulo, 24 de janeiro de 2008. A Administração Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido para o período findo em 31/12/2007 (Valores expressos em Reais) Capital social Total ____________ ______ 2.500 2.500 ____________ ______ 2.500 2.500 ____________ ______ ____________ ______ As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
Integralizações iniciais Saldos em 31/12/2007
Notas _________ 6
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos para o período findo em 31/12/2007 (Valores expressos em Reais) Origens dos recursos Dos acionistas Integralizações iniciais Total das origens Aplicações de recursos Adições do ativo imobilizado Constituição do ativo diferido Total das aplicações Recursos aplicados Representado por: Ativo circulante Passivo circulante Recursos aplicados
2007 _________ 2.500 _________ 2.500 _________ 100.603 531.227 _________ 631.830 _________ (629.330) _________ _________
38.390 667.720 _________ (629.330) _________ _________ As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
Acionista _____________________________________ René Feijó de Pontes Neto Luis Guilherme Dubeux Pontes José Guilherme Dubeux Pontes Maria Cristina Dubeux Pontes Tavares de Melo Paulo Guilherme Dubeux Pontes
Ação % _________ ________ 500 20 500 20 500 20 500 20 500 20 _________ ________ 2.500 100 _________ ________ _________ ________ Destinação do lucro líquido: O lucro líquido terá a seguinte destinação quando do encerramento do exercício:• 5% para a reserva legal, até o limite de 20% do capital anual integralizado; • 25% do saldo, após a apropriação da reserva legal, serão destinados como dividendo mínimo obrigatório. O saldo remanescente será alocado, conforme for decidido pelos acionistas em Assembléia Geral.7. Remuneração dos administradores - Os acionistas decidiram por unanimidade que a remuneração global mensal da diretoria será de R$ 100.000 a ser distribuída a critério do Conselho de Administração. Em 2007 foram pagos R$ 63.331. 8. Compromissos - A Companhia está em fase de estudo e implementação de: a) um plano de opção de ações aos seus colaboradores e administradores, b) de um prêmio por desempenho na hipótese de efetuar uma oferta inicial de ações aos seus administradores e determinados prestadores de serviços e c) emissão de debêntures para subscrição aos seus acionistas fundadores. Os efeitos destes assuntos não estão refletidos nas demonstrações contábeis. 9. Mudança da legislação societária brasileira - Em 28 de dezembro de 2007, foi promulgada a Lei nº 11.638/07, que modifica certos dispositivos da Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976). Em termos gerais, a nova Lei requer a harmonização das práticas contábeis adotadas no Brasil com determinados padrões contábeis internacionais derivados das normas emitidas pelo International Accounting Standard Board (IASB), com aplicação a partir de 01 de janeiro de 2008. Entre as alterações requeridas nas práticas contábeis adotadas no Brasil estão: a substituição da demonstração da origem e aplicação de recursos pela demonstração dos fluxos de caixa, a inclusão da demonstração das origens do valor adicionado, a criação de novos subgrupos de contas e a introdução de novos critérios para classificação e avaliação de instrumentos financeiros, valorização de determinados ativos a valor de mercado e do conceito de ajuste ao valor presente para as operações ativas e passivas de longo prazo e para as relevantes de curto prazo. A Companhia está analisando os eventuais impactos das alterações introduzidas pela Lei nº 11.638/07 em suas demonstrações contábeis os quais, se necessário, serão reconhecidos no decorrer de 2008 e em conexão com ato normativo a ser emitido pela CVM, conforme comunicado técnico desta em 14 de janeiro de 2008.
Parecer dos Auditores Independentes Aos acionistas da Summer Brasil Turismo S.A.: 1. Examinamos o balanço patrimonial da Summer Brasil Turismo S.A., levantado em 31/12/2007 e as respectivas demonstrações das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes ao período de 01/10 a 31/12/2007, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre estas demonstrações contábeis. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas brasileiras de auditoria e compreenderam, em virtude da Companhia estar em fase pré-operacional, o exame da documentação de constituição da empresa e da movimentação contábil
ocorrida no período, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis referidas representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Summer Brasil Turismo S.A. em 31/12/2007, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes ao período de 01/10 a 31/12/2007, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. A Companhia foi constituída em 01/10/2007 e, até a presente data, encontra-se em fase pré-operacional. O início das operações e sua continuidade dependem da
implementação e sucesso dos objetivos e planos da administração, que incluem obtenção de recursos financeiros, estruturação administrativa e formação de uma empresa para prestar assessoria no desenvolvimento de oportunidades de negócios e outras correlatas, conforme comentado na Nota Explicativa nº 1. São Paulo, 11 de janeiro de 2008 Auditores Independentes CRC 2 SP 018.196/O-8
José André Viola Ferreira Contador CRC 1 SP 195.865/O-0
São Paulo, segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
DCARRO
7
SUV
Pathfinder mais barata, no Brasil
DCARRO POR AÍ
LINHA 2008 DE QUADRICICLOS CAN-AM Divulgação
protege a fiação e as conexões, compartimento do CVT (Transmissão Contínua Variável) redesenhado para melhor proteção contra infiltração de água e capacidade adicional de 227 quilos no guincho nos modelos XT. Além da versão de entrada, há mais duas disponíveis no mercado: o Outlander 400 HO MAX e Outlander 400 HO XT. Os lançamentos estão disponíveis nas cores vermelho e verde e o modelo XT também na cor amarela.
SENSOR DE
LANÇAMENTOS DE CD PLAYER
ESTACIONAMENTO
A
Quantum Tecnologia lançou o sensor de estacionamento QPS Plus 6061 com sensoriamento ultra-sônico, que funciona até mesmo sob temperaturas extremas, sol forte, chuva e escuridão. O motorista conta ainda com alerta visual no espelho retrovisor interno. A luz verde fica acesa quando o veículo se encontra a 1,5 m do obstáculo, a luz amarela indica a distância de 80 cm e a luz vermelha para distância menor de 40 cm. Os sensores são de fácil instalação e podem ser utilizados em qualquer tipo de veículo (automóveis, vans, picapes, caminhões e ônibus).
A
A
Pioneer apresenta os primeiros modelos de sua linha 2008/2009, produzidos no Brasil. São os CD Players DEH1080E e DEH-2080MP que chegam ao mercado com o sistema Dual Illumination que permite ao usuário escolher a cor de iluminação dos botões do aparelho (verde ou âmbar) que mais combina com o painel do carro. Os primeiros modelos da linha 2009 contam também com o amplificador MOSFET 50W, controle remoto e entrada auxiliar frontal, facilitando a conexão. O preço sugerido para o DEH-1080E é de R$ 299 e para o DEH-2080MP é de R$ 359.
AMPLIFICADORES
O
amplificador multiplica os sinais elétricos de baixa potência do som do sistema original (CD Player) proporcionando som mais definido para as diversas freqüências de médios, graves e agudos. Além da habitual preocupação com a qualidade, a Stetsom está renovando sua linha de amplificadores com um novo layout para a linha TH (Thunder Line) composta de oito modelos diferentes. Os novos amplificadores não necessitam manutenção, mas devem ser instalados com cabos RCA adequados e em local ventilado, evitando instalação embaixo de carpetes.
A VOLTA DA FEISA
A
Feisa 2008 acontecerá entre os dias 22 e 26 de abril, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, e reunirá algumas das principais empresas de som e acessórios para automóveis onde terão a oportunidade de realizar negócios e de apresentar seus lançamentos de som, alarmes, travas e dispositivos eletroeletrônicos, peças e outros periféricos. A primeira edição da Feisa, em 2005, recebeu um público estimado em 20 mil pessoas. Já em 2008, com a mudança de foco, a pretensão é de ser uma "feira de negócios do segmento automotivo".
ADP DESPACHANTE 75
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Pathfinder será comercializada mecânico excepcional e muito pela Nissan em versões mais conforto”, explica Arison Souza, diretor acessíveis, no Brasil, a partir de Marketing da Nissan do Brasil. deste mês. As motorizações continuam “Nosso objetivo é oferecer mais as mesmas: V6 4.0 gasolina 269 cv de opções aos nossos clientes e incrementar potência a 5600 rpm desenvolvido as vendas atingindo uma faixa de preço mais competitiva dentro do segmento de especialmente para as picapes e utilitários-esportivos da marca Nissan utilitários premium. Neste contexto nos Estados Unidos e na Europa ou 2.5 atual de expansão de rede é estratégico diesel 174 cv de potência a 4000 rpm contar com novidades e opções mais acessíveis para garantir o tráfego nas equipado com a segunda geração do sistema de concessionárias”, injeção direta complementa common rail e Marcelo Bracco, diretor de auxiliado por turbocompressor Vendas e Rede de geometria da Nissan do variável. A nova Brasil. A Nissan versão SE se Pathfinder foi diferencia da lançada versão luxo LE principalmente mundialmente em 1987 no por apresentar a Utilitário passa a ser mercado parte inferior do oferecido em versão com americano e pára-choque em redução de R$ 16.410 preto, painel com passou a ser importada para acabamento o Brasil em 1993. O preço sugerido para diferenciado, bancos em tecido especial a nova Nissan Pathfinder SE é de com quatro regulagens manuais e rádio CD-Player com quatro alto-falantes. O R$ 162.440 na versão a gasolina e R$ 166.990, na diesel. veículo já é modelo 2008 e traz também O objetivo da Nissan com a nova como novidade o desenho nas rodas de versão da Pathfinder, que é um dos liga-leve 17 polegadas. veículos mais conhecidos da marca no “Esta nova versão chega cerca de 9% mundo, é de oferecer mais opções aos (redução de R$ 16.410 para motor a clientes e atingir um número maior de gasolina) mais barata do que a atual, mas mantém as principais características vendas com uma faixa de preço mais que fazem deste modelo um sucesso no competitiva dentro do segmento de mundo inteiro: design robusto, conjunto utilitários premium.
Bombardier Recreational Products (BRP), empresa que comercializa os quadriciclos Can-Am, traz para o Brasil o Can-Am Outlander 400 HO, com injeção eletrônica EFI. O novo produto agora vem com injeção de combustível de série, o que torna completa a linha de ATV’s (allterrain vehicle – denominação internacional para quadriciclos) da empresa. Os quadriciclos da linha 2008 vêm com aros de aço reestilizados e pintados, luzes traseiras com cobertura do regulador que
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Nissan quer aumentar vendas com preços competitivos
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Assinatura da Carta Régia pelo regente deu início ao comércio externo brasileiro.
VINDA DE DOM JOÃO VI PÔS FIM AO MONOPÓLIO
Caio Guatelli/Folha Imagem
1808-2008
ABERTURA DOS PORTOS Dois séculos de história de comércio e concorrência
Em Salvador, o veleiro Cisne Branco refez a chegada das naus de D. João VI. Reprodução
Mas a abertura não se completou ainda para os setores produtivos mais protegidos, dizem especialistas. Renato Carbonari Ibelli
Arte sobre foto de Masao Goto Filho/e-Sim
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uzentos anos se passaram desde a assinatura, em 28 de janeiro de 2008, por Dom João VI, da Carta Régia que abriu os portos brasileiros para o comércio direto com as nações amigas. Daquele marco até hoje, os avanços da corrente comercial do País foram inegáveis. No entanto, na opinião de alguns especialistas em comércio internacional, a economia brasileira continua mais fechada do que deveria. Hoje, a taxa média aplicada sobre a importação de bens industrializados está perto de 13%, mas em alguns casos supera 100%, se forem somadas todas as taxações de uma cadeia produtiva elaborada, como a indústria automotiva. Para o especialista em Rela-
Família real se deslocou em caravelas e mudou a história da colônia
ções Internacionais das Faculdades Integradas Rio Branco, Alexandre Uehara, a proteção tarifária adotada para alguns segmentos, sob o pretexto de
preservá-los, na realidade mascara a falta de investimento que seria necessário para tornar essas indústrias competitivas. Como exemplo, o espe-
cialista cita os setores de confecções e calçados, que recentemente foram beneficiados pelo aumento da tarifa de importação de 20% para 35%, a
máxima aplicada no País. "Essas indústrias estão sempre reclamando da concorrência injusta, mas não se vêem grandes investimentos por parte delas, mesmo com câmbio favorável à aquisição de tecnologia e equipamentos", diz Uehara. De acordo com ele, abrindo mais esses setores para a concorrência internacional, a indústria nacional ganharia competitividade e melhoraria o nível tecnológico. Fenômeno parecido ao que ocorreu no início da década de 1990, com a abertura de mercado promovida durante o governo Collor. À época, líderes empresariais diziam que seria o fim da indústria nacional, mas o saldo final do movimento foram o fortalecimento e a renovação de vários setores produtivos. "É natural que em um processo desses as empresas mais fracas quebrem; mas no final sobram as empresas mais competitivas, que formam uma base sólida na economia", diz Uehara. Reduções – É consenso que uma abertura unilateral nos moldes do governo Collor não seria mais viável hoje, mas, segundo o cientista político e integrante da comissão jurídica da Organização dos Estados Americanos (OEA), Ricardo Seitenfus, reduções pontuais de tarifas levariam parceiros comerciais de fora a fazerem o mesmo. "Reduzir um pouco a tarifa de veículos importados – que hoje é proibitiva –, não prejudicaria a indústria nacional; ao contrário, a tornaria mais rigorosa frente à concorrência externa. Além disso, a redução da tarifa poderia ser
usada como moeda de troca para derrubar barreiras à entrada de produtos brasileiros em alguns países", diz Um exemplo de barreiras são as dos Estados Unidos, que têm tarifa de importação média para produtos agrícolas de 11,5%, e impõem picos tarifários de 165% para o açúcar e 59% para alguns calçados. Ainda que a economia esteja mais fechada do que alguns desejam, é notável sua evolução ao longo dos anos. Na década de 1980, a tarifa média de importação em vigor no País era de 45%; e hoje é de 13%. Essa redução contribuiu para a evolução do índice de abertura da economia – participação do comércio exterior no Produto Interno Bruto (PIB) –, que saiu de 18,1% em 1980 para 21,4% em 2006, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, a defesa de alguns setores contra a concorrência internacional se justifica. Skaf exemplifica sua posição com o saldo do comércio brasileiro com a China nos últimos 12 meses, negativo em R$ 10 bilhões. "Não estou falando em protecionismo, mas os produtos chineses, que entram custando centavos no País, já somam R$ 10 bilhões. O principal problema é que o real está valorizado frente ao dólar, e o câmbio chinês está desvalorizado, prejudicando a indústria nacional, que precisa ser protegida de alguma maneira", diz.
Napoleão forçou a retirada
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"Abertura dos Portos" simbolizou, para o Brasil, o fim de três séculos de monopólio comercial português. O momento histórico foi concretizado com a assinatura da Carta Régia por Dom João VI, em 28 de janeiro de 1808, oito dias após a chegada da corte portuguesa à Bahia. O documento abria os portos brasileiros ao comércio direto com as nações amigas. O processo foi desencadeado um ano antes, em Portugal, quando Dom João VI, então príncipe regente da coroa portuguesa, tomou conhecimento de que as tropas francesas de
Napoleão avançavam pelo interior de Portugal em direção a Lisboa. A decisão do regente foi transferir a capital do reino para a colônia, o Brasil. Foi assim mantido intacto o poder soberano da corte e transformado para sempre o destino da colônia, que se tornou império, com capital no Rio de Janeiro. Foram criadas também importantes instituições como a Imprensa Régia, o Banco do Brasil, a Biblioteca Real, a Real Academia de Belas Artes e o Jardim Botânico. A data de hoje é considerada o Dia do Comércio Exterior.
Centro de Recreação Meu Segundo Lar Manhã • Tarde • Integral • Intermediário do Berçário ao Pré
Rua Castro Teixeira, 47 Vila Carrão - São Paulo - SP Fone: (11) 6785-1259
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DCARRO
São Paulo, segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
MAHINDRA
Enfim, os indianos no Brasil
Sanjeev Mohoni: marca indiana Mahindra chega com carga total ao Brasil. Montada na Zona Franca de Manaus pela empresa Bramont, a linha Scorpio traz um utilitário esportivo e duas picapes, todos com motor a diesel.
Apresentados no Salão do Automóvel de São Paulo, em 2006, finalmente eles chegaram às concessionárias brasileiras
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pesar de ter um nome ainda desconhecido no Brasil, as recomendações sobre a Mahindra são ótimas. Afinal, a marca é parceira da francesa Renault e é responsável pela produção do modelo Logan na Índia. Além disso, segundo seus executivos, a empresa é a terceira maior produtora de tratores do mundo. Quanto à experiência com veículos 4x4, a resposta vem diretamente do vicepresidente da Divisão de Projetos da empresa, Sanjeev Mohoni, ao ser questionado sobre se em seu país, como no Brasil, as pessoas fazem uso de veículos "off-road" para rodar, no dia-a-dia, em áreas urbanas: "na Índia, as ruas e estradas são quase todas off-road", dando a entender que a situação das vias públicas daquele país está pior que a daqui. A Mahindra chega ao Brasil com sua linha Scorpio, formada por uma picape cabine simples, uma cabine dupla e um utilitário esportivo. Os três veículos são montados pela Bramont, na Zona Franca de Manaus. O motor turbodiesel é importado da Índia juntamente com o chassi, câmbio e conjunto de suspensão. Já a carroceria e acabamento são feitos pela empresa mineira Usiparts. Equipamentos - Dispostos a oferecer um custo menor para conquistar o público admirador de motores diesel, os veículos chegam com acabamento interno espartano e apesar de ficar devendo alguns detalhes que facilitariam a vida dos ocupantes, como regulagem elétrica dos retrovisores e ajuste de altura do cinto de segurança, os veículos oferecem equipamentos como ar-condicionado com saídas para o assento traseiro, vidros e travas elétricas, direção hidráulica, regulagem de altura do volante, CD Player MP3 com entradas para USB e cartão SD e dois itens de destaque apenas na SUV: abertura interna da tampa do reservatório de combustível e uma terceira fileira de bancos rebatíveis que pode aumentar o
número de passageiros para sete. Já o design também é simples, mas robusto e agradável, principalmente no utilitário esportivo. Debaixo do capô a motorização utilizada, tanto nas picapes como no SUV, é a mesma: turbodiesel Common Rail Intercooler 2.6 litros, que atinge somente 110 cv de potência a 3.800 rpm, mas que compensa com um bom torque de 27,5 kgfm a 1.800 rpm. A transmissão é apenas a manual de cinco velocidades e a tração é 4x2, com opções de 4x4 e 4x4 com reduzida, que podem ser acionadas por um botão localizado no console. Segundo a marca os veículos atingem a velocidade máxima de 140 km/h e a média de consumo é de 9,3 km/l na cidade e 10,8 km/l na estrada. Preços atraentes- Com um custobenefício bastante convidativo (R$ 86.864 a SUV, R$ 71.864 a cabine simples e R$ 79.864 a cabine dupla) a marca espera emplacar cerca de 3 mil veículos por ano, no Brasil. A Mahindra by Bramont já instalou 11 revendas no País e pretende inaugurar mais 14 ainda neste primeiro trimestre. A expectativa é de possuir 32 concessionárias até o final de 2008 e chegar a 80 em 2011. Anderson Cavalcante
Newton Santos/Hype
Ano 83 - Nº 22.549
São Paulo, segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
R$ 1,40
Jornal do empreendedor
Edição concluída às 23h30
w w w. d co m e rc i o. co m . b r
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ESPECI
Arte se Alfer sobre fotos de Miguel Angelo/CNI e José Cruz/ABr
O FUTURO DO BRASIL EM DEBATE
A desconstrução lulista do Brasil
Em construção pelo PT: um novo contrato social
O professor José Pastore vê o Brasil perder os valores da liberdade, da produtividade, da eficiência e da ética. É o custo-Lula.
O ministro Tarso Genro quer radicalizar a democracia - "o encontro vital de um projeto socialista com uma estratégia democrática". LEIA TAMBÉM
Previdência para invasores de terras Ao dar cobertura previdenciária ao MST, o ministro Marinho considerou irrelevante a propriedade. Editorial, página 2
No rastro digital do Foro de São Paulo Agora que o Foro de São Paulo surge na mídia, aos 17 anos, o articulista que o denunciou sozinho exibe suas pegadas digitais. Pág. 3 Miguel Schincariol/Perspectiva/AE
Pablo de Sousa/Cia. de Luz
Aqui,
lance polêmico O NOVO STILO. OS INDIANOS. E OS BARATOS. O novo Stilo da foto não revela seu maior segredo: o câmbio.
CAIXA 1 Lucre no mercado futuro Brilho da lavagem a seco Comece a aplicar agora Ibovespa chega aos 40 Economia, páginas 1 a 4 HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 24º C. Mínima 16º C.
AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 22º C. Mínima 17º C.
ram 40 minutos do segundo tempo, quando Adriano marcou de cabeça para o São Paulo, contra o Corinthians. O juiz anulou o gol, alegando falta. Resultado: 0 a 0, sob protestos são-paulinos. O Paulistão da líder Ponte Preta no Esporte.
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Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
7 Joedson Alves/AFP - 16/01/2008
Proliferação da febre amarela provocou uma corrida aos postos de vacinação em todo o País.
Combate à dengue afasta febre amarela Chance de a febre silvestre chegar a São Paulo é remota, mas contágio pode ocorrer pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e que habita as cidades Rejane Tamoto
M
esmo com o risco remoto de a febre amarela silvestre chegar à Capital, especialistas e autoridades sanitárias alertam a população para que ajude no combate ao mosquito Aedes aegypti, o transmissor da dengue e que também pode transmitir a febre amarela. Segundo o professor do Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), Delsio Natal, a população pode colaborar não deixando lixo acumulado e água parada em recipientes como vasos e garrafas, principalmente no período das chuvas, pois facilita a proliferação do mosquito. "Seria mais provável a febre amarela irromper no meio urbano próximo às áreas onde ocorreram os casos rurais e silvestres. Em São Paulo, a possibilidade é mínima, mas, mesmo assim, o combate ao mosquito da dengue evitaria uma eventual incursão da febre amarela na cidade", disse Natal. As principais áreas de incidência de casos da doença são os estados de Goiás e Mato Grosso do Sul. No Distrito Federal e em Goiás, o Ministério da Saúde registrou mais de 70 mortes de macacos, principal hospedeiro do vírus na mata. Outras áreas de risco são as regiões Norte, Centro-Oeste, Mara-
nhão e Minas Gerais. As regiões rasse em uma região de alta de transição da doença são: oes- densidade do Aedes aegypti", te dos estados do Piauí, São Pau- explicou Bronislawa. lo, Paraná e Santa Catarina. No estado de São Paulo foRisco – Segundo a coorde- ram confirmados três casos de nadora do Programa Munici- febre amarela. Em todos eles, as pal de Vigilância e Controle da pessoas contraíram a doença Dengue, a médica sanitarista em áreas de risco. O mais recenBronislawa de Castro, a febre te ocorreu com uma moradora amarela foi erradicada do da zona leste, de 22 anos, que meio urbano em 1942. O risco contraiu a doença em Goiás, em de retorno do vírus só ocorre- uma viagem de ecoturismo. Ela r i a s e u m a Reprodução/DC foi internada no dia 11, no pessoa picada pelo mosHospital Municipal q u i t o H a emagogus, do Tatuapé e teve alta na e m á re a d e mata nas requarta-feira. Seg undo giões em que há casos de Bronislawa, febre amarenos locais la, também por onde a fosse picada Aedes aegypti, transmissor da dengue paciente esteve, desde em São Paulo pelo mosquito transmissor que chegou à São Paulo com o da dengue. A febre amarela vírus, foram feitos bloqueios de não é transmitida de pessoa a transmissão. "Fizemos a aplicapessoa, mas seres humanos e ção de inseticida para eliminar macacos podem ser hospedei- as larvas do mosquito da denros do vírus e infectarem o gue num raio de 600 metros da mosquito da dengue, que pode residência dela, casa a casa, e por onde ela passou, inclusive infectar outras pessoas. Primo – "O vírus da febre no hospital." amarela é primo do vírus da De acordo com a coordenadengue. Só haveria risco se uma dora, a população da Capital pessoa for contaminada na ma- não precisa ficar alarmada, ta, voltar para a cidade até o pois a Prefeitura investiu na quarto dia após ter sido picada – prevenção da dengue. Segunquando começam os sintomas do Natal, a única forma de preda doença – e ser picada pela fê- venção contra a febre amarela mea do mosquito da dengue, é a vacina, recurso que não que incubaria o vírus e colocaria existe no caso da dengue, em os ovos. Possibilidade remota, que a única forma de evitá-la é que ocorreria se essa pessoa mo- combater o mosquito.
VACINAÇÃO Jamil Bittar/Reuters - 09/01/2008
Dose deve ser aplicada 10 dias antes da viagem para áreas de risco
Correria aos postos é desnecessária
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m São Paulo, a vacina de, imunodepressão transitócontra a febre amarela ria ou permanente provocada está disponível em 620 por doenças, gestação em locais, incluindo postos de qualquer fase e aos alérgicos ao saúde, hospitais, aeroportos e ovo de galinha e derivados. Segundo a médica infectorodoviárias. Segundo a gerente do Centro de Controle de logista do Delboni Auriemo, Doenças da Prefeitura, Sônia Isabela Baraúna, a vacinação Ramos, na primeira quinzena é importante porque não há deste mês foram vacinadas 103 um tratamento específico para a febre amaremil pessoas, la. Baraúna exq u a s e o d o b ro plicou que apedas doses aplicanas os sintomas das durante o podem ser trataano de 2007, no Recomendamos às dos e surgem de qual foram imupessoas que só tomem três a seis dias nizadas 62 mil a vacina se forem após a picada do pessoas. "Nós realiza- realmente viajar para mosquito infectado. mos uma triagem as áreas de risco. "Eles são disantes. Na rodoSônia Ramos, gerente do cretos e podem viária e no aeroCentro de Controle de ser assintomátiporto é preciso Doenças da Prefeitura cos", disse. Os simostrar a passan a i s m a i s c ogem para receber muns da doença a vacina. Recomendamos às pessoas que só to- são febre alta de início súbito, mem a vacina se realmente fo- mal-estar, calafrios, dor de carem viajar para as áreas de ris- beça e muscular. Em 15% dos casos, pode haver vômitos, dor co", disse. A vacina contra a febre ama- abdominal, icterícia (mucosa e rela deve ser tomada 10 dias pele amareladas) e até hemorantes da viagem e tem valida- ragias, com sangramentos de de de 10 anos. A imunização é gengivas, nariz e urina – casos contra-indicada a crianças em que é necessária a internacom menos de 6 meses de ida- ção. (RT)
Celso Júnior/AE - 21/01/2008
Soldados do Exército foram treinados para combater o mosquito Aedes aegypti no Distrito Federal
Mortes já superam as de 2007
A
s dez mortes por febre amarela registradas neste ano já superam as ocorrências de 2007. No ano passado, cinco pessoas morreram da doença. Segundo o Ministério da Saúde, a incidência da febre amarela vinha caindo desde o início da década. Em 2000, 85 pessoas contraíram a doença.
Em 2003, foram 64. Porém, de 2003 a 2007 ocorreram, no máximo, seis casos por ano. Segundo especialistas, a cada ciclo de cinco a oito anos ocorrem surtos de febre amarela entre macacos, nas áreas próximas a florestas, que são seguidos por surtos da doença em humanos. Dos 19 casos confirmados
este ano, 15 pessoas contraíram a febre amarela em Goiás, duas no Distrito Federal e duas em Mato Grosso do Sul. Foi a primeira vez que o Distrito Federal teve registro de contaminação. A secretaria de Saúde local firmou convênio com o Exército e treinou soldados para combater o mosquito transmissor. (Agências)
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Ambiente Educação Tr â n s i t o Saúde
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008 Leonardo Rodrigues/Digna Imagem
Marronzinhos vão combater a fila dupla de veículos na porta dos colégios paulistanos.
300 FAIXAS VÃO ORIENTAR OS MOTORISTAS
CET antecipa operação volta às aulas Estudantes só devem voltar aos estudos depois do carnaval, mas a fiscalização do trânsito nos colégios começa hoje. Objetivo da CET é se antecipar aos problemas. Caio Guatelli/Folha Imagem - 29/01/2007
Ivan Ventura
A
Agentes de trânsito serão treinados para orientarem os motoristas e pedestres nas portas dos colégios
Ó RBITA
HELICÓPTERO
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Aeronáutica continuou ontem as buscas ao helicóptero do empresário João Verdi. Ele e a mulher, Sônia Regina Brasil Leite, desapareceram na terça-feira no trajeto entre Angra dos Reis (RJ) e São José dos Campos, no Vale do Paraíba. As equipes de resgate ainda não encontraram nenhum sinal do local onde houve a queda. Verdi é dono da indústria bélica Avibrás, que tem sede em São José dos Campos. Ele e a mulher voltavam para a cidade quando ocorreu a queda do aparelho. Ontem, logo pela manhã, um avião Bandeirante da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou do aeroporto de São José dos Campos para reiniciar as buscas, mas nenhum sinal do helicóptero foi encontrado. No sábado, a FAB solicitou ajuda à Marinha e ao Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro para uma busca submarina na ilha da Gipóia, próximo a Angra, após informações de que havia manchas de óleo no mar, mas nada foi encontrado. (Agências)
ANGRA DOS REIS
EX-DELEGADO PRESO
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Polícia Civil de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, realizou ontem uma operação contra o tráfico de drogas em Sapinhatuba. Foram detidas 28 pessoas, mas três foram liberadas por falta de provas. Três chefes do tráfico estão entre os detidos. A ação policial contou com 75 policiais civis e foram emitidos 47 mandados de prisão. Foram apreendidos revólveres, uma balança de precisão digital, maconha, cocaína, celulares, anotações sobre as atividades dos traficantes e R$ 2.500. (AE)
polícia de São Paulo prendeu no sábado o exdelegado Luiz Ozilak Nunes da Silva, acusado de contrabando, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Ozilak, que estava foragido desde março de 2006, também ficou conhecido por ter ganho 17 vezes na loteria. Todas elas no primeiro semestre de 2001. A prisão foi informada pela Secretaria de Segurança Pública. O ex-delegado foi preso em uma ação da Polícia Militar e Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc). (AE)
Missa de 7° dia A família de
Alfredo Bruno Júnior convida para a missa de sétimo dia de seu falecimento 29 de janeiro (amanhã), às 19h, Santuário Nossa Senhora de Fátima, na rua Darwin, 651, Santo Amaro.
Alfredo Bruno Júnior deixa esposa, filho e netos. Foi diretor superintendente da Distrital Santo Amaro e conselheiro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
maior parte dos estudantes só deve retornar às aulas após o carnaval. Mesmo assim, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) decidiu começar hoje a Operação Volta às Aulas, para disciplinar o trânsito no entorno dos colégios. O objetivo será fiscalizar a formação das filas duplas de veículos, principalmente em frente às escolas, para embarque e desembarque de alunos. De acordo com a CET, a antecipação da Operação Volta às Aulas tem o objetivo de evitar que o trânsito piore com o início do ano letivo em São Paulo. Durante a operação, serão empregados 321 técnicos em 162 escolas da cidade, algumas velhas conhecidas dos paulistanos por problemas no trânsito, como o Mackenzie, na rua da Consolação, o Rio Branco, na avenida Higienópolis, Colégio Bandeirantes, na rua Estela, e a PUC, na rua Monte Alegre, em Perdizes. Os técnicos também
devem orientar a travessia de pedestres. As escolas escolhidas são as que têm movimento mais intenso nos horários de entrada e saída dos estudantes, segundo
a CET. Haverá também ajustes de semáforos e treinamento de funcionários para o início do ano letivo. No total, serão utilizadas 300 faixas para a sinalização dos locais.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
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Distritais & FacespInterior
ACSP
COMÉRCIO QUER UMA NOVA SÃO CAETANO Varejistas da famosa Rua das Noivas, que só de vestidos tem 117 lojas, deverão apresentar à Prefeitura um projeto de revitalização da rua e suas vias transversais. Fotos de Masao Goto/e-SIM
André Alves
U
ma das principais ruas temáticas de São Paulo, a São Caetano, também conhecida como a Rua das Noivas, poderá receber um verdadeiro banho de loja. Um projeto de revitalização idealizado pelos empresários locais será apresentado, em breve, ao executivo municipal. Se aprovado, a São Caetano, com suas 117 lojas de vestidos e acessórios para noivas, deve recuperar o glamour que a transformou em uma d a s r u a s c omerciais mais conhecidas e freqü en tad as por consumidoras a caminho do altar. Para Marcelo O projeto de Stockler, da rev italiz ação Distrital Centro c o n t e m p l a da ACSP, idéia m e d i d a s c oé juntar forças mo a retirada para que o dos fios de tróprojeto seja lebus e o auaprovado mento da luminosidade dos 430 metros da rua, mais suas vias transversais e os 100 metros da avenida Tiradentes ocupados pelo comércio de produtos de casamentos. Os lojistas também querem aumentar a largura das calçadas e limitar o estacionamento de carros em um único lado. Também faz parte dos planos dos comerciantes da região o desenvolvimento de projetos de jardinagem, a instalação de uma base fixa da Polícia Militar e a busca de patrocínio com empresas e fornecedores. "Já contratamos uma arquiteta para fazer o projeto de reurbanização da rua. A idéia é promover benfeitorias por conta das iniciativas pública e privada, com o objetivo de aumentar o fluxo de noivas e recuperar uma clientela qualifi-
cada", disse Carlos Lima, presidente da Associação dos Lojistas da São Caetano e proprietário de três lojas. Destaque – A preocupação com a famosa Rua das Noivas, onde a variedade de vestidos chega a 17 mil, deve-se à importância da rua para o comércio paulistano. De acordo com dados da Associação dos Lojistas, circulam mensalmente pela área 34 mil pessoas. O faturamento médio mensal do comércio local é de R$ 2,5 milhões. "Muitas consumidoras mais novas não conhecem a São Caetano. Trata-se de uma rua turística, que merece ser revitalizada", enfatizou Lima. O projeto deve estar pronto dentro de 20 a 30 dias. "Pediremos uma audiência com o prefeito Kassab para apresentar o projeto. Calculamos um orçamento de cerca de R$ 600 mil para as intervenções. Acredito que, a partir da aprovação do prefeito, em 90 dias as primeiras obras devem começar". Apoio – O superintendente da Distrital Centro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcelo Flora Stockler, apóia a iniciativa e sugere a união de f o rç a s e n t re várias entidades para que o Carlos Lima, projeto tenha da Associação êxito. "Querede Lojistas da mos juntar as São Caetano: lideranças das muitas principais consumidoras r u a s c o m e rnão conhecem ciais para seainda a rua rem diretores da Distrital Centro. Como cada via tem suas peculiaridades, queremos ver a melhor forma de atuação. A revitalização da São Caetano será ótima para a região, já que deve aumentar o número de freqüentadores, e, conseqüentemente, o faturamento do comércio local".
Entre as mudanças previstas para a revitalização da Rua São Caetano (acima) está a retirada dos cabos de trólebus e o alargamento de calçadas
Além de Carlos, outros comerciantes da São Caetano estão entusiasmados com a possibilidade de revitalização da rua. Entre eles está Tina Lima, proprietária de uma das lojas de vestidos de noiva. "Atualmente, a rua não tem uma única lixeira, além de não oferecer tanta segurança. Quando revitalizada, acredito em um aumento de 50% das nossas vendas", diz ela, em uma referência ao aumento do número de consumidores no local. O mesmo otimismo é compartilhado pelo também comerciante Joaquim Seixas, proprietário de uma fábrica de acessórios para casamentos. Para ele, a revitalização não apenas beneficiará o comércio, com o aumento das vendas, mas também levará às famílias de volta à rua, concluiu.
Comerciantes querem reconquistar o antigo glamour da Rua das Noivas e, com ele, mais consumidores. Fotos: Divulgação
Notícias das associações comerciais e industriais do interior do Estado
PORTO FERREIRA GANHA MAIS FORÇA Parceria entre a Associação Comercial e Empresarial, a Federação das Associações Comerciais e o Sebrae dá origem a um núcleo setorial para fortalecer micro e pequenas empresas André Alves
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embrada sempre como a capital da Cerâmica Artística, a cidade de Porto Ferreira quer se fortalecer no segmento. Para isso, a Associação Comercial e Empresarial do município (ACE), em parceria com a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e o Sebrae decidiram criar o Núcleo Setorial de Cerâmica Artística dentro do Projeto Empreender, que funciona na sede da ACE.
Um dos principais objetivos da iniciativa é o desenvolvimento das micro e pequenas empresas do setor, permitindo que sejam mais competitivas, contribuindo com a geração de emprego, ocupação e renda. Dados do Sindicato da Indústria de Produtos de Cerâmica de Porto Ferreira (Sindicer) mostram que a cidade conta, atualmente, com 80 empresas fabricantes de cerâmica, entre a artística, formada por objetos de decoração e porcelanas, e a de revestimento, composta por pisos e azulejos. "Cerca de 90% das empresas são de
cerâmica artística. Trata-se do setor que mais gera empregos diretos no município, perto de 2,5 mil postos de trabalho", disse Ivan Burian, presidente do Sindicer. O sindicato estima que, em 2007, foram produzidos pouco mais de oito milhões de artigos de cerâmica em Porto Ferreira. Desse total, 10% foram destinados à exportação. Núcleo - A iniciativa de se criar o Núcleo Setorial de Cerâmica Artística surgiu por meio da ACE e do Sebrae regional. "Nossa primeira reunião com os empresários do setor está prevista para Ivan Burian: o dia 12 de setor é um dos fevereiro, que mais quando será geram apresentado o empregos na projeto. Com cidade o decorrer do tempo, esperamos contar com a participação de cerca de 30 ceramistas da cidade", afirmou Murilo Lourenço, consultor do Empreender de Porto Ferreira. Lourenço também diz que o Núcleo Setorial que foi criado permitirá que sejam oferecidas informações valiosas para melhor capacitar os participantes do projeto. "Temos de fortalecer ainda mais o título de Porto Ferreira como a capital da cerâmica", disse. "Trata-se de
Tradicionais peças de cerâmica para decoração e trabalhos em porcelana são produzidas por 80 empresas
GIr Agendas da Associação e das distritais
Amanhã I Comex - O vice-
Mais de 90% da produ
ca, mais trabalhada ção é de cerâmica artísti
uma iniciativa extremamente importante para o segmento. Da nossa parte, continuaremos trabalhando para que os ceramistas de Porto Ferreira possam crescer,
por meio da participação em importantes feiras do setor, como a Gift Fair, uma das mais conhecidas, além de outras de jardinagem", completou Burian.
presidente da ACSP, Renato Abucham, coordena reunião da Comissão de Comércio Exterior. Às 17h, rua Boa Vista, 51/11º andar - Salas Tadashi Sakurai.
Quinta I Penha - Palestra sobre o
Sistema Único de Saúde – SUS, com o palestrante vereador Gilberto Natalini. Avenida Gabriel Mistral, 199, Penha.
Reprodução
Até agora (com maior proximidade daquilo que foi enunciado por Marx e Lenin) os países que fizeram ou fazem experiências socialistas (inspiradas na experiência soviética) não são países democráticos.
"necessários" com a emancipação (se é que vínculos realmente teve). O estilhaçamento das classes – então – nos aproxima mais da barbárie do que da "revolução" e a decisão dos indivíduos, grupos ou classes, para mudar o mundo, é também cada vez menos estimulada e mais manipulável pelas relações econômico-sociais. É cada vez menos impulsionada, pela base "material" da sociedade capitalista, que fragmenta ao invés de coesionar, que individualiza ou tribaliza ao invés de coletivizar (21). Nestas condições, a importância do sujeitopartido de "novo tipo", adequado ao período histórico que vivemos – o partido da democracia contra a barbárie que só o socialismo democrático pode superar plenamente – é bem superior ao que ajuizava o espontaneísmo de Rosa Luxemburgo. E é diferente do que teorizou o jacobinismo leninista. Este, que teve grande importância para revolucionar pela força a sociedade gelatinosa russa, no início do século passado, hoje além de carecer de base social real com o potencial de lutas radicalizadas, comprovou-se como gérmen de uma máquina burocrática e totalitária (22). Uma constatação também importante, para considerarmos a "questão democrática", é o fato de que, até agora (com maior proximidade daquilo que foi enunciado por Marx e Lenin) os países que fizeram ou fazem experiências socialistas (inspiradas na experiência soviética) não são países democráticos. Independentemente do juízo que se possa ter sobre as instituições necessárias para resistir a "bloqueios" e "sabotagens", internas e externas, é possível constatar ali, que a ausência da cena pública, do contraditório político e da transparência plena, gerou deformidades que repõem, sempre, a desigualdade, o poder de poucos e a utilização particularista da máquina estatal. Deve ser levado em consideração, por outro lado, que a curta experiência social-democrata, ao longo de 40 anos, construiu sociedades fundadas na democracia política, socialmente muito mais avançadas – em termos de conferência e garantia
de direitos sociais e políticos aos próprios trabalhadores – do que aquilo que foi conseguido nos países que Bobbio denominou "do comunismo histórico". Mas, a social-democracia, como organização sócio-econômica completa, só existe como experiência restrita em poucos países, embora algumas cláusulas do contrato socialdemocrata tenham se espalhado por várias nações do globo. Hoje, a maioria delas está em crise e em processo de "adaptação" às receitas neoliberais (23), o que demonstra a baixíssima capacidade de resistência da social-democracia às exigências reacionárias do capital financeiro globalizado. É importante, finalmente, lembrar – ainda para valorizar o tema "Democracia x Socialismo" – que já ficou demonstrado que as experiências concretas de construção do socialismo, inclusive àquelas vinculadas à idéia de um socialismo "moderado", de caráter nacional, ou foram destruídas pela violência (Chile, Indonésia, Nicarágua) ou foram levadas a termo, por um certo período, por regimes ditatoriais ou autoritários (União Soviética, Coréia, China). Não menciono Cuba, porque a ilha é um caso específico de experiência socialista, construída sob subsídio soviético, por solidariedade marcada por interesses geopolíticos na época da Guerra Fria, que não tem mais condições de ser replicada. V A fragilidade atual da idéia do socialismo, como oposição à barbárie neoliberal, não vem principalmente do desaparecimento na humanidade das aspirações à igualdade e à justiça. Estas permanecem cativando enormes contingentes, seja através da mediação da religião, seja através da idéia moral que está na base das lutas coletivas por direitos sociais e econômicos: as lutas que implicam em solidariedade, compromisso, devoção e risco. Este esvaziamento origina-se, sobretudo, da impotência histórica da idéia socialista, que foi flagrada pelo fracasso das experiências já realizadas. A ausência de nexo histórico daquelas propostas antigas com as condições de de-
senvolvimento capitalista na atualidade e, além disso, a pobreza dogmática da maior parte dos discursos que defendem o socialismo, são outros elementos "agregados" a esta crise. Marx, que preferia "duvidar de tudo", provavelmente hoje revisaria algumas das suas visões que descortinou sobre o socialismo (24). No que se refere à questão democrática, sua importância é indiscutível, em termos ideológicos e programáticos. Há uma consciência, não somente entre os socialistas, mas entre todos os que defendem uma sociedade mais justa, que hoje existe um "déficit" democrático, reconhecido em termos globais. Ele já ataca o cotidiano das pessoas e cria uma socialidade cada vez mais egocêntrica e fragmentária, que leva os cidadãos comuns ao extremo do individualismo. Ora, sem uma cultura democrática efetiva, gerada na vida cotidiana e sem propostas visíveis (para que a cotidianeidade daqueles cidadãos seja também preenchida pela expectativa de uma vida melhor), dificilmente será renovado o sentimento utópico, que é o centro de uma vida coletiva harmônica e solidária. A questão da relação da democracia com o socialismo, portanto, torna-se mais atual e mais importante para todos os partidos sociais-democratas de esquerda e socialistas "não soviéticos", por estes e vários outros motivos. Importante, politicamente, para as disputas em curso, porque o ideal socialista é também uma idéia reguladora do presente; e importante, estrategicamente para a renovação teórica, moral e espiritual da utopia socialista (que hoje comove e atrai muito pouca gente), porque a evolução "espontânea" do capitalismo em direção ao futuro pode levar à destruição da humanidade. É também reconhecida a existência de um processo de "financeirização da política", que reduz o potencial decisório dos métodos democráticos, bloqueio pelo qual são paralisadas, burocraticamente, políticas públicas oriundas de decisões "livres" do Estado. Normalmente são congeladas como direito "etéro", aquelas normas destinadas a pelo menos reduzir as injustiças sociais, mais ou menos intensas, dependendo do país ao qual nos reportamos. O "déficit" de democracia, na era em que os valores neoliberais são dominantes, também reabre a perspectiva de projetos autoritários, de qualquer matiz, que sejam capazes de iludir com soluções imediatas e cortantes. A questão democrática, repito, é uma questão extremamente atual ("transformação da democracia fictícia em democracia efetiva" (25), que não pode ser tomada apenas como uma questão tática. Ou seja, como objetivo de uma ação política, que é mediação para a instauração da "ditadura de classe", cujo resultado está muito bem exposto nas seguintes declarações de Trotsky: "Os operários devem estar ligados a seu emprego, sujeitos a serem transferidos; é necessário dizer-lhes o que devem fazer (...)" "Antes de desaparecer, a coerção estatal atingirá, durante o período de transição, o seu mais alto grau de intensidade na organização do trabalho (...)". "Uma luta planificada, sistemática, constante e resoluta deve ser travada contra a deserção do trabalho, em particular publicando listas negras dos desertores do trabalho, formando batalhões penais compostos desses desertores e, finalmente, encerrando-os em campos de concentração." (26) O "caminho único", dominante até em alguns setores democrático-progressistas (o caminho imposto pelos "vencedores") mostra que, não so-
2 - OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
O GOVERNO SUBSIDIA OS DITOS MOVIMENTOS SOCIAIS COM RECURSOSTRANSFERIDOS A ONGs
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pesar da voracidade dos nossos governos na hora de arrecadar, todo empresário brasileiro pode tomar algumas medidas, dentro da própria legislação vigente, para atenuar os efeitos de tanto apetite. E uma das raras oportunidades para isso está em curso, pois é a cada início de ano que se define o rumo tributário a ser seguido pelas empresas, em busca de uma carga menos pesada de impostos e contribuições. Nessa hora, o importante é fazer análises e projeções contando com o auxílio de empresas contábeis e de assessoramento, que possam realmente indicar o melhor sistema de tributação a escolher. É desse estudo, feito sem precipitação ou preconceito, que vai depender a estrutura de custos tributários até o início de 2009, quando só então será possível uma nova mudança de regime. As empresas que faturam até 2,4 milhões de reais anuais, por exemplo, têm até o próximo dia 31 para aderir ou abandonar o recém-criado Simples Nacional, também conhecido como Supersimples. Diante da grande repercussão obtida pela implantação do novo regime, em julho último, muitos empresários aderiram ao Supersimples atraídos pelo modismo da simplificação, mas um número igualmente expressivo de empreendedores acabou se arrependendo, diante da complexidade de suas várias tabelas e anexos e também por ter perdido competitividade, ao não mais transferir créditos do ICMS para os seus clientes.
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omo questão fundamental, surge ainda a necessidade de analisar os prós e contras de outras possibilidades de enquadramento, mas sempre considerando uma série de fatores, que inclui o perfil da empresa, resultados obtidos no exercício anterior e tendências predominantes para o desempenho do negócio, ou seja, qual o tamanho dos ganhos efetivos que ele prenuncia, com base no cenário econômico e no seu passado recente. Esses dados são determinantes na escolha do Lucro Presumido, regime alternativo ao Simples e ao Lucro Real, cuja
Marcos Michael/JC Imagem
REDUZINDO A MORDIDA DO LEÃO G As empresas que
faturam até 2,4 milhões de reais anuais têm até o próximo dia 31 para aderir ou abandonar o recém-criado Simples Nacional.
adesão pode ser feita, oficialmente, até 30 de abril pelos empreendimentos com faturamento anual máximo de 48 milhões de reais. Na prática, porém, a decisão deve ser tomada já em fevereiro, pois dela dependem os cálculos do PIS e da COFINS a pagar no segundo mês do ano.
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o entanto, seja qual for a escolha do contribuinte, certamente nada vai substituir uma contabilidade formal e bem estruturada, composta por balanços, balancetes, livro diário e análises mensais de movimentação, informações que representam a melhor forma de se justificar o equilíbrio entre receitas e despesas perante o fisco. Todos esses controles constituem, também, importante instrumento de gestão, até mesmo na hora de resolver sobre o melhor sistema de tributação a ser adotado. Árduo defensor das empresas contábeis e de assessoramento e dos contribuintes de uma forma geral, o SESCON-SP, juntamente com entidades parceiras como ACSP, OAB SP, Fiesp e Fecomercio, prossegue em sua luta por justiça tributária e diminuição da burocracia. Mas naquilo que depender dela própria, cada organização precisa permanecer alerta e atuante ao escolher seu regime tributário, agora no começo do ano, bem como na forma que vai gerir, a cada novo dia de 2008, esse aspecto crucial ao sucesso e à própria sobrevivência do seu negócio. JOSÉ MARIA CHAPINA ALCAZAR É PRESIDENTE DO SINDICATO DAS EMPRESAS DE SERVIÇOS CONTÁBEIS E DE ASSESSORAMENTO NO ESTADO DE SÃO PAULO (SESCON-SP)
A marcha da insensatez E
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País não cessa de nos surpreender. Quando acreditamos ter visto tudo, ou quase tudo, eis que surge um fato novo, que foge a qualquer parâmetro de sensatez. O Ministro Luiz Marinho, da Previdência, acaba de publicar no Diário Oficial ato que dá cobertura previdenciária a invasores de terras, públicas ou privadas. Ou seja, os invasores teriam cobertura previdenciária para seus atos de violação do direito de propriedade. Seriam equiparados a qualquer trabalhador, que paga impostos. Ademais, em sua decisão, o Ministro ainda considerou a propriedade como algo irrelevante, não devendo ser levada em consideração. O atual governo não vem respeitando a lei, sem que nada aconteça, o que é ainda mais incrível. Juridicamente, propriedades invadidas não poderiam ser objeto de desapropriação. E, no entanto, o INCRA, órgão estatal, convalida tais atos. Os invasores deveriam ser retirados das listas dos assentáveis. E, no entanto, nenhuma medida é tomada para identificar essas pessoas e puní-las por esse flagrante desrespeito à lei. O governo finge que não é com ele. E o fingimento se torna essa "nova" realidade, tanto mais acabrunhante por atentar contra os alicerces mesmos de uma sociedade livre: a propriedade privada e o estado de direito. Não contente, o governo ainda subsidia os ditos movimentos sociais com recursos públicos, que são transferidos a ONGs "laranjas" que cumprem com essa função. As justificativas são as mais variadas, como as que realçam a "educação solidária" e o "cultivo alternativo" ou outras da mesma espécie. A imaginação revolucionária segue o seu "livre" curso. O que não se diz explicitamente é que tais recursos financiam as invasões e a formação da consciência dos invasores. Os dogmas são, assim, transmitidos. E essa formação se faz por intermédio de livros textos, que reescrevem a história na perspectiva de Lênin, Trotsky, Stálin, Mao, Fidel Castro e Che Guevara. Há para todos os gostos. Mais recentemente, este novo "humanitário", Hugo Chávez, que preza os seqüestradores e os narcoguerrilheiros, foi elevado à condição de novo farol da humanidade. Nesta perspectiva, as FARC são "humanitárias"! As "novidades", contudo, não param aí. Multiplicam-se os cursos universitários em todo o país, em áreas como direito, pedagogia e veterinária, feitos sob medida para os "movimentos sociais". São uma "reserva especial" deles. Essa organização política indica os que participarão desses cursos, elaborando, inclusive, grades curriculares que correspondam aos seus conteúdos e perspectivas. Tal educação, dita "participativa", se faz segundo as lentes ideológicas, que orientam esse "movimento" de ruptura com a democracia representativa. Cria-se, desta maneira, uma "universidade" dentro da universidade, com financiamento do Ministério da Educação, num completo desrespeito à igualdade, segundo o mérito, que deveria presidir o ingresso numa instituição de ensino superior. Na verdade, é o contribuinte que está pagando pelo avanço do "socialismo", a saber, da "democracia totalitária". E o contribuinte continua pagando, como se não
G Sem limites, o governo brasileiro
decidiu dar cobertura previdenciária aos invasores de terra. Por Denis Lerrer Rosenfield houvesse limites. A desmedida é total. Os invasores são também financiados com recursos públicos através do bolsa-família, da cesta básica e de escolas especiais. Produtos importados (do Uruguai), como o arroz, acompanham esses grupos violentos. A cachaça, porém, é brasileira. As invasões são empreendidas com o dinheiro de cada um de nós, via impostos e contribuições, que estão presentes no modo mesmo de manutenção e conservação destes ditos movimentos sociais. Aquele que trabalha deve pagar impostos, enquanto os invasores são os beneficiários dessas transferências de bens e propriedades. Não esqueça: em cada invasão você pode ver o emprego dos seus próprios recursos!
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gora, em outro ato de "generosidade" com os recursos alheios, o governo planeja dar cobertura previdenciária aos invasores. O proprietário, indiretamente, está pagando a violação de seus próprios bens. O MST e as organizações congêneres podem oferecer mais esse "serviço" aos seus "afiliados". Isto é, uma organização revolucionária, que procura solapar os fundamentos de uma sociedade livre, assegura cobertura previdenciária aos seus militantes e membros, sempre e quando sigam as suas ordens e instruções. A continuar essa marcha da insensatez, o próximo passo poderá ser o de considerar a relação entre invasores e invadidos ou entre seqüestradores e seqüestrados (no caso dos reféns das propriedades violadas, prática usual) como uma "relação de trabalho", com direitos, inclusive, junto à Justiça do Trabalho. Não está excluído que certos juízes dêem ganho de causa aos demandantes! Na insensatez, nada é impossível! Imaginem a seguinte situação. O MST invade uma propriedade e os seus membros lá permanecem por mais de um ano. Por exemplo, isto é comum no estado do Paraná, onde o governador Requião não cumpre os mandatos de reintegração de posse. Os invasores encenariam o trabalho, cultivando certos produtos. Configurar-se-ia, então, sob a ótica da insensatez, uma "relação trabalhista". O proprietário, tendo perdido a posse de sua propriedade, amargando com todos os prejuízos daí decorrentes, poderia vir a ser "responsabilizado" por invasores que o demandariam na "Justiça". Embora isto possa parecer "surreal", a realidade se encaminha para tal desrespeito às normas elementares da convivência democrática e do estado de direito. Hoje, proprietários já são, muitas vezes, obrigados, por decisão judicial, a pagarem os ônibus que levarão os emessistas para os seus lugares de "origem". Além dos prejuízos, os agricultores ainda devem arcar com mais esses custos das invasões, decorrentes de sua própria realização. E quem paga os ônibus e a logística mesma das invasões? Você!
Mudança no ICMS ROBERTO MATEUS ORDINE
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Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br
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JOÃO DE SCANTIMBURGO A DEVASTAÇÃO DA AMAZÔNIA
implantação do sistema de substituição tributária no ICMS a ser implementada, já neste início de ano, pela Fazenda Estadual para vários setores do comércio de varejo, no Estado de São Paulo, poderá trazer um aumento do preço final da mercadoria para o consumidor. Esta é a preocupante conclusão a que chegaram vários dirigentes de entidades empresariais após discussão sobre os critérios propostos pelo Fisco Estadual para essa implantação. Isto porque o critério adotado para a base de cálculo do ICMS/ST será a margem do valor agregado com base no IVA setorial por empresa. Isto significa dizer que o imposto incidirá sobre uma base muito acima da realidade dos preços atualmente praticados pelo varejo. Para se ter uma idéia do que isso representa no preço final da mercadoria imaginemos que a margem de lucro bruto praticada pelo varejo seja em torno de 35%. Portanto, o ICMS devido por esta fase da operação de saída interna do varejo pa-
G A implantação do
sistema de substituição tributária no ICMS poderá trazer um aumento do preço final da mercadoria para o consumidor. ra o consumidor final será de 18% sobre a margem de lucro (35%). Pela forma de tributação do ICMS por substituição tributária, com base no IVA setorial, a margem do valor agregado será duas ou três vezes superior aos 35% praticados, chegando a mais de 100%. Logo o ICMS/ST a ser exigido do contribuinte será maior do que a margem de lucro real praticada, obrigando que este custo seja repassado para o preço final da mercadoria. Como conseqüência, o consumidor final vai pagar mais pela mercadoria, tributada desta nova maneira. Para evitar que a cobrança do ICMS/ST seja tributada na forma
acima mencionada, o Fisco Paulista está exigindo que cada setor do comércio apresente uma planilha de custos elaborada por um dos dois institutos autorizados (USP ou FGV). Estas entidades, porém, precisam no mínimo de um prazo de seis meses para realizar a pesquisa e o estudo final.
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as, como a previsão para a implantação da nova forma de tributação pelo Estado é para já, não haverá tempo material para qualquer sugestão dos setores do comércio; logo deverá prevalecer a MVA com base no IVA setorial, o que significará aumento do preço final da mercadoria. O consumidor final deve se preparar para pagar mais caro pelos produtos alimentícios, medicamentos, produtos de higiene pessoal e material de construção, entre outras mercadorias. ROBERTO MATEUS ORDINE É VICEPRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO (ACSP) E COORDENADOR INSTITUCIONAL DAS SEDES DISTRITAIS
screvi numerosos editoriais, publicados nesta coluna, sobre a devastação da Amazônia pelos fazendeiros instalados com legalidade no território amazonense. Cheguei a sugerir a organização de um exército para a Amazônia com a incumbência de impedir a sua devastação. Evidentemente, não fui atendido pelos burocratas do funcionalismo. Agora, quando um grito de alerta é dado, os integrantes do governo se reúnem, cada qual dando o seu palpite, que não vale nada e de nada adianta, pois a devastação na Amazônia vai continuar, se não agora, daqui a alguns meses. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), nos últimos cinco meses de 2007, foram derrubados 3.233 km quadrados de floresta amazônica. O Inpe afirma que a área pode ser ainda maior, talvez o dobro, mais de 6.000 Km quadrados _ é várias vezes o tamanho do Estado de São Paulo. Em suma, a Amazônia está perdida, como o pulmão do mundo que o Brasil não soube fechar a tempo, para impedir esse recorde de desmatamento que asfixia todos os brasileiros cientes da
G Registrou-se um
recorde de desmatamento na Amazônia. E só agora o governo promete enfrentar o problema. importância do abandono daquela área. A exploração econômica é a causadora de toda a brutalidade cometida contra a região.
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umerosos estudos foram publicados pelas editoras nacionais e internacionais sobre a Amazônia e o que deveria ser feito para defendê-la. Nada disso adiantou e até parece que o Brasil não tem dirigentes capazes de se apossarem de um problema e levá-lo para frente, apresentando soluções ao governo. Para se ter uma idéia desse desmatamento atual, citamos a manchete do jornal O Globo da última quinta-feira, dia 24, que o dá como recorde após três anos de queda. Os destruidores da Amazônia não cogitaram das advertências científicas sobre a riqueza ali acumulada nas espécies vegetais próprias para o uso farmacêutico e nem sobre as espécies animais ameaçadas de extinção. Tudo isso foi abaixo para recompensar os donos das áreas que servem para o plantio de soja e criação de gado, aproveitando a alta dos produtos da pecuária e da soja. O capitalismo não deve ser alvo de inquéritos sobre culpabilidade, mas sim o governo que só agora resolveu fazer uma reunião apressada para tratar de um assunto tão grave. É isso o que tenho a dizer sobre o lamentável desmatamento da Amazônia! JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
OPINIÃO - 3
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
O BRASIL ESTÁ INCAPAZ DE ACOMPANHAR SUA HISTÓRIAPRESENTE COM A CONSCIÊNCIA ALERTA
Digitais do Foro de São Paulo Documentos revelam a forma de atuação do Foro de Sao Paulo, que coordena o movimento comunista na
ANTONIO DELFIM NETTO
REVERSÃO DE EXPECTATIVAS
América Latina. Nas atas, impressiona a falta de
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divergência entre as facções de esquerda
Por Olavo de Carvalho
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G Faça seu comentário direto no site do DC G Ou envie um e-mail: doispontos@ dcomercio. com.br
os documentos de fonte primária sobre o Foro de São Paulo, encontramos as seguintes informações: 1) Conforme afirmei desde o início, e contra todo o exército de achismos e desconversas, o Foro de São Paulo existe e é a coordenação estratégica do movimento comunista na América Latina (ver documento original em http://www.youtub e.com/ watch?v=VNPjm0qfByc e comentário em http://www. olavodecarvalho.org/ semana/070824jb.html; outro documento original em http://www.info. pla nalto. gov.br /downl oad/ discursos/pr464-2@.doc e comentário em http://www. olavodecarvalho.org/ semana/071213jb.html). 2) Ao longo de seus dezessete anos e meio de atividade, não se observa nas atas de suas assembléias e grupos de trabalho a menor divergência, muito menos conflito sério, entre as centenas de facções de esquerda que o compõem. Todas as declarações finais foram assinadas pela unanimidade dos participantes (cf. transcrição das atas e assinaturas em http://www.midiasemmascara.com.br/pop_foro.htm). Nenhuma das queixas e recriminações vociferadas pelos antipetistas de esquerda na mídia que eles mesmos chamam de direitista e burguesa foi jamais levada às discussões internas do Foro, o que prova que a esquerda latinoamericana permanece unida por baixo de suas divergências de superfície, por mais que estas impressionem a platéia ingênua. 3) As ações do Foro prolongam-se muito além daquilo que consta das atas. Segundo confissão explícita do sr. presidente da República, os encontros da entidade são ocasião de conversações secretas que resultam em decisões estratégicas de grande alcance, como, por exemplo, a articulação internacional que consolidou o poder de Hugo Chávez na Venezuela (ver o documento oficial em http://www.info. pla nalto. gov.br /downl oad/ discursos/pr812a.doc e comentário em http://www. olavodecarvalho.org/ semana/050926dc.htm). Estas decisões e sua implementação prática subentendem uma unidade estratégica e tática ainda mais efetiva do que aquela que transparece nas atas. 4) Segundo as Farc, a criação desse mecanismo coordenador salvou da extinção o movimento comunista latino-americano e
organizações criminosas (ver por exemplo X Foro de São Paulo, Resolução de Condenação ao Plano Colômbia e de Apoio ao Povo Colombiano) não ficaram no papel, mas traduziram-se em ações políticas em que as entidades legais eram instantaneamente mobilizadas para proteger e libertar os agentes das Farc e do Mir presos pelas autoridades locais (explicarei isto melhor, com os documentos respectivos, num próximo artigo).
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a pesquisa histórica, na investigação policial, nos processos judiciais, na ciência política ou em qualquer discussão pública que se pretenda mais séria do que propaganda eleitoral ou conversa de botequim, o princípio mais elementar e incontornável é que os documentos de fonte primária são a autoridade absoluta, o critério último de arbitragem entre as hipóteses e opiniões. Trinta anos de definhamento intelectual sem precedentes no mundo civilizado tornaram esse princípio inacessível e incompreensível às mentes dos formadores de opinião neste país, principalmente aqueles que a mídia considera mais respeitáveis e dignos de ser ouvidos. A idéia mesma de “prova”, sem a qual não existe justiça, nem ciência, nem honestidade, nem muito menos a possibilidade da ação racionalmente conduzida, desapareceu do horizonte de consciência desses indivíduos, que se rebaixaram assim à condição de criancinhas mentirosas, apegadas a sonsos jogos de palavras para fazer desaparecer por mágica os fatos que as desagradam ou que por outro motivo qualquer desejam ocultar.
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G Na internet, em sites como o YouTube, é possível encontrar documentos que tratam do Foro de São Paulo.
foi diretamente responsável pela ascensão dos partidos de esquerda ao poder em várias nações do continente. (ver Comissão Internacional das Farc, Saudação à Mesa Diretora do Foro de São Paulo, 16 de janeiro de 2007, significativamente já retirado do
ar, mas recuperável em http://web.archive. org/web/200 70310215800/ www.farcep.org/? node=2,2513,1). 5) As declarações de solidariedade mútua firmadas no Foro de São Paulo entre partidos legais e
ão digo apenas que se tornaram desonestos: abdicaram por completo da capacidade de distinguir o honesto do desonesto, o certo do errado, o verdadeiro do falso. Uns fizeram isso por sacrifício voluntário no altar de suas crenças políticas, outros por presunção vaidosa, outros por comodismo, outros por mera covardia. Confiado neles, o Brasil cometeu suicídio intelectual, tornando-se um país incapaz de acompanhar sua própria história presente com aquele mínimo de consciência alerta cuja presença distingue a vigília do sono. Jamais, na história da mídia mundial, tantos traíram ao mesmo tempo sua missão de investigar e informar.
As ações do Foro prolongam-se muito além daquilo que consta das atas. Os encontros da entidade são ocasião de conversações secretas que resultam em decisões estratégicas, como a da articulação internacional que consolidou o poder de Hugo Chávez na Venezuela.
Brasil é parte do mundo e seria impensável e até um tanto ridículo imaginar que nossa economia não seria atingida se os Estados Unidos e os demais países desenvolvidos entrarem num processo de recessão mais sério. É verdade que o Brasil tem uma situação confortável externamente, com reservas importantes para enfrentar turbulências depois de termos nos livrado da situação constrangedora, de absoluta dependência em que nos encontrávamos em 2002, quando fomos socorridos pelos empréstimos do FMI. Desde então a economia mundial cresceu rapidamente, aproveitamos a oportunidade da melhora nos preços dos produtos que exportamos, saímos do enrosco e praticamente liquidamos a dívida externa. Embora se admita que o Banco Central adote uma atitude de cautela nesse momento, não tem cabimento a idéia de fazer aumentos preventivos da taxa de juros a pretexto que estamos sob uma grave ameaça de inflação. Não há nenhum fato que indique a iminência de uma volta da inflação. O que existe é um movimento estimulado por “analistas” dos mercados financeiros desejosos de criar um clima de expectativa inflacionária que justifique a elevação dos juros, única forma capaz de conter o crescimento “irresponsável” da demanda interna. Enquanto o mundo inteiro, preocupado com os níveis de emprego (a começar pelos Estados Unidos que cortaram esta semana 0.75% de sua taxa de juro) caminha na redução das taxas, nossos “financistas” defendem radicalmente o seu aumento e ainda por cima de forma “preventiva” ! Querem isso já, antes que a inflação melhore e mate as expectativas...
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á uma evidente tentativa de anular o espírito que dominou a sociedade brasileira em 2007, empresários e trabalhadores em todo o país, na determinação de acelerar o desenvolvimento. É uma espécie de terrorismo que se manifesta primeiro na sustentação da idéia de que é preciso aumentar, de qualquer forma, a taxa de juros “para evitar que se ponha a perder a estabilidade tão duramente conquistada” nos últimos anos. Os preços cresceram um pouco no mundo inteiro ao final do ano passado e início deste, mas a mudança dos preços relativos entre a agricultura e a indústria não é uma indicação segura de que
G Tentam anular o
espírito que dominou a sociedade brasileira em 2007. É uma espécie de terrorismo, que se manifesta na idéia de que é preciso subir os juros.
teríamos inflação. Os salários reais têm crescido muito pouco e de maneira compatível com o crescimento do Produto. Na realidade o aumento da produtividade tem acompanhado o crescimento da taxa nominal dos salários, ou seja, não há esse mecanismo de transmissão automática de que se fala.
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m aumento da taxa de juros, então, neste momento, vai elevar a carga fiscal da dívida bruta que o Brasil tem, de 75% do PIB, uma das maiores do mundo. Enquanto os Estados Unidos e muitos outros países vão continuar baixando suas taxas de juro, o diferencial entre a nossa taxa de juro interna e a externa continuará crescendo, impedindo a redução do peso da dívida pública que foi construída no passado exatamente pela manutenção da escandalosa taxa de juro real entre os anos de 1995 e 98. Pior do que tudo, uma elevação dos juros agora destruiria a expectativa de repetirmos em 2008 o forte crescimento alcançado em 2007, acima de 5% do PIB. O grosso da energia do crescimento brasileiro vem do mercado interno e depende das decisões de investimento que o empresário faz quando está próximo de sua capacidade e sente que há demanda além de sua capacidade atual de produção. ANTONIO DELFIM NETTO É PROFESSOR EMÉRITO DA FEA/USP E EX-MINISTRO DA FAZENDA, DA
AGRICULTURA E DO PLANEJAMENTO. CONTATODELFIMNETTO@TERRA.COM.BR
FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894
Italiano Espanhol Mineiro Copa da África
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
CRUZEIRO ESTRÉIA COM VITÓRIA EM CASA
Roberto Barretti/AFP
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Ainda bem que Pato veio para o Milan. É um grande jogador.” Carlo Ancelotti, técnico do Milan
TUDO AZUL EM MINAS
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Daniel de Cerqueira/AE
itória do Cruzeiro em casa, derrota do Atlético fora. Foi assim que começou, neste final de semana, o Campeonato Mineiro, último dos principais estaduais a se iniciar em 2008. O Cruzeiro estreou jogando no Mineirão, contra o Uberaba, e não encontrou dificuldade para fazer 4 a 0. No primeiro tempo, o meia Wagner fez os dois primeiros gols cruzeirenses. O primeiro, de cabeça, logo aos 4 minutos de jogo, aproveitando um cruzamento do ex-lateral-esquerdo são-paulino Jadílson. O segundo gol cruzeirense surgiu aos 44 miutos, novamente com Wagner, que dessa vez aproveitou uma jogada de Marquinhos. Na segunda etapa, o Cruzeiro dobrou sua vantagem, com mais dois gols, ambos de cabeça, marcados pelo zagueiro Thiago Heleno, aos 5 e aos 18 minutos. O Cruzeiro volta a campo na quarta-feira, para enfrentar o Cerro Porteño, do Paraguai, no Mineirão, no jogo de ida da primeira fase da Libertadores. Precisa vencer para jogar mais tranqüilo a partida de volta, no Paraguai. Se o Cruzeiro ganhou, o Atlético, atual campeão mineiro, que tentará o bi no ano de seu centenário, decepcionou: foi derrotado por 1 a 0 pelo Democrata, em Sete Lagoas, em jogo que começou às 10 horas da manhã.
PELO BRASIL
O Gaúcho teve vitória do
Grêmio no sábado (1 a 0 no Santa Cruz) e goleada do Inter no domingo (4 a 1 no São José). No Paraná, o Atlético vai
pintando como papão dos clássicos. Depois de fazer 2 a 0 no Coritiba, ganhou ontem do Paraná: 2 a 1. No empate de ontem em 1
a 1, o Ceará entrou em campo com a camisa lilás do Rio Branco e o Fortaleza com a alvirrubra do Stela, os dois times que deram origem aos eternos rivais cearenses. Na abertura do Campeonato Mineiro, Cruzeiro goleia Uberaba (4 a 0), com dois gols do zagueiro Thiago Heleno. Atlético estréia perdendo fora Fernando Soutello/AE
Prejudicado por três alterações de ordem médica (o goleiro Juninho, o lateral Cláudio e o meio-campo Gérson, contundidos, tiveram que deixar o gramado, substituídos por Édson, Renan e Marques), o técnico Geninho não conseguiu corrigir as falhas da equipe, que fez um primeiro tempo muito
ruim. O único gol da partida, e que acabou valendo a vitória do Democrata, foi marcado por Tuta, de cabeça, aos 34 do segundo tempo. Nos demais jogos da rodada de abertura do Campeonato Mineiro, o Rio Branco fez 2 a 0 no Ipatinga, jogando em Andradas, também às 10 da ma-
Matador apaixonado Alberto Pizzoli/AFP
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PELO MUNDO
Pelo Carioca, Tiago
entrou para a história do Vasco como o primeiro goleiro a marcar. Foi de pênalti, nos 3 a 0 no Mesquita. COPA DA ÁFRICA Finbarr O'Reilly/Reuters
A Inter de Milão empatou
com a Udinese, 0 a 0, e viu sua vantagem para a Roma cair para cinco pontos (50 a 45). O time da capital venceu o Palermo por 1 a 0. Na Inglaterra, Lucas fez um
gol nos 5 a 2 do Liverpool sobre o Havant and Waterlooville, pela Copa da Inglaterra. O time da sexta divisão saiu na frente e segurou o empate até os 11 do segundo tempo.
Derrota por 3 a 1 deixa África do Sul em má situação na Copa da África
O Lyon só empatou ontem,
Tunísia complica Parreira
1 a 1 com o Saint-Étienne, mas aumentou sua frente no Francês para quatro pontos (46 a 42), pois o vice-líder Bordeaux perdeu para o Lorient por 1 a 0. Na Espanha, Robinho fez
dois gols, e o Real Madrid venceu o Villarreal por 3 a 2, aumentando para nove pontos (53 a 44) a folga para o Barcelona, que empatou em 1 a 1 com o Athletic Bilbao. Andrea ComasReuteres
Pato homenageia a namorada: graças a seus dois gols, o Milan bateu o Genoa e está em sétimo no Italiano
epois da estréia brilhante contra o Napoli, Pato teve apenas alguns lampejos nos jogos seguintes, e o Milan voltou a tropeçar no Italiano. Ontem, no entanto, o atacante teve mais uma atuação memorável: fez os dois gols na vitória por 2 a 0 sobre o Genoa, que fez a equipe subir para o sétimo lugar na competição, com 27 pontos ainda longe demais da líder e
nhã de ontem. À tarde, em Divinópolis, o Guarani fez 2 a 0 no Social de Coronel Fabriciano e o Villa Nova goleou o Ituiutaba, em Nova Lima, por 4 a 0. Hoje, às 19h30, em Governador Valadares, uma partida completa a primeira rodada do Mineiro: o Democrata recebe o Tupi, de Juiz de Fora.
rival Inter, mas um pouco mais perto do quarto lugar, que dá a última vaga do país na próxima Liga dos Campeões. Essa posição está com a Fiorentina, que foi a 37 pontos depois de bater o Empoli por 2 a 0 ontem. Mas o Milan ainda tem dois jogos a menos que os demais, por causa da viagem para ganhar o Mundial de Clubes no Japão. Nesta quarta, visita a Reggina, em Reggio Calabria,
para tirar o atraso. Pato certamente estará em campo. “Dedico os gols ao meu irmão e à minha namorada”, disse o atacante, que novamente fez um coração com as mãos ao festejar. E confessou um puxão de orelhas dos médicos do Milan. “Eu estava comendo muita massa, então os médicos pediram para dar uma maneirada, para não correr o risco de engordar.”
A
África do Sul, do técnico brasileiro Carlos Alberto Parreira, decepcionou mais uma vez ao perder para a Tunísia por 3 a 1, na segunda rodada do Grupo D da Copa da África. A equipe, que já havia empatado com Angola na estréia, divide a lanterna da chave com Senegal, seu próximo adversário, na quinta-feira. Com 4 pontos, os líderes Tunísia e Angola, que venceu o Senegal por 3 a 1, só precisam de um empate no confronto direto para garantir a classificação. O destaque do “duelo de brasileiros” de ontem acabou sendo o atacante Francileudo dos Santos, maranhense de Zé Doca, que marcou duas vezes pela Tunísia. Ele encantou o país atuando pelo Etoile du Sahel, entre 1998 e 2000, e foi convencido a jogar pela seleção africana depois de ver que dificilmente teria chances de atuar pelo Brasil - estava na França, onde defendeu Sochaux e Toulouse, e hoje está no Zurique, da Suíça. Pela Tunísia, “Dos Santos” foi campeão da Copa da África de 2004, e disputou a Copa das Confederações de 2005 e a Copa de 2006. Foi depois do Mundial da Alemanha que Parreira
chegou à África do Sul, com excelente salário e a pompa e circunstância que sempre cercam um treinador campeão do mundo, prometendo criar bases mais sólidas para a seleção do paíssede da Copa de 2010. Na semana passada, chegou a dizer que, como treinador, obter bons resultados com a seleção sul-africana seria mais gratificante do que ter conquistado a Copa do Mundo de 2006, com o Brasil. “Se tivéssemos vencido a última Copa, ninguém me agradeceria, mas sim ao Ronaldo, ao Ronaldinho, ao Kaká. Este trabalho aqui na África do Sul é bem mais recompensador, porque você não tem esse tipo de problema”, explicou. Bastaram, no entanto, os dois primeiros jogos na Copa da África para Parreira perceber que sua equipe ainda não chegou nem sequer ao mesmo estágio das demais seleções do continente. Na primeira partida, a África do Sul não passou de um empate em 1 a 1 com Angola, conquistado apenas nos minutos finais. Ontem, a Tunísia abriu 3 a 0 ainda no primeiro tempo, e depois apenas levou o jogo em banho-maria na etapa final.
Vôlei GP2 Tênis Outros campos
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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DJOKOVIC É O CAMPEÃO NA AUSTRÁLIA
Estou orgulhoso de tudo o que consegui aqui, mas triste por ter perdido a final.” Jo-Wilfried Tsonga
Greg Wood/AFP
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Fotos: William West/AFP
O NOVO REI
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traliana preferisse o simpático Tsonga, filho de congolês com francesa e apelidado pelos colegas de “Mohammad Ali” pela semelhança com o boxeador, o sérvio mostrou autoridade e venceu por 3 a 1, parciais de 4/6, 6/4, 6/3 e 7/6 (7/2). Mas, por enquanto, ele não fala em destronar Federer - está mais preocupado em comemorar com o povo de seu país. “Hoje o tênis na Sérvia entra numa era de ouro”, definiu Djokovic, lembrando a chegada das compatriotas Ana Ivanovic e Jelena Jankovic às semifinais. “Não sei como vai ser minha chegada ao país, mas estou ansioso por isso.” Ele já havia dito, durante a semana, que pretende montar um centro de treinamento em Belgrado, não apenas para revelar
novos talentos, mas para poder passar mais tempo em casa. “Nosso povo ainda está se acostumando com o esporte.” Quanto a Federer, que completa hoje quatro anos de liderança no ranking, Djokovic acha bom que apareça mais alguém - ele, de preferência - para enfrentá-lo de igual para igual. “O domínio de Federer e Nadal era algo incrível, mas acho formidável para os amantes do tênis ver algo novo”, afirmou o sérvio. O suíço, por sua vez, não escondeu a decepção. O semblante tranqüilo como encarava outras derrotas deu lugar a um ar carrancudo, de quem se sente a cada dia mais pressionado. “Criei um monstro, e agora tenho de vencê-lo em todos os torneios.”
Nem Nalbert salva
albert voltou a jogar no sábado, depois de quase seis meses afastado por causa de uma cirurgia no ombro direito, mas não conseguiu ajudar sua equipe, o Telemig Celular/Minas, a conquistar o segundo torneio da Superliga masculina. A festa foi da Ulbra/Suzano, que venceu a decisão por 3 a 1 (25/22, 25/22, 21/25 e 25/21) e, graças aos pontos do jogo-extra, assumiu a liderança da competição, com 29 pontos e melhor set average que o rival. “Comecei a entrar para que, nos próximos desafios, possa
ajudar cada vez mais a equipe”, explicou Nalbert, que deixou a praia em 2007 para tentar voltar à seleção, mas acabou atingido novamente pela mesma lesão que quase o tirou dos Jogos de Atenas. “Espero que nosso time possa evoluir para brigar pelo título”, disse sobre o atual campeão da Superliga. Não faltou, no entanto, um campeão olímpico para comemorar o título do segundo torneio: Anderson, reserva da seleção de Bernardinho, saiu do banco de reservas para ser um dos destaques da Ulbra na partida, com 6 pontos de ataque e
um de saque, que definiu a vitória no segundo set. “A marca da nossa equipe foi a superação. O Minas é um time forte e perigoso, mas mantivemos a concentração e conseguimos buscar a vitória”, comemorou o oposto. “Foi uma vitória mais do que importante”, afirmou o técnico Percy Oncken. O Minas, que havia derrotado a Cimed na final do primeiro torneio, teve o oposto Rivaldo como o maior pontuador da partida, com 19 pontos. “Foi um jogo de favoritos, decidido nos detalhes”, lamentou.
Greg Wood/AFP
Em grande forma
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aria Sharapova sobrou nas quadras de Melbourne e confirmou seu terceiro título de Grand Slam na carreira com uma difícil vitória sobre a sérvia Ana Ivanovic, por 7/5 e 6/3. Além do título, a russa comemorou a chance de voltar a exibir um tênis de alto nível, depois de passar 2007 lutando contra contusões e sendo acusada de dar mais atenção aos contratos de publicidade do que ao esporte. No caminho do título, Sharapova venceu a número 1 do mundo, Justine Henin, e as números 3, Ivanovic, e 4, a também sérvia Jelena Jankovic, além de Lindsay Davenport, em grande fase depois de parar por um ano para ser mãe. “É muito gratificante conseguir um título inédito, principalmente depois dos problemas que enfrentei”, festejou a musa, que ontem, no dia seguinte à vitória, exibiu sua beleza e o troféu num passeio de barco. OUTROS CAMPOS
Talita, parceira de Renata,
venceu ontem, no Rio, o Rainha da Praia, torneio em que as jogadoras alternam as duplas, sem jogar com a companheira habitual.
Emanuel venceram em dois sets um amistoso contra os argentinos Conde e Baracetti.
No feminino, Ana Marcela
Cunha ficou em quinto, e Poliana Okimoto, em nono.
Leandrinho marcou 13
pontos e ajudou o Phoenix Suns a vencer o Chicago Bulls por 88 a 77, na rodada de ontem à tarde da NBA. Fábio Pillar e Samuel
Albrecht, da classe 470 da vela, garantiram vaga na Olimpíada de Pequim, ao ficar entre os 16 melhores do Mundial da Austrália.
Bruno Senna começa bem
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A Ulbra bateu o Minas, que voltou a escalar o campeão olímpico, e ganhou o segundo torneio da Superliga
Marilson em dia de ídolo
encer o Troféu Cidade de São Paulo, no dia do aniversário da cidade, foi o menos importante para Marilson dos Santos: ele ficou mais feliz por se mostrar em boa forma,
terceiro lugar na Maratona Aquática de Santos, que abriu o Circuito Mundial da prova. Com o resultado, garantiu vaga no Mundial de Sevilha, que é seletiva olímpica e será em maio.
Em Salvador, Ricardo e
Alexandre Arruda/CBV
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Allan do Carmo ficou em
pronto para disputar uma vaga na maratona da Olimpíada de Pequim, e por ser tratado como ídolo pelos paulistanos. “Foi uma boa prova. Fiz um bom tempo (29min12s) e fiquei
feliz com o resultado, na cidade onde mais tenho torcedores”, afirmou o campeão da Maratona de Nova York de 2006. “Fiquei impressionado, porque durante todo o percurso, sempre que eu cruzava com os retardatários, o pessoal gritava muito.”
m segundo e um 19º lugares foram o saldo, positivo, de Bruno Senna no fim de semana de estréia da GP2 asiática, criada para movimentar os aspirantes à Fórmula 1 durante o inverno europeu. As provas foram disputadas em Dubai, que pode receber a categoria máxima do automobilismo no ano que vem. O sobrinho de Ayrton Senna saiu dos Emirados Árabes em segundo lugar na classificação, com 9 pontos, atrás apenas do francês Romain Grosjean, que venceu as duas provas e, com os pontos de bonificação, soma 19 pontos. Grosjean sucedeu Nelsinho Piquet como piloto de testes da Renault e é considerado a grande revelação do carente automobilismo francês nos últimos anos. Outros dois brasileiros estão na disputa: Alberto Valério, que foi quinto na segunda corrida e somou dois pontos, e Diego Nunes, que não conseguiu pontuar. A GP2 Ásia terá mais quatro rodadas duplas: Indonésia, Malásia, Bahrein e de novo em Dubai.
Sutton Images/GP2Asia
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ovak Djokovic chegou como favorito à decisão do Aberto da Austrália. Ainda que o adversário, o francês Jo-Wilfried Tsonga, viesse sendo a surpresa da competição, com vitórias sobre vários top 10, entre eles Rafael Nadal, o sérvio tinha em suas credenciais a avassaladora vitória por 3 a 0 sobre Roger Federer na semifinal. Era a primeira vez que o suíço perdia um jogo de Grand Slam em três sets desde a derrota para Gustavo Kuerten na terceira rodada de Roland Garros, em 2004 quando já era o número 1 do mundo, mas ainda não pintava como o maior tenista de todos os tempos. E Djokovic não decepcionou: ainda que a torcida aus-
Djokovic venceu o Aberto da Austrália com sobras e deixou uma dúvida no ar: será ele o homem a superar Federer?
Brasileiro é vice-líder após o primeiro fim de semana da GP2 asiática
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Congresso Planalto Eleições CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5 Cisão partidária no PSDB pela disputa da prefeitura chega às tradicionais famílias tucanas
DISPUTA PELA PREFEITURA DESAGREGA TUCANOS
DESAVENÇA NO NINHO
Eymar Mascaro
Fé no taco s democratas admitem que José Serra e Fernando Henrique Cardoso podem convencer Geraldo Alckmin a não se candidatar à Prefeitura de São Paulo. Os dois caciques tucanos querem preservar a coligação PSDB/DEM nas próximas eleições, mas sabem que, se não apoiarem a reeleição do prefeito Gilberto Kassab, não terão o apoio dos democratas em 2010. Serra não pretende correr o risco se vier a ser o candidato do PSDB ao Planalto. O ex-presidente do DEM, Jorge Bournhausen, que se reuniu com tucanos em São Paulo, admite que haverá o rompimento da aliança se Kassab não tiver apoio do PSDB.
O
CANDIDATURA Apesar da pressão dos democratas e de uma ala do PSDB, Alckmin continua com o desejo de se candidatar a prefeito. O ex-governador acha que pode vencer a eleição, como constatam as pesquisas. Alckmin divide a preferência dos eleitores com a petista Marta Suplicy e o democrata Gilberto Kassab.
Sergio Kapustan
N
ão bastassem o expresidente Fernando Henrique Cardoso, o governador José Serra e o presidente nacional do partido, Sérgio Guerra, a divisão no PSDB entre apoiar a reeleição do prefeito Gilberto Kassab (DEM) ou lançar a candidatura de Geraldo Alckmin vai até as raízes familiares do partido. Os herdeiros políticos de duas figuras históricas do partido – o governador Mário Covas (1930-2001) e o governador André Franco Montoro (1916-1999) – não falam hoje a mesma linguagem quando o tema é a sucessão municipal. Eles buscam inspiração nos mestres para explicar suas posições. Em vida, Covas e Montoro defenderam o entendimento partidário para solucionar os impasses. De acordo com o momento político, eles defendiam o lançamento de candidatura própria ou a política de alianças. Em alguns momentos, no entan-
Niels Andreas/AE - 2710.07
Bruno Covas: 'Quem não entra no jogo, não tem torcida'
to, foram obrigados a aumentar o tom do discurso para manter os tucanos na trilha. Deputado estadual, presidente nacional da Juventude do PSDB e neto de Covas, Bruno Covas, 27 anos, só ingressou na Assembléia Legislativa no ano passado, mas acompanhava de perto os bastidores da política desde muito cedo, ao lado do avô. Bruno Covas faz campanha aberta pró-Geraldo Alckmin. E não está sozinho: a avó Lila Covas e a família já apoiaram a candidatura do ex-governador à Presidência da República em 2006. "Até o momento, ninguém me ligou para dizer o contrário", assegura. Em pleno recesso parlamentar, o deputado entrou com tudo para fortalecer a candidatura Alckmin. Ele já reuniu a bancada na Assembléia Legislativa e mantém conversas com militantes de diretórios zonais da Capital. "Quem não entra no jogo, não tem torcida. Partido que é partido precisa apresentar candidatura própria", defende o herdeiro político de Covas. Ao citar a figura do avô, o de-
KASSAB E ALCKMIN DIVIDEM OS CLÃS COVAS E MONTORO putado lembra que ele se notabilizou por ser um homem de partido e de posições firmes e coerentes. Covas se candidatou à Presidência da República (1989) e ao governo do Estado (1990) atendendo ao apelo do partido. Em 1992, quando o presidente Fernando Collor de Mello tentou atrair os tucanos para salvar o seu governo, Covas foi contra e bateu forte. Ele preservou o partido do desastre que culminou no impeachment do presidente naquele mesmo ano. Em 2000, mesmo contra a vontade do presidente Fernando Henrique, o então deputado Aécio Neves se lançou candidato à presidência da Câmara contra Inocêncio Oliveira (PL-PE). Covas foi um dos primeiros a sair em seu apoio. Aécio saiu vitorioso e até hoje agradece a sua intervenção. "Fica a lição de um homem que sempre esteve ao lado do partido. Por isso, a minha referência política é ele", comenta . Para Bruno Covas, a crise tucana não é novidade. Segundo o parlamentar, o PSDB faz política do ponto de vista estratégico, sem projetos pessoais, o que torna a discussão árdua. No caso da Prefeitura, em sua análise, ela é estratégica para a sucessão presidencial de 2010. "São Paulo é uma vitrine nacional e um tucano na Prefeitura vai ajudar o partido a retomar o governo federal", entende o parlamentar. "A manifestação da militância tucana é pela candidatura Alckmin. Ela precisa ser ouvida, pois é ela quem vai levar a campanha para a rua". Solução natural – Duas vezes vereador de São Paulo, deputado estadual licenciado e secretário municipal de Participação e Parceria, Ricardo Montoro foi secretário particular do governador André Franco Montoro de Andrei Bonamin/LUZ - 08.10.07
Ricardo Franco Montoro: por uma solução consensual
1983 a 1987. Aprendeu muito, garante. Em tempo de indefinição política, Ricardo Montoro resgata a seguinte frase do pai: "Na política, as soluções naturais são as melhores". André Franco Montoro sempre foi uma voz importante na sucessão municipal tucana. Em 1996, por exemplo, entrou firme para convencer o então ministro do Planejamento, José Serra, a disputar a Prefeitura paulistana. Serra não estava disposto a deixar o cargo e a palavra de Montoro foi decisiva. Em 2000, junto com Covas, Montoro apoiou a indicação de Alckmin. Ricardo é prudente nas palavras. Sua justificativa é a de que tucanos e democratas intensificaram as negociações na semana passada, quando Kassab e Alckmin almoçaram juntos, na tentativa de acalmar os ânimos dos aliados. Distante das negociações, Montoro se mostra satisfeito com a avaliação da gestão Kassab e reforça que a presença tucana no governo é forte. "O prefeito tem sido leal ao PSDB e faz uma administração eficiente, reconhecida pela população", avalia o secretário. Secretarias importantes, como Governo Municipal e Finanças, são administradas por tucanos. Em outras palavras, a aliança DEM/PSDB vai muito bem. "Defendo o diálogo – uma 'solução consertada' (referência ao termo "Consertación", coalizão
de partidos formada no Chile que deu estabilidade política e econômica ao País após a volta a democracia). Uma decisão isolada poderá ser muito ruim para os dois partidos", adverte. Entendimento – Secretário de Planejamento nos governos Covas e Alckmin e presidente do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencional (ETCO), Franco Montoro Filho vai na mesma linha do irmão: se a administração vai bem, manter a aliança é importante. "A gestão Serra na Prefeitura foi excelente e a de Kassab está indo muito bem", avalia André Montoro. Leonardo Rodrigues/Hype - 12.03.07
André Franco Montoro Filho: preservação do interesse público
O ex-secretário lembra que o próprio Alckmin fez aliança com os democratas no governo do Estado em 2002. O então PFL indicou Cláudio Lembo para vicegovernador. Lembo assumiu o governo em março de 2006, após renúncia de Alckmin para disputar a eleição presidencial. "A experiência foi exitosa", recorda Montoro. Para André, cabe ao PSDB investir no entendimento. "É hora da conversa que preserve, acima de qualquer coisa, o interesse público. É o que o meu pai faria", decreta o ex-secretário.
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do País e contribuiria para o fim da ditadura. Deputado federal, Montoro faleceu em 16 de julho de 1999, dois dias após completar 83 anos, quando se preparava para uma viagem ao México. Mário Covas foi nomeado prefeito de São Paulo em 1983 por Montoro. Em 1994, elegeuse governador. Seu primeiro mandato foi dedicado ao saneamento das finanças públicas. O esforço fiscal lhe valeu o reconhecimento nacional. Em 1998 venceu uma dura disputa com Paulo Maluf. No final do ano, acabou operado de um tumor na bexiga. A doença voltou em 2001 e Covas faleceu em 6 de março. Seu estilo sincero de fazer política recebeu elogios de aliados e adversários.
DE MINAS De Belo Horizonte vem um apoio importante à candidatura de Alckmin – do tucano Aécio Neves. O governador mineiro lembra que a eleição presidencial de 2010 passa pelas eleições municipais de 2008. Aécio considera fundamental a participação da Prefeitura paulistana na campanha presidencial.
DECISÃO Embora se comporte como pré-candidato, Alckmin tem respondido que ainda não decidiu por sua participação na eleição de outubro. Por via das dúvidas, o ex-governador vai continuar visitando os bairros da Capital, mantendo contatos com dirigentes de diretórios zonais.
ESPERA
No passado, unidos unto com Fernando Henrique Cardoso e José Serra, André Franco Montoro e Mário Covas ajudaram a fundar o PSDB em 1988. Todos vieram do PMDB, liderado por Ulysses Guimarães. Montoro e Covas, segundo os próprios tucanos, são referências históricas pela defesa da causa democrática e a eficiência na gestão pública. Cada um com seu estilo. Montoro foi eleito pelo voto direto e governou o estado de 1983 a 1987. Seu governo foi marcado pela descentralização administrativa (o estado foi dividido em 42 regiões). Ele entrou para a história ao organizar, em janeiro de 1984, no centro de São Paulo, o primeiro comício pró-eleições diretas. O movimento das "Diretas Já!" depois tomaria conta
CONVERSAÇÕES As reuniões se sucedem no PSDB e DEM. Nota-se que se acentua a divisão entre tucanos, uns querendo o apoio do partido a Kassab e outros defendendo a candidatura própria. Enquanto isso, o DEM está unido em torno da candidatura de Kassab.
importante como a de São Paulo. Aparecido quer convencer a bancada tucana a apoiar a candidatura do ex-governador.
A proposta de Serra é a mesma: que Alckmin se preserve para ser candidato ao governo do Estado em 2010. Serra ressalta a condição de favorito de Alckmin para se eleger governador. As pesquisas dão vitória ao exgovernador na maioria dos municípios paulistas.
AGENDA O ex-presidente Fernando Henrique admite que o correto seria o PSDB apoiar a reeleição de Kassab e lançar Serra à presidência e Alckmin ao governo estadual. Alckmin, no entanto, acha que 2010 está longe demais. Além disso, Serra pode ser candidato à reeleição se não vingar sua candidatura a presidente.
INTERLOCUTOR O principal articulador da candidatura de Alckmin a prefeito é o deputado federal Edson Aparecido. O deputado não admite que o PSDB fique sem candidato a uma Prefeitura tão
ARGUMENTO Os aliados de Alckmin argumentam que o exgovernador é o único tucano com potencial de voto para derrotar Marta Suplicy. Os tucanos estão convencidos de que a ministra será candidata, por ser a melhor opção do PT. De acordo com as pesquisas, Kassab pode derrotar Marta em um virtual segundo turno.
RESPOSTA Marta Suplicy se recusa a decidir agora se será candidata à Prefeitura. A ministra pretende responder ao partido somente em junho, mês em que deve se desincompatibilizar do ministério se quiser ser candidata. Mas petistas paulista querem que a ministra antecipe sua decisão.
TEMPO Pelas pesquisas, o PT ficará órfão de um bom candidato, caso Marta não se candidate. Outros nomes do partido não empolgam os eleitores. A ministra, contudo, alimenta a esperança de se candidatar apenas em 2010.
COMUNICADO ÀS AGÊNCIAS DE PUBLICIDADE
Em função do feriado de Carnaval, no dia 4 de fevereiro fecharemos a edição do dia 6 (quarta-feira de cinzas). No dia 6 fecharemos normalmente a edição do dia 7 de fevereiro.
DEPTO. COMERCIAL 3244-3344
Jornal do empreendedor
www.dcomercio.com.br
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4 - ESPORTE
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Gostaria de estar num restaurante, num cinema, num motel... Mas não posso fazer nada. Sou pago, sou treinador e tenho que estar no Maraca."
dar/AE Edu Na
Renato Gaúcho, sobre jogos às 20h30 do sábado pelo Campeonato Carioca
www.dcomercio.com.br/esporte/
PERSONAGEM NA TELINHA
MORTE NA ESTRADA Otávio Magalhães/AE
A carioca Dora Bria, maior destaque da história do windsurfe brasileiro, morre em um acidente de carro. Ela voltava da cidade mineira de Três Marias para o Rio, onde morava. No km 256 da BR040, sua caminhonete rodou na pista, invadiu a contramão, chocou-se de frente com uma carreta que vinha na direção oposta e caiu em uma ribanceira. Dora Bria, 49 anos, morreu na hora. Terça-feira, dia 22
SELEÇÃO
A nova rapaziada de Dunga
D
unga aproveitou o primeiro amistoso da Seleção em 2008 para dar mais experiência a jogadores que pretende levar para a Olimpíada de Pequim, em agosto. Assim, dos 22 convocados para o jogo contra a Irlanda, no dia 6 de fevereiro em Dublin, dez têm idade olímpica (até 23 anos). Goleiros: Júlio César (Inter de Milão) e Renan (Internacional); Laterais: Maicon (Inter de Milão), Rafinha (Schalke 04) e Marcelo (Real Madrid); Zagueiros: Alex
(Chelsea), Lúcio (Bayern de Munique), Luisão (Benfica) e Breno (Bayern de Munique); Volantes: Gilberto Silva (Arsenal), Josué (Wolfsburg), Hernanes (São Paulo), Richarlyson (São Paulo) e Lucas (Liverpool); Meias: Anderson (Manchester United), Thiago Neves (Fluminense), Kaká (Milan) e Júlio Baptista (Real Madrid); Atacantes: Robinho (Real Madrid), Luís Fabiano (Sevilla) Rafael Sóbis (Betis) e Alexandre Pato (Milan). Terça-feira, dia 22
O novo menino da Vila Tiago Luís, 18 anos, estréia com um gol e muitos elogios da torcida e de Leão
B
ola de Adriano para Kléber, na esquerda. O lateral cruza na medida e Tiago Luís, de 18 anos, nascido em Ribeirão Preto, 1,76 metro de altura, 74 quilos, não deixa passar a chance. A nova esperança santista, que acompanhava a jogada pela direita, mergulha de cabeça e faz seu primeiro gol como titular de Emerson Leão, aos 34 minutos do primeiro tempo dos 2 a 0 sobre o Bragantino. O novo menino da Vila comemora sozinho, enquanto Kléber é abraçado pelos companheiros. "Foi emocionante", lembra depois, no vestiário. "Peguei a oportunidade e agarrei com toda a minha força. O gol foi emocionante, como eu sonhava. Estou feliz, mas sei que estou só começo e que vou ter de trabalhar muito", diz o garoto santista que já é comparado ao argentino Messi por parte da imprensa espanhola e, depois de brilhar
na Copa São Paulo de Juniores, por pouco não tomou o mesmo destino de Robinho. Um grupo de empresários chegou a oferecer 500 mil euros e salários mensais de 10 mil euros para depois repassá-lo ao Real Madrid. O São Paulo também entrou no circuito, mas o Santos agiu rapidamente e na tarde deste domingo, pouco antes de começar o jogo contra o Bragantino, acertou a renovação por cinco anos do contrato que venceria no próximo dia 15. Agora, quem quiser tirar Tiago Luís da Vila terá de pagar multa de US$ 30 milhões. Ele garante: "Minha vontade sempre foi ficar aqui e, por isso, estou feliz com o novo contrato." A torcida do Santos também está feliz, tanto que, logo aos 2 minutos da vitória sobre o Bragantino, saudou o primeiro lance do garoto, um chapéu num zagueiro, gritando em coro o seu nome. E. aos 6,
Tiago Luís voltou a ser aplaudido, no primeiro chute no gol de Gleguer. Quando marcou o gol, levou à Vila ao delírio. Embora ainda não esteja no mesmo nível de preparação física dos profissionais, o garoto foi o mais lúcido dos atacantes santistas e procurou o jogo até o último minuto. Animado com sua atuação, Leão já promete que outros jovens serão lançados nos próximos jogos do Santos: "Não há mais o que esperar. Trouxe uma primeira turma e talvez daqui a 10 dias venha uma segunda turma", disse o técnico, que pretende aproveitar boa parte dos atletas que disputaram a Copa São Paulo de Juniores. Ainda no vestiário, Leão fez questão de elogiar especificamente a atuação de Tiago Luís: "Ele merece os elogios que vocês irão dar e merece os nossos parabéns. Eu gostei da atuação dele."
Ricardo Saibun/AE
BANDEIRA Raimundo Paccó/Folha Imagem
Exame físico reprova Ana Paula Oliveira
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la queria voltar à elite da arbitragem, mas Ana Paula Oliveira falhou mais uma vez nos exames físicos e não trabalhará no Paulistão. "Infelizmente, o tempo de treinamento não foi suficiente", admite a bandeira, que desde junho não trabalha em um jogo oficial. Nos testes, Ana precisaria completar 20 piques de 150 metros em 30 segundos cada. Conseguiu apenas nove piques. O resultado exclui a bandeira do quadro de elite da Federação Paulista de Futebol por 40 dias, quando terá de fazer novo exame.
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oque Júnior pediu a rescisão de seu contrato o Duisburg. lanterna do Campeonato Alemão. "O time precisa de reforços, mas não contrataram nenhum jogador e tomei a decisão de não ficar", justifica o zagueiro que, aos 31 anos, admite até voltar aoBrasil. Quinta-feira, dia 24 Divulgação/CBFNews
Celso Unzelte
Romário, técnico e jogador aos 42 anos
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amanhã, dia 29 de janeiro, que o craque vascaíno Romário de Souza Faria completa 42 anos. E ainda em atividade como jogador de futebol, apesar de também acumular a função de técnico do Vasco. Como atleta, Romário segue cumprindo suspensão por 120 dias, após ter sido pego no exame antidoping, que acusou a presença da substância finasterida em sua urina após o jogo Vasco 2 x 2 Palmeiras, em 28 de outubro de 2007.
Hoje, às 15h, na ESPN Brasil
Reencontro entre Rexona e Osasco
R
exona-Ades e Finasa/Osasco se enfrentam amanhã pelo título do segundo torneio da Superliga feminina - a vitória vale também dois pontos extras na classificação geral da competição. O Osasco venceu o primeiro torneio, em cima do Brasil Telecom, enquanto o Rexona ganhou o primeiro duelo entre as duas equipes na temporada, no sábado, por 3 a 1. Segundo o técnico Bernardinho, foi a “primeira boa partida” da equipe na Superliga: “É este o time do Rexona que queremos ver na quadra”. O Osasco era o último invicto do torneio.
A
Deu Figueirense na Copa SP de Juniores
seleção brasileira de futsal disputa nesta semana o Torneio de Kuala Lumpur, que conta com 10 participantes, todos eles possíveis adversários no Mundial que será disputado em setembro, aqui no País. A estréia será amanhã, contra a China, sem TV. Na quarta, a equipe pega a perigosa seleção do Irã, e ainda enfrenta na primeira fase Tailândia, quintafeira, e Holanda, na sexta. A rival Argentina está na outra chave.
ELA E ELE
N
a decisão da Copa São Paulo de Juniores, tradicionalmente disputada no feriado de aniversário da cidade, o Figueirense, de Santa Catarina, derrotou o Rio Branco, de Americana, por 2 a 0 e conquistou o título inédito. Com o Pacaembu em reforma e a ausência de pelo menos uma das equipes de maior torcida de São Paulo na final, a partida foi transferida do Morumbi para o Estádio Nicolau Alayon, do Nacional, na Rua Comendador Souza, na Lapa. A competição começou com 88 equipes, e o Figueirense eliminou também os paulistas Palmeiras, União São João, São Carlos e São Paulo. Sexta-feira, dia 25
almanaque
m empate diante do Marrocos é suficiente para a anfitriã Gana, que venceu seus dois jogos anteriores no Grupo A, assegurar a classificação para as quartas-de-final da Copa da África. O Marrocos, com 3 pontos, precisa vencer para não ter de torcer contra Guiné, que também tem 3 pontos e enfrenta a fraca Namíbia, que perdeu os dois jogos disputados. Amanhã é a vez de a classificada Costa do Marfim enfrentar o Mali, que só precisa de um empate para ficar entre os oito melhores. Ainda com chances, a Nigéria de Kanu enfrenta o Benin.
Brasil joga de olho no Mundial
É CAMPEÃO
Roque Júnior deixa o lanterna alemão
U
Amanhã, às 20h30, no SporTV
Segunda-feira, dia 21
ADEUS
Gana x Marrocos: clássico decisivo
Ao lado, Romário, aos 19 anos, comemora um de seus três primeiros gols pelo Vasco em jogos de campeonato, no dia 25 de agosto de 1985. O time estreou no campeonato estadual goleando a Portuguesa carioca por 5 a 2 e Romário marcou três vezes. Segundo maior artilheiro do futebol mundial em gols contabilizados (atrás apenas de Pelé), eleito pela Fifa o melhor jogador do mundo em 1994, foi campeão no Vasco (carioca em 1987/88, da Copa João Havelange e da Copa Mercosul em 2000), no PSV-HOL (holandês em 1989, 1991 e 1992 e da Copa da Holanda em 1989 e 1990), no Barcelona-ESP (espanhol em 1994) e no Flamengo (carioca em 1996 e 1999 e da Copa Mercosul em 1999).
Quarta, às 8h, na ESPN Internacional
Em nome do(s) craque(s)
Cruzeiro em campo pela Libertadores
Divulgação
Q
D
uas revistas estão nas bancas do Brasil com alusão indireta a craques da Seleção na capa: a Playb oy mostra uma ex-namorada de Richarlyson, mas não pôde citar o nome do são-paulino; a G Magazine exibe um modelo que é sósia do melhor jogador do mundo na última temporada em roupas e poses muito parecidas com um recente editorial de moda, mas também não ousa se referir a Kaká.
1002 gols Romário fez até hoje. Esta conta inclui: 15 gols entre os 13 e os 15 anos, como infantil do Olaria e do Vasco; 26 como júnior do Vasco e da Seleção; 36 gols como juvenil do Vasco; e 19 em jogos festivos.
uarto colocado no Brasileiro de 2007, o Cruzeiro será obrigado a disputar com o Cerro Porteño, do Paraguai, uma vaga na fase de grupos da Libertadores. O primeiro jogo será em Belo Horizonte, nesta quarta. O técnico Adilson Baptista sabe da dificuldade do confronto. “É um adversário difícil, de tradição, e vamos precisar de muita raça”, alerta o treinador. Quarta, às 21h50, no SporTV
Arquivo Celso Unzelte
CURTAS
Podem me cobrar. Vou chegar ao milésimo gol.” Romário, em uma profética reportagem da revista Placar publicada em março de 1988, quando o jogador tinha 22 anos. Àquela altura, Romário já havia marcado 106 gols pelo Vasco em apenas dois anos e meio como profissional.
Romário ainda está longe
do recorde do goleiro Jairo, ex-Corinthians. Em 1991, quando
encerrou a carreira no pequeno Transpontano (MG), Jairo tinha 44 anos. Rogério Ceni enfrentou o
Corinthians ontem pela 47ª vez. Bateu o recorde do ex-corintiano Cláudio, com 46 clássicos jogados.
NOTAS (1) STEIN, Ernildo. "Sobre alternativas filosóficas para a consciência de si". In: Dialética e Liberdade. Ernildo Stein e Luís A. de Boni (org.). Petrópolis, R.J.: Ed. Vozes, 1993, p. 89: "É com a modernidade que se introduz o hábito de descartar conceitos. Mas é também nesta época que se criaram na filosofia certos conceitos que constituem elementos centrais na discussão filosófica até hoje. Entre estes conceitos figura o da consciência de si como um dos mais importantes e um dos mais centrais para a construção dos sistemas dos tempos modernos, sobretudo na tentativa para resolver o problema do conhecimento". (2) MÉSZÁROS, István. "Além do capital" (Beyond capital. Merlin Press. London, 1995, no Brasil, Boitempo Editorial / Editora Unicamp, São Paulo, 2002). LESSA, Sergio. "Resenhas – István Mészáros". In: Crítica Marxista, p. 139-148. (3) Um interessante discurso sobre "utopia" e possibilidades históricas está em Alec Nove, "A economia do socialismo possível – lançado o desafio: socialismo com mercado", Editora Ática, São Paulo, 1989. Eis uma parte interessante do debate proposto por ele: "Vou exemplificar. Uma sociedade sem crime é um objetivo nobre, e devemos, de fato, lutar para eliminá-lo; os dados sobre assassinatos, estupros e assaltos devem ser vistos como fracassos deploráveis a serem comparados com o ideal – inatingível, mas ainda assim, a meta. Enquanto existirem crimes, ninguém pode dizer que não precisamos da polícia, de trancas etc. Entretanto, a noção de sociedade sem conflito, em que (para citar Agnes Heller mais uma vez) ‘todo indivíduo luta pela mesma coisa (...), todo indivíduo expressa as necessidades de todos os outros indivíduos, e a situação não pode ser diferente’, é impossível (e mesmo indesejável) do meu ponto de vista; qualquer pessoa que pense assim acerca do socialismo por certo vai se equivocar, e perigosamente. Acreditar que é possível erradicar crime pode levar a ações destinadas à sua erradicação, e tais ações, embora não obtenham sucesso total, podem chegar a efeitos positivos. A crença de que haverá unanimidade no socialismo não é apenas falsa; a única ação que ela pode originar é a erradicação da discórdia, a imposição da ‘unanimidade’. Da mesma forma, a visão utópica de que não haverá abuso de poder, ou de que, na realidade, não haverá poder (nada de Estado, nenhuma necessidade de órgãos que medeiem os indivíduos, os grupos e a sociedade, nenhuma função, para especialistas em administração de qualquer tipo), impede que se levem em consideração os meios necessários para evitar o abuso de poder (necessário) ou os acordos institucionais que poderiam ampliar a área de participação efetiva das massas nas decisões." (Pp. 364-365). (4) SANTOS, Boaventura de Sousa; AVRITZER, Leonardo. "Introdução: para ampliar o cânone democrático". In: "Democratizar a democracia – os caminhos da democracia participativa". Boaventura de Sousa Santos (org.). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002, p. 76: "A segunda forma de combinação, a que chamamos complementaridade implica uma articulação mais profunda entre democracia representativa e democracia participativa. Pressupõe o reconhecimento pelo governo de que o procedimento participativo, as formas públicas de monitoramento dos governos e os processos de deliberação tais como concebidos no modelo hegemônico de democracia. Ao contrário do que pretende este modelo, o objetivo é associar ao processo de fortalecimento da democracia local formas de renovação cultural ligadas a uma nova institucionalidade política que recoloca na pauta democrática as questões da pluralidade cultural e da necessidade da inclusão social". * O termo "utopia" utilizado neste texto está conceitualmente ligado à exploração teórica que fez, dele, o marxista perseguido e depois exilado da RDA, Ernst Bloch. Bloch é autor, entre outros livros, de "Direito Natural e Igualdade Humana" e "Sujeito-Objeto". (5) GETZLER, Israel. "Outubro de 1917: o debate marxista sobre a revolução na Rússia". In: História do Marxismo. Eric J. Hobsbawm (org.) Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985, pp. 58-59: "Como o socialismo não consiste simplesmente na destruição do capitalismo e em sua substituição por uma organização estatalburocrática da produção, a ditadura bolchevique estava destinada a fracassar e a terminar ‘necessariamente no domínio de um Cromwell ou de um Napoleão". (A previsão feita por Kautsky realiza-se plenamente na figura de Stálin). (6) GENRO, Tarso. "Democracia e modernidade imperfeita". In: "O futuro por armar". Petrópolis: Vozes, 1999, p. 160. (7) GENRO Fº, Adelmo. "Introdução à crítica do dogmatismo". In: Teoria & Política, ano 1, nº 1. São Paulo: Ed. Brasil Debates, 1980, p. 90: "A práxis perdeu seu fundamento humano para dissolver-se nas forças naturais. A História Humana passa a ser um momento totalmente subordinado à História Natural. Por isso, a questão da liberdade para o dogmatismo naturalista fica reduzida à
‘consciência da necessidade’, entendida geralmente como uma escolha aparente no interior da necessidade objetiva. Assim, o próprio conceito de liberdade perde sua dimensão real, sua legalidade concreta, na medida em que serve para negar a subjetividade, ao implicar em alternativas apenas virtuais. Entretanto, a liberdade humana não é a escolha aparente no interior da necessidade objetiva, mas a escolha real no interior de uma necessidade cujo caráter objetivo é tão somente sua totalidade aparente. Noutras palavras, trata-se de uma escolha que não é arbitrária, como julga o idealismo, e que não é absolutamente determinada, como pensa o velho materialismo. A liberdade indica a opção real dos homens no interior de uma necessidade concreta, que, sendo ‘para o homem’ – vale dizer, para um ser que é sujeito – ,é também necessidade subjetiva". (8) GRAMSCI, Antonio. "Cadernos do Cárcere". Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000, vol. 3, p. 254. (9) GARCIA, Marco Aurélio. "Pensar a terceira geração da esquerda". In: História e Perspectivas da esquerda. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, ARGOS, Alexandre Fortes (org.), 2005, p. 64: "Temos classes médias importantes que se desenvolveram e tivemos, em função sobretudo das duas últimas décadas, mas também de problemas estruturais anteriores, um processo de marginalização enorme da sociedade brasileira, quer dizer, a criação dessas dezenas de milhões de pessoas que vivem um pouco à margem da produção, do consumo, e que são justamente alguns dos setores que hoje em dia estão focalizando demandas sociais extremamente importantes. Como isso se articula com as demandas do proletariado? Como isso pode configurar efetivamente um novo bloco e qual é o impacto dessa heterogeneidade social muito grande num projeto que era considerado univocamente ligado a uma classe com alguma unicidade, que era o proletariado industrial? Um outro elemento é justamente como incidem sobre os destinos do socialismo europeu os chamados novos temas, as questões de gênero, as questões ambientais, as questões culturais. Assim, a aparição desses temas foi de uma certa forma estimulada num momento em que houve uma forte crítica no interior do marxismo a uma vertente que procurava deduzir a política exclusivamente das contradições de ordem econômica. Quer dizer, a descoberta de novos conflitos, de novas contradições no interior das sociedades capitalistas, e inclusive no interior das sociedades que naquele momento se apresentavam como sociedades socialistas, como os conflitos de gênero, como os conflitos ambientais, como os conflitos no âmbito da cultura, para citar três rubricas apenas, teve uma importância muito grande para que o socialismo fosse entendido como um fenômeno mais complexo." (10) Um dos elementos do leninismo que compõem a sua visão de "vanguarda", que diz respeito a qualquer organização política que tenha vocação programática (seja de que classe for) é o reconhecimento da necessidade de construção de uma "memória coletiva" de classe ou das classes, a ser acumulada e preservada, o que um aparato inorgânico não tem condições de fazer. Isso serve, repito, para quaisquer aparatos políticos que busquem o governo ou o poder, de qualquer classe social, especialmente para os partidos "dos de baixo" que queiram mudar a ordem e que, como decorrência da sua condição, não têm aparatos educativos e culturais capazes de suprir as suas carências de conhecimento e informação. Ver Emir Sader, "A teoria leninista da organização". In: Margem Esquerda – ensaios marxistas nº 4. São Paulo: Boitempo Editorial, 2004, p. 25: "Uma das teses centrais da teoria leninista de organização que mantêm sua atualidade é a de que a classe trabalhadora não pode adquirir uma consciência global da realidade capitalista, senão por uma prática social globalizante, isto é, por uma prática política. Essa prática só pode ser desenvolvida por um setor da classe trabalhadora capaz de desenvolver uma prática política permanente, mesmo nos períodos de refluxo de massa, mesmo nas fases de ofensiva política e ideológica burguesa. Esse é o fundamento estrutural da necessidade de um partido de vanguarda. Esse partido funciona como memória coletiva da classe trabalhadora, impedindo que os conhecimentos e experiências acumulados se percam nas inevitáveis fases de refluxo dessas lutas, que asseguram a continuidade da acumulação de consciência nas condições de descontinuidade da atividade política das massas." (11) BAUMAN, Zygmunt. "A sociedade líquida". Entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Caderno Mais!, 19/10/2003, pp. 6-7: "Nunca abandonei Marx, apesar de minha intoxicação pelo ‘marxismo realmente existente ter sido, felizmente, breve; de fato, terminou cedo, no momento em que o vi como era: um imenso obstáculo para a recepção e manutenção da mensagem ética de Marx – de que a qualidade de uma sociedade deve ser testada pelo
critério da justiça e ‘fair play’ que regulamenta a coletividade humana. Eu espero ter o direito de dizer que nunca abandonei essa crença. O mesmo se aplica ao meu socialismo, que, em meu entender, se resume à convicção de que, assim como o poder de carga de uma ponte se mede não pela força média de todos os pilares, mas pela força de seu pilar mais fraco, a qualidade de uma sociedade também não se mede pelo PIB (Produto Interno Bruto), pela renda média de sua população, mas pela qualidade de vida de seus membros mais fracos. O socialismo para mim não é o nome de um tipo particular de sociedade. É, sim, exatamente como o postulado de Marx de justiça social, uma dor aguda e constante de consciência que nos impulsiona a corrigir ou remover variedades sucessivas de injustiça. Não acredito mais na possibilidade (e até no desejo) de uma ‘sociedade perfeita’, mas acredito numa ‘boa sociedade’, definida como a sociedade que se recrimina sem cessar por não ser suficientemente boa e não estar fazendo o suficiente para se tornar melhor..." (O livro "Amor líquido" foi publicado no Brasil por Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro, 2004.) (12) HADDAD, Fernando. "Em defesa do socialismo". Petrópolis, R.J.: Vozes, 1998, pp. 46-47: "Há muitos casos recentes de cooperativação a serem estudados, uns bem-sucedidos, outros não. Quem quer que denuncie o caráter retrógrado de um tal empreendimento simplesmente não sabe o que se passa no mundo. Em vários países desenvolvidos há exemplos de trabalhadores que assumiram o controle acionário de pequenas, médias e grandes empresas. Há também exemplos de grandes empresas que foram originalmente organizadas sob o regime de cooperativa, por vezes financiadas por bancos populares instituídos com o fim específico de estimular tais iniciativas". (13) HADDAD, Fernando. "Desorganizando o consenso – apresentação". Petrópolis, R.J.: Vozes, 1998, pp. 10-11: "Quanto à via soviética, inaugurada pelos bolcheviques como um projeto de emancipação humana, converteu-se rapidamente, sob o comando de Stálin, num projeto de ‘emancipação nacional’, anti-sistêmico, ou anticapitalista, se quiserem, mas um projeto nacional, que fracassou na tentativa de atingir e ultrapassar o padrão de vida oferecido pelas economias centrais". (14) HERRERA, Carlos Miguel. "L’Etat, le droit, le compromis – Remarques sur les conceptions politico-juridiques de la socialdémocratie à Weimar". In: L’arbre social-démocrate. Paris: Presses Universitaires de France, Actuel Marx. Nº 23 – Premier semestre 1998. pp. 59-75. Este valioso artigo oferece um bom roteiro para o estudo aprofundado do diálogo marxista sobre o Direito Público e o Estado, que foi sufocado pelas simplificações do "marxismo soviético". (15) A visão "evolucionista" da IIª Internacional não colide, necessariamente, com a totalidade da visão de Marx, mas colide, frontalmente, com o leninismo como estratégia de poder, particularmente a partir da concepção de Estado, em Lenin, sintetizado no "Estado e Revolução": "Não há na obra madura de Marx e Engels, ao contrário do que afirma Lenin, nenhuma afirmação de que tais aparelhos consensuais devam ser quebrados ou destruídos. O que nela se pode constatar é a idéia de que tais aparelhos podem mudar de função (como é o caso das assembléias eleitas por sufrágio universal) ou adquirir novas determinações (fusão de poder executivo e poder legislativo), como podemos ver nos comentários de Marx à forma estatal assumida pela Comuna de Paris, que ele considerava ‘a forma política afinal descoberta para levar a cabo a emancipação econômica do trabalho’". (COUTINHO, Carlos Nelson. "Marxismo e Política – a dualidade de poderes e outros ensaios". São Paulo: Cortez, 1996, 2ª edição, p. 35). (16) ELSTER, Jon. "Marx hoje". São Paulo: Paz e Terra, p. 163: "Marx afirmava que o Estado tinha que assumir a visão de longo prazo. A longo prazo, a viabilidade e, portanto, a legitimidade do capitalismo dependem do estímulo à competição. De modo semelhante, ele afirmava que a Lei das Dez Horas de 1848 tinha sido introduzida para proteger os capitalistas contra sua ambição de curto prazo. Pela superexploração dos trabalhadores, para o propósito de lucros de curto prazo, eles ameaçariam a reprodução física e a sobrevivência da classe que constituía a própria condição do lucro". (17) SINGER, Paul. "Introdução à economia solidária". São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2002, p. 120: "Então a forma mais provável de crescimento da economia solidária será continuar integrando mercados em que compete tanto com empresas capitalistas como com outros modos de produção, do próprio país e de outros países. O consumo solidário poderá ser um fator de sustentação de algumas empresas solidárias, do mesmo modo como
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
DIÁRIO DO COMÉRCIO
ECONOMIA - 5
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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segunda-feira, 28 de janeiro de 2008 Dudu Cavalcanti/N-imagens
Política A ética da comissão A utilização de dinheiro público, através dos cartões corporativos, sem prestação de contas, é desonestidade. Álvaro Dias (PSDB-PR), senador, que quer explicações do governo sobre o excesso de gastos
Valter Campanato/ABR
Eu fico imaginando que muitas vezes nesta mesa aqui parece a Santa Ceia, todo mundo reunido... mas depois passamos um ano sem conversar. Presidente Lula, durante a primeira reunião ministerial
O [ex] ministro José Dirceu rebateu pontualmente todas as acusações contra ele contidas na denúncia (do mensalão). José Luís Oliveira Lima, advogado de Dirceu, sobre o depoimento do deputado cassado à Justiça
Fábio Motta/AE
Nós tomamos todas as medidas para que haja oferta de energia. Quem faz racionamento é quem não tomou as providências para que haja energia suficiente. Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil
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Nosso governo é generoso: dá cargos, status, manda flores, mas, na hora em que precisa de carinho, não tem voto. Jilmar Tatto (PT-SP)
difere da ética do PT
pesar de já ter decidido que Carlos Lupi não pode acumular as funções de titular da pasta do Trabalho e a presidência do PDT, a Comissão de Ética Pública deve censurar hoje o ministro por ter participado, no horário do expediente ministerial, do lançamento da pré-candidatura do deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) à Prefeitura de São Paulo. A reunião-comício aconteceu na sexta-feira e Lupi até fez um discurso dizendo que a capital paulista precisa da "coragem e sensibilidade popular" de Paulinho. A Advocacia Geral da União (AGU) já informou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que não considera ilegal o acúmulo das funções de ministro e presidente de partido e prepara um documento, com base em exemplos que ocorrem em
Clayton De Souza/ AE
Ministro Carlos Lupi faz campanha para Paulinho à Prefeitura de SP
outros países, que pode ser apresentado hoje na primeira reunião do ano da Comissão de Ética. Assim o governo espera encerrar a questão, para não contrariar o ministro do PDT, aliado do Planalto. Outro assunto que entrará nas discussões da comissão será a postura da ministra da
Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, que fez compras no free shop na véspera do Natal, com cartão de crédito corporativo do governo. Anac – Na reunião de hoje, os integrantes da Comissão deverão também aprovar a censura aos ex-diretores da Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac), por terem aceitado favores de empresas aéreas, que são os alvos da fiscalização e regulação da agência. Os integrantes da Anac ganharam passagens de cortesia e aceitaram up grade em vôos. Um deles, Josef Barat, viajou para Nova York, em dezembro de 2006, para participar do "TAM Day", um evento para apresentar a empresa a investidores internacionais, com as despesas de transporte e hospedagem pagas pela companhia aérea. Apesar de todos já terem deixado o cargo, a censura pode ser levada em conta caso a pessoa seja nomeada para um novo cargo público. A Comissão de Ética pretende divulgar uma nova recomendação aos integrantes do primeiro escalão do governo para evitar que aceitem convites de empresas privadas e participem de festividades e desfiles no carnaval . (AE)
Disputa de cargos já começou Wilson Dias/ ABr - 22.05.07
Fabio Pozzebom/ ABr - 22.08.07
Ministro Luiz Marinho vai se candidatar à Prefeitura de São Bernardo
Ministra Marta Suplicy pode se candidatar à Prefeitura de São Paulo
Leonardo Rodrigues/Digna Imagem
O Marinho é um chavista do ABC, um obturado mental. Daqui a pouco jovens que atuam no tráfico de drogas também vão tentar se aposentar. Deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), contra a decisão do governo de conceder aposentadoria rural a invasores de terra
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Não tem nada de político na nossa decisão. O deputado anunciou uma guerra comigo e eu estou simplesmente cumprindo a lei. Luiz Marinho, ministro da Previdência Social Ed Ferreira/AE
Essa é uma questão que ele vai decidir. Ele já está no Brasil e está tomando as providências. Edison Lobão (PMDB-MA), ministro das Minas e Energia, sobre as decisões do seu filho e suplente, Lobão Filho, de renunciar ao DEM e assumir o mandato de senador
A partir de agora esse processo do mensalão é um caso encerrado. Para mim, ele nunca existiu. Silvio Pereira, exsecretário-geral do PT, que trocou o julgamento por três anos de trabalho comunitário
paulista, em 2010, o Palácio do Planalto dá como certa sua entrada no páreo pela Prefeitura de São Paulo. Nesse cenário de eleições municipais à vista, Marta e Marinho são dois nomes do PT que devem ser substituídos em breve no time de 37 ministros. Pelo calendário eleitoral, ministros que vão participar do pleito de outubro são obrigados a deixar os cargos até 5 de junho. "Eu serei candidato a prefeito, mas vou falar sobre isso somente em março", desconversa Marinho. "Estou muito feliz no governo e não vou decidir nada de afogadilho", tem dito Marta. Articulador político do
Planalto, o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, quer passar ao largo dessa nova queda-de-braço. "Já avisei a quem me procurou que esses cargos pertencem ao PT", afirma. "A minha função aqui é conciliar, mas sou sincero: não fico enrolando ninguém." Depois de conseguir emplacar o senador Edison Lobão no Ministério de Minas e Energia, a cúpula do PMDB espera que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva bata o martelo nesta semana sobre os nomes para as presidências da Eletrobrás e Eletronorte. Mas, após fincar bandeira nesse território, dei-
xará claro seu próximo alvo: o Ministério da Previdência. "O PMDB quer o céu, a terra e o mar", protesta o líder do PP na Câmara, Mário Negromonte (BA). "Eu não vou fazer medição, mas vamos reivindicar mais um espaço. Afinal, temos uma bancada de 41 deputados fiéis, um senador e um governador de Goiás. Não fazemos chantagem e ajudamos muito o governo", provoca Negromonte, ao lembrar que o PP comanda apenas o ministério das Cidades, enquanto o PMDB está à frente de 6 e o PT, de 16. O líder já disse a Múcio que o PP tem interesse na Previdência e no Turismo. (AE)
Embate pelas estatais do setor elétrico ma nova rodada de conversas para definir as nomeações do setor elétrico será feita amanhã no Palácio do Planalto, com a participação dos ministros de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), e de Relações Institucionais, José Múcio (PTB), além dos líderes do PMDB na Câmara e Senado. A expectativa de Lobão é fechar esta semana os nomes,
U José Cruz/ABr
Será melhor para ele, para o partido. José Agripino Maia, líder do DEM no Senado, sobre a saída de Lobão Filho do partido
Danilo Verpa/Folha Imagem
Uma coisa que aconteceu há dez anos foi usada para desestabilizar a posse do meu pai como ministro do governo Lula. Lobão Filho, sobre as acusações de uso de laranjas em uma empresa do qual é sócio
stá cada vez mais acirrada a disputa entre o PT e o PMDB por cargos no governo federal. Agora, além da guerra pelas vagas do setor elétrico, o objeto do desejo é o Ministério da Previdência, comandado por Luiz Marinho (PT), que vai sair até junho para se candidatar à Prefeitura de São Bernardo do Campo (SP), berço político do petismo. Uma briga menos ruidosa, mas que desperta o interesse de partidos menores, também ronda o Ministério do Turismo, hoje chefiado por Marta Suplicy (PT). Embora ela prefira se preservar para a corrida ao governo
mas ele disse ontem que não tomará nenhuma decisão precipitada. "Não vou chegar ao setor e fazer uma desordem", afirmou, procurando não entrar em confronto com a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, que trabalha para manter sua influência. A reunião servirá para "acertar as arestas" da área elétrica, como definiu o próprio Lobão. O principal alvo da disputa
travada entre o PMDB e o PT é a presidência da Eletrobrás, que vem sendo ocupada interinamente há mais de um ano pelo petista Valter Cardeal, homem da confiança de Dilma. A pedido do senador José Sarney (PMDB-AP), a bancada peemedebista do Senado indicou Evandro Coura, presidente da Associação Brasileira das Concessionárias de Energia Elétrica (ABCE). Apesar de Coura
ter apoio do mercado, o sinal vermelho foi acionado e o nome estaria perdendo fôlego. "Nosso governo é generoso: dá cargos, status, manda flores, mas, na hora em que precisa de carinho, não tem voto. É um amor não correspondido", ironiza o deputado Jilmar Tatto (SP), terceiro vice-presidente do PT. "Esses aliados são muito gulosos, principalmente os do PMDB." (AE)
Parlamentares presos na Antártida chegada de frentes frias impede a volta ao Brasil de uma expedição oficial à Antártida com 13 parlamentares brasileiros desde a última sexta-feira. Se o tempo estiver bom hoje, o grupo, que chegou à Antártida na última quintafeira (25), deve voltar ao Brasil amanhã, ante uma previsão inicial de chegada na noite de ontem.
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O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), um dos integrantes da Comissão Mista Oficial de Mudanças Climáticas, que viajou ao continente antártico à convite da Marinha, disse por telefone que o tempo fechado atrasou a volta, mas acabou ajudando os parlamentares a conhecerem melhor o trabalho dos cientistas brasileiros que trabalham na Estação Comandante Ferraz.
"Era para ficarmos apenas duas horas e já ficamos quase duas noites. Visitamos os laboratórios e conhecemos pesquisas nas áreas de meteorologia, ventos e marés, sobre a camada de ozônio, baleias, aves e peixes", disse. Fazem parte da missão os deputados Ricardo Trípoli (PSDB-SP), Moreira Mendes (PPS-RO), Wellington Coimbra (PMDB-ES), Colbert Martins (PMDB-BA),
Edmilson Valentin (PCdoBRJ), Jorge Maluly (DEM-SP), Maria Helena (PSB-RR), Fábio Ramalho (PV-MG), Luciano Pizzato (DEM-PR), Fernando Chucre (PSDB-SP) e Vinicius Carvalho (PTdoB-RJ) e o senador Renato Casagrande (PSB-ES). Acompanham também assessores, membros do Ministério de Ciência e Tecnologia, CNPQ, Banco Central, Casa Civil, Aeronáutica e Marinha. (AE)
o são os clubes de troca. Mas a economia solidária só se tornará uma alternativa superior ao capitalismo quando ela puder oferecer a parcelas crescentes de toda a população oportunidades concretas de auto-sustento, usufruindo o mesmo bem-estar médio que o emprego assalariado proporciona. Em outras palavras, para que a economia solidária se transforme de paliativo dos males do capitalismo em competidor do mesmo, ela terá de alcançar níveis de eficiência na produção e distribuição de mercadorias comparáveis aos da economia capitalista e de outros modos de produção, mediante o apoio de serviços financeiros e científico-tecnológicos solidários". (Paul Singer oferece importante contribuição, nos diversos trabalhos que publicou sobre o assunto, sobre novas formas de organização do mundo do trabalho no capitalismo, inclusive como proposição de uma "contratendência" ao poder social e político absoluto do capital.) (18) ELEY, Geoff. "Forjando a Democracia – a história da esquerda na Europa, 1850 – 2000". São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2005, p. 465: "Entre 1970 e 1990, dissolveram-se na Europa as bases para os movimentos socialistas do tipo clássico, o que significou não apenas o fim das antigas solidariedades de classe, mas também do capitalismo industrial subjacente a elas concentrações de fábricas e pequenas oficinas de produção mecanizada; trabalho manual pesado nas minas e metalúrgicas; portos, ferrovias e sistemas de transporte urbano intensivos em trabalho; complexos de produção de massa enormes e ramificados, organizados nas grande cidades, províncias carboníferas, cadeias de cidades industriais e cidades dependentes de uma única indústria. Depois de dominar a sociedade européia entre as décadas de 1880 e 1960, esse cenário agora lentamente desaparecia. Desmontaram-se também as infra-estruturas governamentais da reforma socialista, desde as soberanias do Estado parlamentar e da economia nacional até os recursos comunitários urbanos do governo local. A autoorganização coletiva, os ideais de melhoria, a vida nos clubes, uma ética de progresso coletivo e de bem comum - essas culturas de apoio do socialismo também naufragaram. As masculinidades resilientes do movimento trabalhista também se tornaram objeto de mudança, desde o patriarcado dos lares operários até as práticas discriminatórias de gênero dos sindicatos e partidos e o inveterado sexismo dessas organizações. As premissas indiscutíveis da tradição socialista, sua axiomática orientação política de classe, perderam a validade". (19) Entrevista com André Gorz, "Outra economia no esboça no coração do capitalismo". In: Cadernos IHY Idéias nº 31, p. 3: "O trabalho mercantilizado gera o puro consumidor dominado que não produz nada daquilo de que ele precisa. O operário produtor é substituído pelo trabalhador consumidor. Constrangido a vender todo o seu tempo, a vender sua vida, ele enxerga o dinheiro como o que tudo deve comprar simbolicamente. A partir de 1920, nos Estados Unidos, e de 1948, na Europa ocidental, as necessidades primárias oferecem ao capitalismo um mercado demasiado estreito para absorver o volume das mercadorias que ele é capaz de produzir. A economia não pode continuar a crescer, os capitais acumulados não podem ser valorizados, e os lucros não podem ser reinvestidos, a não ser que a produção de supérfluos ultrapasse, mais e mais nitidamente, a produção do necessário. O capitalismo necessita de consumidores cujas compras sejam motivadas, cada vez menos, pelas necessidades comuns a todos e, cada vez mais, pelos desejos individuais diferenciados. O capitalismo precisa produzir um novo tipo de consumidor, um novo tipo de indivíduo: um indivíduo que, por seus consumos, por suas compras, queira se destacar da norma comum, distinguir-se dos outros e afirmar-se ‘fora do comum’. O interesse econômico dos capitalistas coincide maravilhosamente com o seu interesse político". Gorz no seu livro "Metamorfosis del trabajo" (Madri:Editorial Sistema, 1997) estuda profundamente este tema. (20) HADDAD, Fernando. "O sistema soviético – relato de uma polêmica". São Paulo: Scritta Editorial, 1992, p. 229. O texto famoso de Marx foi retirado deste excelente trabalho sobre a União Soviética, que aborda os debates que ali se travaram sobre o futuro do socialismo, a partir da ditadura e do autoritarismo. (21) WALLERSTEIN, Immanuel. "Após o liberalismo – em busca da reconstrução do mundo". Petrópolis: Vozes, 2002, p. 14: "Vivemos na era do ‘grupismo’ – a formação de grupos defensivos, cada um dos quais afirma uma identidade em cujo redor constrói solidariedade e luta por sobreviver, ao lado e em oposição a outros grupos semelhantes. Esses grupos enfrentam um problema político: não podem virar mais um órgão de ajuda às pessoas (o que é ambíguo do ponto de vista político, pois preserva a ordem preenchendo as lacunas que são criadas pelo colapso do Estado) se
pretendem tornar-se verdadeiros instrumentos de transformação".
(29) ANDERSON, Perry. "A crise da crise do marxismo –
(22) O início deste processo está já no começo da Revolução Russa,
introdução a um debate contemporâneo". São Paulo: Brasiliense SA, 1984, p. 93: "O problema dessa estratégia permanece ainda hoje, como há cinqüenta anos, como a Esfinge a defrontar o marxismo no ocidente. É evidente que a liberdade da democracia capitalista, magra mas real com sua cédula e carta de direitos, só pode ceder à força de uma liberdade qualitativamente maior da democracia socialista, exercida sobre o trabalho e a riqueza, a economia e a família, bem como sobre a sociedade organizada. Mas, como dominar as estruturas flexíveis e duráveis do Estado burguês, infinitamente elásticas ao se ajustarem a acordos sobre os quais ele imediatamente repousa, e infinitamente rígidas em preservarem a coerção da qual ele depende finalmente? Que bloco de forças sociais pode ser mobilizado, por que meios, sempre se encarregando dos riscos de desconectar o ciclo da acumulação de capital nas nossas economias de mercado intrincadamente integradas? São questões que nos lembram constantemente que o problema da estrutura e do sujeito - estruturas do poder econômico e político cooperativo, sujeitos de alguma insurgência calculável contra elas - é um problema não apenas para a teoria crítica, mas também para a mais concreta de todas as práticas". (30) O fundamento "ontológico" desta visão está exposto nesta fórmula metafísica de Marx: "o que conta não é aquilo que este ou aquele proletário, ou mesmo todo o proletariado, se representam temporariamente como fim. O que conta é aquilo que o proletariado é e aquilo que ele será forçado historicamente a fazer em conformidade com este seu ser". In: HELLER, Agnes. "A herança da ética marxiana". In: História do Marxismo. Eric Hobbsbawm (org.). Rio de Janeiro: Paz e Terra, vol. 12, 1989, pp. 116/117. (31) GORENDER, Jacob. "Marxismo sem utopia". São Paulo: Ática, 1999, p. 74: "Capitulação, traição - esta a explicação mais encontradiça na literatura marxista. Uma explicação aceitável como descrição do comportamento dos partidos social-democratas e de suas lideranças, porém inaceitável precisamente como explicação". (Eram acusações feitas pelos marxistas dogmáticos contra quem não aceitava o socialismo da URSS como socialismo "verdadeiro".) (31) LUKÁCS, Georg. "História e Consciência de Classe". Lisboa: Publicações Escorpião, 1974, p. 249: "O marxismo vulgar desprezou por completo esta diferença. O uso que fez do materialismo histórico incorreu no erro apontado por Marx à economia vulgar: tomou categorias puramente históricas, categorias da sociedade capitalista por categorias eternas." (33) Lafontaine, social-democrata de esquerda, que rompeu com o Partido SPD (Alemanha) reconhece esta dificuldade mesmo para os países "ricos".("El corazón late a la izquierda". Oskar Lafontaine. Barcelona: ed. Paidós Ibérica SA. 2000). (34) SALVADORI, Massimo L. (cit. por). "A Crítica Marxista ao Stalinismo". In: História do Marxismo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986, vol. 7, p. 320-321:"A segunda guerra imperialista coloca as tarefas não resolvidas em nível histórico mais elevado. A guerra é uma nova prova não apenas da estabilidade dos regimes existentes, mas também da capacidade do proletariado de substituí-los. Os resultados dessa prova terão indubitavelmente um ‘significado decisivo’ para a nossa avaliação da época moderna como a época da revolução proletária. Se, contra todas as probabilidades, a Revolução de Outubro, durante a guerra atual ou logo depois, não conseguir se estender a algum país avançado; e se, ao contrário, o proletariado for obrigado a recuar em todas as frentes, então teremos indubitavelmente de colocar a questão da revisão de nossa concepção da época atual e das forças motrizes dessa época". (O texto é integralmente de Trotsky.) (35) ANDERSON, Perry. "A crise da crise do marxismo – introdução a um debate contemporâneo". São Paulo: Editora Brasiliense, 1984, p. 94: "Seus sinais estão à nossa volta, penso eu - suas sínteses variadas talvez nos esperem logo no horizonte. Tradicionalmente, e especialmente nas culturas angloamericanas, a ênfase sobre os determinantes biológicos das realidades sociais sempre se associou à direita. Essa linhagem foi novamente reforçada com o advento da chamada sociobiologia ela mesma derivada da disciplina, relativamente recente, da etologia, cada uma delas, por sua vez, alinhando-se num duradouro behaviorismo precedente. O teor ideológico dessa tradição sempre foi uma concepção reacionária da natureza humana, entendida como nexo fisiológico permanentemente restringindo estreitamente toda escolha social possível. A natureza em questão é invariavelmente agressiva e, ao mesmo tempo, conservadora, individualista mas inerte - uma permanente advertência contra experiências radicais e transformações revolucionárias".
em 1919, com a utilização dos sindicatos como máquina burocrática da produção, deixando a massa trabalhadora sem instituições livres que pudessem demandar sobre o patrão estatal: "Em virtude das decisões do VIII Congresso, a função de direção planificada das forças de trabalho atribuída aos sindicatos é exercida na prática pelo aparelho administrativo do Estado a que os sindicatos estão integrados, mas, considerando-se o lugar que cabe formalmente às organizações sindicais, a direção assim planificada das forças de trabalho identifica-se à instauração de uma nova ‘disciplina socialista’". BETTELHEIM, Charles. "A luta de classes na União Soviética – primeiro período (1917-1923)". Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976, p. 170. (23) NEGRI, Antonio; COCCO, Giuseppe. "A insurreição das periferias". In: Jornal Valor, caderno EU&, 23/24/25 dez.2005, ano 6, nº 275, pp.14-15: "A crise da sociedade salarial e a hegemonia neoliberal deixam os princípios republicanos sem efetividade na França bem como na Inglaterra dos "rapazes bombas" ou nos EUA de Nova Orléans. Sem pacto social, sem políticas adequadas à realidade social da produção flexível, o discurso que continua rezando pela integração ‘republicana’ se torna uma mera retórica vazia. Da mesma maneira que os dos negros e ‘latinos’ de Los Angeles, dos ‘piqueteros’ argentinos e dos ‘favelados’ brasileiros, os motins franceses mostram a tatuagem hedionda que foi gravada ao longo das linhas cromáticas da discriminação racial e étnica. A ordem do ‘campo’ é a única resposta que o Estado sabe articular. O neoliberalismo não sabe propor nenhum modelo de integração social. A ‘república’ está nua. Sua ‘ordem’ meritocrática e racista se constitui – nas periferias francesas bem como nas favelas brasileiras na maior ameaça contra a sociedade". Antonio Negri e Michael Hardt, no seu extenso livro "Império" (Rio de Janeiro-São Paulo: Editora Record, 2001), trabalham estas e outras idéias, algumas muito discutíveis, sobre o estágio atual do desenvolvimento do capitalismo e suas conseqüências no plano global. (25) KEHL, Maria Rita. "Civilização partida". In: Civilização e Barbárie. Adauto Novaes (org.). São Paulo: Companhia das Letras, 2004, p. 105: "Vou qualificar então de ‘tradição da dúvida’ a tradição moderna que considero civilizada: aberta para o diferente, criativa e pouco autoritária. E de ‘tradição da certeza’ a corrente moderna que busca as grandes totalizações políticas e científicas, a abolição da diversidade, a imposição autoritária de um pensamento único e conseqüentemente a intolerância com o estranho". (25) LUKÁCS, Georg; ABENDROTH, Wolfgang."Terceira conversa – Elementos para uma Política Científica". In: Conversando com Lukács. Rio de Janeiro: Ed. Paz e Terra SA, 1969, p. 108: "Voltemos ao aspecto principal da questão, isto é, ao fato de que se trata de lutar por uma democracia efetiva e não apenas por uma democracia fictícia. De fato, hoje, em todo o mundo, poderíamos dizer que reina uma democracia fictícia. Mesmo na época stalinista havia no papel um misterioso direito de voto e mais uma série de coisas. Hoje, uma palavra de ordem eficaz e um ponto de união de todas as forças deve ser a transformação da democracia fictícia, que existe em todos os lugares, em uma democracia efetiva". (26) In: BETTELHEIM, Charles. "A luta de classes na União Soviética". Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976, p. 351. (27) VILLASANTE, Tomás R. "Redes e alternativas – estratégias e estilos criativos na complexidade social". Petrópolis, R.J.: Vozes, 2002, pp. 72-73. (28) SANTOS, Boaventura de Sousa; AVRITZER, Leonardo. "Introdução: para ampliar o cânone democrático". In: "Democratizar a democracia – os caminhos da democracia participativa". Baoventura de Sousa Santos (org.). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002, p. 553: "A cultura política da participação e da solidariedade é uma cultura de contracorrente nas sociedades em que domina o individualismo possessivo e mercantilista que o neoliberalismo tem levado ao paroxismo. Por isso, não é possível ficar satisfeito com a sua reiteração prática por intermédio das instituições de participação, uma vez que estas, em tal contexto, estão sempre sujeitas à perversão e à descaracterização. Para se manter e aprofundar, a cultura da participação e da solidariedade tem de se ver servida por um projeto pedagógico ambicioso que envolva o sistema educativo no seu todo, os serviços públicos, e sobretudo o terceiro setor que, apesar de ter assumido um papel cada vez mais importante na provisão das políticas públicas, tem utilizado o seu caráter privado para fugir ao controle público e recusar a instituição de mecanismos internos de participação".
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Internacional
TRAGÉDIA Um acidente ferroviário matou ao menos nove pessoas e deixou outras 21 feridas no domingo no oeste da Turquia
Issam Kobeisy/Reuters
Ó RBITA
VIOLÊNCIA
P
Suhaib Salem/Reuters
elo menos sete pessoas foram mortas no domingo em Beirute, capital do Líbano, quando tropas do Exército dispararam suas armas para dispersar um protesto de centenas de manifestantes furiosos com o racionamento de eletricidade e seguidos blecautes. Centenas de pessoas, lideradas pela oposição pró-Síria, tocaram fogo em pneus na intersecção de Mar Mijael, uma área de ligação entre bairros de Beirute. As tropas chegaram logo depois e
O governo egípcio cortou o fornecimento de suprimentos para a cidade fronteiriça de Rafah, e os palestinos começaram a voltar para casa
ção de desenvolver um novo plano para controlar a passagem, envolvendo tanto o Hamas quanto o Fatah. O líder do Hamas em Gaza, Ismail Haniyeh, afirmou inclusive que enviará, na próxima quarta-feira, uma delegação ao Cairo para discutir o assunto. "Temos uma demanda: o cerco deve ser levantado. Rafah tem de ser reaberta", disse. O chanceler egípcio, Ahmed Aboul Gheit, informou que seu país irá tomar as medidas necessárias para recuperar o controle da passagem de Rafah "o quanto antes", mas não deu detalhes sobre quando isso ocorrerá. O Egito domina a passagem desde a retirada do Exército israelense da Faixa de
Gaza, em setembro de 2005. Volta para casa Palestinos cruzaram o limite do Egito com a Faixa de Gaza, no domingo, voltando para casa depois de as autoridades egípcias terem cortado o envio de suprimentos para a cidade de Rafah. O Egito busca vedar a fronteira e conter o fluxo de milhares de moradores necessitados de Gaza para o país. Ainda ontem, Israel afirmou que irá restaurar o fornecimento mínimo de combustível a Gaza. Abbas e o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, se reuniram para tratar do problema em Rafah e o israelense prometeu que seu país não deixará que a crise humana em Gaza se deteriore. (Agências)
MORRE SUHARTO
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ex-ditador da Indonésia Suharto morreu no domingo, aos 86 anos, em Jacarta, de falência múltipla de órgãos. Suharto governou a Indonésia com mão-de-ferro entre 1967 e 1998, quando renunciou após uma revolta popular. Suharto foi considerado um dos ditadores mais brutais do Século XX. Além dos milhares de mortos na
EUA Democratas já miram "Superterça"
Jonathan Ernst/Reuters
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Barack Obama: vitória na Carolina do Sul com 55% dos votos
Terminadas as primárias na Carolina do Sul, a corrida presidencial democrata passa agora para uma nova e decisiva fase. Na chamada "Superterça", dia 5 de fevereiro, 22 Es-
tados farão suas primárias simultaneamente e escolherão 40% dos delegados que votarão na convenção nacional, em Denver, em agosto, quando o nome do candidato democrata
Porta Condimentos
que disputará a Casa Branca será finalmente divulgado. Nas pesquisas nacionais, Hillary aparece na frente, com 42% dos votos. Obama vem em segundo, com 33%. Em terceiro, com 10%, está Edwards, sobre quem pairam duas dúvidas. A primeira é se ele terá forças para levar sua candidatura até a "Superterça". A segunda, quem apoiará caso se retire. Alguns analistas dizem que o ex-senador só não se despediu ainda porque, pelo sistema de representação proporcional dos democratas, mesmo quem fica em terceiro elege delegados. Ele seria decisivo mesmo com míseros 10% de delegados e, em troca de apoio, poderia barganhar uma posição no próximo governo. (AE)
MANIPULAÇÃO
A Mikhail Klimentyev/AFP
senador Barack Obama conseguiu uma folgada vitória nas primárias democratas da Carolina do Sul, as primeiras prévias do partido na região sul dos EUA. Com todas as urnas apuradas, Obama obteve 55% dos votos no Estado. A senadora e exprimeira dama Hillary Clinton teve 27% dos votos e o ex-senador John Edwards, 18%. A votação foi encarada como um importante teste para a candidatura de Barack Obama. Segundo as pesquisas, ele conseguiu sua segunda vitória na disputa democrata (a primeira foi em Iowa) por causa do apoio dos negros, que representavam 50% dos eleitores na Carolina do Sul.
repressão aos comunistas em 1965, quando era chefe do Exército, outras 300 mil pessoas foram assassinadas, a maioria no Timor Leste, excolônia portuguesa invadida por Suharto em 1975, e nas províncias separatistas de Papua e Aceh. Sua precária saúde evitou que ele fosse levado a julgamento após sua derrubada do poder, em 1998. (AE)
Comissão Eleitoral russa barrou a candidatura de Mikhail Kasyanov, único concorrente de oposição, sob alegações de fraude. A decisão aumenta as especulações de que as eleições de março serão manipuladas a favor do vice-premiê Dmitri Medvedev, candidato de Vladimir Putin. (AE)
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da barreira que separa os dois territórios na última quartafeira, permitindo que mais de 500 mil palestinos atravessassem para o lado egípcio da cidade de Rafah para comprar mercadorias diversas, depois que Israel impôs um bloqueio ao território, o que levou à escassez de comida, combustível e medicamentos em Gaza. Logo após o anúncio do pacto entre o Egito e o Fatah, o Hamas rechaçou o acordo e afirmou ter garantias de Cairo de que nenhuma negociação havia sido fechada com Abbas, cuja autoridade, teoricamente, é limitada à Cisjordânia. Um porta-voz do grupo afirmou que funcionários do governo egípcio tinham a inten-
m acordo fechado ontem entre os governos egípcio e palestino pode agravar ainda mais a crise fronteiriça entre o Egito e a Faixa de Gaza. A Autoridade Nacional Palestina, do presidente Mahmud Abbas, acertou com o governo egípcio que seu partido, o laico Fatah, controlará a passagem de Rafah, excluindo do processo o grupo islâmico Hamas, milícia que desde junho de 2007 controla à força a região litorânea palestina. A informação foi confirmada por fontes dos dois governos, que pediram anonimato. No controle da Faixa de Gaza, o Hamas detonou com explosivos e um trator boa parte
Dudi Anung/Reuters
Acordo agrava crise na fronteira entre Egito e Faixa de Gaza
abriram fogo para dispersar os manifestantes, informaram as autoridades. Além dos sete mortos, mais dez pessoas ficaram feridas nos distúrbios. Ainda ontem, dezenas de outros manifestantes da oposição tentaram bloquear a estrada que liga Beirute ao Aeroporto Internacional Rafik elHariri, ao queimar pneus na pista. A manifestação provocou um engarrafamento, mas os automóveis conseguiram passar em uma faixa em cada sentido. (AE)
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segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Denis Balibouse/Reuters
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FEIRA DE MODA TEM BOM RESULTADO
Fórum Econômico termina em Davos em clima de relativo otimismo.
EM DAVOS, A SECRETÁRIA CONDOLEEZA RICE DIZ QUE A ECONOMIA AMERICANA CONTINUARÁ FORTE.
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EUA TENTAM ACALMAR O MUNDO
possibilidade de recessão nos Estados Unidos foi o principal tema da cerimônia de encerramento do Fórum Econômico Mundial, ontem, em Davos, na Suíça. A secretária de Estado norteamericana, Condoleeza Rice, defendeu a política do presidente George W. Bush para o Oriente Médio, e tentou acalmar os participantes, ao afirmar que a economia dos EUA é forte e continuará sendo "um motor de crescimento." Este foi, na verdade, o tema principal nos cinco dias de reunião. Para muitos, os EUA caminham mesmo para a recessão, e para outros, haverá apenas uma desaceleração, não importante. E na hipótese de a recessão se confirmar, surge outra dúvida, saber se as duas maiores economias emergentes, Índia e China, conseguiriam absorver o choque e manter o crescimento econômico. "Sou otimista quanto ao futuro," disse o executivo-chefe da China Mobile Communications, Wang Jianzhou. "Se houver recessão nos Estados Unidos, podemos dizer, de modo geral, que ela terá impacto na China, mas não acredito que será muito grande". Segundo Wang, poderá haver uma queda nas exportações chinesas para os EUA, "mas nós ainda temos e teremos um forte consumo doméstico." A China Mobile tem 370 milhões de clientes. Indra Nooyi, a principal exe-
Fabrice Coffrini/AFP
Pierre Verdy/AFP
Stephan Wermuth/Reuters
Amorim acredita que é o momento de retomar a Rodada Doha; Bill Gates e o cantor Bono pedem ações práticas contra a pobreza; Indra Nooyi, principal executiva da PepsiCo, mantém o otimismo.
Oriente Médio, clima, pobreza, agricultura...
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pesar das preocupações com a desaceleração norte-americana, o Fórum Econômico Mundial se encerrou com boas expectativas para temas como a paz entre Israel e os palestinos e um esforço contra as mudanças climáticas. O ex-primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, disse que vai lutar por acordos sobre esses dois temas até o final de 2008. Dividindo o mesmo nível de ambição, o prêmio Nobel Elie Wiesel pediu à China que abra suas portas para o Dalai Lama, e ainda fez um apelo para o fi-
nal no conflito na região de Darfur, no Sudão. A executiva-chefe da PepsiCo., Indra Nooyi, pediu preços mais baixos dos alimentos, para mitigar a fome dos pobres de todo o mundo. As verdadeiras estrelas do encontro foram o co-fundador do YouTube, Chad Hurley, e Bill Gates, estrondosamente aplaudido em sua última aparição no Fórum como dirigente da Microsoft. Ele deixará o cargo este ano. Gates anunciou a doação de US$ 306 milhões para melhorar a produção agrícola e abrir novos mercados aos
agricultores africanos e asiáticos. Fazendo um apelo para a abertura de oportunidades para os países pobres, Gates disse que "não adiantará muito um agricultor, com melhores sementes, solo ou irrigação, aumentar a sua produção, se não tiver compradores para os seus excedentes". Por sua vez, o cantor irlandês Bono pediu aos países ricos que passem do discurso à ação na tarefa de reduzir a pobreza global. Gases – O Japão oferecerá, nos próximos cinco anos, US$ 10 bilhões para ajudar os países em desenvolvimento a
reduzir as emissões de carbono, responsáveis por parte das mudanças climáticas. O anúncio da nova linha de financiamento foi feito pelo primeiro-ministro japonês, Yasuo Fukuda. A redução das emissões de carbono pelas nações industrializados será o foco da reunião deste ano do G-8, grupo que reúne os oito países mais ricos do mundo. O Brasil foi convidado para esse encontro, a ser realizado em junho. O presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, foi um dos representantes brasileiros no Fórum de Davos. (Agências)
cutiva da PepsiCo, também manifestou otimismo, e comentou: "Acredito que este será o primeiro teste sério que enfrentaremos. Vamos ver se o motor do crescimento econômico mundial está apenas nos Estados Unidos, ou se o equilíbrio de forças realmente mudou, e está bem distribuído". A mo r im – O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, voltou a afirmar, em Davos, que a turbulência financeira desencadeada pela crise do mercado imobiliário americano pode impulsionar a conclusão da Rodada Doha por causa da necessidade de que os países cheguem a um acordo. "Temos muitas janelas de oportunidade em termos de políticas", disse Amorim. "Por causa da crise financeira, elas se transformaram em janelas de necessidades". Amorim disse estar otimista, pois as diferenças de propostas nas negociações na Organização Mundial do Comércio (OMC) não são mais tão grandes. "Às vezes, elas são maiores em termos políticos do que econômicos", afirmou. Segundo ele, a questão é buscar um equilíbrio entre os textos com as propostas para o comércio de produtos agrícolas e de bens não-agrícolas. Protesto – Sábado, em São Paulo, um boneco do presidente americano, George W. Bush, foi queimado durante o Fórum Social Mundial (FSM), que se contrapõe ao Fórum Econômico Mundial. (AE)
Divulgação
Desfiles da Fenin destacaram as tendências para o outono e inverno
Moda inverno terá tecidos de alta tecnologia Kelly Ferreira, de Gramado
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XII Fenin – Feira Nacional da Moda Outono/Inverno 2008, que terminou na última sexta-feira, em Gramado, no Rio Grande do Sul, registrou resultados positivos, além das expectativas, apontando um crescimento de 19,35%. Embora as empresas participantes não tenham divulgado ainda números consolidados, cada expositor conseguiu comercializar, em média, de dois a três meses de produção. Isso quer dizer que os negócios foram 20% maiores que na edição anterior. Esta edição, que esperava 35 mil visitantes, também superou as expectativas de público, registrando 37.356 visitantes nos quatro dias de exposição. No segmento masculino, a Intergriffes, de São Paulo, que comercializa as marcas Pierre Cardin, Ted Lapidus e Yves Saint-Laurent, o volume de negócios foi 50% maior em relação ao ano passado. Já para a APA, do Rio de Janeiro, as vendas foram 40% maiores, se comparado à edição anterior. A Colella, apenas no primeiro dia da feira, vendeu 40% a mais que na mesma época da Fenin do ano passado. Já os fabricantes de moda feminina tiveram aumentos entre 10% e 30 %.
A Fenin 2008 também trouxe novas tecnologias em roupas e tecidos. A Amni Rhodia, por exemplo, criou o fio, da segunda geração do Biotech, com material inovador que é inserido no fio, portanto, fica sem contato com o corpo. O tecido tem ainda a função bacteriostática que elimina odores e é antiácaros. A tecelagem Affinit Berlan apresentou outra novidade: o tecido para a confecção de bojos de sutiãs, que utiliza na parte interna uma fibra de poliéster que mantém a "memória" do enchimento e evita deformações. Lycra para homens – Já na moda masculina, a novidade é a aplicação de lycra nas calças. Nesta edição da Fenin, 25 dos principais fabricantes de moda e acessórios para homens apresentam as tendências que estarão nas vitrines de todo o País no outono/inverno. Segundo uma pesquisa mundial realizada com homens entre 18 e 49 anos de dez países, 85% deles acham roupas com fio lycra mais confortáveis. Outros 87% acreditam que a tecnologia dá mais liberdade e movimento para as peças e 78% se sentem bem usando uma roupa com o fio da marca. "Eu uso lycra. Gosto de conforto", disse o ator Cauã Reymond, que participou dos desfiles do Salão de Moda Masculino, paralelo a Fenin.
Divulgação
DIÁRIO DO COMÉRCIO
DCARR
Pablo de Sousa/Cia de Luz
São Paulo, 28 de janeiro de 2008
Nº 205
Desta vez é pra valer, os indianos vão trazer seus carros. Na página 8.
No detalhe, o "novo" Stilo PÁGINAS 4 E 5
uma nova cultura, torne-se "totalitária"; verificase então uma fase objetivamente regressiva e reacionária, mesmo que a reação não se confesse como tal (como sempre sucede) e procure aparecer como portadora de uma nova cultura (8). O curso de um processo de acumulação, que se faz cada vez mais irracional e violento, vem dissolvendo as conquistas republicanas, o que nos obriga a pensar – por estes e outros motivos – que a natureza de um partido socialista e a estratégia socialista devem buscar novos rumos e novas interações políticas muito além da sua relação imediatamente classista-proletária (9). Quando nos países culturalmente e economicamente mais avançados a democracia retroage e a força do capital financeiro precisa "flexibilizar" as principais conquistas do "Estado-de-bem-estar" e o faz, ordinariamente, por maioria e usando os métodos democráticos tradicionais, o problema das formas de convívio político e dominação – a coerência interna do regime – torna-se uma questão política crucial. Não é despropositada a referência à questão do partido e aos partidos. Uma das questões importantes da tradição socialista, originária do marxismo-leninismo, é a "teoria do partido". Esta teoria parte do pressuposto que a organização política da classe operária precisa de uma "vanguarda de classe", "dentro" e "fora" do Estado, para construir o socialismo. Esta visão fundou-se na constatação de que o próprio desenvolvimento capitalista induziria o proletariado a estar à frente de uma "revolução socialista", desde que o Partido lhe adjudicasse "de fora para dentro" a teoria científica da revolução. Mesmo considerando que isso fosse correto à época, o que dizer agora, quando a questão do socialismo sequer se apresenta como questão política concreta e a questão democrática e os "direitos" que dela decorrem é que se tornaram a centralidade em toda a política da esquerda mundial? Não seria mais adequado hoje perguntar, por exemplo, "vanguarda" de quê e para quê ela se destina? (10) Também, por isso, inicio o texto com duas conceituações "abertas", não-dogmáticas e sem qualquer pretensão de esgotamento teórico sobre "democracia" e "socialismo". Através delas, ligadas às reflexões que seguem, penso participar do esforço para a emergência de uma outra visão crítica do partido e da questão do Estado, nos quais repousam econômica, jurídica e politicamente, os principais problemas da democracia e do socialismo. III Quando me referir, aqui, à "democracia", portanto, faço-o retirando do seu conceito qualquer inflexão mais especulativa ou teórico-acadêmica e reporto-me ao seguinte: democracia como regime político, que é guiado por uma Constituição, que dê sustentabilidade aos direitos sociais modernos, garanta o respeito aos direitos humanos e ofereça previsibilidade para os sujeitos coletivos e individuais. Regime dotado de um tecido jurídico afirmativo das liberdades políticas, do pluralismo, da liberdade de culto e de imprensa, que permita a eleição dos governantes e parlamentares por processos livres, que contemplem a rotatividade no poder. Regime que se realize através de um Estado dotado de instituições controláveis e reciprocamente controladas, cujo sistema de justiça e de exercício da repressão esteja sempre abrigado na Constituição Democrática. As formas que as suas instituições
A experiência socialista do século passado – da Comuna de Paris à Constituição de Weimar, passando pela Revolução Russa – pode ser vista como um marco de referência. Na foto, pôster de Vladimir Lênin, líder da Revolução Russa de 1917.
adquirem na república democrática são historicamente determinadas, segundo o contrato político instituído no processo constituinte. Quando me referir, aqui, a "socialismo", quero reportar-me a um certo tipo de organização da sociedade, cujos mecanismos de funcionamento da economia, do seu sistema financeiro, da organização dos seus processos de trabalho e do lazer, das suas instituições de enlace entre os diversos fatores da produção, tenham como finalidade eliminar a carência, reduzir crescentemente as desigualdades sociais, culturais e entre regiões. Uma sociedade, de tal modo organizada, que expanda as possibilidades dos indivíduos decidirem sobre a sua própria vida privada, sobre as formas e os meios através dos quais eles vão cumprir as suas obrigações coletivas para colaborar para uma boa vida da coletividade, medida "pela qualidade de vida dos seus membros mais fracos" (11). As estruturas econômicas deste modelo, a tipologia das suas empresas, as relações entre as unidades privadas, públicas estatais "puras" e cooperadas (12) de produção, evidentemente devem ser pensadas a médio e longo prazos. (Quanto à tipologia das empresas numa nova visão socialista, já não seria demais configurar, técnica e politicamente, fundamentos de uma nova "teoria da empresa" – a partir da importância que elas têm no avanço da produção
e da socialidade humana no desenvolvimento da modernidade – pensando em instituições produtivas e de serviços, tais como "empresas públicas não-estatais", "empresas estatais sob o controle do usuário", "empresas privadas de interesse público-estratégico", "instituições privadas de serviços para recuperação do capital natural", com regimes fiscais e trabalhistas próprios, além de "instituições públicas nãoestatais para o cumprimento de funções de interesse do Estado", além daquelas já existentes e das instituições cooperadas, estas muito importantes em países altamente desenvolvidos como a Espanha e a Itália.) A experiência socialista do século passado – da Comuna de Paris à Constituição de Weimar, passando pela Revolução Russa – pode ser vista como um marco de referência. Com seus diferenciais políticos e diferentes graus de radicalidade, mas com idêntica teleologia, este período deixou diversas pistas, positivas e negativas, para pensarmos um projeto socialista democrático. Uma das pistas positivas foi a elaboração de políticas estatais, na área da infra-estrutura, da saúde e da educação, estas últimas que interessam sobretudo às crianças, aos idosos e aos setores mais excluídos da sociedade, serviços que no socialismo democrático devem ser públicos e de alta qualidade e que devem ter uma presença privada apenas para preencher opções religiosas ou de identidade cultural, e não por uma "procura" determinada pela ausência de oferta de vagas públicas ou face à precariedade do ensino público. Uma das pistas negativas foi a irrelevância que aquelas revoluções ou reformas outorgaram à elaboração de uma teoria do Direito e do Estado que, partindo do Iluminismo, permitisse a geração de instituições mais democráticas. Refiro-me a instituições mais eficazes e mais harmônicas do que aquelas promovidas pelas democracias capitalistas modernas. A experiência mostrou que a sua ausência facilitou que o socialismo se convertesse num projeto "antisistêmico" ou "anticapitalista", mas "que fracassou na tentativa de atingir e ultrapassar o padrão de vida oferecido pelas economias centrais" (13), inclusive no que refere à garantia das liberdades políticas para os próprios trabalhadores. A "superação" das instituições originárias da experiência democrática moderna e sua reconstrução, num plano qualitativamente superior, não será feita sem o seu "uso" radicalizado, levando às últimas conseqüências o que elas significaram de conquistas, principalmente para o cidadão comum. O "fim social da propriedade", o cuidado que uma sociedade civilizada deve ter com os seus velhos, as suas crianças e com as pessoas de capacidade diferenciada, a "função social" da empresa e a combinação do crescimento econômico com a preservação do "capital natural", são exemplos flagrantes desta problemática. No que refere à questão do Direito e do Estado – no campo socialista-marxista – as tentativas de Karl Renner (14), em diálogo com Kelsen, e de Pashukanis – em confronto com a visão tradicional do Direito Público – foram sufocadas. Renner foi carimbado pelas teorias ortodoxas do marxismo dominante como "revisionista", e Pashukanis teve a infelicidade de teorizar sobre a necessidade de enfraquecer os aspectos coercitivos do Estado na Rússia de Stálin: foi fuzilado. Não há possibilidade de uma construção democrática do socialismo sem que as con-
Economia
A ARTE DE LAVAR SEM USAR ÁGUA
Franquia de lavagem de veículo exige um investimento de até R$ 100 mil, sem o ponto. Pág. E3
40 ANOS DA BOLSA DE VALORES
CAIXA 1 O seu consultor financeiro
O principal indicador da bolsa, o Ibovespa, é o termômetro da economia do País. Pág. E4 1
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Mercado futuro em formato especial para pequenos investidores
Fábio D'Castro/Hype
Minicontratos negociados na Bolsa de Mercadorias e Futuros facilitam negócios Sonaira San Pedro
D
epois de ter descoberto o mercado financeiro, o relações-públicas Luiz Henrique Sampaio aprendeu que investir na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) pode ser tão simples quanto operar na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). "Não tive preconceito para tentar entender o mercado futuro, que, à primeira vista, parece complicado", disse. "Mas é tão simples que posso comprar e vender os ativos pela internet, do computador de casa." A grande diferença entre as negociações na Bovespa e na BM&F é que na primeira são negociados os preços de ativos (ações, principalmente) à vista, e na segunda são transacionadas as expectativas dos investidores em relação às oscilações futuras de dólar, Ibovespa preços da arroba do boi, entre outros ativos. Durante muito tempo, os pregões da BM&F eram dominados por grandes investidores. Em 2004, para facilitar a entrada do pequeno investidor no mercado futuro, a bolsa criou os minicontratos futuros de Ibovespa, dólar, boi gordo e café arábica. O minicontrato de Ibovespa corresponde a um quinto do contrato original; e os demais equivalem a 10%. Na prática, apenas os minicontratos de Ibovespa e dólar são negociados com liquidez, já que ainda não existem investidores interessados em comprar ou vender os outros. Tendo pelo menos R$ 1,32 mil, uma pessoa física pode investir na BM&F. Isso porque o investidor não tem de pagar todo o valor do contrato na hora da compra. "Diferentemente da Bovespa, onde você compra o ativo e paga seu preço total, na BM&F o aplicador investe na variação dos preços que derivam de um determinado ativo", explicou o gerente comercial da corretora Interfloat, Títulos e Valores Mobiliários, Fernando Cardozo. No caso da compra de um minicontrato futuro de Ibovespa, cada ponto do índice atual vale R$ 0,2 — assim, o contrato seria negociado a R$ 11 mil para um Ibovespa atual de cerca de 55 mil pontos. "Mas o investidor não desembolsa R$ 11 mil. Precisa apenas depositar uma margem inicial de R$ 1,3 mil, cobrada pela bolsa para cada minicontrato futuro de Ibovespa", afirmou Cardozo. Essa margem varia de acordo com o tipo de contrato e representa garantia do cumprimento do contrato e pagamento da variação do preço do ativo no mercado no caso de inadimplência de ajuste diário. "O ajuste diário funciona assim: se você comprar um minicontrato de Ibovespa quando o índice estiver em 55 mil pontos e, no dia seguinte, ele fechar a 56 mil pontos, a bolsa deposita a diferença em sua conta", afirmou Cardozo. "Se, no dia sub-
O relações-públicas Luiz Henrique Sampaio descobriu as vantagens de investir no mercado futuro
1,32
mil reais é o valor mínimo necessário para pequenos investidores comprarem minicontratos na bolsa de futuros.
A idéia é descomplicar as negociações do mercado futuro e popularizar o acesso aos negócios na BM&F. Verdi Rosa Monteiro, diretor da BM&F seqüente, ele fechar a 55,5 mil pontos, a bolsa desconta o equivalente aos 500 pontos perdidos", completou. É pelo fato de as variações serem ajustadas todos os dias que o investidor não precisa pagar o valor total do contrato. Nessa modalidade de aplicação, o impacto dos ganhos e perdas é imediato e diário. "O investidor pode comprar mais contratos com menos dinheiro disponível", afirmou o especialista. "Mas também não pode ser ganancioso demais, porque são feitos ajustes diários sobre o valor contratado. Do mesmo jeito que o dinheiro entra na conta com a alta do mercado, pode sair, na baixa." Ampliar ganhos — A grande vantagem da alavancagem (quando o investidor assume investimento com capital que
não é seu) é que possibilita ao aplicador ampliar os ganhos com um capital menor. Se, por exemplo, ele comprar um minicontrato de Ibovespa a 40 mil pontos (R$ 0,2 cada ponto) e a bolsa subiu para 42 mil pontos em um dia, ele ganhou 2 mil pontos, ou R$ 400. Uma alta de 5% na Bolsa possibilitou um ganho de 40% do patrimônio inicial. Mas uma pequena perda também pode representar grande prejuízo. "A dica é seguir tendências. Há também muita gente que compra minicontratos de dólar para se proteger de oscilações da moeda", disse o diretor responsável pelas filiais da Intra Corretora, André de Lucca. Por exemplo: é o caso de uma família que viajará ao exterior nos próximos meses, mas já quer aproveitar a baixa cotação da moeda para adquirir dólares. Se o grupo precisar de US$ 5 mil, pode comprar um minicontrato futuro de dólar na cotação atual sem ter de desembolsar o valor total do contrato. "Apenas é necessário depositar a margem de R$ 980 e receber ou pagar os ajustes diários", disse. "Se o dólar subir neste período, o investidor assegurou a compra da moeda por uma cotação mais baixa." O lançamento dos minicontratos para pessoa física e o início das negociações pela internet, em 2004, movimentaram a BM&F. Em 2001, foram negociados 121 mil contratos, número que subiu para 28 milhões no último ano — alta de 23.000%. "A idéia é descomplicar as negociações do mercado futuro e popularizar o acesso aos negócios na BM&F", afirmou Verdi Rosa Monteiro, diretor de desenvolvimento e fomento de mercado da bolsa. "O simulador pela internet, lançado em setembro passado, já tem 38 mil participantes diários", disse o diretor.
Seu consultor em ações
Queda da bolsa cria oportunidades
A
semana passada foi marcada por grandes oscilações do Ibovespa, o principal índice do mercado brasileiro de ações. O indicador, que chegou a cair 6,6% na última segunda-feira, fechou o pregão de sexta-feira com ganhos de 5,95% — a maior alta desde outubro de 2002. A expectativa é de que a volatilidade continue até que os rumos da economia americana fiquem mais claros. De acordo com Wagner Salaverri, sócio da corretora de va-
lores Geração Futuro, enquanto o momento atual pode ser de incertezas para os aplicadores de curto e médio prazos, quem investe pensando no retorno de longo prazo pode aproveitar a oportunidade para adquirir ações com preços, em média, 15% mais baixos que no fim de 2008. "Escolha papéis de empresas com bons fundamentos e que tenham caído nas últimas semanas", disse. "Mais do que se preocupar com os números da economia americana, o in-
vestidor de longo prazo deve olhar para os indicadores internos", acrescentou. A pedido do Diário do Comércio, ele listou as cinco empresas que considera as melhores oportunidades de investimentos neste momento na bolsa de valores: Petrobras, Usiminas, Gerdau, Votorantim e Randon Participações (veja comentários sobre os papéis no quadro acima). "Analiso os fundamentos das companhias e mantenho minhas posições por anos", afirmou Salaverri.
2
DCARRO
São Paulo, segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
índice
DUAS RODAS - 3 Grupo Itavema lança motos produzidas em Manaus (AM) com 90% de peças vindas da China.
NOVO STILO - 4 E 5 Apesar de parecer o mesmo, carro da Fiat recebeu pequenas mudanças e o novo câmbio Dualogic.
MERCADO - 6 As opções oferecidas pelas marcas com fábrica no País para o "segmento de entrada".
UTILITÁRIO ESPORTIVO - 7 Para aumentar vendas do SUV Pathfinder, Nissan lança versão R$ 16.410 mais barata.
A revolução silenciosa da engenharia brasileira setor automotivo brasileiro já passou por altos e baixos nos últimos 50 anos. Agora está numa boa fase, mas poucos perceberam que ela é muito melhor do que parece. Desde os anos 50, veículos fabricados no País partiam de projetos vindos do exterior, em geral modelos já fora de linha nos EUA ou na Europa, que ganhavam sobrevida aqui. Como o Fusca, criado na Alemanha na década de 30, e fabricado no Brasil de 1959 a 1986. Raras exceções eram as "carroças" do presidente Collor dos anos 90. Já tivemos outras boas fases de produção, vendas e exportações, mas na fase atual, uma grande novidade: vários desses carros foram criados, projetados e desenvolvidos no Brasil por engenheiros brasileiros. São automóveis com "DNA brasileiro" rodando pelo mundo. A General Motors do Brasil criou a Meriva, que já existia aqui quando foi lançada na Europa; o EcoSport, da Ford, e o Fox, da Volkswagen. A GM do Brasil, aliás, já é um dos cinco centros mundiais de desenvolvimento de veículos, ao lado dos EUA, Alemanha, Austrália e Coréia. Por que é tão importante termos o projeto brasileiro? O País passou a participar ativamente no cenário global, colocando sua engenharia e engenheiros ao lado dos mais avançados do mundo. Além disso, de um ponto de vista mais macroeconômico, o Brasil tem 24 montadoras e 468 empresas fornecedoras de autopeças. Com o centro de projeto de uma marca aqui, cresce a participação de fornecedores locais na criação de um novo veículo e no fornecimento de peças para sua fabricação no mundo inteiro, gerando mais empregos e impostos. Segundo o Sindipeças, mais de 60% das empresas têm capital nacional. A situação de agora não é uma conquista completa. A oportunidade da nossa engenharia brasileira ocu-
O
par espaço no cenário mundial está aí, e pode ser aproveitada ou não. Uma das razões que atrai projetos no Brasil é o custo baixo, cerca de 50% inferior aos existentes nos EUA, Europa e Ásia. Entretanto, essa vantagem competitiva (não tão vantajosa para nossos profissionais) não vai se sustentar por muito tempo, principalmente com a entrada da China no cenário. Para manter e ampliar espaços da engenharia brasileira, teremos que competir com qualidade, eficiência, competência e com a nossa (auto-atribuída) "criatividade". Para isso é necessário formar bons engenheiros na concepção e desenvolvimento de novos produtos e tecnologias. Um perfil diferente daquele apropriado para o setor até então. Nesse cenário é que entra o papel fundamental das escolas brasileiras de Engenharia, não apenas para formar e aprimorar profissionais, mas também para participar e contribuir nos processos de inovação tecnológica do produto/veículo e na gestão organizacional, como nos países desenvolvidos. A nossa consolidação efetiva no setor automotivo mundial vai depender de uma congregação de esforços e ações de basicamente três setores: produtivo, ensino e pesquisa, e governamental, a quem cabe dar apoio e retirar entraves. Esta conjunção de esforços, em grandes linhas, é o projeto que está em fase de gestação por iniciativa conjunta de três entidades: Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), Universidade de São Paulo – Escola Politécnica, e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Em breve este projeto começará a render bons frutos. E isso será uma grande novidade no cenário do setor automotivo brasileiro e, mais ainda, mundial. Prof. Dr. Ronaldo de Breyne Salvagni, coordenador do Centro de Engenharia Automotiva da Escola Politécnica da USP
VEÍCULOS 4x4 - 8 Indiana Mahindra apresenta seu SUV e picapes: cabine dupla e simples. Todos com motor diesel.
aGenDa 29 a 31 de janeiro
A Dafra Motos, nova marca no mercado brasileiro, promove test-drive dos seus produtos em Manaus.
13 a 16 de março
O Baja Sae Brasil-Petrobras 2008 terá participação de 70 equipes. A competição de carros off-road feitos por estudantes acontece em Piracicaba, SP.
22 e 26 de abril
Será realizada no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, a FEISA 2008, 2ª edição da Feira Internacional do Setor Automotivo.
Presidente Alencar Burti Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editor chicolelis chicolelis@dcomercio.com.br Repórteres Alzira Rodrigues alzira@dcomercio.com.br Anderson Cavalcante acavalcante@dcomercio.com.br
Chefe de Reportagem Arthur Rosa Editor de Fotografia Alex Ribeiro Editor de Arte José Coelho Diagramação Lino Fernandes Ilustração Abê / Céllus / Jair Soares Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Impressão S/A O Estado de S. Paulo www.dcomercio.com.br/dcarro
DIÁRIO DO COMÉRCIO
2 - ECONOMIA
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Indicadores Econômicos
2,02
CAIXA 1 O seu consultor financeiro
reais é o valor de cada dólar no mercado paralelo, de acordo com a cotação da última sexta-feira.
24/1/2008
DC
COMÉRCIO
Informe Publicitário FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Fundo
Posição em
P. L. do Fundo
Empresarial LP
22/01/2008
27.756.371,15
Esher LP Hope LP JCP-SUL LP Master Recebíveis LP Milligan LP Múltiplo LP Odyssey LP Prospecta LP Redfactor LP Valecred LP
22/01/2008 22/01/2008 22/01/2008 22/01/2008 22/01/2008 22/01/2008 22/01/2008 22/01/2008 22/01/2008 22/01/2008
18.420.870,46 14.678.009,24 1.976.265,94 2.079.076,47 246.899,02 17.065.741,14 2.626.235,22 1.958.499,51 13.016.696,73 5.335.780,35
Tipo Subordinada Sr 1ª emissão Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Sub - Classe A
Vlr Cota Sub 1.690,401074 589,261805 952,548164 1.310,458014 1.146,639151 1.294,644214 943,711018 1.569,123029 974,226060 984,508818 1.193,565164 1.051,526711
% rent. mês 1,0180% 0,6907% 3,0842% 1,6437% 0,8995% -2,6292% -5,6289% 1,4827% -2,3005% 3,4291% -1,6149% 0,7537%
% ano 1,02% 0,69% 3,08% 1,64% 0,90% -2,63% -5,63% 1,48% -2,30% 3,43% -1,61% 0,75%
Tipo Sr 2ª emissão Sr 3ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sub - Classe B
Vlr Cota Sr 1.051,907938 1.021,854897 1.041,761840 1.081,583600 1.037,542240 1.298,291848 1.003,215880 1.025,299015 1.055,012773 279,756293
% rent. mês 0,7222% 0,7223% 0,6911% 0,7033% 0,6592% 0,6907% 0,3216% 0,7222% 0,7222% 3,5068%
% ano 0,72% 0,72% 0,69% 0,70% 0,66% 0,69% 0,32% 0,72% 0,72% 3,51%
rating A+(Austin) BBB(Austin) AA-(Austin) AA-(Austin) A+(Austin) A (Austin) A+(Austin) A- (Austin) A- (Austin) AA(Austin) A(Austin)
São Paulo, segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
DCARRO
3
DUAS RODAS Divulgação
Kansas 150, de 149,5 cc
Speed 150: 40% da oferta
UMA NOVA MARCA DE MOTO Grupo Itavema investe em fábrica em Manaus e apresenta a linha Dafra, formada inicialmente por quatro modelos
om investimento de R$ 100 milhões, o Grupo Itavema, 100% brasileiro, está lançando a linha de motos Dafra, que será produzida em Manaus (AM) com 90% de peças vindas da China. A empresa, que tem grande tradição no ramo de concessionárias de veículos, está apostando forte no segmento de duas rodas. Projeta uma produção de 60 mil unidades este ano e 90 mil no próximo, começando com uma rede de 170 concessionárias, das quais 25 serão abertas em São Paulo no próximo dia 7. A princípio serão quatro modelos: Super 100, que custará R$ 3.290, Speed 150 (R$ 4.990), Kansas 150 (R$ 5.590) e Laser 150, uma scooter com
C
Super 100, a mais barata
preço na faixa de R$ 5.990. Os produtos, segundo Creso Franco, presidente da Dafra Motos, terão tecnologia de empresas americanas na área de injeção eletrônica e de européias no desenvolvimento de equipamentos para controle de emissão de poluentes. Na China foram feitas parcerias com a Zongschin, Lifan e Loncin. "Com esta combinação global, estamos em condições de oferecer produtos de qualidade a um preço atrativo para o mercado brasileiro", comenta o executivo. A empresa está investindo R$ 5 milhões em um laboratório de controle de emissões e se prepara para incrementar o número de peças desenvolvidas e
Laser 150: R$ 5.990
fabricadas no Brasil. Além disso, pretende produzir três modelos de quadriciclo, de 50, 150 e 350 cc. "O mercado brasileiro de motos dobrou nos últimos cinco anos e acreditamos que vai dobrar de novo nos próximos cinco, chegando a 3,5 milhões de unidades em 2012. Nosso objetivo é conquistar pelo menos 10% de participação no segmento", destaca Creso Franco. Tudo a prazo - A partir de uma parceria com o Banco Itaú, todas as motos da nova marca poderão ser financiadas. O modelo mais barato, a Super 100, sairá por 39 parcelas de R$ 125 sem qualquer entrada. O presidente do Grupo Itavema,
Mauro Sérgio Franco, garante que as motos Dafra serão entre 20% e 25% mais baratas que as da marca líder (Honda). Isto é possível, segundo ele, pelo fato de a fábrica ser totalmente nova, com uma operação mais enxuta. Para divulgar a nova marca vai investir R$ 25 milhões em propaganda neste primeiro semestre. A empresa quer conquistar assalariados com renda mensal entre R$ 500 e R$ 2.000, que tenham interesse em substituir os gastos com transporte público pela prestação de uma moto. Também visa os jovens e pessoas que precisam deste tipo de veículo como instrumento de trabalho. Alzira Rodrigues
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A Igreja está equivocada mais uma vez. A distribuição da pílula do dia seguinte é uma questão de saúde pública e não religiosa. Valter Campanato/ABr.
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
JANEIRO
10 - LOGO
www.dcomercio.com.br/logo/
José Gomes Temporão, ministro da Saúde, criticando a decisão da Arquidiocese de Olinda (PE) de entrar na Justiça para impedir a distribuição do contraceptivo no Carnaval.
28 Dia do Comércio Exterior
F ESTA C A R T A Z
VISUAIS Coletiva reúne trabalhos de artistas que se apropriam da linguagem e das estratégias de produção de diversos campos do design. Galeria Vermelho, rua Minas Gerais, 350, tel.: 32572033, das 10 às 19h. Grátis. Na foto: Transeconomia Real - Objeto de papel moeda.
S AÚDE
Pagamento para emagrecer O governo do Reino Unido anunciou na semana passada medidas para impedir o aumento no número de obesos na região. Entre elas está o pagamento para pessoas que estejam acima do peso emagrecerem e a implantação de aulas de culinária nas escolas. Tudo para impedir que se concretize a previsão de que, em 2010, haverá 13 milhões
de obesos no país. Serão investidos 372 milhões de libras (R$ 980 milhões) para combater a obesidade infantil, que custa cada vez mais ao NHS (Sistema Nacional de Saúde, na sigla em inglês) e também às empresas. Hoje, um quarto da população do Reino Unido é obesa e o número de crianças assim não pára de crescer.
G @DGET DU JOUR
F AVORITOS
Uma webcam com o pé para fora
O fim de todas as dificuldades
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www.tadificil.com.br
Big Foot Camera tem esse formato de pezão, sensor 350K pixel CMOS (VGA), rotação de 360 graus, ajuste de foco na lente, microfone, 4 LEDs brancos com ajuste de intensidade e capacidade para videoconferência. Custa US$ 22.
Ano Novo Chinês foi comemorado no último final de semana em São Paulo
O
bairro da Liberdade, reduto oriental da capital paulista, foi tomado por centenas de milhares de pessoas na 3ª Festa do Ano Novo Chinês em São Paulo, no final de semana. Foi a versão brasileira da comemoração do chamado Ano Novo Lunar ou Festival da Primavera, principal festa chinesa. A data, que será celebrada na China em 7 de fevereiro, marcou o fim do Ano do Porco e o início do Ano do Rato. O dragão e o leão, símbolos culturais, marcaram a cerimônia de abertura ontem. Não faltaram também os mascotes oficiais das Olimpíadas de Beijing 2008. Em seguida, aconteceram um culto ecumênico e diversas atividades, como apresentações de kung fu, música, dança folclórica e com le-
que e aulas de feng shui. Comidas típicas puderam ser apreciadas em barracas e no Festival Gourmet, em 12 restaurantes da região. Obras de artistas chineses ganharam uma exposição. Ruas, casas e
lojas do bairro foram enfeitadas com as conhecidas lanternas vermelhas e fitas. Pela tradição chinesa, o Ano do Rato será um período de abundância, com oportunidades e bons projetos.
E M ÓRBITA
Satélite na Terra e pessoas no espaço Um grande satélite espião dos Estados Unidos perdeu força e propulsão e pode atingir a Terra no final de fevereiro ou em março, segundo fontes do governo americano. O satélite, que não está mais sob controle, poderia conter materiais perigosos, e não se sabe em que parte do planeta ele cairá. Segundo o porta-voz do Conselho Nacional de Segurança dos EUA, "as agências apropriadas estão monitorando a situação" e qualquer dano será evitado. Enquanto isso, muitas pessoas querem fazer o caminho inverso. A Virgin Galactic, empresa que anunciou a oferta de viagens turísticas ao espaço em 2009, já recebeu mais de 200 inscrições de interessados no passeio. Cada um pagará US$ 200 mil pela passagem.
Christophe Simon/AFP
B RAZIL COM Z
Transformando G8 em G14
L
www.usbuniverse.com/
O site Tá Difícil é um espaço para consumidores trocarem sugestões, reclamarem, comentarem produtos e serviços e até indicarem sites de navegação complicada. Além de postar comentários e fotos, os usuários também podem enviar vídeos sobre as dificuldades encontradas no dia-a-dia em shoppings e outros locais públicos. De acordo com a especialista em usabilidade e idealizadora do site, Mercedes Sanchez, as informações ajudam as empresas e melhorarem seus produtos e serviços.
Bem-vindo, Ano do Rato.
Thiago Bernardes/Folha Imagem
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SOFISTICAÇÃO - Mascarados já ocupam os arredores da praça de San Marco e os canais de Veneza, no início das comemorações do Carnaval mais tradicional da Itália. A festa, que dura uma semana, atrai foliões de todas as partes do mundo, com luxuosas fantasias.
Timothy Garton Ash, historiador e especialista em política que mantém uma coluna semanal no jornal britânico The Guardian, defendeu em seu último artigo a entrada do Brasil e outros cinco países no G8 – que reúne as nações mais industrializadas do mundo – como forma de melhorar a situação do planeta. Além do Brasil, ele acredita que devem integrar o grupo China, Índia, México, África do Sul e Indonésia. O colunista afirma que um G8 mais representativo traria mais credibilidade para o grupo e suas decisões, principalmente no que tange a discussões e políticas sobre mudanças climáticas, proliferação nuclear, doenças ou pobreza.
A RTE Reproduções/site
As mulheres de Vermeer M uitos historiadores da arte já disseram que grande parte dos quadros de Johannes Vermeer (1632-1675), também conhecido como Vermeer de Delft, são um elogio das transparência das cores e do uso inteligente da luz. Mas o pintor holandês é também conhecido por retratar com delicadeza o universo das mulheres de sua época. A feminilidade captada pelos olhos de Vermeer passa por cenas do cotidiano das damas das classes A TÉ LOGO
mais abastadas e das jovens camponesas que trabalhavam como serviçais para a sociedade européia de sua época. Vermeer – ele mesmo um cidadão que vivia com o orçamento apertado – ficou especialmente famoso por duas telas que retratam jovens trabalhadoras: a Moça com o Brinco de Pérola, uma moça que trabalhou para sua família, como mostra o filme de Peter Webber (2003) e A leiteira. Muito já se falou também sobre as mãos de suas damas,
sempre em destaque num gesto ou na execução de tarefas como derramar o leite ou tocar um instrumento. As mulheres de Vermeer são destaque de duas mostras virtuais que reúnem o essencial de sua produção artística entre os anos de 1657 a 1670. Uma produção que, embora intensa, não sobreviveu aos anos. Atualmente, há cerca de 40 telas conhecidas e atribuídas ao pintor. www.essentialvermeer.com www.wga.hu/index1.html
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
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Denúncias de abusos contra crianças e adolescentes cresceram 80% no Brasil em 2007
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Crise americana ameaça preços de commodities brasileiras
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Ações de 50 empresas novatas na Bovespa já caíram 19,4% no ano de 2008
Da esquerda para a direita: 1 - A Leiteira (1658) 2 - Moça com brinco de pérola (1665) 3 - Mulher adormecida sobre a mesa (1657) 4 - Dama com dois cavalheiros (1659) 5 - O concerto (1666)
DCARRO
São Paulo, segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
O "novo" está no câmbio automatizado
Stilo mantém qualidades e ganha novo câmbio. O preço da novidade varia entre R$ 53.760 e R$ 61.930. Mas se você colocar borboletas sob o volante, prepare o bolso: o conjunto delas custa mais de R$ 3,5 mil. A versão Abarth continua, por R$ 90.200.
São Paulo, segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Q
uem esperava o "novo" Fiat Stilo só encontrou pequenos detalhes, como grafismo diferente das lanternas traseiras, novos pára-choques, faróis de milha, retrovisores com indicativo de direção e as novas logomarcas da Fiat que remetem ao passado, quando a fábrica começou. As pequenas mudanças o deixaram um pouco mais jovial, porém só os mais atentos vão perceber isso. Em compensação, mesmo os mais desatentos vão descobrir, dentro do carro, o "novo", o câmbio Dualogic. É um sistema criado para os carros de F1, adotado nas Ferraris de rua e que agora está aqui. GM começou - A primeira a adotar esse câmbio foi a GM, no Meriva, em 2007. Apesar de muito bom, perde para o da Fiat. A questão é que o equipamento da GM tem controle elétrico, que resulta em pequenos "trancos" quando ocorre a mudança de marchas. É produzido pela Luk. No modelo italiano, fabricado pela Magneti Marelli, é eletro-hidráulico e aquele desconforto some. No mais, são iguais, oferecendo as vantagens do veículo automático. A possibilidade de ter um câmbio automático e um manual quando quiser, é fantástico. Não que usando o manual você vá ter um carro mais esportivo. Não vai, mas dá para brincar um pouco. E, para mais emoções, atrás do volante existem duas borboletas, permitindo a troca de marchas, como na F1. Este opcional custa mais de R$ 3,5 mil, ou seja, acima do preço cobrado pelo sistema todo, sem elas, cerca de R$ 2,5 mil. Explica-se: como por causa delas o volante do carro é importado, ele carrega vários outros equipamentos eletrônicos, como airbag (duplo), ABS e controle de tração. Inteligente - O sistema é o Dualogic, que usa a tecnologia Free Choice da Magneti Marelli. De última geração, o câmbio que equipa o Fiat Stilo, vai se estender para outros modelos da marca, como os futuros Linea e Bravo. Como resultado, trocas de marchas mais rápidas, sistema que se adapta ao estilo de condução do motorista e economia de combustível. Para se ter uma idéia, cálculos mostram que o motorista normal demora até um segundo para efetuar a troca de marcha; o piloto de corrida em torno de 0,300 segundo. A troca pelo câmbio Dualogic, em torno de 0,137 segundo. Muito rápida e com a enorme vantagem: não tem nenhum
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tranco, mesmo dirigindo esportivamente. Segundo engenheiros da Fiat, é uma caixa de câmbio tradicional que teve o pedal da embreagem substituído por um conjunto eletrônico que comanda a troca das marchas automaticamente. Para o motorista, funciona como câmbio automático convencional com opção manual. Assim, dá-se a partida com o pé no freio e a alavanca de marchas no N (neutro). Para movimentar o carro deve-se, com o pé ainda no freio, colocar a alavanca na posição central, entre (+) e (-). A primeira marcha é engatada automaticamente. Depois, é só pisar no acelerador para ganhar velocidade. Caso se queira alternar entre o automático e o manual, basta deslocar a alavanca brevemente para a esquerda, na posição D / M, com o automóvel parado ou não. O display do quadro de instrumentos indica quando ele está no automático, aparecendo a palavra AUTO, abaixo do número da marcha. Trocar as marchas no modo manual é muito simples, basta dar um toque na alavanca: para a frente reduz e para trás aumenta, ou pelas borboletas no volante. Do lado da alavanca seletora um botão que aciona o modo esportivo ou o normal. Mas tenha cuidado se resolver dar muita esportividade ao seu dirigir. No limite de giros, ou até abaixo, como ocorreu em nosso teste no autodromo de Interlagos, o câmbio pode soltar uma marcha no meio da curva quando atinge a programação de troca. O certo seria estancar no limite de giros e ficar até o motorista trocar de marcha. A mudança repentina pode assustar o condutor ou fazer o carro desgarrar, saindo de frente. O motorista menos preparado pode ter problemas. Não fosse isso, seria perfeito. Fora esse detalhe o Fiat Stilo continua com estabilidade e dirigibilidade muito boas, sempre nas mãos do motorista. Os freios respondem muito bem às exigências. O conjunto realmente é muito agradável e o carro muito bem equipado. A ergonomia é boa, com tudo ao alcance das mãos. Três escapes. Dois falsos - Um dado estético destoa do conjunto: duas imitações de saídas de escape trapezoidais, no párachoques traseiro. A verdadeira está visível ao lado esquerdo, abaixo dos falsos. Feio. Uma serrinha e pronto, beleza pura. Antônio Fraga
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As mudanças estéticas no Stilo foram poucas e servem para inflar boatos que o Bravo está vindo aí. Mesmo modestas, deixaram o carro mais jovem, apesar do "pecado" das três saídas de escape.
Pablo de Sousa/Cia de Luz
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São Paulo, segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
ZERO-QUILÔMETRO
Os mais acessíveis do mercado Divulgação
Veja as opções no chamado segmento de entrada das diferentes marcas com fábrica no País
pode equipar o carro com ar-condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricos e carroceria com quatro portas, pacote que eleva o valor do carro para R$ 30 mil.
C
omprar um carro de entrada é uma decisão racional quando se pensa numa segunda opção para a família ou para o ir e vir do trabalho. E quem decide por este tipo de veículo não leva em conta apenas o preço do carro, mas a sua manutenção, consumo e custos de taxas e seguro. O valor de revenda também pesa na decisão. É verdade que os carros de entrada precisam ter design e espaço atraentes mesmo dentro de suas limitações. Afinal não é por uma pequena diferença que o consumidor vai comprar um carro que não gosta.
O mais barato - O veículo de U$ 7 mil - valor referência do "popular" quando foi inventado, em 1990 - não existe mais. O preço começa com o Mille, por R$ 22,9 mil. O modelo da Fiat tem o acabamento simples, desenho ultrapassado e não oferece nem rodas de liga leve como opcionais. Mas é uma ótima opção para quem quer um transporte barato. O motor 1.0 flex é econômico, o preço do seguro é honesto e a manutenção está entre as mais baratas. O carro tem boa liquidez na hora da revenda e uma depreciação baixa: 7,7%, segundo levantamento da Agência AutoInforme. E quem quiser melhorar o conforto e a segurança
Mais potente - A versão básica do Peugeot 206 pode ser comprada por R$ 31,6 mil. Com desenho moderno e simpático, o modelo tem a vantagem de oferecer um motor mais potente, o 1.4 flex. Ele já vem com vários equipamentos, mas ar-condicionado e direção hidráulica são opcionais. Pode ser equipado até com teto solar e câmbio automático, mas neste caso deixa de ser um carro de entrada, vai para R$ 41.600. O 206 não tem a mesma liquidez e valorização que o Mille, mas é fácil de vender. A depreciação após
12 meses é de 9,1%. O Chevrolet Celta está na faixa intermediária entre o Mille e o 206. É um carro simples, pelado e custa a partir de R$ 25,5 mil. Mas pode chegar a R$ 34,7 mil. É o menos depreciado: perde apenas 7,6% após um ano de uso. Em breve - Outra novidade no segmento de entrada é o Ka novo, que chega ao mercado em fevereiro. A versão básica, com motor 1.0, custa R$ 25,2 mil, mas já vem com pára-choques na cor do carro, travas elétricas e abertura das portas com controle remoto. Vem de série também com controle de travamento das portas quando o carro atinge 15 km/h e sistema de abertura interna do porta-malas. As versões básicas do Gol também são encontradas por menos de R$ 30 mil, mas o carro está prestes a sair de linha, pois será substituído pelo novo modelo, totalmente diferente, mas que continuará se chamando Gol. O novo carro da Volkswagen começa a ser vendido em março. Até lá, o Gol básico atual poderá ser comprado por R$ 25.910, com duas portas. Agência AutoInforme
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008 Futura Press
No sábado, nem o gol de Alex Mineiro, aos 35 do 2º, ajudou o Palmeiras: o Mirassol chegou aos 2 a 2.
Esporte
1 Evélson de Freitas/AE
Com os 2 a 0 sobre o Bragantino, o Santos sobe de18ª para 14º. Mas ainda preocupa Leão.
BLOCO ATRÁS DA PONTE N
Adriano Vizoni/Futura Press
ão houve um jogador do São Paulo que deixasse o Morumbi ontem, após o clássico com o Corinthians, sem reclamar do árbitro Sálvio Spinola. Estavam todos inconformados com a anulação do gol de Adriano, já aos 40 minutos do segundo tempo. O árbitro alegou que o atacante, na hora em que subiu para cabecear para o gol, fez falta no zagueiro William. “Foi uma arbitragem vergonhosa”, reclamou o goleiro Rogério Ceni. “Ele conseguiu o que queria.” Autor do gol anulado, Adriano garante que não fez carga sobre o zagueiro corintiano. “Não tenho culpa se o zagueiro dormiu no lance”, disse. As reclamações não se re s t r i n g i r a m a o l a n c e d e Adriano. Antes, muitos reclamaram de um pênalti não amrcado sobre Dagoberto. “Ele simplesmente decidiu o jogo, só isso”, declarou o revoltado técnico Muricy Ramalho. Apesar de o São Paulo não ter jogado tão melhor que o Corinthians, o erro da arbitragem de fato tirou sua vitória. O próprio Muricy reconheceu que “foi um jogo igual, difícil e que poderia ter sido decidido num lance, como no de Adriano, de cabeça. Só que o árbitro anulou nosso gol”. Em um jogo sem lances de habilidade e gols, a torcida são-paulina só foi vibrar mesmo quando Carlos Alberto começou a se aquecer no segundo tempo. O ex-meia do Corinthians jogou pouco mais de 10 minutos, e quase não apareceu. Mas foi após sua entrada que o time melhorou e Adriano conseguiu balançar as redes. Antes disso, porém, os 41 mil torcedores assistiram a uma série de divididas e faltas dos dois lados, mas sem violência ou entradas desleais. Aos 6 minutos, Finazzi subiu, sozinho, para cabecear. Era só mandar a bola para as redes e comemorar, mas ela saiu por cima do gol de Rogério. O Corinthians seguiu melhor que o São Paulo, atacando com três homens de frente, e uma defesa sólida. Apostou nas arrancadas do garoto Dentinho, de 18 anos, pela esquerda, que aproveitava os espaços deixados pelo lateral são-paulino Joílson. Mas, aos poucos, os sãopaulinos se acertaram. Assim como nos primeiros 45 minutos, o Corinthians foi para cima na segunda etapa, e Alessandro mandou uma bola na trave aos 12 minutos. Pouco tempo depois, Rogério Ceni - com
O árbitro marcou falta porque o Adriano me deslocou no alto. Falei para ele que aqui não é a Itália. Se lá não marcariam falta, aqui é diferente.” William, zagueiro do Corinthians.
São Paulo fica no 0 a 0 com o Corinthians e tem um gol de Adriano anulado no fim do jogo. Palmeiras só empata e Santos, enfim, ganha uma
uma chamativa camisa amarela - falhou feio e quase Lulinha, que havia acabado de entrar, marcou. A melhor chance sãopaulina foi com Dagoberto, aos 21, que Felipe evitou com uma boa defesa. Mas o goleiro corintiano teve pouco trabalho no jogo. O 0 a 0 foi mais festejado pelos corintianos. “Pelo que as duas equipes apresentaram, o resultado foi até que justo”, disse o corintiano William, justamente o jogador envolvido no polêmico lance com Adriano. “Houve uma mudança de atitude. Não é que entramos com raiva em campo, mas temos de recolocar o Corinthians no seu lugar”, disse o goleiro Felipe. “Empatamos com o São Paulo e poderíamos ter ganho. Essa é a verdadeira força corintiana.” Ao final da quarta rodada, o Campeonato Paulista, enfim, começa a esquentar. A líder e a Ponte Preta, e entre ela e o bloco dos três grandes da capital aparece em segundo lugar, quem diria, o Guaratinguetá. Campeão do interior no ano passado, ele já vai pintando outra vez como destaque entre os pequenos. O empate do Palmeiras (2 a 2) com o Mirassol, na noite de sábado, em Barueri, valeu à equipe a terceira colocação. Mas poderia ter rendido mais, principalmente quando se lembra que o Alviverde esteve duas vezes à frente no placar, na segunda delas com um gol de pênalti marcado por Alex Mineiro já aos 35 minutos do segundo tempo. No domingo, na Vila Belmiro, o Santos não jogou bem, mas conseguiu sua primeira vitória, 2 a 0 no Bragantino. Assim definida pelo técnico Leão: “O time não foi maravilhoso, tivemos coisas boas e ruins. Ainda precisamos melhorar”. O ARTILHEIRO
NÚMEROS
A líder Ponte Preta segue
Com os 3 gols de
como único time com 100% de aproveitamento.
ontem na vitória do Noroeste por 3 a 0 sobre o Ituano, em Bauru, o atacante Otacílio Neto assumiu a artilharia do Paulistão, com 5 marcados em quatro rodadas.
A Ponte está também entre
os três últimos invictos, ao lado de São Paulo e Palmeiras, e tem o melhor ataque, com 12 gols. As melhores defesas são de
Guará, Lusa e Marília (2 gols sofridos), e as piores, de Juventus e Guarani (9). Só o Rio Preto não venceu:
Substituição na zona de
rebaixamento: sai o Santos, entra o Barueri.
Miguel Schincariol/AE
empatou uma, perdeu três.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Candidatos.com O
ano político nos Estados Unidos começou com as eleições primárias para definir os candidatos dos partidos democrata e republicano às eleições presidenciais que, em novembro, indicarão o sucessor de George W. Bush. Neste momento, os olhos do mundo voltam-se especialmente para dois dos précandidatos do partido democrata, a ex-primeira-dama e senadora por Nova York, Hillary Clinton, e o jovem senador pelo estado de Illinois, Barack Obama. O candidato que emergir da disputa entre os dois terá chance efetiva de ser o próximo presidente americano, razão pela qual a identidade dos candidatos democratas representa novidade histórica e sociológica ponderável, no que tange o fato de um deles ser mulher e o outro, negro. Mas também é interessante observar que a comunicação dos candidatos utiliza intensamente inovações tecnológicas do momento, como se pode constatar visitando os sit es mantidos por seus respectivos comitês eleitorais. A utilização de comunicação eletrônica em eleições não é novidade, mas o nível e a amplitude das estratégias eleitorais envolvendo a utilização da Internet refletem mudanças sociológicas, uma vez que sua crescente importância relaciona-se com a universalização do acesso à rede. Todos os candidatos, sejam democratas ou republicanos, utilizam potentes websites, que incluem recursos multimídia e diversas outras funcionalidades. A qualidade técnica e a objetividade e rapidez com que esses sites são desenvolvidos e atualizados são prova da importância que os candidatos atribuem a essas ferramentas eletrônicas. No púlpito de que Hillary Clinton faz seus discursos, por exemplo, assim como nas faixas utilizadas em eventos de sua campanha, está escrito não propriamente o seu nome, mas o seu nome seguido da terminação .com, ou seja, o endereço de seu website. Talvez seja difícil definir com exatidão se esses espaços dos candidatos às eleições americanas são meramente websites ou se melhor se caracterizariam como sendo portais, tamanha sua complexidade, multiplicidade de ambientes e de diferentes funcionalidades, inclusive mantendo links para outras ferramentas da rede onde armazenam parte de seu conteúdo.
l Dunand/A Emmanue
Luiz Barros e Neuza de Oliveira
FP
Estratégia multimídia de comunicação é a novidade dos candidatos à presidência dos Estados Unidos em 2008
Elise Amendola/AE
Internacional
O jovem senador Barack Obama, ontem, ao receber apoio de Edward Kennedy. O vídeo desse encontro, bem como uma profusão de vídeos com anúncios e trechos de pronunciamentos, estão em seu site
No púlpito de que Hillary Clinton faz seus discursos, por exemplo, assim como nas faixas utilizadas em eventos de sua campanha, está escrito não propriamente o seu nome, mas o seu nome seguido da terminação .com, ou seja, o endereço de seu website
Reprodução
Respeitadas poucas regras, simples e objetivas, os internautas simpatizantes podem realizar doações pessoais de campanha utilizando seu cartão de crédito nos sites dos candidatos
Os sites reúnem textos informativos sobre os candidatos, suas plataformas e os eventos e notícias das campanhas. Esses textos, em geral ilustrados, com fotos ou diagramas, às vezes utilizando recursos de animação, compõem a parte, digamos assim, convencional. Uma profusão de vídeos de curta duração, que contêm anúncios, trechos de pronunciamentos, gravações de noticiários, debates ou reportagens em que o candidato é a estrela, ou depoimentos de familiares, simpatizantes ou apoiadores, compõem, nos sites, o eixo que confere aos candidatos melhor visibilidade. Seguindo uma tendência corrente na atualidade da In-
ternet, em vários sites esse ambiente se chama TV. Assim, no caso dos sites dos dois pré-candidatos democratas mencionados, temos a Hillary TV e a Obama TV. Os vídeos de Barack Obama são veiculados diretamente em seu website. Os de Hillary Clinton são postados no YouTube e acessados no site da candidata a partir de links com o YouTube. Os sites dos candidatos americanos mantêm ambientes de interatividade com os eleitores, incorporando novidades dos últimos anos de Internet, tais como blogs e mecanismos de formação de grupos de interesse, como nos sites de relacionamento. Desta forma, em al-
guns deles o internauta pode não apenas fazer dowloads, como também uploads de diversos tipos de conteúdo, incluindo textos, vídeos, sons etc. Em geral é possível cadastrar-se em pelo menos um local no site para recebimento de boletins de campanha, por e-mail, havendo alguns sites que permitem outros cadastramentos, inclusive para o recebimento de notícias atualizadas da campanha no celular do interessado. Seguindo orientações passo a passo, um militante pode disparar, a partir desses sites, e-mails para sua lista de contatos de endereços eletrônicos, ou, de seu celular, disparar torpedos aos celulares de seus amigos com
textos de apoio ao candidato. No si t e de Barack Obama, pode-se baixar diferentes ringtones para utilizar como toques de celular. Trata-se de jingles de campanha, em ritmos de h ip hop, nitidamente dirigidos aos eleitores jovens. Respeitadas poucas regras, simples e objetivas, entre as quais a exigência de nacionalidade americana, ou, se estrangeira, a pessoa dever ser portadora de green card, os internautas simpatizantes podem realizar doações pessoais de campanha utilizando cartão de crédito. Os mais envolvidos na campanha podem também se utilizar de mecanismos do site para atuar na arrecadação de fun-
dos para o candidato, buscando a contribuição de outros apoiadores, que serão contabilizadas em sua conta de arrecadação para a campanha. Uma terceira forma de arrecadação de fundos é a venda de materiais promocionais do candidato, sejam peças isoladas ou kits contendo bottons, bonés, camisetas etc. Os sites dos candidatos não se prestam à contemplação. Pelo contrário, como ferramentas eleitorais, visam a resultados. Esses resultados são perseguidos dentro do pragmatismo americano, que sempre inclui o chamamento à ação, a clara definição dos objetivos do momento e das estratégias para alcançá-los. Listagens do que fazer e guias práticos sobre como fazer tais atividades estão sempre disponíveis para orientação da militância das candidaturas. A apresentação dos candidatos e suas plataformas é cuidadosa e competente, podendo servir para qualquer finalidade e para qualquer público. Mas é nítido, em cada site, a ênfase conferida ao fortalecimento das bases da militância das candidaturas, que, seguindo tradições e terminologia americanas, são referidas como grassroots. É principalmente nesse aspecto, relacionado à organização da militância, aliás, que as estratégias de comunicação eletrônica da campanha presidencial americana merecem ser analisadas pelos candidatos e partidos brasileiros em busca de inovações efetivas. Luiz Barros, l.f.barros@terra.com.br, é mestre e doutor em Filosofia da Educação pela Universidade de São Paulo e administrador de empresas pela Fundação Getúlio Vargas. Neuza de Oliveira, nmaria.oliveira@terra.com.br, é publicitária pela Escola Superior de Propaganda e Marketing. Os autores são consultores em marketing institucional.
Barack no meu celular M
eses atrás uma prima que passava férias em nossa casa de praia configurou meu celular para que eu recebesse um aviso a cada vez que me fosse enviado um e-mail. Mesmo com o notebook desligado, passei a ser avisada pelo celular da chegada de meus e-mails. Pessoalmente, gostei da novidade, muito útil profissionalmente, embora uma chatice quando o celular se mete a avisar a chegada de inúmeros spams. Quando chegou a vez de eu curtir minhas férias, estando na praia sossegada da vida, recebi um aviso no celular de que, pasmem, Barack Obama havia me mandado um e-mail. Alguns dias antes eu me cadastrara em seu site
Luludi/Luz
eleitoral. Explico meu interesse: estou lendo o livro do senador (A Audácia da Esperança, Editora Larousse, 2007), que comprei no aeroporto, curiosa em conhecer o pensamento de uma pessoa com um perfil tão diferente candidatando-se à presidência dos Estados Unidos. Voltando ao meu celular, quando baixei meus e-mails vi que o Barack (posso me considerar íntima dele, já que me trata pelo primeiro nome também, não posso?) havia me mandado uma mensagem de Las Vegas, que começava assim: "Neuza — I'm writing to you this morning from Las Vegas." Contei ao meu marido, que não gostou muito de saber
"Neuza — I'm writing to you this morning from Las Vegas", escreveu o senador por Illinois e pré-candidato democrata à Casa Branca Barack Obama, para a repórter do DC. O email de Obama pedia apoio e uma doação de US$ 50 para atingir seus objetivos de fundraising (fundo de campanha). Em 15 dias ele havia conseguido 100 mil doadores on-line
que o Barack estava me escrevendo e, ainda mais, justo de Las Vegas — cidade dos hotéis, cassinos e boates tornados mitológicos por Hollywood. Mas é que o Barack estava lá para disputar as primárias de Nevada. O e-mail de Obama pedia meu apoio e uma doação de US$ 50 para atingir seus objetivos de fundraising (captação de recursos para campanha). Ele dizia que em apenas 15 dias havia conseguido arregimentar 100 mil doadores on-line. Dois dias depois da mensagem de Barack, recebi outra. Desta vez, era de Michelle, sua esposa (já estou íntima do casal Obama...), referindo-se à viagem de Obama a Nevada e ratificando
a solicitação de doação à campanha de seu marido. Em ambas as mensagens eletrônicas havia links para que eu pudesse fazer a doação on-line. Cadastrei-me nos sites dos outros candidatos para continuar acompanhando de forma dinâmica o desenrolar da novela eleitoral americana, até agosto (e depois novembro) deste ano, para saber se Hillary concorrerá pela troca da dinastia Bush pela Clinton ou se Barack Obama poderá alimentar suas audaciosas esperanças de instalar um novo clã na Casa Branca ou, ainda, se caberá ao representante do partido dos republicanos tentar ditar quais serão as novas regras para o mundo, a partir de 20 de janeiro de 2009. (N.O.)
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
1 Robson Fernandes/AE
Bovespa aproveitou melhora nas bolsas em Nova York para recuperar perdas
Michael Caronna/Reuters
Brendan MacDermid/Reuters
Bolsa de Tóquio caiu 3,97% com temor de recessão
Operador na bolsa de NY: mercado de olho no Fed.
ESTRANGEIROS TIRAM US$ 1,8 BI DO MERCADO EM JANEIRO
Investimento direto, no entanto, já atinge US$ 4 bilhões no período, mostra BC
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crise internacional ainda não foi suficiente para abortar planos de investimento produtivo no Brasil. Dados preliminares do Banco Central (BC) revelam que ingressaram US$ 4 bilhões em Investimento Estrangeiro Direto (IED) em janeiro até ontem. Mesmo sendo um resultado parcial, já é volume recorde para o mês. Mas o País não ficou imune ao nervosismo externo. Neste mês, estrangeiros retiraram US$ 1,8 bilhão de aplicações em bolsa de valores e títulos de renda fixa. "A despeito da volatilidade externa, os ingressos (de IED) continuam significativos. Os recursos têm entrado pelos fundamentos e pela confiança na economia brasileira. Há saída de recursos em aplicações de mais curto prazo, como as ações e renda fixa", disse o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes. Para ele, o resultado do IED e o acesso que companhias brasileiras têm a empréstimos internacio-
nais mostram que a crise não deteriorou a confiança dos estrangeiros no País. Lopes estimou que o mês termine com US$ 4,5 bilhões de IED. Sem surpresa — O economista-chefe do banco Safra, Eduardo de Faria Carvalho, disse que não é surpresa ver os bons resultados do IED. Ele afirmou que o investimento na construção de uma fábrica ou ampliação de uma unidade, por exemplo, é fruto de uma decisão de longo prazo. "Esses recursos têm entrado pelas perspectivas da economia brasileira. Os investidores olham para os fundamentos e não para o sobe-e-desce das bolsas." Mas se o setor produtivo não tem sentido a crise, o mercado financeiro sofre com a turbulência, relacionada a problemas nos EUA. "A crise atinge investimentos de curto prazo quase imediatamente", afirmou Carvalho. A saída parece não ter surpreendido o BC. "Era de se esperar que o investidor de bolsa saísse daqui também", disse Lopes.
A saída de estrangeiros, no entanto, não ocorre apenas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). É o que mostram os dados do fluxo cambial de janeiro, que teve saldo negativo total de US$ 1,65 bilhão até o último dia 24. O chamado fluxo financeiro, que registra operações em bolsa, títulos, IED, empréstimos, remessas de lucros, entre outros, teve saída líquida de US$ 4,844 bilhões. Apesar disso, Lopes mostrou tranqüilidade a respeito do quadro geral e diz que ainda não foi acesa a luz amarela. Na avaliação do professor da USP Fabio Kanczuk, houve certo pânico inicial com a piora do noticiário internacional, mas ele não demonstrou preocupação. Ele citou a expectativa de novo corte do juro nos EUA como a principal notícia positiva. "A redução do juro americano faz com que investidores estrangeiros tenham mais ganho no Brasil. Isso aumenta a atratividade do País e deve amenizar essa fuga do início do ano", disse. (AE)
Bovespa fecha em alta de 1,97%
A
queda das vendas de imóveis novos nos Estados Unidos em dezembro ao menor nível em 12 anos fortaleceu o sentimento dos investidores de que o Federal Reserve (Fed, o banco central do país) poderá ter que agir com mão pesada nos juros, novamente, para tentar evitar uma recessão. Esse cenário favoreceu a recuperação das bolsas de valores americanas, contribuindo para nova alta na bolsa brasileira. O Ibovespa, principal referência do mercado nacional de ações, encerrou o pregão de ontem com valorização de 1,97%, em 58.593 pontos. Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 1,45% e o Nasdaq ganhou 1,02%. Já as bolsas européias mantiveram a baixa, influenciadas pela preocupação com a economia americana e pelos efeitos do rombo no ban-
co francês Société Générale. Em Londres, o índice FT-100 caiu 1,36% e, em Paris, o CAC-40 recuou 0,61%. Na Ásia, o índice Nikkei, da bolsa de Tóquio, cedeu 3,97%, como resultado de realização de lucros dos investidores. A bolsa japonesa também recuou por causa de um relatório do banco Goldman Sachs em que o economista Tetsufumi Yamakawa diz ser "altamente provável que a expansão da economia do Japão, que dura quase 70 meses, tenha chegado ao fim e que o país já tenha entrado em recessão". Apostas — Nos Estados Unidos, os analistas reforçaram as apostas em um novo corte agressivo, de 0,5 ponto percentual, no juro básico americano na reunião do Fed de amanhã. A confirmação da expectativa levaria a taxa do país para 3% ao ano. Na terça-
feira da última semana o Fed já havia cortado a taxa de juros, extraordinaria e agressivamente — em 0,75 ponto percentual, para 3,5% ao ano. A retomada do vigor nas apostas de corte mais forte da taxa de juros americana empurrou os investidores de volta às compras. Até mesmo o Brasil foi beneficiado, com o estrangeiro voltando ao mercado doméstico e aos papéis do Ibovespa. As ações da Petrobras estiveram entre as maiores beneficiadas: Petrobras ON subiu 6,47% e foi a terceira maior alta do Ibovespa. Petrobras PN avançou 5,38%. No mercado de câmbio, o dólar comercial encerrou a primeira sessão da semana com desvalorização de 0,11%, cotada a R$ 1,785 para venda. A taxa de risco do Brasil estava em 263 pontos-base no fim da tarde, com alta de 0,7%. (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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Indicadores Econômicos
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
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28/01/2008
por cento ao mês é a taxa média cobrada pelos bancos no limite de cheque especial.
DC
COMÉRCIO
Informe Publicitário FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Fundo
Posição em
P. L. do Fundo
Empresarial LP
24/01/2008
27.769.345,25
Esher LP Hope LP JCP-SUL LP Master Recebíveis LP Milligan LP Múltiplo LP Odyssey LP Prospecta LP Redfactor LP Valecred LP
24/01/2008 24/01/2008 24/01/2008 24/01/2008 24/01/2008 24/01/2008 24/01/2008 24/01/2008 24/01/2008 24/01/2008
18.423.010,96 14.734.508,23 1.986.110,73 2.046.746,06 345.444,69 17.104.877,10 2.656.797,59 1.956.120,96 13.013.950,63 5.338.719,28
Tipo Subordinada Sr 1ª emissão Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Sub - Classe A
Vlr Cota Sub 1.690,726756 589,802619 952,613291 1.315,648380 1.153,062354 1.274,512016 939,540906 1.570,410052 988,029028 981,127965 1.193,120008 1.052,579525
% rent. mês 1,0374% 0,7831% 3,0912% 2,0463% 1,4648% -4,1433% -6,0459% 1,5660% -0,9163% 3,0739% -1,6516% 0,8546%
% ano 1,04% 0,78% 3,09% 2,05% 1,46% -4,14% -6,05% 1,57% -0,92% 3,07% -1,65% 0,85%
Tipo Sr 2ª emissão Sr 3ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sub - Classe B
Vlr Cota Sr 1.052,917242 1.022,835380 1.042,714120 1.082,594280 1.038,451160 1.299,483394 1.004,136600 1.026,282787 1.056,025053 279,080655
% rent. mês 0,8188% 0,8189% 0,7831% 0,7974% 0,7474% 0,7831% 0,4137% 0,8188% 0,8188% 3,2568%
% ano 0,82% 0,82% 0,78% 0,80% 0,75% 0,78% 0,41% 0,82% 0,82% 3,26%
rating A+(Austin) BBB(Austin) AA-(Austin) AA-(Austin) A+(Austin) A (Austin) A+(Austin) A- (Austin) A- (Austin) AA(Austin) A(Austin)
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Empresas Agronegócio Finanças Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3
BANCO TEM MAIOR GANHO EM 20 ANOS
4,45
por cento é a projeção do mercado para o IPCA deste ano
GANHO DO MAIOR BANCO PRIVADO DO PAÍS NO ANO PASSADO AUMENTOU 58,5% EM RELAÇÃO A 2006
BRADESCO LUCRA R$ 8 BILHÕES Fábio D'Castro/Hype
Neide Martingo
O
Cypriano, diretor-presidente do banco, ao lado de Lázaro Brandão, do Conselho de Administração: crédito.
Cai superávit das contas externas
A
s contas externas brasileiras tiveram em dezembro passado o pior resultado para o mês desde 2001, com déficit de US$ 699 milhões. Ainda assim, o dado é menos negativo que o esperado pelo Banco Central (BC), que projetava déficit de US$ 1,8 bilhão no período. Com o resultado, a conta corrente (que registra todas as operações de comércio, serviços e rendas do Brasil com o exterior) fechou o ano passado com saldo positivo de apenas US$ 3,55 bilhões, o equivalente a 0,27% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2006, o superávit havia sido de US$ 13,621 bilhões, ou 1,27% do PIB. A redução mostrou uma mudança de perfil nas contas externas brasileiras e pode significar o fim de um período, iniciado em 2003, de vultosos saldos positivos na conta corrente. Essa fase da economia brasileira foi acompanhada de uma constante valorização do real, o que facilitou muito a ta-
refa do BC no combate à inflação e permitiu o enorme crescimento das reservas internacionais por meio das compras de moeda estrangeira no mercado. Em 2007, as reservas atingiram US$ 180,33 bilhões, ante US$ 85,839 bilhões em 2006. As compras de dólares pelo BC em 2007 somaram US$ 78,6 bilhões. "O balanço de pagamentos no ano passado teve uma característica um pouco distinta da observada nos períodos anteriores, de saldos em conta corrente muito elevados e fluxos financeiros não tão altos", afirmou ontem o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes. Novo perfil — Para ele, a mudança de perfil nas contas externas é natural e reflete a redução nos saldos positivos da balança comercial e o crescimento do déficit na conta de serviços e rendas. Esse saldo negativo foi determinado pelo volume recorde de remessas de lucros e dividendos, que, impulsionadas por real valori-
zado e maior lucratividade das empresas, somaram US$ 21,2 bilhões — alta de 29,85%. O menor saldo negativo da conta de juros, (US$ 7,12 bilhões em 2007 ante US$ 11,31 bilhões em 2006), ajudou a amenizar a piora nas remessas de lucros e dividendos. Para a economista-chefe do banco ABN Amro, Zeina Latif, a trajetória de queda nos saldos em conta corrente deve continuar em 2008. Para ela, essa reversão pode ter algum impacto no câmbio, no sentido de desvalorização. Investimentos estrangeiros – A indústria metalúrgica foi a líder na captação de investimento externo direto (IED) em 2007, com o valor de US$ 4,69 bilhões, quase a sétima parte do volume recorde total de US$ 34,6 bilhões registrado no país. Já a área de infra-estrutura teve queda de 32,7% sobre 2006, com o ingresso de US$ 3 bilhões, o menor patamar desde 1996 (US$ 2,49 bilhões). (Agências)
Brasileiros gastam no exterior
O
s brasileiros gastaram como nunca no exterior em 2007. Segundo os dados divulgados ontem pelo Banco Central (BC), a conta de viagens internacionais registrou despesas de brasileiros em outros países da ordem de US$ 8,21 bilhões, o maior volume da série histórica do BC, iniciada em 1947. O resultado reflete a combinação de real valorizado, que torna mais baratas as viagens
internacionais, com aumento na renda dos brasileiros, proporcionado pelo crescimento econômico acelerado. Mas o Brasil também teve faturamento recorde com os estrangeiros que visitaram o País no período: US$ 4,953 bilhões. O BC tem atribuído esse movimento à melhora na infra-estrutura turística brasileira. O saldo líquido da conta de viagens internacionais em 2007 foi negativo em US$ 3,258
bilhões. E essa conta já iniciou 2008 com novo déficit. Em janeiro, até ontem, as saídas somam US$ 325 milhões. O resultado foi gerado pelas receitas obtidas com estrangeiros no Brasil, de US$ 475 milhões, e a despesa de brasileiros no exterior, de US$ 800 milhões. De acordo com a Embratur, um visitante estrangeiro gasta em média US$ 91,74 por dia no País. As estadas duram aproximadamente 18 dias. (AE)
Focus: IPCA acima da meta.
A
s projeções de inflação para este ano romperam a barreira de 4,5%, mostra a pesquisa semanal Focus, que o Banco Central (BC) faz com cerca de 100 instituições financeiras. Os bancos e consultorias que fazem parte do grupo "Top 5", os que mais acertam as projeções, elevaram a estimativa de inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2008 de 4,33% para 4,56% — taxa que ficaria acima do centro da meta fixada pelo governo. A escalada da inflação ocorre desde meados de dezembro. Inicialmente, o aumento nos preços dos alimentos liderou a pressão sobre os índices. "Agora as expectativas tiveram de ser ajustadas novamente porque o ritmo da economia brasileira está mais forte. Isso tem influenciado os produtos nãocomercializáveis, como os serviços", disse o economistachefe do banco Safra, Eduardo de Faria Carvalho.
Fora do grupo "Top 5", a mediana das projeções para o IPCA deste ano também subiu, de 4,37% para 4,45%, ligeiramente abaixo do centro da meta. A elevação também foi observada nos demais indicadores de preços, como o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), cuja projeção subiu de 4,8% para 4,85%. "Esse cenário alterado e o ambiente externo desfavorável devem ser realçados pelo BC na ata da reunião do Copom que manteve o juro básico na semana passada", afirmou o economista,
referindo-se ao Comitê de Política Monetária do BC. O documento será divulgado na próxima quinta-feira. Com inflação mais alta, diminuiu o otimismo em relação ao corte dos juros em 2009. Até a semana passada, analistas apostavam que o Copom reduziria a taxa básica em 1,25 ponto percentual no próximo ano. Agora, o mercado crê em redução menor, de 1 ponto, o que levaria o juro para 10,25% em dezembro de 2009. Para este ano, foi mantida aposta de juros estáveis (11,25%). (AE)
Bradesco, maior banco privado do País, teve lucro líquido recorde de R$ 8,01 bilhões no ano passado, o que representa aumento de 58,5% em relação ao ganho de 2006. De acordo com levantamento da empresa de informações financeiras Economática, o resultado é o maior registrado por um banco de capital aberto no Brasil nos últimos 20 anos (considerando a inflação do período). No quarto trimestre de 2007, o Bradesco lucrou R$ 2,19 bilhões — crescimento de 29% sobre os quatro últimos meses de 2006. Também segundo a Economática, o Bradesco supera em 14% o valor de mercado de um gigante do sistema financeiro como o americano Merrill Lynch. Segundo o banco, o crescimento de 38,9% da carteira de crédito foi um dos fatores determinantes para os bons resultados. Considerando avais, fianças e recebíveis de cartões de crédito, a carteira encerrou 2007 em R$ 161,4 bilhões. Os empréstimos consignados (com desconto em folha de pagamento) foram um dos destaques do ano, com expansão de 59,1%, para R$ 6,1 bilhões. O diretor-presidente do Bradesco, Márcio Cypriano, disse que o crédito no banco deve aumentar entre 21% e 25% neste ano. De acordo com ele,
R$ 5,3 bilhões estão previstos para financiamentos imobiliários. O montante é 32% superior ao registrado no ano passado (total de R$ 4 bilhões). Empresas — No ano passado, as operações de empréstimos e financiamentos para empresas cresceram mais que as voltadas para pessoas físicas. O crédito para pequenas e médias companhias foi o que teve a maior expansão: 46,7%, totalizando R$ 43,9 bilhões. O volume liberado para grandes empresas aumentou 38,2%, para R$ 58,1 bilhões. O crescimento do crédito para pessoas físicas ficou em 34,2% na comparação com 2006, com carteira de R$ 59,2 bilhões. No segmento de pessoas físicas, o maior volume liberado foi para a compra de veículos por meio do Crédito Direto ao Consumidor — R$ 21,183 bilhões (alta de 30,3%). Em seguida, vêm crédito pessoal (R$ 7 bilhões, alta de 11,1%) e cartões de crédito (R$ 8,2 bi-
lhões, aumento de 47,2%). Já entre as empresas, a operação mais procurada foi financiamento de capital de giro, com total de R$ 14,6 bilhões (alta de 72,8% sobre 2006). Também tiveram destaque os repasses de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com R$ 10,4 bilhões (expansão de 26,2%). Em dezembro passado, os ativos totais do Bradesco chegavam a R$ 341,2 bilhões, o que corresponde a uma alta de 28,5% sobre o total do fim de 2006. O retorno sobre o patrimônio líquido, indicador de rentabilidade bancária, manteve-se estável, em 31,4%. Em relação ao desempenho da economia brasileira no curto prazo, Cypriano afirmou que o Bradesco estima que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano pode chegar a 4,5% e, em 2009, a 4,15%. Na avaliação dele, a crise externa não deve influenciar o cenário no Brasil. INFORME PUBLICITÁRIO
VOCÊ CONHECE O POP?
O
POP (Proteção do Investimento com Participação) é um novo produto de renda variável, negociado na BOVESPA, que proporciona uma determinada proteção contra a eventual desvalorização do investimento em ações em troca de uma participação nos potenciais ganhos desse investimento. Isso é possível por meio da combinação da aplicação em ações e seus respectivos derivativos. COMO FUNCIONA O investidor define o nível de proteção desejado ao escolher em que série de POP vai investir. Se a ação cair, ele recebe o valor do capital protegido, cobrindo assim o risco correspondente à desvalorização. Em contrapartida, se a ação subir, o aplicador abre mão de parte do lucro obtido
com a valorização do papel. A proteção do POP pode ser menor do que o investimento, mas é válida somente se mantida até o vencimento. VENCIMENTO No vencimento do POP, podem acontecer duas coisas: se o valor da ação for menor que o capital protegido, o investidor escolherá receber esse montante em vez de ficar com a própria ação. Essa escolha é o exercício da opção, que deverá ser comunicado à Corretora que o administra para ser executada no mercado. Se o valor da ação for maior que o capital protegido, o investidor deverá escolher se quer ficar com a ação sem qualquer proteção ou adquirir um novo POP, para continuar a ter uma determinada proteção ao seu capital. Essa escolha também deverá ser comunicada à Corretora.
RESGATE Caso o investidor precise resgatar o POP antes de seu vencimento, será realizada uma transação comum. O POP, assim como as ações, é um bem que pode ser comprado ou vendido a qualquer instante e em qualquer montante (obedecidos os lotes mínimos de negociação). Caso o investidor decida, basta dar à Corretora a ordem de vendê-lo e o valor correspondente será disponibilizado em sua conta. Nesse caso, ele receberá o valor de mercado do POP no momento da venda. É importante ressaltar que o valor do capital protegido é assegurado somente no vencimento do POP e a sua negociação antes do vencimento é efetuada aos preços do mercado. Para mais informações ligue para 0800 7710194 ou acesse o site www.bovespa.com.br.
COMO INVESTIR
COMO ACOMPANHAR
PROTEÇÃO
I O processo para investir no POP é o mesmo para comprar ações. O primeiro passo é procurar uma Corretora de Valores. Elas são as únicas instituições autorizadas a operar na BOVESPA. Acesse o site www.bovespa.com.br e veja a lista completa de Corretoras.
I O investidor que deseja acompanhar suas aplicações no POP pode acessar o site da BOVESPA (www.bovespa.com.br), pela área "Cotação Rápida" ou a página da CBLC (www.cblc.com.br) e procurar pela seção CEI – Canal Eletrônico do Investidor.
I O funcionamento do POP e suas características de risco-retorno só valem se ele for mantido inalterado. Se o investidor vender ou comprar qualquer um dos três instrumentos do POP, a proteção de capital tornase inválida. Portanto, antes de "desmanchar" um POP, consulte sua Corretora.
Acompanhe quinzenalmente, nesta seção, mais informações sobre a importância do mercado de ações para a economia do país
Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO
Chegou a hora de uma nova geração assumir a liderança do país. Chegou a hora de Barack Obama.
Divulgação
www.dcomercio.com.br/logo/
Do senador Ted Kennedy, irmão caçula do ex-presidente John F. Kennedy. Ontem, a família Kennedy anunciou apoio a Obama, candidato a candidato à presidência dos EUA.
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
JANEIRO
10 - LOGO
29 Nascimento do escritor russo Anton Tchecov (1860-1904). Ao lado, busto do autor em Badenweiler, na Alemanha.
C ULTURA P ALEONTOLOGIA Grigoris Siamadis/Reuters
O Arcada dentária encontrada pelos cientistas e presas recriadas em escala
governo paulista anunciou ontem a criação de uma companhia de dança, com teatro próprio e corpo estável de profissionais, com investimento de R$ 50,3 milhões. "A criação de uma companhia de dança é sempre uma ação a longo prazo, porque só a continuidade fará a diferença para nós. Ela vai criar uma personalidade que mostre tanto São Paulo como o resto do Brasil, já que estamos construindo o trabalho a partir de uma grande metrópole", disse a diretora artística da companhia, Iracity Cardoso.
A São Paulo Companhia de Dança deverá contar com 40 bailarinos, em um processo de escolha que começa após o Carnaval em todo o Brasil e na Argentina. "Há jovens talentosos no Brasil que chegam a uma formação de excelência e não têm como atuar no País, sendo obrigados a buscar oportunidades no exterior", disse Cardoso. O repertório incluirá obras dos séculos 19, 20 e 21. A estréia acontece em agosto. O grupo terá sede em um teatro que será erguido na antiga rodoviária, no centro de São Paulo, e em construções anexas, na Luz.
Reuters
Dente de elefante Cientistas gregos abriram ontem no museu da cidade de Grevena a exposição de fósseis encontrados durante uma expedição internacional de verão na região no ano passado. Uma equipe internacional de paleontólogos descobriu e analisou os fósseis da mandíbula de um mamute gigante de cerca de 3 milhões de anos que, acreditam, possuía o maior dente de todas as
São Paulo dança
R ELIGIÃO
Torcida desanimada Na segunda edição da Clericus Cup, um campeonato de futebol que reúne seminaristas, padres e estudantes de Teologia, o Vaticano proibiu o barulho. A torcida foi proibida de usar tambores, apitos e até música reggae que acompanhava os jogos da primeira edição do evento. É que os organizadores reclamaram do barulho. Os torcedores podem usar só as mãos e a própria voz. Os xingamentos – por gestos ou som – também estão proibidos. Entre os jogadores do torneio há 16 brasileiros e as regras foram adaptadas: partida de 60 minutos e expulsão de apenas 5 minutos com um cartão azul. B RAZIL COM Z
espécies já conhecidas. O mastodonte pré-histórico cujos fósseis foram encontrados era um macho com cerca de 25 a 30 anos, tinha 3,5 metros de altura e pesava seis toneladas. Segundo os cientistas, seus marfins tinham cerca de 5 metros de comprimento. Os cientistas fizeram uma reconstituição do animal e de seus exorbitantes caninos para a exposição.
Ronaldinho em campo
A GRICULTURA Ajay Verma/Reuters
L
SEM SAÍDA - Chineses se protegem da neve com guarda-chuvas enquanto aguardam para comprar passagens de trem. Durante o feriado de ano novo, 136 trens ficaram parados e houve falta de energia devido a uma nevasca na província de Anhui.
O meia-atacante brasileiro Ronaldinho Gaúcho recebeu alta médica ontem, após 28 dias afastado dos gramados, e poderá enfrentar o Villarreal na quinta na partida de volta das quartas-de-final da Copa do Rei, informou o jornal espanhol La Vanguardia. Ronaldinho jogou pelo time pela última vez em 23 de dezembro, na visita do Real Madrid ao Camp Nou, mas dias após seu retorno das férias de final de ano se queixou de dores no joelho. Desde o dia primeiro de janeiro ele foi um desfalque no Barça, por causa de uma tendinite patelar na perna esquerda, e passou por intensa fisioterapia. Ele perdeu oito partidas do time.
I NTERNET
L E M
Mulheres caminham por uma área de plantação de mostarda em Jaipur, capital do estado indiano do Rajastão, o maior do país. Em meio à área deserta, as autoridades acreditam que a produção agrícola local será reduzida em 500 mil toneladas, resultado da devastação ambiental em 500 mil hectares de terras.
C A R T A Z
VISUAIS Mostra 'Informe Para Uma Academia' exibe 43 obras gráficas do mexicano Francisco Toledo. Caixa Cultural, Edifício Sé, Praça da Sé, 111, tel.: 33214400. Das 9h às 21h. Grátis. G @DGET DU JOUR
O dinheiro tem duas caras Reproduções/site
O
próprio site anuncia que esta é a nova mania no Reino Unido: tirar uma foto de si mesmo coberta com um fragmento de uma nota de libra esterlina (em geral aquela que traz a Rainha Elizabeth). A mistura de pessoas comuns com a rainha se tornou uma febre entre amigos e na internet, e muitos outros internautas começaram a criar notas com "duas caras" unindo moedas de diversos países do mundo com fotos de celebridades, políticos, líderes religiosos e até o terrorista Bin Laden. Alguns exemplos de como se pode transformar uma nota de dinheiro ou uma celebridade em uma imagem criativa e curiosa estão ao lado. No site Freaking News há muito mais. www.freakingnews.com/ Money-Celebrities-Pictures--1773-0.asp
F AVORITOS
www.loc8tor.co.uk/product
Dos 42 mil ingressos para o desfile das escolas de samba do Carnaval paulista, cerca de 10% ainda podem ser encontrados na Ingresso Fácil, empresa que vende os bilhetes. Para o desfile das escolas de samba do grupo especial, na sexta e no sábado, não há mais ingressos para os setores C, E, F e H. Os bilhetes estão à venda de segunda a sábado, das 11h às 17h, nos estádios do Morumbi, Pacaembu e Palestra Itália, no ginásio do Ibirapuera e podem ser consultados pela internet.
_information.asp?pid=95&cid=18
www.ingressofacil.com.br
L OTERIAS
A TÉ LOGO
L
Loc8tor Lite é o tipo de aparelho que todo cidadão esquecido ou bagunceiro deveria ter. Basta colocar minúsculas etiquetas em seus objetos e acionar o "localizador" que vai ajudá-lo a encontrar o que deseja. Cada aparelho serve para até 4 objetos e custa 44,99 libras.
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Últimos ingressos para o sambódromo
L
Achados, sim; perdidos, nunca
1 - Mr. Bean 2 - Phillis Diller 3 - Elis Presley 4 - Brad Pitt 5 - Bin Laden
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
Violência de tribos rivais se espalha pelo Quênia; número de mortos ultrapassa 800 Sarkozy quer processar companhia aérea por anúncio com foto dele e da namorada Onde os Fracos Não Têm Vez, filme dos irmãos Cohen, consolida favoritismo ao Oscar
Concurso 293 da LOTOFÁCIL 01
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Nacional Finanças Car naval Agronegócio
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
O governo continua com seu carnaval tributário particular. João Eloi Olenike, do IBPT
LOCADORAS APOSTAM EM PROMOÇÕES
NEM O CARNAVAL ESCAPA DA GULA DO LEÃO É extremamente alta a carga tributária para os produtos que alegram a festa Adriana David
A
festa do carnaval é alegre, colorida e empolga muitos brasileiros. Mas para a animação ser plena, o folião não pode lembrar o peso dos impostos nos itens da comemoração. A cada serpentina e punhado de confetes jogados, rolos de tributos se misturam à folia. Quase 45% do preço desses produtos equivalem a impostos, conforme levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). "O governo continua com seu carnaval tributário
particular, impondo a cada folião uma alta carga de impostos embutida nos produtos consumidos nessa festa popular", afirma o diretor técnico do IBPT, João Eloi Olenike. Latinhas de espuma em spray e colares havaianos são os itens mais tributados: 47% do preço de venda. A carga tributária da buzina a gás é tão alta quanto seu barulho. Quase metade (46,79%) do que o folião paga por ela vai para os cofres públicos. Até para esconder o rosto sob uma máscara, o brasileiro recolhe impostos. O peso dos tributos sobre uma de plástico é de 45,13%; e sobre a de lantejoulas,
de 43,91%. Fantasia, item cada vez menos usado, tem tributação variada conforme o material usado na confecção. Segundo o IBPT, o percentual pode oscilar de 37,61% (para a fantasia de escola de samba, com plumas) a 43,39% para um biquíni de lantejoulas. Quem adora ver desfiles de escolas de samba também contribui com o Leão. Do valor do ingresso, 42% são tributos. No preço de um pacote com hotel, van e ingresso, o percentual é de 37,48%. Como com segurança não se brinca, um preservativo tem de estar à mão. Lá se vão quase 20% de impostos sobre o preço de um deles.
Newton Santos/Hype/1/3/2007
Os impostos respondem por mais de 47% do preço de alguns artigos carnavalescos como o colar havaiano
Os estragos da pirataria
A
pesar do crescimento do movimento em janeiro, as locadoras se ressentem com o aumento crescente da pirataria. Ela provocou a queda de 60% no faturamento desde 2005; e o índice de desemprego atingiu a marca de 30%. Os números são do Sindicato das Vídeo Locadoras do Estado de São Paulo. "Atualmente, o Estado de São Paulo tem 4,6 mil locadoras de vídeo. A capital abriga 65% desse total e, no ano passado, a entidade registrou o fechamento de 15% dessas lojas", informa o vice-presidente Luciano Tadeu. Como uma das raras ações positivas governamentais, ela cita o combate à pirataria desencadeado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Para Tadeu, o carnaval no início de fevereiro pode ser ne-
gativo para o setor – a preocupação dos pais com a volta às aulas pode refrear as visitas às locadoras. E acredita que nem a retomada do movimento impedirá o fechamento de 15% a 20% das lojas no estado em 2008, como prevê a entidade. Soluções – Para reverter esse quadro, Tadeu recomenda aos empresários do setor diversificar o leque de produtos oferecidos nas lojas, treinar e qualificar os funcionários para oferecer um atendimento diferenciado. Sugere ainda a união dos empreendedores em defesa da regulamentação do setor para melhor combater a pirataria. Outras ações, como o aumento de promoções como "leve três pague dois", devem ser realizadas para tentar fidelizar a clientela – pesquisa da entidade indica que as pessoas freqüentam duas ou três locado-
ras, geralmente localizadas próximas a suas residências. Prejuízos – Para Paulo Cesar Santi, da Star Cine, a pirataria é o fator mais prejudicial ao negócio. Ela provocou a queda de 50% no movimento nos últimos dois anos, o fechamento de quatro unidades instaladas em bairros de menor poder aquisitivo e a dispensa de metade dos funcionários da rede. "Sentimos uma grande ansiedade do público para ver os filmes. Ele adquire as cópias piratas sem pensar na qualidade do produto, nos danos que elas podem provocar em seus aparelhos e no desemprego que causam", diz. Segundo Santi, a chegada do HDTV e do Blue Ray é positiva, porque atrai clientes de melhor poder aquisitivo. "Eles não querem cópias piratas", afirma. (PC)
Acredite: tem gente que torce para chover na festa. Paula Cunha
D
epois de registrar movimento positivo durante as férias de janeiro, as videolocadoras de São Paulo estão se preparando para atrair o público no carnaval com muitas ofertas. Os empresários do setor rezam para chover e para as pessoas ficarem em casa, optando por um programa simples como alugar um DVD e comer pipoca. Para levar os clientes para as lojas, eles vão apostar nas promoções. Oferecer facilidades no pagamento e aumentar os prazos de entrega estão entre as ações preferidas. É o caso da Star Cine. A rede formada por seis locadoras na capital paulista oferece a promoção "Filmes na bagagem". Ela consiste em aumentar a oferta de películas a serem alugados por um prazo maior, com o objetivo de melhorar o atual movimento, inferior ao
Fazemos essa promoção há sete anos e em alguns municípios conseguimos aumento de 10% a 20% no volume de locações. Pedro Rasteiro, da 100% Vídeo das férias de janeiro. Segundo o diretor Paulo César Santi, outra estratégia é decorar as unidades para animar o público. Na 100% Vídeo, com 100 lojas em todo o País, a ordem é criar ofertas específicas de acordo com o perfil do cliente de cada região. As ações estão centradas na ampliação dos prazos de entrega com diária normal, explica Pedro Rasteiro, gerente de marketing. Segundo ele, os interessados po-
derão levar cinco filmes na sexta-feira e devolvê-los apenas no sábado da semana seguinte. "Fazemos essa promoção há sete anos e em alguns municípios conseguimos aumento de 10% a 20% nas locações. Mesmo nas cidades litorâneas, o resultado é positivo", diz. Mais prazos – Dilatar os prazos de entrega também é o recurso da Rick Vídeo. Para Vani Siqueira Igasashi, gerente da loja, o aumento de opções de lazer, como a internet e a TV a cabo, contribuíram para diminuir o movimento. "A pirataria também atrapalha muito o negócio. Por isso, 'matamos um leão a cada dia'. Optamos ainda pela promoção do tipo leve três e pague dois", diz. A rede Blockbuster também se preparou para o feriado. Quem alugar seis filmes no dia 31 de janeiro e pagar mais R$ 1 poderá devolvê-los na quintafeira seguinte, sem custo adicional, e ainda ganhará uma caixa de batatas Pringles.
Newton Santos/Hype/8/3/2007
Empresários do setor afirmam que a pirataria reduziu em 60% o movimento das locadoras desde 2005
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
DIÁRIO DO COMÉRCIO
ECONOMIA - 5
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Nacional Finanças Empresas Agronegócio
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Ainda é cedo para comentar o assunto (valor da Xtrata). Lázaro Brandão, do Bradesco
LEGO VEM DE LEG GODT, OU BRINQUE BEM
Yoshikazu Tsuno/AFP
CEPAL A Clóvis Ferreira/Digna Imagem
perspectiva de um desaquecimento da economia dos Estados Unidos levou a Cepal a reduzir a projeção de crescimento da América Latina em 2008 de 4,9% para 4,5%. "Temos uma situação em que a América Latina, em vez de crescer 4,9%, pode crescer com mais chance 4,5%", afirmou o chefe da Comissão Econômica Para América Latina e Caribe (Cepal), José Luis Machinea. "Se os Estados Unidos desacelerarem muito mais ou entrarem em recessão, veremos outro cenário." No ano passado, as economias da região cresceram cerca de 5,6%. Machinea acrescentou que a região está mais bem preparada agora do que quando ocorreram outras crises financeiras internacionais, mas reconheceu que há mais riscos de viver "fortes períodos de volatilidade" nos mercados. (Reuters)
John MacDougall/AFP
Os endereços mais caros Shopping Iguatemi é um dos 35 locais com o metro quadrado mais caro do mundo, segundo a consultoria Location Service Research, que fez a lista das áreas de maior valor comercial. No topo está a 5ª Avenida, em Nova York, cujo metro quadrado custa 849 euros por mês. No Iguatemi, são 131 euros.
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Brasil monta dora a A l e Merce mã p lata des m
for -Benz ostrou modelo m a d o a n t i g CLC (C o novo mode o . lo l O novo pé), qu ass Sport Co C u e - mes LC seg t i t u i r o vem para sub m ue a s- veíc a linha estét C-Clas i c Coupé u s a l S o do p an orts n .O hou alt terior, mas ga duzido carro será pr era o- te n e na tra ções na frenb r i c a d o Brasil, na f seira. O á- com e Juiz ca (MG), e d a p r o v e e F o r a par çará a ser ve rro ndido a o púb itando lic a aind a neste o europeu ano.
LEGO COMPLETA 50 ANOS
Mundo do vinho
empresa dinamarquesa Lego comemorou ontem os 50 anos de seus populares blocos de plástico, brinquedos com os quais 400 milhões de crianças se divertirão neste ano e que terá quase 19 bilhões de peças fabricadas em 2008, segundo a companhia. A história da Lego nasce ligada à figura de Ole Kirk Christiansen, um carpinteiro da cidade dinamarquesa de Billund, que criou os brinquedos inspirado pelas versões em miniatura que fazia de seus móveis na década de 1920. Em 1931, Christiansen fundou a Lego, do dinamarquês "leg godt" ("brinque bem"), embora em latim a expressão signifique "eu monto" ou "eu junto", coincidência ignorada pelo carpinteiro.
ntes vista como uma bebida inacessível e soA fisticada, o vinho tem ga-
A
nhado adeptos no Brasil nos últimos anos. Segundo dados da União Brasileira de Vitivinicultura, o consumo no País cresce de 10% a 20% ao ano desde 2003, movimentando um mercado de R$ 1,2 bilhão por ano.
Mania de celular mercado mundial de celulares totalizou no O ano passado 1,144 bilhão
de aparelhos vendidos, conforme dados da consultoria IDC. Segundo a pesquisa Worldwide Mobile Phone Tracker, fabricantes colocaram no mercado 334 milhões telefones no quarto trimestre de 2007, número 11,6% maior sobre igual período de 2006. Ontem, a Sharp lançou um modelo (foto) que permite o acesso a dados de bolsas de valores.
BÚSSOLA Brasil anunciará hoje a retirada de uma O barreira contra produtos
químicos da Argentina. Em troca, o país promete abandonar a disputa nos tribunais da Organização Mundial do Comércio. érôme Kerviel, suspeito de golpes que causaram Jperdas de 4,9 bilhões de
euros ao banco Société Générale ganhou liberdade provisória ontem. ciranda@dcomercio.com.br
Vale: sinal verde para comprar a Xstrata.
O
presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Lázaro de Mello Brandão, disse que a Vale foi autorizada a avaliar a compra da mineradora anglo-suíça Xstrata. Segundo Brandão, a autorização foi dada pelo Conselho de Administração da Vale, que tem a participação da Bradespar (o braço de participações em empresas do Bradesco), do BNDESpar (responsável pelos investimentos do BNDES) e da Previ (fundo de pensão dos empregados do Banco do Brasil). A declaração de Brandão foi feita em um momento de definição para a Vale. Na negociação para comprar a Xstrata – numa operação avaliada entre US$ 80 bilhões e US$ 90 bilhões –, a empresa enfrenta resistência política. Existem grupos no
governo que são contra o negócio. Eles argumentam que os brasileiros perderiam influência na Vale porque a operação prevê troca de ações com a Xstrata. Como o governo controla direta ou indiretamente os votos do BNDESpar e da Previ, poderia vetar o negócio. A autorização dada pelo Conselho para que a Vale converse com a Xstrata é um sinal que o negócio pode seguir adiante apesar da resistência política, mas não é definitivo. "Atualmente, a Vale só estuda a aquisição, para ver se é factível ou não. A decisão dependerá das condições gerais", disse Brandão, em referência não só ao momento de turbulência no mercado financeiro como também a negociações sobre condições ou preço do negócio. Questionado sobre o patamar de preço noticiado na im-
prensa para uma eventual compra da Xstrata, na casa de US$ 90 bilhões, Brandão disse que ainda é cedo para comentar o assunto. Em relação à hipótese de um possível veto do governo federal à operação, o
executivo lembrou que a análise do negócio já foi aprovada pelo Conselho – do qual a União participa –, e qualquer outra manifestação dependerá de outra avaliação. No momento, a Vale conversa com a
Fábio D'Castro/ Hype
Atualmente, a Vale estuda a aquisição, para ver se é factível ou não. A decisão dependerá das condições gerais. Lázaro Brandão, do Bradesco
Xstrata para tentar fechar o negócio. Antes de bater o martelo, porém, o presidente da empresa, Roger Agnelli, terá de levar a proposta final para o Conselho de Administração. O outro grande desafio da empresa para fechar negócio, a obtenção de um financiamento de US$ 50 bilhões, está bem encaminhado, segundo fontes ligadas às negociações. O diretor financeiro da Vale, Fábio Barbosa, se reuniu em Londres com representantes de 12 grandes bancos na semana passada e recebeu sinal verde. A Vale também já recebeu sinal de duas agências de classificação de risco, Standard &Poor's e Moody's, de que não perderia a nota de "grau de investimento" caso fechasse negócio. A imprensa britânica também noticiou que os bancos estão montando o financia-
mento para a Vale. O "The SundayTimes", o "The Observer" e o "Financial Times" informaram que a Vale está se preparando para fazer a oferta. O The Observer foi além: o negócio estaria para ser anunciado nos próximos dias. A Vale relatou em um comunicado anterior que, apesar de estar em conversas com bancos para financiar tal acordo, "as condições correntes do mercado internacional de capitais representam um grande desafio no contexto de qualquer movimento estratégico de porte", e ressaltou que manterá "postura de prudência". Uma fonte próxima ao acordo, que não deseja ser identificada, disse que o HSBC e o Santander são dois dos bancos que podem estar envolvidos na liderança do financiamento para a compra da Xstrata . (AE)
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Empresas Tr i b u t o s Nacional Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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AMÉRICA LATINA GEROU MAIS EMPREGOS
por cento é o volume atual de água disponível nos reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste
A TAXA FOI REDUZIDA EM 15 PAÍSES DA REGIÃO NOS NOVE PRIMEIROS MESES DE 2007 E FICOU EM 8,5%
Desemprego caiu na AL e Caribe
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elatório divulgado pelo escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para a América Latina e Caribe mostrou uma queda na taxa de desemprego urb a n o n o s p r i m e i ro s n o v e meses de 2007. O índice foi de 8,5% para 15 países da região, 0,6% abaixo do registrado no mesmo período de 2006. Segundo o "Panorama do Trabalho", esse foi o quinto ano consecutivo de redução no desemprego desses países, desde quando a taxa chegou a 11,4%. Para a OIT, expectativa é de a tendência de queda se manter em 2008 – mas isso depende da estabilidade da economia. O estudo assinalou que se for concretizada a projeção de crescimento de 4,7% nas economias da região, o desemprego urbano chegará a 7,9%, nível não registrado desde a década de 1990. O d i re t o r d a O I T p a r a a América Latina e Caribe, Jean Maninat, afirmou que os números permitem enfrentar as raízes do desemprego. "É uma evolução positiva, pois a taxa baixou três pontos percentuais em uma década, e isso permite
estabelecer uma base mais sólida para melhorar a qualidade dos empregos", disse. Segundo o levantamento, além do aumento percentual do número de trabalhadores empregados, houve uma pequena melhora dos salários reais. Mas em alguns países, o emprego informal chega a responder por 61,5% da população urbana ocupada. Maninat ressaltou a disponibilidade da OIT para apoiar os países na formulação e aplicação de políticas de trabalho, fundamentadas na Agenda Hemisférica para o Trabalho Decente 2006-2015, apresentada e discutida por representantes de governos, empregadores e trabalhadores. Para a organização, "trabalho decente" significa ter oportunidades de empregos produtivos e que dêem condições dignas ao empregado. Isso se traduz em segurança no local de trabalho, proteção social para as famílias, liberdade para as pessoas se expressarem e participarem das decisões que afetam suas vidas, igualdade de oportunidade, tratamento e renda para mulheres e homens. (AE)
Dívida rural pode ser prorrogada
O
presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, deputado Marcos Montes (DEM-MG), disse que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, adiou de ontem para hoje a apresentação de um estudo técnico para a prorrogação das parcelas de janeiro a maio das dívidas agrícolas. A postergação é um pedido da bancada ruralista, já
que o governo adiou, de 31 de dezembro para 31 de março, a data para a apresentação de uma renegociação de todo o passivo, de R$ 130 bilhões. A promessa de entrega da proposta do governo ocorreu no último dia 24. " Nós daremos voto de confiança ao ministro Mantega. Espero que ele não nos decepcione", disse Montes. (AE)
COMUNICADO BRASMETAL WAELZHOLZ S.A. INDÚSTRIA E COMÉRCIO, com sede na Rua Goiás, 501 - Vila Oriental - Diadema - SP, CNPJ n° 43.798.594/0001-30, comunica o extravio por roubo da 1ª, 3ª e 4ª vias de sua Nota Fiscal série 1 n° 285.982 emitida em 15/01/2008, conforme Boletim de Ocorrência n° 104/08 lavrado em 16/01/2008 (29,30,31/01/2008) no 2° D.P. de Jundiaí - SP.
Televisão Cidade S.A. CNPJ/MF Nº 01.673.744/0001-30 - NIRE 35.300.170.504 Edital de Convocação - Assembléia Geral Extraordinária Ficam convocados os srs.acionistas da Televisão Cidade S.A., para se reunirem em A.G.E., a se realizar às 10 hs do dia 13/02/08, na sede social da Cia, localizada na Cidade de São Paulo-SP, na Av. Maria Coelho Aguiar, 215, Bloco B, 5º andar, Jardim São Luis, para deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: (i) eleição e reeleição, conforme o caso, dos membros do Conselho de Administração da Cia e respectivos Suplentes; (ii) re-ratificação da Ata de A.G.E. da Cia, realizada em 12/06/06; e (iii) outros assuntos de interesse geral da Cia. SP, 28/01/08. João Carlos Saad-Presidente do Conselho de Administração. (29,30,31)
Cartórios ganham parcela crescente do mercado do divórcio Renato Carbonari Ibelli
O
brasileiro vem gradualmente buscando os cartórios para realizar partilhas de bens, divórcio e separação. De janeiro de 2007, quando foi promulgada a lei que autorizou esses serviços em cartório (Lei n° 11.441), até agora, essas demandas cresceram 40%, segundo a Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg-BR). A lei é tida como benéfica porque desafoga o judiciário, que antes concentrava esses tipos de serviços. Em 2006, antes da nova legislação ser aprovada, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foram realizados 251 mil separações ou divórcios pelo judiciário brasileiro, demanda que agora pode ser atendida, em sua maioria, pelos cartórios. Eles, entretanto, só podem realizar esses serviços quando o divórcio ou a separação são consensuais. Também é necessário que o casal esteja separado há mais de
um ano e não tenha filhos menores ou incapazes. Partindo dessas premissas, basta ao casal conseguir um advogado e comparecer a um cartório com a certidão de casamento e o documento de identidade. "O trâmite do divórcio ou separação demora agora menos de 15 dias. Antes, em alguns estados, demorava até três anos", diz Rogério Portugal Bacellar, presidente da Anoreg-BR. O divórcio estará consumado por meio de uma escritura pública, documento em que o ex-casal declara que quer se separar e como será feita a divisão de bens, caso existam. Em São Paulo, as taxas cobradas pelos cartórios para realização desses serviços variam hoje de R$ 82, se não houver bens para partilhar, a R$ 15 mil, se houver bens. A nova demanda nos cartórios não será problema, segundo Bacellar. "Os cartórios estão preparados tecnicamente para atender a essa nova demanda. Todos os titulares que temos são profissionais de direito com conhecimento para agir nesses casos. Além disso, os cartórios estão devidamente informatizados", diz .
EXTRAVIO - METHATEC - TREINAMENTOS DE ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS E INSPEÇÃO LTDA.-ME CNPJ nº 00.879.343/0001-78, Rua Sena Madureira, 129 - Vila Clementino - São Paulo-SP, extraviou o Livro de Registro de Recebimento de Impressos Fiscais e Termos de Ocorrência (Modelo 57). Extravio A empresa Norberto Rogério Nora Ribeiro Calçados ME, CNPJ 03.584.368/0001-32, Inscrição Estadual nº 115.597.899.113, comunica o extravio do talão de notas fiscais nº 451 a 500, sendo que, preenchidas até o nº 479.
Comunicado à praça Nicolau e Vendrame Livraria e Papelaria Ltda. (Sagarana) comunica que as atividades da filial em Itapecerica da Serra (SP) foram encerradas e não se responsabiliza por qualquer negócio ou por eventuais compras efetuadas por terceiros em nome da empresa.
R. DUPRAT R. S/A CNPJ/MF nº 01.533.093/0001-82 – NIRE nº 35.300.147.740 Ata da Assembléia Geral Ordinária realizada em 26 de abril de 2007 Data, Hora e Local: 26/04/2007, às 10:00 horas, na sede social da companhia, localizada em São Paulo/SP. Quorum de Instalação: Presentes os acionistas detentores da totalidade das ações representativas do capital social, conforme assinaturas e anotações apostas no Livro de Presença. Composição da Mesa Diretora dos Trabalhos: Manoel Dimas Salesse, Presidente da Assembléia e Norberto Bezerra Maranhão Ribeiro Bonavita, Secretário da Assembléia. Aviso aos Acionistas: Publicado nos jornais Diário Oficial do Estado de São Paulo nas edições dos dias 16,17 e 20/03/2007 e no Diário do Comércio, nas edições dos dias 16,19 e 21/03/2007. Edital de Convocação: Publicado nos jornais Diário Oficial do Estado de São Paulo e no Diário do Comércio, ambos nas edições dos dias 18,19 e 20/04/2007. Ordem do Dia: A) Relatório da Administração, Balanço Patrimonial, Demonstrações Contábeis e Notas Explicativas referentes ao exercício social encerrado em 31/12/2006; B) Destinação do Resultado do Exercício; C) Ratificação dos atos e resoluções praticados pela Diretoria; D) Outros assuntos de interesse da sociedade. Deliberações: (Item A) Aprovados, sem restrições, Relatório da Administração, Balanço Patrimonial, Demonstrações Contábeis e Notas Explicativas correspondentes ao exercício social encerrado em 31/12/2006, anteriormente apresentados aos senhores acionistas. Os mencionados documentos contábeis, deixaram de ser publicados em decorrência do patrimônio liquido da sociedade estar abaixo de R$ 1.000.000,00 (Hum milhão de reais), conforme dispositivos contidos na atual redação do artigo 294 da lei nº 6404 de 15/12/1976. Em decorrência do exposto, os citados documentos serão devidamente registrados e arquivados, juntamente com a presente ata, na Junta Comercial do Estado de São Paulo. Permanece inalterado o Capital Social e o mesmo deixa de ser atualizado pela correção monetária, atendendo ao disposto na Lei nº 9249 de 26/12/1995, a qual, dentre outras determinações, eliminou a partir de 1996, a adoção de qualquer sistema de correção – monetária para fins fiscais e societário; (Item B) Aprovada a transferência a débito para a conta de “Prejuízos Acumulados” da importância de R$ 1.184.559,52 (Hum milhão, cento e oitenta e quatro mil, quinhentos e cinqüenta e nove reais e cinqüenta e dois centavos) proveniente do resultado do exercício social encerrado em 31/12/2006; (Item C) Ratificados todos os atos e resoluções praticados pela Diretoria concernentes ao exercício social encerrado em 31/12/2006; (Item D) Oferecida a palavra a quem dela quisesse fazer uso para outros assuntos de interesse da sociedade, não houve nenhuma manifestação. Observações Finais: 1) Ata lavrada pelo sumário dos fatos ocorridos e das decisões tomadas. 2) Deliberações aprovadas por unanimidade de votos, abstendo-se de votar os legalmente impedidos. 3) Ficam arquivadas na sede social da companhia os documentos citados na presente Assembléia. Encerramento: Ata lavrada, lida, aprovada e assinada para o devido registro e arquivamento na Junta Comercial do Estado de São Paulo e posterior publicação na forma da lei. São Paulo, 26/04/2007. (aa) Manoel Dimas Salesse: Presidente da Assembléia e Norberto Bezerra Maranhão Ribeiro Bonavita: Secretário da Assembléia. Acionistas: Motherivy do Brasil Ltda., neste ato representada por Renato Corrêa de Camargo Aranha Neto, Manoel Dimas Salesse, Norberto Bezerra Maranhão Ribeiro Bonavita. A presente é cópia fiel da ata lavrada em livro próprio . (aa) Manoel Dimas Salesse: Presidente da Assembléia. Secretaria da Fazenda. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº 209.684/07-0 em 30/05/2007. Cristiane da Silva F. Corrêa: Secretária Geral.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
FDE AVISA: PREGÃO (PRESENCIAL) ATA DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 36/1338/07/05 OBJETO: AQUISIÇÃO DE REFRIGERADORES - RF 01 E RF 03 A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação de Registro de Preços para aquisição de refrigerador 4 portas - RF 01 e refrigerador 2 portas - RF 03. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 29/01/2008, na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – CEP 01121-900 – São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. O credenciamento do representante das proponentes e o recebimento dos Envelopes “Proposta” e “Documentos de Habilitação” ocorrerão na sede da FDE, no endereço acima mencionado, às 09:30 horas do dia 14/02/2008. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA - Presidente.
Itaúsa Export S.A. CNPJ 45.594.330/0001-90 NIRE 35300139291 EXTRATO DA ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DE 7.01.2008 Instalação: 7.01.2008, às 10:00 horas, na sede social e com presença total. Mesa: Presidente: Dr. Paulo Setubal Neto; Secretário: Dr. Miguel Burgos Neto. Deliberações: 1. elevado o capital social de R$ 659.223.251,04 para R$ 715.923.251,04, mediante subscrição particular de 1.269.852.151 novas ações nominativas, sem valor nominal, sendo 1.222.186.226 ordinárias e 47.665.925 preferenciais, subscritas e integralizadas no ato, em dinheiro, pelos acionistas; 2. alterado o “caput” do artigo 3º do estatuto para registrar o novo capital social e a quantidade de ações que o representam, conforme segue: “Art. 3º - CAPITAL E AÇÕES - O capital social é de R$ 715.923.251,04 (setecentos e quinze milhões, novecentos e vinte e três mil, duzentos e cinqüenta e um reais e quatro centavos), representado por 23.738.682.695 (vinte e três bilhões, setecentos e trinta e oito milhões, seiscentas e oitenta e duas mil, seiscentas e noventa e cinco) ações nominativas, sem valor nominal, sendo 22.847.613.391 (vinte e dois bilhões, oitocentos e quarenta e sete milhões, seiscentas e treze mil, trezentas e noventa e uma) ordinárias e 891.069.304 (oitocentos e noventa e um milhões, sessenta e nove mil, trezentas e quatro) preferenciais.”. Quórum das Deliberações: unanimidade. Formalidades Legais: ata lavrada em livro próprio e arquivada conforme seguinte CERTIDÃO:“Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo: certifico o registro sob o nº 32.723/08-8, em 21.01.08. (a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.”.
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 28 de janeiro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Presco Fomento Comercial Ltda. - Requerido: DPD Decorações Ltda. ME - Av. Álvaro Ramos, 1.990 - 2ª Vara de Falências Requerente: Axa Sociedade de Fomento Comercial Ltda. - Requerido: L’ete Comércio e Confecções Ltda. -
Rua Francisco Alves, 647, s/ loja - 2ª Vara de Falências Requerente: Construmares Materiais de Construção Ltda. - Requerido: Construgar Construtora e Incorporadora Ltda. - Rua João Lourenço, 250 - 2ª Vara de Falências
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O Jornal do Empreendedor
DROGASIL S.A. CNPJ/MF n° 61.585.865/0001-51 e NIRE 35.300.035.844 Extrato da Ata do Conselho de Administração de 17.01.2008 Data, Hora e Local: 17.01.2008, às 17:hrs, na sede social a Avenida Corifeu de Azevedo Marques, n.° 3.097, São Paulo - SP. Presenças: Maioria dos membros do Conselho de Administração. Ordem do dia: Deliberar sobre aquisição pela Cia de ações de sua própria emissão, para manutenção em tesouraria e posterior cancelamento ou alienação. Mesa: Presidente: Carlos Pires Oliveira Dias; Secretário: José Sampaio Correa Sobrinho. Deliberações: De acordo com o Estatuto Social da Cia, exigências da Instrução CVM n° 10, de 14/1980, e demais disposições legais, o Conselho de Administração deliberou, por unanimidade, autorizar a aquisição de até 3.706.696 ações ordinárias, nominativas sem valor nominal, de emissão da própria Cia, que correspondem ao limite de até 10% da referida classe de ações em circulação no mercado, sem redução do capital social, mediante a aplicação de recursos disponíveis oriundos das contas “ Reserva de Lucros” e “ Reserva de Capital”, nos termos do §1°, “b”, do art. 30, da Lei 6.404/76, cabendo à Diretoria definir a oportunidade e a quantidade de ações a serem efetivamente adquiridas, observados os limites e o prazo de validade desta autorização. A decisão de cancelamento ou alienação das ações mantidas em tesouraria será tomada oportunamente, e comunicada ao mercado. Conforme o art. 8° da Instrução CVM n° 10/80, foi também especificado que: (a) o objetivo da Cia na operação é de: (i) Atender ao exercício das opções de compra de ações a serem outorgadas aos diretores da Cia conforme R.C.A. de 28.06.2007, nos termos do Plano de Opção de Compra de Ações aprovado pelos acionistas na A.G.E. de 28.06.2007; e (ii) para maximizar a geração de valor para os acionistas; (b) o prazo máximo para realização da operação ora autorizada é de 365 dias a contar de 18/01/2008; (c) a quantidade de ações ordinárias de emissão da Cia em circulação no mercado, conforme definido pela Instrução CVM n° 10/80, é de 37.132.768 ações ordinárias, conforme registro na conta de depósito de ações informado pela instituição depositária em 17/01/2008; e (d) as operações de aquisição serão realizadas em bolsa, a preços de mercado, com a intermediação de Indusval S/A Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, de São Paulo - SP. Fica a Diretoria autorizada a praticar todos e quaisquer atos e firmar todos e quaisquer documentos necessários para a execução das deliberações ora aprovadas. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foram encerrados os trabalhos, lavrando-se a presente ata, que lida e achada conforme, foi por todos assinada. A Ata em inteiro teor foi registrada na JUCESP sob n° 33.125/08-9 em sessão de 22.01.08.
ENERGIA Nível dos lagos de hidrelétricas melhora
O
nível de armazenamento dos reservatórios das hidrelétricas das regiões Sudeste e CentroOeste está em recuperação. O volume de água disponível fechou o domingo com 48,1% da capacidade total, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Há uma semana o nível dos reservatórios estava em 45,2%. Ainda assim, o total armazenado está abaixo do mínimo da curva de aversão ao risco (CAR), referência do ONS para o volume de água necessário
nas usinas para abastecer o mercado com segurança. No Nordeste, o nível dos reservatórios fechou em 28,4%. Há uma semana, estava em 27,2%. Em contrapartida, o volume de água nos reservatórios da Região Sul segue a trajetória descendente observada nos últimos dias. O nível está em 65,6%, e há uma semana estava em 68,4%. Apesar disso, a situação do Sul é tranqüila, já que a diferença para a curva de risco da região fechou em 47,1 pontos percentuais positivos. (AE)
Argentina descobre petróleo
E
m meio a uma crise que se arrasta desde 2004, o governo da Argentina anunciou a descoberta de uma jazida de petróleo na Patagônia, a mais importante dos últimos tempos. A jazida fica na bacia Escalente, no campo de Cerro Dragón, perto da cidade de Sarmiento, no sul da província de Chubut, e foi descoberta pela empresa Pan American Energy. A estimativa inicial é de que esses poços poderão produzir 120 milhões de barris por ano. O controle da Pan American Energy é exercido pela britânica BP (60%) e pelos Bulgheroni (40%), uma família argentina
com longa tradição no ramo petrolífero. Atualmente, a Argentina produz 240 milhões de barris por ano. As reservas argentinas, antes dessa descoberta, eram calculadas em seis anos de consumo. Para a presidente Cristina Kirchner, a notícia foi considerada "um alívio", pois nos últimos dez anos as empresas petrolíferas fizeram poucas descobertas no país. Para completar, desde o ano passado a Argentina tem enfrentado apagões. O principal motivo é que o Chile não tem mantido o fornecimento uniforme de gás natural para as usinas do país vizinho. (AE)
Bruxelas Holdings S.A. CNPJ no 08.427.596/0001-12 - NIRE 35.300.341.121 Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 19 de outubro de 2007 Data, Hora, Local: Aos 19 dias do mês de outubro de 2007, às 10h, na sede social, Cidade de Deus, Prédio Novíssimo, 4o andar, Vila Yara, Osasco, SP. Presença: Compareceram, identificaram-se e assinaram o Livro de Presença, os representantes da Embaúba Holdings Ltda., única acionista da Sociedade. Constituição da Mesa: Presidente: Sérgio Socha; Secretário: Milton Almicar Silva Vargas. Convocação: Dispensada a publicação do Edital de Convocação, de conformidade com o disposto no Parágrafo Quarto do Artigo 124 da Lei no 6.404/ 76, com a seguinte ordem do dia: examinar proposta da Diretoria para incorporação da Sociedade pela Bradesplan Participações Ltda., de conformidade com o disposto nos Artigos 224, 225 e 227 da Lei no 6.404/76, mediante: a) exame e aprovação do Instrumento de Protocolo e Justificação de Incorporação; b) ratificação da indicação da empresa avaliadora dos Patrimônios Líquidos das Sociedades. Deliberações: 1) aprovada, sem qualquer alteração ou ressalva, a proposta da Diretoria, registrada na Reunião daquele Órgão de 18.10.2007, a seguir transcrita: “Visando a promover a reorganização societária, racionalizando e, conseqüentemente, reduzindo os custos operacionais, administrativos e legais advindos da manutenção da Bruxelas Holdings S.A. (Bruxelas), vimos propor a incorporação da Bruxelas pela Bradesplan Participações Ltda. (Bradesplan), de conformidade com o disposto nos Artigos 224, 225 e 227 da Lei no 6.404/76. A operação de incorporação, uma vez autorizada, terá as seguintes características: I. se efetivará em 19.10.2007, utilizando como base Balanços Patrimoniais específicos levantados em 30.9.2007 pelas Sociedades envolvidas; II. ratificará a nomeação da Probus Assessoria Contábil e Fiscal Ltda., CRC no 2SP018437/O-3, como responsável pela avaliação dos Patrimônios Líquidos das Sociedades, a valor contábil, em 30.9.2007; III. de acordo com os Balanços Patrimoniais específicos das Sociedades, foram apurados os seguintes Patrimônios Líquidos Contábeis: Bradesplan - R$3.956.115.089,46; e Bruxelas - R$179.149.449,11; IV. as variações patrimoniais ocorridas na Bruxelas, entre a database de 30.9.2007 e a da efetivação da operação de incorporação (19.10.2007), integrarão os movimentos contábeis daquela Sociedade e, na data do evento, serão transferidas para a Bradesplan; V. visando a manutenção das participações dos sócios/acionistas da Bradesplan e da Bruxelas, na proporção dos respectivos Patrimônios Líquidos Contábeis das Sociedades, em relação ao Capital Social da Bradesplan após concluída a operação, a incorporação do patrimônio da Bruxelas se efetivará conta a conta, sendo que o saldo da conta capital da Bruxelas transferido em aumento do Capital Social da Bradesplan respeitará o valor nominal de R$1,00 por cota a ser emitida; VI. aprovada a operação de incorporação: 1) as 151.622.111 ações ordinárias, nominativas-escriturais, de emissão da Bruxelas serão extintas; 2) haverá aumento do Patrimônio Líquido da Bradesplan, no montante de R$179.149.449,11, sendo que: a) R$148.893.433,00 serão levados à conta “Capital Social”, elevando-o de R$3.287.978.618,00 para R$3.436.872.051,00, com a emissão de 148.893.433 cotas, do valor nominal de R$1,00 cada uma, que serão atribuídas à Embaúba Holdings Ltda., única acionista da Bruxelas, em substituição às ações extintas; b) R$0,34 do saldo da conta “Capital Social” da Bruxelas serão levados à conta “Lucros Acumulados” na Bradesplan, para fins de arredondamento do Capital Social; c) os demais saldos serão absorvidos nas correspondentes rubricas contábeis na Bradesplan, se existentes, ou a serem criadas, conforme o caso; VII. a Bradesplan assumirá todas e quaisquer obrigações da Bruxelas, ou que a ela vierem a ser impostas, conhecidas ou não, independentemente de qualquer outra reorganização societária nela já ocorrida, inclusive e principalmente as obrigações fiscais, tributárias, trabalhistas, cíveis e previdenciárias, correspondentes a fatos geradores até 19.10.2007, data da incorporação, bem como todos e quaisquer direitos conhecidos ou que vierem a sê-lo, nos termos do “caput” do Artigo 227 da Lei no 6.404/76; VIII. uma vez confirmados os valores referidos neste Instrumento e aprovados os laudos respectivos, a incorporação da Bruxelas se concretizará, com a extinção da referida Sociedade, sucedendo-lhe a Bradesplan.”. Em seguida, deliberou-se também: a) ratificar a indicação da empresa Probus Assessoria Contábil e Fiscal Ltda., Sociedade Simples, com sede na Rua Cônego Afonso, 41, Jardim Agu, Osasco, SP, registrada no Conselho Regional de Contabilidade no Estado de São Paulo sob no 2SP018437/O-3, CNPJ no 00.637.288/0001-00, como responsável pela avaliação dos Patrimônios Líquidos das Sociedades, a valor contábil, nomeada na Cláusula III do “Instrumento de Protocolo e Justificação de Incorporação”, firmado pelas Sociedades em 18.10.2007, neste ato representada pelo senhor Sidney Pires de Oliveira, Contador, CRC no 1SP108883/O-0 que, presente à Assembléia, apresentou os respectivos Laudos de Avaliação por ela elaborados, os quais foram aprovados em sua íntegra, sem qualquer ressalva, em especial quanto aos números nele contidos, dispensada a sua transcrição, uma vez que, rubricado pelos presentes, ficará arquivado na Sociedade nos termos da alínea “a” do Parágrafo Primeiro do Artigo 130 da Lei no 6.404/76; b) aprovar o referido Instrumento de Protocolo e Justificação de Incorporação sem qualquer alteração ou ressalva em seu texto, pelo qual se concretizará a operação, cuja transcrição foi dispensada, o qual, rubricado pelos componentes da Mesa, ficará arquivado na Sociedade, nos termos da alínea “a” do Parágrafo Primeiro do Artigo 130 da Lei n o 6.404/76. Os respectivos Laudos de Avaliação, anexos do referido Instrumento, foram aprovados tanto na forma como no teor em que foram redigidos, especialmente quanto aos números neles contidos; 2) autorizada a Diretoria a praticar todos os atos necessários à concretização da incorporação ora aprovada e ratificados todos os atos praticados pela Diretoria da Sociedade até esta data. Na seqüência dos trabalhos, esclareceu o senhor Presidente que: a) a incorporação desta Sociedade pela Bradesplan, nas condições constantes do Instrumento de Protocolo e Justificação de Incorporação, fica na dependência de sua aprovação pelos Sócios-Cotistas através do Instrumento Particular de Alteração do Contrato Social da Bradesplan Participações Ltda., desta data, após o que estará concretizada a operação, e, em conseqüência, será declarada a extinção desta Sociedade, para todos os efeitos legais; b) fica a Instituição Financeira depositária responsável pela custódia das ações registradas na conta “Investimentos’ da Sociedade, e, Administradora de Fundos e/ou demais investimentos que integram o seu Patrimônio, autorizada a promover a transferência desses ativos junto a seus registros, declarando a inexistência de imposto de renda devido, tendo em vista a operação estar se concretizando pelo critério do valor contábil; c) concretizada a incorporação e declarada extinta esta Sociedade, extingue-se também o mandato dos atuais Membros da Diretoria, senhores: Diretor-Presidente: Márcio Artur Laurelli Cypriano; Diretores: Laércio Albino Cezar, Arnaldo Alves Vieira, Luiz Carlos Trabuco Cappi, Sérgio Socha; Julio de Siqueira Carvalho de Araujo, Milton Almicar Silva Vargas, José Luiz Acar Pedro e Norberto Pinto Barbedo. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente esclareceu que, para a deliberação tomada o Conselho Fiscal da Companhia não foi ouvido por não se encontrar instalado, e que toda a matéria ora aprovada somente entrará em vigor e se tornará efetiva depois de estarem atendidas todas as exigências legais de arquivamento na Junta Comercial e publicação, e encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata, que lida e achada conforme, foi aprovada por todos os presentes, que a subscrevem. aa) Presidente: Sérgio Socha; Secretário: Milton Almicar Silva Vargas; Acionista: Embaúba Holdings Ltda., representada por seus Diretores, senhores Sérgio Socha e Milton Almicar Silva Vargas; Empresa Avaliadora: Probus Assessoria Contábil e Fiscal Ltda., representada pelo senhor Sidney Pires de Oliveira. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. Bruxelas Holdings S.A. aa) Sérgio Socha, Milton Almicar Silva Vargas. Certidão - Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob número 4.541/08-0, em 11.1.2008. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.
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Empresas Nacional Agronegócio Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Produtores e exportadores são os principais clientes da análise de café da BM&F
CLASSIFICAÇÃO DE PRODUTOS FACILITA VENDA
Fotos: Leonardo Rodrigues/e-Sim
CERTIFICADO DA BM&F ATESTA QUALIDADE DO PRODUTO NACIONAL Amostras de algodão e café podem receber o carimbo tradicional da entidade, que classifica produtos desde 1917, a pedido de produtores e vendedores. Neide Martingo
Q
Aloisio Barca durante o trabalho de classificação de café. A melhor bebida é a levemente adocicada.
O tamanho, o aspecto, as impurezas, o cheiro e o gosto do café são levados em conta na classificação.
Arildo Pereira Lima coordena a análise do algodão
Amostras chegam em fardos de 12,5 arrobas.
uem toma um cafezinho ou veste uma bela blusa de algodão nem imagina que existe uma divisão dentro da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) que atesta a qualidade desses produtos antes que se tornem matéria-prima da indústria e ganhem o mercado. O departamento de classificação da bolsa existe desde 1917, e recebe amostras da produção de agricultores do Brasil inteiro, que buscam o certificado da BM&F para conseguir credibilidade, e vender os itens com maior facilidade. O trabalho começou com o algodão, na década de 1920, bem antes de ocorrer, em maio de 1991, a fusão entre a Bolsa de Mercadorias de São Paulo e a Bolsa Mercantil & de Futuros. "Quem contrata os serviços da BM&F são produtores e exportadores, por exemplo. Profissionais que querem comprovar a qualidade do que vão vender", diz o coordenador do Departamento de Classificação de Grãos e Fibras, Arildo Pereira Lima. O p re ç o d o s e r v i ç o é d e R$ 2,15 por amostra. "O cliente deve enviar uma amostra por fardo – cada fardo corresponde a 12 arrobas e meia. É uma garantia de que toda a produção que será certificada tem qualidade", afirma Lima. Segundo ele, aproximadamente 40% do algodão brasileiro passa pela BM&F. "E a expectativa é de que o índice chegue a 50% neste ano. A bolsa tem 968 produtores cadastrados," diz. O departamento de classificação de algodão é climatizado e sua iluminação reproduz a luminosidade do dia. "As lâmpadas foram trazidas da Europa. Os gastos com energia são de R$ 1 mil diários, para que os funcionários possam analisar com exatidão." A primeira análise é visual: o técnico já consegue fazer o primeiro comentário sobre a qualidade. São levados em conta cor, resistência, tamanho e comprimento da fibra, brilho e
Quanto mais branco, limpo e sem defeitos, melhor é o produto.
1,6
milhão de lotes de café foram negociados no pregão da BM&F no ano passado. Um milhão deles foram analisados e só 623 mil, aprovados. quantidade de impurezas. "Os equipamentos completam o trabalho. O algodão fica climatizado por 48 horas. Em 72 horas, o certificado fica pronto. Cada tipo de produto tem uma destinação. Quanto mais branco, limpo, sem folhas ou defeitos, melhor – esses vão para a fabricação de roupas, como camisas finas. Mas há os que são úteis para a confecção do jeans ou de barbantes." A BM&F já formou 77 turmas de classificadores de algodão. As aulas da próxima classe começam no dia 11 de fevereiro, com 15 alunos. "Seguramente, quase 100% dos profissionais brasileiros foram formados pela bolsa. Há mercado principalmente na Bahia e em Goiás. O custo do curso é de R$ 1,5 mil, mas só há vagas para 2009. E já tem gente na fila de espera", afirma Lima. Ele trabalha na bolsa há 45 anos. "Comecei como office-boy e me apaixonei pelo lugar." Ca fé – A BM&F examina também o tradicional café brasileiro. O aroma do produto está espalhado por todo o departamento. "A bolsa faz a classi-
ficação para as empresas que operam nela. Recebemos o produto cru e aqui ele é torrado e degustado", afirma o coordenador técnico da área de café do departamento de classificação, Aloísio Barca. Ele detalha que em 2005 foram analisados 13.572 lotes; em 2006, o número caiu para 10.930 e no ano passado, o total registrado foi de 10.477. A expectativa, para 2008, é de que o montante analisado ultrapasse o alcançado em 2005. Cada lote é formado por 100 sacas, o que equivale a um contrato de café da BM&F. "Quanto melhor é a safra, maior é o movimento registrado no departamento", diz Barca. "Em 2007, foram negociados no pregão 1,6 milhão de lotes de café. Foi analisado 1 milhão de lotes, dos quais 623 mil foram aprovados, disponíveis para a liqüidação dos contratos – o restante foi recusado por não atender às exigências de qualidade da bolsa", diz. Os melhores – Quatro sentidos humanos são exigidos na análise: visão, olfato, tato e paladar. "O tamanho, o aspecto, as impurezas, o cheiro e o gosto do café são levados em conta. O melhor produto é o suavemente adocicado". Depois de torrado, o café é colocado em recipientes e misturado com água fervente. O degustador sorve rapidamente a bebida, para conhecer suas "nuances" e logo a "cospe" em pia especial. "A especificação do contrato exige qualidade de dura para superior. Explicando: a bebida tem que apresentar sabor adstringente, suave ou adocicado. Essas são as melhores", afirma.
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On Segurança Empresas Inter net
A CASA GRANADO ADOTOU A SOLUÇÃO UTM-1
Pelo celular, pessoas com diabetes podem calcular a dose exata de insulina que devem tomar.
o
UTM-1: solução da Check Point é voltada para médias e grandes empresas, e integra hardware e software num mesmo equipamento para gerenciar toda a rede. O sistema tem um firewall, antivírus, antispyware, detecção de intrusão e funciona como um gateway de entrada e saída da internet, onde todo o tráfego é analisado.
O tudo-em-um da rede O UTM-1, da Check Point, protege contra vírus, spams, intrusos e foi adotado de forma pioneira pela Casa Granado BARBARA OLIVEIRA
U
ma pesquisa anual sobre os hábitos de navegação na web por funcionários de grandes empresas do Brasil, Chile, Colômbia e México, realizada pela norte-americana Websense, revela que 56% dos usuários acessam atividades potencialmente perigosas a partir de seu PC no escritório. Das 400 entrevistas com empresas de mais de 250 funcionários, 93% delas informaram que mantêm políticas claras para uso da internet, mas, mesmo assim, 15% dos funcionários clicaram em anúncios publicitários, 8% acessaram conteúdos para adultos enquanto trabalhavam e outros 8% permitiram a amigos e familiares usarem o computador da empresa (no escritório ou na residência). Esses números dão uma idéia da grande dor de cabeça que os gerentes de TI têm para manter as redes de suas empresas em segurança, contra invasões externas de todos os tipos, como spams, vírus, worms, trojans, phishing etc. A Casa Granado, com 137 anos, e uma das mais antigas empresas do País, fabricante de produtos farmacêuticos e cosméticos, percebeu essa necessidade e está adotando uma solução inovadora no
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terça-feira, 29 de janeiro de 2008
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
A Casa Granado, uma das mais antigas empresas do setor de produtos farmacêuticos e cosméticos, está adotando uma solução de segurança inovadora: um equipamento tudo-em-um, composto de hardware e software. mercado: um tudo-em-um chamado UTM-1, da norte-americana Check Point Software, uma das líderes em segurança de internet. “A Granado é a primeira empresa da América Latina a adotar essa tecnologia de última geração”, informa José Antônio Oliveira, ge-
rente da integradora Contacta, responsável pela montagem do projeto, em parceria com a distribuidora Westcon. Segundo o diretor-geral da Check Point para o Cone Sul, Fernando Santos, o UTM-1 é voltado para médias e grandes empresas,
Telllabs quer crescer 40% Tellabs, especializada em equipamentos que agregam e transportam grandes volumes de dados entre as centrais das operadoras, registrou um crescimento de 21% no Brasil em 2007 e projeta um aumento de receita de
40% para este ano. "Já temos contrato com mais de uma operadora (para venda de dispositivos de transporte de tráfego 3G). As áreas de 3G e Ethernet Metropolitana devem responder por 40% dos resultados", adianta Tarcísio Ribeiro, vice-presidente de vendas para América Latina. Na região, o crescimento projetado é de 30%, contra 5% em 2007. Mundialmente, a companhia fechou o ano passado com uma receita de US$ 1,9 bilhão, uma redução de 6% em relação a 2006. Os equipamentos da Tellabs atuam como se fossem grandes caminhões de uma transportadora em que as cargas vão por vários meios (carro, moto etc.), são agregadas, transportadas e desagrega-
das na central de destino. Nas redes de telecomunicações, esses dispositivos concentram diversos tipos de tráfego (telefonia convencional, VoIP, Internet etc.), fazem o transporte de grande volume e a desagregação. "O objetivo é habilitar a operadora a sustentar novos serviços e evitar o custo de manter redes paralelas", afirma Ribeiro. Outro apelo tecnológico é a capacidade de transportar serviços antigos (TDM, Frame Relay, ATM) em infra-estrutura de nova geração. "Muitos clientes não migram logo para IP. Podem ser atendidos pela malha IP da operadora, sem mudar imediatamente sua tecnologia", acrescenta. (Vanderlei Campos)
e integra hardware e software num mesmo equipamento para gerenciar toda a rede. “O sistema tem um firewall, antivírus, antispyware, detecção de intrusão (worms, trojans) e funciona como um gateway de entrada e saída da internet, onde todo o tráfego é
analisado”, explica Santos. O UTM-1 é o coração do sistema de segurança, a partir dele tudo é direcionado, gerando um fluxo de comunicação entre os usuários e a internet, criando uma rede de parceiros, de banco de dados, de vendedores. O dispositivo gerencia, a partir da matriz no Rio de Janeiro, o tráfego entre a fábrica de Belém, o escritório em São Paulo, o depósito de distribuição de São João do Meriti (RJ), quatro lojas no Rio e em São Paulo, o grupo de 30 vendedores móveis (que trabalham na rua), além de cerca de 150 funcionários internos. O gerente de TI da Granado, Plínio Bellas, lembra que os vendedores móveis agora estão mais seguros ao entrarem no servidor e sistema de gestão da companhia, mesmo estando num cibercafé. “Os funcionários móveis que precisarem se integrar ao programa de gestão para fazer os pedidos, ver se eles foram faturados e checar seus e-mails, entram numa espécie de túnel criptografado (a VPN), com login, senha e níveis de acesso permitidos pelo administrador da rede”, explica Bellas. A velocidade da rede também foi ampliada para 2 Mbps (full, ou seja, um canal dedicado), o que garante mais rapidez na geração de
Tecnologia no HC
A
s pessoas com diabetes não precisarão mais consultar tabelas e fazer cálculos para controlar a taxa de glicose no sangue e a dose exata de insulina a ser aplicada a cada refeição. Esse método complicado poderá ser substituído por outro mais simples e eficaz, que utiliza um dispositivo móvel (celular, PDA, etc)l com sistema Java e o software GlicOnline, cujo teste está em fase de conclusão no Hospital das Clínicas de São Paulo. O software desenvolvido pela Quasar Telemedicina promete revolucionar o tratamento do diabetes no Brasil, melhorando a qualidade de vida de quem convive com a doença. Segundo a doutora Karla Mello, que coordena os estudos sobre o uso do GlicOnline no HC, de 10% a 15% da população brasileira com idade entre 30 e 69 anos são diabéticos. O agravante, diz ela, é que a maioria deles (75%) não faz o controle adequado da glicemia. "Isso implica no desenvolvimento de doenças cardiovasculares, que são a principal causa de óbito", afirma. No método tradicional, o diabético precisa, antes da refeição, medir a taxa de glicose no sangue com o auxílio do glicosímetro (exame de ponta de dedo). Com base no resultado, ele faz a composição dos alimentos a consumir. As dificuldades residem na contagem de carboidratos dos tipos de alimentos que serão ingeridos e na determinação da dose de insulina necessária para compensar ou corrigir a glicemia, além do registro diário desses dados.
Com o GlicOnline, esses procedimentos se tornam mais simples ao calcular com exatidão a dose de insulina que o diabético deve aplicar nas refeições. O sistema torna disponível uma lista de mais de 600 tipos de alimentos - que tende a crescer a partir da requisição dos pacientes -, que são cadastrados em medidas caseiras, como colher de sopa ou de sobremesa, para tornar mais precisos os cálculos. Assim, o paciente mede a taxa de glicemia, acessa o programa através do dispositivo móvel e insere o valor encontrado. Além disso, digita o tipo e a quantidade de alimento que irá ingerir. Em questão de minutos recebe a informação sobre a dosagem de insulina necessária. O procedimento acontece em tempo real e integra também o médico, que faz o prontuário eletrônico. Evolução – O software foi desenvolvido no âmbito do PIPE (Programa de Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas) e da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). A Quasar Telemedicina é incubada no Centro Incubador de Empresas de Tecnologia da USP (CIETEC/USP). Segundo Flóro Dória, diretor da empresa, um dos alvos do GlicOnline são os planos de saúde, que irão licenciar os médicos que, por sua vez, irão habilitar os pacientes para o uso do sistema. Já disponível comercialmente, o software GlicOnline é utilizado hoje por cerca de 150 diabéticos. A expectativa de Dória é terminar o ano com uma base de 20 mil usuários. (I.C.)
relatórios e comunicação. “A Granado já dispunha de um sistema de firewall, só que ele estava obsoleto e precisava de atualização, especialmente porque estão crescendo as operações de B2B e B2C”, observa o gerente de TI. A principal vantagem do UTM-1, segundo Bellas, é a segurança total que ele permite com todos os tipos de filtros. Só para se ter uma idéia, entre 9h e 10h da manhã do dia 28 de dezembro, já haviam chegado na Granado 2.300 e-mails nas caixas postais, sendo que 1.831 foram bloqueados por serem spams, 4 eram vírus e somente 446 mensagens foram permitidas e entregues aos destinatários. No mês de novembro, a Granado teve mais de 8 milhões de spams bloqueados pelo UTM-1 e 445 mil mensagens foram liberadas para os 150 usuários da empresa com acesso à internet. O UTM-1 é uma solução para atender até mil usuários, embora o recomendado seja para, no máximo, 450. A partir daí, é necessário um novo gateway. O sistema custou à Granado cerca de US$ 12 mil. Mas para pequenas empresas, com até 10 usuários, a solução indicada é a VPN-1 UTMEdge, que fica em torno de US$ 2 mil. Não é cobrada a licença de uso.
Pequenas empresas: foco da Novell
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ma atuação mais forte na faixa das pequenas e médias empresas será o foco da Novell no mercado brasileiro a partir desse ano, que mostra, com essa nova abordagem, um perfeito alinhamento com a estratégia da corporação em nível mundial. A principal ação para atingir esse objetivo é fortalecer as vendas através do canal. A empresa planeja investir na capacitação e especialização de novos parceiros comerciais por unidade de negócio na tentativa de ampliar a sua cobertura no país e aumentar dos atuais 40% para 60% a participação das vendas indiretas na receita. A Novell concentra a sua atividade em quatro áreas: workgroup, em que se destaca a solução Open Enterprise Server (uma evolução da plataforma NetWare, que agora roda em Linux); Systems & Resource Managment; Open Plataform Solutions e Identiy & Security Managment. Segundo Sergio Toshio Mituiwa, presidente da Novell no Brasil, a companhia vem apresentando forte crescimento no mercado de Linux e de soluções de gerenciamento de identidade e acesso. Neste último, diz o executivo, os negócios da subsidiária brasileira superaram o crescimento da operação em outros países América Latina. "No mercado brasileiro temos soluções que os nossos parceiros enxergam como aderentes às necessidades dos clientes", afirma. (Inaldo Cristoni)
Ano 83 - Nº 22.550
R$ 1,40
São Paulo, terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Edição concluída às 23h55
w w w. d co m e rc i o. co m . b r
Jornal do empreendedor
Ariel Skelley/Corbis
Leão sai bravo no Carnaval. Só na máscara, leva 45,13% Só o Rei Momo emagrece: o Leão está cada vez mais pesado. Da serpentina e confete, abocanha 45%. De Latinhas de espuma e colares havaianos, 47%. O IBPT deu um nome a essa folia: carnaval tributário. Economia 4
Leão chegou ao limite no Brasil É a notícia no Wall Street Journal: E 8
Samba barulhento. Cidades 7
A DANÇA DO DÓLAR Em janeiro, entraram no mercado US$ 4 bi e saíram US$ 1,8 bi. Para BC, investimentos produtivos no Brasil continuam. E 1. Luludi/LUZ
Reuters
Perigos do mundo vir tual Informática
AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 27º C. Mínima 18º C.
Obama no celular da nossa repórter
Seria a gravata vermelha de Lula um presente de Chávez? E a vaca de 110 litros de leite? Lembranças do 1º Foro de São Paulo. Página 5
"Neuza - I'm writing to you this morning from Las Vegas", avisou o pré-candidato Barack Obama pelo celular de Neuza de Oliveira, a nossa repórter que se registrou nos sites dos principais concorrentes à Casa Branca. Agora, ela conta como é uma eleição pontocom. Pág. 6
UMA SANTA CEIA NO PLANALTO Benedito Ferri de Barros escreve em Opinião, pág. 2 DC
HOJE Nublado com chuva Máxima 22º C. Mínima 18º C.
Saiu a 'ata' de Fidel da visita de Lula
Um passeio pelo fracasso de Chávez Depois de longa e atenta visita a Caracas, capital da Venezuela, Vargas Llosa constata que os programas sociais do presidente Hugo Chávez estão desmoronando. Pág. 3
Pabx (11) 6748-5627 (Itaquera) www.finanfactoring.com.br
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Segurança Empresas Inter net On
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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CRIANÇAS CONTAM COM SITES DE RELACIONAMENTO
O hotel virtual Habbo já tem 8 milhões de usuários de 30 países, com faixa etária entre 13 e 17 anos.
Paulo Pampolin/Hype
Pingüins, a nova onda dos pequenos A comunidade virtual infantil Club Penguin virou mania entre as crianças do mundo inteiro BARBARA OLIVEIRA
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Luisa Oliveira, que acessa o Club todos os dias, criou um personagem com quem gosta de “brincar de fazer pizza"
Crianças ajudam o planeta s crianças que ganharam dinheiro virtual jogando ou participando de competições na comunidade Club Penguin doaram no ano passado parte desse dinheiro para uma causa nobre. Os valores foram revertidos em benefício do meio ambiente e de crianças carentes e portadoras de HIV. A campanha Coins for Change (Moedas para Mudar ou para Transformar) foi criada pelo site do Club Penguin e teve por objetivo “engajar os pequenos em algo que realmente possa fazer u m a d i f e re nça”, disse a cofundadora da co mu ni da de virtual, Lane
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isto de comunidade virtual com MMPG (Massive Multiplayer Online Game) para adolescentes. Esta é a proposta do Habbo Hotel (www.habbo.com.br), cuja versão em português também ganha popularidade no Brasil. O hotel virtual já tem 8 milhões de usuários de 30 países, e funciona como um site de relacionamentos, onde os jovens entre 13 e 17 anos criam seus personagens, que são chamados Habbos. No Brasil, o game online possui cerca de 2,7 milhões de jogadores registrados, segundo a Hi-Mídia, empresa que representa o Habbo no País com a venda de publicidade e suporte. Ali, os jovens interagem com outros usuários, como se estivessem dentro de um hotel de verdade, conversando, andando pelos vários ambientes, arrumando amigos, participando de festas, passeando, criando seu próprio negócio etc.
Merrifield. No Club Penguin, as crianças – entre 7 e 12 anos – podem ganhar moedas douradas em vários tipos de competição, como as corridas de trenó (desde que seja um assinante do serviço), e comprar roupas e acessórios para seus pingüins. As doações virtuais começaram no dia 14 de dezembro e foram revertidas em dinheiro real no dia 24, pela New Horizon Foundation, instituição de caridade criada pelos sócios do Club Penguin. A fundação doou US$ 1 milhão para a World Wildlife Fund, que há 45 anos trabalha na proteção da natureza; pa-
ra a Elizabeth Glaser Pediatric AIDS Foundation, dedicada a programas de prevenção e erradicação da doença nas crianças; e à Free the Children, uma instituição mundial que ajuda os países em desenvolvimento, através da educação, construindo escolas pelo mundo. O site canadense já doou mais de US$ 30 milhões em projetos de caridade depois que a Disney comprou o serviço, em agosto do ano passado, pagando US$ 350 milhões. (B.0.)
SERVIÇO www.clubpenguin.com http://www.worldwildlife.org/ www.pedaids.org www.freethechildren.com
ingüim não é mais só o símbolo do Linux. Eles estão em alta no cinema – com a Marcha dos Pingüins, Happy Feet e Tá Dando Onda –, e também na web. O bichinho do clima frio e que adora um bom pedaço de iceberg para esquiar é um dos personagens mais populares das telas dos computadores no momento, especialmente entre crianças de 7 a 12 anos. É no site Club Penguin (http://www.clubpenguin.com) que mais de 12 milhões de pequenos, do mundo todo, se reúnem diariamente para interagir e brincar com seus avatares-pingüins. O portal é uma espécie de comunidade virtual infantil, com avatares, jogos, competições e brincadeiras. É ali que, depois da aula ou do jantar, crianças como Luisa Oliveira da Costa e André Guilherme Carvalho, ambos de oito anos e amigos do Colégio Santa Clara, de São Paulo, passam algum tempo se divertindo com seus avatares-pingüins e interagindo com outros amiguinhos da comunidade. Luisa criou o personagem Lukiodc , com quem gosta de “brincar de fazer pizza” e de colocar seu personagem no esqui com bóia. Luisa diz que joga todos os dias e participa do Club há um ano. Sua irmã, mais velha, Julia, de nove anos, acha o site “meio chato” e já desistiu dele. André Guilherme se considera fã número 1 do game, porque com o seu Salmonela Fix (nome sugerido por outro amigo, de 10 anos, participante da comunidade dos pingüins) “faço um monte de coisas legais”. Assim como Luisa, André gosta muito de fazer pizzas. “Tem um campeonato de pizzas, e o vencedor vai acumulando pontos e ganha dinheiro para gastar”. Espécie de Second Life infantil, o Club Penguin também distribui dinheiro virtual para que os pequenos possam comprar, entre outras coisas, roupas, comida, decorar o iglu do seu personagem, ser o primeiro a descobrir novas áreas de convivência, etc. Para desfrutar de certas regalias na comunidade, os pais precisam fazer uma assinatura mensal, semestral ou anual para seus fi-
Andre Penner/e-Sim
André Guilherme se considera fã número um do site, onde interage com os amiguinhos e usa o avatar-pingüim de nome "Salmonela Fix" lhos, pagando de US$ 5,95 a US$ 57,95 (a mais cara, de 12 meses). Entre as 12 milhões de crianças que freqüentam o site, cerca de 700 mil são assinantes com mensalidades pagas, informa a gerente de comunicação corporativa do serviço, Karen Mason. Mas Karen lembra que mesmo aqueles que usam o Club gratuitamente “não podem se queixar, porque desfrutam de inúmeras atividades”. Realmente, dá para fazer muitas coisas de graça no site, como bater papo, correr para lá e para cá, participar de competições e entrar em alguns ambientes. Diversão garantida - O sucesso do serviço junto às crianças é grande porque ele é super colorido, com cenários cobertos de neve, pistas de esqui, restaurantes, danceterias, lojas, bibliotecas e praias. Não foi à toa que a Disney se interessou pelo serviço canadense arrematando-o por US$ 350 milhões em agosto passado e ampliando sua rede de entretenimento infanto-juvenil na Web. Karen Mason não conhece o número de brasileiros participantes do game, mas sabe que “ele está bem popular no Brasil”. “Sei que crianças brasileiras traduziram alguns trechos do jornalzinho semanal do Club para facilitar aos amigos”. Mas a barreira da língua não parece ser empecilho para os pequenos, que driblam o obstáculo clicando nas diversas opções de diálogos já prontas. Ainda assim, existem muitas formas de interagir sem precisar falar inglês. R e c e n t e p e s q u i s a d o I b o-
pe/NetRatings medindo o tempo de permanência das crianças na frente do computador indicou que entre os 6 e 11 anos elas passaram 19 horas e 28 minutos na web, em agosto deste ano, contra 14 horas e 6 minutos, no mesmo mês, em 2005. Os adolescentes ficam mais tempo ainda: 47 horas e 6 minutos mensais. Mas a mãe de Luisa, Ana Maria Gomes de Oliveira, diz que a menina utiliza o computador na dose certa, sem exageros, porque seu dia já é bem ocupado com a escola, deveres de casa e outras atividades. “Ela desenha, pinta, assiste tevê, faz lição da escola e brinca do computador à noite”. O Club Penguin é uma boa forma de eles se relacionarem um pouco mais fora da escola, diz Ana, “porque ali ela reencontra os amiguinhos e interage com eles”. O site impõe algumas regras de boa conduta e de segurança, como proibir mensagens que falem de drogas, álcool, conotação sexual, raça ou assuntos inadequados para menores. Alguns tipos de filtros nos conteúdos de mensagens são impostos na hora da inscrição feita pelos pais (especialmente no caso dos muito pequenos). E um moderador está sempre de olho nas ações dos pingüins, para que os mais “espertinhos” não falem ou façam bobagens. Os pequenos internautas podem avisar ao moderador se alguém não está tendo um comportamento adequado para a idade. Mais informações no site www.clubpenguin.com
Habbo: um hotel bem animado Divulgação
Antes de participar do Habbo, é necessário baixar o Shockwave player (gratuito), fazer um cadastro e criar um personagem (ou avatar). Também é preciso um pouco de paciência para se conseguir um. Os logins e senhas devem conter letras, números e símbolos, o que leva algum tempo. O adolescente pode decorar seu quarto com os Mobis (mobília), participar de jogos, nadar na piscina, entrar nos salões de beleza e de festas, cafés e restaurantes, ir ao cinema ou ficar só no bate-papo. É um hotel bem animado e com muitas opções gratuitas, mas para participar de algumas atividades – como a compra de roupas ou de móveis para decorar o quarto ou criar ambientes especiais (agência de modelos, lojas, serviços) – são exigidas as Habbo Moedas (a partir de R$ 10, cuja compra é feita com cartão de crédito ou boleto bancário). Com as moedas, também é possível adquirir brinquedos, tíque-
tes para clube, para jogos e mergulhos. Mas a compra de moedas deve ser feita com a autorização dos pais (existe um aviso no site sobre isso), pois caso ela seja cancelada ou negada, o usuário será banido da comunidade. As principais dúvidas sobre como participar do hotel são respondidas pelas FAQ (Frequently Asked Questions), tudo em português. Todas as atividades do hotel virtual e competições oficiais (as que são realizadas nos espaços públicos ou dentro dos quartos de hóspedes) têm suas regras e devem ser seguidas para evitar a desclassificação. A agenda de eventos é divulgada na seção de notícias do Habbo. Segundo a Hi-Mídia, 90% dos adolescentes que participam do Habbo têm entre 13 e 17 anos – 51% meninos e 49% meninas. São criados, aproximadamente, 180 mil novos registros, mensalmente, no site em português. (B.0.)
Os jovens interagem com outros usuários, como se estivessem dentro de um hotel de verdade, andando por vários ambientes
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
7 Ricardo Stuckert/PR - 27/12/2007
A Polícia Rodoviária vai fazer a maior operação já feita na sua história. Presidente Lula
CARNAVAL A velha batalha entre a folia e o sono Marcelo Ximenez/AE - 17/01/2008
Para fazer bonito na avenida, as escolas de samba se preparam durante vários meses. Mas a alegria dos integrantes tem um custo alto para os vizinhos das quadras, que reclamam do barulho excessivo durante os ensaios das agremiações. semanas de janeiro, nove agremiações (escolas e blocos) foram advertidas por causa do poucos dias para o barulho. Entre elas, a Gaviões início do carnaval, da Fiel, cuja quadra fica no moradores e esco- Bom Retiro, região central. las de samba ainda Procurada, a Gaviões inforestão longe de uma convivên- mou que a participação da cocia pacífica. Desde o final de munidade nas suas atividades 2007, quando começaram os r e d u z i u a s r e c l a m a ç õ e s . ensaios, os vizinhos das qua- Eduardo Ferreira, diretor de dras também iniciaram a ma- comunicação da Gaviões, disratona de ligações para os ser- se que o número de vizinhos q u e p a r t i c iviços de fiscapam dos enlização da Presaios aumenfeitura. ta a cada ano, De acordo o que resulta com o Prograem uma "pacima de Silêncio ficação" com Urbano (Psiu), denúncias foram os moradores. órgão respon" M u i t o s c osável pela fisregistradas no Psiu nhecem noscalização do contra escolas de sas ações sobarulho na cisamba e blocos. ciais e descodade, desde brem que há novembro do um trabalho ano passado foram registradas 410 denún- na quadra. Eles passam a parcias contra ensaios, festas e en- ticipar dessas atividades e ficontros realizados por escolas cam mais próximos. Isso redue blocos de carnaval. Desse to- ziu o número de reclamações tal, 135 resultaram em notifica- nos últimos anos", afirmou. A X-9 Paulistana, na Vila ções (advertências) e quatro Guilherme, zona norte, e a Péem multas. Apenas nas duas primeiras rola Negra, na Vila Madalena,
Davi Franzon
A
410
Fábio Pozzebom/ABr - 24/01/2008
Em seu programa de rádio, Lula defende proibição de álcool nas estradas
Ninguém precisa beber para se divertir, diz Lula Presidente pede moderação à população no feriado
O
presidente da Repú- da de bebida alcoólica nas esblica, Luiz Inácio Lula tradas federais. "Faz mais de da Silva, disse ontem um ano que isso está sendo disno seu programa semanal de cutido dentro do governo, e rádio "Café com o Presidente" nós chegamos à conclusão de que vai tirar uma folga no car- que, se algumas pessoas não naval e que pretende viajar du- agem com responsabilidade, o rante o feriado, mas não deixou governo precisa criar mais diexplícito onde pretende des- ficuldades. Não é normal, não é justo e não é cansar. Antes de c o m pre e n s ív e l encerrar o proque alguém cograma, o presil o q u e s u a m udente pediu à lher dentro do população que Vamos nos carro e seus figosta de carna- divertir com lhos dentro do val que tenha responsabilidade. carro e tome almuito cuidado. guma bebida al" Va m o s n o s Ninguém precisa coólica". d i v e r t i r c o m beber, ninguém O presidente responsabilida- precisa fazer nada também saliend e . N i n g u é m que não seja normal tou: "todo munprecisa beber, do sabe e já está ninguém preci- para se divertir. sa fazer nada Presidente Lula provado cientificamente que que não seja qualquer dose normal para se divertir. Boa sorte a todo o po- de bebida pode mexer com a vo brasileiro que gosta de car- capacidade de dirigir de um naval e vai pular carnaval", motorista, e a Polícia Rodoviária Federal vai fazer a disse o presidente. Estradas – Lula também maior operação já feita na sua aproveitou para falar da Medi- história", finalizou o presida Provisória que proíbe a ven- dente. (AE)
zona oeste, são outras duas escolas do Grupo Especial que foram notificadas pelo Psiu. No caso delas, além da advertência, houve multa de R$ 13,9 mil (X-9) e R$ 25 mil (Pérola). Vai-Vai – Um dos casos mais conhecidos de conflito com moradores é o da Vai-Vai, na Bela Vista, região central, que realiza seus ensaios na rua. A escola já teve sua quadra fechada por causa do barulho e, apesar de ter sido multada em R$ 24 mil, o Psiu recebeu em janeiro uma nova reclamação por desrespeito à lei do silêncio. O publicitário Marcelo Vitorino chegou a gravar um ensaio da escola e o divulgou na internet com o título: "Vai-Vai me deixa Dormir". Como trilha sonora, o publicitário escolheu o samba "Se gritar pega ladrão", o que gerou um processo da diretoria da Vai-Vai por racismo. Segundo o presidente da escola, Thobias da Vai-Vai, a agremiação cumpre todas as determinações da Prefeitura para não incomodar os vizinhos. Segundo ele, as reclamações diminuíram porque os moradores do bairro participam ativamente das ações da Vai-Vai.
Na Bela Vista, vizinhos travam um embate com a Vai-Vai, por causa do barulho (acima). Na Gaviões, (ao lado) ações sociais facilitam as relações.
Em relação ao processo contra Vitorino, Thobias disse que o caso corre na Justiça e que o publicitário sempre foi preconceituoso em relação aos membros da escola. "Esse cidadão nem mora mais nas proximidades da nossa quadra, mas ainda fica criando esse tipo de problema", disse Thobias. Vitorino não foi localizado para comentar o caso.
Paulo Pampolin/Hype - 20/7/2007
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 - INFORMÁTICA
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
ESTABILIZADORES
CÂMERA
Atendendo à norma NBR 14373, os estabilizadores Microsol (www.microsol.com.br) corrigem todas as tensões na rede elétrica.
A Genius lançou a G-Shot P5143 com 5 MB e tecnologia CMOS – recurso ultra-sensível na captura de imagens (R$ 290).
n
Precisão é tudo
PORTÁTEIS
PMAI - LAS VEGAS
Em teste com objetos de vidro, a PowerShot G9 comprovou eficácia quando se exigiu alta performance ANA MARIA GUARIGLIA
Cores e personalização
O
design e as cores são os destaques dos novos portáteis Dell Inspiron 1525, com opções de personalização e oito cores. Os recursos opcionais são a webcam, fones de ouvido que isolam os ruídos em bate-papo com vídeo e o Express Card Travel Remote, para controle do conteúdo. Outras características: a Media Direct, para acesso, com um só toque, a músicas, fotos e vídeos e o Wi-Fi Catcher, para localização e conexão a uma rede Wi-Fi. Já vem com conexão HDMI. Preço inicial de R$ 1.799. LANÇAMENTO
Um notebook para cada perfil
A
LG está lançando novos modelos de notebooks voltados para diversos perfis de consumidores, já que vão do básico ao topo de linha. São eles, o R405 (nas versões high e mid), R200, E200 e E500. O mais avançado é o R200 (a partir de R$ 6.999), com Intel Core 2 Duo T7250, wireless, chipset Intel 965 Express, HD de 250 GB, 2 GB de memória, Bluetooth e interface gráfica ATI Mobility Radeon HD2400 para vídeos em alta resolução. Os outros modelos custam de R$ 2.799 e R$ 4.799, dependendo da configuração.
A
Canon criou para a nova digital PowerShot G9 o design retro-hip, que se traduz pelo próprio desenho da câmera: monitor de 3 polegadas, capacidade de resolução de 12,1 MP (4000 X 3000 pixels), zoom óptico de seis vezes e o processador de imagem DIGIC III, que responde rapidamente ao clique. A G9 incorpora um banco de dados de milhares de fotos diferentes e que é vasculhado pelo circuito batizado de iSAPS, para melhorar a precisão do flash, do foco e da velocidade. Um dos itens da G9 é o formato RAW para gravação das fotos, só encontrado em equipamentos profissionais. RAW, que em inglês significa "cru", é o nome que se dá a um arquivo que contém exatamente o que foi capturado pelo sensor da câmera, sem qualquer processamento. Normalmente, ele é cinco vezes maior que o arquivo JPEG, utilizado para comprimir as fotos. As vantagens de se usar um formato RAW são a preservação integral da imagem, que não é comprimida, e principalmente a possibilidade de ser aplicar determinados ajustes posteriores no computador. O arquivo RAW armazena todas as opções configuradas na câmera, permitindo ainda o ajuste milimétrico do balanço do branco. E não é só isso: arquivos RAW também têm maior latitude de exposição, em torno de 50% que seus rivais JPEG. Esses 50% de informação a mais podem ser usados para alterar virtualmente a exposição da foto, compensando sub ou superexposições acidentais. Mas há algumas
Ana Maria Guariglia
WiFi em alta nas digitais
A
Panasonic apresentará na Photo Marketing Association International (PMAl), que está acontecendo esta semana, em Las Vegas (EUA), a digital Lumix, com WiFi e criada em parceria com a Google. O usuário poderá baixar fotos diretamente – e instantaneamente – para uma conta do Picasa Web Albums.
O teste da câmera foi realizado com taças de vidro e cristal de uma estante do Wine Bar. As fotos foram foram tiradas sob luz natural, que modelou a forma das taças, causando inclusive uma difusão de luz (flare) questões relacionadas ao seu uso. Se o formato RAW é tão versátil, por que não é usado na maioria das digitais compactas? Canon, Nikon e Olympus, entre outras marcas, explicam que o formato é muito maior em relação ao JPEG e demanda cartões de memória com mais espaços, além de exigir mais capacidade operacional do
computador. Por outro lado, o RAW ainda não é um modo padrão como o JPEG. Cada fabricante possui o formato com extensões diferenciadas, como .crw nas digitais da Canon e .nef nas câmeras da Nikon. Para abri-los, há poucas opções, ou usar o programa oferecido pelo fabricante ou o programa de ma-
VÍDEO
O filme favorito cabe no bolso
A
Pinnacle Systems colocou no mercado americano o PinnacleT Vídeo Transfer. A ferramenta permite transferir vídeo analógico para dispositivos de armazenamento USB 2.0, como IPod, sem que para isso seja necessário uso de um micro. Estará disponível no Brasil dentro de três meses (site www.pinnacleal.com). POLÊMICA
EA responde à probição de jogos
A
decisão judicial, válida em todo o território nacional, que proibiu as vendas de cópias dos jogos “Counter Strike” e “Everquest” – por reproduzirem sequestros nas favelas, entre outras cenas – teve a resposta da distribuidora, a Eletronic Arts. Ela informou que as versões originais dos games, aprovadas pelo Ministério da Justiça, não contêm personagens como ‘traficantes’ do Rio ou ‘seqüestrados da ONU’. Segundo a empresa, essas modificações foram criadas e introduzidas por usuários, não podendo, portanto, ser imputadas à fabricante nem à distribuidora daqueles produtos. Até que haja uma decisão final, as vendas dos games estão canceladas. (F.P.)
Além do zoom óptico de seis vezes e da opção de formato RAW para gravação das fotos, só encontrada em equipamentos profissionais, a G9 possui um circuito batizado de iSAPS, que melhora a precisão do flash, do foco e da velocidade
Sergio Kulpas
nipulação Adobe Photoshop. Profissional – A G9 é um modelo compacto topo da linha G tecnicamente falando, e destinada para quem quer quase todos os recursos técnicos e controles manuais para fotografar como profissional, podendo até capturar uma cena em JPEG e RAW simultaneamente. Mas se você não quiser ficar sem bateria, não use o visor eletrônico continuamente. Como constatamos, gasta muita energia. O dispositivo para mudar os modos de fotografar fica na parte de cima do corpo da máquina e dificulta as mudanças. O teste – Para conhecer o desempenho da G9, clicamos fileiras de taças de vidro e cristal para vinho e água, posicionadas em uma cristaleira do Wine Bar, espaço na região dos Jardins, dedicado à degustação da bebida. As fotos foram foram tiradas sob luz natural, que modelou a forma das taças, causando inclusive um flare (difusão de luz), provocado pela iluminação ao passar pela superfície dos cristais. Nota dez pelo desempenho. Preço: a partir de R$ 1.600. (www.unicoshop.com.br)
N
quina, melhor será a experiência do consumidor. A Reactive deve lançar em março um sistema chamado WAVEscape, que vai funcionar como uma mídia publicitária ativada por gestos em shopping centers, lojas e hotéis. A empresa já assinou um acordo com a rede Hilton Hotel and Resorts para instalar 115 unidades até meados de 2008. O sistema da Reactrix usa dois conjuntos de câmeras que captam imagens em estéreo, de modo similar aos olhos humanos. As câmeras, equipadas com luz infravermelha, são capazes de avaliar a profundidade de campo da imagem e traduzir esses dados em ações usando sofisticados algoritmos computadorizados. Com simples gestos de mão, um usuário será capaz de abrir um menu de opções, selecionar itens, localizar pontos em um mapa interativo e até jogar videogames. O computador é capaz de reconhecer as mãos sem confundi-las com outras partes do corpo, permitindo o controle preciso das ações. O WAVEscape pode funcionar em distâncias que variam de poucos centímetros até mais de 5 metros. É também capaz de lidar com múltiplos usuários, o que o torna ideal
A
Sony aproveitará a feira da PMAI para lançar a reflex digital A200, que substitui a A100. O modelo, de 10,2 MP, é compacto e leve em relação às câmeras desse porte. A atração é o foco automático rápido, cerca de 1,7X mais veloz que o modelo A100. Deverá custar US$ 700 para concorrer com as similares.
Melhor custo-benefício
C
om preço anunciado na feira em US$ 99, a filmadora ultracompacta DXG-565V, tem monitor de 2,4" e resolução de 5,1 MP. Os vídeos podem ser transmitidos para MySpace, Facebook e YouTube (site www.dxgusa.com).
sergiokulpas@gmail.com
Detector de movimentos no varejo o filme 'Minority Report', o personagem de Tom Cruise manipula documentos e imagens virtuais através de gestos e movimentos das mãos. A ação do filme se passa em 2054. Mas já existem empresas desenvolvendo produtos e tecnologias que usam esse conceito, permitindo que as pessoas interajam com os computadores e monitores usando gestos de mão ou mudanças na postura corporal. O ponto de partida dessas novas tecnologias é o controle do console Wii, da Nintendo, que transmite a posição do jogador para a ação do videogame. Durante o Consumer Electronics Show no começo do ano em Las Vegas, algumas empresas exibiram seus protótipos de interfaces controladas por gestos. As norte-americanas Reactrix Systems (http://www.reactrix.com/) e Gestur e Te k ( h t t p : / / w w w. g e s t u r etek.com/), e a israelense 3DV Systems estão desenvolvendo sistemas que usam câmeras digitais que registram imagens em 3D e interpretam essas imagens como comandos. Segundo Michael Ribero, CEO da Reactrix Systems, quanto mais natural a interface entre o usuário e a má-
Mais veloz, compacta e leve
para locais de grande movimento, como lojas e centros de compras. Em um ambiente comercial, o sistema será como um anúncio digital. Mas quando os consumidores passarem na frente da tela, a imagem vai chamar sua atenção imitando seus gestos. Quando o cliente se aproximar, as imagens podem se transformar em um anúncio interativo, jogo ou quiosque de informações. Segundo Ribero, o sistema é flexível o bastante para ser adaptar a um grande número de ambientes comerciais. Movimentos – Já a GestureTek tem uma grande experiência em tecnologias de reconhecimento de movimentos. Seus sistemas já foram incorporados pelo acessório EyeToy do console PlayStation da Sony, permitindo que gestos simples controlem a ação de um videogame. O produto mais recente da GestureTek, lançado no início deste ano, chama-se AirPoint, um controle remoto que funciona com duas câmeras e permite que apresentações comerciais em PowerPoint sejam comandadas por gestos. O AirPoint é compatível com o Windows, o que facilita muito a sua expansão. Vincent John Vincent, presidente da GestureTek, diz que sua empresa
está desenvolvendo interfaces comandadas por gestos humanos há 20 anos. Mas agora o desenvolvimento é mais veloz, devido à sofisticação (e barateamento) das câmeras, processadores e outros componentes. Novos softwares também ajudam no reconhecimento mais rápido e preciso dos gestos de mão. A empresa israelense 3DV está concentrando seus investimentos no desenvolvimento de um sistema mais pessoal de reconhecimento de gestos, chamado ZCam. Trata-se de uma câmera não muito maior que uma webcam comum, e que deve custar cerca de US$ 100. Personalização – Com a ZCam, um computador comum pode reconhecer os gestos de um usuário e traduzir esses gestos em ações. Para pequenas lojas e operações comerciais, o sistema pode ajudar a criar quiosques interativos de baixo custo. A câmera registra imagens com infravermelho e pode abrir um menu de opções usando a posição dos dedos. Essas novas tecnologias podem levar a um nível mais amplo de personalização de serviços digitais e auto-atendimento no varejo, por um custo muito menor do que está sendo praticado há alguns anos.
Alta definição e estabilidade
A
nova compacta Kodak Easyshare Z1085 IS também será lançada na feira em Las Vegas e se destaca por capturar imagens e vídeos em High Definition (HD). Possui resolução de 10 MP e zoom óptico de cinco vezes e oferece estabilizador para evitar trepidações (www.kodak.com).
Impressão para profissionais
A
impressora fotográfica HP Photosmart Pro B8850 estará na PMAI e foi projetada para um público que busca resultados profissionais. Imprime fotos de até 33 X 111 cm (formato panorâmico) e com resolução máxima de 4.800 ppp. Estará disponível no Brasil a partir de abril, custando em torno de R$ 900.
Urbanismo Ambiente Saúde Educação
DIÁRIO DO COMÉRCIO
BRASIL PERDE US$ 3 BILHÕES POR ANO
terça-feira, 29 de janeiro de 2008 Wilson Dias/ABr- 08/01/2008
8
Mais de 30 pessoas foram internadas após tomarem a vacina da febre indevidamente.
Doenças crônicas: o negócio é prevenir Até 2015, males como a hipertensão, diabetes e câncer serão responsáveis por 75% das mortes, estima a OMC. O prejuízo para o País deverá ser de US$ 49 bilhões. Maristela Orlowski
O
descuido com a s a ú d e m a t a m ilhões de pessoas a cada ano. O estilo de vida moderno gera grande impacto na saúde da população, aumentando no mundo todo a incidência de doenças crônicas. Diabetes, câncer, hipertensão e obesidade, além de problemas cardiovasculares e respiratórios, representam cerca de 60% das mortes anuais e 46% de todas as doenças existentes. No Brasil, 30% da população, que equivale a 53 milhões de pessoas, sofre de alguma patologia crônica. Além do impacto na saúde, as doenças crônicas provocam grande prejuízo à economia, já que a maioria dos óbitos ocorre entre pessoas economicamente ativas, com idade inferior a 70 anos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil perde US$ 3 bilhões por ano devido às mortes prematuras, provocadas por doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais e diabetes tipo 2. O cenário para o futuro não é animador. Até 2015 – quando as enfermidades crônicas responderão por 75% dos óbitos e 60% da carga global de doenças – as perdas à economia brasileira somarão US$ 49 bilhões. Sem contar os gastos com tratamentos e internações, que chegam a 7% do Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB). Prevenção - E sp e c i a l is t a s apontam uma medida eficaz para evitar esse cenário: a ado-
ção da prevenção, que implica em mudança de hábitos. A estratégia é cuidar da saúde antes mesmo do surgimento do problema. Isso é o que empresas de medicina suplementar e órgãos governamentais estão comprovando em todo o mundo. Vale mais investir na manutenção da saúde do que tratá-la. Todos saem ganhando, pacientes e planos de saúde. Nesse sentido, é possível atuar tanto na prevenção do problema quanto no gerenciamento de doentes crônicos. Ao estimular hábitos saudáveis, por meio de programas de prevenção, é possível diminuir os casos futuros de hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares. Já o gerenciamento do doente que desenvolveu a patologia consiste em orientação sobre o controle da doença e monitoramento regular do quadro clínico, para que ele não se agrave. Hoje, planos de saúde privados atendem cerca de 45 milhões de pessoas no País. O gerenciamento de males crônicos é um dos maiores gastos dessas empresas. Para viabilizar o
negócio, a melhor estratégia é prevenir e cuidar do paciente, antes que a única opção seja internar. Vale tudo nessa hora, desde palestras educativas até visita médica especializada. A Unimed Paulistana, por exemplo, desde 2000 promove saúde e gerencia riscos com o programa Mais Saúde. Atualmente, cerca de cinco mil pessoas participam do programa, fato que se reflete no número de internações, que cai, em média, 15% ao ano. “Além disso, temos o Programa de Assistência Terapêutica (PAT), que oferece assistência em domicílio a pacientes graves, que têm duas a três doenças associadas”, comenta presidente da operadora, o pediatra Mário Santoro Júnior. O presidente da Med-Lar, Roberto Albuquerque, ressalta as mudanças de hábitos de pacientes que participam do programa oferecido pela empresa. “Verificamos que 23% dos que aderem param de fumar, as internações diminuem em 28% e 77% passam a seguir com rigor as prescrições médicas”, afirma.
Fernando Donasci/Folha Imagem 19/01/2005
Até 2015, o excesso de peso da população deverá afetar 67% dos homens e 74% das mulheres
Hipertensão lidera ranking no País A
hipertensão lidera o ranking brasileiro das doenças crônicas, com 10% do total de mortes por ano. A pressão alta está ligada a 80% dos acidentes vasculares cerebrais. Segundo o Ministério da Saú-
de, a incidência da doença varia entre 20% e 30% da população, e chega a 50% entre idosos. Dos 43 milhões de hipertensos, 7 milhões estão em tratamento e 15 milhões (35%) não sabem que têm o problema.
Além disso, 40% da população está acima do peso. A projeção para 2015 é de que o problema atinja 67% dos homens e 74% das mulheres, com um total de 10 milhões de mortes relacionadas à obesidade. (MO)
Temporão critica vacinação dupla Ministro diz que o uso inadequado de medicação supera os casos de febre amarela Ele voltou a dizer que não há do para áreas de risco devem surto e nem risco de epidemia, tomar a vacina. Não tem nee reafirmou que os casos regis- nhum sentido um morador do trados no País são isolados. "É Rio que não vai sair da cidade muito importante que as pes- tomar vacina", disse. soas tenham clareza de que a O ministro afirmou ainda situação está sob que o importante controle. Apenas é que as pessoas as pessoas que que efetivamente vão viajar para a precisam da vaciRegião Norte, a na tenham acesso Temos mais pessoas Centro-Oeste e a ela. "A Fiocruz algumas regiões internadas pelo uso está retomando o dos estados do inadequado da vacina fluxo de entregas M a r a n h ã o , d o do que sob suspeita de ao ministério, esPiauí, de Minas, terem febre amarela tamos fazendo do Paraná, do u m r e m a n e j aministro José Temporão mento e plantão Rio Grande do Sul e de São Pau24 horas. Tivelo, que estão demos casos isolafinidas com clareza no sítio do dos de febre amarela silvestre ministério na Internet, devem em pessoas que infelizmente tomar a vacina", declarou. "Por entraram em área de risco sem exemplo: no Rio, apenas as estarem protegidas", argupessoas que estiverem viajan- mentou o ministro. (AE)
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O
ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse ontem que "aconteceu um fenômeno ruim" no País, ao comentar a grande procura por vacinação contra a febre amarela. "Hoje temos mais pessoas internadas com problemas pelo uso inadequado da vacina do que pessoas sob suspeita de terem febre amarela", declarou. Segundo ele, mais de 30 pessoas estão hospitalizadas por conta de reações "mais severas" provocadas pelo uso da vacina. "Todas essas pessoas não precisavam ter tomado a vacina", afirmou o ministro. "Apenas as pessoas que efetivamente necessitam devem tomar, porque é uma vacina muito eficaz de vírus vivo atenuado e que pode causar reações alérgicas", completou.
Ambiente Educação Tr â n s i t o Urbanismo
DIÁRIO DO COMÉRCIO
MOTORISTA INVADE PONTO DE ÔNIBUS
9 Celso Martinelli/AOG
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Em Minas Gerais, sete pessoas morreram afogadas em um acidente em Araçaí.
Acidentes matam 23 nas estradas de SP Polícia Rodoviária Estadual registrou 749 ocorrências nas rodovias estaduais durante o feriado de aniversário da Capital. No total, 411 pessoas ficaram feridas.
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balanço das estra- cal ficaram feridas. O condutor das paulistas rela- afirmou que ingeriu álcool e tivo ao feriado de usava medicação antidepresaniversário da ci- siva, segundo a polícia. dade de São Paulo registrou Segundo o delegado do 1.º 749 acidentes no período entre Distrito Policial da cidade, quinta-feira da semana passa- Eduardo Boigues Queiróz, o da e anteonmotorista t e m , q u e reAbraão Lausultaram em rindo de Lima 23 mortes e perdeu o con411 feridos. A trole do carro e Polícia Rodoatropelou Fav i á r i a E s t abrício Apareciveículos foram dual também do Lins Caetaapreendidos durante registrou, na no, de 21 anos – operação que morreu no o feriado de montada para local – e Edeval aniversário da cidade o feriado, a José de Freitas, apreensão de 27, que foi sode São Paulo. 455 veículos corrido, mas por irregularinão resistiu aos dades, 230 carteiras de habili- ferimentos e morreu no Hospitação e 1.434 documentos. tal Santa Marcelina. Os três feriPonto de ônibus - Em Ita- dos passam bem. quaquecetuba, na Grande São Outro acidente deixou quatro Paulo, um carro invadiu um pessoas feridas, após um engaponto de ônibus e provocou a vetamento na pista expressa da morte de duas pessoas, na es- marginal Tietê, por volta das 11 trada do Pinheirinho, por vol- horas de ontem. Três veículos de ta das 18h de domingo. Outras passeio, um caminhão e um ônitrês pessoas que estavam no lo- bus de turismo colidiram na pis-
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Antiga rodoviária será desapropriada
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antiga rodoviária de São Paulo, na praça Júlio Prestes, bairro da Luz, na região central, será desapropriada para se tornar a sede da São Paulo Companhia de Dança (SPCD). O governador José Serra (PSDB) fez o anúncio da criação da companhia ontem, na Secretaria de Estado da Cultura. Com a compra do imóvel, o governo do Estado deve gastar R$ 34 milhões para a instalação da companhia e
outros R$ 13 milhões para o funcionamento da SPCD durante o primeiro ano. A companhia será formada por 40 jovens, que serão selecionados entre artistas do Brasil e do exterior. O prédio da antiga rodoviária, conhecido por suas pastilhas coloridas na fachada, foi desativado nos anos 80, com a transferência das atividades para o Terminal Rodoviário do Tietê. Atualmente, o edifício
9 DE JULHO cusado de ser o mandante da morte, em A 1999, de João Carlos Ganme, Ó RBITA
NOVAS ESTAÇÕES uas estações entram em funcionamento hoje de D manhã na Linha F da
Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que liga o Brás à Estação Calmon Viana. As duas ficam na avenida Assis Ribeiro, zona leste. A estação USP Leste é nova e por ela devem passar cerca de 5 mil pessoas por dia. Já a Comendador Ermelino é uma antiga estação que foi reconstruída. A estimativa é que ela atenda cerca de 4 mil pessoas por dia. (AE)
um dos herdeiros do Hospital 9 de Julho, na região central da cidade de São Paulo, Wagner Meira Alves conseguiu adiar o julgamento, que estava marcado para ontem. Meira entrou com um pedido de habeas-corpus alegando o direito de constituir advogado de confiança e à produção de provas pertinentes ao processo. O acusado baseia seu argumento no fato de sua defensora estar com problemas na gravidez e alegou que não poderia comparecer à audiência. É a 12ª vez que ele muda de advogado. Alves é o único dos sete acusados que ainda não foi julgado. (AE)
ta sentido Castello Branco, próximo à ponte Anhangüera. Os veículos ocupavam as duas faixas da direita da via, causando um congestionamento de mais de 13 quilômetros na pista expressa, segundo balanço da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Minas - Sete ocupantes de um jipe morreram afogados no fim da tarde de anteontem, em Araçaí, a 108 quilômetros de Belo Horizonte, após o veículo ter afundado no córrego do Prata. De acordo com o Corpo de Bombeiros de Sete Lagoas, que realizou o resgate das vítimas, o motorista do veículo, ocupado por mais 11 pessoas, tentou atravessar o córrego que dá acesso à cidade, mas o carro foi arrastado pela correnteza. Entre as vítimas, duas crianças e uma grávida. Outras 25 pessoas ficaram feridas, 13 delas de maneira grave, em um acidente envolvendo um ônibus na rodovia BR-267, em Conceição do Rio Verde (MG), na noite de anteontem. (Agências)
Robson Ventura/Folha Imagem
Na Grande São Paulo, motorista perde o controle do carro, invade ponto de ônibus e mata duas pessoas
Marcelo Ximenez/AE
Prédio será adaptado para abrigar a São Paulo Companhia de Dança
abriga o Fashion Shopping Luz. O governo do Estado não informou ontem qual
será o destino das lojas do shopping center. (Agências)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Informática
1 Novas tecnologias podem elevar nível de personalização de serviços no varejo. Pag. 6
NESTA EDIÇÃO
A onda dos pequenos Sites de relacionamento como o Club Penguin e o Habbo se tornaram mania entre crianças e adolescentes do mundo inteiro por oferecem diversão e novas amizades – e com tranquilidade para os pais. Leia Pág. 5
De olho nas câmeras As novidades do mundo das imagens estão no evento Photo Marketing Association International (PMAl), que acontece esta semana, em Las Vegas. Veja uma prévia em nossa vitrine especial. Leia Pág. 6
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mundo virtual parece que anda tão perigoso como a realidade aqui fora. Pelo menos é o que demonstram vários alertas feitos por especialistas de segurança na web. As previsões de ataques a computadores e alvos preferidos dos criminosos não são nem um pouco animadoras para 2008 (assim como aconteceu em 2007), principalmente se levarmos em conta que mais usuários, tanto domésticos como corporativos, ingressam nos serviços online e, com isso, tornam os dados pessoais e de suas empresas bem vulneráveis. Empresas fornecedoras de sistemas de segurança e mundialmente reconhecidas como a McAfee, Panda Security, SonicWALL, BlueCoat, só para citar algumas, têm feito alertas sistemáticos sobre os riscos de invasões nos PCs, ataques de phishings, controle de rede através de programas denominados bots (robôs), fraudes online, com roubo de e-mail dos consumidores e de seus cartões de crédito. Sem falar na outra praga eletrônica, os spams, que prejudicam a produtividade do usuário. Mais de 50% dos e-mails recebidos por usuários domésticos em 2007 eram spams, conforme relata a Panda, enquanto que nas empresas esse índice sobe para 80%. Se o cibercrime não dá trégua, é hora de se pensar em proteção para a empresa, mesmo que ela seja pequena. E como a maioria dos pequenos empresários não conta com uma gerência de TI, o ideal é contratar pacotes integrados com antivírus, antispyware, firewall e controle de acesso à rede, que possam ser atualizados automaticamente e pagos mensalmente ou por ano. Leia mais nas páginas 2 e 3
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Inter net On Segurança Empesas
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A Hauri lançou um pacote de segurança que custa apenas R$ 7 mensais por máquina protegida.
CRESCE A OFERTA DE SOLUÇÕES PARA SEGURANÇA
Proteção na medida Novos pacotes dos fabricantes integram antivírus, anti-spam, firewall e facilitam a proteção dos pequenos negócios
pequena corretora de seguros AC Gonzaga, de Barueri, se comunica com as companhias seguradoras e com seus clientes pela internet desde 1998, e não agüentava mais gastar dinheiro com a ida de técnicos até a empresa para formatar os discos dos computadores, limpar os vírus que chegavam constantemente nas máquinas, eliminar os spywares e spams, sem contar a demora que tudo isso ocasionava prejudicando a produtividade.
BARBARA OLIVEIRA Mas a escolha, feita há alguns anos, por um pacote de segurança tradicional de prateleira não foi a mais acertada, porque precisou de uma pessoa para instalar o produto nas cinco máquinas e ainda torcer para que o funcionário encarregado da atualização se lembrasse do compromisso, o que acarretava a paralisação do trabalho. Ainda assim, os vírus continuavam a incomodar. Foi só há três anos que a sócia-proprietária da AC Gonzaga, Aline Gonzaga, decidiu investir num serviço geren-
ciado de segurança da McAfee, o Total Protection para Small Business, voltado para pequena e média empresa, e com atualização automática a cada vez que os computadores são conectados. “Adeus técnicos, vírus e ameaças. Agora está tudo sob controle e de forma ágil e automática, porque a atualização é online, sem interferir no trabalho do funcionário ou exigir sua participação”, diz Aline, que contratou o serviço por R$ 35 mensais pela licença das cinco máquinas através de uma revenda da McAfee (a NetSafe). “Este modelo de comercialização não exige conhecimento técnico, o que muitas vezes é uma carência nas pequenas empresas”, observa o engenheiro de sistemas da McAfee, Alexandre Moraes. O Total Protection for SMB é enviado por um link de instalação personalizada e bloqueia vírus, spywares, spam, phishing e ataques de hackers no roubo de identidade nos desktops e e-mails, tudo numa solução integrada e atualizada online. O software está instalado no servidor da McAfee, nos EUA. “Se o funcionário entrar em algum site não seguro ou receber um e-mail com vírus, ele recebe um aviso de que a ação é perigosa e direciona o conteúdo infectado para o Security Data Center para a varredura e limpeza”. Os preços do serviço gerenciado do Total Protection são variáveis, dependendo do número de licenças, mas se forem 20 usuários, a assinatura anual sairá por R$ 921,20 ou R$ 76,77 por mês. Para incrementar ainda mais esses pacotes de segurança, a empresa está agregando ao seu portfólio um novo produto para evitar perda de dados, o Total Protection for Data com tecnologia de criptografia. Ou seja, protege a empresa contra roubos ou extravios de notebooks, já que criptografa os dados confidenciais, tanto dos computadores como dos dispositivos móveis para serem usados só por quem tem a autorização. Se eles forem roubados ou perdidos, os dados são inutilizados. Os e-mails corporativos, mensagens instantâneas, transferência e compartilhamento de arquivos também são monitorados pelo sistema. E-mail seguro - Também para o perfil de pequenas e médias empresas, a SonicWALL lançou o software Email Security para proteger as caixas postais de spams, phishing, vírus e ataques a diretório e de negação de serviço. A proteção vale para e-mails enviados e recebidos e permite a segurança
Captura de tela
de, no mínimo, 10 caixas de entrada (protege até 100 mil caixas). O programa pode ser instalado em um servidor Windows. Outra solução para escritórios e u s u á r i o s d o m é s t i c o s d a S onicWALL é o Anti-Spam Desktop, para clientes do Outlook e que funciona com o e-mail recebido via POP, Exchange ou IMAP, avaliando as mensagens à medida que chegam e direcionando os spams e phishings nas pastas respectivas (Junk Mail e Phishing Mail) e as mensagens legítimas na pasta Inbox. A Blue Coat Systems é outra empresa de segurança, ainda nova no Brasil, e com vendas por meio dos distribuidores Westcom e Afina. Um produto interessante para empresas com funcionários trabalhando em notebooks fora do escritório é o ProxyClient, que será lançado em março no Brasil. O software, segundo o gerente-geral da Blue Coat no Brasil, André Cassino, estende aos laptops a segurança da rede corporativa, protegendo-as de várias ameaças eletrônicas, com filtros web, estejam elas onde estiverem.
Anti-Spam desktop, da SonicWALL: voltado para clientes do Outlook, funciona com o e-mail recebido via POP, Exchange ou IMAP, avaliando as mensagens à medida que chegam à caixa postal do usuário
SERVIÇO www.mcafee.com.br ou (11) 5180-6600 http://www.sonicwall.com/us/ products/anti-spamdesktop.html ou (11) 5095-3490 www.bluecoat.com ou www.afina.com.br
Hauri: pacote antivírus de aluguel para pequenas empresas
Divulgação
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egurança deve ser coisa séria, mesmo nas empresas de pequeno e médio porte, onde a presença de gerentes de TI ou de redes é coisa rara. Foi pensando nesse perfil de consumidores (as PMEs) com 20 ou 30 máquinas em uso, que a Hauri Brasil desenvolveu um pacote de segurança para ser gerenciado remotamente, com a opção do aluguel mensal e a preços bem acessíveis. “Muitas vezes, as empresas de médio porte deixam de proteger suas redes locais para evitar custos elevados com a compra de licenças, contratação de pessoal especializado e manutenção do sistema”, observa o especialista em segurança e diretor da Hauri Brasil, Paulo Tonetto. Para facilitar a vida desses pequenos e médios empreendedores e garantir que eles tenham a
Tonetto: aluguel de segurança a partir de R$ 7 por máquina
segurança necessária e com vários recursos adicionais, além do antivírus, a Hauri está lançando um pacote facilmente configurável, com preços a partir de R$ 7 por máquina, informa Tonetto. “Oferecemos o pacote como um serviço alugado, em vez de ele pagar uma licença anual e que chega a custar quatro vezes mais”, diz o executivo. Se a empresa tiver 20 máquinas, ela pagará um aluguel de R$ 140. A idéia da Hauri – empresa com capital coreano e brasileiro e dedicada a softwares de segurança – é oferecer esse pacote tanto para os usuários diretos dessa ferramenta (dentro da empresa) mas, também, para os prestadores de serviços externos e encarregados de gerenciar remotamente a rede do cliente. Estes últimos, aliás, são o foco principal da comercialização da Hauri para o antivírus, já que as empresas não precisariam ter um gerente de
rede ou de TI sempre disponível no escritório, caso ocorra alguma pane no sistema. Com o gerenciamento remoto, o prestador de serviço fica fora da empresa e acessa a rede a distância, resolvendo os problemas que aparecerem, e o cliente economiza em custos com pessoal e locomoção. Além disso, observa Tonetto, “o prestador de serviço sai ganhando, pois na medida em que melhora o atendimento, ele consegue a fidelização do cliente. O pacote antivírus, da Hauri, tem várias funções que protegem as redes das pragas eletrônicas. Ele gerencia softwares e hardwares da empresa e faz inventários periódicos. Avalia quais são os programas perigosos para a entrada de vírus como os peer-to-peer (mensageiros eletrônicos, por exemplo), abre uma porta dentro da rede exclusiva e interna para esses programas; "vê" as pastas
compartilhadas pelos usuários, inventaria as atualizações disponíveis para os softwares que precisam de atualizações e faz essa tarefa (se o gerente permitir). Tudo distribuído pela rede e feito remotamente. “Quando o usuário detecta que o Word deu problema, ele não precisa botar a culpa no antivírus (como costuma acontecer), pois o prestador de serviço percebe o erro e faz a correção pela rede”, esclarece Tonetto. Outro exemplo: se o servidor de e-mail precisa ficar fora do ar por algum tempo para atualização de software, o sistema alerta – com um pop-up na tela – o grupo de usuários (o pessoal da contabilidade, por exemplo) de que o servidor sofrerá um update. “Todas essas funções estão incluídas no motor do antivírus, que oferece ações proativas para diminuir os riscos externos”, diz o executivo da Hauri. Mais informações pelo site www.hauri.com.br (B.O.)
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INFORMÁTICA - 3
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Nacional Finanças Tr i b u t o s Empresas
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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AS POLÊMICAS DO NOVO REGIME TRIBUTÁRIO
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de janeiro é o último dia, neste ano, para as empresas optarem pelo Simples Nacional.
NOVO REGIME TRIBUTÁRIO NÃO CONQUISTA A UNANIMIDADE ENTRE EMPRESÁRIOS E CONTABILISTAS
O SUPERSIMPLES, AINDA 'COMPLICADO'. Silvia Pimentel
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leito como a grande novidade tributária do ano passado, o Simples Nacional aumentou a carga de impostos para a maioria das micros e pequenas empresas que estavam no regime anterior. Essa é avaliação de contabilistas seis meses depois da entrada em vigor do sistema que unificou o pagamento dos tributos federais, os impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e sobre Serviços (ISS), e é um dos capítulos mais importantes da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. Mas o chamado Supersimples ainda pode se tornar mais atrativo, caso seja aprovada a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 126, que está na Comissão de Finanças e Tributação na Câmara dos Deputados. Entre as mudanças sugeridas, a permissão para que micros e pequenas empresas participantes do sistema transfiram créditos do ICMS nas vendas para outras firmas. "Foi a proposta (Simples Nacional) possível de ser aprovada. O empresário que detectar aumento da carga fiscal tem a opção de partir para o regime do lucro presumido", rebate o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB), autor da PEC. De acordo com o parlamentar, a proposta para aperfeiçoar o sistema deverá ir a votação em plenário em fevereiro ou mar-
Luciana Konishi/Hype
Paulo Pampolin/Digna Imagem
Masao Goto Filho/e-Sim
Chapina: é complexo demais.
Motta orienta a refazer as contas
Durante defende créditos do ICMS
da lei, em 15 de dezembro do ano passado, foram seis meses de trabalho exaustivo para pôr o regime em funcionamento", lembra o consultor da Confirp, Welinton Motta, que ficou responsável por esmiuçar a legislação na empresa. Como ainda é visto com desconfiança, a principal recomendação dos especialistas é fazer as contas para verificar se realmente vale a pena a adesão ao regime. Desde sua entrada em vigor, o Supersimples já arrecadou R$ 6,55 bilhões. Desse total, R$ 4,73 bilhões foram para a União, R$ 1,4 bilhão para os estados e R$ 425,12 milhões para os municípios. O presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo (Sescon-SP), José Maria Chapina Alcazar, também reclama da complexidade. "As tabelas e fórmulas matemáti-
cas e o acompanhamento mensal exigem grande esforço dos profissionais da contabilidade", aponta. E o pior, ressalta, é que esse trabalho extra dos contabilistas não está sendo repassado para os clientes, que já reclamam da alta carga tributária. "Infelizmente, não foi o Supersimples esperado pela sociedade", critica. Para o próximo ano, Chapina Alcazar recomenda aos empresários que escolheram esse regime de tributação refazer suas contas para checar se realmente o sistema traz vantagens. "A troca de sistema tributário começa em janeiro. E quem tiver aumento de carga tributária poderá migrar para os regimes de lucro real ou presumido", explica. Na opinião do assessor de relações institucionais do Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo (Sindilojas),
Marcos Galindo, o comércio no Estado de São Paulo não obteve nenhuma vantagem tributária com o Supersimples. Ao contrário, os empresários do setor antes recolhiam uma alíquota de 3%, que passou para 4%. "O fisco estadual prometeu manter os benefícios previstos na legislação anterior, mas até o momento isso não ocorreu", concluiu. Adesão – Para 2008, quem quiser aderir ao Supersimples poderá fazer a opção até o dia 31 de janeiro, pelo Portal da Tributação, na página da Receita Federal na internet (www.receita.fazenda.gov.br). As empresas já optantes só precisam fazer um novo pedido caso a opção válida em 2007 esteja desativada. O contribuinte que tiver pendências com os fiscos, em qualquer esfera, receberá um comunicado para que acerte sua situação.
Prazo termina no dia 31 Renato Carbonari Ibelli prazo para as micros e pequenas empresas já constituídas aderirem ao Simples Nacional (Supersimples) termina nesta quintafeira, dia 31. Já as novas empresas podem optar pelo regime simplificado de tributação ao longo do ano. Desde o início de janeiro, o Comitê Gestor do Simples Nacional recebeu 205.275 pedidos de adesão. Desses, 98.184 estão com pendência fiscal na Receita Federal do Brasil (RFB) ou nos estados e municípios.
Outras 77.762 solicitações foram deferidas imediatamente e 13.453 indeferidas por problemas cadastrais. As solicitações de empresas em início de atividade chegaram a 13.522 até a tarde de ontem. Um total de 8.426 empresas foi excluído do Simples Nacional em 2008. Dessas, 8.408 estavam no regime simplicado em 2007 e solicitaram a exclusão neste ano. Outras 12 fizeram a opção e também cancelaram o pedido em janeiro de 2008 e seis foram excluídas por medidas judiciais.
ço, logo após o retorno dos trabalhos no Congresso. "Já foi construída uma boa parte do acordo. Falta apenas o arremate", informou. Entende-se por arremate o sinal verde da Receita Federal para que as mudanças sejam implementadas. Outra alteração aguardada, que consta da proposta, é a exclusão do anexo 5 da tabela do Supersimples, que possui alíquotas mais altas e tributa segmentos que antes estavam impedidos de recolher seus impostos de forma unificada. A idéia é incluir esses segmentos no anexo 3, que embute a contribuição à Previdência Social na alíquota única do Supersimples.
"Essas alterações mostram a sensibilidade do Legislativo, que reconheceu a necessidade de aperfeiçoamento do sistema", avalia o consultor do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae), em São Paulo, Júlio Dur a n t e . P a r a o c o n s u l t o r, a possibilidade de aproveitamento de créditos do ICMS, que ele considera como a mudança mais importante, vai diminuir a carga tributária das empresas participantes do regime tributário. A votação – Além de ser mais oneroso para as empresas, o Supersimples não faz jus ao nome, na opinião dos contabilistas. "Desde a publicação
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2 - OPINIÃO
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A COMPARAÇÃO DE UMA REUNIÃO DE POLÍTICOS COM A SANTA CEIA É UMA GAFE E UM ATO-FALHO
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tempo de todos nós está cada vez mais curto e nossas tarefas mais extensas e intermináveis, mas você deve estar se perguntando o que o fator tempo tem a ver com o pontode-venda? Tudo. Se cruzarmos os dados das nossas pesquisas, comparando o comportamento do consumidor do Supermercado e do Hipermercado de 1998 com o de 2004, percebemos a redução do tempo de permanência dentro desses estabelecimentos em quase 50%. A necessidade dos itens de compra são as mesmas e o tamanho do espaço no pontode-venda (PDV) também. Isso significa menor tempo de compra por item. Para piorar esse quadro, os consumidores têm menos tempo para se informar sobre os produtos por meio da mídia tradicional, dificultando a decisão de compra. E as tarefas extensas fazem com que naturalmente as compras se tornem cada vez mais objetivas e isso significa menos compra por impulso. Porém, esse cenário só se tornará diferente se o pontode-venda oferecer soluções que possam criar a “compensação” para a situação. Será preciso criar ambientes de compras mais agradáveis e atraentes para neutralizar a tendência da “compras objetivas”. Com arquiteturas confortáveis e sedutoras, comunicação visual bem elaborada e uma preocupação com a técnica de iluminação, será possível oferecer uma experiência agradável de compra, tornando mais subjetiva e também mais tolerante a seus próprios desejos.
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uanto à comunicação sobre os produtos e serviços, temos que oferecer mais possibilidades, informações visuais e escritas para auxiliar o consumidor a decidir a sua compra, já que não teve tempo para informações anteriores sobre o produto ou serviço. E as ferramentas que irão auxiliar nesse desafio, são
Céllus
O PRAZER DE IR ÀS COMPRAS G O consumidor tem
pouco tempo para fazer compras. Por isso, o futuro está em ajudá-lo a consumir, oferecendo prazer e boas experiências de compras em todos os tipos de pontos-de-venda.
A Santa Ceia evocada por Lula
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evando mensagens promocionais, informações sobre produtos e lançamentos, e até conteúdo como receitas e utilidade pública, assim como dados sobre o tempo e a temperatura. O futuro é ajudar o consumidor a consumir, oferecer mais prazer e boas experiências de compras em todos os tipos de ponto-devenda.
o artigo Alquimia do poder de nossa autoria, recentemente publicado neste jornal, especulávamos sobre o que teria levado Lula a declarar "estar atingindo a perfeição". Por quê? E no quê? E atribuíamos essa sua impressão a um fato objetivo que justificaria qualquer um por se sentir assim: o de um simples operário aposentado chegar à presidência da República. Daí para diante, iniciando sua tournée pelo mundo, diante da pompa e circunstância com que era recebido nos mais altos círculos do poder mundial, já sendo um homem perfeito, ele só poderia crescer em obesidade do ego, inflado pelo narcisismo. E foi o que aconteceu. A cada aparição sua em público, dava a impressão de que para seus ouvintes e espectadores apenas sacudia os dedos, enquanto na realidade estava se admirando no espelho de si próprio. E com a reiteração dessa prática foi se inflando a tal ponto que passou a levitar. E já era impossível saber em que alturas ele se achava. Ao baixar do empíreo para o augusto salão onde se viu ladeado pela multidão excelsa dos 37 ministros, que nomeara como os principais dignatários de sua corte, sentiu um tal arrebatamento que não encontrou outra expressão para se manifestar se não denominando aquilo de Santa Ceia. Obviamente, a designação não tinha qualquer cabimento. A Santa Ceia ocorrera uma única vez na história, há mais de dois milênios. Sequer nos semblantes e nas vestes os ministros tinham qualquer aparência apostolar. Os apóstolos eram apenas 12 e os ministros 37. Entre os apóstolos havia um Judas, mas na reunião ninguém foi beijar a face do mestre. Mas se é que uma reunião ministerial era mesmo uma Santa Ceia, embora sem comida nenhuma à vista, quem seria aquele que a convocara? Obviamente, Lula estava brincando, o que nos confere o direito de brincar também, mesmo não sendo presidente de república nenhuma. Justamente por isso, é que podemos brincar em relação a um acontecimento que deveria se revestir da maior seriedade e não passou de uma chanchada. Na realidade, o que se passou nessa reunião ministerial não foi propriamente, como ela deveria ser, um ato administrativo para o qual um presidente convoca seus ministros com a finalidade de definir objetivos, estratégias e entrosamento dos diferentes ministérios no que for decidido fazer. Lula é provavelmente o presidente que convocou o menor número de reuniões com seus ministros, que formam o escalão superior das decisões políticas e administrativas do governo. Essas, no governo Lula são tomadas off-line pela cúpula do PT.
CHAN WOOK MIN É PRESIDENTE DA POPAI BRASIL, FORMADO PELA PUC EM PUBLICIDADE, COM ESPECIALIZAÇÃO EM MARKETING
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peças de merchandising que organizam e expõem melhor os produtos em geral, com informações anexas. Displays, comunicadores de gôndolas, caixas back-lighte cartazes. Outra ferramenta recente, é a de um sistema de comunicação, no qual na ponta a informação chega aos monitores tipo LCD de diversos tamanhos, colocados nos lugares estratégicos como no meio da gôndola, ou fixados em displays, vitrines e, também, em grande formato, na entrada do corredor de uma determinada categoria.
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mesmo nessa reunião, o que fez foi mandar os ministros conversarem entre si, como se o papo entre aqueles ministros pudesse adequadamente substituir uma reunião do corpo ministerial. Passava-lhes um pito por uma deficiência que não era deles, pois reunião ministerial depende de uma convocação presidencial. E após a fala presidencial e alguns tópicos gerais abordados sumariamente, passou-se em seguida a conversar sobre política com "p" minúsculo, para saber que partidos e que personagens levariam o quê.
Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio
Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luizo@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Adriana David, André Alves, Davi Franzon, Dora Carvalho, Eliana Haberli, Fátima Lourenço, Felipe Datt, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Jane Soares, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Marcus Lopes, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro , Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60
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reunião ministerial com a Santa Ceia, o encontro descrito na Bíblia de Jesus com seus apóstolos. O narcisismo chegou às alturas. Nem nos semblantes e nem nas vestes, os ministros lembram os 12 apóstolos. Por Benedicto Ferri de Barros
Vá lá que se releve esse modo de "governar". Cada um dá o que tem. E Lula desde o início declarou que não sabia de nada, não estava nem aqui e até continuou preferindo, como sempre esteve, passear pelo no mundo de Aero-lula e pontificar messianicamente. Provavelmente, é também o presidente que mais tempo passou fora do País. As falas e atos de um adulto são produto de sua formação. E essa formação, no que tem de essencial e dominante, é influenciada pelos que foram seus mestres, modelos, gurus. O guru de Lula foi Fidel Castro, a quem visitou em Cuba durante muitos anos sucessivos. No dia 15 deste mês, Lula foi a Cuba, pela segunda vez como presidente do Brasil, e entrevistouse com Fidel. A entrevista durou duas horas e meia, durante as quais Fidel falou por duas horas e Lula por 30 minutos.
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o Brasil, a mídia deu pouca divulgação ao fato, mas a entrevista foi divulgada pela principal imprensa mundial na íntegra. Fidel começou por declarar que Lula não era um revolucionário extremista e, em seguida, passou a uma preleção claramente marxi-comunista. Lula, que usava uma gravata vermelha, declarou entre outras coisas: "Eu sou da geração que é apaixonada pela revolução cubana. Eu tenho carinho especial pelo Fidel. Visito Cuba desde 1985 e estou torcendo para o Fidel ter uma recuperação extraordinária." E aí está, no testemunho dos próprios personagens, uma das possíveis explicações do que sucedeu na reunião ministerial. O marxi-comunismo mesclado com o engajamento religioso produz coisas assim. O que subsiste de mais relevante dessa reunião é a gafe da comparação de uma reunião de políticos com a Santa Ceia, gafe que os psicólogos chamariam de atofalho, que é uma expressão do eu profundo quando o ego escapa ao controle do superego e faz uma besteira ou confessa uma bobagem qualquer. Mencionar a Santa Ceia num ato mundano, se não chega a ser um sacrilégio é pelo menos um pecado mortal. Que pensará ou dirá a maioria do eleitorado católico de Lula, se tivesse alguma coisa a dizer, ou as autoridades eclesiásticas, que o ajudaram.a galgar a presidência? Já estávamos acostumados às suas abobrinhas, mas a menção à Santa Ceia não é uma abobrinha. É uma jaca. E de bom tamanho.
O carnaval das ONGs
Presidente Alencar Burti
Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br
G O presidente Lula compara
ARTHUR CHAGAS DINIZ
O
governo repassou R$ 2,8 bilhões às Organizações N ão -G ov er na me nt ai s (ONGs) em 2007, um aumento de 40% em relação à média dos últimos 15 anos que foi de R$ 2 bilhões. Reconhecem as autoridades que não têm nenhum controle sobre essas organizações "não" governamentais (imagine se fossem!), seja quanto à execução dos projetos, seja quanto aos seus resultados.
L
evantamento realizado pelo jornal O Globo mostra que boa parte das ONGs é dirigida por políticos e seus afortunados parentes. As ONGs não têm nenhuma obrigação de realizar licitações para compras ou quaisquer contratações, por mais
G Levantamento
realizado pelo jornal O Globo mostra que boa parte das ONGs é dirigida por políticos e seus afortunados parentes. vultosas que sejam. As ONGs têm beneficiado campanhas de seus "padrinhos", deputados e senadores com doações feitas através de pessoas físicas teoricamente prestadoras de serviços às mesmas. Em lugar do mensalão, essas ONGs repassam recursos a seus patrocinadores. O presidente do Senado vai dis-
cutir medidas que possam inibir a concessão por parte de parlamentares de recursos orçamentários para entidades ligadas a políticos ou familiares _ o que deveria se caracterizar como procedimento antiético do responsável, mas, como diz o próprio parlamentar, depois de Renan fica difícil cassar alguém por comportamento ilegal, ilícito ou aparentado. Lulla que, dentro da gastança instalada no País, encontra dificuldades para cortar R$ 20 bilhões no orçamento, bem que podia começar por podar as ONGs – claro, sem esquecer os amigos do MST e a Universidade dos Sem-Terra, projetos políticos de mais longo alcance. ARTHUR CHAGAS DINIZ É PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL
JOÃO DE SCANTIMBURGO OS MINISTROS E A SUCESSÃO
P
ara citar um único caso que o governo não dá solução, cito o desmatamento da Amazônia. Já foram desmatados mais de 3.233 km quadrados de mata virgem só no final do ano passado sem que o governo tomasse conhecimento dos vândalos que ocuparam aquele território para destruí-lo em nome da economia. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, quer mais dedicação política dos ministros. Ele já tem uma candidata pronta para ser lançada que é a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que demonstrou no cargo suas qualidades burocráticas e de inspeção de outras Pastas, atenta ao que fazem do seu tempo e da sua administração os que integram o conjunto governamental. A ministra Dilma Rousseff está bem preparada para ser a sucessora de Lula no governo. Atualmente, a mulher está na moda, veja-se o caso da Argentina e do Chile com as suas presidentes Cristina Kirchner e Michelle Bachelet, que estão dando muito bem conta do recado, apesar das dificuldades enfrentadas por seus países.
G O presidente Lula
já tem uma candidata para ser lançada em 2010: é a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. A política sempre foi um negócio de homens. O Brasil, por exemplo, não teve nenhuma mulher candidata à presidência da República, mas isso não quer dizer que não pode vir a ter. Capacidade não falta, embora seja uma tarefa que exorbita a capacidade feminina para os conchavos políticos e os ardis administrativos.
A
experiência tem demonstrado que os homens na presidência ou nos governos dos Estados malogram por descuido diante dos problemas que têm para resolver, como o do desmatamento da Amazônia. Os ministros são, na verdade, cabos eleitorais de grande categoria. Como foi Alexandre Marcondes Filho, ministro do governo Vargas, feito Senador como recompensa às suas habilidades políticas que vinham desde o velho PRP. Os ministros têm influência grande na máquina do governo. É saber aproveitá-los como parece estar querendo fazer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que receberá o troco aumentado pelos ministros. A política é uma arte de combinações, e fazem parte dela: Antônio Carlos, Cirilo Júnior, Pedro Aleixo, Tancredo Neves e outros que me dispensam em citar. Enfim, não é descabido considerar os ministros cabos eleitorais a serviço do presidente. É o que está fazendo o presidente Lula. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
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Finanças Empresas Nacional Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
The WSJ diz que o Leão não pode continuar espremendo o público para sempre
BALANÇA COMERCIAL É PRESSIONADA
THE WALL STREET JOURNAL AFIRMA QUE O BRASILEIRO NÃO AGÜENTA MAIS TAXAÇÕES
"IMPOSTOS CHEGARAM AO LIMITE"
O
Brasil está chegando ao limite da tolerância a impostos, segundo artigo publicado ontem pelo jornal norte-americano The Wall Street Journal. O diário citou a derrota da renovação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) no Congresso, no mês passado, como um sinal de que a classe política "está finalmente acordando para o fato de que o governo não pode continuar espremendo o público para sempre". "O fim de qualquer imposto, em qualquer lugar do mundo, é uma boa notícia econômica, mas num país como o Brasil, é só um pouco menos impressionante do que foi a queda do Muro de Berlim para o Leste Europeu", disse o WSJ. O diário lembrou que os impostos sobre a produção do setor privado no Brasil são "extraordinariamente altos, e estão diretamente relacionados ao baixo crescimento econômico crônico do período pós-ditadura militar. Se Brasília estiver começando a temer que o aumento de impostos traz custos políticos, uma mudança épica pode estar a caminho".
Nos países em que uma boa parte dos eleitores é de classe média, o aumento de impostos já atingiu um limite. The Wall Street Journal Para The Wall Street Journal, no entanto, o fim da CPMF não significa ainda que o Brasil esteja caminhando para uma economia liberal em breve. "Mas o golpe contra os impostos contradiz o argumento de que a maior economia da América Latina esteja indo pelo caminho socialista dos satélites de Cuba e Venezuela, como a Bolívia, Argentina e Equador. O Brasil, na verdade, está tendendo à modernidade, apesar das amarras do grande governo. Só o ritmo é fraco." O jornal afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou manter a CPMF com o argumento de que seus recursos seriam usados no esforço por maior igualdade so-
cial, "mas uma visão mais cínica é a de que esta é a escola de caudilhos fora de moda, que se agarram ao poder distribuindo clientelismo. Nos países em que uma boa parte dos eleitores é de classe média, que têm mais a perder do que a ganhar com políticas fiscais que punem aspirações econômicas, o aumento de impostos já atingiu um limite". O WSJ acrescentou que "se os brasileiros estão acordando para o problema, pode ser porque, depois de anos de hiperinflação, a estabilidade monetária parece ter finalmente se firmado, fazendo maravilhas para o poder de compra e de poupança de milhões. Isso, somado à valorização global das commodities, está produzindo uma classe média emergente, que agora está se impondo politicamente." O jornal avaliou a complexidade do sistema fiscal brasileiro, afirmando que ela serve ao propósito político de criar empregos públicos. Para o WSJ, um problema mais fundamental é que a esquerda brasileira parece não perceber que um sistema fiscal simplificado provavelmente aumentaria a arrecadação. (AG)
BALANÇA A
Importações disparam
s importações cresceram duas vez mais que as exportações nas quatro primeiras semanas de janeiro, seguindo a tendência verificada desde meados do ano passado. Ainda assim, a balança comercial teve um saldo positivo de US$ 748 milhões, resultado de US$ 10,858 bilhões em compras externas e de US$ 10,11 bilhões em vendas, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Nos primeiros 27 dias de janeiro de 2007, a balança registrou superávit de US$ 2,517 bi-
lhões. Nas quatro semanas do mês corrente, a média diária de exportações chegou a US$ 603,2 milhões, 20,8% mais que em janeiro do ano passado. A média diária de importações, por sua vez, de US$ 561,7 milhões, foi 45,9% maior. Houve variação positiva nas compras externas de 20 dos 23 principais produtos adquiridos pelo Brasil. Entre os dez mais importantes artigos importados, três cresceram mais de 100% – veículos, adubos e fertilizantes e cereais para moagem. As três maiores compras envolveram os equipa-
mentos mecânicos (US$ 1,658 bilhão), combustíveis e lubrificantes (US$ 1,436 bilhão) e equipamentos elétricos e eletrônicos (US$ 1,252 bilhão). Nas exportações, houve expansão em todos os segmentos. As vendas de produtos básicos aumentaram 21,2%; as de semimanufaturados, 22%, e as dos itens manufaturados tiveram elevação de 19,4%. Dos 18 principais setores exportadores, houve queda apenas nas vendas de produtos elétricos e eletrônicos (-3%), açúcar (-40,8%) e suco de laranja (-28,3). (AE)
Portos vão ganhar profundidade
A
contratação de empresas estrangeiras de dragagem, adotada nos portos de Suape (PE), Fortaleza e Aratu (BA), será estendida a todo o País, segundo o ministro da Secretaria Especial de Portos da Presidência da República, Pedro Brito. "Levaremos em conta o modelo de dragagem por resultado, que dá prioridade a tecnologias com maior capacidade de realizar o serviço, trazendo empresas internacionais, e garantindo menor preço e mais rapidez no aprofundamento dos portos", afirmou. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) prevê R$ 1,4 bilhão até 2010 para as obras de dragagem – remoção de solo para aumento da profundidade dos portos. Isso representa pouco mais da metade dos R$ 2,7 bilhões previstos para o setor. Para o ministro, a modernização dos portos é essencial
para aumentar a presença do Brasil no comércio mundial. "Até há pouco, a participação do País no comércio internacional era inferior a 1%. Até o final deste ano, deve chegar a 1,5%. Mais de 90% desse comércio passa pelos portos", disse Brito. Segundo ele, após a revitalização, esses terminais de carga nacionais nada ficarão devendo aos estrangeiros. "A única diferença será em relação à escala", acrescentou. "Porque os portos europeus e asiáticos trabalham com volume muito maior que os nossos, por uma questão de mercado, de demanda de carga e geográfica. Em termos de eficiência, modernidade, atendimento, rapidez e confiança, estaremos em pé de igualdade". Brito iniciou oficialmente, no Píer Mauá, no Rio de Janeiro, as comemorações dos 200 anos de abertura dos portos brasileiros ao comércio externo. O ministro foi recepciona-
do por atores do grupo Luzes da Ribalta, caracterizados de D. João VI e Carlota Joaquina, dos quais recebeu uma réplica da Carta Régia de Abertura dos Portos às Nações Amigas. A carta foi assinada pelo príncipe regente de Portugal em 28 de janeiro de 1808, em Salvador, quatro dias após a família real desembarcar no Brasil. Ele ressaltou que a modernização dos portos brasileiros respeitará o ambiente. "Vamos minimizar todos os riscos para que nenhum projeto, apesar de importantíssimo para o País, possa comprometer a segurança ambiental", destacou Brito. O ministro elogiou a iniciativa da Companhia Docas do Rio de Janeiro e da Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema) que firmaram termo de cooperação técnica para a adequação do setor portuário fluminense às normas ambientais. (AE)
Trigo com alíquota menor?
A
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) pediu ontem que a tarifa de importação estabelecida para o trigo plantado fora dos países do Mercosul, com alíquota de 10%, seja reduzida. Assim, o Brasil poderá comprar o volume necessário para garantir o consumo interno deste ano, e que não poderá ser atendido nem pela produção local nem pela importação do produto argentino.
De acordo com a entidade, dos 10,5 milhões de toneladas de trigo a serem consumidas neste ano, 3,5 milhões serão produzidas internamente, e 2,5 milhões de toneladas serão adquiridas da Argentina. Mais 4,5 milhões de toneladas do cereal terão de ser compradas em outros mercados. Segundo a Fiesp, o País não poderá importar esse volume e pagar um imposto de 10%, sob pena de essa alíquota incidir sobre toda a cadeia do trigo,
onerando o pãozinho, a massa e o biscoito. Os representantes da entidade se reuniram ontem por cerca de duas horas com o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim. Durante o encontro, a Fiesp apresentou a solicitação de redução da alíquota para o volume de trigo que o Brasil vai precisar importar de outros mercados que não a Argentina. Ao sair da reunião, o ministro não comentou o assunto. (AE)
EUA: novo plano é sugerido.
O
presidente do Comitê de Finanças do Senado dos Estados Unidos, Max Baucus (democrata por Montana), apresentou ontem um plano de estímulo à economia de US$ 156 bilhões, que difere daquele proposto na semana passada pelo presidente George W. Bush. A principal modificação é a inclusão de cheques de até US$ 500 para trabalhadores aposentados cuja única renda seja a pensão. A proposta de Bush será analisada pela Câmara dos Deputados amanhã. Nos últimos dias, o presi-
dente americano tentou pressionar o Senado a aceitar o projeto da Câmara, negociado na semana passada com o secretário do Tesouro, Henry Paulson. "A Casa Branca afirma que nós não devemos retardar a aprovação ou rejeição do pacote de estímulo", disse Baucus. "Eu concordo. Nós vamos melhorá-lo e aprová-lo imediatamente". Quinta-feira, o presidente Bush informou que o Executivo havia chegado a um acordo com o Congresso para a aprovação de um pacote de medidas para evitar que a economia
entre em recessão. O plano, composto basicamente por renúncias tributárias para pessoas físicas e incentivos fiscais para o investimento corporativo, totaliza cerca de US$ 150 bilhões. Uma das medidas prevê o envio de cheques de entre US$ 600 e US$ 1.200 para os cidadãos, além de US$ 300 extras para cada criança. Para incluir os aposentados, a proposta de Baucus reduz o valor dos cheques para o restante da população. Em vez dos US$ 600 a US$ 1.200 sugerida por Bush, ele sugere de US$ 500 a US$ 1.000. (AE)
Desaquecimento nos EUA pode esfriar o ânimo local Essa é a expectativa para setores que dependem do mercado externo, como o de ferro. Renato Carbonari Ibelli
A
perspectiva de recessão nos Estados Unidos levou o mercado a projetar reduções expressivas no saldo da balança comercial brasileira para 2008. A perspectiva do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) é que o saldo caia dos US$ 40 bilhões de 2007 para US$ 20 bilhões, caso a desaceleração se confirme. Uma das explicações para a forte queda é o fato de a hipotética crise afetar não só diretamente as vendas brasileiras, mas indiretamente também, uma vez que o Brasil vende insumos para grandes fornecedores dos Estados Unidos, como a China. Num cenário de crise acentuada na maior economia do mundo, o nível de atividade global poderá se reduzir drasticamente. A China, por exemplo, é a maior exportadora de aço para os americanos. Caso a recessão ocorra, a tendência é que os norte-americanos deixem de comprar o produto chinês, o que afetaria indiretamente o Brasil, já que a China é a maior importadora do minério de ferro brasileiro. Só em 2007, o Brasil vendeu mais de US$ 3,7 bilhões da commodity para o país asiático. Queda – Os reflexos da desaceleração da economia norte-
20
bilhões de dólares é o volume estimado, pelo Iedi, em perdas na balança comercial brasileira caso se intensifique a recessão nos EUA americana já são sentidos por aqui desde o ano passado. Os US$ 40 bilhões de saldo da balança representam um resultado 13,8% inferior ao registrado em 2006, quando o montante foi de US$ 46 bilhões. Essa foi a primeira queda do superávit nos últimos cinco anos. Além do problema da economia norte-americana, que reduz o nível de atividade mundial, outros pontos têm influenciado o desempenho da balança comercial, entre eles a valorização do real frente ao dólar, que torna os manufaturados nacionais menos competitivos, e o aumento da demanda do País por produtos importados. Apesar de uma possível crise nos Estados Unidos prejudicar a balança comercial, o economista-chefe do Instituto de Estudos do Desenvolvimento
Industrial (Iedi), Edgard Pereira, acredita que o mercado interno será pouco afetado no curto prazo. "Mesmo que os juros americanos sofram grande variação, as taxas brasileiras não vão acompanhar esse movimento, porque já estão em patamares altos. O crédito é que dita o ritmo da economia brasileira, e ele será marginalmente afetado pela recessão americana", diz Pereira. Ot imis mo – A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) é um pouco mais otimista. A projeção do vice-presidente da AEB, José Augusto de Castro, é de um saldo de US$ 30 bilhões em 2008. "Este ano, as exportações brasileiras ainda vão se beneficiar com as cotações recordes da soja, do minério de ferro e do petróleo", estima Castro. As exportações brasileiras em 2007 apresentaram um c re s c i m e n t o d e 1 6 , 6 % e m relação a 2006, chegando a US$ 160,6 bilhões. Já as importações cresceram 32%, para US$ 120,6 bilhões. A corrente de comércio totalizou US$ 281,2 bilhões, 22,2% a mais que em 2006. Os Estados Unidos continuaram como principal parceiro comercial do Brasil no ano passado. Para lá foram exportados US$ 25,3 bilhões, enquanto as importações brasileiras de produtos norte-americanos chegaram a US$ 18,9 bilhões.
OPINIÃO - 3
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
POR CAUSA DO CONTROLE DE PREÇOS, PRODUTOS BÁSICOS ESTÃO SUMINDO DAS PRATELEIRAS
O fracasso social de Chávez Os programas sociais do presidente venezuelano Hugo Chávez estão desmoronando. Chamados de Missões, sucumbem na corrupção e na ineficiência
Por Alvaro Vargas Llosa
salário, porque são vítimas da criminalidade desenfreada ou simplesmente porque seguiram adiante _ eles só se ofereceram para servir na Venezuela como desculpa para sair de Cuba". Em alguns casos, o governo nunca providenciou os fundos necessários para terminar a construção de clínicas. Em Baruta, um desolado canteiro de obras lembra à vizinhança que, como afirma Felix, há "um abismo separando a realidade dos discursos". Não fiquei surpreso ao saber que, segundo a Universidade Andrés Bello, 60% dos centros de saúde do Barrio Adentro não estão funcionando. A Missão Mercal, uma rede de supermercados nos quais os pobres podem teoricamente comprar comida a preços muito baixos, não está apresentando nada melhor.
Marlene Bergamo/Folha imagem
D G Retrato da realidade: faltam médicos e alimentos básicos nas Missões, na Venezuela, o que revela existir um abismo entre o discurso e a prática política.
epois de longa visita às favelas de Caracas, capital da Venezuela, estou convencido de que o presidente Hugo Chávez perdeu o recente referendo que teria ampliado o período que ficará no poder não porque seus compatriotas valorizem muito a democracia, mas porque seus programas sociais estão desmoronando. Nos bairros de Petare, Catia, Baruta e em outros locais, o modelo nacional-populista está ruindo. Com uma rede, chamada de 'missões', o governo tem usado os lucros do petróleo para fornecer comida, moradia, carros, educação e serviços médicos a milhões de Jorge Silva/Reuters
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venezuelanos. Na teoria, os venezuelanos estão aproveitando a 'justiça social' que lhes foi negada durante as décadas de governo das elites do país. Na vida real, as missões estão infestadas com corrupção e ineficiência, e são severamente afetadas pela insegurança e racionamento que se tornaram a marca da sociedade venezuelana. A Missão Barrio Adentro era originalmente administrada por cerca de 30 mil médicos cubanos. Muitos desses postos de saúde agora estão fechados e o restante, com uma grave falta de pessoal. "Os cubanos estão indo embora", explica Felix, um assistente social de Baruta, "porque não recebem
Por causa do controle de preços, produtos básicos estão desaparecendo das prateleiras. As pessoas enfrentam filas para comprar comida. Em alguns casos, informaram-me em Petara, os produtores estão desestimulados pelo controle de preços. Em outros, as pessoas que administram os supermercados vendem produtos por baixo do pano para quem pode pagar mais. Os restaurantes populares, que supostamente têm de servir comida grátis para 150 venezuelanos diariamente, também estão ficando vítimas do desabastecimento crônico. Jesus, um partidário de Chávez que administra um restaurante popular em Barrio Union Petare, disse-me que não serviria a seus vizinhos até a semana seguinte, quando ele esperava receber novos mantimentos. O resultado? "Os sórdidos", ele completa, usando um termo com o qual Chávez se refere a seus inimigos, "agora são maioria." A corrupção erodiu o prestígio da Missão Habitat, com a qual
o governo supostamente distribui cheques aos venezuelanos pobres para que possam comprar uma casa. Não é raro, porém, que um aspirante a proprietário descubra que uma pessoa misteriosa tenha sacado o cheque usando o nome do candidato ou candidata. "A mesma pessoa que entrega o cheque o saca em benefício de seus parentes", explica Eladio, que me disse que recentemente um sobrinho passou por essa experiência.
A
decisão de tornar os carros acessíveis a milhões de venezuelanos significou que Caracas agora tem um trânsito infernal. "O dinheiro que eu gasto com gasolina em um dia nos Estados Unidos vai me permitir dirigir um mês todo aqui", diz Virginia, uma produtora de TV que vai freqüentemente a Nova York e gasta parte do seu dia quando está em Caracas dirigindo de um lugar para outro. "Qual a utilidade de milhões de pessoas terem um carro se estão passando grande parte de sua vida paradas nos engarrafamentos?" A Missão Sucre, que ajuda adultos a terminarem o ensino secundário, também está causando problemas. Os beneficiários tendem a ir para universidades controladas pelo governo que exigem poucas qualificações. Assim muitas profissões estão saturadas e os venezuelanos reclamam que não conseguem um emprego apesar de seus diplomas. Além de uma inflação anual de 30%, o fechamento de milhares de negócios por causa da legislação socialista, confiscos de terra e nacionalizações danificaram a capacidade produtiva do país _ e assim a demanda por trabalhadores. "O governo levou os venezuelanos a acreditarem que poderiam se tornar uma sociedade de consumo sem produzir nada", afirma Luis Ugalde, o presidente da Universidade Andrés Bello, "e os resultados estão agora falando por si mesmos". Quando eu pedi a Beatriz, uma assistente social que passa seu tempo em Catia, para que conversasse comigo sobre as missões de Chávez, ela me respondeu: "Não se pode falar sobre algo que não existe". Isso soa para mim como uma forma apropriada de resumir o modelo nacionalista-populista da Venezuela. ALVARO VARGAS LLOSA, AUTOR DE 'LIBERTY FOR LATIN
AMERICA' (LIBERDADE PARA A AMÉRICA LATINA), É DIRETOR DO CENTER ON GLOBAL PROSPERITY NO INDEPENDENT INSTITUTE. AVLLOSA@INDEPENDENT.ORG TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA
A Missão Barrio Adentro era administrada por cerca de 30 mil médicos cubanos. Muitos desses postos de saúde estão fechados, e no restante faltam pessoal. "Os cubanos estão indo embora", diz um assistente social.
PAULO SAAB
TRANSPARÊNCIA JÁ! sociedade brasileira deve exigir do Poder Público a necessária transparência em todas as suas atitudes, atos e ações. O Poder Público gerencia _ e sabe-se que mal _ os recursos arrecadados das pessoas físicas e jurídicas produtivas do país. Este segmento, o dos pagadores de impostos, absolutamente minoritário diante do tamanho da população e da força de trabalho do país, carrega nas costas uma nação inteira de improdutivos e necessitados e um Estado pesado,
A
G No Brasil, há hoje
gigantesco, que devora o que arrecada sem devolver na contrapartida, serviços e investimentos à altura do que toma dos contribuintes. Mais do que isso, os gerenciadores dos recursos públicos estão permanentemente sob acusação de desvio de dinheiro, corrupção ativa e passiva, nepotismo, prioridades duvidosas, incapacidade gerencial, investimentos desnecessários e toda sorte de improbidades. Não bastasse tudo isto, a sociedade brasileira, ao menos o setor que contribui e muito, é obrigada a conviver com a escuridão que cerca o uso direto de dinheiro via cartão de plástico dado a servidores dos altos escalões, sem limites de saques e sem necessidade de prestar contas. Vai além o festival de gastos. Organizações não governamentais criadas à sombra dos interesses de quem detém o poder, recebem e gastam fortunas imensas em projetos voltados para o enriquecimento de quem as criou e as favorece com esses recursos do erário, sem fiscalização e sem prestação pública de contas. Até movimentos ditos sociais, mas que não passam de organizações políticas (e radicais) são financiados com recursos do erário para preparar, treinar e agir contra os interesses da própria sociedade. Não pára por aí. As informações agora mostram que o desmatamento da Amazônia está sendo facilitado com crédito oficial de bancos estatais dirigidos a
agropecuaristas que derrubam a floresta para expandir seus pastos. Há uma verdadeira farra do boi com o dinheiro público no Brasil.
uma verdadeira farra do boi com o uso do dinheiro público. Os gastos envolvem os cartões de plástico e o repasse de fortunas às ONGs.
O
sistema favorece o acobertamento das ações já nebulosas de quem está no poder. Ministérios absolutamente políticos, sem utilidade maior que justifique sua existência isolada, estão gastando milhões de reais com saque a descoberto enquanto se fala em falta de recursos para investimento e se aumentam impostos. Ministérios importantes fazem o mesmo. Funcionários em geral, pela graduação do cargo, estão gastando em compras pessoais sem que o País saiba o porquê desse privilégio escandaloso.
I
nstrumentos como Poder Legislativo, Judiciário, Tribunais de Contas e outros existentes na lei não cumprem suas funções de fiscalização porque os critérios de nomeação também são políticos e porque seus integrantes participam de festivais semelhantes de gastos sem necessidade e de benefício próprio. O presidente Lula precisa atentar para esse festival de equívocos que ocorre sob a chancela de seu governo sob risco de entrar para a história como o governo mais desleixado e irresponsável na gestão do dinheiro público, como nunca antes nesse país. PAULO SAAB É PRESIDENTE DO INSTITUTO DA CIDADANIA BRASIL
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
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Política
terça-feira, 29 de janeiro de 2008 Antonio Cruz/ABr
Vai começar a acontecer exatamente aquilo que a gente queria. Presidente Lula
Adriana Franciosi/AE
DILMA PROMETE:
Reforma tributária sai em fevereiro Ministra reconhece que a matéria é complexa e medidas exigirão compensações
A
ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse ontem que o Executivo vai encaminhar um projeto de reforma tributária ao Congresso nos primeiros dias do novo ano legislativo, que começa em 6 de fevereiro. "Esse é o grande projeto que o governo tem", destacou ontem, durante um painel com o ministro da Justiça, Tarso Genro, e o senador Pedro Simon (PMDBRS) sobre "Desafios das Lideranças Gaúchas no Cenário Nacional", na sede do Grupo RBS, em Porto Alegre. Dilma não colocou as eleições de 2008 (para as prefeituras) e de 2010 (para os governos estaduais e federal), como obstáculos para a aprovação de matérias como a reforma tributária. A ministra entende que "o Brasil está passando por um processo de amadurecimento institucional" e "é difícil que, em nome das eleições, o governo fique paralisado". Apesar de prometer recolocar o assunto em pauta, Dilma reconheceu que o governo não conta com facilidades para aprovar a proposta, que "é muito complexa". Para a ministra, "alguns interesses vão ter de ser afetados" e, por isso, será necessário estabelecer
A
compensações, como um fundo regional para Estados que ficarem prejudicados. "Não basta nós querermos", admitiu Dilma, prevendo que a aprovação vai depender não só do governo, mas do empenho de todos os que perceberam a importância da reforma. "Se tivermos um Imposto de Valor Agregado (IVA) único, todas as forças econômicas e produtivas do País vão estar desamarradas, vão ter um horizonte maior", comentou, referindo-se a uma das vantagens da reforma. Em meio à perspectiva de fazer andar um projeto discutido há pelo menos uma década, Dilma deu a entender que a retomada da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) não está em discussão. "Não achamos que a gente tem de fazer reforma tributária olhando pelo retrovisor", sustentou. "A pauta é abrir um novo trabalho." Ao mesmo tempo, a ministra admitiu rediscutir a Lei Kandir, que desonera as exportações. "Eu acho que a Lei Kandir deixou de ser eficiente há muito tempo, não me parece algo que contemple os interesses dos exportadores no Brasil e também não contempla os demais", comentou. "Ela
é o típico processo que terá de ser negociado ao longo da reforma tributária. É impossível negociá-la em separado na conjuntura atual." Dilma abordou a Lei Kandir no contexto das reclamações dos gaúchos, que se queixam da perda de arrecadação por desonerações não compensadas de exportações. A ministra também deixou claro que dificilmente a União vai atender às reivindicações de governadores que querem retornos do que perdem pela Lei Kandir ou repasses por conta de obras que fizeram em rodovias federais. "Estamos em época de vacas magras, acabamos de perder R$ 40 bilhões", ressaltou, referindo-se ao fim da CPMF Segundo Dilma, Estados como o Rio Grande do Sul devem estar atentos às oportunidades que a gestão federal está criando para acelerar o desenvolvimento econômico simultaneamente em todo o País. "Criamos um mercado interno de massas, retiramos seis milhões de pessoas da pobreza, haverá crescimento sustentável nos próximos anos sem que as exportações percam forças e é fundamental que o Rio Grande do Sul fique atento a isso", recomendou. (AE)
Governo está repleto de ex-membros da gestão FHC
entrada do senador Edison Lobão (PMDB) no comando do Ministério de Minas e Energia aumenta mais ainda a lista de ex-aliados e auxiliares do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que assumem posições importantes no governo Luiz Inácio Lula da Silva. Como senador, Lobão integrava a base de apoio de FHC no Congresso, quando estava no PFL (hoje DEM). Também está no governo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que foi ministro da Justiça com Fernando Henrique. Jobim não foi sozinho para cuidar da crise aérea. Para comandar a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) foi indicada Solange Vieira, que chefiou a Secretaria de Previdência Complementar no governo passado. O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes (PMDB), que foi nomeado em 2007 por Lula, tinha sido titular da pasta da Previdência Social no governo tucano na cota do PFL, então um dos principais partidos de sustentação do governo Fernando Henrique no Congresso. O primeiro escalão de Lula recebeu também em 2007 o reforço do deputado José Múcio Monteiro (PTB-PE), que assumiu o Ministério das Relações Institucionais. Múcio é outro político oriundo da base de apoio do governo passado. Foi presidente nacional do PFL e deputado federal filiado ao PSDB. A área de articulação política está praticamente toda entregue a ex-aliados de Fernando Henrique. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), liderou a bancada governista na gestão anterior. A
senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), que se tornou líder de Lula no Congresso, era alinhada à base de Fernando Henrique, quando filiada ao PFL. O atual ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB), era um dos principais aliados de FHC no Congresso. Até na equipe econômica aliados do governo passado ocupam cargos estratégicos. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, se elegeu deputado pelo PSDB de Goiás antes de aceitar a vaga oferecida pelo presidente Lula. Nas agências reguladoras aparecem outros antigos colaboradores do expresidente, além de Solange
Vieira. Ex-ministro de Ciência e Tecnologia de Fernando Henrique, Ronaldo Sardenberg assumiu recentemente a presidência da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o comando foi entregue a Jerson Kelman, que comandou a Agência Nacional de Águas (ANA) até o fim do governo anterior e continuou no posto até ser indicado para a Aneel. Lobinho – O empresário Edison Lobão Filho (DEMMA), suplente do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), que assumiria a vaga do pai no Senado ontem, vai assumir ao longo desta semana. (AE/AOG)
Confiança: "Esse é o grande projeto que o governo tem", anunciou a ministra, ontem, durante palestra
LULA PROMETE:
PAC vai começar a gerar empregos Regiões metropolitanas se transformarão num canteiro de obras, garantiu ele
O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) começam a oferecer empregos a partir de março. Em entrevista ao programa de rádio "Café com o Presidente", ele manifestou a vontade de transformar as regiões metropolitanas num "canteiro de obras" em 2008 e comemorou aumento no porcentual de pessoas com carteira assinada. De 2003 para 2007, o índice de profissionais com registro passou de 39,7% para 42,4%, segundo dados divulgados pelo governo. Sem citar as eleições municipais de outubro e a briga de aliados para concorrer às prefeituras das principais cidades do País, Lula afirmou que o andamento da obras do PAC está de acordo com as previsões fei-
tas pelo Planalto. "Agora, no mês de março e no mês de abril, quase todas as obras que foram contratadas vão começar a gerar benefício para a população", disse. "Vai começar a acontecer exatamente aquilo que a gente queria. Neste ano, vamos transformar as regiões metropolitanas e muitas outras cidades num grande canteiro de obras, gerando emprego e distribuição de renda". Ao comentar a queda para 7,4% na taxa de desemprego em dezembro, Lula aproveitou para criticar a oposição. "Os dados mostram que aconteceu aquilo que todas as pessoas de bom senso esperavam – que a economia crescesse", disse. "Lamentavelmente, no Brasil, temos um setor minoritário que passa dias, semanas e meses torcendo para que as coisas não dêem certo". O presidente salientou que
não está satisfeito com a "queda extraordinária" da taxa de desemprego. Mas, na previsão dele, as obras previstas no PAC vão permitir ao País dar um "salto de qualidade", com um número maior de postos de trabalho. Na lista de obras prioritárias do presidente estão as ferrovias Norte-Sul e a Transnordestina, a refinaria de petróleo de Pernambuco, a terraplenagem do Comperj, no Rio, e a construção de estaleiros. "Foi para isso que tanto brigamos para chegar à Presidência", afirmou. "O Congresso também quer isso, a sociedade também deseja e os trabalhadores reivindicam", disse. "A oposição precisa começar a compreender que é importante para ela também torcer para que as coisas boas aconteçam no Brasil", conclamou. (AE)
Alan Marques/Folha Imagem
José Cruz/ ABr - 16.01.08
Ellen Gracie: reunião, novos cálculos, mas nenhuma decisão sobre cortes - pelo menos por enquanto
Judiciário espera decisão do Congresso para definir cortes
N
Edison Lobão é apenas um entre tantos outros nomes da era FHC
uma estratégia para tentar preservar ao m á x i m o s e u o r ç amento, o Judiciário decidiu adiar a decisão sobre cortes de despesas dos tribunais e esperar a reestimativa de receitas, que será feita pelo Congresso Nacional. Quanto maiores forem as receitas, menores serão os cortes nos tribunais. Ontem, os presidentes de tribunais superiores se reuniram pela segunda vez neste mês no gabinete da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, para discutir os cortes, mas não chegaram a nenhuma conclusão. E, para evitar que a tesoura seja maior do que o necessário, nenhum dos tribu-
nais divulga de quanto poderia abrir mão para ajudar a compensar a CPMF. O novo cálculo das receitas previstas para este ano seria divulgado na semana passada e encaminhado ao Supremo para balizar os cortes no Judiciário, mas o sub-relator de receitas da Comissão Mista de Orçamento, senador Francisco Dornelles (PP-RJ), adiou a divulgação dos novos números para depois do carnaval. Na primeira reunião entre os presidentes de tribunais, ficou acertado que os cortes não poderiam atingir os gastos destinados à ampliação e melhoria dos serviços prestados pela Justiça. Além disso, os tribunais com maiores orçamentos
teriam de contribuir com os maiores valores de corte. Respeitadas essas duas regras, a maior contribuição deve ser dada pela Justiça Federal, cujo orçamento previsto é de R$ 9,4 bilhões e engloba os cinco tribunais regionais federais e a Justiça de primeiro grau. A Justiça Eleitoral viria em seguida, com orçamento projetado de R$ 4,4 bilhões – e o Tribunal Superior Eleitoral responde pela maior parte dos recursos: R$ 1,7 bilhão. Em seguida, viriam o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios , o Tribunal Superior do Trabalho, o Superior Tribunal de Justiça, o Supremo Tribunal Federal e a Justiça Militar. (AE)
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Congresso Planalto Diplomacia CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5 Observo a gravata vermelha de Lula e pergunto: 'É um presente de Chávez?' Fidel Castro
LULA VIRA TEMA DE ARTIGO DE FIDEL
O 'OBRERO' LULA, SEGUNDO O cerco O COMPAÑERO FIDEL C
Eymar Mascaro
Artigo do líder cubano fala do Foro São Paulo, de gravatas, Stálin, vaca leiteira, Hitler, aquecimento global... Reuters
Sergio Kapustan
N
o último dia 16, o presidente Lula fez a segunda oficial a Cuba para visitar Fidel Castro e anunciar uma espécie de PAC na ilha. Agora que não faz mais discursos intermináveis, dedicandose apenas a escrever – com quase a mesma eloqüência excessiva – o governo cubano distribuiu um artigo do líder revolucionário, dividido em duas partes, em que narra a sua versão sobre o encontro, além de refletir sobre a política mundial e defender o socialismo. De acordo com Fidel, ao contrário do que afirmou Lula depois da reunião, a sua saúde debilitada dificultou a realização do encontro. "Disse ao meu interlocutor (Lula) quanto me dava satisfação sua decisão de visitar Cuba, mesmo que não tivesse segurança do encontro. Tão logo soube que sim, decidi sacrificar os exercícios, a reabilitação e a recuperação das faculdades, para atender e conversar amplamente com ele", escreveu Fidel. Lula entregou-lhe, primeiro, um documento de cem páginas em que resume ações desenvolvidas pelo Brasil junto com os países do Foro de São Paulo – organização de partidos de esquerda da América
Nem tanto: Fidel elogia o operário Lula, mas com ressalvas
Latina fundada em 1990. "Tomamos a decisão aqui, em uma conversa que tivemos. Eu havia perdido as eleições (1989) e você foi até a minha casa em São Bernardo almoçar", lembrou Lula a Fidel na reunião, segundo texto do artigo. Mais: "Você se lembra, Fidel, quando falamos do Foro de São Paulo e você me disse que era necessária a unidade da esquerda latino-americana para garantir nosso progresso? Pois já estamos avançando nessa direção", relata o Comandante en Jefe no texto. Mesmo doente, conversaram durante duas horas e meia, com direito a foto. Não faltou humor e divergência.
Segundo Lula, por ser mais velho, Fidel falou duas horas e ele, 30 minutos. Ele elogiou Lula por manter a imprensa longe. "Com certeza eu, valendo-me do direito de antigüidade, usei mais tempo que ele. Há que se descontar as fotos", escreveu Fidel. Até os trajes de Lula entraram no papo dos dois, conta Fidel. "Observo a gravata vermelha de Lula e pergunto: 'É um presente de Chávez?'. Ele sorriu e me disse: 'Vou enviar a ele algumas camisas, já que ele se queixa de que as suas estão muito poídas". No texto, o presidente cubano diz quem é o Lula político, do seu ponto de vista : "Lula
Numa fria: parlamentares ficam retidos na Antártida
O
grupo de 13 parlamentares que está na Antártida a convite da Marinha só devem retornar amanhã ao Brasil, caso melhorem as condições meteorológicas da região. Eles estão retidos em uma base chilena desde a última sextafeira, quando o clima piorou e impediu o pouso do Hércules C-130, da Força Aérea Brasileira (FAB), que faria o transporte da comitiva até Punta Arenas, no Chile. O senador Renato Casagrande (PSB-ES), relator da Comissão Mista Especial de Mudanças Climáticas, contou que, durante a manhã de ontem, o tempo esteve mais aberto, mas que depois tornou-se "muito fechado". "Estamos tranqüilos e bem instalados aqui (na base chilena Presidente Eduardo Frei). A demora não tira o brilho da visita, que foi excepcional", observou Casagrande. Ontem a temperatura variou entre -1ºC e -2ºC. A sensação térmica, porém, equivale a -15ºC, descreveu o parlamentar. O senador disse também que não há nenhum tipo de entretenimento no local. "Não há nada para se fazer aqui, só conversar. Já vimos tudo o que havia para ver. Agora nos resta esperar. Não estamos confortáveis, mas estamos bem", contou. Segundo ele, o tempo agora está sendo
dedicado à leitura. Casagrande e os deputados foram à Antártida por meio da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), para acompanhar o trabalho desenvolvido na Estação Antártica Comandante Ferraz, sede das atividades brasileiras do Programa Antártico Brasileiro (Proantar). A finalidade dessa iniciativa foi a de incentivar a troca de informações e o apoio logístico à estação. Apesar dos transtornos para retornar ao Brasil, Casagrande ressaltou que a visita à base brasileira na Antártica foi positiva. O senador disse que os parlamentares conheceram, de forma detalhada, o trabalho de pesquisa realizado na região. Além de Casagrande, também integram a comitiva de parlamentares o 2º vicepresidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP), e os deputados Moreira Mendes (PPS-RO), Lelo Coimbra (PMDB-ES), Colbert Martins (PMDB-BA), Edmilson Valentim (PCdoB-RJ), Paulo Teixeira (PT-SP), Jorginho Maluly (DEM-SP), Maria Helena (PSB-RR), Fábio Ramalho (PV-MG), Luciano Pizzatto (DEM-PR), Fernando Chucre (PSDB-SP) e Vinicius Carvalho (Pt do B-RJ). (Agências)
nunca foi um extremista de esquerda, não ascendeu a condição de revolucionário a partir de posições filosóficas, mas sim de um trabalhador de origem humilde e cristão, que trabalhou duramente criando mais-valia para os outros". Vaca produtiva - Na conversa entraram também assuntos pasteurizados. Fidel relata que um deles foi uma vaca excepcional, um verdadeiro orgulho cubano. Era um cruzamento de Holstein com Zebu, e de suas tetas veio um recorde mundial na produção de leite: 110 litros diários. Na hora, conta Fidel, Lula falou: "Ubre Blanca! Ele lembrou o nome da vaca! Era praticamente uma 'fábrica', mas era necessário lhe dar 40 quilos de alimentos que incluíam farinha de soja, leguminosa muito difícil de brotar aqui, no solo cubano". No caudaloso artigo, Fidel faz divagações esparsas sobre assuntos tão interligados quanto a revolução cubana, Stálin, Hitler e sua SS, Segunda Guerra e efeito estufa. "Novas necessidades surgiram que podem dar cumprimentos aos objetivos de uma sociedade sem exploradores nem explorados. (...) A mudança do clima não era debatida nos tempos de Marx. Engels e ele (Marx) sabiam de sobra que um dia o sol se apagaria ao consumir toda sua energia", refletiu.
LUPI SERÁ REPREENDIDO PELA COMISSÃO DE ÉTICA. DE NOVO.
O
ministro do Trabalho, Carlos Lupi, vai receber hoje a segunda censura por parte da Comissão de Ética Pública. Depois de ter recebido um puxão de orelha por acumular os cargos de ministro e de presidente do PDT, Lupi participou, durante o horário do expediente ministerial, do lançamento da pré-candidatura do deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) à prefeitura de São Paulo. A reunião-comício foi na sexta-feira. Lupi fez até um discurso, dizendo que a capital paulista precisa da "coragem e sensibilidade popular" de Paulinho. A Advocacia Geral da União (AGU) já informou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que não considera ilegal o acúmulo das funções e prepara um documento, com base em exemplos que ocorrem em outros países, que pode ser apresentado amanhã, durante na primeira reunião deste ano da Comissão de Ética. (AE)
resce no PSDB o grupo contrário à candidatura de Geraldo Alckmin à Prefeitura de São Paulo. Os tucanos que integram o movimento da nãocandidatura própria são favoráveis à manutenção da coligação do PSDB com o DEM nas eleições de 2008 e 2010. Os tucanos admitem que, se não apoiarem a reeleição do prefeito Gilberto Kassab, não terão o apoio dos democratas na eleição presidencial. Anuncia-se agora que a bancada de vereadores do PSDB na Câmara da Capital pode se declarar favorável à coligação com o DEM. Mas, apesar do movimento, Alckmin se comporta como pré-candidato. O exgovernador confia no seu taco e advoga a tese de que, se o seu partido não lançar candidato próprio à Prefeitura, abrirá mais espaço para o PT em São Paulo.
IMPORTÂNCIA É significativa a posição da bancada de vereadores que deseja sustentar a coligação com o DEM. Os parlamentares estão se unindo a José Serra e parece que também não querem correr o risco de levarem o partido a perder o apoio dos democratas em 2010.
APOIO Mas os aliados de Alckmin não aceitam deixar o partido sem candidatura própria. Lembram que a eleição presidencial de 2010 passa por 2008. Alckmin, porém, ainda não deu a palavra final sobre sua candidatura.
SUSPENSÃO Os aliados resolveram suspender alguns atos que estavam preparados em favor da candidatura do ex-governador. Julgaram oportuno não aprofundar o "racha no partido. Enquanto os grupos se movimentam, Alckmin continua contatando lideranças de bairros na Capital.
CONVENÇÃO Tem gente apostando que, se o movimento anticandidatura crescer mais, Alckmin corre risco na convenção que decidirá se o partido deve ou não lançar candidato próprio. É por isso que ganham importância os encontros de Alckmin com dirigentes de diretórios zonais.
Alckmin não sair candidato. Os democratas acham que a eleição será difícil para os principais nomes envolvidos na disputa pela sucessão municipal.
SUSPENSE Os petistas estão gostando da indecisão no PSDB, enquanto Marta mantém a disposição de não declarar já se será candidata. A ministra quer se definir em junho, mês em que deve se desincompatibilizar do Ministério do Turismo.
BANHO-MARIA Também Geraldo Alckmin quer deixar para depois de março o anúncio sobre sua candidatura. O principal articulador da campanha do exgovernador, deputado Edson Aparecido, não tem dúvida de que Alckmin será candidato.
GOVERNO Alckmin não quer esperar pela eleição para governador em 2010, como deseja José Serra. Os aliados entendem que 2010 está longe demais e que não devem permitir que Alckmin fique mais tempo sem mandato. Mas Serra retruca dizendo que Alckmin se elege governador, sem susto.
ESPAÇO A tese defendida por Alckmin é que, se o partido não tiver candidato, o PT cresce igual a fermento na Capital. Alckmin não tem dúvida de que o PT lançará a candidatura de Marta Suplicy. Tucanos admitem que a petista pode reconquistar a Prefeitura para o PT.
DERROTA As pesquisas, contudo, indicam que Gilberto Kassab reúne condições de derrotar Marta no segundo turno, se contar com o apoio dos tucanos – isso é, se
AGENDA Independentemente da provável candidatura de Marta Suplicy, o expresidente Fernando Henrique esboçou um projeto eleitoral para o PSDB nas duas próximas eleições: 1 - o partido apoiaria a reeleição de Kassab; e 2 - o PSDB lançaria Serra para presidente e Alckmin para governador em 2010.
2 - OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
A ABERTURA DOS PORTOS NO BRASIL EM 1808 FOI UM EXPERIMENTO DE LIBERALISMO ECONÔMICO
A
maior segurança jurídica que se obtém com a previsão expressa de um direito em lei pode acabar revertendo em injustiças dispensáveis. Isso devido a um dilema jurídico: a questão de que textos novos de lei podem ter função modificadora (criam novos direitos) ou interpretativa (confirmam determinados direitos ). Essa peculiaridade do processo de interpretação de normas vem à tona agora com a edição da Medida Provisória número 413/2008, cujo artigo 5º previu que as retenções da contribuição ao PIS e à Cofins que se revelarem excessivas podem ser restituídas ou, ainda, compensadas com uma variedade de outros tributos federais. Surge a pergunta: trata-se de um direito novo concedido aos contribuintes, ou tal direito já existia e a MP 413 pretende apenas eliminar controvérsias? O problema decorrente da intervenção da MP 413 neste aspecto é o de nitidamente tratar o direito à restituição/compensação como algo novo, deixando pouco espaço para a argumentação quanto a uma eventual função interpretativa da MP. Tanto é assim, que a própria MP disciplina o tratamento dos valores retidos de PIS/Cofins nos períodos pretéritos, sugerindo que tal direito inexistia. É verdade que, em vista do sistema legislativo anterior, havia incertezas dos contribuintes quanto ao direito à compensação das retenções de PIS/Cofins que extrapolavam os valores devidos mensalmente. Essas dúvidas acentuaram-se tanto com as dificuldades operacionais (o programa PER/DCOMP não permitia o envio eletrônico de tais informações, restando a opção de solicitação por formulário) quanto com a edição de soluções de consulta da Receita Federal (especialmente a Solução de Divergência Cosit nº 8/2007) que declararam que excessos de retenção não eram "pagamento indevido ou a maior" e, na falta de previsão legal, não podiam ser objeto de compensação com outros tributos. Acontece que há diferentes regimes de retenção de PIS/Cofins e tais soluções de consulta atentavam apenas para as situações de pagamentos efetua-
Céllus
NOVIDADE SOBRE O PIS E A COFINS G Medida Provisória
número 413, de 2008, que trata em artigo das contribuições ao PIS e à Cofins, levanta dúvidas.
dos por órgãos, autarquias e fundações da administração pública a pessoas jurídicas fornecedoras de bens ou serviços (retenção disciplinada no artigo 64 da Lei nº 9.430/96). É importante destacar que as negativas de compensação não foram dadas no contexto das retenções efetuadas entre pessoas jurídicas de direito privado (artigo 30 da Lei nº 10.833/2003), nem tampouco daquelas retenções efetuadas nos setores automotivo e de autopeças (Lei nº 10.485/2002). Para essas situações havia soluções de consulta da Receita Federal (inclusive da 8ª Região Fiscal), que confirmavam o direito à restituição ou compensação com outros tributos. A diferença de tratamento se justifica: no caso das retenções feitas por órgãos públicos há restrição expressa da legislação pertinente (artigo 64 da Lei nº 9.430/96) determinando que os valores retidos somente poderiam ser compensados com tributos da mesma espécie. Inexistindo tal obstáculo nas outras formas de retenção, não havia motivo para negar o direito à recuperação dos valores antecipados de PIS e COFINS que se revelavam indevidos. Agora, ao disciplinar o direito à compensação indistintamente (sem considerar as diferenças dos diversos regimes de retenção), a MP 413 beneficia os contribuintes que recebem pagamentos do Poder Público (que antes não tinham tal direito), porém, cria uma situação de incerteza para os contribuintes sujeitos às demais formas de retenção de PIS e da Cofins, uma vez que estes não estavam restritos neste seu direito à restituição/compensação. VICTOR POLIZZELLI É ADVOGADO DO KLA - KOURY LOPES ADVOGADOS (LEIA A ÍNTEGRA DESTE ARTIGO NO SITE WWW.DCOMERCIO.COM.BR)
É preciso nova abertura dos portos
C
omemorou-se na segunda-feira, dia 28, os duzentos anos da abertura dos portos brasileiros às nações amigas. A abertura dos portos brasileiros às nações amigas de Portugal, então em guerra com a França napoleônica, marca importante evento, geralmente ignorado: o primeiro experimento de liberalismo econômico pós-revolução industrial. A Carta Régia do príncipe regente D. João VI ao governador geral da capitania da Bahia foi inspirada pelo liberal e futuro visconde de Cairú. Com ela se aboliu o chamado Pacto Colonial, que forçava o comércio de exportação e importação do Brasil a passar por Portugal. A abertura, evidentemente, não era completa. Com ela veio um imposto de importação de 24% sobre as mercadorias provenientes das nações amigas. Em 1810, estabeleceu-se um novo regime de preferência comercial para os bens ingleses, sobre os quais passou a incidir uma alíquota de 15% na importação – enquanto as provenientes de outros países amigos continuavam a pagar o imposto de 24% e as provenientes de Portugal pagavam 16%. Em 1816 as alíquotas do imposto de importação incidentes sobre bens importados ingleses e portugueses foram equalizadas em 16%. Muita água rolou de lá para cá. A economia liberal do século 19 foi sendo paulatinamente objeto de todo tipo de intervenção no comércio exterior, quer por graves perturbações da ordem internacional, como as duas guerras mundiais, quer pela adoção explícita de um modelo de substituição de importações como estratégia de desenvolvimento econômico, particularmente a partir dos primeiros anos da década de 1950. Fecharam-se então os portos brasileiros novamente às nações de toda espécie, à medida que buscávamos de maneira insensata a autosuficiência em tudo. O esgotamento desse modelo somente foi explicitamente reconhecido em meados da década de 1960. As reformas então instituídas, embora tímidas, abriram uma fresta em nossos portos. O experimento, contudo, foi revertido pelos choques do petróleo e a recaída na estratégia de substituição de importações da segunda metade da década de 1970. Só recentemente retomamos o caminho da abertura dos portos, depois de quase trinta anos do bem-sucedido experimento chileno e de tantos outros de abertura comercial, mundo afora. Pois não é que, a despeito de tudo isso ser de
Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br
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abertura dos portos por D. João VI, o País dá um passo atrás no comércio exterior. A aplicação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) nas exportações constitui barreira à expansão de nossas vendas. Por Roberto Fendt conhecimento público, as autoridades deram um passo atrás na abertura dos portos, quase que na mesma data em que comemoramos a primeira abertura. A aplicação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre as exportações constitui uma barreira à expansão de nossas vendas externas. Ela vem justamente no momento em que o cenário mundial mostra-se incerto e desacelera o crescimento do volume exportado pelo País.
N
ão é um acidente a imposição do imposto sobre as exportações brasileiras. Na verdade, o governo optou por uma estratégia de expansão dos gastos; o revés provocado pela rejeição da CPMF levou simplesmente à busca de fontes alternativas de receita. A exportação passou a ser base de tributação pelo IOF. A política econômica tem dois objetivos principais – a estabilidade dos preços e a promoção do desenvolvimento – e dois instrumentos: a política monetária, via taxa de juros, e o gasto público, sustentado pela arrecadação. A boa política econômica não pesa a mão no lado fiscal, porque o excesso de gastos – em uma economia que se aproxima da plena ocupação da capacidade produtiva – produzirá pressões inflacionárias, a menos que a política monetária se torne mais restritiva para conter essas pressões. Moral da história: uma estratégia de forte expansão de gastos pode impedir quedas adicionais na taxa de juros e, pela redução do investimento, cercear o crescimento. E as exportações, que perdem competitividade com o IOF, contribuem menos do que poderiam para a manutenção do crescimento. Retirar o IOF das exportações ajuda a reabrir os portos, necessário em momento de grande turbulência no mercado internacional.
Mulheres no comando DIETER KELBER
O
Presidente Alencar Burti
G Na comemoração do bicentenário da
bservando as empresas e seus posicionamentos diante do mercado e a sociedade, é fato dizer que a influência feminina está presente nas tomadas de decisão, não só em cargos de chefia como fazendo parte de equipes gerenciadas por homens. Numa recente pesquisa realizada pelo Instituto Avançado de Desenvolvimento Intelectual (Insadi) em diversas empresas de porte, constatou-se que para cada posto de trabalho oferecido na área de Gestão de Processos, entre cada 10 candidatos, oito eram mulheres. E esta relação crescia conforme as posições oferecidas se aproximavam do mundo dos processos de negócios e se afastavam do mundo dos sistemas tecnológicos de apoio. Foi também possível observar uma mudança no perfil e nos traços vocacionais requeridos dos candidatos. Formação multicultural e multidisciplinar, competências e habilidades para saber lidar e desenvolver pessoas, promover a integração, utilizar-se de uma liderança colaborativa, formar e liderar equipes, domínio das diversas disciplinas envolvidas em um processo de negócios e visão holística apareceram de forma expressiva nas requisições.
Tomando como base esse ambiente é razoável ponderar que se abriu um leque de oportunidades para as mulheres antes nunca visto. Hoje, é percebido que elas fazem do poder de suas gestões uma forma de “poder pára” e “poder com”, com uma liderança interativa, isto é, flexível, compartilhando informações, respeitando diferenças e transformadora. Mas, afinal, as mulheres estão G A influência feminina
está cada vez mais presente nas tomadas de decisão das empresas. Elas buscam o reconhecimento e o sucesso profissional. tendo esse sucesso porque são mais competentes? A resposta é claramente não. O que hoje faz a grande diferença são as suas atitudes, suas motivações internas que estão mais alinhadas com as tarefas a serem executadas do que no caso dos seus pares masculinos. O cenário é bastante favorável a essas motivações. Elas têm pressa. Buscam o sucesso profissional, a independência financeira, o reco-
nhecimento de suas competências, a realização pessoal. A combinação de saber trabalhar com o coração e a cabeça, conforme os cenários exigirem, ou seja, mais ciência (razão, raciocínio lógico, análise) ou arte (intuição, criatividade), tem contribuído de sobremaneira para as empresas alavancarem seus resultados suportados por um capital humano de excelência. Se por um lado as competências se desenvolvem a partir do uso dos conhecimentos, por outro os nossos traços e motivações são inerentes a nossa personalidade. Assim, quando juntamos as competências com as nossas motivações intrínsecas, formamos assim o conceito de aptidão (aptidão = competência + motivação interna), podemos perceber que no cenário empresarial atual as mulheres tendem a estar mais aptas que os homens, e assim, mais próximas de alcançarem o sucesso profissional, provocando uma tendência de aproximação para aprendizado mútuo de habilidades e competências entre o mundo feminino e masculino. DIETER KELBER É DIRETOR-EXECUTIVO DO INSTITUTO AVANÇADO DE DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL E DA BUSINESS PROCESSES SCHOOL
JOÃO DE SCANTIMBURGO BRASIL BALANÇA, MAS NÃO CAI
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empre tivemos confiança no Brasil. Se permitirem a um acadêmico usar figuras de retórica direi que o País vai mancando, cai ou não cai, dando a impressão de que vai desaparecer e, de repente, ele aparece atraindo a atenção dos poderosos de dinheiro. É o que está acontecendo no momento com o Brasil. O investimento estrangeiro aumenta no País, segundo o jornal O Estado de S. Paulo do dia 26 de janeiro, apesar da crise, crise essa, acrescentamos nós, que é de incalculável dimensão. Na realidade, está caindo o capital especulativo na Bolsa de Valores, enquanto aumenta incursões significativas que compensam a queda do capital especulativo. É o caso típico brasileiro, já passamos por isso. Não me recordo, aqui, as vezes que já passamos por uma crise semelhante. Contudo, explico que já estivemos em situação semelhante e saímos dela. As crises vão e vêm, mormente no mundo de hoje em que um grande país como os EUA dominam economicamente quase todo o mundo. Uma crise deflagrada nos EUA vai buscar um pequeno país descompromissado com o gigante de dois oceanos. Temos experiência para afir-
G A notícia de
entrada recorde de investimento estrangeiro no País, mostra que estamos reagindo bem à crise. mar que crise econômica é isso mesmo, quando pensam que ela vai engolfar tudo, sai-se ela muito bem como tem saído outras vezes em situação análoga. Tudo depende da área econômica do governo não se abalar com os primeiros impactos da crise e aguardar outros dias menos desfavoráveis para começar a agir. A crise agora é grande, evidentemente, pois ela afeta a principal potência do mundo e isso diz tudo de sua dimensão, pois não basta termos palavras de enfeite para que fiquemos sossegados, cada qual nos seus investimentos ou fugindo deles, sobretudo quando a crise já provoca fuga de capital.
O
jornal Folha de S. Paulo de ontem foi firme na sua manchete: "Remessa de lucros atinge recorde e chega a US$ 21 bi". O Brasil, como já dissemos, vai cambaleando no meio da crise, acentuando que o dinheiro externo é recorde, embora a crise provoque a fuga de capital especulativo. Não adianta fazer solilóquios a respeito da crise deflagrada nos EUA e espalhada pelo mundo inteiro. Temos como nos acautelar para nos proteger dessa borrasca ou desse tornado que nós procuramos desviar como um bom toureiro faz na arena. O que temos a dizer desta crise é que se trata de uma das tantas que já enfrentamos e não vai causar mais inquietação do que já causou _ isso contra todos os pessimistas que vêm o Brasil como presa inerme da crise, da qual não poderia escapar. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
OPINIÃO - 3
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
OS MEMBROS DA CÂMARA DOS DEPUTADOS GASTARAM EM UM ANO 20 MILHÕES DE REAIS EM VIAGENS
Celso Junior/AE
PAULO SAAB
G Plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília: cada parlamentar tem direito a R$ 180 mil por ano para despesas de gabinete.
A FALTA DE ÉTICA NO COTIDIANO
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Você sabe o que o seu deputado faz? Estudo revela que quase todas as Casas legislativas do País escondem informações sobre as atividades e as viagens dos parlamentares. Evitam dizer até se eles comparecem ao trabalho
Por Cláudio Weber Abramo
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studo preparado pela Transparência Brasil a partir de dados acumulados em seu projeto Excelências (www.excelencias.org.br) descreve um panorama assustador das Casas legislativas brasileiras. O projeto Excelências publica históricos de todos os parlamentares pertencentes às duas Casas do Congresso Nacional e a todas as Assembléias Legislativas estaduais, incluindo-se ainda a Câmara Legislativa do Distrito Federal. Em 2008, serão introduzidos os dados dos integrantes das Câmaras Municipais das capitais. O estudo (acessível em w ww.excel en ci as.o rg.b r/ excelencias.pdf) revela que quase todas as Casas escondem informações sobre as atividades de seus componentes. Não se sabe como gastam o dinheiro que recebem como verbas indenizatórias, viagens que realizam ou mesmo se comparecem ao trabalho nas sessões plenárias e das comissões temáticas. Das 29 Casas, só duas apresentam todos esses dados: a Câmara dos Deputados e a Assembléia gaúcha. Outras seis divulgam um único dado desse conjunto de informações. As demais (inclusive o Senado) as omitem completamente. Se coletivamente os parlamentares se comportam dessa forma, a conduta individual não é melhor. Observa-se que nada
menos de 32% dos membros da Câmara dos Deputados respondem a processos criminais na Justiça (excetuam-se do cálculo processos por calúnia, injúria e difamação) ou já foram punidos por Tribunais de Contas. No Senado, a proporção sobe a 37% e no conjunto das Assembléias Legislativas, a 34%. Em algumas Assembléias os deputados afetados são maioria. Em Goiás, por exemplo, eles são 73,2% e em Rondônia, 62,5%. Na Câmara dos deputados são líderes nesse ranking às avessas as bancadas de Tocantins (75% dos integrantes estão nessa situação), Paraíba (66,7%) e Santa Catarina (62,5%). Um capítulo em que uma grande quantidade de parlamentares literalmente deita e rola é o das despesas de gabinete (as famigeradas "verbas indenizatórias"). Cada deputado federal conta com uma verba de R$ 180 mil por ano que pode usar para pagar aluguéis de comitês em seu estado de origem, contratar comunicação, custear veículos e seus combustíveis, fazer viagens e assim por diante. A justificativa para a existência desse estipêndio é que custearia atividades importantes para o exercício do mandato. Os membros da Câmara dos Deputados presentemente em exercício gastaram R$ 20 milhões em viagens, R$ 16,7 mi-
lhões em combustíveis e R$ 25,5 milhões no pagamento de "assessorias" e de divulgação. Um deputado (Mussa Demes, DEM-PI) gastou com viagens o total dos R$ 180 mil a que teve direito. Conforme explicou ao jornal Correio Braziliense, que o entrevistou a respeito, despendeu o montante no aluguel de um jatinho ("Meu estado é grande", alegou). As verbas para combustíveis têm um teto de R$ 54 mil por deputado por ano. Oito parlamentares gastaram esse teto. O combustível alegadamente consumido por cada um deles seria suficiente para dar seis voltas em torno da Terra. A festa da uva com combustíveis afeta também os deputados da Câmara Distrital de Brasília. Em seu conjunto, eles gastaram R$ 720 mil com combustíveis (um terço de toda a verba a que têm direito). Para que pudessem gastar tanto dinheiro com gasolina (ou álcool), cada um deles precisaria passar as 24 horas de todos os dias úteis do ano a bordo de um automóvel.
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o Rio Grande do Sul a liberalidade automotiva não é menor. Eles gastaram R$ 3 milhões (45% do total) só em combustíveis. Foi dinheiro suficiente para que cada um deles passasse 240 horas por mês viajando de automóvel de lá para cá e de cá para lá.
A assiduidade ao serviço é outra área em que o comportamento de diversos parlamentares é de causar espanto. Na Câmara dos Deputados, a grande maioria dos integrantes é razoavelmente assídua às sessões plenárias (quando há votações e debates). Ainda assim, a média geral de faltas no ano de 2007 foi de 12%. Vinte e cinco deputados faltaram a mais de 30% das sessões. Entre estes o mesmo Mussa Demes das viagens aéreas, o qual deixou de comparecer a quase 58% das sessões. A bancada estadual menos assídua é a do Rio Grande do Norte, cujos integrantes deixaram de comparecer em média a 19% das sessões
A
freqüência às sessões das comissões temáticas é pior. Seis bancadas estaduais apresentam média de faltas superior a 30% (chegando a 40% no caso, outra vez, do Rio Grande do Norte). As demais bancadas faltam acima de 20%, com exceção de Tocantins, que "mata" o trabalho nas comissões numa média de 16%. Eis aí alguns dos motivos que situam as instituições parlamentares entre as menos cofiáveis para o público brasileiro. Da forma como se comportam, não poderia dar outra. CLÁUDIO WEBER ABRAMO É JORNALISTA
empre, em qualquer situação que envolva as relações entre o ser humano, o melhor caminho para se obter resultados positivos, é através da educação. A educação permite às pessoas melhor compreensão de tudo e favorece diretamente a melhor formação de cada um, inclusive a formação cidadã. Veja o leitor um exemplo de como a deseducação, mesmo quando se age de boa fé, pode se tornar negativa: uma dona de casa no Rio de Janeiro, conforme publicado na imprensa, atendeu ao pedido de sua nova cozinheira, de não assinar a carteira profissional, para essa cozinheira não perder o direito à Bolsa Família, já que estaria empregada. Num gesto de boa fé duas fraudes: uma contra os cofres públicos, por pagar Bolsa Família à uma empregada, e outra pela conivência da patroa acobertando a irregularidade. A situação se complicou quando dois anos depois, mesmo tendo recebido tudo conforme manda o figurino, a cozinheira pediu para sair e logo em seguida entrou na Justiça do Trabalho reclamando os direitos trabalhistas de dois anos sem assinatura em carteira. Levou no acordo, segundo publicado na mídia, mais 4 mil reais da patroa que não lhe devia nada. Isto está acontecendo em outras profissões. O empregado recebe dinheiro do programa Bolsa Família, mas está trabalhando informalmente a seu pedido. E depois ainda processa o empregador de quem pede demissão. Há notícias de que muitos empregados de bares, oficinas e outros tipos de atividade estão se valendo desse artifício que burla a lei. E eventuais patrões que concordam em não registrar os empregados (até porque o custo trabalhista é escorchante no Brasil) pagam a conta dobrada depois de algum tempo. A desinformação, a falta de educação no sentido de formação e de princípios, está afrontando a cidadania até num modelo de benefício social que visa atender aos mais carentes, que estão também aprendendo a ser espertos na contramão da cidadania.
Andre Dusek/AE
G Faça seu comentário direto no site do DC G Ou envie um e-mail: doispontos@ dcomercio. com.br
Pesquisa aponta que 32% dos membros da Câmara dos Deputados respondem a processos criminais na Justiça ou já foram punidos por Tribunais de Contas. No Senado a proporção sobe a 37% e no conjunto das Assembléias Legislativas, a 34%.
C
abe destacar que essa questão da Bolsa Família, além desse tipo de distorção apontada, está fomentando a edificação de gerações de improdutivos. Com o possível meritório desejo de atuar numa emergência, fornecendo mínimas condições de sobrevivência para famílias na miséria, a concessão, de outra
G Patroa e
empregada concordam em não ter contrato formal, para que a segunda possa usufruir do Bolsa Família. Que tal todos praticarmos a ética e a moral dentro de casa?
parte, desestimula o crescimento de quem recebe a bolsa como ser humano e como profissional.
É
um instrumento de manutenção da situação de miséria de quem recebe. E está forjando o aparecimento de novos golpes que igualmente prejudicam a economia formal do país. Deixando, neste momento, de lado esse conteúdo, e mencionando apenas o lado prático de atendimento aos necessitados, devemos todos também refletir sobre este tipo de comportamento que propicia um conluio promíscuo entre o capital e o trabalho (a dona de casa e a cozinheira). Falamos tanto da ética e da moralidade no Poder Público, que tal todos nós começarmos a praticar isso também dentro de casa? Mesmo sabendo que, como sempre, a cobrança de impostos para estar na legalidade é uma afronta. PAULO SAAB É PRESIDENTE DO INSTITUTO DA CIDADANIA BRASIL
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
Política 59% dos municípios
Luludi/Luz
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Num sistema sobrecarregado, quem sofre mais são os micro, pequenos e médio empresários". Alencar Burti
Givaldo Barbosa/ AOG
ficaram sem verba Prefeituras acusam governo de priorizar emendas de aliados para liberar recursos
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os 5.562 municípios brasileiros, apenas 2.261, ou 40,65% do total, receberam recursos provenientes de emendas parlamentares no ano passado, enquanto 3.301 (59,35%) não receberam nada, de acordo com pesquisa apresentada ontem pelo presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski. "A população que vive nesses municípios (que não receberam recursos) foi discriminada, uma vez que suas demandas não foram atendidas pelos parlamentares", disse Ziulkoski, acrescentando que, no seu entender, "há parcialidade na distribuição do orçamento". Na opinião de Ziulkoski, o aperfeiçoamento do sistema federativo deve vir antes mesmo de qualquer reforma tributária – cuja proposta do governo está prevista para entrar em pauta depois do carnaval. A pesquisa realizada pela CNM abrange o período de 2003 a 2007, e constata que o governo federal liberou apenas 39,56% dos R$ 63,052 bilhões de emendas aprovadas nesse período, o que corresponde a um desembolso efetivo de R$ 24,941 bilhões, aí incluídas as emendas que coincidem com prioridades do governo federal, responsáveis por 76,67% do total liberado.
Segundo Ziulkoski, se forem computadas só as emendas de interesse exclusivo dos parlamentares nos últimos cinco anos, o volume de recursos aprovados cai para R$ 42,113 bilhões, dos quais só R$ 8,887 bilhões foram liberados, o equivalente a apenas 21,10%. Na sua avaliação, os números demonstram que o governo dá prioridade à liberação de recursos de emendas que têm afinidade com os projetos do próprio Executivo. "Os prefeitos, os municípios, se vêem reféns dessa estrutura que existe aqui em Brasília. Eles precisam peregrinar com projetos, com parlamentares fazendo emendas, colocando no orçamento, mas depois o governo não libera", afirmou Ziulkoski. O presidente da CNM ressaltou que é contra emendas individuais. "O mecanismo permite o uso político do dinheiro público, além de ser foco de corrupção". A melhor alternativa, segundo ele, está nas emendas de comissão, pelas quais cada área, por meio de levantamentos técnicos, decide onde investir. E s ta d o s – A pesquisa da CNM aponta que os Estados mais ricos, com maior representação política no Congresso, são os que recebem mais recursos das emendas parlamentares, em detrimento das regiões mais pobres.
São Paulo, de acordo com a pesquisa, foi beneficiado com a liberação de R$ 3,769 bilhões, ou 56,87% das emendas aprovadas nos últimos cinco anos; Minas Gerais recebeu R$ 2,639 bilhões, ou 51,13% das aprovações; seguindo-se o Rio de Janeiro, beneficiado com R$ 2,340 bilhões, ou 46,08% das emendas orçamentárias. Os Estados que tiveram pior desempenho nas liberações foram o Amapá, com R$ 246 milhões (19,91% do total aprovado); o Espírito Santo, com R$ 327 milhões (22,14%); Sergipe, R$ 251 milhões (22,78%); e Roraima, com R$ 286 milhões (23,10%). Um pouco melhores, mas com liberações abaixo de 30% das emendas aprovadas, estão Alagoas, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Paraíba e Rondônia. Força do PMDB e PT – A pesquisa da CNM revela ainda que, dos partidos com maior representação no Congresso Nacional, o PMDB foi o que aprovou mais emendas de parlamentares no Orçamento, mas só conseguiu liberar o equivalente a 24% delas. O segundo partido com maior número de emendas aprovadas, o PT, teve 32% de suas propostas liberadas. Esse índices caíram para 20% e 18%, respectivamente, nas liberações de emendas oriundas do PSDB e do DEM (ex-PFL). (Agência Brasil)
Paulo Ziulkoski, da CNM: governo federal privilegia a liberação de emendas atreladas ao Executivo
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Governo quer manter corte de R$ 20 bi do Orçamento
governo deve manter como plano o corte de R$ 20 bilhões no Orçamento 2008 para compensar as perdas causadas com o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), em dezembro. A decisão, discutida durante a reunião da coordenação política, não é definitiva e pode sofrer alterações caso algum parlamentar no Congresso apresente propostas. Desde o fim da CPMF, alguns líderes do governo haviam sugerido cortes menores do
Orçamento. O imposto permitiria encher o cofre da União em cerca de R$ 40 bilhões. Com o fim do tributo, além do corte de R$20 bilhões no Orçamento, o governo quer arrecadar R$ 10 bilhões com aumento de impostos (como o IOF e o CSLL) e mais R$ 10 bilhões com expectativas do crescimento da economia. Mantega abordou a crise americana, falou sobre as perspectivas para o Brasil, mas manteve o discurso de que o País está "mais preparado que nunca" para enfrentar qualquer situação.
A reunião contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vicepresidente José Alencar e seis ministros : Dilma Rousseff , da Casa Civil, José Múcio, Relações Institucionais, Luiz Dulci Secretaria Geral da Presidência, Paulo Bernardo ,Planejamento, Guido Mantega ,Fazenda, Tarso Genro, Justiça, e Franklin Martins, Comunicação Social. Não foi divulgado se os gastos com o cartão de crédito pela ministra da Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, foram discutidos durante a reunião. (AE)
Valter Campanato/ ABr
Garcia: guerra declarada à burocracia em São Paulo Sergio Kapustan
Andrei Bonamin / LUZ
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xpedir alvarás de licenciamento de empreendimentos comerciais no município de São Paulo no prazo 24 horas. Essa é uma das metas do secretário especial de Desburocratização, Rodrigo Garcia, que tomou posse ontem no cargo. Deputado estadual filiado ao DEM, ex-presidente da Assembléia Legislativa e aliado do prefeito Gilberto Kassab, Rodrigo Garcia assume a pasta com a função de colocar em prática medidas estudadas pelo Comitê Municipal de Desburocatização, criado em 2005, no início da gestão José Serra. No último dia 23, o própriogovernador Serra assinou um decreto que dispensa a apresentação de cópias autenticadas e e reconhecimento de firma em transações realizadas com a administração pública estadual. Suporte tecnológico – Para agilizar a expedição de alvarás na Capital, a Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município (Prodam) deu suporte às secretarias na área de informática. O foco é facilitar a vida do empreendedor e melhorar a qualidade do serviço público. Com a implantação do banco de dados, as secretarias podem trabalhar simultaneamente na expedição de alvarás. Segundo o secretário, a estratégia é classificar "os tipos de pedido simples" e os "tipos de pedido complexos", em parceria com as secretarias. Os simples poderão ser emitidos no prazo de 24 horas e os mais complexos dependerão de vistoria prévia, como já acontece hoje. De acordo com Garcia, a secretaria vai priorizar o o licenciamento de obras. "Assumo a
Rodrigo Maia protocola ação no STF em que o DEM pede para derrubar aposentadoria a invasor de terra
Rodrigo Garcia toma posse: apoios municipal e estadual
secretaria com esses dois focos e o prefeito pediu pressa", afirmou, logo após assinar o termo de posse. "Vamos implementar o que falta para melhorar e analisar o que é possível fazer para eliminar outras exigências burocráticas desnecessárias", completou. O presidente da Associação Comercial de São Paulo, (ACSP), Alencar Burti, ao defender a bandeira da desburocratização, destacou que, do ponto de vista do empreendedorismo, a cidade ganha muito. "O excesso de carga tributária e o excesso de burocracia se juntam, pois monta-se um estado pesado e anacrônico, que não atende aos interesses da população". E reforçou: "Num sistema sobrecarregado (tributário e burocrático), quem sofre mais são os micro, pequenos e médios empresários". Burti defende que as demais prefeituras do estado implantem medidas assim, para facilitar a vida da população e do empreendedor. Parceria – Secretário do Emprego e Relações do Trabalho e coordenador do Programa Estadual de Desburocratização, Guilherme Afif Domingos, declarou que a Prefeitura ganhou
um parceiro no projeto: o governo do Estado. Segundo Afif, a meta é a criação do Poupatempo do Empreendor, em 2009. "A burocracia é como o colesterol: tem o bom e o ruim. O colesterol bom é aquele que ajuda o fluxo sangüíneo e o corpo para melhorar o desempenho. O colesterol ruim é aquele que entope as artérias. É esse último que nós estamos aqui juntos para combater", afirmou Afif, ao cumprimentar o secretário empossado. Em sua saudação, Kassab destacou que Garcia acumula ampla experiência política para dinamizar a pasta. Defesa - No plano político, Kassab citou a sua forte aliança com o governador Serra para falar das realizações da atual administração. Dirigindo-se a deputados, secretário, prefeito e vereadores, que lotaram o saguão da Prefeitura, Kassab defendeu a manutenção da aliança entre PSDB e DEM para os próximos quatro anos, sem destacar seu nome. Conforme o prefeito, quem estiver na Executivo será "alguém que esteja 100% compromissado com o plano de governo apresentado pelo então candidato José Serra".
DEM entra com ação no STF contra aposentadoria para invasor de terra
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DEM entrou ontem no Supremo Tribunal Federal (STF) com ação para derrubar a decisão do ministro da Previdência, Luiz Marinho, que garante a invasores de terras os benefícios previdenciários reservados aos trabalhadores rurais. Na ação, o partido argumenta que "a invasão de terra é uma atividade ilícita e, por isso, o invasor não pode ser reconhecido como um trabalhador comum, atendido pelos benefícios da Previdência". O Ministério da Previdência definiu na semana passada que o trabalhador rural não precisa, para ter direito ao benefício, comprovar a titularidade da terra em que trabalha. Assim, uma pessoa que invadiu uma fazenda e trabalha individualmente ou em economia familiar estaria nas mesmas condições de um trabalhador que nunca ocupou terra pública ou privada. "O Ministério da Previdência está transformando o ilegal em legal", afirmou o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), ao protocolar a ação no STF. "Eles não são trabalhadores rurais. Eles invadiram uma propriedade privada e
ainda querem um benefício do governo." Na ação direta de inconstitucionalidade, o partido distingue trabalhador rural de invasor de terra. O primeiro teria direito a receber os benefícios da Previdência. O segundo, de acordo com a legenda, deve ser punido pela Justiça com base no Código Penal, pena que, neste caso, poderia chegar a três anos e seis meses de detenção. "Não há como considerar 'trabalhador rural' aquele que cultiva terra invadida, por configurar tal conduta clara ocupação ilegal sujeita às penas da lei. O conceito constitucional de 'trabalhador' não alcança aquele que provê seu sustento mediante atividades ilícitas", diz o partido na ação. O partido pede ao STF que, em caráter liminar, a suspensão dos efeitos do parecer do ministério. Depois, quando a ação for levada ao plenário, defendem que o parecer seja considerado inconstitucional. De fe sa – O ministro Luiz Marinho afirmou que a decisão pretende apenas acelerar as ações do INSS. "Eu acho que os nossos magistrados têm demandas mais nobres para tratar, mas em todo caso é bom
porque assim acaba com a polêmica logo porque eu tenho certeza de que o Supremo vai julgar pela constitucionalidade. O que nós estamos fazendo é nada mais nada menos do que desburocratizar as ações do INSS, em sintonia com a Constituição Federal", afirma. Histórico –A decisão do Ministério da Previdência buscou resolver uma polêmica que começou no município de Teófilo Otoni, em Minas Gerais. A gerência do INSS na cidade registrou que posseiros que produziam em terras públicas às margens de rodovias pediam para ter direito à aposentadoria como segurado especial. A Procuradoria Federal Especializada do INSS deu parecer para que eles fossem beneficiados. A Diretoria de Benefícios discordou, e afirmou que o pagamento significaria conceder direitos a transgressores da lei. Pela Constituição, os trabalhadores rurais precisam completar 60 anos (no caso de homens) e 55 anos (as mulheres), e cumprir a carência no exercício da atividade que é de 13,5 anos para quem se filiou antes de 1991, e 15 anos para os inscritos depois. (AE)
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
Congresso Planalto Eleições CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5 Roosewelt Pinheiro/ABr
Michel Temer: presidente nacional do PMDB é um dos cotados para disputar a prefeitura paulistana.
MAIS APOIO À REELEIÇÃO DE GILBERTO KASSAB
Sérgio Castro/AE
Eymar Mascaro
Carta na mesa
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PT já trabalha com a certeza de que Marta Suplicy será a candidata do partido à Prefeitura de São Paulo. A ministra teria garantida a legenda para ser candidata ao governo do Estado em 2010, caso perca a eleição municipal. Marta é, segundo as pesquisas, a melhor opção do PT: ela vem liderando os levantamentos juntamente com Geraldo Alckmin (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM). A ministra, contudo, vai deixar para assumir publicamente a candidatura mais para a frente, para evitar ser alvo de ataques oposicionistas. Marta pretende dar a palavra final em junho, mês em que deve se desincompatibilizar do ministério. O PT não dispõe de outro nome em condições de vencer a eleição muncipal em São Paulo.
Ó RBITA
Caso Jango vai à Justiça de 1ª instância procurador-geral da República, Antonio O Fernando de Souza, disse ontem que não é de sua competência investigar a informação de que o Estado brasileiro teria ordenado ou contribuído para um atentado contra o ex-presidente João Goulart. O procurador ainda está avaliando para qual foro de primeira instância deverá encaminhar o assunto. Oficialmente, Jango morreu de ataque cardíaco. A versão ficou sob suspeita quando o uruguaio Mario Neira afirmou ter participado da morte de Jango por envenenamento. (AE)
Costa Neto é acusado de trocar votos deputado federal O Valdemar Costa Neto (PR-SP) foi acusado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) de São Paulo de distribuir bebidas e churrasco em troca de votos. Segundo o MPE, em setembro de 2006 o então candidato a deputado federal fez campanha com distribuição gratuita de churrasco e bebidas a eleitores, acompanhada de solicitação de votos. O candidato argumentou que houve apenas uma festa de confraternização e que não foi pedido o comprometimento do voto em troca. (AE)
TRE cassa dois vereadores infiéis Tribunal Regional Eleitoral do Rio O Grande do Norte
(TRE/RN) cassou ontem os mandatos dos vereadores Antônio Freire de Oliveira e Maria do Rosário Soares Silva de Maria, que trocaram o PMN pelo PMDB em setembro de 2007. Eles são do município de Canguaretama, que fica a cerca de 90 quilômetros ao sul de Natal. "Era uma decisão esperada e foi tomada pelo Tribunal em benefício da moralidade tão esperada pela população" destacou o procurador, Edilson Alves de França. (AE)
MP: provas contra deputados são cabais procurador-geral de O Justiça de Alagoas, Coaracy Fonseca, disse
ontem que as provas apresentadas pela Polícia Federal contra os deputados estaduais envolvidos no desvio de R$ 200 milhões da Assembléia Legislativa do Estado são "cabais". A PF indiciou como integrantes os deputados Antônio Albuquerque, Cícero Amélio, Manoel Gomes de Barros Filho (Nelito), Edval Gaia, Maurício Tavares, Dudu Albuquerque, Arthur Lira, Antônio Hollanda Júnior, Cícero Ferro e Isnaldo Bulhões Júnior. (AE)
Kassab, FHC e Serra: inauguração de estações reúne tucanos que apóiam candidatura democrata
KASSAB RECEBE FHC NO PALANQUE Ex-presidente aparece em evento e prestigia a reeleição do prefeito paulistano
E
m meio ao discurso do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, ontem, na inauguração das estações USP Leste e Comendador Ermelino da Linha F da CPTM, na zona leste da capital paulista, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso surgiu de repente no palanque onde também estava o governador de São Paulo, José Serra. Kassab agradeceu a presença de FHC e disse que o ex-presidente "abrilhantava" o evento. FHC negou que sua participação no evento indicasse apoio político à reeleição do prefeito Gilberto Kassab. "Não vim para um palanque político. Vim para a inauguração de uma obra importante para a zona leste e a USP", reiterou. "Quando chegar o momento adequado, eu falo o que acho sobre política", acrescentou. Apesar da negativa, FHC já deu sua opinião sobre a sucessão municipal na capital paulista. Na avaliação dele, o ex-
governador Geraldo Alckmin deveria ceder e aguardar as eleições de 2010 para se candidatar ao governo de São Paulo e deixar a disputa deste ano para Kassab, dos Democratas. Serra, por sua vez, lamentou a ausência do ex-governador do estado, Geraldo Alckmin, que, segundo ele, recebeu convite para comparecer à inauguração, mas já tinha outro compromisso em Ourinhos, no interior paulista. Fotos – Questionado, Serra disse que FHC estava no evento para visitar uma exposição de fotos sobre a história da USP, no novo campus, e prestigiar as obras de expansão de transporte metropolitano. "A USP fez muitos homens públicos. (A exposição de fotos) é uma homenagem que a USP faz aos seus alunos e professores, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso nos deu a honra de vir prestigiar", disse Serra. Fernando Henrique, por sua vez, disse que compareceu ao
evento a convite do secretário estadual de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella. "Ele me fez vir aqui, mesmo com chuva, para ver o trabalho formidável que estão fazendo", declarou. PMDB – Depois de se tornar alvo do assédio de partidos como PSDB, PT e DEM, o PMDB anunciou ontem que lançará candidato próprio a prefeito de São Paulo. A resolução saiu de reunião da Comissão Executiva do partido no Estado, liderada pelo ex-governador Orestes Quércia. A sigla definiu pelo menos dois nomes a serem consultados para a vaga: seu presidente nacional, o deputado Michel Temer (SP), e a candidata derrotada ao Senado em 2006, Alda Marco Antônio. Recentemente, Quércia reuniu-se com o novo presidente estadual do PT, Edinho Silva, e ouviu dele que a ministra do Turismo, Marta Suplicy, será a candidata do partido e quer o PMDB em seu palanque. (AE)
Brasil e França selam primeiro acordo da aliança estratégica
O
s governos do Brasil e França assinaram ontem à tarde, em Paris, o primeiro acordo da política de "aliança estratégica" no setor de Defesa. A iniciativa havia sido confirmada à imprensa pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim no domingo. Ontem, um acordo que prevê a livre circulação de militares dos dois países foi assinado com o ministro francês Hervé Morin. Minutos antes, Jobim havia sido recebido pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, no Palácio do Eliseu. Durante 30 minutos, ambos encaminharam acordos que serão anunciados na Guiana Francesa, em 12 de fevereiro, durante o primeiro encontro entre os presidentes dos dois países. O acordo foi confirmado na saída do Ministério da Defesa da França. Hervé Morin disse que os entendimentos são fruto de conversas diretas entre Nicolas Sarkozy e o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, e que seu objetivo maior é a parceria estratégica nas áreas de cultura, economia, educação, treinamento e tecnologias militares. "Após o encontro entre os dois presidentes, vamos aprofundar o acordo. Queremos que o Brasil seja o maior parceiro estratégico da França na América Latina, assim como queremos que a França seja o
Benoit Tessier/Reuters
AVALISTA
COLIGAÇÃO
A candidatura de Marta, segundo petistas, já recebeu o aval do presidente Lula. O presidente defende a tese de que o partido deve lançar seu melhor candidato, para tentar reconquistar a Prefeitura paulistana, que os partidos consideram fundamental na campanha presidencial de 2010.
Serra não pretende perder o apoio do DEM em 2010. O governador está convencido de que será o candidato tucano à sucessão de Lula. Para Serra, é fundamental o apoio dos democratas. Por isso, ele se uniu a Kassab para sustentar a coligação PSDB/DEM nas duas próximas eleições.
PESQUISAS Os últimos levantamentos indicaram que Marta, Alckmin e Kassab são os principais candidatos à Prefeitura: um deles deve ser eleito em outubro. O PT trabalha com outra certeza: Marta assegura antecipadamente a sua passagem para o segundo turno.
GOVERNO Marta não queria ser candidata à Prefeitura. Ela preferia continuar no ministério até o final do mandato de Lula, para ser candidata a governadora em 2010. Para aceitar a candidatura a prefeito, a ministra exigiu garantia de legenda para 2010.
PROJETOS No ministério, Marta pensa em dois projetos importantes: ajudar o País a se projetar e a preparar boas equipes para as Olimpíadas de Pequim e, sobretudo, aproveitar a Copa do Mundo de 2014 para divulgar os pontos turísticos do Brasil no exterior. Seu ministério trabalha acoplado ao Ministério dos Esportes.
ADVERSÁRIO A cúpula do PT não tem dúvidas de que Geraldo Alckmin acabará sendo o candidato tucano à Prefeitura, embora seja grande o movimento para que o partido apóie a candidatura de Kassab à reeleição. Alckmin é considerado o melhor candidato no PSDB.
DÚVIDA Mas os tucanos convivem com a incerteza sobre a conveniência da candidatura Alckmin. Cresce no partido a convicção de que o PSDB deve apoiar Kassab para ter o apoio dos democratas na eleição presidencial. Em tempo: Alckmin não quer ficar mais tempo sem mandato.
APOIO
Jobim: acordos serão anunciados em fevereiro, na Guiana Francesa
parceiro estratégico do Brasil na Europa", enfatizou. "Estamos convencidos de que o mundo do século 21 terá o Brasil como potência". Os pormenores do acerto ainda não foram divulgados.
"São questões técnicas que precisam ser ajustadas. Daremos mais detalhes a seguir", disse Jobim. O documento não prevê a construção de bases militares, nem treinamento na região amazônica. (AE)
Repercute no PSDB a iniciativa do governador de Minas, Aécio Neves, que se mostrou favorável à candidatura de Alckmin. Aécio se coloca contra o comportamento de José Serra, que continua sua pregação contrária à participação do exgovernador na sucessão municipal. Serra quer ver Alckmin disputando as eleições estaduais.
CONFRONTO Nos encontros que manteve com tucanos, o expresidente do DEM, Jorge Bornhausen, se sustentou em pesquisas para convencer o PSDB de que Kassab reúne condições para derrotar Marta no segundo turno, principalmente se contar com o apoio dos tucanos. Bornhausen recebeu o apoio de FHC.
SEPARAÇÃO O PT está gostando da discórdia no PSDB. Os petistas admitem que tucanos e democratas não vão se coligar nas eleições de 2008 e 2010, porque Alckmin vai bancar sua candidatura a prefeito. Para o PT, dificilmente o PSDB deixará de ter candidato próprio em São Paulo.
BAMBOLÊ Dilma Rousseff achou graça do comentário de Lula de que ela precisa ter mais jogo de cintura, se quiser ser candidata ao Planalto. Dilma é apontada no PT como a mais provável candidata à sucessão de Lula, apesar de ainda ser desconhecida do eleitorado.
RECUO A ministra continua revelando irritação quando indagada se pretende ser candidata a presidente. Dilma responde que seu desejo é continuar fazendo um "bom trabalho" na Casa Civil. A ministra procura desfazer intrigas sobre sua candidatura.
LIDERANÇA Dilma Rousseff ainda não apareceu nas pesquisas, que continuam apontando a liderança do tucano José Serra. A campanha presidencial de 2010, segundo as pesquisas, será polarizada entre PT e PSDB. Mas o PT ainda não preparou um candidato em condições de duelar nas urnas com Serra. Segundo a última pesquisa Datafolha, a ministra tem 2% de intenção de voto, contra 38% de Serra.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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Fotos: Noor Khamis/Reuters
Internacional
Por que tanta violência no Quênia? Deputado da oposição é assassinado e terror eclode no país. Mais de 850 foram mortos desde dezembro
P
elo menos 30 pessoas morreram na terçafeira em diversas localidades do Quênia e um clima de alta tensão dominou o bairro de Kibera, na capital Nairóbi, onde um forte
contingente policial tentava conter os conflitos étnicos que se intensificaram após o assassinato de um deputado de oposição, informou a polícia. Os conflitos recomeçaram na segunda-feira à noite, quan-
do um deputado do partido de oposição Movimento Democrático Laranja (ODM), Mugabe Were, foi morto no bairro de Kibera. Were foi atingido por tiros disparados por dois homens na porta de sua casa. O líder da oposição, Raila Odinga, chamou o crime de um "assassinato político premeditado" e disse que o Quênia "está à beira da anarquia". Após o assassinato do deputado foram registradas mais de 30 mortes violentas nas localidades de El Doret, Naivasha, Nakuru, Kisumu e Nairóbi. Repetindo o comportamento de gangues no oeste do Quênia, que mataram rivais e incendiaram suas casas, grupos de jovens armados começaram a ser agrupar depois do assassinato do deputado, nas favelas de Mathare e Kibera, na
capital. Testemunhas disseram que casas estavam sendo incendiadas e que um médico fora decapitado na rua. As casas estavam sendo queimadas perto de uma ferrovia que divide membros da tribo kikuyu, do presidente Mwai Kibaki, do grupo étnico luo, do derrotado candidato presidencial Raila Odinga e do deputado assassinado ontem. Em Naivasha, noroeste de Nairóbi, três helicópteros do governo dispararam contra uma multidão de manifestantes que passou a promover saques depois que policiais não conseguiram contê-la. A violência teve início quando cerca de 5 mil pessoas incendiaram casas e quebraram vitrines de lojas, saqueando produtos. Cinco policiais fizeram disparos para o ar mas não conse-
guiram controlar o tumulto. O chefe de polícia de Naivasha foi apedrejado no incidente. Entenda a crise A escalada da violência se deu no dia em que aconteceu uma segunda reunião entre governo e oposição para conter a crise no país. O encontro foi negociado pela equipe mediadora comandada pelo exsecretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, com a presença do presidente Mwai Kibaki e o líder do ODM, Raila Odinga — que aponta fraude nas eleições de dezembro. "Existe apenas um Quênia. Todos nós temos muitas identidades, mas espero que vocês se vejam primeiramente como quenianos", disse Annan. Ele acrescentou que acredita que as questões políticas mais imediatas podem ser resolvidas
em quatro semanas, mas que negociações mais profundas podem levar até um ano. A crise pós-eleitoral no Quênia, que resultou na controversa reeleição de Kibaki, da etnia kukuyo, levou a conflitos políticos e étnicos que em um mês deixaram mais de 850 mortos em todo o país. O conflito, que começou como uma crise política, cada vez mais se transforma em confronto étnico, inflamado pela longa tensão entre as etnias em relação ao domínio de terras, oportunidades econômicas e acesso ao poder. Isso porque os kikuyus dominam o Quênia — ex-colônia britânica que se tornou independente há apenas 44 anos —, dos negócios à política no país, causando revolta entre as tribos rivais, principalmente os luos e os kalenjins. (Agências)
A Flórida entre Romney e McCain C onfirmando um placar apertado anunciado horas antes pelas pesquisas de opinião de voto, o senador pelo Arizona, John McCain, e o ex-governador do Massachusetts, Mitt Romney, travaram uma batalha voto a voto nas primárias republicanas na Flórida, consideradas vitais para impulsionar o nome do candidato que concorrerá à sucessão de George W. Bush no pleito de novembro. Com 30% das urnas apuradas até o fechamento desta edição, Romney aparecia com 33% dos votos, ante 34% do seu concorrente McCain, o que caracteriza empate técnico. A disputa de ontem era considerada vital pelos candidatos, pois significaria ao vencedor os 57 representantes do Estado para a convenção republicana nacional de agosto. A Flórida é um dos estados que garantem o maior número de delegados em todo o país. O vencedor, de quebra, conseguirá um impulso extra para
Carlos Barria/Reuters
O candidato John McCain disputou voto a voto com Mitt Romney as primárias republicanas na Flórida
a chamada "Superterça", prevista para 5 de fevereiro, quando 20 Estados realizam primárias de forma simultânea. Ao mesmo tempo, e se os re-
sultados darem mesmo a vitória a McCain ou a Romney, a disputa da Flórida praticamente sepultou as pretensões do ex-prefeito de Nova York,
Rudolph Giuliani, que havia ignorado as prévias em outros estados e depositava suas esperanças em uma vitória ontem. Com 30% das urnas apu-
radas ele aparecia em terceiro lugar, com 15% dos votos. Giuliani havia dito que sairia fora da disputa em caso de derrota. Um anúncio oficial deve ser feito nesta quarta-feira. Farpas Os dois principais concorrentes na Flórida trocaram acusações sobre áreas como a economia e a segurança nacional na disputa pela candidatura republicana nas eleições presidenciais. Romney criticou seu rival dizendo que ele apresenta "soluções liberais" para os problemas do país. Entre elas, estariam a "visão condescendente" em relação aos imigrantes ilegais e o apoio a um projeto na área de energia que, segundo Mitt Romney, aumentaria gastos para consumidores. "Eu não acredito que estas respostas liberais são o que os EUA procuram, nem o Partido Republicano nem nenhum outro partido", disse Romney. McCain, por sua vez, acusou Romney de ser uma "decepção" para os eleitores e de mu-
dar seu ponto de vista. "Ele já foi a favor dos assuntos pelos quais nos ataca", afirmou. "A verdade é que Romney foi um governador liberal de Massachusetts que aumentou impostos e conduziu a economia de maneira incompetente, deixando o Estado com menos crescimento de vagas de emprego que outros 46 Estados americanos", disse. Democratas A Flórida também realizou votação democrata na terçafeira, mas os pré-candidatos do partido aceitaram um pedido de líderes nacionais para não fazerem ativamente campanha no Estado, devido a uma disputa envolvendo autoridades estaduais do Partido Democrata. O estado não terá delegados na convenção do partido, em agosto próximo. A disputa está acirrada. O senador Barack Obama venceu em Iowa e na Carolina do Sul, enquanto sua rival, a também senadora Hillary Clinton, venceu em New Hampshire e Nevada. (Agências)
Reuters
Edwin Montilva/Reuters
REFRIGERADOR – As temperaturas congelantes, a neve e o granizo que atingiram grande parte das áreas central, leste e sul da China impediram o deslocamento de caminhões e trens carregados com carvão, alimentos e passageiros, no inverno mais rigoroso em 50 anos que cortou a energia de boa parte dessas regiões. Vinte e cinco pessoas já morreram em decorrência das baixas temperaturas
FINAL FELIZ – Os assaltantes que fugiram em uma ambulância com cinco reféns como escudos humanos, após terem mantido mais de trinta pessoas retidas em uma agência bancária na Venezuela por mais de 24 horas, foram interceptados pela polícia, entregaram as armas e libertaram os últimos reféns, informou o governador do estado de Guárico, Eduardo Manuitt. O assalto à agência começou às 11h da segunda-feira
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
O COMÉRCIO, DANÇANDO NA CHUVA.
1 O clima é ruim para o comércio. Quem passa na rua, não está interessado em comprar.
Fábio D'Castro/Hype
Tempo chuvoso significa queda de vendas, de até 80%, nas lojas de rua. Neide Martingo
V
endas em dia de chuva? Impossível. Uma situação não coexiste com outra. Esse é o comentário dos vendedores da Rua Oscar Freire diante do fraco movimento de ontem. O público das calçadas é gente que trabalha no local, saindo para um lanchinho. Nem sinal de consumidores. Para passar o tempo, os funcionários arrumam as lojas e colocam o papo em dia. Na Carmim, que vende moda jovem, o produto vai até o cliente. "Os vendedores entram em contato com os consumidores fiéis à grife e falam sobre as promoções. Quando alguém se interessa, o motorista da loja leva a mercadoria até a casa dele. É uma maneira de atender de forma diferenciada, uma espécie de delivery", afirma o diretor de varejo da loja, Yran Faria Soares. Quando vira o tempo, nem adianta mudar a vitrine, segundo Soares. "Se não tem cliente para comprar, também não tem para olhar. A idéia é ir até o cliente, que não quer enfrentar a chuva." O executivo diz que, num dia chuvoso, as vendas caem pelo menos 50%. "Os lojistas de rua sofrem nessas ocasiões. Quem deve se dar bem são os que estão nos shoppings. As pessoas vão passear e acabam comprando", diz a vendedora da Corpo & Arte, Ana Paula Martins. "As vendas caem 30% em dia chuvoso, em comparação ao tempo com sol, quando o público aparece para bater perna. Os produtos estão com 30% de desconto, tradicional no mês de janeiro. Mas nem assim os consumidores aparecem." Porém, até o dia cinzento tem um lado positivo, segundo Ana
Muita chuva e poucos consumidores na Rua Oscar Freire sob chuva ontem. Só passava quem trabalha lá.
Nem as liquidações, com preços reduzidos, atraíram clientes.
Nely era exceção: gosta de chuva.
O
peração desencadeada por fiscais do Procon-SP encontrou irregularidades em 73 estabelecimentos comerciais de municípios litorâneos. O maior número de infrações verificadas foi resultado da falta, ou inadequação, da informação dos preços dos produtos para o consumidor. Essa irregularidade foi encontrada em 32 pontos comerciais autuados.
Ricardo, da Guess: arrumação.
Bom ano para os supermercados Mário Tonocchi
Trânsito difícil e lojas vazias: retrato paulistano da terça-feira.
Paula: "Os poucos que entram na loja compram mesmo, não estão só passeando." Para seduzir o cliente, o jeito é dar uma "arrumadinha" na vitrine. "Sempre que chove ou esfria é bom colocar um casaquinho, uma peça mais quentinha para chamar a atenção", explica. Arrumação na loja – Na Guess da Oscar Freire o movimento cai 80% quando a chuva chega. "As pessoas não querem caminhar com chuva. Só quem vai às compras são os clientes que já têm endereço certo para ir, a grife preferida", diz o gerente Ricardo Medei-
ros. "Dia nublado é dia de arrumação na loja." A decoradora de interiores Nely Vieira da Silva é exceção. De guarda-chuva e sorriso, ela caminhava ontem pela Rua Oscar Freire olhando cada vitrine com atenção. Nely tinha ido pegar uma calça na costureira e escolhia uma jóia para a nora, que mora nos Estados Unidos. "Aqui no Brasil as peças são mais baratas do que as norte-americanas. Além disso, eu adoro andar na chuva. E nas lojas sou muito melhor atendida, já que os locais estão vazios", diz a decoradora.
Procon multa 73 lojas no litoral Renato Carbonari Ibelli
Ana Paula: público quer sol.
A ação, batizada de "Operação Verão", foi realizada nas cidades de Guarujá, Ilha Bela, São Sebastião, Caraguatatuba, Peruíbe, Iguape, Ilha Comprida e Cananéia. A fiscalização esteve em ação durante oito dias, período no qual visitaram 114 estabelecimentos. As irregularidades verificadas pelo Procon-SP resultam em processos administrativos, que podem gerar multas que vão de R$ 212 a R$ 3.192.300, de acordo com o disposto no Código de Defesa
do Consumidor. Além de irregularidades na informação dos preços, a operação autuou estabelecimentos por vender produtos com validade vencida; por falta ou inadequação de informação de validade e irregularidade com os leitores óticos; por informar os preços sem ostensividade; e por não informar os dados em financiamento. O Procon-SP mantém, para orientação, reclamações ou denúncias, o telefone, 151 e o site www.procon.sp.gov.br.
A
s vendas reais – descontada a inflação no período –, cresceram 5,92% no ano passado, segundo levantamento divulgado ontem pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). A expectativa para 2007 era fechar o ano com aumento de 6,1%. Com os 5,92%, o faturamento deve bater nos R$ 131,4 bilhões, ante R$ 124,1 bilhões registrados em 2006. O dado final de f a tu r a m en t o só deve ser fechado em março, mas não deve ter grande alteração. O desempenho de 2007 é o melhor desde 1998, quando as vendas começaram a cair depois do auge do Plano Real, implantado em 1994, segundo o presidente da Abras, Sussumu Honda. "Para a associação, é o melhor ano de vendas acumuladas reais desde 2003, quando implantamos a metodologia de acompanhamento do desempenho do setor. Mas é possível fazer a comparação mais distante, com 1998, quando as vendas permaneciam estáveis desde 1994 e chegamos a 4% de aumento no acumulado. A partir daí,
entramos em declínio até 2004, quando conseguimos pequena recuperação, mantida em 2005 e que foi seguida de nova queda em 2006", disse Honda, cauteloso com os dados deste ano. "Nossas primeiras projeções apontam para um crescimento entre 4% e 4,5% já que as vendas do ano passado foram muito fortes." Forte também foi o aumento nos preços dos supermercados. A Cesta AbrasMercado, também divulgada ontem, registrou alta de 3,55% em de-
zembro de 2007, em relação ao mesmo mês de 2006. Com isso, o custo da cesta com 35 itens de largo consumo, que estava em R$ 196,47, chegou a R$ 231,20 em dezembro passado. O feijão colaborou muito para a alta. Subiu 34,24% em dezembro sobre novembro de 2007, com aumento acumulado de 123,8% no ano. Também tiveram grande elevação os preços do tomate (30,12%) e extrato de tomate (10,71%). Os supermercados, segundo Honda, não querem mais
serem reconhecidos como os responsáveis pela inflação, como o setor chegou a ser considerado décadas atrás. "Não queremos mais a culpa pela alta nos preços", afirmou. Com a nova postura, as empresas apenas repassam os preços para os consumidores. Carnaval não vende – O setor de supermercados "pulou" o Carnaval como mote de venda. A data adiantada da comemoração, na primeira semana de fevereiro, alterou completamente o calendário de promoções, segundo Sussumu Honda. Há anos o Carnaval não é mais uma data forte para as vendas n o s s u p e rmercados. As famílias preferem viajar, ou aproveitar o feriado para almoçar fora. As compras acabam ficando para a Páscoa. Algumas redes, como o Pão de Açúcar, já oferecem ovos de Páscoa em suas prateleiras. "Esse novo comportamento do consumidor no Carnaval, inclusive, vai ditar a 'nova onda' dos investimentos do setor: apostar na ampliação dos espaços gourmet, com a venda direta de alimentos prontos para consumo dentro da loja ou na casa do cliente", disse o presidente da Abras.
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Indicadores Econômicos
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por cento é a alta estimada pelo Merrill Lynch para a Bovespa neste ano.
DC
COMÉRCIO
Informe Publicitário FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Fundo
Posição em
P. L. do Fundo
Empresarial LP
24/01/2008
27.769.345,25
Esher LP Hope LP JCP-SUL LP Master Recebíveis LP Milligan LP Múltiplo LP Odyssey LP Prospecta LP Redfactor LP Valecred LP
24/01/2008 24/01/2008 24/01/2008 24/01/2008 24/01/2008 24/01/2008 24/01/2008 24/01/2008 24/01/2008 24/01/2008
18.423.010,96 14.734.508,23 1.986.110,73 2.046.746,06 345.444,69 17.104.877,10 2.656.797,59 1.956.120,96 13.013.950,63 5.338.719,28
Tipo Subordinada Sr 1ª emissão Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Sub - Classe A
Vlr Cota Sub 1.690,726756 589,802619 952,613291 1.315,648380 1.153,062354 1.274,512016 939,540906 1.570,410052 988,029028 981,127965 1.193,120008 1.052,579525
% rent. mês 1,0374% 0,7831% 3,0912% 2,0463% 1,4648% -4,1433% -6,0459% 1,5660% -0,9163% 3,0739% -1,6516% 0,8546%
% ano 1,04% 0,78% 3,09% 2,05% 1,46% -4,14% -6,05% 1,57% -0,92% 3,07% -1,65% 0,85%
Tipo Sr 2ª emissão Sr 3ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sub - Classe B
Vlr Cota Sr 1.052,917242 1.022,835380 1.042,714120 1.082,594280 1.038,451160 1.299,483394 1.004,136600 1.026,282787 1.056,025053 279,080655
% rent. mês 0,8188% 0,8189% 0,7831% 0,7974% 0,7474% 0,7831% 0,4137% 0,8188% 0,8188% 3,2568%
% ano 0,82% 0,82% 0,78% 0,80% 0,75% 0,78% 0,41% 0,82% 0,82% 3,26%
rating A+(Austin) BBB(Austin) AA-(Austin) AA-(Austin) A+(Austin) A (Austin) A+(Austin) A- (Austin) A- (Austin) AA(Austin) A(Austin)
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Nacional Tr i b u t o s Empresas Finanças
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TRANSGÊNICOS VOLTAM À DISCUSSÃO
milhões é o número de usuários de internet no Brasil, segundo cálculo do Google.
OI E BRT QUEREM SE REESTRUTURAR PARA EVENTUAL FUSÃO, MAS LEGISLAÇÃO ATUAL IMPÕE LIMITAÇÕES.
LEI PODE MUDAR, PARA CRIAR SUPERTELE. TIM lança You Tube Mobile em parceria com o Google
A
Jonne Roriz/AE
Fernando Porto
D
e olho na forte concorrência que se inicia com a chegada da terceira geração de telefonia (3G), a TIM decidiu investir na oferta de conteúdos para seus usuários. A empresa lançou ontem o YouTube Mobile, a versão para celulares do mais popular site de compartilhamento de vídeos do mundo, e que pertence ao site de pesquisa Google. Sem adiantar o investimento no novo serviço, o presidente da TIM Participações, Mário César de Araújo, disse que os recursos de implementação estão dentro do orçamento de R$ 6 bilhões, previstos até 2009, para a estruturação da nova rede 3G. "Não adianta nada colocarmos banda larga para o cliente de celular se não oferecermos o melhor conteúdo", disse Araújo, salientando que a parceria é preferencial, e não exclusiva. "Mas sempre estaremos saindo na frente com novas soluções do Google, porque estamos trabalhando juntos já há algum tempo", acrescentou. Bom cenário – Segundo o presidente do Google Brasil, Alexandre Hohagen, a empre-
Hohagen (à esquerda), do Google, e Araújo, da TIM Participações, vêem bom cenário para associação.
sa quer investir cada vez mais em soluções para a telefonia móvel. "Pelos cálculos, temos hoje 39 milhões de usuários de internet no País, contra 120 milhões de usuários de celulares. A telefonia móvel está em franco crescimento no Brasil, o que se torna um cenário perfeito para a edificação de plataformas de web para esse mercado", afirmou Hohagen. A segunda fase da parceria entre as empresas, ainda sem data definida, será a oferta da ferramenta Google Search dentro do portal da TIM. A partir do acordo com o Google, os clientes TIM terão
Transgênicos são bons? Nem todos concordam. dentes de poucas empresas. E isso é só o começo. Se o Brasil aprovar outras variedades u s o d e s e m e n t e s transgênicas, a tendência é de o transgênicas para o problema aumentar", diz. O estudo – Os ganhos ecoplantio de algodão e soja nos próximos dez anos no nômicos para a produção de País poderia reduzir o consu- soja geneticamente modificamo de água equivalente a 25 da (GM), segundo o estudo da mil piscinas olímpicas (56 bi- Céleres, deverão ser de 6,8% na lhões de litros). Também dei- margem operacional bruta, xariam de ser queimados 382 em relação à soja convenciomilhões de litros de óleo diesel. nal. Se o Brasil tivesse adotado Conseqüentemente, não have- a soja RR, tolerante a herbiciria a emissão de 1,1 milhão de das à base de glifosato, desde toneladas de gás carbônico, o 1996, teria tido ganhos maiores que corresponderia à existên- – de US$ 4,6 bilhões. O levantamento considerou cia de 8 milhões de árvores. Esses dados fazem parte de estu- o plantio de 274 milhões de hectares de sodo realizado Andrei Bonamin/Luz ja transgênica pela consultoe 53,3 milhões ria Céleres de hectares de com 183 prosoja convendutores de alcional. Hoje, godão e soja 62% dessa culde sete estatura no Brasil é d o s , e n c oplantada com mendado pela sementes geAssociação n et i c am e nt e Brasileira de m od i f ic a d as . Sementes Em dez anos, e M u d a s e s s e p e rc e n(A br ass em ). tual deverá alEle pode ser cançar 84%. visto no site Anderson Galvão, da Céleres. Anderson w w w . c e l eGalvão, diretor da Céleres, res.com.br. Os supostos benefícios da so- afirma que embora a transgeja transgênica, entretanto, são nia da soja não aumente a prorefutados pela organização dutividade, garante facilidanão-governamental Greenpea- de no manejo e ganhos amce. Um dos argumentos é o de bientais, como menor aplicaque as lavouras de soja conven- ção de agrotóxicos.. Já o aumento na margem cional tiveram em 2007 maior produtividade que as transgê- operacional bruta com o uso nicas. Segundo a coordenadora do algodão transgênico em reda campanha de engenharia lação ao convencional é de genética do Greenpeace, isso 12%, em reais, por hectare, diz ocorreu por causa da alta de o documento. Em dez anos, o quase 50% no preço do glifosa- País terá 16,6 milhões de hectato, principal herbicida usado res cultivados de algodão na cultura geneticamente mo- transgênico e 6,5 milhões de dificada, e fabricado pela mes- hectares do convencional. Hoje, o percentual é de 47% ma empresa que vende as sementes de soja transgênica, a do transgênico Bollgard, resisMonsanto. "Essa é uma prova tente a insetos. Segundo Galde que a tecnologia dos trans- vão, a maioria dos produtores gênicos não traz benefícios aos entrevistados é favorável à agricultores. Eles ficam depen- adoção desse tipo.
Adriana David
O
acesso direto ao serviço por meio de um ícone no Portal TIM Wap. Por gerar tráfego de dados, o serviço obviamente terá um custo: R$ 1,50 por megabyte, mais impostos – valor este cobrado fora do pacote de dados do usuário. Para um vídeo de um minuto, por exemplo, o usuário pagará em torno de R$ 0,90. "É uma tarifa inicial para o lançamento de produto, mas que deve ser reduzida em breve, quando o serviço for oferecido dentro de pacotes", justificou o diretor de marketing da TIM, Marco Lopes. O YouTube Mobile já está disponível no portal da empre-
sa, mas a tecnologia 3G ainda não tem data definida para implantação. Segundo o presidente da TIM Participações, o serviço deverá ser acessível ainda no primeiro semestre. Ele disse que mesmo ainda na segunda geração, o acesso à internet dos usuários de sua companhia pela telefonia móvel cresceu 190% em relação a 2006. "Temos de migrar por etapas. Só lançaremos o serviço com a freqüência de 2.100 MHz (adquirida pela empresa no leilão da Anatel, em dezembro) quando tivermos implantado uma boa rede", acrescentou Araújo.
B r a s i l Te l e c o m (BrT) e a Oi relataram ontem ao Ministério das Comunicações a intenção de promoverem reestruturação acionária, medida que dependeria de uma mudança no Plano Geral de Outorgas do setor. A informação foi dada pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa. Hoje ele deve apresentar à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) as justificativas que sua pasta encontrou para mudar o plano de outorga, uma decisão essencial para a eventual fusão entre as duas operadoras. Segundo o ministro, a mudança que vem sendo estudada no plano não visa beneficiar apenas uma ou duas empresas, mas permitir que todo o setor possa resolver as pendências que ainda existem com relação ao Plano de Outorga. Costa calcula que em até 30 dias o ministério poderá levar à presidência da República a proposta de mudança. Caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva dar a posição final sobre o assunto. Ontem, o presidente da TIM Participações, Mário César de Araújo, disse ver com tranqüilidade o anúncio de intenção de fusão das operadoras BrT e Oi. Ele não acredita que o governo vai mudar a legislação com o objetivo de facilitar a criação de uma "supertele" de controle nacional. "Nas reuniões com o governo, nos foi dito que não haveria
assimetria competitiva, nem protecionismo regulatório", afirmou Araújo. "Por essa razão, está sendo importante a participação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no processo, para garantir a competição. Acreditamos na seriedade do governo. Da mesma forma, garantimos que não haverá fusão da TIM com a Telefônica, já que a nossa empresa faz parte da Itália Telecom". Quando à possibilidade de fusão entre a Oi e BrT, o executivo disse apenas que "na hora em que muda o ambiente competitivo, nós temos de mudar nossa estratégia competitiva". O temor do mercado é de que uma supertele com capital nacional seja criada a partir da fusão Oi-BrT. Para isso, o presidente da República precisaria, por meio de decreto, alterar o Plano Geral de Outorgas, que proíbe que os mesmos acionistas controlem mais de uma operadora. Essa mudança poderia, teoricamente, trazer problemas políticos para Lula, já que seu filho Fábio Luís da Silva, o Lulinha, tem negócios que envolvem a participação da Oi, na época em que se chamava Telemar, na firma Game Corp. No dia 9 passado, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) declarou na Câmara que "se o presidente Lula tiver a ousadia de baixar um decreto (mudando as regras), nós teremos a decência de recorrer à Justiça para impedi-lo". (Agências e FP)
Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO
10 - LOGO Nunca imaginei que seria o piloto com mais tempo na história da Fórmula 1. Isso é algo que eu tenho orgulho, mas eu ainda tenho um sonho, e acho que posso realizá-lo.
Celso Júnior/AE
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Do piloto brasileiro Rubens Barrichello, que ainda sonha em se tornar campeão mundial de Fórmula 1.
JANEIRO Dia da Saudade
A RTE F UTEBOL
Adeus, Gerchman
Beckham em Natal David Beckham aproveitou ontem o lançamento de um empreendimento em Natal para mandar um recado para o técnico da seleção inglesa: ele se disse recuperado e pronto para jogar pela equipe no amistoso contra a Suíça, em 6 de fevereiro. O jogador participou da cerimônia de apresentação do resort Cabo São Roque, na capital do Rio Grande do Norte, que terá um centro de treinamento de atletas profissionais, elaborado com seu
apoio, e um programa de bolsa de estudos para crianças. "Ser convocado para representar seu país é sempre especial e quando você chega a 100ª convocação é ainda mais importante. Significaria muito para mim. Tomara que aconteça rápido. Estou com os dedos cruzados", afirmou o jogador, num recado direto ao técnico italiano Fabio Capello. Na semana passada, Capello, que estréia como técnico da Inglaterra, disse que não pretende convocá-lo.
J.F. Diorio/AE
Morre o artista Rubens Gerchman, que ousou boicotar a Bienal de São Paulo
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orreu ontem o artista plástico Rubens Gerchman. Ele estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, para tratamento de um câncer no pulmão. Seu corpo foi cremado no Horto da Paz, em Itapecerica da Serra. Nascido no Rio de Janeiro
em 1942, Gerchman vivia na capital paulista desde meados de 2003. Na década de 1960, integrou a vanguarda carioca. Ele foi também um dos mentores da mostra Tropicália, ao lado de Lygia Clark e Hélio Oiticica, que deu origem a nova objetividade brasileira, movimento em que arte conceitual e pop se uniam.
Durante o regime militar, organizau um protesto em forma de um boicote à Bienal de Artes de São Paulo, classificada por ele como a "Bienal da ditadura". Ele também foi co-fundador e diretor da revista Malasartes, em 1975, e diretor do antigo Instituto de Belas Artes, a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio.
Futebol, um dos temas clássicos de Gerchman
Reuters
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V IKINGS Carl de Souza/AFP
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Anualmente, desde 1870, o festival Up Helly Aa comemora a influência dos vikings da Escandinávia nas Ilhas Shetland. Ontem, no momento principal do evento, cerca de mil homens fantasiados acenderam tochas em uma réplica de navio viking.
C OMPORTAMENTO
Nu em céu de brigadeiro Os nudistas alemães serão os primeiros a inaugurar uma nova e promissora modalidade de turismo. Depois do sucesso dos cruzeiros de nudismo, a agência alemã OssiUrlaub.de anunciou a criação do vôo de nudismo, que começará a receber as reservas dos turistas no próximo dia 1º de fevereiro. A viagem está marcada para acontecerá em 5 de julho. O vôo inaugural – e experimental – sairá da cidade de Erfurt, no oeste da Alemanha, e terminará no Mar Báltico. A passagem custa US$ 735. O alto custo da passagem pelo curto trecho de E M
viagem é justificado pelos organizadores porque o avião é pequeno e não pelo fato de os passageiros estarem nus. Segundo a agência, o fato de os 55 passageiros estarem sem roupas não implicaria em um preço mais alto do bilhete. Os passageiros terão de permanecer nus durante toda a viagem e terão de se vestir minutos antes do desembarque. Também embarcarão vestidos e, para a tristeza de todos, comissários e comissárias de bordo estarão vestidos "por questões de segurança", explicou a agência.
C A R T A Z
VISUAIS
Divulgação
Exposição reúne pinturas a óleo, aquarelas, desenhos, gravuras e esculturas de Lasar Segall. Galeria de Arte do Sesi. Av. Paulista, 1313, metrô Trianon-Masp, das 10h às 20h, tel.: 3146-7405. Grátis.
G @DGET DU JOUR
F AVORITOS
Um relógio movido a água
Rumo à faculdade, com descontos
O BRIC começa com o Brasil O jornalista Tyler Brule escreveu ontem para o International Herald Tribune um artigo sobre o Brasil. Ele menciona "os pequenos truques para se locomover por uma cidade enorme, perigosa e ingovernável às altas horas da noite", falando de São Paulo. O autor comenta também sobre Salvador e Rio de Janeiro, mas concentra-se em analisar a presença do Brasil no BRIC. Ele destaca que, embora as outras letras da sigla – Rússia, Índia e China – recebam mais atenção e investimentos do que o Brasil, é aqui, a primeira letra da sigla, que há talento e recursos a serem explorados. Leia sobre a segurança em São Paulo na página 8
M ÉXICO
A galinha dos ovos... verdes "Rabanita", uma galinha aparentemente comum, virou celebridade na província de Huecatitla, no México, por colocar ovos esverdeados. O fenômeno ainda não foi explicado por especialistas, afirma Elvira Romero, orgulhosa dona da ave e de um cesto cheio de ovos verdes. Elvira tem mais 12 galinhas, mas agora diz tomar conta de Rabanita com mais carinho". "Não vou deixá-la até que Deus a leve", disse.
R EALISMO Reproduções/site
Mãos à obra
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s obras que ilustram a página são do artista italiano Guido Daniele. Especialista em pintura corporal, o artista de Milão é também considerado um jovem talento do hiperrealismo e faz da pintura das mãos o principal destaque de seus trabalhos, usados principalmente em anúncios publicitários. Um dos segredos da pintura das mãos é utilizar as características da pele – cor, textura, eventuais rugas e manchas – para "incorporar" a imagem dos animais que retrata. A idéia é fazer das mãos uma tela, tentando desconstruir ao máximo a banalidade de uma parte do corpo humano.
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Girafas, elefantes, aves, répteis na técnica hiperrealista de pintura corporal de Guido Daniele
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Daiane dos Santos passa a competir pelo Clube Pinheiros depois das Olimpíadas Polícia Federal anuncia 'arrastão ambiental' com vigilância armada na Amazônia
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Concurso 628 da DUPLA SENA
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O Etapa Vestibulares anunciou um concurso de bolsas para o programa extensivo de 2008. As provas acontecem no próximo dia 13 e podem participar todos os alunos que não tenham se inscrito em concursos anteriores. o dia 12, será aplicada uma prova especial para estudantes aprovados na primeira fase da Fuvest. Os descontos, que podem chegar a 100%, variam conforme o desempenho. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pela internet.
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MONSTRO IMPERIALISTA - Um diabo gigantesco em traços delgados ameaçando um pequeno homem que segura com dignidade uma bandeira cubana é a nova escultura doada a Cuba pelo arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer e inaugurada ontem em uma universidade de Havana. Numa nota, Niemeyer dedicou o monumento "ao heróico povo de Cuba na defesa de sua soberania contra o monstro imperialista". A obra também é dedicada a Fidel Castro.
Michael Schumacher vira Schumix, um 'piloto' de biga, no novo filme de Asterix
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
O fisco fez 80% mais autuações no ano passado do que em 2006. E arrecadou 42% mais.
CRÉDITOS DO ICMS EM RISCO
GOVERNO INTIMOU 521 MIL CONTRIBUINTES A RESSARCIR R$ 108 BILHÕES AOS COFRES PÚBLICOS
RECEITA APERTA CERCO E FATURA MAIS
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Receita Federal int e n s i f i c o u e a mpliou seu programa de fiscalização no ano passado e intimou 521,6 mil contribuintes pessoas físicas e jurídicas a devolver aos cofres públicos R$ 108 bilhões, já computados o principal, multa e juros. O número de autuações é 80% maior que o registrado em 2006, e o volume arrecadado 42% superior ao verificado no mesmo período. O setor financeiro foi o campeão de fiscalizações no segmento empresarial. O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, afirmou ontem que foram intensificadas as ações de fiscalização em todos os setores. Segundo ele, "foi fundamental" o uso da tecnologia no cruzamento de dados, o que permitiu a seleção dos contribuintes com maior potencial de evasão de divisas. O destaque para o setor financeiro, que inclui não só bancos, mas cooperativas de crédito, empresas de factoring, financeiras e seguradoras, por exemplo, se deveu em princípio ao grande volume de recursos movimentados por essas empresas, na avaliação do secretário. "Qualquer divergência que se apure neste segmento será maior que em outros setores", afirmou Rachid. No ano passado, foram feitas 796 ações de fiscalização nos serviços financeiros e lançados R$ 25,3 bilhões em débitos tributários das empresas. Em 2006, foram 744 ações que
Divulgação
Alan Marques/Folha Imagem
Rachid: há respaldo legal para as ações de fiscalização da Receita.
apuraram débitos tributários de R$ 8,6 bilhões. Os tributos em que houve mais problemas foram as contribuições previdenciárias, Imposto de Renda e Contribuição Sobre Lucro Líquido (CSLL). Pessoa física – A Receita fiscalizou 482,7 mil contribuintes pessoas físicas no ano passado, um crescimento de 88% em relação ao ano anterior. Um dos métodos utilizados pela fiscalização foi cruzar informações declaradas com dados sobre a movimentação financeira obtidos com o recolhimento da extinta CPMF e de uso dos cartões de crédito. Só com a base da CPMF, as autuações foram de cerca de R$ 21 bilhões em 1.942 fiscalizações. Com o fim da CPMF, a Receita obrigou os bancos a repassar semestralmente dados sobre movimentações finan-
ceiras de pessoas físicas, superiores a R$ 5 mil, e de empresas, acima de R$ 10 mil. O primeiro relatório terá o prazo de 15 de dezembro deste ano para ser entregue. A partir de 2009, os documentos terão que ser apresentados até o último dia útil de fevereiro e de agosto. "É o tempo natural tanto para as instituições financeiras como para nós podermos adaptar os sistemas ", explicou Rachid. O mecanismo foi criado no final do ano passado para substituir a CPMF como instrumento de fiscalização. Rachid aproveitou para defender a medida e garantiu que ela não significará invasão de privacidade dos contribuintes quanto ao sigilo bancário. Sobre as ações judiciais contrárias, disse que o governo está confiante porque há respaldo da legislação para isso. (AE)
Domingos, da Confirp: chance de o consumidor acumular créditos diminui e pode desmotivar a participação.
Surpresa para o consumidor: nem toda NFP vale para crédito. Renato Carbonari Ibelli
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ecreto publicado pelo governo do Estado de São Paulo vai reduzir os créditos que o consumidor poderá acumular ao pedir a Nota Fiscal Paulista. A nova regulamentação prevê a ampliação do número de produtos que serão submetidos ao regime de substituição tributária. O problema é que o varejo recolhe apenas uma parte, ou nada, do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos produtos inclusos nesse regime. Sem recolher o tributo, os créditos não podem ser gerados para o consumidor final. O vilão da história é o Decre-
to n° 52.515/2007, previsto para entrar em vigor no dia primeiro de fevereiro. Ele inclui medicamentos, bebidas alcoólicas, produtos de perfumaria e de higiene pessoal no sistema de substituição tributária. Além desses novos produtos, uma série de outros já estão enquadrados nessa forma de tributação. Ruim para o consumidor que espera uma grande economia ao pedir a Nota Fiscal Paulista. Por exemplo, quem vem exigindo a nota ao abastecer o carro na esperança de acumular crédito, está enganado. Os postos não recolhem ICMS na venda do combustível. Como o recolhimento dos encargos para o combustível é feito por substituição tributá-
ria, seu pagamento é antecipado pela indústria, ou seja, por seus produtores e distribuidores, não pelo varejo. Com a publicação do decreto do governo do estado, o mesmo vai ocorrer na compra de xampu, maquiagem, ataduras, esparadrapos ou uísque, entre muitos outros itens. No entanto, independentemente da geração ou não do crédito, a emissão da Nota Fiscal Paulista será, gradativamente, obrigatória para todo o varejo. Richard Domingos, sócio-diretor da Confirp Consultoria Contábil, lembra que alguns itens comprados em postos, como limpadores de párabrisa, geram créditos. "Mas em casos como o dos postos, esses créditos serão bastante diluídos porque acabarão divididos entre todos aqueles que pediram a nota fiscal, inclusive por consumidores que compraram combustível", diz. A Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) chegou a estudar a possibilidade de transferir ao consumidor final créditos referentes ao ICMS recolhido ao longo da cadeia. A proposta não vingou. A redação da lei da Nota Fiscal Paulista diz que "os créditos serão baseados no valor recolhido apenas pelo varejo". Nessa realidade, quem faz grandes compras, como a de um carro, também vai se decepcionar. Como veículos estão inclusos no regime de substituição tributária, a maior parte do ICMS desse produto é antecipada pela montadora. A concessionária só recolherá o imposto sobre o valor que adicionar ao preço que serviu de base pelo fabricante. Nessa situação, simulações mostram que a compra de um veículo de R$ 40 mil irá gerar, em média, apenas R$ 0,45 de crédito. Este valor está muito distante do ICMS embutido no veículo ao longo da sua cadeia produtiva, estimado em R$ 5,45 mil. Para Domingos, o aumento do número de produtos inclusos no sistema de substituição tributária pode prejudicar o programa da Nota Fiscal Paulista. "Quando o consumidor perceber que sua chance de acumular créditos diminui, pode ficar desmotivado a pedir a nota", diz Domingos. A Sefaz-SP confirma que produtos sujeitos à substituição tributária não geram créditos. Mas alerta que os documentos fiscais poderão ser trocados por cupons usados em sorteio de prêmios. A cada R$ 100 em notas, o consumidor receberá um cupom.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s
5 A agitação nas bolsas dificilmente influencia as decisões de consumo das famílias brasileiras, Flávio Castelo Branco, da CNI
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EUCATEX AUMENTARÁ PRODUÇÃO EM 150%
Renda maior
FBI na parada
Eucatex investirá R$ 130 mi em fábrica
tradicional regra de que mulheres ganham menos do que os homens deixou de valer no Dist r i t o Fe d e ra l e n o Amapá. Segundo o Ministério do Trabalho, as mulheres têm salário médio mais alto que os homens nesse dois mercados de trabalho. (AE)
FBI, a polícia federal nortea m e r i c a n a , a n u nciou ontem ter aberto inquérito para apurar as responsabilidades de 14 corporações financeiras na crise deflagrada com as hipotecas de alto risco. A afirmação é do site do New York Times.
do ano que vem, a unidade Eucatex investirá R$ 130 milhões em uma nova vai aumentar em 150% a A produção anual de chapas fábrica de chapas finas no
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40 anos do Ibovespa
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s empresas Vale, Souza Cruz e Ambev foram as grandes homenageadas, ontem, durante as comemorações dos 40 anos do Íbovespa, o principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), por estarem presentes em todas as carteiras que compõem o índice, desde 1968. "O mais importante é a trajetória histórica de confiabilidade do Ibovespa", disse Nelson Spinelli, vice-presidente da Bovespa. Ele destacou que o índice manteve a integridade de sua série histórica e não sofreu modificações desde sua criação. (SLR)
Nem a crise segura a indústria
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indústria iniciou o ano aquecida e acredita poder manter o ritmo ao longo do primeiro semestre. É o que indica a pesquisa Sondagem Industrial, divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O otimismo é explicado por dois fatores. O primeiro: o mercado interno, principal responsável pelo crescimento industrial em 2007, não foi afetado pela crise até o momento. O segundo: as empresas responderam ao questionário antes das fortes quedas nas bolsas de valores e do corte dos juros nos EUA. DC
Preço do ouro bate novo recorde
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ouro à vista, negociado no mercado internacional, renovou o recorde histórico de preço ontem e foi negociado pelo valor de US$ 929,80 a onça-troy (medida equivalente a 31 gramas), diante da expectativa de um novo corte da taxa de juros nos Estados Unidos pelo Federal Reserve (o BC dos EUA). A platina também atingiu novo recorde em US$ 1.735,50, em razão das interrupções no fornecimento de energia na África do Sul que forçaram produtores a fechar minas. (AE)
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Petrobras terá equipe no "Speed Racer"
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ma equipe brasileira, com carros movidos a uma misteriosa fonte de energia, estará no encalço de Speed Racer no longametragem que estréia nos Estados Unidos no dia 9 de maio. Trata-se da Petrobras Bioenergy, a mais recente estratégia de marketing global da estatal petroleira,
s fabricantes de automóveis instaladas no Brasil têm aproveitado a boa situação econômica e usado os lucros obtidos no País para cobrir prejuízos no ext e r i o r. E m a n o d e vendas recordes, a indústria automotiva liderou a remessa de lucros e dividendos em 2007. Conforme dados do Banco Central, as montadoras enviaram US$ 2,702 bilhões às sedes em 2007. (AE)
A
"A agitação nas bolsas dificilmente influencia as decisões de consumo das famílias brasileiras", disse o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco. Embora reconheça ser impossível dimensionar o tamanho da crise, ele acredita que ela não afetará o desempenho da indústria nos próximos seis meses, tal como aponta a pesquisa da entidade. A sondagem ouviu 1.394 indústrias de pequeno, médio e grande portes, entre os dias 2 e 22 de janeiro. Elas informaram à CNI que, pela primeira vez em três anos, encerraram dezembro com um nível de estoques abaixo do esperado. Ou seja, venderam muito no ano passado. Os empresários estão pessimistas, porém, em relação às exportações. (AE)
Fone: (11)
finas da Eucatex, passando de 70 milhões de metros quadrados para 180 milhões de metros quadrados. Segundo Flávio Maluf, presidente da companhia, a Eucatex tem perdido espaço entre seus clientes. Cerca de 80% dos recursos virão de bancos estrangeiros. (AG)
em parceria com o estúdio Warner Bros. O filme traz para a telona o famoso corredor criado na década de 60. A presença da equipe e de painéis com a marca da empresa nos mirabolantes circuitos criados pelos irmãos Larry e Andy Wachovski custará à estatal cerca de R$ 3,6 milhões. (AE)
Lucros
DC
Nelson Spinelli, vice-presidente da Bovespa: confiança.
município de Salto, interior de São Paulo. O objetivo da empresa, controlada pela família de Paulo Maluf, ao ampliar a capacidade de produção, é acompanhar o aquecimento da construção civil e da indústria de móveis no país. Prevista para entrar em funcionamento em julho Issei Kato/Reuters
Leonardo Rodrigues/e-Sim
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BÚSSOLA expectativa do governo federal é de que o conversor para a TV digital seja vendido a R$ 230. O ministro das Comunicações Hélio Costa disse que o Executivo está ganhando a queda-de-braço com os fabricantes.
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executivo-chefe do Citigroup, Vikram Pandit, deve se decidir pelo corte de mais de 20 mil empregos.
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Estilo Tr i b u t o s Finanças Empresas
DIÁRIO DO COMÉRCIO
FED ANUNCIA HOJE DECISÃO SOBRE JURO
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
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por cento deve ser o crescimento da economia mundial em 2008, de acordo com o FMI.
ENCARECIMENTO DAS OPERAÇÕES É UM DOS MOTIVOS DA DESACELERAÇÃO, SEGUNDO O BANCO CENTRAL.
CRÉDITO DEVE CRESCER MENOS EM 2008 A 33,8
expansão do crédito no Brasil neste ano terá ritmo mais lento do que o observado no ano passado, segundo previsão do Banco Central (BC). Apesar de considerar a chance de o total dos empréstimos crescer entre 20% e 25% em 2008, ante expansão de 27,3% registrada no ano passado, o BC afirma que pelo menos três fatores devem inibir a ampliação dos empréstimos neste ano: a crise internacional, o aumento dos custos dos financiamentos e um menor espaço para a redução dos juros cobrados pelos bancos. Esse cenário é reforçado pelo aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), medida anunciada pelo governo no início do ano para compensar parte da perda com o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). No ano passado, sob influência da melhora dos indicadores de renda e emprego, o total das operações de crédito aumentou 27,3% sobre 2006, atingindo R$ 932,311 bilhões. O montante equivale a 34,7% do Produto Interno Bruto (PIB), maior proporção registrada desde maio de 1995. Entre as diversas linhas operadas pelos bancos, a que apre-
por cento anuais foi a taxa média de juros registrada em 2007, a mais baixa da série histórica do Banco Central, iniciada em 2000.
sentou avanço mais vigoroso em 2007 foi o crédito para pessoas físicas, que aumentou 33%, para R$ 313,62 bilhões. Os empréstimos para as indústrias tiveram expansão de 29,8%, para R$ 213,577 bilhões, e os financiamentos habitacionais cresceram 25,7%, para R$ 44,846 bilhões. Juros — O cenário para 2008 é muito diferente do verificado no ano passado, quando as taxas de juros caíram 11 meses seguidos. Na média, as taxas recuaram 0,9 ponto percentual, para 33,8% ao ano, a menor da série histórica do BC, iniciada em junho de 2000. Nas operações para as empresas, o juro cedeu 0,4 ponto, para 22,9% ao ano. Para as pessoas físicas, a queda foi maior,
de 0,9 ponto percentual, para 33,8% anuais — nesse caso, o menor patamar desde o início do Plano Real, em 1994. O chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, afirmou que há "pouca margem" para a redução do spread bancário, que é a diferença entre o custo que o banco paga para captar dinheiro no mercado e o quanto ele cobra para emprestá-lo a seus clientes. "O espaço está menor, principalmente nos empréstimos para as pessoas físicas." Ele comentou que os custos dos empréstimos não devem cair até que a situação internacional se resolva. Essa também é a avaliação do professor de finanças do Ibmec, Carlos Fagundes. "Com as preocupações com a inflação no Brasil e a crise nos EUA, quem tem dinheiro cobra caro para emprestar. É normal que, em algum momento, esse custo seja repassado para os clientes." O vice-presidente da Associação das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), José Arthur Assunção, destacou o impacto desse quadro no volume de empréstimos. "Boa parte da expansão em 2007 foi sustentada pelo juro menor. Se a taxa deixar de cair em 2008, haverá um atrativo a menos." (AE)
FMI prevê crescimento menor
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Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a previsão de crescimento da economia mundial em 2008 de 4,4% para 4,1%, em conseqüência da forte desaceleração da atividade nos Estados Unidos. Se confirmado, o número será o mais baixo desde 2003, quando o Produto Interno Bruto (PIB) global avançou 3,6%. No ano passado, de acordo com o FMI, a expansão foi de 4,9%. Para a América Latina, a estimativa do Fundo para este ano foi mantida em 4,3%.
Os dados fazem parte da atualização do relatório "Perspectivas Econômicas Mundiais", divulgado em outubro. Os EUA devem ser os principais responsáveis pela perda de ritmo global. Segundo o FMI, a expansão do país deve desacelerar de 2,2% em 2007 para 1,5% neste ano. A previsão anterior para os EUA em 2008 era de crescimento de 1,9%. Europa — Para a zona do euro, o FMI reduziu sua previsão de crescimento de 2,1% para 1,6% neste ano, citando uma deterioração generalizada na
confiança. O Fundo Monetário estima que a região cresceu 2,6% no ano passado. Já a previsão de avanço para o Japão foi reduzida para 1,5% neste ano, de expansão estimada de 1,9% no ano passado. Os países emergentes, por outro lado, têm se mostrado "resistentes", disse o fundo, aproveitando-se da demanda doméstica e das políticas macroeconômicas mais disciplinadas. A China deve crescer 10% em 2008, depois de ter registrado expansão de 11,4% no ano passado. (AE)
Excesso de reservas
as reservas chegaram a um nível excessivo. O estudo é assinado pelos economistas Marco Antônio Cavalcanti e Christian Vonbun. Segundo Cavalcanti, o estudo mostra que, se o objetivo das reservas é defender o País contra crises, o patamar alcançado em setembro de 2007, de US$ 162,96 bilhões (já ultrapassou US$ 185 bilhões,
mas o estudo refere-se ao período de 1999 a 2007), "não se justifica, é excessivo". Naquele momento, avaliou, o nível considerado "ótimo", conforme modelos econômicos, estaria entre US$ 50 bilhões e US$ 90 bilhões, ou seja, haveria um "excesso" de pelo menos US$ 70 bilhões nas reservas acumuladas no Brasil no final do ano passado. (AE)
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m um momento de forte turbulência externa, estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sugere que pode ter chegado a hora de o Banco Central (BC) parar de comprar reservas cambiais. O instituto afirma, ainda, que
Maurício Lima/AFP Photo
Operadores na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F): expectativa de novo corte dos juros americanos.
Bolsa mantém tendência de alta
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s expectativas em relação a um novo corte na taxa de juros nos Estados Unidos fizeram a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) manter ontem a tendência de recuperação, em sintonia com o bom desempenho do mercado internacional. O Ibovespa, principal referência do mercado brasileiro de ações, fechou com ganhos de 1,6%, voltando a fechar acima dos 59 mil pontos (59.529 pontos). O giro financeiro do pregão somou R$ 5,8 bilhões. Apesar da alta no dia, o índice ainda cai 6,8% no mês. Na sessão de ontem, as bolsas asiáticas e européias tiveram alta. Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 0,78% e o Nasdaq teve valorização de 0,35%. Além da perspectiva de corte de juro nos EUA, alguns indicadores deram novo fôlego ao mercado acionário ame-
ricano. As encomendas de bens duráveis no país cresceram 5,2% em dezembro, bem mais que o esperado, e um importante indicador de gastos empresariais também avançou, segundo relatório do Departamento de Comércio. A decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) sobre o juro será divulgada hoje e a previsão de analistas é de um corte de 0,5 ponto percentual. Na semana passada, em uma decisão surpresa, o Fed reduziu a taxa em 0,75 ponto, para 3,5% ao ano. O governo americano tenta ainda implementar um pacote fiscal para estimular a economia, uma iniciativa que recebeu elogios do Fundo Monetário Internacional (FMI). No Ibovespa, entre as maiores altas do dia estiveram as ações preferenciais da Brasil Telecom operadora, que avan-
çaram 6,73% em meio a rumores de fusão com a operadora Oi, antiga Telemar. As ações preferenciais da Gol subiram 7,16%. A companhia aérea anunciou que seu Conselho de Administração aprovou um programa de recompra de ações, o que impulsionou os papéis na bolsa. As ações preferenciais da Petrobras, que têm significativo peso no Ibovespa, fecharam praticamente estáveis, com leve queda de 0,09%. Já os papéis preferenciais série A da Vale do Rio Doce tiveram alta de 0,57% no fechamento. Dólar e risco — No mercado de câmbio brasileiro, o dólar comercial encerrou a sessão de ontem com discreta baixa de 0,22%. A moeda americana fechou cotada a R$ 1,781 para venda. A taxa de risco do Brasil caía 2,3% no fim da tarde, para 255 pontos-base. (Reuters)
SocGen: governo quer impedir oferta.
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governo da França vetará qualquer oferta hostil de compra do Société Générale (SocGen), banco envolvido numa fraude de 4,9 bilhões de euros. "Como indicou o presidente Nicolas Sarkozy, o governo não permitirá que o Société Générale seja alvo de ataques hostis de outras instituições bancárias", disse ontem o primeiro-ministro francês, François Fillon. A declaração é uma resposta às especulações do mercado de que o também francês BNP Paribas poderia fazer uma oferta hostil pelo banco. Por isso, as
ações do SocGen subiram 10,4% ontem. O BNP se recusou a fazer comentários. Para o analista do banco Cred i t S u i s s e G u i l l a u m e Tiberghien, a oferta pode ser conseqüência da crise no banco. "Mas nós não arriscaríamos muito neste momento por causa das incertezas em relação ao controle de risco do grupo", observou. Outro analista de Paris disse não acreditar em uma transação no curto prazo. "As ações do SocGen vão permanecer voláteis nos próximos dias, especialmente com a emissão que está por vir."
Investigação — E n qu a nt o isso, autoridades francesas começaram a investigar as operações de troca de ações que teriam causado o prejuízo ao SocGen. O operador de mercados Jérôme Kerviel, acusado pela fraude, lançou suspeitas sobre seus superiores. Ele afirmou que seus chefes fizeram "vista grossa" para suas operações. "Não posso crer que meus superiores não tinham conhecimento. É impossível gerar semelhantes benefícios com pequenas posições", declarou, segundo o site da internet MediaPart. (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
COMUNICADO BRASMETAL WAELZHOLZ S.A. INDÚSTRIA E COMÉRCIO, com sede na Rua Goiás, 501 - Vila Oriental - Diadema - SP, CNPJ n° 43.798.594/0001-30, comunica o extravio por roubo da 1ª, 3ª e 4ª vias de sua Nota Fiscal série 1 n° 285.982 emitida em 15/01/2008, conforme Boletim de Ocorrência n° 104/08 lavrado em 16/01/2008 (29,30,31/01/2008) no 2° D.P. de Jundiaí - SP. EDITAL DE CONVOCAÇÃO O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de São Paulo, Mogi das Cruzes e Região convoca seus associados para participarem da Assembléia Geral Extraordinária que se realizará no dia 02/02/2008, em 1ª chamada às 09:00 hs e em 2ª chamada às 10:00, nesta capital na Rua Galvão Bueno, 782, nos termos do Estatuto em vigor, para deliberarem quanto a ratificação da denominação social do Sindicato, São Paulo, 28/01/08 - Presidente Heleno José Bezerra.
Televisão Cidade S.A. CNPJ/MF Nº 01.673.744/0001-30 - NIRE 35.300.170.504 Edital de Convocação - Assembléia Geral Extraordinária Ficam convocados os srs.acionistas da Televisão Cidade S.A., para se reunirem em A.G.E., a se realizar às 10 hs do dia 13/02/08, na sede social da Cia, localizada na Cidade de São Paulo-SP, na Av. Maria Coelho Aguiar, 215, Bloco B, 5º andar, Jardim São Luis, para deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: (i) eleição e reeleição, conforme o caso, dos membros do Conselho de Administração da Cia e respectivos Suplentes; (ii) re-ratificação da Ata de A.G.E. da Cia, realizada em 12/06/06; e (iii) outros assuntos de interesse geral da Cia. SP, 28/01/08. João Carlos Saad-Presidente do Conselho de Administração. (29,30,31)
FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR PREGÃO Nº 007/2008- FAMESP/HEB PROCESSO Nº 034/2008 – FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 30 de janeiro a 10 de março de 2008, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli s/n, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680 – ramal 111 - FAX (0xx14) 3882-1885 – ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/HospitalEstadualBauru, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL Nº 007/2008- FAMESP/HEB, PROCESSO Nº 034/2008 - FAMESP/HEB, que tem como objetivo o REGISTRO DE PREÇOS PARA AQUISIÇÃO DE MÁSCARAS, LÂMINAS, SONDAS, SERINGAS, ETC. PARA O HOSPITAL ESTADUAL BAURU, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação será realizada no dia 11 de março de 2008, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 – Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 29 de janeiro de 2008. Prof. Dr. Pasqual Barretti - Diretor Presidente - FAMESP.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Obras: TOMADA DE PREÇOS N.º - OBJETO - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO –PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/0062/08/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Adalgisa de São José Gualtieri - Rua Pe. Alonso de Carvalho, 2300 - Prq. Progresso - Franca/SP; EE Barão Franca Rua Francisco Marcolino, 875 - Santos Dumont - Franca/SP; EE Prof. José dos Reis Miranda Filho - Rua Delcides Presotto, 1021 - Sta. M. do Carmo - Franca/SP; EE Prof. Pedro Amauri Silva - Rua Goiás, 30 - Vila Deienno - São Joaquim da Barra/SP - 90 - R$ 87.672,00 – R$ 8.767,00 – 11:00 – 14/02/2008. 05/0096/08/02 - Reforma de prédio escolar - EE Pe. Mário Briatore - Av. Rangel Pestana, 607 - Centro - Salto Grande/SP - 120 - R$ 23.510,00 – R$ 2.351,00 – 15:00 – 14/02/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 30/01/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 13/02/2008, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Fábio Bonini Simões de Lima Presidente
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Obras: TOMADA DE PREÇOS N.º - OBJETO - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – ÁREA - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/2612/07/02 - Construção de ambientes complementares com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador e Reforma de prédio escolar - EE Profª Sonia Aparecida Bataglia Cardoso - Av. Indústria , s/n - Cidade Nova - Santa Bárbara D’Oeste/SP - 210 - 18,00 - R$ 37.982,00 – R$ 3.798,00 – 09:30 – 14/02/2008. 05/2615/07/02 - Construção de ambientes complementares com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador e Reforma de prédio escolar - EE Prof. Gabriel da Silva - Av. São João, s/nº - Ponte - Atibaia/SP – 210 - 37,89; EE Prof. Carlos José Ribeiro - Rua Adolfo André, 1640 - Vila Rica - Atibaia/SP - 210 - 38,22 - R$ 79.754,00 – R$ 7.975,00 – 10:00 – 14/02/2008. 05/2632/07/02 - Construção de ambientes complementares e Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Profª Hercy Moraes - Av. Paulo Provenza Sobrinho, 1450 - Perseu Barros - Campinas/SP – 150 - 59,71; EE Profª Sophia Velter Salgado - Rua Salvador Lombardi Neto, 380 - Vila Teixeira - Campinas/SP - 150 - 137,46 - R$ 87.986,00 – R$ 8.798,00 – 10:30 – 14/02/2008. 05/0089/08/02 - Construção de ambientes complementares com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador e Reforma de prédio escolar - EE Ruy Rodrigues - Rua Paula Gliwkoff, 104 - Campinas/SP – 210 - 31,60; EE Julio Mesquita - Rua Daniel Cesário de Andrade, 190 - Jardim Oliveiras - Campinas/SP - 210 - 23,80 - R$ 76.493,00 – R$ 7.649,00 – 11:30 – 14/02/2008. 05/0090/08/02 - Construção de ambientes complementares, de sala de aula e Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Dom Tarcisio Ariovaldo Amaral - Av. Dr. Antonio de Luna s/nº - Parque Res. Aeroporto - Limeira/SP - 150 - 370,09 - R$ 74.346,00 – R$ 7.434,00 – 14:00 – 14/02/2008. 05/0091/08/02 - Construção de ambientes complementares com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador e Reforma de prédio escolar - EE Manuel Bandeira - Rua Julio Cesar Leal, 15 - Vila Perus - São Paulo/SP - 210 - 579,06 - R$ 131.051,00 – R$ 13.105,00 – 14:30 – 14/02/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 30/01/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 13/02/2008, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Fábio Bonini Simões de Lima Presidente
Menor preço pelo mesmo espaço, só no DC cobertura pelo menor preço
Maior
Banco PSA Finance Brasil S.A.
PSA Finance Arrendamento Mercantil S/A
CNPJ/MF nº 03.502.961/0001-92 - NIRE 35.300.174.551 Ata de Assembléia Geral Extraordinária Realizada em 28 de Agosto de 2007 Aos 28.08.2007, às 16hs., na R. Miguel Yunes, 351, Prédio 1, 1º And. (parte), Interlagos, em São Paulo/SP, reuniram-se os Acionistas, representando a totalidade do capital social do Banco PSA Finance Brasil S/A (“Sociedade”). Tendo em vista a presença da totalidade dos Acionistas, a assembléia instalou-se regularmente, nos termos do disposto no § 4º do Art. 124 da Lei nº 6.404/76. Assumiu a presidência da assembléia François Jean Huteau, que convidou a mim, Márcia Regina Celentano, para servir como Secretária, ficando assim constituída a mesa, nos exatos termos do Estatuto Social. Dando início aos trabalhos, o Presidente esclareceu que esta assembléia tem por objetivo: 1) Consignar a renúncia do Conselheiro da Sociedade Bruno Grundeler. 2) Eleger novo membro para compor o Conselho deAdministração da Sociedade. 3) Promover a consolidação do Estatuto Social da Sociedade. 4) Discutir sobre outros assuntos de interesse da Sociedade. Após terem sido discutidas as matérias constantes da ordem do dia, os Acionistas, por unanimidade e sem reservas, ressalvas ou restrições, deliberaram: 1) Consignar a renúncia de Bruno Grundeler como membro do Conselho de Administração da Sociedade havida em 27.08.2007 e ao qual os Acionistas agradecem a contribuição e dedicação empenhadas para o crescimento da Sociedade. 2) Aprovar a eleição como membro do Conselho de Administração da Sociedade, com mandato até a primeira AGO que se realizar no ano de 2008, de Laurent Pierre Marie Taste, francês, casado, executivo, passaporte francês nº 01BE97099, residente e domiciliado em São Paulo/SP, com endereço comercial na R. Miguel Yunes, 351, Interlagos, em São Paulo/SP. A posse de Laurent Pierre Marie Taste ocorrerá mediante sua assinatura no Termo de Posse a ser lavrado em livro próprio, somente após a obtenção da autorização de trabalho de estrangeiro concedida pelo Ministério do Trabalho e Emprego, sem prejuízo do despacho homologatório do ato de eleição pelo Banco Central do Brasil. 3) Aprovar a consolidação do Estatuto Social da Sociedade nos termos transcritos no anexo à presente ata. Nada mais a tratar, a assembléia foi suspensa para lavratura desta ata no livro competente, que, lida, foi assinada por todos os presentes. Mesa: François Jean Huteau, Presidente e Márcia Regina Celentano, Secretária. Acionistas: Banque PSA Finance, representado por sua procuradora Márcia Regina Celentano; Herve Jean Jacques Guyot, representado por sua procuradora Márcia Regina Celentano; François Jean Huteau; Laurent Pierre Marie Taste; Roland Roger Marie Van Ro, representado por sua procuradora Márcia Regina Celentano e José Francisco Gouvêa Vieira. Assinaturas: Mesa: François Jean Huteau - Presidente, Márcia Regina Celentano - Secretária. Acionistas: Banque PSA Finance - pp. Márcia Regina Celentano, Herve Jean Jacques Guyot - pp. Márcia Regina Celentano. François Jean Huteau, Laurent Pierre Marie Taste, José Francisco Gouvêa Vieira, Roland Roger Marie Van Ro - pp. Márcia Regina Celentano. JUCESP nº 30.084/08-8 em 15.01.2008. Cristiane da Silva F. Corrêa - Sec. Geral.
CNPJ/MF nº 03.502.968/0001-04 - NIRE 35.300.174.569 Ata de Assembléia Geral Extraordinária realizada em 28.08.2007 Aos 28.08.2007, às 18hs., na R. Miguel Yunes, 351, Prédio 1, 1º And. (parte), Interlagos, em São Paulo/SP, reuniram-se os Acionistas, representando a totalidade do capital social do PSA Finance Arrendamento Mercantil SA (“Sociedade”). Tendo em vista a presença da totalidade dos Acionistas, a assembléia instalou-se regularmente, nos termos do disposto no § 4º do Artigo 124 da Lei nº 6.404/76. Assumiu a presidência da assembléia François Jean Huteau, que convidou a mim, Márcia Regina Celentano, para servir como Secretária, ficando assim constituída a mesa, nos exatos termos do Estatuto Social. Dando início aos trabalhos, o Presidente esclareceu que esta assembléia tem por objetivo: 1) Consignar a renúncia do Conselheiro da Sociedade Bruno Grundeler. 2) Eleger novo membro para compor o Conselho de Administração da Sociedade. 3) Discutir sobre outros assuntos de interesse da Sociedade. Após terem sido discutidas as matérias constantes da ordem do dia, os Acionistas, por unanimidade e sem reservas, ressalvas ou restrições, deliberaram: 1) Consignar a renúncia de Bruno Grundeler como membro do Conselho de Administração da Sociedade havida em 27.08.2007 e ao qual os Acionistas agradecem a contribuição e dedicação empenhadas para o crescimento da Sociedade. 2) Aprovar a eleição como membro do Conselho de Administração da Sociedade, com mandato até a primeira AGO que se realizar no ano de 2008, de Laurent Pierre Marie Taste, francês, casado, executivo, passaporte francês nº 01BE97099, residente e domiciliado em São Paulo/SP, com endereço comercial na R. Miguel Yunes, 351, Interlagos, em São Paulo/SP. A posse de Laurent Pierre Marie Taste ocorrerá mediante sua assinatura no Termo de Posse a ser lavrado em livro próprio, somente após a obtenção da autorização de trabalho de estrangeiro concedida pelo Ministério do Trabalho e Emprego, sem prejuízo do despacho homologatório do ato de eleição pelo Banco Central do Brasil. Nada mais, a assembléia foi suspensa para lavratura desta ata no livro competente, que, lida, foi assinada por todos os presentes. Mesa: François Jean Huteau, Presidente e Márcia Regina Celentano, Secretária. Acionistas: Banque PSA Finance, representado por sua procuradora Márcia Regina Celentano; Herve Jean Jacques Guyot, representado por sua procuradora Márcia Regina Celentano; François Jean Huteau; Laurent Pierre Marie Taste; Roland Roger Marie Van Ro, representado por sua procuradora Márcia Regina Celentano e José Francisco Gouvêa Vieira. Assinaturas: Mesa: François Jean Huteau - Presidente, Márcia Regina Celentano - Secretária. Acionistas: Banque PSA Finance - pp. Márcia Regina Celentano, Herve Jean Jacques Guyot - pp. Márcia Regina Celentano, François Jean Huteau, Laurent Pierre Marie Taste, José Francisco Gouvêa Vieira, Roland Roger Marie Van Ro pp. Márcia Regina Celentano JUCESP nº 3.448/08-3 em 09.01.2008. Cristiane da Silva F. Corrêa - Sec. Geral.
Banco PSA Finance Brasil S/A - CNPJ/MF nº 03.502.961/0001-92 - NIRE nº 35.300.174.551 Ata de Reunião do Conselho de Administração em 09.10.2007 Data, Hora e Local: 09.10.2007, às 10hs., na R. Miguel Yunes, 351, Prédio 1, 1º Andar (parte), em São Paulo/ SP. Presença: Os membros do Conselho de Administração do Banco PSA Finance Brasil SA (doravante denominado “Sociedade”), José Francisco Gouvêa Vieira, François Jean Huteau e Roland Roger Marie Van Ro. Mesa: Os Conselheiros presentes elegeram François Jean Huteau para presidir os trabalhos, o qual convocou Roland Roger Marie Van Ro para secretariá-lo. Ordem do Dia: (i) deliberar sobre a eleição de membro para compor a Diretoria da Sociedade; (ii) discutir outros assuntos de interesse da Sociedade. Deliberações: Após discutirem as matérias constantes da Ordem do Dia, os Conselheiros presentes, por unanimidade e sem reservas, resolveram: (i) Autorizar a lavratura desta ata em forma de sumário. (ii) Eleger, com mandato até a realização da primeira Reunião do Conselho de Administração da Sociedade que se seguir à AGO a ser realizada no ano de 2008, o Sr. François Jean Huteau, francês, casado, graduado em ciências econômicas e finanças de acordo com as leis francesas, C.I. de estrangeiro nº V507170-R, CPF/MF nº 232.592.978-71, com endereço comercial na R. Miguel Yunes, 351, Interlagos, em São Paulo/SP, para exercer o cargo de Diretor Geral da Sociedade. (iii) Consignar que o Sr. Bernard Raymond Leon Darrieutort permanecerá no cargo de Diretor Geral da Sociedade, exercendo as funções para as quais foi eleito, até a concessão de despacho homologatório do ato de eleição do Sr. François Jean Huteau pelo Banco Central do Brasil. Encerramento: Nada mais a tratar, a Reunião foi suspensa para lavratura desta ata que, lida, foi pelos presentes assinada. Concedida a palavra a quem dela quisesse fazer uso, e, como ninguém a pedisse, o Presidente da Mesa suspendeu os trabalhos pelo tempo necessário à lavratura desta ata em livro próprio, a qual, reaberta a sessão, foi lida, aprovada e assinada. Presença: Mesa: François Jean Huteau e Roland Roger Marie Van Ro. Conselheiros Presentes: François Jean Huteau, José Francisco Gouvêa Vieira e Roland Roger Marie Van Ro. A presente é cópia fiel da ata lavrada em livro próprio. Mesa: François Jean Huteau - Presidente, Roland Roger Marie Van Ro - Secretário. Conselheiros: François Jean Huteau, José Francisco Gouvêa Vieira, Roland Roger Marie Van Ro. JUCESP nº 3.254/08-2 em 09.01.2008. Cristiane da Silva F. Corrêa - Sec. Geral.
CNPJ/MF nº 03.502.968/0001-04 - NIRE nº 35.300.174.569 Ata de Reunião do Conselho de Administração em 09.10.2007 Data, Hora e Local: 09.10.2007, às 14hs., na R. Miguel Yunes, 351, Prédio 1, 1º And. (parte), em São Paulo/SP. Presença: Os membros do Conselho de Administração da PSA Finance Arrendamento Mercantil S/A. (doravante denominado “Sociedade”), José Francisco Gouvêa Vieira, François Jean Huteau e Roland Roger Marie Van Ro. Mesa: Os Conselheiros presentes elegeram François Jean Huteau para presidir os trabalhos, o qual convocou Roland Roger Marie Van Ro para secretariá-lo. Ordem do Dia: (i) deliberar sobre a eleição de membro para compor a Diretoria da Sociedade; (ii) discutir outros assuntos de interesse da Sociedade. Deliberações: Após discutirem as matérias constantes da Ordem do Dia, os Conselheiros presentes, por unanimidade e sem reservas, resolveram: (i) Autorizar a lavratura desta ata em forma de sumário. (ii) Eleger, com mandato até a realização da primeira Reunião do Conselho de Administração da Sociedade que se seguir à AGO a ser realizada no ano de 2008, o Sr. François Jean Huteau, francês, casado, graduado em ciências econômicas e finanças de acordo com as leis francesas, C.I. de estrangeiro nº V507170-R, CPF/MF nº 232.592.978-71, com endereço comercial na R. Miguel Yunes, 351, Interlagos, em São Paulo/SP, para exercer o cargo de Diretor Geral da Sociedade. (iii) Consignar que o Sr. Bernard Raymond Leon Darrieutort permanecerá no cargo de Diretor Geral da Sociedade, exercendo as funções para as quais foi eleito, até a concessão de despacho homologatório do ato de eleição do Sr. François Jean Huteau pelo Banco Central do Brasil. Encerramento: Nada mais a tratar, a Reunião foi suspensa para lavratura desta ata que, lida, foi pelos presentes assinada. Concedida a palavra a quem dela quisesse fazer uso, e, como ninguém a pedisse, o Presidente da Mesa suspendeu os trabalhos pelo tempo necessário à lavratura desta ata em livro próprio, a qual, reaberta a sessão, foi lida, aprovada e assinada. Presença: Mesa : François Jean Huteau e Roland Roger Marie Van Ro. Conselheiros Presentes: François Jean Huteau, José Francisco Gouvêa Vieira e Roland Roger Marie Van Ro. A presente é cópia fiel da ata lavrada em livro próprio. Mesa: François Jean Huteau, Presidente, Roland Roger Marie Van Ro - Secretário. Conselheiros: François Jean Huteau, José Francisco Gouvêa Vieira, Roland Roger Marie Van Ro. JUCESP nº 4.060/08-8 em 10.01.2008. Cristiane da Silva F. Corrêa - Sec. Geral.
Banco PSA Finance Brasil S.A. - CNPJ/MF nº 03.502.961/0001-92 - NIRE 35.300.174.551
PSA Finance Arrendamento Mercantil S/A
Ata de Assembléia Geral Extraordinária Realizada em 05.12.2007 Aos 05.12.2007, às 14hs., na R. Miguel Yunes, 351, Prédio 1, 1º Andar (parte), Bairro de Interlagos, em São Paulo/SP, reuniram-se os Acionistas, representando a totalidade do capital social do Banco PSA Finance Brasil S/A (“Sociedade”). Tendo em vista a presença da totalidade dos Acionistas, a assembléia instalou-se regularmente, nos termos do disposto no § 4º do Art. 124 da Lei nº 6.404/76. Assumiu a presidência da assembléia François Jean Huteau, que convidou a mim, Márcia Regina Celentano, para servir como Secretária, ficando assim constituída a mesa, nos exatos termos do Estatuto Social. Dando início aos trabalhos, o Presidente esclareceu que esta assembléia tem por objetivo: 1) Consignar a renúncia do Conselheiro da Sociedade Roland Roger Marie Van Ro havida nesta data. 2) Discutir sobre outros assuntos de interesse da Sociedade. Após terem sido discutidas as matérias constantes da ordem do dia, os Acionistas, por unanimidade e sem reservas, ressalvas ou restrições, deliberaram: 1) Consignar a renúncia de Roland Roger Marie Van Ro como membro do Conselho de Administração da Sociedade, havida nesta data, e ao qual os Acionistas agradecem a contribuição e dedicação empenhadas para o crescimento da Sociedade. Os Acionistas decidem deixar vago, por ora, o cargo anteriormente ocupado pelo Conselheiro renunciante. Nada mais a tratar, a assembléia foi suspensa para lavratura desta ata no livro competente, que, lida, foi neste assinada por todos os presentes. Mesa: François Jean Huteau, Presidente e Márcia Regina Celentano, Secretária. Acionistas: Banque PSA Finance, representado por sua procuradora Márcia Regina Celentano; Herve Jean Jacques Guyot, representado por sua procuradora Márcia Regina Celentano; François Jean Huteau; Laurent Pierre Marie Tasté e José Francisco Gouvêa Vieira. Mesa: François Jean Huteau - Presidente, Márcia Regina Celentano - Secretária. Acionistas: Banque PSA Finance - pp. Márcia Regina Celentano, Herve Jean Jacques Guyot - pp. Márcia Regina Celentano, François Jean Huteau, Laurent Pierre Marie Taste, José Francisco Gouvêa Vieira. JUCESP nº 30.087/08-9 em 15.01.2008. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.
CNPJ/MF nº 03.502.968/0001-04 - NIRE nº 35.300.174.569 Ata de Assembléia Geral Extraordinária Realizada em 05.12.2007 Aos 05.12.2007, às 16hs., na R. Miguel Yunes, 351, Prédio 1, 1º And. (parte), Bairro de Interlagos, em São Paulo/SP, reuniramse os Acionistas, representando a totalidade do capital social do PSA Finance Arrendamento Mercantil SA (“Sociedade”). Tendo em vista a presença da totalidade dos Acionistas, a assembléia instalou-se regularmente, nos termos do disposto no § 4º do Art. 124 da Lei nº 6.404/76. Assumiu a presidência da assembléia François Jean Huteau, que convidou a mim, Márcia Regina Celentano, para servir como Secretária, ficando assim constituída a mesa, nos exatos termos do Estatuto Social. Dando início aos trabalhos, o Presidente esclareceu que esta assembléia tem por objetivo: 1) Consignar a renúncia do Conselheiro da Sociedade Roland Roger Marie Van Ro ocorrida nesta data. 2) Discutir sobre outros assuntos de interesse da Sociedade. Após terem sido discutidas as matérias constantes da ordem do dia, os Acionistas, por unanimidade e sem reservas, ressalvas ou restrições, deliberaram: 1) Consignar a renúncia de Roland Roger Marie Van Ro como membro do Conselho de Administração da Sociedade, havida nesta data, e ao qual os Acionistas agradecem a contribuição e dedicação empenhadas para o crescimento da Sociedade. Os Acionistas decidem deixar vago, por ora, o cargo anteriormente ocupado pelo Conselheiro renunciante. Nada mais a tratar, a assembléia foi suspensa para lavratura desta ata no livro competente, que, lida, foi neste assinada por todos os presentes. Mesa: François Jean Huteau, Presidente e Márcia Regina Celentano, Secretária. Acionistas: Banque PSA Finance, representado por sua procuradora Márcia Regina Celentano; Herve Jean Jacques Guyot, representado por sua procuradora Márcia Regina Celentano; François Jean Huteau; Laurent Pierre Marie Tasté e José Francisco Gouvêa Vieira. Mesa: François Jean Huteau - Presidente, Márcia Regina Celentano - Secretária. Acionistas: Banque PSA Finance - pp. Márcia Regina Celentano, Herve Jean Jacques Guyot - pp. Márcia Regina Celentano, François Jean Huteau, Laurent Pierre Marie Taste, José Francisco Gouvêa Vieira. JUCESP nº 3.451/08-2 em 09.01.2008. Cristiane da Silva F. Corrêa - Sec. Geral.
Banco PSA Finance Brasil S.A. - CNPJ/MF nº 03.502.961/0001-92 - NIRE 35.300.174.551 Ata de Reunião do Conselho de Administração em 05.12.2007 Data, Hora e Local: 05.12.2007, às 11hs., na sede social do Banco PSA Finance Brasil S/A (“Sociedade”), à R. Miguel Yunes, 351, Prédio 1, 1º and. (parte), em São Paulo/SP. Presença: Os Conselheiros François Jean Huteau e José Francisco Gouvêa Vieira. O Conselheiro Herve Jean Jacques Guyot não compareceu à reunião, no entanto, foi cientificado da sua realização e matérias a serem deliberadas. Mesa: François Jean Huteau, Presidente e José Francisco Gouvêa Vieira, Secretário. Ordem do Dia: 1) Nos termos da Resolução de nº 3.380, de 29.06.2006, emitida pelo Banco Central do Brasil, com relação a implementação da estrutura de gerenciamento do risco operacional, deliberar sobre a (i) ratificação da indicação do Diretor responsável, ocorrida em 28.12.2006, bem como a indicação de novo Diretor responsável; (ii) ratificação da definição da sua estrutura organizacional; (iii) ratificação da definição da sua política institucional, dos processos, dos procedimentos e dos sistemas necessários à sua implementação; (iv) a efetiva implementação. Deliberações: Foram deliberadas pelos Conselheiros presentes, por unanimidade, as seguintes matérias: 1) Nos termos da Resolução de nº 3.380, de 29.06.2006, emitida pelo Banco Central do Brasil, com relação a implementação da estrutura de gerenciamento do risco operacional, os Conselheiros presentes, sem qualquer ressalva: (i) Ratificam a indicação de Joelcyr Carmello Filho, ocorrida em 28.12.2006, como Diretor responsável pela estrutura de gerenciamento de risco operacional, devidamente comunicada ao Banco Central do Brasil, o qual permaneceu como responsável pela citada estrutura até 03.12.2007. Os Conselheiros ratificam a indicação de François Jean Huteau como o novo Diretor responsável pela estrutura de gerenciamento de risco operacional, a partir de 04.12.2007. (ii) Ratificam sua estrutura organizacional, a qual foi definida no prazo estipulado pelo Banco Central do Brasil, que é composta por: 1 Diretor e 1 Gerente. (iii) Ratificam a definição da sua política institucional, dos processos, dos procedimentos e dos sistemas necessários à sua implementação, cujos documentos e relatórios se encontram arquivados na sede da Sociedade. (iv) Informam que nesta data já se encontra efetivamente implementada a estrutura de gerenciamento do risco operacional da Sociedade. Encerramento: Nada mais a tratar, a reunião foi suspensa para lavratura da presente ata que foi lida e assinada pelos presentes. Presentes: François Jean Huteau e José Francisco Gouvêa Vieira. A presente é cópia fiel da ata lavrada em livro próprio. Mesa: François Jean Huteau Presidente, José Francisco Gouvêa Vieira - Secretário. Conselheiros Presentes: François Jean Huteau, José Francisco Gouvêa Vieira. JUCESP nº 30.086/08-5 em 15.01.2008. Cristiane da Silva F. Corrêa - Sec. Geral.
CNPJ/MF nº 03.502.968/0001-04 - NIRE nº 35.300.174.569 Ata de Reunião do Conselho de Administração em 05.12.2007 Data, Hora e Local: 05.12.2007, às 12hs., na sede social do PSA Finance Arrendamento Mercantil S/A (“Sociedade”), à R. Miguel Yunes, 351, Prédio 1, 1º andar (parte), em SP/SP. Presença: Os Conselheiros François Jean Huteau e José Francisco GouvêaVieira.O Conselheiro Herve Jean Jacques Guyot não compareceu à reunião,no entanto, foi cientificado da sua realização e matérias a serem deliberadas. Mesa: François Jean Huteau, Presidente e José Francisco Gouvêa Vieira, Secretário. Ordem do Dia: 1) Nos termos da Resolução de nº 3.380, de 29.06.2006, emitida pelo Banco Central do Brasil, com relação a implementação da estrutura de gerenciamento do risco operacional, deliberar sobre a (i) ratificação da indicação do Diretor responsável, ocorrida em 28.12.2006, bem como a indicação de novo Diretor responsável; (ii) ratificação da definição da sua estrutura organizacional; (iii) ratificação da definição da sua política institucional, dos processos, dos procedimentos e dos sistemas necessários à sua implementação; (iv) a efetiva implementação.Deliberações: Foram deliberadas pelos Conselheiros presentes, por unanimidade, as seguintes matérias: 1) Nos termos da Resolução de nº 3.380, de 29.06.2006, emitida pelo Banco Central do Brasil, com relação a implementação da estrutura de gerenciamento do risco operacional, os Conselheiros presentes, sem qualquer ressalva: (i) Ratificam a indicação de Joelcyr Carmello Filho, ocorrida em 28.12.2006, como Diretor responsável pela estrutura de gerenciamento de risco operacional, devidamente comunicada ao Banco Central do Brasil, o qual permaneceu como responsável pela citada estrutura até 03.12.2007. Os Conselheiros ratificam a indicação de François Jean Huteau como o novo Diretor responsável pela estrutura de gerenciamento de risco operacional, a partir de 04.12.2007. (ii) Ratificam sua estrutura organizacional, a qual foi definida no prazo estipulado pelo Banco Central do Brasil, que é composta por: 1 Diretor e 1 Gerente. (iii) Ratificam a definição da sua política institucional, dos processos, dos procedimentos e dos sistemas necessários à sua implementação, cujos documentos e relatórios se encontram arquivados na sede da Sociedade. (iv) Informam que nesta data já se encontra efetivamente implementada a estrutura de gerenciamento do risco operacional da Sociedade. Encerramento: Nada mais, a reunião foi suspensa para lavratura da presente ata que foi lida e assinada pelos presentes. Presentes: François Jean Huteau e José Francisco Gouvêa Vieira. A presente é cópia fiel da ata lavrada em livro próprio. Mesa: François Jean Huteau - Presidente, José Francisco Gouvêa Vieira - Secretário. Conselheiros Presentes: François Jean Huteau, José Francisco Gouvêa Vieira. JUCESP nº 3.450/08-9 em 09.01.2008. Cristiane da Silva F. Corrêa - Sec. Geral.
Banco PSA Finance Brasil S.A. - CNPJ/MF nº 03.502.961/0001-92 - NIRE 35.300.174.551
PSA Finance Arrendamento Mercantil S/A
Ata de Reunião da Diretoria Realizada em 05.12.2007 Data, Hora e Local: 05.12.2007, às 09hs., na sede social do Banco PSA Finance Brasil S/A (“Sociedade”), à R. Miguel Yunes, 351, Prédio 1, 1º and. (parte), em São Paulo/SP. Presença: A totalidade dos membros da Diretoria, consoante dispõe o Art. 19 do seu Estatuto Social. Mesa: François Jean Huteau, Presidente e Joelcyr Carmello Filho, Secretário. Ordem do Dia: 1) Nos termos da Resolução de nº 3.380, de 29.06.2006, emitida pelo Banco Central do Brasil, com relação a implementação da estrutura de gerenciamento do risco operacional, deliberar sobre a (i) ratificação da indicação do Diretor responsável, ocorrida em 28.12.2006, bem como a indicação de novo Diretor responsável; (ii) ratificação da definição da sua estrutura organizacional; (iii) ratificação da definição da sua política institucional, dos processos, dos procedimentos e dos sistemas necessários à sua implementação; (iv) a efetiva implementação. 2) Deliberar sobre a submissão das matérias ora deliberadas aos membros do Conselho de Administração da Sociedade. Deliberações: Foram deliberadas pelos Diretores, por unanimidade, as seguintes matérias: 1) Nos termos da Resolução de nº 3.380, de 29.06.2006, emitida pelo Banco Central do Brasil, com relação a implementação da estrutura de gerenciamento do risco operacional, os Diretores, sem qualquer ressalva: (i) Ratificam a indicação de Joelcyr Carmello Filho, ocorrida em 28.12.2006, como Diretor responsável pela estrutura de gerenciamento de risco operacional, devidamente comunicada ao Banco Central do Brasil, o qual permaneceu como responsável pela citada estrutura até 03.12.2007. Os Diretores ratificam a indicação de François Jean Huteau como o novo Diretor responsável pela estrutura de gerenciamento de risco operacional, a partir de 04.12.2007. (ii) Ratificam sua estrutura organizacional, a qual foi definida no prazo estipulado pelo Banco Central do Brasil, que é composta por: 1 Diretor e 1 Gerente. (iii) Ratificam a definição da sua política institucional, dos processos, dos procedimentos e dos sistemas necessários à sua implementação, cujos documentos e relatórios se encontram arquivados na sede da Sociedade. (iv) Informam que nesta data já se encontra efetivamente implementada a estrutura de gerenciamento do risco operacional da Sociedade. (v) Os Diretores farão constar do relatório a que se refere o Art. 4º da Resolução de nº 3.380, de 29.06.2006, emitida pelo Banco Central do Brasil, suas responsabilidades pelas informações divulgadas, assim como se obrigam a cumprir outras determinações emanadas das normas aplicáveis. 2) Aprovam a submissão das matérias ora deliberadas, nesta data, aos membros do Conselho de Administração da Sociedade. Encerramento: Nada mais a tratar, a reunião foi suspensa para lavratura da presente ata que foi lida e assinada pelos presentes. Presentes: François Jean Huteau, Joelcyr Carmello Filho e Gustavo Aurelio da Silva Walch. A presente é cópia fiel da ata lavrada em livro próprio. Mesa: François Jean Huteau Presidente, Joelcyr Carmello Filho - Secretário. Diretoria: François Jean Huteau, Joelcyr Carmello Filho, Gustavo Aurelio da Silva Walch. JUCESP nº 30.085/08-1 em 15.01.2008. Cristiane da Silva F. Corrêa - Sec. Geral.
Banco PSA Finance Brasil S.A. - CNPJ/MF nº 03.502.961/0001-92 - NIRE 35.300.174.551 Ata de Reunião do Conselho de Administração em 11.12.2007 Data, Hora e Local: 11.12.2007, às 11hs., na sede social, à R. Miguel Yunes, 351, Prédio 1, 1º and. (parte), em São Paulo/SP. Presença: Os Conselheiros François Jean Huteau, Laurent Pierre Marie Taste e José Francisco Gouvêa Vieira. O Conselheiro Herve Jean Jacques Guyot não compareceu à reunião, no entanto, foi cientificado da sua realização e matérias a serem deliberadas. Mesa: François Jean Huteau, Presidente e José Francisco Gouvêa Vieira, Secretário. Ordem do Dia: Nos termos da Resolução de nº 3.464, de 26.06.2007, emitida pelo Banco Central do Brasil, com relação a implementação da estrutura de gerenciamento de risco de mercado, deliberar sobre (i) a indicação do Diretor responsável, e (ii) a definição da sua estrutura organizacional. Deliberações: Foram deliberadas pelos Conselheiros presentes, por unanimidade, as seguintes matérias: 1) Nos termos da Resolução de nº 3.464, de 26.06.2007, emitida pelo Banco Central do Brasil, com relação a implementação da estrutura de gerenciamento de risco de mercado, os Conselheiros presentes, sem qualquer ressalva: (i) Indicam o Sr. Joelcyr Carmello Filho como Diretor responsável pela estrutura de gerenciamento de risco de mercado, o que foi devidamente comunicado ao Banco Central do Brasil. (ii) Definem que a sua estrutura organizacional será composta por: 1 Diretor e 1 Gerente. Encerramento: Nada mais a tratar, a reunião foi suspensa para lavratura da presente ata que foi lida e assinada pelos presentes. Presentes: François Jean Huteau, Laurent Pierre Marie Taste e José Francisco Gouvêa Vieira. Mesa: François Jean Huteau - Presidente, José Francisco Gouvêa Vieira Secretário. Conselheiros Presentes: François Jean Huteau, José Francisco Gouvêa Vieira, Laurent Pierre Marie Taste. JUCESP nº 30.088/08-2 em 15.01.2008. Cristiane da Silva F. Corrêa - Sec. Geral.
Banco PSA Finance Brasil S.A. - CNPJ/MF nº 03.502.961/0001-92 - NIRE 35.300.174.551 Ata de Reunião da Diretoria Realizada em 13 de Dezembro de 2007 Data, Hora e Local: 13 de dezembro de 2007, às 10:00 horas, na sede social do Banco PSA Finance Brasil S/A (“Sociedade”), localizada à Rua Miguel Yunes, 351, Prédio 1, 1º andar (parte), Cidade e Estado de São Paulo. Presença: A totalidade dos membros da Diretoria, consoante dispõe o Artigo 19 do seu Estatuto Social. Mesa: François Jean Huteau, como Presidente e Joelcyr Carmello Filho, como Secretário. Ordem do Dia: 1) Deliberar sobre a alteração da estrutura organizacional do gerenciamento de risco operacional. 2) Deliberar sobre a submissão da matéria aos membros do Conselho deAdministração. Deliberações: Foram deliberadas pelos Diretores, por unanimidade, as seguintes matérias: 1) Alterar a estrutura organizacional do gerenciamento de risco operacional, passando esta a ser composta por: 1 (um) Diretor e 1(um) Gerente que será assessorado por 3 (três) sub-officers que se ocuparão de dar tratamento às questões relacionadas ao Banco PSA Finance Brasil SA, ao PSA Finance Arrendamento Mercantil SA e aos sistemas que envolvam estas duas instituições. 2) Aprovam a submissão das matérias ora deliberadas, nesta data, aos membros do Conselho de Administração da Sociedade. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, a reunião foi suspensa para lavratura da presente ata que foi lida e assinada pelos presentes. Presentes: François Jean Huteau,Joelcyr Carmello Filho e GustavoAurelio da SilvaWalch. Mesa: François Jean Huteau - Presidente, Joelcyr Carmello Filho - Secretário. Diretoria: François Jean Huteau, Joelcyr Carmello Filho, Gustavo Aurelio da Silva Walch. JUCESP nº 30.089/08-6 em 15.01.2008. Cristiane da Silva F. Corrêa - Sec. Geral.
Banco PSA Finance Brasil S.A. - CNPJ/MF nº 03.502.961/0001-92 - NIRE 35.300.174.551 Ata de Reunião do Conselho de Administração Realizada em 13 de Dezembro de 2007 Data, Hora e Local: 13.12.2007, às 18:30hs., na sede social, à Rua Miguel Yunes, 351, Prédio 1, 1º andar (parte), em São Paulo/SP. Presença: Os Conselheiros François Jean Huteau, Laurent Pierre Marie Taste e José Francisco Gouvêa Vieira. O Conselheiro Herve Jean Jacques Guyot não compareceu à reunião, no entanto, foi cientificado da sua realização e matérias a serem deliberadas. Mesa: François Jean Huteau, Presidente e José Francisco Gouvêa Vieira, Secretário. Ordem do Dia: 1) Alteração da estrutura organizacional do gerenciamento de risco operacional. Deliberações: Foi deliberada pelos Conselheiros presentes, por unanimidade, a seguinte matéria: 1) Alterar a estrutura organizacional do gerenciamento de risco operacional, passando esta a ser composta por: 1 Diretor e 1 Gerente que será assessorado por 3 sub-officers que se ocuparão de dar tratamento às questões relacionadas ao Banco PSA Finance Brasil SA, ao PSA Finance Arrendamento Mercantil SA e aos sistemas que envolvam estas duas instituições. Encerramento: Nada mais, a reunião foi suspensa para lavratura da presente ata que foi lida e assinada pelos presentes. Presentes: François Jean Huteau, Laurent Pierre Marie Taste e José Francisco Gouvêa Vieira. Mesa: François Jean Huteau - Presidente, José Francisco Gouvêa Vieira Secretário. Conselheiros Presentes: François Jean Huteau, José Francisco Gouvêa Vieira, Laurent Pierre Marie Taste. JUCESP nº 30.092/08-5 em 15.01.2008. Cristiane da Silva F. Corrêa - Sec. Geral.
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 29 de janeiro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:
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CNPJ/MF nº 03.502.968/0001-04 - NIRE nº 35.300.174.569 Ata de Reunião da Diretoria Realizada em 05.12.2007 Data, Hora e Local: 05.12.2007, às 10hs., na sede social, à Rua Miguel Yunes, 351, Prédio 1, 1º and. (parte), em São Paulo/SP. Presença: A totalidade dos membros da Diretoria, consoante dispõe o Art. 19 do seu Estatuto Social. Mesa: François Jean Huteau, Presidente e Joelcyr Carmello Filho, Secretário. Ordem do Dia: 1) Nos termos da Resolução de nº 3.380, de 29.06.2006, emitida pelo Banco Central do Brasil, com relação a implementação da estrutura de gerenciamento do risco operacional, deliberar sobre a (i) ratificação da indicação do Diretor responsável, ocorrida em 28.12.2006, bem como a indicação de novo Diretor responsável; (ii) ratificação da definição da sua estrutura organizacional; (iii) ratificação da definição da sua política institucional, dos processos,dos procedimentos e dos sistemas necessários à sua implementação; (iv) a efetiva implementação. 2) Deliberar sobre a submissão das matérias ora deliberadas aos membros do Conselho de Administração da Sociedade. Deliberações: Foram deliberadas pelos Diretores, por unanimidade, as seguintes matérias: 1) Nos termos da Resolução de nº 3.380, de 29.06.2006, emitida pelo Banco Central do Brasil, com relação a implementação da estrutura de gerenciamento do risco operacional, os Diretores, sem qualquer ressalva: (i) Ratificam a indicação de Joelcyr Carmello Filho, ocorrida em 28.12.2006, como Diretor responsável pela estrutura de gerenciamento de risco operacional, devidamente comunicada ao Banco Central do Brasil, o qual permaneceu como responsável pela citada estrutura até 03.12.2007. Os Diretores ratificam a indicação de François Jean Huteau como o novo Diretor responsável pela estrutura de gerenciamento de risco operacional, a partir de 04.12.2007. (ii) Ratificam sua estrutura organizacional, a qual foi definida no prazo estipulado pelo Banco Central do Brasil, que é composta por: 1 Diretor e 1 Gerente. (iii) Ratificam a definição da sua política institucional, dos processos, dos procedimentos e dos sistemas necessários à sua implementação, cujos documentos e relatórios se encontram arquivados na sede da Sociedade. (iv) Informam que nesta data já se encontra efetivamente implementada a estrutura de gerenciamento do risco operacional da Sociedade. (v) Os Diretores farão constar do relatório a que se refere o Art. 4º da Resolução de nº 3.380, de 29.06.2006, emitida pelo Banco Central do Brasil, suas responsabilidades pelas informações divulgadas, assim como se obrigam a cumprir outras determinações emanadas das normas aplicáveis. 2) Aprovam a submissão das matérias ora deliberadas, nesta data, aos membros do Conselho de Administração da Sociedade. Encerramento: Nada mais, a reunião foi suspensa para lavratura da presente ata que foi lida e assinada pelos presentes. Presentes: François Jean Huteau, Joelcyr Carmello Filho e Gustavo Aurelio da Silva Walch.A presente é cópia fiel da ata lavrada em livro próprio. Mesa: François Jean Huteau - Presidente, Joelcyr Carmello Filho - Secretário. Diretoria: François Jean Huteau, Joelcyr Carmello Filho, Gustavo Aurelio da Silva Walch. JUCESP nº 3.449/08-7 em 09.01.2008. Cristiane da Silva F. Corrêa - Sec. Geral.
PSA Finance Arrendamento Mercantil S/A CNPJ/MF nº 03.502.968/0001-04 - NIRE nº 35.300.174.569 Ata de Reunião do Conselho de Administração em 11.12.2007 Data, Hora e Local: 11.12.2007, às 12hs., na sede social do PSA Finance Arrendamento Mercantil S/A (“Sociedade”), à R. Miguel Yunes, 351, Prédio 1, 1º and. (parte), em São Paulo/SP. Presença: Os Conselheiros François Jean Huteau, Laurent Pierre Marie Taste e José Francisco Gouvêa Vieira. O Conselheiro Herve Jean Jacques Guyot não compareceu à reunião, no entanto, foi cientificado da sua realização e matérias a serem deliberadas. Mesa: François Jean Huteau, Presidente e José Francisco Gouvêa Vieira, Secretário. Ordem do Dia: Nos termos da Resolução de nº 3.464, de 26.06.2007, emitida pelo Banco Central do Brasil, com relação a implementação da estrutura de gerenciamento de risco de mercado, deliberar sobre (i) a indicação do Diretor responsável, e (ii) a definição da sua estrutura organizacional. Deliberações: Foram deliberadas pelos Conselheiros presentes, por unanimidade, as seguintes matérias: 1) Nos termos da Resolução de nº 3.464, de 26.06.2007, emitida pelo Banco Central do Brasil, com relação a implementação da estrutura de gerenciamento de risco de mercado, os Conselheiros presentes, sem qualquer ressalva: (i) Indicam Joelcyr Carmello Filho como Diretor responsável pela estrutura de gerenciamento de risco de mercado, o que foi devidamente comunicado ao Banco Central do Brasil. (ii) Definem que a sua estrutura organizacional será composta por: 1 (um) Diretor e 1 (um) Gerente. Encerramento: Nada mais a tratar, a reunião foi suspensa para lavratura da presente ata que foi lida e assinada pelos presentes. Presentes: François Jean Huteau, Laurent Pierre Marie Taste e José Francisco Gouvêa Vieira. Mesa: François Jean Huteau - Presidente, José Francisco Gouvêa Vieira - Secretário. Conselheiros Presentes: François Jean Huteau, José Francisco Gouvêa Vieira, Laurent Pierre Marie Taste. JUCESP nº 3.453/08-0 em 09.01.2008. Cristiane da Silva F. Corrêa - Sec. Geral.
PSA Finance Arrendamento Mercantil S/A CNPJ/MF nº 03.502.968/0001-04 - NIRE 35.300.174.569 Ata de Reunião da Diretoria Realizada em 11 de Dezembro de 2007 Data, Hora e Local: 11 de dezembro de 2007, às 10:00 horas, na sede social do PSA Finance Arrendamento Mercantil S/A (“Sociedade”), localizada à Rua Miguel Yunes, 351, Prédio 1, 1º andar (parte), Cidade e Estado de São Paulo. Presença: A totalidade dos membros da Diretoria, consoante dispõe o Artigo 19 do seu Estatuto Social. Mesa: François Jean Huteau, como Presidente e Joelcyr Carmello Filho, como Secretário. Ordem do Dia: 1) Nos termos da Resolução de nº 3.464, de 26 de junho de 2007, emitida pelo Banco Central do Brasil, com relação a implementação da estrutura de gerenciamento do risco de mercado, deliberar sobre 1) (i) a indicação do Diretor responsável, e (ii) a definição da sua estrutura organizacional. 2) Deliberar sobre a submissão das matérias ora deliberadas aos membros do Conselho de Administração da Sociedade. Deliberações: Foram deliberadas pelos Diretores, por unanimidade, as seguintes matérias: 1) Nos termos da Resolução de nº 3.464, de 26 de junho de 2007, emitida pelo Banco Central do Brasil, com relação a implementação da estrutura de gerenciamento de risco de mercado, os Diretores, sem qualquer ressalva: (i) Indicam o Sr. Joelcyr Carmello Filho como Diretor responsável pela estrutura de gerenciamento de risco de mercado, o que foi devidamente comunicado ao Banco Central do Brasil. (ii) Definem que a sua estrutura organizacional será composta por: 1 (um) Diretor e 1 (um) Gerente. 2) Aprovam a submissão das matérias ora deliberadas, nesta data, aos membros do Conselho de Administração da Sociedade. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, a reunião foi suspensa para lavratura da presente ata que foi lida e assinada pelos presentes. Presentes: François Jean Huteau, Joelcyr Carmello Filho e Gustavo Aurelio da Silva Walch. Mesa: François Jean Huteau - Presidente, Joelcyr Carmello Filho - Secretário. Diretoria: François Jean Huteau, Joelcyr Carmello Filho, Gustavo Aurelio da Silva Walch. JUCESP nº 3.452/08-6 em 09.01.08. Cristiane da Silva F. Corrêa - Sec. Geral.
PSA Finance Arrendamento Mercantil S/A CNPJ/MF nº 03.502.968/0001-04 - NIRE nº 35.300.174.569 Ata de Reunião da Diretoria Realizada em 13.12.2007 Data, Hora e Local: 13.12.2007, às 11hs., na sede social, à R. Miguel Yunes, 351, Prédio 1, 1º and. (parte), em SP/SP. Presença: A totalidade dos membros da Diretoria, consoante dispõe o Art. 19 do seu Estatuto Social. Mesa: François Jean Huteau, Presidente e Joelcyr Carmello Filho, Secretário. Ordem do Dia: 1) Deliberar sobre a alteração da estrutura organizacional do gerenciamento de risco operacional. 2) Deliberar sobre a submissão da matéria aos membros do Conselho de Administração. Deliberações: Foram deliberadas pelos Diretores, por unanimidade, as seguintes matérias: 1) Alterar a estrutura organizacional do gerenciamento de risco operacional, passando esta a ser composta por: 1 Diretor e 1 Gerente que será assessorado por 3 sub-officers que se ocuparão de dar tratamento às questões relacionadas ao Banco PSA Finance Brasil SA, ao PSA Finance Arrendamento Mercantil SA e aos sistemas que envolvam estas duas instituições. 2) Aprovam a submissão das matérias ora deliberadas, nesta data, aos membros do Conselho de Administração da Sociedade. Encerramento: Nada mais, a reunião foi suspensa para lavratura da presente ata que foi lida e assinada pelos presentes. Presentes: François Jean Huteau, Joelcyr Carmello Filho e Gustavo Aurelio da Silva Walch. Mesa: François Jean Huteau Presidente, Joelcyr Carmello Filho - Secretário. Diretoria: François Jean Huteau, Joelcyr Carmello Filho, Gustavo Aurelio da Silva Walch. JUCESP nº 3.454/08-3 em 09.01.08. Cristiane da Silva F. Corrêa - Sec. Geral.
PSA Finance Arrendamento Mercantil S/A CNPJ/MF nº 03.502.968/0001-04 - NIRE nº 35.300.174.569 Ata de Reunião do Conselho de Administração em 13.12.2007 Data, Hora e Local: 13.12.2007, às 18hs., na sede social, à R. Miguel Yunes, 351, Prédio 1, 1º and. (parte), em São Paulo/SP. Presença: Os Conselheiros François Jean Huteau, Laurent Pierre Marie Taste e José Francisco Gouvêa Vieira. O Conselheiro Herve Jean Jacques Guyot não compareceu à reunião, no entanto, foi cientificado da sua realização e matérias a serem deliberadas. Mesa: François Jean Huteau, Presidente e José Francisco Gouvêa Vieira, Secretário. Ordem do Dia: 1) Alteração da estrutura organizacional do gerenciamento de risco operacional. Deliberações: Foi deliberada pelos Conselheiros presentes, por unanimidade, a seguinte matéria: 1) Alterar a estrutura organizacional do gerenciamento de risco operacional, passando esta a ser composta por: 1 Diretor e 1 Gerente que será assessorado por 3 subofficers que se ocuparão de dar tratamento às questões relacionadas ao Banco PSA Finance Brasil SA, ao PSA Finance Arrendamento Mercantil SA e aos sistemas que envolvam estas duas instituições. Encerramento: Nada mais, a reunião foi suspensa para lavratura da presente ata que foi lida e assinada pelos presentes. Presentes: François Jean Huteau, Laurent Pierre Marie Taste e José Francisco Gouvêa Vieira Mesa: François Jean Huteau - Presidente, José Francisco Gouvêa Vieira - Secretário. Conselheiros Presentes: François Jean Huteau, José Francisco Gouvêa Vieira, Laurent Pierre Marie Taste. JUCESP nº 3.456/08-0 em 09.01.2008. Cristiane da Silva F. Corrêa - Sec. Geral.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Atributos saudáveis impulsionam consumo da iguaria em lojas especializadas Vanessa Rosal
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Valores chegam a R$ 300
A procura por esses produtos cresceu 40% nos últimos três anos. Carlos Gonçalves, do Empório Santa Luzia
32 MIL TONELADAS SÃO VENDIDAS POR ANO
Azeites ganham status e são vendidos em butiques
margo, suave, adocicado ou com especiarias. Diferentes tipos de azeite estão caindo no gosto do paulistano, seja pelo tempero enriquecedor dos pratos ou pelos benefícios associados à saúde. Segundo lojistas do setor, em 2007, a procura pelo produto em empórios e butiques da capital cresceu, em média, 15% sobre o ano anterior. De acordo com o gerente de negócios da Olivier & Co, Marcus Pimentel, os apreciadores mais fanáticos chegam a desembolsar até R$ 390 em uma garrafa de azeite. Só em dezembro, melhor época de vendas na butique, foram comercializados 4,5 mil itens, crescimento de 30% em relação ao mesmo período de 2006. "O brasileiro está começando a se interessar pelo sabor diferenciado dos azeites. Trata-se de uma mudança cultural", diz. Quem entra na Olivier & Co, localizada nos Jardins, se depara com uma ampla mesa de degustação. Antes da compra, o cliente pode experimentar cada tipo de azeite,
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
servido em uma pequena taça, ou em pedaços de pão. "Depois de sentir o sabor refinado desses produtos, as pessoas nem perguntam o preço. Compram com prazer", afirma Pimentel. Segundo ele, em 2007 as vendas cresceram 15%, impulsionadas principalmente por azeites italianos e gregos. Diversos sabores, provenientes de países europeus e da Argentina, satisfazem os paladares mais exigentes e acompanham todos os tipos de receitas. Até sobremesas podem combinar com azeites frutados, levemente adocicados. É o caso da butique e restaurante Azaït, do empresário Isaac Azar, que serve doces de chocolate com azeite. Segundo ele, cada vez mais as empresas têm importado o produto, trabalhando com uma margem de preço menor. O consumo dentro da butique ainda é de pessoas das classes A e B, mas pouco a pouco, a paixão pelo azeite de oliva vai se popularizando. "Com nossas degustações, todos podem apreciar diferen-
Fotos: Leonardo Rodrigues/Hype
Nacional Empresas Estilo Finanças
Antes da compra, consumidores podem provar vários tipos de azeites na loja Olivier & Co.
tes tipos de sabores. Temos azeites para todos os tipos de bolsos, que custam entre R$ 30 e R$ 300", diz. No Empório Santa Luzia, os hábitos de compra também estão mudando. O gerente da loja, Carlos Gonçalves, diz que os consumidores trocaram os azeites comuns pelos diferenciados, com baixo teor de acidez. No setor de óleos de oliva, os primeiros representam 20% do total de vendas, contra 70% dos azeites extravirgem. Já os saborizados, com alho, pimenta e outras especiarias, representam 10% das vendas. "A procura por esses produtos cresceu 40% nos últimos três anos", afirma. Mercado O mercado de azeites no Brasil apresenta vendas de aproximadamente 32 mil toneladas ao ano, número similar do Japão e superior a Austrália e Canadá. Inicialmente utilizado na cozinha mediterrânea, o produto foi, aos poucos, conquistando os principais chefs e todos os tipos de cozinha. Para a Associação Brasileira de Produtores, Importadores e Comerciantes de Azeite de Oliveira (Associação Oliva), ainda há um grande potencial de crescimento para o produto no País, já que o consumo per capita ainda é muito baixo – 200 gramas ao ano – comparativamente aos gregos, que consomem 25 quilos anuais, e aos italianos e es-
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Pimentel: degustação em taças.
panhóis (12 quilos por ano). De acordo com o Conselho Oleícola Internacional (COI), os azeites de oliva representam 3% do volume total de óleos comestíveis produzidos no mundo. Só a Bacia do Mediterrâneo concentra 99% dessa produção. Na América do Sul, Argentina e Chile começam a se destacar, com 0,4% e 0,1% da produção, respectivamente. História O uso do azeite é milenar. Entretanto, não se sabe com exatidão sua origem. Ao lado da videira, a oliveira foi uma das primeiras árvores cultivadas, há cerca de cinco mil anos, no Mediterrâneo Oriental e Ásia Menor. A palavra azeite provém do vocábulo árabe "az-zait" que significa sumo de azeitona. Os fenícios, sírios e armênios foram os primeiros
A dieta mediterrânea
dieta dos povos dos países banhados pelo Mar Mediterrâneo, entre eles Itália, Grécia, Albânia, Espanha, França, Sérvia, Macedônia, Síria, Líbano, Israel e Turquia, vem ganhando grande atenção dos profissionais de saúde, desde que foi diagnosticada longevidade e baixa incidência de problemas cardíacos entre povos dessa região.
A alimentação se baseia no consumo de pães feitos com farinha integral, massas de grão duro, verduras e legumes não processados, oleaginosas como amêndoas, nozes, avelãs e consumo abundante de azeite de oliva extravirgem. A ingestão de carne vermelha é reduzida e substituída por peixes com alto teor de ômega-3 , como salmão, atum e bacalhau.
povos a consumi-lo, cabendo aos gregos e romanos levá-lo para a Europa e o Ocidente. No século 16, os espanhóis introduziram o azeite no Peru, Chile e México e no século 18, nos Estados Unidos. Apesar de combinar principalmente com massas e saladas, há quem misture azeite até no arroz e feijão. O designer de óculos Francisco Ventura, por exemplo, chega a consumir três litros da especiaria por mês. "Lá em casa praticamente abolimos o óleo de soja. Todos os pratos são feitos com azeite extravirgem. Até a batata frita. Pode ser psicológico, mas tenho certeza de que faz bem para minha saúde." Depois que conheceu a mesa de degustação do restaurante Azaït, a paixão pelo produto só aumentou. "Gosto de experimentar todos os tipos, e sempre acabo comprando azeites diferentes. Prefiro os espanhóis, mas compro todos", diz ele, que chega a gastar, em média, R$ 60 em uma garrafa de meio litro de azeite.
SERVIÇO Olivier & Co Rua Bela Cintra, 2023 Telefone: 3063-4433 Azaït Rua Peixoto Gomide, 1532 Telefone: 3063-5799 Empório Santa Luzia Alameda Lorena, 1471 Telefone: 3897-5000
Benefícios G Ajuda a prevenir a
arteriosclerose G Melhora o funcionamento
do estômago e pâncreas G É facilmente digerido, não tem colesterol, mas possui as mesmas calorias de outros óleos G Produz efeito protetor e tônico da epiderme G Estimula o crescimento, favorece a absorção de cálcio e acelera as funções metabólicas
O Empório Santa Luzia aposta na variedade para conquistar clientes
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Ano 83 - Nº 22.551
São Paulo, quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
w w w. d co m e rc i o. co m . b r
Edição concluída às 23h45
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Jornal do empreendedor
Está nascendo a supertele fora-da-lei Fusão da Oi e Brasil Telecom foi anunciada. E espera a bênção de Lula para ser legal. Primeiro o negócio, depois a lei. E nos bastidores, investimento em empresa do filho de Lula. Economia 3 Pablo de Sousa/LUZ
Paulo Liebert/AE
Folia de São Pedro em São Paulo
Vendas caem 80%. Economia 1 Congestionamento recorde. Página 7 Mas sem risco de apagão. Página 7 Yasuyoshi Chiba/AFP
NOSSA CIDADE MAIS SEGURA Com 31,1 homicídios por 100 mil habitantes, São Paulo foi de 182° para 492° no ranking do Mapa da Violência brasileiro. Caraguatatuba se tornou a cidade mais violenta do Estado. O crime saiu das capitais para o interior. Página 8 Caio Guatelli/Folha Imagem
Surpresa no palanque: FHC
Edwain Montilva/Reuters
Enquanto o prefeito Kassab discursava, eis que chega um inesperado convidado: FHC (foto). Já Alckmin, convidado, foi para Ourinhos. Pág. 5
BC: crédito desacelera em 2008
FMI: economia esfria em 2008
Economia 6
Economia 6
Retrato do terror no Quênia
Deputado da oposição assassinado. Contam-se 850 mortos desde dezembro: só ontem, foram 30. Nas ruas de Nairobi, acirram-se os conflitos étnicos (foto), diante da impotência policial. Página 6
HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 26º C. Mínima 17º C.
AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 28º C. Mínima 18º C.
Drama de reféns. Na Venezuela
Final feliz, 24 h depois: ladrões se entregam, nenhum refém ferido. Pág. 6
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Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
7 Danilo Verpa/Folha Imagem
Apesar dos transtornos, as chuvas das últimas semanas contribuíram para os reservatórios.
Chuva bate o recorde do ano na Capital Precipitações começaram de madrugada e duraram o dia todo, provocando mais de 30 pontos de alagamento. Lentidão no trânsito de manhã também foi a maior do ano.
A
chuva que atingiu Trânsito - A chuva forte teve São Paulo desde a reflexo imediato no trânsito, cumadrugada tornou ja lentidão também bateu o reo dia de ontem o corde do ano, pela manhã: às mais chuvoso do ano na cida- 9h36, a Companhia de Engede. Foram registrados inúme- nharia de Tráfego (CET) regisros pontos de alagamento e o trou 137 quilômetros de vias trânsito ficou complicado pra- congestionadas. Antes, a pior ticamente o dia todo. marca da manhã em janeiro haAté o começo da tarde, o ín- via ocorrido no dia 22, com 88 dice pluviomé- Luciano Amarante/Folha Imagem km de lentidão. trico médio reDois acidentes gistrado pelo na marginal do C e n t ro d e G eTietê, envolvenrenciamento de do cinco camiEmergências nhões, contribuíram para compli(CGE) em toda a cidade era de car o trânsito pela m a n h ã . O p r i38,8 milímetros – cada milímetro meiro foi um encorresponde a gavetamento ent r e t r ê s c a m ium litro de água em cada metro nhões na via expressa, na altura quadrado. O índice superou o do Shopping Center Norte, do dia 21, que foi Marginais: teste de paciência p o r v o l t a d a s de 26,3 mm. 5h30. Mais à frenA região do Centro foi a mais castigada, te, houve uma colisão entre dois com 45,2 mm. Em seguida, caminhões na pista expressa, apareceram as zonas oeste perto da ponte do Limão. (42,8 mm), leste (41,4 mm), Anchieta –Um trecho da pisnorte (35,8 mm) e sul (33 mm). ta sul da Via Anchieta, no limite Com os números de ontem, o entre a Capital e São Bernardo acumulado do mês verificado do Campo, ficou fechado por pelo CGE chegou a 185,5 mm – seis horas por causa do risco de mais de 75% dos 239 milíme- transbordamento do córrego tros previstos para todo o mês Ribeirão dos Couros. O trânsito só foi liberado às 15h30. de janeiro. O CGE decretou estado de A chuva também apagou seatenção em toda a Capital, du- máforos e causou a queda de rante o dia todo. Até o início da árvores. Um galho grande caiu noite, foram registrados mais na avenida 9 de Julho, blode 30 pontos de alagamento, queando uma faixa da via. em toda a cidade. Ninguém se feriu. (AE)
Chuvas afastam risco de apagão elétrico ONS descarta possibilidade de racionamento No último dia 17 de janeiro, o órgão já havia divulgado um comunicado onde admite a s chuvas dos últimos utilização em maior escala de dois dias deram um fontes alternativas de energia – fôlego aos reservató- leia-se termoelétricas – para rios energéticos das regiões manter o abastecimento. Até o Sudeste e Centro-Oeste. Da- uso de refinarias da Petrobras é dos do Operador Nacional do apresentado como opção pelo ONS, que calS i s t e m a cula uma re( O N S ) i n d iserva de 750 cam que o megawatt atual nível é de (MW) vindos 48,5%, um da estatal. pouco acima As chuvas dos 48,1% do era a capacidade dos desde seguninício desta sereservatórios da-feira tammana. Mesmo energéticos do b é m e l e v aassim, o atual ram os índipatamar ainda Sudeste e do Centroces dos reseré bem inferior Oeste, ontem, vatórios de aos 75,9% reabastecimengistrados no segundo ONS. to de água da mesmo períoGrande São do de 2007. De acordo com o relatório Paulo. Ontem, os mananciais do ONS, a atual marca (48,5%) tinham a seguinte capacidaainda segue abaixo da curva de: Cantareira, 36,2%; Guarade aversão ao risco (CAR), ín- piranga, 60,1%; Rio Grande, dice que mede o volume de 81,9%; Rio Claro, 36%; Alto água necessário para manter o Ti e t ê , 4 6 , 2 % ; A l t o C o t i a , abastecimento seguro. Mas o 71,9%. O quadro, segundo a Operador descarta qualquer Sabesp, resulta dos bons índichance de um novo "apagão" ces pluviométricos registrados desde outubro. energético em 2008.
Davi Franzon
A
48,5%
Eduardo Knapp/Folha Imagem
SAMBÓDROMO – A chuva forte que caiu na cidade ontem também atrapalhou a vida das escolas de samba que vão desfilar no sambódromo paulistano durante o carnaval. A chuva impediu que os operários fizessem os acertos finais na montagem dos carros alegóricos que já estão no Anhembi.
Paulo Liebert/AE
Carnaval terá tempo ruim
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José Luis da Conceição/AE
Chuva que caiu na cidade o dia todo alagou várias ruas, como no Butantã (acima). Já choveu mais de 75% da média prevista no mês de janeiro.
paulistano que for viajar no carnaval deve enfrentar chuva. Segundo previsão do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), quem for para o litoral paulista encontrará o tempo nublado e chuva constante durante os dias de folia. O mesmo ocorrerá na maioria dos estados brasileiros. A única exceção será a região Nordeste, que terá um feriado com forte calor até a quarta-feira de cinzas. Na próxima sexta-feira, o paulistano terá uma breve trégua da chuva na cidade. A máxima deve chegar aos 27º C. Mas uma nova frente fria chegará no sábado e a chuva voltará. O tempo instável também poderá resultar em fortes pancadas de chuva no litoral norte de São Paulo. O Inmet prevê a ocorrência de ressacas no mar a partir de domingo. A terça-feira de carnaval começará com o tempo aberto e a temperatura em elevação. A máxima pode chegar aos 30º no Estado. Mas a chuva volta no começo da noite, o que resultará em queda da temperatura em várias regiões. A quarta-feira de cinzas será de céu nublado no litoral e na Capital. Ao retornar para casa, do interior e da praia, o paulistano deve enfrentar chuva na estrada. (DF)
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
Educação Ambiente Segurança Saúde
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008 Sérgio Moraes/Reuters
Viradouro afirma que referência às vítimas da Segunda Guerra é respeitosa.
VIOLÊNCIA CAI NAS CAPITAIS E SOBE NO INTERIOR
São Paulo cai no ranking de homicídios Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros mostra redução de assassinatos na cidade. Aparato policial e reação da sociedade contribuíram para melhoria dos índices.
E
m dois anos, São Paulo melhorou 310 posições na lista das 560 cidades mais violentas do País, de acordo com o segundo Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros, divulgado ontem pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla). No primeiro levantamento, no ano passado, a cidade ocupava a 182.º posição. No atual, São Paulo caiu para o 492.º lugar, com uma taxa média de 31,1 homicídios para cada 100 mil habitantes. Em 2006, base para os dados do mapa deste ano, foram assassinadas 2.546 pessoas no município. É como se a população inteira de um pequeno município, como Torre de Pedra, no interior do Estado, tivesse desaparecido em um ano. Ainda assim, é quase a metade das 5.600 mortes registradas em 2002. "A queda da mortalidade em São Paulo começou em 1999, com vários eventos significativos", disse o pesquisador
Julio Jacobo Waiselfisz, autor que a violência cresce, mostra do estudo. "Houve melhorias o estudo. O Mapa da Violência do aparato policial na cidade, indica que onde cresce o desmas, principalmente, houve matamento, grilagem de teruma reação da sociedade ci- ras, contrabando de armas e o vil", diz, referindo-se aos insti- tráfico de drogas é onde estão também os tutos Sou da Paz e o São m a i o r e s n úmeros de hoPaulo Contra a Violência. micídios do País, proporCampeã - A cidade paulisci ona lmen te ao tamanho ta que aparece d a s p o p u l acom a maior homicídios foram ções. Longe taxa de homiregistrados na cidade das capitais, cídios é Caraguatatuba, no em cidades de São Paulo, por pequenas, nas litoral norte, grupo de cem mil em 41.º na lisfronteiras e no habitantes, em 2006. interior do ta, com 70,4 assassinatos paPaís, os índiÉ quase a metade do ces de homicíra cada 100 mil registrado em 2002. habitantes. O dio chegam a ultrapassar município também é o primeiro em mor- 100 mortes para cada 100 mil talidade de jovens até 24 anos. habitantes. Os campeões em Nessa faixa etária, a mortalida- desmatamento na Amazônia, de cresce para 155,6 homicí- Pará e Mato Grosso têm, juntos, 11 dos 45 municípios mais dios por 100 mil habitantes. É onde o estado não chega violentos do País. (AE)
31,1
Futurologia faz a alegria dos internautas Kety Shapazian
É
um prato cheio para quem gosta de fazer apostas sem perder dinheiro. Alguns endereços eletrônicos aceitam apostas sobre o que vai acontecer no futuro em relação à política, esportes, tecnologia e até sobre a vida pessoal de celebridades. Quem será o candidato democrata na corrida presidencial norte-americana? O PlayStation 3 vai vender mais do que o Xbox 360 e o Nintendo Wii até o final de 2009? E será que o príncipe Albert, de Mônaco, se casa até o outono deste ano? O mais novo site desse tipo é o hubdub.com, criado por Nigel Eccles, um sujeito viciado em notícias e ex-funcionário de uma empresa que faz apostas on-line. Lançado na segundafeira, o site distribui mil "dólares Hubdub" aos internautas que se inscreverem para que eles possam apostar no futuro das notícias. Se acertarem, ganham mais dólares Hubdub. Se errarem, o dinheiro diminui. Ontem, 95% dos apostadores colocavam seu dinheiro de mentirinha na morte de Fidel Castro antes de 2009, 98% não acreditavam na volta de Jesus Cristo até o fim deste ano e 91% achavam que a garotinha inglesa Madeleine Mc Cann não será
encontrada até o dia 20 de abril. Outros 55% achavam que o casamento de Brad Pitt e Angelina Jolie não vai até o fim de 2008. Dúvidas sobre casamentos, divórcios e nascimentos também fazem a alegria dos apostadores no life.us.newsfutures.com. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, está em alta, com três apostas: será que ele vai ser pai de novo antes do verão de 2009? Vai se divorciar novamente antes do final de seu mandato? Ou se casará de novo antes do mandato acabar? No endereço politicalmarket.cnn.com todas as apostas
são sobre a corrida presidencial norte-americana, nem que seja para adivinhar quantas vezes a palavra eleição será dita durante a entrega do Oscar, no dia 24 de fevereiro. De todos os sites visitados, o único a dar prêmios de verdade aos internautas que mais acertaram é o ftpredict.com, do Financial Times. Quatro apostadores vão poder escolher entre um certificado de mil libras para ser gasto em uma loja da Apple ou a mesma quantia para torrar em um dos hotéis da rede Four Seasons. A sorte está lançada.
CARNAVAL Holocausto provoca polêmica no Rio Tema da Viradouro despertou contrariedade da Federação Israelita, que não quer ver o carro na avenida façam uma reflexão sobre o as- arrepio que a gente não quer sunto", disse o presidente da que aconteça mais", afirmou Fierj, Sérgio Niskier. Barros. "Nós estamos em um O carro do Holocausto faz país democrático, onde não parte do enredo "É de Arre- existe censura, então acho que piar", sob co- Sérgio Moraes/Reuters o carro tem mando do carque ser visto navalesco principalmenPaulo Barros. te como um A escola de alerta e como samba vai uma lembranabordar as diça para que isversas formas so fique bem de arrepio, se- Imagens remetem ao massacre v i v o n a m egundo o carmória das pesnavalesco, desde o arrepio do soas", completou. cabelo até o arrepio causado O carnavalesco, que no ano por uma execução. passado levou a Viradouro ao "O carro é extremamente quinto lugar do Carnaval carespeitoso, é um alerta, é um rioca, disse que terá que ava-
Porta Condimentos
liar com o presidente da escola, Marco Antônio Lira, o eventual pedido da federação. Barros disse ainda que o carro alegórico do Holocausto passará pela avenida sem nenhum componente. "Se tivesse alguém sambando sobre os mortos aí sim seria um desrespeito", completou. Bolivariano – A política já havia agitado o Carnaval do Rio, em 2006, quando a Vila Isabel levou o título do grupo especial ao defender Simon Bolívar no enredo. A escolha agradou ao presidente Hugo Chávez, que patrocinou a agremiação, por meio de verbas da petrolífera PDVSA. (Reuters)
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o meio da festa de cores do carnaval, um carro alegórico preto e marrom com esculturas de dezenas de cadáveres já cria polêmica antes de entrar na avenida. A alegoria da Viradouro representando o Holocausto promete fazer sucesso, mas a comunidade israelita quer vetar o desfile. A Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (Fierj) enviou carta à escola de samba pedindo que o carro seja vetado, por avaliar que ele poderia "banalizar" o Holocausto. "Vamos enviar uma carta à escola hoje (ontem) e pedir que não saiam com o carro, que eles
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
9 Um ambiente inclusivo tem muito mais que salas com rampas. Sérgio Navarro, gerente de vendas diretas
Fábio D'Castro/Hype
CARROS EXCLUSIVOS PARA DEFICIENTES Foi inaugurada ontem, na zona sul, a primeira concessionária de veículos totalmente adaptada a portadores dos mais diversos tipos de deficiências Paula Cunha
Q
uando Eliseu Pereira entrou na Grand Especial, primeira concessionária totalmente adaptada e dirigida para pessoas com mobilidade reduzida, teve certeza de que este é mais um passo para que os deficientes conquistem definitivamente o seu direito à locomoção com conforto e segurança. A unidade foi inaugurada ontem na Vila Olímpia, zona sul da capital, e tem as suas dependências, da entrada ao banheiro, concebidas para atender os portadores de todos os tipos de deficiência. Depois de perder os braços, em 1984, em um acidente com um granada, o ex-oficial do Exército passou a dedicar-se ao esporte e obteve o patrocínio de empresas para praticar triatlo. Eliseu tem habilitação especial para dirigir já possuiu diversos veículos adaptados. "Considero a iniciativa muito importante porque um empresário que oferece um espa-
conscientização de deficientes, da população e também dos comerciantes", disse. Eliseu acrescentou que a maioria dos estabelecimentos comerciais que freqüenta não conta com estrutura física nem com profissionais treinados para atender portadores de necessidades especiais. Degraus com rebaixamento, provadores mais largos e espaço para que cadeirantes, deficientes visuais e amputados se locomovam com facilidade são raros no comércio em todo o território nacional. União de forças – O País conta com 25 milhões de deficientes e existem poucas iniciativas deste tipo, tanto particulares quanto públicas. Há regras para adaptar espaços já existentes e construir novos de acordo com as especificações técnicas, à disposição nos sites da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT www.abnt.org.br) e da Associação para Valorização e Promoção de Excepcionais (Avape - www.avape.org.br). Foi a esta última que a Grand
Eliseu Pereira (acima), que perdeu os braços em um acidente com uma granada, esteve ontem na nova loja e aprovou a iniciativa: "é um exemplo para outros empresários", disse ele, que já teve vários carros adaptados. Carmona (no alto, à direita) e Navarro (acima, à direita) apostam no sucesso do empreendimento que contou com a assessoria da Associação para Valorização e Promoção de Excepcionais (Avape) para ser implantado.
e portas de dimensões mais largas, mesas mais baixas para que cadeirantes e pessoas de baixa estatura possam usá-las e telefone para surdos, que decodifica as mensagens e as reproduz escritas em um visor. Na inauguração da loja, Dreyfus Carmona, diretor comercial das concessionárias, ressaltou que, além da venda de veículos adaptados para diversos tipos de deficiência, o empreendimento também
contará com divisões especializadas que auxiliarão os compradores a adquirir seus veículos de acordo com a legislação, que permite a redução de alguns impostos como ICMS e ISS, além de usufruir de outras vantagens destas leis. Para atingir este objetivo foi firmada parceria com a Névia Isenções, empresa especializada na assessoria e elaboração de processos exigidos por órgãos públicos para que porta-
dores de deficiência possam adquirir veículos com isenção de impostos em todo o País. Além disso, os funcionários foram treinados pela equipe da Avape para atender os clientes especiais. Eles aprenderam a linguagem de libras para a comunicação com deficientes auditivos. Sérgio Navarro, ge-
te nicho de mercado está crescendo", disse Carmona. Segundo ele, os deficientes estão entrando no mercado de trabalho e são clientes em potencial dos carros adaptados. Unidades especiais das montadoras Renault, Nissan, Toyota, Fiat e Peugeot serão comercializadas na nova loja.
rente de vendas diretas da rede, disse que o treinamento da Avape foi fundamental. "Descobrimos que um ambiente inclusivo tem muito mais que salas com rampas", afirmou. A seguradora do empreendimento é a AGF Seguros, que tem uma divisão especializada na criação de seguros automóvel adaptado. "A idéia da unidade especial surgiu quando um cadeirante procurou uma das nossas lojas em Santos. Percebemos que es-
Experiência – Para reforçar o atendimento diferenciado, um dos funcionários foi deslocado para a nova unidade. Jeconias Faustino do Nascimento teve uma filha com deficiência física e consegue compreender as necessidades dessa parcela da população. "Quando um deficiente entra em uma loja, ele merece um atendimento correto. Aqui contribuiremos para garantir a ele o direito de locomoção e de viver em sociedade com mais igualdade", disse.
A unidade começou a funcionar ontem na Vila Olímpia, zona sul da capital, e tem as suas dependências, da entrada ao banheiro, concebidas para atender os portadores de todos os tipos de deficiência: são sinalizações no chão, banheiros adaptados e corrimãos nas rampas e corredores.
ço e um tratamento adequado para pessoas com necessidades especiais está dando um exemplo aos outros comerciantes. Os deficientes querem ser tratados de forma mais humana e com respeito. Somos consumidores e pagamos impostos como todos. Uma loja como esta é conseqüência da
Company, grupo de concessionárias autorizadas de veículos que conta com 12 unidades em São Paulo e na Baixada Santista, recorreu para criar e implantar o conceito da concessionária totalmente adaptada. Além das guias rebaixadas na entrada, a unidade tem sinalização em braile, banheiro com barras
Palhaço é o novo aparador de livros dos Doutores
Casa Hope ganha projeto para nova unidade
Voluntários Banco Real reduz plantam mudas de taxa para linhas de árvores frutíferas sustentabilidade
A
P
V
loja virtual dos Doutores da Alegria (www.doutoresdaalegria.com.br/loja) lançou o aparador de livros Palhaço, criado por Cau Almeida e com design exclusivo de Orlando Pedroso. A nova peça traz a figura clássica do palhaço em preto, com o tradicional nariz em vermelho. Além do aparador, a loja oferece livros e camisetas e outros itens que aliam educação e diversão, como os Poemas Esparadrápicos, coletânea de poesias infantis em forma de rolo de esparadrapo, em adesivos destacáveis, com 14 textos de autores brasileiros. A criança pode esticar a tirinha e ler os poemas ou colar os adesivos, fazendo curativos de poesia.
or acreditar no trabalho realizado pela Casa Hope, que atende crianças com câncer e suas famílias, o arquiteto Ricardo Julião doou um projeto para uma nova unidade que será construída em um terreno de 3,7 mil metros quadrados no Planalto Paulista. Este deverá ser o maior centro de apoio ao tratamento do câncer infantil na América Latina. A inauguração está prevista para julho e a Casa Hope ampliará a qualidade dos serviços já oferecidos e aumentará significativamente a sua capacidade de atendimento. A entidade trabalha há 11 anos em prol das crianças com câncer.
oluntários da Samcil Planos de Saúde, através da Associação Beneficente Samcil Solidária, iniciaram 2008 com um projeto que contribui com a defesa do meio ambiente e a mudança da paisagem de diversas regiões. Trata-se do plantio de mudas de cedros e árvores frutíferas. Neste mês, já foram plantadas mudas na região de Pirituba/Jaraguá. Essa primeira ação contou com voluntários do Hospital Panamericano. A idéia é promover a ação a cada dois meses em todas as regiões da cidade. Os voluntários fazem também mutirões de meio ambiente para a limpeza de praças públicas. Em 2007 foram 13 mutirões.
O
Banco Real reduzirá a taxa de juros em algumas de suas linhas de crédito. O corte vale para linhas voltadas ao fomento da sustentabilidade, como apoio ao empreendedorismo, inclusão social, preservação da biodiversidade e uso eficiente de recursos naturais, além de incentivo à saúde e educação. A contratação poderá ser feita a partir de amanhã nas agências. As taxas para educação foram reduzidas de 2,05% para 1,89% ao mês. O financiamento para acessibilidade traz o produto CDC Acessibilidade Veículos, que financia até 100% de automóveis adaptados. A taxa é de 1,39% ao mês.
2 - OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
PARA THOMAS MALTHUS A TERRA ESTAVA LOTADA E NÃO COMPORTAVA MAIOR AUMENTO DE POPULAÇÃO
Recebemos a seguinte carta de leitora da revista Digesto Econômico e do Diário do Comércio: "Nós, brasileiros, consideramos não só um prazer, mas realmente um DEVER exaltar sua atuação em Defesa da Nossa Pátria. Ao tomar conhecimento do teor desta edição especial (revista Digesto Econômico* setembro/outubro e dezembro de 2007), a qual infelizmente ainda não conhecia, foi como se a brisa voltasse a soprar suave nos campos que um dia já foram verdes e nas mentes daqueles que se esqueceram de pensar nas futuras gerações. Sim, a disseminação das informações sobre o Foro de São Paulo, da aliança de Lula (PT), Chávez, Farc, ELN, Sendero Luminoso etc só agregará ao amadurecimento do nosso povo. É isso o que mais importa. O trabalho de pesquisa apresentado pelo Professor Pastore (José Pastore, da Faculdade de Economia e Administração da USP), assim como do grandioso Mestre Olavo de Carvalho, e tantos outros não menos louváveis, era tudo o que há muitos anos estávamos esperando chegar às nossas instituições, já que elas são decisórias no futuro do Brasil. E as fotos, referências, organização, enfim, nos levam a uma leitura interessante e de total interesse. Por esta razão me dirigi a quase todos da equipe. Senhores, somos muitos, muitos mesmo, que acompanhamos com alta preocupação os rumos que estes governos vêm nos impondo. Não podemos aceitar que nos tratem como cordeiros amestrados, subjugados a uma estratégia de tomada de poder construída sob os ensinamentos de Gramsci. Os brasileiros, até mesmo os mais ignorantes, não merecem reviver um stalinismo covarde e
Céllus
EM DEFESA DA NOSSA PÁTRIA G "Não podemos
aceitar que nos tratem como cordeiros amestrados, subjugados a uma estratégia de tomada de poder construída sob as idéias de Gramsci."
* Edição esgotada retrógrado, embora seus seguidores tenham chegado ao poder e estejam tentando levar nosso povo aos mesmos erros que a história já comprovou não ser a solução. Embora os alertas do livro da oitava série sejam contundentes, o Dr. Miguel Nagib, fundador do site www.escolasempartido.org, recebeu infindáveis denúncias, principalmente sobre as escolas privadas. Precisamos que os pais passem a acompanhar o conteúdo que está sendo administrado aos seus filhos nas ecolas. Se faz URGENTE que tomemos providências ante a "lavagem cerebral" à qual nossos filhos estão sendo submetidos. Entidades como a UND (União Nacionalista Democrática), LDN (Liga da Defesa Nacional) e ADESG (Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra) passarão, adiante, a receber sua edição bimestral e os parabenizam pela ATITUDE DIGNA e representativa da maior parte da sociedade brasileira. Cordialmente, ANA PRUDENTE PS: PARABÉNS PELA REPRODUÇÃO DE
A lei de Malthus aplicada à educação
E
m 1804 a população mundial alcançava seu primeiro bilhão, segundo as estimativas existentes. Estava-se na época da Revolução Industrial na Inglaterra. Um de seus resultados fora a aglomeração urbana e pelas condições existentes uma grande pobreza se tornara visível nas cidades que se industrializavam. Em 1793, Godwin escrevera um livro, Ensaio sobre a Justiça Política considerando que essa pobreza era resultado da estrutura sócio-econômica existente, pobreza que só poderia ser corrigida por uma ação política. Cinco anos após o livro de Godwin, Thomas Malthus publicou seu ensaio sobre a população. Nele afirmava como lei que enquanto a população crescia em ordem geométrica, os meios de subsistência só podiam crescer em ordem aritmética e qualquer esforço para mudar essa situação produzia um rendimento decrescente da produtividade que o inutilizava. Para Malthus, a Terra estava lotada e não comportava maior aumento de população. À margem da polêmica várias "leis dos pobres" foram criadas em virtude das quais considerável parte dos "carentes" de então passou a ser assistida pelo Estado. Dos vários embriões anteriores nascera a Economia Política, a Política Econômica e os políticos que delas vivem e dos quais não nos livramos até hoje. Em 2000 a população mundial chegou a 6,6 bilhões. Ao que parece, graças a muitas maracutaias intelectuais os homens conseguiram suplantar os limites apontados por Malthus. Hoje, os problemas não são os de duzentos anos atrás, quando se iniciava a industrialização mas, em grande parte, os que dela resultaram. O planeta Terra parece se vingar das violências cometidas contra ele e da violação das "leis" de Malthus, com as cólicas climáticas que hoje assolam todos os continentes. "Viole a realidade, e ela voltará a galope." Aparentemente, nenhuma das políticas criadas e praticadas pelos homens chegou a focar com propriedade os grandes problemas humanos, e em todos esses milênios temos sido arrastados pelos trambolhões de uma História dominada pelas leis zoológicas naturais identificadas por Darwin. Toda reflexão, toda política e toda ação humana parecem não ter descoberto que o homem
Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br
Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luizo@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Adriana David, André Alves, Davi Franzon, Dora Carvalho, Eliana Haberli, Fátima Lourenço, Felipe Datt, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Jane Soares, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Marcus Lopes, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro , Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60
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razão geométrica, os processos educacionais apenas crescem a uma razão aritmética. Daí resulta que as grandes massas populacionais perdem o compasso com seu tempo e se desajustam em relação ao habitat cultural. Por Benedicto Ferri de Barros
devia ser o alvo de sua política e de sua ação. A natureza humana, no que ela tem de biológica, é imutável. Mas sobre ela se acumulou nos milênios um habitat cultural que é aquele onde os homens vivem. Esse habitat formata suas maneiras de pensar, sentir e agir. Maneiras que mudam com o tempo e que, naturalmente, tendem pela experiência a ser selecionadas e substituídas por formas melhores, superiores.
A
o passo que as características biológicas se transmitem pela hereditariedade genética, a formatação cultural só pode ser transmitida pelos processos culturais da educação. E é aqui que atua uma inexplícita lei de Malthus que pode ser formulada da seguinte maneira: enquanto a cultura cresce a uma razão geométrica, os processos educacionais apenas crescem a uma razão aritmética – quando não involuem a uma razão geométrica. Daí resulta que as grandes massas populacionais perdem o compasso com seu tempo, se desajustam em relação ao habitat cultural, tendem a se tornar marginalizadas e, a limite, regredir para a barbárie. Que são os analfabetos funcionais, produzidos por nossas escolas, se não aleijões culturais que sofreram lesões intelectuais? Lesões ocasionadas pelo sistema escolar que, em lugar de educá-los, os mutila e impede de conseguir emprego e de se desenvolver social e economicamente. Eles formam uma classe de carentes que deveria ser indenizada e além disso sustentada pelo Estado. A exemplo das leis dos pobres inglesa de há dois séculos.
Remédio contra crise
ARTIGO DA ÚLTIMA EDIÇÃO DA REVISTA
Digesto Econômico, assim como da resposta do ministro Tarso Genro, no especial do Diário do Comércio da segunda-feira, 28. "Um povo que não tem acesso ao conhecimento, está fadado ao extermínio."
G Enquanto a cultura cresce a uma
MILTON LOURENÇO
A
s vendas brasileiras para o mercado norte-americano, que já vinham em decréscimo em razão de uma taxa de câmbio desfavorável e da agressiva concorrência dos produtos chineses, começam a sofrer os efeitos da crise que vem abalando a economia dos EUA. Entre 2003 e 2007, as vendas brasileiras já haviam encolhido de 25% para 15% do total exportado pelo País e só não caíram mais em função da exportação de petróleo bruto, cujos preços estão em alta. Em outras palavras: em 2007, enquanto as exportações totais do Brasil cresceram 16% em relação a 2006, as vendas para os EUA aumentaram apenas 2,2% _ ou seja, para US$ 25 bilhões. Sob a ótica vesga de alguns analistas, isso pode significar uma perigosa dependência em relação a um país, mas, a rigor, esse número torna-se irrisório quando se leva em conta que os EUA representam o maior mercado do planeta, importando cerca de US$ 2 trilhões por ano. Como há duas décadas o mercado norte-americano absorvia 27% das exportações brasileiras, algum fiel discípulo do conselheiro Acácio dirá que, em caso de recessão nos EUA, os efeitos na economia brasileira agora hão de ser menores, esgrimindo o argumento segundo o qual, se o Brasil vem perdendo espaço nos EUA, por
outro lado, está conquistando mercados e ampliando sua presença em outras nações. É certo que os resultados das exportações para a União Européia, com aumento de 29% em 2007 em relação a 2006, e para o Mercosul (23%) e para a China (27%), são significativos, mas não podem ser vistos como uma compensação para a perda de mercado nos EUA. Até porque de pouco adianta conquistar novos mercados, se o País continuar a sofrer graves revezes no maior de todos os mercados. G O Brasil deve aumentar
as suas exportações. Por isso, o governo precisa reduzir a carga tributária e cortar logo exigências burocráticas. Se voltam a crescer, obviamente, os EUA podem importar mais, mas será em pouca quantidade, pois os produtos brasileiros vêm perdendo continuamente espaço naquele mercado. E mercado não se recupera de um dia para o outro. É verdade que muitas empresas vem desviando boa parte de sua produção para os países da zona do euro, mas a União Européia
jamais poderá substituir o mercado perdido nos EUA. Até porque apóia-se em grande parte no mercado asiático, que, por sua vez, depende dos EUA. Quer dizer: se a economia norte-americana passar por uma fase de desaquecimento, não haverá país imune a abalos.
D
iante disso, é necessário que o governo mude o foco de suas preocupações, investindo em áreas que possam trazer benefícios reais à economia do País. Por exemplo: as viagens presidenciais para o continente africano, de prático, nada trouxeram, além de discursos grandiloqüentes e espaço na mídia. Tiveram, isso sim, um efeito contrário: as exportações para a África aumentaram apenas 14%, enquanto as importações dispararam para 260%, o que resultou em déficit de US$ 2,7 bilhões. Portanto, além de rever as prioridades de sua política comercial, o governo precisa dar ouvidos às queixas de quem entende do assunto, reduzindo a excessiva carga tributária e as exigências burocráticas, além de fortalecer o sistema de crédito à exportação e trabalhar firme para evitar o estrangulamento dos portos. Só assim o País terá condições de suportar eventuais turbulências. MILTON LOURENÇO É PRESIDENTE DA FIORDE LOGÍSTICA INTERNACIONAL
JOÃO DE SCANTIMBURGO A FORÇA DO CRÉDITO NO PIB
O
Brasil já calcula os seus problemas financeiros com base no Produto Interno Bruto (PIB). E assim que as operações de crédito atingem o recorde de 34% do PIB, as autoridades monetárias se manifestam apreensivas com essa evolução, resultado das operações a que se lançaram as empresas brasileiras e estrangeiras _ sobretudo as automobilística que abriram crédito para milhares de tomadores que, sem esse recurso, não poderiam ter o automóvel que queriam. Está nas mãos do Banco Central e de seus técnicos a contenção do crédito para que ele não desfaça o equilíbrio econômico imposto às finanças nacionais pelas autoridades do próprio BC. Vê-se que é fácil chegar a um mandato na Câmara dos Deputados, mas é extremamente difícil manusear o plano financeiro de maneira que não advenham crises _ além das já planificadas e com as quais contam as autoridades econômicas_, de forma que seja assegurada linha de crédito permanentemente aberta para as indústrias e o comércio que têm necessidade de chegar ao gerente de um banco e não receber um 'não' em resposta.
G O crédito aberto
para as atividades econômicas no Brasil garante emprego a milhões de brasileiros.
D
e resto, os bancos estão cobertos de razão ao manterem o crédito aberto para os seus clientes a fim de facilitar as vendas no período em que a crise mundial já reflete os seus perigos na vasta campanha brasileira, assim como em outros países que dependem do poderio da economia americana para se sustentarem e não tombarem em crise. O recorde de 34% do PIB em operações de créditos no Brasil, no ano passado, dá a dimensão da nossa responsabilidade para absorver essa quantia sem deixar de reconhecer a marca positiva atingida. O PIB é hoje significativo de uma grande potência econômica, mas nós não vemos ainda no horizonte do País configurado como um Produto Interno Bruto elevado, embora o tenhamos em alta conta por ser o produto de toda economia nacional alcançado depois das reformas introduzidas no País desde o tempo da dupla Bulhões e Roberto Campos, quando o dólar se passava como a moeda valorizada com a qual tínhamos que tratar com os nossos credores internacionais e manter em equilíbrio a nossa balança comercial. Em suma, fica aí o nosso ponto de vista sobre o crédito aberto para as atividades econômicas, que não podem parar porque dão emprego a milhões de brasileiros e fazem funcionar a economia em grande estilo. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Empreendedores Empresas Finanças Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3
RECURSOS DO PAC FICARAM COM O TESOURO
0,6
por cento foi a expansão dos EUA no quarto trimestre de 2007
QUEDA DE 0,5 PONTO PERCENTUAL JÁ ERA ESPERADA PELOS ANALISTAS. BOLSAS EM NOVA YORK RECUARAM.
FED CORTA JURO E BOVESPA SOBE
O
Redução do juro nos Estados Unidos influenciou negócios no Brasil. Taxa americana caiu para 3% anuais.
Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) cortou ontem a taxa básica de juros do país em 0,5 ponto percentual, para 3% ao ano. É o menor nível desde junho de 2005. A medida faz parte do esforço das autoridades americanas para evitar que a economia entre em recessão. Na terça-feira da semana passada, o Fed determinou redução surpresa da taxa, de 4,25% para 3,5% ao ano. Ontem à noite, mais uma boa notícia: a Comissão de Finanças do Senado americano aprovou o pacote de George W Bush de US$ 156 bilhões que aumenta os benefícios para os contribuintes. O pacote já havia sido aprovado pela Câmara de Representantes. O Fed, em nota divulgada após a reunião, se manifestou preocupado com o ritmo da atividade econômica. "A decisão de política tomada hoje (ontem), combinada com aquelas adota-
O POUSO DA AGUIA F Menor expansão desde 2002
O
Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu 0,6% no quarto trimestre do ano passado, bem abaixo da estimativa dos analistas, de 1,2%. No ano inteiro de 2007, a expansão americana foi de 2,2%, a menor desde 2002, quando o crescimento foi de 1,6%. No terceiro trimestre do ano passado, a economia havia avançado 4,9%. Portanto, o dado divulgado ontem pelo Departamento do Comércio confirmou a forte desaceleração da atividade no país. O relatório também mostrou que a inflação medida pelo índice de preços com gastos de consumo subiu 3,9% em termos anualizados no quarto trimestre. A previsão era de alta de 2,3%. Apesar da inflação elevada e do desaquecimento da atividade econômica, analistas descartam a hipótese de estagflação nos EUA — situação caracterizada por crescimento baixo e preços altos. "As pressões inflacionárias devem arrefecer em decorrência da própria desaceleração da economia", disse o economistachefe da Sul América Investimentos, Newton Rosa. Segundo ele, dados recentes mostram redução expressiva da utilização da capacidade instalada da indústria e um enfraquecimento do mercado de trabalho, o que tende a dimi-
nuir as pressões por reajustes salariais. "Isso indica um quadro de inflação mais acomodada no país", observou. O economista Sergio Vale, da MB Associados, disse que os EUA só enfrentariam estagflação no caso de uma alta persistente dos preços do petróleo, como ocorreu no país na década de 1970. "Mas as cotações, após atingirem a casa de US$ 100
por barril, voltaram para o patamar de US$ 90, onde devem ficar, justamente por causa da desaceleração da economia americana", avaliou Vale. Crise — Os números do Departamento do Comércio revelaram que o componente imobiliário do PIB, chamado de in-
vestimento residencial fixo, despencou 23,9% no quarto trimestre de 2007. Sozinho, esse dado retirou 1,18 ponto percentual do crescimento no período. Foi a pior queda desde o quarto trimestre de 1981, quando os investimentos perderam 35,1%. No terceiro trimestre, esses investimentos haviam recuado 20,5%. O secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, considerou positiva a desaceleração do setor imobiliário. "Depois de anos de valorização insustentável dos preços das casas, essa é uma correção necessária", afirmou. O maior componente do PIB, os gastos com consumo, desaceleraram no quarto trimestre e subiram apenas 2%, após a alta de 2,8% no trimestre anterior. As compras de bens duráveis, por sua vez, aumentaram 4,2% no último trimestre de 2007, ante o aumento de 4,5% no terceiro trimestre. O ex-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) Alan Greenspan avaliou que as chances de os EUA caírem em recessão são maiores do que a possibilidade de o país se manter na rota do crescimento. "Eu acredito que a probabilidade de uma recessão é de no mínimo 50%", afirmou, em entrevista para o jornal alemão Die Zeit. (AE)
das anteriormente, devem ajudar a promover um crescimento moderado ao longo do tempo e a mitigar os riscos da atividade econômica" informou. "Mas os riscos de desaceleração do crescimento persistem." Inicialmente, as bolsas de valores reagiram bem à notícia. No Brasil, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) fechou na máxima pontuação do dia, com alta de 1,28%. Nos EUA, o pessimismo com a situação das seguradoras de crédito levou os investidores a se retrair no final do pregão. O Índice Dow Jones perdeu 0,3% e a bolsa eletrônica Nasdaq recuou 0,38%. Perdas — As seguradoras de crédito são contratadas por bancos para cobrir perdas com operações financeiras. Com os enormes prejuízos decorrentes da crise das hipotecas, cresce o temor de que elas não consigam honrar seus compromissos. Se isso se confirmar, as perdas dos bancos podem ser
ainda maiores do que as divulgadas. Só o Citigroup, maior banco dos EUA, admitiu prejuízo de quase US$ 30 bilhões. O Fed afirmou ainda que "continuará a avaliar os efeitos de acontecimentos financeiros e outros sobre as perspectivas econômicas e agirá oportunamente". "Isso indica que o Fed está pronto para baixar ainda mais as taxas", disse Robert MacIntosh, da administradora Eaton Vance. Para outros especialistas, a redução do juro nas últimas semanas não evitará a recessão, pois a medida começa a surtir efeitos, na melhor das hipóteses, em um ano. "A primeira metade de 2008 será muito difícil", comentou Mark Vitner, economista-sênior do banco Wachovia. "Talvez o Fed sinta, com suas últimas ações de política monetária, que tirou da mesa o pior cenário, ou seja, uma recessão profunda", afirmou Jeff Kleintop, estrategista da LPL Financial Services. (AE)
Superávit acima da meta
avorecidas por arrecadação tributária recorde, as contas do setor público fecharam 2007 com saldo positivo de R$ 101,606 bilhões. Em valores nominais, foi o maior na série histórica do Banco Central (BC), iniciada em 1991. Medido como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), no entanto, não é o melhor resultado já alcançado. O superávit do ano passado equivale a 3,98% do PIB. Em 2005, foi de 4,35% do PIB. Ainda assim, o resultado divulgado ontem supera com folga a meta fixada para o ano, que era de R$ 95,9 bilhões (3,8% do PIB). Na prática, o setor público economizou mais do que havia se proposto a fazer, repetindo o padrão de anos anteriores. É o contrário da orientação do presidente Lula há um ano. Ele queria que a meta fosse cumprida sem excessos, para que sobrassem recursos para investimentos. Mas as dificuldades para fazer deslanchar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) fizeram com que parte dos recursos para obras ficassem no caixa do Tesouro Nacional, aumentando o saldo positivo no fim do ano. O cumprimento da meta fiscal ajuda a proteger o Brasil dos efeitos da crise internacional, de acordo com o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes. "É mais um componente do conjunto que mostra a solidez do País. Demonstra que a responsabilidade fiscal existe", afirmou. O desempenho positivo das contas públicas em 2007 fez com que o endividamento atingisse o menor nível desde
1998: 42,8% do Produto Interno Bruto (PIB). Em reais, a dívida líquida do setor público atingiu R$ 1,15 trilhão. O resultado surpreendeu até o BC, que esperava saldo de 43,3% do PIB. O saldo da dívida do setor público, como proporção do PIB, vem caindo há quatro anos seguidos. Preparado — O presidente Lula disse ontem que o País vi-
ve um momento econômico de muita tranqüilidade e responsabilidade. Na avaliação dele, se a atual crise imobiliária americana tivesse ocorrido em algum outro momento dos últimos 30 anos, quando a economia brasileira "definhava, com momentos de picos e de esperanças que terminavam logo em seguida", o País poderia ter quebrado. (AE)
Aqui você encontra o DC
Pça. 8 de Setembro, nº 20
Maurício Lima/AFP Photo
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Ambiente Educação Estradas Saúde
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Campanha educativa contrasta com a venda de bebidas.
PROIBIÇÃO COMEÇA AMANHÃ
Comércio reage à lei seca nas estradas Manifestação contra a MP que proíbe a venda de álcool nas rodovias federais está marcada para amanhã, na Régis Bittencourt. Comerciantes temem prejuízo. Davi Franzon
O
s comerciantes localizados à margem de rodovias federais, como a Padre Manoel da Nóbrega e a Régis Bittencourt (BR-116), pretendem continuar vendendo bebidas alcoólicas após a entrada em vigor da proibição da venda nas estradas federais. A Medida Provisória passará a valer a partir de amanhã. Uma manifestação de donos de restaurantes na Régis foi marcada para amanhã. Eles fecharão seus comércios entre as 8h e 17h. Faixas lembrando que grande parte dos acidentes ocorre devido ao péssimo estado de conservação da rodovia, e não pelo consumo de álcool, serão colocadas em todos os bares. Os comerciantes informaram que 50 restaurantes, localizados entre a Régis e a Via Dutra, participarão do movimento. Em fevereiro, os comerciantes planejam ir à Brasília para encontrar o ministro dos Transportes, Alfredo Pereira do Nascimento. Inaugurado no final de 2007, o restaurante Auto Posto 81, no km 310 da Régis, é um dos que sofrerão prejuízo com a MP. Maria Aparecida Ribeiro da Silva, proprietária do local, diz que o prejuízo, caso ela seja mesmo proibida de vender bebidas alcoólicas, será de R$ 3 mil somente no carnaval. "Vendo tanto para os motoristas como para os moradores aqui da região. Não tenho como diferenciar um do outro. Certamente terei que demitir dois funcionários", comentou. Maria Aparecida concorda que muitos motoristas exageram na bebida antes de voltarem ao volante. Mas ela não
acredita que a proibição reduzirá os choques na Régis Bittencourt. "São os buracos que matam. Agora anunciam essa proibição sem nenhum topo aviso ou conversa com a gente. Vamos falir", disse a comerciante. Para os comerciantes, muitos deles instalados ao lado de postos de gasolina, a proibição resultará na perda de grande parte do investimento feito para a temporada de verão. Eles alegam que grande parte das vendas é destinada, sim, aos motoristas que trafegam pelas rodovias e que param para abastecer e comprar uma "latinha de cerveja". Litoral – Na Rodovia Padre Manoel da Nóbrega há inúmeros anúncios de bares e lojas indicando a venda de bebidas alcoólicas. Grande parte à beira da rodovia. Em um dos casos, a faixa exposta indica um supermercado, o Cuca, no quilômetro 293. Entrando na loja, não há geladeiras com cervejas, mas um funcionário oferece a bebida gelada, caso a reportagem pudesse aguardar alguns minutos. No km 297, a Adega União, que revende cerveja e outras bebidas aos ambulantes que aproveitam os congestionamentos para ganharem um extra, recebia uma nova encomenda para o feriado do carnaval.
Fotos: Masao Goto Filho/e-SIM
Até ontem, bebidas alcoólicas eram anunciadas e vendidas livremente nas rodovias federais (acima e ao lado). Comerciantes farão protesto amanhã contra proibição (abaixo).
Governo aperta o cerco no trânsito
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aumento de pelo menos 60% no valor das multas e a criminalização de delitos de trânsito, como dirigir alcoolizado ou reincidir no excesso de velocidade, estão entre as propostas do pacote de medidas a ser anunciado esta semana pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, para reduzir a violência no trânsito brasileiro. Algumas medidas entram em vigor imediatamente, para serem aplicadas no carnaval, período de mais mortes nas estradas. Outras serão enviadas ao Congresso em forma de projeto de lei. O trânsito brasileiro mata mais de 40 mil pessoas por ano
e deixa mais de 200 mil feridos, muitos deles paraplégicos ou com seqüelas permanentes. O governo estima em mais de R$ 5 bilhões o custo dos acidentes de trânsito ao País. As medidas do pacote foram estudadas por um grupo de trabalho criado em dezembro. Até a noite de ontem, o ministro não havia batido o martelo sobre todas elas, mas é certo que trarão mudanças significativas ao dia-a-dia das estradas. Entre as medidas estudadas estão até o seqüestro e apropriação de veículos de motoristas reincidentes, que passarão a responder a processo criminal, caso o projeto de lei seja
aprovado pelo Congresso. Está prevista também a redução da gradação alcoólica permitida, hoje de 0,5 grau, o equivalente a uma latinha de cerveja ou uma dose de uísque. Os motoqueiros também estão entre os alvos do pacote. Conforme o Mapa da Violência, divulgado anteontem pelo Ministério da Justiça, o número de mortes por acidentes envolvendo motociclistas cresceu mais de 83% entre 2002 e 2006. Entre as medidas estudadas estão a proibição de dirigir na faixa entre os carros e de levar carona. Mas não ficou decidido se as duas propostas entram já neste pacote. (AE)
TARIFA DO METRÔ
A Ó RBITA
ROUBO DO BC
O
juiz federal Danilo Cunha, do Ceará, condenou mais um envolvido no roubo de R$ 164,7 milhões do Banco Central de Fortaleza, em 2005. Antônio Artenho da Cruz, que está foragido, é o 13.º condenado. Pegou 27 anos e sete meses de prisão e multa de R$ 4,1 milhões. (AE)
s tarifas do Metrô, CPTM e ônibus metropolitanos ficarão mais caras a partir do dia 9. O bilhete unitário dos trens e dos trólebus do ABC custará R$ 2,40, dez centavos a mais. O Bilhete Único integrado passará de R$ 3,50 a R$ 3,65. Os preços do Cartão Fidelidade (20 viagens - R$ 42) e Bilhete Lazer (10 viagens - R$ 20) não serão alterados. A Secretaria dos Transportes Metropolitanos afirma que o reajuste, de 4,35%, é inferior à inflação acumulada, de 5,46%. (AE)
PERSONAGEM
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mascote do Ano do Intercâmbio BrasilJapão já tem nome. O personagem, criado pelo desenhista Maurício de Sousa, se chamará Tikara (pronuncia-se Ticará). A palavra, cuja versão em ideograma kanji não está pronta, significa poder e coragem. Sousa escolheu o nome com o apoio da Associação para Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil (ACCIJB). Tikara deve aparecer nas histórias da Turma da Mônica em maio e junho. (RT)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Fotos: Reprodução
ESPECIAL - 3
Regatas e peixes no Tietê
O rádio do Mirante de Santana
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Esportes náuticos do Espéria e do Tietê e peixes até a década de 60 nas águas limpas do rio. E então aquilo virou o que é Milton Mansilha/LUZ
primeira transmissão de rádio do mundo pode ter sido feita em 1893, pelo padre Roberto Ladell de Moura. Local: o Mirante de Santana. Na época, as ondas teriam alcançado a avenida Paulista, a oito quilômetros de distância. Naturalmente, o experimento do padre foi feito anos antes da construção dos arranhacéus. O Mirante de Santana, na praça Vaz Guaçu, no Jardim São Paulo, fica a uma altitude de 792 metros acima do nível do mar. É um ótimo posto para apreciar uma
vista bonita da cidade. Ali fica uma estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O posto de coleta de dados foi construído em 1945 e não havia obstáculos à visibilidade e ao vento, o que favorecia a captação das variações climáticas - razão da escolha do local. Os dados coletados pelo Inmet revelam a temperatura máxima e mínima da cidade, além de outras informações, como a umidade relativa do ar, a direção e velocidade do vento. (LCA)
Diga ao povo que fico ão fosse a industrialização desenfreada, entre as décadas de 1940 e 1970, o rio Tietê poderia ainda ter peixes no trecho da Capital - os teve até a década de 1960. E poderia, ainda, manter as famosas disputas de esportes náuticos. Em 1920 e 1930, clubes de regatas e natação foram criados ao longo do rio, como o Clube de Regatas Tietê e Espéria, que existem até hoje. Diante da poluição e do clamor popular, em 1991, o governo do Estado de São Paulo iniciou um programa de recuperação do rio. É o Projeto Tietê, ainda em curso e que até agora não produziu todos os resultados desejados, mas melhorou muito. A mancha de poluição do rio Tietê, que na década de 90 chegou a 100 km, tem se reduzido gradualmente. Além do tratamento de esgoto (com construção de ligações domiciliares, coletores-tronco, interceptadores e estações de tratamento de esgotos), o programa de despoluição do Tietê também foca no controle de efluentes das indústrias. (LCA)
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N
o local em que havia a sede da Fazenda Sant'Anna, no alto da colina do bairro, morou o conselheiro José Bonifácio de Andrada e Silva, no ano de 1821. Era chamado o Solar do Andradas, onde hoje se encontra o Centro de Preparação de Oficiais do Exército (CPOR). Naquela época, Dom Pedro foi chamado de volta à Europa e já corria o movimento pela independência. O Clube da Resistência, organizado no Rio de Janeiro, enviou a São Paulo o emissário Pedro Dias Paes Leme, que aqui chegou na noite de 23 de
dezembro, dirigindo-se imediatamente para Santana, apesar da chuva torrencial. Pela madrugada, foi redigido um documento, por José Bonifácio, seu irmão Martim Francisco e o emissário. O documento, conciso, dizia simplesmente: "Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto: diga ao povo que fico". A declaração foi lida em 9 de janeiro de 1822, depois que Dom Pedro recebeu um documento pedindo sua permanência. O Dia do Fico foi elaborado em Santana. (LCA)
OPINIÃO - 3
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
A CHINA NÃO ESTÁ NO CAMINHO DA DEMOCRACIA E O SEU CRESCIMENTO NÃO É SINAL DE LIBERDADE
MARCO MACIEL
AS REFORMAS G A abertura
INSTITUCIONAIS
do evento esportivo está marcada para agosto, mas desde já surgem graves denúncias
AFP
A
Os jogos da repressão Prisões e mortes recentes mostram que a Olimpíada de Pequim pode ser marcada pelo autoritarismo do Partido Comunista
Por Guy Sorman
A
G Faça seu comentário direto no site do DC G Ou envie um e-mail: doispontos@ dcomercio. com.br
Olimpíada de Pequim em agosto será um torneio político. Desde a sua reinvenção por Pierre de Coubertin, os jogos olímpicos sempre têm sido politizados. Os primeiros ocorreram em 1896 em Atenas para constranger os turcos que ainda ocupavam o Norte da Grécia. A Olimpíada de Berlim, em 1936, celebrou o triunfo da ideologia nazista. Os Jogos de Seul, em 1988, abriram as portas da democratização da Coréia. Pequim vai se parecer com Seul ou com Berlim? Será a apoteose de um regime autoritário ou o início de seu fim? Muitos observadores otimistas, geralmente moderados pela relação próxima com o regime comunista, apostam numa transição leve do despotismo para uma sociedade chinesa aberta. Mas fatos recentes não confirmam essa interpretação positiva da estratégia do Partido Comunista. Desde o começo deste ano, a repressão contra militantes dos direitos humanos, advogados e donos de blogs está mais dura do que nunca. O número exato de dissidentes democráticos que estão encarcerados, ou algo pior, é desconhecido. Em 7 de janeiro, foi noticiado que um responsável por um blog, cujo nome era Wei Wenhua, foi morto pela polícia em Hubei enquanto tentava filmar uma revolta numa vila. Não há como saber sobre as vítimas ignoradas, as razões pelas quais foram condenadas à morte e executadas. Não sabemos quantas são enviadas sem julgamento para 'centros de reeducação'. Na falta de estatísticas, vamos nos focar em duas figuras simbólicas do movimento pró-democracia: Hu Jia e Chen Guancheng. Em 27 de dezembro, 20 policiais prenderem Hu Jia na frente de sua mulher e do bebê de dois meses deles. A polícia agiu com extrema violência como se Hu Jia pudesse resistir. Entretanto, ele é um homem franzino de 34 anos, que sofre de problemas no fígado. Além disso, ele é um militante comprometido com a não-vio-
lência, um admirador do Dalai Lama, um discípulo de Mahatma Gandhi e um budista sincero. Indaga-se por que o poderoso Partido Comunista Chinês está exercendo todas as suas forças para seqüestrar um inimigo tão pequeno. O partido o acusa de "subversão", mas ele não quebrou nenhuma lei chinesa. Ele estava prestes a derrubar o Partido? Bem mais modestamente, em 2000, Hu Jia abandonou seus estudos na Universidade de Pequim quando soube que milhares de camponeses de Henan estavam morrendo de AIDS depois de terem vendido o sangue para traficantes locais. Desde o começo da epidemia, a principal atividade de Hu Jia tem sido a distribuição de remédio e de conforto moral nas tristes aldeias de Henan. Seu trabalho de caridade não é facilitado pelas autoridades, que têm alguma responsabilidade por essa epidemia. Além disso, com as ONGs sendo proibidas na China, Hu Jia só pode agir por si mesmo. Se ele tivesse montado algum tipo de organização para ajudar em sua filantropia, estaria violando a lei. A partir da reveladora tragédia das vítimas de Henan, Hu Jia veio a perceber que ela surgiu da falta
de direitos humanos na China. Assim, ele abriu um site com um local de discussões para os universitários compartilharem suas preocupações. Esse site, fechado pelo governo, divulgou o destino de Chen Guangcheng. Chen, um camponês cego e advogado autodidata, protestou em 2005 contra o seqüestro de cerca de 3 mil mulheres em sua cidade natal, Linyi. Essas mulheres foram tornadas estéreis ou forçadas a praticar aborto a fim de estabilizar o aumento da população na região. Contra essas violentas quebras da lei chinesa, Chen tomou a iniciativa de enviar uma petição ao governo central. O envio de uma petição é a única forma reconhecida de protesto na China. Quando levava essa petição para Pequim, Chen foi acusado de tumultuar o trânsito nas ruas engarrafadas da cidade. Por esse tumulto, foi condenado à prisão. Nós nos deveríamos indagar por que esses testemunhos tão simples de Hu Jia e Chen Guancheng, baseados na tradição moral chinesa, provocam uma repressão tão dramática do governo. Hu e Chen respeitaram de forma clara a lei. Eles não clamavam por uma revolução. Simplesmente eles falaram com jor-
Claro Cortes IV/REUTERS
Em 2008, a repressão na China contra militantes dos direitos humanos e donos de blogs está mais dura do que nunca
nalistas estrangeiros, mas esses contatos não são proibidos.
S
erá que o Partido tem medo desses dissidentes? Talvez sim. O Partido é assombrado pelo precedente soviético. Nenhum Sakharov e nenhum Solzhenitsyn será permitido na China para manchar o "sucesso" do Partido. A prisão de Hu Jia e Chen Guangcheng é um sinal claro que o processo de democratização não vai começar na China sob o controle do Partido. Quando os próprios líderes chineses mencionam a democracia nas declarações oficiais, eles querem dizer democracia "organizada", do alto para baixo. Claramente, a China não está no caminho da democracia ao estilo ocidental e o crescimento econômico não é o prelúdio de uma sociedade livre enquanto o Partido puder evitar. A verdadeira ambição do regime é inventar uma alternativa à democracia ocidental. Isso poderia ser um despotismo esclarecido sob a tutela de um partido comunista meritocrático. A Olimpíada será destinada para promover esse modelo alternativo. O quanto esse modelo está legitimado? O Partido Comunista, com 60 milhões de membros, provavelmente aprovaria. Os 200 milhões que compartilham os lucros de um rápido crescimento também concordariam. Mas o que um bilhão de pessoas mantidas na pobreza absoluta (300 milhões vivem com menos de US$ 1 por dia) e privadas de qualquer direito pensa desse despotismo esclarecido? Ninguém saberá enquanto elas não tenham como se expressar. Seria muito bom que Hu Jia e Chen Guancheng conseguissem representar esse bilhão silencioso mais do que o Partido. Esse pode ser um motivo pelo qual o Partido os esmagou. Essa é a razão pela qual qualquer participante decente dos Jogos Olímpicos deve pedir a libertação de Hu Jia e Chen Guangcheng agora. TRADUÇÃO RODRIGO GARCIA
reforma eleitoral é tema que raramente deixou de figurar na agenda política do País. Não me refiro só à agenda atual, mas também às dos séculos XIX e XX. A diferença reside na circunstância de que a expressão 'reforma política', hoje tão cediça, no século XIX, com mais propriedade, se designava 'reforma eleitoral'. Este é, por sinal, o título do livro publicado em 1875 pelo Conselheiro Antônio Pereira Pinto, à época Diretor da Secretaria da Câmara dos Deputados. Nesse livro, estão as propostas que, entre 1827 e 1874, tramitaram no velho Parlamento do Império, com objetivo de aprimorar a legislação eleitoral do País. Por ele se constata, por exemplo, que o projeto do Deputado Ferreira França, em 1835, estabelecendo a eleição direta, só adotada pela Lei Saraiva em 1881, sequer foi considerado objeto de deliberação, quando submetido ao turno regimental de apreciação preliminar de discussão. Hoje, é hábito generalizado referirmo-nos à reforma política tomando esse termo como sinônimo de reforma eleitoral e das questões adjetivas delas decorrentes. Se considerarmos as hipóteses de trabalho sobre as quais o Congresso tomará suas decisões, caso o faça na atual Legislatura, como seria desejável, é possível concluir que ela se circunscreverá a alguns poucos temas que mais despertam o interesse da opinião pública. Nas propostas aprovadas pelo Senado Federal e em tramitação na Câmara dos Deputados _ por sinal há tempos em condições de serem submetidas às deliberações do Plenário _ os temas relevantes cingem-se a três mudanças: 1) manutenção do sistema proporcional para eleição dos deputados; matéria constitucional (art. 45), adotando-se a modalidade do voto em listas fechadas e bloqueadas; 2) fidelidade partidária e 3) adoção do financiamento público de campanhas. O financiamento público não é conseqüência do sistema de listas fechadas e bloqueadas. Ao contrário, o voto em lista é requisito para viabilizar o financiamento público impraticável com o modelo em vigor de listas abertas. Como repartir R$ 880 milhões de recursos públicos nas eleições municipais, entre 340 mil candidatos a vereador e mais de 15 mil a prefeito, número do último pleito de 2004? A proposta do sistema de listas visa, exatamente, a tornar possível a distribuição do financiamento. Não entre os candidatos, o que seria inviável, mas entre os partidos, aos quais caberia a condução das campanhas eleitorais. Embora entenda seja necessária a mudança do sistema eleitoral brasileiro, para
G Devemos
aprimorar o sistema de governo e promover o fortalecimento da federação.
ensejar o fortalecimento dos partidos, ele está razoavelmente atualizado e testado. Com exceção do Código Eleitoral, que é da década de 60 do século passado, mas sistematicamente atualizado, todo o restante do ordenamento legal foi aprovado na década de 90. De forma suplementar, mais de 20 mil resoluções do TSE regulam aspectos normativos da legislação vigente e esclarecem dúvidas suscitadas por candidatos, partidos e parlamentares. Esse sistema, portanto, não exige modificações maiores do modelo em vigor, salvo as imprescindíveis ao seu aperfeiçoamento. Resta considerar, por fim, que as alterações projetadas podem contribuir para aprimorar este ou aquele aspecto das chamadas reformas institucionais. Mas, seguramente, estarão ainda longe de solucionar o contencioso que constitui uma ampla, necessária e recomendável reforma, nos termos em que a concebo.
A
s reformas institucionais, pelas quais me empenho, devem ultrapassar o universo das alterações das leis eleitorais e partidárias; aprimorar o sistema de governo, removendo inclusive as áreas de atrito entre poderes; promover o fortalecimento da federação, indispensável à efetiva descentralização do exercício do governo num país de grande extensão territorial e de enorme expressão demográfica, e o revigoramento dos valores republicanos, ensejando, como verberou, há cem anos, Joaquim Murtinho, "a republicanização da República". Este parece constituir o nosso maior desafio _ o de vertebrar duradouras instituições. As reformas, frise-se, são impostergáveis para que de uma democracia procedimental passemos para uma democracia decisional, capaz de assegurar regras claras indispensáveis ao jogo político compatível com a estabilidade institucional e a segurança jurídica que a Nação reclama. MARCO MACIEL É SENADOR E MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS.
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O desmatamento caiu de 2005 para cá e, se perdemos essa batalha, será ruim para todo mundo.
AE - 12/08/06
Da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, admitindo contradições nos dados sobre desmatamento na Amazônia.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
JANEIRO
12 - LOGO
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31 Dia Internacional dos Mágicos
T ECNOLOGIA L ITERATURA
Toby Melville/Reuters
Se a escritora não vai ao Nobel...
A reinvenção do rádio
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ádios transistores menores que um grão de areia, fabricados a partir de nanotecnologia, podem superar os atuais aparelhos eletrônicos, disseram pesquisadores norte-americanos ontem. Os pesquisadores produziram um rádio microscópico a partir de pequenos fios de
átomos de carbono, os nanotubos de carbono, que são cem mil vezes menores do que a espessura do fio de cabelo humano. Juntos, os nanotubos formam uma fina camada de material semicondutor que pode ser utilizada em diversos aparelhos eletrônicos e circuitos, não apenas em rádios.
A tecnologia, além de representar rádios menores, mais rápidos e eficientes – os cientistas conseguiram captar sinais de uma estação de rádio de Berlim com a nova invenção – tem uma importância maior. Espera-se que ele revolucione a tecnologia eletrônica, deixando-a mais ágil e mais compacta.
Jewel Samad/AFP
A escritora britânica Doris Lessing recebeu ontem seu Prêmio Nobel de Literatura, porque não compareceu à cerimônia de entrega na Suécia, no ano passado, por razões de saúde. Quando foi informada de que havia sido agraciada com o Nobel, em outubro passado, diante de sua casa em Londres, a romancista, de 88 anos, com sua franqueza habitual, comentou: "Já ganhei todos os prêmios da
Sajjad Hussain/AFP
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MURADOS - Policial iraquiano faz a segurança de um muro de concreto com várias pinturas instalado em torno de um prédio de Bagdá. A maioria dos edifícios residenciais e oficiais da cidade em guerra estão murados por questões de segurança. A RTES GRÁFICAS
Livro-escultura
Q L
C A R T A Z
Nova pesquisa aponta forte redução na popularidade do presidente da França, Nicolas Sarkozy. A pesquisa TNS Sofres para a revista do jornal Le Figaro mostrou que a confiança em Sarkozy recuou de 49% para 41%, menor nível desde a posse, em maio. Foi o quinto mês consecutivo de declínio, e a maior queda em um só mês. A tendência parece ter se acelerado desde que Sarkozy revelou seu namoro com a modelo e cantora italiana Carla Bruni, no fim de 2007.
Só o Maracanã sobrevive
M EMÓRIA
E M
Romance em alta e impopularidade
B RAZIL COM Z
Europa. Estou felicíssima por ganhar todos... é um royal flush", disse ela, em referência à poderosa combinação de cartas do jogo de pôquer. Em seu discurso de aceitação do prêmio, lido em seu nome, ela acusou o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, de privar as pessoas da oportunidade de comprar livros ou de escrever devido a seu "reinado de terror".
Parte das cinzas de Mahatma Gandhi foi depositada no mar por sua bisneta Nilamben Parikh, ontem, dia em que a Índia lembrou os 60 anos do assassinato do líder e ícone mundial da luta pela paz. Gandhi foi morto em 1948 e urnas com suas cinzas espalharam-se entre seguidores país para serem colocadas em memoriais.
F RANÇA
uem acredita que o formato do livro está ultrapassado pode rever seus conceitos. Isso porque o livro não tem um formato, mas vários, tantos quantos desejar a imaginação humana. É o que prova a coleção de livros artísticos da Faculdade de Artes de Otis, na Califórnia. A coleção tem mais de 1100 itens para inspirar bibliófilos, designers, amantes de arte e de literatura. Há diversos filtros para a busca no gigantesco arquivo digital.
F AVORITOS
Homeopatia em altas doses O médico pediatra e homeopata Moises Chencinski criou um site com altas doses de informação sobre comportamento infantil, saúde e qualidade de vida. Além de abordar temas como alimentação, educação, psicologia, o site ajuda a tirar dúvidas sobre homeopatia dos adeptos ou não dessa linha da medicina. A linguagem é simples e direta e a navegação é simples, com acesso fácil aos textos.
http://content.librar y.otis.edu/
MÍDIA
O jornal francês Eurospor t destacou ontem um estudo da Faculdade de Arquitetura da USP que revela que o Brasil terá de destruir alguns de seus estádios para poder reconstrui-los de acordo com as norma da Fifa para a realização da Copa do Mundo de 2014. O jornal dá destaque, obviamente, ao Maracanã, que atende a apenas 51% das exigências oficiais mas que, ainda assim, é o único que merece reforma. Nos demais, reformar sai mais caro que destruir e reconstruir.
collections/ar tistsbooks.htm Reproduções/site
www.doutormoises.com.br
C INEMA
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MULTI
Reuters
MorumbiShopping exibe exposição multimídia com pranchas, arte e mostra cinematográfica. MorumbiShopping (Atrium). Av. Roque Petroni Jr, 1089. De segunda a sábado, das 10h às 22h. Domingos, das 14h às 20h. Grátis.
G @DGET DU JOUR
Uma mãozinha para as vendas O Instituto de Pesquisas Avançadas em Telecomunicações de Osaka, no Japão, criou este robô humanóide que ajuda os consumidores a encontrarem os produtos desejados e os
Concurso 797 da LOTOMANIA
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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
Aquecimento das águas do Atlântico Norte alimenta furacões, mostra estudo
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Infraero usa telemarketing para alertar os passageiros sobre movimento aéreo
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http://www.atr.jp/index_e.html
L OTERIAS
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caminhos para os serviços prestados nas lojas, supermercados, shoppings etc. O "ajudante" de vendas tem 16 câmeras, 6 localizadores laser, 9 leitores de códigos de etiquetas e pode ajudar até 20 pessoas de uma só vez, além de classificar os comportamentos dos compradores em dez categorias, entre elas: apressado, à espera, em dúvida etc... Ainda não está à venda, mas é um belo conceito de atendimento ao cliente.
Mike Jagger canta com Christina Aguilera em cena de 'Shine a Light', documentário sobre a banda Rolling Stones, de Martin Scorsese, que vai abrir o Festival de Berlim.
Irregularidades e dívidas podem levar Masp a processo por 'gestão temerária'
Concurso 939 da MEGA-SENA 06
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Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Ed Ferreira/AE
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Vamos precisar de mais tempo para informar à Anatel sobre as mudanças. Ministro Hélio Costa
MAIS GÁS NATURAL NO MERCADO
ALTERAÇÕES PERMITIRIAM A FUSÃO, NÃO SÓ DA OI COM A BRT, MAS TAMBÉM A DA TIM COM A TELEFÔNICA.
GOVERNO PODE FAVORECER SUPERTELES
A
nte a possibilidade de o governo alterar o Plano Geral de Outorgas (PGO) do sistema de telecomunicações para permitir uma eventual fusão entre a Oi e a Brasil Telecom (BrT), toda a legislação do setor poderia ser modificada para permitir uma operação conjunta entre as empresas de telefonia celular Vivo e TIM. A informação é de um técnico do governo. A medida seria uma compensação para a Telefônica, que se sentiria prejudicada com a união das outras duas grandes empresas de telefonia fixa. A operação conjunta da Vivo e TIM fora vetada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em outubro, após a compra da Telecom Italia (dona da TIM) pelo grupo espanhol Telefónica. Os reflexos no Brasil da consolidação do mercado europeu ainda estão sendo analisados pelo
É um documento pedindo informações. É uma consulta, não é um pedido para alterar. Ministro Hélio Costa, sobre a consulta à Anatel sobre mudanças na legislação. Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O problema maior é que Vivo e TIM têm, juntas, mais da metade dos 120 milhões de celulares em operação no País. Como as duas operadoras atuam em todo o território nacional, uma operação conjunta acabaria eliminando um competidor. Uma fusão entre Oi e BrT, diferentemente, não resultaria em sobreposição de
serviços ou redes, nem na telefonia fixa, nem na celular. Nota – A Telemar Participações (Oi) divulgou ontem comunicado ao mercado afirmando que ainda não chegou a um acordo sobre os termos da compra da BrT. Terça-feira, as duas companhias formalizaram a intenção de recomposição acionária junto ao Ministério das Comunicações. "Não foi firmado, ainda que em caráter preliminar, qualquer documento a respeito entre as partes", dizia a nota enviada à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Segundo o comunicado, as empresas estão "trabalhando firmemente no sentido de, o mais rapidamente, e na medida do possível, procurar convergir, conciliar os interesses e superar as divergências para concluir as operações". Terça-feira, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse que enviaria ontem uma consulta à Agência Nacional
de Telecomunicações (Anatel) sobre a viabilidade de mudança das regras para permitir a hipotética fusão. Mas ontem, Costa disse que precisará de mais tempo. "É um documento pedindo informações de como proceder", afirmou. "Não tem indicativas, não tem diretrizes. É uma consulta, não é um pedido para alterar", afirmou. Uma eventual fusão entre as operadoras exigiria uma alteração no PGO , que só pode ser feita pelo presidente da República. Essa mudança poderia criar problemas políticos para o presidente Lula, pois seu filho Fábio Luís da Silva, o Lulinha, tem negócios que envolvem a participação da Oi (na época em que se chamava Telemar) na firma Game Corp. Ontem, o blog de Reinaldo Azevedo da revista Veja informou que o partido DEM já tem pronto um parecer jurídico sustentando a ilegalidade da eventual fusão Oi-BrT. (Agências)
Cresce o número de importadoras número de empresas importadoras cresceu 17,6% no ano passado em relação a 2006, segundo o Ministério do Desenvolvimento. No ano passado, 4.339 novas companhias passaram a comprar produtos no mercado externo, totalizando 28.911. Na comparação com 2005, quando 22.633 empresas importavam, o cres-
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cimento acumulado atinge 27,7%. O incremento neste período foi de 6.278 firmas. Para o vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, o fator câmbio é o maior estimulador desse aumento. Ele lembra que entre 2004 e 2005 a alta do real não passou de 1%. "Claramente, o crescimento é reflexo do câm-
bio. Entre 2004 e 2005, o dólar ainda estava num patamar razoável. Embora a valorização já estivesse em curso, os empresários tinham dúvidas se haveria uma seqüência", diz. Castro prevê que para 2008 esse número deve se manter robusto, "talvez não tão forte como em 2007, mas em crescimento, embora menor". Segundo ele, os dados oficiais
não esclarecem se o aumento no número de importadoras foi de empresas industriais ou comerciais. O dirigente acredita que grande parte delas seja de companhias industriais. "As empresas estão aproveitando o dólar desvalorizado para reduzir seus custos mediante a substituição da produção local pela estrangeira", afirma o diretor da AEB. (AE)
Atividade industrial subiu 6,1% no ano passado Fernanda Pressinott
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atividade industrial paulista cresceu 6,1% no ano passado em comparação com 2006, no melhor resultado desde 2004, quando o Nível de Atividade da Indústria (INA) se expandiu 13,5%. O resultado superou as expectativas da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), responsável pelo indicador, que esperava 5% ante 2006. "Na verdade, no começo de 2007 apostávamos que a indústria não cresceria mais que 3,5%", disse o diretor adjunto do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp, Walter Sacca. Em 2005, o INA teve alta de 3,8% ante 2004; em 2006, de 3% sobre 2005. O mercado interno foi o grande responsável pelo bom comportamento da atividade industrial, com o aumento da renda média do trabalhador e do volume de crédito. Em função disso, segundo Sacca, mesmo que a atividade econômica nacional não cresça em 2008, por inércia o Produto Interno Bruto (PIB) do País poderá se expandir 2,5%, e a atividade industrial, 5%. "O Banco Mundial afirmou que, com o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o PIB poderá crescer um ponto percentual, mesmo sem esforço nenhum do governo. Somado aos 2,5% de inércia, daria um PIB mínimo para o País de 3,5%, mas apostamos em algo como 5%", disse. O di-
retor do Depecon destacou que a indústria paulista só não se expandirá acima dessa projeção porque a taxa de câmbio é desfavorável à atividade. De acordo com Sacca, todas essas estimativas já levam em consideração os efeitos da crise do mercado imobiliário nos Estados Unidos. "Deve haver recessão em um trimestre nos EUA, mas não no ano todo. O PIB norte-americano deve crescer 1% neste ano. Isso significa que eles vão continuar comprando do resto do mundo, mas não nos níveis dos anos anteriores". Outra pesquisa da entidade, a Sensor, mostra que os empresários estão otimistas, e 77,8% deles pretendem aumentar os investimentos neste ano. Os outros 22,2% vão investir o mesmo que em 2007. Ninguém respondeu que diminuirá os projetos de expansão. Quanto ao fato de o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) ter ficado em 81,9% em dezembro, não há motivo para preocupações. Segundo Sacca, o Nuci abaixo de 85% não oferece problemas. Apenas alguns setores mostram-se mais apertados em produção, tais como metalurgia básica (Nuci de 90,4%) e refino de petróleo e combustível (93,8%). "Uma usina de petróleo está sendo construída em Pernambuco, e isso já acabará com o problema. A metalurgia vem crescendo muito, mas é um setor dinâmico, com condições de investir e crescer rápido para atender a uma explosão de demanda, se necessário", disse.
Petrobras promete aumentar oferta de gás
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gerente de Planejamento da Produção de Gás de Exploração e Produção da Petrobras, Mauro da Silva Sant'Anna, disse que a oferta de gás natural da empresa, em 2008, para o mercado local, deve alcançar 45,7 milhões de m³ por dia. Se confirmado, esse volume representará um aumento de 21 milhões de m³ sobre a oferta de 24,7 milhões de m³ em 2007. Segundo o executivo, o aumento da oferta de gás para distribuidoras e termoelétricas decorre da entrada em operação de diversos projetos. Muitos deles integram o Plano de Antecipação da Produção de Gás (Plangás), que até o final deste ano ampliará a oferta do insumo no Sudeste em 24
milhões de m³/dia para 40 milhões de m³. Entre outros projetos previstos para entrar em operação neste ano estão Marlim Sul, Marlim Leste, MLL-módulo 2 (Jabuti), Camarupim, Lagosta e Canapu, todos integrantes do Plangás. "Os projetos já são realidade", afirmou. Sant'Anna disse que a estatal está desenvolvendo um plano para reduzir o nível de queima de gás natural em suas operações de exploração e produção. Em 2007, o nível de aproveitamento do insumo ficou em 85,5%, o que representou a queima de 5,3 milhões de m³/dia. "Nossa meta é alcançar 93%, mas também não estamos satisfeitos com isso", disse o diretor da Petrobras. (AE)
Habitação Urbanismo Segurança Saúde
DIÁRIO DO COMÉRCIO
NOVO TIROTEIO NA MANGUEIRA
11 Rafael Andrade/Folha Imagem
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Após serem perseguidos no Jacarezinho, bandidos fugiram para o Morro da Mangueira.
Kassab tem R$ 1,3 bi a mais este ano Superávit financeiro da Prefeitura poderá ser utilizado no financiamento de cerca de 80 obras, entre AMAs, CEUs, canalização de córregos e urbanização de favelas Danilo Verpa/Folha Imagem
Ivan Ventura
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Prefeito vai ter mais dinheiro para investimentos este ano, graças ao superávit
Prefeitura de São Paulo iniciou o ano eleitoral de 2008 com sobra de dinheiro de aproximadamente R$ 1,3 bilhão. O superávit financeiro (sobra de recursos não gastos em 2007) ainda é prematuro e os números oficiais serão divulgados até março. No entanto, a expectativa é que esse montante seja usado no financiamento de pelo menos 80 obras, que têm previsão de entrega até março deste ano. Entre elas, Assistências Médicas Ambulatoriais (AMA), Centros Educacionais Unificados, canalização de córregos e urbanização de favelas. Segundo o subsecretário do Tesouro, Walter Fasterra, o superávit não representa dinheiro em caixa, mas apenas um resultado contábil. No entanto, ele traz a possibilidade de abertura de crédito da Prefeitura junto a bancos. “Outra vantagem é que a Prefeitura não necessita do aval da Câmara Municipal na aplicação desses recursos e nem do dinheiro com a arrecadação de impostos. Aplicamos o dinheiro em todas as necessi-
dades e conseguimos o resul- do vereador indica 26 obras tado positivo”, disse. com baixa execução orçamenA explicação para o superá- tária, entre elas o Expresso Tivit financeiro, segundo Faster- radentes. Segundo Fiorilo, esra, é o esforço da administra- tava previsto aporte de R$ 241 ção para arrecadar impostos milhões para o Expresso em municipais (como IPTU e ISS) 2007, mas só R$ 123 milhões e, com isso, diminuir o número (51,2% da previsão orçamentáde inadimplentes. O superávit ria) foram liquidados. também é creditado ao cresciDéficit – A proposta de um mento da atividade econômica esforço na arrecadação sempre na cidade. foi uma das bandeiras da As duas exgestão José plicações, no entanto, não Serra/Gilberto Kassab. convencem o vereador PauQuando assumiu a Prefeitulo Fiorilo (PT). milhões era o déficit Integrante da ra, em 2005, o hoje governaComissão de financeiro da Finanças da dor Serra enPrefeitura de São controu déficit Câmara, ele Paulo, deixado pela acredita que a de R$ 627 milhões. “A Preprefeitura desadministração da cuidou da cifeitura está prefeita Marta dade. Cita cosem dinheiro, Suplicy, em 2005 isso é bastante mo exemplo a falta de limpeevidente, gastou mais do za de córregos e bueiros. “As ruas estão alaga- que podia, comprometeu-se das porque não foram feitas a l é m d a c o n t a e c u m p r i u limpeza de bueiro e canaliza- aquém do razoável”, disse Serção de córregos. São obras ne- ra, na posse da Prefeitura. cessárias e que ele (Kassab) No primeiro ano, Serra condeixou de investir. Ele tem se- seguiu superávit de R$ 462 migunda intenções, quer investir lhões. Em 2006, sob a gestão de na eleição”, disse. Kassab, o superávit financeiro Levantamento do gabinete chegou a R$ 1,143 bilhão.
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Paulo Liebert/AE
CASO JOÃO HÉLIO Alaor Filho/AE 14.02.2007
ARRASTÃO DE BARES Uma série de bares de madeira localizados ao longo da avenida Presidente Wilson, na região da Vila Monumento (zona sul), foram retirados ontem por tratores, por ordem da subprefeitura do Ipiranga. O objetivo da operação era desobstruir as calçadas ocupadas pelos botecos. Parentes de João Hélio, que foi morto arrastado por um carro, aguardaram um ano pelo julgamento
Assassinos pegam pena máxima
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juíza Marcela Assad, da 1ª Vara Criminal de Madureira, no Rio de Janeiro, condenou ontem os quatro envolvidos na morte de João Hélio Fernandes, de 7 anos, pelo crime de lesão corporal grave resultante em morte. João Hélio foi arrastado até a morte por quase sete quilômetros na frente da mãe e da irmã, preso ao cinto de segurança de um carro, depois que a família foi rendida e teve o veículo roubado, na zona norte do Rio, no ano passado. Diego Nascimento da Silva, Carlos Eduardo Toledo
Lima, Carlos Roberto da Silva, e Tiago Abreu Matos receberam sentenças de prisão diferenciadas, que chegam a 45 anos de reclusão. De acordo com as informações do TJ-RJ, todos foram condenados em regime inicialmente fechado. Entretanto, eles foram absolvidos do crime de formação de quadrilha. A juíza entendeu que não havia prova suficiente nos autos para a condenação por este crime, embora exista a evidência de que alguns deles já cometeram delitos semelhantes, em conjunto. Na prática, eles
cumprirão 30 anos de prisão, pena máxima prevista pela Constituição brasileira. Os assassinos podem ainda ter a pena reduzida por bom comportamento. A juíza também considerou que os criminosos cometeram presunção de violência no ato do crime, já que João Hélio era menor de 14 anos. Além dos quatro condenados pela Justiça, um menor de idade também participou do crime contra o garoto e foi condenado, em outubro do ano passado, a ficar internado por um período máximo de três anos. (Agências)
Polícia do Rio mata 6 em favela Ação contou com 200 policiais de delegacias especializadas e dois helicópteros
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eis supostos criminosos foram mortos ontem em uma operação da Polícia Civil na Favela do Jacarezinho, zona norte do Rio. Cerca de 200 agentes de seis delegacias especializadas, com o apoio do Serviço de Inteligência e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), entraram no local por volta das 6h de ontem em dezenas de carros, dois helicópteros e dois blindados, conhecidos como "caveirões".
A equipe da Polícia Civil foi recebida a tiros. Segundo os policiais, quatro criminosos morreram no confronto e dois fugiram para o Morro da Mangueira em uma caminhonete roubada. Com o apoio de um helicóptero, uma equipe da Core interceptou os fugitivos no alto da favela. Após intenso tiroteio, os dois foram mortos pela Polícia. "Eles atiraram nos policiais, foram feridos e não resisti-
ram", disse o delegado-titular da Core, Rodrigo Oliveira. Quinze pessoas, todas elas com mandados de prisão, foram detidas. A polícia apreendeu dois fuzis, um AR-17 e outro 762, quatro pistolas, seis bombas artesanais, cerca de mil papelotes de cocaína, centenas de trouxinhas de maconha e 50 pedras de crack. Os agentes também recuperaram 31 motos e quatro carros roubadas na favela. (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4 - ESPECIAL
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Fumaça saindo pela cabeça, fagulhas perfurando roupas nos varais, rodas raspando o chão de ferro, equilíbrio precário em apenas 60 centímetros entre trilhos, nem por isso não há quem não desejasse ter de volta o trenzinho que partia da estação do Pari e avançava pela rua Cantareira, passando por Santana, Mandaqui e Tremembé, até o Jaçanã. Era o Tramway da Cantareira, pequena ferrovia urbana em canteiro central. E também o "Trem das Onze" de Adoniran Barbosa. E manteve-se firme de 1894 até 31 de maio de 1965, quando a onda automobilística liquidou com todo trilho urbano que encontrou pela frente.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
A eterna saudade do Trem das Onze É um fragmento da Zona Norte - e de Santana em especial - que ainda marca a região, mesmo tendo deixado de existir há mais de 40 anos. É natural: a estrada fez parte da vida do bairro por 70 anos. Foi assentada para levar material destinado à construção da ligação dos reservatórios de água no alto da serra com a cidade que não parava de crescer. A empresa foi criada pelo coronel Antônio Prost Rodovalho, fundador da Companhia Cantareira, que seria responsável pelo abastecimento de água e tratamento de esgotos da cidade. Cantareira
significa exatamente isso: prateleira em que se colocam cântaros, vasilhas de água. A empresa tinha experiência, pois já coletava água no ribeirão do Ipiranga e a levava a um reservatório na Liberdade, abastecendo mais de seis mil residências no Centro. A empresa do coronel Rodovalho não deu certo, foi encampada pelo governo. Mas mantiveramse os planos para o reservatório da Cantareira, e a ferrovia seria essencial, de qualquer modo. Foram os engenheiros William Whitmann e João Maxwell Rudge que deram forma à pequena ferrovia.
Ao longo de treze quilômetros, a linha deveria ligar a estação do Pari ao alto da serra, atravessando os rios Tamanduateí e Tietê. No dia 9 de novembro de 1894, carregado com materiais para a obra, o trenzinho partiu da Estação do Pari em direção à Parada Zero. Ali, esquina da rua Cantareira com João Teodoro, a empresa montara um barracão de madeira que servia de escritório e de posto de fiscalização dos materiais. O abastecimento de água e lenha da locomotiva e o embarque dos trabalhadores da construção eram efetuados
nas estações seguintes: Santana, Mandaqui e Tremembé. Foi o trenzinho que incentivou o estabelecimento de chácaras no início do século 20. Essas chácaras produziam hortaliças e serviam também como local de descanso. O loteamento da região teve início nas décadas de 1920 e 1930. Bairros como Mandaqui, Tremembé e Tucuruvi se formaram no entorno das estações do trem. Não demorou muito para que as pessoas exigissem o transporte de passageiros. Pedido atendido: inicialmente, o trenzinho
transportava passageiros aos domingos e feriados, puro turismo, para mostrar à população a pureza da água da serra que a cidade bebia. Depois, o serviço passou a ser diário - um trem pela manhã, outro à tarde. Mais tarde, de hora em hora. Em 1908, o Tramway transportou 277 mil passageiros; dez anos depois, transportava 1,7 milhão. As linhas expandiram-se, chegando a 35 quilômetros. Um ramal de oito quilômetros ia para Guapira, depois conhecida como Jaçanã: foi aberto em 1910, para atender ao Asilo dos Inválidos e ao Hospital dos Morféticos. Era a ponta final do Trem das Onze de Adoniran. (LCA)
Reprodução
O povoado isolado, com 136 casas e uns mil habitantes Guaré era o nome do Tietê, que isolava Santana da cidade de São Paulo. Era um povoado minúsculo e só depois da ponte das Bandeiras, inaugurada em 1942, é que o bairro se desenvolveu importância, porque ilhada pelas inundações do rio e pela falta de acesso. Eram umas terras que não interessavam a sua dona, uma certa Inês Monteiro, a "Matrona", de uma família de São Bernardo do Campo, que detinha terra de Guarulhos a Jundiaí. Santana não ti-
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A estrada de ferro, com o “Trem das Onze” de Adoniran Barbosa, fez parte da vida do bairro por 70 anos
nha função comercial e bastava em si mesma para os jesuítas, que se tornaram seus proprietários em 1673. Foi em torno da missão jesuíta que se formou uma pequena comunidade. Havia a Capela de Santa Ana, em homenagem à mãe de Maria (avó de Jesus), onde os padres celebravam missa aos domingos e dias santos. A sede da fazenda tinha vista para o Tietê. E a gente do local cuidava de 300 cabeças de gado, tinha dez cavalos e fornecia leite, mandioca, legumes e frutas à cidade. Mas a dificuldade de acesso permanecia. No fim do século 17, a Câm a r a f i z e r a c o n s t ru i r u m grande aterro, de três quilôm e t ro s , q u e c o m e ç a v a n o Convento da Luz e terminava no bairro de Santana, para dar acesso à cidade pela várzea inundável do rio Tietê. As boiadas arruinavam os caminhos, mas foram decisivas para o progresso da região. O aterro é hoje o começo da rua Voluntários da Pátria, entre a Ponte Grande e o Areal. Ponte Grande Depois do aterro, a única passagem para a cidade era a Ponte Grande, "de tabuões serrados na grossura de quatro dedos", como registra a "História dos Bairros de São Paulo", da historiadora Maria Celestina Teixeira Mendes Torres. Foi construída em 1700; é considerada a primeira grande obra de engenharia de São Paulo. O nome completo era "a ponte do Rio Grande do Guaré", que vem a ser o Tietê, e à qual se contrapõe a Ponte Pequena, sobre o ribeirão Guaré, que mais tarde foi unido ao rio Tamanduateí. Em 1753, a Câmara proibiu o trânsito de gado pelo aterrado, pela Ponte Grande, pela ponte
Pequena e pela Várzea do Carmo. E ali era caminho para Atibaia, Bragança Paulista e Sul de Minas. Usavam-na tropeiros e bandeirantes. Logo depois, em 1759, o marquês de Pombal expulsou os missionários e confiscou os bens dos jesuítas em nome da Capitania de São Paulo. Em 1771, havia 47 casas com 176 habitantes no agrupamento que viria a ser Santana. Em 1795, o bairro era formado por 136 casas e cerca de mil habitantes, além de 250 escravos. Devido a uma inundação, a Ponte Grande veio abaixo em
substituída por uma ponte metálica, em 1866. Por cima dessa ponte passaram o Tramway da Cantareira e, mais tarde, os bondes. A casa-sede da fazenda e a capelinha de Santana desapareceram, em 1916, para dar lugar ao quartel do Exército, localizado na rua Alfredo Pujol. Um pequeno núcleo se formou em torno da antiga fazenda. Na planta de 1897, já aparece um traçado de ruas, mas as casas se concentravam quase que exclusivamente ao longo das ruas Alfredo Pujol e Doutor César, antigo caminho para o
Marcos Fernandes/LUZ
A Ponte das Bandeiras veio finalmente unir Santana a São Paulo. Antes havia a Ponte Grande e pagava-se pedágio para atravessar o rio Tietê
1773. Até ser reconstruída, só as canoas garantiam o acesso a Santana. Em funcionamento, pagava-se pedágio para atravessar a Ponte Grande. No Registro Geral da Câmara de São Paulo, entre 1803 e 1808, encontra-se na página 234: “Cada cavaleiro que, de fora, entrar ou sair, sendo de fora da Cidade, pagará somente 10 réis pelo cavalo e nada pela pessoa que vai em cima”. Problemas com a travessia ocorreram em anos posteriores e, afinal, ela foi
cemitério Chora Menino. Porta principal A ponte, entretanto, permanecia um problema para todos, porque permitia a passagem apenas em uma mão de direção. Todos os dias, às 7h30, passava o Regimento da Cavalaria da Força Pública rumo ao Campo de Marte para exercícios de adestramento. Quem não cruzasse a ponte antes da tropa perdia a hora de trabalho ou a da escola, como registrou
Henrique Nicolini no seu livro “Tietê, o Rio do Esporte”. Não havia dúvida da necessidade de uma ponte de maior porte. Mas só em 1942, depois de retificado um trecho do rio Tietê, é que seria construída a Ponte das Bandeiras. O Plano de Avenidas, do engenheiro Francisco Prestes Maia, publicado em 1930, apresentava um estudo para a "nova Ponte Grande". Situada no eixo da avenida Tiradentes, a "maior artéria" paulistana a promover a ligação Norte-Sul, a ponte daria acesso à margem direita do Tietê e funcionaria como a principal porta de entrada da cidade. Mais que uma simples forma de transpor o rio, a ponte seria construída como um verdadeiro monumento às bandeiras sertanistas de outrora. Por ocasião da construção da nova ponte, elementos do projeto original foram revistos pelo próprio Prestes Maia, então prefeito. A Ponte das Bandeiras foi construída ao lado da antiga Ponte Grande, à margem do rio, em seco, em local posteriormente cortado pelo canal. Em concreto armado e com acabamento em granito, a ponte tem 120 metros de comprimento por 33 de largura e exibe um grande vão central. Duas torres completam o conjunto, concebidas para abrigar um setor de fiscalização do rio, de acordo com documentos do Departamento de Patrimônio Histórico da Prefeitura. Com a Ponte das Bandeiras assentada, havia lugar para tudo: para os bondes que chegaram ao bairro em 1908, mas eram escassos; para as pessoas que evitavam morar ali, sem garantia de chegar ao trabalho no horário; para o comércio e a indústria. A ponte abriu caminho para Santana se desenvolver. (LCA)
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ntre o rio Tietê e a serra da Cantareira, Santana esteve isolado de São Paulo durante séculos. Era a Fazenda Sant'Anna, citada em documentos da cidade já no século 17, mas à qual pouco se dava
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
José Cruz/Ag. Senado
Política 'FOLIA DOS CARTÕES' SERÁ AUDITADA
Requerimentos foram feitos à Presidência sobre gastos com cartão e as respostas, quando vêm, são superficiais. José Agripino Maia
Dida Sampaio/AE
TCU vai investigar os abusos na utilização dos cartões corporativos do governo
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O presidente do Senado, Garibaldi Alves, descarta CPI, mas defende a apuração das compras feitas
Carlos Sampaio anuncia que fará o recolhimento de assinaturas para instalar a CPI logo após o carnaval
Allan Marques/ Folha Imagem
Tucanos já falam em CPI do Cartão
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deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) iniciou uma mobilização para que seja instalada uma CPI mista na Câmara e no Senado que investigue o uso irregular de cartões de crédito corporativos por ministros e outros funcionários da Presidência da República. O deputado disse que recolherá as assinaturas assim que forem retomados os trabalhos legislativos, a partir da quartafeira de Cinzas. A Controladoria Geral da União (CGU) vai investigar os gastos dos ministros da Secretaria Especial Política da Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, e da Pesca, Altemir Gregolin. Sampaio argumentou, porém, que a tendência é de uma investigação lenta, enquanto a CPI tem 180 dias para concluir os trabalhos e, além disso, tem poder de juiz para convocar pessoas e quebrar sigilos fiscal, bancário e telefônico. "Sem dúvida, será necessário quebrar sigilos e requisitar documen-
plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou um pedido de realização de auditoria no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) para apurar se houve aumento das despesas com cartões corporativos, em especial saques em espécie por funcionários públicos que têm direito a usar esses cartões. O pedido de auditoria foi encaminhado ontem ao plenário pelo vice-presidente do TCU, ministro Ubiratan Aguiar, e aprovado por unanimidade. Um dos ministros, Raimundo Carreiro, chegou a propor, durante a sessão, que os cartões fossem extintos, mas a sugestão não foi aceita pelos demais. A auditoria no Siafi será feita pela Secretaria Geral de Controle Externo do tribunal. "Penso que uma avaliação geral dos números envolvidos que permita um diagnóstico global dos gastos relativos a suprimento de fundos seria de grande valia para posicionar este tribunal acerca da situação atual desses gastos e das medidas que podem ou devem ser adotadas por esta instituição em prol do interesse público", disse Ubiratan aos ministros no plenário. CPI não – O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), disse que não vai ter nenhuma tolerância em relação às dificuldades encontradas pela Casa para obter os dados sobre a folia de gastos com os cartões de crédito corporativos do governo. Desde 2003, o Senado vem
pedindo essas informações, mas o governo alega que por questão de segurança nacional não pode repassar os dados aos senadores. Para Garibaldi, é preciso tomar uma providência e realizar uma fiscalização para evitar que os gastos continuem elevados. "É preciso haver uma fiscalização competente de modo a evitar que isso venha trazer maiores dissabores em relação a esses gastos", afirmou ele. No entender do senador, não se trata ainda de criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o abuso no uso dos cartões cor-
É impossível não ter algum tipo de recurso disponível (no caso, o cartão corporativo do governo) para o deslocamento de autoridades. Ideli Salvatti porativos. Mas ele ressaltou que tampouco o Congresso Nacional pode abrir mão da sua prerrogativa de investigar um fato irregular, por meio de uma comissão. "Mas acho que o caminho ainda não é da CPI e sim dos meios de fiscalização. É a controladoria (Controladoria Geral da União – CGU) que tem condições de coibir isso", afirmou. Na avaliação de Garibaldi ", se a controladoria pariu o monstro (ao investigar os
cartões), ela que o controle, porque senão nós, os brasileiros, seremos prejudicados". Sobre a falta de consideração demonstrada até agora pelo governo em relação à intenção do Congresso de ter acesso aos dados dos cartões, Garibaldi previu que isso não vai mais acontecer. "Vamos dar outra oportunidade (ao governo). Se não for efetivamente aproveitada essa oportunidade, que o Congresso entre com as suas prerrogativas e cumpra com o seu dever", disse o presidente do Senado, referindo-se a mecanismos de que dispõe a Casa para investigar. A líder do PT, senadora Ideli Salvatti (SC), seguiu na mesma linha e disse que é preciso reformular a legislação sobre o uso de cartões corporativos, tornando mais rigorosos os critérios de uso. Ela também disse preferir que o problema não seja discutido em uma CPI. "Se o objetivo é fazer o aprimoramento da lei, não precisamos de CPI", disse. A senadora petista se posicionou contra a idéia de extinção dos cartões. "É impossível não ter algum tipo de recurso disponível para deslocamento de autoridades", alegou. Destacou que a adoção dos cartões já foi um avanço, pois, "antigamente, as pessoas (servidores públicos) recebiam dinheiro vivo". No entender da líder do PT, "o cartão não é ruim", e sua criação "foi um avanço". O que é necessário, agora, no entender da senadora, "é uma regulamentação mais clara, com critérios mais rigorosos da sua utilização". (AE)
Base aliada se articula para bloquear inquérito Carlos Sampaio; "Não é uma questão partidária, é uma questão ética"
tos. Em 2003 eu já havia pedido à Procuradoria Geral da União que investigasse o uso dos cartões. Temos que apurar quem está desviando dinheiro público usando cartão corporativo", afirmou o tucano. O deputado defendeu que as investigações alcancem
Ernesto Rodrigues / AE
também o período do governo do presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, que criou os cartões. "Não é uma questão partidária, é uma questão ética". Para instalar a CPI mista, são necessárias as assinaturas de 171 deputados e 27 senadores. (AE)
Ministra nega ter cometido infração ética em gastos
S Matilde Ribeiro: compras no free shop com o cartão corporativo
COMUNICADO ÀS AGÊNCIAS DE PUBLICIDADE
Em função do feriado de Carnaval, no dia 4 de fevereiro fecharemos a edição do dia 6 (quarta-feira de cinzas). No dia 6 fecharemos normalmente a edição do dia 7 de fevereiro. DEPTO. COMERCIAL 3244-3344
Jornal do empreendedor
www.dcomercio.com.br
uspeita de ter usado irregularmente o cartão de crédito da Presidência em um free shop, a ministra especial de Políticas da Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, negou ontem, por meio da sua assessoria, ter cometido qualquer infração ética. Segundo ela, não há nada de condenável em usar o benefício, financiado com verba pública, para fazer compras. "Do ponto de vista ético, não há nenhum reparo a fazer na conduta da ministra. Não há nada a esconder em seus gastos com cartão, todas as informações são transparentes e disponibilizadas na internet. Não houve nenhum desvio de recursos", disse o secretário-adjunto, Martus das Chagas. Segundo Chagas, o fato de a Comissão de Ética Pública da Presidência ter enviado o caso para a Controladoria-Geral da União (CGU) demonstra que Matilde não infringiu nenhuma regra. "Ao enviar o caso para a CGU, a comissão julgou-se incompetente para julgar o caso. Não identificou nenhum problema". (AE)
E
m sintonia com o Planalto, partidos da base aliada vão tentar bloquear a criação de uma CPI para investigar o uso irregular de cartões corporativos de ministros e outros funcionários do governo. A idéia de uma investigação no Congresso ganhou força. Ontem, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) iniciou mobilização para que seja instalada uma CPI mista na Câmara e no Senado ( leia matéria acima, à esquerda).. A proposta da CPI será o primeiro embate entre governistas e oposicionistas na volta aos trabalhos. O DEM e o PPS apoiaram a proposta do deputado tucano, enquanto líderes da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva apontaram interesses políticos na iniciativa. "O PMDB vai cobrar uma investigação rigorosa da CGU (Controladoria-Geral da União) e aguardar as conclusões. CPI é uma conflagração, ganha uma dimensão muito maior do que deveria. Não é o momento de falar em CPI", disse o líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). "Eu esperava que neste novo período legislativo a oposição mudasse o modus operandi e fosse mais propositiva, como o País exige. Eles acharam que CPIs produziriam resultados (eleitorais) e perderam fragorosamente as eleições de 2006. A CGU e outros órgãos de controle interno dos ministérios são as instâncias para investigar. O Brasil não é uma republiqueta, tem instituições funcionando. Não
precisa paralisar o Congresso por causa disso", reagiu o vice-líder do PT, Maurício Rands. Para que a CPI mista seja instalada, são necessárias as assinaturas de pelo menos 171 deputados e 27 senadores. Se estiver muito difícil chegar ao número de deputados exigido, o plano B da oposição será apresentar um novo pedido de CPI somente no Senado, onde a base governista é mais frágil. Oposição age – "Já conversei com o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra, e ele proporá só no Senado, se for preciso. Mas afasto esta hipótese porque os deputados vão saber transformar em indicação própria a indignação da sociedade. O cartão corporativo é um instrumento de gestão necessário e eficiente, mas é preciso investigar o desvirtuamento", afirmou Sampaio. A CGU começou a investigar os ministros da Secretaria Especial Política da Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, e da Pesca, Altemir Gregolin, pela suspeita de uso indevido dos cartões corporativos. Sampaio citou dados do Tribunal de Contas da União (TCU) de que metade dos gastos com cartão são saques diretos nos caixas dos bancos. O destino deste dinheiro é desconhecido. "Defendo a continuidade dos cartões corporativos e o fim dos saques", afirmou. O deputado tucano lembrou que a própria chefe da Casa Civil, ministra Dilma Rousseff, pediu a investigação dos ministros suspeitos de
usarem o cartão irregularmente. Na oposição, a idéia de uma nova CPI é bem-vinda. "É preciso lembrar que vários requerimentos de informação foram feitos à Presidência da República sobre gastos com cartão e as respostas, quando vêm, são sempre inconclusivas, superficiais. Talvez a CPI seja o caminho. É uma iniciativa que deve ter uma avaliação madura", disse o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN). O deputado Raul Jungmann (PE), vice-líder do PPS, encaminhou à liderança de seu partido a recomendação de apoio à CPI dos Cartões Corporativos. "É preciso ir adiante na investigação dos desvios. É urgente", afirmou Jungmann. Gastos de Lula – Sampaio lembrou que em 2003 pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) que investigasse denúncia de compra de bebidas alcoólicas com o cartão corporativo do governo, mas que a apuração nunca foi feita. O deputado insistiu que com a CPI "não se quer investigar os gastos do presidente da República, mas de seus assessores". "Não quero saber o que o presidente Lula e sua mulher estão comendo, mas quem está desviando". Segundo Sampaio, a investigação se justifica porque o TCU levantou várias irregularidades desde 2004, tais como o sobrepreço nas compras, segundas vias de recibos que não coincidem com as primeiras, falta de prestação de contas, gastos com itens supérfluos e saques de dinheiro em excesso. (AE)
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
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ECONOMIA - 5
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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BV LEASING - ARRENDAMENTO MERCANTIL S.A. ANÚNCIO DE INÍCIO DE DISTRIBUIÇÃO PÚBLICA DE DEBÊNTURES NÃO CONVERSÍVEIS E SUBORDINADAS DA QUINTA EMISSÃO O BANCO VOTORANTIM S.A. (“Coordenador Líder“) comunica, nos termos do disposto na Instrução da Comissão de Valores Mobiliários (“CVM“) nº 358, de 3 de janeiro de 2002, conforme alterada, e do artigo 52 da Instrução CVM nº 400, de 29 de dezembro de 2003, conforme alterada (“Instrução CVM nº 400/03“), o início de distribuição pública, sujeita aos procedimentos de registro automático, nos termos da Instrução CVM nº 429, de 22 de março de 2006 (“Instrução CVM nº 429/06“) (“Oferta“), de 1.000.000 (um milhão) de debêntures nominativas escriturais, não conversíveis em ações e subordinadas, sob o regime de melhores esforços de colocação, com valor nominal unitário de R$10.000,00 (dez mil reais) em 2 de janeiro de 2008 e vencimento em 2 de janeiro de 2028 (“Debêntures“), da 5ª (quinta) emissão de BV LEASING - ARRENDAMENTO MERCANTIL S.A., inscrita no CNPJ sob o nº 01.858.774/0001-10, NIRE nº 353.001.500.82, CVM nº 02013-3, com sede na Rua Amazonas, nº 439, 11º andar, CEP 09520-070, Cidade de São Caetano do Sul, Estado de São Paulo, no montante de:
R$10.000.000.000,00 CÓDIGO ISIN BRBVLSDBS075
Classificação de Risco: ‘brAA’ - Standard & Poor’s A OFERTA ESTÁ SUJEITA AOS PROCEDIMENTOS DE REGISTRO AUTOMÁTICO PREVISTOS NA INSTRUÇÃO CVM Nº 429/06 E, NOS TERMOS DE SEU ARTIGO 3º, PRODUZIRÁ EFEITOS APÓS O 5º (QUINTO) DIA ÚTIL CONTADO DA DATA DE PUBLICAÇÃO DESTE ANÚNCIO DE INÍCIO
2.
3.
AUTORIZAÇÃO 1.1. A emissão das Debêntures e a Oferta são realizadas com base nas deliberações da reunião do conselho de administração da BV Leasing - Arrendamento Mercantil S.A. (“Emissora“) realizada em 18 de janeiro de 2008, cuja ata foi arquivada na Junta Comercial do Estado de São Paulo em 24 de janeiro de 2008 e publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo em 25 de janeiro de 2008 e no jornal “Diário do Comércio” em 28 de janeiro de 2008.
4.17. Decadência dos Direitos aos Acréscimos: O não comparecimento do Debenturista para receber o valor correspondente a quaisquer obrigações pecuniárias nas datas previstas na Escritura de Emissão ou em qualquer comunicação realizada ou aviso publicado nos termos da Escritura de Emissão não lhe dará o direito a qualquer acréscimo no período relativo ao atraso no recebimento, assegurados, todavia, os direitos adquiridos até a data do respectivo vencimento ou pagamento, no caso de impontualidade no pagamento. 4.18. Local de Pagamento: Os pagamentos referentes às Debêntures e a quaisquer outros valores eventualmente devidos pela Emissora nos termos da Escritura de Emissão serão efetuados pela Emissora, por intermédio da CETIP, ou, ainda, por meio da Instituição Depositária para os Debenturistas que não tiverem suas Debêntures custodiadas na CETIP.
INSCRIÇÃO DA ESCRITURA DE EMISSÃO 2.1. A “Escritura Particular de Emissão Pública de Debêntures Não Conversíveis e Subordinadas da 5ª Emissão de BV Leasing - Arrendamento Mercantil S.A.”, celebrada entre a Emissora e SLW Corretora de Valores e Câmbio Ltda., como agente fiduciário (“Agente Fiduciário“), foi inscrita na Junta Comercial do Estado de São Paulo em 24 de janeiro de 2008 (“Escritura de Emissão“).
4.18.1. Caso qualquer Debenturista tenha imunidade ou isenção tributária, este deverá encaminhar à Instituição Depositária, no prazo mínimo de 10 (dez) dias úteis anteriores à data prevista para recebimento de valores relativos às Debêntures, documentação comprobatória de tal imunidade ou isenção tributária, sendo certo que, caso o Debenturista não envie referida documentação, a Emissora fará as retenções dos tributos previstos em lei.
CARACTERÍSTICAS DA OFERTA 3.1. Colocação: As Debêntures serão objeto de distribuição pública (“Oferta“) com intermediação de instituições financeiras integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários, sob o regime de melhores esforços de colocação, não existindo reservas antecipadas, lotes mínimos ou máximos, sendo atendidos, prioritariamente, os clientes do Coordenador Líder e/ou, observado o disposto no artigo 55 da Instrução CVM nº 400/03, o Coordenador Líder. A Oferta será realizada somente se forem colocadas, no mínimo, 5.000 (cinco mil) Debêntures.
4.19. Prorrogação dos Prazos: Considerar-se-ão prorrogados os prazos referentes ao pagamento de qualquer obrigação prevista na Escritura de Emissão até o 1º (primeiro) dia útil subseqüente, se o seu vencimento coincidir com dia em que não haja expediente comercial ou bancário na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, sem nenhum acréscimo aos valores a serem pagos, exceto pelos casos cujos pagamentos devam ser realizados pela CETIP, hipótese em que somente haverá prorrogação quando a data de pagamento coincidir com feriados bancários nacionais, sábados ou domingos, ou com feriados na Cidade de São Paulo.
3.2. Prazo de Subscrição: Após o decurso do prazo de 5 (cinco) dias úteis contados (i) do protocolo de pedido de registro automático da Oferta na CVM, nos termos do artigo 2º, inciso III, da Instrução CVM nº 429/06; (ii) da publicação deste anúncio de início da Oferta (“Anúncio de Início“); e (iii) da disponibilização do prospecto definitivo da Oferta (“Prospecto“) aos investidores, as Debêntures serão subscritas, a qualquer tempo, em até 6 (seis) meses contados da data da publicação deste Anúncio de Início.
4.20. Vencimento Antecipado: Sujeito ao disposto nos itens 4.20.1, 4.20.2 e 4.20.3 abaixo, o Agente Fiduciário deverá declarar antecipadamente vencidas todas as obrigações objeto da Escritura de Emissão e exigir o imediato pagamento, pela Emissora, do Valor Nominal das Debêntures em circulação, acrescido da Remuneração, calculada pro rata temporis desde a Data de Emissão até a data do efetivo pagamento (e, ainda, no caso do inciso II abaixo, dos Encargos Moratórios, de acordo com o previsto no item 4.20.3 abaixo), independentemente de aviso, interpelação ou notificação, judicial ou extrajudicial, na ocorrência de quaisquer dos seguintes eventos: I. (a) intervenção ou liquidação extrajudicial da Emissora; (b) pedido de autofalência apresentado pela Emissora; (c) decretação de falência da Emissora; (d) se permitido pela legislação, pedido de recuperação judicial ou de recuperação extrajudicial formulado ou iniciado pela Emissora; ou (e) dissolução, liquidação ou extinção da Emissora; sendo que, em qualquer dos casos deste inciso, o pagamento das Debêntures se subordinará ao pagamento dos demais passivos da Emissora; II. não pagamento, pela Emissora, do Valor Nominal, da Remuneração ou de quaisquer outros valores devidos aos Debenturistas nas datas previstas na Escritura de Emissão, não sanado no prazo de 2 (dois) dias úteis, contados das suas respectivas datas de vencimento; III. não cumprimento, pela Emissora, de toda e qualquer obrigação não pecuniária prevista na Escritura de Emissão, não sanada em 30 (trinta) dias, contados da data de recebimento de aviso escrito neste sentido que lhe for enviado pelo Agente Fiduciário; IV. vencimento antecipado de qualquer dívida da Emissora decorrente de inadimplemento contratual, cujo valor individual ou agregado seja igual ou superior a R$30.000.000,00 (trinta milhões de reais), atualizados anualmente desde a Data de Emissão pela variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (“IPCA“) (ou seu contravalor em outras moedas); V. protesto legítimo e reiterado de títulos contra a Emissora ou constituição em mora da Emissora por atraso no pagamento de obrigações, cujo valor individual ou agregado seja igual ou superior a R$30.000.000,00 (trinta milhões de reais), atualizados anualmente desde a Data de Emissão pela variação do IPCA (ou seu contravalor em outras moedas), exceto se, no prazo de até 30 (trinta) dias contados da data do protesto ou da constituição em mora, conforme o caso, tiver sido comprovado ao Agente Fiduciário que (a) o protesto ou a constituição em mora foi efetuado por erro ou má-fé de terceiro; (b) o protesto ou a constituição em mora foi cancelado; ou (c) o valor do(s) título(s) protestado(s) ou da obrigação em mora foi depositado em juízo; VI. transferência do controle acionário, tal como definido em lei, da Emissora para pessoas físicas ou jurídicas que não sejam suas controladoras, diretas ou indiretas, ou para pessoas jurídicas que não sejam suas controladas ou sujeitas a controle comum, diretas ou indiretas; VII. pagamento, pela Emissora, de dividendos, juros sobre capital próprio ou qualquer outra participação no lucro estatutariamente prevista, exceto pelo pagamento do dividendo mínimo obrigatório previsto no artigo 202 da Lei nº 6.404/76, caso a Emissora esteja inadimplente com relação às suas obrigações pecuniárias previstas na Escritura de Emissão; ou VIII. na transformação da Emissora de sociedade anônima para sociedade limitada.
3.3. Forma de Subscrição: As Debêntures serão subscritas por meio dos procedimentos do SDT - Sistema de Distribuição de Títulos, administrado pela CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação (“CETIP“), com base nas políticas e diretrizes fixadas pela ANDIMA - Associação Nacional das Instituições de Mercado Financeiro (“ANDIMA“), sendo as Debêntures liquidadas e custodiadas na CETIP. 3.4. Forma de Integralização: As Debêntures serão integralizadas à vista, no ato da subscrição (“Data de Integralização“) e em moeda corrente nacional, pelo Valor Nominal (conforme definido abaixo), acrescido da Remuneração, calculada pro rata temporis desde a Data de Emissão (conforme definido abaixo) até a Data de Integralização. 3.5. Negociação: As Debêntures serão registradas para negociação no mercado secundário por meio do SND - Sistema Nacional de Debêntures, administrado pela CETIP, com base nas políticas e diretrizes da ANDIMA. As Debêntures só poderão ser negociadas antes de completados 18 (dezoito) meses do encerramento da distribuição caso a negociação se dê entre os titulares dessas Debêntures, ou caso o titular aliene todas as Debêntures para um único investidor que não seja um veículo ou entidade de investimento coletivo, tal como fundo de investimento de qualquer tipo ou entidade fechada de previdência complementar, ressalvados os fundos de investimento exclusivos que não tenham veículo ou entidade de investimento coletivo como cotista. 4.
CARACTERÍSTICAS DAS DEBÊNTURES 4.1. Número da Emissão: As Debêntures representam a 5ª (quinta) emissão de debêntures da Emissora. 4.2. Valor Total da Emissão: O valor total da emissão é de R$10.000.000.000,00 (dez bilhões de reais), na Data de Emissão. 4.3. Quantidade: Serão emitidas 1.000.000 (um milhão) de Debêntures. 4.4. Valor Nominal: As Debêntures terão valor nominal unitário de R$10.000,00 (dez mil reais) na Data de Emissão (“Valor Nominal“). 4.5. Séries: A emissão será realizada em série única. 4.6. Forma: As Debêntures serão emitidas sob a forma nominativa, escritural, sem emissão de cautelas ou certificados, sendo que, para todos os fins de direito, a titularidade das Debêntures será comprovada pelo extrato emitido pelo Banco Bradesco S.A., prestador de serviços de escrituração e de banco mandatário das Debêntures (“Instituição Depositária“, cuja definição inclui qualquer outra instituição que venha a suceder a Instituição Depositária na prestação dos serviços previstos neste item), e, adicionalmente, para as Debêntures custodiadas na CETIP, será expedido por esta um relatório de posição de ativos, acompanhado de extrato em nome do Debenturista, emitido pela instituição financeira responsável pela custódia destes títulos. 4.8. Espécie: As Debêntures serão da espécie subordinada, nos termos do artigo 58 da Lei nº 6.404/76.
4.20.2. Ocorrendo quaisquer dos demais eventos previstos no item 4.20 acima (que não sejam aqueles previstos no item 4.20.1 acima), que deverão ser imediatamente informados pela Emissora ao Agente Fiduciário, e estando estes eventos ainda não sanados, o Agente Fiduciário deverá, inclusive para fins do disposto nas Cláusulas 8.5 e 8.5.1 da Escritura de Emissão, convocar, no prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis contados da data em que for constatada sua ocorrência, assembléia geral de Debenturistas, a realizar-se no prazo mínimo previsto em lei. Se, na referida assembléia geral de Debenturistas, Debenturistas representando, no mínimo, 75% (setenta e cinco por cento) das Debêntures em circulação, decidirem por não considerar o vencimento antecipado das Debêntures, o Agente Fiduciário não deverá declarar o vencimento antecipado das Debêntures; caso contrário, ou em caso de não instalação, em segunda convocação, da referida assembléia geral de Debenturistas, o Agente Fiduciário deverá declarar o vencimento antecipado das Debêntures.
4.8.1. Tendo em vista que as Debêntures serão da espécie subordinada, nos termos do artigo 60, parágrafo 4º, da Lei nº 6.404/76, os limites de emissão previstos no artigo 60 da Lei nº 6.404/76 não se aplicam às Debêntures. 4.9. Data de Emissão: Para todos os efeitos legais, a data de emissão das Debêntures será 2 de janeiro de 2008 (“Data de Emissão“). 4.10. Prazo e Data de Vencimento: As Debêntures terão prazo de vencimento de 20 (vinte) anos, contados da Data de Emissão, vencendo-se, portanto, em 2 de janeiro de 2028 (“Data de Vencimento“). 4.11. Pagamento do Valor Nominal: O Valor Nominal das Debêntures será pago em 1 (uma) única parcela na Data de Vencimento. 4.12. Remuneração: Sobre o Valor Nominal das Debêntures incidirão, desde a Data de Emissão até a data de seu efetivo pagamento, juros remuneratórios correspondentes a 100% (cem por cento) da variação acumulada das taxas médias diárias dos DI - Depósitos Interfinanceiros de um dia, “over extra-grupo”, expressas na forma percentual ao ano, base 252 (duzentos e cinqüenta e dois) dias úteis, calculadas e divulgadas diariamente pela CETIP, no informativo diário disponível em sua página na Internet (http://www.cetip.com.br) (“Taxa DI“), calculada de forma exponencial e cumulativa pro rata temporis por dias úteis decorridos (“Remuneração“).
4.20.3. Na ocorrência do vencimento antecipado das Debêntures, a Emissora obriga-se a resgatar a totalidade das Debêntures em circulação, com o seu conseqüente cancelamento, mediante o pagamento do Valor Nominal das Debêntures em circulação, acrescido da Remuneração (e, no caso do inciso II do item 4.20 acima, dos Encargos Moratórios, calculados a partir da data em que tais pagamentos deveriam ter sido efetuados), calculada pro rata temporis desde a Data de Emissão até a data do efetivo pagamento, e de quaisquer outros valores eventualmente devidos pela Emissora nos termos da Escritura de Emissão, em até 10 (dez) dias úteis contados de comunicação neste sentido, enviada pelo Agente Fiduciário à Emissora, sob pena de, em não o fazendo, ficar obrigada, ainda, ao pagamento dos Encargos Moratórios.
4.12.1. A Remuneração será paga em 1 (uma) única parcela na Data de Vencimento. Farão jus à Remuneração os titulares das Debêntures ao final do 1º (primeiro) dia útil anterior à Data de Vencimento.
4.21. Publicidade: Todos os atos e decisões relativos às Debêntures deverão ser comunicados, na forma de aviso, no Diário Oficial do Estado de São Paulo e no jornal “Diário do Comércio”, sempre imediatamente após a ciência do ato a ser divulgado, devendo os prazos para manifestação dos Debenturistas, caso seja necessário, obedecer ao disposto na legislação em vigor, na Escritura de Emissão ou, na falta de disposição expressa, ser de, no mínimo, de 10 (dez) dias úteis contados da data da publicação do aviso. A Emissora poderá alterar o jornal acima por outro jornal de grande circulação, mediante comunicação por escrito ao Agente Fiduciário e a publicação, na forma de aviso, no jornal a ser substituído.
4.13. Repactuação: Não haverá repactuação programada. 4.14. Resgate Antecipado Facultativo: Não haverá resgate antecipado facultativo de quaisquer das Debêntures.
4.16. Encargos Moratórios: Ocorrendo impontualidade no pagamento de qualquer valor devido relativamente a qualquer obrigação decorrente da Escritura de Emissão, e sem prejuízo da Remuneração, calculada pro rata temporis desde a data de inadimplemento até a data do efetivo pagamento, sobre todos e quaisquer valores em atraso incidirão, independentemente de aviso, notificação ou interpelação judicial ou extrajudicial, (i) multa moratória de 2% (dois por cento); e (ii) juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, calculados pro rata temporis desde a data de inadimplemento até a data do efetivo pagamento (“Encargos Moratórios“).
6.
INADEQUAÇÃO DA OFERTA A CERTOS INVESTIDORES 6.1. O investimento nas Debêntures não é adequado a investidores que (i) necessitem de liquidez, tendo em vista a possibilidade de serem pequenas ou inexistentes as negociações das Debêntures no mercado secundário; e/ou (ii) não estejam dispostos a correr o risco de crédito de empresa do setor privado e/ou do setor de leasing. Os investidores devem ler a seção “Fatores de Risco” do Prospecto Definitivo.
7.
NÚMERO E DATA DO REGISTRO NA CVM O protocolo dos documentos da Oferta perante a CVM foi realizado em 31 de janeiro de 2008.
4.20.1. Ocorrendo quaisquer dos eventos previstos nos incisos I e II do item 4.20 acima, que deverão ser imediatamente informados pela Emissora ao Agente Fiduciário, as Debêntures tornar-se-ão automaticamente vencidas, independentemente de aviso ou notificação, judicial ou extrajudicial.
4.7. Conversibilidade: As Debêntures não serão conversíveis em ações.
4.15. Aquisição Facultativa: A Emissora poderá, a qualquer tempo, adquirir Debêntures em circulação por preço não superior ao Valor Nominal, acrescido da Remuneração, calculada pro rata temporis desde a Data de Emissão até a data do seu efetivo pagamento, observado o disposto no parágrafo 2º do artigo 55 da Lei nº 6.404/76. As Debêntures adquiridas pela Emissora poderão, a critério da Emissora, ser canceladas, permanecer em tesouraria ou ser novamente colocadas no mercado. As Debêntures adquiridas pela Emissora para permanência em tesouraria nos termos deste item, se e quando recolocadas no mercado, farão jus à mesma Remuneração das demais Debêntures em circulação.
5.2. Plano da Oferta: Observadas as disposições da regulamentação aplicável, o Coordenador Líder realizará a Oferta conforme plano da Oferta adotado em conformidade com o disposto no parágrafo 3° do artigo 33 da Instrução CVM nº 400/03, de forma a assegurar (i) que o tratamento conferido aos investidores seja justo e eqüitativo; (ii) a adequação do investimento ao perfil de risco dos respectivos clientes do Coordenador Líder; e (iii) que os representantes de vendas do Coordenador Líder recebam previamente exemplares do Prospecto para leitura obrigatória e que suas dúvidas possam ser esclarecidas por pessoas designadas pelo Coordenador Líder (“Plano da Oferta“). O Plano da Oferta será fixado nos seguintes termos: I. a Oferta está sujeita ao procedimento de registro automático nos termos do artigo 2º, inciso III, da Instrução CVM nº 429/06 e, observado o disposto no Contrato de Distribuição, a Oferta somente terá início após 5 (cinco) dias úteis contados: (a) do protocolo do pedido de registro automático da Oferta na CVM; (b) da publicação deste Anúncio de Início; e (c) da disponibilização do Prospecto aos investidores; II. o público-alvo da Oferta será composto por investidores institucionais ou qualificados, conforme definido no artigo 109 da Instrução CVM nº 409, de 18 de agosto de 2004, conforme alterada, podendo, entretanto, ser atendido o Coordenador Líder; III. tendo em vista que a Oferta das Debêntures será realizada em regime de melhores esforços, nos termos do artigo 31 da Instrução CVM nº 400/03, o investidor poderá, no ato da aceitação à Oferta, condicionar sua adesão a que haja Oferta: (a) da totalidade das Debêntures objeto da Oferta, sendo que, se tal condição não se implementar e se o investidor já tiver efetuado o pagamento do Preço de Integralização, o Preço de Integralização será devolvido sem juros ou correção monetária e sem reembolso, no prazo de 3 (três) dias úteis contados da data em que tenha sido verificado o não implemento da condição; ou (b) de uma proporção ou quantidade mínima de Debêntures originalmente objeto da Oferta, definida conforme critério do próprio investidor, mas que não poderá ser inferior a 5.000 (cinco mil) Debêntures, podendo o investidor, no momento da aceitação, indicar se, implementando-se a condição prevista, pretende receber a totalidade das Debêntures por ele subscritas ou quantidade equivalente à proporção entre a quantidade de Debêntures efetivamente distribuídas e a quantidade de Debêntures originalmente objeto da Oferta, presumindo-se, na falta da manifestação, o interesse do investidor em receber a totalidade das Debêntures por ele subscritas, sendo que, se o investidor tiver indicado tal proporção, se tal condição não se implementar e se o investidor já tiver efetuado o pagamento do Preço de Integralização, o Preço de Integralização será devolvido sem juros ou correção monetária e sem reembolso, no prazo de 3 (três) dias úteis contados da data em que tenha sido verificado o não implemento da condição; IV. caso (a) a Oferta seja suspensa, nos termos dos artigos 19 e 20 da Instrução CVM nº 400/03; e/ou (b) a Oferta seja modificada, nos termos dos artigos 25 a 27 da Instrução CVM nº 400/03, o investidor poderá revogar sua aceitação à Oferta, devendo, para tanto, informar sua decisão ao Coordenador Líder, (i) até as 16 horas do 5º (quinto) dia útil subseqüente à data de disponibilização do Prospecto, no caso da alínea (a) acima; e (ii) até as 16 horas do 5º (quinto) dia útil subseqüente à data em que foi comunicada por escrito a suspensão ou modificação da Oferta, no caso da alínea (b) acima, presumindo-se, na falta da manifestação, o interesse do investidor em não revogar sua aceitação. Se o investidor revogar sua aceitação e se o investidor já tiver efetuado o pagamento do Preço de Integralização, o Preço de Integralização será devolvido sem juros ou correção monetária e sem reembolso, no prazo de 3 (três) dias úteis contados da data da respectiva revogação; e V. caso (a) a Oferta seja cancelada, nos termos dos artigos 19 e 20 da Instrução CVM nº 400/03; (b) a Oferta seja revogada, nos termos dos artigos 25 a 27 da Instrução CVM nº 400/03; ou (c) o Contrato de Distribuição seja resilido, todos os atos de aceitação serão cancelados e o Coordenador Líder comunicará aos investidores o cancelamento da Oferta, que poderá ocorrer, inclusive, mediante publicação de aviso ao mercado. Se o investidor já tiver efetuado o pagamento do Preço de Integralização, o Preço de Integralização será devolvido sem juros ou correção monetária e sem reembolso, no prazo de 3 (três) dias úteis contados da data da comunicação do cancelamento da Oferta.
5.
REGIME DE COLOCAÇÃO 5.1. Melhores Esforços: Observadas as condições previstas no contrato de distribuição das Debêntures (“Contrato de Distribuição“), o Coordenador Líder envidará os melhores esforços para colocar a totalidade das Debêntures. 5.1.1. A colocação pública das Debêntures, que será em regime de melhores esforços, nos termos do item 5.1 acima, será feita em até 6 (seis) meses contados da data da publicação deste Anúncio de Início (“Prazo de Colocação“). 5.1.2. Se, até o final do Prazo de Colocação, as Debêntures não tiverem sido totalmente colocadas, o Coordenador Líder não se responsabilizará pelo saldo não colocado, obrigando-se a Emissora a cancelar o saldo das Debêntures não colocado.
Considerando que a Oferta segue o registro automático, conforme disposto na Instrução 429/06, o número de registro da Oferta na CVM será informado aos investidores tão logo o mesmo seja obtido pela Emissora. Data do Início de Distribuição Pública: 12 de fevereiro de 2008. 8.
AGENTE FIDUCIÁRIO O agente fiduciário é SLW Corretora de Valores e Câmbio Ltda., com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Dr. Renato Paes de Barros, nº 717, 6º e 10º andares.
9.
INSTITUIÇÃO DEPOSITÁRIA A instituição prestadora de serviços de escrituração e de banco mandatário das Debêntures é o Banco Bradesco S.A., com sede na Cidade de Osasco, Estado de São Paulo, na Avenida Yara, s/ nº, na Cidade de Deus.
10. PROSPECTO O Prospecto Definitivo estará disponível a partir da data de publicação deste Anúncio de Início nos seguintes endereços e páginas da rede mundial de computadores: •
Emissora BV LEASING - ARRENDAMENTO MERCANTIL S.A. Rua Amazonas, nº 439, 11º andar, CEP 09520-070, São Caetano do Sul - SP Site: www.votorantimfinancas.com.br
•
Coordenador Líder BANCO VOTORANTIM S.A. Avenida Roque Petroni Júnior, nº 999, 16º andar, CEP 04707-910, São Paulo - SP Site: www.bancovotorantim.com.br
•
CÂMARA DE CUSTÓDIA E LIQUIDAÇÃO - CETIP Rua Líbero Badaró, nº 425, 24º andar, CEP 01009-000, São Paulo - SP Site: www.cetip.com.br
•
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS - CVM Rua Sete de Setembro, nº 111, 5º andar, CEP 20159-900, Rio de Janeiro - RJ, e Rua Cincinato Braga, nº 340, 2º, 3º e 4º andares, CEP 01333-010, São Paulo - SP Site: www.cvm.gov.br
11. INFORMAÇÕES ADICIONAIS Os Debenturistas poderão obter esclarecimentos sobre as Debêntures junto ao setor de atendimento a Debenturistas, que funcionará na sede da Emissora. Maiores informações sobre a Oferta poderão ser obtidas com o Coordenador Líder ou a CVM, nos endereços indicados acima. O registro da presente Oferta não implica, por parte da CVM, garantia de veracidade das informações prestadas ou em julgamento sobre a qualidade da companhia emissora, bem como sobre as Debêntures a serem distribuídas.
“A(O) presente oferta pública/programa foi elaborada(o) de acordo com as disposições do Código de Auto-Regulação da ANBID para as Ofertas Públicas de Distribuição e Aquisição de Valores Mobiliários, o qual se encontra registrado no 4º Ofício de Registro de Títulos e Documentos da Comarca de São Paulo, Estado de São Paulo, sob o nº 4890254, atendendo, assim, a(o) presente oferta pública/programa, aos padrões mínimos de informação contidos no código, não cabendo à ANBID qualquer responsabilidade pelas referidas informações, pela qualidade da emissora e/ou ofertantes, das instituições participantes e dos valores mobiliários objeto da(o) oferta pública/programa.”
COORDENADOR LÍDER
www.mercadosdecapitais.com.br
1.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
ESPECIAL - 5
Nilton Fukuda/AE
Campo de Marte, 89 mil pousos e decolagens
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Eis a porta de entrada de São Paulo para dois milhões de passageiros de ônibus por ano. Também ponto de encontros e despedidas
Pela rodoviária, vaivém de sonhos e pesadelos A rodoviária recebe todos os dias 90 mil pessoas. Maior da América Latina, segunda do mundo, é limpa, segura e confortável. E só não muda o destino de quem chega ou parte
T
odos os dias, 90 mil pessoas - o dobro em vésperas de feriados - circulam por esta pequena cidade toda de concreto. Para muitos, é apenas ponto de passagem, chegada ou partida, de quem sai para conhecer outras cidades e daqueles que chegam para mudar de vida, para tentar negócios ou simplesmente para fazer compras. É uma das portas de entrada de São Paulo, ao menos para dois milhões de passageiros de ônibus por ano: oficialmente, o Terminal Rodoviário Governador Carvalho Pinto, ou Terminal Rodoviário do Tietê, maior da América Latina, segundo do mundo (só perde para Nova York). Ou, simplesmente, a Rodoviária. Inaugurado em 1982, o terminal fica na avenida Cruzeiro do Sul, com acesso pela estação Portuguesa-Tietê do metrô. Em 54.480 metros quadrados de área construída, em um espaço total de 120 mil metros quadrados, há 53 lojas, 11 quiosques comerciais, 21 áreas de alimentação, um posto do Poupatempo (que fornece documentação para as pessoas), 120 telefones públicos, duas agências bancárias. Tem seis mil lâmpadas, seis escadas rolantes e nove elevadores - consumo de 650 kw/hora. Emprega 420 funcionários, que se revezam em três turnos.
Funciona 24 horas por dia e atende 21 Estados brasileiros, sete regiões, o Interior e o Litoral Norte de São Paulo, além de quatro países do Cone Sul: Chile, Paraguai, Argentina e Uruguai. São 65 empresas rodoviárias, 135 bilheterias e 304 linhas de ônibus que chegam ou partem em 70 plataformas de embarque e 19 de desembarque. Dali, pode-se viajar para 1.010 cidades. O prédio projetado pelo arquiteto Renato Viegas e pelo engenheiro Roberto Mac Saden chegou a ser considerado um marco urbanístico da Capital, mas entrou em decadência e chegou a ser um dos pontos mais perigosos da cidade. Transferido para a iniciativa privada em 1990, passou por reformas em 2002 e 2003. Com investimentos de R$ 14 milhões, o consórcio que o administra transformou a rodoviária. Mudou a parte comercial, ampliou a área coberta, incluiu uma praça de alimentação, atraiu novas lojas e instalou serviços de interesse público, como posto de vacinação. Hoje, os usuários dispõem de um terminal limpo, seguro e confortável. Só não conseguiu mudar as sensações daqueles que chegam ou que partem. Ponto final dos sonhos Para muitas dessas pessoas, a Rodoviária do Tietê pode ser o ponto final de um sonho. São
migrantes, brasileiros que vêm de outros Estados e cidades atrás de uma vida melhor. Alguns conseguem seu espaço na Capital. Outros nem mesmo saem da rodoviária. Desde 2003, a organização não-governamental Coordenadoria Regional das Obras de Promoção Humana (Crop), firmou um convênio com a Prefeitura para a prestação de serviços de assistência social aos viajantes e migrantes que chegam à cidade via Tietê. Ali o Crop atende em média a 60 pessoas por dia. Entre elas estão migrantes que chegam para procurar um parente que mora em São Paulo, mas não têm o endereço exato nem telefone. Outros vêm sem ter por quem procurar, com pouco dinheiro e solicitam a indicação de um albergue. Há ainda casos de migrantes que chegaram há mais tempo, não conseguiram emprego e pedem auxílio financeiro para retornar à cidade natal. "Atendemos também casos de pessoas que vêm atrás de programas populares de televisão, destes que oferecem ajuda financeira, achando que serão atendidos no mesmo dia", conta a assistente social Mariela Piacentini Armilhto. Os casos são muitos. Como a verba que a ong recebe não é suficiente para pagar as passagens de volta a todos, é preciso fazer uma triagem. A
Do trenzinho ao metrô
S
e há um serviço público do qual Santana mal pode se queixar é o transporte. Perdeu o Trem das Onze, mas ganhou o metrô. É o único bairro da Capital que abriga quatro estações - Portuguesa-Tietê, Carandiru, Santana e Jardim São Paulo. Durante 22 anos e sete meses Santana foi a ponta da linha 1Azul, até que o Metrô estendeu a linha para Parada Inglesa e para o Tucuruvi, que fica igualmente na área da mesma Subprefeitura. Total, portanto, de seis estações na região. O traçado da linha 1-Azul do Metrô foi escolhido pela inexistência de alternativas de transporte sobre trilhos para os moradores de Santana e Jabaquara e, também, para desafogar o complicado trânsito no centro. Começou a funcionar no dia 26 de setembro de 1975, em uma linha de 16,7 quilômetros de extensão, a primeira em São Paulo. Em 1964 ainda existia a Estação Santana do Tramway da Cantareira. Em 15 de junho daquele ano foi desmontada a ponte ferroviária do Tramway da Cantareira sobre o rio Tietê para a construção da
ponte Cruzeiro do Sul do Metrô. A estação do Tramway, na rua Alfredo Pujol, entre a Voluntários da Pátria e a avenida Cruzeiro do Sul, exatamente dentro da curva, do lado direito no sentido Cantareira, não ficava muito distante de onde foi construída a estação Santana do Metrô. E ali ocorreu o primeiro descarrilamento de um trem do metrô transportando passageiros. Em 1999, um trem que estava saindo da estação no sentido Tucuruvi teve seu disco de freio solto de uma das rodas próximo à entrada do túnel. O disco agiu como cunha, e tirou o carro 1025 do trilho, jogando-o contra a plataforma de emergência na lateral. Como estava em baixa ve-
locidade, o trem parou imediatamente e ninguém se feriu. Os danos na composição foram pequenos, mas, devido a problemas com a reposição de peças, o trem só voltou a operar dois anos depois. O metrô trouxe facilidades para o bairro, mas também aumentou o vaivém de pessoas. Cruzeiro do Sul, Voluntários da Pátria e Ataliba Leonel, entre outras, ganharam status de áreas comerciais. Os moradores descobriram novos locais, mas sempre na mesma região. Foi assim que começou a aumentar a procura por casas na serra da Cantareira, antes apenas um local de passeios nos finais de semana. (LCA)
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prioridade do Crop é atender pessoas que estão realmente chegando à cidade - por isso, o posto está localizado no terminal rodoviário. "Os que estão em São Paulo há mais tempo têm de procurar outros serviços de assistência", explica Mariela. Neste anos de trabalho, ela diz já ter conseguido derrubar pelo menos um mito: o de que a maioria dos migrantes vem do Nordeste. "Hoje nós atendemos principalmente pessoas do Sudeste, do Rio e de Minas". (LCA)
m Paris, ao lado da torre Eiffel, existe uma grande praça, Champ de Mars, homenagem a Marte, deus romano da guerra. Foi dali que Alberto Santos Dumont decolou em um balão em 1899. Por isso, quando se fez o primeiro aeroporto de São Paulo e o primeiro nacional, em 1920, mal a aviação começava a decolar, o aeródromo recebeu o nome de Campo de Marte. Fica próximo do Terminal Rodoviário Tietê, do metrô e da marginal Tietê. Tem dois milhões de metros quadrados. A pista estende-se por 1.600 metros, com 45 de largura. Foi o único espaço grande o suficiente para o papa Bento XVI celebrar missa em sua visita ao Brasil, em 2006, quando realizou a cerimônia de canonização de Frei Galvão. Marte opera exclusivamente com aviação geral, executiva, táxi aéreo, escolas de pilotagem como o Aeroclube de São Paulo e o Serviço Aerotático das Polícias Civil e Militar. Mais do que isso, abriga a maior frota de helicópteros do Brasil e a segunda do mundo, cerca de 600 aparelhos, que fazem 6.040 pousos e decolagens por ano. Entre janeiro e junho do ano passado, segundo a Infraero, Marte registrou no total 89.774 operações (média de 14.962 por mês); por ali transitaram 169 mil passageiros em 2006. O movimento cresceu depois do acidente ocorrido com o avião da TAM em julho de 2007. O Campo de Marte é o quinto aeroporto - administrado pela Infraero - com maior movimentação de aeronaves do Brasil, atrás dos aeroportos de Congonhas (São Paulo-SP), Cumbica (Guarulhos-SP), Juscelino Kubitschek (Brasília-DF) e Galeão (Rio de Janeiro-RJ).
Cerca de 255 operações de pouso e decolagem são realizadas diariamente no aeroporto. Tal movimento levou a Aeronáutica a impor limitação de altura para os prédios da região, o que teria travado o desenvolvimento do bairro. Na Revolução de 1932 Foi desse aeroporto que decolaram os primeiros aviões ingleses para três passageiros da Viação Aérea São Paulo Vasp, que inicialmente pertenceu ao governo do Estado. Em 1932, por três meses, serviu de local de resistência da força constitucionalista. O aeroporto chegou a ser alvo de ataque aéreo pesado. Além da destruição provocada pelos bombardeios ao aeroporto, terminada a contenda, todos os aviões do Campo de Marte foram levados para o Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro. Além de derrotadas, as forças de São Paulo viram seu patrimônio ocupado pelas forças federais e entregue à Aeronáutica. Exatamente para não dar espaço às forças paulistas, o governo federal aproveitou o fechamento de Marte por conta de uma enchente em 1934 para mudar o aeroporto da cidade. Foi escolhida a Vila Congonhas, um local ermo da cidade que então abrigava um milhão de habitantes. Poucos aeroportos do País tiveram, ao longo de sua história, papel tão importante no desenvolvimento da aviação civil e militar como o Campo de Marte. Hoje, não tem linhas aéreas comerciais regulares, mas conta com terminal de passageiros, lanchonete, restaurante e agência bancária. "É o nosso aeroporto", dizem, orgulhosos, os moradores de Santana. (LCA)
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Congresso Planalto Eleições CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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PSDB E DEM SE SEPARAMNAS DISPUTAS MUNICIPAIS
É uma situação desconfortável. Sérgio Guerra, sobre a aliança PSDB x DEM no Rio
Aliados serão adversários em capitais PSDB e DEM, parceiros nacionais, vão disputar com candidatos próprios as eleições municipais em redutos importantes, como Belo Horizonte, Rio e Salvador Danilo Vespa/Folha Imagem
Kassab conta com o apoio de um PSDB rachado à sua reeleição; quadro é de desconforto entre os partidos
S
e não bastassem os conflitos na própria base, o PSDB terá de enfrentar o DEM, seu principal parceiro nacional, nas eleições para prefeitos de capitais importantes. Em uma estratégia de sobrevivência partidária, o DEM vai usar seus melhores quadros na disputa de outubro e o PSDB pode ser uma vítima dessa decisão. Enquanto em São Paulo o quadro é de desconforto – os tucanos estão divididos entre apoiar a candidatura de Geraldo Alckmin ou a reeleição do atual prefeito, Gilberto Kassab –, o Rio de Janeiro pode ser definido como um território crítico para o PSDB. O partido é fra-
co na segunda capital mais importante do País e, certamente, será rival do DEM do prefeito Cesar Maia. Rio – Para piorar: o PSDB do Rio não se entende. Certo de que a situação precisa de atenção redobrada, o presidente do partido, Sérgio Guerra (CE), desembarcará na cidade depois do carnaval para dar início às conversas. Guerra já esteve discutindo as eleições municipais em Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Natal (RN) e Salvador (BA). São três pré-candidatos tucanos à sucessão de Cesar Maia: o deputado federal Otávio Leite, Luiz Paulo Corrêa da Rocha e Andréa Gouvêa Viei-
ra. Já o prefeito pretende lançar a deputada Solange Amaral, de sua confiança e novata na bancada federal do DEM. Outra situação delicada para o PSDB é Belo Horizonte. Ali as articulações estão a cargo do governador Aécio Neves, que está tentando um acordo com o PT ligado ao prefeito Fernando Pimentel. Se der certo, os dois partidos, que estão em campos opostos no plano nacional, podem lançar o nome do empresário Marcio Lacerda. Ele é do PSB e está à frente da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico. O DEM está decidindo se terá ou não candidato em Belo Horizonte.
Sul – Em Porto Alegre, onde o quadro é imprevisível, os tucanos querem concorrer com o deputado estadual Nelson Marchezan Junior. "É uma aposta", disse Guerra. O DEM, que já está criando dificuldades para a governadora tucana Yeda Crusius, vai para a disputa com o líder do partido na Câmara, Ônix Lorenzoni. Depois que perdeu para o PMDB o prefeito Dario Elias Berger, o PSDB pode disputar a prefeitura de Florianópolis com o deputado estadual Marcos Vieira ou com Dr. Juca. Já o DEM está jogando todas as fichas no deputado estadual César Filho, de 29 anos, que desponta em segundo lugar nas pesquisas eleitorais. Nordeste – Em Salvador, o PSDB espera fechar um acordo interno para lançar o ex-prefeito Antonio Imbassahy, que é forte na capital. E o DEM tenta ganhar espaço com o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, um quadro de destaque na Câmara Federal. Em outras capitais nordestinas, como Recife e Fortaleza, terra de Sérgio Guerra, o partido tucano está sem nomes. Em Maceió e Manaus, o PSDB não tem candidato. Na capital amazonense, o DEM vai concorrer com o ex-deputado Pauderney Avelino. Caso não lance candidato próprio em Fortaleza, o PSDB poderá apoiar a senadora Patrícia Saboya, do PDT, ou o candidato do DEM, Moroni Torgan. Em Recife, os tucanos vão se unir ao PMDB do gover-
nador Jarbas Vasconcelos, que deve lançar o deputado federal Raul Henry. O DEM, que pela primeira vez entra na corrida eleitoral como rival do PMDB e PSDB, vai com o ex-governador Mendonça Filho. A situação em Goiânia ainda está indefinida. O PSDB deve
lançar a deputada federal Raquel Teixeira, ligada ao senador Marconi Perillo. O DEM está discutindo a possibilidade de entrar no páreo com o ex-deputado Vilmar Rocha ou fazer uma aliança com o prefeito Íris Rezende, do PMDB, que vai disputar a reeleição. (AE)
Wilton Junior/AE
Candidatura de Alckmin pode romper a aliança entre PSDB e DEM
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Nacional Finanças Negócios Empreendedores
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Termina hoje o prazo para adesão ao Supersimples. Para participar, é preciso estar em dia com todos os tributos.
FORAM VENDIDOS 271 MILHÕES DE PCs EM 2007
Emprego formal cresce, mas renda cai.
O Emergentes elevam vendas de PCs
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ados da consultoria Gartner apontam que em 2007 foram vendidas 271,1 milhões de computadores (PCs), alta de 13,4% em relação ao ano anterior no mercado mundial. De acordo com os pesquisadores, está cada vez mais fácil comprar um computador pessoal. A conclusão é reforçada pelo fato de as compras nos mercados emergentes
representarem 50% dos negócios fechados em 2007. No Brasil, segundo a pesquisa, a queda do preço dos computadores, os incentivos fiscais e o câmbio favorável aumentaram as chances de as classes mais baixas terem acesso a outras tecnologias atreladas ao uso de PCs em casa, como a internet. As vendas de notebooks cresceram 183% em 2007.
Jean Aussi/AFP
Divulgação
Madonna é a cantora mais rica
A turnê Confessions é considerada a maior realizada pela popstar
ano de 2007 deve ser lembrado como um dos períodos de maior formalização do mercado de trabalho na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), de acordo com o coordenador da Fundação Seade, Alexandre Loloian. A taxa de desemprego na RMSP em dezembro ficou em 13,5%, a menor em dois anos. O aumento médio do número de profissionais assalariados com carteira de trabalho em 2007 foi de 6,8%, o quinto ano consecutivo de aumento. Já o número de assalariados sem carteira diminuiu 2,8% e interrompeu a elevação registrada nos três anos anteriores. Em termos monetários, a
M
adonna lidera o ranking Streisand. Ela ganhou US$ 60 das cantoras mais ricas do milhões durante a primeira mundo, de acordo com uma turnê desde que anunciou sua lista publicada pela revista aposentadoria, em 2000. Johnson & americana Forbes. Segundo a Em terceiro lugar, ficou a Johnson vai publicação, a estrela da música canadense Celine Dion, que aumentar a pop faturou distribuição de arrecadou US$ 45 analgésicos e Barbra Streisand - US$ 72 mi milhões US$ 72 antitérmicos da milhões de durante a marca Tylenol. Com Celine Dion - US$ 45 mi junho de temporada a linha, a empresa 2006 a de shows estima uma Shakira - US$ 38 mi junho de A New expansão de 15% 2007. Esta é Day, no nas vendas no Brasil. a primeira vez que a Forbes cassino Ceasar's Palace, em Las No ano passado, a divulga o ranking Cash Queens Vegas. Em quarto lugar, está a companhia of Music (Rainhas do Dinheiro cantora colombiana Shakira, faturou US$ 61,1 na Música). A revista selecionou que arrecadou US$ 38 milhões. bilhões, alta de as 20 cantoras mais bem pagas Para produzir o ranking, a 14,6% sobre 2006. da indústria fonográfica Forbes analisou os lucros com durante o período de um ano. vendas de ingressos em shows, Juntas, elas ganharam cerca de de discos e faturamento em US$ 420 milhões. Logo após itens como linhas de roupas, Madonna, em segundo lugar, perfumes e participação em Com AE, AG e Reuters. ficou a cantora e atriz Barbra campanhas publicitárias. Colaborou Geriane Oliveira.
Remédios
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L L L
OFERTA AMIGA – As ações do Société Générale subiram 4,3% após o presidente-executivo do banco, Daniel Bouton, afirmar em reportagem do jornal francês Le Figaro que está pronto para estudar uma oferta amigável para a venda da instituição.
remuneração média dos ocupados passou a equivaler a R$ 1.140 e a dos assalariados, a R$ 1.202, valores semelhantes aos registrados desde 2004, mas inferiores aos de anos anteriores. Em 2006, esses valores eram de R$ 1.144 e de R$ 1.210, respectivamente; e, em 2004, de R$ 1.134 e R$ 1.203. Em 1995, o rendimento médio era de R$ 1.667 e R$ 1.590; e o "fundo do poço", conforme designou o coordenador, foi em 2003: R$ 1.117 e R$ 1.188. "O que vemos é que o rendimento da população não tem acompanhado o andar da carruagem do mercado de trabalho", disse Loloian.
BÚSSOLA lugar um imóvel para a temporada de carnaval nas praias de litoral paulista custa entre R$ 90 e R$ 445,83 a diária. As opções mais baratas estão no Guarujá e Santos e, as mais caras, em Ilhabela e São Sebastião, segundo o Creci-SP.
A
aumento nos preços do frango no mercado internacional e o crescimento do volume de vendas fizeram a Sadia lucrar R$ 689 milhões em 2007.
O
ciranda@dcomercio.com.br
IGP-M alcança 1,09%
A
inflação medida pelo Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) até o dia 20 deste mês ficou em 1,09%, resultado ainda elevado, porém
inferior ao de dezembro, que foi de 1,76%. A perspectiva é de que a inflação acumulada em 12 meses, que foi de 8,38% até janeiro, continue alta no primeiro trimestre. (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 - ESPECIAL
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Wanderley Celestino/SPTuris
É aqui que o Brasil expõe, compra e se diverte Dois grandes centros de exposições Anhembi e Expo Center Norte - competem pelo título de maior espaço de eventos da América Latina. A cidade é a capital sulamericana de feiras de negócios
Q
uem vem para São Paulo atrás de eventos, como expositor ou visitante, ou apenas para se divertir, certamente vem para Santana. Entre a marginal do Tietê, logo depois da ponte das Bandeiras e do Clube Espéria por um lado, e do Campo de Marte, encontra-se o Complexo de Eventos do Anhembi - um imenso pavilhão (e outro, menor) para exposições e um auditório público. Bem ao lado, fica o Sambódromo do Anhembi, local destinado aos desfiles oficiais de escolas de samba, paradas cívicas e eventos similares. Para o lado Leste da marginal, fica o Expo Center Norte, que disputa com o Anhembi a condição de maior espaço coberto para eventos da América Latina. O Parque Anhembi ainda é o vitorioso: maior centro de eventos da América Latina, com 400 mil metros quadrados de área total e 65 mil metros quadrados de pavilhões. Sede de 30% dos eventos que ocor-
rem no Brasil e 55% dos eventos da região Sudeste do País. São mais de mil eventos por ano. A administração do Anhembi estima que, em cada ano, circulem pelo pavilhão de exposições mais de onze milhões de pessoas. Tem o maior estacionamento da cidade, com 7.500 vagas. Foi inaugurado em 1970 com o Salão do Automóvel. E ainda abriga um palácio de convenções com 2.519 lugares, o auditório Elis Regina (800 pessoas, para shows e teatro) e auditórios menores. O pavilhão tem três áreas em um único pavimento. Pode receber, portanto, até três eventos simultâneos. Conta também com a Central Anhembi de Órgãos Públicos (CAP), que abriga postos da Central de Engenharia de Tráfego, Delegacia de Atendimento ao Turista, Guarda Civil Metropolitana e Subprefeitura de Santana. É no Anhembi que ocorre a feira livre de automóveis, a maior do mundo no gênero: recebe cerca de 294 mil veículos e mais de 1,1 milhão de pessoas todos os anos.
O Anhembi é o maior centro de eventos da América Latina: estima-se que, a cada ano, circulem por ali mais de onze milhões de pessoas
Bem perto, no limite com a Vila Guilherme, fica o Expo Center Norte, anexo ao Shopping Center Norte, que oferece 62.436 metros quadrados de espaço para exposições e 6.500 vagas de estacionamento. Inaugurado em 1993, já recebeu 86.748 expositores em 665 eventos, com visita registrada total de mais de 21 milhões de pessoas. O complexo de exposições é composto por seis pavilhões e 13 auditórios. São Paulo dos eventos Dos dez milhões de visitan-
tes que a cidade recebe todos os anos, 73,5% vêm a negócios, de acordo com o São Paulo Convention & Visitors Bureau. A permanência desses turistas de negócios é de três dias em média, com gasto médio de R$ 207 por dia, mais ou menos o dobro de um turista de lazer. Capital sul-americana de feiras de negócios, São Paulo realiza 90 mil eventos por ano um evento a cada 6 minutos. Aqui, realizam-se 120 das 160 grandes feiras e exposições do País. O mercado é de R$ 2,4 bilhões por ano. Só pelos even-
tos, circulam 4,3 milhões de pessoas, entre profissionais e compradores - 45 mil compradores estrangeiros. Anhembi e Expo Center Norte refletem esse gigantismo. E como a tendência é de crescimento, tanto um como outro têm planos de expansão. A administração do Center Norte garante que investe continuamente para ampliar espaços e equipá-los com os mais modernos serviços e tecnologias. De acordo com a administração do Anhembi, um projeto ambicioso pretende acres-
centar mais 310 mil metros quadrados à área atual, com o que praticamente dobraria de tamanho. O projeto prevê a incorporação de uma parte do Campo de Marte e a construção de um segundo piso na área de exposições. Pretende incorporar ainda uma parte da área conhecida como Parque do Gato, do outro lado da Marginal Tietê. Para ligar os dois lados, seria erguida uma grande passarela sobre o rio, levando ao um novo espaço que se chamaria Cidade do Samba. (LCA)
Feito para o carnaval. Mas funciona o ano inteiro
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arte da estrutura do Parque do Anhembi, o Pólo Cultural e Esportivo Grande Otelo é o único espaço aberto da cidade com infra-estrutura de pista, arquibancadas, palco, camarotes, camarins e área para dispersão. É o Sambódromo de São Paulo pista de 530 metros de comprimento por 14 metros de largura, pouco menor do que o Sambódromo do Rio, que tem 590 metros por 13 de largura, e que existe desde 1984. O sambódromo paulista foi inaugurado em 1991 e a passarela leva o nome do grande sambista paulistano Adoniran Barbosa. Neste ano o sambódromo passou pela primeira reforma desde sua inauguração. A pedido das escolas de samba, a pista foi raspada, trincas reparadas, e a aplicação de uma nova cobertura, com tinta especial antiderrapante para realçar as cores das fantasias. Além disso, os postes de sustentação das caixas de som, ao longo da pista, foram recuados em 1,5 metro para melhorar a visibilidade do desfile para o público. Os fossos dos setores B e I, que separam a arquibancada da passarela, devem ser fechados, nivelando o piso com a pista. Tudo isso foi feito
Jefferson Pancieri/SPTuris
Sambódromo Adoniran Barbosa, reformas para receber o carnaval deste ano
praticamente em cima da hora, a ponto de Caio Carvalho, presidente da São Paulo Turismo SP Turis, que toma conta do Anhembi e do sambódromo, brincar com seu pessoal dizendo que tudo fica pronto uma hora antes do desfile. As reformas para o carnaval deste ano também incluem a ampliação em quase dez metros dos portões 26 e 27, atrás do Setor I, e a construção de rampas, para facilitar o acesso de pessoas em cadeiras de ro-
das. Em 2009, os outros portões da avenida Olavo Fontoura também serão adaptados, bem como o nivelamento de piso e pista. Só neste ano, a reforma custou R$ 2,8 milhões. Ao longo da pista, acomodam-se 26.246 pessoas sentadas. Nos diversos setores e arquibancadas, estão instalados ainda 138 camarotes, com tamanhos variados, que acomodam grupos de dez a 50 pessoas. A arquibancada monumental, para 7.749 pessoas
sentadas, fica em frente a um palco de 900 metros quadrados. Além das arquibancadas, a monumental possui dez camarotes em frente ao palco. Essa estrutura é usada não só para o Carnaval, mas para a parada cívico-militar de 7 de setembro, para festas de música eletrônica, shows de grandes ídolos da música internacional e até para um feira de carros antigos. O sambódromo não pára o ano inteiro. (LCA)
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
Eleições Planalto Congresso CPI
Brasil quer ajudar o país asiático de língua portuguesa a resolver problemas de segurança e defesa
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Ed Ferreira/AE
José Ramos Horta e Lula: encontro para estreitar relação com o Timor
governo brasileiro pretende renovar até 2010 um programa de cooperação educacional no Timor. Atualmente 50 professores brasileiros auxiliam docentes daquele país no ensino da língua portuguesa. Já o presidente do Timor Leste ressaltou em seu discurso que o país dele quer romper o ciclo de vingança, referindo-
STF pede informações sobre lei de sigilo bancário
A
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, pediu à Presidência da República, ao Congresso e à AdvocaciaGeral da União (AGU) informações sobre a Lei Complementar 105, que fundamentou a instrução normativa baixada pela Receita Federal para obrigar
os bancos a transmitirem ao Fisco os dados das movimentações financeiras de empresas e pessoas físicas que, em seis meses, superarem R$ 10 mil e R$ 5 mil, respectivamente. Ellen Gracie deu um prazo de dez dias para que a Presidência e o Congresso se manifestem. O STF analisa a constitucionalida da quebra do sigilo. (AE)
se ao período em que o Timor Leste foi dependente da Indonésia. "Não queremos alimentar novos ciclos de violência", disse. Ramos Horta ainda lembrou o governo do ditador Suharto, na Indonésia, acusado de reprimir e matar lideranças timorenses e morto recentemente, por motivo de doença. "O povo timorense sabe
perdoar quem muito o feriu. Hoje buscamos o desenvolvimento econômico e a redução da pobreza", disse . Vi a ge n s – Ainda ontem, o presidente autorizou o ministro da Cultura, Gilberto Gil, a fazer duas viagens ao exterior em fevereiro: uma à Espanha, a serviço, do dia 12 ao dia 14, e uma ao Canadá e aos Estados Unidos, para tratar de assuntos particulares, no período de 15 a 21. A autorização está em despacho presidencial publicado no Diário Oficial da União. O chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, também foi autorizado a sair do país. Na Espanha, Gil vai participar da abertura oficial da Feira de Arte Contemporânea e da solenidade de lançamento do Ano Iberoamericano de Museus. Em Genebra, na Suíça, Dulci deverá participar de reunião do Conselho da Universidade para a Paz (Upaz), da ONU. (AE)
Celso Junior / AE - 27.08.07
Ellen Gracie pede esclarecimentos sobre LC 105 da Receita Federal
Lobão Filho toma posse no Senado
Aqui você encontra o DC
R. Tuiuti, frente ao nº 1773
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Ele é investigado pelo Ministério Público do Maranhão por suspeita de ser sócio oculto da distribuidora de bebidas Itumar, que teria sonegado R$ 42 milhões em 2000. Antes mesmo de assumir, ameaçado de expulsão do DEM (ex-PFL), decidiu se desfiliar da legenda e está sem partido. Pelas normas do Congresso, não são impeditivas acusações referentes a atos anteriores à posse no mandato, o que lhe permitiu assumir. (AE)
SECRETARIA DA SAÚDE DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3 ABERTURAS DE LICITAÇÃO Encontram-se abertos no Gabinete, os seguintes pregões: PREGÃO PRESENCIAL 026/2008-SMS.G, processo 2008-0.005.230-3, destinado ao registro de preço de fórmula infantil à base de proteína isolada de soja, para a Seção Técnica de Estoque Central, SMS-34/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 11h00min do dia 19 de fevereiro de 2008, a cargo da 4ª CJL/SMS, Comissão de Julgamento de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO PRESENCIAL 020/2008-SMS.G, processo 2007-0.359.416-4, destinado ao registro de preços de anestésicos, antidepressivo e anticonvulsivante, para a Seção Técnica de Estoque Central, SMS-34/Área Técnica de Medicamentos, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 14h00min do dia 22 de fevereiro de 2008, a cargo da CPL/SMS, Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde. Os documentos referentes ao credenciamento, os envelopes contendo as propostas comerciais e os documentos de habilitação das empresas interessadas, deverão ser entregues diretamente aos pregoeiros das respectivas comissões de julgamento, acima relacionadas, no momento da abertura da sessão pública de pregão. Os editais dos pregões acima, poderão ser consultados e/ou obtidos pelo sítio da PMSP, no endereço: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, ou, no gabinete da Secretaria Municipal de Saúde, local de realização dos pregões, na Rua General Jardim, 36 - 3º andar Vila Buarque - São Paulo/SP - CEP 01223-010, mediante o recolhimento de taxa referente aos custos de reprografia do edital, através do DAMSP, Documento de Arrecadação do Município de São Paulo. 4ª COMISSÃO DE JULGAMENTO DE LICITAÇÕES PREGÃO PRESENCIAL 006/2008-SMS.G COMUNICADO DE SUSPENSÃO 2007-0.349.191-8 - Tendo em vista a necessidade de alterações das especificações que regem o Pregão Presencial 006/2008-SMS.G, cujo objeto é o registro de preços de Sonda Gástrica de Levine Curta e Longa, a 4ª CJL/SMS, COMUNICA, a todos os interessados, que fica suspensa a sessão pública de abertura do referido certame, anteriormente designada para o dia 11/02/2008, às 11 horas. Oportunamente, novo edital e nova data para abertura do certame serão divulgados.
Eymar Mascaro
Rédea curta
G
eraldo Alckmin está convencido de que, se o PSDB não lançar candidato próprio à Prefeitura de São Paulo, permitirá o crescimento do PT na Capital. Apesar de se comportar como pré-candidato, o exgovernador ainda não decidiu se disputará a eleição. Alckmin prometeu dar a palavra final em março. A Prefeitura paulistana está sendo cobiçada por Alckmin, Marta Suplicy (PT) e Gilberto Kassab (DEM), candidato à reeleição. Os partidos consideram a Prefeitura peça fundamental na campanha presidencial de 2010. Hoje, a Capital concentra oito milhões de votos, mas em 2010 o número de eleitores deve chegar a dez milhões.
IMPORTÂNCIA Os aliados de Alckmin não aceitam que o PSDB fique sem candidato próprio à Prefeitura. O grupo ainda não acolheu o apelo do governador José Serra, para que os tucanos apóiem a reeleição de Kassab. Só assim, os democratas apoiariam o candidato do PSDB a presidente.
RETRIBUIÇÃO Convicto de que será o candidato do partido ao Planalto, José Serra não admite ficar sem o apoio do DEM. O governador paulista sustenta a tese de que os dois partidos devem se coligar nas eleições de 2008 e 2010. Unidos, Serra acha que o PSDB pode voltar ao poder em Brasília.
REELEIÇÃO
DE PAI PARA FILHO
suplente de senador Edison Lobão Filho assumiu ontem o mandato em lugar do pai, Edison Lobão, que se licenciou ao assumir o cargo de ministro de Minas e Energia. Como o Congresso está de recesso até depois do carnaval, a cerimônia ocorreu no gabinete do presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN). O novo senador assume sob acusações de envolvimento em diversas irregularidades.
O povo timorense sabe perdoar quem muito o feriu. José Ramos Horta
EDISON LOBÃO FILHO JÁ É SENADOR
Lula oferece apoio ao Timor presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem em almoço com o presidente do Timor Leste, José Ramos Horta, no Itamaraty, que o governo brasileiro quer ajudar o país asiático a resolver problemas de segurança e defesa. Em discurso, Lula ressaltou que o Brasil pode ajudar o Timor Leste no estabelecimento de estrutura de justiça militar e na ampliação de um programa de cooperação militar. Lula lembrou do diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, morto no Iraque, que teve participação nas negociações para o processo de independência do Timor e avaliou que o país de língua portuguesa está em pleno processo de consolidação democrática. Democracia – No ano passado, o Timor Leste realizou as primeiras eleições parlamentares e presidenciais, desde que se tornou independente. Lula também ressaltou que o
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Leopoldo Silva/Agência Senado
O prefeito Gilberto Kassab também trabalha pela manutenção da coligação PSDB/DEM. Kassab é candidato à reeleição e espera disputar a eleição com o apoio tucano. Os democratas consideram inoportuna a candidatura de Alckmin, que só interessa ao PT, dizem os aliados de José Serra.
Servidores públicos afastam ameaça de greve
A
possibilidade de que o funcionalismo federal entre em greve por aumento salarial diminuiu, pelo menos até 24 de fevereiro. De acordo com o presidente da Confederação Nacional de Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Josemilton Costa, na reunião que teve no último dia 23 com o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvainer Paiva Ferreira, ficou evidente a disposição do governo de cumprir os acordos de revisão salarial firmados no ano passado. Dentre as medidas citadas pelo Planalto para sanar o rombo no Orçamento da União causado pelo fim da CPMF, estava o corte de gastos em R$ 20 bilhões, que incluiria o fim dos reajustes para servidores programados para 2008. "O governo sinalizou com a disposição de cumprir os acordos. Por enquanto, não há greve", reiterou Costa. As negociações com o Planejamento continuam: a direção do Condsef se
reuniria ontem à noite com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, na esperança de que se confirmasse a tendência da última reunião. No dia 21 de fevereiro haverá a última rodada de negociações com Ferreira. Além das reuniões com o ministério, a entidade terá também um encontro, em 19 de fevereiro, com outras duas entidades representativas do funcionalismo federal, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco) e o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN). Nele, o esforço das entidades se concentrará em desenvolver uma agenda única de trabalho em relação ao aumento dos salários já acordados. Depois disso, o Condsef se reunirá em plenária, nos dias 23 e 24 de fevereiro. Caso os acordos não prosperem, pode ficar decidido, finalmente, o início da greve. "Tentaremos evitar, mas, caso o governo recue, há possibilidade de greve", avisa Costa. (AE)
SENADOR O PTB está mais adiantado do que o PMDB, porque pode lançar a candidatura de Romeu Tuma. O sonho do senador é disputar a eleição de prefeito. Foi por esse motivo que Tuma trocou o DEM pelo PTB. Além disso, Tuma tem garantia de legenda para concorrer à reeleição em 2010.
RACHA Um dos aliados do PT, no plano federal, o PDT está com a candidatura de Paulinho, da Força Sindical, na praça. Mesmo que na hora "H" não seja candidato, Paulinho ameaça apoiar Alckmin. O lançamento de candidato próprio vai obrigar o PDT a deixar a administração de Kassab.
ENCONTROS Alckmin, por enquanto, não aceita a sugestão de Serra, para que se candidate ao governo do Estado em 2010. O ex-governador comenta com amigos que se cansou de ficar sem mandato e que 2010 está longe demais. Serra acha que Alckmin se elegerá tranqüilamente ao governo estadual.
ADVERSÁRIO Cerco inútil: acusações não impediram posse de Edison Lobão Filho
candidato, como defende a união dos aliados em torno da candidatura petista. O presidente não está gostando das ameaças do PMDB e PTB de lançarem candidatos próprios. Até agora, porém, o PMDB não "descobriu" um bom candidato.
O argumento do grupo ligado a Alckmin é que, se o PSDB não apresentar candidato próprio, o PT "deita e rola". Mas as pesquisas indicam que Kassab tem condições de derrotar o PT no segundo turno, sobretudo se contar com o apoio dos tucanos.
CERTEZA Para os aliados do exgovernador, não existem dúvidas sobre a candidatura de Marta Suplicy. Para eles, o PT vai lançar seu melhor nome, porque a meta do partido é reconquistar a Prefeitura da Capital. Marta está bem situada nas pesquisas, ao lado de Alckmin e Kassab.
CERTEZA O ex-presidente Fernando Henrique já assumiu posição favorável à reeleição de Kassab. Tanto é que subiu no palanque do prefeito, durante a inauguração de uma estação de trem na Capital, onde também estava o governador José Serra. FHC negou, no entanto, que tenha comparecido para apoiar o prefeito.
ALIADOS Lula não só exige que o PT lance o seu melhor
CANDIDATURA Outros dois aliados de Lula, PSB e PCdoB, também ameaçam lançar candidatos a prefeito. O PSB pode sair com Luiza Erundina, principalmente se Marta Suplicy não for candidata pelo PT. Enquanto isso, os comunistas ensaiam o lançamento do deputado Aldo Rebelo.
IMPOSTO Dilma Rousseff reafirma que o governo não vai incluir no projeto de reforma tributária a recriação da CPMF. O 'imposto do cheque' seria recriado para inibir os sonegadores.
CÂMARA Mas o líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana, pode tomar a iniciativa de recriar a CPMF. O deputado exime o governo de responsabilidade pela iniciativa. Pode ser proposta uma alíquota de 0,2% por cheque emitido.
RECURSO Para a OAB, a proposta do governo que obriga os bancos a quebrar o sigilo dos correntistas é inconstitucional. A entidade enviou recurso junto ao STF e conta com a concordância do ministro Marco Aurélio Mello.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Empresas Finanças Nacional Empreendedores
DIÁRIO DO COMÉRCIO
7 Mauricio Lima/AFP
Embargo à exportação vai elevar oferta no mercado interno
CLIMA AFETA PREÇOS DE HORTIFRÚTI
A UE, MAIOR COMPRADORA DO BRASIL, COM 31,6% DO TOTAL, FAZ MAIS EXIGÊNCIAS SANITÁRIAS À IMPORTAÇÃO.
EMBARGO À CARNE DEVE DURAR 60 DIAS
A
União Européia (UE) interrompeu ontem as importações de carne do Brasil, depois que entraram em vigor novos requisitos sanitários. Segundo o comissário da Saúde europeu, Markos Kyprianou, nenhuma empresa exportadora brasileira cumpre essas regras. A UE passou a exigir a rastreabilidade total do gado para comprar o produto nacional, devido à incidência de febre aftosa no País há dois anos. A região é a principal importadora de carne do País, com 31,6% do total. Como houve uma discordância entre os governos brasileiro e europeu sobre o número de fazendas liberadas para exportar à UE, nenhuma propriedade conseguiu autorização sob as novas regras. Apenas cerca de 300 fazendas brasileiras, ou 3% do total das unidades, deveriam receber permissões para exportar aos 27 países integrantes do bloco europeu, segundo interpretação do comissário de Saúde, mas o Brasil enviou uma lista com 2.861 unidades consideradas habilitadas. A UE enviará técnicos ao Brasil para vistoriar as fazendas. Diante da divergência, segundo Kyprianou, ainda não há uma lista com as fazendas com permissão de vender gado para os frigoríficos brasileiros que exportam para a UE. O comissário afirmou, no entanto, que oficialmente não se trata de um proibição. Segundo ele, em breve as empresas brasileiras devem enviar as garantias necessárias para obter a autorização das autoridades européias e serão incluídas na lista positiva. R ea çã o – O Ministério da Agricultura divulgou nota oficial na qual considera "injustificável e arbitrária" a decisão da
UE . "O governo brasileiro mantém a posição de que a medida é desnecessária, desproporcional e injustificada, à luz dos problemas identificados no sistema de rastreabilidade e da comprovada ausência de risco à saúde humana e animal." O documento, emitido pelo gabinete do ministro Reinhold Stephanes (Agricultura), informou ainda que estão suspensas as emissões, a partir de amanhã, dos Certificados Sanitários Internacionais (CSIs) para as exportações de carne in natura ao bloco econômico. O documento foi elaborado em conjunto com o Ministério das Relações Exteriores e relata que o Brasil apresentou a lista de propriedades capacitadas a exportar carne à UE no último dia 28. O ministério informa que o serviço sanitário da Comissão Européia virá ao Brasil no próximo dia 25 "para auditar o sistema e o trabalho realizado pelo serviço oficial brasileiro" e selecionar as propriedades que poderão exportar a carne ao bloco econômico. A decisão da UE provocou queda nos preços do boi gordo no mercado futuro e poderá acelerar o ligeiro recuo das cotações ao consumidor, que já começou a ocorrer neste mês, com o fim da entressafra. O embargo poderá reduzir de US$ 160 milhões a US$ 180 milhões a receita de exportações do País. A estimativa é do presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Marcus Vinícius Pratini de Moraes. O cálculo considera a manutenção do embargo por 60 dias. "Acredito que nesse período as autoridades dos organismos de defesa sanitária da Europa e do Brasil devem chegar a um acordo", avalia. "Se demorar mais, aí a situação vai se complicar." (Agências)
François Renoir/Reuters
Começa feira de imagem digital em Las Vegas Ana Maria Guariglia (Enviada especial)
A Markos Kyprianou, da UE: só 300 fazendas brasileiras podem vender.
Verduras podem ficar mais caras com a chuva Kelly Ferreira
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s preços dos produtos hortifrútis, principalmente os que têm um ciclo curto de cultivo, como o tomate e o alface, deverão ficar mais caros na próximas semanas. A causa é a chuva excessiva – apesar de ela estar dentro da média para o mês, houve dias com maior concentração. A uva também pode ter alta por causa da chuva, uma vez que a umidade favorece o aparecimento de doenças. "O aumento dos preços pode chegar ao consumidor final na próxima semana. O reflexo da perda da produção não é instantâneo. Além do preço, produtos como tomate e alface poderão ter tamanho reduzido e qualidade pior. Por enquanto, não é possível prever de quanto será esse aumento", disse Eder Pinatti, do Instituto de Economia Agrícola (IEA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. A opinião de Pinatti é compartilhada pelo economista da Companhia de Entrepostos e
Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), Flávio Godas. "Por enquanto, não houve aumento de preço. Isso deve acontecer nas próximas semanas", disse. De acordo com a pesquisadora de agronometeorologia do Instituto Agronômico da Secretaria da Agricultura, Angélica Perla Pantano, a situação pode piorar porque a previsão é de mais chuva até o final da semana. "Se chover, mas a temperatura ficar alta, a perda dos produtores será menor. Mas a combinação temperatura baixa e chuva não é boa para os hortifrútis. Por causa da baixa radiação, os produtos não crescem muito, a oferta diminui e o preço aumenta." Segundo levantamento da Secretaria de Agricultura, nesta semana o preço do tomate caiu, de R$ 35 por caixa, para o produtor, para até R$ 10,50. Uma reviravolta nas cotações pode ocorrer por descompasso na produção: a colheita foi acelerada no período de meados de novembro até uma semana antes do Natal, e na segunda semana de janeiro faltou mercadoria.
PMAI, Photo Marketing Association International, grande feira de imagem digital começa hoje em Las Vegas, na costa oeste dos EUA, tendo como destaque a primeira impressora profissional a usar tinta em vez de químicos para imprimir fotos (dry printer). É a M300 Pro Inkjet Printer, a quarta geração de impressoras da indústria japonesa Noritsu, líder mundial no segmento. Tina Tuccillo, vice-presidente de Marketing de Estratégia e Planejamento de Produtos, disse que a idéia nasceu em 2003, mas só agora foi possível concretizá-la. "Vejo a impressão a seco como um progresso natural de nossas impressoras, uma vez que somos pioneiros nessa tecnologia." Sete cores – A reprodução é feita por um sistema de gradação de sete cores e, segundo a empresa, o papel de impressão é totalmente à prova d'água. A M300 faz 325 impressões por minuto, independentemente do tamanho. No modelo 10 X 15 cm, o mais comum das fotos digitais, o preço de cada cópia será em torno de US$ 0,19, bem mais em conta que a impressão química, por cerca de US$ 0,35. O preço sugerido da M300 é de US$ 20 mil. (www.noritsu.com). Outro destaque é a câmera reflex digital da Sony,
sucessora da Alpha 100, a Alpha 200. Vem equipada com um sensor de 10,2 megapixeis, monitor de cristal líquido (Liquid Crystal Display em inglês) de 2,7 polegadas ante as 2,5 polegadas da Alpha 100, um visor óptico que cobre 95% da área de captura e uma sensibilidade máxima de 3.200 ISSO. As reflex são as mais cobiçadas por fotógrafos e amantes de imagens digitais, com mais resolução e objetivas que podem ser trocadas para cada finalidade. O kit inclui a câmera e objetiva DT 18-70mm f3.5-5.6 3, com zoom de 9 vezes, com preço em torno de US$ 700. O modelo estará à venda a partir do próximo mês (www.sonystyle.com/retail). Hoje, as reflex integram o segmento que mais cresce no mercado de câmeras digitais. A Sony tem sede em Tóquio e é a segunda maior fabricante mundial de produtos desse tipo, atrás apenas da Canon, também japonesa. A feira da PMAI, no Convention Center de Las Vegas, que acaba no próximo sábado, deverá receber 250 mil visitantes, que vão conhecer as novidades digitais de mais de 300 expositores norte-americanos e internacionais. Os segmentos digitais não só agitam as áreas da tecnologia como movimentam um mercado de mais de US$ 80 bilhões por ano. (A jornalista Ana Maria Guariglia está em Las Vegas a convite da Nikon, Elgin, DigiPix, Noritsu do Brasil e Olympus.)
COMUNICADO
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
Abertura de Licitação Site: www.riopreto.sp.gov.br. Modalidade: Concorrência de Preços nº 003/2008. Objeto: Contratação de empreitada de mão-deobra com fornecimento de materiais para execução de correções pontuais do pavimento asfáltico com c.b.u.q, execução de serviços da base com brita graduada, recomposição da sarjeta, recomposição do sub-leito, nas ruas e avenidas da cidade de S.J.R.Preto/SP. Limite p/entrega dos envelopes 03/03/2008 às 17:00h e abertura dia 04/03/2008 às 08:30h. PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SANTA GERTRUDES
Edital Resumido da Tomada de Preços 02/2008 A Prefeitura do Município de Santa Gertrudes, com Paço Municipal à Rua 01A, 332, Centro, Santa Gertrudes/SP, torna público, para conhecimento de interessados, que acha-se aberta a Tomada de Preços 02/2008, que objetiva a contratação de empresa para prestar serviços de exames laboratoriais junto à Secretaria de Saúde. O edital completo poderá ser retirado das 8:00 às 11:30 e das 13:00 às 16:00 horas, de segunda a sexta-feira, mediante o recolhimento da taxa de R$ 20,00 (vinte reais). Será exigido o cadastramento prévio. Os envelopes com a documentação e a proposta deverão ser protocolados no Paço Municipal até às 9:30 horas do dia 22/02/2008 sendo que a abertura dos mesmos será neste mesmo dia às 10:00 horas. Santa Gertrudes/SP, 30/01/2008. Juliana Meyer - Presidente da Comissão de Licitações. PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SALTINHO
EDITAL RESUMIDO DA TOMADA DE PREÇOS Nº: 03/2008 A Prefeitura do Município de Saltinho torna público, para conhecimento de interessados, que se acha aberta a Tomada de Preços Nº: 03/2008, para o fornecimento parcelado e a pedido de 20.000 ton (vinte mil toneladas) de lajão britado para reparos de estradas rurais do Município de Saltinho, pelo tipo “menor preço”. A documentação e a proposta financeira deverão ser entregues até às 08:20 horas do dia 21 de fevereiro de 2008. A abertura dos envelopes dar-se-á neste mesmo dia às 08:30 horas. A pasta contendo o edital e os anexos será gratuita e está à disposição dos interessados à Avenida 7 de setembro, 1.733, Centro, Saltinho/SP, nos horários das 8:00 às 11:00 e das 13:00 às 16:00 horas, de segunda a sexta-feira. Poderão ser feitos contatos pelo telefone (19) 3439-1141. Não serão enviados editais e anexos por via postal ou correio eletrônico. Exigir-se-á cadastro prévio dos interessados até o dia 18 de fevereiro de 2008. O Edital está disponível para consultas no site www.saltinho.sp.gov.br. Saltinho/SP, 30 de janeiro de 2008. Wanderlei Moacyr Torrezan - Prefeito Municipal HOLD PARTICIPAÇÕES S/A
CNPJ nº 04.506.370/0001-56 Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 14 de dezembro de 2004. Data: 14/12/2004 às 10 horas. Local: Sede social, na Rua Dr. Miguel Couto, 53, 10º andar, conj. B, São Paulo/SP. Presença: Totalidade dos acionistas. Mesa: Presidente: José Vasconcelos de Alencar. Secretário: José Nonato Freire de Sena. Ordem do dia: Redução do capital social por julgá-lo excessivo, conforme disposto no “Caput” - Art. 173 - Lei 6.404/76, mediante reembolso de recursos ao Acionista. Deliberação: Após os esclarecimentos de que a redução do capital não importará no cancelamento de ações, vez que as ações não possuem valor nominal e que não haverá dessa forma modificações no controle acionário, foi aprovada por unanimidade, a redução do capital social em R$ 400.000,00, passando de R$ 878.000,00 para R$ 478.000,00, representado por 878.000 ações, sendo 292.667 ordinárias e 585.333 preferenciais, todas nominativas, sem valor nominal. Assim, o art. 5º do Estatuto Social passa a ter a seguinte redação “Art. 5º - O capital é de R$ 478.000,00, dividido em 878.000 ações, sendo 292.667 ações ordinárias e 585.333 ações preferenciais, todas nominativas e sem valor nominal. Aprovada também a consolidação do Estatuto Social. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, depois de lavrada, a presente ata foi aprovada e assinada pelos acionistas, dando-se por encerrada a AGE. Assinaturas: Presidente: José Vasconcelos de Alencar. Secretário: José Nonato Freire de Sena. Acionistas Presentes: George Samuel Antoine e José Nonato Freire de Sena. Certifico que a presente é cópia fiel extraída do Livro de Atas das Assembléias Gerais - São Paulo (SP) 14/12/2004. José Nonato Freire de Sena - Secretário da Assembléia. José Vasconcelos de Alencar - Presidente da Assembléia. George Samuel Antoine - Acionista.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
FDE AVISA: PREGÃO (PRESENCIAL) Nº 21/0123/08/05 OBJETO: OPERAÇÃO DO SERVIÇO TELEFÔNICO FIXO COMUTADO – STFC, DESTINADO AO TRÁFEGO DE CHAMADAS LOCAIS, DE LONGA DISTÂNCIA (NACIONAL E INTERNACIONAL) E SERVIÇO 0800 ENTRE A FDE E A REDE PÚBLICA DE TELEFONIA COM FORNECIMENTO DE PABX IP. A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação para operação do Serviço Telefônico Fixo Comutado – STFC, destinado ao tráfego de chamadas locais, de longa distância (nacional e internacional) e serviço 0800 entre a FDE e a rede Pública de Telefonia com fornecimento de PABX IP. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 31/01/2008, na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – CEP 01121-900 – São Paulo/ SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. O credenciamento do representante das proponentes e o recebimento dos Envelopes “Proposta” e “Documentos de Habilitação” ocorrerão na sede da FDE, no endereço acima mencionado, às 09:30 horas do dia 15/02/2008. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente
SIFRA S/A CNPJ n° 04.455.612/0001-20 - NIRE n° 35.300.184.904 Extrato Ata de AGE Realizada em 30 de Novembro de 2007 1. Data, hora e local: 30 de novembro de 2007, às 9:00 hs., na sede social, na Avenida Eusébio Matoso, n° 690, conjunto 19, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo. 2. Presença: Presentes os acionistas representando a maioria absoluta do capital social. 3. Mesa de Trabalhos: Presidente - Luis Geraldo Schonenberg - Secretária - Lucia Margarida Zingg. 4. Convocação: Anúncio de Convocação publicado nas edições dos dias 22, 23 e 24 de novembro de 2007 do D.O.E. e 22, 23 e 26 de novembro de 2007 do Jornal Diário do Comércio. 5. Deliberações tomadas por unanimidade: a) distribuição de resultados aos titulares de ações ordinárias; b) aumento do capital social para R$ 27.000.000,00, mediante a emissão de 10.000.000 de ações ordinárias nominativas e de 4.000.000 de ações preferenciais nominativas de Classe B, inconversíveis em outra forma, sem direito a voto. JUCESP registro n° 3.416/08-2 em 9/1/08 - Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.
BRASMETAL WAELZHOLZ S.A. INDÚSTRIA E COMÉRCIO, com sede na Rua Goiás, 501 - Vila Oriental - Diadema - SP, CNPJ n° 43.798.594/0001-30, comunica o extravio por roubo da 1ª, 3ª e 4ª vias de sua Nota Fiscal série 1 n° 285.982 emitida em 15/01/2008, conforme Boletim de Ocorrência n° 104/08 lavrado em 16/01/2008 no 2° D.P. de Jundiaí - SP. (29,30,31/01/2008)
Televisão Cidade S.A. CNPJ/MF Nº 01.673.744/0001-30 - NIRE 35.300.170.504 Edital de Convocação - Assembléia Geral Extraordinária Ficam convocados os srs.acionistas da Televisão Cidade S.A., para se reunirem em A.G.E., a se realizar às 10 hs do dia 13/02/08, na sede social da Cia, localizada na Cidade de São Paulo-SP, na Av. Maria Coelho Aguiar, 215, Bloco B, 5º andar, Jardim São Luis, para deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: (i) eleição e reeleição, conforme o caso, dos membros do Conselho de Administração da Cia e respectivos Suplentes; (ii) re-ratificação da Ata de A.G.E. da Cia, realizada em 12/06/06; e (iii) outros assuntos de interesse geral da Cia. SP, 28/01/08. João Carlos Saad-Presidente do Conselho de Administração. (29,30,31)
BMB PARTICIPAÇÕES S/A CNPJ/MF nº 05.670.941/0001-56 – NIRE nº 35.300.195.655 Ata da Assembléia Geral Ordinária realizada em 25 de abril de 2007 Data, Hora e Local: 25/04/2007, às 10:00 horas, na sede social da companhia. Quorum de Instalação: Presentes acionistas detentores de mais de 2/3 das ações representativas do capital social, conforme assinaturas e anotações apostas no Livro de Presença e Diretores da Sociedade. Composição da Mesa Diretora dos Trabalhos: Hélio de Athayde Vasone, Presidente da Assembléia e Dra. Wanda Gomes Carneiro, Secretária da Assembléia. Aviso aos Acionistas: Publicado nos jornais Diário Oficial do Estado de São Paulo e no Diário de Comércio, ambos nas edições dos dias 13,14 e 15/03/2007. Edital de Convocação: Publicado nos jornais Diário Oficial do Estado de São Paulo e no Diário de Comércio, ambos nas edições dos dias 17,18 e 19/04/2007. Ordem do Dia: A) Relatório da Administração, Balanço Patrimonial, Demonstrações Contábeis e Notas Explicativas referentes ao exercício social encerrado em 31/12/2006; B) Destinação do Resultado do Exercício; C) Ratificação dos atos e resoluções praticados pela Diretoria; D) Eleição da Diretoria; E) Outros assuntos de interesse da sociedade. Deliberações: (Item A) Aprovados, sem restrições, Relatório da Administração, Balanço Patrimonial, Demonstrações Contábeis e Notas Explicativas correspondentes ao exercício social encerrado em 31/12/2006, anteriormente apresentados aos senhores acionistas. Os mencionados documentos contábeis, deixaram de ser publicados em decorrência do patrimônio liquido da sociedade estar abaixo de R$ 1.000.000,00 (Hum milhão de reais), conforme dispositivos contidos na atual redação do artigo 294 da lei nº 6404 de 15/12/1976. Em decorrência do exposto, os citados documentos serão devidamente registrados e arquivados, juntamente com a presente ata, na Junta Comercial do Estado de São Paulo. Permanece inalterado o Capital Social e o mesmo deixa de ser atualizado pela correção monetária, atendendo ao disposto na Lei nº 9249 de 26/12/1995, a qual, dentre outras determinações, eliminou a partir de 1996, a adoção de qualquer sistema de correção monetária para fins fiscais e societário; (Item B) Aprovada a transferência para a conta de “Prejuízos Acumulados” da importância de R$ 2.468.285,13 (Dois milhões, quatrocentos e sessenta e oito mil, duzentos e oitenta e cinco reais e treze centavos) provenientes do resultado positivo apurado no exercício social de 2006; (Item C) Ratificados todos os atos e resoluções praticados pela Diretoria concernentes ao exercício social encerrado em 31/12/2006; (Item D) Reeleita, com mandato estatutário de 2 (dois) anos, a Diretoria: Diretor Presidente, Hélio de Athayde Vasone, brasileiro, casado, Diretor de Empresas, portador da cédula de identidade RG nº 1.918.514 SSP-SP, e inscrito no CPF/MF sob nº 004.584.068-72, residente e domiciliado em São Paulo/SP. Diretor Superintendente: Dr. Ruy Marco Antonio, brasileiro, casado, médico, portador da cédula de identidade RG nº 2.322.483 SSP-SP e inscrito no CPF/MF sob nº 303.709.498-20, residente e domiciliado em São Paulo/SP. Diretora Administrativa: Maristela Rodrigues Marco Antonio, brasileira, casada, Administradora de Empresas, portadora da cédula de identidade RG nº 3.034.539/X SSP-SP e inscrita no CPF/MF sob nº 146.672.778-07, residente e domiciliado em São Paulo/SP. Diretor Comercial: Alceu Rodrigues Vasone, brasileiro, casado, Administrador de Empresas, portador da cédula de identidade RG nº 11.000.676-8 e inscrito no CPF/MF sob nº 116.209.478-89, residente e domiciliado em São Paulo/SP. Declaração de Desimpedimento e Posse: Os Diretores declaram expressamente, que não estão incursos em quaisquer dos crimes previstos em legislação vigente ou nas restrições legais que possam impedi-Ios de exercer a atividade mercantil. Ato contínuo assinaram o termo de posse lavrado no Livro de Atas de Reunião de Diretoria; (Item E) Oferecida a palavra a quem dela quisesse fazer uso para outros assuntos de interesse da sociedade, não houve nenhuma manifestação. Observações Finais: 1) Ata lavrada pelo sumário dos fatos ocorridos e das decisões tomadas. 2) Deliberações aprovadas por unanimidade de votos, abstendo-se de votar os legalmente impedidos. 3) Ficam arquivados na sede da companhia os documentos citados. Encerramento: Ata lavrada, lida, aprovada e assinada para o devido registro e arquivamento na Junta Comercial do Estado de São Paulo e posterior publicação na forma da lei. São Paulo, 25/04/2007. (aa) Hélio de Athayde Vasone: Presidente da Assembléia. Dra. Wanda Gomes Carneiro: Secretária da Assembléia. Acionistas: 1) p/ Zar Participações e Empreendimentos Ltda.: Maristela Rodrigues Marco Antonio e Marilena Rodrigues Vasone; 2) Hélio de Athayde Vasone; 3) Dr. Ruy Marco Antonio; 4) Maristela Rodrigues Marco Antonio; 5) Alceu Rodrigues Vasone; 6) Wanda Gomes Carneiro. Certidão Jucesp: nº 211.153/07-2 em 01/06/2007. Cristiane da Silva F. Corrêa: Secretária Geral.
BRASIL ASSISTÊNCIA S.A. CNPJ/MF n° 68.181.221/0001-47 - NIRE 35300134273 Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 20/12/2007 (1) Local e Hora: Dia 20 de dezembro de 2007, às 15:00 h, na sede social da Companhia, em Barueri-SP, na Alameda Mamoré, n° 989, 6º andar. (2) Convocação: Dispensada em razão da presença de todos os acionistas da Companhia, nos termos do § 4° do artigo 124 da Lei n° 6.404/76. (3) Presença: Todos os acionistas, conforme se verificou na lista de presença anexa à presente ata. (4) Mesa: Assumiu a Presidência o Sr. Antonio Carlos Coelho Campino que nomeou ao Sr. Antonio Clemente Campanário para secretariar a Assembléia. Ordem do Dia: (i) Redução do Capital Social da Sociedade e conseqüente alteração do artigo 5º do Estatuto Social.(ii) Alteração do artigo 10 do Estatuto Social referente a Reuniões do Conselho Administrativo e (iii) Alteração do artigo 17 do Estatuto Social referente a Assinatura de Cheques da Companhia. (6) Deliberações: Instalada a Assembléia, resolveram os acionistas, por unanimidade de votos: (i) Aprovação da Redução do Capital Social no valor de R$ 8.000.000,00 equivalente a 3.092.182 Euros mediante a redução de 2.811.042 ações ordinárias, todas nominativas e sem valor nominal, pela acionista Mapfre Asistencia Cia Internacional de Seguros y Reaseguros. Os demais acionistas renunciam ao direito de subscrição passando o Capital da Sociedade de R$ 27.635.074,02 para R$ 19.635.074,02. Por conseqüência, o “caput” do artigo 5º do Estatuto Social, passa a vigorar com a seguinte redação: “Artigo 5º - O capital social é de R$ 19.635.074,02, dividido em 6.899.378 ações sem valor nominal”; (ii) Aprovar alteração do número de Reuniões do Conselho Administrativo para 01(uma) ao ano. Por conseguinte o Artigo 10 do Estatuto Social passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 10 - O Conselho de Administração reunir-se-á ordinariamente uma (01) vez por ano, e, extraordinariamente, sempre que convocado por seu Presidente, por quaisquer dos conselheiros, ou ainda, pelo Diretor Presidente. Parágrafo Único - As deliberações do Conselho de Administração serão tomadas por maioria de votos, cabendo ao Presidente, em caso de empate, o voto de qualidade, e serão lavradas no livro de Atas de Reunião do Conselho de Administração.” (iii) Aprovar a alteração do Artigo 17 do Estatuto Social referente a assinaturas de cheques da Companhia. Por conseqüência o Artigo 17 do Estatuto Social passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 17 - Compete ao Diretor Presidente: I - Representar a Sociedade em Juízo ou fora dele, podendo para este fim outorgar isoladamente procurações “ad judicia”, por prazo indeterminado, e “ad negotia”, pelo prazo máximo de 2 (dois) anos e com poderes específicos: II - Convocar e presidir as reuniões da Diretoria; III - Exercer a supervisão geral da política administrativa e operacional da Sociedade; IV - Estudar e promover, em colaboração com os demais Diretores, programas de trabalho adequados às peculiaridades da Sociedade e aos objetivos sociais; V - Fixar as atribuições dos Diretores sem designação especial, para atuar nas seguintes áreas: Secretaria, Técnica, Comercial, Financeira e Administrativa, registrando-se tais designações no Livro de Atas de Reunião da Diretoria; VI - Nomear, remover, licenciar, comissionar, punir, demitir funcionários. § 1º - O Diretor Presidente será substituído pelo Diretor Vice-Presidente nas suas ausências e impedimentos, exceto na hipótese prevista ao § 4º do Art. 15º. § 2º - O Diretor Presidente e o Diretor Vice-Presidente e demais Diretores sem designações específicas poderão sempre isoladamente outorgar procurações “ad judicia” e “ad negotia”, podendo inclusive outorgar, mas sem se limitar, poderes para celebração de contratos comerciais e outros contratos. Para movimentações financeiras a sociedade deverá obrigatoriamente ser representada sempre em conjunto de dois, ou seja por dois Diretores, ou por um Diretor e um procurador e até mesmo por dois procuradores designados pelos Diretores. (7) Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o Sr. Presidente deu por encerrada a Assembléia, cuja Ata foi lida na presença dos acionistas presentes, os quais a aprovaram integralmente. Barueri, 20 de dezembro de 2007. Antonio Carlos Coelho Campino - Presidente; Antonio Clemente Campanário - Secretário. Atesto para os devidos fins que a presente Ata é cópia fiel do texto lavrado em livro próprio. Barueri, 30 de agosto de 2007. Antonio Clemente Campanário - Secretário.
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 30 de janeiro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Indústria e Comércio de querido: Nipobras Indústria Requerente: GZM Editorial e Requerente: Plástico Alko Ltda. Plástica Ltda. - Rua Olívia - Requerido: Ideal DistribuiGráfica S/A - Requerido: Ferro Ltda. - Requerido: Perfilados Amano IndúsGuedes Penteado, 920 - 2ª dora de Fios e Armários Jornal do Cambuci e AcliVara de Falências Ltda. - Rua da Mooca, 3.613 tria e Comércio de Ferro mação Editorial Ltda. - Rua Ltda. - Rodovia Fer não - 2ª Vara de Falências Senador Carlos Teixeira de RECUPERAÇÃO JUDICIAL Dias, Km 86 - 2ª Vara de FaCarvalho, 439 - 1ª Vara de Requerente: Ricardo Oliveira Termoplásticos EPP - Re- Requerente: Perfilados Amano lências Falências
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
ESPECIAL - 7
Paulo Pinto/AE
As grandes áreas v erdes de São Paulo. Em Santana, claro
O bairro é privilegiado: abriga o Parque da Cantareira, o Horto Florestal e o Parque da Juventude, que ocupa aquele espaço de triste memória - a Casa de Detenção de São Paulo, Carandiru Tombado como patrimônio da humanidade em 1994, o parque da Cantareira é a maior floresta urbana nativa do mundo. No pé da serra, a beleza do Horto Florestal
E
m uma cidade ainda com tão pouca cobertura vegetal, Santana é um espaço privilegiado. Bem próximo, fica o Parque Estadual Serra da Cantareira, com oito mil alqueires. No Alto de Santana, encontrase o Horto Florestal, área de preservação de mata nativa, com 174 hectares no pé da ser-
possível visitar a histórica Casa da Bomba e, da Pedra Grande, tem-se uma vista panorâmica espetacular de São Paulo. Nos dias mais favoráveis, a vista pode alcançar até mesmo a Serra do Mar. Para quem se interessa por caminhadas, o parque oferece três possibilidades - só nos finais de semana. A Trilha das Figueiras (1.200 metros), da
Conservação no Horto Florestal saros silvestres. A cerca de onze quilômetros do Centro de São Paulo, Parque da Juventude Em março de 2007, parte da criado em 1896, o Parque Estadual Albert Loefgren é mais terceira e última fase do Parconhecido como Horto Flo- que da Juventude foi entregue restal. Loefgren foi responsá- ao público. Ainda não está vel pela criação do espaço - concluído, mas parece ser um ele era um botânico sueco que destino melhor do que abrigafazia parte da Comissão Geo- va o local anteriormente. Onde gráfica e Geológica do Estado hoje é o parque funcionou, da década de 1920 a 2002, a Casa na época. Andrei Bonamin/LUZ O l o c a l , c o m de Detenção de São Paulo, co1 7 4 h e c t a r e s , nhecida por Carandiru, nome abriga o Instituto do bairro. Durante o período de desaFlorestal, órgão estadual que co- tivação do Carandiru, o goordena as unida- verno do Estado promoveu des de conserva- um concurso público para esção do Estado. Lá colha do projeto arquitetônise encontra a casa co para o Centro Cultural e o de verão do go- parque. O vencedor foi o esvernador do Esta- critório do arquiteto Gian do. Pode-se visi- Carlo Gasperini, que encartar também o Mu- regou o escritório da arquiteseu Florestal Otá- t a - p a i s a g i s t a R o s a G re n a vio Vecchi, que Kliass com o desenvolvimenp o s s u i o m a i o r to da proposta paisagística acervo de madei- para todo o local. Do projeto ras da América de Kliass, surgiu a idéia de diLatina. O museu vidir o projeto em três fases f o i a b e r t o e m de implantação, cada uma 1931. Ao lado do caracterizada por um perfil Lazer, cultura, muito verde e grandes espaços no Parque da museu fica o mar- distinto. Juventude. Assim se arquiva a sórdida lembrança do Carandiru Quando concluído, o parco do Trópico de Capricórnio que que terá três grandes espaços (cada um deles corresponra. E, bem no meio da área ur- Bica (1.500 metros) e a da Pe- corta o parque. Seus ecossistemas são o hor- dendo a uma das três fases de bana, está o Parque da Juven- dra Grande (9.500 metros). tude, 55 mil metros quadra- Esta última trilha é também a to botânico e o arboreto. Possui implantação): o primeiro é dos, que ocupa o local do anti- mais antiga, criada em 1989; o dois lagos com ilhas formadas de caráter recreativo-esporgo Complexo Penitenciário do maior esforço físico necessá- por raízes de árvores, um cam- tivo, com quadras poliesporrio é compensado pela visão po de futebol que já abrigou o tivas, espaços para prática de Carandiru. Inaugurado em 1963 e tom- privilegiada da cidade de São Esporte Clube Silvicultura, skate e patins, pistas de coopossui playground, área para per, entre outros. O segundo bado como patrimônio da hu- Paulo. Desde a década de 1990, o piquenique, trilhas, fontes de é de caráter recreativo-conmanidade em 1994 pela Organização das Nações Unidas parque esteve ameaçado pela água mineral, pista de jogging, templativo, com trilhas, capara a Educação, a Ciência e a especulação imobiliária, de- além de muitos animais: tarta- minhos ajardinados, passaCultura - Unesco, o parque é a vido ao loteamento clandesti- tugas, garças, macacos-prego, relas, entre outros elementos maior floresta urbana nativa no de áreas particulares con- capivaras, patos, gansos e pás- que remetem mais à idéia trado mundo. Em meio à floresta, tíguas. Houve formação de encontra-se cedro rosa, palmi- favelas em torno do parque e to, jacarandá-paulista e cane- até dentro da área. A Operala-incenso. Entre seus habitan- ção Defesa das Águas, da Pretes, contam-se bugios - uma feitura, tenta evitar as invadas maiores colônias do mun- sões e proteger os mananciais do -, bichos-preguiça, quatis e que abastecem de água a Zoonças pardas. É um fragmento na Norte da Capital. Autorida Mata Atlântica. Tem quatro dades e preservacionistas lunúcleos: Pedra Grande, Águas tam contra o traçado do RoClaras, Engordador e Cabuçu doanel Norte, que poderia Rua Guaracica, 271 - Vila Curuçá - São Paulo - SP (este não está aberto à visita- destruir parte do parque. "O Senhor é meu eu Pastor stor e nada ada me Faltará" altará" ção). No Núcleo Engordador é
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vrar o local do estigma de violência. Durante a apresentação da proposta do projeto, no entanto, houve diversas críticas de especialistas em planejamento urbano e em políticas públicas no tocante ao papel que o parque teria no processo de especulação imobiliária da região. (LCA)
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dicional do "parque". Finalmente, o terceiro é de caráter cultural, com uma escola técnica, uma faculdade de tecnologia, bibliotecas, teatros, cinemas. A construção de um parque cultural no local do Carandiru foi considerado um ato simbólico por parte do governo do Estado no sentido de li-
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
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quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Lee Celano/Reuters
Internacional
AFP
CARNIFICINA Pesquisa britânica indica que 1 milhão de iraquianos morreram desde o início da guerra
Ó RBITA Patrick Kovarik/AFP
Giuliani apostou suas fichas na Flórida. Mas acabou derrotado
John Edwards amargou quatro derrotas e saiu do páreo
EUA
democrata John Edwards e o republicano Rudolph Giuliani anunciaram oficialmente desistência à candidatura para suceder George W. Bush na presidência dos Estados Unidos nas eleições de novembro. Considerados até então "terceira força" dentro de seus partidos, eles passam, agora, a desempenhar importantes papéis de coadjuvantes, já que seus apoios oficiais aos candidatos em disputa podem determinar um grande contingente extra de eleitores nas próximas primárias dos dois partidos. John Edwards, ex-senador pela Carolina do Norte, desistiu da disputa à candidatura à Casa Branca após ficar em terceiro lugar em todas as primá-
rias do Partido Democrata até agora. Com sua saída, deixa a disputa concentrada apenas entre a senadora por Nova York e ex-primeira-dama, Hillary Clinton, e o também senador (Illinois), Barack Obama. "É hora de eu ficar de lado para que a história possa correr seu caminho", disse o ex-senador num bairro de Nova Orleans que foi devastado em 2005 pelo furacão Katrina. Edwards não anunciará de imediato apoio a nenhum dos seus dois rivais, já que, especula-se, ele estaria negociando o cargo de secretário de Justiça qualquer que fosse o democrata eleito presidente dos EUA. Já Rudolph Giuliani, o précandidato republicano que ignorou as primárias iniciais e apostou todas as suas fichas (e
E
m um discurso raro, o presidente dos EUA, George W. Bush, falou em público pela primeira vez sobre seu passado como alcoólatra. "Superar a dependência foi difícil. Como, talvez, vocês se lembrem, bebia muito, em um dado momento da minha vida", disse
Jim Young/Reuters
BUSH Superar a dependência (do álcool) foi difícil George W. Bush
dinheiro) nas primárias da Flórida, mas só conseguiu a terceira colocação no Estado, deixou a corrida presidencial e manifestou apoio a John McCain. "Vou apoiar John McCain", disse Giuliani aos jornalistas em um vôo para a Califórnia, mostrou a rede de tevê CNN. Apoio A saída de Giuliani é mais um ponto à favor na campanha do senador John McCain, que obteve um importante triunfo nas primárias republicanas da Flórida na terça-feira, tomando a dianteira na corrida presidencial republicana para a chamada "Superterça", quando ocorrerão prévias em 21 estados. McCain venceu com 36% dos sufrágios. Mitt Romney, ex-governador do Massachusetts, obteve 31%
dos votos e Giuliani ficou em terceiro com 15%. O ex-governador do Arkansas, Mike Huckabee, ficou com 13%. "Nós ainda temos um caminho pela frente, mas estamos chegando perto da nomeação", disse McCain em discurso aos seus partidários. A vitória na Flórida rendeu a McCain 57 delegados que votarão por ele na Convenção Nacional Republicana, o que o deixa na liderança. Mais de mil delegados republicanos serão escolhidos em 21 primárias e caucuses republicanos, em 5 de fevereiro. Um total de 1.191 delegados são necessários para obter a nomeação à candidatura presidencial, na convenção nacional dos republicanos que deverá ocorrer no final de agosto. (Agências) Bush durante visita a uma organização social de Baltimore. "Compreendo o que são os programas de inspiração religiosa. Compreendo que, às vezes, uma força superior nos inspire para resolver um problema de dependência", afirmou o presidente. (Agências)
CRISE NA BOTA
O
presidente italiano, Giorgio Napolitano, pediu que o líder do Senado, Franco Marini, verifique se existe a possibilidade de formação de um governo de transição para reformar a lei eleitoral do país. O líder da oposição, Silvio Berlusconi, rejeitou a proposta e insistiu na necessidade de convocar eleições antecipadas para colocar um fim na crise política italiana. O presidente afirmou que tomou a decisão para evitar
LIMPEZA ÉTNICA
H
á claros sinais de limpeza étnica no vale do Rift, oeste do Quênia, desde a polêmica eleição de 27 de dezembro, mas isso não chega a caracterizar um genocídio. A afirmação é da principal diplomata norteamericana para a África, Jendayi Frazer. "Houve um esforço organizado para expulsar pessoas do vale do Rift. É claramente limpeza étnica. O ciclo de retaliação foi longe demais e
ISRAEL
Fracasso contra o Hezbollah no, disse que o premiê Ehud Olmert e o então ministro da Defesa, Amir Peretz, agiram de forma "sincera" e pelo "bem dos interesses de Israel". Olmert emergiu ileso do relatório. Um resultado crítico poderia ameaçar seu governo e seu declarado objetivo de as-
sinar um acordo de paz com os palestinos até o final do ano. O juiz Eliahu Winograd, que liderou a comissão, disse: "Encontramos graves falhas nas tomadas de decisão, tanto no nível militar quanto político." Mas ele disse que a ofensiva lançada nos últimos dias da
Porta Condimentos
guerra, enquanto uma trégua era negociada, foi essencial. Winograd chamou o conflito de uma "oportunidade desperdiçada", que terminou sem uma clara vitória sobre o Hezbollah. A guerra, que durou um mês, terminou com um acordo de trégua. (AE)
se tornou mais perigoso", completou. O repentino mergulho do Quênia no caos — onde mais de 850 pessoas morreram nos confrontos étnico-partidários depois de contestadas eleições de dezembro do ano passado — horrorizou as potências mundiais e afetou a economia mais promissora da região. Os distúrbios começaram depois que a oposição acusou o presidente Mwai Kibaki de fraude no pleito que o reelegeu. Frazer disse que os Estados Unidos querem uma investigação sobre a violência, inclusive a morte de civis por policiais, e que os responsáveis devem ser punidos. Ela disse, ainda, que a Casa Branca vai rever a ajuda de US$ 540 milhões que encaminha anualmente ao país. O dinheiro é, em grande parte, revertido para Ongs. (Reuters)
AFP
A
guerra de 2006 no Líbano "foi um grande e grave fracasso", concluiu o relatório final da comissão que investigou a condução do governo de Israel no conflito contra o grupo xiita Hezbollah. No entanto, a Comissão Winograd, apontada pelo gover-
a dissolução do Parlamento — eleito há dois anos. Marini afirmou que tentará concluir a tarefa o "mais rápido possível". O sistema político italiano entrou em crise na semana passada, quando o partido do então premiê Romano Prodi perdeu a maioria no Senado. A crise foi intensificada no dia 24, quando sua coalizão de centro-esquerda perdeu a moção de confiança e o premiê foi forçado a renunciar. (AE)
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Giuliani e Edwards abandonam disputa
TRÂNSITO – Um protesto com centenas de táxis gerou engarrafamentos em Paris e em outras grandes cidades francesas, como Lyon e Toulouse. Os taxistas reclamam e pedem melhoras na profissão. Nos carros, adesivos como 'Táxi Nervoso'
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Nacional Finanças Empreendedores Empresas
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Com erros e acertos, as duas empresárias estão aprendendo a delegar tarefas.
TRABALHO TRADICIONAL FAZ SUCESSO
Fotos: Fábio D'Castro/Hype
Uma arte antiga e trabalhosa garante o sucesso da Panacéia
EMPREENDEDORES
Produtos em patchwork são a especialidade da empresa da Vila Madalena Kety Shapazian
E LETREIRO
S
egundo o dicionário, a palavra quer dizer cura para todos os males. "Nós pensamos em colocar pano no nome e o meu marido sugeriu panacéia. Tem a ver com farmácia, o curso que fizemos. Pode reparar. Está cheio de drogaria com essa marca. Ele fez também o logotipo, um varal com tecidos pendurados parecendo as iniciais do meu nome", diz Andréa Veloso.
SEGREDO ara Paula Moreno, o segredo do sucesso é uma mistura de paciência com perseverança e idoneidade – sem perder o foco jamais. "Tem de estar aberta a mudanças e sempre colocar novidades na loja para o cliente não pensar que o ateliê é o mesmo de cinco anos atrás." Para a sócia Andréa Veloso, a Panacéia funciona porque as sócias são amigas e se dão muito bem. "Meu marido fala que andamos de mãos dadas. Nós almoçamos juntas e tomamos cerveja juntas depois do trabalho. Damos chilique de vez em quando também, nos estapeamos, mas continuamos firmes."
P
las são formadas em Farmácia e Bioquímica, mas ganham a vida fazendo lindas colchas de patchwork. Paula Moreno e Andréa Veloso se conheceram no primeiro ano da faculdade, em 1988. "Entrei sem ter muita idéia do que era, adorei o curso, mas não achava que poderia me adequar. Foi quando resolvi estudar um pouco de corte e costura e vender umas roupinhas de patchwork na faculdade", conta Andréa. Ela teve contato pela primeira vez com linhas e agulhas por meio da avó, dona Francisca. "Ela tinha uma máquina de pedal na garagem e costurava colcha, fazia almofada para dar aos parentes", diz. Na casa de Paula, o hábito era fazer roupas na costureira. "Até hoje, não costuro, mas gostava muito de comprar tecidos e revistas especializadas." "A Paula desenha super bem", elogia Andréa. "Não prego um botão. Minhas ferramentas são a tesoura, o lápis, a caneta e o telefone", rebate Paula – realmente, os telefones não param de tocar enquanto as duas trabalham em uma mesa alta e grande no ateliê. As amigas até chegaram a trabalhar como farmacêuticas (Paula na Santista e Andréa na Gessy Lever), mas não estavam satisfeitas. "Eu gostava, mas sabe como é indústria: horários, políticas, encrencas...", diz Paula. "Ah, eu achava tudo um saco", afirma Andréa. A dupla começou a pensar na possibilidade de montar um negócio quando, em 1994, Andréa fez dez colchas com a ajuda de dona Rosa, uma costureira conhecida de sua avó, e levou a uma exposição. "Acabei vendendo aos próprios expositores. Eles adoraram." A família de Paula tinha uma casa vaga na Rua Atílio Innocenti, no Itaim Bibi. O imóvel foi reformado e aberto em 1995 como loja e ateliê. Além das amigas, trabalhavam lá a costureira Rosa ("uma graça"), Sônia ("uma faz-tudo") e a Fátima ("uma super-costureira, está conosco até hoje"). "Não tínhamos cliente algum", ri Paula. O jeito foi que-
brar a frente do sobrado e colocar um vidro enorme, comprado numa loja de material de demolição. Elas ainda nem faziam os protetores de berço, um dos carros-chefe da Panacéia. O primeiro kit foi para a filha de Paula, um conjunto amarelinho. Dois pedidos, no entanto, "chacoalharam" a pequena empresa. "Nós pegamos uma encomenda grande da Trussardi. Foi importante para pensarmos em produzir em grande escala." Depois, veio um pedido maior ainda, da Tok & Stok. "Ficamos totalmente apavoradas. Eram muitas peças de cada modelo. Procuramos uma oficina de corte, no Itaim mesmo, e uma oficina de costura em Rio Claro, no interior. Eu ficava até 15 dias lá, só voltava a São Paulo para pegar material. Entregamos tudo, mas foi penoso. Às vezes dava errado, tinha de desmanchar todo o trabalho. Eu chorava todos os dias", lembra Andréa. Em 2000, o pai de Paula vendeu a casa, e uma tia de Andréa, que trabalha com tear manual, propôs sociedade. Maria Eugênia Dias Nobre comprou, então, um imóvel na Rua Delfina, onde a Panacéia está até hoje. A empresa vende no atacado para o Rio de Janeiro, Paraty, Brasília, Araras (interior de SP) e capital. A produção é toda feita no local – são quatro costureiras e duas ajudantes de mesa. Enquanto Paula desenha, Andréa cuida da produção, dos cortes mais pesados e dos pedidos de lojistas. As colchas – de todos os tamanhos, com custos de R$ 150 a R$ 403 – e os protetores de berço (R$ 325) são os produtos mais procurados. "Para projetos muito específicos, cobramos um pouco mais", diz Andréa. Também são produzidos lençóis, almofadas, cortinas, toalhas, mochilas, etc. E do tear de Eugênia, saem bonitas mantas para bebê.
Paula e Andréa largaram a profissão para se dedicar ao patchwork, mesmo sem saber costurar.
Brinquedos de pano também saem das mãos habilidosas das costureiras da Panacéia
Colchas e protetores de berço são os carros-chefe da empresa
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Para o bebê
Camisetas com detalhes em pano fazem parte da extensa linha de produtos totalmente artesanais
PEDRA ma das dificuldades enfrentadas pelas sócias da Panacéia é que tudo fica na mão das duas – da contabilidade ao corte dos tecidos. "Por meio de erros e acertos, temos delegado as tarefas cada vez mais", explica Andréa Veloso. Outro problema é o treinamento de vendedoras. "São as mais difíceis de treinar. As costureiras são superbacanas, o pessoal entra e não quer mais sair. Já em vendas... Nós preparamos e a pessoa vai embora. A vendedora tem de ser paciente, delicada e ter uma cabeça como a nossa para fazer as combinações certas entre os tecidos. Às vezes sai cada coisa!"
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
8 - ESPECIAL
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Marcos Fernandes/LUZ
A proteção dos mananciais da Zona Norte esde julho do ano passado a operação Defesa das Águas chegou à Cantareira. É uma ação da Prefeitura para recuperar e urbanizar áreas de matas, córregos e nascentes. Já havia sido aplicada na Zona Sul, nas represas Billings e Guarapiranga. Na Zona Norte tem a mesma finalidade: evitar invasões, remover moradias em áreas de risco, preservar mananciais. Para isso, está previsto um amplo elenco de ações, nem todas ainda implementadas. Para fiscalização e controle, um plano integrado, coordenado pelas subprefeituras, envolve a criação da Guarda Ambiental, da Zeladoria Urbana e Ambiental e Agentes da Comunidade, alocação de Agentes de Controle Ambiental e Agentes Vistores, e a articulação com as Polícias Militar, Ambiental e Civil. A Guarda Civil Metropolitana Ambiental - 50 homens recebeu treinamento especial com informações sobre flora, pesca, fauna, caça, uso da água, controle ambiental e legislação. Fazem rondas de carro e de moto, identificando ocupações e construções irregulares em Áreas de
D
GCF
Para preservar a Cantareira foi preciso congelar ocupações existentes para impedir a expansão dos assentamentos irregulares, além da demolição das moradias construídas em locais proibidos
Preservação. Uma das primeiras ações práticas da operação foi congelar as ocupações existentes em Áreas de Preservação, para impedir a expansão dos assentamentos irregulares. Isso é feito com a demarcação e sinalização das áreas, cadastramento dos moradores, divulgação de boletins, mapeamento das construções e demolição das moradias construídas em locais proibidos. Na Zona Norte já estão instalados pórticos e placas, informando as regiões de preservação ambiental abrangidas pelo sistema de fiscalização, em que a construção pode caracterizar crime ambiental. As áreas foram demarcadas fisicamente, inclusive com o plantio de árvores, para facilitar a visualização aérea das áreas demarcadas. Como na Zona Sul, na Cantareira também será feito um mapeamento das construções e cadastramento das famílias que vivem na região. Para isso, estão sendo usadas fotos de satélite com alto nível de definição. Com a definição dos perímetros das áreas de proteção, feita pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente, poderão ser identificadas as construções que têm ou não restrição por sua localização. (LCA)
DC
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A
A limpeza do córrego Tenente Rocha
despoluição do córrego Tenente Rocha mudou a vida dos moradores de Santana. Não se sente mais o cheiro insuportável que vinha de lá - resultado de um “tapete de sujeira”, como diziam os moradores. Esse tapete era formado por uma mistura de lodo com esgoto, por onde
passavam ratos o tempo todo, e deixava claro que o Tenente Rocha estava praticamente morto. As ações do Programa Córrego Limpo, da Prefeitura, porém, deram vida nova ao córrego. A recuperação dos dois quilômetros do curso d’água, que fica próximo ao Campo de Marte, beneficia
uma população de 40 mil pessoas. A Sabesp executou 600 metros de redes coletoras, 15 interligações de redes e mais de mil metros de interceptores foram projetados. A Subprefeitura de Santana limpou o leito e as margens do córrego e notificou 135 imóveis que estavam com as ligações de
esgotos irregulares. O índice de poluição orgânica, utilizado para medir a limpeza do córrego, caiu de 101 miligramas por litro, em maio de 2006, para 25mg/l, em setembro de 2007, o que significa que a água está em boas condições, permitindo até a existência de peixes. (LCA)
O museu das madeiras
U
m disco de imbuia com estimados 500 anos de idade e 362 quilos adorna o andar térreo do Museu Octávio Vecchi. Encontram-se aí, também, uma grande mesa de jantar de jacarandá-paulista e o busto do idealizador do museu - em madeira, claro. Tesouros para poucos: o Octávio Vecchi recebeu cerca de dez mil visitantes no ano passado, a maioria estudantes. O andar superior guarda várias surpresas. A primeira está na sala da entrada do pavi-
mento. Suas quatro paredes apresentam painéis pintados a óleo pelo artista Antônio Paim, em 1930, nos quais são apresentadas 44 espécies de árvores. Segundo a diretora do museu, Roselaine Machado, foram recuperados em reforma e restauração realizada em 1980; haviam sido cobertos de tinta anteriormente. Podem ser vistos, também, um painel com 77 tipos de madeira, feito de marchetaria, e um busto em imbuia de São Pedro. O acervo é riquíssimo e único: artífices e professores conhecedores das DC
madeiras entalharam réplicas exatas das sementes e folhas das árvores. Em todos os ambientes há exemplares de mobiliário, usado ou não para a exposição de objetos e sementes. São cristaleiras, banquetas, mesas, escrivaninhas, inclusive um risquerabisque com a marca do Instituto Florestal. Destacam-se uma cadeira escolar de época, que, segundo Roselaine, remete muita gente às lembranças da infância, e o suporte para equipamento e projeção de som, com vitrolas embutidas.
Os lustres e três painéis pintados com fatos da história do Brasil completam a exposição. (LCA)
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Ano 83 - Nº 22.552
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Edição concluída às 23h45
w w w. d co m e rc i o. co m . b r
Jornal do empreendedor
Alberto Ruggieri/Corbis
A ala dos cartões do governo vai desfilar no tribunal
Folia dos cartões de crédito de ministros será auditada pelo Tribunal de Contas da União. Oposição pede CPI. Página 4 Sérgio Lima/Folha Imagem
E o bloco dos fujões cai na estrada Nas estradas de SP, 1,9 milhão de carros. Polícia Rodoviária alerta: não beba enquanto dirige! Página. 9
O mestre-sala Lula quer sol e descanso no Guarujá
Se chover, Lula e Marisa voltam a Brasília na quarta-feira. O brinde da foto foi para o Timor. Pág. 9
Masao Goto Filho/e-SIM
O bloco dos sorvetes
Indústria do sorvete aposta no enredo de duas escolas paulistanas. E espera aumentar vendas. E 1
O cordão da segurança
Alarmes eletrônicos que telefonam quando detectam um assalto estão em moda no carnaval. E 1
Fernando Soutello/Reuters/AGIF
Lobão, uma alegoria do Senado Ailton de Freitas/Agência O Globo
Lobão Filho tomou posse como suplente do pai sem platéia, sem partido e investigado. Pág. 5
HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 27º C. Mínima 16º C.
AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 28º C. Mínima 16º C.
Véspera de Carnaval, 200 policiais subiram a Mangueira, onde foram recebidos por uma bateria de tiros. Perseguiam fugitivos do Jacarezinho. Ao descer, deixaram seis mortos. Página 11
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Mangueira: o enredo da violência
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Suplemento Especial/São Paulo, 31 de janeiro de 2008
SANTANA (Dos parques ao desenvolvimento) Eduardo Nicolau/AE
Andrei Bonamin / LUZ
P
arece cidade de Interior e ainda se suspira de saudade pelo trenzinho da Cantareira; claro, as pessoas se conhecem e se cumprimentam nas ruas. Mas é também um grande centro comercial, concentra as maiores exposições e convenções da cidade, além dos desfiles de escolas de samba. Dados da Subprefeitura Santana/Tucuruvi apontam na região cerca de 300 mil empreendimentos, com predominância de prestadores de serviço e comércio. É nesse recanto - com seus lindos parques, como o do Horto Florestal, à esquerda - que a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) apostou há 56 anos, quando instalou aqui uma de suas primeiras distritais. O bairro existe desde 1792 e você vai conhecê-lo neste caderno especial
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
ESPECIAL - 9
Do lixão surgiu um grande shopping. E tudo mudou O Center Norte foi erguido em uma área degradada. Deu certo. Em seguida mais dois centros de compras foram inaugurados, um deles no ano passado. E assim a região mudou de perfil Renato Luiz Ferreira/AE
O Center Norte foi o primeiro na região, por último inauguraram o Parque Santana. E, do outro lado do rio, funciona o Shopping D
abril de 1984, o shopping surgiu e, com ele, o acerto da visão de Baumgarten. No lugar dos lixões, hoje, há o grande Center Norte. Com o tempo, ao shopping juntaram-se o Lar Center, centro comercial temático de decoração; o Expo Center Norte, espaço para feiras; e o Novotel, primeiro hotel de categoria superior da Zona Norte. Ocupam área de 600 mil metros quadrados, têm 243 mil metros quadrados de área construída e oferecem mais de 23 mil vagas para automóveis. Esses empreendimentos não só criaram um novo pólo de investimentos na Zona Norte como mudaram o perfil da região. Ecologicamente correto O mais novo shopping da ci-
dade também está em Santana. É o Santana Parque Shopping, na rua Conselheiro Moreira de Barros, imediações da Voluntários da Pátria, inaugurado em outubro do ano passado. Tem 180 lojas - como âncoras, as populares Renner, C&A, Casas Bahia e outras - em 26.538 metros quadrados espalhados por três pisos (mais cinco andares de estacionamento). A praça de alimentação tem lugar para 700 pessoas. Oito cinemas devem ficar prontos agora em março. Como um tributo à Serra da Cantareira e ao Horto Florestal, as duas grandes reservas verdes do bairro, o novo shopping é um local ecologicamente correto. Usa clarabóias para aproveitar a luz natural e reduzir o consumo
de eletricidade; as torneiras têm sensores para evitar desperdício; há uma central de destinação para óleo de cozinha, bem como um centro de compostagem para o lixo. E uma estação de tratamento redireciona a água usada para reutilização em serviços. A idéia da entrada de luz natur a l, do a rqu i t et o A ntô nio Dias Neto, é para fazer com que o interior do shopping lembre uma praça. Abrange uma região em que vivem um milhão de pessoas, nos bairros de Santana, Mandaqui, Casa Verde, Lauzane Paulista, Limão, Cachoeirinha, Tremembé, Tucuruvi e Vila Guilherme. Não pode esperar a mesma abrangência do Center Norte. De acordo com pesquisa feita em 2006 pela
Um banho de loja melhora o ambiente
consultoria Espaço Geográfico, 60% dos freqüentadores do Center Norte vêm da Zona Norte, 25% são de outras regiões e 15% de cidades próximas como Guarulhos. Mesmo assim, o novo shopping é interessante para uma série de empresas. Marcas como a Bio Ritmo, que tem onze academias em toda a cidade, terão sua primeira filial na Zona Norte com o Santana Parque. Do outro lado do rio Embora não esteja no território de Santana, o Shopping D compete com os demais pelos consumidores do bairro, pela proximidade: fica exatamente antes da travessia do rio Tietê, pela ponte Cruzeiro do Sul. O perfil dos freqüentadores é bem jovem, a maioria classe B:
86% das pessoas que entram no shopping têm idade entre 21 e 40 anos e 60% são de famílias com renda entre R$ 1.900 e R$ 5.200. Inaugurado em 1994, o Shopping D ajudou a melhorar a imagem da Zona Norte e, em especial, da avenida Cruzeiro do Sul. O Shopping D oferece 300 lojas, praça de eventos, duas praças de alimentação, dez salas de cinema. O estacionamento é coberto e gratuito. A Central de Cursos Gratuitos é uma inovação: oferece cursos variados todos os dias do ano. No último Natal, o centro de compras registrou aumento de fluxo de 10% e um crescimento de vendas de 20% sobre o ano anterior. Segundo a administração do shopping, esse desempenho ficou 50% acima da média nacional dos shoppings (13%, de acordo com a Associação Brasileira de Shopping Centers - Abrasce). E em 2008 os shoppings da região devem ganhar mais um concorrente. Será o Shopping Metrô Tucuruvi, dos mesmos donos do luxuoso Cidade Jardim, em obras na Marginal Pinheiros. A JHSF Shoppings já está desenvolvendo o novo shopping, no conceito de acesso inaugurado (pela própria JHSF) com o Shopping Metrô Santa Cruz. O Shopping Metrô Tucuruvi será integrado à estação Tucuruvi do metrô, que tem movimento de 30 mil passageiros por hora nos horários de pico. (LCA) DC
O
shopping Center Norte perdeu recentemente o título de maior da cidade para o Centro Comercial Leste Aricanduva, que tem 510 lojas e 365 mil metros quadrados de área construída. Mesmo assim, o Center Norte ainda é respeitável: abriga 475 lojas em 300 mil metros quadrados. E se for contado o Shopping Lar Center (160 lojas), continua o maior. Foi resultado de uma visão considerada maluca. Faz menos de 40 anos: nos descampados de Santana, perto da marginal do Tietê, encontravam-se lagoas de onde se retirava areia para a construção civil. Nos buracos que resultavam da extração da areia, a Prefeitura jogava lixo, o que só acabou a força de muitos abaixo-assinados que pressionaram Faria Lima, prefeito da cidade entre 1965 e 1969. Mas ninguém imaginava o que fazer com as lagoas e os lixões. Para que poderiam servir? Para um shopping, claro, mas só na visão de Curt Otto Baumgarten, que percebeu as possibilidades do local. Ninguém mais: todos os demais empresários, à época, duvidaram da iniciativa porque não havia, na visão deles, potencial para comércio. As lojas, o centro comercial do bairro, concentrava-se todo na tradicional rua Voluntários da Pátria. No fim de 18 meses, em
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primeira reação dos comerciantes à Lei Cidade Limpa, em Santana, não foi muito diferente do que ocorreu no restante da cidade. Confrontados com uma lei que proíbe cartazes de propaganda, até mesmo os que anunciam a própria loja, os comerciantes ensaiaram uma rebelião. Com o tempo, porém, nota o subprefeito José Roberto Piteri, os comerciantes perceberam os benefícios da lei. "Não há dúvidas sobre os benefícios da lei Cidade Limpa", diz ele. Os comerciantes também foram beneficiados, posto que a adequação das fachadas melhorou a visibilidade de seus estabelecimentos. Antes, o acúmulo de placas, avalia Piteri, acarretava confusão até para os clientes, além da poluição visual. Hoje já é possível distinguir cada ponto comercial pelo nome ou pelas características da fachada, como a cor, por exemplo: "É um avanço, inclusive nas discussões sobre preser vação do meio ambiente, outra preocupação mundial". Desde que assumiu a Sub-
José Roberto Piteri, subprefeito Santana/Tucuruvi: melhorar a qualidade de vida da região é uma questão de tempo
prefeitura Santana/Tucuruvi, o subprefeito José Roberto Piteri tenta de todos os modos cobrir as necessidades da população. Foi à comunidade e descobriu essas necessidades: ruas recapeadas, córregos despoluídos (como o Carandiru/Carajás), praças revitalizadas. O que não é muito fácil em uma região com 391 quilômetros de vias públicas, 121 praças e canteiros, um milhão de metros quadrados de áreas verdes e 12.362 bocas-de-lobo. Piteri DC
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fez muito, mas ainda não fez tudo. Melhorar a qualidade de vida da região, diz ele, é uma questão de tempo. Mas está satisfeito: ao fazer um balanço dos últimos tempos viu mais pontos positivos do que negativos. Ele nota a região crescer e se desenvolver. Percebe a comunidade mais engajada a cada dia, as pessoas comprometidas com seus bairros: "Todos almejam o progresso, que tem acontecido com uma certa rapidez. Isto englo-
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ba também os comerciantes, pois seu trabalho fomenta a economia local, exercendo uma colaboração fundamental para o futuro da região. E o papel da administração pública é incentivar e assegurar o desenvolvimento da região". O ambiente comercial, segundo ele, é excelente, graças aos shoppings e a várias lojas, que convivem em harmonia e colaboram para o desenvolvimento da região. A Subprefeitura de Santana foi a primeira a criar uma Comissão Permanente de Ambulantes: "Trabalhamos continuamente a favor dos comerciantes, atuando por meio do setor de fiscalização. Diariamente inspecionamos o comércio ambulante, para garantir que permaneçam apenas aqueles que possuem os TPUs (termo de permissão de uso e ocupação do solo). É a maior queixa dos comerciantes, que se sentem prejudicados. Piteri garante que, com a atuação da Subprefeitura, os comerciantes não têm quedas nas vendas em decorrência da atuação de vendedores irregulares, que não pagam tarifas e impostos. (LCA)
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Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
9 Patrícia Santos/AE-27/12/2007
Mais de 500 mil veículos devem descer a serra, a partir de amanhã, para passar o feriado na praia.
CARNAVAL Governo monta força-tarefa nas estradas Para prevenir acidentes, Polícia Rodoviária vai destacar 2,2 mil homens no feriado. Motociclistas serão o principal alvo da operação. Governador defende bafômetro. Filipe Araújo/AE-02/01/2008
tociclistas, em função do aumento de 32% nos acidentes com esse grupo, entre o carnaêxodo provocado val de 2006 e o do ano passado. pelo feriado de car- Eles serão alvo da operação naval, que começa Cavalo de Aço, que será orgaa m a n h ã , l e v a r á nizada nos postos de pedágio. mais de 1,9 milhão de veículos O coronel do Comando da Polípara as principais rodovias em cia Militar Rodoviária do Estado, Daniel Barbosa direção ao Litoral Márcio Fernandes/AE Rodrigueiro, exe Interior do Estaplicou que os polido. Esta é a estimaciais também estativa do governo rão posicionados do Estado, que com binóculos solançou ontem bre passarelas. "O uma força-tarefa objetivo é que os para evitar o caos condutores nos veocorrido nas esjam, como uma tradas no feriado ação preventiva", de ano-novo. disse. Segundo Segundo o seRodrigueiro, tocretário dos das as motocicleTransportes do tas que passarem E s t a d o , M a u ro pelo box de pedáArce, a força-taregio serão vistoriafa para o feriado das em relação às envolverá 2,2 mil O álcool é uma homens da Polí- questão muito grave condições físicas, pneus e documencia Militar Rodonas estradas do País. tos. "Se houver irviária Estadual – um aumento de Governador José Serra, regularidades, faontem r e m o s a p r e e n150% do efetivo – sões", avisou. que estarão em Restrição –S epontos estratégicos das estradas. Parte deles gundo Arce, o retorno será também irão fiscalizar por mais complicado, já que a volta meio das mais de 400 câmeras do feriado de carnaval coincide com o fim das férias. "Além do DER e da Dersa. Motocicletas – A fiscaliza- dos veículos que deixaram a ção será intensificada aos mo- capital no início do carnaval,
Rejane Tamoto
O
LULA VAI À PRAIA No Guarujá, torcida por dias de sol
O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai passar o carnaval no Guarujá, no Forte dos Andradas, cujas obras de reforma da casa principal foram aceleradas a pedido do Palácio do Planalto. Lula afirmou ainda que, se não chover, esticará a folga até o domingo seguinte. Caso contrário, voltará à rotina no Palácio do Planalto a partir da quarta-feira de cinzas. Para fugir de perguntas sobre a situação do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, cuja demissão foi pedida pela Comissão de Ética Pública, o presidente confirmou a folga na semana do carnaval: "Estamos em regime de férias. Eu vou tirar alguns dias para descansar. Vou tirar o carnaval e, se o tempo estiver bom, emendo; se não estiver, eu volto." Até o início da semana, Lula estava indeciso sobre o local onde iria descansar. Entre as opções, estavam a base naval de Aratu (BA) ou a Restinga da Marambaia (RJ). Decidido pelo Guarujá, o presidente agora torce para que não chova. "Só quero que chova onde preci-
sa", disse o presidente. Lula ainda não anunciou sua decisão, mas dificilmente assistirá ao desfile das escolas de samba na Marquês de Sapucaí. Apesar do convite do governador Sérgio Cabral, Lula tem alegado cansaço. Além disso, a presença do presidente no desfile exigiria o deslocamento da estrutura de segurança e de assessoria pessoal. Além de Cabral, a CUT gostaria de ver Lula no Sambódromo no desfile da Vila Isabel, que este ano homenageará o trabalhador brasileiro, o movimento sindical e as conquistas trabalhistas. Assessores próximos de Lula argumentam que assistir ao desfile não combina com o estilo de Lula e da primeira-dama, Marisa Letícia. Por precaução, uma equipe de seguranças do Palácio foi deslocada para fazer um reconhecimento do Sambódromo. Outras duas equipes foram ao Guarujá e a Salvador, na Base Naval de Aratu. Lula deve viajar para São Paulo amanhã e a previsão é de que só volte a Brasília no domingo. (AOG)
Marcelo Ximenez/AE
INGRESSOS – Ainda restam 6% dos ingressos para assistir os desfiles das Escolas de Samba do Grupo Especial, amanhã e sábado, no Anhembi. São eles: arquibancada, no setor G (R$ 110), no sábado; cadeira de pista, no setor E (R$ 140) e mesa de pista, (de R$ 700 a 1.340), para sexta e sábado. Mais informações no site www.ingressofacil.com.br.
mais 140 mil devem retornar às estradas no final do feriado. Por isso, aumentamos as restrições aos caminhões. Pedimos aos motoristas que evitem os horários de pico e subam pela Anchieta, quando estiver sinalizado", disse. A circulação de caminhões será proibida amanhã, sábado, terça e quarta-feira nos Sistemas Anchieta-Imigrantes e Raposo Tavares/Castello Branco. No Sistema Anhanguera-Bandeirantes, a mesma restrição vale para sexta, sábado e terça. Álcool – Embora os policiais não tenham poder de fiscalizar os estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas nas estradas, o governador José Serra defendeu o uso do bafômetro. "Não adianta proibir, é preciso reprimir com o bafômetro, porque muitos levam a bebida de casa. O álcool é uma questão muito grave nas estradas do País", disse Serra. Segundo Serra, as ações de médio e longo prazo para minimizar os transtornos nas rodovias durante os feriados, quando aumenta o movimento, estão em processo de licitação. Elas abrangem a construção de passagens subterrâneas e marginais na rodovia Manuel da Nóbrega, e duas pontes na rodovia dos Tamoios.
Motoqueiros serão o principal alvo da operação para evitar acidentes nas rodovias durante o carnaval
Não vai faltar água, diz Sabesp
A
força-tarefa lançada ontem pelo governo estadual inclui medidas para evitar a falta de água no litoral. Segundo o presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Gesner Oliveira, cerca de 450 funcionários serão deslocados para a região no feriado. "Não faltará água
no carnaval", garantiu. Além da equipe de atendimento reforçada, Oliveira disse que foram feitas trocas de equipamentos na rede, além de uma reforma no sistema de bombeamento. Segundo Oliveira, em Praia Grande foram consertados 600 pontos de vazamento e detectadas 25 fraudes. "Planejamos ações de curto, médio e lon-
go prazo", disse. Das ações de curto prazo, ele destacou a campanha de Uso Racional de Água, já que o consumo no litoral aumentou 20%, ao longo do ano passado. A longo prazo, serão feitos investimentos no litoral, da ordem R$ 370 milhões. "O objetivo é chegar aos mil litros por segundo até 2010", disse. (RT)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
2 - ESPECIAL
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Bairro com jeito de cidade grande do outro lado do rio Tem o maior terminal de ônibus do País, um enorme centro de convenções, grandes shopping centers, até aeroporto. E parece uma cidade do Interior - aqui só se sabe de assalto por ouvir falar Paulo Pinto/AE
LUIZ CARLOS DE ASSIS
s/Hype
Newton Santo
A
travessemos a ponte das Bandeiras, por cima do rio Tietê: se não fosse ainda a cidade de São Paulo, a região seria de grande relevância no Estado. Afinal, na Zona Norte concentram-se cerca de dois milhões de pessoas. Santana, com 327 mil moradores, seria sua capital, uma grande capital, com toda a estrutura necessária, incluindo o maior terminal internacional de ônibus da América Latina, um aeroporto, um trecho de seis quilômetros de metrô (seis estações, quatro só no distrito de Santana), dois grandes centros de convenções e alguns dos maiores shopping centers do Brasil. Os números que Santana exibe são às vezes melhores do que os de São Paulo inteiro. O rendimento médio mensal dos chefes de família, por exemplo, chega a R$ 1.800, quando a média de São Paulo é de R$ 1.300. A faixa dos que se declaram sem rendimento, que chega a 10,4% no município, é de 5,6% em Santana. Segundo a Secretaria Municipal do Trabalho, a renda per capita mensal nos distritos de Santana, Mandaqui e Tucuruvi passou de 658 reais em 1991 para 895 reais em 2000. É uma cidade com o maior terminal de ônibus da América Latina, com 54.480 m2 de área construída, ponto de chegada de turistas e migrantes, que en-
grossam a população da Capital. O Centro de Convenções do Anhembi disputa com o Expo Norte a condição de maior espaço coberto para eventos da América Latina. Juntos, somam 127 mil metros quadrados para estandes. A região abriga ainda o gigante Shopping Center Norte, com 475 loABS CERTIFIED
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jas, 27 restaurantes, 43 lojas de alimentação e oito cinemas, além de 12 mil vagas de estacionamento - 120 mil metros quadrados de área construída. No bairro, existem ainda o Shopping D e o Santana Parque Shopping, nem tão pequenos. O Sambódromo só perde para o seu similar do Rio de Janeiro em espaço para grandes eventos ao ar livre, principalmente os desfiles do carnaval. Um bairro encantador Em volta desse centro pujante, Santana é como uma cidade do Interior, pacata, em que ainda existe gente que só sabe de assalto por ouvir falar. Gente que se mantém em contato com a natureza, com a Serra da Cantareira e o Horto Florestal ali bem perto. E que suspira pelo trenzinho, que cortou o bairro de 1894 a 1965. O ar é um dos mais puros que se respira na cidade, graças à Serra da Cantareira, a maior floresta natural em área urbana do mundo. As lojinhas continuam trabalhando como antigamente. O jeito de cidade do Interior tem sido o que mais atrai as pessoas. Ali moram, entre outros, a cantora Rita Lee, os compositores e cantores Almir Sater e César Camargo Mariano, Pena Branca (da dupla sertaneja Pena Branca e Xavantinho) e o cantor que já foi de rock e hoje é sertanejo Sérgio Reis. Quando vivos, moraram ali Elis Regina e Ayrton Senna. Todos encantados pelo bairro. Isso não quer dizer que San-
tana é toda essa ilha de tranqüilidade. O trânsito continua complicado, por conta de uma geometria urbana não muito bem planificada. As avenidas Brás Leme e Ataliba Leonel, por exemplo, terminam em ruas estreitas, o que resulta em engarrafamentos e transtornos para motoristas e moradores. Os alagamentos ainda não freqüentes, em função da impermeabilização crescente e do sistema de drenagem que durante anos foi largado à sorte - problema que só agora começa a ser enfrentado. As avenidas Brás Leme, Luís Dumont Villares e Zaki Narchi são pontos constantes de alagamentos. E há o passado. Entre 1956 e 2002, a região abrigou a Casa de Detenção do Carandiru, que foi o maior complexo prisional da América Latina. Mortes e fugas fizeram a (má) fama da Deten-
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O Distrito de "Paz de Santana" foi criado em 1898, e as origens da região são muito antigas. No entanto, seguindo os passos da Cidade, desenvolveu-se rapidamente e nos orgulha com seu progresso. Congratulamos a Distrital Santana em seu 56º aniversário, por todo empenho nas transformações da nossa tão querida Santana.
Números de Santana 318.084 habitantes (146.932 homens, 171.152 mulheres) 107.708 domicílios 5.608 estabelecimentos comerciais e de serviços 40 escolas de vários níveis, com 26.327 alunos 13 creches 4 hospitais (um estadual, um federal, dois privados) 7 postos de saúde 12.770 pontos de iluminação pública 17 unidades de assistência social 5 bibliotecas 1 teatro 4 instalações esportivas Fonte: Secretaria Municipal de Planejamento Urbano Fundação dos principais bairros da região de Santana Santana - 26/7/1792 Mandaqui - 6/10/1888 Vila Gustavo - 25/10/1895 Tucuruvi - 24/10/1903 Lauzane Paulista - 23/10/1924 ção, inspiração para livros e filmes. A prisão foi desativada em dezembro de 2002. Os pavilhões 6, 8 e 9 foram implodidos para que a área desse lugar ao Parque da Juventude, com quadras de esportes, equipamentos de ginástica e pista para caminhadas. O espaço é bastante freqüentado por jovens e crianças. Santana ainda sofre outros problemas. As áreas mais críticas estão nas proximidades do Terminal Rodoviário Tietê, que concentra moradores de rua e vendedores ambulantes interessados no enorme fluxo de pessoas (cerca de 90 mil por
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dia). Habitação não é um problema de grandes proporções na região, onde, segundo a Prefeitura, apenas 3.800 pessoas vivem em favelas. A maior delas fica na avenida Zaki Narchi e tem sido alvo de ações de desocupação nos últimos tempos. Camelôs tomam conta das principais ruas do bairro e são a maior praga dos comerciantes legais. O comércio sofre com eles, em especial nos corredores comerciais, nas ruas Voluntários da Pátria, Leite de Moraes e avenida Cruzeiro do Sul.
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
10 - ESPECIAL
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Distrital Santana, 56 anos de lutas pelo desenvolvimento A Distrital Santana é uma das mais antigas e abrangentes da Associação Comercial de São Paulo - atua em quinze bairros. Um de seus desafios é afastar de lá o tormento dos camelôs
Q
Newton Santo/Hype
uarta na ordem de criação, a Distrital de Santana da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) nem por isso tem sua importância diminuída. Abrange pelo menos quinze grandes locais, que ultrapassam os limites do bairro: Santana, Tucuruvi, Tremembé, Jaçanã, Casa Verde, Freguesia do Ó, Vila Maria, Vila Guilherme, Mandaqui, Lauzane Paulista, Imirim, Bairro do Limão, Vila Nova Cachoeirinha, Pirituba e Perus. Tem quase três mil sócios, 40% deles concentrados em Santana. Desde 1952 a Associação cuida do comércio local, concentrado na região da rua Voluntários da Pátria, segundo lembra o superintendente distrital, João de Favari. Em função do metrô, que traz consumidores de outros pontos de São Paulo, e do terminal rodoviário, que atrai gente também de fora da cidade, além das demais atrações (como o Parque da Juventude, no lugar da antiga Casa de Detenção), o comércio em Santana é extremamente diversificado. Além das lojas de calçados e ópticas, que são a base de sustentação do bairro, Santana ainda tem grandes bancos e concessionárias de veículos, além dos shoppings. "Muita gente de outras regiões acaba consumindo em nosso comércio", diz Favari, que nasceu no Jaçanã, mas se afeiçoou a Santana. Ele é superinten-
dente da Distrital desde 2005. O ambiente comercial é muito bom. Só uma praga continua na área: os ambulantes, que tomam as calçadas com produtos contrabandeados ou falsificados e atrapalham o comércio legal. É um pedido antigo dos comerciantes e da Distrital à Prefeitura que retire os ambulantes - e os mantenha longe. Mas isso não é assim tão fácil. É só retirar os ambulantes que eles voltam em seguida. E não há espaço no bairro para um pop center, como se fez (e
deu certo) no Brás. O problema existe em praticamente todos os centros comerciais de bairros em toda a cidade. Perto da época do Natal, no ano passado, a Subprefeitura Santana/Tucuruvi intensificou a fiscalização na região. Apreendeu CDs, DVDs, ócu-
seriedade e dedicação aos empreendedores da nossa região, parabéns a todos que a representam."
PAULO PAVAN
Compondo com satisfação a dieta do brasileiro a Alfarroz congratula a Distrital Santana com Saúde e Alegria.
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comércio informal. Seria melhor, diz ele, que os comerciantes participassem um pouco mais. "Nós poderíamos, por exemplo, nos unir para divulgar mais a região, seja pela televisão ou pelos jornais, dividindo o custo na proporção de cada loja. Seria razoável para todos", diz o superintendente. Do poder público, além da necessária severidade com os ambulantes, os comerciantes pedem o que todo munícipe quer: desenvolvimento local, manutenção das galerias de águas pluviais e de canteiros e praças, poda de árvores. A Distrital ajuda na divulgação dos eventos do Parque da juventude, que a cada final de semana traz gente (e consumidores) para o bairro. Para melhorar a segurança, a Distrital, comerciantes, bancos e a Polícia Militar preparam um projeto para colocar câmeras de vigilância na rua Voluntários da Pátria. Para Favari, "nossa região está sempre em evolução. Recentemente foi inaugurado um novo shopping, o Santana Parque. E o ramo imobiliário é um dos nossos pontos fortes. A região é uma das mais valorizadas de São Paulo, com empreendimentos de alto padrão". (LCA)
Uma aposta nos bons serviços. E de olho nos camelôs Newton Santo/Hype
a Zona Norte, o forte ainda é o comércio de rua. Os 3.800 estabelecimentos ali existentes se concentram principalmente nas ruas Voluntários da Pátria, Doutor Gabriel Piza, Doutor César, Leite de Moraes e avenida Cruzeiro do Sul. Embora sempre de olho nos ambulantes, o comércio tradicional aposta nos serviços e no atendimento para manter a clientela. Cliente não falta. No último Natal, os lojistas investiram em conforto para atrair mais consumidores. É o caso, por exemplo, da Federal Modas. Quando a loja instalou ar-condicionado, a maioria estranhou. Mas todos gostaram e hoje a loja vive cheia. Os serviços também atraem, como ocorre com a Boa Medida, especializada em consertos, reformas e trabalhos rápidos como colocação de botões e costuras, na rua Duarte de Azevedo, transversal da Voluntários da Pátria. No Jardim São Paulo, avenida Leôncio de Magalhães, encontra-se a estação Jardim São Paulo do Metrô (linha 1-Azul), onde se destaca a avenida Luís Dumont Villares (conhecida como "Avenida Nova") pelas excelentes casas noturnas, bares e restaurantes. Nesta mesma avenida encontra-se o re-
N
"Distrital Santana, exemplo vivo de
los, relógios e tênis. Na avenida Cruzeiro do Sul, mercadorias ilegais foram encontradas em um imóvel abandonado. As equipes da Subprefeitura percorreram as ruas Voluntários da Pátria, Leite de Moraes e a Cruzeiro do Sul. Nos últimos três anos, de acordo com o
boletim da S u b p ref e i t ura, foram a p re e nd i d o s trinta mil sacos de mercadorias ilegais e cerca de 1.500 barracas foram recolhidas. "É isso que falta", diz Favari, referindo-se à inconstância das batidas contra camelôs. P a r a m elhorar o ambiente comercial, a Distrit a l t e m p rom o v i d o palestras para orientação d o s c o m e rciantes. Os associados recebem orientação quanto a impostos, recursos humanos, informática, treinamento em vendas, café de negócios (para juntar comerciantes com mercados afins). Para este ano, João de Favari pretende continuar a agenda de palestras e cursos e manter a luta pela redução do
cém-inaugurado Sesc Santana, outro ponto de atração de consumidores. Um problema sério para os comerciantes da Zona Norte, de acordo com a Distrital Santana, são as concentrações de torcidas e movimentos sociais na praça Campo de Bagatelli, como o da Força Sindical, por exemplo, que reúne todo ano mais de um milhão de pessoas: "A praça não é um ambiente apropriado para esse tipo de evento. Não há infra-estrutura. Esse tipo de evento precisa de grande espaço, como o sambódromo", aponta o superintendente João de Favari. Para ele, durante as concentrações os comerciantes são obrigados a fechar as portas e “as lojas são transformadas em banheiros". Informais da zona cerealista Há um plano para retirar parte do comércio, os informais que trabalham nas ruas da zona cerealista, no centro, e transferilo para um terreno da Prefeitura na avenida Zaki Narchi, onde ficam galpões de estoque da merenda escolar. São cerca de 250 comerciantes de frutas, verduras e legumes que trabalham nas ruas da zona cerealista e deixam no chão trinta toneladas de cascas e lixo, diariamente. O plano foi anunciado no
João de Favari ,a velha batalha pela redução do comércio informal
ano passado. Imediatamente, os comerciantes, moradores e entidades reagiram. Para o superintendente da Distrital Santana da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), João de Fávari, a medida seria um verdadeiro desastre: "Estrangularia a avenida Zaki Narchi, um dos principais acessos à Zona Norte, e traria prejuízos aos hotéis próximos, ao Shopping Center Norte e ao Parque da Juventude". Um dos principais opositores do projeto é o comerciante e um dos líderes da ong Norte Forte, Gilmar Argenta, que lidera o movimento "Zona Cerealista Fora da Zona Norte".
Ele declarou que os comerciantes não aceitarão a transferência da zona cerealista para a região. A ong estima que, além dos 450 caminhões que irão circular por lá, a região não teria a segurança adicional, necessária com a chegada de uma população flutuante de cerca de quinze mil pessoas, dia e noite. "Eles não entenderam nada", disse o secretário de Coordenação das Subprefeituras, Andrea Matarazzo, que há muito comanda uma cruzada contra os negociantes informais. Segundo Matarazzo, o comércio não será feito na rua, mas ficará restrito aos galpões. (LCA)
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quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
1 Os brasileiros só consomem 3,5 litros de sorvete per capita por ano. Já na Finlândia a média é de 20 litros do produto.
Tânia Rego/Luz
INDÚSTRIA DO SORVETE MOSTRA SEU SAMBA NA AVENIDA Da China ao Brasil atual, essa iguaria é tema do enredo de duas escolas.
P
ela primeira vez na história do carnaval, duas escolas de samba pretendem "cong e l a r " o S a m b ó d ro m o d o Anhembi, em São Paulo. Com enredos semelhantes, Acadêmicos do Tucuruvi e Águia de Ouro levarão para a avenida a história e os sabores do sorvete, doce criado pelos chineses há cerca de três mil anos. Com apoio da Associação Brasileira das Indústrias de Sorvete (Abis), a expectativa é que os desfiles melhorem as vendas do produto durante o inverno, quando o consumo é deixado de lado por questões culturais. Só o período que vai de setembro a março é responsável pela venda de 70% da produção de todo o País. De acordo com o presidente da entidade, Eduardo Weisberg, o objetivo da folia carnavalesca é mostrar para o consumidor brasileiro que o sorvete é um alimento nutritivo e não deve ser apreciado só no verão. No ano passado, as vendas aumentaram 15% em relação a 2006, quando o mercado apresentou uma produção de 505 milhões de litros, com faturamento de R$ 860 milhões, 6% a mais que em 2005. Weisberg diz que, no Brasil, o consumo per capita anual é de apenas 3,5 litros, menos de
20
mil picolés serão distribuídos aos foliões, no Anhembi, em uma ação conjunta das escolas de samba e da Abis, que reúne fabricantes.
um quarto do volume dos países nórdicos, como Finlândia, Dinamarca e Noruega, onde o consumo per capita fica em torno de 20 litros por ano. Na Argentina, o consumo é de 5 litros e, no Chile, chega a 6,5 litros. "Aqui existem ainda muitos tabus e paradigmas que estamos tentando desmistificar pouco a pouco." A primeira escola de samba a enfrentar o desafio será a Acadêmicos do Tucuruvi, segunda agremiação a entrar na avenida na sexta-feira. Com o enredo "Hummm... É tempo de sorvete, do oriente ao ocidente, o alimento refrescante e nutritivo", a agremiação con-
tará a história dessa iguaria, desde seu surgimento, na China milenar, até as receitas criativas brasileiras. A Tucuruvi ainda pretende perfumar a pista: a última alegoria lançará um aroma de morango no ar. "A escola entrará linda na avenida, cheia de surpresas para o público", garante o presidente da agremiação, Hussein Abdo El Selan, mais conhecido entre os sambistas como "Jamil". Já a Águia de Ouro, quarta escola a ocupar a avenida, mostrará o sorvete por meio dos cinco sentidos (tato, paladar, olfato, visão e audição). Cada carro alegórico representará um sentido. O abre-alas entrará no Anhembi coberto de branco e prata para dar a sensação de "congelado". Apoio – Durante os desfiles e também na apuração dos resultados, na terça-feira, a Associação Brasileira das Indústrias de Sorvete (Abis) distribuirá 20 mil picolés para o público, com uma embalagem criada especialmente para a ocasião. A idéia inicial era patrocinar as duas escolas, com verba das empresas associadas e apoio da Lei Rouanet, que incentiva investimentos culturais. "Infelizmente ficou muito em cima da hora e o dinheiro não veio. Mas a nossa mensagem será passada na avenida mesmo assim", finaliza o presidente da Abis, Eduardo Weisberg.
Para quem vai viajar, a segurança eletrônica é uma opção.
A
desvalorização progressiva do dólar frente ao real, aliada aos baixos investimentos em políticas de segurança pública, está alavancando as vendas de alarmes eletrônicos no Brasil. O setor estima para 2008 um crescimento semelhante ao registrado no ano anterior, quando a expansão chegou a 15%, com movimentação financeira de US$ 1,2 bilhão. De acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), cerca de 3 milhões de imóveis comerciais e residenciais já têm equipamentos básicos de segurança eletrônica no País. "Hoje em dia os dispositivos de segurança são indispensáveis, ideais para serem utilizados neste período de férias e carnaval", afirma o gerente de marketing da Multilaser, Ronaldo Villalta. Para o diretor de comunicação da Abese, Oswaldo Oggiam, o cenário ainda é pequeno frente ao número de domicílios brasileiros – 49,1 milhões, nas contas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – e ainda muito distante de países como os Estados Unidos, que possuem mais de 25 milhões de residências equipadas com sistemas eletrônicos de segurança. "Há ainda muita demanda a ser explorada pelo setor, que, com tecnologia e preços acessíveis, aumenta a cultura de prevenção no País", diz. Recuo – Segundo ele, a par-
Heloisa Ballarini/e-Sim
Paleari: sensor nos supermercados.
tir de 2000, os preços dos equipamentos de segurança eletrônica recuaram, em média, 70%, por causa da estabilidade da moeda norte-americana, o que viabilizou a produção desses produtos em larga escala no Brasil. "Como conseqüência, equipamentos como alarmes, câmeras de vigilância, cercas elétricas e até sensores biométricos, que identificam pessoas a partir de impressões digitais ou leitura de íris, já são muito atraentes para a classe média brasileira". Com aproximadamente 8 mil empresas atuantes, 80 mil empregos diretos e 800 mil indiretos, o mercado brasileiro de segurança eletrônica cresceu, em média, 12,75% nos últimos oito anos. De olho nessa expansão, a Multilaser, empresa fornecedora de suprimentos de informática, lançou o Sensor de Movimento com Alarme e Discador Automáti-
co Security. De acordo com o coordenador de produtos, Reinaldo Paleari, a meta é fabricar até 10 mil peças por mês. "Pretendemos colocar o produto em lojas de utensílios para casa e até em supermercados, com preço de R$ 149", diz. Além de disparar alarme no caso de invasão do ambiente, o sensor faz ligações para até cinco números de telefone armazenados em sua memória. O dono do imóvel pode controlar o ambiente pelo celular, caso seja detectada a entrada de alguém no local protegido. Algumas empresas inovam para se destacar no mercado e driblar a concorrência. É o caso da Vetti Technology, que atua no segmento de segurança eletrônica há 11 anos. Em 2007, a fabricante de alarmes lançou o "kit instale fácil", ideal para o consumidor que quer economizar com as despesas de instalação. Segundo o diretor comercial Adrian Salzetti, a empresa registrou expansão de 30% em 2007, praticamente o dobro do mercado. Com 300 pontos-de-vendas pelo Brasil, a Vetti trabalha com três tipos de alarmes. O mais simples possui três sensores e custa R$ 110. O mais avançado sai por R$ 369 e oferece a opção de discador eletrônico, com armazenagem de até seis números de telefone. Os produtos podem ser encontrados nos sites de vendas online. Submarino, Magazine Luiza e Americanas.com fazem a entrega dos alarmes em apenas um dia útil. (VR)
A porta-bandeira Thaís e Jamil, da Acadêmicos do Tucuruvi: escola levará as delícias geladas para o desfile.
Produtores vão com sede à festa André Alves
O
segmento de água mineral deve ter um dos melhores desempenhos dos últimos anos neste verão. Segundo estimativas da Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais (Abinam), as vendas do produto no período devem crescer entre 30% e 40%, em comparação com as da mesma estação em 2007. Vários fatores contribuem para o otimismo, como o grande fluxo de turistas nas praias pelas férias e carnaval, o baixo nível dos reservatórios e a elevação das temperaturas. De acordo com o presidente da Abinam, Carlos Alberto Lancia, o crescimento do turismo impulsionará a venda de água mineral neste verão. "Apostamos no potencial de consumo dos turistas que lotam as praias dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, na volta do turista argentino para Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além do turismo europeu no Nordeste". Envasadoras – As empresas envasadoras de água mineral já comemoram os primeiros resultados e se preparam para o restante da estação mais quente do ano. A Cristal, da estância de Santa Bárbara, no interior de São Paulo, acredita em um crescimento nas vendas da ordem de 10%, com a esperada elevação das temperaDC
Vanessa Rosal
turas durante o verão, além da conquista de novos clientes. "O importante foi que não perdemos nossos antigos compradores. Estamos ampliando nossos pontos de comercialização e, se preciso, operaremos com nossa capacidade máxima de produção", afirmou Sarita Pires, gerente administrativa da empresa. Estratégia – Acompanhando o otimismo do setor, o varejo já adota estratégias e ações diferenciadas para aumentar a venda de água mineral. O Grupo Pão de Açúcar, por exemplo, negociou com fornecedores de bebidas e já oferece promoções em todas as suas lojas. Somente no carnaval, a empresa tem a expectativa de que DC
Móveis
Silton Conceito " Design " Conforto
cresçam 15% as vendas em comparação a 2007. Nos supermercados Comprebem e Extra, tendas foram montadas nos estacionamentos das unidades para abrigar, em um único espaço, os produtos mais procurados no verão, entre eles a água mineral. Entraves - Apesar do otimismo apresentado pelos representantes do setor, Lancia acredita que o consumo de água mineral no País poderia ser muito maior, caso não houvesse uma "absurda" carga tributária que incide sobre o produto, de 42,5%. "Trata-se do maior entrave para a expansão dos negócios. A queda nos impostos tem que ser urgente", reivindicou.
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
2
Indicadores Econômicos
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
1,28
30/1/2008
por cento foi fechamento do Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo, ontem.
DC
COMÉRCIO
Informe Publicitário FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Fundo
Posição em
P. L. do Fundo
Empresarial LP
28/01/2008
27.810.403,86
Esher LP Hope LP JCP-SUL LP Master Recebíveis LP Milligan LP Múltiplo LP Odyssey LP Prospecta LP Redfactor LP Valecred LP
28/01/2008 28/01/2008 28/01/2008 28/01/2008 28/01/2008 28/01/2008 28/01/2008 28/01/2008 28/01/2008 28/01/2008
18.390.861,74 14.757.828,34 1.998.008,21 2.087.770,21 345.841,64 17.108.041,09 2.661.944,07 2.331.873,97 13.073.344,66 5.342.865,86
Tipo Subordinada Sr 1ª emissão Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Subordinada Sub - Classe A
Vlr Cota Sub 1.693,724909 590,344401 950,798697 1.317,763124 1.160,856203 1.300,057819 940,620531 1.570,594307 990,177425 980,234204 1.199,161109 1.053,634297
% rent. mês 1,2166% 0,8757% 2,8948% 2,2104% 2,1506% -2,2220% -5,9379% 1,5779% -0,7008% 2,9800% -1,1536% 0,9557%
% ano 1,22% 0,88% 2,89% 2,21% 2,15% -2,22% -5,94% 1,58% -0,70% 2,98% -1,15% 0,96%
Tipo Sr 2ª emissão Sr 3ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sr 1ª emissão Sub - Classe B
Vlr Cota Sr 1.053,928379 1.023,817619 1.043,671910 1.083,606800 1.039,361680 1.300,677051 1.005,058960 1.027,268341 1.057,039173 278,881823
% rent. mês 0,9157% 0,9157% 0,8757% 0,8917% 0,8357% 0,8757% 0,5059% 0,9157% 0,9157% 3,1832%
% ano 0,92% 0,92% 0,88% 0,89% 0,84% 0,88% 0,51% 0,92% 0,92% 3,18%
rating A+(Austin) BBB(Austin) AA-(Austin) AA-(Austin) A+(Austin) A (Austin) A+(Austin) A- (Austin) A- (Austin) AA(Austin) A(Austin)