Diário do Comércio - julho 2002

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ANÁLISE João de Scantimburgo

Como fazer?

Os líderesdasentidades empresariaisestão dando tratos à bola, como se diz vulgarmente,parasugerir a redução das dívidas interna e externa, a fim de desobstruir o caminho pelo qualdeve passar o desenvolvimento. Não é literatura, embora pareça. É o interesse pela ascensão dos pobres a uma melhor padrãode vida, senão for exagero de minha parte falar em padrãoreferindo-seà classe menos favorecida. Maso BancoCentralexerce umapolíticarestritiva, para evitar a inflação.

De resto, ainflação nunca nos abandonou.Baixoude um percentual vergonhoso porseraltíssimo, comogoverno Sarney,para umataxa tolerávelcom ogoverno FHC, e se manteve baixa, não obstante persistente até o dia dehoje. Basta compararos preços de oito anos com os de nossos dias, para se ter a certeza de que a maldita companheira do povo, a indesejada de todos, menos, evidentemente,dos quelucramcom ela, para se ter a confirmação do que afirmamos.

O BancoCentral fixou-se na Selic de 18,5%, e não quer baixar ou, mais apropriadamente, não pode baixar a taxade juros.É oque afirmao

presidente doBanco Central, que é muito bem entendido do ramo, istoé, da política economicio-financeira. Mas, dentro de alguns meses,ainda nestegoverno, teremostaxamenos alta,eo empresáriopoderá precificar mercadoriasem melhores condições para o comprador, rebaixandoessa teimosa Selic, que não teve ate agora como ceder. O certo, certíssimo é que os preços subiram, e que o futuropresidente,seja ele quem for, tem de se haver com uma Selic alta,comjuros bárbaros, com preços aviltantes para uma economia de nação que se proclama a oitava economia do planeta, embora um dos últimos dentre os duzentos países, com padrão vexatório paraaogoverno, que não consegue derrubar a intrusa obstinadaemnão sairdejunto denós,ou dos orçamentos domésticos, de quem pode tê-los e controlálos. Como ficará Brasil, não sei, mas sair-se-ámaisou menos bem desse pesadíssimofardo,queé conhecido como Selic.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

Imprudências

Antonio Delfim Netto

O sr. Alan Greespan, presidente do Banco Central americano (Fed),comentando as turbulências nos mercados financeiros e de câmbio no Brasil, disse que elas são um problema essencialmente político . Creio que o sr. Greespan queria nos ajudar, procurando amenizar um pouco a declaração do secretário do Tesouro dos EUA (depois desmentida), de que os americanos não estavam dispostosa darnemmais umcentavo ao Brasil,que devia cuidar de simesmo. Isso éuma tolice, porque o Brasil não estava pedindo nenhum empréstimo, mas simplesmente valendo-se do direito de sacar recursos que estavam àsua disposiçãono FMI.

No caso do sr. Greespan, estou convencidoque realmente quisajudar,pois elesabequeo problemabrasileiro nãoéapenas político e sim conseqüência da dependência externaque construímosnosúltimos oito anos.Temos umadívidaexterna muito grande em relação às exportações e acumulamos um gigantescadívidainterna, que não deixamos credorestranqüilos. São esses osfatos que produzem as dúvidas dos investidores e facilitam movimentos especulativos que podem ser induzidos pordeclarações infelizes, aqui mesmo ou no exterior. Nós assistimos a um desses deslizesquandoo presidente comentou despreocupadamente que seosbrasileiros elegerem

Súmula vinculante

Desde háalgunstemposo Judiciário vem se evidenciando como umdosmaisdesordenadospoderes doEstadobrasileiro.Tidocomo umdosmaisdignos, capazes, isentos e incorruptíveispoderes do Estado,justamente por ser um poder politicamenteneutro, elesedeixou contaminar nas últimas décadas pela degeneraçãoque quarentaanosde ditadura imprimiramà República desdeos tempos getulianos. Inegavelmente isso não foi uma moléstia endógena, isto é, de origem interna, causada exclusivamente por falhas de sua estrutura e despreparo de seus componentes. Entretanto, nasúltimasdécadas,suadecadência temse acentuado em ritmo geométrico, quer quantoa sua eficácia, quer quanto a sua postura ética, querquanto ao nívelde capacitação dos seus membros. A talpontoquenosnossos dias em lugar de um poder eminentementedirimidorde conflitos eleveioaseconstituir emum dos focos de agravamento da ingovernabilidade do Estado. Dois outrosaspectos desua involuçãotêm setornadonotórios: sua vulnerabilidade à corrupção e o despreparo jurídico de seus integrantes. Ao lado docorporativismo e da corrupção o despreparo e indisciplina deseus quadros é

uma das principais causasdo rebaixamento de sua eficácia, de sua imagem e de sua estima pública.Eesteé opontofocal quando se discute a questão da súmula vinculante.Interesses corporativos dentro do Poder Judiciário têm-na combatido sob aalegaçãode queelacooartariaa sagradaautonomia de julgamento dos juizes de primeira instância. Mas se determinadacausa já foi julgadae decidida portribunaisde instância superior, manda a lógica, o bom-senso, a hierarquia, a disciplina – e a própria dignidadeda lei– queelanão venhaa sernovamente julgada e decidida emsentidocontráriopor instâncias inferiormentesituadas e capacitadas. Ou que sentido teráahierarquiadecompetência do Judiciário?

Toda a evolução do Direito repousa,de fato,noaprimoramento que os julgamentos nas diferentes instâncias vão imprimindo àaplicação dalei. Esses julgamentos criam o que se chama de Jurisprudência, isto é, auniformização do melhor entendimento e aplicação das leis. Que seja necessário se recapitularessacoisa elementar evidencia o grau de despreparo que hoje vicia o Judiciário.

Benedicto Ferri de Barros e-mail: bdebarros@sanet.com.br

Falta de oportunidade

um governo incompetente (querdizer, aoposição),podemos repetir o drama argentino. Naexcitação pré-eleitoralque vivemos, foi o suficiente para pôr fogo nos mercados.As agências que "orientam"os investidorespuseramo microscópio na situaçãobrasileira e passaram a magnificar os aspectos negativos, que existem, atiçando o incêndio. Não foi a possibilidade de vitória da oposição, sozinha, que produziu isso. Nós temos problemas na economia que o mundo vinha aceitando com certa tranqüilidade, atéo instanteem queintroduzimos a hipótese desastrada. Nãomepareceque asituação, embora delicada,esteja fugindoao controle.A dívidainterna é alta, maso ajuste fiscal foi reforçado com a elevação da meta de superávit primário para 3,75% do PIB e não existe a possibilidade deuma crisecambial grave. O aumento da volatilidadenos mercados em períodos eleitorais éinevitável, dianteda perspectiva de mudanças na política econômica, mas é justo registrar que aoposição temse comportado com bastante prudência, evitando colocar lenha na fogueira. É recomendável, portanto, que os líderes tucanos exibam umapostura maisinteligente, deixando de lado a crençaque os mercados,devidamente motivadospelo terrorismoeleitoral,podem determinar o resultado das urnas.

Antonio Delfim Netto é deputado federal

Os artigos enviados à Redação do DC para eventual publicação devem conter no máximo2.800caracteres,sedigitados,ou40 linhasde70 toquescada,se datilografados.

Ascartas àRedaçãosomenteserão publicadas se contiverem,alémda identificação do missivista, endereço com rua, número, bairro, CEP e, se possível, telefone e rg. As cartas poderão ser resumidaspela redação, publicando-se, apenas o essencial. Os originais não serão devolvidos.

T ornou-se comum a crítica à qualidade da educação. Não sem uma certa razão. Entretanto, não é necessária nenhuma percepção especial para concluir que o ensino médio brasileiro passa por um processo de explosão quantitativa. Épossível estimar para os próximos três anos a metade10 milhõesdealunos. Como o ensino superior está longedeacompanhar esse crescimento, também não é difícil supor que haveráuma imensa crise na sociedade brasileira, pela ausência de oportunidadesde formação e emprego.

O Provão 2001, que avaliou 20 áreas,classificou sete instituiçõescariocas comoasmelhores do país. O Rio deJaneiro ficou emprimeirolugar noscursosde Matemática, Letras, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Medicina, Economia e Física. Só aPUCficou comtrêsprimeiras colocações (Matemática, Economia eFísica). OInstituto Militar de Engenharia(IME) ficou em primeiro lugar em EngenhariaElétricae Engenharia Mecânica. Alista dosmelhorescompleta-se com a UFRJ (Medicina) e Centro UniversitárioPlínio Leite (Letras), este último situado em Niterói.

Como ninguémdá saltos em educação, pode-se inferir que há grandes escolas médias no Rio de Janeiro, preparando adequadamente os seus alunos para os desafios do conhecimentoe das provasemnívelsuperior bem sucedidas.São exemploselucidativos: ColégioSão Bento,ColégioSanto Inácio,ColégioSanto Agostinho, Colégio de Aplicação daUERJ, Colégiode Aplicação da UFRJ, Colégio Eliezer Steinbarg/Max Nordau etc. Vejamos, pelo Censo de 2000, os números do ensino médio regular: o Brasil tem hoje 8.192.948 alunos que estudamem colégios federais (112.343 alunos), estaduais (6.662.727 alunos), municipais(264.459alunos)e privados (1.153.419 alunos). Nesse to-

Parabéns, secretário Quero, depúblico, aplaudir com entusiasmo o secretário da Educação do Estado deSão Paulo,GabrielChalita, por estar defendendo a iniciativa voluntária das escolas da rede pública paulista de,pelomenos umavez por semana,realizar umasolenidade de execução do Hino Nacional e hasteamento da bandeira brasileira.

era da Pasta da Juventude, sobre a necessidade de valorização do hino e da bandeira, sem medo de patrulhamentos estapafúrdios.Eleestá pondoem prática algo em que acredita, comoeu e merece ser apoiado por todos os segmentos da sociedade e partidos políticos. A bandeira e o hino são de todos nós e não deste ou aquele grupamento da sociedade.

tal há 99.775 alunos que freqüentam escolas rurais.

No Rio de Janeiro há 675.369 alunos,também distribuídosem colégios federais (15.920 alunos), estaduais (480.428 alunos), municipais (13.100alunos) eprivados (165.921 alunos).

O predomínio,comosevê, nesseníveldeensino,é da rede pública, como incentivaa Lei de Diretrizes eBases daEducação Nacional(Lei no 9.394/96). O problema éajustaressaquantidade de alunos com as vagas disponíveis no ensino superior, notoriamente ocupadas por alunos financeiramente bem dotados, que freqüentam a escola particular de nível médio.

Dos 675.369alunos deensino médiodoRiode Janeiro, 8.856 têm menos de 15anos;275.015 estão nafaixa de15a17 anos; 184.984 têm de 18 a 19 anos; 142.523 com idades entre 20 e 24 anos; 30.082 têm de 25 a 29 anos e 33.909 com mais de 29 anos. No ensino médio, as mulheres (4.471.413) ultrapassaram os homens (3.721.535).

No Rio de Janeiro, embora numaproporçãomenor,há também, predominância feminina: 368.897 mulheres e306.472 homens. Aregiãomaisexpressiva de predomíniofeminino éo Nordeste.

O Brasil tem cerca de 20 mil escolas de ensino médio, das quais 13.227sãopúblicase6.229 são privadas. Desse total, 18.777 são urbanas e 679 são rurais. Todos os prédios têm abastecimento de água eenergia elétrica,86% têm biblioteca, 80% têmquadra de esportes e 51,8% têm laboratório de ciências.

Há nototal 430mil professores, dos quais 380 mil têm formação superior.

A taxa de escolarização no ensino médio cresceu de 47,5% em 1994para74,8% em1999,oque é bastante expressivo. Temos tudo,agora,para melhoraraqualidade do ensino.

Arnaldo Niskier é membro da Academia Brasileira de Letras

Os do contra Quero,de público,manifestar meu pesar contra os que são contra, especialmente quem vê neste tipo de solenidade algumcaráter negativo porque pode lembrar o período de governo militar no País. Atitudes pequenas, mesquinhas, são ainda uma constante nos"Despeitados daPátria" .Sóeles sãobrasileiros. Na cabeça deles.

Explicações

Cumprimento o secretário Chalita,porqueseique em suaação nãohá demagogia ou caráter eleitoreiro. E mesmosehouvesse,pela mérito dainiciativa, já seria válida. Não cabe é deixar de exaltar e cultuar os símbolos nacionais (amados pelos brasileiros)porque algunsretrógrados vinculam somente hino e bandeiraa parada militar. É patético.

Ações

Em ações afavor de projetosde cidadaniaconversei,e não éde hoje, como secretário Gabriel Chalita, desde que

Aqui, na coluna

Meu leitor sabe que aqui mesmo, na coluna,já publiquei na íntegra aletra do Hino Nacional. Há quem não goste. Háquem critiquea letra. Há frustrados e descontentes em todo lugar. Perguntem a cada brasileiro comum, gentedo dia-a-dia,comoeu, everãoquea esmagadora maioria da população ama seu hino e sua bandeira.

Apoio total

Por isso reitero ao secretário da Educação e peço à todos os secretários de todos os partidos políticos: façam o mesmo.Vamos devolver o culto espontâneo, de vocação e não imposto, de cada estudante brasileiro,pelos símbolos de suapátria. OInstituto daCidadania, que tenho a honra de presidir, tem defendido Brasil afora anecessidadede tirarmos da escuridão aque os retrógrados lançaram, por um inexplicável revanchismo (contrao que?)nosso hinoe nossa bandeira, que só aparecem em ocasiões esportivas isoladas. Parabéns Chalita.

Rua Boa Vista, 51 - 6º andar - São Paulo - CEP 01014-911 Tel.: 3244-3322 - Fax: 3244-3046E-mails: dcomercio@acsp.com.br - redacao@acsp.com.br

P. S . Paulo Saab

ELEIÇÕES 2002

O QUE SE ESPERA DO FUTURO GOVERNO?

Futuro presidente terá de ser um empreendedor

Quadro político confuso, mas uma certeza na cabeça: o próximo presidente precisa ter um perfil empreendedor, ou seja, acreditar que é possível fazer as coisas eassumir riscos.Casocontrário, mais uma vez o eleitor ouvirá promessasque não serão cumpridase, mais uma vez, quem vai pagar a conta serão os empregadores privados e os assalariados.

Essa é aavaliação do empresário do setor dealimentos, Silverio J. A. Dias, direto r-pr esid ente da Bonaliment e diretor da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Para ele, oscandidatos ainda não apresentaram umverdadeiro "compromisso de risco"com oeleitor, nosmoldes do empreendedor.

Candidatos à Presidência ainda não apresentaram um verdadeiro compromisso de risco com o eleitor

Câmara planeja esforço concentrado pré-eleição

Nesse compromisso,Silvério Dias considera fundamentala garantia de investimentos públicos que garantamuma melhorada qualidade vida da população. Ou seja, investimentos basicamente emsaneamento, moradia,transporte, saúde, educaçãoe segurança pública.

"Neste momentoo País precisa de um candidato

que definaclaramente metas e objetivos de curto, médioelongo prazocomum cronogramapara sercumprido à risca", disse. O empresário salienta que qualquer plano que prometa resultados imediatos "éconversa paraboi dormir." Silvério Dias diz que a economia do Brasil está doentee queé preciso atacar o mal pela raiz. "Caso contrário,atacaremos os sintomas e não as causas." Ele apresenta umexemplo: sem areforma tributáriae fiscal os juros vãocontinuar elevados. "Isso tira a c o mp e t i ti v idade dos nossos produtos e impede os investimentos nas empresas", explica. Silvério Diasconsidera que éresponsabilidadedo presidente elevar a competitividade do Paíspara que ele possa competir internacionalmenteem todos os segmentos. "Caso contrário, senhores candidatos, nãose iludam enão tirem o resto de esperança dos que acreditam na capacidade doBrasil emse tornaruma potência mundial", alerta.

Sergio Leopoldo Rodrigues

Faltam propostas mais claras

"Estou convencidoque o Brasil temumgrandefuturopelafrentee quenão há nenhuma chance de se tornar uma Argentina", diz Roberto Troster,economista chefe da Federação BrasileiradasAssociaçõesde Bancos(Febraban). Primeiro porque os fundamentosda economia brasileira estão firmes, segundo porque o Brasil tem responsabilidade fiscal e a Argentina não. Por outro lado,o processoeleitoral estácorrendo normalmente, como manda uma democracia consolidada. Troster observa que houve umamudança na disputa eleitoral: "As eleições estão cada vez mais técnicas emenos carismáticas".Oeleitor estámais conscientee querverresultados numa administração. Essa tendência, segundo Troster, vem forçando os partidos políticos a buscarem umaprimoramento cada vez maior nos seus programas de trabalho: "Acho que esses programas

aindaprecisam sermelhorados e mais detalhados".

No entanto, o economistachefe daFebrabanreconhece queosprogramas apresentadosnesta eleição járepresentamum avanço em relação aopassado. Entretanto, ele espera um aprofundamento naspropostas capaz de deixar claro como cada candidato pretende "desatar alguns nós" que atravancam o desenvolvimento nacional. Entre eles, aquestão dodéficit da previdência, a redução do custo Brasil, a morosidade da justiça, ocusto das relaçõestrabalhistase areforma tributária. "Acho que é possível fazer tudo isso", afirmaRoberto Troster. Masparaisso, o novo presidente terá que garantir umchoquefiscal, um choqueexterno para aumentar as exportações e afirmar a credibilidade do País mantendo metas de inflação egarantindo aindependência doBancoCentral (BC). (SLR)

AGENDA POLÍTICA

•Nasexta-feira, dia5,termina oprazopara aapresentaçãoao TSEdo registrode candidaturasà Presidênciada República,aos governosestaduais, aoSenado, àCâmara dos Deputados, às Assembléias Legislativas ou distrital, até as 19horas. Fim do prazo, também, para os tribunais de contas colocarem à disposição da Justiça Eleitoral a lista comoscandidatosqueno exercíciodecargosoufunções públicas tiveram prestação de contas rejeitada, exceto nos casos sob apreciação do Judiciário ou quando houver sentença judicial favorável ao interessado. Início dos trabalhos das secretariasdostribunaiseleitoraisaossábados, domingos e feriados.

O presidenteda Câmara dosDeputados, AécioNeves (PSDB-MG), e os líderes partidários marcaram para agostodois períodosdeesforço concentrado de votações. Ficou acertado quea Câmara terásessões deliberativasnos dias 6, 7, 27 e 28 de agosto. No final de agosto, os líderes voltam a reunir-se para avaliar a necessidade de marcar outras votações antes das eleições de outubro.

De acordo com Aécio, as sessõesserãodestinadas exclusivamente àvotação de projetos que tenham consenso no Colégio de Líderes. "Teremos dois grandes esforços concentrados para votar as matérias que eventualmente nãoconseguirmos finalizar atéoiníciodorecesso. Depois,então, avaliaremosa conveniênciade pelomenos mais uma convocação,em setembro".

Recesso adiado – A votação da Lei de Diretrizes Orçamentáriasde 2003 foi transferidapara esta terça-feira, dia 2. Com o adiamento, o re-

Senador pede maior segurança para poupadores

O senador Romeu Tuma (PFL-SP) recorreuao exemplo da fraude contábil praticada pelaempresa norteamericana WorldCom,controladora da Embratel, para fazer um alerta sobre a necessidade de se garantir a segurançade poupadoresbrasileiros contra ações da mesma natureza.

Ele recordou aaplicação, pelaComissãode Valores Mobiliários (CVM),de multa de R$ 28 milhões contra os controladores das Fazendas

Unidas Boi Gordo, que teriam prometido aos poupadores retorno de 40% sobre o capital investidoemapenas 18 meses. O senadorobservou que inquérito aberto pela CVM demonstroua existência de irregularidades no empreendimento.

"Éhoradedar um basta, pois não podemosmais tolerar que escroques lesem o patrimônio de nossos poupadores. Asociedade estáfarta de crimes impunes, que chegam aonarcotráfico,aoseqüestro esealimentam da cultura da impunidade", afirmou Tuma.

Na opinião do senador,o episódio da WorldCom, que levou àqueda de bolsas no mundo inteiro, demonstra que a criseé internacional. O senador Roberto Saturnino (PT-RJ) observou que o cenário mundialtemsuacota nas turbulências queafetam o mercado brasileiro.

Criminalidade – Aoabordar o problema da criminalidade, Tuma isentoua governadora doRio, Beneditada Silva, de responsabilidade sobreo aumentodacriminalidade na capitalfluminense. Paraele,oEstadoprecisa se reorganizar para melhor combater o crime, que não atinge apenaso Rio,mas várias cidades do país. (AS)

cesso parlamentarcomeçará somentedepois deaprovada a lei, conforme determina a Constituição Federal.

Na Comissão Mistade Orçamento, por acordo de lideranças,a reserva de contingência passou de R$ 4 bilhões paraR$ 6bilhões, dos quais R$ 5 bilhões poderão ser usados para o aumento do salário mínimo e as emendas parlamentares ao Orçamento, que será discutido no próximo semestre.

Sessões serão destinadas exclusivamente à votação de projetos que tenham consenso

O líder do PT na Comissão, deputado Jorge Bittar(PT-RJ), considerouoacordo satisfatório. "Pensoque encontramos umdenominadorcomum.Há umdesejo claroda maioria dosparlamentares e nósdecidimos pelavia dareserva dacontingência.Acho que representaum equilíbrio entre oque desejao Congresso, o governo e a população".

Superávit – Para o líder do governona Comissão,depu-

tadoRicardo Barros(PPBPR), anegociação emtorno daLDO foiumavitória. "Conseguimos colocar no texto um superávit de 3,75% para enfrentaressa instabilidade que se apresenta e mantivemos todos os elementos damacroeconomia, como taxa de inflação, crescimento econômico. Parece-me que o governo está satisfeito coma matéria", ressaltou.

Uma segunda alteração significativa foi a determinação de que 30% dos recursos do Fundode Amparo ao Trabalhador (FAT)alocados noBNDES sejamdestinados a financiamentosdos micro, pequenose dosmédiosempresários.

Outrasinovações do relatório do senadorJoão Alberto Souza (PMDB-MA) são a limitaçãodoenvio depedidosde créditosadicionaisao

Congresso a duas vezes ao ano, em maio e outubro, e a

obrigatoriedade de o governo explicar, em audiência pública, os cortesou contingenciamentosdas verbas do Orçamento. "O parlamentar anuncia no município que uma emenda foiaprovada, mas depois arca sozinho com o ônus político quando a verba não sai. Isso se tornou uma rotina nos últimosanos", explicou o senador.

Bancosoficiais– João Alberto quer também que os bancos oficiais mandem relatórios semestrais ao Congresso sobre osfinanciamentos concedidos com créditos subsidiados e quea liberação do dinheiro seja proporcional para todos os programas e para parlamentares de todos os partidos.

Quanto àfiscalizaçãoda execução orçamentária, o relatórioprevêo acesso de todos os cidadãos, pela Internet, ao SistemaIntegrado de Administração Financeira (Siafi),ondesão registradas as informações sobre a liberação dosrecursos aosdiversos programas. (AC)

Empresariado quer Congresso nas negociações sobre a Alca

O Congresso Nacional deve ter um papelmaisdecisivo nasnegociaçõessobreo ingresso do Brasil na Área de LivreComércio dasAméricas (Alca), estabelecendo limites e condições no acordo a fim debeneficiar oPaís. A opinião é do presidente do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Ivoncy Iochpe, transmitada à Comissão Especialque avalia o assunto. Iochpe acha que as negociações não devemser concentradas exclusivamente nas mãos do Executivo, via Itamaraty, porque a presençado Congresso é "fundamental" diante da abrangência edas "profundas repercussões" na economia que envolvem uma negociação como a da Alca. "O objetivo é assegurar que questõesestratégicas sejam resguardadas", afirmou ele, referindo-se, entreoutros pontos, à proteçãode setores da indústria nacional cujo desenvolvimento ainda é incipiente –como naárea tecno-

Objetivo das lideranças privadas é assegurar que questões estratégicas sejam resguardadas

lógica, por exemplo. Para o industrial, o Congresso deve adotaresse procedimentode interferência– queele comparou ao "fast track" americano–em todososacordosinternacionais que tenham efeitos na economia brasileira. Apoio relativo – Ivoncy Iochperevelou que,empesquisarealizadaem suaentidade, 72% dos associados são favoráveis à entrada do País na Alca, mas"com restrições", relativas à criação de précondições de c om p et i ti vi d ad e interna eexternamente aoBrasil. No aspecto externo, o industrial defendeu a eliminação das barreiras não tarifárias e dos subsídios agrícolas – práticasadotadas por países como osEUA – como pré-condiçãopara a assinatura do acordo. No campo interno,segundo Iochpe,o acordosó poderáserassinado após a realização de uma reforma tributária no País. "Se nãoresolvermoso sistema tributário antes da Alca,

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teremos redução de empregos internamente e formação devagasemoutros países", previu Iochpe, que também apontou os juros altos como outrograndeempecilho à competitividade brasileira. "A Alca, por si só, não é um remédio nem uma solução para os nossos problemas. É uma oportunidade, senós soubermosa maneiracerta deaproveitá-la", avaliou o presidente do Iedi, advertindo que a Alca impõe,além de acordoscomerciais,aadequaçãoda legislação trabalhista e de alguns procedimentos judiciais.

Frente – Para o deputado Fernando Gabeira (PT-RJ), é necessária aformaçãode uma"frente nacional" para lutar pela competitividade, buscando soluções para a reforma tributáriae o custo Brasil, apontadospeloIedi como elementosparaalcançar essa condição.

O deputado Emerson Kapaz (PPS-SP) acredita que, antes da Alca, é preciso um projeto nacional de desenvolvimento, com um planejamento que estabeleça metas de crescimento. (AC)

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LDO será votada amanhã no Congresso

O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias vai orientar o Executivo na elaboração do orçamento para o ano que vem.

Deputados esenadores reúnem-seamanhã, naparte da tarde, para votar o projeto da LeideDiretrizesOrçamentárias (LDO).O projeto serve para orientar o Executiv o naelaboração doorçamento federal para o próximo ano.

O PL terá de ser enviado ao Congressoaté odia31 de agosto. A LDO recebeu dezenasdemodificações na ComissãoMista dePlanos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, algumas delas destinadas aimpor limitesna liberdade que terá o próximo presidentedaRepública de cortar verbas orçamentárias em seuprimeiroano de governo.

Osubstitutivo dosenador

João Alberto Souza (PMDBMA), aprovado pela Comissão de Orçamento, prevê, entreoutras coisas,que oscortes ou contingenciamentos terão de ser explicadosaos parlamentares por autoridade doExecutivo, emaudiência pública. O texto do projeto que saido Congresso estabelece que, se as emendas apresentadas por um parlamentarforem bloqueadas, mas outras de seus colegas forem liberadas, opresidente da República também terá de apresentar explicações aos deputados e senadores.

Mudança – Outra mudança feita pela Comissão de Orçamento aumenta de R$ 4 bilhõespara R$6bilhões areserva de contingência. Acordodas liderançaspartidárias prevê que R$5 bilhões desta reserva serãousados pelos parlamentares para conceder aumento real para o salário mínimo em abrilde2003 e para bancar as emendas dos parlamentares ao orçamento. O Executivo não concordou com estaalteração, masos líderes dospartidos decidiram fazer a mudança sem a concordância do governo. Não ficou estabelecido quanto dos R$ 5 bilhões irá para o salário mínimo e quanto se destinará às emendasdos parlamentares.

trata dos valoresque a União deve gastar comsaúde. Os parlamentares incluíram também uma exigência para que oBanco nacionalde Desenvolvimento Econômicoe Social (BNDES) empreste a pequenas emédias empresas 30%dos recursosdoFundo deAmparoao Trabalhador (FAT).

O PL recebeu modificações, algumas destinadas a inibir o corte de verbas.

Outraalteração noprojeto da LDOqueopresidenteda República enviou ao Congresso destinará pelo menos R$ 1,5 bilhão a mais noano quevemaoMinistério da Saúde.Os parlamentarescolocaram um item na lei esclarecendo que o governo terá deseguir uma interpretação dada pelo Tribunal de Contas da União, e não pela AdvocaciaGeralda União,auma emenda constitucionalque

falências & concordatas

Créditos – Os parlamentares alteraram ainda o projeto da LDOpara definir queo presidente daRepública só poderá pedir créditos adicionais ao Congresso duas vezes por anoem maioe outubro. Isso acaba com a possibilidadede envio sistemático desses pedidos aos parlamentares, o que impede um maior controle e fiscalização no uso de excesso de receita por parte doExecutivo. Parao relator daLDO, João Alberto Souza, o Congresso aproveita o momento, "em que ninguém sabequem seráo futuropresidente daRepública", para colocar "alguns limites" no poder do presidente de alterar o projeto orçamentário. "Não estamos obrigando o presidente acumprir oorçamento aprovado pelo Congresso,mas dando alguns

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 27 de junho de 2002, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:

Requerente: Sirtel e Centrotel Telecomunicações Ltda. – Requerida: Tandem Telecomunicações Ltda. – Alameda das Boninas, 149 – 32ª Vara Cível

Requerente: Auto Peças Rialan Ltda. – Requerida: Gerdan Comercial e Construções Ltda.– Rua Marquês de Laplace, 126 – 15ª Vara Cível

Requerente: Auto Peças Rialan Ltda. – Requerido: Betel Transportes Coletivos Ltda. – Av. Eng. George Corbisier, 1100 –15ª VaraCível

Requerente: Activas Plásticos Industriais Ltda. – Requerida: Gral Metal Ind. Metalúrgica Ltda. Rua Verana, 61 – 36ª Vara Cível

Requerente: Auto Peças Rialan Ltda. – Requerido: Auto Posto de Molas Molarte Ltda. – Av. dos Estados, 895 – 25ª Vara Cível

Requerente: Apropel Comércio de Aparas de Papel Ltda. – Requerido: Indústria de Papéis Independência S/A. – Rua Thiers, 682/688 – 26ª Vara Cível

Requerente: Auto Peças Rialan Ltda. – Requerido: TMS Transportes Rodoviários Ltda. –Rua Anny, 1580 – 15ª Vara Cível

Requerente: Dileta Ind. e Comércio de Produtos Químicos Ltda. –Requerida: Embafer Ind. e Comércio Ltda. – Rua do Canal, 137 – 37ª Vara Cível

Requerente: Superior Móveis Ltda.

– Requerida: Duo Part Sicurezza Ltda. – Av. Santo Amaro, 5485 – 22ª Vara Cível

Requerente: Luckspuma Ind. e Comércio Ltda. – Requerido: Golden Comércio de Colchões Ltda-ME – Rua Augusta, 398 –35ª VaraCível

Requerente: Tech Data Brasil Ltda.

– Requerida: Mads Informática Ltda. – Av. Santo Amaro, 6237 – 16ª Vara Cível

Requerente: Tech Data Brasil Ltda.

– Requerido: Imbatível Tecnologia Ltda-ME. – Rua Thomaz Deloney, 425 – 23ª Vara Cível

Requerente: Stilgraf Artes Gráficas e Editora Ltda. – Requerido: Pinus Editora e Serviços Ltda.

– Rua Eng. Oscar Americano, 197 – 38ª Vara Cível

Requerente: Ideal Mecânica de Precisão Ltda. – Requerido: Autel

S/A Telecomunicações Ltda. Av. Nossa Senhora do Sabará, 1764 – 07ª Vara Cível

Requerente: Sev Car Auto Peças Ltda. – Requerida: Dinav Auto Mecânica Ltda. – Rua Faustolo, 1727 – 08ª Vara Cível

Requerente: Savanah Factoring Fomento Mercantil Ltda. –Requerida: Eserge Serviços Profissionais Ltda. – Rua Itapiri, 90 – 13ª Vara Cível

Requerente: Brastoys Importação e Exportação Ltda. – Requerido: Phoco Artigos Fotográficos Ltda. – Rua Conselheiro Crispiniano, 91 – 30ª Vara Cível

Requerente: Audifar Comercial Ltda. – Requerida: Rocha e Agostinho Ltda. – Rua Tucunã, 302 – 21ª Vara Cível

Requerente: Audifar Comercial Ltda. – Requerida: Droga Ameg Ltda-ME – Rua Miguel Telles Júnior, 615 – 08ª Vara Cível

Requerente: Cromos S/A Tintas Gráficas – Requerido: Companhia Gráfica P Sarcinelli – Rua Cesário Ramalho, 237 – 13ª Vara Cível

Requerente: Day Brasil S/A –Requerida: Contorno Gráfica e Editora Ltda. – Rua São Bernardino, 8 – 17ª Vara Cível

Requerente: Copax Comercial Pax de Produtos Alimentícios Ltda. – Requerido: Alípio Dias de Souza-ME – Rua Serruba, 19 –18ª VaraCível

Requerente: Ebid Editora Páginas Amarelas Ltda. – Requerida: Iotaka Iwasaki ME – Av. Ceci, 2189 – 16ª Vara Cível

Requerente: Casa de Pneus Colonial Ltda. – Requerido: MBB Security Cars do Brasil – Rua da Paz, 1755 – 08ª Vara Cível

Requerente: Centro Automotivo Itaim Ltda. – Requerida: Z Sound Com. de Som e Acessórios Ltda. – Rua Joaquim Anselmo Oliveira, 213 – 39ª Vara Cível

Requerente: Brasilivros Editora e Distribuidora Ltda. – Requerida: Infoloja Comércio Importação e Exportação Ltda. – Rua Clélia, 1953 – 31ª Vara Cível

Requerente: Ocrim S/A Produtos Alimentícios – Requerida: Jasi Ind. e Com. de Produtos Alimentícios Ltda. – Rua Jequirituba, 1113 – 19ª Vara Cível

Requerente: Tempo Factoring Ltda.

– Requerida: Verdemania Presentes e Artigos Esportivos Ltda. – Rua Bom Pastor, 2023 – 17ª Vara Cível

Requerente: O M Eletromáquinas

Suprimentos Ltda. – Requerida: SJ Recom Ind. e Com. Eletrometalúrgica Ltda. – Av. Hortolândia, 612 – 33ª Vara Cível

Requerente: Indústria Mecânica Larese Ltda. – Requerida: Color Screen Produtos Promocionais Ltda. – Rua Prof. Nelson de Senna, 287 – 34ª Vara Cível

Requerente: Nova América Factoring Ltda. – Requerida: Cerâmica VeroLtda. – Rua Henrique Felipe da Costa, 785 – 23ª Vara Cível

Requerente: Pinturas Gold Comércio e Serviços Ltda. – Requerida: Samplin Promoções e Eventos Ltda. – Rua Guararapes, 1455 – 29ª Vara Cível

Requerente: Artequim Comercial Matérias Primas Ltda. – Requerido: Átrio Cor Comercial Importadora. – Rua Cipriano Barata, 240 – 01ª Vara Cível

Requerente: Place Ind. e Comércio Ltda. – Requerido: CC Capitânia Artigos Escolares Natalinos Ltda. – Rua Forte da Ribeira, 391 – 30ª Vara Cível

Requerente: Sanoil Óleos Essenciais Ltda. – Requerido: Caribbean’s Industrial e Comercial Ltda. – Rua Kurt Engelhart, 55 – 29ª Vara Cível

Requerente: Pinturas Gold Comércio e Serviços Ltda. – Requerido: Esboço Comunicação Total Ltda-ME – Rua Guararapes, 1445 – 09ª Vara Cível

Requerente: Rudloff Industrial Ltda. – Requerido: Consid Construções Préfabricadas Ltda. – Av. Alexandre Mackenzie, 141 – 28ª Vara Cível

Concordata Requerente: Cassiotex Comércio de Tecidos Martins Ltda.–Requerida: Cassiotex Comércio de Tecidos Martins Ltda. –Rua Líbero Badaró, 93 - Conj. 11 e 12 – 10ª Vara Cível

Requerente: Supermercado Yervant Ltda. – Requerido: Supermercado Yervant Ltda. – Rua Estanislau Moniusko, 300 – 22ª Vara Cível

passos para impedirprivilégios na execução orçamentária", observou o relator.

O substitutivo da LDO em votaçãopelo Congresso restabelecea possibilidade que têm os parlamentares de reestimarem areceitaprojetadapelo Executivodentrodo orçamento. O governo queria impedir que os deputados esenadores pudessem discordar da previsãoda equipe econômica.

Nos últimosdois anos, conformeosenador Amir Lando (PMDB-RO), ex-relator-geral do orçamento de 2001, o Congresso reestimou asreceitas federais,o quelevou o Executivo a contingenciar verbas orçamentárias. Nofinal, oCongressoestava corretoemsuas previsõeseo presidente pediu aos parlamentares para usar o "excesso de arrecadação" registrado. O Congressonão estáme-

agenda tributária

DIA 01

OPERAÇÕES INTERESTADUAIS COM COMBUSTÍVEIS DERIVADOS DE PETRÓLEO E COM ÁLCOOL ETÍLICO ANIDRO CARBURANTE –SICOPI –Ocontribuinte obrigado a prestar informações sobre os valores de repasse, dedução, ressarcimento e complemento do imposto incidente nas operações interestaduais com combustível derivado de petróleo e com álcool etílico anidro carburante por meio do Programa Sicopi (Sistema de Controle de Operações Interestaduais com Combustíveis), deverá observar os seguintes prazos para o cumprimento dessa obrigação (art. 424-A do RICMS/SP, com nova redação dada pelo Decreto nº 46.588/2002) – os transportadores revendedores retalhistas (TRR).

DIA 02

PREVIDÊNCIA SOCIAL(INSS) – Recolhimento, sem multa e sem juros, das contribuições previdenciárias relativas à competência Junho / 2002, devidas pelas empresas, inclusive da retida sobre cessão de mão-de-obra (11%). Não havendo expediente bancário, prorrogar o recolhimento. Produção Rural –Recolhimento – Veja arts. 22A, 22B, 25, 25A e 30, incisos III, IV e X, todos da Lei no. 8.212/91, na redação das Leis nºs 9.528/97 e 10.256/2001.

DIA 03

ICMS/SP –CNAE’S –15237, 15911 a 15954, 21105

xendo naprevisão dogoverno de que a economia crescerá 4% em 2003, apesar de boa parte dosparlamentares a acreditar que o percentual é otimista. Também nãosão feitas alteraçõesnaprevisão do Executivo de que a taxa de juros dos títulos públicos cairá para 12,84% ao ano ao final de2003- elaatualmenteéde 18,50%.

Também é mantida aprevisão de 4% para a inflação do próximo ano,medidapelo IGP-DI, calculado pela Fundação Getúlio Vargas. O dólar deverá ser cotado a R$ 2,42 na média, conforme indicação colocada no projeto da LDO pelo Executivovalor também considerado otimista pelos parlamentares da Comissão Mista de Orçamento.

Superávit – Umdos poucos números daLDO alterados pelo Parlamento é a pre-

Julho/1ª semana

a 21490, 23108 a23302, 24112 a 24996, 25216 a 25291, 26204, 27111 a 27413, 27499 a 27529, 28118 a 28991, 29114 a29890, 30112 a 30228, 31119 a31410, 31518, 31917 a31992, 32107 a 32301, 33103 a33502, 34100, 34207, 34509, 35114 a 35211, 35238, 35327 a 35912, 36927 a 36951, 36978 e 36994; 40100, 40207 e 40304; 51217 a 51926; 60267 a 60305, 61115 a61239, 62103 a 62308, 64114 e 64122; 92215, 92223 e 92401 – último dia para recolhimento do ICMS apurado no mês de Junho / 2002.

ICMS/SP – SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA álcool anidro, demais combustíveis e lubrificantes derivados de petróleo, cimento, refrigerante, cerveja, chope e água – último dia para o recolhimento do ICMS retido apurado no mês de Junho / 2002. IRRF – Pagamento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no período de 23.06 a 29.06.2002, incidente sobre rendimentos de beneficiários identificados, residentes ou domiciliados no País.

IPI (exceto odevido por ME ou EPP) – Pagamento do IPI apurado no 3º decêndio de Junho / 2002, incidente sobre produtos classificados no Capítulo 22 (bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres) e sobre fumos classificados noscódigos 2402.20.00 e 2402.90.00.

DIA 04

OPERAÇÕES INTERESTADUAIS COM COM-

visão de que o superávit primário (sobra de caixa, antes do pagamento dejuros) do setor público no ano que vem será de 3,75% do Produto Interno Bruto (PIB). A previsão inicial do governo era de 3,5%.

Dívidas– A mudançafoi feita a pedidoda equipe econômica, que elevou o percentual para mostrar aos investidores que a União tem condições de pagar suadívida e, com isso, tentar reduzir a instabilidade do mercado financeiro dos últimos dias.

Com a modificação do percentual, o setor público (União, estatais, estadose municípios)brasileiro terá umsaldopositivo emsuas contas (antes de pagar os juros) de R$ 53,3 bilhões.

O dinheiro do superávit normalmenteé usadoparao pagamento dosjurosjuros. (Agência Senado)

BUSTÍVEIS DERIVADOS DE PETRÓLEO E COM ÁLCOOL ETÍLICO ANIDRO CARBURANTE –SICOPI –Ocontribuinte obrigado a prestar informações sobre os valores de repasse, dedução, ressarcimento e complemento do imposto incidente nas operações interestaduais com combustível derivado de petróleo e com álcool etílico anidro carburante por meio do Programa Sicopi (Sistema de Controle de Operações Interestaduais com Combustíveis), deverá observar os seguintes prazos para o cumprimento dessa obrigação (art. 424-A do RICMS/SP, com nova redação dada pelo Decreto nº 46.588/2002) –as distribuidoras de combustíveis.

DIA 05

SALÁRIO JUNHO / 2002 – O pagamento mensal dos salários efetua-se até o 5º dia útil do mês subseqüente ao vencido. Na contagem dos dias incluir o sábado e excluir domingos e feriados, inclusive municipais.

CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS EDESEMPREGADOS – Enviar ao Ministério do Trabalho e Emprego a relação de admissões e desligamentos ocorridos em Junho / 2002.

FGTS – Efetuar os depósitos relativos à remuneração de Junho / 2002. Não sendo dia útil, antecipar o recolhimento.

Fonte

Valorização do euro não causa inquietação ao G-8

A moedaúnica européia,o euro, valoriza-se cada vez mais, enquanto odólar americano enfrenta uma profunda crise deconfiança. Segundo alguns economistas, a evolução pode ter conseqüências catastróficas para a economia européia de exportação. Outros consideram o fato como positivo paradar um novo impulso ao consumo interno.

Reunidossemana passada no Canadá, os chefes de Estado e de governo do G-8 (Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Itália,Canadá, Alemanha, Japãoe Rússia)não vêem aindanenhum motivo para preocupação.

O presidente americano George W. Bush deixou claro que Washington não cogita em tomar medidas de apoio à cotaçãointernacional dodólar. Parao presidenteda Comissão Européia(órgão executivo da União Européia), Romano Prodi, um euro forte seria um fator positivo para a economia mundial. Prodi advertiu, porém, para as conseqüênciasnegativas, seo processo de valorização da moeda européia andar muito rápido e atingir níveis muito exagerados.

ciência

Aoser introduzidocomo moeda contábil, em 1º de janeiro de 1999, oeuro foi cotado a 1,18 dólar. Depois disso,perdeu rapidamente em valor, chegando a cair abaixo de 0,83 dólar,em outubro de 2000. O resultado foiuma perda da confiança popular namoedaeuropéia, apesar dasseguidasadvertências de economistas eentidades oficiais, de que a sua cotação estaria aviltada.

A situação mudou nos últimos meses:a criseda economia americana – em parte decorrente dos atentados de 11 de setembro, mas também do fim da euforia injustificada da new economy– começou a pressionar amoeda ameri-

cana, dando um novo impulso ao euro. Desde o início da semana,os mercados financeiros contam com a paridade entre as duas moedas a qualquer momento. Eventuais conseqüências – Para os países europeus, em especial os exportadores como aAlemanha,a valorização do euro pode causar danos. O encarecimentodos produtos vendidos por esses paísesno mercado mundial resultanumaqueda dasexportações, o principal fator de impulso conjuntural num momento em que o consumo interno enfrenta uma das suas piores e maiores crises do pós-guerra. Por outro lado, a valoriza-

ção doeuro tornamais baratas as importações, contribuindopara equilibrarabalança de pagamentos. E a aquisiçãode produtosestratégicos, como petróleo ou gás natural,torna-se comisto muito mais barata, tendo um efeito positivosobre oíndice de inflação.

Para ErnstWelteke,presidente do Bundesbank – o banco central alemão, a atual cotaçãodoeuro estaria até mesmo muitobaixa.Pois Ernst Welteke vê, antes de tudo, umagrande vantagem nas quedas de preço dos produtos importados, como fator de impulsodoconsumo interno.

O analista Klaus Friedrich, do maior consórcio financeiro alemão Allianz, vê numa eventual paridade entre dólar e euro até mesmo a chance de quea moeda européia possa vira estabelecer-se como uma segunda moeda de referência mundial. E só depois que isto ocorrer é que os mercados financeiros da Europa poderão livrar-se dos ditamesdo mercadonorte-americano, que determinam em grande parte asaltas e baixas nas bolsas de valores do velho continente. (Reuters)

Recursos da terra estão se esgotando

Os humanos estão indo longedemais nouso de recursosnaturais daTerra.O consumo de florestas, energiaeterraestá sendomaior doque oplaneta poderepor, segundo estudo publicado na revista da Academia de Ciências dos Estados Unidos (Proceedings of the National Academy of Sciences).

O estudo, conduzido pela organização semfins lucrativ os RedefiningProgress, com sede na Califórnia, trata de conservação ambiental e economia ealerta sobreo esgotamento dos recursos naturais, dizendo quepodelevar o planetaa uma "bancarrota ecológica".

Os recursosdaTerra, segundo Mathis Wackernagel, que liderou o estudo e dirige a instituição, "são como uma pilhade dinheiro quequalquerum pode agarrar, mas que se acaba".

Os cientistas disseram que a demanda dahumanidade

por recursosaumentou nos últimos 40 anose chegou a um nível em que o planeta precisariade1,2 anopararecuperaroque aspessoasesgotam a cada ano.

O impacto doser humano sobre o meio ambiente aumentou desde1961, quando ademandapública erade70 por cento da capacidade regenerativa doplaneta,de acordo com o estudo.

"Se não vivermosdentro do orçamento da natureza, a sustentabilidade vai se tornar infrutífera", afirmou Wackernagel.

de terrenos para a construção de infra-estruturas e a queimadecombustíveis fósseis que emitem dióxidode carbono (CO2) na atmosfera.

Os pesquisadores então usaram informações governamentaise estimativas variadaspara determinar o quanto de terra seria necessário para atender à demanda humana paraestas ações.

Se não vivermos dentro do orçamento da natureza, a sustentabilidade será infrutífera

O estudo analisa emdetalhes o impacto que a populaçãocausana Terracomnúmeros quantitativos e mede as "impressões digitais ecológicas" deixadas poratividades humanas, como a pesca, o consumo de madeira, o uso

Por exemplo, Wackernagel e sua equipe descobriram que, em 1999, cada pessoa no planeta consumia umamédia de 2,3hectaresuma média global significativamente maisbaixadoque em paísesindustrializados, como EstadosUnidos eReino Unido,onde amédiaera de, respectivamente, 9,6 hectares e5,3 hectaresconsumidos por pessoa.

Bancarrota ecológica –A

fim de desenvolver uma fórmula quecomparasse oconsumo humano com a capacidade deregeneração daTerra, os pesquisadores tiveram que chegar a várias proposições e a omitir o uso de alguns recursosporfalta de dados suficientes.

Assim sendo,os resultados excluíram, porexemplo,o impactodouso localdeágua corrente e aliberação de poluentessólidos, líquidosou gasosos- exceto oCO2 -no meio ambiente.

Emboraas descobertas tenhamrevelado queo usopelos humanos dos recursos esteja ultrapassando de longe os recursos da Terra, o estudo nãodetermina por quanto tempoo processopoderia continuar sem conseqüências danosas.

"Comoem qualquernegócio responsável, precisamos de umacontabilidade ecológica para proteger nossos ativos naturais", disse Wackernagel.

Segundoo especialista, se issonãoacontecer, ahumanidade deve se preparar para o que chamou de "bancarrota ecológica."

Wackernagel afirmou que o estudo pode servir para calcular o impacto de novas tecnologias sobre o planeta e a forma como elaspodem afetar o meio ambiente.

O uso de tecnologias alternativas, comoaquela que produz energiarenovável ou substitui o processamento biológico natural, poderia permitirqueasociedade vivesse melhor sem aumentar o consumodosrecursos do planeta. (Reuters)

A Alemanha exigeque a Argentinaentregue dois exgeneraisda ditadura militar envolvidos na execução da estudanteElisabeth Käsemann, há 25 anos. Segundo a agência de notíciasoficial argentina, Télam, Berlim requereu juntoaojuizfederal Rodolfo Canicoba Corral, de Buenos Aires, aprisãoe extradição do antigo chefe de polícia Juan Bautista Sasiaiñ e de Pedro Durán Sáenz, encarregado de uma centralde tortura.

AJustiça alemã confirmou que Käsemann foifuzilada em 24 de maio de 1977, num campomilitar deMonteGrande, provínciade Buenos Aires. Como tantas outras vítimas do regime, elateve a cabeça coberta porum capuz,antes de receber disparos na nuca e nas costas.

na Houston Austin.Levada doisdias mais tarde para o mesmo local, estachegou a ouvir os gritos da alemã. Austin foi libertada poucos dias depois, graças à intervenção imediata da embaixadabritânica, porémoMinistério alemão do Exterior manteve-seimpassível, apesar de repetidos apelos de organizaçõespelos direitoshumanos.

Ex-integrantes da ditadura militar são acusados de seqüestro, torturta e execução sumária

Seu assassinato despertou grande atenção na época. Elisabeth era filhade Ernst Käsemann, um importante professor de Teologia. Em março de 1977,foradetida einternadanumacaserna deBuenos Aires. Ela foi torturada, a julgarpor declaraçõesde uma amiga sua, a inglesa Dia-

Briga

Justiça tardia - Em outubro passado, a Alemanha já pedira a extradição do também general Guillermo Suárez Mason, considerado o principal responsável pela morte da estudante.O Ministérioargentino dasRelações Exteriores indeferiu o requerimento, porém ainda está sendo aguardada adecisãofinalda Corte Suprema quanto ao destino do ex-militar. Como Mason,Sasiaiñ jáse encontraem prisão domiciliar na Argentina. Ambos respondem ainquérito peloseqüestrode bebês,filhosde presas políticas,nascidos em cativeiro. Mais tarde, as mães "desapareceram". Calcula-se que 30 mil pessoas tiveram destino igual(Reuters)

entre os EUA e a Europa reflete-se na AL

A relaçãoque ligaa fioduplo as duas margens do Atlântico jamais esteve tão controverso,e aEuropa ea América nunca estiveram tão distantes. De umlado, prossegue obraço-de-ferro entre os EstadosUnidos ea União Européia, provocadopela guerradoaço, promovida pela administração Bush e seguida por uma recíproca troca de acusaçõesde protecionismo por parte do secretário de Estado norte-americano, ColinPowell,feita a alguns Estados europeus. Nos últimos dias, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, se propôs a fazer o papel de mediador entre os dois lados. Ao lançar a idéia de um fórum internacional para um confronto discreto entre os doisblocossobreas principais questões abertas, entre as quais a dastarifas comerciais e dossubsídios àagricultura, Blair destacoua necessidade de quea ‘Américae aEuropa

permaneçam lado a lado’.

De outro, com o vértice de Madri,que reuniu os representantes de48países,a União Européia decidiu estreitar as relações econômicase comerciaiscom aAmérica Latina.

Negociações – Em Madri, a própria UE iniciou as negociações relativas a um acordo político e de cooperação econômica, conformeos modelos mexicanoe chileno,com os países da América Central ecoma Comunidadedos Países Andinos (CAN). Estas negociações representam o primeiro passo para concluir, com estasduas áreas, após2004,futuros acordos de associação econômica, em seguida ao processo deDohasobre ocomércio mundial.

É aprimeira vez quea Comissão Européia trazà mesa de negociações acordos com estes dois grupos de países da América Latina. (Reuters)

Aumenta a quantidade de gente faminta na região

O ex-presidente chileno, Patricio Aylwin, destacou na Segunda Cúpula Mundial sobre Alimentação da Organização dasNações UnidasparaaAlimentação eaAgricultura (FAO), realizada em Roma, que, na última década, os pobres aumentaram na América Latina e no Caribe, e garantiuque afome nomundo acabaria se lhe fosse dedicada a metade dos subsídios agrícolas concedidos pelos países desenvolvidosa suas próprias economias. "As possibilidades dos países de pôr seus produtos nosmercados internacionais são ilusórias, devido aestes subsídios,que apenas no anopassado atingiram US$366 bilhões,ou, o que dá no mesmo,US$ 1 bilhão por dia", disse.Aylwin explicou que as possibilidades das economias em desenvolvimento ‘cresceriam enormementese estessubsídiosfossem reduzidosàmetade.(AE-Ansa)

Welteke: "Grande vantagem na queda de preço dos produtos importados"
Gunther

Cresce

a participação

dos PGBLs no mercado de previdência privada

Os Planos Geradores de Benefícios Livres, os já conhecidos PGBLs, são atualmente os maioresresponsáveis pela arrancada do mercado de previdênciaprivada nestes últimostrês anos.O setor como umtododeve crescer, só nesse ano, cerca de 50% em relação a 2001, e boa parte do incremento virá dos PGBLs. Dejaneiro a abril, estes planos geraram receita de R$ 933,9 milhões, de acordo coma Superintendência de Seguros Privados, Susep. Hávários atrativosquees-

TENDÊNCIAS/SEMANA

timulam ocrescimento dos PGBLs. E a participação vem sendo cadavez mais facilitada aos consumidores.

A Real Seguros, por exemplo, reduziu apartirdessemês a contribuição mínima de R$ 50 para R$ 30. Página 6

O Brasil precisa de um bom profissional de marketing O Brasil já provou possuir excelênciaem diversas áreas. É o maior produtor de café e desucode laranjadomundo. Tem posição invejávelem outros setores emuitasempresas brasileiras conseguiram ganhar projeção internacional. Mas apesar da enorme capacidade para produzir, o País

Indústria de transformação tem mais investimentos

Maisdametadedo valor exportado pelo Brasil entre 1996 e 2001 está concentrado na indústria de transformação, segundo estudos do Banco Centrale daSobeet. E os investimentos externos ao setor têm aumento. Só no ano passado, do total destinado aoPaís, 32,8%foi para essa indústria. Página 5

se esquece de investir na divulgação dessa qualidade lá fora. E o resultado do pouco investimento na imagem acaba resultando em comparações com paísesde economia infinitamentemenor, comoa Nigéria. É preciso colocaras contas em ordem – e partir para o marketing. Página 7

As novidades em óculos de grau e de sol na feira do setor

A Feira Internacional de Produtose Equipamentos Ópticoscomeça amanhãno Expo Center Norte. Cerca de 200expositores apresentam 1.500 lançamentos, entre lentes, óculos de grau e de sol. A feira, voltadapara lojistas, indústrias e distribuidores, éresponsávelpor40% dos negócios do setor. Página 10

Holandesa faz festival para vender bombons

A Doceira Holandesa começouneste domingooFestival do Bombom, espécie de feira aoestilo europeu,com 18 novos recheios e sabores. O objetivo da rede, que possui nove confeitariasemSão Paulo, éelevar para20% a participação do bombom nas vendas de cada loja. Hoje, o produto representa 15% do faturamento, bem atrás dos doces ebolos,que respondempor70% dacomercialização. A empresa também pretendeabrir outras três franquiasna cidade no prazo de um ano e meio. Página 10

a

Juro alto e massa salarial em queda derrubam o crédito

O volume de crédito liberado no Brasilé considerado muito baixo (menos de 30% doPIB)e não deve crescer significativamente atédezembro 2002, principalmente emrazãodasmedidasrecentemente tomadaspelo governo edos jurosaltos co-

brados das empresas. Em dezembro de 2001, o estoque de crédito no sistema financeiromalsuperou R$332bilhões,umaumento mínimo em relação ao mesmo mês de 2001 (R$ 319 bilhões). Segundo estudo realizado pela equipe econômicado

BBV Banco, a queda de 4,4% damassa real desaláriosno primeiro trimestre também potencializa orisco decrédito. "Os bancos estão em compassodeespera",diz aconsultora especializada na área de crédito, Graziella Thomaz daSilva,da MGBConsulto-

Dólar tem ganho de 11,7% no mês

A procura porproteção, devido às turbulências do mercadofinanceiro, levou o dólarcomercial paraotopo do ranking das aplicações maisrentáveis em junho. O ganho real damoeda americana no mês foi de 11,74%, segundolevantamento da Engenheiros Financeiros e Consultores. O ouro vem em segundo lugar, com uma elevação de 8,18% no período.

O pior investimento ficou mais uma vez por conta das ações,com perdade15,52% no mês.ABovespateve em 2002 seupiorprimeirosemestreem 30anos. Ainda emjunho, osfundos derenda fixa, fundos DI, CDB, caderneta de poupança e outrosinvestimentos que contêm títulospúblicosem suas carteiras também apresentaram prejuízos. Página 8

Jurista diz que critérios políticos para o STF geram desconfiança

Américo Lacombe, juiz aposentadoe advogado atuante na área tributária e constitucional, dizqueo contribuinte nunca consegue ganhar abriga como governo, no que diz respeito às cobranças inconstitucionais de impostos, porque quem julga asquestões éo STF,cujos integrantes são escolhidos por critérios políticos.

"O Senado não cumpre seu papel, como faz o americano, quesabatina paravaler os componentes e já vetou vários deles,o quenunca ocorreuaqui",afirma Lacombe. Eleentende aindaqueareforma tributária nãosaiu porque ogovernonãoquis, pois está arrecadando cada vez mais, "às custas da pobreza da sociedade". Página 15

ria. Assim como os bancos, as financeiras aumentaram as taxas cobradas dos consumidores. A maior elevação foi registrada na Fininvest, que saltoude2,96%para 13,27% mensaisnomesmo período.A inadimplência também cresceu. Página 7

Inverno com dias quentes prejudica comércio de roupas

Aalteração doclima,um fenômeno provocado pelo El Niño, trouxe paraSão Paulo um inverno mais quente, com temperaturasvariando de16 a28graus,quandoo normaldoperíodo éuma média entre 16 e18 graus. O inverno sem frio também tirou osono doslojistas. Muitos ainda mantêm as roupas de verão nasvitrines e amargam umencalhe de malhas, jaquetas e paletós. Em razão disso, as liquidações e promoções devem começar mais cedo este ano. Última página

Grupo planeja exportar US$ 900 mil em confecções

Oscomerciantes dopopular bairro paulistano do Bom Retiro querem se tornar referência mundial de moda brasileira. Oconsórcio exportadorTropical Spice,quesurgiuhádois anoseéformado por19 confecçõesdobairro, planeja exportar US$ 900 mil em jeans, moda praia, contemporânea, roupas de festa e lingerienesteano. Em2000, asvendas externassomaram US$50 mil.O sucessoinspirou outros empresários, que formaramrecentemente o grupoBRExport, também voltado para a exportação de artigos têxteis. Página 5

Fenit mostra a moda da economia

Mau uso de recursos pode levar o planeta à bancarrota ecológica Página 4

Etiqueta e conhecimento cultural ajudam a fazer bons negócios Página 14

a São Paulo tem grande oferta de hotéis, mas pequena ocupação Página 13

Ventos Modernos: vermelho para contrastar com cores pastéis da estação

A coleção de tecidos e roupas da primavera/verão começa a ser vendida a partir desta terça-feira no maior evento de moda da América Latina, a Fenit. A feira, que noano passado impulsionouUS$ 50 milhões emexportações,terá 600 empresas expositoras. Os organizadoresesperam um públicode 50 milpes-

soas,entre lojistaseconfeccionistas.A moda apresentada, dizem os estilistas, vão ao encontro dabuscapor economia. Roupas e tecidos duráveis estarão em alta. A Ventos Modernos, uma das confecçõespresentes à Fenit, utizou o vermelho em algumaspeças, umdos poucos tonsfortes permitidos para a estação. Página 11

Américo Lacombe: Governo Federal é o que mais aumenta os impostos
Paulo Pampolim/Digna
Célio

Crescem exportações do Bom Retiro

Consórcio Tropical Spice, formado por 19 confecções do bairro, planeja vender US$ 900 mil neste ano e inspira comerciantes

O popular bairro paulistano do Bom Retiro quer se tornarreferência mundial de moda brasileira. Há dois anos e meio, 19 confecções do bairro, que fica na região centralda cidade,criaramum consórcio exportador chamado Tropical Spice.Em 2000, oconsórcio vendeuao

Exterior cerca de US$ 50 mil.

No anoseguinte, quadruplicou o volume e, em 2002, pretende exportarUS$900 mil em peças dos segmentos jeans, moda praia, moda contemporânea, roupa defesta, lingerie e peças feitas em tecidos naturais (linho e tencel).

Outro grupodeempresários do bairro, o BR Export, também está investindo no mercado externo. Os dois mostrarão os lançamentos da coleçãoprimavera/verão na Texbrasil Fenit e Texbrasil Fenatec, feira que abre as portas amanhã, no Pavilhãode

Exposições do Parque

Anhembi, em São Paulo (veja detalhes na página 11).

DoJapãoa Paris – O Tropical Spice vende para 18 países, em cinco continentes, entre eles, Japão, Venezuela e Chile. Apenasnos primeiros seis meses desteano, oconsórcio exportou US$ 350 mil. "A expectativa é vender cerca de US$250na TexbrasilFenit", diz o gerente de exportação do Tropical, Eliseu Simões Neto. A meta para 2003

é atingir US$ 1,5 milhão. Simões Netodisse ainda que,nos próximosmeses,as empresas do consórcio irão marcar presença no Lion Mode City, evento de moda praiae lingerie, enaprêt-àporter, em Paris.

O Tropical Spice tem apostado forte neste crescimento. Investiu num escritório e show room própriono Bom Retiro. Asconfecções também sealiaramàtecelagem Douat, deSantaCatarina, que está desenvolvendo tecidos para as coleções da marca.Só assim os lançamentos poderão ser antecipados, atendendoas necessidades do importador latino-americano, dizSimões Neto. "A idéia é prestar o maior número de serviços possível ao comprador estrangeiro".

Passagem depresente –Na Fenit, oconsórciovai apostar em promoções. Os importadores quecomprarem valores superiores a US$ 10mil, porexemplo,receberão passagens e hospedagem gratuita para virem uma próxima vez ao Brasil.

O Tropical recebe apoio do Sebraee da AgênciadePromoções de Exportações (Apex), do governo.Para SimõesNeto,esse tipode suporteé fundamentalparafazer os negócios deslancharem. Em relação especificamente aos produtos, ele ressalta queo segredodo sucesso é investirem qualidade e design brasileiro.

BR Export – Atrás desse sucesso, surgiu umnovo grupo de pequenos exportadores

noBom Retiro. Trata-sedo BR Export. São 30 confecções de pequeno porte que se uniramparaexportarpara pequenos compradores da América Latina."Seconseguirmosvender paraesse mercado, o resto virá como consequência",diz o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas doBom Retio e diretor da Associação Brasileira daIndústria Têxtil (Abit), Shlomo Shoel. Empresáriosdo segmento de jeans, moda feminina, masculinae praiado BRExportvão negociar aspeças praticamentena pronta-entrega. Com esse propósito, as indústriasdo bairro, apoiadas pela Abit, partem em busca da qualidade, trabalhando para obter o ISO 9000.

"O objetivoé desmistificar aidéiadeque asconfecções do Bom Retiro não têm qualidade",dizShoel. Segundo ele, na Fenit, num estande de 3 mil m², patrocinado por grandes fabricantes e pela própria associação da indústriatêxtil, osconfeccionistas vão daralargada noprojeto exportador.

O presidente do clube dos lojistas estáconfiando nosucesso dainiciativa."Alguns desses fabricantes já colocam seus produtos no Japão, nos Estados Unidos, na Venezuela,naColômbia, emPorto Rico e no Panamá. "Como somoságeis etemos bons produtos,vamos crescer e vender também para grandes empresas", completa Shoel.

No entanto,ao contrário

do Tropical, o BR Export não está organizado como um consórcio e não recebe apoio governamental. Rodas de negócios – Na Texbrasil Fenit,estarão presentesainda consórciosexportadoresde outrasregiões como o Bahia Beach e o Consórcio de Exportação de Uberlândia. A Alcântara Machado, empresa que organizouoevento emparceria com a Dupont Têxtil Interiores,está patrocinandoavindade 15 compradoresde grandes magazines emarcas internacionais, para participar de rodas de negócios. Em 2001, essesencontros renderam exportações estimadas em US$ 50 milhões.

Indústria poderá exportar mais

Uma nova configuração dosinvestimentos diretos estrangeiros no Brasil mostramqueas exportaçõesdo País podem crescer daqui para frente,segundoavaliação da Sociedade Brasileira de Estudosde EmpresasTransnacionais eda Globalização Econômica(Sobeet). Isso porque, de acordocom a entidade, mais da metadedo valor exportadopeloBrasil de 1996a 2001 está concentrado naindústriade trans-

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formaçãoe osinvestimentos externos feitos ao setor têm aumentado.

Dados do Banco Central mostram que, em 2001, o fluxo de recursosestrangeiros à indústria detransformação correspondeu a 32,8% do totaldestinado aoPaís. Noano anterior, a porcentagem estava em 17%.

Oestudo mostratambém que esses recursostêmse concentrado em sete segmentos específicos da indústria: material de transporte, metalúrgica, produtos alimentares, mecânica, química, material eletrônico e equipamentos decomunicação e papel e papelão. Desses sete setores principais,segundo o Banco Central, seis receberam, em média,entre 1996 e 2001, 15,4% dos fluxos líquidostotaisde investimentos

estrangeiros. ASobeet destacaque,apenas em2001,essa cifra subiu para 28%, " pouco menos do que o dobro da média para o período". Fav oráve l – O presidente da Sobeet, economista Antônio Corrêa de Lacerda, afirmouque ocâmbio, atualmente favorável paraasexportações, traz problemas e soluções. O principal problema,segundo ele, éque dificulta a administraçãodo cai-

xa das empresas,sobretudo, porque encarece muito as importações. O lado positivo é o fato de favorecer as exportações, porque dá maior competitividade aos produtos brasileiros. "Fica mais barato produzir aqui", diz. O câmbio elevado também pode ajudar o mercado interno à medida em que acaba "empurrando" o processo de substituição de importações. Apesar disso, porém, as exportações não "explodiram", comoseria de imaginar,diz ele. "Em exportação, o câmbio é importante, mas não é tudo. Épreciso levarem contapelo menos dois fatores: a queda dos preços dos produtos no mercado mundial ea falta de uma política nacional eficiente de apoio às exportações. Sergio Leopoldo Rodrigues

Recurso externo em estoque no País sobe 147% entre 95 e 2000

O volume de recursosestrangeiros em estoque no Brasilaumentou147% de 1995 para 2000.O montante passou de US$ 41,695 bilhões para US$ 103,014 bilhões, segundo o censo do capital externo divulgado na sexta-feira pelo Banco Central.

O montante é referente às participações diretasde grupos estrangeiros emempresasbrasileiras.Não estãoincluídos os empréstimos feitos pelas matrizesàs suas filiais no País, quena metodologia do BCsãoconsiderados recursos de melhor qualidade e, portanto,classificados no cálculo do fluxo mensal de investimentodesde oano passado.

Segundo odiretor deAssuntos Internacionais do BC, Beny Parnes, 64% dos recursos externos estão concentrados no setor de serviços. A indústria responde por 33,7% e a agricultura, pecuária eextração mineral ficamcom os 2,3% restantes.

Sudeste – Oestudo doBC mostraainda que a grande maioria dosrecursos queingressaram no Brasilfoi direcionada para a região Sudeste (86,7%).Emseguida, vemo

SuldoPaís, com7,3%,eo Nordeste com 3,1%. As regiões Nortee Centro-Oeste receberamapenas umpouco mais de um ponto porcentual: 1,5% e 1,3%, respectivamente.

A Espanhase destacoucomoo segundopaís emvolume deinvestimentos para o Brasil, perdendo apenas para osEstados Unidos,quecontinuou na liderança registrada desde 1995, apesar da queda de 26% para23,8% do total de investimentos. No primeiro ano do censo, os investimentosespanhóis no Paísnãochegavam a0,6%e, no final de2000, totalizaram 11,9%.

O censofoi realizado com base na declaraçãode 11,404 mil empresas,mais doque o dobro dototaldolevantamentode1995. Segundo o diretor do BC, foramconsideradas apenas as participações estrangeiras que superam 10%do capital votante ou 20%docapitaltotaldas empresas. (AE)

Investimento estrangeiro

deve cair 30%, diz ONU

A instabilidade econômica e as eleições presidenciais devemgeraruma quedadeaté 30%, em 2002, no fluxo de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em comparação ao ano passado.Essaé a previsãode especialistasda Organização das Nações Unidas (ONU). Em2001, ofluxo derecursos externosao Paísfoide US$ 22,6bilhões. Pelaprojeção daONU, osinvestimentos não devem passar dos

US$16bilhões nesteano,ficando abaixo da estimativa do governo, que éde US$ 18 bilhões.

Os economistas em Genebra ressaltam que a queda nos investimentos somentenão serámaior porqueasempresas estrangeiras tomaram decisões, há dois ou três anos, de atuar a longo prazo no Brasil. "Os investimentos diretos sãomais estáveisque outros fluxo de capitais", disseum economista da ONU. (AE)

Distrital Vila Maria faz

A Distrital Vila Mariada Associação Comercial de São Paulo está comemorando dezanos deexistência. Olocal,quecomeçoucomo um postodaDistrital Santana,é hoje uma das principais referências dobairro, que luta pelarevitalizaçãodo comérciolocal, investimentos em segurança pública e criação de novos espaços de lazer. Apesar dasreivindicações por melhorias, os dez anos da Distrital Vila Maria também foram marcados por várias vitórias de moradores ecomerciantes, queconseguiram trazer o aumento do po lici amen to para as regiões de saídadas rodovias Dutra e Fernão Dias, locais com maior incidência de assaltosde transportadoras de cargas. "A Distrital é o ponto principal dereuniões dosConselhos deSegurançada Vila Maria e bairrosvizinhos. Ficou mais fácil para os moradoreslevar suasqueixaspara opoder público",diz José Bueno de Souza, diretor-superintendente da Distrital. Mas, apesar das mudanças, obairro aindasofre todosos anoscomas consequências dasenchentes de verão. As ruas e avenidas da Vila Maria são os principais pontos de fuga dos motoristas que queremdesviar dealagamentos na MarginalTietê. Comisto, o trânsito fica complicado. A falta de infra-estrutura dobairro éuma dasmaiores

Burti quer levar aos jovens a história do 9 de Julho

Anecessidade deresgatar osvalores fundamentaisda sociedade brasileiraestá ampliando a comemoração dos 70 anos do Movimento Constitucionalista de 9 de Julho de1932.Issosópoderá serfeito, segundoAlencar Burti,presidente daFederaçãodas AssociaçõesComerciaisdoEstado deSãoPaulo (Facesp)e Associação Comercial de São Paulo, trazendo o jovem estudante para conhecer a históriados que lutaram pela liberdade e democracia.

preocupações dos moradores. Outra queixa é a ausência de espaçosdelazer,praçase locais para a prática de esportes. Aúnicaalternativade passeioé o principal centro decompras daregião, o Shopping Center Norte. Váriosruas e avenidas, no entanto, já apresentam fortes sinais derevitalizaçãoe desenvolvimento de empresas de prestação de serviços e empreendimentos imobiliários, conforme José Bueno de Sousa.É ocaso,por exemplo,da Vila Sabrina. "Na avenida Carlos da Rocha, já é difícil encontrar pontos comerciais para novos negócios".

Moradores reclamam da falta de áreas de lazer, praças e locais para a prática de espor tes

Mesmo assim, a maioria dos comerciantes amarga queda no movimentode suaslojasdevido à forte concorrência com osgrandes hipermercados e lojas. "A nossa próxima luta será paraa revitalização do comércio de vizinhança na VilaMaria, que absorve boa parte da mão-de-obra de jovens da região", destaca José Bueno de Souza.

História - AVila Maria só viroubairroem 1917,apósa fundação daCompanhia Paulistade Terrenos.Atéentão, era conhecida como Bela Vista, por pertencera um sítio de mesmo nome. Naquele tempo,osmoradoresjá sofriam comascheiasdorio Tietê, e cada família tinha um barco em frente da casa.

acontece nas distritais

Terça C e n t ro – A diretoria da DistritalCentroabre aexposição comemorativa da Revolução de 1932. Às 18h. Pirituba – A diretoria da DistritalPirituba temreunião com palestrado advogado Ivan Lorena Vitale Júnior, sobre As mudanças da sociedade limitada frente ao novo código civil. Às 19h30. Quarta

C e n t ro – A diretoria da Distrital Centro realiza reunião com palestra do secretário dahabitação,Paulo Teixeira,do regionaldaSé, Sérgio Marasco Torrecillas, e dapresidentedo Procentro, NádiaSomekh,sobre Soluções para a limpeza e segurançapública, comércio ambulante, moradia e habitação no centro. Às 18h. Vila Maria –A Distrital

Esse esforço seráposto em prática no próximo dia 2 de julho,umdia apósascomemorações solenes,que ocorrerão durante a reunião plenária daAssociação Comercial, numa exposiçãocom 48 fotos históricas do 9 de Julho, que estará à disposição da população em geral, edos jovens estudantes em especial, na sede da Distrital Centro da Associação. Ela permanecerá aberta atéo dia12 próximo, sempre das 13h às 17h. Aomesmo tempo, lembra

Ciclistas

viajam por 12 dias por praias paulistas e cariocas

Dois paulistanos vão viajar 700quilômetros pelo litoral de São Paulo e Rio de Janeiro de bicicleta para divulgar os atrativos naturais dessasregiões e chamar a atenção para a ocupação desordenada da faixa litorâneados doisestados. A viagem de Felipe Monteiro, 22 anos, e Denis Adjman, 23anos,começa hoje em Maresias,LitoralNorte, com destino a Macaé no Rio de Janeiro. Serão doze dias e a intenção da dupla é percorrer 700quilômetros deáreas pouco conhecidas ou exploradas pelo turismo. Todo o trajetoda viagem seráregistrado porumacâmera digital. Diariamente, a dupla vai enviar textos e imagens dos locais para o site 360 Graus. A dupla vai levar10 quilos cada um, incluindo o pesodasbicicletas, câmaras extras, kits de pneus, agasalhos parachuva eroupas luminosas. "Barras de energéticos, chocolate e água também não deverão faltar", diz Felipe Monteiro.

Os dois treinaram 20 horas porsemana, em treinosde pelo menos 50 quilômetros. Felipe disse que sua bicicleta já tem quase 12 anos. "Mas ela já passou por um check up geral", brinca. (DC)

Vila Maria tem reunião ordinária. Às 19h30. Lapa – A diretoria da DistritalLaparealiza reunião, com palestra de gerentes da Caixa Econômica Federal sobre o tema Linhas de Crédito Empresarial. Às 19h30 S ud es te – A diretoriada Distrital Sudeste realiza reunião ordinária. Às 19h45. Quinta P e nh a – Adiretoria da

Roberto MateusOrdine,diretor-superintendente da Distrital Centro,está emandamento o concurso de redação sobre o significado histórico dotema, emtodas asescolaspúblicas eparticulares doEstado.O resultadodo trabalho vencedor deverá ser divulgadodia 2 de outubro, data que marcatambém o finaldo Movimento Constitucionalista de 32. O aluno vencedor, seuorientador – o professor – ea escolaa que pertence serão premiadose homenageados. Feriado – Nodia1º dejulho dois eventos vão marcar a abertura da comemoração do MovimentoConstitucionalista de 32, na sede da Associação Comercial de São Paulo (rua Boa Vista 51). Intelectuais e jornalistas falarão sobrea importânciahistórica do 9 de Julho, durante a reuniãoplenáriada Entidade. Estarãopresentes: Paulo

"Ao conhecer um fato histórico, os jovens tomam contato com valores da nossa sociedade"

Bonfim,Og Pozzoli, Luiz Gonzaga Bertelli, Hernani Donato. Edimara de Lima e João de Scatimburgo. Logoemseguida, autoridades, convidados e conselheiros da Associação abrirão a exposição de fotos alusivas à data, no 12º andar da sede da entidade. Essa mesmaexposição serátransferida, nodia seguinte, para o Espaço Cultural (ECCO)da Distrital Centro, na rua Galvão Bueno,83. Amostra está sendo amplamente divulgadacom cartazes emescolas,universidades, centrosculturaise estações do Metrô. Jo vens – AlencarBurti achafundamental queosjovens conheçamo significado da data. "Ao tomar conhecimento de umfatohistórico importante como o9de Julho, os jovens vão tomar contatocom valoresquefizeram parte daconstrução danossa sociedade", disse. Burti lem-

Novos conselheiros tomam posse na Distrital Tatuapé

Três novos conselheiros tomaram posse,na semana passada, na Distrital Tatuapé da Associação Comercial de São Paulo. Os novos integrantes sãoRogério Labbate, Juarez Neves e Cornélio Curvelo de Barros, que agora fazem parte do Conselho Diretor da entidade.

A DistritalTatuapé também promoveu a palestra Plano DiretorRegional, com a administradoraregional da MoocaHarmiTakiya. O eventofoicoordenado pelo diretor-superintendente da entidadeRicardo Pereira Thomaz e teve como objetivo discutir as linhas gerais do projeto do Executivo. Participaram comerciantese moradores. (DC)

Distrital Penhatemreunião conjunta com as distritais Mooca eSão Miguel, com palestra da vereadoraMyryan Athiê sobre Plano Diretor da cidade. Às 19h30. Santana –A diretoriada DistritalSantana realiza reuniãocom palestra do presidente da SPTrans, Carlos Alberto Carmona, sobre Mudanças do trânsito na zona Norte. Às 19h45.

brou da participação ativa da Associação Comercial no movimento, a pontodo seu presidente naquele ano, Carlos de Souza Nazareth, ter ido para o exílio.

Roberto Mateus Ordine, diretor-superintendente da Distrital Centro da Associação Comercial deSão Paulo, considera fundamental resgatar para osjovens brasileiros osignificadodadataeo conteúdo que o fato histórico representa não apenaspara São Paulo, mas também para o Brasil. "Porque hoje boa partedos jovenssabeapenas quese trata de umferiado", disse. Para Ordineépreciso somar esforços para reverter essa situação.

A exposição sobre o 9 de Julho, que será aberta ao público, eo concursode redação sobre o tema,são esforços práticos nessa direção. "E nadamaisjusto queaAssociação, parte viva dessa história, esteja empenhada nessa tarefa", resumiu.

Sergio Leopoldo Rodrigues

A Distrital Butantã teve a participaçãodemais de30 empresários no primeiro Café com Negócios. O objetivo foi reunir empresários e estimular arealização de novos negócios. Na reunião, tambémforamapresentados os serviços oferecidospela entidade. O evento foi coordenado pelodiretor-superintendente da Distrital Butantã, José Carlos Pomarico. (DC)

agenda

Hoje

E xe cu ti va –Reunião da diretoria executiva da Associação. Às 12h30, na sede daentidade, ruaBoaVista, 51/12º andar.

Plenária – Reunião plenária solene da Associação, com palestra do acadêmico e diretor-responsável do Diário do Comércio, João de Scantimburgo, do poeta e historiador Paulo Bonfim do historiador Hernani Donatodoconselheiro da Associação Og Pozzoli, do membro da Academia Paulistade HistóriaLuizGonzaga Bertelli, e da professora Edimara de Lima, sobre Omovimento constitucionalista de 32 - 9 de julho - 70 anos. Às 17h, na sede da Associação, rua Boa Vista, 51/11º andar, auditório.

Terça Saúde – ReuniãodosorganizadoresdaII Feira da SaúdedaAssociação. Às 9h30, na sede daentidade, rua BoaVista, 51/11ºandar, auditório.

Quarta Rural – Ovice-presidente da Associação, Francisco Giannoccaro,participa de encontro como candidato do PT aoGoverno do Estado, José Genoíno, promovidopela Sociedade Rural Brasileira. Às 9h, na sede da sociedade, ruaFormosa,

367/19º andar. Estratégias – AAssociação Comercial de São Paulo e o Núcleo de Análise Interdisciplinar de Políticas e Estratégia (Naippe)/USP promovem semináriocom oficiais do curso de Política Estratégica e Alta Administraçãodo Exército,quefalarãosobre ostemas O Novo cenário norte-americano pós 11 de setembro e O Conflito Árabe-Israelense . Às 14h,nasede daentidade, rua Boa Vista, 51/9º andar. Quinta Panificação – Ocoordenador-geral executivodas distritais daAssociação, Gaetano BrancatiLuigi participadejantar emhomenagemao Dia do industrial de panificação.Às 20h, no Clube Atlético Juventus, ruaJuventus,690, Parque da Mooca.

Sexta Fó rum - O vice-presidente de serviço da Federação das AssociaçõesComerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e presidente da Associação Comercial deSão Bernardo doCampo, Valter Moura, participa da solenidade de inauguração das novasinstalações do Fórum Trabalhista Juiz José Amorim. Às 15h, rua Marechal Deodoro, 1928, São Bernardo do Campo.

José Bueno de Souza disse que a distrital é o ponto das reuniões do bairro
Marie Hippenmeyer/N-Imagens

Previdência complementar: R$

Mercado de planos previdenciários não pára de crescer e estima uma elevação de receitas de 50% até dezembro. Para alcançar este resultado as empresas estão lançando produtos dirigidos a segmentos específicos e baixando as contribuições. Contam, ainda, com o reforço do seguro Vida Gerador de Benefícios Livres, VGBL, no mercado há dois meses

Agressivos, mais transparentes, com taxas menores de gestão e mais vantagens para os participantes,osPlanos Geradores de Benefícios Livres, PGBLs, têm dado um ar de modernidade ao setor de previdência privada.O consumidor se sente mais atraído e o segmento comemora. Os PGBLs, lançados no Brasil em1998, são,atualmente, osgrandes responsáveis pela arrancada do mercado de previdênciaprivada nos últimos trêsanos. Areceita deR$ 3,1 bilhõesdo setorem1998 saltou para R$ 7,3 bilhões em 2001, segundo a Associação Nacional de Previdência Privada, Anapp.

Para2002, as perspectivas domercado sãoanimadoras.

Fala-se emum crescimento em torno de 50% sobre o ano passado,calculaa Associação, o que elevaria a receita encostar na cifra deR$ 11 bilhões (R$ 10,95 bilhões). Boa parte desse incremento deverá vir dos PGBLs, dizem as seguradoras. De janeiroa abril de 2002,essesplanos registraram uma receita de R$933,9 milhões,deacordo coma Superintendência de Seguros Privados. Tradicionais – Os planos tradicionais, aquelesem que o participante não sabe sequer ondeo dinheirode sua contribuição está aplicado, ainda detêmo maiorpatrimônio da carteira de investimentos do setor, com pouco mais de 77%. Mas os PGBLs avançam. O patrimôniode

R$ 5,5bilhõesdesses planos já representa 21% do mercado.“Hoje,100% dosnovos planos vendidos em nossa empresa é de PGBL”, diz Flávio Perondi, diretor de Vida e Previdência da Real Seguros. Participação – Os PGBLs também têm ajudado a previdência complementaraberta a ampliar sua participação no mercado de seguro vida. Em 2001, o segmento representava 9,72% desse mercado. No primeiro quadrimestrede 2002passou arepresentar cerca de13%. No mês de abril de 2002 o mercadoarrecadou oequivalentea R$ 81milhões emcontribuições, 41,61% mais em relação aomesmomêsde 2001, que foi de R$ 57 milhões.

Bradesco – A liderançaé mantida pela Bradesco Previdência, com um patrimônio líquido, no primeiro quadrimestrede2002, deR$2,4bilhões,seguida pelaItaú,com R$ 624 milhões.

A estabilidade econômica gerada pós-Real,maisa falênciado sistema públicode previdência – neste ano o déficit já chega a R$ 5,3 bilhões –ajudaram a aumentar as vendas dos PGBL no mercado.

Flexibilidade – Masnão é só isso. O PGBL é um plano mais flexível do que os planos de previdência privada tradicionais, os únicos disponíveis no mercado até 1998. Segundo JoãoBatista Mendes Angelo,gerente deprodutosda Caixa, Vida e Previdência, da Caixa Econômica Federal, CEF, o produto é um sucesso

no mercado porque combina investimento comaposentadoria programada.

O PGBL permite acumular recursos coma vantagemde ter as contribuições aplicadas no mercado financeiro, em fundosexclusivos, ondeaseguradora é a única cotista. A vantagem é que o participantepode escolheronde otipo de aplicaçãoem quegostaria de ver seu dinheiro aplicado. Há quatro anos isso era impensável nesse mercado. Outro atrativo desses produtos é que toda a rentabilidade vai paraas mãosdoparticipante do plano. Osresgates podem ser feitos a cada 60 dias. Muitosprodutos vêmcombenefícios, como seguro, pensão ou pecúlio.

Real – AReal Seguros, que vendeo PGBL desde1999, prevê um crescimento de 30% nas vendas em 2002 destesplanos. O faturamento, segundo Perondi, deverá chegara R$ 245 milhões. A partirdeste mêsacontribui-

ção mínima que era de R$ 50,00 passará para R$ 30,00.

Hoje, a empresa lança seu Vida Gerador deBenefícios Livres, VGBL,parapessoas físicas. Se o mercado já andava bem até o ano passado acelerou o passo a partir de março último. Nesse mês, foi lançado no mercado o VGBL. Este planoé muitoparecido com o PGBL. A diferença é que o VGBL não permite o desconto de 12% da renda bruta tributável nadeclaraçãodoImposto de Renda. Em compensação,o IR somente é pago pelo participante no resgate.

Outro diferencial do VGBL é que ele em geral traz um seguro devida acoplado.“Pelo menos um terço da poupança imobiliária brasileira, hoje de R$120 bilhões, deverámigrarparaos VGBLsnospróximos anos”, afirma Antônio Cássio dos Santos, diretor da Anapp e presidente daVera Cruz Vida e Previdência.

A aprovação pela Superintendência de Seguros Privados, Susep, esperada para este mês, do VGBL para empresas aumentaaprevisãode faturamento do mercado.

Vera Cruz– Pioneira no segmento de PGBL, aVera CruzVida ePrevidência é

uma daspoucas seguradoras que permiteao participante escolhero administrador de seu plano. "São três administradores parceiros nossos.“Nosso PGBLaindagarante pontos no programa de fidelidade da TAM”, diz Santos. Com o plano, a empresa esperaumareceita deR$9bilhões neste ano. Um crescimento de 30% comparado ao ano passado. “Nosso VGBL está saindo dozero, mas devemos terminar o ano com umpatrimônio deR$ 500 milhões apenascom aentrada no mercado do VGBL empresarial”, diz Santos.

Planos também para crianças e jovens

Crianças e jovens são o novo alvo do mercado de previdência privada. Pelo menos duas seguradoras já lançaram no mercadoum PlanoGerador de Benefícios Livres, PGBL.

O objetivo éa acumulação de recursos para beneficiários comoosfilhos,por exemplo. Há dois tiposde planos no mercado: os voltados para a acumulação de re-

SÓ BEBIDAS

Whisky Escocês Litro a partir deR$33,00

Vinho Português Quatro ParrasR$5,90

Vinho Português MessiasR$9,90

Vinho Do Porto Dom JoséR$19,90

Vinho Italiano Lambrusco Amabile D.O.C.R$9,90

Vinho Italiano Frascati D.O.C. SuperioreR$9,90

Vinho Italiano ProseccoR$19,90

Champagne Francês Veuve Du Vernay ISO 9002R$39,90

Champagne Italiana AstiR$29,90

Vinho Chileno Santa Carolina ReservadoR$9,90

Vinho Italiano Merlot CabernetR$19,90

Licor de Pessêgo ItalianoR$19,90

Vinho Nacional Muraro (Bento Gonçalves)R$5,90

cursos para estudos, destinados a quem tem mais de 18 anos de idade,e osquepodem sercontratadospara crianças.

Participante – Em geral, o planoé contratadononome do participante, que também conta com a vantagem de poder deduzir até 12% das contribuições de sua renda bruta tributável nadeclaração do Imposto de Renda.

NoPrev JovemdaBradesco as contribuições podem ser mensais ouesporádicas e variam conformea disponibilidade do participante. O resgate do saldo pode ser feito apartirde 60diasdacontratação do plano.

Resgate – Em caso de morte doparticipante osaldo

acumulado no Prev Jovem relativoà parte deacumulação poderá ser resgatado pelo beneficiário.Os recursos do Prev Jovem são aplicados no mercado financeiro num fundo de investimento exclusivo, administrado pelo Bradesco. A rentabilidade conseguida na aplicação é repassadaintegralmente ao participante do plano.

A Unibanco AIG oferece o Prever Kids. O objetivo do plano também é o de acumularrecursos paraseremutilizados pelos adolescentes.

Renda – O valor da renda é determinado pelo participante no momento da contratação. A idade para o recebimento do beneficio também é escolhida pelo consu-

midor. O Prever Kids tem a garantia de pagar,na falta do participante, pormorte, que o beneficiário receba uma pensão mensal de valor equivalente àrendatemporária, até os 24 anos de idade. Repasse– Assim como no plano da Bradesco, a rentabilidade conseguida com a aplicação das contribuiçõesno mercado érepassada integralmente ao participante. Os recursos são aplicados em fundos 100% de renda fixa. O plano daUnibanco AIG é contratado no nome do beneficiário. Se o beneficiário fordependente do contratante, as contribuições poderão ser deduzidas do Imposto de Renda, até o limite de 12% da renda bruta tributável.

Atualização de título público

traz transparência para fundos

Os fundos financeiros dos planosde previdênciaprivada,como osdoPlanoGerador de Benefícios Livres, PGBL, e Vida Gerador de Benefícios Livres, VGBL, vão ficar aindamais transparentes para o participante. A Superintendência deSeguros Privados, Susep, publicou na semana passada, no Diário Ofi-

cial daUnião, circulardeterminando a uniformização da contabilização dos títulos que compõem a carteira desses fundos. Critério único – Na prática, significaque, a exemplo da padronização determinada pelo Banco Central para os fundos de investimentos do mercado financeiro, com a

Menor preço pelo mesmo

Apenas R$ 36,00 cm/coluna*

marcação a mercado, também os fundos de previdênciaprivada abertaterão um critério únicode cálculodos valores dos títulos. Segundo especialistas do mercado, a medidavai trazer maistransparênciaao setor deprevidência privada. Significa que no momentoem que o participante estiver mudando deuma seguradora paraoutra não terá de se preocupar comocritério de cálculodos títulos,quepassa a serúnico para todaa previdência privada aberta. Oparticipanteterá de se preocupar apenascom astaxas de administração e carregamento da nova seguradora.A medidatambém vaifacilitara operacionalização das seguradoras.

Roseli Lopes

Inverno sem frio atrapalha os lojistas

Alteração no clima, causada pelo El Niño, provocou o aumento da temperatura e a queda nas vendas das roupas de inverno

A temporada de frio em São Pauloserá pequenaeste ano.A cidade estásofrendo os efeitos dofenômenoconhecidocomo El Niño, que impede a chegada das frentes friascaracterísticas dessa época. O que parece, à primeira vista, uma simples alteração climática, na verdade se transformou em uma grande dorde cabeçaparacomércio da cidade.

Sem as temperaturas baixas do inverno,os casacos, malhas e roupas mais pesadas ficam "encalhadas"nas lojas. O inverno rigoroso deixou de ser um apelo forte para as v endas. "Nesse momento, o lojista precisa ter uma sensibilidade muito grandepara não levar prejuízo", diz o presidente do Sindicato dos Lojistasde São Paulo, Ruy Nazarian.

Para Nazarian,a saídaé apelar para outras formas de incentivoàsvendas, comoa antecipação das liquidações de inverno. Nessa hora, vale tudo para evitar o prejuízo. "É muito maiscaro manter a mercadoria de inverno estocada doque ade verão."Isso porque as peças para ofrio ocupammais espaço, pois são maiores e mais pesadas. Os desastrescausados por um inverno mais fraco puderam ser sentidos no comércio já pelo resultadodas vendas para o Dia dos Namorados. "Essa sempre foi uma época

em que as vendas melhoravam muito, mas, este ano, elaspoderiamter sido 30% maiorescaso ofriotivesse chegado em maio." Clima ameno– Mas,se os comerciantes ficarem dependendo exclusivamente do frio paraaquecerem suas vendas,os resultados devem ser frustantes neste inverno. "Oque abaixaatemperatura no inverno é a passagem contínuadas frentesfrias e, este ano, elas nãoestão chegando aSãoPaulo", explicaa pesquisadora IracemaCavalcanti,do CentrodePrevisão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), doInstituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Associação Comercial de São Paulo

REUNIÃO PLENÁRIA

INFORMAÇÕES, DEBATES E BUSCA DE SOLUÇÕES.

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TEMA TEMA TEMA TEMA Comemoração ao Movimento Constitucionalista de 32 9 de julho - 70 anos

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1º de julho - 17 horas

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ACSP - Rua Boa Vista, 51 11o andar - Auditório

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Os dados do Centro de Pesquisas mostramque apenas uma frente fria entrou no Estado nomês demaio eoutra no mês de junho. Enquanto a médiaparaaépocaéde seis frentes frias pormês. Segundo Iracema, as frentes, que es-

tãochegando normalmente ao Sul do País, acabam sendo desviadas para o oceano antes de atingirem São Paulo. "Oque verificamosé quea atmosfera começa a apresentarmodificaçõesde circulação, mudando a trajetória das

massas de ar", diz. O principalmotivodessas alterações seria o efeito do fenômeno El Niño, que provocao aquecimento anormalnooceano Pacífico Central e Leste e acaba influindoem regiõesdistantes, como o Sudeste do Brasil.

"São Paulo é uma região de transição entre o Sul, onde as frentes passam, e o Nordeste, que é bastante afetado pelo El Niño.Porisso, pode sofrer muitas alterações", explica

Iracema Cavalcanti. Embora ainda seja cedo para decretar ofim do inverno deste ano, as estatísticas não têmse mostrado favoráveis para oslojistas. Noúltimo mês de junho, por exemplo, as temperaturas variaram entre 28º (máxima) e 16º (mínima) em São Paulo, enquanto que o normal para a época é uma temepraturamédiaentre 16º e 18º.

Calor provoca confusão nas vitrines

O calor dos meses de maio e de junhofezmuitos lojistas de shopping perderem o sono. O invernoque, no máximo, parece meia-estação, criouuma verdadeiraconfusãona vitrinede muitaslojas e na cabeça de vários comerciantes.

No Raposo Shopping, até há duassemanas erapossível encontrar lojas queexpunham peças de inverno ao ladode vitrinesquemantinhamroupasdeverão. O quadro só mudou com a chegadade poucosdiasfriosna semana passada. Mesmoassim, aquantidadede artigos pesados ainda é muito pequena. "Nossos lojistas investiram no inverno, mas em pe-

ças mais leves doque no ano passado", diza gerentede marketingdo shopping,Elizabeth Coutinho. Segundoela,as vendassó não foram mais prejudicadas nos últimosmeses porque muitas lojas continuaram oferecendoartigos de verão durante os mesesdemaio e junho.Essa foia saída encontrada por várioscomerciantes. Alguns atéchegarama expor roupas pesadas nofinal do mêsdeabril,masacabaram preenchendosuas vitrinescompeças do verão novamente.

"Se tivermos pelo menos uma semana com baixas temperaturas, já ajuda bastante"

"Isso tem sidomuito ruim para o varejo.Se dependesse do inverno, não venderíamos nada", afirma o superintendente do Shopping Metrô Santa Cruz, Felipe Horta. Paraele, amelhor saída é explorar a m ei a - es t a çã o por mais tempo. "Podemos considerar que temos pra ticame nte nove meses entre verãoe meia-estaçãono Brasil.As roupasde calor são vendidasquase que o ano todo e muitas confecções estão apostando exclusivamente nisso."

Queima de estoques– Para acabar com os artigos pesa-

dos, oscomerciantesapostam em liquidações antecipadas,nas mais diversas promoções ena facilitação do crédito aos consumidores. Tudopara compensar ofrio que não quer chegar.Nessa hora,vale atéapelar paraum inverno de sete dias. "Se tivermos pelo menos uma semana debaixastemperaturas, já ajudabastante",explica o superintendente do Central PlazaShopping, João Carlos Feitosa.

Para ele,qualquer estímulo, mesmo quepequeno, pode incentivaras vendas.Até porque vários comerciantes tiveram precaução na hora de montar seus estoques de inverno. (EC)

Estação também agrava as doenças

O comércio não éo único setor que sofre alterações com as mudanças climáticas. Dependendo do mêsdo ano, o movimento dos hospitais também pode mudar muito. O inverno é, tradicionalmente,a épocaemque mais ocorrem os problemas respiratórios.

"Isso acontece por três fatores: o ar fica mais frio, mais secoe mais poluído,oque agrava as doenças já existentes", explica o médico Clystenes Odyr Silva, chefe do setor de pronto-atendimento de pneumologia da Universidade Federal Paulista (Unifesp).

As alterações na qualidade do ar sãoresponsáveis pelo agravamento deproblemas comoa rinite ea asma,que atingemcercade 10% da população. Sintomas – Para minimizar sintomas como espirros, coceira, secreção e falta de ar, o médico recomenda medidas simples. "Deve-se evitar exposição desnecessária,como correr emgrandes avenidas, porexemplo." Alémdisso, vale aumentar a umidade do ar em casa, colocando bacias com água nos ambientes. "Toalhas úmidascolocadas próximas ao berçode uma criança com doença respiratóriaminimiza oproblema", explica o médico.

Pêlosdeanimais domésticos como cães e gatos, fumaça de cigarros e objetos que acumulem poeira, como tapetes e carpetes, precisam ser evitados. É aconselhável, ainda, procurar um médico para regular as doses de medicação, que têmdeser alteradasde acordo com a época do ano. Viroses – Além dos problemas respiratórios, as doenças infecciosas tambémganham destaque no inverno. Para evitar gripes e viroses, que são favorecidas pelos ventos e ambientesfechados, adicaé não permanecer em locais com aglomeração de pessoas. "Para não se contaminar, não se deve nem apertar a mão de uma pessoa gripada." O médico recomenda a vacina contra a gripe. (EC)

Estela Cangerana
As crianças e os idosos são os mais afetadas pelas doenças respiratórias
Dudu Cavalcanti/N-Imagens
É comum ver roupas de verão ou de meia-estação nas vitrines, numa época em que o frio já deveria ter chegado
Muita gente ainda usa roupas sem mangas por causa dos dias quentes
Associação Comercial de São Paulo

Procura-se um profissional de marketing

O Brasil desenvolveu umaenorme capacidade para produzir, masesqueceu de investir na divulgação dessaqualidade láfora. Comparações com países como a Nigéria são o resultado do pouco investimento naimagemexterna do País.

O Brasil já provou que possui excelência em diversas áreas. Éhoje o maior produtor decafé ede suco de laranja do mundo. Ocupa ainda a 2ª posição quando o assunto é produção de carne bovina, frangoe soja e é o 10º maior produtor de automóveis. Possui um dos mais equipadoscentros médicose depesquisado mundo.

Muitas empresas brasileirasjá conseguiramganhar projeção internacional, como é o caso da Petrobrás e daEmbraer. A grande questão éque a maioria das companhias e seus produtosainda permanecem no anonimato, assim como o próprio País.

Algumas ações já estão em andamento, comoa de um navio que pretende viajar o mundo divulgando os produtosbrasileiros. Mas ainda são muito pequenas para promover uma grande mudança naimagemdo Brasil.

Para o professor deMacroeconomia João Luiz Máscolo, o País precisa primeiro colocar as contas em ordeme imediatamente partirparaapromoção de seu marketing.

Uma divulgação maciça dos produtos poderia ser feita via consulados e câmaras decomércio exterior.A divulgação feita hoje por esses organismos, ao seu

ver, tem sido ainda muitotímida.

Até mesmo os bancos poderiamparticipar, promovendo rodadasdediscussões comseusclientese apresentando as oportunidades denegócios noBrasil. Das 50 maiores instituições doPaís, 19pertencem a grupos estrangeiros. Para vender um produto, ensinam ainda os marqueteiros, é preciso inovar e investir em publicidade que leveo nome do País além dasfronteiras.Mas, claro, não é só isso.

De nada adianta fazer propaganda do País usando umaimagem negativa. De quebrasileiro sógosta de fazer festaequecostuma dar um "jeitinho" para resolver seus problemas. É precisoassociaro País de uma vez por todas a uma imagem séria. De um povo trabalhador, que se é criativo, tem usado esse dom não só para confeccionar fantasias deCarnaval oucolocar o País na finalda Copa do Mundo.Mas tambémpara criar novosprodutos etecnologia de ponta. Quantaspessoas lá fora têmconhecimento da capacidade da indústria brasileiraeda listaenormedo que é produzido? Asempresas também podem ajudar, conquistando o mercado externosem adependência do governo, ensina ainda o professor de Marketing, Luciano Sabóia. Éprecisode umavezpor todas divulgar essas qualidades que são sim a cara do País. Enquanto isso não ocorrer provavelmente comparações com países como aNigéria continuarão sendo comuns.

Crescimento do volume de crédito deve decepcionar

O volume de crédito liberado no Brasil deve decepcionar de novo em 2002. Apesar de ser considerado muito baixo– representoumenos de 30% doProdutoInterno Bruto, PIB, no ano passado –esse volume tem poucas chances de crescer nesse ano. Em dezembro de2000, o estoque era de R$319 bilhões e cresceumenos de10%,para R$332,5 bilhões ao finalde 2001.Para se ter umaidéia, nos Estados Unidos o volume beira a 100% do PIB.

Juros futuros nas alturas, pressionados com as eleições; desemprego e queda da renda do trabalhador têm levado os bancos a brecaremas operações de crédito,temendo a inadimplência. Empresas e pessoasfísicastambém têm evitado empréstimosnesse momento, com medo de não ter comohonrar adívida no futuro.

Aumento – O resultadoda desconfiança dos bancos é visívelnas taxasde jurospraticadas nas operações de crédito, quejácomeçam asubir. Segundo relatório do Banco Central, as taxasde juros subiram0,4%em maio.E alguns bancos, como aCaixa

Campanha para recuperar crédito

A Losango, financeira do grupo Lloyd’s TSB, dá início nestasemana a umacampanha pelarecuperação decréditos em atraso.

Ela estará perdoando os encargoscobrados de empréstimos pessoais, com mais de180 dias de atraso,para quem quiser pagara vista o principal.

Econômica Federal, começam a anunciarreajustes nos juros para julho.

Rigor – No caso dos bancos, principalmente, o temor está vinculadoàs eleições.O rigornahora de emprestar tem sido redobrado, principalmente em operações de crédito comduração demais seis meses,quando opróximo presidente já terá assumido.

Além do riscodo aumento do nível de inadimplência –quesaltoude9,5% em 2000 para 13,8%em 2001–por parte dos tomadores, os bancos receiam queas taxasde juros possamsubir, como apontam os juros futuros, prejudicandoo retornoda operação, que terásido reali-

zada com taxas muito abaixo da nova realidade.

Queda – De acordo com estudorealizado pelaequipe econômica doBBV Banco,a queda de 4,4% da massa real de saláriosnoprimeirotrimestre tambémpotencializa o risco de crédito.

"Os bancos estão em compasso de espera. Enquanto esta instabilidade persistir dificilmente veremos crescimento na liberação de empréstimos", diza consultora, especializadanaáreade crédito,Graziella Thomaz da Silva, da MGB Consultoria.

Eleições – Paraela, após as eleições é possível que haja uma retomada, mas que seria insuficiente para reverter o quadro de estagnação do ano.

"Esperamos que o volume alcance no máximo 30% do PIB", diz Graziella. Para agravara situação,o governotem confundidoo mercado financeiro ao adotar medidas contraditórias à expansão do crédito.

Primeiro, decidiu manter o juro básico (Selic), em 18,5% ao ano mas,em contrapartida, adotou o viés de baixa. Isso poderá fazer com que a Selic seja reduzidaa qualquer momento,o queseria bom para o crédito, poispoderia gerar uma redução nos custos do tomador final.

Compulsórios– Depois o governoanunciou oaumento do depósito compulsório a prazo e de poupança dos bancos,quedevetirarcerca de US$12bilhões domercado. Para acirrar ainda mais a desconfiançao governodecidiu subir a Taxa de Juros de Longo Prazo, a TJLP, de 9,5% para 10%, que é usada como parâmetro paraoperaçõesde longo prazo.

"O resultado é que ficará cada vez mais difícilparaas empresasconseguirem crédito", diz Graziella.

Adriana Gavaça

Financeiras também elevam juros

As taxasde juros médias praticadas pelas financeiras, na modadalidade de empréstimo pessoal, registraram um salto em junho, comparativamente ao mesmo mêsdo ano passado.

Roberto Troster*

Corte de juros a caminho

OPINIÃO ATENÇÃO

Roberto Troster é economista-chefe da Federação Brasileira das Associações de Bancos, Febraban

"Aflexibilização dasmetas de inflação para 2003 e 2004 foi mais do que bem-vinda parao mercado financeiro. Essa flexibilização poderá combaterde uma vez por todas a onda de pessimismo exagerada que tomou conta dos investidores externosedomésticos nos últimosdias. Também reabre espaço parauma redução dos juros básicos, antes dapróximareunião do Copom.A reduçãodos juros e das metas de inflaçãopermitem aindauma retomada do crescimento econômico. Estão em linha aindacom ocenáriomundial, que sofreu uma piora de um ano prá cá."

•A Associação Comercial de São Paulo divulga nesta terça-feiradadosfechadosdo comportamentodasvendasa prazo e a vista no varejo. Serão apresentados o volume total de consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito e ao Usecheque.Juntamentecom essesindicadores,aassociação divulga os números de falências e concordatas.

AGENDA ECONÔMICA

•Segunda-feira:Saioresultado fechadodabalançacomercial do mês de junho.

•Terça-feira: AAssociação Comercialde SãoPaulo divulga dados de vendas, falências e concordatas fechados do mês de junho.

•Quinta-feira: AFundação Institutode PesquisasEconômicas, Fipe, divulga o Índice de Preços ao Consumidor, IPC,de junho.OInstituto BrasileirodeGeografia eEstatística, IBGE, divulga dados do Índice Geral de Preços ao Mercado, IGP-M.

Umano – Para aqueles consumidores que têm dívidas em aberto com a financeira Losango, superiora um ano,a empresaestaráconcedendo um desconto sobre o total devido, além de perdoar os encargos, como multas e juros por atraso.

"Nossa expectativa é de que recuperar cerca de R$ 3,5 milhões aomêscoma campanha até o final do ano", ressaltaLeonardo Santana,diretor de Cobrança da Losango.

De acordo com o diretor, só de créditos devidos, com atrasoentre 180e300 dias,a financeira Losango para receber cercade R$ 150 milhões. (AG) Menor preço

Em oitofinanceiraspesquisadas,de acordo comos dados do Banco Centrala, a Zogbi registroudecréscimo em suataxa média,que passou de11,01% aomêsem 2001para 7,65%mensais agora.

Mais alta – Em contrapartida, a maior elevação de taxa foi registrada na Fininvest, que puloude 2,96% para 13,27% mensais,no mesmo período.

Os aumentos têm justificativa. Em junho do ano passado,ataxabásica daeconomia,a Selic,estavaem 18,25% ao ano e chegou ao finaldoano em19%.Agoraa taxa está em 18,5% anuais. Inadimplência – Também a inadimplênciacresceu, puxada pelo aumento do desemprego equedana renda do trabalhador.

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"O própriocenário econômico tem levado a uma piora da recuperação do crédito. Por isso, muitas financeiras já estão preferindoser mais rigorosas nahora deconceder empréstimos", diz Leonardo Santana, diretor de Cobrança da Losango. Cautela – O diretor diz que a Losango começou aser

mais cautelosa há pelo menos um anoe queagora está colhendo os bonsfrutos dessa postura.

"A inadimplência da Losango é menor do que a do mercado", diz Santana.

Onível deatrasos nosempréstimos com mais de 180 diasgira emtornode 9%na Losango. (AG)

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Fenit dá largada aos negócios do verão

A maior feira de moda da América Latina começa amanhã, no Anhembi, com 600 expositores. A mostra, que motivou exportações de US$ 50 milhões no ano passado, abre a temporada de vendas da coleção primavera/verão

Começa amanhã omaior evento demodada América

Latina, a Fenit 2003, Feira Internacional da Indústria Têxtil, no Pavilhão de Exposições do Anhembi.Mais de600 empresasapresentam lançamentos dacoleçãoprimavera/verãoa umpúblico deloj istas econfeccionistas estimado em 50 mil pessoas.

A Fenit é a principal vitrine de produtos do setor têxtil brasileiro. No ano passado, o evento motivou exportações de US$ 50 milhões. "É a maior oportunidadepara prospectare realizarnegócios", afirma a diretora da Texbrasil Fenit, Vivi Haydu.

Lojistas queparticipam da feira concordam.A confecção Harpoon, com apenas dois anos de mercado, credita o sucesso da jovem empresa à participação na feira. "Na Fenitfizemos bonscontatose tornamosnossa marcaconhecida", afirma a diretora, Bianca Namias. Hoje a con-

fecção jáconta comtrês lojas no bairro do Bom Retiro e uma loja devendas ao atacado no Pólo Mart Center.

A Ventos Modernos éoutraempresa quereconhecea importânciada participação naFenit. Especializadana confecçãoderoupasem linho e tencel, voltada para jovenssenhoras, conquistou novos clientes de diversos estados do Brasil e de países como Angola,Argentina, Uruguai e Paraguai, depois de participar da feira.

Pólos – Empresas de diversas regiões do País estarão representadasno evento por meiodospólosdemoda. O estado da Paraíba, por exemplo, trará 12confecções para mostrar novidades nas modas jovem, íntima e praia.

O destaque especial da moda no estado é a incorporação de bordadosemiçangasnas peças de roupa. "É a união do artesanato localque refletea brasilidade das peças", afirma

a diretora Haydu. O organizadordo póloDivinópolis (MG), Luís Chiatti, que representa o Salão da Moda Mineiranafeira, afirmaquea mostraé fundamentalparao os negócios na região.Ele conta que em 2001, o estande do estado recebeu20 mil visitantese gerouR$12milhões em negócios.

"A Fenit é fundamental para o crescimento dos pólos. A cada ano estilistastêm que se aprimorarpara transformar astendências emumamoda que atenda o seu público com criatividade e bons preços", afirma Chiatti.

O Pólo de Divinópolis participada Fenithá11anos eé consideradoo mais representativo do setor têxtil. A cidadetem umapopulaçãode 230 mil habitantes,dos quais

40 mil atuam em mais de 700 empresas da área.

O estadodoParaná,de olho nos resultados mineiros,participadaFenit pela primeiravez nesteano,num consórcio formadopor nove empresas locais.

Fenatec – Osdestaques da feira são as novidades em matérias-primas,tecidos, máquinas, estamparia eaviamentos que integram um espaço denominado de Fenatec. Um dos lançamentos mais aguardados é a máquina de costuraadaptada paradeficientes físicos.

A Fenit também abriga um "FórumdeTendências", um espaço denominado"Vitrine da Moda", para os lojistas interessadosem aprendercomo atrair a atenção dos clientes,eumaárea paraimpulsionar o setor de cama, mesa e banho, a Decorfashion.

Me rc ado –Segundo números daAssociaçãoBrasileira daIndústria Têxtil (Abit), o setor movimentou US$ 22 bilhões no ano passado e neste ano deve atingir os US$ 22,7 bilhões.

A indústria têxtil exportou US$1,3 bilhão em 2001 ea previsão para 2002 é de que a cifrafique em US$ 1,45bilhão. Para2005 aexpectativa éde US$4bilhões sejamgerados em receita.

Novos Estilistas –Entre os destaquesda Fenit 2003está o concurso para estudantes de moda "Novíssima Geração" que nesteanocompletasua quartaedição.Conhecidonomercado por lançar novos talentos , já revelou nomes como Fábia Bercsek,Deoclys Bezerra,WilsonRanierie JeffersondeAssis. Neste ano foram avaliados 74 trabalhos de 18 faculdades de moda do Brasil e selecionados 15 finalistas. Os jovens apresentam suas criações na passarelada Texbrasil Fenit. O estudanteIgordeBarros, daFaculdadeSantaMarcelina,é umdosfinalistasdoconcurso. Odesenhoacimafoicriado pelo futuro estilista para a coleção da primavera/verão.

As calças jeans ganham lavagens diferenciadas, bocas mais largas e são usadas com cintos mais grossos. Uma parte da calça se assemelha a um acessório na Harpoon.

Moda fica mais durável para acompanhar bolso do brasileiro

Peças que possam ser guardadas por maistempono guarda-roupa, cores leves e estilo clássicomarcam atendência da próxima estação. Segundoespecialistasdo setor,o consumidorseretraiu na hora de ir às compras depoisdosatentados de11de setembro, em Nova York. "A preferência é por roupas claras,numa alusãoà paz",afirma aestilistaTimaPagano. Por isso o branco volta à tona na coleção primavera/verão. Tons beges epastéis também entram nas criações.

O designer Fernando Aidá afirma queporcausadaretração econômica mundial, osprofissionaisdemoda tiveram queestudar afundo a verdadeira necessidadedo

consumidor.A partirdaídesenvolveramuma coleção muito concentrada efocada no estilo durável. Por isso o destaque paraas coresneutras e cortes que valorizam a modelagem, atexturaea qualidade dos tecidos. Outra tendência é a volta ao estilo country. Coletes, blusas ebolsas comfranjas dominam a moda jovem. As peças jeans ganham novas lavagens e cortes diferenciados, com destaque para as bolsas para fazer par com a roupa. Passado – Por causa da relutância do consumidor em gastar,algumas tendências doano passadopermanecem. Para mulheres, calça capri,batas eroupas mais largas,estilo"Jade", persona-

gemda novelada RedeGlobo, O Clone, se mantêm entre os brasileiros. Tamanho – As roupas continuamaapresentar tamanhos maiores. Tops folgados, calçaslargas esaiasmais rodadas escondem maiso corpo. Em compensação,a lasca dassaias eos decotes ficam maisgenerosos. Enasblusas, os ombros ficam de fora. Na moda voltada para os homens, odestaque ficapara as calças sem pregas, com bainhasmais curtas.Ascamisas ganham degradés delistras e xadrez, as gravatasvêm com bolinhas e os paletós com um botão. Acessórios como lenços no paletó e abotoaduras voltamao dia-a-dia doshomens brasileiros.

Estilistas nacionais ganham projeção a partir da feira

•AFenit sempreapresentou novidades à moda brasileira, seguindo tendências internacionais desde a primeira edição, em 1958. A calça boca de sino,calça balonêe bailarinaforam algunsdoslançamentos de edições anteriores feitospor pequenas confecções que rapidamente ganharam as ruas do País.

•A participaçãoestrangeiranafeira contribuiuparaa profissionalização e o desenvolvimento da indústria local de roupas. Costureiros renomados como Jean Paul Galtier, Casteljabac, Thierr y Muggler, AnneMarie ChantalTomass e Popy Morini participaram da Fenit e intensificaram contatos com os brasileiros da área.

•Alguns estilistas brasileiros alcançaram projeção internacional a partir da feira. Alexandre Hercovitch,Jorge Kauffman,Marie Toscano, Walter Rodrigues, Fause Haten, Marcelo Sommer e Odete Moura foram alguns que se destacaram mundialmentea partir da edição de 1996.

• Só em 1997 o evento passou aprivilegiar oscriadores nacionais,com espaçosmais generosospara aexibiçãode suas coleções. Novos estilistas como Jum Nakao, Elisa Stecca, Karlla Fincato e Jeziel Moraes lançaramcoleções durante a feira e conseguiram trabalho em grifesinternacionais como a Kenzo.

• Outra iniciativaimportante promovida pela Fenit foia parceriafirmada coma Pierre Cardin para o licenciamentodamarca junto afabricantes nacionais, o que fortaleceu orelacionamento com o mercado estrangeiro.

As poucas peças que fogem da tendência por roupas mais largas, abusam da sensualidade feminina com decotes generosos e costas de fora. É o caso do macacão da Top Shore, da coleção primavera/verão 2003. O cinto, grande acessório da coleção, dá o toque leve ao tom escuro da roupa.
Moda para jovens senhoras vem em cortes mais clássicos na Ventos Modernos. Para diferenciar o conjunto, lenços e chapéus em tons avermelhados.

Dólar bate o ouro e lidera aplicações

A procura por proteção diante do nervosismo do mercado fez a moeda americana apresentar um ganho real de 11,74%

Onervosismo domercado financeiro brasileiro nas últimassemanaslevou odólar comercial ao topo da lista das melhoresaplicações de junho.

A moeda americana fechou o mês com ganho real (descontadaa inflaçãopeloIGP-M) de 11,74%no segmento comercial, de acordo com levantamentofeitopela EngenheirosFinanceiros eConsultores, EFC.

Odólar deixoupara tráso ouro,que subiu 8,18% no mês. Odólarparalelotambém garantiubom retorno para o investidor em junho, com alta acumulada de 5,54%, assim como os fundos cambiais (10,48%). No primeiro semestre, o dólar comercial teve rendimento real de 19,08%, que também superou outros ativos. Perdas– Além dedólar e ouro, todas as outras princi-

IN IN ADIMPLÊNCIA

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pais aplicações financeiras encerraram junho com rendimento real negativo. Ainda segundodados da EFC, perderam os CDBs (-0,12%), os fundos DI (-0,54%), os fundos de renda fixa(-0,62%), acadernetade poupança (-0,78%) e o Ibovespa (-15,52%). Osfundos de investimento tiveram perdas principalmente por causa da mudança naforma de contabilização de títulos públicos em suas carteiras.

Ações – Maisumavez, as ações foram o pior investimentoem junho.A Bolsade Valoresde SãoPaulo,Boves-

pa, teve em 2002 seu pior primeiro semestre em 30 anos. De acordo com a bolsa, em termos nominais (sem descontar a inflação), o Ibovespa caiu 17,9% dejaneiro aju-

nho, a maior porcentagem desde 1972,quando oíndice recuou 31,4%em igual período.

Com giro de negócios cada vez mais escasso, o mercado

de ações é o que mais tem sofrido com a turbulência no mercado financeiro.

Tranqüilidade– Na sextafeira, os mercadostiveram mais umdia derelativa tranqüilidade.O dólarcomercial fechouembaixade 1,23%, cotado a R$2,818 para compra e a R$ 2,820 para venda. Os indicadoresde riscodo Brasil melhoraram. Às 18h, o risco caía 6,18%, para 1.532 pontos-base, e o C-Bond subia 1,80%, cotado a63,50% do valorde face.ABovespa fechou com alta de 1,14%.

Brasileiros têm US$ 43 bi no Exterior

Pessoasfísicase jurídicas possuíam US$ 43,641 bilhões em investimento fora do País naforma departicipaçãono capital deempresas nofinal doano passado, de acordo com dados finais do censo de capitais brasileiros no Exterior realizado pelo Banco Central, BC.

Somando-se os US$ 43,641 bilhõesde participaçãono

capital aos US$7,104 bilhões em empréstimos intercompanhia chega-se a US$ 50,745 bilhõesem investimentodireto brasileirointernacional em 2001.

O investimentodireto, somado aosempréstimosem moeda,investimentos em carteira, derivativos, leasing, financiamentos e depósitos noExterior,resulta nototal

decapitais brasileirosnoExterior, que chega a US$ 69,657 bilhões no final de 2001. Positivo – Na opinião do diretor de Assuntos Internacionais do BC, Beny Parnes, osnúmeros apontam para uma abertura do Brasil ao Exterior,queépositiva. "Isso mostra que aeconomia brasileira é mais diversificada do

que se imaginava."

Jáocensode capitaisestrangeirosno Brasilapontou paraumestoque de investimentosde US$103,015 bilhões em participaçãono capitaldeempresas nofinalde 2000, mais do que o dobro do investimentoqueexistia no levantamento anterior (US$ 41,696 bilhões). (Reuters)

BC aumenta estimativa para a inflação

A projeção para o final de 2002, que estava em 4,4%, foi elevada para 5,5%, que é o teto máximo da meta fixada com o FMI

O Banco Central reviu para 5,5%a projeção deinflação para o final deste ano. Esse valor já representa o teto máximo dameta de inflação fixadapara2002. Anovaprojeção foi divulgadana sextafeirapelo BancoCentral,em seu Relatório de Inflação. Aestimativa levaemconta uma taxa de juros constante em18,5% aoanoe umcâmbio vigente na véspera da últimareuniãodo Comitêde Política Monetária (Copom), que aconteceu nos dias 18 e 19 de junho. No dia 17, o dólarfechoua R$2,664para venda.No relatórioanterior, oBCesperava umainflação de 4,4% ao final deste ano.

Para 2003, o BC espera agora uma inflação de 2,6%. A projeção anteriorerade 2,8%.Esse valor está bem abaixo da nova meta de inflação para2003, fixadaontem pelo governo, de 4%, com uma banda de variação de 2,5 pontos porcentuais para cima ou para baixo.

De acordo com o Relatório,

prevê-se uma quedaforte da inflaçãoentreo terceiroe quartotrimestres desteano, emrazãoda substituiçãode um inflação "anormalmente" elevada no último trimestre de 2001 por um valor mais compatível com as metas para ainflação noúltimotrimestre de 2002.

FMI – As novas projeções parao segundo eo terceiro trimestresdeste anoindicam

que os tetos das metas trimestrais deinflação acertadas com o Fundo Monetário Internacional (FMI) serão superados nesses dois períodos. Pelo Relatório do BC, a inflação medida pelo Índice de Preçosao Consumidor Amplo (IPCA) em 12 meses fechará o segundo trimestre deste ano em 7,7%. Esse valor está acima do teto máximo da meta acertada com o FMI pa-

ra período, que é de 7,3%. Paraofinal doterceirotrimestre, o BC projeta uma inflaçãoacumulada em12meses de 7,1% eo teto da meta com o FMI acertada para o período é de 6,2%. A superaçãodoteto exigiráqueogoverno dê explicações à diretoria do Fundo.

O diretordePolíticaEconômicado Banco Central, Ilan Goldfajn, disse, porém,

quea superaçãodas metas "nãotrazrisco paraarelação com oFMI" enem vaiimpedir saques. "Quando revisamos a projeção oficial para cima,asconversas comoFundo já tinham sido feitas". Preços administrados –O BC afirma quea maior pressão inflacionária decorre dos preços administrados. Esse tipo de preços é aquele administrado por contrato ou mo-

nitorado pelo governo. De acordo com o BC,os preços administrados deverão sofrer um aumento de 8,1% em 2002.Com isso,vãoresponder,segundo oBC, por2,5 pontosporcentuaisda inflação medidapelo IPCAnesse ano. Aprojeção anterior,do Relatório de Inflação divulgadoemmarço, eradeum aumentode 6,8%dospreços administrados. (AE)

Indústria naval prevê retomada no ano

A indústria da construção naval deve ter em 2002 seu ano de virada. Se as projeções se confirmarem, o setor será um dos poucosa aumentar o número de trabalhadores. Depois de amargar uma crise que duroumais de uma década e retomar a produção queestava praticamente zerada, o setor deve fechar 2002 comnegóciosemtorno de US$ 1 ,5 bilhão e com criação de sete mil novos postos de

trabalho.No final de 2001, eram5 mil trabalhadores contratados e, na previsão do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Naval (Sinaval), o setor devechegar em dezembro com 12 mil. "Estamos aindadistantes do período áureo da indústria naval brasileira, em que havia 40 mil trabalhadores contratados e exportações beirandoUS$ 150milhões, mas temos perspectivas exce-

lentes alongoprazo",dizo presidente doSinaval,Ariovaldo Rocha.

Para Rocha, a retomada só foipossível pelamudançana tributação em1999,quando houveaisenção doPIS/Cofins,ISSe ICMSparaosetor no Rio de Janeiro, onde estão instalados nove dos 13estaleirosexistentesnoPaís. "A competitividade obtida de uma hora para outra pelos estaleiros locais e o medo dos

concorrentes internacionais acabou atraindo investidores estrangeiros parao Brasil", analisa oex-secretário deEstado de Energia, da Indústria Naval edo Petróleodo Rio, Wagner Granja Victer. Empregad os – Um dos maiores empecilhos para a retomada da indústria naval é a falta de mão-de-obra qualificada. Depoisde duasdécadas de crise, boa parte da mão-de-obra metalúrgica

migrouparaoutros setores, principalmente para o de serviços. "Écomum encontrar taxistas e camelôs no Rio que foram soldadores no passado", comentou o diretor de Recursos Humanosda Sermetal, Hélio Moacir. Assim como outros estaleiros, a Sermetal está atuando em parceria como governo do Rioe a Federação dasIndústrias do estado(Firjan) pararequalificar a mão-de-obra. (AE)

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Mais bombom nas vendas da Holandesa

A empresa criou um festival, ao estilo das confeitarias européias,

ADoceira Holandesavai tentaraumentar entre5%a 10%as suasvendas nesteinv erno com arealizaçãodo Festival do Bombom, uma espécie de feiradobombom quecomeçou ontemnosnov e pontos-de-vendada empresa em São Paulo. AHolandesa fabricaem torno de sete toneladas de bolos,doces,salgados, bombons e sorvetes ao mês para abasteceraslojas damarcae pretendeelevar aprodução para7,7 toneladasduranteo inverno com o Festival. O diretorcomercialda Doceira

Holandesa, Peter Thyssen, diz que o objetivo é fazer com que o bombom,que respondeapenaspor15% dascomercialização darede, tenha uma presença maior em cada uma das confeitarias. Hoje, osbolos e doces são os produtos com maior saída na empresa e ficam com 70% do total vendido. Os salgados representam10% dacomercialização e os sorvetes 5%.

De líc ias – OFestivalnão tem data prevista para terminar e contará com 18 tipos de bombons remodelados, oito deles lançamentos. A empre-

sa resolveu fabricar o produto na forma de moinho, que é o seu logotipo, emrecheios inusitados como chocolate ao leite com amareto, chocolate branco com damasco, alémde chocolatemeio amargo com licor. Bombons emforma delábio, com recheio de morango e de mel, também fazem parte das novas criações culinárias da Holandesa. "Queremos reativara linha de chocolates",diz Thyssen.Oobjetivo da empresa é fazer com que os bombons respondam por 20% das vendas. A idéia do Festivalsurgiu apartir de eventos semelhantes realizados na Europa, onde há uma larga criaçãode saborespara o produto.

A linhade sorvetesda Holandesa também vem passando porremodelação, como objetivo de elevar as vendas. Para oinverno forampreparadossaboresmais densos como floresta negra e morango merengue. Tanto a linha

Feira Internacional mostrará

1.200 novos óculos de grau e sol

A 11ª edição da Feira Internacional de Produtos e Equipamentos Ópticoscomeça amanhã, nos Pavilhões Verde,VermelhoeBranco do ExpoCenterNorte,em São Paulo. A mostra, considerada a principal do setor no Brasil, serviráde plataformapara lançamentosde200 empresas nacionais e estrangeiras.

Emtornode 1.500 novos produtos, como óculos de sol e lentes de contato, serão apresentados na feira.Os organizadores esperam a visita de 21mil profissionais,entre lojistas e industriais, durante os cinco dias de atividade.

De acordo com dados da AssociaçãoBrasileira dasIndústrias deProdutos eEquipamentos Ópticos (Abiótica), a mostra deve movimentar cercadeR$240milhões neste ano,o mesmoregistrado em 2001. O volume representa cerca de 40% do faturamento total do segmento, queatingiu R$600milhões no ano passado. A receita de 2001foi6%superiorao resultado do ano anterior.

Espera-se que, entre os lançamentosdas empresas participantes, 1.200 sejam óculos de sol e de grau. O restante corresponde a lentese matérias-primas para sua fabricação,armações deóculose também estojospara osdois. A feira serve tanto como local de compra de matérias-primas para aindústria óptica quanto para o abastecimento de lojistas do ramo.

Deacordo com empresas participantes, a feira é o pontapé inicialpara oaquecimento dos negócios do setor, quenormalmenteocorre no segundo semestre. Oevento atuaem três frentes: mercado, tecnologia e moda.

Na área de mercado, indústriasedistribuidores apresentame comercializamos seus lançamentos. Em tecnologia são mostradosos avanços e descobertas do setor por

de bombons quanto a de sorvetes está em renovação. Franquias – A Doceira Holandesa pretendeabrirmais trêsfranquias damarcadentro de um anoe meio. A rede tem hoje três pontos próprios e seisfranquias. Osprodutos comercializadosnas novelojas são todos produzidos numa Central de Fabricação, na rua Barãode Limeira,de onde seguem para as lojas.

Ataxa defranquiadaDoceira Holandesa está atualmente em R$ 15 mil. Osinvestimentos noponto alcançamR$ 100mil,deacordo com Thyssen.A empresacobraum fundo depromoção dos franqueados de 3% sobre ovalordas comprasfeitasna Central deFabricação. Sobre a venda dos demais produtos, como refrigerantes ou café, não há incidência de taxas.

Osbombons especiaisestão sendo vendidos por R$ 60 o quilo. Já os tradicionais custam R$50. Alémde estabelecimentos derua,aDoceira Holandesa possui pontosde-vendanoShopping MetrôSanta Cruz,ShoppingEldoradoe ShoppingFreiCaneca,ostrêsnas mãos de franqueados.

D ivulgação fabricantesde produtos finais, matérias-primas e também equipamentos.

de sol do tipo "era espacial" é nova criação da Calvin Klein

A área de moda está embutida nas próprias coleções apresentadas. De acordo com osfabricantes, osóculosvêm ganhando inovaçõesem formas earmações eassumiram um papelimportantecomo acessóriode modanosúltimos anos. Grande partedos estilistas internacionais e nacionais incluemoproduto nodesfile das suascoleções. "Osóculos são acessórios tão importante quantoas bolsas",afirma a responsável pelosetor de marketing da Marchondo Brasil, Luciana Baisch. Expositores – A Marchon Brasil, divisão brasileira da fabricante norte-americana

Marchon, vai lançar modelos de óculos de marcas sofisticadascomo Nike,CalvinKlein e Dona Karan eNautica,na feira. Entre as novidades estão os óculos vintage e as lentes degradéda Fendi,os modelos da Nike unindo o estilo esportivo à alta tecnologia e o design futurista da Calvin Klein. A empresa trabalha como distribuidora de grifes internacionais no Brasil desde o ano de 1997.

ser viço

Ser viço – Feira de Produtos e Equipamentos Ópticos, de 2 a 6 de julho, das 10h às 19h, nos Pavilhões Branco, Verde e Vermelho do Expo Center Norte, na Otto Baungart, 120

Encontro na confeitaria virou negócio

para espanhola e holandês

As primeiras receitas da Doceira Holandesa nasceram em1960 daimaginação doholandêsMathias Thyssen. Tudo começou com o encontrode Mathiascoma sua futura esposa, a espanhola Aurora Alvarez.Osdois trabalhavam numaconfeitaria e a união foi o pontapé para a criação de um negócio próprio. A primeiradoceira foiaberta na rua Aurora, no

Centro de SãoPaulo, e uma filialfoi inauguradalogoem seguida, no ano de 1964, na rua Maria Antônia. Aocontrário da maioria dos casais da época, Mathias era quem cuidava da cozinha e Aurora da administração do negócio. Transferência de local, aberturade novaslojas einvestimentos nopontofizeram a empresa crescer e ganhar nome na cidade.

Apenasem 2001,porém,a Doceira Holandesa entrou na fase do franchising. Hoje, são nove pontos-de-venda em São Paulo, dos quais seis em formato de franquia. Mathias eAurora,jáfalecidos, deixaram o negócio a cargo dos filhos,IngridePeter Thyssen. São os dois que hoje remodelam erenovam asreceitas criadaspelo pai,o holandês Mathias. (ID)

Doceira Holandesa: a presença dos bombons deve crescer nos pontos-de-venda da rede a partir deste inverno
Norma Albano/Digna Imagem
Dona Karan mostra modelo de óculos muito leve, sem dobradiças ou molas
Marca DKNY traduz moda de Nova York com o estilo máscara em cores
Óculos

Oferta cresce e hotéis buscam soluções

São Paulo tem quase o mesmo número de quartos de hospedagem de Nova York, mas recebe sete vezes menos turistas

O mercado hoteleiro na cidade de São Paulo estábuscandosoluções paracontornarofortecrescimento da oferta de hotéis e flats nos últimos meses. Já no ano passado,o setordavasinais desaturação.E, para2002,está prevista a a abertura de outras 10mil unidadesdehospedagem emhotéis eflats, segundo a AssociaçãoBrasileira da Indústria de Hotéis(Abih). Com isso, aCapitalterá60 mil quartos para acomodar os cerca de 5 milhões de turistasquerecebepor ano.Para seter umaidéia dotamanho do problema, Nova York, que é visitadaanualmente por maisde37 milhões depessoas, tem 66 mil quartos.

A conseqüência imediata do aumento da oferta em São Paulo foi a redução dos preços das diárias.Segundo Or-

lando de Souza, diretor de Operações daAccor, rede francesa de hotéis que reúne as marcasSofitel,Mercure, Novotel, Ibis, Fórmula 1 e Parthenon, o preço médio diminuiu 20% neste ano em relação a 2001. De acordo com a Abih,os valoresmédios das diárias no mercado paulista estão entreR$ 180e R$200. EmNovaYork, variam de US$ 300 a US$ 350. Além disso,a taxade ocupação dos hotéis caiu. Na Accor, a redução foi de 15% entre2000e 2001,dizSouza.A média da cidade está em 45%, segundo a Abih. Espera – Assaídas apontadas pela indústria para tentar reverter a crise são, basicamente, investir em marketinge incentivar o turismo interno.Isso porque,comos atentados terroristas de 11 de

setembro nos Estados Unidos ea crise argentina,o volume deturistas estrangeiros também diminuiu no País (veja reportagem abaixo). Mas alguns empresários do ramo hoteleiro ponderam que só com otempo a disparidade entre oferta e demanda será solucionada. Souza, da Accor,afirma queo crescimento anual da procura no País, que varia entre 5% e 7%, deve acabar equilibrando o mercado– isso,éclaro, seos lançamentosde hotéiseflats pararem de aumentar na proporção vertiginosa dos últimos meses.

Só queesse equilíbriotambém deve levaralgum tempo. Isso porque, explica Souza, os planos de construção de novos hotéis eflats geralmente são feitoscomdoisoutrês anos de antecedência. A partir

Setor depende do turista brasileiro

"Quem movimenta o turismo local são os próprios brasileiros",dizoo vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih-Nacional),Eraldo Alves daCruz. Aafirmação faz referência ao fato de que, por ano, cercade 50milhõesde brasileiros viajam internamente, enquanto apenas 5 milhões de turistas estrangeiros visitam o País. Para a hotelaria, o cenário é negativo.Isso porque,segundoCruz,a maioriadosbrasileirosnão sehospeda emhotéis e flats em viagens pelo território nacional. De acordo com estudo da Embratur, apenas15%do totaldeturistas brasileirosusa hotéisem viagens.Outros 5%ficamem pousadas.Amaior parte, 66%, fica na casa de amigos. "Èpreciso lembrar cons-

tantemente aobrasileiro que viajar é barato",diz Cruz. A diária média dos 15 melhores hotéis de Brasilia,por exemplo, está em torno de US$ 56. Masgastandoentre US$30e US$ 35, o brasileiro fica num bom hotel na capital federal. Por isso, Cruz defende uma campanhade incentivoao uso de hotéis como alternativa para o segmento. Férias – O executivo sugere aindamudanças nadatadas férias escolares nas regiões do País."A sazonalidadeéoutro fator que vem prejudicando o turismo interno". Para ele, a população do Sul poderia sair de férias em julho, quando esfria muito. E a do Nordeste folgaria no período de chuvas.

Outro apelo épara queos hotéis brasileiros, especialmente os independentes, optem por sua classificação junto à Embratur. As grandes redes internacionaisusamo marketing da classificação, chamarizquenão deve ser abandonado pelas empresas brasileiras, diz Cruz.

Redes –Esse tipode iniciativa dos hotéis independentes

daí, são firmados contratos comasconstrutoras e,emalguns casos, comos investidores (pessoasfísicasou jurídicas). Ou seja, os novos empreendimentos quedevem ser lançados neste ano foram planejados há vários meses, quando as perspectivas para o mercado paulistano estavam melhores. E, agora, emmuitos casos, não há como cancelar os empreendimentos.

A própriaAccor, apesarda crise, mantém seus lançamentos para 2002. Em julho, a rede vai inaugurar mais um hotel coma bandeiraIbise, atédezembro, outros quatro flats.

Teresinha Matos

Equipotel reunirá

mais de mil expositores na Capital

Emsetembro desteano, aconteceno Anhembi, em São Paulo, a40ª Equipotel –Feira Internacional de Equipamentos, Produtos e Serviços para Hotéis, Flats, Motéis,Restaurantes, redes de Fast Food, Bares, Lanchonetes,Cozinhas Industriais, Hospitais e Similares.

A Equipotel é a maior feira de hospedageme alimentação da América Latina. Nesteano, segundo os organizadores, o evento deverá

reunir mais demil expositores de 50 setores da economia.

Além deapresentar novidades, os empresários devem divulgar projeções de volume denegóciosparaeste anoe para o próximo. A expectativa noramo hoteleiro é de que haja um crescimento de 10% no total de turistasaté 2003. Espera-se tambéma construçãode mais 300 estabelecimentos em todo o País.

e também de pequenos grupos nacionais pode surtir efeito no momento de atrair visitantes estrangeiros. Nesse quesito,as grandesredes internacionais levam vantagem, por serem conhecidas em outros países – algumas vezes, no própriopaís doturista, oque pode influenciar a escolha. Na avaliação de Cruz, que é vice-presidente do Eron Brasília Hotel, odiferencial dos estabelecimentos independenteséo tratamento pessoal."Omarketingde relacionamento é melhor, a rotatividade do empregado é menoreo hoteltemadministração mais ágil, mudando de acordocom as necessidades do cliente", pondera. (TM)

BOLSA ELETRÔNICA DE COMPRAS

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Regras de etiqueta ajudam a fechar negócio

Conhecer as diferenças culturais dos parceiros pode ser fundamental no momento da negociação. Gafes podem atrapalhar.

Ter umaboaofertana mangaesaber negociarnão sãosuficientes para manter boas relações comerciais com estrangeiros. Conhecer as diferençasculturaise algumas regras de etiqueta empresarial pode ser tão importante quantoo talento naarteda negociação. O cuidado com os detalhes ainda deve ser maior quando o executivo estrangeiro vem aoBrasil para discutir osnegócios. Nesse caso,valealiar aetiquetaeo conhecimentoda culturado v isitante aobom senso de quem o está recebendo.

"O executivo não tem obrigação de conhecer profundamente a cultura do outro país, mas pesquisar os principaiscostumes do local demonstra atençãoe respeito", dizaconsultora deetiqueta empresarial e revitalização corporativa Magaly Opice. Agenda – Os cuidados para receberumestrangeiro devem começar na organização daagendada visita. "Valese informar sobre restrições alimentares pormotivos culturais ou de saúde e sobre a disposição e interesse do visitante emreservar umtempo paraolazer duranteaviagem."

Na hora de montar a programaçãoé importanteinterca-

lar os compromissos comerciais com horários livres para descanso.

Quando o estrangeiro chegar ao País,convém buscá-lo no aeroporto e providenciar para que fique hospedado em um local próximoa seus compromissos.Segundo a consultora de etiquetaempresarial Suzana Doblinski, deve-se preparar para o visitanteuma listacom onome, cargo, telefone e uma biografiadetodos aquelescom quem ele se encontrará durante sua estada. A lista e a programação podem serentreguesnohotel,

juntamente com um guia da cidade.Suzanaacredita que um bom anfitriãopode ir até além disso. "Surpreenda seu hóspede.Deixe bombonsou um licor na portaria ou no quarto do hotel. Se elefor asiático, chás são uma grande pedida", afirma. Excessos – Mas, para agradar sem exagerar no excesso de intimidade, a melhor dica é observar até que ponto o visitanteestá receptivoàaproximação. "Um executivo de sucesso deve saber ser um anfitriãocomsenso ebomgosto", diz o professor de marketing pessoal e consultor de

Cozinha internacional é a mais indicada para agradar estrangeiro

A mesade refeições pode oferecer excelentes oportunidades para estreitar relacionamentose consolidar negócios.Mas,na horadelevarumestrangeiro para comer, osconsultores de etiqueta recomendam que seja feito um planejamento cuidadoso. Um almoço mal planejado pode comprometer uma negociação de meses.

Oprimeiropassoé evitar marcarcafé da manhã. Para essa refeição, o mais indicado é que o executivo estrangeiro fique livre para comer no hotel, e até no próprio quarto, se desejar. Embora a manhã seja um ótimo horário para prendera atenção dealguém,os compromissos comerciais só devem sermarcados apartir das 10 da manhã.

Segundo consultores de etiqueta, oalmoçopodeser umaboaopçãopara asrelações comerciais. Para que tudoaconteça conformeopla-

nejado, o correto é escolher um local que sejaconhecido dequem está convidando e fazer reserva com antecedência. O tipo de comida servida também é muito importante. Evite extremos. Não sedevelevarumestrangeiropara comeremum restaurantede comidatípica deseu país."Jamaisleveum francês para um local que sirvacomida francesa",aconselha Suzana Doblinski. Também nãoé aconselhável ir a umrestaurante quesirvacomidabrasileira com temperos fortes, como a baiana. Paranão errar,aindicação é um local que ofereça cozinha internacionalvariada, mas que contenhano cardápio pratos brasileiros. "O anfitrião deve orientaro convidadono momento deescolher o prato. Pedir algo semelhante para si é de bom tom", diz Magaly Opice. Segundo ela, bebidas alco-

etiqueta Lívio Callado. ParaCallado, issosignifica ter sensibilidade suficiente para perceber os limites entre a aproximaçãoe ainvasão de privacidade. Na dúvida, a melhor dica é seguir o velho conselho:ouçamais efale menos. "Assim você poderá percebero estadodeespírito eo humordoexecutivo", afirma o consultor.

Segundo os profissionais deetiqueta empresarial,independente de qual seja a origem do visitante,vale observar algumas regras básicas de relacionamento. Beijos, abraçose tapinhasnascostas sãoproibidos. "Omaisindicado é um aperto de mão firme, natural e pouco demora-

do", explica Callado. Outro ponto essencial é estar atento paranão esquecer ouerrar onome eo cargodo visitante. Além disso,a pontualidade, a discrição e os cuidados coma aparênciasão itens fundamentais, muitas vezes esquecidos dos brasileiros. "Chegar atrasado a uma reunião éuma catástrofeimperdoável em muitos países", alerta Suzana.

Presentes – Para completar uma negociaçãobem sucedidaé apropriadooferecer umpresenteao visitante.E, paraescolher oque deve ser oferecido,mais uma vezo ideal é usar o bom senso. Paraos consultores,éunânimequeo presentedeveser

algo discretoe elegante,para o uso profissional. Entre as opções,estão canetaseagendas com o logotipo da empresa que está presenteando. Quando, ao invés dereceber alguém, oexecutivo brasileiro for ao exterior, um presente discretotambém pode ser sinal de cortesia para com o anfitrião. Nesse caso, o presente pode ser algo típico, como um peso de papel feito com uma pedra brasileira.Em qualquer um doscasos,alembrança deve ser entregueaofinaldasnegociações, com o cuidado para evitar umaconotação de bajulação.

Informações sobre a cultura do país evita

gafe em reunião

ólicas devem ser evitadas no almoço."Nomáximo, um copo de vinho". Para o jantar, as bebidassão liberadascom moderação. Arecomendação,nesse caso,é evitarmarcar compromissos para a manhã seguinte. Conta – Sobre um dos pontos mais delicados dos almoços ou jantares de negócios, oprofessor LívioCallado éenfático. "Semprequem convidatemdepagar", diz. Paraele, issoindependede cargos hierárquicos, tipode relação comercial ou sexo dos profissionais envolvidos. Para não causar constrangimentos, há duas opções. A primeira é tomara iniciativa deirao balcãopagaraconta. A outra saída é deixar o cartão de créditocomomaitrêao entrar no restaurante. Em ambos os casos, éessencial quetudo sejafeito semalardes, com a máxima discrição possível. (EC)

Você sabia que um simples buquê de flores brancas pode acabar com as relações comerciais comuma empresa chinesa? Gafe igualmente grave seria levarum hindu a uma churrascaria. Isso porque, para os chineses, o branco simboliza a morte; e a vaca é um animal sagrado na Índia. Conhecer esses e outros detalhes das diferenças culturais entre ospaíses não serve apenas como curiosidade. Muitas vezes,essas informações são fundamentais na hora de fazer negócios com empresas estrangeiras. Quando negociar com um alemão, por exemplo, prepare-se para discutir à exaustão. Eles são famosospor defenderem ao máximo suas idéias e se aterem a fatos e objetivos. Além disso, evitam misturar negócios eamizade,aocontráriodos árabes,quecostumamser calorososno trato. Paraumexecutivo árabe,a amizade poderá determinar a continuidade das relações comerciais.

Sem atraso – Já os america-

nosprocuram aproveitar o tempo ao máximo.Atrasarse para um encontro com eles é um pecado mortal. Suas relaçõesde trabalhotambém são marcadas pela informalidade. A partir de uma segunda reunião, é normal os executivos se trataremapenas pelo nome próprio.

Enquantofranceses prezam muito as boas maneiras à mesa, amaior preocupação dos executivositalianosé com a aparência. Mas, os costumesmais exóticosficam por conta dos orientais. Presentes para alguém de Hong Kong? Só se for um par de objetos, porque apenas um não dá sorte. E, se você for para o Japão e lhe oferecerem um carro com as assentos forrados debranco, sinta-seorgulhoso.Isso demonstraque você é importante para eles. Mas,ainda noJapão, setiver contato com um executivo de nível hierárquico alto, entregueseucartãode visitacom as duas mãos. É uma prova de respeito. (EC) cursos e seminários

Hoje

Administração competitiva – O curso é direcionado a empreendedores e profissionais da áreaadministrativa. Duração: duas horas, das 9h às 11h. A palestra acontece naterça-feira. Local:Sebrae SãoPaulo, rua Vergueiro, 1.117, Liberdade. As inscrições sãogratuitas e devem ser feitas até hoje pelo telefone 0800780202.

Dia 4

Planejamento e organização de empresas de serviços contábeis– Ocursoédirecionado aprofissionaisda área contábil. Duração: 12 horas, das 9h às 18h. O seminárioacontecenosdiasquatro ecinco. Local: Sindcont, praça Ramos de Azevedo, 202, Centro. Preço: R$ 80. As inscrições devem ser feitas a partir de hoje pelo telefone (11) 3224-5124.

Estela Cangerana

Jurista defende novas regras para o STF

Para o juiz aposentado e advogado atuante na área tributária e constitucional, Américo Lacombe, os ministros deveriam ser escolhidos pelos próprios juízes para um mandato de, no máximo, doze anos.

Sílvia Pimentel

O Supremo Tribunal Federal(STF) precisajulgar leise medidas editadas nos últimos dois anospelo governo, a maioria paraaumentar a carga tributária, consideradas inconstitucionaisno meio jurídico. É a velha briga entrecontribuintes eFisco.

Para o jurista Américo Lacombe, serádifícilparao contribuinte vencer a quedade-braçoporum motivo muito simples: aescolha dos integrantes do Tribunal é puramente política."A crise de confiançanoSTF étãograndeque ouço advogadosdizendo que pretendem votar no candidato da oposição para que os ministros do Supremo votem a favor dos contribuintes e contrao governo", diz.

Juiz aposentado do Tribunal Regional Federal da 3a Região e exrepórter do Jornal do Comércio, noRiode Janeiro, em 1957,época que, segundo ele, o Brasil tinha um governo e uma oposição competentes, Américo Lacombe não economiza críticas à ânsia do Governo em arrecadar mais e mais nem que, paraisso,seja precisopassar por cima da Constituição Federal. Veja na entrevista abaixooqueele pensasobreasituaçãodelicada do Paíse as alternativas viáveis e pouco difundidas para desafogar a Justiça brasileira.

longe,oque maisaumenta impostos.Seos Estadose municípios forem competir, perdem de goleada. São tantas asinconstitucionalidades cometidasque ficadifícilde enumerar. A CPMF, por exemplo, éamaiordelas.É um imposto cumulativo, em primeiro lugar. Além disso, a lei que o criou foi mudada várias vezes e nãovoltou para a Câmara.Hámilhõesde vícios inconstitucionais.

A derrubada da noventena, recentemente, foi uma medida inconstitucional. O prazo paraa entrada emvigor de umimpostoé umdireitogarantido individual e, por conseqüência, uma cláusula pé-

"Com raras exceções, os ministros são escolhidos por critérios políticos e o Senado Federal não cumpre o seu papel, ao contrário do Senado americano, que sabatina para valer os componentes e já vetou vários deles."

trea e não pode ser modificada.

Outroabusodoatual Governo diz respeito às medidas provisórias. OSupremo, por sua vez, nunca examinou os pressupostos dessas medidas, comoa urgênciae relevância. Se a Constituição diz quenos casos de urgência e relevância o Presidente pode baixar Medidas Provisórias, é obrigação do tribunal examinarestas condições. Isso,no entanto, não acontece".

contribuinte tem o direito de recorrer à Justiça para não recolher.

Para evitar injustiças, os casosdevem seranalisadosisoladamente. A grande polêmica em São Paulo sobre o assunto surgiu porque a mesma lei que instituiu a progressividadeisentou váriosimóveis. Na realidade,os críticos da isenção querem queos pobres paguem mais para que os maisricos possampagarmenos. Isso é injusto. "

Governo abortou reforma tributária

"A reforma tributária não saiuporque o governo não quis. E ele não quis porque está arrecadando cada vez mais às custas da pobreza da sociedade. A tendência,no entanto,é dequepasse aarrecadar cada vez menos.

Supremo sob suspeita "Não tenho confiança no Supremo Tribunal Federal (STF).Minha confiança no Poder Judiciário cresce na razão inversadas instâncias.A sociedade brasileira não confia nasdecisões daSuprema Cortepeloscritérios utilizados para a escolha de seus ministros. O modelo foi copiado da Constituição americana. A diferença éque lá pode terdado certoeaqui não.Os ministros, comhonrosas exceções, são escolhidos por critérios eminentemente políticos e o Senado Federal não cumpreo seupapel, aocontráriodo Senadoamericano, quesabatina paravaler os componentes e já vetou vários deles.

No Brasil, o Senado nunca v etoua indicaçãodeministros. Eles deveriam ser eleitos por juízes titulares de varas de todoo Brasile commandato de, no máximo,doze anos. A crise de confiança é tão grande quecostumo ouvirde advogadosque pretendem votar no candidato da oposição, apesarde serem da direita, para que os ministros do Supremo votem a favor dos contribuintese contra ogoverno."

É ilegal cobrar CPMF "O Governo Federal é, de

Desrespeitoà Constituição "O atualgoverno foio que mais cometeu atosinconstitucionais.O desrespeitoà Constituição e ao contribuinte é total. Foi opior governo que o Brasil já teve e vai passar para a história como aqueleque controlou a inflação e tão somente.Ora,o controle da moeda não é fim, é meio para garantirà sociedadebem-estarrazoável.Na épocadeSalazar, o escudo português era valorizado. A moeda era estável, não havia inflação e,no entanto, Portugal era um país muito atrasado."

A bombavai estourarum dia, nas mãos do próximo governo. Está próximo o dia em quea capacidadede pagarda população estará tão baixa quea arrecadação vaiminguar. Não adianta a sanha arrecadatóriaporquea sociedade não terá mais condições de pagarimpostos. Desempregadosnão pagamimpos-

"A bomba vai estourar um dia nas mãos do próximo Governo. Está perto o dia de que a capacidade da população em pagar impostos e tributos estará tão baixa que a arrecadação vai minguar."

IPTU progressivo "O IPTU deve de serprogressivo, emdecorrência do princípio da capacidade contributiva. Esse é um dos princípios tributários constitucionaisde maior relevância. Ora,a carga é maior para o pobre que paga 1% sobre o valor de um imóvel do que para o rico que paga o mesmo percentual sobreovalor de sua mansão.

Todas as prefeituras devem adotar aprogressividade do imposto. A única barreira são os efeitos confiscatórios. Se o imposto gerar esse efeito, o

tos e o número deles está crescendo cada vez mais. Nos Estados Unidos, a primeira providência do Reagan para a economia crescerfoibaixar osimpostos, simplesmente para sobrar mais dinheiro para os investimentos. O Brasil quer exportar mais não consegue porque os produtos nacionais carregam uma carga pesadade impostos, especialmente de cumulativos como Pis e Cofins. Todos os impostos devem ser não cumulativos. Não é porque a Constituiçãodiz que o IPI e o ICMSsão não cumulativos, este princípio não pode ser estendido aos outros. Em primeiro lugar, qualquer imposto novo que venha a ser criado não deve incidir diversas vezes na cadeia produtiva. Estaémais umarazãoparaa cobrança do imposto do cheque ser considerada inconstitucional.

A reforma ideal "A cargatributária poderia ser amenizada com a redução do número de impostos.Na prática, porém, não é a quantidade queimporta.Podemos ter um milhão de impostos masumcargatributária pequena. Como também, umúnico impostocomuma carga elevada. Os impostos devem ser dosados para não sobrecarregar asociedadee, aomesmo tempo, nãoesvaziaroscofres doEstado.Talvez a alternativa fosse passar a arrecadação doICMS paraa União e, em contrapartida, dar para os Estados oIPI. Propostanesse sentidofoi discutida quandose pensou em fazer a primeira reforma tributária, em 1964, mas acabou não vingando. Como o IPIé cobrado na indústria produtora, favoreceria o Estado deSão Paulo,em detrimento de outros. Naquela época, osetor industrial, ao contrário doqueacontece hoje, estava concentrado no Estado paulista.

O Brasil pode fazer uma reforma tributária sem mexer naConstituição, mudando simplesmente a legislação ordinária.Comoa intenção é baixar acarga tributária,não é necessário modificar o texto constitucional.Pode-se reduzir alíquotas dos impostos, mas o mais importante é acabar devez coma cumulatividade de contribuições, como o Pis que, aliás, não tem razão nenhuma para existir."

Brasil será a Argentina amanhã

"É crítica a situação do Brasil. Alguns analistas dizem que se o Lula for eleito, o Brasil vaisetransformarnuma Argentina. Independentemente de quem ganhar a eleição, oPaís vaivivera mesma situação da Argentina.

O País tem problemas crônicosde difícil resolução eque demandam investimentos. O governo precisadiminuir suasdespesas, masisto nãoé fácil. Quando pensamos, por exemplo, noproblemada violência, énecessário aumentar as despesas para a construção de presídios, para aumentaros saláriosdospoliciaisenão diminuirosgastos. Asáreas desaúde eedu-

cação também não podem ficar sem verbas. Uma forma de reduziros gastosseria demitir funcionários públicos. Uma dasgrandes mentiras nacionaisé dizerque não se pode demitir funcionários públicos. Comopresidente do Tribunal Regional Federal demiti nove funcionários. Deu trabalho, pois foi preciso abrir sindicância eprocedimentos administrativos.Todos arrumaram advogados

dade tem origem na primeira instância do Judiciário. É preciso priorizar a ampliação dostribunaisea autonomia dos juízes de primeira instância, que sãoaqueles que, primeiramente, sãoprocurados pelasociedadeaflita por resolver os seus problemas. Hoje, porexemplo,noTribunal Regional Federal, o número de agravos é maior que onúmerodeapelações. Os agravos não são discussões de mérito, mas de problemas incidentais queocorreram na primeira instância.Issosignifica que a segunda instância está resolvendo os problemas incidentais e despachos do primeiro grau. Com isso, asapelações quediscutem o mérito da questão são deixadasdelado, atrapalhandoo andamento dos processos. Atualmente, sãomaisde20 milrecursos especiaise extraordináriosno tribunal. Com maispoderes, osjuízes dasinstânciasinferiores poderiam resolver incidentes processuais e acabam os recursos. "

"Deve-se priorizar a ampliação dos tribunais de primeira instância e a autonomia de seus juízes, pois são os primeiros a ter contato com a população, aflita para resolver os seus problemas."

para contestar a decisão, mas as demissõesse concretizaram."

"Faltam juízes no País. O Brasil tem um juiz para cada 25 mil habitantes. Na Alemanha, é um juiz para cada três mil. Nossa situação é mais crítica que a vizinha Argentina, que tem um juiz para cada 17 mil pessoas".

Ampliação dos tribunais de primeira instância "Não é necessário alterar a estrutura dojudiciáriopara resolver a questão da lentidão da Justiça. O mais importante é modificar o Código de Processo Civil, que emperra a máquina por permitir quantidade exagerada de recursos. As mudanças na estrutura do Judiciário podem ajudar, mas não de forma isolada. Precisamos demaisjuízes e aí, novamente,esbarramos na questão do aumentodas despesas. Temos pouquíssimos juízes. Aqui, a média é de um juiz para cada 25 mil pessoas. Na Alemanha, é um juiz para cada três mil. Nossa situação é mais crítica que a vizinha Argentina, que tem um juiz paracada17 milpessoas. A informatização é outra alternativa, que já vem sendo colocadaem prática,aos poucos,em algunstribunais. Mesmo assim,estasiniciativas são insuficientespara desafogar a Justiça. Nas discussões sobrea reforma no Judiciário, é comum pensar em modificar a estrutura do Supremo ou STJ. Isto éum equívoco porqueo problemada morosi-

Súmula vinculantepara o poder público "Aadoçãoda súmula vinculante, que faz parte das medidas da reformado Judiciário, é inútile não vai resolver a questão da lentidão da Justiça. Ela é simplesmente um texto, que deverá ser in terp reta do. Com isso, os advogados, que sãomuito imaginativos,podem começar a alegarquedeterminadas súmulas não se aplicam a seus casos.

Além disso, hoje, de certa forma, algumas praticamente já produzemesse efeito. Prova disso é que dificilmente um juiz de primeira instânciadeixade seguirumasúmula do Supremo ou do STJ. Achoque omecanismo vai dar mais trabalho aosadvogados e não vai resolver o problema dalentidão. O ideal é que elas fossem adotadas parao poder público, quando perde uma questão na Justiça. Seo Supremo decide que determinada lei é inconstitucional, a União ficaria impedida de discutir. "

A insegurança jurídica do Brasil "O Brasilnãoprecisa de muitas leis. O ideal seria aplicar direito as existentes e simplificar o Código de Processo Civil. Fico apavorado quando vejo o Congresso Nacional discutindo alegislação, pois as mudanças, no Brasil, são muito arriscadas. Geralmente, asalterações agravam asituação. Paranão correr riscos,é melhor ficar comoestá.Umdos grandes erroscometidos éode não deixar coisasse consolidarem, na área jurídica. Na hora que a jurisprudência começa a seformar, asleis sãomodificadas de uma hora para outra, causando insegurança jurídica. AConstituição jáestá numa forma razoável, apesar darevogação dealgunsartigos. Tem gente que não gosta dela. Eu gosto. "

Américo Lacombe: "Quando a jurisprudência começa a se firmar, mudam-se as leis. Isso provoca insegurança jurídica".
Paulo Pampolin/Digna Imagem

Pão de Açúcar compra Sé

e

consolida liderança

à frente da rede Carrefour

O Grupo Pão de Açúcar anunciou ontem a compra da rede Sé Supermercados por R$ 370 milhões. Vendida pelo grupo português Jerônimo Martins, a rede opera 60 lojas em 20municípios doestado deSão Paulo.Com aaquisição, a participação de mercado doPão deAçúcar sobede 13,6% para15%,oqueaumenta suamargemdeliderança emrelação aosegundo colocado noranking, oCarrefour, que tem 12,7 %.

O presidente do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, informou que a bandeira Sé não serámantida. Aslojas serão convertidas gradativamente em Pãode Açúcar,Barateiro ou Extra,conforme os hábitos de consumo dos moradores de cada região. Oexecutivo descartou a possibilidade de fechar lojas Sé próximas de unidadesdo Grupojáexistentes. Ele apenas admitiu o fechamento de algumas unidadesno interiordoestado, por falta de rentabililidade. Concentração preocupa –Para o especialistaem varejo João Goulart Dubos, da MultiaçãoConsultoriae Marketing,a concentraçãodemercado como Pãode Açúcaré preocupantepara os consumidores. No total, o Grupo passa a deter 507 lojas no País – 390estão sóemSãoPaulo. "No médio e longo prazo, essa concentração no estado deve gerar domínio sobre os pre-

ços". Para o consultor, com maior poder de barganha junto às indústrias e a maior parte do mercado para si, a rede deve uniformizar os preços. A resposta da rede francesa é aguardada com ansiedade. Não se sabe se o Carrefour irá às compras em São Paulo ou se mudará de estratégia e partirápara disputarmercado em outros estados. O consultordevarejo Marco Aurélio Giangiardi, daQualimax Assessoriae Marketing,nãocrê emnovas aquisições.Segundo ele, o Carrefour ainda não teve sucesso na incorporação da rede Champion.

Disputa – O Sé passava por crises financeiras no País e estava à venda desde 1999. O fechamento do negócio, entretanto, enfrentava dificuldades. A holandesa Ahold (Bom Preço), a francesa Carrefour, aamericana WalMarte ainglesaTescoestavam na disputa. Diniz disse que a vitória da empresa brasileira se deu pela situação de desconfiançano País."Empresas globais não querem investir no Brasil agora". O Pão de Açúcar também anunciou que está retomando seu projetodeexpansãono Nordeste, com a incorporação de 12 lojas da rede Comprebem, em Pernambuco. As lojas estavam alugadas para um pequeno grupo local.

Tsuli Narimatsu

Balança registra maior superávit mensal desde 94

OPaís obteve emjunhoo maior saldo comercialmensal desde1994. Abalança apurou superávit de US$ 675 milhões.O saldoacumulado no primeiro semestre de 2002 já chega aUS$ 2,606 bilhões, volume bempróximodos US$ 2,641 bilhões registrados durante todoo anopassado. O resultado foi comemorado pelo governo,mas ototal de negócios continua bastante inferior ao de 2001.

No mêspassado, asexportaçõessomaram US$4,079 bilhões, valor 19% inferior ao de junho do ano passado. Nas importações, a queda é ainda maior,de28%. Emjunho deste ano, ascompras externas totalizaram US$ 3,404 bilhões.

Segundo a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Lytha Spíndola, a retração é fruto do desaquecimento do comércio mundial. "A conjuntura internacionalestá bastante negativa", disse. "Mas o saldo da balança é positivo, está dentro das estimativasdo governoe mostra a recuperaçãogradual da balança".

A secretáriaevitou fazer previsões para as exportações e importações do País para 2002. "Nossa principal meta é o superávit da balança co-

mercial, de US$ 5 bilhões para o ano, que está se mostrando cada vez mais viável".

N eg a t iv o – Analistasdo mercadofinanceiro, porém, são bem mais críticos. "(O resultado de junho) é um superávit pelo negativo, e isso só pode ser bom no curto prazo. Aredução tanto da exportação quanto da importação é triste emostraa total fragilidade da economia brasileira", afirma o presidente da Associação deComércio Exterior do Brasil(AEB), Benedito Moreira.

ram essa previsão", diz Lytha. No acumuladodo primeiro semestre, as vendasexternas totalizam US$ 25,052 bilhões, e economistas não esperam que o volume passará dos US$ 60 bilhões até dezembro.

Mas os negócios continuam em queda. Para o governo, a causa é o desaquecimento mundial

Em 1995, o Ministério chegou a prever que o País exportariaoequivalente aUS$100 bilhões nesteano. "Foi uma projeção feitaháseteanos,o mundo era outro. Depois disso, tivemos diversas crises – da Ásia, da Rússia e, agora, da Argentina – que compromete-

Rússia desponta com vigoroso mercado para as exportações

Nação de dimensões continentais, a maior do mundo, possui 17.045.400 km2 de território, com florestas que ocupam 45% desta área, 37.000 km de costa (Oceanos Ártico e Pacífico), um quarto de sua superfície localizada na Europa e o restante na Ásia. Uma imensa planície se estende desde os Montes Urais ao longo de quase 2.500 km de norte a sul e 9.000 km de leste a oeste. Do outro lado dos Urais, está a Sibéria, região rica em minérios, gás e petróleo.

Em 2000, a economia russa teve ótimo desempenho, o melhor desde o final da URSS, com índices econômicos invejáveis, principalmente ao considerarse a crise de 1998. Apesar da inflação de 20% ao ano, o PIB aumentou 8,3%,o maior percentual nos últimos dez anos. O superávit comercial chegou em 2000 a US$ 69 bilhões,em função, principalmente, das constantes altas do preço do petróleo e redução do volume importado. As reservas internacionais,que em maio de 2000 estavam em torno de US$ 12 bilhões, apresentaram crescimento, atingindo US$ 32 bilhões em maio de 2001.

Em 2000, ocomércio exterior foi um dos setores mais dinâmicos da economia russa. O intercâmbio comercial teve incremento de quase um terço e atingiu US$ 136,6 bilhões - exportações de US$102,7 bilhões e importações de US$ 33,9 bilhões).

A desvalorização da moeda, na crise de1998, provocou uma retração das importações, com isto, a escassez de produtos importados fez com que a indústria nacional recebesse impulso e começasse um processo de substituição das importações.

Em 2000, a liderança na pauta de importação continuou com máquinas e equipamentos, incluindo-se aqui, as compras para indústria mecânica, assim como veículos, navios e equipamentos. Houve, em relação a 1999, uma queda de quase 15% na aquisição de produtos alimentícios e insumos agropecuários. Observou-se aumento de 18,6% na compra de produtos da indústria química, com destaque para medicamentos com cerca de 40%.

As exportações russas estão representadas pêlos seguintes produtos: gás liqüefeito de petróleo, petróleo, ferro e aço, alumínio e suas manufaturas,. Equipamentos de transporte, madeira e suas obras, fertilizantes, cobre e suas obras, níquel e suas obras, papel, máquinas e elétricas e carvão. Os principais parceiros da Rússia são Alemanha, Bielorússia, Itália, Estados Unidos, Turquia, China, Grã-Bretanha, Polônia, Países Baixos, Cazaquistão, Suíça e Finlândia. O comércio com oBrasil representou apenas 0,4% total. O sistema russo está baseado

na Nomenclatura do Sistema Harmonizado. Os impostos alfandegários são calculados, geralmente, “ad valorem”, mas em um número crescente de casos se estabelecem direitos mínimos fixos.

Valores e Costumes

■ O povo russo acredita que o país tem alma, que deve seguir seu próprio caminho e não deve copiar os ocidentais.

■ Pela boa educação européia, deve-se manter a boa postura, de pé ou sentado, não cruzar as pernas, ser pontual, não assobiar em ambientes fechados (além de não demonstrar educação, os russos consideram de mau agouro aos negócios), utilizar o aperto de mãos para os cumprimentos (chegada, apresentação e despedida) e tomar dois cuidados: retirar as luvas antes de cumprimentar alguém e observar para que este ato não ocorra sob um portal.

■ Apresentar-se em trajes formais e de cores sóbrias

■ É de bom tom não ostentar riqueza

■ Caso surja algum convite para ir à casa de alguém, que é raro, recomenda-se que seja levado número impar de flores, porque número par é para uso em funerais

■ Deve-se dar atenção à troca de presentes na primeira reunião: estar preparado para distribuir e receber também muitas lembranças - a reciprocidade é muito importante, signi-

fica respeito, interesse e generosidade

■ As mulheres de negócios são respeitadas na Rússia, sem risco de assédio

■ Os russos gostam muito de conversar antes das reuniões. Assim émelhor não ir direto ao assunto.

(este artigo será completado na próxima semana)

Artesanato brasileiro em Milão

Usar a brasilidade como um diferencial de mercado para impulsionar as exportações da pequena empresa é um dos objetivos da exposição “Artesanato do Brasil”, que o Sebrae promove, de 4 a 7 de julho, em 750 metros quadrados da Loggia dei Mercanti e no Palazzo Affari, em Milão. A expectativa é que um público de 40 mil pessoas compareça para conhecer peças do artesanato brasileiro, flores tropicais, assistir a espetáculos de música popular e participar de seminários e rodadas de negócios.

Com apoio do Ministério do Desenvolvimento, Ministério do Esporte e Turismo, Prefeitura de Milão e Promos, Agência Internacional da Câmara de Comércio de Milão, a“Artesanato do Brasil” irá expor 1.450 peças de artesanato de todas as regiões brasileiras. Cerâmica, madeira, tecelagem, rendas, omais genuíno fazer brasileiro, exemplo concreto da arte de um povo habilidoso e criativo inspirada na flora, fauna, religiosidade, costumes, compõem a mostra do artesanato.

Mesmotendo sidoestabelecida antes da crise da Ásia, a metade US$100 bilhões para 2002 foi considerada, já na época, como extremamente ambiciosa. "Era irrealista", afirma Ricardo Markwald, presidente da Funcex (Fundação de Estudosdo Comércio Exterior).

Mundo – Em 2001, a OrganizaçãoMundial doComércio (OMC)registrou,pela primeiravez em duas décadas, uma queda no volume de comércio. Paraesteano,as previsões da entidade para o crescimentodo comércio mundial são pouco alentado-

ras: dezero a 1%. "Nos últimosdois anosnossasexportações cresceram 22% cumulativamente – 16% em 2000 e 6% em 2001.Issoé odobro do que cresceu ocomércio mundial no período e fez comque ganhássemosparticipação de mercado", comemora Roberto Giannetti da Fonseca, ex-secretário executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex). "É preciso levar emconta queasvendasexternas do Brasil cresceram mesmo num cenário tão adverso", reforçouLytha.Para ela, issofoi possível graças à diversificação dos mercados compradores. "O Ministério tem buscado diversificar os destinos, buscando mercadosna China, na Índia, reforçando nossa participação naComunidade Andina e apresença do Mercosul na África do Sul".

Defato, em junhodeste ano frenteao mesmomês de 2001, as vendaspara Europa Oriental e África, regiões pouco tradicionais nocomércio brasileiro,aumentaram 12,1% e4,1%, respectivamente. As importações, porém, diminuíram em todas asregiões. As maiores quedasocorreramnas comprasdaArgentina(40,9%) e Estados Unidos (34,7%).

Giuliana Napolitano/AE

Oportunidades comerciais

PAISESQUEDESEJAM

IMPORTARDO BRASIL

REINO UNIDO

286 - Madeira serrada ou fendida, cortada em folhas ou desenrolada, de espessura superior a 6mm.

287 - Calçados e produtos de couro.

288 - Botões, inclusive os de pressão.

SUIÇA

289 -Soja, mesmo triturada.

RUSSIA

290 - Carne de porco, fresca, refrigerada ou congelada.

SUÉCIA

291 - Uvas frescas e maçãs.

292 - Camisetas T-shirts e camisetas interiores, de malha. Roupas de toucador e de cozinha, de tecidos atoalhados, de algodão.

TAILÂNDIA

293 - Soja.

294 - Carne e miudezas de frango.

PAÍSESBAIXOS

295 - Suco concentrado de laranja.

CINGAPURA

296 - Ágar-ágar.

Estará disponível catálogo com detalhes de todas as peças, os preços no atacado e no varejo e prazos de entrega. A exposição faz parte do Programa Sebrae de Artesanato, que quer profissionalizar a atividade, dando-lhe tratamento empresarial e tornando-o um negócio rentável pela capacitação dos artesãos e seu aperfeiçoamento técnico. O objetivo é criar uma imagem “made in Brazil” que possibilite ampliar as vendas externas

BENIN

297 - Frutos do mar congelados e alimentos enlatados; produtos farmacêuticos; computadores e acessórios; eletrônicos para escritório e doméstico; confecções e equipamentos esportivos; cimento e materiais de construção e acabamento; açúcar granulado e arroz parboilizado; sobras têxteis e redes; roupas usadas e calçados; guarda-sóis e sombrinhas.

PAISESQUEDESEJAM

EXPORTARPARAO BRASIL

TAIWAN

298 - Conectores de diversos tipos para áudio, vídeo, HIEnd e comunicações.

ARGENTINA

299 -Carne de avestruz e faisão, congelada.

PAQUISTÃO

300 - Artigos esportivos; instrumentos cirúrgicos e tesouras; selaria e acessórios; artesanato de vários tipos; facas para caça e de bolso; luvas de vários tipos.

301 - Tapetes feitos a mão; tecidos 100% algodão; roupas para recém-nascidos.

do país. A exposição em Milão integra o projeto “Cara Brasileira”, desenvolvido pelo Sebrae visando identificar uma imagem nacional para produtos e serviços a ser usada como estratégia de marketing.

Durante toda a mostra haverá uma rodada de negócios virtual, pelo site www.sebrae.com.br/ rodadamilano, no qual serão apresentadas aos potenciais compradores as peças do catálogo do artesanato.

Associação Comercial festeja os 70 anos de 9 de Julho

"Setedécadas depoisoclima espiritual estáintacto no coração do menino envelhecido...".

Esse é umpequeno trecho deum longo poema sobre a história íntimada Revolução de32, escritoe declamado ontem pelo poeta Paulo Bonfim, durante a reunião plenáriada AssociaçãoComercial de São Paulo, que reuniu maisde300 pessoas, entre empresários, líderes políticos e intelectuais, para marcar o inícodas comemoraçõesdos 70 anos do 9 de Julho.

Em meio a soldados da PM vestidosàcaráter eàmarchinha símbolo do 9 de Julho tocando ao fundo, os participantes ouviram ainda o poeta dizer que os princípios que nortearam o Movimento de 32continuam sendoum exemplo de busca do espírito de liberdadeedemocracia para todo o Brasil.

"É por isso que este fato histórico deve ser lembrado e conhecidoportodos", disse AlencarBurti, presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp)eAssociação

Comercial de São Paulo. Para ele, adataajuda arecuperar valores éticos e morais num momento em que "a sociedade parece anestesiada."

Patrioti smo – Alencar Burti destacou a importância desses valores para os jovens. "Eles precisam conhecer a históriados que dedicaram suasvidas aos nobresideais da liberdade e da legalidade.", disse. Sobretudo, segundo ele, "nummomentoemque v alores como opatriotismo estão seperdendo."Porisso mesmo, Burti mostrou que é preciso resgatar etransmitir o exemplo dehomens que praticaram ações de valor ético com os amigos,com a família, no trabalho.

João de Scantimburgo, diretor-responsável do Diário do Comércio e membro da

Academia Brasileira de Letras, recordoumomentos vividos da Revolução, o esforço de guerra dos trabalhadores e mostrou que é falsa a idéia de que o9 deJulho foium movimento apenas das elites e separatista. "Houveenvolvimento de todas as classes, não para tiraro poderde Getúlio Vargas, mas pararestaurar o Estado de Direito á Nação".

A professora Edmara de Lima, coordenadora do Saber 2002 – Congressode Escolas ParticularesdoEstado –recordou antigosdepoimentos defamiliares queparticiparam do9 de Julhoe sentiram na peleos efeitosdolorosos de uma guerra. Os relatos foram ouvidos, quandoainda erapequena,de seusavós,na cidade de Itararé.

"Foi ao ouvir que a guerra era resultado da luta dos paulistas pela legalidade,que recebiminha primeiraliçãode cidadania",salientoua professora. OprofessorLuiz Gonzaga Bertelli, da Academia Paulista deHistória, fez um relato das atrocidades cometidas pelas tropas legalistas contra o povo paulista. Bertelli recordou , inclusive, a morte dosestudantes dahistórica Faculdade deDireito

A palestra Transforme seu stress em força realizadora , com o palestrante Shlomo Zekhry (foto), contoucom a participaçãodemais de70 pessoas, principalmente co-

merciantes da região. O evento foi promovido pelo superindentes da Distrital Sudeste da Associação Comercial de SãoPaulo,JoséFrederico Athia. (DC)

do Largo de São Francisco, Martins, Miraguaia,Dráusio e Camargo, o MMDC. OggPozzoli, conselheiro daAssociação,deu avisãode um nordestino sobre o Movimento de 32.Muito emocionado,destacou queSãoPaulo mostrou à Nação que"os paulistas são um povo aberto, queatéhojeacolhe todos os brasileiros de braços abertos". Francisco de Paula Machado Campos, ex-combatente de 32, foi breve e incisivo: "A mensagem deixada pelos que lutaram éum

exemplo vivo para todos." O senador Romeu Tuma (PFL) disse que o9 de Julho deve ser visto como um exemplo ao respeito da ordem jurídica. Francisco Giannoccaro, vice-presidente da Associação, foi elogiado por Burti, por ter coordenado a organização do evento. "Precisamos transmitiraos jovens os ideais democráticos que representam estes 70 anos de história do Movimento de 32", ressaltou. Sergio Leopoldo Rodrigues

Presidentes e comerciantes tiveram participação ativa

"A Associação Comercial teve uma participação real, emotiva, tanto no 9 de Julho, comoemtoda avidacívica pública deSão Paulo edo País", destacou o historiador Herani Donato. Ele lembrou o papel ativo do presidente da entidade, José Carlosde Macedo Soares, já em 1924, no Movimento Tenentista.

Em 1932 não foi diferente, com opresidente Carlosde Souza Nazareth, quando os comerciantes chegarama es-

Palestra reúne empresários na Distrital Centro

O especialista em direito empresarial, o advogado Ivan LorenaVitale Júnior, ministrou a palestra A nova Sociedade Ltda. frente ao novo códigocívilesuas implicaçõesna vida empresarial, na Distrital Centro da Associação Comercial de São Paulo. A apresentação, que foi coordenada porRoberto MateusOrdine, diretor-superintendente da entidade,teve aparticipação de dezenas de empresários da região central da cidade. (DC)

Governo do Estado leva dados da criminalidade para 39 municípios

Atéoutubro deste ano, 39 prefeiturasdaregião metropolitana deSãoPaulodeverãoter acessoao Infocrim.O governador Geraldo Alckimin assinouontem oprotocolo quevai permitirque essas cidadespossam recebero mapeamentodas ocorrências criminais.

Todas essas prefeituras juntasirão gastarR$ 410mil em investimentos em hardwaree software.Osrecursos foramobtidos por meio do Fundo Nacional de Segurança e destinados à prefeitura de Guarulhos. A partir delá, averba será repassada paraos municípiosparaa compra dos equipamentos. Com oacesso aobanco de dados, cada prefeito poderá obter o mapa de criminalidade do municípioe também alimentar abase deinformações on line, a qualquer hora. Aprefeitura éque deveráindicar osprincipaispontos com númeroselevados de ocorrências de crimes.

"Omapa dacriminalidade vai permitirodesenvolvimento de políticas públicas direcionadasparaa prevenção do crime", disse Celso Giglio, prefeito de Osasco e atual coordenador do Fórum de Segurança Pública.

De acordo com o secretário estadual de segurança públicaSaulo deCastro AbreuFilho,umdos objetivosdoInfocrim também é economizar, direcionando gastos e

quecerolucro deseusnegócios para fornecer o que fosse possível, gratuitamente, aos Constitucionalistas.

Alémdisso, Donatodestacou que coube à Associação a campanha pelocapacetede aço,a CampanhaOuropara oBem deSão Pauloe acriaçãodo brasãopaulista."Até entãoSãoPaulo era oúnico Estadosem umlemae oúnico ater, até hoje, omapa do Brasil em sua bandeira", relatou o historiador. (SLR)

Aricanduva debate reforma em praça e obra em avenida

A Administração Regional Aricanduva/Vila Formosa realizahoje,às15h, plenária para debater a reforma da praçaDoutor SampaioVidal earevitalizaçãoda avenida Doutor Eduardo Cotching. O encontroacontecerána Sociedade Amigos de Vila Formosa,lna própriapraça Doutor Sampaio Vidal, 77. Aberto à população, o evento contará com a presença de representantes da Empresa Municipal deUrbanização (Emurb) e da CET. (SM)

policiais paraas regiõescom maior índicede criminalidade.

Banco dedados – Nessa primeira fase,a Secretariade Segurança vai expandir o banco dedados doInfocrim paraasregiões ondeháentre 1,6mil e1,7 mil habitantes por km². As próximas cidades que deverão serão São José dosCampos,Santos, ABCD, Sorocaba e cidades do Vale do Paraíba. Todas elas ainda dependem da informatização do totalde delegacias,como de Campinasqueainda tem mais 18 distritos policiais para serem informatizados.O custode informatizaçãoéde R$ 20 mil para cada distrito. Os equipamentos já começaram a ser adquiridos. Cada cidadedeverá montarum conselho de segurança e a Secretariade Segurançavai fazer o treinamento do pessoal quevai alimentaro bancode dados.Aestimativa édeque em 90 dias todas as 39 cidades tenham os equipamentos instalados.

Na Capital,tambémserá criado umConselhoInterdisciplinarde SegurançaPública,conforme Benedito Mariano,daOuvidoria Municipal, que representou a prefeita Marta Suplicy. "Até o mês de agosto, a Prefeitura já deverá ter instalado os equipamentos", finalizou.

Governador entrega carta de crédito para policiais

Mais de mil policiais receberam ontem, do governador Geraldo Alckmin,cartasde créditoparaa comprade imóvelpelaCompanhia de Desenvolvimento HabitacionalUrbano(CDHU). As cartas foram distribuídas para 702 policiais militares, 293 policiais civis e oito da Polícia Técnico Científica.

Ainda este mês, 80 policiais deverão conseguir imóveis naregião deGuaianazes.No próximomês,serão entregues unidades emOsasco. A expectativada CDHUéque até o final do ano, mais 120 policiais recebam imóveis.

A Secretaria deSegurança em parceriacom aSecretaria de Habitação pretende beneficiar16 mil policiais. Por meio de um convênio firmado com aCaixaEconômica Federal, outros 2.575 já receberamcréditoparaa casa própria. Segundo da Secretaria de Segurança, mais 6,4 mil Pms e3,6 milpoliciaiscivis deverão entrar no programa até o ano que vem. Novos policiais - Também foram nomeados2.238pessoas para ocupar cargos na Polícia Civil, sendo 190 delegados, 678 escrivães e 174 investigadores. (DC)

Associação Comercial de São Paulo
Dora Carvalho
João de Scantimburgo lembrou que houve envolvimento de todas as classes na Revolução Constitucionalista
O secretário Saulo deCastro Abreu Filho e o governador Geraldo Alckmin
Marie Hippenmeyer/N-Imagens
Dudu Cavalcanti/N-Imagens

Títulos públicos federais acumularam rendimento de 653,8% em oito anos

Quem aplicou em títulos públicosnos últimosoito anos, desde o lançamento do Plano Real, em 1º de julho de 1994, fez um excelente negócio. Os juros pagos pelo governo brasileiroforam mais de quatrovezessuperioresà evoluçãoda inflação,garantindo ganhos extraordinários a quem "bancou" a dívida pública no período.

Segundo dados da Associação Nacional das Instituições doMercado Aberto, Andima, entidade que congrega as instituições especializadas em negociar títulos públicos, os juros nesse período, medidos pelataxa Selic,acumularam variação de 653,8% enquanto a inflação medida pelo IGP-M ficou em 143%.

Issosignifica quequem aplicou em papéisdo governo e manteve esses títulos em carteira nesses oito anos do Real teráagora um patrimônio quatro vezes superior ao existente em 30 de junho de 1994, já descontada a inflação do período.

retor do Ipea, o governo federalteria sido"muitoflexível" narenegociação dealguns passivos, especialmente os dos Estados.

São Paulo – Esse seria o caso, por exemplo, da dívida do Estado deSão Paulo,em que Brasília teria favorecido o exgovernador Mário Covas paraqueele pudesse fazer boa gestão e se candidatasse à Presidência da República. A morte dogovernador

Mário Covas interrompeu essa trajetória, mas a negociação já havia sido feita. "Os habitantes de Piauí estão pagando a dívida de São Paulo", criticou Reis.

Contas públicas– Economistas de oposição ao governo,porém, consideram"um erro" ficar olhando só para as contas públicas para tentar reduzir os juros, o que permitiria retomar o crescimento econômico.

Economistas consideram "um erro" ficar olhando só para as contas públicas para reduzir juros

Valorização – É como se alguém tivessevendido o seu apartamento naquela data,aplicado empapéisdo governo, ehoje poderia compraratéquatro apartamentos iguais, se o preço daquele imóvel apenas acompanhou a valorização média pela inflação.

Reduzir esse nível de juros é um pontosobreoqual há unanimidade entre os economistas. Aformade equacionara questão, porém, nãoé unânime.

Para o economista do Banco Nacional de DesenvolvimentoEconômicoe Social, BNDES, FábioGiambiagi, estaé uma questão queserá resolvida gradualmente, desde queo próximogoverno mantenhaaatual trajetória de política econômica.

Um dígito – Isso permitiria que astaxasrecuassempara j urosreaisde umdígito (abaixo de10%)a partirdo anoquevem, chegandoem 2005/2006, no final do próximo governo, em torno de 6% a7%ao anoreais(acimada inflação).

Nosúltimos oito anos os juros reais medidos pela variação da Selic sobre o IGP-M, ficaram em 213%, ou o equivalente a 15,3% ao ano. O Institutode PesquisaEconômica Aplicada, Ipea, órgão v inculado ao Ministério do Planejamento, projeta para este ano juro real de 12%, ainda considerado muito elevado pelos economistas.

Equívocos– Odiretor de estudos do Ipea, Eustáquio José Reis, também visualiza dificuldadesparaque haja uma redução mais rápida das taxas de juros.

Reis considera que "houve equívocos" na conduçãoda política econômica, especialmentenos primeiros quatro anosdo governo Fernando Henrique Cardoso, que teria praticado umapolítica fiscal "frouxa".

Além disso, segundo odi-

Número de bancos cai de 246 para 181 no Plano Real

O balanço do sistema financeiro nosoito anos do Plano Real mostra que houve umaconcentração bancária, aumento de eficiência e de lucratividade, emtodoesse período.

Dados do Banco Central, BC, apontamque onúmero debancos no Plano Realdiminuiude 246em 1994para 181 em 2001. O número de bancários reduziu-se de 1,1 milhãopara403 milnamesma época.

Lucro– O lucro líquido (ganho) sobre opatrimônio (recursos próprios) passou de 10,8%emdezembro de 1994 para 17,8% em dezembrode2001, segundodados da consultoria Austin Asis.

Éo caso de Francisco Pessoa, da consultoria LCA,do economista Luciano Coutinho.

Dependência – Na visão de Pessoa,o gargaloprincipal é adependência de capital externo.

Nasuaopinião, enquanto o Brasil precisar de mais de US$1bilhão pordiapara honraros compromissosexternos (entre importações, amortizações, juros e serviços), ogoverno terádificuldades para reduzir os juros internos.

Por issoelepropõe soluções radicais, com toda ênfaseà reduçãodadependência externa.

Ele usauma imagem forte para ilustrar a sua ênfase. Se o governonão temdinheiro para atendertodososcompromissos, deve se concentrar noapoio àsexportações. Se for preciso vende a Embaixadaem Roma,considerada muito bonita mas dispendiosa, e abre vários pequenos escritórios comerciaisnaChina", observou.

Ao mesmotempo – R ei s, do Ipea, é de opinião de que as duas questões devem ser atacadas simultaneamente, equacionando ascontas públicas e reduzindo a dependência externa.

Ele advogaaté medidasradicais. "A população brasileira fez sacrifícios para garantir a estabilização dos preços. Acredito que é possível até um esforçoextraordinário, comelevação dacargafiscal, para fazer amortização extraordinária da dívida pública", comentou.

Impopular – Ele não tem segurança, porém, seessa seria uma solução politicamente palatável, pois não é medida popular,o quereduziria o interesse do governo federal em adotá-la.

"As eleições têm coincidido com aumentodastensões econômicas. Foi assim na sucessão do presidente Collor e nas duas gestões de Fernando Henrique. Isso, em parte, reflete que o país ainda precisa fazerajustes econômicos relevantes", observa.

O presidente da Austin Asis, Erivelto Rodrigues, observa quea lucratividadedos bancosdeve ser semelhante em 2002 e que houve aumentona eficiência das instituições duranteo PlanoReal. O indicadorde eficiência relacionacustooperacional em relaçãoaos ganhosda intermediação. Quanto menor esse índice maior a eficiência do sistema, explica Rodrigues. Automação – Esse índice de eficiência demonstrou melhoria contínuano Plano Real, saindo de 78,4% em dezembro de1994 para 65,1% em dezembro de 2001. A redução no número de funcionáriosfoicompensada com pesados investimentos no setor de automação bancária.

De acordo com pesquisa da FundaçãoGetúlio Vargas,os bancos destinam anualmente9,7% dopatrimônio (recursos próprios)a investimentos em tecnologia da informação, mais do que odobro damédia daeconomia nacional.

O ganho das instituições sobre o patrimônio passou de 10,8% em 1994 para 17,8% em 2001

Segundodados daFederação Brasileira das Associações de Bancos, Febraban,a utilização intensiva de informáticapermitiu aautomatização integral de 72,6% das transações bancárias. Fusões continuam – R odrigues entende que a consolidaçãodo sistema bancário ainda não foi concluída, ou seja,o processodefusõese aquisições deve prosseguir. Há uma tendência dos bancosbuscaremosganhos em atividades diferentes da típica comercial. A lucratividadetende avir

da seguradora, da previdência aberta edaempresa de cartões de crédito do conglomerado, observa o consultor. A perspectiva do sistema bancáriopara 2003vai depender dasmedidas donovo governo, observa Rodrigues. Perda – Ao trazer a taxa de inflaçãomensalde 33,73% ao mês, em 1993, para uma média de 0,67% de janeiro a abrilde2002– de acordo comdadosbásicos da Comissão Econômica para a AméricaLatina eCaribe, Cepal,o Plano Real provocou perda dos bancoscom acorreção monetária. A consultoria

Austin Asis estima que aperda de receita inflacionária dos bancos chegou a US$ 15 bilhões. Parasocorreros bancosque não conseguiram suportar a perda desseganho inflacionário, o governo criou o Proer e injetouR$ 21,7bilhões no ajustedo Banco Nacional (vendido parao Unibanco) e no Bamerindus (comprado pelo HSBC).

Proes– Para prepararos bancosestaduais para a privatização, o governo aportou por meio do programa Proes outrosR$19,7bilhões eos bancos federais(Banco do Brasil e Caixa Econômica Fe-

deral) receberam do Tesouro Nacionalrecursos decapitalização de R$ 20,5 bilhões. Os recursospúblicos federais para assegurar a liquidez do sistema bancário com o corte da inflação atingiram 6,8%do ProdutoInterno Bruto, PIB, durante os oito anos do Plano Real. Ajuste – O ajuste a partir de1999reduziu onúmero debancos de 194 para181, sendoqueos privadosnacionais declinaramde108 em 1999 para 95; os bancos privados estrangeiros expandiram-se de 67para 70 eos bancos públicos federaise estaduaisdiminuíram de19para 16 por conta do programa de privatização das instituições estaduais.

Os atrasos de mais de 60 dias evoluíram de 11,23% em junho de 2001 para 12,7% em maio

Dados do Banco Central demonstram que a taxa de juro mensal para capital de giro dasempresasdeclinou de 6,40% aomêsnamédiade 1994 para 2,64% ao mês em maio de 2002. No mesmo período,osspreads parapessoasjurídicas declinaram de 48 84% para 24,90%. Os juros básicos de 18,50% ao ano estão longe, no entanto, de 1,75% ao ano nos Estados Unidos. As taxas elevadas fizeram com que a dívida pública líquida evoluísse de 33% doProduto Interno Bruto,PIB, em julho de 1994 para 56% atualmente.

Tarifas– Opresidente da consultoria ABM,Alberto Borges Matias,observa quea tendência é dos bancosbuscaremcobrir aperdainflacionáriapor meiodas receitas com tarifas. Por estimular as operações eletrônicas, o novo Sistema de Pagamentos Brasileiro,SPB,facilitará às instituições financeiras a cobrançade tarifaspelaprestação de serviços, diz Matias. Em 1994,asreceitas de prestação de serviços (tarifas bancárias)cobriam25% da folha de pagamentos dos bancos. Em dezembro de 2001, essepercentual chegou a75%, sendo que algumas instituições já cobrem a totalidadedo pagamento dos funcionários.

Custo cai – O economistachefe da Febraban, Roberto Troster,destaca que no período osspreads(diferença entreo custodecaptação eo cobrado dos tomadores de empréstimos) reduziram-se pela metade, o volume de crédito duplicou eaumentou também apopulação atendida. Ouso do auto-atendimento permitiu servir a maior númerodeclientes com menos funcionários.

Contas– Segundo dados da Febraban, onúmero de contas correntes saltou de 49,9 milhões em 1999 para 63,2 milhões em2001. Os spreads para operaçõescom pessoas físicasdeclinaram de 105,76% emjaneiro de1998 para 50,2% em maio de 2002, segundo levantamento do BBV Banco.

ABN Amro tem exposição de 9,2 bilhões

de euros em dívidas no País

O maior grupo financeiro holandês, oABN Amro,que no País controla oBanco Real, anunciouontemque temuma exposiçãoemdívidas de 9,2 bilhões de euros no Brasil, onde os mercados têm sofrido com os receios em tornode dificuldadesnopagamento da dívida do País e das incertezas querondam a eleição presidencial. O porta-voz dobanco, Jochem van derLaarschot, dis-

se em Amsterdã que o ABN Amro temcercade 4,1 bilhões de euros em títulos da dívida brasileira.E cerca de R$ 14bilhões (5,1bilhões de euros) em empréstimos concedidos no Brasil.

Protfólio saudável – Mas a direçãodo grupo financeiro holandêsafirmou queo seu portfóliode empréstimosé saudável e as perdas com créditos estão sob controle.

"O ABN Amro tem um ne-

góciosólidoe rentável no Brasil.Obviamente aperformance é afetada pela desaceleração da economia em todo o mundo, " afirmou o banco.

"Mas,nogeral,nós estamos confortáveis com a evolução das receitas e custos; o portfóliode empréstimosé saudável easperdas com empréstimosestão sobcontrole", divulgou o ABN Amro. (Reuters)

A dívida pública está concentrada 51,2% empapéis pós-fixados; 28,1% atrelados aodólar, 9,6%papéispré-fixados e o restante em outros títulos, segundo dados do BancoCentral de maiode 2002.

Baixo lucro – O presidente da AssociaçãoBrasileira de Bancos, Jorge Eduardo Prada Levy, dizque os oitoanos de Plano Realforam marcados pelaestabilidadee fimdahiperinflação. Segundo Levy, osbancosse adaptaram à reorganização da economia e tiveram "lucratividade baixa se comparada ao risco da inadimplência."

Dados doDepartamento dePesquisas Econômicasdo BBVBanco mostram que o índice de inadimplência (atrasos superiores a 60 dias) no sistema bancárioevoluiu de 11,23% do total da carteira em junho de 2001 para 12,7% em maio de 2002. (AE)

Taxa de juro alta deve assegurar um bom retorno

Senãohá unanimidade entre os economistas quanto à melhor política econômica, há um forte consenso de queos juros,pelo menos nos próximos dois anos, continuarão elevados.

Destaforma, se opoupador que está com seus recursos aplicados emtítulos públicos – como é o caso dos titulares de cotas de fundos de investimentos de renda fixa – desconsiderarahipótese de "calote"e mantiver suas aplicações pela taxa Selic, é possívelque com oganho realdos próximosdoisanos (descontada a inflação), ele possa comprar um outro apartamento, multiplicando oseupatrimônio porcinco em apenasdezanos.Sem precisar fazer muito esforço. O presidente da Associação Brasileira de Bancos, Jorge Eduardo Prada Levy, esperaqueo governoreduzaas taxasde juros e diminuaos impostos incidentes sobre a atividade financeira, para queosbancospossam ampliar as linhas de crédito. A relação docréditobancário emrelação aoPIB éde apenas 28%noBrasil,ante 139% nosEstadosUnidos; 102% naEspanhae 68%no Chile. (AE)

Submarino: prazo é tudo na Internet

Site chegou ao topo nas vendas virtuais oferecendo entregas rápidas e a variedade de uma loja de departamento

O Submarino, maior site de comércio eletrônico do Brasil,ocupou partedalacuna demercado deixadapelas lojas Mesbla, Mappin e Sears. Ao oferecer uma gama variada demercadorias, assimcomo uma loja de departamentos, passou a conquistar cerca de30 milnovosclientes acada mês.Aquantidade de mercadorias e a diminuição dosprazosde entregaestão tirando o site do vermelho. No primeiro semestre desteano,a loja virtualfaturou R$ 51 milhões, valor 16% acima do esperado. Aprevisão para osegundosemestreé atingir o ponto de equilíbrio financeiro,alcançando uma receita duas vezesmaior que nosprimeiros seis meses do ano, já que o período engloba o Natal. No ano passado, o faturamento da empresa alcançou R$ 103 milhões.

De acordo com o presidente do Submarino, Murilo Tavares,a rentabilidadedosite está diretamente relacionada à variedade de artigos. Quando iniciou as atividades, em 1999,o tíquetemédio de compras era de R$50. O site disponibilizava apenas livros, brinquedos e CDs.

Hoje esse valor subiu para R$ 180. A loja oferece mais de 20 mil títulos de CDs, 500 mil livros importados, 115 mil livrosnacionais, 750produtos deinformática,400 games, 300produtosdetelefonia e

cinco mil títulos em DVDs. Loj a – A loja virtual colecionarecordes quandocomparadacom lojasfísicas. Éo maior vendedorade impressoras HP, o maior vendedor de handhelds(computadores demão), decine/foto câmerasfotográficas digitais, de lunetase jogosvirtuais do Brasil. E disputa ainda com livrariasaliderança navenda de alguns títulos. Por nãoter gastoscom espaço físicoe transportede

Executivo pode

mercadorias nas lojas, o site concentraseus investimentos na variedade de produtos, estocagem em apenas um só local e entrega rápida. Uma rede de eletrodomésticos, porexemplo,trabalha comcercade 13modelosde TVs 29 polegadas.O Submarino dispõe de 29 modelos dessamesma especificação, todos com as informações detalhadas no site. Outro aspecto fundamentalque trouxe sucesso à loja

acompanhar andamento de RH pelo celular

A Apdata, de desenvolvimento de softwares de Gestãode RecursosHumanos e A dministração de Pessoal, estálançandoo seuSRHAntares3i Multitier Application, programa de gerenciamento de RH de tecnologia três camadas, compossibilidade de rodar as informações das empresas na Internet. Até então, os sistemas conhecidos como duas camadas, precisavam do suportedo Windows para a consulta dos dados fora do escritório. O projeto teve investimentosdeUS$2milhões. "Era uma tecnologiaatéentão pouco utilizada pelas empresas. Antes, a consulta e transmissãointegral dasinformações era feita com o suporte de uma linha telefônica particular, não atravésda Inter-

net,comcusto menornasligações", explica o presidente da Apdata, José Rocha. Segundo Rocha, as constantesmudanças demoedae as alterações nasleis trabalhistas, fizeram com que o País se especializasse na criaçãodesoftwaresde RH."As empresaseuropéias eamericanas trabalham com parâmetros menos flexíveis, sem necessidadede adaptação dossistemas comonoBrasil. É exatamente por isso que os concorrentes estrangeiros nãoconseguem se estabelecer aqui", afirma.

Celulares – Com o uso do software, os executivos podem acessar asinformações da própriaempresa dequalquer terminal do mundo, como o própriocelular, através da Internet sem fio.

O SRHAntares3i também ajuda a eliminar a quantidade depapéis circulandonaempresa. "Um formulário de solicitação de demissão já não precisa passar por vários departamentos atéa aprovação final, jáquetudoéfeitopor formulários eletrônicos eemails direcionados a todos os encarregados dessa decisão", explica Rocha.

O mesmovale paraprocedimentos aindamaissimples, como a alteração do endereço residencial deum funcionário nobanco dedadosda empresa.Outraferramenta do sistema é a atualização permanente dos parâmetros utilizados noRH, como mudançasnalegislação, por exemplo.

Isabela Barros

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virtual, segundo o presidente daempresa, éa agilidadenas entregas. Osite criouo SubmarinoAtômico, mecanismo de entregas rápidas na Grande São Paulo em menos de umdia."Ocomércioonlineéumatodefé", brinca Tavares. Ele explica que nesse tipo de compra, o consumidordá umvoto deconfiança àempresa enão tempaciência de esperar muitos dias para receber o produto.

O maior medo das compras virtuais, segundo ele, nãoestá nautilização docartão de crédito e sim no sucessoda operação."A desconfiança érompida àmedida que as pessoas compram e são bem atendidas", diz. Segundoa empresa,73% do faturamento total do site vem de gente que já comprou anteriormente. E a propaganda boca-a-boca éo que traz amaior partedos novos clientes. Neste ano, o Submarino estará investindo R$ 3 milhõesempropaganda na Internete norádio. Cercade 40%das vendassãomotivadas por açõesde marketing efetuadas via Web.

Pagamento – Ocartãode crédit oéaf orma depagamento maisutilizada pelos consumidores do site. Corresponde a 85% do total de compras efetuadas. O restantedas aquisições épago via boletobancárioecartões de débito automático.

NOTAS

Muitos e-mails para poucas compras

O usuárioamericano da Internet recebe pordia uma média de 200 e-mails contendo propagandade empresas. No Brasil,as mensagenseletrônicas com finspublicitários chegam a 30 nas caixas de correio dos navegantes mais assíduos. Consultores do segmento alertam as empresas que utilizam a ferramenta de marketing: oenvio excessivo de e-mails pode irritar o consumidor aoinvésdeatraí-lo para a compra do produto ou visita ao estabelecimento.

Semicondutores

têm venda 2,8%

maior em maio

Asvendas mundiaisdesemicondutores aumentaram 2,8% em maio. A comercialização de chipspara telefones celularese benseletrônicos compensou a queda registrada nas compras paramicroprocessadores de computadores pessoais.

Movimento – A cada mês são feitas cerca de 100 mil encomendaspor umpúblico seletodas classesA e B. "O Submarino é hoje a única loja dedepartamentos do País", afirma Tavares.Aempresa vende até cristais Svarowski. Com o apoioda GP Investimentos, ositeteveinvestimento inicial de US$ 14,5 milhõese aportedecapitalde US$ 71,3 milhões em 2000. "É bem menos do que constituir uma lojadedepartamentos física", diz o presidente.

Consumidor on-line prefere pagar pela comodidade

Oscompradoresdo site

Submarino têm o terceiro grau completo, idadeentre 24 e 44 anos e renda própria. Segundo levantamento feito pela empresa, todosos clientes possuem residência, carro e telefone celular próprios. São consumidores com alto poder aquisitivo, dispostos

apagar umpouco mais(preço do frete) pela comodidade decomprare receberosprodutossemsairdecasa. "Minha maioralegria foia venda de uma geladeira a um cliente quemorava em frente ao Shopping Pátio Higienópolis", conta Tavares.

"Imagine que era sóele atravessar a rua e encomendar o produto em uma loja de eletrodomésticos. Iachegar rápido e ele nem precisaria pagar frete", complementa. No último ano, mais de 700 mil pessoasfizeram compras peloSubmarino. Destetotal, 24% compraram nos últimos três meses. (TN)

Traição virtual vira moda em Londres

Entre 90 mil casais londrinos entrevistados por uma agência matrimonial chamada Relate, nove mil apontaram como uma das causas da separação a Internet. A maioria dosmaridos edas esposas que pararamdedaratenção ao cônjuge para navegar na redeestá na faixa dos 25 aos 35 anos. Eles são recém-casadosepassarama freqüentar sites de bate-papo e páginas com conteúdo sexual. AInternet foi a pontapé para os desentendimentos.

ivulgação

Quem quer vender software nos EUA?

A Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico realiza hoje,às14horas, umareunião que tem por objetivo incentivar empresáriosbrasileiros a exportar softwares. O encontro, queocorre noAuditório do Centro Britânico, no bairrode Pinheiros,épreparatório para a viagem de uma missão comercial do segmento aos Estados Unidos, entre os dias23e 28desetembro. Maiores informações podem ser obtidasatravés dotelefone (11) 3026 9112.

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AAssociação daIndústria deSemicondutores (SIA), organização sediada nos Estados Unidos,anunciou que as vendasmundiais desemicondutores crescerampara US$ 11,37 bilhões. Em abril, a comercialização foimenor, com US$ 11,07 bilhões.

Comparadas a maio do ano passado, porém, as vendas caíram 10,5%,já que foram registradosUS$ 12,71 bilhões. A indústria mundial de semicondutores começa a emergir apósdoisanosde queda nas vendas. (Reuters)

Caixa – A BPSolutions está começando a comercializar uma caixa registradora para pequenos estabelecimentos.

A A MR 800, da Elgin, foi fabricadapara quem trabalha com até 800 itens. A caixa re-

gistradora tem formato compacto e custa R$ 1.400. O produto pode ser configurado de acordo com o porte da loja ou supermercado. A BPSolutions é distribuidorade itens para a automação comercial.

Tavares: o site ocupou o espaço deixado pelas lojas de departamento
Paulo Pampolin/Digna Imagem
D
Rua Amaral, 49 – Vila Mariana – São Paulo – SP

Instabilidade volta e dólar

bate novo

Depois da breve trégua dos últimos dias de junho, o nerv osismo voltouao mercado financeiro já noprimeiro dia do iníciodo segundosemestre. Rumores a respeito do crescimento da oposição na corridaeleitoral eo maudesempenho da Bolsade Nova York fizeramo dólarsubir, a bolsa caire osindicadores de risco do Brasil piorarem.

Dólar em R$ 2,90 – No aniversáriodeoito anosdoPlanoReal, odólar comercial chegou a sernegociado a R$ 2,90efechoumaisuma vez emcotaçõesrecordes.A moeda americana encerrou os negócios valendo R$ 2,894 para compra e a R$ 2,896 para v enda, com valorização de 2,70% sobre o fechamento de sexta-feira.

O aumento da procura por dólares num mercadosem vendedoresdeterminou aalta da moeda ontem. Circulam no mercado informações sobre pesquisas eleitorais encomendadas porempresas que não devemser divulgadas, oque aumenta as espe-

recorde: R$ 2,896

culações sobreograudo avanço dos candidatos da oposição na corrida presidencial.

Leilãofracassa – O Banco Central, BC, mais uma vez foi mal-sucedido na tentativa de barraraaltado dólarpor meiode leilão.Aautoridade monetária vendeu no mercadoUS$300milhões com compromisso de recompra, mas aintervenção nãoimpediu queo dólar atingisse R$ 2,90 ontem. Os indicadores de risco acompanharam o comportamento do mercado de câmbio. A taxa de risco do Brasil calculada pelo banco americano JP Morgan,estavaem 1.610 pontos-base no horário do fechamento dos mercados no Brasil, com elevação de 5,09%.

OC-Bond, principaltítulo da dívida externa brasileira, tinhaqueda de3,35% por volta das 19 horas, negociado a 61,37% do valor de face. Bolsa cai 2,21% – Na Bolsa de Valores de São Paulo, Bovespa, o destaque do dia foi o

baixo volume de negócios. O giro financeirosomou apenasR$ 360,5milhões.Quando os negócios movimentam menosde R$400milhões diários fica difícil para a bolsa pagar as despesas operacionais do pregão.

A cautela dos investidores diante do quadro eleitoral indefinido ea proximidadedo feriado de 4 de julho nos EUA contribuírampara enxugara liquidez na Bovespa. Depois de doisdias dealta,a bolsa paulista inverteu a tendência e encerrou a segunda-feira com queda de2,21%e Ibovespa em 10.892 pontos.

Embratel – As ações da Embratel recuperaram parte da expressiva queda da semana passada – em função do escândalo da sua controladora, aWorldCom– efecharam comasmaioresaltas dodia: 23,4% devalorização paraas PN e 14,8% para as ON.

TelemarPN,a ação mais negociada, caiu 3,88%. A maior baixa do Ibovespa foi Telesp Celular Participações PN (-13,6%). Os papéis caí-

Londres e Paris não apontam uma tendência

A Bolsa de Londres fechou em alta de 29,4 pontos (0,63%), em 4.685,8 pontos, liderada pelas ações do setor de mídia. Segundo o analista JohnClarke, daBrewinDolphin Securities, as açõesde mídiarecuperaram terreno depois das fortesquedas do fim da semana passada. NaBolsade Paris,oíndice CAC-40 fechou em queda de 0,62ponto (0,02%),em 3.897,37 pontos, em razão da queda das ações do setor farmacêutico.As ações da Aventis caíram 4,1%.

Os papéisda FranceTelecom subiram2,4%, em reação ainformes deque ogoverno francês estuda recomprar os 44% que não controla da empresa. (AE)

rampor causada decisãoda empresa de aumentar o capital em R$ 2,5 bilhões.

Rejane Aguiar

Nasdaq cai mais de 4% após a WorldCom despencar quase 93%

Os principais índices da Bolsa de Nova York fecharam com forte baixa ontem. O Nasdaq atingiu opior patamar desde 10 de junho de 1997. Ostemores relativosàs práticas contabéis de grandes companhias ganharam ainda mais força depois danotícia de quea WorldComserá incapaz de honrar bilhões de dólares em dívidas.

As açõesdaempresa,que serão retiradasdabolsaeletrônicaNasdaq, caíramquase 93% (92,77%).

O índice Nasdaqdespencou 4,06%,para 1.403 pontos. ODow Jonesteve queda de 1,44%.

Preocupações – Preocupaçõesenvolvendoa credibilidadecontábile os lucros de grandes empresas, além de renovados temoresquanto à segurança internanos Estados Unidos, tiraram os investidores do mercado,em uma semanamais curtadevidoao feriado da Independência dos EUA amanhã.

"Isto é ummercado deprimido",afirmou ochefe de operações da CIBC World Markets, Dan McMahon.

A WorldCom anunciou ontem que foi declaradainsolventeemmais de US$4 bilhões devidos acredores e que sairá do mercado acionário do índice Nasdaq, da Bolsa de Nova York. Revisão – A segunda maior operadora detelefonia de longa distância dosEstados Unidos, que controla a brasileira Embratel, foi acusada de fraude pela comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos (conhecida como Sec, na sigla em inglês). A empresa informou ainda que seucomitêdeauditoria está revisandoos registrosfinanceiros de 1999 até 2001. Acobertamento – A Sec acusou aWorldCom deacobertar até US$ 1,22 bilhão em prejuízos,ao colocarindevidamente no balanço cerca de US$ 3,9 bilhõesem despesas de quatro trimestres, a partir de 2001. Nasexta-feira estourou outro escândalo, desta vez envolvendo a Xerox, que teve de refazer os resultados de cinco anos, a fim de reclassificar mais de US$ 6bilhões em receita. (Reuters/AE)

Comércio tem mais negócios a vista

As intenções de compras a prazo, porém, voltaram a cair frente a 2001, segundo levantamento da Associação Comercial

Junho foi um mês positivo para os negócios a vista no comércio paulistano. É o que mostra pesquisadivulgada ontempela Associação Comercial de São Paulo. No mês,o númerode consultas ao UseCheque, serviço da entidadeque funcionacomo um indicador de vendas a vista, aumentou6,6%frentea junho de 2001.Em relação a maio deste ano,houve pequena queda de 0,1%.

As compras aprazo, porém, continuam prejudicadas. As consultas ao Serviço Central deProteção ao Crédito (SCPC), outro serviço da Associação que sinaliza as intenções de negócios parcelados, diminuíram 0,6% ante 2001 e 6,6% na comparação com maio deste ano.

O presidente da Associação Comercial,Alencar Burti, destacouque osresultados são"razoáveis"."Se,por um lado,a CopadoMundo be-

neficiou a venda de alguns produtos,poroutro,a falta de frio durante parte do mês e aturbulênciada economia prejudicaramo movimento do comércio", analisou.

Inadimplência – Onúmero de registros de maus pagadores recebidos pelo SCPC em junho aumentou 11,8% frente aomesmo mêsdo ano passado. Mas a alta foi compensadapelo cancelamento de 20,9%dos registrosem igualintervalo.Com isso,a inadimplência líquidase mantevepraticamente estável, disse Burti.

O presidente da Associação salientou,no entanto, que o número de registros continua elevado – em junho, chegou a 323 mil. "É um patamar alta,mas nãoexplosivo", ponderou.

A quantidade defalências requeridas também subiu entre osmeses de junhode 2001 e deste ano. A alta foi de

25%. Segundo Burti, o crescimento comprova a tendência observada ao longo do semestre, "o quejustifica alguma preocupação com relação à capacidade de as empresas continuarem cumprindo seus compromissos em dia com as atuais dificuldades de

crédito e juros elevados". Co mp ul só rio – Na opinião do empresário, "aampliaçãodametade inflação por partedo Banco Central deverápermitirqueo Copom (Comitê de Política Monetária) possa reduzir rapidamente a taxade jurosva-

lendo-se do viésde baixa estabelecido em sua última reunião".Ele ressaltou, contudo, que isso não deve ser suficiente para permitira expansão da economia, devido à elevação dos compulsórios dos bancos. "É preciso que,tão logo as

condições do mercado permitam,oBC reduzaoscompulsórios, não repetindo o que ocorreuno passado, quando houve a elevação dos depósitos durante um período de crise e depois não se fez aredução quandoasituação melhorou", concluiu.

Balanço dos últimos 8 anos é positivo

O grande méritodo Plano Real foi restaurar a credibilidade da moedabrasileira. Isso deu condições de planejamento aos empresários e permitiu que o consumidor passasse a exercer sua cidadania, comparando preços e conhecendo o valor dos bens. A avaliação foifeita pelopresidente da Associação Comercial de São Paulo,Alencar Burti. "Com a estabilização, os mecanismos de crédito, que haviam sido destruídos pela inflação, voltaram a fun-

Real trouxe estabilidade, mas comprometeu crescimento

O setor empresarial aprova muitos dos ganhos conseguidoscom aestabilidadeno

Plano Real, mascritica duramente o parco crescimento da economia, principalmente em2001 e nesteano, provocado pela ênfasedada pelo governo à manutenção da estabilidademonetária eao controle da inflação,em detrimento de ações que acelerem aatividadeeconômica.

Em 2001, oProduto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,51% e, neste ano, deverá ficar na casa de 2%, segundoestimao Banco Central.

Um dos empresários mais críticos emrelação aocrescimento da economia é Mario Bernardini, diretor da Fiesp.Para ele, o que se conseguiu com o PlanoReal foiumaestabilidade depreços,nãodaeconomia. SegundoBernardini, essaestabilidade tambémestá "ancorada em terrenos duvidosos, não éde longo prazo". "Se oatual modelo econômico não for rapidamente modificado, até mesmo neste governo, nãoserámaisuma questão de se o Brasil quebraráou não,mas umaquestão de quando quebrará".

Para empresários, houve muita ênfase no controle da inflação, com prejuízo para a expansão do PIB

que a estabilidade monetária do País émantidaporjuros altose aumentoda cargatributária, o que, no futuro, disse ele, "cobrará seupreço". "Temos de mudar nossa políticafiscal, diminuirosgastos do governo, rever a previdência social. Os famosos fundamentos (da estabilidade) não existem,é conversaparaboi dormir. A estabilidade no País écaríssima", criticaBernardini. Paraele, aprioridadeé mudaro modeloeconômico, atacando de frente os problemas fiscais e de vulnerabilidade externa,com aumento das exportações e substituição competitiva de importações. O presidente da Associação Brasileira da Indústria Plástica (Abiplast), MerhegCachum, concorda. Eleafirmaque oatualgoverno perdeuótimasoportunidades para fazerasreformas estruturais necessáriaspara garantir a sustentabilidade do crescimento.

"Hoje,torçopara queo próximo presidente, seja ele quem for, arregace as mangas logonoinícioe promovaas reformas.A estabilidade da moeda é boa, mas a conta disso foi muito alta".

C om pe ti ti vi da de – Já o presidente da Associação Brasileirada Indústriado Vestuário (Abravest), Roberto Chadad, creditaà estabilizaçãodamoeda, oitoanos atrás, e àabertura do mercado interno às importações, há dez anos, os ganhos de competitividade do setor têxtil e, principalmente,dosetor do vestuário. "Éramos muito atrasados, com máquinas velhas, ea matéria-prima era extremamente cara. A estabilidadee aabertura nosobrigaram a investir nas empresas e a nos tornarmos competitivos. Muitos quebraram pelo caminho, mas hoje podemos competir comeuropeus e americanos". (AE)

cionar e o crediário possibilitou àscamadas demenor renda teracessoaos bens de maior valor".

Burti lembrouque,nos primeiros três anos do real, as vendas do varejo aumentaram, alavancadas pelo crescimento do emprego e da renda e pela expansão do crédito.

Queda – A partir do segundosemestre de1997,noentanto, as sucessivascrises externase internas acabaram provocando a elevação brutal dos juros e dos impostos, in-

terrompendoa trajetória de crescimento daeconomia, que passou a viver momentos alternados de expansão e retração. Isso,segundo opresidente daAssociação, fezcom que o resultado do Plano Real do ponto de vista de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – que ficou em média de 2% ao ano no período – fosse medíocre, pouco acima do crescimento da população.

De toda forma,para o empresário, somados os custos e os benefícios do Plano o saldo

líquido é positivo. "O real nos livrou da hiperinflação, modernizou aeconomia ecriou condições para o desenvolvimento".

"Infelizmente", disse Burti, "faltou a conclusão das reformas e o preço pago pela sociedade brasileira, principalmente pelas micro, pequenas e média empresas, foi extremamente elevado, deixando um passivo acumulado de desempregoepobreza, que precisa ser urgentemente resgatado".

Desemprego sobe e renda cai no governo FHC, avalia Dieese

Umdospontos negativos da política econômica do Real em seus oito anos foio baixo crescimento do País e seu impacto negativo sobre o emprego,avaliao diretortécnicodo Dieese, Sérgio Mendonça. Ele ressalta que o grande indicador positivo do Realfoia estabilizaçãodainflação. Mas afirma que a estabilidade se deu "à custa de muitos sacrifícios,principalmenteda partedotrabalhador,cuja contribuiçãoparaa consolidação doprocesso foi a perda do emprego".

Mendonça afirma que o PlanoReal não conseguiu promover crescimento suficiente para a geração dos postosde trabalho compatíveis

com a evolução da População Economicamente Ativa (PEA). De acordo com o diretor doDieese, oBrasil precisaria gerar cerca 1,5 milhão de novospostosde trabalho por anopara atenderàs pessoas que chegam para disputarumavaga nomercadode trabalho ereduzir o estoque de desempregados. Para isso, o PIB teria de crescer acima de 4% ao ano. Em 2000, diz o diretor do Dieese, quando o PIB cresceu4,3%, ataxade desemprego emSão Paulo caiu de 19,3%, em 1999, para 17,6%, em 2000. Renda também caiu –Além dodesemprego, aestabilidade conseguida pelo Plano Realacabou afetando os

BOLSA ELETRÔNICA DE COMPRAS

rendimentos daqueles que conseguirammanter seus empregos. Segundo dados do Dieese, entre1995 e 2001, a renda na região metropolitanade SãoPaulo caiu21,9%. Para os trabalhadores com carteira assinada a redução da renda foi de 14%. Mendonçadizainda que hoje, ao contrário de 1994, quando Fernando Henrique se elegeu defendendo abandeira daestabilização, nenhum tema poderá ser tratado "monotematicamente". "Oleque seabriu. Aestabilidade deverá continuar sendo defendida pelos candidatos, mas terá de ser acompanhada de outros debates, inclusive sobre o desemprego". (AE)

Encontram-se abertas na Bolsa Eletrônica de Compras, do Governo do Estado de São Paulo, as seguintes Ofertas de Compras: Dispensa de LicitaçãoInicioCidadeNatureza da Despesa

090165000012002OC0000110/7/2002FRANCO DA ROCHAGENEROS ALIMENTICIOS

180112000012002OC0004610/7/2002PRESIDENTE PRUDENTEMAT.DE ESCRIT.PAPEIS EM GERAL E IMPRESSOS

180112000012002OC0004710/7/2002PRESIDENTE PRUDENTE/SPOUTROS MATERIAIS DE CONSUMO

090134000012002OC0003010/7/2002SÃO JOSE DOS CAMPOEQUIPAMENTOS PARA INFORMATICA

400031000012002OC0000310/7/2002SAO PAULOOUTROS MATERIAIS DE CONSUMO Co nv i teInicioCi d a d eNatureza da Despesa

090128000012002OC000363/7/2002AMERICO BRASILIENSEMAT.EDUCATIVO, ESPORTIVO E CULTURAL

090128000012002OC000393/7/2002AMERICO BRASILIENSE SP.SUPRIMENTO DE INFORMATICA

090128000012002OC000373/7/2002AMERICO BRASILIENSE SP.MAT.DE ESCRIT.PAPEIS EM GERAL E IMPRESSOS

090123000012002OC000133/7/2002ARARAQURA - SP.GENEROS ALIMENTICIOS

090115000012002OC001023/7/2002BAURU - SPGENEROS ALIMENTICIOS

090182000012002OC000213/7/2002BAURU - SPSUPRIMENTO DE INFORMATICA

090182000012002OC000283/7/2002BAURU - SPMAT.DE ESCRIT.PAPEIS EM GERAL E IMPRESSOS

090182000012002OC000263/7/2002BAURU - SPSUPRIMENTO DE INFORMATICA 090182000012002OC000293/7/2002BAU

O diretor da Fiesp afirma

Quando o e-commerce vale a pena

Não adianta criar um portal para o comércio eletrônico se o público consumidor da empresa não é usuário da Internet

Não basta criar umsite e enviaralguns e-mailsdivulgando a novidade para os principais clientes.A decisão deinvestirno comércio eletrônico envolvemuitosoutros cuidados dos empreendedores deprimeira viagem, como a adequação do serviço oferecido ao perfil dos consumidores ou a logística que exigea comercializaçãode produtos pela Internet.

Na opinião dos consultores eespecialistas, aregranúmero um é reunir todas as informações necessáriasantes de partir para o e-commerce, levando em conta a necessidade de manutenção do serviço depois de colocado no ar.

"A primeirapergunta aser feitaé seo público alvoda empresacostumausar aInternet parafazer compras, atitude atualmente concentrada entreos consumidores das classes A eB", explica o consultorde informática do Serviço deApoioàsMicroe PequenasEmpresas deSão Paulo (Sebrae-São Paulo), Egnaldo Paulino.

De acordo comPaulino, o investimento no comércio eletrônico pede um planejamento para todas as etapas do negócio."Não adiantaoferecer toda a logística do mundo se naverdade osconsumidoresserão atendidoscomrestrições", afirma o consultor.

Venda de PCs ultrapassa um bilhão de unidades

Desde oadvento do Altair 8800, em 1975,considerado por muitoso primeirocomputador pessoalpara utilização comercial, jáforam vendidos um bilhão de computadores (PCs) no mundo.

A maior parte da comercializaçãoestá concentrada em países desenvolvidos. Os computadores ainda são artigo deluxo nasnações emdesenvolvimento. Os dados, do Gartner Institute e referentes ao volume de PCs vendidos atéabril, mostramque omicrocomputador vem servindo, sobretudo, ao mercado corporativo.

Nos últimos 27 anos, nada menos que 750 milhões de computadores foram vendi-

dos a empresas. Os outros 25% foram destinadosa uso doméstico.Os modelosmais vendidos, conforme o Gartner,foram osdesktops,com 81,5% da comercialização, seguidos de longe pelos notebooks, com 16,4%,e pelos servidores, com 2,1%.

Grande parte dos PCs ficou em paísesdesenvolvidos: 38,8% nosEUA, 25%na Europae 11,7%na regiãoÁsiaPacífico.NoBrasil, segundo pesquisa divulgada pela FundaçãoGetúlio Vargas,abase instalada de PCs, somados os deuso domésticoecorporativo,erade15milhões até março, 1,5% do total comercializado mundialmenteem 27 anos de história. (AE)

BNDES vai fazer licitação eletrônica de compras

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômicoe

Social (BNDES) realizará, no próximodia 9,sua primeira licitaçãopelo sistemaeletrônico de compras do Governo Federal. O novopregão terá como meta agilizar os trabalhos de compra e reduziros custosoperacionaispara os órgãos daadministração pública com a operação.

O sistema envolve também osfornecedores, alémdegarantir maior transparência nas negociações,ampliando as oportunidadesdenegócios para mais empresas. A licitação englobaa comprade

Destino – Paulino relatao caso deuma pequena empresa que,em seubraço de comércio eletrônico, chegou a confundiruma rua chamada Rio Branco, numa cidadedo interior paulista, coma capital doAcre, que possui o mesmo nome. "O pedidoera um produto perecível, que precisavachegar ao Acre deum dia para o outro", diz o consultor. Outro ponto básico para levar adiante um projetode ecommerce é a necessidade de atualização constante do serviço."É comoavitrine daloja: sempretemquetercoisa nova", afirma ovice-presidente daBalance Consulting e coordenador do curso de EBusiness à distância do Senac

São Paulo,José CláudioTerra.

De acordocomTerra,é possível aproveitarainfraestruturado comércio eletrônicoparaoutros serviços da empresa. "O setor de relacionamentocom o cliente, por exemplo, pode ser feito através dosite, reduzindoos custos com o atendimento por telefone", afirma. Testes –O teste dosite antesde colocá-lonoar ajudaa evitar gafes operacionais de todos os tipos. "Estava testandoo site de umaempresa quando descobri que um dos links levava a um site de pornografia, oquepode ter acontecido por falhana confecçãoda página.Outrosite, deuma pousada,tinhatodos os links trocados. O cliente clicava nabarra das fotos da região evia os quartosà disposição nolocal, por exemplo", diz Paulino, do Sebrae. Prometer prazos enão cumprirtambém significa prejudicara imagemdaempresa diante do consumidor. Nomes - O nomedosite

que vaivender os produtos não precisasernecessariamente igual ao da empresa. A Sem Limites Gravações, especializada na confecçãode placas de homenagens, optou por usaro próprionome dos produtos (www.placasdehomenagem.com.br) como forma deacesso aosite. "Fica muito mais fácil quando o consumidor procura pelo nome doproduto ouserviço oferecido, sem dúvidas quanto à atividade da empresa", explica Paulino. Hoje, a média de custo para elaborarumsite ecomeçara atuar no comércio eletrônico varia entre R$ 1 mil e R$ 3 mil, no caso das pequenas e médiasempresas. "É possível pensar em gastos que ficam entre R$ 100 e R$ 150 por página do site", diz Paulino. Outradica recomendadaé o cuidado com a empresa que vaihospedar o site. "Muitos serviços de hospedagem gratuitanão deixama páginano ar o tempo todo, além da falta de critérios quanto à concorrência entre ossites do mes-

mo setor", diz Paulino. Parceiros – A realização de parcerias com distribuidores e fornecedorespode ajudara reduzir custos com comércio eletrônico. "Em troca deve-se incluir informações referentesaos parceirosno site",explica Paulino. Além de colocar em prática medidas como o envio de emails divulgando o site,os empreendedores precisam reforçar os contatos que possam gerar mais negócios para o serviço. "Nãodá para fazer divulgação semlevar cartões no bolsoou nabolsa",diz Paulino.

onde encontrar

Senac São Paulo – O Senac possui cursos de informática, comércio eletrônico e também de construção de sites. Pelo telefone 08008832000 podem ser obtidas informações. Sebrae São Paulo - O Sebrae oferece

Correios criam Shopping Virtual

AEmpresaBrasileira de Correiose Telégrafos (ECT) estáentrando naeradocomércio eletrônico. A empresa apresenta hoje em São Paulo, naCâmara BrasileiradeComércio Eletrônico, o seu primeiro Shopping Virtual.

O portal deve fornecer às empresasvarejistas, principalmente demédio epequeno porte,infra-estrutura para atuar no e-commerce e vender emmunicípios onde não possuem filiais.

O investimentototal foide R$18milhões.Emtorno de 900 lojas virtuais devem se associaràECTe oferecer seus produtosnum endereçoeletrônicocriadopelos Correios. Osclientespotenciais serão osbrasileiros queutilizam os terminaisdeacesso público à Internet espalhadospor 5.960agênciasdos Correios no Brasil.

ping Virtual poderão ser pagasem qualqueragênciados Correios no momentode retirada da mercadoria.

quatro arquivosdeslizantes, com montagem e instalação. As propostas começarão a ser recebidas às 11h do próximo dia8 dejulho. Oacordo de cooperação técnicapara a licitação foiassinadopelo BNDES como Ministériodo Planejamento, em março deste ano, disponibilizando o Sistemade Divulgação Eletrônicade Compras(SIDEC), Sistema de Registro de Preços (SIREP), Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores(SICAF) e também o Sistema Integrado de Administração Pública (SIASG). (Agência Sebrae)

Oobjetivo éaproveitara estruturadosquiosques de Internet gratuitaparaimplantar oShoppingVirtual. Ele será umportal dentro do siteda ECT.Asentregasdas lojas associadasao site serão feitaspelosCorreios. Um usuário adquireum CD,por exemplo, e a ECT se encarrega de recebero pagamento e entregar o produto na sua residência. O endereço eletrônico ainda não foi criado. Pagamento – Com esta estrutura, todaa redevarejista poderáoferecer produtose teráà disposiçãoopçõesde pagamento que nãoexigem docomprador contabancáriaou cartão decrédito. As compras efetuadas no Shop-

Aassessoriado órgãogovernamental não divulga que redesvarejistas participarão do empreendimento pois as negociações aindaestão em andamento eos contratos não estão assinados.

A ECT investiu R$ 18 milhões para criar o Shopping Virtual, que terá produtos de 900 empresas

A expectativa é atrair lojistas que pretendem expandir seusnegócios aum baixo custo.As empresas oferecerãoseusprodutos com agarantia de que os Correios seencarregarão deentregar as encomendas emqualquer cidadedoterritório nacional.

Parceria – Deacordocom as informações da assessoria de imprensa da ECT,foram

Os melhores preços em cartuchos originais p/ impressoras laser e jato de tinta.

selecionados como parceiros para desenvolver o projeto um consórcioconstituído pelasempresas TBAInformática Ltda, Brasil Online Ltda, Embratel, Paradigma Tecnologiae OrientaçãoLtda e Universo Online Ltda. A ParadigmaTecnologia concorreu com outras empresas e participoude licitação. Ela será responsável pela tecnologia utilizada no Shopping Virtual. A empresa, especializada nos segmentos Business To Business (B2B) e Business ToGovernment (B2G), desenvolveu especialmente parao projetoo software WBC Mall. Ele será a solução adotadapara suportaro novoShoppingVirtual dos Correios, segundo o seu

presidentede conselho,Gerson Schimitt. Parao executivo,o novo empreendimento tem três vantagens: a tecnologia mundialutilizada,a extensãodo projeto, que cobrirá todo o território nacional, e o público potencialde milhões de brasileiros que freqüentam as agências dos Correios diariamente. "Avantagem competitiva está na logística que já existe e o grande público diário", conclui.

In tern et – Os Correios já vêm cumprindopapel dedifusores daInternet. Tanto que a ECT oferece acesso gratuitoeserviçodee-mail nas agências.O próximoplano da empresaéimplantar250 terminais com teclado e sinalização emBrailleparadeficientes visuais.

Isabela Barros
cursos na área e orientações com consultores do Balcão de Negócios da instituição. Informações pelo telefone 0800780202.
Paula Cunha
Depois do acesso gratuito à Internet, os Correios passam a oferecer espaço num Shopping Virtual para empresas

Software livre pode ser

solução para diminuir

custos com informática

Egnaldo Paulino

E xiste atualmente uma intensa campanhana mídia brasileira contraa pirataria desoftware. Apósparticipardo Fórum Internacional de Software Livre em Porta Alegre, no Rio Grande do Sul, eu pude verificar as várias soluções baseadasem software livre, ou seja arquitetura aberta, que estavam sendo apresentadas naspalestrase estandes dealgumas empresas presentes no evento. Essas soluções poderiam ser utilizadas pelas empresas de um modo geral, diminuindo a pirataria no Brasil. A perguntaque eufaço épor que nãoutilizam tais soluções, substituindo as soluções desoftware proprietárias? Essaatitude, comcerteza,diminuiria onúmero da piratariadeaplicativos no Brasil.

Soluções – Pois bem. Então vamosfazer umapequena reflexão, para podermos fechar uma conclusão sobre o assunto.Sabemos que os softwares mais pirateados sãoossistemas operacionais e os suítes, pontos em escritórios. Comoo preço é elevado, as empresas compram apenas umsistema e copiam os outros paraos outros computadores. Em minhas palestras econsultorias, constantemente, observo que os empresários e até mesmo as instituições queixamse dos preços das licenças para utilizaçãodossoftwares proprietários. Eles dizem que oproduto temcusto altoe que não teriam como arcar com esseinvestimento.Então, acredito que uma forma de resolver o problema seria a implantação das soluções baseadas emsoftware livre.No caso dos pequenos empresários, essassoluçõesatenderiammuito bem,uma fatia muito grande do mercado. Livre não é gratuito– Agora, temos que deixar claro que softwarelivre nãosignificaexatamente grátis.Existe o custo da instalação, do treinamento,da compatibilidadee dosuporte, emboraque

menores devem ser considerados.Estes talvezsejam os grandesmotivos pelos quais as empresasnão investemna aquisição de software livre. Uma empresanão precisa eliminar liberdades como a de executar osoftwarepara qualquerusoou adeestudar o funcionamento de um programa e adaptá-lo às necessidades dascompanhias para ter lucro.

No mercado, a instalação e o treinamento, na maioria das vezes, têm de ser feitas por algum especialista. Mas onde encontrá-los? Esses profissionais são muito escassos no mercado.

No Fórum, pude observar algumas iniciativas através de universidades para resolver esse problema. Acompatibilidade com as soluções proprietáriastambém é considerada como um problema,mas possosalientarque para amaioriadas empresas quenecessitam destas soluções, esses problemas não ocorrem. Um exemplo dessesproblemasé com relação ao idioma português de Portugal cuja versão para o Português falado noBrasil já existe.

Aplicativos livres têm vantagens para empresas que precisam adequar os programas ao negócio

Com relação ao suportetécnico,existem várias versões diferentes nomercado mundial, provocando muitas i nc o mp a ti b il idades. Mas, acredito que esse problema está chegando ao fim.Asgrandes companhias envolvidas no desenvolvimento destas soluções estão seunindopara criarumapadronização para o serviço. Mas nem tudo é maravilha, pois ainda faltam soluções de automação egestão denegócios que usam software livre. Acredito que, com a padronização, essas empresas venham a criar novas ferramentas de desenvolvimento para o mercado bem como fomentar acriação dessestipos de aplicação.

Egnaldo Paulino é consultor do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) de São Paulo

Nobel anuncia em piso para atrair consumidores

Anúncios em pisos. Os clientes da rede de livraria Nobel,deSão Paulo,vãopisar nas campanhas publicitárias.A Nobelfirmouuma parceriacom aRDSInstoremídia, empresa especializada emem anúncios empisos e tetos de lojas. Os adesivosjásãoutilizados por supermercados,hipermercados, shoppings, drogarias, lojas dedepartamentoemega storesjuntoà gôndola ou prateleira que expõe os produtos.

SegundoAndré Ranschburg, diretor daRDS, a idéia principal dos adesivos é buscar parceriascorporativas para promover, dentro de to-

Cliente oculto é usado para medir a eficiência da loja

Promoções, açõesde marketing,ambiente agradável. Tudo feito para agradar o cliente. Mas como saber se ele realmente estásatisfeito com os produtos e serviços da loja. "Medir a satisfação do consumidor é importantepara saberqualação émaiseficiente", afirma a consultora Márcia Oller, diretora da MK5 do Brasil, de São Paulo.

Uma dasferramentas para saber se o cliente gosta da forma que é atendido é o consumidor oculto. Uma pessoa disfarçada de comprador vai até a loja compra um produto e depois volta para trocá-lo apontando um problema ou, simplesmente, dizendo que mudou deidéiaequer levar outra coisa.

O cliente oculto pode ser interpretado por amigos do lojista oufeito poruma consultoria. Quando realizado

por empresasespecializadas, osdados sãotabulados eé possível identificar melhor as falhas do atendimento.

A MK5 cobra cerca deR$ 200 para fazer o teste do consumidor oculto numa loja. Quanto mais unidades,menor o preço do serviço.

"Avantagemdo cliente oculto é ofator surpresa. Os vendedoresvão atendê-lodo mesmo modo que atenderiam um consumidor comum", afirma Márcia.

Pesquisa – As pesquisas comos clientestambémpodem ser úteis para testar a eficiência da loja. Os micro e pequenos empresários podem formular testescom poucas perguntas, cinco porexemplo,sobre umaação demarketing ou sobre o atendimento dos vendedores.

O questionário deve ser direto. Se a intenção for saber o

Jundiaí tem primeira incubadora de negócios

A cidade de Jundiaí, interior deSãoPaulo, com 323 mil habitantes ea oitava economia do Estado de São Paulo, conta agoracom uma importanteferramenta parao desenvolvimento das micro e pequenas empresas da cidade, aIncubadora deJundiaí. Incubadora éolocal, geralmente em universidades ou instituições tecnológicas, ondeumanova empresatem apoio técnico e gerencial para desenvolver produtos e serviços. Depoisdecercade três anos essa empresaestá pronta para o sucesso.

O projeto irá, inicialmente, abrigar sete empresas dos mais variados setores como ferramentaria, confecção, calçados, equipamentos para tratamento de água e minimetalúrgica. A incubadora teráainda espaço para mais 11 empresas, que podem se inscrever a partir de hoje, no escritório regionaldo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) em Jundiaí, naprefeitura ou naCiesp(Confederação das Indústrias do Estado de São Paulo).

das as lojas da rede Nobel, marcas e produtos. "Dessa forma estamos procurando agregar novos serviçose valoresem nossarede", diz José Nivaldo Gomes Cordeiro,diretorde operações da Rede Nobel. Os parceiros do projeto serão as empresas que vendem serviços e produtos e possuem alguma sinergia com livraria. "Podemospromover diversosprodutos eserviços, tais como, editoras de livros e revistas, alimentos, como café e chocolare serviços financeiros – cartões de crédito, seguros, financiamentos, serviçosdetelefonia –celulares", afirma Cordeiro. (CM)

dentro de uma incubadora, a empresa tem 80% de chances de sobreviver no primeiro ano de vida”, diz Telma. Trinta proprietários de micro e pequenas empresas se inscreveram paraparticipar desse projeto. Eles participaramde umcurso paraaelaboração de um plano de negócios, quesito essencial para a seleção das empresas.

Curso – O curso começou em abril e abordou temas como gerenciamento de produtos, colocaçãonomercadoe todos osaspectos queenvolvemgerenciamento deuma empresa – fluxo de caixa, controle de estoque, marketing, entre outros.

A incubadora vai ter espaço para 18 empresas, sete já foram escolhidas, entre elas uma mini-metalúrgica

"O trabalho individual é insuficiente para acabar com os problemas econômicos pelos quais o mundo está passando. Temosque trabalharem conjunto e as incubadoras de empresas são um bom exemplo dessa forma de trabalho, que traz bons resultados para o município", diz o superintendentedo Sebrae em São Paulo, José Luiz Ricca.

“Estamos lutandopor isso há cinco anos”,conta Telma Giassetti, empresária conselheiradoCiesp emJundiaíe coordenadora adjunta do GJEJ (Grupo deJovensEmpresáriosde Jundiaí), para quem as incubadoras são um grande estímulo aosnovos empreendimentos.“Já está provado que quandonasce

resultado de uma campanha de marketing, deve-seperguntarseo clientegostou,o quechamou aatençãodele, se ele comprou o produto por causa da campanha, se ele acha que a loja deve fazer mais ações desse tipo.

Quandoo assunto éatendimento, as perguntas tambémdevem serdiretas.Mas, antes de questionar, o empreendedor temde estarpreparado para uma mudança de atitude na loja.

"Oempresário não pode causar umaexpectativa falsa no cliente. Se ele está fazendo umapesquisae osconsumidores queremumatendimento melhor,o empreendedor tem de estar preparado parainvestir namelhoriado atendimento.Não resolvero problema é ruimpara a empresa", alerta Márcia.

Corpo a corpo – O empre-

sário tambémpode irà lojae fazeras perguntas diretasao cliente. "Essaatitudetransmite ao consumidor segurança",afirma DenisHerbach, diretor da consultoria americana ThePartner Group, de São Paulo. Para as grandes empresas, segundo Herbach,os cartões de fidelidade são os mecanismos mais completos para medir asatisfaçãodos clientes. Os cartões armazenam todas as compras feitas pelo consumidor. "Eles permitem selecionaro cliente pelo que ele compra e identificaras suas necessidades.Quando a loja fazumapromoção,por exemplo, é possível saber se o clientecomprou oproduto promovido, ou seja, ficou satisfeito com a ação da empresa", afirma Herbach.

Cláudia Marques

cursos e seminários

Dia 4

Planejamento e organização de empresas de serviços contábeis – O curso é direcionado a profissionais da área contábil. Duração: 12 horas, das 9h às 18h. O seminário acontece nos dias quatro e cinco. Local: Sindcont, praça Ramos de Azevedo, 202, Centro. Preço: R$ 80. As inscrições devem ser feitas a partir de hoje pelo telefone (11) 3224-5124.

Programa de atualização do varejo – A proposta do curso é reunir empresários edirigentes do varejoe daindústria que operamem outras regiões do País e que querem aprimorar seus conhecimentos de gestão e operação. O programa também pretende proporcionar ao varejista a possibilidadede identificarpotenciais deexpansão,detectarnovas oportunidades denegócios em sua regiãoe ampliar sua redede relacionamentos.Duração: 30horas,nosdias 16,17e18as palestrascomeçam 8h30 e terminam 18h. No dia 19, o curso inicia 9h e encerra 17h. Todosos diashápausa deuma horaparao almoço.Oevento vaiser feito pela consultoria Gouvêa de Souza. Local: Flat The Hill, avenida GiovaniGronchi, 5.201,Morumbi. Preço:R$ 2.760.As inscriçõesdevem serfeitas apartir dehoje pelotelefone (11)5501-3737 oupelo email para eventos@gsmd.com.br.

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No Galpão Industrial, com três milmetros quadrados, localizado no Jardim das Hortências,os micro epequenos empresários da região vão contar, além do espaçofísicoe infra-estrutura como salasde reunião, de treinamento, de c on s u lt o r ia , show-room e secretaria, comtodo acompanhamentonecessáriopara odesenvolvimentoda empresa, que vai desde aabertura até cursos, palestras e consultorias.O Sebraeapóia 35incubadoras em todoo Estado de São Paulo, que reúnem 394 empresasegeram mais de dois mil empregos diretos. Só nos seis primeiros meses de 2001, oito novas empresas instalaram-senacidade, totalizando US$4,6milhões em investimentos e cerca de 300 novos empregos. Tais resultadoscolocam Jundiaí–segundo a revista Exame–, como a 23ª cidade do Brasil para se investir. (ASN)

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Dia 16

IOB RESPONDE

1) O veículo fornecido ao empregado para uso no trabalho integra o seu salário?

R.: Se o empregador concede um veículo ao empregado para uso exclusivamente durante o trabalho e, ao final do expediente, o automóvel é devolvido à empresa, não há reflexos no salário do empregado. O veículo, neste caso, será considerado um instrumento para prestação do serviço e esta situação deve constar no contrato de trabalho. Por outro lado, se o empregado utiliza o carro também para sua locomoção e/ou lazer, este benefício integra o salário do empregado e o seu valor arbitrado integrará a remuneração para todos os efeitos legais, inclusive para a incidência de INSS e FGTS. (Arts. 457 e 458 da CLT)

2) A contratante de serviços mediante cooperativa de trabalho está sujeita à retenção de 11% para o INSS?

R.: Não, de acordo com o art. 224-A do Regulamento da Previdência Social (RPS), a retenção de 11% para o INSS não se aplica à contratação de serviços por intermédio de cooperativa de trabalho.

3) O condomínio deve recolher contribuição previdenciária sobre a remuneração paga ao síndico?

R.: Sim. A contribuição é de 20% sobre o valor que o síndico receber ou, na ausência de remuneração, sobre o valor correspondente à isenção da taxa condominial. Caso haja pagamento de um valor fixo para o exercício da função de síndico, além da isenção da taxa condominial, ambos servirão de base de cálculo para a contribuição.

Ressalte-se que essa contribuição a cargo da empresa (no caso, o condomínio) não se confunde com a contribuição individual do síndico, que é considerado segurado obrigatório como contribuinte individual, quando eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que receba remuneração. Caso não perceba remuneração, o síndico poderá filiar-se facultativamente à Previdência Social. (Alínea “f” do inciso V do art. 12, art. 14 e inciso III do art. 22 da Lei nº 8.212/91)

4) A empresa é obrigada a exigir de seus empregados a marcação de ponto?

R.: Nos estabelecimentos da empresa onde houver mais de 10 trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída.

O controle da jornada de trabalho poderá ser efetuado em registro manual, mecânico ou eletrônico, devendo haver pré-assinalação do período de repouso.

Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos empregados constará explicitamente de ficha ou papeleta em seu poder.

Observe-se que o horário de trabalho será anotado em registro de empregados, com a indicação de acordos ou contratos coletivos porventura celebrados. (Art. 74 da CLT)

5) Há obrigatoriedade de anotação da concessão das férias na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) do empregado?

R.: Sim. O empregado não poderá entrar em férias sem apresentar ao empregador sua CTPS, para que nela seja anotada a respectiva concessão. A anotação também é obrigatória no livro ou nas fichas de registro dos empregados. (§§ 1º e 2º do art. 135 da CLT)

6) Para a implantação da jornada de trabalho flexível ou móvel na empresa, há necessidade de previsão em acordo ou convenção coletiva de trabalho? A referida implantação deve ser anotada na ficha ou livro de registro de empregados?

R.: Na legislação trabalhista não há dispositivo disciplinando a implantação da jornada de trabalho flexível. O empregador poderá implantar a jornada mediante negociação com o sindicato representativo da respectiva categoria profissional, por meio de regulamento interno da empresa ou do próprio contrato de trabalho.

Assim, na contratação, o trabalhador já se submete às condições relativas ao cumprimento da jornada estipulada nos documentos referidos.

Para os empregados já contratados por ocasião da implantação da jornada flexível, a empresa deverá proceder a alteração contratual. Ela será feita por meio de aditamento ao contrato de trabalho, observados os requisitos de validade da alteração previstos no art. 468 da CLT. A implantação da jornada flexível de trabalho deverá ser anotada na ficha ou livro de registro de empregados.

7) O condomínio residencial deve pagar a contribuição de 10% incidente sobre o FGTS na despedida de empregado?

R.: Sim. A contribuição social de 10% sobre o montante do FGTS é devida nas despedidas de empregados, sem justa causa, ocorridas a partir de 28.09.2001. Observe-se que o fato gerador desta contribuição é a despedida sem justa causa de empregado e a legislação não excluiu os condomínios desta obrigação. (Arts. 2º e 4º do Decreto nº 3.914/2001).

Fim da cobrança em cascata do PIS não agrada setores

O projeto de lei que elimina a cobrança em cascata do Programa de Integração Social (Pis) não agrada as empresasdeserviços eaagroindústria. Ainda não há consenso sobre a melhor fórmula para eliminar a cobrança sem colocaremrisco osníveisde arrecadação obtidos com o imposto. Com isso, a proposta deverá ser votada no Plenário daCâmara depoisdo recesso parlamentar, ou seja, a partir de agosto.

Alíquota – OPL 6665/02 estabeleceo aumentodaalíquota doPis/Pasep, quepassaria de de 0,65% para 1,65%. Emcontrapartida, asempresaspoderiam obter créditos na aquisição de mercadorias, como acontece com o Impostosobre CirculaçãodeServiços (ICMS). Anova sistemática seria adotada somente

para as empresas tributadas pelo lucroreal. OBrasil possui apenas210 milempresas enquadradasnesse regime, segundo a Federação Nacional dasEmpresasContábeis (Fenacon).

"O projeto é uma farsa porque não vai reduzira cargatributáriada maioria das empresas.O setor industrial exportador será o único beneficiado. Nofim,a conta serápaga pelasempresas deserviços", disse opresidentedaFenacon, Pedro Coelho Neto. Carga – Ocorre que as empresasde serviços não terão créditossuficientes do imposto paraabater. Comisso, pagariam a alíquotade 1,65%, oque representa au-

A votação do projeto já foi adiada e encontra resistências do segmento agroindustrial

mento de150% nacarga tributária. Na opiniãode PedroCoelho, com a proposta, o Governoestáestimulando asempresasde serviçosaoptarem pelo regime de lucro presumido. Atroca de regimede tributação, no entanto, dependendo da atividade edamargem delucro, representaria um suicídio para muitas empresas. "Com a substituição doregime,muitas acabariam dando para o governo tudo o queganharam no mês", disse. Impasse– O setor agroindustrial também é contrário à mudança. O impasse está em torno do aumento da alíquota da contribuição.

Para odeputado LuizCarlos Hauly (PSDB-PR), a nova alíquota vaiaumentar opreço da cesta básica do brasileiro,mesmocomas compensações permitidas pelo projeto. "Nós estamos defendendo o preço da comida no Brasil", disse. Segundo ele,a emenda que isenta a agroindústria do aumento da alíquota tem apoio dos líderes na Câmara. OGoverno, noentanto,já deixou claroquesomente aceita negociar o fim da cumulatividade do imposto desde que a mudança em tornodoseurecolhimento não implique em perda de arrecadação.

No ano passado,a cobrança do Pis/Pasep das empresas rendeu aos cofres públicos R$ 11,14 bilhões.

Sílvia Pimentel

Multas de trânsito: como recorrer

Motoristas querecebem multa de trânsito e não reconhecema ocorrência tem prazode 30 diasparaentrar com recurso administrativo nosrespectivosórgãos de trânsito.Cada órgão possui uma Junta Administrativa de Recursos deInfrações (Jari), que avaliaa questão.Confira os principais passos para recorrer das multas:

• Para multas da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o motorista precisa entregar cópia simples do Certificado de Registroe Licenciamentodo Veículo (CRVL)e notificaçãoda multa no Departamento Estadual de Trânsito (Detran); •O proprietário do veículo ou o condutor que estiver re-

correndo deve enviar também cópia da carteira de identidade. Se for um terceiro, é precisoenviar procuração. O motorista deve anexar documentos que ajudem a comprovar sua alegação, comoatestado médico,orçamento de oficina, recibo de estacionamento etc;

•Se o recurso for encaminhado aoDepartamento Estadual de Trânsito (Detran), é necessário preencherum requerimento no Sistema Integrado de Multas no próprio órgão e levar cópia da carteira deidentidade, documento do carro e a multa;

• Para os recursos em segunda instância no Detran, o motorista deve levar cópia da quitaçãoda multa. A previ-

falências & concordatas

sãodejulgamento édedez dias; •O recurso das multas do Departamento Nacionalde Estradas deRodagem (DNER) pode ser realizado pelaInternet,atravésdo site w w w . d pr f . g o v . b r /r e c u rso.pdf. Basta preencher o formulário eanexarcópiasdo documento do veículo (frente e verso), da carteira de identidade e daCarteira Nacional de Habilitação (CNH),além do original do auto de infração. Se mandar a notificação, o julgamento vai ser mais demorado, pois a Jari(Junta Administrativade Recursode Infração)teráde levantar o auto; • Os documentospararecorrer das multas do DNER

devem ser entregues nas regionais da Polícia Rodoviária Federal ou enviados pelo correio.

•Para as multasdo Departamentode Estradasde Rodagem(DER),o motorista deveprotocolar seu recurso nas divisõesregionaisdo DER,na sedeou enviarpelo correio cópias da multa (frente e verso), do Certificado de Registro de LicenciamentodoVeículo (CRLV) ou Certificado de Registro do Veículo (CRV) e da carteira de identidade. Sefor um terceiro a recorrer, anexar procuração comfirma reconhecida. O formulário para entrar com recurso contra multasdoDERencontra-se no site www.der.sp.gov.br. (AE)

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 28 de junho de 2002, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:

Requerente: Shopping Center

Ibirapuera S/A – Requerido: Irmãos Hakim Ltda. – Rua do Arouche, 98 – 11ª Vara Cível

Requerente: Revplast Ind. e Comércio Ltda. – Requerida: LL Comércio e Pinturas Ltda. – Rua Simão Leitão, 225 – 27ª Vara Cível

Requerente: Supermercado Novo Giro Ltda. – Requerida: Comercial Paulista Importação e Exportação Ltda. – Rua Dr.Vidal Reis, 101 – 09ª Vara Cível

Requerente: Auto Posto Sakamoto Ltda. – Requerida: Birinepe Transportes de Cargas Ltda. –Rua Soldado Cristovão Morais Garcia, 256 – 22ª Vara Cível

Requerente: Auto Posto Sakamoto Ltda. – Requerida: Qualidade Engenharia Ltda. – Rua Baronesa de Bela Vista, 304 – 03ª Vara Cível

Requerente: Redelease Produtos p/ Indústria Ltda. – Requerida: Fergon Master Ind. e Comércio

S/A – Rua Herval, 260 – 28ª Vara Cível

Requerente:C.D.D. Comercial Ltda.

– Requerido: Nutribelli Com. e Serv. de Alim. Col. Ltda-ME –Rua São Leônidas, 173 – 21ª Vara Cível

Requerente:C.D.D. Comercial Ltda.

– Requerido: Estrela do Mar Com. e Forn. de Ref. Ltda. –Rua das Peineiras, 519 – 05ª Vara Cível

Requerente:Vida Alimentos Ltda. –Requerido: Super do Brás Com. de Prods. Alimentícios Ltda. –Rua Virgílio do Nascimento, 445 – 30ª Vara Cível

Requerente: Baruinter Atacado Ltda.

– Requerido: Vo Lelis Mercado-

ME – Rua Frei Ruperto de Jesus, 194 – 22ª Vara Cível

Requerente:C.D.D. Comercial Ltda.

– Requerida: Fama Refeições Industriais Ltda. – Rua do

Oratório, 780 – 04ª Vara Cível

Requerente: Baruinter Atacado Ltda.

– Requerida: Rita dos Santos

Bela Vista-ME – Rua Conselheiro Carrão, 206 – 39ª Vara Cível

Requerente: Imol Distribuidora de

Bebidas Ltda. – Requerido: Supermercado Veloso Loja 2 Ltda. – Av. do Oratório, 5131/ 5179 – 40ª Vara Cível

Requerente: AKL Comercial Ltda. –Requerido: Marcos Roberto Aita-ME – Rua Coelho Neto, 316 – 06ª Vara Cível

Requerente: Baruinter Atacado Ltda.

– Requerido: Vieira Lojas de Conveniência Ltda. – Rua Tereza Molco de Oliveira, 52 – 35ª Vara Cível

Requerente:C.D.D. Comercial Ltda.

– Requerida: Tris Di Minestra Restaurante Italiano Ltda. –Rua Leonardo Nunes, 71– 12ª Vara Cível

Requerente: Imol Distribuidora de Bebidas Ltda. – Requerida: Fantok Distrib. de Prod. Agro Av. Ltda. – Estrada Barreira Grande, 1139 – 20ª Vara Cível

Requerente:Agrifood Comercial e Industrial Ltda. – Requerida: La Rioja Com. Importação Exportação e Representação Ltda. –Rua Cantareira, 709 – 38ª Vara Cível

Requerente: Baruinter Atacado Ltda.

– Requerida: Elaine dos Santos Minimercado-ME – Rua Manoel Pascoal, 87 – 18ª Vara Cível

Requerente: AKL Comercial Ltda. –Requerida: Drogaria Cotrim Ltda-ME – Av.Parada Pinto, 500

– 31ª Vara Cível

Requerente: Imol Distribuidora de Bebidas Ltda. – Requerida: Comercial Secco e Silva Ltda-ME

– Rua Jaime Paiva, 114 – 01ª Vara Cível

Requerente: Baruinter Atacado Ltda.

– Requerida: Bar e Lanches Cruz Silva Ltda. – Rua dos Lavapés, 196 – 14ª Vara Cível

Requerente:C.D.D. Comercial Ltda.

– Requerido: BR Energy Distribuidora de Bebidas Ltda. Rua Emílio Colella, 169 – 16ª Vara Cível

Requerente:C.D.D. Comercial Ltda.

– Requerido: Villarinhos Comércio de Alimentos Ltda. –Rua Gusmão Lobo, 214 – 10ª Vara Cível

Requerente: Distribuidora Zangirolami Ltda. – Requerida: M Romão Barros MerceariaME –Av. Manoel dos Santos Braga, 1000 – 05ª Vara Cível

Requerente: Marcello Augusto Lazzarini – Requerido: M A G Comércio Administração Representação e Participação Ltda. – Rua Oscar Freire, 1206 – 37ª Vara Cível

Requerente: Elaine Cristina ZanataME – Requerido: Sky Limits Confecções Ltda. – Av. Ipê Roxo, 1184 – 01ª Vara Cível

Requerente: GR Comércio e Serviços de Revestimentos Ltda-ME – Requerida: New Print Embalagens Flexíveis Ltda. – Rua Dr. Assis Ribeiro, s/nº – 10ª Vara Cível

Requerente: Siemens Eletroeletrônica S/A – Requerido: Torres Com. Importação e Exportação Ltda. – Rua Ibiapaba, 188 –09ª VaraCível

Requerente:Têxtil Sandim Rosada Ltda. – Requerido: Nina Katinna Ind. e Confecções Ltda. – Rua Silva Telles, 428 –35ª VaraCível

Requerente: Promax Produtos Máximos S/A Ind. e Comércio –Requerida: Auto Posto Ninja Ltda. – Estrada Itaquera/ Guaianazes, 1130 – 03ª Vara Cível

Requerente: Eletronew Comércio de Materiais Elétricos Ltda.–Requerida: Visão Empreendimentos Administração e Participações Ltda – Rua Bráulio Gomes, 36 - 3º andar – 01ª Vara Cível

Requerente: João Iunes de Siqueira – Requerido: Vetor Companhia Construtora de Empreendimento – Av. Eliseu de Almeida, 4251 – 33ª Vara Cível

Requerente: Union Serviços de Hotelaria Industrial Ltda. –Requerida: Embalagens Capeletti Ltda – Av. Guarapiranga, 991 – 17ª Vara Cível

Requerente: B. Bosch Galvanização do Brasil Ltda. – Requerido: Luís Ferreira Brandão-ME – Rua Antônio Augusto de Barros, 195 – 27ª Vara Cível

Requerente: José Roberto Gonçalves Carregosa – Requerida: AZ Veículos Ltda. – Av. Sapopemba,

ANÁLISE João de Scantimburgo

O valor do entusiasmo

O povo brasileiro é, em geral, pessimista,oucarregana vida um travo amargo, ainda que a fortuna lhe seja favorável. Vem delonge, talvez do fado, que teria seoriginado aqui,ou de outras canções melancólicas ou da necessidadedecoragem para enfrentar anaturezahostilem grande extensão do território nacional. Ocertoé quenão nos falta uma certadosede pessimismo em tudo quanto fazemos, e até nos dias alegres das épocas que impõem a alegria, temos certas restrições à expansão alegre.

Mas, ofutebol resgata,admiravelmente, esse estado de ânimo, quenosacompanha como uma sombra, e temos o resultado docampeonato mundial,a CopadoMundo, comoagente compensador das nossasmagoas. Todosos brasileiros, comraríssimas exceções,quesempre ashá, vibraram no últimodomingo, final da Copa do Mundo, quando enfrentamosa Alemanha, com ofeito admirável de nossosjogadores, que não se pouparam para defenderas nossas cores e trazer para o Brasil a famosa taça.

Quando Filipe Scolari, sozinho, estava preparando a seleção,todosos brasileiros nãoacreditaram na vitória.

Não haviaumsócomentário favorável à nossa possível vitória dos alemães, ou dos argentinos, nossos prováveis vencedores, de há muito criadores de uma espécie de complexo de inferioridade que vem com os brasileirosfazendo companhia em todos os momentos, sobretudo no futebol, o esporte das multidões. Pois ganhamos aCopa do Mundo, no grande estádio de Yokohama, comum jogo de verdade, desses de encher de orgulho todo um povo. Os onze que enfrentaram os onze poderosos da Alemanha, bem preparados e disciplinados, mostraram que sabem não só jogar futebol, mas levar o time à vitória, como fizeram com alegria, com raro brilho,com técnicasuperior áde todosos quedisputaram a taça famosa no estádio japonês. Rendamos, pois, as nossashomenagens aosjogadores sobretudopelo efeito psicológicoque comunicaram, como um choque elétrico benfazejo,no desanimo que jáinvadia até os locaisdeconcentração dos jovens atletas.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

Seguros e novo governo

O setor de seguros brasileiro, qualquer que seja o novo governo,precisa crescer, paraatingirníveis próximos aos dospaíses desenvolvidos emtermos departicipaçãono PIB. Isso significa pelo menos dobrar de tamanho em faturamento. O nível desejável seria uma participaçãode 6%a 7% do PIB.

Esses níveisde faturamento teriam dois lados, o primeiro seriaa melhoradaatividade econômicado País,incluindo um aumento da renda das pessoas, e o outro,uma maior capacidade de investimentos na economia como um todo, pelo setor de seguros.

Qual a contribuição do novo governo?

Élógicoqueuma política econômica voltada parao desenvolvimento do paísé vital, não só para o setor de seguros, mas para o Brasil em geral.

Issopode exigirmaistempo e medidas com retorno de prazo mais longo.

Há, porém,açõesquepodem trazer retornomais rápido,conduzindo osetora um crescimento mais acelerado no curto prazo.

Vejamos: 1.Fortalecimentode uma Agência Reguladora para o setorcom independênciaadministrativa efinanceira,que concentrassetodasas atividades do setor: seguros gerais, de vida, saúde, previdência privada e capitalização.

2.A abertura definitivado mercado, com o fim do monopólio do resseguro.

3. Uma definiçãomais clara

Reforma de currículo

Li num dosmatutinos desta capital que oConselho Nacional de Educaçãovai reformar ocurrículode váriasdisciplinas integrantes dosanosde estudoobrigatóriode algumascarreiras. Lique umadelas é o Direito, titularidade da qualvão serexcluídasalgumas cadeiras, dentre elas, Filosofia do Direito. De minha parte, quenão sou advogado, mas simplesmente jornalista, comentarista, portanto, dos fatos que julgo importantes paraos brasileiros,aexclusão dessae outrascadeiras será um erro.

Quem estaráorientando os membrosdo ConselhoNacional de Educação, no corte das cadeiras? Quem searrogou a supercompetênciade riscar doscurrículos deestudosdos alunos de Direito, as várias cadeirasque foram consideradas inúteis no curso de bacharelado? Nada éinútil.Quem entra para a carreira de advocacia, sabe quevaitercinco anosdeestudos. Entracom 18, 19anosesai com23,24 anos, para começar a praticar emescritórios quehoje sãoa maioria dasorganizações do gênero.

Areforma docurrículoporá

no mercado de trabalho jovens imaturos, de 20, 21 anos, sem anecessária formação moral e intelectual para começarem a advogar, a defender seusclientesou acusar,sevier aser promotor.Estará certoo Conselho Nacional de Educação, é a pergunta que faço, ao ler oque estápara serdecidido, se não houver protestos que alcancem presidência e, portanto, asupressão doprojeto da pauta das discussões? O ensino do Direito, com as cadeiras que o CNE quer eliminar do currículo é antiquíssimo. Vem do início do ensino nos cursos jurídicos instalados em São Paulo e Olinda. Por que mudar o que deu certo até hoje,e foi politicamente útilao Brasil,enquanto fomosa naçãodos bacharéis, todos bem preparadospara funçõespublicas, comodemonstraramaté 1930,quandoa revoluçãoliderada por um bacharel ecompostana maioria de bacharéis derrubouo governo perrepista? Pensem bem, antes de mudarem, osmembros do CNE.É o que temos a argumentar a resp eito.

João de Scantimburgo

A economia informal

Ae transparente do papel dos diversosagentes doprocessode distribuição de seguros, previdência e capitalização.

4. Uma política firme de apoio àdesconcentraçãodo mercado.

O que isso quer dizer?

1. Está provado universalmente que mercados com agentesreguladores independentes efortes,têm empresas mais fortes e saudáveis, garantindo os segurados.

2. A abertura do mercado com o fim do monopólio traria mais flexibilidade à oferta, permitindo aos segurados/consumidores melhores produtos e custoscompatíveis como mercado internacional.

3. Uma distribuição eficiente levaria aos consumidores os produtos com mais qualidade, principalmente na pós-venda, poisgarantiria oatendimento correto e adequado aos segurados quandoprecisassem receber indenizaçõesoubenefícios.

4. Hoje temos no Brasil uma altíssimaconcentração. Os cinco maiores gruposseguradorestêmpraticamente 60% do mercado, sendo que os 2 maiorestêm umpoucomais de 40%.Issopodesignificar restrições na oferta. Essasações nãodependem de mudançasnapolítica em nível macro-econômico elevarão osetor deseguros brasileiro a crescer e consolidar sua liderança na América Latina, promovendo novos investimentos não só no setor, mas no restante da economia.

Carlos A. Barros de Moura é consultor em Riscos e Seguros

cada diaque passanotamos que aeconomiainformal vemconquistando mais espaço. E, diga-se de passagem,tem ganhadoimportância, pois já tem recebido diversos nomes,como subterrânea, oculta, paralela, invisível, não oficial e criptoeconomia.

Este destaque para tal tipo de economia noBrasildeu-se porqueela trazsempre grandes preocupações para as autoridades,devido àsconseqüências sobre a política econômica nacional,nos mais diferentes aspectos. Afinal,tira-se por base dados falsos para se fundamentarem em relaçãoao que gera de recursos. Trata-se, portanto, de um segmento que não é claro, principalmente no sentido do que ele rende para a tributação.

Nãoé possívelmedircom eficiênciao montantedeimpostossonegados. Qualquer prognóstico acaba levando técnicos econômicos para dados falsos. Observa-se também que, além de não ser possível ter este dado real, não se precisa ainda o número de pessoas ocupadas nasatividades mencionadas,mesmoporque não se manifestamnas estimativas do Produto Interno Bruto. Assim sendo,as taxasde desemprego levantadas na economiaformal, namaioriados casos, podemparecer maiores do quea realidade.Analisamse também, dentro da mesma ótica, osíndicesdas taxasde crescimento econômico,comoum todo.Afinal,somando-se a informalidade, as cifras seriam superioresàs apresentadas oficialmente.

Analisando dadossobre a cargatributária brasileira,nos trêsníveis degoverno,e asincidências para fiscais,o resultado éinsatisfatório,umavez que sempreatingeníveis dos mais elevados, observando-se,

datilografados. Ascartas àRedaçãosomenteserão publicadas se contiverem,alémda identificação do missivista, endereço com rua, número, bairro, CEP e, se possível, telefone e rg. As cartas poderão ser resumidaspela redação, publicando-se, apenas o essencial. Os originais não serão devolvidos.

Os artigos enviados à Redação

Penta campeões O Brasil todo comemora, com justiça, a extraordinária conquista do penta-campeonato. Todos os númerosda conquista brasileirasão superlativos. Não há muito mais adizer arespeito,depoisde tanto esforço, tanta luta e tanta comemoração. Vale cada gesto de alegria.

donos da verdadee os revanchistas impregnados por ideologias que nãosãoa favordo Brasil,mas deseusinteresses. Agoravaihaver atéquemcritique apassagem da seleção por Brasília. Passou também em98quando fomos vice. E daí? O Brasil é um só.

Exemplo dado

inclusive, que é superior à da maioria dos países com o mesmograu dedesenvolvimento. Emconseqüênciadisso, osetor privado, a cada dia que passa, fica reduzidoem sua capacidadede gerar rendas, aumentar sua produção e criar novas frentes de trabalho. O governo deve buscar soluções paraconter ou,pelo menos,reduzirdrasticamente o crescimento da economia oculta.Uma boamedidaseria apoiar mais as micro e pequenas empresas.

Afinal,a perdadeemprego, ao invésde acarretar atividades voltadas à informalidade, poderia ter um efeito mais positivo, ou seja, abrir umempreendimento que, por menor que seja, pode gerar recursos fiscais eempregos.Estessegmentos,pequeno ou micro, podem obterno Brasilespaço de maior relevância, seja na indústria, comércio ou prestação de serviços.

As micro, pequenas e médias empresas precisam de tratamento diferenciado por parte dogoverno. Neste tratamento devem estar inclusos o fimda cargafiscalexagerada, facilidades de crédito, recursos para contrataçãodemão-deobraespecializada efacilidade no acesso de conhecimentos tecnológicos. É difícil dimensionar a economia informal, mas temos que tentar. O governo e a iniciativa privada unidos, talvez, consigam a árduatarefa de, ao menos, detera expansão. É preciso,portanto,que oprimeiro dê sua colaboração para que o segundo possa caminhar sem o pesado ônus da carga tributária em suas costas.

Roberto Brizola é presidente da Anefac e gerente da Unidade de Negócios Novos Associados da Associação Comercial de São Paulo

Caminho apontado Ao técnicoda seleção,Luís Felipe Scolari cabem as honras de ter carregado nas costas o inferno e agora o céu. É ocioso recordar aoleitor o que foi a campanha das eliminatórias e todo o processo de preparação de uma equipe. Nem equipe tínhamosaté chegaraCopa. Felipão fez suasapostas, com convicção,bancou e ganhou. Se tivesse perdido estaria agora crucificado. Ganhou e apontou um caminho.

Disciplina, comando Felipãodeixou claroemdeterminadomomento dacampanha vitoriosa. O Brasil pode fazer muito mais, com disciplina, organizaçãoe nãoé só no futebol, não. Mais do que tudoéum alerta,umaadvertência. Mexe coma nossa auto-estimae deixa claroque quando nos propomos a fazer algocomdeterminaçãoe há comandosério, dandoexemplo, podemos ser os melhores.

Vitória maior O Brasil nãoconquistou só o pentacampeonato, insofismável.Venceutambém dentro do territóriobrasileiroos mesquinhos, os docontra, os

Felipão se fosse candidato a presidente, neste momento, levava.Claro queé umabrincadeira, mas seu exemplo deve ilustrar nosso candidatos. O espírito de união, de disciplina, de honestidadede propósitos não deve ser da seleção de futebol. Deve ser do país todo ede seus"técnicos" políticose governantes.

Disputa

Uma foto ao lado de Felipão, agora, ou algum dos jogadores, é tudoque os candidatos querem.Vamosdevagar, como disse Zagalo,que mais doque ninguémsabe queisso é efêmero. Emboraa glória da conquista seja eterna.

Força E, cá entre nós, que conquista. Concordo com quem brincouque aseleçãodeveria,na volta, das uma passadinha por Buenos Aires. PorParis.Por Londres. PorRoma. PorLisboa. Pelo mundo todo...

Vale tudo

Aconquista brasileiraétão grandeque valeacomemoração por parte da torcida. A glória de Cafú, de Ronaldo, de Rivaldo, de todo o grupo, é de cada brasileiro.

Estado e

P. S . Paulo Saab

Paulo Maluf critica as privatizações e promete não vender mais ativos

O candidato ao governo de São Paulo peloPPB,Paulo Salim Maluf, criticou o modelodas privatizações feitas pelo governo federal e estadual pelo PSDB e disse que, se eleito, "vão ficar com o governo a Nossa Caixa-Nosso Banco, a Sabesp e a Cesp"; prometeu ampliarenãovenderos ativos do Estado, como uma formade gerar emprego e justiça social. "Também doaram as nossasauto estradas", acrescentou.

Maluf prometeu isentar todososveículosdo pedágios nas estradas estaduais, entre 11 horas da noite e seis da manhã.

Sem citar nominalmente o governador GeraldoAlckmin (PSDB),disse que as contas do governo do Estado de SãoPaulonãoestão saneadas como é alardeado. "Alémdenão terfeito nenhum novo investimento nesses anos, a dívida do Estado de São Paulo saltou de R$ 13bilhões paraR$ 93milhões",enfatizou Maluf,ontem, durante palestra no Fórum deDebates ADVB –2002– "QueBrasil queremos, que Brasil teremos".

Em nenhummomento o candidato doPPB bateu no PT. O ex-prefeito preferiu centrarsuas divergências como PSDB, dequemcobrou a falta de um projeto paraampliaras exportações brasileiras,como fizeram México e China, enquanto o Brasil "se manteve parado nos US$ 50 bilhões depois de 12 anos".

Além disso, disse que ao invés de ver entrar US$ 10 bilhões do FMI, "para aumentar a dívida", preferiria ver essa quantia vir em forma de inv estimentos ecomo resultado de um aumento das exportações.

Entrar na guerra – Paulo

Maluf alertou que o atual governo Estadual poderá acabar transformando São Paulonum cemitériodasindústrias,por nãoreagiraos incentivos fiscais oferecidos portodosos outros Estados da Federação, como meio pára atrair investimentos. Lembrou o caso da Ford, que deixou São Paulo para se instalar na Bahia, comdinheiro mais barato garantido pelo BNDES. E ameaçou: "Se for eleito e se for preciso para manter empresas e empregos em São Paulo voumesmoentrarna guerra fiscal."

Aplaudido pelos empresários, Maluf gastou quase 20 minutos de sua palestra apresentando um vídeo com asobrasquecreditaà suas gestões à frente do governo do Estadoe daPrefeitura paulistana.

Também aproveitou para investir contra ogoverno Mario Covas-Alckmin,pelos alarmantes indicadores da violência,contra aqualprometeu agir em três frentes: reequipare aumentaro poder da Rota nas ruas, mudar o modelo prisional incluindo o trabalho como meiode reeducar o preso para a sociedade e fazer justiça social atraindo investimentos parageração de emprego e renda.

Além disso, Maluf afirmou que vaidefender junto com os políticos do seu partido a prisão perpétua para crimes hediondos (exemplo:sequestros)e reduçãodaidade penal para 16 anos.

Paulo Maluf garantiu que vai respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), criar uma nova política pública para a saúdee quenão vai mudara capitalda cidadede SãoPaulo, "anão ser que a população me peça isso".

Sergio Leopoldo Rodrigues.

o vice para chapa ao governo paulista

O candidato do PPB ao gov erno de São Paulo, Paulo Maluf, anunciou ontem que o vice-candidato em sua chapa será oreitor da Universidade Bandeirantes (Uniban), Heitor Pinto Filho.

O anúncio foi feito após almoço promovido pela Associação dos Dirigentes de Venda e Maketing do Brasil (ADVB), em São Paulo, dentro dociclo dedebates quea entidadevem realizando com os candidatos que disputam as eleições deste ano. Paulo Malufcomentou,

Congresso vota LDO hoje com dezenas de mudanças

Osdeputadose senadores reúnem-se nestaterça-feira, às 15 horas, para votar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias(LDO),que vai orientaro Executivona elaboração doorçamento federalparao ano que vem.O projetoorçamentário teráde ser enviado ao Congresso até o dia 31 de agosto. A LDO recebeu dezenas de modificações naComissão Mista de Planos, Orçamentos Públicose Fiscalização,algumas delas destinadas a impor limites naliberdade queterá o próximo presidente da República de cortar verbas orçamentárias em seu primeiro ano de governo.

Osubstitutivo dosenador João Alberto Souza (PMDBMA) aprovado pela Comissão de Orçamento prevê, entreoutras coisas,que oscortes ou contingenciamentos terão de ser explicadosaos parlamentares por autoridade doExecutivo, emaudiência pública. O texto do projeto que saido Congresso estabelece que, se as emendas apresentadas por um parlamentarforem bloqueadas, mas outras de seus colegas forem liberadas, opresidente da República também terá de apresentar explicações aos deputados e senadores.

Outra mudançafeita pela Reserva – Comissão de Orçamento aumenta de R$4 bilhõespara R$6bilhões areserva de contingência. Acordodas liderançaspartidárias prevê que R$5 bilhões desta reserva serãousados pelos parlamentares para conceder aumento real para o salário mínimo em abrilde2003 e para bancar as emendas dos

Alckmin contesta insinuações sobre grampo telefônico

Ogovernador GeraldoAlckmin (PSDB)classificou ontem como "ridícula" a tentativadoPT deseaproveitar doepisódiodos gramposde SantoAndré,segundo ele, para tentar atingí-lo. "Eu achosimplesmente ridículo. O que o PTdeve fazer é prestar esclarecimentos à opinião pública. Isso édever de qualquer partidopolítico", disse ele.

parlamentares ao orçamento.O Executivonãoconcordou comestaalteração, mas os líderes dos partidos decidiramfazeramudança sema concordância do governo. Não ficou estabelecido quanto dosR$ 5bilhões irápara o salário mínimo e quanto se destinaráàs emendas dos parlamentares.

Saúde – Outra mudança feita no projeto da LDO que o presidente daRepública enviou ao Congresso destinará pelomenos R$ 1,5 bilhão a mais noano quevemaoMinistério da Saúde.Os parlamentarescolocaram um item na lei esclarecendo que o governo terá deseguir uma interpretação dada pelo Tribunal de Contas da União, e não pela AdvocaciaGeralda União,auma emenda constitucionalque trata dos valoresque a União deve gastar comsaúde. Os parlamentares incluíram também uma exigência para que oBanco nacionalde Desenvolvimento Econômicoe Social (BNDES) empreste a pequenas emédias empresas 30%dos recursosdoFundo deAmparoao Trabalhador (FAT).

Parlamentares tentam impor limites para evitar que futuro presidente altere o projeto

de receita por parte do Executivo.Paraorelatorda LDO, João Alberto Souza, o Congresso aproveita o momento, "em que ninguém sabe quem será ofuturo presidente da República", para colocar "algunslimites" nopoder do presidente de alterar o projeto orçamentário. "Não estamos obrigando o presidente a cumprir o orçamento aprovado pelo Congresso, masdando alguns passospara impedir privilégios na execução orçamentária", observou o relator. O substitutivo da LDO em votaçãopelo Congresso restabelecea possibilidade que têm os parlamentares de reestimarem areceitaprojetadapelo Executivodentrodo orçamento. O governo queria impedir que os deputados esenadores pudessem dis-

cordar da previsãoda equipe econômica. Nos últimos dois anos,conforme osenador Amir Lando (PMDB-RO), ex-relator-geral do orçamento de 2001, o Congresso reestimou as receitas, o que levou o Executivo a contingenciar verbasorçamentárias. Nofinal, oCongresso estava corretoemsuas previsõeseo presidente pediu aos parlamentares para usar o "excesso de arrecadação" registrado. Ju ro s –O Congressonão está mexendo na previsão do governo de que a economia crescerá4% em2003,apesar de boa parte dos parlamentares a acreditarque o percentual é otimista. Também não são feitas alterações na previsãodo Executivodeque ataxa dejuros dostítulos públicoscairápara 12,84%aoano ao final de 2003 – ela atualmente é de 18,50%. Também é mantida a previsãode 4% para ainflaçãono próximo ano.(AS)

Os parlamentares alteraramaindao projetodaLDO para definir que o presidente da República só poderá pedir créditos adicionais aoCongressoduasvezes poranoem maio e outubro. Isso acaba com a possibilidade de enviosistemático desses pedidos aos parlamentares, o que impedeum maiorcontrolee fiscalização no uso de excesso

também, a indicação de Cláudio Lemoparaoposto de vice-candidato na chapa de seu adversário Geraldo Alckmin (PSDB).

"Não posso criticá-lo porque ele foi meu colaborador e tenhogratidão aele.Mas também nãopossoelogiá-lo porque, agora,ele compõe a chapa do meu adversário", disse o candidato do PPB.

E completou: "Só posso dizer queele escolheua chapa erradaporqueé umachapa derrotada. Vice em chapa derrotada não é nada." (AE)

Paraintegrantes dacúpula petista, além da Polícia Federal (PF), a Polícia Civil de São Paulotambém estariafazendo investigações sobre o PT para "fins políticos". O governador afirmouque aparticipaçãoda políciapaulistano episódio foi "comodeveria ter sido feita".

"O governo do Estado fez a investigação que tinhade fazer, como é de sua obrigação. Mas querer imputar irregularidades,denúncias gravesa terceiro,issonãoé umbom exemplo, não éum bom caminho", afirmou.

O prefeito de Santo André, João Avamileno (PT), voltou acriticarontem aatuaçãoda Polícia Federal (PF) no episódio dos grampos em seu município. (AE)

Maluf: "Se for eleito e for preciso vou mesmo entrar na guerra fiscal"

Nervosismo volta ao mercado e o dólar bate novo recorde, a R$ 2,896

Durou pouco atréguano mercadofinanceiro: depois de doisdias derelativa tranquilidade, na semana passada,o nervosismovoltoue afetou a bolsa, o dólar e os indicadores externos do País. Rumoresa respeito do crescimento da oposição na corridaeleitoral eo maudesempenho da Bolsade Nova Y ork foramasprincipais razõesapontadaspara que a cotação do dólarbatesse nacasadosR$ 2,90,mesmo depoisque oBCvendeu US$ 300milhões.O dólar fechou emaltade 2,70%, a R$ 2,896 para venda. O risco do Brasil chegou

WorldCom cai 93% e deixa de fazer parte do índice Nasdaq

A WorldCom anunciou ontem que foi declaradainsolvente em mais de US$ 4 bilhõesdevidos acredorese que sairá do mercado acionárioNasdaq. Ontem,asações da empresa tiveram queda de 92,77% e causaram retração de 4,06% do índice. A Dow Jones caiu 1,44%. Página 10

aos 1.610 pontos-base, enquanto oC-Bond registrou queda de3,35%.ABovespa encerrou a segunda-feira em baixa de 2,21%. Página 10

7

Balança

comercial tem saldo de US$ 675 milhões

Abalança comercialregistrou, em junho,o maior superávit mensaldo Paísdesde 1994,deUS$ 675milhões. O saldo acumulado no ano já chega aUS$2,606 bilhões. O resultado foi comemorado pelogoverno, masovolume de negócios continua inferior ao de 2001. Página 5

Entregas rápidas fazem o sucesso da Submarino

Depois de atravessar um período de crise,o maior site de comércio eletrônico do Brasil,o Submarino,está saindodo vermelhograçasà estratégia de entregas rápidas e à quantidade de itens comercializados, com a variedade de uma loja de departamento.A empresaocupou partedo espaçodeixadopor grandes redes como Mappin, Mesbla e Sears.No primeiro semestre, o Submarino faturou R$ 51 milhões, valor 16% acima das previsões. Por mês, são realizadascercade 100 mil encomendas. Página 8

a Maluf critica privatizações feitas em âmbito estadual e federal Página 3 Bombardeio dos Estados Unidos mata 30 em casamento afegão Página 4 Correios lançam shopping virtual e oferecem serviços ao varejo Página 7

Vendas a vista tiveram melhor

desempenho no mês de junho

Junho foi um mês positivo para osnegóciosavistano comércio paulistano. As consultasao UseCheque,serviço da Associação Comercial de SãoPauloquefunciona como umindicador devendas a vista, aumentaram 6,6% frentea junho de 2001.Em relação a maiodeste ano, houve umapequena queda de 0,1%. As compras a prazo,

porém, continuam prejudicadas. As consultas ao SCPC, que sinalizaasintençõesde negóciosparcelados, diminuíram 0,6%ante 2001 e 6,6% frente a maio.

O presidentedaentidade, Alencar Burti, entende que os resultados são "razoáveis". "A Copa do Mundo beneficiou a vendade algunsprodutos, mas afalta de frio ea turbu-

lênciadaeconomia prejudicaram o varejo", disse ele. Os registros de atrasos nos pagamentos recebidospelo SCPC em junho cresceram 11,8% frente a2001. Masa alta foi compensada pelo cancelamento de 20,9% dos registrosemigual intervalo. Assim, a inadimplência líquidase manteve praticamente estável no período. Página 6

Entidade lembra valores do 9 de Julho

A Associação Comercial de São Paulo começou ontem as comemorações pelos 70 anos do 9 de Julho. Em sua reunião

E-commerce só funciona com um bom planejamento

Criar o site é apenas um dos passos para quem quer investirno comércio eletrônico. É preciso planejar muito bem todas as etapas do negócio e verificar se opúblico alvo realmente usaa Internetpara fazercompras,uma atitude que atualmente é concentrada entreosconsumidoresdasclasseAe B. Vale lembrar ainda que o serviço deve ser atualizado. Página 7

Acordo auxiliará 39 cidades a mapear a criminalidade

Trinta e nove prefeituras daregião metropolitanade SãoPaulo terãoacesso aoInfocrim até outubro deste ano. Amedida permitiráque essas cidadespossam receber o mapeamento das ocorrências criminais. Com base nessas estatísticas,os governospoderão planejar ações específicas de segurança para cada região. Última página

plenária,empresários elíderespolíticos presentesouviram depoimentos sobre o movimento. Alencar Burti,

presidente daentidade, destacou a importância de transmitiresses valoreshistóricos para os jovens. Última página

Plano Real trouxe estabilidade, mas pouco crescimento

Ontem,noaniversário de oito anos do Plano Real, representantes daindústria e do comércio avaliaram algunsavanços trazidospela introdução da nova moeda. Estabilidade monetária, controle dainflação e recuperação dacredibilidadedoPaís foram os principais pontos positivos destacados. Os empresários avaliam, porém, queoRealcomprometeu ocrescimento daeconomiae, comisso,osníveis de emprego e renda da população. "A estabilidade se deu à custa de muitossacrifícios", afirma o diretor do Dieese, Sérgio Mendonça. Página 6

Pão de Açúcar compra a rede Sé

O Grupo Pão de Açúcar anunciou ontem a compra da rede Sé Supermercados por R$ 370 milhões. Com a aquisição,a participaçãodemercado do Pão de Açúcar sobe

para15%. OCarrefour,segundo colocado no ranking, tem12,7%. Opresidente do Pão de Açúcar, Abílio Diniz, informou que a bandeira Sé nãoserámantida. Masdes-

cartou apossibilidade de fechar aslojas Séque estejam próximas de unidades do grupo. "A tendência é que estaslojas setransformem em Barateiro", diz. Página 5

O tesouro de Lord Nelson

A plenária da Associação foi apenas o início das comemorações, que deverão prosseguir até a próxima semana
Uma recém-descoberta coleção de peças que pertenceram ao almirante inglês Horatio Nelson, entre as quais o broche de diamantes da foto, está exposta na famosa casa de leilões Sotheby´s, em Londres. As peças serão leiloadas dia 21 de outubro, data da batalha de Trafalgar, na qual o Almirante Nelson teve uma morte heróica.
Murili Tavares, presidente da Submarino: prazo é fundamental na Internet
Stephen Hird/Reuters

Para ajudar o Japão, Fed agiu no mercado câmbial

O Secretário do Tesouro

dosEstados Unidos, Paul O’Neill, confirmou ontem que o Federal Reserve (banco central norte-americano) interveio no mercado de câmbio na sexta-feira em nome do governo japonês.

O’Neill, emcontato com j ornalistas nasededasNações Unidas após discursar no ConselhoSocial eEconômico das Nações Unidas, disse queque ele não tem opinião sobre taisações assim comodeve cabera governos

individuais estabelecer suas próprias políticas.

"O Federal Reservenão interveio em seu próprio nome. Ele interveio sob pedidodo governo japonês, o que não é incomum", disse O’Neill quandoum jornalista perguntou como ele sentia-se sobre oque foi chamado de intervenção do Fed na última sexta-feira.

"E eu continuo a ser agnóstico sobre essa questão. Os governos precisam fazer o queelesacreditam ser certo

para eles", disse O’Neill. OMinistério dasFinanças do Japãoinformou nasextafeira que o Banco do Japão interveio no mercado de câmbio, e que o Banco Central Europeu e o Federal Reserve também intervieramem nome do governo japonês.

A r ge n t i na – PaulO’Neill declarou que o Fundo Monetário Internacional(FMI) ea Argentina estãofazendo bons progressos em suas conversações sobre uma possível ajuda financeira.

Indústria americana tem quinto mês consecutivo de crescimento

Osetor manufatureirodos

Estados Unidos expandiu-se pelo quinto mês consecutivo em junho, fornecendo mais evidências de que a recuperação do castigado setor esteja acelerando, após ajudar a levar a economiapara a recessão.

O InstitutodeGestãode

Fornecimento informouontemqueseuíndicedo setor manufatureirocresceu de 55,7 emmaio para56,2em junho – a maior leitura desde fevereiro de 2000 –, ultrapassando as previsões de um avanço de 55,8. A linha de 50 separa o crescimento da retração. O setor manufatureiro dopaís compreende cerca de um sexto da economia.

Com os estoques baixos, as empresas elevarama produçãoesteano para alcançar a demanda. Noentanto, amelhoranãolevou anovascontratações ou a um maior investimento de capital – o que as autoridades do banco central dizem querer ver como uma prova de que uma recuperação sustentável está a caminho.

Oíndicede novasencomendas recuou de 63,1 em maio para 60,8 em junho, mas continuaemníveis que sugerem uma atividaderobusta.As empresascortaram mais empregos, estendendo uma tendência vistadesde meados de 2000. No entanto, o índice de emprego subiu de 47,3 em maio para 49,7.

A pesquisa érealizada com maisde 350empresasindustriais.

Construção – O gasto com construção nos Estados Unidos registrou uma inesperada queda de 0,7% em maio, à medida que desaceleraram tanto as construções residenciaise não-residenciais, informou ogoverno nestasegunda-feira.

Ogastocoma construção de casas,escritórios,escolas, entre outros, recuou para uma taxa anual de852 bilhões de dólares, acrescentou o Departamento deComércio dos Estados Unidos. O gastoem abrilfoirevisado para baixo para 858,2 bilhões de dólares, ainda o nível mais alta da história. (Reuters)

Whisky Escocês Litro a partir deR$33,00

Vinho Português Quatro ParrasR$5,90

Vinho Português MessiasR$9,90

Vinho Do Porto Dom JoséR$19,90

Vinho Italiano Lambrusco Amabile D.O.C.R$9,90

Vinho Italiano Frascati D.O.C. SuperioreR$9,90

Vinho Italiano ProseccoR$19,90

Champagne Francês Veuve Du Vernay ISO 9002R$39,90

Champagne Italiana AstiR$29,90

Vinho Chileno Santa Carolina ReservadoR$9,90

Vinho Italiano Merlot CabernetR$19,90

Licor de Pessêgo ItalianoR$19,90

Vinho Nacional Muraro (Bento Gonçalves)R$5,90

"Acredito que eles estão fazendoprogresso nasdiscussões. Estamos muito ansiosos paraqueeles progridamese posicionem de volta em direção ao crescimento econômico na Argentina", disse O’Neill acrescentouter reunido-se nasemana passada com o ministro da Economia argentino,RobertoLavagna, para "ouvir diretamente dele suas idéias que está discutindo em nome do governo da Argentinacom o FMI". (Reuters)

Bombardeio dos EUA mata 30 em casamento afegão

Pelomenos 30pessoasque participavam de uma festa de casamento no Afeganistão morreram num bombardeio aéreonorte-americano na madrugada de ontem na Província de Uruzgan, no centro dopaís, afirmaramtestemunhas e autoridades.

O ataque, que deixou dezenas de feridos, aconteceu por volta de1hora (horalocal), em uma aldeia montanhosa 175quilômetros aonordeste de Kandahar.

Os sobreviventes disseram quehá pelomenos120vítimas, entremortose feridos. "Não havia ninguém do Taliban ou dos árabes da Al Qaeda aqui. Eram todos civis, mulheres e crianças", disse uma testemunha.

O ministério da Defesa disse que os convidados estavam dandotirosparaoalto para celebrar, como é comum nos casamentos da etnia pashtun. "Os norte-americanos confessaram que cometeram um erro", disse um funcionário do ministério, chamado doutor Gulbuddin.

Erro – EmWashington, o Pentágono dizia que uma das bombas disparadas na segunda-feira no sul do Afeganistãohavia erradoo alvo,mas não confirmava o ataque contra a festa.

O porta-voz Jeff Davis disseque aviões ocidentaisforam alvo dedisparos antiaéreos e pediram reforço. "Pelo menos uma bomba sedesviou. Não sabemos onde caiu. Estamos conscientes dos relatos de vítimas civis, masnãosabemosse elasforam causadas pela bomba", disse.

As forças internacionais que vigiam acapital,Cabul, disseram ter entrado em contato com um oficial norteamericano no sul do país que nada sabia do incidente.

O presidente afegão,Hamid Karzai,afirmou àagência de notícias local Bakhtar que o "repentino ataque" ocorreuno distritodeDehrawud.(Reuters)

Egito vai ajudar os Estados Unidos a aplicar plano de paz no Oriente

Opresidentedo Egito, HosniMubarak –umdos principais aliadosdos Estados Unidos no Oriente Médio–,anunciouontem que vai enviarum emissárioa Israel e outro aos territórios palestinos para tentar controlar a situação na região.Mubarakafirmou que osesforços egípcios têm como objetivo "ajudar" ambos os lados a encontrarem uma solução para oconflito,baseando-se no discurso do presidente GeorgeW. Bush,quepediu nasemanapassada acriaçãode um Estadopalestino,mas com a condição de que os dirigentessejam mudados-ou seja,queo líderIasserArafat seja substituído.

"Nossos contatos com a administração norte-americana e com o presidente Bush continuam para vercomo podemos ajudar a solucionar o problema (israelense-palestino) após esse discurso", declarou o chefe do Estado egípcio. Nesse sentido, o presidente Mubarak pediu que seja criado "um mecanismo, um comitê, por exemplo", que seriaencarregado dedefinir um calendário para a aplicação "deobrigações pelas duas partes". Entretanto,Mubarak reafirmou seuapoio aopresidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat. Assentamentos – Onze assentamentos judaicos que encontram-se de forma irregular em territórios ocupados daCisjordânia foramretirados, informou ontem o ministro da Defesade Israel, Binyamin Ben-Eliezer, à rádio estatal israelense. "De um totalde 34pontos decolonização ilegais, fixamosuma lista de 21 que deverão ser esvaziados. Ontem,foram 11. Esperoqueos outrosdezse-

jamesvaziados daqui a duas ou três semanas", declarou Ben-Eliezer. A rádio militar israelensedisseque os11assentamentos judaicos foram esvaziados sob ocontrole de umaorganização decolonos judeus.

O morador de um assentamento, Shlomo Shapiro, afirmou que os pontos de colonização desmantelados foram "esvaziados sem nenhum incidente.Mas voltaremos e criaremos muitasoutrascolônias". Domingo,oconselhoYesha, umaorganização de suporte aos assentamentos,posicionou-se contra a decisão deBen-Eliezer, qualificando-a como uma"recompensa e incentivoao terrorismo".

Cercade200 milisraelenses vivemem145 assentamentos judaicosnos territórios ocupados na Cisjordânia e na faixadeGaza, quesão consideradosilegais pelacomunidade internacional. O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, um defensor dosacampamentos,não comentou o plano de Ben-Eliezer deimediato. Oministro encabeçou a atual reocupação de sete cidades palestinas pelo Exército israelense, em represália adoisatentados suicidas palestinosque deixaram 26 mortos em Israel na semana passada. As sass inat o – Líderes israelenses saudaram ontem o assassinato de Muhanad alTaher, um dos principais responsáveispelo desenvolvimento das bombas do Hamas como um grande sucesso militar.Disseramque ataques assim devemcontinuar, mas os palestinosclassificarama açãocomo um assassinato patrocinado porum Estado. A organização Hamas jurou vingança(Reuters)

Argentina pede calma nos protestos de

Depoisda violentarepressão policial a um protesto que deixou dois mortos,o governo argentino pediu ontem calma aos grupos de desempregadosque preparam esta semana manifestações em repúdio aos incidentes. "Esta semana foram anunciadas algumas passeatas, então voltamosa pediraosmanifestantesque asrealizempacificamente", disseo chefedo Gabinete de Ministros, Alfredo Atanasof.

A principal manifestação contra a repressão policial estáconvocada para amanhã, masseusdetalhes aindanão são conhecidos.

O pedido de calmamarca uma mudança no discurso do governo, que anteriormente havia ameaçado os manifestantes, dizendo que iria repri-

amanhã

mi-los se eles prejudicassem os acessos à capital federal da Argentina.

Morto s – Na quarta-feira passada, grupos de desempregados quebloqueavam uma entradapara acapital, pedindo alimentose emprego, protagonizaramum conflito violento com a polícia, que resultouem doismortos e 160 feridos.

Após o evento,imagens da brigamostraramqueas forças de segurança foram responsáveis por pelo menos uma das mortes, levando à prisão quatro policiais.

"Condenamosos aconteci mentos violentos, condenamos omodo de atuarda polícia edesde já pedimoso esclarecimentototal dasmortes", acrescentou Alfredo Atanasof. (Reuters)

Pça. João Mendes, esquina c/ Rua Quintino Bocaiuva, 309 - Centro

Governo veta reajuste do pedágio em rodovias de pista simples no estado

O governo de São Paulo decidiurestringir oreajustedo pedágionas rodoviasconcedidas à iniciativa privada neste ano. Comisso trouxe uma notícia positivapara ousuário – num ano de eleições –, mas comprou uma briga com as concessionárias.

A Agência Reguladora dos Serviços PúblicosDelegados deTransportedo Estadode São Paulo (Artesp) autorizou reajuste médio de8,88% nas rodovias de pista dupla a partir desegunda-feira destasemanae proibiu o aumento nas viasde pista simples.A decisão foi recebida com surpresa pelas empresas.

"O governo diziaqueiria respeitar os contratos", queixouse o presidente da Associação Brasileira de C o n ce s s i o n ár i a s de Rodovias (ABCR), Moacyr Duarte. Ele declarou que as companhias vão lutar para reverter a decisãopormeio derecursosadministrativos e negociação comrepresentantes daArtesp. A opção de partir para a Justiça aindaestá sendoavaliada. "Vamosfazero estado repensar o assunto".

J u st i ç a – Os reajustes anuaisdopedágiocom base no índice deinflação IGP-M são previstos em contrato. Em outros estados, como Rio Grande do Sul e Paraná, as concessionárias que se sentiram prejudicadaspordecisões semelhantes do governo entraram naJustiça econseguiram ressarcimento dos prejuízos.

Fox vem ao Brasil e deve assinar acordo

O presidente do México, VicenteFox, chegouaBrasília ontem para sua segunda visitaoficial aoPaís.Hoje,o presidente deveráassinar com o governo brasileiro um acordo de preferências recíprocas para790 produtose encontrar candidatos à presidência da República.

Nas demais estradas, a alta autorizada foi de 8,88%, mas os aumentos chegam a até 12%

O reajusteautorizadoem SãoPaulo foide 8,88%.Mas as concessionárias aumentaram as tarifas em até 12%. Foi o casoda Intervias, concessionária da Anhangüera, que elevou o preço de R$ 2,50 para R$ 2,80 no posto de Pirassununga. SegundoDuarte, isso ocorreu porque os preços foram arredondados no ano passado. "Algumas empresas arredondaram os preços para baixo em 2001e compensaram neste ano".

O acordo éreferente às tarifas de 151 produtos do setor agroindustrial e de 639 do setorindustrial, informou ontem oMinistériodasRelações Exteriores, acrescentando que a medida vaicontribuirpara umaumento substancial do fluxo de comércio entre Brasil e México. Atualmente,os negóciosen-

treosdois paísesmovimentam US$ 2,6 bilhões por ano. "A atual visita do presidente Fox servirá para estreitar os vínculosqueunemas duas maiores democracias e economias da AméricaLatina, ocasiãoem queserãorepassados váriostemas dasagendas bilateral, regionale multilateral, refletindoo elevado patamar a que foi alçado o entendimento político bilateral", disse o Itamaraty em um comunicado.

Convite – Fox viajou a convitedo presidenteFernando Henrique Cardoso e veio ao País acompanhado de sua esposa, Marta Sahagún. Alémdos encontroscomo

Exportação de

calçados recua 12% no semestre

presidente FernandoHenrique Cardoso e com o presidente do Supremo Tribunal Federal(STF),Marco AurélioMello, Fox teráreuniões comos presidenciáveisJosé Serra (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PPS).

O presidente mexicano participará também de um café da manhã com empresários mexicanose brasileiros organizado pelo Conselho Mexicano de Comércio Exterior e pelo Conselho Empresarial da América Latina.

Outros acordos – Além do acordo de preferências recíprocas, serão assinados acordos de cooperação entreo

BancoMexe oBancoNacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), entre aNacionalFinanciera (Nafin) e o BNDESe entre a Nafin e o Sebrae. Outrosacordos serãofirmados entreo Canal 22do México e a TV Cultura e entre oInstitutoMexicanode Cinematografia e a Agência Nacional de Cinema. Fox esteve anteriormente noBrasilem agostode2000, ainda nacondiçãode presidente-eleito. De Brasília, ele seguirá para Buenos Aires para participar da Cúpula de Chefes de Estado e de Governo do Mercosul, nos dias 4 e 5 de julho. (Reuters)

Petrobrás vai investir

US$ 140 mi na Argentina

De acordo com o representante das empresas,os investidoresnão vêemcom bons olhos a possibilidade de receberem em troca recursos do Tesouro do estado. "Isso transfere para a sociedade o ônusdessamedida".Ele diz queaquebradas regrasdos contratos vai dificultar os desembolsos nos financiamentos já acertados e a formalização dos em negociação.

oportunidades

O maiorpreço cobradono estado éo de R$ 6,60na Rodoviados Bandeirantes (administrada pelaAutoban) e na Via Anchieta (Ecovias). As menores tarifasestão nasrodovias de pista simples, justamente as que o governo não queralterar. Foiimpedido, porexemplo,o aumento de 20% no pedágio das marginais da Castello Branco.

A concessionária Viaoeste está pedindoa revisão do contrato.Aempresa foi ameaçada pelogovernodo estado de perder a concessão pornão cumprir prazosde realizaçãode obras.Segundo Duarte, as negociações continuam. (AE)

As exportações brasileiras de calçados caíram12% no primeiro semestre, em relação aomesmo período de 2001. Nos primeiros seis meses desteano, osetor exportou US$ 713 milhões – no ano passado, omovimento ficou em US$ 810milhões. Os dados foramdivulgados ontem pela AssociaçãoBrasileira da Indústria de Calçados(Abicalçados). Em junho, as exportações também recuaram, 20%, ante 2001. No mês, o setor vendeu aoexterior US$ 115milhões,volume igual ao de maio. Motivos –A retração do primeiro semestre desteano reflete as variações cambiais dos meses anteriores, quando asoperaçõesdevendae

entrega doscalçados foram efetuadas. "Supervalorizada a moeda americana eleva o custo da importação dos insumos e acaba dificultando as vendas externas",explicao vice-presidente da Abicalçados, Ricardo Wirth. Segundo o diretor executivo do Programado CalçadodoBrasil, Heitor Klein, os efeitos da valorizaçãodo dólar frente ao real que vem se observando nos últimos dias serão contabilizados nos próximosmeses. Wirth diz que o ideal é que o dólar fique estabilizado em torno de R$ 2,50. Um segundo motivo para a queda foi afracademanda dos países importadores.

Teresinha Matos

e remanufaturados com garantia total a preços imbatíveis

O presidente da Petrobrás, Francisco Gros,anunciou ontem que a estatal irá investir US$ 140 milhões naArgentinaaté 2005. Do total, US$ 43 milhões serão destinados ao vizinho ainda neste ano, dos quais US$ 8 milhões deverão ser usadosno melhoramentoda Refinariaem Baia Blanca e orestante, na troca damarcaRepsol-YPF por EG3. O anúncio foi feito em BuenosAires, após reunião com o Chefe de Gabinete da Presidência argentina, Alfredo Atanasof.

Gros afirmou que a Argentina é um país importante para aPetrobráse estrategicamente faz parte dos planos do Brasil. "Porque,na América

Latina, as crises vão e vêm , mas os paísesficam", disse o executivo.

Santa Fé –O presidenteda Petrobrás afirmouainda que a estatalestá aberta aqualquer tipo de possibilidade de investimento, admitindoo interesse na compra de ativos da petroleira Santa Fé. Este é, no entanto, um investimento apenas em estudo, ressaltou. Sobre os possíveis prejuízos da Petrobrás com a desvalorizaçãodo pesoargentino, Gros afirmou que, na ocasião da assinatura de troca de ativos no último dia 15 dedezembro, ocontratoincluiu uma cláusula de proteção à desvalorização. Mas ele não detalhouos termosdo acordo. (AE)

Desemprego é causa da inadimplência

Pesquisa da Associação Comercial mostra que 51% dos entrevistados deixaram de quitar as dívidas com a perda do emprego

O desemprego continua sendoa principal causa da inadimplência dos consumidores paulistanos. Éoque mostra pesquisa realizada pelo Institutode Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo, duranteomêsdejunho, com consumidores que procuraramoServiçoCentral de Proteçãoao Crédito(SCPC) da entidade, para retirar seus nomes do cadastro de "maus pagadores" – isso éfeito quando o consumidor prova que pagou as dívidas pendentes.

Aperdadoemprego foi apontada como o motivo do não pagamentodas contas por51% dos entrevistados;

15% alegaram não ter condições dequitar osdébitos por teremsido fiadores,avalistas ou terem emprestado o nome a terceiros. Do universode entrevistados, 49% disseram que continuavam desempregados no momentodaentrevista. Entre os que têm emprego, 54% afirmaram possuircarteira assinada.

Serviços em baixa – De acordocoma pesquisa,osetor de serviços foi o que fechou o maior número de postosde trabalho:43% dosdesempregados atuavamnesse setor.A situaçãoé opostaà que ocorreu no início do Plano Real, quando o segmento de serviços absorvia os traba-

BID dará US$ 1 milhão

a pequenas empresas

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) v ai selecionar entre 10 e 15 projetos paracapacitar profissionais e promover o aperfeiçoamento tecnológicoe logístico de micro e pequenas empresas. Essainiciativafaz parte do Programa Facilidade deProjetosEspeciais do Fundo Multilateral de Investimentos (Fumin),que vai destinarUS$ 1milhão paraa realização dos projetos.

SegundoGerardo Martinez, represente doFumin no Brasil,o Bancojáenvioua convocação do programa para todasasfederaçõesde indústria do país. "A idéia é que divulguem a oportunidade entreas entidadesde classe, organizações nãogovernamentais, câmaras industriais locais, associações de negócios, sindicatos e institutos técnicosde capacitação",explicou Martinez.

Oprazopara entregados projetosao BID terminano dia10 dejulho. Umcomitê técnico será formado para selecionar aspropostas que melhorse enquadrem nas quatro áreas de atuação defi-

nidas pelo programa:

•Melhora das relações empresariaispor meiodatransferência deconhecimentos e a criação de redes estratégicas para troca de informações;

•Uso de informática e tecnologiada comunicaçãopara facilitar a distribuição, o marketing e a abertura de novos mercados via informática;

• Acesso dasempresas à economia formal,ouseja, ajuda paraos empresários que querem cadastrarsuas empresas e regularizar suas propriedades;

•Aprimoramento dehabilidades e conhecimentos, treinamento para melhorar a produtividade.

O Fumin é um fundo independente administrado pelo BID. O objetivo é promover e financiarprojetos paraodesenvolvimento de micro e pequenas empresas na América Latina e no Caribe. (ASN)

ser viço

Para obter mais informações sobre o programa, entrar em contato com o BID. Tel: (61) 317-4200

Custo da construção sobe 0,44% em junho

O custo da construção civil paulistasubiu 0,44%em junho ante maio. No ano, a alta é de 5,14%, acima da inflação do IGP-M, que ficou em 3,48%. Nos últimos 12 meses,porém, o aumento éde 8,9%,abaixoda inflação de 9,48%.Segundo o Sindicato da Construção, aelevação de 0,71%no custo damão de obra pressionou o índice de junho,porque ospreçosdos materiais de construção tiveram apenas uma ligeira elevação de 0,10% no mês. (SLR)

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lhadoresdemitidos pelaindústria. O comércio ficou em segundolugar, com23%das respostas, seguido pela indústria (14%).

Segundo analisou Alencar Burti, "é preocupante constatar que a principal causada inadimplência aindacontinuasendo o desemprego

porque não se vislumbra, no curto prazo, mudança na situação de emprego no País". Burti espera que com ampliaçãodametade inflação pelo Banco Central o Copom venha a exercer rapidamente o "viés" de baixa da taxa Selic e permita que a recuperação da economia, "que está muito

lenta", possa acelerar a oferta de emprego no segundo semestre do ano.

Perfil – Com base nas informações da pesquisa, o perfil do inadimplente é homem (57%dos entrevistados), com idadeentre 21 e40 anos (72%) e renda familiar de R$ 700 a R$ 2000 (55%).

O levantamento mostra ainda que a maior parte dos débitos (31%) se refere ao comércio. Outros 20% disseram dever parabancos, 24% para prestadorasde serviços, 17% para financeiras e 7% paraadministradoras decartões de crédito.

Ainda segundo o estudo, a maior taxa de não pagamento ocorreunas lojasde roupase

calçados(16%). Emsegundo, vieram os eletrodomésticos (15%),seguidos pormóveis (14%) e empréstimos pessoais (10%).

Prazo – Verificou-se também que oprazo de quatro meses responde por 51% dos financiamentos não quitados. Outros 14%dosentrevistados disseramtercomprado em cinco a sete prestações e 28%, de oito a 12 parcelas. Apenas 2% dividiram a compra em mais de 18 vezes. Aforma de pagamento parcelado mais usadapelos entrevistados foicarnê ou cartão de loja, com 51% das respostas. O cheque foi usado por 33% e o cartão de crédito, por 16% dos pesquisados.

Malan: fundamento deve ser mantido

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, fez ontem um roteiro deações futuras paraa continuidadedo processode consolidação doPlano Real, que completou oito anos na segunda-feira,dia 1º.Segundo o ministro, seja qual for o futuro presidente do País, ele terá deassumir compromissos sólidos com o que considera os três principais pilares de sustentaçãoda estabilidade econômica: os regimes fiscal, cambiale monetário. Sem estes pilares, na avaliação de Malan,nenhum governo poderá avançar nas propostas de melhoria das condições de vida da população. "Ajudaria enormemente para a melhora de percepçãode problemas reaisou imaginadosdefragilidade da situação brasileira, se nós pudéssemos ter um claro, crível compromisso com os três regimes". Malan reconhece que o Brasil está sujeito a vulnerabilidades externas, mas aponta quea solução destesproblemas está no front interno. “As batalhas fundamentais são ganhas eperdidasnofront doméstico”, afirma.

Sem estagnação – O ministro defendeu aindaa política industrial adotadanosúltimos anos, baseada na concessão definanciamentos por parte do BNDES. "Vejo com freqüência, principalmente neste momento de comemoração dos oito anos do Real, comparações a meu ver indevidas com o período pretérito, com a década de 80, por exemplo.Oano de1980foio últimodeum períodolargo de crescimento sustentado da economia brasileira. Nos 12 anos compreendidos entre 1991 a 1982, tivemos sete anos de queda do PIB per capita".

Para Malan, não é correta a visão deque aeconomia brasileira esteve estagnadaao longodo tempo."Reconheço que estamos aquém do crescimento de uma economia com o potencial da economia brasileira. O mais importante, porém, não é a taxa de crescimento, mas é saber que, nesse período, nós estamos lançando asbases paraum crescimento mais alto, no futuro". O ministro disse também que "gerar um surto de crescimento numa economia como a brasileira no curto prazo e por curto prazo é muito fácil". "Basta soltar as amarras

do crédito público e dizer que o BB, CEF, Banco do Nordeste,e Basaemprestem ataxas de juros subsidiadas. Mas isto criaráum problemaqueterá que ser resolvido nessas instituições no futuro, porque elasnãocaptam ataxassubsidiadas. Ou elas quebram ou têmde ser capitalizadas depois. Pode-se aumentar o gasto público, o que gera problema de dívida e de inflação, ou utilizaçãode empresas públicas, como agências de desenvolvimento deixando de lado asua responsabilidade em termos de governança corporativa". (AE)

FMI reitera confiança no Brasil

O Fundo Monetário Internacional (FMI)reiterou ontem suaconvicçãodeque o desempenho econômicodo Brasil temsido "muitoforte, muito firme", apesardo nervosismo nos mercados.

O diretor para Relações Externas do FMI, Thomas Dawson, disse que o Fundo continua a apoiar as políticas do Brasil, masrecusou-se a

comentar se o FMI terá de esperar até depois das eleições de outubro antes de negociar qualquer novo empréstimo potencial para o Brasil. "Continuamos a ter elevado grau deconfiança na habilidade (de o Brasil) administrar sua situação",declarou Dawson, afirmandoquenão acredita que oPaísprecisaráde uma ajuda financeira adicional.

BOLSA ELETRÔNICA DE COMPRAS

Dawson admitiu que "os mercados estão nervosos na AméricaLatina", masreafirmou que, comexceçãodo Uruguai, não há sinais de que a crise argentina esteja contagiando aregião. "Acreditamos que osmercados sabem diferenciarospaíses.Os investidores estão julgando as expectativas e políticas de cada um". (Agências)

Encontram-se abertas na Bolsa Eletrônica de Compras, do Governo do Estado de São Paulo, as seguintes Ofertas de Compras: Dispensa de LicitaçãoInicioCidadeNatureza da Despesa

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180129000012002OC000284/7/2002SAO

ALIMENTICIOS

Força da marca leva a novos produtos

Empresas aproveitam a expressividade das marcas e criam famílias usando o mesmo nome, como fazem a Ferla e a Maizena

Tradicional no mercado de aveia, a Ferla começa a abrir o guarda-chuva, a fazer crescer o número de produtos com a marca, lançandouma linha desopas prontas.Essa éuma tendência entre as grandes marcas domercado, chamada de guarda-chuva ou família, pois abrigauma diversidadedeprodutos sobamesma marca, já conhecida e respeitada pelo consumidor. A Maizena, tradicional marca de amido de milho, abriu o leque em 2000, lançando sua linha de mistura para bolos. Referência nosegmento, até sinônimo para amidode milho, a Maizena, daUnile-

ver Bestfoods, diz Tom Almeida, gerente da marca, tem um vínculo emocional com a consumidora.É umproduto que passa de geração para geração,ligado àafetividade, pois éusado para opreparo demingaus para bebês e crianças. O produto também transita bem em todos os segmentos econômicos,das classeAaE. Alinhadebolos foi criada atendendo a sugestõesdas consumidoras, unindo oportunidade com potencial de mercado. Novo consumo – Álvaro Ferenczi, diretor daL.Ferenczi,detentorada marca Ferla, diz que comas sopas a

Restaurantes oferecem pratos quentes para aquecer o ameno inverno

Reunir amigos em torno da boa mesa é um dos programas mais apreciados no inv erno.O frio,mesmo que ameno, estimula o apetite por pratos específicos desta temporada. Entre elesa fondue, a sopa e a brasileiríssima feijoada. Há ainda deliciosas sobremesas e os chás da tarde, recheados deguloseimas doces esalgadas. Sónãoé permitidoexagerar, para não perder aboa forma.Fugindo dastradicionais fondues, o Konstanzinovacom adetomateseco, combinada aos queijos ementhal e gruyere; e a alemã, preparada com queijos gouda e ementhal, temperadacom aguardente suíça.

Acompanham salsichas.

A casa tambémoferece sopas,como aerbsensuppe,de ervilha, batata, cenoura e bacon, ea schinippelsuppe,de

mandioquinha efrango desfiado. Ocardápio incluiaindarisotode javali.Orestaurante Le Jardin Suisse oferece os pratos tradicionais da cozinhasuíça:fondue, raclette (queijo derretido) e clava (espetos de carne). Acompanhada deuma garrafadevinho, a fondue – carne, queijo ou chocolate –, do RestauranteVendinha,é servida apenasnojantar eserveduas pessoas. O restaurante Lilló inclui afondue depeixe (robalo, salmão e camarão)em seucardápiode delícias quentes, além dos tradicionais de queijo e chocolate. Sopas –O recém-inaugurado Ghiottone Spaghetteria optou por sopascomcarnes silvestres e algumas combinações inusitadas, como a sopa de tartaruga, abóbora com mascarpone eaçordadeba-

empresa quis reforçara marca einduzir o consumo de aveia alémdousobásico. Com51 anosdemercado,a Ferla é a segunda colocada na categoriaaveia, com18%de participação eespera crescer entre 10% e 15% no primeiro ano decomercialização das sopas. A empresa investiu R$ 500 milno desenvolvimento do produto, campanhas de marketing e promoção. Omercadodesopas (cremes e claras)movimenta R$ 250milhões por ano, representando 46% do volume total de sopas. A Ferla, diz Álvaro, pretende conquistar uma fatiade 4%a5% dessemer-

cado. Paralançar oproduto, a empresa passou um ano testando afórmula comgrupos de degustação e fez um teste fechado com público para definir ossabores. Asopa de aveia, um produto inexistente no segmento, chega nos sabores legumes,galinha elegumes e cereais. O pacote serve duas porçõesse usado comoentradaouapenas uma porção se usado como refeiçãoprincipal. Opreçosugerido para o varejo situa-se entre R$ 1,30 e R$ 1,50. Prático ecaseiro – Tom Almeida, da Unilever, diz que os bolos Maizena resultaram depesquisasfeitas emtodoo

Brasil, com receitascaseiras, para atender o desejo da consumidora. Entreas pesquisas realizadas,descobriu-se que 17% das consumidoras que ligaram para o serviço de atendimento aoconsumidor não consumiam mistura parabolo epassaram afazê-lo com o produto da marca. Esse fato revela que o preconceitocontraesse tipodeproduto vem caindo. Hoje, o bolo Maizenatem quase4% do mercado,que élideradopela Santista. Disponível nos sabores milho, coco, laranja e chocolate, a mistura para bolo atendeàs pessoasque não dispõem detempo parapre-

parar receitastrabalhosas e tambémàquelas quenãosabemfazer bolos,oferecendo um sabor caseiro, destaca Tom. Chocolate é osabor preferido,com 40%domercado, seguido do de coco e de laranja, com 25% cada e o de milho, 10%. A boa performance do produto comprovou a força da marca e a Unilever pretende ampliara família. A Ferla,que vai observarareação domercado às suassopas, acredita que no próximoano poderáabrigar novos produtos sob o guarda-chuva da marca.

calhau.Entre asentradasestão aisca dejacaré comervas finas e molho tártaro. No Antiquarius são os tradicionais caldos portugueses que ocupam as fumegantes panelas, entre eles a sopa de pedra (carnedeporco,feijãoe pedraportuguesa comdiversos temperos). Assopas cremes (aspargos, cenoura, espinafre ou feijão) estãonocardápio de duas casas:a La Risotteria Alessandro Segato e o restaurante Ecco.

Feijoada – Resistirquem há de? No inverno, então, é mais difícil. O mais apreciado dospratos brasileiros surge em vários cardápios. No da Bracia Parrila, casa especiali-

zada em carnes, a feijoada, nos moldes tradicionais, é servida no almoço de sábado. Já quem trabalhana avenida Paulista ou suas proximidades pode optar pelo restaurante do Masp, que inclui, no almoço das quartase sábados, afeijoada light, com 30% a menos de gordurasegundo anutricionista Maria Cecília Corsi. OBabyBeef Morumbi, churrascaria rodízio,incluiafeijoadaem seu sistema de bufê aos sábados. Doces e sorvetes – Especializada em doces austríacos, aConfeitariaChristina criou uma cesta de quitutes elaborados àbase decondimentos como canela,gengibre, pimenta e cardamono, que sãofortese quentes, ideais para esta temporada. A Doceria Holandesa, além de cafés e chocolates, aposta em novos sabores de sorvetes em pleno inverno. Sãoeles: sorvete debanana caramelada, como cremeda frutaenvolvido em camada de caramelo;

NOTAS

de chocolate coberto com raspas do docee cobertode marshmellowe chocolateeo pavê suíço, composto de sor-

de chocolate, nozes e passas aorum,cobertos por nozes picadase biscoitocrocante. (BA)

Aroma brasileiro perfuma o ambiente

Umatendência quevemse firmando é a de aromatizar a casa com produtos específicos. A Naturalançou Natura Ekos Ambiente,extensãoda linha Natura Ekos, composta por óleos essenciais de plantas brasileiras. Eles vêm acompanhados dearomatizadoresde cerâmica (pequenas esferas produzidas porartesãos)que, umedecidas, espalhama essência pelo ambiente. São duas opçõesde aroma: óleoessencialcom cumaru, árvore típica da Amazônia, combinado com óleode palmorosa e de laranja; e com copaíba, também da Amazônia, incluindo óleo de cipreste e de limão. (BA)

Versão mentolada para tratar dos pés

Já bastante conhecidado consumidor nas versões tradicional e canforado, em pó e aerosol, a linhaTenys Pé Baruel tem agora a versão mentolado, que possui ação refrescante. Pioneirano segmentode cuidados com os pés, a Baruel está nomercado desde1892. Osprodutosneutralizam os odores da transpiração, inibem a proliferação de bactérias e cuidam dos pés.

Em versão pó, tem textura fina que proporcionatoque suave eseco. Naversão aerosol possui efeito secante, pois contém álcool em sua fórmula.A linhaincluiainda opolvilho antisséptico, para o corpo todo. (BA)

Desodorante para peles delicadas

Por ter apurado em pesquisa com consumidores que 57% da população acredita ter pele delicada, principalmenteas mulheres,aUnilever HigieneeBelezalança Dove Sensitive. Produto desenvolvidoespecialmente para apele delicada, combina 1/4 de creme hidratante com ingredientes antitranspirantes emformulações dermatologicamente aprovadas.

Dove Sensitive não contém álcool, possui fragrância leve, combinando notas quentes de musk com o frescor de notas verdes.Notasderosaestãonaessência. Disponível nas versõesaerosol, roll-one creme em pote. (BA)

Beth Andalaft
vete
Fondues alemães, com tomate seco, opção oferecida pelo Konstanz
Fernando Perelmutter/Divulgação
Sopas de tartaruga, mascarpone ou açorda de bacalhau no Ghiottone Spaghetteria
D ivulgação

Brasil já adotou medidas para tentar evitar as fraudes

As empresas deauditoria independentes, que costumamter comoclientesgrandes instituições ecorporações,têmcomo principal função garantir aos acionistas segurança na compra e v enda dos papéis, com base nas demonstraçõesfinanceiras publicadaspelas empresas. Esse é um elo de confiança entre ousuáriodessas informações e os auditores.

Quando esse elo érompido, uma nuvemcinza surgesobreo trabalho de auditores e contadores.O mercado reage comnerv osismo edesconfiança.

Banco Central), aumentou a desconfiança dosinvestidores. Issosem falardas americanas WorldCom e Enron. E no Brasil? – A pergunta é inevitável: Atéqueponto fraudes como as divulgadas na Europa e nos Estados Unidos podem chegar no Brasil?

A CVM exige que as companhias abertas, com ações em bolsa, troquem o auditor a cada três anos

O caso da francesa Vivendi

Universal é um dos exemplos mais recentes (ver boxe) . As ações da empresa chegaram a cair 40%ontemnaBolsade

Paris, depois de serem reveladas suspeitas de irregularidades nos balanços da companhia. (Ler mais na página 7)

Outros – Mas o caso da Vivend não o único. A holandesa KPNQwest, do setor de telecomunicações, teve sua falência decretada neste ano depois queirregularidades emseu balançovieram à tona.

A suspeita sobre a americana Xerox, auditadapela

KPMG(que auditounoBrasilascontas dofalidoBanco

Nacional nos anos 90, e que confere as contas do nosso

Segundo Guy Almeida Andrade, presidente nacional do Instituto Brasileirodos Auditores Independentes, tanto o Banco Central quanto a Comissão de Valores Mobiliários, CVM,têm se mexido para tornar o processo deauditoria cada vez mais confiável.

Revisão externa – Uma das medidaséa instruçãodaComissão, criada em1999, que prevê a revisão externa do processo de auditoria de cada empresa independente.

Trocando em miúdos: toda auditoriaindependente passou a ser auditada, a partir de 2002, por outraauditoria. O Brasil foium dosprimeiros a adotar a medida. Rodízio – Outra medida, implantada peloBanco Centralem1996, éorodíziode auditores. Hoje,asinstituições financeiras trocam de auditor a cada quatro anos. A CVMtambém exigequeas companhias abertas–com açõesnegociadasem bolsa–substituamo auditora cada três anos.

"É umaformadetornaro trabalho do auditormais transparente", diz Fernando Cleto Duarte, gerente-geral da Superintendência de Acompanhamento e Normatização Fiscal do Banco Itaú. O anteprojetopara reformulaçãoda Lei 6.404/76, a Lei das Sociedades por Ações, poderia melhorar aimagem dasempresas deauditoria,se não estivesse parada desde 1999 no Congresso. A revisão prevê a criaçãode um órgão normatizadorde contabilidade, independente do Banco Central e da CVM.

Contabilidadeatual – Para o professor da UniversidadedoParaná eex-auditordo Banco do Brasil e autor do livro Análise de Balanços, uma boa auditoria começa na

contabilidade.Segundo IrineuDe Mula,vice-presidente do conselho Federal de Contabilidade,oplano contábil brasileiro está cada vez mais moderno.

No último dia 30 entrou em vigornormadoBC em que as práticas contábeis brasileiras para o registro de títulos e valores mobiliários passama estarafinadascom as regras internacionais.

Fórum – A expectativa do mercadoemrelação àatuaçãodos auditoresinternos e independentes é o tema do III Fórum Nacional de Auditoria Interna e Externa, que começa hoje emSãoPaulo. O destaque será a transparência dos balanços.

Gigante francesa Vivendi

Universal é o escândalo da vez

O filme é o mesmo. Mas o cenário agora é a França. O ator, a Vivendi Universal, empresa do setor demídia, quedesde ontem está com seusbalanços sobsuspeita deteremsido fraudados. A reação do mercado veio logo. Investidoreseuropeus saíram domercado. Asações da empresa desabaram, levaram os pregões da Europa para baixo e as ações daempresa chegaram a ser suspensas das negociações em Nova York. Ao retornarem aos negócios

apresentavam uma queda de 20,89%.

Acrise daVivendicomeçou a vir à tona depois que a empresa divulgou um prejuízo líquido de 13,6 bilhões de euros (US$11,81bilhões)no ano passado. Omaioracumulado por uma companhia francesa até hoje.

As suspeitas reduziram o valor demercado daVivendi em 10 bilhõesde euros.No Brasil, aVivenditem umaparceria com aAbril,maiorgrupode mídia impressa do País. (RL)

Risco: Standard rebaixa classificação

A Standard & Poor’s, S&P, reduziu ontem os ratings da dívida soberana doBrasil.A agênciacita comomotivoas pressões decorrentes do crescimento da dívida pública sobreasituaçãofiscal doPaís, em meio aocenário das eleição presidencial de outubro.

A S&Pcortouo rating de longo prazoem moeda estrangeiradoBrasil de"BB-" para "B+", que são quatro notas abaixo do grau de investimento, e o rating da dívida local de "BB+" para "BB".

"Um gerenciamentofiscal ainda mais apertado é essencialpara mantera relaçãodív ida/PIBnosníveis atuais, dado apiora do perfilda dívida domésticaeaspreocupações domercado sobreincertezas políticas", disse Lisa Schineller,analista dedívida soberana da S&P. Osmercados brasileiros têmestado agitadosnasúltimas semanas em um cenário de alta dívida pública com incertezas eleitorais, com o candidato governista e preferidodo mercado, o tucano José Serra, ainda bem atrás do líderdaspesquisas deintenção de voto,o petistaLuiz Inácio Lula da Silva. Fraga– Opresidente do Banco Central, Armínio Fraga,propôsontem, antesdeo Paístersua nota rebaixada, que o próximo governo adote

Classificados

como seu principal objetivo alcançar uma classificação de crédito(rating) conhecida como grau deinvestimento, dentro de 30 meses.

Desdea moratóriadadívida, cujarenegociação foi concluídaem 1994,oBrasil conseguiu subir no máximo dois degraus na escala de classificação dos créditos. E, neste ano, já tevesua nota rebaixada por duas agências. Questão partidária– O objetivo de alcançar o grau de investimento,segundo Fraga,deve serperseguidoindependentede quem venhaa conduzir o País, "já que não é uma questãopartidária". Segundo ele,se oBrasil conse-

Venda direta de títulos públicos pela Internet continua crescendo

guir este nível, o juro real poderá cair para 6% ao ano, sem o que "isto não épossível". Fraga acha que a aposta de atingir um nível de risco mais baixo é "simples" e, sem ela, o Brasil terá dificuldade para crescer.

Paraopresidente doBC,a fórmula para buscar o grau de investimento é a manutenção dos fundamentos básicos, boa gestão das contas públicas, superávit primário, câmbio flutuante e aprofundamento das reformas, como a tributária, que garante mais qualidade do ajustefiscal, e a da Previdência.

Ansiedade– Ele lembrou que existem problemas em várias partesdomundo, inclusive nos Estados Unidos, e que o que estamos vivendo é um momentode grandeansiedadepor razões internas ligadas ao fim de oito anos de gestão do governo FHC.

O presidente do Banco Central acrescentou que a equipe econômica está fazendo um esforço para convencer os mercados, principalmente aplicadores estrangeiros, de que o Brasil não está na berlinda.

Fraga disse que fará uma visita aos Estados Unidos enquanto oministro daFazenda,PedroMalan, iráàEspanha com o mesmo propósito. Esta notícia serviu para reduziraaltadodólar ontem. (Leiamais napágina7) (AE/Reuters)

Os investidores deram sequência em junho à corrida para sacar odinheiro aplicado em fundos de renda fixa. No mês passado, a estimativa édequeas saídassomaram R$ 18 bilhões.

Emcontrapartida, avenda direta de títulos públicos pelo Tesouro,através daInternet, continuou atraindoinvestidores, mesmoapós aexigência da marcação amercado (atualização diária do valor dos títulos pelo preço de mercado). Um dos motivos é que esses títulos jávinham sendo oferecidoscom preçoatualizado.

Deacordocom dadosdo Tesouro Nacional,as vendas acumuladas de títulos passou de R$ 22,2 milhões, no dia 29 de abril, para R$ 27,2 milhões, no dia 10 de junho. O Tesouro nãotem dados,porém, dequantos investidores decidiram vendersuas posições após a exigência da marcaçãoa mercadoequal ovolume exato de novas vendas.

Desconfiança– "Mui tos investidores devem ter ficado desconfiados e decidido vender os seus títulos", diz o analista Clodoir Gabriel Vieira, daCorretora SouzaBarros. Ele admitetersacado odinheiro que tinha investido em títulos e destinado à bolsa. "Foi uma estratégia tendo em vistaolongo prazo,umavez queospreços dasaçõesestão em baixa", explica.

O analista não aconselha a mesma postura para quem desejasacar odinheiro no curto prazo oupara quem nãoquer correrriscosmaiores do quea volatilidade oferecida hoje pelos títulos.

Rentabilidade – Quem decidiu investir dinheiroem títulos públicos diretopela Internet, assim como aconteceu comascarteiras de fun-

dos de renda fixa em geral, viu oganho doinvestimento encolhergradualmente nos últimos seis meses.

Queda – Em janeiro, quando a operação entrou em prática, quem comprou, por exemplo, Letra Financeira do Tesouro, LFT, com vencimento em 21 de janeiro de 2004, tinhaem vistaa rentabilidadeoferecida naépoca de 7,36%, para quem permanecesse comospapéisatéo diadeseu vencimento. Essa rentabilidadecaiu para 5,71%, em fevereiro; 4,42%, em março; 2,98%, em abril; e 1,47%, em maio.

Asperdas maiores,porém, foramsentidas por quemtinha LFTs com vencimento em2005.Para se ter uma idéia, quem quer vender esses papéisantecipadamente a rentabilidade bruta acumulada atéo dia 31 demaio era de apenas 0,38%.

Passageira – O analistada SouzaBarrosclassifica de passageiraa fortedesvalorização que os títulos da dívida pública sofreram nos últimos meses. "É um efeito puramente do momentopolítico", diz.

Por isso, aconselhaa permanência do investidor nessa carteiras, porque acredita que,tãologo aseleiçõespassem, os títulos voltarão a oferecer maior rentabilidade. "Esse tipode investimento é mais transparente do que investir em um fundo de renda fixa,porque o investidor sabe de pronto que título está comprando e para qual vencimento. No caso dos fundos, é o administrador quem decide que papel comprar ou vender, decisão essa que pode ser fundamental nesse momento", diz.

Compra de papéis pode ser feita a partir de R$ 200

Acomercialização diretade títulos públicos para as pessoas físicas,viaInternet, teve início no dia 7 de janeiro. A partir dessa data, qualquer pessoa comCPF ecapacidade de poupança a partir deR$ 200, tem acesso à aplicação, formada por LFT (Letra Financeira do Tesouro), LTN(Letra doTesouro Nacional) e NTN (Notas do Tesouro Nacional).Emseis meses, oTesouroNacionaljá vendeu o equivalente a R$ 27,2 milhões em títulos públicos através desse sistema. Para realizar a compra, porém,ointeressadodeve percorrer um caminho: deve procurar, em primeiro lugar, um intermediador da operação (que podem ser instituições financeiras ou corretoras auto-

rizados pelo Tesouro Nacional). Entre os principais agentesintermediadores estão, por exemplo, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. O bom desse tipo de aplicaçãoé que investidor pode se desfazerdo títuloaqualquer momento. O Tesouro Nacional garante a sua recompra. Alémdessavantage, o investidornão temcompromisso deexclusividade como Tesouro Nacional, ficando livre para revender seupapel, a qualquer momento,para a instituição financeira com que trabalhaou mesmo para terceiros. Maisinformaçõessobre o investimento estão acessíveisno site do Tesouro ( ww w. te s o u ro. f aze nda.gov.br) (AG)

Adriana Gavaça

Nervosismo permanece nos mercados

Dólar chegou a ser cotado em R$ 2,937, enquanto a Bovespa caiu 0,42% e os indicadores externos do País pioraram

O mercado financeiro brasileiro teve mais um diade volatilidade ontem, com oscilações significativasda Bov espa edo dólar comercial. Osindicadoresde riscodo Brasil tiveram outra rodada de piora.

Aconstante preocupação dosinvestidores comocrescimentoda oposiçãonacorrida eleitoral, o mau desempenho tanto do Dow Jones quanto do Nasdaq, da Bolsa de Nova York(que fecharam nos piores níveis em quatro anos) e a baixa liquidez prejudicaram o mercado ontem.

Dólar – O dólarcomercial já iniciou o dia pressionado e chegou a sernegociado a R$ 2,937 na máxima cotação do dia (mais um recorde desde o início doPlano Real). Mas, depois, reduziu a alta no fim do dia.

A moeda americana fechou valendoR$2,893para compra e R$2,895 para venda, praticamente estável, com leve quedade 0,03%. Obaixo v olumedenegóciosfoi o principal responsável pela volatilidade, já que pequenas operações de compra ou ven-

da de dólares foram suficientespara mexer com as cotações. De acordo com o diretor de câmbio da corretora Liquidez, HermannMiranda, durante a manhã a alta do dólar foi provocada por remessa de recursos de umagrande empresa para o Exterior. Riasco sobe – No horário de fechamento do mercado noBrasil,a taxaderiscodo

País calculada pelo banco americano JP Morgan estava em1.669 pontos-base, com alta de 3,66%. Os C-Bonds, principais títulos da dívida brasileira, operavam em queda de 2,65%, negociados a59,75% dovalor de face.

O dólar subiu pela manhã em função de uma remessa feita por uma grande empresa para o Exterior

Bovespa – A Bolsa de Valores de São Paulo, Bovespa, fechou em baixa de 0,42%, com Ibovespa em 10.845 pontos. A bolsa paulista foi afetada pr inc ipal men te pelas quedasverificadas em Wall Street. O índice Dow Jones perdeu 1,12% e o Nasdaq

desvalorizou 3,27%. Girobaixo – O volumefinanceiro da Bovespa foi mais umavez reduzido,deapenas R$366,9 milhões. Contribuem para diminuir o giro denegóciosnopregão paulista aproximidadedos feriados de amanhã – comemorativo da Independência dos EstadosUnidos – eda próxima terça-feira no Estado de SãoPaulo (aniversário

Paris cai 4,15% após nova fraude

Asprincipais bolsas européias sofreramontem coma baixa generalizadaprovocada pelas ações de mídia, principalmente.

Oescândalo dafrancesa Vivendi derrubou a Bolsa de Paris em 4,15%, quedaimpulsionada também às baixas em Nova York e àrenúncia do executivo-chefe da Vivendi Universal.

Depoisdo anúncioda renúncia de Jean-Marie Messier, do rebaixamento de seu rating pela Moody’s e de uma reportagem do Le Monde sobre supostas irregularidades

contábeis, asações daVivendi Universal caíram 26%.

Bancos – Outras ações que sofreram quedas fortes sãoas debancos comgrande exposição à Vivendi Universal (BNP Paribas: -9,7%, Societé Générale: -6,1%).

Nosetor detelecomunicações, as açõesda operadora de telefonia celular Orange caíram 6,2%.

Em Londres, a bolsa fechou em queda de 139,0 pontos (-2,97%).O desempenhodo mercado foi determinado pelo comportamentodas ações dos setoresde mídia,finan-

ceiro e farmacêutico.As ações do setor de mídia caíram em reaçãoàs dificuldades enfrentadas pela francesa Vivendi Universal. As do WPP Group caíram 6%, as da BSkyB recuaram 3,5% e as da Pearson fecharamem queda de 1,7%.

Mesmo destino – O analista Simon Cawdrey, da ING Financial Markets,disseque os investidores temem que as empresas britânicas de mídia tenham problemas semelhantes aos enfrentadospela Vivendi Universal. O grupo WPP, porexemplo,fez re-

centemente várias aquisições etem umadívidade 1bilhão de libras. A BolsadeMadrifechou com o índice Ibex-35 em quedade 2,61%.Analistasdisseram que asblue chips caíram emreaçãoaodeclínio acentuado da vésperaem Wall Street. Telefónica caiu 3,98%, Repsolrecuou 5,43% e BBVAfechou emqueda de 4,07%. Osentimento está realmenteruim...nosso desempenho nãofoitão ruim como de outros mercados, como Paris", disse um operador. (AE/Dow Jones)

da RevoluçãoConstitucionalista de 1932).

Embratel– As ações ordinárias da Embratel Participações novamente tiveram a maior queda do Ibovespa, de 4,8%nopregão deontem.A maior alta do índice foi CSN ON(7,8%).TelemarPN, a ação maisnegociada,encerrou o dia em baixa de 1,76%.

Rejane Aguiar

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Governo gasta mais e garante o PIB

O Produto Interno Bruto (PIB) só não acompanhou mais de perto aquedados principais componentes da demandainterna privada porque o consumo do governo aumentou,o que amorteceu a queda do PIB.

Isso significa que se os gastospúblicos nãotivessemcrescido,não sóoPIB teriaregistrado umaqueda maissignificativanos últimos dois trimestres, como a sua retração teria começado nos últimos três meses do ano passado.

"Quem procura nesses resultados algum indício de ativismo keynesiano pode recolher o argumento: o gastopúblico sobressaiu devido à inanição dos componentes da demanda privada doméstica combinada com os "estabilizadores automáticos"de uma economiaque preservaumvolume expressivo degasto público",argumenta o Insti-

tuto de Estudospara o Desenvolvimento Industrial (Iedi), na Carta Iedi desta semana. "Menos mal quesetenha evitadouma quedamaior doPIB,mas até quando o consumo e o investimento privadosestarãosubmetidosa tamanha falta de incentivo?", pergunta o Iedi.

Deacordocoma Carta do Iedi,os últimos dados do IBGE sobreo desempenho doPIB mostrama debilidade do quadro econômico com relaçãoa produção. Comparado ao mesmo trimestre do ano anterior, o PIB vem acumulando taxas negativas de crescimento hádoistrimestres (0,7% em ambos os casos).

O Iedi está mantendo sua previsão de continuidade de recuperação lenta para a indústria. No entanto, lembra que oPIB da indústria brasileira está práticamente estagnado desde 1995.

Ano perdido

Com o título A Economia, quem diria, amparada pelo gasto público , aCartaIedi pondera que já há dúvidas sobre a continuidade de um recuperaçãoda economia. Adúvida existeemfunção de ummercadofraco,dos investimentos em queda por causa do período eleitoral e, agora, da instabilidade financeira. Diante desse quadro,os dados mostramque, porenquanto,o setorexterno,apesar da quedadas exportações de bens eserviçosnoprimeiro trimestrede 2002,

tem contribuído para o crescimento do PIB. Internamente é que os indicadores econômicos mostram uma cenáriopessimista provocado pelo fracodesempenhodomercado interno, consequência direta da queda do emprego, da renda dapopulaçãoedas altas taxas de juros. No ano, aeconomiapode crescer 2%, o que é pouco e, na prática,significará maisum ano perdidoporque odobro desseíndice resultaem um empate técnico na disputa pelo emprego. a

La Nave Va

A crise financeira, apesar de artificial, continua assustando investidores, alerta um economista deum grandebanco ao revelar que nos últimos 40 dias grande partedosrecursos retiradosdos fundos foram destinadosà comprade dólar nomercadoparalelo.

Outrasfontes domercadoasseguramque maisdametade do dinheiroque saiudos fundos foi enviado para contas no exterior.Estima-seque nesse período cerca de R$ 1,4 bilhão em remessas deixaramo Brasil. Grande parte das remessas foram feitas através das CC-5 e Operação Cabo.Quemnão mandou dinheiro para fora do País e não comprou dólar, aplicou em ouro. Outros investidores, mais conservadores, transferiram o dinheiro resgatado dos fundos de investimentos DI, e mesmo as aplicaçõesemrenda fixa,paraacaderneta de poupança.

FBA mostra processamento de cana para grupo francês

A FBA Franco-Brasileira de Açúcar e Álcool, joint venture formadaentreogrupo brasileiro Cosane afrancesa Sucden,anunciou ontem, que seus rendimentos passaram de 74 toneladas de canade-açúcar por hectare em 2000 para 94 toneladas por hectare em 2001. O resultado da primeira colheita do ano passadoalcançou 15,3%em teor de açúcar. Com 3,327milhões de toneladas de cana-de-açúcar cortadas em 2001, a FBA produziu 219 miltoneladas de açúcar e 1,3 milhão de hectolitros de álcool.A produção brasileira de cana no período foi de285 milhõesde toneladas, 19 milhõesde toneladas deaçúcar e117milhõesde hectolitros de álcool.

A FBAfoiestabelecidano fim de 2000, quando a Union SDA comproudo grupoCosan uma participaçãona usinaIpaussu,no estadodeSão Paulo. Desdeentão,SDA, Cosan eSucden tornaram-se sócias emtrêsusinas.Uma em Ipaussu, uma no municípiode Valparaíso(SP) eoutra emAndradina(SP).A FBApossuiainda participaçõesnausina deSantoAntonio, em Piracicaba (SP), que está arrendada.

Visita – Nestasemana550 produtores europeus debeterreba, filiados à Union SDA, visitamasusinasda

FBA. O objetivo é conhecer a tecnologiada indústriasucro-alcooleira brasileira, a estrutura econômica, administrativaesocial, umavezque na Europa o açúcar éextraído da beterraba.

C os an –O grupoé umdos maiores produtores mundiais de açúcar, álcool e seus derivados. Alémdas usinasligadas à FBA, a empresa possui outras cinco. No ano passado, o grupoCosan produziu15milhões de toneladas de canade-açúcar, 25milhões desacas de açúcar de 50 kg e 415 milhões de litros de álcool. As

A FBA produziu no ano passado 219 mil toneladas de açúcar e 1,3 milhões de litros de álcool

informações foram fornecidas ontem pelo presidente do grupo, Rubens Mello. Franceses – AUnion SDA possui49% departicipação na Açúcar Guarani, cujocontrolepertence à Beghin Say. É um grupo europeu que processa beterraba e cereais, transformando em açúcar e álcool. Possui 12%domercado francêseexporta paratodaa UniãoEuropéia. Apartirda FBA, aUnion SDA marcou suaestréia naindústriaaçucareira de cana-de-açúcar e também nos mercadosde açúcar mascavo.

Fiat sinaliza venda da divisão de carros para a General Motors

Para inglês ver Osingleses,apartirde hoje, irão conhecer o top de linha da cerâmica brasileira. É que a Associação Nacionalde Fabricantes de Cerâmica para Revestimento(Anfacer) ea Embaixada Brasileiraem Londres promovem uma mostra de revestimentos cerâmicos. Produtos de seis empresasassociadas àAnfacerficarãoexpostos em painéis no salão de eventos da embaixada brasileira.Quatromil ingleses, nobres, arquitetos, decoradores e importadores, foram convidados para a exposição.

Para inglês ver 2 OReino Unidoéo quinto maior importador dospisos e azulejos brasileiros. Os ingleses compramanualmentedo Brasil US$ 6 milhões em revestimentos cerâmicos.Essevalor correspondea maisde 1,5 milhãodemetros quadrados de pisos e azulejos.

TROCO

SITES –O número de internautas brasileirosqueacessou sites de e-commerce em junho foi de 2,941 milhões, equivalente a 38,7% do total deinternautas domiciliares, segundo o Ibope/eRatings.

SITES 2 – Em maio do ano passado ocorreram 1,733 milhões de acessos em domicílio. Entre os internautas domésticos, 7,31% são executivos.

com Isabela Barros

SITES 3-Nos EUA,eles representam 7,36%do totalda audiência domiciliar, e8,96% se consideradaa combinação entre audiência domiciliar e no local de trabalho.

SITES 4 – Apesquisarevela aindaque queossitesdefinanças e e-commerce lideram a lista de acessos.Nos EUA os sites ligadosao turismo também têm destaque.

E-mail: jguimaraesdc@yahoo.com.br

O presidente do conselho do grupo Fiat, Paolo Fresco, deu ontem o sinal mais forte de que aempresaestáavaliando avenda daFiat Auto, sua unidadeautomotiva, para a norte-americana General Motors. Em entrevista ao jornal britânicoFinancialTimes, Fresco afirmou quea Fiat está totalmente comprometida em continuar coma Fiat Auto até 2004. Depois desse período, de acordo com o executivo, começaa valer aopçãoque a GM tem de comprar os 80% quelhe faltadaunidade.A montadora americana já possui20%de participação

nessadivisãodaFiat. Fresco acrescentou, porém, quea venda pode ser inevitável. "Se nãoarrumar acasanaFiat Autoaté2004, não vamos continuar afazê-lo",disseo presidente do conselho "Nós temosumcerto númerode opções, mas a mais provável é que nostornemos ummembro forte dessa federação que é a GM",comentou o executivo da Fiat.

Prejuízo – Emtrês dosúltimos quatro anos, a Fiat Auto registrou prejuízo operacional. A unidade também foi responsável pela perda líquida de 529 milhões de euros, o equivalente a US$ 520,2

milhões, no primeiro trimestre desteano. O resultado obrigou aempresa arecorrer a um pacote de ajuda de bancos que, segundoanalistas, favorece a venda da unidade de automóveis. GM –Enquanto écogitada comocompradora daFiat,a GMtenta levantarasvendas. A montadora divulgou o plano de juros 0% para a aquisição demodelos selecionados de2002. Em comunicado,a montadora norte-americana disse que os modelos incluem as marcas Buick Cadillac, Chevrolet, Oldsmobile, Pontiac-CGMCaté 3 de setembro. (Agências)

Renault tem metas audaciosas para Mégane lançado na França

Amontadora francesaRenault lançou ontema nova geração do modelo Mégane. A empresaesperaque oveículo alcance o mesmo sucesso de seu antecessor apesar da competiçãoe desaceleração do mercado.

A montadora investiu 2,1 bilhões de euros, o equivalente a US$ 2,07 bilhões no novo modelo, seu primeiro automóvel demassa quetem traços de seus mais carros de luxo,principalmentea curva acentuada do vidro traseiro. Durante o lançamento, que ocorreuna cidade de Douai, norte da França, onde ocarroserá fabricado,opre-

sidente daempresa, Louis Scweitzer,fixou metasaudaciosaspara onovomodelo que terá de brigar no difícil, masrentávelsegmento do mercado. A primeiraversão do novo modelo é hatch e mais adiante serão lançados o sedã e a perua.

A Renault esperavender 700 milunidadesdonovo Méganepor anona Europae prevê vendas de5,5milhões de unidades durante a existência do novo modelo, o que significa 10% de aumento em relação à versão anterior do Mégane. O antigo modelo agora está sendo aposentado, segundo o executivo.

Seconseguir alcançaressas metas,a Renaultterá 14%de participação em um segmentodominadopelo Golfda Volkswagen epelo Focus da Ford. Esse é o maior segmentodomercado automotivo, correspondendo a 35% do total na Europa.

Consultada no Brasil, a Renault informou quenãohá previsãoparaa importação ou fabricação do novo MéganenoBrasil. Atualmente, a Renault fabrica no País o pequeno Clio ea perua Scenic, que usa plataforma do Mégane, e importada Argentina o Mégane que está saindo de linha na Europa.(Reuters)

De acordo com o presidente da empresa, Philippe Duval, a chegada da empresa no Brasil foi motivada pelo crescimento do consumo de açúcarnomundoe pelaampla capacidade de produçãodo País."Não haviaespaçopara crescer na Europa", diz. Na França, a Union SDA congrega4.800 cooperados das regiões de Picardie, ao norte de Paris, e Becauce, ao sul da capital. Para o consumo doméstico, a empresa comercializao açúcarCestLa Vie e o açúcar de cana denominado SucreriesdeBourbon, assim como açúcares industriais e álcool.

Vendas mensais da Ford caem nos Estados Unidos

Asvendasda Ford Motor caíram 10,6% emjunho em relação ao mesmo mês do ano passado nos Estados Unidos. Acompanhia vendeu 337,3 mil unidades, ante as 392, 4 mil vendidas em junho do ano passado. Nos seisprimeiros meses do ano, as vendas ficaram em 1,8 milhão de unidades, 10,7%a menosque os 2,03 milhõesdomesmo período de 2001. Os números somam as vendasde carros e caminhões das marcas Ford, Mercury, Lincoln, Jaguar, Volvo e Land Rover.

No mercado brasileiro, a empresa aposta no Novo Ford Fiesta para alcançar recuperação. (AE)

Comercialização da Hyundai tem queda de 42,5% em junho

As vendas da Hyundai Motor, amaior montadorada Coréia doSul,alcançaram 93.045 unidades em junho. O volume representaquedade 42,5% em relação a maio e de 35,6% em relaçãoao mesmo mês do ano passado.

A greveparcialdemaisde uma semana organizada pelo sindicato dos funcionários da empresa, durante o mês, contribuiu decisivamente para o resultado.As exportaçõesda companhia caíram 42,4% em relação a junhode 2001 eas vendas domésticas diminuíram 27,2%. (AE)

Tsuli Narimatsu
Mello, presidente da Cosan (ao microfone), e Duval, da Union SDA (ao fundo), apresentaram os resultados da FBA
Paulo Pampolin/Digna
EM

Homem já tem atração por sapatos

Para satisfação dos fabricantes, o consumidor adquire hoje mais pares, preocupando-se em seguir a moda da temporada

Eles ainda estãobem longe da verdadeira paixão que as mulheres têmpor sapatos.

Mas nem mesmo elas chegam a ser uma Imelda Marcos (exprimeira dama filipina que tinha 3.000 pares) ouuma

Cláudia Raia(cerca de 300 pares).Mas oshomensestão se tornando consumidores mais assíduos. Os tempos dos calçadosbásicos –pretoe marrom – começam a se distanciar. Hoje, o homem quer sim seguir tendências da modae terumasapateiramais cheia de modelos e cores, confirmam satisfeitos os fabricantes.

Carlos Brigagão,presidente da Sândalo, diz que essa mudançade costumevemse registrando de uns três anos paracá. A empresa registra

um crescimento de cerca de 30% na quantidade de modelos das coleções masculinas, paraatenderesse novo consumidor. Romeo Bonadio, gerente de marketing da Louis Vuitton Brasil, também observou essa alteração. Ele ressaltaque ohomem segue até a modinha, aquela tendência que impera durante umatemporada.A atual? Coturno, diz Bonadio. Usado com jeans ou terno. Até mesmo na Casa Eurico, especializada emtamanhos grandes (do 44 a48 para homens), foiobservado omesmo interesse masculino. Irani GuimarãesMoreira, gerente comercial, diz que o homem é mais exigente hoje e se preocupa com a moda. O que ocorrenaempresaé queo

cliente manda produzir, em tamanho maior, modelos semelhantes aos das coleções da moda. Ascoleções que tinhaem tornode 20a 30modelos a cadatemporada, hoje têm centenas, destaca Irani. Vitrinese pés –Não há

pesquisas sobre otema, mas Brigagão diz que basta observaras vitrines das lojase os pés masculinos pelas ruas para observar aprofusãode modelos. AténoNordeste, ressaltao empresário,já se nota apresença demoda se-

Coleção para vestir-se como Guga

Se o sonho do consumidor, infantilou adulto,évestir-se comoo tenistaGustavo Kuerten nãohá maisnenhumadificuldade paraisso. Éa que Olympikus está lançando a linha Guga Kuerten TennisProfessional, composta por tênis, roupas e acessórios. Desenvolvida em parceria com o próprioatleta, a linha com tecnologia de alta performance, está ao alcance dos fãsnovarejo. SãopeçasusadasporGuga dentro efora das quadras. Na linha de calçados, o destaque é oOlympikus Tênis

A coleção de roupas com o nome do mais famoso tenista brasileiro inclui roupas usadas dentro e fora das quadras, além de acessórios como munhequeira e testeira e meias.

NOTAS

Novo sistema facilita uso de desodorante

Toda a linha de desodorantes masculinos Axe em spray está com uma nova embalagem. Trazendoo moderno sistema pu sh- pul l , elas dispensam atampa, que tanto incomodava o consumidor. Com o novo sistema, patenteado pela Unilever, basta empurrar com o dedo polegar uma pequena alavanca na partesuperior da embalagem, que tem leves ranhuras, eapertar ofrascopara queo jato saia. (BA)

Para atrair jovens fora do volta às aulas

Detectado queopúblico jovem é ávido por novidades, aBicquebra oparadigmada sazonalidadeno setor papeleiro elança produtospara esse consumidor. Chegam ao mercado: aesferográfica Bic Shimmers Grip, em cores fluorescentes e grip emborrachado; aBic Intensity Clic, caneta retrátil com tinta gel; a Bic XXL com corpo mais largo; a fita corretiva Bic Exact Liner, em formato de caneta e a lapiseira Bic. (BA)

Pro 805Saibro, comcabedal de artificial skin com brilho e forro especial de controle de temperatura esecagem rápida. Possui sistema de amortecimentoeécerca de30% mais leve que os tênis existentes nomercado.Disponível em grade de numeração que varia do 28, para atender ao público infantil, ao 45. Cores exclusivase sete opções de modelos.

Quadras –No saibro,otenista usa agasalho Guga Clay, jaqueta VerãoGugaClay, bermuda Jogo Guga, t-shirt Jogo Guga, t-shirt Treino Guga, blusão Treino Guga e cap Treino Guga. Microfibra e algodão são os tecidos utilizados, trazendo a tecnologia Dry Action daOlympikus, que mantém o corpo na temperatura ideal. A linha Active Wear inclui pólo, t-shirte bermuda GugaTechi, além de raqueteiras, caps e moletom.

Para as quadras de grama, a coleçãoGuga incluipóloe bermuda, confeccionadas em microfibra, também com

Bebida em lata para conquistar mercado

Com o objetivo de dar ao produtoum visualmaismoderno e oferecer praticidade ao consumidor, o Grupo Tatuzinho lança a versão lata do First Ice, bebida de baixo teor alcoólico à base de água gaseificada, aromasespeciaise vodca. A medida visa também a entrada do produto em casas noturnas e eventos, já queem algumascidadesnão épermitida avenda debebidas emvidro, embalagem original do produto. (BA)

a tecnologia Dry Action. A bermuda em Tactel possui vivos refletivos nalaterais e logo bordado. Acamisapólo tem abertura frontal em zíper e logo em silk. A coleção completa-se com os acessórios como meias, munhequeiras e a testeira. Dá para montar um guarda-roupa completo com a marca do ídolo. (BA)

guida em São Paulo, o pólo irradiador. Segundo ele, atualmente o consumidor adquire maiscores claras,como uísque, carameloe gelo,não se limitando aosclássicos preto e café. Bonadio, da Louis Vuitton, destaca que há alguns ícones quepermanecemnas coleções, acrescentandoalguns detalhes, mas sempre há novidades.

Irani, da Casa Eurico, diz que ohomemtambém não usa apenas sapato social, abre espaços para tênis,calçados esportivose modelos variados, não se limitando aos sapatos de amarrar ou sem laço. Ointeresse por moda existe em clientes de todas as idades naCasa Eurico.Brigagão confirma a preocupação nas várias idades, mas pesquisa qualitativa, feita em São Paulo, apontou que até os 60 anos de idade oconsumidor se preocupa com amoda. Depoisdessa faixa,eles selimitam aos clássicos.

Já na Louis Vuitton, segundo Bonadio, osapato da moda éadquiridopelojovem executivo, na faixa dos 25 aos 40 anosde idade.Acima disso,o consumidoroptapelos clássicos. Em setembro, a loja da Louis Vuitton da Haddock Lobo,abre osegundoandar,

totalmente dedicado à roupase sapatos.Os preçosdos calçados da cobiçada marca situam-se emR$1.200. Na Casa Eurico os preços variam de R$ 32 a R$ 170.

I nv e rn o – Asvitrinesda LouisVuitton mostrammodelos abertos, lembrando a elegância dos anos 50; mocassins e sapatos tipo clássico maisformais.Lona, couro e veludo decouro debezerro surgem na versão do sapato trainer, queapresentauma segunda lingüetadobrandose sobre os cordões. Disponível nascores azulmarinho e branco. Há ainda osapato costurado goodyear, inspirado nos mocassins artesanais, em preto ou marromcafé, com ponta levemente quadrada.

A Sândalo oferece as linhas Ferrara que usa viras e pespontos como detalhes, em várias opções decouros e cores e aVersani,em modelagemmais alongada, evidenciada por recortes, além do bico arredondado,fica entre o clássicoe o casual.Na coleção da Casa Eurico há modernos sapatênis(sapatos com cara de tênis) e sapatos com palmilhas recheadas de gel.

Sapato costurado goodyear, produção artesanal da Louis VuittonAberto, ao estilo mule, para o homem que gosta de acompanhar a modaLona, couro e veludo de couro de bezerro no trainer da Louis Vuitton
Beth Andalaft
Recortes marcam a linha VersaniPespontos destacam a linha Ferrara
D ivulgação

Lojas inovam para atrair consumidor

Playgrounds, prosseco, pistache e entregas em domicílio durante a madrugada melhoram o relacionamento com os clientes

Como agradar o cliente? As estratégias usadaspelas lojas estão cada vezmais ousadas.

Asações vãodesde acriação de playgrounds para entreter a criançada até entregas em domicílio no meio da madrugadapara umcliente queesqueceu o presente da esposa. Vale tudo para conquistar o consumidor.

Segundo o consultor SérgioAlmeida, autordo livro

A h!Eunãoacredito– Como cativar o cliente através de um atendimento fantástico ,o atendimento criativo setornou umacompetênciada empresa."Os produtosestão ficando muitoparecidos, em preço e qualidade.O atendimentocomum, todasasempresas fazem. Oque os empreendedores precisamfazer é surpreender, encantar o consumidor na hora de atender", afirma Almeida.

Na rede de lojas de roupa infantil Tyrol, de São Paulo, a solução para agradare fidelizaros clientes foi instalar playgroundspara ascrianças brincarem enquantoos pais fazem compras.A redeé for-

madapor20unidades no Brasil.Na lojade BeloHorizonte, Minas Gerais, inaugurada há um mês, foi montado um parque ao ar livre. Durante a semana, as crianças se divertem no campode futebol,nacasa debonecas eem outrosbrinquedos que não oferecem riscos à molecada. No finais de semana, os donos da loja promovem festas temáticas, leitura de livrose aapresentação de artistas de circo.

Outra ação daTyrol foi cativar as mulheres no período de gestação. As lojas da rede fazemvendase entregasem domicílio."Muitas grávidas não podem se locomover até à loja. Nesse caso, enviamos vendedoras com catálogos de enxovalaté elase depoisentregamosemcasa", dizUri Dayan, diretor da Tyrol. Comes ebebes – D oc es , balas e chocolates não faltam nas unidades da Tyrol. Todas as novas lojas da rede têm um bar que serve água, chocolate pronto para beber, sucos de fruta,balas ebolachas."Selecionamos asguloseimas que

cursos e seminários

Dia 4

Planejamento e organização de empresas de serviços contábeis – O curso é direcionado a profissionais da área contábil. Duração: 12 horas, das 9h às 18h. O seminário acontece nos dias quatro e cinco. Local: Sindcont, praça Ramos de Azevedo, 202, Centro. Preço: R$ 80. As inscrições devem ser feitas a partir de hoje pelo telefone (11) 3224-5124.

Dia 16

Programa de atualização do varejo – A proposta do curso é reunir empresários edirigentes do varejoe daindústria que operamem outras regiões do País e que querem aprimorar seus conhecimentos de gestão e operação. O programa também pretende proporcionar ao varejista a possibilidadede identificarpotenciais deexpansão,detectarnovas oportunidades denegócios em sua regiãoe ampliar sua redede relacionamentos.Duração: 30horas,nosdias 16,17e18as palestrascomeçam 8h30 e terminam 18h. No dia 19, o curso inicia 9h e encerra 17h. Todosos diashápausa deuma horaparao almoço.Oevento vaiser feito pela consultoria Gouvêa de Souza. Local: Flat The Hill, avenida Giovane Gronchi, 5.201. Preço: R$ 2.760. As inscrições devem ser feitas a partir de hoje pelo telefone (11) 5501-3737.

as crianças gostam de comer", afirma Dayan. Para Almeida, essas estratégias funcionampois geram conforto ao consumidor. "Se oclientepodecomprar sem sepreocupar com filho que estábrincando, comendo dentro da loja, ele vai se sentir mais confortável", afirma.

Na rede deroupas finas femininas Krishna, do Riode Janeiro,os consumidores também se deliciam entre prosseco epistaches. Os clientes até opinam no tipo de vinho que preferem consumir. Mas,quem pensaque a comida foi escolhida aleato-

riamente, está enganado. A opçãofoipor alimentos que não fizessem muita sujeira. Outraação da Krishna é orientar os clientes a comprarem peças, em outras empresas,quecombinemcom a roupa que foi adquirida na lojada rede.Asfuncionárias levamas consumidoraspara comprar, por exemplo, sapatose outrosacessórios."As profissionais, principalmente as que trabalham em shoppings, sabem o que as outras lojas oferecem. Assim, fica mais fácil levar os clientes ao lugar certo", afirma Paulo Roberto Dias, diretor comer-

cial da rede Krishna. Saber ouvir – Na Krishna, as sugestões das clientessão levadasa sério."Vamosmudar nossa próximacoleção por causa das sugestões das consumidoras", afirma Dias. Segundo Almeida, saber ouvir o cliente é um grande diferencial na hora do atendimento. "Imagine uma cena. Você pede cervejae o garçon traz coca-cola. Esse é um profissional que não ouviu o cliente. Com certeza,o consumidor vai ficar chateado", afirma o consultor.

Designer de jóias serve chá e entrega peças em domicílio

A designer de jóias Patrícia Centurion,deSão Paulo, já entregou peçasde madrugada para um cliente que precisava da jóia para presentear a esposa. "Procuro estabelecer uma relação de amizade com as pessoas", diz Patrícia. Aprofissional sóatende clientes com hora marcada. O ateliê fica numa casa aconcheganteem SãoPaulo.Antes demostrar asjóias, Patrícia leva as pessoas para tomar chá, café ouágua numa varanda.Durante obate-papo, a empreendedora anota tudo

O ASSOCIADO É NOSSO

Dirigido a empresas e instituições financeiras, o serviço informa, em tempo real e com baixo custo, dados sobre a razão social, consultas anteriores, registros de débitos informados pelos usuários, títulos protestados, empresas com atuação duvidosa, além de confirmar endereço e CNPJ da empresa consultada.

o que o cliente fala. "Uso a conversa para conhecer melhor a pessoa. Gostodeouvirparasabero que apresentar a ela", afirma Patrícia. O conhecimento que a designer tem dosclientes faz comque amaioria delesvire seus amigospessoais. "Estou semprepresente nosmomentos importantes davida daspessoas.Quando secasam,façoas alianças.Setêm um filho, também faço uma peça.Porisso,a relaçãose torna intensa", afirma.

Intimidade – Para uma

cliente quese casa hoje,em São Paulo, Patrícia,alémde fazer asjóias quea noivavai usar, está emprestando um xale paraela seproteger do frio antes de entrar na igreja e é convidada especial do casamento. "Meus clientes cobram minhapresençanas festas", afirma Patrícia. Segundo o consultor Almeida, para negócios como o de Patrícia, a melhor receita é estreitar orelacionamento com cliente. "É preciso fazer as pessoas se sentirem em casa", afirma. (CM)

Empresa de saúde vai até residência de pacientes

Atendimento médico em casa. A empresa Ganep (Grupo de Apoio de Nutrição Humana),de SãoPaulo,está atendendo ospacientes em casa. Um dosobjetivos é manter os doentes perto do carinho dos familiares.

Antes de oferecer o serviço, osprofissionais daGanepfazem uma avaliação do paciente e da casa onde ele vai ficar. Primeiro os médicos avaliam se o paciente pode ser tratado em casa. Depois, a casadafamília passa por uma checagem.

Na residência do doente, uma enfermeira verifica a limpezado ambiente,setem água,seprecisa dereformas nas portas. No caso do uso de cadeira derodas,é preciso alargar as portas. Se estiver tudo certo,o clientevai para casa acompanhadodeuma enfermeira.

O Ganep atende 30 pacientesemSão paulo.Atéofinal doano,segundo omédico DanWaitzberg, diretor da empresa, ameta éadministrar 50 leitosresidenciais. Os casos mais comuns de atendimento residencial são câncer, acidentes cardiovasculares e deficiências físicas. (CM)

Whisky Escocês Litro a partir deR$33,00

Vinho Português Quatro ParrasR$5,90

Vinho Português MessiasR$9,90

Vinho Do Porto Dom JoséR$19,90

Vinho Italiano Lambrusco Amabile D.O.C.R$9,90

Vinho Italiano Frascati D.O.C. SuperioreR$9,90

Vinho Italiano ProseccoR$19,90

Champagne Francês Veuve Du Vernay ISO 9002R$39,90

Champagne Italiana AstiR$29,90

Vinho Chileno Santa Carolina ReservadoR$9,90

Vinho Italiano Merlot CabernetR$19,90

Licor de Pessêgo ItalianoR$19,90

Vinho Nacional Muraro (Bento Gonçalves)R$5,90

Fluid ultrapassa meta de crescimento após

fechar contrato com AmBev

A Fluid Brasil, empresa nacionalespecializada na implantaçãode sistemasdetratamento de água para abastecimento industrial, acabade fecharum contratocoma AmBevpara instalarumsistema exclusivo na produção da água Acquafine da Pepsi. Com o negócio, a Fluid Brasil já alcançou em junho o faturamento projetado para todo oano:R$15milhões. No ano passado foram obtidos R$ 12 milhões de receita. As expectativas sãopromissoras. Tanto que a meta de faturamento da Fluid para 2005, de R$ 25 milhões, também será antecipada. O desempenho éresultado, segundo o gerente geral da empresa, José Eduardo Rocha, da adaptação dos produtos e serviçosàsnecessidades de diversos tipos de empresa.

Proposta – Nocaso donegócio coma AmBevfoi afabricantes debebidas quem estabeleceu oprimeirocontatoindicando interessepelos produtos da Fluid Brasil. O projeto da empresa foi submetido àavaliaçãodaPepsi Internacional, detentora da marca Acquafine.

A água mineral é tratada na fábrica da AmBev,no município de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.Ostermos de cumprimento do cronograma e dos métodos de implantação donovo sistemaforam determinados pela AmBev.

Nutty se estabelece no Brasil com as franquias móveis

A The Nutty Bavarian, rede americanadefranquias de alimentos como amendoim, castanhaounozes salgados ou cobertos dedoce, se estabeleceu no País investindo no formatomaissimples àdisposição no setor hoje: as franquias de pequeno porte.

A Fluid possui mais de 300 equipamentos para tratamento de água instalados em empresas de grande porte no Brasil. Rocha explica que a empresafornece sistemas de tratamento de água para diversos setores, como o de usinas termoelétricas,indústria dealimentação, farmacêutica, química, petroquímica, de papel e celulose.

O setor de termoelétricas impulsionou crescimento da Fluid Brasil no ano passado. As empresas tiveram mais demanda por águapois utilizaram toda a sua força produtivapara suprirasdeficiências do racionamento.

Exportações – Paraopróximoano,a FluidBrasilpretende ampliarseucampo de atuação. A empresa já iniciou negociaçõescompaíses como Chile e Venezuela e vai fazer contato com países da Áfricae OrienteMédio para começar a exportar.

Paula Cunha

Embraer mantém metas apesar de novos contratos

AEmbraer, quartamaior fabricante mundialde aviões comerciais, mantém sua previsão de entregar 135 jatos em 2002, ante os 161 do ano passado, apesar de a empresa ter anunciado recentementeo fechamento dedois grandes contratos. "O mercado continua instável.Por issonão éo caso deaumentar aprevisão. Se nós formos revisar para mais, teremos queesperar mais tempo", disse ontem o presidente da Embraer, Maurício Botelho. Em junho, a empresa brasileira anunciou a assinatura de um contrato coma Wexford Capital LLC com encomendas de22jatos,novalorde US$350 milhões, além da vendade 12jatospara aAlitalia por US$ 250 milhões.

Botelho reafirmou ontem, durante seminárionaFiesp, que a Embraer está nos passos finais para o estabelecimento de uma joint venture na China para implantar a planta de montagem de aviões.

O executivodisse quesua empresaestásendo beneficiada pela alta do dólar, já que 97% do faturamento da Embraer é em moeda estrangeira. Botelhoadmitiu,porém, que os efeitos da desvalorizaçãodamoedabrasileira no longoprazo podemprejudicar o mercado corporativo.

A American Eagle Airlines, afiliada da American Airlines, iniciou ontemdois dos cincovôos darotaDallas/FortWorth eLaredoque serãofeitoscom jatosEmbraer ERJ-145. (Agências)

T oy ot a – Opresidenteda Toyota MotorCorporation apresentou ontem onovo modelo compacto da Van Probox.Ocarrofoi exposto em um showroom da companhia emTóquio,capitaldo Japão. Nasegunda-feira,foi

iniciada a comercialização dos veículos Succeed e Proboxque, segundoamultinacional japonesa, são os modelos comerciaisque revolucionarão oconsumo de veículos desteporte duranteo o século 21. (Reuters)

São pontos-de-venda normalmente restritos aum quiosque ou carrinho, caso da Nutty. A empresa possui 80 carrinhos com os seus produtos nos shoppings e aeroportos do Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte.A estratégiaé investir emartigos de forteapelo decomprapor impulso, comcustosiniciais bem mais baixos que numa franquia tradicional.

No próximo mês, a empresa estará lançando um formatoainda menor de vendade seusprodutos: oNuttyExpress.O equipamentoconsiste num pequeno balcão para a venda dos amendoins e castanhas emlocais comocinemas,cafeterias e parques de diversão. Nesse caso, a estratégia é de oferecer o Nutty Expresssob omodelode licenciamento e não franquia.

"Estamos em locais onde há grandefluxo deconsumidores, como áreas de passagem, próximas de acessos comoasescadas rolantes",explicaa masterfranqueadada empresa paraa América do Sul, Adriana Auriemo.

C u s t os – A grandevantagem desse tipo de franquia é que não há necessidade de altosinvestimentos nopontode-venda. SegundoAdriana, o investimento básicopara a abertura da franquia/carrinhodaNuttyé deR$25mil, incluindotaxa defranquia, quiosque e equipamentos. A empresáriaestima umfaturamento mensal deR$ 9 mil para os pontos da marca.

Cada carrinho daNutty possui uma panela torradeira para preparar os produtos,

com dois funcionáriosse revezandoacada turnopara atender os clientes."Os nossos franqueados são pessoas quejá trabalham emoutros lugarese estão à procura de renda extra, sob custos operacionais baixos", diz.

A localização em pontos de grande circulação de clientes nos shoppings nãoé100% garantida às franquiasde pequeno porte. "Os contratos

Coca-Cola tem recurso sobre antitruste rejeitado

Umalto tribunaladministrativoda Itáliarejeitouuma apelação da Coca-Cola contestando resultadosdeuma investigação antitruste, uma multa de US$16,1 milhões e exigência de alterar práticas de marketing e vendas. A gigante de bebidas esperavalimpar seunome apósa autoridadeantitruste daItália ter declarado a companhia e suas principais engarrafadoras culpadasporpráticas de comercialização anticompetitivasemdezembro de 1999.Masapesar dea Coca ter vencido asapelaçõesem outros casos,dessa vezduas foram rejeitadas.

A decisãodo principaltribunal administrativo é final. Um representante do Conse-

lho de Estado da Itália confirmou a decisão, mas disse que ela ainda não foi publicada. Um porta-vozdaCoca afirmou que amulta foi paga depois da determinaçãooriginal. A companhia e suas engarrafadoras tambémmodificaram práticas comerciais que os reguladores classificaram como anticompetitivas, como acordos especiais com varejistas, segundo porta-voz da Coca-Cola, Jon Chandler. "Nósvamos continuar a trabalhar com as autoridades para seguirmos a regulamentação", disse Chandler. A Itália é umdos maiores mercadosparaa Coca-Cola.Aempresa possui atualmente 46% de participação no mercado de bebidas do país. (AE)

maio

é "Quem bebe Grapette repete", ao contrário do que foi publicado.

de locação têmcustos elevados esão maiscurtos, com possibilidade de mudança do ponto", dizAdriana. Nocaso da Nutty, o custo com aluguel pode chegar a 50% do faturamento do quiosque.

Cuidados –Segundo o consultor André Giglio,da consultoria Francap, é precisopensarno retornodoinvestimento dasfranquias de pequeno porte. "Melhor ava-

liarantes deentrar nonegócio",diz.Outra dicaépensar namobilidade. "Seaestrutura for simples, é possível mudar rápido de ponto", diz. Ele cita as franquias Crepe de Paris e TheWaffleFactory sob formato dequiosque. ACrepe pede investimentos de R$ 46mil aR$ 60mil ea The Waffle de R$ 62,5 mil.

Isabela Barros

Telefônica já faz ligações para outros Estados

A Telefônica começa hoje a oferecerligações deSãoPaulo para outros Estados. A previsãoanterior eraquecomeçasse na quinta-feira. A licença recebida nesta semana completa oserviçode longa distânciada empresa,quejá oferece ligações internacionais desde o começo de maio. O serviço nacional havia sido bloqueado por uma liminar obtida pela Embratel. A autorização concedida pelaAnatel nesta semana permite que aoperadora inicieoserviço antes que a ação da Embratel seja julgada. (AE)

Adriana: The Nutty Bavarian transformou carrinhos em franquias e já possui 80 pontos-de-venda em todo o Brasil
Paulo Pampolin/Digna Imagem
Haruyoshi Yamaguchi/Reuters

ANÁLISE João de Scantimburgo

O futuro da democracia

Não souotimista sobreo futurodademocracia, ao menos na América Latina e na África. O nissei americano que anunciou, inspirado pelohegelianismo malassimilado, que a história havia acabado, teve enormedecepção, ao ser obrigado a mudar deopinião,pois nuncaa históriaestevetantoem movimentoquando em nossos dias, sobretudo depois do ataque às torres do WorldTradeCenter de NovaYork,no dia11desetembro do ano passado.

A democracia, sobre a qual Winston Churchill introduziu no discursode 24 dedezembrode 1964da rainha Elizabeth afrase famosa– queelesabiafazêlos admiravelmente bem –, que nãoera omelhor regime, mas era melhor do que os demais, essa democracia é ainglesa, não é ado continente americano, com exceção do Canadá, nem da África, sobretudo da África negra, nem dealgunspaíses daÁsia,como os do sudeste asiático, com suas revoluçõese seus governos instáveis.

A democracia do continente americano sofre e sofrerá, aindapor muitos anos,oupor muitas déca-

das,o peso freadordo desenvolvimento imposto pelapobreza demilhõesde habitantes, na sua maioria desqualificados parao trabalho eficiente. Em pior situaçãoestá aÁfrica,especialmente a África negra, onde num só país,Sierra Leone, indivíduos desalmados aleijavam com machado seusinimigos ou simplesmente pessoas com asquais não simpatizavam.

A democracia reclama educação, a tolerância como princípio,vê origoroso respeito aos dinheiros públicos, o comportamento honrado, portanto oque não aceita propinas, que, de resto, não devemser oferecidas. Mas a democracia reclama, sobretudo, o respeito da pessoa humana, os seus direitos, a sua posição no quadrosocial, oamparo do Estado à família, à educação, e à segurança como um freio à maldade humana. Emsíntese, sintetíssima, a democracia éisso. Tê-laemos daqui a quantos anos?

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

A libanesa e 32

Quando se aproxima o 70ºaniversário da Revolução de 32, lembro-me de um fato que se passou no sul de Minas Gerais, local de combatesentretropas paulistas emineiros. DonaVitória era umalibanesa que aos 80anostinha aparênciade 60, disposição física de 40, ideaisdejuventudee deum dinamismo fora do comum. Mulherde certainfluência na cidade,era convidadanas festas religiosas, a promover a quermesse, de iniciativa católica, em benefício de alguma instituição de caridade,enquanto dirigia com pulso de um economista a Sociedade das SenhorasOrtodoxas, também de fins beneficentes.

A sua casa localizava-se à beira de um ramal da Estrada de Ferro Mogiana,na periferia da cidade.

Estoura arevolução.Com o desenrolar das hostilidades, o pomar da casapassou a ser passagemobrigatória tanto detropas mineirascomo paulistas, dependendo dos avanços erecuos das mesmas.

Dona Vitória,com suacoragem e disposição de sempre, percebendo que os soldados mineirosestavam sem provisões, com fome e cansadosnão teve dúvidas. Mandou abriro armazématacadista dafamília nocentro da

Aproveitar o Carandiru

Está aí um problema criado com a melhordasintenções, por professores da USP. A transferência docomplexo do Carandiru, em fase de desocupação, à Universidadede São Paulo e outras instituições a elaligadas, parafuncionarem em ambiente mais amplo.É uma idéia que brotou num dos membros do corpo docente, naturalmente, e que recebeu a acolhida de todos os seus colegas. O Carandiru, que o governador queria derrubar e vender oterreno,seria bemempregado.

Mas, seria, mesmo, bem empregado o Carandiru, em atividades universitárias, cientificase pesquisadoras? Com os prisioneiros que por lá passaram durante anos, o Carandiru teve péssima fama. Era visto comouma fortaleza docrime, onde estiveramou estavam recolhidos, cumprindo pena ou a tendo cumprido, por crimes cometidos, muitas vezes, sem motivoalgum, ou por motivodesomenosimpor tância.

Que aUSP einstituiçõesa ela ligadas estão necessitando

de espaço para receberem mais alunos e mais pesquisadores não há duvida. Mas seria o Carandiru ocomplexo imobiliárioideal paraesse fim,ou uma construçãonova, bem preparada consultaria melhor os interessesdos professorese alunos que viram nessaidéia uma inspiração luminosa,relativamente fácil de seratendida, por jáexistiro edifício. Bastando, apenas, adaptá-lo, segundo as plantas que seriam elaboradas.

Enfim, o problema vai ser estudado suficientemente pelos técnicosdogovernoeo próprio governador, que já foi universitário,poisque émedico, tambémparticipará dosestudos. Se for viável,que se aproveiteolocal ondeviverame conviveram milhares de delinqüentes,osdehoje transferidos para prisões distantes uma daoutra, a fim deque as penas sejam cumpridas distantes dos centros de aglomeração, como era o Carandiru. Não creio que seja difícil chegar a uma conclusão.

João de Scantimburgo

Por que mais um MBA?

cidade, que nesta altura, estava desertacom todaa populaçãotemerosa, presadentro dascasas,retirou deláenormesfachosde ferroemantimentos,e passoua cozinhar para os famintos soldados, no espaçoso quintal.

Coma evoluçãodoscombates,os mineiros seretiraram e vieram os paulistas, que tambémeram alimentadose abastecidos porestaexemplar mulher.

Cessadas as hostilidades, dona Vitória teve que enfrentar outra revolução: a acusação de colaboracionista com oinimigoe aameaçadepuniçãopelas autoridades. No interrogatório a que elafoi submetida sozinha e indefesa à frente dos sisudos militares, ela selevantou e emalta voz, dedo emriste,disse aocomandante:

"Sou uma libanesa e mãe de sete crianças e,como tal, todos os soldados, sejam mineirosou paulistas,sãotambém meus filhos que precisam ser alimentados. Se for preciso o farei de novo".

Disse e saiu da sala ante os olhares perplexos dos vitoriosos militares que nada mais fizeram contra ela.

Ela chamava-se Vitória Silva Farah, minha mãe.

Reynaldo Farah é conselheiro da Distrital Butantã da ACSP reynaldo.farah@bol.com.br

Os artigos enviados à Redação do DC para eventual publicação devem conter no máximo2.800caracteres,sedigitados,ou40 linhasde70 toquescada,se datilografados.

Ascartas àRedaçãosomenteserão publicadas se contiverem,alémda identificação do missivista, endereço com rua, número, bairro, CEP e, se possível, telefone e rg. As cartas poderão ser resumidaspela redação, publicando-se, apenas o essencial. Os originais não serão devolvidos.

S empreque participocomo professor emMBAs asperguntas que sempresurgem por parte dos alunos são: estou realmentemelhorando meudiferencial competitivo? O tema escolhido é o melhor para a minha carreira? Como e quando a empresa que está financiando meu estudo terá o retorno do dinheiro investido? Os conhecimentos e competências que estouadquirindosãoas adequadas para fazerfrenteaos atuais desafiosdomercado? A instituição que oferece o curso é centro de excelência com tradição em curso de tal relevância? As respostassão complexase passampelas capacidadespessoais do aluno, mas alguns pontos devem ser antes analisados. As mudançasqueatualmente ocorremestão transformando omundo para sempree, em particular,o mundodosnegócioseo modo como produzimosnossosbense serviços.O ciclo de vida de um produto estácadavezmenor, podendo chegar, emalguns casos,a meses ou semanas; as encomendas são cada vez menores tendendo àunidade. Nesteambiente,como é possível desenvolver processos queotimizem aqualidade, a produtividade e o custo?

Percebe-se, portanto,que os profissionais envolvidoscom esta realidade têm obrigação de adquirir os conhecimentos técnicose administrativosnecessários para,não sópoder realizarsuas tarefas,mas paratambém inovar e ficar além da concorrência.Necessitamos de sistemas maisexpeditos,mais flexíveis emais dinâmicos.Temos que controlar e melhorar osprocessos deproduçãoenquanto produzirmos com mais flexibilidade, livre de defeitos e a um custo menor. Neste contexto,a administração da atividades produtivas que, no passado, merecia pouca atenção da gerência da empresa e raramente era levada em conta nas estratégias donegócio, nomarketing, nodesenvolvimento do produto, assume hoje um papel vitalno sucesso do negócio.

A Gestão de Operações é hoje umcampo interdisciplinarde investigaçõesrelacionado àarquitetura,planejamento, operaçãoe controlede sistemasde operações. Atualmente os termos produção eoperações são de certamaneira superpostos. Lidamos, em sistemas operacionais, nãosomentecoma criação de bens, mas também de serviços. Dentro deste enfoque compete à Gestão de Operações oprojeto, implantação, operação, melhoria ea manutenção desistemas produtivos integrados de bens e serviços, envolvendo pessoas,materiais, tecnologia,informação e energia.

AGestão deOperaçõespossuiresponsabilidades emtodas asatividades da organização que contribuem paraa produção de bens e serviços. Algumas destas responsabilidades são diretas,istoé,ocorrem dentro das fronteiras tradicionais da função "produção", como o planejamentoeo controleda produção; outrasresponsabilidades sãoindiretas,interagindo com outras funções da organização.

Por mais eficientes que a empresa e o profissional sejam, para se conseguir a liderança neste mundo de rápidas mudanças, requer-se deleahabilidadede fazer as coisasacontecerem. Você tem que saber quando e onde aplicar os conceitos para atingiras metasdaorganização.

Atualmente, o nosso País buscaautonomianos planos político, econômicoe tecnológico. A consecução desses objetivos passa pela organização das empresas para competirem nos mercadosinternacionais, assim, a dinâmicado desenvolvimento industrial gerou a necessidadede umprofissionalcom visão integrada ao sistema de produção que, a partir de uma sólida base conceitual, numa postura crítica e criativa, possa gerar novos modelos e sistemas, necessários a uma realidade em constante evolução.

é professor da Escola Politécnica da USP

Ainda a Copa. Faltou dizer Adespeito de muita bobagem quepossatersidoditano calor dapaixão do futebole da suacobertura jornalística,a mídianacional deuumbanho nesta Copa doMundo. Na televisão a Globo foi soberana, até porque foi a única emissora que comprou os direitos de transmissão. No rádio, aqui em SãoPaulo, aBandeirantes transmitiu com brilho.E a Jovem Pan inovou. Não tendo os direitos de transmissão organizou debates com técnicos, campeões mundiais e deu conta de manter a motivação acesa. Ouvi, em todos elas, muitas bobagens. Como todos as falamos quando se abre um microfone e há tempo a preencher. Mas, o rescaldo, o saldo, é positivo.

Televisão

Dizemquea Globoteria perdido muito dinheiro com o custo da transmissão exclusiva da Copa. Em compensação, foi de umacompetênciaextraordináriana coberturadiária e transmissãoda Copa.Criou uma empatia entre a emissora, a seleçãoe atorcida brasileira, tantoaqui quantona Coréiae Japão,quesaiu porcimadesta Copa do Mundo, eliminando devez qualquerconotaçãode pé-frio ou bobagens semelhantes.

Perdoados

As bobagens, os excessos, estão todos perdoados. Só quem nunca trabalhou em rádio e televisão sejulga a salvode dizer asneiras,de vezemquando, nosmicrofones. Orescaldoé positivo.

Despeitados

Fico imaginando os jornalistas, críticos, esportistas, até torcedores, despeitados, que misturam ideologia política comtrabalho dedicado.Que confundem seus interessese paixões pessoais com a isenção que não conseguem ter. Estão mordidospor dentro.Imagine,um técnicochamado de sargentão,tidocom autoritário pelos "progressistas", consegueo queelesnãoconseguem. Empolga o País. E, pior, com abandeira verde-amarela e não de outra cor.

Maiúscula

Aconquista foi grandiosa. Não dá nem para dizer que os adversários foram fracos. A final coma Alemanha elimina qualquer alegação dos despeitados. Nem preciso mencionar aInglaterra, oua Turquiaterceira colocada, batidaduas vezes.

Jornais e revistas

Não houvequemnão aderisse, mesmodeúltimahora. As revistase osjornais foram obrigadospela empolgação popular epelaqualidade da seleção,adar aofuteboloespaço que ele exigiu. No geral as coberturastambémfora muito boas. Na vitória é fácil. Perdoasse atudo ea todos.Se fosse ocontrário... algunsestariam seasilandonoOriente.

Adiós

Para Chilavert,Trezeguet, Khan,que simbolizaramos que menosprezaram o Brasil, aquele abraço.

P. S . Paulo Saab

Avança preparação da Feira da Saúde

Na segunda edição do evento, no Pátio do Colégio, o público terá acesso a informações sobre saúde e exercícios físicos

A Associação Comercial de SãoPaulo, em parceriacom mais de 40 entidades, já está preparando a segunda edição da Feirada Saúde.Desta vez, o evento acontece nos dias 21 e 22 de setembro e traz novos postos de atendimento para os visitantesquepassarem pelo Pátio do Colégio.

Estão previstos 30 estandes comexamespreventivos de pressãoarterial, mediçãode colesterol, diabetes, capacidade auditiva. O público tambémpoderá aproveitara oportunidade para prevenir problemas oculares, dentários e câncer de pele.

A empresa Uniodonto, por exemplo, vai colocar um trailer equipado com os materiais odontológicos para a

realização de consultas no local. Os interessados receberão orientação sobre os tratamentosdentários eaprevenção de cáries.

E xe r cí ci o s – Asoutras atrações dapróxima Feirada Saúde são os vídeos, palestras, showse peçasde teatro, que de forma bem humorada e utilização de bonecos, darão um série de orientações para ajudar a melhorar a qualidade de vida dos visitantes do evento.

O evento acontece nos dias 21 e 22 de setembro e espera superar o número de 6 mil visitantes

Boa parte das entidades participantes irá reforçar a necessidade da prática regularde exercíciosfísicos.O

Hospital Bandeirantesvai trazer ao públicotécnicas de alongamento e relaxamento. Já o grupo Corpo e Saúde vai ensinar os visitantes a melhorar a postura no ambiente de trabalho para aliviar as chamadas Lesões por Esforços Repetitivos (Ler). Em seguida, todos serãoincentivados a fazer a Caminhada da Saúde pelaCidade e percorrer as principaisvias doCentro.As técnicas orientais de relaxamento também farão parte das atrações, com aulas de tai chi chuan.

A segunda Feira da Saúde deverá ultrapassar o recorde

RECUPERAR

Lui/Pool 7

depúblico quecompareceu ao Pátio do Colégio no mês de abril,quando foirealizada pela primeira vez. Na ocasião

Faça sua adesão ao SRC que aAssociação Comercial de São Paulo negocia o recebimento dos débitos para você, efetuando cobrança amigável e personalizada de pessoas físicas registradas ou não como inadimplentes em nosso banco de dados.

foram atendidas maisde seis mil pessoas. Para saber mais sobre o evento eparticipar deestan-

Dora Carvalho
Reunião na Associação Comercial, ontem pela manhã, definiu os detalhes da programção da II Feira da Saúde
Ricardo

Dora Kramer

PT enquadra até a militância

Deatençãovoltada paraaemoção,eis queosacontecimentos políticos nos pegam em flagrante descuido eleitoral.Contrariando todasasprevisões -artigoem baixacotação no mercado - a campanha seguiu seu ritmo normal, se é que se pode chamar de normal tanta troca de chumbo em uma guerra que, a rigor, só começa daqui a três dias. Na véspera da final da Copa do Mundo o PT fez convenção nacional em São Paulo, mas adiou a divulgação da proposta de plataforma de governo exatamente para não deixá-la em segundoplano na cena ocupadapelo futebol. E, por causado esporte,na imprensadeixamos deregistrar em todosos seusdetalhes a mudançado figurinonos encontros petistas, agora de um profissionalismo impar sob a batuta de Duda Mendonça.

O publicitário ensaioutodomundo no bastidor:de MartaSuplicy, estrelanata,aJosé Alencar,empresáriode discurso simplórioe neófitoàqueletipodepúblico.Na verdade, um público que já não é mais tão típico. À exceção de meia dúzia de rebeldes tentando vaiar o PL e da entonação de voz explicitamente insatisfeita da mestre de cerimônias,Marta, quandoanunciou opresidente liberal, Valdemarda CostaNeto, nomais foitudo brilho, amizade e comportamento exemplar.

Onde os radicais que, não faz muito, recebiam os deputadosdo partidoemformaçãode corredorpolonêspara externarinsatisfaçãocomas decisõesdacúpula?Ondea guerrade sloganse paródiasque sempredividiram oplenárioe fizeramdasreuniões petistasasúnicas ondehavia discussão política? Onde os conchavos de grupos em locais ehoráriostão improváveiscomoumelevador dehotelàs três da madrugada? Onde um mísero abaixo-assinado em defesa dos povos da floresta?

Poisé,essaspeculiaridades nãosabemosseforamaposentadas ou apenas temporariamente arquivadas. Fato é que deram lugarà obediência da militânciaaos preceitos diretivos, ao debate de medalhões a portas fechadas e à festa-show da consagração da chapa PT-PL com chuvas de estrelas de papel brilhante, jogo de luzes irretocável, cenário de estúdio de TV e discurso de um "brasileiro comum" cuja profissão, descobre-se em seguida, é a de ator.

Nada contra requintes nos detalhes. Ao contrário. Muito melhor oestudado contraponto nas roupas das duas Marisas da Silva - as mulheres de Lula e José Alencar -, a do PT de terno cor de gelo com blusa vermelha e a do PL de terno vermelho e blusa gelo, que o descuidado português do candidato.

Ou Duda resolveu que aquilo écharme, ou Lula não vê contradição em discursar peloincremento da "Educação neste país", sem fazer uma única homenagem a um simples plural.Sobre aconcordânciaverbal,então,melhornão descer a minudências.

E isso logoagora que Lula temum vice que lána convenção fez questão de contar a vida toda ao microfone, incluindo a passagem em que aplicava parte do parco salário no pagamentode umprofessor dematemática eoutro de português. Veja o PT como seria agora simples a correção daquele pequeno cacoete que o partido acha que desperta o preconceito dos partidários da idéia de que, quem pretendedirigir apátria,deveriapelomenos falardireitoo idioma pátrio.

Mas,considerando queGeorge W.Bush tambémclaudica visivelmente noinglês, vai ver que hojeem dia essas coisas já não têm a menor importância.

Displicentes modernidades que tornam tolo e amador o saudosismo que porventura assole almas ante a militância outrorarevolucionáriae hojeperfeitamenteenquadrada aos moldes da "reforma" - pejorativo aplicado à esquerda moderada - antes tão criticada e agora imitada. É assim a vida: pelo que se viu sábado, o PT se convenceu de que a distância que o separava do adversário, de repente era diretamente proporcionalaotamanhodaponte que precisou construir parase credenciar às chancesda vitória.

Dondesempre prudentenão seantecipar noexercício da auto-exaltação.

Doutor engavetado

Haviareceio entreos petistasreunidos sábadopassado no Parque do Anhembi em São Paulo, com a possibilidade de virem a público gravaçõesresultantes de grampos em telefones de altas figuras do partido.

Mas haviatambém perplexidade como pedidodo procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, de abertura de inquérito contra José Dirceu, presidente do PT. Imaginava-se que Brindeiro tivesse algum trunfo, pois a denúncia sustentada apenas num depoimento sem provas e na suposição da existência de uma testemunha anônima, reforçaria a tese de conspiração governista.

Cria de Marco Maciel, Brindeiro não faria a bobagem de fornecer essa arma ao inimigo. Como se viu pela recusa do Supremo sobalegação deinconsistência dopedido, aausência de senso é mal que acomete as melhores famílias.

Economista prevê queda de diferença entre Lula e Serra

O economista Daniel Jimenez, integrante daequipede análise do Boletim GV-Prevê, da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, disse ontem queas turbulências domercado financeiro que vêm ocorrendo ultimamente no País, como o aumento do dólare do risco-Brasil, estão sendo influenciadas muito mais pelo aspecto político do queporfatores técnicos. Segundo ele, o comportamento domercado estásebaseando demais e erroneamente no "overshooting",ou seja,uma superestimação do que representaria uma possível continuidade doPSDB à frente dopoderou em relação a eventuais riscos de mudanças radicais no caso de umavitória do Partidodos Trabalhadores (PT).

Jimenezconsidera que,caso vença a eleição, o candidatoJoséSerra deverá promover umapolítica maisdirecionada ao crescimento econômico do País. "Se o Serra vencer, ele vaigovernar o Brasil através de uma coalizão muito forte formada pelo PSDB e pelo PMDB, que detém o controle de metade das

Paulinho pede apoio da CGT à Frente Trabalhista

O candidato a vice-presidente da República pela Frente Trabalhista (PPSPTB-PDT), Paulo Pereira da Silva, oPaulinho, estevereunido na manhã de ontem como presidente daConfederaçãoGeral dosTrabalhadores (CGT), Antonio Carlos dosReis,o Salim,paraapresentar as propostas de governo de suacoligação à central sindical. Paulinho aproveitou o encontro de quase duas horaspara pediroapoio da CGT à campanha encabeçada por Ciro Gomes. Conforme relatou o candidato a vice, foram discutidos no encontro temas como a reforma do sistema sindicalbrasileiro,a modernização da ConsolidaçãodasLeis doTrabalho (CLT) e asreformas tributária e da Previdência.

Salim, filiado ao PTB, manifestou seu apoio pessoal à candidatura Ciro-Paulinho, ressalvando,no entanto, que convocará umaassembléia geralentreos filiadosdaCGT para que Ciro apresente publicamentesuas propostaseque o apoio da central ao candidato seja definido em votação. Debate – Segundo Paulinho, a decisão de Salim decorre dofato de quealguns setores dacentral, representados porparte dadiretoria,planejamapoiar outroscandidatos à Presidência e, por isso, Salim não poderiaimpor suapreferência. "A agenda do Ciro está muito cheia, mas queremos marcar oencontrodelecom os trabalhadoresfiliados à CGTpara debatermosnossas idéias", manifestou.

Após encontrar-se com Salim,Paulinho seguiupara Brasília, paraoutros encontros políticos(AE)

prefeituras do Brasil", afirmou. "Destaforma,seele (Serra) ganhar, vai promover uma política mais direcionada ao crescimento econômico.Aíé que aconteceo overshootingdo mercadoao dizer que o Serraé um continuista,mas eleéintermediário. Ele não é continuista, nem totalmente reformista".

QuantoaLuísInácio Lula da Silva, o economista declarouque eletambém tem um estilo confrontador, até pela própria orientação ideológica do PT. Para ele, o "o ve rs ho ot in g" do mercado em relação à candidatura do candidato petistaocorre namanutenção dasmetas deinflação ea rigidez fiscal,que têm norteadoa administração Fernando Henrique Cardoso. Opinou ainda que a partir de agora,com ofim daCopa do Mundoe dasconvenções partidárias, as campanhas começarão aganharcorpo depois quecomeçar apropagandapolíticanorádio ena televisão.

As pesquisas só terão sentido quando as pessoas se voltarem para os planos dos candidatos

Planos de governo – "Até que não terminassea Copa e fossem firmadas as alianças políticas, as pesquisas só iriamindicar oreconhecimento dosnomes doscandidatos ea simpatia poreles, mas não serviriam para prever aescolhado eleitor em outubro",falou Jimenez. "Por isso, acrescentou, as pesquisassóvão começar ater sentido quando as pessoas se voltarem para as campanhas dos candidatos no rádioe naTV,a partir de agosto".

Daniel Jimenez entendeque, quando começar a divulgaçãodosplanosde governo doscandidatos pelo rádio epelatelevisão, José Serradeverá diminuirboa parte da diferença que o separa de Luís Inácio da Silva. A principalrazãopara issoéde que,nos últimos seis meses queprecedem apleito,sempre ocorremmudanças muito importantes que envolvem o eleitorado. "A gente lembra disso quando houve a transição do regime militar para a

democraciae oCollor,praticamente estranho,concorrendo por um partido pequeno erecém-criado. Elesubiu de 20% para 35% nas pesquisas para o primeiroturno e depois derrotou o Lula no segundo turno", recordou. Apoio passageiro – O economista citou também o caso do então ministro e candidato Fernando HenriqueCardoso, que derrotoufulminantementeo mesmo Luís Inácio Lula da Silva, na eleição de 1994, depois da ascensão naspesquisas provocada pelosucesso do PlanoReal. Em 1998, quando os dois concorreram novamente, o presidente FernandoHenrique, que concorria à reeleição,subiunaspesquisas de 36% em abrilpara mais de 53% em outubro,vencendo Lula,de novo, emprimeiro turno. "Assim, como nas eleições anteriores, mesmo que o PTtenha um apoiomuito grande no começo das pesquisas, issoépassageiro.Ele irá perder força na medida emque ogovernofederal usaráa máquinaadministrativa para se manterna posição governista". (AE)

Lula elogia decisão de Jobim de rejeitar processo contra Dirceu

Ocandidato àpresidência daRepúblicapelo PT,Luiz Inácio Lula da Silva, elogiou ontem a decisãodo ministro Nelson Jobim, do STF, de rejeitar opedidodoprocurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, de abertura de inquérito para investigar o presidente doPT, deputado José Dirceu (SP), acusado de, supostamente, ter recebido parte do dinheiro arrecadado junto a empresários de Santo André. "Acho que o Jobim apenasmoralizou oBrindeiro", disse. Lula disse que conhece Dirceu há 30 anos, e garantiu a sua hombridade.

O requerimento havia sido

feitopelo procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, após as denúncias que Dirceu seria o destinatário final dassupostas propinasarrecadadas pelo partido em Santo André.

O Ministério Público Estadualapura asdenúncias.De acordo comJobim, "O MinistérioPúblico Federal não tem competênciapara promover inquérito administrativo para apurar conduta tipificávelcomo crimedeservidor público".

Ouvir dizer – Emseudespacho, o ministro diz que o pedido de indiciamento de Dirceu é baseadoem proces-

soadministrativo "comcaracterísticas de Inquérito Policial". Jobim diz que o MPF substituiu a polícia judiciária, o que é " repelido pelo STF". Jobimaindadisse queo MPFapresentou informações que "não se apresentam com a idoneidade necessária para se caracterizar como fortes indícios". Brindeiro havia alegado justamente "fortes indícios" de que Dirceuera destinatário das propinas. "Não há que se instaurar inquéritocom baseemouvir dizer’", acrescentou. "Há que seexigir consistêncianosindícios." Jobim aindaviu "denuncismo" no pedido. (AE)

Senador rebate Malan e nega que discurso seja "de palanque"

Ao rebatero ministro da Fazenda, PedroMalan,que em reunião na Comissão de Assuntos Econômicos(CAE) doSenado Federal disse que os parlamentares da oposição costumavamusar uma linguagem "de palanque", o senador Lauro Campos (PDTDF) explicou que quandose pronuncia da tribuna da Casa procura usar palavras que sejam compreendidaspela maioria da população.

Ele acrescentou que, se não utiliza a linguagem acadêmica não ofaz por desconhecimento, masporserinadequada aos seus ouvintes.

Linguagem – "Não uso esta linguagem porqueelanãoé adequada para os meus fins, para o esclarecimento dos meus eleitores, não é adequada ao meioparlamentar.Ele (Pedro Malan) que fique com a linguagem dele. Ele que fale

essa linguagemem inglês como FMI(FundoMonetário Internacional) e com aqueles que dão as ordens a este país. Eu não preciso falar em inglês e não preciso usar

essalinguagem.Não auso porquenãoquero", afirmou Lauro Campos. O senador criticou, também, a elevação dos juros durante o governo FHC.(AS)

Plano Diretor deverá ter 60 alterações

Empresários discordam de alguns pontos do projeto e pedem que a prefeita considere as reivindicações da sociedade

O projeto do Plano Diretor para a cidade continua sendo motivo dediscussão entre a Prefeiturae aFrente pelaCidadania, composta pela Associação Comercial de São Pauloeoutras 30entidades.

Em audiência pública, na manhã de ontem, foram definidas alterações em mais de 60 pontos do projeto.

Segundo o relator daComissão de Política Urbana, v ereador NabilBonduki (PT), osubstitutivoà proposta originaldeve ficar pronto até o final desta sema-

na. Só então o projeto entrará na pauta para votação na Câmara. Até sua aprovação final acontecem dois pleitos. Polêmica – As discussões sobreo PlanoDiretorsurgiram de pontos polêmicos do projeto, como a outorga onerosa.Pelo original,aoutorga definiria o pagamentode uma taxa à Prefeitura para construções queultrapassassem olimite de1 vezo tamanho do terreno. Pela lei atual, existem limites máximos para a construção, que variam de 1a 4 vezesa áreado terre-

no, sem pagamentos extras. Durante a audiência pública de ontem, o relator da proposta defendeu a outorga como umamaneira dereordenar a ocupação urbana da cidade, definindo um potencial construtivoúnico para qualquer terreno. Mas explicou que haveráalterações no cálculo da outorga. Bonduki não explicou como será o novo cálculo, mas disse que será considerada a demanda detodos ossetores que fizeram propostas ao Plano Diretor. O vereador ainda

deixou claro que o projeto do Sindicatoda Habitação (Secovi/SP) não será aceito. "A proposta do Secovi não disciplina o uso da cidade."

As alterações na outorga onerosadevem ficarrestritas àredução doscoeficientesde uso e aplicabilidade em áreas já saturadas da cidade.

Protestos – Para a Frente daCidadania,que inclui representantes dos setores imobiliárioe daconstrução civil, da Ordemdos Advogadosdo Brasil(OAB)eassociações ligadas ao setor, o Pla-

Em vídeo, a Mooca e suas histórias

Aimigração italiana,odesenvolvimento industrial, casarões típicosadornados por guirlandas e janelas coloridas. Esses serão os destaquesdo documentário Mooca, Tradições eHistórias , um trabalho que reunirá estudos sobre a regiãoe resgatará fatos epersonagens históricos. O resultado será divulgado parao públicoem emissora de rede nacional, ainda em agosto deste ano, no período de comemoraçõesde aniversário do bairro.

A iniciativa de produzir um documentário paratelevisão partiu dos produtoresda We DoComunicação, Dimas Oliveira Júnior, JoséBacci, BrancaRegina Rosae Luiz Felipe Harazim.O objetivo do grupo é atrair a atenção do público para a revitalização do bairro.

Eles estãoreunindoreunindoartistas, escritores,fotógrafos e estudiosos do bairro. Entre eles estão a urbanistaRachel Rolnik,ofotógrafo Pedro Martinelli e a escritora Elizabeth Florido, que está finalizando o livro Um Novo Olhar sobre a Mooca

O documentário também vai contar a história da artista plástica Tomie Ohtake, que chegou ao Brasil na primeira metadedo século passadoe,

casarões antigos, com suas guirlandas e venezianas, fazem

na década de 50, pintou suas telas retratando as janelas das casas da Mooca, diz Branca ReginaRosa,uma dasroteiristas do documentário. Outro destaque do trabalho, queterá a duraçãode 50 minutos, são as festas típicas, comoa deSanGenaro, aculinária,e ofutebol doJuventus Esporte Club. O desenvolvimento dobairro eos costumestambém serãoretratados coma apresentação de filmespublicitáriosdas décadas de 1920 até 1970. Im ig ra nt es – Apesar de a tradição das famílias italianas

ter se destacado na Mooca, o bairrotambém teveinfluênciadeoutros povos,comoos portugueseseespanhóis. A forte expansão industrial no século XX substituiu as casas típicas por galpões fabris. Depois devários anos de esquecimento, decadência e imóveis abandonados, o bairro dá os primeiros sinais de revitalização. Alguns locais, como a avenida Paes de Barros, abrigam hoje grandes edifícios comerciais e empresas de prestação de serviços. Livro –Ajornalista ElizabethFlorido deverálançar

Multidão em festa acompanha seleção pentacampeã em Brasília

Improvisose muita descontração foram amarca das comemorações dopentacampeonato de futebol ontem em Brasília. Depois de 25 horas de viagem, a seleção foi recebida com muita festa. Ainda no avião, os jogadores foram escoltados por cinco caças Mirage,da ForçaAérea Brasileira (FAB), para um sobrevôo de 20 minutos sobre o Distrito Federal.

Para odesfile entrea Base Aérea ea Esplanadados Ministérios, osjogadores dispensaramocarrodos Bom-

beiros e seguiram no trio-elétrico deIvete Sangalo.O trajeto, de 15quilômetros durou mais de duas horas.

O atraso aconteceu por conta da multidão que tomou as ruasde Brasília. Mais de300mil pessoasforam prestigiara chegadada seleção. Em 1994,nas comemorações do tetracampeonato, 150 mil foram às ruas.

O encontro com opresidente FernandoHenrique Cardoso aconteceu com quase quatro horas deatraso. FHCcondecorou aseleçãoe

otécnico Luiz FelipeScolari coma medalhada Ordem Nacional do Mérito.

dia 17 de agosto, data em que secomemora o aniversário daMooca, o livro Um novo olhar sobre a Mooca, que conta a evolução do bairro, desde o início da colonização do Brasil até a fase industrial. AMooca sófoiconsiderado oficialmente bairro em 1910, mas os primeiros registros datamde 1556,segundo a escritora. Há duas traduções possíveis para o nome Mooca, que vêm da língua tupi-guarani: fazer casa ou novos ares

Dora Carvalho

no Diretor nãotrará benefícios para a população.

Ao contrário,devegerar desemprego e dificultar a aquisiçãodacasa própria, com o aumento do preço dos imóveis.O presidentedaAssociaçãoComercial, Alencar Burti,que esteve naaudiênciapúblicade ontem na Câmara, afirmou que as entidades ligadas ao setor ainda esperam que a prefeita Marta Suplicy considere as reivindicações da sociedade.

"Pedimos à prefeita que encontre juntoà sociedade a

Empresários

conciliação de interesses, preservando o segmento da construçãocivile osempregos, sem desestruturar o processo apenas por uma questão de pressa", disse. Segundo Burti, a Associação tem grande preocupação com os rumos dados a um plano estrutural como esse, que interfere na vida dos paulistanos. "A atenção para uma vocação social, nesse caso, pode se instituir em um plano totalmente antisocial."

questionam proibição

de 301 ônibus

As empresas de ônibus de São Paulodeverão questionar ainda nesta semana a fiscalizaçãofeitapela Prefeitura, queinabilitou 301ônibus para circular pelas ruas da cidade a partir de sábado. A informação é do diretor do Sindicatodas EmpresadeÔnibus (Transurb), Antônio Sampaio Amaral Filho. "Cada empresa recebe a fiscalização, e a empresa que se sentir lesada tem o direito de se defender", argumentou Amaral. "Algumas empresasdevem questionar a fiscalização da Prefeitura."

Segundo Amaral, as empresas têm uma reserva técnica de carros que deverá suprir os queforaminabilitados. Entretanto, eleafirma queos empresáriosdeverão pedir

para a SPTrans, responsável pelo gerenciamento de trânsitonacidade, quefaçauma racionalização técnica dos ônibus.Na prática,seriaum novo planejamento das linhas, tornando-as,na visão dos empresários, mais úteis. A vistoria realizada nos veículos avalia cada um dos seus componentes,que recebe uma nota. Se a média final for inferiora quatro,oônibusé considerado inapto.Aqueles que tiverem nota acima de sete são aprovados e os da faixa intermediária terão de realizarreparosnum prazode60 dias.

A SPTrans aindadeterminou que618 ônibusdeverão serreformadose, posteriormente,submetidos anova avaliação. (AE)

Polícia acha motoqueiro que atropelou guitarrista

O motoqueiroErasmo

Castro da Costa Júnior, de 31 anos,confirmou ontemque atropelou, em 11 de junho do ano passado, o guitarrista dos Titãs, MarceloFromer.O músico foi atropelado por uma moto enquanto corria na avenidaEuropa.Fromer morreu dois dias depois. Erasmo foi preso noJabaquara e disse àpolícia que só fugiudolocalporque estava com o exame médico vencido. Ele responderá ao processo em liberdade. (SM)

Na entregadamedalhao clima foi de descontração, ao som da banda Olodum. O volante Vampeta chegou a rolar pela rampa do Palácio. Scolari sambouno Parlatório do Planalto e dividiu um chimarrão com FHC. A delegaçãoembarcou paraoRioàs 17h11.Atéofinal datardeainda nãosesabiase as comemorações em São Paulo seriam mantidas, devido ao atraso. (EC/AE) O presidente Fernando

Estela Cangerana
Henrique Cardoso e Cafu, o capitão do time, levantam a taça na rampa do Palácio do Planalto
Os
parte do documentário, que fala também da imigração
Dudu Cavalcanti/N-Imagens
Dida Sampaio/AE
Associação Comercial de São Paulo

Fundamentos têm de ser mantidos, seja qual for o governo, diz Malan

O ministro da Fazenda, Pedro Malan,afirmou que,seja qual for o futuro presidente do País, terá de assumir compromissos sólidos com o que consideraos principaispilaresde sustentaçãodaestabilidade econômica: os regimes fiscal,cambial emonetário. Sem isso, nenhumgoverno poderá avançar, destacou.

"Também ajudaria muito para amelhora depercepção deproblemas,reais ouimaginados, de fragilidade da situação brasileira, se pudéssemos ter um crível compromisso com esses regimes", ressaltou Malan . Página 12

Exportações de calçados recuam 12% no semestre

As exportações brasileiras decalçados totalizaram US$ 713milhões noprimeiro semestre, volume 12% inferior aodo mesmo período de 2001. O resultado de junho também foi20% menor do que o do ano passado. Para a indústria, a causa é a desvalorização do real. Página 5

Governo gasta mais e garante PIB

O PIB só não seguiu mais deperto aqueda dosprincipaiscomponentes dademanda internaporque o consumo do governoaumentou.Se osgastospúblicos não tivessem crescido, o PIB teria registrado uma retraçãomaior nosdoisultimos trimestres. Página 10

Pesquisa mostra que 51% dos inadimplentes estão desempregados

A principal causada inadimplência continua sendo o desemprego, de acordo com a pesquisa realizada pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de SãoPaulo. Do totalde entrevistadosjuntoa consumidores que procuram oServiçoCentral deProte çãoao Crédito(SPC) daentidade,51% declararamque o desemprego foi a causade não terem pago suas dívidas.

O comércio é o setor que mais sofre com a inadimplência. A maiorparte dasdívidasestá entreR$ 701a R$1.000 .Os eletrodomésticos são os pro-

dutos maisadquiridoseque causaram o débito, seguidos por roupas e calçados. O presidente da Associação Comercial,Alencar Burti, está preocupado com o fato de odesempregoestarpuxando ainadimplência,"pois nãose prevêacurtoprazo mudança nasituação doemprego no País". O BC precisa baixar o juro parareativar a economia e acelerara oferta de emprego, diz ele. Página 12

Dólar fecha estável, mas permanece nervosismo no mercado financeiro

O mercado financeiro brasileiro deu sequência ontem a mais um dia de nervosismo, com oscilações significativas da Bovespa e do dólar comercial. Osindicadores de risco do Brasil também pioraram e a situaçãonão indicamelhora, principalmente depois de umnovo rebaixamentoda nota de risco do País.

O dólar chegou a R$ 2,937, maisumrecorde do Plano

Real, para só no finaldodia fechar próximo daestabilidade,emR$ 2,895.A taxa de risco do País bateu em 1.669 pontos-base,com alta de 3,66%. A Bovespa fechou em baixa de 0,42%, afetada principalmentepelas quedas em Nova York. Página 7

Festa do povo para os pentacampeões

Franquia móvel, estratégia da Nutty para crescer

Aredeamericana de franquias de alimentos Nutty, com seus amendoins,castanhas ou nozesdoces e salgadas, utiliza como estratégia as franquias de pequeno porte, com custos iniciais bem mais baixos do que as tradicionais. Mas esse tipode negócio requerboa avaliaçãodos interessados, jáque oretorno do investimento em franquias de pequeno porte depende devários fatores,comoo custodoaluguel doespaço para o quiosque. Página11

Lojistas montam parques e servem chá para clientes

Lojistas paulistas e cariocas estão desenvolvendo novas estratégias para atrairos consumidores. As açõesvão desde a criação deplaygrounds internospara divertiramo-

lecada atéentrega dejóias em domicílio durante amadrugada. "Depois do preço e da qualidade, osclientes queremagrado",dizo consultor Sérgio de Almeida. Página 13

A vaidade masculina chega aos sapatos

Mais preocupados com a moda, os homens passaram a adquirir sapatos com modelos ecoresvariadas. Hoje, as coleções masculi-

nas chegama tercentenas demodelos. Alémdossóbrios tons tradicionais, há espaço para o gelo, marinho e uísque. Página 9

Nota do Brasil é rebaixada por mais uma agência

Aagênciade classificação derisco Standard &Poor´s, S&P reduziu os ratings da dívida soberana do Brasil, dando como razões aspressõesdecorrentes do crescimento da dívida pública sobreasituação fiscaldoPaís em meio à turbulência eleitoral. Anotafoirebaixada de "BB-" para "B+". Página 6

Aumenta a venda de títulos públicos por meio da Internet

Avenda diretadetítulos públicos pelo Tesouro, feita via Internet, continua atraindo investidores.Os negócios passaram de R$22,2milhões,em 29deabril,para R$27,2 milhõesem10 dejunho.O Tesouro garantea recompra para quem quer se desfazer dos títulos. Página 6

Mesmo com mudanças, Plano

Diretor desagrada

O Plano Diretor elaborado pela Prefeitura continua sendo motivo de discussão entre a Prefeitura e a Frente pela Cidadania,composta pela AssociaçãoComercial eoutras 30 entidades. Ontem, em audiência naCâmara, foram definidasalterações emmais de 60 pontos do projeto. Mas a questãoda outorgaonerosa, agrande preocupação dosempresários, nãofoisolucionada. Um vereadordo PT disse que essepontonão será alterado. Última página

Com novas necessidades, empresas buscam novo perfil de contador Página 14 Marcas aproveitam sucesso e criam famílias de novos produtos Página 8

Importadoras já recorrem à Justiça por causa da greve de auditores Página 14

O jogador Ronaldo, à direita, beija a taça da Copa do Mundo, no parlatório do Palácio do Planalto. Mais de 300 mil pessoas foram às ruas, em Brasília, para receber a seleção pentacampeã, primeira na história a desfilar em trio elétrico. Depois, o time foi recebido pelo presidente Fernando Henrique. Última página
Sapateira masculina abriga modelos variados e cores mais quentes

BID não adia o pagamento de dívida pela Argentina

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) descartou ontem adiar os pagamentos da dívida argentina previstos para este mês no valor de 700 milhões de dólares, apesar do pedido feito no sábado pelo ministro da Economia do país, Roberto Lavagna. AArgentina, queprecisa urgentemente de ajuda financeira da comunidade internacional,obteve aprincípioum compromissodo FundoMonetário Internacional(FMI) paraadiarum pagamento de mais de900 milhõesdedólares quevencem emmeadosdejulho.O país esperava agora que o BID fizesse o mesmo. "O que eu posso confirmar éque oBID eo BancoMundialnãopodem fazeroqueo

FMI fez", disse uma autoridade do banco. "No caso do BID e do Banco Mundial não exis-

tetal possibilidadeporque seus estatutos não permitem rolagens."

Aautoridade acrescentou queumadiamento poderia prejudicar o rating de crédito das instituições e elevar o custo de empréstimodo banco. "A Argentinavem pagando até agora, então prevemos quetodos ospagamentossejam completados", acrescentou.

Um país tem 30 dias após o vencimento pararealizar o pagamento.Após esseprazo, o BIDnão emprestamais dinheiro a esse país. O Banco Mundial e o BID obtêm parte do dinheiro emprestado aospaíses nosmercados internacionais de capital.

Sem contaminação – O diretorpara RelaçõesExternas doFundo Monetário Internacional (FMI), Thomas

Dawson, admitiuontem que "osmercados estãonervosos na América Latina", mas reafirmou que,com exceçãodo Uruguai, não há sinais de que a crise argentina esteja contagiando aregião. "Éclaro que os mercadosestão nervosos, mas não vemosnada parecido com ocontágio de 1998", disse Dawson,em entrevista coletiva regular na sede do FMI, em Washington. "Nósacreditamosque os mercados sabem diferenciar os países", afirmouDawson. "Os mercados estão julgando as expectativas epolíticas individuais de cada um", disse. Maisumavez, oFMIfezcomentários positivossobreo Brasil. "Nós continuamosa ter um elevadograu de confiançana habilidade(deo Brasil) administrar sua situação",declarou Dawson,afirmando quenão acreditaque

Nova meaça de bomba nos EUA

Uma ameaça telefônica advertindo queum aviãose espatifaria contra osegundo mais altoedifício deLos Angeles levou à retirarada de todos os ocupantes do prédio comercial. A chamada foi localizada pelo FBIe a ameaça de segunda-feira foi considerada sem mérito,segundoa

porta-voz da polícia federal americana Laura Bosley, que senegoua revelaronomeda pessoa que fez a chamada.A administração do edifício Aon Center, de 62 andares, informou as 70 empresas que alugam escritóriosno prédio sobrea ameaça.Adesocupação foi voluntária.

A Aon Corporation – que, com 833funcionários,éa principal locatáriado prédio – fechou seus escritórios pelo resto do dia, disse Peter Anastassiou, gerente geral da companhia. A Aon perdeu 175 de seusempregados noataque contra o World Trade Center. (AE-AP)

Rua Tabapuã, 540 - S.Paulo/SP CEP 04533-001- Sede Própria PABX (11) 3040-9800/ FAX (11) 3040-9955 Telemarketing 0800-11-2929 www.ciee.org.br

o País precisará de uma ajuda financeira adicional.

Parao FMI,asconversaçõescom a Argentina sobre ajuda financeira estão experimentando um novo impulso, acrescentando que várias equipes de economistas irão a Buenos Airespara tentar alcançar um acordo.

Dawson disse que as conversações da semana passada com o ministro da Economia argentino, Roberto Lavagna, foram produtivas e que a próxima equipe deeconomistas doFundo chegará a Buenos Aires nesta ou na próxima semana.

Dawson acrescentou que "o progresso não foi tão rápido como prevíamos",mas, após a última visita de Lavagna a Washington,as conversações estão entrando agora em um "períodode grande atividade". (Reuters)

Confiança econômica na zona do euro piora

A confiança econômica na zona do euro piorou em junho,informou ontem aComissão Européia, recuando de 99,9 em maio para 99,6. O índice de confiança do consumidordeclinou de-8 em maio para-9emjunho, enquanto a medidade confiança empresarial caiu de -9 para -10 na mesma comparação. "Na zona do euro, todos os quatro componentes da confiança econômicacaíram entre maioe junho", acrescentou a Comissão.

Economistas previam em média uma leitura de 99,8 para o índice geral; de -8,8 para a confiança empresarial e de8,6 para aconfiança do consumidor.

Livro de 32

A polícia alemã confirmou ontemquea colisãodoavião comercial Tupolev 154, que viajava de Moscou a Barcelona, contra um Boeing 757 de carga, na noite de segundafeira na Alemanha, provocou 71 mortos sendo que 52 são menores deidade.A polícia chegou afalar,emum primeiromomento, napossibilidade donúmero demortos passar de 140e depoisde 80 vítimas.Enquantoque de Moscou a informação era a de quehavia abordo doTupolev 69 pessoas(12 membros da tripulação, cinco passageiros adultos e 52 crianças

Vendas

eadolescentes).Os outros doismortos,osúnicos que não sãorussos, sãoo pilotoe co-piloto do Boeing.

Por enquanto, foram recuperados 26 cadáveres e descobriram 57 poltronasonde há restos humanos, informou em entrevista coletiva a polícia do estado federado de Baden-Württenberg, onde aconteceu o acidente.

Na tarde de ontem chegou à Alemanha uma delegação russa composta de 12 legistas, que colaborarão com o escritório alemão criminal nas tarefas de identificação dos cadáveres. (Reuters)

em lojas de varejo sobem nos EUA

O clima quente levou os consumidores norte-americanos a comprar ventiladores, aparelhosdear-condicionado eroupasdeverão, aumentando as vendas nas lojas de rede, departamento e desconto, informou ontem o Instinet Research.

O CIEE editou uma publicação especial sobre o movimento revolucionário de 32: “A Revolução de 32 - Um Painel Histórico” (volume nº 53 da Coleção CIEE), que será distribuído, gratuitamente, aos participantes do evento. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelos telefones (11) 3040-9945/9947/9436, pelo fax (11) 3040-9851 ou pelo e-mail relpublicas@ciee.org.br.

No dia 5 de julho, sexta-feira, às 9 horas, o CIEE, a Academia Paulista de HistóriaAPH e o Instituto Roberto Simonsen realizam a solenidade comemorativa dos 70 anos da Revolução Constitucionalista de 1932. O evento será promovido no salão nobre da Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo-FIESP/CIESP (Avenida Paulista, 1.313, 15º andar, São Paulo - SP). Está prevista a presença do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin. Estão também previstos depoimentos do presidente da FIESP/ CIESP, Horácio Lafer Piva; do presidente da APH, Douglas Michalany; do secretário da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo do Estado de São Paulo, Ruy Martins Altenfelder Silva e do poeta Paulo Bomfim. A abertura será conduzida pelo presidente executivo do CIEE e membro da Academia, Luiz Gonzaga Bertelli. Haverá a entrega de medalhas comemorativas do 70º aniversário de Revolução de 1932 da APH aos ex-combatentes e outras personalidades, bem como distintivos da Bandeira Paulista.

No dia 11 de julho, às 18 horas, o CIEE realiza a formatura de mais uma turma do Programa de Alfabetização Gratuita de Adultos, nos auditórios do CIEE/SP. O Programa é realizado em parceria com a Igreja Católica, Comunidade Solidária e empresas parceiras. As aulas são ministradas por estudantes estagiários, supervisionados por uma equipe de profissionais. Os alunos recebem, gratuitamente, uniforme, valetransporte, lanche e material didático.

Des empreg o – A taxa de desemprego na zonado euro ficou em 8,3% em maio, inalteradaemrelação aabril,informou a agência de estatísticasda UniãoEuropéia(UE). Economistas consultados pela Reuters previam em média queataxaficasseestável em relação ao mês anterior. Segundoa agência, a taxa de desemprego na Alemanha teve leve recuo de 8,1 por centoem maiopara8 porcento no mêspassado.Também com pequena queda esteve a França,passando de9,2para 9,1por centono mesmoperíodo de comparação. Nos 15 países daUE, ataxa declinou de 7,6% para 7,5%. (Reuters)

O índice semanal Redbook de vendas no varejo teve uma alta de 1,8% nas quatro semanasencerradas em29 dejunho, comparado como mesmo períododo mêsanterior. Em relação ao mesmo mês de 2001, asvendas aumentaram 3%.

"Os consumidorescontinuaram a comprar coisas para a casa, colocando mobília e equipamentos domésticos no topo da lista de vendas", informou o Redbook.

O índice Redbook de vendas no varejo é composto por dados provenientesde cerca de9.000 lojase divulgadosemanalmente pelo Instinet Research, uma divisão da Instinet, corretoraeletrônica da Reuters.

Gasto alto – Asérie de escândaloscontábeisem empresas dos Estados Unidos e os contínuos temores de mais ataquescomo ode 11 de setembro não prejudicaram a disposição de gastar dos consumidores, afirmou o presidente do Federal Reserve Nova York,William McDonough.

"O gasto do consumidor continua alto,especialmente comautomóveis emoradia. Não existem dadosque sugiram que os escândalos contábeise as ameaças terroristas afetem ogastodo consumidor.Noentanto, issoéclaramente um risco", disse ele ontem em visita a Varsóvia, capital da Polônia.

"O risco para as previsões econômicas nos Estados Unidos é: os consumidores poderão ficar mais cautelosos? Provavelmente não. Poderáo investimento empresarial fixo ficar fraco? Provavelmente não.Mas esses riscos estãoapenas umpouco maiores". (Reuters)

Reservas do Uruguai continuam caindo e povo teme "corralito"

O BancoCentral uruguaio informou ontem que suas reservas caíram 20$emjunho em relaçãoao mesmoperíodonoano anterior,para 1,471bilhões dedólares,em meio a uma forte perda de depósitos nas entidadesdo país derivada da crise argentina. Com aqueda, as reservas do BancoCentral acumulam nosprimeiros seis meses do ano um retrocesso de 52,5%.

Os historicamentesólidos bancos uruguaios sofrem desdeo iníciodoano comos saquesde seus correntistas, que temem a implantação no país deum congelamentode depósitos similar ao aplicado na Argentina em janeiro para frear os saques. A criseargentina também castigou duramenteo Uruguaino comércioe noturismo,oquelevou opaísadei-

xarsuamoeda flutuarlivremente para melhorar sua competitividade.

Medição – O Uruguai modificou emjunho ametodologia de mediçãode reservas para incluir créditos que recebeu doFundoMonetário Internacional e que começou a utilizar recentemente,depoisdevários anossemfazêlo porque seu acesso ao crédito está restrito.(Reuters)

Equipes de resgate procuran corpos na floresta, enquanto técnicos examinam os destroços de um dos aviões
Sebastian Deruongs/Reuters

México fecha acordo com

Brasil e parte para Mercosul

Brasile Méxicoacertaram ontem reduzir as tarifas e aumentar as quotas de importação deveículos, preparandose para o livre comércio de carrosque deveter inícioem 2006. O acordo é parte de um acerto maior entre o México e osquatropaísesque compõemoMercosul –Brasil, A rgentina, Paraguaie Uruguai. Todos os acordos serão assinados napróximasextafeira porrepresentantesdos governos em Buenos Aires.

Brasil e México também assinaram um acordode redução recíproca de tarifas de importação de790produtos, sendo 151 do setor agroindustrial– quevãoter isençõesde 20% a 100% nas tarifas – e 639 do setorindustrial, quepassam a entrar com tarifa zero. Argentina – As montadoras instaladas no Brasil esperam, comas exportações parao México,compensar a forte queda nasvendas deveículos para aArgentina, ondea crise

econômica reduziudrasticamentea demandapor carros locaise importadosdoBrasil. AArgentinajá foioprincipal destino dos carros brasileiros. "Neste momento, as exportaçõesparaa Argentina são quaseimpossíveis", disseRicardo Carvalho,presidente da AssociaçãoNacional dos Fabricantesde Veículos Automotores (Anfavea). "Depois dos Estados Unidos, o México é o nosso segundo mercado", acrescentou Carvalho, após reunião com os presidentes Fernando Henrique Cardoso e Vicente Fox, do México, que visita ao Brasil. O acordo automotivo atual substitui o anterior que já expirou e previa quota de 50 mil veículos. Este volume poderia ser trocado entre osdois países, com tarifa de importação de 8%. Pelo novo acor-

do, a quota sobe para 140 mil veículos no primeiroano de vigência com tarifa de 1,1%.

Do segundo ano em diante a tarifade importação será zero, e asquotas sobem para 165 mil no segundo ano, para 185mil noterceiro, e para 210 mil no quarto.

Um dos acertos refere-se ao setor automotivo.

Montadoras nacionais esperam reverter a crise.

"Esse acordo éextremamenteimportante paraaindústria automotiva brasileira, que, como se sabe, tem umacapacidade ociosa bastante grande", disse oministro doDesenvolvimento, Sérgio Amaral.

Qu ími cos –Entre os790 outrosprodutos que fazem parte do acordo de redução tarifária,estão asoja,sementes, castanhas, óleo de dendê, suco de maçã, produtos à base de cereais, minerais de ferro, papel para fotografia e aparelhos para agricultura.

Amaral reconheceu oesforço do setor químico brasileiro que cedeu, depois de cinco anos de negociação, às exigências doacordo comercial – derebaixamento de tarifas –, o que desembaraçou a operação."Vamos poderaumentar as nossas exportações. Aindústria química concordou em fazerparte do acordo etemos algumasbaixas tarifárias".

Deacordocom dadosdo Ministério, o México se transformou em 2002 no quarto maior mercado para as exportações brasileiras. O comércio entre os dois países cresceu paraUS$ 2,6bilhões anuais, emrelaçãoaos US$500milhões de uma década atrás.

O Brasil é agora o principal parceiro comercialdo México na América Latina, mas os Estados Unidos continuam sendo oprincipal parceiro mundial mexicano,recebendo cerca de 85% das exportações daquele país. (Reuters)

Ideal de comércio com o Sul é antigo

O presidente do México, V icente Fox,chegahoje a BuenosAires coma idéiade fazerrenascer osonhode criar umaárea delivre comércio com o Mercosul. Lançadoem 1995,o projeto de aproximação comercial com o bloco regionalnão saiu do papel.O presidentemexicano espera ainda assinar acordos bilaterais com o Brasil, Argentina e Uruguai.

Os argentinos estão eufóricos coma possibilidadede umaacordo concretocomo México, cujo mercado vem absorvendo significativamente as suas exportações. No primeiro trimestre deste ano, por exemplo, as vendas de produtosargentinos cresceram 100%, em comparação com o mesmo período do ano passado, graças a acordos comerciais.

SeFox eo presidenteargentino Eduardo Duhalde melhorarem o acordo auto-

motivo em vigor, que já prevê uma redução de 28% para 8% da alíquota deexportação de carros, aArgentinapoderá conquistar uma quota de 50 mil unidadespara ospróximos trêsanos e,em 2006,liberar o comércio de veículos. Comisso, asmontadorasargentinas poderão sair do sufoco e venderpelo menos mais US$ 100 milhões este ano. Promessa quebrada – Mas o presidentemexicano chega aBuenos Airessem tercumprido uma promessa de campanha. Quandofoi eleito,há dois anos,prometera fazero México crescer a uma taxa de 7% aoano.Atéagora,essa meta não foi alcançada. O México tem registrado baixo crescimento econômico nos últimos três trimestres. Chile na contramão – Depoisde oChileterassinado um pré-acordo comercial com aUnião Européia,o setor privadochileno vemre-

EUA ampliam prazo para pedido de isenção ao aço

Os Estados Unidos decidiram estender oprazo para as revisõesde pedidos de isenção tarifáriapara aimportações de aço. Originalmente, o prazo terminaria ontem. Emmarço, ogoverno GeorgeW.Bushimpôs sobretaxas de 8% a 30% à entradade produtossiderúrgicos. A RepresentaçãoComercial dosEUA(USTR, eminglês) informou ontem queo país continuará estudando os pedidos exclusão feitos antes da criação da salvaguarda. O órgão disse que que só não conseguiu processar um pequeno número de solicitações. Nomês passado,o USTRe o Departamento deComércio concederam exclusões para 224 categorias de produtosdeaço, dos470pedidos originais. "Asexclusões concedidas são o resultado de um

Governo vai aproveitar

vitória na Copa para promover exportações

O governo brasileiro vai aproveitar a visibilidade dada ao Brasil pela conquista do pentacampeonato na Copa do Mundo para divulgar imagens do país no Exterior e promover o aumento das exportaçõesbrasileiras.A informação foi dada ontem pelo ministro do Desenvolvimento,SergioAmaral. "(A vitóriado BrasilnaCopa) cria uma imagem simpática do país no exterior, mas poucos sabem que o Brasil exporta aviões, por exemplo, ou fabrica satélites".Segundo Amaral, a maior exposição da imagem do Brasil no Exterior é fundamental para aumentar as exportações.

"Não podemos promover a exportaçãodosnossos produtos senão cuidarmosda imagem do País, ressaltarmos nossos atributos", explicou. Recursos – Oprograma, que está sendo discutido em Brasília há três dias em um semináriocom empresários brasileiros eestrangeiros, propõeo fortalecimentoda

Potencial

"marca brasileira"pormeio do marketing –inclusive das telenovelas –,dapromoção da cultura brasileira no Exterior, do treinamento de funcionários do governo envolvidos no comércio exterior, além da melhor utilização das embaixadas brasileiras. "As embaixadasdevem ser uma verdadeira vitrine do Brasil nos outros países".. Amaral garantiu que os recursospara oprograma atéo fimdo ano jáestãodisponíveis."O Ministériojá tem verbas de R$ 2milhões para este trabalho, mais um convêniocoma AgênciadePromoção de Exportações (Apex) no mesmo valor, além de outros recursos que poderão vir de fontes públicas e privadas". Além disso, um acordo com oMinistério daCultura vai permitirque osempresários que ajudarem na promoção da "marca brasileira" com eventos no Exterior tenham isenção no Imposto de Renda. (Reuters)

brasileiro de comércio é desconhecido

complexo processo de tomadade decisõesno qualequilibramosas necessidadesdos consumidoresdeaço edos produtores e ao mesmo tempo preservando a integridade da medida de salvaguarda", disse o representantede Comércio dos EUA, Robert Zoellick, em comunicado. Além dos pedidos de exclusãorestantes apresentados antes de5 demarço, osEUA estão analisando 800 solicitações apresentadas após essa data.

A União Européia e o Japão já indicaram que estão aguardando maisexclusões antes de decidirem pela retaliação às tarifas de salvaguarda decididas pelogoverno americano ( veja ao lado ).O Japão ameaça com umaretaliação de aproximadamenteUS$5 milhões anualmente. (AE)

forçando sua posição contrária àaproximaçãocom o Mercosul. A idéia de redefinir completamente a posição doChile nobloco regional ganha força entre as entidades empresariais.A Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), por exemplo, quer congelar temporariamente os benefícios tarifários para os países do Mercosul.

A essa entidade se somou recentemente aCâmara Nacional de Comércio, Serviços e Turismo (CNC), que solicitou ao governo do presidente RicardoLagos renegociar as condições entre o Chile e o Mercosul."Dado", dizemessas entidades chilenas, "o risco querepresenta parao país as políticas econômicas equivocadas que constantemente são adotadaspelos membros do bloco regional".

A CNC afirma que, nas condições atuais,é umailusão pensarem plenaintegra-

ção do Chile com o Mercosul. A entidade também diz ser indispensável melhoraros mecanismos de solução de controvérsias comerciais e desenvolver uma espécie de "seguro" contra adesvalorização das moedas dos países doMercosul, quealteramos equilibrios regionais.

Posição antiga – "Essa ambiguidade chilena não é nova nem recente", lembrou o embaixadordo Brasilem Buenos Aires, José Botafogo Gonçalves. Ele afirmou que a decisão de aproximação do Chile com o Mercosul tem de ser resolvida internamente. "OMercosul jámostrou o que tem a oferecer".

Oembaixador realçouque o acordo entre o Chile e a UE, que está sendo analisado pela OMC, afeta poucoo comérciodoBrasile aArgentina comos europeus. "Oefeito será limitado, já que o acordo é muito restritivo". (AE)

Europa pode desistir de retaliar americanos

A UniãoEuropéia afirmou nesta ontemque podevoltar atrás nosplanosdeimpor sançõescontra osEstados Unidos se ogoverno americano mudarsuapolíticade tarifação do aço ao bloco de países europeus. Apesardisso, a UE se reservou ao direito de retomar os planos caso não tenha sucesso nas negociações com os EUA.

A UE e Washington estão discutindo sobreas tarifasde proteção ao aço americano, decretadas pelo presidente George W. Bush em março. A questão é a última discussão comercial prejudicando as relações entre os dois lados.

AComissão Européiatem ditoque pretenderetaliaros EUA em 300 milhões de euros (US$295 milhões)comsanções a produtos norte-americanos, a partir de agosto, caso

asisenções concedidas por Washington não sejam suficientes. O órgão executivo da UE também tem afirmado que deseja compensações pela redução de impostos de outros produtos europeus.

Data limite –O porta-voz da comissão,AnthonyGooch,afirmou que orelógio continuacorrendo, coma data limitepara adecisão da UE sobre as sanções marcada para 19 de julho.

Além de considerar impor as sanções contraos EUA, a União Européia se juntou a alguns países e entrou na Organização Comercial do Comércio (OMC)paratentar impedira tarifaçãodosEUA deaté30por centosobreo aço importado. Uma possível decisão daorganização não deverá ser tomada antes do ano que vem. (Reuters)

Uma pesquisa realizada em 10países pelamaioragência depublicidade do mundo, a americana McCann Erickson, mostra queos empresários não conhecem o potencial brasileirodecomércio, nem os diversos produtos nacionais.Os empresáriosmexicanos,por exemplo, acreditamqueo Brasiléauto-suficiente e que não há interesse dos empresários em expandirem seus negócios além das

fronteiras. Osempresários apontaram como principais entravespara arealizaçãode negócios o desconhecimento dosprodutos brasileiros,a dificuldadecom a língua, problemas no prazo de entrega das encomendas, burocracia e dificuldades em liberar as mercadoriasna alfândega. Também se queixaram da pouca participação das empresas brasileirasemfeiras internacionais. (AE)

Indústria de fundos latina

já encolheu US$ 11 bilhões

Omês demaiofoi deperdas para a indústria de fundos da América Latina. No período, os saquessuperaram os depósitos em US$ 1,5 bilhão, sendoque oBrasilfoio responsável pelo registro de saídas da ordem de US$ 958 milhões deste total.

O maudesempenho em maiodaindústrialatina ea desvalorizaçãodas moedas da região frenteao dólar serv iram para reduzir o patrimônio investido na região emUS$ 11 bilhões,de US$ 200,6bilhões,emabril, para US$189,6 bilhõesem maio.

Dificuldades – A exigência de marcação a mercado –atualização diária do valor dostítulospúblicos emcarteira –, no Brasil, aliada à crise naArgentinae àdemorana recuperaçãoda economia americana, serviram para abalar ainda mais a confiança dos investidores.

O resultado foi uma verdadeira corrida para sacar o dinheiro aplicado, já que a aversão ao riscodos investidores internacionais, principalmente em relação aos países emergentes, aumentou bastante desde maio.

México – No México,as saídasforam deUS$ 971milhões: amaiordaregião. Na Argentina,os investidores deram sequênciaemmaioà retirada de dinheiro das aplicações.Naquele paísossaques somaram US$ 7 milhões. Os dados constam de relatório mensalda Thomson Financial Invest Tracker, divulgado ontem.

Somenteo Chilee oMéxico registraram captação positivanomês, deUS$370milhões, insuficiente para reverter as perdas do período. Ano – Mesmocom todos osproblemas ocorridosnos primeiros cinco mesesde 2002, a indústria latina de fundos ainda registra um volume positivo de captações (depósitos menosos saques), daordem de US$ 1,6 bilhão.

ção líquida acumuladano ano pelo México é de US$ 3,5 bilhões.

Os fundos cambiais não se tornaram mais expressivos mesmo com a crise de confiança

Apesar deo Méxicoter registrado o piordesempenho da regiãoem maio, noano são as aplicações nos fundos daquele país quegarantem o resultado positivoda indústrialatina atémaio. Acapta-

Brasil – Só noBrasil, que é o responsável por77,08% do total investido na América Latina, as retiradas somaram US$2,2bilhões, dejaneiroa maio. Eestevolume deve crescerde formasignificativaem junho,mês que deu sequência na saída dos aplicadores em razão das mudanças determinadas pelo Banco Central, BC.

A Argentina, que enfrenta a piorcriseeconômica desua história, também registrou saques de US$ 1,5 bilhão nos primeiros cinco meses do ano.

Juros por atraso nos cartões de crédito sobem e atingem recorde

Os juros médios cobrados pelos bancos e administradorasnos cartõesde créditotiv eram alta em junho,na comparação commaio. Algumas das linhas, como de saques e juros por atraso, atingiram recorde no ano. Os dados são da pesquisa mensal realizada pela Agência Estado no dia 28 de junho.

Astaxasmédias cobradas proporcionalmenteaos dias de atraso no pagamento de parcelas subiram de 9,91% ao mês,emmaio, para10,11% ao mês, em junho. No crédito rotativo, em queos juros in-

cidem sobre o saldo da parcela,a cobrançamédiamensal foi de 9,94% no mês passado. Em maio,essataxaera de 9,79%.

Parcelamento– O juro médio cobradono parcelamento de compras foi o menor cobrado emtodas aslinhas (6,87%ao mês).Em maio, essa taxa era de 6,83%, deacordo com o levantamento. Para clientes que fazem saques diretamente em caixas eletrônicos, a taxa média mensal em junhofoi de 10%, uma elevação de 0,11 ponto porcentual.

O maior custo apurado pelapesquisa emcaso deatraso nos pagamentos foi encontrado no Carrefour e no Itaú, com 12,90% ao mês. Nesta linha, a taxa mínima foi cobrada pelo HSBC: 3,50%, a mesma no rotativo e no saque. Rotativo – Nos juros rotativos, quem cobrou mais foi o Itaú,com12,90% ao mês. Nos saques,foioMercantil (13,87%).No parcelamento de compras, o maior juro cobrado foiodoUnibanco (11,90%). A taxa mínima era cobradapelaCaixa Econômica Federal (3,10%). (AE)

Projeções recuam no mercado, mas incertezas permanecem

Comoerade seesperar,o mercadodejuros iniciouo diaontem deformanervosa, refletindo a decisão do rebaixamentoda nota doBrasil. Depois, aos poucos, o merca-

BNDES e Banco do Nordeste também têm suas notas rebaixadas

Aagênciade análisederiscoStandard & Poor´s rebaixou os ratings (notas) de longo prazo em moeda local e estrangeira de dois bancos estatais brasileiros,o Banco Nacional de DesenvolvimentoEconômicoe Social, BNDES e o Banco do Nordeste do Brasil, BNB, refletindo o rebaixamento do rating soberano do País, na terça-feira. Empresas nacionais também tiveram suas notas rebaixadas.

crédito dentro do mercado brasileiro.O rebaixamento dorating reflete oaumento da dívida pública,a qual reduz ainda mais a flexibilidade fiscal.

Concentração – A indústria de fundos da América Latina segueconcentradaem renda fixa, que acumula uma participação de 69,19% em toda a região.

O relatório da Thomson Financial Brasil mostra ainda que os fundos cambiais nãosetornaram mais expressivos naindústrialatina, mesmocom acrise de confiança dos investidores. O presidente da Thomson Financial Brasil,JoséCássio Bariani, dizque asidas evindas do câmbio ainda não justificam fluxo de recursos para os fundos lastreados na moeda americana, já que eles aindarepresentam apenas3,5% do patrimônio total da indústria de fundos.

Adriana Gavaça

Parao BNDES,o ratingde crédito de longo prazoem moeda local foi rebaixado para "BB", de "BB+"; o rating de crédito de longo prazoem moeda estrangeira foi rebaixado para "B+", de "BB-".

Para o BNB, o rating de crédito de longo prazo em moeda localfoi rebaixadopara "BB", de "BB+"; o rating de crédito de longo prazoem moeda estrangeira foirebaixado para "B+", de "BB-"; o rating de crédito decurto prazo emmoeda local eestrangeira foimantido em "B". A perspectiva paraos ratingsdo BNDES e do BNB continua "negativa".

O rebaixamento do rating reflete o aumento da dívida pública, a qual reduz ainda mais a flexibilidade fiscal

A opinião da Standard & Poor´s é de que o governo tem agora um espaço de manobra menor diante de um ambiente doméstico e externo desafiador que se estenderá após a eleição presidencial. Como resultado do rebaixamentodo ratingsoberano e em reconhecimento dos fatores nosquaisse baseiatal ação, a Standard & Poor’s também revisou osratings emEscalaNacional atribuídos a várias instituições. AES e Eletropaulo – Em algunscasos,taiscomoos da AES Sul e da Eletropaulo Metropolitana,"o sentimento negativo do mercado tem se combinado com a falta de suporte da empresa co ntro lado ra, AES Corp, bem como com as incertezas com respeito àestratégia da AES para seus ativos naAmérica Latina.

do passou a assimilar a informação dequeo BancoCentral dará liquidez às operações cambiais por intermédio de oferta diáriade dólares.Com isso, osjuros

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abriram o dia em alta, mas fecharam em baixa. "O mercadode jurostem acompanhado o câmbio. Se a situação cambialse acalmar, issotambém tendeaacontecercom osjuros", disse um analista."Aindaé cedo para afirmar quea raçãodiária de dólares vai tranqüilizar."

“Confiança não se impõe, conquista-se através do tempo”

● Certidão Negativa: Federal – Estadual e Municipal

● Certidão Negativa:INSS – FGTS – PFN – Dívida Ativa da União

● Certidão: Justiça Federal – Falências e Concordatas

● Certidão: 10 Cartórios Protestos – Executivos Fiscais Cadastramos sua Empresa: SICAF Federal e SIAFÍSICO Estadual CONTABILIDADE & REPARTIÇÕES EM GERAL ABERTURA – ALTERAÇÃO – BAIXA e PARCELAMENTO

● Arquivamentos: Junta Comercial, Receita Federal, Secretaria e Prefeitura

● Declaração de Imposto de Renda Física e Jurídica – Extratos C/C

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Momentâneo– Há forte probabilidade de a medida do BC ter efeito apenas momentâneo. Ésóolhar queo mercado recebeu bem as medidasdo BC,masnão seentusiasmou", completou.

As taxas de juros,que recuaram,ainda continuam em níveis elevados."O fator eleitoral continua pesando e o Serra aindanão mostrou força para chegar firme ao segundo turno", comentou um analista. Na BM&F, os contratos de DI futuro para agosto fecharam em 18,87%, ante 18,90% na terça-feira.(AE)

Casa própria: Caixa amplia o limite de renda para R$ 4,5

mil

ACaixaEconômica Federal ampliou o limite de financiamento habitacionalcom recursos do Fundo de Garantia doTempode Serviço, FGTS, e já está liberando créditosparaacompra dacasa própriaporfamílias com rendade até R$ 4.500 mensais.A medida foi aprovada na última reuniãodo Conselho Curador do Fundo, realizada no final de junho.

Até agora, o FGTS só financiava a casa própria das famílias comrendamensalaté R$ 3.250,00. Para a faixa de renda até R$ 2 mil, o empréstimopodeser usadopara qualquer tipo deimóvel residencial, desdeque ovalor de mercadonão ultrapasse R$ 62 mil. Para a faixa de renda de até R$ 3.250,00 o financiamento é limitado à aquisiçãodeimóvelnovoe em construção.

Especial – Na faixa especial criada agora –entreR$ 3.250,00 e R$ 4.500 mensais–, oempréstimo também se destina à compra de imóvel novo (comatéseis meses de habite-se) ou em construção. O valormáximo estálimitadoa R$64mil, e opreçode avaliação do imóvel não pode ultrapassar R$80 mil.O prazo limite do empréstimo é de 20 anos, com taxa nominal de juros de 10,16% ao ano. Segundoos técnicosda Caixa,para essafaixa derendanão existenenhumsubsídio: o trabalhador deve pegar o empréstimo de acordo com a sua possibilidadefinanceira. Para aqueles com renda acima deR$ 4,5 mil,a opção definanciamentoé comrecursos doFundo deAmparo ao Trabalhador. (AE)

Escala– Outra decisão da agência foi rebaixar os ratings de crédito de emissor atribuído em suaEscala Nacional Brasil à República Federativa doBrasilde "brAA+"para "brAA". A perspectiva dos ratings de longo prazo negativa foi mantida. Os ratings na Escala Nacional Brasil refletem uma opiniãodinâmica do risco decréditorelativo do mercado brasileiro e são comparáveis somente entre si.

O rating "brAA" reflete a opinião da Standard & Poor´s de que o governo brasileiro permanece entreos tomadoresderecursosque apresentama melhor qualidade de

No caso da AES Sul, a agência acredita que a empresa pode ter acessolimitado a linhasbancáriaspara rolaro seu endividamentode curto prazo (US$ 100 milhões).

Risco – A EletropauloMetropolitana enfrentasignificativo risco de refinanciamento, uma vez que cerca de US$ 600 milhões (30% do total de seu endividamento) vencem entre agosto e dezembro de 2002. "Oaltograu dealavancagemeo crescimentodorisco de refinanciamento, assim comoaexposição aoriscode desvalorização da moeda, também levou ao rebaixamento de Vicunha Têxtil, Fibra Dupont, Coelba, e Cosern", comunicou a agência. (Reuters/AE)

Dívida é administrável

A diretora-adjunta de risco soberano paraAmérica Latina da agência Standard & Poor’s, S&P, Lisa Schineller, afirmou que a dívida brasileiraé administrável. Durante teleconferência paraexplicar orebaixamentoda notasoberana doBrasil deBB- para B+,Lisadissequesea S&P acreditasse num cenário próximo da moratória,o rating brasileiro não estaria onde está mas num nível pior. Deteriorização – Um dos motivoscitados pelaagência para o rebaixamento doratingbrasileiro, quecontinua em perspectiva (outlook) negativa, foi a expectativa de deterioração da trajetória da dívida pública.

Utilizando umaestimativa de câmbio de R$3 por dólar nofinaldoano,aS&P estimou a dívida líquida dogoverno geral em 70% do PIB. A agência de classificaçãode risco utiliza um conceito mais restritode dívidalíquida do que o utilizado pelo governo brasileiro.

Atualmente, a dívida líqui-

da do governogeralestá em 60% nos cálculos da S&P e em 55% nos cálculos do governo. Indagadase apolíticade intervenção do câmbio anunciada ontem pelo Banco Central –de adotara "raçãodiária" para conter a depreciação doreal – poderáfazer com que o câmbio feche o final do anomaisabaixo doqueaestimativa de R$ 3 por dólar, Lisadisseque épossível.Mas ela, mesmo assim,não vê comoa trajetóriada dívidapoderá ser estabilizada. Crescimento – Segundo a diretorada agência, mesmo num cenário mais otimista, se o câmbio fechar o final deste anoa R$ 2,60por dólare não a R$ 3 a dívida líquida do governo ainda assim aumentará dos atuais 60%do PIB para algo próximo de 65%. De acordo coma diretora da agência, num cálculo simples, a cada 1% de depreciaçãodo câmbio,a dívidacrescerá em 0,25 a 0,30 ponto porcentual do PIB, da mesma forma para a direção contrária.(AE)

Governo vai destinar 28,9% a mais para crédito agrícola

O governovaidestinar

R$ 18,950 bilhões para os agricultores custearem o plantio, a comercialização e osinvestimentos da safra 2002/03. O valoré 28,9% superior aos R$14,7 bilhões liberados no anopassado com a mesma finalidade.

Segundoanúncio feitoontempeloministroda Agricultura, Marcus Vinícius Pratinide Moraes, no total, essesrecursos poderãochegara R$21,670 bilhões,considerando o retorno que haverá comos empréstimosde custeioquedeverãoser reaplicados nosetorrural,a exemplodo quetradicionalmente ocorre.

O ministro anunciou ainda a correção dos preços mínimospara omilho,arroz ealgodão (entre 12% e 27,86%), culturas em que o governo federal tem interesseem equilibrar a oferta no mercado interno. Também foram divulgadoscinco novosprogramasdeinvestimentos do governo para a agricultura, além dos 14 já existentes. Do totalde recursosanun-

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ciados, R$ 15,950 bilhõesse destinam a financiamentos paracusteioe comercialização. Desse montante, R$ 11,320 bilhões serão emprestados com juros de 8,75% ao ano, que são as taxas praticadas conforme as regras do créditorural, eR$ 4,630 bilhões serão emprestadoscom outras taxas fixas que variam de 6%a10,75% aoano,comoé caso de programas financiados pelo BancoNacionalde Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Mais renda – Os recursos a seremaplicados nosetorru-

ral comjuros livres somam R$3bilhões. PratinideMoraes disse que a maior preocupação do governo neste ano é a de propiciar aumento de renda aoprodutorrural. "O recorde de 100 milhões de toneladas degrãos jáobtivemosem 2000/01.Agoraqueremosaumentara renda do produtor", observou. Por isso, o governo decidiu criar maiscincoprogramas de investimentos para o setor e ajustaras condiçõesde cinco dos 14 programas já existentes. Os programas novos serãocontemplados com

Cesta básica sobe na maioria das Capitais

Opreço dacesta básicasubiu em junho em 14 das 16 capitaisdoPaís onde oDieese realiza uma pesquisa mensal. As quedas, de 0,37% e 0,27%, foram verificadasno Rio de Janeiro e em Belém, respectivamente. Segundo o Dieese, a cesta mais cara é a de Porto Alegre,quecusta R$134,41.

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Em segundo lugar,aparece a deSão Paulo(R$ 131,50).As maisbaratas sãoas deSalvador (R$102,37) eFortaleza (R$ 107,04).

Os motivosapontados para osaumentos emjunho foram avariação cambial,a sazonalidade da safrae as condições climáticas do mês, que pressionaram principalmente os preços dos alimentos. Mínimo – Cálculosfeitos pelo Dieese com base no preçoda cestade PortoAlegre mostram queo saláriomínimo recebido pelo trabalhador nomêspassado deveria ter sido de R$ 1.129,18. O valor, segundo o instituto, seria o mínimo necessário para suprir asnecessidadesdeuma família de dois adultos e duas crianças: moradia, educação, saúde, transporte,vestuário, higiene, lazer e previdência. Em junho, na média das 16 capitais,acomprada cesta comprometeu 63,30% do salário mínimo líquidocontra 62,29% em maio. (Agências)

BOLSA ELETRÔNICA DE COMPRAS

R$ 770 milhões, também do BNDES, e têm como objetivo apoiaratividades eprodutos considerados estratégicos pelo governo federal. Para o Programa de Apoio à Agricultura Irrigada(Prorriga)serãodestinados R$200 milhões. O Programade Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Pecuária (Prodecoop) receberá R$ 250 milhões. Já o Programa de Plantio Comercialde Florestas terá R$ 60 milhões para estimular ocultivo deflorestas industriais. O Brasil precisa reflorestar anualmente 500 mil hectarese refloresta,atualmente, 200 mil hectares. Para o Programa deApoio ao Desenvolvimento da Cacauicultura serãodestinados R$230 milhões. Por fim, o Programa de Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animalreceberá R$ 30 milhões. (AE)

Tarifa de energia elétrica aumenta 14,24% a partir de hoje em

São Paulo

Osconsumidoresda Eletropaulo, distribuidora de energia daregião metropolitanadeSão Paulo,vãopagar 14,24%amais pelaenergia elétrica a partir de hoje. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou ontem oreajusteque será aplicado nascontas deluz de 4,7 milhões de unidades consumidoras em 24 cidades paulistas, inclusive a Capital. O aumento não inclui a tarifa extra, de 2,9% para as residências e de 7,9% para as indústrias, que vem sendo cobrada desde o início do ano para reporas perdasde geradoras edistribuidoras como racionamento de energia.

Também não está incluída a cobrança do seguro-apagão, que representa R$ 0,0057 por quilowatt.

Segundo a Aneel, para o cálculo do reajustefoi considerado oíndice IGP-M, que registrou inflação de 9,48% nos12 mesesterminadosem

junho. Ainda segundo a agência, o impacto do reajuste no IPCA, índice usado pelo governo para avaliar o cumprimentodas metasdeinflação com o FMI, será de 0,168 ponto porcentual. Parao cálculodo reajuste anual, a Aneel leva em conta a variação doscustosque as empresas tiveram nos últimos 12 meses. São considerados os custos não-gerenciáveis, como a energia comprada de geradoras, a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), a ReservaGlobal deReversão (RGR), a taxa de fiscalização e os encargos de transmissão. Também são levados em conta os custos gerenciáveis, sobre os quais incide o IGP-M. A Aneel autorizou também o reajuste de 10,91% nas tarifasde energiadaCompanhia de Energia Elétrica do Estado de Tocantins (Celtins). A distribuidora atende a 141 cidades ecerca de245 milunidades consumidoras. (AE)

Consumo de energia cai 12,3%; residências puxam diminuição

O consumode energiaelétricaneste ano continua em nívelbastante inferioraoregistrado noano passado.Segundo dados da Eletrobrás, o consumo em abril atingiu 24,7mil GWh,o que representa queda de 8,9% em relação a abril de 2001.No acumulado de janeiro a abril deste ano,em relação aigual intervalode 2001, a retração ficou em 12,3%.

As maiores reduções foram verificadas nas regiões Sudestee Nordeste,quepassaram por racionamento. Mas também houve diminuiçãono Sul e no Norte, que estavam sem consumo controlado. No Sudeste, por exemplo, a

Encontram-se abertas na Bolsa Eletrônica de Compras, do Governo do Estado de São Paulo, as seguintes Ofertas de Compras:

quedafoide 16,2% no ano.

No Sul, ficou em 1,7%.

Residências – O segmento residencial está puxando parabaixoo consumodeenergiaelétrica noPaís.Segundo a Eletrobrás, a queda no consumoresidencial emabrilficouem15,3% emrelaçãoa abril do ano passado. No setor industrial, a diminuição foi de5,2% emabril em relação ao mesmo mês do anopassadoe de 7,0% no acumulado dos quatro primeiros meses de 2002. No segmento comercial, houve recuo de 11,7% e 14,4%, respectivamente.

No item "outros", onde são agrupados segmentos como setor público, rural e iluminação pública, aquedaem abril ficouem 4,3%.No ano, a baixa é de 10,1%.

Sobra – A queda no consumodeenergia estáacimada previsão inicialdo governoe já começa apreocupar especialistas do setor com a possibilidade de excesso de capacidade. Segundo a Eletrobrás, a previsão inicial era deuma redução de até 7% após o fim do racionamento, masjá há

indicaçõesdeque aredução do consumo deve ultrapassar os 10%. Aredução coincide com período de relativa tranqüilidade no abastecimento de energia, com os reservatórios das grandes geradoras atingindopatamares "confortáveis" para este período do ano, que é o "período seco" (sem chuvas).

Nas últimas semanas, o consumo médiodo Sistema Interligado tem sidoem torno de 39 mil MW médios, alcançando os 51mil MW nos momentos demaior consumo. Pelosdados da Aneel, o Paísencerrou junhocomcapacidade instalada de 77,7 mil MW, o que indica "sobra" potencial deaté 26 milMW de capacidade. Mesmo considerandoqueosistema não pode funcionar sem folga, já quesemprehá necessidade de reparos emanutenção em algumas usinas, há dados mostrando excessodecapacidade.

Além disso,a Aneelcontabiliza mais 14.500 MW de capacidadeem construção e outros 25.279 MWjá outorgados. (AE)

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Capital estrangeiro:

saldo fica negativo na bolsa em

US$ 1,2 bilhão

BC gastará US$ 1,2 bi para tentar conter alta do dólar

Aturbulência dasúltimas semanas fez aBovespa registrar em junho o maior saldo negativo no balanço mensal de investimentos estrangeiros:US$1,014 bilhão.Odéficit das aplicações externas na Bolsa não era tão expressivodesde dezembro de 1998, quando os estrangeiros tiraram US$ 1,234 bilhão.

De acordo coma Bovespa, o saldo negativo foi resultado de venda de ações por estrangeiros, de US$3,945 bilhões, superiores às compras, de US$ 2,930bilhões. Osaldo acumulado no ano está negativo em US$ 392,7 milhões. Giromenor– Sem os estrangeiros, que garantem parte da liquidez do mercado, aBovespa continua amargando redução no giro

financeiro. Ontem, os negócios movimentaram

R$455,9milhões.Hoje aliquidez deve serainda menor por causa do feriado da Independência dos EUA. O índice Dow Jones fechouem alta de 0,52%e oNasdaqsubiu 1,64%.

Queda – Depois de ter subido na terça-feira mesmo com as baixas em Nova York, a Bovespa não resistiu ontem ao cenário negativoe recuou 1,93%, para 10.635 pontos. Com este resultado, amplia para 21,6% a queda acumulada no ano. Nomês, as perdas são de4,5%. A maioralta foi Ipiranga PN (2%) ea maior baixa, NetPN (-10,9%).Telemar PN, aação mais negociada,caiu 1,16% efechou cotada a R$ 26,41. (RA)

O Banco Central, BC, finalmenteconseguiu ontemfazer odólar comercial encerrar o dia em queda. O diretor de Política Monetáriada instituição, LuizFernando Figueiredo, informou ao mercado que o BC pretende fazer intervençõesdiárias nocâmbio,ora comvenda diretade dólares, ora com leilões de linha externa (em que a moeda americanaé vendidacom compromisso de recompra). No total,oBCvai colocar no mercado até o fim de julho US$ 1,2 bilhão. Outros US$ 300 milhões já foram colocados no início da semana.

Máxima – A moeda americana fechouembaixa de 0,93%, cotada a R$ 2,863 para compra e a R$ 2,865 para venda. Noinício dodia, areação negativa ao rebaixamento das notas dadívida brasileira pela agência declassificação deriscosStandard &Poor’s levou o dólar à máxima cotação deR$ 2,942.Logo queo BC anunciou a nova rotina de intervenções, ascotações recuaram.

A estratégia do BC deve manter odólar em quedase predominarem as intervenções por meio de venda direta de moeda, segundo o gerente de câmbio da corretora Novação, José Roberto Carreira. "O queo mercado esperaé a venda de dólares nomercado.Se o BCpriorizar osleilões de linha externa é grande a chance de o dólar retomar a tendência de alta", diz. Paralelo– Aexemplo do que já havia acontecido na terça-feira, o dólar comercial fechou ontemcom cotações superiores às do paralelo. Normalmente, oparalelo supera o comercial. Em São Paulo, amoedano paralelo fechou em R$ 2,75 para compra e R$ 2,80 para venda. Para Carreira, o paralelo com cotaçõesmais baixasmostra que quem opera nesse mercado não está acreditando que o dólar comercial vai continuar em alta.

"Temosobservado quehá mais vendedores quecompradores no mercado paralelo.Sea apostafossedealta,

havia maisinvestidores querendocomprar amoeda", acrescenta Carreira.

Risco - A queda do dólar não impediu que os indicadores externos do Brasil piorassem. A taxa de risco do País calculadapeloJPMorgan estava em1.727 pontosbaseàs 18horas,com altade 3,48%. OsC-Bondscaíam 1,05% nohoráriodo fechamento dos mercados no Brasil, cotados a 59,12% do valor de face. A piora refleteo rebaixamento anunciado na terça-feiraà noitepelaagência Standard & Poor´s.

Rejane Aguiar

Reservas do País recuam para US$ 41,3 bilhões

As reservas internacionais brasileiras caíramUS$607 milhões entre a sexta e segunda-feira passada. A variaçãodecorrede umpagamentoa credores doClube de Paris, de US$ 615 milhões, informou o Banco Central. Comisso,as reservasdo País caíram de US$ 41,995 bilhões paraUS$41,388bilhões, pelo conceito de liquidez internacional. A cifra é divulgada pelosite do BC (www.bcb.gov.br) (Reuters)

Pequenas empresas crescem só 0,1%

O aumento de faturamento registrado em maio foi mínimo se comparado ao crescimento dos meses de março e abril

O faturamento das micro e pequenas empresas do estado de São Paulocresceuapenas 0,1%emmaio desteanoem relaçãoao mêsanterior. O número é bem inferior aos aumentos registrados em março e abril, de 7,9% e 4,2%, respectivamente,sempre no comparativo mensal.

De acordo com o economistaPedro JoãoGonçalves, doSebrae-SP,que divulgou os númerosontem, apequenaexpansãode maiosedeve ao desempenhofracodas vendas do Dia das Mães. "A data foi magra para o comércio,que representa50%das micro e pequenas empresas no estado", diz Gonçalves. As receitas das empresas desse

segmentosubiram somente 2,8% entre os meses de abril e maio. Além disso, a indústria tevequedade3,8% nomesmo intervalo. O setor apresentou um forte crescimento, de7,9%,nomêsde abril, quandoabasteceuo comércio para o Dia das Mães. Efeito sazonal – Para Gonçalves,o crescimentodasre-

Embratel pede nova liminar contra Telefônica

A Embratel entrou ontem com uma medida cautelar com pedidode liminar contra a autorização obtida pela Telefônicapara oferecerserviços de interurbanos a partir do estadode SãoPaulo para as demais regiões do País.

A açãofoi propostaao Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região, em São Paulo, e encaminhada à 15ª Vara Federal nacapital paulista. ATelefônicaobteve a autorização daAgênciaNacionalde Telecomunicações

(Anatel) naúltima segundafeira e anunciou que prestaria os serviços aos paulistanos a partir de ontem.

A Embratel, por sua vez, já haviaobtido,em 29 deabril m liminar suspendendo a primeirapermissão dada à Telefônica na forma de aditivo ao contrato de concessão.

A Telefônica obteve o direito deoferecer esseserviço porqueantecipou ocumprimento de metasde universalização previstas para dezembro do próximo ano. (AE)

Nestlé é escolhida a melhor empresa de 2001

A Nestlé é a empresa do ano de 2001 do ranking Melhores eMaiores2002 promovida pela Revista Exame. A escolha deumadas maioresindústrias de alimentos do País ocorreu porcausa deseu desempenho em um ano economicamente difícil.

A empresacomeçou oano passado com pesados investimentos para retomar aliderança demercado nas12 áreas em que atua. De janeiro a dezembro de2001, a companhia, que está há pouco mais de um ano sob o comando do economista Ivan Fábio

Zurita, registrou um aumentorealde5%nasvendas e contabilizouum lucrolíquido de US$ 79,5 milhões. Um dos principais motivos para a escolha foi o desempenhoque amultinacionalobteve em rentabilidade sobre o patrimônio, índice quechegou a 20,1%. O número foi seis vezes superior àmédia de3,2% obtida pelas500 maioresempresas.Reestruturação dasáreas de marketing evendas e uma grande campanhade marketing ajudaramaNestléaalcançar a posição. (AE)

Toyota estuda contratar produção no Exterior

A montadorajaponesa ToyotaMotor está estudandoa possibilidadedecontratar empresas para assumir parte de sua produção no Exterior. De acordo com um porta-voz da Toyota, asubcontrataçãoseriafeita para ajudar no processo de expansão global da montadora.

A Toyota Auto Body e KantoAutoWorks estãosendo

estudadaspela empresapara o caso. AToyota possui unidades de produção estratégicas em países como Brasil, Tailândia e Turquia. O estudodacompanhia não chega aapontar, porém, os possíveislocais. AToyota tem como meta elevar seu marketshare para15%no mundo no início de 2010, dos atuais 10%. (AE)

ceitas dasmicroe pequenas empresas nos últimos meses se deve àsazonalidade. "A economia continua deprimida. Num ambiente assim, a sazonalidade salta aos olhos". Em março, por exemplo, diz ele, a alta foi puxada pela Páscoa.Abrilteve doisdiasúteis a mais, o que também contribui para a expansão.

Na comparação com 2001, porém, o desempenho continuaruim. Noacumuladode janeiro a maio de 2002, frente aomesmo períododoano passado, a queda de faturamento éde 22,8%."Osprimeiro cinco meses de 2001 foram bastante positivos, não só para as pequenas empresas, mas para toda aeconomia. Ainda não havia crise argentina, nem racionamento, então a base de comparação é alta", diz. "A partir de junho, porém,essa situaçãocomeçou a se reverter".

Oeconomista evitoufazer previsões para o faturamento das microe pequenasno ano em relação àsreceitas registradas no anopassado. Gon-

çalvesafirmouapenas que "espera-se uma lenta recuperação até dezembro".

Renda e juros – De acordo com o economista, dois fatores vêmprejudicando asmicro e pequenas empresas. Um deles é a manutenção das altastaxasde juros,oquedificultaas comprasfinanciadas por parte dos consumidores e acaba retraindo as vendas. Outro inibidor de desempenho é a diminuição da renda da população brasileira. O último levantamentodo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que os rendimentos médios no Brasil caíram 4% em abril, frente ao mesmoperíodo do ano passado.

"Além disso, há uma pressãoem itensde custosdessas empresas", diz o economista. "As tarifas de energia elétrica têm aumentado, assim como os preçosdoscombustíveis. As taxas de juros dos empréstimos também estão bastante caras", reforça. Emprego – Ototal depessoal ocupado nas micro e pequenas empresas do estado de São Paulo recuou 0,6% no mêsde maioanteabrile 14,1% frentea maiode 2001. Os gastos com salários dessas empresas ficaram estáveis entre abril emaio, mas diminuíram 14,1%em relaçãoao ano passado.

IDT quer telefonia da WorldCom

AIDTCorp estádispostaa pagar US$ 5 bilhões para levar asunidadesdetelefonia local e de longa distância do problemático grupo de telecomunicações WorldCom, controladorda Embratelenvolvido em umescândalo de fraude contábil.

A oferta da IDT inclui as unidades MFS Network e Brooks Fiber, além dasoperações com consumidores e pequenos negócios de longa distância da MCI. A IDT, que tem construído a fama de desenterrar ativos de telecomunicações que estão indo mal e baratos, encaminhouaproposta parao presidente-executivo da WorldCom,John Sidgmore.A IDTé umaempresa de tecnologia com operaçõescom cartõestelefônicos, serviços telefônicosde Internet e redesde fibra-ótica. A capitalização da companhia é de US$ 1,28 bilhão.

Saída – Noinício desta semana,o presidente da empresa, que assumiu o cargo há doismeses, disseque umpedidodefalência dependedo sucesso da negociação de novaslinhasde crédito com os credores. A WorldCom tem US$ 2 bilhões em caixa disponíveis enenhum dosgrandes clientes cancelou contratos.

Vivendi – AVivendiUniversal, multinacionalda área de mídiaque fraudoubalançospara escondera situação deficitária,seprepara para colocar na presidência oespecialista em reestruturações Jean-René Fourtou.A tarefa do executivoserá desmembrar o grupo.A franco-americana Vivendi, dona do Universal Studios de Hollywood e de umimpério mundial de música,também sepreparavapara reformularaprópria diretoria e negociar um plano de resgate paracolocar a em-

pres em pé. Fourtou, tirado da semi-aposentadoriapor sua experiência na reestruturação da companhia química Rhone-Poulenc, assumirá o posto depresidente-executivo interino, depois que JeanMarie Messier foi forçado a sair em um golpe da diretoria por causa das grandes dívidas da empresa. Peso pesado – Aempresa nomeouochefeda companhiade segurosAxa,Claude Bebear, queestáportrásda saída de Messier, para ocupar um posto no conselho de ad-

Global Crossing é investigada por destruição de documentos

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos começou a investigar também a empresa norte-americana GlobalCrossing,queestá em processo de falência, por destruição de documentos.

O FBI (polícia federal norte-americana) instaurouum inquérito para apurar denúncias que surgiram no mês passadodesumiço dedocumentos na empresa de telecomunicações. Osuposto delito foi informado por um fun-

* Livros, Jornais e Revistas

* Diários * Notas Fiscais

* Folhas de Pagamento

* Trabalhos Escolares Encadernações:

cionário da empresa em 10 de junhoa umsistemade pensão norte-americano, que perdeu US$ 116milhões entre 1999 e o início deste ano, quando a empresa decretou a sua falência.

A Global Crossing opera um sistema de comunicações em alta velocidade que conecta mais de 200 cidades em 27 países e apresentou em janeiro o quartomaior pedido de falência da história dos EstadosUnidos, sobpressãode uma dívidadeUS$12,4bilhões, concorrência acirrada e excesso de oferta de serviços de comunicações no mercado mundial. Denúncias dedestruição de documentos tornaram-se frequentes nos últimos escândaloscontábeis de empresasamericanas.A Global Crossing reiterouque asupostadestruição nãoocorreu. A companhiapretende cooperar comas investigações do caso. (Reuters)

ministraçãoe ser encarregado de umimportante comitê financeiro. Naprática,Bebear será o poder por trás do trono. Bebear é um dos mais influentes homens de negócios da França. C ri s e – Natentativade aplacar a tempestade, o chefe de umdosmaiores credores da Vivendi, o BNP Paribas , negou ontem veementemente rumores de mercado de que o grupo estaria correndo orisco decalote. "AVivendi não está de forma alguma enfrentando uma crise desolvência,oqueimplicaria em seupatrimônio líquidoser menor que seu débito", disse Michel Pebereau,presidente do BNP Paribas, maior banco privado da França.

Todavia, uma divisão do império Vivendi parece inevitávelpara opagamento da montanhade dívidas,depois que a série de aquisições de Messier transformoua companhiade águase esgotosde 150 anos no segundo maior grupo de mídia do planeta. AVivendi tambémeraauditada pela empresa multinacional Andersen,comoa gigante de energia Enron e a WorldCom, detelecomunicações. (Agências)

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O executivo Jean-René Fourtou foi chamado para reestruturar a Vivendi após a descoberta da fraude contábil
Jean Paul Pelissier/Reuters

Roupa revela o perfil da secretária

A consultora de imagem Ilana Berenholc ensina como conciliar o estilo pessoal com as exigências de vestuário da profissão

A secretária Marisade Oliveira Machado, 44 anos, preferiu não entrar na reunião da diretoriada AssociaçãoBrasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) na sextafeira em que foi ao trabalho vestida com calça jeans. "Pedi para outra pessoa levar um papel atéo auditório,onde ocorria a reunião", conta.

Tirar a calça jeans do guarda-roupa em dia de trabalho, na verdade, foiuma exceção narotina dasecretária dodiretorexecutivoda entidade, Patrício Queiroz Cintra Prado. As roupas de todos os dias da profissional sãomesmo o terninhoeo tailleur."Você está sempre elegante e não erra", diz Marisa,graduada em Administração de Empresas e com formação técnica em Secretariado.

Usar o vestuário clássico não é um grande esforço para a secretária, que, mesmo fora da vida profissional, é adepta das roupas básicas e de cores neutras como azul escuro, marrom, preto e tons pastéis. "As secretárias naturalmente clássicas são as que menos encontram dificuldade de se vestir para otrabalho",diza publicitáriae consultorade imagem, Ilana Berenholc. A consultora, especializada na área, possui um estudo no qual indicacomo secretárias

Jr./Digna

Célio

de seis diferentes estilos podem adaptar o gosto pessoal à roupa do trabalho. O estudo, que divide as mulheres em esportivas, clássicas,sexys, românticas,modernas ecriati-

vas, mostra como dar aos blazers, camisas, terninhos e tailleurs, roupas mais indicadasparaaprofissão, um toque pessoal próprio.

As pessoas doestilo criativo, por exemplo, que gostam de misturarcorese acessórios,podem complementar as peçasbásicas comuma bolsa, um brinco ou então um anel diferenciado.

O mesmo pode ser feito pelasadeptas doguarda-roupa moderno, misturando uma blusa mais escura, por exemplo, a um acessório da moda.

Se essasecretáriaabusar do seu estilo pessoal, usando tu-

Lojistas podem comprar ao estilo europeu na Casamoda

Fazer compras ao estilo europeu. Ao invés de bater perna atrás degrandes atacados, assistira desfilesde modaregadoa cafezinhoeconforto. Essa é a proposta da Casamoda FashionGroup,empresa que reúneas criaçõesde três renomados estilistas brasileiros e acabade inaugurar um espaço de compras para lojistas em São Paulo.

A empresária Maria Eduarda Ferreira foi quem trouxe o novo conceitoda Europae dos Estados Unidos. O toque pessoal ficou por conta do ambiente informal. Dois modelos, um homem e uma mulher, ficam à disposição na loj a paraa prova das roupas.

Maria Eduarda explica que o objetivo é recepcionar com confortoos lojistas de todas as regiões brasileiras.Uma equipe de estilistas também vai ficar encarregada de instruir os varejistas de confecção no local.

Aempreendedora pretende organizar eventos permanentesdemoda,que terão início a partir de agosto, épocaemque amaioriadosestilistasapresenta suascoleções para a primavera/verão.

Especialidades – Quando olojistachega àCasaModa, eleé recebidopela equipede MariaEduarda. Delafazem parte os estilistas Ione, JeffersoneKarina Kulig.Cadaum

deles é especialista em um setor damoda. Ionetem experiência no desenvolvimento de peças de tricot masculinas. Karina Kulig oferece coleções distintas:prét-à-porter epeças para a noite. Jefferson, umestilista preocupado emassociara moda à arte, é um caso à parte do mercado da moda. Há dez anosnomercado,o estilista elabora esculturas a partir de retalhos e sobras de confecções. As roupas criadas combinam fios e matérias-primas com características semelhantesàs daborracha.Elas permitem uma modelagem adaptada às características físicas de qualquer pessoa. A coleção de semijóias criadaporMaria Eduardaeos calçados e bolsascriados por Elisa Atheniensetambém estão expostos na Casamoda. As semijóias são elaboradas com materiais como cristal e zircônia, que têm o mesmo brilhodo diamante.Elas têm pedras cravadas na peça e não coladascomoocorre com outras jóias. O objetivo é oferecer produtos de todas as etapas da cadeia da moda.

Paula Cunha

do o que está nas revistas, ela pode ter dificuldade de fixar umaidentidadeno seu ambiente de trabalho. "O fato de ela estar mudando sempre não passaconsistência", diz Ilana Berenholc.

De acordo com a consultora,assecretáriasque mais têmdificuldade demontaro visual profissional sãoas românticas e as sexys. "Os decotes tiramacredibilidadeda pessoa", explica. Já as roupas com estampas floridas e cores claras como o rosa, como gostamas românticas,acabam transmitindo fragilidade.A secretária pode acabar

tendo dificuldade de se impor por fomentar uma imagem frágil demais.

Empresa – Adaptações podem serfeitas, porém, de acordo com aempresa na qual a profissionaltrabalha.

O tratamento dadoao visual dequemsecretaria uma agênciadepublicidade não precisa ser tão formal quanto o da pessoa que atende o principal executivo de uma grandeempresa."A secretária tem que se vestir de acordo com a imagem da empresa", recomenda Ilana.

Aaparência, segundoa consultora,tem um grande peso na vida profissional. "Se duaspessoas coma mesma competência estiverem disputando uma vaga, vai ficar a quetiver melhoraparência", diz Ilana.No casodas secretárias, não só a beleza e as roupa bonitas contam, mas também cabelosalinhados,maquiagem discreta e unhas cuidadas. "É preciso olhar para a pessoa e ter a sensação de que

há um acabamento", ilustra. Roupas antigas demais também podem dar uma impressão de desatualização, falha imperdoável na profissão,que passou das máquinas de escrever para o manuseio dos computadores. Sandálias etamancosnão são indicadospara asprofissionaisdo secretariado,mesmo no verão. "O melhor é usar sempremeia finacom sapatos fechados", diz Ilana. "Fica mais elegante". I n fo r m aç ã o – As roupas são umafontede informações sobre a pessoa que as está usando. "É importante observar o que vocêtransmite através daaparência",diza consultora Ilana. Se o estilo de guarda-roupa daprofissionalnãofor indicado parao cargo queela ocupa,é importantefazera adaptação, mas sem perder as principais características pessoais próprias.

Isaura Daniel
Marisa veste o estilo clássico tanto no seu dia-a-dia como ocupando o cargo de secretária de um dos diretores da Abit
Paulo Pampolin/Digna Imagem

Um executivo cansado de ser exceção

Isabela Barros

Escolhidopor profissionaisdo mercado,na revistaInfoExame, como um dos 50 executivos mais influentes do setor de tecnologia no País em 2001, Luiz Cláudio Rosa, vice-presidente da Lucent, começouna empresano início dosanos 90.Antes de chegar à vice-presidência, foi gerente e diretor da companhia. A estratégiapara abrircaminho semprefoi ada superação profissional, derrubando toda e qualquer barreira, entre elas a do racismo.A seguir,Rosa falade tecnologia,empresas detelecomunicações e sobre o cansaço que sente por ser o único negro com participação ativa no meio que freqüenta.

O mercado mundial está sob suspense desde a divulgação do caso Enron Nesseaspecto, oanúncio defalhas nacontabilidadeda Worldcom veiopara agravar ainda maisa situação.A Lucent sente as conseqüências desse processocomo todoo mercado, só que com tranqüilidade no fechamentode suascontas. Paraseter uma idéia,o endividamentoda Lucenté, hoje,de 0,33%de seu valor.

A Embratel, controlada pelaWorldcom,nãoé amaior cliente da Lucent no Brasil, embora nós gostaríamos muito quefosse, pelaimpor-

tância da empresa no País. A aposta é de que a Embratel consiga serecuperarda crise da sua controladora.

Sobre a queda nos investimentos das operadoras de telecomunicação Osinvestimentos dasoperadoras caíram 40%em relação ao ano passado. A queda foi a mesmaem 2001,no comparativo com o ano anterior. A Lucent vem superando essaretraçãooferecendo tecnologiasbásicaspara as operadoras. OBrasilsevê diantede umacapacidade ociosa do setor. Há mais ca-

pacidade instalada do que o mercadopode abraçar, ligada à dificuldade de acesso por questões econômicas.

Asempresas detelefoniajá não precisam investir na expansão desuas redes,mas na melhoria de sua infra-estrutura operacional. O acesso à banda larga na rede fixa é um desses trunfos do mercado. Os serviços deterceirageração em celular, porexemplo, tendem para ações de interaçãomóvel, com terminais para atransmissão rápida de informações.

O mercado corporativo

O mercado corporativo é o

Indústria cosmética faz parceria para vender dentro de empresas

Primeiro foram as sacoleiras, escondidas dentro dos banheirosfemininos das grandesempresas.Agora, as vendas em locaisde trabalho começam a ganhar ares oficiais, estandes produzidos e v endedores uniformizados. Como os tempos do di ng d on g ficarampara trás eas mulheres saíram de casa para trabalhar,as grandesmarcas de cosméticos e perfumaria estão apostandocadavez mais na nova modalidade de distribuição: as vendasnas empresas,feitascom oconsentimento e até por meio de convênios firmados com as companhias. Informalmente,foram as revendedorasde Avon,Natura eoutras marcasmenos conhecidas – de cosméticos, lingerie e bijouterias– as primeiras a apostar no filão, passando um diainteiro na empresa, com suas revendedo-

ras discretas, munidas de catálogos e algum estoque. Agora, são as franquias de lojas especializadas, como O Boticário,Água deCheiro e Lacqua diFiori,quedisputam, com todo o aparato, este tipo de comércio. No Boticário, 50%dos franqueados já fazem estas vendas externas, que representam, em média15% do seu faturamento. "Éuma formade ocupar espaço, estar maispróximo do consumidor e ainda combatera concorrênciada Avon e da Natura", diz Mário Goldberg, gerente de multicanaisdo Boticário. Aempresa,quetemuma redede 2.150lojas noBrasil,começa a usar o mesmo formato de vendas para se instalar, também em espaços improvisa-

cursos e seminários

Dia 5

Lidando com situações difíceis – O curso é direcionado a micro e pequenos empresários e profissionais daáreaderecursos humanos.Duração:oitohoras, das9hàs18h.O cursoacontecenasexta-feira.Sescon-SP (Sindicato das Empresasdos Serviços Contábeisdo EstadodeSãoPaulo), avenidaTiradentes, 960, Luz. Preço: R$ 70 (associados) e R$ 140 (não associados).Asinscriçõesdevem serfeitasapartirde hoje pelo telefone (11) 3328-4900.

Dia 10

Fazendo negócio nos Estados Unidos – O curso é direcionado a executivos que atuam na área de comércio exterior. Duração: 16 horas, das 9h às 18h. O curso acontece na quarta-feira (10) e na quintafeira (11). Sescon-SP(Sindicatodas Empresas dosServiços Contábeisdo Estadode SãoPaulo), avenida Tiradentes, 960, Luz. Preço: R$ 70 (associados) eR$ 140(não associados).As inscrições (11) 3328-4900.

Folha depagamento eencargos sociais – Ocurso é direcionado a executivos que atuam na área de recursoshumanos.Duração:duashoras,das18h30 às

quemelhor vem conseguindo justificar os investimentos das operadorasde telefonia. Osrecursosoferecidos vão desde dispositivos de tecnologiabásica atéserviçosmais avançados. Osegredo édescobrir oque aumentaos ativos sem dobrar a receita.

No Brasil, a Lucent vem, cada vez mais, se concentrando nas pesquisas aplicadas, de implantação imediata, ao contrário das pesquisasde base,como acontecenosEstados Unidos.

Sobre o racismo no Brasil

A minha primeira lição sobreracismome foidadapelo meupai, quandoeu aindatinha sete anos de idade. Ele me chamou para conversar e dissemuito claramentequeeu teria que fazerum esforço adicional para crescer na vida, já que não era branco nem rico. Nasci numa família de classe média eaté então não tinha percebido o impacto dessas questões.

No Rio, o racismo é menos perceptível, já que apraia é o principal espaço de lazer, freqüentado por pessoas de todas as classessociais.Talvez

por isso não trago comigo lembranças profundas quanto a isso. O preconceito é uma questão social. É preciso deixar claro que o Brasil é um Paísmiscigenado, querqueiram quer não. Nocasodos negros,adiferençaévisível, estánacorda pele, aocontráriodeoutras minorias discriminadas como os judeus, que podem até passar despercebidos por onde vão.

A receita para superar o preconceito racial Sempre que tenhoa oportunidade de falar sobre discriminaçãoracial,citoa família como fator de mudança para esse problema.Os meus paismederam auto-estima. Minha mãe nunca permitiu que eu emeuirmãosaíssemos decasa semroupa arrumada. Estáno meu DNA o geneque meimpede debaixar a cabeça.

Se aspessoas desenvolvem suas atividadescom excelência e dedicação, não podem aceitarverdades impostas. Nãotemos porqueadmitir padrões fixos de beleza. Porque a referência tem que ser o

padrão europeue nãoa miscigenação brasileira? Não posso deixar de valorizar as minhas características, de me considerar bonitocomo sou. Por que não?

Sempre repito paraos pais defamíliasnegras queeles sãoos grandes responsáveis pela formação da consciência de seus filhos.

A desigualdade começa na educação

O racismo está ligado a problemasde base,à faltade condições de igualdadena disputa pelas melhores faculdadese posiçõesnomercado de trabalho.

Seique ocupoo cargoque ocupo na Lucent porque era a pessoa mais adequadapara a vaga,mas entendoquesistemas como o de cotas nas universidades e concursos são os primeiros passos para mudar essas desigualdades.Seriam políticas de curto prazo, apenasum pontapéinicialpara outras mudanças.

Na verdadeestoucansado de ser o único negro com participação ativa nomeio que freqüento. Cansado de ser a exceção.

SÓ BEBIDAS

Cosméticos, lingerie e bijouterias foram as primeiras empresas a explorarem o filão

dos, em cidades com menos 15milhabitantes,que não comportam uma franquia de pequeno porte. O espaço do quiosque ou estande, com visual padronizado e integrado ao conceito da marca e dos produtos, funciona comoum diferencial para competir com as revendedoras porta-aporta, dispostas a oferecer todo tipo de conveniência às consumidoras, mas sem uma apresentação tão sofisticada. Segundo Arthur Fish, diretor de marketingda empresa de cosmético Água de Cheiro, àsvezes épreciso interceder e delimitar fronteiras. "Um franqueado nãopode invadir a área do outro com suasas açõespromocionais", afirma. (ASN)

20h30. Oworkshop acontece na quarta-feira(10). Local: Aduaneiras, rua da Consoloção, 77. As inscriçõessão gratuitasedevem serfeitasapartir dehoje pelo telefone (11) 3259-8479.

Dia 16

Programade atualizaçãodo varejo– A proposta do curso éreunir empresários e dirigentesdo varejo eda indústriaque operamem outrasregiões do País e que querem aprimorar seus conhecimentos de gestão e operação. O programa também pretende proporcionar ao varejista a possibilidade de identificar potenciaisde expansão,detectar novas oportunidades de negóciosemsua região eampliar sua rede de relacionamentos. Duração: 30 horas, nos dias 16,17 e 18 as palestras começam 8h30 eterminam18h.Nodia19, ocursoinicia9heencerra 17h. Todos os dias há pausa de uma hora para o almoço. O evento vai ser feito pela consultoria GouvêadeSouza.Local:Flat TheHill, avenida Giovane Gronchi,5.201. Preço:R$ 2.760.As inscriçõesdevemserfeitasa partirdehojepelotelefone (11) 5501-3737.

Whisky Escocês Litro a partir deR$33,00

Vinho Português Quatro ParrasR$5,90

Vinho Português MessiasR$9,90

Vinho Do Porto Dom JoséR$19,90

Vinho Italiano Lambrusco Amabile D.O.C.R$9,90

Vinho Italiano Frascati D.O.C. SuperioreR$9,90

Vinho Italiano ProseccoR$19,90

Champagne Francês Veuve Du Vernay ISO 9002R$39,90

Champagne Italiana AstiR$29,90

Vinho Chileno Santa Carolina ReservadoR$9,90

Vinho Italiano Merlot CabernetR$19,90

Licor de Pessêgo ItalianoR$19,90

Vinho Nacional Muraro (Bento Gonçalves)R$5,90

RECUPERAR CRÉDITO ATRAVÉS DO SRC É MUITO SIMPLES!

Faça sua adesão ao SRC que a Associação Comercial de São Paulo negocia o recebimento dos débitos para você, efetuando cobrança amigável epersonalizada de pessoas físicas registradas ou não como inadimplentes em nosso banco de dados.

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Dia 10
Dia 16

Juiz nega liminar à empresa que não queria pagar CPMF

Ojuizda 2.ªVara Federal de Campinas, Fernando Moreira Gonçalves, indeferiu pedidodaempresa Valni TransportesRodoviários Ltda contra a prorrogação da cobrança da Contribuição Provisória sobre MovimentaçãoFinanceira (CPMF). Emsua decisão,Fernando Gonçalvesafirma que osargumentos apresentados pela empresa não justificam a suspensão da cobrança do tributo. "Durante a tramitação da EmendaConstitucional n.º 37/2002, não houve, em relação ao texto aprovado na Câmara dosDeputados,inclusão de matéria nova pelo Senado Federal, mas apenas supressão de parte do texto aprovado em dois turnos pela Câmarados Deputados.

Mais especificamente, o Senado Federalsuprimiuda Proposta de Emenda à Constituição(PEC)a previsão de se aguardar pelo prazo de noventa dias o início da cobrança da contribuição" .

Noventena – Para o Juiz, a

noventenaé obrigatóriapara os casos de contribuições novasoumodificadas, conforme expressamente estabelece o artigo 195, parágrafo 6.º, da Constituiçãoda República. O objetivo é evitar que o contribuinteseja surpreendido, de um dia para o outro, com a cobrançade uma nova contribuição.

"No presente caso, é certo que a CPMF vem sendo cobrada há váriosanos, da mesma forma, com sucessivas prorrogações, beirando àirrisão imaginar-se que ocontribuinte tenhasido surpreendidopor mais esta prorrogação. Surpresaparao contribuinte, aliás, ocorrerá nodia em que a cobrançada CPMFnão for mais prorrogada", conclui.

Advogado considera decisão inédita, pois muitos conseguiram adiar a cobrança.

trária aocontribuinte envolvendoa prorrogaçãodoimposto do cheque, no dia 12 de junho. Segundoele,oJudiciáriovêm concedendo diversas liminares afastando a cobrança por noventa dias. "Vários juízes estão acatando os argumentosde empresase pessoas físicas de que a nãovigência da noventena é inconstitucional e concedendo liminares adiando a cobrança do imposto durante esse período".

Receita libera segundo lote de restituições do Imposto de Renda dia 15

A governadora do Riode Janeiro, Benedita da Silva, assina no próximo dia 11 decreto que regulamenta o EstatutodaMicro ePequenaEmpresa no Estado do Rio. O decreto estabelece isenção de impostos estaduais atéque o empreendimento tenha condições de se consolidar.

O período para essa consolidação poderá variar de três meses a um ano. O prazo está sendo definido nasdiscussõesdo FórumdeDesenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas,formadopela Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento, Secretaria de Fazenda, Junta Comercial, Sebrae(Serviço Brasileirode

A poio às Micro e Pequenas Empresas), federações das Indústriasedo Comércio, entre outras entidades.

O fórum foi criado pela governadora e tinha a missão de elaborar a minuta do decreto que regulamenta o Estatuto da Microe PequenaEmpre-

Surpresa – O advogado tributarista ArcênioRodrigues da Silva, do escritório Magnoli Rodrigues e Silva, diz que essa é a primeira decisão con-

O advogado classificaa interpretação do Juiz,na decisãoemquestão, como dúbia. "Mesmo reconhecendo que novos tributos ou aqueles que foram modificados devem cumprir o prazo, conforme dispositivo constitucional, ele dá decisão contrária ao contribuinte", explica.

Outra inconstitucionalidade apontada pelos advogados na última prorrogação da

cobrança do imposto do chequediz respeito ao processo legislativo. Como otexto foi modificado noSenado Federal,depoisdeaprovado na Câmara, a matéria deveria retornar àCâmara para nova votação.

Prorrogação – A proposta que previa a prorrogação da cobrançadaCPMFaté 2004 foi aprovada pelo Senado Federalnodia 12dejunho.Foram58votosafavor, sete contra e duas abstenções.

Para evitar a interrupção da cobrança da contribuição, o presidentedo Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS) decidiupromulgar aproposta, semremetê-la devolta àCâmara dos Deputados, apesar da modificação no texto com a retirada da noventena.

A decisão foitomada com base no parecerdo ministro do SupremoTribunalFederal (STF),Supúlveda Pertence, que afirmou ser possível o procedimento.

A Receita Federal vai liberarno dia 15 osegundo lote de restituições do Imposto de Renda de 2002 (ano-base 2001). Os valores serão corrigidos em 3,74%,correspondente àvariação dataxa Selic demaioa junho,mais1%de julho.

A consultaà listados contribuintes incluídosno lote deverá estar disponível na Internet (www.receita.fazenda.gov.br) e Receitafone (0300-78-0300)a partir de segunda-feira.

O númerototal decontribuintes incluídos no segundo lote deve serdivulgado só na próxima semana, quando a consulta estiver disponível na Internet e telefone. No primeiro lotede2002,pagono dia 17 de junho, havia 960.508 restituições, no valor

deR$ 949,9milhões, queforam corrigidas em 2,41%. Lotes – Até dezembro, a Receita vai liberar sete lotes de restituições do IR de 2002. Será um lote por mês, sempre liberado no dia 15. Quando a data cair num feriado ou final desemana,o dinheiro será pago no dia útil seguinte. O sétimoeúltimo lote, por exemplo, será pagono dia 16 dedezembro,pois odia15 cairá num domingo. Aqueles que não informaram a conta corrente para depósito darestituição, deverá procuraruma agência do Banco do Brasil para transferir o dinheiro. O pedido tambémpode serfeito pelotelefone 0800-78-56-78.A legislaçãonãopermitequeo saqueda restituiçãoseja feito na boca do caixa. (SP)

ERRATA

Por engano na conferência de material, o Diário do Comércio publicou na edição de26de junho,opedidode falênciada HVA Promoções Publicações e Comércio

falências & concordatas

Ação Rescisória nos Tribunais

Autor: José Eduardo Albuquerque de Lima

Editora: América Jurídica; 151 páginas

sa. Aregulamentaçãovai tambémestabelecero sistemaRio Simples, pelo qual o governo pretende diminuir a burocraciaeos custosparaa formalização de empreendimentos no Estado. "Nossoobjetivoé quearegulamentação reflitauma política de governovoltada para estimularnovos negócios, bem comodesenvolver os microe pequenosempreendimentos já estabelecidos", afirmou o secretário estadual de Planejamento e Desenvolvimento, Élvio Gaspar, ao anunciar as medidas. O regime Simples começa a funcionar neste mês, com a abertura de uma primeira loja de atendimento,no centro da cidade. Como novo sistema,uma empresaseráconstituída no prazode duas semanas.Atualmente, os empresários levam até dois meses para abrir uma empresa. Incentivos – Além da isenção tributária porperíodo

determinadoe dainstituição do Rio Simples, a regulamentaçãoainda vaiestabelecer mais três mecanismos de incentivos.

O primeiro éa criação de uma agência de fomento, cujo objetivo será buscar fontes de recursos para financiar micro e pequenas empresas no Estado. Entre essas fontes, o governopretende firmar convênioscom oBNDES (BancoNacional deDesenvolvimento Econômico e Social) eo BID (BancoInteramericano deDesenvolvimento).

Qualidade – A segunda medida será estabelecer uma coordenação para os vários programasjá existentesde capacitação dos empreendedores. "Queremos melhorar a qualidade dos produtos e serviços. O queprecisamos é ordenar edarvisibilidade, para que os empreendedores possamtomar conhecimento e seaperfeiçoar", declarou o secretário de Planejamento e Desenvolvimento.

Por fim,o decretovai estabelecer que éfundamental criar mecanismos de promoção dos produtos e serviços das micro e pequenas empresaslocalizadasnoRio deJaneiro . (Agência Sebrae)

Nesta obra, o autor, que é Juiz de Direito Titularem Varada Infânciae da Juventude, trata dos requisitos da admissibilidade da ação rescisória. Trata-se de assunto polêmico e com grande lacunanabibliografiajurídica nacional. Apublicação dividese em duas partes.A primeira aborda a ação rescisória e a sua importância de formageral. Na segunda, traz modelos de petições e contestações para facilitar a tarefa daqueles que se preparam ou já lidam com demandas jurídicas.

Manual das Eleições

Autores: RobertoAmaral eSérgio

Sérvulo da Cunha

Ltda,feito pela Fast Shop ComercialLtada. Opedido foisuspenso, deacordocom ofício recebidodaDiretoria Técnica de Distribuição Cível na mesma data.

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 2 de julho de 2002, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:

Requerente: Rie-Do Comércio de Areia e Pedra Ltda. – Requerido: Pereira Construtora e Incorporadora Ltda. – Av. Rebouças, 1206 - conj. 02/05 – 36ª Vara Cível

Requerente: HDI Factoring Fomento Comercial Ltda. – Requerida: ISM Comércio e Representações Ltda. – Rua Cardoso de Almeida, 2486 – 15ª Vara Cível

Requerente: Sondosolo Geotécnica e Engenharia Ltda. – Requerida: Policret Engenharia Ltda. – Av. Mofarrej, 706 – 29ª Vara Cível

Requerente: Comércio de Veículos Biguaçu Ltda. – Requerida: Gonsil Peças e Serviços LtdaME – Rua José Ferreira Crespo, 282 – 39ª Vara Cível

Requerente: Wieland Metalúrgica Ltda. – Requerido: Serveq Equipamentos de Segurança e Serviços Ltda. – Rua Sara Sara, 165 – 05ª Vara Cível

Requerente: Rasip Agro Pastoril S/ A – Requerido: Comércio e Distribuidora de Frutas Box 102 Ltda. – Av. Dr. Gastão Vidigal, 1946 - Pav HFL - Box 102 Ceasa – 02ª Vara Cível

Requerente: Fluído PVV Hidráulica Ltda. – Requerida: Pilz Engenharia Ltda. – Rua Gomes Freire, 12 – 02ª Vara Cível

Requerente: Mavifeder Comercial Têxtil, Importação e Exportação Ltda. – Requerido: Corrpos Confecção e Comércio Têxtil Ltda. – Rua Oriente, 75 – 25ª Vara Cível

Requerente: Felap Máquinas e Equipamentos Ltda. – Requerido: VPM Ind. e Com. de Perfilados Ltda. – Av. do Estado, 6728 C – 35ª Vara Cível

Requerente: Novo Milênio Comercial Ltda. – Requerida: Poli Refeições Ltda. – Rua da Glória, 240 – 04ª Vara Cível

Requerente:VL - Indústria e Comércio Ltda. – Requerida: Gênesis Ind. e Comércio Ltda. – Rua Irmã Carolina, 600/602 – 27ª Vara Cível

Requerente: Comércio de Carnes Monte Sinai Ltda. – Requerido: José Henrique Rosa da SilvaME – Estrada do Canal do Cocaia, 2000 – 30ª Vara Cível

Editora: Saraiva; 760 páginas O Brasil se prepara para realizar, no mês de outubro, a maior eleição da história. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, serão 114 milhões de eleitores escolhendo deputadosdistritais, estaduais e federais,senadores,governadores eo futuro presidenteda República. Essa foi a principal razão para a elaboração da obra, em segunda edição,que aborda desdea formação dos partidos políticos até a reeleição do presidente da República, governadores e prefeitos.

Requerente: Metalúrgica Nhozinho Ltda. – Requerida: Itala Industrial Ltda. – Av. Deputado Cantidio Sampaio, 4555 - Sala 01 - 30ª Vara Cível

Requerente: Lojas Brasileiras S/A. – Requerido: Dárcio Alves Benedito Avícola-ME – Av. Dr. Chucri Zaidan, 902 - Loja F 23 – 11ª Vara Cível

Requerente: Darcy Antonio Paviani e Outros – Requerente: Mario Gerhard – Requerente: Fritz Adolfo Schulz – Requerida: Bawman Agropecuária e Comercial S/A – Av.Paulista, 2202 - 8º andar - conj. 86 – 11ª Vara Cível

Requerente: Caldeira e Cia Ltda. –Requerida: Update Comércio e Indústria de Confecções Ltda. – Av. Aricanduva, 08 – 7ª Vara Cível

Requerente: Termomecânica São Paulo S/A – Requerida: Hidráulica e Elétrica Franchini Ltda. – Rua Arthur de Azevedo, 1334 – 11ª Vara Cível

Requerente: Han Sung Comercial Ltda. – Requerido: Mabel Artigos de Caça e Pesca Ltda. Rua Florêncio de Abreu, 656 –04ª VaraCível

Requerente: Megametal Com. de Aços e Metais Ltda. – Requerido: Lody Indústria e Comércio Ltda. – Rua Dr. Edgar Magalhães de Noronha, 706/718 –20ª VaraCível

Requerente: Fênix Ind. e Comércio de Alimentos Ltda. – Requerido: Mão na Massa Pizzas – Rua Cegerani Glicério, 11 – 21ª Vara Cível

Requerente: Megametal Comércio de Aços e Metais Ltda. – Requerido: Fábio Ferreira Santos Barroso-ME – Av. Sapopemba, 30503 – 24ª Vara Cível

Requerente: Fênix Ind. e Comércio de Alimentos Ltda. – Requerida: Paula Gianello-ME – Rua Santo Antônio, 543 – 23ª Vara Cível

Requerente: DRC Perfuração Direcional Ltda. – Requerida: Semper Engenharia Ltda. –Rua Dona Germaine Buchard, 613 – 16ª Vara Cível

Requerente: DN Aço - Distribuidora Nacional de Aços Ltda. –

Requerida: Mário Massanori Kuroki-ME – Rua Rodolfo André, 29 – 09ª Vara Cível

Requerente: Net’s Car Centro Automotivo Ltda-ME – Requerido: Van Classic Serviços Executivos Ltda. – Rua Major José Marioto, 51 -Apto. 92 – 17ª Vara

Sigilo Bancário e Fiscal

Autora: Melissa Folmann

Editora: Juruá; 225 páginas A autora é advogada e mestre em Direito Econômico e Social pela PUC, do Estado do Paraná. O livro traz denso relato sobre a evolução do direito ao sigilo, apresenta jurisprudência e posicionamentos anteriores e posteriores às Leis

Complementares 104 e 105, editadasno anopassado. Tambémtraz quadro comparativo de requisições ao Poder Judiciário para a violação do sigilode1992 a2001e a responsabilizaçãodo Estadopela violaçãoindevida dedados doscontribuintes e clientes bancários.

Ao se completar70 anos da Revolução Constitucionalista de 1932, a Associação Comercial de São Paulo decidiu promover uma série de eventoscomemorativos dessa efeméride, quefaz partenão apenas da história de SãoPaulo, comotambémda trajetóriada entidade.No dia1º f oi realizada umasessão solene alusiva ao fato, que contou com exposições de acadêmicos, historiadores eparticipantes daRevolução, na qual foi relembrada a origem do Movimento de 32, sua importância para a vida política do País, o envolvimento de todasas classes sociaispaulistas ea participação diretae ativa da Associação Comercial de São Paulo na mobilizaçãodo empresariadoe no suportelogístico dessaque foi a maioroperação militar da história do Brasil.

POSIÇÃO DA FACESP - ACSP

Nove de Julho

Além dessa sessão,a entidade organizouuma exposição de fotos alusivas ao Nove de Julho, estabeleceu um concurso destinado a estudantes do ensino fundamental e médio de redação sobre o tema e editou um número especial da revista Digesto Econômico , comemorativados 70 anos da Revolução Constitucionalista. O objetivo da ACSP ao promoveresses eventosénão apenasode prestar homenagens àqueles que lutaram por idéias e ideaisem defesa daliberdade e dalegalidade, mas, também, procurar transmitir aos jovens,e ao povo em geral, anecessidade de cultuar"os valoreséticose morais em um momento em que asociedade parece anestesiada "pela perda de referenciais comopatriotismo,família, responsabilidade, civismo".

Vai começar

Sãoquatro oscandidatosà Presidência da Republica. O candidato LuladaSilva ésocialista, preso a velhas idéias inassimiladas, e a slogans que ele repete,no entanto, sempenetrar-lhes osentido.José Serraésocialdemocrata, é o mesmo que Fernando Henrique Cardoso em matéria doutrinária. Ciro Gomes tem tido opiniões liberais,masé candidato do antigo Partido Comunista, que mudou de nome e, finalmente, temoso Anthony Garotinho, que é candidatode umpartido qualquer, cujo nome não gravei. É difícil fazer prognósticos sobre o provável candidatovitorioso. O fato de estar na frente o candidato LuladaSilva não garante essaposição até a chegada, nodia 6 de outubro.Mas, semdúvida,tem probabilidadede ser ovencedor. OcandidatoJoséSerra,o mais preparado detodos, está subindo nas pesquisas, que revelamumapreferência em ascensão, fato que inspira confiança no eleitorado mais esclarecido. Anthony Garotinho não conta, porquanto não tem possibilidade. A eleição presidencial, neste momentohistórico,é, portanto, uma in

SãoPaulo lutoupara defendera dignidadede seu povo contra o arbítrio de um ditador e pelo restabelecimento do regime constitucional, prometido pela Revoluçãode1930, mas que Getúlio Vargas se negava acumprir. Nãotinha pretensões separatistascomo apregoavao governofederal paracolocar a população dos outros estados contra São Paulo. Lutou em favor da Constituição, conquistando o respeitode muitosbrasileiros de outras regiões que , mesmo contrariando seus governantes e lideranças comprometidas com a ditadura, deram seu apoio a um ideal que não era paulista, masumaaspiração nacional.

tucional,pois foiconvocada a Constituinte em 1934, criando a efêmera ilusãode queo Paísretomaria o caminho da normalidade institucional, novamente rompidapor Getúlio Vargascom ogolpe de 1937. A dedicação do povopaulistaà causa,os exemplos deheroísmo, coragem, dedicaçãoe idealismo de muitosque lutaram nas frentes de batalha ou na retaguarda do movimentodeveriam serlembrados e exaltadospor todos aqueles que amam a liberdade e o respeito às instituições.

Derrotado no campode batalha, saiuvitorioso no seu ideal de ver restabelecida a normalidade consti-

A Associação Comercial de São Paulo se integrou de formadecisivano movimento de32, porconsiderarque apenassob oregime constitucional seria possível "o restabelecimento da confiança e a restauraçãofinanceira eeco-

nômica do País, o que vale dizer para a salvaguarda dos interesses morais e materiais mais imediatos e prementes da sociedade brasileira" conforme expresso em documento enviado a Getúlio Vargas, no qual solicitava ofim do do regime discricionário vigente. Oengajamento daentidadefoi fruto do sentimento de civismodeseus diretores eassociados que, mais do que empresários, eram cidadãospreocupados com os destinos do País e dispostos a lutar por seus ideais, juntamente com as demais categorias econômicas e sociais. Mantidos os mesmos ideais que nortearam a Associação Comerciale os empresários paulistas em 1932, é preciso que a entidade e seus associados se engajem na luta poruma revoluçãopelo

restabelecimento dos valores éticos em todos os camposde atividade,pelamelhoradaeducação, pel a realizaçãodas reformas, pelocombate àpobreza, pela restauração do patriotismo,do civismoeda cidadania. Nesta época de eleições éprecisoque a classe empresarial faç a ouvir sua voz. "A boa execução dessatarefa vaireclamar não só nosso esforço,que nãoserápoupado,mas aperfeita união das classe produtoras, afim deque suavoz sejaescutada esua força se faça sentir. Nunca comoagora,essa uniãose faz tão necessária,", como afirmava em 11 de fevereiro de 1932, o presidente da ACSP,Carlos deSouz a Nazareth.Que alembrança do Nove de julho nos leve a lutar pelas mudanças.

cógnita. Não se pode fazer uma idéia de quem será ovitorioso,aindaque as probabilidades ajudem na suposição. Depois de quatro derrotas, o candidato Lula da Silva poderá vencer, se se mantiver na dianteira das pesquisas. Mas,o candidato JoséSerra sepreparouhá muitos anos, para chegar ao Planalto. Tem o apoio, que vale pouco, de FHC, e das classes medias em geral. Os dois outros candidatos não têm possibilidade de vencer.

O que selamenta é que oprimeiro cargodaRepública está no escuro. O presidente édetentor de poder enorme no sistema que nos governa. É chefe das Forças Armadas, chefe do funcionalismo federal, chefe dos responsáveis pela política econômico-financeira, chefe sem otítulo, maschefe semdúvida dospartidos que oapoiam e, comas Medidas Provisórias,legislador. Seu poderé, insisto,imenso, como não o tem o presidente dos Estados Unidos. O eleitor deve, por isso, ponderar bem antes de decidir-se.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

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Ascartas àRedaçãosomenteserão publicadas se contiverem,alémda identificação do missivista, endereço com rua, número, bairro, CEP e, se possível, telefone e rg. As cartas poderão ser resumidaspela redação, publicando-se, apenas o essencial. Os originais não serão devolvidos.

Solo brasileiro

Um dospilotos doscaçasda FAB falouem nome dos demais que escoltavam a chegada do avião com os pentacampeões do mundo a Brasília, saudando nossos jogadores e técnico. E deu-lhes os votos de boas vindas "ao bendito solo brasileiro". A frase foi transmitida pela televisão.

Gostar da pátria

Fico me perguntando nestas ocasiões por que a chamada sociedadecivil brasileira não ocupa o seu espaço, na verdade esse espaço é todo dela, no quesito "bem querer e amarseu país".Osmilitares sãotreinados para istoe talvezporqueestiveramno poderdurante um período de ausência de liberdades democráticas, muitosainda entendam, erroneamente, que gostar do País, exaltar suas qualidades, seja uma espécie de adesismo aos militares. Na verdade, osmilitares, comoos civis, são apenas parte de um todo chamadoBrasil.

Passado

Os que se apegam ao passado e não conseguem olhar para a frente estão sempre condenados a duas coisas:esquecimento histórico ou bater no poste.Imaginar quefalar bem do país é exclusividadedosmilitarese por isso não fica bem aos civis, é renegar a República, absolutamente majoritária nasmãosdos civis, porquefoi proclamada por uma militar.

Proporções

Querer que a sociedade civil se subordineaos hábitos da casernaé absurdo, é inconcebível. Cada um tem seu papel. Todos são importantes dentro da ordem constitucional. Manter,todavia, apopulação que ama seu país, seu hino, suabandeira, afastada do estímulo à sua exaltação, por contade ranços dopassado, éalgo igualmente absurdoe inconcebível.Por isso,é sempre bom lembrar que os jogadores da melhor seleção de futebol do planeta, voltaram a pisar o bendito solo brasileiro. E quem nega que nosso solo seja bendito?

Zico

A seleção defutebol do Japão estácontratando Zicopara serseutécnico. Éa primeira repercussão externa de retomada de prestígio de nosso futebol. Zico tem até estátua no Japão, mas antes chamaram um técnico francês. O Brasil é denovo o melhor do mundo, por tudo e por todos os títulos. Pragmáticos, osjaponeses foram buscaralguém dos melhores. É merecidopara Zico, um craque que o destino não tornou campeão do mundo.

Tristeza

Não iamencionar, mas não resisti. Que coisa tristever adecadência, primeiroatlética, depois moral eagora intelectual de Maradona. Poderia ser uma lenda do futebol, mas escolhesemprea porta dos fundos para sua aparição e sumiço.

P. S . Paulo Saab
ANÁLISE João de Scantimburgo

Por causa de atraso, só oito jogadores desfilam na Capital

Os jogadores da seleção brasileira dificilmente vão esqueceras comemoraçõespelo pentacampeonato. Foram submetidosa umamaratona quecomeçou por voltadas 11h de terça-feira em Brasília e terminou às 6h30 de ontem no Sambódromo paulistano. Porcausa doatraso naCapitalFederal e no Rio deJaneiro, apenas oito jogadores estenderam a São Paulo a festa. Beletti, Cafu, Denílson, Juninho Paulista, Kaká, Marcos, Ricardinho e Roberto Carlos chegaram ao Aeroporto deCumbicaporvolta das 4h30 da manhã. Eles foram recebidos pelo governador Geraldo Alckmin, pela prefeita Marta Suplicy epor familiares.

Do aeroporto, os jogadores foram para o sambódromo, ondeestavam cercadeseis mil pessoas. Na programação prévia,aseleçãodeveria ter desembarcadono meio da tarde de terça no Rio e no começo da noite em São Paulo. Nno sambódromo os jogadores ficaram até por volta das7h. Odesfilefoi rápidoe, apesarda frustração de não v era delegação completa, não houvetumultos, aocontrário do Rio.

O último a deixar o sambódromo, o são-paulino Beletti, disse quevaleu apena amaratona. “Afinal, a gente ganhou uma Copa do Mundo”. O técnico LuizFelipe Scolari seguiudo Riodiretopara Porto Alegre. (AE)

Cidades perdem US$ 2 bi com violência

Em palestra para oficiais do Exécito Brasileiro, Alencar Burti falou sobre o prejuízo gerado pela insegurança

A violênciafaz comque as cidadesbrasileiras tenham prejuízos da ordemde US$ 2 bilhões em turismo, comércioe lazer noturno e é uma das principais causas de mortalidadeentre adolescentes. Esse foi um dos pontos da palestra de Alencar Burti, presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da Associação Comercial de São Paulo, ontem, no 10º encontro promovido pela entidade em parceria com o Núcleo de Análise Interdisciplinarde Política e Estratégia,(Naipe).

O encontro, promovido pelaAssociação, foimarcado por uma série de palestras sobre asdificuldades enfrentadas pelas empresas brasileiras, desempregoe ainserção dos jovens no mercadode trabalho.Sobre esse último temafoi apresentadoo Programa deConvivência e Aprendizado no Trabalho, do Movimento Degrau.

O eventofez partedo Curso dePolítica, Estratégia, e AltaAdministração doExército (CPEAEx), que é o de maisaltonível doExército Brasileiro etem porobjetivo desenvolverestudose ampliar osconhecimentosdos chefes militares queirão atuar nos altos escalõesdas Forças Armadas.

Participaram do encontro oficiais daForça Terrestre, ForçaAérea eMarinha do

Ricardo Lui/Pool 7

Brasil,selecionadospela Escola de Comandoe EstadoMaior do Exército, no Rio de Janeiro.

Análise – Alencar Burti abriu a série de palestras e fez uma análise dos principais entraves institucionais à criação, gestãoe desenvolvimento de empresas. Elecitou,o estudo de Heritage Foundation que coloca o Brasil em 96º lugarno Ìndicede Liberdade Econômica, num grupo de 156 países.

nor é aliberdade e odesenvolvimento econômico de um País.

O evento fez parte do Curso de Política, Estratégia, e Alta Administração do Exército (CPEAEx)

De acordocom otrabalho, quanto maior fora intervenção doestado, corrupçãoem detrimento depolíticas educacionais e comerciais,me-

O presidente da Associação Comercial também destacou que a alta carga tributária, queé de34%sobre arenda produzida no País, é um dosfatores queinibeo empr een de dor ismo,e porconsequência, causa o des empre go. Burti lembrou ainda que a legislação tributáriatem 555.767 artigos, gerando um clima de confusão, principalmente,para asempresasque estão sendo abertas.

Informalidade – Já o superintendente do Instituto GastãoVidigal, MarcelSolimeo,

destacou aimportânciados pequenos empreendedores para ageração deemprego e renda no País. No entanto, políticas deincentivo aospequenos e médios empresários ainda estão longe do ideal. Apenas 17% dos empreendedores acreditamque sãoincentivadospelo governo, conforme pesquisa publicada pelo Global Entrepreunership Monitor 2000.

Só em São Paulo,por exemplo, existem cerca de um milhão de empresas com até cinco empregados,porém, 98,7% delas estão na informalidade."Isso geramais desempregoe menos segurança", disse Solimeo. Inclusão – Entreos jovens de 14 a 18 anos, oíndice de desempregoéainda maiore

está jáestána casa dos 50%, segundo Guilherme Afif Domingos, que falou ontem a respeito do desenvolvimento do Programa Convivência e Aprendizado no Trabalho, queé oprimeiroprojeto do Movimento Degrau.

Com base na lei 10.097/2000, 120 mil jovens serão inseridos no mercado de trabalho em todo o Estado de SãoPaulo em umano. Esses adolescentes trabalharão na condição de aprendizes, recebendo cursosdeformaçãonaprofissão queestiverem desempenhando.

O Programa Convivência e Aprendizado no Trabalho está sendo desenvolvido pela Facesp, Associação Comercialepela RedeBrasileirade Entidades Assistenciais Filantrópicas, a Rebraf.

De acordo com Rogério Amato, presidente da Rebraf, dos 8 mil diretores das 383 AssociaçõesComerciais do Interior,pelomenos1,2 mil estão envolvidos em mais de 600 entidades assistênciais. Amato destacou a importânciado terceirosetor,que no Brasil já emprega duas milhões depessoas e beneficia nove milhões. "São entidades que ajudam a garantir o direito de justiça, segurança e infra-estrutura de promoção social,quesãoos princípios dainclusão do jovem nasociedade", enfatizou.

Dora Carvalho

Cheques ou documentos roubados, perdidos ou extraviados?
Cheques ou documentos roubados, perdidos ou extraviados?
Proteja-se,

avise imediatamente o S.O.S. Cheques e Documentos.

Cheques ou documentos extraviados são freqüentemente usados em golpes e fraudes, causando graves inconvenientes para seus usuários. Por isso, em caso de roubo, perda ou extravio, denuncie imediatamente ao S.O.S. Cheques e Documentos.Além de proteger a si próprio, você estará ajudandoa coibir a ação de criminosos e contraventores que causam prejuízo a você, ao comércio ea toda a sociedade.

0800 11 1522 0800 11 1522

Estiveram no encontro na Associação Comercial oficiais da Força Terrestre, Força Aérea e Marinha do Brasil

Dora Kramer

Fox

dá receita sossega-merc

ado

VicenteFox, presidentedoMéxico,almoçou fritadade camarão no Itamaraty e, depois, provocado ao assunto, deu a receita que acredita seja a únicamaneirade acalmar o mercado internacional em relação às eleições brasileiras: os candidatos firmarem um compromisso indissolúvel com a manutenção da inflação baixa, a disciplina fiscal, a responsabilidade social e a abertura da economia.

São fundamentos que, por indiscutíveis, deacordo com ele garantiram no México um processo tranqüilo de transiçãode décadas de poder deummesmopartido (PRI)paraa eleiçãodeumcandidato deoposição."Durante a campanha, os rumos da economia interna não foram postosem discussãonem serviramà açãode especuladores",contou Fox,falandoa respeito do cenário mexicano há doisanos. Lá houve aoscilação econômica que o Brasil enfrenta hoje?

De acordo com o presidente Vicente Fox, as situações são diferentes por dois motivos: primeiro, não havia candidaturasde esquerda(elesedenomina representantedacentro-direita)com viabilidadee,segundo,os candidatossequer aventavama possibilidadede alteraraqueles fundamentos citados acima como pressupostos básicos. "Discutíamos as políticas sociais, mas não os rumos da economia, porque estes são uma questão de nação, não de governos."

E justamente por causa dessa concepção é que Vicente Fox que obviamente se recusou a nominar preferências eleitorais no Brasil – "não me envolvo em política de outros países" –, limitando-se a defender a idéia de que o País deve continuarnocaminhoem queestá."Muitobemtraçado", na visão de Fox.

Pela opinião,lícito supor que esteja então externando preferência pelo candidato oficial?

"De forma alguma. Apenas disse que o Brasil adotou as regrasbásicas emvigorno mundoeque,quem querque venha a vencer as eleições, deve continuar a segui-las."

Se a orientação ideológica é socialista, social-democrata ou liberal, na opinião de Vicente Fox tanto faz. "A Europa mesmo é um exemplo de primeiros-minstros e presidentes socialistasque alcançarampleno êxito",aponta opresidentemexicano,destacando aatuaçãodeFelipe González, na Espanha.

Fox,no entanto,acrescentaquemesmo osocialismo não pode abrir mão daqueles pré-requisitos que comandamasnações. "Temdeserumsocialismofirme,bem fundamentado."

Embora nãotenha passadopela mesmaturbulência em sua eleição e aponte com racionalidade os motivos pelos quais ela ocorre em relação ao Brasil, Vicente Fox deixa claro que desaprova frontalmente o comportamento do mercado, quando se aproveita da dúvida para especular e, eventualmente, prejudicar um país.

Daí aposição deleum tantoindiferente aocampo ideológico integrado por quem vier a vencer as eleições.

Fox já não vê com a mesma indiferença a necessidade da exibição doscompromissosclaros.E porque será queo mercado não acredita, por mais que Luiz Inácio Lula da Silva se diga disposto a seguir aqueles preceitos?

"Talvez como político ele precise ser mais convincente e a imprensa menos resistente", encerra.

Uma conversa firme,com surpreendente ausênciade tergiversaçãoparanossospadrõesmais sinuosos.Fruto, quem sabe, de um certo romantismo latino extremamente contagioso, que faz a roda abrir-se em volta do presidente, quando a mulher Marta Sahagún Fox chega-se a ele lânguida, passaa mãopor entreo braçodireito domarido eali encosta acabeça emaconchego poucoprotocolar emcerimônias oficiais, mas totalmente apropriado à data: comemoravam, ontem, um ano de casados.

Palpite infeliz

Mais uma vez a direçãonacional do PT vai escorregar feio por sobrepor interesses de uma aliança nacional, sem levar em consideração ascaracterísticas locais. Já errou feionoRio, aoimporacoligação comAnthonyGarotinho em 1998.

Agora os dirigentes parecem achar que Alagoas vale uma biografia e querem obrigar a senadora Heloísa Helena a aceitar a coligação com o PL. Ante a ameaça dela de desistir da candidatura ao governo do Estado, o PT diz que a senadoraestáatrás deumadesculpaparalivrar-se deummau desempenho eleitoral.

Não é bem assim: Heloísa Helena assume que sua eleição é perdida. Dona de mais quatro anos de mandato no Senado, ela seria candidata apenas para dar um palanque a Lula e denunciar a aliança tácita de todas as outras forças em torno de Fernando Collor, dono da comunicação no Estado. Aliada aoPL -colloridopornatureza- nãopoderia abrira bocacontrao adversário.Seriacomo umfantoche.Com adesistência de concorrer,a senadora evita prestar-se ao papel de inocente útil. Já o PT parece aceitar o desempenho com entusiasmo. Depois a esquerda reclama que a elite é perversa.

Candidato José Serra volta a culpar a oposição por crise

O candidato do PSDB à Presidência da República, senador José Serra, responsabilizou ontem os candidatos de oposiçãopela instabilidade dos mercadosfinanceiros nos últimos dias. "Os candidatosde oposiçãocontribuíramparaisso aofalar,por exemplo, emcalotedadívida", disse.Eleconsiderou também "absolutamente exagerado" o rebaixamento do risco Brasil pelas empresas de avaliação. "Essasagências têmeconomistas desegundo nível enão estãopreparadas para este tipo deavaliação, sobretudo para a América Latina", afirmou. Segundo Serra,alémdo nervosismoprovocado pelo

processo eleitoral, há também perturbaçõesque estão ocorrendo na economia americana. "Achamosque os fundamentos da economia estãobem", disseele,destacando odesempenho fiscale do comércio exterior. Indagado sobre quais candidatos queestariam criando clima decatástrofe doPaís, elepreferiunão citar nomesmas disse que"todasas vezes em quesefalaem sentaràmesa para reestruturar a dívida, isso é calote".

Naavaliação de Serra, quem segue o raciocínio de calote e de que a dívida pública teria crescido onze vezes, estaria combinando ignorância com catastrofismo. O

FHC viaja e Mello outra vez assume a presidência

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, assumirá pela segunda vez a Presidência da República hoje e amanhã, quando o presidenteFernandoHenrique Cardoso estiver em Buenos Aires para participar da 22ª Cúpula do Mercosul.

Fernando Henrique viaja acompanhado dovice-presidente, Marco Maciel, do presidente do Senado,Ramez Tebet,edemais quatroministros – o das Relações Exteriores, Celso Lafer; da Fazenda, Pedro Malan; da Agricultura,Pratinide Moraes;edo Desenvolvimento, Indústria e ComércioExterior, Sérgio Amaral.

O presidente da Câmara, Aécio Neves, também estará foradoPaís. Hojeàtardeele viaja para oChile onde terá encontros com políticos e como presidentedaquele país, Ricardo Lagos.

Imp edim ento – Pela segundavez empouco maisde ummês emeio, opresidente do SupremoTribunalFede-

ral (STF), Marco Aurélio Melo, assume, interinamente a Presidência da República, em decorrência doimpedimento dos sucessores constitucionais eventuais diretos, que são, pela ordem, o vice-presidente daRepública, Marco Maciel,e os presidentes da Câmara dos Deputados,AécioNeves (PSDB-MG),edo senado Federal, Ramez Tebet (PMDB-MT). O presidente do STF é o quarto da linha sucessória.

Para evitar complicações com a Justiça Eleitoral, já que todos, com exceção de Marco Aurélio Melo, são candidatos nas eleições de outubro, eles se ausentam do país até o final da tarde de amanhã, quando opresidente retornaaoBrasil. Aprimeirainterinidade de MarcoAurélioMello na Presidênciada República,de quase uma semana, ocorreu em 15de maio,quando FHC foi àEspanha e àItália, neste último para participar da cerimôniade consagração da primeira santa brasileira, a freira Madre Paulina. (ABr)

Congresso aprova a LDO e dá início ao recesso

Coma aprovaçãodaLDO (Lei deDiretrizesOrçamentária) para 2003, o Congresso Nacional entrou ontem em recesso eaté ofinaldo mês duas comissões representativas estarão de plantão. No SenadoFederal, oitosenadores eoito suplentesestarãotrabalhando neste período de recesso. Na Câmara dos Deputados,17 titularese 17suplentes. O líder dogoverno na Câmara, Arnaldo Madeira (PSDB-SP)informou que a previsãopara o próximo semestre é concentraras atividades nos dias 6, 7, 27 e 28 de agosto. Segundoele, nofinal dopróximomês osparlamentares vão se reunir para avaliarse haveránecessidade deestenderassessões por mais alguns dias. "Todos sabem da necessidadeque um deputado e um senador têm de dedicar-se neste período à campanha eleitoral", afir-

candidato negou que o PSDB e ele próprioteriam também contribuído para a turbulência no mercado, em função dasrepetidasdeclarações de queuma eventualvitória do candidato do PT, Luis Inácio LuladaSilva, poderialevarà "argentinalização" do Brasil. "Somosnós quemtemoso sistema de forças para manter a estabilidade e enfrentar a crise. Nós, modestamente, nos colocamos como os mais preparados".

Liberais –José Serrarecusou-seacomentar especulações deque opresidenciável CiroGomes teriaultrapassadoo candidato do PSDB e que omercado estariapreocupado com o fato de ele estar

estagnado nas pesquisas eleitorais."Vamos esperaras pesquisas", disse. Serradisse que os liberais estarão representados em seu governo. "Vamos governar juntos. Se levarmos em conta as alianças que estamos fazendo, teremosmaioria parlamentar no Congresso para governar", disse. Na próxima semana, o PFL indicará um representante para integraro conselhopolítico dacampanhaeleitoral de José Serra. Além dos 14 diretórios estaduais, o deputado Heráclito Fortesinformou também que outros dois – Paraná e Ceará – já manifestaram decisão de apoiar o candidato tucano. (AE)

mou o líder do governo na Câmara.

Crescimento –A leiaprovadana noitedeterça-feira orientaráo Executivonaelaboração do Orçamento da União para 2003. A LDO prevê uma taxa de inflação de 4% para o próximo ano, um crescimento da economia também de4% e um superávit primário do setor público (receitas menos despesas, excetuando o pagamento de juros),emrelaçãoao PIB,de 3,75%. O projeto também estima quea taxa de jurospúblicos ao final de 2003 será de 12,84% e que a cotaçãodo dólar americano em dezembrodo próximoanochegará aR$2,42. ALDO,queteve como relator o senador João Alberto Souza (PMDB-MA), estipula que oscortes e contingenciamentos do Orçamento terão de ser explicados aos parlamentares. (AS)

FontesdoPT informaram ontem que o economista Ricardo Carneiro, da Unicamp, está deixandoa coordenação do programa econômicodo partido.Segundo seapurou, divergênciasinternas entre Carneiro eachamada ala mais moderada de economistas doPT,representadas por nomescomoGuido Mantega e o deputado Aloízio Mercadante, motivaram a sua saída.

O economista da Unicamp defendia uma postura menos moderada nas propostas econômicas para o PT e estaria se chocando sobretudo com Mantega,que vemsendo o principal porta voz do PT nas questões relacionadas à economia.

Há algumassemanas, Carneiro chegouadefender abertamente queopartido não apoiaria o regime de metas de inflação. O programa delineadonos últimosdias, no entanto, defende a manutenção do regime.

Estatais – O candidato petista àpresidênciada República,LuizInácio LuladaSilva, defendeu ontem,em Salvador, que empresas e bancos controlados pelo governo como a Petrobras, Banco do Brasil e CaixaEconômica sejam dirigidos por funcionários de carreira, escolhidos pelos próprios colegas de trabalho. "Isso para não se cometer o erro de colocar um intruso para ser presidente de

uma empresa que ele nem conhece;então émelhorvocê passar a responsabilidade para aquelesquetrabalham lá 30, 40 anos e até estimular as pessoas numa perspectiva de crescimento dentro da empresa", disse. Para exemplificar, Lula citou uma experiência negativa que tevena época queo Banco do Brasil era presidido por Lafayete Coutinho, durante o governo deFernando Collor.Elecontou queoPTentrou com um pedido para obter umcartão decrédito personalizado. "Ficamos dois anos esperando resposta do BBe,num belodia,receboo aviso deque não poderiam fornecer o cartão por questão política".

ParaLula,Coutinho não deveria pensar politicamente num caso desses e sim economicamente. "Depois da negativa dele, procurei o Bradesco e em umasemana conseguimos o cartão e um crédito de R$ 400 mil", disse. "O político é o ministro daquela área e não o seu dirigente".

Empregos – Lula concordouser necessárioumamudança de políticados órgãos financiadores dogoverno. Citou que recentementeconheceudois projetosdeagricultura familiar em municípiosdo Nordesteonde,com pequenos financiamentos, lavradores conseguiamgerar um empregocommenos de R$ 5 mil. (AE)

São Paulo, quinta-feira, 4 de julho de 2002

Posição da Facesp-ACSP

Empresariado

mantém vivos ideais do Movimento de 32

A Associação Comercial de São Paulofoi umadas instituições que integrou de forma decisiva o Movimento Constitucionalista de 1932,Isso porconsiderar, como a entidade expressou na época, queapenas sob o regime constitucional seria possível "o restabelecimento da confiança e a restauração financeira eeconômicado País,oque valedizer para asalvaguarda dos interessesmoraise mate-

Fiscais recolhem

US$ 1,5 milhão em contrabando

Cercade US$1,5milhão em produtos eletroeletrônicos supostamente contrabandeados e 100mil CDs piratas: essefoio resultadoda blitz realizadaontempela Força-tarefa de Combate à Corrupção,criada pela Prefeitura, na rua Santa Efigênia, no Centro,conhecidapelo comércio deeletrônicos, telefonia e artigos do gênero.

Foramvisitadas cercade 400lojasdaregião edescoberto um depósito de produtossemnota fiscal.Afiscalização contou com210 fiscais daReceita, 700policiais(das polícias Militar, Civil e Guarda CivilMetropolitana), o MinistérioPúblico eoouvidor do município, BeneditoMariano, responsávelpela força-tarefa. Última página

riais mais imediatos e prementes dasociedade brasileira".Ontemcomo hoje, mantidos os mesmos ideais, a Associação Comercial e os empresários estão engajados em uma luta pelo restabelecimento dos valores éticosem todosos campos de atividade,pela melhorada educação,pela realização das reformas, pelo combate à pobreza, pela restauração do patriotismo, do civismo e da cidadania. Página 2

BC anuncia disposição de gastar US$ 1, 2 bi e dólar cede

O Banco Central informou aomercado, ontem,quefará intervençõesdiárias nocâmbio,com vendadireta dedólares ou com leilões de linha externa. Luiz FernandoFigueiredo, diretor de Política MonetáriadoBC, disseque atéofim dejulhoserãocolocados no mercado US$ 1,5 bilhão. Ou seja,como US$ 300 milhões já foram colocados no início da semana, ainda há

US$1,2 bilhão a serem injetadosparacontera alta da moeda norte-americana. O anúncioconseguiu fazer reverter aalta emque ocâmbio vinha operandopela manhã eo dólar,que haviabatidoem R$2,942,fechou odia em queda de 0,93%, cotado a R$2,865 para venda. Para alguns analistas, se predominarem as intervenções por meio de venda direta

Aumenta o número de mulheres empreendedoras em São Paulo

Pesuisa da Fundação Seade, divulgadaontem,revela que entre osanosde1989e 2001 o número de mulheres que são donas de seu próprio negócio cresceu 102,9% na regiãometropolitana de São paulo.No mesmoperíodo,o total dehomens empregadoresaumentou21,1%. Aatividade empresarialdas mu-

lheres cresceu, principalmente,nosetor deserviçose comércio. Alimentação,beleza, limpeza, saúde e educação sãoos segmentos onde elas mais se destacam, de acordo com a gerente de análisedaFundação,a economista Paula Montagner. Trabalho – Apesquisa mostrouque nesseespaçode

tempo as mulheres ganharam espaço no mercadode trabalho na região,ocupando 70% das novas vagasgeradas(1,158 milhão).Issose deve, segundo os dados da Fundação Seade, aocrescimento dos setoresde serviço e comércio, que tradicionalmenteempregam maismãode-obra feminina. Página 8

Pequenas têm magro faturamento

Um profissional que vence barreiras

O executivo Luiz Cláudio Rosa, vice-presidente da Lucent, é um superador de barreiras, entre elas a do racismo.No anopassado, foiescolhidopor profissionais domercadocomo um dos 50 executivos mais influentes do País no setor detecnologia. Rosa falou ao DC sobresua trajetória na Lucent e sobre as empre sas de telecomunicações.

Nogueira

Egberto

Asmicro e pequenasempresas do estado de São Paulo tiveram um resultado pífio emmaio. Ofaturamentodo setor,de acordocomosdadosdivulgadosontem pelo Sebrae-SP, cresceuapenas 0,1%, em comparação com o mês anterior. As magras vendas para o Diadas Mães, que representa 50% da receita das pequenas empresas, foram as responsáveis pelo resultado. Se o desempenho de maio sobre abril decepcionou, na comparação com o mesmo períodode 2001osnúmeros sãofrancamenteruins. No acumulado de janeiro a maio, a queda de faturamento é de 22,8%.A ocupação nosetor tambémcaiu: opessoal foi reduzido0,6% em maio ante abril e 14,1% frente a maio de2001. Mas osetorainda espera umareação parao segundo semestre. Página 11 Violência provoca prejuízo bilionário nas cidades do País

Ver matéria de Cláudia Marques na página 12 Rosa, da Lucent: racismo está ligado a problemas de base, como educação

a a Tarifa de energia elétrica da Eletropaulo sobe 14,24% hoje Página 7 Novo espaço cultural é instalado no antigo prédio do Dops Última página FHC e Fox assinam acordo que beneficia indústria automotiva Página 5

Quer falar com 20.000 empresários de uma só vez?

Ossetoresde turismo,comércio e lazer noturno nas cidades brasileiras sofrem um prejuízoda ordemdeUS$ 2 bilhões aoano coma violência. Esse foi um dos pontos levantadospor AlencarBurti, presidente da Associação Comercial de São Paulo, durante palestra que fez paraoficiais doExército queparticipamdo Curso dePolítica, Estratégia, e Alta Administração do Exército. Página 15

Protestos na Argentina pedem saída de Duhalde

AArgentinafoipalco ontem denovasmanifestações de protesto, feitas em Buenos Aires e em várias cidades. Um dia depoisde o governo ter anunciado a antecipação

das eleições presidenciais, sindicatos e organizações de desempregadosfizeram passeatas pedindo arenúncia imediata dopresidente Eduardo Duhalde. Página 4

Célio Jr/Digna Imagem

damoeda, a estratégia tem boaschancesdedar certo, porque é o que o mercado quer. Masseo BC priorizar os leilõesdelinha externa (em que a moeda é vendida com compromisso de recompra), pode haver nova alta. Apesar da queda dodó lar, o risco Brasil subiu 3,48% e osC-Bond foramnegociados com baixa de 1,05%em relação à véspera. Página 7

Saída de capital

supera US$ 1 bilhão

externo da Bolsa

Desde dezembrode1998 não havia umdéficit tão grande nas aplicações externas da Bovespa: em junho, a saídade investimentosestrangeiros atingiuUS$ 1,014 bilhão. Comisso,ogirofinanceiro da bolsa paulista continua reduzido: ontem, ficou em R$ 455,9 milhões. E depois de ter subido na terçafeira,a Bovespanão resistiu ao cenário negativo e fechou opregão embaixa de1,93%, o que amplia osprejuízos no mês para 21,6%. Página 7

Secretárias: seis maneiras de estar bem vestidas

A apresentaçãoé um elementofundamental para quemseguea carreiradesecretária. O estudoda consultorade imagemIlanaBerenholcrevela comoessasprofissionais podem adaptar o estilo pessoal às exigências de vestuário da profissão.Para quemsegue oestiloclássico, casoda secretáriade umdos diretores daAbit,Marisa de Oliveira Machado,esse não chegaaser umproblema.Já asque têmestiloromântico ou moderno precisam dosar aspeças na horadesevestir para ir trabalhar. Página 10

Fundos latinos tiveram perda de US$ 11 bilhões

A indústriade fundoslatina continua emretração, com os investidores saindo destas aplicações. Em maio houveuma perdade US$11 bilhões de patrimônio, que

recuoude US$200,6bilhões paraUS$ 189,6 bilhões. Isso aconteceu, principalmente, pelaaversão ao risco e pela desvalorização das moedas frente ao dólar. Página 6

Marisa: estilo clássico em casa e também no ambiente de trabalho

Argentinos protestam e pedem renúncia de Duhalde

Um dia depoisde o governo argentino ter anunciado a antecipaçãodas eleiçõespresidenciais, sindicatose organizações dedesempregados fizerampasseatasontem pedindo a renúncia imediata do presidente Eduardo Duhalde. Enquanto os manifestantes se reuniamem pontos de Buenos Aires e dos arredores, Duhalderealizava umareunião com os principais membros do governo para definir o mecanismode convocação das eleições, previstas inicialmente paramarço de2003 e remarcadas para setembro próximo.

A decisão reflete o acelerado desgaste do governo, que emseis mesesnopoder não conseguiu melhorar, com seus planos, asituaçãoda economiaargentina, queenfrenta a pior crise.

Segundo integrantes do governo,a antecipação do pleitoé umatentativadesesperada dopresidentepara abafara convulsãopolíticae social pelaqual passa opaís e evitar a mesmasorte de seus antecessores, que renunciaram em meio a protestos violentos em dezembro.

Ministro do Interior da Itália apresenta renúncia

O ministro doInteriorda Itália, Claudio Scajola (da coalizão dedireita ForçaItália),anunciou sua demissão do cargo. Na manhã ontem, ele havia reunido em sua casa, em Roma,os assessoresmais próximos, emanteve uma conversação comochefe de polícia, De Gennaro, antes de manifestar oficialmente sua decisão. A renúncia se segue à "tempestade" política desencadeada por uma suposta fraseinsultuosa dirigida ao exassessor do governo Marco Biagi, assassinado em 19 de março pelas Brigadas Vermelhas, em Bolonha.

A reiteradadecisão deScaj olafoiprecedidapor uma longa reunião durante a noite comopresidentedo Conselho, Silvio Berlusconi,e vários subsecretários.

Scajola havia acusado Marco Biagi de "bajulador" do governo naúltima semana,em declarações que,posteriormente, considerou "publicadas fora do contexto e distorcidas" pela imprensa.Biagi defendia a reforma trabalhista naItália ehavia solicitado proteçãopessoal nofinal do ano passado.

Paraopresidenteda Comissão de Atividades Produtivas da Câmara dos Deputados, Bruno Tabacci, a questão da demissãodo ministro doInterior –que já havia apresentado suarenúncia umaprimeiravezna última semana – deverá ser resolvida pelo próprio Berlusconi.

De outro lado, no centro da controvérsia que levou ao pedido de demissãode Scajola, está oassassinatodoprofessor MarcoBiagi,emmarço, crime reivindicado pelas Brigadas Vermelhas(AE-Ansa)

Duhalde,cujos índicesde popularidadegiramem tornode insustentáveis8%,decidiu antecipar as eleições depois de dois desempregados terem morrido na quarta-feira passadaem umconfronto com as forças de segurança. O episódio foi o mais violento a acontecer no paísdesdedezembro,quando morreram 27 pessoas.

Mas as organizações de desempregados,que se transformaramem umimportantecanal de reivindicações, nãoficaram satisfeitascoma decisãoeexigem arenúncia imediata de Duhalde, a quem responsabilizam pela repressão da semana passada. Vários sindicatos e organizações de defesa dos direitos humanos também participaram das manifestações.

País pobre – Estima-se que o índice oficialde desempregono país,que oInstituto Nacional de Censos e Estatísticas (Indec) está calculando, poderá superar os 20% da população economicamente ativa (PEA). Se o porcentual for confirmado como levantamento a ser concluído pelo Indec estasemana,serão 3

milhões de argentinos desempregados,ou quase 10% dapopulação do país. A maior taxadedesemprego oficial foi registrada foi em 1995, quando disparou para 18,4% da PEA. Em outubro do ano passado,último dado oficialde desempregodivulgado pelo Indec, ataxa foi de 18,3%,afetando 2,3milhões de trabalhadores.

O desemprego, porém, não éoúniconemomais grave problemadopaís. Nosúltimos quatro anos, período em queaeconomia dopaísnão cresceu absolutamente nada, argentinos ficaram mais pobres.A queda de 16,3% do PIB no primeiro trimestre deste anotransformou aArgentina na sexta economia maispobre daAméricaLatina, acimaapenas do Paraguai, El Salvador, Equador, Bolívia eNicarágua.Com o encolhimentoda suaeconomia, a renda per capita dos argentinos,queera deUS$7,3 mil até dezembro do ano passado, quando ainda estava em vigor a paridade entre o peso e o dólar, despencou para US$ 2,17 mil.

Com essascifras, aArgen-

tina, que era a primeira economia da América Latina em termos de renda per capita, caiu para sexta posição. Essa queda do PIB, somada ao desemprego, pode ser observada hoje nas ruas de Buenos Aires ouem qualquercidade do país.

Indigência – Por trás dessesnúmeros, ouà frente,comoqueiram,estão milhões de desempregados e metade de36milhões de argentinos quepassaram afazerparte das estatísticas de pobres e de pobres a indigentes.

Com o encolhimento da economia, que nãocresce há 16 trimestres, e a desvalorizaçãodamoeda, quepassoude 1 peso por dólar para quase 4 pesos, oPIB argentinonão passa de US$ 80 bilhões, cifra praticamentesemelhante à riqueza gerada anualmente pelo Chile e à metade da dívidapúblicado país,de US$ 150 bilhões.

Quando o "corralito financeiro"(confisco dedepósitos) chegar ao fim, com a troca de títulos da dívida por depósitos a prazo, a dívida pública do país passará aser o dobro do PIB. (AE-Reuters)

Encomendas à indústria nos EUA sobem mais que esperado

As encomendas à indústria de bens manufaturados dos Estados Unidos superaram as expectativas em maio,impulsionadas pela demanda por equipamentose computadores,informouontem o governo, fornecendo evidênciasdeque osetormaiscastigado pela recessão está ganhando fôlego.

As encomendas à indústria aumentaram 0,7%emmaio para 321 bilhõesde dólares, acrescentou o Departamento de Comércio, apósum avanço de 0,7% no mês anterior. Analistas previam uma alta de 0,5%.

A demanda por maquinaria aumentou 2,1%, enquanto as encomendas por produtos eletrônicos e computadores avançaram 0,6%.

Os bens de capital fora do setor de defesa excluindo

aviões, uma medida do investimento empresarial visto como crucial para uma forte recuperação, subiram 1,2%.

Os estoques registraram o 16o mês consecutivo de declínio, recuando 0,4%, em um sinal deque as indústrias poderão precisar elevar a produção para atenderà demanda.

As exportaçõestiveram alta de 0,2% no período.

Serviços – O setor de serviços dos Estados Unidos expandiu-se pelo quintomês consecutivo em junho, mas em umritmo levementemenor, mostrou um relatório ontem, sugerindo que a recuperação econômica continua nos trilhos.

OInstituto deGerenciamento de Oferta, ou ISM, pelasigla eminglês, informou que seu índice mensal para o

setorde serviçosrecuoude 60,1 emmaio para57,2em junho, abaixo dasexpectativas de analistas de um dado de 58,8. Apesar da queda, o índicemantém-se acimada linha de 50, que divide a contração do crescimento.

As novas encomendas aumentaram de56,8 em maio para 56,9 em junho, evidência de um forte demanda para a atividade futura do setor.

Noentanto, oíndicede emprego declinou de 49,5 em maio para44,3 em junho, o décimo-sexto mês seguido de queda.

Somando-seao pessimismo do mercado de trabalho, o investimento empresarial no setor, que caiu fortemente durante a recessãodo ano passado, após osataques terroristas, ainda precisa recuperar-se. (Reuters)

Estados Unidos oferecem na

ONU proposta à criação do TPI

OsEstados Unidospropuseram um acordode último minuto para sua disputa com as Nações Unidas sobre acriação doTribunalPenal Internacional (TPI).Pelo plano, osEstadosUnidose outrosquatro membros permanentesdo Conselho de Segurançada ONUterão o direito de vetar qualquer processo sobre seus soldados epoliciais no TPI, do qual Washington não é membro.Seaceita, aproposta evitará a ameaça de retirada de missões de paz da ONU da Bósnia.

Diplomatasdas Nações Unidas em Nova York mostraram-se pouco receptivos à

proposta que, segundo eles, tira a autoridade do novo tribunal.Mas o embaixador da Grã-Bretanha na ONU, Jeremy Greenstock, está otimista que alguma formade acordo será alcançada. Para ele, é "mais provável" que a solução que favoreceos EstadosUnidos seja encontrada. O ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, Jack Straw,garantiu, noentanto,que oimpacto doveto americano àmissãodaBósnia seria limitado. Veto –Os EstadosUnidos surpreenderam vetando a renovaçãoda missãode paz naBósnia,queenvolve 1,5 mil integrantes da ONU, por

Israel decide reduzir as restrições aos palestinos em áreas da Cirjordânia

Um dia depois de o presidente da Autoridade Palestina,Yasser Arafat,terdemitido dois importantes chefes da segurança, o governo israelense aprovou ontem a redução de restrições aos palestinos, concedendo permissões de trabalho em Israel paracincomil pessoas.As autoridades israelensesdecidiram também diminuir os toques de recolher na maioria das cidades da Cisjordânia, numa medida que será aplicada gradualmente. O gabinete do primeiroministro ArielSharon discutiuainda aliberação defundos retidos da Autoridade Palestina, sob a supervisão dos EstadosUnidosouda União Européia. Raanan Gissin, um porta-voz de Sharon, disse que o governo da Arábia Saudita enviou uma mensagem, por meio de empresários judeus, comunicando queaprova avisãodopresi-

dentedos EstadosUnidos, George W.Bush,parao Oriente Médio.

Ainda na mensagem, segundo Gissin, os sauditas exortam Israel, em apoio a essa visão, que diminua as restrições aos palestinos. Toque de recolher – Como parte das medidas israelenses, otoque de recolher em Hebronfoisuspenso das8h às19h (horalocal);emNablus, das 7 às 17 horas; em Ramallah, das 9 às 14 horas; e em Jenin, das 8 às 16 horas. Antes,os toquesderecolhervigoravam durantetodo o dia, com suspensões periódicas de uma a duas horas. Circularam ontemnotícias, naimprensaisraelense, dando conta deque o governoteria rejeitado umplano, proposto pelo ministro da Defesa Benjamin Ben-Eliezer, que teria concedido permissões de trabalhopara30 mil palestinos. (Reuters)

Alarme desligado contribuiu para acidente

outrosseismeses. Opaísteme que as tropas americanas que encontram-se no exterior fiquem vulneráveisa acusações "injustificáveis" por inimigos americanos perante à corte.

"Como os Estados Unidos trabalham paratrazer a paz no mundo, nossos soldados e diplomatas não devem ser julgados por uma corte internacional", explicou opresidente americano George W. Bush. "Isso émuito complicado". O primeiro-ministro da Grã-BretanhaTonyBlair comentouasdeclarações de Bush,falando quea preocupaçãoamericana "éperfeitamente legítima". (Reuters)

Controladores detráfego aéreoda Suíça admitiram que o sistema de alerta automático que funciona em sua saladeoperações estava desligado para manutenção quando doisaviões comerciais se chocaram em pleno ar, nanoite desegunda-feira. A colisão aconteceu perto da fronteira entre a Suíça e a Alemanha e matou todas as 71 pessoas a bordo das aeronaves – entre elas 52 crianças russas que viajavam emexcursão deférias para a Espanha. O porta-voz da companhia suíça de controle de vôos Skyguide, que estava encarregadadesupervisionar os dois aviõesno momento do acidente, dissequeoprocedimento de desligamento é normalem noitesdemovimento fraco. A revelação veio à tona nomomento emque autoridades da Rússia, da Alemanha e daSuíça trocam acusações sobre quem é o responsável pela tragédia. Os suíços insistem que avisaram o piloto do Tupolev russo para perder altitude, masautoridades russas afirmam queo alertaveio muito tarde, deixando o comandante comapenas 50segundos para reagir.

Já o Boeing da empresa de fretes DHL, que levava apenas opilot oeoco -piloto, voava em piloto automático quandoseusistemade segurançaalertou paraaproximidadeda outraaerona-

ve, mudando seucurso. Os dois aviões se chocaram ao "mergulhar".

Naterça-feira, foidescobertoque apenasumcontroladorestava trabalhando no momento do impacto, enquanto ooutrofazia uma pausa.Logo depoisdo acidente, a organização de controle de tráfego aéreo da Suíça, aSkyguide, chegoua culpar o piloto russo por não entender osalertas, dados em inglês. MasNikolai Odegov,diretor da Bashkirian Airlines, negou que o piloto do Tupolev tenhaentendidomalos avisos vindosdos controladores da Suíça.

Experiência – O diretor da Bashkirian Airlines afirmou que o comandantedo Tupolev,Alexander Gross,de 52 anos,somavamais de12mil horas de vôo.

Segundo Nikolai Odegov, tanto Gross como o co-piloto falavam inglês, conforme o exigido pelas normas de controle de tráfego aéreo internacionais.

A Skyguide confirmou que não houve umproblemade idioma entre os controladoresea tripulação.Aentidade ainda questiona por que o alerta da Suíça não veio antes e por que opiloto russodemorou aresponder.Ossuíços também querem entender osmotivosque fizeram com que os sistemas de segurançados doisaviõesfalhassem. (Reuters)

Soldados israelenses vigiam o toque de recolher em algumas cidades

Dobra número de empresárias em SP

Entre 1989 e 2001, o total de mulheres donas de negócios próprios aumentou 102,9%, segundo pesquisa da Fundação Seade

O número de mulheres donas de negócios próprios na regiãometropolitana de São

Pauloaumentou 102,9%entre 1989 e 2001. No mesmo intervalo, o total de homens empregadores cresceu 21,1%, de acordo com pesquisa sobre a ocupação feminina realizada pela Fundação Seade edivulgada ontem. Com isso, no ano passado, de cada quatro empresários de São Paulo, um é mulher.

Apesar do aumento,a participação do empreendedorismo nasformasdeocupação das mulheres ainda é pequena: em 2001, respondia por 2,9% do total. A maior parte dos empregos femininos concentra-se na categoriade assalariadasdo setor

privado. Em segundo lugar, aparecem as vagas como empregadas domésticas, com 18,6% de participação.

V a n ta g e m – Aatividade empresarialdas mulheres cresceu, especialmente,nos setores de serviços (153,9%) e comércio (117,6%). Isso porque, explica agerente de análise da Fundação Seade, a economista PaulaMontagner, as mulheres tradicionalmente se destacam nessessetores, ematividadesligadas à alimentação, beleza, limpeza, saúde e educação. "Às vezes, asmulheres acabam abrindoum negócio a partir de umafunção que já desempenhavam, comoum salão de beleza, uma confecção", diz.

O Seade considera uma microempresa uma estabelecimentoque temmais dedois funcionários.

O estudo não conseguiu levantar qual o rendimento dessas microempresárias, em função do tamanho reduzido do segmento. "Não conseguimos levantar 400 casospara se chegar a uma média dos ganhos, comofazemos nocaso

Mulheres ocupam 70% das vagas

Entre 1989 e 2001, as mulheres ocuparam 70% das nov as vagas geradas na região metropolitanade SãoPaulo, segundo estudo da Fundação Seade. A taxa de ocupação das mulheres cresceu 32,9% nointervalo;a dos homens aumentou 8,7%. Comisso, a participação das mulheres no conjuntodos ocupadossaltou de 38,4% para 43,2%.

Segundo agerente deanálise do Seade,Paula Montagner,o aumento sedeve ao

AUTOMÓVEIS

crescimentodos setoresde serviço e comércio, cujos postos tradicionalmente oferecem vantagens às mulheres. "Os segmentos de educação esaúde,por exemplo, costumam empregarmais mulheres",disse. "Além disso, houveo crescimentodo emprego doméstico".

Renda –A pesquisarevela também que os rendimentos das mulheres melhoraram emcomparação aodoshomens.Em 2001, elasganha-

vam75,5%do querecebem os homens por hora trabalhada, acima dos 64% de 1989. Os motivos são a mudança da estrutura ocupacional e a deterioração do rendimento masculino ( veja ao lado ). O aumento daparcela derenda apropriada pelasmulheres na massa de rendimento do trabalho passou de 25,3% para 32,7%,no intervalo.Isso mostra que elas aindaestão subrepresentadas,já quesão 43,2% dos ocupados. (TM)

Mês de junho aponta forte queda nas vendas

Os primeiros números levantados através de consultas aos distribuidores apontam uma significativa queda de vendas de automóveis no mês de junho: fala-se em 40%. Porém, há indícios de que esta marca não de verá ser atingida. Especulam-se as possíveis causas para esta redução nos negócios e entre as mais mencionadas está o aumento da taxa de juros, que possui um efeito perverso não só pelo substantivo aumento nos preços, mas principalmente pela mudança quase que diária das tabelas de financiamento. Esse comportamento leva o consumidor, já inseguro pelo clima incerto em que estamos

NOTAS

Ações da GM sofrem queda em Wall Street

Os efeitos devastadores causados pelos problemas de irregularidades contábeis que se verificaram em empresas de grande porte chegam agora a Wall Street, afetando o preço das ações da General Motors. É uma conseqüência do trauma que se criou ao ver que a remuneração de executivos vinculada ao resultado da empresa podem trazer fortes manipulações. Não é o caso da GM, que já esclareceu o mercado,porém a onda não para por aí.

de automóveis

vivendo, ater dúvidas ainda maiores no momento de decidir pela compra, pois ele entende que as condições para fechar o negócio não são estáveis. A verdade é que o mercado de distribuição de veículos vive momentos difíceis, pois de um lado está sofrendo a pressão das montadoras, que querem vender sua produção e baixar seus estoques, e por outro lado o consumidor retraído faz com que a velocidade de entrada de carros seja maior que a saída, aumentando conseqüentemente o nível dos estoques e sacrificando ainda mais as margens já extremamente justas praticadas pela distribuição. O jogo de

xadrez é complicado, pois as montadoras possuem hoje uma enorme ociosidade na produção e trabalhar nestes níveis é resultado negativo na certa. Ao mesmo tempo, o custo financeiro torna-se inviável para o concessionário suportar flutuações tão significativas de demanda como vem acontecendo neste clima de especulação financeira dentro do País. O mês de junho demonstrará, sim, uma importante queda de mercado e o efeito funesto do aumento da taxa de juros. Como sempre, fica a esperança de que o Penta traga ânimo ao consumidor e tire a trava de sua decisão.

Carro a hidrogênio, mais uma alternativa

É mais um combustível alternativo sendo utilizado, demonstrando não só a grande preocupação com a descoberta de respostas viáveis para a substituição do petróleo, mas principalmente a constataçãodequeatecnologia possui todas as condições necessárias para tornar o transporte independente da energia não renovável. A experiência da Toyota vem se somar a outras do carro híbrido, do veículo a álcool, ao diesel de origem vegetal e tantas outras que surgirão.

Reforma do imposto em cascata afeta Internet

A eliminação da incidência em cascata do PIS e Cofins tira da Internet avantagem dos compradores via eletrônica. Quem adquiria o automóvel por outros meios de venda sofriam a dupla incidência deste imposto. Pela Internet, a transação eliminava uma de suas etapas e, com isso, uma incidência era anulada. Porém, com areforma essa vantagem desaparece. Não afetará o mercado, pois ela apenas fazia com que o carro fosse mais competitivo na Internet. Agora, como todos estão usando a rede de computadores para vender o preço será ajustado.

dos homens", justificou a técnica da Fundação.De forma geral, porém,o rendimento médio dos empregadores caiu 20% entre 1989 e 2001, passando de R$ 3.251,00 para R$ 2.581,00.

De acordo coma pesquisa, a jornada de trabalho das mulheres empresárias é, em média, de 50 horas semanais –a maiorentretodas ascate-

gorias de ocupação femininas. Mas éinferior à jornada dos homens, de 56 horas.

D o mé s t ic a s –O contingente das empregadas domésticas também aumentou no período pesquisado: saltoude 393 milpara638mil trabalhadoras, o que significou expansão de 64,5%.

O levantamento mostra ainda que essa atividade continua quase que exclusivamente feminina –95,9% das vagas são preenchidas por mulheres.A modalidade foi responsávelpor 30% doaumento daocupação feminina.A jornadasemanal dacategoria caiu5 horas, mas o rendimento médio cresceu 11,6%, para R$ 328,00. Menos assalariadas –O

estudo revelou ainda que o número de assalariadas caiu de 65,4% para 58,1% nos últimos11 anos.Entre oshomens, a retração foi de 76,3% para 66,7%. Esse recuo,no casodasmulheres, reflete a expansão dos empregos domésticoe autônomo etambém doaumento do número deempreendedoras. Paraos homensa explicação está no aumento do número de trabalhadores autônomos,que teveaparticipação ampliada de 16,1% para 24,2% no total de ocupados– uma expansão de 63,7%. Entre as mulheres, o trabalho autônomo cresceu 51,7%.

Teresinha Matos

Emprego com carteira assinada

A mudança na estrutura do mercado de trabalho do setor privadoentre1989 e2001na regiãometropolitana de São Paulofoicaracterizada por doisfatores.Um delesfoia demissão de 15,5% damãode-obra masculina, predominantemente assalariada e com carteira assinada. Outro foia ampliação do emprego assalariado com carteira assinada das mulheres, em 3,9%. Como resultado,a contratação de mulheres e de homens

assalariados sem carteira registradaaumentou 113,5%e 69,5%, respectivamente. Os dados constam de pesquisa da Fundação Seade. Público – Ainda de acordo com apesquisa, aumentouo número demulheres trabalhando no setor público. Enquanto os homens perderam 19,1% departicipação nosetor,as vagaspreenchidaspor funcionárias subiu 12,3%.

Também no setor público cresceu o número detraba-

lhadores assalariados sem carteiraassinada.Entre as mulheres, a alta foi de 123,5% e, entre os homens, de 62,6%. Nesse caso são contratos de autônomos. "Os trabalhadores têm jornada definida, chefia definida,mas nãotêm carteira assinada", diz Paula. Paraela,o artifício"mostraa dificuldade enfrentada pelo setor público,que precisa obedecer àLei deResponsabilidade Fiscal e, ao mesmo tempo, contratar". (TM)

Venda à vista dispara no mercado fraco

A conseqüência direta da alta taxa de juros foi sentida no mês de junho com a disparada das vendas à vista. Talvez o mês de junho venha a ser marca recorde desta modalidade de negócio dos últimos anos. A compra de automóvel é, na maioria das vezes, uma necessidade de solução de transporte e como tal se a decisão se faz necessária no momento em que as taxas de juros disparam, a família se reúne, juntam-se todas as economias e moedas da poupança familiar e a decisão recai para a compra à vista. Este fato em si explica de forma transparente a queda nas vendas, pois a disponibilidade de recursos é sempre muito limitada e leva, na maioria das

Brasil com gasolina de primeiro mundo

A Petrobrás lança a gasolina Podium com 95 octanas. Esta iniciativa traz ao mercado um produto típico dos países desenvolvidos que se utilizam deste combustível nos carros com motores mais potentes, que precisam de forte desempenho. Até agora, mesmo a chamada aditivada não trazia o número de octanas desta variedade de gasolina. Osegmento dos importados e dos carros médios e grandes serão beneficiados com esta iniciativa.

vezes, ao adiamento da decisão de compra. Outra conseqüência natural desta mudança comportamental recai sobre os modelos mais vendidos, uma vez que há uma natural concentração em carros de menor valor, pois eles acabam sendo a única solução para a escassez de recursos disponíveis. Neste momento, o estoque do concessionário tende a se desequilibrar, a concentração em modelos mais caros aumenta e como conseqüência direta o custo de carregamento se agrava pelo volume físico epelo aumento da taxa de juros. Dizem os velhos pescadores que em momento de mar revolto o melhor é esperar e não se desesperar.

Fiat: a novela continua

Mais um capítulo na novela que parece mais mexicana que italiana. Agora, muda a cúpula dos executivos italianos. Gabriele Galateri e Alessandro Barberis são os responsáveis escolhidos por Paolo Fresco para dirigir os destinos da Fiat mundialmente. Galateri, homem de confiança da família Agnelli, assume a superintendência da Fiat spa e Barberis a diretoria geral dando suporte à área industrial. A Médiobanca, um dos principais grupos financeiros italianos, liderou o processo de negociação de compra da participação na Ferrari criando um colchão de liquidez de mais de US$ 860 milhões para a montadora italiana.

Mercado de usados sobrevive à queda

Dentro das mesmas pesquisas que antecipam ofechamento do mês, os números apontam que o mercado de usados não foi tão afetado como o do carro novo. A razão parece lógica, pois os valores envolvidos são menores, o aumento da taxa de juros é menos sensível neste segmento e o espectro de preços é amplo, pois este varia de acordo com a idade do veículo. Apenas os seminovos sofrem mais que os demais usados, pois neste caso o comprador é mais parecido com o interessado em adquirir um modelo novo. Devemos lembrar também que o mercado de usados representa, em termos de volume, o dobro dos veículos zero quilômetro. A verdade é que a insegurança do desemprego afeta muito mais este tipo de negociação que os demais fatores.

Valdner Papa Consultor do setor automotivo
Valdner Papa

Cidade ganha novo espaço cultural

O antigo prédio do Dops, na região da Luz, abrigará o Museu do Imaginário do Povo Brasileiro e o Memorial da Liberdade

Nesta quinta-feiraa noite, o governador Geraldo Alckimininaugurará umnovo conjunto cultural, instalado no prédio do antigo Dops (Delegacia da Ordem Política e Social),no centro de São Paulo. Oprédio, queatéa manhã de ontem ainda estava passando por obras de restauração, estará aberto ao público a partir de amanhã com três exposições.

A primeira delas, Cotidiano Vigiado - Repressão, Resistência eLiberdade nos Arquivos do Dops 1924-1983, traz imagense documentos dos arquivos da polícia política. São prontuários policiais, documentos originais, depoimentos, relatosinéditos deartistase políticos, queestavam sendo conservados no Arquiv odoEstadodesde 1991 e que, pela primeira vez, estarão abertos ao público.

Aexposiçãoocuparáo 4º andar do prédio com 1200 m² e estará divididaem três mó-

dulos: o trem da história, a era Vargas eo períodopós 64.A mostra,queé compostapor 40 painéis, estará aberta de 5 de julho a 8 de agosto, de terça a domingo das 10h às 17h. Instalação - Jáa segunda exposição queserá abertaao

Edifício já foi armazém, estação de trem e delegacia

O histórico edifício de 7500 m², que ficou conhecido por abrigar a Delegacia de Ordem Políticae Social (Dops), começou a ser erguido em 1914.

Comprojetodo arquiteto Ramosde Azevedo,oprédio foi feito para abrigar os armazéns gerais ea administração da São Paulo Railway, que hav iaadquiridoaEstrada de Ferro Sorocabana.

Atéo início dadécada de 20, o prédio também foi usado, provisoriamente, como estação inicial em São Paulo.

Isso ocorreu até o término da construção da Estação Júlio Prestes.

No período de 1935 a 1983, o espaço ficou conhecido por abrigar o Dops. Com a extinçãoda delegacia,o local se tornou a sede da Delegacia de

Você sabe quem trabalha para você?

Trazemos até você um inédito sistema de investig. social de funcionários, sócios e empresas que a você estão interligadas em seu dia a dia, mostrando um real perfil de quem está ao seu lado. Promoção de I.S. Simples

Defesado Consumidor(Decon), que ocupou o prédio até 1997.

A partir de 98, quando passou a ser responsabilidade da Secretaria deEstadodaCultura, o edifício começou a ser restaurado.A reforma faz parte da política de revitalização do centro velho da cidade de São Paulo.

Segundoo secretárioMarcos Mendonça, a proposta é criar "âncoras culturais" em imóveis históricos resgatados pela culturapara melhoraraqualidade urbanae de vidada região.Dessemesmo projeto derevitalização do Centro, fazem parte a Sala São Paulo e a Estação das Artes,no Complexo Cultural JúlioPrestes,ea Pinacoteca do Estado. (EC)

público a partir de amanhã é a instalação Intolerância, obra inéditado artista plástico goiano Siron Franco. São dez esculturas e 880bonecosde figuras humanas, formados de roupas e sapatos preenchidos com espuma. "A idéianasceu deuma exposição querealizei emLondres. Essas vestimentas, compradas em brechós, criavam uma sensação estranha, pare-

Prefeitura mostra os resultados dos programas sociais

Aprefeita de São Paulo, Marta Suplicy, divulgou ontemàtarde, osresultadosde umestudo inédito realizado pelaSecretaria doDesenvolvimento,Trabalho eSolidariedadesobre oimpactodos programas sociaisdaPrefeitura. O estudoanalisouos efeitos dos programas realizadospelo Municípioemsetores como educação, emprego, economia ecombate à violência.

Pelos dadosdivulgados, a administração municipal ampliou para 300 mil famílias, ou 1,2 milhão de pessoas (cerca de 12% da população paulistana), o universo de beneficiáriosdasações sociais em 2002. No ano passado, esse número foi de107 mil famílias atendidas(4,1% da população).

Na área educacional, a evasão escolarcaiu de2,7% dos alunos, em 2000, para 1,4%, em 2001,nos13 distritos administrativos beneficiados pelos programassociais municipais.

ciam trazer a memória do antigo dono. É como se existisse a energia da pessoa", diz Franco. A obrado artista poderáser vista no prédio do Dops até o final de agosto. Ainda no edifício da antiga delegacia, o público poderá conferir a exposição Cidadania -200 anos da Declaração dosDireitos doHomeme do Cidadão. A mostra é uma coleçãode30telas deartistas

brasileiros inspiradasnos direitos humanos.

Memorial- Mas,um dos grandes destaquesdo espaço éo MemorialdaLiberdade. São sete telas que ocuparão as paredes do hall de entrada e o corredor de acesso às celas da antiga delegacia. Dentro das celas estarão mais 30 gravuras produzidas por artistas brasileirospara ilustrarosartigos daDeclaração Universaldos Direitos do Homem.

Oespaço,totalmente reformado,foi adaptado para comportar aexposição. "Naquela época eratudo de madeira. Bem diferente do que estáhoje",dizAmélia Teles, quepassou quatromesesnas celas do Dops em 1973.

Ojornalista IvanSeixas, que também estevepreso no local, lembraqueascelas tinhamumvão queasinterligava e havia uma tela no teto. "Passávamos bilhetes entre as alas", conta.

Segundo o secretário de Estado daCultura,Marcos Mendonça, o prédio sofreu descaracterizações no período em queabrigou a delegacia do consumidor (1983 -

1997). A partir de 98, quando foi assumido pela Secretaria de Cultura, o local começou a serrestaurado, preservando as características arquitetônicas ecléticas, reunindo diversos estilos em sua construção original.

A restauração e a revitalização totaldo prédiopropiciarão também o funcionamento do Museu do Imaginário do Povo Brasileiro. "O museu seráum dosmaiscompletos núcleosculturaisdo país, comespaços para convenções, auditório, laboratórios derestauro emanutenção, setorde pesquisa,biblioteca, videoteca, área de aprendizado, restaurante, lojaeainda espaços paraexposições permanentes e temporárias", explicou ontem o arquiteto Haron Cohen, responsável pelo projeto de recuperação do local.

Estela Cangerana

ser viço

Museu do Imaginário Brasileiro/Memorial da Liberdade. Largo General Osório, 66, Luz

na Santa Efigênia

3244-3643 / 3244-3277 Fax 3244-3123 publicidade@acsp.com.br

A Força-tarefa de Combate à Corrupção criadapela prefeita Marta Suplicy apreendeu, ontem pela manhã, US$ 1,5 milhãoem produtoseletroeletrônicos supostamente contrabandeados. Ablitz, que começou às 10h e prosseguiu até o início da tarade, foi realizada na rua Santa Efigênia, noCentro,conhecida pelo comércio de eletrônicos, telefonia e produtos do gênero. Foramapreendidos também cerca de 100 mil CDs piratas.

A fiscalização contou com

210 fiscais da Receita Federal, um total de 700 policiais (polícias Militar,Civil eGuarda Civil Metropolitana), o Ministério Públicoe o ouvidor do município de São Paulo, BeneditoMariano, responsável pela Força-tarefa.

Ablitz visitoucerca de400 lojas da região e descobriu um depósito deprodutos semnotafiscal. Noinícioda tarde, 10 pessoas haviam sido presas.

Caminhões – Os materiais apreendidos lotaramdez caminhões.Os produtos im-

Bom Prato – A 12ª unidade darede BomPrato foiaberta ontem, pelogovernador Geraldo Alckmin, no Itaim Paulista. O cardápio foi arroz, feijão,filé defrango, farofa,salada, pão, melancia e suco de maracujá. Diariamente, o restaurante vai servir1.200 refeiçõesa R$ 1,00. A nova unidade está numaregião de classe média baixa. Até o final do ano, o governo pretende abrir mais três unidades do BomPrato, duas no ABC e uma na zona Leste. (SM)

portados foram encaminhados para o depósito da Receita, à rua Eli, na Vila Maria, zonaNorte da capital,e osde origem nacionalforam levados à rua Guararibéia, 34, em Socorro, zona Sul. Esta foi a segunda operação daForça-tarefa, que,nomês passado, já havia feito uma mega-operação na rua 25 de Março, também no centro da capital. Outras blitze estão programadaspara os próximos dias.

Sandra Manfredini agenda

Hoje Pinheiros – Ocoordenador-geral executivo das distritais da Associação Comercial de São Paulo, Gaetano Brancati Luigi, participa de encontro com o secretário adjunto da Secretaria Estadual da Cultura do Governo do Estado,Sérgio Barbour, para discutir sobre o aniversárioda regiãodePinheiros. Será discutida a realização de ummega evento em prol da matriz de Pinheirose da Igreja Nossa Senhorade Monte Serrat. O encontra será reallizado às 11h, na praça Júlio Prestes, s/nº, 2º andar, Luz.

A arrecadaçãodo Imposto sobreServiços (ISS)também cresceu11,2% nessesdistritosno primeirotrimestre deste ano,comparado ao mesmo período do ano anterior. Já o índice de mortes violentas caiu 10,2%, comparando os dados dos três primeiros meses de2001e de 2002. (EC) Blitz apreende US$ 1,5 milhão em contrabando

Associação Comercial de São Paulo

ANÁLISE João de Scantimburgo

O BC e o mercado

O BC está no seu papel, de intervir no mercado de dólares,quandoa moedaverde sobesem parar,altaprovocada, evidentemente, pela ânsia de segurançaque todo opossuidor dehaveresmanifesta,quandoo mercado está intranqüilo, como neste momento. A cotação do Brasil, comocampode investimentos, piorou e o recurso é lançar-seao dólar, a única moeda com que podem contar os investidores, que não confiam em outramoeda para se garantir. Essa classificação do Brasil vem hámeses apresentando uma situaçãopéssima, confundida, provavelmente, comoestágioa que chegarama Argentina, catastrófico, e o Uruguai, ruim, embora osnossos simpáticosvizinhos sempre se considerassema Suíçadocontinente sul-americano. Com dois vizinhos em estado de febre alta, reclamando medidas excepcionais paraos salvar, não há remédio para o investidor, senão o dólar, ainda que pague caro e venha a perder mais tarde.

O certoé queestamos todos numjogo.A Bolsade SãoPaulo caindo,devidoa

fugade investimentos,as empresas julgadoras dos países colocando-nos em situação vexatória, como o fez pondo-nos abaixo da Nigéria, que é a nação mais desorganizada do mundo. Finalmente, ospequenos investidores,assim como osmédios, desarvorados, sem sabero quefazerpara sedefenderemcomo osgrandes, que esses sempre escapam pela via das compras maciças de dólares.

Evidentemente,a campanha sucessória influi nessa situação. O candidato Lula da Silva não inspira confiança aos investidorese está em primeiro lugar.O candidato José Serra, que inspira confiança, está muito abaixo do antigotorneiro mecânico. Sobe, mas no dia do pleito pode não alcançara maioria ou nem mesmo o volume de votos queo leve paraum segundo turno.Enfim, é uma situaçãopróxima dacatástrofe, ainda que distante. Tenhamos confiança no governo. É o que posso desejar.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

Idéias criativas

Maria Lucia Rangel Filardo

Àmedidaque otempo passa, mais trabalhos são produzidos avaliando positivamente as medidas de política econômica adotadas no governo de Juscelino Kubitschek e, conseqüentemente, levantando a seguinte questão: será que depois do Planode Metas nunca maisno Brasilconseguiu-se elaborar um plano de desenvolvimento econômico?

A resposta a esta questão é complexa, mas muitosjulgam quedepoisdo PlanodeMetas todos osoutros PlanosEconômicos,embora pontualmente corretos, como o Paeg, que com a reforma bancária de 1965 criou umaestruturamoderna para osistema financeiro nacional, ou como o Plano Real, queconseguiucontrolara inflação,foram pouco eficientes para promover odesenvolvimento econômico.

Oque havia deespecial no PlanodeMetaseram as suas propostas ousadase criativas, que mesmonão encontrando aceitação em grande parte da burocracia estatal e em amplos setores da sociedade civil, como a participação do capital estrangeiro na indústria e a construção e a mudança da capital para Brasília, foram implantadase propiciaram ocrescimento doPIB, principalmente do setor industrial, modificando para sempre a estrutura produtiva do país.

Um Plano de Desenvolvimento Econômico precisa realizarmodificações profundas na estruturaeconômica esinalizar para todos os agentes econômicos queterão ganhos.O capitalismo não é uma estrutura burocráticaa seraperfeiçoada e sim um sistema de mercado

Assuntos diversos

Quem residiu no interior, conhece perfeitamenteo diapasãocotidianodas conversas nas esquinas, nos bares e nos clubes, à noite. São sempre sobre política,sobrecandidaturas,sobre esteou aquelecandidato, se merece ou não o votoe,também, paraficar dentro daregra, falarmal davida alheia, ainda que não seja nada ofensivo. Enfim, o interior do País, e os bairros populares, onde muitosse conhecem,as conversas não são diferentes. Graças ao campeonato mundial de futebol, a Copa do Mundo,disputada por diversos times de diversos países na Coréia do Sul e no Japão, os assuntosestão pululandocomo pipoca em caçarola e todos têmdo que falar, com abundância de palavras, durante horas. Os passes do Ronaldo, os dribles doRivaldo, a velocidade do Cafue, assim por diante,alimentam aindahoje as conversas de bares e de clubesdo interiore tambémdos bairros da capital.

O futebol, principalmente, temumaatuação magnética

sobre a massaurbana, principalmente,graçasà televisão, que todos, sem exceção, dos palácios do Morumbi e Jardins àsfavelas que envolvem São Paulo num cinturão de miséria, possuem e fica essa massa diante de sua telahoras e horas afio, vendo asnovelas ou, nocasodosjogos, vendoas disputas, comoas que agora reuniram vários países. É o mundo em que vivemos, este, omundo da comunicação, da informação,das massas,edosvizinhos queseencontram e sabem como trocar algumas palavras sem exagero. Lamentavelmente, apenas, é que nos bairros mais distantes têm seregistrado crimes,exatamente, porcausa do futebol eoutras conversas que provocam exaltações. Masesses fatossãodetodas as grandes cidades, umas mais, outras menos,e são severamente combatidos pelas autoridades. São estas algumas considerações sobre conversas de interior.

João de Scantimburgo

A imagem do Brasil

Michel A. Alaby

no qual uma política econômica pode proporcionar a existência de novasoportunidades de investimento, que fazcom que o capital migrecriando empresas e empregos.

Um país como o Brasil, que se industrializou depois dos países capitalistas centrais,apresenta necessariamente um crescimento desbalanceado,isto é, enquantoalgumas regiõesdo país têm renda per capita similar à do primeiro mundo outras são muitopobres. Eháescassezde capital produtivo,o governo não arrecada o suficiente para atender asnecessidadesda população na área dasaúde e educação. Enfim, existem uma série deproblemasqueprecisam ser resolvidos eosrecursos sãoescassos.

A leitura correta dos problemas econômicospor quepassa o Brasil atualmente é que o desemprego,afaltade investimentos produtivos e as disparidadesregionaissão os principais. A solução para todos estes problemas passa necessariamente pelo desenvolvimento econômico.

Ainserçãodo Brasilnum mundo globalizado e o seu desenvolvimento sãoum desafio que não seresolverádo debate simplistaentreduas linhasde pensamento, estando deum lado aqueles que vêem como solução seguir as regras neo-liberais e de outro aqueles que propõem a volta ao velho modelo de substituição de importações. Assim é preciso proporsoluções novase consistentespara osvelhosproblemas brasileiros

Maria Lucia Rangel Filardo é professora da Faculdade de Economia e Administração da USP e pesquisadora da Fipe

A seleção brasileira empolgouo mundo. OBrasil, cujo povo estava com tão baixa estima,se recompôsetivemos como nunca visto o exercício dopatriotismo. Esperamos que se alastre para oscampos político, econômico e social.

A imagem do Brasil no exterioré deverasvinculada aofutebol. Então,porque não aproveitar estaondapositiva para lançar umacampanha maciça paraexportarprodutos e serviços com o embalo do futebol?

Seránecessário associar-se produto/serviço coma marca Brasil. O fabricante/exportador deveria em suaspolíticas depromoçãousar aforçada marca.

Sabemos que o povo brasileiroalterna momentos de pessimismoe otimismo com certa constância eo momento político e econômico não é dos melhores, por uma série de fatores, largamente difundidos pela imprensa.

Está maisdo quena horade sepromover, vendere nãoser comprado.Uma amplacampanha promocionalexige, necessariamente, buscar a identificação do produto com o país, participar intensivamente de missões comerciais, defeiras e exposições, convidar a visitar o Brasilosformadoresde opinião ao redor do mundo.

Masháum porém.Aquestão do Imposto de Renda na Fonte para remessas ao exterior decorrentesdos gastosde promoção. Na realidade,é a tributação maisindecente que se tem no País, pois os nossos principais concorrentes, além denão tributarememnenhuma hipótese asverbas de promoçãono exterior,subsidiam suas empresas com altas verbas para promover produtos/serviços ou o próprio país institucionalmente.

Asalegações sãodiversas. Mas o nosso País é dos únicos no universo que penaliza os honestos em funçãodos deso-

datilografados. Ascartas àRedaçãosomenteserão publicadas se contiverem,alémda identificação do missivista, endereço com rua, número, bairro, CEP e, se possível, telefone e rg. As cartas poderão ser resumidaspela redação, publicando-se, apenas o essencial. Os originais não serão devolvidos.

nestos.Nãoseriao casode aproveitar a "ondadesta força dofutebol"e permitir asremessas ao exterior por gastos de promoçãoeasempresas comprovaremosreferidos "a posteriore" e,se nãohouver a apresentação dos documentos, sugerindoindíciosde fraudes, ilícitos ou qualquer outra forma de desonestidade, cobrar pesadas multas? Sabemos que há subterfúgios para enviar os recursos ao exterior, tais como,pagar com cartão decrédito e utilizaras chamadas empresas "Off Shore". O lema Exportaré Viver começapor definiruma cultura exportadora.Ecomo nãoatemos, esse éo momento certo paracomeçar, justamente aproveitando-se das chamadas vantagens comparativas oferecidas pelaSeleçãoBrasileira,tais comoqualidade,eficiência e competência dos jogadores e comissão técnica, porconseguinte, opaístambém fabrica produtos/serviços com todos esses atributos . OBrasilnão defineahegemonia como forma de pressão internacional, muito pelo contrário, conta com a simpatia de muitos povos e é o líder natural dos paísesemergentes, mas não aproveita estesfatores como alavanca de exportação. Diante da crescente vulnerabilidade da economia brasileira, agravadapor umambiente externo cada vez mais desfavorável, areal prioridadepara os próximos anos será oequilíbrio das contasexternase exportar é o lema para crescer. Aproveitara marca BrasilSeleçãoBrasileira -éo mote, entretanto,sem promoção não há exportação.

Com a promoção da imagem, os resultados de vendas externas se multiplicam, pois a todaação corresponde uma reação em cadeia.

Michel A. Alaby é presidente da Adebim e diretor de Comércio Exterior da Câmara de Comércio Árabe Brasileira.

Importância do voto Surpreendem sempreos resultados de iniciativas voltadas para a educação,o aperfeiçoamento do conhecimentoe o acesso àinformaçãodenossa populaçãoestudantil. Oseminário "A Importância do voto", que irá tratar do assunto eleiçõese sua responsabilidade numa sociedade democrática, já está com todasas datas lotadas pelos alunos das escolas públicas e particulares do ensino médio paulista.

O que é Oseminárioestásendo organizadopelo InstitutodaCidadania (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento da Cidadania), em conjunto como Instituto do Legislativo Paulistaecom oapoiodaSecretaria daEducação doEstado edo Sindicato das Escolas Particulares.Em agostoe setembro,a cada segunda-feira,cercade 300 estudantes doensinomédio queestarão votando este ano receberãoinformaçõese debaterão pontos relacionados ao sistema representativo, funcionamento do Estado e partidospolíticos, comprofessores da USP,PUC, FGVe Faap,de forma didática e prática.

Abrir caminhos

A iniciativa ésuprapartidáriaepioneira, visandodarformaçãomais específicaaosnovoseleitores, demodo aoferecer umavisão ampla e crítica sobre aimportânciacontida em cada voto.É um processo de educação para o voto, deixando ao aluno/eleitor o dis-

cernimento final sobre sua escolha eleitoral,a partirdeum conhecimento maisespecífico do sistema político e a relevância da decisão correta.

Interesse

Maiores informações podem ser obtidas junto ao Instituto da Cidadania, no site www.institutocidadania.org.br ou pelo telefone deSãoPaulo 50534214. O seminário ocorrerá no Palácio 9 de Julho, sendo necessária ainscrição prévia dasescolas/alunos.

Empresas

Há diversas iniciativas voltadas para o público estudantil com conotaçãoeducativa, que contêm espaço para aparticipação de empresas interessadas em dar apoio e expor suas marcas e produtos. As ações são sem fimlucrativo parao Instituto e voltadas para o desenvolvimento da educação e da cidadania noBrasil.Interessados poderão contatar o Instituto pelo telefone acima.

9 de Julho

A AssociaçãoComercialde SãoPaulo jámarcou posiçãoa respeito da importância da Revolução Constitucionalista de 1932para avocaçãodemocrática do Brasil.

MMDC

Como bacharel formado pelo Largo de SãoFrancisco não posso deixar de registrar a trova acadêmica: Quando se sente bater/no peito heróica pancada/deixa-se a folha dobrada/enquanto se vai morrer.

e Vera Gomes Chefe de Arte: Gerson Mora

noticioso fornecido pelas agências Estado e Reuters Os artigos enviados à Redação do DC para eventual publicação devem conter no máximo2.800caracteres,sedigitados,ou40

P. S . Paulo Saab

Ciro sobe, PSB fica só com fiéis

Os primeirosnúmeros de pesquisa captadosdepois da Copa da entrada em vigor da legislação eleitoral e, a rigor, do início do jogo sucessório para valer, já poderão ser conhecidos a partir da madrugada deste sábado. O instituto Vox Populi fez a coleta de depoimentos durante a semana e tabulou os dados entre ontem e hoje.

Mesmo sem dispor dos números, o presidente do Vox, o cientista político Marcos Coimbra, sentia-se seguro para, com base em análise das últimas tendências, afirmar como "muitoprovável" asubidadosíndices docandidatoCiro Gomes. Durante a semana a boataria, que mais uma vez serviu de justificativa ao alegado "nervosismo" dos que compram evendem dinheiro,dizia queCiro haviaultrapassadoJoséSerrae ocupadoosegundolugar,atrásde Luiz Inácio Lula da Silva.

Marcos Coimbra não confirma nem desmente. Explica apenas que baseia sua análise de probabilidade no fato de Ciro tersubido 5pontos porcentuaisna últimapesquisa do Vox e, entre ela e esta agora, o candidato ainda ter tido espaços no horário gratuito de televisão, entre os quais um programa inteiro do PTB.

Coligado, mas não filiado ao partido, Ciro foi proibido pela Justiça Eleitoral de participar. Decidiu ignorar a proibição, obviamentedepois de contabilizar osganhos eleitorais eas perdas concretasda infração. NoJudiciário há quemabrace atesedeque CiroGomessearriscou auma impugnação de candidatura.

Mas esta é uma hipótese muito remota. O mais provável é a punição com o cancelamento do programa no ano que vem (quando não há eleições). Do ponto de vista político, seguramente a conclusão foi a de que valia o risco. E,seos números confirmarem a tendência apontada por Coimbra, de fato terá valido, não obstante o discutível confronto com a lei.

Masaquiloque odiretordoinstituto acreditaseráreveladopelos dadosnãoincluinecessariamente atrocade lugares comSerra. "Daúltima vez, quandoCirosubiu, Serra praticamente não se mexeu, foi de 20% para 21% das intenções de voto". O empate, porém, é quase certo. Na mesma mostra, Lula e Garotinho desceram na escala das intenções de voto. Suposição de Marcos Coimbra: "Cironão tiravotos doPSDBe simda searaidentificada comodeoposição."Donde eleconsideratambém"bastanteprovável",ocandidato doPTapresentaralguma queda caso Ciro suba mesmo.

E Garotinho? Este, com os 11% registrados na pesquisa anterior, Marcosacha que nãose mexe, poisteria batido em seu patamar mínimo. Explica-se: aqueles 11% que dizem que votarão no candidato do PSB apresentam alto índicedefirmezanovoto. Sãoportanto,eleitoresfiéis,que nãotransitamde umacandidaturaàoutra aosabordos acontecimentos.

Em contrapartida,segundo MarcosCoimbra, acandidatura deLula é aque apresentao maior graude volatilidade. Muito provavelmente porque é a que tem a maior massa de adeptos, e isso desde a largada, apresentando exatamenteaquelamargemde acomodaçãoqueaopção Garotinho, pela exigüidade, não comporta. Essetipo decenáriotraçado porCoimbraé maisinteressante para entender como ascoisas funcionam na lógica das pesquisas e de votos ainda apenas intencionais, do que propriamentepara estabelecerum rankingeleitoral confiável desde já. Daí o sentido de tratarmos de uma pesquisa de números ainda desconhecidos.

Direto ao ponto

Reis do eufemismo por deverde ofício, ainda assim às vezes os diplomatas se superam. Foi o que aconteceu com oembaixadoreministrodo Desenvolvimento,Sérgio Amaral, um dia depois da passagem dos campeões do futebol por Brasília. Amaralcomeçou dizendo que assegurar a chegada da seleçãofoi uma"das maisduras edifíceis" missõesdiplomáticas de sua carreira. Diante do interesse do interlocutorpordetalhesdas resistênciasdaCBF,Amaralmudou os termos para a "mais alta missão" que já recebera, ao ser encarregado de "supervisionar a organização" do evento. Valeu a tentativa do embaixador de dourar a pílula mas, minutos antes, ao término do almoço com o presidente do México no Itamaraty, o próprio Fernando Henrique confirmara que Ricardo Teixeira precisou ser demovido da idéia deignorar a solenidadeno Planalto, "porcausa da medida provisória do futebol, evidentemente".

Terreno na lua

Um dos depoentes da CPI da corrupção na prefeitura de Santo André disse que recolhia todo mês grandes quantias das empresas de ônibus da cidade, para "fazer troco". Outro afirmou que a dinheirama destinava-se ao pagamento de funcionários.

Coligação com o PL já causa

dissidências dentro do PT

A senadora Heloísa Helena (PT/AL) renunciouà candidaturaaogoverno deAlagoas, por discordar da aliança local com oPL, imposta pela executivanacional do seu partido.Sua decisão,porém, ainda nãofoicomunicada oficialmenteà JustiçaEleitoral. "Sou vítima da imposição de meu partido.Não vou me juntar aos desqualificados da políticaalagoana", disseasenadora ontem.

Heloísa disse ainda que não iria dividir o mesmo palan-

que eleitoral com o presidente regional do PL, deputado federal João Caldas, ligado ao usineiro RobertLyra, do GrupoCarlosLyra –umdos mais ricos do Estado. Os vereadores do PT por Maceió, ThomazBeltrão e Judson Cabral, que eram candidatos ao Senado, acompanharam adecisão dasenadora e também renunciaram. Segundo Beltrão,a renúncia écoletiva. "Ontem(quartafeira) à noite,decidimos que se a ata da convenção do partido,quenão incluiuoPLna

coligação, não fosse respeitada, haveria uma renúncia coletiva", explicouBeltrão,dizendo quenão houve recuo da executiva nacional. Sem condições éticas –A senadora jáhavia adiantado, em discurso no Senado na segunda-feira, que retiraria sua candidatura por rejeitar a aliança estadual com os liberais. Heloísa declarou que "não há condições éticas" para uma aliança com o PL de Alagoas. Opresidente dodiretório regional do PT, deputadoestadualPaulo Fernan-

Lula diz não querer imposição de fundamentos econômicos

O candidato do PT à Presidência,Luiz InácioLulada Silva, criticou ontem a tentativa do governo de querer impor ao próximo presidente do País os fundamentos econômicos adotados atualmente. "Querem impor a quem ganhar a eleição a mesmalógicados fundamentos dele.Mas nósnãoaqueremos. Nós vamos estabelecer a nossa própriaestratégia de desenvolvimento", afirmou ele, durante visita a uma indústria em Diadema, na Grande São Paulo. Lula criticouainda asafirmações da equipe econômica de que opróprio governo vai demorar 30 meses para recuperar o"investment grade"–uma economia com baixorisco de moratóriapara o investidor. Lulasalientou que um membro daequipeeco-

nômica, que "eu não vou citar o nome, disse que o próximo governovai demorar30meses para recuperar economia. Se eles sabem o que têm de fazer,porquenão fizeramhá quatro, cinco anos?"

O candidatodisseainda que ogovernoe sua equipe econômica vivem com os pés fora do Brasil. "A cabeça pensade acordocomo chãoque os nossospés pisam.Se ogoverno ea equipe econômica estivessemcom os pésnesta indústria, não estariam falandoem fugade capitais.A cabeça e os pés deles estão em Washingtone no sistemafinanceiro, nunca estiveram aqui",declarou. ParaLula,o governonão conhece enem querconheceras experiências bem-sucedidasde trabalhadores que fazem o Brasil dar certo.

Crítica – Opetista acusou ainda o governo e a imprensa de serem"os vendedores"do pessimismo. Ele comentou que as televisõese os jornais estão sendo pautados,do começo aofim, pela crise econômica. "Ninguém agüenta mais. Da primeira a última página só se fala em crise econômica. São os vendedores do pessimismo no Brasil. E vocês, do otimismo, do Brasil que deu certo", afirmou aos cerca de300 operáriosque acompanharam sua visita à fábrica.

O candidato petista disse também que os brasileiros estão "cansados de trabalhar de diapara pagarosjuros ànoite". "O capital especulativo não salvou a Argentina, a Rússia e nenhum país. Ele salva apenasos banqueiros", afirmou. (AE)

Novas pesquisas eleitorais terão características bem distintas

O mercado aguarda com expectativa adivulgação, esperada para os próximos dias, das três pesquisas eleitorais registradasnesta semana no TribunalSuperior Eleitoral (TSE)pelosprincipais institutos de opinião brasileiros: o Ibope, o Datafolha e o VoxPopuli.Investidores esperam osnúmeros paraavaliara consistênciadealguns movimentos registrados no mês passado,como ocrescimentode José Serra(PSDB) e, mais recentemente, de Ciro Gomes (PPS) ,eorecuode Lula (PT).

do dos Santos, disse que "do pontode vistapolítico, Heloisa renunciou, mas oficialmenteela continuacandidataporque sua renúncia não foiformalizada noTribunal Regional Eleitoral". Segundo Paulão– como é conhecido odeputado–, quando essa renúncia for formalizada, o PT de Alagoas vai se reunir para escolher o substituto."Por enquanto, não existe nenhum nome definido", disse,acrescentando que não acredita em renúncia coletiva. (AE)

Campanha do PSB vai reafirmar o nome de Garotinho

A partir deamanhã, quando começa oficialmente a campanha eleitoral, o PSB vai espalhar por todos os Estados outdoors com afoto do candidato a presidente, Anthony Garotinho,e a inscrição"O Brasil que faz." Segundo o coordenador geral da campanha, Márcio França, a propaganda, nesteprimeiro momento, vai reafirmar a candidatura do ex-governador do Rio, encerrando as especulações sobreumapossíveldesistência.

"Nossos outdoors vão mostrar Garotinho como o candidatode verdadeeterão a imagem, o nome e o número40do partido",disseMárcio França, que participou de umasérie de reuniõescom Garotinho eo comando da campanha, para definir a propaganda eleitoral. (AE)

Maluf lidera a intenção de voto em São Paulo

julho aindanão devemmostrar umquadro maisclaro dasperspectivas eleitorais,o que só deve começar a ocorrer a partir de agosto, especialmente devido ao início da propaganda eleitoral gratuita na TV e no Rádio.

Especulação – OInstituto Vox Populiinformou que a pesquisa de intenção de votos para a Presidência registrada na última segunda-feira no TSE ainda não foi tabulada.

Segundo o instituto, a pesquisa ainda está concluída e, portanto,não há resultados finais. (AE)

Levantamento realizado entre os dias 26 e 30 de junho pela UnidadedePesquisa mostraqueo candidatodo PPB aogoverno deSão Paulo,PauloMaluf,lidera adisputa no Estado,com35,2% das intenções de voto. Já o governador Geraldo Alckmin,candidato àreeleição, tem 24,3%. Apesquisa,registrada no Tribunal Regional Eleitoral, foi feita junto a 1,2 mil eleitores. O candidato do PT, deputado José Genoíno, tem 11,3% das intenções de voto. O levantamento foi realizado em 47 municípios (AE)

A analista Fátima Pacheco Jordão, consultorapara pesquisas eleitorais do Grupo Estado, observa que, embora tenham sido registradas quase quesimultaneamente, cadauma destas pesquisasdeverá ter características distintas que devem ser levadas em conta quando os números forem avaliados. No caso do Datafolha, por exemplo, chamaa atençãoo fato desera sondagemcom maior número de entrevistas, 5.100, ante 2.000 do Vox e do Ibope. Commais entrevistados,deverásera pesquisa com menor margem de erro, e,portanto, maisadequada para se medir a real posição doscandidatosa partir de

eventuais variações, como uma possível aproximação entreSerra eCiroouuma queda de Lula. O Ibope, por sua vez, destaca-se porabrangero maior período pesquisado:6dias, entre 3 e 8 de julho, ante três do Datafolha(de 5 a 8de julho) e dois do Vox (2 e 3 de julho). "Se o Datafolha terá menorerro amostral, o Ibope deveter umresultadomais estável devido ao prazo maior",comentoua consultora Fátima Jordão. Efeitos colaterais – Um aspecto curioso do Vox Populi, que tem o período mais curto, é que a pesquisa foi feita nos dias em que a seleção brasileira foi recebida com festas em Brasília,Rio eSão Paulo. Poderámedir, assim, se o pentacampeonato teve ou não algum efeito nas intençõesdevoto. FátimaJordão acha difícil avaliar eventuais efeitos eleitorais da Copa. Em junho tanto Serra,que égoverno, quanto Ciro, de oposição, subiram quandoa Copa já estava ocorrendo. Normalmente, as pesquisaspodem serliberadas no mínimo cinco dias após o registrono TSE.Independente dos próximos resultados, a consultora Fátima Jordão considera que as pesquisas de

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Exploração de adolescentes em debate

Entidades reunidas em Curitiba pedem urgência para resolver o problema da exploração sexual infanto-juvenil

CURITIBA –Cerca de200 representantes deentidades governamentaise não-gov ernamentaisdo Brasil, Paraguai eArgentina, reunidos emCuritiba, eque sededicamao trabalhodeerradicaçãodaexploração sexual de criançase adolescentes,pediramontem, emdocumento,a criação de uma comis-

são"multidisciplinar, intersetoriale tripartite"deresgate,comapoio policialejurídico, além da harmonização daslegislaçõessobre aquestão. "A exploraçãosexual comercial de criançase adolescentes nesta região da fronteira deve ser coibida imediatamente", diz o documento. O documento será encami-

nhado com urgência às chancelarias dos três países, presidentes das repúblicas e ComissãoParlamentar doMercosul. Em dois dias de discussão, os participantes do seminário A ExploraçãoSexual e Comercial Infanto-Juvenil naTrípliceFronteira reconheceramquea questão constitui-se em "gravíssimo

problema sociale criminal, com a identificaçãode redes de tráfico de crianças e adolescentes ligadas ao comércio ilegal dedrogas earmas,e a grupos vinculadosaocrime organizado". Está sendo recomendado aos governos dos três países a intensificação no controle sobre o fluxo de crianças e

adolescentes na fronteiram, comdestinação deespaçoao conselho tutelar brasileiro e similares dos outros países. O encontro é patrocinado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Os participantes registraram ainda,nodocumento,a importância de os governos garantirem,em seus orçamen-

tos, recursos para os programas de combate à exploração sexual ecomercial infantojuvenil.AOITjá disponibilizouUS$ 2milhões aserem aplicados em três anos. A primeira parcela,de US$520 mil, será para a construção de centros de referênciae de recuperação em Fozdo Iguaçu e Ciudad del Este. (AE)

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Banco Central Europeu mantém taxas inalteradas

OBanco CentralEuropeu (BCE) manteveontemsuas principais taxas de juros inalteradas, apósreunião mensal de seu conselho de governança. A taxa mínima para oferta, a principal taxa do BCE, foi mantida em3,25%, mesmo patamar emvigor desde8 de novembrodo anopassado, quandofoi reduzida em 50 pontos-básicos. O BCE, que determina a política monetária para os 12 paísesda zona do euro, seguiu a mesma direçãodoBanco daInglaterra, que também manteve a taxa de juroválidanaGrã-Bretanha inalterada em 4,0%.

Asduasdecisõesnão cau-

saram surpresas, uma vez que os economistas consultados pela Dow Jones previam majoritariamente quenão houvesse alterações. Oeurofoi negociado a US$ 0,9770, praticamente no mesmonível verificado antes dadecisão do BCE, quando era cotado a US$ 0,9772. Os economistas, em sua maioria, concordam que a significativa valorizaçãode 14% do euro ante o dólar no segundo trimestrevaiajudaraatenuar o surgimento de pressões inflacionárias originadasdo mercadodoméstico, comoos aumentos salariais e as fortes altas de preços no setor de ser-

viços. A apreciação do euro ao maiornívelem 28mesesante o dólar deve conter a inflação na medidaem quereduz os preços dasimportações feitas pelos países europeusque adotaram a moeda única.

Ing late rra – Tambémo Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra manteve ataxa derecompra inalterada em4,0%,o que corresponde ao menor nível em 38 anos. A decisão, anunciadaontem, apósencontro de dois dias dosnovemembros do comitê, confirmou as expectativasdo mercado. O governador do BC inglês, Eddie George, afirmou recente-

mentequeas taxasteriamde subir emalgum momentose não houvessemoderaçãoda demanda doméstica. Os economistas, no entanto, acreditam que a incerteza sobre arecuperação da economia global,aquedados mercados acionários,a frágil melhora do setor manufatureiro e o crescimento lento do setorde serviços doméstico acabaram ofuscando eventuaispreocupações sobre o aquecimento no mercado imobiliário. O BC anunciou a decisão sem comentários e informou que a ata do encontroserá divulgadano dia17. (AE-Dow Jones)

Decisão de Duhalde surpreende EUA

O porta-voz do DepartamentodeEstadosdos Estados Unidos,afirmou ontem, durante briefing sobre os objetivos davisita dosubsecretário de Estado para o HemisférioOcidental, Otto Reich, aoBrasil,à Argentina eao Uruguai, na próxima semana, que o governo (George W.) Bush ficou surpreso com a decisão do presidente Eduardo Duhalde de antecipar as eleições para março do anoquevem, masdestacou que a medida não deve afetar a perspectiva de o país chegar aumacordocomo Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo o representante do Departamento de Estado, aadministração Bushestá "muito preocupada"com aArgentina. Elereiterou oapoiodosEstados Unidos a um programa do FMI para o país, mas destacou que é importante ser o "programa certo", que inclua a estabilização das instituições financeiras e permita a

volta da prosperidade. Reich, segundo o porta-voz, vai analisar com as autoridades argentinas sobre oandamento das conversas com oFMI e avaliar como osEUA podem ajudar a economia argentina.

O Uruguai seráo último país da visita de Reich à AméricadoSul.A avaliaçãodo

D ep a rt am e nt o de Estado é que o paístem umgasto social"prudente", incluindo investimentos em educação primária e secundária e saúde.

OsEstados Unidosdevem, segundo o Departamento de Estado, auxiliar o Uruguai a diversificar sua base exportadora. Recentemente, Washingtoncriou umacomissão conjuntasobrecomércio e investimento com o Uruguai.

Administração Bush está preocupada com a Argentina, mas exige um "programa certo"

O Uruguai representa "o que esperamos que o Hemisfério de torne", disse o representante do Departamento de Estado.Para Washington,a recente crise econômica que atingeo Uruguaiéresultado de fatores externos, como a desvalorização da moeda brasileira eo recentecolapso argentino.

Missãodo FMI – Opresidente doBancoCentral argentino, Aldo P ig na n el li , anunciou que uma missão técnica do Fundo Monetário Int er n a ci o na l (FMI) estará desembarcando na capital argentina na segundafeira. Ogoverno calculaque depois desta missão, seria enviada àBuenosAiresoutra, de caráter negociador. Depois disso, seria elaborada a carta de intenções, e só então seria assinado um novo acordo financeiro com o Fundo.

Pignanelli também anunciou que o Banco Central pa-

Whisky Escocês Litro a partir deR$33,00

Vinho Português Quatro ParrasR$5,90

Vinho Português MessiasR$9,90

Vinho Do Porto Dom JoséR$19,90

Vinho Italiano Lambrusco Amabile D.O.C.R$9,90

Vinho Italiano Frascati D.O.C. SuperioreR$9,90

Vinho Italiano ProseccoR$19,90

Champagne Francês Veuve Du Vernay ISO 9002R$39,90

Champagne Italiana AstiR$29,90

Vinho Chileno Santa Carolina ReservadoR$9,90

Vinho Italiano Merlot CabernetR$19,90

Licor de Pessêgo ItalianoR$19,90

Vinho Nacional Muraro (Bento Gonçalves)R$5,90

Na festa do 4 de julho, nos EUA, 3 morrem em tiroteio em aeroporto

garia uma dívidade US$52 milhõesqueo paístemjunto ao FMI.Segundo Pignanelli, desde oinício doanoa Argentina jádesembolsouUS$ 2,37 bilhões para o pagamentode dívidas com organismos financeiros. A missão do FMI desembarcará no momento em que o governo argentino analisa a reformado sistemafinanceiro, quepoderiaimplicarna fusão de alguns bancos públicos e ofechamento de alguns bancos privados,semliquidez suficiente para operar. Nos últimos seismeses, com freqüência o BancoCentral teveque socorrerdiversas instituições. Mudanças – O presidente Eduardo Duhalde decidiu unirduas dependências de seu gabinete. O Ministério da Justiça e a Secretaria de Segurança se fundiram, em uma tentativa de melhorar o combate à violência, no momento emqueo paísenfrentagrandes conflitos. (AE-Reuters)

Avião cai e vinte pessoas morrem no centro da África

Um avião decarga de uma companhia aéreadoSudão caiu ontem num povoado no subúbio de Bangui, capital da República Centro-Africana, edeixoupelo menos20pessoas mortas. Dois passageiros sobreviveram aoacidente e ninguém em terra firme foi morto.

Oavião deixoua capitalde Chade, Ndjamena,e estava indoem direçãoaBrazzaville, na República do Congo, quandocomeçou aapresentar problemas técnicos.

O acidenteocorreuao meio-dia(horáriolocal) em Guitangola,na região de Bangui,a apenasquatroquilômetros do aeroporto.

"Eu tivemedo quandovi o avião descendo e, de repente, escutei um barulhogrande e algumas partes da máquina voarampelo ar e caíram no meioda lama",contouZara, uma mulher quepresenciou o acidente.

Moradores correram ao local para roubar partes do avião, mas foram impedidos pela polícia, que logo isolou o local. (Reuters)

Umtiroteio ontemàtarde juntoao balcão da El-Al, a companhiaaéreade Israel, no terminal internacional do AeroportodeLos Angeles, deixou três mortos e seis feridos einterrompeu bruscamenteatranqüilidade dos festejos do 4 de Julho, que os americanos realizaram sob extraordinárias medidasde segurança contra possíveis açõesterroristas. Trêspessoas ficaram gravemente feridas. O autor dos primeiros disparos,de identidade não divulgada,foimortoa tiros porumsegurança da El-Al. Uma pessoa foi detida.

A chancelaria israelense chamouoataque de"atoterrorista" e prometeu que Israel caçará os responsáveis.Mas, segundo o FBI e o prefeito de Los Angeles, JamesHahn, as primeirasindicaçõessão de que não se tratou de terrorismoe ofato deo tiroteio ter ocorrido no balcão da El-Al pode não ter passado de coincidência. "Tudo nos leva a crer que foi um crime isolado", disse uma fonte do governo federal. Hahn fez uma declaração similar e o FBI informouque não está procurando nenhum suspeito, embora nãose possadescartar a hipótese de terrorismo.

Operações normais –O aeroporto foi reaberto ao tráfego aéreo depois de uma breve interrupçãodasopera-

Queda do

ções,e aEl-Al informouque continuará operando normalmente. Mesmo assim, o episódio sublinhou a sensação de vulnerabilidade entre osmilhões deamericanos que planejavam transformar numa manifestação de afirmaçãode orgulhonacionale fervor patriótico o primeiro Dia da Independência depois dos ataques terrroristas de 11 de setembro.

Segurança – O esquema de segurança em Washington mobilizou milhares de guardas uniformizados de nada menos do que 17 agências governamentais. Caças da Força Aérea voltaram a patrulhar os céus de Washington, Nova York e outras grandes cidades americanas. Noentanto,os americanos não deixaram de ir à festa. "Celebrar é a melhor maneira de responderaos terroristas", disse oprefeito Michael Bloomberg. A celebração "mostrará aelesque não estamos com medo e que eles não tiveram êxito".

Com isso em mente, o presidente GeorgeW. Bushretornou a Washingtonno início da tarde, após uma visita à cidadezinhadeRipley, na Virgínia, onde prestou homenagem aos veteranosde guerra. Bush planejava assistir ao concertocomAretha Flanklin e Chuck Berry, no Mall, e à queima de fogos nos jardins da Casa Branca. (AE)

real torna

São Paulo e Rio baratas

A desvalorização do real fez com que o custo de vida nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro ficasse mais barato na comparaçãocom outrasmetrópoles do mundo. Segundo o"Rankingde CustodeVida Mundial", levantamentosemestral feito pela consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU), a capital paulista, queno iníciodeste anoocupava a 101ª posição, caiu para o 109º lugar entre as 131 cidades pesquisadas. O Rio deJaneiro também é a 109ª cidademais cara do mundo, tendo perdidosete posições. Umadasmaiores mudanças em relação ao ranking anterior ocorreu na cidade BuenosAires, quedespencoudo 22º para o 120º lugar, tornando-seumadas cidadesmais baratas do mundo com a desvalorização do peso. Em contrapartida, a capital do Zimbábue, Harare saltouda 120ª para a quarta posição. Apesar da inflação anual no país africanosuperar os100%, asautoridades mantiveram a moedado paísatrelada ao

dólar norte-americano. Mais cara – Tóquio continuasendo acidade maiscara do mundo, seguida por Osaka Kobe eHong Kong. Oslo, naquinta posição, continua sendoa cidademais cara da Europa.

Londres,no oitavolugar,é a líder na União Européia. Paris ocupa a17ª posição e Lisboa é a mais barata da eurozona (95). Bucareste (124) é a cidade mais barata de todo continente europeu. Nova York eChicago(10)continuam sendo as cidades com o custodevida maiselevado nos EstadosUnidos. Na América Latina, aCidade do Méxicoé amais cara,saltando do 31º para o 15º lugar. Segundo a EIU, dois fatores são preponderantes para alterar a posição de uma cidade no índice de custo de vida: variações cambiais e movimentos dospreços. Se,por exemplo,uma moedasefortalece ou ainflação pressiona os preços dos produtos,o custo de vida nessedeterminado país também registra um aumento. (AE)

Fred Prouser/Reuters

Inflação sobe 0,3% em junho e Fipe revisa para cima a previsão do ano

A Fipe revisou sua previsão deinflação em2002 de4% para 4,5%, considerando os possíveisefeitos dastarifas públicas em julho e agosto. Em junho, o custode vida subiu 0,3%, acima do previsto. No ano, a alta é de 1,34%.

Segundo o coordenador do IPC, Heron doCarmo, a recente desvalorização cambial não teve maior impacto sobre os números de junho. Este é mais significativo sobre astarifaspúblicas, oquevai pesarem julhoe agosto,avalia o economista. A Fipe prev ê a pressão de cinco itens:

Caem a produção e venda de veículos no primeiro semestre

Os resultados da indústria automobilística no primeiro semestreestão beminferiores aos do mesmo período de 2001.A produçãocaiu9,7%, asvendas no atacado recuaram 17,7% e asdo varejo registraramquedade 13,2%.

A sexportações também foram menores. De acordo comasestimativas da Anfavea, os estoquesda indústria poderiam abastecer omercado por 41 dias. Página 9

Senadora do PT discorda de aliança e desiste de candidatura

A coligação do PT com o PL já está provocando dissidências dentro do partido: ontem, a senadoraHeloísa Helena,de Alagoas,renunciou àcandidatura aogovernodo estado por discordarda aliança. Os dois vereadores do PTpor Maceió,que eram candidatos ao Senado, decidiram acompanharadecisãodeHeloísa Helenaetambém renunciaram. Página 3

Frente fria avança e feriado prolongado terá chuva também

Parece que, finalmente, o inverno vai chegar a São Paulo. A previsão da Meteorologiamostra achegada deuma frente fria,já a partirda noite de hoje, que deve permanecer até a terça-feira, inclusive no Interior e no Litoral . O feriado prolongado terá queda de temperatura e chuva . Para a madrugada de segunda-feira, por exemplo, a previsão éde umatemperaturamínima de 7 graus. Última página

energiaelétrica, gásde botijão,tarifas detelefone,gasolina e, possivelmente, serviços de água e esgoto Página

Fuga para caderneta de poupança eleva captação para R$ 6 bi em junho

A cadernetadepoupança registrouem junhoa maior captação líquida mensalda história,desdeque oBanco Central passou a fazer o acompanhamento diário do sistema,em 1991.Deacordo com os dados divulgados ontem pelo BC,a caderneta obteve captaçãolíquidade R$ 6,094bilhões, contra os R$ 499 milhões de maio. Esse resultado deveu-se em boaparte àfuga dosinvesti-

dores dasaplicações emfundos de investimento, após a adoção da marcação a mercado, que provocouprejuízos aos aplicadores. Fundos – Em junho, mais de R$ 18bilhões foram sacados das carteirasde renda fixa e DI. Mesmo assim, analistas entendemqueos fundos derendafixa podemseruma boaalternativa deinvestimento, oferecendoriscos relativamente baixos. Página 6

Tiroteio em aeroporto mata 3 e assusta americanos no

4 de Julho

Três pessoas morreram em um tiroteiono aeroportointernacional de Los Angeles, no estado da Califórnia, EstadosUnidos.A trocadetirou ocorreudiante do guichê de vendas da companhia aérea israelense El Al, durante o feriadode 4dejulho,o Diada Independência,e em quea

segurançaestava em alerta emtodoo país,portemorde um ataqueterroristanos moldes de 11 de setembro. Segundo a polícia,um homem aproximou-se dealguém noTerminal InternacionalTomBradleye abriu fogo. Uma das três pessoas mortas foi o pistoleiro. Seis

pessoas ficaram feridas. No ParqueRegional Frank G. Bonnelli, cerca de 50 km a leste de Los Angeles, um pequenoavião caiusobre uma multidão que se reunia para comemorar o feriado. Há pelo menosum mortoe vários feridosgraves, de acordo com os bombeiros. Página 4

Um dinossauro bem brasileiro

Bem antesde Steven Spielbergencher as telas comdinossauros, odesenhista brasileiro Maurício de Sousa criava um filhote da raça. Simpáticoe filosófico, Horácio já está com 38 anos.Maisemforma do que nunca,Horácio é a estrela de curtas metragens deanimaçãográfica que estão chegandoàs telasdo circuito Severiano Ribeiro neste sábado. Página 10 Horácio, o filhote de dinossauro, ganha curtas de animação gráfica

Dólar mantém tendência de queda e recua mais 0,21%

Acotação dodólarfechou em baixa novamente, ontem, principalmente em razão da vendada moeda peloBanco Central, com um recuo de 0,21%. A cotação fechou em R$2,856napontade venda do segmento comercial.

Jána Bovespaodiafoide poucos negócios, sem a referência da Bolsa deNova York, fechada em função do feriado da Independência dosEUA. Depoisde oscilar entrequedade0,39%e alta de0,80%, a bolsa paulista encerrou com discreta valorizaçãode 0,18%e baixovolume financeiro, de apenas R$ 244,9 milhões. Página 7

CNA diz que crédito agrícola é insuficiente

Algumas lideranças rurais não ficaramsatisfeitas como crédito de R$ 21,6 bilhões liberado peloGoverno para a próximasafra. O presidente da CNA, Antonio Ernesto de Salvo, diz que o dinheiro éinferior aoquedispõem produtores de outros países comatividadeagrícola. Os

Brasil e Argentina adiam, de novo, o acordo automotivo

O acordo automotivoentreoBrasile aArgentina, previsto para ser assinado hoje, foi novamente adiado. Segundooministrodo Desenvolvimento, Indústriae Comércio, Sérgio Amaral, osdois paísesaindaprecisamdiscutirdetalhes técnicos do acerto. "Mas o importante équedefinimos os princípios básicos". Página 5

juros, paraa entidade,deveriam cair para 5,75%. Já o expresidente da Sociedade Rural Brasileira, Luiz Haffers, diz queo créditoliberado foi o "possível". Mastodos concordamque houveavanço na fixação do preço mínimo. Ver matéria de Joel Santos Guimarães na página 12

Agronegócio deve gerar menos receita externa neste ano

O desempenho do ano passado nãodeverá serrepetido este ano pelo setor de agronegócio.A previsao dosespecialistaséqueo volume exportado pode até aumentar, mas ofaturamentoserámenordo queoalcançadoem 2001. Isso ocorre em razão dos subsídios dos países ricos aos seusagricultores. Aqueda deve ser de 9%. Página 12

Poder de compra define a decoração de supermercado

Umapesquisa do Provar (Programa deAdministração do Varejo), da USP, revelaqueo poderaquisitivodos consumidores influenciana disposiçãodos produtosnos supermercados. Os clientes com maiorpoder decompra gostam de lojasarrumadas. Osde menorrendapreferem mercados mais desorganizados. Segundo dados do estudo, eles não gostam de ver mais produtos expostos, pois não têm dinheiro para comprar por impulso. Página 13

a a Pesquisa mostra que a maioria das empresas aprova o Simples Página 14 Rajik entra nos Estados Unidos com moda de praia e de ginástica Página 11 São Paulo e Rio ficam mais baratas com a desvalorização do real Página4

Policiais cercam o terminal internacional do aeroporto de Los Angeles e retiram centenas de pessoas do local

Setores eletrônico e têxtil

pedem revisão do acerto comercial com o México

As indústrias de têxteisede eletroeletrônicos anunciaram que vão tentar rever e ampliar alguns pontosdo acordocomercial assinado na quartafeira entre Brasil e México. Os empresários brasileiros disseram que só puderam analisar melhor a listaontem. Eles reclamaram que ogoverno não divulgou os itens incluídos no acordo enquanto os empresários mexicanos distribuíam a lista desde cedo aos jornalistas em Brasília.

A Associação Brasileira da Indústria Elétricae Eletroeletrônica (Abinee)e a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) só receberam uma cópia da lista, na versão mexicana, no finaldo dia, depois de uma reunião entre empresários mexicanos e brasileiros com o ministro do Desenvolvimento, Indústriae Comércio, Sérgio Amaral. Asentidades tentarãonegociaros pontospolêmicos, na última semana de agosto, quando uma missão comercialbrasileira, integradapor governo e empresários, irá ao México.

Industriais reclamam de tarifa diferenciada e pedem a inclusão de mais itens para redução das taxas

de ser um setor sensível, o governocedeu aoconcordar com o aumento das preferências tarifárias aplicadas para osprodutos têxteis,quecom a assinatura do acordo passaram de 20% para 25%. A preferência tarifária significa o porcentualde reduçãodatarifanormal. "Comoogoverno brasileiro cedeu em outras áreas,nós achamos que esta distorção para o setor de confecções deveria ter sido corrigida", afirmou Skaf. Pilhase baterias – A Abinee quer ampliar alista.Segundo o diretor de Relações Internacionais da entidade, Humberto BarbatoNeto, osetor reivindicou a inclusão de 246 produtos no acordo com o México. "Grande parte não foi atendida".

Barbato Neto informou que a Abinee tentará incluir na lista osetor depilhas ebaterias. "Praticamente não existem fabricantes no México. Por isso, não vemos razão para o México não abrir o mercado para o Brasil", argumentou.

Brasil e Argentina adiam acordo automotivo

O acordo automotivoentreoBrasile aArgentina, previsto para ser assinado hoje pelopresidenteFernando HenriqueCardosoe o presidente da Argentina, Eduardo Duhalde, foi novamente adiado. A informação foidadaontem pelo ministro de Desenvolvimento, Indústriae Comércio, Sérgio Amaral.

O ministro disse que foram definidas asquestões básicas do acordo, mas os detalhes técnicos ainda estão sendo discutidos. "Talvezem algumas semanas ouem um mês cheguemos definitivamente a um acordo. O importante é quedefinimosos princípios básicos", afirmou Amaral, logo depoisda reuniãoque

Novo

Tarifas – Opresidente da Abit, Paulo Skaf, reclamou da alíquotade importaçãodiferenciadapara osetor deconfecções. Os produtos brasileirosserãotaxados em35%ao entrarem no México enquantoos mexicanosterãouma alíquota de 20%. Skaf já declarouainsatisfação dosetorna reunião de quarta-feira com os empresários mexicanos. AAbit entendeque,apesar

Para o governo, as reclamações são normais em negociações desse vulto. "Não adianta um acordo, se não fizermos negócios", disse Amaral.

O ministro afirmou que espera compensar o setor têxtil concluindo as negociações com a União Européia para a eliminação de cotas para produtos têxteis brasileiros."É impossível fechar um acordo comercial que agrade a todos os setores", disse. (AE)

Mercosul decide reforçar políticas financeiras

Osministros deEconomia eFazenda epresidentesdos bancos centrais dos países do Mercosul, além dos da Bolívia e Chile, decidiram ontem, em reunião em Buenos Aires, reforçar as instituições internas relacionadas com os regimes de políticafiscal, monetária, financeira e cambial nas quais está baseadaa estabilidadeeconômica daregião. Os ministros decidiram ainda reforçar a importância da ajuda financeira em instituições multilateraisaospaíses do bloco para enfrentar situações conjunturais como as que enfrenta hoje a Argentina, Uruguai, Brasil e Paraguai. Durante o encontro, foi decidido aindaque oGrupo de Monitoramento Macroeconômico (GMM)examine as metasacertadas nareunião de cúpula em Florianópolis em 2000. Naocasião, os países do Mercosul haviam decidido estabelecer metas flexí-

veis para a inflação, déficit fiscale dívida em relaçãoao PIB. Mas, com o agravamento da crise argentina, as metas ficaram no papel. Agora,os ministrosrecomendam que oGMM continue o trabalho para a harmonizaçãoestatística dabalança de pagamentos e contas externas com o objetivo de chegar a uma coordenação macroeconômicaentre osparceiros, antes da reunião de ministros edeeconomia epresidentes de bancos centrais prevista para 31 de agosto de 2002. Os ministrostambém se comprometeram a reafirmar os princípios básicosde integração dos países do Mercosul mais Chile e Bolívia. Em declaração conjunta, os ministros reconhecemqueas atuais dificuldades afetam com intensidadediferente os fluxosfinanceiros, comerciais, decapitais eoutros fatores da produção. (AE)

Associação Comercial de São Paulo Conselho Deliberativo - Edital de Convocação Ficam convocados os senhores membros do Conselho Deliberativo, da Associação Comercial de São Paulo, a se reunirem no dia 15 de julho de 2002, às 16h30, na sede social da entidade, na Rua Boa Vista, nº 51, 9º andar, para deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia I - Deliberação sobre proposta da Diretoria Executiva referente à reforma estatutária, nos termos do disposto no artigo 30, alínea i, combinado com o artigo 56, § 1º, do Estatuto Social. São Paulo, 5 de julho de 2002 Alencar Burti Presidente

manteve como ministro de Economia da Argentina, Roberto Lavagna. O ministro explicouque o acordo automotivo é bastante complexo, já que tem cláusulas jurídicas que precisam serdevidamente analisadase reconhecidas pelas duas partes. Sem darnúmeros e detalhes,Amaral informouque foram flexibilizadas algumas restrições,e que"até 2005ou 2006" o comércio de veículos entre os dois países será totalmente liberalizado. Sinais positivos – Amaral informou tambémque,durante seuencontrocom Lavagna, ficou claro queexistem sinais muito positivos para resolver as restrições comerciais entre os dois países,

e comisso ampliaro comércio bilateral, e dar maior fluidez aos pagamentos deexportações eimportações. "Durante os últimos anos foramcriadas restrições para vários produtos brasileiros, como frangos, têxteis, calçados,carnes suínas.Algumas estão resolvidas, entre elas, a dosfrangos",disse."Em outros setores, já houve um acordo decomo resolvere, inclusive,há indicaçõesde prazo, dependendo apenas da análise dos técnicos".

México – O acordo entre a Argentinae oMéxico,porém, foiassinado ontempor Duhalde e o presidente mexicanoVicente Fox,queestá em BuenosAires paraparticipar da reunião de cúpula do

Mercosul.Oacertovai permitirqueaArgentina aumente suas exportações de automóveis de 19 mil para 50 mil unidades por ano. Foxdisseque oacordo também dará novo impulso às negociaçõessobre um acordo delivrecomércio mais amplo entreo México e o Mercosul."Nós aindaestamos avançandoem direçãoa umacordo decomércioregional", disse Fox, fazendo eco às declaraçõesque deu em Brasília nocomeço desta semana,quando assinouum novoacordocomercial com o governo brasileiro. A Argentina quer assinar umacordo deexportaçãode automóveislivre detarifas também com o Chile. (AE)

impulso ao comércio com Peru

As relações comerciaisentreoBrasile oPerueodesejo do Brasil de ter uma saída para o oriente pelo oceano Pacífico ganharam um novo impulso. Ontemo presidentedaFederação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) eda AssociaçãoComercial de São Paulo, Alencar Burti, reuniu-se com o presidente daCâmara Nacionalde Comércio,Produção eServiços do Peru, Samuel Gleiser. Durante oencontro, Burti estreitou ainda mais o relacionamento da Associação

Greve de agente sanitário prejudica Porto de Santos

A greve dos fiscais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que começou naúltima quarta-feira em todo o País, já vem prejudicando a movimentaçãode mercadorias no Porto de Santos. Cerca de 25% das importações eexportações brasileiras passam pelo Porto de Santos.Aprevisão édeque um númeroaproximado de dez cargueiros sejam impedidos de atracar diariamente nocaissantista, emrazãodo movimento.

O objetivodo movimento, que tambématinge osaeroportos, é pressionaro MinistériodoPlanejamento para que edite uma Medida Provisória criando um plano de carreira para os fiscais da Anvisa. (AE)

com aCâmara. Essasentidades são, junto com a Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketingdo Brasil (ADVB),criadorasdo Conselho EmpresarialBrasil-Peru, cujopresidente pelolado do peruano é Gleiser e, pelo ladobrasileiro, MiguelIgnatios. O Conselho foi instalado em 1998,quando se reuniu pela primeira vezem São Paulo. Em 1999, a reunião foi em Lima e, no anoseguinte, novamente, em São Paulo. Além de Alencar Burti e Samuel Gleiser, estavam pre-

15 mil

sentes na reunião de ontem o presidente daADVB,José Zetune, Miguel Ignatios, presidente do Conselho da ADVB e do Conselho Superior da AssociaçãoComercial,Gabriela Ruiz, diretora comercialda Embaixada do Peru, Luiz Roberto Gonsalves, vice-presidenteda Associação Comercial e José Cândido Senna, coodenador do Comitêde Usuáriosde Portos e Aeroportos do Estado de São Paulo (Comus).

Ontem, Burti e seus convidados aproveitarampara

conversar sobre o próximo encontro doConselho, marcadopara 2003,em Lima,no IV FórumEmpresarial Brasil Peru. Os objetivos do Fórum sãoestreitar asrelações comerciais do Brasil com o Peru e avançar nosacordos que permitam uma saídado Brasil pelo oceano Pacífico, utilizando os portos do Peru, de olho nos mercadosdo oriente. Isso irá beneficiar, praticamente, todos os Estados do Centro Oeste brasileiro.

Sergio Leopoldo Rodrigues

eletricitários, em sete

estados, aderem à paralisação

Pelo menos 15mildos22 mil eletricitários ligados às empresas deprodução de energia do Sistema Eletrobrás aderiramà grevenacional da categoria, iniciada ontem. A estimativa foi feita pelaFederaçãoNacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Energia Elétrica. Estão paradoso Centro de Pesquisas em Energia Elétrica e Eletronuclear,ambos no Rio, trabalhadores de Furnas em São Paulo, Rio e em Minas, além detodas as unidades da Chesf, em Pernambuco, Ceará, Bahia e Piauí, e de parte da Eletronorte.

D e sc o n t o – O presidente da presidente daEletrobrás, Altino Ventura Filho,se negouacomentara greve.Ele também preside oFórum de

Dirigentes do Sistema Eletrobrás, que é responsável pela negociação dadata-base da categoria. Segundo a assessoriade imprensada Eletrobrás, osdias nãotrabalhados serão descontados.

A assessoria informou aindaque aEletrobrásentende comoencerradas asnegociações com a categoria.

As reivindicações no início da campanha salarial eram de 16% de reajuste em maio, mais três abonos salariais. Depois de váriasrodadasde negociações, os trabalhadores concordaramcom acontra-proposta feita pelas indústrias, de 6% de reajuste mais um salário de abono.

O problema é que não houve acordo quanto à forma de pagamento do abono. As empresas querem pagar 50% agora e o restante em dezembro, eos trabalhadores querem receber100% doabono em julho.

Reunião – Estavamarcada para ontemà noiteuma reunião entre entre os principais dirigentes sindicaisdo setor, para decidirse agreve continuariaounão. Saraivadisse que, se a paralisação for mantida, haverá revezamento do turno detrabalhadorespara manter os serviços essenciais de produção de energia. Ele admite,entretanto,que os serviços de manutenção das empresas podem ser afetados pelagreve: "Não pretendemos prejudicar osconsumidores,masé inegávelquealguns serviços podemficar mais lentos". (AE)

Exportação de lácteos cresce

Apesar de umaretraçãode pouco maisde 7%na produção deleitenosprimeiros quatro meses do ano, em relação ao mesmo período do ano passado, oBrasil continua avançando nas exportações delácteos, registrando,dejaneiro aabril,aumentode 450%. De 2.232 toneladas exportadasdejaneiro aabrilde 2001, o País passou para 12.405 ton no mesmo período de 2002. Em receita, isto significou, no período, US$ 14.920 milhões,contraUS$ 3.793 milhões no mesmo período

do ano passado. O leite em pó é o carro-chefe, com 8.322 toneladas vendidas neste ano. Minas Gerais exportametade dos6 bilhões de litros produzidos anualmente. Mostrar a crescente exportação de lácteos é um apelo que ospecuaristasde todooPaís pretendemutilizarjunto ao governo federalparaconseguirem a implantação do Programa NacionaldeMelhoriada QualidadedoLeite (PNMQL). Segundo o presidente da Comissão de Pecuária de Lei-

tedaConfederação daAgricultura e Pecuária doBrasil (CNA) e da Comissão Técnica de Leite da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Rodrigo Sant´Anna Alvim, o País não está exportando mais por falta de incentivos. "Acreditamos que aimplantação doPrograma é o primeiro passo para termos maior competitividade e produtividade e,consequentemente, abrimos mais mercadoslá fora".Ele lembrou

que o Brasil ainda está importandomuitoe atribuiissoàs exportações. "Temos contratosinternacionais e, para honrá-los, acabamostendo de importar".Isso,segundo ele, seriaresolvido comuma políticamais rigorosa,com abertura de crédito, garantia de preço mínimo e estoque regulador. Aexpectativa de Sant´Anna, que se reuniu nesta quarta-feira com pecuaristas etécnicosdo setor emMinas, éadeque atéofinal deste mês o PNMQL esteja assinado. (AE)

Inflação sobe e Fipe eleva meta do ano

IPC foi a 0,31% em junho. Os grupos alimentação e habitação foram os que tiveram os maiores aumentos de preços.

A inflaçãomedidanacidade de São Paulo pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fipe-USP, superouas estimativasem junho. Aprópria entidade esperava uma alta de 0,2% no mês, mas o indicador chegou a 0,31% – número bastante superior aode maio, quando ficou em 0,06%, mas inferiorao de junhodoano passado (0,85%).

Oaumento feza Fiperever sua expectativa de inflação para o ano. A projeção, queestava em 4%,foi elevada para 4,5%. Segundo o coordenador do IPC,o economista Heron do Carmo, o custo de vida deverá ser afetado pela conjuntura econômicamais difícil e pelo reajustede diversastarifaspúblicas– os chamados preços administrados, isto é, que são controlados pelo governo. Oimpacto dessastarifas já começou a ser sentido. Em junho, os grupos que maispressionaram oindicador foram alimentação e habitação – ambos registraram avanços de preços de 0,36%.

Nos próximos meses, as "vilãs" devem ser as tarifas públicas: energia, gasolina, telefonia e gás

de algunsprodutos, emespecial do arroz, que estão inseridos numa política do governo de recuperação de preços internos, explicouo economista. O arroz,por exemplo, subiu 3,90% em junho. Ospreços foram afetados aindapela alta do preçodo trigo – nesse caso em razão dos problemasna Argentina, que fazem o agricultor reter o produto. Como resultado, o pão francês aumentou 1,59%. Também influiu a questão climática, que contribuiu para a alta de 4,98% do feijão,por exemplo.

Mas Heron minimizou os efeitos da recente valorização do dólar sobreos alimentos. Paraele, oimpactodisso sóé sentido nos preços das commodities, que são balizados pelo mercado externo. É o caso da soja: o óleo de soja subiu 6,22% em junho.

Nosegmento habitação, disse Heron, a alta foi puxada pelo aumento de 6,63% do gás de cozinha. No grupo alimentação, o aumento reflete a alta

Para Heron, "o dólar na casa dos R$ 2,80, e até R$ 3,00, é perfeitamente administrável". Pelos cálculos do economista, o dólar a R$ 3,00 seria o equivalente aos R$ 2,84 registradoem outubrodoano passado(quando emchegou nopatamar maisaltoem 2001)atualizado pelainfla-

ção do período. "O setor produtivo,comexceção das commodities, incorporou a alta do câmbio no ano passado enão corrigiupara baixo ospreços, quando orealse valorizou novamente", disse. "Oimpacto do câmbio nos preços livres não é significativo", acrescentou.

Vestuário –Uma surpresa negativa domês foi aalta do grupo vestuário, de 0,31%. A expectativa eraque houvesse uma estabilizaçãode preços. Heron lembra que, por outro lado, noinício daestação, os itens desse grupo não registraram variação. "A sazonalidade dogrupo já não é tão grande", afirmou.Isso porque as estações do ano não foram tão definidas neste ano –coma permanênciadealtas temperaturas mesmonoinverno, por exemplo. A maior queda no custo de vida dopaulistano ficoupor conta da gasolina. A retração foi de0,96%. Issocontribuiu para abaixa variaçãodo grupo transporte (0,03%).

Tarifas públicas – Os preços administradoscontinuarão pressionando fortemente ainflação,acreditao economista. Segundo ele,em julho eagosto, somenteessastarifas vão contribuircom0,55 ponto porcentual para o IPC. Na projeção estãoincluídos

AUTODATA

FIAT 1

São cada vez mais freqüentes, e partindo da própria cúpula da empresa, os sinais de que o Grupo Fiat poderá mesmo se desfazer de sua divisão de veículos, a Fiat Auto.

FIAT 2

Na terça-feira, 2, Paulo Fresco, principal executivo do grupo, em entrevista ao jornal britânico Financial Times, declarou:“Se não conseguirmos arrumar a casa na Fiat Auto até 2004 acredito que não vamos poder continuar a fazê-lo”.

FIAT 3

E Fresco disse mais: “Ainda temos um certo número de opções para recuperar a Fiat Auto, mas se elas não se concretizarem é bem pro-

Quem sabe que Portugal e Espanha, juntos, formam o terceiro parque produtor de veículos no âmbito da União Européia? São dezesseis cidades dotadas de bases produtivas, cujo total de manufatura chegou, em 2001, a 3 milhões 277 mil

vável que nos tornemos um membro forte dessa federação que é a GM”.

MEGÁNE 1

A Renault acaba de apresentar a segunda geração do Mégane na Europa. Com design ousado, seguindo as linhas do luxuoso Vel Satis, começa a ser vendido em setembro.

MEGÁNE 2

A montadora investiu mais de US$ 2 bilhões no desenvolvimento da nova linha, 29 meses de trabalho – contra os 47 meses da primeira geração – e prevê vender 700 mil unidades no mercado europeu somente no primeiro ano de comercialização.

PARIS 1

Embora o Enzo Ferrari, novo modelo da Ferrari ,

seja a maior vedete anunciada para o próximo Salão de Paris, que se realizará em setembro e outubro, um grande leque de lançamentos já está confirmado.

PARIS 2

AVolkswagan, por exemplo, mostrará a quinta geração do Golf e um novo monovolume, derivado da plataforma do próprio Golf, codificado até agora como A-MPV.

PARIS 3

A BMW mostrará o Z4, sucessor do roadster Z3, cuja última unidade foi produzida na no fim de junho na fábrica da Carolina do Sul, Estados Unidos, após sete anos.

45 ANOS 1

No dia 2 de julho a Scania

PÓLO IBÉRICO

660 unidades – 244 mil 786 das quais made in Portugal. É um resultado muito interessante, mas o setor automotivo ibérico quer mais atividade. Daí ter-se juntado num Auto Cluster Meeting, em junho, para discutir seu incremento e o aumento de sua produtividade.

Subsidiariamente o objetivo foi armar novos negócios, tanto na área européia quanto com a América do Sul, veículos e autopeças. Tanto que no 2º Fórum Ibérico do Setor Automóvel, realizado em 29 de maio em Santa Maria da Feira, na região do Porto, um

os reajustesde 14,24% da energia elétrica, de 5,5% para o gás de botijão, de 9,20% para as tarifasde telefonia fixa, de 5%para agasolinae de 4,4% para as preços de pedá-

gio. O cálculo não inclui, por enquanto, a previsãode reajustede6%para tarifade água e esgoto. Todos os outros itens deverão contribuir com 0,30 pon-

to porcentual. Com isso, a previsão para o índice deste mêsedo próximoforamelevadas, de 0,65% para 0,85%.

Teresinha Matos

comemorou 45 anos de Brasil. Neste período produziu 150 mil veículos em São Bernardo do Campo, SP – 122 mil caminhões e 28 mil ônibus –, além de 43 mil motores industriais e marítimos.

45 ANOS 2

O Renavan, Registro Nacional de Veículos Automotores, indica que rodam pelo Brasil mais de 110 mil caminhões e 24 mil ônibus Scania, cerca de 25% da frota mundial da montadora.

BILHÃO

A ArvinMeritor fechou contrato de sete anos para fornecer eixos à Volvo Powertrain. O valor da negociação, que envolverá também a unidade da empresa em Osasco, SP, supera US$ 1 bilhão.

dos palestrantes foi

Antônio Carlos Banzatto, coordenador do setor automotivo da Secretaria de Tecnologia do Paraná. E, em 3 de junho, já em Lisboa, o palestrante brasileiro convidado foi Theo Jaggi, representando o Sindipeças.

Índice

A inflação na cidade de São Paulo tem se mantido abaixo dos 10% desde o terceiro aniversário do Plano Real, quando ficou em 7,08%. Além disso,nosúltimos trêsanos,a trajetória doíndice é declinante, deacordo comlevantamento feito pela Fipe. Alguns dos preços que mais declinaram durante o Plano Real foramos deartigosde vestuário. Nos últimosoito

anos, a alta de preços acumuladapor essegrupoé deapenas 0,30%.

Segundo o economistada Fipe, HerondoCarmo,os grandes vilões do período foram ospreços administrados (controlados pelo governo). "Durante os oito anos de Plano,o grupoafetou ainflação significativamente", disse. As tarifas de transportes coletivos, porexemplo, au-

mentarammais de200%no período.

Os aluguéistambém registraram forte variaçãonos últimos oito anos, de 535%. Essespreçossubiram bastante nos primeiros mesesdo Plano e começaram a cair a partir de 1998. Entre julho daquele anoejunho de1999,orecuo foi de3,01%. Nosúltimos 12 meses até junho, adiminuição ficou em 0,49%. (TM)

Custo de vida aumenta 0,6%

OÍndicedo CustodeVida (ICV)para omunicípio de SãoPaulo subiu0,6% emjunho, informou oDieese.No mêsanterior, oICV haviaficado em 0,1%.

Oaumento docusto devida foi maissentidos pelas famílias mais pobres, quesão aquelas que recebemem média R$ 377,49 mensais,segundo a metodologia do Dieese. Para estas famílias, que

FMI diz que dívida externa do País é administrável

A posição da dívida externa brasileiraé administráveleo FundoMonetário Internacional (FMI) não considera a possibilidade de um pacote de ajuda ao País nesse momento, disse Horst Köhler, diretor-gerente do FMI. "Não vejonecessidade, no momento, de discussão sobre um pacote de ajuda. Nossa intenção é apoiar o Brasil e manter as conquistas atingidas", afirmou ele, durante discurso ao Comitê Seleto do Tesouroda CâmaradosComuns na Grã-Bretanha. Köhler disse que, apesar do nervosismo nomercados brasileiros, a posição financeira do país é administrável. "Claramente, a situação é administrável efaremostudo para mantê-la administrável", declarou o executivo aos membros do Parlamento.

Segundo Köhler, o controle da situação não pertence ao FMI, porque onervosismo dos investidores é, em sua maior parte,provocado pelo andamento político no país. "As dificuldades vêmde discussões sobre política e se um presidente de centro-esquerda está ou não preparado para cumprir com os compromissos da dívida". (AE)

constituem umterçodapopulaçãode SãoPaulo, oICV teve alta de 0,65% ante maio. Paraas famíliasquerecebem em média R$ 934,17 mensais, oICVdejunho ficouem 0,57%.Para aquelasquetem renda média de R$ 2.792,90, a alta foi de 0,6%.

O comportamento diferenciado das taxas por estrato de rendase deve àforma que as famílias distribuemseus gastos.

Alimentos em alta – Um dos grupos que mais subiu no mêsfoio dealimentação.Os preçosdesses produtos tiveram alta de 0,54% e,devido ao alto pesonoorçamento, de 25,04%, provocou um impacto de0,14 pontoporcentualno ICV.Segundo oDieese, esses aumentos provavelmente estão relacionados aoaumentodo dólarnasúltimas semanas.

Outros grupos que puxaram a inflação de junho foram odesaúde,que subiu

2,44%, e habitação, com 0,57%; A alta só não foi maior, porque ogrupo Transportes teve queda de 0,37%.

A alta de2,44%no grupo saúde foi provocada pela aumentode 3,15%daassistência médicaque,por sua vez, teve como maiorfator depressão a alta dos seguros-saúde e convênios médicos, de 4,13%.

Nosegmento habitação, subgrupo locação, impostos e condomínio tevequeda de 0,69% porque os aluguéis caíram 1,05%, mas o subgrupoconservação dodomicílio tevealta expressiva, de 4,61%, devido ao reajuste da mão-de-obra na construção civil(9,66%) eaosaumentos dogás de botijão(3,34%) e do gás de rua (3,68%).

De janeiro a junho, a variação acumulada do ICV é de 2,89%. Os maiores aumentos forma registrados nos grupos Saúde,de 9,29%,eEducação e Leitura (7,34%). (AE)

Produtores de café fazem ameaças para ter crédito

Bloquear asp rincipaisestradasdoPaíse, atémesmo, fechar agências bancárias, são algumas das estratégias que os produtores de café pretendem colocar em prática, caso os recursos,já liberados pelo governo,para colheita eprécomercialização desta safra, nãocheguem àssuasmãos dentro de quinze dias.

"Não gostaríamosdechegarao extremo,masestamos no limiteda exaustão",afirmou,em Belo Horizonte, o presidente da Comissão Nacional de Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Roberto Puliti. "Pires na mão" – Segundo

Puliti, que vem participando de reuniões com agricultores em váriosestados, oprodutor não tem mais condições de semanter. Puliti ressalta que osetor nãoestá de"pires na mão", mendigando esmolas,e ninguémpretende"dar o calote, se é essa a preocupação do governo", diz ele. "Só estamos pedindo o que é nosso de direito". Puliti diz que continuará insistindo na busca da solução do problema,no sentido de evitar ações mais drásticas. Ele reconhece que o governo sempre esteve aberto ao diálogo. "Mas isso não basta. Precisamos de ações concretas", enfatiza. (AE)

Poupança capta R$ 6 bi e bate recorde em junho

O sistema de poupança foi omaisbeneficiado comafuga dos investidores dos fundosderendafixaem junho. As cadernetasapresentaram um captação líquida (depósitos menos retiradas, mais crédito dos rendimentos) excepcional, deR$6,094bilhões (incluindo aspoupanças ruralevinculada),mais de dez vezes o resultado alcançado de maio (R$499,091 milhões).

Abril teveum resultado negativo de R$ 355,999 milhões, enquanto emmarço acaptação líquida registrou um volume de R$ 236,274 milhões. Recorde – O volume de junho é recorde, desde que o Banco Central, BC,passou a fazer o acompanhamento diário dosistema, em1991. Em junho de 2001 a captação líquida ficou em R$ 910 milhões.O resultado de junhodeve-sea depósitos totaisde R$42,806 bilhões,sa-

ques de R$37,513bilhões e rendimentos creditadosnas cadernetas deR$799,233 milhões.

Melhor mês – Com os R$ 6,094 bilhões, junho de 2002tornou-seo melhor mêsdo sistema,batendoo sempre campeão dezembro – em razão do pagamento do 13º salário– que, em2001, registrou captação de R$ 2,631 bilhões e, em 2000, R$ 3,001 bilhões.

O saldo total dos depósitos em cadernetas, ao final de junho, ficou em R$ 126,511 bilhões

O saldototal dos depósitos em cadernetas de poupança, ao final do mês de junho, ficou em R$ 126,511 bilhões, incluídos osR$ 828,2 milhõesda chamada poupança vinculada. Maio – Olhando-se apenas os depósitos da poupança geral eda rural, o saldono final do mês passado foi de R$ 125,683 bilhões.

Ao final de maio, este volume era de R$ 119,626 bilhões, deacordo comosdadosdo Banco Central.

Onívelmais baixodosaldo total dosistema de poupança foi registrado em outubro de 2000, quando estavaemR$108,200 bilhões, enquanto a pior resultado mensal aconteceu em setembro daquele mesmo ano, mêsem queocorreram os ataques terroristas nos EstadosUnidos: acaptação líquida ficou negativa em R$ 1,179 bilhão. Mudanças– O principal motivo parao resultadoda poupançaem junhodeve-se à mudança da regra de acom-

Seguradora lança VGBL em que taxa só é paga no resgate do plano

No mercadode previdênciaprivada,osegmento de VidaGerador deBenefício Livre, VGBL, atraiu mais uma seguradora. A AGF Previdência, empresa do grupo europeuAllianz, lançou na quarta-feira oseu plano. O produto chega ao mercado com um diferencial em relação à concorrência: o investidor pagará a taxa de administração apenas no momento em que efetuar o resgate.

panhamento dosfundosde renda fixa.

O BancoCentralantecipouamedida queexigedos administradores de fundos que os títulos públicos tivessem sua valorização ou depreciação marcados diariamente.

Isso provocou perdas nos fundos e desconfiança dos investidores, que preferiram migrarparaaplicações mais conservadoras, como a caderneta.

Marcos Menichetti

Momento é de cautela ao investir

Cautela continua sendo a palavra de ordempara quem quer iniciar um investimento agora. Oaumento dadesconfiançados investidores, com a proximidade das eleições presidenciais, tornaaplicações consideradas de alto risco, como bolsa de valores, mais voláteis agorae por isso são descartadaspor analistas paraquem pretendesacaro dinheiro no curto prazo.

Em contrapartida, fundos de renda fixa, dólar e até mesmo acaderneta depoupança são as aplicações indicadas paraquem querproteger o patrimônio.

Marcação – É verdade que os fundos de renda fixa, especialmente os referenciados em DI,passaram aser mais v oláteis após a exigênciade marcaçãoa mercado pelo Banco Central. Mesmo assim, analistasdo mercadofinanceiro acreditamque a aplicação ainda vale apena, até porque os títulos públicos devem se recuperarapósa eleição presidencial.

O rendimento, embora menor (emjunho os fundos DI renderam em média 0,94%) ainda é muito superior ao rendimento médio da caderneta de poupança.

"Os fundos de renda fixa também são considerados agorade risco. Mas orisco que eleoferece émenor, por exemplo, do que a compra de ações.Valea penainvestir ainda nesse tipo de fundo devido a rentabilidade, que ainda permanece acima da oferecida pelapoupança",diz Marcelo Beraldo, gerentede Informações paraInvestidores da Sul América Investimentos.

Uma maneira de driblar os riscosdesse tipodeinvestimento épreferindo carteiras que aplicam em títulos de curtoprazo (cuja volatilida-

de tende a ser menor), que alguns bancoscomeçam aoferecer. A Sul América é um dos bancos que já lançou um fundo referenciado emDI, com papéis de seis meses.

Dólar – A fuga para o dólar também é indicada para protegero patrimônio, principalmentepara empresasque têm dívidasavenceratreladas à moedaamericana. Como investimento,porém, ele não é indicado. "O dólar já es-

támuito alto equementrar agora tende a ganhar pouco ou perder dinheiro", diz Keyler Carvalho Rocha, diretor da seção paulista do Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças, Ibef. Rocha dizqueasmedidas anunciadasna quarta-feira pelo BancoCentral, queoferecerá US$ 1,5 bilhão em venda direta da moeda e em leilões, deverão fazer o dólar ceder."Uma cotação saudável

seria do dólar a R$ 2,60", diz. Bolsa – Para quem não tem aversão ao risco e pretende aplicar odinheiropor um prazosuperior adoisanos, Rochadizque abolsadevalores é umaboa opção agora. "Ospreçosestão muitobaixos.Não condizem com a saúde das empresas", diz. Antes de entrarno mercado acionário, porém, Marcelo Beraldo, da Sul América Investimentos, diz que o investidor deveestar atento que, embora as ações tenham se desvalorizadomuito neste ano, nunca se sabeaonde é o fundo do poço. "Alémdoefeitopolítico, a bolsa paulista temacompanhadoatendência internacionalde queda", explica Beraldo.

Fundos de renda fixa ainda são recomendados pelos analistas

Os analistasgarantemque os fundos de renda fixa continuam sendo,depoisda poupança,os mais seguros do mercado. Sóque esse tipo de garantia não está mais servindoparaconvencer oinvestidor a permanecer com o dinheiro aplicado.

Só no mês de junho, segundoa AssociaçãoNacionalde Bancos de Investimento, Anbid, foramsacados das carteiras de renda fixa e DI mais de R$ 18 bilhões.

BCsurpreende– A desconfiança doinvestidortem explicação.No dia31de maio, o BancoCentral passou aexigirdosadministradores de fundos que fizessem atualização diária do valor dostítulos públicos, que fazemparte dascarteirasdos fundos de renda fixa. O prazo para a mudança

estavaprevisto parasetembro. A antecipaçãopegou muito gente de calças curtas e gerou prejuízos daordem de R$ 2 bilhões. Saques– Antes demaio, muitos investidores já haviam iniciado um caminho parasacaro dinheirodos fundos de renda fixa. Para seter uma idéia, de janeiro a junho, os saques superaram R$22 bilhões.Só em junho, o patrimônio dos fundos DI,por exemplo, encolheudeR$103 bilhõespara R$ 95,7 bilhões. Aindústria de fundos somou perdasainda emoutras carteiras, como cambiais e de ações, que juntos registraram saques de R$ 760 milhões. No total, os saques ultrapassaram R$ 23 bilhões em junho. Destino – Parte do dinheiro sacado foidestinado à ca-

derneta de poupança, que registrou em junho um recorde de captação, com mais de R$ 6 bilhões. Apreensão – "O investidor ficou muito apreensivo depois dasmudanças. Masa poupança é a pior alternativa agora, devido ao baixo rendimento",diz KeylerCarvalho Rocha,diretor doInstituto Brasileiro dosExecutivos de Finanças, Ibef. Em junho, os fundos DI tiveram ganho médio de 0,94%,ante cerca de 0,75% da poupança, deacordo com a Thomson Financial Brasil. Cambiais – Os fundos cambiais voltaram a liderar o ranking de rentabilidadeda indústria defundos em junho,comganho de9,19%. Por último ficaram os fundos de ações, com perdas de 9,13%. (AG)

Taxaadministrativa – A grande vantagem para o investidor em ter a taxa descontada somente na saída do plano, e não nomomento em que adere ao VGBL,é oganho financeiro.

Quem deixar por mais tempo o dinheiro no plano é premiado com a redução da taxa administrativa

O clienteleva toda a rentabilidade sobreo dinheiro aplicado, sem nenhumdesconto, explicaRoberto Ludovico, diretor de Vida e Previdênciada AGF Brasil Seguros. Essa,no entanto,nãoé a única vantagem. Quanto maistempoo clientedemorarparaefetuaro resgate do dinheiroinvestido, menor será a taxa de administração a serpaga nasaídadoplano. "Nossa proposta é alinhar a taxa de administração àcaracterística do VGBL, que é a de um investimento de longo prazo",diz Roberto Ludovico.

Quem deixar por mais tempoo dinheirono planoé premiadocoma reduçãoda taxa que, inclusive, pode até nem ser paga.O cliente tem de deixar o dinheiro aplicado por no mínimo 60 dias. Se sacar ao final desse período pagará uma taxa de administração de 10%.

Receita– O volume investido também pesará para a redução da taxa. Quanto maior

ele for, maior será o porcentual de redução da taxa. "Pretendemos fechar o ano com uma captaçãode R$ 15milhões com o VGBL", afirmou Roberto Ludovico. Com o Plano Gerador de Benefício Livre, PGBL, a seguradora AGF prevêumareceitade R$ 160 milhões em 2002. Cinco tipos – O VGBL oferece cinco carteiras de investimento, que variam conforme o tamanho do risco que o participante admitecorrer. Os recursos são aplicados em fundos de renda fixa, variável e até em papéis atrelados à variação do dólar. O VGBL é uma forma de acumulação de recursos que funcionacomo um plano de previdência complementar.

Imposto deRenda – E nquantono PGBL oparticipante pode, na declaração de Imposto de Renda, deduzir de sua renda bruta tributável até 12% do queinvestiu, no VGBL não há essa permissão. Em contrapartida, no VGBL oImposto deRenda pago no resgate incide apenas sobre o rendimento, e não sobre o total sacado. Esse diferencial torna o VGBL indicado para quem quer investir mais de 12% de sua renda brutaanual tributada em previdência privada. Isentos– E, também, para aqueles queestão isentosda apresentaçãoda declaração deImpostode Renda,oupara os contribuintes que usam o modelo simplificado. Além daAGF, aBradescoSeguros, a Caixa Vida e Previdência e a Real Segurosjáoferecemo VGBL. A Reallançou o seu produto na segunda-feira.

Roseli Lopes

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Frio e chuva no feriado prolongado

O feriado de 9 de Julho, que comemoraa Revolução Constitucionalista de 1932, promete tempo instável em São Paulo. A chegada deuma frente friavinda do Sul do País ja é dada como certa pelos especialistas e deve mudar os ares da Capital paulista nospróximosdias. Aprevisãoé do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Previsão da meteorologia é que uma frente fria atinja o estado já a partir da noite de hoje, permanecendo até a terça-feira parte doferiado prolongado. O inverno parece que, finalmente, vai chegar, com a queda datemperatura mínima para 7 graus na madrugada de segunda-feirae amáxima de 14 graus na terça.

O frio parece que chegou e a madrugada de segunda pode ter uma temperatura mínima de 7 graus

O Oeste do estado já deve sentir as mudanças no clima a partir de hoje à noite. A Capital e o litoralde São Paulo terão tempo instávelcom chuv asdesde sábadoeatéa segunda-feira. Segundo o insti-

tuto, as temperaturas devem cairde formagradativa,com amínimaficandoem 10 graus e a máxima de 17 graus até a próxima segunda. Para ameteorologista Cíntia Blanco, da InfoTempo, osefeitosdafrente fria talvez demorem um pouco mais para serem sentidos. De acordo com suasinformações, já haverá mudanças no clima em São Paulo durante o sábado, mas a chuva só chega no domingo, ficandorestrita ao Interior e Litoral do estado. A Capital Paulista não deve ter chuva, mas o céu fica parcialmente nublado durante

O clima só deve voltar a esquentar na quarta-feira, com sol e temperaturas em registrando ligeira elevação.

Brasil– Paraquem forsair do Estado de São Paulo, o Centrode PrevisãodoTempo e Estudos Climáticos (CPTEC), doInstituto Nacional de PesquisasEspaciais(Inpe),alerta quedeverãoocorrer chuvas no Sul do País.

Uma massa dear seco, que vinha impedindo a chegada dasfrentesfrias aSãoPaulo, ainda deve manter o tempo

ensolarado em boa parte das regiões Sudeste, Centro-Oeste, interior do Nordeste e parte da região Norte. O ar seco, as altas temperaturas e a faltade chuvatraz riscos de novos focos de queimadas em parte da região Centro-Oeste. Em algumas localidades do Nordeste e Norte do Brasilexiste a possibilidade de chuvas esparsas.

A Ecovias, que administra a Anchieta/Imigrantes, espera que até 300 mil veículos desçam a serra

Estradas– Independente do clima do feriadão, muita gente devedeixaro Estado. Na Anhanguera/Bandeirantes, a Autobanespera apassagemde 280 mil veículos. A expectativa da Ecovias,que admi-

Exposição sobre Revolução no Centro

A mostra Comemorativa da RevoluçãoConstitucionalista de 1932 já recebeua visita de quase duzentas pessoas em dois dias. A exposição, que vai até o dia 12 deste mês no EspaçoCultural Comércio & Imprensa, da Distrital Centro,fazparteda agenda de festejos dos 70 anos da revolução, comemorados dia 9. São mais de 50 fotos, textos e reproduções de documentosdaépoca.Oacervo tambémcontacom recortes de jornais que detalham os principaismomentos daRevolução, que durou de 23 de maio a 2 de outubro de 1932, com a retirada das tropas paulistas.

Os visitantes também poderãoconferir fotosdas armas utilizadasna épocae conhecerosprincipais líderes do movimento.

Carta – Na noite de abertura da mostra, o Ecco recebeu a doaçãodeuma cartaescrita porBertholdo Klinger, um dos principais generais da revolução. O documento foi escritoem 28 desetembrode

1932, data em que começou o recuo dos revoltosos. Também foi doada uma fotografia de Pérola Byinton, que naquele períodoera coordenadora da Cruzada PróInfância.

As principaisvisitas daexposição até agora são de adolescentesdasescolasda região central, interessados em

conhecer mais sobrea história paulista e as lutas que culminaram nas mortes de 830 pessoas.A visita foicoordenadapor RobertoMateus Ordine, diretor-superintendente daDistrital Centro da Associação Comercial. Escolas e grupos que quiserem conferir a mostra podem visitaro localdas13h às17h,

A entrada égratuita.Para agendarvisitasbasta entrar em contato pelo telefone 3208-4096.

O Espaço Cultural Comércio & Imprensada Distrital Centro da Associaçãofica na ruaGalvãoBueno,83, no bairro da Liberdade.

Dora Carvalho

Começa licitação de novo modelo de transporte

ASecretaria Municipal de Transportes realiza hoje, a partir das 14h, abertura do processo de licitação do novo modelode transportepúblico de passageiros para a cidade de São Paulo, no AuditórioElis Regina,no Paláciode Convenções do Anhembi. Nesta audiênciapública, o modelode licitaçãoserá apresentadopara serdiscutidopor órgãose entidadesda área de trânsito e transportes, políticos, empresáriosdos mais variados setores da economia nacional, representantes deCâmara deComér-

ciode paísesestrangeirosno Brasil etodaacomunidade interessada no assunto. O sistema integrado de transporte, que deverá estar implantado em 2.003, prevê a divisão das linhas em estruturaise locais, sob modelos de permissãoe deconcessão com previsãode investimentos em infra-estrutura pelos empresários. Terão tarifas diferenciadas, integradas por um único bilhete; o sistema estrutural terá prioridade nas principaisavenidas, garantindo maior desempenho de velocidade. (SM)

nistra o sistema Anchieta/Imigrantes, é que entre 190 e 300 mil veículos desçam a serraem direçãoao Litoral paulista.Para facilitaraviagem,o esquemadedescida começa hoje, às 8h, na operação4x3,com asubida pela Imigrantes e descida pela Anchieta. Amanhã, a operação descida continuacom duas faixas da pista sul da Anchieta e a Imigrantes. Às 14h do domingo, começaa subida em 2x5, realizada pela Imigrantes e pelas duas faixas dapista norte da Anchieta. Caminhõese ônibusserão obrigados a utilizar a pista

norte da via Anchieta. Nasegunda-feira, quando será ponto facultativo em alguns municípios,osistema Anchieta/Imigrantes volta a operar com a operação descida no esquema 4x3, com descida pelas duas faixas da pista sul e as duas da pista norte da Anchietae subida pela Imigrantes,até às16h. Naterça, dia 9, o sistema vai trabalhar com a operação subida no esquema 2x5 pela via Anchieta, durante todo o dia. Paramais informaçõessobre as operações especiais nas estradas, no final de semana prolongado, otelefoneda Ecovias é 0800-197878 e o da Autoban, 0800-555550.

Estela Cangerana

Aumenta quantidade de lixo em linhas da CPTM

No primeiro semestre desteano, asequipesda Frente de Trabalho que atuam nas seislinhas daCompanhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) recolheram aproximadamente 6,3 mil toneladas de lixo ao longo dos 270 quilômetros devias. A média mensal tem sido de 1,05 mil toneladas, de janeiro a junho.

Atualmente, 1.003pessoas compõem as equipes, que chegam a retirar 233 caminhões basculantes de lixo por mês.Cadacaminhão transporta cerca de 4,5 toneladas. Esses números somam mais que o dobro de lixo recolhido nomesmo períododo ano

Aniversário de distrital é destaque do Conexão ACSP

Ascomemorações dosdez anos de aniversário da Distrital Vila Mariada Associação Comercial é o principal destaque doprograma Conexão ACSP desta semana. Arnédio deOliveira entrevista José Bueno de Souza, que estáà frenteda entidade como diretor-superintendente há quase dois anos. Os desafios do bairro, da entidade e os serviços prestados aos associados são os pontos altos da entrevista.

O superintendente do Instituto de Economia Gastão Vidigal, Marcel Solimeo, faz uma análise dosoito anos do Plano Real.

O Conexão ACSP vai ao ar, amnhã, apartir das11h, pela TV Comunitária de São Paulo, no canal 14 das TV´s a cabo NET e TVA.Reprise às quintas-feiras, às 22h30. Sugestões para oe-mail conexao@acsp.com.br. (DC)

passado,quando a média mensalregistradafoide 450 toneladas. Alémde recolher o mato quecresceparalelo aostrilhosé feitatambéma coleta do entulho jogado por vizinhos das linhas da via. Nesse entulho seencontra detudo, desde lixo residencial orgânico até sofás e bens domésticos velhos, como fogão e geladeira. Os objetos são jogados nos terrenos daCPTMporcima dos muros, colaborando para a proliferaçãode ratos,baratas, escorpiões e cobras. O trabalhoé rotativopelas linhas da ferrovia. Acada mês, as equipes avançam cerca de 20 quilômetros. (AE)

Obra interrompe fornecimento de água em Guarulhos

Cerca de 90 mil moradores de Guarulhos, devem ficar sem água hojepor causade serviços demanutenção na Estação Elevatória do Pimentas.O ServiçoAutônomode Água e Esgoto(Saae) vai interromper o fornecimento das 9h às 18h. Os bairros atingidos são Vila Isabel,Vila Paraíso,Jardim Ansalca, Parque IndustrialCumbica, JardimMaria Dirce,Parque Brasília, Parque Alvorada, Jardim Silvestre, Parquedas Nações, Vila Albertina, ParqueJurema, Jardim Rodolfo, Vila Branca, GranjaEliana,Parque Arami, Parque Stella, Parque São Miguel 2, JardimCarvalho, Jardim dasOliveiras, Jardim Santa Maria, Jardim Guilhermino, JardimFerrão, Jardim Cumbica, Dinamarca eJardim Nova Cidade. Os casos de emergência vão ser atendidos pelo 0800-101042. (SM)

Comercial de São Paulo
Adolescentes de escolas da região central visitaram a mostra e puderam aprender mais sobre a história paulista
Dudu Cavalcanti/N-Imagens

Cotação do dólar

tem nova baixa e fecha em R$ 2,856

O dólar encerrou a quintafeira em levebaixa, mantendoocurso dequedainiciado na véspera, quando o Banco Central anunciou a retomada da estratégia de intervenção diária nomercado decâmbio. Amoeda americanafechouembaixa de0,21%,cotadaaR$ 2,856paraavenda. Apesar de duas baixas consecutivas, o dólar ainda registra valorização de1,28% nomês ede23,37%noano, frente ao real.

"Ele (o BC) foi vendendo de 5em5milhões (de dólares) Nãosei seconseguiu fazeros 100milhões", ressaltouFernando Ferreira Leite, chefe da mesa de câmbio da Quality Corretora.

Negócios – Foram negociados ontem US$ 893,5 milhõesnomercado,já incluídas as intervenções do próprioBC.Durante opregãoo dólar chegoua ser vendido por R$ 2,840. Mas um repique,quaseno fimdohorário de negociação –quandoera noticiado o tiroteiono aeroporto deLos Angeles,nos EUA–, fez o mercado devolver parte da queda. No pico do dia, o dólar chegou aos R$ 2,860. (Reuters)

Mineração eleva seu valor de mercado

Levantamento

Em meio à turbulência que marcouo primeirosemestre no mercado financeiro brasileiro,alguns setores daeconomia conseguiram elevar o valor de mercado de suas empresas, de acordo com levantamento divulgado ontem pela Bolsade Valoresde São Paulo, Bovespa.

O setor que mais se destacou foi ode mineração, que tinha no fim de junho um valor demercado 41,2%maior do que há seis meses.

Vale impulsiona – Grande parte desse bom desempenhoé fruto do interessedos investidores pela Companhia ValedoRioDoce,a maior empresa dosetor. Em segundo lugar ficoupapel e celulose, cujas companhias encerraram os seis primeiros meses do ano valendo na bolsa 22,6% mais do que em dezembro de 2001.

Não é coincidência, portanto, o fato de ações de companhias deste setor terem apresentado valorizações das mais expressivasde janeiroa junho,caso dos papéis da Aracruz,da Votorantim Celulose ePapele daRipasa. Também tiveram aumento

no valor demercado os setores de materialde transporte (21,5%),têxtil edevestuário (15,9%) ede metalurgia (14,9%).

Total – O levantamento da Bovespaconsiderou ossetores em que atuam 303 empresas listadas. O valor de mercado dessascompanhias caiu 3,5% nos últimosseis meses, de R$ 411,6 bilhões em dezembro para R$ 397,3 bilhões em junho.

Aqueda pode parecer modesta em comparação coma desvalorização de quase 20% do Ibovespa no período. Mas é bastanteexpressivapor representar perda de R$ 14,3 bilhões de valor de mercado. Telecomunicações – P rejudicadasmais pelo fatode terem amaior liquidez da bolsado que por problemas operacionais, asempresas de telecomunicações amargaram uma perda de 17,6% de seu valor conjunto de mercado entre dezembro e junho. Como têm o maior volume de negócios, as ações de em-

O valor de mercado de 303 empresas listadas caiu 3,5%, para R$ 397,3 bilhões em junho

presasdo setorsãoas mais vendidasem momentos de crise, o queprejudica seu desempenho na bolsa. Mas, além da liquidez, dificuldades por que passam algumas companhias como a Embrateltambém afetaramovalor de mercado do setor. Outros setores que apresentaram redução de valor de mercado foram energia elétrica (-11,4%), comércio (-11,2%),alimentos, fumoe bebidas (-7,8%), eletroeletrônicos (-5,0%) e química epetroquímica (-1,2%).

Sistema financeiro– Nem mesmoos bancos escaparam das perdas de valor de mercado: o setor financeiro valia no fim de junho3,2% menos do que emdezembrodo ano passado.

Observa-se no levantamento da Bovespa que em geral ganharam no primeiro semestre setores exportadores, beneficiados pela valorização do dólar, caso de mineração e celulosee papel. Ou mais ligados àeconomia real,como

material de transporte, metalurgia, têxtil e vestuário. Dívidas e especulação –Por outro lado, perderam setores que têm empresas com grande volume de dívidas em moedaestrangeira (energia elétrica éum bomexemplo), muita especulação (setores financeiroe detelecomunicações) ou quesofrem com a desaceleração da economia, como comércio, alimentos, fumo ebebidas eeletroeletrônicos.

Aquinta-feira foimaisum dia de baixo volume de negócios na Bolsade Valores de São Paulo.O feriado do Dia da Independêncianos EUA reduziu ainda mais a liquidez

da bolsa paulista. Depois de oscilar bastante, entre queda de 0,39% e alta de 0,80%, a Bovespa encerrou os negócios com discreta valorização de 0,18%, Ibovespa em 10.655 pontos e volumefinanceiro muito baixo,de apenas R$ 244,9 milhões. Amaior valorizaçãoregistradaontem nopregãopaulistafoi EmbratelParticipações PN (5,6%).

Naoutra pontadomercado,o destaquede baixaficou com as ações preferenciais da Tele Leste Celular PN, que sofreramuma desvalorização de 3,5%.

Rejane Aguiar

Horácio, o dinossauro brasileiro na tela

O personagem de Maurício de Sousa chega aos cinemas do circuito Severiano Ribeiro em curtas de um minuto de duração

Um filhote de dinossauro bembrasileiro ganhaastelas dos cinemas a partir deste sábado, dia 6. Trata-se de Horácio, personagem de Maurício deSousa,estrela decurtasde um minutoproduzidos, em computação gráfica, pelos estúdios do próprio desenhista. Aos 38 anos de idade, o filhote deTyranossauro Rexcontinua cativante e certamente vai agradar às novas gerações. O curtachega àstelas doscinemas do Grupo Severiano Ribeiro, como vinhetas antes dosfilmesprincipais, resgatando uma tradiçãodo cinemadedar boas-vindasaoespectador.

Com salasemCampinas, Rio de Janeiro, Distrito Federal eGoiânia, o grupo fez umaparceriacoma Mauríciode Sousa Produções e ainda espera conseguir patrocinadores,para ampliara empreitada, dizMônicade Sousa, diretora comercial, filhadodesenhistae inspiradorada personagemhomô-

Técnicas circenses em cena nos palcos do teatro

Com técnicas circenses e teatrais, a Cia. Circo Mínimo estréia, nesta sexta-feira, o espetáculo Babel, para recontar a lenda bíblica daTorrede Babel. A produção conta com quatro atores pendurados em 60 metros de tecido, para falar sobre Deus e a confusão babélica dos tempos atuais. O diretor e criador do espetáculo,Rodrigo Matheus,fazum paralelo entre a Torre, que foi, ao mesmo tempo, um momentodediversidade e um castigo, ea tecnologia atual que aproximaas diferentes culturas, mas também as sobrepõe uma à outra.

A Cia. Circo Mínimo foi criada em 1988e já montou nove espetáculos. Estão no elencode Ba be l : Ana Luiza Leão, Geraldo Filet, Ricardo Rodrigues e Ziza Brisola. A peça está em cartaz no Teatro Cultura Inglesa-Pinheiros (fone 3039-0553),às sextase sábados, 21 h; e domingos, 20 h e os ingressos custam R$ 16. A peça permaneceemcartaz até 11 de agosto.

Comédia – Não me Contes a Verdade , dodramaturgo TácitoRocha,vencedora do Concurso Nacionalde Dramaturgia, promovido pela Sociedade Lítero-Dramática

Gastão Tojeiro,dentro do

vídeo/dvd

Zoolander

Comédia quesatiriza o mundinho fashion, ao narrar a história domodelo Derek Zoolander. Posando sempre com as mesmas caras e bocas, ele revela-se um perfeito idiota, incapaz atéde pensar. A trama mostra que o mundo da modasempre estevepor trás dos assassinatos de chefes de Estado, manipulando osmodelos. BenStillere Owen Wilson estão perfeitos interpretando os famosos top models e aprodução acerta em cheio na ironia com que tratao tema. Dire-

nima. Maurício diz que em pres as como a Warner, Cartoo n Ne t w or k e Discovery dem onstram interesse em distribuir produções realizadas por seu estúdio, mas ainda não há nada acertado. Turmada Mônicavolta –Produzidos em3 D(terceira dimensão), oscurtas deHorácio – Estrelinhas e Tirano –são uma espécie de"ensaio" para vinhetas maiores, de sete minutos,eum longaquedeverão ficar prontosem julho

doano que vem, quando também será lançada animação com a Turma da Mônica no reino de Romeu e Julieta. P ar al el amente, também nas salas da Severiano Ribeiro, está sendo relançado As NovasAventurasda Turmada Mônica , longade animaçãode 1982.A intenção, revela Mônica, é fazer com que a hoje jovem mãe, que assistiu aofilme naquela época, leveos filhosao cinema paraconhecerem ospersonagens, iniciando uma nova geração de fãs.

projeto Teatro Cidadão, está, desde ontem,emcartazno Teatro Arthur Azevedo (fone 6605-8007).A peçaretrata, de maneira cômica, asituação de personagens extravagantes na sala de espera de um posto desaúde. Oelenco é formadoporÊnio Gonçalves, José Ferro,Lourdes de Moraes, Mara Faustino, Neusa Velasco,PedroPianzo, WalterMendonça,Will Damas e Yara Grey. Apresentada de quinta a sábado, às 21 h, e aos domingos, às 20 h, a peça tem ingressos a R$ 10. Às quintas-feiras, oingresso custa apenas R$ 2. Infan til – Neste sábado, dia 6, reestréia no Teatro Cultura-Inglesa Pinheiros (fone 3039-0553) a peça infantil Bichos doBrasil .Depois dese apresentar emMiami eLos Angeles, a Companhia Pia Fraus coloca no palco paulistanoespécimes daricafauna brasileira,a maioriaameaçada de extinção. Os atores Beto Andretta, Beto Lima e Isabela Graeff usam recursos de dança, música e coreografias para recriar nopalco aatmosfera das matasbrasileiras. Assessões realizam-seaos sábados e domingos, em doishorários: às 16 h e às 17h30. Os ingressos custam R$ 12. (BA)

Alter-ego –Horácio participava das histórias de Piteco, contao desenhista.Maslogo ganhou seupróprioespaço, poisMaurício foialertado que humanos edinossauros

não conviviam. Até hoje Horácio é o único personagem que nãofoi passadopara outrosdesenhistase roteiristas doestúdio.Continua sendo feitopelo próprio Maurício, reforçandoa idéia de queo personagemé seualter-ego. Ele nega, mas enfatiza que Horácio "fala bem"muitas coisasqueele queriadizer. Mas sua filha Mônica é direta: "ele nega, mas é o Horácio". O personagem temuma turma também, que incluia namoradaLucinda, osamigosTecodonte, Alfredo, Bronto, Antão, e os napões.

Na TV – Maurício de Sousa foi contratado pela Rede Globohátrês anosedesdeentão tem tentado, sem êxito, produzir programas da Turma da Mônica para a emissora. Por isso, ele mesmo vai realizá-los e depoisoferecê-los às TVs. Primeiramente à Globo, senão houverinteresse,será oferecido às outras.

Beth

Humor e irreverência na música interpretada por Luís Salem

Comuma dose a mais de humor e irreverência, o ator Luís Salem traz, nesta sextafeira,parao palcodoTeatro CrownePlaza oespetáculo Folia no Matagal, composto por canções de Eduardo Dusseke LuísCarlosGóes.Os doisforam responsáveispela volta dohumorà MPB,na década de 80. Canções como Barrados no Baile, Cingapura, Nostradamus e D o mé s t ic a s embalaram uma geração marcadapela ginásticadeJane Fonda, o batom Boca Louca, o tênis All Star eLuiza Brunet eHumberto Saadem comerciais da Dijon. Depoisdosucesso noRio de Janeiro, Salem chega a São Paulo acompanhado pela banda Os Primos de Antônio e interpreta 12músicas, temperadascomseu humore costuradas com cenas que reportam aosanos 80, escritas porPatrícia Travassos,Scarlet Moone Aloísiode Abreu, além dele próprio. Salem inovouo humorcariocanos anos 90, ao lado de Aloísio de Abreu,com oespetáculo Subversões Foliano Matagal seráapresentado àssextase sábados, 21 h,e aosdomingos, 20 h.Os ingressoscustam R$20 eo espetáculofica noTeatrodo CrownePlaza

(fone289-0985) até1º desetembro.

Clássicos Beatles – Neste domingo,7 dejulho, às 11h30, aSecretaria Municipal de Culturaapresenta Lunduo – Recital de Piano e Violino, como parte do projeto Clássicos do Domingo .O lunduo é um duo de violino e piano inspirado na instrumentalização da música clássica, conciliada a uma interpretação urbana. O espetáculo será apresentado por Marcus Vinicius Gomes (violino) e Fábio Torres (piano), no Centro Cultural São Paulo, sala Jardel Filho (fone3277-

Lançamentos trazem relatos de vida e crônicas

Luís Salem traz para São Paulo o espetáculo que foi sucesso no Rio de Janeiro, interpretando canções de Eduardo Dusek e Luís Carlos Góes, sucessos nos anos 80.

3611), com entrada franca. O grupo cover paulistano Beatles4 Everestácompletando um ano e meio de ininterruptasapresentações no Crowne Plaza(fone2890985), neste ano em que se completam 40 anos do surgimento do grupo original. No espetáculo, de quase duas horas, a banda apresenta 25 músicas das diversas fases do conjunto. Osmúsicos também recorrem a adereços (roupas, perucas e bigodes) para melhor representar os ídolos. Os shows realizam-se às quintas-feiras,às 21h. Ingressos: R$ 20. (BA)

Leitores que apreciam relato de experiênciasde vida pessoalouprofissional vitoriosas têmem 7Homens eos Impérios que Construíram , umaboaopção. Escritopor Richard S. Tedlow relata detalhadamente a vida de empresários comoGeorge Eastman, da Kodak; Thomas Watson,da IBM;Henr y Ford,da Ford Motor Co. e Sam Walton, da Wal-Mart, entre outros. Publicado pela Editora Futura, 7 Homense os Impérios que Construíram foi eleito pela Business Week um dos dez melhores livros de negócios de 2001. Oautor é professor da Harvard Business School e especialista em história dos negócios. Com 520 páginas, o livro custa R$ 49. C ol e tâ ne a –Um dosnomes mais importantes da literatura brasileira,Rachel de Queiroz também escreve para diversos jornais do País. Falso mar, falso mundo é uma coletânea inéditadessas crônicas, escritas noperíodode 1993a 2000.Rachelfoi aprimeiramulher a ingressarna Academia Brasileira de Letras, em 1977. Falso mar, falso m un d o , com 288 páginas, é um lançamento da Editora Arx, e custa R$ 25. (BA)

O Gosto dos Outros

O queleva uma pessoaa se apaixonar por outra?Os opostos realmente se atraem? Essa produçãofrancesa, primeiro trabalho de direção da atriz Agnès Jaoui, centra-se nesse tema. Oempresário Castella, ricomas simplório, apaixona-se pela atrizintelectual; agarçonete, que aumenta seus rendimentos vendendo haxixe, envolve-se como segurança.Encontros edesencontros fazemodesenrolar da trama. Com Jean Pierre Bacri, Anne Alvaro, Christiane MilleteAgnès

Josie e As Gatinhas Adaptação para o cinema daspersonagens dosquadrinhos e do desenho animado dos anos 70, da dupla HannaBarbera, que chega direto em DVD eVHS, sempassar pelos cinemas.Comédiapara adolescentesque mostratrês garotas tentandovencerno mundo dorock. Atrama revela alavagem cerebral feita nos jovens, por meio de mensagens incluídas nas músicas, fazendo-os tornarem-seávidos consumidores.Com RachelLeigh Cook, TaraReid, AlanCumming eParkerPoção:Ben

Beth Andalaft
Jaoui. DVD/VHS.Duração: 110 minutos. Warner (nas locadoras)
sey.Direção: DeborahKaplan e Harry Elfont. Duração: 99 minutos. Fox (10/7)
Tecodonte, o melhor amigo
Lucinda, a namoradinha de Horácio
Horácio, o personagem principal
Napão, parecido com seres humanos
Tirossaurão, de fera para amigo
Alfredo, o pterodátilo, como um pai
Antão, filhote de mamute e amigão

CNA: crédito para safra é insuficiente

Haffers, porém, diz que recursos foram "os possíveis" e que críticas fazem parte da cultura da reclamação de algumas lideranças

Diante das necessidades de umsetor cujovalordaprodução chegaa R$92 bilhões, dirigentes cooperativistas e algumas lideranças rurais consideraram insuficientes os recursos de R$ 21,6 bilhões liberados pelo Governo para ofinanciamento dapróxima safra (2002/2003).

O presidente da Confederação Nacional da Agriculturae PecuáriadoBrasil, a CNA, Antonio Ernesto de Salvo, diz que o dinheiro liberado, além de ser muito inferior aototaldisponibilizado pelos demais países exporta-

dores ao produtores agrícolas,tem jurosfixos de8,75% ao ano, pelomenos duas vezes maior queos juros internacionais. Segundo o presidente da CNA,em média, as taxasdos jurosinternacionais são inferiores a 4%. "Essas diferenças, somadas ao protecionismodos países ricos,afetam nossacompetitividade no mercado internacional",argumenta Salvo.A CNA e a Organização das CooperativasBrasileiras havia proposto ao Governoa liberaçãodeR$25 bilhõesearedução dos juros pré-fixados

para 5,75%. Mesmo assim, a CNA reconheceuos avanços doPlano AgrícolaePecuário 2002/2003, anunciadoanteontem, que aumentou 26% osrecursos destinadosaofinanciamento da safra. O planoanteriorliberou R$ 17,2 milhões para a agropecuária. Para o ex-presidente da Sociedade Rural Brasileira, Luiz Haffers, osrecursosliberados, se não chegaram ao patamarideal, foramos"possíveis" e demonstram que o governo aposta na agropecuária comoumadas alavancasdo desenvolvimento brasileiro. "As críticas feitas ao plano fazemparte daaindaexistente culturada reclamaçãodealguns setoresda agropecuária nacional", diz Haffers.

Preços – Entre os avanços apontados até pelos que consideram os recursos liberados insuficientes, estãoacorreção dos preços mínimos, principalmente para o milho, oarroze oalgodão.Opreço mínimoparaa sacademilho para a região Sudeste, por exemplo, saiu de R$ 7,43 para R$ 9,50,variação de 27,86%

em relação à safra anterior. De acordo com o presidente da Federação da AgriculturadeMinas Gerais, Gilman Viana Rodrigues, o novo preçomínimo fixadopara omilho mostra a preocupação do governo em evitar riscos de desabastecimento do mercado interno. Éumatentativa de evitarqueosagricultores continuem reduzindosuas

Projeto tenta

fazer do algodão nacional um produto exportável

Umgrupo de17empresáriosda indústriatêxtileuropéia e asiática chega no final de semanaao Brasilpara conhecer aprodução brasileira de algodão. Os executivos foramconvidadospela Associação Brasileira de ProdutoresAgrícolas(Abrapa), em conjunto coma Agênciade Promoçãoda Exportação Brasileira (Apex) e a empresa FMC Química, para visitar setefazendas nos estados de Goiás,Bahia, MatoGrossoe Mato Grosso do Sul.

A medida é uma tentativa de transformar o algodão brasileiroem produtodeexportaçãoe incentivaro aumento da área plantada no País. Atualmente o Brasil não consegue abastecer toda a demanda interna por algodão em pluma e enfrenta, inclusive, diminuiçãode áreaplantada. A safra deste ano já caiu 14% em função da depressão da cotaçãointernacional, causadaem grandepartepelos baixospreços doalgodão americano, queconta com subsídios governamentais.A Abrapa quer quea possibilidade de exportação estimule os agricultores a plantar. Entre os potenciais compradores que chegarão ao Paísestão industriaisdaTailândia,Turquia, Itália,França, Filipinas, Índia e Suíça. Os sete países compraramjuntos, no ano passado, US$ 60 milhões do Brasil. Ameta é que elespassem a adquirir US$ 100milhões apartirde

2003. "Paraincentivar aprodução precisamos mostrar que estamos fazendo um esforço na área de demanda", diz o diretor executivo da Abrapa, Hélio Tollini. Interno –As duasentidadesea FMCacreditamquea exportaçãonão aumentaráo buraco no abastecimento internoda indústrianacional, que deve importar entre 100 e 120 mil toneladas de algodão nesteano."Aindústria ganharáemqualidade poisos produtores procurarão mantero algodãoem padrõesinternacionais", diz Tollini. O diretor da Abrapa acreditaque a exportaçãopode regularizar a produçãoe estancar as oscilaçõesdos últimosanos. OBrasilexportou no ano passado 147 mil toneladas de algodão,o que deve cair para86miltoneladas neste ano. Em 2001, a produção foi de 940 mil toneladas. O projeto,chamadode Brazilian CottonLint, vairemar contra a maré,já que no

Mato Grosso os agricultores já começam afalar em reduçãodoplantioqueocorre a partirde dezembro. Tollini, porém, está otimista com a recente alta no preço do algodão, cuja libra peso passou de US$0,32paraUS$ 0,47.A elevação ocorreu emfunção da queda de 12% na safra de algodão da China e de 2,5% a 4% nos Estados Unidos.

O Brazilian Cotton Lint teveinvestimentos de R$ 700 mil, dos quais 60% da Abrapa e 40%da Apex. Odiretor geralda FMC, Carlos Antonio Zem,e ogerenteadjuntoda Apex, HélioFrança,estiveram ontem, em São Paulo, no anúncio do programa.

OMC - A Abrapa ainda espera uma posição do governo para recorrer à OMC contra os subsídios americanos concedidos aos produtores de algodão. Para estudar a questão seriam gastos, no mínimo, US$ 800 mil.

Isaura Daniel

Encadernações:

* Livros, Jornais e Revistas

* Diários

* Notas Fiscais

* Folhas de Pagamento

* Trabalhos Escolares

lavouras de milho ou as substituindo pela de soja.

Para Haffers, o aumento de recursos destinados ao Moderfrota,programa definanciamento paraarenovação da frotaagrícola, mostraque o Governo entende a necessidade da modernização da agricultura.Osrecursos do Moderfrotapara apróxima safra são de R$ 1 bilhão.

Em 2003,a produçãoagrícola nacional já deve crescer cincomilhõesde toneladas, motivadapelo crédito,bons preços de alguns produtos no mercado internacional e o incentivorepresentado pelos novos preçosmínimos para culturas como feijão, algodão, além do milho.

Receita externa do agronegócio tende

a ser menor este ano

As exportações brasileiras do agronegócionão deverão repetir o desempenho do ano passado, quando a receita das vendasexternasdosetor somaram US$ 24 bilhões e geraram um superávit agrícola de US$ 19 bilhões.A previsão dos especialistasem comércio externo é de que as vendas externasagrícolas poderão até aumentaremvolume, mas a receitaserá menor do que a alcançada em 2001. O aumento dos subsídios que os países ricos concedem a seus agricultores contribuíram para queda nos preços de várias commoditiesnomercado internacional.Diante desse quadro,a expectativaé de que, mesmo que as importaçõescontinuem caindo,o superávit da balança do agronegócio ficaráem torno de US$17,6bilhões, oquecorresponde a uma queda de 9%

Leite estrangeiro na mesa da população

A queda na renda do produtor de leite vem desestimulando aprodução. Prasuprir oconsumo interno,oPaís importamais. Se oquadro não for revertido, o Brasil poderá, amédio prazo,deixar de exportar lácteos. O alerta é do presidentedaComissão de Pecuária de Leite da CNA, RodrigoAlvim. "Os preços continuam baixos e os custos só aumentam", diz.

em relação a 2001. Mesmo assim,aagroindústria deverá responder por quase 40% da receitagerada pelasexportações brasileiras em 2002.

Redução – Segundo o professor de Economia da UniversidadeFederal doParaná, Eugenio Stefanelo, nos quatro primeirosmesesdeste ano já houve uma redução na receita dasexportações da agroindústria nacional.Nesse período, o agronegócio exportou 13,6 milhões de toneladas, gerando uma receita de US$ 4,9 bilhões contra as 12,4 milhões de toneladas do mesmoperíodo de2001, queresultaram num faturamento de US$ 5,4 bilhões.

Porenquanto, osexportadores e opróprio Ministério daAgricultura, Pecuária e Abastecimento(Mapa) atribuemaqueda dasexportações verificadas em maio e ju-

Preço reduz ritmo de crescimento

Os dados da CNA mostram que em 2001,o Brasil atingiu pela primeira vez superávit naprodução primáriadeleite, com 20,6 milhões de litros. Em relação ao ano anterior, houve um crescimento de 9,6%. Este ano, a produção deve aumentar apenas 2%, emrazão dodesestímulodos pecuaristas, já que a atividade começa a sereconomicamente inviável.

nhoem relaçãoao mesmo período do ano passado ao atraso dos embarques de algumas commodities,notamente a soja. Atraso causado, segundo analistas,pelaexpectativa de melhores preços. Isso explica, em parte, o fato das exportaçõesterem registrado,em maio,quedade 21,1% emrelação amaiode 2001. Os dados mostram que nacomparação comabrilde 2002, as exportações de maio foram3,9% menores.Na comparaçãocom junho de 2002, a queda foi de 3,5%. Neste segundosemestre, a soja, favorecidapelataxa de câmbio, pode registrar aumento de receita com exportações em relação a 2001. Stefanelo acredita a receita gerada pelo complexo soja em 2002 poderá chegar a US$ 5,5 bilhões contra os US$ 5,3 bilhões de 2001. (JSG)

Importações para suprir contratos

As importações de leite vêm crescendo. Nomês passado, oBrasilcomprouno Exterior 11mil toneladasde leite em pó, contra as 4 mil toneladas de junho de 2001. A previsão é encerrar o ano importando1,2 bilhãodelitros contra 800 milhões de 2001. Parte das comprassão feitas paracumprir contratosde exportação pois a produção interna é insuficiente.

ALGUNS DE NOSSOS CLIENTES: ALGUNS DE NOSSOS CLIENTES: NOSSOS

ALGUNS DE NOSSOS CLIENTES: ALGUNS DE NOSSOS CLIENTES: Fundação Getúlio Vargas, USP, FIESP, SESI, GRUPO VOTORANTIM, CIA SUZANO DE PAPEL E CELULOSE ENTRE OUTROS.

Joel Santos Guimarães
Haffers: recursos liberados demonstram que governo aposta na agropecuária para o desenvolvimento nacional
Tollini (Abrapa), Zem (FMC), e França (Apex) divulgaram projeto do algodão
D ivulgação

Perfil de cliente define decoração de loja

Pesquisa do Provar mostra que os consumidores com maior poder de compra preferem os supermercados arrumados

Os consumidores de maior poder aquisitivo dão preferência à supermercados bem arrumados. Gostamdo assédio promovido pela disposição diferenciadadosprodutos nas gôndolas, estão acostumados a experimentar nov ositens egastam mais tempo durante as compras. Os menos favorecidos, que nãopodemse daraoluxode comprar por impulso, preferem lojasmenos arrumadas, mais práticase comum mix de produtos limitado. "Se eles compraremmais doquepodem,deixamde iràqueleestabelecimento e procuram outro", afirma o coordenador do Programa de Administração doVarejo (Provar) da USP, Claudio Felisoni. Com base nessa constata-

ção é que formatos de loja diferentes ganham força, diz ele. Daíaimportânciadese trabalhar o layout dos produtos nossupermercados,de forma a incentivar ou não as compras por impulso. Numa loja de periferia, por exemplo, a arrumaçãodo lugar devefacilitara vidado consumidor sem forçá-lo a se distrair para comprar mais. Jogo da memória – Cerca de 40% das pessoas lembra dos itens que precisa comprar ao vê-losnosupermercado. E apenas 20% leva uma lista detalhadade compras, com marca e quantidade previamente definidas. No total, 37% adquire mais produtos do que necessita cada vez que vai ao supermercado, ato impulsivo que representaum

País deve ter plano para divulgar marca Brasil

Dentro de trinta dias o Brasil deveter um planode ação traçado para unificar e divulgar a sua marca no exterior. O anúnciofoi feito naquartafeira pelo ministro do Desenvolvimento, Indústriae Comércio Exterior, embaixador Sérgio Amaral, no encerramento doseminário Comércio Exterior e Marca Brasil , promovidopelo Ministério para definir estratégiasde promoção dos produtos brasileiros no mercado externo. A maral disse,ainda,que os recursosda LeiRouanet podem ser usados na promoção cultural no exterior.

“Se quisermos mudar as ênfasesdo nosso esforço exportador, não só para exportar mais, mas para exportar melhor,temosde mudara nossa imagem. Temos que partir para produtos que tenham umamarcado Brasil relacionada àqualidade”, afirmou Amaral.

Eledefendequeo Brasil continuesendo apreciado pelo futebol, Carnaval, alegria e pelo seu potencial turístico, mas deve mostrar que

também produzaviões, constrói satélites e tem tecnologia para concorrer no mercadoexterno com produtos de alto valor agregado.

“Temos uma pauta de exportações altamente diversificada,masos estrangeiros não têma menoridéia disso. Sabemos de algunscasos em que nós exportamos sapatos, mas sãoapresentadoscomo made in Spain ou made in Italy, porque essas marcas são mais caras. Precisamos reverter isso,fazer damarca made inBrazil algoquetenhaum valormuitopróximo dos nossosconcorrentes”, disse Amaral.

Agência – A McCann-Erickson foi contratada em maio deste ano para divulgar o Brasil noexterior. Em pesquisa realizada pela agência nosdez países prioritários para o comércio brasileiro, entre eles Estados Unidos, Arábia Saudita e Japão, a principalrevelação foiafalta de conhecimento dos produtos brasileiros e a ausência do Brasil em feiras e eventos no exterior. (ASN)

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Desenvolvendoo empreendedorparao sucesso– Ocurso édirecionado a micro e pequenos empreendedores que estão começando um negócio. Duração: 16 horas, das 8h30 às 17h30. O curso acontece na segunda-feira (8) e na terça-feira (9). Local: Sebrae São Paulo, rua Barra Funda, 836,Barra Funda.Preço:R$ 20.Asinscrições devemserfeitas atéhoje pelo telefone 0800-780202.

Dia 10

Fazendo negócionos EstadosUnidos – O cursoé direcionadoa executivos que atuamna área de comércio exterior.Duração: duas horas, das18h30 às20h30. Oworkshopacontece naquarta-feira (10).Local: Aduaneiras, rua daConsoloção, 77. As inscrições sãogratuitas e devem ser feitas a partir de hoje pelo telefone (11) 3259-8479. Folha de pagamento e encargos sociais – O curso é direcionado a executivos que atuam na área de recursos humanos. Duração: 16 horas, das 9h às 18h.O curso acontece naquarta-feira (10) e naquinta-feira (11).

gasto de 18,71% a mais.

"Ascompras porimpulso acontecem emtodas as classes sociais, mas há lojas que forçam, mais do que outras, esse tipo de atitude. É importanteque ocomerciantetrabalhe esse equilíbrio, com basenas necessidadesde cada público", afirma Felisoni. Quem gasta– Sea família toda for às compras, haverá

mais supérfluos nas sacolas. Quando acompanhado pelo cônjuge oufilho, oconsumidor gasta bem além do previsto. Ascriançassãoasque mais influenciam os atosde compra, 66% das mulheres atribuem os gastosextras aos filhos, enquanto para os homens esse índice é 51%.

Essesdados fazemparteda pesquisa Compras por impulso nos supermercados , feita com420consumidores de São Paulo, pelo Provar (Programa de Administração do Varejo), daUSP(UniversidadedeSão Paulo).Olevantamento foi feito em diversas regiões da cidade, para ouvir opúblicodaperiferiae das zonas mais nobres.

Mito – Ao contrário do que diz osensopopular,osho-

mens não compram mais por impulso do que as mulheres e nem gastam maisemsuas idas ao supermercado.

A diferençaentre ostíquetes de compra dos dois sexos é de apenas 2,6% a mais para as mulheres (ver quadro acima) Mas o gasto médio por minuto nas lojas é equivalente. Já o tempo de permanência no local de compra difere. As mulheres passeiam mais pelo supermercado egastam em torno de 60 minutos enquanto eles gastam cerca de 46 mi-

nutos para definir o quelevar. No total, 48% dos consumidores entrevistados pelo Provar afirmaram que costumam percorrer a loja inteira. Dentre os produtos não previstosem lista que mais chamam a atenção dos consumidores e são adquiridos por impulso (ver quadro à esquerda e acima) estão baterias,pilhas, filmes,salgadinhos, doces, itens de limpeza e beleza.

Dom Cabral vai treinar exportadores

Começa no mês de agosto o programa Multiplicar – Expandindoa competência exportadora dasempresas .O projetoéumaparceria da FDC (FundaçãoDomCabral), de Belo Horizonte, Minas Gerais,com aApex (Agência de Promoção de Exportações).

O Mu l ti pl i ca r surgiu há doisanoscomoobjetivo de desenvolver a capacidade exportadora de pequenas e médiasempresas.O programa vai formarequipes demultiplicadores.

Duranteo Mul tip lic ar , os profissionais vãoter acessoa ferramentas de gestão estratégicade exportaçõeseestudar conceitos. Técnicos de entidades empresariais, gerentesde consórciosdeexportação, empresários e colaboradores de empresas de pequeno porte,profissionais autônomos eestudiososdo tema podem se inscrever até o dia 28 deste mês. As aulas têm início em 18 de agosto.

Oprograma édivididoem dois módulos presencias, ou seja, o aluno tem de estar presenteàs aulas, intercalados com atividades a distância. O

intervaloentre osmódulosé de cinco semanas. Nesse período, os alunos desenvolvem o projeto Aplicativo para Exportação , que fecha o ciclo de aprendizagem através da aplicação dos conteúdos e trabalha a competência exportadora das empresas.

Conteúdo –No Mu l t i p li c a r três questõessão estudadas. Aprimeira é o contexto do desenvolvimento das exportações brasileiras. Depois são analisados os conteúdos e ferramentasemgestão empresarial. Por último, o profissional é treinado para atuar como consultor do desenvolvimento deempresas exportadoras.

Fundação Dom Cabral e Apex criam programa para capacitar pequenos empresários

coordenador do programa, as estatísticas revelamque apenas 25% das exportações brasileiras sãorealizadas por pequenas e médias empresas. "O ingressoe apermanência dessas empresas no mercado internacional são condições fundamentais parao desenvolvimento do País",diz Cretoiu. Para ele,o Brasil ainda apresenta um baixo volume de exp ortaçõ es, tantoemrelaçãoao PIB, quanto ao volume mundial. "Aumentar o volume exportado é um desafioque tem mobilizado inúmeras instituições públicas eprivadas, queajudam asempresasnos

Nofinal do programa,os profissionaissão avaliados e credenciadospara intervenções na gestão estratégica de pequenas e médias empresas. Eles saem capacitados para orientar ascompanhias aentrar e permanecer no mercado internacional.

Segundo SherbanCretoiu, gerente de negócios da FDC e

Local: Sescon-SP (Sindicato das Empresas dos Serviços Contábeis do Estado de São Paulo), avenida Tiradentes, 960, Luz. Preço: R$ 70 (associados) e R$ 140 (não associados). As inscrições (11) 3328-4900.

Dia 16

Programa de atualização do varejo – A proposta do curso é reunir empresários e dirigentes do varejo e da indústria que operam em outras regiões doPaís eque queremaprimorar seusconhecimentos degestão e operação. O programa também pretende proporcionar ao varejista a possibilidade de identificar potenciais de expansão, detectar novas oportunidades de negócios em sua região e ampliar sua rede de relacionamentos. Duração:30 horas,nos dias16,17 e18 aspalestras começam8h30 e terminam 18h. No dia 19, o curso inicia 9h e encerra 17h. Todos os dias hápausadeuma horaparaoalmoço.Oeventovai serfeitopelaconsultoria Gouvêa de Souza. Local: Flat The Hill, avenida Giovane Gronchi, 5.201. Preço: R$ 2.760. As inscrições devem ser feitas a partir de hoje pelo telefone (11) 5501-3737.

aspectostécnicos eoperacionais,fornecendo estratégias de comercialização no mercado externo", afirma. Sucesso– Para Cretoiu, as empresas quedesenvolvem uma gestão de qualidade para exportaçãoampliam sua competitividade no mercado interno."Elas garantemestabilidade frenteàsflutuações do mercadoealtospadrões de tecnologiae produtividadee, sobretudo,estabelecem as basespara asobrevivência e o desenvolvimento", diz.

Cláudia Marques

ser viço

Fundação Dom Cabral

Telefone: (31) 3589-7200

Site: www.domcabral.org.br

Tsuli Narimatsu
Dia 10
Dia 16

Moda da Rajik é vendida em Miami

A fabricante de roupas de ginástica e de praia abriu um showroom nos Estados Unidos após ter queda de vendas no Brasil

Foiporacasoque aRajik, confecção de moda praia e de ginástica de Campinas, no interior deSãoPaulo, entrou nomercado americano. Na primeira viagemde negócios a Miami, noanopassado, o objetivo era decidir o que fazercom umaencomendade duasmil peças canceladade última hora.A negociação terminou com um acordo fechado para abrir um showroomnum shopping de atacado emMiami: oMerchandisingMart. Hoje, a operação noExterior éum dosprincipaistrunfos daempresapara ampliar sua receita.

Para 2003, devem começar a ser feitos contatos para a venda das roupas na Europa.

Oi poderá começar a operar com DDI em poucos dias

O presidente daAgência Nacionalde Telecomunicações (Anatel), LuizGuilherme Schymura, disse ontem que emquestão de diasa Oi, operadora de Serviço Móvel Pessoal (SMP) da Telemar, poderá usar o código 31, o mesmo de sua controladora.

Com isso, a empresa vai oferecer aos usuários dasua área deatuação (16 Estados, doRiode JaneiroaoAmazonas) serviços de telefonia fixa deligação internacional.Ao adquirir a licença para operar o SMP, o sucessor do celular, aOi adquiriutambémautorização para prestarligação internacional (DDI) em todo o território nacional e de longa distância nacional (DDD) em São Paulo enas regiões Sul, Centro-Oeste e parte da região Norte. Schymura disse que estão faltandoapenas algunsdetalhes paraa transação.A permissão parafazer ligaçõesde longa distância partindo de sua área de atuação para o resto do País deverá ser concedida na forma de aditivo ao contrato de concessão.Esse mesmo dispositivo está sendo questionado na Justiça pelaEmbratelparaas ligações interurbanas nacionais a partir de São Paulo. (AE)

Intel Capital vende participação na empresa Conectiva

A participação do fundo de investimento Intel Capital na Conectiva, maiordistribuidoradosistema Linuxno Brasil, foi absorvida por ABN Amroe LatinTech, sóciosda companhia. "O contrato previa metas tecnológicas e esses objetivos foram atingidos", disse o presidente da Conectiva, Jaques Rosenzvaig.

A Intel Capital é o braço de investimentos norte-americana Inteleplanejaaportar entreUS$300 eUS$400milhões emempresas detecnologia neste ano. O Brasil é um dosdestinosdodinheiro. A Intel continua como parceira daConectiva nodesenvolvimento de produtos, mas ABN e a holding de empresas de tecnologia Latin assumem o controle. (Reuters)

Amarcade Campinas ganhou espaço no mercado nacional ao vender suas peças para as grandes redes de varejo, como Americanas,Marisa,Mesblae Mappin.Aprodução daempresa, inclusive, chegou a 300 mil peças anuais para abasteceras prateleiras dos clientes de grande porte. A decisão de investir no varejo multimarcas veio da dificuldade debarganhade preço com as redes nacionais. "Osrendimentossão mínimos, chegando a R$ 0,5 ou R$ 1 de lucro por peça, com o detalhe de estar sempre correndocoma produçãopara darcontados pedidos", explica ZuleikaNóbrega,proprietária da Rajik.

A empresa possui hoje uma loja própria emCampinas, junto coma fábrica.As vendas no País são feitas por representantes da marca. Preferências – A Rajik vende suas peças nos EUA com a marca 1st Stityle. Os produtos oferecidos se concentram sobretudonosegmento de modafitness,para ginástica. Osplanosda empresasãode comercializaruma médiade cinco mil peças por mês naquelepaís. "Estamoscomeçandoa trabalharaspequenas redes. Temos tempo para chegaraos grandesdistribuidores", afirma Zuleika.

As preferênciasdos consumidores americanos diferem dos hábitos brasileiros sobre-

tudonoque serefereaouso das cores. "Eles preferem tons mais sóbrios, com o preto predominante na peças. Dificilmente chamam a atenção roupas combinandomais de três cores, com exceção para o azul marinho, vermelho e branco, as mesmas da bandeira dos Estados Unidos", explica Zuleika.

Sea produçãoteve queser adaptada quanto aos tons, a modelagem não precisou passar praticamente por nenhumamudança. "Temos modelos mais arrojados que valorizam asformasdo corpo", afirma a proprietária da empresa Rajik.

Isabela Barros

Embratel não foi contaminada por WorldCom, diz Anatel

As autoridades dosetor de telecomunicações reafirmaram ontemque asaúde econômicada Embratelnãofoi contaminada pelacrisede sua controladora,a americana WorlCom. O ministro das Comunicações, Juarez Quadros e opresidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), LuizGuilhermeSchymura, descartaramqualquerpretensão do governo de fazer uma intervenção na operadora. Em notadivulgada,Quadros afirma que recebeu informações da Embratel de que a empresa está saneada financeiramente."O ministro entendequenão hárazões paraespeculações contraa Embratel, diante dos problemas que atingem sua controladora WorlCom, uma vez que as duas empresas pros-

suem estruturas independentes", diz a nota. Schymura reconheceu que a situação da WorldCom é preocupante. E nr o n – O presidenteda Anatel citouo exemploda empresa norte-americana de energia Enron,queentrou emconcordata apósconstatação defraudescontábeis. De acordo com Schymura, apesar dos problemas envolvendo a Enron, a sua controlada no Brasil, a distribuidora de energia Electro, que atende no Estado de São Paulo, está indo muito bem. Nocasoda Embratel,segundoo executivo,nãopode haver troca decontrole acionário até o ano que vem, mas a informaçãoque a Anatel temé queasituação daEmbratel épositiva. Opatrimônio da Embratel, diz Schymura, é reversível ao gover-

Desvalorização do real anula ganhos da Varig

A desvalorizaçãodoreal anulou todas as economias feitaspela Varignoprocesso de reestruturação. "Os 20% de desvalorização do real nos últimos meses levaram emboraas economiasquefizemos", afirmou o presidente da empresa, Ozires Silva. De acordo com o executivo, cerca de 60% das receitas da Varig são em dólar, mas a participação do dólar no total das despesas supera esse percentual. Alémdisso, adívida em dólar está em cerca de 60%ouum poucomenosda dívida de U$ 900 milhões. "Nãohá hedgeparaisso.O hedge é o câmbio, mas o câmbio está contra", disse. De acordocom OziresSilva, oaumentodopreçodos combustíveis tambémfoi prejudicial à empresa. O presidente confirmou a possibilidadedacompanhia devolver aviões ou demitir funcionários, dependendodascircunstâncias. "Espero que isso nãoaconteça. Vamos trabalhar para evitar", disse. Salários –Ozires afirmou que o parcelamento dos salários dos funcionários da Varig, em julho,foi feito para que opagamento fossereali-

zado sem quea companhia precisasserecorrer àsinstituições financeirasque,de acordocom ele,estãofechadas para as empresas aéreas. O parcelamento dos salários foi uma medida tomada só paraeste mês,deacordo com o executivo. O ministro do Desenvolvimento, Sérgio Amaral, adiantou a Ozires quevai proporseismedidas aogoverno para melhor a competitividade do setor aéreo. O presidente da Varig disse também que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômicoe Social(BNDES) aindanãorespondeu aopedido daempresapara participar da suacapitalização, comprando R$ 300 milhões emdebêntures conversíveis em ações. Sobre a chamada de capital daempresa,o executivodeclarou que a Varig está aberta a todo tipode investidor interessado em participar, mas que para as companhiasaéreasconcorrentes haverá algum critério seletivo. SegundoOzires, omercado interno estásofrendo um pequeno acréscimodevido à deterioração de preços das passagens aéreas. (AE)

no, quando a empresa quiser por algum motivo desistir da concessão. "O patrimônio da Embratel nãopode sercolocado em garantia em operações da WorldCom."

Schymura informou também que não há intenção do governo em retomara concessão da Embratel. "Não, nãopassanem pelacabeça", disse. O ministro das Comunicaçõesafirmou nãoexistir "qualquer estudo ou procedimento adotado pelo governo para uma possível retomada do controle da Embratel", porcontadoescândalo envolvendo a controladora. "Não há, também, qualquer avaliação sobre uma eventual intervenção na Embratel, com basena Lei Geral de Telecomunicações",afirma a nota, divulgada durante o dia de ontem. (AE)

CSN e Corus confirmam uma possível associação

A anglo-holandesa Corus e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), maior produtoradeaço noBrasil,confirmaram ontem que estão estudando umapossívelassociação. Asduas empresas, porém, afirmaramque nenhum acordo foi fechado até o momento. No final da tarde de ontem, a CSN disse que, dentro da estratégia de internacionalizaçãode suas operações,tem mantido conversações com diversas empresas,entre as quais o grupo Corus, mas que nãohá,entretanto, atéapre-

sente data,nenhumacordo fechado. De acordo com uma fonte da CSN, as negociações envolvem trocade açõesentre as empresas e serão fechadas em, no máximo, 20 dias. No mercado internacional circulaa notíciadeque aanglo-holandesa se prepara paraumagrandeaquisição. A Corus, oitava maior siderúrgica do mundo, deve pagar atéUS$2bilhões pelaCSN. Em maio, a CSN afirmou que oprincipal acionista,oGrupo Vicunha, não tinha planos deabrirmão dos46,5%do capital votante. (Reuters)

Moda praia complementa roupas de ginástica fabricadas pela Rajik
D ivulgação

Maioria das empresas aprova Simples

Pesquisa do Sebrae e da Receita Federal conclui que o regime ajuda empreendimentos a manter as portas abertas

O sistema Simples de recolhimento de tributos contribui paramanter asempresas com as portas abertas. Pesquisa de opinião realizada pela Receita Federal e pelo ServiçoBrasileiro deApoioà Microe PequenasEmpresas (Sebrae), divulgadaontem, revelouquecom umacarga tributária mais baixa e menos burocracia na hora de pagar os impostos e contribuições, as empresas acabam tendo mais chances de continuar em atividade.

Participaram do levantamento 2000 empresas. Os dadosda pesquisaserãousados pela Receitaparaorientação da suapolíticatributária.A maioriados empresáriosentrevistados que são optantes do Simples (81,4%) considerou o sistema "ótimo e bom".

E apenas 3,1 % dos empresários declararam que o sistema é "ruim ou péssimo".

De acordo com os dados da pesquisa, 35,8% das empresasentrevistadas optantesdo Simples estão emfuncionamento hámaisdedezanos. Outras 32,8% estão no grupo com idade de funcionamento entrecinco anoseaté10 anos.

Facilidade – Para a coordenadora-geralde PolíticaTributária daReceitaFederal, Andréa LemgruberViol, esses números revelam uma facilidade maior desobrevivência."Hoje, quem tiver menos burocracia consegue reduziro custoadministrativo etem maischances desobreviver", dissea coordenadora. Elaponderou,no entanto, que as empresas entre-

vistadas foram retiradas do cadastro da Receita Federal, estão em dia com a Receita e, porisso, emcondiçõesmais estáveis.

Sebrae – "Comoo Simples reduza cargatributária ,não há dúvida que ajuda na longevidade dasempresas", disse o economista doSebrae, José Mauro Moraes,um dos responsáveis pela pesquisa. Segundoele, essafoi aprimeira pesquisaabrangente realizadasobreo Simples desde a suacriação,amenos deseis anos, em dezembro de 1996.

Comércio lidera participação no sistema, com 72,9%, seguido do setor de serviços e a indústria

Vantagens – A pesquisa foi realizada aolongo do ano passado e foram ouvidas 2000 empresas em 200 muni-

São Bernardo do Campo ganha hoje novo fórum trabalhista

O presidente do Tribunal Regional doTrabalho deSão Paulo,JuizFrancisco Antoniode Oliveira,inaugura amanhã,às 15horas, onovo FórumTrabalhista "JuizJosé Amorim", em São Bernardo do Campo, naGrande São Paulo.

O novo prédio, instalado na rua Marechal Deodoro, 1928, nocentrodacidade,é considerado modelo e abrigarátodas ascinco Varasdo Trabalho de São Bernardo quefuncionavamno antigo fórum.

Emvirtude damudança,o atendimento ao público no novo Fórum será retomado a partir destasegunda-feira (dia 8). Os prazos judiciais nos processos trabalhistas que tramitam nas Varas de

São Bernardo estarão suspensos até próximo dia 15 de julho.

Homenagem – O novo Fórumvai homenagear oprimeiro Juiz do Trabalho da cidade, José Amorim. Ele presidiu a primeira Junta de Conciliaçãoe Julgamento instaladaem SãoBernardo, comjurisdição sobreDiadema, em 1962. Antes, São Bernardoe Diademaestavam soba jurisdiçãoda cidadede Santo André.

Para o Presidente do TRT da 2ªRegião,JuizFrancisco Antonio de Oliveira, a Justiça do Trabalho de São Paulo sofre de um grave problema: a falta de condições de trabalho nas Varas e nos Fóruns da capital edascidadesforado município deSão Paulo."Is-

so acabaresultandonuma perdaem produtividade da ordem de 10 a 12%", calcula. Para ele, entregar à comunidade Fóruns como esse de São Bernardo é ter a certeza de queosservidoresterão melhores condições de trabalho e os jurisdicionados e advogados terão um atendimento melhor emaior agilidadeporparte daJustiçatrabalhista.

Desde que assumiu a Presidência doTRT da2ª Região, Francisco Antonio de Oliveira já inaugurou novos fóruns trabalhistas em Diadema, Guarulhos e Cubatão.

O Fórum Juiz José Amorim é dirigido pelo Juiz Salvador Franco de Lima Laurino, presidenteda 3ªVara doTrabalho de São Bernardo. (TRT)

cípiosdas cinco regiões do País. Desseuniverso, 1.356 empresas estão enquadradas no regime e 644 não optantes. Cerca de 2 milhões de empresas no País declaram pelo Simples. Esse número corresponde a68,84% das empresas que apresentaram declaração do Imposto de Renda em 2001. Os resultados da pesquisa mostraram também umavantagem dasempresas optantes peloSimples emrelaçãoaopagamento de menos tributos, comparativamente àquelas que não declaram pelo sistema. Dototal dosempresários que optarampelo Simples,32 8%declararam que recolhem até

10% deimpostos (federais, estaduais e municipais) sobre o faturamento.

Entre as empresasnão optantes, apenas 14recolhem até esse mesmo porcentual. "Émenor o número deempresas optantes do Simples que recolhem proporções maiores de impostos", diz o resultado da pesquisa. Por setordeatividade,a pesquisarevelou queaparticipação do comércio é predominante, representando 72,9% do total.

As outras 21,2% pertencemaosetor deserviçose apenas 5,8%são dosetor industrial. Para o economista do Sebrae, a maior participação do segmento comercial demonstra a vocação do Simples, criado especialmente para as empresas que estão na

ponta final do consumo. Burocracia – O principal benefício apontadopelos empresários que aderiram ao sistema simplificado de pagamento de impostos foi a redução da burocracia no recolhimento dos tributos.Esse benefício teve a aprovação de 72,9% dos empresáriosentrevistados. A redução da carga tributáriafoiosegundo benefício apontado, com 13,7% de aprovação.

O terceiroe quartobenefícios foram o crescimento das micro e pequenas empresas e a regularização dos empregados junto ao Instituto Nacional do Segugo Social (INSS). Das empresasque avaliaram o Simples como ruim é péssimo,33,7% acreditam, porém, que o sistema não reduziu a carga tributária. (AE)

Empresa não precisa registrar

BO quando perde documento

Empresários que tiveram documentos fiscais extraviadosestão dispensadosda apresentação de Boletim de Ocorrênciapolicial aoFisco. O procedimento está previsto na portaria CAT 44, da Secretaria da Fazenda doEstadode SãoPaulo,que alteraa portaria número 39, publicada em 2000.

Segundoa tributarista do GrupoIOB Thomson,Sônia Regina Izzo, nos casos de per-

da ou extraviode documentos fiscais, como livros ou notasfiscais, asempresascontinuam com a obrigação de comunicaro fato ao Fisco.

Nesse caso, a primeira providência a tomar é preencher duasdeclarações deextravio da própria Secretaria da Fazenda. Os modelos dos documentosestãodisponíveis no siteda SecretariadaFazenda www.pfe.fazenda.sp.gov.br. Osdocumentos devemser

assinados e apresentados ao Posto Fiscal, juntocom o Livro Fiscal da empresa. As empresasdevem providenciar a publicação em jornais locais, por três vezes consecutivas, comunicando o desaparecimento. "A publicação éimportante paraeximir o empresário de qualquer responsabilidade em caso deusoindevidodenotas fiscaisque foram extraviadas", diz a tributarista. (SP)

CRC defende reformulação das regras contábeis ainda este ano

O presidentedo Conselho Regional de Contabilidade de SãoPaulo(CER),Pedro Ernesto Fabridefendeuontema necessidadedereformular as atuais regras contábeis. Aatualização aumentaria a transparência dos balanços apresentados pelas empresas e, consequentemente, atrairiamaisinvestimentos para o País. "A contabilidadeé a linguagemuniversal dos negócios e a padronização está emperrada pelas

distorções tributárias brasileiras", diz Fabri. Apesardo encurtamento do ano legislativo por causa das eleições, o órgão defende que o projeto lei que reforma os procedimentoscontábeis deve ser uma das prioridades dos parlamentares e do Governo para esteano. A matéria está tramitando na Câmara dos Deputados há muito tempo, desde 1992. Para PedroFabri,aspropostas demoraram tanto pa-

falências & concordatas

ra seremvotadas quealgumas mudanças já estão sendo contestadas pelo Financial Accounting Standards Board (FASB), órgão norte-americano responsável pela padronização dasregras contábeis. "As fraudesrecentesenvolvendo a Enron, a WorldCom e a Arthur Andersen estão pressionado oórgãoa instituir regras mais rígidasnos processos de auditoria".

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 3 de julho de 2002, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:

Requerente: Amauri Leite Silva –Requerida: Cordombras Ind. e Comércio Ltda. – Rua da Contagem, 190-F – 08ª Vara Cível

Requerente: Bonneville Vidros e Cristais Ltda. – Requerido: Proteson Vidro Termo Acústico Ltda. – Rua Costa Águia, 1686 – 02ª Vara Cível

Requerente: Kapital Factoring Sociedade de Fomento Comercial Ltda. – Requerida: Editora Market Books do Brasil Ltda. – Rua Clélia, 1039 – 30ª Vara Cível

Requerente: Cia Fiação e Tecelagem Divinópolis – Requerido: Sky Limits Confecções Ltda. – Av. Ipê Roxo, 1184 – 01ª Vara Cível

Requerente: Comercial Mercotubos Atibaia Importação e Exportação Ltda. – Requerida: Galozzi Engendro de Instalações Ltda. – Rua Ponta Porã, 152 –24ª VaraCível

Requerente: Sancor do Brasil Produtos Alimentícios Ltda. – Requerido: Supermercado Ecomax Ltda. – Rua Dr. Joy Arruda, 40 – 24ª Vara Cível

Requerente: Cia. Fiação e Tecelagem Divinópolis – Requerido: Gilvan da Rocha Meias-ME –Rua Rodrigues da Guerra, 536 –14ª VaraCível

Requerente: Plastiquímica Produtos Químicos Ltda. – Requerido: Giso Ind. e Com. de Plásticos Ltda. – Rua Belo Jardim, 269 –26ª VaraCível

Requerente: Maria Salete Jarmelo – Requerido: Panificadora Nova Vitória Ltda. – Av. Costa Barros, 1729 – 13ª Vara Cível

Requerente: Pires do Rio Citep Com. e Ind. de Ferro e Aço Ltda. – Requerido: SNA Automotive Ltda. – Rua Marquês de Lajes, 738 – 30ª Vara Cível

Requerente: Algarves Alimentos do Brasil Ltda. – Requerida: Imequi Ind. Metalúrgica de Equipamentos Ltda. – Rua Carlos Weber, 692 – 02ª Vara Cível

Requerente: Disparcon Distribuidora de Peças para Ar Condicionado Ltda. – Requerido: Raia 4 Comércio Ltda. – Rua Yosoji, 34/46 – 28ª Vara Cível

Requerente: Santa Helena Factoring Fomento Comercial Ltda. –Requerida: Plato News Recuperadora de Embreagens Ltda. – Rua Santa Veloso, 522 – 12ª Vara Cível

Requerente: Renovadora de Pneus SL Ltda. – Requerida: Mastercooper Cooperativa Guincho Reb Rem Transp Veic P Q Natureza – Rua Cristovão Gouveia, 235 – 03ª Vara Cível

Requerente:AAW

Sílvia Pimentel

Veterano relata o drama da Revolução

São Paulo comemora amanhã os 70 anos dos conflitos de 9 de Julho de 1932, quando o Estado se uniu contra o Governo Federal, pedindo a Assembléia Constituinte. Ex-combatentes relatam, emocionados, histórias da Revolução que durou cinco meses e terminou com mil feridos e 830 mortos.

"Eu vi um amigo morrer em meus braços. Essa é lembrança mais sofridaque tenhoda Revolução de 32. " O depoimento é do ex-combatente Geraldo Faria Marcondes, que aos 19 anos lutou nas trincheiras das cidades de Queluz, Lorena, Pinheiros e Eleutério,no InteriorPaulista.Foiem Queluz que Marcondesviumorrer dois combatentes.

Mesmo emocionado ao lembrar ofato, oveterano não se cansa de dizer que, aos 90 anos,se fossepreciso faria tudo novamente para libertar o maiorEstadodoBrasil dasintervençõesde umgoverno ditatorial.

P ro t e st o s –No dia 23de maiode 1932,GeraldoFaria Marcondes, um jovemde 19 anos, estava de passagem por São Paulo, quando presenciou uma enorme confusão de pessoas, tiros e homens do governo prendendo estudantes na esquina da Praça da Repúblicacom arua Barãode Itapetininga, no Centro. Foi nesse mesmo dia que quatro estudantes foram mortos,duranteuma manifestação pró-constituinte das turmas deDireitodoLargo do SãoFrancisco. Começava aRevolução Constitucionalistade 1932.Eos quatrojovensficaram conhecidospe-

losseus nomes:Martins,Miragaia, Dráusio e Camargo formam a sigla MMDC, símbolo quemarcao mais importante movimento popular da história de São Paulo. Marcondesvoltou para a cidade de Bauru, onde morava, decidido ase alistar nas tropas de defesa do Estado de São Paulo. Ele e mais quarenta amigos partiram de trem deBauruaté aCapital.Cada um deles foi designado para um batalhão,de acordocom as suas habilidades.

O jovem Marcondes foi para o Batalhão Caçadores. Passou pelascidades deQueluz, Lorena, Cachoeirae Pinhei-

Mais de cem mil homens se alistaram para lutar nas tropas. Prédios foram bombardeados e conflito causou mais baixas do que as perdas de pracinhas na Segunda Guerra. O frio e a fome nas montanhas de Minas Gerais obrigaram soldados a recuar

Revista lembra as vitórias e a derrota do Movimento de 32

Aedição especial comemorativa da revista Digesto Econômico trazeste mês artigos especiaisde historiadores e poetas, alémde fotosda Revolução Constitucionalista de32. A publicação apresenta os fatos mais marcantes do movimentoe explicatodosos fatos que estiveram portrás da derrota dos paulistas.

Joãode Scantimburgo, diretor da revista, diz que a publicação lembra que a Revolução Constitucionalistade1932 nunca teveumcaráter separatista, comose chegoua alardear. "Aocontrário, ospaulistas lutaramporum Estadode

Digesto Econômico em edição especial pelos 70 anos

democracia", enfatiza.

A Digesto Econômico especial tambémconta oapoio que a Associação Comercial de SãoPaulo ofereceupara a

ros.Assim como ele, quase cem mil homens se alistaram. Doações vinhamde todosos lados paraagasalhar efornecersuprimentos paraossoldados nas trincheiras. Oitenta mil mulheres costuraram fardaseatenderam osferidosemhospitais. A Campanha Dêouro paraSão Paulo recebeuo apoiodaAssociação Comercial deSão Paulo.Foram doadasjóias, moedas e objetos em ouro, metais e pedraspreciosas para a causa constitucionalista. Golpe – "ARevolução Constitucionalista tem seu ponto inicial no ano de 1930, como golpe",relembraTeobaldo de FreitasLeitão, também veterano de 1932. Éque naseleiçõesdaquele ano,o entãocandidato da oposição,Getúlio Vargas,foi derrotada nas urnas. Júlio Prestes, candidatodo governo deWashington Luis,ganha as eleições, mas a cada vez

mais forteAliança Liberalse uniuaos militarese iniciou uma revolução, que depôs Washington Luís. Em novembro de 30, Getúlio Vargasassumiu oGoverno Provisório. Todas as instituições legislativas foram abolidas,os governadoresde todos osestados foramdepostose, para assumir suas funções, Vargas nomeou interventores. Em São Paulo, Pedrode Toledofoinomea-

do o interventor. "A nomeação de interventores mexeucom os briosde cada estado. Tentou-se um afinamento com o governo, mas em vão. São Paulo pegou fogo", relembra Freitas Leitão. A Revolução Constitucionalista de 1932 só terminou emoutubro, coma retirada das tropas paulistas. O general Bertholdo Klinger, que veio do Mato Grosso para comandar a revolução paulista,devia chegarao estadocom cincomil homens. "Maso comandante chegousozinhoe SãoPaulo descobriu que estavasó porque o apoio de outros estados também acabou não chegando", conta o veterano.

A Revolução de 32 terminou com 830 mortes e mil feridos.Outrascentenas de pessoas morreram sem constar nos registros oficiais. Apesar da derrotapaulista, em 1934 uma assembléia eleita pelo povo promulgauma Constituição para País.

As personalidades que fizeram parte da história

Arquivo Sociedade Veteranos de 32/MMDC

Pedro de Toledo – Foinomeado porGetúlio Vargas como interventor em SãoPaulo,mas acabouaderindo à causa constitucionalista, fazendo a chefia civil do movimento. Sua decisão terminou em exílio de 2 anos em Portugal. Bertholdo Kling er – Ficou encarregadode trazercinco mil homensde Mato Grosso para São Paulo, porém, não teve sucesso. Seus discursos acabaram por precipitar o movimento de 9 de Julho. Coma derrotados paulistas,foi umdos primeiros a pedir armistício.

Morte dos quatro jovens foi o estopim para a batalha

causa constitucionalista. A entidade convocou todo o comércio a fechar as portas durante 24 horasem forma de protesto. A sede daentidade, que ficavana ruaJosé Bonifácio, foi transformada em um dos quartéis dos revolucionários.

Scantimburgo, que tem87 anos,eraestudante ginasial em 1932, na cidade de Rio Claro, InteriordeSão Paulo. Ficaram marcados em suas lembranças os relatos emocionados de seus professores. "Todos estavam contagiados pelo entusiasmo popular. A repercussão do movimento aconteceu em todo o País", conta.

Guilherme de Almeida –O poeta foi o autor da marcha dos soldados constitucionalista e de vários textos e poemas sobre a Revolução.

Góis Monteiro – Foium dos líderes da revolta que colocou Getúlio Vargas no po-

der, apesar de ser da confiança de WashingtonLuís. Também comandou a açãomilitar contra os rebelados de 1932.

Júlio Prestes – Indicado por WashingtonLuís comoseusucessor, ganhou as eleições, masnão assumiu ocargo de presidenteda República. Ale-

gando fraudes no pleito, revolucionários daAliançaLiberal entregaramo poder aGetúlio Vargas. Prestes sóvoltou aocenário políticoem 1945, como fundadorediretor da União Democrática Nacional (UDN). Mário Martinsde Almeida – Martins era fazendeiro na cidade de Sertãozinho, tinha 31 anos e erasolteiro. Euclydes Bueno M iragaia – Quando morreu, Miragaia tinha 21 anos, era solteiroe trabalhaba como auxiliar de cartório em São Paulo. Dráusio Marcondes de Souza - Com apenas 14 anos, o jovem Dráusio era ajudante em uma farmácia.

Antonio Américo deCamargo Andrade – Camargo, de 30 anos,era casado, tinha três filhos etrabalhava como comerciário em São Paulo.

Professora de Itararé conta que avó ficou presa no teto da casa

Edimara de Lima era criança, emItararé, quandoouvia as históriasdaRevolução de 1932 contada por suas avós e pelos moradores maisantigos da cidade. Uma delas, era aavó Cipriana,que contava os detalhes daRevolução em todas as reuniões de família. Ela ficou dois dias presa no teto da casa, com medo de ser surpreendida pelos invasores da pequena cidade .

"Minha avó tinha um colar decontas todofeito deouro, relíquia defamília. Ossoldados encontraram a jóia e a dividiram entre eles", relembra Edimara, a história que ouviu no dia do seu casamento.

A cidadede Itararéfoi palco de umas das principais batalhas que culminaram na Revolução de 1932. Como era divisade estados,acabou sendo um ponto estratégico e

a únicaligaçãorodo−ferroviáriacoma regiãosuldo País. Os paulistas ficaram entrincheirados nos paredões dorioItararé eossulistasfecharam ocercona fazenda Morungava. "Os mais antigos contam que lojas, casas e fazendas foram vítimas de vários saqueadores. Os animais eram mortos a tiros", conta a professora Edimara de Lima.

Dora Carvalho
Geraldo Marcondes, ex-combatente, mantém vivas as lembranças de 32
Dudu Cavalcanti/N-Imagens
Suprimento levado para o front pelos soldados foi fruto de doação de ouro

Brasil e Argentina acertam diferenças e fecham acordo

Depois de idas e vindas, o Brasil eaArgentina decidiram assinar finalmente o acordo automotivobilateral.

Na quinta-feira dasemana passada,o ministro do Desenvolvimento, Indústriae Comércio, Sérgio Amaral, havia dito que os países adiariamoacerto pormaisalgumassemanas, porque"detalhes técnicos" ainda precisavam ser discutidos. Na sextafeira, porém, os governos brasileiro e argentino resolv eram fecharo acordo, em Buenos Aires.

Os dois países determinaram o prazo de 30 dias para definir umametodologia de trabalho,que deveráincluir programas, prazos e a previsãoda participaçãodetodos os setores envolvidos, tanto público como privado, na cadeia produtiva do setor automobilístico.

Os dois governos decidiram queo Índicede Comércio Compensado(Flex)começaráeste anocom 2pontos, chegando a 2,6 pontos

Convocações

em 2005. E, a partir de 2006, o comércio de veículos será totalmente liberado. Isso significa que, neste ano, por exemplo,a Argentina poderá exportar dois veículosparao Brasil eimportarum das montadoras brasileiras.

Emrelação ao conteúdo local argentino, foi definido umíndice porcentualde 20% neste ano, que será mantido em2003,caindo para10%em 2004,5%em

2005 eficandozeradoem 2006. Com isso,a Argentina poderá utilizar autopeças fabricadasnasua indústria com estes porcentuais. E, a partir de 2006, a indústria argentina terá de usar componentes regionais.

Avanç o – Sérgio Amaral disse que aassinaturado acordo representa um grande avançonas relaçõesdestes dois países. "Estamos resolvendo problemas do passado

e nos preparando para o futuro", afirmou. O chanceler argentino Carlos Ruckauf agradeceua participação dopresidenteFernando Henrique Cardoso para a consecução do acordo, e o chamou de "o estadista da América Latina". Segundo Ruckauf, o resultado do acordocom o Brasilpermitirá à Argentina exportar neste ano todosos veículosqueproduziu em 2001. (AE)

Governo já admite crescimento do PIB inferior a 2% para o ano

O crescimentodo Produto Interno Bruto(PIB) poderá ficar abaixodos 2% neste ano. Ogovernoainda mantém a estimativa dos 2%, mas jáadmite apossibilidadede revê-la parabaixo. "Estamos monitorando os indicadores paraverse seránecessário", disse o secretário-adjunto de Política EconômicadoMinistério da Fazenda, Roberto

FEDERAÇÃO PAULISTA DE CAPOEIRA PAULISTA FEDERAÇÃO PAULISTA DE CAPOEIRA PAULISTA CAPOEIRA- EDITAL DE CONVOCAÇÃO A Federação Paulista de Capoeira, convoca todos os representantes de entidades e ou instrutores de capoeira, para a assembléia geral de fundação, eleição e posse da diretoria da Federação Brasileira de Capoeira, com início para as 14 horas do dia 14/07/02, no SESI de Santo André - SP, situado na Av. do Estado, s/nº, Estação Prefeito Saladino. S. Paulo, 5 de julho de 2002 - Mestre Valdenor

Liberty Paulista Seguros S.A. CNPJ nº 61.550.141/0001-72 - NIRE 35300019687 Edital de Convocação Ficam os senhores acionistas da

no prazo assinado de 30 dias, na subscrição e integralização de ações ordinárias inerente ao aumento do capital social. São Paulo, 14/06/2002. Luciano Suzuki - Presidente (06, 09, 11)

DURATEX COMERCIAL EXPORTADORA S.A

CNPJ Nº 49.799.943/0001-15

ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA CONVOCAÇÃO

Ficam convidados os Senhores Acionistas da Duratex Comercial Exportadora S.A., a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária, a ter lugar na sede social, na Avenida Paulista nº 1938 - 8º andar, nesta Capital, às 10:00 horas, no dia 15 de julho de 2002, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: a) Verificação e homologação do aumento de capital deliberado pela Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária realizada em 30.04.2002; b) Reforma estatutária consistente na alteração do “caput” do artigo 3º. São Paulo, 05 de julho de 2002. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Olavo Egydio Setubal Presidente

(06,09 e 11)

Magliano S.A. Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários CNPJ/MF nº 61.723.847/0001-99 Na qualidade de administradora do Magliano – Fundo Mútuo Privatização – FGTS PETROBRÁS CNPJ/MF nº 03.920.108/0001-90 Assembléia Geral Ordinária – Edital de Convocação A Magliano S.A. Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários, na qualidade de Administradora do Magliano – Fundo Mútuo Privatização – FGTS PETROBRÁS, convoca os Srs. Condôminos a se reunirem em Assembléia Geral Ordinária, que se realizará no dia 22 de julho de 2002, às 10:00 horas, em primeira convocação, na sede social da Administradora, na Rua Bela Cintra, 986, 2º andar, na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, para deliberar sobre a seguinte ordem do dia: (a) Leitura, discussão e votação do Relatório de Prestação de Contas da Administração do Fundo relativo ao exercício findo em 31/03/2002, acompanhado da Demonstração da Composição e Diversificação das Aplicações, Demonstração da Evolução do Patrimônio Líquido e Parecer dos Auditores Independentes; (b) Outros assuntos de interesse do Fundo. Fica desde já convencionado que, não havendo número legal de Condôminos para realização da Assembléia Geral em primeira convocação, a mesma se realizará com qualquer número de presentes, no mesmo local e data, 30 (trinta) minutos após, o horário fixado nesta convocação,valendo este edital como segunda convocação.São Paulo, 08 de julho de 2002. Magliano S.A. Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários – Administradora PINCÉIS TIGRE S/A S/A PINCÉIS TIGRE S/A S/A CNPJ N° 61.182.606/0001-80 - NIRE 3530004148-8 ATA DA REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO LOCAL, DATA E HORA:- Sede social: km 15,5 da Via Anhanguera, Osasco/SP, em 20.05.2002, às 14:00 horas. PRESENÇA:- Totalidade dos Membros do Conselho de Administração. DECISÕES:Dando início à reunião, o Presidente do Conselho comunicou que o Sr. Eduardo Brandão, apresentou seu pedido de renúncia ao cargo de Conselheiro da Companhia, o qual foi aceito por unanimidade. Em ato contínuo e também por unanimidade de votos, o mesmo foi eleito para, a partir de 03 de junho de 2002, exercer a função de Diretor, que exercerá seu mandato até a data da Assembléia Geral Ordinária que aprovar as contas do exercício social que se encerrará em 31 de dezembro de 2002, o Sr. EDUARDO BRANDÃO – brasileiro, casado, engenheiro civil, portador da Carteira Profissional expedida pelo CREA/ PR n° 13719-D e CPF/MF 514.722.529-34, residente e domiciliado na cidade de Joinville/SC. Lavratura e Leitura da Ata. Ninguém fez uso da palavra encerrando-se os trabalhos, suspensos até a lavratura da presente, que lida e aprovada, foi por todos assinada. Registrada na JUCESP sob nº 124.105/02-6 em 18/06/2002. José Darkiman Trigo – Secretário Geral.

Iglesias. "Seder 2% no ano, estará ótimo, mas já tem gente no governo achando que será abaixo disso".

Iglesias explicou que um eventual corte na estimativa de crescimento do PIB dependerá da intensidade e da duração da onda de incertezas quevarreu omercado no mês de junho.

Antes do agravamento da crise, o governo contava com aaceleração daatividade econômica apartir dejulho. Mas a deterioração do quadro econômico impediuo corte nas taxas de juros e elevou a cotação do dólar, o que tem efeitos negativos sobre a produção. "Aatividade econômica do segundo semestrevai murchar",admitiu Iglesias.

Por essa razão, as projeções de crescimento do PIB no segundo semestre, que eram de 4%,já foramcortadaspara 3% e podem cair ainda mais. "É acombinação dasincertezasfinanceiras eaexpansão dosjuros de longoprazo", disse o secretário.

Juro – Aturbulência jáfez com que as projeções das taxas de juro de longo prazo passassem de 19% em abril paraacasa dos30%nofinal de junho.

Esse dado, segundo Iglesias,dá umaindicaçãosobre o aumentoda capacidade produtiva nospróximos meses. A taxa mais alta aponta para menos investimentos e, portanto, atividadeeconômica menor a partir do mês de julho. (AE)

As vendas de carros importados noatacado voltaram a cair. Aretração, noprimeiro semestre desteano, em relação aomesmo período de 2001, foide43,4%.Até junho,asdez marcasfiliadasà Associação Brasileiradas Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva) comercializaram um total de 5.317 unidades, ante 9.395 unidades de 2001. Se somados os veículos importados pelas montadoras com os da Abeiva, o total sobe para 60.397 unidades, número41,23% inferior ao registrado no primeiro semestre do ano passado. Revisão de metas – Segundo André Müller Carioba, presidente da entidade, a meta de importação para o ano foi redimensionada, caindode 16 mil para 12 mil unidades.

das minguaram, mas isso não resultou na diminuição do número de concessionárias, nem do nível de empregos. Dados da Abeiva apontam que as dez marcas respondem porum totalde210 concessionárias e pela geração de 10 mil empregos diretos.

Com o resultado, a Abeiva, entidade que representa 10 impor tadoras, reviu para baixo suas previsões

"O setorautomobilístico, como umtodo, nãovem obtendo bom desempenho. Para os importadores a situação é aindamais complicada, uma vezque temosde administrar os negócios com as oscilações do dólar".

Em junho ante maio, porém,houve crescimentode 22,79%. Por isso, a Abeiva nãodescarta a possibilidade de recuperação no segundo semestre, quandoo cenário político estiver definido.

Concessionárias – As ven-

BOLSA ELETRÔNICA DE COMPRAS

"Oqueestá mudando,de fato, éo perfil deatuação da loja, que está deixando de ser apenas uma revendedora de carro zero-quilômetropara concentrar esforços nos serviços deoficina demanutenção e de peças de reposição". Mas as importadoras estãoenfrentando dificuldades para repor peças, devido àgrevedos auditores fiscais da Receita Federal.Carioba não demonstrou preocupação com a retençãodos carros na alfândega,"porque avelocidade das vendas está lenta. O problemaestá com oslotes com peças de reposição".

Ranking –Entre asfiliadas da Abeiva, a Kia Motors manteve liderança entre as marcas mais vendidas, com 603 unidades comercializadas em junho.Asurpresaficou por contadeuma trocadeposiçãoentre veículos da marca. A Besta, com 256 unidades vendidas, ficou atrás do utilitário esportivo Sportage (273 unidades).

Encontram-se abertas na Bolsa Eletrônica de Compras, do Governo do Estado de São Paulo, as seguintes Ofertas de Compras: Dispensa de LicitaçãoInicioCidadeNatureza da Despesa

090114000012002OC0010016/7/2002ASSIS/SPEQUIPAMENTOS PARA INFORMATICA

090124000012002OC0004016/7/2002BA R R E TO SEQUIPAMENTOS PARA INFORMATICA

090153000012002OC0000116/7/2002FRANCO DA ROCHA/SPEQUIPAMENTOS PARA INFORMATICA

090180000012002OC0001016/7/2002SAO PAULOSUPRIMENTO DE INFORMATICA

080266000012002OC0000116/7/2002SAO PAULOSUPRIMENTO DE INFORMATICA

080266000012002OC0000316/7/2002SAO PAULOSUPRIMENTO DE INFORMATICA

080266000012002OC0000516/7/2002SAO PAULOSUPRIMENTO DE INFORMATICA

080266000012002OC0000616/7/2002SAO PAULOSUPRIMENTO DE INFORMATICA

080266000012002OC0000716/7/2002SAO PAULOPECAS E ACESSOR.E COMPONENTES DE INFORMATICA

080266000012002OC0000816/7/2002SAO PAULOMAT.EDUCATIVO, ESPORTIVO E CULTURAL

080266000012002OC0000916/7/2002SAO PAULOMAT.DE ESCRIT.PAPEIS EM GERAL E IMPRESSOS

080266000012002OC0001016/7/2002SAO PAULOPECAS E ACESSOR.E COMPONENTES DE INFORMATICA

080266000012002OC0001116/7/2002SAO PAULOMAT.EDUCATIVO, ESPORTIVO E CULTURAL

080266000012002OC0001216/7/2002SAO PAULOPECAS E ACESSOR.E COMPONENTES DE INFORMATICA

080266000012002OC0001316/7/2002SAO PAULOMAT.EDUCATIVO, ESPORTIVO E CULTURAL

090104000012002OC0004616/7/2002SãO PAULOSUPRIMENTO DE INFORMATICA

200147000012002OC0004516/7/2002SÃO PAULOOUTROS MATERIAIS DE CONSUMO 130030000012002OC0002316/7/2002SAO PAULO/SPSUPRIMENTO DE INFORMATICA

080266000012002OC0000216/7/2002SPSUPRIMENTO DE INFORMATICA

380146000012002OC0004416/7/2002TREMEMBE-SPOUTROS MATERIAIS DE CONSUMO

380146000012002OC0004516/7/2002TREMEMBE-SPMAT.DE ESCRIT.PAPEIS EM GERAL E IMPRESSOS

380146000012002OC0004316/7/2002TREMEMBE-SPMAT.EDUCATIVO, ESPORTIVO E CULTURAL

Co nv i teInicioCi d a d eNatureza da Despesa

090113000012002OC0002910/7/2002AR ACATUBA-SPPECAS DE REPOSICAO E ACESSORIOS 180281000012002OC0004010/7/2002CRUZEIR OOUTROS MATERIAIS DE CONSUMO 180302000012002OC0005310/7/2002DR ACENA/SPOUTROS MATERIAIS DE CONSUMO 090125000012002OC0005510/7/2002FRANCA SPGENEROS ALIMENTICIOS

180319000012002OC0003410/7/2002I

Ricardo Ribas

Brasil real afasta agouro do mercado financeiro

A julgarpelosnúmeros do mercado financeiro das últimas semanas,aeconomia brasileira está à beira de uma grande ruptura. Os indicadores de mercado estão parecidosou pioresqueos registrados noperíodo que antecedeu a mudança do regime cambial brasileiro, de dezembro de 1998 ao começo de janeiro de 1999.

A Bolsa de Valores de São Paulo, Bovespa, divulgou na semana passada que o saldode investimentosestrangeirosficou negativo em R$ 1 bilhão em junho. A evasão de recursos externos não era tão grandedesde dezembro de 1998, quando saíram R$ 1,2 bilhão da bolsa.OsC-Bonds,títulos da dívida externa que servem de termômetro da confiança dos investidores internacionais no País, são hoje negociados em torno de 58% do valor de face, cotação semelhante à de dezembro de 1998,de 60%.A Bovespa caiu 21,3% naquele mês e fechou junhocom perdas de 13,3%.

Especulação

eleitoral

Não se pode imaginar, no entanto, queosnúmeros domercado hojeantecipem uma mudança brusca no rumodaeconomia.A principaldiferença em relaçãoa1998 équenaquela época haviamotivos fortes para a turbulência. O Brasil malse recuperavadosefeitosdacriseda moratória russa de agosto de 1998 e vieramdois golpes consecutivos: a reprovaçãono Congressodataxação dos funcionáriospúblicos inativos (àquela altura indis-

pensável para a manutenção dosistema cambial)e a moratóriadadívida estadualdecretada pelogovernador de Minas Gerais, Itamar Franco. Os golpes abriram espaçoparaoataque especulativo que levou ao fim do câmbio fixo no Brasil, em janeiro de 1999. Já a catástrofe econômica que osnúmeros domercado financeirohoje embutem é fruto de mera especulação eleitoral. Nãohá, por enquanto, motivos como os de 1998 para acontecer algo semelhante à liberação do câmbio,por maisque o dólarà beirados R$3nos faça acreditar nisso. Economia real

E a economia real vem contribuindo para afastar o mau agouro do mercado financeiro. A economia brasileiraé hojeé melhor do quea dofimde 1998.Basta observaros indicadores. A balança comercial acumula,apenas nosseis primeiros meses do ano, superávit de US$2,6bilhões, enquanto encerrou 1998 com déficit deUS$6,4bilhões. Os investimentos externos diretos em 2002, estimados em US$ 18 bilhões, são menores doqueem1998 (US$ 24,5bilhões).Mas hoje há menos recursos disponíveis nomundo. OPIB aumentou 0,13% em 1998 e asprevisões paraesteano vão de 2% a 2,5%.

O interessante éque os próprios bancos que levam dólar e risco-Brasilàs alturas, temendo calote do próximo governo, têm previsões otimistas para o fim do ano,comojuros entre 16,5% e 17% anuais e dólar a R$ 2,50.

OPINIÃO

Mauro Giorgi*

Mercado mais transparente

É muito grandea importância das recentes fraudes em balanços de empresas americanas para o mercado brasileiro. Nosso mercado precisaficar maistransparente,com maior participaçãodeminoritários e comportamento isento e ético de bancose corretoras.Estamos começando nocaminho daboagovernança,e é bomquejáseja

dentro de novos moldes. O investidor brasileiro devetomar osacontecimentos como alerta, por um lado, e como alento, por outro,jáque temosmais experiência com problemas no mercado financeiro no passado etalvez não caiamos nesse tipo de falcatrua tão facilmente. *Mauro Giorgi é analista de investimentos

ATENÇÃO

•Será divulgado na próxima quarta-feira pelo IBGE o IPCA, índice quebaseia o sistema de metasde inflação do Banco Central, referente ao mês de junho. Em maio, a taxa ficouem 0,21%.Omercado esperaadivulgação doresultado de junho para avaliar a necessidade de revisão das estimativas para o fechamento do ano.

AGENDA ECONÔMICA

•2ªfeira:O Ministério do Desenvolvimento divulgao resultado da balança comercial brasileira na primeira semana de julho. Também na segunda-feira sai a pesquisa de produção industrial do IBGE referente a maio.

•3ª feira: A FGV divulga o primeiro decêndio de julho do IGP-M.

•4ª feira: Sai o IPCA fechado do mês de junho, resultado de pesquisa do IBGE.

•6ª feira: A Fipe divulga o IPC da primeira quadrissemana de julho na capital paulista.

BBV promove vendas financiadas de aparelhos

Pagar contas e de quebra levar para casa uma televisão de 29" ou um DVD. Esta é a proposta da parceria fechada entre o BBV Banco e a Philips. Desde o iníciode junho os clientesdo bancopodem comprar equipamentos da Philipsatravés de catálogo em qualqueruma das430 agências do BBV Banco em todo o País. Além da facilidadepara adquiriro produtoo clientepoderá parcelara compra em até 30 meses, com jurosde2,95% aomês,através da linha HiperCrédito Finalista.

Vendas – Em apenas um mês de campanha já foram vendidos 2,5 mil equipamentos. A parceria será encerrada no final de julho. A expectativa até lá é de alcançar a marca de7 milequipamentos financiados.

Esta éa segunda vez que BBV Banco e aPhilipsse unem. No ano passado, a parceria entre os dois resultou na venda de mais de8 mil equipamentos em apenas 45 dias de campanha.

O p o r t u n i d ade – "Esta é uma grande oportunidade para nossos clientes adquirirem produtos de última geração, com pagamento facilitadoem até 30meses,que nãotem hojena maioriadas lojas", dizMárcioMarchesi, diretor de Promoção de Produtos do BBV Banco. A parceria tem por objetivo oferecer quatroalternativas de compraparaosclientes. Umadelasé adobradinha formada porTVde29" tela

Os bancos só ofereciam linhas para compra de eletroeletrônicos perante orçamento da loja

plana (preçoa vistade R$ 1.399,00) eumDVD (R$ 499), ao custode 30 parcelas de R$ 98,01. Financiada acompra sairápor R$2.940,30,ou seja, R$ 1.042,30 a mais do que se o cliente optasse por pagar a vista. Só a TV– Se o cliente preferir levar para casa só a TV pagará 30 parcelas de R$ 72,24. Se apreferênciafor porcomprar oaparelho de DVD o interessado arca com prestações de R$ 25,77, em 30 vezes. O banco estará intermediando aindaa vendada TVde 28"Widescreen, lançamento da Philips, que sairá por 30 parcelas deR$ 98,06.O preço a vista é de R$ 1.899,00.

Tendência – O BBV pretende ainda comeste tipo de parceriapromover umainovação na prestação de serviços aos clientes. Até agora, os bancos vêm oferecendo linhas de crédito para a comprade eletroeletrônicos,mas mediante apresentação de orçamento feito em uma loja. "Nossoobjetivo éaproveitar a ida do cliente ao banco para oferecer outros tiposde produtos", diz Marchesi.

Nossa Caixa, Caixa Econômica Federal e BCN são os bancosque financiameletroeletrônicos, com a apresentação do orçamento. Nestesbancos ataxa dejuros mensalpode variarde 3,40% a 4,30%. O prazo de financiamento éumpouco maior: 36 meses.

Piso do SPB já está em R$ 50 mil

Os bancosganharam mais três semanas de prazo para começar a operar com o limite de R$ 5 mil na Transferência Eletrônica Disponível (TED). A Federação Brasileira das Associações de Bancos, Febraban, pediue oBanco Central cedeu.

O pisode R$ 5 mil, válido para chequese DOCs,que deveria ter entrado em vigor a partir de hoje, segunda-feira, segundo o cronogramade implantação do novo Sistema dePagamentos Brasileiro,SPB,fixado peloBC,acabou sendo adiado,na última sexta-feira, para o dia 29.

R$50 mil– A Febraban anunciouonovo pisoparaa transferência eletrônica, agora de R$ 50 mil, que já está valendo,substituindo opiso anterior de R$ 100 mil.

Segundo o diretor de Operações do Banco Central, Radjalma Costa, osbancos teriam solicitado um prazo maior paraque pudessem ajustar seussistemas. O maior volume de transações como qualos bancospassarão aoperara partirdopiso de R$ 5 mil requer, segundo asinstituições financeiras, novos testes. Daí o pedido de um tempo maior.

Satisfeito – "O Banco Centralentendeu apreocupação dos bancose, como vem agindocom cautelanaimplantação donovo SPB, não

viu nenhum problema em ceder", afirmou Costa. Segundoele, oBC estásafisteito com os resultados apresentados pelos bancos até agora. Os bancos teriam se comprometidoem realizarmais testes durante as próximas duas semanas, informou ainda o diretorde Operações do BC. O aumento do tráfego de informações com o piso em R$ 5mil requer,de acordo

Pesquisa

com a Febraban, cautela. Acordo – O pisodeR$5 mil foideterminado peloBC para as operações realizadas em cheques e via DOC, em 22 de abril, quando o SPB começoua funcionar.Nolançamentodo novo Sistema de Pagamentos, os bancos pediram ao BC, pela primeira vez, mais prazo para operar com o piso de R$ 5 mil. Umacordo coma Febra-

ban permitiu então que o SPB começasse operandocom a TED em R$ 5 milhões. O teto deveriaser reduzidoatéchegar a R$ 5 milno dia 7 de julho.Como adiamento, apenas em1ºde agostoos chequese DOCcom valorigual ou superiora esseteto serão liquidados em tempo real e on-line.

Roseli Lopes

do troco aponta falta de

moedas e notas de R$ 2 e R$ 5

A falta de moedas e o pouco volumedenotasde R$2ede R$ 5 em circulação são apontados pelo comércio como os principais vilões na hora do troco. Issoé oquemostram osdados preliminaresdasegunda pesquisa sobre o troco realizada pela Associação Comercial de São Paulo. A coleta de dadosfoi feita em duas etapas. Primeiro a Associação Comercial,através de 15 sedes distritais, consultou mais de 100 lojistas associados para saber quais são os problemas enfrentados por elesna horade efetuaro troco.

Site– A segunda etapa foi aberta aopúblicoem geral, que deusuaopiniãosobrea falta de cédulas e moedas através do site da Associação

Risco: Caixa recebe classificação da Fitch

ACaixaEconômica Federalfoi classificadapelaagência de classificação de risco Fitch. A dívida de curto recebeunota"F1+" eadelongo prazo"AA", comperspectiva estável, dentroda escalade ratingbrasileira. Nesta mesmaescala,a Caixa recebeu nota de "4T".

AFitch avaliou ainstituição a pedido de investidores e baseou-se eminformações públicas. Os ratingsda Caixa refletem um perfil de risco semelhante ao de seu controla-

dor, o governofederal, o que foi levado em contacomo atenuador pelaagênciapara "problemas substanciais de empréstimo edecontingências do banco."

Mais ajustes – Segundo a agência declassificação, "apesar da necessidade de maisajustes, oProgramaFederal de Ajustepara Instituições Financeiras lançado em junho de 2001, possibilitou uma reestruturação do banco e reduziu aprobabilidade de riscos futuros." (Reuters)

(www.acsp.com.br). Atéo fechamento desta edição (na sexta-feira),cerca de700internautas jáhaviamparticipado da pesquisa.

Quem ainda não participou ainda tem a chance de mandar a sua opinião até esta segunda-feira, quando a pesquisa será encerrada.

Para o BC – De acordo com o economistaMarcelSolimeo,diretordoInstituto de Economia GastãoVidigal da Associação Comercial, a expectativa é de que os dados sejam tabulados atéquartafeira e, logo em seguida, enviados àdiretoria deMeio Circulante do Banco Central, BC.

Solimeo diz que, ao contrário da primeira pesquisa feita emmarço, esta de agora

apontou que houve uma melhora no volume de dinheiro em circulação.

Cédulas somem – Mas que muitoslojistasainda reclamam quehá poucasnotas de R$5 e, principalmente,de R$2 em circulação. "Alguns lojistas nosdisseram que nunca viram uma nota de R$ 2", diz Solimeo.

A cédula de R$ 2 foi lançada emnovembro doanopassadoe, segundo númerosdo Banco Central,há hojecerca de 78,6 milhõesdelas em circulação.

A pesquisa apurou ainda quefaltammoedas de R$ 0,10, R$ 0,25 e R$ 0,50. "O problema da moedaé maior porque as pessoas costumam engavetar essedinheiro", diz Solimeo. (AG)

Petrobrás pretende emitir até US$ 8 bilhões

A Petrobrás, mesmo com toda asituação adversaem relaçãoàimagem doPaísno Exterior, e da aversão ao risco dos investidores internacionais, pretendefazer novas emissões em dólares.

A companhia petrolífera entrou com um pedido na Securities andExchange Commission (similar à Comissão de Valores Mobiliários, CVM) dos Estados Unidos para uma possível emissão de US$ 8 bilhões em papéisde dívida e em ações preferen-

ciais e ordinárias.

A estatal comunicou que planejautilizar odinheiroda emissão para propósitos corporativos emgeral.Issoincluiria despesas, potenciais aquisições, pagamento de dívidas e investimentos.

O pedidode registrosignifica que uma empresa ou entidadepodevender títulos em uma ou mais ofertas separadas com o porte, preço e termos aseremdeterminados no momento da venda. (Reuters)

Adriana Gavaça

Grupo Severiano investe em sala digital

A cadeia de cinemas investiu US$ 240 mil na compra de equipamentos para adaptar uma das suas salas ao novo sistema

As pessoas que assistiram o filme Guerra nas Estrelas: Episódio Dois –OAtaque dos Clones no Shopping Parque Dom Pedro na cidade de Campinas, no último sábado, já tiveram o privilégio de desfrutar da história contada em imagens digitais. Os sabres luminosos do herói Anakin Skywalker e de seu mestre Obi-Wan Kenobi estavam maisbrilhantespois foram reproduzidos porumatecnologiaquesó existeemtrês salas de cinema do País. A sala, no interior paulista,faz parte do circuito do Grupo Severiano Ribeiro.

O investimentona adaptação do espaçoao sistema de transmissãodigital custouà cadeia decinema US$240 mil, preçodoequipamento dereprodução.Nele, os filmes já têm a forma digital (estão numdiscosemelhantea umCD)enãomaiso rolo com apelícula queé passado pelo projetor tradicional.

A expectativa do grupo é de que aqualidade de exibição aumente em 30%a freqüência do público, o que já ocorreu nasoutras duassalas que operam com o equipamento, segundo o diretor de planejamento e expansão da Severia-

no Ribeiro, Francisco Pinto. Com o novo sistema, a empresa espera superar o faturamento de R$112 milhões do ano passado, que já foi 14,3% superioraos R$ 98milhões obtidos em2000.O mesmo deve acontecer com o público freqüentadordo circuito na novasala digitalizada.Em todo o Brasil, os expectadores darede chegarama 16,2 milhões em 2001, número 4,5% maior doque no ano anterior. "Existem apenas 56 salas de cinema com equipamento de reprodução digital em todo o mundo. Quarenta delasestão nosEstados Unidos. Apesarde existir uma expectativa de que esta tecnologiase consolideem razão do altopadrão de qualidade, isso ainda vai demorar no Brasil em razão de cus-

tos. Masvale apena investir no sistemaporque eleatrairá um público maiorpara nossoscinemas", dizFrancisco Pinto.

O Grupo Severiano Ribeiro quer aumentar em 30% a freqüência de sala com o sistema digital

Asoutrasduas salasequipadas comsistema digitalno Paísestãolocalizadas no Shopping Jardim Sul, em São Paulo, e no Shopping New York City Center, no Rio de Janeiro. A primeirafoi inaugurada nodia 29 de abril deste ano ea segundaestá em funcionamento desde14 dezembro do ano passado.

SãoPaulo – A preocupação emadquirir equipamentos de tecnologia de última geração faz parteda estratégia doGrupoSeverianoRibeiro no País.

A entrada do grupono mercado paulista por Campinas, em março deste ano,

Orsa lucra com projeto de reciclagem de papel

OGrupoOrsa, empresa nacional fabricante de papel e embalagem, está recebendo o retorno dos investimento feitos para reduzir o impacto das suas atividades industriais no meio ambiente.

A unidade de Paulínia, no interior de São Paulo, que foi todadirecionada paraasativ idades dereciclagementre 1995 e 1996, já responde por um terço da receita da empresa, quealcançou R$330milhões no ano passado. No local, onde antes era fabricado papelão e embalagens no sistema tradicional, agora são manufaturadas as embalagens e caixas de papelãoondulado com material reciclado oriundo das demais unidades fabris do grupo.

Comoconseqüência imediata, três milhões de árvores deixam de ser derrubadas por ano na reserva da empresa, situadana regiãodeItapeva, interior de São Paulo.

Atualmente,a fábricade Paulínia recicla13 mil toneladas de papelão. O gerente deQualidade e MeioAmbiente do Grupo Orsa, EdmarCosta,informa queo conglomeradoproduz papel recicladodesde 1993e quea empresaéa maiordaAmérica Latinaem reciclagem de papelão. De acordo com Costa, as matérias-primas utilizadas sãoaparas erefugos de

diversostiposde papel.Acapacidade de produção anual éde 132miltoneladas depapelrecicladoe 60miltoneladas de embalagens.

Paraatingir as metas de material reciclado, os funcionários da empresa passaram porum treinamentode16 horas. Todos os admitidos posteriormente passaram pelo mesmoprocesso, quese repeteaté hoje.Areciclagem foi implantadacom planode metas integradoaoPrograma de Participação nosLucros da empresa.

E s c o la s – O Grupo Orsa elaborou, também,um projeto de reciclagempara as 25 mil crianças que freqüentam 60 escolaspúblicasnas regiões de Paulínia e de Campinas. Elas participam de oficinas educacionais de reciclagem de papel e outros materiais como plástico. Outras 20empresasresolveram tornar-se "madrinhas" de escolas que participam do projeto. Elascolocaram recipientes apropriados para a coleta de plástico, alumínio e papelnasáreas livresdasescolas e orientaram os alunos a depositar neles o material para reciclagem. O dinheiro arrecadadocomavenda serve para a aquisição de computadores para as escolas.

por exemplo, consumiu um investimentototal de R$ 15 milhões. Aempresa atuaem SãoPaulo como conceitode multiplex (diversassalas agrupadasnum sóespaçode lazer), batizado Kinoplex. Os equipamentos utilizados nas salas têmalto padrão tecnológico, o que inclui som digital e telas de alta definição. Planos – Além das seis novassalas que serão construídas no bairro paulistanodo Itaim Bibi no Shopping Brascam, em 2003, o grupo tem planos de reformar e ampliar seus cinemas noShopping Vitória,nacapital do estado do Espírito Santo. No total, serãoquatro unidades equipadas com o padrão do grupo em todo o País ea aberturade umKinoplex, com setesalas,no shopping Praia da Costa, também na cidade capixaba. Serão investidos no projeto umtotal de R$ 11 milhões. Em Fortaleza, o grupo Severiano Ribeiro fará uma parceria coma UCI,outra redede salas de cinema do Brasil, para construir um complexo de 12 salas, com investimentos de R$ 12 milhões.

Paula Cunha

São

Paulo terá livrarias

Modelo até final do ano

A rede de livrarias Modelo, dona de 40%do mercado de livros e papelaria de Pernambuco, seprepara paracomeçar suaexpansão nacional por São Paulo, com a abertura de unidades sob o formato de franquia até o final do ano. O grupo possui hoje seis livrarias,das quaiscincono Recife e uma em João Pessoa, capital da Paraíba. Otrunfoda Modelo para investir no Sudeste está no formato desuaslojas,que combinam livraria, papelaria, produtosde informática, escritório, presentes e decoração num só espaço. As unidades da rede têm área média de 200metrosquadrados.A maiorlojada marcatem480 metros quadrados divididos em 10 departamentospor tipo de produto oferecido.

Os planos da livraria são de inaugurar,no mínimo,três unidades até dezembro em São Paulo, com 20 franquias abertas no País até o próximo ano. Dentro de cinco anos, serão 70lojascom amarca em todo o Brasil. A rede também está formatando franquias de quiosques para a venda de livros. "Desenvolvemos um modelodiferenciado da maioria dos estabelecimentos de São Paulo, que preferem concentrar seus negócios ou nos livros ou no setor depapelaria",explicao

Grupo adere ao sistema multiplex e aos shoppings

Porvolta de22anos apósa invenção do cinematógrafo pelos irmãos Lumiere e a exibição do primeirofilme com imagens de um trem chegando aumaestação,o Grupo SeverianoRibeiro iniciou suas atividades em uma pequena salade projeção,batizada Majestic, em Fortaleza.

O empresário Luiz Severiano Ribeiro transferiu-se para o Riode Janeiro comsua família seteanos depois,quando a região Nordeste ficou sem nenhuma empresa distribuidora de filmes.

O primeiro passo na região Sudeste foi montar a CompanhiaAmericana Metro.Em seguida,decidiu investirnos cinemas debairro,inaugurando o Atlântico, na famosa Galeria Menescal.

Com a retração das salas de bairro e das cidades deinterior verificada em todo o território nacional, o grupo decidiu, no final da década de 80,seguir a tendênciamundial do setore instalar-se nos shopping centers. Mudança – Paraacompanhar a transformação, o Grupo passou porum processo de reformulação. OSeveriano Ribeiro, porém, não abandonouas salas derua. Algumas foram preservadas, como no caso das salas São Luiz, Roxy e Leblon, no RJ. No final da década de 90, o grupo aderiuao conceito multiplex, que tema capacidadedeatender públicos de gostos variados. Uma de suas estratégias édivulgar aprodução nacional. (PC)

gerente de franquias da Modelo, Joaquim Bezerra.

A taxa de franquia varia entre R$ 15 mil e R$ 35 mil, de acordo com o tamanho. O investimento médio em estoquee reformado pontopara a abertura de uma livraria é deR$1,5 milpormetroquadrado.O faturamento estimado das lojas é de R$ 1,5 milhão por ano.

A Modelo surgiu da evoluçãodos negóciosdaDPM Distribuidora, que vendia artigos de papelaria e escritório com marcas próprias.A produção dos itens é terceirizada. "Faltavaum canalpara comercialização dos produtos daDPM", dizBezerra. Os artigos da DPM são vendidos 30%maisbaratos doasmarcas líderes.

Dia doEstudante - A Modelo é conhecida no Nordeste pelaspromoções querealiza todos os anos. A mais famosa é a do Diado Estudante, em agosto, quando a livraria oferece 50%de descontoem todos os seus produtos.

A promoção costuma provocarfilasnas lojasdeshopping e congestionamento nas vias próximas às unidades de rua. Segundo Bezerra, a campanhaserá mantidapelos franqueados que aderirem à rede no País.

carência reduzida ● Consultas e exames sem limites;

Isabela Barros Agência Estado

Sandália paraGisele – Atop model GiseleBündchen vai apresentar oficialmente no próximo domingo, em São Paulo, o primeiro produto licenciado com o seu nome. A modelo assinará uma sandália de dedo, com salto de quatro centímetros, produzida pela fabricante gaúcha de calçados Grendene. Gisele opinou diretamente na modelagem e quis dar ao calçado umestilo bemfeminino. Acoleção, quevem sendomantida em segredo, vaise chamar Ipanema GiseleBündchen e será apresentada para convidadosno Pavilhão da Bienal,no ParqueIbirapuera,duranteoFashion Week.AGrendenejátem tradição de trabalhar com modelos internacionais.

Avanço da biotecnologia

atrai a atenção do investidor

Oreinadodo setordetecnologia ruiu com a derrocada do índice Nasdaq, da Bolsa de ValoresdeNova York,maso mercado já têm uma nova estrela: a biotecnologia. Nos últimos anos, ovalor de mercadodas empresasdo setor de farmacêutico voltadopara o desenvolvimentos de drogas a partir da genética

Oportunidade

disparou, com os investidores de olho nos possíveis ganhos que as companhias terãocomo lançamentoderemédios de última geração.

Euforia – "Existe uma euforia com esse setor. Essa área daindústria farmacêutica é onde se tem as ações mais caras do mercado", afirmou o presidenteda Economática, Fernando Excel. A maior parte dessas empresasainda está em fase embrionária, a exemplo decomo ocorreucom as estrelas da Internet.

Um estudofeito pelaEconomática combase nas500 empresas com maior valor de mercado nos Estados Unidos revelaque ascompanhiasde biotecnologia estãonotopo da lista.

O trabalhotoma comobase oíndicePSR, que medeo valor de mercado de uma empresa dividido pelas suas vendas. Em março de 2000, antes da crisedoNasdaq,das20 empresas com maior alto PSR nosEstadosUnidos,13 eram deequipamentos eletrônicos e desoftware, cinco

eram de biotecnologia e o restante de setores variados. O quadro hoje é inverso. As biotecnológicas dominamcom 13companhias notopoda lista e o setor tecnológico tem apenas quatro.

Vedete– "A biotecnologia é a nova vedete das bolsas. Entretanto, a euforia é menor do que a vivida pela Internet. É uma situaçãomenos alucinada", avaliou o presidente.

OBrasil aindanãonegocia empresas doramo debiotec-

nologia no pregão da Bolsa de Valores de São Paulo. Mas algumas empresas da economia formaljá estãoinvestindo na área.

A Votorantim Ventures, braçodecapital deriscodo grupo de mesmo nome, anunciou osegundo investimento em biotecnologia. A empresa criou a Scylla, fabricante de um software que permiteadministrar via Internet dados para o seqüenciamento do genoma.

Volume na Bovespa recua

A Bovesparegistroupequena queda de 2,27% no volumetotal denegóciosentre maioejunho. Ogirocaiude US$ 4,4 bilhõespara US$ 4,3 bilhões. Apesar desse recuo, a média diária de negócios aumentou2,1% noperíodo, passando de US$ 211 milhões para US$ 216 milhões.

Em junho, a bolsa registrou 532,7 mil negócios, com média diária (26,6mil) superior em7,4%à médiade24,7mil

emmaio.Dototal, 93%foram fechadasno sistemaeletrônicoe os7% restantesno pregão viva-voz.

As instituições financeiras lideraram as aplicações na Bolsaemjunho(32,5% dos negócios). Em seguida vieram estrangeiros (29,4%), investidores institucionais (18,3%), pessoas físicas (17,9%) e empresas (1,8%).

Rejane Aguiar

O presidente do Banco Central,BC, ArmínioFraga, viaja na noite de segunda-feira para os Estados Unidos, onde se reunirá com a diretoria do Fundo MonetárioInternacional, FMI, nesta quarta-feira.

A assessoria de imprensa doBCnão adiantouoassunto dareuniãoemWashington.Fragase reunirá com bancos privados e com representantes do Federal Reserve, banco central americano, em Nova York.

Sem pedido– Em Buenos Aires, o presidente Fernando Henrique Cardoso disse que não houve pedido de ajuda adicional ao FMI.

"Não tenho conhecimento denenhuma consultaao FundoMonetário Internacional.Temosum acordo com o Fundo que vai até setembro, está em vigência. Em verdade há uma avaliação em setembro que tem vigência até o final de dezembro", disse ajornalistas Fernando Henrique.

Poucos detalhes– Em Washington,o porta-vozdo Fundo, David Hawley confir-

mou a visita de Fraga, mas deu poucos detalhes.

"Como parte de sua visita aos Estados Unidos, o senhor Fraga visitará oFundo para atualizar a diretoria sobre a atual conjuntura no Brasil", disse Hawley.

Antes, o diretor-gerente do Fundo,Horst Koehler, disse não ver neste momento a necessidade da definição de um pacote de ajuda para o País. Risco do País – O presidentedo BC tambémdivulgou por meio da assessoria do banco, umanota esclarecendo seus comentários de que o País poderá atingir o grau de investimento ( investmen t grade")nas classificaçõesdas agênciasderating em30meses.Atualmente, aclassificação do Brasil está quatro notas abaixo desse patamar. Aparentemente preocupadoemressaltar quesuaestimativa de prazo para o país chegaraograu de investimento não significa que acredite em uma demora na melhora da atual conjuntura, disse que "não será necessário esperar 30mesesparaquea situação melhore." (Reuters)

Pequenos fabricam os móveis do Brasil

A indústria brasileira de móveis é formada basicamente por micro e pequenas empresas . Das 13 mil indústrias do setor, 10 mil são de pequeno porte. O tamanho, porém, não é impedimento para a qualidade. O setor vem ganhando espaço com o investimento em design. Os fabricantes descobriram que agregar valor aos produtos é a grande saída para a crise.

É otrabalhodosmicro e pequenos empresários que leva adiante a indústria brasileira de móveis.No ano passado,osetorfaturouR$ 9,7 bilhões e exportou US$501 milhões. Do total das 13,5 mil empresas que atuam na fabricaçãodemóveis,10 milsão de pequeno porte.

Segundo a Associação Brasileira dasIndústrias doMobiliário (Abimóvel), os fabricantesvêm enfrentandosérias dificuldades financeiras. Mas a exportaçãoe o investimento emprodutoscom maiorvalor agregadovêmse revelando alternativasde so-

brevivência. "Incorporardesign aos produtos é fundamental para a competitividade",dizo presidentedaAbimóvel, Domingos Rigoni.

A IndústriaSafari, deRio Negro (PR),abandonou há doisanos sua linhapopular de móveis de pínus e passou a investirem produtosdealto padrão, voltados ao mercado externo. Resultado:o número de funcionários dobrou e o faturamento também.

De acordo com o diretor da empresa, Márcio Hilgenstieler, amudançade estratégia foi uma questão de sobrevivência. "Paramanter alinha

popular precisaríamos investir em automação e vender emgrande escala,o quepara uma empresa pequena não é possível", afirma.

O setor moveleiro é um dos que mais reúne condições para ampliarseu volumede exportaçõese geraçãodeempregos.Porisso aAgênciade Promoção dasExportações (Apex), o Sebrae e a Conferação Nacional da Indústria (CNI) criaram um programa de capacitação paratornar micro epequenos empresários mais competitivos.

O programa,batizado de Promóvel,possui cinco nú-

Abimóvel quer criar selo para atestar qualidade de produtos

Abuscapela qualidadeea concorrência de mercado baseadaunicamente no preço, fomentada principalmente pelas médias empresas, preocupa aAbimóvel. Aentidade v ai propor que o mercado adoteum selode qualidade para os móveis.

A intenção é trabalhar com três selos, que teriam graus de exigência eclassificações diferentes. Numaprimeirafase, o selo apenas indicaria que

determinado móvel está dentro dospadrõesmínimosde qualidade exigidos. O selo seria destinado ao móvel e não à empresa. Ofabricante poderiacertificar aspeças ou linhasque desejasse,mas a qualidade atestada seria referente só ao produto. Na segunda fase, a empresa poderiarequisitarum outro selo, mais avançado. A exigência, nessecaso, seriapossuir ISO 9000 e um designer

para oacompanhamento interno da produção. Para obter um terceiro selo,a empresadeveria terpor exemplo, a certificaçãoISO 14000.Os produtospassariam por testes rigorosos nesta etapa. "O móvel com este seloestaria pronto para o mercado externo porque atenderiaa todososrequisitos de exportação", diz o presidenteda Abimóvel, Domingos Rigoni.

Artigiano se aliou a construtoras para vender cozinhas de luxo

A Artigianoé umadas empresasqueoptou por trabalhar com itens de maior valor agregado. Especializadana fabricação de móveis para cozinha e armários de alto luxo, a empresa existe há10 anos e possui três lojas em São Paulo, uma delas localizada na avenida Europa, nos Jardins.

De acordocom oproprietário, Marcelo Faria,apesar da localizaçãoprivilegiada, os clientes são trazidos por indicação. "Já foi a época em queo pontochamava aspessoas", diz. Para o empresário, esse tipo de negócio se faz com atendimentopersonalizado e muito marketing.

"Aspessoas estãoumpouco relutantes.Precisam de uma recomendação", diz. Metade dos clientes desta fabricante de móveis chega por meiodaindicação de exclientes satisfeitos.

E aoutra metade éproveniente de parcerias que a empresa faz com construtoras. A A rtigianose responsabiliza pelo projeto do apartamento modelodecorado eemtroca recebe o mailingdos futuros moradores.

A partir daí inicia sua ofensiva de marketing. A empresa têm alguns anos, ou seja tempo da obra, para convencer os futuros moradores a mobiliar anovacasacomos seus produtos. "Nesse processo são enviadas cartas, projetos

e e-mailscom plantasdos ambientes",afirma Faria.Ele conta ainda que oferece descontos generosos se a maior parte dos moradores optar por sua empresa. Segmento – A praticidade dos móveis de cozinha é fundamental. Peças moduláveis, divisórias organizáveis, gavetões, dobradiças metálicas, revestimentos diferenciados

cleos de design no País que visamformar mão-de-obra qualificada. O objetivo é chegar a 30 núcleos. Design – “Conseguimos aumentaro preçodemuitos móveis em até100%,acrescentando apenas alguns detalhesparadarum diferencial”, afirmao designerFernando Jaeger. Eleafirma que os empresários que não apostarem nesta idéia vão perder a brigapelo mercado.“Hoje em dia,o móvel nãose resume ao material de que é feito, mas precisa ser funcional, prático e bonito”, comenta. Pólos – A indústria moveleira está concentrada principalmentena regiãoSuldo País.É delá quesaemmais de 80% dos móveis que o Brasil exporta anualmente. Sóo estadode SantaCatarina é responsável por 46,84% das vendas externas. O Rio Grande do Sulexporta

31,24% e o Paraná 8,78%. O estado de São Paulo fica com 8,19% eMinasGerais com 2,3%. Mercado interno – Com a estabilidade da moeda, o brasileiro não tem mais a pressão que a inflação exercia no momento de definiruma compra."Antes, oconsumidor eralevadopelo preço epela oferta à vista. Hoje está mais

exigente, pode pesquisar, comparar, esperar, escolher e planejar",afirma opresidente da Abimóvel. Alternativas – NaAveraldo Móveis, empresa especializada na fabricação de sofás, a alternativa para vencer concorrênciae as oscilações de mercado foi partir para a restauração de estofados. O proprietário, Averaldo Santos, conta que atualmente faz cerca de 20 restaurações por mês e vende apenasquatro sofás de fabricação própria. "As pessoas estão com menosdinheiroe aopção éa restauração", afirma. A Averaldo Móveis existe há 15 anose fazqualquertipode sofá sob encomenda, com o mesmo designe qualidade dasgrandes marcas.Segundo ele, é comum que pessoas procurema empresacom fotos ourevistasparaa reprodução.

Tok & Stock foi pioneira na "democratização" do design

Móveis exclusivos, com design arrojado, variedade e pronta-entrega fazem da Tok &Stocka maiorlojademóveisdoBrasil. Aempresafoi fundada em 1978 com a proposta de"democratizar odesign", ou seja, torná-lo mais acessível.

Naquela época, ocasal Regis e Ghislaine Dubrule acabava de chegar da França. Na hora de mobiliar acasa, não encontraram no Brasilmóveis com design,bons preços e entrega rápida.

Para suprir uma necessidade rápida, fizeram desenhos e umaencomenda aummarceneiro.E apartirde entãoo casal identificou um nicho de mercado carente.

Assim formou-sea proposta da Tok & Stock que, como onomeindica,oferece design diferenciadopercebido em suascoleções (tok) e disponibilidade de muitos produtos no depósito para

Tok & Stock alia design a entregas rápidas e lançamentos constantes

retirada imediata (stock).

A empresa possui atualmente 97 mil metros quadrados de área de ocupação, sendo 75 mil com lojas, 22 mil de depósito eescritório central. Com cercade 1.500funcionários, trabalha com cerca de 600 fornecedores.

O ritmo de lançamentos da empresa é também incomparável.ATok &Stocksepropõe acolocar decinco aseis novos produtos pordia em

prateleirasdas lojas,oque contabiliza a exposição de oito mil modelose a comercialização de 500 mil unidades a cada mês.

Outro pontoforte éa exclusividade dosmóveis.Há produtos de marcas de designersinternacionais comoa sueca Innovator, a dinamarquesa Pelikan Design e Niels e as espanholas Disform e Sellex.E réplicasfabricadas na Itália de Le Cobuster.

Mais mobília na casa da classe

C

e cores variam ano a ano. O segmento de cozinhas é umdos maisdifíceis parase trabalhar dentro do ramo moveleiro. Exige atualização constante, elaboraçãode peças e criatividadepara adaptar as novidades aos projetos existentes. Não há micro empresários no segmento, mas apenas pequenose médios fabricantes.

As classes C eD estão conseguindo mobiliar a casa graças às lojas quecobram preços extremamente baixos e facilitam o pagamentoem parcelas fixas a perder de vista. Os móveis vendidos geralmente são de pínus ou material condensado, têm durabilidade restrita, mas são visto-

sose apresentamitens funcionais, como espelhos. Marabraz e Kolumbus são as maiores. Mas varejistas comoCasas Bahiae oPonto Frio também decidiramentrar com força no segmento. No anopassado,emfunção doracionamento,aCasas Bahiainvestiu na venda

de móveis.Resultado: avenda, que representava 10% do faturamento da rede, passou para 30%. "Depoisdo Plano Real, ficou possível comprar a prazo, oquefavoreceu o crescimento das indústrias demóveis populares",explicaDomingosRigoni, presidente da Abimóvel.

Tsuli Narimatsu
Santos: a Averaldo Móveis , fabricante de estofados, começou também a restaurar sofás para incrementar receita
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Marcelo Faria diz que clientes procuram Artigiano por indicação
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Incubadora ajuda a consolidar negócio

Os programas de incubadoras no Brasil já beneficiaram mais de três mil empresas. Só o Sebrae atendeu 2,3 mil empreendedores em quatro anos. O sucesso das incubadoras se deve à redução de custos com aluguel e ao fácil acesso a consultorias jurídicas e de marketing, entre outros benefícios.

Começaruma empresa não é tarefa fácil. O empreendedorpodeconhecer bemo produtoque querfabricar, mas,muitasvezes,não entende nada de recursos humanos,administração ou planejamento estratégico. Para ajudar osprofissio-

nais aresolver osimbróglios da formação e consolidação da empresa,entidades como oSebrae(Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), universidades e centros de tecnologiacriaram as incubadoras.

Um estudo do Sebrae indi-

ca que micros e pequenos negócios que passam por um período de incubaçãotêm mais chancesdese sairbem nomercado. Cerca de 80% das empresas que não receberamorientaçõescorretas fechamas portas. Oíndicecai para 30% entreas que fica-

Região Sudeste concentra a maioria dos programas

No Brasil há 150 incubadoras de empresas. Cerca de 80% delas têm o apoio financeiro do Sebrae.O programa já beneficiou2,3 milmicro e pequenas empresas no País. Veja algumas das principais incubadoras brasileiras.

• InstitutoGênesis –É o programa da PUC do Rio. Para entrar naincubadora é preciso serestudante dauniv ersidade ou ex-aluno –até cinco anos após a conclusão docurso. Oscandidatostêm deapresentar um planode negócios paraconcorrer às vagas. Hoje, 19 empresas estão incubadas.

Além do aluguel da sala comercial subsidiada (ver matéria abaixo), o Instituto oferece àsempresasconsultoria jurídica, de marketing e tecnologia da informação. O site é www.genesis.puc-rio.br.

• SoftexCampinas– O programaé ligadoaoCNPq.

Para fazer parte da incubadoraé precisoapresentarum plano denegócios. Se oempresárionão tiver,deveprocurar o Sebrae local. Os incubados podem escolher o tipo de serviço que querem.No básico,osempreendedorestêm umasalapara trabalhar,serviçode recepção, segurança24 horas,serviço de mensageiro, entre outros. Também há consultores ensinandoos empresários a gerir o negócio. O site da Softex é www.softex.br.

• Intuel – O programa é da Universidade Estadual de Londrina, no Paraná, tem capacidadepara incubar 13 empresas. Nãoháexigência quanto a ser estudante ou exalunodaUEL. Paraseraprovado, o projeto tem de ter base em tecnologia da informação e comunicação, ouseja, desenvolver sistemas, aplicativos e outrasferramentas

tecnológicas.

A incubadora é aberta à comunidade. Osempreendedoresficam naIntuel,em média, um ano e meio, emborao tempomáximoseja três anos. O programa oferece às empresas incubadas consultoria jurídica, em marketing e finanças. Osite é www.genorp.com/intuel/

• Centro deApoio ao Desenvolvimento Tecnológico da UnB (Universidade de Brasília) – A incubadora apóia empreendimentos de tecnologianas áreasdeautomação predial, biotecnologia agrícola, geotecnologia, informática,racionalização de energiae biologiamolecular. O programa da UnB é um dos mais antigosdo País,tem 12 anos. Atéo ano passado, 19 empresas saíram da incubadora. OsiteédaUnBé h tt p: // ww w. cd t. un b. br / (CM)

Primeira editora virtual brasileira nasceu em chocadeira

Uma idéia na cabeça e no papel.A PapelVirtual,primeira editora virtualdo Brasil, surgiudas pesquisasdo carioca Tomaz Adour, estudante de administração de empresas da PUC (Pontifícia UniversidadeCatólica) do RiodeJaneiro. Evirou empresa numa c ho c a d e ir a da universidade.

Adour estudou o mercado editorial brasileiro durante seis anos para sua tese de mestrado. Ele descobriu que 40 milautores nacionaisqueriam publicar suas obras, mas não encontravam editoras dispostas a bancar atiragem demil exemplares. Esseé o

númeroexigidoparaa impressão dar lucro. Asolução encontradapelo empreendedor foi simples. Criou uma empresa que consegue imprimirum mínimo de 50 exemplares e ainda pagar 20% de direito autoral, o dobro do queas grandes editoras pagam para os autores. As vendas são virtuais. Os clientespodemcomprar a versão impressa ou a virtual. A entrega é feitaem até duas semanas. Planejamento – Para formataronegócio, fazeroplanejamento estratégico, Adourficou dois anos incubadono Instituto Gênesis,

incubadora da PUC no Rio. Umdos benefícios doperíodo de incubação foi a redução dos custos iniciais com aaberturade umaempresa. O empresário diz que o investimento inicial foi de apenas R$ 10 mil.

Na PUC, as empresas têm o aluguel subsidiado,oapoio de advogados para orientar na documentação e a consultoria de profissionais de recursos humanos, um imbróglio paraa maioriados pequenos empreendedores. Hoje, aPapel tem500 títulospublicados. Segundo Adour, atéofinaldoano,o número deve dobrar. (CM)

Estudante aposta em software

Empregar e não ser empregado. Essa é a idéia que levou o estudante de computação

Juliano Pastorelli Dutra, de Campinas, São Paulo, a montara empresadesoftware BrainWeb.

Dutra está há seis meses numaincubadora deempresas da Softex (Sociedade para Promoçãoda Excelência do Software Brasileiro), que tem o apoio do Sebrae e do CNPq (Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Paraabrira empresa,Du-

trainvestiuR$ 5mil.ABrain ocupa umespaçode12metros quadrados.Osgastos mensais com aluguel e a mensalidade paga àSoftex são de R$200."Se tivessedealugar uma sala, gastaria só com a locação R$ 1.000.Seria impossível manter a empresa", diz. Além do baixo custo mensal, Dutra procurou a incubadora para trocar experiências tanto administrativa quanto no campo tecnológico. "A troca entre asempresas é muito grande", diz Dutra. O próximo passo do em-

ram incubadas. Hoje, há 150 programas em funcionamento noPaís, 124 nas regiões Sul eSudeste e 26 no restante doBrasil. A área mais beneficiada é a de tecnologia. As incubadoras de base tecnológica representam a maior parte dos projetos.

Mas o quadro deve mudar. Este mês oSebraedivulgou um edital para selecionar mais110 novosprogramas. Incubadoras culturais, de cooperativas e agronegócios vãoreceber atençãoespecial. "Não estamos deixando de investirem tecnologia,mas

observamos que os outros setores tambémprecisamde ajuda", diz Maria de Lourdes da Silva, gestora do programa de incubadoras do Sebrae. Caminho – Os requisitos paraa seleçãodas empresas variam de acordo com a entidade que mantém a incubadora. Depois do processo seletivo,as empresasrecebem um programa que, em geral, é dividido em quatro etapas. O primeiro éa implantaçãodo negócio. "Nessa fase, os empresários recebem orientação para regularizara documentação da empresa, por

exemplo", diz Lourdes. A segunda etapa é a do crescimento. Depois, aempresa passa por um período de consolidação da marca. A última fase é a preparação para a saída da incubadora. Cada companhia fica entre dois e três anos incubadas. "Há casos em que se sai antes, masissosó acontece, quando, realmente, oempresário sesente preparado",afirma Silvia Helena Contardo, subgerente da Incubadora Gênesis,daPUC(Pontíficia Universidade Católica), do Rio de Janeiro.

Empresa ficou incubada para superar perdas de incêndio

A empreendedoraparaense Fátima Chamma, de Belém, usou os serviços de uma incubadora de empresas para reerguer a Chamma da Amazônia, indústria decosméticos da família.

Na década de 80, um incêndio destruiu a empresa. Desiludido, o pai de Fátima abandonou o negócio. Em 1996, a empreendedora decidiuassumir a empresa e fazer novos investimentos .

O primeiro passo de Fátima, formada em direito, mas sem experiênciaadministrativa, foi procurar ajuda no Sebrae. Os técnicos da entidade orientaram a empreendedora aingressar naincubadora de empresas da Universidade Federal do Pará.

No programa, Fátima teve acessoa pesquisas eformou parcerias importantespara o desenvolvimentoda Chamma." Aincubadora dácredibilidadeà empresa",afirma Fátima.

Subsídios – Paraa empreendedora,osincentivos fi-

nanceiros destinadosà participaçãode cursose feirasforam decisivospara o crescimentoda companhia. "Nos eventos, percebemos que precisávamos fazer mudanças. Uma delasfoiacrescentar à marca Chamma o nome Amazônia, já pensando no mercado internacional. A empresa ficou mais consolidada", afirma Fátima. Na incubadora, aempreendedora também conseguiu estruturar asfinanças donegócio. No primeiro ano de incubação,pelasala de80metros quadrados quea empresa ocupava, Fátima pagava

apenas30%do valordoaluguel. A porcentagem subia conforme o desempenhoda companhia.

Crescimento – Há um ano fora da incubadora, a Chamma daAmazônia, quecomeçoucom apenas quatro pessoas,emprega46 profissionais. São 27 pontos-de-venda em todo o Brasil.Até o final do ano, mais dez lojas serão inauguradas. A produção média é de30 mil unidades. Entre os produtos mais vendidos estão ossabonetes e as colônias com fragâncias típicas da floresta, como patchuli e cumaru. (CM)

Um País campeão • Um Brasil maravilhoso • Uma companheira ideal, são os grandes complementos na vida de um homem. Nunca é tarde para ser feliz. Por trás de um grande homem há sempre uma grande mulher O Clube Internacional da Amizade te ajudará a encontrar a pessoa certa Visite-nos, sem compromisso e conheça os nossos catálogos de fotos

preendedor éapresentar os produtosno Comdex,congresso e exposição de serviços e produtos de alta tecnologia, quevai aconteceremagosto, em São Paulo. Paraoevento,Dutra desenvolveu um software que vai ajudar amelhorar a relaçãodasempresas, quevendem pela Internet, com os seus clientes. "Éuma espécie decartãode fidelidade virtual", afirma. Osistemada Brain coleta informações dos consumidorese orientaolojista na hora da venda. (CM)

ANÁLISE João de Scantimburgo

Interpretação da época

Estamos vivendo na era das massas populares, comandadaspelos meiosde comunicação mais eficazes até hoje inventados, o rádio e a televisão,sobretudo atelevisão,que nãosó seduz,como influi, decisivamente, no comportamento humano. Bastam as modas,os nomes dos recém nascidos, a confusãodoator emcarnee osso comoqueatela apresenta, levando, tantasvezes, oserros dos menos informados, que são a maioria dos telespectadores.

Essa eradas massastem de ser compreendida nasua totalidade pelos dirigentes eleitos, nas próximas eleições. Os tempos longínquos do PRP, quandoemSãoPaulo havia poucosautomóveis, obonde circulava comlugares vazios eapopulação urbananãoia além de quinhentos mil habitantes,esses tempos ficaram para trás, para os historiadores. Hoje são milhões que circulam pelasruas, tantopessoas como veículos. São essas duasrealidadesqueo presidente ou o governador devem enfrentar.

Todas as leis devemlevar em consideração a massa hu-

mana que vai ter de obedecêlas, sem saber, com exatidão, oseu texto, as suas obrigações,osseus compromissos com o fiscoe outras obrigações que vêm no texto da lei. É deum pesodescomunal a era das massas, peso psicológico, que condicionaa pessoa e, ao cabo de alguns anos, a modela,para viverdentro de uma espécie deredoma, onde asopiniõesseeqüivalem,porteremorigem nos meios de comunicação.

O próximo presidente, seja ele quem for, terá esse fenômenonasua frente,no seu dia a dia, na sua administração, nos problemas de seu governo. Pensaram aesse respeito os candidatos? Duvido,embora ocontatocom as massas ser-lhes-á obrigatório, se quiserem governar como épreciso, istoé, tendo em vista o bem comum, de quetanto sefalae deque pouco secuida. Preparemonos,pois,para opróximo presidente da era das massas, mais do que o atual.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

O fator externo

Antonio Delfim Netto

C reio quepoucaspessoas têm dúvida queavulnerabilidadeexterna da economia será o principal problema a ser administradopelo próximogoverno.Devidoàexcitação préeleitoral e ao nervosismo dos mercados financeiros, ela vem ocupando osprincipais espaços namídia. Numacertamedida essa discussão foi ampliada pelo próprio governo que,depois de passar oito anos construindo a dependência externa, tenta transferiraos próximosgovernantes a paternidade do problema que nasceu com a política cambial do primeiro mandato e permaneceu malresolvidono segundo.

Os candidatos à Presidência, melhor situados nas pesquisas, têm procurado"tranqüilizar os mercados", garantindo a intençãodemanter osuperávitprimário,respeitar (maisoumenos)o sistema demetas inflacionáriase obedecer à Leide Responsabilidade Fiscal. Isso é importante, embora revele um certo temor reverencial diante das "forçasdomercado",deixando marginalizadas questões essenciais como a retomada do crescimentoe aredução dodesemprego.Vai ser interessante observar de que forma os programas de governo, em elaboração, oferecem sugestões para revigorar o comércio exterior brasileiro ou para garantir o fornecimento de energia, por exemplo, que são duas questões centrais de qualquer política orientada para o desenvolvimento econômico.

Nós só vamos superar as dificuldades externas que impedem o crescimento brasileiro se o próximo governo tiver a capacidade de mobilizar o setor produtivo para umarápida expan-

Prometer e não cumprir

Muito provavelmente, surgiránofuturo, sejánãosurgiu, fazendo pesquisas biográficas, um biógrafo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Temos biografias de Prudente, Campos Sales, Rodrigues Alves, Afonso Pena, Epitácio Pessoa, Arthur Bernardes, WashingtonLuís, GetúlioVargas,Juscelino,Jango,de Castelo Branco.Os que faltam constam de estudos sobre todos os presidentes, estudos dos quaissou umdeles,José MariaBello, JoséMaria dos Santos e outros de que não me lembro.

O historiadorhonesto, rigorosamenteadstrito aosdocumentoseà atividadedobiografado, vai se basear nas promessas do candidato, como ponto de partida. O presidente FHC fez cinco, com a mão espalmada.Tínhamos etemos necessidadede reformatributária,de reformafiscal, dereformaprevidenciária edeoutras reformas, que o presidente comentou durante seus discursos, nãoraro, caudalosos, que não foram cumpridos, emborao presidente tenha obtido a reforma constitucional em seu favor.

Csão dasexportações eengajá-lo numprogramainteligente de substituição deimportações. O crescimento das exportações é o únicocaminhocapazde ir reduzindoavulnerabilidade externa, na medida em que permitir a formação de saldos comerciais que tranqüilizem os credores quanto à nossa capacidade de honrar os pagamentos. É isso quevaimudar asexpectativase reduzir onível dedesconfiança dosinvestidores, abrindoo espaço que precisamos para aliviaro garrotedasaltas taxasde juros, que desestimula os investimentos e impede o crescimentodaprodução.Se tivermos, ainda,competência pararacionalizar acarga tributária que pesasobretodo osetorprodutivo,teremos iniciado ocaminho paraum novocírculo virtuoso na economia brasileira, trazendo de volta o crescimento e, com ele, a recuperação dos empregosealíviona enorme tensão social a que estamos submetidos.

O outro ponto de estrangulamentodo nossodesenvolvimento é a oferta de energia. O próximo governo terá que recuperara matrizenergéticaque privilegiava osinvestimentos emhidrelétricasparaque aindústria brasileiravolteasebeneficiar dasvantagenscomparativas que o sistema oferece. É o que vai garantira continuidade de nossodesenvolvimento. Neste campo, oatualgoverno termina também deforma melancólica: ele diz que não há risco de novo racionamento, mas não peloaumento daoferta de energiaesim pelaquedadademanda,numaeconomia sem crescimento nos próximos dois anos. Péssima perspectiva...

Antonio Delfim Netto é deputado federal

Ascartas àRedaçãosomenteserão publicadas se contiverem,alémda identificação do missivista, endereço com rua, número, bairro, CEP e, se possível, telefone e rg. As cartas poderão ser resumidaspela redação, publicando-se, apenas o essencial. Os originais não serão devolvidos.

Prometer e não cumprir é lamentávelem qualquerpessoa. Napoleão já ensinava, num de seus pensamentos, que não se deve prometer, porque prometendo-se deve-se cumprir. O presidente FHC prometeu e não cumpriu, embora nostenhadado aLei deResponsabilidade Fiscal, cuja duração poderá ser precária, nestePaísde esbanjamentose descumprimento deleis. A moeda estável, com pequeníssima inflação, fato que o abona.

Ocandidato JoséSerraainda não fez as promessas costumeiras, paraatrair oeleitorado, porém, social democrata que é, vai seguir a linha de seu antecessor, masdeve cumprir, ao menos, as promessas feitas com mão espalmada, para quetodos aguardassem na memóriae as cobrassem no curso doexercício de dois mandatos,um deles arrancado do Congresso, logo de saída, emboraatradiçãotenha sido no Brasil de quatro ou cinco anos. Que faça as promessase ascumpraéo quedesejamos.

João de Scantimburgo

Triste realidade

omemora-se, falsamente, o aumento do número dealunosno ensinomédio brasileiro. Sãoquase 9milhões,espalhadospelo nosso imenso território. Mas a nossa aflição se refere especificamente à qualidade do que se ministra,nas salasde aula,em especial asdo complicadoensino noturno.

Uma publicação feitapelo Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial é bastante sintomática. Pegou o diário de classe da aluna de 17 anos, Sandra da Lux Silva, da terceira série da uma escolaestadualno bairro de CapãoRedondo, na periferiada ZonaSulde São Paulo, e registrousuas angústias, suas dúvidas, a revolta pelas condições de classe,um triste retrato darealidadede tantas outrasescolaspúblicas do nosso país.

Osfatos aqui reproduzidos referem-se ao ano letivo de 2001.Onúmero dealunosda sala: 48. Uma constante, nas anotações dajovemSandra: a faltade professores. Por diferentesmotivos. QuímicaeFísica, as preferenciais. A terrível verdade, expressapor umaluno: "Aqui ninguém fuma, só cheira!"

Já nafase conclusivado ensino médio, aprofessora perguntou à sua turma, quando a bagunça generalizadapermitiu, o que era uma dissertação. Ninguém soube responder. "Osalunos nãofazemoutros cursos, a escrita é péssima, ler então, nempensar.O sonhoé serem cantoresde pagodeou rap". O que isso tem a ver com as bombas que são explodidas sistematicamenteno pátio, ninguém sabe explicar. Talvez a intenção seja só de assustar.

Se a professora de Português insiste nas aulas de Literatura é um desperdício de tempo. "Ninguémentende nada.

Os artigos enviados à Redação do DC para

Cautelas da época Em período de eleição é precisocuidado dobradocomtudo o que se escreve porque governo e oposições podem tentar manipular qualquer opiniãooucomentário ao sabor de seu interesse. Fica difícil criticar para manter a neutralidade e não dar munição à oposição. Fica difícil elogiar pelo mesmo motivo. Assim,o melhor de tudo é escrever a verdade,comosempre, "duela a quien duela".

oposições gritando,mas sem propostas visíveis de correção. O PT já adiou de novo seu programa econômica. Não sabe mais como conciliar socialismo com capitalismo num mesmo programa. Intervenção do estado e economia de mercado.Vaidar um samba do crioulo doidopara cadabrasileiro "sambar".

Cobranças

Também ninguém presta atenção". Atenção mesmosó quandohá festas, com muita música, ou campeonatosinternosdefutebol. Hámuita disputa e muita briga, também. Sem queos professores possam intervir.

O professor de História gostamuito detrazernovidades que obriguem os alunos a usar o cérebro. Naquele dia, trouxe cópiasxerox dapropostade umdeputadodo PTsobrecotas de estudantes das escolas públicas para ingresso nas Universidades oficiais. Isso foi muito discutido em classe. O tema era do interesse de todos. Naaula seguinte,foi amesma coisa.

Durante a aulade Química, a professora é inteiramente dominada pelos alunos.O barulho é infernal. Um aluno chegouaxingar aprofessorae berrou que "oseu diploma foi comprado!" No dia seguinte, dizSandra, "aminhavontade de ir à escola era mínima. Com um clima daqueles..."

O comentário geral na escola é de que o ensino público está em decadência. As faltas dos mestres são sucessivas e descaradas. Louve-se a professora deInglês,queresolveu dar uma aula diferente, com música. Nãodeu certo:todas astomadasdasala estavamqueimadas.Deveresde casa?Só 10% dos alunoscostumam fazer. Pais e mães de bagunceiros nãocomparecem àescola, nemquando sãochamados pelo diretor. Não se interessam pelos seus filhos.

Esteé oquadrode umasala de aula típica, a que se deve acrescentar umgrande interesse quando o assunto entre os alunos é sobre a compra de munição para revólveres de todososcalibres. Qualseráofuturo dessa gente?

Arnaldo Niskier é membro da Academia Brasileira de Letras

Inflação escamoteada

Existe ainflação dosíndices oficiais ea inflaçãoque oconsumidor, o cidadão comum, sente no bolso. Parodiando o Boris, é uma vergonha.

Aumentos

Gasolina. Gás. Energia elétrica. Telefonia. Água. Pedágios.CPMF. Tudoquedepende do governo, tudo que é atrelado aooficialismo erecai sobre obolso do consumidor, seja pessoa físicaou jurídica, está subindo ou já subiu de formaaté agressiva.Energia,por exemplo,mais 15% sobre o quejásubiuesobre aescorchante taxa deprevençãodo sistema –coisa ridícula– criada.

Euforia

A população, em sua doce ignorância, ainda mais agora embevecida pelo penta, vai pagando o que pode, como pode. Asempresas, minguando,encolhendo, despedindo. O governo se estufando, lutando para se manter no poder e as

Alguns leitores amigos me cobraram uma posição sobre osaumentos,entendendo que eu estava anestesiado pela conquista na Copado Mundo. De fato,impossível não vibrar. Agora, quem ganhou aCopa nãoforamos políticos,osdirigentes públicose mesmoda CBF emuito menos as oposições.Foi ateimosia doFelipão com a aplicação de nossos jogadores. Setivéssemos perdidoa Copa,Felipão e"troupe"estariam exilados e as "autoridades" argumentando: "eu avisei..ele foi teimoso..." . É a vida.

Grito

Daquidesse cantinho modesto, humilde, o nosso grito de desagrado em nome do consumidor, da pequena e média empresa,dos pagadoresda conta, esmagados pela ganância e incompetência de governo e seus opositores. E tome mentiradetodo ladonacampanha eleitoral. Prepare-se leitor/eleitor. O que vem por aí de sujeirae demagogia, será de dar engulhos. Aliás, já está dando.E vivaacambalhotado Vampeta (Vampirocom Capeta) na rampa do Planalto...

máximo2.800caracteres,sedigitados,ou40

datilografados.

P. S . Paulo Saab

Penhora on line já apresenta resultados

O sistema permite à Justiça do Trabalho bloquear valores de dívidas trabalhistas nas contas dos empregadores Pelo menos dez empresas no Estadode SãoPaulo que perderam açõestrabalhistas tiveram os valoresdo débito bloqueados através do recém criadosistemade "penhora on line". A estimativa foi feita pela Juiza MariaDoralice Novaes, doTribunal RegionaldoTrabalho, da2a Região. "AJustiça do Trabalho compreendemuitas varase ainda nãofizemos umlevantamento. Mas com certeza, já ocorreram mais dedez casos de penhora ", diz.

Convênio – Onovo sistema foi implantado para agilizara execuçãodassentenças trabalhistas eé resultado de convêniofirmadoentre o Tribunal Superiordo Traba-

lho (TST) e o Banco Central. Agora, os juízes de primeiro grau encaminhamatravés de correioeletrônico pedidode informaçõesao BC sobre a existência do valor da condenação nas correntescorrentese aplicaçõesfinanceiras dos empregadores.

Oconvênio aindapermite aos magistrados determinarem o bloqueio e desbloqueio decontasde pessoasfísicase jurídicas executadas em ações trabalhistas.Cada um terá uma senha de acesso para entrar no sistema.

Críticas – O projeto é polêmico e as reclamações quanto o seu funcionamento tendem a aumentar à medida que as empresascomeçaram aser

surpreendidascom asexecuções. Desde a suaimplantaçãonos TribunaisRegionais do Trabalho, no início do mês dejunho, osistema está sendoalvo decríticas por parte deadvogados trabalhistas. Oprincipal receio é de que a penhora de valores depositados emcontas correntes venhaa impedir opagamento desalários,impostos ourefletir deformanegativa sobre o capital de giro.

gado trabalhista, Miguel Gantus, do escritório Gantus Advogados Associados, de São Paulo.

Para advogados, a rapidez do processo pode inviabilizar negócios das empresas.

"A facilidadedebloqueio das contas pode inviabilizar as empresase muitaspodem chegar à falência", diz o advo-

Juízes de 24 Tribunais Regionais

têm senha do Banco Central

No Estado de São Paulo, juízes das 141 varas trabalhistas já possuem senha de acesso ao Banco Central para preencher o "ofício eletrônico".

É através dele que são solicitadas as informações bancárias dos empregadores com dívidastrabalhistas. No País inteiro, o convênio com a instituição financeira vai abranger 24 Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs).

As críticas não param por aí. Para o advogado, o convênio firmado com o Banco Central não deverá surtir qualquer efeito sobre as empresasqueagem de má-fé e se negam a pagar uma dívida trabalhista ou protelam o acerto de contas com os seus funcionários.

"Os maus pagadores que se preparam paraevitar uma execuçãotrabalhista dificilmentedeixam saldopositivo em conta correnteou aplica-

IR: Receita libera hoje consulta ao valor da restituição

ção financeira", diz. Dessa forma, as empresas honestas seriam as mais prejudicadas.

Fundamentos – Para a Juíza do TRT da 2a Região, Maria Doralice Novaes, as críticas e reclamações ao novo procedimento adotado têm fundamento. Issoporqueo convênionão alterouasregras processuais relativas à execução dassentenças. Para ela,asreclamaçõessó estão começando.

Uma delas dizrespeitoà possibilidade debloqueio de valores destinados ao pagamento de funcionários.Ela esclarece, noentanto,que não haverá bloqueio da conta-salário das empresas.

"Oproblemaéquem nem

sempre as empresas possuem contas específicas para essa finalidade", diz. Nesse caso, para não correr riscos, as empresasque possuem dívidas trabalhistas devem providenciar aaberturadeconta corrente destinada aos depósitos dos rendimentosdos empregados.

A Juízaexplica, ainda,que o sistemaapenas permiteaos magistrados consultarem commaior rapidezosrecursos existentes para saldar os débitos trabalhistas."Não há acesso ao saldo dos empregadorese, portanto,quebrade sigilo fiscalcomovêmafirmando", diz.

Sílvia Pimentel

Empresários querem aperfeiçoar

Simples

Com o novo sistema, as informações sobreos ativosfinanceiros dos empregadores com dívidastrabalhistas são repassadas aos magistrados pelos bancos em até 24 horas. Antes,levava-se atéseis meses paraobter osdados referentes à existênciade valores para saldar débitos com a Justiça do Trabalho.

agenda tributária

DIA 08 ISS - MUNICÍPIO DE SÃO PAULO -último dia para o recolhimento do imposto sobre as prestações efetuadas em Junho / 2002 e o devido na fonte no referido mês. ISS/TAXAS - MUNICÍPIO DE SÃO PAULO – Último dia para recolher a 1ª parcela (ou parcela única) do ISS devido pelos prestadores de serviços sob a forma de trabalho pessoal e pelas sociedades de profissionais, da Taxa de Fiscalização de Localização, Instalação e Funcionamento, assim como da Taxa de Fiscalização de Anúncios (com período de incidência anual). O Decreto nº 37.889/99 baixou disposições relacionadas ao lançamento de ofício dos citados tributos. Caso o contribuinte não receba a notificação do lançamento até 02.07.2002, deverá efetuar o recolhimento por meio de autolançamento, observadas as instruções de que trata a Portaria SF nº 83/95, alterada pelas Portarias SF nºs 51/96, 55/97, 37/98, 37/99 e 24/2000.

OPERAÇÕES INTERESTADUAIS COM COMBUSTÍVEIS

DERIVADOS DE PETRÓLEO E COM ÁLCOOL ETÍLICO

ANIDRO CARBURANTESICOPI -Ocontribuinte obrigado a prestar informações sobre os valores de repasse, dedução, ressarcimento e complemento do imposto incidente nas operações interestaduais com combustível derivado de petróleo e com álcool etílico anidro carburante por meio do Programa Sicopi (Sistema de Controle de Operações Interestaduais com Combustíveis), deverá observar os seguintes prazos para o cumprimento dessa obrigação (art. 424-A do RICMS/SP, com nova redação dada pelo Decreto nº 46.588/2002) - os importadores e formuladores de combustíveis.

DIA 10

ICMS/SP – SUBSTITUIÇÃO

TRIBUTÁRIA -fumo e seus sucedâneos manufaturados, pneumáticos, câmaras-de-ar e protetores de borracha, tintas, vernizes e ou-

"Como o processo era mais burocrático e demorado,ou as empresas já estavam fechadas por motivos financeiros e econômicos ouescondiamse para protelar o pagamento das dívidas trabalhistas", diz a Juíza do TRT, da 2a Região.

Julho/2ª semana

tros produtos químicos, veículo novo, veículo novo de duas rodas motorizado, e outros contribuintes enquadrados em código de CNAE-Fiscal que não identifique a mercadoria a que se refere a sujeição passiva por substituição – último dia para o recolhimento do ICMS retido apurado no mês de Junho / 2002.

ICMS/SP – SUBSTITUIÇÃO

TRIBUTÁRIA – energia elétrica –último dia para o recolhimento do ICMS retido apurado no mês de Junho / 2002.

ICMS/SP - CNAE’S: 17213 a 17795, 18112 a 18228, 19313 a 19399, 26417, 26425, 35319 e 36960 - último dia para recolhimento do ICMS apurado no mês de Maio / 2002.

ICMS/SP – Fabricantes de telefone celular, de latas de chapa de alumínio ou de painéis de madeira MDF – último dia para o recolhimento do ICMS apurado no mês de Maio / 2002.

ICMS/SP –Industriais ou Atacadistas de Pequeno Porte (art. 11 das Disposições Transitórias (DDTT) do RICMS/2000 - último dia para o recolhimento do ICMS apurado no mês de Maio / 2002.

ICMS/SP -CNAE´S - 01112 a 01627, 02119 a 02135; 05118 e 05126; 10006, 11100, 11207, 13102 a 13293, 14109 a 14290; 16004, 26913 e 26921; 45110 a 45608; 50105, 50202, 50504, 51110 a 51195; 55115 a 55190 e 55247; 63118 a 63401; 65102 a 65994; 72109 a 72907, 74110 a 74993; 85111 a 85324 - último dia para recolhimento do ICMS apurado no mês de Junho / 2002. OPERAÇÕES INTERESTADUAIS COM COMBUSTÍVEIS DERIVADOS DE PETRÓLEO E COM ÁLCOOL ETÍLICO

ANIDRO CARBURANTESICOPI -Ocontribuinte obrigado a prestar informações sobre os valores de repasse, dedução, ressarcimento e complemento do imposto incidente nas operações interestaduais com combustível derivado de petróleo e com álcool etílico anidro carburante por meio do

Morosidade – Com a rapideznaexecução das sentenças, espera-seminimizar o problema da morosidade da Justiça do Trabalho, uma das mais problemáticas. Somente no TRT da 2a Região, que engloba as varas trabalhistas da capital, da região doGrandeABC eBaixada Santista,existem600 mil processos de execução em andamento.Cerca de 25% das ações trabalhistas de todo o País estãoconcentradas nesse Tribunal. (SP)

A Receita Federal libera hoje,aomeio-dia, consulta ao segundo lote de restituições do Imposto deRendadas PessoasFísicas (IRPF)2002. As informaçõesestarãodisponíveis no site da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br).

Foram processadas, nesse lote, 1,129 milhão de declarações. Ovalor dasrestituições soma R$ 1,009 bilhão. Os contribuintes incluídos nesse lote terão o dinheiro depositado na conta corrente no próximo dia 15.

Programa Sicopi (Sistema de Controle de Operações Interestaduais com Combustíveis), deverá observar os seguintes prazos para o cumprimento dessa obrigação (art. 424-A do RICMS/SP, com nova redação dada pelo Decreto nº 46.588/2002) – as refinarias de petróleo ou suas bases, na hipótese de o imposto ter sido por elas retido. INSS - GPS - ENVIO AO SINDICATO -Encaminhar cópia da Guia da Previdência Social (GPS) relativa à competência Junho / 2002 ao sindicato representativo da categoria profissional mais numerosa entre os empregados. Havendo recolhimento de contribuições em mais de uma GPS, encaminhar cópias de todas as guias.

IPI (Exceto o devido por ME ou EPP) - Pagamento do IPI apurado no 3º. decêndio de Junho / 2002, incidente sobre “demais produtos” e “automóveis”.

IPI(DIPI -BEBIDAS) -Entrega, à unidade da Secretaria da Receita Federal com jurisdição sobre o estabelecimento, da DIPI-Bebidas com informações relativas às operações praticadas no mês de Junho / 2002.

SIMPLES -Pagamento, pelas Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) optantes pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições (SIMPLES), do valor devido sobre a receita bruta do mês de Junho / 2002.

COMPROVANTE DE JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO - (PJ) - Fornecimento, à beneficiária pessoa jurídica, do Comprovante de Pagamento ou Crédito de Juros sobre o Capital Próprio no mês de Junho / 2002. IRRF - Pagamento do Imposto de Renda Retido da Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no período de 30.06 a 06.07.2002, incidente sobre rendimentos de beneficiários identificados, residentes ou domiciliados no País.

Fonte

Crédito – O contribuinte com direito àrestituição que não solicitou crédito em conta corrente terá o valor disponível também apartir dessa data, em uma das agências do Banco do Brasil.

Olocal seráinformadono extratoenviado pelaReceita Federal.Depois derecebera notificação, ocontribuinte poderá contatar qualquer agência do BB ou ligar para o BB responde 0800-785678 para pedir o crédito em conta pessoal em qualquer banco.

Banco – O valor da restituição ficará disponível no bancodurante um ano.Se não houver resgate durante esse período, o contribuintedeverá procurar as unidades da Receita Federal.

Acréscimo – Os valores virão atualizados em 3,74%, referentes à variação da taxa básica dejuros (Selic) nosmeses de maio e junho. (SP)

Líderes de 15 entidades de micro e pequenas empresas vãousara pesquisa deopinião realizada com dois mil empresários pelo Sebrae,na últimasemana, parareforçar suas reivindicações de redução da carga tributária.

Carga – A pesquisa aponta a reduçãoda cargatributária como a principal sugestão feita pelos empresários entrevistados para o aperfeiçoamento do Simples, sistema simplificadode pagamento de impostos federais em vigor desde 1997. Essa foi a medida mais sugeridapelos entrevistados (26,3%). A segunda sugestão feita pelos empresários(6,5%)foi a criação do imposto único.

Reunião – “Os dados mostram queo regimenão atingiu seus objetivos”, afirmou o presidentedo Movimento Nacionaldas PequenaseMicroempresas (Monampe), Ercílio Santinoni. Representantes da entidade reúnem-se no dia 15 com o ministro PedroParente,da CasaCivil, paramostrar os resultadose negociar as reivindicações.

Ainsatisfação dos empresários é identificada nas res-

postasà pergunta sobre os benefícios trazidos pelo Simples. Para apenas13,7% dos entrevistados, houve redução da carga tributária. A maioriados empresários (72,9%) preferiucitar adesburocratização comoprincipal benefício. Discordância – O presidente do Monampe também discordou das declarações dadas pela coordenadora-geral dePolíticaTributáriada Receita Federal,Andréa LemgruberViol, duranteo anúncio dos resultados.

Segundoela, olevantamento mostrou agrande satisfação dos empresários com o sistema,já que “81% dos entrevistados consideraram o Simples bom ou ótimo”. Na opinião de Santinoni, essa é a posição apenas dos microempresários. Nasuaopinião, oSimples precisa ser aperfeiçoado para se adaptar aos novos tempos. “Estamos enfrentando hoje uma situaçãoadversa, coma reduçãodo poder aquisitivo da população.Opequeno empresário mal consegue pagar o salário de seus empregados”, disse. (Agência Sebrae)

falências & concordatas

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 4 de julho de 2002, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:

Requerente: Carmen Denise RuizME – Requerido: Uniprof Confecções Ltda. – Av. Maria Luiza Americano, 172 – 05ª Vara Cível

Requerente: Encel Comércio de Materiais Elétricos Ltda. – Requerido: Maderbras - Engenharia e Construções Ltda. – Rua Antonio Galvão, 74/80 – 36ª Vara Cível

Requerente: King Comercial Distribuidora Ltda. – Requerido: Flymark Serviços de Manutenção Ltda. – Rua José Gonçalves Lobo, 35 – 21ª Vara Cível

Requerente: Comercial Papelyna de Embalagens Ltda. – Requerida: Rosely César de Azevedo Trevizani-ME – Pça. Tcheco, 42 – 09ª Vara Cível

Requerente: Metalúrgica Schioppa Ltda. – Requerida: Tutti Indústria e Comércio Ltda. – Rua Cafesópolis, 35 – 17ª Vara Cível

Requerente: Soldering Com. e Indústria Ltda. – Requerido: Metalmax Comercial de Ferro e Aço Ltda. – Rua Cabo Antonio Alves, 71 – 10ª Vara Cível

Requerente: Plastificadora

Golverplas Ltda. – Requerido: Promocional Gráfica e Editora Ltda. – Rua Marambaia, 188 – 05ª Vara Cível

Requerente: Astra Assessoria Segurança e Medicina do Trabalho S/C Ltda. – Requerida: Galvanoplastia Eletrolitica São Roberto Ltda. – Rua Clara Petrela, 253/255 – 18ª Vara Cível

Requerente:Termobronze Metais e Ligas Ltda. – Requerida: Lelis Comercial Ltda. – Rua Arica Mirim, 46 – 16ª Vara Cível

Requerente: Antonio Barbosa Machado – Requerida: Badra S/A -Rua Líbero Badaró, 293 A/B –23ª VaraCível

Requerente: Indústria de Móveis Movelar Ltda. – Requerida: Kgm Móveis e Decorações Ltda. –Av. Conselheiro Carrão, 2784/ 2790 – 01ª Vara Cível

Requerente: Indústria de Móveis Movelar Ltda. – Requerido: Cam’s Móveis Ltda. – Praça Marília, 280 – 32ª Vara Cível Requerente: Ficap S/A – Requerida: Pilz Engenharia Ltda. – Rua Gomes Freire, 12 – 02ª Vara

O QUE SE ESPERA DO FUTURO GOVERNO?

Futuro presidente terá de apagar alguns incêndios

"O que espero, como economista e cidadão, é que o próximo presidente, seja ele qual for, reduza as vulnerabilidades interna(dívidapública)e externa (enormedéficit em conta corrente)doPaís", dizo professor de economia e consultor RobertoMacedo. Éclaro queessa missão será menos ou mais difícil –porque, segundo Macedo, será difícilde qualquerforma –dependendo donovo presidente e de como ocorrer oprocesso de transição. Aliás, o professor lamenta que o Brasil aprendeu a fazer atransição política, como ocorreu no impeachmentdo ex-presidente Fernando Collor, mas ainda não tenha aprendido afazera transição na política econômica, sem muitos ruídos", observa. Por isso, o mercado anda tãonervoso nasúltimassemanas.

para todos os candidatos. "Se o eleito foro Lula (Luiz Inácio Lula da Silva, do PT) ou o Ciro (Ciro Gomes, do PPS) elesvão pegarum mercado aindamais intranqüilo do que está hoje", avalia. Sobretudo no período que vai do segundo turno (novembro) até a posse, emjaneiro.Se oeleitoforo candidato do PSDB, José Serra,o professorachaque atransição será"umpouco mais calma."

País aprendeu a fazer a transição política, como no impeachment, mas não a transição econômica

Para Roberto Macedo,na primeira hipótese (Lula ouCiro) os candidatos eleitos terão que assumir deimediato o papel de bombeiro,"sem ainda ter vestido a farda, ou melhor, a faixa." Para ele, os dois candidatos terão que, rapidamente, dizero que pretendem fazer: "Ese disserem besteiraa bombavai estourar nas mãos deles."

Congresso votou mais de 100 matérias no 1º semestre

Totalizam 108 as matérias votadas no primeirosemestre deste ano pelo Congresso Nacional. Foram 30 medidas provisórias (MPs),29 projetos de lei, 48 projetos de decretos legislativos e um projeto de resolução. Nas sessões que reuniram a Câmara dos Deputados e o Senado no primeiro semestre deste ano, o momento mais importante foi a leitura do requerimento dos presidentes das duas Casas, senador Ramez Tebet (PMDBMS)e deputadoAécioNeves (PSDB-MG),que resultouna criação da Comissão Mista de Segurança Pública,designada paraencontrar formas de combater a violência.

Outromomento importantefoia eleição,para um mandato que se encerrará em 2003, do Conselho de Comunicação Social, órgão auxiliar do Legislativo em matérias referentes,entreoutros assuntos, àliberdade demanifestaçãodo pensamento;propaganda de fumo,bebidas alco-

ólicase agrotóxico;diversões e espetáculos públicos;programação de rádio e televisão; monopóliodosmeios de comunicação; defesa da pessoa e da famíliacontraprogramas quecontrariema Constituição; e propriedade das empresas de comunicação. Na única resolução votada, o Congressoaprovou normas para o exame de medidas provisórias pelo Poder Le gis la tiv o. Aprovada por acordode liderança, aresolução foi saudada pelo presidente do Senado,Ramez Tebet,como valiosa para o aperfeiçoamento do processo legislativo, que enfrentava dificuldades emrazãodareedição dessas medidaspelo PoderExecutivo,desdequeo institutofoi criado pela Assembléia Nacional Constituinte.

Um destaque foi a aprovação normas para o exame de medidas provisórias pelo Poder Legislativo

nifestarem eleiçõesgerais,o Congresso aprovou a abertura de créditosuplementar de R$ 26 milhõesemfavor do Fundo Partidário da Justiça Eleitoral.Solicitados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE),os recursossãopara despesascoma manutenção de sedese serviçosdos partidos, de modo a permitir o pagamento de pessoal, propaganda doutrinária, alistamento e campanhas eleitorais.

trabalho dos dirigentes dessas instituições.

ParaRoberto Macedo,a troca de gestor no Palácio do Planalto não deveria afetar tanto a gestão financeira doPaís. "Porque ascoisas nãodependemapenas de uma pessoa", lembra. Contudo, temos uma agravante pelafrente: "Onovopresidente terá que apagar algunsincêndios". Sobretudo, os resultantes da atual instabilidade no mercado financeiro.

Noentanto,parao professor, o tamanho doincêndio não será o mesmo

Não dizer (ou fazer) besteiras pode ser resumido no seguinte, segundo Macedo: "Mantero superávitfiscal, o câmbio flutuante, não aumentar asdespesas, até porque nãohá espaçopara isso e,com muitoengenho e arte,adquirir aconfiança do mercado financeiros para conseguirir baixandoos juros". A partir dai, muito resumidamente, buscar a solução para a dívida públicaepara odéficitemconta corrente, "exportando tudo que for possível".

Sergio Leopoldo Rodrigues

Mercado vai sosssegar um pouco

Opresidente daAssociação Nacionaldas Instituições deCrédito,Financiamentoe Investimento (Acrefi), Ricardo Malcon, é muitootimistaem relação ao atual processo eleitoral e ao novo presidente da República, seja ele quem for. Paraele,agora queaCopa do Mundo acabou,os eleitores vão termaior contato com os programas dos candidatos. "E descobrir que não há nenhum tão horroroso, nem mudanças tão dramáticas", afirma. Malcon acredita que, em breve, a volatilidade que vem ocorrendono mercado deverá sossegar um pouco."Ela énatural,porque a democracia admite o medodas mudanças",explica. No entanto, os bons resultados jáobtidospela atual equipe econômica vão prevalecer e o ambiente econômico irá retomandoa normalidade."Nota-

remosquenãohaverá nenhuma grandenovidade, de nenhum dos candidatos", tranquiliza.

O importante para o presidente da Acrefi é que o próximo presidenteconstrua um Brasil melhor para todos, "paratransformar o Brasil num País de primeiro mundo, onde haja liberdade, maiseducação,mais empregoe menos fome." Essa meta passa, segundo Ricardo Malcon, por um setor privado mais livre para trabalhar. Mais liberdade para trabalhar, explica Ricardo Malcon,significa, basicamente, menos ingerência no Estadonaeconomia, acompanhada de redução da carga deimpostos, obtida pormeio deuma reforma tributária. "Isso é possível de ser feito por qualquer governo sério que queira resolver osproblemas brasileiros", alerta. (SLR)

AGENDA POLÍTICA

• Termina nestasegunda-feira, dia 8, oprazo para os TREs encaminharem arelação dos partidos e coligações que pediram registro de candidatos, para a realização de sorteiopara colocaçãode outdoors.Alista serápublicada na imprensa oficial. Início do prazo para os tribunais eleitorais convocarem os partidos e emissoras de TV para a elaboração do plano de uso do horário eleitoral gratuito.

E l e i çõ e s – Num ano em queo paísirá àsurnas sema-

Segurança Pública é uma das seis prioridades da LDO

O fortalecimentodasegurança públicanos estadose municípios é uma das seis prioridades da nova Leide Diretrizes Orçamentárias, aprovadapeloplenário do Congresso.

Autor da emenda que criou uma rubricapara programas setoriais a serem adotados no Orçamento daUniãopara o próximoano, odeputado Ronaldo Vasconcellos (PLMG), presidente da Comissão de Segurança Pública, disse que só agora o País adquiriucondições reaisdeter um PlanoNacional deSegurança,"pois sóse fazpolítica pública quando se aloca recursos para isso".

Pr ogra mas –Crítico dos planos lançados até agora pelo governo nosetor da segurança,oparlamentar explicou que em 31de agosto o Executivo deverá apresentar uma proposta orçamentária quecontenha, noseuanexo de metase prioridades, os programasespecíficosa serem desenvolvidos pelo Ministério da Justiça e outros órgãos, além dos recursos a serem aplicados nos estados e municípios para prevenir e combater a criminalidade.

"A importância dessa emendana LDO edo envio daproposta deOrçamento para o Congressoé que esses atos aparentemente administrativos criam a oportunidadeparaos parlamentares avaliarem se o que o governo está propondo atendeos anseiosdapopulação e, se necessário, propor emendas, melhorando o projeto do governo,oqueé aessênciada representatividade política", explicou. (AC)

O Legislativo aprovou medida provisória fortalecendo e modernizando a Comissão de ValoresMobiliários (CVM) e permitindo que elafiscalizecom maior eficiênciaas empresasdecapitalaberto. Agora,opresidenteeos diretoresdaCVM não podem mais ser demitidos pelo presidente da República,o queeliminaqualquer chance de interferência no

Crédito rural – O Congresso aprovou também MPs permitindo o alongamento de dívidas originárias do crédito rural e criando o Fundo Seguro-Safra para os agricultores familiares da região Nordeste e do norte de Minas Gerais, nos municípios sujeitos acalamidade ousituação deemergência em razãoda seca. Legislou também sobre a repactuação e alongamento de dívidas oriundas de operações decrédito rural,contratadas no âmbitodos ProgramasdeCrédito paraaReforma Agrária e de Fortalecimento da Agricultura Familiar.

Os deputadose senadores aprovaram ainda aabertura de créditos especiais para o Executivo.O maiordeles,de R$394,6 milhões,destinouseao Ministério dos Transportescomo créditosuplementar ao orçamento fiscal vigente este ano. . (AS)

MATERIAIS ELÉTRICOS COM A GARANTIA E A QUALIDADE DE QUEM CONHECE

Termina dia 20 o prazo para cadastrar celular

O prazopara ocadastramento de aparelhos celulares pré-pagostermina nopróximodia 20de julho(sábado). As pessoasque nãofizerem o cadastramento poderão ter seus aparelhos bloqueados, além de receberem multas que podem variar de um a dez Ufesps (Unidade Fiscal do Estado deSãoPaulo). Cada unidade equivale aum valor de R$ 10,52.

O cadastramento é obrigatórioe foi instituído através de legislaçãoestadual. Oobj etivoé oferecermaissegurança à população, através do controle da propriedade desses celulares.

Roubados – Aparelhos transferidos, vendidos ou roubados devem ser comunicados àsoperadoras para atualização decadastro.O banco de dadosservirá para que a políciapossa obter informaçõese realizar investigaçõessobre aparelhosutilizados com fins criminosos.

Atualmentehá aproximadamente 6,2 milhões de celulares pré-pagos no Estado de São Paulo. (EC)

agenda

Terça Medalha– O vice-presidente da Associação Comercialde SãoPaulo, Francisco Giannoccaro, recebea MedalhaConstitucionalista, doConselho Supremo da Sociedade Veteranos de 32 - MMDC, oficializadapelo Decreto 29.896 de 10 de maiode 1989 pelo Governo do EstadodeSão Paulo.Às9h, defronteao monumento

Mausoléudo Soldado Constitucionalista, no Parque do Ibirapuera.

Quarta C ad e t es – Omembro doConselho Superiorda Associação Comericalde São Paulo Miguel Ignatios participa da solenidade de entrega de espadins aos cadetes daaeronáutica da turma Dom inium . Às 10h30,no CampoFontenelle, em Pirassununga.

Quinta

In tern aci ona is – Reunião do Conselho de Câmaras Internacionais de Comércio, coordenada pelo conselheiroda Associação Comercial de São Paulo Luiz Augusto de CamargoÓpice, compalestra do presidente da SociedadeBrasileira deCrédito àExportação(SBCE), Nelson Higino da Silva,sobre Evolução do Seguro de Crédito no Brasil. Às 8h30, na sede da entidade, ruaBoaVista, 51/12º andar, no Espaço Nobre de Recepções e Eventos (Enre).

Faculdade de Direto é palco de teatro

A peça Enquanto se Vai Morrer conta a história da Revolução de 32 e fatos que marcaram

Uma peça de teatro escrita por Renata Pallottini e dirigida por Zecarlos de Andrade encena a históriaonde a história de fato aconteceu no dia 9de Julhode1932: navelha academia de Direito do Largo São Francisco, comseus 165 anos repletosde mitos,fatos políticos e feitos literários. Até hoje, os estudantes da Faculdade de Direito, monumentohistórico encravado no Largo São Francisco, Centro velho daCapital, cantam inúmeras trovasacadêmicas, tradição vivadas lutasda escola, compostas por conhecidos poetas nascidos nos sécu-

CPTM vai atender 1,6 milhão de usuários até 2006

O transporte de passageirospela CompanhiaPaulista de Trens Metropolitanos (CPTM) deve atingir o índice de 1,6 milhão de usuários por dia atéo ano de 2006.A previsão é do presidente da empresa, Oliver Hossepian. Embora dados da Associação Nacionaldos Transportes Públicos (ANTP) revelem que o transporte público brasileiro, por ônibus, trens e metrô, perdeu 25% de seus passageiros, entre 94 e 2001, a CPTM teve umaumentode 16,6%nomesmo período. Foram311,72 milhõesde passageiros em 2001, e 260 milhões, em 1994.

Atualmente, aempresa transporta 1,1 milhão de usuários por dia. Paraque o crescimento sejapossível,a companhia pretende investir US$ 1,080bilhãoaté2006, alémdototalde US$1,3bilhãoque jáfoi investidodesde 1995. (EC)

los 19 e20, ou apenas estudantes anônimos. Uma delas, refere-se ao Movimento Constitucionalista de32e diz:"Quandosesente bater, nopeitoheróica pancada, deixa-sea folhadobrada,enquanto se vai morrer..." É dessa trova que saiu o nome da peça Enquanto se vai morrer..., interpretadapelos alunos formandos do Curso de ArtesCênicas daFaculdade Paulista de Artes, nos próximosdias 10,11 e12 dejulho, dentro da Faculdade, como uma forma demarcar a comemoração do 9de Julho deste ano. Pela faculdade pas-

saram políticos, intelectuais e poetasfamosos,entre eles, Alvares deAzevedo eFagundes Varela.

A peça Enquanto se vai morrer..., de Renata Palotini, pode ser uma boa chance para se conhecer não apenas esse texto humano escrito em 1971, como também para comemorar os70 anos do9 de Julho, com uma incursão real noclimahistórico daSão Francisco.A peça será encenada nas escadarias de acesso ao primeiro andar, tendo ao fundo um imenso vitral, e nas costas doespectador asarcadas do pátio interno.

A peça, foi proibida na época pela censura, durante o governo Emílio Garrastazu Médici, por abordar, em metáforas, o tema da liberdade e dos direitoshumanos. Agora os tempos são outros. No entanto, trata-se deuma oportunidadeúnica, nolocalexato, paraseresgatar não apenasosfatos queenvolvema Revolução de 32, num entrelaçamento com os anos50 e 70, num verdadeiro painel de importantesmomentos da nossa história contemporânea, ainda desconhecidade uma boa partedas novas gerações.

A peça Enquanto de va i morrer... sevaledesses três períodos, tendo como elo a velha Academia de Direito, parapromover umareflexão profunda sobre os destinos políticos do Brasil. Sergio Leopoldo Rodrigues

Em fotos, altos e baixos do Minhocão

Uma das maisrejeitadas obras da cidade de São Paulo, o Elevado Costa Silva, ofamosoMinhocão,é otemada mostra Minhocão - Altos e Baixos, em exposiçãono Espaço Artedo ShoppingCenterLight, noCentro dacidade. Oviaduto, quesuporta a passagem de 10 mil veículos diariamente, foiinaugurado em 1971 eé uma das obras mais polêmicas da cidade. Construído para facilitar o tráfego de veículos na ligação das zonas Leste e Oeste da Capital, o elevado foi alvo de vários protestos de urbanistas e moradoresdaregião. As reclamações eram pela agressão à estética da cidade e pelo caossonoroe visual,oque desvalorizou osimóveis da região, que já foi uma área nobre da cidade. Opiniões – Com a mostra, os funcionários públicos e fotógrafos Arlindo Gonçalves e Luciana Fátima pretendem exibir afacemais urbana do Minhocão. As fotos, que fo-

Assinado convênio para ampliação de Viracopos

Ogovernador GeraldoAlckmin e o superintendente da Infraero,Tércio IvandeBarros, e a prefeita de Campinas, IzaleneTiene, assinaram convêniopara ampliaçãodo aeroporto de Viracopos, na cidade de Campinas. A desapropriação será cus-

teada pela Infraero e a Prefeitura seencarregará delocalizar um novo terreno para que o Estadoconstruaas moradias por meio da CDHU para 4.700 famílias.Inicialmente, aInfraeroestimaque serão gastos R$ 58milhões com as desapropriações. (SM)

acontece nas distritais

Hoje Pi nhe ir os – Adiretoria da Distrital Pinheiros realiza reunião ordinária. Às 19h30.

Quarta Butantã – Adiretoriada Distrital Butantãrealiza reunião ordinária. Às 19h. Ipiranga – A diretoria da Distrital Ipiranga realiza reunião ordinária. Às 19h.

Santo Amaro – A diretoria da SantoAmaro realiza reuniãoordinária. Às 19h30.

Tatuapé –A diretoriada Distrital Tatuapé da Associação Comercial realiza reunião com palestra do gerente do Sebrae, Arnaldo JoséRodrigues, sobreotema Conhecendo mais oSebrae. Às 20h.

ram feitas a partir de 1988, retratam os contrastes e a diversidadedas opiniões sobre o viaduto.

O ladobom do elevado costumaaparecer aosfinais de semana, quando ele permanece fechado ao tráfego de veículos, abrindo espaço para passeios de bicicleta e a pé pelos seus 3470 metros de extensão.

Classificados

A exposição Minhocão - Altose Baixos podeser vistano EspaçoArtedo Shopping Light até o próximo dia 10 de agosto,desegundaa sextafeira, das 10h às 21h, e aos sábados, das 10h às 20h. O shopping fica na Rua Coronel Xavier deToledo, 23, Centro. Comentrada também pelo Viaduto do Chá. Mais informações pelo telefone 3257-2299.

Estela Cangerana

Aos finais de semana, o polêmico Elevado Costa e Silva fica fechado ao trânsito e aberto para o lazer da população
D ivulgação

Europa decreta guerra aos transgênicos

Todos os alimentos devem ser comercializados com etiquetas muito claras, que indiquem ao consumidor a sua qualidade

AEuropa confirmou,mais uma vez, quetem verdadeira alergia aos organismos geneticamente modificados (ogms),dos quaistantoo Brasil comoaArgentinaestão entre os primeiros produtores mundiais, assimcomo os Estados Unidos, que já fizeram ouvir sua poderosa voz sobre otema. Este novo "não"forte eclarodoVelho Continente à chamada "comida Frankenstein" chegou doParlamentoEuropeu de Estrasburgo,que aprovou, com ampla maioria, um "rastreamento total" para estes produtos.

Em palavrasmais simples, todos os alimentos devem ser comercializados sempre com etiquetas muitoclaras, que indiquem aoconsumidora presença ou não dos transgênicos.

Aindaquea grandemaioria dos europeus esteja contra os transgênicos, a decisão geroupolêmicasentre as diferentes formações políticas do Europarlamento. "Para nós, a legislação aprovada pelo Parlamento Europeu é claramenteamais avançadado mundo", afirmou o portavoz do Greenpeacena Europa, LorenzoConsoli. Na

Vítimas do apartheid processam os bancos

As vítimas do apartheid na Á frica do Sul oficializaram suasqueixasa trêsinstituições de crédito alemãs e ao fabricantede computadores IBM. Segundo informou o advogado das vítimas em Johanesburgo,John Ngcebetsha, "nós fizemosuma série de pesquisas sobre as empresas em questão e conseguimos reunir informação suficiente sobre o papel delas na condução do apartheid". De acordo com a acusação, a IBM, por exemplo, teria fornecido material e tecnologia de ponta aos departamentos públicos sul-africanos a partirde 1952.Sem essaajuda, o governo não teria estado em condições demantera política racista por tanto tempo.

Os três bancos alemães, segundo Ngcebetsha, estão sendo processados por terem fornecido aogoverno sulafricano váriosempréstimos num total de 4,5 bilhões de dólares.Asinstituições de crédito declararam, na sema-

Ciência

na passada, nãoterem ainda sido notificadas a respeito. Karl-Friedrich Brenner, porta-voz do Dresdner Bank, afirmou que eventuais reivindicações deverão ser analisadas com cuidado, antes de qualquer pronunciamento do banco. No último 16 de junho,foi dadoinícioa uma queixacontra oCitigroup e osbancos suíçosUBS AG e Credite Suisse Groupe, que considerarama acusação "absurda".

frente oposta ao Greenpeace e às outras organizações "verdes" européias, seuniram os parlamentares do Partido Popular Europeu (PPE), que se pronunciaramcontrao princípio do‘rastreamento total’,que consideramdedifícil aplicação na prática. Muito mais firme foi a reação dosEstados Unidos,ondeosogmscirculam sem maiores problemas, visto que – contrariamente ao que ocorre na Europa – têm um bomgraude aceitação entre os consumidores."A decisão do Europarlamento terá um sério impacto no intercâm-

bio dosprodutos agrícolas biotecnológicos", advertiu uma fonte diplomática norte-americana. Os Estados Unidossão, emefeito,um grande produtor dos alimentos transgênicos e agora, após a aprovação desta norma, seus produtos deverão transparência máxima dentro da Europa,ouseja, enfrentara ‘tolerância zero’ decidida paraosmercados europeus frente à‘comidaFrankenstein’.

Desnutrição – Ao pôr o dedo na ferida daquilo que representa efetivamente um sério problema para os países

em desenvolvimento, a fonte norte-americana lembrou que,apósa decisãodoEuroparlamento, "será muito difícil para ospaíses emergentes obter osbenefícios deuma tecnologia do futuro, que poderia resolver osproblemas vinculados àcarestia eà desnutrição".

Mais da metade da soja e do algodão, e um terço do milho que são produzidos tanto nos Estados Unidoscomona AméricadoSul (principalmente na Argentina e no Brasil) sãotransgênicose, se se considerar que estas nações sãoos grandesexportadores

mundiais de alimentos, fica claro que grande parte do milho, da soja e das sementes de algodãoque circulamem muitos países do mundo – incluídososeuropeus– são transgênicos, conformeestimam os especialistas da organização ambientalFundo Mundial para a Natureza (WWF).

Soma-se a isto a cultura dos consumidores europeus. De acordo com uma pesquisa publicadadias atrásemBruxelas,naBélgica,70% dos consumidores não querem nada com os alimentos transgênicos.(AE-Ansa)

Aznar propõe rigor contra imigração

O primeiro-ministro espanhol,José MariaAznar,voltou aestimularo endurecimento da política imigratória européia, ao defender sanções contra ospaíses em desenvolvimento que não colaborarem com as restrições européias. Asafirmações de Aznar foramfeitas diantedo Parlamento Europeu, em Estrasburgo, e marcaram a despedida da Presidência de turno daEspanha daUnião Européia (UE).

Aznar: "Sanções contra os países, principalmente africanos, que não colaborarem com a Europa nas medidas contra a imigração ilegal"

grupode países, integrado pelaEspanha, Grã-Bretanha e Itália,apresentou umaposiçãomais dura, enquantoa França apoiou um enfoque mais flexível e menos contundente.

"Sim, queremos que as ajudas da UE para combater a imigração ilegal sejam eficazes e exeqüíveis; devemos estar em condições de avaliá-las e reexaminá-lasemfunção dos resultados obtidos, para poder reagir frente a uma evidente falta de cooperação dos países do terceiromundo, de onde chegamas ondasde imigrantesque queremviver na opulenta Europa", disse. O próprio Aznarse encarregou de esclarecer ainda maisesteconceito,ao explicar que, no casodeumpaís colaborar com a UE "e em circunstâncias excepcionais, a

Cirurgia poderia evitar alguns casos de câncer nas mulheres

As mulheresqueherdam genes que aumentam seus riscos de desenvolver câncer ovarianoe demamapoderiam evitaras duasdoenças pela remoção de seus ovários, afirmaram médicos norteamericanos.

Os especialistas disseram que seu estudo oferece uma nova alternativa a mulheres portadoras de cópias defeituosas dos genes BRCA1 e BRCA2.

"O risco de sofrer de câncer demama oude ovário caiu 75%no grupode pacientes que sesubmeteuàcirurgia", assegurouo pesquisadorchefe, doutorKenneth Offit, do Memorial Sloan-Kettering CancerCenter, deNova York.

As mutaçõesdogene BRCA sãoresponsáveis porentre quatro e 10 por cento dos casos de câncer de mama e ovariano, ou pela metade dos casosde câncerde mamahereditários.

As mulheres com mutaçõesdoBRCA têmumrisco

Lucro s – O advogado Ed Fagan,que conduzoprocessonosEUA, afirmouemum fax enviado à imprensa suíça estar "dando continuidade à batalha contra outras empresas multinacionais nos EUA e naEuropa, quelucraramem suas transações comerciais com a Áfricado Sulentre 1952 e 1993". O apartheid foi encerrado oficialmente em 1994 naRepública daÁfrica do Sul. Fagan é um dos representantes das vítimas perante os tribunais norte-americanos. (Reuters) de desenvolver câncer de mamaentre 60 e85%,e uma possibilidadeentre 15e65% de ter câncer ovariano.

Atérecentemente nãohaviamuitoa fazer sobre esse dado. O remédio anticâncer tamoxifen tem conseguido reduzir o riscode câncer em cerca de 50% paramulheres com alto risco que otomarem por cinco anos, mas pesquisas concluíram que ele não éeficaz em pacientes portadoras de mutações do BRCA1. Solução radical – Algumas dessas mulheresoptampela realização damastectomia, o que diminui seu risco de câncer, mas é também uma solução radical.Outras preferem submeter-sea exames regularesde mamae amamografias.

que acarretaa chegada da menopausa para as mulheres queainda nãoentraramnessafase– ouexamesregulares de sangue eultra-sonografias.

Estudo oferece nova alternativa a mulheres portadoras de cópias defeituosas dos genes

As alternativas para reduzir o risco de câncer ovariano são a remoção dos ovários – o

A equipe do doutor KennethOffitacompanhou 173 mulheres com mutações do BRCA, 101 das quais tiveram seus ovários e trompas de falópio retiradas. Trêsdelas já possuíam pequenos tumores nos ovários,afirmou o doutor Kenneth Offit duranteum encontro anual da AmericanSociety forClinical Oncology, em Orlando, na Flórida. "A incidênciade câncerde mama foi dramaticamente reduzida, praticamentepela metade, com a remoção dos ovários", afirmou o presidente da associação,doutor Larry Norton. "A média para esse procedimento foi de 45 anos", disse Offit. (Reuters)

própriaUE sereservará odireitode aplicarmedidas"nas áreas de sua política exterior e de segurança comum com estas nações, para obter "o respeitodoscompromissos já assumidos".

Aznar confirma"não" aos "clandestinos"Em palavras maissimples,o mecanismo que a UE está estudando prevê que seusfuturosacordos de cooperação tenham uma cláusula indicando precisamente que, a fim de que Bruxelas dê o sinal verde a seus recursosfinanceiros, exista, ao mesmotempo, umasérie

de garantias concretas no sentidode queopaísem questão esteja fazendo todo o possível para combater a imigração ilegal.

Vitória francesa – Comas declarações quefezem seu adeus à Presidência de turno, Aznar voltou à questão da luta de Bruxelas contra os "clandestinos" – ou seja, a imigraçãoilegal–, que foi o tema chave aoredor do qual girou a última reunião de cúpula da UE, realizada dias atrás em Sevilha. Neste encontro se enfrentaram duas linhas opostas: um primeiro

O primeiro-ministro espanhol,José MariaAznar,voltou aestimularo endurecimento da política imigratória européia, ao defender sanções contra ospaíses em desenvolvimento que não colaborarem com as restrições européias. Asafirmações de Aznar foramfeitas diantedo Parlamento Europeu, em Estrasburgo, e marcaram a despedida da Presidência de turno daEspanha daUnião Européia (UE).

"Sim, queremos que as ajudas da UE para combater a imigração ilegal sejam eficazes e exeqüíveis; devemos estar em condições de avaliá-las e reexaminá-lasemfunção dos resultados, para poder reagirfrente aumaevidente falta de cooperaçãodos países do terceiro mundo, de onde chegam asondas deimigrantes", disse. (AE-Ansa)

ONU avisa que epidemia

de Aids é grave e está apenas começando

Cerca de68millhões de pessoaspodemmorrer de Aids nos países em desenvolvimento até 2020, adverte um relatório da Unaids (o programa das Nações Unidas para a doença).

O documento diz que a Aidsestá apenascomeçando asedisseminar naÁfrica,na Ásia, no Caribe e no Leste Europeu,contrariandoa idéia de quea doença játeria atingido o seu pico.

"A inédita destruição causada pela epidemia HIV/Aids nos últimos 20 anos se multiplicará nas próximas décadas a não ser que o combate à doença sejadramaticamente expandido", afirmouodiretor-executivo da organização, Peter Piot. EmBotsuana, país como maior número de infecções por HIV, 39%da população adulta está contaminada – o que significa um aumento de 36% em cinco anos.

Apresentadona sessão anual do Conselho Econômico e Social da ONU, o relatório antecipa as questões que serão discutidas na conferên-

cia sobrea Aids,em Barcelona,na Espanha, nesta semana. A Unaids faz um apelo para que governos de todo o mundo tomemmedidas imediatas para melhorar a estrutura de prevenção e dos serviços médicos. "O sucesso em todo o mundo na prevenção de infecções e no tratamento daqueles já infectados demonstraque é possível fazer progressos contrao HIVea Aids", disse Peter Piot. O relatório destaca a rapidez com que a doença está se espalhando a África, continente onde vivem28,1 milhões das40 milhõesdepessoas contaminadas pelo vírus. Em um dos países mais afetados,o Zimbábue,um em cadatrês adultos vivecom o HIV. Empelo menosoutros cinco países africanos – África do Sul, Zâmbia, Lesoto, Namíbia e Suazilândia – a doença já atingemais de um

Apelo é para que governos tomem medidas imediatas para melhorar a prevenção e os serviços médicos.

quinto da população adulta. Tr agéd ia – No entanto, a Unaids alerta que a Aids também pode se tornar uma epidemia em países populosos como China, Indonésiae as ex-repúblicas soviéticas. Segundoorelatório, na Rússiaeno LesteEuropeu,a doença, antes mais restrita a usuários de drogas, está se espalhando rapidamente pela população geral. Na Ucrânia, cerca de25% das novas infecções por HIV têm ocorrido entre heterossexuais. A Unaids estima que cerca de 6 milhões de pessoas do chamado mundo emdesenvolvimento necessitemde terapiasanti-HIV, mas apenas 4% dessetotal estariamrecebendo tratamento. "Para superara epidemia emuma escalaglobal,acomunidade internacional precisa aumentar seucompromisso político, suas ações e, acima de tudo, recursos", afirmou Piot.(Reuters)

Sergio Perez/Reuters

São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 6, 7 e 8 de julho de 2002

TENDÊNCIAS/SEMANA

Economia real afasta agouro do mercado financeiro

Os números do mercado financeiro brasileiro das últimas semanas parecem indicar a proximidade de uma grande rupturana economiabrasileira. Os indicadores financeiros são parecidoscom os do fim de1998, que antecediam a mudança doregime cambial dopaís. Naquelaépoca,havia motivosfortesparao nervosismo no mercado;hoje, opo-

Cresce a opção dos investidores por fundos imobiliários

Os fundos de investimento imobiliário estão crescendo noPaís. Atualmenteexistem 60 dessesfundos, compatrimôniodeR$ 1,6bilhão.A partir de R$10 mil,é possív el adquirir cotas dealguns fundos e muitas vezes estas podem serpagasem parcelas.Masvalelembrar quea liquidez é pequena. Página 6

rém, aturbulênciatemraízes na especulação eleitoral. Longe dos números catastróficosdomercado, está a economia real, que continua firme e garantindo um desempenho melhor da economia brasileira do que em 1998. Eéa economiarealnoBrasil que está contribuindo para afastaromau agourodomercado financeiro. Página 7

Bancos ganham três semanas para se ajustar ao

SPB

Osbancospedirame ganharam mais três semanas de prazodo BancoCentralpara ajustarseussistemas eimplantar opiso deR$ 5mil na Transferência Eletrônica Disponível(TED).Mas, a partir desta segunda-feira, o piso da TED passa para R$ 50 mil. Até a sexta-feira, o limite era de R$ 100 mil. Página 7

Parceria para vender mais artigos eletroeletrônicos

Alguns bancos oferecem linhasde financiamentopara a aquisição de produtos eletroeletrônicos, comprazos de até 36meses.OBBVfoi além, e fez uma parceria com a Philips.Desde o início de junho,os clientespodem comprar TVs ou DVDs por meiodecatálogos encontradosem qualquer agência do banco.Em um mês de campanhajá foram vendidos2 mil aparelhos eaté o fim de julho, quandoterminaráa promoção,a expectativaé chegar a7 milequipamentos financiados. Página 7

Grupo Severiano investe em salas digitais de cinema

O GrupoSeveriano Ribeiro está apostando na tecnologia digitalpara ganhar frequência depúblico. Ele acabadeinaugurar umasalaem Campinascomesse sistema (sóexistenteemtrês salas decinema doPaís eem56 de todo o mundo). O processoexigeequipamento especial e tem alto custo. Página 9

Rede de livrarias

Modelo chega a São Paulo neste ano

Até ofim de2002 acapital paulistadeverá contar com franquias da rede de livrarias Modelo, dona de 40% do mercado de livros e papelaria dePernambuco. Areceitada redeé justamente a combinaçãodelivraria, papelaria, artigos deescritórioeinformática,presentes edecoração num só espaço. Página 9

Microempresas abriram 1,4

milhão de vagas entre 95 e 2000

O mercado de trabalho mudou e,entre 1995e 2000, foram as micro empresas, que têm até 19 funcionários, que criaram a maior parte dosempregos formais(com carteira assinada) no País. No período, esses estabelecimentos abriram 1,4 milhão de postosde trabalho,do total de 2 milhões contratações feitas no intervalo. As grandes companhias criaram apenas 29,6mil vagas,de acordo com estudo do BNDES. Segundo a economista Sheila Najberg, umadas autoras da pesquisa, esse crescimento das microempresas pode ser explicado, em parte, pela terceirização da mãode-obradas grandescompanhias. "Ex-funcionários de grandes empresas abriram seus próprios negócios e passaram a prestar serviços para

essas corporações", diz ela. Além disso, segundoSheila, a chegada de novos produtos, como os telefones celulares, ajudou a impulsio-

Incubadoras vão atender agronegócio e cultura

As incubadorasde empresas estão crescendo no Brasil. Hoje, há 150 programas em todo o País. A maior parte dos projetos é na área de tecnologia,mas o quadroestámudando. O Sebrae (Serviço Brasileirode ApoioàsMicro e Pequenas Empresas) vai se-

lecionar mais 110 novasincubadoraseste ano.Projetos deagronegócio eculturavão recebermais atenção. Entre os benefícios das incubadoras está areduçãode custos iniciaispara aberturadaempresa,como gastocom aluguel e advogado. Página 13

"Eu faria tudo novamente"

Geraldo FariaMarcondes, hoje com90anos, combateu na Revolução de 32, que será comemorada nesta terça-feira, 9 de julho. Com 19anos, Marcondes lutou no interior de São Paulo. " Vi um amigo morrer emmeusbraços", recorda. Mas garante que faria tudo de novo para libertar omaior estado brasileiro da intervenção de um governo ditatorial. Ver matéria de Dora Carvalho na última página Geraldo

Penhora on line já tem resultados

O sistema de penhora on line, fruto de um convênio entreo Tribunal Superior do Trabalho e o Banco Central, já colheos primeirosresultados. Por meio desse processo, mais de 10 empresas que perderam açõestrabalhistas ti-

nar a expansãodos micronegócios. "Muitas lojas abriram as portasprarevender celulares ou acessórios". De fato, ossetores deserviços eco-

Os

mércio foram os que mais geraram emprego no período, com 2,1 milhões de vagas. Veja matéria de Teresinha Matos na página 11

pequenos empurram a indústria moveleira

Das 13mil indústrias fa bricantes de móveisdo País, 10 milsão depequeno porte. E apesar dasdificuldadesfinanceiras, as empresas apostam noaumentodasexportações, principalmente com a incorporaçãodo design aos produtos, elemento fundamental para a competitividade. Como o setor moveleiro éum dosquemais temcondições de elevar exportações egeraremprego, aApex,o Sebrae e a CNI criaram um programa de capacitação dos pequenos. Amaioriadeles está na região Sul. Página 10

Balança reflete retração mundial, afirma governo

Cavalcanti/N-Imagens a a

veram os valoresdos débitos bloqueados. Apesarde rápido,o sistemacausapolêmica eas reclamaçõestendema aumentar à medida em que mais empresas forem surpreendidas com as execuções. Para o advogado trabalhis-

taMiguel Gantus,afacilidade de bloqueio das contas podeinviabilizar asempresas. Eas máspagadoras,afirma, raramente deixamsaldo positivo emconta corrente.Assim,ashonestas seriam as mais prejudicadas. Página 14

A balança comercial brasileiratemregistrado sucessivos superávits desde o começo do ano. Olado negativo é que as exportações easimportaçõescaíram bastante frentea 2001. Empresários reclamam dafalta deapoio, financeiro elogístico, dogoverno. Para a secretária de comércio exterior do Ministério do Desenvolvimento, Lytha Spíndola, porém, a queda é fruto do desaquecimento global. Em entrevista ao Diário doComércio, asecretária

disse que ogoverno procura aumentar os negócios com o Exterior buscando novos mercados e promovendo os produtos nacionais. Página 5

Orsa amplia reciclagem de papelão e une lucros e proteção ambiental Página 9 Europa faz declaração de guerra total aos produtos transgênicos Página 4

Pesquisa mostra que notas de R$ 2 e de R$ 5 continuam em falta Página 7

O rodízio de veículos em São Paulo está suspenso nesta segunda-feira e na terça-feira por causa do feriado estadual de 9 de julho

Dilma Xerfan começou com uma loja de roupas em 99; um ano depois, abriu uma confecção e hoje tem 13 empregados
Célio
Jr/Digna
imagem
Faria Marcondes esteve nas trincheiras na Revolução de 32
Dudu

Retração mundial prejudica comércio

No primeiro semestre de 2002, a balança comercial acumula superávit de US$ 2,606 bilhões, bem próximo dos US$ 2,642 bilhões registrados em todo o ano passado. O dado negativo é que o volume de comércio com o Exterior caiu. Só as importações recuaram 22%, frente a 2001. Empresários reclamam da falta de apoio, financeiro e logístico, do governo. Para falar sobre a questão, a secretária de comércio exterior do Ministério do Desenvolvimento, Lytha Spíndola.

A balança comercial tem registradosucessivos superávits. Como isso está ocorrendo?

Temosde lembrardamudança que houve nabalança comercialbrasileiraa partir de 1994.Dofinal dadécada de80 até oinício doPlano Real, háoito anos,tínhamos superávits superiores a US$ 10 bilhões, porque as importaçõesdoPaíseram baixas. Como real, essas comprasexternas aumentaram e passamos a registrar déficits. Mas procuramos promover políticas de estímulo ao crescimento das exportações e os superávits da balança têm aumentadonos últimosmeses. No ano passado, por exemplo, registramos saldo de US$ 2,6bilhões, depoisde seis anos de resultados negativos. Isso é fruto do esforço do País em conquistar novos mercados para nossos produtos, especialmente na China e na Índia. Também estamos procurando consolidar nossa posição na Comunidade Andina e o Mercosul está buscando aproximação com a África do Sul. Fora o acordo com o México, que foi assinado na semana passada. O resultado de junho (superávit de US$ 675 mi lh ões ), omelhordesde 1994,comprovaa recuperação mês a mês da balança.

De que formaéfeitaessa seleção de mercados?

O Ministério tem uma lista com os mais importantes mercados potenciaisdo Bra-

sil e com os principais produtos a seremexportados (veja lista acima). Com base nisso, desenvolvemos projetos para promover o produto brasileiro no Exterior (um desses projetos é o Navio Escola, também chamadode"embaixada flutuante", que irá percorrer 14 portos internacionais até dezembro deste ano levando uma variedade de produtos brasileiros, deroupas ejóias a filmes,alimentosebebidas, como caipirinha).

Há projetospara estimular aproduçãoe aexportaçãode bensdemaior valor agregado?

Sim. Também temosuma lista de produtosque estão em projetos doMinistério, comoo café.Para desenvolver programas de produção e vendasdesses bens,nosreunimos com a cadeia produtiva, debatemos os problemas e traçamos projetos.

Mas,apesar de tudo isso, as exportações, e também as importações, continuam menores quando comparadas a 2001.

As exportações e as importações diminuíram neste ano porque a conjuntura mundial está negativa. O comérciomundial estácaindo. Além disso, os preços de alguns produtos estão mais baixos, o que prejudica as exportações em termos de valores– àsvezes,ovolumeexportado não caiu, mas os preços sim.

Um dado positivo é que as exportações para os Estados Unidos aumentaram 4,4% em junho, sobre junho de 2001.Mas houvequedano comércio com a Argentina e a UniãoEuropéia. Por isso, a busca de novos mercados.

O País não deve atingir a metadeexportarUS$ 100 bilhões neste ano, como chegou aserprevisto, certo?

Ametade venderUS$100 bilhõesfoi feitaem1995, quandoo mundo eraoutro. Depois disso,vivemos diversascrises, comoada Ásia,da Rússiae, agora,a daArgentina, que prejudicaram nosso comércioexterno (até junho, as exportações somavam US$ 25 bilhões).

Existe alguma previsão para este ano?

Não estamosfazendo projeçõespara o volume de exportações neste ano. Mas possogarantir quenossoobjetivo continua sendo a de exportar cada vez mais. A única previsãoque fazemosé ado superávit comercial, de US$ 5 bilhõesparao ano.Essaé nossaprincipalmeta eéperfeitamente viável.

Os embarquesde produtos básicos,principalmente de soja, ainda não chegaram aos níveis de 2001. Isso deve beneficiar a balança no segundo semestre?

Sim, podemos esperar boas surpresas para osegundo semestre. Os produtores de sojaestão segurandoasvendas intencionalmente, porque preferem esperar queos preços no mercado externo se recuperem.

A greve dos auditores da Receita Federalestá afetando a balança?

Os empresáriostêm dado notícia de que a greve está prejudicandoalgumas indústrias. Mas, se olharmos

SP terá evento gratuito sobre formas de vender aos EUA

No próximo dia10,acontece em São Paulo o seminário"Fazendo Negóciosnos Estados Unidos".O evento, realizado pela Associação Brasileira dos Executivos de Comércio Exterior (Abecex), terá inscrições gratuitas. O objetivo, segundo a entidade, é "gerar alternativas de transporte e distribuição no mercado americano".

Oeventoterá doispalestrantes:Orlando Vieira,presidente da International Consultants, e Antonio Carlos Amado, diretor de marketing para a América do Sul da Autoridade doPorto deVirgínia, nos Estados Unidos. Vieira abordará temas como abertura desubsidiárias ou centros de distribuição nos EUA;estoque deprodutos em solo americano; otimização da entrega de produtos aos clientesamericanos diretamentede um centro de distribuição; aumento damargem delucroeredução de custos de distribuição mediante embarque consolidadoe redespacho dentro dosEUA; funcionamentoda logística e estrutura de distribuição nos EUA. Amadotratará dostrâmites da divulgação do Porto de

friamente osnúmeros dabalança comercial, podemos verquehouve recuperação do fluxo de negócios na quarta semana dejunho, em relação às semanas anteriores. Isso porque a paralisação não atinge 100% dos fiscais.Então,o quenãoé liberadonuma semana, acaba sendo liberado na semana seguinte. Ou seja,o fluxotende a se normalizar.Masnão tenho nenhuma previsão de quando asituação voltará ao normal. Não sei oque estásendo feito,em termosdepolíticas, para solucionar a questão.

"A meta de exportar US$ 100 bilhões no ano foi feita em 1995, quando o mundo era outro"

As importações também estão caindoem relação ao ano passado. Emque medida isso é fruto da substituição de importações?

Não temos estudos nem números concretosque mostrem que partedesse recuoé frutoapenas daqueda

do nível de negócios eque parte sedeveà substituição deimportações.Mas sabemos, com certeza, que esse processo de substituição está ocorrendo no País.É visível. Há investimentosprivados das indústrias em bens de capital, no setores eletroeletrônico, químico, petroquímico e de papel e celulose. O governo apóiaesse tipo de iniciativa, principalmentepor meio de uma política de redirecionamento de crédito e financiamento do BNDES.

O governo planeja criar programas de subsídios para estimular aprodução nacional de certos setores?

Não,nãoestamos oferecendo subsídios. Acreditamos que as empresas brasileiras são competitivas e, por isso,estamos dando suporte logístico, decapacitação e treinamento,além daslinhas

decrédito. Com isso, podemosdizerque háoiníciode uma política industrial para o País.

Há programas para estimular as exportações das micro, pequenas e médias empresas?

Sim,o Ministério tem vários programas nessa linha. Por exemplo, destacamos agentes decomércio exterior quedão cursosdecapacitaçãoeassistência àsmicroe pequenas empresas e vão formar mais de 2mil pessoas neste ano. Também promovemos encontrosde comércio exterior, para resolveras dúvidas das empresas. Além disso,temos osite Portal do Exportador (www.portaldoexportador.gov.br), que traz informações básicas sobre como exportar, dados sobre programas dogoverno, missõescomerciais, legislação. Mas o reflexo das vendas das pequenas empresas não é direto na balança comercial, porque o volume é pequeno.

Norfolk; linhas de navegação disponíveis; centros de distribuição existentes; multimodalidade; produtividadeda mão-de-obra local (Virgínia) e negócios com o Brasil.

ser viço

Fazendo negócios com os

Estados Unidos

Dia 10 de julho, quarta-feira, em São Paulo

Inscrições gratuitas

Evento promovido pela

Associação Brasileira dos Executivos de Comércio

Exterior (Abecex)

Informações: (11) 3259-8479 ou abecex@abecex.com.br

Giuliana Napolitano

Fundo imobiliário cresce no mercado

Lastreado em imóveis, lembrados como seguros em épocas de turbulências, os fundos imobiliários já acumulam patrimônio de R$ 1,6 bilhão. Que pode crescer ainda mais, a partir das negociações em bolsa.

Num momento econômico em queaté os tradicionais e "seguros" fundos de renda fixa amargaram perdas no mercadofinanceiro, médios investidores voltam a pensar na compra deimóveis como forma depreservarocapital e, quem sabe,garantir uma pequena renda mensal.

Masmuitos desistem quando lembram das preocupaçõescom certidões,escrituras, condomínio,IPTU, inquilinos e imobiliárias.

Mercado – Estes investidores têm o perfil adequado para os fundos de investimento imobiliário, que vêm crescendonos últimos anos no

Brasil. Hoje já existem no país 60 fundos desse tipo, com patrimônio de R$ 1,6 bilhão. Com acompra decotas de um fundo imobiliário o investidor torna-se dono de parte dos empreendimentos queestão nopatrimônio do fundo,recebendo parcelado aluguel ou de outros rendimentos desses imóveis. Adiministração – A administraçãoé responsabilidade de uma instituição financeira contratada pelo fundo como gestora, o que livra o sócio de lidar com a burocrática e custosa manutenção de um imóvel.Asregras dosfundosvariam bastante, mas, com

R$50 mil,preçode umimóvel modesto emSão Paulo, é possível entrar em fundos imobiliários.Atécom R$10 mil o investidor pode adquirircotas de alguns fundos e, muitas vezes,podepagaras cotas em parcelas. Dois tipos– Basicamente, os fundos imobiliários no Brasildividem-seem duas categorias: os que captam recursos para construçãoe os que tem como ativos apenas imóveis prontos.Escolher um deles depende da tolerância do investidor ao risco.

Os fundos queangariam recursos para construção são maisarriscados. Oempreendimento podenãoficar prontoe enquantodurar a obra o investidor ficará sem a renda dos aluguéis. Risco menor– Para quem optou por imóveiscomo investimento exatamentepara diminuir riscos, oideal é escolher fundos que tenham imóveisprontos comopatrimônio.

Considerando todas essas vantagens, podeparecer ultrapassadoinvestir aseconomiasdiretamente nacompra de uma casa ou apartamento. Masos fundos imobiliários ainda não deslancharam no Brasil porquea liquidez das cotas é muito pequena.

Cotas: só repasse– Ao contrário doqueacontece nosfundosde rendafixa,em que oinvestidor poderesga-

tar sua aplicação quando quiser, em um fundo imobiliário issonão épermitido pelalegislação.

Ou seja, quem não quiser mais ser sócio de umfundo imobiliário terá quevender sua participação para terceiros. E, porenquanto, não há grande número de investidores interessados na compra decotas defundosimobiliários no País.

Dificuldade – Existe ainda outro problema. Como não háum mercado organizado paracomprae vendadeparticipação desses fundos, o cotistatem dificuldadeparasaber quanto estávalendo sua cota.

Já para quem tem um apartamento ouum flat éfácil fazer uma pesquisa de mercado paraavaliar oimóvel. Osin-

Cotas serão negociadas na Bovespa

A falta de liquidez das cotas dos fundos deinvestimento imobiliárionoBrasilé um dos principais entravesao crescimento dessemercado noPaís. Masos administradores já começam a pensar em formasde aumentaro volumede negócios com ascotas, no chamado mercado secundário, em que são revendidaspelos participantes dos fundos. Uma das principais apostas é a negociação das cotas de fundos imobiliários em bolsa de valores, prática comum nos Estados Unidos.A Bolsa de Valores de São Paulo, Bovespa, apóia a idéia e já montouo modelodenegociação das cotas dofundo Europar, que estão em lançamento. Europar – De acordo com SérgioBelleza, consultorde investimentos dacorretora Coinvalores – umadasempresas envolvidas na criação e administração desse fundo–, a previsão é de que as cotas do Europar já possamsertransacio-

nadas na Bolsa deValores de São Paulo, a partir de outubro. Masa negociaçãonabolsa só poderá acontecer depois que todas as cotas lançadas forem vendidas. Como a legislação não permite o resgate de cotas de fundos imobiliários– aocontrário do que acontece com os fundos de ações e de renda fixa,porexemplo –,nãoétão fácil sair do investimento.

Balcão – O investidor precisa encontraruminteressado em adquirir sua participação e, ainda, tentar estimar quanto valea suaparticipação nofundo. A negociação é feita no que os especialistas chamam de mercado de balcão.

Algumas corretoras, como a Coinvalores, ajudam o investidoraencontrar um compradorpara as cotase tentam estimar um preço justo para a participação.

À disposição –No mercado de bolsa é diferente. Os interessados em vender e comprar co-

Redutores e Moto redutores, redução 1:5,166 a 1:500 para motor 1/8 a 30cv e usinagem em geral. CAPITANI,ZANINI & CIA LTDA

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tas fazem suas ofertas por meio do sistema eletrônico da Bolsa de Valores de São Paulo.

Estas ofertas ficam à disposição detodos osenvolvidos, que têm melhores condições paraavaliar asopçõesdispo-

INDÚSTRIAS

níveis.Osfundos imobiliários ganham maistransparênciae oinvestidormaior segurança na hora de comprar ou vender a cota.

Interessados – De acordo com a Bovespa, por enquanto apenas o Europar está autorizado a ter suas cotas negociadas em seu sistema.

Outros quatro fundos imobiliários estão emfase de estudos, para também adotar abolsapaulistacomo ambiente de negociação.

A expectativa é de que os fundos imobiliários caiam no gosto dos pequenos e médios investidores brasileiros quando for maisfácil vender as participações. É,em grande parte, por causa da possibilidade da negociação das cotas em bolsa e da liquidez que os fundos imobiliários fazem muito sucesso no mercado dosEstados Unidos.

vestidores pesamesses próse contras eo mercadoimobiliário continua em vantagem. A negociação de cotas na BolsadeValoresdeSão Paulo, prevista para aconteceraté o fimdo ano,vai tentarmudar esse quadro, o que pode gerar um novo impulso. Perfis – Os fundosimobiliários têm perfis diferentes e, porisso, é difícil fixaruma rentabilidade média.Em geral, pagam aos investidores rendimento líquido próximo aoda poupança (cercade 0,8% ao mês).

Os gestores dos fundos descontam do rendimento bruto docotista ataxa deadministração,as despesasdemanutençãodos imóveis, uma porcentagem que é destinada parauma reservado fundoe 20%de Impostode Renda.E

o cotista paga novamente o imposto se vender sua participação.

Avaliação – Na escolhade um fundo imobiliário o investidor precisa ficar atento paranão comprarcotasapenas por causa de umganho que parece atraente. É preciso avaliar os imóveis que fazem partedo patrimônio do fundo, sua localização e potencial para aluguel. Rendimento – Só assim pode-se estimar a capacidade de geração de rendimentos dosimóveis e,conseqüentemente, do fundo.

Investirem fundosimobiliários significacomprar ativos reais, mas nem sempre a rentabilidade é garantida. E o investidortem que pensar nisso tudo antes de assinar os papéis.

Fiscalização dos fundos está a cargo da CVM

Os fundos de investimento imobiliárioainda não têm uma grande tradição no mercado brasileiro. E, até por isso, alguns cotistas podem enfrentarproblemas, emgrandeparte porcausa dodesconhecimentodedetalhes do investimento e de cláusulas contratuais.

A ComissãodeValores Mobiliários, CVM, autarquiafederal, dáassistência aos investidores, pois é a responsável pela fiscalização dos fundos imobiliários.

Acordo – Mas, antes de optar porum processo na Comissão ou pela Justiçacomum, oinvestidor que tenha problemas com um fundo imobiliário deve primeiro tentar acertara pendênciacom o administrador.

neiro -RJ),coma descrição detalhada da situação. Na página daCVM naInternet (www.cvm.gov.br) o investidor também encontra orientações a respeito de fundos de investimento.

A autarquia analisa a reclamaçãodocotista e,seaconsiderar consistente, instaura um inquérito.

A CVM recomenda que, em caso de problemas, o cotista tente antes resolver com os gestores

"A recomendação é que os investidorestentem primeiro resolver asituação com os gestores, porqueo problema muitas vezes pode ser resolvido com diálogo. Mas se o investidor não se sentir satisfeito com a conversa, pode e deve encaminharo casopara a CVM", diz oprofessor universitário ValdirLameira, analistade mercadodecapitais da autarquia. Comoreclamar – A reclamação deveser levadapara a superintendência de orientação ao investidor da CVM, pelo e-mail (soi@cvm.gov.br) ou por carta (para rua Sete de Setembro,111/5º andarCEP: 20159-900- Rio de Ja-

O processo vai, então, para avaliação docolegiado dediretoresdaComissãoe, dependendodocaso, também para a Justiça comum. Se o cotista estiver com a razão, a CVM pode multar o fundo efazê-lo mudarde posição. Esclarecimentos – Mas os fundos imobiliários, pelo menos por enquanto, parecem não estarprovocando muita dor decabeça nos cotistas.

Segundo Lameira, não há um volume significativo de reclamações registradas na Comissão de ValoresMobiliários que, por enquanto, tem registrado mais pedidos de esclarecimento sobre os fundos imobiliários. Recomendação – A autarquiaaconselha aoinvestidor que leia com muita atenção o prospecto de um fundo imobiliário. Neledevem constar todas as informações sobre o fundo. Se o cotista não ler direito e assinar os documentos para aderir ao fundo, não poderádepois reclamar na CVM sobre os pontos previstos no prospecto.

Rejane Aguiar

Pequenas empresas contratam mais

A estrutura do mercado de trabalho mudou e, na década de 90, foram as microempresas que criaram a maioria dos empregos formais. De 1995 a 2000, esses estabelecimentos, que têm até 19 funcionários, abriram 1,4 milhão de postos de trabalho, do total de 2 milhões de contratações feitas no período.

As empresas de menor porte foram responsáveis pela criação da maiorpartedos postos de trabalho no País entre 1995 e 2000. Estudo feito peloBancoNacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) mostra que, no período, as microempresas(com até19funcionários)geraram1,4milhão de empregos formais. Isso significou um aumento devagas da ordem de 25,9%.

Já os postos de trabalho em grandes companhiascresceram apenas 0,3%,com o saldo entre contratações e desligamentos ficandoem 29.652 novos postos. Nesses cinco anos, foram gerados, no total, 2milhões de empregosformais –umcrescimento de 8,4%.

Segundo a economista

Sheila Najberg, uma das autoras do estudo do BNDES, esse crescimentodas microempresas pode ser explicado, em parte, pela terceirizaçãoda mão-de-obra das grandes companhias. "Aaberturacomercial do começo dosanos 90exigiu maior eficiência e

competitividade dasempresas. Na tentativade operar na menor escalade custospossível,elas reduziram quadros, terceirizando setores inteiros. Muitos desses funcionários criaram empresasque passaram a prestar serviços para essas grandes organizações".

Asprivatizações também contribuíram parao aumento das pequenas empresas. Segundo aeconomista, nesse caso, muitos trabalhadores passaram a operar prestadoras de serviços independentes que atendiam a sua antiga empregadora.

valo, foram abertas400 mil novas firmas. Com isso, essas pequenas empresastornaram-se asmaioresempregadoras do País. Há dois anos, respondiam por 93% do total total de estabelecimentos empregadores. Em 1995, eram 92%.

Houve uma estabilização das grandes companhias, cuja expansão ocorreu nos anos 70

Alémdisso,diz Sheila,a chegada denovosprodutos, como os telefones celulares, ajudoua impulsionar a expansão dosmicronegócios. "Muitaslojas, por exemplo, abriram as portaspra revender celular ou acessórios".

Q ua nt id ad e – Onúmero de microempresas também cresceu substancialmente entre1995 e2000. Nointer-

Estabilização dasgrandes –O crescimentodasempresas de pequeno porte, que começou na década de 90, foi um processo inverso ao ocorrido nas décadas de 70 e 80. Com os badalados PNDs, Planos Nacionais de Desenvolvimento, ogovernobrasileiroincentivou, inclusive com recursos dos bancosoficiais,o surgimento degrandes empresas, que produziam em escalae empregavam grandes contingentes. Nos anos 90, houve uma estabilização dasgrandes emédiascompanhias (commais de 100 funcionários). A participação dessasempresas, porém, continua importante.

Em 2000, representavam menos de 2% do total das firmas, mas respondiam por 54% dos empregos formais. Isoladamente, porém, as microempresas começaram aganharpesona economia nacional desde o começoda década, mas o processo se intensificounos últimos anos. Na avaliaçãode SheilaNadjberg, essa evolução vai continuar.Mas serásemprelenta, pois apesar da alta taxa de natalidade do setor há sempre uma mortalidade também alta, especialmente até o terceiroanode vida(veja reportagem ao lado). Osnúmeros constamde dois estudossobre sobreempregorealizados peloseconomistasSheila Najberg,Ricardo Montes de Moraes, do BNDES, e Marcelo Ikeda do projeto BNDES/Cepal. Os pesquisadores levaram em conta os dadosdaRelação Anual de Informações Sociais (Rais)do Ministériode Trabalho e Emprego. Todas as empresas registradas no País anualmenterespondem a esse questionário.

Setor de serviços lidera crescimento

Ossetores de comércio e serviços lideraramas contratações formais entre1995e 2000, com 2,1 milhões de novas vagas abertas. Ao lado de agropecuária e administração pública–que criaram, respectivamente, 53 mil e 329 mil postos –, foram os únicos segmentos a empregar no período. Osnúmerosconstam de estudo do BNDES. Os demaistiveramsaldo negativo de vagas. O que mais demitiufoiserviços industriais deutilidade pública: 91 mil empregados. Em segundo,veioa indústriade transformação, que fechou88 mil

postos. Construção civile extrativismo mineral dispensaram, respectivamente, 8 mil e 1,5 mil trabalhadores. Comisso, foram gerados, ao todo, de 1995 a 2000, 1,996 milhõesde vagascomcarteira assinada. No comércio, os novos empregados foram gerados exclusivamente pelas micro e pequenas empresas, que abriram 804 mil vagas. As médias e grandesfecharam 12 milpostos. Comisso, em 2000, essas empresas passaram a responderpor 87% de todos os empregos existentes no setor.Em 1995,represen-

tavam 83%. Em serviços, o crescimento foimaisdistribuído: todos as categorias de empresas geraram emprego. Menos empregados –O estudo feitoBNDES mostra ainda que, entre 1995 e 2000, o númerode empresasempregadoras cresceu 24%, chegando a 2,2 milhões. O número de trabalhadores avançou mais modestamente, apenas 8,4%, somando, ao final de 2000, 25,8 milhões. A média de trabalhadores por empresa caiude 13,4,em 1995, para 11,7, em 2000. O comércio representava em 2000 37% dasempresas

Em 3 anos, funcionários de loja paulista

AAudace, confecçãoespecializada em moda para jov ens senhoras,completou três anos em maio. É uma das milhares de pequenas empresas que ultrapassaram a linha derisco: osprimeiros 36 meses de vida. E ainda cresceu, ampliando os negócios e aumentando o número de empregados . A primeiraloja daAudace abriuasportas emmaiode 1999. Na época, a empresa ainda nãotinha produção própriae contavacomapenas doisfuncionários. Hoje, sãoquatro empregados,dois vendedores, um estoquista e uma gerente, além da proprietária, Dilma Xerfan. Aloja,que estálocalizada no shopping Jardim Sul, zona

sobem de 2 para 13

sul de São Paulo, e revende emmédia700 peçasaomês, acabou incentivando o surgimentode uma segunda pequena empresa, a confecção DMJB.Um anodepoisde abrir o comércio de roupa, Dilmapassou aproduziras peças que comercializava. Outros empregos foram gerados. "As duas empresas têm um total de treze funcionários,entre vendedores,estoquistas, gerente, cortador, modelistae piloteira (costureira que faz aspeçaspilotos)", conta a proprietária. Tambémforam criadosempregosindiretos. "AproduçãodagrifeAudace étotalmente terceirizada", explica. Estratégia – Dilma diz que a expansão é fruto de muito tra-

balho. "Outra dica é colocar na prateleira produtos que satisfaçam os desejos do consumidor", ensina. Ouvir os funcionários também é importante, dizela."Estouatodo momento disponível e pronta para atender ao público interno e externo", enfatiza. Outrofator quepodeter ajudado a empresáriaé a familiaridade com o negócio. Dilmasempretrabalhou no ramo de confecção. Começou como sacoleira, vendedora que leva o produto até a casa do cliente. Depois, trabalhou como gerente emlojas de diversasmarcasem shoppings nacidade. Aos50 anosresolveu investir num negócio próprio. "Sou conhecida como a gerente que deu certo".

36% das microempresas duram apenas 2 anos

Asmicroempresas apresentam altastaxasde natalidade.Mas a outra face da moeda é negativa: a mortalidade entre os microempreendimentostambém ébastante elevada. Nos primeiros três anos, ataxade mortalidade desses estabelecimentos de pequeno porte chega a 50%. De acordo com estudo do BNDES, das microempresas nascidas no Brasil em 1996, 18% pereceram no primeiro ano de vida; 36% fecharam as portasantes de completaro segundo ano e 48% deixaram defuncionar antesdecomemoraro terceiroaniversário.

A taxa de mortalidade das grandes empresasno mesmo período foimenor: de3,3%, 10,4% e 15,3%, respectivamente.

R e n d a – Outro fator que tem dificultadoo incentivoa produçãodospequenosé a própria conjuntura: "não adianta estimular se ademanda estácontraída", diza economista.

O desemprego e a queda da renda do trabalhador brasileiro têmfreado oconsumo. Isso porque, explica o economistaPedro JoãoGonçalves, doSebrae-SP, as pequenas empresas se concentram em setores cujas vendas dependem fortemente do poder aquisitivo da população. É o caso o comércio.

O estudo do BNDES foi realizado entre1996e1999.

empregadorasdopaís, mas gerava apenas 16%dos empregosformais.O contraponto é a administração pública, com0,6% das firmas, mas respondendo por 22% dos empregos.

As microempresas foram ganhando espaço em todos os segmentos daeconomia em número de estabelecimentos. Na agropecuária,comércio e serviços elas respondempor mais de 90% das empresas. Comércio eserviços, sozinhos, passaram a representar 49,1% dos empregos formais e 72% dos estabelecimentos formais. Nessessegmentos, a maior parte dasempresas têm até 19 trabalhadores.

Desconcentração – Apesar do esforço do governo em desconcentrar o crescimento regional e da própria competição que tem levado as grandes empresas para regiões ondeamão-de-obra émaisbarata e menos organizada, ajudando naredução doscustos industriais, o Sudeste ainda responde por 53% do emprego formal do Paíse por 54% das empresas empregadoras. Nesses cinco anos, o crescimentolíquido, emtodas as regiões,foide 442,0milestabelecimentos. Desses, 170,8 mil estavam no Sudeste (40% do total). Mas o aumento porcentual em outras regiões foi maior:no Norte,foide 58,5% e, no Centro-Oeste, de 45,8%.

As pequenas empresas cresceramemtodas asregiões.No Norteevoluíram 63,2% e, no Sudeste, 17,6%.

"Os dois primeiros anos são críticos para uma empresa", diz a economista egerente executivado BNDES, Sheila Najberg que, junto com os economistas Fernando Pimentel Puga e Marcelo Ikeda, elaborou o estudo Emprego –Criação e fechamento das firmas brasileiras: uma análise por porte."Nos doisprimeiros anos, as empresas ainda não contam com um estrutura fortee qualquer situação adversa pode prejudicá-la".

Entre as grandes companhias, a taxa é de 10,4% no mesmo intervalo, segundo estudo do BNDES

Mais problemas – Os pequenos empresáriosainda enfrentam problemas adicionais, diz Sheila. Entre eles, a dificuldade de acessoao crédito, a falta de experiência administrativa eodesconhecimento do mercado. "O governo, pormeio doBNDES, tem tentado suprir a carência de crédito do segmento incentivandoos agentesfinanceiros aemprestarem recursos ao microempreendedor. Umexemplofoi acriaçãodo fundo de aval, que ameniza as perdas dos bancos", diz.

Os dadosforam obtidosjunto ao Ministério do Trabalho, em questionáriorespondido anualmentepelas empresas. São considerados napesquisa apenas empreendimentos com pelo menos um emprego formal. O estudomostra que,das2,1 milhões de empresasbrasileiras em 1999, 48%, ou o equivalente a 1 milhãode firmas,nãoexistiam em 1995.Isso significaque elas tinham menos de quatro anos devida. Outros 15,9% tinham um ano de idade. No mesmoano, oporcentual de grandes empresas comidade inferior a quatro anos era 16,2% e apenas 4,1% tinham até um ano. Mudança de porte – O estudo mostrou ainda que houve mudança de porte nas empresasentre 1996e 1999.As demissões e desligamentos transformaram mais de 3 mil empresas em micro no período analisado. Segundo a pesquisa, observa-se uma tendência na redução do porte das empresas: 36 grandes estabelecimentos mudaramdesegmento por conta do processo de enxugamento e terceirização.

Informática já faz parte de confecções

A Audaces, líder em software para confecções, diz que automatização de setor de moldes pode ser implantada com R$ 7 mil

A régua e o lápis assumiram um papel secundário na divisão de moldes das confecções brasileiras desde que o setor descobriucomo ainformática pode ser útil na fabricação de roupas.Os softwares de modelagem vêm ganhando espaço nochãodasfábricas nacionais ejásãoutilizados até mesmo em pequenas empresas. "Aeconomia detecidofica entre3%e 15%",diz Claudio Grando, diretor presidente daAudaces, empresa deFlorianópolisqueé líder na vendade softwares para confecções no Brasil.

Com ainformatização, o desenho dos moldesé feito diretamente no computador, dispensando orisco manual, e o próprio sistema define como cada peça será cortada no tecido,calculandoo melhor aproveitamento para o pano. "Quando desenhávamosna mão, o aproveitamento de tecido era de 70%. Com o novo sistema, aproveitamos90% da áreade tecido nocorte de saias, por exemplo", conta Jonas deOliveira, proprietário da confecçãoMarisa Guerine, de Porto Feliz, interior de São Paulo. A empresa, que fabrica entrecinco eoitomil peças de roupa ao mês com as marcas Makon Joniê eLo’s Krocos, aderiu ao software há cerca de três anos.

T em po –A economiade tempo tambéméapontada por quemusa e porquem fa-

brica osoftware como uma das maioresvantagens deter a modelageminformatizada. "É possível fazer em dez minutosno computadorum moldequeerafeito emtrês ou quatro horasnosistema antigo", diz Grando. "Em cada nova coleção lançamos emtorno de48 peças, que precisam ter do tamanho PaoG7,com quatro cores. Imagina setivéssemos defazer isso tudoa mão. São 40 produtos para cada modelo", contabilizaOliveira. NaMarisa Guerineé opróprio Oliveira, oproprietário,quem levaosetor demoldesadian-

Colombo se expande com lojas eletrônicas

AColombo, rededelojas de eletrodomésticos e móveis doRio Grande do Sul, pretende ampliar seus negócios em 2002 a partir de um formatodiferenciado de ponto de venda: lojas eletrônicas.

A idéia é abrirunidades equipadas de terminais nos quais os clientes possam fazer seus pedidos, entregues num prazo de 24 horas. São estabelecimentos semprodutosà mostra,com áreae número de funcionários reduzidos. A Colombopossui hoje cinco lojas eletrônicas, das quais três instaladas emPorto Alegre eduas no interiordo Rio Grande do Sul. A expectativa éde inauguraroutras25do tipo até o final do ano. A rede está presente ainda no Paraná, SantaCatarina einterior de São Paulo, num total de 296 pontos-de-venda.

Liderança – A Colombo é a terceira maior do segmento noPaís,além delídernoRS, com50%das vendasdemóveis e eletrodomésticos.

De acordo com o diretor comercial da Colombo,Olivar Berlaver, as lojas eletrônicassão umaestratégiapara levar a rede até os bairros distantes dos centros, sobretudo em pontos onde não há espaço para a abertura de uma loja convencional."Nãose trata de concorrercomasunidades de venda tradicional, mas defacilitar oacesso dosnossos clientes", explica.

Aslojas eletrônicasdaColombo têm entre dois e seis terminais deconsulta ecom-

pra, comnúmero defuncionários variandoentre quatro e oito profissionais. Os investimentos para a abertura de uma unidade do tipo vão de R$ 50mil a R$ 100mil. Para uma loja tradicional,os custosdeinauguração seriam superiores a R$ 200 mil. "A decoração da loja eletrônica exige cuidados especiais, para que oclientenãosinta falta dos móveis e eletrodomésticos expostos nas unidadesconvencionais", dizBerlaver.A primeiralojaeletrônica da rede foi aberta no últimomêsde janeiro,em Porto Alegre. Segundo Berlaver,o desempenhodonovo negócio está dentro das metasda empresa."Sabemos que esse éuminvestimento de longoprazo",diz Olivar Berlaver.

Iniciativas – Além da Colombo,outras redesdevarejo, comoa C&A, também possuem as suas lojas virtuais para cidades que não comportam a abertura de uma unidade tradicional.

A Colombo fechou o ano passado comum faturamento total de R$750 milhões. A rede gaúcha tem como meta abrirlojasem todooBrasil num prazo de cinco anos.

A atuação na Grande São Paulovirá juntocom ocrescimento nacional, quando a rede deve começara bater de frente com empresas como as Casas Bahia e o Ponto Frio, líderes no segmento.

Isabela Barros

te, ao lado daesposa. "Os moldes que a minha esposa levavatrêsdias parafazerde forma manual, agora fazemos em dez minutos no computador", relata. O início – A modelagem informatizada começou a se disseminar hácinco anosno Brasil e, de acordo com Grando, hoje é possível equipar a empresainvestindo entre R$ 7 mil e R$ 40 mil.

Apesar de que a maioria das empresa adere ao sistema motivada pela economia de tecido,o proprietáriodaAudacesdiz quea qualidadedo acabamento é o maior trunfo da informatização."Osoftware indicao sentidoque o cortedeve tersobre otecido, evitando que ele fique fora do sentido do fio ou do brilho do tecido", explica Grando.

Essetipo deproblemaimpedequepeças deumamesma roupa tenham tons diferentes."A qualidade é milimétrica: a cava do lado es-

querdo vaiserigual à da direita", afirma Grando.

Aud aces – A Audaces se tornou líder no País justamente em cima do movimento de modernização das pequenas e médias confecções. Com dezanos demercado, a empresa compete com multinacionais ejá atendeu 800 clientes no Brasil.

Nomêsde março,aAudaces começou avendero primeiro plooter (impressora) a jato de tintapara confecções fabricado na América Latina. Foram seis anos de pesquisa

para chegar àmáquina, que imprime num papelcom até 2,4 metros de largura, o desenho de cadamoldecom a exata distribuição que deve ter sobre o tecido.

Sem o plooter, o desenho dos moldes precisa ser impressoempapel deumaimpressora convencional,normalmente detamanho menor, para então ser reproduzido numa superfície maior.

Já com a utilização do plooter, o papel impresso é posto diretamente sobreo enfesto, onde écortado o tecido.Se a empresa possuir uma máquina de corteautomatizada, as informações sobre os moldes podem ser transmitidas diretamente para a máquina, sem necessidade de impressão. Mas deacordo comGrando, namaioriadas empresasdo segmento, o equipamento de corte ainda é guiado por funcionários.

Outro softwareque começou a ser utilizado por alguns alfaiates efabricantes deuniformes noBrasil éo demoldes sob medida.Com as medidasdo consumidor em mãos, o sistema adapta a modelagem ao corpo dequem vaivestir aroupa. Oproduto é comercializado no Brasil pela Audaces com o nome de Audaces Sob Medida.

Isaura Daniel

Estados Unidos e Europa compram software da Audaces

Apesar de ter só dez anos de mercado,a Audacesalcançou aliderança em número declientes naárea desoftwarespara confecçãonoBrasil. A empresafoi fundadapor Cláudio Grando e Ricardo Luiz Delfino,em1992,recém-formadosna faculdade de computação da Universidade Federal de Santa Catarina, e vem crescendo mesmo competindo com algumas gigantes de tecnologia.

Há umano emeio, osprodutos fabricados pela Audacescomeçaramaser vendidos também fora doPaís. Grandodiz que sãomaisde 100clientescom sedenaEuropa,Estados Unidos,América Central e do Sul.

Um totalde 23 funcionários fabricam, em Florianópolis, os softwares e hardwares comercializados no País e noExterior pelacompanhia. A empresa mantém distribuidoresemdez estados do Brasil e, de acordo com Grando, consegue vender os produtos 30% a 50% mais barato que asgrandes empresas,em função do porte enxuto que mantém.

Alémdo setor de confecções, aAudacesatendetambém o setor moveleiro. Nos primeiros anos de atividade, a empresa chegou a trabalhar também com as áreas de mecânica e transporte.

Avenda dossoftwares é acompanhada porsuporte técnico e treinamento de três acinco dias.Osprogramas também vêmcom um tutorial multimídia, que facilita o manejo. (ID)

Casa Inteligente: movida a botões

Imagine uma casa sem chaves. O acesso é controlado pela leitura da íris ou de impressãodigital.Antes dosfilhos chegarem à porta, de madrugada, os pais são avisados por um sinal de luz. As plantas são regadas automaticamente.E a piscina e o carpete são autolimpantes. Esse modelo da Casa do Futuro poderá ser visto a partir do dia 30 de ju-

lhono ExpoCenterNorte, durante o 11º Salão de InovaçãoTecnológica, queocorre até o dia 3 de agosto. Num espaço de 1.450metros quadrados e45 ambientes,será construído,emapenas 124 horas, um protótipo da Casa Inteligente. É a maior exposiçãode soluçõestecnológicasdeautomação residencial do País. Ao todo estão

sendo gastos R$ 1,4milhão. Empresas como Itautec, Philco,Banco doBrasil,Deca, Duratex, TigreeMarcopolo patrocinam o projeto que temo avaldo Ministério da Ciência eTecnologia e da Financiadora deEstudos e Projetos (Finep). Aorganizadora doevento, Andrea LemosBritto, garante que a evolução da tecnologia e o barateamento dos custos já permitea implementaçãodestas funçõesnascasas brasileiras.E não épreciso construir uma nova casa ou reformar para desfrutardas soluções existentes. A maior parte dos sistemas opera sem fio (wireless).

Por meiodo sistemaIHCInteligence HouseControl, é possível automatizar a parteelétrica,eletrônica emecânica de qualquerresidência interligando Internetelinhas telefônicas.

Com o controleremoto, o morador pode controlar desdea abertura daspersianas, cortinas, janelasaté oseletroeletrônicosdacasa.E de longe, pode programar para aquecerou resfriardeterminados ambientes.As mães podem monitorar a atividade dos filhos via Internet ou

palm top. O morador pode atender a campainha do telefone. O sistema de áudio é interligado e permite o controle dos sons de qualquer lugar da residência.

Qu arto s – No quarto dos maisjovens, umpainelinterativoparajogos,ligado ao computador, permitemover aspeças de um jogo comas mãosaoinvés deusarmouse ou o teclado.

Nobanheiro, alémdossistemas de foto célula para ligar o chuveiro, a banheira possui massageador automáticoe é adaptada com um sistema que torna a água ozonizada, para efeitos terapêuticos.

Na cozinha, opurificador de detecta a qualidade do ar e ligaautomaticamente.E a dispensa avisa os alimentos que estão faltando.

Háainda umsistemade reaproveitamento e filtragem de água que permite que a água da chuva ou aquela que foi usada uma única vez possa ser filtrada e reutilizada por exemplo, para lavar o chão. Umacentral de aspiração a vácuo sugao ar poruma tubulação,semruídose sem uso do aspirador de pó.

Tsuli Narimatsu

Claudio Grando, da Audaces: empresa cresceu desenvolvendo software de modelagem para indústrias de confecções

Qualificação e persistência:

lições para aprender com os pentacampeões

Stefi

V encer a Copa do Mundo foi um momento muito especialpara oBrasil. OPaís foi pentacampeão. Uma marca importante parao futebol. Podemos dividir nossa alegriacom aspessoas aolado.Finalmentetivemos, todos, um motivo grandioso para comemorar. Grandioso, comofoio gestodoCafu,ao subir no ponto mais alto do pódiopara erguera taçapela qual tanto lutou.

Nós tambémtemos nossas taças, mas esquecemos de comemorar, de dividir a alegria, de subir noponto mais alto, reagindo de formadesmotivada ao verdadeiro sucesso.

Muitas vezes encontramos adversidades– você não vai conseguir, isto não vai dar certo, isto estáerrado . Semana passada assistia um programade televisão no qual o apresentador, ao incentivar umadas equipesconcorrentes dizia: o tempo vai acabar, você não vai conseguir, está fazendo errado.

Pessoas pessimistas e despreparadas para viver no mundo atual não conseguem compreender a metade cheia do copo, podendo apenas vislumbrara partevazia.

Talento – Mas somos pura fonte de criatividade e talento, frutode um povo apaixonado pela felicidade de viver. Podemos e devemos tirar uma série delições e aprendizados destacopae deste título,tão esperado e sofrido por cada um de nós.

meter omelhordos desempenhos. Esse goleiro cometeu apenas um erro nesses sete jogosefoi castigado,poisperdeu o primeiro lugar. Felipão – Felipão, alémde sabertiraro melhorde cada jogador e tornar a equipe eficaz e eficiente, soube nos ensinar quãoimportante éa doação de cada um. Das pessoasmais simplesao altoescalão, todossão partedo mesmo time.

Felipãonos fezperceber que é preciso ter um esquema,umaorganização para queo improvisodê omelhor resultado. União, vibração e participação são fundamentais para transformarum desafio num objetivo atingido. Épreciso conjugarempenho e força à arte.

Acreditoqueo segredoda vitória deFelipão foiter formadoe incentivadoumgrupoem quetodos sedoaram, todos participaram, todos jogaram,opinaram, sofreram, se motivaram. Todosultrapassaram seus limites. E, principalmente, ultrapassaramas expectativase atingiram seus objetivos.

A conquista provou a eficácia da fórmula: qualificação + persistência = vitória

Asensação deserprimeiro lugar émaravilhosa e fico satisfeita em saber que todos nós podemos provar este gostinho. Vimos que é possívelfazer um Brasil melhor. É só fazer bem o que tem de ser feito, como disse o técnico Felipão duranteumaentrevista coletiva à imprensa.

Franquia de restaurante ou delivery: a difícil escolha

Franquia de restaurante ou de delivery? Asdúvidasque assaltam um futuro franqueado dosetordealimentação podemserresolvidas com uma pesquisa junto a redes franqueadoras que trabalham com os dois formatos. A maioria das empresas exige condições diferentes para cada modalidade. Éimportante lembrarque, nos dois negócios,oempreendedor terá despesas fixas e também rentabilidadevariável, deacordo comas condições impostaspelascadeias de alimentação.Não setrata apenas deescolher oinvestimento maisbarato, mas de encontrar o formato adequado para a região escolhida pelo futuro empresário e para o futuro público local. Entre asredesde restaurantes que atuam noBrasil, algumas colocam numa mesmaunidade restauranteou fast food e o serviço de delivery.Outraspossuem franquias apenas para o delivery. China in Box – A rede especializada em comida chinesa China in Box, por exemplo, concentra-se na modalidade delivery. Adiretorada cadeia,EllenChiba, explica que as unidades podem ter ou não mesas para servir os consumidores. Vai depender das características da região onde o ponto estiver instalado.

Oretornotemprazo estimado em24 meses ea projeçãode faturamento paraa primeira modalidade é de aproximadamente R$ 45 mil.

O candidato deve adotar a franquiacomo suaprincipal atividade e ter curso médio completo. Precisa apresentar o ponto,que seráanalisado por uma equipeda China in Box.Esta verificasuaviabilidade e localização. O município indicado deve ter, no mínimo, 300 mil habitantes. O capital necessário para iniciar onegócio éde R$150 mil. Há uma entrevista inicial queanalisao perfildocandidato. Emseguida, ele passa por um treinamento, com uma duração de dois meses, aprendendo todas as etapas de elaboração dos pratos queconstamdo cardápio e os aspectos administrativos, de marketing ede re la ci on am en to com funcionários eclientes. Posteriormente, ele trabalha em umadas unidadesda rede, em todas as funções. Estas etapas valem para as duas modalidades de franquia. Gendai –Já acadeiadecomidajaponesa optouporincorporar o sistema de delivery em todas as modalidades defranquia, ouseja,derestaurante e fast food. Odiretor de expansão da bandeira Gendai, Carlos SadakiKaidei, informa queos serviçosde entregasãoraros nas franquias destetipode alimento, pois seuspratos já são normalmentemais caros queosdecomidaárabe ou chinesa, por exemplo.

A escolha entre restaurante e fast food depende da disponibilidade financeira do futuro franqueado. Para as duas modalidades, o candidatopassa porumaentrevista inicial. Se for aprovado, faz um estágio de dois ou três dias em duas lojas, uma de cada formato citado. Em seguida, há uma segunda entrevistaonde serãoanalisadosperfil e capacidade de liderança.

Franqueadores de alimentação têm exigências diferentes para cada um dos formatos

A empresaanalisa oponto indicado e o candidato se encarrega de sua aquisição,se for aprovado. O treinamento p r op r i a m en t e dito tem duração de 60 diascom aulas de técnicas de atendimento, processo de produção eoperação, administração, marketing, entre outros.A própriaGendai indica um sushiman.

As taxas de franquia variam de acordo com a modalidade. Atualmente, abandeira cobra royalties de 5% e taxa de publicidade de 2% sobre o faturamento bruto do local. No caso daescolha de restaurante, o franqueado pagará um total de R$ 260 mil. Este valor inclui a taxa de R$ 25 mil,a montagemda lojapor R$ 180 mil,treinamento (R$ 10 mil), capital de giro (R$ 20 mil), marketing (R$ 10 mil) e estoque inicial (R$ 15mil). As áreas variam de 150 a 250 metros quadrados. Já a unidade de fast food exigeuminvestimento de

R$ 195 mil. A taxa é a mesma do restaurante, enquanto a montagem totaliza R$ 130 mil. O capital de giro e o treinamento da equipe exigem R$ 15 mil e R$ 10 mil, respectivamente.Além disso,háo treinamento da equipe (R$ 10 mil), estoque inicial (R$ 10 mil) e marketing (R$ 5 mil). Jin Jin – A redede comida chinesa oferece aos seus franqueadostrês modalidadesde negócio: fast food ( em shoppingcenters), delivery(para entrega em domicílio) ecasualdinning (restaurante de rua com delivery).

O formato que exige mais investimentos é o de fast food devidoà construçãodaunidadee asluvasdoponto. O custo ficaem R$ 110 mile a bandeira fornece assistência para a negociação parcelada do espaço físico.

O gerente demarketing da empresa, Eduardo Morita, diz que existe vantagem mercadológica para quem investe em loja de shopping. "O franqueado já sabe que terá retorno pelo grande público que circula pelo espaço. O faturamento estimado deste tipo de unidadeé de R$ 50 milcom rentabilidade de 30%", diz. Quantoao casualdinning com delivery, o total a ser investidoé deR$ 95mil. Aloja deentregaa domicílioexige umcapitaldeR$80mil. A previsão defaturamento éde R$ 35 mil, com rentabilidade de 20%.

Ronaldinho nos provou quegarra e talentosomados ao empenho podem garantir o seu sucesso. Por outro lado, o melhor goleiro do mundo, oalemãoOliver Kahn,nos provouquetalento porsisó não é garantia de obtenção de sucesso.Empenho eespírito de equipe são essenciais. Kahn nos mostrou a importância da tãofalada Inteligência Emocional – a calma, o equilíbrio ea perseverança são fundamentaisdurante o processo. Ao terminar o jogo, ele não conseguia olhar pra frente, o que pra ele era muito difícil. Ele perdeu um campeonato,mas édignodeser celebrado, o não deixa de significar uma grande vitória. O equilíbrioemocional é decisivo para asobrevivência. O mundo de adversidades está na sua frente, portanto é precisoencará-lo compositivismo. Se você nãofaz bem-feito, sempre haverá alguém que pode aproveitar melhor a oportunidade e fazer noseu lugar.Por isso,aprenditambémcom OliverKahnque não bastafalar, épreciso realizar. Um deslize,por menor quepareça, pode compro-

Agora, espero que todos os brasileirosentendam quetemos o direito à felicidade, que podemostransmitir estaalegriaverdee amarela para os trabalhadores que buscam um empregonovo, para os paisque procurammelhores formas dedareducação aos seus filhos.

A conquista do pentacampeonato provou a eficácia da fórmula: qualificação +persistência = vitória. Tem muita gente neste país enorme em plena forma e com seu passe livre, louca parajogar eaguardandouma novaescalação.Acrediteem você,acredite emquem está aoseu lado, acredite no próximo. Eu deixo as críticas de lado, aprendo com estas lições, cresço comelas, acreditoem nóse acreditoqueoBrasil tem tudo paradar certo. Somos vencedores, podemos saborear o gostinho do sucesso. Parabéns pentacampeões! Parabéns Brasil!

Stefi Maerker é diretora e consultora da Secretary Search & Training (SEC), empresa especializada no recrutamento, seleção e também em treinamento de secretárias executivas. A executiva Stefi Maerker é ainda a autora da publicação Secretária – Uma Parceira de Sucesso

Qualidade de vida para evitar faltas

O consultor Leandro Buso, dono da SpaçoQuality,de São Paulo,vende umproduto diferente,mas queestá na moda. Buso oferece qualidade de vida. Osclientes são empresários quebuscam solucionar problemas como o estresse e as ausências de funcionários.

massagense ginásticapostural são as ações mais recomendadas.

Para diagnosticar o problema, Buso monta um questionário paraos profissionais responderem. Os dados são tabulados e só então ele entra com o medicamento.Yoga,

cursos e seminários

Dia 10

Fazendonegócio nosEstadosUnidos– Ocursoédirecionado aexecutivos que atuam na área de comércio exterior. A duração é de duas horas, das 18h30 às 20h30. O workshop acontece na quarta-feira, dia 10 de julho. O curso ocorre na sede da Aduaneiras, rua da Consoloção, 77. Asinscrições sãogratuitas edevem serfeitas apartir dehoje pelotelefone (11) 3259-8479.

Folha depagamento e encargossociais –O curso édirecionado a executivosqueatuam naáreaderecursos humanos.Duração:16 horas,das 9h às 18h. Ocurso acontece na quarta-feira (10) ena quinta-feira(11).Local:Sescon-SP (SindicatodasEmpresasdos Serviços Contábeis doEstado de São Paulo),avenida Tiradentes, 960, Luz. Preço: R$ 70 (associados)e R$ 140 (não associados). As inscrições (11) 3328-4900.

Programade atualizaçãodo varejo– Aproposta docurso éreunir empresários edirigentes dovarejo eda indústriaque operamem outras regiõesdo País eque querem aprimorarseus conhecimentos naáreade gestão eoperação. Oprograma também pretende proporcionaraos varejistasbrasileirosapossibilidade deidentificar potenciais de expansão, detectar novas oportunidades de negócios em sua região e ampliar sua rede de relacionamentos. A duração do curso é de 30 horas. Nosdias 16,17 e 18 as palestras começam às 8h30 e terminam às 18h. No dia 19, o curso inicia às 9h e encerra às 17h. Todos os dias há pausa de uma hora para o almoço. O evento vai ser promovido pela consultoria Gouvêa de Souza. Local:FlatThe Hill,avenida GiovaneGronchi,5.201.Preço:R$ 2.760.Asinscrições devemserfeitasapartirde hojepelotelefone (11) 5501-3737.

Depois de tomar as primeirasprovidências, oconsultor volta à empresa para checar se aspessoas ficaramsatisfeitas com o resultado.

Entre os indicadores de melhoriana qualidadedevida, está o aumento da produtividadee areduçãode ausências. "Resfriados freqüentes podem ser sintomas de estresse", afirma Buso.

O consultoralertaque a melhoria na qualidade de vida dosfuncionários depende, emuito,daatitudedo patrão. "De nada adianta

Classificados

Você sabe quem trabalha para você? Trazemos até você um inédito sistema de investig. social de funcionários, sócios e empresas que a você estão interligadas em seu dia a dia, mostrando um real perfil de quem está ao seu lado. Promoção de I.S. Simples - R$ 40,00 Investigações em geral Escrit. Olho Vivo - Fone/Fax: Escrit. Fone/Fax: 11 - 6941-6579 - 9409-6164 11 - 9409-6164 www.olhovivo.8m.com

implantar programas de relaxamento se o chefe for um carrasco que nunca diz bom dia", afirma. Motivação- A empresa promove ainda ações pontuais para motivar equipes de venda e atendimento ao cliente,como usodetécnicasdeneurolinguística. As atitudes de pessoas bem sucedidas servem de exemplo. Walt Disney é sempre usado nasapresentações. "Mostramos como era o processo criativo do Disney, como elesolucionavaos problemas,que mecanismousava para ter idéias", conta Leandro Buso. (CM)

Paula Cunha
Rua Dr. Bettencourt Rodrigues, 88, cj. 101 – Centro – SP.

Visitas ajudam estudante na hora de escolher a profissão

Acertar na escolha do cursouniversitárioéum desafio para os jovens que estão terminando o ensino médio eprestes aencarar oprocesso seletivo ou o vestibular. O mais importantenessa hora é obter o maior número possível de informações sobre a carreira que se deseja seguir. Pensandonisso, os empresários Marcos Moreira da Costae RicardoPascovitch, abriramo NúcleodeIntegração Cultural eVocacional (NIC).

"O nossoobjetivo élevar o aluno a conhecera profissão ’in loco’,paraqueelepossa perceber se a sua escolha está realmente acertada", explica Marcos Moreirada Costa. Ou seja,aqueles quequerem ser advogadosverão deperto comofuncionam as leis e os tribunais.Jáos quepretendem seguir a carreira médica, poderão viver a rotina de hospitais e consultórios.

Os pretendentesaocurso de Direitoterão aulas sobre vários segmentos (tributário, família etc),visitarãoum grande escritório de advocacia, a Faculdade do Largo São Francisco, oTribunal deJus-

tiça e conhecerão o funcionamento do fórum. "O aluno terá a dimensão exata de até onde pode chegar na sua carreira", explicou Marcos Moreira. Segundo ele,muitos estudantes acabammudandoa sua opção depois depassaremporessa experiência. Oscandidatosauma vaga emMedicina, porexemplo, irão visitarumcentrode diagnóstico eum hospitalde

CET fecha túnel e pista expressa da marginal

A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) fará interdiçõesemduas viasdacidade. O sentido bairro do túnelAyrtonSenna, na zona Sul,será fechadohoje ànoite paraserviçosde limpezae manutenção. O bloqueio será realizado das 23h30 de hoje às 5h de quinta-feira.

Como alternativa, o motorista deverá seguir pela avenida Pedro Álvares Cabral, praça Armando de Salles Oliveira e avenida República do Líbanoatéa avenidaAntônio

Joaquim de Moura Andrade. A pistaexpressa damarginal Tietê também será interditada hoje à noite para serviços de tapa-buraco emanutenção da sinalização, no sentido Ayrton Senna. Segundo aCET,a interdição também vai ocorrer das 23h de hoje às5h de quintafeira, entre as pontes Atílio Fontana e Casa Verde. Otrânsitoserá desviado para a pista local. Nos dois fechamentos, o motoristaserá orientado por sinalização.

SPTrans –A Distrital Santana da AssociaçãoComercial deSãopaulopromoveu palestra como presidenteda SãoPaulo Transporte(SPtrans), Alberto Carmona (esq). O evento, que foi coordenado pelo diretor superintendente, Carlos de Lena (dir), teveaparticipaçãode moradores, comerciantes e empresários da região. Eles se reuniram para discutir os problemas detransportes no bairro e promover melhorias nas áreas de comércio.(DC)

grande porte. Eles conhecerão toda arotina do trabalho de um médico, desde a emergência até a UTI. O pç õe s – ONIC oferece opções nas áreas de comunicaçãoe jornalismo,turismo, publicidade,comércio exterior,engenharia einformática.Os alunosnãopodemse inscrever individualmente, somente através das escolas. Num primeiro momento, aentidade atendejovens de

Alckmin participa da festa de 9 de Julho no Ibirapuera

Ascomemorações dos70 anos da Revolução Constitucionalista acontecem hoje, a partir das 9h, em frente ao ObeliscodoIbirapuera, no Parque do Ibirapuera. A festa terá a presença do governador Geraldo Alckmin, que irá acompanhar àshomenagens aos soldados mortos durante os conflitos de 1932.

Nacomemoração deaniversário da Revolução terá entregade medalhas eentre os homenageados estão o presidenteda Federação das AssociaçõesComerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da Associação Comercial de São Paulo,Alencar Burti,o vice-presidenteda entidade, Francisco Giannoccaro, eo diretor-superintendente da DistritalCentro, Roberto Mateus Ordine.

A AssociaçãoComercial também participará do evento comum desfiledecarros antigos.

O eventovai contar ainda como desfiledeex-combatentes do MovimentoConstitucionalista, queterminou com a morte de mais de 830 pessoas, que lutaram contra a ditadurade GetúlioVargase pela criação de uma Assembléia Constituinte.

Dora Carvalho

Balanço parcial registra

17 mortes em acidentes nas estradas paulistas

Resultados parciais do movimento nas rodovias paulistas(estaduaisefederais) no final de semana indicam redução no númerode acidentes e mortes, em comparação como mesmoperíodo de 2001. Umsaldo parcialda Polícia Rodoviária indicava 17 mortos em acidentes até as 12hdeontem. Entreameianoitedesexta-feira eameianoite de domingo, foram 514 acidentes, sendo187 comvítimas e327 sem vítimas nas rodovias estaduais.

escolas vinculadas ao Sieesp (sindicatodasescolas particulares), mas já está sendo estudadaa possibilidadedeestender o benefíciopara adolescentes da rede publica. O preço é deR$ 50,00 por aluno. As visitas serãoretomadas em agosto. Informações e agendamento de visitas podem ser feitas pelo telefone 3064-0064.

Reparo

da Sabesp deixa

400 mil sem água na zona Leste

Aproximadamente 400 mil moradores da zona Leste de São Pauloficarão sem água na quinta-feira, quando a Sabesprealizará ainstalaçãode um novo equipamento de medição de vazãonocruzamentodasruas Rei Alberto da Bélgica e Aurora das Dores, na região do bairro da Vila Formosa.

Os trabalhosserão realizadosdas7h às19h.Osbairros atingidos são:ArturAlvim, Cid.A ECarvalho, Cid. Patriarca, Cj. Águia de Haia, Cj. Res.Pe. M. daNóbrega, Jd. Brasil, Jd. Eliane, Jd. Itapema, Jd. Maringá,Jd. Nsa.Sra. do Carmo, Jd.Planalto,Jd.Redil,Jd. S.Francisco,Pq.do Carmo, Pq. Savoy City, Vl. Dalila, Vl.Domitila, Vl.Granada, Vl. Matilde, Vl. Nhocuné, Vl. Guilhermina, Vl. Ré, Jd. Artur Alvim, Pq. Artur Alvim e Vl. Talarico.

A normalização do abastecimento ocorrerá de forma gradual. Bairroslocalizados em pontos mais distantes e altos poderão ter o fornecimento deágua restabelecido de forma mais lenta.

A Sabesppede queos moradoresda regiãoafetada usem racionalmenteaágua armazenadanas caixaseevitar desperdícios.O telefone da Sabesp é 195. (SM)

Dadosda PolíciaRodoviária Estadual indicam a morte de 13 pessoas. Outras 237 ficaram levemente feridas e 79 foram internadasemestado grave. No 9 de julho do ano passado, 46pessoas morreram, 363 ficaram levemente feridas e 123 em estado grave. A polícia aindaregistrou 756 acidentes, sendo279 comvítimas e 477 sem vítimas. Como o feriado da Revolu-

NOTAS

Motorista de perua escolar protesta

Cerca de 200 motoristas de peruas escolares protestaram ontem emfrenteàgaragem da SPTrans, onde são feitas as vistorias de lotações e ônibus, na rua Santa Rita, no Pari, na região central. Conforme CET, o grupo chegou a interditar arua por cercade uma hora. Os manifestantes são contra a abertura de licitação paraa regularizaçãodacategoria, já que a medida da Prefeiturapoderia interferir no sistema de cooperativas já consolidado. (AE)

Deslizamento deixa uma pessoa ferida

Umapessoaficou gravemente ferida no deslizamento de um barranco sobre uma casanarua CapeladaLagoa, em Jaraguá, na zona Norte da Capital paulista, noinício da tarde deontem . Deacordo com oCorpo deBombeiros, o morador da residência, de 33anos, sofreuumaparada cárdiorrespiratória e foi levado para oPS de Taipas. Segundoos bombeiroshárisco deo barranco desmoronar sobre outra casa. Os moradores foram retirados. (AE)

agenda

ção Constitucionalista de 32 é estadual, não houve esquema especial para o tráfego nas rodovias federais. Dados parciais,de sexta-feiraatéa meia-noitededomingo, indicamquatro mortesem113 acidentes. Outras94 pessoas ficaram feridas. Volta - Para quem vai retornaràcapital hoje, amelhor opção é evitar pegaras estradas entre as 14h e a meianoite, quando a previsão é de maior movimento. Hoje também começa a operação subida no esquema 2x5no sistemaAnchietaImigrantes. Nessa operação, a descida será feita pelas duas faixasdapista suldaAnchieta, e a subida, pela Imigrantes e pelas duas faixas da pista norte da Anchieta.

Os caminhões e ônibus deverãousar apistanorteda Anchieta para a subida. O rodízio municipal de veículos foi suspenso hoje. (EC)

Acidente em São Bernardo fere seis

Duas Kombis capotaram ontemna altura dokm 24, pista Interior/Capital,em SãoBernardo doCampo,no ABC paulista. De acordo com a concessionária Ecovias, por volta das 14h, umveículo não identificadofechou asduas Kombis, provocando o acidente. Seis pessoasficaram feridas, duas em estado grave. Todas foram levadas para o Hospital Sabóia.Houveinterdição parcial da pista, mas às 16hos carros jáhaviam sido retirados do local. (AE)

Convênios para ampliar presídios

O ministro daJustiça, Miguel Reale Júnior, e o secretárioNacional deJustiça,João Benedictode Azevedo Marques,assinaramontem convênio para a construção da Ala de Progressão Penitenciária naUnidadePrisional deItirapina II.O Funpenvai liberar R$ 448 mil e aobra abrirá 108 vagas. Também foi assinado convênio para construçãoda Penitenciária Compacta de Pirapozinho, em substituiçãoao CDPHorizontal de Osasco. (AE)

Terça M e d al h a – O vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo, Francisco Giannoccaro, recebe aMedalha Constitucionalista do Conselho Supremo da Sociedade Veteranos de 32- MMDC,oficializada pelo Decreto29.896 de 10 de maio de 1989 pelo Governo do Estado de São Paulo. A cerimônia aconteceàs9h, emfrenteaomonumento Mausoléu do Soldado Constitucionalista, no Parque do Ibirapuera, durante solenidade.

Associação Comercial de São Paulo
Sandra Manfredini
Marcos Moreira da Costa diz que alguns alunos chegam a desistir da profissão escolhida após participar do programa
Dudu Cavalcanti/N-Imagens

ANÁLISE João de Scantimburgo

Diferença de Repúblicas

NaRepública Velha, a que foi instaurada depois da queda do Império, dominavam os partidos estaduais. Não havia partido nacional. Mas os mais forteseram oPRP, oPRN eo PRR, sendoque oPRP destacava-se como, efetivamente, o mais forte.Foi comesses partidos que governaram os paulistas eos mineiros,com duas exceções, Hermesda Fonseca eEpitácio Pessoa.No mais,as Comissões Diretoras decidiam como fossede seu interesse a entrega do poder a um correligionário.

NaSegundaRepublica, a Constituição durou pouco e enquanto duroufoi suspensa porestado deguerra.Depois veio a Terceira República e fomosgovernados, se se pode chamargoverno operíododa ditadura com base no artigo 80, quedava todosos poderes ao presidente. Depois tivemos a Quarta e agora estamos na Quinta República, com a Constituiçãoque Ulysses Guimarães denominou dos miseráveis.

Na República Velha se dividiam o PRP e o PRM, pois, como então se dizia, "fora do PRPnão hásalvação". Essa

República foi abolida pela Revolução de 30, com Getúlio Vargas à frente. O velho Vargas governouquinzeanos, com duas Constituições.Finalmente, tivemosa de1946, que durouvinteanos, ade 1967-69etemos,agora,a de 1988,ainda por ser complementada por emendas, segundovem notextodaprópria Carta Magna. Vê-se, portanto, que não nos faltam Constituições. Faltar-nos, isto sim, umaboa Constituição, como foi, para o seu tempo,a de1891, obrada qual RuiBarbosaassumiua paternidade. As demais tiveram váriosdefeitos, por exemplo a de 1946, que vedou a delegação de poderes, levando Juscelinoa sermais um malabaristado queumpresidente. Durante sua vigência um presidente suicidou-se, três foramdepostosede três cassados osdireitos políticos. Portanto,sobreRepúblicas e Constituiçõesestamos saturados.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

Centenas x milhares

E screver sobreosgravesproblemas sociais doPaís, o mais espinhosoé oda violência, principalmente a urbana.

Milhares de reuniões, simpósios, enquetes, estatísticas,passeatas, faixas, pombas da paz, camisetas com slogans etc., nada resolvem; servem para divertimento eboas risadasdos bandidos.

Análises sociológicas, implantação deinfra-estrutura delazer, escolas, esportes e educação são muito importantes, mas estão longe da solução a curto prazo.

Em meu parecer de cidadão comum, achoimpossível acabar comos foras da lei que, infelizmente, se encontram em todos os setores da vida nacional.

Na delinqüência urbana, um dos fatores com maior peso para a desmotivaçãodeum policial,éo fato de ele ter seus rendimentos calculados em centenas e os dos bandidos abonados, em milhões.

Além da diferença do armamento de uso diário do soldado com o dos meliantes, amplamente divulgada pela imprensa.

Ostraficantesusam aviões, constróem "aeroportos", possuem lanchas, rádios potentes, são bem articulados, organizados ecom incríveisligações com o exterior.

Transacionam com várias moedas, tendo dólarcomo referência, epodem comprartudo o que necessitam para o sucesso dos seus"empreendimentos", ao ponto de contarem com uma organização comhierarquia euma sólida rede dedistribuição. É comum abrirem "filiais", para reforço do caixa, no ramo dos seqüestros e tortura das vítimas, cuja gravidade e respectiva penalidade, são ainda discutidas no Congresso comoseoassunto fosse de menor importância.

Atristerealidade daimensa maioria da população neurotizadae desanimada, éa força dos

Fraudes do Tio Sam

As fraudes contábeismonumentais praticadas por algumas grandes e respeitáveis empresas americanas, como a Enron, a WorldCom, a Xerox e, calcula-se, mais de vinte e tantas outras, ameaçam funcionar como ogatilho capaz de desfechar um tiro mortal em uma dasmaiores maracutaias financeirasdoséculo, àqualdevem os Estados Unidos parte nada desprezivel de sua prosperidade e de uma hegemonia quese agigantoue impôs ao resto do mundo principalmente nas três ultimas décadas. Podemoscaracterizar essa hegemonia chamando-a de hegemonia do dólar, e datá-la do repúdio unileteral declarado por Nixon ao Tratado de Bretton Woods, que a partir de 1945 asseguravaa estabilidade cambial das transações internacionais. Quando os EstadosUnidostiveram dehonrarostermosde seucompromisso, efetuando a conversão em ouro dos créditos realizados pelas demais nações, que já possuiam um excedente de dólares resultante dos deficits comerciais americanos, Nixon decretoua inconversibilidadedodólar, transformando-o, assim, em uma moeda fiduciária, liberada de lastro e dependente exclusivamente daconfiança nela depositada por seus portadores, credores dos Estados Unidos. Essamedidapermitiuaos Estados Unidosmanter deficits

milhões que tudo compram, isto é, impunidades, fugas, consciências, liberdade,cargos, facilidades e adegradante eimoralde amolecerautoridades, políticos, policiais, funcionários e outros.

Tudo isso acontece sob o guarda-chuva protetor dos direitos humanos, das leis absurdas, defasadas e obsoletas, como a da menoridade, nesteBrasil queprende por no máximo três anos, menores com dois ou três assassinatos nos seus "curriculuns".

Caroleitor:imagineum homemdalei ganhando centenas de reais,com famíliaem dificuldades,morando em condições precárias, prende um bandido que lhecoloca em mãosum pacote dedinheiro capaz defazer a sua independência financeira?

Ai está o grande desafio que a sociedadeenfrentacontrao poderdodinheiroeda posse,que mancha consciências, moral, nome,carreira e promove oconfronto com a sociedade marginalizada, violenta, anestesiada por drogas e que conta com um exército de subordinadostão fanáticos como os extremistas talebans de triste memória.

A curto prazo,existe alguma solução que não seja as autoridades partirem para uma guerra declarada?

Se fomos esperaro Congresso Nacional,asmudançasdas leis via Constituição e outras medidas suaves e teóricas, alguns milhares mais de cidadãos sofrerão toda sorte de violências, que roubam, matam, mutilam, desestruturam famílias, traumatizam seqüestradoseum tremendoprejuízofinanceiro para o poder público e a destruição da imagem do País no exterior.

Será preciso mais algum motivo para esta guerra?

Reynaldo Farah é conselheiro da Distrital Butantã da ACSP reynaldo.farah@bol.com.br

Ascartas àRedaçãosomenteserão publicadas se contiverem,alémda identificação do missivista, endereço com rua, número, bairro, CEP e, se possível, telefone e rg. As cartas poderão ser resumidaspela redação, publicando-se, apenas o essencial. Os originais não serão devolvidos.

correntesgigantescos deláparacá,significando que oresto do mundo entregou a esse país e seu povo vários trilhões de dólares de bens, mercadorias e serviços reais, recebendoem troca nada mais do que créditos em dólar – mero papel-impresso. Isto poderia gerar um gigantestoendividamento americano, além de um excedente de dólares no mercado capaz de derrubar a moeda americana. Entretanto, o resto do mundo, os credoresdessepapel fiduciário, aceitando a inconversibilidade dodólare ahegemoniaamericana, utilizaram os créditos que possuiam contraosEstados Unidos para comprar títulos do governo americano e papeis de suas empresas, financiando destaformaos superavitsde seu governo e um constante fluxo de investimento parasua economia- além de evitar enorme inflação interna. Agora: se asempresas fraudam seusdemonstrativos financeiros com a conivência de auditores externos da mais alta reputação, que confiança podemter, sejamos estrangeiros,sejam ospróprios americanos, para investirnesses papeis? É essa a cordinha amarrada na perna da arapuca que está sendo puxada, ameçando o mundo com os fantasmas que brotam da confiança indevidamentedepositada em fraudadores.

Benedicto Ferri de Barros

Inventar algo novo

Marco Aurélio Sprovieri Rodrigues

Diz o ditado que a necessidade é a mãe das invenções. É verdadeenós brasileiros,quetemos o dom da criatividade, sempre quenos deparamoscom um obstáculo dedifícil transposição inventamosuma fórmuladesuperá-lo. No campo da moeda somos campeões,já tivemosdiversas oficiaise diversas paralelas. No campo das oficiais já tivemos, em passadorecente, oCruzeiro, o Cruzado, o Cruzado Novo, o Cruzeiro, o Cruzeiro Novo, o Cruzeiro Real e o Real. No campo das paralelas , as Btns, Otns, Ortns, Ufirs, Ufesps e a URV. Tudo isso para fugir da corrosão damoedaoficial emfacede inflação. Inventamos também uma figura inédita, o cheque prédatado,esse além de espichar o dinheiro, também funciona como instrumento de crédito, em temposdecreditodifícile caro. Funciona também como espichador de dinheiro e instrumento de credito é claro os cartões de crédito edébito já queé possível parcelar também nos cartões de débito.

Ocorre que osuso de cheque está cada vez mais restrito. Inúmerossão osestabelecimentos comerciais e deserviços que não mais aceitam essa forma de pagamento dadoao crescentenúmero de cheques devolvidos, por falta de fundos, roubados, sustados, clonados etc. Ouseja aquilo que semprefoi umaordem depagamentoà vista, tornou-seuma promessa de pagamento e agora uma forte suspeita de calote. Não existe cheque especial, ouro, prata ou lata; o que existe é saldo em conta corrente e tarifas especiais, ouro, prata etc.

O dinheiro deplástico seria o substitutodamoeda física,tornando-se amoedavirtual. Nada mais lógico nestes tempos onde o virtual deu lugar ao ao vivo e a cores. Namora-se, compra-se, viaja-

se e se paga pela via virtual; É a era da informática. Bom como nada é assimtãoperfeito,atrás destas maravilhassempre vemalguns pingentes pouco palatáveis. O primeiro foi oartifício das Fazendas Públicas, que já haviam quebrado o sigilo bancário via CPMF, agora também o fizeram via cartões de credito, embora muitos não saibam, mas a grande maioria das empresas teve que optar entre o equipamento que une o emissor de cupom fiscal (ECF) ao processador de cartões e a possibilidade de acesso aosdados dasempresas junto às administradoras de cartões. Claro que, como as empresas notadamente as micros, pequenas e médiasempresas não têmdinheiroparacomprar otal equipamento, os contadores e escritórios de contabilidade fizeram a opção de acesso à informação das administradoras de cartões, quebrando o sigilodas empresas e dos clientes das empresas. Vai ser uma festa para as Receitas poderem cruzar todas as movimentações financeiras via bancos e cartões de cédito das pessoas físicas e jurídicas .

O segundo éas taxas abusivas cobradas pelas administradoras decartões. Sepagaa cadavenda efetuada taxas que variam até 7% comoremuneração do cartão, além disso, taxasaltas são cobradas dos usuários do cartão, anuidades ou semestralidades, igualmentealtas,se pagatambémem alguns casosaluguelpelas máquinasde cartões. Aívemuma equação delicada, na qualem tempos difíceis de baixo consumoe grande concorrênciaàs margens baixam muito,nãodá para suportar o calote do cheque, mastambém nãodá parasuportar as taxas e despesas dos cartões e a bisbilhotice das Receitas.

Marco Aurélio Sprovieri Rodrigues é presidente do Sincoelétrico

Hino Nacional Diversas vezes mencionei aqui na coluna minha admiração pelo Hino Nacional Brasileiro. Leia abaixo,na íntegra, editorial do jornal inglês The Guardian ( w w w. g u a rdian.co.uk), publicado na véspera da vitória do Brasil sobre aInglaterra, por 2 a1, em 20 de junho passado. "O Belo Hino" "Tente ficar em frente de seu televisor cerca de7h30 da manhã,de amanhã,para sentir outras das grandesdádivas do Brasil pela felicidade humana. A França, indo embora, o Brasilpossui agorao melhorhino nacionalda CopaMundialde 2002.Tocado primeiramente por Francisco da Silva em 1841 ,o HinoNacional brasileiroé alegadamente o mais alegre, o mais animado, o mais melodioso e o mais encantador Hino Nacional do planeta. Sente-se queé comose tivessevindo pronto, já composto, de uma casa de ópera, e a influênciadeRossinié difícil descartar, embora estudiosos agora pensemqueDa Silvapossater tido a inspiraçãoda melodia de uma obra religiosa de seu professor,José Nunes Garcia. Admiradores têmdestacado o compositor "crioulo" Louis Moreau Gottschalk, que escreveu umconjunto devariações para piano e orquestra sobre o Hino que vale a pena ouvir. Em seulivro Football: The

BrazilianWay OfLife, nosso correspondente na América do Sul,Alex Bellos,expõe comoo inglêsCharles Millertrouxeo futebol pela primeirapara o Brasil. Mas àépocaem que Millerchegouem Santos,em 1894 , o Hino Nacional já tinha expressado de muito, um canto, oque Pelé eseus sucessores expressariammais tarde de modo tão maravilhoso no campode jogo. Enquantoa Marselhesa faz belicosos apelos às armas,o HinoNacional brasileiro estimula os sentimentosnacionais, apelando parao "formosocéu risonhoe límpido" doBrasil, seu "som do mar" e as flores dos seus "risonhos campos". Um conjunto naturalparaum belojogo. Quando Rivaldo eRonaldo fizeram outrosdois golsna Bélgica classificando para as quartas de finalcom aInglaterra, o London Evening S ta nd ar d encabeçou suaedição com uma enorme manchete de uma só palavra. Simplesmente: Brasil! Um verdadeiro tributo. Édifícil imaginar qualqueroutro paíscujomero nome pudesse serusado de tal modo, comtal confiança, na certeza de que os leitores reagiriamcom prazereexcitamento. Fosse a Inglaterra jogar contra Argentina, Alemanha, FrançaouItália, amanhã,a expectativa estaria misturada com temor. Jogar com o Brasil, por outro lado, é simplesmente um deleite, uma honra".

e Vera Gomes Chefe de Arte: Gerson Mora

fornecido pelas agências Estado e Reuters Os artigos enviados à Redação do DC para eventual publicação devem conter no máximo2.800caracteres,sedigitados,ou40

datilografados.

P. S . Paulo Saab
Rua Boa Vista, 51 - 6º andar - São Paulo - CEP 01014-911

Projeto pode apressar

processos com comunicação eletrônica

ACâmara dosDeputados aprovou um projetodelei que permiteaos advogados enviarem petições, recursos e outros tipos de processos aos órgãos do poder judiciário através de correio eletrônico, sem a necessidade de apresentar documentos originais.

O PL 5.828/01, de autoria da A ssociaçãodos Juízes Federais (Ajufe), segue para o Senado Federal paravotação em plenário.

Papéis demais – A demora naresolução deconflitosé um dos principais problemas enfrentados pelaJustiça brasileira. Na justificativapara a proposta a Ajufe mostrou dados interessantes de pesquisa feita pelo InstitutodeEstudos Econômicos, Sociais e Políticos (Idesp) sobre os principais fatores que contribuemparaa morosidade da Justiça, naopinião dos próprios juízes.

Falta informatização – De acordo com apesquisa, 92% dos magistrados consideraram a falta de informatização um fator "muito importante" ou "importante" paraa lentidão da máquina judiciária. A queixa só ficou atrásdonúmeroinsuficientede juízes, quesito lembradopor 93,9% dos juízes entrevistados. Veja quais os principais pontos contidosnoprojeto de lei,que temsido combatido pela Ordem dos Advogados do Brasil.

•O uso de meio eletrônico será aplicado para enviar petições,recursos edemaispeçasprocessuaisnasáreas civil, penal etrabalhista em todos os graus de jurisdição.

•A publicação deatos e de comunicações processuais será efetuada pormeioeletrônico e considerada como datada publicação edadisponibilização dos dados no sistema eletrônicopara consulta externa.

• Nos casos em que a lei processual exigir a intimação pessoal, as partes e seus procuradores,desde queelestenham sidopreviamentecadastrados,serão intimados por meio eletrônico.

•Processos e comunicados poderão ser enviados aos profissionaisdo Direito que se credenciarem junto aos órgãos do Poder Judiciário.

•Ao credenciado será atribuído registro e senha próprios, demodo apreservar o sigilo,aidentificação eaautenticidade de suas comunicações.

•Aspessoas deDireitoPúblico, os órgãos daadministração direta e indireta e suas representações judiciais deverão disponibilizar,em noventa dias após a aprovação e publicação da lei,serviçode recebimentoeenviode comunicaçõesde atosjudiciais por meio eletrônico.

Sílvia Pimentel

Cuidado ao emitir e receber cheques

Os usuáriosde talão de cheques devem tomar cuidado com perda e roubo. Quem perder o talão, ou for assaltado, podeentraremcontato com o serviço de informações Recheque, administrado pela Centralização de ServiçosdosBancos -Serasa.O serviço funciona 24 horas, inclusivenos feriados,pelotelefone (0xx11) 5591-0137. A informação édivulgada ao

comércio, em todoo território nacional, instantaneamente. Os comerciantes devem consultar instituições ligadas à única base de dados que reúne informaçõessobre cheques sem fundos, roubadose extraviadosemtodoo Brasil, o ACHEI-RechequeArquivode Cheques Irregulares- Roubados eExtraviados, da Serasa. (AE)

IOB RESPONDE

1) Como devem ser registradas contabilmente as perdas decorrentes de furto no estoque?

Perante a legislação do Imposto de Renda, a comprovação das despesas, qualquer que seja sua natureza, deve de ser feita com documentos de praxe, isto é, recibos, contratos, notas fiscais e etc., desde que a lei (Estadual ou Municipal) não imponha forma especial. O importante é serem de idoneidade indiscutível (PN CST nº 10/76).

Dessa forma, para a empresa efetuar a baixa do estoque para o resultado como perda, é necessário que tenha em mãos documentação idônea, ou seja, o B.º (Boletim de Ocorrência) emitido pela autoridade policial.

Observe-se que, se os estoques furtados forem baixados sem o amparo dessa documentação idônea, o Fisco poderá caracterizar o valor baixado como omissão de receita.

2) Como são tributados os rendimentos pagos em decorrência de condenação em ação trabalhista?

Nos termos do art. 640 do RIR/99, no caso de rendimentos recebidos acumuladamente, o Imposto de Renda na Fonte incidirá sobre o total dos rendimentos pagos no mês , inclusive atualização monetária e juros, sendo permitida, no entanto, a dedução das despesas com ação judicial necessárias ao recebimento dos rendimentos, inclusive com advogados, se tiverem sido pagas pelo contribuinte, sem indenização. Assim, caso a sentença judicial não discrimine, pormenorizadamente, as verbas a serem pagas ao empregado (como ocorre, freqüentemente nos acordos homologados pela Justiça do Trabalho), o imposto incidirá sobre o total dos rendimentos pagos no mês, inclusive atualização monetária e juros, calculado com base na tabela progressiva vigente no mês do pagamento.

Medidas a tomar em caso de extravio de bagagem

Em temporadas de férias e feriados são comuns os extravios de bagagem em aeroportos. Ador de cabeçanunca é pequena eo viajantedeve estarcientede que, no caso, é aplicável o Códigode Defesa do Consumidor, que em seu artigosexto assegura"aefetiva prevençãoereparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos".

Danos morais – Já há entendimento do Supremo Tribunal Federal neste sentido. "A indenizaçãotarifadapor

Desistir de

compra

de terreno dá direito a restituição

Quem compraum terreno e promoveação para extinguir o contrato, que já não tem mais condiçõesde cumprir,tem direitoàrestituição dosvalorespagos. Essefoio entendimento da Quarta Turmado SuperiorTribunal de Justiça em recurso especial da A.M.SEmpreendimentos ImobiliáriosS/C Ltdacontra Marilda Alves.Baseada nos artigos49 e53do Códigode Defesado Consumidor, a empresa interpôsrecurso especial no STJ a fim de anular a decisão do Tribunal de Justiça de SãoPaulo (TJ/SP), o qual condenava a A.M.S Empreendimentos Imobiliários a restituir Marilda Alves o valor de R$ 1.092,50.

Marilda inscreveu-se na Companhia de Desenvolvimento Habitacional e UrbanodeSãoPaulo. Apósoito anosde espera e sem conseguir ser sorteada, resolveu comprar um terreno. Como estavaempregada, assumiu um contrato de dezprestações mas perdeu o emprego e não teve condições de pagar as parcelas.Elaentroucom uma ação na 4º Vara Cível de Araraquara (SP) para conseguir a restituição do valor quitado e conseguiu. (STJ)

danos materiais nãoexclui a relativaaos danos morais, configurados estes pelo sentimentode desconforto, de constrangimento, aborrecimento e humilhação decorrentes doextraviode mala", afirmou oministro Marco Aurélio Mello.

Etemmais: cabeàcompanhia aérea provar que não havia na bagagem os bens que o viajantedizterperdido. Assim,como diz o advogado Eduardo Sens dos Santos, especialista noassunto, "nos contratos de transporte aéreo

tanto nacional como internacional, a responsabilidade do transportador pelos danos causados à bagagem é sempre objetiva, tendo em vista a elação deconsumidor-fornecedor que existe".

Providências – Do ponto de vistaprático, oviajante que perder sua bagagem deve agir da seguinte forma:

• Procurar a companhia aérea para darqueixa do desaparecimento das malas.

• Preencher oRegistrode Irregularidade de Bagagem.

•Se não se sentir satisfeito

falências & concordatas

com a resoluçãodo seu caso, reclame oficialmente junto ao DAC (Departamento de Aviação Civil).Épossível preencher o formulário onlinede reclamações e sugestões no site www.dac.gov.br ou junto às Seções de Aviação Civil (SAC) nos aeroportos. • Normalmente existe espaço para acordo, mas o comportamento da empresa e doDAC podemdar margema aberturadeprocesso judicial.

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 5 de julho de 2002, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:

Requerente: White Martins Gases Industriais S/A – Requerido: Ice Comércio de Alimentos Ltda. – Rua Joaquim de Andrade,243 – 14ª Vara Cível

Requerente: Gumaplastic Artefatos de Borracha e Plásticos Ltda. –Requerida: Ybel Equipamentos Ltda. – Av. Engenheiro Caetano Álvares, 1600 – 38ª Vara Cível

Requerente: Gráfica Sonora Ltda. –Requerida: Lecabel Publicidade e Promoções Ltda. – Rua Próspero Cesarinho Paulielo, 81 – 31ª Vara Cível

Requerente: Belgo Bekaert Arames S/A – Requerida: JE Ind. e Comércio de Plásticos Ltda. –Rua Eurides Fernandes Nascimento, 205 – 40ª Vara Cível

Requerente: Açofácil Com. de Produtos Siderúrgicos Ltda. – Requerido: Divisor Móveis e Espaços Racionais Ltda. – Rua Cipriano Barata, 281 – 19ª Vara Cível

Requerente: Comércio de Pneus Valetão Ltda. – Requerida: Ecodrec Elet. e Hid. e Mat. p/ Construção – Rua Belém, 87 –27ª VaraCível

Requerente: Comércio de Pneus Valetão Ltda. – Requerida: Metropolitana Distr. de Veículos e Peças – Rua General Olímpio da Silveira, 140 – 28ª Vara Cível

Requerente: Comércio de Pneus Valetão Ltda. – Requerido: Mastercooper Cooperativa de Guinchos, Reb., Remoção e Transporte – Rua Botocudos, 70 – 03ª Vara Cível

Requerente: Pitter Importadora e Exportadora de Acessórios Esportivos Ltda. – Requerido: Weber Luiz Afonso-ME – Av. Gal. Ataliba Leonel, 1640 – 07ª Vara Cível

Requerente:Faro Comércio Ind. e Importação Export. Mármores Granitos Ltda. – Requerido: Transversal Engenharia e Construções Ltda. – Rua Pensilvânia, 113 - casa 05 – 17ª Vara Cível

Requerente: Hikari Ind. e Comércio Ltda. – Requerido: Mitsuko Chinen-ME – Rua Cláudio

Por outro lado, nos casos em que sentença judicial discriminar, separadamente, as verbas pagas para o empregado, a tributação ocorrerá de acordo com a origem dos rendimentos, conforme discriminado a seguir: a) 13º salário (inclusive proporcional): tributação exclusiva na fonte, separadamente dos demais rendimentos recebidos no mês pelo beneficiário (art. 630 do RIR/99);

b) férias (inclusive indenizadas, proporcionais e pagas em dobro, acrescidas do respectivos abonos) : tributação separadamente dos demais rendimentos pagos ao beneficiário, no mês (arts. 43, II,e 625 do RIR/99);

c) aviso prévio indenizado: isento de tributação na fonte e na Declaração de Rendimentos do beneficiário (arts. 39, XX e 623 do RIR/99);

d) participação nos lucros ou resultados das empresas: tributação na fonte, em separado dos demais rendimentos recebidos no mês pelo beneficiário, como antecipação do devido na Declaração de Rendimentos (art. 626 do RIR/99); e) saldo de salários e ordenados, comissões e corretagens, horas extras etc: tributação na fonte ena Declaração de Rendimentos do beneficiário(arts. 43 e 624 do RIR/99).

3) São dedutíveis as participações nos lucros atribuídas a empregados?

Para efeito de apuração do lucro real, a participação nos lucros ou resultados atribuída aos empregados poderá ser considerada dedutível, como despesa operacional, dentro do próprio exercício de sua constituição (§ 1º do art. 3º da Lei nº 10.101/2000).

Portanto, ovalor dessa participação é dedutível, pelo regime de competência, no período de apuração que for computada no resultado da empresa, ainda que o efetivo pagamento ocorra em período posterior.

Augusto Fernandes, 398 – 06ª Vara Cível

Requerente: RDC Tubos Com. de Tubos de Ferro e Aço Ltda. –Requerida: Mercatore Com. Importação e Exportação Ltda. – Rua Cons. Magaidi, 51 – 26ª Vara Cível

Requerente: Hikari Ind. e Comércio Ltda. – Requerida: Mini Merc. Lima Rossini Ltda. – Rua Carmen Cardoso Bordini, 393 – 33ª Vara Cível

Requerente: Hikari Ind. e Comércio Ltda. – Requerida: Makceres Com. Alimentos Ltda-ME –Rua Francisco Cruz, 600 – 13ª Vara Cível

Requerente: Almeida e Camargo Comercial e Distribuidora Ltda. – Requerida: HR Produtos Alimentícios Ltda. – Rua Cantareira, 588 – 15ª Vara Cível

Requerente: Hikari Ind. e Comércio Ltda. – Requerida: Merc. Teofilia Ltda-ME – Rua Manuel Raposo, 9 – 29ª Vara Cível

Requerente: Padilla Indústrias Gráficas S/A – Requerido: Grecco Editora Ltda. – Rua Simão Álvares, 912 – 27ª Vara Cível

Requerente: Almeida e Camargo Comercial e Distribuidora Ltda. – Requerida: Panificadora Santa Júlia Ltda. – Rua Lavandisca, 662 – 34ª Vara Cível

Requerente: Decisão Cobranças

S/C Ltda. – Requerida: Bawman Agropecuária e Comercial S/A – Av.Paulista, 2202 - 8º andar - conj. 86 – 11ª Vara Cível

Requerente: Igabanky Fomento Comercial Ltda. – Requerido: Handucci Comércio e Revestimento p/ Autos Ltda. – Av. dos Imarés, 969 – 39ª Vara Cível

Requerente: Radiadores Visconde Ltda. – Requerido: Lelo Tratores e Peças Ltda. – Av. Miguel Conejo, 838 – 26ª Vara Cível

Requerente: Radiadores Visconde Ltda. – Requerido: Oficina de Radiadores Alvarenga LtdaME – Rua Alvarenga, 1146 – 34ª Vara Cível

Requerente: Pizzimenti Ferragens e Ferramentas Ltda. –Requerida: Terramuniz Terra-

plenagem e Materiais p/ Construção Ltda. – Rua Yoshimara Minamoto, 429 – 29ª Vara Cível

Requerente: Pizzimenti Ferragens e Ferramentas Ltda. – Requerida: Constred Construtora e Comércio Ltda. – Rua Venezuela, 178 – 34ª Vara Cível Requerente: Chandon do Brasil Vitivinicultura Ltda. – Requerida: Nova Rede Comercial Ltda. –Rua Agostinho Gomes, 821 –14ª VaraCível

Requerente: Gerdau S/A –Requerida: DCA Comércio de Ferros Ltda. – Rua Domingos Afonso, 689 – 35ª Vara Cível Requerente: Trendbank Fomento Mercantil Ltda. – Requerido: V.V. Comercial de Bebidas Ltda. –Rua Apucanara,

Vara Cível

Requerente: Líder Fomento Mercantis, Cobranças S/C Ltda.–Requerida: SDS Manufatura de Roupas Ltda-EPP – Rua Newton Prado, 633 – 19ª Vara Cível

Requerente: Líder Fomento Mercantis, Cobranças S/C Ltda.–Requerida: Monace Tecnologia S/A – Rua Antônio do Campo, 345 – 37ª Vara Cível

Requerente: Têxtil Silva Santos Ltda. – Requerida: Yara LupettiEPP – Rua do Oratório, 127 –30ª VaraCível Requerente:Thyssen Aços Especiais Ltda. – Requerida: Super Confecções Pax Ltda. – Rua Maria Marcolina, 396/398 – 02ª Vara Cível

Observe-se, porém, que a dedução da despesa antes do efetivo pagamento pressupõe que o valor das participações a pagar esteja definitivamente quantificado, pois, caso contrário, tratar-se-á de uma provisão, que terá a sua dedução vedada pelo art. 249, inciso I, do RIR/99.

Lembramos, ainda, que a participação atribuída aos empregados nos lucros ou resultados da empresa é dedutível inclusive para fins de determinação da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro, exceto no caso de provisão de valor ainda não definitivamente quantificado (art. 2º da Lei nº 7.689/88, com as alterações da Lei nº 8.034/90).

4) Como devem ser depreciados os bens adquiridos usados?

A taxa anual de depreciação será fixada considerando o maior dentre os seguintes prazos:

a) metade do prazo de vida útil admissível para bem adquirido novo; b) restante da vida útil do bem, considerada em relação à primeira instalação para utilização.

Por exemplo: Uma máquina depreciável pela taxa de 10% ao ano, adquirida após 8 anos de uso, será depreciada em 5 anos, aplicando-se a taxa de 20% ao ano. (art. 311 do RIR/99)

Eliana G. Simonetti

Levantamentos mostram

que já teve início o enfraquecimento de Lula

Osdados daspesquisassobre intenções de voto para a Presidência da República dos institutos Datafolha eVox Populi divulgados no fimde-semana mostramsinais de desgaste e enfraquecimentodo candidatodo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, e confirmam que a subida de Ciro

Gomes, daFrente Trabalhista, foi um fenômeno típico de impacto dacomunicaçãode massa, queelepôde utilizar largamente em junho.

Lula perdeu 11 pontos porcentuais na RegiãoSul,um território sob forte influência do PT e que tem no Rio Grande do Suluma posição estratégicano comando dos governos do Estado e da capital, PortoAlegre. Além disso, ampliou-sea diferençade apoio a ele entre homens e mulheres de 9 pontos para 14. O eleitorado do PT continua, portanto, predominantemente masculino num universo em que as mulheres são maioria.

A consultora de pesquisasdo

Grupo Estado, Fátima Jordão, observa queLula é o único candidato queperdeu v otos nosdois últimos levantamentosdo Datafolha, passandode 43% para 40% e 38%. Já CiroGomes ganhou eleitores emtodosos segmentose cresceu9 pontos entreasmulheres. Ocandidato da Frente Trabalhista chegou ao empate técnico com o candidato da aliança PSDB-PMDB, José Serra, numprocessode recuperação de posição que já havia desfrutado na corrida presidencial. Fátimasublinha que Ciro, na verdade, voltou para uma posiçãopróxima àque havia perdido.

Silva torna maisremota a hipótese de uma soluçãofinal ainda no primeiro turno, com vitória do candidato da esquerda.Oque fazcomque se imagineapenasumavaga em disputa no segundo turno é a forte posição de Lula nas manifestações espontâneas de voto.Ele obtém26% no Datafolha e30% nametodologia do Vox Populi, porcentuaisque lhe garantiriam a primeira vaga.

A segunda tendênciaé curiosa porque envolveuma aparente confusão do eleitorentrevistado em relação à candidaturaCiro Gomes. Entre os que consideram o governo Fernando Henrique Cardoso ótimo/bom, o candidatodaaliança PSDBPMDB, José Serra, perdeu 5 pontos, caindo de 37% para 32%, e Ciro ganhou 5 pontos, passando de 13% para 18%.

Lula é o único candidato que perdeu votos nos dois últimos levantamentos do Datafolha

Confusão – Fátima Jordão, considera esse movimento "pouco lógico" e "preocupante para Serra". O que pode estar ocorrendo, segundo ela, é Ciro estar sendo visto como candidato dasituação,apesar do seu forte discurso oposicionista. Fátima lembra que Ciro se apresenta sempre comoex-ministro daFazenda,comoum doshomenschave na elaboraçãoe lançamentodo PlanoReal,embora naverdadeeletenhasido ministropor poucomaisde três meses e bemdepoisdo lançamento do plano.

Malan minimiza efeito das

últimas pesquisas eleitorais

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, procurou ontem minimizaro efeitoque asúltimas pesquisas eleitorais que apontam um empate técnico nos segundo lugar entreos candidatosJoséSerra eCiro Gomes poderátersobreo mercado financeiro. "Eu esperoquenãotenha maior impacto, as pesquisassão fotografias do momento, ainda temosquasetrês meses pela frente", disse Malan, que participa em Madri de um seminário sobre mercado financeiro internacional promovido pela revista britânica The Economist eo banco espanhol Caja Madri. "Nós devemos ver com naturalidadee tranqüilidadeo fato que o Brasil é uma democracia, que teremos eleições em outubro,e que essa é a pesquisa que conta. As outras são apenasfotografiasdo momentoe devemservistas como tal".

Malan reafirmou queo importante nesses meses que antecedema eleição éaprofundarodebate públicosobretemas deinteressedopaís. "Eu vejo ummovimento, embora que em alguns casosque tar-

dio,de reconhecimento (entre os partidos de oposição) de que hoje há certas questões que interessam a esmagadora maioria da populaçãobrasileira, como por exemplo, a preservação da inflação sobre controle,que terá de serresponsabilidade de qualquer administraçãoquevenha a

nos suceder", afirmou. "Além disso, essas questões abrangem a responsabilidade fiscal, com o respeito aos contratos que temos com 25 estados e 183 municípios, com as nossas obrigações com a dívida interna e com a geração de superávit primários ao longo dos próximos anos capazes

de estabilizar a relação dívida e PIB".

Idéias esdrúxulas – Entre os "avanços" entre os partidos deoposição, Malancitouo "abandono de algumas idéias absolutamente esdrúxulas e equivocadas comoplebiscitos sobre dívidainterna e externa". "Euesperoque essa tendência continueao longo das próximas semanas e meses até as eleições,e que contribua para reduzir esse grau de turbulência."

Malan disseque,emseus contatoscom investidores estrangeiros, tem constatado que continua "a mesma vontadedeentender o queestá acontecendonoBrasil eno mundo". Segundo ele, está havendoumprocesso de aversão a risco no mundo, ligado à percepçãodo grau de confiança nos balanços das empresaseà eficáciadasauditoria. "Isso levou a um certo aumento da percepção de risco e da aversão que eu espero que possa sercontido".Malan, no entanto, ressaltou que houveum "exagero"nadesvalorização doreal."Espero que isso se acomode nas próximas semanas". (AE)

Para analistas, Ciro atingiu pico de alta

Segundo turno – A análise dos números do instituto Datafolha mostra duas tendências fortes do eleitorado, uma delasinesperada. Noprimeiro caso,o desgaste ea queda lentae contínuadacandidatura de Luiz Inácio Lulada

A presença de Tasso Jereissati ao lado dele também ajuda aestabelecer a confusão. Trata-se de uma liderança importante do PSDB e ainda pode estar na cabeça de muita gente a imagem de Ciro como um tucano, condição em que governou o Ceará. Haverá a polarização clássica governo x oposição, ressalva a consultora, mas o eleitor está mostrando que pode apoiar Fernando Henrique e apesar disso sair de Serra para ficar com Ciro Gomes. (AE)

Ibope divulga hoje nova posição na corrida

OIbope divulgahojenova pesquisasobre acorridapresidencial.A pesquisa foiencomendadapelaempresa de navegação Libra Terminais através da agência de publicidade Casa da Criação, que fez umacordo coma TVGlobo para divulgaros resultados durante o Jornal Nacional. De acordo com a assessoria de imprensa da Casa da Criação,a LibraTerminais tem interesseem encomendar umapesquisa"pois deve apoiar o desenvolvimento de umsite sobrepolíticaelaboradopela agênciadepublicidadee, porisso, precisachecar a viabilidade do empreendimento".

A LibraTerminais pertence ao mesmo grupo do Banco Boreal.

Cr ít ic a – Opresidente da Federação dasIndústrias do

Estado do Rio de Janeiro (Firjan), EduardoEugênio Gouvêa Vieira, criticou os bancos pelas especulaçõesem torno das pesquisas eleitorais. "É uma imoralidade oqueos bancos estão fazendo.Eles encomendam pesquisase especulam em cima delas, atacandoa nossamoedaetrazendo prejuízos à economia real",afirmou."Existe aí, muita especulação sem consistência", disse. Segundo Gouvêa Vieira, qualquer que seja o candidato vitorioso nas eleições isso não abalará o país. "Solidificamos a democracia e a nossa moeda. Um país quetirou umpresidente porimpeachment e em que o Congresso Nacional vota a perda de mandato de seus pares pela moralização tem instituições muito fortes", afirmou. (AE)

O forte crescimentode CiroGomes(PPS) apontado pelas pesquisasdo últimofinal de semana(Vox Populi e DataFolha) já estava sendo esperado pelos analistasem Wall Street, onde circularam rumoressobreo resultado dessas pesquisas na semana passada. Apesar de nãoser nenhuma surpresa, a subida deCiro, empatandotecnicamente com José Serra (PSDB),não agradouaos analistas em Nova York. Mas o sentimento entre esses analistaséde focaraatençãoem novos fatospolíticos eeven-

tos econômicos no curto prazo, especialmenteporque a maioria dos analistas acreditaque CiroGomes atingiuo pico de alta nas pesquisas eleitorais.

"Não agrada ao mercado ver Serra estagnadonas últimas pesquisas eleitorais, mas sabemosqueo crescimento deCiroGomes nãoteráfôlego paracontinuar,poisisso reflete apenas o maior tempo na mídia que ele teve", disse o economista-chefe para Brasil dobanco LehmanBrothers, Paulo Vieira da Cunha.

O estrategista-chefe de ren-

da fixapara mercadosemergentes do bancoHSBC, David Lubin, disse que o foco de atenções docenário político para o mercado irá se concentrar em dois fatores. O primeiro, explicou Lubin,será a divulgação de duas pesquisas eleitorais nos próximos dias (entre elas uma nova sondagem do Ibope), as quais poderão captar o "efeitoda Copa do Mundo"noeleitorado. "Potencialmente, esse efeito ajudará Serra, uma vez que ele é apoiadopelo atual governo", afirmou Lubin. E n t re v i s t as – O outro fa-

Paulo Maluf lidera com 43% ao governo do Estado de São Paulo

O candidato do PPB, Paulo Maluf, lidera a disputa para o governo de São Paulo e poderiaconquistar, seaeleição fossehoje,o governonoprimeiroturno, segundodados da pesquisa Datafolha, divulgadaontem. Oex-prefeitoe ex-governadordeSão Paulo tem 43% das intenções de voto e está 18 pontos à frente do candidato à reeleição, Geraldo Alckmin(PSDB),que possui 25%.

Em terceiroestáopetista JoséGenoino, com 9%. Na seqüência, Fernando Morais (PMDB) obteve 2%; Antonio Cabrera (PTB), 2%; Jacó Bittar(PSB),1%; eLevyFidelix (PRTB), 1%. Maluf está tecnicamenteempatadocom a soma de seus adversários, que apresentam40%, já que a margem deerro é de dois pontos para mais ou para menos. Emrelação à última pesquisa, de14demaio,Maluf subiudois pontos percentuais, Alckmin caiu nove

pontose Genoíno mantevese inalterado. Aquela pesquisa e a de agora não podem ser comparadas, no entanto, porque o levantamento anterior não listava nomes que registraram suas candidaturas no final do prazo legal, como Fernando Morais e Cabrera. M in as –O presidente da Câmara dos Deputados,Aécio Neves(PSDB), lideraa pesquisa deintenção devoto para o governo de Minas Gerais, com 38%, segundo dados da pesquisa Datafolha. Em segundo lugar aparece o atual vice-governador Newton Cardoso (PMDB), com 29%. Em terceiro lugar, há empate técnicoentre dois candidatos de partidos de esquerda: Margarida Vieira (PSB) tem 6% e Nilmário Miranda (PT) está com 4%. Dos entrevistados, 11% disseram que votarão em branco, nulo ou em nenhum dos candidatos e12%ainda não escolheram em quem votar. A margem de erro da pes-

quisa é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos.Aécio recebeuapoio público doatual governador Itamar Franco, eleito pelo PMDB e atualmente sem partido. O candidato tucanolidera no eleitorado de todos os partidos.(AE)

tor, segundo ele, seráa série de entrevistasexclusivas que a TV Globo farácom os candidatos a presidente, começando por Ciro Gomes, seguido por Anthony Garotinho, depoisJosé Serrae, por último, Lula. No ladoeconômico, Paulo VieiradaCunha, do banco Lehman Brothers, ressaltou que o mercado deverá se concentrar na operaçãode troca de NBC-E porswap cambial conjugadaà venda deLFTs, prevista para sexta-feira. "Essa é uma operação muito importanteparamelhorar aliquidez e aliviar atensão que vempressionandoo câmbio nas últimassemanas",disse Vieira da Cunha. Segundo ele,vaiajudara melhorar também muito o humor do mercadoa visitaque opresidente do Banco Central, Armínio Fraga, está fazendo à Europa e aos Estados Unidos, encontrando-secom banqueirose investidores para diminuirum poucoo sentimentodeaversão ao riscoe manter as linhas de financiamento ao País. (AE)

Malan: "Importante é aprofundar o debate sobre temas de interesse do país"

Bush anuncia hoje ofensiva contra fraudes empresariais

O presidentenorte-americano, George W. Bush, está preparando umpacote de medidas para punir, se necessário coma prisão,osresponsáveis por irregularidades nas grandes empresas.

Ele tentaassim rev erter um calcan h a r- d e - a q ui l e s eleitoral, a imagem de queé muitoamigo das empresas e coniventecom seus escândalos.

Bush divulgará o planonesta terçafeira emWall Street, o coração financeiro de Nova York, com um discurso destinadoa restaurar a confiança dos investidores naBolsa, após escândalos combalanços de grandes companhias, como a Enron (energia) e a WorldCom (telecomunicações).

Durante uma partida de golfe, na casa de praia da famílianoMaine, Bushdisse aos jornalistas que o discurso estava "em muito boa forma", masse negoua antecipardetalhes,dizendoque estava maispreocupado "comos18 buracos do jogo".

Fontes do Partido Republicano disseram que, a partir de agora, funcionários de empresaspoderão sercondenados a multas e prisão se apresentarem intencionalmente balanços fraudados. A oposição democrata acusa o governo de ser conivente com a ambiçãodas grandes

empresas, ao mesmo tempo em que permite enormes prejuízos a funcionários e investidores. AEnron,quefraudou seus balanços, foi um dos principais doadores da campanha eleitoral de Bush.

Elogio – O próprio Bush já teve sua atuação como empresárioquestionada naCo-

Yasser Arafat pede para a Organização Africana dar ajuda aos palestinos

missãode Valores Mobiliários, porque há mais dedez anos ele demorou34semanas paradeclarar avenda deaçõesem valor superior a 1 milhão de dólares, quando dirigia a empresa Harken Energy, do Texas.

A organizaçãopatronal Business Roundtable elogiou as medidas aserem adotadas pelo governo. Bush teria se decidido a adotá-las depois que ficou "louco" com oescândalo da WorldCom, segundo seus assessores.

Em março, Bush já tinha propostomedidas de responsabilidade financeira, mas nada tão rígido quanto agora – o que lhe valeu críticas dos democratas.

No domingo, o senador democrata

Tom Daschle pediu a substituição dopresidente da Comissão deValores Mobiliários, Harvey Pitt, a quem acusou demanter "uma relação muito íntima" com as empresas quedeveriafiscalizar. A Casa Branca disse que Bush mantéma confiançaemPitt. (Reuters)

Argentina prevê acordo em agosto

O presidente do banco centraldaArgentina,Aldo Pignanelli, disse ontem que espera queseu país assine um novo acordocomoFundo Monetário Internacional (FMI) em agosto, desde que as preocupações sobre a política monetária e as reformas fiscais nas províncias estejam resolvidas.

"Nósnão pedimosdinheiro do FundoMonetário Internacional,o quenós pedimos éo adiamentodos vencimentos que temos com o organismo internacional", disse ele a jornalistas no encontro anual do Banco de Compensações Internacionais (BIS), na Suíça.

Ele esperaque aeconomia A rgentina, que sofre a pior crise financeira desua história, tenha uma contração de 12% este ano após uma queda de 16,3% do Produto Interno Bruto no primeirotrimestre do ano.

Contágio – A crise argentinaprejudica investidoresestrangeiros do varejo e pode dificultar investimentos em outrosmercados emergentes, informou ontem o Banco de Compensações Internacionais.

O BIS também apoiou a tesedos queafirmam queo FundoMonetário Internacional deve ser cauteloso em ampliarcrédito de emergência.

"A criseargentina pode ainda afetar o investimento futuro debancos internacionais em mercados emergentes, dados os prejuízos que os

bancos estrangeirostêmsofrido",disse ainstituiçãoem seu relatório anual divulgado nesta segunda-feira.

O BIS demonstrouainda preocupação deque oinvestimento estrangeiro direto em outraseconomiasemergentes possadiminuirpor causadas grandesperdassofridaspor empresas que investirampesado na Argentina.

A instituição acrescentou que os pequenos investidores daEuropa sofreramporessa forte exposição, o que pode assustar investidores do varejo.

Incerteza – O BIS, que funcionacomo umbancoeum fórumpara os bancos centraisdo mundo,disse quea perspectiva para a economia daArgentina está"maisincertaque nunca",após ogoverno ter declarado moratória de sua dívida pública de cerca de US$ 133 bilhões e ter desvalorizado o peso.

A crise também levantou questõessobre as atividades futuras dos bancos estrangeiros em outros mercados emergentes.

De acordo como BIS, os bancos deveriamdiversificar os investimentos ao invés de

focar em um mercado emergente ou região particular e deveriam estarmenos inclinados a emprestar em dólares porque a experiência argentina mostrouosperigos de quando correntistas possuem depósitos em moeda estrangeiramasquase nenhum outroativorecebido em dólar.

O BIS informou que ao lado de "algumasconclusões óbviasde comoadministrar uma crise", a Argentina mostrou quão importante é enfrentar a realidade – por mais dolorosaque seja– logo no começo. (Reuters)

Aposentadas se prostituem nas ruas da outrora rica Buenos Aires

Mulheres argentinas, com idades variando entre 60 e 80 anos, exercem a prostituição nas ruas de Buenos Aires porquenão têmdinheiropara sobreviver. Ao menos, éisto que denunciou, na noite de domingo,um programajornalístico da televisão local.

O programa Puntodoc, exibidopela redede TVAmérica,informou queasanciãs buscam seus clientes nos arredores da praça Flores, a cercade15minutos apédomítico Obeliscoda capital argentina.

Armadosde câmerasocultas para captar as imagens, os repórteresdo programa fingiram-se de clientes para conseguir falar com as senhoras, que exigem, em troca dos

serviços sexuais, valores entre 15 e20 pesos (aproximadamente entre quatro eseis dólares).

Eugenio Semino, ombudsman para assuntos da terceira idade, lamentou asituação. Mas explicou que, "para uma senhora de idade, dez clientes eqüivalem a umaaposentadoriamínima". "Oúnicoobjetivo que estas senhoras perseguem é levar um meio de sobrevivência para suas casas.Elas têm netos... Talvez seusfilhos estejam desempregados e não elas não desejem ser umpeso morto para eles", completou Semino. C ri s e – NaArgentina,os aposentados conformam um dos setores mais empobrecidosda sociedadee sofremos

O líderpalestino,Yasser Arafat, enviou ontem uma mensagem aos participantes da reunião decúpula da Organizaçãoda UnidadeAfricana(OUA), pedindopara ajudarem seu povo.

"Dirijo-me a vocês em nomedo povopalestino,no momento em que meu país se encontra sob abrutal ocupação israelensee expostoa uma guerra bárbara, racista e sangrenta, colocada em prática porIsrael",disse Arafat em sua mensagem, lida na abertura da reunião de cúpula da OUA.

Arafat, que não compareceuao eventopormedo de não ser autorizado por Israel a voltar aos territórios palestinos, disse aos dirigentes africanosque seusconcidadãos"depositamtodaa sua esperança neles, para que peçam à ONU que desempenhem um papel que obrigue Israel a retirar seu Exército" dos territóriosreocupados. Tambémpediu aelesque "exerçam suainfluência diante das forças internacionais parauma solução justa e equitativa" no Oriente Médio.

Discriminação – O apoio do governoisraelense auma proposta de lei que impede cidadãos árabes de comprar casas em projetosimobiliários desenvolvidos em terras estatais foi criticado ontem peloprocurador-geralde Israel, Eliyakim Rubinstein. Em um comunicado,o gabinete de Rubinstein afirmou que aautoridade "apelou a ministros para não adotarem uma lei desnecessária que

prejudicariaainda mais as delicadasrelações árabe-judaicas".

líderde oposiçãoYossiSarid, deesquerda,divulgou um comunicado considerando o projeto mais um a "transformar Israel em um Estado racista, talvez no mais racista detodas asnações democráticas".

O gabinete de governo aprovou por 17votos contra dois, no domingo, o apoio à proposta delei apresentada por ummembro do Partido Religioso Nacional, umalegenda ultranacionalista que participa dacoalizão governista. Para se tornar lei, o projeto tem de passar por três votações no Parlamento.

O debate remonta a anos atrás, quando umcasal árabe israelense pediu para comprar uma casa na nova comunidade deKatzir, naGaliléia (norte de Israel), e viu seu pedido recusado. A Justiça, ao se manifestarsobre ocaso, disse queo Estadonão podia fazer "discriminação entre judeus e não-judeus" ao decidir-se sobre a alocação de terras. Como resposta a essa decisão, apresentou-se a proposta hoje em trâmite.

O ministro das Relações Exteriores de Israel,Shimon Peres, queseabsteve,divulgou um comunicado afastando-sedo projeto edeclarou que o Partido Trabalhista, ao qual pertence,lutaria contra a sua aprovação,apesarde pertencer ao governo.

Os árabes são cerca de 20% dapopulação de Israel ereclamam frequentementede discriminação. (Reuters)

Vacina para Aids pode estar disponível em 2005

Uma vacina contraa Aids poderiaestar disponível por volta de 2005 se os resultados dostestesde segurançaeeficiência em seres humanos foremtãobons comooprevisto, informou ontem uma empresa de biotecnologia dos Estados Unidos.

Resultados iniciais da terceira fase dos testes com a vacinaanti-Aids sóestarãodisponíveis no próximo ano, mas aempresaVaxGenInc. informou aos jornalistas estarotimista comapossibilidade de sucesso.

efeitos da agudacrise econômica como nenhumoutro setor. Um aposentado recebe como pensão,depois detrabalhar até os 65 anos de idade ede contribuirpara aprevidênciapública por,nomínimo, 18 anos,uma médiade 150 pesos mensais (cerca de 42 dólares).

Uma dassenhorasprostitutas, captada pela câmera escondida, confessou ao repórter ter 74 anos de idade. "Sento-me emum dosbancos da praça e ficoesperando. Logo aparecemos clientes... Noventa porcento deles são jovens", disse uma outra senhoraque aceitouexibirseu rostonatelevisão, inclusive enquanto se maquiava para sair para as ruas. (AE-Ansa)

"Acho queconseguiremos obter uma proteção (contra o vírus), mas não sei a que nível a conseguiremos", declarou Donald Francis, presidente da empresa, a uma conferência sobre Aids.

Francis admitiu não ter, neste momento, indícios sobre os resultados, mas declarou que a vacina serve-se dos procedimentos usuais desse tipode medicamentoe que funcionou em chimpanzés.

Por isso,ele acreditaque ela será eficiente nos seres humanos. "Se tudo der certo, a vacina estará disponível no final de 2004 ou começo de 2005."

Ca ut el a – As esperanças sobre a criação de uma vacina anti-Aids já foram por água abaixono passado,e aorga-

nização de caridade ActionAID, que recebeu com satisfaçãoa notícia, pediucautela. "Essas são notíciaspotencialmente maravilhosas,mas ainda écedo demaispara comemorarmos", disse Omo Igogho, chefe dos programas de saúde da ActionAID na Nigéria.

Uma eventual vacina é considerada amelhorestratégia de combatea uma epidemiaque já atinge 40 milhões de pessoas e que se alastra.

Avacina daVaxGen funcionaao induziro sistema imunológico a produzir anticorpos que ataquem a proteína gp120,presente nasuperfície do vírus HIV. A tese é de que, ao impedir que o vírus ligue-se à superfície das células do corpo, a infecção será controlada.

O medicamento vem sendo testado em 5.400 voluntários dos Estrados Unidos, Canadá, Porto Rico e Holanda. Essas pessoasdesenvolvem atividades que as expõem frequentemente ao vírus.

Cerca de68millhões de pessoaspodemmorrer de Aids nos países em desenvolvimento até 2020, adverte um relatório da Unaids (o programa das Nações Unidas para a doença). (Reuters)

Segundo assessores, o presidente George W. Bush ficou "louco" com o escândalo da WorldCom
Win McNamee

Fundos perdem R$ 2,5 bi em dois dias e voltam a beneficiar a poupança

DadosdaAssociação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) mostram que nos dois primeiros dias de julho R$ 2,5 bilhões foram retiradosdosfundos de investimentos. Em 30 dias, as saídas da indústria de fundos já atingem R$ 26 bilhões.

Mais uma vez, por suas características de segurança, a caderneta de poupança é o investimento que mais se beneficia dessa fuga dos investidores. Prova dissoé que nos

Bovespa sobe e o dólar cai, apesar do escândalo da Merck

Os mercados financeiros iniciaram bem a semana: a Bovespa resistiu ontemao mau humorque tomouconta domercado internacional com osproblemas contábeis de mais de US$ 12 bilhões da Merck e subiu 1,55%. Mas o pregão foi fraco em negócios, em conseqüênciado feriado de hojenoEstado, egirou apenas R$ 221,4 milhões.

O mercado de dólar no segmento comercial também ficou prejudicado, com poucastransações, segundoo diretor de câmbio da corretora Liquidez, Hermann Miranda. Mesmo assim,a moeda recuou 0,69%. Página 10

Bush quer prisão para executivos que fraudarem balanços

O presidente dosEUA, George W.Bush, pediráhoje aprisãodos executivosque deturparem osbalançosdas empresasquecomandam. A idéia é evitar maiores perdas nas bolsase revigorara confiança dos investidores e consumidores à medida emque a economiaserecupera lentamente. Bush exigirá que os executivos apresentem balanços corretos. Página 4

Lojas eletrônicas expandem atuação da Colombo no País

A rede Colombo, de artigos eletrodómesticos e móveis, querampliar seus negócios neste ano com a implantação de 25novaslojas eletrônicas no País.Sãoestabelecimentos semprodutosàmostra, com área e funcionários reduzidos. A rede tem hoje cinco lojasdessetipo,todas no Rio Grande do Sul. Página 8

Quer falar com 20.000 empresários de uma só vez?

dias1 e2 dejulho, deacordo com os dados do Banco Central, houve uma captação de depósitos no sistema de poupança de R$ 5,252 milhões. Desde que o BC determinou a marcação a mercadodas cotas dos fundos, com a atualização diária do valor dos títulos públicos que os compõem, osrecursoscomeçarama serdirigidosaoutras aplicações, como a caderne tae oCDB,bemcomopara o dólar e o ouro. Página 9

Desempenho da indústria é o pior desde maio de 1995

A produção industrial brasileira teve em maio o pior desempenho mensal desde maio de1995, interrompendo a lentatrajetória de recuperação e reduzindo as chances de um melhor desempenho da economia neste ano, como previam analistas.

A produção da indústria caiu 5,1%emmaio em relaçãoa abril,informouontem o IBGE, por contade restri-

çõesao consumo,comorenda em queda,elevadodesempregoe ainstabilidade no mercado financeiro. Na comparação com maio de 2001,o desempenho daindústria também foi negativo, com uma queda de 0,9%.

Em maio de 1995, a produção industrial haviacaído 10,9% em relação ao mês anterior, quando a indústria foi prejudicada por uma longa

greve de petroleiros. Também as vendas reais da indústria caíram 7,31% em maio, ante omesmo mês de2001, segundo divulgou ontem a Confederação Nacional da Indústria. Em relação a abril, a queda foi de 0,56%, sendo que, com oajuste sazonal, a redução foi maior ainda, atingindo3,19%. Noano,as vendas da indústria acumulam queda de 1,46%. Página 6

Dia dos touros: mais de 30 feridos

Populares correm dos touros na tradicional e polêmica Festa de San Fermín, em Pamplona, na Espanha. O

é

o

que os touros correm atrás de milhares de pessoas, boa parte delas turistas, deixou três feridos graves e pelo menos 30 pessoas ficaram machucadas .

Uma casa toda movida a botões

As chaves são desnecessárias,um sinaldeluz avisasobre a chegada dos filhos e as plantas sãoregadasautomaticamente. Esse modelode

casa futurista poderá ser vista a partir de 30 de julho, no Expo Center Norte, duranteo 11º Salão de Inovação Tecnológica, que vai até dia 3 de

agosto.Acasa éumadasnovidades do evento, a maior exposiçãode soluçõestecnológicasdeautomação residencial do Brasil. Página 8

Confecções ganham com a informática

A informática modernizou osetor demodelagemdas confecçõesbrasileiras. Atroca do sistema manual de moldepelaprodução automatizadacomeçou hácincoanos e chegou até as pequenas confecções.Um dossoftwarespara modelagemfoicriadopela Audaces:amáquina calcula a disposição dos moldes, resultando em economia de 3% a 15% de tecido, segundo o diretorda empresa, Claudio Grando. Página 8 Grando, da Audaces: a informatização permite uma boa economia de tecido

VGBL eleva previsão para o mercado de previdência privada

O bom desempenho dos planos VGBL, lançados no início doanoequetrazem acoplados umsegurodevida,fezcom quefosserevista para cima a projeção de faturamentodomercado de previdência privada. Em três meses, o segmento faturou R$ 345 milhões. Página 9

Balança comercial registra superávit de US$ 52 milhões

Abalança comercialregistrou superávit deUS$ 52 milhões na primeirasemana de julho. As exportações no período atingiram US$ 1,015 bilhão, com média diária de US$ 203 milhões.As importações somaram US$ 963 milhões, com médiadiáriade US$ 192,6 milhões. Página 5

Divergência sobre intervenção derruba Ministro da Justiça

A Assessoria de Imprensa do ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior, confirmou que ele decidiupedir demissãodocargo. Reale,queembarcaria na noite de ontem para aCosta Rica,tomoua decisão ao receber a informaçãode queoprocurador-geral da República, Geraldo Brindeiro,havia desistidode apresentaraoSupremo TribunalFederal pedidodein-

tervenção no Estado do Espírito Santo para combater o crime organizado. Aintervenção eradefendida por Reale, mas Brindeiro argumentouquea medida não era apoiada pelo presidente FernandoHenrique. "Houve umamanifestação do ministro da Justiçaque não corresponde àposição do presidente da República", disse Brindeiro. (AE) a a Com a Nova Zelândia, 16 países já foram à OMC contra os EUA Página 5 O que fazer em caso de bagagem extraviada em aeroportos Página 12

Fraga se reúne com autoridades monetárias norte-americanas Página 9

"encierro", como
chamado
evento em
Desmond Boylan/Reuters

Balança comercial tem

superávit de US$ 52 mi no início do mês de julho

Abalança comercialregistrou um superávit de US$ 52 milhões na primeira semana de julho, informou ontem o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Com o resultado da semana, o superávit acumulado no ano aumentou para US$ 2,658 bilhões.

O saldo entre os dias 1 e 7 foiresultadode exportações de US$ 1,015 bilhão e importações de US$ 963 milhões. A média diária das exportações no períodofoi de US$203 milhões eade importações,

de US$ 192,6 milhões. Na última semana junho, a média diária das exportações ficou em US$ 223,2 milhões e a das importações, US$ 182,4 milhões, gerando um superávit de US$ 204 milhões. Em todo mês passado, a balança comercial registrou um superávit deUS$675 milhões, o maior do ano de 2002 e também o maior referente aomês dejunhodesde oinício do Plano Real. Para este ano, o governo estima um superávit de US$ 5 bilhões na balança comercial. (AE)

Argentina reduz alguns impostos de exportação

O governo argentino reduziuimpostos sobreexportações de uma série de produtosagropecuáriosde menor escala, para aliviar as cargas das economiasregionais, mas ressaltou que a medida não terá impacto sobre a arrecadação tributária.

No início doano, as autoridades nacionais fixaram umaalíquota àsexportações de cereais, oleoginosas e derivados para melhorar aarrecadação tributária, captando parte da renda extraordinária produzida com as vendas externas após a desvalorização do peso em janeiro.

Ogoverno havia estabelecidoa alíquotasobregrãos,

farinha e azeite em 20 por cento, enquanto o tributo para vendas de produto primários de baixa escala foi elevado a 10 por cento. A decisãodespertoua ira dos produtores,os quaisrealizaram diversos protestos e greves para reverter a situação.

Po bre za – Como consequência, o Ministério da Economia diminuiu os impostos às exportações de uma série deprodutos demenorescala para aliviar as cargas dos produtores de várias províncias mergulhadasem pobreza e desemprego. A agroindústria representamaisde50% das exportações nacionais. (AE)

Aço: Nova Zelândia recorre contra os Estados Unidos

A Nova Zelândia recorreu ontemà OrganizaçãoMundial do Comércio (OMC) ontemcontraas tarifas impostas pelosEstadosUnidosàs importações deaço. ANova Zelândia se junta assim ao pedido de 15 membrosda União Européiaedemais cinco países. Diplomatas emcomércio afirmaram queo Brasilpode se juntar a esse grupo, já que as conversaçõesbilaterais com osEstados Unidosno

sentido de conseguir exceções especiais para o país sulamericano falharam.

Uma reunião doÓrgão de Solução deControvérsias da OMC concordou que a reclamação da Nova Zelândia será ouvida em conjunta comos demais paísesquerecorreram contra as tarifas norteamericanas, classificando-as como ilegais perante às regras da OMC para barrar o protecionismo.

Masos trêsmembros do

painel que irá julgaro caso –que terá seismeses para chegar a uma conclusão – ainda não foram escolhidos.

Salvaguarda – O presidente norte-americano, George W. Bush, decidiuimpôr tarifas deaté30%emmarço.

Bush alegava que o setor siderúrgico nos EUA precisava de espaço para respirar e se reestruturar,jáque vem sendo pressionado pelos baixos preços dos produtos importados do setor.

Representantes de Washington insistem que as regras da OMC permitem tais medidas, quando elas têm como objetivo salvaguardar a indústria nacional. Por outro lado,alguns dos 144 membros daOMC alegam que o fatode os EUA terem perdido seis casos relacionados a salvaguardas nos últimos tempos, mostra que o governonorte-americano não está deacordocomasregras da Organização. (Reuters)

UE quer explicações sobre isenções

A União Européia insistiu ontem comosEstadosUnidosparaque mostremoque pretendem na disputasobre as tarifasàs importações de aço antes de 19 de julho, prazo para que a União Européia recomendeassanções que pretende adotar contra os Estados Unidos. O porta-voz da Comissão Européiaparaassuntosdecomércio internacional, Anthony Gooch, respondia à decisãodos EUA de prorrogara revisãodasisençõesde tarifasao açode 3de julho para o dia 31 de agosto. Estaprorrogação complicaa escolhada União Européia quantoao prosseguimento de sua retaliação, na forma de sanções contraprodutos norte-americanos.

Secretária confia no aumento das exportações

Asecretária de Comércio

Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Lytha Spindola, manteve a previsão do Governo de um superávit, no final do ano, de US$ 5 bilhões. Segundo ela, a perspectiva para o segundo semestre é boa, uma vez que os efeitos dos acordos comerciais do Brasil com Chile e México devem ter resultados nesse período.

Lytha Spindola voltou a afirmar que o desempenho da balança só não foi melhor devido à queda dos preços internacionais e à retração da atividade econômica na Argentina.

“As exportações brasileiras cresceram nos últimos dois anos mais de 20%”, disse. A taxa de crescimento das vendas externas (6%), em 2001 em

comparação com o ano anterior, foi o dobro do crescimento do comércio mundial, afirmou asecretária.

Neste ano, a balança comercial vem sofrendo os efeitos da retração da economia internacional: além da crise argentina, Lytha Spindola lembrou que a expectativa é que o comércio mundial tenha crescimento próximo a zero. As exportações de junho, comparadas com maio, apresentaram retração de 3,6%. Este número é resultado da queda nas vendas de produtos básicos (-16,3%) e semimanufaturados (-1,2%). Já os manufaturados apresentaram aumento nas vendas, principalmente tubos de ferro ou aço (85%) e gasolina (73,7%).

Na comparação das exportações de junho, com o mesmo período do ano passado, notase uma queda de 19,3%, devido à diminuição nas vendas de todos os grupos de produtos.

Nas importações, comparando-se junho com maio, houve uma queda de 11%, motivada principalmente pelo decréscimo nas compras de combustíveis e lubrificantes (-38,5%) e bens de capital (-17%).

Na análise dos mercados compradores para nossas exportações, os principais destaques foram os países da Europa Oriental (12,1% de aumento em relação a junho do ano passado), Estados Unidos (4,4%) e África (4,1%). Em compensação as exportações para a Argentina caíram 64,1%.

Novos mercados: fatores culturais da Rússia

Concluímos o artigo iniciado na semana anterior, com base no estudo publicado pela revista Comércio Exterior, n.º 37, do Banco do Brasil, analisando a Rússia, um dos mercados estratégicos selecionado pelo governo brasileiro. Aseguir, orientações sobre como proceder e o que considerar nas negociações com empresários locais: ● os negócios são baseados em confiança, portanto, a relação interpessoal é importante e os primeiros contatos devem ser feitos por intermédio de uma terceira pessoa, de confiança de ambos. É provável que necessite de um intérprete, apesar dos russos entenderem inglês. Dei-

xar claras as intenções, assim como dizer se estiver apenas pesquisando, para que não haja equívocos. É importante tomar os cuidados necessários para não se surpreender pela falta de clareza. As apresentações deverão ser visuais, detalhadas, objetivas e específicas.

● os preços deverão ser coerentes com os praticados na Europa, uma vez que já terão realizado pesquisas. Ébom estar preparado para fazer concessões.

● apresentar cartões de visitas escritos em russo e inglês é bastante simpático.

● as negociações poderão ser longas, é melhor não se apressar. Tempo não é dinheiro, tempo é

sabedoria. Traduzir documentos para o russo, especialmente contratos, agilizará as negociações.

● as reuniões devem ser encerradas com um resumo de tudo que foi dito. Os russos adoram conversar ao redor da mesa. É de bom tom ao final das reuniões e do negócio, fazer um convite para jantar.

● os russos brindam muito, geralmente com vodca ou vinho.

● convidar para uma visita em seu país poderá causar boa impressão, mas não esqueça de que as despesas de viagem serão às expensas do anfitrião; a eles, os russos, caberá apenas o custo das passagens.

"Eles têmtodo o interesse em deixarquesaibamosde suas intenções, dasdecisões que pretendem tomar, até aquela data", disse Gooch em pronunciamentoa jornalistas. "Não é nada complicado. Na verdade é bem simples".

Se Washington precisava de mais tempo para conceder isenções a um número maior de exportações européias de aço, deveriapelo menosdeixar que a União Européia soubesse de suas intenções e compromissos antes de 19 de julho, declarou o porta-voz. Sanções –Gooch recusouse ainformar seo órgãoexecutivoeuropeu recomendaria sanções caso isenções adicionais não sejam concedidas antesda data limite que ele

Tailandeses buscam negócios com o Brasil

mencionou.

A Eurofer, associação setorial dos produtores europeus de aço, informouque as empresas européias haviam solicitado isenções cobrindo cerca de 1,3 milhão de toneladas em exportações de aço europeu para osEstadosUnidos por ano, mas queaté agora o total deisenções concedido foi de apenas 250 mil toneladas. No entanto, diplomatas europeus dizem que diversos dos países-membros relutam em escalaradisputa comercial provocada pela decisão do presidente Bush, em março, deimportarifasde até 30% sobre o aço importado.

Mediação – A OMC é o organismo encarregadodefa-

zer amediaçãoentre osdois blocose, casonão hajaacordo, de emitir uma sentença sobre o caso.

O objetivo do governo norte-americano é fazer com que a UniãoEuropéiajustifique as medidas protecionistas queadotoupara se proteger de uma hipotética invasão do aço que, devido à sobretaxação, for impedidode entrar nos Estados Unidos. Se as negociações fracassarem, as consultas levarão à criação de um novo grupo de especialistas da OMC.A União Européia adotou medidas de salvaguardaem 28de março, paraproteger omercadointerno dodesvio doaçoque não poderiaentrar nosEstados Unidos. (Reuters)

comércio exterior

Por motivo da vinda ao Brasil de delegação oficial da Tailândia, chefiada por Kantathi Suphamongkhon, Thailand Trade Representative to America, cargo equivalente ao de Ministro do Comércio, um grupo de empresários tailandeses que acompanham a missão, estarão na Associação Comercial de São Paulo, no próximo dia 16, 3a.feira, das 10h00 às 12h00, com oobjetivo de discutir negócios com empresas paulistas nas seguintes áreas:

● álcool combustível/ etanol: interesse em fazer “joint-venture” para implantação do programa na Tailândia.

● produtos siderúrgicos: ferro e aço: importar do Brasil

● pedras preciosas e semipreciosas: desejam importar.

● artigos de borracha (matéria prima e acabados): querem exportar.

● sistema financeiro: contato para conhecer funcionamento.

A delegação será recebida na sede da ACSP, à Rua Boa Vista, 51 - 9º andar, Sala Plenária e interessados em fazer contatos com os tailandeses devem manifestar-se ao setor de Comércio Exterior da ACSP, pelo tel.11-3244-3397 ou 3500. Não há qualquer custo.

O volume anual de negócios entre os dois países está em torno dos US$ 500 milhões, com saldo ligeiramente favorável à Tailândia.

Oportunidades comerciais

PAÍSESQUEDESEJAMEXPORTAR PARAO BRASIL ESPANHA

302 - Produtos de perfumaria e higiene pessoal

303 - Produtos veterinários: de higiene, cosmética e desinfeção. Especialista em toalhas úmidas

ISRAEL

304 - Produtos de vigilância / segurança por vídeo

305 - Produtos para análise e controle de energia nos processos produtivos e industriais. Proporcionam melhor qualidade aos processos, além de economia de energia. Não tem uso residencial.

306 - Ar condicionado, aquecimento, ventilação e desumidificação do ar: produto inovador que simultaneamente resfria e desumidifica o ar.

ÍNDIA

307 - a) Tecidos: cru, estampado, xadrez, listados, desenhos jacquard eb) têxteis acabados: para cozinha: aven-

tais, caminho de mesa, toalhas, guardanapos, toalhas felpudas para mãos, panos de prato; roupas de cama e banho.

BANGLADESH

308 - Artesanatos e confecções

LÍBANO

309 - Vestidos femininos “moda noite”.

PAÍSESQUEDESEJAM IMPORTAR DOBRASIL

TOGO

310 - Produtos farmacêuticos, medicamentos, luvas de látex, confecções, camisetas, toalhas de banho, roupas de cama, cobertores, tecidos, lingeries, roupas de baixo, telefones celulares, computadores e acessórios, artigos de couro e calçados.

PAQUISTÃO

311 - Ferro estanhado em chapas ou bobinas, chapas de aço galvanizado plano/polido, chapas de aço laminadas a quente / frio, aço inoxidável em chapas ou bobinas.

Seminário sobre Operações Financeiras

O consultor de empresas Gilberto Kfouri, com larga experiência na área internacional e private bank, em instituições financeiras como Banco Real e Sudameris ministrará o Seminário “Operações Financeiras Internacionais” na Associação Comercial de São Paulo, no próximo dia 30, das 13h00 às 18h00. No evento serão discutidos temas como: legalidade contas no exterior, legalidade

de contas no Brasil para nãoresidentes; operações com outros países: remessas para o exterior; pagamento de serviços tomados no Exterior: legislação, condições para o uso do cartão de crédito; facilidades existentes para exportadores e importadores: regulamentação, registros no Siscomex e no Sisbacen, dentre outros. Informações e inscrições na ACSP, pelo tel. 11-3244-3030.

Indústria registra fraco desempenho

A queda foi resultado do desempenho negativo de 16 dos 20 setores industriais pesquisados mensalmente pelo IBGE

A indústria brasileira registrou emmaio quedade 5,1% naprodução anteomêsde abril. Essa foi amaior redução nessa base de comparação desde maio de 1995. Em relação amaio doano passado,a queda foi de 0,9%. No ano, a indústria acumulou até maio queda de 0,3% e, nos últimos 12 meses,a retração

foi de 1,2%. O índice de média móvel trimestral, considerado o principal indicadordetendênciada produção, registrou em maio a primeira queda (-0,4%) desde dezembro de 2001. Além disso, segundo oIBGE, omêsde maioregistrou o menor patamar de produção doano ficando

2,1%abaixodamédia dos primeiros quatro meses. A quedafoiresultadodo desempenho negativo de 16 dos 20 ramos industriais pesquisados pelo IBGE. As principais reduções ocorreram em material elétricoe de comunicações (-8,9%), mecânica (-8,8%), material de transporte(-7,6%)e produ-

CNI: as vendas reais caem 7,31%

As vendas reais daindústria caíram 7,31% em maio, ante o mesmo mês de 2001, segundo divulgou ontem a Confederação Nacional da Indústria. Em relação a abril deste ano, a queda foi de 0,56%, sendo que com o ajuste sazonal, a redução foi maior ainda, alcançando 3,19%. No ano, as vendas da indústria acumulam queda de 1,46%.Também ficaram negativosos indicadoresdes-

sazonalizados dehoras trabalhadasnaprodução (-1,94% em relação a abril e -1,11% em comparação com maio de 2001), no pessoal empregado (-0,10%ante abrile-0,52% sobremaio de2001)e nossalárioslíquidosreais (- 0,84% ante abril e - 0,98% na comparação com maio).

No ano, o pessoal empregadoacumularedução de 0,78% eos salários líquidos

reais encolheram 0,84%, mas as horas de trabalho na produção ainda estão positivas em 0,25%. A utilização da capacidade tambémcaiude 81,8%emmaio de2001ede 81,4% emabrilpara 81,3% em maio deste ano. Considerandoo ajustesazonal, ouso da capacidade passou de 80,6% em abril e de 81% em maio de 2001, para 80,4% em maio de 2002 (AE)

tos alimentares (-5,7%). Ainda na comparação com abril, houve queda nas quatro categorias industriais atingindo os bens de consumo duráveis (-12,9%),bens decapital(9,7%),bens deconsumonão duráveis (-8%) ebens intermediários (-2,2%).

Na comparaçãocom maio de 2001, 14 dos 20 ramos pesquisados apresentaramtaxas negativas, com destaque, mais uma vez, para material elétrico e de comunicações (16,8%), e material de transporte (-12,9%).

Entre as categorias de uso, a únicaa apresentar crescimento ante maio do ano passado foi a de bens intermediários(0,5%).Houve queda nessa base de comparação em bensde capital(-5,9%),bens de consumo duráveis (9,7%) e bens de consumo não duráveis (-1,9%).

Reversão – A produção in-

Setor automotivo faz enxugamento

A aplicação doconceito de manufatura enxuta continua forte na indústria automotiva.Do combateàsatividades quenão agregamvalor,aprimoramento da qualidade à redução de prazos de entrega, o tempo de avanço (lean manufacturing, em inglês) é atualmente regra número um para as autopeças e montadoras ganharem produtividade,na opiniãodosprincipais executivos do setor automotivo.

Segundo Jairo Ramalho, diretor superintendenteda TBMAmérica Latina,aevolução etendência emmanufatura, baseado no conceito o kaizen, voltado a solucionar problemas dechão-da-fábrica e reduzir o tempo de avançoentre pedido e fornecimento, é a melhor solução.

A Dana vem investindo na manufatura enxuta em sua fábrica de Sorocaba (SP). César Alves, gerente de Manufatura, apontou os resultados obtidoscomo kaizen.Amudança, que começou em 2000, contou com novo layout na linha de produção, redução de 92 metros qua-

dradosde área, liberaçãode 144 máquinas,investimentos emnovos equipamentos, açãocomunitária eaumento da satisfação dos funcionários.

"Reduzimosde 7 mil para 500 o número de peças defeituosas pormilhão deunidades produzidas", comentou Alves.

Outra empresa que investiuemnovos processosfoia Delphi, que instituiu o kaizen nafábrica desistemas deinjeção para motores adiesel, emCotia (SP).O índicede produtividade cresceu 28% e a fábrica está há dois anos sem acidentes de trabalho, segundo Gábor János Deák, diretor de Operaçõespara América do Sul.

Agilidade – Paulo Eduardo Tomazela, diretor de Logística daFiat, contoucomo aindústria consegue produzir no sistema justin time (t em po real) e administrar o processo delogísticae manufaturada montadora. "Através da construçãodo parquedefornecedores,a empresaganhouagilidade na produção e eliminou problemas de estoque".

Mercado espera inflação alta e menor crescimento

Omercado elevouaprojeção da inflação,medida pelo I PCA (ÍndicedePreçosao C onsumidor Amplo), para e ste ano de 5,53% para 5,72%.Essa previsãoestá acima do limite máximo da meta deinflação de 2002,que é d e3,5% mais dois pontos percentuais para cima ou parabaixo,oque dáumtetode 5,5%.

As projeções constam do b oletim Focus do Banco Central, quetraz asexpectativas dos analistas de mercado e economistas para 2002 e 2003. Para o próximo ano, o mercado mantéma projeção de IPCA de 4%.

Com relação à balança comercial, houve uma elevação das estimativas de superávit para este ano deUS$ 4,35 bilhões para US$ 4,47 bilhões.

Para 2003, aexpectativa é de umsuperávit de US$ 5bilhões.

Já para o PIB (Produto Interno Bruto), os analistasreduziram a projeçãode crescimento neste ano, de 2,20% para2%e mantiverampara 2003aestimativade crescimento de 3,5% do PIB.

Os analistas esperam que, em2002, ingressemnopaís cerca de US$ 17,40 bilhões de investimentos diretos estrangeirose, em2003,US$ 18bilhões.

A expectativa para a taxa de câmbio ao final deste ano subiu de R$ 2,55 para R$ 2,59 e, para ofinalde2003,passou de R$ 2,65paraR$ 2,69. A projeçãoparaa taxadejuros Selic ao final deste ano continua em 17% e,ao final de 2003, 15%. (AE)

Recentemente,a montadora adotou novo conceito logístico, chamado janelas de entrega, emque ofluxode fornecimento tem horário definido para entrega. A inovação járesultou numaqueda do tempo dedescarga de 3,30 horas para 45 minutos.

Segundo Tomazela, a melhoria nos processosde produtividadeeo aumento do parque de fornecedorespermitiram elevar a produção de 900 veículos/dia para1,8 mil veículos por dia.

Gilbert Porral, diretor do Centrode Produçãoda PSA PeugeotCitroën,em Porto Real/RJ, comentouos conceitos do centro de produção danova fábrica,queconsumiu investimento de US$ 600 milhões.

Com capacidade parafabricar 18 veículos por hora, a planta possui fluxo de peças

otimizado, emque aprodução de um veículo não interfere no outro. "Conseguimos um grande desempenhomodular", disse o diretor, queespera atingiruma metade vendasde 3,25 milhões este ano e um maior crescimento com o novo Citröen C31.6,quechegaem julho de 2003. Economia – Asmudanças na fábricaVolkswagenAnchieta, para não parecer mais com uma cidade e otimizar espaço, também merecem destaque.

Ruy Benessiuti, executivo responsávelpela unidadede negócios do modelo Polo, contou que foram demolidos 40 prédios e o estacionamento que ficava a 1,6 mil metros da fábrica passouparauma distância de 500 metros.

Ricardo Ribas

terrompeuemmaioa trajetória de recuperação iniciada no final do ano passado. Todos os indicadores relativos ao período foramnegativos.

O chefe dodepartamento de indústria do IBGE, Silvio Sales, sublinhou que o setor produtivojá vinha sofrendo os impactos da retração do consumo interno. A partir de maio houveuma "alteração decenário", provocada pela perda da confiança dos investidores e a volatilidadedo câmbio. "Essa mudança pode estar refletida nesses números", disse Sales.

Elelembrouquemais de 80% da produção industrial brasileira estávoltada parao mercado interno e, portanto, o setor sofre efeitos diretos das mudanças conjunturais doPaís. SegundoSales,mesmoque aquedade5,1%da produção em maiotenha sido em parte influenciada pela

Preços

elevadabase decomparação de abril (aumento de 4,5% ante março), os indicadores que anulam esse efeito estatísticoconfirmam areversão da trajetória de recuperação. Eleexplicou que tradicionalmenteomês demaiosupera a produção de abril em tornode 7,4%,considerados 25 anosde observação.Este ano maio ainda foi melhor em termos de patamar de produçãosobreo mêsanterior,mas apenasem1,4%. Além disso, oindicador de médiamóvel trimestralvoltou a assinalar sinal negativo notrimestre encerradoem maio, após cinco meses de crescimento. Outro fator considerado ilustrativo por Sales é a piora do indicador dos últimos 12 meses, que passou deum acúmulo de0,7%no período encerrado em abril para -1,2% em maio.. (AE)

do varejo sobem 1,74%

no mês de junho

Ospreços docomérciovarejista naGrandeSãoPaulo registram alta de 1,74% em junho na comparaçãocom maio. A variação do Índice de Preços no Varejo(IPV), medido pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP),foi maiordoque aestimadainicialmente pela instituição (1,5%) para o período. Todos os grupos pesquisados registraram elevaçãode preços.A maiorvariação foiverificada nos produtos semiduráveis, que subiram 3,38% no período, em razão da pressão dos segmentos vestuário, tecidos e calçados. E, de acordo com a Fecomercio, a tendência ainda é de aumento. Os artigos não-duráveis tambémestão emescalada, refletindo oaumento dodó-

BOLSA ELETRÔNICA DE COMPRAS

lar e revertendo as quedas registradas em maio. A variaçãono fechamentodejunho foide 0,63%,sendoque os alimentos subiram 0,72% em relação amaio.Esteé outro segmentoque está apontando para umaalta ainda maior, pois na pesquisa da variação semanal (comparação com a terceira semana de junho), subiu 1,59%. Os bensduráveis,no qual estão incluídos eletrodomésticos emóveise decorações, registraramelevação de 1,84%, e as perspectivas tambémsão de manutenção de alta. O comércio automotivo (1,30%) emateriais deconstrução(0,28%),no entanto, estão indicando que podem perder o fôlego nas próximas semanas. Ambos apresentam até variação negativa. (AE)

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090182000012002OC0005411/07/2002BAU

090116000012002OC0003611/07/2002MARILIA

Receita com previdência

A Superintendência de Seguros Privados, Susep está revendo para cima a expectativa de faturamento do mercado de previdênciaprivada para esteano. Pelosnovos cálculos da Susep, o mercado deve apresentaruma receita de R$ 22,3 bilhões neste ano. Esse total de vendas esperadoé 15,8% maiordoqueas v endasrealizadas durante o anopassado. Aexpectativa inicial da Susep, feita no início do ano,registravaum avanço nasvendas de14,3% sobre o ano passado.

VGBL impulsiona – Parte desse bomresultadodeve virdos planos Vida Gerador deBenefício Livre, VGBL. O produto – umplano de previdência privada que traz acoplado um seguro de vida –, foi lançado no mercado em março deste ano.

mento do mercado para este ano já incluem oefeito das vendas de VGBL.

No período compreendido entre os mesesde janeiro de junho deste ano, as vendas acumuladas do mercado de previdênciaprivada ficaram 14,01% acimadoresultado de 2001, também entre janeiro e junho.

Faturamento elevado –SegundoOliveira,o faturamento acumulado neste ano, comparado a igual período de 2001, é considerado elevado se considerarmos a expectativa da crescimentodo Produto Interno Bruto, PIB, de 2,2% para este ano.

Apenas em três meses (de março a maio) o VGBL respondeu por uma faturamento de R$ 345 milhões.

Apenas nos três primeiros mesesemque oprodutofoi comercializado nomercado, ou seja, de março amaio de 2002, o VGBL respondeu, sozinho, por um faturamentode R$ 345 milhões. O resultadovemsendo comemorado pelo mercado.

Boa surpresa– "As vendas de VGBL vêmsubindo mês a mês surpreendendo o mercadosegurador brasileiro", diz A ndré Oliveira, analista da Susep. Segundo ele, a atualização das projeções de cresci-

"O mercado estima um volume médio de vendas apenas dos planos VGBL de R$ 120 milhões por mêsaté ofinaldoano", dizo analista da Superintendência de Seguros Privados.

Ovolumeé considerado muito bom,segundo André Oliveira, considerando-se o tempoem queo produtono mercado, de poucos meses.

O ramo Vida, segmento no qual os planosVida Gerador de Benefícios Livres estão incluídos, registraram um crescimento de 26% entre os meses de janeirode junho deste ano,emrelação ao mesmo período de 2001.

Roseli Lopes

Situação do Brasil já preocupa bancos centrais

É consenso entre os principais bancos centrais do mundo: asituação brasileira é preocupante e merece atenção. Ontem, durantea assembléia anual do Banco Internacional de Pagamento, BIS, várias autoridades e presidentes de bancos centrais alertaramsobreos ataques sofridos pela moeda brasileira nos últimos dias.

"Existe um consenso na comunidade internacional de queoBrasil éumafonte de preocupação",afirma odiretor do BIS, Andrew Crockett.

Outro quesesomaà lista daqueles que estão apreensiv os comosacontecimentos no Brasil é o presidente do Banco Central de Luxembrugo,Yves Mersch. "É uma situação que preocupa."

Eleições– Naavaliação da maioria dos membros do BIS, a situação brasileira não écausada pelafalta depolíticas macroeconômicas sólidas, mas fruto das eleições que ocorrem no País em outubro.

"O Brasiladotou medidas corajosas nos últimosanos e o mercado internacional tem reconhecido isso.A questão, agora, é claramente política e relacionada àsincertezassobrequemocuparáa presidênciadoPaís no próximo ano", afirma Crockett, que deixará o cargo de diretor do BIS em março de 2003. O presidente do BC britâ-

Fundos perdem R$ 2,5 bilhões e poupança ganha

A caderneta de poupança continua sendo beneficiada pelafugade recursosdosfundos de investimentos. Nos primeiros dois dias de julho, estas aplicações, segundodados da Associação Nacional dos Bancosde Investimento, Anbid, perderam R$ 2,5 bilhões.

Ao mesmo tempo, de acordocom olevantamentodiário realizadopeloBanco Central,BC,o sistemade poupança registrou uma captação de depósitos de R$ 5,252bilhões, nos dias1 e 2 de julho. Um volume 10,05% superior aos dois primeiros dias úteis,3 e 4 (que totalizaram R$ 4,772 bilhões), que já estava sob a influência das medidas do BC.

Saldo – Acaptação líquida (depósitos menos as retiradas, somados os rendimentos creditados), também subiu no mesmo período, passandodeR$ 728,239 milhões, para R$ 1,010 bilhão.

Fraga viaja para os Estados Unidos em busca de apoio

O presidente do Banco Central,BC, ArmínioFraga, terá encontros com o secretáriodoTesouro dos EstadosUnidos, como presidente doFederalReserve (o correspondente americano do nosso BC)e com o diretor-gerentedo Fundo MonetárioInternacional, FMI.

nico, Sir Edward George, também classifica a situação brasileira comoresultado de um processo político.

Indefinição – Segundo ele, a indefinição sobre as políticas econômicas que poderão ser adotadas pelo novo governo, em 2003, colabora paraa turbulência."Seria uma pena perder três anos de bons resultados", afirma.

Na opinião de Crockett, o candidatoque venceraseleições deveria adotaruma política "prudente" e "respeitar os mercados."

Risco – Para o presidente do bancocentralmexicano, Guillermo Ortiz, o Brasil passa por uma "volatilidade importante" e asrespostas devem ser dadas internamente. "O Brasil precisa reduzira percepção de risco que existe sobre o País", defende Ortiz. Para ele, porém, um obstáculo na busca de estabilidade é a fragilidade das instituições, nãoapenas no Brasil, masem todaa AméricaLatina.

Fortalecimento – "Temos instituições que necessitam se fortalecerpara suportaras mudanças degoverno", afirmao presidente do banco central mexicano, lembrando que o continente é, atualmente, umadas regiõesmais frágeis do planeta,financeiramente. "Aregião passapor um dos momentos mais difíceis desde década de 80", completa. (AE)

O resultado deve-se, além docrédito dosrendimentos, também a uma retirada de recursos que, apesar de ter subido (indo de R$ R$ 4,228 bilhões paraR$ 4,361bilhões), ocorreu em um nível baixo, que serviu para elevar o volume da captação líquida. Assim, osaldo total dosistema de poupança (incluíndo a poupança rural e a caderneta vinculada)cresceu de R$ 126,693 bilhões, no mêsde junho,para R$127,528bilhões, um ganho de R$ 829 mil em apenas dois dias úteis. Perdas – A indústria de fundos, porsuavez,teveas saídas acumuladas, em 30 dias, para R$ 26 bilhões, o que correspondea US$9,1bilhões ao câmbio atual, incluindo osdoisprimeiros dias do mês.

Osfundosjá vinham perdendo recursos desde março, maso processofoiacelerado no início do mês passado, após o BC determinar que os gestores fizessem a marcação a mercado das cotas – atualização do valor dos títulos públicos diariamente.

O saldo do sistema de poupança foi de R$ 126,693 bilhões, no mês de junho, para R$ 127,528 bilhões

Isso resultou emuma fuga de capitais paraoutros tipos de investim entos, pr inc ipal men te para acaderneta de poupança, Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), ouro e dólar. Isenção – Opresidente do Sindicato dos Fundosde Pensão, José de Sousa Teixeira,solicitou ao ministro do Planejamento, Miguel Dias, a isenção de impostos como incentivo para os fundos de pensão participarem de projetos de integração e moder-

nização da infra-estrutura latino-americana, aserem desenvolvidos nos próximos dez anos, nos setores de transporte, energiae telecomunicações. São 120 projetosque envolvem US$ 40 bilhões.

Dias considerou a proposta de Teixeira como "uma brincadeira", lembrando que está fora do receituáriodo atualgoverno se falar em incentivo fiscal. Regime especial – Os fundosestãoavaliando, noentanto, alternativas para voltarem a ter isenção tributária e, se possível, não renovar o RegimeEspecial deTributação em 2003.

As fundações pagaram, nos primeiros cincomeses,impostosatrasados dosúltimos cincoanos em um total de R$ 6,225 bilhões. É uma receita extraordinária que não estará disponível em 2003.

Oscilação de títulos está muito próxima dos papéis argentinos

De acordo com a Assessoriade Imprensado Banco Central, amanhã Armínio Fraga estará em Washington onde será recebido, inicialmente, pelo secretário do Tesouro, Paul O’Neill.

Na seqüência Fraga vai reunir-secom odiretor-gerente do Fundo, Horst Köhler e, depois,com opresidente do Fed, Alan Greenspan.

Nova York – Armínio Fragaviajou ontemà noitepara Nova York, onde começa hoje sua série de encontros com investidores e autoridades do governo americano. Para hoje estão previstos encontros combanqueirose representantes do FederalReserve de Nova York.

Amanhão presidentedo BancoCentral estaráem Washington e, na quinta, novamente em Nova York, para fechar ociclodeencontros com investidores. (AE)

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A volatilidade atualdos títulos externos brasileirosé tão alta que sinaliza o risco de default. Na sexta-feira, por exemplo,a volatilidadede um título brasileiroe de um argentino com prazos equivalentesmostravauma diferença pequena, embora a Argentinajáesteja, defato,em default. A volatilidade ao ano do brasileiro Global 05 era de 53%, enquanto a do argentino FRB era de 58%.

Crise asiática – O temor dos investidores estrangeiros em relaçãoaoPaíssófoi maior em 1997, quando a crise asiática surpreendeuo mundo,que nãoantevia aquela possibilidade. No período de uma semana, em outubro naquele ano, a volatilidadeanualdo Global01deu um saltomonumental, indo de3,22% para40,80%. OCBond foi, neste mesmo período,de10,25% para85,38%. Naquele momento, o estresse foi mais forte também porque oníveldealavancagem dos mercados era muito maior do que o atual.

A volatilidade atualdos títulos brasileirosé, noentanto, maior doque a registrada em 1998,quandoa Rússia deu o default na dívida. Menos alavancado e mais

precavido,o mercado nãose abalou tanto. A volatilidade anual do Global 01 foi de 4,63% para 11,43% entreos dias 14 de 22 de maio de 1998. Atéo iníciodejunho avolatilidadeestavabaixa,mas cresceu no final da primeira quinzena do mês, atingindo um nível altíssimo no fim de junho. Moratória– Odiretor de riscodemercado doInter AmericanExpress, Décio Cunha, explicou que o fato de o Brasilter declaradomoratória do pagamento dos juros em 1987e ter feitooutra suspensão parcial em 1989 alimenta a aversão ao risco do investidor estrangeiro em relação ao País.

"Essehistórico dedefault ainda assusta", disseCunha, ponderando que háo temor entre os investidores externosdequeum futuropresidente da República opte pelo default.

Aversão – Uma comparação entre a volatilidade de títulosexternos einternos,com

glossário

Default: Palavra de origem francesa, usada para designar a insolvência do devedor, decretada pelos credores, quando os juros e o principal das dívidas não são pagas nos prazos e nas condições estabelecidas,

prazos semelhantes, mostra que a aversão aorisco é maior no Exterior. Atualmente, enquanto a volatilidade diária de um Global 04 é de 2,70%, a de um papel prefixado é de 1,81% e de um título cambial com vencimentoem abrilde2004, de 1,31%.

No iníciodo mêspassado (3/6),por exemplo,avolatilidade anual do Global 04 era 8,39%. Saltou para 26,71% em 11 dejunho, chegandoa 48,69%no dia20. Omesmo crescimento da volatilidade anual ocorreu com oCBond. Nasmesmasdatas,a volatilidade ao ano era de: 11,96%, 25,75% e 36,36%. "A sensibilidade dos títulos externos é muito maior", disseCunha. "Emboratantoos títulosinternos quanto externos sejam emitidos pela União, orisco decrédito não é o mesmo."Os investidores vêem como mais provável um default da dívida externa do que da interna, até pelo histórico do País. (AE)

ou qualquer outra obrigação estabelecida. Volatilidade:Medida de intensidade e freqüência das flutuações dos preços de um ativo financeiro ou de um índice.

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Bolsa ignora escândalo e sobe

O pregão paulista conseguiu sustentar um movimento de alta, mesmo com o escândalo da Merck; dólar recuou 0,69%

ABolsade Valores deSão Paulo, Bovespa, resistiu ontem aomauhumorquetomou conta do mercado internacionalcom osproblemas contábeis de mais uma empresa americana – desta vez a indústria farmacêuticaMerck, e iniciou a semana em alta. A bolsapaulista subiu1,55% em um dia de fraco giro de negócios.

O Ibovespa ficouem 10.687 pontos e o volume fi-

nanceiro somouR$221,4 milhões, o segundo menor do ano.

Liquidez – A liquidez caiu por causa doferiado de hoje no Estadode SãoPaulo. Mas o mercado de ações já vem sofrendo com queda de volume desde a semana passada, com o feriado doDia da Independência nos Estados Unidos.

A Bovespa conseguiufechar em alta mesmo com o maudesempenho dasbolsas

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internacionais, entre outros motivos, porque não havia acompanhado os ganhosda Bolsa de Nova York na sexta-feira.

Por isso,é possívelque a bolsa paulista voltea cairamanhã, ainda como reflexo dasquedasde ontemdo

índice Dow Jones (-1,11%) e do Nasdaq (-2,95%).

segundo maio volume e subiram 3,07%. Amaior alta do Ibovespa foi Net PN (6,2%) e a maior baixa, Tele Leste Celular PN (-5,1%).

Petrobrás PN desbancou

Telemar PN e registrou o maior volume de negócios ontem

Petrobrás– Petrobrás PN desbancou Telemar PNe encerrou o pregão com o maior volume denegócios, embaixade 1,29%.As açõespreferenciais da Telemar tiveram o

Dólar – Nomercado de câmbio, o dólar no segmentocomercial fechou em baixa de 0,69%, cotado a R$ 2,860 para comprae a R$ 2,862 para venda.

Amoedaamericana chegoua abriremalta porcausa do empate técnicoentre José Serra (PSDB) e Ciro Gomes (PPS) na corridapresidencial, apontado pelas pesqui-

sas divulgadas no fim desemana. Mas o dólar inverteu a tendênciaassimqueo Banco Centralinterveiono mercado vendendo US$ 50 milhões.Aintervençãoé fruto da nova estratégia do BC para tentar conter as cotações.

O feriado em São Paulo também reduziuos negócios com dólarontem, deacordo com o diretor de câmbioda corretoraLiquidez, Hermann Miranda. Ele disse que muitos investidores aproveitarampara venderno giro diário, fazendo as cotações do dólar comercial caírem.

Rejane Aguiar

Subsidiária causa rombo: US$ 12 bi

A indústria farmacêutica Merck & Co. émais uma empresa americana envolvida com escândalo de contabilidade. Acompanhia anunciou que US$ 12,4 bilhões foram contabilizados em seus balanços como receitas que nunca existiram. Umade suas subsidiárias, a Medco, registrou pagamentos de farmácias por serviçosde intermediação,que nãoentraram efetivamente no caixa da empresa. Ovalor correspondeacerca de10%dofaturamento dessasubsidiária entre 1999 e 2001.(RA)

Londres e Paris sofrem desvalorização

Os principais mercados europeusforam novamente abalados por outro escândalo contábil,desta vezdaMerck. A Bolsa de Londres, fechou em queda de 14,3 pontos (0,31%).

Segundo oestrategista DavidThwaites,doBNP Paribas, "os informes de resulta-

dosqueestão parasairserão acompanhados com muita atenção,embusca de sinais de que asperspectivas estão melhorando. Eessa perspectiva é o que vai determinar a direção dos mercados no curto prazo".

Paris – Na Bolsa de Paris, o índice CAC-40 fechou em

queda de 4,93pontos (0,13%), em 3.858,35 pontos. A alta das ações da Vivendi Universal quase contrabalançaram onervosismo provocado pelo noticiário em torno da Merck. As ações da Vivendi Universal foram as mais negociadasdo pregãoe

subiram 5,8%, depois de a empresa anunciar que está negociando com bancos uma soluçãopara seusproblemas de liquidez no curto prazo.

As ações da France Telecom caíram2,6%devidoà realização de lucros,depois de uma alta de 63% na semana passada.(AE/Dow Jones)

Um caminhão a serviço da beleza

Como forma de oferecer serviço e fidelizar a consumidora, o Camarim Seda circula por supermercados e oferece tratamentos

Aproximar amarca doseu público alvoé umapreocupação constante das empresas. Ainda mais quando esse públicoé amulhere osprodutos são de beleza. A fórmula encontrada por Seda, marcadexampu daUnileverHigiene e Beleza, foi criar um salão itinerantedebeleza–o Camarim Seda. Desde o início de junho, o caminhão transformadopercorre supermercadosda Grande São Paulo e no segundo semestre seguepara outrascidadesde regiãoSudeste epara oNordeste, diz Patrícia Tonetti, gerente demarcas da Unilever.

Líderdo mercado brasileiro de xampus e pósxampus, detentorade umafatia de 25% do primeiro e 29% do segundo,a empresa está investindoR$ 1,2 milhãopara manter esse projeto até o final desteano. Serão atendidas cerca de 600mil pessoas. Patrícia detalha que há possibilidadede oserviçotornar-se permanente. O objetivo da empresa é prestar serviço e dessa forma mantera liderança de mercado que o produto possui.É umaforma de fidelizar a consumidora.

ta, destacaa gerente. Amulher, diz ela, confia em Seda e o fato de realizar tratamentos com o produto e oferecidos pelamarca reforçaessarelação. Há ainda umoutro aspecto que ressaltaa vaidade. A consumidora vaiao supermercado para suas compras habituaisesai deláarrumada, mais bonita, com os cabelos tratados. Esse é um aspecto extremamente atraente para amulher, consideraPatrícia, jáque é umaforma de valorizar a aparência dela.

A marca é mais consumida por mulheres, mas alguns homens fazem a avaliação do fio de cabelo

Serviços – O Camarim Seda éum caminhão de 20 metros transformado numsalão de ca be le ire ir o. Com abertura lateral, em seuinterior, elepossui três cadeiras para penteados e dois lavatórios. Oferecetratamento especial aos visitantes,com cafeteira, bebedouro, revistas, televisorese rádio.Ainfra-estrutura de profissionais é formada por três cabeleireiros, dois assistentes, recepcionista, consultora, supervisor,motorista,segurança emonitorpara cuidardas crianças,enquanto amãeestárealizando os tratamentos.

A relação entre a marca Seda e suas consumidoras, 85% são mulheres, émuito estrei-

O Camarim Seda oferece dois tipos de serviços: uma análisedofiode cabelo,por meiode um softwareque o

amplia 200 vezes; e tratamento paraos cabelos,com lavagem, banho decreme, secageme escova.No primeiro caso, basta chegar ao local e solicitaroserviço.Para ganhar otratamento, épreciso quea consumidoraadquira três produtos Seda e apresentea nota fiscal. Patrícia diz que, em geral, as consumidorasquerem fazeros doisserviços. Emboraempequeno número, os homens também procuramfazer aanálise do cabelo, pois hoje são assumidamente vaidosos.

Até o próximo dia 14, o Camarim Seda está no Carrefour Osasco (avenida dos Autonomistas,1542).O caminhãopermanece peloperíodo deduas semanasem cada supermercado, atendendo de terça a domingo, das 11 h às 19h30. A idéia de criar o salão itinerantesurgiu da partici-

Natura

D ivulgação pação que Seda faz, há quatro anos,no FestivaldeVerão, em Salvador, Bahia, com um salão de cabeleireiros. As lon-

Patrícia Tonetti, gerente de marketing, diz que a consumidora confia na marca e quer fazer os tratamentos oferecidos

gasfilas de interessados demonstrou a carência desse tipo de serviço. A empresa resolveu, então,criar o cami-

nhão, levando-oa vários pontos do País.

lança perfumes para misturar

São trêsperfumes diferentes – X, Y e Z –, que a mulher pode usarao mesmotempo, misturandoas fragrâncias.O quepodepareceruma heresia, é uma inovação que a Natura está colocando no mercadoesta semana.Quebrando o paradigma de que perfumes diferentes não devem ser usados aomesmotempo,a empresa cria a possibilidade

dequalquer pessoapreparar, rapidamente edemaneira bastante simples, seu próprio perfume.

EdnaMendes, gerentedo projeto, dizque aconsumidora pode usaruma fragrância pela manhã e completar com outra à tarde. Pode também experimentar todasde uma só vez,em diferentes proporções, criando um perfume exclusivo. Facesde NaturaX, Y e Z são osperfumes inovadores da empresa, comercializados emum kitque contém as três fragrâncias, ao custo médio de R$ 48 e que já se encontra no mercado. Fragrâncias – As fragrâncias X, Y e Z foram criadas pelos perfumistas franceses Thierry Bessarde Natalie Feistchauer e a brasileira Magali Lara. Cadaum deles tem um caminho olfativo diferente, que se complementam com suas combinações. Natalie criou X, com notas florais, frutas frescas e musc, que combinaacorde verde,bergamota da Itália e mandarina na saída; jasmim do Egito, rosa da Bulgária emuguet no corpo,e notasde fundocom musc, cedroesândalodo Marrocos.

NOTAS

Com perfume de Antonio Banderas

Mais uma fragrância assinadapelo atorAntonioBanderas chega ao Brasil, por intermédioda PuigMemphis. Mediterrâneo, perfumemasculino fresco e suave, combina notas cítricas (bergamota e gengibre) comnotas marinhas e de pimenta, fechando com madeira e âmbar. A Memphis também está lançando três sabonetes. Dois da linha Biocrema e o Senador Fresh (masculino). O Biocrema Leite & Mel é indicado para apele dorosto eregião do colo; o Biocrema Aveia & Leite permite uma hidratação natural. Já Senador Fresh, para homens de espírito jovem, combina notas florais cítricas com musgo de carvalho e madeira de cedro. (BA)

Bessardusouacordes de vanila e de cereais mesclados a notas frescas para dar sensualidade a Y . Em sua saída estão cassis, pêssegoe bergamotada Itália;no corpofreesia, lavanda ejasmim eno fundo, musc,sândalodaÍndia e cedro. Por fim, Magali combinou notas verdes e cítricas paracriar Z. Na saída, estão acorde verde moderno, bergamota da Itália,limão do Brasil; no corpo, freesia, lavanda e jasmim; para fechar com musc, sândalo daÍndia e cedro.

zo, da Dome Création & Consulting.

X, Y e Z podem ser usados separados ou combinando entre si, resultando numa fragrância exclusiva.

E s c o lh a – O kit traz três frascos,sendo queummaior de 65 ml e os outros dois de 15 mlcada. Aconsumidoraescolhe, no ato da compra, qual prefere emmaiorquantidade.Assim,se elagostadefloral, X deve ser de 65 ml eos outros dois menores; se a opção é pelo oriental, Y éo maior;ese odesejadoforcítrico, Z deveprevalecer. As embalagens das novas fragrâncias tambémforam desenvolvidas na França, pelo designer Juan-Carlos Rustar-

Nestlé usa Star Wars para vender cereais

A força de Star Wars, a vitoriosa saga de George Lucas, vai ajudara Nestléa ampliar as vendas de cereais matinais. A empresa está investindo R$ 1,5 milhão e distribuindo cards com cenas de Episódio II: O Ataque dos Clones, o novo filme da série. A Nestlé espera ampliar em 35% as vendas dosprodutos nos meses dejunho ejulho, emcomparação aomesmoperíodode 2001. A empresaapurou que o consumidorqueria mais produto por embalagem, por isso aumentou otamanho das caixas: Nesfit passa de 260 gpara300 g.,Snow Flakes Chocolate, de 320 g para 350 g; Fibre 1, de 300 g para 350 g.; e Crunch Cereal, de 260 g para 350 g. (BA)

Diversidade –Há 20anos, a Natura desenvolve conceitos inovadoresem perfumaria.Foiuma das primeirasa lançar no mercado nacional colôniassplash, óleoscorporais perfumados, colônias sem álcool para bebêse fragrâncias femininas e masculinas lançadassimultane amente. No ano passado, o segmentoperfumaria da empresa cresceu cerca de 20%, enquanto omercadocomo umtodoregistrou 18%decrescimento. Dadosda Associação Brasileira da Indústria de HigienePessoal, Perfumaria e Cosmética indicam que o mercado brasileiro movimentou em torno de R$ 1,1 bilhãoem perfumes em 2001. Sr.N e Ritual,de 1981,foram as primeirascriações da empresa em perfumaria, que ainda estão em linha. A Natura entrou na categoria prestígio, com olançamento de Shiraz, no início dos anos 90, uma fragância exótica. (BA)

Nova linha de tratamento corporal

Conhecido porseusprodutos paratratamento facial, aMarceloBeauty está lançandouma linhapara ocorpo. Indicada para todos os tipos de pele e testada dermatologicamente, é composta deesfoliante, hidratante e óleoemcreme.O esfoliante contém glicerina eextrato de sementes de damasco. Deve ser aplicado durante o banho. Contendo uréia, o hidratante Marcelo Beauty previne o surgimentode estriaserecupera aelasticidade dapele. Para ouso após obanho.O óleo emcreme, quecombina óleode amêndoas comvitamina E, pode ser usado como hidratante, no corpo seco; ou como óleo, sobre o corpo úmido. (BA)

Beth Andalaft

Dudalina fecha contrato com espanhóis

A empresa encontrou nas vendas aos Estados Unidos e Europa uma forma

A Dudalina,fabricante catarinense de camisas tradicional e pólo,calças, shorts e camisetas, encontrou no mercado europeue americano asaídaparaaquedadas vendas para a Argentina.

Até o início do ano, 60% das exportações daempresa destinavam-se aomercado argentino.As pesquisasde mercado elaboradas internamente poruma equipeespecial, porém, indicaram que as camisas teriam boa aceitação nos mercados europeu e norte-americano.

Dentro doprocesso deexpansão,a Dudalinafechou, recentemente,um negócio de fornecimento para a Zara, cadeia espanholacomposta de 600 lojas espalhadas em todoomundo. Alémdisso,a empresa está vendendo sua produçãoparapaíses como Paraguai, Chile, Uruguai, Estados Unidos e França.

A diretora demarketing, Sonia Regina Hess de Souza, dizqueas vendaspara estes paísesainda nãoatingiramo nível de negócios fechado anteriormente com a Argentina. Por isso, já foram iniciados contatos com compradores canadenses, portugueses, italianos e mexicanos.

Por enquanto, aDudalina fornece ao mercado estrangeiroapenas ascamisas.A empresa seguefabricando peças devestuáriomasculino,porém,para comercialização interna.

C ai xa – Aempresa registrou faturamento de R$66 milhões em 2001 e espera atingir os R$ 68 milhões neste ano. A expectativaé de crescimentode 10%naprodução. Aprevisão baseia-senas estimativas deincremento das vendas no mercado internoe de avanço de 12% para 15% nas exportações.

Vivendi consegue crédito de US$ 992 milhões

O conglomerado francês de mídiae serviços públicos Vivendi Universal, envolvido em escândalo de fraude contábil,garantiuum empréstimo de 1 bilhão de euros, o equivalentea US$ 992,1 milhões, e está próximo de obter aprovação de outros 2,8bilhões de euros, ou US$ 2,77 bilhões,em créditoadicional para impedir uma diminuição da liquidez. Os empréstimoscorrespondem às atuais linhas de crédito, cuja rolagemvencia nestemês, sujeitasadispositivos de "mudança adversa significativa". Em meioà difícil situação da Vivendi, os bancos credores recorreram a esses dispositivos para renegociar os termos dessas linhas de crédito.

A Vivendi assegurou uma linhade crédito inicial de 1 bilhão de eurosdeumconsórcio deseis bancos: BNP

Vestido – Uma modelo desfila como vestido púrpura brilhante criado pelo designer francês Christian Lacroix. A peça foi apresentada durante o desfile da coleção para as estações outono e inverno 2002/2003 em Paris, da qual diversos estilistas internacionais participaram. Ontem, OscarDe laRenta,estilista com 70 anos de idade, apresentou a sua última coleção na passarela dacapital francesa.O estilistaretira-se do mundo da moda,mas continuacom asualinha deroupas ede perfumes nomercado internacional. (Reuters)

A diretora de marketing da Dudalina vem percebendo umcrescimento nomercado devestuáriomasculino. Ela atribui omovimentoà mudança do comportamento masculino. Até recentemente, a escolha das roupas era uma tarefaque oshomens delegavam às mães, esposas e namoradas. Quando eles passaram a decidir o que realmente desejavam, há uns cinco anos, asvendas registraramaumento de 10%, de acordo com Sonia.

Estratégia – A Dudalina espera alcançaro desempenho projetado dando continuidade às pesquisas de moda para lançamentosno mercadointernoe externo. "Fazemos pesquisas para lançar novos produtos e etiquetas", explica Sonia Regina. Foi o que ocorreu com suas marcas Individual,Dudalina por Fernando de Barros, Base

Co. e Base Teen. Cada uma delasfoi criadaparaatingir um público específico, no qual a empresa detectou oportunidade de vendas.

A coleção Individual foi elaborada para seadaptar a situações e compromissos diários com modelos em estilo casual.A que levao nome do estilista brasileiro Fernando deBarrosdestina-se ao consumidor de classe A, que tem entre 25 e 50 anos.

Já a Base Co. é fabricada paraconsumidores comidades entre 20 e40 anos. As peças sãodespojadase casuais.Ea Base Teen faz peças confortáveis para adolescentes.

Alémdas coleções próprias,a empresa catarinense também fabrica camisas para outrasmarcas comoBrooksfield, Levis, VR,Harri’s e Via Veneto.

Braccialetto

abre lojas em São Paulo

ParibasSA, SocieteGenerale SA, DeutscheBank AG,Credit Lyonnais SA, Citigroup Inc. e Credit Suisse First Boston. Outros bancoscontribuirão com uma linha de crédito adicional de 2,8 bilhões deeuros, quepoderá serpreparada nos próximos dias. Efeitos – Sem um financiamento no curto prazo, alguns analistas estimam quea Vivendi pode enfrentar uma redução do caixa de 2,7 bilhões de euros, iguais a US$ 2,67 bilhões, até o final do ano.

AMoody’s Investors aumentou a pressão sobre o novo executivo-chefe da Vivendi, Jean-Rene Fourtou,para que assegure rapidamente um novo financiamentono curto prazo, ameaçando com outros rebaixamentos dos ratingsdecrédito dacompanhia. Na semana passada, a Moody’s rebaixou o rating da Vivendi. (Reuters)

A Braccialetto, franquia brasileira que vende pulseiras,colaresepingentes modulares emouroeaçoinox, vai abrirlojas nacapital paulista. A empresa, com sede em Pernambuco, vende peças importadas de alta qualidade ebaixocusto que integram um novosegmento domercado de jóias denominado de "luxo acessível".

Jáexistem33 pontos-devenda comercializando esse tipo de produto no País. Até o finaldoano devemser40. Quatro lojas serão abertas no estado de SãoPaulo, três delas na capital, ainda no segundo semestre deste ano.

O presidente da empresa, Edvânio Santos, afirma que a aceitação ao produtoé enorme. "Nossas peças não concorrem com bijuterias nem com jóias. Estamos num segmento intermediário", afirma. As peças, desenvolvidas pordesigners italianos,nada mais sãodo que pequenos módulosemouro, aço, esmalte epedras semipreciosas montadas no Brasil. Ocliente criaseupróprio adereço personalizado."Temos quase uma centena de ícones, assim conseguimos dar ao produto a flexibilidade necessária para que seja feita aadaptaçãodas peçasacada

pessoa",afirma opresidente da empresa. Quiosques – Paraa distribuiçãodos produtos,aBraccialetto escolheutrabalhar com o modelo de quiosques, instaladonos corredores de grandes centros de compras. "Com essa estratégia, conseguimosuma visibilidade nuncaantes obtidaporempresasdenosso segmento", diz Santos. O empresário explicaque, porestar napassagemdocliente,o fluxode pessoas facilita o contato com o produto, que não possui similar no País.

Início – Quando estava em viagem, na Itália, Santos des-

WorldCom deve decidir sobre falência em três semanas

A empresa norte-americana de telefoniaWorldCom, envolvida em escândalo contábil de US$ 3,85 bilhões, deve decidir em três semanas se vai entrarcom pedidode falência ou tentar outro tipo de reorganização financeira. "Nós não temos nenhuma proposta escrita, mas esperamos receber (dinheiro)de pelomenos duasfontesdiferentes", disse ontem o novo

presidente-executivo da WorldCom, JohnSidgmore. "Dentro detrêssemanassaberemos", afirmou.

A companhia detelefonia em longa distância e serviços de dados, que controla a brasileira Embratel, afirmou que pode receber um pacote de ajuda antes de prosseguir coma reestruturaçãofinanceira. A WorldCom tenta negociar com credores um pro-

grama de ajuda de US$ 5 bilhões. A empresainformou estarem contatocomdetentores de bônus para propor troca, mas nenhuma negociação formal foiiniciada, de acordo com Sidgmore. Sidgmore e o presidente do conselho da WorldCom, Bert Roberts, depuseram no Congresso norte-americano na segunda-feiraem audiência de nove horas. (Reuters)

Termina greve de funcionários da General Motors em Gravataí

Os trabalhadores da unidade da GeneralMotors localizada emGravataí (RS),onde é fabricadoo Celta, decidiram em assembléia voltar ao trabalho ontem, após uma semana de greve por aumento desalário emaior participação nos lucros. A paralisação atingiu cerca de 1.700

empregados da GM, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre. Não houve avanços nas negociações coma empresa, mas a mobilização interna continua, deacordo com o sindicato. Os trabalhadores já mantiveramcontatos com aAssembléia Legislativae

como vice-governadordo RioGrandedoSul. "Adireção (da GM) afirmou que negociaria se houvesse o retornodostrabalhadores. Estamos aguardando um retorno positivo", diz Claudir Nespolo, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre. (Reuters)

cobriuo produtofabricado pelaempresa italianaGold Inox.Decidiu importaras peçasem1998 ecriou os quiosques para shoppings. HojeaBraccialetto possui nove lojas próprias e 24 franquias.Seu modelodedistribuição, patenteado no Brasil, deve chegar em breve a países como Portugal e Espanha. A maior parte das lojas está nos estados de Pernambuco e Ceará. Há 5unidades no Rio de Janeiro e uma em Brasília. EmSãoPaulo aunidadeno Shopping D. Pedro, em Campinas, está prestes a abrir.

Tsuli Narimatsu

Companhia demite executivos que esconderam perdas

O grupo suíço de engenharia ABB confirmou ontem a demissãodeum grupode executivos de Londresque tentouesconder prejuízosda empresa nos anos de 1999 e 2000. A empresademitiu diretores de Londres que tentaram, semsucesso, esconder prejuízosde 1999e2000,já informadosaos órgãoscompetentes pela ABB. Anotíciasurgeem meioa escândalos contábeis recentes ocorridos com a operadora de energiaEnron ea empresa de telefonia WorldCom, além da Xerox e da Merck. "Osauditoresinternos descobriram e o montante irregular nunca foi colocado em nossos balanços. Não háparanós amenornecessidadede mudaros nossosrelatórios anuais", afirmou o porta-voz da ABB, Thomas Schimidt. Oincidente ocorreu nosbalanços doano passado e de 2001. (Reuters)

Paula Cunha Sõnia, diretora de marketing, veste uma das camisas vendida pela Dudalina
D ivulgação
Philippe Wojazer/Reuters

Bom atendimento dá credibilidade à loja

Ao telefone, as palavras bem e amor devem ficar de fora do vocabulário dos atendentes que querem ganhar o consumidor

Quando se atende um telefonemana empresa, a imagem do estabelecimento é, imediatamente, percebida dooutrolado dalinha."Seo atendenteforgrosseiro ou desatenciosoao telefone, a loja ficadesacreditada", afirma o consultor Sérgio Almeida,autor, entreoutros, dolivro Ah! Eu não acredito, que fala de estratégiasparaconquistar clientes. Veja os dez passos sugeridos pelo consultorparasefazer umbom atendimento telefônico.

• Atender sempre no primeiro toque do telefone. O pronto atendimento causa boa impressão.

• Saudação enfática.O atendente deve falaro nome da empresa, cumprimentar o

cliente.Também deve-se apresentar ecolocar-se adisposição do consumidor.

• Tom de voz. O tom de voz é tão importante no atendimento telefônico quanto a postura do corpo é importante no contato pessoal. Se o corpo fala, o tom de voz também fala e diz muito ao cliente. Por meio dele, o consumidor percebea sinceridade, a boavontade,a disposiçãoea gentilezade quem está prestando o atendimento.

• Escutar com atenção. É preciso estar concentrado, deixar ocliente falar.O atendentetem deprestaratenção aos detalhes, anotaros principais dados fornecidos pelo consumidor.

• Ser empático. O atenden-

te deve-se colocar no lugar do cliente.Isso facilitaacompreensão.

• Entender tudo o que está sendo dito. O atendente deve secertificar dequeentendeu

Universidade corporativa é opção para

Investir no treinamento de profissionais criando uma universidade corporativa. Essa é a estratégia da Rede Bahia, maior grupo de comunicaçãodaregiãoNordeste. A universidade foiinaugurada em agosto do ano passado. Os investimentosiniciais foram decerca de R$ 1milhão. O projeto envolvetodasas 23 empresas da rede.

Segundo Isaac Eddington, diretor executivo da Uniredebahia,auniversidade foi criada para investir no desenv olvimento dos funcionários. "A Uniredebahia foi a forma que encontramos de

treinar pessoal

daruma oportunidadepara os profissionais continuarem os estudos, fazendo uma pósgraduação, por exemplo, e manter esses talentosna empresa", diz Eddington. Competência empresarial –Os programasdaUniredebahia estão promovendo a integração das competências empresariais e pessoais que precisam ser aprimoradas em algumas áreas de negócios do grupo,como mídiaeletrônica, mídia impressa, entretenimento, construção e incorporação e logística. Entre asatividades que já foramdesenvolvidas pelare-

cursos e seminários

Dia 11

Como montar um plano decargos e salários e remuneração variável – Ocursoédirecionadoaempresários e profissionais que atuam na área de recursos humanos. Duração: 16 horas, das 8h30 às 18h. O curso acontece na quinta-feira (11) e na sexta-feira (12) e será ministrado pelo professor IldeuAlves Pereira. O seminário vaiser promovido pela consultoriaIOB Thomson. Preço:R$ 385 (associados)e R$ 445(não associados). Informações sobre as inscrições e o local pode ser conseguidas pelo telefone 0800-782755.

Responsabilidade social empresarial – O curso é direcionado a empresários que vão implantar políticas de responsabilidadesocial na empresa.O workshop vai ser ministrado pelo advogado Waldemar Neto, executivo do Instituto Ethos, em São Paulo. A palestra é gratuita e começa às 9h30, na sexta-feira. Informaçõessobre olocaleinscrições pelotelefone(11) 3049-5502.

Rescisão de contratode trabalho – Ocurso é dirigidoa profissionaisda áreade recursos humanos.

de easqueestão emandamento, destacam-se o treinamento de executivos com jogos, videoconferências e curso de pós-graduação para funcionários.

O PDL (Programa de Desenvolvimento de Liderança) é o curso mais procurado. O conteúdofoi feitoemparceriacom aUneb(Universidade do Estado da Bahia) e com oCetead(Centro Educacionalde TecnologiaemAdministração). EmSalvador,40 pessoas estão fazendo o curso que tem 120 horas-aulas e acontece das18h30às22h, segundas e quartas. (CM)

Duração: 12 horas, das 19h às 22h. O workshop começano dia15e terminadia19.Local: Sescon(Sindicato das Empresas dos Serviços Contábeis do Estado de São Paulo),avenida Tiradentes, 960, Luz. Preço: R$ 70 (associados) e R$ 140 (não associados). As inscrições podem ser feitas a partir de hoje pelo telefone (11) 3328-4900 .

Programa de atualização do varejo – Apropostado curso éreunir empresários edirigentes do varejoe da indústriaqueoperamemoutras regiõesdoPaíseque querem aprimorarseus conhecimentosde gestão e operação. O programa também pretende proporcionar ao varejista a possibilidade de identificar potenciais de expansão, detectar novas oportunidadesde negócios em suaregião eampliar suarede derelacionamentos.

Duração: 30 horas, nos dias 16,17 e 18 as palestras começam 8h30 e terminam 18h. No dia 19, o curso inicia 9h e encerra 17h. O evento vai ser feito pela consultoria Gouvêa de Souza. Local: Flat The Hill, avenida Giovane Gronchi,5.201. Preço:R$ 2.760.As inscriçõesdevem ser feitas a partir de hoje pelo telefone (11) 5501-3737.

opedidoou areclamaçãodo cliente.Senão, ébom perguntar novamente, pedir para o consumidor repetir ou confirmar dados.

• Agilidade. O profissional

deve ser ágilnasolução do problema do cliente. Uma chamadatoma tempo.Tempo é dinheiro. Ninguém quer perdê-lo, muito menos o consumidor.O atendente tem de ser objetivo,mas é bom prestaratenção, poishá clientes quegostamde um atendimento mais demorado, pessoal. Ser rapidinho com essas pessoas pode afastá-las.Elas podemacharque o atendente queterminar logoaconversa. Ébomestar sintonizado com o consumidor. Cada caso é um caso.

• Certificar-se que o cliente entendeu, concorda e está satisfeito. Senão, o atendente tem de repetir,explicarpacientemente. Se o consumidor aindanão tiverentendi-

do, a ligação deve ser passada para um superior. Deve-se evitar concluir o contato deixando o cliente insatisfeito.

• Perguntar em que outro assunto se pode ajudar. O atendente não deve medir esforço para oferecer algo a maisparao cliente.Essaatitude pode fazer oconsumidor voltar ou não à loja.

• Despedida calorosa. O bom atendimento deve terminar com um convite. Pode-se convidar o cliente para uma visitaàloja, porexemplo. Por fim, deve-se agradecer a ligação usando a palavra mágicaobrigado. Desejar bons negócios e um excelente dia também é conveniente.

Cláudia Marques

Inscrição para o Desafio

Sebrae será

encerrada no domingo

Os estudantes universitários que quiserem participar da terceira ediçãodo Desafio Sebrae Jogos de Empresas têm até o dia 14 de julho para fazera inscrição.Atéagora, 8.045 equipes, o que equivale a pouco mais de25 milpessoas,já se inscreverampor meio dositewww.sebrae.com.br.São Paulo está na frente no número de equipesinscritas, 1.851, seguido por Minas Gerais, 852, e pelo Rio de Janeiro, 686. Os candidatos têm de ser estudantes universitários,de faculdades públicas ou privadas credenciadas pelo MEC (Ministérioda Educação). Eles devem formar equipes de três a cinco pessoas e enca-

Classificados

raro desafio degerenciar uma pequena empresa do setor de cosméticos.

Cadaequipeteráque tomar decisões administrativas queirão influenciarnocomportamento mercadológico da empresa. São decisões de políticas de preços, investimentosem marketing, propaganda, treinamentode pessoal e compra de matériaprima. Asdecisõesvalem pontos e a equipe que souber gerenciar bem cada etapa terá mais chances de vencer. Os inscritos receberão um informativo divulgando a agência dos Correios e Telégrafos onde será entregue o kit contendoo manualde instrução eo CD-Rom de

instalação do jogo. Na retirada do material, a equipe paga a taxa de R$ 25. A competição édividida em três fases:estadual, semifinal e final. A equipe campeã será premiada comuma viagem ao Vale do Silício, na Califórnia, Estados Unidos. País empreendedor –Uma pesquisada Global Interprise Monitor, entidade internacional especializada em pesquisas sobre empreendedorismo, mostraqueo Brasil éo quintopaíscom maisgente dispostaa abrir negócios.No entanto, 73% dasnovas empresasquesurgem a cadaano desaparecem nos três primeirosanosde atuação. (ASN)

Dia 16

Assim caminha a humanidade

Emtempos deglobalização da economia e do agravamento da crise nos países pobrese emergentes,ocrime organizado encontrou umanova ecruel formade lucro: o comércio de gente, que rende às quadrilhas internacionais algopróximo a US$ 20 bilhões anuais. Nos últimos cincoanos, mulheres e crianças têm sido o alvo preferencial das chamadas"máfias damigração".Os dados eas investigações policiais de Organizações NãoGovernamentais mostram que a migração está intimamente relacionadaaotráfico de seres humanos.

A OIM, Organização Internacional das Migrações, calcula que, por ano,quatro milhões de imigrantes são retirados deseus países contra a vontade própria e vão trabalhar sob alguma forma deservidão. Sãohomens, mulheres e até crianças aliciados em seus países deorigem comapromessa de trabalho ebons salários

nos chamados países ricos. Para se terumaidéia do poder de fogo dessas máfias basta lembrar que, de acordo coma OIM,em dezembro do anopassado,200 milhões de imigrantes clandestinos estavam sob controledocrime organizadointernacional; cerca de 30milhões demulheres escravizadas. Mulheres e adolescentes são os alvos preferidos dos mercadores de seres humanos.

A maioria das mulheres acaba sendo levada a trabalhar em redesde prostituição controladas pelo crime organizadonos Estados Unidos, Europa e até mesmo no Brasil. Em 1996, as pesquisas das ONGs já mostravam que, na Europa Ocidental,pelo menos100 mil mulheres eram submetidas àexploraçãosexual. Em 1997,cerca de 175mil mulheres haviam saído da Europa Central, da Orientale doschamadosNovos Países Independentes pelas mãos dos traficantes.

Brasil Pandeiro

Na América Latina, o Brasilé umdos paísespreferidos pelas quadrilhas internacionais para oaliciamento de migrantes ilegais, que são levados para EUA, EuropaeJapão.Lá trabalham em condições subumanas em váriosramos de atividade, como a construçãocivil, para onde vão os homens. Grandepartedas mulheres acaba sendo obrigadaa trabalharnaprostituição.Um exemplo:em 1999, ogoverno espanhol expulsou,por permanência ilegal no país, 491 brasi-

a

Amélias da Previdência

Além decriar filhose aturaro mau humordosmaridos,as mulheres idosas são responsáveis, com o que recebem da Previdência, por 72,6% da renda das 13 milhões famílias que chefiam.De acordo como Ipea, isso passou a ocorrer comasmudanças nalegislação da Seguridade Social, que trouxe benefíciosparaamulheridosabrasileira, transformandosuacondição dedependente em provedora.

Reduzindo a pobreza Os benefíciosrecebidos pelas idosas têm sidofundamentais na redução do grau de pobreza entre asfamílias, explicaa pesquisadora AnaAmélia Camarano, umadas autorasdo estudo Envelhecimento, Condiçõesde Vida ePolíticaPrevidenciária. Como ficam as mulheres? O estudo mostra que a aposentadoria delascontribui paraa renda de 13 milhões de famílias.

Tupperware entra na venda de cosméticos porta a porta

A Tupperware, fabricante americanade utensílios de plástico vendidos no sistema porta aporta, vailançar uma linhadecosméticos noPaís em2003. A estratégia éampliar o número de revendedoras da empresano Brasil e aumentar ovalormédiodas compras feitas pelos consumidores da marca. Hoje, a Tupperware possui 100 milvendedorasdeseus produtos no País, número que pode chegar a 350 mil nos próximos anos, com a entrada dos cosméticos no mercado. No Exterior, a Tupperware tem 900 mil revendedoras espalhadas por mais de 100 países. A empresa faturou US$ 96 milhões no Brasil em 2001, vendendo, aotodo, 10 milhões de potes de plástico. A venda de cosméticos pela Tupperware foi decidida a

partir da compra, no ano passado, da BeautiControl, empresaamericana quevende produtos de beleza no sistema porta-a-porta há 20 anos, nos Estados Unidos. "Cercade 88%dasvendas de cosméticos no País são feitas pela venda direta. É um dos segmentos mais importantes do setor no Brasil", explica a diretora de marketingda empresa, Cristina Savi.

A multinacional resolveu vender cosméticos após comprar a BeautiControl, no ano passado

Terceirizadas – Os produtos de beleza que serão vendidosno mercadonacionalterão suas fórmulas elaboradas nos Estados Unidos e o envase feito por empresas terceirizadas no Brasil.

A Tupperware está, inclusive, selecionando as empre-

Japoneses querem vender participação na Albrás

sas encarregadas da terceirizaçãode seusprodutos."Devemoscomeçarem março, com300 itensàdisposição dos consumidores", diz. Hoje,o valormédio decadacomprade produtosda Tupperwareé deR$15por consumidor. "O valordeve crescer 35% com as vendasdos cosméticos", explica adiretora de marketing da Tupperware.

Além dos utensíliosdomésticos deplástico, aTupperware vendeartigos como semi-jóias,bijuterias, panelas e artigos para bebês, como bolsas e luminárias. O forte da comercialização da empresa está nos potes e depósitos dalinha para freezer e microondas."A idéia é

seguirabrindomercado a partir da diversificação dos produtos", explica Cristina Savi.

O Brasilé hojeo maisimportante mercado da Tupperware naAmérica Latina. A empresa está presente há 26 anos no País, tendo sido fundada, nos EUA, há 56 anos. Em texto publicado nos materiais de divulgaçãoda nova linha de cosméticos, o chairman eCEOdaTupperware, Rick Goings, afirmou que mais da metade dos distribuidores da empresa na América Latina vendem, através decatálogos, produtos de belezadealgum concorrente. Ahoraseria,portanto, detrocarde marca, ampliando o leque de opções dos revendedores.

Honda vai produzir mais na América do Norte

leiros, a maioria mulheres prostituídas.Na época, a Polícia Federal brasileira investigou e descobriu que as mulheres foram aliciadas por uma organização criminosa brasileira especializada em vendê-las para redesdeprostituição naEuropa e Estados Unidos. Nãohá estatísticasoficiais,masONGs edelegados daPolícia Federal calculam que pelo menos 40% dos mais de2,2 milhões de brasileiros que vivem no Exterior entraram clandestinamente nos países.

Filhos e Netos

Segundo Ana Amélia,um dos impactos da cobertura previdenciária na estrutura familiar ocorre na volta ou na permanênciadefilhosadultos nas casas dos pais, muitas vezes com netos. Dados da PNAD mostram que7,9 %dos filhos adultos,maiores de21anos, morando com as mães idosas, freqüentam a escola. A proporção de netos, entre7 e 14 anos,é de75,7%. Ouseja, maior proporção do que crianças,com amesmaidade, que não moram com avós.

Garantindo a escola De acordo com o estudo, o aumentoda frequência escolar demonstra que,indiretamente, a soma dos rendimentos da mulher idosano orçamento familiarcontribui paraadiminuição das crianças no mercado detrabalho. Com arenda davovónãohá necessidade da criança ajudar em casa.

TROCO

S A L ÁR I O S – Umtrabalhador do setor exportador ganha 90% do que aquele que trabalhaem outroramoprodutivo.

Também permanece,em média, 60,6 meses na empresa.

SALÁRIOS 2 – Nasempresas nãoexportadoras,os trabalhadores ficam no emprego, em média,por 37,3meses, dizem os pesquisadores do Ipea, João Albertode Nigrie Jorge Arbache.

SALÁRIOS 3 – Oestudodo Ipeamostra ainda queas exportadoras multinacionais queatuamnoBrasil empregam 2,45 vezes mais trabalhadoresdo quesuasconcorrentes brasileiras.

SALÁRIOS 4 – A remuneração anualmédia dosempregados das exportadorasmultinacionais é mais do que o dobro dos ganhosanuais nassimilares brasileiras.

A siderúrgica Kobe Steel pretende vendera participação naAlumínioBrasileiro (Albrás), maior produtora de alumínio do Brasil, controlada pela Companhia Vale do Rio Doce. A empresa, porém, deve encontrararesistência do governo japonês para a realizar a operação.

A Kobe Steel pretende também se desfazer dos4% que possui na Velanum, estatal de alumínioda Venezuela,que interrompeu as exportações para o Japão em abril após divergências contratuais.

O diretor-associadoda empresa de alumínioe cobre da Kobe Steel, Akio Matsuyoshi,afirmou queoobjetivo dogrupo japonêsé concentrar-se no processamento do metal.

A Albrásfoifundadaem 1976, resultado de um acordo entre os governobrasileiro e japonês.A Companhia Vale

Usina Angra 1 pára por 50 dias

para reabastecimento

A usina nuclear Angra 1 vai pararpor cinqüentadiasa partir do dia 22 de julho para reabastecimento de combustívele revisãoanual deequipamentos. O abastecimento de energia da região, porém, nãoserá afetado, de acordo com a Eletronuclear.

Junto com Angra 2, a usina compõe a Central Nuclear AlmiranteÁlvaro Alberto, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, complexo administrado pela empresa Eletronuclear, umasubsidiáriaintegral da Eletrobrás .

A Angra 1tem capacidade de gerar 630 megawatts/hora, ametadedo queproduzAngra 2, que não terá sua operação interrompida. Inaugurada em 1982, a usina de Angra 1 gerou até junho de 2002 mais de 39 milhões de MWh, o suficiente para atender, durante o mesmo período, consumo de energia de 2 milhões de habitantes. (Reuters)

doRio Docepossui 51%das ações da Albrás e a Kobe Steel, 1,8% das ações da Nippon Amazon Aluminium, um consórciode investidoresjaponeses que têmos 49% restantes da empresa brasileira. Governo – Segundo Matsuyoshi, ogovernojaponês estápreocupadoquea saída deum dosmembros doconsórcio possa levar os demais a fazeromesmo e,nofuturo, prejudicaroprojeto. "Existem muitos participantes nesse projeto, alguns deles poderão assumira mesma posição quenós", disseMatsuyoshi. A Kobe Steel compra porano 6 mil toneladas de alumínio da Albrás.

Na sexta-feira, a Kobe Steel vendeu 13,33%da suaparticipaçãona fabricantedealumínio canadense Alouette para a Société Générale de Financement de Quebec por US$ 100 milhões. (Reuters)

Banco sugere unir as marcas Ferrari, Alfa e Maserati

O bancodeinvestimentos italiano Mediobanca,que comprou participaçãode 34% na Ferrari no mês passado, quer unir à divisão Ferrari outras marcas de carros de luxo doGrupo Fiat,como Alfa Romeo e Maserati. OMediobanca, porém, continua acreditando na vendadaFiat Auto,umadivisãodoGrupo Fiat.OGrupo Fiat, aliás, não atua apenas com carros pequenos, mas temnegócios comtratores, caminhões, autopeças, produtos metalúrgicos, de aviação, automação industrial e seguros. A GMvem negando informações de queé futura compradora da Fiat Auto. "A idéia é convencer Turim (sededaFiat) avenderaFiat Auto emanter a Alfa ea Maserati eentão colocaras duas marcas sob o controle de Maranello (sede daFerrari)", disse uma fonte dosetorfinanceiro. (Reuters)

A montadorajaponesa Hondaplanejaexpandir sua capacidade de produção de veículos na América do Norte em 15%atéofinal de2004, para atender a crescente demanda por caminhões leves e automóveis. Acompanhia informou queaumentará a capacidade de 1,22 milhão de unidades para1,4 milhãode unidades, elevando o total de seu investimento na América do Norte para US$ 7 bilhões. Osplanos deexpansãoincluem umasegunda linhade produção noAlabama eaumentoda flexibilidadee eficiência nas unidadesem Ohio,ambas nosEUA, eem suas duas unidades no Canadá.A Hondaof CanadaManufacturing vai investir cerca de US$ 21 milhões para aumentarsua produção anual

para 390 mil unidades no início do próximo ano. Aempresa informouquea linha principal de produção no Canadá, que produz o Civic e o Acura, exclusivo para o mercado canadense, aumentará sua capacidadepara 195 mil unidades no início de 2003. Outraunidade noCanadá, queproduzo Honda Odissey,o Pilot e oAcura MDX,aumentará a produção para 195 mil unidades. Em Ohio, a Honda of America Manufacturing investirá US$ 20 milhões e tornará a fábricademotores Annamais flexível ao substituir uma das três linhas de montagem, que monta apenasmotoresde quatrocilindros, porumalinhacapaz de montar tanto motorescom quatrocomo com seis cilindros. (Reuters)

Carro elétrico –O presidenteda fabricantejaponesa de brinquedosTakara, Keita Sato, apresentou ontem o veículo elétricoQ-Car, em Tóquio, no Japão. A empresa fabricou,para ilustrarolan-

çamento, miniaturasdoautomóvel original. Oscarrinhosforam batizados "Choro-Q".KeitaSato afirmou que planejalançaro veículo elétrico em novembro por US$ 10.883. (Reuters)

EM LINHA Joel Santos Guimarães
Isabela Barros

Os impostos prejudicam a saúde

Estudo do Ipea mostra que tributos encarecem os remédios, em média, em 24%, e que os gastos das famílias têm aumentado

Existem várias formas de se observar o universo da saúde no Brasil.Todas elasrepletas de problemas. Um estudo feito pelo Instituto de Pesquisas Econômicas, Ipea, em convênio com o Ministério da Saúde, descobriu que o peso da tributaçãoindiretasobre os preços dos remédios é bastante significativo.Varia entre 21% e 26%, em média, dependendo do Estado e da existência ou não de componentes importados na produção.E queacargaé maispesadaentreas famíliasderenda mais baixa.

Foram consideradosos seguintes impostos: ICMS, IPI, II, PIS e Cofins. Eles representam cerca de 49% da carga fiscal brutae mais de90% do total dos tributosindiretos existentes no País.O ICMS é o impostoque maisconta na composição da carga tributá-

riados medicamentos. Há isenção apenas para remédios contra aAids epara os quimioterápicos. Doenças crônicas – O gasto públicocom assistência à saúde no Brasil está em torno deR$25 bilhõesporano,ou 3,2%do PIB.Uma boaparte deste dinheiro retornaaos cofres públicos naformade impostos.Oproblema atinge, mesmo,apopulação.A

Operadoras de planos privados de saúde são multadas

AAgência NacionaldeSaúde Suplementar (ANS), órgão dogoverno federal encarregado defiscalizar asoperadoras de planos privados de assistência à saúde, divulgou o resultado de 55 processos administrativos.As multasvariaram entre R$ 9 mil e R$ 50 mil.

A ANS chegou a impor multa diária de R$ 10 mil a uma das operadoras,a Soplan Serviço Odontológico Planejado, com sede em Limeira (SP), porque ela não se registrou como operadora.

Reajuste indevido – A principal causadas puniçõesfoi a

falta daentrega doDiops, um sistema de informações trimestrais que as operadoras devem remeter à ANS. Ele contém dados cadastrais, econômico-financeiros e estatísticos sobre aoperadora esua atuação no mercado. Houve também punições por reajuste indevidodas parcelasdos planos de saúde. Grande parte dasoperadoras punidassão cooperativas Unimed de várias regiões do País. Maiores detalhespodem ser obtidos pela internet, no site da ANS. As operadoraspoderão recorrer até o dia 18. (ANS)

Portaria aumenta recursos para cirurgias

O ministroda Saúde,Barjas Negri, assinou ontem portaria que estabelece aumento de R$ 124 milhões no total de recursos para internação hospitalar e realizaçãode cirurgias eletivas (aquelas que podem ser agendadas), e reajustaos tetosfinanceirosdos estados e municípios para esses procedimentos.

A portaria ainda introduz na tabela do Sistema Único deSaúde (SUS)o implante dos stents periféricos, que são cilindrosaramados colocados nas veias, por meio de um cateter, capazes de destruir os coágulos de gordura dos vasos. Serão gastos R$ 10 milhões nestetipo de procedimento.

Recursos – “Temos feito esse reajuste ao longo do ano. A cadamês, acadatrimestre, reajustamos uma pequena parcela. Nósfizemos oreajuste nosmedicamentos, nas consultas especializadas e agora emuma parceladas cirurgiaseletivas”, explicou Barjas Negri,completando que tão importante quanto o reajuste dos procedimentos é a alocação de recursos para que oshospitais, asprefeituras e osestados possam fazer as cirurgias. “Estamos aumentando o valor dos procedimentosaomesmo tempo

em queestamoscolocando recursos à disposição para fazernovas cirurgias”, disse Barjas. “Estamos fazendo a recuperação databela gradativamente porquenão háorçamento suficiente para fazer tudo ao mesmo tempo”. Para Barjas Negri, os principais beneficiados com a assinatura da portaria são as pessoas quenecessitam dos serviços do Sistema Único de Saúde.“Alocamos recursos no valor de R$ 12 milhões por mês, totalizando R$ 144 milhões por ano. São recursos para queas prefeituras eos governos estaduais possam pagarmais serviçosambulatoriais,como osdelaboratórios, de hemodiálise, exames clínicos, ressonância, ultrasom,mamografia,entre outros”, disse. Filas – Espera-se queas filas deespera dos doentesdiminuam. “No caso das cirurgias eletivas(hérnia, próstata, otorrino,varizes), osvalores constantes da tabela de procedimentoseram muitobaixos. Daí, fixamos um reajuste significativo, que vai de 30% a50%”, mencionouoministro.Os hospitaistambémserão beneficiados com 10% de reajuste para que coloquem mais leitos à disposição dos usuários do SUS. (ABr)

estimativa dos pesquisadores doIpeaé deque as famílias gastam cerca de 3%de sua renda coma compra de remédios paradoenças crônicas como hipertensão e diabetes. Os gastos com medicamentosrelacionadosa estas doenças equivalem respectivamente a19% e 8%do total dosseusgastoscom remédios.

Diabetes e hipertensão – A carga tributária média das classes terapêuticas de medicamentos cardiovasculares e de hormônios e anti-hormônios, que combatem doenças crônicascomo hipertensãoe diabetes, são respectivamentede 22,54%e 20,42%.Assim, os medicamentos de uso contínuo apresentam, em média,umacargafiscal que corresponde a mais do que um quinto dopreço final pago pelos consumidores. Oquadro ainda épior.O IBGEtem constatadoqueas pessoas têm gastado menos comalimentação evestuário emaiscomremédios. Eque sãoosmais pobresqueestão gastandomaisnarubrica da assistência médica - asque têm renda de até dois salários mínimos comprometem

10%deseusorçamentos familiares, mesmo usando o sistema público de saúde. Mais: houve um crescimento de 50% na participação dos gastos familiares com saúde, cujos produtos e serviçostiveramseuspreços aumentados duas vezes mais do queorestante dosbensconsumidos. Conclusão dos pesquisadores: "A tributação indireta, da formacomo atualmente está estruturada, constituium fatorapressionar significativamente os custos do sistema de saúde do País"

Erro médico – Pois bem, manter-se saudávelno Brasil é caro. E há uma desinformação enorme, o que agrava o problema. Segundo a Associação das Vítimasdos Erros Médicos, "nem sempre são empregados os meios possíveise adequadospara que possam seratingidos os melhores resultados. Équandoo médico agecom i mp ru dê nc ia , negligência ou imperícia que surge o erro médico. Baixos salários, falta de recursos, excessodetrabalho levama esta situação",dizo médico Ronaldo Fiore. Justiça – Eleesclarece que, comprovado o erro médico, pacientes ou familiarespróximos devemencaminharà Justiça um processo indenizatório quepode sermovido contra médicos, hospitais, planos de saúde ou bancos de sangue. A associação oferece atendimento e assistência jurídica gratuitos.

Famílias que ganham até dois salários mínimos comprometem 10% do orçamento com saúde

Código de ética – Para evitar problemas dessetipo, é sempre útil conhecer o que diz o código de ética médica a respeito dos direitos dos pacientes. Eles devem solicitar ao médico todasas informações quejulgaremnecessárias. O médico tem obrigações de oferecerexplicações em linguagem simples, sobre todos osaspectos queenvolvama doença.E só o paciente podedecidir se um p r o c e di m e n t o seráou nãoaplicadoemseu caso. Portanto, não se iniba. Segundo ocódigo, os médicos não podem: •desrespeitaro direitodo paciente de decidir livremente sobrea execuçãode práticasdiagnósticas outerapêuticas, salvo em caso de iminente perigo de vida; •deixar de utilizar todos os meios disponíveisdediagnósticos e tratamento a seu alcance; •deixar deatender paciente em caso de urgência, quando não haja outro médico ou

serviço médico em condições de fazê-lo;

•deixar de informar ao paciente odiagnóstico, oprognóstico, osriscos eobjetivos do tratamento, salvo quando a comunicação possa provocar-lhe dano,devendo, nesse caso, acomunicação serfeita ao seu responsável legal;

• exagerara gravidadedo diagnóstico ou prognóstico, complicara terapêutica, ou exceder-se no númerode visitas, consultasou quaisquer outros procedimentos;

• abandonar paciente sob seus cuidados; •desrespeitaro direitodo paciente de decidir livremente sobre método contraceptivo,devendoesclarecê-lo sobre a indicação,a segurança, a reversibilidade eo risco de cada método;

•negar ao paciente acesso a seu prontuário médico, ficha clínica ou similar, bem como deixar de dar explicações necessárias à sua compreensão, salvo quando ocasionar riscos para o pacienteoupara terceiros.

Quem pode aplicar acupuntura

A utilização da acupuntura ainda é umaquestão controversano Brasil. Hoje, elaé umadas disciplinasoferecidas em algumas universidades. Masaindasediscute quem pode aplicá-la. O Presidente do Superior Tribunal de Justiça - STJ, Ministro Nilson Naves, nos autos da Petição nº 1.681, decidiu em sede de medidaliminar, istoquer dizer,sem adentraraomérito, queé possívela execução daacupuntura pelos profissionais enfermeiros, desde que seja devidamente diagnosticada por médicos (DJU 30.04.2002).

No entanto, o Ministro

Presidentefoi bastanteclaro na explanaçãoque serviu de base parasua decisãoao dispor que "conforme se extrai dapetição desuspensãoprotocolizada naquele Tribunal Regional, o COFEN reconhecequesomente ao médico competeindicar eprescrever ouso da acupuntura como meio de auxílio no tratamento dos sintomas das diversas doenças e quanto a isso não se opõe."

Médicos – Portanto, ao contrário do quevem sendo divulgado o STJ decidiu que a indicação e a prescrição da acupuntura são atribuições exclusivas dos médicos. Essa

assertiva ganha importância primordial parao futurode todas as demandas que discutem a prática de acupuntura por profissionais não médicos, já que serve de referência para todo o País. Com fundamento no cerne da decisão exarada pelo STJ, os enfermeiros, fisioterapeutas, biomédico, fonoaudiólogos e farmacêuticos, entre outros, somente poderiam executar a acupuntura após indicação e prescrição de profissionais médicos,profissionais estes responsáveis pelo diagnóstico do paciente. Assim, antesde quaisquer outros procedimentos, o pa-

ciente deve procurar um médico para saber sobre a viabilidadedautilizaçãoda acupuntura em seu caso. Fiscalização – O julgamento do STJserve de elemento indispensável para se reforçara fiscalização de todos os centros de acupuntura nãomédicos,ondeserá requeridoo diagnósticode profissional habilitadopara indicar e prescrever a acupuntura. Masas decisõesjudiciaisproferidas até agora, noquedizrespeito àexecução de acupuntura por enfermeiros e outros profissionais, nãoanalisaram aindao mérito da questão.(STJ)

Mais proteção para as crianças

A 93ª assembléia do Conselho Nacionaldos Direitosda Criança edo Adolescente (Conanda), que se realiza hoje e amanhã no Ministério da Justiça,em Brasília,terácomotemacentralos12 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA),completados em 13 de julho. Criado em 1990, o ECA estabeleceu regras precisas para a garantia dos direitos fundamentais decrianças eadolescentes, como o direito à vida, àsaúde,à liberdade,àconvivência familiar e comunitária e à educação. O estatuto legis-

la tambémsobre aprática de atos infracionais e as medidas sócioeducativasa serem tomadas em cada caso, além de determinar asresponsabilidades de quem cuida da criança e do adolescente. Convênios – Entre as ações que marcam as comemorações está a formalização de parcerias que possibilitem umavançona implementação doestatuto. ASecretaria de Estado dosDireitos Humanos (SEDH) assinará com o Institutode PesquisasEconômicas Aplicada (IPEA) um termode cooperaçãotécnica

para o desenvolvimento de pesquisas sobre a situação sócio-econômica das crianças e adolescentes no Brasil.Esses estudosirão orientar aformulação de novas políticas públicas para o setor.

O Departamento da Criança e do Adolescente (DCA) e a ConferênciaNacional dos Bispos do Brasil(CNBB) assinarão convênio, no valor de R$ 720 mil, para a implementação do Programade Liberdade Assistida. Oobjetivo é reforçar as ações de profissionalização dos jovens, garantindo areinserçãosocial de-

pois decumprida amedida sócio-educativa. Haverá, também, a instalação do ComitêdeAvaliação das Unidades de Internação dos Adolescentesem Conflito com a Lei. O grupo, formado por representantesde órgãos governamentais e nãogovernamentais, visitará unidades em todo o território nacional. No dia 10 de dezembro,o DCA irá divulgar relatórioda análise,alémde anunciar propostas parao enfrentamento da situação, de acordo com o disposto no ECA. (MJ)

Novo ministro da Justiça é brigão

Paulo de Tarso Ramos Ribeiro já trabalhava no ministério e tem experiência em enfrentar empresas que abusam do poder

O novo ministro da Justiça, Paulo de Tarso Ramos Ribeiro,42anos, éadvogadoformado pela Faculdade deDireitodaUniversidade FederaldoPará edoutoremFilosofiae TeoriaGeral de Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Diplomado em proficiência em Língua Inglesa pela Universidade Michigan (EUA), e em Língua Francesa na AssociaçãodeCultura

Franco-Brasileira pelo exame Cepal(Certificat d’Etudes Pratiques deL’Alliance Française), também fala um pouco de alemão.

Éprofessor do mestrado em Direitodo Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Pará, onde leciona adisciplina Sociologia Jurídica .De maio de 1997 a agosto de 1999 foi secretário daFazenda doestado doPará.Em 17de agostode 1999

assumiu aSecretariadeDireito Econômico do Ministério da Justiça, e desde 8 de janeirode 2001afunção desecretário-executivo do Ministério da Justiça. Da casa – Nomeado na noiteda últimasegunda-feira, em substituição ao ministro demissionário Miguel Reale Junior,Paulo deTarso Ramos Ribeirojá fazia parte da equipedoMinistério da Justiça.Eleera secretáriode Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiçahá três anos.

Defesa econômica – Filho do ex-ministro da reforma agrária NelsonRibeiro, Paulo de Tarso vinha trabalhando na criação da Agência Nacional do Consumidor (ANC). A agência substituirá a SDE, a Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda e o Conselho Adminis-

trativo deDefesa Econômica (Cade), trêsfóruns queanalisam casos de concentração ou de abuso do poder econômico,além daproteçãodo consumidor.

O modelo da ANC, que acabará com a superposição de tarefas, foiinspirado em mecanismos semelhantes existentes na OCDE (organização dos 29 países mais de senv olvi dos do mundo), da qual o Brasil é m em b r o- o b se rvador.

do brasileiro de programas financeirospara osistema Windows destinados a pequenas empresas e usuários domésticos.

Como secretário, o novo ministro enfrentou a Microsoft, montadoras e outras indústrias

Fama de brigão – No comando da SDE, Paulo de Tarso já comprou brigacom grandes empresas.Abriu processo contraa filialbrasileira daMicrosoft porabuso do podereconômico.A Microsoft foi acusadade infringir a Lei Antitruste no merca-

Segundonota divulgada pelo então secretário, "essa prática de vinculação de produtos é semelhante àquela envolvendo o Internet Explorere o Microsoft Windows, que acabou porvirtualmente eliminar domercado o Netscape Navigator, que é objeto deprocessoantitruste do governodos EstadosUnidos".

Investigações– Paulo de Tarso também determinou investigação contraa maior partedas empresasdetelefonia por discriminar na conta os impostos referentesaos serviços. Segundo ele, esse

Cancelamento de cheque especial

O cancelamento de cheque especial feitounilateralmente pelo banco, sem aviso ao correntista,éabusivo. Este foio entendimento da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no julgamento do recurso especial do Banco ABN AMRO Real

S.A.

A instituição financeira, quetem origem holandesa, recorreu contra a condenação ao pagamento de uma indenização ao correntista W agner Alencar Baia eteve seu pedido negado pelos ministros.

Desrespeito – A relatora do processo, ministra Nancy A ndrighi, considerou que o banco deveria ter comunicado ao cliente, mesmo este estandoinadimplente.“A forma comoprocedeuo recorrente foi em manifesto desrespeito aosdireitosdo consumidor e fere o princí-

IR: entrega de declaração de isentos em agosto

Oprazodeentrega dadeclaração de isentos do Imposto deRendaseráde1º de agosto a29denovembro.A ReceitaFederal esperareceber este anocerca de 45 milhões de declarações.

São obrigados a entregar a declaração todos os portadoresdeCadastro dePessoaFísica(CPF),inclusiveos menores de idade,que ficaram livresda entrega da declaraçãoderenda por ganharem menos de R$ 900 por mês. Só estão livres da entrega as pessoas que tiraram o CPF este ano,jáqueas informações são referentes a 2001.

A Receita Federal cancela o CPFde quemficar doisanos sem entregar a declaração de renda ou de isento. No ano passado, cerca de10 milhões depessoas tiveramo CPF cancelado.

A declaração poderá ser entregue nas lotéricas, nos Correios,pela internet(www.fazenda.receita.gov.br), ou por telefone. (Agências)

pioda boa-fécontratual,devendo indenizar os danos morais daídecorrentes,que independem de reflexos patrimoniais, oude comprovação”.

Wagner Baia era correntista da agênciaÁgua Branca Ceasa,localizadaem Belo Horizonte, Minas Gerais, e tinhalimite dechequeespecial de R$ 900,00 renováveis a cada quatro meses. No dia 21 de junho de 1999 ele renovou o contrato, que teria validade até 21 de outubro.

Cheque sem fundo – Nesse período, no entanto, teve um cheque de R$ 250,00 devolvido porfalta de fundos eseu nome foi incluídono Cadastro de Emitentes de Cheque SemFundos (CCF).Esseincidente provocou o encerramento automático da conta corrente.

Ao procurarobancopara informações,o correntista

foi comunicado de que a suacontahavia sidosuspensa porqueocliente era avalista de um empréstimo de um terceiro, Hermanio Vieira Dias, e o pagamento da dívida nãohaviasidorealizado no dia fixado.

Fiador – Wagner Baia ajuizou uma ação contra o banco e pediu a reparação por meio do pagamento de uma indenização a ser arbitrada pela Justiça.

Em sua defesa, o banco alegou que o cheque especial é um “prêmio” outorgado aos clientes quecumpremsuas obrigaçõesnosprazos fixados. “Ocorrendo qualquer tipode inadimplência, o chequeespecial éautomaticamente cancelado”.

O juiz José Antônio Braga, da Primeira Instância de Minas Gerais,julgou procedente opedido econdenouo banco a pagar uma indeniza-

ção de20 saláriosmínimos a título de danos morais. O banco apelou, e o Tribunal de Alçada do Estadode Minas Gerais também negou provimento ao recurso. Com essa recusa, o banco interpôs recursoespecial ao STJpretendendo a reforma do julgado.

Os ministrosda Terceira Turma por unanimidade não conheceram do recurso e mantiveram a decisão de Primeiro Grau. “Como bem salientado no aresto recorrido, não há relação entre o contrato de mútuo avalizado pelo recorrido e o contrato de abertura de crédito em conta corrente, cujo limite de créditofora cancelado,o queimpede o cancelamento de um emrazão dainadimplência do outro, por serem relações jurídicas distintas”,esclareceu a ministra Andrighi em seu voto.(STJ)

Deputado reacende projeto que dá mais clareza a balanços

A mais recente notícia proveniente dos Estados Unidos de quehaviamsidodetectadas falhas no balanço laboratório Merck provocaram forte reaçãono mercado.A notícia somou-se ao rombo descoberto na Xeroxe à quebra damultinacional de energia Enron. Quando as fraudes em balanços de grandes corporações começamaserdenunciadas com insistência emum paíscomo osEstados Unidos, está na hora de "se fazer algo por aqui", disse o deputado federalEmerson Kapaz.

Manipulação – O deputado é relator de um projeto de leique estánaCâmara eque "exige mais transparência e clareza nos balanços, evitando qualquer tipo de manipulação".Ele fezsua análiseem cimadecasoscomo odagiganteenergéticaEnron, que foi seguido de outros não menos ruidosos como os da Global Crossing,WorldCom, Xerox,WorldCom e,agora,

do laboratório Merck, todas empresa americanas".

OdeputadoKapaz espera queestanovalegislação seja votadaainda noiníciodos trabalhoslegislativos do segundosemestredo ano."A questão é quevivemosem um ano eleitoral no País, o que tornadifícil avotação de assuntos maiscomplexos no Congresso, por falta de parlamentares, queestarão nasua maioria emplena campanha política em seus Estados".

Lei Contábil – Com a nova LeiContábilse estará revogandodispositivosdaLei nº 6.404 de 15 de novembro de 1976. Anova legislaçãocontábil será mais abrangente, pois vai atingir também grandes companhias, mesmo que tenhamo capitalfechado. "Assimteremosuma transparência no mercado, enão seremossurpreendidos por fraudes", afirmou oparlamentar.

Os objetivos com a nova lei compreendem apossibilida-

expedientepoderia estarservindo para encobrir uma fórmula ilegal de cálculo dos tributos. A SDE ainda obrigou montadoras arealizar recall, no último verão, devido a um defeitoem umapeça defreio fabricada pela multinacional Continental.

No currículo do novo ministrohá outroscasosquentes. Ele decidiuprocessar fabricantes depapelhigiênico que reduziram de 40metros para 30 metros o tamanho do rolo, mas mantiveram o mesmo preçopara oconsumidor. Esteve à frente também da investigação sobre cartel dos postos degasolina, que tentavamunificar em patamaresaltos opreço docombustível na bomba.

Paulo de Tarso disse, na época, quea "culturada cartelização" no País atinge desdeo“big business”atéaraia miúdada economiaformal

ou informal. História – Na história do governobrasileiro,Paulo de Tarso será oministro da Justiça de número 205. O nono que ocupa oposto durante o mandato de Fernando Henrique Cardoso.Seus antecessores foram Miguel Reale Junior, Aloysio Nunes Ferreira, José Gregori, JoséCarlos Dias,Renan Calheiros,Íris Rezende, Milton Seligman e Nelson Jobim. O problema mais grave enfrentadopelo Ministério éo da violência. Ele cuida da Polícia Federale dosorganismos que cuidam do tráfico de drogas edos estrangeiros. Alémdisso,zela pelamanutenção dosdireitos humanos e cuidadobom funcionamento da concorrência econômica. Como se vê, não é tarefa fácil.

G.Simonetti/Agências

Governo recusa presteza do sistema de arbitragem

OMercado Atacadista de Energia(Mae)foi proibido pela Agência Nacionalde energiaElétrica (Aneel)de contrataruma câmara arbitral externa para solucionar conflitos judiciais. O contrato de prestação de serviços estava previsto para ser assinado na últimasemana com a câmara arbitral administrada pelaFundaçãoGetúlio Vargas (FGV-RJ), quando a agência proibiua escolhade uma câmara externa.

Surpresa – Adecisão é um contra-senso,uma vezquea arbitragem está prevista em lei ( 9.307) e vem sendo apontada comoalternativa viável paradesafogar a Justiça comum. A recusa surpreendeu até geradoras e distribuidores que participam doMae, que haviam acertado acontratação em Assembléia Geral Extraordinária.

selhoArbitral doEstado de São Paulo (Caesp), advogado Cássio Telles Ferreira Netto, aresistência daAneel emfirmarconvênio com uma câmara arbitral podeser explicada simplesmente pela insegurança do Governo. "Os conceitos do modelo são desconhecidos pela sociedade e o governo ainda não vivenciou a arbitragem naresolução de conflitos", diz.

de da elaboração de informações contábeis nos padrões internacionalmente aceitos, com regras claras de transparência,e quepossamserentendidas eaceitas nosprincipais mercados de valores mobiliários do planeta.

Investimentos– Segundo Kapaz, "aexperiênciademonstra que os investidores são atraídospara os mercadosqueeles conhecemenos quaisconfiam". Paraele,é dentro dessecontextoque países adotam normas contábeis reconhecidasinternacionalmente, buscando alguma vantagem competitiva sobre os demais, uma vez que a elevada qualidade, transparência e, principalmente, compreensãodas informações contábeisreduzorisco do investimento e,conseqüentemente, o seucusto de capital. "O que os investidores mais querem é clareza, transparênciae acerteza de que seu investimento está em boas mãos." (AE)

"O Brasil há muito tempo prevê emseu ordenamento jurídico o desfecho de conflitos através da arbitragem, um dos mais antigose eficazes instrumentos utilizados pelos homem, sejapara dirimir disputasinternacionais, como questões de direito privado, especialmentededireito comercial",diz oadvogadoe subprocurador geral da Fazenda Nacional aposentado, Leon Fredja Szklarowsky. Vantagens – O prazo máximode seismesespara aresolução das pendências judiciaisé umadas principais vantagens para quem recorre à Justiça privada. Na comum, ojulgamentodeações pode levar anos em decorrência da burocracia, número reduzido dejuízes e doexagero no número de recursos permitidos por lei.

Outro benefíciodestacado pelos especialistas é a possibilidade de as partes escolheremosárbitros parajulgaras ações. Geralmente, os árbitros selecionadossão especialistas na matéria a ser julgada e não precisam necessariamente ser juízes. Parao presidentedoCon-

Na área de energia elétrica, porexemplo, conflitos relacionados ao aumento de tarifa,que vieramà tona como racionamento de energia elétrica, ou às dívidas das distribuidoras poderiam perfeitamente ser direcionados para as câmaras arbitrais. Mas a Aneel não entendeu assim. Proposta – Um anteprojeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados, que prevê mudanças na Lei de Licitações, possui artigo mencionando a arbitragem como uma das possibilidades de a administração pública solucionar os seus problemas. Apesar disso, a resistência aindapersiste. Eela podeter razões menos nobres do que a simples ignorância a respeito dos mecanismos de funcionamento do sistema.Em muitos casos, a demora na solução dos problemas acaba beneficiando o governo. Não é sem motivo que a Advocacia Geral da União é recordista em recursos que só servem para empurrar as decisões para o futuro.

A não aceitaçãoda arbitragem porparte daAneel pode ter sidopolítica,naopinião dopresidente doCaesp."Até quepontooGoverno têma intenção de ver solucionados de formamais ágil conflitos quevão contraosseus interesses", questiona. O problema é que, enquanto isso, juízes, advogados, funcionários do sistema judicial eos cidadãosem geralficam prejudicados pela morosidade da Justiça.

Sílvia Pimentel

ANÁLISE João de Scantimburgo

Onde está o Cade?

Reduz-se, cada vez mais, o círculo das empresas nacionais e nacionalizadas. Primeiro, causou espanto no mercado a absorção da Antarctica pela Brahma. Escrevi a história da Antarctica. Osoriginaisficaram numasala deseus escritóriosna ruaPresidenteWilson. Disseeu,já,coma certezade quem acertou, que, vivo fosse o dr. Walter Belian não permitiriaa fusãoe, muitomenos,a vendadafábrica àqualligoua sua vida e administrou com mão de ferro.

Outras empresas estão se expandindo além dos limites que o Cade costuma impôr na área dosmercados,a fim,exatamente, deevitar odomínio do mercado por um grupo de empresas, que, de rivais e competidores,passama seruma só, como exemplificaa fusãoacima. O Cade deve, portanto, estar atento, afimde evitar oligopólios, que podemvirar o jogo – permitam-nos a linguagem futebolística – e desfazer o predomínio do mercado, uma das façanhas do governo FHC.

NosEstadosUnidos,a repartição que lá cuida dos oligo-

pólios obrigou a Suprema Corte, segundo os usos e costumes americanos, a exigir da AT&T a sua divisão, indo as partes para empresas menores, numerosas delas locais. Divisão semelhante já havia sido feita há décadas comaStandardOil, quepassou a funcionar com várias empresas, das quais a principal é a Esso, uma dasfortes distribuidoras de gasolina e derivados de petróleo no Brasil. Prepare-se,portanto,o Cade para agir, mas que o faça sem medo deempresaspoderosas.

A concentraçãobancária está sendo benéfica.Ados supermercados, com a incorporação dogrupo Sé aogrupo Pãode Açúcar, não é caso para o Cade, porquehá oCarrefour, que temmais de20% domercado. Os oligopólios são danosos quando se juntam para elevar os preços, istoé, ofender diretamente a economia de mercado. Fora disso, devem ser benéficas.O Cadeseja,pois,prudente no seu trabalho.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

Responsabilidade social

N ão só o empresário individualmente, masa empresa comopessoa jurídicatambém tem uma grande responsabilidadesocial.Oempresário como pessoafísicaage juntoàsociedade colaborando na solução de problemas em diversasáreas, principalmentena educação, na habitação, na saúde,no esporte, enquanto a empresa desenvolve a sua responsabilidade social junto aosseuscolaboradores, osseus parceirosno processodaprodução e junto à família desses parceiros.

Dessaforma,será possível reduzir a ação dos grupos de pressão, queseformam eatuam em todas as sociedades nacionais e que são perfeitamente compreendidos nos sistemas democráticosdegoverno,mesmo quando lhes falta capacidade de diálogo e se valemda violência, quepassam a considerar instrumento válido para tentarimpor as suas pretensões. Esses gruposgeralmente reclamam benefícios que a sociedade nãolhespodedarna quantidade porelesdesejada, porque carece derecursos financeiros para atender uma demanda social que cresce ininterruptamente,e agoramaisrapidamente,emdecorrênciade um fenômeno irreversível, que é a globalização da economia mundialeo desempregoqueelatem acarretado.

Aomesmo tempo, os países em fasede desenvolvimento,como éocasodoBrasil,praticam umamá distribuiçãode renda e os seus governos nem sempre podem por em prática políticas amplasemsetores fundamentais, comoos dasaúde, educação,habitação, segurança,alimentação, deixandopor issode atenderaos reclamos da população. A ciência eatecnologia emplenafasede desenvolvimentoajudama melhorara qualidadedosprodutos destinados ao mercado, aumentam a produçãoe a produtividade,elevam aperspectiva devida doser humano.Cresce velozmentea prestação de serviços, a informáticaseimpõe emtodos oscampos deatividade,liberando a mão-de-obra antes absorvida pelo mercado de trabalho mesmo que nãobem preparada.

Concorrência desleal

Quandomencionamos queo Estado absorve "apenas"34,6% dos recursos produzidos pela economia nacional, estamos incidindo emumerrogrosseiro. Istoé apenas o que ele recolhe mediante achamada políticatributária. Mas se incluirmos nisso o que recolhemediante apolíticamonetária, que entreoutras coisas gerencia o endividamento do governo, seguramente vamos a muito mais. Os mais de 600 bilhões dessa dívida são papeis emitidos pelo governo para recolher a poupança popular depositadaembancos, fundos de pensão e outras entidades financeiras. Acorrendo aos leilões feitos pelo governo essas entidades aplicam os recursos de seus clientes à taxa básica fixada pelo Copom.

Essa forma de drenagem de recursos tem um duplo efeito prejudicial para o desenvolvimento da economia.Deumladoreduz os recursos disponíveis para o financiamento do setor privado. De outro, as altas taxas de juros praticadas pelogoverno reduzemtanto a capacidade de investimento como a capacidade de expansão do mercado consumidor.

Trata-sede umaconcorrência deslealdo governoao setorprivado. Como pordefinição o go-

verno é"infalível"(vide Argentina) é evidente que os administradores de instituições financeiras preferem aplicar seus recursos por atacado, comcustos operacionaismínimos, comprandotítulos governamentais que rendem"apenas" 18,5%.Opouco que fica disponívelpara ser aplicado a a varejo com empresários e consumidores sobe a taxas que ultrapassam 170% ao ano. Os aspectosaqui salientados de forma sumária ainda não fazem parte da maneira ortodoxa doseconomistas verema estatização brasileira. Os índices existentes nãoconsideramsenãoa arrecadação promovida pela política tributária, omitindonúmeros da política monetária. Entretanto, já se começa a perceber que o serviço de juros dessadívida, que tambémé desconsiderado quando seavalia oequilíbrio das contas do governo (deficit ou superavit primários), constituem um fator cada vez mais ponderável na reduçãodas possibilidadesde investimento do próprio setor público.Maisum fatordetravamento nas taxas de desenvolvimento nacional e problemas derivados, o de desemprego entre eles.

Benedicto Ferri de Barros

Voto distrital

Aspessoas passamater maishoras livres, que precisam ser aproveitadas na absorção de conhecimentosede lazerdisciplinadoe bem orientado. Atualmente, já não é mais possível privar apopulação dos meios quelhe proporcionamelhor qualidadede vida, principalmente porque a comunicação nãoretarda a divulgaçãodos acontecimentose os mostra no momento em que estão ocorrendo,e omarketing,queé umpoderosoinstrumento deconvencimento e de venda, vai despertando naspessoas novasnecessidades, que precisam ser satisfeitas eque,quandonãoo são, geram frustraçõespessoais e conflitos familiares.Essaé uma realidade que vai se tornando cadavez maisdramáticae quetem contribuído para despertar a consciência das pessoas de modo geraledo empresariadoemparticular.

Aisso sedáonome desolidariedade social, pois se a empresa paga paraaumentaroconhecimento do trabalhador e após um certo período ele troca de emprego, o fato de ter ajudado a formar um recurso humano em uma sociedade onde ele é ainda escasso, é um ato de solidariedade ou uma missão complementar de aprimoramento social. O balanço social da empresa estimula o trabalho, condena ainércia, incentiva o estudo e o aprendizado dos trabalhadores, motiva e induz à parceria, que eles aceitam não como uma obrigação, mas porque nela antevêem o seu próprio futuro. Nesse cenário, vê-seque o trabalho háde serbem equacionado, para agilizara produçãoem todos os campos de atividade, de modoabeneficiar necessariamente o ser humano, por meio da apropriação generalizada dos bens produzidos. Sob omeu ponto de vista, é na responsabilidade social da empresa e do empresário, que desenvolve o espírito de solidariedade humana, estãocontidas assoluções demuitos problemasque afligem o nosso país.

Roberto Brizola é presidente da Anefac e gerente da Unidade de Negócios Novos Associados da ACSP

Ascartas àRedaçãosomenteserão publicadas se contiverem,alémda identificação do missivista, endereço com rua, número, bairro, CEP e, se possível, telefone e rg. As cartas poderão ser resumidaspela redação, publicando-se, apenas o essencial. Os originais não serão devolvidos.

Os brasileiros adquiriram umhábitonegativo que acreditarem, como umvício de pensamento, que o Brasil não tem mais jeito,fadadoa ficar definitivamente norol dospaíses subdesenvolvidos, já que suassoluções sãopraticamente inviáveis de serem aplicadas dentro de uma realidade globalizada.

Essafalta deesperança tem suarazãode existir,maselasomente dá-se em virtude da falta de vontadepolítica dagrande maioria de nossas instituições e, principalmente, de alguns de nossos legisladores, jáque existem mecanismos implementadosatravésde leisque podem mudar ou pelo menos atenuar osproblemas nacionaisque afligem tanto a vida dos brasileiros.

Dentre as várias mudanças necessárias temos a da esfera política, o que alterará se feita, a relação do político como cargo que exerce.

A principal mudança neste campo é ainstituição dovoto distrital às eleições do legislativo estadual e federal, derrubando o decadente sistema proporcional que origina desigualdades federativas, distanciamentos do ente políticocomo seueleitor, fomentandoa manipulaçãodo mandatojá queo parlamentar necessita angariar votos em todo o seu Estado e para isso necessita gastar quantias vultuosas distantes de sua remuneração parlamentaroude suarealidade econômica, além do mais, no sistema proporcional adotado o eleito na maioria das vezes não é escolhidopelo eleitor,jáque a eleição depende muitodas inúmeras manobras aritméticas necessárias parao resultadoda eleição, tais como a quantidade devotosque oseupartidopolítico obteve, candidatos puxadores de voto na legenda, força partidária eoutrasmazelas que acarretam desigualdades absurdas, como o que aconteceu na última eleição municipal paulistana quando um candidato foi eleitocom um poucomais de dois mil votos e outros candidatos não foram eleitos mesmo obtendo aproximadamente vinte mil votos.

No sistema dovoto distrital o

deputado será eleitoem seu distrito eleitoral, ese responsabilizará pelos problemas daquela região em que seráeleito,se aproximandode seueleitorque o cobrará,como tambémdesonerando os gastosde campanha já queo parlamentarsomente farácampanha emseu distrito eleitoral.

No sistema defendidoas regiões chamadas de distritos eleitorais serãodemarcadas partindo doprincípio da igualdade e não poderão ultrapassar os limites geográficos de seu Estado, tal igualdade dar-se-á atravésde um mesmo número de eleitores por distrito, o que provocará um remapeamentodenosso paíse uma novacaracongressual que provocará uma igualdade maior entre as unidades federativas nacionais. São Paulo passará a ter 110 deputados federaisao invésdos70atuais, sendo que outrosEstados reduzirão em até 80%o númerode seus parlamentares, bastará umaEmendaà Constituiçãoe umProjetode Leiparaseefetivar este avanço.

Defendemos para o país o sistema do voto distrital puro ou majoritário,ao estiloinglês e norte-americano, jáque osistema misto utilizado na Alemanha provocaria uma desigualdade de intenção popular como já acontece atualmenteno sistemaproporcional, pois éo partido políticoquedecide, emcertaproporção, quaisserão oscandidatoseleitos, oquenoBrasil tornar-se-ia uma literal ditadura decaciques políticos, fato que não agüentamos maisassistir já que acontece desde nossa era colonial.

Desta maneirarequisitos como aproximação do eleitor e do seu representante,responsabilidade direta do parlamentar a um distrito eleitoralespecífico, menosgastoseleitorais, fimdedesigualdades federativas, e até redução de parlamentares estaduais emvirtude dotexto constitucional,nos mostramque existem mecanismosparamudança nacional, o que é falta é vontade política, para não dizer, coragem de abrir mãode interesses pessoais em detrimento de interesses nacionais maiores.

Renato Dorgan Filho é advogado e Fernando Azevedo é conselheiro da ACSP

Os artigos enviados à Redação do DC para eventual publicação devem conter no máximo2.800caracteres,sedigitados,ou40 linhasde70 toquescada,se datilografados.

Revisitar 32

Em artigo publicado ontem, 9 de julho, no Estadão, Antônio Penteado deMendonça,comentaristadaRádio Eldorado AM, faz umaanálise dos motivos da Revolução Constitucionalista de 32 , onde além dos aspectosheróicos do levante dos paulistas contra a ditadura de GetúlioVargas que se instalou em 30, mostra que osmotivos foram além: foi a luta do Estado com desenvolvimento urbano, industrialização,criação desistemafinanceiro moderno,comercioe serviçosestruturados, contra oBrasil agrícola atrasado, manipulado pelas forças políticas conservadoras.

Atraso geral

A vitóriados Estadosque traíramSãoPaulo,como Rio Grande doSul eMinas Gerais, somando-se às forças da União, do caudilho Getúlio, atrasaram o país até hoje nas reformas que aindanecessita. Apesardederrotados, os paulistas forçaram a Constituição já em 34 e, entre outras conquistas, a fundação da Universidadede SãoPaulo, para citar um exemplo. Mas foi pouco perto da manutenção de um statuo quo que prevalece até hoje.

Privilégios

A manutenção dos privilégios da elite política, quando os econômicos vão caindo, tem gritante ilustração na aprovação pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados do projeto de lei queestende aosex-governan-

tescomo presidente,governadores,prefeitos, parlamentarese magistrados,foroprivilegiado em caso de processos decorrentes deatitudes irregularescometidas noexercícioda função. É um acinte, uma vergonha, uma ofensa à obrigação deatuaremcom probidade e responderpelos erros, comotodo cidadãobrasileiro.

Estranheza

Serásócoincidênciaque o presidente da Câmara, o mineiro Aécio Neves, empenhado em seeleger governador de Minas Gerais, esteja no comando daquela Casaquando setenta aprovaruma aberraçãodestae pelos jornais faça declarações anti-São Paulo, como aliás todopolítico obcecado por voto, fora de São Paulo e que precisa aparecer?

Pouco mudou

Citei essa"coincidência" a propósito da passagem da epopéia paulista de 32, porque de lá para cá, apesar de tantas mudanças,pouco mudou nocomando político e administrativo dopaís. Ao menosna mentalidade. Faz tampo que não cito: plus ça change, plus cest la memme chose...

Sem líderes

AexemplodoBrasil, que ainda ajuda a andar, São Paulo não tem líderes que entendam aexecutem osideaisde liberdade, igualdade, justiça e desenvolvimento paratodos os paulistas e brasileiros.

e

fornecido

P. S . Paulo Saab

Estado entrega ouro ao bandido

Interessa,masnão éprimordialsaberquem estácoma razão nessa história da intervenção no Espírito Santo. Se Miguel Reale ao deixar o cargo, se Fernando Henrique por recuar do apoio à posição do ministro ou se o procuradorgeral da República ao aprovar a intervenção, depois reprovar e anunciar que a eleição lhe pautou a decisão. Antes de esmiuçar esse ponto, porém, convém registrar aevidência quesesobrepõe atudoisso: objetivamente,o crime organizado, o poder paralelo ou seja lá que nome se dêao monstropelo vistoimbatível, ganhou mais uma frenteaoEstado completamentedesorganizado,desarticulado e atarantado.

Pode-se atédiscutir a escalaçãodo EspíritoSanto para ser oprimeiro de umalista delocais onde urgea interferência do poder público em sua representação federal, dado quea estadual se contaminaàs escâncaras pelaforça e pelo dinheiro docrime. Mas é indiscutívela necessidade de o combate propriamente dito começar. E por algum lugar deve se dar esse início. Diante da dúvidaarespeitoda prioridadeconferidaaoEspíritoSanto no pedido do Ministério da Justiça, gente do primeiro escalão da Polícia Federal explica que lá, ao contrário do Rio, por exemplo há indícios claros do envolvimento direto de autoridades com o sistema da bandidagem.

Indícios esses colhidos durante uma CPI e que originaram umpedido formal daOrdem dosAdvogados local. Até aí, poderíamos estar diante de rusgas regionais. Por issomesmo osdocumentosforamenviados aBrasíliapara exame do Conselho dos Direitos da Pessoa Humana. Com base nessa análise, foi aprovado o pedido de intervenção. Por unanimidade. O que significa dizer que os votantes, entre eles o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, concordaram todos que havia sustentação legal paratal solicitação.Muitobem,encaminhados ostrâmites ao MinistérioPúblico, seu representante,Brindeiro, reafirmou a posição que havia tido ao votar no Conselho. É de se supor que o procurador não tenha dado seu voto movido pelaleviandade nemseria lícitoimaginar queo ministro da Justiça não tenha obtido do presidente incentivo para ir em frente. Se Fernando Henrique não soubesse do que se tratava ou houvesse se manifestado contra, Reale estaria demitido desde a semana passada.

Portanto, algo de muito sério aconteceu nos quatro dias que separaram a mudança radical de posições. Algum argumento pesou e nada haveriaa reparar, caso Fernando Henrique e Brindeiro, tivessem tido a fidalguia de fornecer ao respeitável público explicações claras e lógicas a respeito.

Afinal, dias antes já corria no Supremo Tribunal Federal a notícia de que aaprovação da intervenção seria muito difícil.

E, decidindo a Justiça que não haveria razão para tal ato de força, o caso estaria encerrado mediante a apresentação dos motivos.

Acontece que no momento preciso do anúncio do arquivamento, o procurador-geral não apenas eximiu-se de explicitar as razões objetivas como afirmou que não seria "adequado" nemconveniente intervir num estadoem "ano eleitoral".

Note-se queGeraldo Brindeiro nãose referiua impedimentos legais emperíodos de eleição, masa inadequações einconveniências.Conceitoscujamargemparaas maisvariadasinterpretaçõesé dedimensõesamazônicas.

Viesse do adversário a acusação de que o governo estaria buscando apreservação do estadode origem desua candidata a vice a fim de evitar constrangimentos a aliados no processo que, como as CPIs, tem dinâmica própria, ainda se poderia duvidar da procedência da suspeita.

Mas quando é o próprio interlocutor do presidente que assume a sobreposição de nebulosas motivações políticas às razões da Segurança Pública, aí as coisas ficam mais sérias. Mostram, por exemplo, quetibieza e dubiedade de conduta contribuem à grande para o enfraquecimento e a contaminação do aparelho de Estado.

E o crime, resoluto que é, continua firme e forte sua trajetória em direção à irreversibilidade.

Noves fora, nada O apoio do PFL mineiro ontem declarado ao candidato

Ciro Gomes é quase uma ilusão de ótica. Há 15 dias, o partido fechou coligação com o tucano Aécio Neves e indicou Clésio Andrade para candidato a vice-governador. Isso dá a Aécio o tempo de televisão do PFL que, segundo opróprio presidente daCâmara, será usadoem favor do PSDB regional e nacional. Vale dizer, José Serra. O que Ciro ganhou foi a adesão de alguns pefelistas. Entre eles o deputadoRoberto Brant cuja candidatura foi retirada em favor de Aécio a conselho de Jorge Bornhausen,comandante datropa dechoque deCiro eum entusiasta do factóide, depois de uma vida dedicada à objetividade dos fatos.

Ex-ministro da Justiça diz que se sentiu desautorizado

Oex-ministroda Justiça, MiguelReale Júnior,disse ontem, em entrevista coletiva, que a decisão do procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro,em comum acordo com o presidente Fernando Henrique Cardoso, de arquivar opedidodeintervenção federal no Espírito Santo, aprovado semana passada pelo Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), deixou de ser uma manifestação jurídica para ser uma manifestação política. "Foiuma análisede cunho político,sem omeu conhecimento, semum telefonemasequer. Mesintoabsolutamente desautorizado. Eu estavana lutabraba contra o crime organizado, e não terei forças paracontinuar dandoordenspara aforçatarefa e à Polícia Federal, porque as ordens quedou hoje poderiamserdesfeitas amanhã, sem o meu conhecimento", afirmou.

O ex-ministro disse lamentar sair do Ministério, considerando os projetos de ordem social que estava encaminhando, tais como o Boletimde OcorrênciasNacional e ações nos morros do Rio de Janeiro e em bairros de São Paulo, para transformar es-

colas emcentros comunitários e, assim, o Estado pode ocupar espaços ecumprir o seu papel, onde a criminalidade se punha como Estado paralelo. De acordocom MiguelReale, amelhorpolítica criminal é umaboa política social. O ministro demissionário fez vetos de que seu sucessor,oatualsecretário do Direito Econômico, Paulo de Tarso Ribeiro, continue esse trabalho.

Sem ânimo – Miguel Reale estava limpandoontem suas gavetasenão pretendiairao Palácio da Alvoradapara se despedir do presidente Fernando HenriqueCardoso. Ao chegaraoMinistério,ele disse queconversou nanoite desegunda-feira, portelefone, com o presidente Fernan-

doHenrique e lhe manifestou seu desagrado em relação à decisão de arquivar o pedido de intervenção no Espírito Santo. Oministro demissionário relatou que, na conversa com o presidente, por mais que este lhe fizesse elogios, ele (Reale)lhedisse quenãopoderia permanecer porque não tinha mais ânimo para ficar."Eu seria um ministro meia-boca, semgás,sem vontade", alegou. Em entrevista coletiva, Miguel Reale lembrou que, no dia em que os jogadores da Seleção brasileira estiveram em Brasília (terça-feira da semana passada), houve um almoçode todososmembros do CDDPH, e Brindeiro estava presente. Eles discutiram durante três horas e concor-

Bornhausen anuncia que vai trabalhar para o PFL apoiar Ciro

O presidente do PFL, Jorge Bornhausen, disse ontem que vai entraragora na campanha àsucessão presidencial para levar o partido a aderiraocandidatoda Frente Trabalhista, Ciro Gomes. "Agora é hora de mexerna eleição nacional",disse, explicando que suapostura foi deixar, inicialmente, o PFL se acomodar nosEstadospara depois retomar a eleição à sucessãopresidencial. "Osmomentos maisdifíceis jásuperamos", afirmou Bornhausen, referindo-se à candidaturafrustrada àPresidência da governadora do Maranhão, Roseana Sarney. Bornhausen disse que o senador Geraldo Althoff (PFLSC), deverá buscarapoio entreossenadores pefelistas,e que odeputado Roberto Brant (PFL-MG)fará omesmo entre seus colegas de partido naCâmara. Parao sena-

dor,a candidatura deJosé Serra,doPSDB, estáemprocesso deestagnação. Ciroesteve ontem reunidocom políticosdo PFL de MinasGerais, queforam lheprestar apoio. O PFL de Minas está coligado com o PSDB na eleição para governador, mas nãoapoiaráo candidatotucano à sucessão presidencial. No encontro, o candidato elogiou a atitude do governador deMinas Gerais,Itamar Franco, que hoje se encontraráno Riode Janeiro com o presidente FernandoHenriqueCardoso para as comemorações dos oito anos do Plano Real. Para Ciro, "se não fosse Itamar, Fernando Henriquenãotinha sidopresidente da República".Na opinião do candidato, o governadormineiro "foi umadas primeirasvítimas daingratidão eda deslealdadedo presidente".

Espírito Santo – O candidato da FrenteTrabalhista à Presidência daRepública concordoucom adecisãodo presidente FernandoHenrique de arquivar opedidode intervenção no Espírito Santo, mas criticouo comportamento do presidente com relação ao ministro demissionário da Justiça, Miguel Reale Júnior. "No fundo, a tese da nãointervençãoé correta", afirmou, lembrando que a atuação do crime organizado não se limita ao Espírito Santo, mas está presente também no Rio de Janeiro, São Paulo e outras capitais do País. Segundo ele, "uma intervenção é sempre uma violência, especialmente na iminência da sociedade capixaba reunir-se para escolhero futurogovernador". ParaCiro, no entanto, "o presidente poderia tersidomaistransparente com seu auxiliar(AE)

Alckmin aposta na TV para subir

O governadorde SãoPaulo, Geraldo Alckmin (PSDB), procurou ontem minimizar os resultados das últimas pesquisas eleitoras, que mostram o ex-prefeito Paulo Maluf (PPB) isoladona liderança, e afirmou que a campanha só começa nomês quevem como iníciodapropaganda gratuita no rádio ena TV. "Como já dizia o Didi (ex-jogador de futebol campeão em 1958e 1962) jogoé jogoe treino é treino", afirmou. "O jogo ainda não começou e tenho muita confiança no julgamento popular. O povo

não errae nóssó precisamos levar até ele todas as informações e vocêtem oportunidadecom ohoráriodorádio e da TV."

Na mais recentepesquisa Datafolha, divulgada ontem, Maluf lidera com 43% das intenções de voto. Alckmin aparece emsegundo com 25%. O levantamento aponta ainda a possibilidade de PauloMaluf vencer noprimeiro turno.

Senado – Os candidatos Romeu Tuma (PFL)e Orestes Quércia (PMDB) lideram a corrida para ocupar as duas

daram coma intervençãono Espírito Santo. Posteriormente, na reunião do Conselho, Brindeiro sentou-se a seulado eaplaudiu a decisão.

Momento – Daíporque Miguel Reale estranhou que Brindeiro, aoinvés de dar o parecer pela intervenção, decidiu, em comum acordo com Fernando Henrique, arquivar o pedido. Ele disse que não sabe arazão pela qual Brindeiro teve esta atitude. A única explicação quelhe deram,segundoseu relato,foi que omomento políticonão eraadequado. MiguelReale, no entanto, questionou se para defender osdireitos humanos é preciso haver momento político adequado. Para exemplificar como está a situação no Espírito Santo, Miguel Reale disseque o presidente da Assembléia Legislativa capixaba,deputado José Carlos Gratz, é acusado em 14 processos por envolvimento com o narcotráfico e com o crime organizado, mas mesmo assim ainda está dando aulas de Direito. Agora, segundo MiguelReale, ocrime organizado saiu fortalecido.(AE) Vermaisinformações n a página 15

Para o Bird, Lula tende a atuar com moderação

Um alto funcionário do Banco Mundial (Bird) informouontem queocandidato do PT à Presidência no Brasil, quetem preocupadoinvestidoresestrangeiros, temtodo interesse emassumir uma posição moderada. Os mercados financeiros têm estado inquietos nasúltimassemanas com a dívida pública brasileira e temem que o líder nas pesquisasde intençãodevoto, Luiz InácioLula da Silva, renegocie a dívida.

David de Ferranti,vicepresidente doBancoMundial (Bird) para a América Latina, no entanto,disse que Lula pode ser tão eficaz politicamente quanto o tucano José Serra.

"Lulatem todointeresse em assumir uma posição moderada por nenhuma outra razão a não ser a de que o Brasilestáindo bemhoje",disse de Ferrati. (AE)

vagasno Senado federal por São Paulo. Na última rodada de pesquisa Datafolha RomeuTumatem 55% das intençõesde voto,contra42% de Orestes Quércia.

Em terceiro lugar aparece o candidato petistaAloizio Mercadante, com 22%. O deputado Cunha Bueno (PPB) aparecenaterceira colocação, com 12%, e o tucano José Aníbal foicitado por9% dos entrevistados.

A pesquisa aindamostra o candidatodoPDT,José RobertoBatochio (PDT),com 6% das intenções. (AE)

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Miguel Reali Jr.: "Eu seria um ministro meia-boca, sem gás, sem vontade"
Sérgio Castro/AE

Lula perde quatro pontos, Ciro sobe sete e empata com Serra, aponta o Ibope

A nova pesquisa de intenção devoto doIbope, divulgadaontem, mostrouasubidade CiroGomes, daFrente Trabalhista, e aqueda de todosos outroscandidatosà Presidência. Luis Inácio Lula daSilva (PT-PL)caiuquatro pontos, de 38% em junho para 34% agora.Já Ciro Gomes subiu sete pontos, de 11% pa-

ra 18%. Comesse movimento, ele empata com José Serra, candidato da coligação PSDB-PMDB,que perdeu dois pontos percentuais, caindo de 19% para 17%. AnthonyGarotinho,do PSB, perdeu umpontoeficou com12%. A margemde erro dapesquisaé de2,2 pontos, para mais ou para menos.

Bush cria força-tarefa para combater fraudes

O presidente dosEUA, GeorgeW. Bush, anunciou ontem acriação deuma força-tarefa especializada na investigação de fraudes empresariais e propôso endureci-

Em dia de fraco movimento, dólar tem queda de 0,24%

O feriado na principal praça financeira do País fez com que omercado dedólar operasse muito abaixo donormal.A moedafechouo dia cotada a R$ 2,855, com recuo de0,24%em relaçãoàavéspera. No mês, o dólar registra altade 1,24%sobreo real e, no ano, de 23,32%. Página 7

EM LINHA

Comércio de gente

O comérciode genterendeàs quadrilhas internacionaiscerca deUS$ 20bilhões anuais.As pessoas cooptadas com promessa de emprego se deparam com o trabalho subumano.Emdezembro de 2001,perto de 200 milhões de imigrantes clandestinosestavam sobo poder do crime organizado.

Joel dos Santos Guimarães, página 10

mentodas penas de cadeia para os executivos que violarem alei. As penasde prisão para algunstipos de fraudes seriamduplicadas eelevadas para até dez anos. Página 4

Varejo já inicia promoções para vender artigos de inverno

Ofrio finalmente parece terchegadoà cidade. Masa previsão de um inverno pouco rigoroso levou o comércio a antecipar as promoções para garantir a desova dos estoques.Lojas do segmento de vestuário estão cortando parte dos preçospara impulsio-

nar asvendas ea estratégia vem dando bons resultados. Emílio Alfieri,economista da AssociaçãodeSão Paulo, dizqueas promoçõessãolocalizadas, jáque partedo varejoaindaespera aquedada temperatura. A queima de estoques para valer,avalia, co-

meçanofimdo mês.O Shoppping Penha foi um dos estabelecimentosque resolveunãoesperare, comuma promoção realizadana primeirasemana dejulho,conseguiuaumentar asvendas em 9% em relação a igual período doano passado.Tam-

Malan critica " instinto de manada"

O ministro da Fazenda, Pedro Malan,criticou ontem, emMadri,o "instintoderebanho, de manada"que tomou contadomercado em relaçãoao Brasil.Deacordo com o ministro, "não aconteceu nada fundamentalna

economiabrasileira nasúltimas semanas que justifique essa histeria, esse pânico."

SegundoMalan, osmercadosfinanceiros globaisestão passandoporum momento de elevada aversão ao risco, gerado principalmentepelos

escândalos contábeis em grandes empresas como Enron, WorldCom e Vivendi. O ministro nãodescartoua possibilidade de o Brasil vir a negociar um acordode transição com o Fundo Monetário Internacional. Página 6

No mar, no meio do fogo

Soldado baixa de helicóptero na operação de salvamento de 133 pescadores chineses de uma lancha em chamas, em meio a uma tormenta. Pelo menos 7 pescadores estavam desaparecidos. A embarcação era um dormitório flutuante para chineses que trabalham para empresas pesqueiras de Taiwan.

Hoje é um bom dia para tudo terminar em pizza

Hoje éo Dia daPizza,um bompretextopara queo paulistano possa consumir as saborosas redondas. Para

atrair mais clientela, diversaspizzarias fazempromoções paracomemorar o dia. Vale a pena conferir. Página 9

bémasredes CorieLuigi Bertolli estãooferecendo descontos entre 30% e 50%. Nasegunda quinzenacomeçam as promoções tradicionais, comoa LiquidaSão Paulo,quevai de26dejulho a 4 de agosto e envolve 25 shopping centers. Página 12

IGP-M aponta inflação de 0,82% na primeira prévia

A inflaçãoapuradapelo IGP-M na primeira medição referente ajulho ficoudentro doesperado pelomercado: 0,82%.O avançosobre a primeiraprévia de junho deveu-se ao aumento de preços ao consumidor. Página 5 FHC faz defesa do real e se reconcilia com Itamar Franco

Após quatro anosde desavenças, opresidente Fernando Henrique eo governador mineiro,Itamar Franco,se reconciliaram. Os dois apertaram as mãos e trocaram um abraço noseminário que comemorou osoitoanosdo Plano Real e o 182º aniversário da Associação Comercial do Rio de Janeiro. Página 12

Revolução de 32 é comemorada no Parque do Ibirapuera

Fabricante de camisetas direciona vendas para a Europa e os EUA Página 11

Seda cria caminhão itinerante para divulgar produtos de beleza Página 8

a Tributos encarecem os remédios e elevam os gastos das famílias Página 14

Quer falar com 20.000 empresários de uma só

O desfile entusiasmou os presentes e emocionou os veteranos que compareceram à solenidade

Desfile, uma parada de carros antigos, homenagem aos soldados veteranos eentrega demedalhas marcaram as comemorações pelos70 anosda Revoluçãode1932, ontem, no Parque doIbirapuera. Apesardo frio de novegraus, 13milpessoas acompanharam de perto o desfile, que durou três horas. Última página

Bush propõe dobrar pena para crimes corporativos

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, propôs ontem dobrar para 10 anosa penamáximade cadeiapor fraudesviasistemas eletrônicos – geralmente usadosemcasos defraudescorporativas – como parte de um pacote de combate aos recentesescândaloscontábeis que têm afetado a confiança dos investidores.

A proposta de Bush foi feita emdiscursoem WallStreet, centro financeiro de Nova Y ork, porvoltadas12h30 (horário de Brasília) e inclui leis mais rigorosas contra a destruição de documentos e outras formas de obstrução daJustiça. Alémdisso,existe o temor de que os recentes escândalospossamrefletir no eleitor que pode culpar o pre-

sidente eseu Partido Republicano nas próximas eleições

Questões como essas vieramà tonaapósa falênciada gigante do setor de energia Enron, a primeira de uma série de empresas arevelarem irregularidades em seus registros de contabilidade.

O presidente também pediu para a Comissão de Sentenças que "aumente o tempo de prisãopor fraudequando estas forem cometidas por executivos e diretoresdas empresas".

Como parte de seu chamadopor"uma nova éticana responsabilidade corporativa", Bush pediu ao Congresso que dê àSecurities andExchange Commission (SEC) –órgãoque regulae fiscalizao

mercadodeações nosEUA–uma verba extra de US$ 100 milhões no orçamento de 2003 "paracontratar mais pessoale daraeles oestadoda-arteda tecnologia", além dos US$ 20milhões em fundosqueele jájaviarequisitado no início deste ano.

Colaboração – Bush conta, em parte, coma colaboração dasempresas aopedir queos comitês de compensação impeçam empréstimos pessoais a diretores e executivos. Bush pediu também que as empresas expliquem os pacotes decompensação aosexecutivos. Pediutambém que os conselhosde empresassejam "verdadeiramenteindependentes", sem relações materiais comasempresas, assim como os membrosdas

auditorias.

Com as críticas dos investidores em relação aos pacotes deopções deações, quefizeram os executivos extremamentericos antesmesmode suas ações subirem, Bush pediu aomercado para exigir das companhias abertas que obtenham autorização dos acionistasantes delançarem planos de opções de ações. Opresidente tambémplaneja assinar uma lei para criar uma"força-tarefa contra as fraudes corporativas" para ajudar nas investigações e nos processosde atividadescriminaiscorporativas, com a visão demelhorara coordenação das investigações civis e criminais dasvárias instâncias do governo norte-americano. (Reuters)

FMI faz auditoria no BC argentino

A missãodo FundoMonetário Internacional queestá emBuenos Aires paraestudar a reestruturação do sistema financeiroargentino iniciou o trabalho com uma auditoria interna no Banco Central. Enquanto não chega o inglês John Thornton, a missão está encabeçadapelo técnico grego, Thanos Gatsambas,queespera ainda a chegada de novos técnicos.

Eles poderão estar acompanhados pelo diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental, Anoop Singh, o que daria à missão o caráter mais político e negociador.

Esta missão estaria encarregada de discutir oprograma monetário,o qual incluios mecanismos de intervenção do BC no mercado de câmbio e a concessão de empréstimos aos bancos com problemas de liquidez.

Fontes do Ministério de Economiateriamdito que a viagem inesperada de Anoop Singhseria oresultadodas conversas que o presidente do BC, Aldo Pignanelli, manteve como diretor-gerente do FMI, Horst Köhler, na Suiça,noúltimo final de semana.

Se apresençade Anoop Singh for confirmada, o governo poderá,enfim, contar com um avanço concreto nas negociações como organismo. Conforme disse, há cerca de 15 dias, o próprio portav oz do FMI,Thomas Dawson, o organismo so-

menteenviaria uma missão com caráter negociador por ocasião da elaboração da carta de intenções.

Porém, conforme se pode averiguarno próprioMinistério deEconomia desconhecemainformação sobre aviagem deAnoopSingh. Alémdisso, umdospontos centraisdasnegociações éo programa monetário que somente poderiaser definido após areunião do chamado "conselho de notáveis" em duas semanas, o qual dirá como reestruturar o sistema financeiro do país.

que necessitarão para manter-se de pé.

Bird – Hoje também deveráchegara missãodoBanco Mundial (BIRD), prevista , inicialmente, para chegar junto com amissão do FMI, ontem.

Ambas trabalharão toda a semana de olho no Banco Central para, segundouma fonte do BC, checar qual "a real independência da instituição em relação ao Ministério deEconomia ecomoo BC controla os bancos dosistema".

Missão está encarregada de discutir qual o programa monetário mais viável para o país

Como o programa monetário envolve os "redescontos"(empréstimos aosbancos), este depende da reestruturação do sistemaantes de ser fechado etambém do resultado da troca de bônus pelos depósitos.

Após verificarcom quanto de depósitos osbancos ainda contarão, estes saberão o montante de empréstimos

A autonomia do BC,que jáanda bastante questionada pelo mercado, provocou a saída de Mario Blejer e, agora, umnovo curto-circuito entre o atual presidente AldoPignannelli comoministro de Economia, Roberto Lavagna.

Amissão quersaberainda como o governo fará para não continuar perdendo reservas (o BC perdeu US$ 5,106 bi de janeiro até agora) e como

cumprirá as metas de emissão monetária até dezembro.

O governo prevê emitir 7,5 bilhões de pesos ante a previsão inicial de 3 bilhões.

No entanto, somente no primeiro semestre, o governo já emitiu outros 7,5 bilhões. Amanhã, ostécnicossereunirão noministério deEconomia com o secretário de Finanças, Guillermo Nielsen.

Passeata – Os piqueteiros (desempregados) realizaram na tardede ontemnova passeata e protestos, saindo do CongressoNacionalaté a Praça de Maio, em frente à sede do governo, a famosa Casa Rosada.

Os organizadores informara que o protesto era "pela independência do FundoMonetário Internacional, contra a repressão e a fome, e por empregos". Os piqueteiros estavam acompanhados pelas assembléias populares dos moradores dos diversos bairros de Buenos Aires, organismos de defesados Direitos Humanos, sindicalistas e váriospartidos políticosdeesquerda. (Reuters)

Al Qaeda promete atacar "em breve" novos alvos nos

Estados Unidos

A rede Al Qaeda promete atacar em breve alvos norteamericanos nos Estados Unidos e em todo o mundo, disse umporta-vozdaAl Qaeda em uma entrevista publicada ontem. "Nossas redes militares e de inteligência estão monitorando novos alvos norteamericanosqueiremos atacar em um curto período", disseo porta-voz Sulaiman bu Ghaith, ao jornal árabe El Youm da Argélia.

Os Estados Unidos culpam arede AlQaeda domilitante islâmicoOsamabin Laden pelos ataques de 11 de setembro em Nova York e Washington, quedeixou mais de 3.000 mortos.

"Nossos militantes suicidas estão prontos e impacientes para realizar os ataques contra alvos judeus dentro (dos Estados Unidos) e no mundo", acrescentou oportavoz.

"Nossos militantes suicidas estão impacientes para atacar", disse o porta-voz da Al Qaeda

O diretordo El Youm disse que o jornal recebeu nasegunda-feira pore-mailrespostas gravadas para perguntas enviadasno domingopara o site da Internet da rede Al Qaeda.

Bu Ghaithalertou osEstados Unidos para "apertarem os cintos" poisa organização "irá atacar, com a vontade de Deus, onde eles não esperam".

"A América sabe que somos homens de ação e não homens depalavras", eprosseguiu dizendo queos ataques também foram planejados contra o "governo fantoche" do presidentedo Afeganistão, Hamid Karzai.

BuGhaith,em umafitalevada ao ar no mês passado pela rede de televisão Al Jazeera do Catar,disse quea AlQaeda estavapor trásde umataque suicida em uma sinagoga naTunísiano mêsdeabril, que matou 21 pessoas, incluindo 14 turistas alemães.

Eledisseao El Youm que a guerra de Washington contra

o terrorismo, que teve início depoisdosataquesde 11 de setembro, não afetou o Exército, a inteligência, a economiae a informação da Al Qaedae reiterouque BinLaden continua trabalhando. Morte – Um árabe foi morto a tiros ontem e um policial israelense ficou gravemente ferido durante tiroteio na parte oriental de Jerusalém. O oficialda políciaisraelense levouumtiro depoisdeperseguir um suspeito próximo ao portão Nablus, uma das entradaspara acidadevelha de Jerusalém. Ao tentar revistá-lo, o árabe sacou uma pistola e começou a atirar. Segundotestemunhas, oárabe foi mortopor cercade 20policiais que apareceram no local. Ainda ontem, tropas israelenses balearamum militante palestino, que morreu antes dechegar ao hospital,segundo informouo grupodo qual era integrante, a organizaçãoGuerra SantaIslâmica. Segundo o grupo islâmico, os soldadosisraelenses perseguiramo militanteMoamar Daraghmehquando esteseguia paraaaldeia Yamoun, quefaz fronteira comIsrael. O grupo admitiu que Daraghmeh, de 30 anos, estava armadoe disposto alançar uma missão contra alvos israelenses.

Ao mesmo tempo, a polícia israelense fechou a Universidadepalestina Al-Quds, em Jerusalém oriental, a pedido do ministro de Segurança Pública, Uzi Landau. O presidenteda Universidade, Sari Nusseibeh, étambém encarregado de Assuntos de Jerusalém na OLP.

Desde os ataque suicidas que causaram a morte de 27 cidadãosisraelenses, amaioria das populações na margem ocidental permanece enclausuradaesob otoquederecolher. O grupo Guerra Santa Islâmica éresponsávelpor dezenas de ataques. (Reuters)

Governo turco está à beira do colapso

O governo turco estava ontem à beira do colapso, com a demissão deváriosministros, uma rebelião de um partido governista, que quer eleições antecipadas, eum primeiro-ministro doente.

Os mercados temem que a crisepolítica afeteocumprimentodeum planoeconômicoque significará US$ 16 bilhões do FMI à Turquia, que já é o maior credor do órgão. O Fundo pediu ao governo turcoque mantenhasuas metas financeiras.

A imprensae osmercados esperam algum tipode acordoentre HusamettinOzkan, querenunciou na segundafeira ao cargo de vice-premiê, Ismail Cem, das Relações Exteriores, e Kemal Dervis, da Economia, que planejou a ida ao FMI.

Entre esses três ex-ministrosháa probabilidadede sair uma novacoalizão, caso

o governocaia. Cemdeveria seencontrarna tardedeontem com Dervis, enquanto o primeiro-ministro Bulent Ecevit tenta reconstruir o governo –alémdeOzkan,três ministros renunciaram. Na abertura dasessão de ontem, a lira turca atingiu sua cotação maisbaixa dahistória, 1,706 milhão por dólar, antes de se recuperar. As Bolsas e o risco-país também estão em situação delicada. A crise turca é acompanhada com atenção também pela União Européia e pelos Estados Unidos,que têmali um aliado estratégico. O impasse pode emperrar as reformas necessárias paraa adesãoà União Européia. Eleições –No plano doméstico, o poderoso Exército pareceinteressado emum acordoque evite aantecipaçãode eleições,pois elaspoderiam resultarna vitóriado

partido islâmicoAK,quesó não chegou ao poder em 1997 por pressão dos militares. O mandato de Ecevit, de 77 anos, vai até 2004, mas seu estado de saúde nos últimos dois meses coloca isso em dúvida. No domingo, ele disse que estava se recuperando bem.

Masno diaseguinte opartido MHP, queparticipa do governo, pediu a antecipação daseleições para novembro. A oposição pegou carona na proposta, eno próprioparti-

do governista, oDemocrático de Esquerda (DSP), houve a saída de 20 deputados, além dos quatro ministros. Com tudo isso, o governo parou. Agora, o DSP não tem mais maioria no Parlamento e dificilmente conseguirá sustentar uma nova aliança.Especulase que o presidente do partido MHP, DevletBahceli, pode ser nomeado premiê-interino.O MHPé agora o maior partido doParlamento eprecisa apenas de maioria simples para antecipar as eleições. A instabilidade está saindo cara à Turquia, que ontem vendeu títulos da dívida (com vencimento em 154 dias)com jurosde 76,53por cento.Na semana passada, um papel semelhante pagava 71,97%.Nasdívidas internas, os juros já atingem quase 80%– umaumentode 25 pontos desde que Ecevit ficou doente. (Reuters)

Inverno chega e promoções começam

Algumas redes de lojas estão apostando forte e os descontos oferecidos são muito atraentes para os consumidores

Oinverno finalmentechegouàcidade e,antesmesmo deseu desembarque,começaram as promoções de peças da estação.Lojas dosegmento de vestuário cortaram uma parte dos preçospara impulsionar as vendas. A estratégia tem surtido efeito.

OShoppingPenha, instalado nocentrodaPenha, contabilizouna primeira semana do mês um aumento de vendas daordem de9%, em relação a igual período do ano passado, diz a superintendenteDulcimar Fernandez. O público no mesmo período cresceu 14%.

Naprimeira semanadejulho, o centrode compra realizou a promoção Happy Days. Trata-se de uma evento com duraçãode quatrodias, ondeos lojistaspromocionam alguns itens que querem tornar mais atrativos..

OShopping Metrópole, instalado em SãoBernardo do Campo, da mesma rede –

grupo Sonae-Enplanta – também realizou aquarta edição da Happy Days. Os descontos variaram entre 5% e 25%.

A estimativa inicial é de fechar a primeira semana deste mês com uma elevação nos negócios da ordemde10%, emcomparaçãoa igualperíodo do anopassado,diz o s u pe r i n te n d en t e Dirceu Benith Júnior.O aumento de tráfego devegirar em torno de 5%.

Compasso de espera – Emílio Alfieri, economista daAssociação Comercial de São Paulo, diz que o varejo está em compasso de espera."Há promoçõeslocalizadas, já que o lojista acreditaainda naqueda datemperatura",diz. SegundoAlfieri, asqueimas de estoquesó acontecerão a partir do final da segunda quinzena (veja matéria abaixo).

Algumas redesestão apostando forte nas promoções. É o caso daparanaense French Bazaar, com cinco unidades em São Paulo. A loja está praticando descontos de até 60% desde a última sexta-feira e a promoção dura até o final da coleção.

Lojas do segmento de vestuário cortaram uma parte dos preços para impulsionar as vendas

A French Bazaarquer com o evento aumentar avendaem 10%,em relação aigual período de 2001. A gerente de Marketing, Tatiana Marussig, não se queixa do movimento dasvendas da moda outono/inverno.

"A mulher compra por impulso. Ela quer ter uma roupa novae que obedeça as tendências da moda", explica. A French Bazaarjá fezuma off price - ação durante a estação - de inverno e agora vai manter a liquidação até a chegada da coleção primavera/verão

nasegunda quinzenade agosto.

Queima –As redes Cori e Luigi Bertolli também estão queimando seu estoques de inverno. A Luigi Bertolli, concededescontos entre30% e 50%, vaicom aliquidação até o próximodia 15.A Coricortou os preços em 40% e continua com a queima até o final do mês.

Odiretor comercialdas duas redes, Carlos Magno Gibrail, queraumentar avenda entre 15% e 20% em relação a igual período de 2001 , considerando onúmero de peças vendidas. "A promoção vai apressar a desova das peças de inverno", diz

AAudace- que atende jovens senhoras - do Shopping JardimSul estáoferecendo descontos de até50%. A promoçãodeve continuarcoma liquidação oficial do shopping e se prolongar a 18 de agosto.

Teresinha Matos

Seguro apagão não será reajustado

O valorcobrado dosconsumidores de energia como forma de segurocontra nov os racionamentos deve ser mantido pelo menos até o fim deste ano. Desde o último dia 27, cada quilowatt-hora consumido custa mais R$ 0,0057 para os usuários, após reajus-

te de 16,33%. Segundo RicardoVidinich, presidenteda Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial (CBEE), criada especificamente para contratar as usinas, a empresa ainda aguardaráo comportamento do mercadonos próximos três

meses antes de decidir se pede ou nãonovo reajustea partir de outubro à Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica."Hojeeudiria quenão precisa. Até setembro teremossuperávit nas nossas contas", disse ele. Irregularidades – Até ago-

Varejistas investem para recuperar o terreno perdido

A Liquida São Paulo dá a largada nas liquidações tradicionais da cidade. Em sua 11ª edição, apromoçãodeverá reunir 25 shoppingse 8mil lojistas,ou 90%doscentros de comprada cidade,no período de 26 de julhoa 4de agosto.

A expectativa do presidente da Associação Brasileira de Lojistas deShoppings, Alshop, NabilSahyoun,o evento deve propiciar um aumento devendas entre2% e 3%, em relação a igual período do ano passado. Os lojistas vãopropor descontosquevariam de10%a 70%.

acontece desde 1995. "A promoção é planejada comantecedênciae nomomentooportuno paraoslojistasé dadaalargada", dizo gerente de Marketing, Luciano Simão.

O Jardim Sulprefere não fazer projeçõesde vendas."A liquidação costuma ser a segunda data em importância, sósuperadapeloNatal", diz Simão.

Noprimeiro diaapromoção é exclusivapara clientes tradicionais do shopping, que recebem uma mala direta anunciando a liquidação.

ra aCBEE arrecadou R$ R$ 241,4milhões, deumaprevisão inicial de R$ 310,4 milhõesdesde queo segurocomeçoua ser cobrado, em março passado.A diferença deve-sea irregularidadesnos repasses por parte das concessionárias de energia, que arrecadam o seguro, inadimplência por parte dos consumidoresefrustração dereceitapor causa da concessão de liminares favoráveis ao não pagamento datarifaextraordinária.ACBEE nãorevelaquais distribuidoras estariamapresentando irregularidades.

Os gastosdaCBEEgiram atualmente emtorno deR$ 64,3 milhões por mês, já que apenas 37 usinas estão definitivamente instaladas.Devem crescer quandoas demais, são 58 no total, estiverem disponíveis. "Houve uma frustração de receita, que foi compensadapela menornecessidadede pagamentos", afirmou Vidinich. (AE)

IBGE

A Alshop estará investindo na Liquida São Paulo de inverno cerca de R$ 1 milhão, repetindo os valores de 2001. Os recursos serão gastos com publicidade na mídia eletrônica e impressa. Sahyoun lembra que as promoções têm surtido o efeito esperado. "Se esfriar na semana do feriado de 9 de julho ovarejovairecuperar o terreno perdido. Caso as temperaturasnão caiam antes da liquidação, dificilmente ocomércio lojista terá um bom resultado com a moda inverno, mesmo que reduza preço", explica.

Lojistas da Capital paulista chegam a propor polpudos descontos, que variam de 10% a 70%

Dequintaa domingo,éo momento mais forte, quando o públicoem geralé avisadopor anúncios veiculados na televisão.

Zás trás – A liquidação do SP Market começa na primeira semana de agosto. As 300 lojas devemqueimar produtosde meia estação. "Poucos lojistas investiramemprodutos pesados",diz agerente demarketing, Maria Eugênia Srur. Segundo ela, os lojistas esperam paraproduzir osprodutos mais pesados, como o frio nãoveioforte, acabamdeixandode ladoeste tipode roupa.

Os shoppings anotaram umempate defaturamento emjunho de 2002 e2001 . "Além da falta de frio, a retração daatividade econômica afetou as vendas", pondera Sahyoun.

Pá-pum – A Pá-pum –liquidação rápida – do Jardim Sul aindanão temdata definida. Habitualmente acontece entre ofinaldeste mêse iníciodeagosto. Ocentrode compravai investircerca de R$ 200 mil na campanha, que

Asazonalidade dospreços das peçasde invernojá nãoé tão forte, comotem sinalizado o IPC-Fipe. Umdos motivosé oabandono daprodução depeças pesadas, geralmente mais caras.

OSP Marketvemanotando crescimento nas vendas desde maio, quando contabilizou alta de 7%. Em junho, a expansão foi de 5% e a expectativa é de fechar este mês com aceleração de 10%, em relaçãoa igual mês do ano passado. (TM)

quer fazer os índices com representatividade nacional

O presidente do IBGE, Sérgio Besserman,disseontem que o instituto já tem prontos os projetos para tornar nacional a abrangência da Pesquisa Mensal deEmprego (PME)e oÍndice dePreços aoConsumidorAmplo (IPCA).Atualmente a PME, em fase de reformulação, érealizadaem seis regiões metropolitanas do País e o IPCA em 11 regiões. Besserman disse que o IBGE depende de "umpouco mais" de orçamento pararealizar as pesquisas em todo o País. Ele não quis dizer qual seria o montante financeiro necessário, mas afirmou que "não é muito recurso e ataxa de retorno seria altíssima para a sociedade brasileira".Os recursos adicionaisserão necessários para reforçar o quadrode funcionáriosdisponíveis, assimcomoa infra-estrutura (especialmente

informática etelecomunicações) das pesquisas.

Segundo Besserman, a ampliação do universo desses indicadores poderáaumentar a eficácia daspolíticas públicas doPaís,devido aomaiorvolumee transparência das informaçõescoletadas. Anova Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), que foi hoje a campo emtodooPaís,será uma das principais ferramentas que possibilitará no futuro a abrangência nacional do IPCA. A POF, cuja coleta será realizada no decorrer de um ano,vaiabsorver umorçamento de US$ 8 milhões.

Orçamento familiar –O

Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE) colocou hoje 600 pesquisadores em campo em todo o País para a coleta de informações da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF). O levantamen-

to será realizadoem cerca de 60 mil domicílios até julho do anoque vemeosresultados serão divulgadosem dezembro de 2003. A última POF foi realizada pelo institutoem 1995/1996. Anova pesquisa chega acampocomvárias novidades, sendoas principais a abrangência nacional e rural (anteriormente ouniverso estava restrito às principais regiões metropolitanas) e a utilização de notebooks pelos pesquisadores. Além disso, apesquisavai incluir questões subjetivas sobre a rendadas famílias, com questionamentos sobrese o orçamento é suficiente, qualidade da alimentação, acesso a serviços e condições de moradia. O presidente do IBGE disse que a nova POF vai permitir um aprofundamento dosestudos sobre apobreza no Brasil (AE)

Primeira prévia de julho

do IGP-M sinaliza

uma inflação de 0,82%

A FGV (Fundação Getúlio Vargas) divulgouontem primeira préviadoIGP-M(ÍndiceGeralde PreçosaoMercado) de julho, apontou uma inflação de 0,82% O mercado aguardava uma taxaem torno de 0,80%.

A primeira prévia de junho havia apontado alta de 0,68% noIGP-M. O avanço dejunho para julhodeveu-se principalmente ao aumento dos preços aoconsumidor, quepassaram de0,16%para 0,51% entre as duas primeiras prévias de junho e julho. Jáos preçosno atacado, emborasejamos responsáveis pela alta do IGP, tiveram

crescimento pequeno. Na primeira prévia de junho, o IPA (Ìndice de Preços ao Atacado) ficou em 0,99%. Em julho, subiu para 1,02% na primeira prévia. No ano, o IGP-M acumula alta de 4,33%. Nos últimos 12 meses, a taxa acumulada chega a 8,77%.

O INCC(Índice Nacional do Custo da Construção) tevealtade 0,53%,anteos 0,26%domês daprimeira prévia de junho.

Os preços para o cálculo da primeira prévia do IGP-M de julho foramcoletados entre os dias 21 de junho e 30 de junho. (AE)

Indústria culpa impostos e juros altos por queda

O vice-presidente da Federação dasIndústrias doEstado deSãoPaulo(Fiesp) RobertoNicolau Jeha culpou ontem as altas taxas de juros e a carga tributária excessiva pelo mau desempenho da indústria. Dados doInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados ontem registramqueaprodução industrial brasileira tev ereduçãode5,1% em sua produção em maio em relação a abril. Foi a maior queda desde 1995, oque inverteu a tendência de recuperação

que se desenhava desde o início do ano.

Segundo Jeha, a culpa é das altas taxas de juros praticadas pelo governonos últimosseteanos. "Ataxade jurosinviabiliza qualquer investimento produtivoe inviabilizaa própriacompetitividade da indústria", disse Jeha. Jeha também creditou à política tributária a culpa pelomau desempenho.Segundo ele, acargatributária subiu de26% doPIB noinício do primeiro governoFHC para 34% hoje. (AE)

FHC diz que houve avanços sociais durante o Plano Real

O presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem quehouve avançossociais relevantes no país durante o Plano Real e destacou como exemploa educação. "Desigualdade sempre houve. O que acontece hoje é que, com a estabilidade e sem inflação, a desigualdade passou a ser intolerável", destacou. O presidente discursos na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), onde se realizou oSeminário Brasil 2003/2006, comemorativo dos 182 anos da Associação Comercial do Rio de Janeiro e do8º aniversáriodoPlano Real.

OFernando Henrique falou que o lançamento do PlanoRealfoi ummomentode renovaçãoparao Brasil.Ele afirmou que o país vivia antes ummomento deincertezase que um grupo de economistas, audacioso, mudou isto pouco a pouco. Lembrou que o PlanoReal foiresultado de muita negociação internae externa e citou ainda a importânica de uma moeda forte como símbolo do país. Fernando Henrique saudou o governador de Minas Gerais, Itamar Franco,"meu prezado amigo que nos deu a honra de comparecer a esta data histórica".O PlanoReal

Rua Tabapuã, 540 - S.Paulo/SP CEP 04533-001- Sede Própria PABX (11) 3040-9800/ FAX (11) 3040-9955 Telemarketing 0800-11-2929 www.ciee.org.br

foicriado duranteogoverno de Itamar Franco. Os dois presidentes nãose encontravamdesdede1998, quando aconteceu uma criseentre os dois.

O presidente disseque tinha trazido um discursoescrito maspreferiu falarde improviso "ao ver tantos amigos"epara"falar mais emotivamente". Fernando Henrique contou a história de quando foi convidado por Itamarparase transferir do Itamaraty e assumir o Ministério da Fazenda.

Ele afirmou que a democracia proporcionou o sucesso doPlanoReal,quelembrou, foi muito explicado nãosópor elecomotambém pelo ex-ministroda Fazenda Rubens Ricupero, que sucedeu FHC no cargo.

O presidente afirmou, também,que nunca lhefaltou apoio políticode Itamar Franco quando este era presidente da República e FHC era ministro daFazenda."Vez por outraháquemdigaque eu não reconheça. Mas na história nãose borra com borracha", disse FHC.

R e fo r m ul a ç ã o – O presidente FernandoHenrique Cardoso afirmou que "não há liberalismo quecaibanum País como o Brasil". De acordocom ele, osetorpúblico será sempre fundamental no Brasil e o que está acontecendo é a reformulação do estado. Eleafirmou,também, que a sociedadeestá mudando e que "o Brasil descobriu a desigualdade".

Eleafirmou,ainda, queéa primeira vez nahistória brasileira em que há distribuição direta de recursosaosmais pobres. Isso é feito, disse, através de programas como o Bolsa-Escola, Bolsa-Alimentação, Aposentadoria Rural e outros que,juntos,somam R$ 30 bilhões.

União –"Vejo aunião dos países sul-americanos como uma importante estratégia para enfrentar e superar o atual momento econômico delicado por que atravessam os países da região, entre eles, o Brasil", disse ontem Alencar Burti, presidente da Federação dasAssociaçõesComerciais do Estado de São Paulo (Facesp)eAssociação

Comercialdo Estadode São Paulo(ACSP), depoisde ter participado,do Seminário Brasil 2003/2006,noRiode Janeiro.

Burtielogiou afala dosváriospalestrantes, entreeleso ministro das RelaçõesExteriores,Celso LafereEdward Amadeo,ex-ministro do Trabalho, mostrandoconfiançanofuturodo Brasil. "Mas, sem dúvida, com preocupação em relação ao momento presente", salientou. Para Burti, a união dos países sul-americanos é bem vista, poisgera "massacríticapara enfrentar os desafios do mundo globalizado."

Burti observouqueaação políticaterá quesemostrar, cada vez mais, como a arte do impossível, paraadministrar conflitos eproporsolução para os problemas reais. "Mas a soluçãopassa, semdúvida, pormuito trabalho,trabalho e trabalho",enfatizou. Dessa maneira, acrescentou, a classe médiaempresarial poderá gerar desenvolvimentoe o Brasil crescer para impor confiança aos seus parceiros internacionais. (AE-SLR)

Especialistas destacam a

ruptura com o passado inflacionário

O CIEE e o Instituto Tecnológico Diocesano - ITD firmaram parceria para oferecer, em São Paulo, gratuitamente, o Programa CIEE de Alfabetização Gratuita de Adultos a sete mil pessoas. Para tanto, serão selecionados 280 estudantes voluntários, que serão monitorados por outros 28 universitários, especialmente treinados. Tais estudantes, por sua vez, serão supervisionados por uma equipe profissional pedagógica do CIEE. A organização será responsável pela seleção e treinamento dos monitores. Os lanches serão fornecidos, graciosamente, pela Secretaria Estadual de Agricultura e o transporte pela Secretaria Estadual de Transporte. Com a parceria,

o CIEE passa a manter 350 núcleos de Alfabetização, na capital paulista, em parceria com a Igreja Católica, Comunidade Solidária e empresas. Estiveram presentes à solenidade de assinatura: Dom Fernando Antônio Figueiredo, bispo da Diocese de Santo Amaro e diretor-presidente do ITD; prof. Fernando Antonio Arantes, diretor executivo do ITD; Luiz Gonzaga Bertelli, presidente executivo do CIEE; representantes do ITD e do CIEE.

UNESCO

de Santo Amaro e diretorpresidente do ITD e Luiz Gonzaga Bertelli, presidente executivo do CIEE.

Também esteve na sede do CIEE, em São Paulo (SP), o diretor da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), professor Célio Cunha. O objetivo da visita foi a celebração de um acordo para estruturação de um projeto de alfabetização de adultos, com o apoio do empresariado nacional.

Com quase 47% dos votos, o “Comunidade CONSEGue” foi escolhido como vencedor do Projeto Soluções. A votação popular foi realizada pela Internet e em urnas eletrônicas da TV Globo, instaladas em estações do Metrô, nos dias 25 a 27 de junho. Em segundo lugar, foi classificado o projeto “Universidade Cidadã”, com 36,26% dos votos e, em terceiro, o “Escola para a Comunidade”, com 17,27%. O secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, na entrega do prêmio ao primeiro colocado, informou o apoio ao Projeto “COMUNIDADE CONSEGue!” e que já disponibilizou salas,

Estudantes universitários, durante a escolha dos prêmios do Projeto Soluções, da TV Globo/CIEE.

na própria Secretaria, para as reuniões do grupo. O projeto, classificado em primeiro lugar, foi elaborado por universitários da FAAP - Fundação Armando Álvares Penteado e da FGV/EAESP - Fundação Getúlio Vargas. Os segundo e terceiro classificados são de autoria, respectivamente, de alunos da Universidade São Marcos e daUniversidade de Mogi das Cruzes. Cerca de mil estudantes enviaram propostas, voltadas à melhoria da segurança de São Paulo e região metropolitana, para o Projeto Soluções, promovido pela TV Globo/SPTV e CIEE.

A aberturado eventocoubeao ex-ministrodaEconomia do governo Collor, Marcílio Marques Moreira,e ao presidente do BNDES, Eleazar de Carvalho Filho, que fizeram breve apresentação. Carvalho Filho lembrou a "ruptura com o passado inflacionário"gerado peloplano econômico, enquanto Marcíliofrisoua questão da estabilidade econômica. O Brasil precisa crescer 7% aoano, nos próximos20 anos, para conquistar independência perante os organismos internacionais, segundoavaliação docientista político Hélio Jaguaribe. De acordo com Jaguaribe, a questão é que organismos internacionaisde desenvolvimento estão cada vez mais controladaspelos EUAepor demaispaíses ricos."Issodeveser feitoparao Brasilnão ser um país que tem hino e bandeira mas que é controlado internacionalmente’’. Segundo o cientista políti-

co, o prazo de 20 anos é o máximo para o país conquistar tal independênciadiantedo avanço dos interesses dos países ricos na política dos agentes internacionais. "Já estamos com margem de controle do sistema internacional que eu considero intolerável", afirmou. Caso não se tenha esse esforço para o crescimento o país corre o risco, assim como outrospaíses emdesenvolvimento, deter um governo que seja "um mero gerente do sistemainternacional", segundo o cientista político. Além do crescimento econômicode 7%aoano,opaís também deve ter como outro objetivo central erradicar a pobreza, diz Jaguaribe. Ele anunciou queseráentregueao presidenteFernando Henrique Cardoso um documento com um projeto comumparao país,com15 metas. Ocomitê éformado por deputados federais esenadores, entre elesAloísio

Atraso pode cancelar

Aproximadamente nove das 58 usinas termelétricas doProgramade Energia Emergencial estão com a instalação atrasada e correm o risco de serem multadas e até mesmo teremoscontratos cancelados. O presidenteda Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial (CBEE), RicardoVidinich, admitiu ontem a possibilidade de cancelar os contratos se oatrasoforporum prazo longo."Setiver umatraso muito grande não interessa mais", afirmou. Vidinich não dimensionou qualseriaesteprazo edisse

Mercadante (PT-SP), Rita Camata(PMDB-ES)e Jeffersson Perez (PDT-AM). Pobreza – O economista da PUC-Rio Edward Amadeo, que já foi ex-ministro do Trabalhono governo Fernando HenriqueCardoso, entretanto, defendeu queo Brasil não pode crescer além de4%pois nãotempoupança e investimento suficientes. "A questão é manter perto desses 4% e evitar crescimento maior", disse. Para ele, mais importante que o crescimento são a flexibilização dogasto públicoe aredução da pobreza.

Já oeconomista JoséMárcio Camargo (PUC-Rio e Tendências Consultoria)diz que os pontos mais importantes para o desenvolvimento econômico do país são a estabilidade econômica, a retomadada trajetóriadecrescimento e a redução da desigualdade por meio de políticas sociais focalizadas na educação infantil. (AE)

termelétricas

que ele variade acordo com ascaracterísticas decadausina. Essastermelétricasseriam responsáveis pela geraçãode 33%do total doprograma e deveriam ter entrado em operação até 30 de junho. Além de não receber o aluguel, queé pago como montante arrecadadodoseguro apagão,asusinas em atraso podem ser multadas no mesmovalor que receberiamda CBEE.

A Comercializadora decide se aplica ou não a multa no momento em que a usina entra em operação, já que a penalidade é na forma de des-

conto no valor do aluguel. Capacidade –As 37usinas doProgramade Energia Emergencial que já estão disponíveis paraoperaçãorepresentam em capacidade de geraçãodeenergia apenas um terço de toda apotência do programa. As37 usinas têm,em conjunto,capacidade de geração de 765,72 MW enquanto para todoo programa, com58usinas,está prevista uma potência total de 2.150,42 MW. Segundo Vidinich, 12 usinas,com potência de 678,7 MW, estarão prontas até o fim deste mês. (AE)

Dom Fernando Antônio Figueiredo, bispo da Diocese

Desfile lembra heróis da Revolução de 32

Cerimônia, que teve entrega de medalha e homenagem a veteranos, foi realizada no Obelisco do Soldado Constitucionalista

Nemofriode novegraus, do início da manhã de ontem, intimidou o paulistano que compareceu aos desfiles em comemoração aos 70 anos da Revolução Constitucionalista. Afesta, quecontou com aproximadamente 13 mil pessoas e a presençado gov ernador Geraldo Alckmin, foi realizada em frente ao Obelisco Mausoléu do Soldado Constitucionalista de 1932,no Ibirapuera. Pelo menos 13 mil pessoas acompanharam a festa,que durou mais de três horas.

O aniversário do Movimento Constitucionalista contou com a presença de vários ex-combatentes. Eles estavamparamentados com capacetes, boinas e fardamentos utilizados pelos batalhõesquelutaramnas trincheiras de cidades do Interior Paulistaede divisacomoutros estados. Cada um dos uniformesindicava obatalhão peloqual oex-combatente serviu na Revolução. H o m e n a g en s – A comemoraçãofoimarcada pelas homenagensaos soldados mortos no conflito. Os alunosdaAcademia dePolícia

Militar doBarro Brancocarregaramcaixas comosrestos mortais de dez combatentes. Acerimônia causoumuita emoção nos veteranos presentes. Geraldo Pires de Oliveira, de88anos,lembrou que em 9 de julho de 1932 fazia muitofrio emtodo oEstado de São Paulo. "Os soldadosestavam quase sucumbindo ao frio nasserras do Vale do Paraíba enoSul do Estado, na regiãode Itararé",

Estudantes da USP aproveitam cerimônia para fazer protesto

Alunos do curso de Filosofia da Universidade de São Paulo (USP)protestaram ontemdurante acomemoração de9 de Julho,noIbirapuera, reivindicandoa contrataçãodeprofessores. No término dos desfiles, cercade 50 estudantes cercaram o governador Geraldo Alckmingritando palavras de ordeme carregandocartazes com a frase: "USP na rua, Alckmin a culpa é sua".

O governador Geraldo Alckmin respondeu que as universidades estaduais irão receberam R$50 milhões, além dos 9,5% daarrecadação doICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias eServiços) quea lei estabelece.

"Afalta de professores é uma questão interna da universidade, que tem total autonomia administrativa", disse o governador, quese comprometeua receber osestudantes posteriormente no Palácio dos Bandeirantes.

Os estudantes da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências HumanasdaUSPestão em greve há mais de 50 dias e protestaram contra a falta de professores e excesso de alunos em salas de aula.

A Polícia Militar e a segurança dogovernador precisaram intervir para que Alckmim não fosse agredido, já que osânimos dosestudantes estavam exaltados. (DC)

disse o ex-combatente que tinha 18 anos na época. Outro ex-combatente, Gino Struffaldi,quetinha 17 anos quando lutou, recordou a guerra das matracas. "Os soldados faziam ruídos com as matracas, que pareciam tirosdemetralhadoras eafugentavam o inimigo".

Foram depositadas flores noObelisco Mausóleudo Soldado Constitucionalista de 1932. Os familiares dos combatentes participaram de uma missa,realizada dentro domonumento, em nome dos soldados mortos no

periodo da Revolução, que durou de 23 de maio de 1932 até2 deoutubrodomesmo ano, quando São Paulo pediu o armistício.

O Obelisco,como émais conhecido, tem em suas quatro faces toda a simbologia do Movimento de 32e da história deSão Paulo,com esculturas desoldados e palavras de ordem.

Medalhas – Mais de 70 pessoasforam condecoradas com aMedalha Constitucionalista. Entre elas, o vice-presidente daAssociaçãoComercial deSãoPaulo,Fran-

cisco Giannoccaro; o diretorsuperintendenteda Distrital Centro, RobertoMateus Ordine; o diretorPaulo Eduardo de Barros Fonseca; e o conselheiro da entidade Luiz Eduardo Correia Dias. No conflito de 32, a Associação fez a campanha Dê Ouro para São Paulo,para acomprade suprimentos efardas para os soldados Após ascerimônias dehomenagens, opúblicoacompanhou o desfile dos ex-combatentes, seguido de uma parada de carros antigos, remanescentes da década de 1930.

O governador Geraldo Alckimin acompanhou os desfiles ao ladodo presidente da Assembléia Legislativa, Walter Feldmann, dosecretário de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, e do

Secretário de Justiça, Alexandre Moraes.

Os festejos seguiram com os desfiles de todas as divisões da Polícia Militar de São Paulo, Corpo deBombeiros, Cavalaria,Polícia Civil,Guarda Civil Metropolitana, motociclistas.Os escoteirosfizeram uma homenagem a Aldo Chioratto,o mais jovem mártir da Revolução, que morreu quando tinha 9 anos de idade.

O dia 9 de julho foi o ápice da crisepolítica enfrentada pelo estado deSãoPaulo, quetevea participação de civispara combateraditadura deGetúlio Vargas. O povopaulista pediaainstauração de uma Assembléia Constituinte.

Manifestações pedem desarmamento

Manifestações pela paz marcaram ontem o 1º Dia Internacional peloDesarmamento. Para lembrar as vítimas da violência, o Instituto Sou da Paz promoveu um ato ecumênico como padreJaimeCrowe eo rabinoHenry Sobel, além da destruição de armas no Vale do Anhangabaú, no Centro da cidade. Sapatosde pessoasque morreram vítimas da violência foram utilizados em uma passeata simbólica. "Conseguimos410 paresdesapatos, em homenagem às 4.100 pessoasmortas abalanoano

passadoemSãoPaulo. Isso dá um rosto às estatísticas. Se as pessoas não podem estar aí, os sapatos estão, mostrando que, se elasnão tivessem sofridoviolência, estariam caminhando", disse o diretor do instituto, Denis Mizne. O evento, quecomeçou às 10h, contou com apresentações de artistas e grupos de teatro durante todo o dia. Omovimento Tome uma Atitude contra a Violência tambémorganizou umamanifestação ontem, às 10h, no vão livre do Masp, na avenida Paulista. Paralembrar osjo-

vens vítimas de armas de fogo, aproximadamente 300 adolescentes participaram de encenações teatrais.

Conscientização– O Dia Internacional pelo Desarmamento foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) paraa reflexão e conscientização sobreos perigos de se andar armado. A datado eventofoiproposta em 2001pelo entãoministro da Justiça, José Gregori. Dados do Instituto Sou da Pazestimam quecerca de50 mil brasileiros morrem todos os anosvítimasde armas de

fogo. Segundo a Divisão de Produtos Controlados da Polícia Civil, nos seis primeirosmesesdesteano, só em São Paulo, foram concedidos 1.662portes dearmas,quase o total registrado em 2000. As permissõesparaqueas pessoas possuam armas exclusivamentedentro decasa também cresceram. Há dois anos foram feitos 7.280 registros.Em 2001,o númerosubiu para 8.838 e,de janeiro a junho desteano,jáforam concedidos 3.933 registros. Estela Cangerana/AE

CET interdita faixa de viaduto para reforma

A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) vai interditar hojemais uma faixa da ponte Atílio Fontana, na zonaOeste deSão Paulo. A ponte, que faza ligação entre arodovia Anhanguera eo bairro da Lapa, ficará parcialmente interditada no sentido Interior/Capital por 180 dias, para obrasderecuperação das vias de sustentanção. Na zonaLeste daCapital, a CET também vai interditar porcercade seismesesarua GasparBarreto, naVilaPru-

dente.Osveículos serão impedidos de circular no trecho entreasruas CostaBarrose Rosário do Catete enquanto durarem as obras de construção degalerias deáguas pluviais, pela Secretaria de Infraestrutura Urbana (Siurb). Hoje e amanhã, os motoristastambém não poderão circular no túnel Ayrton Senna I, sentidocentro-bairro, das 23h30 às 5h. Nesse período, a Siurb pretende executar serviços de limpeza e manutenção no túnel. (EC)

NOTAS

Acidente na Régis deixa um morto

Umapessoamorreue outraficou feridaquandouma carreta Scâniatombou,na noite de segunda-feira, na altura do km 300da pista São Paulo-Paraná da Rodovia Régis Bittencourt(BR-116), emSão Lourenço da Serra, grandeSão Paulo. A carreta transportavatoras demadeira e também atingiu um poste de alta tensão da Eletropaulo. Na carreta estavam Justi Rodrigues, que morreu no local, e Maria Alice, encaminhada ao PS Pirajussara. (AE)

Associação Comercial de São Paulo

Carreta com ácido tomba em estrada

Uma carreta Volvo com 27 mil litros de ácido sulfúrico, tombou ontemde madrugada no km 156 da rodovia Cunha Bueno, perto de Luiz Antônio, região de Ribeirão Preto.Partedoácido vazouno acostamento. Bombeiros e técnicosdaCetesb jogaram terra e cal no local para evitar contaminaçãode áreas próximas. O motorista José Geraldo Batista, de41 anos,ficou gravemente ferido e foi para o HospitalSãoPaulo, em Ribeirão Preto. (AE)

Empresário escapa de seqüestradores

O empresário Antonino Petruso, dono detrês supermercados em Bragança Paulista, coonseguiu fugir da quadrilha que o mantinha reféme foiresgatado porpoliciais na madrugada de ontem na rodovia dos Tamoios (SP99), emParaibuna,no Vale do Paraíba. Ele estava sequestrado desdesábado.Petruso foi rendido quandosaía de uma de suas lojas, de onde foramlevados R$ 300mil.O empresário levouum tirono abdômen , mas passa bem.

Dora Carvalho
A parada de carros antigos, dos anos 30, chamou a atenção do público que prestigiou a festa, apesar do frio
Fotos: Dudu Cavalcanti/N-Imagens
Ordine, Correia Dias, Barros Fonseca e Giannoccaro receberam medalhas

Renda menor é a principal causa da inadimplência

O encolhimento da renda mensaldotrabalhadoré o principal motivo para o atraso no pagamentode dívidas por pessoas físicas. Isto é o que aponta estudo realizado pela ABM Consulting, divulgado comexclusividade para o Diário do Comércio

Em junho, a taxa ABM que medea inadimplência(médiade atrasosdeaté 180dias no comércio, através de dados da Associação Comercial deSão Paulo,eno sistemafinanceiro, peloBanco Central, BC) atingiu 15%.

Estabilidade – A boanotícia é que a insolvência, que são asdívidas com maisde 180 dias de atraso, manteve-se estáv elem 6%. Ou seja, comércio e sistema financeiro estão demorando mais para receber, mas não estão sendo v ítimas de um aumento do índice de inadimplência.

Matias, presidente da ABM Consulting.

Média: 16dias – Dad os apurados pela consultoria mostram que oconsumidor tem pago suas dívidas depois deemmédia 16diasdovencimento.

"Estar inadimplente não quer dizer que esse consumidor não irá pagar a dívida. Significa que ele está tendo maisdificuldadesem conseguir o dinheirodentro do prazo", observa Matias. Alternativas – Até mesmo quemé consideradoinsolvente temprocurado formas alternativaspara honrarseus c om p ro m is s os .

Consumidor está atrasando o pagamento de prestações porque sua renda encolheu muito

"Os consumidoresestão atrasando opagamento de prestações porque sua renda encolheunos últimosmeses, em virtudeprincipalmente do aumento depreços administrados, como gás de cozinha, telefone e energia", diz o consultor AlbertoBorges

A ABM constatouque 50%dos empréstimos para pessoasfísicas têm comodestino opagamento de outras dívidas.

Masé com esse consumidor que se deve ter cuidado, na avaliaçãodeMatias.Isso porqueelejá temdívidasem aberto com o sistema financeiroou com ocomércio, e vai buscar crédito com a finalidadeapenas de limpar seu nome por um determinado período,antes que fiquede novo insolvente.

Oprincipal motivo de in-

solvência hojeé odesemprego. Estudo da ABMaponta que 51,8%dos insolventes perderam o emprego.

Sesomado aodesemprego familiar, responsávelpor 5,8% dos atrasos,a perda do emprego responde por mais de60%da inadimplência. Pesquisa divulgada pelaAssociação Comercial de São Paulo, na última semana, já havia identificado o desemprego como o motivo do nãopagamento de dívidas.

Confusão– Um problema apontadoporMatias éque muitos consumidores que atrasam o pagamento de suas dívidas são confundidos com consumidores insolventes, que deixam de pagar a dívida, causando prejuízo para o comércio ou para o sistema financeiro.

"Issoé muitoruimporque se cobrado da maneira errada

Mais de 50% dos empréstimos concedidos são para quitar dívidas

Nãosão sóo desempregoe a renda menor do trabalhador, que vem caindo sistematicamente, que contribuem para oaumento da inadimplência eparaaprocurade empréstimos.

Tratamento de saúde, reforma da casa e socorrer amigos eparentes,comproblemasfinanceiros, também têmempurrado osconsumidores para os bancos e financeiras.

Linhas – Deacordo com o estudo realizadopelaABM Consulting, nomêsdemaio foram liberadosmais de R$ 25bilhõesemlinhas de crédito pessoal. O cheque especial, que também é usado em emergências, também registrou uso de R$ 7,5 bilhões.

O estudo apontouque em 50% doscasos os empréstimos eram destinados ao pa-

gamento de dívidasem atraso; 11,2% para a compra de bens para casa; 6,7% para consertos ereformas; 7,7% paraotratamento desaúdee 4,5% paraajudaramigos ou parentes.

Primeirolugar – Na outra ponta,os motivosquelevam o consumidor a ficar inadimplente são o desemprego, em primeiro lugar, com 51,8% da responsabilidade.

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Ofatodeapessoater outros compromissos,comoo pagamento de serviços (água, luz,telefonee gás decozinha), além de alimentação, responde por 8% dos casos de inadimplência."A rendado trabalhador encolheuepor isso eleestá tendo mais dificuldades em pagar as contas", diz o consultor Alberto Borges Matias, presidenteda ABM Consulting. (AG)

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o consumidor pode deixar de compraroude serclientedo banco que lhe emprestou o dinheiro", diz. A mais – No entendimento doconsultor,quem atrasao pagamento por poucos dias o faz muitas vezes porque comprou mais do que podia. Mas que, em geral, quando se tornainadimplente procura honrar seus compromissos para poder voltar a comprar. Em junho do ano passado a taxaABM deinadimplência de pessoasfísicas estava situada em 14%.Esse número subiu para quase 17% em outubrode2001,caindo logo emseguidapara 13,5%,em novembro. O indicador voltoua subirem março,batendo nos 17%. Em maio o índice já haviarecuado para 16% e, em maio, para 15%.

Fraga afirma que risco do País tem nível exagerado

O presidente do Banco Central,BC,Armínio Fraga, afirmou ontem que os mercados internacionais têm "exagerado"o riscofinanceiro enfrentado pelo Brasil.

"Eu acredito que os mercados estão exagerando os riscos", afirmouFraga."Os spreads (taxasobre ostítulos do Tesouro dos EUA) ainda estão muito altos."

"Nós estamos tentando explicarparaas pessoasonde estamos exatamente e quais são as escolhas", disse Fraga.

As preocupaçõeseleitorais reduziram ovalor dosbônus brasileiros em mais de 22%, contribuíramparaa depreciação doreale afetaramo mercado de ações.

O risco Brasil chegou perto dorecordede 1.779pontosbaseatingidoem janeiro de 1999, durante a desvalorização cambial. (Reuters)

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, disseontem que um"instinto derebanho,de manada" tem marcado o comportamento do mercado emrelação ao Brasil."Não aconteceu nada fundamental naeconomiabrasileira nas últimassemanas quejustifiqueessa histeria,essepânico – usando o termo do Köhler –queassaltou algunscorações e mentes mais frágeis do mercado", afirmou Malan durante uma entrevista coletiva a Imprensa."Issopode ser revertido", acrescentou.

Segundo ele, os mercados financeiros globais estão passandopor um momento de elevadaaversãoaorisco, gerado principalmente pelos escândalos contábeis em empresas como Enron, WorldCom e Vivendi.

"Eu espero que issoseja passageiro pois eu não acho que essas questões ( c o n t áb ei s ) sejam regras", disse. "Além disso, vivemosum momentoque deveser vistocomonatural num regimedemocrático, umano eleitoral traz um grau de turbulência maior do que num ano comum."

derandoque estavamequivocados", disse.

"Mas a grandequestão é se saber ograu decredibilidade queessa conversãotem,pois ela exige umgrau de convicção paraque ela atinjaum grau de credibilidade."

De acordo com o ministro, "não segoverna comdiscursosbaseados emideologias ou imposições voltadaspara atender apenas as expectativas da militância". Ao ser questionado sobre qual o partido a quese referia, Malandisse queera "oprincipal partidode oposição do Brasil, que vocês sabem qual é".

Superávitprimário – Malan afirmou que a meta de superávitprimáriode 3,75% paraeste ano e2003 é"adequada para o momento atual, para hipótesesplausíveis do crescimento do PIB nos próximosanos, taxas de juros e câmbio reais".

"Vivemos um momento que deve ser visto como natural num regime democrático"

De acordo comele, um superávit de 3,75% do PIB permite colocara dívidaPIBnuma trajetória declinante nos próximosanos. "Oimportanteé preservar osuperávit primárionessaordem de grandeza."

Segundo ele, "não devemos nosdeixarlevar por tentativas equivocadas de precificar tudo,usandoum jargão do mercado". "A idéia de que toda e qualquer incerteza possa e deva serprecificada me parece errada e é isso que acontece por parte de alguns".

Credibilidade – M al an voltou a ressaltar a importância do debate público que antecede aseleições. "Estãohavendo avanços importantes, pois partidospolíticosdo Brasil vêm abandonando posições, posturas, declarações, decisões em suas convenções nacionais, de seus diretórios e executivas nacionais, consi-

Acordocomo FMI– Malanvoltoua não descartara possibilidade de o Brasil vir a negociar um acordode transição com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

"Essa questão tende a ser colocada de uma forma binária, como se fosse duas pontes extremas, ou seja, que não há menor a possibilidadede haverum acordocom oFundo ou sim,teremos um acordo amanhã", disse.

"Omundo realé muito mais complexo e não podemos de forma alguma eliminar essas possibilidades que estãoao nossoalcancecomo País acionista do FMI." (AE)

Argentina: ministro pede mais esforço

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, alertou ontem queprojetos de reestruturação de dívidapública podem acabar prejudicando os países que eles deveriam beneficiar, e pediu mais esforços para tentar resolver a crise argentina.

"Eu acredito que planos grandiosos para mecanismos de reestruturaçãode dívida soberana...não sãoa melhor forma de agir. Isso pode levar acustos maiorese reduziros fluxosde capitalparapaíses soberanos, especialmente mercados emergentes",disse Malan emuma conferência sobre mercados financeiros em Madri.

e

Argentina – "Se apenas 10% desse tempo, energia, talento e encontros fossem alocados pararesolver umcaso específico – Argentina – eu acho que todos estaríamos melhor háalgumtempo", acrescentou o ministro.

Osmercados brasileiros têm sidoafetados portemo-

na ajuda

resdos investidoresde quea dívida pública do País, de cerca de R$ 680 bilhões, seja mal administrada caso o líder nas pesquisas de intenção de voto para Presidência, o petista Luiz Inácio Lula da Silva, vença a elição presidencial. Osnervos dosinvestidores em relaçãoaosmercados emergentes têmsofrido enorme desgaste em meio à grave crise que a Argetina enfrenta.

Avaliação – Em uma tentativa de reduzir essas preocupações, Pedro Malandisse queos mesesqueantecedem as eleições são oportunidades para avaliar profundamente as idéias, mas que as atitudes e posiçõesdos partidoseindivíduos mudaramduranteo processo eleitoral. "Qualquernova administração terá dese comprometer amanterainflação sob controle...amaioria dosbrasileiros iráexigir responsabilidade fical", disse o ministro. (Reuters)

Feriado em São Paulo

atrapalha o câmbio; dólar tem recuo de 0,24%

A terça-feira confirmou as expectativas e, com um feriado na principal praça financeiradoPaís, os negócios com dólar se reduziram drasticamente.

Na celebração do movimento Constitucionalistade 32, emSão Paulo,a estimativa deoperadores é deque o volume nãotenha alcançado nem um terço do que normalmente é negociado.

Plantão – Em esquemade plantão, amoedaamericana terminou a R$ 2,855 para venda, em baixa de 0,24% sobre o fechamento anterior.

Os primeiros negócios só foram relatadospoucodepois das 11 horas. Normalmente,as operações nocha-

mado mercado interbancário têminíicio entre 9he 9h30. "Não tevequase nada (em negócios), o dia foi bem parado",resumiu ooperadorde câmbiode umbancode investimentos, completando que "ficaatédifícilter uma percepçãosobreo volume negociado no dia" comum negócio aqui e outro ali. No ano– Noano, amoeda americana ainda acumula alta de 23,32% sobre o real. Somente neste mês o avanço já é de 1,24%.

Os negócioscom dólarfuturo estiveram paralisados, já queaBolsa deMercadoriase Futuros, BM&F, não operou. (Reuters)

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Ações do setor de tecnologia derrubam bolsas na Europa

As bolsas devalores da Europa encerraram a terça-feira no vermelho, pressionadas principalmente porações de tecnologia. Dadossobrea produção industrial naAlemanha, com queda de 1,3% em maio, também desanimaram os negócios. A Bovespa nãofuncionouontem, em virtude do feriado de 9 de Julhono Estado, retomando suas atividades hoje. Preocupações sobre práticascontábeis de empresas persistiram, apesar de um discurso do presidente americano, George W.Bush, em quese comprometeua aumentar as penalidadespara crimes corporativos.

Londres – A Bolsa de Londres fechou com o índice FT100 em queda de 58,4 pontos (1,27%), em4.542,9 pontos. De acordo com analistas ouvidos pela Agência Dow Jones, o fraco desempenho das ações detecnologia telecomunicações e financeiras anulou os ganhos do setor farmacêutico.

As ações de tecnologia lide-

raram as perdas do mercado, pressionadas pelostemores comrelação as perspectivas decrescimento futuro,que continuama levarosinvestidores a rodarem para outros setores.

Lucros – Analistas do CSFB suspeitam que os lucros irão,no final, salvar o mercado. "Mas, infelizmente, osnúmeros doslucros parecem não estar no jogo, ou pelo menos, por enquanto", disseram os analistas noboletim do banco.

39,34 pontos(1,02%),em 3.819,01 pontos. Analistas disseram queo fracodesempenhodo setordetelecomunicações obscureceu os ganhos da Vivendi Universal. No setor de telecomunicações,a France Telecom caiu 4,7%, pressionadapor uma realização de lucrodepois de sua recuperação da recente mínima histórica.

Madri caiu 1,91%, com a preocupação sobre a exposição das empresas no Brasil

Entre as blue chips,a Vodafonecaiu3,4% depois que sua subsidiária japonesa,a J-Phone,revelou que obteve 124.000 novos assinantes.

O grupo de software Sage caiu 7,9% pois as fracas perspectivas emitidaspelas companhias de software americanas Citrix e Retek pesaram sobre o sentimento.

Paris – Em Paris, oíndice CAC-40 fechouem quedade

Alcatel – Alcatelfabricante de equ ipamen tos de comunicação, fechou em queda de 2,2% depois que a Moody’s Investor Servicerebaixou a classificação de sua dívida para título de alto risco.

A Vivendi Universal subiu 1,7%, impulsionada por informes que revelara m um acordo com bancos sobre sua dívida no curto prazo.

Brasil pesa – Asbolsas de Madri, Milão e Lisboa acompanharama tendência de queda em Londres e Paris. O mercado madrilheno regis-

trou uma quedade 136,10 pontos (1,91%), em 6.997,70 pontos.Pesaram sobreo mercado as preocupações sobrea exposição das companhias espanholas no Brasil e na América Latina. Além disso, espera-se volatilidade pois o mercado não está certo sobre que direção tomar. Entre as principais blue chips, Telefónica recuou 3,22%, Repsol-YPF perdeu 0,08% e o BBVA caiu 3,17%. Milão cai – Em Milão, o índice Mib-30 fechou em queda de 0,37%. Asações de instituições financeiras tiveram comportamentos variados, o que pesou sobre o índice. Em Lisboa, o índice PSI-20 fechouem queda de 0,25%, em 6.690,49 pontos.

Analistas disseram que a bolsa americana eos demais mercados europeus estabeleceramo tom negativoe a maioria das blue chips portuguesas registraramperdas. PortugalTelecom foi uma exceção com ganho de 0,73% depoisda recente fraqueza. (Reuters/AE)

Hoje é dia para tudo acabar em pizza

Na data dedicada às apreciadas redondas, várias casas fazem promoções ou inovam em sabores para atrair maior clientela

Certamente o paulistano não precisa quehaja um Dia daPizza paraconsumiras apreciadasredondas. Tudoé motivo para quese acabe em pizza, no bom sentido, obviamente.Massendo hojeodia dedicado aosaborosoprato, tem-semaisuma boarazão para apreciá-lo. Dados do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares revelam que o faturamento do segmentode pizzasfoi deR$ 730,6milhões noanopassado, registrando um crescimento de 30% em relação a 2000. Nesteano, aprevisão é

crescer em torno de 20%. Somentena capitalpaulistaexistem 5.850pizzarias, dasquais apenas30%possuem delivery. E diariamente abrem-se novas casas, segundoo Sindicatopara cadapizzaria que fecha, abrem-se duas outras. Ascausas do fechamentorelacionam-se ao desperdício eao maugerenciamento. Mensalmente vendem-se 42,9 milhões de pizzasnacidade deSãoPaulo, quase1,5 milhãopor dia, aproximadamente umatonelada de pizza diária.São Paulosó ficaatrás de Nova

York, já que os norte-americanos também costumam almoçar pizza. Recheiode chefe – Não precisava,maspara atrair ainda mais o consumidor, várias pizzariascriaram novas receitas ou fazem promoções. A Castelões, a cantina e pizzaria mais antiga da cidade, optou por chamar seis dos mais renomados chefes de cozinhapara que inovassem em pizza. Até o próximo dia 14, cada dia da semana tem um chefe responsável e recheios diferentes.Assim, hoje, o chefeSérgio Arno apresenta a pizza de zanpone (carne de porco e cebola); amanhã, o chefe Adriano Kanashiro oferece apizza de salmão, shimeji eshiitake. A renda obtida com essas pizzas será doada ao Instituto Meninos de São Judas Tadeu. NaPizzaBros.,o chefe Franco Ravioli criou a Gira Mondo, que leva brie, molho de tomate, abóbora ealiche, porqueesses ingredientes originam-se de países que ele considera berços dagastronomia mundial: França e Itália. Já o restaurante Bellalluna preferiu criar umapizza Passione Braziliana, elaborada com carneseca, abobrinhae catupiry, ingredientes bem

Férias não tão longe assim ou aqui mesmo na cidade

O quefazernesteperíodo de férias de meio de ano? Onde levaressasirrequietas crianças, se opais estão em períodonormal detrabalho? Essa tarefa torna-se mais amena com o uso de três publicações lançadas pela Publifolha: Guia Fujade São no fim de semana; Guia Fique em São Paulo no fimde semana e Guia Fuja de Casa com as Cr ia nça s . Sãosugestões de programas fáceis de fazer, já que os locais não são tão longe assimeoutrosestãoaqui mesmo na cidade.

Fernando MoreiraLeal, um dos editores dos guias, diz que aequipe produtora (20 pessoasentre repórteres,fotógrafos, consultoresetc) levantou os locais mais interessantes para cada um deles. No caso do FujadeSão Paulo , que teve sua primeira edição em 2000,foramgastostrês anos entre a idéia de produzir a publicação e o trabalho final pronto. Desde então, os guias vêm sendo atualizados a cada edição. O Fique em São Paulo eo Fuja com as Crianças tiveram as primeiras edições lançadas no segundo semestre do ano passado.

Os programasindicados foram realizados pelas equipesdos guias,parasentiremse como os prováveis visitantes. No caso do Fuja de São Pa ulo ,Lealdizquea maior descobertarefere-se ànatureza exuberante existente nas proximidades da capital paulista.Há verdadeirossantuáriosecológicos,como aIlha do Cardoso,que possui90% de sua áreacoberta por mata atlântica intocada. Os programassão indicadospor menusde áreas deinteresse. A pessoavai direto ao segmento de seu interesse, como esportes, compras, passeios, festas típicas etc.

brasileiros. Como sobremesa, a sugestão é a pizza de chocolatee rum.ApizzariaVia Blu também criou uma pizza doce, a Dolce Nero, recheada de morango, granola, sorvete de creme, caldade chocolate

e licor deamêndoa. Individual,custaR$7,apenas no jantar, até o dia 12. B ri n de – Exatamenteno DiadaPizza, aPizzariaPortoroz completa um ano de funcionamento.Para come-

morar, inclui algumas novidades em seu cardápio, como a pizza de babahanuche (pasta deberinjela), ade carnede javali e a de palmitopupunha, alho poró e cream chese. Como brinde,acasaoferece uma pizza doce de sobremesa.Jáo restauranteLilló dá 20%de descontonoalmoço ou jantar dehoje, para quem consumir pizza. A casa oferece30sabores depizza.Apizzaria Veridianaoferece 23tipos de pizza e quatro tipos de calzones. Entre as favoritas estão a de fatias de lingüiça calabresa, a de fundos dealcachofra e a dericota fresca com parmesão.

Comemoração surgiu do concurso

Descobertas – No Fuja com as Crianças osmenus foram criados por faixas etárias, com a consultoria de psicóloga epedagoga, jáque épreciso oferecer atividades indicadas para a idade da criança. O guia inclui passeios na própria cidade oulocaispróximos, com indicações até para diasdechuva ediasdesol. Parques,zoológicos, circose museus estão entre as várias sugestões de programa. Há ainda um capítulo de orientação em relação a cuidados com estranhos, assaltos, ferimentos etc.

Quem achaque conhece São Paulo deve consultar o Fique, pois aprópria equipe que o elaborou surpreendeuse com alguns recantos da cidade,diz Leal. Buscando atrações diferentes das costumeiras, a equipe encontrou vários locais para a prática de ecoturismo,onde háplantas eanimaistípicos damata atlântica. Adeptosde esporte radicaltêm naSerra daCantareira, zona norte da capital, pólo de esportes de ação, para a prática de rapel (descida de pedreira em corda), tirolesa, mountain bike e vôo livre com paraglider. Os programas costumeiros, com os conhecidos parques e museus também têm espaço no guia. As publicações trazem indicação de faixasde preços em hotéis erestaurantes. Os guiaspodem ser adquiridos emlivrarias e bancasde jornal e custamR$ 19,90 (Fique em SãoPaulo ou Fujade São Paulo) e R$ 15,90, Fuja de Casacom Crianças. As indicações também podem ser consultadas na internet,no site www.fuja.com.br. (BA)

O Dia da Pizza surgiu devido a um concurso anual para eleger as 10 melhores receitas de pizzademussarelae margherita,criado em1984, pelo então secretário de Turismo do Estado, Caio Luís de Carvalho, hoje ministro dos Esportes. A final do concurso realizou-se em10dejulho que, desde então, tornou-se a data comemorativa do apreciado prato. Porém,nãoétãofácil explicar a origem das redondas. Há controvérsias quanto seus criadores. Aocontráriodo que se imagina, não foram os italianos que criaram a pizza. Elas a aperfeiçoaram, mas ela existehá maisdeseis mil anos, atribuindo-se suaorigemagregoseegípcios. Os romanos preparavam a focacce, que seriaa precursora da pizza.

Há registros de que entre os 1000 e 1500 encontram-se ci-

tações de piezascasey, pizzas de pan ou piza panis. Após 1500, encontram-se citações depizzaem tratadosdecozinha do Norte da Itália, Veneza e também do Leste. Nesses escritos, ela surge como a conhecemos: umdisco finode massa, para cozer no forno, que serve de apoio para qualquer tipo de recheio.

No Sul da Itália, a tradicional massa prensada foi tem-

perada com alho, banha de porco e sal de grosso. Com o tempo, a banha foi substituídapelo azeite de oliveira e passou-se a acrescentar queijos e ervas aromáticas. Na segunda metadede 1700,em Nápoles a massa começa a receber um estranho fruto trazido das Américas: o tomate. Num tratado de 1858, a pizza é descrita exatamente como a conhecemos hoje. (BA)

A massa aceita os mais variados recheios e as doces se integraram ao cardápio
D ivulgação
Beth Andalaft
Na Castelões, conhecidos chefes foram convidados a criar novas pizzas
Fotos: Reprodução

Vice-presidente dos EUA é processado por fraude

O grupo que investiga a corrupção entrefuncionários do governo norte-americano, o Judicial Watch, informou ontemterabertoum processocontra ovice-presidentedos EstadosUnidos, Dick Cheney, e a empresa em queele trabalhava,Halliburton Co. – de serviços de energia (petróleo) –,por práticas contábeis supostamente fraudulentas. Cheney foi presidente e diretor-executivo da empresa entre 1995 e 2000. OJudicialWatch representa acionistas da Halliburton. A açãoacusaa companhiade ter superestimado as receitas em US$ 445 milhões entre 1999 e 2001, que, junto com a auditoriaAndersen, enganou os acionistas recorrendo a fraude contábil.

O processo judicialafirma que Cheney, quando presidente-executivo entre 1995 e 2000,eoutrosdiretores da Halliburton inflaram as receitas paraimpulsionar asações da empresa. Um porta-voz da

O vicepresidente nor teamericanao,Dick Cheney, é acusado ter inflado os balanços da Halliburton Co. em dezenas de milhões de dólares

Casa Branca disse que o vicepresidente acredita que o caso não tem fundamento. "Eles inflaram as receitas em dezenas de milhões de dólares,por baixo",afirmouo conselheiro-geral doJudicial Watch, Larry Klayman. O processo civil está no tribunal federalde Dallas.Klayman

afirmou que as receitas foram infladas por mudançascontábeis que nunca foram divulgadas como manda a lei. O processo não especifica qual o valor da indenização que os acionistas estãobuscando.

MasKlaymanafirma: "Queremos milhões emilhõesde dólares...Istoé parapuniros

envolvidos".

Desviar atenção – O Judicial Watchafirma também queasrecentes medidas de Bush para combateras fraudescontábeis têmaintenção de desviar as atenções da conduta deCheney e desua própria como homens de negócios. A conduta do presidente foi colocada em xeque recentemente quandoaSecurities and Exchange Commission (SEC), órgão reguladordo mercadode capitais, detalhou em memorandoum atraso de 34 semanas para reportara vendade açõesavaliadas em mais de 1 milhão de dólares quando era diretor da empresa texana Harken Energy há mais de dez anos. "Fechar os olhospara o caso dovice-presidente seria abrir um precedente de que a elite de Washingtonestá acima da lei",afirmou Klayman em comunicado,quando anunciou que iria entrar com um processo contra Cheney e a Halliburton. (Reuters)

FMI censura as corporações dos EUA

O Fundo Monetário Internacional(FMI), acusadopelos críticos de impor soluções no estilocapitalistanorteamericano ao restodo mundo, manifestou ontem que os Estados Unidos estãotendo de reaprender algumas lições básicas sobre capitalismo. Tom Dawson, diretor de Relações Exteriores do Fundo, criticouuma série deescândalos corporativosque tem infestado os EUAe incitou o presidente do país,George Bush,a apresentarpropostas para o combate às fraudes, incluindo penas mais longas para executivos desonestos.

"A lição queestá aparecendo nos países industrializados agora é que a contabilidade detodospoderiasermelhor",disse Dawson,durante almoço comjornalistas. Sea instituição estivesse dando um conselho aos Estados Unidos, disse Dawson, não seria diferente do queo que daria a outros países.

"O conselho que oFundo teria dado (para os EUA) é exatamente o mesmo",disse ele, mencionando a necessidadedesistemaslegaise regulatórios transparentes e previsíveis.

As notícias de que a empre-

sa farmacêuticaMerck &Co registrou receitas inexistentese oescândalo contábilde 3,85 bilhõesde dólares na operadora de telefonia WorldCom foram os últimos golpes à confiança do investidor nos Estados Unidos, seguindo o da ex-gigante do setor energético Enron. Padrões básicos – A Securities and Exchange Commission –semelhanteà Comissão deValores Mobiliários doBrasil–acusoua WorldComde fraude,alegando que a empresa contabilizou, irregularmente, despesas correntes como investi-

mentos de capital de longo prazo durante um período de cinco trimestresa partir de 2001, ocultando prejuízos de 1,22 bilhão de dólares.

Dawsondisse queospadrões básicos de contabilidade,se observados, poderiam prevenir tais delitos corporativos. "O reconhecimento de receitase despesassãoensinados no primeiro ano de contabilidade", disse ele. Questionado seBush estava fazendo o suficiente para tratar do problema, que tem abalado os mercadosfinanceiros dos EUA, Dawson não comentou. (Reuters)

Palestinos ameaçam parar reformas

A Autoridade Nacional Palestinaameaçou ontem suspendersuas reformas, se os Estados Unidos não obrigaremIsraela retirarseuExército daszonasautônomas reocupadas hátrês semanas. "Nós pedimos a Washington que mude sua política [favorável a Israel],caso contrário não haveráreformas nemsegurança", afirmou o ministro palestino da Informação, Iasser Abed Rabbo, durante uma coletivade imprensa, em Ramallah (Cisjordânia).

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Ramar “a cara cara da Zona Sul”

França declara guerra total à delinqüência e ao crime organizado

O novo governo francês está iniciando sua gestão declarandoguerra contraacriminalidade nopaís,hoje sua prioridade absoluta,antes mesmodos problemas econômicos e sociais, como o desemprego. Ummês apóssua investidura, ogoverno aprovou ontemem reuniãodo Conselho deMinistros, presidido por Jacques Chirac, um vasto plano de combate a delinqüência e ao crime organizado, cujo custo será da ordem de US$ 9 bilhões. Além dos3,65 bilhõesde euros jáprevistosnoorçamento,outros 5,6 bilhões de euros suplementares se destinam à reforma do aparelho da justiça e da polícia nospróximos cincoanos. Ele prevê,entre outras coisas,a formação econtratação de 13 mil novos funcionários, metade junto à polícia civil e a outra metade junto à"gendarmerie", a polícia militar francesa. A polícia francesa deverá se tornar mais ofensiva, abandonando uma certa passividade dequemencontra-seà espera do crime para só agir depois. Oprograma desegurança do governoestá sendo definido por algumas entidades representativas de magistrados como 100% repressivo, muito poucoeducativo ou preventivo. Ascondições de luta contra o banditismo e ocrime organizado no país poderão ser ampliadas através de novos textos que serão aprovados rapidamente pelo Parlamento.

se trata,segundo oministro doInterior, NicolasSarkozy, deumsimples aumentodos meios, mas sua ambição é modificar a própria "arquitetura" institucional da segurança interna, associando também as prefeituras e suas polícias municipais a esse esforço.

A polícia francesa deverá se tornar mais ofensiva e novas leis deverão ser aprovadas logo pelo Parlamento

Dessa forma, uma parte dessa verba será utilizada para ampliar o número de vagas nas escolas de polícia, abertura de novas escolas, mais adaptadas àtecnologiamoderna. Sarkozy esperaos primeiros resultados significativos dessa reorganização policialem menosde umano, maslembrou quesuameta nãoédesacelerar oritmoda d el in qü ên ci a, mas sim "inverter realmente a tendência". Paralelamente será aumentado o número de vagas nos presídios franceses para resolvero problema de superpopulação carcerária.

"Estamos decididosa continuar com a aplicação das reformas, mas as medidas punitivas de Israel nos impedem de fazê-lo", disse Abed Rabbo. Depois, anunciou que o presidente da Autoridade NacionalPalestina, Yasser Arafat, havia enviado uma mensagemnestesentido aos Estados Unidos, União Européia, Rússia eOrganização das Nações Unidas, advertindoquea continuaçãodasreformas "era impossível, se não fosse levantadoo cerco" àscidades palestinas,rodeadas pelo Exército israelense. Nos dias 15 e 16 de julho serárealizada umareunião de alto nível em Nova York para discutir o reinício do processo de paz no Oriente Médio.

Embargo – Os supermercadoselojasde comidado Reino Unidonão poderão mais venderalimentosnem bebidas etiquetados com o título "procedência de Israel" caso estes sejam provenientes dosterritórios ocupadospalestinos. Amedida, imposta pelogoverno doprimeiroministro Tony Blair, enfureceu os diplomatas israelenses eempresários destepaís,que alegamque adecisão estárelacionada com uma "campanha britânica" para boicotar os produtos de Israel no mercado europeu. Aembaixada deIsrael em Londres afirmou ontem estar "chocadacom adecisão",e acrescentouque analisaráo impacto negativo da medida

imposta em supermercados do Reino Unido. Esta é a primeira vezque ogoverno de Tony Blair dá instruções concretas para diferenciaralimentos e bens importados de Israel e dos territórios ocupados palestinos. "É evidente queo governo britânicoestá sucumbindoà pressão exercida por agitadores políticosantiisraelenses", declarouumporta-voz da embaixadade Israel. Adecisão –assinada por David Holliday, diretor daáreade horticultura do Departamento BritânicodeMeio Ambiente e Assuntos Rurais – deverá ser acatada por todas as cadeiasde supermercados e comércios de alimentos e bebidas do país. (Reuters)

Fundo nomeia analistas para fazer avaliação da Argentina

O Fundo Monetário Internacional (FMI) nomeou ontem um comitê de especialistasque daráassessoriasobre como resolver acrise econômica argentina.

O grupo, queoferecerá sugestõessobrequal âncora monetária aArgentina deve usar para recuperara estabilidade econômica, é compostopor AndrewCrockett,gerente-geral do Banco Internacional de Compensações (BIS); John Crow, ex-presidente doBancodoCanadá; Luis Angel Rojo,ex-presidente do Banco da Espanha e HansTietmeyer, ex-presidente do Bundesbank, banco central alemão. O FMI informou que o grupo deve visitar aArgentinaentre22e24 de julho. (Reuters)

Inverter tendência – Não

Um dos objetivos dessa reorganização das forças de segurança interna da França é a reaproximação das duas polícias, buscandouma maior integração de ambas. Essetem sidona França,como também noBrasil, um dosprincipaisproblemas da autoridadepública paratornar mais eficaz a missão policial. Na França, a polícia civil encontra-sesubordinada ao Ministério do Interior, enquanto a polícia militar pertenceà alçadado Ministério da Defesa. O governo pretende criar condições para maior integração das tarefas dessas duas organizações. (AE)

Economia americana está sólida, diz Taylor

O subsecretário do Tesouro dos Estados Unidos para Assuntos Internacionais, John Taylor,afirmou ontem que a economia norte-americanaestá experimentando uma recuperação sólida, e prevêque ocrescimentoserá sustentável eacimade 3,0% atéo fim do ano."Até onde podemos ver deacordo com os últimos dados, a recuperação está em andamento. Estamos agora nos estabelecendo em uma recuperação que é boa e sólida", afirmou Taylor a jornalistas. "O crescimento no primeirotrimestre foimuito forte. As alterações nos investimentos foram uma grande parte disso. Eu acho que o segundo trimestre será mais baixo, mas ainda bastante consistente coma recuperaçãodo crescimento econômico para ficar acima de 3,0%nofim doanoemuma base sustentável", disse ele.

Estoque sobem –Os estoques dos atacadistas norteamericanos subiramem maio pelaprimeiravez em um ano, emmeio à primeira queda nas vendas desde dezembro, disse o goveno nesta quarta-feira, em um relatório que pode sugerirque os manufatureiros precisam mo-

derar a produção à medida que a demanda enfraquece. Impulsionadopor um aumentodosestoquesde carros, computadorese bens não-duráveis, o Departamento do Comércio disse que os estoques subiram 0,1% em maio,paraUS$ 281,4 bilhões, após uma queda revisada de 0,95 em abril. Analistas esperavamumdeclínio de 0,2% dos estoques. As vendas noatacadocaíram 0,2%,primeiraqueda desde a contração de 1,0% de dezembro, causada por uma fraca demanda de carros e bens não-duráveis.

A relação estoques-vendas – que mede o tempo que levaria para os estoques serem esvaziados no ritmo atual de vendas – subiu para 1,24 mês. Em abril, este número foi de 1,23 mês.

Im po rt ad os – Os preços dos produtos importados pelosEstados Unidoscaíram em junho, pelaprimeiravez em seis meses, à medida que a queda do preçodopetróleo ajudou a conter as pressões inflacionários sobre asimportações.

O Departamento do Trabalho disseque os preços de importação caíram 0,6% em junho (Reuters)

UE poderá reduzir subsídios agrícolas

Comissão propôs mudanças na política do bloco. A mais polêmica prevê o fim de subvenções condicionadas à produção.

A Comissão Européiadivulgou ontempropostasradicais para reformar sua Política AgrícolaComum (PAC), rompendo arelação entreo volumedeprodução doagricultor eaquantidade de subsídio recebida.

A políticadesubsídios agrícolasdaUE, que consome 40 bilhões deeurospor ano, está sobpressão à medida que o bloco se prepara para admitir dez novos membros do Leste Europeu e para seengajar em uma novarodada mundial de negociações comerciais.

O comissárioagrícola da UE, FranzFischler, detalhou aoParlamento Europeuplanos de reduzir o apoio finan-

ceiro focado naprodução de excedentes p ara aumentar os incentivos à obtenção de bons padrões ambientais e de segurança alimentar. Pela proposta,queainda precisa ser aprovada pelos membrosda UE,menosrecursos iriam parao subsídio do mercado, em favor de investimentosque visemodesenvolvimento rural. "Não é o bastante somente maquiaras coisas, épreciso fazer uma plástica completa paradar credibilidade à PAC", disse Fischler ao parlamento.

Radi cal – A mais radical daspropostasfoia extinção do subsídio condicionado à produção, um dos pilares da

PAC, implementada há quatrodécadas, quando os seis membros da Comunidade Européia eram grandes importadores de alimentos.

A idéia é que os agricultores receberiam um único pagamento, baseado em recebimentospassados, independentemente de eles manterem ou não a mesma escala de produção.

Fischler acredita que isso poderia deixar a PAC mais dinâmica, tornandopossível a expansão do programa para os novos membros da UE e dando ao bloco mais credibilidade nas negociações comerciais.

Oauxílio diretoaosagricultores seria reduzido em

Blair espera que OMC condene sobretaxa americana ao aço

O primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, disse ontem esperar que a OrganizaçãoMundial doComércio(OMC) decida contra as sobretaxas aoaço impostas pelos EUA. "Eu espero muito quea decisãodaOMC seja contra os Estados Unidos nessa questão".

Blair afirmou que o seu governo "lamenta muito"que a companhia Allied Steel e Wire (ASW), sediada no sul do País de Gales,tenha sido

obrigada a pedir concordata depoisdenãoconseguir garantir o apoio de seus bancos credores.

O primeiro-ministrodeclarouainda queos seusministros fariam"todo opossível"paraajudaraqueles que possam perderseusempregos. "Realmente acredito que, no fim, mesmocom as exclusões que estamos obtendo para algumas de nossas empresas, essa seja uma decisão ase lamentar, enão acre-

dito que elaseja do interesse, certamentedas pessoasdaqui, ou do setor de açodos EUA", afirmou. Durante uma sessão na Câmarados Comuns,o congressista trabalhista Derek Wyatt exigiu uma resolução "rápida" daaçãodaOMC contraos EstadosUnidos, "dentro dedias enão demeses", dizendoque assobretaxas ao aço também poderiam prejudicar alguns bancos do Reino Unido. (AE)

3%ao ano, por umperíodo de sete anos, e o dinheiro realocado para odesenvolvimento rural. Ajuda para as fazendas maiores seria limitada a 300.000 euros por ano.

Fr an ça – Os agricultores franceses, os maiores beneficiados pela PAC em vigor, são contra as mudanças.Eles insistemem manteroacordo inicial, feito em Berlim em 1999, até, pelo menos, 2006. "Na França, de acordo com as nossas estimativas, uma redução de 3% nos pagamentos diretos resultaria no desaparecimento de 200 mil agricultores emdez anos. Quase a metade dos agricultores franceses iria à falência", afirmou Jean-Michel Lemetayer, líder da união dos agricultores franceses.

Reino Unido – OReino Unido, ao contrário, acredita que as propostas para a reforma da PAC estão no caminho certo, mas nãosão radicais o suficiente.

"As propostas não foram longe", afirmou a ministra de Ambiente, Alimentação e AssuntosRurais doReinoUnido, Margareth Beckett. Ela critica, por exemplo, o fato de o textonãoapresentar proposiçõesque controlemde formamaisrígida os gastos com oorçamentoagrícola. "Precisamos economizarrecursos ano a ano", defende a ministra. (Reuters)

Receita: pode haver déficit após greve

A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazendaestima que agreve dos fiscais daReceita Federal tenhaprovocado um"represamento" de US$ 800milhões nasimportações ede US$250 milhões nas exportações. Há, portanto, um déficit de US$550 milhões não contabilizado no saldo da balança. A expectativa é de que, com asuspensãoparcialda greve, essas transações sejam registradas, mas não necessariamente todas neste mês. Setodasas mercadorias não exportadas e importadas devidoà greveforemliberadas nestemês, o saldoda balança comercial em julho pode registrar resultado equilibrado, próximo a zero ou mesmoumpequeno déficit,

não superior a US$ 100 milhões."Isso são estimativas. Não sabemos se o volume represado é exatamenteesse", disse o secretário-adjunto de Política Econômica, Roberto Iglesias.

Oscálculosforam feitos com base na projeção da média diária para o mês e os valores efetivamenterealizados. Osuperávit deUS$ 675 milhões registrado na balança comercial de junho ficou distorcido principalmente pelo volume baixo de importações, que sofremmaior fiscalizaçãoepor issosãomais afetadas pela greve dos auditores fiscais.

Alémdisso,o movimento grevista foimaisforte em portos por onde ingressam grandes volumes de importa-

ção. Com isso,grande quantidade de insumos intermediários utilizados pelos fabricantesde manufaturados deixaram de ingressar no País. "As importações vão vir fortes em junho, mas o importanteé olharasexportações", disse Iglesias. "É o dado relevante para o futuro."

"Tranqüilidade" – Mesmo admitindo oriscode haver um resultado menos favorável na balança em julho, Iglesias mantém aprojeção de umsuperávit de US$ 5bilhões para o acumulado deste ano. "Ocâmbio estáoperando pelas exportações", disse. "ChegaremosaosUS$5 bilhões com tranqüilidade".

Outro fator que joga a favor dabalança éa atividadeeconômica,que nosegundose-

Julho terá "paralisações surpresa"

Os auditores fiscaisda Receita Federal vão fazer "paralisações surpresa" nas alfândegas deaeroportos eportos doBrasilduranteeste mês, época de recesso do Congresso. O SindicatoNacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco) informou que haverá 24horas de paralisação toda semana. Hoje haverá protesto na Alfândega do Porto de Santos (SP). Osfiscais estãorealizando operação-padrão desde abril, com o objetivo de pressionar o Congresso avotar medidas provisórias que reestruturam a carreira. Na sexta-feira passada, eles decidiram aliviar o protesto durante o mês de julho. Mas vão intensificar a operação a partir do dia 7 de agosto,coma voltaaotrabalho dos congressistas. Pe re cí vei s – OUnafisco afirmou que osfiscais liberam rapidamenteremédios e mercadorias perecíveise as cargas que caem no canal verde,isto é,que não precisam defiscalização física eburocrática. Mas, segundo fontes do setor de logística, até mesmo as mercadorias importadas que entramno canal verdeestão sendoretidas por tempo indeterminado. (AE)

mestre de 2002 ficará "bem abaixo" do quese projetava no início do ano. Com a produção num ritmo mais lento, as importações de insumos, bens intermediários e bens de capital também serão menores doque oprojetado, oque favorece o saldo positivo no comércio exterior. (AE)

Nos EUA, protecionismo causa perda de

Os Estados Unidos teriam um ganhodeUS$14,5bilhões ao ano se removessem todasassuas barreirasaocomércio. A estimativa é da Comissão Internacional de Comércio (ITC), noestudo "Os efeitos econômicos das restrições às importações", apresentadoontem aoUSTR(representação comercial dos EUA).A ITCéa mesmainstituiçãoque recomendou,no final do ano passado, que o presidente George W. Bush aumentasse as tarifas de importação de aço para proteger aindústria localcontraa competição estrangeira.

Com a medida, acatada por Bush em março, o Brasil perdeUS$ 1bilhãoentre 2002, 2003 e 2004, mas as empresas norte-americanasque compram aço também perdem, por contada altada alíquota sobre importados imposta pelogoverno. O documento mostraainda queosEstados

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Unidostêm uma das mais baixas tarifas de importação do mundo, de 1,71% na média de 1999. Mas em algumas commodities sensíveisa importações (como o aço), praticam taxastão altasque a própria economia do país perde.

"Esse trabalho mostra que os Estados Unidos têm uma economiaaberta, deforma geral,eque, sereduzirmosas barreiras que persistem, podemos baixar impostos e custos para as famílias americanas em US$14,5 bilhõesao ano", disseo Representante Comercial dos EstadosUnidos, Robert Zoellick, ao comentar o estudo. Ele afirmou queos EstadosUnidosestão comprometidos com aliderança dos esforços globais para liberalizarocomércio em todos os setores daAgenda Doha de Desenvolvimento da Organização Mundial do Comércio (OMC). (AE)

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Mesmo com o viés, BC não deve reduzir a taxa básica

Falta menos de uma semana paraa reuniãomensal do Comitê de Política Monetária, Copom, e para que o Banco Central, BC, faça uso do viés de baixa, adotado no mês de junho. O viés de baixa sinaliza que a taxa básica dejuros da economia, a Selic, pode ser reduzida nointervaloentreuma reunião eoutra, o que não ocorreu até agora. Desde março, a Selic está estacionada em 18,5% anuais.

Inflação– Nem mesmoa inflaçãoapresentando sinais de enfraquecimento animou oBancoCentral ausaroviés debaixa eretomar atendência de queda dos juros.

O Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA) de junho, divulgado ontem, ficou em0,42% contra 0,53%, de junho do ano passado. Em dozemeses, o índi-

cemostraumrecuo de 0,11 pontoporcentual,saindo de 7,77% para 7,66%.

"Não acredito que o Banco Central faráuso do viésaté a reunião. Quando o viés foi adotado as probabilidades de eleser utilizado jáeram baixíssimas", diz Alexandre Bassoli, e c on o m i st achefe do HSBC.

Pressão – A taxa de câmbio e o risco doBrasil cada vezmaispressionados são os fatores que jogam contra uma redução dos juros agora.

Comercial de São Paulo. Ele entende que é o risco do País em alta que vem impedindo um corte dos juros. "O problema é que esse risco tem origem eleitoral. Portanto, devepersistir nos próximos meses",diz o economista.

Alfieri: "O mais provável é que o BC conserve o juro no mesmo patamar e mantenha o viés"

Seas metasfossemapenas de inflação, como afirmava o Banco Central, os juros deveriamcair porquea inflação vem dando sinais claros de recuo", dizoeconomista Emílio Alfieri, da Associação

Sem alteração – Para a reunião, que acontecenas terçae quartafeira da próxima semana, aexpectativa também não é de redução. "Omaisprovável é que o Banco Central conserve os juros no mesmo patamar e mantenha oviésde baixa", diz Alfieri.

Espaço para corte – Apesar de acreditar que o Banco Central irá adotar essa postura, o economista diz que há espaço,mesmo comorisco-

país pressionado, para um corte de pelo menos0,25 ponto porcentual.

Seriaumcortemuito pequeno para influenciar negativamente orisco, masque serviriapara darnovoânimo à economia", diz.

Sinalização– A l e x an d r e Bassoli, economista do HSBC, também não aguarda umaquedada taxabásicade juros para este mês.

Ele acreditaque o viés de baixafoiadotadona última reunião apenas para sinalizar que os juros não iriam subir, como jásecogitavanomercado financeiro.

"Foi uma postura para acalmar o mercado que temia aumento dos juros, o que não quer dizer que ele seria usado para reduzir ataxa no curto prazo", observa Bassoli.

Adriana Gavaça

Moody’s admite erro e rebaixa bancos

AMoody´s admitiuontem que errou ao estimar que o sentimento negativo do investidor emrelação aoBrasil seria transitório.

O diretor da agência, Vincent Truglia,explicou que, por acreditar na transitoriedade, a agência confirmou o outlookpositivo paraoPaís em meados de abril. Foi forçada,no entanto,arebaixar o rating do Brasilno mês passado. "Infelizmente, acreditamos que osentimento negativo do investidor era transitório, mas nisso nóserramos", admitiu o diretor.

Cincode umavez – Ainda ontema agênciadivulgouo rebaixamento da nota de cinco bancosbrasileiros: Banco do Brasil, BancoNacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Bradesco,Itaúe Unibanco,de A3 para A2, com perspectiva negativa. A Moody’s justificou a decisão por acreditar que au-

mentou o risco do sistema financeiro brasileiro, mas não às instituições de modo especial.A agênciarebaixouas notas dos bancos de A3 para A2,alémde adotar umviés negativo para essas notas. Paraos doismaiores bancos privados do País, Bradescoe Itaú,a agênciaconsidera que orebaixamento destas instituições financeiras, " é relacionada à sua visão de que o mercadodomésticoteve

sua volatilidade aumentada e que isso pode limitar a sua flexibilidade financeira."

Críticas – AMoody´s foi duramente questionada por analistas durante sua teleconferência ontem pela manhã, sobre o por quê de ter rebaixado a classificação do País somente em junho. Alguns dos analistas ponderaramque oriscopolítico já era evidente desde janeiro, com Luiz Inácio Lula da Silva

emprimeiro lugar nas pesquisas eleitorais. A agência rebateu, afirmando queainda faltava muitos meses para a eleição. Outros participantes focaram nosfundamentos da economia brasileira. Logo após os atentados de 11 de setembro nos EUA, o Brasil aumentou a oferta de títulos indexados ao dólar, um sinal de queomercadojá via oPaís com desconfiança.(AE)

Os investidores continuam com uma extrema cautela em relação aos fundos de investimento e o movimento de saída de recursos continua. De acordo com relatórioda Associação Nacional dos Bancos deInvestimento, Anbid, no dia 5 de julho os saques foram deR$ 1,974 bilhão.No mês, asaída já encostanos R$ 6bilhões(R$5,735 bilhões). No ano a fuga dos recursosdosfundosestá em R$ 34,015 bilhões. Os fundos que registram os maiores saques emjulho são os de renda fixa (prefixados), quetiveram saídadecapitais de R$ 1,331 bilhão no dia 5 e de R$2,355 bilhões no mês. Noano, os saques foram maiores nos fundos DI(pós- f i x ad o s ) : R$ 14,714 bilhões.

go dosúltimosmeses.Mas, no ano, o ganho acumuladoestá na casa dos19% (18,95%).

Crise – Em julho,amaior queda é dos fundos de telecomunicações. A crise da WorldCom foi um dos fatores queinfluíram noresultado negativo dessas ações, principalmente da Embratel. A baixa até odia 5 era de 6,81%. No ano, a queda atinge 28,67%. As ações setoriais deenergia também caíram. Até o dia 5, a era de 4,31%, com queda de 13%.

Fundos de privatização da Vale, com uso do FGTS, são os que têm o maior retorno: 43,70%

Rentabilidade – Os fundos corrigidos por taxas de juros estão sendo, em julho, os que trazem maior retornopara o investidor,mas perdemno acmulado doano para os cambiais e os fundos de privatização. Os de renda fixa tiveramganhode 0,25%no mês e de 6,94%em 2002. Os DI, de 0,30% no mês e de 7,59% no ano. Quem buscou ganhos com os fundos cambiais, que acompanham a variação da moeda americana, teve de contentar-se com uma alta de 0,09%, bem menor do que a que vinhaocorrendo aolon-

OsfundosIbovespa, que buscam retorno coma variação do Ibovespa – índice que medea variaçãodas ações mais negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo, caíram 5,65% em julho e 23,35% no ano.

Privatização – Os fundos deprivatização daPetrobrás tambémestão emqueda.Os com recursos do FGTS, de 5,85% em julhoe de 0,14% no ano. Os com recursos próprios, de 5,84% nomês ede 0,66% em 2002. E os fundos de privatização da Vale, com recursos do FGTS,inverterama tendência em que vinham desde que foram lançados ecomeçam a apresentar baixa, embora pequena.

Aqueda foide0,03% no mês. Noano, entretanto,esses fundos sãoos que trazem maior retorno:de43,70%, com o uso do FGTS. (AE)

País e dão apoio total

EUA elogiam economia do

O secretário do Tesouro americano, Paul O’Neill, disse ontem que o Brasil está em buscade políticas econômicassólidase quetem"apoio total" dos Estados Unidos.

"Estou convencido que (o presidente do Banco Central, Armínio) Fraga, e o governo brasileiro estãoperseguindo políticas econômicas sólidas de longo prazo, que criam as bases de uma estabilidade econômica e financeira", disse O’Neill em um breve comunicado após encontrar-se comFraga. "Apoiamostotalmenteseus esforços eintenções", disse O’Neill. Fraga – Ainda ontem Fraga encontrou-se com representantes tambémdoFundo Monetário Internacional, FMI, em Washington, em um esforço para buscar apoio para o País.

Fraga dissea repórteres, apósuma reunião noFMI, que as conversasforam boas. Ele não quis detalhar o que foi discutido, ou confirmar se es-

tava buscandoumapossível extensão doacordo com o Fundo.

Com o FMI – presidente do BC encontrou-se com o diretor-gerente doFMI,Horst Koehler, ecom oprincipal responsável pela América do Sul,Anoop Singh. "Tivemos uma boareunião", disseFraga,ao sairdo FMI,acrescentandoapenas: "Eudetalharei a conversa amanhã (h oj e) , após meu encontroem Nova York."O presidente do BC deveencontrar-secom banqueiros de Wall Street antes de fazer um discurso.

O atualacordo como FMI vence no final do ano e especula-se que o presidente do BCestariabuscando apoio para um possível incremento de financiamentodo Fundo, que poderia ser usado para acalmar os mercados.

Linhaadicional – F r ag a não quis confirmar ou negar a especulação de que ele busca uma linha adicional de crédito de US$ 5 bilhões. Alguns especialistas dizem que as eleições brasileiras ainda estão muito distantes para que asreuniões deFragapossam rendernovaspromessas de empréstimospor partedo FMI.

Os mercados financeiros têm estado preocupados com as incertezas políticas no Brasil, em meio a dúvidas quanto à capacidade dogovernode rolar sua dívida. (Reuters)

Mercado futuro tem um dia de tranqüilidade

O mercado dejuros preferiu olhar as notícias pelo lado mais conveniente, aliviando osaspectosnegativos,e teve umdia predominantemente tranqüilo, embora com liquidez baixa. Perdeu fôlego apenas ao final dos negócios, por causa daquedadaBolsade Nova York.Isso afetou mais os negócios como DI futuro no pregão eletrônico,mas traz dúvidas parao comportamento dos juros hoje. Pesquisas – Até mostrar que sua tranqüilidade não era muito sólida, o mercado de juros reduziataxas. Aleitura da pesquisa Ibope feita pelos agentes financeirosatenuou o crescimento de sete porcentuaisdo candidatoda Frente Trabalhista,Ciro Gomes, entre uma pesquisa e outra,atribuindo essa performance à sua maior exposição na televisão. O mercado preferiu ver como maisimportante aqueda de quatro pontos porcentuais docandidatodoPT, LuizInácioLula daSilva,eo aumento do númerode eleitores indecisos. Houve quemolhassecom bons olhos o resultado do leilão de títulos do Tesouro. Foram vendidas199 mil LTNs (prefixados) de 55 dias, à taxa de 19,42% ano e 301 mil LFT (pós-fixados) de 69 dias, sem deságio. Mesmo assim o mercado dejuros continuanão inspirando segurança. (AE)

Aplicação depende de tolerância aos riscos

O investidor deve sempre montarumacarteira deinvestimentosemfunção de umaestratégiaque leveem conta a necessidade dosrecursos e o risco.

O melhor éacompanhar a administraçãodos fundos, observar sua composição, verificando suaadequaçãoao perfildo investidoresempre lembrar que resultados passados não garantem rendimento futuro.

Risco menor – Pessoas que necessitam do dinheiroem alguns meses para um fim específico, e que perdem a calma se o rendimento oscila muito, podem dirigir uma porção maiorainvestimentosdebaixo risco,como os fundos DI, renda fixa e a poupança. Vale lembrar que,a partir das novas regrasde atualização diária do valor dos títulos públicos em carteira (marcação a mercado), acrescentouse um risco derendimento negativo para os fundos DI e renda fixa. A alternativa mais segura,a cadernetade poupança, porém, rende pouco, e às vezes até chega a perder para a inflação. Cambiais – Os fundos cambiais oscilammuito, e são, portanto, um investimento arriscado, que dependede muitosfatorespouco previsíveis, como asucessão presidencial nesse momento.

Por issomesmo, érecomendávelapenas comoalternativa de diversificação para quemjátemuma carteira maior. E,principalmente, para quemplaneja viagens internacionais ou tem dívidas em moeda estrangeira. Os fundos cambiais pagam juros sobre a variação cambial em dólar, mas recolhem 20% de Imposto de Renda sobre o ganho total. Sangue frio– O investimento em ações ou fundos de ações apenas deve ser feito peloinvestidor quetemsangue frio paraagüentar as fortesoscilações domercadoe não tem data para resgatar os recursos. Assim,deixao dinheiro aplicado e vai acompanhandoo resultadoperiodicamente, só sacando quando considera que o ganho é satisfatório.

Imprevistos – Analistas recomendam sempre manter uma poupança equivalente a pelomenostrês vezesasdespesas mensais para enfrentar situações imprevistas, como perda de emprego e doença. Para a formação dessa poupança,o idealé organizaro orçamento doméstico de forma asemprereservaruma parte dosalário, aproveitando entradasmaiores, comoo pagamento de férias, 13º salárioe restituiçãode Imposto de Renda. (AE)

Fundo de Habitação vai

financiar imóveis para população de baixa renda

O Fundo Municipal de Habitação(FMH) aprovoudois novosprogramaspara atender as famílias de baixa renda: o LocaçãoSocial e aCarta de Crédito.O objetivodosdois novos projetos é atender aquelas pessoasque nãose enquadram nos planos tradicionais de financiamento de moradia.

O programa Locação Social vai oferecer aluguel de casas eapartamentos parapessoas sozinhas ou famílias com renda máxima de três salários mínimos. Elaborado pela Secretaria de Habitação eDesenvolvimento Urbano (Sehab), o objetivo do LocaçãoSocial écriaralternativa habitacional a famílias com renda inferior ao exigido para obter os financiamentos no mercado.

A implantação do programavai começarpelaregião central da cidade, porque é onde há altaporcentagem de domicíliosalugados, grande número de cortiços e financiamento de imóveis com valores mais altos do que em regiões periféricas da Capital. A longo prazo, a metaé estendero projetoparaoutras áreas da cidade.

Aspessoascom maisde60 anos de idade, em situação de rua ou moradores emáreas de riscoterãoprioridade de atendimento.Os valores do aluguel serão proporcionais aos rendimentosdafamília. Famílias com renda inferior a dois salários mínimos vão desembolsar 10% da renda para o pagamento do aluguel. Por exemplo, uma família cuja rendaseja deR$300, 00,terá um valormensaldalocação de, no máximo, R$ 30,00. Carta de crédito –A carta de crédito é dirigida para famílias com rendamensal entretrêse dez salários mínimos. Esse crédito poderá ser individual ou coletivoe funcionará com recursos do próprioFMH. Oprogramapretende preencher a lacuna deixada pelosprogramastradicionais de financiamento. Os dois programasforam aprovados pelo FMH há três semanas e a decisão já foi publicadano Diário Oficialdo Município.A SecretariaMunicipal de Habitação terá agora 60diaspara regulamentar e implantação dos novos programas.

Acidentes nas estradas matam 32 no feriadão

Balanços das polícias rodoviárias Estadual e Federal, div ulgados ontem,apontam que 32 pessoas morreram em acidentes nasestradas que cortamSão Paulo durante o feriado da Revolução Constitucionalista. Aotodo foram 1.006acidentes entresextafeira e a manhã de ontem.

Segundo os registros policiais, dos 842 acidentes ocorridosnasestradas estaduais, 302 registraram vítimas, sendo 115 em estado grave.O

Convocação

número de acidentes aumentou em relação ao ano passado, quando aconteceram 752. Já o númerode mortos diminuiu foram 25 neste feriado contra 46 no mesmo período do ano passado. Nas estradasfederais foram 164acidentescom7 mortos.Porsetratarde um feriado estadual,a Polícia Rodoviária Federalnãoteve esquema especial enão possuibalanço dosacidentes de anos anteriores. (SM)

Vereadora propõe votação dividida para Plano Diretor

A vereadora do PMDB MyryamAthiê defendeuque o novo Plano Diretor para a cidade de São Paulo deve ser votado em duas partes. A primeira teria as diretrizes gerais parao municípioe sóa segunda apresentaria os índices depagamentode outorga onerosa, que é uma taxa para construir acima do permitido pela legislação.

A proposta entregue pelo Executivo propõe a cobrança paraas construçõesqueultrapassarem olimite de1 vez o tamanho do terreno. Hoje o limiteéd e1a4 vezes. Isso vêmcausandopolêmica entreas entidadesdosetorda construçãocivil,que seunirama outrasassociaçõese sindicatos para a criação da Frente pela Cidadania.

Segundo a vereadora, a outorga onerosa deve ser aplicada somente depoisde levantadoo número de imóveis com potencial construtivo na cidade de São Paulo.

Myryam Athiê diz que um novo Plano Diretor, na prática,nãopoderá atingir os grandes empreendimentos imobiliários. "Essas empresas já se protegeram com protocolos que garantem a construção de imóveis sob a legislação antiga".

Outro fatoragravanteé que muitos empreendimen-

agenda

Hoje Pitiruba – O coordenador-geral executivo das distritais, Gaetano Brancati Luigi, participa de cafédamanhãda Distrital Piritubacom osecretário de Infra-Estrutura Urbana, Roberto LuisBortolotto. Às 7h30,rua professor Benedito Borelli, 40.

Atas

tos também não atendem pré-requisitos mínimos, como a Lei de Zoneamento da cidade, quetambém precisa de alterações, já queé da década de 1970.

Na opiniãoda parlamentar, é preciso estipular um período de transição para a aplicação do novo Plano Diretor. Dessa forma, será possível regulamentar e incluiros imóveis com potencial construtivo na nova legislação.

Segundo MyryamAthiê aindanão há uma postura unânime por parte da bancada do PMDB. Por enquanto, avereadora estáapresentan-

do paraopartido ospontos queconsidera falhosnoPlano Diretor.

"Aproposta doExecutivo omite itens, comoa regulamentação de aterrosde lixo, mas prevêa regulamentação de horáriode funcionamentode helipontos,retiradade moradoresderuae fornecimentode energia elétrica, casos que não deveriam ser atribuídos ao plano diretor", enfatiza a vereadora.

A vereadora também já discutiu as falhas do Plano Diretor com moradores e comerciantes da Zona Leste, na DistritalPenha da Associação

Comercial de São Paulo. Isenção – Overeador petista Nabil Bonduki, relator doprojeto doPlanoDiretor, incluino documentoaisençãoda outorgaonerosapara templos religiosos e outras entidades institucionais. A mudança vem agradandoos parlamentares evangélicose causoupolêmica entreosvereadores da oposição.

Myryam Athiê disse que essa é mais uma tática do Executivo para conseguir votos dos evangélicos e aprovar rapidamente o projeto.

Dora Carvalho

PM oferece 150 vagas de soldado para o Corpo de Bombeiros

APM abriráinscriçõespara preenchimento de 150 vagas de soldados masculinos para o Corpo de Bombeiros Metropolitano. As inscrições poderão serfeitas de16 a19 de julho, na sede do Corpo de Bombeiros, PraçaClóvis Bevilácqua, 421, Centro, das 8h às 19h.As fichasde inscrição serão entregues entre os dias 16 e 18, porém a efetivação ocorrerá até o dia 19. Para participar da seleção o candidato deveter entre18 e 30anos, serbrasileiro,altura mínimade1,65m, ensino médio (segundo grau) completo, estaremdiacomas obrigações eleitoraise como serviço militar. No ato da inscrição é necessário apresen-

presente a totalidade dos Diretores. Presidente: José Luis Oliveira de Souza; Secretário: Eduardo Moreira Giestas. Deliberações: Resolvem os Diretores, por unanimidade, com base no parágrafoúnico do artigo 2º do Estatuto Social, fechar a seguinte filial na Cidade de Campinas: Avenida Mercedes Benz, 678, 3º pavimento do prédio 4 D2, no Distrito Industrial. Nada mais havendo a tratar, o Sr. Presidente declarou encerrada a reunião, da qual foi lavrada a presente ata, que, após lida e achada conforme,vai por todos os presentes assinada. Diretores presentes: José Luis Oliveira de Souza – Diretor Presidente; Eduardo Moreira Giestas – Diretor. Certifico que a presente é cópia fiel da ata lavrada em livro próprio. São Paulo, 14 de junho de 2002. Eduardo Moreira Giestas – Secretário. Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº 136.703/02-1 em 05/07/2002. José Darkiman Trigo – Secretário Geral.

na Rua Irmã Emerenciana,

Convocação:

de abril de 2002 e no Diário Oficial

publicados

bairro de

“Diário

Estado de São

Comércio”, edições

de

de 2002. 3. Comparecimento: Acionistas representando mais de 2/3 (dois terços) do capital social com direito a voto, de acordo com as assinaturas constantes do Livro de Presença de Acionistas. 4. Composição da Mesa: Presidente Sra. Daisy Maria Whitaker Kehl Lowenstein e Secretária Dra. Regina Godoi Lemes. 5. Ordem do Dia: Deliberar sobre as matérias constantes do edital de convocação acima referido. 6. Deliberações: Pela unanimidade dos presentes, com as abstenções dos legalmente impedidos nas matérias em que configurou o impedimento, a Assembléia resolveu deliberar o seguinte: 1. Aprovar o relatório da Diretoria, Balanço Patrimonial e Demonstrações Financeiras relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2001, não publicada no Diário Oficial do Estado e no Diário do Comércio de acordo com Artigo 294, da Lei das Sociedades por Ações. 7. Encerramento: Não havendo mais nenhum assunto na ordem do dia, a presidente ofereceu a palavra a quem dela quisesse fazer uso e como ninguém se manifestou, lavrou-se a presente ata em seguida, a qual, lida e aprovada, foi assinada por todos os presentes. A presente é fiel cópia do livro próprio. Assinados: Daisy Maria Whitaker Kehl Lowenstein (presidente), Regina Godoi Lemes (secretária). Daisy Maria Whitaker Kehl Lowenstein(Presidente). Regina Godoi Lemes - (Secretária). Acionistas: Daisy Maria Whitaker Kehl Lowenstein. A presente ata é cópia fiel da lavrada em livro próprio. São Paulo, 30/04/2002. Regina Godoi Lemes(Secretária). Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania. Jucesp. Registrado sob o nº 136.705/02-9 em 05/07/2002. José Darkiman Trigo - Secretário Geral.

tar cédulade identidadeoriginalecópias docertificado de conclusão ou histórico escolar, certificado de reservistas ou de dispensa. A taxa é de R$ 31,56 e o processo seletivo terá provas de Português, Redação, Matemática e Conhecimentos Gerais, CondicionamentoFísico, Psicológico Coletivo e Individual. Mais detalhes no 0800-555190. (SM)

Associação Comercial de São Paulo
A vereadora Myryam Athiê esteve na Distrital Penha para discutir o Plano Diretor com comerciantes e moradores
Luciana Sampaio/N-Imagens

CVM investiga uso de pesquisas para manipular preços

As especulações com pesquisas eleitorais, que têm provocado estragos no mercado financeiro, entraram na mirade órgãosreguladores, como aComissão deValores Mobiliários,CVM. O presidente daautarquia, JoséLuiz Osório, revelou ontem que a área técnica do órgão investigasebancos nacionaisouestrangeiros estãomanipulando o mercado em função destas pesquisas.

Aautaquiajá solicitou ao TribunalSuperior Eleitoral, TSE,dados detalhadossobre algumas pesquisas e pretende cruzá-losparaidentificar se háou não manipulaçãode preços.

A grande dúvida na CVM é determinar se a compra de uma pesquisa e o uso de suas informações antes dadivulgação do resultado podem ou não ser interpretadas como insider information(informação privilegiada).A fiscalização sobre ousode informação privilegiada éum dos maiores problemas da autarquia. A maior da parte das investigações esbarra na falta de evidências que possa identificar de forma clara o uso de informação privilegiada. (AE)

Bolsa: indefinição cerca fim da CPMF

Receita Federal não define, tecnicamente, a data do início da isenção, e causa desinformação no mercado

Osnegócios comaçõesna Bolsa de Valoresde São Paulo, Bovespa, estarão isentos da cobrançade CPMFa partir da próxima segunda-feira, dia 15.Mas, atéo inícioda noite de ontem, a bolsa ainda não havia sido informada pela Receita Federal sobre a forma da isenção.

Teoricamente, quem comprou açõesno pregãode ontem jánão pagaa alíquotade 0,38% da CPMF, pois liquidará a operação depois de três dias úteis, exatamente na segunda-feira.

Desinformação – O problema é que a resolução da Receita que determina o fim da cobrança não especifica se elavale paraliquidação no dia 15 ou só a partir do pregão de 15 de julho.Ontema desinformação era grande até entreas corretoras,queprocuraram a Bovespa para obter informações.

De qualquerforma, atão aguardada isençãodaContribuição na Bolsa acabou ofuscada pelo cenário externonegativo. Diante dos constantes problemasnos balanços de grandes empresas nos Estados Unidos, a no-

vidade ficou em segundo plano. Não se espera que a redução dos custos como fim da CPMF eleve significativamente o volumede negócios na Bovespa.

Secundário – "Por causa dos problemas no Exterior, o fim da CPMF não deve melhorara liquidezdabolsa, embora seja uma notícia positiva. O que tem norteado os negócios é o cenário externo. A CPMF transformou-se em um fator secundário", diz Túlio Bonsaver, especialista em ações da corretora Coinvalores.

dosíndices daBolsa deNova York.ODow Jonescaiu 3,10% e o Nasdaq perdeu 2,54%.

Nível baixo – O Dow Jones nãofechavaabaixo de9mil pontos desde setembro do anopassado, logodepoisdos atentados. A possibilidade de envolvimento do vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, emfraudes de balançosde empresas, agravou as baixas.

Bradesco PN perdeu 2,80% e Itaú recuou 1,93%, após o rebaixamento das notas de risco

Júlio Ziegelmann, da BankBostonAsset Management, concorda. "O fimda CPMF na bolsa não deve mudar muita coisa no dia-a-dia domercado de ações, que neste momento operaem função de outras variáveis."

Bovespa: recuo – Na reabertura dosnegócios ontem, depois do feriado de terçafeira em São Paulo, a Bovespa fechouembaixade 1,22%, afetadapelasfortes quedas

O Ibovespa fechou em 10.555 pontose ovolume financeiro somou R$ 448,4 milhões, giro superior ao dos últimos dias,mas aindamenor do que a média de junho. Comoresultado deontema Bovespa passa a acumular quedade 5,2%nomês eperdasde 22,2% desde o início do ano.

Bancos – As açõesdebancos foram prejudicadas pelo rebaixamento de suas notas pela agência declassificação de riscos Moody’s. Bradesco PN, a ação mais negociada ontemnaBovespa, caiu 2,80%. As ações preferenciais

do Itaú recuaram 1,93%. A maioralta do Ibovespafoi Embratel Participações ON (3,4%) e a maior baixa Inepar PN (-4,7%).

Dólar cai – No mercado de câmbio,a quarta-feirafoi mais um dia de volume de negócios reduzido. A baixa liquidez contribuiu para aumentar a volatilidadedas cotações.O dólarcomercialfechou valendo 2,846 para comprae R$2,846 paravenda,comquedade 0,21%, de acordo com a Enfoque. OBanco Centralinterveio no mercado com um leilão de linha externa, em quevende dólares ao mercadocom compromisso de recompra.

O leilão movimentou

US$ 100 milhões. Cenário– Depois da turbulênciadofim de junho, o mercado de câmbio parece estar um pouco mais tranqüilo nos últimos dias,mas ainda écedo paradizer queo mercado mudou de tendência, de acordo com o economista-chefe do Lloyds TSB, Odair Abate. "Talvez o mercado esteja reavaliando o cenário e corrigindo o exagero, mas temos pouco tempo ainda para ter certeza de que se trata de mudança de rumo", observa Abate.

ADVOCACIA TRABALHISTA

RICARDO NACIM SAAD

Rua Mário Amaral, 335 - Paraíso - S. Paulo Fone/Fax: (11) 3885-0423 e-mail: advrns@aasp.org.br

Rejane Aguiar

Scaringella defende o pedágio urbano

Estela Cangerana

O engenheiro civil Roberto Scaringella é hoje um dos maiores especialistas em trânsito no Brasil. Atual diretor superintendentedo InstitutoNacional deSegurança noTrânsito (INST),Scaringella já foi assessor do Ministério dos Transportes, diretor do Departamento de Operações doSistema Viário (DSV), fundador epresidenteda Companhia deEngenhariade Tráfego (CET), Secretário Municipal de Transportes e presidente do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Nesta entrevista, o engenheiro fala do caótico trânsito paulistano, analisa o desempenho das autoridades e defende o pedágio urbano.

Caos no transporte

SãoPaulo é uma cidade que, além de não ter sido planejada, foi crescendo irregularmente.Hojehá áreasextensas urbanizadas com subhabitação e umsistema clandestino de transporte. Nós temosumagrande cidade clandestina circundando uma cidade legal. Não há estrutura parasuportarum trânsito tão grande.

Crise de mobilidade urbana Estamos vivendo em plena crise demobilidade.Esse problema é uma somatória de uma série de fatoresdo trânsito. Em primeiro lugar, temosde analisaraevolução da cidade de São Pauloe do trânsito. Houve, e ainda há, um divórciodaspolíticasde uso e ocupação de solo com o transporte e trânsito.

Nãodápara analisaroproblema de trânsito isoladamente. Eleé umaconseqüência do crescimento, da verticalização e do descontrole do processo de urbanização da cidade.

A precariedade do sistema de transporte coletivo

O sistema de transporte coletivo é muito precário. O que funcionabem, oMetrô,tem umaextensão pequena para uma cidade comoSão Paulo. Temos 50 quilômetros de Metrô edeveríamos ter 500.

Levarámuitotempoe dinheiro para tirar o atraso. O transporte de maior extensão,queé odesubúrbio, também ainda está em uma situação precária demodernizaçãoe derenovação. Éum processo que está atrasado demais. Nós temos fundamentalmente o sistema de ônibus.

Osistema de ônibus eo transporte clandestino Talvez São Pauloseja a cidade quetenhamaisônibus no mundo. E esse sistema tambémé precário.Énessa precariedade, de espaços de malfuncionamento dosistema,que entra o transporte clandestino. O clandestino vem para resolver parte do problema e,ao mesmo tempo, tumultuar o processo. Nós estamos em uma situaçãodegrave riscodedescontrole total do sistema de transporte. Isso é gravíssimo. Vivemos um processo de degradação crescente.O sistemanãoé convincenteosuficiente para oindivíduodeixaro carro epegarumônibus.Quem temo seu carro resiste muitoa pular para o transporte coletivo porque ele é de baixa qualidade. O resultado é um sistema baseado no transporte individual.

Insuficiência viária

O sistema viário do municí-

REUNIÃO PLENÁRIA

INFORMAÇÕES, DEBATES E BUSCA DE SOLUÇÕES. Associação Comercial de São Paulo

Caio Luiz Cibella de Carvalho, Ministro do Esporte e Turismo

pio de São Paulo suporta 25% da frota brasileira. É uma concentraçãomuitogrande. Eo sistema é precário. Então você tem uma frota que cresce e um sistemaviário quenãocresce proporcionalmente. Além disso, há um sistema de transporte coletivo emprecárias condições.Essaé areceitada crise de mobilidade.

Racionalização das viagens

Durante muito tempo, e ainda hoje, osadministradores públicospolíticossempre acharam que a solução do problema dotrânsito estava em grande obras, sejam viárias ou de transporte coletivo.Essas obras são muito importantes, mas não resolvem todo o problema.Épreciso implantar medidas pararacionalizara distribuição de viagens na infra-estrutura que se tem.

Issofoi esquecido durante um tempo,apesardealgumas tentativas. O rodízio é uma forma de distribuir mais inteligentemente as viagens, mas com resultado limitado.

Rodízio é um paliativo

Ao longodo tempoatendência é diminuir o benefício do rodízio, com a volta dos congestionamentos. Falta empenho pararacionalizar a demanda de viagens. Por exemplo, o extremo leste de São Paulo virou umacidade dormitório porque foram criados poucos lugares para empresas lá. Então, cada vez mais, as pessoas fazem uma viagem maior para poder trabalhar e estudar. Isso mostra a falta de entrosamento da políticade usodosolo coma de transporte e trânsito.

Tecnologia a serviço do trânsito

ração de trânsito, fiscalização, sinalização eeducação. Isso vemsendo ostensivamenteignorado pelosgovernosmunicipal, estadualefederal. Da mesma forma que a situação édifícilpor vários problemas,erros eomissões, paraa solução também não existe um único remédio.

É preciso cumprir a lei e debater com a sociedade a questãodadistribuição dasviagens, incluindo o rodízio.

O pedágio urbano

ACSP - Rua Boa Vista, 51 - 9o andar - Plenária

Uma cidade com 10 milhões de pessoas e 5 milhões de carros precisa ter um sistema de trânsito inteligente, com monitoramento eletrônico. Para isso é preciso semáforos inteligentes. São Paulotem só 25%dos semáforos inteligentes, o que é muito pouco. Precisamoster painéisdemensageme uma vasta rede de câmeras de TV. Essa tecnologia a CET já tem, só não há orçamento para ampliar para todos os cruzamentos. Oqueaconteceé queas administrações privilegiam as secretariasque tratamde infra-estruturaenão quem opera o sistema.

O papel do governo

A prefeitura de SãoPaulo arrecada com multas cerca de R$ 400 milhões por ano e dá para aCETquasea metade. Só que o artigo 320 do Código de Trânsito obriga a gastar o dinheiro das multasem ope-

Eu,particularmente, acho queseráinevitável um dia, apesardos políticosseassustarem muito, a instituição do pedágio urbano. Com a mesma lógicade que,há 25anos, a cidade descobriu que não cabia mais parar o carro junto ao meio-fio porque não havia espaço para todos. A saída, então, foio modelo socialmente mais justo, que é cobrar pelo uso, a Zona Azul. Com o mesmo raciocínio eu acho que não vai ser possível fugir da cobrança de pedágio urbano. Há um conteúdo de veículoscrescendo eumcontingente de viasque não cresce.O poderpúblico, aPrefeitura, vai ter de administrar uma escassez de espaço crescente.Nãohá engenhariade tráfego que coloque ao mesmo tempo dois carros em uma únicavaga. Éprecisoencontrarum modelosocialmente justo e tecnicamente viável para administrar a escassez, e isso não é politicamente fácil. Aminha sugestãoque,aliás, Londresimplanta no ano que vem,éo pedágiourbano.Não vejo outra alternativa, a não ser, pelo menos, propor a discussão com os técnicos e a comunidade, para ver se ela quer conviver com 150 quilômetros de congestionamento diariamente ou não.Porque o trânsito de São Paulo não é mais o casode umaintervençãopontual, como mais um cruzamento ou viaduto. Tem que se discutiruma formasistêmica, queenvolveuma visão mais holística deuso dosolo, transporte e trânsito inteligente. O funcionamento do sistema de pedágio urbano Evidentemente não se cogita colocar uma praça de pedágio na Avenida 23 de Maio. Isso precisa acontecer juntamente com um sistema eletrônicode identificaçãode veículos. Funcionaria assim: o carroteriaum chipdeidentificação. Ele seria detectado na

sua passagem, sem parar. A sugestão é pedagiar cerca de duzentos quilômetros, um mini-anele suas principais vias. Nas horas de pico, quem quiser andar por lá paga, ou então muda de horário. Não seriam áreas pedagiadasesim corredores.Aoentrar no corredor, o indivíduo seria identificado. Ao final do mês, ele receberiauma conta em casa, como a de telefone. A identificação seria feita pelo sistema eletrônico.Se o carro não colocasse esse sistema, seria flagradoe multado por câmeras. Os políticos ficam muito assustados quando ouvem issoporque acham quenão é politicamentefavorável em ano de eleição. Mas vai ter que acontecer porque o congestionamento traz degradação e deterioração urbana.

Possíveis resultados dopedágio urbano É possível simular por computador oquanto isso diminuiria o problema dos congestionamentos. Vários softwarespossibilitariam isso. Em função do preço, tirase menos oumais carros das ruas. Aidéia seriacalibraro sistema para tirarde circulação cerca de 20% dos carros.

Planejamento dademanda de tráfego O planejamento urbano oficial nos últimos50anos veio a reboque da linha de tráfego.Nuncativemos um planejamento deestadista, que previa a cidade no futuro. É sempre assim: o empresário veme se instala irregularmente e a rua vira corredor comercial por uma mudança de leide zoneamento.Constroem-se bairrosinteirosirregulares e, de cinco em cinco anos, se faz uma lei,autorizando tudo. O planejamento oficial é um quebra-galho correndo atrás da realidade. Falta participação da sociedade.A universidadesempre esteve muito longe do poder público e ela poderia ter dado uma contribuição enorme.

Competência administrativa no controle do tráfego Precisamos de um caminho de resgate a competência do gerenciamento urbano. Normalmente o prefeito é refém de acordos políticos de governabilidade e fica na mão da Câmara Municipal. Há um grandeabismo entre os técnicos, muitas vezes

omissos, eos políticos,que agemde formaimediatistae míope. Precisamos encontrar ummodelo degovernabilidade possívelnessacrise de mobilidade.

Faltou um estudo, uma pesquisa deorigem-destino. Nós precisamos saber aonde as pessoas estão e para onde querem ir. Acidade mudou muito.Vejaa verticalização de ocupação urbana irregular também nazonaleste.Vejaa alta concentraçãoe verticalização na zona oeste, depois do rioPinheiros. O fechamento deindústrias e aaberturade empresasde serviçosmudou muito asnecessidades detráfego. E isso foge totalmente ao controle da prefeitura.

Empresas X Prefeitura Asempresas deônibussão opoder permanente. Existe umacrise objetiva entrea Prefeitura e as empresas. Elas estão perdendo drasticamente os passageiros. Há 20 anos, cada ônibus transportava quase milpessoas pordia. Hoje são trezentas. O clandestino entra no espaço da ineficiência do oficial. Historicamente, as empresas de ônibus sempre fizeram o que quiseram. E elas disputamequerem sempre andar nosprincipais corredores, como a avenidaPaulista. Eu pergunto: será que tem tanta gente querendo passar pela Paulista? Não foi feito antes, e nem agora, umestudodetalhado para saberdeondeas pessoas vêm e para onde vão. E a partir daí desenhar a malha detráfego. Paraisso, falta dinheiro etambém gastar bem o que se tem.

Ônibus X lotações

Eu acho muito difícil a prefeitura acabar com o impasse. Também é difícil, mas necessário, que seconsiga um sistema de controle desse processo, que hoje está absolutamente descontrolado. É um grande desafio. Não tem porquêhaversistemas concorrentes. Um acabar com o outro. É inevitável. Vai ser preciso condição políticaeaté policialpara controlar esse processo, que é gravíssimo.Para resolver, tem que se colocar em discussão ummodelo baseadono desejo de locomoção das pessoas. Falta perceber que, o que é melhor para as pessoas, é melhor paraasempresas também. Vai ser umaforma racionalizar o transporte.

O engenheiro Roberto Scaringella afirma que o trânsito é uma conseqüência do processo de urbanização da cidade
Dudu Cavalcanti/N-Imagens

Colecionar, mania de um milhão de pessoas

Juntar selos, latas de cerveja, cartões telefônicos e até carros antigos é uma questão de paixão para parte dos brasileiros

O hábito de juntar selos, moedas, cartões telefônicos, v idros de perfume, latas de cerveja, rótulos, carros e uma série de outros objetos é uma atividade antiga,sem limites de idade, que existe em todo o mundo. NoBrasil,opassatempo atrai ummilhão de pessoas. Quarentapor cento só no estado de São Paulo.

A maioriadas pessoasreúne objetos pelomenosuma vez na vida. "Quem não coleciona, já colecionou ou vai colecionar", afirma o criador dosite Colecionismo.com, Marcelo Motoyama.

As coleções são iniciadas poracasoou com incentivo da família. Transformam-se em hobbys ou manias, e contribuemparasustentar indústrias como a de cartões telefônicos, balas, chicletes, chocolates, bebidas e selos.

O comércio de coleções envolve cerca de R$ 600 milhões por ano, segundocálculos de especialistasdo setor.Aotodo, existemcerca de 10 mil pessoas vivendoda atividade de compra e venda de objetos e 200 empresas constituídas, ou seja,lojas especializadas.

Segundoo site Colecionismo.com, 90% dos colecionadores são homens.

Osobjetospreferidos são os cartões telefônicos. Até camelôs já se especializaram na compra e revenda.Os primeiros cartões Telebrás podem custar até R$ 5 mil. E a tiragem limitada quea Telefônicafez de 500exemplares, paratestaralguns orelhões, vale em torno de R$ 200. L ux o – Há também colecionadores mais sofisticados, comoo empresárioOgPozzoli, de 71 anos. A preferência delesão carrosantigos,modelos norte-americanosdas décadasde20,30,40e 50.

"Colecionar é voltar ao passado", define. Ao todo, este colecionadorpossui 150carros guardados em sua residência, mantidosem cincoambientes climatizados, que ele chama de "museu particular". Os automóveis foram adquiridos ao longo de 42 anos. ApaixãodePozzoli pelos veículos é tanta que ninguém pode entrarnos ambientes sem que ele esteja presente. "É como entrar num cofre sem o dono", afirma. Porfalta de tempodoempresário,a reportagem do Diário do Comé rc io não tevecomo fotografar acoleção, massomente um de seus modelos de uso, um Cadillac, ano 1975. Marketing- Muitas indústriasse aproveitamdamania de colecionarpara alavancar asvendas dosseusprodutos. Apráticasó nãoémaisconstante por causa dos custos envolvidos no lançamento de artigos variados. Por isso, a estratégia costuma ser usadaapenas em lançamentos de produtos ou datas comemorativas. A Nestlé, quecompleta 80anoseste ano, lançourecentemente

O colecionador Og Pozzoli mostra o Cadillac 1975, um dos seus 150 carros

uma coleçãode latas antigas Leite Moça, que já estão esgotadas. A Bauducco é outra fabricante que descobriu nos

Máquinas do século passado em casa

O fotógrafo Mário Bock possuiquase todososmodelos de máquinas fotográficas quesurgiramno séculopassado.Ao todosão 1.200unidades. Lambe-lambe, máquinas com sanfona e tripés, polaróidee automáticas.A maior parte funciona, mas faltam filmescompatíveis, que não são mais fabricados.

A coleção começou há 19 anosquando,por faltadeespaçonoarmário, Márioresolveu deixar na estante de casaosquatro modelosde máquinas que usava para trabalhar."Gosteidevê-las expostas e a partir daí comecei a procurar outras máquinas para decoraroambiente, comfoconasmais antigas", conta o fotógrafo.

Hoje a coleção é tão grande que ocupaum quartointeiro de seu apartamento de três dormitóriosno Jardim Marajoara, Zona Sul, de São Paulo. Máquinas mais modernas já começam a integrar o rol de seu acervo. As principais aquisições do fotógrafo foram encontradas

emfeirasdeAntiguidade do Bexiga e da Praça Benedito Calixto, em Pinheiros. Mário gasta todoo dinheiroextraque ganha nacoleção. Afirma que economiza o que pode para manter o hobby. Por isso não usa roupas de grife nem faz muitas viagens. Eleconta queaté hojenão reformou o apartamento commedo deque ospedrei-

Internet facilita contato com estrangeiros da área

A rede mundial de computadores está revolucionando ocolecionismo.É umcanal de aproximação mundial dos praticantes do hobby, que antes dependiam de encontros específicos e feiras. Os sites de leilão são um canal interessante para encontrar osobjetos dodesejo. Há aindasalas debate-papopor onde é possível descobrir nov idades. Existem no Brasil pelos menos 5 sites que trabalham com itens colecionáveis (mercado livre, yahoo, lokau, arremate e colecionismo). O analista de sistemasJair Pimentel, que possui 40 cole-

çõesdistintas,conta que depoisda Internetconseguiu dobrar onúmerodeobjetos colecionados. São caixinhas de fósforo, moedas, gibis, relógios de bolso e estampas de sabonete Eucalol.A última estampa foi adquirida por R$ 1.200, itemmaiscaropago até hoje por Jair Pimentel. Segundo o colecionador, a Internet proporciona bons negócios. Elecomemoraa compra da coleção completa de Carlos Gardel, em vinil, por R$9. E afirma quejá fez diversas trocas e vendas de produtos com pessoas da Holanda e Rússia.(TN)

Oprincipal sitedos adeptos do hobby (colecionismo.com.br)tem maisde500 mil acessos por mês (page views), realizados por30 mil pessoasdiferentes. Oportal reúne 7.500produtoscolecionáveis, maisdoqueconcorrentes como yahoo.com, arremate.com e lokau.com. A maiorcomercialização realizada pelo site foi feita há ummês. Por R$ 68 mil foi vendido o registro de óbito de D.PedroII, de1891. Ovalor inicial do lance era R$ 60 mil. Um brasileiro que não quis se identificar fez o arremate. Dois outros apreciadores

ros levassem algumas de suas relíquias. Além disso, não sobra mesmo muitos recursos. A paixãodele pelaspeças é tantaquechegaagerar ciúmesna família."Por mimeu ficava o tempo todo olhando paraelas", afirma. Sua mulher, Rosana, dizque tem vontade de jogar toda a coleção pela janela. O hobby ocupa muito espaçonoapartamentoe muitadedicaçãodo marido.

Mário rebate dizendo que por causadas máquinasele é muito mais caseiro do que outrosmaridos. Ofotógrafo já está procurando fazer da filhauma aliadae tentatransmitir o mesmo gosto pelo colecionismo àmeninade9 anos.Recentemente agarota ganhou sua máquina, para tirar as próprias fotos.

Mário Bockcoleciona ainda relógios de parede. Segundo seus familiares, ele tem por hábito colocar todos os relógios para tocar no mesmo horário, para o desespero dos moradores e também dos vizinhos próximos. (TN)

colecionadores um importante canalde vendas. Hoje, destina parte de sua produção de colombas pascais e pa-

netones para as versões em lata e contrata designers só para fazermodelosdiferentes colecionáveis na Páscoa.

P a rm a l a t –A Parmalaté umexemplo demarca quese lançou no mercado brasileiro sustentada pelo colecionismo.Por meio dapromoção "Bichinhos Parmalat",seus produtosficaram conhecidos em todo o País. O consumidor juntavacuponsdos produtos e com maisuma quantiaem dinheiro adquiria os bichos de pelúcia. Um dos principais produtos que se mantém graças aos colecionadores,a maioria adultos, éoKinderOvo,da Ferrerodo Brasil. Háquem compre pelasurpresaesem gostar do chocolate.

E ve nt o –Deamanhã até domingo acontece o 2º Encontro Brasileiro de Telecartofilia, Numismática e Filatelia de São Paulo, no hotel Nobilis,rua Santa Ifigênia, 72. São esperados um mil colecionadores. Quarenta comerciantes devemestarpresentes na mostra.

desta relíquia histórica estavam no páreo. Segundo o presidente do site, Marcelo Motoyama, casos comoessenãosãocomuns. As vendas virtuais não costumamter valoresaltos porque aspessoasprecisam fazero pagamentoadiantado,não seconhecem equerem ver o produto de perto. Comapenas cincoanosde existência,osite possui milhares de pessoas cadastradas,promove leilõesvirtuais e facilita o intercâmbio de colecionadores e comerciantes de diversos paísesespecializados na área. (TN)

Marcelo: 500 mil selos de orquídeas

da Costa Rica

É normal que os colecionadoresfaçamtrocas eoperações comerciais. "Todo colecionador acaba se tornando um negociante", afirma Marcelo Motoyama, proprietário do site Colecionismo.com.

Depois de criar um portal para colecionadores,Marcelo está criando um serviço para ampliar as buscas de novos itens. "Todo o mundo tem algo em casa que vale para um colecionador", afirma.

Inspirado nos Garage Sales dos Estados Unidos,onde as famílias põem à venda, na garagemdecasa, ositensque não querem mais, Motoyama lança a partir deste mês um serviço virtual no site Colecionadores.compara pessoas comuns que querem colocar objetos à venda.

Segundo ele,um videogame Atari , que fica jogado em casa, pode sercomprado por um colecionador por R$ 200. Discos de vinil, moedas, se-

los, tampas degarrafa e itens de valores baratos podem ser comercializados.O site se compromete a fazer a avaliação damercadoria,cotare colocá-la à venda. Em troca, ganha comissão porcada item vendido. Coleção – Em 25 anos de garimpagem, MarceloMotoyama montou um acervo de mais de 500 mil selos de orquídeas daCostaRica,mais de 100 mil cartões telefônicos com motivosdecinemae maisde700 moedasdeprata norte-americanas de US$ 1. Ele afirma que o hábito vem desdepequeno. Noinícioeramfigurinhas, cards e estampas de sabonete Eucalol. Hoje são pins de Olimpíadas, Copas domundoe miniaturas Ferrari.Motoyama gasta pormêscercadeR$1 mil com a aquisição de novas peças, mas ganha um valor equivalente com avenda de itens repetidos. (TN)

Mário mantém desde o equipamento lambe-lambe até as automáticas
Paulo Pampolin/Digna
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Simplificados impostos sobre carros

A tributação em cascata deixará de existir na linha de montagem a partir de outubro, mas não se sabe se os preços cairão

Asmontadoras deveículos estãocomemorando apromulgação da lei 10.485, publicadano Diário Oficialda União no dia 4de julho, que elimina a cobrança em cascatado PISedaCofins. Osreflexos do fimda cumulatividade dessas contribuições sobrea reduçãodopreçodos v eículos, no entanto, ainda são uma incógnita.

Na prática, o quemuda é a forma de arrecadaros tributos. Com o novo mecanismo, toda a cadeia automotiva terá uma única incidência de PIS e Cofins,de 8,26%,abrangendo todas as fases de produção e de comercialização. Antes, pagava-se 3,65%sobre ofa-

turamento em cada elo da cadeia produtiva.

Concentração – Com a lei, orecolhimentodas contribuições será concentrado nas montadoras. Dessa forma, possíveisreduçõesno preço final dos carros vão depender de futurasnegociaçõescom os fornecedores. " Como os

Aneel e União defendem direito da Telefônica

A Advocacia Geral da União está trabalhando junto coma AgênciaNacional de Telecomunicações (Anatel) para tentar derrubara liminar dajustiça Federalde São Paulo que impede a Telefônicadeexpandir osserviçosde longa distância para outros Estados.

Segundo a interpretação citada no documento, a Anatel teria que fazer licitação paraa prestaçãodesseserviço, ao contráriodo que prevêa LeiGeralde Telecomunicações (LGT), que regula o setor. A LGT já passou pelo crivo do SupremoTribunal Federal (STF) e os artigos questionadosnaliminar não

foram contestados pelos ministros.

A entradada AGUno caso tem porobjetivo garantir o modelo do sistema de telecomunicações que previa que as operadoras detelefonia local que antecipassem até esse ano suas metas de universalização de serviços previstas para 2003 poderiam atuar em outrasáreas. ATelesp,subsidiária da Telefônica em São Paulo, antecipou suas metas e iria concorrer com a Embratel e com a Intelig nas ligações de São Paulopara os demais Estados.Mas aEmbratelobteve essa liminar da Justiça impedindo o movimento da concorrente. (AE)

Prefeitura inadimplente não obtém ajuda no STJ

Omunicípiogaúcho de Maquiné continuará inscrito comoinadimplente juntoao

Sistema Integradode Administração Financeira (SIAFI) do Governo Federal. O presidente doSuperior Tribunal deJustiça (STJ),ministro Nilson Naves, indeferiu o pedido de liminar no mandado desegurança da prefeitura objetivando asuspensão da inscrição do município.

O prefeito de Maquiné, AlcidesScussel, afirma que a prefeitura foi notificada, em 13 de junho, por meio de ofício da Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração do Ministério do Esporte eTurismo emrazão denão terpago R$26.486,75 referentes a um convênio celebrado com o ministério para a construção de um estádio

livros

O novo Código Civil

Organização: Gláucia Carvalho

Editora: Forense; 233 páginas

fornecedores de peças e componentes easrevendasvão deixar de recolher os impostos,caberá aelesa iniciativa dereduzir seuspreços paraa mudança surtir efeito no custo finaldosveículos",dizo consultorligado àáreaautomotivaEdgard Viana,da consultoria A.T. Kearney. Ele aponta como principal benefício da nova legislação a simplificação do processode pagamento de tributos, que sempre representa custos administrativos para as empresas, especialmenteas menores.

Pelo menos atéo momento, a Anfaveanão assumiu nenhumcompromisso for-

municipal. Alega que lhe foi dado prazo de 15 dias para que fossem sanadas as incorreções.No entanto, a medida lançando a prefeitura de Maquiné no SIAFI nacondição deinadimplentefoitomada antes que oferecesse suadefesa em processo administrativo de prestação de contas.

O mandado desegurança foi interposto no STJ para que fosse determinado o imediato cancelamento da inscrição do município no sistema.Isso porque oprejuízo, segundo o prefeito, é iminentepor existiroutrosconvênios em tramitação para a obtenção de recursos destinados às áreas de educação, saúdee infra-estruturaurbanae rural da cidade. Perdeu a liminar. (STJ)

Advogadosdetodasas especializações devem estar preocupados em entender o Código Civil que entrará em vigorem janeirodoanoque vem. O livropublicado pela editora Forense tem uma vantagem para os quetêm interessesespecíficos:traz, ao final, um índice de assuntos. Isso facilita muito a consulta, já que o código tem mais de 2.000 artigos e trata das questões mais diversas. Assim, pode-se saber, no verbete abandono, entreoutras coisas, queo artigo 1.223 tratade perda deposse, o 1.234 de coisa achada e o 1.638 de filhos.

mal com a redução do preço dos carros. Até porque a eliminação da cobrança em cascata entrará em vigor somente apartir deoutubro, quando vence o prazo da chamada noventena. O período de noventa dias éestabelecidona

Constituição para os casos de criação ou modificação de tributos.

Carga – A simplificação do sistema tributário é uma reivindicação antiga da indústria automotiva e que há muitotempo vinhasendo negociada com a Secretaria da ReceitaFederal. ParaaReceita, o novo mecanismo, denominado "substituição tributária", é vantajoso porquevai concentrar afiscalizaçãosobre umúnico contribuinte, no casoasmontadoras. As montadoras, é claro, também sairão ganhando. Elas têm grande poder na negociação com seus fornecedorese certamente seus custos cairão.

Acarga tributáriadoscarrosnacionaisé umadasmais altas do mundo e não será uniformemente reduzida. O preço final agrega, em média, 33,3% deimpostoscomo PIS, Cofins, ICMS e IPI. Nos países europeus, o percentual varia de 13,8% a 16,7%. No Japão, éde9,1% enosEstados Unidos, de 6,6%.

Agora, as montadoras instaladas no Brasil estão pleiteando a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) doscarrosmédios de 25% para 15%. Ótimose opreçocaire obrasileiro puder comprar mais.

Sílvia Pimentel

O fim da cascata está longe

ACâmara dosDeputados deverá votar ofim da cumulatividade de impostos em agosto, nas duas semanas de esforço concentrado queserãorealizadasduranteo períodoeleitoral. Éo quepretendeopresidente daCasa, Aécio Neves(PSDB-MG). Para o parlamentar, a aprovação da matériaseráum passo importantepara aeconomia do País, mais especificamente para as empresas capacitadas a competir no mercado externo. “A votação da matéria é umincentivo para que o próximo Governo trate

a reforma tributária com prioridade", afirmou. O fimda cumulatividade deve começar pelo PIS esó depois seráestendido àConfins. Aécio justificou a medida pela necessidade de fazer a reforma gradualmente. “Quando se tentou fazer mudanças no campo tributário de uma só vez, muitos setores se opuseram a diversos dos seus itens,o queinviabilizou aprovaçãoda reformacomo um todo”, lembrou.

Projeto – O fim da incidência em cascata começou a ser discutidode formaintensa

comacriaçãoda Comissão Especial,presidida pelodeputado Delfim Neto (PPBSP). Orelator,deputado MussaDemes (PFL-PI),teve seurelatórioaprovado pela Comissão em 24 de abril.

Pelo projeto da Comissão de Tributação Cumulativa, as empresas sujeitas à tributaçãocombase nolucroreal passarão a recolher o PIS com base no percentual de 1,65%, e não mais 0,65%, como é hoje. Em compensação,a contribuiçãonãoserámais cobrada em todas as etapas da cadeia produtiva, o que tor-

nará osprodutosbrasileiros maiscompetitivos, beneficiando o setor exportador. O deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR)apresentou emenda ao projeto mantendo o percentual anterior para o setoragrícola. Isso porqueo aumentodataxa para a agroindústria vai penalizar o consumidor brasileiro,jáque resultaránoaumento da cesta básica.

Apropostade Hauly, no entanto, encontrou resistências porpartedoGoverno, que nãoquer abrirexceções. (Agência Câmara)

Um passeio pela história da federação

Quem gosta de História, Direito, Política ou Economia vai se deliciar com o livro

Aintervenção federale ofederalismo brasileiro, de Francisco Bilac Pinto Filho, que acaba de ser lançado pela editora Forense. O autoré advogado mineiro. Escrevecomoum contador de histórias sobre temascomplicados. "Por maisque tivéssemos nosesforçado, nãoconseguimos dissociar aobrajurídica de construção donosso estado federativo daspassagens históricasque conduziramnossos legisladoresa agiremcomo agiram", diz. Algunsaperitivos dotexto de Bilac Pinto Filho:

•sobreaConstituição de 1937: "A polaca, como foi conhecida porsuainspiração fascista do regime polonês, foi ummonumento àausência de divisão de poderes e um marco da unitarização do regime federal brasileiro. Nuncase reconheceutãopouca autonomia aos Estados. Mas se disséssemos que se tratou

As vertentes do Direito

Constitucional Contemporâneo

Coordenador: Ives Gandra da Silva

Martins

de um vilipêndio constitucional, podemos estar nos colocando à mercê das críticas que nossos netos farão quandoestudaremo textode 1988".

• sobre ofim do Estado N ov o : "O regime do Estado Novo caíra porque se prolongara muito no tempo e a nova ordemmundial exigiamaioresfranquiasàs populações. Mas o getulismo, ou esta figuramística queencarna ovultode imperadores epresidentes brasileiros, nunca deixou de existir, tanto que Vargas foi eleito senador e quatro anos depois voltaria como chefe do poder executivo. Esta autoridade dochefecondutor balizabem acrença de nossas populações de que o "grande chefe",encarnador dosanseios populares, éo únicoalevar estanaçãoaos caminhos certeiros".

• sobreo regime militar : "A doutrina militarse baseava nos ensinamentos da Escola Superior de Guerra, fundada em 1949. A ESG era um

Editora: América Jurídica; 685 páginas Olivro écompostode37 artigosescritos por especialistas que discutem a doutrina constitucional sob diversos aspectos. Marco Aurélio Mello, o presidente do Supremo Tribunal Federal,temum capítulodenome pomposo: Ótica Constitucional - a igualdade dasaçõesafirmativas e chega a uma conclusão simplérrima: para que se reduzaa desigualdade no Brasil basta quese siga a Constituição à risca. É uma obra interessante, cheia de curiosidades.

fenômeno da GuerraFria. Nasceu com ela a doutrina da Segurança Nacional. Político importante na arquitetura do golpe foium doslíderes udenistas, Carlos Lacerda, "O Corvo",como eraconhecido pelos opositores,tinhauma longa trajetória de impiedosa oposição aos governos pessedistase petebistas.Foraacusado de levaro presidente Vargasao desespero quelevou-o ao suicídio, de planejar uma revolta contra a posse de Juscelinoe depressionar JânioQuadros para delatá-lo, quando este confidencioulhe o dessejo de pedir maiores poderes ao Congresso Nacional para governar sem limites à sua autoridade".

•sobreaConstituição de 1988: "A preservação de uma federação ordeira e democráticanecessita deatitudescertasnashoras certas,sempre embasadas nas hipóteses constitucionais. Postergar algumas intervenções, como temos presenciado,pode até teruma explicação convin-

Introdução ao Direito do Consumidor

Autor: Roberto Basilone Leite

denteaonível dateoriapolítica, mas não convence, e mais, causa descrença no cidadão que ainda acredita que quando uma autoridade descumpre a Constituição haverá uma outra, superior e mais justa, que poderá resguardarlhe a cidadania. A maior vítima de todaessa prudência democráticaé oPoderJudiciário".

São 429 páginas nesse tom. E queainda contêm debates sobre questões jurídicas de cada época.

Editora: LTR; 173 páginas Este é um livro didático. Faz um apanhado histórico da tradição brasileira emmatériade relaçõesdeconsumo antesde chegarao CódigoBrasileiro de Defesa do Consumidor, de 1991. A partir daí, estuda os efeitos sociais da lei. Segundo o autor, "o Código atuou comomecanismo propulsordeuma verdadeira revoluçãodos costumes nacionais, sobretudo no setor da economia". Háumnúmero cada vez maior de empresascom serviço profissionalizado de atendimento ao consumidor e já existem até as que incluem conselhos de consumidores em sua estrutura administrativa.

Shopping Taboão lota no primeiro dia

Shopping inaugurado ontem teve investimentos de R$ 80 milhões e marca a entrada do Grupo Nacional Iguatemi em SP

O Shopping Taboão foi inaugurado ontemnarodovia Régis Bittencourt, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. O empreendimento, localizado no km 271,5 da rodovia, recebeu investimentos deR$ 80milhões eé omarco inicial das atividades do Grupo NacionalIguatemi noestado de São Paulo.

OShopping estevelotado ontem, na inauguração, e deve registrar vendasde R$ 300 milhõesnoprimeiroano. O complexo levou dois anos para ficar pronto e a localização, próximaaoRodoanel, onde circulam diariamente 160 mil veículos, foiuma escolha estratégica. A região concentra um público potencial de 1,5 milhãodehabitantes,de acordocomo superintendente Waldemar Jezler.

O Shopping atenderáos bairrospaulistanos do Bu-

tantã eMorumbi,alémdos municípios de Itapecerica da Serra, Embu,Juquitiba eCotia. O objetivo é atender as classes B e C, entre residentes da área epessoas quetrabalham nos arredores.

Até ontem haviam sido negociados 98% dos 40 mil metros quadrados do Shopping. Serão 180 lojas equiosques, além de cinco salas de cinema Multiplexe praçadealimentação com bandeiras conhecidas como McDonald’s, Bob’s e Habib’s.

Âncoras – As lojas âncoras são C&A, Carrefour, Riachuelo, Ponto Frio, Casas Bahia e Telha Norte. Além destasgrandes redes devarejo, outro atrativo para o público será a estrutura arquitetônica do local. O Shopping terá teto de vidro para dar ao freqüentador a sensaçãoque ele está em umespaço aberto.A ilu-

minação natural proporcionará redução de cerca de 30% no consumo de energia. Outro aspecto inovador do empreendimento é o seu projetonaáreade gásnatural,

Carrefour tem maior número de clientes e menor tíquete médio

A divisão de hipermercados do Carrefour registrou, no primeiro semestre, um aumento de 30% no número declientes emrelaçãoao mesmoperíodo do anopassado,oque resultounumfaturamento 15% maior.

De acordo com o diretor de operações de hipermercados, Jean Marc Pueyo, houve uma queda no valor médio de compra,que foi,entretanto, compensada pelo número maior de clientes.

Segundo Pueyo,estão sendo investidos neste ano R$ 150 milhões na chamada área sul de hipermercados, que compreende os estados de São Paulo, Rio Grande do Sul eParaná,onde estãoemfuncionamento 35 lojas. Orestante seráinvestido naabertura de três lojas até o fim do ano.A primeiradelasfoi

inauguradaontem,em Taboão daSerra.Apróxima unidadeserá emSanto André, também na GrandeSão

Concorrência da FAB é saída para sueca Saab

Quando o grupo sueco de equipamentos de defesa Saab apresentaro seurelatóriosemestralhoje,a atenção dos seusexecutivos estarávoltadaparaoBrasil. Apossível v endado avião de caçaJas Gripen para aForçaAérea Brasileira (FAB)poderá compensar a perda que a empresa amargounasemana passada, quando a Áustria escolheu o avião rival Eurofighter para substituir suafrota de Draken suecos numa transação de 1,79 bilhão de euros ou US$ 1,77 bilhão.

Tanto a Saab quanto a GripenInternational, umajoint venture entre a Saabe a BAE Systems, que detém 35% da Saab, esperam que o caça Gripenseja aescolhada FAB.A brasileira Embraer, quarta maior fabricantemundial de aviõescomerciais eque tem acordos de cooperação com a francesa Dassault Aviation, participada concorrência com o modelo Mirage. Outros concorrentes são o F16,da norte-americanaLo-

ckheed Martin , o MiG e o Sukhoi 35, ambos russos. "Meusentimento éodeque estamosem umaposição muitoboa", disse um alto executivo da Saab. A importância do acordo com o Brasil é ressaltada pelo fato dequeo primeiro-ministro social-democrata da Suécia, GoranPersson, elogiou as virtudes doaviãoda Saab ao visitar o Brasil no mês passado para uma reunião. A compra inicial da FAB será de 12 jatos, mas uma nova rodada no futuro poderá ser de 70 a 110 aviões.

Retorno – Cadaaviãovale 500 milhões de coroas suecas (US$ 54 milhões), de forma que onegócio como Brasil traria umenorme impacto para a companhia, cujas vendasno primeirosemestrede 2001 foram de 7,84 bilhões de coroas, com lucro operacional de 1,06 bilhão de coroas, incluindoganho de650milhões de coroas pela venda da unidadedeeletrônicos navais. (Reuters)

Paulo, e a terceira em local ainda nãorevelado. Coma inauguração da loja em Taboão da Serra, a rede de hipermercados soma 75 pontos no Brasil. Atéo final do ano serão 80, considerando mais trêssupermercadosda bandeira Champion,que serão transformados em Carrefour.Aprevisão édequeo grupo registrará receita3% a 4% maior em 2002. Noano passado, oCarrefourBrasil, quartaoperação mais importante da empresa francesa, teve queda de 2% nas vendas. Para 2003, a projeção édeabertura de oitoa dez lojas em todo o Brasil. As vendasmundiais daredeaumentaram3% noprimeiro semestre, excluindoefeitos cambiais. Se computado esse impacto,a receita fica com queda de 1,5%. (Agências)

Aracruz tem perdas com queda do real no início do ano

A desvalorização do real fez com que a Aracruz , produtora e exportadorade celulose, registrasse prejuízo deR$ 79,7 milhõesno primeirosemestre deste ano, frenteao lucro de R$ 136,4 milhões obtido no mesmo período do ano passado. De janeiro a março, a empresa acumulava lucro de R$ 22 milhões.

O resultado do semestre contraria a expectativa do mercado, queprevialucro para a companhia emtorno dos R$ 30 milhões. Apesar de aAracruz ser exportadora,a desvalorização do real pesou no resultado por causa das dívidas em dólares da empresa. Mas a companhia fala em recuperação.

"Por terreceitas emdólar e incorrerem custosnasua maior parteemreais,aempresa tem expectativa de que o impacto líquido inicial negativodadesvalorização deverá ser compensado no decorrer dospróximos trimestres",informaa empresaem comunicado. (Reuters)

através de um convênio com o Ministério das Minas e Energia.Foi destinadauma verba deR$ 15milhões para implementara utilizaçãodo gás como fonte de energia.

Saúde – Alémdos espaços tradicionais, o empreendimento pretende destinar uma área especial para um centromédicocom 16consultórios dediversas especia-

lidades, além de uma unidade completa do Laboratório Lavoisier.O Laboratório terá área total de 400 metros quadrados, mas não há data marcada para a abertura do espaço projetado. Ig u at e mi –O GrupoNacional Iguatemi atua desde a década de 70nsconstrução e administração deshopping centers.Atualmente, aempresa administra 12shoppings em cinco Estados brasileiros: o Grande Rio, Campos de Gytacazes, Via Parque e PasseioShopping, noRiode Janeiro; Moinhose Iguatemi Porto Alegre, noRio Grande doSul; oIguatemiSalvador, Barra, Iguatemi Feira de Santana e Aeroclube Plaza Show, na Bahia;Iguatemi Campina Grande,naParaíbae Big Joinville, em Santa Catarina.

Shell estuda construção de uma refinaria de petróleo no Brasil

A subsidiáriabrasileirada Royal Dutch Shellpoderá construir umarefinariano Brasilpara reduzircustosda eventual produção de petróleonoPaís, seconfirmadaa viabilidade comercialdas últimas descobertas feitaspela companhia de exploração. Hoje, apenas a Petrobrás tem refinarias no Brasil. "Prefiro fazer aqui (o refino) porque é mais barato", disse o diretorde exploraçãoeprodução da Shell no Brasil, John Haney. Oexecutivo explicou

queo óleodescobertonas cinco perfurações na bacia de Campos (RJ),no bloco BC10,foidematerial pesado, com custo alto para refino. Qualidade – O petróleo é classificadode acordo com umatabela que determina a qualidadedo óleo pela sua graduação, que quanto mais alta é mais leve e de melhor qualidade. No BC-10,o óleo encontrado foi classificado como 17 API, uma graduação inferior. "Se a refinaria for localizada perto do centro de

Qwest é a mais nova

produção, podemos economizar US$ 3 por barril de petróleo produzido", disse. A Shell procura petróleo no País desde 1999, inicialmente emparcerias feitascom aPetrobrás,edepoisem blocos de petróleo adquiridos em leilões daAgênciaNacional de Petróleo (ANP). A empresa possui15 blocospetrolíferosemsolo brasileiro.Aempresa anunciou quatro descobertas técnicas no BC-10 entre os meses de agosto e setembro de 2001. (Reuters)

empresa sob investigação nos Estados Unidos

Novas notíciassobre fraudes em balanços contábeis rondaram as empresas americanas no dia de ontem. A Qwest Communications, empresa de telefonia, é a mais novaempresa sobinvestigaçãoda procuradoriafederal dos Estados Unidos. A gigante de serviços de exploração depetróleo,engenharia e construção, a Halliburton, tambémentrou na lista das empresassob suspeita.Os seus acionistas entrarão com processojudicial contra a empresa e o vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, por terem utilizado métodos contábeis duvidosos.

Fusão cria segunda maior empresa de celular nos EUA

A VoiceStreamWireless, controlada pela Deutsche Telekom, está em negociações coma AT&TWirelessServices sobre uma fusão que pode criar a segunda maior companhia de telefonia celular dos Estados Unidos.

O acordo deve envolver US$ 10bilhões, masas negociaçõesestão emestágioinicial. Tantoa AT&TWireless quanto aVoiceStream negociaram com algumas companhias nos últimos meses. As empresas enfrentam alto custode atualização,desistência de clientes epreços baixos. A VoiceStream éumadas menoresoperadorasde celular dos EUA, enquanto a AT&T é a terceira maior. (Reuters)

Enquanto isso, a WorldCom,gigante norte-americana detelecomunicações, amarga as conseqüências de ter modificado osseus resultadosfinanceiros. JohnW. Sidgmore, executivo-chefe, afirma que a companhia possui caixa suficiente para operar por dois meses e que cresce a possibilidade de concordata."Para protegernosso caixa, talvez tenhamosque recorrer ao capítulo 11 da Lei de Falências,pelo menospor enquanto", diz Sidgmore. A companhia deve ter uma decisão final emtrês semanas. Sidgmoredissequeum plano de concordata terá impacto mínimo sobre os clientes e empregados. (Reuters)

Aviação: problemas do setor são estruturais

Trabalhadores egoverno chegaram ao consenso de que o problema da aviação do País não se resume a questões de gestão nas empresas, mas a problemas estruturais,que precisam ser atacados. A avaliação foi feita pelos presidentesdos sindicatosligados ao setor aéreo, que participaram ontem de reunião no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "Tanto o setor quanto o BNDES entendem que são necessárias reformas. Estáclaro nasdiscussõesque temos eno fórumde competitividade setorial que há problemasnaestrutura do setor", comentou a presidente do Sindicato Nacional de Ae-

ronautas (SNA), Graziela Baggio.Elacitou quealguns dos problemas são a carga tributária, astarifasaeroportuárias e oscustos de seguro, inflacionados desde os atentados terroristas aos EUA. A reunião haviasido agendada para discutir o projeto de recapitalização da Varig e a situação do transporte aéreo. Segundo Graziela,foisinalizado que o governo olha o setorcom cuidado, pordeterminação do ministrode Desenvolvimento, Indústriae Comércio Exterior, Sérgio Amaral. Nãohá prazo,contudo,paraa divulgação de um provável conjunto de medidasparaajudaras empresas do segmento. (AE)

Paula Cunha
O Shopping Taboão, em Taboão da Serra, esteve com lojas e corredores cheios ontem, no dia da inauguração

POSIÇÃO DA FACESP - ACSP

Estimular a geração de emprego

Estudo do BNDES revela que asmicroempresas, assim consideradas aquelas com menos de 19 trabalhadores, f oram responsáveis por 1,4 milhãodos 2milhões deempregos adicionaisregistrados no país entre 1995 a 2000.

Os empreendimentos de menorporte apresentaram expansão de 25,9% dos novos empregos, enquantoos grandes estabelecimentos ofertaram apenas 0,3%dos postos detrabalho amais noperíodo. Esses dadosmostram que as microempresas respondem p or parcela expressiva dos empregos, mas não revelam todasua importânciapor se referirem apenas aoscom registro em carteira, e em empresasformalizadas, querep resentam apenasuma minoriados estabelecimentos existentese,em conseqüência, também dos postos de trabalho. Basta verificar que, segundooIBGE, naregião metropolitana de São Paulo existem 1.005.337 estabelecimentos commenos de5 empregados, dosquais 992.549,

ou seja 98,7% do total, são informais, ocupando mais de 1,3 milhão de pessoas. Não se deve esquecer quegrande parte dos microempresários de hoje são desempregados de ontem, que perderamseu emprego devidoao insucesso das empresas. Apesar da importância das micros epequenas empresas, que não se limita ao aspecto da geração deempregos, elas nãotêm tido aatenção que deveriam merecer das autoridades,do legislativo e, mesmo, da própria sociedade, enfrentando problemaspara seu nascimento,sobrevivência e expansão.Também nas propostas dos candidatos à Presidência não se constatam preocupação com o estímulo aos empreendimentos de menor porte comosolução para reduzir odesemprego ealavancar o crescimentoda economia. Isto apesar deoutro estudo doBNDES demonstraras altastaxas demortalidade dosempreendimentos de menor porte, revelando que 18% dos pesquisados

morreram no primeiroano de vida, 36% encerraram suas atividades no segundo ano e 48% deixaram de funcionarantes decompletaro terceiro aniversário.Como a maior parte das microempresas são informais e, portanto, mais sujeitas às dificuldades de sobrevivência,pode-se concluir que a taxa de mortalidade empresarial é ainda maisgrave doque arevelada pelo estudo.

Assim, emborao Brasiltenha revelado ser opaís com o maior espírito empreendedor do mundo,conforme pesquisa realizada em 21 nações pela Global Entrepreneurship Monitor, não oferece o "ambiente institucional"favorávelà sobrevivência e expansão da atividade empresarial. Dentre os obstáculos ao desenvolvimento empresarial se encontram, semdúvida, a tributação excessiva e as taxasde juros extremamente elevadas,osquais, infelizmente,parecem quedificilmente serão mudados no curtoprazo. Outrosproblemas,

A demissão do ministro

RiodeJaneiro –9dejulho – Confesso que compreendoperfeitamente a naturezadoregime, relativamente conheço apsicologiado presidente,pelo que tenho observado, as mazelasque maculamadministrações estaduais e municipais de vários Estados, políticos corruptos que empregamquarenta membros dafamília,inclusivea sogranonagenária, enfim, compreendo a classe política etenho seguro conhecimento do Brasil, comprovado pelo livro Tratado Geraldo Brasil.

Noepisódio Miguel Reale Júnior e o advogado Geraldo Brindeiro agiu, cada qual, apoiado pelo presidente da República. Eis, portanto, oprincipal responsável pelaatitude assumida pelo ministro Miguel Reale Júnior e pela atitude de Geraldo Brindeiro, no áspero caso da intervenção,sim ounão, no Espírito Santo, onde se inscreveu perenemente crime político eadministrativo, não obstante o fatodeser um Estado pequeno, com renda relativamentepequena para tanta ambição. Deminha parte,conhecendo como conheço o professorMiguel Reale

Júnior, sua atitude não poderia ser outra, senão a quetomou. Istoé,ademissão docargo, depois que Geraldo Brindeiro anunciou sua ação pela televisão, o meio com o qual recebeuo recado que sua intervenção noEspírito Santo estava comprometida, por ordem do presidenteda República.Reale Júnior agiu comodeveria agir e o presidente agiu como sempre agiu, homem dos despachose de atitudes firmes.

Oepisódio vai ficar em banho-maria até o fim do ano, isto é, até que essa baralhadora dos fatos,que são as eleições, base da partidocracia brasileira, estiver noúltimo diado processoeleitoral,com chamadados candidatosno diaseguinte. Enquantoisso,Miguel Reale Júnior que era ou é amigo do presidente e nele confiava ou confia – não é assunto para consultá-lo a respeito - vai para casa, certo de ter cumprido o seu dever e, no lado oposto, Geraldo Brindeiro terá o mesmo pensamento. É o Brasil de hoje.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

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noentanto, queinibema criação de empresas e sua expansão, como aburocracia exagerada e desnecessária, poderiam ser atacadas no períodoque aindarestaao atual governo,contribuindo para,pelo menos, reduziras dificuldades enfrentadas pelas atividades empresariais, e aumentar a produtividade da economia, com ganhos expressivos paraos empreendimentos, os trabalhadorese o país. Pesquisa do Banco Mundial mostra que entre 14% e 26%(dependendo do setor) dotempo deum empreendedor brasileiro são gastos ematividades relacionadas com regulamentos fixados pelo governo, levando à perda decompetitividade do produto nacional, tanto no mercado interno, como no externo.Para asmicros epequenas empresas opesoda burocraciasetorna maior porqueelasnão dispõemde estrutura para poder atender corretamente asexigências burocráticas.

Se, como tudo indica, as re-

formas política, tributária, da previdência e da legislação trabalhista, nãoforem realizadas na atuallegislatura, apesar de alguns esforços meritórios realizados por alguns parlamentares em relação à tributação, seriaimportante procurar fazer, pelomenos, um imenso programa de desburocratização da economia, procurando recuperar, e complementar, os esforços realizados peloex-ministro HélioBeltrão eseussucessores, o qual não apenas foi abandonado, como experimentou forte retrocesso. Para tanto, serianecessário, criarse um Grupo de Trabalho, ligado diretamente à Presidência da República, que coordenasse iniciativas em cada área da administração governamental e envolvesse órgãos como o Sebrae, entidades empresariais, contabilistas e outras instituiçõesdossetores públicoeprivado, comoobjetivode procurar eliminar cada formulário desnecessário,cada certidão dispensável,cadainformação repeti-

da, cadaautorização postergável, cada intervenção arbitrária, cada obstáculo lega l contornável. Desburocratizar, simplificar, flexibilizaras atividades econômicas, estimular o espíritoempresarial,facilitar a vida de quem quer criar uma empresa ou, mesmo,um empreendimento individua l que lhe garanta a sobrevivência, semque para isso tenha que recorrer à informalidade, tudo isso pode vira se constituir numa reforma profunda enecessária, quepode seantecipar às demais, porque não depende de mudanças constitucionais, mas apenasde alterações formais de leis e regulamentos e, sobretudo,de mentalidade.Comodizia o ex-ministro Hélio Beltrão, é preciso considerarque a imensa maioria da população é honesta e é ela que paga o custo daburocracia porque o malandro, omal intencionado,sempreconsegue contornar os obstáculos. Essa é uma reforma necessária, e possível.

Julgamento da história

É público e notória a vaidade do presidente Fernando Henrique Cardoso,o quenão seconstitui pecado grave, sendo atéjustificávelnum homempúblico de tantas qualidades. Conhece-se também seu desejode entrar paraa história.Aliás, já o fez, por dois bons motivos: subjugou a inflação (ao menos a oficial) brasileira, estabilizando a moeda e foi o único presidente até agorareeleito pelovoto popular.

Outro motivo

O presidente Fernando Henrique também entrará para ahistóriaporoutra razão.Em seus oito anos de mandato, em nome de um chamado espírito conciliador,a transgressão, o crimeorganizado eacorrupçãonosmeios oficiais cresceram a níveisde concorrer hoje com a estrutura oficial do poder público, naquilo que vem sendo chamado de "Estado paralelo".

Conciliação?

Permitir, porexemplo, queo MSTassaltasse,invadisse,ocupasse propriedades privadas epúblicas, sem a aplicação dos termos da lei, foi conciliação ou tibieza diante da gravidade dos fatos? Falar em conivência seria, me parece, exagero. Desautorizar umministro daJustiçadogabarito doprofessor Miguel Reali Júnior,numa intervenção federal onde o crime organizado tomou conta do

Estado, comose acusano Espírito Santo,éconcordarcom ocrime organizado?Delefazer parte? Duvido,em se tratando do presidenteFernando Henrique.Mas aatitude que levou à renúncia do ministro, é grave diante docenáriode faltadeautoridade que predomina no país.

Razões

Opresidente deve,certamente, ter suas razões. Elas olevarão à história, pelo lado bom e pelo lado ruim. Ainsegurança pública nos seus doisgovernos alcançou limites estratosféricos . Há quem defenda, e já mencionei isso aqui,que oscomandantes do crime organizado estão instaladosem postoschaves da administração pública, comose acusa de ocorrer no Espírito Santo, em todo o País. Seria este o principal motivo pelo qual não se combate nem se desarticula seu florescimento. Ao contrário, o País vê estarrecido omal ir aos poucos prevalecendo sobre o bem, atravessando a lei e ditando valores que acabarão porsubjugara sociedade livre.

Exagero?

Olhe em volta, leitor. Converse. Pergunte, escute.Vejaoque dizavozda patuléia sobre abandidagem hoje em dia no Brasil. E sua relaçãocom o poder público. Parece que eles, os criminosos, em conluio com infiltrados no poder público(nos trêspoderes), estão vencendo.

P. S . Paulo Saab
João de Scantimburgo

Os impostos e a fome no Brasil

Estudo feito pelo Ipea mostra que os tributos embutidos no preço dos alimentos engolem 4% da renda dos mais pobres

O debate em torno da desigualdade da distribuiçãode renda no Brasil tem ocorrido sob diversos enfoques. Um estudo feitopor pesquisadores da diretoria de estudos setoriaisdo Ipea, Institutode Pesquisa Econômica Aplicada, apresenta a questão de uma perspectivanova, que vale a pena conhecer. Ele avalia o impacto que teria a isenção de impostos cobrados sobre os alimentosnaredução da pobreza no País.

São considerados o ICMS, o PIS e o Cofins,que representam 86% da carga fiscal total dos tributosindiretos vigentesnopaís.Os alimen-

tos foram escolhidos, para estudo, por sua importância no orçamentodasfamílias, especialmenteas debaixarenda.Masnocômputo geral, concluiu-se que, na média, de acordo com a pesquisa feita pelo IBGE acerca dos orçamentos familiares, a carga tributária corresponde a mais de70% do quese gasta com alimentação. Um exagero.

Depois de muitos ensaios e equações, LuísCarlos Garcia Magalhães, Fernando Gaiger Silveira, Frederico Andrade Tomich e Salvador Werneck Viana concluíram que Fortaleza e Brasília são as campeãs

Projeto prevê desconto de remédios do IR

Asdespesas comremédios poderão ser deduzidas da renda bruta para efeito de cálculo do Imposto de Renda, casoseja aprovadooProjeto de Lei 6987/02, apresentado pelo deputadoCaboJúlio (PST-MG). A proposta beneficia os usuáriosdemedicamentos de uso contínuo, destinados ao tratamentode doenças crônicas a serem definidas em regulamento. Paracompensara perda tributária provocada pela medida,estimada emR$1,2 bilhão,o PL aumentapara

22,1% a alíquota do Imposto de Renda incidente sobre as aplicações financeiras. A compensação é uma exigência daLei deResponsabilidade Fiscal. A medidareduzirá acarga tributáriasobreas famílias que têmdespesas commedicamentosdeuso contínuo. Tambémserá umaformade o Estado compensar sua omissão quanto aodever constitucional de assegurar a todo cidadão o atendimento de suas necessidades básicas com saúde. (Câmara)

Juíz de Brasília corta seguro apagão em 85%

O juiz titular da 9a. Vara da Justiça Federal no Distrito Federal, AntonioCorrea, concedeuliminar determinandoque 85%dosrecursos arrecadados com oseguroapagão (encargode capacidade) sejam depositados em juízo e que somente 15% desses recursos sejam usados pela Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial para pagar oaluguel das usinas termelétricas contratadas para serem acionadas em época de crise de energia. O pedido de liminar foi fei-

to em açãopopular ajuizada pelosdeputados do PT João Paulo Cunha (SP), Walter Pinheiro (BA) e Luciano Zica (SP). Na ação, os parlamentares pediam quea cobrança do seguro-apagãofosse interrompidaequeos contratos com as usinas fossem suspensos.A decisãodo juiz manteve acobrançado encargo de capacidade. Ele consideraque 15%dosrecursos do seguro-apagão são"suficientes para a manutenção do equipamentoem condições de produzir energia elétrica.

em matéria da carga fiscal sobre odispêndio alimentar, com 18,2% e 17,1% respectivamente.

Nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, ondeo pesodo gasto comalimentação sobre arenda émenos pronunciado, as famílias mais pobres destinam 4% de sua renda ao pagamento de tributos embutidos nos preços. Famílias de renda superiora 30saláriosmínimos entregam apenas 0,2% de sua renda ao Leão.

De maneira geral, 70% do que as famílias brasileiras gastam com alimentos vão para os cofres do Leão

Aconclusão émais oumenos óbvia. A isenção de tributos indiretos favoreceria especialmente as famílias mais pobres,comrendimento de até dois salários mínimos. Somente coim a isenção tributária dos alimentos ter-se-ia uma redução de 29,5% da populaçãoindigente de Fortaleza, de 36% da de Belém e assim por diante. Em Curitiba, cidade rica, a redução do númerodeindigentes seriada ordem de 12%. "O grau de conhecimento

hoje acumuladosobre os fenômenos da pobreza e da desigualdade de renda do Brasil sugereque ocombatedesses problemasdeva serfeitopor meio de um conjunto de medidas com resultados no curto, médio e longo prazos. A tributação mais justa sobre produtos comalta participaçãono orçamentodasfamílias mais pobresé um desses instrumentos embora, evidentemente, nãoconstitua uma panacéia",dizem osautores.

Oproblema égrave edeve ser enfrentado com urgência. Outro estudo feito pelo Ipea descobriu quea maioriadas

famíliascom ganhosdeaté doissaláriosmínimos, com exceçãode Curitiba,sofrede insuficiência calórica.Elas não possuem renda suficiente para comprar os alimentos de que necessitam na quantidade ideal. Em São Paulo, a carência de alimentos é maiordo queem cidadescomo Fortaleza, Recifee Salvador. "Esse quadro é explicado por fatores como custo de vida, preços dosalimentos, nível de renda e hábitos alimentares da população", diz Salvador Teixeira Wernec k Vianna.

Código mexe com nome de empresas

"O novoCódigo Civil,que entrará em vigor em janeiro do próximoano, trazsignificativosavanços à legislação. Noentanto,adota uma orientação ultrapassadae equivoca no capítulo relativo à proteção ao nome comercial". A opiniãoé do advogado Luiz Leonardos, do escritórioMomsen, Leonardos& Cia., do Rio de Janeiro, e presidente daAssociação Brasileira da Propriedade Intelectual (ABPI).

Polêmica – A entidade é autora de propostas de alteração do texto atual do Código, já apresentadas à Câmara dos Deputados. Além das sugestões preparadas pela entidade, os deputados deverão analisar, depois dorecesso parlamentar,quase 200propostas que alteram outros artigos polêmicos.

A principal críticada ABPI ao novo texto recai sobre o artigo 1.166, quediz: "A inscrição do empresário,oudos atos constitutivos das pessoas jurídicas,ou asrespectivas averbações, no registro pró-

Estatísticas sobre criminalidade são reunidas num site

A Secretaria Nacional de Segurança Pública(Senasp) voltouapublicar através de seu site nainternet www.mj.gov.br/senasp os indicadoresda violênciano país fornecidos pelas secretarias de segurança estaduais.

A divulgação dos dados, que tratam de ocorrências criminais, estavasuspensa desde maio para a atualização das informações. As estatísticas sobre roubos, homicídios, seqüestros eoutros crimes queo sitedivulga sãode responsabilidade dos estados que publicamas mesmasinformações em suas páginas na internet.

A iniciativa de reunir os dados em um único portal, pretende facilitar asconsultas e pesquisas sobre a criminalidade no Paíse proporcionar informações para que se possam produzir políticas de combate ao problema que está se tornando cada vez mais emergencial. Segundodados do Banco Mundial, a taxa, no Brasil, é de 24 homicídios por mil habitantes. No México é 17. Na Argentina é 2. (MJ)

prio, asseguramo usoexclusivo do nome nos limites do respectivo Estado".

Naprática isso significa que o direito de utilizar o nome de uma empresa só poderá ser exercido em âmbito estadual. "É absurda essa orientação,já que o atualcódigo prevê a proteção ao nome comercialemtodo oterritório nacional ejá hájurisprudência firmada a respeito", diz.

Segundoo advogado, da forma comoestá oartigo vai estimularaprática daconcorrência desleal,causando prejuízos às empresas que já conquistaram omercado e confiança do consumidor. "Duas firmas com o mesmo nome, mesmo situadas em estados diferentes, podem criar confusão a ponto de desviar a clientela de uma para outra", explica. Discussão – Asnovas formas para denominar as sociedades empresariaistambém estão sendoalvos decríticas. A novidade é a obrigatoriedade de constar, junto ao nome comercial, o ramo de ativida-

Burocracia

do INPI desestimula investimento em pesquisa

A legislação brasileira sobre a propriedade industrial é bastante avançada. A lei 9.279, em vigor desde 1997, é atualizada e atendeaos anseiosdo mercado. Para advogados quelidam com marcas e patentes, o que atrapalhaé ademora em obter oregistro juntoao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Segundo o advogado Luiz Leonardos, até 1998, levava-se dois anospara aobtenção de um registro de marcas. Hoje, a

de daempresa. Parao advogado este dispositivo será motivo demuita discussão porque marcas são valores importantes para as empresas, e mexer nelas pode trazer prejuízo, como a perda da memória da clientela. Muitas empresas devem ingressar na Justiça alegando direitoadquiridosobreonome anterior.

esperaé de, no mínimo, quatro anos."Isso épéssimo pois, com a globalização é, crescente o movimento de patentes provenientes do exterior", explica.

Amesmaopinião temaadvogadaAntonella Carminatti, do escritório Castro, Barros, Sobral, Vidigal e Gomes. "Além de aumentar o risco Brasil, a lentidão do processo desestimula asempresas nacionaisa investirem em tecnologia e pesquisa", diz. (SP)

Esses problemas, que compõem só um detalhe do Código,será discutida no próximodia 18,durante apalestra "Aspectos donovoCódigo Civil relacionados com a PropriedadeIntelectual", promovidapelaABPI, noCondomínio América Business Park, em São Paulo.

Proposta que altera lei de licitações não protege pequenos

O Ministério do Planejamentoconcluiu nesta semana oanteprojeto danova Lei de Licitações, semincluir no texto qualquer menção à criação de cotas reservadas paramicro epequenasempresas nascompras governamentais.A íntegra do anteprojeto está disponível no site ww w. com pr asn et .co m. br <http://w ww.comprasnet.com.br>.

A decisão doministério contraria proposta encaminhada aopresidente Fernando Henrique Cardosopor líderes doMovimento Nacional de Micro e Pequenas Empresas (Monampe). Eles pediram a reserva para o segmento nas compras governamentais que somemvalor de até R$ 50 mil.

Negociação – O anteprojeto vai ser encaminhado nesta semanapelo ministroGuilherme Dias, do Planejamento, à Casa Civil da Presidência da República. No próximo dia 15, os líderes do Monampe mantêm audiência com o ministro Pedro Parente, da Casa Civil, na tentativa de ne-

gociar suas reivindicações com o governo. As propostas do Monampe coincidem comas principais sugestões elaboradas pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) em resposta à consulta públicaabertapelo Ministério doPlanejamento para a reformulação da Lei de Licitações. Inspiração americana– O documento do Sebrae prevê a criação de cotas para as micro e pequenas empresas sob inspiraçãoda políticadesenvolvida pelosEstadosUnidos em apoio ao segmento. Lá a legislaçãoreserva cotaparao setor nas compras governamentais até US$ 100 mil. Mas criação de cotas para micro e pequenos empresários no Brasil fere a legislação, segundo aassessoria dasecretáriaadjunta de Logística e Tecnologia da InformaçãodoMinistério doPlanejamento, Renata Vilhena. Sem concorrência – Para o presidentedo Movimento Nacional das Micro e Pequenas Empresas (Monampe),

Ercílio Santinoni, a Lei de Licitações em vigor, a lei 8.666/93, nãofavorece osegmento e o deixa sem proteção paraconcorrer comasmédias e grandes empresas. Asmicro e pequenasempresas são grande maioria no país,empregam muitagente e produzem bastante. No entanto, não têm escala. Burocracia – O anteprojeto do Ministério pretende garantir maior transparência nascompras públicas, diminuir a burocracia, ampliar a participação das empresas e diminuir os preços pagos pelo governo. Oanteprojeto abrange todosos níveise esferas do Governo, Executivo, Legislativo, União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

Segundo informações do Ministério do Planejamento, durante a consulta pública, o anteprojeto recebeu mais de 300 sugestões deentidades, órgãospúblicos, tribunaise especialistas de todo país. É naturalque nemtodas pudessem seratendidas (Agência Sebrae)

Eliana G. Simonetti

Com fome e sem coragem de comer

Dilema de difícil solução o que no momento enfrenta a campanha do PSDB: manter a expectativa de polarização com o PTsem deixar de darcombate a Ciro Gomese, ao mesmo tempo, nãotransparecer que seja ocandidato da Frente Trabalhista o alvo da hora.

Elaboradospor natureza,os tucanosandam agoraenrolados nessa questão.Paracomplicarum pouco mais ainda a situação, ela divide posições na assessoria política, e mesmo entre os aliados partidários, de José Serra. Há os que defendem a postura altiva, que pressupõe indiferença aCiro, e há ogrupo dos partidáriosdo enfrentamentodireto, agolpesde pescoçõesse necessáriofor. Como umlado não querse confrontar comoutro, ficam ambos concordandoem público e discordandono particular.

A concordância oficial reza que "nosso adversário é o Lula". Os mais convictos empacam por aí e insistem na tese de que Ciro Gomes não se sustenta, inexistindo, pois, razões paranão acreditar naidealizada apolarização governo/oposição protagonizada pelo PT e PSDB. Osmais céticostambém ocupam os ouvidosalheios com a cantilena antipetista. A diferença é que em seguida passam a listar todos os defeitosde Ciro Gomes e os malefícios que, postos em prática no poder, trariam à nação. Estaatitude nosdeixa vislumbrarotamanho dapreocupação tucana com Ciro Gomes.

Égrande, masnãoé maiorque oreceio de abriruma guerra diretae terminardando aoinimigo exatamenteo que ele deseja:um cenário debrigapelo segundolugar com o PSDB e, conseqüentemente, a condição de alternativa viável aos que não querem votar no governo nem estão dispostos a fazer a travessia até o PT.

A indecisão paralisa e, de certa forma, despolitiza o processo na medida em que o roteiro original da polarização precisaser seguidoàrisca,sem adaptaçõesàscircunstâncias que se apresentam.

Então, ficamos tucanos achamar Ciro Gomesde "enganador"peloscantossem,no entanto,partiremparaa explicitação desse embate. Se a função é a de alertar o eleitor para as posturas que consideram inadequadas no candidato,queo façamdepeitoaberto,frente afrente,sem esperar que municiando jornalistas, a imprensa faça o serviço por eles.

Evidente que jornais e revistas, por não estarem submetidos aos rigores da legislação que regula o noticiário eleitoral no rádio e na televisão,não só podem como devem emitir opiniões, relatar fatos, fazer interpretações, comparações e o que bem quiserem em nome da exposição detalhada de biografias e personalidades.

OqueoPSDBnem partidoalgumdeveesperaréque jornalistas prestem-se ao papel de testas de ferro. Se estão com vontade de comer o fígado de Ciro Gomes, mas não o fazempor faltade coragemou excessode cautela,recomenda-se que resolvam eles próprios esse dilema.

Risca de giz

DeCiro,deLula,de GarotinhooudeSerra,falaremos nos próximos três meses, bem e mal, com toda certeza. Mas ao tempo e à hora que o discernimento nos apontar a necessidade e os fatos justificarem a oportunidade. Fora isso, fica combinado que cada um faz seu trabalho observados oslimites dasleis -especificamente aque garante aliberdade deexpressão ea queassegura orespeito aos direitos individuais -, da compostura e da boa educação.

Dada a afoiteza, ousadia e intolerância de alguns, talvez sejanecessárioafrouxarum poucooscritérios,massem admitir jamaisa ultrapassagemda fronteirado razoável. Departea parte,afimdequea relaçãoentreimprensae candidatos não se estabeleça em regimede compadrio nem resvale para um ambiente da casa de cômodos. Risco que passará ao largo dessa campanha, se ninguém perder anoção de que oexercício da política étarefa dos políticos e o trato da informação - seja ela na forma de notícia análise, interpretação ou opinião - fica a cargo dos profissionais de comunicação.

Ambos submetidos permanentemente ao crivo da sociedadecujo nívelde satisfaçãomede-se,num casopela quantidade de votos e, nooutro, pelos índices de leitura, audiência e credibilidade.

Sem intimidade

Depois da festa de comemoração dos oito anos do Plano Real, ondeFernando HenriqueCardoso eItamar Franco protagonizaram um factóide de resultados (no caso, eleitorais), estava prevista umaconversa reservadaentre os dois.

Seria na própria sede noBNDES. O encontro, porém, foi canceladosem maioresexplicações. Terminadaa cerimônia,FH foilogoanunciando quetomariaum cafée iriaembora.Num climabemmenosameno queoutilizado durante a manifestação pública de afeto intenso.

Pesquisa do Ibope mostra a vulnerabilidade de Lula

Osnúmeros reveladospela última pesquisa doIbope indicamummovimento no quadro sucessório associado a uma mudança de percepção do eleitorado em relação a duascandidaturas, adeLuiz Inácio Lula da Silva, do PT, e a de Ciro Gomes, da Frente Trabalhista. Ao perder quatro pontos porcentuais, Lula mostra que está exposto a vulnerabilidades quepodem desgastá-lo aindamais.Ao ganhar sete pontos, e chegar ao empatetécnicocomLula na simulação do segundo turno, Ciroassumeo statusde candidato mais competitivo no momento entre os adver-

Presidenciáveis podem ficar sem a segurança da PF

Osquatrocandidatos à Presidência daRepública corremoriscode participaremda campanha eleitoral sem a segurança da Polícia Federal,obrigatória porlei. Atéhoje, aPFnãorecebeu uma suplementação de R$ 48 milhões, pedida há duassemanas peloex-diretor-geral, ItanorNeves Carneiro, dos quais R$ 3,7 milhões seriam para o pagamento de diárias e passagens de 100 agentes que darão proteção aos presidenciáveis. A falta de dinheiro foi o principalmotivo da saída de Carneiro, que pediu para se aposentar. O delegado Armando Assis Possa, o segundo nahierarquia daPF, deve continuar como diretor-geral,já quenenhumdelegado quer assumiro posto.As dívidas da PF chegam aR$ 60 milhões, incluindo R$ 14 milhões de restosa pagar ainda do ano passado.

Corte de luz – Asituação na instituição é tão grave que a sede da PF, em Brasília, corria o risco de ficarsem luz. Porser consideradoumserviçoessencial, a cúpula da instituição estava negociando com a concessionária uma forma de suspendero corte e renegociar a dívida, que estavaemtornode R$ 2milhões.

Mas o maior problema que o novodiretor daPolícia Federal está enfrentando é a necessidade de recursos para podermobilizarogrupo especial treinado para dar segurança aos candidatos.(AE)

sários do candidato petista. Para o candidato do PSDB, José Serra, é nesta simulação queaparece amaiordiferença entre o que está acontecendocomCiro, emascensão,e com a imobilidade de sua candidatura desde que alcançou o apoio de quase 20% do eleitorado hápouco maisde dois meses.Nosconfrontos simulados de segundo turno essa relaçãoé favorávela Ciro, que consegue quatro pontos amais queSerra (41% a 37%)e apenasdoisa menos que Lula (43%), enquanto o intervalo entre uma possível disputa com Lula e Serra é de novepontos porcentuais.

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Lula obteria46%eSerra 37%. "Este éo dado mais complicado paraSerra", acredita a consultora de pesquisasdo GrupoEstado,Fátima Pacheco Jordão. Enfraquecimento – É também,segundo ela,um fator de preocupação para os estrategistas da campanha de Lula. "A pesquisa ilumina uma tendência deenfraquecimento de Lula que já vinha sendo sutilmente indicada por outros levantamentos", avalia. Um dos desdobramentos desse quadro poderá ser a transformação de Ciroem alvo prioritário de combate na campanha petista diante da consta-

tação de que os eleitores que abandonaram Lula migraram quase emsua totalidade para ocandidatodaFrente Trabalhista.

Perda de apoio – A queda de Lula não está vinculada somente ao crescimento de CiroGomes. Segundoaanalista, a perda de apoio eleitoral do candidato petista está provavelmente associada à agenda negativa que Lula vem enfrentando nasúltimas semanas eàsvulnerabilidadesdo seu partido em suas fortes bases deapoio, comono Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro, Estados governados pelo partido. (AE)

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Agência Moody’s decide rebaixar a nota de cinco grandes bancos brasileiros

Aagênciade classificação de risco Moody’s rebaixou ontem a nota de cinco bancos brasileiros:o Bradesco,Banco doBrasil,BNDES, Itaú e Unibanco. Aclassificação passoudeA3paraA2, com perspectiva negativa.No entanto,aMoody’svêum aumento do risco do sistema financeiro,masnão das instituições de modo especial. No caso do Bradesco e Itaú,

a medidaestá relacionada à visão de queo mercadodoméstico tevesua volatilidade aumentada, o que pode limitar a flexibilidade financeira dos bancos. O diretor da agência, Vincent Truglia, disse queerrouaoestimarque osentimento negativodoinvestidor seriatransitório, e por issoconfirmou,em meados deabril,o outlook positivo para o País. Página 6

Saques em fundos já superam R$ 34 bilhões

Os investidores continuam desconfiadosdos fundos de investimentos enão hesitam em tirar os recursosaplicados. Apenas no último dia 5 os saquesforam deR$ 1,974 bilhão. No mês, asaída já é de R$ 5,735 bilhões e, no ano, a fuga dos recursos dos fundosestá emR$34,015bilhões.Os fundos que registram maissaquesemjulho são osde rendafixa (prefixados),comR$ 1,331 bilhão no dia 5eR$ 2,355bilhões no mês. No ano, os saques foram maiores nos fundos DI: R$ 14,714bilhões. Página 6

Posição da Facesp-ACSP

É preciso desburocratizar e criar mais empregos

Apesar da importância das micros e pequenas empresas, grandes geradoras de empregos, elas não têm tido a atenção que deveriam merecer das autoridades, do legislativo e,mesmo,daprópria sociedade, enfrentando problemas para seu nascimento, sobrevivência e expansão. Também nas propostas dos candidatosà Presidência não seconstataaexistência de umapreocupaçãocomo

estímulo aos empreendimentos de menor porte como solução para reduzir o desemprego e alavancar o crescimento da economia. Vários problemas queinibem a criação de empresas e empregos poderiam ser atacados no períodoqueainda restaao atual governo,contribuindo para diminuir as dificuldades enfrentadas pelas atividades empresariaiseesti mulara economia. Página 2

Inflação dobra em junho e compromete meta fixada com FMI

Ainflação medidapeloÍndice NacionaldePreçosao Consumidor Amplo(IPCA) dobrou e chegou a 0,42% em junho. O índiceé usado pelo governo para avaliar o cumprimentodas metasdeinflação como FundoMonetário Internacional (FMI). Depois daalta dejunho, oacumulado dos12 meses ficou em 7,66%, acima do teto máximo da meta fixada com o Fundo, de 7,3%. Com isso, o governoteráde fazer uma consulta formal ao FMIsobre medidas aserem adotadas para baixar a inflação. A inflação também está

bem próximada metaanual, queéde 3,5%,commargem de tolerânciade dois pontos porcentuais (ou seja, o teto é

de 5,5%). No primeiro semestre do ano,o IPCA registra elevação de 2,94%.

Em junho, as maiores pressões ao IPCAvieram de preços administrados (aqueles que são controladospelo governo). O gásde botijão subiu 9,02% no mês e as tarifas de ônibusurbanostiveram elevaçãode 2,44%. Para julho, aprevisão é deque esses preços continuem puxando a inflação para cima. O IGP-DI, calculado pela Fundação Getúlio Vargas, também subiu em junho, para 1,74%, maior taxa desde agosto de 2000. Página 11

Colecionar, paixão que sai caro

O empresário Og Pozzoli ao lado do Cadillac 1975, uma das suas 150 preciosidades: colecionar é voltar ao passado

Juntar selos, moedas, cartõestelefônicos eaté carrosé a mania de um milhão de brasileiros.O hobbyé caro,mas

umaquestão de paixão para os colecionadores, 90% deles homens. O empresário Og Pozzoli é um dos que man-

tém 150 carros das décadas de 20,30, 40e50na garagemde casa. Uma das preciosidades é um Cadillac 1975. Página 8

Ações estão isentas da CPMF, mas a Receita ainda não definiu desde quando

Osnegócios comaçõesna Bovespa estarão isentos da cobrança de CPMF a partir da próxima segunda-feira. Até a noite de ontem, porém, nem a ReceitaFederal e nem a Bolsasabiaminformarde que forma essa isenção se daria. Isto porque, tecnicamente, asações negociadasdesde ontem já não deveriam sofrer aincidência daContribuição, pois serão liquidadas a partir de segunda-feira. Mesmo positiva,a tão esperada isenção da CPMF não serviupara estimularomercado ontem. O pregão paulista fechou em baixa de 1,22%, afetado pelas perdasna Bolsa deNovaYork.O dólar, por seulado, terminouo dia a R$ 2,846 para venda, com queda de 0,21%. Página 7

Vendas de motos batem recorde no primeiro semestre

Os fabricantes de motos tiveram, nos primeiros seis meses deste ano, omelhor resultado devendas de sua história. Nosemestre, foram comercializadas 388 mil unidades, total 8,7%maiordo que o obtido em igual períodode2001,deacordo com a Abraciclo, entidade que representa os fabricantes. Asvendas deveículos,porém, continuamcaindo. No primeiro semestre, a queda no comércio de automóveis leves, ônibus, caminhões e máquinasagrícolasfoi de 14% sobre 2001.Considerando só as vendas de veículos leves, houve reduçãode 20,3% no período. Página 10

Um engenheiro comanda o cérebro da Petrobrás

Um dos maiores tesouros que aPetrobrás escondena Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro,é o Cenpes, ocentro de pesquisas da empresa, consideradoocérebro da companhia.Ali, oengenheiro químico EliasMenezes Oliveira comandaum grupo de cerca de1.000profissionais, que ocupam 137 laboratórios de última geração.

São mestres, doutores e pesquisadores que buscam resolver problemas como vazamento deóleo edesenvolv er tecnologias cobiçadas por empresas no mundo inteiro, como autilizadapara explorar petróleoemáguas ultraprofundas. Página 12

Quer falar com

vez?

Stephen Hird/Reuters

Um Rubens de US$ 76 milhões

mostram a recém-descoberta pintura do mestre flamengo Peter Paul Rubens, chamada O Massacre dos Inocentes,vendida ontem em leilão na Sotheby’s de Londres por US$ 76,2 milhões . O preço pago por um comprador particular, bateu o recorde de Girassóis, de Van Gogh, que obteve US$ 34,6 milhões.

Lei elimina cobrança em cascata para os carros

O presidente Fernando Henrique sancionou a lei que elimina a cobrança em cascatado PISe daCofins sobrea cadeia produtiva de veículos. Pela nova norma, o imposto passaráa teruma únicaincidência, sobre as montadoras, e terá alíquotade 8,26%. Ela passará a valer em outubro,

a

após vencida a noventena. Paraos fabricantes de peças e asrevendedoras haverá reduçãonos custos. Oque aindanão sesabe ése adiferença vaiserrepassadaaos preçoscobrados aos produtoresde automóveis.Esperasequesim, porqueasven da estão baixas. Página 13

Polícia Federal não tem verba para dar segurança a presidenciáveis Página 3

Shopping center de Taboão da Serra é inagurado já com lotação Página 9

a Vice-presidente dos Estados Unidos processado por fraude contábil Página 4

Fabricantes de motos têm recorde de vendas no ano

Os fabricantes de motos apresentaram o melhor resultado de vendas de sua história no acumulado do primeiro semestre. O recorde foi alcançadocom umvolume de 388.080unidadescomercializadas, total 8,7% maior do que o obtidoem igual período de 2001.

Em junho, porém, houve queda de vendas de 26,2% em relaçãoamaio. Osnúmeros foram divulgados ontem pela Associação Brasileirados Fabricantesde Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas e Bicicletas(Abraciclo). Segundoo presidentedaAbraciclo, RobertoIquejiri, contribuíram para a retração do mêspassado as férias coletivas antecipadas de julho para junho, em razão dos atrasos provocados pela greve dos auditores da Receita Federal, além da Copa do Mundo e da instabilidade da economia.

A Hondae aYamaha, por exemplo, concederam dez

Comércio de veículos continua em queda nas concessionárias

Asvendasde veículosdas concessionáriasparaos consumidores voltarama cairem junho, deacordo coma Federação Nacionalda Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), que mede osresultados pelo Renavam (carros emplacados).

O volume comercializado de automóveis, veículos comerciais leves,ônibus,caminhões e máquinas agrícolas no mês passado somou 110,8 mil unidades, total 18,8% inferiorao de junho de 2001. Em

diasdeférias coletivasaos seus funcionáriosno mês passado. Em função disso, a produção de junho foi a menordo ano,totalizando 54.871 motos.

Iquejiri, no entanto, classificouesses fatoresdetemporários.A Abraciclo mantém

relaçãoa maio, a redução foi de 12%.

Noprimeiro semestre,as vendas atingiram721,8mil veículos,resultado14% menorqueo dos primeirosseis meses do ano passado.

As vendassomente deveículos depasseio ecomerciais levesdiminuíram12,5% em relação amaio e de20,3% na comparação com o mês do ano passado. De janeiro a junho, a queda é de 14,9% menor queo domesmo período de 2001. (AE)

os planos de produzir 860 mil motos em 2002. "Não há motivospara justificarainquietação no mercado financeiro, que só fez subira cotação do dólar.Os índices macroeconômicosdemonstram quea inflação permanece estável, com tendênciadaeconomia

BOLSA ELETRÔNICA DE COMPRAS

reaquecer quando o cenário eleitoral estiver definido".

Ex por ta çõe s –Apesar de manter as expectativas de produção,a Abraciclo deve rever para baixo a projeção de exportar 80 mil unidades neste ano. "Será difícil atingir esse volume de exportação com a retração do mercado argentino, principal comprador das motos brasileiras até o ano passado". Ele acredita que a assinatura do acordo entreBrasile México dará novo impulsoàs vendas externas de motos brasileiras.

Noprimeirosemestre, as exportações registram queda de 41,1 %. AAbraciclo, porém,destacaqueos resultadosmensais demonstram quehá umatendência derecuperaçãodas exportações, iniciada em abril. No mês passado, as vendas externas registraramcrescimento de 6,2% em relação a maio. Ricardo Ribas

Encontram-se abertas na Bolsa Eletrônica de Compras, do Governo do Estado de São Paulo, as seguintes Ofertas de Compras:

Dispensa de LicitaçãoInicioCidadeNatureza da Despesa 080299000012002OC0000218/7/2002BOTUC

Companhias de energia elétrica dizem

O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Orlando González, disse ontem que as tarifas de energiaprecisariam serreajustadas, emmédia, em3% em todo o País para compensaroaumento donúmerode consumidores de baixa renda. Desde meados do primeiro semestre, a legislação definiu como tendo esteperfil quem gasta menos de 80 quilowatts/ hora(kW/hora) por mês. Os consumidores de baixa renda pagam umatarifa menor e estão isentos da cobrança do seguro-apagão e da tarifa extrade recomposiçãodasperdas queas empresastiveram com o racionamento de energia. González afirmou que, em alguns casos, a necessidade de aumento de tarifas chega a até 10%, principalmente nas distribuidoras da região Nordeste, em cuja base de consumidores há um númeroelevadode pessoasdebaixa renda. Sem pagamento – González informou ainda que a ina-

Copel

é

dimplência dos consumidoresnosetor deenergiasubiu 30% neste anoem relação ao anopassado. Segundo ele,o índice deinadimplênciaregistrado do ano passadofoi de 5% e neste ano está em cerca de7%. Omaior aumento, afirmouo empresário,refere-se ao setor público, principalmente os municípios.

Inadimplência dos consumidores subiu 30% neste ano, diz entidade que representa as empresas

O presidente da Abradee disse que ainda faltam ser pagos às distribuidoras cerca de R$ 350 milhões. O valor refere-se ao bônus concedido aos co nsum idor es que economizavam energia alémda metaestabelecida pelo governo, na época do racionamento. Esses recursos viriam do Tesouro Nacional, que arcaria com a diferença entre os valores arrecadadoscoma sobretaxa cobradade quem gastava energia além da meta e aqueles pagos em bônus. Segundo o diretor-executivo da Abradee, Luiz Carlos Guimarães, nos próximos dias deverá ser autorizado o pagamento de 45% do total e os demais 55%seriamliberados em90 dias. (AE)

eleita

a melhor distribuidora do Brasil

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) foi escolhida ontema melhordistribuidora de energia elétrica do Brasil, no prêmio Abradee 2002, promovido pela Associação Brasileira de Distribuidores deEnergia Elétrica. Oministrode MinaseEnergia,Francisco Gomide,que foi presidente da empresa por dez anos, disse, após a cerimônia, que este resultado mostra que"acompetência não tem nada a ver com a natureza do capital público ou privado".

Gomideressaltou que a Copel ultrapassou o índice de 80% de satisfação dos consu-

DROGASIL S.A. Companhia Aberta CNPJ/MF Nº 61.585.865/0001-51 GEMEC-RCA 200-75/112 NIRE 35.300.035.844 Ata da Reunião Extraordinária do Conselho de Administração da Drogasil S.A., Realizada aos 25 Dias do Mês de Junho de 2002 DATA E HORÁRIO: Vinte e cinco de junho de dois mil e dois, às dezessete horas e trinta minutos. LOCAL: Sede Social nesta Capital, na Avenida Corifeu de Azevedo Marques, 3097. PRESENÇA: Totalidade dos membros do Conselho de Administração. MESA: Sr. José Pires Oliveira Dias Neto, Presidente, que convidou a mim, José Sampaio Correa Sobrinho, para Secretário; ORDEM DO DIA: a) Apropriação de Juros sobre Capital Próprio; b) Aprovação de Política de Divulgação de Ato ou Fato Relevante com fundamento no artigo 16 da Instrução CVM n° 358, de 03/01/2002; c) Abertura de uma nova loja localizada na Avenida Lavandisca, 689, São Paulo-SP. DELIBERAÇÃO: quanto ao item “a”: Foi deliberada por unanimidade dos presentes a apropriação de juros a título de remuneração sobre o capital próprio, na importância bruta de R$ 1.365.129,18, correspondente à R$ 0,58, por ação, sobre a qual será efetuada a dedução do imposto de Renda na Fonte quando for o caso. Ficou determinado o dia 28/06/2002, para efeito de apropriação contábil a título de remuneração de juros sobre o capital próprio. A remuneração terá como base à posição acionária de 28/06/2002. O pagamento será efetuado em data a ser estabelecida pela Administração da Companhia, até o dia 30/05/ 2003 e não sofrerá nenhuma atualização monetária. Quanto ao item “b”: Foi deliberado pela unanimidade dos presentes que a Política de Divulgação de Ato ou Fato Relevante, será aprovada na próxima Reunião do Conselho a ser realizada no mês de julho, considerando a prorrogação do prazo de entrega da política até 31/07/2002, conforme Instrução da CVM n° 369 de 11/06/2002 quanto ao item “c”: Restou deliberada pela unanimidade dos presentes a abertura da filial localizada na Avenida Lavandisca, 689, São Paulo-SP. A filial terá por finalidade o exercício da atividade de drogaria ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar, foram encerrados os trabalhos, lavrando-se a presente ata na forma de sumário, conforme o disposto no parágrafo 1°do artigo 130 de Lei n° 6.404/76, que, lida e achada conforme, foi por todos assinada. (a.a) José Pires Oliveira Dias Neto, Presidente: José Sampaio Correa Sobrinho, Secretário; José Pires Oliveira Dias Neto, Paulo Sérgio Coutinho Galvão Filho, Jairo Eduardo Loureiro, José Sampaio Correa Sobrinho, Cláudio Roberto Ely, Geoffrey David Cleaver e Olímpio Matarazzo Neto. A presente ata é cópia fiel da lavrada em livro próprio, sendo autorizada o seu arquivamento e Registro do Comércio e posterior publicação, nos termos do artigo 142, parágrafo único, da Lei n° 6.404, de 15.12.76. São Paulo, 25 de junho de 2002. Secretário: José Sampaio Correa Sobrinho. Visto do Advogado: Patrícia Marson Madeira Costa Mitri – OAB/SP n° 100.082. JUCESP: sob n° 133.529/02-2 em 01/07/02. Menor preço pelo mesmo espaço, só no DC

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midores,o queé umamarca internacional. A Copel recebeu ainda os prêmios por melhor gestão operacional e melhor gestão econômico-financeira.

A segunda mais premiada foi a Enersul, com os prêmios de maior evolução do desempenho emelhor distribuidora do Norte/CentroOeste. Os demais premiados foram: CPFL(prêmio de responsabilidade social), Cemig (qualidadeda gestão),AES Sul (melhor avaliação pelo cliente), Cataguases (melhordistribuidora da região Sudeste) e Energipe (melhor distribuidor a do Nordeste). (AE)

Prestados os esclarecimentos necessários para instalação da reunião as Sras. Conselheiras acataram o pedido de desligamento do Diretor Financeiro Sr. José Antonio Leite de Andrade. Consignando votos de louvor ao Sr. Diretor Demissionário pelos relevantes serviços prestados à Companhia. Ato contínuo, resultou aprovada a proposta de nomeação do Sr. Joseph Bromley Sherman Junior, brasileiro, casado, administrador de empresas, residente e domiciliado na Cidade de São Paulo-SP, para o cargo de Diretor de Organização, Sistemas e Métodos da Companhia, o qual deverá pautar a sua gestão em observância aos termos da lei e do Estatuto Social. Tendo em vista o processo ora em curso de revisão e reformulação dos Estatutos Sociais, as Sras. Conselheiras houveram por bem determinar que, adicionalmente às funções próprias da respectiva Diretoria, ao Diretor ora nomeado são, desde logo, outorgadas as seguintes prerrogativas e funções complementares: (a) coordenar o trabalho e as atribuições dos demais Diretores, bem como o de suas respectivas gerências, devendo receber a prestação de contas e/ou a apresentação de relatórios escritos objetivos a respeito dos assuntos afetos às áreas de atribuição de cada qual, regularmente ou sempre que solicitar; (b) solicitar a realização de Assembléias Gerais de Acionistas e reuniões do Conselho de Administração, acatando e promovendo a implementação das decisões proferidas pelos acionistas e/ou pelo Conselho de Administração; (c) assumir interinamente as funções de qualquer um dos demais Diretores sempre que, no seu melhor julgamento, houver uma razão justificada para fazê-lo, devendo prontamente informar ao Conselho de Administração as razões de urgência e de exceção que justificam a adoção de referida prerrogativa; (d) aprovar a nomeação e a demissão dos gerentes da Companhia, por indicação dos Diretores seus superiores, os quais atuarão sob a supervisão direta dos respectivos Diretores; e (e) aprovar e executar os programas de viagens internacionais. Resultou igualmente aprovado que o Diretor ora nomeado: a) assume cumulativamente as funções de Diretor Financeiro da Companhia enquanto não nomeado outro Diretor para o mesmo cargo; b) perceberá uma remuneração mensal a ser oportunamente fixada em reunião do Conselho de Administração a ser para tanto convocada; c) o mandato deste Diretor ora nomeado, bem como a extensão dos poderes ora concedidos adicionalmente vigorarão

Inflação dobra em junho e supera meta

O IPCA chegou a 0,42% no mês passado. Em 12 meses, o índice foi a 7,66%, acima do teto máximo de 7,3% fixado com o FMI

Ainflação medidapeloÍndice NacionaldePreçosao

Consumidor Amplo(IPCA) dobrou e chegou a 0,42% em junho. O índiceé usado pelo governo para avaliar o cumprimentodas metasdeinflação como FundoMonetário Internacional (FMI). Depois daalta dejunho, oacumulado dos12 meses ficou em 7,66%, acima do teto máximo da meta fixada com o Fundo, de 7,3%. Com isso, o governoteráde fazer uma consulta formal aoFMI, sobre medidas aserem adotadas para baixar a inflação.

A inflação também está bem próximada metaanual, queéde 3,5%,commargem de tolerânciadois pontos porcentuais (ou seja, o teto máximo éde 5,5%).No primeiro semestredo ano,o IPCA registra elevação de

2,94%. Emigual períodode 2001,a inflaçãoestavaem 2,96%. Naquele ano,o IPCA ficou em 7,67%, acima do teto da meta, que era de 6%. De acordo com pesquisa semanal feita pelo Banco Central com diversas instituições financeiras, o mercado já espera uma inflação de 5,72%para este ano. O próprio BC estima um IPCA de 5,5%. A inflação de junho, no entanto, ficou um pouco abaixo da expectativa médiados analistas, que era de 0,5%. Gás e ônibus – A principal pressão de junho veio do preço do gás debotijão, que subiu 9,02%,em razãodo reajuste de 9,2% nas refinarias, autorizadopelo governo e

feito pela Petrobrás no começo do mês passado. Em maio, o gás havia recuado 3,67%.

Também contribuíram para aaltaas tarifas de ônibus urbanos, queaumentaram 2,44%, devidoaosreajustes no Rio de Janeiro, Salvador e Fortaleza.

Maiores pressões vieram de preços administrados: os reajustes do gás de botijão e de tarifas de ônibus

Além disso, os alimentos, que haviam registrado deflação de 0,59% em maio, voltaram a subir e apresentaram avançode 0,08% em junho. Para ainflaçãodeste mês, outros preçosadministrados prometem ser os vilões. Julho concentra reajustes de telefonia fixa,energia elétrica em São Pauloe Curitiba,gasolina, óleo diesel e gás encanado no Riode Janeiro,o quepo-

derá levar ao estouro da meta para oano,segundooInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que calcula e divulga o IPCA. "Serão pressõessignificativas quenão podemser desprezadas", disse a repórteres Eulina Nunes Santos, gerente dosistemade índice de preços do IBGE. Analistas projetam uma inflaçãode mais de 1,0% em julho.

Regiões – Amaioralta do IPCA foi verificada em Salvador (0,87%). A menor taxa ficou para Belém (0,19%).

Em São Paulo, o IPCA caiu de 0,34%, em maio, para 0,27%,no mêsde junho. O grupo que mais contribuiu paraa quedafoitransportes, que registrou deflação de 0,26% no mês passado– no País, o grupo registrou alta de 0,32%. (GN/Agências)

Custo de vida para famílias de baixa renda cresce 0,61%

Ainflação paraasfamílias debaixa renda teve elevação considerável no mês passado. Depois deregistrar altade 0,09% em maio, o Índice Nacional de Preçosao Consumidor(INPC)subiu para 0,61% em junho. Ente os grupos pesquisa-

AUTOMÓVEIS

A vergonha e o abuso dos juros

O Banco Central do Brasil, através da reunião do Copom indica o custo do dinheiro e sua tendência, mas a verdade é que para o mercado financeiro estas informações são indicativas apenas para as operações que interessam, pois na prática a determinação das taxas utilizadas, por exemplo, no crédito direto a consumidor crescem a cada dia independentemente das decisões ou indicações do Banco Central. Nesta semana as taxas chegaram àbeira do absurdo, pois enquanto falase de uma inflação revista para o patamar de 5,5% ao ano, os

juros estão no patamar de 60% ao ano. Em outras palavras, enquanto o mercado internacional trabalha com margens de 3% ao ano, o mercado financeiro no Brasil está trabalhando com 55% ao ano. Durma-se com um barulho destes. Depois fala-se que o mercado de automóveis parou por problemas de instabilidade ou medo do consumidor, mas a verdade é que o cliente não quer pagar juro de agiota na compra de seu carro. Gostaríamos de entender qual a lógica que está por trás da determinação das taxas de juros para o financiamento ao consumidor. Lem-

bremos que oveículo fica alienado fiduciariamente ao contrato, o que significa que não se trata de um empréstimo de cheque especial. Os planos comerciais criados pelas montadoras para baixar os juros para o comprador, na realidade são subsídios que refletem no preço o custo desta iniciativa, tirando assim grande parte do impacto do resultado desejado. Precisamos que o mercado de veículos volte pelo menos aos patamares de 1,8 milhão de unidades e para isso é fundamental que os juros reflitam a realidade da linguagem do governo e não a da especulação consentida pela omissão.

dos, omaior aumento, de 1,22%, foi verificado em transportes, em razão do reajuste das tarifas de ônibus urbanos em Salvador, Rio de Janeiro eFortaleza.Habitação também tevefortealta,de 1,44%, graças ao aumento do gás de botijão. (GN)

IGP-DI sobe para 1,74%, maior taxa desde 2000

O Índice Geral de PreçosDisponibilidade Interna (IGP-DI) registrou inflação de 1,74% em junho. Foi a maior taxadesde agostode 2000, quando oindicador ficou em 1,82%, informou ontem a Fundação Getúlio Vargas, que calcula o índice. O resultado ficou acima dasexpectativas dosanalistas,queapostavamem um indicador em torno de 1,5%.

Em maio, a inflação estava em 1,11%.Para estemês,o responsável pela pesquisa, Paulo Sidney Melo Cota, prevê que o IGP-DI seja de 1,50%, ainda alto, indicando que não haverá queda de juros este mês.

Em junho, o Índice de Preçospor Atacado(IPA),componentedo IGP-DImaisdiretamente influenciado pela alta dodólar sobretudonos preçosagrícolas, foiomaior responsável pela alta da inflaçãode junho,subindo2,5%. No mês anterior, a alta do IPA tinha sido de 1,27%. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,55%, contra uma alta de 0,28% em maio. Já o Índice Nacional do Custo de Construção (INCC) subiu menos em junho, 0,57%, depois do avanço de 2,53% em maio. No ano, o IGP-DI acumula alta de 4,08% e, em 12 meses, de 9,70%. (Reuters)

Junho confirma queda

de 10% no mercado de veículos

A produção de junho,de 147.433,unidades significa 9,7% de queda acumulada no ano e 8,6% amenos em relação a maio. O varejo fechou com 110.751 unidades, número que é 6,5% menor que o de maio. A continuarem as quedas sucessivas que estão se apresentando teremos opior dos últimos cinco anos. Os distribuidores vêm de forma sistemática alertando para a sensível queda verificada na passagem de suas lojas, do com-

portamento conservador e principalmente da reação atônita do cliente ao se deparar com as taxas de juros praticadas pelo mercado financeiro.As últimas pesquisas revelam uma queda sensível no índice de fechamento, muito mais significativo que a redução de passagem de clientes. Mesmo com os lançamentos que se sucedem no mercado a reação de vendas não ocorre e os preços continuam a ser reajustados como se nada estivesse acon-

tecendo. Assim, há uma sobreposição de causas e efeitos que culminam com a redução substantiva das vendas.Um simples posicionamento do governo junto ao mercado financeiro para estabelecer regras e limites na formação das taxas praticadas nos financiamentos de veículos traria enorme repercussão nas vendas do segmento. Vamos desejar um pouco de bom senso e não se espere a casa desmoronar para consertar depois.

Novocapítulo da novela Fiat

O novo superintendente Giancarlo Boschetti veio ao Brasil para uma conversa com fornecedores, concessionários e bancos. O objetivo foi tranqüilizar o inquieto mercado que vive ao sabor de fofocas e informações cada dia mais desencontradas sobre o futuro da montadora italiana. Anunciou um investimento de R$ 3 bilhões no Brasil até 2006, falando da importância que o país e sua filial possuem no contexto da Fiat spa. Porém, ao mesmo tempo, seu superior, o presidente do conselho Paolo Fresco em entrevista ao “Financial Times” declarava que se até 2004 a Fiat Auto não conseguir colocar a casa em ordem a passagem do controle para a General Motors seria muito provável. Missão difícil explicar este complicado quebra-cabeças.

O lado esquecido de Nova York será revigorado com um novo empreendimento, um shopping de veículos construído pelo Potamkin, um dos maiores grupos de distribuição nos Estados Unidos. Além de trazer novos horizontes

Grupo Potamkin americano constrói shopping no Harlem para o Harlem, intensifica a tendência de vendas em pontos comerciais de grande passagem de pessoas, focando um consumidor de renda e perfil típico de carros usados ou veículos com características mais populares.

Ford investe forte na Volvo

A Ford resolveu investir até US$ 6 bilhões na Volvo para lançar cinco novos modelos médios. Após a compra da marca sueca pelos norte-americanos, o mercado nos Estados Unidos comercializou 125.700

unidades desta marca. O número despertou rapidamente a montadora para o potencial do produto sueco em solo americano. Assim é apenas uma questão de oferecer o produto certo para o cliente adequado.

Acordo com o México renderá dividendos

A renovação do acordo do Mercosul com o México trará importantes resultados para os seus membros, uma vez que estamos falando de um número que já parte de uma cota de 140 mil veículos sujeitos à alíquota de 1,1%. O acordo prevê também um índice de 60% para os países fabricantes do Mercosul e de 30% de componentes produzidos no Brasil para o México. Dizem os responsáveis pelo acordo que até 2005 poderá ser exportado o volume de 700 mil unidades.

VW volta ao primeiro lugar

Em junho, a VW reconquista o primeiro lugar, tirando a posição que durante um bom tempo foi ocupada pela Fiat. Com 27.841 unidades da VW contra 25.035 da montadora italiana, a briga volta a ficar interessante. A General Motors confirma o terceiro lugar com 24.733 unidades, a Ford com 10.552 continua apresentando evolução em seu crescimento, aumentando sua participação no mercado. A Renault

vem em seguida com 4.634 unidades, seguida por Pegeout com 2.452, Citroen 2.187, Toyota 1.621, Honda 1.086, Mitsubishi 1.061, Mercedes 775, Audi 660, Nissan 410, Land Rover 167, Seat 161, Chrysler 24 eAlfa Romeo, 10. Nossa coluna já vinha anunciando a retomada da VW do primeiro lugar, não só pelo momento difícil pelo qual passa a Fiat mas pelos novos modelos lançados pela VW.

Argentina vende 4.258 veículos em junho

A Argentina chega ao fundo do poço na venda de veículos, pois o país comercializava, há cinco anos, uma média de 40 mil veículos por mês e chega em junho à marca dos 4.258, ou seja, perto de

90% de queda em relação ao seu mercado normal. Essa retração vem sendo constante e progressiva ao longo dos últimos anos e não foi só o mercado interno que se ressentiu mas também as exportações.

Valdner Papa

ANÁLISE João de Scantimburgo

Ilusões das pesquisas

A mais famosa ilusão sobre pesquisa eleitoral ocorreu nos Estados Unidos, como não poderia deixar de ser. Os candidatosTruman eDewey disputavam, um a reeleição e o outro a eleição. No dia do pleito, ojornal Chicaco Tribune, umdos grandesperiódicos dos Estados Unidos, estampou naprimeirapagina, momentosantes doanúncio doresultado daapuração, que Dewey haviaganho. Poucos minutos depois, com ofimdas apurações,ojornal teve de fazer amende honorable: confessou o erro.

Aqui,mesmo, já tivemos erros enormesde pesquisas, como adoIbopenaeleição municipal de 1985,quando Jânio venceu FHC. Este tinha tantacerteza davitóriaque até sedeixou fotografarsentado na cadeira do prefeito, antesde seremproclamados os resultados finais. Contra o instituto de pesquisa, de resto sério, ganhou Jânio e, como era de seu feitio, mandou desinfetar acadeira,antes de sentar-se nela e exercer o cargo de prefeito da capital.

Todos oscandidatos apresentam pesquisas. Emprimeiro lugar,temos Lula da

Silva, com grande vantagem sobre José Serra e Ciro Gomes. Lula, cauteloso,já afirmouque não querfestejar antecipadamente asua vitória sobreos demaiscandidatos. MasSerra eCiro seconsideram prováveis vencedores, pois temsido assim com o antigo torneiromecânico, quesaina frenteeacabaperdendoparaum deseuscontendores na luta eleitoral. Temos,portanto, todosos que estamos engajados na campanha, uns ostensiva outrossecretamente, queesperarapalavrafinalda Justiça Eleitoral. Sóquandoo juíz dizo resultadoeassina aata, comodiziaomesmo Jânio Quadrosparamim, équese terá acerteza da vitóriado candidato, seja este ou aquele, ainda que venha logo o chavão do costume, a fraude, alegada como obrado situacionismo. Mas o candidato vitoriosoacaba tomando posse e exerce o governo, uns maloutrosbem. Éisso,eleitoralmente.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

Entender a mensagem

Evandro Mesquita

S omos pentacampeões mundiais de futebol e a capacidade de vibrar juntos constitui a prova mais cabal da unidadepsíquica brasileira,nossa maior riqueza.

Mas temosdecompreender que, pordetrás da manifestação unidetonante em todo País, está o recadode que essa imensidão humana de170 milhões de almas, contidas no perímetro de 15.719 quilômetros de fronteiras terrenos e 7.408 quilômetros debruçadossobre o oceano, não aceita umpaís dependente, servil, de 2ª classe, mas quer caminhar no rumo da grande Nação e, principalmente, estápreparada parao esforço e o sacrifício de fazê-lo.

A história do Brasil é a história de um animal enjaulado que luta por libertar-se dos grilhões que o aprisionam.

Durante largo tempo permanecemos à mercê dos monopólios mercantilistas.

Após a abertura dos portos estivemoscondicionados à idéia de que o Brasil e seu Povo tinham de ser fiéis à natural vocaçãoagrícoladoPaíse qualquer desvio em favor do desenvolvimento de manufaturadas representava máaplicaçãode recursos,que públicos,quer privados.

Os benefíciosproporcionadospela Lei AlvesBranconão foram suficientes para convencer oscéticos eassim, presosà utopia de "celeirodo Mundo", caminhamos até 1930.

Hoje o País, transformado em máquina de pagar juros, transfere preciosos recursos do setor produtivo para o especulativo.

Subsiste evidente carência de condutores, lideranças, ex-

Esperteza e burrice

Aignorância eaburrice fazem contrapeso com a esperteza ea máfé. Énecessárioter presente essapolaridade para se entender grande número de posturas e declarações de políticos. Em muitos casos a verdade é tão óbvia que somos levadosa pensarque aoafirmar certa coisa, oua assumir certa postura , o político está se mostrando completamente burro ou ignorante.Até podeser que seja ocaso,poisnãofaltam exemplares desse gênero nessa raçade homens. Entretanto, não poucas vezes, essa demonstração de suposta burrice ou ignorância encobre uma astutaopção destinadaacamuflar interesses inconfessáveis. Os ignorantes eburros são espertíssimos. Sabem que passar por burro e ignorante induz à tolerância e à benevolência, ao passoqueseadmitir safado bota todoo mundocontra. Eo político, como se sabe, quer ter todo o mundo afavor. Nada maiseficaz paraproduziresse resultadodo quedeixar osoutros crerem que se é ignorante e burro e todo o mundo, em comparação, é supinamente inteligente e culto.

O que se mostra por declaraçõestambém se exprime por atitudes. Porexemplo, quando se cruza com um político na rua, freqüentemente ele é o primeiro a nos cumprimentar, co-

poentes, nos três poderes, que falem a verdade, revelam dificuldades e deficiências, demonstram as correçõesa fazer, identifiquemqualterá desera contribuiçãodecadaum, ou cada classe; depois indiquem os rumos, os caminhos, as metas e os horizontes aserem alcançados.

O "politicamente correto" varreu a educação moral e cívica doscurrículos escolares, porque"entulho autoritário" do períodomilitare, também escarnece do culto aos símbolosnacionais comoprovinciano, atrasado, de direita. Mas quando irrompeamanifestação popular, livre dos condicionamentos ideológicos, é a bandeira junto ao peito, beijada, enrolada no corpo, o único instrumento capaz de expressar, na sua extensão, o imenso amor ao Brasile a profundidadedo desejode vera Pátria transformadaemuma grandiosa Nação.

Definido um objetivo, capaz de assegurar a grandeza material e humana da Pátria, mesmo que penoso e sacrificante para ser conquistado, para ele caminharáa imensidão nacionalcomo ímpeto,agarraea tenacidade com quevibrou unidana busca doPentacampeonato,que não acrescentaum centavoaobolso de ninguém, mas traduz a capacidade coletiva nacional de alcançar um ideal comum. Compreenderão amensagem, dessa vez, o dirigentes e os candidatos? É o que teremos de saber, examinando as propostas, projetos e promessas de cada um e de seus respetivos partidos.

Evandro Mesquita é diretor da Fundação Ulysses Guimarães, em São Paulo

àRedaçãosomenteserão publicadas se contiverem,alémda identificação do missivista, endereço com rua, número, bairro, CEP e, se possível, telefone e rg. As cartas poderão ser resumidaspela redação, publicando-se, apenas o essencial. Os originais não serão devolvidos.

mo se nos conhecesse de velho e desse enorme importância aofatodeo reconhecermos. Justamenteao contrário,ele nunca nos viu mais gordo e não faz a menor idéia de quem somos. Mas está absolutamentecerto deque sabemosquem ele é e daimportância que lhe damos.Como milionários da popularidade, nada lhes custa espalhar vinténs de reconhecimento, evidente demonstração de seu aristocrático democratismo. Vêm daí os calorosos abraçosdados em joões-ninguéns e os beijos nas bochechasde bebêsde desconhecidos. O coronelato antigo se distinguianas pequenascidades por sercompadredetodoo mundo. E, de qualquer modo, é mais barato comprarum voto com um sorriso e um aperto de mão do que distribuindo camisetas de time de futebol. Oshomens realmente superiores são genuinamente bondosos e verdadeiros; os políticosordinários dãoumaversão falsificada dessa grandeza, fingindo uma igualdade que não sentem.O prazer eas vantagens que sentem e auferem em passar por ignorantes e burros aumentam amplamente o gostoquesentemem enganaros trouxas que neles acreditam.

Benedicto Ferri de Barros e-mail: bdebarros@sanet.com.br

Se nós nos calarmos

CVita Roso

om o título Se nós nos calarmos.. . (ou o martírio dos monges de Tibirina), René Guittoneditouolivro publicado no fim do ano passadoe, agora, reproduzido, em fevereiro, pelo Le Grand Livre du Mois , em Paris. De que trata esse livro?

Lembremo-nos.Em21 de maiode1996, sete monges foram degolados por indivíduos pertencentes, naAlgéria,a uma facção que balança entre o islã e o islamismo. Que fizeram os monges?Nada,a não ser fiéis aos mandamentos da suaordem religiosa,trapistas queeram.Ea facção ortodoxa islâmica conhecida por GIA (Grupo Armado Islâmico) os executou num ritual macabro: foramdegolados. Quaissejamas razõesdesse evento fatal, até se poderá entender oucompreendere,até,comungar, mas não se poderá calar diante desse ato bárbaro.

Eram monges, querenunciaram ao mundo, aos prazeres desta vida fútil, onde predomina o cultododinheiro.Eles viviam fiéis a Deus, assim como ao seu engajamento monástico.

Não édifícil interpretaro que se passa na Tunísia e,em geral, nonorteda África,ondesemisturam asreligiões oriundasde Abraão e onde a presença da Igreja, na terraislâmica, cumpre seu ministério salvífico.

Guitton, que passara toda a suajuventudenaquela região, diante da selvageria macabra, procurou, comminúcia,a verdade. Fez um trabalho jornalístico de investigação, em busca das causas que levaram membros da GIA a praticar ato tão cruel.

Com o auxílio de testemunhos dos familiares das vítimas, dos monges da comunidade trapista, das maisaltasautoridadesreligiosas, cristãse muçulmanas,de

Espírito de "campanha" Esteja preparadoeleitor. É ano eleitoral e assim sendo existe um calendário de atividades de campanha.Todos devemos estar engajados no espírito,maisoumenos como nosengajamos noespírito da Copa do Mundo. Em vez de torcermos por este ou aquele candidato, vamos torcer pelo Brasil. Para que sejam eleitos os menos ruins entre os que se apresentam paraoscargos depresidente da República,governadores deEstado,senadores daRepública, deputados federais e estaduais.

políticoslocais comsensibilidadehumana, depolíticosfranceses de expressão, de agentes dos serviços secretose de testemunhas anônimas,Guittontentou elucidar o fato.Percorreu todos os labirintos franceses, marroquinos e algerianos. O resultado é surpreendente,pois olivro éo testemunhoda insanidadeconsentidae da barbaridade com que agiram os algozes. Constrange a qualquer ser humanoqueosterroristas mantiveram os monges, sob seqüestro, durante 56 dias, encarcerados e deram conhecimentoda autoria edasuamacabra intenção. De nada adiantaram os apelos, as vigílias,asoraçõese osreclamos das consciências demilharesde pessoas de todas as confissões. Mas, insensíveis a todos, degolaram os monges, que estavam no monastério à beirado Monte Atlas para levar o perdão, a reconciliação,poisos mongesseapartaram das vaidades do mundo para orar e, ali, escolheram o local, não para morrer, mas para amar. E o fizeram, obstinados à fé que abraçaram, destinando seu sacrifícioaosmaispobres, humilhadosquesão acadadia pelodesprezo dos poderosos. Na homilia, em Paris, pela memória dos assassinados, o Cardeal de Paris, Lutisger, oroupelos seteirmãos trucidados, pedindo perdão por eles e, na cerimônia, apareceu uma faixa queresume tudo: "Se nós calarmos, as pedras gemerão por eles". E, lembrando o apóstolo Lucas, concluiremos, por Christian, Christophe, Luc, Paul,Michel, Bruno-Christiane Celestin,que:"Eu vos digo a vós,meus amigos: não temais aqueles quematam o corpo e, depois disso, não podem fazer mais nada" (XII, 4).

Jayme Vita Roso é advogado e conselheiro da ADVB

Os artigos enviados à Redação do DC para eventual publicação devem conter no máximo2.800caracteres,sedigitados,ou40

datilografados.

Espaço igual

Até lá, as emissoras de rádio e televisão são obrigadas a dar o mesmo tratamento e tempo aos candidatos agora oficiais dospartidos ou coligações. Por isto, observamos todas as noitesnos telejornaisaquele infindável desfile de informações inúteis sobre o que fez cada candidato à presidência, até mesmo os ilustres nanicos desconhecidosque se apresentam nas oportunidades da legislação.

Censura

Calendário Estamosnomês dejulho. O primeiro turno das eleições,quando sedefinemao menos oscandidatosao Senado Federal, Câmara dos Deputados e Assembléias Legislativas, seráem 6de outubro.Nos casosondehouver necessidade de segundo turno para escolha do titular de governos estaduais e, mesmo, Presidênciada República,a votação serádia 27 de outubro. Sempre domingo.

Em andamento

Desde 6de julho último a campanhaeleitoral estáliberada, menos para o horário obrigatório de rádio e televisão. Aquela programação finíssima, de profundo debate sobre temas e projetos de cada candidato, começará a ir ao ar no dia 20 de agosto. Portanto, ainda teremos 38 dias até seu início.

A lei eleitoral inovou. Censurou os comentários da imprensa, ao menos no rádio e televisão. São proibidos os comentários dos jornalistas, âncoras, a respeito dos candidatos. Incorrem nas penas da lei. A mesma lei que não consegue prender e mantersob suavigilânciaos criminosos de todas as matizes. Também nãosepode chamaroex-juiz Nicolau de Lalau. É ofensa grave ao coitadinhoque, como mágico brilhante, fez desaparecer cerca de R$ 169 milhões deumaobra pública e agora vai plantar batatas, literalmente,em regime semiaberto. No Natalestará casa. Aposto.

Números

Serão eleitos um presidente da República e seu vice, a tiracolo, 27 governadores e vices, 513 deputados federais, 54 senadores e 1060 deputados estaduais, em todo o País. Haja verba pública para pagar tanto trabalhador dedicado.

P. S . Paulo Saab

Exigências excessivas sobre brasileiros

Estudos feitos pela Fazenda, pelo Ipea e pelo BNDES mostram que carga tributária pesada não acerta o caixa do governo

Uma conclusãoqueparecia óbviaparaa maiorparte dos brasileiros foi formalizada por umestudofeitopelo economistaMarcelo Piancastelli,da Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda. Oesforço dospaíses para arrecadar cada vez mais impostos, aumentandoacarga tributária sobre aprodução, não é a melhor estratégia para se obter o equilíbrio fiscal. Contas públicas – Depois deanalisar75 países desenv olvidos, em desenvolvimentoe subdesenvolvidos, Piancastelli descobriu que apenasKenia, Lesoto, Zambia, Egito, Etiópia e Marrocos conseguiram equilibraras contas públicasaumentando a taxação sobrea população. Nos demais países,houve re-

dução no crescimento, no emprego e narenda das pessoas.

Esforçode arrecadação–Os dados utilizados para a pesquisa foram obtidos junto ao BancoMundial. Numa equação matemática, oeconomista misturou dadossobre aagricultura, aindústria, o comércioe osserviços. Estabeleceu um índice de esforço de arrecadação. Países com índice maior do que um arrecadam mais doque seria previsível. O Brasilestá nesta faixa. Seu índice é 1,051. Não é dos piores. No Uruguai o índice é 1,411 e na África do Sul de 1,646. O trabalho corrobora conclusões dos técnicosdo Ipea, Institutode PesquisaEconômica Aplicada,que andaram

pesquisandoo que ocorreu no Brasil depois da implantação do Plano Real. Receita pública – No estudo Uma análise dacargatributária no Brasil, feito em associação com a secretaria de assuntos fiscais do BNDES, constata-se que a estabilização econômica e o crescimento decorrentes do Plano Realpropiciaram apreciável elevação da receita pública. Hojea cargatributáriabrasileira ultrapassa os 35% do PIB, amais altaregistrada na história do País.

Equações

matemáticas mostram que esforço exigido do brasileiro supera o supor tável

Desequilíbrio maior –"Mesmo assim, em face do crescimento ainda maior das

despesas, as contas públicas mostraram desequilíbrio. E como há urgência de investimentos para repor a infraestrutura desgastada e para evitar que a precariedade da provisão de serviços públicos essenciais venha a ser um impedimento àretomada do crescimento, o desequilíbrio fiscal é de fato bem maior do que o efetivamente registrado",diz o estudo publicado pelo IPEA.

Resultado dos doisestudos:nãohá dúvida dequeo esforço tributário da sociedadebrasileira éelevado.Mais que isso. Uma parcela significativa e crescente da carga tri-

Selo em nota fiscal em setembro

O novo selo que vem sendo prometidopela Secretariada Fazenda do Estado de São Pauloháalguns meses,eque será obrigatório nas notas fiscais emitidas na circulação e vendas de mercadorias, deverá entrarem vigor apartir de setembro. Masoscontribuintesdo ICMS não precisamseapavorar.Eles poderãoutilizar seusdocumentos fiscais em estoque por um período de seis meses após a implantação do selo.

Calmante – Esse é o teor do comunicado33, da Coordenadoria da Administração Tributária(CAT), daSecretaria da Fazenda do Estado de São Paulo."O comunicado v eio paraacalmaros usuários, pois muitos contribuintesdeixaramdefazer encomendas de impressosfiscais nas gráficas, com medo da nãoaceitação do documento", diz a consultora tributáriada IOB Thomson, Cíntia Ladoani.

Indústria ecomércio– A tributarista ressalta que o uso do selo será obrigatório nos

modelosdenotas 1ouIA.O selofiscalnão seaplicaráaos documentos fiscais de contribuintes enquadrados no Simples.

A criação do novo selo tem como objetivodificultara falsificação denotas fiscaise agilizar o processode checagemda origem desses documentos. Depois de implantado,as empresasquerecebem notasfiscaisnacompra de mercadorias poderão checar asua antenticidadedeforma eletrônica, atravésdo sitedo Posto Fiscal Eletrônico ( ww w. p fe . fa ze nda.sp.gov.br), bastando digitar os números do selo.

Como oEuro – O esforço está sendogrande,paracercar os sonegadores. A autorização paraa impressão das notasfiscais pelasgráficas tambémserá feitaatravésdo posto fiscal eletrônico. O selo está sendo confeccionado com materiais (tinta, cola e papel) erecursos deimpressão especiais para dificultar falsificações. Teráholografia tridimensionaledupla nu-

falências & concordatas

meração. Utilizará a tecnologia com que está sendo feita a nova moeda da União Européia, o Euro.

A medida faz parte do processo de modernização da Secretaria da Fazenda, que está intensificandoseus esforços para inibir o comércio de notasfrias. Notas adulteradas causamprejuízos paraquem as recebe e para os cofres públicos, já que geram créditos fictícios do imposto.

Numeração – Atualmente, as notas fiscais possuem uma numeração sequenciale apesar de as gráficas precisarem de autorização para a impressão dos documentos,não há controle efetivo sobre a emissão de talõesparalelos. A secretaria está farta de saber que notasfiscais sãoimpressas em fundo de quintal, que contêm endereços e marcas fictíciase quesãovendidas paraa prestaçãode contasde genteque trabalhanainformalidadepara ouniverso formalda economia.Desligar esta máquina, no entanto, não é tarefa fácil. Muita gente

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 10 de julho de 2002, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:

Vara Cível

ganha dinheiro sonegando impostos. Os cálculos do próprio IBGEapontam para o fatode que70% dostrabalhadores brasileiros atuam na economia informale que o PIB brasileiropode ser,na realidade, o dobro do que vem sendo apurado. O estudo sobre o selo levou tantotempo porque,aprincípio, não se pretendia investiremtanta tecnologiapara impedir falcatruas. O coordenador da administração tributária deSão Paulo,Clóvis Panzarini, pretendia que o selo tivesse baixo custo e que, destaforma, nãoonerasseas empresas. Oque acabou se concluindo, no entanto, é queos falsificadores não se inibiriam com uma medida assimtão tímida."O talãode notas fiscais continuaria sendocomoumtalãode cheques,como éhoje", dizPanzarini, que não soube precisar orombo provocadoaos cofres públicos pela emissão de notas falsas.

Sílvia Pimentel

butária éarrecadada portributoscumulativos quedeveriam ser substituídos por outros de melhorqualidade. A tributação da folha de saláriosé pesada ecerca dedois terços da arrecadação do Imposto de Renda provêmde empresas.Atributação da renda pessoal é relativamente poucoexplorada. Isso,notese,quemescreveégente do governo. Revoltas históricas– "Deve-seesperar queesforçointenso por longo tempocrie tensões e,em últimainstância,revolta noscontribuintes. OChamadoCalifornia Taxquakeda décadade 70e mesmo revoltas de importância histórica comoa Boston Tea Party e a Inconfidência Mineira no Brasil tiveram

origem na tributação excessiva e injusta", afirma o estudo. "Valedizer, esforçointensoe prolongado só é possível com sistemas tributários deboa qualidade e distribuição justa dacarga. Eainda assim,com finalidades bem aceitas pela sociedade".

Os autores do trabalho, todos do Ipea edo BNDES, são RicardoVarsano,Elisa de Paula Pessoa, Napoleão Luiz Costa da Silva, José Roberto Rodrigues Afonso, Erika Amorim Araújo e Júlio César Maciel Ramundo.Pelo jeito, elesnãotêm sidolevados muito a sério na Secretaria da Receita Federal epelo Ministério daFazenda, quetem adiado a reforma tributária.

Eliana G. Simonetti

Secretários reclamam de estímulo a exportadores

Secretáriosde Fazendados Estados se reuniram nesta quinta-feiracomo Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior para pedir a prorrogação até 2007 da compensaçãodo ICMSpara exportações, decorrente da lei Kandir. Pela lei, o direito à compensaçãodo ICMSpago pelo exportador termina no fimdoano. OConselhoNacional de Política Fazendária (Confaz) argumentaquea compensaçãoé necessária porque não foi realizada a reforma tributária e para manter oequilíbrionasfinanças dos Estados.

Segundo o coordenador do Conselho Nacional de Política Fazendária(Confaz), EdmiltonSoarez, ossecretários tambémquerema correção dos valores repassados pela União aos Estados.Segundo ele,os Estadosperdemcerca de R$ 6 bilhões.

O secretário de Fazenda do Rio Grande do Sul, Arno Augustin, informou que será

apresentada a proposta de securitização dos créditos dos exportadores não compensados. "Não há recursos financeiros para a transferência interestadual para compensar a Lei Kandir", disse. Fundo – Segundo ele, os secretários vão propor a criação de um fundo, a ser formadocom 20%daarrecadação do Imposto deImportação, que serviria para acompensação do estoque de créditos passados e do fluxo futuro. A Lei Kandir foiaprovada em1996e desonerou asexportações de ICMS.Noentanto, osestados têmencontrado dificuldade para compensar os exportadores, o que tem provocado transferência de exportações de produtosmanufaturados para exportaçõesin natura. De 1996 até hoje, o Brasil aumentou em28% asexportações de produtosinnatura, enquanto que as exportações de semi-elaboradoscaiu 4%. (Agências)

Mais punições para os crimes contra a ordem tributária

Requerente: Marsivan Com. de Ferro e Aço Ltda. – Requerida: Policret Engenharia Ltda. – Av. Mofarrej, 706 - 5º andar – 29ª Vara Cível

Requerente: Santo Amaro S/A Ind. e Comércio – Requerida: Latina Jeans Ind. e Com. de Confecções Ltda. – Rua Miller, 798 – 02ª Vara Cível

Requerente: Gerdau S/A – Requerida: Lobby Engenharia e Construções Ltda. – Rua Capitão Cavalcanti, 293 – 29ª Vara Cível

Requerente: Brasília Máquinas e Ferramentas Ltda. – Requerido: Facas Modelo Ind. e Comércio Ltda. – Rua Francisco de Paula, 271 –17ª Vara Cível

Requerente: Brasília Máquinas e Ferramentas Ltda. – Requerida: Mega Construtora e Incorporadora Ltda. – Rua Helena, 260 conj. 91 – 31ª Vara Cível

Requerente: Brasília Máquinas e Ferramentas Ltda. – Requerido: João César Neres Construção – Rua Castanheira, 19 – 09ª Vara Cível

Requerente: Sola Brasil Ind. Óptica Ltda. – Requerido: Ótica Roger Ltda. – Rua Antonio de Godoi, 20 - 4º andar – 21ª Vara Cível

Requerente: Revestsul Produtos Químicos Ltda. – Requerida: Fama Ferragens S/A – Rua Bragança Paulista, 867 – 36ª Vara Cível

Requerente: Itema Ind. de Tecidos de Malhas Ltda. – Requerida: Carfel Confecções de Vestuário Ltda. – Rua Américo Brasiliense, 1958 – 18ª Vara Cível

Requerente: Hotma Stand e Arquitetura Ltda. – Requerida: MS Assessoria e Transportes Internacionais Ltda. – Rua Veriano Pereira, 07 - conj. 26 –16ª VaraCível

Requerente: Distribuidora Paulista de Papéis e Suprimentos de Informática Ltda. – Requerida: RP Riedo Informática Ltda-ME – Rua Jacinto Macamboa, 26 –32ª VaraCível

Requerente: Green Line Sistema de Saúde S/C Ltda. – Requerido: R M Comercial Ltda-ME – Rua Antonia Soveral, 174 - Apto. 24 – 28ª Vara Cível

Requerente: Green Line Sistema de Saúde S/C Ltda. – Requerida: Lúcia Gomes de Souza Pizzaria-ME – Rua Miguel Ferreira de Melo, 263 – 13ª Vara Cível

Requerente: Cooperativa Aecia de Agricultores Ecologistas Ltda. –Requerida: Solo VivoCom.de Produtos Agroecol. Ltda. –Rua Julio de Castilho, 1040 –35ª VaraCível

Requerente: Cine Cath Systems Distribuidora Ltda. – Requerido: Imasp - Instituto de Medicina Assistencial de São Paulo S/C Ltda – Rua Cardoso de Almeida, 668 Sala 94 – 14ª Vara Cível

Requerente: Nacional Gás Butano Distribuidora Ltda. – Requerida: VG Oliveira Gás-ME – Av.Tenente Lauro Sodré, 609 – 06ª Vara Cível

Requerente: Sérgio Henrique Falci Ellis – Requerida: Consultoria Tecnológica S/A Cotesa – Rua Funchal, 375 - 14º andar – 25ª

Requerente: Itema Ind. de Tecidos de Malhas Ltda. – Requerido: Terracota Departamento de Modas Ltda. – Rua Cônego Martins, 54/60 – 01ª Vara Cível

Requerente: Comércio Cerealista Matheus Benavides Ltda. – Requerido: Comércio de Produtos Alimentícios Ki Paladar Ltda. – Av. Celso dos Santos, 150 – 03ª Vara Cível

Requerente: Richard Saigh Ind. e Comércio S/A – Requerido: Mini Panificadora 3 Amigos LtdaME – Rua São Caetano, 936 –27ª Vara Cível

Requerente: Richard Saigh Ind. e Comércio S/A – Requerida: Bianca Lucas Pães e Doces Ltda. – Av. Sapopemba, 6400 –10ª Vara Cível

Requerente: Cimentel Comercial e Distribuidora Ltda. – Requerida: Jóia Materiais p/ Construção Ltda. – Av. Maria Coelho Aguiar, 950 – 33ª Vara Cível

Requerente: HP Indústria de Embalagens Ltda. – Requerida: Convex Indústria da Amazônia Ltda. – Rua Emilio Goeldi, 675 – 25ª Vara Cível

Requerente: Airnews Express Serviços de Transportes Ltda.-ME – Requerido: Caribbean’s Industrial e Comercial Ltda.–Rua Kurt Engelhart, 55 – 29ª Vara Cível

Requerente: Cook Machine Comércio de Equipamentos Ltda. –Requerida: Floraine Comercial Ltda, Mercedes Café e Restaurante – Rua Canário, 566 –39ª Vara Cível

Concordata Requerente: Vemont Engenharia e Montagens Industriais Ltda. –Requerido: Vemont Engenharia e Montagens Industriais Ltda. – Rua Carlo Formes, 10 –35ª Vara Cível

Dentrodospróximos noventa dias deverá estarconcluída uma propostade mudança na legislaçãoque trata dos crimes praticados contra a ordem tributária, econômicae relaçõesde consumo.Os trabalhosnestesentido começaramlogo apósasolenidade de instalação da comissão encarregadade identificar soluçõespara aperfeiçoar o sistema de punição aos infratores, que ocorreu na Fa-

culdade de Direito da UniversidadedeSãoPaulo, no Largo do São Francisco, no início da semana. Participaram do ato,o exministro da Justiça Miguel RealeJúniore ossecretários nacionalde Justiça,JoãoBenedito deAzevedo Marques, e de Direito Econômico, Paulo TarsoRamos Ribeiro,entre outras autoridades.

Sonegação – O grupo encarregado de produzir asal-

teraçõesserácomposto por oito membros, reunindo especialistas dogoverno, do meio acadêmico e da iniciativa privada. O problema é grave. Segundo estudos feitos pelo governo, a carga tributária temaumentado tantono País porque o índice de sonegação é muito altoe o que o governo arrecadanão ésuficiente paracobrir asnecessidades de serviços públicos da população. (Agências)

INSS de contribuintes individuais vence segunda-feira

Os contribuintes individuais, caso dos empresários e autônomos, e os facultativos, como asdonas-de-casaeos estudantes,deverão pagaro INSS na segunda-feira (15). Adatatambémvalepara os empregados domésticos. Deverão ser utilizadas as novas tabelasde contribuição, em

vigordesde 1º de junho, quando os aposentados e pensionistas receberam aumento de 9,2%.

Osempregados domésticos contribuem com percentuaisquevariamde 7,65%a 11%,de acordoo salário. Já os contribuintes individuais e facultativos inscritos no

INSS a partir de 29/11/99 pagam, mensalmente, o correspondente a 20% de sua remuneração, respeitando o limite de R$ 1.561,56. Os que se inscreveram antesdaquela data tambémcontribuem com 20%,mas devem respeitar a escala desalários-baseaque estão sujeitos. (Agências)

PT deixa de lado o economês

Convencido de que o candidato a presidente já firmou os compromissos que precisariam serfirmados com oente chamado mercado, o PT decidiu que as metas sociais é que devemcompor odiscursode LuizInáciodaSilva deagora em diante. Não por acaso, o presidente do PT, José Dirceu, substituiu Lula na viagem que este faria aos Estados Unidos na semana que vem, para falar a investidores.

De mais a mais - e isso não é o PT que diz -, convenhamos que o economês não é idioma que o candidato domine com facilidade.Ao contrário.Portanto,melhor deixá-lolonge dos riscos da gafe certa e fazê-lo ocupar o centro de uma cena onde atuacom facilidade, a dos debatesde caráter popular.

Lula vai à rua tentar estabelecer o diálogo com o eleitor na basedaquiloqueécaro aocidadão:asmelhoriasdocotidiano.E, segundosuaassessoria,fará issocontendo-seao máximo para não falar mal dos outros candidatos, a fim de desfazerum poucoa imagemdo eternoemissário doapocalipse.

Um parêntese aqui, apenas para lembrar que nessas questões de viradasdeestiloé preciso tercuidado.Naeleição municipal de 1996, em São Paulo, o PT tentou fantasiar Luiza Erundina de"a fadinha que diz sim"e conseguiu apenas tornar a candidata esquisitíssima ao eleitorado.

Mas,voltandoàcampanhaem curso.OPTadotaráessa postura menos econômica, mais social e propositiva em detrimento dodiscurso negativista,em todasas entrevistas, debates e eventos de que o candidato participar até meados de agosto, quando se iniciará o horário eleitoral gratuito. O partido quer aproveitar o espaço de mídia que nesta, como em nenhuma outra eleição, está sendo aberto para o tema. Com isso, o comandopetista considera que os candidatos em agosto já terão suas imagens devidamente consolidadas junto ao público.

Ao contráriodo que pensamoutros partidos, oPT considera que desta vez as coisas não se definem nos programas garantidospela Justiça.Elesservirão,por essaconcepção, para que as candidaturas sejam buriladas ao molde do projeto que interessará a cada partido ou coligação.

Exemplo: noPT há os queacham que Lulapode ganhar no primeiro turno e os que consideram inevitável um segundoembate. Estaúltima correnteé,por enquanto,majoritária.

Mas os debates internos do partido levam em consideraçãoapossibilidadedeo quadroseinverter,oquemudará também atática aser adotada.Caso emagosto estejadelineadauma vitórianoprimeiro turno,oPTsaberá queem seus programas deverá bater em todos comfirmeza, pois tem chance de derrubá-los de um golpe.

Caso o cenário aponte para os dois turnos, Lula já não poderá partir para oarrasa-quarteirão, pois precisará preservaraliados paraaetapafinal. Etapaestaqueo PTcontinua apostando que disputará com José Serra.

O raciocínio é o seguinte: Ciro Gomes não sustenta a tendênciadesubidanaspesquisase asforçasconservadoras que se alinham a ele agora, voltarão ao berço original.

Onde os petistas vão investir pesado é na conquista de um eleitor cujo comportamentoainda nãoconseguiram desvendar: aquele que mantém Anthony Garotinho no patamar de dois dígitos nas pesquisas, a despeito de todas as adversidades.

Emprincípio,seriaum eleitordeperfilsemelhanteao adepto deLula. Mas aspesquisas mostram aocomando da campanha que asegunda opção desse grupo éJosé Serra e não o PT. Assim que conseguir encontrar a razão, o partido buscará também o caminho da sedução.

Para o PT, isso é assumido nos bastidores, interessa a permanênciadeGarotinho nadisputa.Ficam, nesteponto, empatados com os tucanos, cujo desejo é também o de que o candidato do PSB não desista.

Reforço

Não foi por outro motivo, que não a intenção do Palácio do Planalto de reforçar a candidatura do ex-governador do Rio, que Francisco Dornelles levou o PPB do Estado para a campanha de Rosinha Matheus, candidata a governadora. Comisso, elaquasequadruplicouseu tempo de televisão.

Consta que apossibilidade de ficar apenascom o pouco mais de um minuto do PSB e assim o risco de perder, chegou a balançar a convicção de Anthony Garotinho de continuar na disputa até o fim.

Outra reunião

Não era entre Fernando Henrique e Itamar Franco a conversa reservada, e depois cancelada, na sede do BNDES, no dia da troca de braços entre os desafetos, em solenidade comemorativa do Plano Real.

Oencontroseriado ministro das RelaçõesExteriores, Celso Lafer, com várias pessoas, entre as quais Itamar. Que, aliás,mandoudizerquenão poderiacomparecer,antes mesmo de saber do cancelamento.

Segurança e emprego é que vão decidir próxima

O candidato que apresentar as melhores propostas para as áreas de emprego e segurançapública econseguirser maisconvincente emrelação aessestemastem grandes chancesdevencer acorrida pelasucessão presidencial. Foi o que disseo presidente do Instituto Ibope,Carlos Augusto Montenegro, em palestra que fez ontem na CasadoComérciode Salvador parauma platéiade cemempresários baianos.

Segundo Montenegro, o desempregoe acriminalidade são,de longe,os assuntos que mais preocupam o brasileiro, enão interessaqual partido vai segurar essas bandeiras, pois 70% dos eleitores votam no candidato sem olharparaalegenda queele está filiado.

"Oeleitor sempresoube

Genoíno promete agência especial

para exportações

O candidato ao governo do Estado de São Paulo José Genoíno (PT/SP) disse ontem que pretende criar uma agência especial de comércio exterior, uma espécie de "Itamaraty" estadual,cujo principal objetivo é incentivar os produtos paulistas. Segundo o candidatopetista,a agência não será uma autarquia ou órgãoligado aumasecretaria,ficandosubordinada direto ao governador.

Segundo Genoíno,a agência será formada por especialistas em comércioexterior, aos moldes do Itamaraty, porém,projetando exclusivamente as marcas e empresas instaladas no Estado. "È preciso desburocratizaras áreas alfandegária e fiscal de forma a atrair investimentos e facilitar avida de quemjá está produzindo, particularmente as empresas de pequeno e médio porte", disse.

Ocandidato acreditaquea agência atrairá empresas. "Muitospequenose médios empresários encontramdificuldades para exportar por falta de conhecimento dos trâmiteslegais. Umdospropósitos da agência éajudar nestesentido", afirmou. Genoíno participou ontem de ciclo de palestras promovido pelas Câmaras de Comércio Britânica, Canadense e Francesa. (RR)

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votar", disse, assinalando que àsvezeso votoseperdeporque, ao assumir o mandato, o candidatoeleitofaz muitas bobagens".

Montenegro também revelou queo índicedeeleitores indecisos, atualmente, cerca de49%, éigualao dacorrida eleitoralde 1998. Explicou que essa é uma tradição no Brasil,doeleitor só decidir o voto em cima da hora.

A definiçãodo voto, contudo, deve começar a ocorrer com o inicio do horário de propaganda eleitoral gratuita.

"mudanças muito bruscas".

Desemprego e a criminalidade são, de longe, os assuntos que mais preocupam o eleitor brasileiro

Segundo o presidente do Ibope,a grandeexposiçãona mídia dos candidatos à Presidência da República"torna essa eleição volátil" e sujeita a

Sobre o empate técnico entre o candidato do PSDB, José Serra,e ocandidato doPPS, CiroGomes, CarlosAugusto Montenegro assinalou que as pesquisasmostraram uma tendência que deve se manter por algum tempo. Arquivamento – OCorregedor-Geral Eleitoral, ministro Sálvio de Figueiredo, determinou oarquivamento da rep r e s e nt a ç ã o movida pelo PT contraa propaganda institucional do governo federal,sob otítulo "Uma Nova Era" e que trata dos oito anosdoPlano Real.Nodespacho, deoito páginas,o ministro considera que a propaganda foi realizada em perío-

do anterior ao início da campanha eleitoral, não sendo, portanto, dacompetência da JustiçaEleitoral examinar a publicidade oficial.

Na representação, encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral em abril deste ano, o Partido dosTrabalhadores pedia abertura de investigaçãojudicial para apurar suposto abuso de autoridade contra opresidente Fernando HenriqueCardoso e o PSDB.

Oministro Sálvio de Figueiredoentendeu quenão houve ilícito eleitoralnocaso, e que a alegada promoção pessoal na publicidade oficial deve ser considerada pelo menos emtese, "tãosomente ato de improbidade administrativa, cuja apuração se situa fora da órbitada Justiça Eleitoral". (AE)

Fraga convida Mercadante para uma conversa e o petista aceita

Depois de ter colhido frutos positivos da viagem aos Estados Unidos, sobretudo declarações de autoridades dogoverno americanofavoráveisàsituação econômica do Brasil, o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, iniciouuma novaofensiva:buscará umdiálogopacífico com partidos de oposiçãoparaaplacara onda de turbulências no mercado.

O primeiro gesto de Fraga foi um telefonema, de Washington, para o deputado federal Aloízio Mercadante (PT-SP), que auxilia o partido na elaboraçãodo programa econômico de governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

O presidente do Banco Central convidou o petista para uma conversa, convite quefoi prontamenteaceito. A data do encontro ainda não foi agendada.

"Ele meligou ontem,dizendo que gostariade conversar comigo. Armínio fez umasériede contatosinternacionais e faz muito tempo que a gente não conversa. Conversaremos, sem problemas. Evidentemente, estou totalmente àdisposição. Ele não me adiantoua pauta", disse o petista.

Bastante cauteloso, Mercadante evitaexpor qualquer opinião sobre a proposta já

defendida pelo ministro da Fazenda,PedroMalan, de acordodetransição como FundoMonetário Internacional (FMI), que seria negociado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso com o aval de todos os candidatos à Presidência.

"Eu não sei de proposta nenhuma.Ninguémme apresentou umaproposta, enem ao PT. Não seio que o Armínio desejaconversar, mas atendereiaoconvite porque acho que édeinteresse do país, que atravessa um momento de crise. O país está

muito vulnerável e nós (o PT) temos interesse de que a crise não se agrave", afirmou Mercadante.

Tra nsiç ão – O deputado disseque nãoseposicionaria sobre a proposta de um acordo de transição, já que o próprio presidente Fernando Henrique Cardoso negou que autoridadesbrasileiras estariam conversando sobre issocom representantes do FMI.

Já oministro daFazenda, PedroMalan, admitiuqueo tema foi abordado com o Fundo.(AE)

Multidão tumultua a caminhada de Ciro

A caminhada que o candidato da FrenteTrabalhista à Presidência da República, Ciro Gomes, realizou na manhã de ontem pelas ruas do centro de São Paulo provocou um grande tumulto. Cerca de 300 pessoas, entre caboseleitorais, militantes ecorreligionários, acompanharam o presidenciável, que mal conseguiaandarporcausa da multidão. Alguns comerciantes, preocupados com a confusãogeradapela caminhadae commedo dearrastões, decidiram baixar as portas de seus estabelecimentos.

Participaramda passeata ao lado de Ciro o vice dele, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, e o candidato ao governo do Estado de São Paulo, Antonio Cabrera. Paulinho pediu a Ciro que encerrasse logo a passeata, com receio de que ocorraalgumincidente. CiroGomes,porsuavez, se queixou daimprensa, dizendo que repórteres, fotógrafos e cinegrafistasestavamatrapalhando acaminhada. O próprio candidato tentou, pordiversas vezes,organizar a caminhada, mas não obteve sucesso. (AE)

e Moto redutores, redução 1:5,166 a 1:500 para motor 1/8 a 30cv e usinagem em geral.

Os problemas dos planos de saúde

Associação encaminha ao governo documento que aponta irregularidades nos contratos de nove empresas Os planos de saúde são um problema no Brasil. Pagam mal os médicos, que sentemsedesestimulados a dedicar maior tempo a seus clientes e são obrigados a dar consultas em excesso para manter seus rendimentos. Também inibemosmédicos credenciados a pedir a realização de exames laboratoriais, para evitar despesas. Recentemente, a Pró Teste – AssociaçãoBrasileira deDefesa do Consumidor encaminhouà

A gência Nacional de Saúde (ANS) documentoapontando váriasirregularidades nos contratos denoveempresas do segmento,entre elas a Amico, Amil, Interclínicas e Sul América. O setor é um dos líderes de reclamações nos órgãos de defesa dos consu-

midores.

Urgência – Aoanalisar os contratos das empresas, a associaçãoconcluiu quea maioria dos seguros de saúde nãorespeita aLei dosPlanos de Saúde, quevigora desde 1999. "Solicitamos à ANS que sejam tomadasprovidência urgentes, pois a legislação deve sercumprida àrisca e, se necessário, as empresas devem sofrer multas", disse MariaInêsDolci, responsável pelo departamento jurídico da Pro Teste.

As principais distorções constatadas nos contratos dasempresas sãoasseguintes:

•Vigência

A legislação estabelece que ocontrato de assistênciaà saúde começa a valer somen-

Convênio amplia assistência judiciária

A seccionalSão Paulo da Ordem dosAdvogadosdo Brasil (OAB-SP) assinou com a Procuradoria Geral do Estado um novo convênio para a Prestação de Assistência Judiciária à população carente. Asnovas regrasesperampublicação noDiário Oficial.

Entreas mudançasestãoa abertura de inscrições semestrais parao convênio.Atualmenteosadvogados só podem se cadastrar para participar do projetonomês de março. Com a mudança, a OAB-SP espera uma aumento de 15% no número de inscritos para aassistência. Atualmente, o convênio conta como trabalho de33 mil advogados.

Oconvêniotambém terá mudanças noshonorários pagos aos advogados, e a recusaou renúnciade causas por motivo de foro íntimo ficaram expressamentevedadas. Opresidente daComissão de AssistênciaJudiciária da OAB SP, Miguel Alfredo Malufe Neto, afirmou que “sóficarãosujeitos àsnovas normasdo Convênioosadvogados que se inscreverem futuramente”.

O convênio foi autorizado pelo Governo do Estado e seu valor estimado, para60meses,é deR$1bilhão. Aassis-

tência jurídica é prestada por advogados dativos,remuneradoscomrecursosdo Fundo de Assistência Judiciária. Direito constitucional – O acesso integral e gratuito à Justiça àqueles que não podem pagar advogado é um direito fundamentalgarantido naConstituição Federalena Constituição do Estado. O critérioutilizado paramedir a situação de beneficiário de assistência judiciária gratuita é a renda familiar, que não deve ser superiora três salários mínimos.

O atendimentoatinge todas as áreasdo Direito, tanto na Capital e nas Regionais descentralizadas deSãoMiguel Paulista, Itaquera -Penha de França, Tatuapé e SantoAmaro, comonas sedes e respectivas seccionais das doze Procuradorias Regionais instaladas no Interior do Estado.

Os Procuradores do Estado daÁrea da AssistênciaJudiciária atuam também no atendimento aos presos e internosdoEstadoe prestam assistência aosmenores infratores que cumprem medidas sócio-educativas na Febem.Outro serviço de utilidadeé o desenvolvidopelo COJE - Centro de Orientação Jurídica e Encaminhamento à Mulher. (Agências)

tedepoisda assinaturado usuário. A norma, no entanto, não é seguida por nenhuma das empresas. Algumas só passama atendero cliente após o pagamento da primeira mensalidade.

•Coberturas Os contratos não deixam claro que esse tipo de plano devecobrir todos os tiposde doençase exames, levando o consumidor a acreditar que, por ter umplano básico, não terá garantida a cobertura de umasérie de eventos mais graves. Os contratos omitem queo diferencial do planoreferência diz respeito apenas aos hospitais que podem ser

utilizadose aoserviço dehotelariaoferecido.O atendimento médico,propriamente dito, é o mesmo em todas as categorias.

Para os usuários, é essencial a leitura cuidadosa dos contratos que regem os planos de saúde

•Cálculo de reajuste Todos os contratos analisados apresentam fórmulas i n co m p r e en s íveisde reajuste das mensalidades, com dados que podem confundir o consumidor.Pela legislação, as fórmulas de reajuste devem ser de fácilentendimento. Algumasempresas chegam a reajustar as mensalidadessemavisar previamente os associados.

•Exigências Para reembolsar os usuá-

rios de seus planos, Amico, Unimed, Medial e Amil exigemrelatórios médicos,exames que comprovem a necessidade de tratamento urgente e documentos como a carteiradoconvênio, cédulade identidade e comprovante do pagamento da última mensalidade. Cláusulas com essas restrições desrespeitam o Código de Defesado Consumidor.

•Interrupção Os contratos estudados prevêm a suspensão do atendimento quando o usuário deixa de pagaralguma mensalidade. Pela lei, a suspensão só pode ocorrer após atraso de 60 dias. Ainda assim, a suspensão só é legal se a empresa notificar o usuário no 50º dia de inadimplência.

•Linguagem OCódigo deDefesa do Consumidor determina que os contratos sejamescritos em linguagem clara e inteligível.Nenhum contratoobedecea regra.Muitos ainda imprimemcontratos em letramiúda, paradesestimular a leitura.

•Exclusão dos idosos A maioria dos contratos eleva excessivamente o preço do plano para as pessoas com maisde50 anos.Algumas empresas nãoidentificam qualquer percentual de aumento no custo do plano por mudançade faixaetária.A omissão pode induziro consumidor a concluir que os aumentos não ocorrerão.

Corretor que não vende não ganha

A remuneraçãodo corretor de imóveis refere-se ao resultado obtidona realização do negócio e não ao seu esforço ou serviçoprestado. “Não se concretizando a transação, indevida é a comissão de corretagem”. Em outras palavras, ocorretorquepasseia pela cidade com um candidato àaquisição de uma casa não pode cobrar por este serviço. Só recebe seconseguir satisfazero clientee fecharo negócio.

A decisãoda Justiçacatarinense foi confirmada, em votação unânime, pelos ministros da Quarta Turma do Superior Tribunal deJustiça (STJ). Segundo o ministro Cesar Asfor Rocha, relator do recurso da Imobiliária Nos-

tra Casacontra acórdãodo Tribunal de Justiça deSanta Catarina, o entendimento do STJ já está pacificado no mesmo sentido.

Comissão– A imobiliária move ação decobrança contraa Floricultura Ki-Rosa, para receber R$ 19.080,00, relativos à comissão sobre a vendade imóvel,localizado emChapecó, cidadedointerior de SantaCatarina. A Nostra Casaalegater sido contratadaem 1996para promover aintermediação da venda do imóvel de propriedade dafloricultura. Afirma que depois da realização datransação com uma empresaindicada porela, a dona do imóvel recusou-se “terminantemente” a pagar a

Maior de idade perde direito a seguro saúde

comissão.

Conforme os argumentos da defesa da imobiliária, a empresa tem direitoao recebimento da comissãopor ter aproximado as partes e possibilitado, comseu trabalho,a conclusãodatransação. “A imobiliáriafoi fiel comseu cliente, o proprietário do terreno, tantoisso éverdadeiro que quando recebeu a autorização de venda, informoulhe onome dopossível comprador, colocando-o a par do interesse demonstrado pelo mesmo”.

Nostra Casa – No entanto, a ação de cobrança foi julgada improcedente nasinstâncias ordinárias, entendimento confirmado no STJ. De acordocomoTJ/SC, emboraa

empresa proprietária do imóvel tenha se aproximado dacompradora pormeioda imobiliária NostraCasa,a transação não se concluiu porquea adquirente não aceitou o contrato nos moldes exigidos pela imobiliária.

O negócio foi fechado por outra intermediária, em condições diferentesdas previstas anteriormente.Sendo assim, a comissão não é devida, já que a transação não se confirmou. A decisão diz respeito a umproblema comum. Há grande número de imobiliárias, de corretores,e um enorme volume deimóveis à venda,com poucademanda. Aconcorrência é,portanto, acirradíssima.(STJ)

Cassada liminar que suspendia CPMF

VILAPLAS INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE EMBALAGENS LTDA Torna público que recebeu da CETESB, a Licença de Funcionamento nº 29001021 para atividade de fabricação de Embalagens Plásticas, localizada à Rua Soldado Otto Unger, nº100. Parque Novo Mundo. São Paulo.

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Torna público que requereu junto à CETESB, a Licença de Instalação para exercer a atividade de Posto de Abastecimento e Serviços, sito à Av. Alcântara Machado, nº 75. Brás. Município de São Paulo.

Sintefina Indústria e Comércio Ltda torna público que recebeu da Cetesb, a Licença de Instalação de Novos Equipamentos nº31000596 e requereu a Licença de Funcionamento para fabricação de produtos químicos, à Rua Almirante Cockrane, 207/ 227/181. Vl. Conceição. Diadema. SMS TECNOLOGIA ELETRÔNICA LTDA torna público que recebeu da CETESB, a Licença de Instalação para Ampliação e Novos Equipamentos nº 31000614 e requereu a Licença de Funcionamento para fabricação de produtos eletrônicos, situada à Av. Pirâmide, 661. Jd. Yamberê. Diadema. Braspol-Coinplas Com. e Ind. de Plásticos Ltda torna público que re-cebeu da Cetesb,Lic. de Instalação p/Ampliação/Novos Equips. 31000617 e requereu Lic. de Funcionamento p/fabr. de filmes de polietileno/sacos de rafia/fitilhos, Rua Serra de Borborema, 230/262/300. Pq. Reid. Diadema. Toyota do Brasil Ltda torna público que recebeu da Cetesb/Sto. André a Licença de Instalação 16001874 para Ampliação e Novos Equipamentos, para fabricação de veículos automotores, situada à Av. Piraporinha, 1111, São Bernardo do Campo. SP. E requereu a Licença de Funcionamento. Editais

Maior de 21 anos não pode continuar comodependente e plano de saúde pode recusálo na contratação de plano individual. Essa foi a decisão do SuperiorTribunal deJustiça (STJ), que negou ao estudante RogérioYasuoSaitoo direito de permanecer no InterclínicasAssistência Médica Hospitalar como beneficiário do plano de saúde em grupo mantido pela empresa onde seu pai trabalha. A decisão também não obriga a empresa a aceitá-lo no plano indivi-

Classificados

dual após sua maioridade. Rogério era usuário do plano desde seu nascimento, em setembro de 1978. Portador de cardiopatia congênita grave,fezseu tratamentocoma assistência da Interclínicas, já que seuestado desaúde exigia acompanhamentomédico. Em maio de 1998, quando entrou com a ação, estava prestes a completar 21 anos e ser desligado doplano. Tentou firmar um contrato individual, masa contrataçãofoi recusada. (STJ)

O presidente emexercício do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, desembargador federal NylsonPaimde Abreu,suspendeua liminar que proibiaa ReceitaFederal de exigir de um contribuinte doParaná opagamentoda Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

Foi a primeira medida desse tipo suspensa pelo TRF após os senadores terem promulgado a Emenda Constitucional que prorrogou a vi-

gência da CPMF até 31 de dezembrode 2004. Pela liminar, aUnião nãopoderia cobrar otributo até 13de setembro deste ano. Paim de Abreuconcluiuquea descontinuidade representaria sériaameaçaà economia. "Não sepode perderde vista queacontrovérsiaacerca da CPMF é daquelas cujo efeito multiplicador desencadeado pela reiteração de idênticas demandas traz a danosa conseqüênciade agigantarodano", salientou. (Agências)

Sílvia Pimentel

Bush é acusado de receber empréstimos privilegiados

O presidente dos Estados Unidos, GeorgeW. Bush,recebeu dois empréstimos a juros moderados, na década de 80, da companhia de petróleo do Texas, Harken Energy Corp.,da qualera diretor.O Washigton Post,citando documentos da SEC – órgão que regula e fiscaliza os mercados de valores nos EUA– e a Casa Branca, informou que Bush aceitou os dois empréstimos, no valor de US$ 180,375 mil, em 1986 e1988, e adquiriu ações da empresa. A Harken ofereceu carência de oito anos aBush parapagamento doprincipal ecobroujuro anual de 5%sobre o empréstimo, disseo The New York Times

Na terça-feira, o presidente norte-americano disse, em audiência emWall Street,

que gostaria decolocarum fim a esse tipo de empréstimo."Desafio os comitês de compensação a colocarem um fima todosos empréstimos de companhias a executivos",afirmou.Os negócios de Bush quando era diretor da empresa foram questionadosporváriosanose voltarama atrair interesse diante do crescente número de escândalos envolvendo executivos. O porta-voz da Casa Branca,AryFleischer, não quis comentar as informações.

Bristol-Myers – As autoridades norte-americanas estão investigando se a companhia farmacêutica BristolMyersSquibb inflousuasreceitas em US$ 1 bilhão no ano passado. As ações da empresa caíram mais de 3% nas opera-

ções realizadas na Europa. De acordocomo Financial Times, representantes da empresaencontraram-se coma SEC para explicar vendas a distribuidores queacabaram com seus estoques elevados a níveis insustentáveis.

As autoridadesquestionam se a companhia ofereceu ou não incentivos inadequadosaos distribuidores para ajudara atingir suametade lucro em 2001. Até o momento, não há qualquer indicação de que a companhia tenha agido impropriamente ou que a elevação excessiva dosestoques tenhasidouma tentativadeliberada deinflar asvendas.O SECnão deve comentar o assunto.

A companhia confirmou que a SECestava investigando formalmente suas vendas.

Emabril,a Bristol admitiu que os níveis dos estoques do atacado "excederamos patamares que a companhia considera desejável". A Bristol disse tambémque estava reduzindo os embarques para diminuiros estoques a"níveis mais consistentescom a demandado mercado".A companhiapassa porperíodo difícilnosúltimosdois anos, atingida por perdas nos segmentos de pesquisae desenvolvimentoe pornegócios controversos, incluindo acordo de US$ 2 bilhões com a empresa de biotecnologia ImClone.

Oex-diretor-executivo da ImCloneestá sendoacusado de uso de informação privilegiada. As ações da Bristol perderam quase metade de seu valor este ano. (AE-Reuters)

Milhares protestam contra Cháves

Em um marde bandeiras e cartazes coloridos,dezenas de milhares de manifestantes fizeram ontem uma passeata pedindoa renúnciadeHugo Chávezà PresidênciadaVenezuela. Aoposiçãoqueria levar oprotestoem direção ao palácio de Miraflores, mas havia o temor de que se repetissem os incidentes violentos de abril, quando uma manifestação semelhantedeixou17 mortos e precipitou um golpe militarque afastou Chávez dopoder durante dois dias.

Destavez,não houveviolência.Nanoite anterior,o presidente havia ido à TV pedir calmaa seussimpatizan-

oportunidades

tes e adversários. Com música eapitos, osvenezuelanos pediramasaída deCháveze justiçapelosincidentes de abril. "Fora, fora", gritavam osmanifestantes. "Não dispare, souvenezuelano"e "É proibido proibir" eram mensagens presentes em algumas camisetas.

O aposentado Roberto Valladares,71,e seucãosaíram de preto. "Ele fez o país se erguer em armas. Estamos de luto. Ele tem de sair",afirmou.

Centenas de militares e policiais, além de um blindado e um canhão de água, isolaram o palácio presidencial. Mas Chávez não estava ali. Havia

ido a uma cerimônia militar em Maracay, a cem quilômetros da capital, onde em abril comandantes leaisaelecomandaram aresistênciaao golpe.

"Vamosavançar atéonde pudermos, enquanto garantirmos asegurança daspessoas",disse Luis Manuel Esculpi, líder do Partido da União, de oposição. O governo permitiuque umacomissão fosseaté opalácio entregar100mil cartaspedindoa renúncia de Chávez.

Atrásda barricadamilitar, centenas de simpatizantes de Chávez faziam outra manifestação a favor dele.

T e ns ã o –O país vive um

clima de tensão há vários meses. Na terça-feira, os líderes da oposição boicotaram um encontro com ogoverno, articuladopelo ex-presidente norte-americano Jimmy Carter,quedeixou opaísna quarta-feira mas manteve em Caracas uma delegação do CarterCenter paramonitorar as manifestações. Eleito em 1998 com a promessa de combater a corrupção e fazer reformas sociais, Chávez,um ex-coronel do Exército que já havia tentado um golpe, éacusadopela oposiçãode fomentaraluta de classes no maior produtor depetróleo daAméricado Sul. (Reuters)

Duhalde fica surpreso com a desistência de Carlos Reutemann

O porta-voz da Presidência da República da Argentina,Eduardo Amadeo, afirmou ontem queo presidente Eduardo Duhalde ficou surpreso com a decisãodogovernador de Santa Fé, Carlos Reutemann, denão participar das eleições, e admitiu que o governo agora não tem candidato. Eletambém atacou a oposição, dizendo que alíder doARI (Alternativa parauma República de Iguais), Elisa Carrió, "põe pedras no processo democrático".

"Ao pedir o adiantamento das eleições,ela negaapossibilidade de que se inscrevam mais partidosepõe pedrasaoprocesso democrático".

Segundo Amadeo, Reutemann "é uma pessoa que não gosta depressões esesentiu muito pressionado pela imprensa" para anunciarsua candidatura. Oporta-voz não soube responderàs perguntas sobre o motivo que levou o candidato preferido de Duhalde adescartar suacandidatura à sucessão presidencial. "Vá saberas razões pessoais de alguém,provavelmente queria desenvolver outroprojetodesua vida", opinou. Novas opções – Amadeo disse que agora haverá que "encontrar opções novas".

Segundoele, acandidataque encabeça todasas pesquisas, ElisaCarrió, "põeobstáculos para que não haja eleições, porque não temopção pragmática, umprograma que possa mostrar às pessoas".

Eduardo Amadeo critica o fato de Carrió defender o adiantamento de eleições, mas não da reforma daConstituição.

ElisaCarrió, porsua vez,é contrária à mudanças constitucionais para evitar manobras partidárias dotipoda que pretende o menemismo para habilitar o ex-presidente Carlos Menem a concorrer. Também defende queas eleições têm que ser gerais e não somentepara Presidênciae Vice-Presidência, já quegovernar comos mesmosdeputados, senadores e governadores, "será praticamente impossível e igual à situação atual". Fo ra – Reutemannadmitiu ontemque nãopretende disputar as eleições presidenciais por não desejar "estar no meio deuma briga interna entre (Carlos) Menem e (Eduardo) Duhalde".Reutemann disse que considera essa situação como "eterno pleito"."Alguém meperguntouse tinhaumpouco de preocupação deestarno meio da briga MenemDuhalde e talvez isso tenha uma pequena influência", afirmou. (AE-Reuters)

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Agência de risco diz que situação do País é difícil mas está sob controle

As agências de classificação de riscocontinuamanão

concordar quando o assunto é o Brasil. Ontem, a Standard andPoor’s,a S&P,disseque a situação doBrasil é difícil, masnão estáfora decontrole. Segundo a S&P, o governo deFernandoHenrique está

adotando medidaspara conter a crise. Já a Moody’s rebaixou ontem asnotasdedívidasem moedaestrangeirade quatro bancos brasileiros: Bradesco,Itaú, Unibanco,e BNDES. As perspectivas de classificação foram colocadas como negativas. Página 6

Bush é acusado de obter empréstimos privilegiados

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, está sendo acusadode ter recebidorecebeu dois empréstimos privilegiadosa juros moderados, na décadade 80, da companhia de petróleo do Texas, Harken Energy Corp., da qual era diretor. Bush aceitouos doisempréstimos,no valor de US$ 180,375 mil, em

1986 e 1988, e adquiriu ações da empresa. A Harken ofereceu carênciadeoito anos a Bush para pagamentodo principal e cobrou juro anual de 5% sobre o empréstimo. Naterça-feira,Bush afirmou em entrevista que gostaria de dar umfim a todos os empréstimos das companhias a executivos. Página 4

Brasil já possui o maior rebanho bovino do mundo

Ospaísesem desenvolvimento vão aumentar em pelo menos 5% sua participação na produção de carne bovina nospróximoscinco anos.O

O que os clientes acham importante no atendimento

Uma pesquisadoIBRC

Brasilmantém omaiorrebanho do mundo e tem perspectivas de crescer como fornecedor para o mercado mundial. Em dez anos, o País deveser omaiorexportador de carne bovina. Enquanto a previsãodecrescimento do comércio globalde carnedeveficar em 4%, osnegócios comcarne bovina devem crescer 4,4%. O crescimento, na América doSul, deverá ser maior: 20%. Página 11

Sempre engraçados, os homens de preto voltam ao cinema

Quase sempre as seqüências de filmes deixam a desejar.Não éo casode Homens de Preto II , que estréia hoje. A continuação é tão engraçadaquantoa primeira parte. Váriosfatores fazemdeMIB II um bom programa: a dupla de protagonistas (Tommy Lee Jones e Will Smith) tem umaquímica incrível ese saimuito bem;as piadassão ótimase osseresestranhos estão perfeitos. Página 10

Governo desiste de tributar a caderneta de poupança

Venceu o bom senso e o governo desistiu de propor alteraçõestaxando a caderneta depoupança. Adecisão foi comunicada pelo diretor de Normasdo Banco Central, Sérgio Darcy. O BC vinha desenvolvendo estudospara acabarcoma isençãodoImposto de Renda sobre as aplicações em poupança e alterar as regrasderendimento do

investimento. Umadas mudanças dispunha que os ganhos conseguidos nas aplicações depoupança seriamtributados com 20% do Imposto de Rendae a rentabilidade seria maior que a atual. Pr eo cu paç ão – A decisão do BC foi bem recebida pelos analistas, segundo os quais os investidores, já desconfiados comosfundos deinvesti-

mento, poderiam perder a confiança tambémna caderneta, gerandomais confusão eintranquilidadeno mercado.Ajustificativade Darcy foi que o governo não conseguiu concluir o estudo a tempo de enviá-loao Congresso aindaesteanoe qualquer modificação no sistema tem deser feitapormeio deprojetodelei. Afugadosaplica-

Mais uma v ez, manifestantes pedem a renúncia de Chávez

dores em fundos de investimentoestálevando acadernega a captaçõesrecordes na história. Em junho, o volume de recursosque forampara a poupança superou R$ 6 bilhões. Enquanto isso,os fundos continuam em queda livre. Oúltimo levantamento realizado pelosetor indicava saquessuperiores aR$ 34bilhões até o dia 5. Página 6

Apoio externo anima o mercado e o dólar cai 1,86%

O apoio colhido pelo presidente do Banco Central, ArminioFraga, dogovernodos EUA e do FMI, levaram o dólar a cair 1,86%, cotado a R$ 2,795, e a uma alta de 2,37% na Bovespa. Osindicadores do Brasil também melhoram: o risco-País caiu 4,07% e o CBondsubiu2,82%. Fraga afirmou, em entrevista em NovaYork, queo ambiente financeiro globalestámuito difícil, emespecial para o Brasil, mas vêapoio contínuo tanto do FMI quanto dos países do G-7. Páginas 6 e 7

Indústria demite em junho, quando deveria contratar

(Instituto Brasileiro de Relações com o Cliente) feita com 210 consumidores do Rio de Janeiro e de São Paulo mostra oqueosclientes entendem que seja um bom atendimento.Entre os itensapontados está o tempo de espera. Na loj a, deveserde,nomáximo, cinco minutos.Por telefone, o limite é de um minuto. Na Web, as respostastêm de vir em até 48 horas. Página 13 a a Rubia Gallega, um novo boi no mercado de carnes brasileiro

Página 12 Pequena empresa também poderá ter seguro para exportação Página 5 Supermercados revisam para baixo o faturamento do setor no ano Página 9

Milhares depessoasvoltaramhojeàs ruasdeCaracas, capital da Venezuela, para pedir a renúncia do presidente venezuelano, Hugo Chávez. Essa foi a maior manifestaçãofeita desdearebelião queresultou no breve golpe de Estado, há exatamente três

meses. De acordo com a polícia, quemobilizou maisde 1,2 mil homenspara controlar as manifestações, não ocorreram incidentes.

Chávezdecidiu viajarpara a cidade de Maracay e passar o dia no quartel que lhe prestouapoioquando deixouo poder.O presidente,ex-coroneldoExército eleitoem 1998 com apromessa de combater a corrupção e fazer reformas sociais, é acusado pela oposição de fomentar a lutade classes no país, o maior produtor de petróleo da América do Sul. Página 4

O nível de emprego industrial no estado de São Paulo caiu 0,14% em junho ante maio, informou a Fiesp.Segundo a diretora de Pesquisas Econômicas daentidade, Clarice Messer,essa retração é atípica. "A indústria está na contramãodoque normalmente acontece em junho, quando melhora o nívelde emprego".Mesmo assim, não se espera recuperação no curtoprazo. SegundoClarice, um indicador que sinaliza o que podeacontecer com o emprego são as horas trabalhadas, quetiveram redução de 1,9% no semestre. Página 8

Os manifestantes marcharam pelas ruas da capital da Venezuela para pedir a saída do presidente Chávez
Juan barreto/AE

Pequenos podem ter seguro exportação

Seguradora estuda criar um produto voltado a empresas de pequeno porte. Se concretizado, será o primeiro do mundo.

A SeguradoraBrasileira de Crédito à Exportação (SBCE) está fazendo estudos preliminarespara desenvolverum programa de segurosde créditoàexportação para apequenaempresa. Ainformação foi divulgada ontem pelo presidente daentidade, Nelson Higino daSilva, durante palestra naAssociaçãoComercial de São Paulo.

Se concretizado, será o primeiro seguro do mundo voltado às pequenasempresas. "Nenhum outro país conta com uma ferramenta para segurar aexportaçãodospequenos", dizSilva. Osmodelos de seguro decrédito à exportação existentesservem apenas àsmédiase grandes empresas, afirmou ele.

Sem uma estrutura forte, o pequeno exportadortem dificuldadesem buscarbons clientes. Além disso, diz Silva,

como o mercado de pequenas empresas é restrito, as seguradorasprivadas acabamnão tendointeresse em investir. Noentenderdele,a solução encontrada foi apostar num programade governovoltado para o seguro à exportação das pequenas empresas. Criada em 1997, a SBCE é uma associação entre o Banco doBrasil, o BNDES,a seguradora francesa Coface e as seguradoras brasileiras Minas-Brasil, Bradesco, Sul America e Unibanco AG. Novos produtos – A SBCE tambémestá trabalhandona criação de novosprodutos ajustadosàs necessidadesdo exportador brasileiro. No momento, está desenvolvendo um seguro prospecção. O produto tem o objetivo de garantir o investimento que uma empresa fizer nabusca de novos mercados. "Quan-

doo esforçose concretizar em novosnegócios, oexportadorpassaa pagar normalmenteo financiamento,caso contrário é ressarcido pelo seguro", diz ele.

Carta decrédito –O segurodecrédito àexportação praticamentesubstituiu as cartas de crédito nos últimos anos, diz Silva (veja quadro). As vantagens do seguro para oexportador são:a proteção ante a instabilidade mundial; aumento das oportunidades de busca de novos mercados;e melhorado relacionamento comercial, já que o importador não precisa utilizar seu limite de crédito. Abreainda aoexportador vantagens nomercado interno, como a alavancagem de linhas de crédito junto aos bancos;e reduçãodocusto dofinanciamento, com diminuição do risco da operação.

Mas o seguro tem riscos comerciais e políticos. Em casos de litígios, o exportador recebeapenas quando a questão for solucionada.O seguro também não cobre a fraude, além deexcluir mudançasde política cambial dos países.

Teresinha Matos

Modalidade é mais usada

A Europa é a região do mundo que mais usa o seguro decrédito àexportação, segundo a Seguradora Brasileira de Créditoà Exportação (SBCE). Nessa região, o seguro movimenta 3,5 bilhões de euros, ante os 500 milhões de euros dos Estados Unidos e 32 milhões de euros da América Latina.

Depoisde 11desetembro, os preços do seguro de crédi-

Revisão agrícola da UE é insuficiente

O anúncio feito pela União Européia deque irárever sua política deajuda aosagricultores pode nãoser suficiente para atender às demandas dospaísesexportadores de produtos agrícolas, que há décadas tentam liberalizar esse mercado. Segundodiplomatas desses países, inclusive os do Brasil, a reforma da UE não será suficiente para acabarcom as distorções no comércio mundial de produtos agrícolas.

Bruxelas aprovou, na quarta-feira, um plano para realocar20%dossubsídios para programasde desenvolvimentorural.Além disso,a ajuda que será dada aos pro-

oportunidades

dutoresnão serámaisvinculada ao desempenhode sua produção, comovinha ocorrendo até agora.

Naavaliaçãodo governo australiano, que lidera o Grupo de Cairns (bloco de 18 países exportadores de produtos agrícolas), as mudanças propostas pela UErepresentam uma redução de apenas 0,4% nos subsídios dados pelos governos aos produtores.

Exportações –Além disso, afirma a Austrália, a reforma não inclui uma eliminação dos subsídios às exportações, umdosinstrumentos que mais distorce ocomércio agrícola. A União Européia destina US$ 2,5 bilhões a esse

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tipo de ajuda estatal, o que representa 90% de toda a verba usadano mundocomsubsídios às exportações.

Parao Grupode Cairns, a existência dos subsídios às exportaçõesainda acaba criando excessode ofertano mercado internacional. O resultado éa quedados preços dascommodities earedução da rendadeagricultoresnos países pobres.

Cairns apresentou uma proposta na Organização Mundial do Comércio (OMC) para que os subsídios às exportações sejam eliminados três anos apóso final da rodada de negociações comerciais multilateraislança-

das em novembro, em Doha. As resistências,porém,são muitas.

Acesso – Outraqueixados exportadores é de que a Europa não incluiu nas reformas o temade acessoa mercados, um dospontos maispolêmicos nas relações entre o Brasil e a UE.Na avaliação do governo brasileiro, sem a liberalização do comércio agrícola, será impossível negociar um acordo delivrecomércio com a Europa. Além disso, grande parte das negociações da OMC,em Genebra,serão prejudicadas seos paísesdesenvolvidos nãotomarema decisão de acabar com os subsídios. (AE)

to à exportação vêm subindo. Segundo Silva,ospreços saemde um processoanteriordequeda, emfunçãoda competição.

Brasil – No País, os setores que maisrecorrem aoseguro de crédito decurto prazo são os de ferro e aços metalúrgicos, que respondem por 20% do mercado, seguidos pelos de vidro e cerâmica, com 15% e de acessórios para veí-

na Europa

culos, com 13%. Considerando a divisão porestado, SãoPaulo,que detém 36% das vendas externas brasileiras, responde por apenas 22%domercado de seguro decrédito àexportação.JáSanta Catarina, que contribui com 5% das vendas externas do País, participa com 15% do volume total do seguro de crédito à exportação. (TM)

Livre comércio: Mercosul inicia discussão com UE

Oambicioso projetodeliberalizar o comércio entre o Mercosul e a União Européia deve, finalmente, sairdo papel e ser lançado dia 23 no Rio de Janeiro. Nessa data, os ministros de Comércio, Relações Internacionais e de Agricultura dos países que formam os dois blocos econômicosvão sereunir para iniciar as negociações. "O encontro do Rio poderá constituir o encerramento da apresentaçãoecruzamento das propostas(texto e normas) das duaspartes eo início,de fato, dasnegociações comerciais", disse o embaixador Jo-

sé AlfredoGraça Lima,chefe damissão brasileiraemBruxelas, sede da UE. Mais ânimo – A reforma da Política Agrícola Comum européia,proposta naquartafeira, servirá como uma espécie de catapulta ou de injeção de ânimo paraas negociações,que pareciamestar enterradas com a quase falência do Mercosul,disse Lima. "Embora não venha a ser realizada deimediato,a nova PAC fará com que nós (negociadores das duas partes) não precisemos mais perder tempo comessas discussõesirritantes sobre subsídios". (AE)

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Emprego industrial cai 0,14% em SP

O nível de emprego industrial no estado de São Paulo caiu 0,14% em junho ante maio.No intervalo,aindústria paulista fechou 2.223 vagas,informou ontemaFederação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). Segundoa diretora de Pesquisas Econômicas daFiesp, Clarice Messer, essa queda é atípica. Ela diz que, geralmente, as empresa contratamem junho,de olho num nocrescimento da produção no segundo semestre."A indústriaestá nacontramão do que normalmente ocorre em junho, quando melhora o nível de emprego", declarou.

Redução, em junho, foi considerada atípica pela Fiesp. Mas a entidade não aposta em recuperação no curto prazo. meros da própria Fiesp. Ociosidade –Por enquanto, não há nenhum sinal de recuperação do setor, afirmou Clarice. Segundoa economista,um indicadorque sinaliza o que pode acontecer com a taxa de emprego na indústria é a quantidade de horas trabalhadas – de janeiro a maio, houve queda de 1,9% nesseindicador."O número de horastrabalhadasreflete muito oque vai acontecer com oemprego industrial.A queda de junhomostra que não houve apenas desemprego,masaumento daociosidade dostrabalhadoresque ainda estão empregados no setor".

A queda de 0,14% dejunho, de acordo com a economista, é parecida com a redução de0,15%verificadaem junhode 1998."Essesdois anos são parecidos. São anos de eleição. Há crise".

O número de horas trabalhadas na produção também diminuiu: no semestre, a retração é de 1,9%

No semestre, a reduçãodo nível de emprego na indústria é de 1,06%. Em 12 meses terminados em junho, a queda no nível de emprego foi de 3,50%, que representam 56.152 postos de trabalho.

A reduçãodo empregonas indústrias do estado acontece emmeioà desaceleraçãoda atividade industrial, que acumula queda de 2,5% de janeiro a maio, de acordo com nú-

Estados Unidos

Neste ano, onível deemprego da indústria apresentouvariaçõesnegativas em

excluem mais 23 produtos de aço de sobretaxas

A Representação de Comércio dos Estados Unidos (USTR,na siglaem inglês) anunciou ontema exclusão das sobretaxas ao aço importado para 23 categorias de produtos, subindo o total para247. Numprocesso derevisão quedeve continuaraté 31 de agosto, o USTR e o De-

Convocações

partamento de Comércio estão analisando mil pedidos de exclusão das sobretaxas de até30%, impostasemmarço pelo presidente norte-americano George W. Bush. Os produtosexcluídos ontem incluemlaminados a frio, laminados planos, laminados a quente, barras de aço

COOPER MASTER COOPERATIVA DE TRABALHO NO TRANSPORTE DE PEQUENAS CARGAS E PESSOAS POR FRETAMENTO - CNPJ. Nº 04.699.669/0001-74 ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA CONVOCAÇÃO Ficam convidados os Senhores Cooperados da Cooper Master Cooperativa de Trabalho no Transporte de Pequenas Cargas e Pessoas por Fretamento, a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária, a ter lugar na sede social, na Rua Capitão Nascimento, 333, Jaçanã, nesta Capital, às 10:00 horas, no dia 15 de julho de 2002, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: a) Re-ratificar o ato constitutivo, na parte da eleição do Conselho Fiscal. São Paulo, 10 de julho de 2002. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Oswaldo Alle Junior - Diretor Presidente

Fato Relevante

Fato Relevante

Ata da Reunião Extraordinária no 860, de 11.7.2002, do Conselho de Administração do Banco Bradesco S.A.

Aos 11 dias do mês de julho de 2002, às 18h, na sede social, na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, no 4o andar do Prédio Novo, reuniram-se os membros do Conselho deAdministração da Sociedade sob a presidência do senhor Lázaro de Mello Brandão. Ausente o senhor Márcio Artur Laurelli Cypriano, em férias. De conformidade com o Parágrafo 4o do Artigo 6o do Estatuto Social, e atendidas as exigências previstas nos Parágrafos 1 e 2 do Artigo 30 da Lei n 6.404/76 e nas Instruções CVM números 10 e 268, de 14.2.80 e 13.11.97, respectivamente, os senhores Conselheiros deliberaram: I) autorizar a Diretoria da Sociedade a adquirir até 50.000.000.000 de ações nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo 24.000.000.000 ordinárias e 26.000.000.000 preferenciais, com o objetivo de permanência em tesouraria e posterior alienação ou cancelamento, sem redução do Capital Social, competindo à Diretoria definir a oportunidade e a quantidade a ser efetivamente adquirida, dentro dos limites autorizados e do prazo de validade desta deliberação. Para os efeitos do Artigo 8o da Instrução CVM no 10, de 14.2.80, especifica-se que: a) a presente autorização tem por objetivo a aplicação de recursos disponíveis para Investimento, oriundos da conta “Reserva de Lucros - Reserva Estatutária”; b) vigorará pelo prazo de 40 (quarenta) dias, a contar de 12.7.2002; c)segundo a conceituação do Artigo 5 o da Instrução CVM n o 10, existem 925.256.303.943 ações do Banco em circulação no mercado, sendo 247.456.509.838 ordinárias e 677.799.794.105 preferenciais; d) as operações de aquisição e/ou alienação dessas ações serão realizadas a preço de mercado e intermediadas pela Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, com sede na Avenida Ipiranga, 282, 11 e 12 andares, São Paulo, SP. II) que no caso de cancelamento das ações adquiridas, caberá ao Conselho de Administração propor à Assembléia Geral a sua aprovação, sem redução do Capital Social. Nada mais foi tratado, encerrando-se a reunião e lavrando-se esta Ata que os Conselheiros presentes assinam. aa) Lázaro de Mello Brandão, Antônio Bornia, Dorival Antônio Bianchi, Mário da Silveira Teixeira Júnior, João Aguiar Alvarez e Denise Aguiar Alvarez Valente.

inoxechapas deaço.Segundo comunicadodoUSTR,a exclusão dos 23 itens foi determinadaporque essesprodutos não estão suficientementedisponíveis aosprodutores norte-americanos e porque "não diminuem a eficácia das salvaguardas sobre os produtos siderúrgicos".

R e t a l i a ç ã o – Mas os produtores de aço dos EUA estão preocupadoscom o fato de que as exclusões possam estar sendo usadas para evitar retaliação da União Européia, Japão e outros parceiroscomerciais que dizem que as sobretaxasviolamasregras da Organização Mundial do Comércio (OMC). O USTR não estimou a quantidadede aço que está coberta pelas últimas exclusões.

Pararepresentantes dogoverno,as224 exclusõesgarantidas antes das de ontem cobrem 6%, ou 700 mil toneladas,de um total de 13 milhões de toneladas de aço sujeitas às sobretaxas. (AE)

todosos meses,comexceção deabril, quandoforamcontratados 1.301trabalhadores – o que gerou uma elevação de 0,08% na massa de pessoas

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empregadas no setor. No ano passado, o setor demitiu 32.437 funcionários (queda de 2,02%),o que eliminou as 27.416 vagas cria-

das em 2000, quando o nível de emprego industrial havia crescido 1,71% depois de cinco anos deresultados negativos. (Agências)

OUTRA VEZ O AUTOMÓVEL

A indústria automobilística que se prepare: Ciro Gomes declarou, em entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo, no dia 8 de julho, que o automóvel deveria constar de lista de itens supérfluos. Assim, junto com cigarro e bebidas, é merecedor de taxação ainda maior.A exceção caberia aos táxis, instrumento de trabalho, como lembrouo candidato à Presidência da República.

Portanto, o automóvel brasileiro – em um

CELTA1

eventual governo Ciro Gomes – poderia abrir maior frente no ranking dos mais taxados do mundo. Hoje, segundo a Anfavea, a participação dos impostos no preço final do automóvel chega a 33,3% - de longe, a maior relação verificada nos principais pólos automobilísticos. Na Itália, o segundo país que mais taxa automóveis, a participação é de 16,7%. Na seqüência vêm França, 16,4%, Reino Unido, 14,9%, Espanha e Alemanha, 13,8%, Japão, 9,1%, e Estados Unidos, 6,6%.

ON OFF&

Demorou, mas finalmente a General Motors lançou a versão cinco portas do popular Celta, que na linha 2003 conta também com motor 1.0 mais potente, capaz de desenvolver 70 cavalos. As duas portas adicionais, entende a montadora, poderão garantir vendas 20% superiores ao modelo, lançado no segundo semestre de 1998.

CELTA2

“O Celta, apenas com a

opção de três portas, vem vendendo média de 8 mil unidades por mês. Com a nova versão acreditamos que poderemos elevar rapidamente as vendas para cerca de 10 mil unidades mensais”, aposta Marcos Munhoz, diretor geral de vendas e marketing .

CELTA3

FIESTA 1

Dentre os três mais recentes lançamentos no segmento de hatch compactos o Fiesta foi o que se deu melhor em vendas no mês de junho. No atacado, somou 5 mil 159 unidades, contra 3 mil 773 do Chevrolet Corsa hatch e 2 mil 554 do Vokswagen Polo. Mas, diferente dos dois primeiros que contam com versão 1.0, o Polo só é vendido com motorização 1.6 ou 2.0.

FIESTA 2 O modelo da Ford foi o sexto mais vendido, atrás do Volkswagen Gol, dos Fiat Palio e Uno e dos Chevrolet Celta e Corsa Sedan. O Ka, outro produto Ford, ficou apenas com a décima-sexta posição ao somar 1 mil 669 unidades.

MONTADORA1

“Como líder do segmento o Uno é o modelo que mais deve perder participação, mesmo que o preço dele seja cerca de R$ 2 mil inferior ao do Celta cinco portas”, completa Munhoz.

MONTADORA 2

A proposta da nova montadora é lançar um utilitário e um picape destinados ao segmento agrícola, além de um chassis para microônibus com tecnologia asiática.

IVECO Depois de série de testes realizada entre 2000 e 2001 a Iveco resolve tirar da gaveta ao idéia de importar o PowerStar, modelo pesado com cabina convencional produzido na Austrália.

IVECO 2

O motor do PowerStar é o Cummins M11, que desenvolve acima de 400 hp e que já é montado no Brasil e utilizado no concorrente International 9800.

GRÁVIDA

Uma boneca grávida é novidade da Volvo européia para comprovar e aperfeiçoar a eficácia dos cintos de segurança nos testes de colisão envolvendo gestantes.

A Fabral, Fábrica Brasileira de Automóveis, subsidiária do Grupo português Tricos, assinou protocolo de intenções com o governo de Tocantins para construir fábrica de veículos em Palmas. Aempresa investirá US$ 14 milhões em planta de 65 mil m2 para produzir veículos sob licença da marca espanhola Santana Motor.

BOLSA ELETRÔNICA DE COMPRAS

Encontram-se abertas na Bolsa Eletrônica de Compras, do Governo do Estado de São Paulo, as seguintes Ofertas de Compras: Dispensa de LicitaçãoInicioCidadeNatureza da Despesa

380134000012002OC0000819/7/2002BAU RUOUTROS MATERIAIS DE CONSUMO

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380157000012002OC0000319/7/2002IPERÓ / SPMAT.DE ESCRIT.PAPEIS EM GERAL E IMPRESSOS 080311000012002OC0000119/7/2002ITAR ARÉMOBILIARIO EM GERAL 080328000012002OC0000319/7/2002PIR AJUSUPRIMENTO DE INFORMATICA 282101280572002OC0000419/7/2002SAO PAULOMAT.DE ESCRIT.PAPEIS EM GERAL E IMPRESSOS Co nv i teInicioCi d a d eNatureza da Despesa 090114000012002OC0012715/7/2002ASSIS/SPMAT.DE ESCRIT.PAPEIS EM GERAL E IMPRESSOS 090114000012002OC0012815/7/2002ASSIS/SPMAT.EDUCATIVO,

Governo desiste de propor mudanças na poupança

O governo usou de bom sensoe desistiu de propor mudançasnas regrasqueregema cadernetadepoupança.A desistênciafoicomunicada ontem pelo diretor de normas doBancoCentral, BC, SérgioDarcy. Eacontece me boahora, namedida em que osinvestidores mostram desconfiança com asaplicações em fundosdeinvestimentos.

Qualquer proposição agora de alteração nas cadernetas poderia gerar mais confusão e intranqüilidade.

A intenção do governo era, principalmente, transferiros benefícios tributários dos poupadores para os mutuários do Sistema Financeiro da Habitação, SFH.

Punição – Sefosse implementada,amedida puniria duplamenteos pequenosinvestidores. Estesperderiam a isenção que têm atualmente e seriam obrigadosa recolher uma alíquotado Impostode Renda, assimcomo acontece em outras aplicações (geralmente de 20%). Acontece quea grande maioriados poupadoressequer declarao Imposto de Renda.

Por outro lado, o governo acenava com uma remuneração maior para o investimento, que ficaria acima do atual, de 6% ao ano mais a Taxa Referencial, TR,queéumdos mais baixos do mercado.

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Outra medida que vinha sendo estudada seria a de permitir a compensação do IR pago na poupança no caso dos mutuáriosdacasaprópria. Um dos objetivos do governo com a medida seria incrementar os financiamentos para a habitação. Mas os própriosbancos,que poderiam ter um maior interesse, criticaram a proposta.

Os agentes domercado estavam divididos quanto às mudanças que, em nenhum momento, entusiasmaram os analistas.

Cr edib ilid ade – Se o governo levasse adiante a suadecisão poderia provocar problemas sériosde credibilidadenos investimentos,além degerar outra fuga de recursos, desta vez da poupança, na seqüência doque ocorreucom os fundos.

prejudicados,sacaram odinheirodosfundos emigraram para outras aplicações.

O último levantamento realizadopela indústriade fundos indicava saques superiores a R$ 34 bilhões até o último dia 5. Ao mesmo tempo, um dos investimentos que mais recebeu recursos foia poupança, pelo baixo índice de risco, isenção deIR e simplicidadede aplicação, mesmo tendo baixo retorno.

Se o governo levasse adiante a sua proposta poderia provocar problemas sérios de credibilidade

Recorde –Com isso, o sistema de poupança apresentou um captação líquida (depósitos menos retiradas, mais créditodos r en di me nt os ) excepcional, de R$ 6,094 bilhões (incluindo aspoupanças ruralevinculada),mais dedezvezes oresultadoalcançado em maio (R$ 499,091 milhões).

A partir da antecipação das regras, o BancoCentral, BC, determinou, ao final de maio, que os títulos públicos das carteiras dos fundos tivessem seuvalor atualizadosdiariamente. Isso causouuma perda derendimento das cotas, poisa maioriados gestores não fazia achamada "marcação a mercado".

Saques – Os investidores não gostaram, sentiram-se

O volume de junho foi recorde,desdequeo Banco Central, BC,passou afazer o acompanhamento do sistema, em 1991. Saldo – Comos R$ 6,094 bilhões,osaldo totaldosdepósitos em poupança ao final de junho ficou em R$ 126,511 bilhões,incluídos R$828,2 milhões da chamada poupança vinculada.

Ao final de maio, este volume era de R$ 119,626 bilhões. E a expectativano mercado é de que a poupança continue engordando comafugade recursos dos fundos.

Congelado – Sérgio Darcy, diretor do BC, disse que o debate emtorno dasmudanças nacaderneta "está congelado". Ele explicou que não haveria tempo hábil para o atual governo, cujomandato acabanofinal doano,discutiro assunto adequadamente, mesmoporque issoteriaque envolver o Congresso.

Darcy disseque ogoverno não conseguiu concluir o estudo a tempo de encaminhálo ao Congresso Nacional ainda este ano.

Nova política – Ele lembrou que a discussão sobre possíveis mudançasna caderneta de poupança serão fundamentais parao desenvolvimento de uma nova política habitacional no País. Isso porque apoupança éa principal fontederecursos para o setor habitacional.

Mas, qualquer tipo de alteração no sistema de poupançatem queserfeita pormeio deprojeto de lei, ou medida provisória, já que as cadernetasforam criadasatravés de lei, de 1966.

Marcos Menichetti/Agências

Confiança: questão de tempo

O presidente do Banco Central, BC, ArmínioFraga, disse ontem,emseminário na Câmara de Comércio BrasilEUA, em Nova York, que o ambiente financeiro global está muitodifícil, emparticular para o Brasil. "Somos vistos como um elo fraco", afirmou. No entanto, Fragadisse que mesmoassim ofluxo de capitaispara oPaís,especialmente deinvestimento direto estrangeiro, "ainda parece OK".

Acordo extra – Fraga admitiu que há uma possibilidade real de que seja assinado umacordode extensãodo programa como FundoMonetário Internacional, FMI, entre a data final das eleições e a posse do presidente.

"Vejo todas as possibilidades em aberto, tudo depende de fatores, de oportunidades, de c ir cu ns tâ nc ia s, mas diria que sim, quehá uma possib ilidade real", afirmou.

presidente do BC ainda explicou que tudo vai depender de políticas econômicas. "O importanteparao FMIsão as políticas que o País adotará", afirmou.

Discussão – Segundo ele, o caminhopassa porumabase saudável depolíticaeconômica."Essa baseestá emdiscussão. E eu vejo como muito positivosossinais quetêm surgido ultimamente.A partir daí, pode aparecer um diálogo internoprodutivo e apoio externo, que eu já senti que existe. Se seguirmos um caminhodobom senso, vamoster todo oapoioexterno", disse.

De acordo com Fraga, quando, como e quanto será, somente otempo poderádizer."No momentotemostido apenas discussões gerais", afirmou.

"Vejo todas as possibilidades em aberto, tudo depende de fatores e de opor tunidades"

Nada específico – Ele disse que não saiu da sua visita a Washingtoncom nadaespecífico ou detalhado. "Foi mais uma discussão geral", afirmou, logo apósparticipar da palestra.

Apoio – Fraga diz que vê apoio tanto do FMI quanto dos países do G-7. "Isso tem sidoconseqüênciadoque oPaístem executado nosúltimostempos em termos de políticas econômicas."

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Ata da Reunião Extraordinária no 293, do Conselho de Administração, realizada em 17.4.2002

Aos 17 dias do mês de abril de 2002, às 9h30min, na sede social, na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, no 4o andar do Prédio Novo, reuniram-se os membros eleitos para integrar este Conselho na Assembléia Geral Ordinária realizada nesta data, cuja posse se dará após a homologação de seus nomes pelo Banco Central do Brasil, os quais tomaram as seguintes deliberações: 1) de conformidade com as disposições do “caput” do Artigo 8 do Estatuto Social, os Conselheiros procederam à escolha, entre si, do Presidente e do Vice-Presidente deste Órgão, tendo esta recaído nos nomes dos senhores: Presidente- Lázaro de Mello Brandão;Vice-Presidente - Antônio Bornia; 2) estando vencido o mandato da atual Diretoria, os Conselheiros, atendendo ao disposto no Artigo 12 do Estatuto Social, procederam à eleição dos membros que integrarão o referido Órgão, tendo sido reeleitos os senhores: Diretor Presidente: Márcio Artur Laurelli Cypriano, brasileiro, casado, bancário, RG 2.863.339-8/SSPSP, CPF 063.906.928/20; Diretores : Décio Tenerello, brasileiro, casado, bancário, RG 5.473.739-4/SSP-SP, CPF 053.349.008/10; Laércio Albino Cezar, brasileiro, casado, bancário, RG 3.555.534/SSP-SP, CPF 064.172.724/00; Arnaldo Alves Vieira brasileiro, viúvo, bancário, RG 4.847.312/SSP-SP, CPF 055.302.378/00; Luiz Carlos Trabuco Cappi , brasileiro, casado, bancário, RG 5.284.352/SSP-SP, CPF 250.319.028/68; Sérgio Socha, brasileiro, casado, bancário, RG 208.855-0/SSPSC, CPF 133.186.409/72; Julio de Siqueira Carvalho de Araujo, brasileiro, casado, bancário, RG 3.272.499/IFP-RJ, CPF 425.327.017/49, e eleito o senhor Milton Almicar Silva Vargas, brasileiro, casado, bancário, RG 7.006.035.096/SSP-RS, CPF 232.816.500/15, todos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, os quais preenchem as condições previstas na Resolução no 2.645, de 22.9.99, do Conselho Monetário Nacional, cujos nomes serão levados à aprovação do Banco Central do Brasil, após o que tomarão posse de seus cargos, sendo que permanecerão em suas funções até que a Diretoria a ser eleita em 2003 receba a homologação do Banco Central do Brasil e seja a Ata arquivada na Junta Comercial e publicada. Os Diretores reeleitos e o eleito declararam, sob as penas da lei, que não estão impedidos de exercer a administração de sociedade mercantil em virtude de condenação criminal; 3) designar, em substituição ao senhor Ageo Silva, o senhor Milton Almicar Silva Vargas, Diretor, como responsável, perante o Banco Central do Brasil, pela área Contábil e Auditoria - Resolução n 2.267, de 29.3.96, do Conselho Monetário Nacional, e Circular n 2.676, de 10.4.96, daquele Órgão. Nada mais foi

O diretor de normas do Banco Central, BC, Sérgio Darcy, afirmou hojequenãoexiste nenhuma medida quepossa seradotadapela instituição para tentarreduzira desconfiança dos aplicadores em fundos de investimento.

Desdequeo BCantecipoua regra de "marcação à mercado" dos ativos que compõem as cotas destes fundos, boa parte dos aplicadoresresolveu transferirseus recursospara apoupança. "Não há medidasa seremfeitaspelo BC porconta dessa alteração, é uma questão de tempo", disse Darcy.

Segurança – Parao diretor do Banco Central, o investidor

devetersempreem mente que quantomaior fora segurançade umaaplicação menor será a sua rentabilidade. Ele disse ainda que o grande aprendizado, frutodessa alteração na forma de contabilização dos ativos dos fundos, tem sido para as instituições financeiras,queestão sendoobrigadas aajustar seusprodutos de acordo com o perfil de seus clientes.

Darcy recomendou que os aplicadores em fundos de investimento não devem retirar seus recursos. "Tirar o dinheiro nomomento demudança é realizar aperda", frisouo diretor do BC. (AE)

BC antecipa mudança técnica no compulsório

O Banco Central, BC, anunciou ontem a antecipação, de outubropara agosto, de mudançasnasregras da base de cálculo do compulsório recolhido pelos bancos, sobre os depósitos à vista, em adequação ao Sistema Brasileiro de Pagamentos, SPB, implantado em abril.

O chefe do Departamento de OperaçõesBancárias do Banco Central,José Antônio Marciano,explicou que a medida nãotem implicações para os correntistas, foi negociadacom osbancos e não afeta o valordo compulsório recolhido pelas instituições. Dedução – Circular do BC estabeleceu que, a partirdo dia 7deagosto,os cheques depositados nosbancos, mas nãocompensados,serão deduzidos do cálculo do depó-

sito compulsório. Poroutrolado, osDocumentos de Operação de Crédito,DOCs, emitidospelos bancos,mas aindanãoefetivamente pagos, serão acrescentados à base de cálculo. Descasamento – O objetivoda mudançatécnica,segundo Marciano, é evitar o descasamento entre depósitos e saques, para efeitode cálculo docompulsório, que poderia ser desencadeado comoSPB, quefazatransferênciade volumes altos de depósitos em tempo real. Com a possibilidade de os correntistas fazerem grandes transferênciasem tempo real, os bancos estavam sendo obrigados a recolhercompulsório sobre depósitos que não chegavam a ser compensados. (Reuters)

"Existem várias opções em discussão. Modelos de prazos maislongos, deprazosmais curtos, valor maior, valor menor, com contingências maiores emenores. É uma questão de ver o que o debate interno do Brasil produz. E aí, então,tomaríamos ocaminho."

Programa– De acordo com Fraga,o Fundonão está esperando nada do Brasil para firmar um acordo. "Depende de nós. Temosum programa, temos condições deadministrar asituaçãoe estamos só pensandopara prevenir.É melhorprevenir do que remediar", afirmou. O

Fraga acrescentou,arespeito daentrada de recursos diretos, que vê "fluxos razoáveis" de investimento no País e "nenhum padrão anormal" de saídas de recursos apesar da volatilidade do mercado. Mal-estar – "O que está impedindo o dinheiro de entrar não é apenaso mal-estar mundial. Trata-seprincipalmente denossas próprias preocupaçõesinternas,e se nós fizermos direito, nós atrairemosinvestimento direto estrangeiro suficiente para avançar", disse Fraga. Com um dívida pública em cerca de R$708bilhões, o Brasil depende de investimentoestrangeiro para financiar suas contas externas. (AE/Reuters)

Situação do Brasil está sob controle, diz S&P

As agências de classificação de riscocontinuamanão concordarentre siquandose trata de se avaliar qual é o risco, de fato, do Brasil, visto pelos investidores estrangeiros. Ontem,aStandarde Poor’s, S&P, disse que a situação econômica do Brasil é difícil, mas não está fora de controle. A avaliaçãofoi feita durante um seminário sobre América Latina, que se realiza em Madri, na Espanha.

Incertezas – A agência rebaixourecentemente a nota do Brasil, de BB+ para BB, devido às incertezas geradas pelas eleições. No entanto,segundoa Standard, o governo deFernando Henrique Cardoso está adotando medidaspara conter a crise. Além disso, o sistemabancário está saneadoe contacom liquidezsuficiente.

Bancos – Já aMoody’s Investors Service rebaixou as notas dedívidasem moeda estrangeirade quatrobancos

brasileiros ontem.

As instituições financeiras afetadasforam Bradesco, Itaú, Unibanco, e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, BNDES. As perspectivasde classificação foramcolocadascomo negativas.

Risco maior– A agência argumentouque orebaixamento é baseado no aumento dorisco sistêmicoqueatinge o setor bancário brasileiroe, portanto,não sãorelacionadoscom osbancosespecificamente. Osratings foramreavaliadosde"A3"para"Baa1", somenteo BNDESfoirebaixado de "A2" para "A3" Moedalocal – Na quartafeira, a agência havia reclassificado as dívidas em moeda local de cinco bancos de "A2" para "A3",também citandoa situação dopaís. Orebaixamento de quarta-feira havia atingido as mesmasquatro instituições mais o Banco do Brasil.

Ata

Mais de 4 mil vivem nas ruas do Centro

Em razão da queda da temperatura, Prefeitura monta esquema para levar os sem-tetos para os 17 albergues municipais

A baixa temperatura dos últimosquatrodiasestá fazendo com que a Secretaria Municipalda AssistênciaSocial(SAS)recolha osmoradores de rua em caráter de emergência. Todosos funcionários do órgão estão mobilizados para acolheros sem-teto no caso de a temperatura cair ainda mais. A Prefeituratambém mobilizoua Guarda Civil Metropolitana, a Defesa Civil, oCentro de Gerenciamento de Emergênciase aSecretaria Municipal de Saúde.

Até agora, a abordagem dosmoradores de rua está sendo feita por educadores, psicólogoseassistentes so-

ciais. Eles estão sendo levados para um dos 17 albergues mantidospela Secretariada Assistência Social.

O casomais graveregistrado até agorafoi de um homem,de aproximadamente 40 anos, encontrado próximo ao Mercado Municipal, já bastante debilitadopelo frio. Ele foi medicado eestá se recuperando. Até ontem não havia notificação de morte por causa do frio.

O maior númerode moradores de rua está concentrado na região da Praça daSé. Sãomais de 4,7milpessoas. Emtodaa cidade,vivemnas ruas cerca de 8,2 mil. Resistência –Sónesta se-

Revista Ocas conta a vida e garante emprego a sem-teto

Moradores de ruacontam agora comuma publicação que fala dos problemasenfrentadosdiariamente pelos sem-teto. É a Revista Ocas , que está sendo vendida nas ruas do Centro da Capital por desabrigados cadastrados pelos albergues da Prefeitura. A publicação é vendida por R$ 2,00 eo vendedor poderá ficarcomR$ 1,50,deacordo com deLuciano Rocco,diretor-executivo da publicação e da Organização Civil de Ação Social(Ocas), aOng cujasigla dá nome à revista.

A Ocasé mensale, naprimeira semana,já vendeumil exemplares. "Alguns vendedores já voltaram ao centro de distribuição, no Brás, para buscar mais", diz o diretor da Ocas. Os vendedores passarampor treinamentoeserão descredenciados se venderem o material bêbados, sob o efeito de drogasou acompanhados por crianças. A revista brasileira faz parte da International Network of StreetPapers, redequeintegra 40publicações dogênero em todo o mundo. (DC)

REUNIÃO PLENÁRIA

INFORMAÇÕES, DEBATES E BUSCA DE SOLUÇÕES. Associação Comercial de São Paulo

CONVIDADO CONVIDADO CONVIDADO

Caio Luiz Cibella de Carvalho, Ministro do Esporte e Turismo TEMA TEMA TEMA TEMA TEMA “A hora e a vez do turismo”

DIA E HORÁRIO DIA E HORÁRIO 15 de julho - 17 horas

ACSP - Rua Boa Vista, 51 - 9o andar - Plenária

mana, a SAS recebeu cerca de 1.080 chamadas de pessoas solicitando o recolhimento de sem-tetos. O principal problema enfrentado pelas equipes éaresistênciadeal-

Conexão mostra a festa de 70 anos da Revolução de 1932

O programa C on e xã o ACSP desta semana mostra as comemorações doaniversáriode70anos daRevolução Constitucionalista de 1932. Destaque paraa PlenáriaEspecial, na Associação Comercial, comdepoimentos de JoãodeScantimburgo, Og Pozzoli, General Antônio Oliva e HernaniDonato sobre o Movimento de 32.

O apresentador do Co n exão ACSP, Arnédio de Oliveira, entrevista Alessandra Ferreira e Maurício Iazzetta, vice-coordenadora e ex-coordenador do Fórumdos Jovens Empresários,que vão falar das principais atividades doFórum para incentivaro empreendedorismo entre os jovens.

O Conexão ACSP vai ao ar, amanhã, a partir das 11h, na TV Comunitária de São Paulo,canal 14 da NETe TVA, comreprise naquinta-feira às22h30.Sugestões paraoemail: conexao@acsp.com.br. (DC)

guns desabrigados em sair das ruas. "Muitos deles já tem fortes problemas com drogas e álcool e preferem ficar onde estão", explica Viviane Patrício Delgado,supervisora-ge-

ral de assistência social da região da Sé.

Quando são recolhidos, esses moradores de rua recebematendimento médico, alimentação e roupas. Segundoa assistentesocial,apesar da boavontade de algumas entidades em distribuir cobertorese sopa,issoacaba motivando algumas pessoas a permanecerem nas ruas. Ela solicita que as doações sejam encaminhadas aos albergues ou às entidades credenciadas pela Prefeitura. Na região centraldacidade, existemnovealbergues, nos bairros do Glicério, Brás, Liberdade, Luz, Pari e Sé. Até a próxima semana, será inau-

guradomais umabrigo,com 220vagas."Como ànoiteesses locais estão ficando com capacidadeesgotada, estão sendo improvisadas vagas emergencias para atender a todos", diz Viviane Delgado. A Prefeitura também pretende abrirvagasem casas para moradia em caráter provisório, destinadasa famílias de sem-teto. A primeira delas será narua dosEstudantes, no bairro da Liberdade. Quem quiser fazer doações ou solicitar orecolhimento de desabrigados pode ligar para ostelefones 5071-4333 ou 3326-7710.

Policiais usarão patinete para fazer segurança em fórum

O FórumCriminal

Mário Guimarães,na Barra Funda, zona Oeste da Capital paulista, vaireceber um tipo de policiamento, nomínimo, diferente.A Polícia Militar vaiutilizar patinetes doados pela Ordemdos Advogadosdo Brasil(OAB) para patrulhar as dependências do local, por onde circulam cerca de 15 mil pessoaspor dia.A entrega oficial de três veículos acontecewhoje, às10h, no GrandePlenário do Júri.

O Ruff é um produto nacional e anda a 40km/h

O objetivo é aumentar a segurança do local, pois em março deste ano uma bomba foi colocada dentro de um carro estacionado dentro Fórum. O arfefato foi descoberto a tempoe desativado pelo Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate).

"A preocupaçãoéencontrar medidas criativas que visem aumentar a segurança

equipamento nacional, desenvolvido pela Brudden Equipamentos, empresacom sede em Pompéia,noInterior. ORuff atingeuma velocidade de 40 km/h, é movido a bateria recarregável e permite manobras eabordagens rápidas.

Sandra Manfredini D

Motoristas de empresas da zona Sul fazem greve

Mais de 100 ônibus das Viações Ibirapuerae Santo Amaro ficaram paradosontem em razão da greve de motoristas e cobradores das duas empresas da zona Sul. Eles cruzaram os braços pelo não pagamento de partedo salário de junho e de benefícios. Com isso,foram prejudicados os moradores da região de Santo Amaro, como Parque Cocaia, CidadeDutra, Vale doGlicério, JardimSão Luís, ParqueSanto Antonio, Capão Redondo e outros bairros da região. Até o início da noite deontem, empregados e patrões não haviam chegado a um acordo.

Trens – Osusuáriosdalinha F (Brás/Calmon Vianna), da CPTM, foram prejudicados ontem, das 4h até por volta de 8h, em razão de um descarrilamento parcialde um carro motor de uma composiçãode passageirosvazia, que fazia a operação para teste. O incidente ocorreu à 1h05 entreas estaçõesEngenheiro Goulart e Engenheiro Trindade, na zona Leste Foramacionados40 ônibus doPlanode Auxílioa Empresas emSituaçãode Emergência (Paese), da SPTrans, para fazer o transporte de passageirosentre asduas estações. (SM)

dosadvogadose dos usuários, que conheceram um período de grande insegurança diante da série de sete atentados afórunsqueocorrerem este ano, resultando na morte de um advogado", disse o presidente da OAB-SP, Carlos Miguel Aidar. Modelo –O conjuntode patinetes elétricosédomodelo Ruff. Trata-se de um

NOTAS

Casa de historiador vai viar discoteca

Paracelebraro centenário de Sérgio Buarque de Holanda, a prefeita Marta Suplicy assinou ontem odecreto que torna a casaonde o historiador viveu com a família como um bem de interesse público. A idéia é desapropriar o imóvel, no Pacaembu, para transformá-lo na Discoteca Municipal da Música Brasileira. O evento contou com a participação de filhos do historiador.A casadosBuarquede Holanda, localizada no número 35 darua Buri, sempre foi um reduto da música brasileira, com a realização de saraus e notáveis encontros musicais. (SM)

Segundo a PM paulista, acorporação éa primeiraa usaroveículo em ações de policiamento, queinicialmente acontecerão nas dependências do Fórum. O evento contará com a presença do secretário estadual de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, do comandante-geral da PM, Alberto Silveira, do presidente do Tribunalde Justiça do Estado, Sérgio Nigro Conceição, e também do presidente daOAB, CarlosMiguel Aidar.

Estudante fica em cativeiro por 80 dias

A estudante Natasha Ometto, de16 anos,filha de um dosacionistasdaUsina União da Barra, localizada em Barra Bonita,no Interior de São Paulo, foi libertada no final da noite de quarta-feira, depois de ficar 80 dias em poderdos sequestradores. Natasha chegou de táxi a sua casa,naregião do Pacaembu, por volta das 23h. O desfecho docasofoi combinadopor um negociador dafamília que fez várias viagens para o Vale do Paraíba e também para Santos. A família manteve apolícia afastada do caso porexigência dos sequestradores. (AE)

Dora Carvalho
Além de passar a noite nos albergues, os sem-teto ganham comida e roupas
Dudu Cavalcanti/N-Imagens

Juros futuros mantêm

tendência de baixa; pior momento teria passado

Se na quarta-feira o mercado de juros conseguiu resistir à baixa da Bolsa de Nova York, ontemtomou impulso forte com a recuperação lá fora. As informaçõesdeque o presidente do Banco Central, ArmínioFraga, estariasendo bem-sucedido na sua viagem aosEUA aumentarama expectativadeque atransição degoverno possaserenfrentadacom umaajuda doFundo Monetário Internacional. Reavaliação– Muitos investidoresque se desfizeram de posições nosúltimos dias começarama reavaliaros preços dos ativos. E comentaram que o mercado pode estar saindo do pior momento, disseramoperadores ouvidos pela Agência Estado

Ainda que os números de inflaçãotenham vindo mais duros,o mercadoestápreferindo olharparaos aspectos mais positivos.

Citou-se algunsíndices que não subiram tanto quantoa expectativa inicial (caso do IPCA de junho, que fechou em 0,42%,ante expectativas entre 0,45% e 0,65%) e o fato de os preços livres não

estarem sob pressão. Fontes do mercado também avaliamque nãoháno horizonte indicações de levas de fuga de capital do País –"quemqueria mandar dinheiro para o Exteriorjá o fez", comentou um operador – e que a poupança e os CDBs de bancos absorveram a maior partedos recursosretirados de fundos.

Preocupações – Me smo com o bom humor de ontem, fontes do mercado não deixam demencionar os dois principais "calcanhares de Aquiles" que,se atingidos, devolverão aforte volatilidade ao mundo financeiro: pesquisas eleitorais (casoocorram uma queda de José Serra, do PSDB, ou alta de Ciro Gomes)eWall Street, aturbulência tende a voltar.

NaBolsa deMercadoriase Futuros, BM&F, osjuros dos contratos de DI futuro mais líquidoscaíram bastante.O DIque venceem agostocaiu para 18,59%, ante 18,65% da véspera, enquanto o DI outubro encerrou a 19,60%, abaixo dos 20,15% do fechamento anterior. (AE)

Apoio externo anima os

A presença dopresidente do Banco Central, BC, Armínio Fraga, nos Estados Unidos, colhendo apoiosdo governoamericano, doFederal Reservee doFundoMonetário Internacional, aliada à melhora do desempenho dos índices da Bolsa de Nova Yorkanimaramo mercado financeiro brasileiro.

O dólar comercial teve mais um diade queda, fechando abaixo de R$ 2,80 pela primeira vez em quase três semanas. ABolsa deValores de São Paulo, Bovespa, subiu e os indicadoresderisco do Brasil melhoraram.

Fluxo positivo – A moeda americana encerrou os negócios emR$ 2,795para venda, com queda de 1,86% em relação à véspera.

Os operadores voltarama registrar mais entradas do quesaídasde dólares, oque contribuiu para manter as cotações em baixa.

Alémdisso, épositiva aexpectativa geradapelos encontros deFraga cominvestidores internacionais. O fato

de aspesquisas eleitoraisnão estaremtrazendo novidades também ajuda a corrigir os exageros das cotações.

Risco cai – Os indicadores deriscodo Brasiltambémtiveram mais um dia de melhora. A taxa de risco do País, calculada pelo banco americano JP Morgan,estavaem 1.557 pontos-base no horário de fechamento dos mercados brasileiros, com baixa de 4,07%. Os C-Bonds, principais títulos da dívida externa brasileira, eram cotados a 63% do valor deface por volta das 18h, com alta de 2,86%, de acordo com a Enfoque.

Com o resultado do pregão de ontem,a bolsapaulista passa a acumularquedade 2,96% no mês. Desde o início do ano, porém, a desvalorização bate nos 21,7%.

A bolsa paulista seguiu a recuperação de Wall Street e fechou com alta de 2,37%

Pregão paulista – A Bovespa seguiu a recuperação de Wall Street e fechou com alta de 2,37%, Ibovespa em 10.806 pontos e volumefinanceiro deR$ 491,1 milhões, giro ainda fraco.

O índice Dow Jones fechou comleve quedade0,13% ea Nasdaq subiu 2,11%.

Amaioraltado Ibovespa foi Telemig Participações PN (13%) e, amaior baixa, Aracruz PNB(-3,7%).Telemar PNreassumiuo postode ação mais negociada, com valorização de 3,13%. Fim da CPMF – A Bovespa divulgou ontem, por meio decomunicado enviado às corretoras, o calendárioe os p r oc e d im e n to s para o fim da cobrançadeCPMF nosnegócios com ações. Na quarta-feira ainda era grande a desinformação no mercado, pois aReceitaFederal ainda não havia divulgadoa data para o fim da Contribuição. Jáestãoisentos daCPMF osinvestidores que negociaram ações com liquidação prevista para a pró-

xima segunda-feira. Comoo prazoparaliquidação é de três dias úteis depois de fechado onegócio, desdeaúltima quarta-feira não hámaisincidênciada CPMF.As corretorasterão que abrir contas específicas para movimentaros negócios já isentos.

Rejane Aguiar

Homens de Preto novamente em ação

Sucesso em 97, os agentes que vigiam os alienígenas na Terra voltam numa seqüência tão divertida quanto o primeiro filme Comboa partedas salasde cinema ocupadas por S tar Wars – Episódio II: Ataque dos Clo nes , estãoprogramadas poucasestréias paraestefim de semana. Entre elas estão Homens de Preto II ( Men In Black II) e As MeninasSuperp oderosas– OFilme ( The PowerpuffGirls –Movie). Seqüência do blockbuster de 1997, MIB II é um programão. Oprimeiro filmecon-

seguiu arrecadar maisUS$ 587 milhões no mundo inteiro e esta versão já faturou US$ 54,1 milhõesapenas nostrês primeiros diasde exibição nos Estados Unidos, lançado no concorrido feriado de 4 de julho, dia daindependência daquele País. Em MIB II retoma-se o trabalho dos agentes Kay (Tommy Lee Jones) e Jay (Will Smith), que fazem parteda

polícia da galáxia, encarregada de monitorar atividades extraterrestres na Terra. Divertido,coerentedentro de seus padrões, com bons efeitos especiais e dupla de atores extremamente afinada,o filme dácerto por seruma ficçãocientífica engraçada. Quem já não olhou para alguém "meio estranho" achando que devia ser de outroplaneta. Agraça deMIB está emcolocarEts vivendo tranqüilamente entre nós. Háainda cenas "viscosas", com seres que expelem gosma, mas são engraçadas. MIB II traz Jay como o número um da agência, já que Kay se aposentou. Mas não demora muitopara queelesejachamadodevolta.Vivendo comocarteiro numa pequena cidade, Kay não se lembra de sua vida passada. Ele precisa voltar para ajudar na luta

contra Serleena (LaraFlynn Boyle, de Twin Peaks – Os Últimos Dias de Laura Palmer), umser cruelquesedisfarça demulher. O filmetrazde volta alguns seres, como os vermes, e novos como os gêmeos siameses. Todos engraçadíssimos epoliticamente incorretos.

Poder feminino – A outra estréia trazo infantil As Meninas Superpoderosas – O Filme , com o trioFlorzinha, Lindinha e Docinho, já conhecido do público brasileiro por meio dosdesenhos apresentados pelo CartoonNetwork e pelo SBT. A produção pode parecer um desenhoanimadomais voltado para as meninas, mas como as garotinhas participam de inúmerascenas de ação, os meninos também vão se interessar. Apesar de todos os poderes que possuem,elas ain-

Os muitos sons que ecoam na cidade

Para quem gostade música,a programaçãodacidade oferecebons shows,alguns comentrada franca. Neste domingo,dia14, às17h,no Parque Anhembi, realiza-se o evento Lux in Concert – Pérolas Negras daMPB, reunindo três representativos artistas do cenárionacional: Milton Nascimento,Jorge BenJore Luciana Mello. Promovido por Lux Skincare, marca líder desabonetesnoBrasil, oespetáculo tem por objetivo apoiaro lançamento de Lux Skincare uniformidade da pele morena enegra, nova versão do conhecido sabonete das estrelas. O showjá foi apresentado noRio de Janeiro, seguedepois para Recifee Salvador. Os três artistas foram escolhidospor meio de pesquisas j unto àsconsumidorasdo produto. A apresentação será feita pela atriz Isabel Fillardis, também estrela da campanha de lançamento do sabonete. Milton e Ben Jor apresentarão seus grandes sucessos, como Maria, Maria; Canção da América, Fio Maravilha e País Tropical, entre outros. Luciana, filha de Jair Rodrigues, interpretará músicas de Djav an,Jairzinho e Ed Motta, entre outros. Entrada franca. Tambémgratuitas sãoas apresentações realizadas no

vídeo/dvd

D-Tox

Só para fãs de Sylvester Stallone. Suspense policial no qual Jake Malloy, agente do FBI, virou piada entre seus parceiros. O motivo é o seu fracasso na tentativa de descobrir o serial killer que vem matando policiais. Tudo piora quando o assassino mata a mulherde Jake. Depressivo, alcoólatra, ele vai parar numa clínica de desintoxicação, num local isolado. A partir daí,o filmetorna-se ainda mais confuso, com perseguições e mortes. Por mais que se esforce, Stallone não consegue expressar a dor que atinge o personagem. Com CharlesDutton, Polly Walker,

SextaMusical Saraiva, que a Saraiva Mega Store do MorumbiShopping faz às sextasfeiras,das 19h30às 20h30. Estão programados shows de Chico César, hoje; Rita Ribeiro, no dia 19 e Grupo Cármina, no dia 26. No domingo, 14, o Quinteto Suárez Paz, grupo musicalargentino liderado por Fernando Suárez,

TomBerenger, Sean Patrick Flanery eKris Kristofferson. Direção: Jim Gillespie. Duração:96 minutos.DVD/VHS. Universal (17/7).

violinista que acompanhou Astor Piazzola por mais de 12 anos, apresenta-se no Memorialda AméricaLatina,às 19 h, com entrada franca. Eles tambémseapresentam hoje no Sesc Ipiranga, e no sábado, às 22 h, e domingo, às 14h30, no Bare RestauranteTarsila, no Hotel Intercontinental. Raras aparições – Neste sá-

Os Garotos da Minha Vida

A história deBeverly, uma garota que sonhava com uma carreira profissional ligada à literatura. Porém, uma gravidez indesejada, na adolescência, a impede de realizarseu desejo. O pai a obriga a se casar. O nascimento do filho e a vidacomo marido,umderrotado por natureza, a sufocam. Ela anseia por se libertar de tudoaquilo. Em alguns momentos, chega a duvidar se gosta realmentedofilho. Baseadonolivro dememórias de Beverly Donofrio, mostra ainda a forte amizade que costuma existir entre as garotasnessafaseda vida. Com DrewBarrymore,Ja-

da freqüentam o jardim da infância. E, como toda criança, são estabanadas.

Logonoprimeiro diade aula,provocam amaiorconfusão, já que não têm dimensão deseussuperpoderese destróema escolae tudo ao seu redor. São, então, rejeitadas pela comunidade. Tris-

bado, 13, às 22 h, Zeca Baleiro faz aúltima apresentaçãodo show Líricas, no Directv Music Hall (fone 3191-0011), queserá gravadocomoespecialparaaDirecTV edepois incluídonum DVDcomoutrosshows,mas aindasem data de lançamento.Já apresentado em várias capitais e interior do país, o espetáculo é definido pelo próprio artistacomo"um concerto,um recital", pois é um showde cordas, emquetrês músicos (Tuco Marcondes, Rogério Delayon eLuiCoimbra) se alternamem váriosinstrumentose percurssões.Zeca Baleiro interpreta canções do CD homônimoetambém seus sucessos como Bandeira e Lenha. Ingressos de R$ 20 a R$ 50.

O gaúcho Renato Borghetti apresenta-senos próximos dias 16 e 17, às 21 h, no Teatro Crowne Plaza(fone2890985),mostrando orepertóriode seumais recente CD Paixão no Peito . Borghettinho apresenta-se acompanhado dos músicos Daniel Sá, Hilton Vaccari, Pedro Figueiredo, Marquinhos Fê e Ricardo Baungarten. Além da sonoridadegaúcha, o showfaz acenosparao jazze para amúsica eruditaem arranjos surpreendentes. Ingressos: R$ 20. (BA)

AdamGarciae SteveZahn. Direção:Penny Marshall. Duração: 131 minutos. DVD/VHS. C o l u mbia (nas locadoras)

tes, elas são enganadas por Caco, que se tornou o MacacoLoco,um gênio do mal. Orientadaspor ele,asmeninas fazem coisas que vão destruir a cidade. As crianças vão ficar natorcida, para ver se elas descobrem tudo.

DVDs trazem O Senhor dos Anéis em detalhes

Tudo é monumental em relação a O Senhor dos Anéis, a saga escritopor J.R.R. Tolkien,na décadade 50.Foi assim em relação à produção da trilogia cinnematográfica e estásendo como lançamento em DVDe VHS,que chega àslojas no dia 6 de agosto, masque jápode ser reservado nas lojas da Blockbuster. Para isso, basta o cliente pagar antecipadamente R$ 10, que depois serãodescontadosdo valor total, provavelmente, R$44,90. Vaisera festapara os fãs, pois oDVD é duplo e traz do making of aos trailers, alémde documentáriose prévia de jogos que serão lançados no final deste ano.

Os custos de produção e marketing dos trêsfilmes (já que foramrealizados simultaneamente) totalizaram US$ 550 milhões.E acredite, a série já está paga só com a arrecadação do primeiro filme,

A Sociedade do Anel, que faturou mais de US$ 830 milhões no mundo todo. No primeiro

Trapaceiros

Comédia de Woody Allen, naqual eleinterpreta umladrão aposentado, que resolve dar um grande golpe. Juntase a um bando tão atrapalhado quanto elepróprio. Alugam umalojadebiscoitos, administrada pelamulher dele, para cavar um túnel a partirdalie chegaraobanco. Em meio às muitas confusões queelesprovocam, alojaé um sucesso e se transforma numa fábrica.A partirdaí, o filme mostra como é a vida de novos ricos eos tropeços da mulher comoemergente. Vale apenaconferir,éimpossívelnão rircom aironia de Allen, quetambém brilha

disco,estáaversãodo filme que chegouàs telasdocinema,com 178minutos deduração e um elenco estelar incluindoIan McKellen,Li v Tyler, Viggo Mortensen, Cate Blanchet e Elijah Wood. No segundo disco estão documentários sobre o lançamento do livro, as locações na NovaZelândia, especialdo Sci-FiChannel, com depoimentos do elenco; mini-documentários do site oficial do filme; bastidorese cenasinéditasdosegundofilme, A s Duas Torres; trailers da internet,e ovídeo de"May ItBe", canção do filme. (BA)

Beth Andalaft
mesWoods,
como ator. Com Tracey Ullmane HughGrant.Direção: Woody Allen.Duração: 94 minutos.DVD/VHS. E ur opa (nas locadoras).
Beth Andalaft
As Meninas Superpoderosas em ação agradam também aos garotinhos
Tommy Lee Jones e Will Smith: parceiros novamente em Homens de Preto II
Fotos: Divulgação
Ian McKellen é Gandalf, o mago da trilogia
Luciana Mello é uma das atrações do Lux in Concert – Pérolas Negras da MPB
D ivulgação

Lojas do Bom Retiro aderem

aos provadores de roupa

Para aumentar a participação das vendas no varejo, alguns lojistasdoBom Retiro decidiram implantar provadores nas lojas. A medida encontra resistência,especialmente entre coreanos, mas já foi adotada por cerca de 300 comerciantes. E a tendência é que aos poucos todos passem a oferecer essa opção.

A região possui em torno de 1.500lojas.Nessetotal, 80% das vendas são aquisições de sacoleiras nas chamadas "vendas de atacado". Mas os comerciantes acreditam que há mais espaço para a comercialização no varejo.

Segundo o presidente da Câmara Brasileira dos Lojistas do BomRetiro, Shlomo

Shoel, asvendas parao consumidorfinal podemalcançar 30% do faturamento total das lojas locais.

Paraalcançar ameta éque os comerciantesestão investindo na comodidade. Quem está reformando já acrescenta umou doisprovadores ao projeto. E quem não pode reformar a loja, ou não tem espaçofísico, estáadotando medidas mais flexíveis.É o caso daDivine,naruaJosé Paulino. Lá os clientes podem ir ao banheiro ou nos fundosdodepósito experimentar as roupas.

Experiência – Hácerca de umano, aLoonyConfecção, especializada em jeans,implementouprovadores em

Ericsson nega rumor de venda à Microsoft

A Ericsson, fabricante sueca de equipamentos de telecomunicações, negouontem um rumor de que a Microsoft faria umapropostadecompra pela empresa."Sobre tais rumores, vejam o comunicado da semana passada de nossochairman, MichaelTreschow, de que nós não estamos em qualquer negociação para compra ou alianças similares", disse o porta-voz da empresa, Mads Madsen.

A Ericsson, que tem operado no vermelho, é a maior fabricantemundial deredesde telefoniamóvel. Na semana passado, o preço das ações da empresa atingiu o nível mais baixo em sete anos.Como outrascompanhias dosetor, aEricssonsofreu acentuada

Gaultier – A modelo acima exibe um modelito do estilista Jean Paul Gaultier. A roupa pertence à coleção que foi apresentadaontem, durante um dosdesfiles daColeção Outono Inverno em Paris, na França.Gaultier usou cores fortes como o verde e o vinho ecomo amaioria dosestilistas da alta costura européia, usou tecidos e criou cortes que deixaramos seios das modelos bem visíveis. O estilistaencerrou aapresentação da coleçãodesfilandocom uma modelo vestida por ele como noiva. (Reuters)

sua loja no Brás. E devido ao bom resultadodevendas e adesão do público, a empresa decidiuinstalar oito provadores na loja do Bom Retiro. "Muitaspessoasvêm de outraslojas paraexperimentar as roupas em nossos provadores", conta a estilista da rede, Virgínia Santos. Primeira – Aprimeira loja a adotar provadores na região foi a Umen, especializada em moda masculina,há seis anos.Naquela épocaaslojas da região eram ainda mais severas. Até hoje algumas mantêm restrições como a proibiçãode experimentaruma blusa por cima da outra. Os comerciantes são um tanto reticentesquanto àin-

Petrobrás registra o seu quarto recorde seguido na produção

retração da demanda com a desaceleração econômica. Microsoft – Nocenáriode retração,a Microsoft éuma das poucas empresas de tecnologia quedeveapresentar um bomlucro noquarto trimestre desteano. Osresultados daMicrosoft,queserão anunciados napróximasemana,serãoanalisados para determinar deque maneiraa gigante do software avalia a venda decomputadores pessoais, que se mantiveram fracas no período.

A previsão é de que o grupo fature US$ 7,06 bilhões no ano fiscal2001/2002,ante US$6,6bilhões umanoantes. Dois terços dofaturamento é dependente de computadores. (Reuters)

A Petrobrás bateu novo recorde mensal de produção de petróleoe gásnatural emjunho, atingindo a média diária de 1,860 milhão de barris. É o quarto recordeconsecutivo, iniciado em março.

A empresa informou em comunicado queoaumento da produção é fruto da eficiência das plataformas da bacia de Campos, no Rio de Janeiro, e da entrada em operação de um novo poço.

A produção apenas de óleo chegoua 1,583milhãode barris por dia em junho. Já a produção degásnaturalfoi de 44,349milhões demetros cúbicos. Os totais são provenientesdos camposdacompanhia no Brasil e também no Exterior. (Reuters)

Fujitsu se reestrutura afetada por WorlCom

A Fujitsu, maior fabricante de computadores do Japão, anunciou ontem que o escândalo da WorldCom e as preocupações em relação à economianorte-americana pode implicar em nova restruturação para o grupo este ano. TakashiTakaya, diretorfinanceiro daFujitsu,diz que um possível corte de empregosocorrerá naunidade de produçãode equipamentos de transmissões para telecomunicações nos Estados Unidos. "A situação de oferta e procurados equipamentos sedeteriorou mais do que prevíamos", afirma. Takaya acredita que os problemas da WorldCom, segunda maior operadora americana de telefonia delonga distância, retardem ainda mais arecuperaçãodo mercado mundial de infra-estrutura para telecomunicações. "Temos de enxugar ainda maisnossas operaçõesna América do Norte, para que possamos agüentar atéque surja a recuperação, possivelmente em doisanos", diz. A empresadeve fecharunidades na reestruturação.

A Fujitsu e os demais conglomerados de semicondutores e eletrônica do Japão to-

talaçãode provadoresporque amedida aumentaria custosoperacionais etambém os riscos de furtos.

O espaço útil para a exposição de mercadorias nas lojas, que normalmentevendem poratacado emgrandes quantidades, diminuiria.E os vendedores precisariam contar o número de peças antes dos clientes provarem.

O Comérciodo BomRetiroestáconcentradoem seis quarteirões eé omaior pólo atacadista da região Central da cidade de São Paulo. A rua José Paulino é a principal para ovarejo,seguidapor Aimorés e Silva Pinto.

Empresas asiáticas desistem de adquirir a Global Crossing

As empresas asiáticas Hutchison Whampoa e Singapore TechnologiesTelemedia (STT) anunciaram ontem que não enviarame nem enviarão proposta de compra pelaempresa detelecomunicações norte-americana Global Crossing, em falência. Oprazo finalpara oenvio de ofertas pelos ativos da Global Crossing encerrou ontem, por determinação da

Justiça dos Estados Unidos. O conglomerado Hutchison, deHong Kong,e a STT,de Cingapura, desistiram em maio de uma proposta conjunta de US$ 750 milhões pela Global Crossing,depois queas partesenvolvidasnão chegaram a um consenso. "Estamos confirmando que não vamos fazer uma oferta",disse aporta-vozda Hutchison Nora Yong. Até o

inícioda semanacirculavam boatos de que a empresa poderia rever a decisão.

A Global Crossing, que opera sistemas de comunicações em 27 países, apresentou em janeiroo quartomaior pedido de falência da história dos EUA, sob pressão de uma dívida de US$ 12,4 bilhões. A Global Crossingenfrenta investigações federais emsua contabilidade. (Reuters)

maram medidasdrásticas de reorganização em seu ano fiscal passado, encerrado em 31 de março,eliminando dezenasde milharesdeempregos e fechando fábricas, como medida para enfrentar a profunda crise no setor de tecnologia da informação.

Ações – Os prejuízos causados pelo escândalo contábil daWorldCom, porém, não se limitam à retração das telecomunicações. Ontem, a empresa afirmou que não pagará os dividendosde junhopara osacionistas desua unidade de telefonia delonga distância,a MCI,devido aos problemascorrentes enfrentados. NoBrasil, aWorldCom controla a Embratel. "A empresa não pagará o dividendo de US$ 0,60 por ação ordinária do grupo MCI que deveria ser pagoem 15 dejulho", informou a empresa em nota.

AWorldCom planejaexecutar seu planode reagrupar a MCI, que hoje funciona comoumaentidade deoperaçãoseparada.Ao finaldesta semana, cada ação ordinária daMCI seráconvertidaem 1,3594 ação ordinária do grupo WorldCom. AMCI sempre foi um papel atrativo para os investidores. (Reuters)

Tsuli Narimatsu
A Loony Confecção implantou recentemente os provadores na loja
R

Empresário deve investir

no próprio negócio

durante período de crise

A maioria dos proprietários de micro e pequenos empresas se pergunta comofazer para não perder dinheiro nesta época de instabilidade econômica. Como dólarem alta e a instabilidade nas bolsas de valores de todo o mundo, o mais recomendado é reverter parte dolucro acumulado em novos investimentos no próprio negócio.

O conselho é do especialista em administração geral

Sérgio Diniz,consultor do Sebrae(Serviço Brasileirode A poio às Micro e Pequenas Empresas). A principal recomendação émodernizar, ampliare investiremtecnologia (informatização, novas pesquisas). “O que é crise para um, paraoutroéuma oportunidade. Aconselho o empresário abuscar casosde sucesso em seu ramo de atividade. Copiaro queestá dando certo e melhorar”, diz.

Deacordocom o consultor,esseserá odiferencialda empresa diante da concorrência.Diniz alerta,porém, que osmicro epequenos devemfazer umareservaestratégica de dinheiro para o caso de necessidade imediata.

O consultor afirma que o dinheiro não deve ficar imobilizado,por isso, esqueçao investimento emimóveis ou aplicações em longo prazo.

“Éprecisoteropé nochão. Aplicações que tenham muitoImpostode Rendanaretirada não valem a pena”. Competitividade– Um a dasalternativastambém é buscar competitividade no mercado.Para issoépreciso terum estoqueenxuto. “Venda para comprar”, recomenda o consultor. De acordo com Diniz, há muitas empresas que estãodescapitali-

zadasporque possuemgrandes estoquesemdesacordo com o seu negócio e com o giro do produto.

“Numa época não muito distante, o estoque provava o poderio econômico da empresa.Quanto maisestoque, mais forte financeiramente era aquelaempresa. A inflaçãoeratão altaquehavianecessidade deestocar. Atualmentedevemos inverteressa lógica.Estoque custa muito caro", afirma Diniz.

Oconsultor acredita tambémque háum certocomodismodos empresáriosem prospectar novos fornecedores. Por isso, muitos deles acabam comprando mais caroou degrandemultinacionais, que os obrigam a consumir quantidades exageradas ou produtosque nãotêm capacidade de venda.

O pequeno empresário deve exercitar suavisão mercadológica. Éprecisover anecessidade do cliente,como neutralizar a concorrência e como buscar o fornecedor mais adequado. “Sea grande empresa obrigar a compra de uma quantidade absurda de um determinadoproduto,é melhorrenunciar acompra do queadquirir semnecessidade”, diz Diniz.

O artifício que muitas vezes asindústrias utilizaméobrigar opequeno negociante a consumir além do produto que precisa. Se for um produto que tempouca saída na empresa, Diniz aconselha a queimado estoque,fazendo uma grande promoção. Mas recomendaverificar antesse são produtos com data de validade próxima. “É melhor venderapreçodecusto do que jogar o dinheiro no lixo’’, conclui o consultor. (ASN)

cursos e seminários

Hoje

Responsabilidade social empresarial – O curso é direcionado a empresários que vão implantar políticas de responsabilidadesocial na empresa.O workshop vai ser ministrado pelo advogado Waldemar Neto, executivo do Instituto Ethos, em São Paulo. A palestra é gratuita e começa às 9h30. Informações sobre o local e inscrições pelo telefone (11) 3049-5502.

Especializaçãoem contabilidade– O extensivoé direcionado a profissionais da área de contabilidade eempresários. Duração:45 horas,das 8h30às 13h30. O curso acontece aos sábados, começa amanhã (13) e termina dia14 de setembro. Local: IOB Thomson, rua Corrêa Dias, 184, Paraíso, São Paulo.Preço: R$845(assinantes IOB)eR$ 970(não assinantes). As inscrições devem ser feitas até hoje pelo telefone 0800-782755.

Departamento de pessoal – modelo – O curso é direcionadoamicroe pequenosempresárioseprofissionais de recursos humanos. Duração: 24 horas, das 8h30 às 12h30. O curso acontece aos sábados, começa amanhã (13) e termina na quarta-feira (17). Local: IOBThomson, rua Corrêa Dias,184, Paraíso,São Paulo. Preço: R$ 535 (assinantes IOB) e R$ 615 (não assinantes). As inscriçõesdevemserfeitasaté hoje pelo telefone 0800-782755.

Rescisão de contratode trabalho – Ocurso é dirigidoa profissionaisda áreade recursos humanos. Duração: 12 horas, das 19h às 22h. O workshop começano dia15e terminadia19.Local: Sescon(Sindicato das Empresas dos Serviços Contábeis do Estado de São Paulo), avenida Tiradentes, 960, Luz, São Paulo. Preço: R$ 70 (associados) e R$ 140 (não associados). As inscrições podem ser feitas a partir de hoje pelo telefone (11) 3328-4900 .

O que o cliente considera importante no atendimento

Lojas queatendem mulheresprecisam ter atendentes de aparência impecável. Para os estabelecimentos que vendem parahomens, osprofissionais têmé deser ágeisno atendimento. Essas informações estão na pesquisa O que o clienteconsidera importante no atendimento , feitapelo IBRC (Instituto Brasileiro de Relações com o Cliente), que ouviu210consumidores no Rio deJaneiro eem SãoPaulo, em março deste ano. Oestudofoidividido em duas partes. Primeiro,os entrevistados, maioria mulheres entre 20 e 40 anos, com nível superior, responderam questões apontandooque considerambom no atendimento pessoal, telefônico e via Internet (v er quadro) . Na segunda etapa, os co nsum idor es mostraram as car a c t e r ís t i c a s mais importantes do bom atendimento einformaram como costumamse portar diante de um bom e de um mau atendente.

ram queaapresentação dos profissionais interfere no atendimento. Para os homens, aagilidade dofuncionário é mais importante. Eles são menos tolerantes. O estudomostra que68% achaque cinco minutos é o tempo de esperalimite. Apenas 1% considera aceitável esperar mais de 15 minutos.

Estudo aponta as principais características de um bom atendimento ao consumidor

Cara acara– A aparência dos profissionais é importante para 96% dosentrevistados.As mulheressão asmais exigentes, 71% delas julgam a apresentação dos atendentes como fator decisivo para a realização de um bom atendimento pessoal. "Se o público do estabelecimento for feminino,o lojistatemdeinvestir na imagem dos funcionários",diz CristanoLagôas, diretor executivo do IBRC. Oshomensnãodão tanta importância para aaparência.Apenas 47%delesdisse-

Práticade rotinastrabalhistasnasempresas –O curso é dirigido a profissionais de recursos humanos e empresários,com o intuitode propiciaraos participantesinformaçõescorretasdaárea trabalhistae previdenciária. Duração: 24 horas, das 19h às 22h. O seminário aconteceas segundas equintas-feiras, começanapróximasegunda(15) eterminanodia25. Local: IOB Thomson, rua Corrêa Dias, 184, Paraíso, São Paulo. Preço: R$ 535 (assinantes IOB) e R$ 615 (nãoassinantes).Asinscrições devemser feitas até hoje pelo telefone 0800-782755.

Desmistificando barreiras culturais nas negociações– Ocurso édirecionado aempresários quefazem transações comerciais com outros países. Duração: 24 horas,das 9h às 18h. Oseminário dura três dias, começa na segunda (15) e termina na quarta (17). Local: IOB Thomson, rua Corrêa Dias, 184, Paraíso, São Paulo. Preço: R$ 610 (assinantes) e R$ 700 (nãoassinantes).Asinscrições devemser feitas até hoje pelo telefone 0800-782755.

Programa de atualização do varejo – A proposta do curso é reunir empresários e dirigentes do varejo e da indústria que operam em outras regiões do País e que querem aprimorarseus conhecimentosde gestão e operação. O programa também pretende proporcionar ao varejista apossibilidade de identificar potenciais de expansão, detectarnovas oportunidades de negócios em sua região e ampliar sua rede de relacionamentos. Duração:30 horas, nosdias 16,17 e18 as palestras começam 8h30 e terminam 18h. No dia 19, o curso inicia 9h e encerra 17h. Todos os dias há pausa de uma hora para o almoço. O evento vai ser feito pela consultoriaGouvêade Souza.Local:Flat TheHill, avenida Giovane Gronchi, 5.201. Preço: R$ 2.760. As inscriçõesdevem serfeitas apartir dehoje pelotelefone (11) 5501-3737.

O atendimento por telefone tambémtemdeserágil. Para 73%dos entrevistados, o tempo máximo para aguardar na linha é um minuto. Somente1%tolera maisdetrês minutos. "Asempresasque nãose preocupam com isso têmumalto índicedeabandono de chamadaso que reflete noânimodo cliente", afirma Lagôas. No atendimento via Internet, a preferência dos entrevistadosé porrespostaspor e-mail, 43%. Somente 36% dos consumidores, acham que resposta à solicitação deveserfeita por umtelefonema. Clientesmulheres, 43%, ecom maisde50 anos,52%, são os que preferem o retorno por telefone. Noshomens, o número cai para 30%.

A maioria, 96%, quer a resposta em, no máximo, 48 horas. "Se for uma informação sobre um produto, após esse tempo, as pessoasvão direto procurar oconcorrente", afirma Lagôas.

Cortesia – A cortesia dos atendentesfoiapontada comoa característicamaisimportante do bom atendimento. "Ocliente querser carregado no colo", diz Lagôas. Em

segundo lugar, aparece o iteminformação correta.Na opinião de 25% dos entrevistados, dadoscertos são garantia de um atendimento invejável. "Informações incorretas, promessasnão cumpridas e mentiras são fatos que desagradam, emuito,o consumidor", diz Lagôas. A resoluçãodo problemaé o terceiro item da lista das características de um bom atendimento. SegundoLagôas, issoaconteceporque, resolver oimbróglioquegerouo contato, é consideradoo mínimo quese espera de um atendimento. "Cortesia, precisãoe agilidade sãovalores agregados,diferenciais eéisso que o cliente quer", diz. O comportamentodos consumidoresfrente aum mau eum bomatendimento também foiexplorado noestudo.Mais da metade das pessoas ouvidas costuma reclamar do mau atendimento, 25% sempre e27%quase sempre. Os homens reclamammenos doque as mu-

lheres, 20% contra 31%. Dos entrevistadosque forammau atendidas,83%desaconselham aloja. Asmulheres e aspessoas com nível médio desaconselham mais. Os homens, menos. "É preciso ter atenção com as mulheres, quando ficam insatisfeitas,fazem uma propaganda negativa", diz Lagôas. Agora,quando oclienteficasatisfeito com o atendimento,aloja ganhapontos. Osdadosda pesquisa mostram que 95% dos entrevistados indicampara os amigos osestabelecimentos nos quais foram bem atendidos.

Cláudia Marques

Dia 13 Dia15
Dia 16

Brasil se consolida em carne bovina

O País mantém o maior rebanho bovino comercial do mundo e tem condições de crescer como fornecedor internacional

Ospaísesem desenvolvimento,liderados porBrasile China, deverão aumentar em pelo menos 5% sua participaçãona produçãomundialde carne bovina nos próximos cincoanos,em funçãoda quedanaprodução norteamericana. Aprevisãofaz parte doestudo Indicadores Pecuários,divulgado ontem pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA),em parceria com pesquisadores da EscolaSuperior de Agricultura Luiz de Queiróz.

A publicação, com base em dadosda FAO(Foodand A gricultura Organization), aponta também para uma recuperação doconsumo mundial de carne.

M a i or e s – Diante desse quadroe portero maiorrebanho comercial do mundo,

com165,7milhõesde cabeças, o Brasil deverá, em cinco anos, aumentarsubstancialmente as vendas externas da carnebovinae derivados.A previsão éde que,em menos de 10anos,oBrasilvenhaa ser o maior exportador mundial de carne bovina. Já nesteano,segundo o presidente daCNA, Antonio Ernesto de Salvo,as exportaçõesbrasileiradecarne em geral deverãoregistrar um crescimento de 15% em comparaçãoa2001. Aprevisãoé deque em2002 apenas as vendas de carne bovina brasileira no mercado internacional cheguem a um milhão toneladas contra as882 mil toneladas do ano passado. Para 2003, a estimativa dos exportadores brasileiros é de colocar 1,3 milhão de tonela-

das de carnebovina no mercadointernacional. JáosIndicadores Pecuários da CNA mostram que há espaço para que o Brasil aumente sua participação no mercado mundial de carne. É que o comércio global decarnes em geral deve crescer 4%,enquanto o acréscimoesperadonos volumes exportados de carne bovina supera os 4,4%, o que resultariaemuma exportação mundialadicionalde quase 7,7milhões detonela-

das.O desempenhodaAmérica do Sul deverá superar este percentual,podendo crescer 20%emfunçãodaretomada das exportações argentinas e uruguaias. De acordo com especialistas em comércio internacional,oBrasil, comuma produçãoanual superiora sete milhões toneladasdecarne bovina, é um dos poucos países emcondições deajudar a suprir essa demanda adicional pelo produto.

Rubia Gallega tem primeiro abate no País

A GMG Importação e Exportação estáconcluindoa primeira fase de adaptação ao Brasil da criação da raça de gadoespanhol rubia gallega. Os primeiros abates, que fizeram parte do projetodeentrada do gado no País, ocorreram no mês de junho. No próximo mês,a GMGinicia negociações com a rede Gran Meliá de hotéis para a aquisiçãodacarne produzida em territóriobrasileiro. Aempresapretendelançar uma grife para oproduto, chamada Carne de Rubia Gallega. O diretor daGMG, Eduardo Gandral, informaque os estudos sobreacapacidade de adaptação da raça rubia gallega fora doseu território de origem, a Galícia espanhola,iniciaramhá dois anos, época da fundação da empresa.Emseguida, aGMGassinouum contratodeexclusiv idadeparaimportação do sêmen com a Associación Nacional de Criadores de Ganado Vacuno Selecto de Raza Rubia Gallega (Acruga). A inseminação foi feita em animais da raça nelore.

SegundoEduardo Gandral, o Núcleo Cruzado da RaçaRubia Gallegautilizou diversas técnicas de acompanhamento paraas130cabeças de gado geradas a partir de matrizes da raça nelore. Em março do ano passado começaram a nascerosfilhotes, com chips inseridos nos estômagos. A raça é única no Brasilquejánasceucom mecanismo de rastreabilidade.

Mais subsídio para algodão americano

Por conta daFarm Bill, a nova leí agrícola dos Estados Unidos, os produtores de algodão daquele país irão receber este anoUS$3,6 bilhões em subsídios.O protecionismo norte-americano tem provocadoprotestos dosdemais paísesprodutores dafibra,inclusive oBrasil. Aprevisão é de que este ano haverá redução de 15% na produção brasileirade algodão.Cotonicultores pressionampela entrada do País na OMC.

Os animais foram monitorados desdeo seunascimento,emmarço de2001,atéo abate, que ocorreu no final de junho deste ano no frigorífico Marfrig, no município paulista de Promissão. "Foi o primeiro abate técnico feito pelo especialista espanhol

Don Luciano Sanchez Garcia, da Universidade de Santiago de Compostela, no Brasil. Antesdoabate,eleeoutros técnicos játinham constatado que a raça se adaptou bem ao clima brasileiro e creseu rápido", diz Grandal. Resultados – O rendimento médio da carcaça alcançou o índice de 58,73%. O percentual corresponde ao volumede carneobtidodoanimal, que pesava vivo por volta de 458,72 quilos, e é consideradosuperior aorendi-

Recife vai sediar seminário de manga

Emsetembro, oBrasilvai sediar o Simpósio InternacionaldeManga, queestána sétima versão.O eventoserá realizadoemRecife entreos dias 22 e 27. O Simpósio, promovidopela Embrapaepelo Governo de Pernambuco teráo lema "Manga: Produção e qualidade em ambiente sustentável". Oobjetivo do simpósio, que terá pessoas de 23países, épromoverum amplo fórum para debater tecnologias do setor.

mento médio deoutras raças criadasnoBrasil, queatingem a máxima de 56%. Devese levar em conta também que os animais foram abatidos com idadeentre 12 e 13 meses e que o abate de outras raças ocorre normalmente após os 18 meses e pode ser adiado atédois ou três anos de vida dos mesmos.

A carne – A expectativa dos introdutores da raça no Brasil é de que a carne obtida com o cruzamentoda rubiagallega com o nelore brasileiro tenha asmesmas propriedades da carne consumida na Europa. Elatem maisproteínas e menos gordura que acarne de outras raças de bovinos. Cerca de15 kgde carnedo primeiro abate brasileiros serãoenviados paraaEspanha para uma análise que detecta-

As amarelinhas que dão lucro no País

O Brasil éum dos dez maiores produtores mundiais demanga. São 60 mil hectares plantados que produzem a cada safra700 mil toneladas. Grande parte da produção de manga édestinada aomercado interno, embora, em 1999, o País tenha exportado cerca de 54 mil toneladas. Os produtores têmplanos de, apartir de 2003, colocar definitivamente a fruta na pauta das exportações brasileiras.

Preço – Os pesquisadores da CNA, porém, informam que as projeçõesdo mercado internacional apontam a redução dos preços médios da carne bovina este ano. Exemplo: o Departamento de Agricultura da Austrália, maior exportadormundial, estima reduçãode15% nospreços da toneladadecarnebovina nos principais compradores. Brasil – OsIndicadores da CNAmostram que,internamente, a demanda de carne está condicionada pela renda dos consumidores. Em 2001, por exemplo, foram abatidos 18milhões debovinospara atenderasnecessidades internas. As alterações do volume demandado,porém, podem ocorrer num ritmo mais rápido doque oajuste da oferta.No Brasil,emvárias

épocas, essetipo dedesequilíbrio já ocorreu. Os preços subiram e a sociedade acabou culpando os produtores pela falta de oferta no mercado. Ainda com relação ao mercadointerno, aCNAtraça dois cenários. No pessimista, haveriacrescimento de 2% daeconomia este ano e1% nos anos seguintes. Nesse caso, serianecessário acrescentarmais 71milcabeças às18 milhões abatidas em 2001 para atender o consumo. No segundo cenário é considerado umcrescimentode 2,5% daeconomia,além de taxasentre3% e5%nosdois anos seguintes. Para este ano haveria um crescimento de 179.214 bovinosemrelação ao abates de 2001.

Joel Santos Guimarães

Milho nacional pode ter venda maior na Coréia

Omilho brasileiroestáganhando mercado rapidamente na Coréia do Sul, onde os compradores ainda evitam importar dos Estados Unidos, dois anosdepoisdeo país norte-americanoter enfrentado problemas com a vendadeuma variedadede milho transgênico proibida para consumo humano.

Comerciantes disseram ontem que o Brasil poderia aumentar sua participação no mercado coreano em quase 50% em 2002, com a maior parte do volume importado sendo direcionado para consumo humano.

ráseas propriedadessãoas mesmas da raça pura.

A grande aceitaçãoda carne junto aos europeus devem impulsionar negócios para a GMG. Os preçosda arroba do animal, porém, são de 3% a 4%superiores aos preços praticados atualmente, de R$ 44 a arroba para nelore de 18 arrobas. De acordo com os empreendedores, porém, os frigoríficos estão dispostos a pagar mais.

Grife – AGMGpretende lançar uma campanha publicitária para divulgar as vantagens da carne no Brasil. Também há planosde criarum grupo deassistência aosprodutores da novaraça, com orientação técnica, assessoria genética e alimentar.

Paula Cunha

Um Brasil rural em anos de século XXI

O agricultor brasileiro mudou o sistema de administração de suas lavouras apostandona tecnologiae nos insumos modernos. Resultado: se entre 1992 a 2001 a área plantadaem grãosficouestagnada em 36 milhões de hectares, a produção saltou de 66,8 milhõesde toneladaspara95,8 milhõesde toneladas. Um acréscimo de 30 milhões de toneladas conseguido graças aoaumento daprodutividade média das lavouras.

"Mesmodepoisde dois anos, o milho americano luta pararecuperaro mercado que perdeu na Coréia do Sul", disse um negociador regional

baseado em Cingapura. Dados publicados pelo Serviço de Informação Comercial Coreana (KOTIS) mostram que as importações coreanas de milho brasileiro aumentaram de 68.552 toneladas,no período de janeiroa maio do ano passado, para 783.728 toneladas neste ano. "Eu não ficaria surpreso se as vendas brasileiras de milho para aCoréia doSul aumentassem 1,1 milhãode toneladas em 2002", disse um negociador.Asimportações do milho norte-americano diminuíram depois que foi encontrada umavariedadede milho geneticamente modificado proibidopara consumo humano (Starlink) em produtos alimentícios industrializados. (Reuters)

Produtores vendem soja antes mesmo do plantio

A alta dos preços no mercadointernacional eadesvalorização dorealdevem estimular os produtores brasileiros a aumentar oplantiode sojanasafra 2002/03.OPaís poderá bater recorde na produção do grão.

O sócio-diretor da Agroconsult, André Pessôa, acredita que a produção poderá atingir 48milhões detoneladas, contra41,1 milhõesde toneladasde 2001/02.Os produtores já começaram a vender a safra desoja do ano que vem, antesmesmo de plantá-la. Ospreçosatraentesoferecidos pelastradings que operam o mercado mundial servem de estímulo. Motivos paraos preçosaltos nãofaltam atéo momento:além de se beneficiar da desvalorizaçãocambial, os produtores de soja podem tirar proveito de um cenário de ofertae demandabastante atrativo na maioria dos mercados externos. (AE)

Mais adubo para a agricultura moderna

Esteano oconsumobrasileiro de fertilizantesdeverá registrar umcrescimento de até 5% em relação ao ano passado. É o que revela um estudodo InstitutodeEconomia

Agrícola (IEA) aoprever que a demandapor adubosdeverá chegar a 17,5 milhões de toneladas durante este ano, em consequência da expansãodo totalda áreaplantada de grão neste ano-safra. A expansãovem motivandonegócios do setor.

Entregas aceleradas, compra antecipada O IEA informa aindaque nos três primeiros meses deste ano, asentregasde fertilizantesem todoo Paíssomaram 2,9 milhões de toneladas, um aumento de 16,2 se comparado ao mesmo período do anopassado. Oacréscimoé consequência damaiordemanda verificada nas cultura de milho(safra deinverno) e do trigo, além do fato dos produtores estarem antecipando a compra de fertilizantes para a próxima safra.

As experiências com a raça rubia gallega (acima) começaram há dois anos, com a inseminação do gado nelore
PAIOL

Crédito alternativo: rápido e barato

O penhor, que existe há mais de 200 anos, ainda se mantém como uma das rápidas e baratas formas de conseguir dinheiro fora do sistema financeiro. Tomar recursos através de cooperativas de crédito também é mais vantajoso.

Para quem já estourou o limitedocheque especialevê as contas vencidas se acumularem, uma saída é partir para formas alternativas de conseguir dinheiropara equilibrar o orçamento familiar.

Penhor, empréstimosjunto à empresa em que trabalha eem financeiras,mediantea apresentaçãoda carteira de trabalho,são as formas de driblaras dificuldadesfinanceiras sem muita burocracia e com mais rapidezdo que no sistema bancário.

Início – A prática de penhorarbenspara financiar dívidas é antiga: nasceu ainda comoPaís sobodomíniode

D.Pedro II, no século 19, e consolidou-secomo uma forma alternativadeconseguir recursos.

Aomês,cerca de 100mil novos contratos são abertos na Caixa Econômica Federal (único banco autorizado pararealizaroperações depe-

nhor). E a tendência é de crescimento. Em 2000 foramliberados R$2,2 bilhõesemcontratos. No ano passado, o banco emprestou R$ 2,6 bilhões. Neste ano, atéjunho, foi liberado R$ 1,5 bilhão, contra R$ 1,2 bilhão emigual período de 2001.

"Prego" – O público que procura o popular "prego" é compostona maioriapor mulheres (74%), que abrem mão da vaidade, deixando suas jóias confinadasem troca dedinheiro. Em 70% dos casos a quantia penhorada, conforme pesquisarealizada pela Caixa, é usada parasaldar dívidas.

"Já esgotei todas as alternativasde conseguircrédito.O penhor de minhas jóias irá se juntar aos empréstimos feitos em bancos efinanceiras para cobrir dívidas", explicou constrangida a dona-de-casa Ana Maria*, à reportagem do

Diário do Comércio , quase escondida no canto isolado da agência da avenida Paulistada Caixa,específica para operações de penhor. Gasto com saúde – E nquanto aguardavasua vezde avaliaraspoucas jóias que traziana bolsa, abalconista Raquel* disse queo dinheiro do penhor seria usado para cobrirgastoscom otratamento desaúdedesuamãe, recém-operada.

A mãe de Raquel não possui convênio médico e foi a irmã quem arranjou o dinheiro para a cirurgia. Agora, faltam recursos para levaro tratamento adiante.

Na hora – Nos dois casos as mulheres foram atraídas pela facilidade deo dinheirodo penhor sair na hora, após a avaliação do preço da jóia.

"É uma forma de levar o dinheiropara casa, sem burocracia e sem ter que dizer para o queele é necessário",diz a bancáriaLuíza*,de 36anos. Hátrês meseselapenhorou as jóias da família para não ter oseu nomeincluído em um cadastro de restrição ao crédito e correr o risco de perder o emprego no banco.

Baixocusto – O penhor também é atraente pelo custo mais baixo em relação às operações de crédito tradicionais.A Caixacobra jurode 2,95% ao mês, para operações de até R$ 300, e de 3,50% mensais, para valores superiores a R$ 300.

Uma linha de empréstimo pessoal tem custo médio de 5% em um banco, e de cerca de 10% em financeiras.

São oferecidostrêsprazos para o resgate da jóia: 28, 56 e 84dias, podendoserrenova-

Cresce o volume liberado por cooperativas: R$ 330 milhões

Reguladas e fiscalizadas pelo Banco Central, BC, as cooperativas decréditoexistem com um objetivo: oferecer empréstimos sem burocracia e a um custo menor do que no sistema financeiro.Estas vantagens já elevaram significativamente o volume liberado, que atingiuR$330milhões em maio passado.

As cooperativas,quefuncionamdentro de empresas são, hoje,uma alternativaao financiamento tradicional, ondeas taxascobradasestão nas alturas. Bancoob – Desde1997, as cooperativas decrédito estão sob o guarda-chuva do Banco Cooperativo doBrasil, Bancoob, o banco dos associados. A otodo,o Bancoobatende hoje cercade700 empresas associadas em todo o País. Há cincoanos, obancodisponibiliza recursos para as cooperativasde créditodasempresas, além de trabalhar com depósitos e saques.

Asoperações deempréstimos do Bancoob são possíveis devido à parceria do ban-

cocom o BNDES, dequem toma recursos para suas linhas de crédito. O banco oferece13 linhasparaempresas privadas, firmas individuais e produtores rurais. Fora do sistema – "As cooperativas permitem às pessoasconseguir dinheirofora dosbancos",afirma Abel de Lima Filho,gerente decrédito do Bancoob.

Em2001, oBancoobmantinha uma carteira de operações de crédito no total de R$230 milhões,quepassou para R$ 330 milhões em maio (44% a mais).

Equilíbrio – Segundo o economista Emílio Alfieri, da

As operações de penhor, exclusivas da Caixa, estão crescendo mês a mês: neste

dos após o vencimento. "Éuma linhade financiamentomuito simplesebarata, queserve de alternativa para quem já esgotou todas as possibilidades de conseguir dinheiro emprestado", diz Cláudia Vitalle, gerente-geral da agência da Caixa na avenida Paulista, uma das

mais importantes neste segmento.

Documentos – Para ter acesso ao penhor o interessado deve apresentar um documento deidentidade, CPF e comprovante de residência.

Não é exigido avalista.

Mas há quem procure o penhor apenasporuma ques-

tão desegurança oude luxo. A aposentada Helena* levou à Caixaparte desua coleção de jóias, dadaspelo marido e herdadasda família,parater umdinheiro extra simplesmente para gastar. Semdizer oquepretendia comprar, Helena*, que esteve no banco sem o conhecimento de seumarido, justificou a açãoainda comoumaforma de protegerosseusbens, já que em casa não possui um cofre adequado para guardar as jóias.

*Porquestões deprivacidade esegurança onome dasentrevistadas foi trocado.

Penhora, em troca da liberdade

A prática dopenhor teve início no Brasil com a criação do Monte do Socorro, pelo imperador D. Pedro II, junto à CaixaEconômica Federal, em 1861. O objetivo, naquela época, era o de socorreros plebeuscomproblemas financeiros.

Hoje,o penhoréutilizado mensalmente pormais de30 mil pessoas efunciona como um serviço daCaixa Econômica Federal, destinado também a não-clientes.

Esse tipo de financiamento foi utilizadonopassadoinclusive porescravosque penhoravam as jóias que ganhavamde seus senhores para conseguir comprara tãosonhada carta de alforria.

Até1934,quando umalei deu à Caixa Econômica Federalo monopólio sobreo penhor,centenas deestabelecimentos praticavam esse tipo de empréstimo.

Naquele período era possível penhorar praticamente

tudo. Umadas estóriasmais famosas éadecariocasque, nos velhos tempos, costumavam penhorar o chuveiro elétrico noverão eo ventilador no inverno, garantindo "liquidez financeira" por todo o ano.

Atualmente sóé possívelpenhorarjóiasnoEstado.E, em pouquíssimas agências deoutros Estados, tambémoutros bens,como eletroeletrônicos portáteise instrumentos musicais.

Dinheiro sai fácil em financeiras, mas

o custo é muito elevado

Associação Comercial de São Paulo,quemantém dentro de sua sedeuma cooperativa de crédito, o sistema é fundamentalpara equilibrar o mercado.

"O mercado de crédito tem duas formas de jogo: o competitivo e o cooperativo. Quando asdisparidades de custo dentrodo mercado se acentuam, é o sistema cooperativo que mantém o equilíbriooferecendocrédito alternativo à parcela de usuários que não consegue assumir taxaselevadasnos financiamentos", diz Alfieri. Taxamenor – Uma das vantagens do sistema de cooperativas é que os juros cobrada são baixos. O associado deuma cooperativapagaem média 2% ao mês. Nas financeiras, as taxas cobradas variam de 9% a 12%.

Outra vantagem é que nesse tipo de financiamento não existeburocracia, umavez que o valor das prestações devidas é descontado automaticamente do holerite do funcionário.

Ter um automóvel na garagem, carteirade trabalhoassinada,sero titulardeuma conta-corrente ou ter realizado compras parceladasem uma loja.Possuir apenasum destes requisitos é o suficiente para conseguir crédito em grande parte das financeiras.

O dinheiro éliberado, em alguns casosespecíficos, mesmoseo interessado tiver cheque devolvido recentemente e até mesmo o nome incluso em um cadastro de restrição ao crédito.

As taxas de juros cobradas pela Crefisa variam de acordo com oprazo contratado eo perfil de risco do contratante.

O problema é que o custo da operação é muito alto: em algumas linhas ultrapassa 13% ao mês

O problema é que ocusto da operaçãoé muitoalto: em algumaslinhas ultrapassa 13% ao mês.

Débitoemconta – A Crefisa, por exemplo, libera o dinheiro (que podeser de 30% a 40% doúltimo salário), desde que ele seja pago através do débito em conta-corrente de um banco filiado à financeira, como Bradesco e Itaú.

A taxa média cobrada pela financeira, deacordo com o Banco Central,era emjunho de 13,62% ao mês. Comprarumproduto em umadas lojas conveniadas à financeira Losango, do grupo Lloyd’s TSB,pode ser sinônimo de crédito fácil e ficarlivre dedoresde cabeçaem uma emergência financeira.

Perfil – A Losangorealiza pesquisasobre operfildo compradore seele foi um bom pagador. Se o cliente atender a essas exigências, ela encaminha um cartão com limite decréditopré-aprovado,que pode ser sacado em qualquer unidade do Banco 24Horas.Atualmentea financeira tem cerca de 3,3 milhões de cartões emitidos.

Uma dasprincipais vantagens de possuir o cartão é que

ataxade jurosnessamodalidade de empréstimo é de 7,9% aomês.Em uma linha de crédito pessoal,sem o uso do cartão,pelafinanceira,o custo varia de 8,5% a 11,98% mensais.

Automóvel – No Banco PanAmericano ocrédito sóé liberado se o interessado tiver o nome limpo na praça. Apesardisso,ele possuiumadas linhas maisinteressantes de empréstimo pessoal.

Através da AutoPan é possível emprestar até R$ 15 mil, com juros inferiores aoscobrados em linhas decrédito convencionais do banco. Doisanos – "É uma linha atraente porque podeser paga em até 24 meses. Além disso, ela pode ser usadapara quitar dívidas em aberto com administradoras de cartão de crédito ou nochequeespecial", diz Adalberto Saviolli, diretor de Crédito e Cobrança do PanAmericano. O banco nãoquis divulgar o valor das taxas de juros cobradasnessa modalidadede crédito.

ano a instituição já R$ 1,5 bilhão
Dudu Cavalcanti/N-Imagens

Saldo da poupança cresce

Pouco crédito, muitos problemas

OBrasiltem umadas economias mais importantes entre os países emergentes, forte presença no comércio mundial, atrai grande volume de investimentos estrangeiros de curto e longo prazos e divide o papel de liderança econômicacom oMéxico na América Latina. Mas ainda seriauma economia incipiente se dependesse apenas deseu mercadode crédito.

No Brasil, estão nas mãos dos tomadoresfinais derecursos, empresas e pessoas físicas, 29% do PIB do País. Àprimeira vista,onúmero pode parecer significativo, masno emergente Chile, país que tem uma representatividadebem mais modesta no mundo econômico, essa porcentagem éde 81% do PIB.

Na comparação com outros países, alguns mais desenvolvidos,o Brasilleva um banho: nos Estados Unidos, o volume de crédito é de 82% do PIB, na China,de 97%ena França,de 145%do produto interno. Os dados são referentes ao ano 2000e fazempartede um estudo sobre crédito no Brasil elaborado pela ABM Consulting.

Juros altos

Aprincipal explicação para o volume de crédito no Brasil sertão minguadoé a elevada taxa dejuros, que persiste por um período mais prolongado do que seria desejável. Alberto BorgesMatias, presidente da ABMConsulting, notaque pelo menosnos últimos15 anos osgovernos têmcontido a oferta de crédito para tentarmanter ainflação

sob controle.Essa política ficou ainda mais visível a partir da criação do Plano Reale,posteriormente, da adoção do sistema de metas de inflação.

Prejuízos

Porém, mais do que a explicação,o que importa nesse caso éidentificaros prejuízos que a falta de crédito gera para a economia do País.

Asempresasnão conseguem recursos para investir na expansãodos negócios. Os consumidores nãotêm crédito fácilparaadquirir osprodutos eserviços das empresas, que acabam cortando custos,demitindo e encolhendo o mercado consumidor.

Osistema bancário,que no Brasil teria forças para ir contra apolíticarestritiva oficial se desejasse, também prefere segurar o crédito. Matias destacaque osbancos tendema compensaro baixo volume de crédito com taxas elevadas. Por isso éque visivelmentetêm pouco interesse em emprestar dinheiro em grandes volumes, sejapara empresas, seja parapessoas físicas. Quantos consumidores, pequenas e médias empresas já não precisaram praticamente implorar por um empréstimobancário no Brasil?

Os candidatos à Presidência gostam de dizer que vão reduzir os juros. Mas precisamos esperar para ver se serão bem-sucedidos natentativa demudar aestrutura decrédito, quenos deixaa anos-luzdedistância depaísescomo oChile quandooassuntoé emprestar dinheiro.

OPINIÃO

Gilberto Pereira*

CPMF muda pouco na bolsa

A isenção da cobrança de CPMFnos negócios com ações não consegue mudar muitacoisa nabolsabrasileira. O mercado financeiro ainda tem muitasdúvidas quantoao cenário político no Brasil e está preocupado com a volatilidadedas bolsas americanas. Isso impede uma retomadadas posiçõesdecompra na bolsa com grandes volumes.

A expectativa do mercado éde quepossamsurgir mais operações de renda fixa na bolsa de valores com a isençãodacobrança de CPMF, mas somente quando a volatilidade do mercado financeirodiminuiré que essasoperações devem registrar volumesmaisexpressivos.

*Gilberto Pereira é gerente de bolsa da corretora Liquidez

•Como o Banco Central ainda não utilizou o viés de baixa paraos jurosadotado peloComitê dePolítica Monetária, Copom, no mês passado, é grande a expectativa do mercado em torno de uma redução da Selic na quarta-feira. Os juros futuros recuaram durante toda a semana passada na BM&F, antecipando essa expectativa.

AGENDA ECONÔMICA

•2ªfeira:O Ministério do Desenvolvimento divulgao resultado da balança comercial na segunda semana de julho.

•3ªfeira: OComitê dePolíticaMonetária, Copom,inicia suareunião mensalpara discutira taxabásica dejuros das quatro semanas seguintes.

•4ª feira: OCopom conclui a reunião eanuncia sua decisãosobre osjuros.Também naquarta-feira,a FGVdivulga o segundo decêndio de julho do IGP-M.

•5ª feira: Sai a segunda prévia de julho do IPC-Fipe.

mais e atinge R$ 128 bilhões

A cadernetade poupança tem atraído um número cada vez maior de investidores. Do início do ano até o último dia 8,o saldo total aplicado deu um saltode R$10 bilhões, passando de R$ 118,6 bilhões para R$ 128,7 bilhões.

O número decontas tambémteveumaumento expressivo: passou de 51 milhões,no finaldo anopassado, paramaisde60milhões em junho.E a tendênciaé de crescimentopara os próximos meses.

Regras – O anúncio feito pelo governo, na semana passada, desistindo decriar novas regraspara apoupança, de acordocomquem atua nessamercado,deve favorecer ainda mais a procurar pelo investimento mais popular do País.

"Ésempre melhor para o mercado, eprincipalmente para o investidor, lidarcom regras já conhecidas", ressalta Celina Lopes, superintendente nacional de Serviços e Captação da Caixa

Econômica Federal.

Para ela, até agora o estudo dasmudanças aindanãohavia influenciado adecisão do investidor.Masque issopoderia mudar,dependendo do quefosse aprovado pelogoverno.

Fundos influenciam– O susto eas perdas reais nos fundos de renda fixa,após a exigência da marcação amercado (atualização diário dos títulos que compõem os fundos), pelo Banco Central, foram os

principais motivos para o aumentodo saldodapoupança até agora.

Os novos depósitos, excluíndo retiradas e os rendimentos, somaram R$ 4,2 bilhões

Depósitos – Osnovos depósitos, excluindo as retiradas e os rendimentos creditados no período, dejaneiro atéo último dia8,somaram R$ 4,2 bilhões. Se a esse número forem acrescidos os rendimentos doperíodo ovalor sobepara R$ 9,2 bilhões. Muitos investidorespassaram a preferir a poupança aos

Volume recorde na Caixa: R$ 40 bi

A poupança da Caixa Econômica Federal registrou umamarcahistórica, atingindo um saldo recorde, no últimodia10,deR$ 40bilhões. Oresultado significa um aumento de 13,45%, em relação a dezembro de 2001. A participação da Caixa no mercado de poupança tambémcresceu: passou de 29,5%, em dezembro, para 31,30%, noinício destemês.

Do total de R$ 6 bilhões captados pelo mercado até o final dejunho,a maiorparte (R$ 4,3bilhões) foramrealizados pela Caixa. Celina Lopes,superintendente nacional de Serviços e Captação da Caixa, atribui o bom resultado alcançado pelo banco não só à exigência da marcação a mercado dos fundos, que levoua uma migração dos investimentosem

fundos para poupança. Sorteios – Paraela, o principal atrativo da poupança da Caixa são os sorteios de prêmios em dinheiro, realizados mensalmente pelo banco. Ao mês, aCaixa sorteia 1,8 mil prêmios de R$ 500;25 de R$ 10 mil e 1 no valor de R$ 1 milhão. O banco possui 19,6 milhões decontas-poupança, sendo que 2,39milhõesforam abertas em 2002. (AG)

fundos,mesmo comaameaça de ela passar por mudanças no rendimento e na forma de tributação em breve.

Pelas novas regras,que estavam em estudo pelo Banco Central e que foram abandonadas na semana passada, a rentabilidade da poupança ficaria sujeita à cobrança do Imposto de Renda. Atualmente, a poupançaé a única aplicaçãoisentada mordida do Leão no mercado.

Captação – A desconfiança dos investidores, em relação ao fundos derendafixa, já serviupara levaracaderneta de poupançaa baterum recorde de captação em junho. No períodoacaptação líquida(depósitos maisrendimentos,menosas retiradas) atingiu R$6 bilhões.Para julho, o resultado deve ser muito parecido.

Nosoito primeirosdiasdo mês, acaptação líquida (depósitos mais rendimentos, menos retiradas) já deixou mostrasdequeissoé possível.Foram captados R$ 2,2 bilhões,valorigual número de dias em junho.

Adriana Gavaça

Troco: BC pede mais participação

O Banco Central, BC, está chamando as associações comerciais de outros Estados, fora São Paulo e Rio de Janeiro,além doParaná, paraque participem deforma mais efetivado trabalhoquevisa resolver o problema do troco no comércio.

O projeto,quecontahoje com o envolvimento mais diretodas associaçõescomerciais de São Paulo e do Rio de Janeiro,precisa dacolaboração do comérciodos demais Estados para quea solução seja maisrápida. Aafirmação, feitaao Diário do Comércio na últimasexta-feira, édochefede Departamento do meiocirculante doBanco Central, José dos Santos Barbosa.

Reunião– Na última semana, o representante do Banco Central esteve reunido noRiode Janeirocomasassociaçõescomerciais deSão Paulo eRio, alémda Federação Brasileira das Associa-

çõesdos Bancos,Febraban,e de representantes de alguns bancos.

Registros– Segundo Barbosa, não bastao comércio identificar onde há faltade troco."É preciso que, por meio das associações comerciais de seus Estados, o comécio comunique o Banco Centralsobreos locaisondeo problema existe", diz. Isso pode ser feito por meio de um endereço eletrônico criado especial mente para esse fim, o faltadetroco@bcb.com.br

A reclamação docomerciante será registradapelo BC, queenviará um representante técnico do meio circulanteao banco,para queo estoquedes cédulasoumoedas possa ser completado. Se nãoexistir umrepresentante do BCna cidadea reposição será feita pelo Banco do Brasil."Tentaremos resolvero problema ponto a ponto", diz José dos Santos Barbosa. Melhora – Apesar do pedi-

do feito porBarbosa ao comércio, asegundaavaliação do Banco Central sobre a falta detrocono mercadofeitana semanapassada épositiva. Deacordo como BC,houve uma melhora no atendimento dosbancos no fornecimento de cédulas menores.

A pesquisa feitapela Associação Comercial de São Paulo sobre a falta de troco também também aponta para umamelhora doproblema. "Apesar da melhora em relaçãoàprimeirapesquisa, as dificuldades, especialmente em relação às notas de R$ 1 e R$5,continuam", dizoeconomista MarcelSolimeo,da Associação.

Mais dinheiro – Para resolvero problema, alémdos 80 milhões de cédulas de R$ 2 reais colocadasnomercado, o BC já encomendou outros 190 milhões até omês de setembro, que efetivamente estarãono mercadoaté ofinal do ano, segundo Barbosa. "O

objetivoé chegarmos com 200 milhões de cédulas de R$ 2 até o final deste ano". A Casada Moedatambém trabalha para viabilizar a produção demoedas,a pedido do BC. "Esperamos que a produção saiados atuais690 milhões para algopróximo a um bilhão de moedas",diz Barbosa. Comprometimento –Uma nova reunião fora do eixo SãoPaulo-Rio deJaneiro, onde o problema do troco é mais grave, está prevista para o dia 24 deste mês. "Precisamos de uma maior comprometimento dasassociações comerciaisde outros Estados,além deSão Pauloe Rio de Janeiro", diz Barbosa. Reclamações sobre faltade troco e sugestões, também podem serfeitas naAssociaçãoComercial, pormeiodo endereço eletrônico i e co n omia@acsp.com.br

Roseli Lopes

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Os empreendedores do sombrero

As empresas mexicanas se consolidam como potenciais investidoras no mercado brasileiro daqui por diante. O último acordo firmado entre os dois países foi o estímulo que faltava nesse sentido, com a redução das tarifas de 800 produtos das duas nacionalidades. Hoje, o Brasil está no centro das metas de crescimento de algumas das maiores empresas do México.

As empresas mexicanas devem investir US$10 bilhões em toda a América Latina até 2004, dosquaisUS$3,5 bilhões somente no Brasil. A estimativa é doConsulado do Méxicono País,queafirma estarem instaladas um total de 15 empresas mexicanas no Brasil. São empreendimentos de todos os portes, divididos em setorestão diversos

quanto ode fraldasdescartáveis, peçasautomotivas, hotéisouartesanato. Comoúltimo acordo firmado, no início dejulho, foiestabelecido que 800 produtos dos dois países teriam suas tarifasreduzidas. A expectativa da Conselheria Comercialdo México em São Paulo éde que40 empresas mexicanas se instalem no País nos próxi-

mos anos.

O agravamentoda crisena Argentina é outro fator de atração dosempreendedores mexicanos para o Brasil, já quea maioriados planos de investimento antes traçados terminammudando de rumo. A regra também vale no caminho inverso, com maior atençãodos exportadores brasileiros emfecharnegócios na terra do sombrero.

"O potencial de investimentosno Brasilé enormee aqui estão algumas das nossas maioresempresas", afirmao cônsul do México em São Paulo Salvador Arriola.

Segundo Arriola, as exportaçõesdo Brasilpara oMéxico foram de US$ 1,8 bilhão em 2001, para US$ 695 milhões dos mexicanos para cá.

"São os dois grandes mercados daAmérica Latinahoje. Não dá para esquecer que o México tem100milhõesde habitantes, com saídas para o Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico",explica ovice-presidentedaCâmarade ComércioBrasil MéxicoEdmyr

Piereck.

Nos últimosanos, os empreendedores mexicanos vêmsentindooimpacto do aumento das exportações da China para os Estados Unidos,destino damaioriadas exportações do México. Nesse ponto, o fortalecimento dasrelaçõescom oBrasil tambémévistocom entusiasmo pelas empresas. "É um forma de driblar a ameaça chinesa, que também prejudica os produtos brasileiros", afirma Piereck. Nasemana passada,Piereck levou ao México uma missão comnove empresasbrasileiras do setor de máquinas e equipamentos para a indústria de artigos emmadeira. Em setembro,será a vez dos

PIB mexicano é maior que brasileiro

O ProdutoInterno Bruto (PIB) mexicano em 2001 foi maiorqueobrasileiro: US$ 618,6 bilhões, para US$ 501,6 bilhões do Brasil. Trata-se de um indicativo do quanto o Brasil pode se beneficiar com o comércio com os empreendedores da terra do sombrero,donos de umaindústria tão diversificada quanto a nossa.

Segundo informações da Conselheria Comercialdo México noBrasil, algunsdos produtos brasileiros de maior interesse de importaçãopor aquelepaíssão api-

menta,ervamate, sementes de plantas e cachaça. Sem falar nos benefícios que os recentes acordos trazem para a indústria automotivade ambos os países.

Dooutro lado,osmexicanos têmgrande interessede exportaritens comoatequila, cerveja, sucos, flores e trigo.

Exportações - A estimativa da Conselheria Comercial é dequeos automóveis respondam por 12,7%dasexportações do México para o Brasilem 2002.Osprodutos da indústria química respon-

deriam por outros 8,1% do total exportado, com7,1% dasvendas externasfocadas nos medicamentos.

Importações - Do outro lado,os mexicanosdevemter nos automóveis 25,9% das suas importações do Brasil. O segundo item mais importado são as carrocerias dos carros.

A recuperação da economiamexicananos últimos anos, depois da crise de 1995, vem sendofeitaao ritmode 4,5% ou 5% de crescimento desde 2000.

Segundo informações da

Embaixada do México no Brasil, foram criados três milhões de empregos no país no período. Hoje, a renda per capita dos cidadãos mexicanos é de US$ 6,1 mil.

A taxa de inflação dos mexicanos, que já chegou aos 50% ao ano antes dos anos 2000, agora é inferior a 10%.

O tamanho do mercado consumidor mexicanoéum ponto em comum entre os dois países. Apopulaçãodo Méxicoé hoje de quase100 milhões de pessoas. O país é o 14º maior emárea do mundo.

Artesanato para brasileiro ver

A mexicana Judith Gonzalez Lazzarini não pensava em trabalhar vendendopeças do artesanato de seu país quando se casou com um italiano e veio morar no Brasil. O negóciocomeçou por acaso,mas járepresentaUS$ 50milem importação de vasos e esculturas doMéxicoparaasua Mundy Art,em SãoPaulo. A empresária possui uma loja em Perdizes e vende seus produtos para 150lojistas de todo o País.

"A procura pelas peças é boa.Agora sófaltafirmarem um acordoparafacilitara venda doartesanato mexicano", diz Judith.

A empresáriaabastece seu estoque de produtos nas quatro viagens que faz por ano ao México.

Enquanto otal acordoque beneficie oseuartesanato nãochega, Judithvaiaproveitando o aumento das relações comerciais entreos dois países para ampliar seus ganhos. "Estou fazendo contatos comempresas mexicanas para ofereceras peças como opções debrindenasdatas comemorativas", diz. Segundo aempresária, o artesanato do Méxicoé muito influenciado pelas culturas maiae asteca."Sãocombinações de materiais como o vidro soprado eas cores berrantes que,juntas, funcionam bem", explica. Emseu estoquedeprodutos, Judith vende copos, jarras,pratos, potesdecerâmica, máscaras, castiçais e petisqueiras,entre outrosprodutos. "Éumtrabalhobaseado no rústicoluxuoso,comoo uso de texturas como a pátina nas peçasdemadeira",diza empresária mexicana.

empresários nacionaisque trabalham com móveis. "As perspectivas sãomuito boas, masaindafalta um pouco mais de troca de informações entreosdois mercados. Os mexicanos ainda vêm o Brasil como o País dafloresta e do Carnaval, enquanto os mexicanos são sempre cidadãos festivos caminhando comseus sombreros", explica Piereck. Mabesa - AMabesaé asegunda maior fabricante de fraldas descartáveis do México.Etem 20%dassuasoperaçõesna América Latina concentradas no Brasil.Em 2001,a empresafaturou R$ 130milhõesno País,quepodem chegar a R$ 200 milhões até o final do ano.

"O Brasil tem omaior potencial de crescimento da empresana AméricaLatina, até porque o mercado é grandeepossui hojeumataxade penetraçãobaixadeuso das fraldas descartáveis", explica o presidente da Mabesa no Brasil Sammy Roger Ewald. A Mabesa é a fabricante das marcas Cremer,Plim Plime Puppet, entre outras, com 15% de participação no mercado nacional.

Para os próximos três anos, as metassão dechegar a20% do mercado brasileiro. "Toda a nossa produção é local. Importamos do México somente alguns itens das nossas linhas especiais,como asfraldaspara uso na piscina,por exemplo", explica Ewald.

Posadas vai investir US$ 139 milhões em hotéis

O Grupo mexicano Posadasé oprincipaldo setorhoteleiro na América Latina, com estabelecimentos espalhadospeloMéxico, Brasil, Argentina, Chilee Estados Unidos. Os investimentos no mercado nacional estãono centro dasatenções dacompanhia, dona da marca Caesar Park desde1998, quando tiveraminícioas operações no Brasil. Hoje, são seis hotéis das bandeirasCaesarParke Caesar Business abertos noPaís, com outros14 para serem inaugurados até 2004. Os investimentos previstos sãode US$139 milhões para viabilizar osempreendimentos, que devemgerar 1,5mil empregos. Em 2001,o faturamento geral do grupo foi de US$ 450 milhões, para US$ 50 milhões no Brasil. "O nosso foco sempre esteve no Brasil. Até tínhamos um planode crescimentona Argentina, adiado em função da crise no país", afirma o diretor geral do Grupo Posadas na América doSul Alberto Grau Neto.

nhecidas do Grupo Posadas são as bandeiras Fiesta e Fiesta Inn, respectivamente de hotéis com quatro e cinco estrelas.

Grupo é líder no México e pretende inaugurar 14 estabelecimentos em todos os estados do Brasil

No Brasil, o Caesar Park segueo padrão cinco estrelas, enquanto o Caesar Business é classificado comoquatro estrelas, sendo mais voltado para o público executivo. Divulgação- De acordo com o diretor da companhia, os executivosmexicanos em viagem ao Brasil reconhecem as bandeiras Caesar Park e Business como marcas do grupo mexicano. Arede dehotéis já desenvolve campanhas de divulgação das potencialidades de negócios do Brasil no México.

Descentralização - O objetivodogrupoéampliar sua participação noPaís descentralizandoa abertura de novos hotéis. "Vamos entrar em capitais como Belo Horizonte, Goiânia, Vítória e Natal, entreoutras", afirma Grau Neto. Nos outros mercadosem que atua, asmarcas mais co-

"Osacordosentre osdois países não envolvem osetor hoteleiro,mas favorecemo nosso negócio ao trazer mais executivos mexicanospara o Brasil", explica Grau Neto. A estratégiado grupopara chamara atençãodosexecutivos incluidetalhes comoa instalaçãode academiasde ginásticanoshotéise terminaisdeacesso àInternetnos quartos.

"As principaisdiferenças entre os empreendimentos no Méxicoe no Brasilestão relacionadas às formas de investimento. Lá os hotéis são normalmente desenvolvidos com os recursosdedoisou três sócios,númeroqueaumenta muito no mercado nacional", diz Grau Neto.

Piereck: investir no Brasil é uma oportunidade de compensar as perdas com as exportações da China para os EUA
Célio Jr./ Digna Imagem
Isabela Barros
Judith importa US$ 50 mil em artesanato do México todos os anos. Meta é oferecer os produtos para as empresas.
Célio Jr./Digna Imagem

Alto custo desestimula

empresas a abrir o capital

Alto custode manutenção de capital aberto, baixa liquidezde papéisnabolsa devalores e interesse cada vez menordos investidorespelas aplicaçõesem rendavariável continuam levando muitas empresasa cancelar oregistro de companhia aberta.

De acordo com a Associação Brasileira dasCompanhias Abertas, Abrasca, oito companhias fecharam ocapital no primeiro trimestre, ritmo que deve se manter atéofimdo ano.

tos de capital, o que preocupa é o fato de as aberturas de capital andarem em um ritmo muito mais lento.

Em 2001,apenas 34 abriram o capital, sem lançamento de açõespara serem negociadas nomercado. Nosúltimos quatro anos, apenas Globo Cabo, Ideias.net, Grupo Ultra e CCR lançaram pela primeira vez ações no mercado.

O mercado não oferece muitos atrativos para as empresas abrirem o capital ou mantê-lo aberto

Fuga – O presidente da A brasca, Alfried Plöger, diz quemuitasdessas empresas apressaram ofechamento de capital para fugir deregras maisrígidas daComissãode V alores Mobiliários, CVM, adotadas há cerca de quatro meses.No ano passado, 50 empresas saíram oficialmente do mercado de capitais brasileiro.

Mais do que os fechamen-

Poucos atrativos – "Os fechamentosde capital vão exceder as aberturas ainda por muito tempo. Se a renda variável épreterida pelos investidores mesmo comas recentesperdas da renda fixa, omercado não oferece muitos atrativos para as empresas abrirem o capital ou mantê-lo aberto", comenta Plöger.

De acordo com pesquisa feita pela Abrasca no fimde 2000, as empresas gastam, em média, R$ 6,44 milhões todos os anos para manter o capital

aberto.O valorincluigastos com auditorias externas, publicações, taxas deadministração dabolsae departamento de acionistas,todos obrigatórios para companhias abertas.

Debêntures – Sem disposição para abrir o capital com lançamentode ações,muitas empresas optam por captar recursosno mercado com a emissão de debêntures.

Mas este mercado está cada vez mais dominado por grandes empresas, segundo Plöger, o que leva as médias buscar alternativas para obter recursos.

Copasa – A Companhia de Saneamento de Minas Gerais, Copasa, por exemplo, anunciou no início domês que pretende captar R$ 294 milhões no mercado brasileiro.

A empresa vai abrir o capital e lançar um lote de debêntures simples(não-conversíveisem ações)de R$231,9 milhões.

Metade desses papéis ficará com o Banco Nacional de De-

senvolvimento Econômicoe Social, BNDES, eorestante comum grupode bancoslideradospelo Unibanco, o que mostra que a pulverização dos títulos não é a melhor estratégianesse momento. Ou seja, as empresas ainda preferem manter-seafastadasdo mercado de açõesna hora de captar recursos.

Rejane Aguiar

Isenção da CPMF

anima investidor

Aisençãoda CPMFparao mercadoacionário,a partir dehoje, enfim conseguiu motivaros investidores na última sexta-feira, mantendo obom humordo mercado. O Ibovespa fechou em alta de1,49% egiro financeiro somou R$562 milhões.O índice encerra a primeira quinzena do mês com queda acumulada de 1,54%. As maiores altas foram Net PN (8,54%), BradescoPN (6,64%) e Telemig Celular PN (6,09%).(AE)

Mais um bancoaposta nos fundosde investimentode curto prazo, voltados para investidores mais cautelosos. O BBV Banco colocouno mercado o fundo denominado BBV RF CurtoPrazo,cuja carteiraestá 100%aplicada em títulospúblicosfederais com prazodevencimento menor, de apenas 63 dias. O atrativo desses fundos é que, com prazos menores para o resgate, os fundos de curto prazo também apresentam menor volatilidade e portanto ficam menos sujeitosa grandes perdas.

O fundo tem liquidez diária, taxa de administração de 1,5% e aplicação mínima de R$ 1 mil

Oscilações – As oscilações de preços dos ativos financeiros, quevêmocorrendonos últimos três meses, prejudicou o desempenhodos fundos de investimentos com carteirasde títulosdeprazos mais longos.

Os gestores destes fundos foramobrigados a mudar a forma de contabilizar o valor dos títulos, aapartir da antecipação determinadapelo

Banco Central. Sem carência– "Nossa intenção é disponibilizar para o investidor uma opção que ele considere menos suscetível às perdas com a marcação a mercado", diz Márcio Marchesi,diretor depromoçãoe produtos do BBV Banco. NoBBV RF Curto Prazo não há carência para o saque, quepodeser feitonodiaseguinte ao depósito. Ofundo tem liquidez diária e taxa deadministração de 1,5% ao ano.

O mínimo paraaplicação éde R$ 1 mil, com movimentações mínimas de R$ 100.Sobre osrecursos incidem CPMF,IR naalíquota de 20% e IOF. Há duas semanas, quando o mercado defundos de investimentoregistrou perdas com a marcaçãoa mercado, algunsbancos lançaramfundos com prazos menores. É o caso doHSBC, doBanco do Brasil e do JP Morgan.

Roseli Lopes

Setor de petróleo movimenta economia

O Rio, sede da Petrobrás, foi um dos poucos estados em que houve crescimento do emprego e da atividade industrial no ano

OBrasil deveatingir aauto-suficiência na produção depetróleo em2005.Ademanda prevista para o ano é de 2,2 milhões de barris de petróleo por dia. Apenas a Petrobrás, estatal que hoje responde99% dasreservas conhecidas noPaís,deverá produzir 1,9 milhão de barris por dia daqui a três anos (hoj e, produz cerca de1,5 milhão). Paraconcretizar essas metas,a empresaestáinvestindo forte em produção e exploração.Entre 2001e2005, vai destinar, a projetos de desenvolvimento em produção, US$ 12,5 bilhões; outros US$2,5 bilhõesserãoaplicados em exploração. Os investimentos totaisdaestatalno período estão estimados em US$ 31,7bilhões, de acordo como gerentegeral deestratégiae gestãode portfóliode exploração e produção, José Luiz Marcusso.

Esses recursos têm irrigado a economia carioca– sede da

Petrobrásede ondesai80% da produção brasileira de petróleo brasileira. O Rio de Janeiro é um dos poucos estados combomdesempenho industrialeste ano. No acumulado de janeiro e abril, por exemplo, a indústria do Rio cresceu 5,8%, segundo dados do IBGE. Foi a maior expansão entre as 12 regiões do País pesquisadas pelo instituto. A maioria das regiões registrouquedade atividadeno intervalo – a taxa geral do País foi negativa em 0,1% noperíodo.O crescimentodoRio foipropiciado pela performance daindústria de bens intermediários, utilizados na extraçãode petróleoe degás natural.

Efeito multiplicador – Outras empresas também acabamsebeneficiandodos investimentos no setor. É o caso da Promon Engenharia, que atua no gerenciamento da integração deplataformasde petróleo e também na inte-

gração das partes das plataformas.A companhiadevemais do que dobrar seu faturamento em2002, para R$300 milhões, bem acima dos US$ 130 milhões contabilizadosem 2001. Segundo odiretor executivo daPromon Engenharia,GilsonKrause, obomdesempenho dosegmento de

produção e refino de petróleo éum dosresponsáveispelo salto. O númerode empregados também aumentouna empresa:passoudecerca de 150 funcionários, em 2000, para 300 no ano passado. A gerente de projeto da Organização Nacional da Indústriade Petróleo (Onip),Del-

ma Quintanilha, diz quenos próximos cinco anos a indústria petrolífera deverá gerar 14 mil novos postos de trabalho. "A cada US$ 3,7 bilhões investidos, são abertas entre 95 mil e 155 mil novas vagas". Estudo feito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e apresentado pela

Onip mostra que, a cada US$ 1 bilhão investido no setor, são geradas oportunidades denegóciosde US$ 1,1bilhão, um efeito direto no Produto InternoBruto (PIB)de US$ 592 mil, com a criação de 37 mil postos de empregos.

Teresinha Matos

Petrobrás bate sucessivos recordes

APetrobrás,que detéma maioria absoluta das reservas de petróleo conhecidas no País, vem crescendosem parar.Noprimeiro semestre deste ano, porexemplo,ultrapassou as metas de produção com 1,510 milhão de barris por dia, ante uma expectativade produzir1,490bilhão de barris.

"A performance podeser considerada boa",afirmou gerentegeralde estratégiae gestão de portfólio,José Luiz Marcusso.

Estatal aposta também em investimentos no Exterior

APetrobráshoje também está com os pés em outros mercados.Os investimentos externos em produção e exploração de petróleo previstos parao períodode 2001a 2005 sãode US$6,3 bilhões.

O planoestratégico daempresa para o intervalo entre 2002 e 2006 estabeleceuma meta de produção de 300 mil barris diários de óleo de camposde petróleo noExterior. A Petrobrás atua na Bolívia, A rgentina,Angola, Nigéria, Colômbiae Trinidad-Tobago eacreditaque deverá aumentar a produção de óleo nesses mercados.

Outroobjetivo daempresa noExterior éaumentar acapacidade de refino. Hoje a capacidadetotal derefinoda Petrobrás é da ordem de 1,8 milhão debarris pordia eela quer chegar a 2006 a um vo-

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lume de 2,060 milhões, sendo que260 milserãoprocessados em outros países. Atualmente, refina 60 mil barris/diasdeóleo emduasunidadesnaBolívia enaArgentina. Para tanto, pretende adquirir refinarias nas regiões do Golfo Americano, na América Latina e no Caribe. Balança – Por isso, além de importar, hoje a estatal é grande exportadora. Na pauta de exportações brasileira, a Petrobrás encabeça a lista das maiores exportadoras, superando aEmbraer. Dejaneiro a maio de 2002, movimentou com vendas externas US$ 1,035 bilhão.A Embraer,no mesmoperíodo, negociou comoutros países US$891 milhões.

A Petrobrás vem exportando entre 100 mil e 150 mil barris de óleo ao dia. O petró-

leo do campode Marlim, mais pesado, vai para a Europa, ChinaeEstados Unidos, entre outros países.Até o final do ano, estará exportando 225 mil barris por dia de derivados e 189 mil barris dia de óleo bruto.

As exportaçõesda empresa crescem significativamente desde1999, quandoeramde US$ 800 milhões (veja quadro). A expectativa da empresaé de chegar até o finaldo ano comexportaçõestotais de US$ 2,9 bilhões. Os derivados (gasolina, óleo combustível, gasolinade aviação,querosene de jato e óleo combustível) deverão responder por US$1,6 bilhão e opetróleo bruto por US$ 1,3 bilhão.

A estatal importa entre 200 mil e 300 milbarris por dia, dependendodomês, de um óleo mais leve. (TM)

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Em junho, a estatal bateu mais um recorde deprodução,o quartoconsecutivo. Comisso,a médiadiáriade produção de óleo do mês passado ficou em 1,583 milhão de barris. Esse aumento é fruto daeficiência dasplataformas daBacia deCampos, de onde provém 80%do petróleoproduzido noBrasil, eda entrada em operação de um novopoço.Para se ter uma idéia docrescimento,em 2001, a produção diária de petróleo foi de1,336 milhão de barris.

Pr ojet os –O objetivo da empresa continua sendo o de aumentarainda mais aprodução. Paraisso, serãodestinados US$ 12,5bilhões a novos projetosna área.Desses, diz Marcusso,US$ 8,5bilhões serão direcionados a dez grandes projetos,alguns já concluídose emprocesso deprodução. Ocampode MarlimSul- módulo1, que temnove poços(plataforma P-40),por exemplo,entrou emoperação em dezembro passado. Em sete meses de operação, está produzindo em torno de 150 mil barris de óleo por dia.

Em outubropróximo, entra em operaçãoo Roncador módulo 1A- fase 1.Esse óleo seráprocessado pelo FPSOBrasil (flooting production off-loading), uma plataforma semi-submersível.Com

essa plataforma,a Petrobrás espera retomar a produção dos seis postos que antes estavam conectados à plataforma P-36, destruída no acidente de13 demaio de2001. Essa planta vai produzir 90 mil barris por dia. No próximoano, entrarão em funcionamentoos projetosBarracuda e Caratinga (duasplantas) eBijupirá-Salema, este último em parceria com aInterprise adquirida pela Shell. Asduas primeiras plantas vão produzir 150 mil barris por dia cada uma e a última 70 mil barris por dia. Em 2004, começama operar Albacora Leste, em parceriacom a Repsol YPF; o Marlim Sul - módulo 2 e a Roncador módulo 1A - fase 2.Cada uma dessas plantas vaiproduzir180 mil barris por dia. Em 2005,serão concluídos os projetos Roncador 2; Marlim Leste e Frade, com produção de 180 mil barris por dia; 90milbarris/dia e110 milbarris/dia, respectivamente. No caso do projeto Frade, a parceriaé da Petrobrás com a Chevron Texaco e a japonesa Nissho Iyai. Descobertas – A Petrobrás também está investindo em exploração. Entre 2001 e 2005, serão destinados US$

2,5 bilhões ao setor. A empresa esta presenteem 63 blocos exploratórios.Em 34 deles está atuando com parceiros. Isso porque,nosúltimos quatroanos, novasjazidas contendo óleo mais pesado foram descobertasno País. Agora, o Brasil está na fase de definir se estas jazidas são viáveis economicamente.

A produção de óleo bruto cresceu 74,8% no País de 90 a 99. No mundo, o aumento foi de apenas 8,2%.

As reservas provadas da Petrobrás sãoda ordem de 9,670 bilhões de barris de óleoequivalentes(85% petróleo e15% de gás).As prováveis reservas do Brasil, segundo oCeraInstitute, dosEstados Unidos, chegam a 25 bilhões. O ritmo da produção depetróleo bruto no Brasilcresceu 74,8%, entre 1990 e 1999.No mesmo período, aproduçãomundial variou 8,2%.

O estudo "Perspectiva para Energia Internacional 2002", realizado pela Energy Information Administration (EIA), agênciade análises e estatísticas do Departamento de Energia dos Estados Unidos, prevê que a produção de petróleo brasileira deverá dobraraté 2010,atingindo a marca de2,8 milhõesde barris diários.Em2020,deverá chegar a 4,1 milhões de barris por dia. (TM)

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Francal mostra o calçado do verão

Feira começa hoje no Pavilhão de Exposições do Anhembi com 700 expositores e previsão de receber 40 mil visitantes

A Francal2002, Feira de Calçados,Acessórios deModa, Máquinase Componentes, começa hoje no Pavilhão de Exposiçõesdo Anhembi. O eventoé amaior vitrinede lançamentos dascoleções Primavera/Verão eumdos principais instrumentos para alavancaras exportações do setor. Ao todosão esperadas 40 milpessoas, entrelojistas, estilistas e fabricantes. Representantes dos principais pólos calçadistasdo País apresentam as últimas novidades em tecnologia e moda. Mais de 700expositores participam da feira, número 10% maior do que no ano passado. O aumento do interesse pelo evento é justificado pelaretraçãodasvendas no mercadointerno, conseqüênciado baixocrescimento da economia brasileira, somado à ausência do inverno mais rigoroso este ano.

A feiraévoltadaparaa prospecção de negócios no mercado interno e na América do Sul. E o câmbio favorávelcomdólar noníveldeR$ 2,80 favorece as exportações.

Segundo odiretor executivo do Programa Calçado Brasil,Heitor Klein,aAmérica Latina éum mercadopotencial,devidoà proximidade com os países, o que promove a redução dos custos de logís-

tica etorna opreço dosprodutos ainda mais competitivos. O foco das vendas dos fabricantes são países como Chile, Venezuela e Bolívia. P ro j e çõ e s –Para2002, a expectativa doscalçadistas é atingir US$ 1,8 bilhão em exportações, comumvolume total de 205milhões de pares de calçados,12% amais do que em 2001. Parte do crescimento deve virde mercados alternativos como a Costa Rica e também de compradores consolidadoscomo EUA, que concentram 70%das exportações brasileiras. "Há maisespaço paracrescer no mercado norte-americano", afirma o presidente da Francal, AbdalaJamil Abdala.Segundo ele, opaísnão tem produção interna de calçados e o Brasil só exporta pa-

Yamá pretende

ra os EstadosUnidos o equivalente a 10% dovolume vendido pela China.

As pequenas e médias empresascalçadistas sãoasmais beneficiadas no comércio na América Latina porque a maioriados clientes desses países faz pedidosde pequenas quantidades, oque não interessa muito às grandes fábricas. Em média, são mil pares por pedido.

Câmbio – Para a Associação Brasileira dasIndústrias deCalçados (Abicalçados),o valor ideal parao dólar seria em torno de R$2,50,pois a supervalorização da moeda acaba prejudicandoas importações de insumos e torna maisdifícila negociaçãode novos pedidos.

Isso explica porque até maio deste ano, ofaturamento com

as vendas externas de calçados teve queda de 11% em comparação aoano passado, apesar docrescimento dovolumede paresexportados. Opreço médio docalçadoexportado caiu em razão do câmbio. Mercado – O Brasil é hoje o quarto maior produtor mundialde calçados,atrásapenas da China, Índia e Indonésia. Segundoa Abicalçados,no ano passadoforam produzidos 610 milhões de pares.

Tsuli Narimatsu

Data: 15 a 18 de julho

Horário: 10h às 20h, mas no dia 18 (quinta-feira) até às 17h

Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo

Público: lojistas, estilistas e fabricantes do setor ser viço

Tendência

A moda Primavera/Verão 2003 promete valorizar tudo o que é artesanale rústico, aproveitando tonsdaterra, como pinho, areia, mostarda e marrons em geral. O branco é presença obrigatória nas coleções bemcomoopreto, depois dos atentados terroristas de 11 de setembro. Privilegiar oque éderaiz, de produçãolocal, erelacio-

quadruplicar exportações durante este ano

A Yamá Cosméticos, fabricantebrasileira deprodutos de beleza, deve passar de uma exportação de 50 mil unidades doano passadopara 200 mil neste ano. A empresa está atrás de novos clientes na Europa, principalmente a partir de Portugal e Espanha.

A Yamá jáfechou um contrato de exportação para o mercado português de 60 mil unidadesde27 tiposdeprodutos como shampoos, condicionadores, esmaltes, bases para unhas e removedores, de acordo com o diretor de marketing, Paulo Shigueo.

Os números ainda são considerados pequenos diante da produção mensal da empresa de três milhões de unidades dentre 150 itens, mas a expec-

tativaéaumentar ovolumea partir dos novos negócios. De acordocom Shigueo,o consumidor europeu tem demonstrado aceitaçãopelos produtos da empresa, principalmente osque são extraídos de frutos da Amazônia. América Latina – No continente americano, a Yamá já temcanais deexportação consolidados.Atéofinal do ano passado, contava com umsetor de distribuiçãona Bolívia,país como qualtem um acordo de transferência de tecnologia. Aestrutura permitiu que a empresa construísseuma fábricano país, no ano passado. Além da novasedeboliviana,a empresa mantém aindarepresentantes no Paraguai.

Empresa nasceu em salão de beleza na década de 50

A Yamá Cosméticos nasceu em um salão de beleza na década de 50. Seu proprietário, Kazuo Yamamura, iniciou as atividades no ramo como cabeleireiro e logo teve aidéiade iniciaraprodução deseus próprioscosméticos. Havia muita dificuldade para obtê-los naquela época. Inicialmente, ele os utilizava para abastecer o próprio negócioe, em seguida, passou a oferecê-los a outros salões. Amatriz daindústriafoi instalada, em 1967, no bairro paulistano da Lapa e a filial ocupouum prédio pequeno em Cotia. O aumento na produção determinou a construção de um parque únicono

município, onde foram centralizadas as atividades em 20 mil metros quadrados.Atualmente, 180 funcionários trabalham no local. No início, a Yamá Cosméticos concentrou-se na produção de cremes e shampoos. Posteriormente, passoua fabricar hidratantes, esmaltes, baseseremovedores. Ocarro-chefe daempresa éo creme Yamasterol. Para se manter atualizada dentro deum mercado tão competitivo como o de cosméticos, a empresaconta comuma equipeespecial paraestudara criação denovosprodutos ecomlaboratórios de última geração para produzi-los. (PC)

A meta da Yamá é ampliar o campo deatuação naAmérica Latina eoferecer seus produtosparaos consumidores do Panamá, Equador e Colômbia. As negociações com asGuianas eo México também já foram iniciadas.

Outro canal para investir no mercado externo é a participação da empresa na Cosmoprofem Bolonha,naItália, no próximo ano. A feira é a maior da área de cosméticos domundo ea Yamáacredita no fechamento de negócios significativos.

Mercado –Para fortalecer seus negócios no Brasil, a Yamá Cosméticostem planos ambiciosos. A empresa inaugura em agosto um novo centrotécnico nobairropaulistano da Liberdade, área tradicionalde comercializaçãode cosméticos, batizadoUnihair Technical Center.

Nolocal haveráorientação para profissionais da área e a divulgaçãode umanova linha produzida para salões de beleza, a Unihair.

Estes centrosterão afunção estratégicade difundir e venderosprodutos daempresae fazercomque os salões de beleza sejam um canal que represente de 30% a 40% do seu faturamento global. Atualmente, oíndicede participação nossalões atinge 10% nas vendas da empresa.Comaexploraçãodo nicho profissional, aYamá Cosméticosespera superaro índice de crescimentode 5% registradonas vendasinternas do ano passado.

Paula Cunha

é

de

valorização do rústico

nadoà natureza éuma tendência da próxima estação. Por isso os tons de azul, numa alusãoao céu,também são predominantes, com foco para oazul turquesa eo verde-água.

De acordo com a responsávelpor toda a pesquisa de moda da Calçados Azaléia, Daisi de Paula, a mensagem da nova estação é ousar, inovar,criar. Elaafirmaquea Azaléia optou por concentrar suacoleção 2003na arteprimitiva de trançados, madeiras, pedras e metais em estilo tribal.Sandálias, tamancose sapatos misturamtecidos, acessóriose materiaiscomo cortiça, atanados ,pedras e camurção.“Maisdo que nunca, a moda é a tendência que cadamulher escolhe,em harmoniacom seuestilo de ser ede viver", afirmaa pesquisadora De Paula. (TN)

Fotos: Divulgação

A coleção de calçados da West Coast mistura elementos naturais como couro e jeans ao sintético e o neoprene. A intenção é criar sapatos semelhantes aos calçados esportivos, para o uso do dia-a-dia do homem.

Os acessórios de moda têm tons da natureza inspirados nas variantes da terra, como marrom, palha, café e pinhão. As bolsas desta estação vêm com mais liberdade em tamanhos e formas.

As sandálias e tamancos femininos da Azaléia têm salto de madeira, seguindo a tendência de valorização do rústico. O calçados têm tons mostarda, verde-claro e terrosos. Um dos destaques da coleção são as tiras.

Um dos lançamentos da Dijean para mulheres é o tênis em jeans estonado, modelo que segue a tendência das linhas Novo Romântico e Esportivo/Fun. O

e também dá versatilidade ao uso.

Os artesãos do Tocantins transformam o capim em objetos de decoração e utilidade doméstica

Carrapato.O nome éde um pequeno povoado no Tocantins, em Jalapão, a 310 km de Palmas.Lá, em meioa cachoeiras e dunas, a população não tinha muitas perspectivas até aprender a transformar capim em dinheiro.

O capim, abundante na região,virou matéria-prima paraa confecção de bolsas, chapéus,travessas evasosde

45 artesãos. O artesanato melhorou em 70% a vida de toda comunidade. Incentivados pelo Sebrae , os produtos dos foramlevados parafeirasem capitais como Curitiba, Natal eRecife. As participações renderam à comunidade cerca de R$ 6 mil. Há pouco tempo, o grupo conseguiu fechar negócio com uma loja de São Paulo. (Agência Sebrae)

Abdala, da Francal, diz que feira é porta de entrada para exportações
D ivulgação
Artesanato de capim em lojas
estilo preza pelo conforto

Associação capacita empresas para a ISO

Sete empresários paulistas, que participaram do programa da ACSP, devem obter o certificado de qualidade até o fim do ano

O programa daACSP (Associação Comercial de São Paulo) para capacitar empresários a conseguir o certificado de qualidade ISO 9001 está na reta final. Sete empresas do Estado de SãoPaulo devem obter a certificação até o final deste ano. O grupo foi o primeiro a participar do programa da Associação.

O projeto, desenvolvido em parceria coma consultoriaIdeq,deSãoPaulo, teve inícioemjunho doanopassado. Três motivos levaram os empresários a buscar a certificação: usar o ISO como ferramenta de marketing, organizar melhor o negócio e atender asexigências dos clientes.

Segundo a advogada Flávia De Lena, da Remarca (RegistrosdeMarcas ePatentes e

Registros de Produtos do Ministério da Saúde), a empresa já está colhendoos frutos do ISO 9001, antes mesmo de receber ocertificado. Ascompanhias emfase decertificação podem divulgar essa informação para os consumidoresusandoa propaganda rumo ao ISO. "Há clientes que nos procuraram por saberem que estamosnos preparando paraa certificação", afirma Flávia.

Para o gerente de departamento pessoal Vanderlei VirgílioMaciel, da empresa Imotec, de São Paulo, uma das vantagens do caminho à certificação é amelhoria nos processos da empresa. "Identificamos nossas falhas e conseguimos colocar a companhia em ordem", afirma. Outra empresa que faz par-

te do programa da Associação é a Frisos Inter-Job, de Sarapuí, no interior de São Paulo. SegundoMarcelo Campos,gerentede pessoal da Inter-Job, aempresa quera certificaçãopara poder fornecer para asmontadoras de carros. "É uma exigência das grandesempresas. Comoestamos em fase de expansão, resolvemos investir na certificação para aumentar nossas vendas", afirma Campos. Vantagens– Uma fas vantagens do programa da Associação é o baixo custo. O serviço custa cerca de 25% menos que o prestado pelas consultorias."Opreço do treinamento dos funcionários,que oempresário paga sozinho quando contrata uma consultoria, é rateado como grupo.Quantomaior

o número de participantes, mais barato fica a certificação", diz Milton Godoi, responsável pelodepartamento da qualidade da ACSP. Para o próximo ano, o programavaisofrer algumas mudanças. Segundo Godoi, serãofeitos eventosnaAssociação e nas Distritais para informar melhor os empreendedores sobre o projeto. "Vamos mostrar os benefícios da certificação.Nossa intenção é conscientizar os empresários de que, com a implantação do ISO, eles só têm a ganhar", afirma.

Cláudia Marques

ser viço

ACSP - Departamento da Qualidade

Telefone: (11) 3244-3577

Pequenos adotam franquia social

As empresas que querem atuar em projetos ou programasde responsabilidade socialenão sabem opontode partidapodemcontar com uma novidade para esse mercado: as franquias sociais. Essaopçãoestá sendoadotada por muitosempresáriosde pequeno porte em todo o país eé umamaneira eficientede promoverações emproldas comunidades. Segundo dados do Institu-

Programa treina dois funcionários de cada loja

Oprograma daAssociação funciona daseguinteforma. Primeiro, é feita uma reunião comos empresários.Cada empresa nomeia dois representantes, que são capacitados para serem os responsáveis pela implantação do ISO 9001 na empresa.

Durante o treinamento, é feito ummapeamentodos processos dacompanhia. Os funcionários daáreaque vai sercertificada têm de informar o que ecomo fazem seu trabalho na empresa.

to Ethos de Responsabilidade Social, considerado referêncianessaárea, afranquiasocial é um projeto bem sucedido,formado poruma instituição,que repassa o direito de uso de suas ações para empresas que queiram implantá-las. Para implantar a idéia, a franquia não cobra royalties, taxa pelo uso da marca. Umexemplo defranquia social é o Programa Bom Aluno do Brasil, criado em 1996,

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pelaempresa depeçasautomotivas, BS Colway Pneus, em Curitiba, no Paraná. A idéia do programa é acompanharaformação acadêmica de crianças apartir dosdez anos de idade, desde o ensino fundamental, passando pela universidadeatéa pós-graduação.Os beneficiadossão alunos apartir da4ª sériedo ensino fundamental. Isso porque apartir dessa série o índice de evasão é em torno de 6%, segundo dados do Ministério da Educação. De acordo com um dos sócios da empresa e idealizador do programa,Francisco Simeão, ascrianças selecionadasdevem cumprir os seguintesrequisitos: estar freqüentandoa escola, termédia setenas disciplinas,mais de 90% de freqüência escolar

erendafamiliar emtornode R$ 800 por mês. As empresas que franqueam a marca investem, em média,R$ 350pormêspara cadaaluno. Osbeneficiados recebem aulas de inglês, informática e reforço nas disciplinas de língua portuguesa e matemática. Recebem, ainda, material escolar, uniformese transporte. Os alunos passam pelo Juniata College, na Pensilvânia (EUA),onde aprimoram osconhecimentos na língua inglesa.

Atualmente, 720 estudantes estão sendo beneficiados peloprograma. Desses,83 são universitários. Três estão formados nasáreas deadministração, economia e direito. As franquias do Bom Aluno estão situadasno Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. "Incentivamos que essas crianças tenham um futuromelhor. OBrasilestá desperdiçando futurosprofissionaisbrilhantes que,por falta de recursos,não têma oportunidade de estudar", destaca Simeão.

Pedagogose psicólogosdo programa dão consultoria às empresas interessadas em implantar ações para repassar o gerenciamento. Eles também visitam escolase faculdades apresentando o programa e solicitando apoio parasua continuidade.Aexpectativa do programa é beneficiar mais cinco mil crianças e adolescentes nos próximos cinco anos.

Aestudante AlanaElisabeth Kuntze Ferreira, de 19 anos, participado programa desdeos13anos. Hoje, ela cursaoterceiro anodeFisioterapia, na Universidadede Tuiuti, uma faculdade privada de Curitiba. Afaculdade custa R$ 799 por mês, mas pelo programa aestudante tem uma bolsa de 50%.

Para ela, o programa abriu uma perspectivadefuturo. "Quero fazer uma pós-graduaçãoe um cursode francês", diz. Hoje, Alana faz estágio na Unidade de Saúde Ouvidor Pardinho e está com expectativa de começar um novo trabalho no Clube Atlético Paranaense. (ASN)

De posse dessas informações, os representantes, junto com oconsultor, elaboram um documento com a melhorformadefazer otrabalho. "Com isso,é possível organizar as tarefas de maneira eficiente,dar fluxo as informaçõesdentro daempresa,

ganhar agilidadenos processos",afirma CesarKenMori, consultor e diretor da Ideq. Os representantes têm a funçãode multiplicadores. Eles sãoosencarregadosde passar as informações para os colegasde trabalho.Depois de tudo organizado, são escolhidos e treinados auditores internos. Esses profissionais vão checar se os procedimentos estão corretos ou se existe alguma inconformidade. Nesse caso, os consultores indicam osajustes que devem ser feitos e fazem uma segunda auditoria.

"A partir daí, se estiver tudo certo, basta chamar a certificadora, que vai fazer a última auditoria", diz Mori.O tempo gasto, da primeira reunião até a certificação, varia de um a um ano e meio. (CM)

cursos e seminários

Hoje

Atendendo com qualidade – O curso tem o objetivo de apresentar novosparadigmas deatendimentoediscutir oscomportamentosindispensáveis para tornar o profissional mais bem-sucedido junto ao cliente etambém mais valorizado aosolhos da empresa. Oseminário será ministrado por Roseli Martinez e José Thomaz Filho que abordarão temascomoqualidadeno atendimento,tiposdeatendimento,importância do conhecimento dos produtos e serviços. Duração: oito horas, das 8h30 às 18h. Acontece na terça-feira (16). Local: IOB Thomson, rua Corrêa Dias, 184, Paraíso. Preço: R$ 305 (assinantes IOB) e R$ 350 (não assinantes). Asinscrições devemser feitas atéhoje pelotelefone 0800782755.

Melhores práticasem Tecnologiada Informação –O cursoé direcionado aempresários quequerem usarferramentas degestão detecnologia da informação no negócio. Duração:quatro horas, das 8h às 13h. Entre ospalestrantes estão Gérman Guiroga,CEO da Americanas.com e Carlos Carnevali, CEO da Cisco Systems. O evento acontece na terça-feira (16) e é promovido pela Endeavor, ONG de apoio a empreendedores. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas até hoje pelo pelo e-mail makoto@endeavor.org.br.

Direito do consumidor – O curso é dirigido a profissionais da área de atendimento ao clientee empresários. Duração: 12 horas,das 8h30 às 18h, na terça-feira (16) e das 8h30 às 12h30 na quarta-feira (17). Local: IOB Thomson, rua Corrêa Dias, 184, Paraíso. Preço: R$ 305 (assinantes IOB) e R$ 350 (não assinantes). As inscrições devem ser feitas até hoje pelo telefone 0800-782755.

Programa de atualização do varejo – A proposta do curso é reunir empresários edirigentes dovarejo eda indústriaque operamem outras regiões do País e que querem aprimorar seus conhecimentos de gestão e operação. O programa também pretende proporcionar ao varejista a possibilidade de identificar potenciais de expansão, detectar novas oportunidades denegócios em suaregião eampliar sua redede relacionamentos.Duração:30 horas,nosdias16,17e18 aspalestrascomeçam 8h30 e terminam 18h. No dia 19, o curso inicia 9h e encerra 17h. Todosos diashápausade umahorapara oalmoço.Oevento vaiser feito pela consultoria Gouvêa de Souza.Local: Flat The Hill, avenida Giovane Gronchi, 5.201. Preço: R$ 2.760. As inscrições devem ser feitas a partir de hoje pelo telefone (11) 5501-3737.

Documentação legal– Oobjetivo docurso émostrar aosparticipantes os caminhos para organização da documentação legal, passando pelos departamentos contábil, fiscal, pessoal, legal e administrativo, desde a origem do documento até a sua eliminação, ensinando passo a passo os critérios organizacionais do arquivo. Será abordado também o tempo que cada documento deve ser guardado, principalmente no caso de duplicatas, para evitar-se cobrança em duplicidade. Duração: 15 horas, das 8h às 18h, no dia 18 e, das 8h às 13h, no dia 19. Local: Confirp Consultoria Contábil, rua Alba, 96, Jabaquara. Preço: R$ 230. As inscrições devem ser feitas até hoje pelos telefones (11) 6424-1910 e 6424-1929.

Dia 18

Dia 18

Escrita fiscal básico – Ocurso é direcionado a profissionaisdaárea contábile pequenosemicro empreendedores.Duração:16 horas,das 9h às 18h. Oseminário acontece na quinta (18) ena sexta-feira (19). Local:Sescon(SindicatodasEmpresas dosServiçosContábeisdoEstado de SãoPaulo), avenida Tiradentes, 960, Luz. Preço:R$ 70 (associados) eR$ 140 (não associados).As inscrições devem serfeitas até hoje pelo telefone (11) 3328-4900.

ANÁLISE João de Scantimburgo

Um vento do inferno

Temos a impressãode que um vento sulfuroso sopra pelomundo, envolvendo a maioria dos países. Nos Estados Unidos, modelo dos paísesamericanos eilusãodos países europeus,asmaiores empresas de vários setores, mas, preferencialmente, de telecomunicações, estão dandooexemplo dequeasfraudes, aspráticas sem ética,os desvios de dinheiro, as contabilidadesfraudadas prevalecem sobre tudo o mais, fazendo-as seremclassificadas como inidôneas.

O presidente George W. Bush não sabe a que santo devotar, para por termoa essa sublevação da mágestão, dos processos antiéticos, dos diretoresfaltosos e,mesmo,ladrões,sejam afastados das empresas, a fim de que elas recuperem o crédito perdido. Mas o resultado das más gestões continuam nas Bolsas, comreflexos noBrasil,que recebe,por ricochete,osembates das crises em série que se assinalam nos Estados Unidos, a primeira potência econômica do globo.

Tenhoa impressão queo demônio, noqual sempre acreditei, comocatólico ees-

tudioso do assunto, está agindo para subverter o mundo, e precipitar todos os povos numa conflagração, da qual não escapará ninguém.Todos serãoengolfados pelo vulcão infernal, se não se operar uma reação vivae forteda moralidade baseadanosprincípios cristãos,que nos Estados Unidos e no Ocidente, em geral,são aindafortes, epodem resistir aos embates do mal. Temos aqui o mesmo o Brasil, com seus problemas, agravando-se na área ética, embora opresidente, insisto, seja um homem de mãos limpas. De todososlados,porém, recebemos notícias de que o sistemadas propinas,ougorjetas, comose queira,têm engordado acontabancáriade numerosos indivíduos e reforçamacaixa dospartidos, de preferência o PT, que sempre combateuocostumede pedir dinheiroemtroca de apoio futuro. É um vento diabólico, esse, que precisa ser desviado do mundo, para termos paz.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

O que nos espera

N asdoze semanasquenos separam das eleições, dois problemas certamente vão figurarcommaiordestaquenapauta doscandidatosà Presidência da República.

O primeiro desses problemas é o do desemprego, que já foi o carrochefe da campanha anterior, quando a garantia de que iria terminar com ele ajudou areelegeroatualpresidente.Quatro anosdepois,a taxadodesemprego cresceu parao nívelrecordede 8%da população economicamente ativa nas principais regiões metropolitanas.

A situaçãoé aindamais grave no caldeirão paulista, onde a taxa é de 20%, o que significa a exclusãode2 milhõesdepessoas do mercado formal de trabalho.

O segundo problemaé o da dependência externa,construída ao longo dos últimos oito anos, a partir da política cambialdo primeiromandato que desorganizouo setorexportador nacionale facilitoua invasão de nosso mercado interno porprodutos estrangeiros,com largofinanciamento internacional. Nesse período, oBrasil acumulouumadívida externa de 200 bilhões de dólares e um passivo externo de 400 bilhõesdedólares. Adívida corresponde a empréstimos que o país tomouno exterior parafinanciarosdéficits das transações correntes. Em 1994 , o comércio exterior brasileiro teve saldo de 10,5 bilhões de dólares. Em 1995, devido à políticadevalorização doreal,a conta se inverteu e tivemos um déficit de 3,3 bilhões de dólares: uma inversão de 14 bilhões dedólares na balança comercial, emapenasumano!Nos

Vitória da burocracia

Não surgiuhoje. Vemde longe. Desde que, pela primeira vez, umamudança noDNA domacaco originou o homem. Nada de revolucionário:a mudança não provocou uma diferença de maisde1% noscromossomas dosdoisbichos. Orestoé tudo igual. Vem dessaspriscas eras uma sub-formadavontadede poder humana queadornaos ocupantes subalternos da soberania política. Trata-se dos burocratas e da burocracia, a tara ou peso morto do Leviatan– o monstro político queohomem criou para não se auto-devorar. Ao se falar em tarae peso morto,pode-se dar uma idéia errônea do poder exercido pelos serventuários do Estado e da Política. Na realidade, eles são o que há demais concreto, duradouro e sólido no arcabouço estatal. Enquantoos políticosvão e vêm, ao sabor dos caprichos eleitoraisedo rodíziodosmandatos, estaclasse decomensais do Estado goza os privilégios da estabilidade, de uma inamovibilidade vitalícia. Quem entra nessa profissão, dela só sai morto ou presidente da república. Referindo-nos asua pequenezpolítica não devemosnos esquecer do poder representado por seu volume e sua inércia. Na França, cuja democracia se supõe maisgenuína eavançada do que anossa, os empregados públicosjá são25% dapopulação economicamente ativa e já arrecadam eadministram, se-

gundolivro recente de Druon, historiador francês, 62% de tudo o que em um francês médio produz. Talvez sua força resulte exatamente de sua inatividade. Num mundo frenético como o nosso deve ser extremamente útil umaclasse deindivíduos que por nãofazer nada funciona comoumfreio àdisparada das coisas. De fato, já se observa naFrança umaespécie desalutar sonolência e atraso econômico e a recente vitória de tendências direitistas parece uma manifestaçãoreacionária ao progresso das esquerdas socialistas que desde o fim da guerra, segundo Druon, dominam aquele país. NoBrasil calcula-seque os funcionáriosnãosãomais do que 10%da chamada população economicamente ativa, masseachamsólida edisciplinadamente arregimentados pelo PT,cujos militantes estudos recentes revelaram ser nasua maioria funcionários públicos. Aqui, como é sabido, eles arrecadame administram"apenas" 34% do PIB, mas como são proporcionalmenteinferiores aos franceses têm mais força. A crer nas pesquisas podem vir a assumir a presidência do País nas próximaseleiçõesecolocar-nos na confortável situação deatraso e sonolência quea Françajá usufrui na comunidade européia. Benedicto Ferri de Barros e-mail: bdebarros@sanet.com.br

Educação e violência

Mercadante vem aí?

anosseguintes (até 1999, quando mudou a política cambial) as importações continuaram crescendo mais do que as exportações, acumulando déficits nas contas de comércio e de pagamentos, e aumentando a dívida para que o país consumisse200bilhões dedólaresa mais do que produzia internamente. Quem emprestou, naturalmente esperareceberjurose seudinheirodevolta. Comoaumentorecente do risco dos paísesemergentes, o financiamentose tornoumais difícil eoneroso. Precisamos produzir umexcedente de50 bilhões de dólares por ano (algocomoUS$ 1bilhãoporsemana) para pagar as amortizações dos empréstimos e para cobrirodéficit emcontacorrente quecontinuamos fazendo.

Como resolverosdoisproblemas?

Para recuperar a capacidade degerarempregos, aeconomia precisacrescer. Paracrescer, o País tem que superar a barreira da dependência externa. Ela só serárompida se voltarmos a construir saldos comerciais de 10 ou 12 bilhões de dólares anualmente, durante váriosanos. Temosque convenceroscredores dequevamosaumentar asexportações e produzir os saldos na balança decomércio, restabelecendoa confiança em nossa capacidade dehonrar adívida. Issoreduzirá os custos do financiamento externo e nos permitirá baixar astaxasde juros internas,ampliandoocrédito aos setores produtivos, reativando o crescimento da economia e voltando a dar emprego à nossa gente.

Antonio Delfim Netto é deputado federal

Ascartas àRedaçãosomenteserão publicadas se contiverem,alémda identificação do missivista, endereço com rua, número, bairro, CEP e, se possível, telefone e rg. As cartas poderão ser resumidaspela redação, publicando-se, apenas o essencial. Os originais não serão devolvidos.

Arnaldo Niskier

C

omo se andássemosno escuro, tateando, descobriuse agora que o Brasil tem 30 mil menoresinfratores. Sãoadolescentesque cumprem medidas sócioeducativas em nossos diversos Estados, com as seguintes características, segundo dados oficiaisdoMinistério da Justiça:7.664 estão internados em regime fechado (comono Instituto Padre Severino, naIlha do Governador, no Rio);2.555 em regime provisório;1.393 emsemiliberdade e 19.099em liberdade assistida, que ninguém sabe direitodo que se trata,pois é fácil observarque elesvoltam às ruasparaos mesmosdelitos, pois nãohácuidadosespeciais doEstado comascausas que motivaram esse comportamento.Ospróprios policiaisqueos prendemafirmam quenão háo quefazer.Quandosão "di menor", logo serão liberados. O discutívelEstatuto daCriança edo Adolescente assim determina. A lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, batizadade Estatuto da Criançae doAdolescente, foi inicialmente vista,nos seus267 artigos, como de natureza avançada.Tirando opoder dosjuízes, no entanto, aumentou as situações de risco dos menores. Foi dado um poder excessivo aos Conselhos Tutelares,eleitos pelo voto popular,mas ainda não de todo regulamentados. Nãohá medidasque funcionem contra menores de 12 anos, que hojeconstituem apreferência dos traficantes, pela garantia deimpunidade.Dados oficiais revelam que,sóno Rio,1.060 crianças de8 a12anos trabalhamnotráfico, sendo251com armas.Fora os milhares de "olheiros", "fogueteiros" e "aviões". Cerca de 12 jovens de 8 a 18 anos,na Região Metropolitana,trabalham nos377pontos

Os artigos enviados à Redação do DC para

de venda de drogas.

Comoeradeseesperar, São Paulo lidera o número de jovens infratores (tem maior população).Conta com3.708internados e 16.461 assistidos. O quadrodo Rio não deixa de ser assustador: 2.770 jovensassistidos, sendo 936em regime fechado, 97 com internação provisória, 654 emsemiliberdade e 1.083 em liberdade assistida. Em nossa opinião,sehouvesse um aperto geral, essesnúmeros poderiam facilmente chegar no mínimo ao dobro.

O setor trabalha com verdades inquestionáveis. Denise Paiva, diretoradoDepartamento da Criança e do Adolescente do Ministérioda Justiça,afirmouque, "salvoraras exceções,ainternaçãodemenores noBrasilé"vestibular"para opresídio." Há umafalha gritantenas políticas públicas que têm sido estabelecidas, com os contrastes trombeteados peloprópriogoverno: "Temos 60 milhões de crianças e adolescentes nas escolas."

Esta é a parte estatística do problema.Quantos desses jovenspermanecemnas escolas e quantos deles só aparecem por duas ou três horas, diariamente, ficando como resto do tempo disponível para ações anti-sociais?Um dossegredosmartelados por Anísio Teixeira, há décadas, eraa necessidadede tempo integral nasescolas, nomínimo seishoras, mascadê ospompososprojetos boladosporgovernosque deramgrande apreçoà pedagogiadoconcreto? Nosso maior drama reside na presença, no estímulo e na remuneração condigna dos nossos professores eespecialistas.Aí équeestáa chave da questão – e não em prédios vistosos.

Arnaldo Niskier é membro da Academia Brasileira de Letras

Sempre que se fala em setor econômico e o PT está envolvido, apareceo nomedo deputado federal Aloísio Mercadante, ora candidato asenador pelasigla deLula, por São Paulo. Deixando de lado suas convicções econômicas, no momento vale ressaltar que ele é reconhecido como a maior autoridade em matéria de economia dentro do PT. Ao menos ocupando cargo público. Quando o presidentedo BancoCentral, dogoverno Fernando Henrique Cardoso , convida, via telefone, dos Estados Unidos, Mercadante, para uma conversa, podeaté parecerque oatual governo já estápensando em ir passando o bastão para seus adversário decampanha. Azarde Serra,candidatotucano, nesta interpretação. Na verdade,ajogadade Fragaé outra. Pode ser que Mercadante venha aí, seLulavencer, mas o governo tucano joga tudopara que istonão ocorra.

Sinuca de bico Fragadeuumasinuca de bico emMercadante. Serecusasseo convitepara aconversadeixariao PTnumasituação desconfortável, de um radicalismoque o partido finge não ter mais e esconde a sete chaves na atualcampanha,onde posade conciliador, negociador e maduro para os tempos atuais. Ao aceitar o convite e ouvir as posições e ponderações do atual governo frenteao mer-

cado internacionalteráduas opções: ou não concordar o que significa sairatirando, podendoser acusado, mesmo, de provocar a crise de confiança nos investidores internacionais, ou concordará e retirará munição de Lula quando este diz que o governo éo próprio motivador dessamesma crisedeconfiança.

Diálogo

Mercadante, se émesmo o bom economista que dizem ser, e não tenho motivos para duvidar, sabe que se o PT chegar ao Planalto ele próprio terápapel importantenofuturo governo e, como tal, desfilará nasmesmas passarelas internacionais que hoje desfilam Malan e Fraga, sob risco do isolacionismo, o que se traduz em fugade investidores e maiorcrise financeira num governo Lula. De certa maneira estão (todos os candidatos )de mãosamarradas nachamada globalização. Poristo,o diálogogovernoe oposição, no caso, o PT, é muito saudável e, embora pareça uma desconfiança no desempenho deSerra, é uma forma de impedir queLula navegue nestas águas de maneira calma.

Resultado

O que vai sair desse encontro queserá,certamente, muito badalado, não se sabe. As peças estão se movendo no complicado jogo de xadrez da sucessão presidencial. O jogo está apenas começando.

máximo2.800caracteres,sedigitados,ou40

datilografados.

P. S . Paulo Saab
Rua Boa Vista, 51 - 6º andar - São Paulo

O QUE SE ESPERA DO FUTURO GOVERNO?

País precisa crescer com aumento das exportações

Propaganda eleitoralvai, propaganda eleitoral vem, até agora tudo continua mais ou menosna mesma, segundo oempresário Primo Roberto Segatto, presidente da Associação Brasileira deComércio Exterior (Abracex). Para ele, os candidatos continuam falando muito emostrando pouco comovão por empráticas promessas de eleição. "Por ter a vantagem de estarpróximo dogovernoo candidato do PSDB, José Serra, tem dito que vai dar c on t in ui d ad e ao governo do p re s id e nt e Fern ando

façao que FHCnãofez: "Batercom maisforçae se precisoprocessar porperdas edanos essasempresas internacionaisde riscoque nãoconhecem nossarealidade e cometemo absurdo de colocaro Brasilao lado da Nigéria."

Votação importante só depois da eleição, diz líder

Os candidatos à Presidência continuam falando muito e mostrando pouco sobre o que vão fazer

He nr iq ue Cardoso (PSDB), mas corrigindo a rota para um modelo desenvolvimentista", diz Segatto. Para ele, a oposição, como um todo, ainda não deixou bem claro como vaifazeras mudanças de rumo.

Isso,segundo PrimoSegatto,complica um pouco as coisas, porque não há muita margem para mexer em algunsfundamentos, comoa políticamonetária, cambial e fiscal. "Não dá paralutarcontra todoomercado mundial", explica. Segatto credita duas falhas ao governo FHC:a faltade uma política para gerar empregos e uma postura fraca nas negociações comerciais internacionais.

Além de negociar acordosimpondo exigênciase reciprocidades maiores e melhores para o Brasil, Primo RobertoSegatto espera que opróximo presidente

Segatto só vê uma saída para o País gerar empregos: "Um projeto de desenvolvimento baseado no aumento das exportações."Mas ele sabe que isso só irá acontecer se o Brasiltiver amesma firmeza usada pela China, Rússia, Malásia e Taiwan, entre outros. "Ao contrário, no Brasil ogoverno aindafaz uma negociaçãoesdrúxula com aArgentina,concedendo cada vez mais."

Para exportar mais, o novo governo terá que investir muito maisem promoção comercial, enquantoreduz rapidamente o custo Brasil, impondo ofim aosimpostos em cascata (Pis, Cofins e CPMF)que incidemsobre as exportações:"O Brasil precisatambém instalar pontos de vendas em todos os lugares onde houver potencialde comprar nossos produtos, como fez o Japão,que depois aCoréia copiou e agora o México está imitando".

Outracoisa. ParaPrimo Roberto Segatto o futuro governo precisa ir direto ao ponto: criar mecanismos paraatrair investimentos internacionais produtivos.

Sergio Leopoldo Rodrigues

Desonerar encargos trabalhistas

Paracriar mais (emais rápido) novosempregos, o advogado trabalhista Eduardo Pastoreespera, e não é de hoje,que o futuro presidentepromova uma reforma urgentena legislaçãotrabalhista, emduas frentes: dentro e fora da Consolidaçãodas Leisdo Trabalho (CLT).

Pastore lembra que o presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) conseguiu flexibilizar algunspontos da CLT, comoa criação do banco de horas e do contratodetrabalho por tempo determinado, entreoutros. "No entanto,não reduziu com isso em nada os encargos sociais que pesam na folha de pagamento das empresas", explica.

Nesse sentido,o advogado consideraquefoi um "mudança meia boca",já que não reduziu em nada os 102% de encargos que onerama folha eimpedem de criar novos empregos. "O próximo presidente precisa agir rápido para reduzir esses custos, mesmo com a aplicação da CLT", diz. Aoutrafrentede ação, forada CLT,está emincrementar a utilização do trabalho associativo, ou cooperativas de trabalho. Eduardo Pastorelembra que esse tipode contratação já existe na Constituição Federal."Mas o presidente FernandoHenrique não fez quasenada para estimular sua utilização em larga escala", afirma. O advogado trabalhista Eduardo Pastore observa que opróximo presidente precisa promover políticas públicas para ampliar o trabalho associativono País. "Por exemplo, fazer com que órgãos daadministração pública, seja ela direta ou indireta, contratem cooperativas de trabalho", resume. (SLR)

AGENDA POLÍTICA

• Na próxima sexta-feira, dia 19, termina o prazo para os partidos ou coligações registrarem os comitês financeiros de campanhano TSEe nos TREs,respeitando oprazo de cinco dias após a formação do comitê.

Deflagradode fatoo processo eleitoral, o líder do governo naCâmara dosDeputados,Arnaldo Madeira (PSDB-SP), considera difícil que haja climano Congresso Nacional para votações importantes antes dodia 06 de outubro. Olíder governista ressaltou que esteano houve uma antecipação do processo eleitoral que envolveu os parlamentares. "Mesmo assim, o PoderLegislativo conseguiu aprovarmatérias importantesparao País".Dessas, Arnaldo Madeira citou a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira(CPMF), os planos de cargos e salários para várias categorias do funcionalismo público ea Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2003. Mas o líder do governo está pessimista quanto à retomada de votações importantes no início dosegundo semestre. "Eunãoacredito quea gente consiga votar as matériasrelevantes queestão aí pendentes, que é a mudança no artigo 192 da Constituição Federal, quetrata doSistema Financeiro Nacional, por

Reativação do Proálcool volta a ser defendida

O senador Romeu Tuma (PFL-SP) defendeuainiciativadogovernode retomaro Proálcool, programa criado em1975paraestimular a substituição degasolinapor álcool carburante e praticamente desativado naúltima década.

A iniciativa, ressaltou,poderáajudar opaísareduzir sua dependência de importações, gerar empregos emelhorara qualidade doar das grandes cidades brasileiras. Tuma observouque divergências políticas no Oriente Médio levaram a um aumento de 40% no preço do petróleo desde o início deste ano. Ostrêsreajustes dopreçoda gasolina no mesmo período foram de 23%e tiveram impacto sobrea inflação.Além disso, assinalou, o país gastou US$7 bilhõescom aimportação de petróleo e derivados em 2001.

"O Brasilproduzmais de 70% do petróleo que consome. Assim,asoluçãonacional para reduzir a dependênciadoproduto importadoe evitar que o país passe por novos sobressaltos seria aumentar aproduçãodeálcool, comprovada fonte de energia limpa e renovável, geradora deempregosno campoenas cidades", afirmou Tuma.

Investimentos – Ele citou recente artigodo empresário Antônio Ermírio de Moraes para demonstrar o baixoinvestimento necessário à geração de empregos no setor. Enquanto na indústria petroquímicasão necessáriosaté US$ 200 mil paraa criação de umposto de trabalho,comparou, no setor sucroalcooleiro sãosuficientes apenasUS$ 10 mil.(AS)

exemplo. Temtambémo projetoque tratadosfundos depensão paraosservidores públicos e, na área da reforma tributária, a mudançana cobrança do PIS/Cofins".

Para o segundo semestre legislativo, olíder Arnaldo Madeira prevê duas fases distintas: a primeira até o final de outubro,com todos os parlamentares envolvidos no processo eleitoral, ea segunda, já conhecidos o novo presidente da República e os governadores estaduais, com a discussão sobre os projetos prioritários a serem votados nosdois últimos meses do ano.

para a economia do País, maisespecificamente paraas empresas capacitadas a competir no mercado externo. "A votação do fim da cumulatividade,além dosseusefeitos na economia, é um incentivo a que o próximo governo trate a reforma tributária com a prioridadequeela exige", afirmou o parlamentar.

Este ano houve uma antecipação do processo eleitoral que envolveu os parlamentares

Cu mula tiv ida de –A Câmara dos Deputados deverá votar ofim dacumulatividade de impostos em agosto, nas duassemanas deesforço concentrado queserão realizadas durante o período eleitoral.Isso éoque pretendeo presidentedaCasa, Aécio Neves (PSDB-MG), segundo o qual a aprovação da matéria seráum passoimportante

O fimda cumulatividade deve começar pelo PIS esó depois,observadosos seus efeitos, ser estendido à Confins. Aécio justificou a medida pela necessidade defazer areforma g ra du a lm en te . "Quando se tentou fazer mudanças no campotributáriode umasó vez,levantaram-se oposições adiversos dosseus itens, o que inviabilizou a formação de uma maioria que permitisse a aprovaçãoda reformacomo um todo", lembrou.

No último dia 26 de fevereiro, foi criada Comissão Especial, presidida pelo deputado Delfim Neto (PPB-SP), para analisar a proposta que

elimina a cumulatividade das contribuições sociaisincidentes sobre asoperações de venda de mercadorias e serviços. O relator,deputado MussaDemes (PFL-PI),teve seurelatórioaprovado pela Comissão em 24 de abril. Pelo projeto da Comissão de Tributação Cumulativa, as empresas sujeitas à tributaçãocombase nolucroreal passarão a recolher o PIS com base no percentual de 1,65%, e não mais 0,65%, como é hoje. Em compensação,a contribuiçãonãoserámais cobrada em todas as etapas da cadeia produtiva, o que tornará osprodutosbrasileiros maiscompetitivos, beneficiando o setor exportador. O deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR)apresentou emenda ao projeto mantendo o percentual anterior para o setor agrícola, sob a argumentação de que o aumento da taxa tambémparaa agroindústria acabará por penalizar o consumidor, porqueresultará naalta dacesta básica. Ainiciativa deHauly encontrou resistências por partedo governo, que não quer abrir exceções. (AC)

Congresso Nacional recebe o orçamento para 2003 em agosto

OCongresso deverá receber, atéo dia 31deagosto,o projetode leiorçamentária anual(LOA) para2003, aser enviado pelo Executivo, e que deveráser aprovado em sessão conjuntado Senado e da Câmara até odia 15 de dezembro ou em data a ser estabelecidano últimomêsdo ano pelopresidente doSenado,RamezTebet.Ao chegar ao Congresso, o projeto de orçamento da União para o próximo ano deverá ser examinado e votado pela Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.

O projeto de lei orçamentária anual é composto pelo orçamento fiscal, orçamento da seguridade e orçamento de investimentos – das empresas estatais. A proposta orçamentáriapara 2003 serábaseada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)de 2003, aprovada no início do mês pelo Congresso. ALDO de

2003prevêsuperávit primário do setor público (sobra de caixa, antes do pagamento de juros) de 3,75%com relação ao Produto Interno Bruto (PIB); inflação anual de 4%; crescimentoda economiade 4%;taxa dejuros dos títulos públicosaofinal doanode 12,84%;e cotaçãodo dólar americanoem dezembrode 2003 de R$ 2,42. Reserva – ALDOtambém fixou em R$ 6 bilhões a reserva de contingência, dos quais R$ 5 bilhõesdeverão ser usados para efetivar as emendas dosparlamentares ao orçamentode2003e conceder um aumento real para o atual salário mínimo, de R$ 200,00, em abril de 2003.

Baseado nas metas da LDO, o orçamentoda União para 2003 vai fixar recursos para pagamento das despesas do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, na parte relativa ao orçamento fiscal, que

estabelece os gastos com a administraçãopública. Oorçamento daseguridade vaideterminar os gastos com a Previdência Social, saúde, assistência social etrabalho.Jáo orçamento deinvestimento vai estabelecerosgastosdas empresas estatais controladas pela União. Presidida pelo senador Carlos Bezerra (PMDBMT), a Comissão Mista de Orçamento – que vai analisar e votar o projeto de lei orçamentária,antes deremetera matéria ao Plenário do Congresso– écomposta por63 deputados e 22 senadores, além dos respectivos suplentes. Ao chegar o projeto de lei orçamentáriana comissão, será designadoumrelator para a matéria, que em seguidapoderá receberemendas individuais dos parlamentares,e coletivasdebancadas, das comissões técnicas do Senado e da Câmara. (AE)

Comissão aprova vários projetos que estimulam o crescimento

AComissãode Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal aprovou, noprimeirosemestre desteano, uma série de matérias que estãocontribuindo, segundoo senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE), de forma decisiva, para a retomada do crescimento econômicodo país, reduzindo carga tributária, facilitando a vida das micro e pequenas empresas e abrindo a oportunidade de novas linhasde créditoexternopara estados e municípios, de modoa garantira execuçãode programas prioritáriosque

vão do combateà fome à compra de equipamentos mais modernosparahospitais universitários. Alca – Ao todo, foram examinadasestesemestre na CAE 57 matérias, num total de 24sessões,entreasquais sete extraordinárias, incluindo-se audiências públicas com autoridades do governo, empresários e estudiosos para abordar uma série de assuntos relevantes paraa vida econômica dopaís,comoa adesão ou não do Brasil à Área de Livre Comérciodas Américas (Alca), até o rela-

cionamento contratualentre multinacionais,como aMcDonald e aFord, com seus franqueados econcessionários. Foram discutidas,também, com autoridades do governo, as medidas protecionistas adotadas contra o Brasil pelos paísesricos, notadamente pelos EUA. Compareceram ainda à CAE, para prestaresclarecimentossobre apolíticaeconômica,váriosministros de estado,entre eles Sérgio Amaral,do Desenvolvimento e Comércio Exterior, e Pedro Malan, da Fazenda.(AS)

Não há crime demais. Há governo de menos.

Antonio Sérgio Pitombo, um dos maiores criminalistas do País, diz que a razão do aumento da criminalidade está numa longa história de desgoverno que se construiu no Brasil. Para ele, o crime é um negócio lucrativo que funciona como qualquer empresa, e só será possível combatê-lo com décadas de trabalho da administração pública, da sociedade, da Justiça e do legislativo. Se as providências necessárias não forem tomadas, o crime vai se tornar ainda mais organizado.

Eliana G. Simonetti

Alguns fatos chamaram especialmente a atenção da população brasileira para o problema da criminalidade crescente, nos últimos tempos. O mais escandaloso é o do presídio de segurança máxima de Bangu, no Rio de Janeiro, que mostrou ser de segurança mínima. Pior: ordenada a troca detodo o pessoalque cuidava do presídio, o governo não tomou providências.

Um levantamento feito pelo médico Tomaz Nassif, chefe do serviçode Microcirurgia Reconstrutiva do Hospital Servidores do Estado do Rio de Janeiro,mostrou que de 1990 a2001 houve um aumentode 30% nos casos de lesõestraumáticas denervos periféricos causados por arma de fogo no Estado do Rio.

Em São Paulo,a Secretaria da Segurança Pública fez um levantamentoinédito sobre os principaistipos decrimes cometidos porcriançase adolescentes.O estudomostra que os menores são responsáveis por 2,7% do total de crimes registrados pela Polícia Civil. Foram registradas 3.993 prisões por porte de droga, 2.152por portede armas de fogo e 969 por tráfico de entorpecentes.

OInstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística(IBGE)está consolidandoasinformações sobrecriminalidade das secretarias estaduais de Segurança Pública do País. Oobjetivo étraçar umdiagnóstico da situação nos Estados e propor procedimentos a seremadotados emtodo o Brasil,a fimde que haja um modelo únicode registro de o co rr ên ci as policiais. A vitimização também será investigada, através de uma pesquisa domiciliar, por amostragem, prevista para2003 ou 2004. O estudo vai medir a percepção da violência pela população.

Otrabalho énecessárioe urgente porque simplesmente não existe uma política nacional de combate à violência e à criminalidade. Em entrevistaconcedida ao Diário do C o mé r c i o , um dos maiores

especialistas do País em DireitoPenal,Antonio Sérgio Altieri de Moraes Pitombo, de São Paulo, garante que enquanto esta política não for traçada,oproblemasó vai piorar.E que,quando secomeçar aagircom eficiência, ainda serão necessários muitosanos antesque osprimeiros resultados apareçam. "O crimeé um negócio,e é lucrativo no Brasil. Ainda há espaço para que ele se o rg a n iz e muito mais", diz.

Mestre em DireitoPenal pela UniversidadedeSão Paulo, especializado em Direito Processual Civil e membroda National Association of Criminal Lawyers Defense e daAssociatíon International deDróit Penal,entre outras organizações ligadas ao tema, Pitombo é taxativo: não há nomundo umcaso como o brasileiro. "O Brasil nunca será uma C o l ôm b i a ou uma Bolívia". A seguir, os princ ipais pontos da entrevista.

Sobre a situação do Brasil hoje "Quando o problema é a violência, é preciso terem mente que elaé resultante de um conjunto de fatores num determinado momento histórico. No casoespecial brasileiro (e é preciso considerar que a criminalidade não é problemaexclusivodo Brasil),aviolência eacriminalidade têm se agravado como resultado de vários desgovernos. Existe ab so lu ta ne glig ência dosgovernos federal, estadual emunicipal em matéria de se gura nça pública há muito tempo. Alguém poderia dizer que os municípios nãotêmnada avercomesta questão. Maseles têmmuito a fazer.Têm deevitar pichação, falta de iluminação, têm de fechar bares quando eles sãofontesde violênciaetêm dese aproximarderegiões

que estão distantesdo poder público.

O descompasso que existe é muito semelhante àquele que ocorreu quandoainflação corria solta no País. Ela crescia porque nunca houve vontade nacional de resolver a questão.Sem umaestratégia de combate à remarcação desenfreada de preços, ela ainda estaria aí. Com a violência ocorre o mesmo. É preciso haver uma política para o País. Não para um mandato. Umapolítica paradez, para vinte anos. A diferença será sentida ao longo do tempo. A faltade umapolíticaséria, nacional, é acausa fundamental da crise que o Brasil enfrenta hoje.Nãosepode dizer que o crime criou um governo paralelo no Brasil simplesmenteporqueo governo de verdade, o institucional, está ausente."

O Estado e o crime

"Considerando a proporção da miserabilidade e os índices de criminalidade, a violênciaé pequenano Brasil.O queacontece éque emalgu-

mas unidades daFederação se deixou a administração pública chegar a um absurdo dedesorganização. OEstado é sócio do crime organizado. Não existe contraposição entre o poder público e o crime organizado. Sãocomunso cliantelismo e a corrupção financia campanhas eleitorais. Nenhum fenômeno latino-americano é similar ao brasileiro. ABolíviatema cultura da coca. No Brasil o crime não tem a preponderância de uma cultura econômica. O crime hoje é uma atividade empresarial que tem departamentos variados sem qualquer relação com uma tradição nacional. Como outra empresaqualquer,o crime tem de dar lucro. Nesta situação, o tráfico de drogas é o problema mais grave no País. Ele fonemta outros crimes e é uma atividade mercantil altamente lucrativa. Descriminalizar ouso da droganão é solução,pois nãovaireduzir o lucro do comércio".

Sobre alegislação brasileira "As reformas parciais da legislação penal enfraqueceram o sistema. O sujeiro progride do furtopara o roubo, daí para a extorsão, para o sequestro, para a venda de armas. Isso porque desde o primeirofurto ele nãopercebe que existe um Estado organi-

zado,achaquea Justiçanão tem eficácia. As reformas parciaisquebraram aestrutura dosistema.OCódigo Penal écomo umrelógio. Se você mexe no mostrador, depois resolve reduziro tamanhodeumacatraca, elenão vai funcionar, porque foi projetadopara queas peças trabalhassem em conjunto. Na legislação, tem de haver coerênciaentre ofatoe apunição estabelecida para ele. Hoje o Congresso aprova qualquer coisa. Aumenta a penados culpados de extorsão mediante sequestro por causade umcasorumoroso. A questão é: desde quando o aumentodapena diminuia incidênciado crime?Nãohá a menor condição de se discutir CódigoPenalnoCongresso. Lá sóseouvebobagem. Os parlamentares não têm assessoria competente. Nãosoucontrário àdemocracia mas não é possível que se percatempo discutindose um crime deve ser punido com penade morte ou com penadeprisãode 200anos. Existeumprojeto, de 1984, queorganiza as coisas doponto de vista da legislação penal. Está parado há tanto tempo que precisaria ser atualizado. Mas seria um avanço, diante doque temos hoje".

Crimes contra mulheres "O Brasil enfraqueceu os pequenos crimes para não levar à prisão gente demais que apresentassepouco riscoà sociedade.A premissaécorretamas nãopode serlevada ao extremo. Hoje, qualquer delito pode ser pago com uma cesta básica. Com isso, houveaumentono número de homicídios contra mulheres. Porque a lei transformou a violência doméstica em coisa banal.Omaridoque espanca a mulher vai ao juizado especial criminal, é registrado como autor de lesão corporalleve, fazumabarganha e recebe, comopena, o pagamento deumacestabásica. Umdia a mulhervai chegar emcasae encontrara garagem cheia de cestas básicas. A questão, portanto, não está na pena que se estabelece mas naeficiência do sistemacomo um todo".

As falhas do sistema "O códigode processopenal atrasa os procedimentos e torna todo o sistema ineficaz. Há burocracia em excesso. O resultado é que muitos processos são anulados ecriminosos indiscutivelmenteculpados livram-se da condenaçãoe voltam às ruas por causa de atrasose falhas procedimentaisque poderiam per-

feitamente ser contornadas". Sobre osistema penitenciário "A administração nunca cumpriu seu dever no que diz respeito ao sistemapenitenciário. O Brasil não precisa de presídios de segurança máxima, comoos deBangu. Precisa de instituições de regime semi-aberto, de colônias agrícolas. Tenhodúvidas sobre a honestidade dos que estão no comando das decisões sobrea construção deinstituições prisionais. Não é uma crítica pessoal,mas hoje se prende uma pessoa de família agrícola, que sempre plantou mandioca,num presídiofechadoem SãoPaulo. Elafica foradeseu ambienteeacaba setransformando num bandido de verdade. É natural que quem esteja numpresídio seorganize, distribua tarefas, desenvolva amizades. Todos sabem que neste ambiente a corrupção corre solta maso problema não é assimtão complicado. Épreciso tervontade ecoragem para enfrentá-lo".

Sobre o Rio de Janeiro "ORio deJaneiroé osímbolodadesorganização do Estado no Brasil. Acidade cresceu, durante décadas, sem c o o r d e n ação. A polícia vive uma relação íntima com o crime. Como dizia Mariel Mariscot,o lendáriopolicialenvolvido com o jogo do bicho, inspirador doesquadrãoda morte, morto em1981, policiais e criminosos formam doistimes quejogamjuntos, no mesmo campo.Não importa opartido ouo político

que estejano podernoRio, não existe investimento na formação depoliciais. Mal pagos e despreparados, seria pedir demais que eles resistissem a propostas de corrupção.Esteseria um mundo ideal. NoBrasil,nãoexiste. Um dos trabalhos árduos que se tem pela frente é a limpeza da banda podre da polícia".

Perspectivas futuras "O crime, noBrasil, ainda nãoestá tãoorganizado.Podepiorar muito ainda.Para enfrentar este problemaé precisoque seformule um planonacional desegurança pública e que se envolva a sociedade neste movimento. É claro que osbotecos terão de fechar às nove horas da noite. Este plano temque envolver o legislativo, a administração pública e os presídios. As leis penais devem ser adequadas para todo o País e não apenas para as grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. Além disso, a polícia tem de serreformada.Eé essencial que se faça o controle do capital ilícito. O criminoso quer gastar dinheiro. Por isso é importante a repressão à lavagemdedinheiro. Aconvenção internacional de Vienaque trata do assunto é recente, de 1988. Pretende orquestrar a ação dos países neste trabalho, rec on he ci damente importante. Alguns países já estão atuando bem neste sentido. A Coafi, Coordenadoria de AdministraçãoFinanceira,começou atrabalhar explicando ao público o que é a lavagem de dinheiro. O Brasil tem uma boa legislação, mas muito pouco tem sido feito".

Pitombo: "Já dizia Mariscot: polícia e bandido são times que jogam juntos"
Monica Zarattini/AE

Divertimentos na Europa ficam mais caros com o euro

Desdeo iníciodoanoocenário é o mesmo: a população vive reclamando que os preços aumentaram com o euro e que o dinheiro perdeu o valor.

Mas segundo Johann Hahlen, presidente doDepartamento Federal da Estatísticas, da Alemanha,a inflação em junho chegou apenas a 0,9%, atingindo seumenor valordesde novembro de 1999.

Hahlen admitiu porém, que há umadiscrepância entre ainflaçãomedidapelos números ea que ésentida no bolso do consumidor.Isto porque,alguns produtosaumentaram drasticamente,

embora a inflaçãonão tenha subido acima da média. Mas nocaso dosdivertimentos, bares,restaurantes e cinemas, as estatísticas comprovam de fato uma explosão de preços, ocorrida no mês de janeiro,edesde entãoonível dos preços não baixou. Como essesserviços afetam diretamente osturistas, tem-se a impressãode quea Europa ficou mais cara com o euro. Em compensação ospreços dosgêneros alimentícios mantêm-se nomomento estável. Nomês dejaneiro, eles haviam subido 6,7% em relação ao anoanterior; mas em

maio de 2002 o aumento anual atingia apenas 0,4%. De uma forma geral, a mesmatendência daAlemanhaé registrada em todaa Europa. Nos outros países, também, ospreços cobradospelosbares e restaurantes aumentaram consideravelmente. Só que insatisfaçãopopular não étanta como naAlemanha, observa JürgenChlumskz, diretor do grupo "Preços" do Departamento Federal de Estatísticas.

Campanha contra –O cantorde músicapop Bob Geldofaderiu àcampanha paraque aGrã-Bretanha

Empresas do Japão estão mais otimistas, conclui pesquisa

Empresasjaponesas estão mais otimistascomasituação econômicado paíspela primeiravez desde outubro de 2000, segundo uma pesquisa trimestral realizada pelo Bancodo Japão.O otimismo registrado noestudo se segue à recente divulgação de índices que sugerem que a segunda maioreconomiado mundoestá saindode uma profunda recessão. Mas alguns analistasacreditam que o resultado da pesquisa pode ser pouco fiel àrealidade.

"Acho que o governoe a população japonesapassaram os últimos meses sob uma espécie deeuforia otimistaum tanto irrealem relaçãoao futuro da economia",disse Yasushi Okada, do Credit Suisse First Boston. A pesquisa do Banco do Ja-

pão também indica que muitas empresas do país ainda estão cortando planos de investimentos, o que ressalta a fragilidade darecuperação econômica.

Os analistas acreditam que empresasque se concentrarem nomercado internovão continuar tendo dificuldades, já que, segundo eles, a alavancada da economia japonesavirá dosetor deexportações. A economia do Japão cresceu 1,4% nos três primeiros meses desteano, graças aomaioraumento das exportações.

"Nossa previsão é de que teremos uma recuperação anêmica", disseJohnRichards, estrategista do Barclays Capital.

Desemprego – O governo do Japão anunciou que a taxa

dedesemprego nopaís caiu para 5,2% no final do primeiro trimestre e chegou ao índice mais baixo dos últimos sete meses.Em dezembro de 2001, a taxa de desemprego no Japãochegou a 5,5%- recorde dos últimos 50 anos - e, em fevereiro,o índice registradofoide 5,3%.Analistas afirmam que a queda do desemprego pode sero primeirosinal deque acrise daeconomia japonesa pode estar chegando ao fim. "Até dezembro do ano passado, os índices eram completamente negativos", afirmou MasatoChino, diretor do órgão do governo responsável pelas estatísticas de emprego. "Alguns números ainda estão ruins, mas outros são melhores, mostrandosinais de recuperação". (Reuters) Ciência

mantenha a libra como sua moeda oficial. Ele aparece em umcomercial, quecomeçará a ser exibido nesta terça-feira, no qual fala sobre os supostos perigos que o país enfrentará se aderir à moeda única européia,o euro.O anúncio,que será mostrado em cinemas britânicos, visa obtero apoio de pessoas não-politizadas. "Políticos nãosão muito populares hoje em dia, e este é um tema no qual temos que fazer contato com todo o eleitorado",disseGeorge Eustice, quelideraa campanha Não, justificando ouso de personalidades em vez de políticos.

Os representantes da campanha em defesa da adoção do euro,a Britainin Europe, dizemqueos queseopõemà adoção da moeda única estão fugindo dos verdadeiros problemas britânicos - o desemprego e asituação da economia.

A campanha publicitária traz aindatiradas cômicasde célebres humoristas britânicos, como Harry Enfield e Rik Mayall, e conta também com a participação domúsico e apresentador Jools Holland. No comercial, Geldof diz que a adoção do euro é "incrivelmente antidemocrática". Masele acrescenta ainda: "Nãoé antieuropeu ser contra o euro".

O ativismo de Bob Geldof começou no início dos anos 80, quando ele criou oLive Aid, para angariar fundos paravítimas dafome naÁfrica. Na época, chegou-se a cogitar seunomedo paraoPrêmio Nobel da Paz. (Reuters)

Universo é mais velho do que se pensa

Ouniverso podeser mais velho do que se previa, baseadonum examede raios-Xde umpeculiarcorpo próximo do limitedo cosmoconhecido,segundo relatório divulgado pela Agência Espacial Européiana publicaçãoAstrophysical Journal Letters.

Muitos astrônomos teorizam que o universo começou como "BigBang" (aGrande Explosão),entre 13bilhõese 14 bilhões de anos atrás.

Desemprego chega aos 22% na Argentina e os

miseráveis aumentam

A taxa de desemprego na Argentina ficou em 22%no mês de maio, informou a ministra do Trabalho, Graciela Caamaño."A taxademaio aproxima-se de 22%, o que representa200 milvagas a menosque em outubro de 2001. Ainda não chegamos aos 25%, apesarde algumas cifras divulgadas anteriormente", declarou a ministra. Analistas independentes, noentanto,estimam que 25% da população do país em idade economicamenteativa estejam desempregados. Na penúltimaaferição oficialda taxa de desemprego, realizada em outubro do ano passado, ototal havia ficadoem 18,3 por cento. Em fevereiro desteano,o entãoministro da Economia, Jorge Remes Lenicov, admitiu uma taxadedesocupação de23%, no mês anterior.

Mais da metade da população argentina hoje encontra-se abaixo da linha de pobreza

O jornal La Capital, de Rosário, afirmou que a indústria pecuária foi favorecida "pela desvalorização de 70% do pesodesde janeiro,pelaeliminação de um foco de febre aftosa e pela ampliação da cota Hilton" (o cortedecarne de alta qualidade exportado para aUniãoEuropéia), resultando na admissão de mais 500 trabalhadores pelo setor. Recessão – A Argentina vive uma profunda crise econômica esocial, resultadode uma recessão que já dura quatro anos,marcada pela renúncia dopresidente Fernando de la Rúa e pela desvalorização do peso.

Mais da metade da popula-

ção argentinahoje encontrase abaixo da linha de pobreza, odesemprego aumentaacadadia e milhões depessoas estãocom seusdepósitos bancários congelados no chamado corralito financeiro. Há meses, diferentes cidades do país abrigam fortes protestos.Capitalismo camada – Um "capitalismo camarada" associadoà corrupção contribuiu para difundir a crise econômica argentina e umasoluçãopara tiraropaís da crise deve surgir naprópriaArgentina, disseochefe político daCasa Brancapara a América Latina. "Pessoas do setor privado me contaram que isso não é capitalismo verdadeiro... foi distorcido pelo que tem sidochamado de capitalismo camarada, ou talvez pelo desvio de recursospara usos impróprios", disseOtto Reich, secretário-adjunto do Departamento de Estado dos Estados Unidospara aAmérica Latina, a jornalistasna Argentina. Questionado em umacoletivana casadoembaixador norte-americano se concorda comtais comentários, Reich respondeu: "Em grande parte".

Sua declaração foi outro sinal de que Washington está tomandouma duraposição emrelaçãoa Argentina–um dos maisfortesaliados dos EUA na regiãonos anos 90, masagora incapazdeconseguir uma rápidaajuda internacionalem meio àscriticas de gastoexcessivodogoverno e incompetência(Reuters)

Empresas de chips

criam

Em grande parte, a estimativavemda mediçãododesvio parao vermelho ede outras energias de galáxias que se movem. Mascientistas, usandoum satélite de raio-Xpara observação, descobriram que um quasar a 13,5 bilhões de anosluz de distânciaofereciaum sério desafioà convencional idade estimada.

"Uma diferente possibilidade para explicar essas observações é queo desvio para overmelho queestamosobservando émais antigodo que pensávamos",disse Fred Jansen, cientista do projeto XMM-Newton, que fezas observações por raio-X. O desvio para o vermelho

se parececom odesvio sonoro deDoppler. Porexemplo, ondas sonorasemitidas pelo apitode umtremtornam-se mais longas emais baixas em diapasão quandootrem se move para longedo observador.

Damesma forma,a luzespectral dasgaláxias parecese desviarmaispara baixo-observaçõesque osastrônomos usam paraestimaravelocidade e a idade das galáxias. Além disso, o espectro dodesvio para o vermelho forneceo fundamento científico para o modelo cosmológicode que o universo continua ase expandir depois do Big Bang primordial. "Se você estudar a evolução do universo, umadas regras básicas é quepodemos associar o desvio para o vermelho à idade", disse Jansen. E o desvio para o vermelho doquasar, umavibrantegaláxiacomumabrilhante região centrale umgrande buraco negro no centro, revelou que elecontinha muitomais ferro do que deveria para sua idade.

Olhando objetos distantes, os cientistas da Astronomia, de certo modo, olham para trás no tempo

Fábricas de ferro – Os

cientistas pensam que asestrelas queexplodem liberam ferro e que o metal gradualmente cresce no universo. Gerações deestrelas maisjovens devemter menosferro se comparadas comaquelas mais antigas, como o Sol. Mas o ferro no quasar, conhecidocomo APM 8279+5255,eratrês vezes mais abundante do que em nosso sistemasolar,o que confundiu os astrônomos. "O sistema solar formou-sehá cincobilhões de anos, então devia conter mais ferro do que o quasar, que se formou há 13,5bilhões de anos", disseum astrônomoda AgênciaEspacial Européia. Olhando objetos distantes, os cientistas, decerto modo, olham para trás no tempo. A luzdo APM8279+5255,por exemplo, leva 13,5 bilhões de anospara atingira Terra,então o vemos como há 13,5 bilhões de anos. Presumivelmente, oquasar deve parecer muito jovem noinstantâneo cósmicoinicial, mas devido a seu conteúdoricoemferro,ele parece mais maduro. (Reuters)

grupo de alta

Os fabricantes japoneses de semicondutores, em crise, anunciaram uma nova joint venture com o objetivo de desenvolver tecnologiade nova geração a qual, esperam, vai colocá-los devolta nomapa, nessesetor cada vez mais competitivo. Todosos11 grandes fabricantes japoneses de semicondutores participarão do empreendimento, ededicarão recursosao desenvolvimento de tecnologias de produção para os chamados "sistemasem chips" (SoCs), que combinam capacidadede processamento, memória e outras funções em uma única peça de silício. "O setor de semicondutores está atravessando dificuldades", disse Koichi Nagasawa, que dirige tanto as operações de chips da Mitsubishi Electric, quanto uma associação setorial que ajudou a criar o empreendimento. "O objetivo éreforçar acompetitividade da indústria japonesa de semicondutores", disse. Os fabricantes japoneses de semicondutores acumularam bilhões de dólares em prejuízosno maisrecente ano fiscal, devido principalmente à competição mundial

tecnologia

feroz noramodechips de memória para computadores.

Eles decidiramabandonar essemercado eagora seconcentram nos SoCs, usados em produtos quevariam decarros a bens eletrônicos de consumo, como método para revitalizar suas operações.

Umadas principaistarefas da nova joint venture, batizada Aspla(AdvancedSoC Platform Corp), será o desenvolvimento de tecnologia para a fabricação de chips com circuitos deapenas 90nanômetros de largura.

V el oc id ad e –Esseseria o próximo passo, depois da tecnologia de130 nanômetrosqueosprincipais fabricantes de chips começaram a usar recentemente em suas fábricas maisavançadas. Um nanômetro equivale a um bilionésimo de metro.

O ritmo do desenvolvimento de circuitos cada vez menores nas décadas recentes motivou rápidos avanços que tornaram os semicondutores muitomais baratos,rápidos emaispoderosos.A join venturevai ser capitalizada inicialmente em US$ 8 milhões. (Reuters)

Distrital inaugura sala de informática

Novo espaço no Centro, que tem também uma biblioteca, leva o nome de Alencar Burti, presidente da Facesp e da Associação

A Distrital Centro da Associação Comercial de São Paulo inaugurouuma biblioteca e uma sala de informática para atender aos jovens que participam do Centro de Apoio e A prendizado Profissional (Caap). Onovo espaçorecebeu o nome de Alencar Burti, em homenagem ao presidenteda FederaçãodasAssociações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da Associação Comercial de São Paulo. No total, o espaço conta com 11 computadores.

SegundoRoberto Mateus Ordine, diretor-superintendente daDistrital Centro, a escolha do nome foi uma for-

ma dehomenagear Burtipelos incentivos oferecidos ao desenvolvimento das ações realizadas pela entidade. A inauguração donovo espaço educacionaltambém contoucom acomemoração de 10anos doCaap, que já formou cerca de 1.800 jovens. Nessa semana, acontece aformatura demais66alunos e já estão abertas as inscrições para novos candidatos. São cincomeses deaprendizado, com aulas de informática, além de noções sobre odia-a-diadetrabalho em umaempresa. Osalunossão acompanhados por psicólogas eassistentessociais.De-

pois do curso, os jovens de 16 a 18anos sãoencaminhados para estágio em empresas. Geralmente, é oferecida

uma remuneração de dois saláriosmínimos,além dopagamento de INSS, para começara contaro tempode

serviço.O novotrabalhador tem direito a depósitos no Fundode Garantia eSeguro Saúde.

falências & concordatas

Paraparticipar docurso,o adolescenteprecisa estar estudando. Após ainscrição, o estudante é submetido a uma prova, em que é avaliado o nível de aprendizado escolar. As aulasacontecemtodos os dias e duram quatro horas. Osalunos recebemlanche. "Na reunião de pais, a família costuma comentar que os jovens apresentam uma grande mudança de comportamento, após iniciar o curso", comenta Ordine.As empresas interessadas em contratar estagiáriospodemligar para 3208-4096 ouir atéa Distrital, na ruaGalvão Bueno, 83, Liberdade. (DC)

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 11 de julho de 2002, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:

Requerente: TL Publicações Industriais Ltda. – Requerido: Marllins Equipamentos Ltda. – Rua Coronel Carlos Oliva, 250 – 07ª Vara Cível

Requerente: STM Industrial Ltda. –Requerida: Terra Arquitetura e Engenharia Ltda. – Av. Brig. Faria Lima, 1912 - 5º and - conj. 5H – 11ª Vara Cível

Requerente: CarrezeTransporte de Documentos e Encomendas Ltda. – Requerida: Correia Comercial e Serviços Ltda. – Av. Brig. Luiz Antonio, 1564 - 1º Piso Loja 22 – 03ª Vara Cível

Requerente: Sky Corte Laser Ltda. – Requerida: SETC Perfil Indústria e Comércio Ltda. Rua Alberto I, 199 – 04ª Vara Cível

Requerente: CarrezeTransporte de Documentos e Encomendas Ltda. – Requerido: Villeneuve de Despachos S/C Ltda. – Rua Nova Independência, 177 – 05ª Vara Cível

Requerente: Sky Corte Laser Ltda. – Requerido: Elusicon Eletro Mecânica Ltda. – Rua Susana, 550 – 01ª Vara Cível

Requerente: Dagan Comércio de Metais Ltda. – Requerida: Comontec Construções e Comércio Ltda. – Rua João Gonçalves Peneda, 36 – 05ª Vara Cível

Requerente: Hossoda Máquinas e Motores Industriais Ltda. – Requerida: GE Eletromecânica Ltda-ME – Rua José Pedro D’Oro, 342A – 38ª Vara Cível

Requerente: Disparcon Distribuidora de Peças p/ Ar Condicionado Ltda. – Requerida: Thermacom Ar Condicionado Ltda. – Rua Nelo Viviani, 14 – 08ª Vara Cível

Requerente: Disparcon Distribuidora de Peças p/ Ar Condicionado Ltda. – Requerida: Temp Control Ar Condicionado e Refrigeração Ltda. – Av. Raimundo Pereira de Magalhães, 4406 –22ª VaraCível

Requerente:Wilson Ibiapina –Requerida: Bawman Agropecuária e Comercial S/A – Av. Paulista, 2202 - conj. 34/35/36 – 11ª Vara Cível

Requerente: Neusa Torres Ibiapina – Requerida: Bawman Agropecuária e Comercial S/A – Av. Paulista, 2202 - conj. 34/35/36 – 11ª Vara Cível

Requerente:Verzer Ind. Com. e Distribuição de Ferro e Aço Ltda. –Requerida: SETC Perfil Ind. e Comércio Ltda. – Rua Alberto I, 199 – 04ª Vara Cível

Requerente:Verzer Ind. Com. e Distribuição de Ferro e Aço Ltda. –Requerido: Metalmax Comercial de Ferro e Aço Ltda. – Rua Cabo Antonio Alves, 71 – 10ª Vara Cível

Requerente: Dicon Distribuidora de Tubos e Aços Ltda. – Requerida: LBF Comércio e Ind. de Materiais p/ Construções Ltda. –Estrada Três Cruzes, 148 – 09ª Vara Cível

Requerente: Affectio Comércio e Distribuidora de Produtos Ltda. – Requerido: Mercado Paraisópolis Ltda. – Rua Pasquale Galupi, 50 – 21ª Vara Cível

Requerente: Sodexho Pass do Brasil Serviços e Comércio Ltda. –Requerido: M.M. Fortte Comercial e Intermediação Ltda. Rua Frei Caneca, 91 - 12º andar – 20ª Vara Cível

Requerente:Verzer Ind. Comércio e Distribuição de Ferro e Aço Ltda. – Requerido: Luberfer Comércio de Ferro Ltda-EPP – Rua Nelson Brissac, 478 – 18ª Vara Cível

Requerente: Verzer Ind.Comércio e Distribuição de Ferro e Aço Ltda. – Requerido: Comercial Pro Corte Ferro e Aço Ltda. Rua Frei Bernardino Coste, 412 – 32ª Vara Cível

Requerente: Arms Brasil Ltda. –Requerida: Microparts Informática Ltda. – Rua Plácido Nunes Vieira, 226 – 03ª Vara Cível

Requerente: Desentupidora Hidrocenter S/C Ltda. – Requerido: Serviços Automotivos Triângulo Ltda. – Av. Prof. Luís Inácio de Anhaia Melo, 3000 – 40ª Vara Cível

Requerente: Líder Fomento Mercantis, Cobranças S/C Ltda.–Requerido: Art-Vacuum Serigrafia e Promoções Ltda. –Rua dos Correntistas, 458 – 40ª Vara Cível

Requerente: Líder Fomento Mercantis, Cobranças S/C Ltda.–Requerido: Aerocom Connecta Ind. de Equipamentos Ltda. –Rua Suzana Rodrigues, 123/ 135 – 19ª Vara Cível

Requerente: Nicofer Comércio e Indústria de Laminados Ltda. –Requerido: Artibano Ind. e Comércio de Peças p/ Autos Ltda. – Rua Vieira Pinto, 26 –16ª VaraCível

Requerente: Werner Fábrica de Tecidos S/A – Requerido: Empório de Renda Ltda. – Rua Almirante Barroso, 421 – 15ª Vara Cível

Requerente: Seti - Sistemas de Encomendas de Transportes Integrados Ltda. – Requerido: Geo Geotecnia Engenharia e Obras Ltda. – Av. Indianápolis, 3435 - 1º andar – 38ª Vara Cível

Requerente: AABF Transportes e Representações Ltda. –Requerida: Semper Engenharia Ltda. – Rua Dona Germaine Bourchard, 617 – 16ª Vara Cível

Requerente: Ebid Editora Páginas

Alencar Burti e José Silva descerram a placa e inauguram o novo espaço de treinamento de adolescentes da Distrital

São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de julho de 2002

TENDÊNCIAS/SEMANA

Economia sofre com a pequena oferta de crédito no País

Apesar de teruma das economiasmaisimportantes entre ospaíses emergentes,o Brasil ainda está bem atrasado emtermosde ofertadecrédito. Apenas 29% do PIB estão emprestados para empresas e pessoas físicas no País. No Chile,essa porcentagemchegaa 81% do PIB; naChina,vai a 97% e, na França, a 145%.

Osdados sãode2000 efazem partede estudo da ABM

Bom desempenho do setor de petróleo impulsiona negócios

Osinvestimentos feitosno setor de petróleo nos últimos anostêmirrigado aeconomia do País, em especial, a do Rio de Janeiro, de onde sai sai 80% da produção brasileira. Com isso, o estado é um dos poucos combomdesempenhoindustrialno ano.Dejaneiroe abril,por exemplo,a indústria carioca cresceu 5,8%, enquanto a média do País ficou negativa em 0,1%.

Um estudoda Universidade Federal do Rio mostra que, para US$ 1bilhão investido naindústria petrolífera, são geradas oportunidades de negóciosdeUS$1,1 bilhão, com efeitodireto no PIBde US$592milea criaçãode 37 mil empregos. Página 9

Fashion Week discute a identidade da moda brasileira

O São Paulo Fashion Week - Verão 200/2003 tem início hoje, com a propostade lev antar adiscussão sobrea identidade damoda brasileira.O evento, queexiste há seis anos, reflete a maturidade da indústria nacional.

A nova edição vai trazer 13 desfiles a mais que a versão anterior. Mas os consultores de moda acreditam que os estilistas farão desfilescom poucas novidades. Página 11

Entidade ajuda as empresas a obter certificado ISO 9001

Sete empresas paulistas devemreceber o certificado de qualidade ISO9001 até o final doano. Elas fazemparte do primeiro grupo capacitadopelo programadecertificaçãoda AssociaçãoComercial de São Paulo. Entre as v antagens apontadaspelos empreendedores está o baixo custo do serviço. Página 14

Consulting. A principal explicação para o volume de crédito do Brasil sertão inferior ao de outros países é a alta taxa dejuros.Nos últimos15anos, os governos brasileirostêm segurado aofertade crédito paratentarmanter ainflação controlada. Oreduzido volume de crédito prejudica a economia, porque dificultaa expansão das empresas e também a do consumo. Página 7

Recursos da poupança já chegam a R$ 128,6

Ovolumede captaçãoda caderneta de poupança continuacrescendo.O número de contas também teve um aumento expressivo.Do início doano atéo últimodia 8, o saldo total atingiu R$ 128,7 bilhões e o número de contas abertas passou de 51 milhões, no final do ano passado, para

mais de 60 milhõesem junho. Com a proximidade das eleições,aprevisãoéde que essesnúmeros cresçam aindamais, comosinvestidores em busca de segurança. A decisão dogovernode nãomudaras regrasparaa caderneta também deve favorecer a procura pelo inves-

milhões

timento. CelinaLopes, superintendente nacional de ServiçoseCaptação daCaixa Econômica Federal, diz que tanto o mercado como o aplicadorpreferem trabalhar com normas já conhecidas. No últimodia10, aCaixa registrou uma marca histórica, atingindo saldorecorde,

Penhor, uma saída contra os juros

altos

Para quem está endividado e pretende escapar dos altos juros e da burocracia dos empréstimos tradicionais do sistemabancário umdassaídas é utilizar openhor, operação realizada exclusivamentepela Caixa Econômica Federal. A prática de penhorar bens já temuma tradiçãode mais de200anos econsolidou-se com umaforma alternativa de conseguir recursos. A Caixa registra 100 mil novos contratos por mês e a tendência édecrescimentofirme: até o mês de junho último concedeu maisde R$1,5 bilhão em empréstimos por meio de penhor, contra cercade R$1,2bilhãoemigual período de 2001. Página 6 Jóias são o

Desgoverno faz aumentar o crime, afirma especialista

Antonio Sérgio Pitombo, um dos maiores criminalistas do País,diz que oaumento da violência não está ligado à falta de educação ou com a miséria, mas com o desgoverno. Foramdécadas denegligência dos governos que levaram o negócio do crime a se tornar tão lucrativo.

"O moleque que começa com o furto, passa para o roubo e acabatraficando drogas earmas nãoacreditanaefi-

ciência da Justiça", afirma Pitombo.Para ele,asoluçãoé a construção de um plano nacionalabrangente ede longaduração.Além dereformar a polícia, mudar o sistema penitenciário e a legislação penal, a sociedade terá de se conformar,porexemplo, como fechamentodebares àsnove horasdanoite. Ouo crime vai crescer ainda mais.

Ver matéria de Eliana G. Simonetti na página 15

Feira de Calçados traz as novidades do próximo verão

A Francal2002, Feira de Calçados,Acessórios deModa, Máquinase Componentes, começanestasegundafeira no Anhembi, com700 expositores. Éamaiorvitrinedelançamentos dascoleções Primavera/Verão 2003.São esperadas 40 mil pessoas,entrelojistas, estilistas e fabricantes. Página 13

Hanseníase cresce no País e atinge 43 mil casos por ano

A hanseníase atinge43 mil casosanuaisejá infectatrês vezes mais pessoas que a Aids. O númerode portadoresda doença aumentou 35% nos últimosdez anos devidoà faltade campanhasdeesclarecimentoà populaçãoede atendimento médico. Artistas e cantores, como Ney Matogrosso, estãoviajando pelo Paíspara divulgarinformações sobre a doença e diminuir o preconceito. Página 17

no dia,deR$40 bilhões em captação.Comisso,a instituiçãoaumentoua suaparticipaçãono mercado, passando de 29,5%, em dezembro, para 31,30% no início de julho. Além da questão da segurança,um dosatrativosda Caixa são os sorteios de prêmios em dinheiro. Página7

Ministro mostra os rumos do turismo na Associação Comercial

Oturismoé hojeumdos negócios que mais cresceno mundo.Em2001, osetorfaturou, no Brasil, R$ 62,5 bilhões. Cerca de 50 milhões de turistas,dentro doPaís,gastaramR$20 bilhões,valor 25% maior do que o registrado em 1998, segundo pesquisa da Fipe e da Embratur. Mesmo assim, osetor aindaenfrentaproblemas. Para mostrar oque jáfoi feitoe o queainda podesermelhorado para ampliar o turismo no País, oministro doEsporte e Turismo, Caio Luiz Cibella de Carvalho, apresentará a palestra "A hora e a vez do turismo",hoje, nareuniãoplenária daAssociação Comercial de São Paulo. Página 10

Mexicanos voltam as atenções para o Brasil

Os últimos acordos comerciais e o agravamento da crise argentinacolocamo Brasil no centro das atenções das empresas mexicanas, que devem investir US$3,5 bilhões noPaís até2004. Aempresária Judith Lazzariniimporta US$ 50 mil por ano em artesanato mexicano. A idéia é aproveitara boafasecomercialpara venderosprodutos aosempresáriosdo México instalados no País. Página 12

Judith Lazzarini quer vender peças para os mexicanos instalados aqui a

a Protecionismo, o grande desafio que o próximo governo vai enfrentar Página 5 Vendas do comércio subiram 1,22% em maio, pelos dados do IBGE Página 10

BC quer mais participação de outros estados na questão do troco Página 7

principal bem utilizado pelas pessoas para obter recursos na Caixa. As mulheres são a maioria dos clientes.
Dudu Cavalcanti/N-Imagens
Pitombo: crime é um negócio lucrativo que funciona como qualquer empresa
Célio

Protecionismo é desafio para governo

As barreiras comerciais – tarifárias ou não – são tão antigas quanto a industrialização das regiões centrais do planeta (fundamentalmente, Europa e Estados Unidos), dizem especialistas. Hoje, boa parte das salvaguardas vem desses países e, mais do que razões econômicas, essas medidas têm motivações políticas. Enquanto não se chega a um consenso sobre a bastante apregoada, mas pouco praticada, liberação do comércio mundial, diversos acordos, como a própria Alca, vão ficando em segundo plano.

O término das discussões em torno da criação da Área de Livre Comérciodas Américas (Alca) está previsto para 2006. Hoje, otema é abordadoda mesmamaneirapelos quatro principaiscandidatos àpresidência naseleiçõesde outubro: semsinal demaior flexibilidade nas negociações com os EstadosUnidos, é melhordeixar oacordopara mais adiante. Semmaior poderde barganha,o Brasilestaria apenasreforçando alógica da exportação de bens primários diante da importação de artigos industrializados. Faltariam condições de igualdade na troca de produtos.O cenárioéo mesmoem outros mercados, como o europeu. Mais do que estratégia comercial dos chamados países centrais, o protecionismo assumecaráter político fora do Brasil, o que só reforça a necessidadede ampliar as discussõesem tornodo assunto.

"O protecionismo é tão antigoquanto aindustrialização dos países hegemônicos, que aproveitavam os impedimentos transitóriosdocomércio internacionalpara se proteger", explica o presidentedo Institutode Estudos Econômicos e Internacionais ecoordenador geraldoGrupo de Conjuntura Internacional da USP,Gilberto Dupas. Segundo ele,a abertura econômica éum discursoda década de 80, como condição

paraa entrada das grandes corporações nomercado internacional."Os paísescentrais pregamesse discurso, mas na prática agem segundo fatores políticos", afirma o pesquisador.

A estimativa é de que o protecionismo cresça na mesma proporção em que aumenta o desemprego. "Alguns estudosmostram que,desdea Primeira Guerra Mundial, cada vez que a mão-de-obra tinha queda de 1% nos Estados Unidos, ossubsídios também au men tav am 1%", explica Dupas.

Ba lanç o –O secretário adjunto de Co mérc io Exterior do M in i st é ri o do Desenvolvimento, Indústria e ComércioExterior,Ivan Ramalho, cita comoprincipal açãodos oito anos do governo de Fernando Henrique Cardosoo levantamento das maiores barreiras aosprodutos brasileiros no Exterior, sobretudo aquelesligados aoagronegócio. "Seguem as discussões em torno da Alca e do comérciocomospaíses europeus, mas o objetivo sempre foi ganhar forçano Mercosulpara negociar com mais poder nas

Plantação de algodão cai 50% com subsídios

No início da década de 90, a área plantada do algodão brasileiro foireduzida àmetade.A baixanospreços do mercado internacional foi a responsávelpela queda,tendosidoprovocada pelo aumento dos subsídios do algodão americano. Para cada US$ 1produzido, ogoverno dos Estados Unidos entra commaisUS$ 1,2emsubsídios. Osprodutoresnacionais reconhecem quea cotonicultora brasileira ainda não produztodas asvariedades de algodão de que a indústria têxtil precisa, masafirmam perder espaço com o protecionismo internacional. Daqui pordiante,o objetivoé retomar o crescimento a partir de um projeto de estímulo às exportações do produto. "Os americanos podem até se dar ao luxo de descuidar da produçãomesmocom os preços embaixa",explicao diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores deAlgodão (Abrapa),Hélio Tollini. Nasafra de2000/2001,foram produzidas950miltoneladas de algodão no Brasil. A estimativaédeque apro-

outras esferas", diz Ramalho. Além de sentar na mesa para de fato discutir a Alca, o novo presidentedo Paísterá o encargo de negociar com líderes menos sensíveisà problemática dos países periféricos, como opresidente americano George W. Bush. "Osatentados de11 desetembro nos EUA foram a gota d’água para aumentar o protecionismo, acentuando a noção de Ame rica over all ( Amé rica acimade tudo ). Esse quadro só vai mudar quando os países periféricos começarem a impor restrições aos produtos americanos", diz o consultor da Associãção Brasileira de Calçados (Abicalçados), Adimar Schievelbein. De acordo com Gilberto Dupas, a tendência é de apostar no incremento da pauta de exportações."Não háoutra saída senão investir na exportação de produtos com maior valor agregado. Do contrário, significa receber o ônus da globalização sem benefícios concretos para o País", avalia.

Segundo informações do

Brasil

dução de 2001/2002 fique em torno de 770 mil toneladas. "Vamos recuperar oprejuízo com a divulgação do algodão brasileironos principais mercados consumidores. Nossa produtividade é alta eoprincipalentraveestá nos subsídios mundiais". Segundo o executivo, os níveis de produtividadeda cotonicultura local são equivalentes aosdaAustrália,país em que são utilizadas técnicascomoa irrigaçãoeasvariedades transgênicas. "AEmbrapajáestá trabalhandono desenvolvimento denovas modalidadesdealgodão. Hoje importamos uma pequena quantidade das variedades especiais, mas somos competitivos nas espéciesmaisutilizadas pelaindústria", afirma Tollini.

Um dosimpassesque os produtores de algodão enfrentam paradenunciar práticasilegaisde comércio na OMC é o alto custo dos levantamentos necessários à medida. "Calculamos que seja preciso investir US$800 mil em estudos epagamento dosadvogados, quantia da qual não dispomos hoje".

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as exportações brasileiras foram de US$ 58,2 bilhões no ano passado, para US$ 55,6 bilhões em importações.

Barreiras – Entre as principaisbarreiras aos produtos nacionais apontadas pelo governo federal, estão situações comoas sobretaxasentre6% e142% paraosetor desiderurgiano comérciocomos EstadosUnidos. Nesseponto, o governo americano anunciou,em março,restrições para produtos acabados na área de siderurgia, com tarifas entre 8% e 30%. No caso do fumo, a tarifa para o excedente do limite de exportação estabelecido pelos americanos (80,2 mil toneladas) chega a 350%.

Já na União Européia, as tarifas sobre a carnebovina brasileira são de 114,52%. "É preciso pensar em medidas comoa negociaçãode acordosbilaterais.Foia estratégiaadotadapelo México, que hoje possui mais de 35 entendimentos do tipo", afirma o presidente da Associação BrasileiradeComércio Exterior(Abracex) Roberto Segato.

Deacordocom Segato, também falta promoção dos artigos brasileiros noExterior."Somos muitodesleixados. O Brasilnunca teve um programa sério de incremento das exportações", diz.

Eleições nos EUA devem determinar futuro da Alca

Aseleições paraocongresso americano, em novembro, podem ser decisivas para o andamento da Alca no Brasil. Se a maioria dos representanteseleitos fordo PartidoRepublicano, do presidente George W. Bush, a pressão pormenos aberturanasrelações comerciais deve ganhar força.Na opinião do presidentedoconselho da DixieToga e chefe do grupo de trabalhoda Alcana Câmara Americana de Comércio (Amcham), SérgioHaberfeld,aindaassim existem bonsinstrumentos depressão para serem usados pelos países periféricos, comoo Brasil. "Muitas vezes as taxações pesammais doque os subsídios concedidos pelos governos dos Estados Unidos e dos países europeus", explica. Um ponto departida para negociar seria o anúncio, por parte do Brasil, de medidas como a proteção das patentes eocombate àpirataria."São dois dos posicionamentos maisvalorizados pelosprincipais países que mantém relações comerciais como País", diz o executivo. No segundo semestre do ano,a Amchampromoverá visitasde empresáriosbrasileiros às associaçõesde classe maisimportantes dosEstados Unidos. "Duvido que a CocaCola não queria comprar açúcarmaisbarato.O protecionismoé uma questão 100% política".

Maioria republicana no Congresso pode significar menor abertura para acordos comerciais

V o to – Segundo Haberfeld, osistema devoto distri-

talnosEstadosUnidos amplia a concessão de subsídios naquele país."Osdeputados só se elegem se souberem defender os interesses de suas micro-regiões", diz. Outra explicação para justificar o protecionismo nos países centrais éamultifuncionalidade. "É quando o governo da Suíçaconcede subsídiosaos criadoresdegado sobo argumento de que os animais ajudam a abrir caminhonas montanhas, facilitando oescoamento daneve que descongeladepois doinverno",explica opresidente do Instituto deEstudos Econômicos eInternacionais e coordenador geral do Grupo de Conjuntura Internacionalda USP, Gilberto Dupas. Est ratégi as –As opções de barganha com os Estados Unidos podem incluiraté osestados daquele paísonde ocomércio agrícola não seja forte. "Nesse caso a estratégia seria saber que benefícios esses estados poderiamconceder para que os produtos brasileiros entrassem nos Estados Unidos pelos seus portos, o que não deixa de ser uma vantagem comercial", diz Haberfeld. Outro ponto de negociação seria a redução no fluxo de turistasbrasileiros paraos estados que mais barreiras estabelecem aosprodutos nacionais. "Por que não trocar o turismodaFlórida peloda Califórnia, onde também existem parquesda Disney? Não seria difícil viabilizar uma campanha do tipo".

tem só 3% do mercado agrícola

No ano passado, foram liberados US$362 bilhõesem subsídios no agronegócio internacional. Oagribusiness brasileiro não participa da cifra, uma das razões pelas quais oPaís representa apenas 3% de tudo o que é movimentado nocomércio de produtos agrícolas no mundo. Um contradição, quando se analisa o potencial do Brasilno setor. Em2001,por exemplo, o ProdutoInterno Bruto (PIB) doagronegócio brasileiro foi de R$ 338,7 bilhões – 27% do PIB nacional. Só asexportaçõesdosetor, que somaram US$ 25 bilhões no ano passado, representam quase ametade do total de vendas externas brasileiras no período.

Mais do que a concessão de subsídios,os produtoresnacionais pedema reduçãodas taxas dejuros edos impostos paraampliarseupoder de barganha no Exterior. "Precisamos de mais acordos comerciais para ganhar força. O agronegócio enfrenta o protecionismo tarifário e o não tarifário, que são as barreiras fito-sanitárias impostas aos produtos brasileiros", afirma o diretor executivo da Associação Brasileirade

Agribusiness (Abag), Antônio Hermínio Pinazza. Segundo Pinazza, as maiorestaxas são aquelas aplicadas aos produtos nacionais de produtividade mais alta e maior valor agregado. Noiníciode junho,aAbag elaborou um estudocom as projeçõesdo agribusiness brasileiroaté 2010,acompanhadodas medidasnecessárias para competircom mais força no mercado internacional."São procedimentoscomoa melhoria da logística utilizada, a reforma tributária e a redução das taxas de ju-

ros", explica Pinazza. De acordo com o diretor executivo da Abag, as cadeias produtivas são melhor articuladas na Europa e nos Estados Unidosdo queno Brasil. "A renda dos pequenos produtores caiu 40% nos últimos anosno País.Não podemais haver elofrágil, masum trabalho integradoentre todas as etapas da produção", afirma Pinazza.

A Abag estimaque,em 2010, o Valorda Produção Agropecuária(VPA) seja de US$ 53,9 bilhões, dos quais US$ 23,2bilhões napecuária e US$ 30,7 bilhões na agricultura.

Suco de laranja – O suco de laranjabrasileiro recebetarifa deUS$418portonelada. No estado da Flórida, nos Es-

Editais

tados Unidos, há uma taxa extra de US$ 40 por tonelada, que inclusive está sendo questionada pelo Paísna Organização Mundial do Comércio (OMC). A receita adicional éutilizada parafinanciar a propaganda do suco de laranja americano. Mesmo que a bebida não seja estratégica para aquele país. "A indústrianacional semprefoialvo depressõesinternacionais via protecionismo, masvemsendo maisfácilnegociar que antes", afirma o presidente da Associação BrasileiradosExportadores de Cítricos (Abecitrus) Ademerval Garcia.Segundo Garcia,a Europavinha praticando taxasde 19%paraosuco delaranja do Brasil até 1994. Hoje, a taxa aplicada é de 12,2%.

Isabela Barros

Hanseníase atinge 43 mil casos por ano

Falta de informação, tratamento inadequado e venda ilegal de remédios vêm contribuindo para o crescimento da doença

A hanseníase atinge no Brasil quase três vezes mais pessoas doque a Aids.Enquanto o número de casos de Aids ficou estabilizado em 15 milregistros porano, ahanseníase atinge 43 mil brasileiros. Especialistasestimam queuma pessoaapresentaos sintomas da doença a cada 12 minutos no País. Os dados foram apontados por um estudo realizado pelo Movimento deReintegraçãodas Pessoas Atingidas pelaHanseníase, o Morhan.

A doença é transmitida pelobacilodeHansen através do ar, atacaos nervos periféricos e a pele. A transmissão é como ada tuberculose. A bactéria também pode afetar a mucosa nasal e outros órgãos, como o fígado, os testículos e os olhos.

Segunda Cidadania – Reunião dos organizadores da Feirada Cidadania,às9h30,na rua Boa Vista, 51/11º.

D is t r it a i s – Reuniãodo Conselho das Sedes Distritaisda Associação, coordenada pelo vice-presidente e coordenador institucional, Valmir Madázio.Às 14h,na rua Boa Vista, 51/11º andar. 9 de julho – Reunião da comissão da festa de 9 de Julho coordenadapelo vicepresidente da Associação Francisco Giannoccaro. Às 15h, na rua Boa Vista, 51/11º andar.

Ple nári a –Reunião plenária da Associação, com palestra do ministrodo Esporte e Turismo,Caio Luiz Cibella de Carvalho, sobre A hora e a vez do turismo. Às 17h, na rua Boa Vista, 51/9º andar.

Fórum –O diretor-superintendente da Distrital Centro Roberto Mateus Ordine participa da reunião da Câmara dosEmpreendimentosdePequeno Porte, com palestra de consultores do Sebrae.Às17h,naCâmara MunicipaldeSão Paulo, viaduto Jacareí, 100. Concerto –O vice-presidente da ACSP Carlos R.P. Monteiro participa do Concerto Comemorativo aos 25 anos daRádioCultura . Às 21h, no Teatro Cultura Artística, rua Nestor Pestana, 196.

Os primeiros sinais da hanseníase sãomanchasplanas ou elevadas, de cores avermelhadas, esbranquiçadas ou cor decobre,facilmente identificadas, caso o local também apresente falta de sensibilidade.Parafazer o teste, basta tocar a região com um objeto pontiagudo, como uma caneta esferográfica. Deacordo comospesquisadores da organização nãogovernamental, apesar de curável,o númerode pessoas infectadas cresceu 35% nas populações mais carentes nos últimos dez anos devido à faltadetratamento adequado. Outro agravanteé quea doença está ligada à carência de saneamento básico, assistência médica deficiente e alimentação precária. Apesarde raraentrecrian-

Terça Tailândia – Ovice-presidente de Comércio Exterior da Associação, Renato Abucham,recebedelegação da Tailândia, chefiadapor Kantathi Suphamongkthon, para tratar da promoção desemináriosobre Oportunidades de negócios com a Tailândia. Às 10h, rua Boa Vista, 51/9º andar.

Quarta SCPC – Reunião do Conselho Consultivo do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), coordenada pelo superintendenteCelso Amâncio. Às 9h30, rua Boa Vista, 51/9º andar.

FJE – Reuniãodo Fórum de Jovens Empresários (FJE), coordenada por Marcus Abdo Hadade, com palestra do presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) e do Institutode Desenvolvimento daCidadania, Paulo Saab, sobreo tema Cidadania e Política. Às 17h, na rua Boa Vista, 51/9º andar. Quinta China – O presidente da Associação,Alencar Burti, recebedelegação deprefeitos e empresáriosda RepúblicaPopular daChina,coordenada pelo vice-presidente da Câmara BrasilChina deDesenvolvimento em Intercâmbio Econômicoe Comércio Exterior,

acontece nas distritais

Terça Pirituba – Adiretoria da Distrital Pirituba realiza reunião ordinária. Às 19h30.

Quarta C en t ro – Adiretoriada Distrital Centro realiza reunião com palestra do deputado estadual Lívio Giosa sobre o tema Terceirizaçãoe tecnologia moderna. Às 18h. Vila Maria –A Distrital Vila Maria tem reunião ordinária. Às 19h30.

ças,a doença já atinge4 mil menores de 14 anos . A explicaçãopara aexpansão nafaixa infantil é que, quanto maioronúmero de adultos com a doença, a possibilidade de contágio cresceentre as crianças, segundo Artur Custódio Moreira de Sousa, coordenador nacional daorganização não governamental. O GovernoFederal identificou 329 municípios onde há maior incidênciada hanseníase,mas ascampanhasdeverãoser estendidastambém para as localidades em que a doença foi considerada erradicada. Isso acontece quando éregistradoumcasoa cada dezmil habitantes.NoRio Grande do Sul,por exemplo, há 0,5 casos para cada 10 mil pessoas.Mas foramcontabilizados 800 pessoas infecta-

Paul Liu. Às 10h, na rua Boa Vista, 51/9º andar.

Internacional – O superintendente do Conselho de Câmaras Internacionaisde Comércio, Luiz Augusto de Camargo Ópice, participa de coquetel em homenagem à secretária-geral da International Chamber of Commerce, Maria Livanos Cattaui. Às 17h30, no Hotel Intercontinental São Paulo, sala Bonadei, alameda Santos, 1.123.

Perfumes – Ovice-presidente da Associação, Francisco Giannoccaro, participa de palestra com Jean Luc Morineau sobre A história da essênciaedo perfume na cosmética brasileira . Às 19h45, na Distrital Santana, rua Jovita, 309.

Sexta

Empreender –A Federaçãodas Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e o Serviço deApoio àsMicro ePequenas Empresas do Estado (Sebrae-SP) lançam oprojeto Empreender - Unir para Cre scer . Às8h,noHotel CrownePlaza, ruaFreiCaneca, 1.360.

C on ta bi li st as –O vicepresidente da Associação, Valmir Madázio, participa da solenidade pelo83º aniversário do Sindicato dos Contabilistas deSão Paulo. Às 19h30, no Buffet Baiuca, rua Maranhão, 983.

Quinta Santana – A diretoria da Distrital Santana tem reunião e palestra comJean Luc Morineau sobre o tema A história da essência e do perfume na cosmética brasileira. Às 19h45.

das, oqueprovocariscos de reincidência da endemia.

A regiãoNordeste detémo maiornúmero decasos,com 14mil pessoas atingidas,seguida pela Norte, com 9 mil, e Sudeste, com 6 mil pessoas. Nasoutrasregiões do Brasil esses números ainda estão sendo contabilizados.

No Estado de São Paulo, nos últimos dezanos, foram registrados, emmédia, entre 2,8 e 2,9 mil casos. Os pacientes com a doença são tratados nos postos da rede pública de saúde, segundo o médico Vagner Nogueira, coordenador do Serviço de Controle de Hanseníase, da Secretaria Estadual de Saúde.

Oúnico hospitalquetrata diretamente dos doentes de hanseníaseé oLauro Souza Lima,queficanacidade de

Bauru. Os hospitais remanescentesda épocado isolamento compulsório ficam nas cidades de Itu e Mogi das Cruzes e abrigam ex-doentes que não têm onde morar.

Cura – Otratamentoda hanseníase é feito com medicação gratuita entreguenos postos de saúde. Os remédios são doados gratuitamente por meio de um programa de erradicação realizado pela Organização Mundial de Saúde(OMS) ecom oapoio de instituições farmacêuticas internacionais, comoa Fundação Novartis.

A falta de informação é o principalfatorde aumento do númerode casos.Como a doençaatinge regiõesmenos favorecidas de assistência médica, deixa de ser diagnosticada em estágio inicial. "Lo-

go que é iniciado o tratamento, apessoanão transmite mais ahanseníase", explica Artur Custódio. Tratamento – O tratamento é feito em um período de seis a doze meses por médicos dermatologistas egeneralistas. No Brasil, ainda há municípiosquenãodispõem de cuidados adequados para a doença,apesarda obrigatoriedade determinada pelo Conselho Nacional de Saúde, feita há quase quatro anos. OprojetoAliança Global para Eliminação da Hanseníase da Organização das NaçõesUnidas(ONU) eOMS pretende eliminar a doença até o ano de 2005 e alcançar a taxa de 1 caso para cada 10 mil habitantes.

Artistas voluntários divulgam informações sobre

O cantorNey Matogrosso éum dos artistas voluntários que está viajando pelo Paíspara divulgar informações sobrea hanseníase. Ele já fez até uma pequena aparição na na novela O Clone para alertar a população a respeitoda doença. Apesar daintensa agenda de shows para osegundo semestre doano, NeyMatogrosso se uniu a outros atores e compositores, como Ney Latorraca, Solange Couto, Targínio Godinho para gravar uma série de programas educativosem vários estados. As campanhas estãofazendo surgir um outro lado da doença: a desinformação e denúncias de vendas de medicamentos, o que é ilegal. Os artistas também estão ajudandoa diminuir o preconceito em relação ao doente, disse o cantor Ney Matogrosso, em entrevista ao Diário do Comércio.

DC - Como está sendo a reação do público nas

a doença

campanhas realizadas pelo locais onde você visitou? Ney Matogrosso: Olado positivo é que o assunto começou a aparecer na mídia, quebrando otabu e opreconceito que giravam em torno da doença.

DC - De que forma a população está sendo informada?

DC - Na sua opinião, o que contribuiu para o aumento de casos de hanseníase nos últimos dez anos em todo o País?

NM - O que mais incomoda é o silêncio e a apatia do Ministério da Saúde, que deveria realizar campanhas maciças deinformação sobretratamentoe investirnoscuidados comos doentes.Há municípios que aindanãotêm atendimentoespecífico para os portadores da doença. As pessoas também precisam saber que a doença tem cura para evitara transmissãopara outras pessoas.

NM - Acampanhadedivulgação de informações sobre a hanseníase está sendo feita por meio da divulgação do serviço chamadoTelehansen (0800-262001), do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pelaHanseníase.Já viajeiparaestados como Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso, Rio de Janeiro eem SãoPaulo. Estou conciliando a agenda deshows eentrevistas com as gravações de programas educativos produzidos pelosgovernos estaduais.

Médico inspirou nome da doença

A palavra hanseníaseé utilizado para homenagear GerhardAmauer Hansen (1841-1912), médico norueguês que descobriu, em 1673, o micróbio causador da infecção. Onome hanseníase foi adotado no Brasil em 1976 efoitransformado naleide nº. 9010 de 30/3/95. Já a palavra lepra,utilizada desde a antiguidade e que significa escamoso em grego, na verdade se refere a doenças quehoje sãoconhecidaspor psoríase,eczemae outras dermatoses da pele. Aoutra razãoparaa mudança de terminologia para a doença é que as designações

lepra e leproso, segundo a organização não governamental Morhan, também estão associadasa idéias de impureza, vício, podridão, nojeira, corrupção e repugnância. Para a Morhan, esses temos ajudaram a aumentaro preconceito e o isolamento forçado dos doentes. (DC)

Dora Carvalho
Ney Matogrosso: críticas à apatia do Ministério da Saúde
D ivulgação

Sob o viaduto, uma aula de cidadania

Escolas de cabeleireiro, instaladas na favela São Jorge do Arpoador e sob o viaduto Ibirapuera, ensinam mais do que uma profissão para jovens carentes. No Projeto Tesourinha eles se tornam profissinais e bons cidadãos.

Há dezanos umaescola de cabeleireiros vem mudando a vida de jovens carentes na favela São Jorge do Arpoador, na zona Oeste de São Paulo. O Projeto Tesourinha, idealizado pelo cabeleireiro Ivan Stringhi, já beneficiou mais de 3.000 pessoas através de cursos gratuitos de cabeleireiro e manicure.

O sucesso do projeto na favelalevou àexpansão doTesourinha para azona Sul. No final do ano passado foi aberta a segunda escola, construídaembaixodoViaduto Ibirapuera. No espaço, cedido pela Prefeitura,foi erguido umsalão-escola comverbas doadas por empresas.

A obra, que custou cerca de R$ 60 mil, hoje abriga aproximadamente 250 alunos nos dois cursos, com turmas pela manhã, à tarde e aos sábados.

A previsão é que,nospróximos meses, tambémsejam dadas aulas de depilação e maquiagem.

Cidadania – Em todos os cursos, além da parte teórica da profissão, osalunos rece-

bem orientações de cidadania, têm palestras de orientação sexual, familiar, drogas, violência, responsabilidade social, higiene e apresentação pessoal. "Nosso objetivo é dar uma preparação completa para o dia-a-diade trabalho. É muitoimportanteque o profissionalsaiba lidarcom seus futuros clientes", diz Stringhi, idealizador do projeto.

No Tesourinha, o curso de cabeleireiro dura seis meses, e o de manicure,três. Dependendo da evolução do aluno, já no meio do curso ele começa a participar do atendimento a clientes e pode conseguir um estágio em salões de beleza. A formação dos profissionaisinclui,inclusive, visitas periódicas agrandes salões comooL’Equipe eoJacques Janine, que apoiamo projeto.

Inclusão nomercado– A parceria com esses salões também faz comque muitos delesacabem contratandoos ex-alunos do Tesourinha. O projeto mantém um banco

REUNIÃO PLENÁRIA

INFORMAÇÕES, DEBATES E BUSCA DE SOLUÇÕES. Associação Comercial de São Paulo

CONVIDADO CONVIDADO CONVIDADO CONVIDADO CONVIDADO

Caio Luiz Cibella de Carvalho, Ministro do Esporte e Turismo

“A hora e a vez do turismo” DIA E

15 de julho - 17 horas LOCAL

ACSP - Rua Boa Vista, 51 - 9o andar - Plenária

de profissionais que fica à disposição das empresas interessadas. "Muitos nos procuram porque conhecem a solidez e a qualidade daformação que damos aos nossos

alunos",afirma Stringhi,que tambémtrabalha noL’Equipe. Seu atual auxiliar no salão,inclusive, éumex-aluno do Tesourinha. As manicures formadas pe-

lo projetotambémencontram boa receptividade do mercado. Ao final do curso, cerca de32%dasalunas daúltima turmajá estavam empregadas.

Mesmo antes da conclusão doscursos, os alunos já podem ter uma renda através dos estágios ena própriaescola, quefaz atendimentoao público. Alguns, já formados, continuamtrabalhando na parte de salão do Tesourinha. Elesganham 50%dovalor cobrado do cliente. A outra metade é usada para manter a escola.

Preços populares– Os preços cobradosno salãodo Projeto Tesourinha ficam muito abaixo dos quenormalmente são praticados no mercado. Um corte básico feminino feito nosalão do Arpoador,porexemplo, saia R$5,00.Já noViadutoIbirapuera ocusto parao mesmo trabalho é de R$ 8,00. Um cabelopresopara uma noiva pode sair a R$ 40,00. Os salões do Projeto Tesourinha atendem comhoramarcada (Fone: 5096-5806)

Jovem sonha em ter seu próprio salão

A experiêncianoProjeto Tesourinhafoi fundamental para mudara vidadevários jovens profissionais. Samuel Paulo Moreira,o EddyMurphy,de 20 anos, é um deles. Ele fez o curso de cabeleireiro em 2.000ehojetrabalha em um dos mais conceituados salões de São Paulo, o L’Equipe.Paraele, quenãotinha condições financeiras para fazerum cursoprofissionalizante pago, a vaga gratuita no ProjetoTesourinha possibilitou um salto em sua qualidade de vida. "Trabalho desdeos15

Segmento de salões de beleza cresce a cada dia no País

O segmento de salões de estéticaebeleza éummercado em franca expansão no Brasil.Só aUniãoda BelezaNacional(UBN),que está presente em apenas sete estados, tem mais de 30.000 cabeleireiros cadastrados. Apenas no estado de São Paulo, a AssociaçãoPaulista deCabeleireiros tem 7.000 profissionais associados.

"Mas temos quelembrar queessenúmero émuito menorqueo real. Em cada esquina temos alguém arrumando cabelos e fazendo unhas, sem nenhumregistro", diz ocabeleireiro Waldir Cota, da associação paulista. Isso porque a profissão ainda não é regulamentada pelogoverno federal. Não há, oficialmente, nenhuma exigência deformação educacional para oexercício da profissão.

Apesar denão haverregulamentação, há inúmeras opções de cursos de cabeleireiro espalhados por todo Brasil. Os preços, tempo de duração, conteúdo curricular e exigências são extremamente variados.

Uma dasmaisconceituadas escolas do setor é o Senac. O curso de cabeleireiro lá existe há 50 anos e já tem mais de 60.000 formados. O treinamento tem a duração de 342 horas, cerca de oito meses e o custo total é R$ 1.500,00.

anos, masantes eu não tinha nenhuma profissão, acabavafazendo umpouco de tudo, vendendo algumas coisas." Samuel conheceu o projeto através de uma reportagem que sua irmã viu na televisão. Com três meses decurso, começou um estágio em um salão noShopping Ibirapuera e, depois de umano,foi paraoL’Equipe. Hoje ele é assistente do idealizador do Tesourinha, o cabeleireiro Ivan Stringhi. Comovendedor, Samuel ganhavacercade R$100,00 mensalmente. Hoje, no salão, seus rendimentos ficam em torno de R$ 600,00 por mês.Amudança emsuavida é visível. Samuel está terminando o ensinomédioem umcolégio supletivo pago e pretende, nofuturo,cursar uma faculdade.

Hoje, elenão consegue se imaginarexercendo outra profissão. "Daquihá cinco anos me vejo com uma tesouranamãoe muitos clientes para atender. Um dia pretendoter meupróprio salão", conclui, otimista.

Trabalho voluntário levou à criação

do Projeto Tesourinha

OProjeto Tesourinhanasceu da vontade do cabeleireiro Ivan Stringhi de fazer alguma coisa para melhorar a qualidade de vida de jovens carentes. Depois de passar dezanosmorando em Toronto, no Canadá, Stringhi conta que ficou chocado com a imagem que viu ao chegar ao Brasil. "Ver, pela janela do avião, aquelasfavelas próximas ao aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, muito triste", afirmou.

Depoisde algunsmeses, quando Stringhi procurou uma igreja para batizar seu filho, viu um cartaz pedindo

voluntários para trabalhar no Centro Comunitário da favela SãoJorge doArpoador, no quilômetro 17 da rodovia Raposo Tavares, zona Oeste. Do trabalho voluntário de cortar os cabelos de pessoas da comunidade uma vezpor semana,o cabeleireiro passou a ensinar aprofissão na própria favela. Foi aí que surgiu a primeiraescola doProjeto Tesourinha.

Paramantero projeto, Stringhi foi atrásdo patrocínio deempresas,como afabricante de cosméticos Shizen.Há trêsanos, aindústria doaboa partedos produtos

usados nas duas escolas. "É importante apoiar iniciativas como essa, que geram empregos para pessoas sem oportunidades econtribuem paraa diminuição da violência", diz o presidente daShizen, Walter Ihoshi. Além dos produtos, a empresade Ihoshitambémestá arcando com 50% dos custos das obras de reforma da escola da favela do Arpoador e colabora com o pagamento de instrutores. Eé da iniciativa privada ainda que Stringhi, o idealizador do projeto, já conseguiu a verba suficiente para ospróximospassosdo Tesourinha.

O cabeleireiropretende abrir,ainda este ano, mais três salões-escola embaixo de viadutosem SãoPaulo.Um na zona Norte, outro na Leste e um outro na região central. "Meugrandesonho éterum Tesourinhaembaixo doViaduto daBeneficiência Portuguesa", diz Stringhi.

Para a concessão de uso dos espaços dos baixos dos viadutos,ocabeleireirojá está em negociação com a Prefeitura da Capital .

Estela Cangerana
Assim que se formam, jovens começam a trabalhar dentro do próprio projeto
O Viaduto Ibirapuera ganhou cara nova com o Projeto Tesourinha, que deve ser levado para outras pontes da cidade
Samuel Moreira, o Eddy Murphy, ganha R$ 600,00 trabalhando como assistente no L’Equipe

Começa o maior evento de moda do País

O São Paulo Fashion Week - Verão 2002/2003, que começa hoje, promete discutir a identidade da moda brasileira. A proposta é definir uma "cara", que seja um diferencial do produto brasileiro para expor tação. O evento, que cresce a cada edição, se transformou no símbolo da evolução e organização da indústria de moda no País. Novos estilistas e várias atividades paralelas devem movimentar o evento.

Hoje começa o mais famosoeventode modadoBrasil, o São Paulo FashionWeekedição Verão 2002/2003 (SPFW). Atésábado, osdois andaresdo prédiodaFundação Bienal São Paulo, no Parquedo Ibirapuera,serãopalcode 38desfilesde 33grifes de moda feminina,masculina e praia.

Um batalhão de modelos, estilistas, camareirase jornalistas deve dividir espaço com uma multidãode estudantes demoda, lojistas, empresáriose curiosos. Todosquerendo descobrir o que as pessoasirão vestir na próxima estação. Paraos organizadores, essa é umaprova da importância crescentedo evento, que existe há seis anos.

Os números desta edição

do SãoPauloFashion Week comprovamsua expressividade. A última versão, em janeiro, teve 13 desfiles e oito marcas a menos. A expectati-

vaé quea coberturajornalísticatambém cresçaconsideravelmente.A ediçãoanterior teve300 veículosde imprensa brasileiros e nove

estrangeiros.

"O São Paulo Fashion Week é hoje a principal plataforma de lançamentos da AméricaLatina",diz PauloBorges, organizador doevento. "Os estilistas amadureceram, a indústria têxtil evoluiu em tecnologia e a moda está cada vez mais popular."

Expressividade - Segundo os consultores do setor, o São PauloFashion Weeké hojeo evento que melhor representa a evoluçãodo mercado de moda no Brasil. "Desde o iní-

cio dadécadade 90,demos um salto enormede qualidade,tantona partedecriação, quanto na definição de uma identidade própria", diz Lucila Scioeti, diretora da faculdade de moda do Senac-SP. São Paulo ainda não é reconhecida entre as chamadas "capitais internacionais da moda",como Paris,Milão, LondreseNova York,masa cidade já tem alguma visibilidade internacional. A maior prova disso foi a presença, na últimaversãodo evento,de jornalistasdo Canadá,Françae Argentina,alémde correspondentesde veículos da África do Sul, Itália e Japão. "Os pólos internacionais nãodeixarãode ser referências, mas nós também podemosnos tornar umadelas", afirma Lucila.A voltaao evento da dupla de estilistas Jéssica Trosman e Martín Churba, da grife argentina Trosman Churba, émais uma forma de reafirmar a sua importância.

Cara brasileira – Apesar da participaçãono desfiledos argentinos, a edição Verão 2002/2003 temcomo objeti-

Estilistas devem apresentar desfiles com poucas novidades

Misturas de estilos, tendências e materiais devem definir, mais uma vez, a linha da maioria dos desfiles. Os estilistas, aliás, devem apresentarum trabalhodecontinuidadesobre astendências mostradas nas coleções de inv erno.Essassãoas apostas dos consultores de moda.

"Provavelmente veremos umagrandefusãode estilos em uma mesma marca", diz o consultor de moda do SenacSP, RenatoShibukawa. Ele apostana continuidade do romantismo, naturalidade e étnico. Shibukawatambém acredita na fusão deestilos antagônicos, com o moderno misturado a uma releitura de peças mais antigas.

O consultor ainda opina sobrea possibilidadedesurgimentode umanovatendência para o público feminino: o novo luxo. "Seria uma contraposição a todo esse romantismo e naturalidade que vimosnasúltimas estações." O estilo, quepode estar presentenaspeçasdasgrifes G, Forum, Zoomp e Reinaldo Lourenço, deve explorar uma mulher mais madura e sexy.

Com relação às cores, a aposta é um começo de verão comtonsmaisclarose pastéis. "No auge da temporada as cores maisvibrantes devem fazer maior sucesso."

Masculino- Parao também consultor de moda do Senac-SP, Ricardo Nejme, os desfilesparaopúblico masculino permanecerãoconservadores."O mercadoainda resiste muito a mudanças e os estilistasestão maiscautelosos. Achoque não haverá grandes surpresas."

Asapostasde Nejmeincluemouso detecidosnaturais, amassados, sarjase misturas. As cores não mudam: tonsclarose pastéis.Asmodelagens são mais retas e ajustadas ao corpo.

A professora da Faculdade de Moda SantaMarcelina, MarianaRocha, acreditaque a moda para os homens está evoluindode formalenta, masdefinitiva.Paraela, haverá o desviodo terno para um traje "informal sofisticado" para o dia-a-dia.

Feminino - Já a moda para as mulheres costuma ser mais ousada e apresentar mais novidades. Mas, para essa ediçãodo São PauloFashion Week,Mariana aposta também na continuidade. Estampas estarão presentes, com florais inspirados em papéis de parede e elementos de decoração."A casa influencia a roupa." As modelagens permanecemdesestruturadas,com formassoltase assimetrias.

Marianaacreditaainda na

continuação da inspiração nomovimentohippie, nos anos70e personalizações. "As peças customizadas, que mostrem a individualização, devem continuar em alta." Estrelas- Seas roupasnão trouxerem muitas inovações, os modelos que as mostrarão prometem ser um destaque à parte. Entre os nomes já confirmados estão algumas das personalidades mais consagradas da atualidade. Gisele Bundchen,umadas presenças mais aguardadas desta edição, desfilará com exclusividade paraaCiaMarítima. Além dela, o evento reúne a top Fernanda Lima, Marcele Bittar, Adriana Lima, Isabeli Fontana,Ana Hickmann, Ana Cláudia Michels, Marina Dias, Daniel Aguiar, André Bankoff, entre outros.

vo discutir aidentidadedos criadores brasileiros.O tema do evento Moda Brasileir a feita por brasileiros foi definido parapropor umareflexão sobre aformação culturaldo País, com toda a sua multiplicidade e riqueza.

A idéia faz parte da estratégiadecriar uma identidade do "produto Brasil". A definição dessa marca seria usada como instrumento de diferenciação evalorizaçãodo produto nacional, com vistas à exportação.Segundo ajornalista e consultora de moda Glória Kalil, trabalhosdesse tipo são muito importantes porque a venda para o mercado externo deve estar na pauta de quempretende ampliar seus negócios no segmento de moda.

"O caminhopara amoda brasileira é venderpara o exterior. Existe um mercado enorme lá fora." Para ela, um trabalhocriterioso eoentrosamento entreosdiversos anéis da cadeiaprodutiva de modasão essenciais para a consolidação de umespaço melhor definido no mercado internacional.

Exposições e ações beneficentes acontecem paralelas aos desfiles

Acada edição,o SãoPaulo FashionWeek se firma cada vezmais comomega-evento que, além dos desfiles(e das festas badaladas das grifes), traz várias outras atrações. Nesta edição,o eventoapresenta cincoexposições,com proposta de discutir a identidade brasileira na moda.

Em ODiscurso doCorpo,a idéia émostrar comoa vestimenta define uma linguagem expressiva que atende necessidades equestionaconceitos.A exposiçãoé composta por imagens dos arquivos centenários da National Geographic.

A segunda mostra, C ores Brasileiras, traz fotografias de FernandoLaszlo. Paracomprovar a diversidade de etnias eculturasque compõemo povo brasileiro,as fotosformaram uma "cartela de peles", com váriostons gerados pela miscigenação do País. Já O Papel daModa é uma instalação assinada pelas artistasplásticas Ângelados Santos eCaterina Crepax. A idéia foi preparar uma retrospectiva damoda brasileira coma reprodução de peças representativas de alguns

costureiros eestilistasque marcaram época no País.

Fotografias - As exposições do São Paulo Fashion Week- Verão 2002/2003se completam com dois ensaios fotográficos. BobWolfenson usou otema doevento como inspiração para retratar os personagens quefazemmoda no Brasil. A Cara e o Corpo da Moda Brasileira traz imagensdeestilistas, modelos, maquiadores, produtores, camareiros e outros tantos profissionais do setor.

O outroensaio fotográfico (À Flor da Pele) faz parte do livro Meninas do Brasil, da fotógrafa e diretora de arte MariStockler. Sãoimagens de bailes funks dosubúrbio ca-

ser viço O São Paulo Fashion WeekVerão 2002/2003 será transmitido ao vivo, na íntegra, pelo canal 605 da Directv. Para quem for conferir o evento pessoalmente, estarão funcionando, no Pavilhão da Bienal do Ibirapuera, um centro médico, café, restaurante e lounges com telões nos três andares do edifício. Para facilitar o acesso ao local, foi instalado um ponto de táxi na porta do prédio da Bienal do

rioca, mostrando o caráter cíclico da moda que vai das passarelas para as ruas.

Beneficente - A questão da responsabilidade social também não foi esquecida. Entre as açõesque acontecerãoparalelamente aos desfiles está a promoçãoda Campanha do Agasalho.Durante os seis dias de duração do evento, caixasdecoletaestarão por todo o Pavilhão da Bienal. A campanha O Câncerd e Mama no Alvo da Moda também ganha o apoio do São PauloFashion Week pela quarta ediçãoconsecutiva. Durante o eventoacontece o lançamento de uma série especial da camiseta, em dois modelos femininos.

Ibirapuera. Para quem for de carro, o acesso também será facilitado. A entrada será pelo portão 2 do Parque, na frente do Obelisco, e a saída pelo portão 3, que está localizado atrás do prédio.

O São Paulo Fashion WeekVerão 2002/2003 acontece de 15 a 20 de julho, na Fundação Bienal de São Paulo, no Parque do Ibirapuera. Av. Pedro Álvares Cabral, s/n. O site do evento é www.saopaulofashionweek.com.br

Foto: Divulgação
Estilistas renomados foram retratados pelo fotógrafo Bob Wolfenson no ensaio A Cara e o Corpo da Moda Brasileira
Estela Cangerana

Indústria de turismo fatura

R$ 62,5 bi no Brasil em 2001

O turismo é considerado hoje um dos mais importantes negócios(e também um dos que mais cresce) no mundo. Essa "indústria limpa" –porque não polui, não devastaanatureza enãoconsome recursos naturais –faturou em 2001 no Brasil, R$ 62,5 bilhões e movimentou cerca de 50 milhõesde turistas brasileiros dentro do País, que gastaramR$20 bilhões,valor 25% maior do que o registrado em 1998, segundo pesquisa da Fipe e da Embratur.

O Brasil também recebeu 5,4milhões deestrangeiros no ano passado, mas o número deverá cairpara 4,5 milhõeseste ano, em razãoda crise argentina, prevê o presidente nacional da Associação Nacional de Agências de Viagens (Abav), Tasso Gadzanis. Mesmoassim, aindústriado turismo vem crescendo de forma consistente.

Segundo a Associação Brasileira da Indústriade Hotéis (Abih),entre 1995e 1999,os desembarques aéreos internacionais passaram de 3,3 milhões, para4,9 milhões, enquanto os vôos fretados para pacotes internacionais passaramde1.094 em 1999, para 1.934 em 2000.

No entanto,apesar desses números positivos,a indústria do turismo ainda enfrenta muitos desafios e problemas no Brasil. Para mostrar o quejá foifeitoeo queainda pode ser melhorado para ampliar o turismo no País, o ministro do Esporte e Turismo, CaioLuiz Cibella de Carvalho, faráumapalestra –"A horae avez do turismo" –, na Reunião Plenária da Associação Comercial de São Paulo. Formado em direito pelo Largode São Francisco (USP), Caio Carvalho tem sido um grande defensor do turismo interno. Também tem sidoum articuladorde políticaspúblicas paratrazer turistas de vários cantos do mundo para o Brasil. Números – Embora o Brasil aindaestejacaminhando na área do turismo(a Espanha, porexemplo,recebe maisturistasdo quenós),os números são todos grandes e tendem acrescer.As 3 mil empresasassociadasà Abav, que controlam 80% do mercado,movimentamcerca de US$ 10 bilhõesanuais, entre

Mas o setor ainda tem problemas, que serão comentados por ministro em evento na ACSP

passagens aéreas, hospedagens, transporte terrestre e outros fornecedores. As agências somam sete mil no País esãoresponsáveispor mais de 35 mil empregos diretose 100milindiretos.O Sudeste fica com 50% das agências e apenas o estado de São Paulo é responsável por 60% do mercado do País. A Abih informa, conforme dados da Embratur, que os investimentos privados em projetos turísticos– 300 hotéis, 10parques temáticos, centros de convenções, pousadas e flats – no Brasil chegaram àcifra deUS$ 6bilhões, entre 1995e 1999.No entanto, as entidades que representam o setor alertam que a taxa de ocupação não acompanhou o crescimento do turismo, quecaiude 62%para 59%, entre 1997 e 1999.

Se de um lado o investimentoanualdeUS$ 50 milhões em novos hotéis é um dado positivo, por outro lado desperta preocupações. A Abih, por exemplo,avista umacrise deoferta nosetor. Apenas em Brasília, o au-

mento daofertade leitosfoi de 27,76%, com a inclusão de 15 novos projetos, sem um aumento correspondente nos hóspedes. Tasso Gadzanis, da Abav, explica que oturismo internacionalcresceuno Brasil depois dos atentados de 11 de setembro,nos Estados Unidos, em cerca de 10% a 15%. No entanto, a proporção entre pacotes nacionais (70%) e internacionais (30%) deve ficar estável este ano, repetindo assim 2001.

As cidades mais visitadas pelos brasileiros, segundo a Embratur, em2001, foram, pela ordem, São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Salvador e Natal. Os estrangeiros, no entanto, escolheram, emprimeiro lugar, o Rio de Janeiro, seguido por São Paulo, Florianópolis, Foz doIguaçu e Salvador.

Sergio Leopoldo Rodrigues

A hora e a vez do turismo Palestra do ministro do Esporte e Turismo, Caio Luiz Cibella de Carvalho Quando: hoje (15/7), às 17 horas

Onde: Associação Comercial de São Paulo (r. Boa Vista, 51 –Centro) ser viço

Vendas do comércio crescem 1,22%

As vendas docomércio varejista responderampositivamente ao Diadas Mães eà proximidade daCopado Mundoe cresceram1,22% emmaioante igualmêsdo ano passado, apósum recuo de 1,92%em abril.O resultadofoi puxado especialmente pelo grupodesupermercados, hipermercados, bebidas e fumo(3,3%),segundo pesquisa doIBGE,divulgadana sexta-feira.

Para o técnico do Departamento de Comércio do instituto, Nilo Lopes,o resultado do mês é "bom" diantedas quedas anteriores, mas não representa umarecuperação dosetor. Exemplo disso,segundoele, é que o varejo mantém aqueda nosindicadoresacumuladosdo ano (0,59%) e últimos 12 meses até maio (1,42%). "O comérciovem pagando

da balança

Abalança comercialdeve encerrar julho com um superávit de US$ 800 milhões, estimou na sexta-feira o secretário dePolítica Econômica do Ministério da Fazenda, José Guilherme Reis. Segundo ele, a greve dos fiscais da Receita Federal reteve um volumede exportaçõesmaiordo queo inicialmenteestimado (veja abaixo). Os embarques de soja e minério de ferroestão contribuindo para o resultado positivo. "Os números da balança sãomuito favoráveis.Têmo efeito do represamento, mas também o impacto de menos atividade econômica e mais câmbio real. E o embarque da soja está pintando forte", disse Guilherme Reis.

Osecretário-adjunto de Política Econômica, Roberto Iglesias, informou quea greve reteve grandes volumes de soja para exportação, principalmente nos portos do Sul doPaís, no finalde junho. Agora, com a greve parcialmentesuspensa, osembarquesdeslancharam.A partir

desses fatores,Guilherme Reisespera "umsaldorobusto"na balançacomercialem julho."Seder US$800milhões emjunho, númeroque estamos cogitando, estaremos emUS$ 6 bilhõesem 12 meses", comentou. Agora bonservador –O secretário ressaltou que o desempenhodos primeiros dias dejulho nãosão necessariamente uma tendência. Mesmoassim,o governo mantém sua projeção de um saldo de US$ 5 bilhões para o períodode janeiro a dezembro de 2002.

"Mas agora já achamos que esse número é conservador. Essaprojeção jáfoi justa,virou otimista e agora está conservadora. Osaldo deveficar entre US$5bilhõeseUS$6 bilhões. Mais que isso eu não arriscaria, até porque as incertezas no mercado internacional sãosuficientemente grandespara tornaremqualquer analista minimamente desconfiado do quepode acontecer", disse Guilherme Reis. (AE)

Greve da Receita represa mais de US$ 2 bilhões

o preço de umaconjuntura ainda complicada darenda, doemprego, dosjuroselevadose, ainda,dainstabilidade do dólar, que amedronta os consumidores". Elelembrou quea indústria apresentou queda na produção em maio, o que pode significar uma reduçãodasencomendas do comércio queestarão refletidas nos dados de junho. Poroutro lado, acredita que há também possibilidade de os dados de junho ainda serem beneficiados pelas vendas de artigos para a Copa do Mundo. "Mas mesmo se houver crescimento, deverá ser pontual, não dá para falar em reversãoda tendênciade queda".

Bebidas – Emmaio, ossupermercados e hipermercadosreverterama tendência de queda nas vendas registrada emabril (quandohouve

No ano, receita supera volume comercializado

A receita nominal de vendas do comérciovarejista prossegue em expansão,enquanto o volume comercializado continuaem quedanos indicadores acumulados em 2002. Enquantoasvendas caíram 0,59% nos cinco primeiros meses do ano, a receita cresceu 5,38%, de acordo com o IBGE.

A avaliação do técnicodo Departamento de Comércio doinstituto,Nilo Lopes, é que esses dados mostram que as famílias estão consumindo menos mas as empresas não estão reduzindo os ganhos na mesma proporção. O crescimento das vendas

do varejo em maio estendeuse por 19 dos27 Estados. Em São Paulo, as vendas do varejo cresceram1,24% emmaio ante igual mês do ano anterior, segundo o IBGE. A expansão paulista foi puxadapelo segmentoquereúne hipermercados, supermercados, produtosalimentícios, bebidas e fumo, com crescimentode 6,19%.Houve queda no período, entretanto, nosgrupos detecidos, vestuário e calçados (3,79%); combustíveis e lubrificantes (3,74%); demais artigos de usopessoal edoméstico (3,74%) emóveis eeletrodomésticos (0 45%). (AE)

retração de 5,42%) e apresentaramumaexpansão de 4,06%. Lopes disse que o segmento foi beneficiado no mês pela estocagem de bebidas para a Copa do Mundo e, assimcomoo comércio em geral, peloDiadas Mães.O bom desempenho de maio não inverteuasquedas acumuladasdosegmento, de 0,67% no ano e 0,69% nos últimos 12 meses.

Apresentaram expansão tambémas vendas dosegmento de móveise eletrodo-

mésticos, com aumento de 1,68% em maio ante igual período do ano passado. A surpresa negativa do mêsficou porcontadogrupo detecidos, vestuário e calçados, que apresentou queda de 6,61% nas vendas. Lopes disse que esperavaque a proximidade da Copa do Mundo, com o aumento da procura por vestuário comestampas dascorese símbolosdoBrasil, aquecesse as vendas. Ele acredita que isto pode ter ocorrido em junho. (AE)

OBrasildeixou de movimentar entre US$ 2,1 bilhões eUS$ 2,6bilhõescom comércioexterior emdoismeses de greve dos auditores fiscais, informou aAssociação Brasileira de Comércio Exterior (Abracex).

Segundo o presidente da entidade,Primo RobertoSegatto, a alfândega retém entre 5% e 6% das exportações, um valor diário médio entre US$ 10 milhõese US$12 milhões – o que em 60 meses totaliza deUS$600milhõesa US$ 700 milhões. No caso das importações, a retenção diária média tem sido entre 15% e 20% do total. Emvalores,o equivalentea

BOLSA ELETRÔNICA DE COMPRAS

algo entre US$ 1,5 bilhão e US$ 1,8bilhão. "Sósão liberados os perecíveis, matériasprimasparalaboratório, alguns alimentos",disse Segatto. Sem reação – O executivo critica a falta de atitude do governo diante da paralisação e propõeumaação conjunta entre Brasília, empresários e o sindicato da categoria para encontrar uma solução para a greve. Segatto lembrouque, além deterimpacto nainflação,a grevecausa prejuízosindiretos porque aumenta em até 100% os custoscomuso de contâineres,com armazenagem e com fretes. (AE)

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Setor de eletrônicos pode

ir à Justiça para liberar

peça retida na alfândega

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Carlos Paiva Lopes, reafirmou ontemque deverárecorrerà Justiça para pedira liberação doscomponentes que estão bloqueados na alfândega, em decorrência da paralisação dos auditores fiscais da Receita Federal. "Estamos verificando contra quementraremos coma liminar", disse. A única chance dea Abinee não recorrer àJustiça, afirmou Lopes,seriao encerramento daparalisação ea liberação em caráter de urgência dos componentes. "Eles (os auditores fiscais) jáderamum primeiro passo ao definir que a paralisaçãoocorrerásomente àsquintas-feiras", explicou o presidente da Abinee."E estamos também aguardando a decisão que serátomada emassembléiado sindicato dos auditores, marcada para o dia 26".

Informática deve ter sido a indústria mais prejudicada com a paralisação dos auditores fiscais, diz Abinee

foram afetados porque a maioria dos componentes utilizados é importada, mas a indústria de informática deve ter sido a mais atingida". Iniciadahá cerca quatro meses,a operação-padrão dosfiscais da Receitatem causado atrasona entregade encomendas e paralisação de linhas de produção dasindústrias. "Conheço casos em que 95% do equipamento já está montado, mas continua parado na linha porque não há componentes". Umdas maiores fabricantesnacionais de computadores, a Itautec, registrou em junho o pior resultado do semestre em decorrência do atraso na entrega de equipamentos. (AE)

Com greve da Receita e soja, saldo comercial tem recorde

O País registrou, na segunda semana de julho, superávit comercialde US$ 712 milhões.É omelhorresultado semanal de todo o Plano Real, segundo informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Com isso, nas duas primeiras semanas do mês (entre osdias 1 e 14),o saldo chega a US$ 764 milhões, valor que já é superior aos US$ 675milhões apuradosdurante todo o mês de junho. Umdosmotivos paraoresultado de julhoé a suspensãoparcial dagreve dosfiscais da ReceitaFederal. Após cerca de quatro meses parados, liberando apenas produtos perecíveis, em julho os fiscais resolveram fazer paralisações apenas durante um dia por semana, o que aumentou

Pratini:

Prejuízo – Segundo Lopes, a Abinee está concluindo um levantamento doprejuízo causado àsempresas eletroeletrônicasdurante operíodo de paralisação,cujo protesto searrasta desdeabril."Sabemosquehá um prejuízo grande, mas ainda não temos umlevantamento oficial", explicou. "Todos os setores

O ministro da Agricultura, PratinideMoraes,disse ontem que a nova Política Agrícola Comum (PAC) da União Européia atende aos interesses doBrasil. "Éo que nós queremos.Ao desvincular os subsídios da produção, aUnião Européiaacabacom o estímulo ao excesso de oferta de produtos agrícolas. Ainda que tímida, a nova PAC se-

o fluxo de mercadorias. Nasemanapassada,o ministro do Desenvolvimento, Sérgio Amaral,jáhaviadito que o resultado da balança comercial entreos dias8 e14 de julho poderia ser "anormal",caso mantivesse atendência verificada no início da semana.Apenasnos dias8e 9, a balança registrou superávit de US$ 487 milhões, sem que houvessenenhuma operações especial, como a venda de aeronavesououtrosprodutos de grande valor. Embarques regulares – As exportações, porém, tiveram crescimento bem superior ao das importações nasegunda semanade julho. Segundo o Ministério, isso se deve à regularização dosembarques de certos produtos, especialmente os básicos(por exem-

plo, soja e minério de ferro) e os semimanufaturados (como celulose).Os exportadores estavamesperando melhores cotações do dólar para iniciar os embarques. As vendas de básicos aumentaram 239% em relação à primeira semana e asde semimanufaturados avançaram 207%. As vendas de manufaturados caíram 0,6%. No total,as exportações, quena primeira semanade julho somaram US$ 1,015 bilhão, subiram para US$ 1,884 bilhãona segundasemana–no mesmo intervalo, a média diáriafoi deUS$ 203,0 milhões para US$ 376,8 milhões, a maior do ano.

As importações passaram de US$ 963 milhões para US$ 1,172 bilhão, da primeira para a segunda semana, devido,

principalmente, aos maiores gastos com combustíveise lubrificantes, equipamentos mecânicos, químicos orgânicos e inorgânicos e plásticos. Superar previsão – No acumulado do ano, a balança já acumulasuperávit deUS$ 3,370 bilhões. Ontem,o secretário-adjunto de Política Economia, RobertoIglesias, avaliouque o saldo da balança comercial, inicialmente previsto para US$ 5 bilhões pelo governo, poderá ser superado. O motivo, segundo Iglesias,é a forte retraçãodas importaçõesea performance melhor das exportações. Nestesentido, a projeção inicialparece agora conservadora. “O comércio exterior deverá gerarboas notíciasnospróximos meses”, afirmou. (GN/AE)

regra agrícola da UE é correta

gue uma linha correta e isto é muito bom para nós". Pratini nãofez nenhum reparo ao atual modeloque começoua ser discutido ontem pelos ministros da Agricultura da União Européia. "Apenas esperamos que as mudanças ocorram rapidamente".

Sobre aproposta dosmoinhos que querem derrubar a Tarifa ExternaComum

Delegação de prefeitos chineses visitará a Associação Comercial

Delegação formada por prefeitos de diversas cidades chinesas, das províncias de Hube, Beijin, Tianjin, Guangdong e Guangxi acompanhada de representantes de indústrias locais estará sendo recebida na Associação Comercial de São Paulo, na próxima quinta-feira, dia 18, a partir das 10 horas.

O evento que acontece na Sede Central da ACSP, à Rua Boa Vista, 51 - 9º andar, será precedido por uma palestra de Paul Liu, vice-presidente da Câmara Brasil - China de Desenvolvimento e Intercâmbio Econômico e Comércio Exterior, entidade responsável pelos contatos dos chineses em sua visita ao Brasil.

Em continuidade os chineses farão breve apresentação das potencialidades de sua cidade e o tipo de contato desejado com empresários brasileiros. A reunião é aberta aos interessados que deverão confirmar presença no Departamento de Comércio Exterior da ACSP, pelo tel. 3244-3500 ou e-mail: tneuma@acsp. com.br.

Empresas podem ser inscrever para obter o selo “Marca Brasil”

Dez produtos brasileiros receberam no mês de junho o selo de qualidade mundial Brasil

Premium - Marca Brasil e durante um ano as empresas que comercializam esses produtos poderão usar o selo para promovê-los no exterior.

A premiação, outorgada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio

Exterior, objetiva estimular a que outras empresas brasileiras melhorem a qualidade de seus produtos, ajudando a des-

Índia

terá

mistificar a idéia de que o país é exportador apenas de matérias primas e produtos básicos. A equipe técnica encarregada pela avaliação dos produtos, utilizou como critério de qualificação o processo produtivo usado para a fabricação das mercadorias e a adequação dos padrões nacionais aos internacionais. Foram premiados os seguintes produtos: a cachaça Pirassununga 51, da Companhia Muller de Bebidas; os cereais de milho “Snow Flake”, da

estande na Feira de Bricolage

A Índia Trade Promotion Organization - ITPO, principal organização do governo indiano para a promoção do comércio exterior, comunica que na Feira Bricolage 2002, importante feira do setor Ferragista e de Faça Você Mesmo, que acontece entre os próximos dias 17 e 21, no Expo Center Norte, haverá um Pavilhão da Índia, localizado entre as ruas L e M.

As empresas estarão expondo produtos como: artigos para decoração do lar, roupas, acessórios e produtos têxteis para decoração, ferramentas e acessórios para casa e jardim, prendedores, alfinetes de acoplamento, chaves de parafuso, fitas métricas, aparelhos de medição, tintas, cortinas, acessórios, artigos para cama, tapetes etc.

Corn Products Brasil; o sistema de vedação do diferencial da Sabó Sistemas Automotivos; transformador de potência até 500MVA - 800KV, aparelho com fio assinante e contador para manobras de carga, os três produtos da Siemens; cabo multi-lan enhanced 24AWG X4P produzido pela Furukawa Industrial; fechamento plus para embalagens de aço, desenvolvido pela Brasilata Embalagens Metálicas; foco cirúrgico da Sistemac Ind.e Com.de Equipamentos Hospitalares e motores de alto rendimentolinha “premium efficiency” da WEG Indústrias S/A.

As inscrições para o segundo ciclo de seleção de produtos candidatos a receber o selo de qualidade já estão abertas e vão até o final de agosto. Os interessados podem acessar o site do Instituto de Pesquisas Tecnológicas - IPT (www.ipt.br) ou ligar para o tel. 11-37674683 ou 3767-4385.

(TEC) naimportação detrigo,Pratiniafirmou queadecisãonão competeaoMinistério da Agricultura, cujo papel éestimular oaumento da produção. "Quando assumi o Ministério da Agricultura, a produção brasileira de trigo era de 2 milhões de toneladas e, nesteano,devechegar a4 milhões detoneladas, com uma redução considerável na

Missão empresarial coreana expõe produtos em SP

A Kotra-Korea Trade Investment Promotion Agency (Divisão Comercial do Consulado Geral da República da Coréia), organização governamental sem fins lucrativos, que tem como finalidade promover o intercâmbio comercial entre empresas coreanas e estrangeiras, organiza uma Roda de Negócios com a participação de 11 empresas coreanas do setor eletrônico, no dia 19, das 9h00 ás 18h00, no Hotel Sheraton Mofarrej (Salão Pamplona), à Alameda Santos, 1437. Os produtos expostos pelos visitantes são os seguintes: altofalantes (automotivo, televisão, aparelho de som, telefone, “inwall”, micro-speakers para desktop, laptop, PDA, telefone celular e viva-voz, console de video-game); disqueteira automotiva para 6 e 12 CD’s, vários tipos de mecanismos (VCR, toca-fitas automotivo, secretária eletrônica, aparelho de som portátil, impressora matricial, laser e deskjet, CD player automotivo e residencial); analisador de gás automotivo para veículos categoria utilitário e de passageiros a diesel; equipamentos de segurança (CCTV, home networking system, guard exchanger, video-door phone, wireless intercom, color, camera DID - direct inward dialing); equipamentos de som (amplificadores com e sem cabo, mesa de som, mixer, rack, equalizador, distribuidor de força, alto-falantes - surround, horn, teto, coluna, parede, atenuador); equipamentos de teste e medição para telecomunicações (medidor digital de pressão atmosférica, handset tester, portable line tester, pair

dependência da indústria nacionalem relação aocereal importado." T ri go – Aderrubadada TECéumadas reivindicações daindústria nacional, devido à dificuldade de importaçãoda Argentina,principal fornecedorparao Brasil. Os preços de importação dotrigoaumentaram 30%, em dólar, desde março. Pra-

tiniafirmouque, seogoverno uruguaio derrubara TEC para algunsprodutos, oBrasil poderá seguir a mesma linha, enfatizando que a medida nãocabe aoMinistério da Agricultura. "A nós, compete estimulara produção,fornecendo sementes cada vez mais produtivas, eadotar mecanismos de comercialização apropriados." (AE)

Oportunidades comerciais

PAISESQUEDESEJAM

IMPORTARDO BRASIL

ESPANHA

312 - Farinha de carne e pescado; concentrados de proteínas animal e vegetal; outros aditivos e ingredientes.

313 - Recuperações de plástico em geral.

314 - Instalações de média e baixa tensão para os setores de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica; equipamentos de proteção e ferramentas de segurança .

PAQUISTÃO

315 - Geradores de energia, de 100 KW a 5 MW a gás ou forno a óleo.

NIGÉRIA

316 - Cosméticos e perfumes; computadores e peças; artigos esportivos; relógios e pulseiras; artigos de papelaria; material de construção; utensílios domésticos; ferramentas manuais; alimentos, confecções e brinquedos.

checker, portable level tester, cable line continuity tester, data line tester, heat coil tester, duct inserter); câmaras de segurança (digital colorida day-night, preto e branco, com zoom, automotiva); sistema de segurança integrado com várias câmaras e monitoramento simultâneo; sistema integrado de automação e segurança predial, comercial e bancária; sistema integrado digital de segurança com várias câmaras, sensor magnético de calor, incêndio, gás, alarme sirene, maçaneta, luz de vigilância e emergência; sistema de tradução simultânea, conferência de voto eletrônico, intercom, alto-falante sem fio

ARÁBIA SAUDITA

317 - Medicamentos e vacinas para aves e gado.

PAÍSESQUEDESEJAM

EXPORTARPARAO BRASIL

PAQUISTÃO

318 - Confecções em malha: camisas polo, camisetas, tops femininos e jogging; confecções em tecido: shorts e calças feitas em tecidos sarjados, drill e canvas.

ISRAEL

319 - Tecido não-tecido para limpeza de chão.

323 - Emulsão acrílica e outros itens para produção de tintas e vernizes, polímeros para tingimento de tecidos.

ÍNDIA

320 - Fósforos de segurança.

321 - Placas laminadas decorativas (tipo fórmica); couro artificial em PVC.

322 - Borrachas: reciclada, natural e sintética.

portátil, microfone sem fio, sistema de guia sem fio, mesa de som, amplificador, sistema de controle de som, sistema audiovisual, acessórios e periféricos. Interessados devem entrar em contato com a Kotra-SP, pelo tel. 11-2894200, fax 11-289-4684 ou email: kotrasao@tks.com.br.

Expansão do PIB pode ficar

O Ipea, fundação vinculada ao Ministério do Planejamento, já admite que a economia do País cresça menos 2% neste ano O Brasil poderá fechar 2002 com um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) semelhante ao doano passado (1,51%), quandoo racionamento de energia,acrise da Argentina e a desaceleração daatividade econômica mundial, principalmente após os ataques terroristas de 11 de setembro, comprometeram o desempenhoda economiabrasileira. Aestimativa de repetição do desempenho econômico,baseada em projeções negativas para este segundo semestre, já é admitida pelo Instituto de PesquisaEconômica Aplicada (Ipea),fundação vinculada ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

“Aindamantemos aprojeção de crescimento do PIB de 2%,mas essaestimativa poderá ser revistapara algo co-

mo1,5%, conformeadivulgação dos próximos dados do IBGE sobre o desempenho da nossaeconomia nosegundo trimestre desse ano”, adianta o diretor de Estudos Macroeconômicos doIpea,EustáquioReis. Em2000, ocrescimento do PIB foi de 4,5%. Ao admitirnovamudanças nas estimativas, oIpeareforça projeções já trabalhadas pelo mercado financeiro, indústria e comércio.

Trata-se de uma reversão de expectativas:no iníciodo ano,esperava-se um crescimento do PIB de 2,5% a 3% e, em avaliações recentes, como as do Banco Central e do Ministérioda Fazenda, esse índicedeverá ficar em menos de 2%. A indústria está revendo pela segunda vez neste ano suas projeções. No início de 2002, o crescimento do PIB

Para CNI, indústria deve ter participação política

O setor industrial deve ampliar sua participação políticae lutar pelacoordenação dosórgãos públicosque lidamcom ocomércio exterior. A afirmação foi feita ontem pelonovo presidenteda Confederação Nacional da Indústria (CNI),Armando Monteiro Neto, que tomou posse ontem. "Aprioridadedas prioridades é terum papel ativo politicamente. Acho que o setor empresarial,atualmente, quer se expressar no debate público, quer explicitar asua visãoe suasprioridades", afirmou Monteiro Neto. Odeputadofederalpelo PMDB dePernambuco foi eleito o novo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta segunda-feira, depois devotação unânime de todasas Federações de Indústrias do país. Eficiência – Monteiro Neto disseaindaqueasindústrias querem agora uma políticaque se"adapteaonovo ambiente" enão maisaquela que "reclamaproteçãoou

IMÓV. & ADM

que pactua com a ineficiência". O deputado defendeu umanovapolítica, emqueo Estado façauma aliançacom o setor privado para adotar políticas que estimulem a atividade produtiva.

De acordo com o novo presidente da CNI, deveria haver maiorcoordenação detodos os órgãos públicos relacionados ao comércio exterior. "As exportações serão fundamentais inclusive para reduzir o desequilíbrio externo e a vulnerabilidade da economia brasileira", entende ele. Monteiro Netosubstitui no cargo o deputado Moreira Ferreira(PFL-SP), queagora é vice-presidente da confederação das indústrias.

Neto só assume o cargo em outubro, logo após aseleições. Ele está afastado da CNI porquedisputa areeleição em seu estado. O seu mandato na CNI vai até 2006.

A CNI coordena 27 Federaçõesde Indústria dos estadosbrasileiros edo Distrito Federal etem 1016sindicatos filiados. (Reuters)

FORTUN

industrial brasileiro projetado pela Federação das Indústriasdo Estadode SãoPaulo (Fiesp) era de 3%. Em maio, foi recalculado para 2%. “Já estamos revendo a projeção novamente. Ainda não temos uma novaestimativa, mascom certezao crescimentoem 2002 será abaixode 2%”, afirma Clarice Messer, diretora de pesquisas e estudos econômicos da entidade. A revisão está em curso porque os dois principais indicadoresda Fiesp apontampara um cenário nada positivo para a indústria. O Indicador do Nívelde Atividade(INA)de janeiro a maio está em queda de 2,5% ante igual período de 2001, enquanto o nível de

Revisão de expectativa reforça projeções já feitas por empresários e pelo mercado financeiro

emprego industrial caiu 1,06% noprimeiro semestre na comparaçãocom osprimeiros seis meses do ano passado. Até agora, foram fechadas 16.909 vagas na indústria de transformação paulista. Mudança de cenários – Se, no ano passado, o desaquecimento da economia foi causado por um conjunto de fatores internos e externos, este ano um nova rodada decausas repete adosede insegurança e certo pessimismo de como a economia encerrará o ano. "Com tudo o que aconteceu no anopassado,tivemosaté marçode 2002uma certarecomposição do nível de atividadeeconômica. Mashouve uma mudançados cenários",

lembra oeconomista-chefe da Unibanco Asset Management, Alexandre Mathias. Na avaliação do economista, fatores como uma postura ortodoxado BCparareduzir juros ea impossibilidadede distender a política econômica, apartir de abril, ea piora docenário externo, como o agravamentodacrise do Oriente Médio, o atraso na retomada da atividadeeconômicadosEUA, foram os responsáveis pelaretração econômica brasileira deste ano. Ele acrescentou que a crise de confiança sobre a qualidade de governança corporativa de grandes grupos, como os casos de suspeitas de fraude nos balanços das gigantes deenergiaEnron e de telecomunicaçõesWorldcom, também contribuíram parapiorarasincertezas so-

bre os rumos da economia mundial, com consequências no Brasil.

"Os mercados se tornaram menos líquidos. Havia a expectativa de quea economia norte-americana havia chegadoaofundo do poço no início do anoe, comisso, se iniciaria um revigoramento do mercado, com antecipação de três ouquatro meses pelas bolsas. Isso não aconteceu por causa da crise de confiança", explica Mathias. A constatação do momento difícil foia quedapouco superiora40% dascaptaçõesexternas brasileiras noprimeiro semestre desteano em comparação aomesmo períododo ano passado. Todo esse cenário acabou por receber umcombustível extrano Brasil,a sucessão presidencial. (AE)

Vendas de carros usados caem 23%

O mercado de veículos usados amargouuma quedade vendasde 23% no primeiro semestre deste ano. No intervalo, foram comercializadas 283.964unidades, volume inferior aos 368.835 carros vendidos no mesmo período de2001.Os números constam de pesquisa divulgada ontem pelaAssociaçãodos Revendedores de Veículos Automotores no Estadode São Paulo(Assovesp)em conjunto com o Sindicato do

ComércioVarejista de Veículos Automotores Usados no Estado deSão Paulo (Sindiauto), entidades que representam as revendas multimarcas independentes. Deacordocomas entidades, ofinanciamento foi a modalidade da pagamento mais procuradano primeiro semestre.Do totalcomercializado no período, 72% foram negociados pormeio de financiamento. O resultado isolado de ju-

nho também foi negativo. No mês, houvequeda devendas de15,34% no segmentode usados.Foram vendidos 46.583carros usados, ante 55.023 veículos negociados em junho de 2001. Emrelação amaio, quando foram desovadas 47.175,a retração foi de 1,25%

frente de 12,90m Z-5 ótima capac. de construção P. R$ 68 mil.

5594-0517 / 9263-8122 / 9263-8122

Ramar “a cara cara

BOLSA ELETRÔNICA DE COMPRAS

Teresinha Matos

Segundo o presidente das entidades, GeorgeAssad Chahade, o mercadode usados seguiua tendênciageral de retração da economia nesseperíodo. “Masestamos mantendo a expectativa de um segundo semestre melhorem relaçãoaoprimeiro, comaumento devendas ”, diz Chahade. Preços – Os preços dos carros usados caíram 0,6% no primeiro semestre de 2002. Segundoapesquisa daassociação, os carrosmais vendidos foram oscom preços entre R$ 8 mil a R$ 15 mil.

Encontram-se abertas na Bolsa Eletrônica de Compras, do Governo do Estado de São Paulo, as seguintes Ofertas de Compras:

Dispensa de LicitaçãoInicioCidadeNatureza da Despesa

090151000012002OC0004723/7/2002O S A S COSUPRIMENTO DE INFORMATICA

380166000012002OC0001923/7/2002RIBEIRAO PRETOMAT.DE ESCRIT.PAPEIS EM GERAL E IMPRESSOS

282101280572002OC0000523/7/2002SAO PAULOSUPRIMENTO DE INFORMATICA

130030000012002OC0003523/7/2002SAO PAULO/SPV E I C U LO S

Co nv i teInicioCi d a d eNatureza da Despesa 090182000012002OC0005917/7/2002BAURU - SPMAT.DE ESCRIT.PAPEIS EM GERAL E IMPRESSOS 180237000012002OC0005917/7/2002BRAGANçA PAULISTASUPRIMENTO DE INFORMATICA

180237000012002OC0006017/7/2002BRAGANçA PAULISTASUPRIMENTO DE INFORMATICA

130127000012002OC0000617/7/2002CAMPINAS - SPOUTROS MATERIAIS DE CONSUMO 130032000012002OC0025517/7/2002CAMPINAS - SPPECAS DE REPOSICAO E ACESSORIOS

130032000012002OC0025617/7/2002CAMPINAS - SPMAT.EDUCATIVO, ESPORTIVO E CULTURAL

130032000012002OC0025417/7/2002CAMPINAS - SPMAT.DE ESCRIT.PAPEIS EM GERAL E IMPRESSOS

180272000012002OC0000317/7/2002DIADEMA - SP.MAT.DE ESCRIT.PAPEIS EM GERAL E IMPRESSOS

180272000012002OC0000417/7/2002DIADEMA - SP.MAT.DE ESCRIT.PAPEIS EM GERAL E IMPRESSOS

180272000012002OC0000217/7/2002DIADEMA - SP.SUPRIMENTO DE INFORMATICA

180272000012002OC0000117/7/2002DIADEMA

MATERIAIS DE CONSUMO 180302000012002OC0005717/7/2002DRACENA - SPPECAS E ACESSOR.E COMPONENTES DE INFORMATICA

180302000012002OC0005617/7/2002DRACENA - SPSUPRIMENTO DE INFORMATICA

180269000012002OC0003317/7/2002I

APECAS DE REPOSICAO E ACESSORIOS 200157000012002OC0003317/7/2002MARILIA/SPMAT.DE ESCRIT.PAPEIS EM GERAL E IMPRESSOS

200157000012002OC0003417/7/2002MARILIA/SPOUTROS MATERIAIS DE CONSUMO

180179000012002OC0004717/7/2002O S A S COPECAS E ACESSOR.E COMPONENTES DE INFORMATICA 090151000012002OC0004617/7/2002O S A S COPECAS DE REPOSICAO E ACESSORIOS

200160000012002OC0006017/7/2002OSASCO SPSUPRIMENTO DE INFORMATICA

200154000012002OC0010217/7/2002SAO JOSE DO RIO PRETOMAT.DE ESCRIT.PAPEIS EM GERAL E IMPRESSOS 180153000012002OC0020917/7/2002SAO PAULOMAT.DE

180224000012002OC0008017/7/2002SAO PAULOSUPRIMENTO DE INFORMATICA 090183000012002OC0002017/7/2002SAO PAULOSUPRIMENTO DE INFORMATICA 180337000012002OC0000417/7/2002SAO PAULOSUPRIMENTO DE INFORMATICA

180183000012002OC0007917/7/2002SAO PAULOPECAS E ACESSOR.E COMPONENTES DE INFORMATICA

180102000012002OC0014817/7/2002SAO PAULOSUPRIMENTO DE INFORMATICA

180113000012002OC0002717/7/2002SAO PAULOSUPRIMENTO DE INFORMATICA

180115000012002OC0001917/7/2002SAO PAULOOUTROS MATERIAIS DE CONSUMO

180337000012002OC0000317/7/2002SAO PAULOMAT.EDUCATIVO, ESPORTIVO E CULTURAL

180168000012002OC0004417/7/2002SAO PAULOSUPRIMENTO DE INFORMATICA

180153000012002OC0021017/7/2002SAO PAULOMAT.EDUCATIVO, ESPORTIVO E CULTURAL 180183000012002OC0007817/7/2002SAO PAULOSUPRIMENTO DE INFORMATICA

180183000012002OC0008017/7/2002SAO

e Assistência Técnica

Osdesembolsos do Banco Nacional de DesenvolvimentoEconômicoe Social, BNDES aumentaram 30% no primeirosemestre emrelação a igual período do ano passado, totalizando R$ 13,7 bilhões.

Só em junho, o banco de fomento estatal liberou R$ 2,9 bilhões,o quemostraaceleração no desembolso de recursos nos últimos meses, conformedados divulgados ontem pela instituição. Mantido esseritmo oBanco atingiráfacilmente ametade R$28bilhões atédezembro, como prevê seu orçamento.

Asoperações deconsultas, enquadramentos e aprovações também apontam para um forte aumentodas suasatividades. Com as dificuldades de acesso ao mercado internacional,o BNDES passa a ser uma das poucas opções de financiamentode longo prazo no País.

R$ 1 99 bilhão, o que representa aumentode 551% sobre os seis primeiros meses de 2001 e participação de 15% na carteira do banco. No mês passado, porém, o banco não liberou recursos para o segmento deenergia, comas operaçõesconcentradas no início do ano.

Indústria – Emtermos de grandes grupos,a indústria ficou com 54% dos desembolsos do BNDES nosprimeirosseis meses,absorvendo R$ 7,1 bilhões, enquanto a área deinfra-estruturaficou com 25%(R$ 3,37bilhões) e a agropecuáriacom 13% (R$ 1,77 bilhão).

As pequenas e médias empresas ficaram com R$ 3,1 bilhões dos recursos liberados pela instituição

A área social (educação e saúde) recebeu R$200 milhões, ou oequivalente a2% dosdesembolsos do BNDES nos primeiros seis meses do ano.

Cenário adverso reduz a chance de um corte da Selic

A taxa básica de juros da economia, aSelic, tempoucas chances de ser reduzida durante a reunião do Comitê de PolíticaMonetária, Copom, que começa hoje e cujo resultado será divulgado amanhã. ASelic estáestacionada desde março em 18,5% aoano, sendoquea únicaalteração efetuada foi o acréscimo do viés debaixa, no mês passado.

Apesardeorelatório Focus,divulgado ontempelo BancoCentral, apontaruma taxa de juros em 17% ao ano, em dezembro,alguns analistasjácomeçama trabalhar com a possibilidade de a Selic nãotermais condições de cair esse ano. Até mesmo no Exterior, os analistas estão divididos quanto ao futuro dos juros no Brasil.(Veja matéria abaixo)

Consultas– As consultas cresceram38% nosemestre, totalizando R$20,56 bilhões de janeiro a junho. Os enquadramentos (pré-aprovação) somaramR$17,31 bilhões, com aumento de 14%, enquantoas aprovaçõesatingiram R$ 18,3 bilhões, uma elevação de 39%em relação aos primeiros seismeses de 2001.

O apoio às vendas de aviões da Embraer continua sendo o carro-chefe doBancoe essa operação passa a ter participação cada vezmaior na carteirado BNDES (26% do total).

A instituiçãodesembolsou

R$ 3,5 bilhões nos primeiros seis meses do ano para as empresas aéreasinteressadas na compra de avião do fabricante brasileiro, o que representa aumento de 112% em relação aigual períododoano passado.

Energia – Outro segmento com grande volume de recursos liberado no semestre foi o de eletricidade e energia, com

Pequena e média – Em termos de porte das empresas, as pequenase médias empresas ficaram com R$ 3,1bilhões, oque corresponde a um aumento de 26% emrelaçãoao total desembolsadoem igualperíodode 2001. Em número de operações, o aumento foi de 93%, com um total de 46.525 contratos.

A meta do BNDES é alocar pelo menos 25% das suas operações para as empresas de menor porte, ligeiramente acima dos 23%registrados no semestre passado.

Exportações – As exportações registraram forte expansão nosemestre passado, comaliberação deUS$1,8 bilhão, oque significacrescimento de 24%, em dólares.

Considerandoque avariação do dólar no semestre passado ficouem23,4%,aexpansão emreais ficoumuito acima daobservada emigual período de 2001.Decada US$ 4 liberadospelo BNDES na primeira metade do ano em operações de exportações cerca de US$ 3 foram para esse segmento, com um total de US$ 1,388 bilhão. (AE)

BC quer liberar créditos de bancos para habitação

O Banco Central, BC, está empenhado em resolver uma pendência antigacomgrandes bancos como Bradesco, Itaú e Unibanco, o que permitirá adestinaçãodecerca deR$150milhõespor mês para o setor de habitação nos próximos oito anos.

OdiretordeNormas do BC, Sérgio Darcy, diz que, agora, a instituição está voltada parasolução develhos problemas que estavam engavetados e, se resolvidos, irrigarãoomercadocom novos recursos. É o caso de créditos do Fundode CompensaçãodasVariações Salariais, FCVS,em poder de grandes instituições financeiras eque estão ocupando lugar de financiamentos habitacionais. O montante em questãoé significativo: R$ 15,1 bilhões,dinheiro su-

ficiente para financiar a compra de cerca de215 mil imóveis,levandoem contaovalormédiode umfinanciamento concedido pela Caixa EconômicaFederalpara a classe média, que é de cerca de R$ 70 mil. Pendênciade 7anos – Há quasesete anosessasgrandes instituições financeiras se beneficiam dessa situação.

A autorização para que os bancos continuassemcomputando oscréditos comofinanciamento, segundoDarcy, foiumaforma deevitar uma distorção no mercado, com a oferta repentina de um volumemuito grande de recursos. "Não era possível prejudicaras instituições, exigindo que elas concedessem de uma horapara outra financiamentos nesse montante", diz. (AE)

Estados Unidos – Para o economista Emílio Alfieri, da Associação Comercial de São Paulo, os juros poderão finalizar 2002 em 18,5% anuais, se ogoverno persistir em fixar ataxa de acordocom a evolução de risco do Brasil ou olhando apenaspara ocenário internacional.

"Os EstadosUnidos cortaram os juros mesmo quando havia incertezas quantoaos balanços de empresas, como foi ocaso daEnron",relembra o economista.

Alfieri não acredita em um corteagora, masvoltou ade-

Analistas

fender umaredução, mesmo quesimbólica, de0,25ponto percentual.

Inflação – A inflação acima da meta também não pode ser utilizada como justificativa para manter os juros, segundo Alfieri, jáque são os preçosadministrados pelo governo que são os responsáveis pela alta.

"Se descontarmos os preços administrados doíndice chegamos auma inflação de4,8%, dentro dameta estabelecida com o Fundo Monetário Internacional, FMI", diz. Alfieri argumenta ainda queumcorte agoraserviria paradar novoânimoà economiae poucointerferiria sobre a inflação.

nomia. Se o Banco Central não fizer isso que pelo menos mantenhaoviés debaixapara indicar que ao sinal de qualquer melhoranos indicadoresdaeconomia, osjuros cairão", diz.

Alfieri argumenta ainda que um corte daria novo ânimo à economia e pouco interferiria sobre a inflação

Os analistas que acreditam na manutençãodos jurosaté dezembro culpama inflação, quevoltoua subiremjunho, e as incertezas no mercado externo, por conta de novos escândalos contábeis, pela faltade espaço para ogoverno reduziros juros básicos.

diretor da BMG Asset Management.

Luiz Gonzaga Belluzzo, professor deEconomiada Unicamp, também acusa a piora acentuada do cenário externo comoo último elemento que faltava para impedir o governo de mexer nos juros. "O espaço está cada vez mais restrito. A hora não é para brincadeira", diz.

A AssociaçãoNacional das Instituições do Mercado Aberto,Andima, divulgou ontemna "CartadeConjuntura" , que osíndices de preços divulgados na semana passada não foram favoráveis e,pelacaracterística deo Banco Central em ser conservador,apontam para uma manutençãodos jurospara essa reunião de julho.

Adriana Gavaça

Projeções de juros seguem o dólar e têm alta

Importância do corte –"Seria importante para a eco-

Cenário externo–"Houve uma piora generalizada no cenário externo e o Brasil, que é uma economia que depende principalmente da recuperação da economia americana, tambémacaba afetado", diz Arnaldo José da Silva,

em Wall Street estão divididos quanto a rumos da taxa

Nuncauma reuniãodo

Comitê de Política Monetária, Copom,criou tantadivisão entre asapostas dos analistas deWallStreetcomoa que será realizada hoje e amanhã.Nãohá consensoentre os analistas internacionais nem emrelaçãoaum eventualcorte oumanutençãoda taxa Selic.Mesmoassim,alguns economistas vêem espaço para um cortedeaté 0,50 ponto porcentual. Para o chefe da área de pesquisa econômica e de estratégia para América Latina da consultoriaIDEAglobal, Ricardo Amorim, o Copom não somente vai reduzir a taxa Selic em 0,50pontoporcentual como também vai manter o viés de baixa. Ele lista as seguintes razões para a sua estimativa. Olhar para2003 – " Pr imeiro, oBC já deveriaestar olhando paraa inflação de 2003 e não de 2002. Depois, a estimativa de inflação do BC para 2003 está abaixo da nova metaparainflação em 2003, que subiu de 3,25% para 4%.

A estimativa do BC está abaixo de 3%, o que há um espaço grande para a nova metade 2003", explicou. A analista de Brasil do banco Bear Stearns,Emy Shayo, acredita que oComitê reduzir a taxa Selic em 0,50 ponto porcentual, para 18% ao ano. "Masaressalvaque fazemos na nossaestimativa éde que, sea moedacontinuar sob a

mesma pressão que apresentouna aberturadosnegócios hoje ( o n t e m ) pela manhã, não haverá corte algum", disse. Um dos fatores, na opinião dela, que poderá favorecer o uso do viés de baixa nesta semana é o fato dos últimos indicadoresde inflação terem sido positivos.

Também apostando num cortede 0,50pontoporcentualnataxa Selicestáoestrategista-chefe para mercados emergentes dobanco UBS Warburg, Michael Gavin. Ele lembrou quea últimaprojeção doBC paraa inflaçãoem 2003 ficou em 2,6%, o que está abaixo da meta antiga (de 3,25%) e da nova meta de inflação para 2003 (de 4%).

Câmbio – "Um detalhe importante é que nofim de junho, quando saiu esse relatório doBC com anova projeção de inflação de 2003, o câmbio já estava sendo negociado bem acima de R$ 2,80", disse Gavin.

"Ou seja, faz sentido para o Banco Central focar numa taxa bemmais baixa do que a metacentral, especialmente num ambiente de estagnação econômica. A menosque algo extraordinário aconteça atéaquarta-feira,o cenário está dado para um corte de 50 pontos-base na taxa Selic." Política – Já naopinião do economista-chefe para Brasil dobanco LehmanBrothers, Paulo Vieira da Cunha, o Copom não somente vai manter

ataxaSelic em18,5%,como vai eliminar o viés de baixa.

"Se o dólar se estabilizar, se o prêmio de risco cair e se a taxa dejurosdelongoprazo cair, então há uma perspectiva de baixar a taxa de juros. Masnão vejo esse quadro se materializando tãocedo, inclusive dada a volatilidade do panorama político", explicou Cunha à Agência Estado

No lado de quem aposta numa manutenção da taxa Selic está o economista para mercados emergentesdo banco HSBC, David Lubin. Ele acreditaqueoCopom manterá os 18,5%e também o viés de baixa. "Ainda há o perigo de umrepasse tardio para a inflação da recente desvalorização do real." (AE)

Os juros futuros futuros subiram forteacompanhando a alta do dólar e a queda da Bovespa ontem. Depois recuaram, com areversão dos movimentos do Dow Jones eNasdaq, masainda fecharamodia maisaltosdo que em relação à sexta-feira. A volatilidadearranhou seriamente as apostasdo mercado em queda da taxa Selic. Sejá nãoeram majoritárias, elasencolheram mais ainda. Mesmo quem admitia a hipótesede quedajá vacilava ontem cedofrenteà pressão sobre o dólar.

Na Bolsa de Mercadorias e Futuros,BM&F, osjuros dos contratos de DI futuro mais líquidos fecharam em alta.

O DI que vence em abril de 2003 fechou a24,95%, ante 24,40% do fechamento anterior.Ojuro docontratodeDI de agosto/2002 –o próximo a vencer, no dia1º – manteve-seestável,em 18,45% (18,46% na sexta),pouco abaixo da Selic atual. E hoje o noticiário promete: tem o presidente do FederalReserve, AlanGreenspan, fazendo seu depoimento no Senado americano; tem pesquisa Redbooksobre varejo norte-americano nasemana encerrada em 13 de julho; tem produçãoindustrial americana ecapacidadeda utilização da indústria em junho; etempesquisaIbope aqui no Brasil. (AE)

Efeitos do Plano Diretor preocupam os arquitetos

A preocupação comos efeitos do Plano Diretor fez com que o número de protocolos de processos no setor da construção civil fossepelo menos10vezes maiorqueo normalparao mêsdejunho. A informação é do presidente da AssociaçãoBrasileira de Escritórios de Arquitetura (AsBEA), o arquiteto Henrique Cambiaghi.Eleainda não tem os números oficiais, mas garante o aumento. Para oarquiteto, osempresários do setor procuraram antecipar seusprojetos paragarantirosdireitos previstospela legislação atual.

O maior medo é que a nova legislaçãovenhaa encarecer os custospara aconstrução. "Houve umagrandecorrida paravendere comprar.Era como se, em 15 minutos, uma dona de casa tivessede fazer as compras para os próximos dois anos."

O arquiteto também percebeu um outro efeito do medogerado peloPlano Diretor."Pudemosobservar que

os escritórios de arquitetura passaram a receber mais solicitações de estudos de projetosforada capitalpaulistana." Os investidores estariam temendo que um aumento dovalor dosterrenospudesse, em conseqüência, elevar o preço dos imóveis", disse. Calmaria – Com as alterações queconstam nosubstitutivodo projeto do Plano Diretor, apresentado na última sexta-feira na Câmara, Cambiaghiacreditaque haveráuma certacalmariano mercado. Ele acreditaque as alteraçõesfeitas pelorelator da proposta,vereador Nabil Bonduki (PT), naquestão da outorgaonerosa,foram as mais adequadas.

"As pessoas poderão se preparar melhor para o novo sistema,comaadequação dos limites parao tamanho das construções e os percentuais para a cobrança", diz.

Pontos esquecidos – O presidente da associação lembra que, apesar dos avanços,ainda hápontos aserem

discutidos. Segundo ele, o projeto sofrerá ajustes ao longo tempo. "É um plano estratégico quetraz macrodefinições para a cidade, mas ainda precisa ser trabalhado."

Entre essespontos estariama busca por diretrizes

Votação do

Acidente com trens na região do ABC fere sete passageiros e maquinista

comunscom as prefeituras vizinhaspara melhorar o transportes, recuperaredifíciosantigos eacriar umprojetourbanístico mais forte para a cidade.

Estela Cangerana

projeto ficará

para o segundo semestre

Apesar de toda a movimentaçãodo mercadomotivada pelo Plano Diretor, alguns vereadores garantem que o projeto não será votado pela Câmara nestesemestre.Como o substitutivo da propostasófoiapresentado sextafeira,muitos acreditam que não houve tentohábil para o estudo adequado do projeto. "Não dá paraopinar sobre umlivro apenasolhando a capa", dizo vereador Antônio Carlos Rodrigues (PL). O vereador RicardoMontoro (PSDB) reforçaaposiçãode adiaravotação paradepois

Feira da Cidadania, em agosto, terá mais de 40 participantes

A primeiraFeiradaCidadania,organizada pelaAssociação Comercial de São Pauloemparceria comASecretaria Estadualde Justiçae da Defesa da Cidadania, játem confirmada a participação de mais de 40 entidades. O evento vai atender principalmemte apopulaçãoquetrabalha ou a mora no Centro da cidade com uma série de serviços, como solicitaçãodedocumentos, orientação ao consumidor, atendimentojurídico,palestrassobre drogas, além de shows, atrações musicais e peças de teatro. A feira vai acontecerna praça do Pátio do Colégio, no dia 15 de agosto. Na região, segundo estimativasdos organizadores do evento, passam todos os dias cerca de 600 mil pessoas. "O empenho das

entidades participantes da feiravai ajudara promovera idéia de cidadania entre a população", disse Gaetano Brancati Luigi, coordenador-geral executivo das sedes distritaisda Associação Comercial de São Paulo. Estandes – A Feira da Cidadania já tem confirmada a participação de27estandes. Ao chegar no evento, o público será recepcionadopor voluntários que irão encaminhar os visitantes para os postos de atendimento. Umdos estandesdafeira será odaSociedadeBeneficente de Coletade Sangue, a Colsan/Unifesp, que vai aproveitaro eventoparadesenvolver uma ampla campanha de conscientização da importânciada doação de sangue com o tema Doar

sangue é um gesto nobrede cidadania

Aentidade vaicoletardoações durante a Feira da Cidadania,e asbolsasdesangue serãoirão suprir a altademanda dos hospitais públicos deSão Paulo.De acordo coma Colsan,faltamdoadores dostipos sanguíneos O positivo e negativo. No dia do evento,a entidadevaiapresentar o jogral Vamos ajudar a salvar uma vida

Para fazer a doação de sangue éprecisoestar emboas condições de saúde, ter entre 18 e 60 anos e pesar, no mínimo50quilos. Adoaçãonão traz riscoà saúde.Quem doa uma vez não é obrigada a doarsempre. Énecessário apresentar odocumentode identidade e um comprovante de endereço.

do recessoparlamentar. "É inexplicávelessapressa do governo petista em votar algo que é tão importante para os cidadãos."

Segundo Montoro, apesar de a proposta ter melhorado bastante, ela ainda precisa receber vários ajustes. "Serão necessáriasmais audiências públicas", afirma.

Ontem, apesar detodos os esforços do líder governista, vereador JoséMentor (PT), não foi possível realizar as votações da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e do Plano Diretor. (EC)

Motoristas fazem concentração em frente à SPTrans

Aproximadamente 200 motoristase cobradoresas viações Ibirapuera e Santo Amaro,que operamnazona Sul,seconcentraram ontem em frente à SPTrans, na rua 13de Maio,região centralda cidade. Os trabalhadores, que ontem entraramno quinto dia de greve, reivindicavam o pagamento dos salários atrasados. A manifestação começouàs 9h enão haviaterminadoaté ofinal da tarde.

Segundoa CET(companhia de Engenharia de Trafego),os manifestantesocuparam acalçada e meiafaixa da pista direita da rua. Os grevistas pedem os salários de junho, que só foram pagos para 60% dos funcionários da empresa.

agenda

Hoje Gu aru lho s –O presidente daFederação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti,participará hoje,às20h, dejantarem comemoração ao 39º aniversário daAssociação Comercial deGuarulhos. NoOpen Hall Convention Center, avenida Antoniode Souza,715,Centro, Guarulhos.

Um maquinista esete passageiros ficaramferidos ontemem um acidentecom trens numa linha da CompanhiaPaulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Uma composição de carga da MRS Logística, empresa que tem participação na linha férrea da CPTM, descarrilou, por volta das 5h, na Linha D, no sentido SãoPaulo/Santos, entre as Estações de Rio Grande da Serra e de Ribeirão Pires, no ABC paulista. Omaquinistado tremda CPTM, que vinha no sentido oposto, tentou frear ao perceber os nove vagões descarrila-

Falta

dos e que ocupavaas duas linhas, mas acabou batendo na lateral de um deles. A Linha D, que ficou interditada nos dois sentidos entre asEstações deRio Grandeda Serrae deRibeirão Pires,foi liberada por voltadas 18h30. Nesse períodoa CPTMacionou oPaese (planode emergência) edisponibilizou ônibus para transportarospassageiros entreas duasestações, nos dois sentidos e gratuitamente. As vítimas foram atendidas no Pronto-Socorro Municipal de Rio Grande da Serra e liberadas. (/AE)

de verba

paralisa projeto de preservação

A paralisação do Programa de RecuperaçãodosBens Culturais (PRBC), instituído em dezembro de 1998 pelo ex-governador Mário Covas, estáparado. Oprojeto, que previa investimentos de R$ 1,5 milhão na preservação do patrimônio ligadoà ferrovia, parou em novembro de 2000. Dostrês museusferroviários criados pelo programa em Sorocaba, Rio Claroe Jundiaí, apenas um (o de Jundiaí) funciona.

A prefeitura comprou o imóvel e assumiu a parte local doplano. As propostasde restauração de prédios históricosficaramsó nopapel.Os

38 profissionais que executavam o programa estão com 16meses desaláriosatrasados. Ascontrataçõesforam feitas através da CTPM. Com a doençae o falecimento do governador, as verbas deixaramde serrepassadas. O projeto era vinculado à Secretaria de Gestões Estratégicas dogoverno efoi incorporado pelo Conselho de Defesa do PatrimônioHistórico,Artístico, Arqueológicoe Turístico(Condephaat), órgão da Secretaria da Cultura. Opagamento dos salários atrasados estásendo analisado pelosórgãos jurídicos do Estado. (AE)

Embu promove shows nos

finais de semana

A cidade de Embu,na Grande São Paulo, vai ter festanos próximosfinais desemana, atéo dia 16de agosto. É o Embu no Inverno, que traz shows, festivalde corais, exposição de carros antigos e desfilede escolade samba.A festacomeçou sábado,com show da Banda Sinfônica e apresentação do Coral de ArtesdeEmbu. Nodomingo,o ministro de Esporte e Turis-

NOTAS

Infecção hospitalar acaba na Justiça

O aposentadoEmilio Sergio Valentoni entrou com umaação contraoHospital do Coração, no Paraíso, onde ele recebeu duas pontes de safena, em de janeirode2001. Dois dias depois de receber alta,Valentoni foireinternadocom quadro de infecção hospitalar. Desde então, ele sofreu seguidasreinternações e ficou com seqüelas.Valentoni está pleiteando indenização por dano moral.

mo, Caio de Carvalho, esteve visitando a festa. No próximo sábado, a partirdas15h, aconteceodesfileda Escola de Samba Unidos de Guaianazes, que vai levar a cidade de Embu das Artes como enredo para o sambódromoem 2003.Nodia 21(domingo) será a vez de mais um showdaBanda Sinfônicaea continuidade do festival de corais.

Polícia liberta duas pessoas de cativeiro

A PM libertou duas pessoas que erammantidas comorefénsna Favelado Itaim,zona Leste, no final da manhã de ontem. As vítimas foram surpreendidasnumavan por quatro homens e levadas para um cativeiro nafavela, perto daRodoviaAyrton Senna.Uma das vítimas aproveitou a distraçãodos bandidos e conseguiu ligarpara a polícia.Doisseqüestradores foram detidos em flagrante.

Associação Comercial de São Paulo
A Comissão que organiza a primeira Feira da Cidadania realizou reunião, ontem, na sede da Associação Comercial
Ricardo Lui/Pool 7

Crise de confiança afeta os mercados

Abertura em baixa em Wall Street por medo de novos escândalos arrastou as principais bolsas; Bovespa despenca 3%

A crise de confiança que atinge o mercado de ações nosEstados Unidos afetou praticamente todasas bolsas mundiais ontem.

Os investidores internacionaisestão cadavezmais receosos em aplicarrecursos em Wall Street, temendo novosescândalos debalanços de empresas. O mercado também receia os informesque serão divulgados de70corpora-

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ções,entre elas asgigantes Intel, Nokia e Motorola. Em geral, quem tem ações de empresas americanas vende e quem não tem evita comprar.O dólarcaiufrente ao euro e ao iene no mercado externo e as bolsas européias fecharam os pregões com fortes quedas.os principaisíndices daBolsa de NovaYork ficaram noterreno negativodurante boa parte do dia. Mas, no final dos negócios, reverteram a tendência erecuperaram-se no fim do pregão. O Dow Jones fechou em baixa de 0,52% e a Nasdaq subiu 0,63%.

Dólar sobe – O mercado financeirobrasileiro nãoescapou da turbulência internacional no primeiro dia de negócios dasemana. O dólar voltou a fechar em alta, a BolsadeValoresdeSão Paulo, Bovespa, tevequeda expressivaeos indicadoresderisco do País tiveram mais uma rodada de piora.

Especulações em torno de novas pesquisas eleitorais mostrando a quedade José Serra (PSDB)ea subida de Ciro Gomes (PPS) na corrida

presidencial também contribuíram para o desempenho negativo do mercado. Além disso, os investidores já engavetam as apostas de queda de juros nareunião destasemanado Comitêde Política Monetária, Copom, o que prejudica principalmente a Bolsa.

No mercado de câmbio,o dólar comercial voltoua subir comforça, atingindo o valor de R$ 2,871 na máxima cotação do dia, de acordo com a Enfoque.

negociadosa 62,75% do seu valor de face.

Bolsapaulista – A Bovespa, quenasemana passada ensaiava recuperação, mais uma vez cedeu à instabilidade externa. A Bolsa fechou em baixa de 3,04%, depois de terdespencado 4,50% no pior momento do dia.

No final dos negócios o índice Dow Jones fechou em baixa de 0,52%, depois de chegar a perder 2,77%

A moeda americana encerrou osnegócioscomvalorização de 1,49%, cotada a R$ 2,852para compra ea R$ 2,854 para venda.

Risco – A taxa de risco do Brasilcalculada pelo banco americano JPMorgantinha alta de 3,12%no horário de fechamento dosnegócios no Brasil, indo para 1.554 pontos-base.

Os C-Bonds,principais títulos da dívida brasileira, operavam porvolta das 18 horas com queda de1,57%,

O Ibovespa encerrou opregão em 10.633 pontos e o volume financeirosomou R$ 387,3 milhões. Como resultadode ontem a Bovespaagoraacumula perdas de 4,5% no mês e

de 21,6% desde janeiro.

Embratel – As maiores baixa doIbovespaforamdas ações da Embratel: as PN caíram15,5%e as ON, 10,8%.

Os papéis da empresa têm sofrido pesadas perdas este ano por causados problemasde sua controladora,a americana WorldCom.

As maiores altas do índice foram Bancodo BrasilON (5,5%) e PN (também 5,5%), ações influenciadas pela possibilidade do uso do FGTS na oferta pública que está sendo montada pelo governo.

Estrangeiros– A melhora do mercado de ações brasileiro na semana passada não foi

suficiente para atrair de volta os investidores estrangeiros para a Bovespa, mas pelo menosdiminuiuo ritmodesaída de recursos. Deacordocomo balanço divulgado ontem, os estrangeirostiraramR$ 194,5milhões da bolsapaulistanos dez primeiros dias de julho. O saldo negativoé resultado de vendas de ações por estrangeiros, de R$757,5milhões, superioresàsvendas, quesomaramR$563,0 milhões no período. No ano, o déficit já chega a R$ 587,4 milhões.

Londres: nível mais baixo desde 96

As bolsas européias fecharam emfortes baixasontem, acompanhando o pior momentodeWallStreet– que depois recuperou-se, mas não atempo deinfluenciar o mercado europeu. A Bolsa de Londres, fechou em queda de 5,44%, em3.994,5 pontos,o nívelmais baixo desdedezembrode 1996. Entreos

destaquesnegativosdo pregão estavam as ações da Shell, que caíram 8%, em meio a supostas irregularidades de cerca de US$ 8 bilhões. Paris – Em Paris, a queda foi de5,4%,para 3.323,74 pontos,onível maisbaixo desde outubrode1998.Vivendi despencou 12,6%. A Bolsa de Frankfurt encer-

rou em queda de -5,28%. O destaque negativodo pregão foi Deutsche Telekom (-15,16%). Asbolsas deMadri, Milão e Lisboa também sofreramperdas. Omercado espanholsofreuo maior tombo do ano:4,52%.Em Milão, abaixa foi de 4,33%, enquanto a Bolsa de Lisboa recuou 1,27%.(Dow Jones)

IMÓV. & ADM
Ramar “a cara cara da Zona Sul”
Rejane Aguiar

Indústria de calçados está acomodada

A afirmação foi feita pelo ministro Pratini de Moraes. O setor discorda e pede reforma tributária para ser mais competitivo.

Aindústriabrasileira de calçados precisa abandonar o comodismoe estabelecer metas ambiciosas de exportação. O setortem de encontrar mecanismos novos para exportar entreUS$ 3bilhões e US$ 4 bilhões por ano – volume atualmente atingido pelo principal concorrente do País no setor, a China. A afirmação foi feita ontem, em São Paulo, peloministroda Agricultura, Marcos Vinicius Pratini de Moraes, durante a abertura da Francal 2003 –34ª FeiradeCalçados, Acessórios de Moda,Máquinas e Componentes.

A Associação Brasileira da Indústria de Calçados(Abicalçados),porém, discorda. Para mostrarque aindústria não está acomodada, o presidente da entidade, Élcio Jacometti,ressaltou ocrescimento das exportações ao longo dosanos.Entre 1999e2001, por exemplo, houve um aumento de 34milhões no númerode paresexportados,o que representou US$ 337 milhões a mais dereceita (veja quadro).

"Houve expansão apesar dos impostos em cascata e do custododinheiro, queé maior no Brasil perante os outros concorrentes internacionais". Osimpostos emcadeia incidentes sobre o calçado para exportaçãoestão em torno de 6%, dependendo do produto,disse ele. "Mesmo

assim o produto brasileiro é competitivo". Jacometti reivindica a desoneração das exportações.Com isso,emtrês ou quatro anos o País poderia dobrar as vendas externas, acredita ele.

Pratini de Moraes reconhece que osimpostos em cascata dificultam o aumento das exportações. "A reforma tributária éprioridadee se não for feita este ano, deve ser a primeira tarefa do próximo governo". O ministro entende que,enquanto a questão não for solucionada, a economia brasileira não pode ser aberta. "A tarifa zero deixaria

em vantagemo produtoimportado em 7% e 8%".

Sem Argentina – Segundo Jacometti, a indústriade calçados está trabalhando fortemente no mercado da Améri-

caLatina para recuperaras perdas comaArgentina.De janeiro a maio, as exportaçõesbrasileiraspara ovizinho caíram 80%, em relação a igualperíododoano pas-

sao. AArgentina,queestava em segundo lugar do ranking dos compradores de calçados brasileiros, caiu para a sétima posição.Mas ocanaldedistribuição se mantém.

"O Chile consome 23 milhões de paresdecalçadose compra apenas2,5milhões doBrasil", disseJacometti.O setorestáde olhoaindano Caribe,que seabasteciacom o calçado brasileiro por intermédio deexportadoresargentinos.

O setorainda continua atuando fortementeno mercado norte-americano, o maior cliente, na Alemanha e

nosEmiradosÁrabes e ArábiaSaudita –estesdoisúltimos países semprodução própria.Nesteano, osetor estará em 16 eventos internacionais.

Aestimativa paraesteano, porém,é de uma queda das exportaçõesem dólar,frente ao volume de2001. Os motivos, segundo o empresário: o preço médio docalçado caiu no mercado internacional de US$9 paracercadeUS$7. Em quantidade depares, porém, eleprevêaumentodos negócios.

Turismo pode reduzir desigualdades

O ministro doEsporte e Turismo, CaioLuizde Carvalho, disseontem quea indústria do turismo poderá ser, no mundo globalizado, o grande instrumentopara reduziras desigualdadesregionais e sociais no Brasil de hoje. Ele argumentou – baseado em dados do IBGE – que o turismo tem impacto direto em 52 itens da atividade local onde se instala.

Carvalho destacouainda que,enquantosão precisos R$ 700 mil na indústria automobilística paragerar um emprego direto, no turismo bastamapenas R$45mil, numrestaurante R$15 mile,

no artesanato, R$ 50,00. "Isso mostra o potencial para geraçãode empregoque temos pelafrente",disse paramais de umacentena deempresários reunidos na reunião Plenária daAssociação Comercial de São Paulo. O presidente da Federação das Associações Comerciais doEstado deSão Paulo(Facesp)e da Associação Comercial, Alencar Burti, lembroudaimportância econômica do turismo parao desenvolvimento das micro, pequenas e médias empresas. Para Burti, éexatamentea classe média empresarial que gera empregos, riquezas, e

que precisaserouvida nos planos de governo. Gargalo – Carvalhosalientou que muito foi feito pelo setor depois das Câmaras Setoriais, criadas em1993, sobretudo para melhorar a infra-estrutura básica das regiões turísticas e modernizar a legislação,mas que muito ainda precisa serfeitonaárea de marketing externo. "Esse é ainda um gargalo,mas que já está sendo enfrentado".

Oministro reconheceu que a indústria de hotéis e flats,especialmenteem São Paulo, exagerou na oferta de vagase quartos,causando umaconcorrência predató-

ria no setor. Maslembrou quebarrar ounão aconstrução de novas unidades – como ocorreu no Rio de Janeiro – éda competência municipal."Não podemosdizerque foi culpa do governo, mas da falta deplanejamento dosetor privado", disse. Carvalho acrescentou ainda que já foi a favor, mas hoje é contra, a aprovação da lei que legaliza os cassinos – e os jogos de azar – parado na Câmara dos Deputados,em Brasília. Primeiro, afirmou, porque não há uma relação tão direta entre cassinos e incremento do turismo local; segundo, porque hoje o jogo,

sem regrasmuito clarase rígidas, poderácairnas mãos da contravenção. "Os tempos dojogoromântico passaram", lamentou. Alencar Burti elogiou a defesa "apaixonada" do ministro."Sobretudo nummomento em que cada atividade empresarial émais competitiva." Segundo Burti,é precisodar,cada vezmais,treinamentoe fontesde informaçãoparao micro e pequeno empresário poder enfrentar essa concorrência,"para que não ponha todas suas economias e esforças a perder."

Sergio Leopoldo Rodrigues

Cheques ou documentos roubados, perdidos ou extraviados?

Cheques ou documentos roubados, perdidos ou extraviados?

Proteja-se, avise imediatamente o S.O.S. Cheques e Documentos.

Cheques ou documentos extraviados são freqüentemente usados em golpes e fraudes, causando graves inconvenientes para seus usuários. Por isso, em caso de roubo, perda ou extravio, denuncie imediatamente ao S.O.S. Cheques e Documentos.Além de proteger a si próprio, você estará ajudandoa coibir a ação de criminosos e contraventores que causam prejuízo a você, ao comércio ea toda a sociedade.

0800 11 1522 0800 11 1522

Teresinha Matos

As atitudes que o empresário deve tomar para enfrentar a crise

Qual deve ser o comportamento deum empreendedor brasileiroparaenfrentaras dificuldadesmercadológicas atuais. Acreditar que tudo pode mudar? Desistir antes que todo o seu patrimônio setransforme em lembranças? Apenas sobreviver às dificuldades,tipodeixar estarpara vercomo fica? Esperaralguma ajuda,de quem querqueseja, espiritual ou governamental? Criar saídas,para encontrarnovas oportunidades de negócios?

Qual deve ser a sua postura?

Para ajudar na sua decisão, vamos analisar operfil de algunsempresários. Existem aqueles que ficam acreditando que o mundo a sua volta vai melhorar,crescer, desenvolver, enfim,obter maiores lucros que meses anteriores. Ele fica na arquibancada, torcendo muito, suando, gritando, incentivando,xingando, mas sempreprotegido por um fosso ealambrados da realidade docampomercadológico. Esse empresário acaba não encontrando formas de participar do jogo.

Há os empreendedores que até estãoemum dos times, mas abandonam o barco nas primeiras ondasassustadoras. Eles deixam para trás dívidas, lamentose osculpados pelo seu insucesso.

à necessidade emergencial de faturar mais e deter a perda da fatiade mercado, adotoua cor azul e a transparência nas suas mercadorias. Essa atitude revolucionou o padrão até então aceitosemdiscussão. Essaação fez asreceitas da empresa crescerem,imediatamente, no mundo inteiro. O exemplo daApple serve paramostrar que, umaempresa quesomente vende, semse preocuparcom asnecessidadesatuais eprincipalmente futurasdomercado, comcerteza, vaisair decampo e ir para a arquibancada. De lá, vaipoder apenas assistindo o jogo mercadológico e se conformar com o resultado da partida.

Rede de hotel cria dia de hóspede para treinar equipe

Um dia de hóspede. Essa é a estratégia que o hotel Mercure, de São Paulo, adotou para promovera integraçãodos funcionários e melhorar o atendimentoaocliente. O programa foi criado pela gerentede recursos humanos do hotel Sandra Jurema.

O evento é feito a cada dois meses.Os profissionaissão selecionados conforme a data de aniversário. "Reunimos todos os funcionários que aniversariamno período", afirma Sandra. Em geral, o grupo tem 30 pessoas.

Muitos empreendedores terão de mudar o perfil para saírem da crise. É preciso ter criatividade

Osmeiocampistas nãoficam nem de um lado, nem de outro. Ficam no meio do campo,nãoquerem arriscar umaparticipação, sejaela qual for.Não é amelhor situação,mas elesjá estãoparticipando do mercado.

Há os empreendedores saudosistas. Elesficamsempre esperando por milagres, que retirem seu negóciodo caminho para o brejo, se possívelsem prejudicara sua área de atuação e tão pouco sua lucratividade, que na verdade é o seu pró-labore.

Por sorte existem osempresários que saíramdascadeiras numeradas eestão no campo ajudandoaequipea atingir o sucesso, desenvolv endo atividades para criar saídasparao negócio. Eles buscam eidentificamoportunidades voltadas para as necessidades dos consumidorese da própria empresa. São empreendedores que encontram no próprio mercado competitivoaschances em obter o lucro desejado.

Saída pela esquerda – Mas comoencontrar essassaídas? Durantemuitos anos a cor dos equipamentos de informática era rigidamentepadronizadanacor bege clara. A Apple,empresa norteamericana fabricante de computadores e outros produtos periféricos,atendendo

Conhecimento estratégico – Uma saída para a empresa éutilizaro conhecimento estratégico. A empresa que realizaos controles básicos, estoque, cadastros e financeiro, precisa estar hoje preparada paraas diversasmutações do mercado. Épreciso indagar ao cliente suas ambições e as transformar rapidamente em produtos competitivos e lucrativos, procurandoestar um instante à frente dos concorrentes. Para isso ototalconhecimento do negócio e a aproximação estratégicacom os fornecedores são vitais para o crescimento do negócio.

Diferencial competitivo –Oempresáriotambém pode usar as vantagens competitivas do produto. Ele deve procurar sempre ancorar serviços com diferencial competitivo aos produtos.

O que pode ser esse diferencialcompetitivo? Oconstante desenvolvimento de produtose serviços exclusivos, mantendo a qualidade e o excelente atendimento é um deles.Acriaçãode um ambiente agradávelaos consumidores, através de um sistema de logística (integração das áreas de compra, estoque e expedição)e sempreoferecerpreçosadequados ao mercado atendendo às realidades daempresa edos consumidores também.

Outras saídas– O empresáriodeveprocurarna sua empresa, no seu conhecimento e no de seus colaboradores, nas falhasdos concorrentes,nosnovos edesconhecidos produtos dos seus fornecedores, nos seus erros já detectados, naquela grande idéia que por alguma razão não foi transformada em realidade.Emtodos essesitens há, com certeza, uma saída para a empresa.

Jorge Luiz da Rocha Pereira é consultor especialista do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) jorgep@sebraesp.com.br

SegundoSandra,o objetivo é que os funcionários experimentem comoé oatendimento do hotel e vejam como podemcontribuir para melhorá-lo.Para isso,oteste écompleto.O grupoviveas mesmas situações dos hóspedes, desde a reserva do quarto

até a saída do hotel. O programa começa com a reserva, que é feita com uma semana de antecedência. Depois,os funcionáriospassam porum check-in.Ficamsabendoondeé oquartoque vão ficar e descem para um coquetel no bar. Em seguida, é servidoo jantar,no restaurante Tramonto. Pipoca – A programação segue noite a dentro. Depois da refeição, ogrupo assiste uma sessão de vídeo com direito a pipoca e outro rodada de drinque. "Após o filme, os que querem dormir, vão diretopara o quarto. Quem quiser sair, está dispensado. Não é um treinamento, as pessoas têm é de experimentar a sensação de

ser hóspede", afirma Sandra. No segundo dia, os funcionários tomam café da manhã no restaurante do hotel, juntocom os outroshóspedes. "Nas refeições, elesse conhecem melhor. Hápessoas que trabalham nomesmo departamento,mas não se conhecem por causados turnos diferentes", afirma Sandra.

Programa foi feito para promover a integração dos profissionais e melhorar o atendimento

Bate-papo –Os funcionários também passam porum treinamento de cerca deduas horas. Uma das atividadesé pintarum quadro. As obras serão expostas no final doano. "Usamosessetempo para conversar sobre o que elesacharamdo hotel,oque pode ser melhorado. É um bate-papo", diz Sandra.

No final,é servido um almoço ao somde parabéns a você para comemoraro aniversário dos participantes. Segundo Sandra, o resultado doprograma émuitopositivo. "O evento é aberto, mas muitos profissionaisvieram mesmo nas fériaspara participar", afirma. Espaço aberto– O projeto começou no ano passado. No primeiro formato, os funcionárioseram convidadosavisitaroutras unidadesdogrupo e faziam uma reunião com o gerente-geral para darsugestões.Essasconversas resultaram em mudanças como a adequação dos horários do refeitório, a instalação de um telefone sem fio no bar e o oferecimento decurso deinglês para os profissionais.

Desafio Sebrae tem equipe de índios

Uma equipe de jovens indígenas dastribos Kaiowa e Guarani, do Mato Grosso do Sul, se inscreveu para a terceira edição do DesafioSebrae, olimpíada virtual organizada pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e PequenasEmpresas). Odesafio simula aadministração de uma empresa. Os jovensindígenassão alunosdos cursosdeEducação Física, Biomedicina e Administraçãode Empresas,da instituição Centro Universitário da Grande Dourados. Para a índia-guarani Sônia Aquino Cáceres o jogo é uma

oportunidade de aprender a administrar um negócio próprio. Ela está no segundo ano de Biomedicinae pretende abrirumlaboratório em Dourados. Sônia saiu da aldeia aos 14 anos para concluir os estudos nomunicípio de Amambaí. Fez vestibular e foi para Dourados estudar. Afamília deSôniaainda morana aldeia.“Emminha comunidade, poucos fizeram curso universitário. Desses, a maioriaestudou emAmambaí mesmo, voltou para a aldeia e hojeganha um salário da prefeitura paraensinar os outros”, diz Sônia.

cursos e seminários

Hoje

Contratação de pessoas portadoras de deficiência – Aumentando a produtividade comresponsabilidade social– Ocurso édirecionado a empresários quepretendem contratar deficientes físicos.Duração: oito horas, das8h30 às 17h30.O seminário éresultado de umaparceria da Apae com a Câmara de Comércio e Indústria Brasil Alemanha e acontece na quarta-feira. Local: Câmara, rua Verbo Divino, 1.488, Santo Amaro, SãoPaulo. Preço:R$240 (associados)e R$320(não associados).Desconto de 10% para participantes de uma mesma empresa ou que tenham participado de outros eventos. As inscrições podem ser feitas até hoje pelo site www.ahkbrasil.com/seminarios.shtml ou pelo (11) 5181-0677 ramal 267.

Vendas: desafios e oportunidades – O curso é direcionado a lojistas. Vai ser ministrado por Paulo Silveira, formado em Tecnologia Industrial com especialização em processo da qualidade e diretor da TDC Consultoria, consultor do DaleCarnegie e Training e do Círculo de Profissionais de Vendas. Duração: duas horas e meia, das 19h30 às 21h. O curso acontece naquarta-feira (17). Local: CenturyPaulista Flat, ruaTeixeira da Silva, 647, Paraíso. Preço: R$ 25 (associados) e R$ 50 (não associados). As inscrições devem ser feitas até hoje pelo telefone (11) 3889-0505.

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Populaçãoindígena –Apesar de todaa dificuldade emsobreviver eresistindo aos avanços da modernidade, seisnações indígenasdeMato Grosso do Sul ainda mantémseus costumes,tradições e sua língua nativa. Os kadiwéu, guató, terena, ofayé, kaiowa e guaranisomam mais de 60 milíndios no território, colocando o Estado como o segundo mais populoso em número de índios no país.Osíndios doEstadovivem da agriculturae dapecuária.

Competição – O programa está dividido em três fases: es-

tadual, semi-final e final, marcadapara acontecerno dia nove de dezembro. A equipe campeã será premiada com uma viagem ao Vale do Silício, na Califórnia, Estados Unidos. Mais de dez mil equipes estão inscritas. São Paulo teve o maior número de grupos inscritos, 2.174, seguido por Minas Gerais,1.060,epelo Rio de Janeiro, 872.A região Sudeste conta com 4.417 equipes, o que corresponde a 44% do totalno Brasil.Em seguida, estão a Região Nordeste, com 1.965 equipes e a Sul, com 1.830. (ASN)

Importação e exportação –O curso tem o objetivo de permitir ao participante conhecer os conceitos básicos de comércio exterior, as técnicas, as rotinas do setor e fornecer ferramentas para que ele inicie a conquista de novos mercados para seus produtos ou serviços edesenvolva mercado porconta própria, comoagente ou trader. Duração: 16 horas, das 9h às 18h. Começa na quinta-feira (18) e termina na sexta-feira (19). Local: IOB Thomson, rua Corrêa Dias, 184, Paraíso. Preço: R$390 (assinantes IOB) e R$ 450 (nãoassinantes).Asinscriçõesdevem serfeitasatéhojepelotelefone 0800-782755.

Escritafiscal básico –O cursoédirecionadoa profissionaisda áreacontábil epequenos emicroempreendedores queprecisam aprender apreencher seuslivros fiscais.Duração: 16horas, das 9h às18h. O seminário acontecena quinta (18) ena sexta-feira (19). Local: Sescon (Sindicato das Empresas dos Serviços Contábeis doEstado de São Paulo),avenida Tiradentes, 960,Luz. Preço:R$70 (associados)eR$140(não associados).Asinscrições devem ser feitas até hoje pelo telefone (11) 3328-4900.

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Jorge Luiz da Rocha Pereira
Dia 18

Cadeia produtiva em tempo real

do setor

Os novos sistemas de automaçãocomercial começama integrar a cadeia de fornecedores com fabricantes e comerciantes. As informações de vendas eencalhedemercadorias são compartilhadas e transmitidas das lojas até às indústrias, emtempo real.O processodiminuios custos de produção,acabacom os grandes estoques e agiliza o tempo de encomendar e receber mercadorias.

"Não se podemaisdeixar de vender por falta de estoque nem ter estoque e não saber se vaivender", afirmaaprofessora Lúcia Franco, do Departamento de Eletrônicada Universidade Federal de Itajubá-RJ, considerado um pólo de excelênciaem tecnologia.

Ementrevista exclusivaao Diário do Comércio ,a especialista dissequeoBrasiljá tem tecnologia suficiente para a integração da cadeia produtiva com o varejo e que esse é o próximo passo para reduzir custos e atender os consumidores de maneira mais eficiente.

A pesquisadora cita o exemplo da Coca Cola, que

trabalha com uma tecnologia quecoleta ospedidos nahora, emite e imprime a nota no ato,dentrodocaminhão da empresa.Ao mesmotempo, o sistemaavisa odepósito ea linha de produção da companhia. No sistema antigo, o comprador precisava estipularo pedidocomantecedência, pois o produto vinha na quantidade certa e com a nota pronta. Lúcia Franco explica que, para a Coca-Cola, a

prática resultavaemvendas menores, umavez queos comerciantescalculavam asestimativas deconsumo para baixo,oque nãoocorrehoje. Esse intercâmbiode informações também pode ser feito nos supermercados. Assim queumprodutopassa pelo caixa, ofabricante eaté mesmo o fornecedor da embalagem podem ser informados. LúciaFrancoafirma que

Print Show tem papel que não rasga

e software para provas

Começa hoje, emSão Paulo,noWorld TradeCenter,a terceira edição do Print Show 2002. A feiramostrará o que existedemaismoderno em matérias-primas para campanhaspromocionais parao osetoreditorial. Oeventoé organizado pela Forma Editora e promovidopela Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf).

Segundo o diretorda AbigrafAulidePrado deVitti,o parque gráfico brasileirojá é considerado um dos mais modernos do mundo, junto com asgráficas,agênciasde publicidade, propaganda e promoção, além das editoras.

O avanço se deve, segundo especialistas, aos investimentos efetuadospelos empresários do setor: US$ 3,7 milhões em novas máquinas e em instalações entre 1996 e 2001.

Produtos – Entre as principaisnovidades, estãoosnov ostiposdepapel quenão podem serrasgados comas mãos, osenvelopestransparentes, asnovastécnicasde

impressãoem papelvegetale oFile TransferPhotocol (FTP), programa para computador queenviaarquivos fotográficos on line.O FTP agilizaoenvio deprovasgráficas daempresa para que o cliente as aprove. Além disso, será apresentado pela empresa Stock Photosum programaparacalibar imagensna tela de computadores, apresentando uma reprodução idêntica ao original. Outra novidade são os vernizes especiais destinados a cartazes, banners e outdoors. Os impressos e outdoors aromatizados também são destaques.Estes últimos terão telas instaladasque liberam aromas especiais relacionados aos temas abordados.

D es em p en ho – Opresidente da Associação Brasileirada IndústriaGráfica(Abigraf),MárioSérgio de Camargo, explica que osnegócios da indústria gráfica "acompanham oritmo da economia do País".

Segundo Camargo,o faturamento dosetor deveser de

US$5,37bilhões em 2001, com queda aproximada de 20,01% em relação aos US$ 6,72 bilhões obtidosno ano anterior.O resultado é atribuído àdesaceleração geral da atividadeeconômica no País.

Exposição – AIMostra Print Show de Design Gráfico é uma das exposições montadas para chamar a atenção dos visitantes. Na ocasião, serão apresentados acabamentos, matérias-primas e recursos gráficospara campanhas promocionais. Ao todo, serãoexibidos na mostra 40trabalhosenvolvendomaterial promocional, embalagens,livros, catálogos, brochuras, direção de design e periódicos.

esse tipo de informação tem umvalormaior doqueoato de regatear com o fabricante. NosEstados Unidos,por exemplo, a Blockbuster, fechou neste ano uma parceria com uma indústria cinematográfica para a transferência dasinformações sobrevenda e aluguel de filmes, em tempo real. A indústria condicionou a produção ao volume vendido, aumentou a oferta dos títulosmais procurados, ven-

deu mais e não perdeu dinheiro com a emissão de títulos de menor procura. Restaurantes- Para os pequenosvarejistas,já existem tecnologiasque diminuem perdas, furtose desperdício, lembraa professora.Osistema desenvolvido para os restaurantes permite que o pedido coletado pelo garçom, por meiodeum pequeno handheld de mão, sem fio, chegue em tempo real à cozinha.Lá o prato já começa a ser preparado, o que diminui o tempo de espera, deixando o consumidor mais satisfeito. Ao mesmo tempo, a dispensa contabiliza aquantidadede alimentos disponível e o caixajáfaz umasomatóriaprévia do que está sendo consumido. "Não há perdas com os pedidos nãocontabilizados e comroubo demercadorias", diz a pesquisadora. NoBrasil, uma versãosimilar, porém simplificada e sem o hadheld sem fio, é usada por restaurantes como o América e o Almanara. Nos Estados Unidos e Japão, esses sistemas são comuns.

Tsuli Narimatsu

Soluções para toda a indústria e setor de serviços

Profissionaisda área de automaçãoindustrial estão reunidos,desdeontem, no 10º Congresso e Exposição Internacionalde Automação, Conai 2002. O evento segueatéodia 18dejulho,no Centro deExposições Imigrantes.

O congresso é realizado a cada dois anos pela Sociedadede UsuáriosdeInformártica e Telecomunicações -Sucesu-SP e pela Associação Brasileira da Indústria de Eletro Eletrônica (Abinee). Osorganizadores esperam receber 24 mil visitantes, entre empresários, profissionais, pesquisadores eusuários do setor. A última edição do evento contou com a presença de 21 mil pessoas.

Afeiraconta commaisde 75 estandes eumtotal de 100expositores. Serãoapresentados os principais lançamentos nos setoresde automação predial, residencial, de agricultura. Segmentos comomedicina eaindústria depapel ecelulosetambém serão contemplados. ( TN)

Clareza e foco no público alvo na hora de criar o site da empresa

Acriação de um site que apresente umaempresae seus produtos na Internet exigeconhecimentosde linguagem que ultrapassam as regras dedivulgação publicitáriae informática.Épreciso considerar detalhes como a clareza eadequaçãodas informações ao públicoalvo, além da necessidade de atualização das páginas.

O consultor de informática doServiço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Egnaldo Paulino, explicaque oempreendedor que deseja divulgarsua empresaouproduto na Internet precisa terbem claro que tipo dedivulgação quer fazer.

gráficos, exibindo com clareza informações básicas como endereçoe telefone", diz. Cui dados A hospedagem gratuitado site exigecuidados redobrados, jáque, num mesmo espaço, podem constar empresas do mesmo setor de atividade.

Ser viço: Print Show 2002 De 16 a 18 de julho World Trade Center Av. das Nações Unidas, 12551 5º andar

Informações: (11) 3675-6946 ser viço

O primeiropassoéescolher seu domínio, ou seja, o nome do sitepara a empresa ouproduto.A opção deve traduzir a sua atividade principal eo produto ou serviço que oferece.

Segundo EgnaldoPaulino, a página deve ser clara e objetiva, com a apresentação direta do produto e de suas características. "É preciso equilibrar a utilização de recursos

Outro aspecto importante é a manutenção do serviço. O site deveser atualizadosempre que houver alterações nos preços ou tipos de produtos oferecidos.

Ao contratar os serviços de criaçãode uma empresa especializada emsites, oempreendedor deve se assegurar de que poderácontarcom serviços de suporte e atualização. Segundo o consultor

doSebrae, existemempresas cobrando a partir de R$ 2 mil reais para elaborar um web site. A manutenção costuma ser cobrada à parte. Altos custos – Os preços podem atingircifras maiores deacordocom osobjetivos do empresário e o conteúdo das páginas.

Roger Tavares, consultor e professor da Faculdade Senac, informaqueexistem profissionais do setor que estipulam preços a partir de R$ 4 milpela elaboraçãodas páginas e seu conteúdo gráfico. "Oempreendedor deveestar seguro de que receberá apoio e serviços de manutenção e atualizaçãode seu site", explica Tavares. (PC)

HP fecha unidade de software

A empresa de computadorese impressorasHewlettPackard anunciou,ontem, que está encerrando as operaçõesde uma divisão de software comprada há um ano emeio porUS$ 470milhões. O objetivoseria ode concentrar os negócios no desenvolvimento de softwares para plataformasdegerenciamento de sistemas.

A HP, que vem perdendo dinheiro no segmento de software, disse em nota que vai se concentrar em áreas em

que tenhasucesso demercado e propriedade intelectual, comosuas ferramentasde adminstração de redes OpenView.

A empresa está acabando com três plataformas de middleware,usadas paraconectar redes entresi, incluindo a plataforma de aplicativos para servidoresBluestone,a Plataforma deServiçosWeb Netaction e o Registro de Serviços de Web. A segunda maior companhiadecomputadores do

mundo está se reestruturandodepoisdafusão coma Compaq Computer Corp., fechada emmaio,e afirmou que considera fazer mais cortesorçamentários sobreprodutos de middleware não lucrativos.

O fim da Bluestone já era esperadopelosanalistas do mercado nosúltimos meses. AHP tambémfortaleceusua parceria com a empresa de aplicativos deservidores independente BEA Systems Inc. (Reuters)

Lúcia: estoques passam a ser controlados de acordo com os volumes de venda dos
diferentes estabelecimentos

Riscos e precauções em contratos de gaveta

dos.

Com base emdeterminação legal, as instituições financeiras recusam-se em reconhecera validadedos "contratos de gaveta" firmados depoisde 1996.De acordo com a Lei 10.150, somente aqueles assinados até outubro de 1996 são admitidos. A operação,no entanto,continua sendousadacomfrequência por pessoas que querem realizar o sonho da casa própria. São os gaveteiros, ou seja, pessoas que compraram imóveis com prestações do financiamento ainda a pagar, cujo contrato com as instituições financeiras continua em nome do antigo dono.

Dos 2,5 milhões de contratos definanciamento habitacional existentesno País,1,5 milhão estãonas mãos de "gaveteiros". Os dados são da A ssociação Brasileira dos Mutuários da Habitação.

Lei – A resistênciados atuais"donos"dos imóveis em regularizar a situação tem explicação.A impossibilidade para financiar mais de um imóvelpelo Sistema Financeiro da Habitação, aumento dainformalidade, jáquesem comprovante derenda para apresentar às instituições fi-

nanceiras muitos sevêm forçados a adquirir imóveis de terceiros,e contratoscom cláusulas prevendo correções no saldo devedor no casos de transferência do bem.

Ocorre que para modificar o contrato, as instituições financeiras fazem nova análise de crédito e novos cálculos, o que leva a um aumento de até 30% novalor dasprestações. Comoninguém quer pagar mais, as regras inibem a transferência, que é feita após aquitação do imóvel.

Mais da metade dos contratos de financiamento de imóveis não estão formalmente registrados

"A maioria dos bancos nãofacilita a transferência nasmesmas condições do contrato anterior", diza diretora da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação, em São Paulo.

A situação é um tanto insólita.Se deumlado osbancos insistem em não reconhecer a operação, do outro o Judiciário vem se manifestando a favordoscompradores. Para que a operaçãoseja reconhecida pela Justiça, no entanto, aelaboração doscontratos deve sercercada de cuida-

Dicas – A entidade está elaborando aterceira ediçãoda cartilha comorientações para aqueles que pretendem adquirir ou vender imóveis com contratos de gaveta. O material estará disponível nas próximassemanas no site www.abmh.org. Para aqueles que pretendem vender, a recomendação é exigir do comprador garantias para opagamento da dívida.Além disso,é bomcertificar-se da sua idoneidade. Casoo gaveteiro nãopague as prestações,o titular do financiamento corre o risco de tero nome incluído no cadastro de inadimplentes. O contrato deve possuir cláusulasisentandoo vendedor da responsabilidade por atraso nas prestações. Já o comprador deve exigir do titular uma procuração pública, registradaem cartório,conferindo-lhe poderes paratransferire atévendero imóvel.

J u s t i ça Uma das decisões recentes da Justiça reconhe-

cendoos contratosdegaveta aconteceu em fevereiro deste ano. O Tribunal Regional Federal da 2ª Região determinou quea CaixaEconômica Federal reconhecesse os contratos "de gaveta" de venda de imóveisfinanciados. A decisão foi dada em favor de Marlene Prado Freitas, proprietáriade umapartamentoem Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Ela enfrentava dificuldades para pagar o financiamento.Comoo contrato com a Caixa foi feito pelo antigo donodo imóvel,a instituição não reconhecia seu direito à renegociação. Em1999, o Superior Tribunal de Justiça reconheceu a validade dos contratos de gavetamesmo apósfalecimento do vendedor. O entendimento foi da Terceira Turma do STJ .

O caso é controverso e o advogado especialista em Direito Imobiliário,MiltonZlotnik, considera o risco dos contratos degavetaaltodemais. Ele recomenda que se sigaa lei."A transferênciade titularidadeainda éamelhor opção", diz.

Sílvia Pimentel

Saque do saldo do FGTS é facilitado

Medida Provisória que desburocratiza os procedimentospara saquesdasperdas do FGTS, que estão sendo pagas pelaCaixa Econômica Federal, foi publicada hoje no Diário Oficial da União .A MP estabelece que o trabalhador que tiver direito de sacar até R$100 poderá retirar o seu dinheiro em qualquer agênciada CaixaEconômica Federal,com apresentação apenas dos números do PIS e da Carteira de Identidade. Benefício – Segundo cálculosdo governo, aMedida Provisória beneficiará 34 milhões de pessoas, o que representa74% dototal detrabalhadores que têm direito à reposição das perdas do Fundo deGarantia por Tempode Serviço referentesaos Planos

Projeto

Verão e Collor. Aprovidênciafoi tomada depois de vários transtornos enfrentados pelos trabalhadores para receber o pagamento da correçãodo FGTS. Houve quem passasse mais de seishoras numafila deespera para tentar receberseu dinheiro.

Imediato – Só tem direito aosaque imediato quem foi demitido sem justacausa no período coberto pela correção, osherdeirosdosque morreram, os que se aposentaram,aqueles queusaramo FGTSpara comprar acasa própria, e osque são doentes ou possuem dependentes comcâncer ouAids. Nocaso mais simples, da demissão sem justacausa, otrabalhador precisa ir a uma das agên-

aumenta pena em fraude na previdência

Aprovado pelo Senado, seguiu paraa CâmaradosDeputadosprojetode leideautoria dosenadorAntonio Carlos Júnior (PFL-BA) que altera o Código Penal Brasileiro, para punir com mais rigor os crimescometidos por maus administradores das entidades fechadas de previdênciacomplementar. Essas entidades atualmente movimentam cerca de R$ 128 bilhões por ano, o equivalente a 12%do ProdutoInterno Bruto do País.

Segundo o senador, além de movimentar tanto dinheiro, as 360entidades fechadas deprevidência "seconstituíram emverdadeiraspotências econômicas”. E muitos

escândalos financeiros env olvem seus dirigentes,ge-

IOB RESPONDE

1) Que requisitos devem ser cumpridos pelas empresas prestadoras de serviços de alimentação coletiva que pretenderem credenciar-se no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT)?

As pessoas jurídicas que pretenderem credenciar-se como fornecedoras ou prestadoras de serviços de alimentação coletiva deverão requerer seu registro no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), mediante preenchimento de formulário próprio oficial, aprovado pela Portaria MTbE nº 1.963, de 30.11.99.

Compete às empresas prestadoras de serviços de alimentação coletiva cumprir as seguintes obrigações (art. 12 da Portaria MTb nº 87/97, com as alterações da Portaria MTbE nº 1.963, de 30.11.99):

a) garantir que os restaurantes ou estabelecimentos comerciais por elas credenciados se situem nas imediações do local de trabalho;

b) garantir que os documentos de legitimação para a aquisição de refeições ou gêneros alimentícios sejam diferenciados e regularmente aceitos pelos estabelecimentos credenciados, de acordo com a finalidade expressa no documento;

c) reembolsar, ao estabelecimento comercial credenciado os valores dos documentos de legitimação, mediante depósito na conta bancária em nome da empresa do credenciado, expressamente indicada para esse fim;

d) cancelar o credenciamento dos estabelecimentos comerciais que não cumprirem as exigências sanitárias e nutricionais e, ainda, que por ação ou omissão concorrerem para o desvirtuamento do Programa, através do uso indevido dos documentos de legitimação ou outras práticas irregulares, tais como:

d.1) a troca do documento por dinheiro em espécie ou por mercadorias, serviços ou produtos não compreendidos na finalidade do Programa; d.2) a exigência de qualquer tipo de ágio ou a imposição de descontos sobre o valor do documento de legitimação; d.3) o uso dos documentos de legitimação que lhes forem apresentados para qualquer outro fim que não o de reembolso direto pela prestadora do serviço, emissora do documento, vedada a utilização de quaisquer intermediários.

2) Sócios de empresa tributada com base no lucro presumido querem abrir uma nova empresa para atuar no ramo de lavanderia. Essa nova empresa pode optar pelo Simples? Caso possa, há impedimento à participação dos sócios da empresa tributada com base no lucro presumido no capital social da empresa a ser constituída?

rando graves perdas para os investidores.

"A façanha do enriquecimento súbito atinge desde as áreas estratégicas como as diretorias deinvestimentos até os escalõesmais altosdas entidadesdeprevidência complementar.Percebe-se também que essasentidades têm sido administradas com muita negligência, não se preocupando seus dirigentes com os prejuízos".

As mudanças sugeridas pelo senador para o Código Penal estabelecempenas dereclusão decinco a oitoanos e multa para oadministrador dos fundos deprevidência complementar que obtiver vantagem ilícita, para si ou para outrem, emprejuízo da entidade. (Ag. Senado)

cias daCaixaouaospostos montados para atender aos trabalhadorescom acarteira de trabalhoe termoda rescisão do trabalho da época. Até R$1 mil – Amanhã a Caixa abre suas agênciasaos trabalhadores com direito ao recebimento imediato dos créditos de até R$ 1 mil. Espera-se que omovimento ea confusãoaumentem. Ohorário de funcionamento de cada uma920 agênciasque atenderãoaos quetêmdireito ao saque vai variar de acordocom a sua localização. A lista das agências e do horário de funcionamento está sendo divulgada pelainternet,no endereço www.fgts.caixa.gov.br ou www.caixa.gov.br. Trabalhadores com saldo mais alto a receber

terão deaguardar mais,e receberão seu dinheiro em parcelas.

Sábados suspensos – O esforço está sendo feito no sentido de reduzir a espera nas filas da CEF, mas o banco não está pronto paraencarar as novidades decretadas pelo governo.Ontem,a Caixa Econômica Federal anunciouque vaisuspender,temporariamente,o atendimentoaossábados parapagamento do saldo do FGTS. Segundo a CEF, a suspensão do serviço seránecessária para fazer as adaptações operacionais paraatender à medida provisória,quefacilita opagamentoparaquem tematé R$ 100 areceber. ACaixa já não atende no próximo sábado. (Agências)

Comerciante preso por estelionato perde no STJ

O presidentedo Superior Tribunalde Justiça,ministro Nilson Naves,não aceitou a reclamaçãode um comerciante contra umainvasão em seuestabelecimento ordenada por um juíz. O ministronegoua liminaremmandado de segurança impetrado pela defesa do comercianteBrasiliano Santana Dean contra decisãodojuizda6ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte/MG, que indeferiu liminarmentetodos ospedidos deprovidênciade Brasiliano.“Diante da manifesta incompetênciado SuperiorTribunal deJustiça para processar ejulgar originariamente este mandamus, nego-lhe seguimento”, afirmou o presidente do STJ.

Apreensão– Em 10 de feve-

reiro de 2000,Brasiliano Dean teve sua loja, localizada no centro de Belo Horizonte, invadidapelapolícia da 2ª Delegacia Seccional de Polícia Metropolitana/Sule toda sua mercadoria apreendida. Anteriormente, no dia 1º de fevereiro de 2000, BrasilianoDeanforapreso em flagrante acusado de estelionato e outras fraudes.

A defesa do comerciante entrou comváriospedidos para arestituição detoda a mercadoria, todos indeferidos. Seu pedido de liminar em mandadodesegurança, noSTJ,para determinar a restituição de todos osbens apreendidos noinquérito policial ou“ovalorequivalente" também foi negado pelo ministro. (STJ)

Não há vedação à opção pelo Simples de pessoa jurídica que atua no ramo de lavanderia. Contudo, aopção pelo sistema ficará prejudicada caso o titular ou sócio participe com mais de 10% do capital de outra empresa, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 1.200.000,00 (inciso IX do art. 20 da Instrução Normativa do SRF nº 34/2001). Situações possíveis: ParticipaçãodeReceitabrutaSituações titularousócioglobaldaspossíveis deempresaempresas(vedaçãoà enquadradanoopção/exclusão Simplesemoutraoumanutenção pessoajurídicadoSimples) superiora10%superioravedaçãoà R$1.200.000,00opção/exclusão dosistema igualousuperioramanutençãodo inferiora10%R$1.200.000,00sistema igualouigualoumanutençãodo inferiora10%inferiorasistema

R$1.200.000,00 superioraigualoumanutençãodo 10%inferiorasistema

R$1.200.000,00

3) Empresa tributada com base no lucro real que contrata seguros contra incêndio para a sede da empresa e pagou o prêmio àvista pode contabilizar o desembolso integralmente como despesa na data do pagamento? Não. O valor pago deverá ser apropriado pelo período de vigência da apólice de seguro.

Exemplo: Consideremos que o seguro fosse contratado nas seguintes condições: a) prêmio total: R$ 6.000,00, pago a vista em 1º.08.2002; b) prazo de vigência: 12 meses (de 1 º .08.2002 a 31.07.2003);

c) importância segurada: R$ 50.000,00. O registro contábil dessa operação seria assim efetuado:

I - no pagamento do prêmio de seguro (agosto/2002)

D - Prêmios de seguros a apropriar (AC)

C - Caixa ou Bancos Conta Movimento (AC) 6.000,00

II - Apropriação da despesa mensal (de agosto/2002 até julho/2003)

D - Prêmios de seguros (CR)

C - Prêmios de seguros a apropriar (AC) 500,00

AC = Ativo Circulante.

CR = Conta de Resultado.

Assinaturas: 0800 707 22

As armadilhas do marketing por e-mail

Segredo é apostar em listas de e-mails elaboradas exatamente de acordo com perfil do público que se deseja atingir.

A Coca-Colaenvia, semanalmente, um e-mail para algunsdos seusconsumidores com informações sobre a programação noturna da cidade. A Tintas MC, rede com 26 lojas no estado de São Paulo,remete uma mensagem à caixapostal eletrônica de seusclientessempreque há promoção ou novidades nas lojas.As duasfazem parteda seleta gama de empresas que usam o correio eletrônico para fazer propaganda no Brasil."Éumaformade fazer com que as pessoas lembrem da empresa, mas ainda não dá retorno financeiro", diz a gerentede marketingdaTintas MC, Cristiane Castilho Sá. Comooutras dezenasdegerentes demarketing decompanhias brasileiras, Cristiane tem dúvidas sobre os efeitos da ferramenta. "Algumas pessoas, por exemplo, pedem para que tiremos o e-mail delas da lista", revela.

Até mesmo as agências que trabalham com comunicação on-linereconhecem que oe-mailmarketing, comoé chamada apublicidade via correio eletrônico, pode se revelar um tiropelaculatra.

"Sempre tem uma ou outra pessoa não vai gostar de receber",dizo diretor geral da agênciaLoduca Virtual(LV), André França.

Cuidados - Os profissionais da árearecomendam alguns critérios paraque a ferramentanão provoque aira do consumidor, que terá sua caixa de e-mails lotada, ao invés de atraí-lo.

"Omailing(lista dedestinatários) deve vir de fichas de cadastropreenchidas no site da empresa ou na própria loja, com autorização de envio do consumidor",recomenda a diretora comercial da agência Projeto Internet, Sandra Vignoli. Há empresas que compram mailings de terceiros, já contendo o perfildo público que pode ter interesse no produtoou nainformação.Um mailing de um site de animais deestimação, por exemplo, pode serum bomcanal para falarde umanova raçãopara cachorros. Nesse caso, há maior probabilidade de que a mensagem cause interesse no destinatárioe nãodesgosto. "É preciso ter um filtro elabo-

rado", diz França. Quem vai enviaro e- mail, quando o mailing é contratadode terceiros, éo site que detém a lista, ao qual o cliente autorizou o envio. "Quem toma as dores, se o destinatário nãogostar,éos ite dono da lista", lembrao diretor comercial da L-V. Sem critérios - Os maiores problemas ocorrem quando as listas de e-mails sãocompradas aleatoriamente,sem levar em conta o perfil do público e a autorização. "Quando uma empresa

compraum mailing de qualquer pessoa, a baixo custo, com um monte de e-mails sem critério deseleção,terá mais inconvenientesdoque benefícios", diz França.

A experiência da L-V aponta queo nível deretorno, entre os e- mailsabertos por consumidores, éde3%. O percentual é medido pelo número de usuários que se dirigiram ao site da empresa após receber a mensagem.

A maioria das empresas não possuem ferramenta para medir o número de pessoas

Tintas MC usa endereços de seu site para falar com clientes

A Tintas MC, empresa paulistacom 26lojasde tintasno estadodeSãoPaulo,usa oemail como meio de propaganda há aproximadamente seis meses.A gerente demarketing da rede de lojas, Cristiane CastilhosSá, dizqueaferramenta tem dado resultado comocanalde comunicação com os consumidores, mesmo que ainda não tenha apresenta resultados concretos na contabilidade da empresa. "Servepara aspessoaslembraremdaempresa,das nos-

Portugal Telecom terá sua participação no UOL ampliada

APortugal Telecom deve aumentar sua participação noUniverso Online(UOL), maior provedor de acesso pago à Internet do país. A medida seria consequência de uma negociação que extinguiu a Idealyze,empresa deinvestimentos emportais emque o grupo português era sócio do Grupo Abril.

O diretor-presidente da Portugal Telecom no Brasil, Eduardo Correia deMatos, afirmou, ontem, que o acordocoma Abrilfoiconcluído

noinício doano. "Saímosda Idealyze, onde já tínhamos investidoR$ 30milhões etemos a opção de aumentar a participação no UOL", disse.

A Portugal Telecom comprou, em dezembrode 2000, poucomais de30% naIdealyze por US$ 15 milhões

Depois de ter desenvolvido doisportais soboguardachuva da Idealyze --o Paralela (para o público feminino) e o TCINet (sobre tecnologia), o grupo Abril decidiu apostar todasas fichasnaAbril.com,

que reorganiza oconteúdo dasrevistasda editoraparao público de Internet.

A Abril é sócia do UOL e é parte dessa participação que será repassada à Portugal Telecom. Matos disse ainda que oaumento departicipação noUOL serápequenoe que nãodeve mudaraconfiguração de controlesocietário do provedor.

A Portugal Telecom detém hoje cerca de 18% do UOL, controlado pelos grupos Folha e Abril. (Reuters)

que vão até a empresa fazer umacompra ouusar oserviço, após a divulgação on-line. NosEstados Unidos,ondeo uso doe-mail marketingestá mais consolidado, as companhias vêm divulgando retornos. Estudosdo setor mostram que, entre as empresas americanasque usaramo email comoformadepropaganda no ano passado, 65% conseguiramaumentar as vendas. No Brasil, as grandes companhias estãocomeçandoadespertar paraousoda ferramenta. A diretorada ProjetoInternet conta oresultado de uma oferta de cartões de Natal on-line que enviou para 200 endereços. "Fe-

chei negóciocom 80", diz Sandra.

Visual - Otratamento dado ao conteúdo informativo e visual à mensagem que será enviada também é importante no e-mail marketing, de acordocom osprofissionais da área.

"Amensagemé umanúncio e precisa ser tratada como publicidade em todos os sentidos", lembra França.

"Não adianta apenas ser colorido e abusar dos recursos. Na Internet, você precisa passar a imagem de uma empresa fina", diz Sandra,da Projeto Internet.

Isaura Daniel

A decisão de fazer propaganda na Internet

sas promoções", diz Cristiane. A Tintas MC, na verdade, não possuium canalpara medir quantosclientes vãoaté a loja após receber a mensagem eletrônica. Os endereços de correio eletrônico foram todos coletados no cadastro que a rede disponibiliza no seu próprio site. "Não compramos mailing", dizCristiane. As mensagens da empresa são criadaspelaagência Projeto Internet,com cuidadopara que sejam sempre animadas e despertem interesse. (ID)

NOTAS

Livros usados já têm vendas on line

Os sebos americanosjá estãohabituadosao e-commerce. Entre os livros comercializados deformaon-line nosEstadosUnidos,a estimativa é de que15% sejam usados.

A Amazon, gigantemundial dacomercialização pela Internet, é uma das que vende publicações de segunda mão, além de livros novos, na rede. Para quem trabalha com livros novos no país, as vendas on-line porenquanto representam apenas 10%.

Uma das dúvidas que rondam o departamento de marketing de uma empresana hora de fazer propaganda é o usoda Internet. Vale a pena anunciar em sites? A resposta não é tão simples. "Vale muito a pena se você procura um nicho específico de consumidores",dizo diretorgeralda Loduca Virtual (L-V), André França.

A maioria dos sites são segmentados e por isso podem facilitar o contato com determinado perfil de clientes. "Se vocêquer falarapenas com adolescentes, podeanunciar num site voltado para esse público", diz a gerente comercial da agência Projeto

Jogo com recursos sonoros para cegos

A ZForm, uma pequena empresaamericana, criou um jogo de pôquer virtual paracegos. Afabricantetem intenção de ampliar o número de opções de jogos de videogame para os deficientes visuaise programa o lançamento do Quake.

Dicas sonorastraduzem tudo oque estáacontecendo natela. Umdeterminadoassobio, por exemplo, indica que um inimigose aproxima pelo lado esquerdo do personagem do jogo.

Internet,Sandra Vignoli.De acordo com Sandra,o anúncioem portaispode ficaraté três vezes mais barato se comparado aos meios de comunicação impressos. A vantagens do meio on-line, segundo França, é que a empresa pode ir além da publicidade, fornecendo caminhos para a entradanosite eenviodeperguntas.Épreciso levaremconta seo produto ou oserviço é voltado paraas classes Ae B. "É o público que tem acesso à Internetno Brasil",dizFrança.Se aintenção, porém,for abranger um grande número depessoas,o melhor caminho ainda é o meio impresso. (ID)

Feira com inovações de design em SP

Será aberta, no próximo dia 23,no Pavilhãode Exposições da Bienal, em São Paulo, a segunda edição do DDW ou DigitalDesignWorld.O evento reúne empresas como IBM, HP, Samsung, Corel e Adobe. Aotodo,serão mais de50 palestrasenvolvendo tecnologi digital, como softwares para o desenvolvimento de projetos gráficos, arquitetônicos e industrais.

ODDWsegue atéopróximo dia 25 de julho.

Cristiane Castilho: ferramenta é estratégica para promover a marca da empresa, mesmo sem retorno financeiro
Célio Jr/Digna
Imagem
E-mail da Tintas MC traz informações como os descontos nos preços

Tribunal livra usuários do Speedy da obrigação de contratar provedor

O juiz da 36ª Vara Cível do ForoCentralde São Paulo, Newton de Oliveira Neves, concedeuliminar contraa Telefônicano casoSpeedy,o serviço de conexãode banda larga para internet. A empresaexige acontratação deum provedor adicional para o usodo serviço.A liminarbeneficia os associadosdo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec).

Na decisão, o juiz destaca que a exigência de um provedor adicional prejudica o consumidor. "A necessidade de um provedor de acesso não existepara essafinalidade, circunstância essa que demonstra queo consumidor, na utilização de um mesmo serviço (acesso àinternet) efetua pagamentoem duplicidade".

A Telefônicatem20dias paracumprir oquedetermina a liminar. Em cada caso de descumprimento, a empresa estará sujeitaa multa diária no valor correspondente a 10 salários mínimos. O advogadodo Idec,Sami Storch,diz que oCódigodeDefesado Consumidor proíbe avenda casada. "Tal conduta é definida como crime contraa or-

demeconômica e contraas relações de consumo".

O acesso à rede mundial se dá pela simples operação do Speedy e, nessas condições, o provedor arrecada as assinaturas sem qualquer prestação de serviço ao usuário. Coma decisão,osassociados do Instituto Brasileiro de Defesado Consumidor (Idec) poderão usar o Speedy - conexãoem altavelocidade - da Telefônica sem a necessidade de contratarum provedor de Internet. Para facilitar o cumprimento da liminar, o Idecenviará àTelefônica umalista comtodos osassociados queutilizam oSpeedy outiveramo acessoaoserviço bloqueado pela falta de provedor. E,paratanto,os associadosdevem enviarum e-mail para oInstituto, no endereço eletrônico: atendimento@idec.org.br.

Quem pagou provedor parateracesso àInternetpor meio do Speedy pode receber esses valores em dobro pelo período em que arcaram com a despesa, afirma Sami Storch. "Isso não consta da liminar,mas será discutido posteriormente, pois faz parte da ação." (Agências)

Na prática TST antecipa a súmula vinculante

No Tribunal Superior do Trabalho, não sóas Súmulas auxiliamo trabalhodos ministrosno julgamento de mais decemmilprocessos por ano. De uns anos pra cá, a adoção das Orientações Jurisprudenciais temservido para filtrar a subida desenfreada de recursos à instância superior da Justiça do Trabalho. Enquanto asSúmulas –também chamadas Enunciados, representama jurisprudência cristalizada do TST, as OJs indicam apenas uma tendência dajurisprudência.

Mas apesardisso asOJs têm maioraceitação queasSúmulas e hoje já são em maior número: 411 contra 363 Súmulas.

Filtro – “A ediçãodeSúmulas caiuapartirdaimplantação das OJs, que são mais fáceis de aprovar e cumprem praticamente o mesmo papel dos enunciados – filtrar a subida de recursos ao Tribunal Superior do Trabalho”, diz o presidente da Corte, ministro FranciscoFausto.TantoSúmulas quanto OJs surgem a partir de decisões reiteradas arespeitode um tema. Se um Tribunal Regional do Trabalhojulga de acordo com umaSúmula ou OJ, orecurso derevista nãoé admitido para modificar aquela decisão. É uma espécie de súmulavinculante,como a que se quer implantar na reforma do Judiciário. (TST)

falências & concordatas

O prazo do Simples Paulista foi prorrogado

A Secretaria Estadual da Fazenda prorrogouparao dia 31 de julho o prazo de entregada DeclaraçãodoSimples Paulista, relativa aos exercíciosde 1999a 2000.O novo prazodevencimento estáestabelecido naportaria 53,publicadana sexta-feira no Diário Oficial do Estado Segundo a consultora tributária da IOB Thomson, Cíntia Ladoani, oFisco decidiu esticar o prazo, vencido inicialmente em 30 de junho, por causadasdificuldades que os contribuintesencontraram para transmitir os documentos pela Internet, devido aproblemas nopróprio sistema daSecretariadaFazenda.

Eletrônico– Para entregar as declarações em atraso, mi-

croempresas eempresasde pequeno porte enquadradas noregimeSimples devem baixar o programa através do site (www.pfe.fazenda.gov.br).

A prorrogação refere-se à entrega dasdeclarações do Simples relativas aosanos de1999 e 2000. As empresasque não entregaram a declaração do ano passado (2001), cujo vencimento foi dia 30 de abril,continuam correndoo risco de ser excluídas do regime especial de tributação. Pelalegislação, umadascondiçõesimpostas paraapermanência no regime é a entrega pontual.

Das420 mil empresas optantespelo SimplesPaulista, cercade100não haviam prestado suas contas até o últimodia dovencimento.Estima-se que a maioria delas já esteja inativa.

Apenas 100, das 420.000 empresas enquadradas no Simples Paulista, estão com as contas em atraso

Para as empresas nessa situação, mesmo aquelas inativas, a recomendação dos consultores é procurar o Posto Fiscal da Secretaria Estadual da Fazenda,explicar osmotivos do atraso etentar entregar o documento mesmo fora do prazo. Pelomenos por enquanto, não há qualquer sinalização de que o Fisco considere uma nova dataparaa entrega dadeclaraçãorelati-

Tratado internacional acerca do tabaco ainda não é consensual

Depoisde maisdedois anosde negociações,está pronta aprimeira versão do tratado internacionalque irá controlar ouso dotabaco no mundo. O texto será distribuído hoje,em Genebra,para mais de 180governos. O Brasil é o país responsável pela negociação e redação do acordo. A comunidade internacional terápouco mais de seis meses para fazer mudanças no texto e, em fevereiro de 2003, as discussões devem estar concluídas.

Dependência – Apesar da constatação científicade que o cigarro causa doenças e pode matar,as negociaçõessobre umplano decontrole do tabaco não estão sendo fáceis. O problema é que 33 milhões de pessoas trabalhamno setor e algumasregiões dependem do fumo para sobreviver economicamente. No Zimbábue, por exemplo, 60% da renda das exportações é gerada pela venda do fumo. Diantedosinteresses conflitantes, a convenção corre o riscodenão ser exatamente

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 12 de julho de 2002, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:

Requerente: Nemer Mármores Granitos S/A – Requerido: Social Comércio Mármores e Granitos Ltda. – Rua da Mooca, 4230 – 26ª Vara Cível

Requerente: Marroh Confecções Ltda. – Requerida: Verdemania Presentes e Artigos Esportivos Ltda. – Rua Bom Bastor, 2023 – 17ª Vara Cível

Requerente:Luminar Tintas e Vernizes Ltda. – Requerido: Italgraf Serviços Gráficos Ltda. – Pça. Santo Anastácio, 93 – 09ª Vara Cível

Requerente: Indústria Mecânica Testa Ltda. – Requerido: Confacon Construtores Fabricantes Consultores Ltda. – Rua do Acre, 333 – 22ª Vara Cível

Requerente: Habergraf Comercial de Produtos Gráficos Ltda. – Requerida: Promocional Gráfica e Editora Ltda.– Rua Marambaia, 188 – 15ª Vara Cível

Requerente: Frefer S/A Ind. e Comércio de Ferro e Aço – Requerido: Noroeste Produtos Siderúrgicos Ltda. – Rua da Gávea, 597 – 09ª Vara Cível

Requerente: Usina Fortaleza Ind. e Comércio de Massa Fina Ltda. – Requerida: Ednea Regina de Lima – Rua do Oratório, 1079 –36ª VaraCível

Requerente: Intermed Equipamento Médico Hospitalar Ltda. –Requerido: Digimax Equipamentos e Materiais OdontoMédico Hospitalares Ltda. –

Av. Direitos Humanos, 590 – 11ª Vara Cível

Requerente: Junco Gráfica e Editora Ltda. – Requerido: M R de Arruda-ME – Rua Alves de Faria, 64 – 05ª Vara Cível

Requerente: Intermed Equipamento Médico Hospitalar Ltda. –Requerida: Cirucam Medical Center UE Comercial Home Care – Rua Borges Lagoa, 816 – 21ª Vara Cível

Requerente: Intermed Equipamento Médico Hospitalar Ltda. – Requerido: Serv. Hosp. Manutenção de Equip. Médico Hospitalar Ltda. – Rua Carlos da Cunha Mattos, 174 – 08ª Vara Cível

Requerente: Skinflex Tintas e Produtos Químicos Ltda. – Requerida: Cemsa - Construções e Montagens S/A – Rua São Benedito, 1924 – 30ª Vara Cível

Requerente: Flytour Agência de Viagens e Turismo Ltda. – Requerido: Top Travel Viagens e Turismo Ltda. – Rua Clodomiro Amazonas, 1158 Lj 56/57 – 20ª Vara Cível

Requerente: TRC Metalvários Andaimes Escoras e Formas Ltda. – Requerido: Simão Empreendimentos Imobiliários Ltda. –Av. República do Líbano, 584 –08ª VaraCível

Requerente: Sérgio Antonio Ramalho – Requerido: Consid Construções Pré-fabricadas Ltda. – Rua Piemonteses, 207 – 28ª Vara Cível

Requerente: Art Manha Publicidade e Marketing Ltda. – Requerido: Styllo Automóveis Ltda. Rua Costa Barros, 375 – 18ª Vara Cível

Requerente: Hikari Ind. e Comércio Ltda. – Requerido: Mercadinho Bom Demais Ltda. – Rua Planalto dos Acantilados, 204 – 36ª Vara Cível

Requerente: Hikari Ind. e Comércio Ltda. – Requerido: Mercadinho Mac Ltda-ME – Estrada do Alvarenga, 3475 – 14ª Vara Cível

Requerente: Sansung Eletrônica da Amazônia Ltda. – Requerida: Microtec Sistemas Indústria e Comércio S/A – Av. do Cave, 277 – Torre B - 4º andar Vila Guarani – 02ª Vara Cível

Requerente: Inepar S/A Ind. e Construções – Requerido: Renicon Engenharia e Comércio Ltda. – Rua Ministro Roberto Cardoso Alves, 1048 – 02ª Vara Cível

Requerente: Sodexho Pass do Brasil Serviços e Comércio Ltda. –Requerido: Flamingo Táxi Aéreo Ltda – Av. Jurandir, s/nº –32ª Vara Cível

Requerente: Servimed Comercial

Ltda. – Requerida: Drogaria Bella Ltda-ME – Rua Nova Timboteua, 69 – 19ª Vara Cível

Requerente: Servimed Comercial Ltda. – Requerida: Maria Lúcia dos Santos Silva Drogaria-ME – Av.Tenente Lauro Sodré, 1201 – 31ª Vara Cível

comoosgruposque defendem o controle do tabaco gostariam.Os negociadores argumentam que caso seja adotadoum texto que exija controlesrígidos por parte dos governos,existiráa ameaça de que os países simplesmente serecusem aassinar o documento.

Controle de publicidade –O acordo prevê, por exemplo,que apropagandasobre cigarros seja controlada. Já as organizações não-governamentais propõemque oscomerciais sejam totalmente banidos. O que impediu a inclusão deste item no texto é a barreira constitucional que alguns países têm, entre eles o Brasil, para que a propaganda de um produto legal seja considerada ilegal.

O patrocínio de eventos esportivos por empresas de cigarro também deverá ser controlado, embora o documento reconheça a necessidade de umperíodo de transição para que os organizadores das competições busquem outros patrocinadores.

Impostos – Outro ponto polêmico refere-seà taxação docigarro.O tratadodizque os países devem tomar medidas econômicas para incentivararedução dofumo.Uma daspropostas éo aumento

dos impostos sobreos cigarros. Segundoestudos daOrganizaçãoMundial daSaúde (OMS), um aumento de 10% nas taxas sobre o produto geraria uma queda de 4% no consumodo cigarronospaíses desenvolvidos e de 8% nos paísesem desenvolvimento. Já as empresas produtoras de cigarro alegam que, caso os impostos aumentem, não será o consumo que diminuirá, mas o contrabandoque aumentará.

Agricultura – Apesar de presidir as negociações, o Brasiltambém sofreaoposição desetores domésticosno queserefere aoacordo.Durante asnegociações, oagricultores enviaram cartas ao Itamaraty pedindo quea situaçãodo setor fosselevada em conta. Segundo os produtores de fumo, um acordo como o que está sendo discutido poderia gerargraves danosà economiade algunsestados noSul doPaís, jáque a região é responsável pela maiorexportação de fumo nomundo. Aquestão édelicada. Envolveeconomia e também direitos individuais, alémda saúdepropriamente dita. Os diplomatas argumentamque não se tratade uma convenção para proibir o cigarro, mas para controlar o uso do tabaco. (AE)

vaao anopassado.Mesmo porque já houve mudança do prazo final este ano. Simples – Podem optar pelo Simples as micro empresas com faturamento anualde até R$120 mil eas empresas depequeno porte,comfaturamento entre R$ 720 mil a R$ 1,2 milhão. Ao ingressar nosistema, em vez de pagarem aalíquota deaté 25%de ICMS, as empresas são tributadascom alíquotasquevariam entre 2,15% a 3,10% sobre ofaturamento. Asmicro empresas são isentas nas operações de venda e saída de mercadoria.Elas sópagamo impostoestadual nasaquisições de mercadorias em outros Estados.

Mantida prisão de advogado acusado de fraude

O presidentedo Superior Tribunalde Justiça,ministro Nilson Naves, mantevea decretação de prisão preventiva contra oadvogado Ezio Rahal Mellilodeterminada pela JustiçaFederaldeSão Paulo. A Procuradoria Regional da República naquele estado pediua prisãodo advogado dianteda apreensão de carteiras de trabalho adulteradas, rasuradas e em branco utilizadasparafraudara previdênciasocial. Jáéo segundo habeas-corpusem favor do advogadoque tem liminar indeferida pelo STJ. Vítimas – Segundo aProcuradoria, diante doo material apreendidono escritório do advogado, depreende-se a existência do crime. As vítimas, ouvidas duranteas diligências paraainstrução do processo, são pessoas humildes, deidade avançada e de instrução formal precária, que contrataram os serviços dos advogados. De acordo com aProcuradoria, ficou demonstrado durante asinvestigações que muitos beneficiários estariam sendo instruídos a sustentar vínculosempregatícios inexistentes, além de estaremsendo“maltratados e ameaçados” pelos acusados. Opresidente NilsonNaves indeferiu o pedido. (STJ)

Pimentel

Desconfiança derruba mercados no mundo

Bolsas sofrem fortes perdas com o receio dos investidores de novos escândalos envolvendo balanços de empresas

A crise de confiança que atinge o mercado de ações nos Estados Unidos afetou as principaisbolsas mundiais ontem, provocando baixa generalizada. A Bovespa não escapouaomovimentoe recuou 3,04%. Jáodólarcomercial subiu 1,49%.

Os investidores internacionais temem novosescândalos debalanços deempresas. Até sexta-feira devem ser

divulgados os números de 70 grandes corporações, entre as quais as gigantes Intel, Motorola e Nokia. A Bolsa de Nova York aindaconseguiu reverter partedasperdas: o Dow Jonesfechouembaixa de 0,52%ea Nasdaqsubiu 0,63%, mas osmercados europeus amargaram forte prejuízo. A Bolsa de Londres caiu 5,44%. Asações da Shell caíram8%, emmeio ainfor-

mes de supostas irregularidadescontábeis, que podem chegar a US$ 8 bilhões. A Bolsa deParis recuou5,40% ea de Frankfurt, 5,28%.

O presidente dosEUA, George W. Bush, chegou a fazer um discurso ressaltando a força da economia americana. No entanto, a crise de desconfiança levou o euro a atingir paridade com o dólar.

O presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti,ressaltou que osgovernosdo primeiro mundo precisam entender que os erros cometidos podem gerar repercussões" incalculáveis". Segundoele,a calma só retornará se a sociedade acreditar que os governos vão agir. Páginas 4 e 10

Turismo pode reduzir desigualdade

O ministrodo Esportee Turismo,CaioLuiz de Carvalho,dissequeo turismo poderá ser o grande instrumento para reduzir as desigualdades regionais e sociais no Brasil. Em reunião ocorrida ontem na Associação Comercial,o ministro destacou que, enquanto são precisos R$ 700 mil na indústria automobilística para gerarum emprego direto, no turismobastam R$45 mil. O presidente daentidade, Alencar Burti, ressaltou na ocasião a importância econômica do turismo para o desenvolvimentoda pequena empresa.

Garotinho diz que crescimento deve se seguir à estabilidade

Ocandidatodo PSBàPresidênciada República, AnthonyGarotinho,disse ontem que a estabilidade obtida pelo atual governo é positiva, mas precisaser seguida pelo crescimento sustentado.Garotinho falouna Federação das Indústrias do Estado de SãoPaulo(Fiesp)para empresários de diversos setores daeconomia. AlencarBurti, presidente da Associação Comercial de São Paulo, presente ao evento, elogiou a iniciativa da Fiespem ouvir todos os candidatos, lembrando que é importante abrir esse diálogo,paraque ovoto possa ser cada vez mais consciente e valorizado. Página 3

Quer falar com 20.000 empresários de uma só vez?

Estado de emergência no Paraguai

Opresidente doParaguai, Luiz González Macchi, decretou estado de emergência nopaís,na tentativadeconterasmanifestaçõesque pedemsua renúnciae quepartem de partidários do general dareserva Lino CésarOvie-

Simples estadual pode ser entregue até o dia 31 de julho

O prazo do Simples paulistafoiprorrogado até 31de julho, devido afalhas no sistemadaReceita,e valepara declarações referentesaos anos de 1999 e2000. Quem não entregou a declaração referente a2001correorisco de ser excluído. Página 15

do.Pelamanhã,cercade 15 pessoasficaramferidas em Ciudaddel Este,nafronteira com o Brasil, num confronto entre a Polícia Nacional e manifestantes. Também ocorreram protestos em Assunção enas fronteirascomo Mato

GrossodoSulecom aArgentina. A manifestação foi contida pela Polícia Nacional combalas deborrachaegás lacrimogêneo. Com ofim da munição,apolícia passoua usar pedras e munição real contra a população. Página 4

Mais troca de informação entre indústria e comércio

Com osnovos sistemasde automaçãocomercial, fabricantes e varejistas podem trocarinformações emtempo real e ganhar produtividade, reduzindocustos ao mesmo tempo. Oprocessoacaba com os grandes estoques e garante maior agilidade na en-

comendae no recebimento de mercadorias. Segundo Lúcia Franco, especialista no assunto, oBrasil játem tecnologia para a integração da cadeia produtiva com o comércio, o que permitirá atender aosconsumidoresde manei ra mais eficiente. Página 7

São pequenas as chances de redução na taxa de juro

Apesardo espaçoexistente paraumcorte nataxabásica de juro da economia, as chancesdisso ocorrernareunião do Copom, hoje eamanhã, são pequenas. Apiorageneralizada do cenárioexterno e asincertezas que cercam o comportamento da inflaçãosão os argumentosdos mais pessimistas. Mas alguns analistas avaliam que um pequeno corte poderiaser feito na taxa para sinalizar a tendência de queda. Página 9

PIB deve crescer apenas 1,5% no ano, prevê o IPEA

O Brasil poderá fechar 2002 com um crescimento do PIBsemelhanteao doano passado, de 1,51%, quando o racionamento de energia, a crise da Argentina e a desaceleração da economia mundial, principalmente após os atentados de 11 de setembro, comprometeram o desempenho doPaís. A estimativajá é admitida pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea),entidadevinculada ao governo. Página 11

Saldo comercial recorde na 2ª semana

de julho

O País registrou, na segunda semana de julho, saldo comercialde US$712milhões, o melhor volume semanal do PlanoReal. Oresultadofoi beneficiado pelasuspensão parcial da greve dos fiscais da ReceitaFederal, oque aumentou o fluxo de mercadorias. Outro motivo para o superávit é a regularização dos embarques decertos produtos,especialmente osbásicos (soja),e ossemimanufaturados, como celulose. Página 5

Justiça admite os contratos de gaveta, mas eles embutem risco Página 14

Vendas de carros usados têm queda de 23% no primeiro semestre

As vantagens e as desvantagens da propaganda por e-mail

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O presidente Bush defendeu a economia americana , em meio a desconfianças de novas fraudes envolvendo empresas Kevin Lamarque/Reuters
Página 12 Na plenária, Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo, e o ministro Caio Luiz de Carvalho
Ricardo Lui/Pool 7

ANÁLISE João de Scantimburgo

Editorial ensaio

Conversandocom Assis Chateaubriand, à noite, depois de praticamente fechada a ediçãodos jornais Diario de S. Paulo e Diario da Noite, certa vez ele, a propósito de um editorial por mim escrito, como de habito opinou sobre os editoriais do O Estado de S. Paulo "São verdadeirosensaios"!, afirmouo grande homemde imprensa. "Bemescritos, desenvolvem uma tese, e chegam à conclusão certa". Essa era, também, a minha opinião. Regozijei-me por coincidir com meu ilustre chefe.

Infelizmente, mantendo essa opinião sempre, hoje como ontem, e, tenhoa certeza, como amanhã e depois, não concordo com o editorial de 11 de julho sobre acrise aberta pela demissãodo ministro Miguel RealeJúnior.Conheço bem o ex-ministro,para supor que ele nãoo tenhaobtido aautorização dopresidente Fernando Henrique Cardoso para intervir no Espírito Santo. Decisão dessa importância não seriatomadasema aprovação previa do chefe do governo.

Nãoéessa aposiçãodoeditorial do grandejornal paulistano,pois deixou oex-minis-

tro em posição desfavorável e até censurável, mas, teria o autor doeditorial ouvidoantes o ex-ministro? Não seria possível, sobhipótese nenhuma, que oprofessor Miguel Reale Júnior, na posição em que se encontrava, autorizassea intervenção no Estado, quese converteu em valhacouto de bandidos, sem ouvir a ordem do chefe supremo das Forças Armadas, da diplomaciae da administração.

E o que penso a respeito, paraencerraro assunto, e ainda mais: soude opiniãoque nada ocorreria detumultuosono Brasil se o Espirito Santo fosse submetido a uma intervenção, ainda que tenhamoseleição às portaseo governodopresidente FernandoHenrique Cardoso estáno fim,apenas a oito meses de seu termino. O presidentese diztraído; nunca. O ex-ministro é que, a meu ver, foi traído, se é que as palavrasaindatêmvalor, apesar dos numerosos dicionários que estão à venda. Valha-nos pois a palavra do ex-ministro.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

Racionalizar energia

O descaso do governo federal com a questãoenergética obrigou obrasileiro aaprender rapidamente o significado da palavra "racionamento". Agora, superadaa crise,o governodeveria se preocuparemensinaroutra palavra aosconsumidores: "racionalização". Embora parecidas, estaspalavrastêm significados muito diferentes. "Racionamento" significaredução compulsória de consumo de energia. Significa prejudicar a produção para que se possa atingir esta redução. E deve ser encarado apenas como a última solução, como uma emergência.

Já "racionalização" significa reduzir o consumo deenergia sem afetar aprodução.Significa aumentar a produtividade da industria, do estabelecimento comercial ou de quem a pratica. Racionalizar interessaao empresário, àsociedade, enfim, ao país em geral. Nossa preocupação é que a "racionalização" ainda parece uma "palavra grega" paranossas autoridades queinsistememformas pouco eficientesdeproduçãode energia elétrica ao desprezarem tecnologias mais adequadas, seja do pontodevista econômico, de eficiência e até mesmo ambiental. Estranhoé que, enquanto a própria aPolítica EnergéticaNacional estabelece, dentre os seus princípios, a preferência pelas soluções que redundem em um uso mais eficientedos insumosenergéticos,notadamente ogásnatural, as autoridades têm optado pela centralização das termelétricas de grandes potências e que necessitam de maior período para a maturaçãodos projetos.Jáos projetos deco-geração (aproveitamento também do calor para a produção de vapor ou frio necessáriosaoprocesso industrialou aos prédios), quepossuem tempos menores paraimplantação e são financeiramentemais viáveis

e indiscutivelmente mais eficientes do pontode vista energético, continuam ainda não tendo a atenção merecida; principalmenteporquepodem utilizar, como combustível, o gás natural, resíduos dacana-de-açúcar eda madeira ou a palha de arroz. Será que o Brasil se esqueceu ou ainda não absorveu a experiência de outrospaíses quejá racionalizam ouso daenergia? Teremos que lembrar asautoridades que a eficiência energéticada co-geração é muito elevada e que, em paises comindustrializaçãosemelhante oumesmo superiorà brasileira, supera 10 %da potência instalada, chegando, em casos especiais, como na Finlândia e na Holanda, a cerca de40%? Ora, a geração distribuída (produção de energia elétrica próxima ou junto aos consumidores) foi omarco quepermitiu, alémdaobtenção de uma maioreficiência, alavancar a competição em vários países do Hemisfério Norte. Acreditamos que oBrasil perdeu aoportunidadedemostrar que seria, sim,possível reduzir o consumo e cobrir parte das exigências do racionamento sem afetar a produção. Mas, o Brasil preferiuconfundir "racionar" com "racionalizar".

Realmente nãosabemos sedevemos ounão comemoraro fim do racionamento,pois operíodo de dificuldades não foi adequadamente aproveitado para demonstrarclaramente aoempresariado nacional as vantagensda geração distribuída oudaeficientização de suas instalações. Seo Brasildeseja mesmo a competição no setor elétrico, conforme apregoa, não podecontinuar raciocinandocomo se houvesse, ainda, um monopólio. E terá que aprender, rapidamente,o significadoda palavra "racionalização".

Osório de Brito é diretor do Instituto Nacional de Eficiência Energética

Ascartas àRedaçãosomenteserão publicadas se contiverem,alémda identificação do missivista, endereço com rua, número, bairro, CEP e, se possível, telefone e rg. As cartas poderão ser resumidaspela redação, publicando-se, apenas o essencial. Os originais não serão devolvidos.

Os vice

O poder presidencial brasileiro tem sido comparado ao dos monarcasabsolutos.Mas ao passo que os tronos são vitalícios, a cadeira presidencial brasileira tem sido um dos mais instáveise turbulentosassentosde poder político.Morte antesdo término do mandato, renúncias, deposições, têm sido fatoscomuns da vida presidencial, resultando emturbulências sucessórias queemprestam inesperado brilho à opaca figura dos vice. Cerca de duas dúzias de mandatos presidenciais da história republicana estãoentremeadas por cerca de 17 mandatos interinos exercidospor vice-presidentes ou juntas provisórias, cujos governos-tampões funcionam como buchas de amortecimento dasconfusões sucessórias. Assim, emboraos vicesejamnormalmente escolhidos por sua inofensividade, insignificância, sensaboriapolítica emediocridadepessoal, afimde nãofazerem sombra ao presidente, freqüentemente têm exercido durantea efemeridade eprecariedade de seus mandatos de transição, uma influênciaque exorbita de muito sua capacidade. Guindados aalturas vertiginosas em momentos especialmente críticos, acabam por to-

marmedidas quetranscendem sua capacidade e terminam possuídos por delírios de grandeza que os tornam extremamente suscetíveis, ressentidos e perigosos quando,expelidos de seu precário ofício, voltam ao nível de sua mediocridade. Exemplos vivos e notórios tivemosna transição do gen.Figueiredo paraFernando Henrique,comas duasfigurasintermediáriasde JoséRibamar (cognominado Sarney) e Itamar Franco. Terminados seus mandatos, eles nunca baixaram pessoalmente da curul presidencial queocuparam atítuloprecário e têm funcionado no quadro da política brasileira como agentes de grande poder perturbador, a despeito de sua irrelevância político-partidária. Sarney foi o indutor da infeliz Constituição dos Miseráveis, paracuja redação criou uma comissão de notáveis,que produziusob adireçãodoPe. Ávilaumante-projeto que ele prontamente engavetou.E omercurialItamarna governança de Minas criou tantas turbulências quantas pode, até a última, de se declarar a favor de Lula e do PT.

Benedicto Ferri de Barros e-mail: bdebarros@sanet.com.br

Prejuízo ao comércio

Fernando Fantauzzi

O comércio de São Paulo está sufocado pela violência. É não setratade adotarpostura pessimistaem relaçãoàfalta de segurançae o futurodo Estado. Bastaumaanálise rápidadosíndices para constataro que testemunhamosdiariamente. Na escalada da criminalidadeosnúmeros crescemde formacrítica. As estatísticasoficiais não são confiáveis, mas contam em númerosumpouco dahistóriade um governo que fracassou na política daSegurançaPública,nos níveis federale estadual.Dinheiro que deveria ser investido em desenvolvimento, 10,5% do PIB brasileiro, ou seja, R$ 105 bilhões, são gastoscom a indústria da insegurança, segundo pesquisa doBancoIntermaericanode Desenvolvimento (BID).

Segundo dados do Sindicato do Transporte de Cargas do Estado, osroubosnas estradas crescem a uma taxa médiade 15% ano.Em2001,conforme aentidade,ototal decargasroubadas dasempresas chegouaos R$215 milhões contraos R$161milhões do ano anterior. Passa ano e vem ano, a rodovia Anhanguera, terrordas transportadoras,continua fazendoa festados assaltantes, sendo a campeã nacional de roubos.

Paraa CPIMistado Roubode Cargas, formada por senadores e deputadosfederais, essesnúmeros sãoainda piores.Segundo os parlamentares, oprejuízoanual do Brasil é de R$ 900 milhões. As quadrilhas de ladrões de carga de São Paulo abocanhariam 40% desse valor, ou seja, R$ 360 milhões. Essa é apenasuma faceta do problema.Essas informações não escapam ao governo. Falta mesmoévontadepolítica para enfrentar o problemada insegurança. Dinheiro, ogoverno tem,mas não sabe ou não quer aplicar para combater a violência.De 1996 para cá, o Orçamento com a SegurançaPúblicasaltou deR$2,1 bilhões paraR$4,3bilhões, em 2001. Até o finalde 2002, essa cifra astronômica estará em R$ 5,1

bilhões. Enquanto a população sofre com a falta de segurança, em ano eleitoral, o governo começa a farta distribuição de viaturas. Nesta semana, o governador Alckmin distribuiu 66 delas e outras tantas estão prometidas até a eleição.

Não é possível tanto gasto e mais de mil pessoas continuarem sendo assassinadas diariamente nessaverdadeiraguerracivil de São Paulo. Anopassado foram quase 13mil homicídios.Os crimes contraopatrimônio, que tanto prejuízo dão aos comerciantes, nos dadosoficiais, bateram a marca de 257.127 casos no primeirotrimestre de2002.Ora, algo estáerrado. Em1996, com menosdinheiro paraasegurança, tivemos 161.934 casos. Como muitasvítimas deixamde denunciar os roubos, por não acreditar no Estado, esses números na realidade dobram.

Estima-se que o medo gerado pela insegurança produza prejuízo de R$ 2 bilhões ao setor de turismo. Tudoisso éemprego perdido, são recursos que oEstado deixa de arrecadar para investir em programas sociais. Campinas é exemplo do estrago causado pela violência generalizada. Com medo dos seqüestros e assassinatos, empresários estãoabandonando o município.

Se o governador não tiver vontade política para promover mudanças na Segurança Pública, esse estado de coisas tende a atingir níveis insuportáveis. Nesse contexto, temos defendido medida extremas para conter a violência. Uma delas é a dos presídios-ilha, centrode detençõesconstruídos em ilhas paraisolar bandidos de alta periculosidade, como líderes do PCC. A Polícia precisa de condiçõesdignas de trabalho, com melhoressalários para os policiais,mastambém acabarcoma corrupção, extirpando a banda podre, ondeela existir.A Polícia tem de voltar a ser respeitada e reagirà altura,quandoconfrontada pelos criminosos.

Forças Armadas O Fantástico de domingo último, na Globo, colocou o dedo naferida eabordou, ainda que de forma discreta, um tematabu: asForçasArmadas, oumaisdiretamente ainda, o Exército,chamadoa intervir no combate aocrime organizado.Falar-seem chamaro Exército ou colocar o Exército na rua é citar um tema que causa "frisson" entre muita gente que teme a repetição dos fatosoriginados comamovimentação dessa Força, em março de 64.Certamenteas condições históricas são totalmente diferentes .

Primeiro passo Ficafácilidentificarna atitudedaGlobo ocrescimento de uma campanha de insatisfação com o poder público, seja elefederalou estadual,no caso Rio de Janeiro, em face do assassinato brutal do jornalista Tim Lopes, sua falta de apuração e prisão dos acusados e a verdadeira escalada do crime noBrasil, comaomissãodas autoridades emagir deforma ostensiva.

Sensação pública Aqui nacolunaeujáhavia detectado, através das correspondências dos leitores, a perguntaque ninguémfaz,sobre por que os governantes não adotam medidasde alteração dalegislação eenvolvimento do Exército no combate ao crime organizado. A resposta fica clara nopreconceitosobreo passado enafaltade decisão política dos dirigentes públi-

cos. Talveztemam envolvero Exército e perder o controle sobre sua ação? É inconcebível imaginar queisso possaocorrer na atualidade. Na contrapartida cresce um ainda mudo clamor público de indignação pela paralisia das Forças Armadas diantedocrescimento do "Estado paralelo".

Exemplo italiano

A Globo mostrou o exemplo da Itália que acabou com o crime organizado, por vontade política, que alterou as leis, inclusive criou dispositivo constitucional transitório disciplinandoa atuaçãoespecíficade suas Forças Armadas.

Por aqui

A insistência dospolíticos e governantesem nãoagircom determinação nesse assunto deixa no ar a sensação de omissão ou atémesmo de conivência, na medida em que cresce a revolta popular , a insatisfação pelo poder dos criminosos. E o poder públicobrasileiroa tudo assisteimpassível. Oepisódio do Espírito Santo deixou uma pergunta. Que força invisível é essa queparalisa até o presidenteda República, enquanto os acusados de lá arrotam arrogância abertamente?

Até quando?

Vão esperar as manifestações(que começamacrescer) de rua, da população indignada contra suas autoridades por faltade iniciativaeficaz doEstado no combate aos criminosos que parecem hoje determinar as leis do país?

Fernando Fantauzzi é ex-secretário Municipal do Planejamento de São Paulo Rua Boa Vista, 51 - 6º andar - São Paulo - CEP 01014-911 Tel.: 3244-3322 - Fax: 3244-3046E-mails: dcomercio@acsp.com.br - redacao@acsp.com.br

Os artigos enviados à Redação do DC para eventual publicação devem conter no máximo2.800caracteres,sedigitados,ou40 linhasde70 toquescada,se datilografados.

P. S . Paulo Saab

Garotinho elogia a estabilidade, mas faz ironia com o presidente

Anthony Garotinho, Alencar Burti e Horácio Lafer Piva, ontem na Fiesp

Ocandidatodo PSBàpresidênciada República, AnthonyGarotinho,disse ontem durante palestra na Federação das Indústrias do EstadodeSão Paulo, queo presidente FernandoHenrique Cardoso(PSDB) deveria recorrer ao Procompara denunciar o Ministro da Fazenda, Pedro Malan.

"Nossopresidente émuito elegante,mas venderamaele umnegócio que depois descobriu que não era", ironizou Garotinho, referindo-se ao programa econômico comandado pelo ministro.

Aproveitoupara dizer que a estabilidade conquistada no atual governo é positiva, mas que precisa agora ser combinada com uma fase de crescimento sustentado.

Garotinho prometeu cumprirsuas promessasdecampanha,entre elas, manteros fundamentos da economia –inflação, equilíbrio fiscal e respeito aos contratos– mas apresentar umprojetode longo prazo para o Brasil. A lémdisso, afirmouque aceitaria um acordo provisório deum ano como FMI, "paragarantira transição, mas semamarrar opróximo governo."

Diá logo – AlencarBurti, presidenteda Federação das Associações do Estado de São Paulo (Facesp)eAssociação Comercial de São Paulo (ACSP),elogiou ainiciativa da Fiesp em ouvir todos os candidatos à Presidência. "É importante abrir o diálogo, para que o voto possa ser cada v ez mais consciente", disse.

Para Burti, o Brasil de Todos Nós (nome dapalestrana Fiesp) será construído dentro do entendimento entre todos os brasileiros.

Burti observou ainda que a palestra de Garotinho revelouum discursomuitosimples e acessível. "Hoje temos uma idiossincrasia no País, quandose tornadifícilexplicar a necessidade de serem tomadas medidas simples." Mas, segundoAlencar Burti, a solução de muitos dos gran-

Pesquisa mostra que a confiança na economia caiu

A falta de confiança de economistas eempresários na economia brasileira émostrada emumlevantamento realizado pela Câmara Americana de Comércio (Amcham) com19 especialistas associados da entidade. Segundo pesquisa da Amcham, a confiança diminuiu em julho com relação a abril, quando foi feito o levantamento anterior.

Ibope divulga hoje novo levantamento nacional

O Ibope-Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística registrou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pesquisa de intenção de voto para presidente com 2000 entrevistas e abrangência nacional.

A pesquisa foi realizada com recursos próprios do Ibope entre osdias 12e 15de julho de 2002e osresultados serão divulgados na noite desta terça-feira,pelo JornalNacional, da Rede Globo. (AE)

des problemasbrasileiros passampormedidas quase óbvias.

O presidente da Fiesp, Horácio LaferPiva, salientou"a importância de termos alguém que nos ouça em Brasília." Também para Piva o diálogo se tornou cada vez mais importante noBrasil,"pois precisamos deuma abordagem realista e não ilusionista."Eleobservouque depois de enfrentar tantos anos de dificuldades, a indústria paulista vai apoiaruma candidaturaque adoteumapolítica não financista.

Para empresário – A palestra feita ontemumfoipara empresário nenhumbotar defeito. Garotinho, de 42 anos, fez um relato de sua trajetóriapolítica, desde deputado Estaduale prefeitopor duas vezes emCampos (RJ), até governador do Rio de Janeiro."Tudo queprojetopara fazer no Brasil pode ser feito,se houvervontadepolítica", disse. Enfatizou que promessa de campanha é para ser cumprida, sob pena de o eleito(ounão eleito)perdero respeito da população.

E prometeu: reforma tributária, desonerar a produção,reduzir osgastos dogoverno, os juros,incentivar as exportações easubstituição de importações, aumentar a ofertadecrédito noPaís,dar prioridade para a micro, pequena emédia empresa, resolver oproblemadaprevidência,investir emtecnologia, combater o crime organizado, entre outras.

Garotinho prometeu ainda que fará tudoisso, respeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal,controlandoa inflação, garantindo o equilíbrio fiscal e respeitando os contratos. Objetivo final dessas ações, "éa retomadado crescimento sustentável". No entanto, deixou claroque a reforma tributáriasóirá funcionar se foracompanhada de umnovopactofederativo.

Rodrigues

Pedro Malan declara que não ficará no governo

O ministro da Fazenda, Pedro Malan disseontem quenão ficaráno governocaso o candidato do PSDB, José Serra, seja eleito. O ministro afirmou quesua decisão de não continuar no governo independe de quem foro eleito. Noentanto,Pedro Malan reafirmouque seucandidato é ocandidato do presidente

Fernando Henrique Cardoso e este candidato é o ex-ministro José Serra. "Serra é o candidato mais bem preparado", enfatizou o ministro. Malan criticou os candidatos de oposição, que segundo ele andaram "fazendo brincadeira" com coisaséria, o que acabou provocando desconfiança externa". (AE)

A pesquisa anterior mostrava que a média ponderada das projeções para ataxade risco-país em 31 de dezembro de 2002 erade 670 pontos-base no caso de vitória da situação ede 910 pbcom vitória da oposição. Na enquetede julho,amédia dasestimativas subiu para 913 (vitória da situação) e 1.775 pb, se a oposiçãoganhar. Na mesma enquete, a projeção da taxa Selic para o fim do ano subiu para17,61% (situação)e 18,93% (oposição). Em abril, a média obtida com a pesquisa erade 16,68%para aSelic de 31 de dezembro.

Câmbio – Emrelação à taxa de câmbio parao final do ano,amédiadapesquisa de abril era de R$ 2,49. No levan-

PPB garante que diversos partidos vão apoiar Maluf

Escorado nas pesquisas eleitorais que atribuem ao candidato ao governo paulista Paulo Maluf (PPB) mais de 40%das intençõesde voto–algo emtorno de12 milhões de eleitores – o comando paulista dopartido garante que o ex-prefeito deve receberapoiosde políticosque não estão coligados formalmente comos pebebistas no Estado. "Não seria ético falar em nomes,mastemossido procurados por candidatos e lideranças de todos os partidos",afirmaopresidente do PPB, Jesse Ribeiro.

Ele garante que, nas próximassemanas, "vão explodir por todo oEstado" comitês suprapartidáriosde apoioa Maluf"comas composições mais malucas".Principalmente nas cidades do interior,segundo ele,candidatos adeputado eliderançaspolíticas de origens mais díspares vãoocuparo mesmopalanque, aolado deMaluf. "De certa forma,esperávamos que isso acontecesseassim que os númerosse consolidassem nas pesquisas", avalia Ribeiro.

Lógica – A campanha eleitoral emcurso,de acordo com o deputado Cunha Bueno,candidatodo PPBaoSenado eum dosarticuladores políticos de Maluf, rompe qualquer lógica tradicional de coligações. "OPL, coligado com o PT nacionalmente apóia Maluf em São Paulo e o PFL, coligadoaoPSDB,vai declarar apoio aberto ao Maluf no Estado", afirma ele. Para Ribeiro,apesardas composições nacionais,Maluf é o "desaguadouro natural"destesdoispartidos no Estado. (AE)

tamentodeste mês,os 19especialistas que participaram da enquete estimaram uma taxa de R$ 2,68com a vitória do candidatogovernistaa presidente, edeR$3,06sea oposição vencer o pleito.

Parao IPCA do IBGE,a média de prognósticos para o fim de2002 subiu de5,36% em abrilpara 5,89%(vitória da situação) e7,09% (oposição).No caso doIGPM –FGV, as estimativas médias

eram de 6,03% emabril e subiram para 7,07%emjulho (vitória do candidato governista) e8,47%(vitóriada oposição).

Para o crescimentodo PIB neste ano, a pesquisa de abril registrou média de 2,39%. Em julho,amédia dasopiniões foi de PIB de 1,98% se a situação vencer aseleições, e de 1,82% se perder.A taxa média de desemprego/IBGE para ofimdoanoficou em 7,15% na pesquisa deabril. Na pesquisa de julho, a média caiu para 6,94% com vitória dasituação, mas subiu para 7,71% na hipótesede a oposição vencer. (AE)

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Escândalos fazem o euro atingir paridade com dólar

O euro atingiu ontem a paridade com odólar pela primeiravezdesdefevereiro de 2000,àmedida queas preocupações sobre as perspectivas para WallStreet levaram os investidores a fugir dos ativos norte-americanos. O euro,que haviacaído 30%desdeo seu lançamento emjaneirode 1999,subiu maisde 12% em relação ao dólar neste ano, na medida em quea moeda norte-americana tem sofrido com as dúvidas sobre aforçada recuperaçãoeconômica dos Estados Unidos e com a credibilidade contábil das empresas do país prejudicando aconfiança no setor corporativo.

"A elevação do euro em paridade com o dólar dá mais credibilidade ao euro e ao Banco Central Europeu", co-

mentouo chefe depesquisa de câmbio do LehmanBrothers, Russel Jones. A paridade com a moeda norte-americanavem dias depois de os ministros das Finanças da zona do euro, o vice-presidente doBCE, Lucas Papademos,e o comissário da União Européia Pedro Solbes emitirem uma nota de apoio ao euro, a mais forte desde olançamento damoeda depois de uma grande euforia há três anos e meio.

O euro começou a ser negociadoa 1,1747 dólar, mas veio caindo até atingir um nível recorde de baixa de 0,8225 dólar em outubro de 2000.

A preocupação com mais irregularidades empresariais impulsionou a moeda européia

Além disso, aspreocupações de mais escândalos empresariais, antesda temporada de lucros norte-americanos do segundo trimestre impulsionaram o salto do euro.

Bush otimista – O presidente dosEstadosUnidos,George W. Bush, disse ontem que seu paísestá sofrendoa ressacade uma embriaguês econômica, mas quea economia norte-americana está fundamentalmente forte.

"Para que tenhamos a segurança que todos queremos, os EUA têm de se livrar da ressaca que temos agora como resultado da embriaguês, a embriaguêseconômica pela qualacabamos de passar", disse Bush.

Missão da União Européia vai preparar eleições na Palestina

Uma missão daUnião Européia está nas áreas palestinas para verificar como a UE podeajudara preparar as eleições geraisem janeiro, disse a Comissão Européia. O porta-voz GunnarWiegand, afirmou ontemque aUE quer certificar-se de que todosos eleitores tenham a oportunidade de votarsem dificuldades durante o pleito. SegundoWiegand,o bloco europeuestápronto para oferecer ajuda técnica e env iar observadores para as

eleições, desde que tenha certeza queo processoserá livre e justo.

A cu sa çã o – Fontes israelenses acusaram o líder palestino Yasser Arafat de ter transferido recentemente US$ 5 milhões para a sua mulher em Paris, em razão do temor de colapso da AutoridadePalestina.A informação foi publicada em matéria distribuída no site dojornal Washington Times, que reproduziu notícia do jornal Yediot Acharonot, deTel

Aviv,combase emdepoimento de um político do alto escalão de Israel não-identificado.

Essamesmafonte informou que outros líderes palestinos também transferiram milhõespara contasnoexterior por causadas incertezas sobre o futuro da Autoridade Palestina. Segundo a fonte israelense, odinheiro enviado por Arafatteria sidomandadopela ArábiaSauditapara dar assistência ao povo palestino. (Reuters)

Atentado contra Jacques Chirac chocou a população francesa

Os franceses reagiram com incredulidade e preocupação à tentativa deassassinato, no domingo, contra o presidenteJacquesChirac, oquedemonstrou graves falhas na segurança do governo e o potencialviolentode alguns grupos políticos marginais.

Maxime Brunerie,um extremistade25anos, foidesarmado após disparar com um rifle calibre 22 contra Chirac, que participavado desfilede 14 de julho, a data nacional da França. Brunerie passou a noitena ala psiquiátricada sede da polícia. Ele declarou que queria matarChirac "para salvar a França," mas seu depoimen-

to tinha tantas incoerências queapolícia trabalhacoma hipótese dequeeleseja um desequilibrado, não o agente de um complô.

O ministro do Interior, Nicolas Sarkozy, disseque o presidentesó ficousabendo do atentado depois do desfile. "Ah, verdade?", reagiu ele, com calma. Emuma entrevista de Chirac à TV, na noite de domingo,oassuntonem foi abordado.

Neona zista – Segundo a polícia, Brunerie milita em umaorganização neonazista chamada GrupodeUniãoe Defesa. "Ele agiusozinho, mas provavelmente sob forte influência dessasubcultura",

disse Christophe Bouseiller, especialista na extrema direita francesa.

A imprensa local informou que no ano passado Brunerie concorreuàseleições municipais pelo Movimento Nacional Republicano, uma dissidência da Frente Nacional, de Jean-Marie Le Pen.

A polícia se defendeu das críticas por ter permitido que Bruneriesacasseseu riflede dentro de um estojo de violão edisparasse contraopresidente,apesar dapresençade pelo menos 2.500 policiais no meio da multidão.

"Certamente não houve erros, mas não existecem por cento de segurança",justificou-se André Ventre, do sindicato de policiais. Eledisse que o problemaé quehavia muita gente aglomeradana Champs Elysees, aavenida que dáacessoao Arcodo Triunfo.

"Mas eu quero quevocês saibam que nossa economia é fundamentalmente forte,esta economiatem os fundamentospara ocrescimento", acrescentou,citando osbaixosníveisde inflaçãoedetaxas de juros,além da política monetária sólida e da produtividade crescente.

Enquanto Bush fazia seu discurso, o mercado de ações dos EUA mantinha a prolongada queda que levou o preço dos papéisaníveisque não eram vistos há cinco anos.

Na semanapassada, opresidentedos EUAcomentou umasérie de propostas em resposta aosescandâlos contábeisem váriasempresas, que abalaram os mercados. O discurso de Bush, no entanto, não interrompeu a tendência de queda. (Reuters)

Deslizamento de terra no Nepal causa tragédia

Pelomenos 50pessoas morreram ontemem um deslizamento de terra que arrasou com duas aldeias no Nepal. A tragédia ocorreu nas aldeiasdeDispung eSikundel, no distrito de Khotang, a cerca de 200quilômetrosao leste da capital. Os aldeãos dormiamquando foram atingidos pelodeslizamento.

Pelo menos 20 pessoas foram sepultadas sob o lodo na mesma casa enquanto dormiam. O mau tempo e a falta de estradasde acessodificultamo trabalho de resgate.

Todos os anos, os deslizamentose asinundaçõesprovocadospelas chuvas de monçãoprovocama morte de centenas de aldeões no Nepal. A temporada de chuva começou no mês passado e deverá se prolongar atésetembro. (AE-AP)

Presidente do Paraguai decreta estado de emergência após protestos

Opresidente doParaguai, Luís González Macchi, decretou ontem estado de exceçãonopaís emdecorrência do conflitoarmado ocorrido entre militares e civis que pediamsua renúncia.Pelomenos15 pessoasficaramferidas, duas em estado grave, em confrontos nas ruas de Ciudad del Este, na fronteira com Foz do Iguaçu (PR). O governo do Paraguai responsabiliza o ex-general Lino César Oviedo pela onda de manifestações nopaís para pedir a renúncia do presidente Luís González Macchi. Manifestações como a de ontem fariam parte da estratégia de Oviedopara retornar ao país e disputar as eleições presidenciaisem maio de 2003. Foragidoda Justiçaparaguaia, o ex-general vive livremente no Brasil graças a um salvo-conduto concedido peloSuperior Tribunal de Justiça (STJ). Impedidode entrar no país sob risco de ser preso- porcausade umapenanão cumpridade 10anos pelatentativafrustrada de golpe de Estado contra Juan Carlos Wasmosy, em 1996 -, o ex-general vem usando Foz do Iguaçu e outras cidades da fronteirapara reunirseus partidários em comícios, nos quaisfazduras críticasàsautoridades paraguaias.

Os protestos – Várias manifestações populares foram

realizadas nacapitalAssunção e em diversos pontos do país, contra a permanência de Macchi nopoder.O enfrentamento mais grave ocorreupróximo dafronteiracomo Brasil.Maisdetrês mil pessoas participaram dos protesto que acabou em confrontocom asforças daPolícia Nacional e da Marinha. Balas reais – Osmilitares usaram balas de borrachae gás lacrimogênio para dispersar osmanifestantes, mas com o fim da munição passaram a usar pedras e munição real. O protesto começou de madrugada e a Ponte da Amizade, que ligaFoz ao Paraguai,ficouinterditada das 6h10às 11h.Noinício, aPolícia Nacional e a Marinha reprimiram o protestocom jatos de água ebalas de borracha. Os manifestantes revidavam lançando pedras e pedaços demadeira.Houve conflitos de manhã e à tarde. Esta foi asegunda pressão popular enfrentada por González Macchi em um mês. No início de julho, após manifestações, o Senado aprovou a suspensão da lei 1.615 de privatizações. Para evitaruma iminenteondade protestos, ogovernohavia jáadiadoa privatizaçãoda telefônicaestatal, prevista para o dia 14. A medida não foi suficiente para aplacar a insatisfação contra seu governo. (AE)

Ajuda ao terror: taleban americano se declara culpado

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Brunerie foi rapidamente dominado pelo público e levado embora pela polícia. "O senhor Chirac estava passando em seu carro quando senti amultidãosemovendo em minha direção", contou o turistacanadense Mohamed Chelali.

O acusado vive com sua famíliaem Courcouronnes,ao sul de Paris. "Ele parecia muito sério e reservado", disse um vizinho. (Reuters)

John Walker Lindh, o cidadão dosEstados Unidosque foidescoberto emdezembro entre os Taleban presos no Afeganistão, decidiu declarar-seculpado no processo judicialque oacusadecolaborar com o Taleban e com a rede terroristaAl-Qaeda, informou seu advogadode defesa, James Brosnahan. Lindh, natural do estado da Califórnia, é acusado, entre outras coisas, de participar de conspirações para assassinar cidadãos norte-americanos. Conde nação –Um tribunal paquistanês condenou o militanteAhmed OmarSaeed Sheikh à morte pelo sequestro e assassinato do jornalista norte-americano Daniel Pearl. Ele mesmo prometeu vingança. Omar, nascido na Grã-Bretanha, e seus três cúmplices, condenados à prisão perpétua,não demonstraram emoção ao conhecer o veredicto. "Eles selevantaram, ouviram e se sentaram", afirmou um promotor.

O advogado de Omar

anunciou que vai recorrer e leu um comunicado dele, comameaças àvida dequem tentar executar a pena. "Já disse antes que tudo isto (o julgamento)é uma total perda de tempo. É uma guerra decisiva entre o Islã e os kafirs (infiéis) e cada um está provando individualmente de que lado está",afirmou Omar.Afamília do jornalista saudou a condenação em comunicado no site da fundação Daniel Pearl. Bin Laden ferido – Osama bin Laden está vivo e bem de-

pois de ter sido ferido em um ataqueà sua base noAfeganistãoem dezembro, disse ontem um jornalista árabe que tem ligações estreitas comdissidentes associados ao líder da Al Qaeda. "Seus seguidores disseram queelefoiferido noombro porumabala, disseAtwanà agência Reuters, , acrescentandoque oferimentoaconteceu durante um ataque dos EUA ao seu QG nas montanhas de Tora Bora no leste do Afeganistão. (Reuters)

O norte-americano John Walker Lindh ao ser capturado no Afeganistão
Populares e polícia se confrontaram diante do Congresso, em Assunção

Dólar mantém alta e sobe mais 0,67%

Cotação da moeda americana persiste na tendência de elevação, mesmo com as intervenções do Banco Central Cenário externo conturbado, expectativa emtornoda divulgação de novaspesquisas eleitorais epossibilidade reduzida de queda do juro básico daeconomia prejudicaram o mercado financeiro brasileiro ontem. O dólar fechouem altaeaBolsa deValores de São Paulo, Bovespa, caiu. Apenas os indicadores de risco não tiveram piora significativa.

Não houve novidades que justificassema alta dodólar ontem.A faltadedisposição dos investidores em vender a moeda americanamotivou a v alorização.O dólarfechou cotado a R$2,871 para comprae aR$2,873 paravenda, com alta de 0,67% sobre o fechamento desegunda-feira. O BancoCentral vendeudólares nomercado, mas aintervenção não foisuficiente para impedir nova rodada de alta da moeda americana. Ativo – "O problemaneste momento é que o dólar é visto como ativo: os investidores montam edesmontam operações de acordo com as notícias do dia. O mercado de câmbionão temsidoguiado pelo fluxo de entrada e saída de dólares", observou Carlos AlbertoAbdalla, da área de câmbiodacorretora Souza Barros. A Bovespa mais uma vez foi prejudicada pelo desempenhonegativodosíndices da Bolsa de Nova York, que ainda são sua principal referência. A bolsa paulista encerrou os negócios com perdas de 0,52%,Ibovespa em10.577 pontos e volume financeiro de R$383,4milhões,giro

considerado fraco.Agora,o índicedaBolsatem quedas acumuladas de5% nomês e de 22% no ano. Greenspan – Nos Estados Unidos,as atençõesvoltaram-se para o pronunciamento do presidente do FederalReserve, Alan Greenspan, no Senado. Ele discursou sobre as perspectivas positivas para o crescimentoda economia do país,maso discursonão reverteu a onda de baixas. O ín-

dice Dow Jones fechou em queda de 1,78% e o Nasdaq recuou 0,59%. A baixa liquidezda Bovespa, resultado principalmente da expectativa em relação ao resultado da reuniãodo Comitê dePolíticaMonetária, Copom, impediu que recuperasse ontem a perda de 3% registrada na véspera. O Copom anuncia na tarde de hoje sua decisão a respeito do juro básico da economia. Poucos negócios– No mercado de juros, os negóciosforam reduzidos,o que mostra queosinvestidores continuam apreensivos por causa da crise das bolsas americanas. Ataxa dejuros para janeiro, a mais negociada, subiu de 22,80% aoano na segunda-feirapara 23,12% anuais ontem.

"O mercado acredita que o Copom vai manter a Selic em 18,5%. As incertezas em relação às bolsas internacionais e ao dólar devem impedir a queda do juro",afirmouFabrício Garcia,diretor dacorretora Liquidez.

Rejane Aguiar

Bolsas da Europa reagem

Asprincipais bolsasdaEuropa fecharamesta terça-feira com altas, ainda que em alguns casos discretas. Durante o pregão, foram chacoalhadas pela repercussão em tornodo discursodopresidente do FederalReserve, obanco central americano, e pelo início da temporada de divulgação de resultados das grandes corporações.

"Nós teremosuma temporada dedivulgação de resultados bastante difícil,e embora exista uma expectativa de recuperação no segundo semestre,o riscoé desermos questionados novamente", comentou oestrategista para Europado UBS Warburg, Saul Henry. Londres– Em Londres, o índice FT-100teve altade 0,69%,aos 4.021pontos.Em uma sessão muito volátil, o indicadorbritânico se recuperou das fortes baixas registradasdurantea sessão,puxado pelo desempenho favorável dos papéis do setor fi-

nanceiro, estimulado pelo discurso do presidente do Federal Reserve. Frankfurt – A Bolsa de Frankfurt subiu1,67%, para 3.977pontos, impulsionado pelas ações da Deutsche Telekom, quehaviam sofridopesadas perdas na véspera.

Em Madri, o Ibex-35 encerroupróximo da estabilidade, com discretaaltade 0,3%, em 6.421 pontos. As açõesda Telefónicaofuscaram asperdasdos papéisdo maiorbanco local,oSantander Central Hispano. Paris – Paris, por sua vez, registrou pequena queda, de 0,18%, fechando aos 3.317 pontos. Ações de empresas sensíveisaodólar,caso do Carrefour, colocaram no vermelho o índice, que recuperou-se durante o pregão.

A Bolsa de Milão apresentou um desempenho pouco melhor,comaltade 0,34%, com as açõesde telecomunicações impulsionando a valorização. (Reuters)

Plano Diretor: votação só após o recesso

boranãoconfirme ainformação, a assessoria do vereador José Mentor admitiu que seriamuito difícil conseguir votar o projeto antes do recesso, que deve começar na próxima semana. Parapoder entrar em recesso, os vereadores precisam votaraLeide DiretrizesOrçamentárias (LDO) de2003 emsessão ordinária.Até ofinalda tardede ontem,Mentorainda tentava negociar com a oposiçãoa votação do projetosubstitutivode cria-

çãodassubprefeiturase da Secretaria deSegurança Urbana. Os dois só poderiam ser discutidos emsessõesextraordinárias. Se fosse votada ontem,apropostadas subprefeituras ainda precisaria passar por um segundo pleito na Câmara.

PlanoDiretor - Enquanto os vereadores discutem se votam ou não esses projetos antesdorecesso, asociedade avaliaejáse preparaparaa nova proposta do Plano Diretor. O presidente do Sindi-

Ministério da Saúde considera normais números da hanseníase

O fato de a hanseníase atingir 43 mil casos por ano,segundo dados do Movimento de Reintegração dasPessoas A tingidaspela Hanseníase, não é considerado alarmante pelo Ministérioda Saúde. O número de casos anuais notificados estão estacionados na faixade4,32 doentespor10 milhabitantes, um índice considerado dentro da normalidade pelos padrões int er na ci on ai s, informou o médico Gerson Fernando MendesPereira, coordenador da áreatécnica de D e rm a t o l og i a Sanitária do Ministério.

pior. Há vinte anos, a taxa era de17 doentes paracadadez mil habitantes,com umtotal de 251 mil casos.

Cerca de 15%dos doentes iniciavam o tratamento apresentando comprometimentos irreversíveis de algum órgão ou tecido, atualmente, essa taxa está em 3% dos doentes.

A hanseníase está ligada à falta de qualidade de vida, de saneamento básico e desnutrição

De acordo com ele, de 85% a 90%da população têm resistência ao bacilo de hansen, agente causador da hanseníase. A doença só atinge pessoas com baixa resistênciafísica e imunológica.

No total, são 73 mil pessoas com a doença em todo o País, incluindo aí, o número de casosprevalentes, ouseja, de pacientes em tratamento.

Gerson Pereira explica que, apesar de o Brasil estar em segundo lugar no rankingde países que tem endemiade hanseníase,esseíndicejá foi

"Houve uma queda de mais de 80% da doença. A meta é que até 2005 o Paístenha menosde um habitante doente em uma população de20mil pessoas",diz oespecialista do Ministério da Saúde. Esse número faz partedas medidas do programa Aliança Global para Eliminação da Hanseníase, criadoem 1999 pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Ranking – Paraestipularo grau de endemia dehanseníase, é feitauma relação entre onúmerodecasosda doençacom ototal dapopulação deumaregião,estado ouPaís. No ranking dos12 países com endemiada hanseníase, o Brasil só perde para a Índia,que tem 500 milcasos. Noentanto, oBrasil fica em quinto lugar nomesmo

ranking,quando é feita a comparação entreo número dedoentes em relaçãoà população.

O tratamento da hanseníase éfeitocomtrêsmedicamentos: o Dapsona, a Closaciminae aRifampicina.Segundo Gerson Pereira, como esses remédios são mais potentes, o tempo de tratamentofoireduzido de24mesese ficouentre 6e12meses.A primeira dosemata 99%dos bacilos, eliminandoapossibilidade de transmissão.

A hanseníaseestá diretamenteligadaà faltadequalidadede vidadapopulação, como desnutrição, ausência de saneamentobásico, atendimentomédico precário. "Com a resistência muita baixa, a chance de pegar a doença é maior", diz o médico.

O período de incubação da hanseníase éde 6 meses a 5 anos. Adoença podesedesenvolver ou não e até ser curada espontaneamente. A transmissão éfeitapeloar, como acontece coma tuberculose, maso períodode multiplicação dobacilode hansen é de 20 dias, o que reduz orisco de transmissão, principalmente no estágio inicial da doença.

CME divulga empresas que

fizeram doações para

O Conselhoda Mulher Empresária (CME)divulga a primeirarelaçãodeempresasquedoaram brindes ou ofereceram serviços gratuitospara oCháBeneficente em prol da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. O evento acontece em24de setembro,às 13h30,noNacional Club (rua Angatuba, 703). Veja asempresas participantes:Fábricade Fiosde

Linha Marte S.A (Maria Lúcia da Costa Manso Schoueri); Legep Mineração Ltda. (Jaime Antônio Piovesan); Maison Terana (Thereza Santos); Maynard Comércio Internacional Ltda. (Farid Murad);Nacional Club (General Luiz Faro); PreçolândiaComercial Ltda. (ArabChafic Zakka); WE Consultoria Administração deBens eFinanças(Enrico FrancescoCirillo); Salsa e

hospital

Canela Buffet & Eventos (Maria Cristina Leite); TesouroLaserCópiase ComércioLtda. (CarlosTarcísio Viana de Lima).

Asdoações emdinheiro podem ser feitas no Bradesco, agência99-0, c/c 296.666-2, da Associação. Osdepósitos devemter o nome dos doadores. Os brindespodemser doados naDistrital Pinheiros, rua Simão Álvares, 517.

cato da Habitação do Estado deSãoPaulo (Secovi),Romeu Chap Chap, se diz satisfeito com o texto do substitutivo. Para ele, apesar de várias imperfeições, houve avanços consideráveis emcomparação à versão anterior. ChapChapafirmou queé favorável à votação imediata daproposta naCâmara."A demora podeprejudicar ainda mais os negócios imobiliários." Isso porque,mesmo após a aprovação, o Plano deve passar por revisões.

Essaspossíveis alterações são a esperança de várias lideranças empresariais da construção civil.Oarquiteto Henrique Cambiaghi, presidente da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA), lembra pontos que ainda devemser discutidos e incluídos no Plano. Paraele, éfundamental que a legislação municipal se preocupe com a evasãoda população em alguns bairros. "Precisa-se buscar a recuperação de edifícios antigos pa-

raseu reaproveitamentoem algumas regiõesde SãoPaulo." Isso seria fundamental para mantera populaçãoem bairros como SantaCecília e Barra Funda, por exemplo. "O PlanoDiretorprecisa criarbenefícios para ouso desses imóveis."Segundo Cambiaghi, toda a faixaao longo do rio Tietê, que vai da região da Ceagesp até o bairro doTatuapé, poderiasermelhor aproveitada.

Estela Cangerana

Apesar das tentativas de vereadores governistas, os principais projetos da Prefeitura só devem ser votados mesmo em agosto Apesar de todos os esforços do líder do governo ontem na Câmara Municipal, vereador José Mentor (PT), mais uma v ez a Prefeitura não conseguiu votar projetos polêmicos, entre eles o Plano Diretor. Informações extra-oficiais daCâmara garantem que o substitutivo da propostasódeve servotadonasegunda quinzena de agosto. Antes disso,nos primeiros dias domês, oPlano Diretor ainda seria discutido em mais uma audiência pública. Em-

tal Santo Amaro realizou ontem a VII Campanha de Doação deSangue.Oevento foi realizado emparceria como

Poupatempo deSanto Amaro e a coleta foi feita pelo Centro de HematologiadeSão Paulo. O dia de doação de sangue foi acompanhado pela coordenadora do Conse-

lhoda Mulher

Alckmin promete entregar novo trecho do Rodoanel até setembro

Ogovernador GeraldoAlckmin pretende entregar mais um trecho do Rodoanel antes das eleições de outubro. Os 32 quilômetrosque compõem o trecho Oeste deverão estar concluídos até o final de setembro, segundo informou ontem o próprio governador após inspeção às obras. "O esforço que está sendo feito,aproveitando essa época que não chove, é para que to-

NOTAS

Prefeita acompanha Operação Inverno

A prefeita Marta Suplicy e a secretária municipal de Assistência Social, Aldaíza Sposatti, acompanharam, na noite de segunda-feirao trabalho daCAP(Central de Atendimento Permanente) naOperação Inverno. Das 22h30 às 0h30, elas percorreram ruas da Vila Mariana e Cambucicom assistentessociais, oferecendoabrigo a moradores deruanos25albergues da cidade.

do o trecho Oeste seja entregueem70dias, ouseja,atéo final de setembro", disse. Alckmin reafrimou que nãopretendemais entregar pequenos trechos da obra, como estavasendofeito."O objetivo é entregartoda a asa Oeste, inclusive as pontes sobreo rioTietê, as passagens subterrâneas da rodovia Castello Brancoe osdoistúneis até chegar àrodovia Anhangüera", afirmou. O governador explicou ainda queos R$160 milhões prometidospelo governofederalpara aobraeste anoestãocomeçando achegar.Segundo ele,R$ 32milhõesjá foram disponibilizados. Toda a obra do trecho Oeste está orçada emR$ 756milhões. Incluindoosgastoscom desapropriação, o valor chega a R$ 1,220 bilhão. (SM)

CPTM já atende usuário pelo site

Já está disponível o serviço de atendimento onlineda

CPTM .O usuário podeenviar solicitações, reclamações e sugestões acessando o site www.cptm.sp.gov.br. Como ainda está em fase de implantação, o serviçoestará disponível de segundaa sexta-feira, das 11h às 14h. O prazo para as respostas é de 48 horas a partir do horário do recebimento. ACPTMtambém atende pelo 0800-550-121.

Motoristas da zona Sul encerram greve

Depois de cinco dias de paralisação, os motoristase cobradoresdas viaçõesSanto Amaro e Ibirapuera, que operam na zona Sul, voltaram ao trabalhoontem.A direção dasviações dissequepagaria ainda ontem os salários, as férias e as cestas-básicas atrasados. Cerca de 50 mil moradores doGrajaú, CidadeDutra, Parque Cocaia e Jardim São Luís foram prejudicados pela paralisação dos 309 ônibus.

O Conselho da Mulher Empresária (CME) da Distri-
Dudu Cavalcanti/N-Imagens
Empresária, RosaSimeiBruno, pelogerentedo Poupatempo Luis Agune, e por Nanci Aoad Gimenez, doY´s MenClub São Paulo - Santo Amaro.

Técnicas de vendas têm de ser renovadas

Hoje, os lojistas precisam identificar as resistências, detectar as necessidades e conquistar a empatia dos consumidores

Demonstrar os benefícios de um produto, envolver o cliente econvencê-lo acomprar não é tarefa fácil, principalmente emmomentos de retração econômica. Para tanto, é preciso identificar resistências,detectar asnecessidades econquistar aempatia dos clientes. Por isso os comerciantes que ainda usam técnicas devendasantigas precisam se atualizar.

Os consumidores brasileiros estão cada vez mais exigentes e reticentes na hora de gastar, segundo o presidente da Associação dos Dirigentes deVendas eMarketingdo Brasil (ADVB), José Zetune. Ele afirma que hoje, duranteoprocessodecompra, o cliente leva em conta a empatia dovendedor, suasinceridadee conhecimento do mercado."Seo consumidor não for com acara de quem

vende,não compra", afirma Zetune.

No passado,as técnicasde vendas eram baseadas na pressão e insegurançaque os consumidores tinham por conta da inflação. "O preço de amanhãera maiscaro que ode hoje.Os vendedores ap rove itav am para impulsionaro clientea comprar sob a ameaçado reajuste", afirma Zetune.

Consumidores brasileiros estão cada vez mais exigentes e reticentes na hora de gastar

Hoje, o processo de compraé mais racional. Quem compra tem mais tempo para pesquisar,pensa muitomais antes de gastar e tem uma noçãomaisexatasobre ovalor do dinheiro. Isso faz com que os bons vendedores obtenham mais destaque. Por isso o dirigente da

cursos e seminários

Dia18

Importaçãoe exportação – Ocursotem oobjetivo de permitir ao participante conhecer os conceitos básicos decomércio exterior, astécnicas, asrotinas do setor e fornecer ferramentas para que ele inicie a conquista de novos mercados para seus produtos ou serviços e desenvolva mercado por conta própria, como agente ou trader. Duração: 16horas, das 9h às 18h. Começa na quinta-feira (18) e termina na sexta-feira (19). Local: IOB Thomson, rua Corrêa Dias, 184, Paraíso. Preço: R$ 390 (assinantesIOB) e R$ 450 (não assinantes). Asinscrições devem ser feitas até hoje

ADVB sugerequeo profissional de venda seja, acima de tudo, umnegociadorenão um tomador depedidos. Ele dizqueovendedor dehoje tem queser beminformado, ter boa aparência, transmitir confiança, falar a verdade, ter boa fluênciaverbale conhecimento profundo sobre omercado onde atua. Dicas – Ma s que técnicas um vendedor precisa utilizar paratornar seu trabalho mais produtivo? Segundoo consultorde vendas MarceloCallegare,o vendedor tem que ser um expert na arte da empatia. Paratanto, é preciso ser muito educado, paciente e falara linguagem do cliente, acompanhandooritmo eas expressõescorporais. "Jáno-

pelo telefone 0800-782755.

Escritafiscal básico – Ocurso édirecionado aprofissionais da área contábil e pequenos e micro empreendedores. Duração:16 horas, das9h às 18h.O seminário acontece na quinta (18) e na sexta-feira (19). Local: Sescon (Sindicato dasEmpresas dos Serviços Contábeis do Estado de São Paulo), avenida Tiradentes, 960, Luz. Preço: R$ 70 (associados) e R$ 140 (não associados). As inscrições devemserfeitas atéhoje pelo telefone (11) 3328-4900.

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No dia 26 de julho, sexta-feira, às 10h30min., no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual de São Paulo, será realizada a entrega solene do prêmio: “Projeto Soluções” às três equipes vencedoras, formadas por estudantes universitários. A solenidade terá a presença do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Estarão presentes, ainda, representantes do CIEE, da TV Globo, integrantes da Comissão Julgadora do Prêmio e empreGovernador Geraldo Alckmin.

sários. Foi concedida, ao primeiro grupo classificado, a importância de R$ 10 mil; ao segundo, R$ 6 mil e, ao terceiro, R$ 4 mil, além de medalhas e diplomas.

O “Projeto Soluções”, em sua primeira edição (versão

2002), é uma iniciativa do CIEE e da TV Globo/SPTV e teve como objetivo principal mobilizar os universitários paulistas, no sentido de proporem soluções para a violência. Cerca de mil estudantes enviaram projetos. O tema da segunda premiação será lançado na solenidade de entrega aos vencedores.

tou uma pessoa que fala muito rápido conversar com uma que fala muito devagar? Não há sintonia e semisso não há empatia", diz Callegari. Abordagem – A dica para iniciar a aproximação com o cliente é seapresentar e deixá-lobem àvontade."Pressão é coisa do passado. O bom vendedoré seguro esabe aproveitar as oportunidades quando é solicitado", afirma o especialista.

Usar perguntas abertas nos primeiroscontatos é uma forma de detectar necessidades,checar informaçõesprévias, sentir como o cliente pensa eage, identificarresistências,motivos, hostilidades ourejeições. Por exemplo, ao perguntar: oque o sr. prefere?, o vendedor obtêm respostas mais completas. Depois éque devemvir perguntas fechadas como qual a cor da preferência dele. Callegariafirma quequem vendetemque teraltoastral, falar com entusiasmo, ser alegre eexpressivo, semexageros. Outro ponto importante é manter o controle emocional, independentementeda maneiracomoocliente se comporta."Aquela máxima de queoclientesempretêm razãoainda existe",lembrao especialista em vendas.

Empresas adotam ouvidor

para dar respostas corretas a clientes

Ouvir o cliente e dar respostas adequadas às suas críticas e sugestões. Para aumentaras vendase fidelizar os consumidores, pequenos e médios empreendedores estãoinvestindo na criação de departamentos de ouvidoria dentrodas companhias.Segundo a consultora Márcia Oller,daMK5, deSãoPaulo, a escolha do profissional é o passo mais importante para a implantação de umsetor para escutar pessoas.

Umadas qualidadesqueo profissional temde teré agilidade para solucionar os imbróglios do dia-a-dia. "Quando o cliente está diante de um problema, quer mais é que ele seja resolvido imediatamente", afirma Márcia. Jogo de cintura e bom trânsitoentre os diversos departamentos da empresa são ou-

tras características exigidas dofuncionárioquevai ocupar o cargo de ouvidor. "É precisosaber quemprocurar para resolver as inconformidades", diz a consultora.

Segundo Márcia, alguns empresários estão colocando os filhos,futuros herdeiros, para exercer a função de ombudsman dentro da firma. "É uma boa forma para envolver a pessoa nos negócios", afirma a consultora. A posição de filho tambémé importante pela proximidadecom odono da empresa, o pai. "O profissional dessa área de atendimento têm de ter uma relação muitopróxima dachefia", diz Márcia.

Um exemplodessa relação é o do Grupo Pão de Açúcar. A ombudsman da empresa, Vera Giangrande,ficava,no cronograma da companhia,

abaixoapenas donomedo presidente, Abílio Diniz. Curso– Em São Paulo, o curso Ombudsman – Como e por queinstalar umaouvidor i a , do consultor Alberto Centurião, especialista em relacionamento com clientes, preparaosprofissionais para assumir o cargo de ouvidor numa empresa. No curso,serão abordados assuntoscomooque, realmente, é qualidade no atendimento e como cada empresapode melhorar essaárea dentro do negócio. Os direitosdo consumidor também serão discutidos. (CM)

O CIEE/SP realizou a formatura da sua 12ª turma do Programa de Alfabetização Gratuita de Adultos, no dia 11 de julho, nos auditórios da sede da organização, na capital paulista. Receberam o diploma 80 alunos, representantes das turmas dos núcleos internos do CIEE; de paróquias da Mitra Diocesana de Santo Amaro e da Arquidiocese de São Paulo - Regional Episcopal Sé. As aulas são ministradas, desde 1997, por estudantes estagiários, supervisionados por uma equipe pedagógica profissional. O programa já atendeu milhares de pessoas carentes, inclusive por meio das unidades do CIEE localizadas em outras cidades do País. Os alunos recebem, gratuitamente, lanche, transporte, material didático e uniformes.

As estratégiasda ombudsmando Pãode AçúcarVera Giangrande para encantar e atender clientes viroulivro. O título Na trilhadaexcelência – Uma lição de relações públicase encantamentode clientes foi lançado na semana passada, quase dois anos após a morte de Vera. "Ela foi pioneiranocargo de ombudsman em empresas privadas", diz o jornalista Alexandre Volpi, autor do livro. Verafoi aprimeiraprofissional atrabalhar na função de ombusdman no Grupo

Pão de Açúcar. Ela implantou nas lojas umpadrão de atendimento que privilegia o contatopessoal eo respeitoaos direitos dos clientes. "Vera procurava envolver todos os funcionáriosno atendimento. Se alguém fizesse algo que desagradasse umcliente,era esse profissional que iria até a casa do consumidor trocar um produto, por exemplo", afirma Volpi. O livro, lançado pela editoraNegócios, temo apoiodo grupo Pãode Açúcar edo Provar(Programa deAdmi-

Curso Ombudsman – Como e por que instalar uma ouvidoria

Data: 6 e 7 de agosto

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Estratégias de ombudsman do Grupo Pão de Açúcar vira livro

nistração de Varejo). No texto,osempresáriosvão encontrar,além dos relatos de casos demarketingderelacionamento e atendimento ao cliente, a transcrição de palestras e sugestões para empreendedores que querem implantar um sistema de ouvidoria na empresa. (CM)

Turma de formandos do Programa CIEE de Alfabetização Gratuita de Adultos.

Falências decretadas sobem 77% em SP

Pesquisa feita pela Associação Comercial mostra que a inadimplência, de pessoas físicas e jurídicas, aumentou em julho O número de falências teve forteaumentonacidade de São Paulona primeiraquinzenade julho,assim comoos níveis deinadimplência das pessoas físicas. As informaçõesfazem partedepesquisa divulgada quinzenalmente pela AssociaçãoComercial de São Paulo.Em relação à primeiro quinzenade julho de 2001, houve aumento de 53,5% no totalde falências requeridas e de 76,7% nas falências decretadas.

Nasquinzenasde meses anteriores,asfalências (que caracterizam a inadimplência das empresas) já haviam crescido. Em junho, por exemplo, houve 12,7% falências requeridasa mais;as decretadasficaram estáveis. A brilteve umdos maiores aumentos do ano, de 44,4% e 18,8%, respectivamente.

Também cresceu, 49%, o número deregistros recebi-

dos pelo Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) na primeira quinzena de junho, ante2001.Nomesmo intervalo, houvecancelamento (istoé, houvepagamento dos débitos) de apenas 36,1%dosregistros,o que significa que a inadimplência cresceu.

Ve nda s – Os indicadores de vendasdecomércio, porém, mostram umcenário melhor. Na primeira quinzenade julhofrente aomesmo período doano passado,as consultas as SCPC, quefuncionam como um termômetro das intenções de compras aprazono varejo,subiram 12,5%. Asconsultasao UseCheque, outro serviço da Associação Comercial que indicaasintenções decomprasa vista,cresceram 19%. A quinzena de 2002, porém, teve um dia útil a mais. Pela média diária, os aumentosfo-

Indústria deve demitir mais no ano, diz Fiesp

O segundo semestreserá pior para aindústria doque os primeirosseismeses do ano, com possível queda na produção e, certamente, com aumentodas demissões.A previsão é do diretorde Competitividade Industrial da Fiesp, Mario Bernardini. "O mundorealestápiordo que os indicadores mostram. A arrecadaçãodeimpostos, por exemplo, está caindo". Ascausas, segundoodiretor, são abaixademanda,o crédito curto, a alta dos juros e as quedasdospedidosem carteira e das vendas. Será,

oportunidades

para Bernardini, um segundo semestre muito "complicado, pessimista".

A própria Fiesp está revendo as projeções de crescimento doPIB industrial, antes projetado para 2%, e já prevê que o empregoindustrial dificilmente terminaráoano no mesmo nível de dezembro de2001. Mas Bernardini acreditaque issopoderátrazer uma coisa boa: "Tenho a impressão deque daquipara a frente a economia tem chances de influenciar a política, enão ocontrário, como ocorre há tempos". (AE)

ramde 3,1%(SCPC) e9,1% (UseCheque) – mesmo assim, positivos. A Associação destaca ainda que, em junho de2001, ocomércio já enfrentava retração, devidoao racionamento de energia (que já vigorava na época).

Os indicadores de vendas do varejo, porém, sinalizam crescimento na primeira quinzena do mês

Além disso, nos últimosdias, osetorfoi beneficiadopela chegadadofrio,que favoreceu as vendas de roupas.

P ro m o çõ e s – Segundo a entidade, outro fator que contribuiu para o crescimento dasvendas emjulho deste

ano foio esforço promocional do varejo, que reduziu suas margensde lucroe facilitou ospagamentos. Noentanto,o presidente da entidade, Alencar Burti alerta que a redução constante das margens acaba inviabilizando a sobrevivênciadas empresas e pode comprometer inclusive os empregos no futuro. Paraele, osdadosde falênciase inadimplência demonstram que a política de enxugamento de liquidez, via compulsórios, e dejuros elevados con-

tinuaa afetarodesempenho da economia,impedindoa recuperação daprodução, das vendas e do emprego.

Burti consideraque, adespeito da instabilidade da economia, existeespaçoparao Copom reduzir a taxa básica de juros em sua reunião que termina hoje,porque ainflação apresenta sinais de queda. Para o empresário, a inflação só nãoteve redução maior nosúltimos mesesem razãoda altadoscombustíveis e dospreços administrados (isto é,controlados pelo governo, como energia elétrica e pedágios).

Emrelação aoscombustí-

veis, Burti avalia que não se justifica permitir liberdade depreços paraumaempresa quegoza deummonopólio defato,o quelhepermiteignorar as condições do mercado e impor àsempresas e aos consumidores aumentos incompatíveis com a situação daeconomia. "Denada adianta seguraros jurospara conter a inflação quando ela é provocadapelos preçosadministrados. Isso somente contribui para desacelerar a economiae provocar brutal transferênciade recursos do setorprodutivo edosconsumidores para um pequeno número de empresas".

Produção industrial cai 5,6% em SP

O estado deSão Paulo voltou aregistrar quedana produçãoindustrial.Depois do crescimento de 3,4% apurado em abril, o nível de atividadepaulista recuou5,6% em maio, frente ao mesmo mês de 2001,segundo informações do Instituto BrasileirodeGeografia eEstatística (IBGE).

De acordo com o instituto, a retração reflete, em parte, os efeitos da base de comparação:em maiode2001 foiregistrado o melhor índice de produção industrialno estado para esse mês, de 6,9%.

No acumulado do ano, a indústria paulista também apresenta retração, de 2,9%.

A maior pressão negativa vem do setorde material elétrico e de comunicações, em razão da menor fabricação de microcomputadores. Em maio,anteo mesmomês de 2001, a queda chega a 29,5%.

No ano, a baixa é de 16,6%. O desaquecimento da indústria automobilística também prejudicou o desempenho industrial. Emmaio, ante 2001, porexemplo,ossegmentosde materialdetransporte, metalurgia e mecânica registraram baixas, de respectivamente, 14,3%,11,2% e 5,5%.

O maior aumentode atividadefoi verificadono segmento químico, de 14% em maio e 7,2%, no ano.

Em abril,a produção em São Paulohavia crescidode-

vido, principalmente, ao maio número de dias úteis do mês, emrelação a abrilde 2001. Isso porque a Semana Santa,que no ano passado havia caído em abril, em 2002 aconteceu em março.

Demais regiões – Em maio, sete das 12 regiões pesquisadas pelo IBGE apresentaram níveis negativos de produção industrial ( ve j a q ua d ro ).A maiorqueda,de 19%, foi observadana Bahia.

As indústriasmetalúrgicae química tiveramas maiores baixasnoestado, de39,1%e

19,6%, respectivamente. O maior crescimento foi verificado, novamente,no Riode Janeiro (14,3%). Em abril, a elevação havia sido de 10,6%.O setorque vempuxando as altas éo de extrativismo mineral, devido àexpansãoda indústriadegáse petróleo,que teveemmaio aumento de 29,6% no nível de produção,a maiortaxa desde fevereiro de 1999. Odesempenhogeral do País em maio foi negativo em 0,88%. Noano, aqueda éde 0,3%. (GN)

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Saiba como calcular custos e preços

Pesquisa do Sebrae descobre que pequenos empresários não têm noção de quanto gastam e quanto podem cobrar

A última pesquisa feita pelo Sebrae,referenteamaio, revelou dados que surpreenderamatéos próprios autores. Das450microe pequenas empresasdocomércio, indústria e serviços, 86% não tinham uma noção clara da sua estrutura de custos.

Odadolevou os autoresa concluírem que embora a atual conjuntura econômica tenha peso importante para a quedado faturamentodas pequenas empresas, a falta de controledos seusprincipais custos está levando muitas a perderem dinheiro sem saber como ou porque.

Definição de preço– "É um grande erro as empresas nãoconheceremde forma clara e precisa seus custos, pois são eles que determinam o preço de venda do produto ou serviço de forma aobter lucro na operação", diz o consultor financeiro do Sebrae, Ricardo Curado.Para calcular o preço de venda, a regra é levar em consideração os custos diretos, as despesas fixas e variáveis e a margem de lucro que se pretende obter.

É matemática pura determinar com precisão os custos de qualquer empresa. De modo geral, os pequenos empresários, sejam da indústria, comércioou serviços,devem

debruçar-se nos cálculos de três tipos decustos:os diretos, as despesasvariáveis e as despesas fixas.

O custo direto, por exemplo, é o preço pago pela aquisição doprodutoou mercadoria que se vaivender.Na indústria, o custo é calculado com base nas matérias-primase nos diversos componentes envolvidosnaelaboração do produto.

Variações – Nem sempre é fácil estabelecer com precisão o custo direto, especialmente nas empresas comerciais. Dependendo da época de aquisição,dosfornecedores, do volume comprado e formas de pagamentoo valor sofre variações de mês a mês. Uma alternativa para driblar essa primeira dificuldade é estabelecer um rígido controle de estoque.

A regra é registrar o valor pago emcada mercadoriae, nofinal de umdeterminado período,determinaro custo médio.

Mão-de-obra – Na indústtria,o custodamão-de-obra costumaser consideradocomo custo direto. Para determinar o seu peso comodespesa, a fórmula mais utilizada é somar os salários e encargos dos funcionários envolvidos nafabricação edividir oresultado pelaquantidade de produtos.

"Se a empresa é pequena, com poucos funcionários que executam diversas funções, outra alternativa é jogar os dados como despesa fixa. Oefeito financeiroseráo mesmo", explica o consultor.

Variáveis – As despesas variáveis são aquelas que os empresários pagam em função das vendas realizadas. No comércio, por exemplo, as comissõespagasdevemser levadas em conta nessa categoria de custos.

São consideradas também despesas variáveis os impostos e tributos, cujos custos nem sempre são levados em

consideração pelasempresas na hora de estabelecer o preço de produtose serviços. Os maisimportantessão o ICMS, o Darf,que engloba o PIS, Cofins, CSLL, e Imposto de Renda sobre o lucro presumido.

Fixas – Os gastoscom aluguel, luz, telefone, água, honorários do contador, prólabore dos sócios e manutenção sãoconsideradoscomo despesasfixas. "Édeextrema importância conhecer o valor médio dessas despesas eidentificar oquanto representam em relação aovalor médio total de vendas. Exemplo: durante ummês, as despesas somaram R$5 mil. No mesmoperíodo,as vendas foram de R$ 20 mil. Nesse caso, as despesas fixas representam 25% das vendas. Na prática, quanto maior o volume devendas,menor éaimportância das despesas fixas. Lucro – Opreço de venda deve terembutida umamargem de lucro, que varia de acordocom oramo deatividade daempresa. Segundoo consultor do Sebrae,nas pequenasempresasa margem de lucro é fixada em torno de

5% a 10% sobre o valor total das vendas. "Um dos grandes erroscometidos porempresários é comprar uma mercadoria por R$ 10,00, jogar 50% em cima do valor, ou seja, R$ 5,00, vender por R$15,00e achar que está lucrando 50%".Na verdade, olucroé de 33%, resultadoda divisão do lucro bruto (R$ 5,00) pelo valor de venda.

Entre 450 micro e pequenos empresários, 86% admitiram não conhecer sua estrutura de custos

Embora a avaliação sobre o que é caro ou barato seja prerrogativa do consumidor, éimportante para as empresas terem pelomenos noções básicas de como fazer tais cálculos."Se no final,o cliente achar queo preçoestá elevado, umaalternativa édiminuir os custos e despesas. Ou então, aumentar o volume de vendas. Com isso, diminuiuse a participação das despesas fixas em termos percentuais e o preço pode ser reduzido", ensina o consultor.

Cartilhas – "No atual conjunturaeconômica, umadas formas de se garantir rentabilidadeé monitorarmonitorar rigorosamente os custos das empresas, principalmente aqueles atrelados ao dólar, como energia elétrica e com-

ABN AMRO processado por danos

O bancoABN AMROReal

S/A, resultado dafusão entre o banco holandês e o brasileiroReal, permanece respondendopela açãodedanos moraisem razãode,como mandatáriodo banco Santander, ter enviado a protesto uma duplicata já paga. O presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Nilson Naves, indeferiuliminarem medida cautelar apresentada pelo banco.

Crédito – A empresa Pereira Comércio de Peças e Acessórios paraAutos Ltda.ajuizou ação de indenização contra o banco ABN AMRO Real porque, em novembro de 1997, o banco mandou a protesto uma duplicata que haviasidopaga nadatadeseu v encimento.A alegaçãoda

empresaé de que o protesto indevido causou-lhe prejuízos materiais e morais, abalando até mesmo o seu crédito no mercado.

Mandatário – O banco pediu aextinçãodoprocesso sem julgamento domérito defendendonão terlegitimidade para responder pela ação em razão de ter agido dentro de suas atribuições, na qualidade de simples mandatário do banco Noroeste S/A, hoje Santander, que determinou a cobrança dotítulo e o seu posterior protesto. Serviços de cobrança – Isso porque, como o Banco NoroesteS/A não possui agências em todasas comarcas, utiliza-se dosserviços de cobrança doABNAMRO Realconformeo contrato

que mantém. Segundo esse documento, cabe aobanco Noroeste determinar a cobrançado títuloeposterior envioe sustaçãodoprotesto, cabendo ao ABNas instruções daquela instituição bancária.

Empurra-empurra – A ssim, teria agido apenas como mandatário, sem extravasar os limites dasua competência. Diante disso, não poderia responder pelos danos, o que caberia ao banco Noroeste.

A alegação,no entanto,foi rejeitada pela SétimaVara de São Luís, assim como o pedidoparaque incluísseooutro bancocomo parteda ação.A decisão foi mantidapela segundainstância. Obancorecorreu dessa decisãoao STJ e ao SupremoTribunalFede-

Maior parque de floresta tropical do mundo será criado no Amapá

O presidente Fernando Henrique Cardoso assinará até agosto o decreto que cria o Parque Nacional do Tumucumaque.Localizado no Amapá, será omaior parque de floresta tropical do mundo, com3,8 milhõesde hectares e, segundo o presidente, vai demonstrara todasociedade o compromisso do Brasil com a preservação do meio ambiente.

FernandoHenrique reconheceu que faltam poucos mesesparao fimdeseu segundomandato, períodono qualnormalmente pouco pode ser feito. Entretanto, demonstrou otimismoe revelou queacredita queainda dá tempodeimplementar ações que respondam aos an-

seios dasociedade."Nestes poucos meses,ainda dápara fazer coisas que possam marcar pelo menos uma aspiração nacional, que éa de que realmente nós tenhamos um compromissocom apreservação da nossa natureza", afirmou.

O presidente cobrou da Câmarados Deputados a aprovação, até setembro, do projeto de lei que define regras rigorosas para a exploração da Mata Atlântica. O projeto tramita há 10 anos na Câmaraeprevê,entre outras coisas, a criação de um fundo paraconservação e reflorestamento da Mata,alémde conceder benefícios fiscais a proprietáriosrurais que mantiverem florestas em

suas glebas. Protocolo de Quioto –Fernando Henrique também manifestou intenção de chegar à Conferência Mundial sobre Meio Ambiente Rio+10, em Joanesburgo (África do Sul), no final de agosto, com o Protocolo de Quioto ratificado pelo governo brasileiro. Odocumento prevê que os países industrializados devemreduzir suas emissõescombinadas de gases de efeito estufaem pelo menos 5% em relação aos níveis de 1990 até o período entre 2008 e 2012. "A promulgação do protocolo permitirá aoBrasilchegarcom força moral na reunião, e dizer que nós estamos realizando,fazendo", disse. (ABr)

ral. Os recursos ainda estão pendentes deserem admitidos pelo Tribunal de Justiça local. Assim, impetrou medida cautelar no STJ com o objetivo de suspender audiência de instrução.

Lesão de direito – O ministro Nilson Navesindeferiu o pedido. Para ele,a eventualidade de seagravar, no curso do processo,a lesãodo direito cuja reparação se postula, funciona emsentido contrário ao afirmado pela banco. Primeiro, porqueo eventual provimento do recurso especial poderia determinar a nulidade dos atos posteriores ànão inclusãodoSantander naação.E tambémporquea repetição de tais atos processuais não causaria prejuízo irreparável a ninguém. (STJ)

bustíveis", aconselhaoeconomista Pedro João Gonçalves, um dos coordenadores da pesquisa do Sebrae. Osgastoscom mão-deobrae matérias-primassão apontados comoosprincipais custos nas pequenas empresas. A administração dos primeiros geralmente fica a cargo dos contadores. Já os custos envolvidos com a compra de matérias-primas e mercadoriascostumam ser controlados pelopróprio empresário. Em levantamentos anteriores, o Sebrae constatouque 65% dos micro e pequenos empresários controlam oestoque de matérias-primas emercadorias. "O problema é que geralmente esse controlenãotem como objetivo a racionalização de custos", diz Gonçalves. Em geral,as empresasformam preço olhando para a concorrência.

Cartilha – Para orientar os empresários,o Sebrae está lançando três cartilhas dirigidas à indústria, ao comércio e às empresasdeserviços.O material é gratuito e pode ser retirado nos 38 escritórios regionaisdo Sebrae, em São Paulo,ou pelo telefone (0800-7802).

Sílvia Pimentel

OAB reclama contra taxa de segurança do DF

Os dispositivos legais que instituíram aTaxadeSegurança para Eventos, no âmbito do Distrito Federal, estão sendo contestados pelo ConselhoFederal daOAB,em Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) ajuizada peranteo SupremoTribunal Federal (STF).

Segundo argumenta o presidente nacional da OAB, Rubens Approbato Machado, a

Assessoria Contábil

Análise Tributária

Recursos Humanos

cobrançadataxa éinconstitucionalporque privatizaa atividade de segurança pública,queé direitodetodos,limitandosua abrangência àqueles que pagam. “Taxa não pode remunerar serviços de segurança, que pela sua natureza não são nem específicosnem divisíveis”,enfatiza.Afixação dataxaporato do Executivotambém écontestada. (OAB)

Planejamento de Economia Tributária

falências & concordatas

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 15 de julho de 2002, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:

Requerente: Indústria de Embalagens Promocionais Vifran Ltda.

– Requerido: Punto K Confecções Ltda-ME – Alameda dos Arapanés, 361/393 – 39ª Vara Cível

Requerente: Campeças Campinas Distribuidora de Peças Automotivas Ltda. – Requerido: Pricathsara Com.Auto Peças e Acessórios Ltda-ME – Av. Cupecê, 4969 – 25ª Vara Cível

Requerente: Distribuidora de Filtro e Óleo Bauru Ltda. – Requerido: Amazonas Auto Posto Ltda. – Av. São Miguel, 6337 –28ª VaraCível

Requerente: Madeireira Lano Ltda.

– Requerida: Marcenaria Gold Line Ltda. – Av. Carlos Lacerda, 3093 – 01ª Vara Cível

Requerente: Açotubo Indústria e Comércio Ltda. – Requerido: Eletrotools Bobinas e Transformadores Ltda. – Rua Zilda, 577-A – 31ª Vara Cível

Requerente: Açotubo Indústria e Comércio Ltda. – Requerido: Tecon Ind. e Com. de Conexões e Válvulas Ltda. – Rua Toreiros, 67 – 34ª Vara Cível

Requerente: Promax Produtos Máximos S/A Ind. e Comércio –Requerido: Transcoutrim Transp. de Entrega Rápida Ltda. – Rua Olho D’Água do Borges, 80 –27ª VaraCível

Requerente: Promax Produtos Máximos S/A Ind. e Comércio –Requerido: Haiti Auto Posto Ltda – Rua Parapuã, 1178 – 06ª Vara Cível

Requerente: Plasmont Estruturas Metálicas Ltda. – Requerida: Tabea Comércio e Marcenaria Ltda. – Av. Antonelo de Messina, 338 – 35ª Vara Cível

Requerente: Plasmont Estruturas Metálicas Ltda. – Requerido: Civil Engenharia e Planejamento Ltda. – Av. Pedroso de Morais, 477 – 14ª Vara Cível

Requerente: LS Confecções e Tecidos Ltda. – Requerido: Etibira Com. de Representações Ltda. – Rua Dias da Silva, 780 – 23ª Vara Cível

Requerente: Globalcap Ind. e Comércio de Equipamentos de Proteção Ltda. – Requerida: Pilz Engenharia Ltda. – Rua Gomes Freire, 12 – 02ª Vara Cível

Requerente: Brasília Máquinas e Ferramentas Ltda. – Requerido: Adailton e Adão Telhados e Coberturas Ltda. – Av. Itaquera, 2495– 37ª Vara Cível

Requerente: Moinho Pacifico Ind. e Comércio Ltda. – Requerido: Pinelo

A África fica aqui perto

Independentemente de quemesteja liderandoos protestos popularescontra o governo do Paraguai, diplomatas e especialistas em política internacional acreditam que a crise vivida pelopaís vizinho tem pelo menosumefeito positivo: chamara atençãodomundo paraa situação de préfalência da economia paraguaia e da influência do crimeorganizadosobre a maioria das atividades produtivasdo país.Umdiplomata lembra que, em Ciudad del Este,a mais importante cidadedopaís, 40% do comércio local é controlado diretamente pelas máfiaschinesa ejaponesa. O restante, parapoder trabalharempaz, pagataxasde proteçãoaos mafiosos.Para se ter uma idéia da situação, o comércio da cidade movimenta anualmente US$1,2 bilhão. Grande parte dessasvendas sãofeitas parasacoleiros oucontrabandistas brasileiros.

Dados doBanco Central

do Paraguaimostram que, em todo o país, os sacoleiros econtrabandistas são responsáveis por um comércio da ordem deUS$ 2,5 bilhões, quenão fazem parte do PIB do país. Ou seja,uma parcela considerável da economia é informal. Com isso, a arrecadação de impostosé baixae ocaixa dogoverno émagro.Faltam recursospara projetos sociais e programas de desenvolvimento econômico. Resultado: atualmente, cerca de 60% da população urbana e 80% da rural vive abaixo da linha de pobreza. O Paraguai têm 5,5 milhões de habitantes. De acordo com umafonte diplomática baseada em Assunção, os organismos internacionais, como FMI e Banco Mundial, já não confiam no governo paraguaioe nos rumosdesua políticaeconômica. Isso significaque dificilmente oParaguai irá receber algum tipo de ajuda internacionalnos próximos anos.

Falência anunciada

A economiaparaguaia vem enfrentando, desde 1997, taxasde crescimento próximas de zero, ou negativas. A situação deve agravar-se aindamais devidoa problemas internos, tais como a falta de dinamismo naeconomia, obaixonível de execução de obras públicas, a paralisação das reformas e a seca que provocou quedas acentuadas nassafrasdosprincipais produtosagrícolas. As remessas dos imigrantes paraguaios queresidiam naArgentina também diminuíram, afe-

a

Veias abertas

Acriseeconômica jáatinge, em maior ou menor intensidade, todos os países da América do Sul. A exemplo do Paraguai e daArgentina, ovírus dodesemprego edaretração das atividadesprodutivas já chegou ao Uruguai, que registrou uma queda do PIB de 10,1% no primeiro trimestre de 2002. Nomesmo período, aproduçãoindustrial uruguaia registrou uma queda de 17,8%. A indústria de turismo, segunda maior fontede rendado país, apresentouuma quedasuperior a 20%. Para este ano, o governo uruguaio está prevendo uma queda de pelo menos 2% no PIB uruguaio.

Veias abertas 2

Apenas nosprimeiros cinco meses deste ano, as reservas internacionais do Uruguai caíram 53% em relação ao nível registrado nofinal de 2001, passandode US$ 2,9 bilhões para US$ 1,6 bilhão.

Gol apresenta cartão para pequenos empreendedores

A Gol Transportes Aéreos lançou, ontem,ocartão de crédito Gol Empresarial. O produto é direcionado a pequenos e médios empreendedores. Segundo Constantino de Oliveira Júnior, presidentedaGol,em umano,60mil empresasdevem terocartão da companhia.

O Gol Empresarial foi criado em parceria com a rede de hotéis Accor, com a locadora deveículosAvis RentaCare com oBanco Industrial,responsável pelo sistemade concessão de crédito.O produto faz partede uma estratégia conjunta das empresas paraatingir pequenos emédios empresários brasileiros. Hoje, na Gol, esses empreendedores respondem por 55% das vendas. "Com esse incentivo, esperamos aumentar esse número para 70%", diz.

Imagem

tando negativamente os níveis de confiança dos investidorese restringindoo acesso do Paraguai ao mercado internacional.

A previsão para este ano é de umaredução noPIB de 2%. De janeiro a maio, a taxade câmbioreal depreciou-se 4,5% em relação ao dólar.

Em 2001,oguaraniteve umadesvalorização de30% em relação aodólar.As reservas, que em dezembro do ano passadoeramde US$ 724 milhões, estão reduzidas a US$ 580 milhões.

Veias abertas 3

DadosdoBanco Centraldo Uruguai mostram que, em maio, os depósitos em moeda estrangeira registraram uma redução de US$ 1,4 bilhão, em comparação aquedade US$ 633 milhõesocorridaem abril.

Osdepósitos de nãoresidentes reduziram-se em US$ 703 milhões, enquantoos depósitos de residentes registraram queda de US$ 685 milhões. Os depósitos em moedaestrangeira apresentaram uma quedaexpressiva de29%.Em maio, osdepósitos àvista em moeda nacional e nas cadernetas depoupança registraram quedas de10% e 7,5%.

Veias abertas 4 Lá, como aqui, este comportamento reflete um aumento da desconfiança deinvestidores, principalmente devido às repercussõesda criseargentina sobre aeconomia eo sistema financeiro uruguaio.

TROCO

HERMANOS - Na contramão da maioria dos países da América do Sul, a economia chilena apresenta indicadores positivos. Os jurosforam reduzidos de 6,5% para 4% ao ano.

HERMANOS2 - Aqueda se baseou numasignificativa reduçãodas expectativasdeinflação demédio prazo,com uma redução da inflação efetiva. Ainflação chilenados últimos 12 meses foi de 2,1%.

HERMANOS 3 - Os fatores que têm contribuído paraum comportamento favorável da inflação são:a redução dos preços do petróleo,a estabilidade do mercado de câmbio e da demanda interna,que tem crescido menos do que o esperado.

HERMANOS 4- Nos primeiros três meses doano, oPIBdo Chile cresceu 1,5%. A previsão é de que o PIB cresça 2,5%.

Os clientes do cartão não vão pagar anuidade, poderão escolher a data de pagamento de acordo com o fluxo de caixa da empresa e o valor poderáserpagoem 12parcelas, mas se for feito em até quatro vezes não há incidência de juro. Daquinta a décimasegunda parcela, a taxa será de 4,4% ao mês.

Na primeirafatura, os clientes terão 5% de desconto nas passagens aéreasdaGol, no aluguelde carro daAvis e na hospedagem nos hotéis da rede Accor.Depoisdapro-

moção de lançamento, novas campanhas, ainda não formatadas, serão feitas para dar vantagens aos clientes e atrair novos consumidores. O cartão também vai servir para as empresas parceiras descobrirem o perfil dos consumidores e oferecer serviços para melhor atendê-los. "Vamos identificar umtipode veículo que o empresário goste mais de alugare fazer uma promoção, por exemplo", afirma Sérgio Guanais, gerente da Avis no Brasil. Para adquiriro produto bastaacessaro site da Gol–www.voegol.com.br –ou

Fiat leiloa cinco carros dos pentacampeões

A Copado Mundoe ascomemorações do pentacampeonato já terminaram, mas as ações sociais dos jogadores quevoltaram ao Brasil estão apenas começando. Quatro deles, Cafu,Roberto Carlos, GilbertoSilvae Dida juntaram-se à Fiat Automóveis para autografar cinco modelos que serão leiloados. Oleilão será efetuado efetuado via Internet e sua organização ocorrerá nos próximos dias. Arendaobtida será destinada à construção da Fundação Cafu, criada pelo capitão da seleção brasileira, com o

objetivo de atender crianças e jovens carentescom idades entre7a 17 anos, na capital paulista,no Jardim Irene. A entidade terá atividades culturais e reforço escolar. Osmodelos escolhidossão o Fiat Doblò EX, dois Palio Fire, um Palio Weekend ELX e um Siena Fire. O valor de mercado dos automóveis está estimado em R$ 120 mil. Todos eles receberam mensagens especiais dos jogadores emsuacarroceria e também no revestimento interno.

Paula Cunha

Empregados da GM podem entrar em greve

Os trabalhadoresda fábrica da General Motors em São Caetano do Sul, São Paulo, pararam a produção por três horasnamanhã de ontem, emprotesto contraademissãode 808empregados. Os profissionais ameaçamentrar em greve na semana que vem. Na Scania, houve assembléiaparadiscussão do corte de 65 trabalhadores.

As demissões na GM significamcerca dos10% doquadro da unidade,quepossui em torno de 8 mil funcionários. No total, a GM emprega 18 mil pessoas no País, tendo faturadoUS$5bilhões em 2001.Aprevisão paraesse ano é de US$ 4,5 bilhões.

O vice-presidente do Sin-

dicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, Agamenon Alves, disse que 3 mil trabalhadorespresentes àassembléia desta manhã votaramafavordagreve, quese iniciaria a partirde segundafeira,dia22, casoaGMnão abra negociações.

"A GM queracabar com o turno da noite alegando excesso de estoque e queda nas vendas", disse Alves.

A GM não quis se manifestar sobre oassunto, mas vem desacelerando sua produção por meio de férias coletivas, com novarodadaagendada para 29 de julho.

A expectativa é de que as vendas da empresa caiam 4% em 2002. (Reuters)

preencher os formulários nos aviões da empresa, nos hotéis da Accor e nas lojas da Avis. Pessoafísica– A Gol também está estudandoum cartão para atender pessoa física. Diferentementedo GolEmpresarial, que é umproduto sem bandeira, o cartão para pessoasfísicas deveráseradministradopor umadas grandes empresas do setor, como Credicard. Também há conversas com o banco Bradesco para a gestão operacional do produto. "Como são setores diferentes, os cartões precisam ser diferenciados", diz Júnior.

Sem milhas– Segundo o presidente da Gol, a empresa não deve adotara mesma estratégia de milhagem usada porcompanhias aéreasem quase todo o mundo. "Esse sistema já está defasado. Muitospassageirosenfrentamproblemas quando vão usar as milhas. O programatambémé um problema paraascompanhias aéreas. Se todosos passageirosfossem usar suasmilhas, as empresas ficariamum anooperandonovermelho", afirma Júnior.

Cláudia Marques

Gol passa de empresa limitada para sociedade anônima

AGoldeve mudarsuaposição de empresa Ltda. (Limitada) paracompanhia S.A (SociedadeAnônima)até ofinal deste ano.A companhiajá recebeu autorização do DAC (Departamento de Aviação Civil) para fazer a mudança. Agora, o projeto tem de passar pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

SegundoConstantino de Oliveira Júnior,apesar damudança, aempresa nãopretendenegociarações emBolsa. "Vamosser uma companhia de capitalfechado. Adiferençaéquevamos divulgartri-

mestralmente nossos resultados. Como Ltda., essa divulgação é anual e só para o DAC", diz.

A Golencerrou 2001com prejuízode R$5,43milhões. Apesar de elevadas, as perdas eram esperadas. Para 2002, a meta é fechar no azul. Números– No primeiro semestre,aGoltransportou 1,3 milhão depessoas ocupando o quartolugar noranking doméstico, com 10,19% de participação domercado.Ameta dacompanhiaefecharo ano em terceirolugar, àfrente da Vasp. (CM)

DaimlerChrysler pode interromper produção

-A DaimlerChrysler,controladora daMercedes-Benz do Brasil,podeinterromper sua produçãopor, pelo menos, dois dias no fim de julho.

Oobjetivoé compensararetração nomercado automotivo. A informaçãoé do presidente da companhia no Brasil, Ben van Schaik. O executivo informou que deverá utilizar osistema de banco de horas e paralisações temporárias na fábrica de São Bernardo do Campo para ajustar produção e as vendas.

A empresa continua negociandocom sindicatosalternativas à demissão de 730 trabalhadores, anunciadano mês passado. De acordo com Schaik , haverá umareunião naAlemanha emagosto paradiscutir, entre outras coisas, a situação do mercado brasileiro. "Vamos esperar o que vai acontecer, principalmenteapósas eleições de outubro", afirmou. Schaik declarou que as vendas de caminhões e ônibus foram bem atémaio,começando a cair em junho. ADaimlerChrysler anunciouainda avendade137 ônibus para as empresas Cometa e1001, umnegócio no valor de R$ 50 milhões.Foi um dos principaiscontratos da montadora nos últimos anos. As duas viaçõespossuem,juntas,1,4 milveículos. (AE)

EM LINHA Joel Santos Guimarães
Constantino Júnior: meta é chegar a 70% das vendas de passagens para as pequenas e médias empresas

Democrata investe em selo de conforto

Expectativa da empresa paulista de calçados é de ampliar as vendas dos pares em 15% com a divulgação do certificado

A Democrata, fabricante paulista de sapatos, está recebendo oficialmente hoje o Certificado de Conforto para seussapatos na 34ª Feira de Calçados,Acessórios deModa, Máquinase Componentes (Francal). O título foi criado pela Associação BrasileiradeNormas Técnicas (ABNT) neste ano.

Segundo o gerente de marketing da empresa, Fernando de Oliveira, o título foi obtido através da parceria da Democrata com umafabricante de solados,a Solados Amazonas. Os técnicos desta última

Embraer mantém previsão de vendas, mesmo com crise

AEmbraer, quartamaior fabricante mundialde aviões comerciais, mantém sua previsão de entregar 135 jatos em 2002, apesar deter decepcionado alguns analistas ao anunciarqueentregou apenas 60 aeronaves na primeira metade do ano.

"Nossa expectativa permanece amesma. Onúmero de entregas ésempremaior no segundo semestre", disse o vice-presidente financeiroda Embraer, Antonio Luiz Pizarro Manso.

No final da segunda-feira, a empresa brasileira anunciou a entrega de 30 aviões a clientes entre abril e junho, o mesmo do primeiro trimestre do ano e bem abaixo das 44 aeronavesentregues no segundo trimestre de 2001.

Acifra deixoualgunsanalistas desconfiados quanto à capacidade derecuperação da empresa no segmento em queatua, sobretudodepois dos ataquesaéreos de11de setembro contra os Estados Unidos edadesaceleração econômica mundial, fatores que levaram a Embraer a reduzir sua estimativa anterior deentregas em 2002 de 205 aviões. (Reuters)

criaram um tipo de solado diferenciadoe mais durável, que proporcionamais conforto ao usuário. Impulso – A empresa esperaque,com estetítuloinédito,seusnegóciossejam impulsionados tanto nafeira quanto nospróximos meses. A expectativa é de crescimento de 15% até o final deste ano sobre o faturamento de 2001, que foi de R$ 48 milhões. Em relação à Francal, a Democrata espera que o volume de negócios na ediçãodeste ano seja 30%superior aoresultado obtido em 2001.

Além da certificação, outras ações estão contribuindo para que esta previsão se concretize. Aparceria coma Solados Amazonas foi a primeira delas e outras virão até o finaldoano. Adivulgaçãodas coleções em diversos tipos de veículos de comunicação também está colaborando para obom desempenhoda empresa. Atualmente, ela produz 300 tipos de modelos masculinos, desdeo clássico até os tênis sofisticados.

NaFrancal,a Democrata está lançando umalinha masculina de sapatos seme-

lhantesasandálias emocassins para o alto verão, além de uma coleção de tênis mais sofisticados para o público jovem. As cores predominantes são as mais claras, com destaqueparao azul,com espaço para diversas tonalidades de vermelho.

Perfilde público – Estes modelosvisam atenderum público consumidor jovem, que está atualizado e procura adquirirroupase acessórios atuais. "Nosso cliente está sempreprocurandoas últimas novidades e procuramos atendê-lo.Geralmente, ele

quer confortoebeleza aliados a designs modernos e cores atuais",explica Fernando de Oliveira. Asatuais campanhaspublicitárias com o ator Reinaldo Gianechinivisam atrair um público jovem e dinâmico jovem, dinâmicoe sofisticado. Por isso, a empresa segue investindo em sua linha clássica, com cores sóbrias. De acordo com o gerente demarketing daempresa,as trêsunidades daDemocrata, duas em Franca e uma em Camocim,no estado doCeará, contamatualmente com

1000 funcionários. Dos 140 mil pares produzidosmensalmentepela Democrata,cercade20% são exportados para países da América Latina, Estados Unidos e Europa. H is tó ri a – ADemocrata iniciousuas atividadesem 1983, em Franca (SP). No começo eramapenastrêsfuncionários, quefabricavam 30 pares de sapato por dia. Com oaumentodaprodução, a mão-de-obra domunicípio passou a ser absorvida.

Paula Cunha

Futebol sustenta rede de 14 lojas

A Roxos e Doentes, rede de lojas deartigos esportivose presentes com a marca dos times de futebol, pretende ampliar seusnegócios assumindo aadministração das lojas dos principais clubes do Brasil. Hoje, a rede é responsável pela lojas do Corinthians, em São Paulo,doInternacional de Porto Alegre e do Atlético Mineiro, em Belo Horizonte. Nesses casos, a marca Roxos e Doentes não éutilizada, apenas o próprio nome do time. Até ofinal doano, deve começar a tocaros negócios de outras duasou trêslojasexclusivas de clubes de futebol. Ao todo, o grupo possui 14 lojas abertas, incluindo as três que funcionam dentro dostimes e asdemais com a marca própria. Daqui por diante, o objetivo é crescer ao ritmo de quatro novas unidades por ano só na Roxos. A intençãoda redeera atendero públicotorcedor quenão contava com lojasespecializadasem brindes ou artigos para presente com a marca de seu time, já que as lojas esportivas seconcentram nasvendas de camisetas e outras peças como os tênis. "O futebol ésempre um grande negócio. Não é preci-

TELEFONE - A gigante japonesa de telefonia DoCoMo apresentou,ontem, emTóquio, um novo modelo de telefone celular, o SH251i, dotadodefilmadora digital.O aparelho é capaz de gravar e transmitir imagens.

Os últimoslançamentos, atéentão, eram os telefones

celulares que recebiam e enviavam fotosdecâmerasfotográficasdigitais. NoJapão, mais de 60% dos modelos de celulares possuem essa tecnologia. No Brasil, a Samsung acaba delançar o primeiro celular comvisoremcores,em alta definição. (Reuters)

sosequercriarmarcas. A maioriadas pessoasjá nasce com um time de futebol", explica um dos proprietários da Roxose DoentesEduardo Rosenberg.

Segundo o empresário, os contratos com os times para a administração de suas lojas sãofeitos medianteorepasse de uma parte do faturamento dessas unidades."Os clubes estão profissionalizando-

Ações da Nextel sobem até 28% com anúncio de lucro

A Nextel Communications, quinta maior operadoradetelefonia móvel dos Estados Unidos, anunciou, ontem, que voltou aolucro no segundo trimestre, devido à forte demanda dos consumidores, traduzida em aumento de receita da ordem de 25%.

A Nextel também disse que espera um fluxo de caixa operacional mínimo de US$ 3 bilhões em 2002, diante de uma previsão de US$ 2,5 bilhões. Às 13h22deontem, as ações daNextelna Nasdaq subiramquase28%, sendo cotadasaUS$ 6,37. (Reuters)

mais seus departamentos", diz o empresário.

Pontos Turísticos- O tratamento dado às lojas dos times envolve todo um conceito deespaço dedicadoao futebol. "As lojas do Manchester, na Inglaterra, ou do Barcelona, na Espanha,são verdadeiros pontos turísticos", explica Rosenberg. De acordo com Rosenberg, épreciso contarcomvende-

doresque entendamdefutebol. "Deixamos jornais de esportes à disposiçãodos consumidores, alémde televisores com canais especializados ligados o tempo todo. Muitas vezes os clientes vão até esses lugaresapenas para conversar sobre futebol", comenta o proprietário.

Extrato de Tomate - As lojas da Roxos e Doentes vendem umamédia de300 pro-

dutos licenciados dos clubes. Entreos itensoferecidos,estãoprodutos comogel para cabelo,edredons, toalhasde banho, fraldas,brinquedos e até extratodetomatecom a marca dos times. Operfil doscompradores desses produtos éo mais variado possível."Temos desde os torcedoresdoentes, que vãoàslojas commuita freqüência,até aquelesquenos procuram somente quando o timevai bemnos jogos",diz Rosenberg. PrateleirasSeparadasOutra regra básicapara fidelizaros clientes torcedoresé nunca misturar camisas de times rivais. Aliás, as peças não podemsequerficar ladoalado nas prateleiras para não suscitar atritos.

"Não dá para misturar Palmeirascom Corinthias e assim por diante. Os torcedores sabem que há um espaço específico para o seu time na loja", diz Rosenberg. As unidades da Roxos e Doentes possuemárea entre 60metros e170 metrosquadrados.O faturamentomédio por loja é estimado em R$ 60 mil por mês.

Loja de presentes lança lista de casa nova para solteiros

Assim como a indústria alimentícia está oferecendo produtosem embalagens menores para o mercado de solteiros, a Kirk´s Presentes, desenvolveu,ao ladodaslistasdecasamento ecozinha, uma lista single, para quem acabou de se divorciar, saiu da casa dos pais ou vai morar sozinho.

"Estamosnos adaptandoà uma nova realidade social", afirma aproprietáriaLúcia CamasmieKurbhi. Alista possuiitensque atendema necessidadedeum único morador da casa, como jogos de chá e café com 4 unidades, faqueiros com24peças(os

tradicionaistêm 102),oujogos de jantarcom 20 peças (normalmente com 60 e 72).

Aidéia dedesenvolveresse tipo delista singlenasceu da própria demanda dos consumidores. "Recebíamos pedidos de gente que queria desde o estritamente necessário para morar sozinho numa quitinete até tudo o que é preciso ter numa casa, como tábua de passar,ferro efôrmas debolo", conta a dona.

Lúcia diz que o número de listas de casamento ainda é bem maiordo que asde solteiromasacredita queatendência é crescer. "Muitos que fizeram a lista de casamento

conosco vieram depois para montar a casa de solteiro", afirma ela com certo pesar. Os homenssãoosprincipais clientes desta nova modalidade de listas, apesar de ainda não estarem bem acostumados com a novidade.

A Kirk´s Presentes funciona há dez anos na Vila Nova Conceição, em São Paulo. Aloja seespecializouem listas para a montagem de casa. Por mês, chega a desenvolver até 60 listasentre chás de cozinha, casamento e singles, chamada de casa nova.

Rosenberg diz que o futebol é um grande negócio. "A maioria das pessoas já nasce com time da família ", diz.
Masao Goto
Filho/Digna Imagem
Reuters/Toshiyuki
Aizawa
Isabela Barros
Tsuli Narimatsu

A vida dos que têm celulares

A Agência Nacional de Telecomunicações decidiu apertar o cerco aos usuários detelefonia celular.Reduziu de 60 para 30 dias o prazo paracortesnoserviçopor inadimplênciae abriu brecha para operadoras se negarem a atender clientescom dívidas na praça.As mudançasestão naregulamentaçãopara o Serviço Móvel Pessoal, sistemade novageração válido para as estreantes Oi e TIM e paraoqual asdemaisoperadoras terão que migrar até junho de 2005.

Inadimplência – De acordo com a proposta, foram reduzidos os prazos para ainclusão do nome dos devedores nos serviços de proteção

ao crédito. Inadimplentes somente poderão adquirir telefonemóvelpré-pago. Os usuáriosem débito terão 15 dias de prazo antes de ser suspensa a possibilidade de fazer ligação, podendo apenas receber chamadas. O prazo, hoje, é de 30 dias. O usuário de SMP em débito teráo contratorescindido depoisde 75dias.Dentro desse período, o nome do usuário inadimplente poderá serincluído nos serviços de proteçãoaocrédito.A proposta tambémsugere alterações namaneira deavisar os clientes sobreas contasem débito. Elepoderá sernotificado pormensagens nopróprio telefone.

O conselheiro da agência JoséLeite PereiraFilhodisse que houve preocupação em aderir asnovas regrasao Código de Defesado Consumidor. "É uma forma comedida para atacar oproblema, sem sermos arbitrários como usuário."

A expectativa é de que as grandes empresas que operamnoatualbanda AeBda telefonia celular migrem para o SMP até o fim do ano e que as empresas passem por um processodefusõese aquisições.

Códigodo Consumidor–A Associação dos Direitos do Consumidor considera ilegal a medida. Pelo Código de Defesa do Consumidor, a telefo-

Em São Paulo continua suspensa a administração de semáforos

O presidentedo Superior Tribunalde Justiça,ministro NilsonNaves, rejeitou o pedido da Companhia de Engenharia de Tráfego – CET para suspender a liminarque impediu acontratação da empresa vencedora da concorrênciapúblicapara a manutenção dos semáforosde São Paulo. Segundo Nilson Naves,opedido deliminarnão estaria justificado porque a decisão queimpossibilitou a

contratação da empresa vencedora da licitaçãonão estaria causando grave lesão à ordem, saúde, segurança e/ou economia públicas. A CET, sociedade de economia mista, é responsável pelo sistema viáriodo municípiode São Paulo.

Concorrência – A empresa Active EngenhariaLtdafoi desclassificada naconcorrência promovida pela CET. Entrou com um mandado de

segurança para impedir a contratação da empresa vencedora, alegando irregularidades no processo. O presidente concluiu que, mesmoocorrendo demora da decisão demérito do processo, a CET “não se encontra obrigada a firmar contrato de emergência compreço mais elevado do que o apresentado pela empresa por ela consideradavencedora da licitação”.(STJ)

nia éuma concessão,o que torna obrigatóriaa continuidadedo serviço.Epelalei 9.472,que criou aAnatel, o usuário não pode ser ’’discriminado quanto às condições deacesso’’. Atéfevereiro de 2003, será implantado um novo sistema para ligações interurbanas originadasde celulares.

Cadastro – As pessoas que ainda não cadastraram seus celulares pré-pagosterão até 20dejulho, parafazê-lo.Caso contrário, os aparelhos poderãoser bloqueadose seus proprietários estarão sujeitos a multas que variam de 1 a 10 Ufesps (Unidade Fiscal do Estado de SãoPaulo), ou R$ 10,52. (Agências)

De forma geral,

multa por atraso não pode superar o limite de 2%

O consumidor deve estar atento para não pagar multas superioresàs permitidaspor lei, quando for quitar uma fatura atrasada.A lei dizque a multa por atraso depagamento nas operações que envolvemcréditoou financiamento ao consumidornão pode ultrapassar 2% do valor da prestação. A regra vale para cartõesde crédito,prestações da casa própria, parcelas deleasing, financiamentos bancários, consórcios, carnês de prestações de compras em geral e todas as demais modalidades de crédito.

Esse limite foi incorporado ao Código de Defesa do Consumidoremagostode 1996, em função da queda da inflação e da estabilidade da economia.

Exceções – Há algumas exceções aotetode 2%. Uma delas é a taxa de condomínio. Respaldados por uma legislação específica, os condomínios residenciais ainda podem cobrar multas por atraso de pagamento de até 20%. Convêniosmédicos, escolas particulares,clubes delazer ecursos livres, entre outros cobram a multa estabelecidano contrato,geralmente de 10%.

Além da multa, o atraso no pagamentoimplica nacobrança de juros e outrosencargos, como taxasderefinanciamento e correção monetária. O Código de Defesa do Consumidordetermina que toda a quantia cobrada indevidamente seja devolvida em dobro. (Agências)

TV Justiça abre inscrição a interessados na transmissão

O Diário Oficial da União publicou ontem aviso do Supremo Tribunal Federal (STF)oferecendo aprogramação da TV Justiça – tevê a cabo do Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e Advocacia– para as emissoras quequiserem retransmití-la gratuitamente, a partir do dia 11 de agosto. Os interessadosdevem fazersolicitaçãoformalà assessoria de imprensa do STF.

O siteda TV Justiça (www.tvjustica.gov.br) vai informar os canais em que a tevê poderá ser sintonizada emcadacidade dopaís.Osinal será transmitido pelo satélite Brasilsat B3.

A TV Justiçajá começou a operar internamente, produzindo material para veiculação.Transmissões experimentais serão feitas até o final dejulho. Ela éadministrada pelo Supremo Tribunal Fe-

deral, para divulgação das atividadesdo Poder Judiciárioedos serviçosessenciaisà Justiça.

A programação será fornecida gratuitamente,mediante pedido de autorização para retransmissão,total ouparcialfeito àassessoriade imprensa doSTF. Outrasinformações podemser obtidas pelotelefone (61)217.3823, fax (61) 322.1431 e pelo email: tv@stf.gov.br. (ABr)

ANÁLISE João de Scantimburgo

Programas de candidatos

A leiturados resumosde programas dos candidatos resulta, exclusivamente,da preocupação das personalidadespolíticas queambicionam chegaraopoder, egovernar–ou não – o Brasil. Todos se expressam mais ou menoscom as mesmaspalavras,fazem as mesmas promessas, preocupam-secom os mesmos problemas enão passamadiante de umalinhamoderadora de atuação, se conseguirem sentar-se na cadeira que o sr. FHC vai deixar, com muita mágoa daqui, a seis meses. Noiníciodo governo,osr. Fernando Henrique Cardoso afirmou que é fácil governar o Brasil. Gostaria de ouví-lo agora, se com ele tivesse amizade,oque pensadogoverno de um país de dimensões continentais como o Brasil. Posso afirmar, como simples observadorpelo jornalismoe aleitura diária de todos os jornais editadosem SãoPauloeno Rio de Janeiro, que é extremamentedifícil governaroBrasil, com seus múltiplos e complexosproblemas,a maioria esperando solução há anos. O maior de todos os problemas é o de incorporar o Nordesteao Sul,istoé, aodesenvolvimentoque osuljáconhece e que constituiu um pa-

drão devidarazoávelparaa população,com raras exceções dos sem teto, que são adventícios, ainda não aclimados e na maioria sem emprego definido. Opresidente nãose importou com oNordeste, senão inaugurando algumas usinas elétricas, quando fazia promessas, ainda as fazia, sem poder cumprí-las com o tempoque faltapara terminar o segundo mandato. O futuro presidente terá problemas em quantidade para seocupar comseus ministros. O sr.Fernando HenriqueCardoso substituiudemais os ministros. Fez mais do que se estivéssemos em regime parlamentarista. Quero crer, mesmo, que não se lembrado nomedetodos osministros, sobretudo porque nem sempre teve critério para as escolhas,comoacaba de ocorrercom o substitutodo ex-ministroMiguel RealeJúnior. Esperemos para comentar, pois assuntos não nos faltarão, para cobrar do candidato vitorioso, que não cumprirá aspromessas até agora feitas.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

O motor da existência

Assiste-se, nos diasqueseguiram ao 11 de setembro, auma sériedeatitudes ecomportamentos de dirigentes dos paísesdo G-8, que mostram uma novavisãodaschamadas democraciasliberais eseurelacionamento com o mundo, ou melhor,comoscidadãos do mundo. Há um consenso mundial deque oterrorismo éuma traição aos padrões vigentes nas sociedades neoliberais.

Não se coloca que o terrorismo,em si, sejauma covardia contra os cidadãos que pagam até com a vida,por serem eles "partes" deum paísque semostra infensoou indiferente aos outros,de outras bandas. Não dá chance para defesa o terrorismo aquem por ele égolpeado. Por isso, quando ataca, a surpresa que causa leva ao terror, que é alimentadopela imprensa,sempre algoz do bom senso e da veracidade, à qual fica a dever por estar atada aos interesses de quem a patrocina, seja quem for.

Mas,não se buscam com tranqüilidade e sobretudo com imparcialidade ascausas remotas daexistência do terrorismo em escala mundial,menos os seus atores, mas apenas alguns dos seus mentores.

Se levarmos as inquietações para o palco do cenário nacional, o quadroé inquietador. Temos v istouma sociedade abúlica, egoístae perversa, que agora, frente aocrescendo daviolência, começa farisaicamente sustentando que conseguimos conquistas importantes, por isso se multiplicam manifestaçõesde trabalhos, porque "a empresa tem responsabilidadesocial" (desdeque existam incentivosfiscais ou reduções de impostos).

Parece óbvio que os empresários estãocegos ao conceito de liberdade de expressão, quando aelite que ocupaosMinistérios

Racionamento previsto

A maiorparte degeração de energianoBrasilé hidráulica. Não poucos especialistas no ramo optam semprepelo uso da água para girar turbinas, em lugar do gás ou dodiesel, estes sob pressão dos ecomaníacos. Mas é preciso pensar seriamente no assunto, pois que as estiagens chegame quando chegam não desaparecem tão depressa, comosupomos ou como desejamos,nemmesmo com asorações pedindochuva a São Pedro.

As industriasdo GrupoVotorantim quiseram construir uma usina hidrelétrica no vale do Ribeira, aregião maispobre do Estado. Foi um Deus nos acuda. Surgiramos ecomaníacos, e tanto fizeram tanto fizeram que acabaram levandoo poderoso grupo industrial a desistir, pelo menosenquantotiverem essa barreira pelafrente, compoderesque arrancamdajustiçao que desejam,em nome do ar puro, de que ninguém goza e das matas paradisíacas.

Durante a estiagem que nos levou a adotar o racionamento, com prejuízos enormes para a produçãoe afalta deconforto para osconsumidores,ficou provado que,alémda energia hidráulica, épreciso pensarem outra, por exemplo o gás natural e o diesel. Se o gás natural vai durar vinte anos, já é uma medidaquedeve ser levada em conta. Vinte anos, como dizia Nelson Rodrigues, não são vinte dias. Aproveitemos, bombeando dólares para a Bolívia. Emsuma, estamosameaçados de ter racionamento outra vez, nopróximo ano.Agora, tudo está bem, as usinas estão fartas de água, mas virá o sol forte do verão e osrios começarão a baixar até níveisinsuportáveis para as turbinas rodarem e produzirem eletricidade. É oracionamento que devemos evitar, antesquechegue,comos prejuízos certosdasindustriase o desconforto dos consumidores.

João de Scantimburgo

Resgate de Alma-Ata

35% (na média nacional).

Plano diretor

inibe a formação de líderes estudantis, deixando de criar uma massacrítica formadaemuniversidades públicasouquando o Presidente da República veta a lei que obriga as escolas públicas amanteremas disciplinasdefilosofia e sociologia.

De um lado, o controle da inflação vem sendo manipulado com forte política de desaquecimento da economia, lançando 50 milhões de patrícios à marginalização social, como mostrou estudo da FGV. Ora, com isso, não se pode falar em melhoriados índices sociais, poisnão sepode conceber afalta deaplicação derecursos em saneamento básico e as habitações, que são construídas, não passam de aglomerados ou amontoados de prédios sem respeito aomeio ambienteesem criar áreas verdes, afora os crônicoscasos decorrupçãoquando são executados.

Todos esses fatores, individualizados ou não, concorrentes ou não, têm conduzido, universalmente, à diminuição da qualidade dos serviços e ao aumento dosseus preços;quando não, à selvagemdestruição dos veros ideais, para ser preservada a sobrevivência. Em suma, quando odinheiro passa aser o motor da existência, unicamente ele, perdem-se os ideais, degradam-se os valores, a ética fica marginalizada.

Até George Soros reconhece que a sociedadedeve buscar valorestranscendentes, se quiser sobreviver no mundo globalizado.Oraciocínio noslevaaconcluirque asausências demoral coletiva e de ética individual estão produzindo ou são a causa matriz dosmalesdasociedade moderna, concentrada que está, mesmo absorvida, no dinheiro.

Jayme Vita Roso é advogado e conselheiro da ADVB

Sergio Amoroso

A

Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, reunida em AlmaAta, na entãoUnião Soviética, em 12de setembro de1978, expressoua necessidadedeação urgentede todos os governos, organizações não-governamentais do setor eda comunidade mundial, no sentido de promover a saúde dos povos. Com esse objetivo, a chamadaConferência de Alma-Ata formulou a seguinte declaração: "Uma das principaismetas sociaisdosgovernos,das organizaçõesinternacionais e de toda a comunidade mundialna próximadécada deve ser a de que todos os povos do mundo, até o ano 2000, atinjam um nível de saúde que lhes permitalevaruma vidasociale economicamente produtiva. Os cuidados primáriosde saúde constituem a chave para que essa meta seja atingida, como parte do desenvolvimento, no espírito da justiça social".

Exatamente no ano 2000, data limite parao cumprimentodas metas de Alma-Ata, relatório da Organização Mundialda Saúde (OMS) colocava o Brasil no 125º lugarno rankingdainstituição. A incômoda posição refletia os equívocos da política de saúde ao longo de todo o século e, claro, a exclusão social, à qual está atrelada parte significativa de numerosas doenças, endemias e epidemias.

Apesardosesforços empreendidos pelo governo nosúltimosanos, nosquaisépossível notar avanços em alguns indicadores,oPaíscontinua enfrentando problemas sérios de saúde pública. Alguns aspectos são maispreocupantes, comoorecrudescimento da hanseníase (hoje,em númerode casospor 10 mil habitantes o Brasil somenteé superadopelaÍndia), endemias(malária, cólera,febre-amarela e dengue, sendo esta uma ameaçamais contundenteneste iníciode2002)e mortalidadeinfantil superiora

Segundo aconferência deAlma-Ata, da qual o Brasil é signatário, "o Estadotem de proporcionar serviços de proteção, prevenção, curaereabilitação, conforme asnecessidades". Porém, como ocorre em outras nações, o Estado brasileironão tem capacidade de atenderde forma eficiente o contingente de 66% dos brasileiros (cercade 112milhões depessoas, oequivalente à populaçãoda Nigéria, 10ªmaioremtodoo mundo) que dependem,única eexclusivamente, do Sistema Único de Saúde (SUS).

Felizmente, muitas organizações doTerceiro Setortêm realizado trabalhoexemplarno campo da saúde, contribuindo paraque oBrasil,pouco apouco, se distancie menos dos compromissos e metas de Alma-Ata. Exemplodisso encontra-senas açõesdesenvolvidas pela FundaçãoOrsa. Na áreada saúde, especificamente,a instituição lutacontra adesnutriçãoinfantil,atuano combateaocâncer pediátrico e na atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso. Não se trataaqui de colocarsob osrefletoresumainstituição ou ogrupo de fundações e institutosdosetorprivado que, no campoda saúde, como emoutras áreas,realizamações em prol deuma sociedade mais justa, inclusãosocial emelhoria dascondições devida demilhares de brasileiros. Aquestão é que notrabalho práticodo TerceiroSetor ficaexplícito quehá soluções reais, exeqüíveis. Fazer outorgamais autoridade ao ato de criticar. É muito fácil perceber isso no trabalho das instituições do Terceiro Setor e nasuainteração comasociedade eo próprioEstado. Umbom exemplo encontra-se justamentenosprogramas desaúde,que têm contribuído para que o Brasil resgateseus compromissos como signatário de Alma-Ata.

Sergio Amoroso é presidente do Grupo Orsa

Dagestão de Paulo Maluf comoprefeitomunicipal não me lembro,atéporquenão acompanhei de perto. Na gestão de Celso Pitta,como a questão do caos da cidade tomou proporções exageradas, prestei atenção à questão urbanística e ao projeto do então prefeito contendoum Plano Diretor para a cidade. Sósei que otal plano levou meses sendo discutido em diversos âmbitos e quando finalmente foi para aCâmara Municipal, dormitouem berçoesplêndido,em roncoprofundo, atéo final da gestão de Pitta.

Proposta de Marta

A atual prefeita assumiu, não sumiu, mas também não disse ainda a que veio, mas tratou de fazer também o seu plano diretor e o encaminhou aos vereadores.Foio Deusnos acudaquea cidadetodasabe. Calcou o plano urbanístico da cidade num único detalhe digno de nota:permitir construções em regiões e limites acima dos tolerados pelaáreaepela legislaçãovigente, desde que, claro,osinteressados pagassemà prefeiturapor isto. Em linhas gerais é isto.

Substitutivo

A Câmara Municipal sentiu apressão (seé quenão viuno projeto uma oportunidade de levar vantagenscom aprefeitura)e bateuopé. Surgiuum substitutivo de um vereador doPT que,aparentemente, acomoda os interesses, permitindo construções e reduzindo

o custo do pedágioa ser arrecadadopeloscofres hojenas mãos de Marta.

A conferir

Épreciso que osinteresses da cidade, como local de vida e convivência de milhões de pessoas, estejam acima de tudo. Utopia?Claro, nas condições "ambientais" de hoje da vida pública paulistana. E do Estado.E do país.O mínimo,então, a se fazer, num cenário ondeo quemenosimportaé o bemestarda maioria,éconferir seo substitutivo éo menos danoso para a cidade. Pelo menos baixou a bola da discussão pública milionária (páginas de mídia paga) sobre o assunto.

Arrecadação

A prefeiturapaulistana, nas mãosdeMarta Suplicypode ter mudado em muitascoisas em relação às gestões que anteriormente criticava. Pode, porquede minhaparte, não mudou nada. O caos impera nacidade. Uma coisa, entretanto, é certamente similaràs gestões de Maluf e Pitta: na sanha arrecadadora. Impressionantecomoos partidários, correligionários e colaboradores da gestão petista gostam de dinheiro público. Perguntem a alguns vereadores de oposição, a respeito.

Asfalto

Para não dizer que não vejo melhoras:o asfaltodaavenida dos Bandeirantes está sendo trocado. Obrigação mínima numa viatão movimentada e desordenada.

e Vera Gomes Chefe de Arte: Gerson Mora

fornecido pelas agências Estado e Reuters Os artigos enviados à Redação do DC para eventual publicação devem conter no máximo2.800caracteres,sedigitados,ou40 linhasde70 toquescada,se datilografados. Ascartas àRedaçãosomenteserão publicadas se contiverem,alémda identificação do

P. S . Paulo Saab

Ibope aponta 22% de votos para Ciro Gomes; Serra cai e fica com 15%

Osresultados daúltima pesquisa deintenção devoto do Ibope,divulgada ontemà noite, mostramque ocandidatoà PresidênciadaRepública pelaFrente Trabalhista (PPS/PDT/PTB), Ciro Gomes, ultrapassou o candidato José Serra (PSDB) napreferência dos eleitores. Ciro Gomes está agora em segundo lugar,com 22%das intenções de voto. Ele subiu quatro pontosporcentuais; naúltima pesquisa, tinha 18%.

Serra caiu dois pontos porcentuais, para a terceira colocação, com15% das preferên-

Gol lança cartão para conquistar as pequenas empresas

A Gol Transportes Aéreos lançouo cartãode crédito Gol Empresarial, dirigido a pequenose médiosempreendedores.A metaéatingir 60 mil empresasem um ano. O cartão foi criado em parceriacomos hotéisAccor,alocadora AvisRent a Car e o Banco Industrial. Página 12

Vendedor tem de saber lidar com os perfís dos clientes

O consumidor está muito maisracionalecauteloso na horadecomprar. Porisso,o v endedor precisa ser, acima de tudo, um negociador, que saiba lidar com os diversos perfísdocomprador. Épreciso observarascaracterísticas do cliente – se é uma pessoadetalhistaou apressada, por exemplo. Página 14

cias, contra 17% daúltima pesquisa. O candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, continua a liderar as pesquisas do Ibope. Eletem boa vantagem, com33%daspreferências. Na última pesquisa, obteve 34%. Ocandidato do PSB, Anthony Garotinho, está em quartolugar, mas caiu de 12% para 10%.

Nassimulaçõesparao segundo turno, Ciro teria 44%, enquanto Lula obteria 43% . ContraSerra, Lulaconseguiria 48% das preferências, enquanto o candidatodo PSDB teria 37%. (AE)

BC deverá manter o juro em 18,5% , aponta pesquisa

A pressãosobre ataxade câmbioe oaumento dorisco Brasil devemfazer com que o BancoCentral mantenha hojeojuro básicodaeconomiaem18,5%.Issoé oque indicam 22 das 30 instituições consultadas em pesquisanomercado financeiroe divulgada ontem. Página 6

EM LINHA

A África fica aqui perto

A misériadaÁfricajánão está tão longe. Uruguai e Paraguai, nossos vizinhos,estão em situação mais que difícil.A economia paraguaia, por exemplo,é pré-falimentar esofrecomainfluência do crime organizado sobre amaioriada atividadeprodutiva do país. Atualmente, 60%da populaçãourbanae 80% da rural vivem abaixo da linha de pobreza. Página 12

Paixão pelo futebol sustenta a rede Roxos e Doentes

A rede de lojas de artigos esportivos Roxose Doentes, com 14 unidades, cresceu graças à paixão pelo futebol. Atéofinaldo ano,aredede-

ve contar mais alguma s lojas. Alémdisso, aredeadministra as lojas de alguns dos grandes clubes doBrasil, como o Corinthians. Página 13

Julho começa com forte alta das

falências e da inadimplência

Ainadimplência depessoas físicas e jurídicas teve forteaumento emSãoPaulo na primeira quinzena de julho. Frente a 2001,houve crescimento de 76,7% no total de falências decretadas, segundo a AssociaçãoComercialdeSão Paulo.Osre-

gistros recebidos pelo Serviço Central deProteção ao Crédito (SCPC)também cresceram, registrando alta de 49%.

Os cancelamentos de débitos ficaram em apenas 36,1%, ou seja, a inadimplência subiu. Na avaliação do presidente da Associação Comercial,

Alencar Burti, osdados sobre as falências e a inadimplência demonstramque a política de juros elevados e de enxugamento deliquidez do mercado,por meio dos compulsórios, continuama afetaro desempenhodaeconomia,impedindo arecupe-

"EUA pagam o preço da ganância"

Alan Greenspan, o presidente doFederalReserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, manifestou otimismo em relação ao estado daeconomia norte-americana, masreconheceuque os escândalos envolvendo grandes empresasestãoprejudicando o mercado. Ele lançou um apelo por penas mais duras para os executivos-chefes que violam a lei. Em pronunciamento feito ontem no Comitêde Bancos do Senado, Greenspan fez uma rara condenaçãodo comportamentodos empresários norte-americanos,

afirmando que eles foram tomados por uma ganância infecciosa no final da década de 90 e que o paísagora paga o preço por essa atitude.

O presidente do Fed disse ainda que a instituição não elevará astaxasde juroaté que surjam evidências de que as forças que atualmente inibem o crescimento econômicoestejam dissipadaso suficiente para permitir que os fortesfundamentos da economia dos EUAse mostrem por completo. Página 4

● Bolsas da Europa encerram pregão com uma recuperação discreta

● Bovespa termina em queda de 0,52%, em dia de fracos negócios

● Dólar tem elevação de 0,67% mesmo com as intervenções do BC

ração da produção, das vendas e do emprego. Vendas – Já os indicadores de vendas do varejo melhoraram. As consultas ao SCPC, queindicamas vendasaprazo, subiram12,5%e asdo UseCheque(negóciosa vista), cresceram 19%. Página 8

Palestinos matam 7 israelenses em novo atentado a ônibus

Pelo menos setepessoas morrerame outras14ficaram feridas, ontem,quando um ônibus israelense que circulavaperto deumacolônia na Cisjordânia foi alvo de um ataque feito por palestinos,quedetonaram uma bomba à margemde uma estrada. Além disso, atiradores fizeramdisparoscontra as pessoas que tentavam escapar do ônibus. Página 4 Fronteiras com o Paraguai têm a vigilância reforçada

Brasil,Argentina eUruguai, integrantes do Mercosul, decidiram reforçar a vigilância na fronteiracom o sócio Paraguai, em função dos últimos protestos no país. Apesarda aparentecalma, ontemvoltarama acontecer protestos populares em Assunção, reprimidosrapidamente pela polícia. Página 4

Indústria paulista tem queda de 5,6% na produção em maio

A produção industrial de São Paulo voltou a recuar em maio, frente a 2001. A queda foi de5,6%,segundodados do IBGE. Aspressões vieram dossetores automotivo,material elétrico e de comunicações, com a menor fabricação de computadores. Página 8

Operadores da Bolsa de Chicago, que opera com o euro, acompanham a entrevista de Greenspan pela televisão
Sue Ogrocki/Reuters
Eduardo Rosenberg, um dos donos da rede: o futebol é um grande negócio
Página 7

Aliança discute a campanha de Serra

Candidato tucano à Presidência da República critica duramente "a obsessão que existe no Brasil por pesquisas eleitorais"

O coordenador da campanhadoPSDB,Pimenta da Veiga, anunciou na tarde de ontem que será realizada hoj e,em Brasília,umagrande reuniãopolíticada campanha de JoséSerra à presidência.Participarãoda reunião os presidentes dos partidos que formam a aliança, o candidata, sua vice, Rita Camata, o vice-presidente Marco Maciel, alémde líderesdos partidos,governadorese candidatos. Nareunião elesvão discutirosrumos paraquea campanha deslanche.

Ainda ontem, o deputado

Delfim Netto (PPB-SP) disse nãoacreditar queocandidatodoPSDB, JoséSerra,fique fora dosegundo turno das eleições presidenciais. mesmocom osnúmeros doIbope. Delfim reconhece a situaçãodifícil deSerra. "O Ciro está conseguindo transmitir melhor sua mensagem eseu ponto de vista", afirmou. Nas contas do deputado, dois terçosda sociedadebra-

sileira querem mudança, mas Serra nãoestá conseguindo mostrar que ele pode promovera verdadeiramudança. "Apesar das restrições que ele está fazendo à política econômica do governo, Serra não está conseguindo se desvencilhar da imagem de candidato oficial".

Apesardisso, odeputado não acreditaque oPPB deixe de apoiar a candidatura de Serra. "O PPBé um partido correto, íntegro e vai com Serra até o fim".

Obssessão – Serracriticou ontem "a obsessão que existe no Brasilporpesquisaseleitorais". O presidenciável comentou queas pesquisassão uma fotografia do momento e, por isso, as oscilações são normais. Ao citar como exemplo"o sobe edesce" de seu adversário da Frente Trabalhista,CiroGomes, edo PSB, Anthony Garotinho, Serra disse: "Investe-setempo demaisdiscutindopesquisas e pouco tempo discu-

Alckmin fala que Maluf

"está com medo do povo"

O governadorde SãoPaulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse ontem queo candidato ao governodoEstadopelo

PPB, o ex-prefeito Paulo Maluf, "está com medo de povo" e por isso entrou na segundafeira naJustiçacompedido de impugnação da candidatura do adversário."O Maluf estácom medode povo,de urna, porqueele sabeque na hora H vai perder a eleição no segundo turno. Ele vem queimado equer ganharno tapetão", disse o tucano.

Alckmin comentou também que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já se manifestou anteriormente sobre o fato de vices que assumiram interinamenteos cargosacima poderem ou nãose candidatarem. "Essa questão jurídica j á foi objeto de consulta do TSE, que respondeu por sete a zeroe nãodeixou nenhuma dúvida. Adecisão foi unânime", disse. Em relação às críticas que vem recebendo por não ter se descompatibilizadodo governoparadisputar a reeleição, Alckmin disse: "Seeu meafastovão meacusar do inverso,de priorizar a campanha e não o governo. Eu tenho é que agir coma responsabilidade.E aprimeira que tenho não é com a eleição, mas sim com o governo." O tucano reiterou que vai cumprir rigorosamente a lei e que nãovai participar,até as eleições,da inauguraçãode nenhuma obra.

tindo propostas e idéias."

Numa críticadireta aCiro Gomes, opresidenciáveldo PSDBdissequetem gente quefica fazendo terrorismo ao dizer que o problema do Paíséadívidapúblicae que esta dívida cresceu dez vezes: "Ciro Gomes diz que a dívida

gratuito,nodia 20deagosto, para reverter o resultado das pesquisas e assumir a liderança da corrida eleitoral.

Reação – Malufevocouos nomes de alguns importantes juristas brasileiros para reagir às críticas do governador Geraldo Alckmin. "Em primeiro lugar, ele (Alckmin) nunca enfrentou as urnasem uma disputa majoritária, ou melhor,naúnicavezqueo fez, naseleições de2000paraa prefeitura paulista,nãofoi sequer para o segundoturno", disse Maluf.

"Emsegundo lugar,eledeve prestar contaaos advogados e juristas como Ives GandraMartins, CelsoBastos, Amador Cunha Bueno e o ministro NelsonJobim,que já manifestaram a opinião sobre a ilegalidadeda candidatura de Alckmin."

Para o governador, o TSE já se manifestou sobre as candidaturas de vices que assumiram cargos

Os advogados do PPB argumentam que o governador estaria impedido de disputar aseleiçõespelo fatode ter exercido o governo do Estado nos dois mandatosem que foi vice-governadorde Mário Covas (PSDB). Maluf almoçou, na sede do comitê suprapartidário montado na capital para apoiarsua candidatura,com 22 prefeitos, ex-prefeitos, vereadores e deputados de diferentes partidos, entre eles PL, PFL, PSB, PPS, PDT, PTB, PT do B e até do PSDB.

"Eusei separar olícito do ilícito,coisa queo seuMaluf não sabe; é só pegar o governo dele e ver como ele se comportou como governador", afirmou. Alckmin disse ainda que vai fazer campanha nos finais de semana e à noite, depois doexpediente.Ele garantiu queestáconfiante no iníciodohorário eleitoral

Odeputado RafaelSilva (PSB),da regiãodeRibeirão Preto, afirmou que está se formandono interioruma "frente anti-Alckmin". Ele argumentou que apoia, no primeiro turno, o candidato de seu partido, o ex-prefeitodeCampinas (SP) Jacó Bittar,masque nosegundo turno sai"com aqueleque tivermelhorescondições de derrotar o Alckmin". (AE)

Serra: "Todos os demais concorrentes estão se apresentando como os salvadores da Pátria, mas somos o mais preparado, sem qualquer falsa modéstia"

cresceu dez vezes. É falso, isso causa pânico".

Segundo JoséSerra, adívida pública -"que é administrável" -não é oproblema. O problema, no seu entender, é a "dúvida pública". O candidato rebateu Ciro Gomes com o argumento de que não

se pode pegar uma dívida isoladamente, e deque é necessário deflacionar o resultado. "Adívida pública cresceude 2,5 a 3 vezes, é muito, mas não cresceudez vezescomodizem. Além disso, a dívida é manejável e tenhocerteza de que essa crise não vai durar, já queéfruto daincertezaeda especulação."

Mais preparado - O candidato voltou adizerque éo mais preparado para lidar com a transição econômica e dar mais segurança ao mercado. "Somosomaispreparado, sem qualquer falsa modéstia", disse. Serra garantiu que nãoqueria desqualificar nenhum adversário. Porém, para ele, todosestão se apresentando como os salvadores da Pátria: "Todosdizem que vão resolverrapidamente todosos problemas.Eu, digoo que vou fazer, como vou fazer e quanto vou gastar. Vou mudaroPaís, masdeuma maneira segura."

Serra disse também que vai

enfrentar o problema do crime organizado e das drogas com "rigor bélico".Caso seja eleito, ele garante que vai criar uma Polícia Federal fardadae que as polícias trabalharão sob ocomando unificado da PF para combater o tráfico dearmas ede drogas. "Quero contar com as Forças Armadas nas fronteiras ", reiterou.

Serra resumiuas cinco prioridades de seu governo: "Geração de oportunidade de trabalho para todos e para todas; segurança; saúde e educação, combateàsdrogase luta paradiminuição da pobreza".

O candidato falou,ainda, de sua prioridade aos jovens: "Vim de baixo, mas tive sorte e cheguei aonde cheguei. E estou convencido de que posso fazermuito paraque os outros tenham a mesma chance. Oque me move éo desejode retribuir,para que todos e todas tenham essa mesma oportunidade". (AE)

Classe média gostou do Ciro, diz PFL

O presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), atribuiu ontem o crescimento do ex-ministro CiroGomes nas pesquisas eleitoraisà receptividadedo candidatoda FrenteTrabalhista na classe média. "Ele caiu no gosto da classe média, que tem um efeito propagadormuitoforte",disseo senador, prevendo a polarização entre Ciro e o petista Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo ele, o voto favorável a Ciro Gomes tem aumentado principalmente nas regiões Sul e Sudeste. Na avaliação do pefelista, isso é importante,levando emcontaque Ciro começousua carreira política no Nordeste,onde já é conhecido.

Enquanto a tendência de Ciro é crescer no Sudeste e Sul, já Lula, pelos prognósticos deBornhausen,deverá cair nessas duas regiões por

contadasrepercussões das denúncias de pagamento de propina na prefeitura de SantoAndré, administrada pelo partido de Lula.

O presidentedo PFL, que está nocomando dasarticulaçõesparaampliar ainda mais o apoio do partido a Ciro Gomes, indicou o senador Geraldo Althoff (PFL-SC) e o deputado Roberto Brant (PFL-MG) como representantes dospefelistas nacampanha do candidato da Frente Trabalhista.

Pelascontas de Bornhausen, Ciroconta como apoio de 13 diretóriosestaduais do PFL. Sem contar o Maranhão – onde a posição do PFL continua indefinida – e Goiás, que está dividido, cerca de 12 diretórios pefelistas estão com o candidato do PSDB, senador José Serra (SP). Bornhausen disse que,no momento, o PFL está "aco-

lhendo todos aqueles que manifestamo desejo de apoiar Ciro Gomes". Em relação a Pernambuco, o pefelistadisse quenão tentará arregimentar apoio a Ciro e queo diretório estadual continuaráapoiandoo candidato tucano no primeiro turno. Superar constrangimentos –Ciro Gomes disse ontem queprecisa "superar constrangimentospara vencer as eleições", aocomentaro apoio do ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL)e as negociações entre o senador pefelista Jorge Bornhausen e o governadorde SantaCatarina, Esperidião Amin (PPB), em tornodeum possível apoio a Ciro no segundo turno. Bornhausen aderiu à candidatura Ciro na semana passada. "Oapoio do senador Antonio Carlos é muito honroso para mim", frisou.

TSE garante transmissão rápida de dados para contagem de votos

A Embratel, contratada pelo TSE,vai transmitir todos os votos que serão registrados em urnas eletrônicas durante as eleiçõesgerais deoutubro no Brasil. A operadora informa que nãoestará envolvida naanálise dosresultadosdas votações. "Nós apenas somos responsáveis pelatransmissão dosdados ao TSE. Nós não temos máquinas, que contam os votos e tudo está codificado por tecnologias do próprio governo", disse o chefe de serviços governamentaisda Embratel,Paulo Roberto Ribeiro.

Ele nãorevela quanto a Embratel, maior operadora de longa distância do País, está cobrando peloserviço.A empresa tambémtransmitiu os dados da votação nas eleições de 1998.

Punidapor excessodeendividamento, competição crescente e aqueda da con-

troladora norte-americano WorldCom,a Embratelviu seus American Depositary Receipts (ADRs- certificado emitido porbancosnorteamericanos, querepresenta ações de uma empresa fora dos EstadosUnidos), perderem 90% do valor nosúltimos 12 meses.

Exper iência – Recentemente, diretores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) visitaram autoridades nosEstados Unidos para falar da experiência brasileira, depois do caso da recontagem de votos nos famososcartões perfurados na Florida.

O TSE diz que o sistema de urnas eletrônicasinclui uma maior precisão matemática. O trinunal afirma aindaque eliminou os problemas de voto duplo e de decisões subjetivas dos apuradores de votos, que poderiam ser criticados por induzir resultados.

Nessas eleições, o sistema deurnas eletrônicas contará votos de 18.151 candidatos, que concorrerão a1.600 cargos executivos e assentos legislativos em nível nacional e estadual. (AE)

Ciro disse nãoacreditar na adesãodo vice-presidente MarcoMaciel àsuacandidatura. Maciel apóia o candidato do PSDB, José Serra. Amin também anunciou que vai votar no senador tucano. Sem ilusões – O candidato à presidência pelo PPS destacou que não acredita em "salvadores da Pátria", e que anda moderando as expectativas para nãocriar ilusões. Ele afirmou que este ano o governo gastará R$ 93 bilhões com juros,enquantoo superávit primário éde R$25 bilhões. De acordo comele, "isso traz deficiências gravíssimas", seja no campo da receita, seja no da despesa. Ele citou que do lado da receita, a atual estrutura tributária "travaa condição de produzir e de trabalhar", tira competitividade da economia e sobregrava o trabalho aumentandoa informalidade.Doladodadespesa, comentouque osinvestimentos em educação este ano serãomenos deR$ 14bilhões, sendoque 75% disso é concentrado na matrícula em nível superiorde 4,2%dapopulação. Depois disso, Ciro afirmou que "o Brasil tem completa condição de superar seus problemas". Mas observouque énecessáriomoderar as expectativas. (AE)

Fed condena ganância dos empresários

Apesar do últimos escândalos, Alan Greenspan garante que a economia americana cresce a um ritmo superior ao esperado

O presidente do Federal Reserve (Fed), obancocentral dos Estados Unidos, Alan Greenspan, fezontemuma raracondenação docomportamento dos empresários norte-americanos, afirmando que eles foram tomados por uma ganância infecciosa no final da década de 90 e que o país está agorapagandoopreço por essaatitude. Mas,apesar domomentoatual, Greenspansinalizouquenãovê necessidade emdar àeconomia uma nova dose de estímulo. Em seu depoimento semestral sobre as condições da economia norte-americana

aoComitê deBancos doSenado dosEUA,Greenspan tentouconvencer osinvestidores e consumidores sobre o fortalecimento inerente da economiaamericana, que, segundo ele, está crescendo emum ritmosuperior aoesperado pelo Fed há seismeses. Greenspanafirmou que espera que a economia cresça dentrode uma faixaentre 3,5% e 3,75% nesteano e 4% no próximo ano.

Penalidades duras – Greenspan atacoucom veemência o empresariado norteamericano, especialmente, os executivos-chefes de má

Reações iniciais ao discurso foram negativas nos mercados

As reaçõesimediatas do mercado às primeiras declarações deGreenspan nãoforam positivas. Aafirmação sobreo dólarnão ajudoumuitoa moeda norte-americana. O euro subiu do nívelde US$ 1,0112registrado antes de Greenspan para US$ 1,0128 apósoinício dopronunciamento. O dólar caiu a 115,68 ienes, de 115,92 ienes antes do

discurso. A afirmação sobre os juros foi interpretada como se o FederalReserve tivessedescartado a possibilidade de dar um estímulo adicional para a economia.O mercado considerou que odiscurso de Greenspan nãosinalizou comnovas quedas nas taxasde juro no curto prazo, e, assim, as bolsas americanasampliavam suas quedas. (AE-Dow Jones)

índole, defendendo a aplicação de penasmuitoseveras.

"Por que a governança corporativae osbalançosque nos serviram razoavelmente bem no passado entraram em colapso?", perguntou. "Na raizdosproblemas houve umarápida ampliaçãodacapitalização dosmercados acionários no final da década de 90o que engendrou um aumento desproporcional das oportunidadespara usuras", afirmouGreenspan. "Uma infecção gananciosa parece ter tomadocontade nossa comunidade empresarial. Nossos guardiões históricos dasinformações financeiras sumiram." Greenspan, entretanto, manifestou confiançade que o contágio chegou ao fim. "Talvezo recente colapso de barreiras protecionistas provocou umaespeculaçãosó vista umavez acada geração, mas essa faseagora acabou", declarou. "Comoas oportunidades delucro pormalversação empresarial caíram significativamente, um número menor de práticas questionáveisdeve ocorrer nofuturo próximo", previu. Recuperação lenta –O

presidente do Federal Reservealertou quearecuperação econômica, provavelmente, serálenta. Os investimentos das empresas, querecuaram no último ano, vão se recuperar, mas apenas gradualmente,segundoGreenspan. Os gastos dos consumidores não devem crescer tão rapidamente quantoo observado nos últimosanos. Odeclínio da renda doméstica por causa dospreços mais baixosdas ações deve continuar contendo os gastos", disse. O presidente do Fed afirmou ainda que os lucros das empresas, que devem ficar fracos por causa da debilidade domercadoacionário, deve forçar as companhias a oferecer mais dinheiro e menos opções de ações para contratar e manter seus principaisfuncionários. Uma vez que essa compensação deverá ser contabilizada como desepesa, os lucros deverão se depreciar. Juros baixos –Diante das atuais circunstâncias, que incluema possibilidadede diminuição dos casos de malversação empresarial, oFed parecenão estarinclinado a cortar as taxas de juro. Os contratos futuros dos Federal

Mercosul se previne com o Paraguai

Os paísesdo Mercosulvão reforçara segurançadesuas fronteiras com o Paraguai, depoisqueo país-membro decretou estado de emergênciapor causade violentos protestos contra o governo, informouontem emMontevidéu um porta-voz do bloco econômico. "Todos (os chanceleres do bloco) concordamos com a necessidade demanter umaatitudevigilante nas fronteiras, principalmente os (países) que têm fronteirasdiretascom oParaguai", disse ajornalistas o ministro das RelaçõesExterioresdo Uruguai,Didier Opertti.

A decisão permitirá aos países vizinhos doParaguai evitarque "hajaações desestabilizadoras" que ultrapassem a fronteira, disse o ministro uruguaio. OMercosul é

formado por Argentina, Brasil, UruguaieParaguai. Argentina, Brasil e Bolívia, que é membroassociado dobloco, têm fronteiras diretascom o Paraguai.

Calma – A cidade de Assunção amanheceu tranqüila ontem,mas com tropas nas ruas,especialmente na área do Congresso e do Palácio de Governo. Doismortos, mais de 100 feridos ecerca de 200 manifestantes presos éo balanço oficialdas manifestaçõesviolentas de protestos que pediram na segunda-feira arenúncia dopresidente do Paraguai,GonzálezMacchi.Apolícia eoExércitoreprimiram as manifestações com jatos de água, bombas de efeito moral e balas de borracha.OCongressose reunirá hoje para aprovar ou não o Estado de Emergência, de-

cretado ontem pelo presidente. A medidapode ser estendidapor umprazode60 dias.Masnão seacreditaque isto seja necessário.

O presidente do Congresso, Juan Carlos Igalaverna, responsabilizouo ex-presidente Lino Oviedo, exilado no Brasil, pelas manifestações de protesto.O vice-presidenteda República,Julio CezarFranco,o Yoyito, do partido de oposição PLRA, manifestou-se contra o decretode emergência.Segundo ele, o governo adotou esta medida só para "perseguir seus inimigospolíticos". A mídiaestá divididaem relação ao governo, mas a maioriacondena aviolênciadas manifestações.

Um grupo de paraguaios que ocupou aponte na fronteira com a Argentina –En-

George Bush propõe uma nova estratégia interna contra o terror

Opresidente George W. Bush anunciou ontem uma estratégiaparaproteger os EstadosUnidos contraoterrorismo.Elainclui militares garantindoque hajaquarentenas em caso de ataques biológicos eequipespensando como se fossem terroristas para descobrir possíveis pontos fracos.

"Proteger os norte-americanosdeumataque énossa maior prioridadenacional, e precisamos agirde acordo com ela", afirmou Bush, no esperadoanúnciodas medidas definidas após11desetembro.

Haverá novasleis para extradições e a respeito dos sigilos judiciais. As inspeções nas fronteirasserão reforçadas,e novas vacinasvão serdesen-

volvidas. Usinas elétricas e oleodutos receberão proteção especial.

Numrecurso que parece saídode Hollywood,equipamentos de alta tecnologia vão identificaras pessoas, e "equipes vermelhas" de agentes federais serão pagos para pensar como terroristas e descobrirfraquezas dosistema.

Carteira de motorista –A GuardaCosteira deveserremodelada e os sistemas informáticos do governo serão reformados parase comunicar melhor. Os militares devem ganhar cada vez mais funções. As carteiras de motorista de todoo país ficarão iguais,mas não será criada uma carteiradeidentidade. Em âmbito mundial, os Esta-

dos Unidos vão incentivar a produção de passaportes mais seguros.

O plano de 71 páginas, anunciado nos jardins da Casa Branca, vem detalhado em um livreto ilustrado com uma estação ferroviária, uma usina nuclear euma estação do metrô deWashington, alvospotenciais deumatentado.

O projeto propõeque governos locais, estaduais e o federal, além dosetor privado, dividam ocusto. Estima-se que as empresas devem gastar maisde 110bilhões dedólares com segurança, mais que o dobro do que antes de 11 de setembro. O plano foi concebido em torno do novo Departamento de Segurança Interna(AE-Reuters)

Funds mostravam recentemente uma chance em três de que oFed cortaráos jurosem novembro. Mas minimizou essas expectativas: "A postura adotadano finaldo anopassadoem respostaàs forças substanciaisque restringiam a economia,provavelmente, nãoserá compatívelaolongo do tempo com o crescimento máximosustentável e com a estabilidade de preços".

Greenspan afirmou que o Fed não elevará as taxas de juro até que surjam evidências de que as forças que estão inibindo o crescimento econômicoestão se dissipandode uma forma suficiente para permitir que os fortes funda-

carnacion, no Paraguai, e Posadas, na Argentina – se refugiouem territórioargentino epedem asilo.Estão proibidas manifestaçõesde caráter político, masnãoreuniões sociais. Discute-seseserá possível eseogoverno permitirájogos defutebol nos próximosdias. Nestaárea,o destaque épara oOlimpia que está em Porto Alegre, onde jogará hoje a sua classificaçãoparaas finaisdaLibertadores.

Depoimento – O ex-generalparaguaio Lino Oviedo prestadepoimento hoje, às 16horas, no Departamento de Estrangeiro do Ministério da Justiça do Brasil, Luiz Paulo Barreto, sobre a sua participação nasmanifestações ocorridas na segunda-feira na fronteira entre os dois países. (AE-Reuters)

Coalizão turca defende eleições antecipadas

Os líderes dos três partidos da coalizão governamental da Turquia concordaram ontemem anteciparaseleições para novembro deste ano, depois que o governo perdeu suamaioria com asaída de seis de seus legisladores. Em um comunicado escrito, os líderes afirmaram que levariam a propostade antecipar as eleições para aprovação final de seus partidos.Osnacionalistas, agora o maior grupo nogoverno depoisde umadebandadade deputadosdo partidodoprimeiroministro BulentEcevit, também defendema realização de eleições em novembro. Ecevit, no entanto, apoia a manutenção dopleitoem 2004, como está previsto atualmente. (AE-AP)

mentos da economia se mostrem por completo. Câmbio –Greenspan afirmou que as mudanças das cotações das moedas no mercado resultam de vários fatores. Ele mostrou-se pouco disposto a afirmar que o dólar continuará enfrentandodeclíniospersistentes. "Osmovimentos no câmbio dependem dasmudançasde percepções sobre os retornos relativos quantoaos diferentes países edas influênciassobre as tendências relativas para importações eexportações".

(AE-Dow Jones)

Sobre as repercussões do discurso de Greenspannos mercados, ver página 7

Explosão deixa mortos e 14 feridos na Cisjordânia

Sete pessoas morreram e outras 14 ficaramferidas ontem depois que palestinos detonaramuma bombana margem de uma estrada, perto do assentamentojudeu de Emmanuel, na Cisjordânia, quando umônibus blindado passava pelo local. Segundo o porta-vozda polícia, Rafi Yaffe, após a explosão, três atiradores com uniformes do Exército israelense fizeram disparos contraas pessoas que tentavam escapar do ônibus. Segundo testemunhas, os atacantes teriamfugido em direção a Nablus. Entre os feridos há uma criança de doisanos euma mulhergrávida.

Segundo emissoras de TV israelenses, além dos passageiros do ônibus, ocupantes de um veículoque trafegava pela estradatambém ficaram feridos. Este foioprimeiroataque contra civis israelenses desde 20dejunho, quandoumhomem-bomba matoucinco pessoasno vilarejojudeu de Itamar,pertodeNablus, ao norte da Cisjordânia. Uma emboscada aumônibus na mesma área matou 12pessoas, sendodez israelenses, em dezembro passado.O assentamentode Emmanuel, com maioria ultra-ortodoxa, fica entre Nablus e Qalqilya.

ataque. Não houve reação imediata da AP. Oficiais palestinosdisseram quecomo Israel está no comando da maioriadas cidadesdaCisjordânia,o serviço desegurança palestino fica enfraquecido para prevenir ataques.

O governo de Israel culpou a administração daAutoridade Palestina pelo ataque

Um oficial de segurança de Emmanuel, Abraham Cohen,disse quechegouao local pouco minutos após a explosão. "Tive muita sorte de conseguir sair do carro antesde seratingido pelosdisparos". Israel culpoua Autoridade Palestina (AP) pelo

Suspeitos detidos – A polícia espanhola deteve ontem três sírios suspeitos de serem membros da Al-Qaeda, entre os quais um que possuía vídeos do WorldTrade Center emonumentos dosEUA. Dois dos suspeitos foram detidos em Madri e o terceiro na cidadede Castellón,noleste dopaís, segundo comunicado do Ministério do Interior, divulgado pelaRadio Nacional da Espanha. Eles foram identificados como GhasoubAlAbrash Ghalyoun,Abdalrahman AlarnaotAbu-Aljer eMohamen Khair Al Saqq. Ghalyoun e Abu-Aljer têm nacionalidade espanhola, informou apolícia. Segundoo comunicado ministerial, Ghalyoun pertenciaà fundamentalistaIrmandade Muçulmana ehavia sido preso na Espanha em abrilmasdepois libertado. Na época de sua primeira prisão, a polícia confiscou vários vídeos em poder deGhalyoun,inclusive cincofilmadosporelepróprio durante uma viagemaosEUAem 1997. As autoridades espanholastentam esclarecer o que Mohamed Atta, o líder dos atacantes de 11 de setembro, fez durante duas viagens à Espanhamesesantes dos atentados. (AE-AP)

Greenspan: "Os EUA pagam pela ganância infecciosa dos empresários"
Kevin Lamarque/Reuters

Ânfora e gamela em cerâmica mescla fazem parte dos acessórios do Raízes

Abajur étnico, produção artesanalPalha de buriti para fazer o abajur

Velas quadradas ou em formato de cachepot também fazem parte do estoque

Étnico é forte do Raízes em decoração

A descoberta deum nicho de mercado – o étnico –, pouco explorado, levouo arquitetoe designerLucasAlvarez e o artistaplástico e designer José Manuel Almeidaa abriremoRaízes –acessóriospara casa, um espaço especializado emmóveis e objetos com design especial. Atuando no atacado e no varejo, o Raízes oferece peças criadas pelos dois sócios e des e n vo l v idas porum grupo de artesãos, cerca de 50, que trabalha para eles, diz Alvarez.

Espaço trabalha com móveis e acessórios para a casa nesse nicho de mercado, produzido com material natural ou reciclado equipamentos e adquirindo a produção sob encomenda. Também écom parceriaque tem funcionado o varejo. O Raízestem revendedoresexclusivosemSãoJosédo Rio Pretoe RibeirãoPreto, efornecendo para outras lojas de decoração na capital. Dirigida ao consumidor dasclasses A,BeC, aspeças doRaízes têm preços variados parao consumidorfinal: gamela mesclada, R$ 73,60;

aindaalguns produtos étnicos ou importados que são comercializados apenas no varejo, porque realmente são exclusivos.

Pro duzidas em pequena escala, essas peças fazem parte de coleções lançadas anualmente e renovadas no decorrer do ano. A quantidade de peças é produzida conforme a necessidade. Alvarez explica queoRaízesparticipa de feiras,comoa GiftFair,nas quais apresenta as novidades. Peças que têm pouca saída deixam de ser produzidas. Há

os importados

Pesquisa – Alvarez detalha que a base do trabalho é a pesquisa constante nos vários recantos do País, onde ele e seu sócio encontrammateriaise artesãos com a "cara" do Raízes. Na loja, localizada na rua da Consolação, encontram-se l um i n ár i as , cer âmic as, m o b i li á r i o e acessórios para a casa. Os objetos são produzidos com mate riais n at u ra is , como folhas secas,palhademilho, casca deárvore,buriti, ou madeira certificada,alémde couros reciclados.

Entre os artesãos que trabalham para a empresa, estão ceramistas e marceneiros de São Paulo, artesãosdo Paraná ede outrosEstados. Alvarez explica que faz parcerias com eles,fornecendo-lhes

ânfora,R$93,40a R$ 142; caixas, de R$ 102 a R$ 224,80; pufe couro caixacom dobradiça,R$ 689,20; abajur étnico, R$ 394; velas a partir de R$ 70;abajur depalha deburiti, R$367;vasos peruanos,de R$ 102,40 a R$ 142. Para o varejista, os preços dependem de negociação. O Raízes tambémestá nainternetnosite www.raizesac.com.br.

Concurso estimula talento e criação

Houve época em quedesign era uma palavra estranha no Brasil, restrita a pequenos grupos queviajavam entrando em contato com profissionais da área ou adquirindo peças noExterior.Aospoucos, o conceito foi se incorporando, as empresas abrindo espaçoparacriaçãode objetos e acessórios com design. Hoje, embora aindafalte uma carabrasileira emmuitos segmentos, os designers já conquistaram seu espaço. Estudos da Associação Brasileira de Design de Interiores registramcrescimento de 231,25%nos últimos sete

anos, apenas nesse segmento, que faturou R$11,1 bilhões em2001contra R$ 4,8bilhões em 1995.O número de profissionais da área cresceu de 10 mil para 15 mil. Um dos mais importantes prêmios da área, promovido peloMuseu daCasaBrasileira, abre inscrições em agosto próximo. São apenas dois dias, 8 e 9, para que os interessados inscrevam-se na 16ª edição do PrêmioDesign do Museu da Casa Brasileira em umadas várias categorias concorrentes: mobiliário residencial, utensílios domésticos, iluminação; têxteise re-

vestimento; equipamentos eletroeletrônicos; equipamentos de construção e ensaios críticos. A primeira fase realiza-se em 19 de agosto, com a avaliação dos trabalhos, e a divulgação dos escolhidos em 3 de setembro. As peças selecionadas pela organização devem ser entregues ao museu nos dias 10 e 11 de setembro. A segunda fase, o julgamento, realiza-se nodia18de setembroeasolenidadedepremiação está marcada para 12 de novembro. Osprimeiros colocados decadacategoria recebem prêmios de R$ 2.500; o se-

gundo, R$1.500 eo terceiro, R$ 1.000. A taxa de inscrição é de R$ 50 por trabalho e o participante deveapresentar curriculum vitae, foto do objeto acompanhada de memorial descritivoe desenhotécnico. Oprêmio visa promover o trabalho de profissionaise estudantes, além de estimular a elaboração de soluções de arte. (BA)

Museu da Casa Brasileira –avenida Brigadeiro Faria Lima, 2705 – fone 3032-3727 – site www.mcb.sp.gov.br ser viço

Mostras e publicações valorizam o trabalho dos designers

Ao mesmo tempo em que se abriuespaço parao trabalho de designers, reforçou-se o movimento com a realização de mostrasde decoração e publicaçõesressaltando a criação nacionalou apresentando sugestões de outros países.O D&D Shopping abriu ontem a exposição UmaViagem aoOriente , na qual a magia dessa região é apresentada por meio de instalações assinadas por renomados decoradores, mostra fotográfica e objetos. Entre as peças há algumas raridades,como umsofáde prata, produzido em 1924; estatuetas indianas em bronze, dos deuses Rama e Sita, de 1918; escrivaninha chinesa de 1950 e xale indiano de pashmina, de 1972, cujo bordado consumiu 54 meses de trabalho.O eventoocupa dois pisos do D&D: no térreo, com a exposição e no piso superior estão as instalações criadas por BruneteFraccaroli, Bety Newmann, William Maluf, Consuelo Jorge e Lia Carbonari, Nesa Cesar e EstherGiobbi.Amostra permaneceno D&D Shopping até 4 de agosto. Parceria com a indústria –

A 5ª edição da mostra Brasil Faz Design, que fica no MuBe – Museu Brasileiroda Escultura –, até o próximo dia 25 de agosto, tem a proposta de reforçar a parceriadesign e indústria. Para isso,expõe 100 produtos das mais diversas áreas, homenageandoos designers José Carlos BornancinieNelson Ivan Pet-

zold, que atuamno mercado desde 1958, projetando para fabricantes de talherese tesouras, fogõese garrafastérmicas. A exposição esteve antes em Milão, na Itália. Publicações – No próximo dia14de agosto,oMuseuda CasaBrasileira lançaacoleçãode livros Eq u i p am e n to s , Usos e Costumes da Casa Brasileira, formada por cinco volumes,reunindo informaçõessobre aspeculiaridades, e transformações formadoras da culturabrasileirados quatroprimeiros séculos da história brasileira. Baseado eminventáriose relatosde viajantes, osvolumes abordam os temas alimentação, construção, costumes, objetos eequipamentos. Acoleção será doada a bibliotecas e vendida ao custo de R$ 75. Dicas deDecoraçãoLa r C en t e r é o anuário que o ShoppingLar Centerpublicou para marcar seus 15 anos de existência. Distribuída a clientes e parceiros do shopping, a publicação traz 56 orientações para reforma e construção, sugestões de móveis, tecidose revestimentos, dadaspor arquitetosedecoradores. (BA)

Vasos peruanos entre
Caixas decoradas em xadrez, listras ou pirâmides para decorar ou presentear
Oriente é o tema da mostra no D&D
D ivulgação

70% dos argentinos aprovam o Brasil

Pesquisa realizada na Argentina mostra que a maioria da população tem imagem positiva do comércio com o País

Uma pesquisa realizada nos principais centros de concentraçãourbana eindustrial da Argentina revelou que 70% da populaçãodo paístêm imagempositivada relação comercial entre o Brasile a Argentina.Nolev antamento, osargentinos reconhecem que "perderam a liderança latino-americana e que, hoje, o Brasil e o Chile são melhores".

Realizada pela consultoria

HugoHaimee Associados e Servicios Regionales del Sur e divulgadaontem peloGrupo

Brasil,entidade quereúneas maiores empresas brasileiras na Argentina, a pesquisa mostra que houveuma mudança nos valores dasociedadeargentina queindicam uma evolução positivana opinião pública nacionalem relação aos investimentos, produtos e marcas brasileiras.

Segundo o analista Hugo Haime, a pesquisa indica que houve uma mudança no pensamentodosargentinos que antes acreditavam que eram osmelhorese os maiorese, por isso,subestimavamo

Tailândia propõe acordo de cooperação comercial

Brasil. "Hoje,os argentinos valorizam maisos brasileiros porque têm visão de país e conceito de futuro,coisa que os argentinos não têm".

O Brasil ocupao terceiro lugar no ranking de preferênciasargentinassobreos investimentos externos no país, atrásda Espanhae dosEstadosUnidos, mesmosendo apenas o oitavo investidor na Argentina.

"Estreitar laços" – A pesquisa indica aindaque 39,2% dos entrevistadosacreditam na necessidadede "estreitar

Governo fixa novos critérios para a importação de trigo

laços comerciais com Brasil", enquanto 30,1% consideram que estes vínculos devem "manter-se comoestão". Segundo olevantamento, a maiordemanda pelaintegração bilateral é registrada nas grandes cidades do interior do país,na capitale nascamadas médias e altasda população. Tambémno interiordopaís, em cidades com Rosário, Córdoba, Mendoza e Tucumán, é onde aparece commaior força a preferênciapelos investimentos brasileiros.

As maiores resistências fo-

Eleição no

ram verificadas nos pontos mais baixos da escala socioeconômica argentina. Deacordocom olevantamento, 42,6% dos entrevistados consideram os produtos brasileiros bons. Para 33,9%, as mercadorias são regulares. Neste estudo, apareceu ainda que a imagem do empresário brasileiro para o argentino é a de um "sujeito moderno, hábil negociador e com metas e interesses claros". A imagem doBrasil éa deum paíscom qualidade de maior competitividadena produçãoe co-

mercialização, "atributoque permite estabelecer uma analogia com apercepção social argentina frente aos Estados Unidos", destaca Haime. Marcas – O levantamento mostrou ainda que 50% dos entrevistados não conseguiram mencionarde formaespontânea nenhumamarca brasileira. Os demais, porém, citaram, pelaordem,osseguintes produtos: cerveja Brahma, Hering, Garoto, Sadia, Arisco, banco Itaú, calçados, têxtil, Tramontina, dentre outras. (AE)

A Tailândia quer ampliar o comércio bilateral com o Brasil. Com esse objetivo, a Câmara de Comércio da Tailândia (Thai Chamber of Commerc) propôs ontem um acordode cooperação coma AssociaçãoComercial de São Paulo. "A minuta o acordo será analisada pela Associação,mas comcerteza temos interesseem concretizar o acordo", afirmou o vicepresidente de Comercio Exterior daAssociação, Renato Abucham.

A missãotailandesa, chefiada peloministrodeComércio da Tailândia, Kantathi Suphamongkthon, propôs ainda a criaçãode uma conta-convênio para o comércio externo entre os dois países. Essa conta permitiria aos imp ortado res pagarem em moeda local, em v ezde usarem dólar. A cada três meses, os bancos centrais dos parceirosfariamum acerto de contas. A conta funcionaria nos moldesdo convênio de créditorecíproco (CCR), existente entre parceiros da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi) para operações de até US$ 100 mil e com prazo de pagamento de até um ano.

Empresários tailandeses fizeram proposta ontem a dirigentes da Associação Comercial

o ano, o valor atingiria apenas US$306 milhões. A queda é atribuída à retração do comércio global. O Brasil exporta para a Tailândia produtos semi-acabados deferroouaço,óleode soja, fumo, algodão, soja em grão eautopeças.Asimportações do parceiro estão concentradas especialmente em borracha, componentes eletrônicos, peças para televisoreserefrigeradores. Ostailandeses estão interessados em parcerias com o Brasil especialmente no ramo de jóias e pesca. "A Tailândia tem tecnologia reconhecida internacionalmente no ramo joalheiro, mas precisa de matéria-prima, que é abundante no Brasil", diz Rodrigo Solano, do escritório comercial da Tailândia emSão Paulo.

O Ministério da Agricultura publicou ontemno Diário Oficialda União a instrução normativa nº 46,estabelecendo novoscritérios paraa importação de trigo de países defora doMercosul. Em120 dias,o trigoimportado de paísesque não integram o bloco será submetido à análise deriscosdepragas,com normas definidas pela Food and Agriculture Organization (FAO),das NaçõesUnidas. Hoje, o cereal cumpre requisitos fitossanitários gerais previstosna portaria ministerial nº 643, de 1995. Segundo o diretor do Departamento de Defesa e Inspeção Vegetal, Odilson Ribeiro eSilva, com anova instrução,o Ministérioda Agriculturatenta proteger atriticultura nacional de pragas desconhecidas da lavourabrasileira. "Osrequisitos gerais, estabelecidos paratodos os países de fora do Mercosul, não davam essa proteção".

Polônia – Adecisãoé publicada dias antes do desembarque no Brasil do primeiro carregamento de trigo polonês,compradopor um pool de moinhosdoSudeste. Ribeirodiz que,como ainstrução46prevê umperíodode 120diasparaa adoção da análise de riscosde pragas, o trigo polonês deverá cumprir os requisitos gerais. (AE)

SegundoAbucham, aconta-convênio poderia ajudar a estimular o comércio entre os parceiros,maso FMInãovê esse tipo de acordo com bom olhos. "Oesforço dessesempresáriosde procuraremnegócios do outro lado do mundo é bastante louvável". Balança – O volume negociado entre Brasil e Tailândia cresceu 44%entre 1999 e 2000, mas teve redução de 7% no anopassado,quando somouUS$419milhões. No primeiro quadrimestre de 2002, asoma estava em US$ 102 milhões. Projetado para

Os tailandeses também entendem que as duas economias são complementares no segmento de pesca. A Tailândia é o primeiro exportador de pescado do mundo, movimentandoUS$4,5 bilhõespor ano. "As empresas brasileiras estão perdendo oportunidades,já que nesse momento lutam para sobreviver e não podem responder ao convitedos tailandeses", afirma Abucham. Mercosul –Os tailandeses querem usar oBrasilcomo porta de entradapara o Mercosul. VichienTejapaiboon, conselheiro da Thai Chamber, lembrou que o Mercosul maisospaíses associados, Bolíviae Chile, representam um mercado potencial de 250 milhões de consumidores.

A Tailândia tem um PIB de US$388,7bilhões, quevem crescendo4%aoano.A população está estimada em 62,1 milhões de habitantes.

Teresinha Matos

Brasil pode atrasar as negociações

Aseleições presidenciais no Brasil, em outubro, podem atrapalhar o andamento dasnegociaçõespara acriação da Áreade Livre Comércio das Américas (Alca). Essa é a opinião de um dos principais negociadores comerciais dosEstados Unidos, Peter Allgeier."Aeleição deixaas negociações maiscomplicadas a partir de outubro".

Apesar dos sinaisde preocupação dosEUA como futuro dasnegociações diante dasmudançaspolíticas na principaleconomia daAmérica Latina, Allgeier afirma

para a Alca, diz EUA

que espera que o próximo governo brasileiro siganegociando o acordo hemisférico. "Estamosconfiantes deque, seja qual for o governo eleito noBrasil,o País cumprirá suas responsabilidades e obrigações, tantocomo copresidente do grupo negociaçõescomona condição de participante do processo".

A partir de novembro, Brasil e Estados Unidos irão compartilhar a presidência das negociações paraa criaçãoda Alca,exatamentedurante os últimos dois anos antes do estabelecimento donovo bloco

Chile aplica sobretaxa de 10% ao aço importado

O Chile vai aplicar umanova tarifa de 10% para diversos tipos de aço importado, como chapas ebobinas laminadasa quente,entre outros.Atarifa entrará emvigor imediatamente.Inicialmente, teráduração de um ano, mas o prazo poderáser ampliado,segundo informações publicadas ontem no Diário Oficial do país. A medida prevê ainda que países como o Canadá, México e oPeru serão isentos da sobretaxa em razão de acordos comerciais firmados com o governo chileno. Atualmente, atarifa prati-

cada paraprodutos siderúrgicos no Chile é de 7%. Asobretaxade10% ficou bem abaixo da tarifa reivindicadapelos fabricanteslocais de18produtosfeitos àbase de aço, que pediam uma tarifa de 35%. Segundo os empresários, a proteção tornouse necessária depois que os Estados Unidos aumentaram suas tarifas para importações de aço. Em março, o presidente George W.Bushanunciou salvaguardas de 8% a 30% ára a entradadeprodutossiderúrgicos no país. (GN/AE)

BOLSA ELETRÔNICA DE COMPRAS

comercial. Os detalhes sobre a co-direçãodoprocesso, porém, já começama ser debatidos. "Nesta semana teremos conversascom diplomatas brasileiros em Genebra".

O negociador reconhece que a instabilidade política em váriospaísesdaAmérica Latinatambém éumobstáculo para a construção do novo bloco comercial. "A crise política gera complicações". Elelembra, porém, que já houve dificuldades políticas nopassadoeque ospaíses conseguiram manter as negociações vivas."Espero que assim seja até janeiro de 2005 (data em que entraria em vigor o acordo hemisférico)". Mercado fechado – Mas Allgeier acredita que as negociações não devam ser adiadas para opróximo ano. "Maisdoque nunca,aregião precisa daintegração econômica da Alca".

Resta saber, porém,se essa abertura comercial também inclui aliberalização do comércioem direçãoaosEUA. Allgeier tenta passar uma mensagem deconfiança ede que,entre dezembro deste ano efevereiro de 2003, os países apresentarão suas propostassobre a abertura dos setores de serviços, agricultura, bens industriais, investimentose comprasgovernamentais. (AE)

Encontram-se abertas na Bolsa Eletrônica de Compras, do Governo do Estado de São Paulo, as seguintes Ofertas de Compras: Dispensa de LicitaçãoInicioCidadeNatureza da Despesa

380149000012002OC0006124/7/2002ALVARO DE CARVALHOOUTROS MATERIAIS DE CONSUMO

080309000012002OC0000124/7/2002I TA P E T I N I N G AMOBILIARIO EM GERAL

180135000012002OC0004624/7/2002S . P.OUTROS MATERIAIS DE CONSUMO

090133000012002OC0008024/7/2002SAO JOAO DA BOA VISTAEQUIPAMENTOS PARA INFORMATICA

080264000012002OC0004124/7/2002SAO PAULOSUPRIMENTO DE INFORMATICA

090173000012002OC0002724/7/2002SãO PAULOOLEO DIESEL

380146000012002OC0004924/7/2002TREMEMBE-SPSUPRIMENTO DE INFORMATICA

380146000012002OC0005024/7/2002TREMEMBE-SPMAT.DE ESCRIT.PAPEIS EM GERAL E IMPRESSOS

Co nv i teInicioCi d a d eNatureza da Despesa

180157000012002OC0007918/7/2002C AMPINASGENEROS ALIMENTICIOS

180260000012002OC0004918/7/2002C ATANDUVA/SPMAT.DE ESCRIT.PAPEIS EM GERAL E IMPRESSOS 180260000012002OC0004818/7/2002C ATANDUVA/SPMAT.DE ESCRIT.PAPEIS EM GERAL E IMPRESSOS

150102000012002OC0001018/7/2002SAO

090161000012002OC0000218/7/2002SÃO

180135000012002OC0004518/7/2002SPGENEROS

180226000012002OC0006618/7/2002TAUBATE

Empresas disputam bonecas da moda

As chamadas fashion dolls levam a Gulliver e a Mattel a brigar pelo mercado formado pelas pré-adolescentes

Ninar uma boneca, tratando-a como uma filhinha, é uma brincadeira cada vez mais restrita àsmeninas menores,com até3anos deidade.Depois disso, asgarotas querem bonecas representativas do que elas aspiram ser –enturmadas, modernas e vestidas seguindoas tendências da moda. Sãoas chamadas fashion dolls e o pontapé inicialpara o reinado delas no Brasil foi dadopela Gulliver,

que está trazendo a Bratz, criada pela norte-americana MGA Entretainment. Essa boneca adolescente desbancou, emvendas, aícone Barbie, em dezembrodoano passado, nos EUA. Segundo uma pesquisa do consultoria NPD Group, a Bratz vendeu cerca de 588 mil unidadesem dezembrode 2001, faturando US$8,5 milhões, ocorrespondentea 65% do mercado norte-ame-

ricano. Cristina Lara, gerente de marketing da Mattel do Brasil, diz que asuperação deu-se apenas sobre um modelo, a Barbie Quebra-Nozes, que era a aposta da empresa, e nãonotodo, jáqueexistiam 60 modelosda bonecasó no Natal. E, emboraa Gulliver tenha saído nafrente, a subsidiária brasileira da Mattel já prepara sua artilharia: em setembrochegam asDivas Starz, a fashion doll concorrente da Bratz, e a Mil Faces, a maior aposta da empresa.

O atraso da Mattel em relação à concorrente deu-se porque as Divasfalam (quatrofrasescada boneca)efoi preciso desenvolver ochip, o que demandou algum tempo. A Gulliver está agora ingressando para valer no mercado debonecas, detalha Paulo Benzatti,gerente nacional de vendas. A empresa é forteem bonecosarticulados,figurasde açãoligadasa personagens defilmes, como Homem Aranha,Senhor dos

Pequena, mas sucesso de vendas

Diminuta, medindo menos de 10 centímetros, a Polly é um dos grandes sucessos da Mattel. Desde 2000 no mercado brasileiro, já teve um milhão de unidades vendidas. O grande sucesso do modeloé atribuídoporCristina Lara, gerente de marketing da Mattel do Brasil, ao papel de fashion doll que a bonequinha vem fazendo. Embora tenha sido criada para a criança menor(4a 5anos),ela está atingindo apré-adolescente (9 a 11 anos),que as coleciona. Acrescente-se ainda o seu preço baixo, R$20, na comparação comoutros modelos, maisum motivopara o sucesso total.

A Polly é uma boneca vendida num kit com sete roupinhas,para aquelasinfindáv eis trocas queas meninas adoram fazer.Elafoi criada exatamente para as meninas menores que tinha dificuldade em manusear os vestidos e

acessórios. Por isso, ela é produzida num material (borracha) patenteado pela empresa,que facilitaabrincadeira.

A Pollytambém seguea tendência Barbie de ter casa, carro, bicho e amiguinho. Apesarde abonecaser sempre amesma, asamiguinhas são renovadase surgem morena, ruiva e negra. Essa é umatendência domercado,

de incluir bonecas africanas e asiáticasentre osmodelos.O namoradinho da Polly é o Rick, agora também vendido sozinho. A bonecasurgiu no Reino Unido e conquistou a Europa em 1990e os Estados Unidos no anoseguinte. Em 98, a Mattel comprou a Bluebird Toys, proprietária da licença, trazendo-a dois anos depois para o Brasil. (BA)

como bichinho e amiguinho

Ícone, Barbie muda todo mês

Aos 43 anos de idade, a Barbie é o ícone das bonecas. Para manteracesaa chama, a Mattel retomaa promoção Barbie do Mês, quando um modelo específico é lançado. É umaformadedivulgar a grande variedade do produto,já que,no mínimo,serão lançadas 12 ao ano, diz Cristina Lara, gerente de marketing da empresa. A boneca tambémé uma fashion doll, mais adulta. Só de modelos de roupas já foram criados mais de um bilhão e existem oito mil modelosdebonecas.Éum caso único demanutençãono mercado. Cristina relembra que nos Estados Unidos houve a American Girl, uma large doll, também da Mattel, que teve alta longevidade.A Barbieé umcaso único,porque atingeadultos.Há mulheres

Anéis e outros. Com as 20 mil unidades de Bratz que já estão no mercadobrasileiro,Benzattiespera fortaleceraimagem do produto, para conquistar asmeninas atéo final doano evenderaté 100mil unidades ainda neste ano. Adolescente –Tanto Benzatti quanto Cristina dizem que as fashion dolls são as bonecas que seaproximam daquilo que a menina aspira ser. É umanova geraçãode brinquedos, quese assemelhaao público a que sedestina – as meninasna faixados7a 12 anos, aspré-adolescentes. Cristina ressalta ainda que nessa idade, a garota tem vergonha debrincar deboneca, preferindo colecioná-las, brincando ao trocar acessórios. Apesar dessa mudança, aslarge dolls, as bonecas maiores, os bebês, voltadas para as crianças menores, dominam mais de 50% do mercado. A Barbie e as fashion dolls ficam com 40% de participação e o restante, para as mini-bonecas e as pelúcias. T i p o s – A Gulliver traz quatro modelos de Bratz, com bonecasloira, morena, ruiva e mulata. Yasmin, Jade, Sasha eCloe chegamcada umacomdois conjuntos de roupas, maquilagemmoderna,doispares desapato(plataforma, é claro) e acessórios. Com 25cm de altura,a Bratz custaemtorno de R$ 69. A

NOTAS

Brigadeiro de lata tem novos sabores

Fica cada vez mais fácil realizar festas infantis. Foi-se o tempo em que era preciso acertar opontododocinho. Agora, está tudo pronto na latinha.É sóenrolar!Em poucos minutos enchem-se as bandejas.

Não há tambémmais problema de variedade. A Nestlé amplia sua linha Moça Fiesta e coloca dois novos sabores no mercado: Brigadeiro Tutti Frutti e Bananinha.

Mattel traz dois modelos de Divas Starz, uma morena e outra loira, quetambém têm seus modelitos e as indefectíveis plataformas. Medindo 29 cm de altura, a Diva custa R$ 84. A Mattel está trazendo 30 mil unidades da boneca, mas dependendo dos resultados do Dia da Criança, essa quantidade pode aumentar. Interação coma boneca –A grande aposta da Mattel é a Mil Faces, afashion doll que permiteàgarota desenharo rostodesuaboneca. Aempresa vai trazer, até dezembro, 100mil unidades desse

Laranja, para quem gosta de suco cítrico

AKraft Foodsamplia agama de suco de frutas com a marca Maguary colocando o de laranjanomercado. Em embalagem de 500 ml, rende dois litros de suco.

A inclusão do novo sabor atende ao interesse do consumidor por sucos de sabores cítricos e refrescantes.

modelo, pois apresentada ao varejoela despertouenorme interesse. Semrosto, abonecavem acompanhadadecanetas próprias para que ele seja traçado e possa ser refeito quantas vezes acriança desejar. A embalagem contendo a boneca eas canetasespeciais custa R$70.Osacessórios custarão R$ 40. Cristinadiz que a Mil Faces étambém uma aposta para 2003, ao contrário dasDivas, queela acreditaser uma tendência temporária.

Empresas apostam em chás no inverno

Barbie salão de cabeleireiros é o modelo do mês de julho. Vem acompanhada de secador de cabelos que funciona de verdade. Dá uma bolsa a quem comprar três acessórios.

que colecionam,como ficou comprovadona últimaCasa Cor,quandoBrunete Fracarolli fezuma vitrinecom vários modelos da boneca. Coleção – Alinha decolecionáveis, que servem à decoração,vai ganhar em breve um novo modelo: a Barbie Malibu, de 1976, uma das que mais vendeu no mundo todo, será relançada.Com réplica da embalagem da época e mantendo rosto ecorpo que eramdiferentes dosatuais. Háuma coleçãobásica,relançadaanualmente. AsBarbiesde coleção têm preços entre R$ 170 e R$ 600. Nestemês,a bonecadavez é a Barbie Salão de Beleza. Ela vem com secador de cabelos que funciona e faz mechas coloridas nocabelo daboneca. Custa em torno de R$ 75,50 e dá umabolsa deviagem da Barbiedepresentea quem adquirir três itens da linha de acessórios. (BA)

Em edição limitada, os dois sabores serão vendidos até agosto. Foram escolhidos porque são opreferido das criançase uma das frutas mais consumidas, respectivamente. Ambos possuem aroma natural. (BA)

Óleo essencial e aroma para hidratar

Umacombinação dearomaterapia e hidrataçãoé sugeridapela Aromaterapia Jardim Secreto com sua linha de produtospara usopessoal que combinamóleos essenciais comaromas.Sabonete líquido, aromáticoem barra, loção corporal, shower gel, bodyspray, saldebanho e óleo aromático são oferecidos em aromas que geram benefícios de harmonia, relaxamento, sensualidade, energia etc. Os maisrecentes aromas sãolavandae vanillaoubaunilha. O primeiro é o clássico aroma floral-herbal, calmante, sedativoe antidepressivo. Baunilha éo aromaadocicado, que tem como base o óleo essencial de sândalo. (BA)

A linhada Maguary inclui os sucos de abacaxi, caju, maracujá, manga,uva, tangerina,maçã epêssego. Aexpectativa éque osuco delaranja represente cerca de 10%do total produzido pela marca.

Emvendas, a Kraftespera queele atinjao mesmovolume do de uva, o terceiro mais vendido,depoisdo decajue do de maracujá. (BA)

Dona de casa quer cheiro de limpeza

A Reckitt Benckiser Brasil amplia sua linha de limpadoressanitárioscomo lançamentode Harpic Limpeza Ativa Tablete para Caixa Acoplada. Esse sistemade caixa d’água está presente em mais de seismilhões de casas noBrasil e vemse firmando como uma tendência nas edificações.Por isso, aempresa criou a esfera perfumada, que deve ser colocadadentro da caixa.Também chegaramao mercado asnovas versõesde Harpic Gel de AçãoContínua:lavanda (refil) e flor de laranjeira(kit erefil). Aempresa descobriu que o perfume, para a dona de casa, sinaliza obrigação cumprida das tarefas do lar. (BA)

Estaé atemporada forte para chás. Ofrio estimulao consumo dessas bebidas. A Dr. Oetker aposta no inverno e lança novos sabores: chá Doce Bebê,elaboradocom erva-doce, camomilae ervacidreira; chá Doce Vita+C, de ervascom aimportantevitamina e Laranjacom especiarias, mistura a fruta com cravo, canela e noz-moscada. A Aurora Bebidas e Alimentos tambéminvesteno segmento eimportao chá Tropical MateZinger, da norte-americana Celestial Seasonings. Produzidocom uma combinação de erva mate, flor dehibisco vermelho e folhasdeamora preta, tem sabor diferenciado. (BA)

Muita cor para vender sabão em pó Grafismos, comoestrelas e turbilhões, em coresvivase brilhantes, como vermelho e amarelo, foram utilizadas pelaMazz Design nas embalagensdo lava roupas Razzo. Uma das quatro maiores vendedoras de sabãoem barra, a Razzo recentemente ingressouno segmento pó, com o lançamento dosabão empó Puro Coco. Na linha em barra, aempresa ofereceo amarelo glicerina neutro; azul perfumadofloral;verde limãoflash,rosa amaciantee coco 100% vegetal. Rafael Queiroz, designer da embalagem do novo lava roupas, diz que procura,por meio dos desenhos, demonstrar a eficiência do produto. (BA)

A Polly também tem acessórios e companheiros,
Beth Andalaft
A Mattel contra-ataca com as Divas, que chegam ao mercado em setembro
Sasha, a mulata fashion doll, um dos modelos que a Gulliver está importando

Pesquisa aponta que o BC

A maior parte dos analistas acredita que o Comitê de Política Monetária,Copom, vai manter o jurobásico da economia, hojeem18,5% ao ano, principalmente por causa da continuidade da pressãosobreocâmbio. De30 instituições consultadaspela A gência Estado , 22 apostam na manutenção da Selic.

A expectativa do mercado é de que continue em vigor o viés de baixa,o instrumento quepermite aoBancoCentral, BC reduzir os juros a qualquer momento.

Meta – Alguns economistas consideram possível uma quedade0,25 a 0,5ponto porcentual, devido ao afrouxamento dameta inflacionária para 2003 e do comportamentofavorável dospreços livres – os únicos que são afetados diretamente pela política monetária.

O economistaRoberto Padovani,daTendências Consultoria Integrada,é um dos que apostam na manutenção da Selic em 18,5%.

Câmbioe risco– Ele lembra que o Copom não baixou os juros emjunho por causa do comportamentodo câmbio e do riscoPaís, dois indicadores que só pioraram nos últimos30 dias. Padovani acreditaainda queo viés de baixa será mantido.

Oeconomista-chefe do

Bank of America, Marcelo Carvalho, enumera vários fatores que conspiram contra uma queda da Selic, como a altado petróleodesde areunião de junho, a piora na percepção derisco doBrasil eo fato de que a inflação corrente estámuito acimadameta deste ano, de 5,5%– o IPCA acumulado em 12 meses, por exemplo, está em 7,7%.

Pressão – Mas, para ele, o principal problema são as pressões sobre o câmbio, "refletindo tanto as turbulências nocenário global quanto as incertezas no cenário político". A questão é que, com um dólar maiscaro, orepasse da desvalorização para os preços tende a aumentar.

O economista Fábio Akira, do banco JP Morgan, é outro queacredita namanutenção dos juros em 18,5% e na continuidadedoviés de baixa. Para ele,se o câmbiose estabilizar entre R$ 2,80 e R$ 2,85 seria possível cortar a Selic.

Elevado– Segundo Akira, esse é um nível de câmbio elevado, mascompatível coma nova meta inflacionária para 2003, que aumentou de 3,25% para 4% E, vale lembrar, o intervalo de tolerância foiampliado para2,5pontos porcentuais.

O diretor do Banco Inter American Express, Marcelo Allain, também considera

complicado cortaros juros num ambiente de forte volatilidade no câmbio.

"Por isso, o mais provável é que o BC mantenha a Selic, com viés de baixa",afirma. Para ele, o afrouxamento da meta de 2003 abre espaço para reduções dos juros agora no segundo semestre, mas é preciso que haja menos pressão sobre o câmbio.

Espaço– Oprofessor da PUC-Rio e membrodo conselho consultivodo Sistema

Nacional de Preçosdo IBGE, LuizRoberto Cunha,acredita que há "condições razoáveis"paraaredução daSelic entre 0,25 e 0,50 ponto.

O Banco Crédit Suisse First Bostonapostanumcorte de 0,5 ponto dos juros.

A mudança na meta para 2003 e o fato de que a previsão do BC para o IPCA estava em 2,6%,bemabaixodo centro da meta, de4%, abrem espaço para a reduçãoda Selic, analisa o banco (AE)

Para executivos, Selic vai a 18,95% se oposição ganhar

Outra pesquisa realizada peloInstitutoBrasileiro de ExecutivosdeFinanças, Ibef, aponta queosexecutivos de finanças trabalhamcom aexpectativa de que os jurosdeverãopular para18,95%ano ano (hoje estão em 18,5%) até o final do ano, caso a oposição vença a eleição presidencial.

Se José Serra foreleito, a taxa,sendoa pesquisa, poderá cair para17,5%. Aconsulta foi realizada entreos dias 11e 15 de julho,com60 formadores de opinião na área de finanças – entre executivos, diretores, presidentes evice-presidentes de empresas e instituições financeiras, nacionaise multinacionais.

Para os executivos de finan-

çasouvidos,a expectativaé queo dólarchegaráa R$3,10 no finaldeste ano, seum dos candidatosdeoposição vencer as eleições. Caso o candidato José Serra seja eleito o dólar poderia recuar para R$ 2,69, no entender dos entrevistados.

Os executivos também prevêem que o crescimento do PIBficariaem 2,10%seSerra vencer e1,91%caso aoposição ganhe. "Há um clima de confiança,apesarda variável política, oque significaque as empresasestão planejando investimentos, querem ampliaras exportações e lançar novos produtos” , avalia o presidente do Instituto, Carlos Alberto Bifulco.

Fitch prevê aperto maior da liquidez

Aagênciade classificação de risco Fitch Ratings alertou que a liquidezpara as corporações brasileiras ficará apertada nos próximos seis ou nove meses, por causa das incertezasrelacionadas àsucessão presidencial.

"Aperto de liquidez poderá gerar riscosde refinanciamentomais elevados para muitas empresas, ou pelo menos custosfinanceiros mais altos",analisou aFitch, em relatório divulgado ontem em Londres.

Variação – "A liquidez e os riscos de financiamentodas corporaçõesbrasileiras podem variar consideravelmente, dependendo não apenas da saúde financeira ou do perfil da dívida mas, também, do tipo de atividade e da exposição à economia local", disse Daneil Kasthom,diretor-gerente da Fitch.

Real coloca na Internet a primeira financeira virtual para empresas

Aprimeira financeiravirtual do País é criação do Banco Real ABN AmroBank. Chama-se VirtualCred e chega ao mercado especialmente paraatenderempresas que têm seus produtos veiculados pela Internet.

Segundo o banco, o objetivo éoferecer umaalternativa não apenas para quem quer vender. Necessidade –Para José Eduardo Ferreira, diretor da VirtualCred, o aumento das vendasfeitas pela rede mundial de computadores no Brasil ampliou a necessidade de se criar produtos que atendessem às necessidadesdos internautas que se utilizam da Internetpara fazer compras. O número de brasileiros com acesso àInternet em residências chegou emjunho a 14milhões, umrecordedesdeque olevantamentodo Ibope eRatings começou a ser feito em setembro de 2000.

O número de brasileiros com acesso à Internet em residências chegou ao recorde de 14 milhões

5096-0041 - 9731-6844

Temos outros

"Está claroque osexportadores de recursosnaturais, como celulose e papel, minério de ferro, aço e outras commodities baseadasem dólares estão numamelhor posição para pagar as dívidas em dólar em tempos turbulentos,poisos seusprodutosestãomaisligados aos mercados globais do que à economia local."

Exportações – Além disso, segundo ele, essas empresas

poderão também se beneficiarda desvalorizaçãoda moeda, que geralmente acompanhauma crisedesoberanos, pois ela reduz os custos das exportações.

Dependentes – "Já as empresas que são mais dependentes na economia brasileira,incluindo asprestadoras de serviços públicos (companhias de eletricidade, de telecomunicações e outras), estãomais expostaspotencial-

mente aos desequilíbrios cambiais pois seus dívidas estão denominadas em dólares mas os seus faturamentos em moeda local", disse Joe Borman,outro diretor daagência de classificação.

"Quanto maior é a desequilíbrio entre odólare o real, maiorserá aexposiçãoe os impactos da desvalorização na estrutura do perfil financeiro de uma corporação", acrescentou. (AE)

Agência justifica risco de bancos

A agência de classificação de risco Fitch comunicou ontem queos seuselevados ratings para os quatroprincipais bancos comerciais brasileiros –Bradesco (B/C),Itaú (B/C), Safra (B/C) e Unibanco (C)–ainda são justificados, apesardo"ambiente operacional difícil, volátil e em deterioração" no País. AFitchconsidera queos quatro bancos continuam a exibir "característicasexcepcionais"quesustentam os seus ratings elevados. Consolidação – A agência salientouqueoprocesso de consolidação no setor bancáriono Brasiltrouxe maisbenefícios do que riscos e que as perspectivasde manutenção de alta lucratividade entre os grandes bancoscontinuam favoráveis. Além disso, a qualidade dos ativose as equipes administrativas experientes contribuempara essaanálise positiva. Segundo a agência, os bancos brasileiros, jáprevendo a

volatilidade pré-eleitoral, promoveramaolongo do ano passado um esforço para encurtar operfildevencimento de suas carteiras de dívidas governamentais e aumentar sua exposição aos papéis do setor privado.

Algum conforto – A Fitch ressaltou, noentanto,quea naturezadecurtoprazo dos portfólios de dívidas dos quatro bancosoferece"algum conforto". Em contrapartida, a Fitch observou que a situação noBanco do Brasil é oposta. "Enquantoosetor privadotem procuradoconcentrar a sua exposição ao governonocurto prazo,oBancodo Brasilea CaixaEconômica Federalcontinuam a manter sua exposição aos papéis delongo prazoemitidos pelo setor público."

Para aFitch,o Unibanco, que captouUS$ 200milhões emdívida delongo prazosubordinada em abril passado, continua sendo o mais vulnerável aos mercados. (AE)

Atlantic eleva a nota do BBV

A Atlantic Rating Análise Financeira, outra agência de classificaçãoderisco, reavaliou e aumentou de AA- para AAo ratingnacionalatribuído ao BBV Banco.

Segundoos analistas da Atlantic,o BBVBancocomeça agoraaobter osefeitos positivosdos investimentos realizadosnos últimosanos, tantoemtecnologia como na rede de agências.

A receita daintermediaçãofinanceira do primeiro trimestrede2002 cresceu em proporção maiordo que no exercício passado, enquantoaumentava amargem bruta, gerando um lucro deR$ 28,5milhões,no primeiro trimestre doano, superior aototal obtido no exercício passado.

Nos três primeiros meses de 2002, o ativo total do BBV cresceu 5%em relaçãoa dezembro de 2001.

Facilidade – A operação para a contratação do crédito é simples, segundo o diretor da VirtualCred.Aoescolher um produto naInternet, ex-

plicaFerreira, oconsumidor pode simular o financiamento do valor do produto e escolher a melhor forma de pagamento. Depoisdessaetapa basta preenchera propostae encaminhá-la, tambémpela Internet, para a financeira. Rapidez – A aprovação do créditolevaem média uma hora. O valor emprestado é depositado na conta corrente do cliente. A taxa de juros é prefixada eas mensalidades sãopagas com cheques pré-datados. Um representanteda VirtualCredrecolhe pessoalmenteos cheques no endereçoindicado pelo cliente. A VirtualCred tem crédito pessoal,crédito pessoal comgarantia ecrédito direto ao consumidor, CDC. Oserviçoda VirtualCred está sendocolocado àdisposição dosconsumidoresa partir de umaparceria com a empresa, quepode acompanhar, on-line,as propostas dosclientes interessadosnos produtos e dos pagamentos efetuados.

Roseli Lopes

Dívida: títulos de curto prazo passam de 32%

Em apenas quatro meses, a participaçãodetítulos de curto prazo na dívida pública mobiliáriafederal subiuperto de 10 pontos porcentuais, passandode23,62%, em março, para algo entre 32,5% e 33%, em junho.

Os dados sobre o perfil da dívida pública serão divulgados hoje pela Secretaria do Tesouro Nacional e pelo Banco Central, BC, e mostrarãouma pioranosprincipais indicadores. O prazo médio dostítulos diminuiu, aumentou a quantidade de papéis corrigidos pela variação do câmbio e cresceu o estoque totalda dívida pública, que em maioestava em R$ 639,39 bilhões.

candidatos à presidência da República.

Emum mês – Os dados a serem divulgados hojemostrarão que em um único mês, o volume de títulos do Tesouro Nacional e do Banco Centralempoderdopúblico a vencer em12 mesessubiu de 27,76% emmaio,paraalgo entre 32,5% e 33% do total da dívida.

Desde o início de 2001 esse indicador, observado principalmentepelas agências internacionais de classificação derisco, não atingianíveis tão elevados.

Os investidores passaram a rejeitar os títulos com prazo de vencimento a partir de 2003

V al o r iz a çã o dodólar – Além disso, avalorização dodólar frente ao real contribuiu para a elevação do endividamento do setor público. É justamente por conta da elevação da exposição cambial da dívida e do volume de vencimentos em12meses queasagências de avaliação de risco têm justificadoos recentes rebaixamentos da dívida brasileira. Teoricamente, quanto piores esses indicadores maiores osriscos denão-pagamento. O nervosismo em torno desse assunto tem colocado lenha na fogueira do já conturbado cenário econômicointerno e internacional.

É também por essa razão que umassunto árido como da dívida pública e as estratégias para sua administração pelogoverno federal transformaram-se em temas de debates em público pelos

O governo federal vinha se esforçando para ampliar os prazos devencimentos dostítulos ediminuir o risco de financiamento da dívida. Prazomais longo– Mas estes planos foram abortados a partirdemaio,quando o governofederal foiobrigado a colocarum freionesse processo e voltar a ofertar papéis com prazos mais curtos.

Diantedo nervosismodo mercado com as incertezas no futurogoverno, osinvestidores passaram a rejeitar títuloscom prazodevencimento a partir de 2003.

Troca – A resposta do governo tem sido a de realizar trocassistemáticas detítulos de prazos mais longos por outros de prazos bem menores, comvencimentos inclusive para este ano ou no início de 2003. O indicador vai continuarcrescendonos próximos meses,já queo governo federal está mantendo a políticadetroca detítuloscom prazo mais longos. (AE)

POSIÇÃO DA FACESP - ACSP

O partido da livre iniciativa

À medida emque vão se aproximando aseleições, os candidatos aos diversos cargos eletivos começam a p rocurar estabelecer contatos com asentidades nos sentido de obteremseu apoio, material ou institucional, para que possam disputar a Presidência da República, o governo dos estados ou uma vagano Parlamento ou nas Assembléias,apresentando suas idéias eposições arespeito dos principais temas da vida política, econômica e socialdopaís. Pelaprópria importânciadocargo, as atençõesse voltam, com maiorintensidade, aosasp irantes à Presidência da República,o queobrigaos candidatos a apresentarem de forma mais detalhada seus programas e propostas, que devem refletir, também,asposições programáticas das forças políticasque oapoiam. Notocante aos postulantes ao

ANÁLISE

Legislativo estadual ou federal alguns se apresentam como representantes de categorias econômicas, grupos sociais ou representantes de regiões, enquanto outros buscam votos de formamaisampla,sem se identificarem com nenhum segmento em especial mas apenascom as linhas doutrinárias de seus partidos.

Analisandoas diversas propostas de governo apresentadas, até agora, pelos candidatosà presidência não se constata, em nenhuma delas, um compromisso explícito com a livre iniciativa ea economiade mercado ou, mesmo, deuma política de fortalecimento da classe empresarial como instrumento parao desenvolvimentoe ageração de empregos. Fala-se em empregos,mas ignora-sea empresa. Fala-se em crescimento daeconomia mas não se menciona que cabe-

Ganância infecciosa

O czar da moedae do créditodo mundo,por sê-lo dos Estados Unidos, Alan Greenspan, acaba decolar nocapitalismoamericano, omais possante atéhoje conhecido, o rótulode ganânciainfecciosa. Está cobertode razãootemível chefe dosistema financeirodosEstados Unidos. Para demonstrar lucro, fictício ounão, mas, como vemos,mais fictício do que verídico, os empresários americanos montaram um salão de ganâncias e todas elas infecciosas.

A ganância infecciosa foi prevista pelaSanta Madre Igreja Católica como um dossete pecados capitais. Pode ser a gula, pode ser a luxúria, podesera inveja,emsuma, pode ser os sete pecados capitais,que estará enquadrada na teologia moral da Igreja,e justifica não poucos tratadistas, quereceberam, através dos séculos, pedradas sem conta dos aproveitadorasda ganânciainfecciosa. Esta aíaprova de que nãoé sóno Brasil e nospaíses periféricosdo capitalismo que a ganância exorbita.

A definição do poderoso Greenspan é excelente. Por mais que defendamos ocapitalismo como

rá às empresas conduzirem esse crescimento.Fala-se emaumentar as exportações masnãosecolocaa empresano centro de um esforço exportador. Parece que caberá ao governo conduzir o país à prosperidade quando a experiência mostraquesomente comempresas prósperaso paíspoderá prosperar.Liberdade de iniciativa, espírito empresarial, coragem de assumir riscos, querepresentam um grande ativo de qualquer nação que deseje se desenvolverparecenão fazerparte daspreocupações dos partidos e dos candidatos,ou porignorarem seu relevantepapel, oupor considerarem que existem nopaísas condiçõesfavoráveis paraseu crescimento, não sendo necessário sequermencionar tema,como ocorreemeconomias nas quais a livre empresa e o funcionamentodomercadojásão instituições

consolidadas. o que não é o caso do Brasil. Quanto aos candidatos ao legislativo,poucos se apresentam como defensores da livre iniciativa como um todo, embora alguns se proponham arepresentar algum setor empresarial específico. Mesmomuitos empresários que se candidatamaoParlamento ou as Assembléias não o fazem por comprometimento com a "ideologia" da livre empresa eda economiade mercado, valendo-se de outras bandeiras para buscarem votos.

A culpapor essasituação é daprópria classe empresarial que não soube, até o momento, teruma participação articulada no tocante á política, fragmentando-se em representações setoriais, interesses pessoais ou posições partidárias que impedem uma ação mais efetiva nadefesa dasposiçõesfilosóficas e, mesmo, de interes-

se geralda classeempresarial. Não há um partido que tenha em seu ideário de formaexplícitaa defesadalivreiniciativae poucossão os candidatosque se apresentam sob esta bandeira, pois correm o risco de não se elegerem, por não contarem com o apoio decidido da classe empresarial.

Dada a proximidade das eleições não há mais tempo para que os empresários possamarticular-see procurar elegera bancada da "livre iniciativa" mas é importante que,pelo menos, cada um individualmente, e cada entidade empresarial isoladamente, busque obter dos candidatos a que dão apoio, compromissos com medidas e posições que possam contribuir para o fortalecimento das empresase, emconseqüência,da economia brasileira.

Precisamos exigir dos candidatos compromissos com a livre iniciativa não

comoadefesa deuminteresse corporativo mas como o sistemaque pode propiciar melhores condiçõe s para o desenvolvimento econômico esocial dopaís. Livreiniciativa nosentido defendido pelo professo r MiguelReale, jurista,filósofoe mestrede várias gerações,paraquem "livr e iniciativa não é um privilégio do empresário. Quando se fala em livr e iniciativa, pensa-se na livre empresa. Maslivr e iniciativa deveria ser, ao contrário, umapanági o detodacriaturano se u setordetrabalhoe construção...A grandeza d o homemestá nissoexatamente: ter a livre iniciativa, o poder criador d a imaginação, sem oqua l nada se realiza". Como o professor Reale, queremos condições para que o poder criador daimaginação possa conduzir o Brasil ao desenvolvimento.

o sistema que promove o desenvolvimento e melhoraraa distribuiçãode renda dasclasses menos favorecidas, elevando-as no consumo – para gáudio de todos os membros da família– nofundo ele é ganancioso, que não seria pecado e até louvável, nãofora ainfeçãoque rompe de seus flancos. Foio queocorreu nos Estados Unidos,rompeu-se a ganância mais do que deveria fazê-lo, em benefíciode todosos acionistas dasempresas visadas, e se tornou infecciosa, com risco para asprópriase paraosque nelas acreditaram, comprando suasações, afim de terem, no futuro, quando chegarem os mausanos, poderem contar com uma renda mensal que apague as despesas do larainda subsistente epermita algum lazer dentro ou fora dos Estados Unidos. Mas épreciso combateraganânciainfecciosa, épreciso aplicar um antibiótico enérgico contra a infeção,antes quevenhaa amputação, como em 1929.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

Ascartas àRedaçãosomenteserão publicadas se contiverem,alémda identificação do missivista, endereço com rua, número, bairro, CEP e, se possível, telefone e rg. As cartas poderão ser resumidaspela redação, publicando-se, apenas o essencial. Os originais não serão devolvidos.

Aplausos para Feldman Pode parec er ironia, mas não é não, leitor. Estou comemorando, com alegria, em meio aos dissabores darealidade política brasileira, oartigo"Viva São Paulo", que ele encerra com um "Viva o Brasil", sob meus aplausos, do deputado Walter Feldman, presidente da Assembléia Legislativa paulista, onde o parlamentar colocaem seusdevidos lugaresasinjustiças detoda sorteque se fazem com o Estado bandeirante, semperder o foco deque somostodos brasileiros.

Falta de líderes

Quandoreclamo daausência de líderesem nosso Estado falo disso. Precisamosde maisação, comoo queFeldman escreveu,na Folha de terça-feira passada, napáginaA3.Somos todosbrasileiros eSão Paulotem sidoporrazões históricas, geográficas econômicas e mesmo políticas, o Estado líder da Nação e ao mesmo tempo o mais pisoteadopor quem usufrui de tudo que aqui se faz e produz. Mencionei recentemente – eo parlamentarcita eargumenta também – declaraçõesinfelizes de Aécio Neves, presidente da Câmara dos Deputados, a respeito de São Paulo. Oneto de Tancredo, cuja maior credencial até agora ainda é esta, candidato ao governo de Minas,andou dizendobobagens, discriminando mais uma vez os paulistas. Feldman recolocou as coisas no seu lugar.

Corrida

É da praxe dos líderes políticos deoutrosEstados falar mal de São Paulo para fazer média com seus eleitores, normalmente mantidos emcurrais eleitorais. São os mesmos que correm paracá(como ocorreu com o avô de Aécio Neves) na primeira dor de barrigaque os acomete. Infelizmente, no caso de Tancredo Neves, nem a medicina paulista podedar umjeito emsua valiosa vida. Mas há dezenasde outros exemplos, que o digam,só por citar, Antonio CarlosMagalhães,José Sarneye suafilha Roseana Sarney.

Um só país

De todo modo somos todosbrasileiros, comungodo amor à Pátria como édireito de qualquer brasileiro amar seu município, seu Estado. Acimade tudoestá,sempre, ogrande Paísque temos. Por isso, devemos passar por cima das idiossincrasiasregionais egritar, como Feldman. Viva o Brasil.

Vergonha

Estou envergonhado com a sentença de 16 anos de prisãoe desqualificação de torturae formação de quadrilha que uma juízadeu aosseqüestradores de Washington Olivetto. Sentençasassim sãoestímulo ao crime. Uma tristeza. Pobre justiça brasileira. Faz bem a promotoriaderecorrer.E protestar. Dá vontade de aderir e gritar: viva o crime.

P. S . Paulo Saab
João de Scantimburgo

Atenção aos contratos de franquia

Desentendimentos entre franqueados e franqueadores são tantos que estão sendo resolvidos por câmaras de arbitragem

Contratos claros e bem feitos, que determinemo papel e as obrigaçõesde franqueadose franqueadores,podem prevenir conflitos futuros entre as partes.Em geral,as brigas vão parar na Justiça e culminam com o rompimento da relação. É bom, portanto, que se faça o possível para evitar chegar a este ponto.

O caso mais notórioe recente sobre disputas entre franqueadores e franqueados envolveamarca McDonald’s, americana, mundialmente conhecida.A Secretaria de Direito Econômico do Ministérioda Justiça determinou a abertura de processo administrativo para investigar possíveisirregularidades nas práticas comerciais desenvolvidas pela rede de lanchonetes. Aorigem da briga

estáligadaàsublocação de imóveis aosfranqueados comvalores bemacimado que se pratica no mercado. O SDE vai apurar as denúncias e encaminhá-las ao Cade. Se for condenada, a rede poderá ser multada ematé30%do faturamento bruto que obteve no ano anterior. Contrato – "O contrato regula arelaçãoe serve como um instrumentopreventivo",diz aconsultorajurídica MelithaNovoa Prado,doescritório Novoa Prado, em

Presidente do STJ nega liberdade a usurário

O presidentedo Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Nilson Naves, indeferiu o pedido de liminar impetrado peladefesa deAntônio Vanderli Gomesde Oliveira, acusadode cobrarjuros,sobre dívidasem dinheiro,superiores à taxa permitida por lei,edeameaçar demorte seus devedores. Ele encontrasepresohá mais de10meses.

OministroNilson Naves negouo pedidopor nãovislumbrar ospressupostos autorizadores da medida urgente, “tanto mais que não há ilegalidademanifestaa ser corrigida, emsede decognição sumária, por esta Corte”. O mérito do habeas-corpus será julgado após o recesso forense. O relator do processoéo ministroPauloGallotti.(STJ)

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falências & concordatas

São Paulo. Embora seja uma ferramenta importantepara assegurar direitos e deveres entreas partes, a consultora dizqueainda existemfranqueados que se aventuram no mercado sem assinar qualquertipo depapel, poringenuidadeou pordesconhecimento. Eoqueépior,há franqueadores que se aproveitamdessa gente. "Infelizmenteisso aindaexiste,apesardaexistênciade umalei (8.955/94) que garantea transparênciana concessão de franquia", diz a consultora paulista.

Considerada adequada para disciplinar o mercado, a lei garante ao franqueado,por exemplo, o direito de rescindirocontrato eexigirosvalores jápagoscaso ofranqueador omita qualquer in-

formaçãoimportante ligada ao negócio. Conflitos – Segundo a consultora, as principais causas de conflitos estãorelacionadas ao não cumprimento dos padrões ou regras estabelecidos pelo franqueador, à destinação das verbasde propaganda, à invasão de território, à ausência do franqueado na operação eàfalta de suporte operacionalpor parte do franqueador. Os contratos servem, na

Iniciativa

A Associação Comercial de SãoPaulo,ACSP, apartirde setembro, deverá reforçar a divulgação do Movimento de Apoio ao Consumidore dos serviçosdeutilidade pública prestados aoconsumidor paulista. Com o apoio de seus clientes eparceiros, aAssociação investiráemforte campanha publicitária e promocional.Oobjetivoé ampliar onível deconhecimentoe ograudeutilização dos serviços.

Auxílio a vítimas – Entre eles, o destaque é o SOS Cheques eDocumentos -que recebe,gratuitamente, alertas sobre chequese documentos roubados e extraviados e forneceorientações àsvítimas detais ocorrências.O SOS Chequesfoi lançadoemou-

prática,para esclareceresses pontos e qual o papel de cada um no negócio. Os contratos de franquia podemenglobarquatro instrumentos jurídicos: licença de uso damarca, transferência de tecnologia, fornecimento e prestaçãode serviços. Devem ser elaborados de forma a permitir modificaçõesde cláusulascomdupla interpretação.

Outro ponto importante é que o documento deve seguir as especificaçõesdaCircular deOferta de Franquia (COF), regulamentadapela Lei 8955-94. "Ela esclarece os direitos e deveres de ambas as partes, ascaracterísticas do negócio e as formas de fornecimento da unidadefranqueada, e deveestar anexada ao contrato", explica.

Justiça – A consultora não soubeestimar onúmerode açõesna Justiça comum envolvendo franqueados e franqueadores. Mas com certeza são muitas. Tanto que a Associação Brasileirade Franchising (ABF) firmourecentemente convênio com o ConselhoArbitral doEstado de São Paulo (Caesp) para resolver conflitos através da arbitragem, fora das barras dos tribunais. O serviço é novo e a comissão de ética da ABF está recebendoas solicitaçõespara encaminhá-las aos árbitros especializados. "Através da arbitragem, as soluções deverão sermais justaspara ambas as partes", diz a consultora. Ela foi a primeira árbitra a se formar no Brasil na área de franchising.

Sílvia Pimentel

dá apoio ao consumidor

tubro do ano passado, juntamente com o movimento.

Ainda nalinha deorientação ao consumidor, há as cartilhas Como limparseu nome na praça , que traz de modo didático todos os passos para que a pessoaregularize seus registros e fuja da ação de pessoas e empresas mal intensionadas, e Eu, o cheque , que fornece explicaçõese orientações sobre a forma de utilizar corretamente os cheques.

Para transmitir sua mensagem ao públicoa Associação Comercial pretende estabelecer parcerias com o comércio, financeiras, bancose administradorasde cartões de crédito.

Mídia - A campanha publicitária será divulgada nos jornais de grandecirculação,

emissorasde rádio, out-doors,painéis noMetrô,Internet ecartõestelefônicos."A Associação Comercial espera captar junto às empresas parceiras, até o final de agosto, os recursos necessários paraa implementação da campanha", diz o gerente de Marketing daAssociaçãoComercial, Alexandre Alonso. Também serão produzidos folhetos, cartazes, adesivose réguas,entre outrosobjetos. Esse material será distribuído em locaiscomo estações do metrô,postos dePoupaTempo, barese restaurantes, bancas de revistas e postos de combustíveis, e pela Federaçãodas AssociaçõesComerciais do Estado de São Paulo. Cerca de 500 mil exemplares da cartilha Limpe o seu no-

mena Praça e250 milexemplares da cartilha Eu, o cheque serão distribuídos de setembro a dezembro, período previsto para a veiculação da campanha.

Apoioalternativo – Alonsolembraque asempresas podem apoiaro movimento e divulgar os serviços de utilidade pública de outras formas. "Umasugestão éque se useos cadernosdeofertas, panfletos, entre outros materiais, da própria empresa", diz. Ou a distribuição das cartilha nos pontos de venda. Os balcões de informações também podem servir para que sejam afixados os adesivos distribuídos pela Associação Comercial.

Teresinha Matos

Conflito entre indígenas e grupo Pão de Açúcar

Adesão ao Refis libera sonegador da cadeia

Requerente:Votocel Filmes Flexíveis Ltda. – Requerido: Crystal Fylmes Embalagens Ltda. Rua Macaubas, 05-A – 29ª Vara Cível

Requerente: Frigotti Com. e Distribuidora de Gêneros Alimentícios Ltda. – Requerida: Mercadinho e Casa de Carnes HM Ltda-ME – Rua João de Souza Dias, 258 – 05ª Vara Cível

Requerente: Frigotti Com. e Distribuidora de Gêneros Alimentícios Ltda. – Requerida: Casa de Carnes Anny Ltda-ME – Av. do Cursino, 3839 – 33ª Vara Cível

Requerente: Drigon Tecnologia em Segurança Ltda. – Requerida: Panastar Tecnologia em Segurança e Automação Ltda. –Rua Joaquim Floriano, 733, conj. 6-B – 20ª Vara Cível

Requerente:Top Cred Informações e Fomento Mercantil Ltda.–Requerido: Vitória Gráficos Editores Ltda. – Rua São Leopoldo, 162 – 38ª Vara Cível

Requerente: Petrosul Distribuidora Transportadora Com. Combustíveis Ltda. – Requerido: Auto Posto Chaparral Ltda. – Rua Salete, 15 – 21ª Vara Cível

Requerente: Petrosul Distribuidora Transportadora Com. Combustíveis Ltda. – Requerido: Auto Posto Dois Mil e Seiscentos Ltda. – Rua Salete, 15 – 16ª Vara Cível

Requerente: Petrosul Distribuidora Transportadora Com. Combustíveis Ltda. – Requerido: Automotivo Zona Norte Ltda. – Rua Guilherme, 539 – 01ª Vara Cível

Requerente: Petrosul Distribuidora, Transportadora e Com. de Combustíveis Ltda. – Requerida: Faixa Branca Auto Posto Ltda. –Rua Dr. César, 1087 – 24ª Vara Cível

Arisugawa, 109 – 06ª Vara Cível

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 16 de julho de 2002, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências: Requerente: BSK Consultoria em Telecomunicações Ltda. – Requerida: Telefree Brasil Com. Importação Exportação Representação Ltda – Av. Paulista, 1754 - 7º andar, conj. 72 – 26ª Vara Cível

Requerente:Parnox Ind. e Com. de Artigos Industriais Ltda. – Requerido: Inco Componentes Industriais S/A – Rua Alto Belo, 1070 – 07ª Vara Cível

Requerente: Cotiplas Ind. e Comércio de Artefatos Plásticos Ltda. – Requerido: Julimar Comércio de Brinquedos Ltda. – Rua Cons. Saraiva, 73 – 17ª Vara Cível

Requerente: Petrosul Distribuidora Transportadora Com. Combustíveis Ltda. – Requerido: Posto de Serviços Sabugal Ltda. –Av. Dr. José Artur da Nova, 1176 – 18ª Vara Cível

Requerente: Fuji Elétrica Ind. Eletromecânica Ltda. – Requerida: HDA Engenharia Ltda. Rua Mogi Mirim, 247 – 32ª Vara Cível

Requerente: Lexus Factoring Fomento Mercantil Ltda. – Requerida: Dastec Distribuidora de Abrasivos e Técnica Ltda.–Rua Emília Marengo, 1353 – 39ª Vara Cível

Requerente: Petrosul Distr.Transportadora Com. de Combustíveis Ltda. – Requerido: Centro Automotivo Studio I Ltda. – Av. Santa Marina, 2023 – 23ª Vara Cível

Requerente: Alfredo Safra Filho Com. de Papéis Ltda. – Requerida: OR Santos-ME – Rua da Graça, 608 – 35ª Vara Cível

Requerente: Alfredo Safra Filho

Comércio de Papéis Ltda. – Requerido: Bandeirantes Mudanças e Transportes – Rua Sérgio Thomaz, 94 – 13ª Vara Cível

Requerente: Alfredo Safra Filho Com. de Papéis Ltda. – Requerida: Hannover Etiquetas Auto Adesivas Ltda. – Rua Acurui, 104 – 35ª Vara Cível

Requerente: Braga Comércio e Indústria Ltda. – Requerida: Markimp Comércio de Etiquetas Ltda-EPP – Rua Antonio Antunes Maciel, 90 – 03ª Vara Cível

Requerente: Fluido PVV Hidráulica Ltda. – Requerido: Araújo Junior Engenharia Ltda. – Rua

Requerente: Petrosul Distr.Transportadora e Com. de Combustíveis Ltda. – Requerido: Braz Leme Auto Posto Ltda. – Av. Braz Leme, 2433 – 22ª Vara Cível

Requerente: Branac Papel e Celulose Ltda. – Requerido: Graphis Editorial e Gráfica Ltda. – Rua Fiandeiras, 839 – 07ª Vara Cível

Requerente: Multicarnes Comercial Ltda. – Requerido: Bore Comércio de Alimentos Ltda. Rua Coronel Virgilio dos Santos, 653 – 21ª Vara Cível

Requerente: Unitec Abrasivos Técnicos Ltda. – Requerido: Girus Industrial Ltda. – Rua Masato Misawa, 12 – 10ª Vara Cível

Requerente: Manapaper Papéis Ltda. – Requerida: EGE Gráfica e Editora Ltda. – Av. Maria Coelho Aguiar, 573/575 – 26ª Vara Cível

Requerente: Metalúrgica Ferrame Ltda. – Requerida: Comercial Eurosteel Ltda. – Rua Soldado Antonio Matias de Camargo 277– 19ª Vara Cível

Requerente: Indústria de Tintas Privilégio Ltda. – Requerida: Capitane Artigos Escol. Natalinos Ltda. – Rua Forte da Ribeira, 971 – 30ª Vara Cível

Requerente: Sanhidrel Instalações e Comércio Ltda. – Requerida: HF Participações e Empreendimentos S/A – Rua Carlos Comenale, 263 - 6º andar – 33ª Vara Cível

Requerente: Filadelfia Importação Com. e Exportação Ltda. –Requerida: Gelan Auto Peças Ltda. – Rua Ibiritama, 817 – 17ª Vara Cível

Requerente: Pneulinhares Comércio de Pneus Ltda. – Requerido: Loredana Comercial Consultoria Planejamento e Marketing Ltda. – Av. Imperatriz Leopoldina, 928 – 39ª Vara Cível

Requerente: Gemep Grupo Médico Pediátrico S/C Ltda. – Requerido: Hospital Santa Tereza de Lisieux Ltda. – Av. Presidente Giovanni Gronchi, 6196 – 23ª

Vara Cível Concordata

Requerente:TS Comércio Importação e Exportação Ltda.–Requerido: TS Comércio Importação e Exportação Ltda. – Rua Felisbina Ferreira, 400 –13ª VaraCível

A suspensãopor 30dias da ação movida pelo Grupo Pão de Açúcar contraa comunidade indígena Pankakarus para garantiraposse deum terrenonaMarginal Pinheiros pode ser um bom sinal de entendimento entre as partes. A opinião é do procuradorfederal daFundaçãoNacional doÍndio (Funai),Antonio José Moreira, que defende os índios.

Os índiosocuparam oterreno durante 30 anos, até 1998, quando foi adquirido pela rede de supermercados em leilão promovido pelo Estado de São Paulo, antigo dono daárea. Atualmenteela é utilizada para arealização de rituais e danças tradicionais datribo.Só nacapitalvivem cerca mil índios pankararus. Segundo oprocuradorda Funai, oPão de Açúcar está descumprindo acordo feito naépocadaaquisição, que previa a doação de outra área para osindígenas. Osíndios estão reivindicandoajuda financeira do grupo para a construção de alojamentos num terreno localizado em Juquitiba,no litoralsulde São Paulo, que lhes foi doado por um médico.

O Diário doComércio pro-

curou o Grupo Pão de Açúcar para saber quais são os planos da rede mas não obteve resposta atéo fechamento da edição.

Saga indígena– Originais de Pernambuco,os pankararus começaram a migrar para SãoPauloem 1950, fugindo da seca de dos atritos com posseiros.Os primeirostrabalharam naconstruçãodo Palácio dos Bandeirantes e do Estádio do Morumbi, na zona sul da capital paulista. Hoje a maioria mora na periferia de São Paulo, principalmente na favela RealParque, próxima ao bairro do Morumbi. Há índios espalhados pelo bairro de Capão Redondo, em Osasco eJardimElba. Muitos trabalham como porteiros, faxineiros,seguranças e motoristas. Pelo menos 19 delesestudamna PUC, segundooprocurador daFunai.

Ainda vivem em Pernambuco, na Aldeia Brejo dos Padres, cerca de cinco mil pankararus. Lá, omaior problema é a falta de terras, pois 250 famílias de posseiros ocupam parte dos 8,05 mil hectares da reserva.

Sílvia Pimentel

O presidentedo Superior Tribunalde Justiça,ministro NilsonNaves, concedeualiminarem habeas-corpusem favordoempresário Michel Sabbagh Filho, representante da Malharia Cristina Ltda, de Blumenau, Santa Catarina. Sabbaghfoi preso preventivamente sob a acusação de ter sonegado o recolhimento do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias – ICMSda malharia,no períodode1995 a 2000, deixando de repassar aos cofres públicosmais de R$ 11 milhões.

O Ministério Público de SantaCatarinadenunciou o empresárioporter deixado de recolher mais de R$ 11 milhões de ICMS aos cofres públicos.De acordocomadenúncia, entre os anos de 1995 e2000,o empresárioteriasimulado 1.047operaçõesde circulação demercadorias supostamente provenientes de 169 empresasestabelecidas em dez Estados do País. OministroNilson Naves liberou o empresário com base nainformação deque sua empresa havia aderido ao Refis,o programadeparcelamento das dívidas tributárias criado pelo ministério e pelas secretarias de fazenda. (STJ)

FHC diz que fez distribuição de renda

Presidente da República garante que manterá "uma administração virtuosa", o que considera um desafio em ano eleitoral

O presidente Fernando Henrique respondeu ontem à acusação de candidatos oposicionistasà presidência da República deque seu gov erno não promoveu uma melhor distribuição de renda noPaís."Fala-se do que não sesabe", disseo presidente, durante solenidade de entrega do prêmio do Programa de IncentivoàGestão Fiscal Responsável a 45 prefeitos de várias regiões do País e partidos, realizadano Itamaraty. Elelistou asváriasações do governo na área social que disse ter promovido nos quaseoito anos emque estáno governo. Segundo Fernando Henrique, em sua gestão o valor dosaláriomínimotriplicou, de R$ 64 para R$ 200, enquanto o custo da cesta básica aumentou apenasem cerca de 40%, e houve melhorias nos índices referentes a mortalidadeinfantil ecrianças matriculadas nas escolas. Ele citoutambémo reco-

nhecimento internacional ao programabrasileiro decombate à aids.O presidente disse, no entanto, que recebeu uma herança pesada, referindo-se à dívida do País. "Assumimos o governofederal pagando as taxas de juros mais elevadas",lamentou. Ele anunciou quemanterá "aadministração virtuosa", o que considera um desafio em ano eleitoral, respeitando a fixação de limites estabelecidos em relaçãoà dívida consolidada e à dívida mobiliária. De sc en tr al iz aç ão – Fernando Henrique elogiou a atuaçãodos 45prefeitospremiados.Para opresidente,o avanço com a Lei de Responsabilidade Fiscal não foi só do governo e do Congresso, mas da sociedade. "Estamos realizando uma revolução", comemorou o presidente. Se-

O presidente fala, no entanto, que recebeu uma herança pesada, referindo-se à dívida do País

gundo ele,acentralização que havia no País era "exasperante",e aatual descentralização é "triunfante". "Umpaíscomo onossoou confia nas administrações locais ou se perde em especulações vazias em Brasília", disse FHC, sendo aplaudido pelos prefeitos presentes. O presidente admitiu que acarga tributária no País é "muito elevada", lembrando quea herança cultural do Brasil é "patrimonialista", e destacou que o símbolo da descentralização é a ruptura com essa cultura. Re ne go ci açã o – Oministro do Planejamento, Guilherme Dias, disse que mudar asregras paraarenegociação das dívidas dos Estados e municípios poderia dar margem a "punir a austeridade e premiar a imprevidência". O ministro deu taldeclaração ao

comentar sugestão apresentada pelo candidato do PT, Luís Inácio Lula da Silva,de que seria necessário proporcionar novas regras para a renegociação dasdívidas. Ele, entretanto, nãofez qualquer referência ao nome de Lula. "Não é verdade que não foram criadas as condições para renegociação das dívidas", disse ele. GuilhermeDias afirmou ainda que 90%dos municípios encaminharam dentro doprazo seus relatórios relativos às contas do ano anterior. O prazo terminou em junho. Oministrolembrou que 9 Estados não conseguiramcumprir em2000o limite fixado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Jáem 2001, informou,o número dos quenãoconseguiram cumprir a lei caiu para 3.

Dias destacouque aLei de Responsabilidade Fiscalse transformou"num referencialde transparênciaecredibilidade pública". (AE)

Para analistas, Ciro Gomes "decolou"

A vantagem desete pontos porcentuais conquistada pelo candidato daFrenteTrabalhista(PPS, PTBe PDT), Ciro Gomes, sobre José Serra (PSDB), conforme mostrou a última pesquisa doIbope, revelaqueocrescimento da candidatura do ex-governador cearense não está mais relacionado à exposição na TV. "A candidatura do Ciro decolou. Ele revelou ter um grande potencial de crescimento, e a aposta de que agora ele leva ficou séria", analisa o cientista político da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Fábio Wanderley Reis.

Na opinião do pesquisador e cientista políticoda PUC e

FGV (SP), Marco Antonio CarvalhoTeixeira,o momento político é extremamente favorável ao presidenciávelda FrenteTrabalhista. "O Ciroé oúnico candidato que teve uma ascendência segura, e essa posição tende a se consolidar porquejápassamos omomento dasgrandes oscilações nas pesquisas", garante.

Migração – Carvalho Teixeira acredita, ainda, que essa tendência deverá provocar a migração de apoios, principalmente financeiros,da campanha de Serrapara a de Ciro:"Além deredirecionar os rumos de uma campanha, a pesquisa eleitoral é a grande referência para se conseguir

recursos."

O cientista político Wanderley Reis também não aposta em grandes oscilações nas próximas pesquisas. Ele garante que"ficará surpreso" se o desempenho do candidato da Frente Trabalhista oscilar para baixo no futuro próximo. "Tudo indica que o Ciroveiopara ficare,apesarde ter menor tempo na TV que o Serra, o tempo que ele tem (7 minutos) parece ser suficiente,já queo Cirotem umaretórica poderosa."

Serra – Oprofessordestaca, ainda,a capacidadeque a candidaturade Cirotem de atrair votos tanto dos que desejam aoposição quantodos que preferem amanutenção

do atualgoverno."OCiro caiu nogosto doeleitor".

Apesardesse cenário, Wanderley Reis acredita que não é possívelmenosprezar a candidaturade Serra."Ogoverno vai fazer o que for possível para alavancar a candidatura do seu candidato. (AE)

Está difícil aplicar o calote

Casoo novopresidenteda República queirapromover um calote na dívida pública, eleprecisaráde apoiodo Congresso Nacional."A Emenda Constitucional 32 impede que sefaça qualquer alteração de contrato por medidaprovisória", afirmou ontem o secretário do TesouroNacional, EduardoGuardia. Em outras palavras, o governo não pode, unilateralmente,mexer nosprazosde vencimento dos títulos da dívida para alongar seus prazos de vencimento. Isso só será possível se oCongresso Nacional aprovar umalei autorizando a operação.

"Precisa de autorização do Congresso, mas é algo absolutamente erradoe desnecessário",comentouo secretário, que se recusou a pronunciar a

palavra‘calote’. "Nem sei o que é isso, não consta do meu vocabulário", disse. Ele reafirmou que "a dívida é plenamente administrável",apesar do momento de volatilidade por que passa o mercado. Nasuaavaliação, ofatode os candidatosàpresidência terem transformadoa dívida em tema dedebate eleitoral é positivo. "É um tema da maior relevância,e éimportante que seja discutido abertamente", disse. Ele acrescentou que, "para administrara dívida, não precisa de nenhuma solução mirabolante".

A chave, explicou,está em mantero setorpúblico ajudando, gerando os superávits primários que permitam estabilizar ou atémesmo fazer declinar o saldo da dívida pública. (AE)

Empresários esperam reforma tributária do presidente

O próximo presidente do Brasil enfrentará dificuldades casoele não contecom o apoiodoCongresso edasociedade.A constataçãoé da Pesquisade Opinião com Empresários Industriais no Estadode São Paulo, apresentada ontem, pela Fiesp/Ciesp.

SegundoHorácio LaferPiva, presidenteda entidade,a pesquisa,feitajunto a411 empresários, mostrou que

79% dosentrevistados querem a reforma tributária, enquanto9%,a industrial. "A indústriatemeque afaltade estrutura possa leva o País ao caoseconômico verificado na Argentina.Por enquanto, todos os candidatos estão apresentando proposta’genéricas’,o que modificouo humor da indústria e pressionou o dólar", disse. Do total entrevistado, 51% estão preocupados com se-

eleito

gurança,18% comosrumos da Educação e 10% com a facilitação de instalaçãoe fixação da empresas. "Os investimentos são adiados por causa daindefinição política",afirmou oClarice Messer,diretora de Pesquisa da Fiesp. Segundo ela, 95% das empresas estão enfrentando queda na margemdelucro e, emfunção disso,estão empenhadas em reduzir gastos e aumentar a produtividade. (RR)

MATERIAIS ELÉTRICOS COM A GARANTIA E A QUALIDADE DE QUEM CONHECE

Fernando Henrique: "Melhorias no salário mínimo, na educação e na saúde"
Antonio Cruz/ABr

Pesquisa mostra que 90% dos cheques sem fundos em junho eram pré-datados

O cheque pré-datadofoi o responsável por90% dos chequessemfundos emitidos pelosentrevistadosnapesquisa feita pelaAssociação Comercial de São Paulo emjunho. Olevantamento, realizado com 210 consumidores inadimplentes, revela ainda queos emitentes de cheques sem fundo costumam ser "reincidentes": a

Queda nas bolsas preocupa o governo dos Estados Unidos

A queda das bolsas é o principal risco para a recuperação dos Estados Unidos, afirmou ontem Glenn Hubbard, conselheiro econômicoda CasaBranca.As recentesquedasrefletem apreocupação quanto à qualidade dos dados financeiros."Nãopodemos tero mercadode capital maisefetivo sem confiança dosinvestidores. Esta éuma incerteza que temos de resolver", disse Hubbard. Página 4

média de cheques irregulares por pessoa é de 10,8. O presidente da Associação, Alencar Burti,alerta o comércio sobre a adoção de cautela no recebimento de cheques paraminimizar os prejuízos. "Nospré-datados, ocorreuma transaçãofinanciadaqueexige maiorrigor na análiseparaaconcessão do crédito", diz ele. Página 11

Decisão do Copom faz a Bovespa subir. E o dólar também.

A Bovespa foi beneficiada pelaqueda dojuro básico e fechou ontemem altade 1,67%. As projeções de juro futuro,por seu lado, caíram naBM&F.Já ocâmbiomantevea trajetória dealtados dias anteriores, fechando com elevação de 0,84%, cotado aR$2,893paravenda. Os C-Bonds, títulos da dívida externa brasileira,encerraram o dia com discreta elevação de 0,80%. Página 7

Posição da Facesp-ACSP

Candidatos simplesmente ignoram a livre iniciativa

Aspropostas feitasaté agorapelos candidatos à Presidência nãotrazemum compromisso explícito com a livre iniciativaou deuma política de fortalecimento do empresariado como instrumentoparao desenvolvimento e a geração de empregos.Fala-se emempregos,

Atentado suicida em Tel Aviv deixa 6 mortos e 30 feridos

Umatentado suicida,cometidopor dois homensbomba,fezestremecer uma região de grande movimento nosul de Tel Aviv,na noite de ontem, provocando a morte de pelomenos seis israelensese ferindocerca de 30. Aexplosão aconteceuem frente a um cinema. Página 4

mas ignora-sea empresa. Fala-se em crescimento da economia mas não se diz que caberá às empresas conduzir o crescimento. Parece que caberáao governo conduzir o país à prosperidade, quando aexperiência mostraque issosó acontece se houver empresas prósperas. Página 2

Depois de dois dias, Paraguai suspende estado de emergência

Opresidente doParaguai, Luis González Macchi, anunciou ontem a suspensão do estado de emergência decretado há dois dias em razão das violentas manifestações contra o seu governo. Os protestos provocaram a morte de pelo menos duas pessoas e feriram cerca de 50. Página 4

Ipe/ Digna Imagem

BC surpreende e corta juro; um sinal positivo para a economia

Nem mesmo os mais otimistasesperavam porisso, mas oComitêde Política Econômica do Banco Central anunciou ontem o corte de 0,5 ponto porcentual no juro básico da economia, a taxa Selic, que cai de 18,5% para 18% ao ano. De acordo com os economistasouvidos, o desaquecimentoeconômico foi o principal motivo para a decisão de reduzir o juro.

Aquedapode serumsinal positivo para a economia, embora alguns analistas vejam a opçãodo BC como "ousada", pois pode aprofundar a pressão cambial. O candidato da Frente Trabalhista à Presidência,Ciro Gomes, chegou mesmo a ver motivação política na decisão. Perspectivas – O presidenteda Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti,

disse que "mais importante do que uma eventual queda dojuronapontado consumo, a atitude do BC significa umamudançade ambiente, alterando a expectativa negativaque vinhaocorrendo".A queda abrea perspectivade um segundo semestre melhor.E, no casodovarejo,a baixapodelevarao alongamento dos prazos das prestações e a mais vendas. Página 6

Respeito pelo dinheiro do cliente

CSN e Corus: fusão cria gigante do aço

Oacordodefusão entrea

Companhia Siderúrgica Nacional(CSN) e a anglo-holandesa Corus vai resultar no quinto maiorgrupo desiderurgia do mundo. Anova companhia deverá chamarseCSNCorus eaexpectativa é deque o acordoresulte em ganho médiodaordemde US$ 250 milhões para ambos os lados no prazo de 3 anos.

A CSNficará com37,6% das açõesdanovaholding, enquanto a Corus terá 62,4% do negócio.Segundo Benjamin Steinbruch, todo o processo de fusãoserá baseado na troca de ações entre as empresas,semingressode dinheiro no negócio. O primeiroimpactoda fusãodeverá ser umincrementodasexportações da CSN. Página 9

O publicitário Agnelo Pacheco, de Belo Horizonte, veio para São Paulo disposto a trabalhar, fazer sucessoeganhar dinheiro. Conseguiutudo isso. Dono daagência Agnelo,o profissional diz que é respeitaraverba doclienteé fundamental para estreitar a relação de confiança. Masessaconfiança, afirma, é um ato de conquista,que seobtém aospoucos.E dessamaneira éque Pachecovendede tudo, depolíticosaté produtos de pequenas empresas. Ver matéria de Cláudia Marques na página 12

Segunda prévia do IGP-M registra elevação de 1,49%

A inflação subiu1,49% na segunda prévia de julho, na mediçãofeita pelo IGP-M. No mesmoperíodo domês anterior, aelevaçãodospreços foi de 1,20%. Página 10

Charuto, um artigo de degustação

Substitutivo do PSDB quer reduzir o número de subprefeituras Última página

Terreno gera conflito entre índios

Pankakarus e o Pão de Açúcar

a a Aposentadas sustentam 13 milhões de famílias, descobre o IPEA Página 13

Página 14

Quem acha que também dá para fazercampanhaantitabagista com os consumidores de charutosestá enganado. Diferentemente de quem consome cigarros, os charuteiros sãobem vistospor donosde restaurantesebares, que têmáreasespeciais, não segregadas, para eles. Mas qual o motivo de tanto luxo?De acordocoma empresáriaAdrianaCaruso, da Tabacaria Caruso,a mais antigadacidade, éporque charuto é feito para degustar,não para fumar. Oprazer, porém,é caro:os charutos mais consumidos custam de R$ 15 a R$ 100. Página 8

Quer falar com

Pacheco, da agência Agnelo: "Publicidade é um ato de conquista. Berrar preços baixos na TV não dá resultado"
Márcia Adorno, da Charutaria Brasil, a primeira loja vir tual de Charutos: de apreciadora a empresária do ramo de fumo
Noelia
Egberto Nogueira

EUA vêem queda das bolsas como risco

Assessor de Bush diz que não se pode ter um mercado de capitais mais efetivo do mundo sem confiança dos investidores

O conselheiro econômico da Casa Branca, Glenn Hubbard, afirmouontem que a queda das bolsas é o principal risco sobre a recuperação dos Estados Unidos acrescentandoque aeconomiadeverá crescermoderadamente este ano. Hubbardprevê umaexpansão de 2,6% este ano, com a inflação em 1,7% no "médio prazo".

"O maior risco é o mercado de ações, queperdeu13% desde o final de maio", afirmou, acrescentando queas recentes baixas refletem preocupações sobrea qualidade dos dados financeiros.

"Não podemos ter o mercadode capitalmaisefetivo domundo sem confiança... estáé uma incerteza sobre nossa economiaque precisamos resolver."

Paraele, enquantoodeclí-

nio das bolsas não significar um risco maior para as perspectivas de longo prazo,teá umimpacto negativode 0,4 ponto percentual a 0,7 ponto percentualsobre ocrescimento após um ano.

Escândalos – Ochairman do Federal Reserve, Alan Greenspan, reiterou ontem sua convicçãode que a economia norte-americanaé resistente, mas ainda enfrenta riscos ante os escândalos corporativosrecenteseo declínio das bolsas.

Greenspanfalou aoComitê de Serviços Financeiros da Câmarados Deputados, mantendo seu hábito de usar osmesmos comentáriosque fez aoComitêBancáriodo Senado na terça-feira.

"Embora a economia tenha tido uma performance relativamente boa,os efeitos de-

Paraguai suspende o estado de emergência

O presidente paraguaio, Luis González Macchi,suspendeu ontem oestado de exceção decretadohádois dias depoisde violentosprotestos contra seu governo terem deixado dois mortos, dezenas de feridos e centenas de detidos. "Comunicoao povo paraguaio que, atingido o objetivo da normalização do regime institucionalda república,foi decretadaasuspensão do estado de exceção", disse González Macchi em uma mensagem transmitida por rádio e televisão.

O presidenteresponsabilizouo ex-generalgolpistaLino Oviedo, atualmente refugiadonoBrasil, esetores da oposição, cujo líderé o vice-

pressivos dos eventosrecentes nãosurpreendentemente persistem", afirmou.

O discurso foi asegunda partedeseudepoimento ao Congresso feito duas vezes ao ano, noqual Greenspanfornece suaavaliação daeconomia e sobre as taxas de juros. Popularidade – Os recen-

presidente,Julio CésarFranco, pelos protestos. "Manifesto meusincero pesar pelo fato de que o plano de desestabilização planejado pelo ex-generalOviedo, foragido da justiça paraguaia, com o apoio de outros setores políticos da oposição, tenha deixado um saldo de algumas vítimas", disse Macchi. Os maiores protestos ocorreram nasegunda-feira, quando milhares de manifestantes bloquearamestradas e ruas na capital Assunção e em cincodos17 departamentos do país, o que levou o governoa suspenderasgarantias constitucionais e a mobilizar otropasdoExército para apoiar a polícia. (Reuters)

EUA querem utilizar o petróleo do Mar Cáspio

Depois de conseguir tirar o Taleban do comando no Afeganistão,os Estados Unidos prosseguem comseu plano na Ásia Central: construir os dutos quelevarão petróleoe gásnatural daregião doMar Cáspioparaacostado Paquistão e, de lá, para os principais mercadosdo mundo. Oministro dasFinanças do A feganistão, AshrafGhani, informou ontem quenesta semanaCabulcomeça adebater com ogoverno do Casaquistão e outros da região a v iabilidade daconstrução dos dutos. "Vamos começar a negociar de que forma a obra poderá ser conduzida", afirmou o ministro.

Asconversasentreos países daregião,porém,estão sendo observadas de perto por Washington, que desde osataques terroristasnoano passado, conseguiu instalar bases militares na Ásia Central.

Segundo cálculos da ONU, a região conta com reservas de recursosnaturaisavaliadasem US$4 trilhões. Somente a bacia do Mar Cáspio teria a capacidade de fornecer petróleo em quantidade suficiente para abastecer os Esta-

dos Unidos por 30 anos. Comercialmente,a rota mais lógica e barata seria transportar o petróleo e o gás natural pela Rússia,até chegaraoLeste Europeu.Oproblema é que, nesse caso, os dutos ficariam sob o controle de Moscou,o quenão agradava aos Estados Unidos. A únicaopção politicamente viável, portanto, seria fazerchegar osprodutosà costa sul do Paquistão. Para isso, porém,os dutos deveriam cortar oAfeganistão de norte à sul.

C on c lu s ão –No começo dos anos 90, a empresa norteamericana Unocal liderou um consórcio para a construção de um duto que faria exatamente esse trajeto. As obras chegaram a ser iniciadas, mas o projeto foisuspenso quando os EUA lançaram bombas sobre oAfeganistão,em 1998. O ataque foi feito em retaliaçãoaos atentadosterroristas contra as embaixadas norte-americanas no Quênia, supostamente de autoria de Osama binLaden. Agora, com a queda do Taleban, o ministro Ghani acredita que as obraspodemestarconcluídas em dois anos. (AE)

tes escândalosempresariais nos Estados Unidos não abalaram a popularidade do presidente norte-americano, George W. Bush,segundo pesquisa divulgada ontem. Seu governotem72%de aprovação, praticamente o mesmo que háum mês. Mas 54% dos entrevistados disse-

ramquenão consideram "duras o suficiente"as medidas do presidentepara coibir abusos nas empresas.

Especificamente nesse tema, aaprovaçãoa Bushcaiu para 49%, com 43% condenando a maneiracomo ele lidou com os escândalos. A pesquisa, divulgadaouviu1.512 norte-americanos durante esta semana. Osexecutivos das grandes empresasmerecem a desconfiança de 88%dos entrevistados,quase amesma quantidade dos que não acreditam nas auditorias. Na semanapassada,Bush anunciou acriaçãode uma força-tarefa contra crimes financeiros epropôs dar mais dinheiro àSEC (comissãode valores) para melhorar a fiscalização. Ele prometeu também levar àcadeia quem comete fraudes.

Essafoi umaresposta a uma onda de falências que começoucoma Enron, empresa que fraudou seus balanços para atrairpequenos investidores. A companhia acabouquebrando,o que deixou milhares de funcionários desempregados e muitos acionistas sem dinheiro.

O próprio Bush admitiu que no passado valeu-se de práticas que agora condena, como empréstimos a juros baixos para a compra de ações da companhia -- no caso, quando ele era executivo da petroleira Harken.

Mas essas acusações não prejudicaram sua reputação, segundo apesquisa.Para71 %, George W. Bush é "honesto e confiável". Para 88 % dos entrevistados,os executivos desonestos agem por "pura ganância". (Reuters)

Cresce na Europa o boicote a Israel

Iniciado há poucotempo nosmeios universitários europeus eamericanos, muitas vezes sob ainiciativa de acadêmicos judeus,oboicotea Israel, por causade sua política emrelação àAutoridade Palestina, começa a estenderse oficiosa e fragmentariamenteaos setorescomercial, industrial e artístico, causando preocupações aos dirigentes de Tel Aviv.

Sem dúvida, nenhum país ocidental declarou-se favorável a tal gênero de punição contra Israel. Apenas o Parlamento Europeu preconizou emabril sançõeseconômicas contra Tel Aviv, mas teve sua propostarejeitada pelaComissão Executiva da União Européia.

Aindano planoinstitucional,nãofoi diferenteoresultado alcançado pela Liga Árabe, lançandoem maiopassado uma campanha mundial para o isolamento econômico, comercial, universitário, cultural e artístico de Israel.

O certo, entretanto, é que as exportações israelenses para a UniãoEuropéia caíramcerca de 20% no primeiro trimestre deste ano. No mesmo período,as missõesde diferentes países para compra de armas em Israel se tornaram cada vez mais raras, enquanto aAlemanha decidiu retardar o fornecimento demotores ecaixas de câmbio para os tanques ecarros decombate"Merkava", do exército israelense. Por suavez, emJerusalém,

até importadores de eletrodomésticosse declaramperplexosantea atitudedeseus fornecedores europeus, que se negam agora a vender-lhes peças de reposiçãopara geladeiras oumáquinas delavar, sob o pretexto de que estas poderãoservir nafabricação de mísseis.

Dentrodesse mesmoespírito,industriais holandesese gregossuspenderam avenda de detergentesde cozinhaa Israel,alegando quetaisprodutos são "potencialmente armas químicas".

Internet – Aderindo ao movimento, estivadores noruegueses impediram recentemente a entrada no portode Oslo de umcargueiro tr ansp orta ndo mercadorias israelenses. Poucodepois, alguns dos principais sindicatosdaEscócia, Dinamarcae Noruega conclamaram o público europeu a não comprar nos supermercadosos produtos"made inIsrael",notadamente aqueles das grandes marcas(a relação nominal está sendo divulgada pela Internet) nos setoresde frutos, sucos e legumes, embalagens alimentícias,roupas, lingeries, equipamentosesportivos etc.

Iniciativa, oficiosa e fragmentária, se estende aos setores comercial, industrial e artístico

Um dos "cérebros" da campanha, a intelectual judia Olicia Zemor, explicou em Paris que o boicote se tornará mais

Produção industrial da Argentina volta a crescer

Aproduçãoindustrial argentinaregistrou umaexpansão de 1,0% em junho em relação ao mês anterior, a primeira alta dos últimos 14 meses, informou ontem a Fundação dePesquisas Econômicas Latino-americanas (Fiel, na siga original). Mas na comparação com junho de 2001, a produção retraiu-se 12,8%, informou a entitdade em um relatório com dados preliminares. O ministro da Economia,

Roberto Lavagna, disse recentemente queaeconomia estava começandoa daralguns sinais de recuperação. Ao mesmotempo,uma pesquisa com empresários do setor realizada pela Fiel mostrouque15% prevêemquea situação econômicairá melhorar nos próximos meses, enquanto 82%acreditam que não haverá mudanças. De modogeral, elesacham ser "prematuro afirmar que a recessão acabou" (Reuters)

abrangente eeficaz quando os consumidores memorizarem o código de identificação internacional dos produtos israelenses, o 0729. "Oseuropeus em particularprecisam saberquemuitos dos produtos israelenses, beneficiando de tarifas preferenciais da União Européia, são fabricados nos territórios palestinosilegalmente ocupados peloscolonosjudeus, inclusive nasáreas "anexadas", e nisso é utilizada a água que Israel usurpa, também para nãodizer‘rouba’,dos palestinos", ponderou. No domínio universitário, o apelo aoboicote é respaldadopor 120 professores de universidades européias e americanas (vários deles são de origemjudia) que defendema suspensão dointercâmbio com suas homólogas israelenses, especialmente na área das pesquisas cientificas. Contra tal posição elevaramse, contudo, cerca de mil acadêmicosda Europae dosEstados Unidos. Em manifesto, eles afirmaram que o boicote à cooperação cultural "viola o espíritoessencial daliberdade e a busca das verdade". Aoformalizar, comoutras personalidadesjudias, seu apoioaomovimento próboicote(quese dotoudeum "coletivo" de mobilização em Paris) oescritor MauriceRa-

jsfus, 74 anos, afirmou:"Há muitos cidadãos judeus como eu que não vivem no passado, comessa vontade de transferir o ódiopara os outros, de fazer os palestinos pagarempeloscrimes nazistas.

O melhor modo de não se esquecero holocausto,60anos depois, consiste em evitar queoutros homensemulheres e crianças sejam reprimidos na indiferença geral".

Fute bol –As incidências dessa arregimentaçãose fazem sentir igualmente nos âmbitos esportivo e artístico. Nas vésperas da Copa do Mundo deste ano as federações árabes tentaram,em vão,excluirIsrael daFifa.Ao mesmo tempo, temporadas na Europa de companhias de dança e de música israelenses foram canceladas, enquanto suascongêneres européias renunciaram à participação ao Festival de Israel.

"Asrazões são manifestamente políticas",dizo produtor musical Amos Oren, acrescentando que "hoje, no mundo do espetáculo, tudo o quesoa judeué malacolhido".

A prova maisrecente disso ocorreu noConcurso Internacional Canção,promovido pela Eurovisão: o apresentadorbelga damanifestação concitou aassistênciaaboicotar acandidata de Israel, obrigando o ministro belga do Exterioracondenar publicamente a "odiosa discriminação". (AE)

Outro ataque suicida causa mortes em Israel

Duas explosõesocorreram na noite de ontem na rodoviária central de Tel Aviv, em Israel.Pelo menosseispessoas morrerame cercade 30 ficaram feridas. Umadas explosõesfoicausada porum homem-bomba e a outra aindaestásendo investigada. O ataque ocorreu na ruaNeve Shalom, que émuitomovimentada, pois há muitas lojas e bares. O governoisraelense acusou novamente a Autoridade

Nacional Palestina, presidida por Iasser Arafat, pelo atentado. "A Autoridade Palestina continua a não fazer nada para conter os ataques assassinos lançados de seuterritório", disseDavid Baker,porta-voz do premiê Ariel Sharon, para o "Ha’aretz" "Este ataque em Tel Avi v prova que os terroristaspalestinos estão determinados a matar, mutilare aterrorizar quantos israelenseseles conseguirem", afirmou. (AE)

Mesmo com os últimos escândalos, a popularidade de Bush continua alta
Kevin Lamarque/Reuters

Confiança dos empresários diminui 17,7%, diz CNI

O Índicede Confiançado

Empresário Industrial (ICEI), medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), caiu 17,7% em julho, para 48,5 pontos, oque significa queo empresariado brasileiro nãoacredita, hoje, na recuperação econômica do País. Segundo ametodologia da entidade, valores menores que 50 pontos mostram desconfiança dos in-

dustriais. O índice esteve nesse mesmo patamarem julho doano passado,augedoracionamento de energia elétrica: 48 pontos. Estagnação –A sondagem é feitatrimestralmente.Em julho, houve uma reversão de expectativasfrente aoúltimo levantamento,de abril, quando o índice estava em 58,9 pontos. Segundo técnicosdaCNI,essa reversão se

deveu à "manutenção da economia em desaceleração".

O índice apurado em julho, segundo os técnicos, sugere a manutenção de "um quadro de estagnaçãopara ospróximos seis meses ou até mesmo uma leve reduçãoda atividade industrial".

O índicequeapuraa confiança do empresário nas condiçõesatuais da economia emrelação aos últimos

Para ANP, Brasil poderá ter déficit de derivados de petróleo

A Agência Nacional de Petróleo (ANP)prevê queo Brasil chegará em2010 com um déficit dederivados de petróleo, principalmentegasolina e óleo diesel, de 670 mil barris diários, o que resultará na necessidade deimportação de US$ 5,2 bilhões anuais, em razãoda insuficiênciade investimentos em refino. Atualmente, considerando osdadosde 2001, os gastos comimportação dederivados somam US$ 1,4 bilhão ao ano,comacompra nomercado externo de142 mil barris diários.

A estimativa da ANP é baseada em estudo da consultoria Booz-Allen, quefoi contratada paratraçar umcenário para o refino no País, e leva em conta os investimentos de US$ 9,0 bilhões anunciados pela Petrobrás até 2010. O cenário também considera um crescimento econômico moderado, de cerca de 3% ao ano, mesmopatamar previsto para a expansão da demanda doméstica por derivados. Segundo oestudo, que já foi encaminhado ao governo federal, seria preciso que a estatal realizasse investimentos

Maior empresa petroleira da Venezuela vai atuar no País

A petroleira estatal venezuelana PDVSA prepara-se para entrar no varejo de combustíveisbrasileiro. Maior empresa latino-americana dosetore dona deuma das maiores distribuidorasdos Estados Unidos, aPDVSA já comprou uma base de tancagem de derivados de petróleo em Porto Velho (RO). O próximo passo será a aquisição de redes de postos nas regiões Norte e Nordeste, focos para a atuação no País. "OBrasilé ummercado

muito interessante para nós, devidoà proximidade geográficacoma Venezuela,à parceria entre os dois países e às perspectivas de crescimento na demanda", disse o diretor de Refino da PDVSA, AndrésRiera. Aempresa játem pronto o modelo dos postos que terá no País, que ostentarão a bandeira PDV. A PDVSA é membro da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) e produz 2,4 milhões de barris de óleo pordia–cerca de1 milhão a mais que a Petrobras. A produçãopoderia ser maior, masélimitadapelas cotas da Opep, explica Riera. Valor agregado –A empresaopera 21refinarias ao redor do mundoe observa com atenção as discussões sobre a necessidade de ampliação da capacidade de refino no Brasil.

"Estamos analisando opções paraaumentarnossa participaçãono refino.Uma delas é construirumanova unidadena Venezuela, pois gera valor agregado nacional, mas nãodescartamos outras possibilidades.O Brasilé uma opção interessante", disse o executivo. (AE)

adicionaisde US$bilhões 4a US$ 6bilhões nesseperíodo para reduzir o déficit.

Rego Barros disse que o país precisa de mais três grandesrefinarias. Hoje,das 13 existentes, 11 pertencem à Petrobrás. Ele explica, no entanto, que uma grande refinaria nãoé construída no Brasil ou no mundo hápelo menos duasdécadas,devido à grande necessidade de investimento e baixo retorno ao empreendedor. "É necessário investimentoprivado no setor. Vai chegar um ponto em que seremos auto-suficientesem petróleo bruto, masvamos exportá-lo para refinar fora do País por causa da nossa incapacidade".

Alternativas – O estudo da Booz-Allen aponta algumas alternativas para aumentar o númerode refinarias, entre elas, concessão de incentivos fiscais, redução de barreiras alfandegárias, reorganização do mercado,formação de joint-venturese atémesmo segmentação de atividades da Petrobrás."São possibilidades técnicas, e a decisão sobre ultrapassa aesferadaANP," disse Barros. (Reuters)

seis mesescaiude47,9pontos,em abrildesteano,para 37,9 ponto em julho, o menor em pelo menos dois anos. Em relação às expectativas para o futuro, oíndicecaiude64,5 pontosemabrilpara 53,8 pontos neste mês.

A sondagem foi feita com executivos de 1.159 pequenas e médiasempresas e238 grandes,noperíodo de27de junho até 16 de julho. (AE) Aneel propõe mais privatizações no setor de energia

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) propôs a inclusão de 17 linhas de transmissão deenergiano Programa Nacional de Desestatização (PND). Segundo a agência, a proposta será encaminhada ainda nesta semana ao Ministério de Minas e Energiae, em seguida, ao Conselho Nacional de Desestatização. As novaslinhas terão em conjunto 3.209 quilômetros de extensão e deverão ser licitadas em 2003.

A expectativa da Aneel é de lançar nestesegundo semestre o edital de licitação com os primeiros lotes de linhas. Serãonecessários investimentosde R$1,3 bilhão paraa construçãoda17 linhasem 11Estados: Bahia,Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Piauí, Ceará, Mato Grosso, Pará,Goiás, MinasGerais e Rio Grande do Sul.

A Aneelautorizou aEngevix Engenharia Ltda a construir duas termelétricas em Santa Catarina.A primeira deverá entrar em operação até julho de 2003e a segunda até agosto do mesmo ano. Estãoprevistos investimentos de R$ 22,8 milhões. (AE)

Inflação medida pelo

IGP-M sobe para 1,49% na 2ª prévia deste mês

O Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M)subiu 1,49%nasegundaprévia de julho.No mesmoperíodode junho, a inflação havia ficado em 1,20%e, emmaio, em 0,58%.O IGP-M –medido pelaFundaçãoGetúlio Vargas–é compostoportrêssubíndices. O Índice de Preços porAtacado(IPA) subiu 1,98% em julho, ante uma alta de 1,79% no mês anterior. O Índice de Preços ao Consumidor(IPC) teveelevação

de 0,73%– emjunho,o aumento foi de 0,30%. E e o ÍndiceNacionaldeCusto de Construção (INCC) subiu 0,61%, comparado com uma alta de 0,22% na segunda prévia de junho.

O IPA tem um peso de 60% na composiçãodo IGP-M.O IPC tem um pesode 30% e o INCC, de 10%. A segunda préviade julho do IGP-M refere-se ao período de 21 de junho a 10 de julho. (Reuters)

Vendas de eletrônicos recuam 12,7% em junho

Asvendasde eletroeletrônicos caíram 12,7%em junho, em relação aosresultados de maio, mostrou levantamento feitopela Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros). Segundo a entidade,a retraçãoconfirmaram as novas projeções do setor de que o crescimento desteano deveráficar abaixodo estimado inicialmente. Na linha de imagem e som, a quedafoide 12,52% e, na de portáteis, de 12,91%. Até mesmo as vendas de televisores, que foram inicialmente favorecidaspela Copa do Mundo, recuaram 13,79% emjunho, comparadas a maio.

A previsão de crescimento para 2002 é de 2,5% sobre 2001, apesar do racionamento do ano passado

Frente a junho de 2001, porém,houveaumento de 37,05% nas vendas – nos portáteis,o a altachegou a 47,33% e, na linha de imagem esom,foide 29,23%. Isso porque, em junho do ano passado,o Paísjáenfrentava o racionamento de energia elétrica."Foioperíodo em

BOLSA ELETRÔNICA DE COMPRAS

que o racionamentoteve seu maiorimpacto sobreosetor eletroeletrônico e as vendas situaram-se no pior patamar do ano", afirmou o presidente da Eletros, Paulo Saab. DVDs – Namédia, o setor eletroeletrônico prevê crescer2,5%nesteano, abaixo dos6% estimados inicialmente. Essecálculo considera que,de janeiro ajunho, o desempenho ainda foi negativo, com queda de vendas de 4,69%, sendo que os portáteis v en d e ra m 12,36% menos. Os produtos de imagem e som ainda cresceram 5,29%, em razão da Copa, mas o percentual aindaestá abaixo do projetado. O desempenho dalinha de imagem e som vem sendo puxado pelos DVDs. Em junho, as vendas desses aparelhos cresceram 10,7%em relação amaio, e145,5%,anteigual mês de 2001. No ano, já foram vendidas 450 mil DVDs, com aumento de 114,54% emrelaçãoao primeirosemestre de 2001. (AE)

Encontram-se abertas na Bolsa Eletrônica de Compras, do Governo do Estado de São Paulo, as seguintes Ofertas de Compras: Dispensa de LicitaçãoInicioCidadeNatureza da Despesa

080297000012002OC0000225/7/2002BAU RUMOBILIARIO EM GERAL

080302000012002OC0000125/7/2002C AMPINASSUPRIMENTO DE INFORMATICA

080277000012002OC0001225/7/2002G UA RU L H O SSUPRIMENTO DE INFORMATICA

200162000012002OC0002025/7/2002JUNDIAISUPRIMENTO DE INFORMATICA

090147000012002OC0009125/7/2002LINSA LCO O L 090147000012002OC0009425/7/2002LINSGASOLINA

090032000012002OC0024125/7/2002SOROC ABAGENEROS ALIMENTICIOS

Co nv i teInicioCi d a d eNatureza da Despesa

90128000012002OC0006119/7/2002AMERICO BRASILIENSE SPMAT.DE ESCRIT.PAPEIS EM GERAL E IMPRESSOS

180242000012002OC0005219/7/2002AR AR AQUAR A/SPSUPRIMENTO DE INFORMATICA

180299000012002OC0000719/7/2002BAU RUOUTROS MATERIAIS DE CONSUMO 180157000012002OC0008019/7/2002CAMPINAS,

Pré-datado domina cheques sem fundo

Pesquisa da Associação Comercial mostra que, na Capital, 90% da inadimplência é causada pelos pagamentos parcelados

Nacidadede SãoPaulo,o popular cheque pré-datado, invenção brasileira de prática largamente generalizada, foi oresponsávelpor 90%dos cheques sem fundos emitidos pelos entrevistados de pesquisa realizadapela Associação Comercial de São Paulo em junho.

O levantamento, feito com 210 consumidores inadimplentes, revela que os emitentes decheques semfundo costumam ser "reincidentes": a média de cheques irregulares por pessoa é de 10,8.

A maior parte dos entrevistados (71%) disse que tambémestavainadimplente no cadastro doServiçoCentral deProteção ao Crédito (SCPC). Desses, 62% deles passaram o cheque sem fundo depois de terem seus nomes incluídos no SCPC.

Motivos – O desemprego continua sendo apontado como a principal causa da emissão de cheques sem fundos: 43% dos entrevistados deram essa justificativa para a inadimplência.Mas oporcentual aumentou em relação à pesquisa anterior. No último levantamento, divulgado em março, odesemprego teve 37%das respostas. Em setembro de2001, onível estava em 28%. A pesquisa é feita trimestralmente.

Em junho, osegundo mo-

AUTOMÓVEIS

tivo apontado para a inadimplência foi odescontrole dos gastos (15%),seguido pela queda de renda, no caso de profissionais autônomos (10%),e doençaem família (6%). Pelo levantamento, as roupas e os calçados representaram 17% das respostas dos produtos que mais foram comprados com cheque e que geraram a emissão do cheque sem fundo (veja quadro). Minimizar prejuízos –O presidente da Associação Comercial,Alencar Burti, lembrada importânciado

varejo emadotarcautelas parao recebimentodecheque visandominimizaros prejuízos com relação aos cheques sem fundos. "Quan-

do o cheque é pré-datado, ocorre uma transação financiadaqueexige maiorrigor na análiseparaaconcessão do crédito. Bastaverificar

que 62%dosemitentesderam chequessem fundos quando já estavam negativos no SCPC", disse. A preocupação da Associação coma questãodos cheques sem fundosé grande. Porconta disso,cadavez mais tem aprimorado seus serviços visando garantir maior segurançanastransações. Um exemplo é o serviço UseCheque daentidade, que permite uma série de cruzamentos de informações utilizandocomobase dedadoso maior cadastro de informaçõescomerciais sobrepes-

soas físicas e jurídicas da América Latina, que visa evitar a fraude com cheques. Burtiressaltou que,para dificultara ação nãoapenas de marginais, que se utilizam de cheques roubados, como a dos contumazes passadores de cheques sem fundos, a entidadevem mantendoconstantescontatos comoBanco Centralcom oobjetivo de que sejam baixadasnormas mais rígidas para a concessão de talões de cheques, além de oferecer outrassugestões para aumentar a segurança desse meio de pagamento.

País pode se recuperar no 3º trimestre

O ritmo da economia está lento,como mostramosdados da indústria paulista, que apresentouumrecuo do nível de atividadeemmaiode 5,6%, frente a 2001 (segundo o IBGE). Mas existem fatores que podem trazer um alento para os empresários. Um deleséa reduçãodataxabásica de juros da economia, a Selic, em 0,5 ponto porcentual, ontem. Outros são a entrada dos recursos da correção do FGTS, da ordem deR$ 3 bilhões; a restituição do Imposto deRenda; eaté aproximidade das eleições, que podem beneficiarosníveis de em-

prego. Aanálise édo diretor doInstituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial deSão Paulo, o economistaMarcelSolimeo. Foi feita ontem durante a reuniãodo ConselhoConsultivo do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), coordenada pelo superintendentee diretorde créditode Casas Bahia, Celso Amâncio Segundo Solimeo, odesempenho daeconomiano terceiro trimestre poderá ficaratépositivo, emrelaçãoa igual período de 2001.Esse crescimento deverárefletir, alémdos fatorescitadosaci-

A plataforma dos candidatos e a indústria automobilística

Estamos vivendo, na indústria automobilística, um momento de demissões, férias coletivas e mercado parado, em função de instabilidades internas e externas. Entretanto, até opresente momento apenas um candidato fez referência ao segmento automotivo e quando o fez, sugeriu o aumento da tributação nos automóveis, aliás, o que para ele não é novidade, pois quando ministro da Fazenda criou a alíquota de 20% para os importados ede improviso passou a mesma alíquota para 70%, inviabilizando o mercado de importados no Brasil. Este, desde en-

NOTAS

Guerra de preços afeta ações da GM e da Ford Motor O Bank of America, ao anunciar nos Estados Unidos as conseqüências negativas de uma guerra de preços entre as principais montadoras americanas, afetou diretamente a cotação das ações de ambas companhias. A grande preocupação reside em conhecer a forma pela qual estas últimas pretendem proteger suas participações de mercado até aqui conquistadas. A briga começa com preço, passa para extensão de garantia e o limite ninguém sabe qual é.

tão, ainda não se recuperou das perdas. Parece incrível esta insensibilidade de todos os candidatos a um segmento onde o emprego é significativo, onde as indústrias satélites e agregadas representam uma das maiores atividades econômicas do País. Fala-se tanto em crescimento, necessidade de sair do marasmo econômico e não se fala como, onde e de que forma. Os problemas reais de nosso cotidiano passam ao largo e sequer são tratados ou mencionados. Nas últimas semanas, a mídia informou a posição de cada montadora quanto à paralisação de produção devido

Mercado de motos continua aquecido

O primeiro semestre comercializou 388.080 unidades que representa 8,7% acima do ano anterior. O mercado de duas rodas vem, por anos seguidos, em uma rota de crescimento constante, inclusive com o aparecimento de novos produtores no mercado. A rede vem vivendo bons momentos e apresenta uma enorme taxa de crescimento. O setor de motos usadas, antes pouco explorado e representativo, começa a ser interessante e lucrativo.

ao crescente aumento dos estoques. Os juros não param de subir e a referência que costumava existir entre a decisão do Copom e os juros de mercado simplesmente desapareceu, passou a valer a especulação. Oconsumidor atônito pára, espera e fica ainda mais conservador. O resultado é conhecido: todos sofrem de falta de horizonte. Propor a modernidade ao Brasil eliminando os excessos de impostos, colocar o nosso País no nível internacional de tributação nos veículos, nem uma palavra. Mas no Brasil a esperança é a última que morre.

VW lança semana de quatro dias

Em agosto, a VW começa a operar com semana de quatro dias. O objetivo é fazer com que as reduções de produção, custos e pessoal sejam menos traumáticas e principalmente haja consenso com o sindicato. O mercado vem exigindo ajustes nos estoques, diminuição da ociosidade e, principalmente, enxugamento de custos. Ao governo, que não tem se mostrado sensível à necessidade de se criar novas alternativas para o mercado automotivo, resta fazer a lição de casa.

ma, tambémo efeitoestatístico, já que, de julho a setembro doano passado,o Paísjá vivia o racionamento de energiae tambémjá sofriaas primeiras conseqüências dos atentados terroristas aos Estados Unidos."A expectativa era de recuperação para 2002, o queaconteceu noprimeiro trimestre, mas não se verificou no segundo".

Na visão doeconomista, a redução dos jurosé um fator importante como sinalizador da economia. "O Banco Central considera os fundamentos corretos e entende que a instabilidadeé frutodafato-

res circunstanciais".

Esperança – Opresidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo edaAssociaçãoComercial, Alencar Bruti, presenteaoencontro, trouxe uma mensagem de esperança. "Nós, empreendedores, temos que antever os fatos. O passado nos serveapenas como referênciapara nãoincidir em erros. É preciso transformarmoso futuroempresente, caso contrárioele não se concretizará", disse. Burti conclamou os executivos presentes a empreender uma luta pelavalorização da

livre iniciativa. "Sem o empreendedor não háprodução, nem emprego e nem crescimento", disse. Lembrou aindadas empresasimportantes que sucumbiram na luta por conta do risco que correm seus empresários. "O microempresário de hojeé o desempregado deontem", acrescentou. "Ea Associação Comercial apóia esse segmento. Basta lembraro projetoEmpreender, levadoà frentejuntocom oSebrae, que será lançado amanhã em São Paulo".

Teresinha Matos

Tudo parado, ainda, durante o mês de julho

Os números dos primeiros quinze dias de julho apontam para um desempenho semelhante ao mês anterior, onde ficamos muito longe das previsões de 1,5 milhão de unidades para este ano. As promoções milagrosas voltam a dar o ar da graça. Os feirões já devem estar chegando novamente, sinal do desespero que reina no mercado onde os números são a obsessão de todos. Estudos sobre a atividade industrial foram divulga-

dos demonstrando que só no Estado de São Paulo a queda foi de quase 6 % nos últimos doze meses, sendo que a indústria automobilística é a mais representativa na formação deste número. A famosa Câmara Setorial que criou o carro popular com a redução de impostos e que mudou o perfil do segmento automotivo se antecipou aos fatos. Será que vamos esperar piorar para então procurar alternativas? Parece claro que iniciativas, como renovação da frota, que foram literalmente engavetadas precisam ser reabertas em discussão com todo o setor. O carro popular, que ainda hoje representa mais de 70% do mercado, não pode continuar mais sendo a única solução para girar a indústria automobilística. O conceito de uma tributação menor compensada com maior volume deve ser urgentemente discutida, se queremos realmente sobreviver à crise.

Venda de usados cai, mas aumenta

O primeiro semestre deste ano registrou uma queda de 23% nas vendas de veículos

Vendas de importados crescem

Surpreendeu o mercado o crescimento que ocorreu em junho nos importados, liderados pela KIA. Mesmo com a movimentação especulativa do dólar, que afeta diretamente os preços neste segmento, as vendas tiveram um comportamento de crescimento de quase 23%. Os produtos que estão relacionados a transporte coletivo lideram esta reação e abrem caminho para novas oportunidades neste segmento.

o financiamento usados no Estado de São Paulo. Entretanto, 72% delas foram financiadas batendo o recorde dos últimos anos. Imaginem se a taxa de juros fosse menos traumática. Os números demonstram de forma inequívoca o grande potencial do mercado de usados e que a necessidade de solução de transporte que o consumidor possui é uma realidade que sobrevive até à taxa de juro inconveniente. Este fato é para a rede de distribuição de extrema importância, pois demonstra que a receita advinda do financiamento no caso dos carros usados é realmente representativa e uma excelente solução para a redução das margens.

Novo Palio já será Fiat-GM

O carro que deverá substituir o Palio já será apresentado em plataforma conjunta com a General Motors. A cada dia que passa, a ligação entre as duas montadoras fica cada vez mais forte. Enquanto o processo de saneamento da Fiat ganha corpo, cresce a sensação de que no final haverá realmente a absorção da montadora italiana pelos americanos. Os novos lançamentos foram revistos e ficaram aque-

les que representam necessidade básica de mercado para sustentar o que ainda épossível da penetração de mercado da Fiat no mercado europeu. A participação, que era mantida às custas de operações químicas nos números e emplacamentos ao final de cada mês, foi de forma definitiva eliminada na montadora italiana. É o jogo da verdade que começa a tomar corpo na luta pela sobrevivência.

Valdner Papa

OMC julga ilegal prática

americana antidumping

aprovada na era Clinton

O Brasile outros28 países conseguiram, ontem,uma importante vitória contra o protecionismo norte-americano. AOrganizaçãoMundial do Comércio (OMC) condenoualeide antidumping e subsídios dos Estados Unidos, conhecida como Emenda Byrd, e ordenou sua revogação.

Alei,que gerouoquestionamento do Brasil,dosgovernos europeus e asiáticos, é de autoria do senador Robert Byrd e prevê que as taxas coletadas pela aduana dos Estados Unidos comos impostos de medidas antidumping sej am repassadas para as próprias empresas que haviam feito o pedido inicial de dumping. A OMC, porém, julgou que a prática é ilegal.

O dumping é caracterizado quando uma empresa exportaseusprodutos porpreços inferiores aos cobrados no mercado interno. Diante de um suposto prejuízo, empresas podem pedir que o governo investigue se os preços das empresas exportadorasestão de acordo com o mercado.

Caso fique provado o dumping, opaís podeaplicar medidas compensatórias,o que representa umasobretaxa aos produtos importados. O problema éque, no casoda Emenda Byrd, acoalizãode países argumentava que Washington estariaincenti-

vandoasempresas apedir que o governo estabeleça umasobretaxapor um suposto dumping.

A Emenda Byrd foi adotada peloCongresso dosEUAnos últimos dias do governo Bill Clintone conseguiuirritar atémesmoos funcionários do USTR (o departamento de comércio), quereconheciam que a norma poderia violar as regras da OMC.

Ainsatisfação dacomunidadeinternacional chegoua gerar protestos até mesmo de mexicanos e canadenses, parceiros dos Estados Unidos no Nafta(Acordo de Livre Comércio daAmérica doNorte).Somente noBrasil, asestimativas são de que a EmendaByrd poderia ter causado umprejuízo deatéUS$10 milhõesàs empresasnacionais.Ataxapaga poressas empresas para queseus produtos conseguissem entrar no mercadonorte-americano aindaseriam repassadas para as empresas dos Estados Unidos, as mesmas que competiriam com os produtos brasileiro pelo mercado. Resta saberagora seas empresas brasileiras que tenham sofrido perdas com a lei norte-americana poderãopedir, na Justiça dos EstadosUnidos, compensaçõesfinanceiras.Antes, porém,aCasa Branca certamente irá apelar a decisão da OMC. (AE)

Brasil precisa entrar num novo "patamar político"

O Brasil precisa mudar, pela educação para a cidadania, para um novopatamar político. "É preciso alterar a idéia dosqueaindaenxergam no Estado uma solução para seus problemasou deseugrupo", disse ontem Paulo Saab, presidente do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento da Cidadaniae da Associação NacionaldosFabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), durante reunião do Fórum deJovensEmpresários, da Associação Comercial de São Paulo.

Somente uma ação nesse sentido, segundo Saab, poderá evitar a cultura vinda do passado de que as questões nacionais serão resolvidas por um "salvador da pátria". Aeducação para a cidadania, alertou, poderá transformar obrasileiro responsável pelo seu destino como Nação. "Cabe também aos empresários e às empresas aresponsabilidade de investir nos seus colaboradores para desenvolver o sentido da cidadania,dos deveres e direitos com o País".

Para o empresário Paulo Saab, a educação e a cidadania são fundamentais para o futuro do País

lestras, que existeainda uma distância edesconhecimento do empresário e do executivo sobre o sistema político. Saab lembrou que o impacto tecnológico daglobalização agiu,simultaneamente, de maneira positiva e negativa sobre os valores dosdiferentespaíses: "disseminou valores positivos como oda liberdadee doconsumo". Mas também despertou o desejodeconsumo numa parcelaenorme dapopulação semdara elaqualquerpoder de compra. "Por isso a educação se tornou ainda mais importante, como forma dedar igualdade de opo rtunid ades nomercado de trabalho".

O coordenador do Fórum de Jovens Empresários (FJE), da Associação Comercial, Marcus Abdo Hadade, lembroua importância do debatede idéias eda cidadania para melhorar ascondições de vida no Brasil.

Aço: País se junta à aliança da Europa contra os EUA

O Brasil formará parteda aliança compostapela União Européiae outrosseispaíses no processo contra as barreiras ao açoimpostas pelos Estados Unidos. O País era o único quenão faziaparte do grupo que está questionando o protecionismonorte-americano na Organização Mundial do Comércio (OMC).

No iníciodemarçodeste ano,osEstados Unidos implementaramumatarifa de até 30% sobre as importações de aço de todo o mundo, inclusive do Brasil. Washington alegou que os produtos importados estariam levandoas empresasnacionaisao colapso.

Diantedasbarreiras, uma sériede países,entreeles,a ChinaSuíça,Japão, Coréia, Nova Zelândiae oseuropeus decidiram pedir a intervenção da OMC parajulgar se a medida norte-americana estaria violando as regras do comércio internacional.

O Brasil, porém, optou por questionar os Estados Unidos de forma independente. A estratégiaera tentarconseguir que Washington aceitasse oargumento doItamaraty dequeosprodutos brasileiros não eram responsáveis pelas dificuldades enfrentadas pelaindústria norteamericana.

A esperança, portanto, era que, forada aliança,o Brasil conseguisse que a Casa Branca retirasse os produtos nacionais dalista dos itens sobretaxados. Mas com o anúncio desta semana, em Washington, de que o aço nacional continuará sofrendo com a altas tarifas, o Itamaraty optou por se juntar ao grupo liderado por Bruxelas. Mais barato – O subsecretário deAssuntos deIntegração e Econômicos do Itamaraty,Clodoaldo Hugueney,

tem outra explicação para a mudançade estratégiado Brasil: trata-se apenas de uma medidaparaeconomizar, já que o processo conduzido pela coalizão épraticamenteo mesmo defendido pelo País. Hoje,o Brasilenviaráum pedidoàOMC paraquesua demanda sejaincluída na agenda de reuniões da entidade e,nodia29de julho,a decisão de fazer parte da coalização contraos Estados Unidosserá oficialmente anunciada.

Apesar da aliança com a UE, o Brasil poderá também pedir um painel contra as barreiras deBruxelas aoaço nacional. Os europeus estabeleceram tarifas suplementares à importação de produtos siderúrgicos, temendo que as mercadoriasque não conseguissem entrarnos Estados Unidosfossem desviadas para a Europa. A decisão de abrirum investigaçãopor partedoBrasil,porém, somente será tomada em setembro. (AE)

Brasil muda cálculo de protecionismo

O governovai mudara estratégia em relação à onda de protecionismo mundial no setor siderúrgico. O ministro do Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral, informou ontem que, em vez de apenas de contabilizarpossíveis aumentos nos níveis de importaçãode aço, o País vai medir também o mercado exportador. "Até agora estávamos trabalhando na defesa do mercadonacional, agora vamos trabalhar na defesa do direito deexportar. Nãopraticamos qualquer subsídioou dumping.Então não temosporque sermospenalizados" afirmou.

Desde março, quando os EstadosUnidos anunciaram a imposiçãode salvaguardas à importação de aço, o Ministério adotou como medida preventiva o monitoramento das importaçõesdeaço pelo Brasil. No entanto,emreunião realizadana terça-feiradesta semana, o grupo de monitoramento do aço constatou que, até junho, não houve aumento das importações. Segundo Amaral, mesmo para os produtos mais sensíveis, não há qualquer ameaça à indústria nacional. "Eudiria que aqueles produtos que estavam com a luz amarela acesa, já estão coma luz verde",

afirmou o ministro. O governo quer calcular agora os prejuízos que o setor siderúrgico nacional está acumulando com as medidas protecionistas adotadas por vários países. "Agora, ogovernovai trabalharnadefesa do direito das exportações".

O assuntoseria discutido durante a reunião do Comitê de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex) ontem.

SegundoAmaral, ogoverno ainda não avaliou o impacto da decisão do Chile, que anunciouhojenaterçafeira a criaçãode uma sobretaxa de 10% sobre cinco tipos de aço. (AE)

UE poderá retaliar Estados Unidos

A comissão da UniãoEuropéia critica as isenções de tarifas do açoconcedidas pelos Estados Unidos, aumentando apossibilidade deimporsuas própriassançõessobre os produtos norte-americanos.

A medidado governonorte-americano de isentar a importaçãode algunsprodutos europeus são "insuficientes", disse Anthony Gooch, portavoz da comissão da UE.

A comissão aconselhará os governos europeus na sextafeira sobre a imposição de até 378milhões deeuros (US$ 378 milhões) emtarifas retaliatórias. Os ministros europeus dasRelações Exteriores estudarão arecomendação nasegunda-feira. Se forem aprovadas, as sanções entrarão em vigorno dia 1º de agosto.

Reações – Emmarçoúltimo, opresidente norte-americano George W. Bush impôs tarifas de até 30% sobre a

importação de aço. A UE respondeu no mês passado, com a ameaça de impor tarifas sobre produtos dos EUA. Os EUA,por suavez, natentativa de amenizar as tensões, excluíram alguns produtos das tarifas de aço.

Até agora, 247 produtos de aço receberamisenções, incluindo US$ 230milhões em produtos europeus, disse Gooch. Contudo, os europeus ainda reclamam que as

isenções representam apenas uma pequena parte dos 2,3 bilhões de euros(US$ 2,3 bilhões) afetados pelas sobretaxas impo stas pelos EUA. Empresaseuropéias como a Arcelor SA,Thyssen Krupp AG e a Corus Group PLC não se beneficiam necessariamentedessas exclusões.As isenções baseiam-se em certos tipos de aço que podem ser fornecidosporempresas de qualquer parte do mundo.

"Essasisenções não destinam-se apenasàsempresas européias", disseGooch. Mais de800 pedidos deexclusão sobre produtos de aço ainda estão pendentes. O Departamento do Comércio dos EUA revisará os pedidos até 31 de agosto. Outro possível acordoseria osEUA reduzirem astarifas de outros produtos em vez do aço, disse Gooch,mas nenhumaproposta foi feita. (AE)

Exportações de têxteis caem

As exportações e as importações da indústria têxtil brasileiradiminuíramno primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2001,segundo pesquisa divulgada pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). As vendas externas recuaram12,5%, paraUS$550,5 milhões,eas as importações caíram 22,93%, passando para US$ 541,97 milhões. Emtermos degeraçãode empregos, porém, a indústria têxtilbrasileira registrouum pequeno aumentode 1%no seunúmero depostos noperíodo de janeiro a maio de 2002 em relação a 2001. Segundo a Abit, caso as ex-

O empresário acrescentou que esse aprendizado inclui a capacidade do cidadão de cobrardiretamente dospolíticosuma ação coerente com os valoreséticose na defesa do interesse nacional. "A verdade é que o político só sente essa cobrança pelo voto". Ele salientou que, desde1998, vem registrando, em suas pa-

A sub-coordenadorado FJE, Alessandra Ferreira Selhorst, informou que oFórumestá avançandonoprojetodeofertaro Custumer Relationship Management (CRM) aosintegrantesdo FJE econvidou os empresários a integrarem a comitiva que vai à Curitiba nos dias 1, 2 e 3 de agosto, para o Congresso Nacional deJovens Empresários (Conage).

Sergio Leopoldo Rodrigues

portações brasileiraspara o mercadoargentino tivessem se mantido no mesmo patamar de2001 – deUS$ 672,59 milhões –, as vendas brasileirasteriamsubido nesteprimeiro semestre 6,85%. Por outro lado, as importações brasileiras de têxteis da Argentina, entre janeiro e maio, recuaram 25,49%. (AE)

Vendas e Assistência Técnica

Banco Central surpreende e corta juro para 18% ao ano

Em umaatitudeinesperada, o Banco Central decidiu reduzir ontema taxa básica de juros da economia, a Selic, de 18,5% para 18% anuais.

Na opinião dos economistas ouvidos pelo Diário do Comércio, o desaquecimentoeconômico prevaleceusobre a escalada do câmbio e foi oquemotivou oBancoCentral a reduzir os juros.

Mesmo assim, adecisão pegou desurpresaatéquem defendia umcorte dosjuros. E, muito mais ainda, para aqueles que, no mercado, trabalhavam com a possibilidade de a Selic permanecer estacionada nos 18,5% ao ano, por mais um mês. O viés, que sinaliza uma tendência para os juros, não foi adotado.

Falências – O economista

Emílio Alfieri, da Associação Comercial deSão Paulo,defendia umcorte de0,25 ponto porcentual, masnão acreditava que o Banco Central fosse adotá-lo nessa reunião. Para ele, a manutenção dos juros atéagora eo aumento dos compulsórios, cobrados dos bancos (que serviu para enxugar o volume de recursos destinados a operações de crédito),tiveram responsabilidadesobre oaumentodo índicede falências decretadas. O índicesubiu 76% nos primeiros quinze dias dejulho emcomparação com o ano anterior.

"Além do desaquecimento econômico surgiu esse novo argumento para que o Banco Central baixasse os juros. Não acredito que, com isso, a sua imagem ficará arranha-

da, jáque obancocentral americano usou amesma estratégia para reativar a atividade econômica", diz o economista.

Tendência: queda – Alfieri lembra ainda que em doze meses a tendência da inflação é de queda. E que esse corte no juro básico só terá impacto sobre a inflação num prazo deseismeses, ou seja,qualquer interferência sóserá visívelsobre ocustode vidano ano que vem.

O próprio BC justificou em nota divulgada ontem que "a previsão de inflação para 2003 encontra-se bem abaixo dametaeque porissooCopom decidiu porcinco votos a favor e dois contra reduzir a taxa Selic para 18% ao ano."

No final de junho, o governo decidiu elevar a meta central da inflação de 3,25% para 4%, em 2003.

Importância – A redução de0,50ponto porcentualé importantedesde queo BC mantenha atendência de quedanospróximos meses, segundoKeyler Carvalho Rocha, diretor daseção pau-

Piora do cenário interrompeu em abril tendência de baixa

AtaxaSelic iniciouoano com uma tendência de queda. Emjaneiro, foimantidaem 19%, mas, logo em seguida, em fevereiro, o Banco Central decidiu reduzir a Selic em 0,25 ponto porcentual.

Emmarço houvemaisuma queda, de0,25 pontoporcentual, para 18,5% anuais. A inflação em processo de queda e a atividadeeconômica emritmolento (o Produto Interno Bruto apresentou crescimento negativo pelo segundo trimestre consecutivo em março) foramos fatoresque favoreceram os cortes.

De abril em diante, porém, o risco-país e a taxa de câmbio deram início auma escalada, emreflexo às pesquisaspréeleiçãopresidencial, quepassarama apontar ocandidato daoposição,Luís InácioLula da Silva, do Partido dos Trabalhadores, na liderança.

Fato Relevante

Oresultadodisso tudofoia manutenção dos juros nos meses deabril, maioejunho. Na reuniãodo mêspassado o BCchegou aadotaro viésde baixa para a Selic, que dava poder ao presidente da instituição, Armínio Fraga, de reduzir ataxa antesda próxima reunião em julho, o que não aconteceu. Ao que tudo indica, em função dataxa decâmbio: nesse período o dólar saltou de R$2,60 paraR$2,90 emjulho. Agora,a redução da Selicem 0,50 pontoporcentual foijustificada, principalmente, devidoao afrouxamentoda meta de inflação para 2003. Mas as razões que, de fato, levaram à decisão de corte daSelic serão conhecidas apenas no dia24, quarta-feirada próxima semana, quando é divulgada aata sobreesta reunião, que terminou ontem. (AG)

lista do Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças. Ele dizque osjuros reais ainda estãomuito elevados. Mesmo coma Selicno nívelde 18%,se descontadauma inflaçãode 7%, ojuro real ainda será de 11% anuais. Parao economista Marcel Solimeo, diretordo Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial, o corte adotado nessaúltima

reunião do Copom é umsinalizador de queo BC tem confiança nosfundamentos daeconomia eque ainstabilidade atual é devido a fatores puramente circunstanciais. Credibilidade – Na avaliaçãodoeconomista-chefe do HSBC, AlexandreBassoli,o Banco Central pode sim perder credibilidadejunto ao mercado, porquenão reduziuataxa Selicquandoocenáriomacroenômico era mais favorável que o atual. Ao seu ver, houve uma piora generalizadano risco-país e no câmbio, além dos escândalos contábeis no Exterior. "Semdúvida deve tersido uma decisão difícil para o Copom. Uma redução ajuda na recuperação da economia, mas pode comprometer as metasde inflaçãoe acredibilidade do BC", diz Bassoli.

Adriana Gavaça

Decisão é um sinal positivo

Finalmente o Banco Central, BC, mandouum sinal positivo para a economia. Foi assim que alguns especialistas do setor financeiroreceberam a decisãodo Banco de reduzira Selic em 0,5ponto porcentual.

Para André Lóes, por exemplo, economista-chefe do banco Santander, a alteração para baixo da Selic pode serinterpretada comouma abordagemmais realista do BC em relação à inflação, cuja origem tem outra natureza.

Dívida pública – "O Banco Centraldemoroupara aceitarisso", dizLóes.O bomdo corte na Selic, segundo o economista, é o impacto que essa redução terá no financiamento da dívida pública, que também será reduzido.

Boa parte da dívida pública estáindexada àSelic,lembra Bruno José da Silva, diretor de produtos doBMG Asset Management.

O consumidor deverá levar um pouco mais de tempo para comemorara redução. Lóes ressalta que as taxas cobradas no mercado de crédito são mais definidas pela trajetória dos juros.

Mas nãoé só isso."Na for-

Queda

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômicoe Social, BNDES contratou ontem empréstimode US$100 milhões juntoao NordicInvestimentBank, NIB."Nesse momento, que é de muita especulação, esta operação é uma demonstraçãode confiança no Brasil", disse à Agência Estado o diretor da Área de Gestão e Política Financeirado Banco, IsacZagury,que estavaontemem Estocolmo, na Suécia, onde assinou o contrato.

SegundoZagury, ascondiçõesda operaçãoforamdas mais favoráveis da história do BNDES. O prazo é de 15 anos e as taxas de juros são de 0,9 ponto porcentual acima da Libor de seis meses, que,de acordo com Zagury, estáem tornode 2% ao ano. "Para uma operação de 15 anos os jurossão muito, muito baixosmesmo", disse Zagury.

mação das taxas cobradas por bancosefinanceiras nocrédito ao consumidor, o item inadimplência continuará tendo pesorelevante",diz Jorge Simino, diretor-executivo da Asset Management do Unibanco. Por isso, segundo Simino,oefeito sobreocrédito será pouco significativo. Juros futuros – No mercado de juros futuros, a redução deve demorarmaisparaser sentida nos contratos mais longos. "Os contratos com menorprazo devemresponder mais rapidamente à redução", diz Simino, o que já pode ser visto ontem. (Leia mais sobre o assunto na página 7) Para Carlos Alberto Bifulco,presidentedo Instituto Brasileiro deExecutivos de Finanças, o mercado vinha sendo sacrificado à toa. Na opinião deJosé RomélioBrasilRibeiro, diretorexecutivoda AssociaçãoNacionaldasEmpresas Financeiras das Montadoras, "a redução não deixa de ser um bom indicador". Para as operações de curto prazo o efeito docorte da Selic seráquase que imediato.

Roseli Lopes

pode estender-se a bancos e financeiras

InstruçãoCVMnº369,de11dejunhode2002),vemcomunicaraosseusacionistaseao mercadoquecelebraram,em11dejulhode2002,emconjuntocomDistelHoldingS.A., RomaParticipaçõesLtda.,GloboComunicaçõeseParticipaçõesS.A.,BNDESParticipaçõesS.A.-BNDESPAR,MicrosoftB.V.,ZeroHoraEditoraJornalísticaS.A.eRBSPartici-

A decisãodogoverno em reduzira Selicpara 18% ao ano, deve apontar para uma redução – embora pequena –tambémdastaxas cobradas pelos bancos,financeiras e lojas. A redução não era esperada e,tambémporisso,foi muito bem recebida. Para o presidente da Associação Brasileira de Crédito, Financiamento eInvestimento, Acrefi, Ricardo Malcon, a queda é positiva e deve reduzir os juros ao consumidor,umavez queademanda por crédito estáfraca. "Mas a redução deve ser pequena."

Miguel de Oliveira, vicepresidente da Associação Na-

cional de Executivos de Finanças,também prevê uma redução pequena nos juros ao consumidor,mas ressalta oforteefeitopsicológico da medida que causa impacto positivo no mercado.

O presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti, também não esperava uma redução da Selic,ainda maisem 0,5ponto porcentual.

Paraele, essamedidapode se refletir já em um curto prazoesinaliza queaeconomia pode sair da retração. "Haverá uma recuperaçãono segundo semestre com possível barateamento do crédito."

Diversificação – Sobre a operação contratada ontem, Zagury destacou que ela é muito importante porque é a primeira do NIB com o Brasil e faz parte da estratégiado BNDESdediversificar sua base de credores.

Ele tambémdisse que o Banco poderá captar novamente como NIBa partirdo ano que vem."Estamos sempre acompanhando o mercado, e, surgindo oportunidades, vamos aproveitar", disse Zagury.

Com as três captações, o Banco totaliza R$ 1,3 bilhão este ano, o mesmo volume rgistrado em 2001

Osrecursosdestinados ao contratocomo BNDESpoderãoser usadosparaapoiar projetos que visem à implantação,modernizaçãoe expansão deatividades produtivas, independentedo porte da empresa e região.

Nova captação – Zagury comentouquetambém no próximo mês ingressará no País a primeira parte dos US$ 900milhões captados pelo BNDES noBanco Interamericano de Desenvolvimento, BID.

Ainda em agosto, o BNDES deverá anunciaruma nova captação, de R$300 milhões, juntoa uma outraentidade pública com característica de fomento, desta vezda Ásia. Com as três,o Banco totaliza captações externas deR$ 1,3 bilhão este ano, o mesmo que o banco captou em 2001.

Multilateral – O NIB é um organismo multilateral escandinavoesó operacom instituições gove rna men tai s. Ele é constituído pelos governos de Suécia,Dinamarca, Finlândia,Islândia e Noruega. A instituição tem o objetivo de financiar projetos públicos eprivados, dentroe fora da região nórdica. Atualmente, cerca de 40% de seus desembolsossão destinados a projetos localizados em outras regiões do mundo. OsativosdoNIB estãoestimados emUS$15 bilhões, comdesembolsosanuais da ordem de US$ 1,7 bilhão. Os recursos captados vão apoiar projetos de interesse dos países escandinavos e do Brasil,que visemà implementação, modernização e expansão de atividades produtivas, de empresas de todos os portes.

O BNDES foi representado na cerimônia pelodiretor da Área de Gestão e Política Financeira, Isac Zagury.

O NIB,representado pelos seus presidentee vice-presidente (respectivamente,Jón Sigurdssone Lars-Ake Olsson),já manifestouinteresse emrealizar novas operações. (AE)

Dívida em títulos

sobe para R$ 653,7 bilhões

O aumentode 12,78% da cotação do dólar em junho e a crise de confiança que se abateu sobre a economia tiveram um efeito bastante negativo sobre adívidapúblicafederal. Ela fechou o mês de junho em R$ 653,75 bilhões, ou seja, 2,25% (R$ 14,36 bilhões) maior do que em maio, de acordo com relatório divulgado ontem pelo Banco Central e pelo Tesouro. A participação de títulos com rentabilidadeatrelada à moeda americana passou de 30,29% para 33,15% do total, omaior índicedesde acrise cambial de janeiro de 1999. Instabilidade– Além disso, com a instabilidade do mercado os prazos de vencimentoda dívida mobiliária ficaram bem mais curtos.

As operações de troca de títulos de prazo mais longo por papéis com vencimentos mais próximos,feitas para acalmar osinvestidores, acabaramreduzindo oprazo médiodadívida, quecaiude 35,12 meses para 32,86 meses.

Deacordocomo documento, 32,67% do estoque da dívida vaivencer nos próximos 12 meses. Em maio, esses vencimentos significavam 27,76% do total. Até dezembro – O volume de títulos que vencem até o final deste ano aumentou R$ 35 bilhões. A maior parte desse aumento(R$ 25,4bilhões) veio com atroca de títulos que iriam vencer entre 2003 e 2006 por papéis com prazo deresgateainda em 2002. Por conta dessas operações, houvetambém uma elevaçãode R$10,8bilhões nos vencimentosprogramados para 2003. Segundo o coordenador da DívidaPúblicado Tesouro, Paulo Valle, essa concentraçãode vencimentosnãotraz problemas para a administração da dívida porque o Tesouro tem em caixa cerca de R$ 60 bilhões, um "colchão" de recursos que pode ser usado para oresgate dos títulos. Os vencimentos foram de R$ 20,9bilhões,maso governo só rolou R$ 6,4 bilhões. (AE)

Concurso de redação sobre 9 de Julho

Alunos da rede estadual poderão se inscrever nas sedes distritais. Os prêmios serão livros, medalhas e microcomputadores.

A festa pelo 9 de Julho já foi realizada oficialmente, no Ibirapuera,mas ascomemoraçõespela RevoluçãoConstitucionalista de 32 ainda continuam.Agoraé avezdo concurso de redação sobre o tema, que teráa participação de alunos dasescolas estaduais de São Paulo.

As fichaspara asinscrições dos estudantes estãosendo entregues pelas distritais da Associação Comercial de São Paulo e pelaFederação das A ssociaçõesComerciais do EstadodeSão Paulo(Facesp). O concursoé destinado aos alunos da oitava série do ensino fundamental e primeira aterceira sériesdo ensino médio.

Deacordo com Francisco Giannoccaro, vice-presidenteda Associação Comercial de SãoPaulo,o concursoé

Balanço

uma maneiradelevarajuventude aconhecer os fatos que marcaram a história paulista. "É nosso dever passar para ojuventudeo que foi a luta de 9de Julho", enfatizou Giannocaro.

Julgamento – Uma comissãodeespecialistas indicada pela Associação Comercial vai atribuir as premiações para quatro modalidades. Os avaliadores levarão em consideração o conhecimento histórico, o estilo e a originalidade dos textos. A entrega da premiaçãoserá nodia2de outubro,data que marca o término da Revolução Constitucionalista.

Os primeiros colocados receberão coleções de livros e os professores, medalhas da Sociedade Veteranos de 32MMDC. Está prevista ainda a entrega de computadores.

A Sociedade de Veteranos de 32 já conferiumais de 70 medalhas constitucionalistas.Apróxima aserentregue será para Alencar Burti, presidente da Facesp e e da Associação Comercial de São Paulo, durantereuniãoplenária da entidade.

Em reunião realizadana Associação Comercial de São Paulo, acomissãoqueorganizou os desfilese festejos do aniversário de 70 anos da Revolução Constitucionalista, fez umbalanço do evento, que aconteceu noMonumento ao Soldado Constitucionalista, conhecido como Obeliscodo Ibirapuera.Participaram do eventomais de 13 mil pessoas. "Ficamos muito agradecidos com todo o apoio e incentivo que recebemos para a realização doevento", desta-

cou Francisco Giannoccaro. Participaram da reunião de balanço das comemorações de 9 de Julho as seguintes pes-

soas: Og Pozzoli, Oswaldo Muniz Oliva,Viviano Ferrantini, Antonio Augusto Bizarro, Carlos Antonio Barros

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assinaturas constantes do Livro de Presença; b) representante da “Trevisan Auditores Independentes S/C”. Instalação: O Diretor Presidente declarou instaladas as Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária. Composição da Mesa: Presidente: Sr. Raymundo Magliano Filho e Secretário: Sr. Claudio de Salles Oliveira. Publicações Prévias: a) Edital de Convocação não publicado, conforme o dispositivo no art. 124, parágrafo 4º da Lei nº 6.404/76; b) Relatório da Administração, Demonstrações Financeiras e Parecer dos Auditores Independentes referentes ao exercício encerrado em 31/12/2001 publicados no “Diário Oficial do Estado de São Paulo” (fls. 05) e no jor nal “Diário do Comércio” (fls. 14) no dia 06/03/2002. Deliberações: Por unanimidade, abstendo-se de votar os legalmente impedidos, foram aprovados: a) o Relatório da Administração, as Demonstrações Financeiras e o Parecer dos Auditores Independentes referentes ao exercício encerrado em 31/12/2001; b) a destinação do resultado do exercício encerrado em 31/12/2001, de R$-935.407,54, às seguintes contas: (b.1) Reserva Legal – no valor de R$-10.182,41, (b.2) a título de juros sobre o capital próprio, pagos durante o exercício de 2001, no valor de R$-735.600,00, (b.3) Lucros Acumulados de Exercícios Encerrados R$-189.625,13; c) Remuneração: a ratificação dos valores pagos no exercício findo a fixação da remuneração global da Diretoria para o corrente exercício, no valor de até R$ 1.200.000,00; d) a elevação do Capital Social de R$-10.300.000,00 para R$-11.000.000,00, mediante a incorporação de parte da Reserva de Atualização de Títulos Patrimoniais, no montante de R$ 700.000,00; e) Eleição da Diretoria: Para compor a Diretoria, com prazo de mandato até a posse dos Diretores que forem eleitos através da Assembléia Geral Ordinária que se realizar em 2004, foram reeleitos, para Diretor Presidente, o Sr. Raymundo Magliano Filho, brasileiro, casado, administrador de empresas, C.P.F. nº 032.883.078-04, R.G. nº 2.737.295, e para Diretores, os Srs. Claudio de Salles Oliveira, brasileiro, casado, corretor de valores, C.P.F.nº 258.503.938-20, R.G. nº 3.858.416; Pedro Capdeville Neto, brasileiro, casado, economista, C.P.F. nº 945.874.508-04, R.G. nº 5.920.411-2; Armando de Toledo, brasileiro, casado, corretor de valores, C.P.F. nº 064.634.368-87, R.G. nº 2.445.166 e Murilo Cesar Rosa, brasileiro, separado consensualmente, corretor de valores, C.P.F. nº 059.137.998-87, R.G. nº 3.527.646 e que os pretendentes atendem as condições previstas na Resolução nº 2.645 de 22 de setembro de 1999. Alteração Estatutária: Em conseqüência, o “caput” do Artigo 6º, mantidos inalterados os seus parágrafos, passa a viger com a seguinte redação: Artigo 6º – O Capital Social é de R$ 11.000.000,00 (onze milhões de reais) dividido em 10.479.579 (dez milhões, quatrocentos e setenta e nove mil quinhentas e setenta e nove) ações ordinárias e 1.510.143 (um milhão, quinhentos e dez mil, cento e quarenta e três) ações preferenciais, todas nominativas e sem valor nominal”. Aprovação e Assinatura da Ata: Lavrada e lida, foi a presente Ata aprovada por unanimidade e assinada por todos os presentes. a) Raymundo Magliano Filho – Presidente da Mesa; Claudio de Salles Oliveira – Secretário; Raymundo Magliano Filho; Claudio de Salles Oliveira; Pedro Capdeville Neto; Armando de Toledo; Murilo Cesar Rosa. Esta é cópia fiel da Ata que integra o competente livro. a) Raymundo Magliano Filho – Presidente da Mesa. Claudio de Salles Oliveira – Secretário. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº

Dirigido a empresas e instituições financeiras, o serviço informa, em tempo real e com baixo custo, dados sobre a razão social, consultas anteriores, registros de débitos informados pelos usuários, títulos protestados, empresas com atuação duvidosa, além de confirmar endereço e CNPJ da empresa consultada.

as ações com o objetivo de aumento na participação na Companhia. A acionista YRG INVESTMENTS LTD. antes da aquisição supra mencionada detinha 340213 ações Ordinárias, representando ( 14,45%) do Capital Social, passando a deter após a referida transferência 510887 ações Ordinárias, representando (21,70%) do Capital Social da Companhia, sendo que Carlos Pires Oliveira Dias , pessoa ligada à adquirente detém 10176 ações Ordinárias representando ( 0,43%) do Capital Social , Regimar Comercial S/A, empresa ligada à adquirente detém 295148 ações Ordinárias, representando (12,53%) do Capital Social e José Sampaio Correa Sobrinho, pessoa ligada à adquirente, detém 01 ação Ordinária, representando (0,000042%), do Capital Social , totalizando, com a aquisição das ações supra mencionadas e pessoas ligadas à adquirente a quantidade de 816212 ações Ordinárias,

de Mourae LuizEduardo Correia Dias.
Dora Carvalho
Reunião na Associação fez um balanço das comemorações de 9 de Julho e acertou os detalhes do concurso de redação

Mercados europeus

mantêm valorização

Asbolsas daEuropafecharam em alta ontem, impulsionadas pelas ações dos setores financeiro, de tecnologia e telecomunicações.

A temporada de divulgação de resultados das empresas, que já está em pleno vapor, não trouxe, pelo menos até agora, nenhuma surpresa ruim, oque tambémcolaborou para melhoraro humor dos investidores.

"Nós estamos começando a sentir que o fundo está sendo atingido gradualmente", comentouo estrategistapara ações européias do E*Trade Securitues, Martin Brooker. Londres – A Bolsa de Londres fechou com valorização de 168,7 pontos (4,19%), atribuída, principalmente, à busca de ações que haviam ficado baratascomas quedas recentes, com destaque para ossetoresfinanceiro edepetróleo. Asações daBP subiram4,0%e asdaShellavançaram 5,2%.No setorfinanceiro,os destaques foram Barclays (+9,8%) e HBOS (+9,1%).

Segundoo analistaAndrei Ilyn, da Nomura Securities, o resultado positivo anunciado

pelaMerrillLynchnos EUA contribuiupara queasações do setor financeiro recuperassem terreno.

Corus– Asda siderúrgica Corus Group caíram3,4%, depoisda confirmação da compra da Companhia Siderúrgica Nacional, do Brasil, emum swapde açõesavaliadoemUS$1,83 bilhão; o BNPParibas rebaixouo ratingdas ações doCorus Group de outperform(acima do mercado) para aposição neutra,argumentando quea transaçãoaumenta osriscos financeiros do grupo.

Paris – Na Bolsa de Paris, o índice CAC-40 fechou em alta de123,07 pontos(3,71%), em 3.440,88 pontos. As açõesdos setoresde telecomunicações e tecnologia recuperaram terreno,depois das quedas recentes. No setor de mídia, as ações da Vivendi subiram 7,9%.

Frankfurt – A Bolsa de Frankfurt fechou com o índice Xetra-Dax em alta de 115,07 pontos (2,89%),em 4.092,82pontos. ADeutsche Telekom liderou os ganhos do mercado, com valorização de 9,79%. (Reuters/AE)

O bom humor retorna ao mercado e Bolsa sobe 1,67%

A decisão do Comitê de PolíticaMonetária, Copom,de reduzir em 0,5 ponto porcentual o juro básico da economia, pegou o mercado financeirobrasileirode surpresa ontem e beneficiou principalmente a bolsa.

As projeções de juros negociadas na Bolsa de Mercadoriase Futuros,BM&F,inverteram a tendência e fecharam em baixa. Já odólar no segmento comercial manteve a trajetória de alta.

Juro – A quarta-feira foi bastante positiva para a Bolsa de Valoresde São Paulo, Bovespa.

A valorização de 1,67% foi motivadapela quedadosjuros básicos epelo anúncio de fusão daCompanhiaSiderúrgica Nacional, CSN,com a anglo-holandesa Corus. CSN – A fusãovaiformar uma das maiores empresas de aço do mundo. (Leia mais sobre oassunto napágina 9) As ações ordinárias dasiderúrgica fecharam com ganhos de 15,20%e omaior volumede

negócios da bolsa, giro financeiro bastante superior ao habitual.

Os papéis chegaram a subir maisde 20%logodepoisdo anúncio. As ações da CSN têm participação pequena na composição doIbovespa, masanotíciadafusão animou os investidores einfluenciou a alta da bolsa.

Giro – O Ibovespa encerrou o pregão em 10.754 pontos e o volume somou

R$ 542,2milhões, acimada média do mês.

Ajustes– No mercado futuro de juros, o dia foi de ajustes,poishavia praticamente um consenso em torno da manutenção da Selic em 18,50% ao ano.

Ataxapara janeiro,amais negociada no pregão da BM&F, caiu de 23,12% ao anonaterça-feira para 21,94% anuais ontem.

O dólar fechou em alta de 0,84%, uma reação considerada natural, frente a juros mais baixos

A liquidez aumentou porque muitos investidores que apostavam na manutenção do juro básico da economia tiveram de inverter posições na bolsa, comprando ou vendendo ações.

Como resultadodeontem a Bovespa diminui para 3,4% a queda acumulada no mês. Masno anoasperdasainda estão salgadas: 20,7%.

Câmbio – O dólar operouna contramão dos demais mercados no Brasil ontem e manteve a alta verificada nos dias anteriores.

A moeda americana fechou cotadano segmentocomercial a 2,895 para compra e a R$ 2,897 para venda, com valorização de 0,84% sobreo real,deacordo comaEnfoque Sistemas.

A reaçãodo dólarfoi considerada natural porque, com juros mais baixos, tende a aumentar a procura por ativos como moedas e ações.

Masa situaçãoexternaindefinida e a especulação política do mercado também contribuem paramantero dólar ainda no nível de R$ 2,90.

Risco eC-Bond – Os indicadores de riscodo Brasil tiveram um dia de poucas oscilações,aexemplo doquehavia acontecido na terça-feira. No horário dofechamento dosnegócios noBrasil, osCBonds, principais títulos da dívida externabrasileira, subiam 0,80%, para62,75% do valor de face.

Às 18 horas,no fechamento dos mercados, a taxa de riscodo Brasil, calculada pelo banco americano JP Morgan, registrava elevação de 1,88%, para 1.571 pontos-base.

Projetos serão votados na madrugada

Vereadores marcam "sessão coruja" para tentar aprovar subprefeituras em segunda votação. PSDB apresenta substitutivo.

A bancada do PSDB prometeu queapresentaria na madrugadade hoje, em sessãoextraordinária daCâmara Municipal,marcadapara começar 0h05,umtexto substitutivo para o projeto de criação de subprefeituras,já aprovadoemprimeira votação. A principal mudança sugerida pelo partido na "sessão coruja" diz respeito ao número de unidades.O PSDB defendearedução de31para dez subprefeituras.

Segundoo vereadorRicardo Montoro (PSDB), o substitutivo proposto pelo seu partido prevê que as atuais 21

administrações regionais passariam a atuarcomoescritórios regionais, dando apoio às subprefeituras. Os subprefeitos, por sua vez, teriam poderes de secretários municipais.O substitutivo do PSDB ainda prevê algumas alteraçõescomrelação aos poderes das unidades. "Oprojeto precisaseralterado porqueo texto dogoverno é totalmente equivocado. Há um número excessivo desubprefeituras." Otexto, elaborado pelaComissãode Política Urbana da casa,foi aprovadoemprimeira votação na madrugada da última

quarta-feira.Na ocasião,o projeto recebeu 45 votos favoráveis, com o apoio da base aliada e da oposição. "Votamosa favordadescentralização do poder municipal, mascondenamosa forma como o governo quer implantá-la. Essaidéia surgiu, inclusive,dopróprio PSDB, durante ogoverno de Franco Montoro (prefeito de São Paulo entre 1983 e 1988)", disseo vereadortucano. RicardoMontoro aindacriticoua pressa do governopetista em aprovar, em segunda votação, acriaçãodas subprefeituras antesdorecesso

Frente pela Cidadania se reúne para discutir novo Plano Diretor

As entidades que compõema Frente pela Cidadania se reuniram ontem, na sededoSecovi, paradiscutiro projeto substitutivoparao

Plano Diretor. O novo texto foi considerado bom, mas os empresários ainda devem sugerir mais mudanças.

De acordo com Cláudio Bernardes, conselheiro do Secovi/SP (Sindicato das Empresas deCompra, Venda, Locaçãoe Administração de ImóveisComerciais eResidenciais deSãoPaulo),as alterações propostas pelo substitutivoderam maior viabilidade para o projeto.

"OPlano Diretorestámelhororganizado econtempla sugestões daFrente pela Cidadania", disse. O substitutivo tem mais de 60 alterações em relação aoprimeiro projeto proposto pelo Executivo e é de autoria do vereador NabilBonduki(PT).O novo texto muda as taxas de outorgaonerosa, conformealocalização do imóvel. Maso quefoi vistocom bons olhos pelas entidades foi a possibilidade de revisão do documento emmarço de 2003. Outra vantagem,segundo Bernardes, sãoosincentivospara ahabitação de

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interesses mais populares. Uma das preocupações, porém, ésaber comoficarão os projetos imobiliários já aprovadosnalei atual.Caso exista a necessidade de algumamodificação,a dúvida é emqual dasleis a Prefeitura deverá se basear, se na antiga ou na nova.

Para Cláudio Bernardes,é preciso tempoparaelaborar sugestões paramudar os pontos aindaduvidosos.As entidadesesperam queavotação aconteça em agosto porque omercado jáestá parado, aguardandouma decisão para o tema. (DC)

Diminuem focos do mosquito da dengue na cidade

Dados da Secretaria Municipal deSaúde apontamque, atéo dia11dejulho,foram notificados 2.433casosde dengue na cidade de São Paulo.Dototal, 329sãoautóctones, ouseja, contraídosno próprio município, e 2104 são casos importadas (doença adquirida emoutras localidade).

Conforme obalançode combate ao mosquito, o número de focos domosquito Aedes Aegypti, em São Paulo, diminuiudurante o ano de 2002.Foram 1.766emjaneiro; 2.366 emfevereiro; 1.209 em março;600 emabril, 703 em maio e 319 em junho. As parcerias com a sociedade, segundoa Prefeitura,foram fundamentaispara o combateàdoença.No total, foram 190parceiros, entre empresas(42%), institutos de ensino (15%), ONGS e associações (12%), entidades de classe (8%), instituições religiosas (5%), organizações culturais (5%), institutos de saúde (4%), supermercados (4%), shoppings (3%) e bancos (2%). (SM)

parlamentar.

P o lê m i ca – A primeira aprovaçãopor45 dos55vereadores levantoususpeitas de que,para conseguiro aval para oprojeto, ogoverno teria se comprometido a lotear politicamente as futuras unidadesentre osintegrantesda bancada governistae daaliada. Vários parlamentares, inclusive os dabase aliada, que preferiram não se pronunciaroficialmente sobreo assunto, garantiram que os acordos aconteceram.

"Não tenho a menor dúvida de que isso foi real. A bancada estava todadivididae

não pretendia votar o assunto antes do recesso. A aprovação não foiporideologia, mas sim na base da barganha e do favor", disse ontem um vereador da oposição. Um outro parlamentar dabase aliada chegou a afirmar que foi adotadaapolítica do"édando que se recebe".

Bandeira eleitoral – A criação das subprefeituras foi uma das principais bandeiras da campanha da então candidataMartaSuplicy. Aidéiaé dar liberdadeadministrativa às novas unidades, que seriam como minicidades.

Ossubprefeitos seriamin-

dicados pela prefeita e teriam liberdade para administrar seu orçamento.A destinação das verbas para saúde, educação e asfaltamento, por exemplos,seria feitapelos administradores conforme as necessidades das regiões. Apesar da aprovaçãoem primeira votação, olíder do governo, JoséMentor (PT), afirmou quea basegovernista apresentaria,na madrugada de hoje, uma nova versão do projeto, com a redefinição geográfica da área de atuação das subprefeituras.

Exposição no Shopping Light conta a história do comércio

Atéo dia 2de agostoo ShoppingCenter Lightapresenta a mostra História do Comércio– Associação Comercial de São Paulo Faz e Conta. A exposição apresenta documentos, fotos e objetos queretratam ospersonagens e lojas que marcaram a trajetória do comércio paulista. Os visitantes poderão fazer uma verdadeira viagem ao passado por meio das fotos antigas do Centro.Um dos destaquesda mostrasãoas fotografias do triânguloformado pelasruas Direita,XV de Novembro e São Bento, que tinhaum comérciointenso na primeirametade do século passado.

Elite – Essas vias eram referências da cidade para quem queriaencontrar ateliêsde costura,tipografias, lojas,livrarias e hotéis. A região também ficou famosa por concentrar as principais linhas de bondes, atraindo elite que vivia noscasarões da avenida Paulista e Campos Elíseos.

Vale conferir também as imagens antigas do Mappin, da PraçaRamos deAzevedo, que foi consideradoo maior pólo de compras da cidade até oinícioda décadade 1980. No entanto, o local já foi reduto da elite paulistana.

A antiga loja atendia apenas encomendas e promovia desfilesde modaregados achás datarde, disputados pelas madames da época.

Centros de compra – A expansãodos shoppingcenters na cidadeé contadaem fotos e depoimentos. O Iguatemi, o mais antigo da cidade, fundado em1966,jápassoupor momentos difíceis, pois muitos acreditavam que esse tipo de empreendimentoseria um fracasso.

Vídeos e recursos de informática mostrarão galerias, magazines,feiras, lojasde rua, fast-food, franquias e camelôs, com uma linha do tempo, para contara trajetória de cada um dos temas.

A exposição também conta ocrescimento daAssociação Comercial deSão Pauloe a

participação daentidadeno desenvolvimento de empresas nos seus 107 anos de existência. Aentidade divulga seus serviçosde informações e de apoio à comunidade empresarial da cidade.

A exposição já foi apresentada na BrasilShop 2002 e está seguindo de forma itinerante para outros locais de São Paulo. Depois doShopping Center Light, a mostra irá para o Conjunto Nacional de 5 a 17 de agosto.

A História do Comércio –AssociaçãoComercial de São Paulo Faz e Conta pode ser visitada noShopping Center Light, narua CoronelXavier de Toledo, 23.De segunda a sexta, das9h às 21h e,aos sábados, das 10h às 20h.

Monumento às Bandeiras

é

reinaugurado no Ibirapuera

OMonumento àsBandeiras, na praça Armando Salles de Oliveira,próximo aoParque do Ibirapuera,foi reinauguradoontemapós reforma de sete meses. As obras foram financiadaspelaLipton Ice Tea em parceria com a Prefeitura. Aempresa será responsável pelamanutenção (limpeza,drenagemda parte superior e recomposição de toda a grama danificada), durante dois anos.

A restauração faz parte do projeto Adote umaObraArt í st i c a , do DPH (Departamento de Patrimônio Histórico), da Secretaria Municipal de Cultura,onde empresas se responsabilizam pela recuperação emanutenção de monumentos da cidade.

Brecheret – Idealizado por Victor Brecheret, o monumento foiinauguradoem 1920, comoparte dascomemorações daIndependência.

Apesar detersidorecebido pelo público,o Estadooptou por não implantá-lo para não criar atrito com a comunidadeportuguesa, que também tinha oferecido à cidade um monumento . Em1936, decidiu-seconstruí-lo. As obras, iniciadas no mesmoano, foramparalisadas durante a Segunda Guerra. A inauguração finalmente aconteceuem25de janeiro de 1953. (SM)

Associação Comercial de São Paulo
Estela Cangerana
A rua XV de Novembro jpa abrigou ateliês de costura freqüentados pela elite
Dora Carvalho

Publicidade é um ato de conquista

Cláudia Marques Opublicitário mineiroAgneloPacheco,deBeloHorizonte, veio para São Paulo para fazer sucesso. Fez. O profissional, que estreouna propagandafazendoumbico paraumaempresa que queria anunciar uma máquina de lavar roupas, está entre os publicitários mais bem sucedidos do País. Pachecovende detudo, depolítico aprodutos depequenas empresas.Sabetrabalharcomverbasmuito menoresqueas das grandes multinacionais. Entre os seus princípios está o respeito pelo dinheirodo cliente. Veja abaixo oque Pacheco diz sobre a carreira, mercado publicitário e marketing político.

A conquista da publicidade Publicidade para mim é um ato de conquista. A confiança do consumidor tem de ser conseguida aos poucos. Muita gente esquece essalição e vai para a televisão aos gritos, masninguém conquista umgrande amoraos berros. É preciso chegar até o clientecomosechega àpessoaqueseama,como carinho,usando estratégias, mandando flores, surpreendendo.A publicidade errou durante anos por causa do desespero de querer vender mais. Esbravejar promoções, preços baixos não dá certo.

O primeiro comercial a gente nunca esquece

Com cinco anos de idade, eu montei uma empresa de comunicação, a rádioCinelândia.Eu ficavadoladodo rádio, diminuía o som, pegav aumasrevistas daminha mãee liaasnotícias, oumelhor, inventava, pois eu ainda não era alfabetizado.

Aos dez anos,eu escrevi a minhaprimeira peçadeteatro, O marido da cantora. Era a história de homem que se casou comumacantora de ópera efoi morar nacasa do pai dela. Sempreque ela sentia prazer,elacantava uma ópera. Um dia pedi para o pa-

Classificados

dreparaencenara peça na igreja. Sem saber o conteúdo, ele deixou. Depois que ele viu a encenação, expulsou a gente da igreja. Na adolescência, decidi fazer teatro. Para me sustentar, comecei a escrever roteiros para televisão. Um dia apareceram uns empresários procurando uma pessoa para fazer um anúncio de um minutodeuma máquinadelavar roupas.Eutomeium susto, pois estavaacostumado afazer programas demeia hora, mas topei. Eu escrevi o comercial comosefosseparaa TV.Eo anúncio eram quatro mulhereslavando roupa, vestidas deBeatlesao somdamúsica Help. Eles acharam estranho, mas colocaram a propaganda noar. Foiumsucesso. Oque elesme pagaram pelotrabalho foi o que eu ganhava durante um ano na TV.

Recado para quem está se formando

Hoje, o publicitário não faz sópropaganda. Eletem de entender é que oque ele faz é comunicação. O profissional precisa enxergar que o processo criativo está em todas as áreasda agência,nãoapenas no setor de criação.

O queacontece éque ojo-

vem chega nas empresas e, de cara, querser redatore diretor de criação, fazer filmes. Elenão quertrabalharcomo mídia ou planejando campanhas. Aí, temos uma carência degente criativana áreade planejamento, que é fundamental paraatender onovo cliente das agências. Uma campanha só vai ter sucesso se for bem planejada.

Acabou o tempo da sacadinha, doprofissional quevive de insights. O segredo de uma boa campanha é pesquisar e planejar.Hoje, temosdetrabalharcom baseemdados, com caminhosjá traçados para conseguirmos resultados positivos.

Sobre marketing promocional

A competição cresceu muito em todas as áreas. O acesso àtecnologia permitiuqueos pequenos empreendedores pudessem fazer produtos parecidos com osdos grandes. Parase ganharessabatalha, quedeveviraruma guerra mesmo napróxima década, foi preciso buscar novas ferramentas no mercado.

como Nestlé, Avon, usam a mesma agência no mundo inteiro. Nomarketing promocional, não. Então, eu posso prestar serviço para essas grandesmultinacionais sem ser a agência de publicidade delas.

O motivo para manter uma agência com capital nacional

Conseguimos chegar aos 17 anos recusando mais de dez propostas de agências internacionais. No ano passado, quatro empresas estrangeiras nos procuraram para comprar mais de 50% da empresa. Não aceitei.

Achoimportante mantera agência brasileira, há um espaço enorme paraa empresa crescer.Pequenos emédios comerciantes, que tinham receio de procuraras agências, estão vindo até nós.

Os pequenos, muitas vezes, nosdizem: achoque eusou muito pequeno para você. Eu digo: não existeclientepequeno. O que consideramos é o tamanho da verba dele. O que a gente tentafazer é esticaressa verba,fazer elacrescer, fazer um bom trabalho com o dinheiro que temos.

Sobre como a empresa se relaciona com os clientes

Devo o sucesso da minha agência aos empresários judeus.Depois quevocêganha a confiança de um,eles te indicam para toda a comunidade. Omeuprimeirocliente na Agnelo foi o Playcenter, que éde umjudeu eestá comigo atéhoje.Ascalcinhas Hope também,seguidos de outros tantos.

classeD.A distânciadaspessoas que fazem opinião – que estão nasclasses mais elevadas – é muito longa. Paramostrar oRendaMínimada prefeitura,quedá cerca de R$ 200 por mês para asfamíliase tem200milfamílias beneficiadas na cidade, foi uma grande dificuldade. Isso por causa de um processo muitointeressante que existe nas classes sociais. A classe A está preocupada com os pobres, mas o ascendente, que saiu da C e foi para B, não liga com apobreza.Elenão quer saber de um governo que faz ações sociais.O preconceito maior estána classe que ascendeu,queveiode baixo. Eu não sabia disso. Passei muitos anosda minha vidasemperceberessa problemática.

Ogovernante quenãotem acabeçano lugar,quandovê essa atitudedas classes Be C, desanima. Deixa de promover programa sociale vai fazer obras pois, com certeza, teráum retorno positivodo eleitorado. Só quenós precisamosde programas sociais no Brasil, a gente sabe disso.

tendemos atingir. Descobrimos umnicho de mercado. Nossafunçãoé posicionar bem o produto, para isso, nos preocupamoscom o visual, com a embalagem. No político, mais importante do que a embalagem, é o conteúdo. O brasileiroamadureceu muito nos últimosdez anos. Ele já passou por uma fase de consumidor infantil,que é aquele que saíacorrendo para comprar as coisas. Depois, foia época do consumismo, seguidapelo clientemaisdesenvolvido e, agora, chegamos na etapa do amadurecido, que é o que pega o produto, olha e pergunta: vale o que estou pagando? Acontece o mesmo nas eleições. Hoje, aspessoas estão questionando setal candidato vale apena.Oeleitorestá passandoda fase irracional para a racional. Um exemplo foi aúltimaeleiçãoparagovernador do Estado. Covas tinha 14% dos votose o Maluf estavacom 48%no início da campanha.Era umaeleição praticamente vitoriosa de Maluf.Mas, opessoal do Covas levoua eleição parao ladoracional. Tinhaumagarotinha que perguntava: mãe roubar pode? Oque aconteceucomosnúmeros?A população passou a se questionar também. O resultado: Covas virou o jogo.

Sobre a indústria automobilística

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Comeles, euaprendiuma coisa muitoimportante: respeitar a verba e o dinheiro do cliente.Quandovocê toma essa atitude, faz a coisa limpa e transparente, você ganha a confiança deles.Eles passam a te ouvir mais, respeitam o seu trabalho, não pechincham,poissabem queestão pagando o preço justo.

Sobre marketing político Quando você vende um produto, se o cliente não gostar,elenão compra mais. Quando se vende um candidato, issovai afetar diretamente apopulação porquatro anos. Eu fiz a primeira a campanha do Ciro Gomes para prefeito, em Fortaleza. Tracei uma tática de não atacar a administração anterior. Durante a campanha aconteceu uma coisa muito engraçada.Tinha um sanfoneiro numcomício, que fez um gesto com odedo (girou-o em formato de C) e disse: está todo mundo nesse Ciro. Bom, daí nasceu a marca. Omarqueteiro,que quer fazer umaboacampanha, tem de estar atento a essas coisas, perceber os movimentos quevêm dopovo. A outra coisa é acreditar no candidato com quem se está trabalhando.

As montadorasnão sabem se vendem atributos do carro ou se anunciam promoção, poisos pátiosestão cheios. Com isso as empresas estão começando a varejar demais o processo de publicidade do carro. Oconsumidor fica perdido na hora de comprar. Não se ganha cliente assim.

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É nesse cenário que entra o marketing promocional.Só que as agências,quando tentavam fazer marketing promocional, faziam um remendo. Realizavam ascampanhaspublicitáriase, nahora de usar essa ferramenta, colocavam apenas bandeirolas nospontos-de-venda. Opublicitário estava mais interessado em fazer o seu filme e ganharprêmio. Ocomerciante percebeu esse desinteressee, para fazer marketing promocional corretamente, passou a contratar empresas agências de marketing.

A Agnelo notou a existênciadesse nichoe eudecidi buscar profissionaisno mercado, monteiuma agência,a AgneloPromo, paraatender esses lojistas carentes.

Para ogrupo,essaatitude tem umoutro pontoimportante orealinhamento internacionaldascontas. Napublicidade, as grandes marcas,

Como fazer propaganda social e superar o preconceito da classe B Há sete meses estamos atendendo àconta daPrefeitura de São Paulo, com mais duas agências de publicidade, é o consórcio parceria. Anunciar programa social é uma coisa difícil das pessoasperceberem.Édiferente de anunciar projetoscomoa construção de rodovias e viadutos. Como as ações são feitasna periferia, asclasses mais altas não conseguem ver oque estásendofeito paraa

Quando aErundinavenceu o Maluf em São Paulo, foi isso que aconteceu. Ninguém percebeuo movimento que vinha de fora, daperiferia. Acho que o processo eleitoral para presidente da República deste ano está muito estranho. Eu ainda não ouço as vozes da população.

Para vender um produto e um político

Antes de anunciar um produto, agente faz pesquisas parasaber quepúblicopre-

Temos uma norma de preços que todas as agências deveriamseguir,mas isso não está acontecendo.Tem gente cobrando muito abaixo da tabela.Há agênciasqueestão trabalhando em cima apenas devaidade. Têm clientes grandes que nãoquerem pagar o preço do trabalho delas. Essas empresas, para não perdê-los, deixam de cobrar pelo serviço. Essasituaçãoé absurda, não pode acontecer. Os donosdeagênciastêm de terem mente queos competidores são os nossos clientes, nós não. Hoje,os anunciantes são fortes, criaram associações,seuniram. No mercado publicitário, isso não ocorreu.

Para degustar batendo um bom papo

Apreciadores do charuto não abrem mão do hábito em meio a uma boa conversa. Mitos em torno da origem do produto são o tema central do batepapo, junto com as novidades à disposição dos fumantes no mercado.

Ondetem fumaça,pelo menos decharuto, há, sem dúvida, um grupo batendo um bom papo. Entre uma baforadae outra,osapreciadoresdo fumopodem tanto contar histórias e tratar de

negócios como comemorar umadata importante, como o nascimento dofilho. "Charuto não é fumar, é degustar", afirma aempresária Adriana Caruso,dona da Tabacaria Caruso,amais antigadeSão

Paulo, fundada em 1885. NoBrasil, segundo dados do siteCharutariaBrasil,o consumo ainda não é representativo, mas tende a aumentar nos próximos anos. A média dos brasileiros é de um charutopordia. "Hájovens entre 18 e 22 anos que estão se interessandopelo fumo", afirma Adriana. Hoje, entreos consumidores, a maioria são homens, empresários, na faixa etária de35a50 anos,comaltopoder aquisitivo, pertencente as classes A e B.

Os charutos cubanos ainda são os preferidos dos brasileiros. Asmarcas Cohibae Monte Cristo estão entreas mais pedidasnastabacarias, bares erestaurantes. "Os clientes queconhecem,em geral, pedemessasmarcas, quesão mais tradicionais, agradam todos os gostos", afirma Amarildo Joaquim dos Santos, subgerente do restaurante Figueira Rubaiyat, de São Paulo.

O preço varia de acordo coma marca,otipo docharuto e o lugar onde é vendido. NoFigueira, quetem umespaço especial para fumantes do produto, o mais caro, o Cohiba robusto, custa R$ 78 reais, o mais barato, o Monte Cristo sai por R$ 30. O robustoé o tipo maisvendidono País. Temesse nomepor ser mais largoe mais comprido queo corona,queéo tamanho referência, a partir do

Hábito do charuto surgiu em Cuba

Cristóvão Colombo descobriu a América e o tabaco. Os primeiros europeusa fumaremasfolhas daplantavieram com Colomboe atracaramemCuba. Quandoonavegadorchegou àilhade Fidel,mandou dois deseus homens fazerem umreconhecimento da terra. Eles entraramna florestaeencontraramíndios fumando um plantagrande, exótica.Decidiram experimentar, gostaram e levaram a novidade para a Europa. Um deles, Rodrigo de Jerez, que levou o fumo para a cidadede Ayamonte,

na Espanha, foi condenado e enviado à prisão pela Inquisição. Osmoradores domunicípio se assustaram quando viram Jerezsoltando fumaça pela boca e chamaram os padres.Elefoi acusadodeestar possuído pelo demônio. Aperseguição aosfumantes de tabaco não se restringiu à Espanha. NoJapão, no séculodezessete, osapreciadores do fumo eram condenados a 50 dias de trabalhos forçados. Na Turquia, no mesmoperíodo, osfumantes tinham as orelhas e as narinas arrancadas como castigo pelo

consumo de tabaco e, na Rússia, os castigados eram enviadosàSibériapara trabalhos pesados.

qual todos os outros charutos são medidos.

Charuteiro de primeira viagem – A melhor maneira decomeçara fumaréindoa tabacarias conceituadas e conversar com especialistas.

"Amigosnem sempreexplicam direito o prazer de fumar",diz Adriana.Segundo ela,paravirar apreciadoré conhecer e saber contar a história do charuto,informando aos acompanhantesos ti-

pos que existem no mercado. "Háclientes queseadaptam comprodutosmais fortes, outros com mais estreitos. Algunsgostam de charutos diferentes,como oculebra, queé trêsemum",conta Adriana.

Para aempresária Márcia Adorno, dona do site Charutaria Brasil, as informações sobre a origem do charuto foram importantes na decisão de começar a fumar. Tanto que Márciapassoudeapreciadora avendedora doprodutoe hojepassa essesdados para quemquercomeçara carreira de charuteiro. No site, osconsumidorespodem comprar charutos, saber a história do produto, as regras de etiqueta e as novidades.

Cubano com sabor de Bahia

O cubano Félix Menendez trouxeparao Brasilatécnica para fazer charutos deboa qualidade. Hoje, aempresa baiana Menendez Amerino, de São Gonçalodos Santos, a 100 quilômetros de Salvador, éamaior fabricantedoprodutono País.Esteano, aempresa deve fabricar três milhõesde unidades,80%para o mercado interno e 20% para a exportação. Todos feitos à mão.

AMenendez foi fundada há 25 anos pelo empresário baiano Mario Amerino da SilvaPortugale pela família Menendez, fabricante das marcas cubanas Monte CristoeH.Upman até1960,ano em que o governo de Fidel Castro estatizou a produção de charutos. De Cuba, os Me-

nendez foram para Espanha e continuaram afabricar o produtocomprando fumo brasileiro da região doRecôncavo Baiano. Como o fornecedor estava no Brasil, eles decidiramabrir umafábrica aqui. Hoje, a empresa emprega 250 funcionários diretos. Herdeirodos trejeitos cubanos empregados na fabricação dos charutos, Félix não usa aditivos químicos no processo e só utiliza folhas inteiras de tabaco. Ele faz o charutoconhecido como premium."Faço aqui omesmo charuto que fazíamos em Cuba", afirma o empresário.

A marcacubanaMonte Cristo, que pertenceu aos Menendez, é uma das mais tradicionais no mercado internacional. "Nosso objetivo

é concorrercom o Monte Cristo", conta Félix. Além da qualidade, Félix está investindo na divulgação damarca noexterior.Hoje, os charutossão vendidosparaa Alemanha,EstadosUnidos e Canadá. Jorge Amado – Duas das marcas da Menendez Amerino homenageiam oescritor baiano JorgeAmado. Ocharuto DonaFlor ea cigarrilha Gabriela. "Usamos esses nomes porque eles estão ligados ao prazer e representam muito aculturabrasileira,ajudando nas exportações", afirma Félix.

O Dona Flor foi lançado há três anos e representa 50% das vendas da empresa. A Gabriela começou acircular no Carnaval deste ano. (CM)

Churchill e os amantes do fumo

O brasileiro especialista em charutos CesarAdames diz que, paraos apreciadoresdo fumo, duas coisas são importantes. Aprimeira éo prazer de desgustá-loe asegunda as boas histórias,verdadeiras ounão,que envolvemum produto com mais de 500 anosde vida. Vejaalgumas delas:

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Óculos, Armações e Lentes de Contato

Oclimasó foifavoreceros fumantes de tabaco por volta doano de1620, quandoum cientista alemão publicou um estudo sobre os efeitos terapêuticos da planta americana. Foitambémnesseperíodo que especialistas começaram avaliar osolo de Cuba e de outros países da América Central.O objetivoeraprofissionalizar a produção. Em 1810, foiinaugurada, em Havana, Cuba, a primeira fábrica completa de charutos. Nofinal doséculo dezenove, opaís tinha120 fábricasdo produto ecerca de 1.300 tabacarias. A palavra Havana virava sinônimo de charuto de boa qualidade. Com o aumento do número de apreciadores de charuto no mundo ao longo do século vinte, países como República Dominicana, Filipinas, Ilhas Canárias,México,Costa Rica, Camarões, Indonésia e até oBrasil tambémcomeçaram a fazer o produto. Oscubanos continuamliderandooranking mundial dosmaioresfabricantes. No ano 2000, o país exportou cercade200 milhõesdecharutos. (CM)

• Ch urch ill – Conta-se que, durante os bombardeiros àLondres,naSegunda Guerra Mundial, a primeira preocupação deChurchill era ligar para a Tabacaria Dunhill para verificar o estado dos seus charutos prediletos. Sódepois disso ele saía para ver osestragos. Churchillfumou cercade 300mil charutos,umdelescomo seu nome.

• Napoleão III – Quando lhe foi pedido que proibisse o fumo,oimperador francês respondeu: esse víciorende 100milhões de francospor anoemimpostos. Só fareia proibiçãose os senhores me arrumarem umavirtude que nos renda mais.

• J.F Kennedy – Um dia o

presidente norte-americano pediu para um assessor compraro maiornúmerocharutoscubanos H.Upmann que encontrasse. Quando ele chegou com cercade mil charutos, Kennedy abriu a gaveta, retirou umpapel eassinou o decreto que proibia a comercialização de todos os produtos cubanos em território americano.

• Thomas Edson – Para enganar os amigos queviviam roubando seuscharutoscubanos, Edsonmandou fazer unidades falsas, com folha de repolho. (CM)

Armações e Lentes de Contato

Cláudia Marques
Amarildo, do Rubayat: clientes do restaurante preferem marcas tradicionais
Paulo Pampolin/ Digna Imagem

As aposentadas melhoram o Brasil

Com suas pensões, que são inferiores às pagas aos homens, as idosas garantem o estudo de filhos e netos

Um estudo concluído recentemente e ainda não completamente divulgado pelo Ipea, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada,descobriu que as mudanças na legislaçãoda Seguridade Social, que estimulou a aposentadoria antecipada de pessoas que já tinham mais de 30 anosde serviço,provocaram mudanças inusitadas no quadro social e econômico do País. Primeiro porque a taxa denatalidade vem caindo, o que tem feito a população envelhecer. Depois,porque entre as famílias compostas por um único adulto com filhos, a chefia da maioria das casas é feminina. E mais, que entre as famílias chefiadas por mulheresidosas, 73%darenda familiar são provenientes de aposentadorias e pensões que elas recebem.

Dependência – O estudo, d e no m i n ad o E n v el h e c im e nto, condições devida e política previdenciária. Como ficam as mulher es? é de autoria das pesquisadoras Amélia Camarano eMariaTereza Pasinato, duas veteranasna investigação do tema, e levou a uma conclusão preocupante: quando o Estado reduz ou aumenta os benefícios previdenciários, nãoestáapenas atingindo indivíduos,mas uma fração razoável dos rendimentos de famílias inteiras.

Pelas contasdas pesquisadoras são 13 milhões defamílias, oque nãoé númeroque se desdenhe. Financiamento àeducação– Os fatorespositivos descobertos no trabalho dizem respeito ao nível de escolaridade da população, e portantoà sujacapacitaçãopara o trabalho. Segundo a pesquisa feita pelo IBGE, 7,9% dos filhosde mulheres aposentadas, maiores de 21 anos, moramcom asmãesidosas, dependem desuas pensõese ainda são estudantes. Os indicadores são ainda mais impressionantes quando se observam as crianças entre sete e 14 anos, netas de mulheres aposentadas. Cercade76% das criançasfrequentamos bancos escolares. Entreas crianças de mesmafaixa etária que não vivem com as avós o percentual de estudantes é menor: de 67%.

Conclusão: as vovozinhas estão elevandoo graude escolaridade da população brasileira. Deixaram de ser aquelasfiguras dependentes,que ficavamencostadas nocanto do sofá, e passaram a por ordem na casa.

Critérios – Esta, aliás, é uma dasdificuldades dos pesquisadoresque sededicam ao estudo da demografia. Ocorre que os avanços em matéria de medicina levaram

as pessoas a viverem por mais tempocom melhorqualidadedevida. Assim,osidosos, que antes eram os velhinhos dependentesde mais de 60 anos, hoje chegam aos 80 trabalhando,jogandobola, escrevendo poesia. "Pode-se dizerque, emgeral,oidoso brasileiro está em melhores condições devida que apopulação mais jovem: ganha mais, uma parcela maior tem casa própria e contribuisignificativamente na rendafamiliar", dizemos pesquisadores do Ipea. "Encontrar um critério de demarcação que permitadistinguir um indivíduo idoso de um não-idoso podesuscitar objeções do ponto de vista científico", explicam. Parasimplificaras coisas, para o pessoal do Ipea é idosoquem tem maisde 65 anos.

Longevidade– Uma das maiores conquistas sociais do século XXfoi o aumentoi da longevidade. Jamais uma vidaadulta tão longa foi experimentada de forma tão generalizada por uma faixa tão larga da população. Durante amaior parteda Históriada

humanidade, apenas uma em cada dez pessoas sobrevivia até completar 65 anos de idade. Hoje, em países desenvolvidos, são oito em cada grupo dedez.No Brasil,sãoseisem dez homens eseteemdez mulheres.

Háentão evidênciasclaras de queo estudo do crescimento da importânciadas mulheres -- nãosódas jovens, liberadas,estudadas e bem-sucedidas jovens, mas tambémdas senhoras grisalhasque ocupam avida fazendo tricô e lendo romances açucarados --na sociedadeé urgente.

Uma outra investigação feita peloIpea enveredapela discussão daPrevidência Social relacionada aosexodos aposentados.A discussãosobre igualdades e especificidades de tratamento entre sexo, para efeito da previdência social,começaram naConferência Internacionaldo Trabalho promovida pela OIT, a Organização Internacional do Trabalho, em 1919. A tendência, então, era promover políticasqueprotegessem as trabalhadoras, garantindo a elas a licença maternidade e salários equiparadosaos dos homens.

Asprincipais diferenças entrehomense mulheres quanto a benefícios previdenciários são as seguintes:

Liberdade e igualdade para poucos

Um livro curtinho, de apenas115 páginas, escritopor doisadvogados cearenses, Paulo Quezado eRogério Lima, emlinguagem acessível, trata de uma questão de interesse de todos. É Sigilo Bancário, queacaba deser lançado pelaeditora DialéticaOprefácio dolivro,de autoria do tributarista Ives Gandra Martins, é um estímulo à leitura. Ele começa afirmando que éfundamental apreservação do sigilo bancário. Depois, admite que há situações exceção, na investigação do tráfico de drogase de outros crimes. E revela uma realidade que pode ser conhecida dos advogados, mas com certeza é novidadepara a maioria dos brasileiros. É a seguinte.

No Brasil,emmatériatributária, até 2001 era necessária a ordem de um juiz para que se quebrasse o sigilo bancáriode alguém.Hojenãoé mais assim.A Lei Complementar105 de 2001,cuja constitucionalidade está sendo questionada no Supremo Tribunal Federal, permitiu que, por conta própria, um agente fiscalqualquer, das 5.500 entidades existentes no País, quebre o sigilo de um cidadãosuspeito desonegação ou enriquecimento ilícito. Se isso já ébastante grave,há

livros

CódigoComercial eLegislação Complementar anotados - À luz do novo Código Civil

Autor: Fábio Ulhoa Coelho

Editora: Saraiva; 1.250 páginas

Esta é a quinta edição do livro de Fábio UlhoaCoelho, professor daPontifícia UniversidadeCatólica de São Paulo, um manual que trata doassunto à exaustão equevem comasalteraçõesresultantes do novo Código Civil, que entrará em vigor em janeiro próximo.O novoCódigoCivil implicará na revogaçãodo Código Comercial, de 1850,e do Decreto 3.708, de 1919 (a leidas sociedades por quotas de responsabilidadelimitada). Paraosadvogados quelidam comotema, portanto,é leitura importante. Será preciso reaprenderpraticamente tudo em matéria dedireito comercial. Exemplo:ficará revogadaa "obrigatoriedade do corretor de fazer assento exato emetódico de todas as operações em que intervier". Nos comentáriosháacomparaçãodoscódigosejurisprudência firmada pelos tribunais. Ao final, um índice que facilita a consulta.

coisapior.Para a quebrado sigilo dos agentes, os tais fiscais, é exigida ordem judicial. "O tratamentodeveriasero contrário, vistoque notrato com a coisa pública, o agente fiscalé quedeve, peloprincípio da moralidade, ter suas contas sindicáveis pela sociedade", dizIves GandraMartins.

Até por causa do enorme volumedeleis que sesobrepõem, se contradizem, se enroscam, o brasileiro ignora muitos deseus direitose deveres. Quezado e Lima vão mais longe. "A sensação que se tem é de total frustração, pois aprática jurídica tem discrepado de forma absurda da teoria pregada", dizem. Na leitura, umaquestão chama a atenção do leitor: "de que serve um direito sem a possibilidadedeseu exercício"? A questão, no caso, diz respeito aum dosproblemas

ResponsabilidadeCivil -de acordo com o novo Código Civil

discutidospelosautores: ao exigir que as empresas que aderem ao Refis, um programa de refinanciamentodas dívidastributárias, renunciem aseu direito de sigilo bancário em relação ao Fisco, alei "é um insultointelectual".

A lei, segundoosautores, fere o direitoà liberdade. "Antes de mais nada, deve ficar bemclaro quea empresa optante pelo Refis neste não ingressou delivre eespontânea vontade, mas forçada peloestado denecessidade.Logo,não abriumãode seusigilobancáriopor umatode disposição,mas obrigada porlei. E a lei ainda tornou esta quebra irretratável,restringindoa liberdadedaempresa", dizem. Conclusão a que chegam os autores: a lei é inconstitucional.

Eliana G. Simonetti

Autor: Carlos Roberto Gonçalves Editora: Saraiva; 939 páginas "A tendência, hoje facilmente verificável, de não se deixarirressarcida avítima de atosilícitos sobrecarrega os nossos pretórios de ações de indenização das mais variadasespécies", dizGonçalves. A partir de janeiro de 2003 passa a ser admitida a responsabilidadeobjetivadequem tira proveito,haja ou não culpa,do exercíciode atividade derisco, potencialmenteperigosa. Dano moral, responsabilidade dos profissionais liberais, de bancos e shopping centers também passam a ser definidos pelo novo Código Civil. Estes são alguns dostemas esclarecidos no livroreeditado e atualizadopelo Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo. Em outros capítulos o autor trata da responsabilidade civil na internet e discute a harmonização do novo Código Civil com o Código de Defesa do Consumidor. É obra de consulta para advogados, empresários e para curiosos em geral.

•tempodeserviço -elasse aposentam cinco anos antes do que eles; •idade -trabalhadoras rurais se aposentam aos 55 anos e as urbanas com 60 anos; •maternidade- licençaremunerada por quatro meses; • fator previdenciário -a Emenda Constitucional 20/1988substituiua expressão que definia o valor do beneficio como média dos últimos36meses porbaseado nas contribuições. Comisso surgiu novo cálculode benefício. O resultadoesperado é que, com o tempo, as aposentadorias das idosas se iguale ou até supere as dos homens. Hoje, pelo fato de a maioria das aposentadorias femininas se concentrarem benefíciosdebaixovalor,as aposentadorias masculinas,em média, são duas vezes mais altas do que as femininas.

Diferençasentre ossexos – O debatepartia daconstatação de dois tipos de diferenças entre os sexos: asde ordem biológica e as socioculturais. Do ponto de vista biológico, a questão é mais simples. Diz respeito à reprodução e à importância da mulher como formadorada geração futura. Por isso , as legislações dos países, de forma geral, lhes garantem estabilidade no emprego durante a gravideze no período pósnatale ajudasdecustopara despesas de parto.

As diferenças socioculturais são abordadas sob três diferentes ângulos: omercado de trabalho, a estrutura familiar e os níveis de instrução. Doponto devista domercadode trabalho,o avançotecnológico eo crescimento da importânciada prestaçãode serviços na economiamundial tem ampliado as oportunidades para as mulheres. A forçabruta perdeuimportância ao mesmo tempo em que setornava necessário o ingresso de maior renda para

Instituições deDireito Penalparte geral, vol. I

Autor: Miguel Reale Júnior

a manutenção das famílias. Em termos de estrutura familiar também tem havido uma revolução. As mulheres estão tendocada vezmenosfilhos. E engravidam cada vez mais tarde. Também casam tarde, depoisde alcançaremsuaindependência econômica. Portanto, podem manter-se na ativa,no mercadode trabalho,mesmo depois de constituir família. Oúltimo quesito,o dosníveisde instrução, é o de análise mais curiosa.

Por ter permanecido por décadas impedida de atuar no mercado de trabalho, a mulher teve tempo para estudar ese preparar muito melhor doqueos homens. Seu nívelde escolaridadeé mais alto. Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD)de 1999,aproporção de mulheres com nove anose maisde estudosé maior do que a de homens. Este éumfenômenoquese verifica no mundo inteiro, de acordo comdados doBanco Mundial. Onúmero de pessoas do sexo feminino matriculadasem escolas, bem comoo tempodedicadopor elas ao estudo formal, vem aumentando gradativamente numa proporção maior do que aquelas do sexo masculino. Em países da América Latina e daEuropa, onúmero de mulheres cumprindo a fase escolar elementardobrou nos últimos anos.

Sendo mais bem formadas, quando entram na concorrência do mercado elas obtêmresultados positivos. E quando formam família, criam filhos mais preparados para o mundo competitivo daatualidade.Assim, asvovós da atualidade contribuem,mais doquecomos parcos rendimentos de suas aposentadorias,com aeducação queproporcionama seus filhos e netos.

Noque diz respeito àremuneração, aigualdadeentrehomens emulheresque ocupam funçãosemelhante ainda não se deu. Mesmoas aposentadas recebemmenos do que os aposentados. O que elas fazem com seu pouco dinheiro, no entanto, produz mais riqueza para oPaísdo que o que eles conseguem produzir.

Editora: Forense; 344 páginas O autor,todos devem lembrar, acaba de deixar ocomando do Ministérioda Justiçadogoverno Fernando Henrique,emmeioa um debate em torno de medidas a serem tomadas para conter o crescimento da violência e da criminalidade no País. Só por isso, a leituradeste livro, queacaba de ser lançado, já é interessante. Ele é mais do que ummanual ou uma publicaçãodidática paraestudantes. É "uma conversa comigo mesmo", como diz Reale. É também um conviteàreflexão.Aquestão:jáque ocrimeéumfatonormalnavida social,e nãouma doença,o quelegitima aimposição desanções, qualo fundamento do direito de punir? "No Direito Penal, especialmente, passa a ser não só essencial, mas verdadeiramente dramático conciliar a visualização dinâmica e concreta do direito com a necessidade de atendimento à certeza e segurança jurídicas", escreve Reale Júnior.

Eliana G. Simonetti

CSN anuncia fusão com a Corus

Acordo de fusão da CSN com a companhia anglo-holandesa forma a quinta maior empresa de siderurgia do mundo

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) fechou, ontem, em SãoPaulo, o acordo de fusão com a companhia anglo-holandesa Corus. Juntas, asduas empresaspassam a formar o quinto maior grupo de siderurgiado mundo. De acordo com comunicado divulgado pela CSN, a nova companhia será chamada de CSNCorus. A holding terá 37,6% de suas açõespertencentesàCSN, ficandoosoutros 62,4% donegócionas mãos dos acionistas da Corus. Aexpectativa éde queo acordo setraduzanum ganhomédiodeaté US$250 milhões paraos dois lados num prazo de três anos, contados desde ontem.

Deacordo como presidente doConselho de Administração daCSN, Benjamin Steinbruch, o controle da multinacional do aço ficaráa cargo dasubsidiária brasileira.

"Já está definido que o controle da empresa depois da fusão continua sendo nosso", afirmou Steinbruch.

Bavaria compra

24,5% da cervejaria peruana Backus

O GrupoEmpresarialBavaria, maior fabricante de bebidas da Colômbia e a segunda maior cervejaria da América do Sul, depois da brasileiraAmbev, anunciou,ontem, a compra de 24,5% das ações ordinárias com direito a voto daUnión deCerveceríasPeruanas Backusy Johnston

S.A.A. Onegócio foifechado por US$ 420 milhões.

O investimento na Backus faz parte do programa de expansão e modernização da Bavaria, orçadoem US$ 1 bilhão e financiado por uma combinaçãode recursos próprios e empréstimos externos.

O chairman da Bavaria, Julio Mario Santo Domingo, afirmou,em comunicado, que "aBackus é umadas empresas mais atraentesda região e se ajusta perfeitamente à Bavaria".

Segundo Santo Domingo, a Backus é a líder em um mercado onde o consumo de cerveja está crescendo.

"Temos excelentes marcas e um grupo dirigente de primeira linha", disse.

A empresa avalia que, ampliando a presençada marca Bavaria na região andina, está ganhando pontos num mercado que caminharumo à consolidaçãocomoum dos principais pólosde consumo de cerveja do mundo.

Segundo analistas do mercado, aintenção daBavaria é preparar o terreno para a nova realidade do setor na AméricaLatina, alteradapelo crescimento da Ambev .

A empresabrasileira aguarda a aprovação definitiva da aquisição acionária na cervejaria argentinaQuilmes, também presente na região andina.

AAmbevconta comacredencial de liderar o mercado decervejas noBrasil, umdos maiores da AL. (AE)

Até o momento, sabe-se apenasque os presidentes executivo e do Conselho de Administraçãodo novoconglomerado serão escolhidos pela Corus.

Ações - Segundo Steinbruch, todoo processode fusão serábaseadona trocade açõesentre aCSNe aCorus, semprevisão deentradade

dinheiro no negócio.

O primeiro impactoda fusão entre as duas empresas será o incremento das exportaçõesdaCSN,queforam de US$ 280 milhõesem 2001. A Europa eos Estados Unidos serão os mercados mais beneficiadospelo negócio.Daqui pordiante, aidéiaé cadavez maisentrar coma vendados

produtosdesiderurgia em novos mercados.

ACorus, porsua vez,afirmou tirar proveito do acordo principalmente pela compra do minério de ferro mais barato do Brasil.

Valores- Asduas companhias não fizeram estimativas do valor da fusão,mas a avaliaçãodo mercado,de

acordo com o preço das ações ontem, é de que a união entre a CSN e a Corus esteja cotada em US$ 4,8 bilhões.

Hoje, a CSN tem uma dívida avaliadaem R$5 bilhões. Segundo Steinbruch, aoperação fechada ontem não é uma estratégia para aliviar as dívidas da companhia.

Produtos- A fusão anunciada ontem inclui os ativos desiderurgia, logística eminério de ferro da CSN.

A Corus é considerada hoje a sétima maior produtora de açodo mundo, sendo a segundamaior companhia do setor siderúrgico na Europa. O faturamento da empresa no anopassado foi de US$ 12bilhões. Ocapital da Corus está todo distribuído nas bolsasde diferentespaíses europeus.

Ao todo, poucomais de 52 mil profissionaistrabalham para a Corus no continente europeu.

A expansão da companhia anglo-holandesa fora da Europaestava planejadadesde oinício doano, quandoco-

meçaram as negociações com a CSN.

A empresa, inclusive, já havia manifestado as metasde investir na região.

BNDES - A próxima etapa da fusão da CSN com a Corus envolve a aprovação do acordo pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A expectativa das duas empresas édeconcluirtodoo processo de fusãoaté o final do ano, quandoas operações defatoserão unificadas.

(Agências)

Tecidos de lã vão ser usados no verão

A ParamountTêxteis assinouontem um convênio como Senac,chamadoLão Ano Todo, para difundir o uso do tecido no verão. A empresa pretendeaumentara produção dos tecidosda marcaCollezione, delã 100e 120,dosatuais400mil metros ao anopara um milhão de metros em três anos.

O projetofaz partedaestratégia daempresapara ganhar mercadoe têminvestimentosdeR$180 mil. Alã fria aindatemumconsumo baixo no País, entre 80 e 200 mil metros por mês e,de

acordo como presidente da Paramount, Fuad Mattar, disputa espaço como poliéster e o algodão na confecção de ternos etailleurs. A Paramount produz atualmente 220 mil metrosde tecidos de lã ao mês e exporta para os Estados Unidos em torno de 100 mil metros de lã.

T e l ec o n f e rê n c i a -C o m o parte do projeto,nos próximosdias 23e24de julhoem torno de 20 mil pessoas, espalhadas por200 pontosdo Senac em todoo Brasil, assistirão a teleconferências que vão mostrar as possibilidades

da lãcomo vestuáriode estações quentes.Apropostada Paramount é incentivar o uso dos tecidoscom 260gramas pormetro linear, mais finos que a lã usadanas roupas de inverno, normalmente pesando 330 gramas por metro linear. “As pessoas precisam conhecer o produto, saber como lavaretersegurança sobreo queestãocomprando”, diz Mattar.

Estilistas, lojistas, costureiros e alfaiates ouvirão a teleconferência, que abordará qualidade, técnicae vendas. Oobjetivo éfazer dosprofissionais e lojistas um canal de comunicação como consumidor final.

Marca-“Queremos formar uma marca delãbrasileira quepossa sercomparada às européias”, diz Mattar. A meta vem sendo trabalhada pela Paramount desde que foi criadaa linhaCollezione,há três anos. Hoje, dois terços da lã friaconsumida noBrasil são importados,principalmente da Itália.

Concorrência entre lã australiana e brasileira

Os tecidos superfinos da Paramount sãofabricados com lã australiana. A empresa importa em torno de um milhão de quilos de lã da Austráliapor ano,dosoitomilhõesdequilos queconsome.

Alãbrasileiraé comprada no Rio Grande do Sul, onde a empresamantémcinco fábricas nas cidades de Bagé, Uruguaiana,Esteio, Canelae Sapucaia. E umaunidade na cidade paulistaem SantaIsabel.

A Paramount é amaior compradora de lã dos gaúchos, absorvendo metade dos 14 milhões de quilos produ-

zidos no RS. O preço pago pela lã australianachega aser entretrês equatrovezesmaior queo pago pelamatéria-prima nacional. De acordo com o presidente da Paramount, Fuad Mattar, osaustralianos estão melhor preparados geneticamente em relação ao Brasil, com produção controlada,. Isso propicia uma lã mais fina do que a brasileira. No Rio Grande do Sul as ovelhas são criadas soltas, prejudicando acoloração. O quilo da lã importada da Austrália custa entre US$ 3 e US$ 6.Jáa lã nacionalé vendida por US$ 1 a US$ 3. (ID)

Apesar de acreditar no maior consumo do tecido, Mattarnãocrê queelepossa se tornarumprodutode massa, já que é utilizado principalmente por alfaiatese fabricantesde roupas sociais masculinas.

Paramount assina convênio para difundir uso de tecidos de lã no verão

A Paramount investiuem tornode US$43 milhõesnos últimos trêsanos para modernizarassuas fábricase melhorara qualidadedostecidos. O valor foi destinado à atualização do parque fabril e à capacitaçãodamão-deobra qualificada. Cinco técnicos italianos foramcontratadospara traba-

lhar.Nopróximo anoaempresa planeja, inclusive,fabricar o tecido Super 150, um dostiposmais finodetecido de lã domundo, que demanda matérias-primas raras e aindanão éproduzidona América do Sul.

Empresa investe em marcas

Alémdos tecidos,aParamount Têxteis fabrica tops de lã, fios e peças de vestuário da marca francesa Lacoste. Ao todo,sãoum milhãoderoupas produzidas na cidade gaúcha de Esteio, com a marcaLacoste,licenciada com exclusividade pela Paramount no Brasil. Os fios de lã, fabricados em Sapucaia, tambémno Rio Grandedo Sul,sãovendidos ao consumidorfinal coma

marca Pingouim eàsindústrias sob a denominação Lansul. A Pingouim representa 2,2 milhões de quilos de fios entre os oitomilhões produzidos ao ano pela empresa. Nas demais unidades gaúchas, são fabricados tops de lã. Na unidade de Canela, está em processo de reativação, há uma semana,a fabricaçãode tailleurs e malhas com a marcaKorrigan, hojedesativada. Noestado de SãoPaulo, são

mantidas a tecelageme a fiação,compradasda Santista há nove anos.

A Paramount é uma empresa brasileira, fundada em 1893. A família Mattar ainda continua no comando dos negócios,mesmo que45% do capital da empresa seja estrangeiro, formado por bancos franceses. A Paramount é a maiorfabricantedefiose tecidos de lãda América Latina. (ID)

Steinbruch e Albano Vieira, da CSN: controle da nova multinacional do aço ficará a cargo da operação brasileira
Sérgio Castro/ AE
Alex Ramirez
Isaura Daniel

Custo do cheque especial continua alto: 173% ao ano

A taxa média mensal para o cheque especial permaneceu a mesma pelo terceiro mês consecutivo. Segundo pesquisarealizada pelaFundaçãoProcon-SP, ataxamédia foi mantidaem 8,76%mensais e ao ano em 173,81%, na primeira quinzena de julho.

Já a taxa média para o empréstimo pessoal, nos treze bancos pesquisadospelo Procon, sofreu uma ligeira alta, passando de 5,52% para 5,72%mensais. Aoano, ataxa atinge os 94,85%.

Tendência – A expectativa de agora em diante é de queda, ainda que lenta, para essas duas modalidades de crédito, jáque oBanco Centraldecidiu reduzir, na últimaquarta-feira, em 0,50 pontos-base a taxa básica dejuros da economia, a taxa Selic.

A Selic, que passou de 18,5% para 18% anuais, serve deparâmetro paraa fixação das demais taxas no sistema financeiro.

Inadimplência – Mas no caso do cheque especial e, principalmente, do empréstimo pessoal, conta muito na hora da composição da taxa o índice deinadimplência, que continua em alta.

De acordo com os dados do Banco Central, a taxa de inadimplência (atrasos com mais de 180dias) de pessoas

físicas no sistemafinanceiro atingiu 15,2%, no mês de maio.

Maiores – A maiortaxa apurada pelaFundação Procon para o cheque especial, de9,50%,foi registradano BCN.A menortaxa média continuousendo apraticada pela Nossa Caixa, de 7,95% mensais.

Também na modalidade de empréstimo pessoal, a Nossa Caixa aparece como o banco com o menor custo médio, de3,95% mensais. A maior taxa mensal foi apurada no Itaú, de 6,95% ao mês.

A taxa média mensal do empréstimo pessoal subiu para 5,72% mensais, ou 94,85% ao ano

umacréscimo de0,70ponto porcentual. O Bradesco também alteroupara cimaa taxa média do empréstimo pessoal, mas em tamanho menor doque oreajustepromovido pelo Unibanco. Bradesco – No caso do Bradesco, o salto foi de 0,50 ponto porcentual, que elevou a taxa de 5,40% para 5,90% mensais.

Valorização do euro

o Banco do Brasil a lançar

Três altas – Em julho, três instituições financeiras pesquisadas peloProcon-SP decidiram elevar a taxa média praticada na operação de empréstimos pessoais.

O Unibanco subiu sua taxa média de5,80% para6,50%,

O BBV Banco alterou a taxa em 0,40ponto porcentual: ataxa média puloude 4,10% para 4,50% mensais. Contradições – Enquanto ataxa médiamensal dochequeespecial sofreuuma redução gradual do início do anoatéagora –passoude 8,90% mensais em janeiro, para 8,76% em maio, taxa essaque permaneceuaté oiníciodejulho– ojuromédio mensal doempréstimo pes-

Analistas do BBV Banco prevêem novos cortes na Selic

Os analistas do BBV Banco emseuboletim divulgado ontem, acreditam que a decisão do Copom de baixar o juro básico da economia para 18% ao ano,"deve ser a primeirade sucessivasreduções de juros quedeverão ocorrer ao longo do ano". Para os economistas da instituição, essas quedas vão acontecer caso ocorra "a esperada acomodaçãono cenárioeleitoral, no sentido de elevar a probabilidade decontinuidade doarcabouço macroeconômico responsável".

Os analistas afirmam que a decisão do Copom não surpreendeuo BBV,apesar do câmbiopressionado, que realmente "nãodeveria ser visto pelo BC como um constrangimento forte o suficiente paraimpedira queda da Selic, aocontráriodo que ocorreu na reunião do Copom de junho."

Volatilidade – O argumento é de que houve uma "relativa redução" da volatilidade em relação à reunião de junho e, ainda, o Banco Cen-

tral tem dado crescente peso à inflação de 2003, que pelas projeções do BC estarão abaixo da meta.

FMI – A inesperadadecisão do Banco Central,de baiar ojuroemmeioponto porcentual, para 18% ao ano, está relacionada àpossibilidade de um futuro acordo com o FMI, que começou a ser costuradahácercade15 dias pelopresidente doBanco Central, Armínio Fraga, naviagem que fez aos EUA. Essa é a análise do economista da BBA Corretora, Alexandre Schwartsman, quetambém foisurpreendido pela decisão. Ele apostavaem manutenção da Selic com viés de baixa. Para Schwartsman,o lacônico comunicado divulgado pelo BC logo após reunião do Copomexplicando quearedução do juro foi possível devidoà confiança"namanutenção, no futuro,de um arcabouço macroeconômico responsável"não foi acidental.

O Banco Centralestaria,

segundo ele,se referindoa um possívelacordo como FMI em 2003. "O BC mudou suapercepção em relaçãoà reunião de junho,quando manteve ataxa estável.Pareceestar mais tranqüilo agora", diz Schwartsman.

Para o secretário-adjunto de Política Econômicado Ministério da Fazenda, RobertoIglesias, ocorte nosjurosdeverá terefeitopositivo sobre o nível de atividade na economia brasileira.

Mais lenta – No entanto, o momento de nervosismo, tanto nomercadointernacional quanto no interno, torna a reação mais lenta. Ele explicou que,normalmente, o corte na taxa básica de juros se reflete rapidamente nos juroscobrados doconsumidor nasvendas a crediário, impulsionando asvendas e a produção. "Mas desta vez a redução dos juros naponta demorará umpouco", admitiu.Para Iglesias,aretomada do consumodependerá de outros fatores, comoas taxas de inadimplência. (AE)

soal fez o caminho inverso.

Em janeiro, a taxa média era de 5,43%. Puloupara 5,53% mensaisem fevereiro; 5,47%, em março e subiu para 5,48%, em abril.

Em fevereiro e março o Banco Central reduziu em 0,25 ponto porcentual, em cadamês,a taxa básica da economia,o que nãofoiseguido pelos bancos na hora da formação dataxamédia dos empréstimos pessoais.

A inadimplência,que iniciava um processo de alta, foi que levou os bancos a reajustarem as taxas médias naqueles meses.

Despesas – O aumentoda inadimplência depessoalfísicas no final do primeiro trimestreé tradicional, já que nesses mesesacumulam despesas com matrículas e material escolar, além dos pagamentos de impostoscomo

IPVA e IPTU.

Em maio, ataxa média cobrada para operaçõesde empréstimo pessoalficouestável em 5,48% ao mês. Mas,logo emseguida, em junho, o custo doempréstimo voltou a apresentar alta, passando para 5,52% mensais.Em julhoa histórianão foi diferente:ataxapulou para 5,72%.

Adriana Gavaça

Projeções de taxas de 2003 recuam mais na BM&F

Os juros futuros recuaram ontemna BolsadeMercadorias e Futuros,BM&F,por conta da expectativa positiva da visitadeintegrantes do FundoMonetário Internacional, FMI.

Mas nemoFundonemo governo anteciparam qual o assunto queserádiscutido durante a visita da delegação. Na BM&F, osjuros dos contratos deDI futuroque vencem no ano quevem – justamente os que têm prêmio maior – caíram forte em relação a ontem.

Os juros doscontratos que vencem este anotambém recuaram, embora sem a mesma força (porque embutem prêmio de risco bem menor, já queserãopagosainda no atual governo). O contrato de DIque venceemjaneirode 2003, o maislíquido, fechou o dia negociado àtaxade 21,20% aoano, ante21,95% da véspera. O juro do contrato de DI agosto – o próximo a vencer,no dia1º– caiupara 17,98%, ante os 18,05% da véspera. (AE)

Um pacote com novos produtos financeiros chegou ontem nas agências do Banco do Brasil.A grandenovidadeficou por contados fundos de investimento vinculados à variação do euro, a moeda do MercadoComum Europeu, que vem batendoo dólar em valorização.

Segundo levantamento feito pela ThomsonFinancial Brasil, enquantoosfundos cambiais, que seguem a variação do dólar, renderam 1,04%, de 1 a 17 de julho, acumulando no ano umganho de 36%, as aplicações com carteiras vinculadasao euro ganharam 1,27% no mesmo período,e acumulamuma rentabilidade de 38,6% desde janeiro.

CPMF devolvida – O alvo dos fundos vinculadosaoeuro lançados ontempeloBanco doBrasilsão osinvestidores com compromissos no mercado europeu, como empresas, porexemplo. Einvestidores cujo desejo é juntar recursos nessa moeda para viagem àquele continente. Outra inovação do banco é o fundo de renda fixa BB CDB DI CPMF,cuja principalcaracterística éadevolução da CPMF noato da aplicação.Estaé aprimeiraaplicação do mercado com devoluçãoimediata da contribuição, segundoIrvando Rossi,gerente-executivoda Diretoria de Varejo do banco.

valor mínimo de R$ 200 para aplicaçõesiniciais, segundo Rossi.Os valoresparamovimentaçãotambém foramreduzidos.

Exportadoras – A instituição financeira também aposta no crescimento do setor exportador brasileiro. Lançouo BBAçõesExportações, fundoqueaplicaem papéis de empresas exportadoras. Ainda no segmento de ações, foramlançadosmais dois fundos: oBB Ações Dividendos, que investe em empresas com bom desempenho nadistribuiçãodedividendos, e o BB Ações Potencial.

Aplicações atreladas ao euro renderam 1,27% no mês e acumulam ganho de 38,6% no ano

Curto prazo – O BB Ações Potencial contémpapéisde segunda linha, que não estão atrelados ao índice Bovespa, mas com grande potencial de valorização.Há algumas semanas o banco já havia colocado no mercado seu fundo de curto prazo.

Limite menor – Para ampliar aparticipação deinvestidores, oBanco doBrasil fixou um limite mínimomenorpara aplicações noCDB DI, de R$100. Asaplicações dobancocostumam terum

"Umaalternativaaos investidores mais conservadores depois das perdas dos fundos com a antecipação da marcação amercado determinadapelo BancoCentral", afirma Irvando Rossi. Oscilação menor – As carteiras desses fundos são compostas por papéis com prazo de vencimento quevaria de 90 a 180 dias. Com prazo menor para o resgate, estas aplicaçõestendem aapresentar menorriscode volatilidade, ou seja, o valor das cotas tende a oscilar menos nesse período. As chances de o investidor perder comessas aplicações tambémacabam sendo reduzidas.

Roseli Lopes

Só 2% da demanda por microcrédito é atendida

Só 2% da demanda por microcréditoestáatendida no Brasil, segundo pesquisada consultoria americana Development Alternatives, encomendada no âmbito do convênio do BNDES com o Banco Interamericano de Desenvolvimento, BID para microfinanças.

A consultoria estima que haja16,4milhões de microempreendedores, dos quais 8,2 milhões teriaminteresse em fazer operações de microcrédito. No entanto, os empreendedores atendidos pelas instituiçõesde microcréditos (sociedades decrédito,ONG’s ecooperativas),

que atuam no Brasil, são em torno de 165 mil. Estímulo – "É por causa dessa demanda não atendida que oBNDESestimulaa multiplicação dessas instituições e o fortalecimento delas, que precisamser profissionais e auto-sustentáveis", disse a diretora da área social do Banco, Beatriz Azeredo. O BNDEStem umprogramaque emprestaainstituições de microcrédito. Por ele, o Banco trabalha com 32 instituiçõesejáaprovou R$58 milhões.O valormédio do crédito é de R$ 1.155, com prazo médio de 5,1 meses. (AE)

Net dá prazo para aderir a aumento

A Net(ex-Globo Cabo), maior operadora deTV a cabodo País, publicou comunicado ontem estabelecendo oprazo entreosdias22 e26 de julho para adesão de interessados no aumento de capital,que será de, no mínimo, R$ 1 bilhão.

A empresa,controlada pelogrupo Globo, pretende emitir 575 milhõesde ações. Esse totalpode seradicionado deoutros 86,250milhões deações sehouverdemanda.

Ainda poderãoser adicionados ou reduzidos 165,3 milhões de ações a esse total. Preço – O preçodecada nova ação serádefinido pelo sistemade bookbuilding, que se baseia nas ofertas dos interessados. Os coordenadores da operação são o BBA e o UBS Warburg.

Aanalista Jacqueline Lison, da corretora Fator Doria A therino, estima que a base acionária da Net pode ser quase triplicada com a operação. Considerando-seo númeromáximo deemissãode

826,6 milhões de papéis, o preço mínimode cadanova ação seria de R$ 1,20.

Capitalização– Os sócios do grupo de controle da Net –

de capital

Globo, Bradespar, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, BNDES, e grupo RBS– comprometeram-se emgarantircapitalização mínima de R$ 1 bilhão. Mas, como partedesse montante jáfoi antecipada,e outra parte éformada pela conversãodedívida em ações, a empresa deve receber R$ 600 milhões.

Apresentação – ANet realizaamanhã,no Rio,aprimeira apresentaçãosobre as condiçõesdaoperação para prováveis investidores.

Na próxima segunda-feira o mesmo tipo de evento será realizadoemSão Paulo.A operação aindadepende de aprovaçãofinal daComissão de Valores Mobiliários, a CVM.

Dívidas – A empresa anunciounasegunda-feira que concluiu uma renegociação de cerca deUS$ 200 milhões do total da sua dívida, adiando paraa partirde 2004vencimentos mais significativos.

Em março, a dívida líquida da Net era de R$ 1,6 bilhão. Com a reestruturação, a dívidaao finaldoano deveficar em tornode R$1,1 bihão. (Reuters)

Vinda do FMI traz mais confiança para investidores

A expectativa emtorno de um novo acordodo Brasil com o Fundo Monetário Internacional,FMI, infladapelaconfirmação davindade técnicos do Fundo ao País na próxima semana, deu continuidade à melhora do humor do mercado financeiro brasileiro ontem.

O dólar interrompeu uma seqüência de quatro altas, os indicadoresde riscomelhoraram e a Bolsa de Valores de São Paulo, Bovespa, manteve a trajetória de alta.

Esse novo acordo, segundo a versão que circulou ontem nomercado, jáestariasendo costurado pelasautoridades brasileiras e incluiriaum acerto entre os principais candidatos à Presidência, para garantir o cumprimento demetas econtratos nopróximo governo.

Dólar – O dólarcomercial encerrou os negócios em baixade 1,59%,cotadoa R$ 2,849para compra ea R$ 2,851 para venda, de acordo com a Enfoque Sistemas.A moedaamericana chegoua

atingir a cotação de R$ 2,90, mas recuou logo que começaram a circular os comentáriosa respeito da visita do FMI.

Risco cede– Os indicadores externos acompanharam amelhorado humordosinvestidores no Brasil. A taxa de risco do País calculada pelo banco americano JP Morgan estava em1.529 pontos-base no horário do fechamento dos negócios no Brasil, com queda de 2,67%.

Os C-Bonds, títulos dadívida externa brasileiramais negociados, tinham altade 2,59% às 18 horas, cotados a 64,25% do valor de face.

biu 0,54%apesar dodesempenho negativo de Wall Street. Nos Estados Unidos, o índiceDow Jonescaiu 1,33%e o Nasdaq fechou em baixa de 2,50%.

O Ibovespa ficou ontem em 10.812 pontos e o volume financeiro somou R$ 424 milhões, giro inferior ao da quarta-feira. Com o resultadode ontem, a Bovespa passa a acumular queda de 2,9% no mês e de 20,3% no ano.

Os papéis da CSN subiram 3,44% e concentraram 14,8% das transações na Bovespa

Bovespa – A repercussão positiva da queda de 0,5 ponto porcentual nos juros básicosda economiae danotícia da fusão da Companhia Siderúrgica Nacional, CSN,com ogrupo anglo-holandêsCorus, continuou favorecendo a Bovespa.A bolsapaulistasu-

CSN – As ações ordinárias da CSNtiveram o maiorvolumede negócios pelo segundodiaconsecutivo, ainda porcausa da fusão com a Corus. Os papéis, que concentraram 14,8% das transações na Bovespa ontem, subiram 3,44%. De acordocom Gustavo de Alcântara, analista de renda variável do banco Prosper, além da fusão, motiva a alta o fato de as ações ordinárias garantirem condi-

çõesmelhores para osacionistas no negócio. Telemar PN,a segunda ação maisnegociada, fechou com valorização de 0,78%. Já as ações da Petrobrás tiveram queda, de2,7% paraas ONe de 2,2%para as PN.A maior alta do Ibovespa foi Bradespar PN(6,2%) ea maiorbaixa, Aracruz PNB (-3,5%).

Rejane Aguiar

Bolsas da Europa seguem em alta

A maioria das bolsas da Europa encerrou a quinta-feira emalta, animadaspelosprimeiros resultados das empresas. "Nós temos umamassa de companhias divulgando seus relatórios. Cerca de 80% se mostram de acordo ou acima das expectativas" disse o estrategista do Commerzbank, Mark Tinker.

A Bolsa de Londres teve ganho de 2,55%. Em Paris a bolsa subiu 2,12% e, em Frankfurt, a alta foi de 0,19%.

Empreender será lançado em São Paulo

Programa do Sebrae e da CACB deve beneficiar cerca de 40 mil empreendedores em todo o País num prazo de dois anos

Quebrar oisolamentodos empresários discutindo em grupo osproblemasdeum setor. Esse é o objetivo do projeto Empreender, resultado da parceriaentre o Sebrae (ServiçoBrasileiro deApoio àsMicro ePequenasEmpresas) e a CACB (Confederação das AsssociaçõesComerciais Brasileiras), que vai ser lançado hoje em São Paulo.

O programa já existe em oito estados. Até agora, cerca de 12 mil empresas,de 211 municípios, foram atendidas pelo Empreender. Na primeira fase, os estados beneficiados foramAlagoas, Bahia,Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Sergipe e Santa Catarina.

Nasegunda etapa, oEmpreender será implantado em mais18estados enoDistrito Federal. Segundo dados do Sebrae,650novos municípiosserão contemplados com o projeto. Em São Paulo, serão112as cidades beneficiadas. "O objetivo é que, em dois anos, 40 mil empreendedores estejamparticipando

doprograma", afirmaCarlos Alberto deRezende, coordenador nacional do projeto

Empreender pela CACB. O programa funcionada seguinte forma.Os parceiros para odesenvolvimentodo

Empreender na cidade, associação comercial e Sebrae, escolhem juntos um consultor que vai observar o município com ointuito de identificar quais setores que têm problemas eprecisam de ajuda. Outra coisa que o consultor observa são as opo rtunid ades de negócios,como exportação. Os empresários também podem procurar as entidades apontando as necessidades dosetor.De possedessesdados, são formados núcleos setoriais. Cada município tem de ter, pelo menos, cinco núcleos. "Os grupos precisam ser compostos de, no mínimo, dez empreendores participantes", afirma Miriam Machado Zitz, coordenadora

doEmpreender peloSebrae Nacional.

Empreender já existe em oito estados, atende cerca de 12 mil empresas em 211 municípios.

Benefícios – Pesquisas realizadas nos estados que fizeram parte do primeiro grupo do programa,principalmente em Santa Catarina, apontam que, com o Empreender, a redução da taxa de mortalidade das empresas baixou de 80%para 10%.Houvetambém umaumento de 30%na margem de lucro das firmas e tambémno número de empregos.Os custos com a matéria-prima também foram reduzidos e a qualidade do atendimento ao cliente melhorou. "Os empreendedorespodem, por exemplo, conseguir um preço menor comprando em conjunto. Issovai tornar osprodutos delesmaiscompetitivos", afirma Miriam.

Com a troca deexperiênciastambém épossívelcapacitar melhor os funcionários. "Nos núcleosse podepropor o treinamentode profissio-

nais de uma determinada área dasempresas, como vendas porexemplo. Asdespesas são rateadase todo mundoganha. Osempresários, porque têm uma equipe melhor, osclientes, pois serãobem atendidoseos funcionários", diz Miriam. Números– No período de 1990 a1999 foramconstituídas no Brasil 4,9 milhões de empresas, dentre as quais 2,7 milhões são microempresas.

Apenas no anode 1999 foram constituídas 475.005 empresas no País, com as microempresas totalizando 267.525, representando um percentual de56,32% dototal de empresasconstituídas no Brasil.

OSudestefoia regiãoque registrou o maior número de microempresas constituídas, comum totalde 124.147,seguido do Sul, com 55.737, Nordeste, 45.551, CentroOeste, 27.366 eda região Norte, com 14.724 micronegócios.

Cláudia Marques

Paraíba moderniza mercados públicos

Você está emum mercado público qualquerà procura de um peixe fresco e encontra duas barracas. Na primeira, produtosem contatocom moscas e com um vendedor deaspecto higiênicoduvidoso.Na segunda, o vendedor desorrisosimpáticoe com uma limpezaimpecável,já lhe atendeoferecendo seu peixe preferido.

Essa situação, muito comum nas feiras livres de todo

o país, foi encenada pelo grupo deteatroCMproduções, no auditório da Empasa (Empresa Paraibana de Serviços Agrico). O objetivo era sensibilizar os comerciantes sobre os benefícios do programa de qualidade quecomeça a ser implementado em JoãoPessoa. Oprograma é desenvolvido pelo Sebrae (Serviço Brasileirodeapoio àsMicro ePequenasEmpresas) e integra as ações do Pro-

cursos e seminários

Hoje

Como conseguir resultados com os recursos que você já tem – A palestrarealizada pelaConfirp ConsultoriaContábil édirecionada adiretores e gerentes de corporações. O curso vai ser ministrado pelo consultor norte-americano Merlyn Beeman, um dos mais conceituados na áreade recursoshumanosnos EstadosUnidos.Duração: duashoras, das8h às10h. Acontecenaterça-feira. Local:Auditório Confirp,rua Alba, 96, Jabaquara. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelos telefones (11) 5078-3012 ou (11) 5078-3010.

jetode Revitalização e Modernização dosMercados Públicose Feiras Livres, da instituição.

O projeto é executado juntocom as associações dos mercados públicos, a Empasa e a Prefeitura Municipal. O trabalho consiste numa consultoriaespecializada que atende as áreas de abastecimento, qualificaçãodepessoal epadronização dasbarracas,tanto nosmercados quantoemfeiraslivres. Os feirantes aprendem a trabalhar obedecendo os seguintes critérios: descarte, organização, limpeza e higiene.

Odiretor doSebrae,Francisco Nunes, salientou que além dasconsultorias emgerenciamentose qualidade, o projeto vaicontribuir paraa valorização dosmercados públicos e feiras livres, “que tradicionalmente no Nordeste, semprefuncionaram

O ASSOCIADO É NOSSO PRINCIPAL

REGISTRE E CONSULTE O SCPC-E.

Dirigido a empresas e instituições financeiras, o serviço informa, em tempo real e com baixo custo, dados sobre a razão social, consultas anteriores, registros de débitos informados pelos usuários, títulos protestados, empresas com atuação duvidosa, além de confirmar endereço e CNPJ da empresa consultada.

como palco para cancioneiros popularese repentistas”, destacou.

Padronização – Na oportunidade, foi apresentado o resultado da primeira etapa de execução do projeto, a padronizaçãodosetor de Verduras efrutasdoMercado Público de Mangabeira, um dos bairrosmais populosos de João Pessoa.Segundo dados da Empasa, João Pessoa é a capitalque detémo maior número de mercados públicos dopaís. São11 degrande porte. (ASN)

Projeto teve início há dez anos em Santa Catarina

O projetoEmpreender começou hámaisdedezanos em SantaCatarina. Nasceu da reunião de empresários donosde oficinasmecânicas que procuravam superardificuldades e se tornarem mais competitivos. Funcionou.

Segundo José Maria Melim, consultor do Sebrae, o grupo deSanta Catarina é formado por mais de 600 empreendedores de área de automecânicas.Eles formaram uma rede, que dá garantia aos clientesem praticamentetodo o estado. Fizeram um código de ética. Entre as cláusulas está a que diz que asempresasnão podem comprar peças dedesmanche."Com essas atitudes, eles ganharam a confiança dos clientes", afirma o consultor.

Umgrupo de20empresáriosdosetor têxtil,também emSanta Catarina,fez uma ação semelhante. Melim conta que eles estavam vendendo poucoporque não tinham coleção própria.A solução foi contratar um estilista para atender todoo grupo."Foi umsucesso. Cadaindústria

teve a sua coleção para apresentar aos lojistas. O custo foi viável, pois foi dividido entre os empreendedores", diz. Em MinasGerais, osetor de automecânica também contabiliza resultados positivos.Empresários deUberlândia,preocupados coma segurança da cidade,firmaramumconvênio comaPolíticia Militar. Eles estão fazendo a manutenção da frota de carros da corporação. Outroexemplo desucesso éonúcleode artesãosde União dos Palmares, em Alagoas. Eles fizeram um mutirão para restaurar o mercado de artesanato local. "É a volta do ditado que diz que a união faz a força", afirma Melim. Para oconsultor, aimportância do projetoEmpreender é que os empresários passam a buscar, eles mesmos, as soluções para seus imbróglios."Não sãosaídas compradas prontas.Para cadasituaçãoé pensada, estudada uma soluçãoe issoparte dos empreendedores. Elespassamase interarmaissobreo negócio", diz Melim. (CM)

Empresas investem 29% menos no País

Pesquisa aponta que as intenções de investimento no País nos primeiros seis meses do ano ficaram em US$ 61 bilhões

As intenções de investimento no País anunciadas na Imprensa noprimeiro semestre de2002 tiveramqueda de 29% em relação ao mesmo período dos últimos três anos. A informação foi divulgada ontem, junto com os demais resultadosda pesquisa sobre o assunto realizada pela Simonsen Associados.

Nos primeirosseis meses do ano, empresas de todos os portes eáreasmanifestaram intençãode investirUS$61 bilhões no Brasil.Do total de recursos,62,7% viriamde empresas nacionais, para outros 37,3% de empresas estrangeiras. O estudo é baseado no acompanhamento do noticiário de 650 jornais e revistas de todo o País. O setor com o maior número de intenções de investi-

mento foio de energia, incluindo eletricidadee gás, com um totalde US$ 192,8 milhões anunciados.

Causas –De acordocom o presidenteda Simonsen, HarrySimonsen Jr, aqueda nasexpectativas emrelação ao anopassado se devea cinco fatores básicos: queda nos investimentosde empresas estrangeiras devidoà retraçãoda economia emalguns países, aversão ao risco, necessidade de caixa, desvalorizaçãodoreal eefeitosdoracionamento do energia.

"O racionamento é um dos principais fatores de inibição dasexpectativas deinvestimento. Trata-se de um temor quenãovai desaparecerdos

planos das empresas só porque voltou achover. Os impactos dafalta deenergia forammais sériosqueproblemas como a crise na Argentina, por exemplo", explica. Eleições – Questões como as próximas eleições nacionais, por exemplo,não têm influenciadoas metas de investimentos das empresas. "Nolongo prazo as eleições não atrapalham. As empresas não costumam pensar em horizontesmenores quecinco ou 10 anos para ter retorno de seus investimentos", afirma Simonsen.

A questão eleitoral não apareceentreos 28fatores que afastam as empresas estrangeirasdo Brasil, confor-

me levantamento realizado pela CâmaraAmericanado Comércio (Amcham).

"O primeiro fatorapontado sãoos altosimpostos, seguido pelocusto Brasil,corrupção,custo docapital(taxas de juros) e criminalidade", afirma Simonsen.

Segundo oslevantamentos anterioresrealizados pelaSimonsen, o pico das expectativas de investimento anunciadas pelas empresasna Imprensa aconteceuem 2000, quando foram manifestadas metas de aplicarUS$ 265 bilhões no País.

"Existeumestoque de investimentos noBrasil,que ainda vai gerar atividade produtivanos próximos anos",

afirma o presidente da Simonsen Associados.

A Região Sudeste do Brasil foi alvo de 38,1% das metas de investimentos, com 23,2% para a Região Nordeste, 16,8% para o Norte, 17,3% para o Sul e 4,6% para a região Centro-Oeste. "Noaugedo PlanoReal, oSudeste jáchegou a concentrar 60% das expectativasdas empresas",diz Simonsen.

De acordo com o presidenteda Simonsen, o resultado indica uma melhor distribuição dosinvestimentosno País. "Trata-se de um processo de interiorização sem volta no Brasil", afirma Simonsen.

mercado de minério

Fusão da CSN com Corus afeta

O acordo entre a brasileira Companhia Siderúrgica Nacional(CSN) e a anglo-holandesaCorusvaialterar de forma expressiva o mercado mundial de minério de ferro, inclusive aCompanhiaVale do Rio Doce (CVRD).

Na avaliação de especialistas do setor, a fusão vai resultarna ampliaçãode10milhões para30 milhõesde toneladas anuais da produção da minade Casa dePedra, pertencente à CSN e localizada em Congonhas, no estado de Minas Gerais.

Noano passado,quando assinou oacordodeseparação acionária entre aCSN e a Vale do Rio Doce, Benjamin Steinbruch, presidentedo Conselho de Administração da CSN,assumiucompromisso de não colocar esse minériono mercado internacional especificando que o uso seriaapenas paraconsumo próprio.

Adúvida entreosespecialistas ése ominério aser utilizado naempresa resultante da fusão entre CSN e a Corus

e a ampliação do consumo de minério da empresa seria enquadrado como "consumo interno" ou "de terceiros".

Caso seja considerado consumo de terceiros, estaria havendoquebrano acordofechado com a Vale do Rio Doce.Atualmente,o Brasilfornece pouco minério para a Corus, que se abastece de fornecedores australianos, sulafricanos e canadenses.

O mais provável é que esses fornecedores sejamafetados pela produção de Casa de Pedra, o que, certamente, tornará a concorrência mundial mais difícil.Aminade Casa de Pedra, utilizada por Steinbruchcomo principaltrunfo para atrair o grupo anglo-holandês paraafusão, saiude graça para a empresa. Na privatização, a área foi considerada parteindustrial edelogística dogrupoCSN, alegandoque amina Casade Pedra estava integrada à siderúrgica enãoteria nenhum valor comercial. Aavaliação foifeita peloBNDEScomo contratado. (AE)

WorldCom deve pedir concordata na próxima semana

A WorldCom, operadora de telefonia delonga distância protagonista de um escândalo contábil de US$ 3,85 bilhões e com umamontanha de dívidas, pode pedir proteção contra falência (ou concordata) no início da próxima semana, de acordo com fonte próximas à empresa. Um concordatada WorldCom, que tem US$ 104 bilhões em ativose é responsável por metade do tráfego mundial deInternet,pode superar o processo da gigante de energiaEnron, atéagora a maior insolvência da história norte-americana.

A WorldComcontrola a operadoradetelefonia Embratel noBrasil. Opresidente-executivoda companhia, John Sidgmore, disse em 9 de julhoque umadecisãosobre a reorganização financeira da empresa seria tomada em três semanas. As ações da WorldCom estão avaliadas na casa dos US$ 0,10 na bolsa eletrônica Nasdaq.Os mesmospapéis chegaram a valer US$ 64 em 1999. (Reuters)

Deloitte muda de nome após adquirir unidades da Andersen

A Deloitte Consulting trocou onome daempresa para Braxton. A empresa, que opera há57 anosna área de consultoriae estápresente em 33 países, também presta serviços de contabilidade.

A unidadede auditoria, a Deloitte Touche Tohmatsu, adquiriufiliaisda rivalAndersen em diversos países, in-

cluindo o Brasil, neste ano. A credibilidade da Andersen foi abalada mundialmente por suaparticipação na falência da companhia de energia norte-americanaEnron, o que lhe rendeu uma acusação criminal deobstrução da Justiçanos EUA."Enquanto nossa concorrência está se distanciandode suas raízes

de consultoria, nós estamos reafirmando nosso compromisso perante aprofissão", disse opresidente-executivo da companhia, Doug McCracken ontem.

O nomeBraxton éa marca da empresa, controlada desde1984pela Deloitte,anode aquisição da Braxton Associates. (Reuters)

Quadros – O quadro do artista germânico Alexej von Jawlensky, batizado Seminu epintadoem 1912(esquerda), eapinturadeAugust Macke (direita), denominado Duas Mulheres em Frente a uma Loja de Chapéus, serão leiloados em outubro. Eles fazem parteda ColeçãoBeck de arte moderna e expressionista da Alemanha.A expectativa éde que oprimeiro alcance preço entre US$ 1,4 milhãoeUS$ 1,8milhãoeo segundo de US$ 2,3 milhões a US$ 3,1 milhões. (Reuters)

AOL reformula alto escalão em meio a denúncias contábeis

A AOL Time Warner anunciou uma reforma no alto escalão mundial dacompanhia, o que inclui a saída doexecutivo-chefe de operaçõesRobert W. Pittman.

A maior companhia de mídia norte-americana disse em nota que Pittman, quetambém está renunciando, deixará a AOL assim que a companhia decidir sobre onovo executivochefe.Pittman estána empresa há seis anos. AAOL nomeou Don Logan, ex-presidente eexecutivo-chefe da TimeInc,presidenteda recém-formada Media & Communications Group. O grupo incluia AmericaOnline,Time Inc, Time Warner Cable,

AOL Time WarnerBook Group ea unidadedevídeo interativo. Já Jeff Bewkes, que foi presidente e executivochefe da tevê a cabo HBO, foi apontado paraser o presi-

Coca-Cola aumenta vendas em 4% no Brasil

A Coca-Cola Brasil terminouosegundo trimestre de 2002 com crescimento de 4% nas vendas. O dado foi divulgadoontem emAtlanta,nos Estados Unidos, junto com o resultadoglobal dacompanhia. O Brasil é o terceiro mercado daCoca-Cola,depois dos EUA e México.

A Coca-Cola México teve aumento de 5% e a empresa, no mundo, cresceu 5% no segundotrimestre. Comisso,a América Latina pode registrar umcrescimentode1%, apesar dascondições econômicas adversas, especialmen-

te na Venezuelae Argentina, quevêm afetandoas vendas da empresa.

Marcas – O bom desempenho das marcas Coca-Cola, Fanta e Kuat foi determinante para o resultado no Brasil, enquanto o México teve bom desempenho com asmarcas Coca-Cola, Ciel,deágua, e PowerAde, energético.

Os ganhos por ação da Coca-Colano segundo trimestre deste anoforam de US$ 0,52 contra US$ 0,45 no mesmoperíodo de2001. Asvendasglobaisalcançaram os US$ 5,3 bilhões. (Reuters)

Nestlé e Unilever recebem multa de R$ 1,06 milhão

A Nestlé e a Unilever foram multadasontemem R$1,06 milhãopelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor(DPDC), doMinistério da Justiça, por terem reduzido as quantidades comercializadas de alguns de seus produtos, sem repassar a informação ao consumidor. As multas foram aplicadas deforma cautelar, paralelamente ao processo administrativo queo DPDC decidiu abrir contra as duas. A Nestléfoi acusadade ter diminuído de 200para150 gramasoconteúdo das embalagens de biscoitos. A Unilever, conforme acusação do Procon deGoiás, reduziude 500para450 gramasaquantidade do creme de tratamento Seda Ceramidas. A DPDC a alteração comprovou a alteração. (AE)

dente da nova Entertainment & Networks Group, divisão que inclui HBO,NewLine Cinema, a rede de televisão The WB, Turner Networks, Warner Bros e Warner Music. A saídadePittman ocorreemmeioa denúncias de quea AOL teria usado práticas contábeis poucousuais para melhorar a receitaentreos anos de 2000 e 2002, antes de fusãocoma Time Warner. O fato foi publicado noTheWashington Post. Documentos confidenciais,funcionários,ex-funcionários e clientes foram consultados. A matériaapontou US$270,1 milhões em operações não convencionais. (Agências)

Anatel deve liberar longa distância para a Telemar

A Anatel nãodeverá esperar a decisão da Justiça para permitir que a Telemar inicie a operação dosserviços telefônicos de longa distância nacionalapartir desuaáreade atuação,que compreende16 Estados, do Rio de Janeiro ao Amazonas. "Vamos terde liberaro contrato,provavelmente será um aditivo", disse opresidente daagência,Luiz Guilherme Schymura.

A Telemar entrou nesta semanacom açãonoTribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região,noRio de Janeiro, reivindicando odireito de iniciara prestaçãodosserviços.Segundo Schymura,aliberação da Telemar poderá ocorrer nas próximassemanas, mas antes ele deverá consultar a procuradoria jurídica da agênciaparaverificar os prazos legais para concessão do aditivo. "Ela antecipou as metas", disse Schymura. A Embratel já conseguiu por duas vezes suspender a prestação do serviço de longa distânciapela Telefônica a partirdeSãoPaulopara as demais regiões do País. O caso da Telefônica, que antecipou suas metas, é semelhante ao da Telemar. (AE)

Isabela Barros
Pittman renunciou ontem ao cargo na AOL
Sam Mircovich/Reuters

Temporada de ofertas tributárias

Governos federal, estadual e municipal oferecem benefícios a pessoas e empresas que queiram pagar impostos atrasados

Contribuintes endividados com impostos e tributos de toda natureza, federais, estaduais e municipais, vêm recebendo propostas do governo para acertar suas contas emtrocadealguns benefícios.Osprogramas contemplam desde o perdão de multase jurossobre adívidaaté descontos para o pagamento a vista. Em geral, a condição impostapara participardos programas é adesistência de ações na Justica.

"Oprincipalobjetivo desses programasé recuperaros impostosem atraso.Nocaso daUnião e do Estado, écomum a falta de dinheiro no final de mandato. Já a prefeitura nãodispõe de gente suficiente para cobrar dívidas antigas", diz o tributarista e conselheiro da OAB- SP, Raul Haidar.

Federal – Empresas em débito com a Receita Federal e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) têm até o dia 31 para decidir se optam ou não peloprogramade anistia de multas e juros e parcelamen-

to dos tributos atrasados, previsto naMedida Provisória 33. É nessa data que vence a primeiraparceladosdébitos. As empresasque acertarem seus débitos em julho estão automaticamenteincluídasnoprograma. Aotodo, serão seis parcelas iguais e sucessivas, com vencimento no último dia útil de cada mês. Aanistia éparcial, pois contempla apenasas empresas com ações na Justiça contestando o pagamento de tributos administrados pela Receita ou INSS. Para estas, o benefício seráconcedido em troca da desistência comprovada dos processos judiciais. "Aopçãosó valeapenapara aquelas que têm certeza de que o judiciário vai julgar inconstitucional acobrança dos tributos que estão sendo contestados", diz o consultor tributário do GrupoIOB, Valdir Amorim.

Exigências burocráticas –As determinações estão na Instrução Normativa (IN) nº 77, publicadano Diário Ofici al .Estainstrução regula-

menta aMedidaProvisória denº 38,de 14de maiodeste ano. Para a isenção de multas e juros, o contribuinte terá de preencher os seguintes formulários: pedido de parcelamento, termo de parcelamento de dívida fiscal, recibo de entrega de documentos e, para os créditos ainda não constituídos,ainda épreciso o formulário para cadastramentoe emissão dedocumentos. Esses formulários são obtidos no INSS.

O devedor deverá apresentar cópias do contrato social da empresa, da Carteirade Identidade, do CPF, do comprovante de residênciados representantes legais da empresa e da petição de desistência da ação.

butosnostribunais.Os impostose contribuições federais foram nos últimos anos os quemais sofrerame aumentose também os mais contestados pelas empresas na Justiça.

Medidas desafogam os tribunais e compensam perda de arrecadação do último mês

Ofato dea medidabeneficiar apenasas empresascom açõesna Justiça éumaclara demonstração de que o objetivo daUnião é contero número de contestações de tri-

Compensação de perdas –Hátambém aconstataçãode que a arrecadação, de maneira geral, estáem queda, mesmo queainda discreta. "A mudança nos critérios de correção dos fundos investimentos provocou forte migraçãopara acadernetade poupança, que é isenta de impostos. Talvez o governo já estivesse prevendo a queda na arrecadação e porisso resolveu baixar a medidavisando, pelomenos, compensarparte da perda", analisa o consultor da IOB.

Regras – Podem optar pelo parcelamento sem a incidência de multa e juros as empresas com tributos atrasados, cujos fatos geradores tenham

Castrol se livra de punições fiscais

A 3ªTurma doTRF-2ª Regiãomantevealiminar que impedeaFazenda Nacional de aplicarsanções contra a Castroldo BrasilLtda., pelo fato de a empresa compensar o Imposto sobre Produtos Industrializados -IPI referenteà compra de materiais utilizados nafabricação de seusprodutos. ACastrolhav ia impetradomandado de segurança preventivo para evitar queo Fiscotomasse medidascomoa imposição de multa,a inscriçãona dívidaativa ouo ajuizamentode execução fiscal.

O quea Castroltem feitoé compensar o imposto sobre matéria-prima empregada naindustrializaçãode derivados de petróleoque, legalmente, usufruem deimunidade tributária. O mérito do mandado de segurança ainda serájulgadopelaJustiça Federal.

Segundo informações prestadas pelaCastrol nos autos, a empresa, que se dedi-

ca à fabricação e comercialização de óleos, graxas e lubrificantes para veículos,máquinaseequipamentos em geral, bem comooutros produtos derivados ou não de petróleo,teria adquiridoregularmente, nos últimos dez anos, materiais sobre os quais incideo IPI,comomatériasprimas e material de embalagem, a fim de integrar o produto final que é comercializado no Brasil e no mercado internacional.

Imunidade tributária–Ela não viria lançando em sua escrita contábil e fiscal o valor integral correspondente à compra desses materiais considerandoque parte delesse destinariaà fabricaçãode produtos derivados de petróleo, que são imunes à tributação, nos termos do artigo 155 daConstituição Federal.A companhia afirmou que, efetivamente, sóterialançado comocrédito ovalor do IPI relativoà aquisiçãodemateriaisutilizados naparte res-

falências & concordatas

tante de sua produção que, por nãoserdederivadosde petróleo,não gozadaimunidade tributária.

Cumulatividade – Para a indústria química, a impossibilidade de compensar os valores recolhidos teria ferido o princípio da não cumulatividade, estabelecidopela Constituição, bem comoo disposto na Lei nº 9.779, de janeiro de 1999, que asseguraria ao contribuinteo direito ao crédito do IPI incidente sobreaquisição de materiais usados na industrialização de produtos isentos de tributação.

Nosargumentos daCastrol,o artigo153da Constituição, queestabelece que o IPI énão-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas operações anteriores,teriapor objetivo proteger o consumidorjáque, comisso,opreço final do produtopoderia ser reduzido.

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 17 de julho de 2002, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:

Requerente: Markat Com. de Areia e Pedra Ltda. – Requerido: Liga Forte Com. de Esquadrias, Ferragens e Emp. Ltda. – Rua Onze de Junho, 927, conj. 02 –12ª VaraCível

Requerente: Ocrim S/A Produtos Alimentícios – Requerido: Pães e Doces Nova Atlântica Ltda. – Av. Roberto Kennedy, 1603–27ª VaraCível

Requerente: Ocrim S/A Produtos Alimentícios – Requerida: Panificadora Furnas Ltda. – Rua Dr. Renato Paes de Barros, 682 e 684– 04ª Vara Cível

Requerente: Trans Hayaku Ltda.–Requerido: Inpas Representações e Comércio Ltda. – Rua Vergueiro, 5464 – 34ª Vara Cível

Requerente: Ocrim S/A Produtos

Alimentícios – Requerida: Padaria Confeitaria NovaPadrão Ltda. – Rua Prof. João Lorenzo, 550 – 28ª Vara Cível

Requerente: Machico Comercial Importadora Ltda. – Requerido: Disk Pizza Dellacitta Ltda-ME – Rua Dr. Cesário Mota Junior, 574 – 25ª Vara Cível

Requerente: SAF do Brasil Produtos Alimentícios Ltda. – Requerido: Bastos Com. e Representações de Produtos Alimentícios Ltda. – Estrada de Itapecerica, 1896 – 37ª Vara Cível

Requerente: Silvio José dos Santos – Requerido: San Francisco Comercial e Segurança Ltda. – Requerida: TAU Comercial Representação e Assessoria Segurança Ltda. e Outro – Rua das Azaléas, 102 – 05ª Vara Cível

Requerente: MPL Plásticos Industriais Ltda. – Requerido: Arflex Ind. e Comércio de Conexões Ltda. – Rua Wandenkolk, 482 –02ª VaraCível

Requerente: Josias Francisco Luiz – Requerido: W Lutti Negócios Imobiliários S/C Ltda. – Rua Capitão Otávio Machado, 953conj. I – 36ª Vara Cível

Requerente: MPL Plásticos Industriais Ltda. – Requerida: Reirussol do Brasil Comercial Ltda. ME –Av. Ricardo Medina Filho, 533 – 29ª Vara Cível

Requerente: Rogério de Almeida Silva – Requerida: Bawman Agropecuária e Comercial S/A – Av. Paulista, 2202, conj. 34/35/ 36 – 11ª Vara Cível

Requerente: Universo União de Cobranças Vencidas Ltda. – Requerida: A Explosão de Roupas Ltda. – Rua Pretória, 860 –17ª VaraCível

Evitar sanções – Em seu voto, orelator na3ªTurma, Desembargador Federal Frederico Gueiros, esclareceu quea liminarnãodetermina a compensação do tributo em favor daCastrol, masapenas impede que aFazenda adote sanções contra a indústria. "A matéria já foi apreciada pelo Supremo TribunalFederal, decidindoque nãoháofensa ao artigo 153, parágrafo 3º, da Constituição Federal quando o contribuintedo IPIse credita dovalor dotributo incidente sobre insumos adquiridos sob o regime de isenção, inclusive alíquota zero." Para odesembargador, aempresa poderia ser duplamente penalizada: por ter que recolher um tributoemrelação ao qual, com ojulgamentodo mérito no processo, ela pode vir aobterimunidadee por ter que, posteriormente, ajuizar um processo de repetição doindébito quepode levar anos paraserconcluído. (TRF)

ocorrido até30 deabril deste ano eque tenhamações ajuizadasatéessadata. AMP também contempla as empresas emprocesso falimentar nessas mesmas situações. Estado – Programa semelhantedeperdãodemulta e juros–desta vezcomosdois principais impostos estaduais,IPVA eICMS– foidesenhadopelo governoestadual. Ogovernador Geraldo Alckmin enviou recentemente àAssembléiaLegislativa projeto de lei que dispensa a cobrança dejuros e multas,resultantes dedébitosdo ICMS – ImpostosobreCirculação de Mercadorias, referentesa dívidasocorridasaté 31 de março de 2002. Pelo projeto de lei estão sendo cancelados também os débitos fiscais do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores - IPVA, ocorridos até31dedezembrode 1998,resultantes deimpostosnãopagos, cujovalorseja igualou inferior a R$ 1.000,00. A proposta permite o parcelamento da dívida em

FHC

até quatro vezes mensais sem acréscimoa partir de agosto deste ano. Se a empresa resolverpagarem umasóvez,o vencimento será em 30 de setembro.

IPTU – No âmbito da cidadedeSão Paulo,desdeomês de maioos proprietários de imóveis residenciais e devedores do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) estãorecebendo carnês para adesão aoPrograma Especial deParcelamento. Quempagaravista,terádesconto de 25%. Parcelado em 18 vezes o débito ainda tem 20% de abatimento.

Paraaderir aoprograma,o contribuinte deveabrirmão de ações na Justiça. Segundo aSecretaria MunicipaldeFinanças, a dívida doscontribuintes soma R$ 460 milhões e existemcercade800 mil processos na Justiça. O objetivo,segundo aprefeitura,é justamente diminuiro número deprocessos e"desafogar" o judiciário.

Sílvia Pimentel

veta lei que pretendia numerar CDs

Diante da impossibilidade de resolver o impasse em torno da lei que exige a numeraçãoeassinatura deobrasartísticas no Brasil, o presidente Fernando Henrique Cardoso optoupeloveto integral ao texto e criou um grupo de trabalho que terá o prazo de 30 diaspara resolvera questão. O grupo de trabalho será composto por membros do governo, das indústrias fonográficas, além de representantes da classe artística.

Segundoo porta-voz da Presidência, Alexandre Parola, o presidentequisassegurar,coma criaçãodo grupo de trabalho, os direitosdos artistas e cientistas quanto ao domínio de suas obras. "O decreto(criando ogrupo de trabalho) assinadopelopresidente reflete sua intenção de que sejam defendidos os interessesde autores, intérpretes ou executantes quanto ao aproveitamento econômi-

co de sua obra", disse Parola. A proposta vetada determinavaque todososCD’se livros vendidos nopaís recebessem aassinatura deseus autores efossem numerados paracontroledevendas, o queseria degrandeauxílio para o combate à pirataria no país. Entretanto, a Associação Brasileira dos Produtores de Discos, que representa a indústria fonográfica,considerou as exigências impossíveis deseremimplementadas. Apesar do veto, o presidente avaliou que o "espírito" do projeto de lei está preservado, já que em um mês alguma soluçãodeveráser apresentada.

Umadas dificuldades levantadas pelogovernopara justificar oveto foia impossibilidade de exigir assinaturas de autores já falecidos e de autores estrangeirosque têm suas obrascomercializadas no Brasil. (ABr)

Polícia Rodoviária prende sacoleiros com contrabando

Requerente: Daniel Simoncello –Requerido: Glasmuthi Imóveis Ltda. – Largo Paissandu, 7218º andar - conj. 1804 – 29ª Vara Cível

Requerente: Aços Groth Ltda. –Requerido: Noroeste Produtos Siderúrgicos Ltda. – Rua da Gávea, 597 – 09ª Vara Cível

Requerente: Gente Banco de Recursos Humanos Ltda. – Requerido: Artcom Records Entretenimentos Musicais Com. e Ind. Ltda. – Rua Horácio Lane, 101 – 38ª Vara Cível

Requerente: Tártaro Indústria Gráfica Ltda. – Requerida: M R Roupas Profissionais Ltda. –Via Anchieta, 1029 – 20ª Vara Cível

Requerente: Comercial e Importadora Jauense de Solda Ltda. –

Requerida: Proin-Manutenção e Montagens Industriais Ltda. – Av. Guilherme Mankel, 447/ 451 – 08ª Vara Cível

Requerente: Diaflex Clichês e Carimbos Diadema Ltda-EPP –Requerido: Saragib Embalagens Ltda. – Rua Dr. Rafael Parisi, 200 – 08ª Vara Cível

Requerente: Sun Farmacêutica Ltda. – Requerida: Palmares Ervy Comercial Importadora Ltda. – Rua Antonio José Vaz, 174 – 18ª Vara Cível

Requerente: Ebid Editora Páginas Amarelas Ltda. – Requerida: Techno Portas Ltda. – Rua Tamainde, 965 – 09ª Vara Cível

Mercadorias contrabandeadas do Paraguai avaliadas emmaisde R$ 20milhões foramapreendidas na madrugada desta quintafeira pela Polícia Rodoviária Federal,emOurinhos, no interior de São Paulo, na rota dossacoleiros. As150 toneladas de contrabandobebidas, cigarros,aparelhos eletrônicos, eletrodomésticos,roupas, relógios,brinquedos, material de informáticae computadoreseramtransportadasem 28 ônibus. Cinco pessoas foram autuadas naPolícia Federal de Marília e levadas à prisão, à disposição da JustiçaFederal. Osdemaissacoleiros foram liberados. Comboio – O contraban-

do foi levado para o depósito daReceita Federal em Bauru. Os ônibus seguiam em comboio de Foz doIguaçu para São Paulo. O plano de ação dos patrulheiros federais paraa prisãodos sacoleirosea apreensãodocontrabando vinhamsendo preparados desde o mês passado, depoisde umlevantamento sobreo trajetodos ônibus, faziam roteiros diferentes para fugir dafiscalização. Barreiras – Os 100 policiaisenvolvidos no trabalho foram reunidosna sede da Rodoviária Federal em Ourinhos, na divisa de São Paulo com o Paraná, na noite de ontem. Depois seguiram para as barreiras montadas na Rodo-

via Transbrasiliana. Osônibus comossacoleiros que vêm de Foz do Iguaçu paraSão Paulocomeçam a rodar de madrugada para escapar dospossíveis bloqueios daPolícia Rodoviária. "Eles acreditam que a fiscalização é feita somente durante o dia e ficaram surpresos como policiamentoe a revista", disse o inspetor Antonio Farias, um dos coordenadores do trabalho. Segundo ele, esta foiuma das maiores apreensões por parte daPolícia RodoviáriaFederal no País. Ossacoleiros abastecem parte do mercado explorado pelos ambulantesnas principais cidades brasileiras, principalmente São Paulo. (AE)

Humor ferino de Woody Allen nas telas

Cinema traz O Escorpião de Jade, do famoso diretor, com suas cáusticas tiradas. Mas estão programadas outras boas estréias

Entre as estréias cinematográficas deste fim de semana destacam-se duas ótimas produções: O Escorpião de Jade ( TheCurse oftheJade )e Um Grande Garoto (About a Boy). Também chegam às telas as produções Jogo de Espiões (Spy Game) e o nacional

Uma Vida em Segredo. O primeiroé osegundo filmeda trilogia cômica queo diretor Woody Allen preparou para a DreamWorks,produtora de Steven Spielberg, iniciada com Trapaceiros e queseencerra com Hollywood Ending, a ser lançado noBrasil no segundo semestre deste ano.

Em O Escorpião de Jade,o brilhante WoodyAllen exercita mais uma vez seu humor ferino ecáustico. Ele não poupaninguém,nema si próprio, aocontar ahistória

C.W.Briggs, um investigador de fraudesde uma seguradora. Interpretadopelo próprio Allen, também roteirista ediretorda produção, C.W.se vê preterido em seu trabalho quando a amante do dono daempresa, BettyAnn (Helen Hunt,de N áu f r ag o ) começa a modernizá-la.

Eles se odeiam e se ofendem a todoinstante. Até que um dia, numa festaelessão hipnotizados pelo mágico Voltan (DavidOgden Stiers, Cine Majestic) epassama se ver com "outros olhos". Porém,o interessede Voltané fazer com que eles roubem jóias para ele, lesando a seguradora onde trabalham. É umaidéia original,num roteiro muito esperto e interessante.Ambientada nos anos 40 tem uma bela trilha

sonorarecheada dejazz. O elenco conta ainda com a bela Charlize Theron (Celebridades ), como uma loira fatal que seduz C.W. e com Dan Aykroyd (Crossroads – Amigas para Sempre) Versão masculina – Um GrandeGaroto acerta em tudo: contauma boa história, tem ótimo roteiro e um elenco afinadíssimo.Baseado em romance deNick Hornby(o mesmo do excelente Alta Fidelidade), centra-se na história deWill (HughGrant,de Trapaceiros), um homem bonito, rico e desocupado. À

beira dos 40 anos de idade, ele nuncatrabalhou navida,vivendo dos direitos autorais de uma canção natalina composta por seu pai. Vive muito bem, num belo apartamento, namora lindas mulheres, mas nãose comprometecomnenhuma delas.

Mas Will é cobrado pelos amigos, que lhefalamdas maravilhas do casamento e de uma família constituída. Um Grande Garoto é uma versão masculina de O Diário de BridgetJones , que teve Grant em seu elenco. Um dia Will conheceogarotoMar-

Animação chega a São Paulo

Em sua décima edição, o Festival Internacionalde Animaçãodo Brasil – o A n im a Mundi –, traz uma seleção dos melhores filmes e vídeos desse segmento cinematográfico. Em curtas e longasmetragens, seriados e comerciais de diversos países e com as mais variadas técnicas de animação. Em São Paulo, o A nima Mundi começa na próximaquarta-feira, dia24, com exibições em vários locais: Centro Cultural Fiesp, Museu da Imagem e do Som, CentroCultural Banco do Brasil, auditório do Centro BrasileiroBritânico eEspaço

vídeo/dvd

Vanilla Sky Versão americana do espanhol Abre los Ojos, de Alejandro Amenábar, esse suspense dramático narra a história de David Aames, jovem e bonito herdeiro de umimpériode comunicações. Playboy, ele vive em festas cercado de mulheres.Não seenvolve realmente com nenhuma delas. Até conhecer Sofia. Porém, a namorada anterior não aceita a separação e provoca um acidente, no qual David fica totalmente desfigurado.O filmesegue porum caminho tortuoso,no qual nãofica bem definidoo queé reale o que é sonho de David. Com

Unibanco de Cinema. Vitrine decisiva para animadores brasileiros, o festival recebeu 760animações paraa mostracompetitiva nesteano,contraas571 do anoanterior.Dos46 países participantes desta edição, o Brasil registra o maior número de produções: 168, incluindo convidadas. O divertido A LasanhaAssassina, de Ale McHaddo, é exemplo do que se encontra na competição.Sátiraaosfilmes deterror produzidos no final dos anos 60, realizado com técnica de desenho animado tradicional (papel,lápis emesa de

luz), faz referência a diversos clássicos do gênero. Em poucos minutos,com um humor inteligente, brinca com personagens como Jason e Freddy Kruegger, incluindo aquelefamoso gato apreciadorde lasanha. A apresentação de A Lasanha Assassina éfeita porZédoCaixão, emsua versãodesenho.Enxuto, é um trabalho que merece ser conferido. Além das sessõesdecurtas, longaseví-

cus (o estreante Nicholas Hoult), filhoda hippiee depressiva Fiona (Toni Collette, de OSexto Sentido). Sem pai, o meninobusca a figura paterna eescolhe Willcomo tal, que tenta, de todas as formas, sesafar datarefa.Mas não consegue.A produção mostra, então, os benefícios que orelacionamentofaz a cada um deles. Ofinal é brilhante, sem qualquer concessão aos chavões de filmes do gênero. Grant dominaa produção de ponta a ponta. Amizadeé forte – Embora seja um filmedeação e sus-

pense, Jogo de Espiões centrase mesmona amizadeentre dois agentes da CIA, tendo a espionagem como pano de fundo. Nathan Muir (o veterano Robert Redford, de Golpe de Mestre) está para se aposentar, após 30 anos de serviço. Em seu último dia de trabalho, ele fica sabendo que seu antigopupilo Tom Bishop (Brad Pitt, Onze Homens e UmSegredo) está presonum cárcerechinês eserá morto. Com muita ação no flashback que conta a história dos dois, o filme relata também váriosepisódios dees-

pionagemnos quaisosEstados Unidostiveram ativa participação.

O filme não chega a ser original, masprende a atenção do espectador.Redford,aos 65 anos de idade, convence como o veterano agente e deixaantever comoserá Pittno futuro. Jogo de Espiões segue uma tendência atual das produções de enfatizar asfortes amizades, aquelasnasquais os parceiros abrem mão de desejos pessoais parasocorrer amigos em apuros. No cinema, é assim... A direção é deTony Scott, irmão deRidley Scott,que dirigiu anteriormente UmTirada daPesada II e Inimigo de Estado. Int rospe ctivo – Segundo longa-metragem de Suzana Amaral (de A Horada Estrela), Uma Vida em Segredo, baseado em romance homônimo deAutran Dourado, segue amesmatrilhado primeirofilme dadiretora. Centra-se napacata vidarural deBiela(SabrinaGreve, estreando no cinema)que, ao perderos pais,vai morar com o primo tutor e a família dele. Por mais que a mulher doprimo(Eliane Giardini) se esforce, não consegue despertara vivacidadedeBiela. Emboratenha herdado terras e muito dinheiro, ela trabalha como quem precisa lutar por seu sustento. A protagonista passa pordoloroso processo interior de transformação, maso filmeé tão lento quanto a vida pacata da cidadezinhaonde estão os personagens.

deo, oAnimaMunditambém terá workshops, papo animado com grandes nomes da animação e oficinas diversas. Os ingressos custam R$ 4 paracinemae R$ 2paraví-

deo, commeia-entrada para estudantes. A programação completa e detalhes do Anima Mundi podemser conferidos no sitewww.animamundi.com.br. (BA)

Tom Cruise, Penélope Cruz e Cameron Diaz.Direção: Cameron Crowe. Duração: 130 minutos.DVD/VHS. Pa ramount (23/7)

Lembranças de Um Verão Apesar de baseado em livro de histórias interligadas de Stephen King, não é um filme de terror.É uma história de amizade,descobertase ilusões.Mostrao ritodepassagem do esperto garoto Bobby que, na meia-idade, relembra overão de1960, quandofez 11 anos de idade. Ele conhece Ted, ummisteriosohomem que aluga o andar superior da casa onde ele mora com a mãe. Nasceentre eles uma bela amizade,jáqueBobby perdeu o pai.Impossível não se emocionar com a singela história. Anthony Hopkins, comosempre, está ótimo.

Scott

Hope

Uma História de Futebol Um delicioso "tira-gosto". Trata-se do curta-metragem que foi indicadoao Oscar e ganhou prêmios em Nova York, Brasíliae Gramado. Baseadono depoimentode um homem de 60 anos de idade, que relembracom nostalgiaos temposdegaroto em Bauru. Em 1950, ele estavano mesmotime deDico que, anos depois, se tornaria Pelé, o rei do futebol. Com narração deAntônio Fagundes, a simples partida de futeboltorna-se umrelatoemocionante. Uma visão diferente do grande astro dos gramados. Inclui making of.Com

Beth Andalaft
ComDavid Morse,
Davis e Anton Yelchin. Direção:
Hicks. Duração: 101 minutos.DVD/VHS. Warner (nas locadoras)
JoséRubens Chachá,Leonardo Pazzini e Maurício Arruda. Direção: Paulo Machline. Duração:22 minutos. VHS. Paris (nas locadoras)
Em desenho, Zé do Caixão, o narrador de A Lasanha Assassina (no destaque, o cartaz), uma sátira aos filmes de terror.
Fotos: Divulgação
Nicholas Hoult, Toni Collette e Hugh Grant no ótimo "Um Grande Garoto"Robert Redford e Brad Pitt têm fortes laços de amizade em "Jogo de Espiões"
Charlize Theron tenta seduzir Woody Allen em "O Escorpião de Jade"Sabina Greve e Eliane Giardini protagonizam "Uma Vida em Segredo"

ANÁLISE João de Scantimburgo

História em movimento

Escrevi há dias que a História está emmovimento acelerado, nãose tendoilusões sobreo quepoderá ocorrer,inclusive uma terceira guerra mundial neste século. O Orienteesta pululando.Saddam Hussein ainda nãose acalmou. Desde o dia em que, com um golpe, pôs abaixo o generalNagib, quegovernava oIraque, oditadorsanguinário simplesmente espera o momento de atacar de novo o Irãoude investiraonorte, contra aTurquia,ou aosul, contra a ArábiaSaudita. Quemsaberá o quese passa em sua cabeça.

Na América Latinatemos o caso mais grave, o da Argentina, que serebaixou economicamente e a exaltação do povo atinge a alturas nunca dantes observada ou registrada. Argentina, outrora um dospaíses mais prósperos do mundo, estána miséria,não tendoo seu povo, asclasses menos favorecidas, o que comer, numa situação pior do que a dos retirantes do Nordeste, em tempos decalamitosa seca,como algumas que fazem todos fugirem para lugaresou menos ásperos ou amenos.

Também na América Latina,temos ocaso daVenezuela, nas mãos de um revolucio-

nário habitual, que faz com suasriquezasminerais, especialmente a petrolífera, o jogo internacional e,dentro, opovo passa necessidades, quando, em outras épocas, era feliz e bem posto, nada tendo que o aborrecesse, senão as miudezasdecada dia,queessasperduram sempre em todos os lugares,com ricos epobres. O presidenteChaveséum explosivo, querendosempre agitaro país, isto com apoio eleitoral como o teve. Finalmente, os Estados Unidos, que semprecomandaram a economia do mundo, estãoem crise,sendodispensável analisá-la, poisos resultados já se esperam com uma recessão, com o aperto de seus cofres, com as incompetências do presidente George W. Bush, que um jornal chama de George Baby Bush, etemos o mundo depernas parao ar, sempre contestando a tese do pobre doprofessor Fukyama, que dizia, baseado em Hegel, que a Históriahavia acabado. Nada acaba, com exceção do mundo,numa explosãoatômica.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

O Triângulo das Bermudas

A inda émuito cedopara fazer prognósticos consistentes. Alémdascampanhas estarem chegando às ruas somente agorae dapropagandagratuita no rádioe na televisãoter início apenas em 20 deagosto, será de suma importância para os candidatosodesempenhodos mesmos nochamado Triângulodas Bermudas, formado pelos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio deJaneiro, osquais concentram 42% do eleitorado.

Analisando oquadro eleitoral no Triângulo dasBermudas,a princípio, o candidato tucano José Serra leva alguma vantagem sobre Lula e uma maior sobre o seu principal adversário para chegar ao segundo turno, Ciro Gomes. Em São Paulo, apesar da liderançafolgada doex-prefeito Paulo Maluf(PPB), ocandidato deSerra aogoverno,o atualgov ernadorGeraldo Alckmin, alémde ter espaçoparacrescer naspesquisas poisé bemavaliado pela população, terá um tempo enorme na TV (mais que o dobro de Maluf) em razão da coligação com o PFL.

Assimsendo,Serraterá em SãoPaulo um palanque muito forte.Lula, porsua vez,também terá forçaconsiderávelno estado, embora ocandidatopetista ao governo paulista, José Genoino, não demonstre hoje ter vigor para deslanchar. Lula será favo-

car tas

Contra o fumo

Prezado senhor João de Scantimburgo. Tomo a liberdade de escrever-lhe, pois através de sua coluna sei de sua viv ência no meio intelectual e j ornalístico. Gostaria de perguntar-lhe como é possível jogar fora uma página de jornal fazendo seaapologiado charuto como um artigo de degust ação?O mundo inteiro hoje faz umacampanha antifumo, países proíbem a propaganda de cigarrose similares, apró-

A campanha política

Termos tido campanhas políticas, emgeral,marcadaspor baixarias deunscandidatos contra outros,acomeçarpelo presidente, chegando aos senadores e deputados federais e estaduais.Éa clássicabaixaria, em queseprocurainimizaro candidato com a opinião pública,para obter os seus votos. E como a opiniãopública é sensível, pormal informada,acaba cedendoa quem maneja melhor a baixaria e invectiva melhor o adversário.

Os dois candidatos nos quais confiamos como propugnadores do Planalto, José Serra e Ciro Gomes, já estão pondo a boca no mundo, um contra o outro, paratentaremganhar votos e chegarem até Lula da Silva, que esse está muito bem colocado nas pesquisas, deixando que seus adversários se batamum com o outro, diante dos eleitores, até ficarem marcados como incompetentes para a presidência.

No caso dos senadores, deputados federais e estaduais, o po-

vo não está dando importância à eleição. Até parece que não teremos eleições para o Senado, Câmara e Assembléias, tal o desinteresse dos eleitores. Duvido que a maioria dos eleitores saiba emquem vai votar,se guardouonomedo candidatode sua escolha.Nada.Oqueinteressa é o presidente e os demais que se virem como puderem para conquistar apreferência do eleitorado e os votos de que vão necessitar.

A campanha segue seu rumo, mas sem despertar entusiasmo, pois nenhum dos candidatos estámerecendo oapoio doseleitores, os milhões de eleitores quefazemdo Brasil umadas maioresdemocracias domundo, tão grande quanto a Índia e os Estados Unidos, hoje com um sistema de apuração melhor do que o americano, comovimos da última eleição. Mas, de tudo, vamosvero quesairá,seteremos de lamentar ou nos regozijar pelos resultados.

João de Scantimburgo

Os riscos da juventude

Milton Bigucci

recido porque terá uma parcela dos votos do eleitorado de Maluf.

Em MinasGerais, Serratambém terá um palanque muito forte, pois tem um candidato bastante competitivo, o tucano Aécio Neves, apoiado pelo PFL e pelo governador Itamar Franco. No estado, Ciro também tem comocandidatoAécio, masapropaganda do tucano na TV dará espaçosomentepara Serra.Jáo candidato doPT aoestado, Nilmário Miranda,está bem atrás nas pesquisas, mas Lula conta com o apoio de Itamar, apesar do apoio deste a Aécio, e poderá obter também oapoiodeNewton Cardoso, candidato do PMDB ao governo mineiro. Finalmente, no Rio de Janeiro, os candidatos de Lula e Ciro, respectivamente, Benedita da Silva e Jorge Roberto Silveira, estão mais bem cotados nas pesquisas, dando aos candidatos de oposição um bom palanque no estado. A candidata de Serra, Solange Amaral, no momento está bem distante dos líderesnas pesquisas, maso quepoderá ajuda-laa reverter esse quadro, e por tabela dar a Serra um bom palanque no Rio,é ofatodacandidataser apoiada por PFL, PSDB e PMDB, ouseja, a candidaturapossui enorme estrutura partidária e tempo na TV.

Paulo Eduardo Bazanelli Guido é economista

priaRede Globoatravésdo

Fa nt ást ic o está fazendo uma campanha de esclarecimento e o Diário do Comércio vem falar em "degustar batendoum bom papo". Que tal bater um bom papo com as vítimasdo tabacocomCâncer de pulmão, boca e laringe, tentar bater um bom papo com as vítimas deefizemapulmonar?O Diáriodo Comércio fica nos devendo esta. Wladisney Lopes da Costa São Paulo – Capital

E stamos cansadosdedizer que o jovem desempregado é um riscopotencial de violência.Há jovensmais resistentese outros mais vulneráveis ao crime.GraçasaDeus, agrande maioria é mais resistente. Vivendo em locaismais propensosà criminalidade,bairros com predominância de famílias de baixa escolaridade, tráfico de drogas e sem chance de arrumar umemprego, o jovempodese marginalizar.

Segundo o IBGE/2000, na capital de São Paulo, havia 589 mil famíliasvivendo commenosde 1,4 salário mínimo (R$ 280) por mês. Em1991esse número era de 492 mil famílias. O volume de pobrezaaumentou. Há336mil jovens entre 15 e 19 anos de idade, sujeitos a riscos de ingresso na violência. E por que?

Porque asmedidas colocadas em prática pelo Estado, Municípios ou pelas entidades privadas, por falta de recursos, são pequenas, emcomparaçãocoma gravidade do problema.

Emalguns municípios,como São Bernardo doCampo, por exemplo, as políticas públicas em defesa do adolescente são satisfatórias, atendendo no entanto, parteda populaçãode risco. Oproblemaémuito maior.O esforço das entidades particularesoudos municípios atinge uma pequena parte.

O problema é bem maior.

De nada adiantagritarmos que há violência entre os jovens, e dos jovens, se não se criar uma cruzada nacional para educação e condição de vida digna das famílias brasileiras. O desemprego entre os jovens chega a númerosalarmantes. Ograndeideal de vida de um jovem desaparece quando ele tenta estudar e não consegue pagar uma escola, e quandoele procuraumemprego e não acha.

Afaixa etáriaentre 15 e17 anoséonde estálocalizadaa maiortaxadedesemprego do país, ou seja, 17,4% da população economicamenteativa.Há mais de 1 milhão de desempregados nessa idade. Os riscos fi-

Festival de cinismo

Quero bater bumbo aqui (não será a primeira nem certamente a última vez que o faço, pelo brilhantismo do citado) para o artigo do jornalista

cam mais latentes. Nunca faltará um "amigo" convidando-o para ganhar dinheiro fácil. Tráfico de drogas, "informante", pequenos furtos etc. Eassim começa uma nova carreira que poderia ser para o bem. Por falta de um empurrão para o bem, o jovem desanda para o mal. Aeconomiado paísnão está dando contadaofertanecessária de trabalho.

Sempre quereclamarmossobre o jovem malfeitor, não podemos esquecer que temos uma parcela de culpa. Devemos nos perguntar: " o que estamos fazendo paramelhoraressasituação de risco?". Se cada um de nós fizer um pouco, criaremos um espírito de fé e de exemplo, que poderá ajudarna solução.Mais do que nunca o nome do meu segundo livrosobreproblemas sociais brasileiros, "somostodosresponsáveis", deve estar presente.

Aoinvésdereclamar dojovem, devemos reclamar denós mesmos eexigir dospoderes constituídos, políticaspúblicas para o jovem, preventivas da criminalidade,atravésdo trabalho,da educação,doesportee do lazer.

Os jovens batemnas portas dasentidadesde apoioaosadolescentes, porém não há vagas para todos.

As inúmeras experiências que tivemoscom jovens, durante a nossa vida, com raríssimas exceções, nos mostram que, ao se abrirem os " bons caminhos" o jovem trilha-os, pois sua índole é boa.

Nosso povo precisa ser mais politizado,parapoder exigir que os governos invistam nos jovens. A violência existe porquenãohouve nopassado,investimento nos jovens, porque não atacamos a origem do problema. Não podemos continuar sem atacar as causas.

A miséria e a falta de horizonte levamo jovema sedelinqüir, embora nem sónessas circunstâncias esteja o crime. Temos que ser solidários para construir um Brasil melhor.

Milton Bigucci é conselheiro Vitalício da ACSP

Os artigos enviados à Redação do DC para eventual publicação devem conter no máximo2.800caracteres,sedigitados,ou40 linhasde70 toquescada,se datilografados.

Ascartas àRedaçãosomenteserão publicadas se contiverem,alémda identificação do missivista, endereço com rua, número, bairro, CEP e, se possível, telefone e rg. As cartas poderão ser resumidaspela redação, publicando-se, apenas o essencial. Os originais não serão devolvidos.

José Neumane Pinto, publicado na página dois do Estadão dequarta-feira, sobo título Ofestival decinismo que assola a Pátria. Para os mais idosos(peguei em minha adolescência seu últimos anos), o talentoso Sérgio Porto(StanislawPonte Preta) chamava de Febeapá-Festival de Besteiras que Assola o País, de onde ocolegaNeumane deve ter se inspirado no título. Mas a besteira era mais romântica. O cinismo de hoje se dáàscustas dacorrupção,da criminalidade,da maldade, instalada,incrustada navida pública brasileira.

Linha de raciocínio Neumane desenvolve uma linha de raciocínio em cima do cinismo detudo quetem envolvidoasdenúncias de corrupção, propinas, mortes(até o prefeito foi morto anterioremente)na cidade deSanto André, ondeo PTestá nopoder.A questãodoassassinato de Celso Daniel, tida como ao acasodeumcrime comum, extrapola alémtúmulo quando as denúncias envolvendo as máfias do transporte público são trazidas à luz por seu irmão,ummédico atéentão anônimo, eacabamporenvolver o "empresário" que no dia do crime estava ao volante do carro de onde Daniel foi arrancado para a morte.

Leitura obrigatória Recomendo ao leitordo Diáriodo Comércio que leia naíntegra o artigodo Neumane, dapágina A2do Estadão do últimodia 17. Vale a pena, porquedesmascara essecinismo dosdepoimentos, numa situaçãoonde aacusaçãose dáàprefeitura doPartidos dosTrabalhadores, numacomissão deinvestigação quesótemvereadores do PT.

Dar um jeito

Voureproduzir apenas o parágrafo final, que não traz novidadepara oleitordesta coluna, no seu conteúdo, mas pela forma nova como é colocada a possibilidade de se melhorar o país. "Mas, em verdade, em verdadevos digo: enquanto esse cinismo e essa hipocrisia forem compartilhados pelos senhoresengravatados, fardados e togados quemanipulam o aparelho do Estado conosco aqui na planície, todos imitando o macaquinho que não enxerga, não ouve e, sobretudo, não fala, vai ser difícil dar um jeito no Brasil".

Lula light

OLuladeDuda Mendonça, aquele quevoltará aser quem sempre foi, se eleito, que atéporta-voz agoratem para livrar-se de situações incomodas, o que tem a dizer sobreSantoAndré? Eaquestão do ônibus em São Paulo ? Muita gente enriquecendo como certo ex-caminhoneiro de Santo André?

P. S . Paulo Saab
Rua Boa Vista, 51 - 6º andar - São Paulo - CEP 01014-911 Tel.: 3244-3322 - Fax: 3244-3046E-mails:

Fraga garante que não há acordo em curso com FMI

O deputado Aloizio Mercadante (PT-SP) afirmouontem,em entrevista após encontro demais deduas horas com o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, que este lhe garantiu que não há nenhuma negociação em curso para possível acordo de transiçãocom oFMI."Ficamos satisfeitos com essa informação de quenão há nenhu-

ma negociação",disse Mercadante. Naavaliação dodeputado,oFMIrepresenta uma UTI e o País "deve trabalhar para evitar a UTI". Fraga não descartou, no entanto,a possibilidadede se discutiro assunto no futuro. "Ele não descarta colocar essa discussão no futuro", disse Mercadante. Naconversa com Fraga, o deputado petista trouxe su-

gestõessobreo quepoderia fundamentar uma política de transição para o País, independentemente dovencedor daseleiçõesde outubro. Segundo ele, essa política deve se basearem doiseixosfundamentais e que podem ser convergentes entre todas as forças políticas e econômicas do País.

Mini-reforma – O primei-

Corpo de Juruna será sepultado hoje em aldeia no Mato Grosso

O corpo docacique Mário

Juruna –oprimeiroíndio

brasileiro eleitodeputado federal – , foi velado ontem no Salão Negro da Câmara dos Deputadose àtardeseguiu para Barra do Garças, município do Mato Grosso, onde será sepultado na manhã de hoje, em aldeia da região Santo Antônio, na qual o irmão de Juruna é cacique. Durante

oportunidades

o velóriodeJuruna, representantes de váriastribos indígenas, entreeles o cacique Raoni, e o vereador por Mato Grosso Jeremias Itiriate, reclamaram do descaso da Funai emrelação aosindígenas e da possibilidade de ser sancionado umprojeto deautoria do senadorRomeroJucá (PSDB-RO) queregulamenta as atividades de minerado-

ras em terras ocupadas por tribos indígenas. O presidente da Funai reagiu às críticas afirmando que a instituição tem "se esforçado"para neutralizar as ações contrárias aos desejos dos índios. Com 58 anos, Juruna morreu na quarta-feira, depois de 15 dias de internação, por complicaçõesrenais. Eleeradiabético e hipertenso. (AE)

ro ponto defendido por Mercadante seriaaaprovação, ainda este ano, de uma minireforma tributária, o que, na sua visão, poderia impulsionaro comércioexternobrasileiro,atacando portanto o problema de vulnerabilidade externa do Brasil.Ele também propôs um "aumento substancial" dos recursos do Proex, gerenciado peloBNDES,e umaofensivadiplomática para melhorar o acesso deprodutosbrasileirosa mercados internacionais.

O segundo ponto é classificado por Mercadante como um "não àrecessão", ou seja, um trabalho contínuo para manteronível deempregoe atividade econômica do País, evitandoque oprocessorecessivo avance.

"A pequena redução da Seliccontribui nessadireção, mas o BC tem que buscar trabalhar a redução dos juros na ponta", disse Aloizio Mercadante. (AE)

Bem posicionadonas pesquisas de intenção de votos e com chances de disputar o segundo turno da eleição presidencial, o candidato da Frente Trabalhista (PPS-PTBPDT),Ciro Gomes,negou ontem, ao fazer campanha no Acre, quetenha fechadoum pacto de não agressão ao presidente Fernando Henrique Cardoso.

Especulava-se no meio político apossibilidade de o PSDBapoiarCiro Gomes num eventual segundo turno contra o candidato do PT, LuizInácioLula daSilva.No entanto, o discursode Ciro Gomes no Acre foi bastante crítico aogoverno federal. "Não há pactode não agressão.Nunca critiqueininguémna minhaextensabiografia pública. Critico políticas, como sigo firmemente criticando o modelo econômico equivocado, a política anti-social, anti-nacional e efetivamente complacente com a corrupção,que infelizmente há na prática", justifi-

cou Ciro Gomes. Em resposta às declarações do adversário Luiz Inácio LuladaSilva (PT),ocandidato da FrenteTrabalhista(PPSPTB-PDT) à Presidência, Ciro Gomes,recomendoucalma ao petista. Lula prometeu ontem que não vai "entrar em picuinhas" durante a campanha, e disse que não pretende discutir a vida pessoal de ninguém. Mas afirmou que "eles são frutos deuma mesma árvore".

Apoio dos Sarney –A família Sarney anunciou oficialmenteontemo apoio à candidaturapresidencial de Ciro Gomes, tendência que era defendidaprincipalmente pelaex-governadora Roseana Sarney.O anúncio foi feito por meiodocandidato da família Sarney ao governo do Estado, JoséReinaldo Tavares(PFL).Comisso, Ciro terá, no Maranhão,dois palanques eleitorais: odos Sarneye odeJackson Lago (PDT), candidato da Frente Trabalhista. (AE)

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Fraga diz a Mercadante que não há negociação em curso com o Fundo

O deputado Aloizio Mercadante(PT-SP)disse queo presidente do Banco Central, Armínio Fraga, garantiu-lhe, durantea reuniãorealizada ontem, que o governo não está negociando um novo acordo com FMI, embora nãotenhadescartado essa possibilidade para o futuro.

"Danossa parte,queremos

impulsionaros esforçospara evitar que esse futuro se coloque. OFMIrepresentauma UTIenósqueremos trabalhar para sair daUTI", disse o deputado, que levou várias sugestõescomvistasa uma política de transição para o País.Uma delas é a aprovação, neste ano, de uma minireforma tributária. Página 3

Inflação fica estável em São Paulo na 2ª prévia de julho

A Fipe apurou,na segunda quadrissemana de julho, inflação de 0,27% na cidade de São Paulo.Ataxa, deacordocom aentidade, ficouestável em relação à primeira prévia do mêsporque ainda nãoincorporou o reajuste das tarifas públicas. Página 12

Projeto Empreender vai ser lançado em São Paulo

O projeto Empreender, uma parceria do Sebrae (Serv içoBrasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) eda CACB(Confederação das Associações Comerciais Brasileiras) vaiserlançado hoje em São Paulo. Oprograma jáfoiimplantado em oito estados e,até

América Latina já se encontra em recessão, pelos dados da Cepal

Novos levantamentos feitos pelaComissão Econômicapara AméricaLatinae o Caribe (Cepal) evidenciam quea região está entrando em recessão.Em 2000, os países latino-americanoshav iam crescido, em média, 4,1%, mas para o ano corrente as últimas avaliações projetam um sofrível desempenho de cerca de 0,5%. Página 4

Governo anuncia pacote de socorro às empresas aéreas

O governo deveanunciar, na próxima semana, as medidas de socorro ao setor aéreo. Estãosendoavaliadas propostas de alívio tributário para asempresas. Segundoo ministro do Desenvolvimento, Sérgio Amaral,que não quis antecipar detalhes, algumas medidas estão em fase final de discussão. Página 12

Expectativa de novo acordo com o FMI anima mercados

Oanúnciode que Anne Krueger, vice-diretora-gerente doFundoMonetário Internacional, virá ao País na semana que vem, fez crescer no mercado financeiro a expectativade queo FMIesteja prestesa concedermais um empréstimoao Brasil.Osrumores foram responsáveis, emgrande parte,pelaqueda de1,59% na cotação dodólar, que fechou a R$ 2,851.

agora, atende a 12 mil empresas de 211 municípios.Na segunda fase, o projeto deverá atingir40mil negócios. Entre as vantagens do projeto está o aumento da margem de lucro, adiminuição doscustos das matérias-primas e a melhoria na qualidade do atendimento. Página 13

Amenor demandapor títuloscambiais nos últimos leilões do BC mostra ainda que já não há muita procura por "hedge". Coma visita de Krueger, anúmero dois na hierarquia do FMI,muitos

investidores com posição compradaemdólar venderam para seprevenir de uma queda nas cotações. A Bovespa também se beneficiou do clima, assim comoda queda da taxade juro, navéspera, e

Safra está quase toda vendida

Cálculosdo mercadoede analistasapontam quepelo menos80%da safradeverão 2001/2002 já foicomercializada,oque representaR$44

bilhões injetados na economia.Em razãodos bonspreços internos eexternos, os sojicultores, por exemplo,já planejam o plantioda próxi-

ma safra e até efetuam vendas antecipadas. O mesmo acontece com o algodão. Matéria de Joel dos Santos Guimarães na página 11

Comédia, o forte nos cinemas

O cinema promete boas estréias neste fimde semana.Umadelas é Um Grande Garoto, a história de Will, um solteirãoconvic-

to,cobrado porseusfamiliares eamigosemrelação ao casamentoe brilhantementeinterpretado por Hugh Grant. Já O Escorpião

de Jade trazo cáusticohumor de Woody Allen. Destaque ainda para Jogo de Espiões,com RobertRedford e Brad Pitt. Página 8

fechou em alta de 0,54%. Os C-Bonds, títulos dadívida brasileira, subiram 2,59% e o risco Brasil cedeu 2,67%. AnneKrueger, queviráao Brasil, oficialmente,para um seminárioem SãoPaulo,na quarta-feira, almoçará na terça-feira com o ministro da Fazenda, Pedro Malan. Ela terá um encontro com o presidente Fernando Henrique no mesmo dia. Páginas 7 e 12

Brasileiros encontram um réptil voador pré-histórico no Ceará

Dois cientistas brasileiros encontraram os restos de um grande réptil voador, contemporâneo dos dinossauros, que tinha bico semelhanteaumatesouraea cabeça coroada por uma crista óssea. Os restos, descobertos em 1983, no Ceará, sãodeuma espécie desconhecidade pterossáurios,répteis comasas, primos dos dinossauros. Ademora nadivulgaçãose deveuà faltade recursospara pesquisa, só conseguida no ano passado. O trabalho foi publicadonarevista Science e o fóssilbatizado de Thalassodromeus sethi. Página 15

Intenção de investimento no País tem queda de 29%

Pesquisa realizadapela Simonsen Associadosrevelam que asintençõesde investimento das empresas noPaís registraramqueda de 29% em relaçãoao mesmoperíododoanopassado. Asem-

presas reduziramos investimentos por causa da retração da economia em alguns países, aversão aorisco, necessidade de caixa, desvalorização do real e efeitos do racionamento de energia. Página 10

Banco do Brasil lança fundos vinculados ao euro

A valorização do euro levou o Banco doBrasil a criar um pacote de produtos vinculados à moeda européia. O alvodosfundos deinvesti-

a

mento com basena variação do euro são os investidores quetêm compromissos na Europaouaquelesque querem viajar para lá. Página 6

a Subprefeituras são aprovadas, mas a oposição promete recorrer Última página Quem tem impostos atrasados pode aproveitar desconto do governo Página 14 Brasil e China devem criar projeto de parceria tecnológica e cultural Página 5

Um Grande Garoto, com Hugh Grant: adaptação de mais um romance de Nick Hornby, de Alta Fidelidade
Alexander Kellner e Diógenes Campos apresentam a sua descoberta: animal viveu há 110 milhões de anos

Dados da Cepal mostram crise na AL

Continente começa a sentir o impacto da crise de confiança dos mercados financeiros e da desaceleração do comércio

A crise econômica na América Latina está cada vez mais evidente.As estimativas começam a se materializar com a revisãodas perspectivasde crescimento, que,agora, mostram a região entrando emrecessão, deacordo com dados da Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (Cepal). Em 2000, os países latino-americanoshav iam crescido, em média, 4,1%.

Esse organismo das Nações

Unidas havia projetado,no iníciodeste ano,umaexpansão de 1% para o PIB da região em 2002. Emabril, os economistas do Centro de Projeções Econômicas e Estatísticas da Cepal revisaram suas estimativas com os dados finais de 2001 e já projetavam um crescimento negativo de 0,2%. Agora,uma segunda revisão,

que inclui dados do primeiro trimestre de 2002, mostra que a economia latino-americana poderá caircerca de0,5%. O número oficialseráanunciado em coletiva à imprensa pelosecretário geralda Cepal, José Antonio Ocampo, no dia 1º de agosto. "As perspectivas decrescimento para aregiãoestão muito ruins", disse o ex-diretor doCentro deProjeções Econômicas e Estatísticas, Pedro Sainz, hojeconsultor daCepal.Semsaber aindao número exato aser anunciadonos próximosdias,Sainz, responsávelhoje portemas sociais e de pobreza, comentou que a América Latina está começando a sentir o impacto da crisede confiançados mercados financeiros eda desaceleração do comércio mundial.

"O único mecanismo de defesa que a região tem para enfrentar esses dois problemas écrescer menos,já que, ao contráriodosEstados Unidos, por exemplo, os paísesda regiãonão podemaumentarseu gastofiscal", explicou oeconomista.

De acordo com ele,aumentar o gasto público para tentar crescer provocariaum "verdadeiro escândalo", principalmente porque as maioreseconomias, como abrasileirae aargentina,vão enfrentar eleiçõespresidenciais neste e no próximo ano, respectivamente. "Namedidaemque ocomérciomundial mostra um crescimento muito lento ea desconfiança

dos mercados financeiros é cada vez maior, a América Latina acaba ficando sem instrumentos para adotar políticascontracíclicas. Há muito poucoa fazer",afirmou Sainz.

O único mecanismo de defesa para enfrentar os problemas é crescer menos

Alémdisso, acrescentou o economista, "o p r o l o n ga m e n t o dacrise argentina é outro fator que está fazendo muito mal à economia latinoamericana, já que seus efeitos sãocumulativos". Noprimeiro trimestredeste ano,o Produto Interno Bruto (PIB) da Argentinasecontraiu 16,3% e, até ofinal do ano, o PIB do país deverá fechar comuma quedade nomínimo 12%.

Instabilidade política –

Ajuda a Argentina ainda é incerta

O secretário do Tesouro dosEstados Unidos, Paul O’Neill, reduziu ontem as expectativas deque suaviagem à Argentina sejaum indicativo de retomada rápida da ajudaao país.Ele disseque avisita não será diferente das outras que elefez recentemente a paísesem dificuldadeseconômicas.

Falandoapósuma viagem de oito dias por quatro ex-repúblicas soviéticas, o secretário afirmou pretender fazer o mesmo pelaAmérica Latina. OTesouro anunciouque O’Neill visitaráa Argentinae o Brasil no final de julho.

"Vou aprendere ouvire trabalharei para compreender em que ponto eles estão e o que estãoacontecendo e, o mais importante para mim,

Classificados

sair efalar com aspessoas na rua", disse O’Neill.

Bônus – O plano do governo argentino para que os correntistas comdepósitos congelados os troquem por títulospúblicos quase alcançou as expectativas oficiais, informou ontem uma fonte do governo. Uma fonte do Ministério daEconomia disseque entre 23 e 25% dos 53 bilhões depesos(US$ 4,7bilhõesde dólares) em depósitos congelados foramtransformados em bônus públicos, o que representa uma total de cerca de 12,7 bilhões de pesos.

Aestimativaoriginal do governoerade que30%dos depósitos fossem trocados. O ministro da Economia, Roberto Lavagna,disse quea porcentagem final não foia

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esperada, porque juízes de instâncias menores ainda estãoemitindo decisõespara queos correntistas saquem seus recursos em dinheiro.

A operação de troca foi encerrada nasegunda-feira, mas o Ministério ainda não informou o resultado oficial. Os bônus e certificados começamaser negociados na bolsadeBuenos Airesem29 de julho, dando uma oportunidade para que as pessoas se desfaçamdeles econsigam recuperar parte de seudinheiro. "Em 29 deste mês começaa negociação", informou ontem o ministroda Economia, Roberto Lavagna. A partirdo dia29 também começam a ser negociados os Certificadosde Depósitos

Factoring Fomento Comercial Ltda.

Reprogramados, instrumento doscorrentistas quenão optarampor trocar seudinheiro no banco portítulos públicos.

Quempossuir talcertificado poderá recuperar seu dinheiro emlongas cotase em pesos, apesar de a maioria dos depósitoster sido feita em dólar. Elestambémpoderão vender estes instrumentos no mercado.

Aumento desalário –O governo argentino aprovou um aumento desalários do setor privado e das aposentadorias, em umatentativade compensar a queda do poder aquisitivo da população, ocasionada pelo salto nos preços após a desvalorizaçãodo peso, informou uma fontedo gabinete."O presidenteassinou dois decretos de aumento salarial parao setor privadoe daaposentadoriamínima", disse a fonte. Ostrabalhadores dosetorprivado receberão os salários de julho com umaumento de100 pesos (28 dólares). (Reuters)

Sainz discorda de alguns analistas, principalmente europeus,queafirmam queainstabilidade política na região é amaiorameaça paraarecuperaçãoeconômica daAmérica Latina. Ao contrário, disse o consultor da Cepal, são os fatores econômicos que estãoinfluenciando oaspecto político do Continente. "Não creio que a situação política sejaoelementocentral dos problemas da AméricaLatina. Isso sim,engrossa as dificuldades."

"Se Lula não fosse candidato", indagou o economista, "vocêsacham queasituação econômica no Brasilestaria melhor?". De acordo com ele, a crise econômica na Argentina, por exemplo, precedeu àcrise política,que acabou derrubando, em dezembro, oentão presidenteFer-

nando de la Rúa. Para ele, os políticos (candidatosàpresidênciada República), pelo menos no Brasil, estão sendo muito prudentes emsuasdeclarações, garantindosegurança ao capital estrangeiro."Emgeral, os governoslatino-americanos não estão adotando políticaseconômicas queseafastam dos padrões exigidos pelos investidores internacionais.O problemamesmo éa situação ruim das economias", disse Saínz.

Eé essacriseque começaa corroer os fundamentos econômicosdasprincipais economias da região,repercutindo na saúde do resto dos países. As perspectivas de investimento estrangeiro direto na América Latina para este ano sãode uma queda de 30%. (AE)

Principais indicadores

dos EUA ficam estáveis

Umimportante indicador da atividade econômica dos Estados Unidosficou estável em junho, em meio a sinais de que aeconomia estásaindo de seu recente período de desaceleração, informouontem um grupo de pesquisa. O Conference Board disse que o índice de principais indicadores ficou inalterado em junho, seguindoa altade 0,6% no mês anterior. A recuperaçãotem sido impulsionada sobretudopelo gastodo consumidor,que compreendedois terços da economia.Mas persistemtemoressobre oefeitoquea queda dosmercados acionários terá sobre a recuperação. "Continuamos em uma recuperação sememprego esem lucros", disse Ken Goldstein, economista-chefe do Conference Board.

"Apenas ocrescimentodo consumofoi umaforçaconsistente de crescimento duranteaprimeirametade do

ano. E como se não houvesse forças suficientes para desaceleraro crescimento,os mercados financeiros continuam sendo atingidos por uma sériede notíciassobre práticas corporativasquestionáveis."

Açõ es – O mercado de ações caiu 13% desde maio, apósvários escândaloscontábeis em empresas do país. O índice coincidente, que mede as tendências econômicas atuais,cresceu 0,3%emjunho,apósa alta de 0,1% em maio.

O índice defasado, que compreende as tendências passadasda economia,recuou 0,1% em junho, após cair também 0,1% no mês anterior. Cinco dos10 componentes do índice de principais indicadoresaumentaramem junho,lideradospelos pedidossemanais de auxílio-desemprego e horas semanais do setor manufatureiro. (Dow Jones-Reuters)

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Acusado de corrupção, ministro alemão da Defesa é demitido

Rudolf Scharping é acusado de receber dinheiro de empresas de relações públicas durante seus primeiros anos como ministro

Ochanceler (premiê)alemão,Gerhard Schroeder, anunciouontem ter demitidooministro daDefesa,RudolfScharping,sob suspeita de ganhos ilícitos. Schroeder disse duranteuma entrevista coletiva improvisada em Berlim que pediria ao presidente JohannesRau para liberar Scharping de suas tarefas e substituí-lo por Peter Struck, líder parlamentardo Partido Social-Democrata (SPD). Atrás dos conservadores, atualmente naoposição, em pesquisas queantecedem as eleições de 22 de setembro, Schroeder convocou uma reunião daliderançade seu partido para discutir o assunto, queameaça suasdiminutasesperançasde abocanhar um segundo mandato. A demissão eleva para oito o número de ministros que se afastaram desdeque Schroeder assumiuopoderem 1998. Estaé aprimeira saída dogabinete desde que o chanceler destituiu seus ministros da Saúde e Agricultura em janeiro de 2001. Scharping, que repetidamente atraiu comentários negativos nos últimosanos –tanto por sua vida amorosa como por sua condução da pasta da Defesa –, havia rejeitado especulações da mídia de problemas compagamentos queeleadmitiu receber de uma empresa de relações públicas durante seus primeiros anos como ministro. (Reuters)

Juergen
Schwarz/Reuters

FMI: diretora encontra FHC e Malan

Anne Krueger virá ao Brasil na próxima semana. Mercado especula sobre negociações para um novo acordo de empréstimos.

Avice-diretora doFundo Monetário Internacional (FMI), Anne Krueger, virá ao Brasil, pela primeira vez, na próxima semana.A executiv a, número2nahierarquia doorganismo, participaráde umaconferência da FundaçãoGetúlioVargas edereuniões com autoridadesdo alto escalão do governo brasileiro. Na terça-feira, ela terá encontros como presidente Fernando Henrique Cardoso e com o ministro da Fazenda, Pedro Malan. Oficialmente, elasó estaráem Brasília de passagem,poisseu compromissoprincipalé oeventona FGV. Orepresentantedo

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FMI no Brasil, Rogério Zandanela, disse quea vindada executiva não "temnenhum motivo especial".

Novo empréstimo –O mercadofinanceiro, porém, interpretouo anúnciodavisita da diretora como uma possível concessão de nova linha deempréstimos doFMI ao Brasil.

Os rumores, responsáveis em grande parte pela queda de mais de 1,5% do dólar ontem, eram de que o FMI teria aprovado uma linha de crédito adicional de US$ 10 bilhões ao País e de que a concretizaçãodo acordodependeria exclusivamente do

compromisso dos principais candidatosà Presidência.

"Desde a atuação ontem do Banco Central (com o corte dos juros), todo mundo ficou com aimpressão deque, para ter tomado umadecisão mais agressiva, ele deve estar sabendo de alguma coisa", comentou Rodrigo Alvarado, da Fator Dória-Atherino. "Ou ele tem um acordo com o FMIacaminho, oualgumtipo de suporte."

O ficialmente, porém, o compromisso da executiva no País é um evento na FGV, em São Paulo

ArmínioFraga,viajou a Washington para se reunir combanqueiros internacionais, representantes do governo norte-americano e do FMI. Na ocasião, eleafirmou que estudou com o Fundo diversas possibilidades de acordo.

Na semanapassada, opresidentedoBanco Central,

Fraga também pediu reuniões com os responsáveis pelo programa econômico dos principais candidatos à Presidência da República. O primeiro encontro ocorreuontem, comodeputado Aloízio Mercadante, um

dos coordenadores da campanhade LuizInácio Lulada Silva, que lideraas pesquisas de intenção de voto. Mercadante, no entanto, saiudareuniãodizendo que Fraga negouque um novo acordo com o FMI esteja sendo negociado agora. Malan tambémnegou asexpectativas em tornodeumfuturo acordo. ( vejamais detalhes sobreo mercadofinanceirona página 7).

Evento – OEncontro Latino-Americano da Sociedade Econométrica acontecerá na próxima semana, em São Paulo. Além de Anne Krueger e do ministro PedroMalan,o

eventoreunirátambém importantes economistas do cenário internacional, incluindo dois ganhadores de Prêmio Nobel: Daniel McFadden e James Heckman. O encontro, promovido pelaFundaçãoGetúlio Vargas, discutirá os maisrecentes avanços da teoria econômica e dosmétodos quantitativos. Serão debatidos temascomo meio ambiente, políticas sociais, regulação,teoria dosjogos,renegociação de dívidas internacionais, economia do trabalho, crescimentoeconômico, distribuiçãode renda, informaçãoassimétrica, teoria dos contratos. (Agências)

São Paulo tem inflação de 0,27%

A Fipe apurou uma taxa de inflação de 0,27% na segunda quadrissemana de julho – período de 30 dias encerrado no dia 15. A taxa, segundo Juarez Rizzieri, coordenador-adjunto doÍndice dePreços ao Consumidor(IPC), calculadopela entidade,confirmaa trajetória de estabilidade dos preços quevem sendoverificada na cidade de São Paulo desde a primeira quadrissemana dejunho. Naprimeira prévia deste mês, o indicador apurou alta de 0,23%.

ParaRizzieri, essaestabilidade deve-seao fatode asegunda quadrissema ainda nãoter detectadoo reajuste de tarifas públicas, como energiaelétrica.Os únicos preços administrados que apareceram na pesquisa da Fipe nos últimos 30dias foram gás de botijão (4,75%) e gasolina (1,10%) –ainda assim,com impactomenordo que overificado naprimeira quadrissemana. Para oeconomista, osreajustesdas tarifasdeverãoco-

AUTODATA

ON OFF& ON OFF&

Num negócio próximo dos R$ 50 milhões a DaimlerCrhysler entregou 137 chassis de ônibus Mercedes-Benz à Viação Cometa – tradicional cliente Scania há 30 anos – e Auto Viação 1001, ambas pertencentes à holding JCA .

VAHLAND

Vice-presidente de finanças da Volkswagen do Brasil, Winfried Vahland, está de malas prontas para assumir novo cargo dentro do próprio grupo Volkswagen, agora como diretor da Skoda. O executivo se transfere em primeiro de agosto para Praga, na República Tcheca.

EXCEÇÃO

Enquanto a maioria dos mercados automobilís-

Atendendo a vários pedidos de clientes a DaimlerChrysler voltará a comercializar, daqui a um mês ou pouco mais, o chassi Mercedes-Benz LO-814 para microônibus. Substituído no início deste ano pelo modelo LO914, o 814 voltará a

ticos patina, o chinês acelera fundo. Nos primeiros seis meses deste ano a China produziu 470 mil veículos, 36% a mais que no mesmo período do ano passado.

NOVA 1

A Abrac, Associação Brasileira dos Concessionários Chevrolet, já tem nova diretoria. Foram eleitos, por aclamação, João Batista Simão, presidente da diretoria executiva, e Pedro Seleme, presidente do conselho plenário.

NOVA 2

A Abradif, Associação Brasileira dos Distribuidores Ford, também tem nova liderança. O empresário carioca João Carlos Felix Teixeira foi eleito por unanimidade e substi-

tuirá a Marcos Olsen, que presidia a entidade desde 1997 e que vendeu suas três concessionárias Ford no Paraná, ainda hoje fechadas.

MOTOS As exportações de motos recuaram 41% no primeiro semestre. Foram exportadas apenas 17,6 mil unidades. Segundo o presidente da Abraciclo, Roberto Iquejiri, mesmo conquistando novos mercados e devendo ser beneficiado pelos novos acordos bilaterais, o setor poderá ser obrigado a rever as projeções de exportar 80 mil unidades este ano.

CRESCEU O Grupo PSA Peugeot Citroën viu crescer 3,4% suas vendas globais no

CUSTO DETERMINANTE

ocupar a faixa intermédia entre o chassi para miniônibus LO 610 e o próprio 914. A questão fundamental está no preço. Sofisticações como motor eletrônico e freios a disco nas quatro rodas deixam o 914 um pouco acima dos valores médios pratica-

dos pela concorrência para veículos equipados com motores gerenciados mecanicamente –leia-se os Agrale e Volkswagen.

Vale lembrar: não é a primeira vez que a empresa teve de voltar atrás na ousadia de aplicar motores eletrônicos e outras

primeiro semestre. Com o resultado o grupo mantém a expectativa de alcançar comercialização de 3 milhões 250 mil unidades este ano.

A ÁLCOOL

O volume de veículos a álcool vendidos no primeiro semestre deste ano já supera o total comercializado no ano passado: 18 mil 575 unidades contra 18 mil 335. A participação desses produtos chegou a 3%, enquanto que em 2001 a média foi de 1,4%.

VOLKSWAGEN

AVolkswagen iniciou a produção do picape Saveiro em São José dos Pinhais, PR, conforme antecipado por esta coluna há quase um mês.

tecnologias ainda recentes no Brasil em seus veículos comerciais. Fato idêntico ocorreu com os caminhões quando da tentativa de substituição do modelo 710 pelo 712. Os consumidores chiaram e o 710 acabou voltando ao mercado.

meçaraaparecer apartir da segundaquinzena dejulho. Mas como a Fipeusa o critério de caixa, isso significa que, paraefeitode inflação,aentidade só engloba o impacto dosreajustesna horaemque o cliente paga suas contas. Como asconcessionárias emitem e enviam suas contas em datas diferentes,os pagamentos também ocorrem em datas diferentes. Isso quer dizer que as pressões dos preços administradossobrea inflaçãoserãodivididasentre julho, agosto e até setembro. Emrazãodas tarifas,Rizzieri acredita que a inflação emjulho e agosto poderáficar emtorno de 0,80%, elevandoo acumuladodoano de 1,34% até julho para cerca de 3% até agosto. Para o ano, a Fipe mantém a previsão de inflação de 4,5%.

Preços livres – Com relação aos preços livres (istoé, que não são controladospelo governo,comoastarifas públicas), o economista estima que

deverãose manter"comportados",registrando pequenos impactos pulverizados de câmbio ede entressafra,no caso dos alimentos. Os produtos alimentícios que já sentem osreflexosdavariação cambialsãopão francês(431%)e óleo de soja (9,27%). Da entressafra, o impacto atinge o feijão (12,52%)e ovos (5,69%). A contribuição para a estabilidade dainflação veio do grupo transportes, que teve uma deflação de 0,09%, em razão da queda de 0,74% das tarifas dos transportes coletivos. A maior pressão de alta ocorreu nosubgrupo recreação e cultura, que subiu de 0,60% para 1,09%, reflexo das férias escolares.

das empresas de repassarem a variaçãototal docâmbiopor conta da baixa demanda. No entanto, Rizzieri ressalta que, em algum momento, a desvalorização da moeda norteamericana deveráchegar aos preços do varejo, uma vez que há um limite para conter o efeito do dólar.

Para a Fipe, a taxa, da 2ª prévia de julho, ficou estável porque não incorporou as altas das tarifas públicas

Os artigos dehigiene e beleza,cujaprodução depende de matérias-primasimportadas, também ficaram estáveis, confirmando a dificuldade

Governo anuncia,

O governo deveanunciar, na próxima semana, as medidas de socorro ao setor aéreo. Segundooministrodo Desenvolvimento, Indústriae Comércio Exterior, Sérgio Amaral, algumas medidas estão em fase final de discussão. Ele nãoquis antecipar opacote de ajudaàs companhias aéreas. "Algumas hipóteses estão sendo discutidas,mas não necessariamentesão o que será adotado", disse. O governo estuda algumas propostasde alíviotributário, comoa redução doimposto de importação para bens eequipamentos utilizados pelo setor. "Serãomedidas queaumentam acompetitividade do setor", afirmou. Amaral lembrou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômicoe Social(BNDES) está aberto para negociar a reestruturação e capitalização das empresas. "O BNDES trabalhará no ritmo que as empresas quiserem". Empresas – A Varig já apresentouuma propostaaoBNDES, que está sendo avaliada. O presidente da Vasp, WagnerCanhedo, anunciou esta

semana que também pedirá o aporte de recursos do BNDES, mas vai esperar o fim das negociações com a Varig. Na terça-feira, afalta de acordo com a Receita Federal adiou adefiniçãodassoluçõesparao setor,queforam discutidas pelospresidentes da Varig, Ozires Silva, da Vasp, e da TAM, Daniel Mandeli Martin, e o ministro Sérgio Amaral. Segundo Canhedo, foi discutidaa desoneração tributária do setor, mas a reunião não foi conclusiva e um novo encontro será marcado para o fim do mês. A Receita Federal,informou que ainda não concluiu o cálculo do impacto dessas medidas nas contas do governo. Entre as possíveis medidas a seremanunciadas pelogo-

IGP-10 – Ainflação medida pelo IGP-10 ficou em 1,86% em julho,segundo a Fundação Getúlio Vargas. No mês passado, o indicador teve alta de 1,35%. Os índices que compõemo IGP-10são:Índice de Preços no Atacado (2,57%); Índicede Preçosao Consumidor (0,73%); Índice Nacional daConstrução Civil(0,60%).No ano, o IGP10 ficou em 4,93%. Em 12 meses, acumula 10,11%. O IGP-10 registrou a variação depreçosentre osdias11de junho e 10 de julho. (AE)

verno,conforme opresidenteda Vasp,estão: reduçãodo Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), atualmente em 7%, para o seguro dos aviões; isenção da alíquota de 3,5%do PISeda Cofinspara queronesede avião; e redução da alíquota do Imposto de Renda, hoje em 15%, para leasing de aeronaves. Canhedo tambémconfirmouqueo governoestudaa criação deumfundode incentivos parao setor,que seria formado comos recursos obtidos pela Infraerona cobrança de tarifas. De acordo comseuscálculos, as medidas de redução tributária significariam uma desoneração de 7,5% a 8% no faturamento bruto dascompanhias aéreas. (AE)

Mercosul quer assinar

acordo de preferências tarifárias com a Europa

O Mercosul defenderá na próxima reunião com a União Européia, nodia23, no Rio de Janeiro, a assinatura de um acordo comercial de preferênciastarifárias. Segundoo ministrodoDesenvolvimento, Indústriae Comércio Exterior,Sérgio A maral,o governo acredita que deveria ser concluído um acordo de curto prazo até que a União Européia decida incluir na pauta de discussão os produtos agrícolas. Ele afirmoua que uma negociação para umacordo de livre comércio só poderá ser feita com a abertura do mercado europeu para os produtos agrícolas brasileiros. Amaral disse queum acordodepreferência tarifária seria mais realista no momentodo queesperar as negociações para um acordo de livre comércio. "Queremos um acordo o mais rápido possível. Quando a União Européiaestiver prontapara discutir o setor agrícola, passaríamos para um acordo de livre comércio".

O acerto, que será proposto em reunião com a UE na próxima semana, viria antes do livre comércio

Brasil e China devem criar

As negociaçõesentre os dois blocos estão em um impassee corremorisco defracassar na próxima semana. A UE não está disposta a retirar

as proteções ao setor agrícola e quer discutir aquestão na Organização Mundial do Comércio (OMC).Além disso, estãopressionando paraque o Mercosul adote uma regra comumsobre defesacomerciale resolva outros tópicos relacionados à sua institucionalização. Nestasemana,o Ministério das Relações Exteriores brasileiro comunicou que não aceita essa pressão. Amaral também informou que, na reunião da próxima semana, o bloco sul-americano vai defender a ampliação dos produtos em pauta. Segundo ele, 30% das exportações do Mercosul estão incluídas na lista emnegociação e é possívelampliar essapauta para 40% ou 50%. Separação –O ministro afirmou queseria "frustante" se os comissários europeus insistirem em dividir as negociações.Na semanapassada, representanteseuropeus manifestaramointeresse da UE de discutir, numa primeira etapa,asregras das negociações para numa segunda fase passar a discutir a abertura de mercado. "Queremos e estamos prontos para discutir a abertura de mercado".

projeto de cooperação

A Associação Comercial de São Paulo e o o Núcleo de Políticas eEstratégia(Naippe), daUniversidade deSãoPaulo, estão trabalhando na criação de um Centro de Estudos Sino-Brasileiro emparceria com entidades empresariais e universidades chinesas.O anúnciofoifeitoontem durante visita àAssociação Comercial de umamissão de 16 prefeitos, vice-prefeitos e empresários chineses.

Braz de Araujo, do Naippe, destacouque oobjetivodo Centro de Estudos Sino-Brasileiro é desenvolver a cooperação entre os dois países nos aspectos cultural,científico e tecnológico. O Centrode Estudosserácomposto por50 empresários brasileiros e 50 chineses e 20 professores universitários de cada um dos países. "Essa iniciativa pioneira deve consolidar a relaçãoentre os parceiros",diz Araujo.

Ne góc ios – Participaram da missão, além dos prefeitos e vice-prefeitos da Associação de Prefeitos da China –entidadeque congrega 650 prefeituras com mais de 1 milhão de habitantesno país –, empresários dosetorpetroquímico,da áreade decoração, vestuário, pedras semi-

BOLSA ELETRÔNICA DE COMPRAS

preciosas, peças para equipamentos eletrônicos, transportese portos,produtosde higiene pessoal e limpeza e de desenvolvimento urbano. Os participantes,que pela primeiravez visitavamoBrasil, apostamque possamsergeradas muitas oportunidades de negócios, disse Zhang Siyi, vice-prefeito deHubei,província com mais de 2 milhões de habitantes.

Umas das empresas, a Weidasi Stock Corp Ltd é a terceira maiorprodutora desabonetes da China. "O produto é feito a partirde matéria-prima fitoterápica, adequado portantoao climaquente brasileiro. E a empresa está procura deparceiros locais", destacou o presidente Liu Yuexiang.

Balança – O comércio bilateralentre oBrasile aChina somou, no ano passado,

US$ 3,2bilhão.Neste ano, porém, os negócios caíram. De janeiro a maio, as exportações brasileiras somaram US$537 milhõese asimportações US$ 529 milhões. Projetando os dados mensais para 2002,o volumedeve ficar abaixodo registradoem 2001, em função da crise econômica internacional.

O economista Marcel Solimeo,diretor institucionalda AssociaçãoComercial, que

recebeu a missão em nome do presidente daAssociação Comercial,Alencar Burti, também destacouas chances de incrementar este comércio. Farid Murad, diretor da entidade, concordou: "o comércio entre os dois parceirostemcresceu nos últimos anos,mas ainda épequeno em relaçãoàspossibilidades dos dois países".

Países poderão liberar o comércio

A China está disposta a negociar um acordo de livre comérciocom oBrasil. Aafirmação é o vice-ministro do Comércio de Pequim, Long Yongtu, que declara ainda que outros países também estão na lista para iniciar um diálogosobre preferências bilaterais.

Encontram-se abertas na Bolsa Eletrônica de Compras, do Governo do Estado de São Paulo, as seguintes Ofertas de Compras: Dispensa de LicitaçãoInicioCidadeNatureza da Despesa 180228000012002OC0004626/7/2002LO R

"Estamos prontos para iniciarconversas sobreoassunto com o Brasil", afirmou o vice-ministro, queatuacomo o principal negociador da Chinanas negociaçõesinternacionais.

O subsecretário-geral de Comércio doItamaraty, Clodoaldo Hugueney, confirma que irá visitar o país nos próximos meses e que poderá debater o tema com os diplomatas de Pequim. No Brasil, ninguém esconde que o ministro do Desenvolvimento, Sérgio Amaral, é umdos entusiastas da idéia da aproximação entre o Paíse a China,duas economias relativamente nomesmoestágiotecnológico ede desenvolvimento.

OMC –O comércio entre os dois países, porém, ainda é pequeno. Produtostradicionais da pautade exportações do Brasil, como a castanha de cajue ocafé, aindasão comercializados na Chinapor

outros países. Mas, desde que a Chinapassou a fazer parte da Organização Mundial do Comércio (OMC), em novembrodoano passado, alguns produtores brasileiros já sentiram que podem ter grandes benefícios com o mercadochinês. Um desses setores é o do suco de laranja, que já conseguiuampliar suas vendas à China. Um acordo de livre comércio com a China também necessitará um cuidado especial para não levaralguns setores produtivosdo Brasilàfalência.

OPaís aplicabarreirasaos produtos chineses, com o objetivo de impedir a prática de preços desleais. Desde o final dos anos 90, o governo estabeleceu salvaguardasparaa importação de brinquedos daChina. Naocasião,ficou provada a prática de dumping nas vendas das mercadorias chinesas, o que estava levando a indústria nacional ao colapso. (AE)

EUA ameaçam propor mudanças na OMC

nos portais da Internet: www.bec.sp.gov.br

OsEstados Unidoscriticarama decisão daOrganização Mundial do Comércio (OMC)quecondenou, na quarta-feira, sua lei antidumping. ACasa Brancaalerta que irá propor uma mudança nas regras da entidade. Uma coalizão formada por 29 países, entre eles o Brasil, pediu,no começo ano ano, que aOMC avaliasse alei de antidumping esubsídios dos Estados Unidos, conhecida como Emenda Byrd. A lei, de autoria do senador Robert Byrd, prevê que as taxas coletadas pela aduana dos Estados Unidos com o impostosde medidasantidumping sejam repassadas para as próprias empresas quehaviam feito o pedido inicial de dumping. A OMC ordenou a revogação da prática. Cansados de verem a OMC decretando ailegalidadede

suas leis, os EUAagoraquerem reformar as normas da entidade. A proposta da Casa Brancaé dequeaOMC selimite a indicarse uma prática comercial é, ou não, consistente com asregrasinternacionais. O queGenebra não poderia fazer é exigir a modificação deumaleinacional, comofezno casodaEmenda Byrd. Em 1995, quando foi criada, a OMC passou a ser a primeira organização internacional com opoder de determinar a ilegalidade de uma lei nacional e exigir sua modificação.

Para o governodos EUA, a decisão da OMC de pedir a revogaçãoda EmendaByrd cria um sentimento negativo noCongresso norte-americanocontra aentidade. Alei foi aprovadano Senadonorte-americanopor 86 votose oito contra. (AE)

Oposição quer impedir subprefeituras

PSDB ameaça ir à Justiça para barrar o projeto aprovado ontem, mas a Prefeitura já organiza a implantação das unidades

Apesar dasameaçasda bancada do PSDB de entrar naJustiça contra aimplementação das subprefeituras, aprovadaontem pelamanhã na Câmara Municipal, o Executivo começa a planejar os próximos passos para pôr em práticaa novaformade administração da cidade.

Segundoosecretário municipalde Implementação das Subprefeituras,Jilmar Tatto, a prefeita Marta Suplicydeverá agorasancionar o projeto ecomeçar anomear os subprefeitos.Deverá também seriniciadoo processo de aprovação de decretos para começar a descentralizar as atividadesque sãorealizadas pelas secretarias municipais.

Asprimeiras providências a serem tomadas pela Secretaria de Implementaçãodas Subprefeiturasserãoa descentralização imediata dos serviços de manutenção e recuperação de órgãos municipais, como escolas, postos de saúde e elaboração de pequenos projetos de reformas, disse Jilmar Tatto. Outros serviços que deverãopassara serderesponsabilidade das novas subprefeituras são os de varrição de ruaseapi ntura deequipamentos públicos.

Logoquea prefeitaMarta Suplicy sancionar o projeto, a Prefeitura terá 120 dias para criar um orçamento para as subprefeituras. Todas elas

Termina amanhã

o

irãoabsorveras atuais28administrações regionais da cidade. O cargo de administradorregional vaise transformar emchefe degabinete ou subprefeito. Os funcionários atuais poderão ser deslocados parao novocargo ou serem exonerados. Cada unidade irá administrar áreas com uma média de 350 a 450mil habitantes.

Serão criadas ainda as seguintes coordenadorias:

A prefeita Marta Suplicy agora vai sancionar o projeto e começar a escolha dos subprefeitos

As 31subprefeituras terão orçamentopróprioe autonomia para realizar licitações, concursospúblicose participar da proposta orçamentária da Prefeitura.

prazo para cadastrar celulares pré-pagos

Os proprietáriosde celularespré-pagos deSão Paulo têm até amanhã paraprovidenciar ocadastramento do aparelho. Os celulares que não forem cadastrados poderão ser bloqueados e os donos ficarão sujeitos a multas que variam de 1 a 10 Ufesps (UnidadeFiscaldo EstadodeSão Paulo). Ovalor decada unidade hoje é de R$ 10,52. O cadastramento dos prépagos foiestabelecidopara tentar coibiro usodo apare-

lhopor criminosos. Osaparelhos novos podem ser cadastradosna própria loja. Outra opção do usuário é entrar contato com a operadora pelo próprio aparelho. Dados comonome, endereço enúmero dodocumento de identidade devem ser informados. Casosde transferência,vendaoufurto do aparelho também devem ser comunicados. Aparelhosda BCP podem sercadastrados pelonúmero

*611 do celular. Já clientes da TelespCelularpodem ligar para *5000 ou acessar o site www.telespcelular.com.br. B lo qu e io – Ogovernode São Paulo decidiu instalar bloqueadores de telefones celulares emmaiscincopresídios do Estado: Marília, Mirandópolis 1, Presidente Venceslau 2, Iarase o Centro de Detenção Provisória1 de Guarulhos. O investimento deverá ficaremtornodeR$ 965 mil. (SM)

Ação Social e Desenvolvimento, Planejamento e Desenvolvimento Urbano, Manutençãoda Infra-Estrutura Urbana, Projetos e Obras Novas, Educação, Saúde e Administração e Finanças.Os cargos paraessas funções serão de livre nomeação da prefeita. È que essas coordenadorias não precisarão ser preenchidas portécnicos oufuncionários decarreira, comexceçãode Educação. Co nf us ão –O projeto de criação das 31 subprefeituras só foi aprovado

depoisde muita confusão. Foram 31 votos a 1. Os trabalhos começaram às15h de quarta-feira, com as discussõese aprovação do projeto de criação da Secretaria Municipal de Segurança Urbana, e só terminaram por volta das 10hde ontem,quandofoi aprovada a Leide Diretrizes Orçamentárias (LDO).

A polêmica começou quando os seis vereadores do PSDB na Câmarase recusaram a votar o projeto devido a alterações no documento que já tinha sido aprovado em primeira votação e protocolado."Para anossasurpresa, o substitutivo chegou para a votação com várias mudanças. O principal problema é a

criação de cargos que serão loteados entre os amigos e a base aliada", disseo vereador Ricardo Montoro. Segundo ele, todos os vereadores do PSDBpediram maisum tempoparaexaminar o projeto, mas não foram atendidos. Daí adecisão de deixar oplenário. Agora, os pessedebistas estãoestudando medidas judiciais para anular a votação. Conselhos – Acriaçãode conselhos de representantes em cada uma das subprefeituras, que faria o trabalho de fiscalizaçãodo órgão,ficou de fora e seráobjeto de uma outra lei.

Mais de 20 mil já visitaram a santa que apareceu na janela

Mais de20milpessoasjá passaram pelo Jardim Juliana para ver a suposta imagem de umasanta queapareceuna janela da casa de Antônio José da Rosa, nacidade de Ferraz de Vasconcelos, no leste da Grande São Paulo. Até a noite deontem,afiladefiéis que foramrezare fazerpedidos para aimagem virava os quarteirões próximos à rua Antônio Bernardino Correia, onde fica a casa.

Eles passaram odia rezandoe cantando músicasreligiosas. Alguns aproveitaram a oportunidade para vender terços de R$ 1,00 a R$ 5,00.

A pa ri ç ão –O fenômeno começou na manhã de domingo,quando omenino

João Fagner de Jesus, de10 anos, brincavano quintalda casa. Ao olharpara a janela

para conversar com a prima, percebeuqueuma imagem com a silhuetade uma santa aparecia refletidaem umdos vidros,contaAline deJesus, 13 anos, prima do menino. Afamília tentouváriasvezes limpar a janelacomum panoembebido emàlcool, masaimagem reaparecia commais nitidez.Quandoa história foi divulgada, fiéis da Capital e doInterior Paulista começaram a se dirigir para Ferraz de Vasconcelos. Para conter o tumulto e preservarasegurançada família,a prefeituradeFerraz colocouguardas municipais emfrente à casa deplantão durante todo o dia.

Estudo –De acordocomo padre daparóquia NossaSenhora da Paz, que congrega a região,o fenômeno deverá

ser estudado por uma comissão nomeada peladiocese de Mogi das Cruzes. Segundo ele, o bispo dom PauloMascarenhas Roxovai visitar a família na semana que vem. Depois disso, deverãoser nomeados cientistas de universidades para realizar a perícia do vidro. "Para isso, precisamosda autorização da família", disse. Explicação – Amudança de temperatura em São Paulo seriaumadas explicações, que causaria uma tensão mecânica interna no vidro. Os reflexos do sol ou de uma outrafontede luztambémpoderiam causar umailusão de ótica, diz oprofessor do grupo decrescimento decristais e materiais cerâmicosda Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos. (DC)

Acidente com ônibus e carreta mata dois e deixa 70 feridos

Pelo menos duas pessoas morreram e 70ficaramferidasdepois deum acidente entreuma carretae doisônibus, ontem de manhã, na estrada entre Itatiba e Bragança Paulista, no Interior. Entre os feridos, 66 deram entrada em hospitais de Itatiba (38 estão naSantaCasa deItatibae28 no Hospital Sírio Libanês). Quatro feridos estão internados no HospitalUniversitário de Bragança Paulista. Oacidente ocorreu às 7h20, no km 25 da rodovia Alkindar MonteiroJunquei-

ra (SP-63). No local, em uma ponte sobre o rio Atibaia, um ônibus da empresa Massarettie, que faz linha circular, bateu de frente com uma carreta.Umônibus daviaçãoSerrano, que faz linha na região e vinha logo atrás, colidiu com os veículos acidentados. As duas faixas da rodovia foram interditadas. No ABC – Duaspessoas morrerame duas ficaram gravemente feridas, quartafeira, em umacidente no km 50 da rodoviaÍndio Tibiriçá, envolvendo um carro, um ca-

minhão e uma bicicleta, no município deRibeirão Pires, no ABCD. O automóvel, que iano sentido Suzano, tentou desviar de uma bicicleta e colidiu de frentecomocaminhão, que caiu numaribanceira. O ciclista, JairBezerra dosSantos, de 33 anos,e o motorista do carro, Adenir Martinez dos Santos,de 27,morreram na hora. A mulher e a filha de Adenir - Dorivan, de 23, e Carina, de dois - estão em estado grave. O motorista do caminhãonão se feriu. (AE)

Dora Carvalho
Pequena casa de Ferraz de Vasconcelos virou ponto de peregrinação de devotos que vêm de todos os lados da cidade
Helvio Romero/AE

Fashion Week mostra lado comercial

Edição de verão do São Paulo Fashion Week trouxe desfiles sem muitas ousadias para agradar o mercado internacional de moda. O evento mais importante do setor no País mais uma vez mostrou o esforço da indústria brasileira em criar uma moda comercial que agrade compradores estrangeiros.

Um verão mais leve e colorido, mas sem muitas ousadias. Essa foi a marca dos primeiros dias de desfiles do São Paulo FashionWeek -Verão 2002/2003, que termina amanhã, no prédio da Fundação Bienal de São Paulo, no Ibirapuera. A décima terceira edição doevento de moda mais importantedo País mostroua evoluçãoe aorganização da indústria de moda brasileira. A maturidade dos estilistas ficouevidente nas peças que prestigiaram a criatividade, mas com claro interesse comercial.

O Fashion Week, inclusive, foi declaradamente planejado para projetar a indústria de moda nacionalno mercado exterior.A proposta do evento foi mostrar a "cara" da marca Brasil para o mundo da moda. Com essa estratégia, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) trouxemais de 30jornalistasestrangeiros para acobertura dos desfiles.

Oslançamentos paraoverão brasileiro de 2003 receberam a maior delegação de jornalistas e compradores internacionais, de japoneses a australianos. "Faz fazparte de nossa tentativadeenfatizar uma marcacom valoragregadoparase firmardentroe fora do País", disse o idealizador da semana de moda paulistana, Paulo Borges. A posição de Borges, e a intenção de agradar os compradores (principalmenteos estrangeiros), écompartilhada pelos estilistasque mostraram suas coleções no Fashion Week. "Visamosmuitoa imagem, mas a qualidade do produto e uma visão de negócios também são essenciais", disse Luis Fiod, responsável pelo marketingdo atelierdo estilista Reinaldo Lourenço. Para ele, essa visão de negócios e a união de toda a cadeia produtiva sãoasmaiores provas da evolução da indústriade modabrasileiracomo um todo. "É preciso que aja

sinergia entre todos os elos da cadeia produtiva. Só teremos visibilidade com esse trabalho conjunto."

Novas grifes - Para mostrar a marca Brasil para os mercados nacional e internacional, o São Paulo Fashion Week cresceu não só em organizaçãoe estrutura, mas também naquantidadede apresentações. Durante os seisdiasde eventopaulistano, desfilaram 33grifes, sendo 11 estreantes. Para entrar nesse seleto grupoque desfilanasemana demodapaulistana, osestreantes participaramde um rigoroso processo seletivo. Primeiro, os principais editores de moda do País fizeram umaseleção comcerca de40 estilistas."Depois essesnomes foramsubmetidos àCâmaraBrasileirade Moda, composta pordez pessoas que selecionaram os finalistas", disse a diretora de relações públicas do evento, Graça Cabral.

Foto: Agência Estado

Entre os novos selecionados estiveram Caio Gobbi, Jum Nakao, Lorenzo Merlino, Rodrigo Fraga, Vide Bula, V-Rom, Poko Pano, Água Doce, Movimentoe Águade Côco. Outra novidade do eventofoi avalorização do segmento de moda masculina, com estilistas que fizeram apresentaçõesseparadas das coleções femininas, como Alexandre Herchcovitch, Forum e Ellus.

Para chamar atenção - Em uma edição tão bem comportadadoSão PauloFashion Week, com enormepreocu-

Moda masculina ganha mais espaço

A moda masculina ganhou maior destaque no São Paulo FashionWeek.Ao contrário de edições anteriores, grifes como Ellus, Forum, Reinaldo Lourençoe Alexandre Herchcovitch fizeram desfiles separados nascoleções feminina e masculina. Na passarela, homens despojados, misturando estilos entre o formal e o despojado. Ternos dividiram espaço com jeans. As cores não trouxeram novidades, variando entre o branco, preto, tons de cinza e azul. Ricardo Almeida, um dos estilistaspreferidosdos executivos pela sobriedade e elegância de suascriações, mesclou peças de alfaiataria a um visualmais esportivo.Ospaletós,que surgiramemriscade-gizcom apenas dois botões, foramusados sobrecalças jeans de boca estreita e sapatos brancos de bico fino. "O guarda-roupado homem não pode ter apenas uma tendência. É preciso ousar.O modernoécalçacom bocaestreita, que deixa um volumedetecido sobreosapato", disse Ricardo Almeida, no fim de sua apresentação.

Corte reto- Ascalças retas e as peças mais ajustadas estiveram presentes aquasetodosos desfilesmasculinos.

Alexandre Herchcovitch misturou ternos escuros com regatasbrancas;paletós justos comsuspensórios etênis.

Nalinha esportiva,ascalças surgiram mais largas, como se fossem de um número maior, o chamado oversize Já acoleçãomasculina da Ellus mostrou inspiração no estilodos piratas.Camisas brancas de algodão amassado foram combinadas com calças pretas de jérsei preta também de corte reto. Os jeans surgiram lavados,com manchas que alternavam o claro e o escuro, para dar a impressão de roupa gasta.

A moda mais colorida ficouporconta daapresentaçãodeMário Queiros.Oestilista mostrou grandes rostose flores estampadas em camisetas e pequenas figuras em camisas. Outra novidade foram osrecortes. Jaquetas em couro ganharam cara nova com o corte a laser.

Sapatos e acessórios- Depois de váriasestaçõescom sapatosde bicosquadrados, os bicos finos voltaram. Para o verão também foram mostrados tênisesandálias de couro ede plástico.Entre os acessórios, suspensórios, cintosde metale deplástico, com fivelas grandes.

Parcerias lucrativas com estilistas

Assimcomoos estilistase organizadores, várias empresasestãovendo oSãoPaulo Fashion Week como uma excelente oportunidade de alavancarnegócios. Duranteos seis dias deevento aconteceram diversos lançamentos de produtos, de carros daAlfa Romeua celularesdaSamsung. Além da promoção dos produtos, a parceira de fabricantese grifesvemgarantindo retornos consideráveis.

A fabricantes de componentes metálicos Eberle SA

mantém há três coleções uma parceriacomo estilistaReinaldo Lourenço. Aempresa possui uma equipe de profissionais para trabalhar exclusivamente nodesenvolvimento de peças para o estilista.Ositens sãousadosnos desfiles e lançados no mercado três meses depois com a marca Reinaldo Lourenço. Todo esse esforço se justifica pelas metas da empresa para este ano. A Eberle pretende faturarR$ 80 milhões, com um crescimentode23% no

mercadobrasileiro.A fabricante,que também atua no mercado internacional, pretendedobrar suaatuaçãoem toda a América Latina.

Apretensão internacional foi decisiva naescolha do estilista. "Acoleção deleé bem vista internacionalmente", diz a gerente de marketing da Eberle, Mirelle Beulke. A estratégia da fabricante inclui reposicionamento de sua imagem no mercado. "Reforçamos a idéia de que somos uma companhia preo-

cupada com astendências de modanacionale internacional. O nome do Reinaldo também renovou nossa marca."Agerenteainda lembra que as necessidades do estilista em suas coleções servem como motivaçãoextra paraa buscade novastecnologiase materiais.

Parece que a estratégia está dando certo.A Eberleconseguiu superar em 25% suas expectativas de vendas com a última coleção lançada com a marca do estilista.

pação comercial, poucos estilistas se arriscaram em ousar. Uma dasmaiores estratégias para chamar a atenção partiu de Fause Haten.

Oestilista fezo únicodesfile fora do prédio da Bienal do Ibirapuera. Apesar do frio, ontem, ao meio-dia, seus modelos exibiram anovalinhadecuecas dagrifenopátioexternodo MuseudeEsculturas (Mube), nos Jardins. A intenção de parar o trânsito da avenida Europasurtiu o efeito desejado.

Fusão de tendências nos desfiles femininos

Misturas e inspirações variadas, dequimonos japoneses a mulheres de presidiários deramo tom aosdesfiles de moda feminina do São Paulo Fashion Week - Verão 2002/2003. Aleveza ea sensualidade dastransparências e a releitura de roupas de época em peças envelhecidas continuam em alta.Os vestidos apareceram soltos, as saias plissadas, sempre em tecidosleves,dando oardaestação mais quente do ano. Ademocracia damodafemininaficou clarano comprimento dassaias, que podemserlongas, abaixo do joelhoou curtíssimas.Ascores apresentadas também tiveramgrande variação,além do branco, surgiramtons sóbrios, cores metalizadas, tons claros de rosa, amarelo, verde e cores fluorescentes. O desfile mais colorido da temporadafoioda Triton, que lembrou estampas psicodélicas, com inspiraçãonos anos60 e70. Listras, estampas geométricas e desenhos florais também foram vistos

em várias apresentações. Nos pés, sandáliasde dedo ganharam destaque(peças que também estão em alta em Nova Yorke Londres).Entre osacessórios, fitas, franjas, cintos e brincos enormes.

ModaPraia - As grifes de moda praia, que tiveram seu maiordestaque nodesfileda topmodel GiseleBündchen, pela Cia Marítima, mostraramumacoleçãoleve ebastante colorida. Muitas estampas com flores, folhas e listras enfeitaram biquinis e maiôs para todos os tipos de silhueta.Váriosmodelos desutiãe calcinha foram confeccionados para agradar mulheres dos mais diferentes estilos. Para completar, saias e cangas amarradas embaixodo umbigo. Outras tendências mostradas foram camisetes de lycra e mini-blusas de ombros baixose também com babados.As coleçõesdemoda praia ainda cederam espaço para peças como batas, xales, pantalonas, shortinhos e um sensual vestido de um ombro só.

Terno de dois botões, calça reta e sapato de bico fino: tendências masculinas
Foto: Agência
Estampa psicodélica e
Desfile de Fause Haten no pátio do Museu de Escultura foi uma das poucas ousadias da edição de verão do evento

ANÁLISE João de Scantimburgo

Conversas econômicas

Até agora, que se saiba, o único políticocomocargode ministro da Fazenda garantido é Aloizio Mercadante. Daí o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, ter se dirigidoa ele.Para teremuma conversa sobre os problemas dogestor damoedae docrédito, caso, evidentemente, ganhe ocandidato Lula da Silva. Nada mais lógico, nem mais sensato do que o procedimento dosr. ArminioFraga, procurando, depois de regressar dos Estados Unidos, o futuro ministroda Fazenda do sr. Lula da Silva.

Conversando sobre a situação da candidatura Lula e a desconfiança que suscita noscírculosfinanceiros de Wall Street, o futuro ministro da Fazenda poderá, desde logo, aparar as arestas que estão ferindo o seu candidato, e poderão abatê-lo, numa onda de propaganda contráriaaos seusinteresseseleitorais. Em eleição tudo é possível, inclusive uma boa ação em favor deste ou daquele candidato, quenão apreciemos por qualquer motivo.

Quando os candidatos Serra, Cyro eGarotinho anunciarem seus futuros ministros daFazenda,certa-

mente osr. Armínio Fraga desejará ter com eles uma conversa prolongada sobre a conjuntura e considerar que essa é a sua missão, o que, de nossaparte, assimentendemos. O presidentedo Banco Centralestá agindomuito bem, com prudência, com interesse no país,com a sua competência posta à disposição dos futuros titulares, se vierem a ser nomeados. Estamos,pois, deinteiro acordocomo sr. Armínio Fraga.Nãovemosnada de maisqueopresidente do Banco Central, que não é político, quenãoseenvolveu com partidos,quenãodemonstrouuma vez sequer estar interessado em eleições, queira conversar com futuros ministrosda Fazenda, no empenho para que o Brasil mantenha a sua política de estabilidade da moeda e controle da inflação, ainda que tenhamos que nos esforçar omáximo possívelapara reduziras dívidasinternae externa. Éo quepensamos a respeito do encontro.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

Prêmio da imprevidência

Antonio Delfim Netto

S e existe umsetor que funcionou com eficiência nos dois mandatos do presidente Fernando Henrique, foi o da divulgaçãoe propaganda.Para o bem ou para o mal. Desde oinício, nalouvação(merecida) do plano Real, quando se concentrou na vitoriosa batalha contra a inflação, exerceu sua atividade com extraordinária competência. Com igual maestria, promoveu a interdiçãododebate quandoasdificuldades da política cambial já se mostravam evidentes, mas que permaneceram praticamente desconhecidas da maioria dos brasileiros. Com mais facilidade, capturou o sentimento da sociedadea favor do programa de privatizações,noembalo de pesquisas que apontaram a aprovação de quase70%da população.É verdade que – sem desmerecer a competênciadosetor– sua atividade teve o respaldo de um mestre na matéria, o próprio presidente. Infelizmente, essa notável capacidadede mobilizaçãoda opinião pública não foi correspondida por igual eficiência na fase executiva. O exemplo mais dramáticoé o queaconteceu na privatizaçãodosetorenergético,onde aoperação foiextraordinariamente mal sucedida. Sem planejamento adequado, asestatais do setorforam vendidas às pressas para cobrir o buraco externoque o governo estava fazendo com o câmbiovalorizado.Essa urgência exigiu desdeo inícioa concessão de financiamento interno aos compradores externos, utilizando-serecursos dostrabalhadores brasileiros, amealhados no BNDES,em benefício

Ministério da Defesa

Deu resultado acriaçãodo Ministério da Defesa? Por mais boa vontade que tenha o sr. Quintão, oministro escolhido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, e por mais competente que ele seja, como civil capazde discutircom militares problemas da área destes, o certo éque melhor seria que ficassecadaqualno seu lugar, cada arma cuidando de seus interesses, como, por exemplo, a compra dos aviões supersônicos.

O Exército deve dispensar recrutas porfalta deverba para alimentação e outrositens do orçamento de cada um dos recrutados. Seria, no entanto, do maior interesse para os recrutas quefossemmantidosna arma. De resto, todos os jovens na idade militardeveriam fazero serviço,para melhorara formação escolas dos menos favorecidos,para teremnoções seguras de higiene, para serem completamente alfabetizados pelo período escolar.

A Marinha, que já foi prospera, pois a tivemos a melhor das

Américas,inclusive do quea dos Estados Unidos, essa deveria recrutar milhares de jovens, levando-os emviagens deestudos pelo mundo,por turmas, a fim de que apreendessem o que lhes é impossível de fazer aquidentro doBrasil. Infelizmente, aMarinha, a primeira das armas por ser por mar quevieramos descobridores, está, igualmente, mal, sem armamentos e sem navios, que é o principal. Estamos, portanto, com as trêsarmasem péssimasituação. Pareceatéqueumdescendente de militares, um brasileiro ligado por laços de famíliae desangue amilitares, tenha recebido a incumbência de enfraquecer o nosso sistemadefensivo,aindaque nos custecaro numeventualconflito regional ou, mesmo, internacional. É umapena isso tudo, masa realidadeé quenão temos um sistema dedefesa como deveríamos tê-lo. Essa a realidade brasileira.

João de Scantimburgo

Redução da Criminalidade

de trabalhadores estrangeiros. As falhas do programa se tornaram conhecidasquando a emergência do racionamento mostrou duas situações absurdas: o total e imprudente abandono dos investimentos no segmentoestatal remanescente e a ausência de regulação dasatividades privatizadas.A privatização malfeita estácobrando um preço altoda sociedade brasileira, a começar pela queda de dois pontos percentuais no crescimento do PIB,algo como30 bilhões de reais quedeixamos deproduzir por causado racionamento. Com1/3dessesrecursos, teríamosampliado aredede distribuição, transferindo energia disponível paraas regiões carentes.

Para o consumidor, o mais grave é ter de suportar aumentosgigantescos nas tarifase comparecer ainda com o pagamento de um seguro que até agora o governo não soube calcular direito e que muda a cada semana. Um "prêmio" para manter paradas cerca de 40 usinastermelétricas, àesperaque volte a faltar energia no sistema hidrelétrico.

Para o país,resta absorver o imenso prejuízo pelaperda de uma das maiores vantagens comparativas que tínhamos devido à dominância da hidroeletricidadeem nossa matriz energética, que nos permitiaproduzira custosmenores do que nossos competidores. Esseéosaldo daimprevidência do governo e do descaso com que foram conduzidas as privatizações.Nãohá propaganda, por melhor que seja, capaz de compensá-lo.

Antonio Delfim Netto é deputado federal

O s crimes violentos, praticadospor reincidentes que,amiúde, irrompempelo noticiário, traumatizam a opinião pública e colocam governantes eautoridadespoliciais em ebulição, na tentativa de lograr soluções, com organizaçãodeforça-tarefa ealocação dequantidade expressivade policiais etambém de meios materiais, em detrimento de outrasatividades de segurança, de formaimprovisada e pressurosa.O processoserepetee, exauridosnaapuração de eventos impactados, os órgãos de combate ao crime perdem apossibilidade deplanejamento,visãoglobal,e perspectiva de longo prazo.

O incremento de crimes violentosguardaestreita relação como sistemaprisionalatual, quando se analisam os seguintes aspectos:

* 80% dos crimes violentos praticados contraa pessoae o patrimônio são de autoria de reincidentes que estãofora de presídios e penitenciárias por via da fuga, do resgate ou da liberdade condicional convertida em fuga;

* estando sentenciados,os Poderes Legislativo e Judiciário cumpriram o que lhes cabia fazer, aprovandoleiseprolatando sentenças; o elo fraco residenosistemaprisional vigente, que nãoconsegue reter parcela significativa de criminosos violentos, que voltam às ruas e morros para a prática de crimes ainda mais hediondos;

* a edificaçãoe manutenção de presídios desegurança máximaexigem somasexcepcionalmente elevadas enem por isso ficamlivres defugaspor túneis e transposição de muralhas, manejo decelulares para contato com o crime organizado externo e ingresso de armas e drogas;

* osistema de "visitas intimas" estimula alibido, com vasto coroláriode conseqüênciaindesejadas: estimulo ao homossexualismo violento e perverso e deformação daor-

datilografados. Ascartas àRedaçãosomenteserão publicadas se contiverem,alémda identificação do missivista, endereço com rua, número, bairro, CEP e, se possível, telefone e rg. As cartas poderão ser resumidaspela redação, publicando-se, apenas o essencial. Os originais não serão devolvidos.

Os artigos enviados à Redação do DC para

dem e disciplina internas, transformando o carcereiro em atendente de motel;

* os estabelecimentos prisionais localizadosem meioa centro urbanos,comampla movimentação humana ao derredor, alarido de crianças, vozeriodepessoas, visãode mulheres, rumor de veículos, enfim plenaliberdade reinante em entorno, produzem amargor, reação psicológica negativae anseioinsopitável de fugir.

O presidiário com longa pena acumprir, erotizado pelas visitas intimas, adrenalinado pelo burburinho citadino estará transformadoem verdadeira máquina de fuga.

Diferentemente do que ocorre no cenário descrito, o sentenciado com pena de média ou longa duração, ao adentrar o estabelecido prisional, deverá preparar-separao período da condenação, revendo anseios sociais, perspectivas de realizaçãopessoale objetivo econômicos, amoldando-se á idéia de vida singela, tosca, introvertida -pois essa éa realidade de qualquer presídio.

Terá, portanto de metabolizar a idéia de viver recluso, adstrito ao regimeprisional, conquistando diminuição da pena pelo bom comportamento.

É a possibilidadede superação dessas diversas questões que nos levam a advogar a adoção de presídios e/ou penitenciárias em ilhas.

E, finalmente, é também o presidiário beneficiário da alternativa.

Assim, transplantado do cubículo da cela para o espaço da ilha ea imensidão do mare do céuque aenvolvem,próximo ao potencial construtivo da natureza, livre da promiscuidade eda baixariadominante na prisão tradicional,liberto daexcitaçãoe aspiraçõesinviáveis,ai, sim,poderávicejar o que de bom remanesce na alma e coração do presidiário.

Evandro Mesquita é diretor da Fundação Ulysses Guimarães de São Paulo

máximo2.800caracteres,sedigitados,ou40

Cabide de empregos Parece sina. Por mais que o discurso de campanha eleitoral seja de austeridade, basta chegar aopoder, aomenos temsidoem SãoPaulo,para o PT inchar o quadro de servidores municipais e criar cabidõesconfortáveis deempregos e distribuir cargos públicos entre "correligionários". Foi assim com Luisa Erundina.Está sendo assim com MartaSuplicy.Jánão bastasse o aumento dado anteriormente aos cargos de "confiança" ea elevaçãode número de contratados, agora, a municipalidade sob a batutapetistacria maisdois mecanismos de aumento dos cabides.

Secretaria e sub-prefeituras

Criar uma Secretaria de Segurança Municipal para subordinar aGuarda Municipalé trocarseispor meiadúzia na eficiencia, na eficácia da açãodo municípioda segurançapública, além,claro, de gerar bons cabides para os amigos da Casa. Criar as subprefeiturasaocusto demais de R$ 1 milhão/mês só na folhadepagamento aserinstituída, éuma grosseriapara com o sofrido contribuinte paulistano. Especialmente porque o líder do governo no Palácio Anchieta foi muito claro: os critérios de indicaçãoe dedecisão serãopolíticos.

Deboche O poder público brasileiro, paulistano epaulista, para

não dizer todo ele no país, debocha sem constrangimento da pamonhice cabocla. Da pasmaceira com que todos os assaltos oficiais e achaques são recebidos, saem sempre as iniciativas seguintes. Empenhadas em cuidar de salvar os seus. São todos Mateus.

Educação

Sempre que mencionoa questão da educação, esta deve ser entendidaem todo os espectro que comporta. Menciono usualmente os "idiotas do acostamento", aquele tipo de "esperto" que sai da pistacongestionada se achando o luminar do mundo eos outros todosuns paspalhos (devemos ser, mesmo) para congestionar de novoaovoltar àpistalogoà frente. É um tipo de educação que falta. Tem outro. O "idiotadocelular". Ohomem,ou (tenho vistomuito)a mulher, que em ambientespúblicosfalaaocelular como tom de voz de quem canta ópera,como setodos àsua volta devessem saber como ele (ela) são importantes. Em sala de embarque de aeroportoé irritante.Atédentrodo avião já vi uma "executiva" agachada entre sua poltrona e oencostodafrente, falando "baixinho"ao celular,obviamente proibido deser usado em aeronaves. É gente sem educação.

De cima

O exemplo do desmando de vemdogoverno,vem da Justiça, vem do Parlamento.

P. S . Paulo Saab

O QUE SE ESPERA DO FUTURO GOVERNO?

Setor de turismo espera menor carga tributária

O Brasilrecebe umamédia de5,5 milhõesde turistas estrangeiros porano. "Poderia receber pelo menos uns 11 milhõesou12 milhões", dizTasso Gadzanis, presidenteda Associação BrasileiradeAgências de Viagens (Abav). Só que este ano esse número deverácairpara 4,9milhões, porque cerca de 600 mil argentinos, dos800 milesperados,deixaramdevir ao Brasil e aqui gastar US$ 600 milhões.

O Brasil tem tudo para avançar rapidamente nessa área. Segundo Gadzanis, embora não seja perfeita, a infra-estrutura melhorou muito nasáreas turísticas do Nortee Nordeste:aeroportos, hotéis, limpezaurbana.Mas hápoucadivulgação do Brasil lá fora, falta de um Agência Nacional de Turismo ágil nas decisões e desafogo tributário sobre as empresas do setor.

A pesada carga tributária tem um efeito perverso sobre as empresas brasileiras de turismo

"Basicamente, é isso que o novo presidente precisa fazer para desenvolver o turismo no Brasil", explica o presidente daAbav.Ele acha que é preciso começar pelareforma tributária, pois acargaatual–que já bateu nos34% doProduto Interno Bruto (PIB)– está literalmente inviabilizando as empresasdo setor, sobretudo aspequenas. "Elas

estão indocadavezmais para a informalidade", denuncia Tasso Gadzanis. A pesada carga tributária temoutro efeito perverso sobre as empresas de turismo: "Como não sobra nada no final do mês, o empresário não investe." E o turista sentena pelea falta deinvestimento em informação, pessoal, treinamento e equipamento, base para prestar bons serviços. Em segundolugar, onovo presidente precisa ter um c om p r om i ss o em vender a imagem do Brasil lá fora, mas de forma pro fissio nal. Para Gadzanis não adianta liberar um "dinheirão" paragastar numa campanha num país qualquer – na França, por exemplo –e depois sumir. "Isso é jogar dinheiro fora", alerta. O Brasilprecisa, segundo ele,terescritórios com profissionais presentes o tempo todo, dando informações, divulgando o País na imprensa local, distribuindofolhetos informativos e assim por diante. O presidenteda Abavtambém acha que o novo presidente vai ganhar muitose tocarparafrente aidéiade criar uma Agência Nacionalde fomentoaoturismo nacional.

Sergio Leopoldo Rodrigues

Hotéis reclamam maior atenção

Todos os candidatos à presidência mostraminteresse e fazempromessasde dar prioridade ao turismo. "Mas é preciso saber se vão mesmo fazer depois de eleitos", diz Luiz Carlos Nunes, presidente da Associação Brasileira da Indústrias de Hotéis(Abih-Nacional). O seu setor, porexemplo, anda com sérias dificuldades, pois a ocupação média nacionaldosquartos caiu muitoeste ano,emvirtude de vários fatores: crise no Brasil, na Argentina, copa, eleição, 11 de Setembro etc. Nunescalcula que amédiadeocupação gireaoredor dos 30% a 45%, dependendodaregião doBrasil, que tem hoje cerca de 18 mil hotéis epousadas (cercade 100 mil leitos). Como de cadadez empregoscriados, um estáno turismo,o setor se torna prioritário para geração de trabalho. "Sobretudo porque o investimento é bem menor do que em outros setores", argumenta. O presidente daABIHNacional lembra que essa

Projeto obriga os partidos a fazer limpeza em campanha

O senador Álvaro Dias (PDT-PR), quer que os partidospolíticos tenhama incumbência de limpar as cidades detodososvestígiosda campanha eleitoral, num prazo de até 30 dias após as eleições. A proposta consta de projeto de lei apresentado peloparlamentar, jáaprovada no Senado, e que será analisado pela Comissão de Constituição eJustiça daCâmara dos Deputados,tão logoseiniciem ostrabalhoslegislativos, no segundo semestre. O projeto de lei de Álvaro Diaspropõevárias outras mudanças na lei nºs 9.504/97, queestabelece um conjunto denormaseleitoraisena lei nº4.737/65,que instituiu o Código Eleitoral. A proposta determina que "os partidos políticos deverão remover a propaganda eleito-

Municípios e Estados poderão ter consórcios

Estados, municípios e o DistritoFederal poderão constituir consórcios destinados a implementar políticas de desenvolvimento, com destaquepara arealizaçãode serviços públicos, atividades eobras deinteressecomum. É o que determina projeto do senador Geraldo Althoff (PFL-SC), já aprovado em decisãoterminativa pelaComissão deConstituição, Justiçae Cidadania(CCJ) eque, atualmente, se encontra na Comissãode Trabalho,Administraçãoe Serviço Público daCâmara,aguardando votação.

crise no setor hoteleiro, que gera 500 milempregosdiretos e 600 mil indiretos no País –agravadapeladisseminação dos flats – fez apenas o seu Estado, Santa Catarina, deixar de por no bolso R$ 500 milhões este ano. "Com isso, R$ 100 milhões em impostos não foram arrecadados", alerta.

Para Luiz Carlos Nunes, se o novo presidente tomasse algumas providências, seriaum bomcomeço para estimularo turismoe aumentara taxadeocupaçãodos hotéis, gerando mais empregos e impostos.

· Abrir linhas de crédito parafinanciar a melhoria dos equipamentos de hotelaria

· Baratear astarifas aeroportuáriasque acabamencarecendo muito as passagens aéreas

· Evitar a concorrência predatória dosflats,impondo a eles os mesmos direitos e obrigaçõesdos hotéis,quetêmcustos maiores com mão de obra e com tributos. (SLR)

AGENDA POLÍTICA

• Terminadomingo, dia28,oprazo paraapublicação dos nomes dos indicados para a composição dasjuntas eleitorais para o primeiro e segundo turnos (caso necessário). Títulos de eleitores que pediram transferência, ou solicitaramo documento pelaprimeira vez, devem estar prontos.

ral que eles ou seus candidatos tenham fixado, nos bens e logradourospúblicos, oudas fachadas outapumes debens particulares, e promover a reparação de eventuaisdanos, até 30 dias após arealização das eleições, sob pena de pagamento da multa de mil a 20 mil Ufir".

Entre as alterações propostas na atual legislação, o senador Álvaro Dias quer abolir o dispositivo que obriga que asdoações feitas aos partidos políticos,de até dez Ufir

de crime, o uso de alto-falantese amplificadores desom oua promoçãode comícios ou carreata e a distribuição de material de propaganda política pelos partidos, no dia das eleições.

Partidos deverão remover a propaganda eleitoral que eles ou seus candidatos tenham fixado

(Unidade Fiscal de Referência), sejam feitas através de cheques cruzados e nominais.

A proposta quer também considerarinfração, emvez

Prevê aindaapropostado senador ÁlvaroDiasproibição da veiculação de propaganda que possa degradar ou ridicu larizar candidatos, sujeitandoo partido ou coligação infratores àperda do direito à veiculação de propaganda no horário eleitoral gratuito do dia seguinte.

Shows – A proposta também veda a contratação de shows artísticos pagos com recursos públicos, na realização de inaugurações, nos três

meses que antecederem às eleições, sujeitandooinfrator à cassação do registro ou do diploma.

Entendeaindaa proposta que os Tribunais Regionais Eleitorais devem ser previamente ouvidos quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tiver de determinar, de ofício, a revisãoou correição de zonas eleitorais. Pretende, também, descentralizar as funções da JustiçaEleitoral, determinando que todosos seus órgãos enão apenas o TSE, como determina a Lei atual, possam requisitar das emissoras de rádio e televisão os boletins e instruções ao eleitorado. Pretende,ainda, exigir a designação, por parte dos tribunais eleitorais, de até seis juizes auxiliares, e não apenas três,como atualmente. (AS)

Comissão examina mudança no processo de cassação de mandato

Arelatoradoprojeto na CCJ, senadora Maria do Carmo Alves (PFL-SE), considerou a formação de consórcios boa para o desenvolvimento regional,lembrando que a união entre estados e municípios poderá reduzir custos em bens e serviços. (AS)

O início do processo de cassaçãode mandato de senadorpode sofrerantecipação, caso a Comissão de Constituição, Justiçae Cidadania (CCJ) do Senado aprove projeto de resolução do senador Osmar Dias (PDTPR). A matéria recebeu substitutivo do senador Francelino Pereira(PFL-MG) edeve entrar na pauta da comissão a partir de agosto, após o recesso parlamentar deste mês. A proposta acrescenta um dispositivo à Resolução nº 20,de1993, que instituiuo Código de Éticae Decoro Parlamentar.Atualmente, a abertura doprocesso decassaçãopela MesaDiretora só ocorrese for acatadorelatório nesse sentido já aprovado pelo Conselho deÉtica. Osmar Dias quer que o processo seja iniciadoa partirdo despacho de conhecimento de qualquer denúncia ou repre-

Câmara questionará corte no gasto militar

Os cortes de recursos orçamentários impostos às Forças Armadas vãoser questionados pelaComissão deRelaçõesExteriorese Defesa Nacional da Câmarados Deputados.Na primeira semanade agosto,o presidenteda Comissão, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), vai convidar os ministrosda Fazenda,Pedro Malan,e doPlanejamento, Guilherme Dias, para prestarem esclarecimentos sobre os cortes de recursosno orçamentodas Forças Armadas. Dos R$ 5,224 bilhões previstos no Orçamento dasForças Armadas e do Ministério da Defesa, foram liberados até agora apenas R$ 3,50 bilhões. Em nota oficial, Aldo Rebelo manifestou preocupaçãocom o ajuste,especialmentenos recursosdoExército. Segundo o parlamentar, a atitude do Executivo é contraditória uma vez que o pró-

prio Governo está se esforçandoparaque oBrasilocupeuma vagano Conselhode Segurança da ONU eque as Forças Armadas participem demissões internacionaisde paz e segurança. In ac eit áv el – Ainda de acordo comRebelo, alémde incoerente, os cortes no orçamentodas ForçasArmadas são inaceitáveis, uma vez que a própria sociedade brasileira clama por segurança. "A nossa preocupação vem exatamente porqueasForçasArmadas têm missão constitucional a cumprir e os cortes podem comprometer o cumprimento dessa missão, que é de garantira segurança de nossas fronteiras, de nosso espaçoaéreoe donossomar territorial.Vamossolicitar a liberação de todos os recursos para as forçase o descontigenciamento das verbas que já estãoaprovadas,paraevitar efeitos danosos". (AC)

sentação peloConselhode Ética.

Esse despachode conhecimentoseria dadopor umrelator, designadopelopresidentedo Conselho deÉtica 48 horas após o recebimento da representação oudenúncia.Se adecisãoda relatoria for pelonão acolhimentoda representação ou denúncia, a mesma será encaminhada aos membrosdo Conselhoe da Mesa Diretora, sendo facultado a qualquer senador recursoda decisãoaoplenário do colegiado. Não será dado conhecimento, por exemplo,de denúnciasanônimas ou sem fundamentação.

Esc ape –De acordo com Osmar Dias, suaintenção com o projeto é "impedir que o congressistase valhada renúnciapara escaparaoônus jurídico e político decorrente da cassação de seu mandato". Hoje, o parlamentar só fica

impedidoderenunciar após aMesa Diretoradecidirpela abertura de processo de cassação. Se o fizer antes, pode evitar a suspensão de seus direitospolíticos, queotornaria inelegívelpor oito anos, no caso de a cassação do mandatoser aprovadapeloConselho de Ética. Em seusubstitutivo, Francelino Pereira altera o projeto originalno tocanteaoinício do processo de cassação, que só ocorreria coma publicação, no Diário do Senado, do despacho do Conselho de Ética sobre o conhecimento da denúncia ou representação. Outraalteração proposta refere-se àdefinição do prazo para que a relatoria apresente seu parecer. Para Francelino, isso deve acontecer em até 72 horas após o recebimento da representação ou denúnciapelo presidente do Conselho de Ética. (AS)

Senadora faz proposta para aprimorar juizados

A Comissão de Constituição,Justiça eCidadania do Senado deve votar em breve, emdecisão terminativa,projeto delei dasenadora Marina Silva(PT-AC) apresentado na última semana de junho quebuscao aprimoramento daleiquecriou os juizados especiais cíveis e criminais. Asenadora elogiaa lei de 1995, que na sua opinião simplificou procedimentos e acelerou a prestação de serviços pela Justiça,mas acredita quehápontosque precisam ser revistospara adequaro textoa outrosdispositivos legais. "O conjuntode modificaçõessugeridas corrigirá todos os pontos críticos da norma,ampliará suaeficácia eo poder de pacificação do Judiciário", analisa a senadora. A proposta de Marina corrige, porexemplo, umafalha da lei,que nãopreviu demaneira adequada ahipótese de

apessoa condenada não cumprir,total ouparcialmente,a pena.Paraadequar o projeto à legislação em vigore àsistemáticaencontrada no projeto de reforma do CódigodeProcesso Penal, a senadora também busca ajustar a lei no que diz respeito àsuspensãodoprazo de prescrição dos crimes. Penas – O projeto tenta resolver aindao problema do acréscimo de penas resultantes de um crime continuado e da participação formal de pessoas. ParaMarina, esses fatores não devem representar o agravamento da conduta dapessoa investigadapor um crime.

Outrosajustes formaissão sugeridos porMarina, como o fim da possibilidade de permitir aconversão depena de multa em prisão, o que, na sua avaliação, não encontra respaldo na Constituição de 1988. (AS)

Europa não teme as crises no Cone Sul

Para os analistas, as conjunturas do Brasil e da Argentina não chegam a representar riscos sérios para a economia global

Os mercados europeus continuam tranquilos: não existe o temor de serem atingidos pelascrisespolítica, econômicae financeiraque abalamo Brasile,principalmente,a Argentina."Porenquanto não há muita preocupação com os episódios recentes de volatilidade que aconteceram, por exemplo, noBrasil ena Turquia,posto que parecem decorrentes de fatoresinternose nãodainfluência da criseargentina", frisam altas fontes financeiras de Frankfurt. Estas mesmas fontes garantem que, j ustamente por causa desta característica marcadamente interna dacriseargentinae do difícil momento brasilei-

ro, destasduasfrentes não devem chegar sérios riscos para a economia global. Outrosanalistas concordam com ainterpretação das fontes financeiras da cidade alemã: a criseargentina não repercutiunos mercadoseuropeus tão duramente como ofez, porexemplo, emWall Street. Outrasduasfontes importantes confirmamesta análise.

"Sobre o Brasil não estamos tãopessimistas. Depoisdas eleições, asincertezasdos mercados diminuirão e o governo, sejaele qualfor (Lula ou José Serra), terá grande capacidade para atrair novos investimentos", declara o vice-presidente do Banco

Mundial DavidDeFerranti. "O Brasil está funcionando bem, comorevelam umasérie de indicadores sociais. O desenvolvimento da escolaridade primária, por exemplo, evidencia um avanço". De Ferranti também lembra que,com base nos dados do primeiro semestre, o Brasil deve fechar o ano com investimentos estrangeirosda ordem de US$ 18 bilhões a US$ 20 bilhões.

Futuro presidente brasileiro, quem quer que seja, terá condições de atrair os investimentos que o país precisa

Espanhae Itália –A nível europeu, aonda deinstabilidade proveniente da América do Sul atingiu principalmen-

tea Espanhae, em medida menor, aItália. Noprimeiro caso, semanalmente, repercutem naBolsa de Madrios problemas que os grandes grupos espanhóis enfrentam na Argentina, em funçãodos inv e s t i me n t o s enormes quefizeramnos últimos anos. No caso da Itália o problema é distinto posto que, com raras exceções, os investimentos dos grandes gruposindustriais foraminferiores às dos espanhóis. Oproblema selocaliza principalmente nos bônus emitidos pelaArgentina, que

França reduzirá o desemprego juvenil

Ajudas governamentais estão chegandonaFrançaaos jovens semqualificaçãoprofissional, cuja taxade desemprego éamais altana União Européia.O novogoverno adotou um projetode lei que devefacilitar a contratação, no setor privado, de até 300 mil jovens nos próximos três anos, com custo anual estimado em 500 milhões de euros. O dispositivo, que, segundoo ministro dosAssuntos Sociais,François Fillon,per-

Ciência

Saúde

mite "orientaros jovenspara o setor privado", prevê a isenção dos ônus sociais em 100% nos primeiros doisanos e de 50%no terceiro ano para as pequenas emédias empresas que contratarem os franceses de 16a 22anos quenão possuamo diplomadosegundo grau. Os adolescentesdeverão ser contratadosporempresascom menosde250 funcionários, que se comprometerãoa pagarumsalárionão inferior ao ‘salário

mínimo garantido’. R e c o rd e – "Espero que, com este dispositivo, possamos facilitar a contratação de 60 mil a 100 mil jovens por ano", afirmou Fillon, destacando a urgência de reduzir a desocupação juvenil, em forte aumento na França. "A França, com taxa de desemprego dos jovens sem qualificação em 30%, bate o recorde europeu na categoria", acrescentou o ministro. "Queremosapenas reduzir esta di-

mensão", disse. Segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), as medidasadotadas pelo governo anterior para diminuir o desemprego juveniltiveramum impacto positivo imediato, mas foram muito custosas.O programa teriacustadoo correspondente a 0,4% do Produto Interno Bruto, umnível recorde para os países da região da OCDE. (Reuters)

usará tecido clonado em vacas

Cientistas usarama tecnologia da clonagem com sucesso em vacas, para criar tecidos capazes desubstituir a necessidade detransplantes.

Uma equipe da Advanced CellTechnology (ACT),nos Estados Unidos, criou rins em miniatura epequenas amostras de tecido cardíaco a partir decélulas clonadas.As vacas nasquais ostecidos foram implantados não rejeitaram os tecidos clonados. Os cientistas acreditam que a técnicapode ser bemsucedidaemseres humanos porque as vacas também possuem sistemas imunológicos (de defesa) complexos e, portanto,rejeitamcélulas que não fazem partede seu organismo.

Noestudoda ACT, vacas foram clonadas e os embriões dos clones,gerados emlaboratório, cresceram no útero de vacas. Quando, após algumas semanas, os órgãos co-

meçaram a se formar, os pesquisadores removeram algumas células dos rins e dos músculos e as fizeram crescer emlaboratório atévirar órgãos artificiais. Uma vez implantadospor baixodotecidocutâneodas vacas,osanimais nãorejeitaramos tecidos fabricados.

A pesquisa, que foi publicada na revista científica Natural Biotechnology, tem como objetivo usar a chamadaclonagemterapêutica tirando, por exemplo,umacélulade um

paciente e criando, a partir dela,células nervosas,músculos ou cartilagem parasubstituir o seu próprio tecido.

Emtese, essestecidos se adaptariam perfeitamente ao organismo do paciente, tratando doençascomo problemasno coração,rins,pulmões, e também males como diabetes,artrite, Aids,derrames e câncer.

Rejeição – Omaiorobstáculodaspesquisasque vêm sendo realizadas é que os animais produzidos por meio de

clonagem herdam algum DNA (códigogenético) do óvulo usado na técnica, no lugar do DNAdacélulado doador. Esses"genesexternos" facilitam a rejeição do órgão após um transplante. O novo estudo mostra que, apesardo DNAexterno, as vacas não rejeitaram o tecido clonado.

Robert Lanza, presidente da ACT,está esperançosode que a técnica pode, no futuro, evitar ostransplantes emseres humanos. (Reuters)

Novo celular funciona no dente

Estudantes do RoyalCollege of Arts, um dos mais tradicionais de Londres, desenvolveramum telefone celular molar, que é acoplado (e pode funcionar) no dente do usuário. O aparelho pega sinais de umreceptor derádio e usa um disco vibrador minúsculo para converter esses sinais em som, que passa da mandíbula para o ouvido do usuário. Os criadores dotelefone molar afirmam queo aparelho pode ser implantado em um dente durante uma cirurgia dentária convencional. O protótipo foi apresentado durante umevento emLondres. Oaparelho ficará exposto aténovembrono Science Museum. O telefone pode ser implantado duranteuma cirurgia dentária. Atualmente,o aparelho só tem um design. Ele ainda precisa dos chips de comunicação para que funcione

os pequenos acionistas compraram emmassa. Muitos deles perderam até 75% do valor investido. Sempre no caso italiano,nãodevemos esquecer onúmero relevante de acionistas que se "queimaram" com os títulos argentinos.

Foramcerca de350milas pessoas que entre 1998 e 2001 compraram títulospor um valor entreUS$13 bilhõese US$ 14 bilhões e que hoje desconhecem quando serão reembolsados.

Do mercado internacional de bônus tambémse ocupa o Banco de Pagamentos Internacionais (BIS, a instituição que agrupa os principais bancos europeus) da Basiléia,

que em seuinformeanual, frisa que, de uma forma ou de outra, a Argentina, o Brasil e a Turquia não comprometeram, comose temia,os mercados internacionais. "Os fluxos do mercado de bônus não se alteraram e os investidores passaram a diferenciar melhor entreas economiascom bonsresultados e as em crise", afirma o documento. "As correntes de capitalcanalizadas atravésdas emissões acionárias foram atingidas pela incerteza generalizada nos mercados financeiros,pelas fugasdecapital da Argentina e Turquia, e pelo impacto dos atentados terroristas de 11 de setembro último. (Reuters)

Alemanha usa a lei para combater a corrupção

Adois mesesda eleiçãodo novo Parlamento e do governo, o gabinete do chanceler federal Gerhard Schröder aprovou,em Berlim,umdecreto criando umregistro de firmas que pratiquematos ilegais, comopagamentode propina apolíticos oumembros do governo, façam doaçãoilegalapartidosou tenhamempregados semcontrato de trabalho.

As firmas corruptas não terão mais chance alguma na distribuiçãode encomendas do Estado em todas as esferas, seja federal,estadual oumunicipal, anunciouo ministro da Economia, Werner Müller, o único que não tem partidonogoverno decoalizão social-demoacrata (SPD) e Verde. Ele tomou a iniciativa legal da novamedidapara combater a corrupção e o mercado paralelo de trabalho, depois que estourou o escândalo dedoaçõesilegaise propinasmilionárias nodiretórioregional emColônia do Partido Social Democrático (SPD), para facilitar a construçãodeum centro de incineração delixo. Opresi-

como um telefone celular. Mas, segundo o estudante James Auger, um dos criadoresdo projeto, a tecnologia necessária para oaparelho funcionarjáexiste. Elaapenas precisa ser adaptada para umamáquina tão pequena como o telefone molar.

Os criadores do telefone já apontamvários usuáriosem potencial do aparelho: trabalhadores de bolsas de valores, quedesejam receber informaçõesatualizadas sobreo valor das ações, técnicos e jogadores de futebol,quepodem se comunicar melhor em campo. (Reuters)

dente nacional da legenda é o chefe de governo, Schröder. Partidos – Odecreto anticorrupçãofoi aprovadoum dia depois que um prefeito do SPDfoi indiciadopor corrupção. Exatamente o prefeito deWuppertal,HansTremendhal, que se destacou em 1996nocenário nacional coma criaçãodeumórgão para combatera corrupção, foi acusado agora de ter recebido meio milhão de marcos paraasuacampanha eleitoral, em1999, deum empreiteirode olhonasobras dorico município.

Odecretodetermina que, antes de fazer uma encomenda no valor de mais de 50 mil euros, o cliente (governo federal, estadual ou municipal) éobrigadoa consultaro indexde corruptospara saber se a vencedora da licitação pública consta na lista das firmasque cometerampráticas ilegais.Em caso positivo,a firma ficaimpedidadereceber a encomendapública. O decreto prevê acesso aos dadossó paraos clientes(órgãos oficiais quefaçam as licitações). (Reuters)

Europa aprova código de conduta contra o terror

Um novo código de boa condutanaluta contraoterrorismofoi adotado em Estraburgo pelo Conselhoda Europa, pelos delegados dos ministros dasRelações Exteriores dos países membros. As novasregras estabelecidasrepresentam "normas mínimas" comuns para os Estados signatários,que têm o objetivo de preservar os valores fundamentais dos Direitos Humanos, da democracia e do Estadode Direito,no âmbito docombate aoterrorismo. O códigoaprovado emEstrasburgo prevê, em particular, que uma pessoa acusada de terrorismo não poderá incorrer napena demorte e,se sofrer este tipo decondenação,a penanãopoderáser executada.

Esta mesma pessoa não poderá nem sequer ser extraditada para um paísno qual se

aplique a pena capital. Conforme as linhas diretrizes definidas hoje, os Estados membros terão a obrigação absoluta de protegertodas as pessoas contra o terrorismo, o arbítrio e a tortura.

Asbuscas,os interrogatórios,oscontrolesde correspondência, qualquer ingerência na vida privada e as infiltrações dos agentes deverão estar ‘previstas em lei’. Um quadro legal será estabelecido para as prisões, a detenção provisória,os processos judiciais e a extradição. Nocódigo deboaconduta – que representa uma base mínima que cada Estado membro poderádesenvolver – há garantiasde proteção às vítimas de atos de terrorismo: todo país deve garantir o ressarcimento dos danos sofridos,principalmente nocaso de danos físicos ou à saúde física e mental. (Reuters)

Acordo com México beneficia o Brasil

Pelo menos neste ano, o País, mais do que o México, deve ser o grande beneficiado do acerto comercial concluído no começo de julho, avalia a AEB, associação especializada em comércio exterior. O setor automotivo nacional, particularmente, será um dos mais favorecidos, o que pode compensar as perdas da nova negociação com a Argentina. Mas o acordo foi criticado por alguns empresários e analistas, que sustentam que o governo não soube negociar.

O Brasil devesero maior beneficiadodosacordos de comércio bilateral fechados no começo de julho com o México,pelomenos emseu primeiroano devigência. A avaliação foi feita pelo diretor da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augustode Castro.Eleacredita que, até dezembro, o País deve exportar muito mais ao parceiro do que importar. Para Castro, especialmente

o setor automotivo brasileiro deve termais vantagensdo que omexicano. Antesdesse último acerto assinado no começo do mês, os dois países já tinham um acordo no setor automotivo, que vigoroude maio de 2000 a maio último e previa uma tarifaespecial de 8% para a comercialização de até 50milveículosporano. As taxas normaiscobradas para aimportaçãodeveículos são de 35%, no Brasil, e de

Empresários reclamam de falta de informação

Apesar de os acordos de comercialbilateral fechados com o México terem sido comemorados pelo governo e por alguns analistas, certos setores do empresariado consideraramo acertoinsuficiente – e prejudicial ao Brasil em casos específicos.

Osempresários se queixaram de que não tiveram acesso aos termosda negociação, e de que só foram informados sobre o acordo depois que ele jáhaviasido fechado. "Num acordo como esse feito com o México, os sindicatose associaçõesda indústriatêmde opinar. Mas os empresários não foram convidadosa participar das conversas", afirma o presidente da Associação Brasileira de Comércio Exterior(Abracex), Roberto Segato. "O governo não pode tratar essesassuntos apenas politicamente, como tem feito".Paraele, "aindahojese conhece muito pouco sobre esse acordo".

Segato critica também a "qualidade" das negociações comerciais empreendidas pelo Brasil. "O ministro ( do Desenvolvimento, Sérgio Amaral), além de não receber o apoio de uma equipe adequada, é cordato demais, precisa ter pulso mais firme". Ele cita outras questões de comércio exterior para mostrar a falta de preparo do governo. "Veja a questão do aço. Os Estados Unidos mandam e desmandam no mundo, e o Brasil não está nem política, nem diplomaticamente preparado para enfrentar disputas do gênero".

Lista pequena –Além da falta de informações,os empresáriosdas indústriastêxteis e de eletroeletrônicos, principalmente, reclamaramdas condiçõesimpostas peloacordo mexicano.Para

a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit),por exemplo,o setorde confecções brasileirosairá emdesvantagem, porque, pelo acerto, osprodutos nacionaisdeverão pagarumataxa de 35% para entrar no México, enquanto os mexicanos terão uma tarifa de apenas 25%para seremimportados pelo País. AAssociação Brasileira da Indústria de Eletroeletrônicos (Abinee)reivindicauma ampliação da quantidade de produtos incluídos na listade preferências tarifárias.

Segundo o diretor da Associação de Comércio Exterior doBrasil (AEB),JoséAugusto de Castro, no início, o Brasil defendia a inclusão de cerca de 1.500produtos na lista depreferências. OMéxico não concordou e os países acabaram fechando em 792 mercadorias."É claroqueos setores gostariam de uma quantidade maior de produtos, mas não foi possível", diz. "Num acordobilateral, não se pode ter sempre vantagens. É preciso ceder e oferecer algo em troca".ParaCastro, em acordos dotipo, algunssetores podem sair prejudicados. "Não é o objetivo, mas acontece. Pode-se acabarbeneficiandomaisum produto do que outro, para que se consigachegar a um acerto final. Mas esse é o primeiro momento, podehaver umaampliação da listade preferências nofuturo. Deforma geral, o acordo é positivo". É no que acredita a especialista em assuntosde integração daConfederação NacionaldaIndústria (CNI), Lúcia Maduro. Para ela, a listade cercade 800 produtos ainda é pequena, "mas é a etapa inicial para um avanço". (com AE)

23%, noMéxico.Pelo novo acordo, quedevecomeçara valer a partir de agosto, a cota de comercialização foi ampliada para 140 mil no primeiro ano de vigência (2002), com tarifa de 1,1%. A partir de 2003,a tarifa tornase zero e os volumes máximos decomércio permitidossobem para 165 mil (2003), 185 mil(2004) e210 mil(2005). Em 2006, o comércio entre os países será totalmente liberado,isto é,não haverá cotas, nem tarifas.

O acerto é recíproco mas, paraCastro, asmontadoras brasileirasdeverãosair ganhando, porque o México importa muitomais veículos e autopeças do País, do que o contrário. Em 2001,por exemplo, o México comprou do Brasil o equivalente a US$ 1,1 bilhãonesses tiposde mercadorias, enquanto as vendasficaram em apenas US$ 203 milhões. Com a crise naArgentina,oMéxico tornou-se o principal compradordeveículose autopeças do País, à frente dos EUA.

Para odiretor daAEB, em troca desseacerto,oBrasil ofereceuao Méxicooacordo de preferências tarifárias, que

Acerto

Alémdo México, o Brasil fechou, também no início deste mês, outros dois acordosna área automotiva: um com o Chile e outro com a Argentina. Mas, para a indústria automobilística nacional, o acerto mexicano promete ser o mais importante dos três. O acordo feito com o Chile – que, assim comoo do México, também deve começar a vigorar em agosto – estabelece a remoção imediata das tarifas parao comérciode veículos e autopeças. "Como o Chile praticamente nãotem indústrias automobilísticas, esse acerto deve beneficiar o setor nacional", prevê odiretorda Associação deComércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. Como contrapartida, o Brasil ofereceuredução tarifária em diversosprodutos, comoo vinho,bastante comercializado pelo vizinho. Com osdois acertos,o Ministério do Desenvolvimento,Indústria eComércioExterior prevêque aindústria automotiva brasileira consiga exportar cercade 180 mil veículos nos próximos 12 meses.Só oMéxico deveresponder por 140 mil unidades. Até2006, aAssociação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) espera queo País ven-

prevê a redução das taxas de importação de 792 produtos de ambos os países – 641 deles na área industrial e 151 no setoragrícola. As reduções de tarifas vão de 20% a 100%.

Castro acredita que, com esse acordo, "oMéxico devefazer valer seu direitos". O Brasil deu preferênciasaoMéxico nos setoresquímicos ede filmes fotográficos, por exemplo. "Mas os empresários brasileiros ainda não importam grandes quantidades desses produtos doMéxico. Éclaro que, com aspreferências, passarão a comprar, porque os produtosficarão maisbaratos.Mas isso deve ocorrer com mais força apenasno ano que vem".

eComércio Exterior."Atendência éaumentar", acredita o executivo daAEB. Nos primeiros cinco meses de 2002, frente ao mesmoperíodo do ano passado, as vendas externas parao Méxicocresceram 20,9%, enquanto as compras recuaram 25,3%.

"O governo não tem mostrado ser um bom negociador em nada", afirma a Abracex

Mais industrializados –Por isso, Castro acredita que a balança de comércio entre os dois países, que já indicava superávit ao Brasil, deva ficar aindamaisfavorável atéofinaldesteano. Dejaneiro a maiode2002, osaldoficou em US$ 599milhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria

Castro destacouainda que amaiorparte dasvendasdo Brasil para oMéxico são de produtos manufaturados. Neste ano,até maio,do total de exportações brasileiras para oparceiro, 97%, ou US$ 809 milhões, foram de mercadorias industrializadas – desses, US$ 746 milhõessão manufaturas e o restante, semimanufaturas."Isso ébastante positivo para o Brasil, porque contribui para o desenvolvimentoindustriale gera empregos", avalia o analista. Nos próximos anos do acordo, porém, a situação deve se equilibrar,destaca Castro."Certamente, oMéxico não assinou esseacordo para darsuperávitao Brasil". De toda forma,a avaliação do executivo é de que o acerto foi "excelente" para o Brasil. Pouca experiência – Mas

nãosãotodos osanalistas–nem empresários– queconcordam com aposição da AEB. Para o presidente da Associação Brasileira de Comércio Exterior (Abracex), Roberto Segato, por exemplo,ogoverno aindanãodivulgou informações suficientes sobre o acordo fechado com o México (veja reportagem ao lado). "No começo, o acerto pode parecer bom, mas ainda não se sabe o que podeacontecer", diz."OMéxico tem bem mais acordos de comércio bilateraldo que o Brasil. Enquanto nós não temos nem cinco, o México tem cercade 35.Então, acho poucoprovável que elestenham fechado um acordo que dê vantagens ao Brasil". Segato diz ainda que "tem receio dos negociadores brasileiros". "Os negociadores não sãohábeis,eo governo nãotem mostrado serbom negociador em nada", avalia. A especialista em assuntos de integraçãoda Confederação Nacional da Indústria (CNI), Lúcia Maduro, afirmou que a entidade ainda está analisando, ponto-a-ponto, os acordos assinados com oMéxico.De formageral, porém,acredita queoacerto tenha sido recíproco.

é o principal para automóveis

de ao exterior em torno de 35% daprodução deveículos. Hoje,o porcentual está em cercade 20%– paísescomo oMéxico, porexemplo, exportam mais de 70% do total fabricado.

O acordo do Chile abrange um mercado menor e o da Argentina é puramente político

Argentina – O acordo com aArgentina,na visão da maioriados especialistase empresários, economicamente, não traz vantagem alguma parao Brasil.O acerto prevê que a cada US$ 1 exportado porcada umdos países, o outropaís tem odireito de exportar US$ 2, neste primeiro ano devigência. Em 2003, essa relação será de US$ 1para US$2,2; no ano seguinte, passará para US$ 1 por US$2,4e, em 2005, US$ 1 para US$ 2,6, atéo livrecomércio,prevista para começar em 2006. Para diversos analistas de comércioexterior, oacordo deveser prejudical ao Brasil. Isso porque, como a Argentina está em recessão,o Brasil deve exportar muito mais carros ao vizinhodo que importar."É totalmente desfavorávelao Brasil",afirma o presidente da Associação Brasileirade ComércioExterior (Abracex), Roberto Segato. O próprio governo admite que o País terá um maior déficit com a Argentina no setor automotivo. Mas, como a perspectiva do governo brasi-

leiro é de recuperação da economia argentina, essas perdas seriam revertidas no médio prazo, declarou, na época da assinatura do acordo, o ministro do Desenvolvimento e Comércio Exterior, Sérgio Amaral. No mesmomomento,o ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer, declarou que o "limite" brasileiro para a negociação com a Argentina seria o superávit extra que o País teria de gerar para compensar o acordo.

Como contrapartida a essa vantagem, aArgentina concordou emretirar as salvaguardascriadas àentradade calçados e das carnes de frangoe de suínosdoPaís. Mas impôsum prazode 120dias. "Amedida deveriaser imediata. Aliás, a iniciativa de remoçãoas barreiras deveria ter partido da própria Argentina,comouma política de boavizinhança", afirmaCastro. "Afinal,as vantagens concedidas peloBrasilsão muito maiores". Razões políticas – Para os analistas, amotivaçãodo acordo com aArgentinafoi exclusivamente política."Foi uma forma indireta de ajudar o país", diz Castro. "O acordo com a Argentina tem uma conotação diferente dosacertosfeitos comoMéxicoe comoChile", acreditaa especialista em assuntos de integração da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Lúcia Maduro. "Os dois países fazempartede um mesmo bloco comercial, eum deles enfrenta uma profunda crise. Por isso, foifeita umaconcessão àArgentina, num momento especial. Mas a proposta é de equilíbrio, de livre comércio".

Ogoverno tambémpretende fechar, atéo finaldo ano, o acordo automotivo com a África do Sul, um mercado para 330 mil veículos, e está negociando com a União Européia. (com Agências)

Giuliana Napolitano

São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 20, 21 e 22 de julho de 2002

Dívida será o

grande desafio do próximo governo, diz o economista Paulo Sandroni

Paulo Sandroni, economista e professor da FGV, diz que o governo administra mal asua dívidae esteserá o primeirogrande desafiodo próximo governo, que vai receberdeherança juros altíssimos.Sóneste ano,oBrasil devepagarcercade US$17 bilhões na forma de juros, referentes a empréstimos contraídosjunto aossetorespú-

blicoeprivado.Para ele,os fundamentos econômicos atuais são "razoáveis". E avaliatambém queir ao FMI, agora,denotaria fraqueza. Quantoaojuro, Sandroni é deopiniãoque adecisãodo Copomem baixá-lofoieleitoralenãouma formade equilibrar o mercado. Ver matéria de Roseli Lopes na página 6

Sem verde e sem garoa, São Paulo está mais quente

Agaroa dacidadedeSão Paulo, que inspirou atémúsica, dificilmente voltará a seraprincipal característica damaior metrópolebrasileira.Afalta devegetação,o crescimento desordenado, a construção de arranha-céus e a poluição atmosférica afetaram o clima na Capital paulista. E, sem garoa, São Paulo ficou mais quente.

A temperatura subiu consideravelmente nosúltimos anos, em torno de quatro graus Celsius. O pesquisador Carlos Nobre, especialista emclima, dizqueagrande intervenção humana ocorre na destruiçãodoverdee na edificação de grandes obras. "Quanto mais verdefor uma cidade, menos problemas ela terá", ressalta. Ultima página Sobram postos de trabalho no setor de consórcios

Enquantoo desemprego aumentanoPaís, osetorde consórcios, que emprega cerca de 30 mil pessoas, está oferecendonovos postosdetrabalho e não consegue candidatos para ocupá-los. Os motivospodem sera faltade prestígio da profissão de vendedor e o baixo salário inicial dos profissionais. Página 9

Empresas só devem contar com mais crédito em 2003

A ampliação do crédito para asempresas deve vir, já que, para financiar o balanço de pagamentos,cujos compromissos cresceram com a dívidapública,o governo terá de recorrer cada vez mais ao saldo da balançacomercial. E,para que osaldo continue positivo,será preciso investirnasempresas nacionais. Dessa forma,os bancos

deverão ter condições de conceder maiscrédito paraa produção de bens dirigidos ao mercado externo. Isso, porém, só deve ocorrer no próximo ano. Neste, deve prevalecer a cautela tanto por parte dos bancos, por medo da inadimplência, como das empresas,receosas decontrair dívidas difíceis de pagar.

Para Jorge Levy Prada, pre-

Começam os debates com candidatos a governador

A Associação Comercial de São Paulo está dando início a uma série dedebates com os candidatos aogoverno de São Paulo. Paulo Salim Maluf, pela coligação PPB-PLPSDC-PTN falanareunião plenária da entidade nesta segunda-feira paraapresentar suas propostas de campanha. Estão agendados aindaos candidatos Antonio Cabrera ManoFilho(PTB-PDT-

PPS), dia 5de agosto,José Genoíno (PT-PCB-PC do B), dia 19 de agosto, Fernando Gomes de Morais (PMDB), dia 26 de agosto e Geraldo AlckminFilho (PSDB-PFLPSD), dia 2 de setembro.

A AssociaçãoComercial convida seus associados a comparecer aos encontros, dentro doobjetivo deabrir o diálogo, conscientizar o eleitor e valorizar o voto.

sidente da Associação de Bancos Comerciais, só quando onovogoverno apresentar propostas concretas é que a situação deve mudar. De todo modo, será preciso reativar a economia, beneficiandoas empresas. Só depois o crédito deverá ser ampliado para as pessoas físicas. Médio prazo – O presidenteda Associação Comercial

TENDÊNCIAS/SEMANA

de São Paulo, Alencar Burti, concorda que só a médio prazo devem melhorar as condiçõesdecrédito paraapessoa física.Mas ressalta,peloladodovarejo, aimportância de as empresas bem estruturadas oferecerem melhores condições aos consumidores. " Quem for mais ousado e sair na frente vai ganhar mercado", acredita ele. Página 7

Ziguezague do Banco Central confunde o mercado

O BancoCentral perdeu a linha na conduçãoda política monetária nos últimos meses. Com discursos e ações contraditórios,criou um ambiente propício para especulação. Os analistas se dizem confusos. A queda de 0,5 pontona taxa Selic, na semana passada, avaliam eles, confirmouque o BCabandonou umalinhacla-

Crise da indústria automobilística já atinge as concessionárias

Chapecó amplia fornecimento para o pequeno varejo

A Chapecó, empresa catarinense especializada no abate eindustrialização decarnes, está fugindo da dependênciadas grandesredesvarejistas ebuscando mercado junto às padarias, açougues e pequenos supermercados. A empresa jádestina 70% de seus produtosaospequenos estabelecimentos. Página 11

As montadoras enfrentam um período difícil,comfortequedadasvendas. AGM falaem demitir800 funcionários.O desaquecimento do setor já afeta as conces

sionárias, quetambém sofremretração nas vendas e começam a estudar cortes. "Paracada demissãonosetor industrial, 5 postos ficam comprometidos nas reven-

Consumo da periferia

começa

a atrair as atenções

Vender na periferiaé um dos maiores desafios da indústria brasileira.Ao contrário do que se pensa, não basta apenas oferecer produtos ba-

ratos. Este públicoquer qualidade,bomatendimento e deveráconsumir, em2002, cercade R$ 360 bilhõesem produtos e serviços. Página 10

das", diz Rubens Carvalho, presidente da Associação Nacionaldas Concessionárias Fiat. Feirões nasfábricas e revendas são umasaída para elevar os negócios. Página 11 a

ra. E a falta de uma atuação lógicadainstituição prejudica quem precisa fazer projeções de mercado; afeta também a indústria, o comércio e o setor de serviços. O queo BC sugere, por meio de suas atuações, é que osagentes econômicos utilizem a imaginação para traçarseuscenárioseos planos de investimento. Página 7

Pequenos ajustes poderiam melhorar o sistema tributário

Em entrevista ao Diário do Comércio o ex-secretário da Receita Federal, Osíris Lopes Filho,diz que seriapossível reduzir o problema provocado peloexcesso demaus impostosexistentesno País com pequenos ajustes."Pensar numagrande reformade efeito miraculosoé perdade energia", diz ele. Página 13 Acordo com México deve trazer mais vantagens ao Brasil

O Brasil teráas maiores vantagens com os acordos comerciais assinados como México,ao menosnesteano. A balança comercialdeve ficar maisfavorávelaoBrasil, e o setor automotivo será um dos mais beneficiados,como mostra a matéria de Giuliana Napolitano Página 5

As pechinchas no mercado de ações, na opinião dos especialistas Página 8

Redes de franquias estão investindo na qualidade dos franqueados Página 12

a Café da manhã, mais produtivo, substitui o almoço de negócios Página 12

Rubens Carvalho, presidente da associação das concessionárias da Fiat: pátios lotados, sinal do desaquecimento
La Costa/Digna Imagem

Sobra emprego no ramo de consórcios

O setor tem mais vagas abertas do que candidatos para ocupá-las, ao contrário do que acontece na maioria das empresas

Enquantoo desemprego aumenta no País –a taxa nacional emmaio, calculada pelo IBGE, estava em 7,7% –, um setor está oferecendo novospostos detrabalho enão consegue preenchê-los. Os consórcios,que empregam 30 mil pessoas, têm dificuldades para recrutar trabalhadores.A paulistaConprofAdministradora de Consórcios, por exemplo, tem 50vagas em aberto para vendedores e nãoencontra profissionais para assumir os postos. "Essa situação serepete em todas as empresasdo setor", afirmaConsuelo Amorim, diretoraexecutiva da administradora e presidente da Associação Brasileira das Administradoras deConsórcio (Abac).

A entidadenão temdados precisos sobrea ofertade vagas não preenchidas no segmento. Mas Consuelo diz que, todas as semanas, as empresas anunciam nos classificados de empregos, mas mesmoassim aprocura épequena. Por quê? Para ela, um dos motivosé a pequena valorização da profissão;além dos anúncios pouco claros de outros setores buscando vendedores que os jornais trazem. "Ninguémprepara um filho para ser vendedor, todos querem vê-lo médico, engenheiro ou advogado", diz.

Condições – As administradoras, geralmente, oferecemsaláriofixo deR$381,00 para os profissionais em período de experiência, valor que sobe para R$ 480,00de-

pois de 90 dias. O profissional tambémrecebe comissãoem torno de 1% por venda concretizada, que é paga de forma parcelada: 50% quando o cliente quita a primeira parcela e orestante dividido entre três e cinco vezes, dependendo da empresa. Com isso, o salário médio de um vendedor comatuação mediana gira em torno de R$ 2 mil, estima Consuelo. "Há profissionais experientes quechegama fazerretiradas de R$ 8 mil".

em grupo e vale-refeição.

A executiva admite, no entanto, que o profissional demorapelo menosdoismeses para começar a ter um rendimento adequado. "Isso acaba inibindo a entrada de muitos d es em pr eg ad os no ramode consórcios".

As causas podem ser o pequeno prestígio da profissão de vendedor e o baixo salário inicial

As empresasoferecem registro em carteira para os profissionais e benefícios como assistênciamédicae odontológica, segurode vida

Ex igê ncia s –As exigências parao cargosão poucas."O profissional deveter o segundo grau completo e ficha comercial e criminal sem desabonos", explicaa diretora daAbac."A experiência édispensável", completa.

As própriasadministradoras cuidam do treinamento do vendedor, que consiste em

Nível de ocupação industrial cai 1,6%

A redução dos investimentos em telecomunicaçõesea crise naindústriaautomobilística afetaram o emprego industrialemmaio, queteve queda de 1,6% na comparação com maio de 2001. Foi o sexto declínio consecutivo registradopelo InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nessa comparação. Os resultados foram melhores,entretanto, nacomparaçãocom abril,comaumento de 0,4% no número de postos de trabalho. Mas a técnica do Departamento de Indústria do instituto, Mariana Rebouças, disse que, provav elmente, esse crescimento foi muitoinfluenciadopor

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fatores sazonais. Segundo ela, a redução do emprego industrial noPaís estárefletindo a desaceleração da atividade e agravando a perda do poder de consumo, já que houve redução também no valor da folhadepagamento enonúmero de horas pagas.

Mariana explicou que a comparação com igual mês do ano passado é mais eficiente para análise dessa pesquisa do que os resultados em confronto como mês imediatamente anterior.

O argumentoé de que, como a pesquisa de emprego e salário na indústria foiiniciada há apenas um ano, ainda não é possível dessazonalizar(eliminar as influências característicasde determinado período) os dados.

fletindo a diminuição abrupta dos investimentos das empresas de telecomunicações após a antecipação das metas estabelecidaspela Agência Nacionalde Telecomunicações (Anatel). Adiminuição acompanhouo declínio de 16,8% na produção desse segmento em maio, ante igual mês de 2001.

Em São Paulo, a redução chegou a 4,1%, com o baixo desempenho dos setores elétrico e de transportes

informá-lo sobre o funcionamentodos consórcios;os produtos vendidos pelo setor; o volume de vendas e histórico dosegmento.O funcionário também aprende umpouco delegislação eregulamentaçãodos consórciose étreinadoemcálculo para saber apresentar ao comprador o valor das parcelas das prestações. As técnicasde vendastambém são repassadas ao profissionalantes deele irparaa rua."Ovendedor aprendea abordar o cliente, a tornar o processode vendaagradável e também a fazer um fechamento do negócio adequado; além de acompanhar o pósvenda", diz Consuelo.

Outro ponto bastantetrabalhado é a motivação. "Sem

motivação, esses profissionais não conseguem resultados".

Perfil – Os vendedores do setor de consórcio têm em médiaentre 26e 28anos eo segundograu completo. A participação de mulheres é expressiva, ocupando pelo menos a metade das vagas, segundo Consuelo.

O segmento tem 98 empresasno estadodeSão Pauloe 220 no Brasil. Os participantes ativos do sistema somam 3 milhões, divididos entre veículos automotores, imóveis, eletrodomésticos e mais 20 outros bens e serviços. Em 2001,asnovascotas somaram 1,63 milhão, 19% a mais emrelaçãoao totalde1,37 milhão do ano anterior.

Brasil passa a ser país que mais recicla alumínio

A divulgação do índice de reciclagem de latasde alumínio do Japão, referente a 2001, confirmou o Brasil comolíder mundialnoreaproveitamento do metal entre os países nos quais a atividade não é obrigatória.

teabril(1,2%), aterceiraexpansão consecutivaanteo mês anterior. No que dizrespeito ao númerodehoras pagas,aredução ante maio do ano passado foi de 2,4%, masnesse caso também houve expansão na comparação com abril (1,3%). Mariana explicou que o número de horas pagas é o que reflete com maior rapidez a perda de ritmo de produção da indústria. Regional – No estado de São Paulo, a queda do emprego industrialchegoua 4,1% em maio.O estadoresponde por 38,6%donúmerode ocupados na indústria brasileira. Assim como na média nacional, houve ampliação nos postosde trabalhoante abril (0,4%).

Segundo dadosapurados pelaAssociação Brasileirado Alumínio (Abal), no ano passado, o País apresentou índice de reaproveitamento de 85%, o que corresponde à reciclagem de 119,5 mil toneladas de alumínio, ou 9 bilhões das 10,4bilhões delatas produzidas no período.

OJapão, comuma taxade 82,8%, se mantinhano topo da lista dos países com me-

lhores índicesdereciclagem por seis anos consecutivos. Uma das explicações para a queda é que opaís asiático temapresentadoníveis de crescimentonessesetor de 1% ao ano, enquanto a média no Brasil é de 7,3%. Commenosde 11anosde existência, o mercado de reciclagembrasileirojá movimenta anualmenteem torno de R$ 750 milhões, e garante renda amais de150 milpessoas que vivemexclusivamente da coleta de latas. Entre as cerca 2 mil empresas que atuam no setor, destacam-se gigantes multinacionais, como aAlcan ea Tomra Latasa. (AE)

Empresas criam entidade para projetos educativos

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AtécnicadoIBGE ressaltou tambémque osdados comparativos amaio doano passado mostram com maior fidelidade a reduçãodo nível deatividade da indústria. O segmento de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos ede comunicações, porexemplo, apresentou queda no emprego de 14,3% no período, re-

No caso da indústria de meios de transporte (4,1%), Mariana explicou que as maiores quedas ocorreram nos principais parques fabrisautomotivos (São Paulo, Minas Gerais e Paraná) e estiveramfocalizadas especialmentenasfábricas deautopeças, abaladas pelasreduções deencomendas das montadoras.A produção de material de transporte também registrou queda significativa em maio (-12,9%).

Salários – Aindana comparação com maio de 2001, o valor dafolha depagamento da indústria recuou 1,6%, na quintaqueda consecutiva nessabase decomparação. Houve quedatambémno acumuladodoanoaté maio (2,5%), mas crescimento an-

BOLSA ELETRÔNICA DE COMPRAS

A maior redução ante maio do ano passado ocorreu no setor de material elétrico e de comunicações (20,6%), acompanhando o nível de redução deatividade dosegmento (29 5%), que representouo principalimpacto também na quedada produção (5,6%) estadualno mês. Outro segmento que apresentou forteinfluência negativa no emprego paulista foi o demeiosde transporte (4,5%). (AE)

Empresas nacionais e estrangeirasque atuamnoPaís lançaram, nasemana passada, um projeto voltado para a áreade educação:oInstituto Razão Social (IRS). O instituto surgiu da aproximação dos grupos Gradiente, Gerdau, Instituto Camargo Corrêa, McKinsey ePromon, econta comparceiroscomo aIntele aIBM. Oprimeiro projetoé voltado para a adaptaçãode um curso de capacitação profissional de professores para a versãoonline.O IRSteráum grupo técnico de seleçãode projetos que, uma vez avalia-

dos, serão encaminhados aos investidores.

"O setor privado poderá contribuircom suportefinanceiro,tecnológicoe de gestão", afirmou José Paulo Martins, diretor da Gerdau. "As empresastêm poderde influir no desenvolvimento das comunidades e,nesse sentido, aeducaçãoe oconhecimento sãorecursos fundamentais parao desenvolvimento social e econômico do País",disse Carlos Siffert, do Grupo Promon. Ricardo Ribas

e Moto redutores, redução 1:5,166 a 1:500 para motor

Teresinha Matos

Governo administra mal sua dívida

Roseli Lopes

Para o economista e professor da FGV , Paulo Sandroni, o governo administra mal a sua dívida e este será o primeiro grande desafio dopróximo governo, quevai receber deherança juros altíssimos. Só neste ano o Brasil deve pagar o equivalente a US$ 17 bilhões na forma de juros, referentes a empréstimos contraídos junto aos setores público e privado. Sandroni considera que os fundamentos econômicos são "razoáveis". Quanto aos juros, ele considera que a situação não é favorável a uma queda, porque a inflação cresce e a tendência é de os juros crescerem, porque embute. A redução da Selic, a seu ver, foi eleitoral.

Quantos brasileiros têm vontade, hoje, de se sentar na cadeira doministro Pedro Malan,daFazenda? E, delá, poderdeliberar sobreaatual política de juros, que tem castigado empresas,consumidores e, principalmente, o comércio? De decidir sobre empréstimos, pagamentos e acordos com credores. De ter nas mãos as rédeas da inflação e, quem sabe,conseguir trazer devolta ao Paísa confiança interna e externa?

Na opinião do economista Paulo Sandroni, professor da Fundação Getúlio Vargas e autorde várioslivros, entre eles o Dicionário da Economia, a retomada da confiança no País depende de vários fatores. Um deles, por exemplo, éadefiniçãoquanto ao próximo governo.

A indefinição de quem será o próximo presidente tem tornado o País num lugar inseguro, segundo Sandroni. Esse quadro deverá se manter atéas eleições, em outubro. Mas nenhum talvez é mais preocupante, no atual cenário,segundo Sandroni,do que a dívida brasileira.

PauloSandroni éumcrítico da atuaçãodo governo na administração da dívida, ponto que classifica como o primeirogrande desafiodo próximo governo, da oposiçãoou não.Edispara:"O maior errodo atualgoverno foideixar osjurosdadívida chegarem ao pontoemque chegaram", diz.

Em2002, oBrasil devepagar o equivalente a US$ 17 bilhões na forma de juros, referentesaempréstimos contraídosjunto aossetorespúblicoe privado, segundo dados doBancoCentral. "O governo tem de gastar menos earrecadarmais", dizSandroni, repetindo a tradicionale velhafórmula de se equilibrar as contas.

Ementrevista exclusivaao Diário do Comércio , Pa u l o Sandroni fala da dinâmica da economia, dos juros, da inflação, das exportações e eleições brasileiras. Para Sandroni, são justamente as eleições asmaiores responsáveispelo atualnervosismo vividopelo mercado financeiro.

O economista afirma que o Brasil,hoje,não éum lugar seguro aos olhosdos investidores. Especialmente dos estrangeiros, que têm preferido ficar na retranca a deixar o dinheiro poraqui.Comissoo mercado continua vivendo dias de altos e baixos.

Conter esse nervosimo do mercado nãoé dastarefas mais fáceis, diz o economista. Se alguém quiser experimentar asensação deestar naca-

deira de um ministro da Fazenda em situações como a atualvivida pelaeconomia brasileira tem a oportunidade de fazê-lo, ainda que de forma virtual.

Além dos livros, Paulo Sandroni lançounomercadoo jogo Brincando de Ministro Nele,o jogadorse colocana posição de um ministro da Fazenda.Suafunçãoé não deixar que o País entre em crise,controlando ainflação e evitando a recessão. Se conseguir, ganha ojogo. Se perder, deixa o cargo. Além de ensinar um pouco de economia ao jogador, o Brincandode Ministro tem uma vantagem. Ao contrário do mundoreal, no jogo de Sandroni sempre háuma segunda chance. Veja a seguir o que o economista fala sobre a economia brasileira.

Dívida: o que os credores acham?

Quando umPaís temuma dívida grande, seja ela interna ou externa, e ainda por cima crescente,como éocaso do Brasil,apergunta quesetem de fazer é: o que os credores estão achando? Isso porque o País deve continuar depender dos credores para que essa dívida continue sua trajetória ascendente. Se os credores acharem que aqueles que estão contraindo a dívida hoje não estarão mais aqui amanhãparapagá-la, com certezavão pensarduas vezes antes decolocar mais dinheirono País.E estoume referindo tantoaoscredores externos quanto aos internos,que compramtítulosda dívida pública do governo e portanto também emprestam dinheiro ao governo.

Fundamentos econômicos são razoáveis

Os fundamentos da economianãoestão mal.Elestêm apresentado umresultado razoável. Há superávit primário e também superávit na balança comercial. Mascomoo endividamentodoPaís é alto, osuperávit primário (diferençaentre oque ogovernoarrecada eoque ele gasta, sem contar os juros), não deverá ser suficiente para evitar queo Brasilpercareservas e apresente uma situação interna bastante complicada no médio prazo.

Crescimento duvidoso OBrasilvemobtendo um superávit primárioconsiderável. Issoé bomporque significa que ogoverno terá dinheiroparabancar osjuros dos recursos que tomou emprestado. Mas também significa que o governo ainda está

investindopouco. Quandoa economiacomeça aentrar em contração as receitas do País também tendem a diminuir, porque as receitas se baseiamem tributos.Amassa tributária recolhida também secontrai,indicando queo crescimento será menor. Por outro lado, abalança comercial vai apresentando superávit,que éoutracondição para o País sair do sufoco em que se encontra ou impedir que ele aumente. Sem o superávitprimário eosuperávit dabalança comercial,a situação poderiaestar muito pior para o País.

Quem derruba juros não é o governo

O governo pode apenas fazer um ajuste na taxa de juros de acordo com a situação concreta da economia. Mas quem derruba não é o governo. Aatualsituação econômica não é favorável à redução dos juros, porque a inflação crescee a tendênciaé de osjuros cresceremuma vez queelesembutem ataxainflacionária.

Areduçãoda Selic,na semana passada, foi eleitoral. O governo vinha aplicando medidas que setornaram negativas para seu candidato.

Acho que a decisão de reduzir a taxa foi mais para beneficiar ocandidato dogovernodo que propriamente para equilibrar o mercado financeiro.

Não há, no atual momento, muita margem de manobra para redução dos juros, principalmente porcausa dadesconfiança dos credorese por causa dos repiques da inflação. Sempre queainflação cresce a tendência é de os juros crescerem.

Ao baixar os juros o governo, tanto o atual quanto o próximo,corre orisco deter deaumentar ataxa. Issovale mesmo se ovencedorfor o candidatodo governo,José Serra. A reduçãodosjuros num momento comoo atual se mostrarámais desgastante do queseaSelictivessesido mantidanos mesmoníveis do mês passado.

Poupança interna: governo administra mal

O governo é um mau administrador e por isso deixou o endividamento doPaís crescer muito.O maior errodo atual governo foi deixar os juros chegarem onde chegaram e com um prazo para o pagamento muito curto, além das taxas exorbitantes.

O problema do endividamento brasileiro não é o quanto a dívida representa hoje do PIB, mas o prazo curto para opagamento além da

Noelia Ipe/Digna Imagem

desconfiança dos credores da dívida. Os credores internos estão commedo do"corralito", ou seja, de o Brasil chegar a umasituação igual àda Argentina.Porisso estãosegurando o dinheiro.

Ir ao FMI é sinal de fraqueza Não vejonecessidade de o Brasil, neste momento, voltar aconversar como Fundo Monetário Internacional, FMI. Apesarda boavontade das instituições internacionais para com o governo brasileiro, especialmente em virtudedafigura dopresidente do Banco Central, Armínio Fraga,sentarà mesacomo Fundo na atual situaçãodo País denotariaumsinalde fraqueza.

Ir ao FMI hoje não seria nadabompara acredibilidade nosmercadosexternoe interno. Tudo o que tinha de ser acertado com oFundo já foi feito.

Eleições: governo pode não estar no segundo turno A reação do mercado diante das pesquisas eleitorais não deveser desconsiderada. Apesar de omercado sempre ficar mais nervoso em ano de eleições, é precisolembrar que, no passado, o candidato do governo,nestaépoca do ano, já estava bem melhor situado do que hoje.

Ocorre que, agora, há mais deum candidatodeoposição, seé queassim podemse consideradosalguns candidatos, que ameaçam tirar o candidato governista do segundo turno. Ao contrário dasduas últimaseleiçõespara presidente, em que Fernando Henrique Cardoso conseguiu ser eleito já no primeiro turno, existe um risco de o candidato José Serra nemchegaraosegundo turno, segundo as últimas pesquisas divulgadas.

Acordo para transição é uma jogada eleitoral

Se o acordo de transição for aceito por todos os candidatos, a instabilidade atual dará lugar aum processode estabilidade que interessa especialmente ao governo.

O acordo de transição é interessante para o governo, uma jogadaeleitoralporque ele traz o seguinte recado ao mercado: a atual política econômica é a única viável.

Essa idéia tirada oposição armas poderosasem matéria de pleito eleitoral. Seria o mesmo que colocar o jogador substituto nojogo semque o titular estivesse contundido.

O eleitore omercado passariam a entender que então é melhor ficar com o titular.

O Partido dos Trabalhadoresestáhoje dentrodeuma camisa-de-força,sem margem demanobraporque apresenta um discurso muito parecido com o do governo. Nãoestá sediferenciando.

O únicoque está se diferenciando é o candidato da Frente Trabalhista (PPS-PTBPDT),Ciro Gomes.Isolado, ainda não foi consultado pela equipe econômica do governo quanto àcontinuidade da atual política econômica.

Ogoverno querjogar em cimadoPTa culpa pelos transtornosqueeleestá sofrendo. Eo PT diz que concorda com um governo de transição.Nãopercebe que está favorecendoo governoe fica numa situação ambígua.

O ministro Malan está agindo comouma jibóiaque aperta o PT. OPartido dos Trabalhadores vai chegar nas eleiçõesde fatosemter oque dizer, porque seu discurso será o do governo.

Argentina: retorno da indexação era inevitável Não poderia haver uma política econômicadiferente paraa Argentinanestemomento senãoa voltada indexação. Não há outra forma de controlar omercado com uma inflação de 60%. Tem deindexarparadepois encontraruma fórmula parasair da crise emque o país se encontra. A indexação era um passo inevitável. Do contrário osistema financeiro entraria em colapso. AocontráriodoBrasil, a inflação argentina é resultado da repentina alta da taxa de câmbio.No Brasilo dólar está subindo,masdeforma muito mais gradual.Por isso asituação vivida novizinho está longe do Brasil.

Crise na contabilidade externa afeta Bovespa Tem duascoisas agora nas quais ninguém mais acredita hoje:nacontabilidade das empresas americanase nos laudos médicosdogoverno inglês ( uma alusãoaolaudo

médico do ex-presidente chilenoAugusto Pinochet,queposteriormente foi considerado incorreto e inválido por conter errosde avaliaçãomédica). Sem dúvida, além das expectativas quanto àseleições, aBovespa também está sendo afetada por essa crise de confiança.

Brincando de Ministro

O jogo Brincando de Ministro éuma formade familiarizar obrasileiro com algunselementos etermosda economia, principalmente política econômica.

Ojogadorse colocanaposição de um ministro da Fazenda etem deimpedir uma crise. Temde evitarque essa crisese transformeeminflação, chegandoa 10%,ou que o PIB retroceda três pontos. A situação encontrada no jogo émuito parecidacom a vivida pela economiabrasileira em 1999.

Se o jogador não conseguir impedir a crise, perde o jogo e édemitidodocargode ministro. Se conseguir, ganha o jogo e pode passar para o segundo nível, mais complexo. Para não perder o cargo o jogador vai estarenvolvido com as dívidas interna eexterna, taxas de juros, de câmbio, inflação.

O jogotraz 14 crisesque já ocorreram duranteosanos 90 até o ano 2000. Caso da criseasiática,a russaeaargentina, além de crises internas e os desequilíbrios da Previdência edo setor financeiro com a quebra dos bancos Nacional e Econômico.

O jogo também é utilizado como umaferramenta didático-pedagógica na própria GetúlioVargas,entre meus alunos. O jogador pode parar de jogareapelar para um glossário, um minidicionário e uma bibliografia.

O jogador não precisaentender de economia. Pode ler tudo o que está por trás do jogoe conhecer oselementos que dão sentido ao jogo.

É uma forma de tornar o ensino de política econômica e da economia brasileira mais dinâmica e agradável.

ser viço

O jogo Brincando de Ministro pode ser encontrado na Livraria Cultura ou ser solicitado por meio do e-mail livrariagv@fgvsp.com. Custa R$ 19,00.

Para Sandroni, não há necessidade de o Brasil voltar a conversar com o FMI, pois isto denotaria um sinal de fraqueza

Ziguezague do Banco Central confunde mercado

O Banco Central perdeu alinhana conduçãodapolítica monetárianosúltimos meses.Com discursos e ações contraditórias, criou um ambiente propício para especulação. Analistas sedizem confusos, com dificuldades para traçar cenários, e põem a culpa na faltade sincroniadas atuações do BC.

O corte de 0,5 ponto porcentual no juro básico, na última semana, confirmou a tese de que o BC abandonou uma linha clara de raciocínio. Essa mudança de rota tornou-semais visível apartirde maio,quandoo presidentedo BC,Armínio Fraga, deu indicações de que osjuros cairiam naquele mês.

Fraga disse que a tendênciade quedada inflação abria espaço para corte nos juros.Com base nessadeclaração e no fatode os índices deinflação realmente estarem em declínio, o mercadoapostou emqueda de 0,5pontonosjuro. Expectativa frustrada, pois o BC mudou de discurso e manteve a Selic em 18,5%.

Alegou que o risco do País aindanão permitiareduçãodejuros. Ouseja,no diadareunião doCopom levantou uma nova preocupação. O mercado ficou sem entender e passou a encontrar dificuldadespara fazer projeções parao mês seguinte.

Viés sem baixa

Em junho, o BC alterou a rota de novo, desta vez com a adoção do viésde baixa, que permite ao presidente doBC mexer no juro fora do âmbito do Copom. O mercado passou,então,a

trabalhar com a perspectiva de queda da Selic antes de julho, oqueacabounão acontecendo. De novo, a lógica torta do BC deixou o mercado perdido. Neste mês, mais uma surpresa. O Copom decidiu reduziro juro para18% ao ano. Osanalistas ficaram sem entender nada, mesmo considerando a queda dos juro importante para o reaquecimento da economia. Agora recorrem a alternativas paraesboçar seuscenáriosde curtoprazo. Jánão confiam na palavra do Banco Central.

Projeções

mais difíceis

A falta de uma linha lógica do BCprejudica quem precisa fazerprojeçõesde mercado. E também afeta a indústria, ocomércio e o setor de serviços,que não têm comoimaginarseno mês que vem a autoridade monetária vai decidir por outro aumento de juro.

Oque oBCsugere,por meiodesuas atuações,é queos agenteseconômicos usem a imaginação para traçarseus cenários e planos de investimento.

A evolução do BC na gestão atual é visível, mas a autoridade monetária brasileira ainda está longe da eficiênciado FederalReserve (Fed), o banco central americano, em política monetária. OFed temuma linha claraenão hesitaemreduzir juro, por mais baixo que esteja, para garantir a vitalidade da economia. Lembre queo Fedcortou osjuros para o nível mais baixo em 30 anos, logo depois dos atentados de setembro.

OPINIÃO

*Carlos Alberto Abdalla Dólar como ativo

A recenteturbulência do mercado financeiro brasileiro mudou um dos aspectos domercado decâmbio. O nervosismo fez com que os investidores passassem a olharo dólarcomoativo.

Isso significa queo mercado de câmbio deixou de ser guiado por fluxos de entrada ou saída de recursos. Com essa nova característica do mercado, as cota-

Expansão maior do crédito

só vai acontecer em 2003

Finalmente uma boa notíciapara asempresas.Profissionais da área econômica acreditam que em 2003 poderá haver um volume maior de crédito à disposição das companhias.

Para financiar oseu balanço depagamentos, cujos compromissos cresceram com o aumento da dívida pública, o governo terá de recorrer cada vez mais ao saldo da balança comercial – exportações menos importações.

Eparaque essesaldocontinue positivo, será necessário investir nasempresas nacionais, dando condições aos bancospara queeles concedam maiscrédito paraa produção de bens destinados à exportação.

"As empresas serão as grandes beneficiadas com um volume adicionalde recursosà disposição", dizAlberto Borges Matias, presidenteda ABM Consulting.

Perdido – O ano de2002, porém, já é considerado pelos analistascomo perdido.Risco-paíse taxade câmbionas alturas, por conta da eleição presidencial,vão continuar deixandotomadores ebancos cautelosos quando o assunto é emprestar dinheiro.

O temor é de não ter condi-

ções de pagar a dívida, no caso dos tomadores, e de não receber o que foi emprestado, no caso dos bancos.

Estagnação – Nem mesmo a redução de 0,50 ponto porcentualdataxa básicadejuros,aSelic,que abre espaço paranovoscortesatéo final do ano, deverá conseguir reverter a tendência de estagnação do volume de crédito brasileiro esse ano.

Até maio,último dado disponível no Banco Central, o volume de crédito liberado para pessoas jurídicas somou R$ 125 bilhões. Se somado ao volume emprestado para aspessoas físicas, de R$ 77 bilhões, o número representa pouco mais de 23%do ProdutoInterno Bruto,PIB.E aexpectativa até o final do ano é de que as operações atinjam no máximo30%do PIB,comoocorreunosdois últimosanos,o que émuito limitado.Em 2001foram liberados R$ 319 bilhões e, em 2002, R$ 332,5 bilhões. "Essa situação deve perdurar até mesmoquando o novo presidentefor anunciado.

A expectativa até o final do ano é de que o crédito atinja 30% do PIB, o que é muito limitado.

Só deveremosveralguma mudança nessequadro quandoo novo governo apresentar propostas concretas,que beneficiem diretamente o crédito", diz Jorge Levy Prada, presidente da Associação dos Bancos Comerciais, ABBC. Recuperação – Prada também concorda que as empresas deverão ser as principais beneficiadas, porque ogoverno terá de reativar a economia, que em dois anos (2001 e 2002) deverá crescerapenas 3,5%.

"Deverá ocorrer uma injeção de recursos nas empresas e só depois ser verificadoumaumento na demanda por crédito por pessoasfísicas,na horadecompras parceladas", diz Prada. Salto – Deacordo comestudorealizado pela ABM Consulting,com exclusividadeparao Diário do Com é rc i o , a participação do créditodestinado às pessoas físicas passou de 25%, no iníciode 1997, para cerca de 38%, em maio de 2002. O salto é explicado pela estabilidade advinda com o Plano Real, que favoreceu o consumo.

Procura cai – Com a queda da atividade econômica e o aumento da inadimplência depessoasfísicas –queatingiu 15% em maio, último dado disponível no Banco Central–,porém,aprocura por crédito pelas pessoas físicas diminuiu.

E para que ela volte a crescer, entendem osanalistas, será necessário investir primeiro na concessãode empréstimos à pessoa jurídica, a fimde impulsionar novamentea economia, com a criação deempregose aumentoda rendadotrabalhador, que darão condições para a retomado do consumo. Governo atrapalha – O economista Emílio Alfieri, da Associação Comercial de São Paulo,lembra ainda quesó haverá mais recursos nos bancos quandoo governo deixarde sero grandetomador de dinheiro na praça.

Ele diz que é preciso o governo diminuir a sua necessidade definanciamento pelo menos pela metade. "Isso pode ser feito cortando gastos ou aumentando as receitas, o que parecemuitodifícil,ou através de cortes nosjuros", diz Alfieri.

Adriana Gavaça

Bancos tomam algumas inicitivas

Enquanto o volumede recursos no mercado, destinados às empresas, continua escassoecaro (osjurosmédios para uma operação de capital de giro estão em 4,5% ao mês), pelo menosalguns bancos estão conseguindo ampliar o número de clientes empresariais, com acriação de novos produtos e reduzindo os juros.

ções do dólar ficam à mercê das trocasde posições dos investidores, quemudam a cada notícia, seja ela positiva ou negativa. E a linha de atuação poucoclara do BancoCentral na políticamonetária pode sermaisum fator de pressão sobre o dólar.

*Carlos Alberto Abdalla é analista da área de câmbio da corretora Souza Barros

ATENÇÃO

• Avisitadavice-diretoragerentedoFMI, Anne Krueger,ao Brasil,deveser oprincipalassunto nasmesas de operação esta semana. Embora o governo tenha negado a negociação de um novo acordo com o Fundo, o mercado continua trabalhando com essa possibilidade. É esperado um pacote de transição para o próximo governo.

AGENDA ECONÔMICA

•2ª feira:Será divulgado oresultado dabalança comercial na terceira semana de julho.

•3ªfeira: OBanco Centraldivulga notasobre ascontas externas do País.

•4ª feira:Saem o resultadodo Tesouro Nacionalde junho eo IPCA-15referente ajulho. OIBGE divulgaa pesquisa mensal de emprego de junho.

•5ªfeira: OBancoCentral, BC,divulganota arespeito do setor fiscal.

•6ª feira: Sai a terceira prévia do IPC-Fipe de julho.

Na Caixa Econômica Federa, por exemplo, existe a linha Giro Caixa Instantâneo, para micro e pequenas empresas. Odinheiro éliberado mediante a alienação de cheques pré-datados e duplicatas.

Juro parcelado– Os juros desta linha, no mercado há 90 dias,diferentemente de outros bancos, não são cobrados na horadacontratação do empréstimomas, sim,diluídos durante o prazo de pagamento, que podeser de até 180 dias.O custo também é bem atraente: variade Taxa Referencial (TR) +2,20% ao mês a TR + 2,90% ao mês.

O Bradesco, porexemplo, cobra de 3,30% a5,80%, na antecipação de cheques prédatados, segundo pesquisa mensal realizada pelo Diário do Comércio (Veja quadro).

Crescimento – Se gu nd o Sandro Vimer Valentini, gerentede MercadodaCaixa, em 90 diasjá foram abertos 16milcontratos, oequivalente aR$170milhõesem empréstimos. "Acreditamos em umgrande potencialde crescimento para essalinha, já que a Caixa possui mais de 561 mil contas empresariais", diz o gerente. Parcerias – Além da nova linha, obanco temà disposição das pessoasjurídicas o

Giro Caixa Rápido, uma linha decrédito emque épossível tomar emprestadoaté R$100 mil.Alinha podeser usada na reestruturação da empresa ou para a renovação de estoques.

A Caixaestá partindopara uma divulgação maior de suaslinhas.E, paraisso,pretende firmar parcerias, inclusivecom a AssociaçãoComercial de São Paulo.

Redução – A estratégia do

HSBC também é oferecer produtos com custo menor do que a média praticada pelo mercado. O banco deu início este ano auma campanha de redução de juros,que passoupelo cheque especial de pessoas físicas e pelo cartão de crédito.

Agoraé avez dasempresas que querem antecipar faturas de cartões comemorarem.

O HSBC cobra de 1,8% a 1,9%para realizara operação, enquantoataxamédia

praticada pelo mercado gira em torno de 4%. "Esperamos comas estratégias de redução de juros elevar em 5% ao ano o número de empresas clientes do banco", diz Paulo Renato Steiner, diretor de negócios com pequenas empresasdoHSBC, quetem 220 mil clientes empresariais. Pesquisa – Na pesquisa mensal realizada pelo Diário do Comércio junto aos grandesbancosdevarejo, foram constatadasmudanças nas taxas mínimas praticadas pelos bancos Nossa Caixa e Bradesco,quesubiram ataxadedescontodechequesde 2%para 2,20% (NossaCaixa)ede 3,10% para 3,30% (Bradesco). As taxas de desconto de duplicatastambémforam modificadas, que passaram de de 2% para 2,20% (Nossa Caixa) ede3,30%para3,70% (Bradesco). (AG)

Consumidor foge dos financiamentos de veículos

O consumidor tem preferido ficarlongedos financiamentos de veículos. Um dos motivos é o nervosismo do mercado quanto às eleições.

Segundo Ricardo Malcon, presidente da Associação das Instituições de Crédito, Financiamento eInvestimento, Acrefi, Ricardo Malcon, a turbulência econômica e políticatem feito com queo consumidor evite osfinanciamentos, onde astaxas estão mais elevadas.

Ojuros cobradosnuma operação de32 mesessão de 2,5% para carros com até três anos de uso, e de 2,7% a 3,5%

para veículoscom atéquatro anos de uso.

Redução – No mêsde junho as vendas financiadas representaram72%dos negócios decarros usados.O porcentualficouabaixoda média histórica domercado, de 80%, diz George Assaf, presidente daAssociação dosRevendedores de Veículos Automotores no Estado.

Menoscrédito – "N um momento em quea situação macroeconômica se mostra instável eorisco deinadimplência do consumidor aumenta, asfinanceirasestão restringindo o crédito",diz o

presidente da Associação. Menos negócios– Segundo José Romélio, diretor-executivo da Associação NacionaldasEmpresas Financeiras das Montadoras, Anef, a queda dos financiamentos em maio chegou a 13%, enquanto os bancos das montadoras tiveram umaqueda de 17% no mesmo período. "Muitos consumidores usaram o dinheiro que estava aplicado num fundode investimento e optaram por investir na compra de um carro", diz Romélio.

Roseli Lopes

São Paulo: sem garoa e mais quente

A falta de vegetação, o crescimento desordenado e a poluição atmosférica afetaram a clima da principal metrópole brasileira

SãoPaulo já não é mais a terrada garoa.Achuvafina que caía incessante sobre a cidade, e que inspirou na década de 30 a composição do sucesso São Paulo Terra Boa,é uma raridade nos dias atuais. Masaescassez dachuvaque caracterizava a região éapenas uma das provas mais visíveis das alterações climáticas que ocorreram na Capital paulista nos últimos cem anos. Além da falta de chuva, a temperatura da cidade também subiu consideravelmente, até quatro graus Celsius. Mas, estámuito enganado quem pensaque essasalterações são normais,ou quea culpa é exclusividade do efeito estufa. Segundo Carlos Nobre, pesquisador do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do Instituto de Pesquisas Espaciais(INPE), oprin-

cipal motivo dessas mudançaséainterferênciado homem no microclima das grandes cidades. "A temperatura mínima durante a madrugadaé muito maior nasgrandes cidades do que nos lugares mais afastados." Para Nobre, as alterações em nívelmundial são evidentes, mas não se deve ignorar a influência do homem sobre o microclima.

"Nos últimos cem anos, a temperatura mundial subiu cerca de 0,6 graus Celsius e estudos indicam queissofoi provocado pela emissão de gases epelo efeitoestufa, que impede a saída da radiação solar da atmosfera",diz Nobre. O pesquisador também destaca outras mudanças globais,comoa diminuição dasgeleiraseo branqueamento dos recifes de corais. Noentanto, esses efeitos

S e gu r a n ça – A Distrital Ipirangada AssociaçãoComercial promoveu a palestra Segurança, direito detodos!

ParticiparamGenne Clever Alves Sanches, presidente do ConsegIpiranga,e Júlio Cé-

sar dosSantos Geraldo,delegado do 17º DP da região. Foram discutidasas soluções para os principais problemas da área, com a coordenação do diretor-superintendente da distrital, Reinaldo Bittar.

REUNIÃO PLENÁRIA

INFORMAÇÕES, DEBATES E BUSCA DE SOLUÇÕES. Associação Comercial de São Paulo

CONVIDADO CONVIDADO CONVIDADO CONVIDADO CONVIDADO Paulo Salim Maluf, Candidato ao Governo do Estado de São Paulo

DIA E HORÁRIO DIA E HORÁRIO DIA E HORÁRIO DIA E HORÁRIO 22 de julho - 17 horas

LOCAL LOCAL LOCAL LOCAL ACSP - Rua Boa Vista, 51 - 9o andar - Plenária

não se relacionam diretamente às alterações nas grandes metrópoles. "Microclima não tem nada a ver com efeito estufa."

Ação local – Apesar dos sinais mundiais,o efeitoda ação local do homemé a razão dofim da garoa e do aquecimentona cidade de SãoPaulo. "Podemos perceber um aumento de até quatro graus Celsius em determinadas regiões da cidade."

SegundoNobre,a principalinterferência humana acontece na destruição da vegetação natural da região e na construção indiscriminada de edifícios.

"Quanto mais verde for umacidade, menosproblemasela terá."Issoporque a vegetação utilizacercade doisterçosda energia solar que entra naatmosfera para evaporar a água. Sem as plan-

tas, a radiação solar vai direto para a superfícieterrestre. As áreas verdes ainda ajudam na retirada de poluentesdo ar e na absorçãoda águada chuva, evitando inundações. Para mostrar o efeito direto da falta de vegetação no clima,o pesquisadorcitao exemplo do Aeroporto Internacional de Cumbica,em Guarulhos. "Hámais oumenos 25anos, quandoo aeroporto foi inaugurado, muitos vôos ficavam prejudicados porquea névoaúmidaera freqüentenolocal. Naquela época a região era cercada de vegetação. Hoje isso não acontece mais", lembra Nobre.

O fim da garoa – Sem a vegetação, apermanênciada energia solar nasuperfície eleva atemperaturaenão permite a formação da garoa, queera umadas principais

Empreender

Alencar Burti, presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) eda Associação Comercial, participou ontem da abertura do Projeto Empreender em São Paulo. O programa é resultado de uma parceria entreo ServiçoBrasileirodeApoio àsMicroe Pequenas Empresas,o Sebrae,e aConfederaçãodas Associações ComerciaisBrasileiras, CACB. O projeto, que já existe em oito estados e atende12 mil empresas em211 munícipios, deverá ser estendido para mais 18 estados e o Distrito Federal.Mais 650municípiosserãobeneficiados eo objetivoé deque40 milempreendedores participemdo programa em dois anos.

agenda

Hoje

Cidadania – Reunião dos organizadores da Feirada Cidadania. Às 9h30, na sede da entidade, rua Boa Vista, 51/11º andar, auditório.

Fórum – O diretor-superintendente da Distrital Centro, Roberto Mateus Ordine,participa dofórum de debates epropostas para o desenvolvimento econômico, social, cultural, educacional e desportivo de São Paulo e sua região metropolitana.Às16h, na Câmara Municipal, viadutoJacareí, 100/1º andar.

Ple nári a –Reunião plenáriadaAssociação com palestrado candidatodo PPB ao governodoEstado de São Paulo,Paulo Salim Maluf, sobre Planos degoverno. Às17h, nasede,rua

características daCapital paulista. Nosmeadosdoséculo XX, a chuvaera algo tão marcante na cidade que inspirou até o nome de um dos maistradicionaisgrupos de samba paulistano,os Demônios da Garoa. "Melembro que, há40 anos, todas astardes tínhamos neblina em São Paulo",

afirmaCarlos Nobre.Opesquisador explica que isso atingia principalmente os bairros próximos da Serra do Mar,atingidos pela névoa úmida quevinha da região serrana. A neblina não chega mais,foibloqueada pelo crescimento da metrópole.

Estela Cangerana

A mudança na temperatura

• A temperatura média anual do Brasil subiu aproximadamente 0,5 graus Celsius nos últimos cem anos; •A década de 90 foi a que registrou temperaturas mais elevadas no século XX. Os três anos mais quentes foram 1995, 1997 e 1998; • O aquecimento aconteceu em todas as estações do ano, maso períodomais alte-

rado foi entre junho e agosto; •As precipitações também aumentaramcercade 4% ao ano ao longo do século XX. Essecrescimento aconteceu principalmente entreosmeses de março e maio;

•Segundo especialistas da ONU, a temperatura do planeta poderá ter um aumento de até 3,5 graus Celsius no século XXI. (EC)

atenderá 650 municípios

Alencar

Boa Vista, 51/9º andar.

Terça Facesp – Reunião do conselho diretor e gestor da Federação das Associações Comerciaisdo Estado de São Paulo(Facesp).Às 9h30, na sede da entidade, rua Boa Vista, 51/9º andar. Saúde – Reunião dos organizadores da II Feira da Saúde. Às 9h30, na sededa entidade,ruaBoa Vista, 51/11º andar, auditório.

Facesp – Reunião do conselho das filiadas da Federaçãodas Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). Às 14h, na sededa entidade, rua Boa Vista, 51/9º andar.

Quarta Tráfego – O conselheiro da Associação Iso Schapira participa dainauguração

oficial do programa de segurança viária patrocinado pelo Instituto Mapfre de Segurança Viáriae a Vera Cruz Seguradora S/A. Às 19h30, no Museu da Casa Brasileira, avenida Brigadeiro Faria Lima, 2.705. Quinta

Conjuntura– Reunião do Comitê de Avaliação da Conjuntura, coordenada pelo conselheiro Edy Luiz Kogut. Às 12h30, na sede da entidade,ruaBoa Vista, 51/12º andar.

P si qu i at r ia –O médico do trabalho da Associação, Antonio Célio deC. Morenoparticipa da apresentação do projeto de renovação do Instituto de Psiquiatria do HC. Às 18h30, no Museu de Arte Contemporâne, na USP, rua da Reitoria, 160.

Hoje Pinheiros – A diretoria da distrital realiza reunião ordinária. Às 19h30. Quarta

Butantã – A diretoria da distrital faz reunião com palestra deIvan Lorena Vitale Jr. sobre A nova sociedade Ltda.frente aonovo Código Civil. Às 19h30. Quinta

São Miguel – A diretoria da distrital realiza reunião ordinária. Às 19h30. Sexta Mooca –A diretoriada distrital faz reunião com palestra do ex-secretário de Relações do Trabalho estadual, AlmirPazzianotto, sobre o tema Política degeração deemprego e renda. Às 19h.

Burti, Cristiane Hufenusster, Luís Otávio Gomes e Fábio Meirelles no lançamento do projeto em São Paulo
Masao Goto Filho/Digna Imagem
acontece nas distritais
Luciana Sampaio

Lições de quem vende na periferia

Não é apenas preço que determina o sucesso do varejo ou indústria na periferia das grandes cidades. Qualidade e facilidade de pagamento pesam e muito. Empresas como Bob’s, que abriu uma lanchonete na Rocinha, no Rio, vêm descobrindo o potencial da população de bairros pobres. Esses consumidores vão consumir R$ 360 bilhões só este ano.

Vender na periferia é hoje o maior desafio daindústria e do varejo. Lá está o verdadeiro consumidor brasileiro, pertencenteàs classesC, De E,quesóesteano vaimovimentarR$360 bilhões. Mas paraconquistá-lonão basta lançar produtos a preços populares. Os consumidores estão cada vezmais bem informados,atentos apromoções e infiéis às marcas.

Ospopulares consomeme muito.São 120 milhões de pessoasno Brasilcomrenda familiar de 1 a 10 salários mínimos.O orçamentolimitado, porém,é gastona totalidade. Essas pessoas representam 80% da população brasileira e respondem por 64% do consumo dealimentose remédios, 58% dascompras deeletrodomésticos, 51% das de vestuário e60% das aquisições de celulares.

Fazem partedessas estatísticas aposentados, funcionários públicos,comerciários, professores, bancários e metalúrgicos. Ou seja, profissionais com poucos recursos parasustentarafamília, que compram o que podem em produtos eserviços,sempre com oobjetivodemantero máximode valor e dequalidade juntos. Estratégia– Antes devenderépreciso conheceroperfil destes consumidores. "Pobre compraqualidade",explica opublicitáriodaagênciaPopular Comunicação, Bá Assumpção.

As redes de fast food se aproximam das favelas

As grandes cadeias defast food já descobriram que para ser líderé precisoconquistar a periferia. Ainda há muito medo de chegar aestas regiões por questões de segurança, mas o Bob’s já abriu umalanchonete nafavelada Rocinha, no Rio de Janeiro. O franqueado doBob’s da Rocinha, Hélio Buarque, contaque ainiciativaé um sucesso. O empresário tem ainda uma loja de eletrodomésticosdafavela. Edizque as vendas são excelentes. Para entrar nomercado da periferiado Rio, Buarque conta que é preciso fazer parteda comunidade. "Se eles sentemque éalgobom, apóiam", diz referindo-se aos moradores locais.

Segundo ele, não houve qualquer restriçãoà chegada do Bob’s na região. "Eles são muito carentese sesentiram contemplados", afirma.

O Bob’s dafavela é temático, todo decorado com motiv os de motociclismo, uma

Ele explica queos popularesestão atentos ainformaçõesparaascender socialmente, estão mais envolvidos comações decidadania ebenefícioàcomunidade, alimentam desejos de consumo comofinanciar cirurgias plásticasefazertodosos seguro, de saúde a funeral. Sendo assim, o primeiro passo para atuar na periferia, é oferecer produtos de qualidade. Em seguida, dar crédito e facilidadesde pagamento no contato com comerciantes e clientes. E se envolver em açõesque beneficiemcomunidades dos arredores. É essa a estratégia que justifica o sucessode empresas emarcas comoaBiscoitos Festivaea Refrigerantes Convenção. O coordenador do Programa de Varejo daUSP (Provar), Claudio Felisoni, explica que ospequenos e médios fabricantes levam vantagem na periferia com a ausência deburocracia nas relações comerciaise aflexibilidade denegociar que as multinacionais não têm. "Com marcasalternativas derelativaqualidade, preço competitivo eatendimento

diferenciado,elas dominam", diz.Hoje, ofabricante quenão venderbem naperiferianão élíder demercado. As classes C, D e E movimentam 54%doconsumo do País,maisdo queasclassesA e B,por anoso únicoalvo da indústria e comércio.

Isso porque apartirde 1994, com a estabilização da economia, as relações de compradessas parcelasda população mudaram. As classes populares tiveram um aumento nopoderde compra entre 25% e30% por fa-

Açougue sofisticado para vender carne de segunda

A Casade Carnes Jardim

Irene mantém um ambiente impecável,claro, semcheiro ou vestígios de sangue. O cartão de crédito é a forma de pagamento mais utilizada. Só quenolocal, ofortedasvendas são as carnes de segunda.

vez que a Rocinha tem o maior índicede motos por metro quadrado do País. Concorrência – Aentrada das grandes redes na periferia pode prejudicar, porém, o comércio local. A Casa da Esfiha, noJardim Irene,teme a concorrência.Lá ossalgados são vendidos a R$ 0,60. A dona, Everildes Silva, conta que não dápara competircom o Habib’s, que vende a esfiha a R$ 0,35. Por isso ela faz almoços, a R$ 3,50, onde é possível para comer à vontade. Para evitar desperdício, cobra R$ 2 se sobrar comida no prato. Mc –O McDonald’siniciou esteanoumaofensiva mais forte paraconquistar as classes C e D. Sob o slogan "Aquitodomundopode", a rede está fazendo promoções periódicaspara avendade hambúrguer a R$ 0,99. A rede já possui dois quiosques de sorvetes em favelas. Umana Rocinha, no Rio,e outraemParaisópolis, em São Paulo. (TN)

O dono, Erasmo Correia Bueno, explica que para se manter competitivo, é preciso oferecerqualidade eatendimento especial. "Não é porque o público daqui não tem muitodinheiro quenão dá valorao que é bom",diz o comerciante.

O preço dos produtos também é fundamental. "Não podecrescer oolho equerer ganhar demais", diz. Mas para manter o padrão da loja, Buenoprecisase resguardar de alguns riscos, como o da inadimplência.Por isso passou a aceitartodos os cartões de crédito, emsubstituição à antiga caderneta.

Antes, o próprio empresário anotava os itens vendidos e os clientes acertavam no fim do mês. "Não posso mais correr riscos. Com o cartão, o recebimento é garantido", diz. Hoje, aCasadeCarnesJardim Irene praticamente não trabalhacom cheques. Só vendas à vista ou no cartão. Erasmo Buenovive noJardim Irene há mais de 27 anos coma família.Acompanhou astransformações econômicasdo bairroe concordaque o poderde comprada população melhorou. "Hoje muita gente daqui já come carne todo dia", afirma.

Consumo – As carnes campeãs de vendas são o miolo de acém e a paleta, para reuniões de amigos. Já a picanha é consumida em família. "Quando alguém inaugura uma laje comemora com churrasco", conta, referindo-se à construção das casas. (TN)

mília, segundo dados do Ministério do Planejamento. E o pobre começou a planejar melhor as compras.

Os bairros de periferia ficaramcom caradeclasse média. As casas aumentaram. Os filhosforamfazercursos de computação. É por isso que uma empresa líderdemercadocomoa Nestlé estáinvestindoem promoções veiculadasem programas como o Domingo Legal eo Showdo Milhão.O objetivo éfortalecer acomunicação eenvolveras classes

mais baixas para aumentar as consumo.Segundo dadosda AC Nielsen,63% dasmarcas líderes perderam vendas para marcas intermediárias e marcaspróprias dovarejo,que conseguiram mostrar aos populares que têm preço e também qualidade. Esse, aliás, é itemfundamental naconquista deste consumidor. Felisoni explica que os consumidoresdeorçamento limitadoe menorpoderaquisitivonão podem arriscar comprando sabão que não lava ou arroz empapado. Crédito – O pequeno varejodeperiferia nemsempre tem os melhorespreços, mas obtémvantagemaodar crédito aos mais conhecidos. Os comerciantesda vizinhança conhecem os hábitos de consumo de cada família e tratam os clientes pelo nome.

Supermercados vendem apenas itens básicos

Uma rápida olhada nos supermercadosde periferia mostra diferenças claras no comportamentodas classes C, D e E. Os gêneros de primeiranecessidade estãologo àmostra. Quasenão háartigos supérfluos. O estabelecimento trabalha praticamente sócom asmarcaslíderes eas bem populares. "É assimmesmo", confirma Bá Assumpção, publicitáriodaPopular Comunicação. Ele explica que as marcas líderessão referênciaenão deixamdeser adquiridas,a não ser que outra marca consiga provar quetem qualidadeequivalentee preço mais baixo."Asmarcas deponta estão perdendo força", diz. Algumas já consolidadas como Bic, Melitta, Leite Ninho e Danone não podem faltar nos pequenos estabelecimentos, aponta um levantamentoda revistaSupermercado Moderno. Mas as líderes estãoperdendo espaço. Dados daACNielsenindicam que, de 157 categorias de produtos, asmarcaslíderes

perderam63%de participação para produtos de marca própria dos supermercados e marcas alternativas. Ar ru ma ção –As lojasde periferia sãomenos arrumadas e mantém um mix de produtos limitado,explica ocoordenadordoPrograma de Administração do Varejo (Provar) da USP, Claudio Felisoni. A intenção é fidelizar o consumidor.

Ele conta que na pesquisa do Provar,chamada"Compras por impulso", ficou comprovado que a população com orçamento limitado deixade iraosupermercado que a faz gastar mais. Por isso as lojas têm de exibir apenas o necessário e não devem expor muitos supérfluos. Exatamente ao contrário da estratégia usada nas classes A e B. Odiretor doSupermercado D’Avó,MartinhoPaiv a Moreira, confirma e diz que numa loja de periferia, a arrumaçãodo lugardevefacilitar a vida do consumidor sem forçá-lo asedistrair para comprar mais. (TN)

Tsuli Narimatsu
Bá Assumpção, da Popular Comunicação, especializada em publicidade popular: pobre compra qualidade
Celio Jr./Digna Imagem
Everildes, que vende esfihas, teme a concorrência com as grandes redes
Bueno prima pela qualidade apesar dos baixos salário dos clientes
Noelia Ipe/Digna Imagem

Ações com boas perspectivas de ganho

Momento é favorável para compra de alguns papéis na Bolsa; analistas recomendam Petrobrás, Telemar e Sabesp

Aforte onda de vendade açõesdos últimosmesesdeixou os preçosde muitos papéisdepreciados,o queleva osanalistasa eleger aspechinchas da bolsa: ações de empresas comboas perspectivasde crescimentoquecaíram por causa do nervosismo do mercado. A aposta, nesses casos, é de que a compra dos papéis nestemomento pode garantir bons resultados para os investidores,a médioe longo prazo.

Fazemparteda listadepechinchasações de grandes empresas com boa liquidez naBolsa deValoresde São Paulo, Bovespa, como Petrobrás PN e Telemar PN.

Sabesp – Gustavo de Alcântara, analista de renda variável do banco Prosper, aposta principalmenteem três ações que estão com preçosbaixos na bolsa.Emprimeiro lugar, Sabesp ON.

Aestatal paulistadesaneamento básico sofre na bolsa porquetem grande partede sua dívida corrigida em dólar.Coma mudançadepatamar da moeda americana nos últimos meses, osinvestido-

resvenderam muitoopapel, apesar de o passivo em dólar ser de médio e longo prazos. Além disso, segundo Alcântara,a empresa conseguiuos recursosnomercado externo para investimentos, o que pode garantir a melhora dodesempenho operacional da Sabesp, quejá é considerado bom. A companhia oferece ainda outro diferencial: suas ações são negociadas no Novo Mercadoda Bovespa,o que garante nível máximo de transparência. O analista trabalhacom preçoalvo deR$ 195 paraas ações ON daSabesp,oque representaumavalorização de 92% em um ano.

Petrobrás têm um dos níveis de preços mais baixos para empresas petrolíferas mundiais

mundo", diz o analista. A companhia tem apresentado um avançooperacionalsignificativo, mas ainda sofre na bolsapor serumdospapéis maislíquidos. Aexpectativa de valorização é de 81%, para um preço-alvo de R$ 81,00. Brasil Telecom – A terceira ação citadaporAlcântaraé Brasil Telecom PN. Porpertencer ao setor de telecomunicações, a empresatambém perdeu valor na bolsa este ano e o preço dos papéis acabou atraente.

BrasilTelecom PNé de69% (preço-alvo de R$ 19,50).

RicardoTadeu Martins, analistadeinvestimentos da corretora Souza Barros, cita os papéisda TelespCelular Participações,da Copel eda Telemar como boas oportunidades na bolsa.

Telesp Celular – No caso da Telesp Celular Participações, a expectativa é de uma evolução significativa de clientes, principalmente no segmento de celulares prépagos.As perspectivasparaa

empresa são favoráveis, mas ainda não aparecem no preço atual das ações. Segundo Martins,o aumento da concorrência no setor de energia elétrica exigirámaior eficiênciadasem-

presas. Nesse cenário,o analista vêvantagens paraa Copel. O mesmo deve acontecer com o grupo Telemar, em relação ao setor de telecomunicações.

Uma das ações mais afetadascom aturbulência do mercado, TelemarPNestá emumnível atraentedepreço.Depoisdeficar muito tempona casados R$30,00, ospapéis fecharamcotadosa R$ 26,50 na sexta-feira.

Rejane Aguiar

Petrobrás – Alcâ ntara também acredita que o preço das ações preferenciais da Petrobrás estádescolado da perspectiva de crescimento da empresa.

"As ações da Petrobrás têm um dos níveis de preços mais baixos para papéis de empresasdosetor petrolífero no

De acordocomo analista, ao contráriodeoutrasempresas como a Telemar, a Brasil Telecom concentrou-se em seu negócio em vez de expandir sua atuação para a telefonia celular. Issogarantiu melhora de seus indicadores operacionais. Briga perto do fim – A briga entre os sócios, que já prejudicou muito o desempenho das açõesda Brasil Telecom, parece estar próxima do fim. A estimativa de ganho de

Bolsas européias despencam e perdas chegam a 200 bi de euros

As bolsas da Europa encerrarama sexta-feira com fortesbaixas, que provocaram cerca de200 bilhõesde euros deperdas nospreços das ações das 300principais empresas do continente.O resultado fechauma dassemanas mais turbulentas na história recente dos mercados europeus.

A emissão de açõesda Ericsson pressionou e analis-

tas comentavam que a volatilidade deve continuar alta. Sem direção – "O que o mercado precisa é de uma direção,e maisquequalquer outra coisa, de confiança", afirmouo chefedeestratégia e pesquisado CDCIxis Asset Management emParis,Roland Lescure. "O mercado está barato mas isso não significaqueele vaicomeçarasubir apartir daqui. Istovai levar algum tempo". Em Londres, a queda foi de 4,63%. O mauhumor relacionado aos resultados americanos acaboucomafraca recuperação da véspera, e provocou ofechamentonegativo doindicador. Em Frankfurt, a queda foide 5,09%,enquanto aBolsade Madri teve perda de 4,91%. O mercado acionário deParis perdeu 5,4%. (Reuters)

Demissões chegam às concessionárias

Os revendedores de automóveis começam a pensar em corte de pessoal para fugir da crise que atinge o setor automotivo

Aoprimeiro sinal de crise no setor automotivo, todas as atenções se voltamparaas montadorase seusplanosde demissões. Nesse caso,as estratégiaspara evitar o caos são conhecidas: férias coletivas,feirões naporta dafábricae reduçãodajornadade trabalho, além das próprias demissões. A retração nas v endas dos veículos, no entanto, trazconseqüências menos alardeadas, como a crise nas concessionárias. A estimativa é de que, para cada v agafechada naindústria, cincopostos sejamcomprometidos na distribuição.

"Estamos cortando tudo o que é possivel cortar, mas dificilmente vamosescapar de medidas mais drásticas, comoasdemissões", explicao presidente da Associação Nacionaldas Concessionárias Fiat, Rubens Carvalho.

Segundo Carvalho, as revendas da marca têm uma média de 45 funcionários por estabelecimento. "A Fiat possui 450pontos-de-vendano Brasil. Secadaum deles demitir duas pessoas, já são 900 desempregados. Considerando asfamílias, são cinco milpessoas diretamenteafetadas", afirma.

No caso da Fiat, a queda nas vendas dos primeiros meses de 2002 em relação ao mesmo período de 2001 foi de 15%. "Quem vai comprarum bem durávelem36 mesessemao menos ter garantias quede vai permanecer no emprego?", questiona Carvalho. Estoques – O aumento dos custos com o estoque dos carros parados é uma das principais conseqüências da crise para as concessionárias. As revendas pagam jurosàs montadoras durante o período em que o carro está na loja para ser vendido.

Segundo informações da Federação Nacional da Distribuição dos Veículos Automotores (Fenabrave),o prazo médio de estocagem dos veículos em junho de 2002 foi de 27 dias, para 22 dias em abril e 24 em maio.

De acordo com o presidente daAssociaçãoBrasileira dosDistribuidores Ford (Abradif), João Carlos Félix, otempode estoquenarede Ford chega a 60 dias. "O prazo idealseria de20 dias.Nesse caso, a Ford colabora deixandodecobrar ataxa de juros nos primeiros 30 dias em que o carro ficar parado", diz. AFordcobra 2,2%aomês das concessionárias de sua re-

de para o estoque dos produtos."Éum dosmelhoresplanos de financiamento para o atacado do setor", diz Félix.

A divisão dos custos com ações regionais para ampliar as vendas éumdostrunfos das lojas da Fiat. "Nós mesmos fazemosos feirões,com o suporte da empresa", diz Carvalho, da Abracaf.

Serviços– O desempenho das vendas dos veículos tem repercussão ainda em dois outros segmentos da distribuição, além do comércio de carrospropriamentedito: a oferta de peças e a realização de serviços de manutenção.

"Além da quedanas vendas, osconsumidores adiam a revisão deseus carros, afetando outrasfontes derenda dadistribuição. Aexpectativa éde quenão serápossível evitar asdemissões",explica Félix, da Abradif.

Segundo informações da Associação Brasileiradas Concessionárias Chevrolet

(Abrac), amontadora possui umarede de510pontos-devenda. No comparativo entre junhode 2001e junho de 2002,a queda nasvendas da General Motors (GM), dona da Chevrolet, foi de 14,5%. De acordo com o consultor do setor automotivo Valdner Papa, aexpectativaé deque sejam realizado,embreve, novos feirõesnas fábricas e concessionárias como tentativade ampliaras vendas."O mercado estáperto dodesespero e não há outra forma de sobreviver senão tentando apressar a compra do consumidor", afirma Papa. Entre as principais montadoras doPaís, a GMestá negociando a demissão de parte de seu quadro de funcionários. Já a Fiat estabeleceu 10 dias de férias coletivas em julhoparadiminuira produção.A Volkswagenadotoua semana de quatro dias.

Ociosidade nas montadoras é de 50%

Acapacidade instalada da indústria automotiva nacional é de 3,2 milhões de carros porano.Durante oanopassado foram produzidos 1,6 milhãodeveículos, uma ociosidade que chega a 50%. Sea situaçãojánão foidas melhores,a expectativaé de piora nas vendas em 2002. Em junho do ano passado foram vendidos um totalde 113,7 mil carros no Brasil para 82,4 mil automóveis em junhode 2002. Aexpectativa dasmontadoras econcessio-

nárias éde comemorar se o desempenho da indústria for o mesmo doano passado. As estimativasmais otimistas apontamcrescimento pequeno, entre 2% e 3%. Exportações – Nesse cenário,as exportações são uma das principais apostas do setor automotivo brasileiro, sobretudodepois do acordo de vendas firmado com o México há duas semanas. De acordo com estimativas da AssociaçãoNacional dos Fabricantesde Veículos Au-

tomotores (Anfavea), as vendas externas dos carros nacionais podem passar dos US$ 4,1 bilhões no ano passado para US$ 4,5 bilhõesdurante este ano. As dificuldades das montadorascomeçaram aaumentar com a abertura do mercadopara a instalação de diferentes empresas. Atualmente atuam no Brasil 17 fabricantes de veículos, número considerado alto paraa médiado poderaquisitivo da população nacional.

Chapecó: 70% das vendas para pequenos

A Chapecó, empresa catarinense especializada no abate eindustrialização decarnes, está tentando se consolidar como fornecedora de padarias, açouguesepequenos supermercados do Brasil.

A políticadaempresado ramo alimentício éfugirda dependênciados grandes centros varejistas, principalmente das redes de hipermercados, poderosasnabarganhade preços.A estratégia vem dando certo. Atualmente 70% das vendas são destinadas aos pequenos estabelecimentos, percentual que a companhia vem conseguindo manterao longodos últimos três anos.

De acordocomodiretor comercial, Fernando Faro, a Chapecó quer seconsolidar no canalde distribuição.Faro,porém, preferenão fazer projeções de crescimento.

A estratégia está sendo adotada com maior ênfase nos grandes centros consumidorescomo SãoPauloe Riode Janeiro. Estes dois estados contamcom filiaispróprias da empresa, oquefacilitaa distribuiçãodos produtos em pontos-de-venda menores. Nasdemais unidadesdo País,aChapecópossui apenas representantescomerciaiseoperadores logísticos, quenãotêmestrutura para implementar um sistema eficaz de distribuição para estabelecimentos mais distantes. Re tr aç ão – Odirecionamento estásurtindoefeitos positivosemum momento de retraçãonas compraspor partedos consumidores,que tiveram o poder aquisitivo reduzido comas últimascrises que afetaram o Brasil e a América Latina. "Com oachatamentoda renda,osconsumidores estão procurando produtos

mais baratos. Nosso objetivo é conquistá-los, principalmente aqueles que, com o fim dos altosíndices deinflação, adquirem quantidades menores de alimentosempequenos estabelecimentos próximos às suas residências. Eles visitam ospontos mais vezes durante omês, ao contrário doperíodo deinflação alta,quando faziamtodasas compras assim que recebiam seus salários", diz Faro. Dese mpenho – Com investimentos deR$27,4milhões na modernização de seuparque industrial,aChapecó conseguiu um faturamento 70,8%maior no ano passado. A empresa passou deumareceitade R$400,1 milhõesem 2000paraR$ 683,3em2001. Odesempenhofoiresultado doincremento das vendas no mercado interno e externo. Atualmente, a Chapecó exporta para mais de 40 países em todo o mundo.

Para se ter uma idéia, 70% das vendas deveículosno Brasil são decarroscommodelos populares. Dototal vendido, 80% foram financiados. Oscinco automóveismais vendidos do País noúltimo mês de junho foram: Gol, Palio, Corsa, Uno e Celta. O Gol, da Volkswagen, teve 14,2 mil unidades comercializadas, para11,4 mildo segundocolocado,o Palio, da Fiat. Já o Corsa, fabricado pela GM, teve 10,8 mil modelos vendidos no Brasil. (IB)

Empresa entra no terceiro ano sob comando do Macri

A Chapecó iniciou suas atividades no ramo de abate, frigorificação e industrialização de suínosem 1952na região Oestede Santa Catarina.A partir de 1974, ampliou seu campo de atuação ao entrar no segmento de aves. No final de 1999, a empresa foi adquiridapeloGrupo Macri, maior empresa privada argentina, e passou por umperíodo de reestruturação. Em maio de 2000, a PrendaS.A, frigoríficodacidade gaúcha de Santa Rosa, foi incorporada ao grupo, o que proporcionou a expansão da capacidade industrial e possibilitouo aumentonas exportações da Chapecó. A empresapossui complexos industriais nas cidades de Chapecó eXaxim, emSanta Catarina, além de Cascavel, noParaná,e SantaRosa,no estado no Rio Grande do Sul. No município catarinense de PonteSerrada,a fabricante mantém umnúcleo degenética de suínos. (PC)

Carvalho, da Fiat: demissões da indústria repercutem nas concessionárias
La Costa/Digna Imagem
Manoel
Marques/Digna Imagem

Reunião de manhã é mais produtiva

Executivos substituem o almoço por encontros no café, logo cedo. O objetivo é aumentar a produtividade e evitar gafes à mesa

Reuniões durante o café da manhã estão substituindo os almoços de negócios. Consultores de etiqueta empresarialaprovam amudança.Segundo eles, de manhã, as pessoas estão mais descansadas e o encontro pode ser mais produtivo. Também é uma forma de se evitar as gafes comuns à mesa.

Como ritmomaisagitado dosnegócios, provocadopelo uso freqüente da Internet e dasconferências on-line, muitosprofissionais estão preferindo o café da manhã ao almoço. Hoje, as empresas comandadas por jovens executivos estão adotando o café como uma boa oportunidade para iniciar contatos com futuros clientes efecharnegócios importantes. Em geral, os profissionais de empresasdosramos de publicidade, marketing e serviços são os que dão preferên-

cia para o café da manhã. Um dos motivos é porque, no início da manhã, todos estão descansados.É maisfácilresolver problemas. As companhias lideradas por empresários mais velhos edesetorestradicionais comoa indústriaeocomércio ainda optam pelo tradicional almoço, que pode se estender por toda uma tarde. Vantagens –A consultora Magaly Opice,de SãoPaulo, especialista naorganização desse tipo de encontro, explica queo caféda manhãdeve ser com umnúmero reduzido de participantes, apenas dois ou três. O programa podeser marcadonoescritório para afastaras distraçõesque umlocal públicoprovoca. Nessecaso, ébomcontratar um serviço de buffet (ver quadro acima).

Segundo Magaly, o empresário que marca o compro-

misso pode combinar com a equipe que estiver servindo o café as interrupções para servir maisbebidaou oferecer comida em momentos que tratamde pontos importantes da negociação.

"Essas táticas são utilizadas quando o empresário que está comandando o encontro se vê diante de uma situação im-

previsível, como por exemplo uma proposta de alongamento deprazosdepagamento de determinado serviço. Apausa dátempo parao interlocutoravaliar oquefoi proposto", diz Magaly. Ambientecerto – Um serviço oferecido pela consultora éo de reestruturação do ambiente onde os convida-

Franquias investem em qualidade

Os franqueadores estão procurando melhorar a qualidade dosserviços prestados pelos seus franqueados. As atitudes das empresas vão desde critériosmaisrigorosos na seleçãodos novos empreendedores até a visitade clientes ocultos, para testar o atendimento da loja.

Segundo Walmir Frare, diretor executivo da Bit Company,rede deescolas deinformáticacom cerca de 160 franquias, a seleção do novos franqueados épontocrucial para agarantiadaqualidade do negócio.

Na Bit,o candidatopassa por duas etapas antes de ser aprovado. Na primeira, é feitaumatriagemnormal para checar o endereço, o telefone

e seele tem nome limpo na praça. Depois, o empresário passa portrês entrevistas. A última é feita por Frare. "Gostodeconversar como franqueado paraverseele,realmente, está disposto a ser um empresário", afirma. Outra preocupação dos profissionais daBit écom os recursosdo franqueado.Como nãohá formade investigarasfinanças daspessoas,a empresa faz essachecagem pormeiodeperguntas evê comoele se sai no primeiro mês. Emgeral, esseé umperíodoqueoempresário tem degastar muito.Ele temdespesas com a reformae a adequaçãodo imóvel aospadrões daBit ejá pagataxas à franqueadora."Nessa fase,se

o candidato mentiu sobre dinheiro, vai passar dificuldade. Já tivemos casos de pessoas quetiveram de desistir nessa época", afirma Frare. ABit tambémestá ampliando operíodo detreinamentodo empresário de15 para 30 dias.

Na redeargentina Pronto Wash, que está iniciando a operação de franchising no País, a soluçãofoi implantar o consumidoroculto. "Um cliente vai até uma loja da rede para verse o atendimento está correto", afirma Alan Packer,diretor executivoda Pronto Wash no Brasil. Nafranquia, tambémhá uma preocupação com a seleçãodos candidatos. Hoje,a redetem14lojasem opera-

dos serão recebidos.Ela avalia se olocal escolhidotem boas condições para encontros reservados. Magaly também checa se o restaurante combina com o perfil dos convidados. "Éimportante respeitar os hábitos das pessoas. Seria constrangedor escolher um restaurante francês sofisticado paralevar um convidado quetemhábitos simples", afirma.

Gafe – Segundo o consultor de marketing pessoal e etiquetaempresarial, Lívio Callado, de SãoPaulo, os almoços de negóciossão coisa do passado. Eles estão sendo abolidos porque faltaa empresários e executivos traquejo sociale conhecimento de regras básicas. "Na mesa de refeição é quese observa a educaçãoque apessoatem", diz. Para Callado,essa situação éconseqüência doabandono do hábito de fazer as re-

ção em São Paulo, três delas sãofranqueadas.Até ofinal do ano, aempresa espera ter, pelo menos, 30 franquias. Todas as atitudes sãopara manter os bons números do setor. No anopassado,o franchising cresceu 7% já em função de um trabalho para melhor qualificar os empreendedores. Outraconseqüência positiva é que apenas 20% das unidades franqueadas sai do mercado num prazo de cinco anos contra 80% em negócios independentes.

Selo ABF – A ABF (Associação Brasileira de Franquias) lançouhádoze anos um selo de qualidade, que certifica as melhores franquias. Para obter o selo, a rede passaporuma avaliaçãode mercado. "Medimos a satisfação dofranqueadocom a rede",afirma Anette Trompeter, executiva da ABF. No ano passado, cerca de 30 franquias receberam o selo da ABF.A certificaçãoé feita anualmente. Os franqueadores também recebem um retornoda associação. "Conversamos com asempresas e mostramos o que os franqueados acham quepode ser melhorado", afirma Anette.

Cláudia Marques

feiçõesemfamília. Issoinfluencia ocomportamento de uma pessoa em público. A falta de boas maneiras é um dos motivos pelos quais muitas empresasestãoescolhendoocafé damanhãpara um encontro profissional. "Emumcafé damanhã, os possíveis deslizes podem passardespercebidos, oquenão acontecequando estãoàmesaem umambiente maisfechado", afirma Callado. Tom devoz– Para essas ocasiões, ele aconselha gestos discretos e tom baixo de voz para conversarcom osinterlocutores. Quem aborda o assunto principal do compromisso deve estar tranqüilo e iniciara conversacomsegurança eclareza. "Todosesses cuidados são importantes e podem definir o fechamento de um negócio", diz Callado.

Paula Cunha

Programa beneficia adolescentes na Bahia

Um programa do Sebrae (ServiçoBrasileiro deApoio às Micros e Pequenas Empresas) realizado em parceria com oInstituto AyrtonSenna, fundações Kellog e Odebrecht eo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento EconômicoeSocial)está beneficiando adolescentes de baixa renda, dacidade de Paulo Afonso, na Bahia. Os 620 jovensqueintegram o programatêm idades entre 12 e 19 anos. Desde março, eles participam de oficinas detreinamento ecapacitaçãosocial. As ações também incluem programas de rádio, campanhas educativas junto à população e a valorização das manifestações culturais. Para os empresários, eles irão apresentar peçasteatrais, documentários, danças folclóricas e trabalhos de artes plásticas.

A coordenadora do Projeto Protagonismo Juvenil, que adaptou o Programa Aliança com o Adolescente de acordo com as característicasda região, Ana Cristina, diz que os adolescentes envolvidos estão multiplicando o conhecimentoque receberamnacomunidadeem quemoram.A

cursos e seminários

Hoje

Seminário internacional How to sustain stability –A palestra é aberta a todos os participantes. Duração: duas horas, das9h30 às 12h. Local:Ibmec Business School, ruaMaestro Cardim, 1.170, 2ºandar, Paraíso. Para assistir,os interessados devem iraté o local do evento.

Marketing derelacionamentoem empresasde bens de consumo – O cursoédirecionadoaprofissionais da área de marketing. Duração: quatro horas, das 14h às 18h. O evento acontece na terça-feira. Local: CentroBrasileiroBritânico,ruaFerreirade Araújo, 741, 1ºandar, Pinheiros. Preço: R$139 (associados) e R$ 165 (não associados). As inscrições devem ser feitas até hojepelo telefone (11) 3129-3001 ou pelo email atendimento1@abemd.org.br.

Organização e controle do ativo imobilizado – O objetivodocursoé proporcionaraosparticipantes uma abordagem ampla e técnica sobre como organizar oseu ativo permanentedentro dalegislação vigente, com controles e procedimentos contábeis.

coordenadora do Projeto Sebrae Xingó, Larissa Barros, diz queosjovensestão surpreendendo a população. Para a coordenadora, que mantém programasde capacitaçãoe inclusão social em 30 cidades sobinfluência das hidrelétricas de Itaparica, Paulo Afonso e Xingó,nos Estados de Alagoas, Sergipe, Pernambuco eBahia,otrabalho surgiu da necessidade de inseriro adolescentenas discussões dosfórunsde DLIS (Desenvolvimento LocalIntegrado eSustentável), que apóia programas de combate à miséria na região. O DLIS éum modelodesenvolvido por meio da atuação da sociedade civil organizada,do poderpúblico edas organizações do chamado terceiro setor. “Nos demos conta quedevemos opinar e exigiro que nos édireito”, afirma a jovemMarília Silva, de Canindé do São Francisco, em Sergipe.

OProjeto Aliança com o Adolescente está presente em outras regiõesnordestinas, como oMédio Jaguaribe,no Ceará, no Baixo Sul da Bahia e emBacia doGoitá, emPernambuco. (ASN)

Duração: 16 horas, das 8h30 às 18h. O curso acontece na terçae naquarta-feira. Local:IOB Thomson,rua CorrêaDias, 184,Paraíso. Preço:R$ 390(assinantes IOB) e R$ 450 (não assinantes). As inscrições devem ser feitas até hoje pelo telefone 0800-782755. Como levantar necessidades e elaborar planos de treinamento – O objetivo do seminário é orientar os participantes a elaborar planos de educação e treinamento. Duração: oito horas, das 8h30 às 18h. O curso acontece na terça-feira. Local: IOBThomson,rua CorrêaDias, 184,Paraíso. Preço:R$ 305(assinantes IOB) e R$ 350 (não assinantes). As inscrições devem ser feitas até hoje pelo telefone 0800-782755. Classificaçãofiscal demercadoriase multaspor enquadramento incorreto – O curso é direcionado a profissionais daárea contábil.Duração: novehoras, das 18h45às 21h45.O eventocomeça naterça eterminana quinta-feira.Local: AuditórioAduaneiras, ruada Consolação, 77, Centro. Informações sobre preço e inscrições pelo telefone (11)3120-6509 ou 0800-909047oupelo e-mail:cursos@aduaneiras.com.br.

Dia 23

"A arrecadação de impostos é extorsiva"

O ex- secretário da Receita Federal Osíris Lopes Filho diz que o Brasil é um País cheio de injustiças que não poderão ser resolvidas de uma vez. Pequenas reformas melhorarão, aos poucos, a vida das empresas e das pessoas.

Eliana

O ex-secretário da Receita

Federal OsírisLopes Filho hoje trabalha como advogado tributarista e é professor deDireito na Universidade de Brasília e da Fundação Getúlio Vargas. Atende seus clientes numa casa no Lago Sul, diantedeumjardim de rosas,que gostadecultivar. Trabalhou para o Leão durante toda a vida, até o governoCollor, quandofoiafastadoda chefiada secretariada Receita. Hoje diz que não quer mais nada com o lado de lá dobalcão e que selivra da necessidadedefazer terapia escrevendo artigos para jornais e dando palestras.

O doutor Osíris não tem papas na língua. Na últimaquinta-feiraele exorcisou alguns de seus demônios em entrevista que concedeuao Diário do Comércio . Parase ter uma idéiado tom da conversa, Lopes Filho sugeriu que acampanhade José Serra fosse acertada com o empresário SílvioSantos, aos moldes doquadro de seu programa dominical Topa tudo pordinheiro. Osprincipais tópicosda entrevistaforam os seguintes:

so. Não é possível deixar de reconhecer este fato".

Carga tributária

"A carga tributária brasileira é absurda. Foi estimada, no ano passado, em 34,5% do PIB. É superior à dos Estados Unidos edo Japão.Só que a renda média naqueles países é seis vezes maior do que a nossa.Alémdisso, nãosedeve medirrendatributária só em relação ao PIB.Deve-se considerar os serviços e as retribuições que oEstadooferece à sociedade. Estamos praticando noBrasil uma usura heterodoxa. OEstado arrecada extorsivamente da população para pagarjuros extorsivos aos bancos. O go-

"O governo manipula a legislação, arrecada cada vez mais para pagar juros aos bancos, prejudica a economia e ainda perdeu a noção de que o Estado existe para prestar serviços à sociedade"

bate mortal à evasão".

Sobre anistia

"A anistia éum atentado à moralidade tributária. É claroqueo tributo tem uma função importantenasociedade. O governo precisa ter dinheiropara exercersuas funções sociais. Qualquer secretário de receita tem de potencializar o que a lei determina e forçar os inadimplentes a pagar.

policial.

Não vejo candidatos discutindo oproblema tributário. O único quetocou no assuntofoi Lula.Oprogramado PT propôs que se cumprisse a Constituição,que seaplicasse a progressividade dos impostos quehoje nãoé aplicada. Mas caíramem cima dele enunca maisseouviu falara respeito.

Sobre o sistema tributário brasileiro "Temos um não-sistema tributário. Um sistema tributário éum conjuntocoordenadoeharmônico deleis,taxaseimpostos. OBrasiltributa em demasia o consumo. PIS, Cofins, ICMS, ISS e CPMF compõem dois terços dos preços dos produtos. Alémdisso,a Uniãomantém uma guerra fiscal com os estados.Oprincipal tributo brasileiro hoje, em termos de abrangência, éo ICMS,que deve resultar numa arrecadaçãodeR$86 bilhõesaR$90 bilhões neste ano. Pois o PIS e oCofins também incidem sobre as vendas. A União está invadindo abase econômica do ICMS com uma tributação pesada. E não venham me dizerque issoé necessário porque a Constituição de 1988tirou dinheirodaesfera federal. Ocidadãomorano município. É lá que ele tem de seratendido. AConstituição fez bem. Estados e municípios têm de arrecadar mais. O nosso Estadoficou disfuncional".

Sobre o Estado

"O Estado brasileiro é o Estado FioDental. Émínimo. Temapenas deterumbom sistema fiscal, umbom controle de contas. Hoje, a administração pública está renunciandoàs tarefasque lhesão inerentes. Este é um problema quevemdelongadata, mas quepiorounogoverno Fernando Henrique Cardo-

verno perdeua noçãode que o Estado tem de prestar serviços ao País. Quando eu assumi a Secretariada Receita Federal,em 1993, a carga tributária era de 24% do PIB. Masesseera o tempo do confisco decretado por FernandoCollor.Depois,a cargatributáriacaiu paraos22%doPIB, que éa taxahistórica dopaís. Aelevação que aconteceu nos últimos anos se deu por manipulação da lei tributária, pelo aumentodos impostosqueé umaprática altamentedeseducativa. O governo cobra cadavezmais dequempaga direito e cria desigualdade no pagamento de tributos".

Sobre a CPMF

"Dinheiro queentrafácil, sem esforço ou trabalho, tende a virar renda cartorial, embora crie as maioresdistorções na composiçãodos custos de produção, circulação e consumo na economia. É um tributo "gilete". Cortados dois lados – na produção/circulação e noconsumo. E sua pressão é exponencial, já que oneraos fatoresdeprodução a cadapagamento realizado, aumentando, portanto, os custos. Além disso, a movimentação financeira em si mesma não demonstra capacidade contributiva.Elaé apenas um meio, cujo emprego é que vai evidenciá-la. E aí já existe o correspondente imposto.

ACPMF éum tributoque tem tudo de ruim. É regressivo,já quepesa maisintensamente nos desfavorecidos economicamente; éuma caixa-preta, pois é administrado pelos bancos e instituições financeiras; éentreguista, pois favorece a importação, prejudicando a produção nacional;e propicia escapismo, pois seimagina, equivocadamente,que favorece ocom-

O que se está fazendo agora é aumentar a arrecadação manipulando a lei, o que é fácil. Mas tem um efeito devastador. Sobrecarrega alguns poucos, porque a carga está alta demais equem pode escapa dos impostos. A sonegação,comosesabe, éapenas uma estimativa.Calcula-se queaevasão fiscalno Brasil esteja por volta de 55% da carga tributária,ou seja,do queseria teoricamente arrecadável. Em qualquer país normal a perda do sistema varia entre 5% e 10%.

E aívem osistema deanistia, que virou cultura brasileira, e é altamente deseducativo.O Estado passa atestado de imbecilidade ao bom contribuinte. Incentiva o mau comportamento".

Reforma tributária

"Esta seriauma épocapro-

Eu sei, por experiência própria,que paraquemestáno poder, promover mudanças não éfácil. Hátécnicos que examinam minuciosamente as implicações de cada proposta em termos de arrecadação.Eultimamentea margem paramudançasestáficando cadavez maisrestrita, porque não sepode correr o risco dereduzira arrecadação.

sob oriscodeprovocarum desequilíbrio insanável nas contas públicas. Hoje,o Cofins representa mais do que o dobro do que se arrecada com o IPI. OPIS gera R$ 12 bilhões, mais do que a metade doIPI. Osdois somadosdão mais ou menos R$ 56 bilhões. A CPMF gera um caixa de R$ 21 bilhõespor ano. Quer dizer, a cascata inteira derrama quase R$ 80 bilhões noscofres públicos. Como alguém pode renunciar a este dinheiro?

cro Líquido, umaempresa menos lucrativa paga 33% de imposto.Issoé umamaluquice porque ajuda quem vai bem quandoquem precisa não é beneficiado.

O Refis foi um sistema criado para facilitar o pagamento deimpostosatrasados e 280.000empresas se inscreveram, mas80.000 foramrecusadas de cara. Isso porque o sistema estabelece que, para ser aceito no programa, não interessa quantoa empresa deveemreaise sim em porcentagem do faturamento. Váriasempresas queforam aceitas e entraram não agüentaram pagar as parcelas dos impostos atrasados e manter-se em diacom suas obrigações.Como nãosuportaram,mais dametade das empresasaderentes ao Refis foram excluídas. Estes são alguns exemplos de problemas quenão sãode difícilsolução eque melhorariammuitoo desempenho da economia brasileira.

Crise de valores

"O Estado brasileiro é o Estado Fio Dental. É mínimo. A administração pública está renunciando às tarefas que lhe são inerentes. Este é um problema que vem de longa data, mas piorou no governo FHC".

pícia para discutiroproblema. É época de eleição federal e estadual. Os candidatos deveriam debater não a possibilidade dese fazeruma reforma tributáriade caráter miraculoso,capaz de mudara realidade, mas a possibilidade dese fazermudanças gradativas, paratornarmais eqüitativa a cobrança de impostos no País. No Brasil tudoépensado emtermosde reforma constitucional. Tudo tem de ser grande e o resultadoé que as catástrofes, quando acontecem,também são grandes.

O Brasil temuma concepção normativista. Tem leis de mais, como se as leis resolvessem algum problema. É comonocasodo aumentoda criminalidade, em que o Congresso discuteo aumentode penas sem quese busquem soluçõespreventivas, semque sepense nosistema

Se eu tivesse influência, hoje, tentaria fazer uma reforma gradual, negociada. Chamaria os setores que estão se queixando de estarem com uma cargatributária insuportávele proporiauma redução por prazodeterminado, digamos que por seis meses, desde que a situação revertesseaofinal doperíodo caso a arrecadação caísse. Assim, tornariaos empresários bons pagadores aliados do governo no combate aos sonegadores. Algumas administrações tributárias no mundo publicam osnomes dos contribuintes em débito. Da mesma forma que as empresas particulares informam, ao setor de controle da inadimplência, os nomes dos clientes em débito. O fato de as pessoas saberem quem efetivamente deve aoFisco é um instrumento poderoso de pressão"

Economia brasileira Hoje duas coisas constrangem o crescimento da economiabrasileira.Uma éojuro, altíssimo. Outra é a carga tributária com a qual o governo financia a dívida que contraiu junto aos bancos. Opróximo presidente vai encontraro Paísnuma crise fantástica.Com adívidapública alta. Com uma carga tributáriaqueinduzà evasão fiscal,porque todoo servivo tem de fazer de tudo para sobreviver e o sistema brasileiro édoentio,cobra alémdoque se suportapagar.E com os impostos cumulativos que só podem acabar alongo prazo,

Ainda maisem época decrise. Até a oposiçãovotou a favor da continuidade da cobrança da CPMF!

O que pode ser feito O País está precisando de providências micro.É possível,por exemplo,reformaro Impostode Rendasemmexerna Constituição.Odesequilíbrio na tributação da pessoa física, entre trabalho e capital,tem desercorrigida. Na divisão da arrecadação do Imposto de Renda, as coisas são assim: 70% doque se arrecadaé provenientedorendimento assalariado. Outros 20% vêm dos rendimentos de não assalariados.E apenas 10% saem dos ganhos de capital. Pois bem. A tabela progressiva, que vale para o trabalhador, taxa o salário em até 27,5%. Ocapital étaxado da seguinte maneira.A distribuição de lucros recolhe zero de imposto. Os ganhos de capital pagam 15% e a renda fixa20%. Issosignifica que a taxação mais alta que recai sobre o capital é inferior à que recaisobre o fruto do trabalho,o queé um absurdo. O imposto de renda esmagaas pessoasquevivem de trabalho e terminarcom essa barbaridadesó depende de uma lei ordinária. Outra distorção existente hoje está no fatode que a lei permite que a empresa distribua juro de capital próprio desde que tenha lucro.Se o lucro for de até R$ 20.000,00, a taxa de imposto é de 15%. Se for superior, a taxa é menor, deapenas 10%.Com aContribuiçãoSocial sobreo Lu-

A Admin i s t ra ç ã o Tri butá ria se fortalece na medida em que se mostra eficaz perante a sociedade erespeitadora dalegislação.

O interesse do cidadão brasileiroé,primeiro, nãoser coagidopeloFisco,ou seja, trabalhar sempre na legalidade, coisa que nem sempre ocorre. O cidadão não deve sofrer constrangimentosilegais. A relação da fiscalização com o contribuinte deve ser a maisurbana ecordatapossível.

No Brasil há uma crise de valores.Há certos valores fundamentais para a afirmação da Administração Tributária.Primeiro,que elaseja poderosa no combate à evasão, transformando o sistema tributário num sistema justo. Segundo, ser apartidária, apolítica, objetiva,neutra. Quando se afirmar pela eficáciano combateàevasão eno cumprimento das leis do país, adquirirá o respeito da população. Porque não adianta apenas ter poder para constranger os evasores. É preciso que o poder e a efi-

"Calcula-se que a evasão fiscal no Brasil esteja por volta de 55% da carga tributária, ou seja, do que seria teoricamente arrecadável. Em qualquer país normal a perda do sistema varia entre 5% e 10%".

ciênciasejam reconhecidos pela população.

As críticas

As grandes críticas que tenho afazer hoje sãoem relação ao abandono da administração tributária, do combate à evasão. O governo adotou a política do facilitário tributário. Só arrecada o que não lhe dá trabalho. A administração brasileira é vagabundaporque é malandra.

Osíris Lopes Filho, ex-secretário da Receita Federal: críticas à administração tributária do governo Fernando Henrique
Paulo Lacerda/AE

Anatel afasta problema contábil na Embratel mas checa os serviços

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) descartou ontem problemas contábeis na Embratel , citandouma recenteauditoria da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). AAnatel voltou a afastar a intervenção na operadora.

"A Embratel é regulada pela CVM que, em recente auditoria, não encontrou indícios de qualquer prática que desabonea Embratel",informou a Anatel em comunicado.

Oórgãoregulador acrescentouqueestáde olhona continuidade e qualidade dos serviços da operadora de telefoniade longadistânciacontrolada pela WorldCom, que pediu concordata.

"A Agência, inclusive, está intensificandoa obtenção de informaçõesjunto à Embratel, comfoco nosaspectos de continuidade e qualidade dos serviços, bem como na área financeira, sobretudo nas questões relativas aos bens reversíveis da concessão", informou a Anatel no comunicado.

Os bens reversíveis são os ativos fundamentais às operações da empresa – como a rede de telefonia da Embratel – que podem ser assumidos pelo Estado de formaagarantira continuidade dos serviços.

Normalidade – AEmbratel informou ontemque os problemas da empresa norteamericana não afetarão suas atividades nopaís. Segundo afirmouo presidentedaEmbratel, Jorge Rodriguez,em nota distribuída pela companhia,todas asatividades desenvolvidas pela operadora "prosseguem normalmente" e a concordata da WorldCom "não afetará a empresa e nem tem impacto em nossas operações".

No final da noite de domingo, aWorldCom entrou

com um pedido de concordata na Justiça dos Estados Unidos após ter sido atingida por um escândalo contábil de 3,85 bilhões de dólares e grande quantidade de dívidas. A empresa detém 52% do controle da Embratel e o presidente-executivo, John Sigmore,disseque opedido de concordata não inclui as operações internacionais da companhia.

Segundo a nota divulgada pela Embratel, osúnicos fluxos operacionais entre as duas empresas se resumem aosresultados deoperações comerciais normais entre carriers detelecomunicações eataxade administração, conforme contratodeconcessão da Embratel.

O presidente da Embratel afirmouna notaque "não existem empréstimos intercompanhia entrea Embratel e a WorldCom". Os financiamentos da operadora brasileira são obtidos diretamente de bancos eoutras entidades financeirase nãotêmgarantia da WorldCom.

AEmbratel afirmoutambém quemantém para este ano o compromissode cumprir os investimentos programados, no valor de 1,1 bilhão dereais,priorizando aampliação de serviçosde comunicação dedados eprodutos de maior valoragregado, como acesso à Internet em banda larga.

A companhia disse também que manterá para os próximos trimestres, a média de investimentos registrada no primeirotrimestre deste ano, em torno de 250 milhões de reais.

"A Embratel está pronta para entrar na concorrência dos serviços locais tão logo a Anatel concedasua licença",finalizou Jorge Rodriguez na nota. (AE)

Concordata da WorldCom agrava situação dos bancos

O pedido de concordata da WorldCom nos Estados Unidosaumentou o sofrimento dosetor bancárioeuropeujá debilitado,agravando os problemas já causados aos bancos por escândalos contábeis e perdas nas bolsas de valores. A WorldCom, que opera a maior rede de Internet do mundo,emprega 60milpessoasem65 países."Nósutilizaremos esse período de reorganização pararecuperar nossa saúde financeira", declarou oexecutivo-chefe (CEO)John Sidgmore."Nós sairemos o mais rapidamente possível desse processo de falência e com nosso espírito competitivo intacto".

O decisão da empresa pôs fim a semanasde negociação sobre um pacotede resgate e abalou bancos como o ABN Amro e o Deutsche , ambos os quais pesadamente expostos ao grupo.

Também agravou os temoresde que o setor bancário possa estar chegandoa uma crise que forçaria algumas dasinstituiçõesa fusões ou provocaria pedidos urgentes de capitalizaçãoaos acionistas, dizem analistas.

"Novas quedasnas avaliações das açõespoderiam nos levar aum pontoem quecomeçaríamos acontemplaro risco de uma crise de confiança iniciada nos mercados de valores contra o setor", escreveu o banco de investimentos Bear Stearns em recente relatório.

As seguradoraseuropéias já enfrentamproblemas devido ao impacto dasituação sobreas bolsas,com asações do setor caindo em mais de quatro por cento na segundafeira, para um nível não visto desde 1997. Até mesmoas

mais respeitadas dentreelas, como a AXA , da França, e sua concorrente alemã Allianz apresentaram quedas de cerca de 40 por cento.

Alguns temem que o impacto sobre os bancos seja igualmente severo.

"Nosso medoé que isso prove ser a tendência do futurono setorbancário",escreveuo Bear Stearns, mencionando osproblemas doCrédit Suisse , cujas ações perderam 50% de seu valor este ano devidoa preocupaçõesde que as perdasna bolsa prejudicassemo balançodo grupo.

O CréditSuisse foiseveramente prejudicadoem termos da forçadesua base de capitaldepois quea seguradoraWinterthur, partedo grupo, tevedereceberuma injeção considerável de capital paracompensar suasperdas, edevido aosesforços do banco deinvestimentos do grupo para sair do vermelho.

A WorldCom apresentou no domingoo maiorpedido de concordata já feito nos Estados Unidos, depois de um escândalo contábil que fez com que o grupo de telefonia

Para Bush, economia americana é sólida

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse ontem que acredita que os lucros das empresas estão melhorando eque osfundamentos econômicos do país sãosólidos."Não sou um operador nem seleciono ações. Mas acredito que os fundamentos para um crescimentoeconômico sãoreais", disse Bushajornalistas durante uma visita ao Laboratório Nacionalde Argonne,no sul de Chicago.

"Acredito que o Congresso, aprovará um projetodelei (de reforma corporativa) que ajudaráa retirarparte daincerteza do mercado e que esse projeto introduzirá algumas

reformas significativas", acrescentou. "Aío investidor vai escolher valor,tomar decisõessobrevalor, epeloque tenho ouvido oslucros corporativos estão melhorando, o que significa que valores estarão disponíveis para quem investe no mercado."

Bush negou pedidos para a demissão do secretário de Tesouro, Paul O’Neill, dizendo que o membrodo gabinete está fazendo um "bom trabalho". Ele declarou que tem "toda confiança do mundo" no secretário do Tesouro.

O presidente também disse que acredita que os mercados acionários já precificaram a concordatada WorldCom

Inc. mas que está preocupado com o destino dos empregados da empresa de telecomunicações, cujos problemas contábeis ajudaram a minar a confiança nos mercados acionários dos EUA. Investigação – O Departamento de Justiça dos Estados Unidos pediu a um juiz federal que indique um investigador independente para o caso do colapsodaWorldCom, umagente queseriaencarregarregado de investigar a quedada companhiapormá administração, irregularidadese fraude. O pedido dará ao investigador poder de intimar testemunhasna investigação das transações da companhia.

Menem é acusado de receber dinheiro para encobrir atentado

Um desertor iraniano disse ainvestigadores argentinos que o governo do Irã pagou US$10 milhões aoex-presidente Carlos Saúl Menem para encobrir que havia organizado e perpetrado o atentado a bombacontra ocentro judaico Amia (Associação Mutual Israelita-Argentina),em

1994,emBuenos Aires, informouo jornal norte-americano The New York Times Em depoimentosecretoa um juiz argentino, Abdolghassem Mesbahi, exagentede inteligênciadoIrã, declarou queMenemrecebeu o pagamento por meio de umconta bancária na Suíça

controladapeloentão presidente do Irã, Akbar Hashemi Rafsanjani. Ojornal recebeuumacópia da declaração do desertor iranianodas mãosdeautoridades argentinas, que estão frustradaspelafalta deprogresso das investigações sobre o crime. (Reuters)

A WorldComconcordou com o pedido, de acordo com documentos do tribunal. O secretáriodeJustiça dos EUA, John Ashcroft, disse que um investigador independente iria melhorar a confiança pública. "Essa ação proporcionará transparência ao processo eaumentará a responsabilidade", disse. "Isso deveráaumentara confiança públicana condução do caso e ajudar a preservar o valore proteger credores e acionistas, incluindo pequenos credores e aqueles cujos fundos de pensão estavam investidos na WorldCom", acrescentou. (Reuters)

eserviços dedadosdelonga distância sucumbisse ao peso de sua imensa dívida.

Osproblemasda WorldCom, que tinha ativos de 107 bilhões de dólares e dívidas de41 bilhões dedólaresde acordo com os números mais recentes, seguem-seàs crises em empresas de destaque comoa Enronea GlobalCrossing, quequebraram em meio a investigações sobre suas práticas contábeis. Consequências mundiais –As conseqüênciasdasituação da WorldCompara o setorbancário são mundiais, com bancos norte-americanos como o J. P. Morgan no topo da lista de credores, com exposição de US$17,2bilhões, incluindo ativosdetidos pelo banco em nome de seus clientes, de acordo com o pedido de concordata. As ações do banco europeu que ocupa a posição mais elevadanalista decredoresda WorldCom, o Deutsche Bank, caíramemcincopor cento,para suamarca mais baixa em oito meses, por medo de que o banco perca parte do bilhão dedólares que tem em exposiçãoà WorldCom. O Deutsche não comentou. As ações do banco holandês ABN Amro – cuja exposiçãototalà WorldComéestimada em 731,5 milhões de dólares – sofreram mais, com queda de cerca de sete por cento, para seu ponto mais baixoemcerca de quatro anos.

Um porta-voz do ABN Amro disse queobanco enfrentaria prejuízosdecerca de 100 milhões de euros em seusempréstimos àWorldCom, na pior das hipóteses, e que o restante da exposição estavaprotegida por hedge ou eradetida pelobanco em nome de clientes.

No Japão, o Mitsubishi TokyoFinancialGroup, terceiro maior grupo bancário do país, anunciou que talvez não recuperasse os 17,058 bilhões deienes(US$ 147milhões)

que emprestou à WorldCom.

Novas preocupações – Os analistasdizem agoraqueos riscos para a saúde financeira dosbancos acarretadaspelas perdas de capital e pelos estouros corporativos como o da WorldCom eclipsaram muitas das demais preocupaçõesdos investidores ehoje dominam odebate sobre o direcionamento estratégico dos bancos.

Os investidores costumavam acreditar que apenas os maiores bancosde investimentosobreviveriama uma reacomodação do setor. Agora, osbancos quese mostraram mais protegidoscontra perdas nomercadodeações estão provando seu valor.

"O estado do balanço de umbanco nesse estágio é muito mais premente do que a questãotoda damassa crítica e da economia de escala", disse RichardThomas,do ABN Amro.

"No mundo dosbancos de investimento,estamos em uma encruzilhada,comos grandes protagonistasforçados a pensar com cuidado sobre a direção em que querem seguire oque desejamfazer, porque os modelos atuais não são sustentáveis", disse. Algunsbancos podem-se verforçados asolicitaruma injeção de capital aos seus acionistas ou, em casos extremos,aprocurar fusões, se suas bases de capital sofrerem danos sérios, disse Thomas. Até agora, não houve muitas fusõesentre bancoseuropeuscausadas porquedanos valores das ações; o exemplo principal éo Bipop-Carire , daItália, adquirido meses atráspela Bancadi Romadepois que o Bibop sofreu perda de confiança devido a irregularidades de seus antigos executivos.

"Devehaver mais fusões comoessa antesdo finaldo cicloeconômico. MasDeus nos ajude se isso acontecer", disse Thomas. (Reuters)

Intifada deve custar mais de US$ 5 bilhões a Israel neste ano

O levante palestino custará à economiade Israelmais de US$5bilhõesneste ano se continuar até dezembro, contribuindo paraa recessão no país, informou ontem o Ministério dasFinanças. Autoridades doministériodisseram a repórteres que a economiaperderiacerca de 50

bilhões deshekels (US$10,5 bilhões) nesteano– metade provocada pelos efeitos do levante e metadepela recessão da economiamundial edas quedasno índiceNasdaq(da bolsa dealta tecnologiados EUA). AcifradeUS$5bilhões traduz-seem umcusto de US$ 1.000 per capita, dado que a população do país soma 5 milhões de pessoas. "A Intifada (levante palestino) teve um impacto maior sobre a economia em 2002 do que em 2001", disse Michael Sarel, integrante doministério. "Houve mais ataquesdo terror em cidades israelenses" neste ano. (Reuters)

idgmore: "Nós sairemos o mais rapidamente possível desse processo de falência e com nosso espírito intacto"
Mike Segar/Reuters

Acordo com o FMI não deve sair agora

Para analistas, a visita de Anne krueger ao País não trará nada de concreto. O objetivo seria o de "coletar informações".

Muita conversa, mas praticamentenadade concreto. Essa é a expectativa de analistas internacionais para a visita ao Brasil da vice-diretoragerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), AnneKrueger, queestáacompanhada do diretor do Departamento paraHemisfério Ocidental Anoop Singh.

"Osmercados corremainda o risco de se decepcionar nesta semana se continuarem esperando que Anne anuncie qualquer apoiofinanceiro adicionalao Brasildurantea sua visita desta semana", afirmou o economista para mercados emergentesdo banco HSBC,David Lubin."Essa v iagemproduzirá pouco mais do quemanchetes, mas acreditamos ser altamente improvávelque umacordo seja anunciado", disse.

Na opinião do diretor de pesquisa para mercados emergentes do banco Barclays Capital, José Barrionuevo, oobjetivoda viagemde Anne deve ser decoletarinformações, fazeruma avaliação sobre a situação financeirae econômicadoPaíse ter conversas com autoridades dealtoescalão para poder formar uma opinião. "Anne vaiformarsuaopinião para poder fazer uma recomendaçãoao‘board’ (diretoria) do Fundosobre que tipo de programa seria melhor para o Brasil e o ‘timing’ de quando essas negociações poderiamter início", afirmou Barrionuevo. "Nem Anne nem AnoopSingh começariam negociações concretas durante esta visita ao Brasil", acrescentou. Para o economista de Brasil

Varig, TAM e Vasp elevam tarifas em 11%

Três das principais companhias aéreasdomésticas, Varig, TAM e Vasp, elevaram os preços das tarifas em 11%, em média. Foi o segundo reaj ustenumperíodode dois meses–em junho,asempresas já haviam aplicado um aumento médio de 8% nos preços cobrados.

Asempresasestão repassando ao consumidor parte do aumentode gastosdecorrente da variação do dólar, que incide sobre no mínimo 40% dos custos da aviação.

A Gol ainda estuda a possibilidade de elevar os preços.

A Varig reajustou as tarifas em 11,4% apartir de ontem,

mas baixou em21% o preço da passagem daponte-aérea Rio-São Paulo (CongonhasSantos Dumont). Até 30de agosto, a RioSul (subsidiária daVarig)cobrará R$219no trecho.

Omesmo preçoestásendo cobrado pela TAM. A empresa reajustou suastarifas em 11,3% em váriostrechosno último sábado.

Já a Vasp está aplicando um aumento de11,19% apartir de hoje,válido paratodas as rotas.Na ponte-aérea Rio São-Paulo, o reajuste da Vasp foide 13%,fazendo comque a tarifa no trecho pulasse para R$ 169. (AE)

Governo espera dados das aéreas para anunciar ajuda

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Sérgio Amaral, informou ontem que o governo continua aguardando os dados solicitados às companhiasaéreasparadefiniras medidas de socorro ao setor. "Existem questões técnicas complicadas, eprecisamosdesses dados dasempresas para concluirmos as medidas", disse o ministro.

Amaral informou que tambémestásendo negociada com as companhias a devolução do ICMS recolhido sobre

tarifas e transporte de cargas.

Segundo oministro, essa solução viria dentro da negociaçãoque estásendo feita comosEstadosparaa prorrogação da vigênciada Lei Kandir. A cobrança do ICMS foiconsiderada inconstitucional peloSupremoTribunal Federal (STF), mas os Estados resistem a fazer a devolução.

O ministro havia anunciado que o pacote de ajuda às companhias áreas seria divulgado nesta semana. (AE)

dobanco LehmanBrothers, Paulo Vieira da Cunha,os mercados não devem esperar declarações específicas de Anne aofimda viagem. "As declarações recentesdo FMI têm sido bastante fortes de apoio ao Brasil, mas Anne não deverá falar algo de diferente. Ela deveráfazer declarações de que as políticas econômicas em vigorestão sólidas e no caminho correto", disse o analista.

Ontem, a executiva encontrou-se com Armínio Fraga. Hoje, terá reuniões com Fernando Henrique e Malan

VieiradaCunha vê uma maior disposição dos Estados Unidos em ajudar o Brasil do que foi observado com a Argentina. "Em parte porque os interesses einvestimentos de empresase bancos norteamericanos no Brasil são

maiores do que na Argentina eemparteporqueo Brasil adotou reformas epolíticas econômicas mais claras e menos controversas do que a Argentina.A predisposiçãodos Estados Unidos em ajudar ao Brasil é evidente, mas a forma como isso será feitoainda não estáclara", disse (veja detalhes sobre o mercado financeiro na página 11). Gat ilho – Na avaliação do diretor do Banco Itaú e ex-diretordo BancoCentral,Sérgio Werlang, o FMIe o governo brasileiros "estãodeixando tudo engatilhado para, assim que sairo resultado daeleiçãopresidencial, assinar alguma coisa".Werlang afirmou que, emboraAnne

Krueger tenhavindo oficialmente ao Brasil para participar de um Congresso de Econometria em São Paulo, o fato de ela ter agendado outros encontroscom autoridades, além da reunião com o presidente do BancoCentral, Armínio Fraga, indica queela pode estar aproveitando a viagem para negociar um futuro acordo.

Aopiniãoé contráriaàdo ex-presidentedo BC econsultorAffonso Celso Pastore, para quemKruegerveio porcausa do Congresso de Econometria e a visita à Fragaseria meramenteprotocolar."Não acreditoqueela esteja vindo aqui para negociar um acordo com o Armínio Fraga.Tenhoaimpressão de que esse acordo vai ser fechado, se for fechado, no próximo governo", disse.

Segundo Werlang,seria bom se os candidatos dessem umadeclaração dequeaceitam, pelomenosem linhas gerais, um acordo com o Fundo, "caso eles concordem, obviamente".

Agenda – O diretor-executivopara o Brasil do Fundo Monetário Internacional (FMI), Murilo Portugal, confirmou que Anne Krueger terá um encontro com ministro Pedro Malan hoje, em Brasília. Emseguida,elase reúne com o ministro do Desenvolvimento, SérgioAmaral, e, no final da tarde, com o presidente FernandoHenrique Cardoso. Ontem, a executivase reuniu como presidentedo BC, Armínio Fraga. O diretorexecutivonão quiscomentar o motivo da vinda de Anne ao Brasil. (AE)

Varejo passa a apostar no Dia da Avó

Parareverter, pelo menos emparte,a quedadevendas acumulada nos últimos meses, alguns comerciantes paulistanos estão apostando em promoções paraa próximadata comemorativado

País: o Dia da Vovó.

Comemorada em 26 de julho,adata vemocupandoespaço nocomércio dacidade deSão Paulonos últimostrês anos. Segundo a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), anualmente, o Dia da Avó gera um movimento adicional de vendas da ordem de 3%.

O Diada Vovófaz partede uma lista de comemorações aindapouco convencionais, mas que ajudam a movimentar o varejo (veja quadro). Por isso, apesar da proximidade dadata, sãopoucasas lojase centros de compras que estão organizandoeventose promoções.

Um dos shoppings que está apostando na data, pela primeira vez, é o Metrô Tatuapé, quefica nazonaleste daCapital. "Porser aprimeira vez, o shopping está fazendo uma campanha caseira, com gastos modestos, de cerca de R$ 5 mil. Mas, a partir do próximo ano, o Metrô Tatuapé planeja investirna datademaneira maisintensa",dizo gerente de marketing, Cláudio Voso.

O shopping criou cartazes que foram distribuídosno malldo centrode comprase também informouos lojistas

Mercado aumenta, pela 4ª vez, estimativa de inflação para 2002

Pelaquarta semanaconsecutiva, o mercado financeiro elevou sua projeção para a inflação de 2002. De acordo compesquisa semanalfeita peloBanco Central, anova estimativa das instituições financeiras édeumavariação de 5,84% do IPCA, índice utilizado pelo governo noprograma de metas de inflação. Na pesquisa passada,aestimativa era de uma alta de 5,81% para o ano.

Háquatro semanasqueas projeções de inflação do mer-

cado financeiro refletem a expectativa de não cumprimento da meta de inflação pelo segundoano consecutivo. A redução da taxa Selic na reunião da semana passada do Comitê de Política Monetária(Copom) aumentou ainda mais essa desconfiança. Otetoda metadeinflação, neste ano, é de 5,5%.

Omercado tambémreviu, paracima, suaprojeçãomédia para a inflação de 2003. A estimativa agora éde que o IPCA irá acumular,ao longo

do próximo ano,uma variação de4,38%,e nãomais 4,20%,como estavaprojetado. Ameta central paraa inflaçãode2003 éde4%,com margem de tolerância de 2,5 pontos porcentuais.

PIB – Em relação à atividadeeconômica,os agentes mantiveram em 2% a estimativade crescimento do PIB)neste ano. Para 2003, a previsãoagora éde umcrescimento de 3,50% e não mais de 3,45%,comoanteriormente. (AE)

pormeiode circulareinformativo interno para que estes decorem as vitrinas e façam promoçõesalusivas à festa, diaem quesecomemorao Dia de Santa Ana. Além disso, vai promover um café da manhãpara cerca de300avós. Devem participar integrantes do grupode Terceira Idade que todas as manhãs caminhampeloshopping, das5 mil consumidores cadastra-

dos no projeto Caminhada. ParaVoso, oDiadaVovó vemganhando importância e, por isso, o shopping pretende continuar apostando na data."O MetrôTatuapé está preocupado emtrabalhar nichos específicos. Em setembro,vamos investirno Diada Secretaria,outradata que começa a ter espaço nas promoções do varejo", diz. Retração geral – Um dos

motivos que têm levado o comércio a se voltar também para datas comemorativas pouco convencionais (além dos tradicionais Dia das Mães e Dia dos Namorados, por exemplo), éa retração geral do varejo. Fatoresmacroeconômicos – salários achatados, desemprego alto e crédito amarrado (a taxa básica de juros foi reduzida,mas o depósito compulsório retirou R$ 6 bilhões da economia)não estão incentivando as vendas. Neste ano, a chegada tardia do frio também contribuiu para segurar os negócios. "Por isso, os lojistas precisamachar outras formas de encantaros clientes eadata promocional sempre cumpre bem esse papel", afirma o economista da Associação Comercial de São Paulo Emílio Alfieri.

Cresce o movimento do comércio

As vendas do comércio paulistano ganharam um novoimpulso nestemês. Aquedada temperatura nas últimas semanas,aspromoções antecipadas feitas por algumas lojas e centros comerciais e o efeito psicológico da redução da taxa Selic contribuíram para acelerar osnegócios, segundo pesquisada Associação Comercial de São Paulo. Asconsultas feitas emju-

lho, até o dia 21, ao Serviço Central deProteção ao Crédito (SCPC), quesinalizaos negócios nocrediário,cresceram3,8%,em relação a igualperíodo doanopassado. Os telefonemas ao Usecheque, indicadorde vendas a vista, tiveram no mesmo período aumento de 14,5%.

O economista da Associação Comercial, Emílio Alfieri, destaca, no entanto, que

esse resultado é momentâneo e não pode ser projetado para um período maior. "Se o frio forembora ou aconjuntura internacional se agravar, a tendência pode mudar". Outrofatorquetem influenciadoo crescimento frente a 2001 é a base de comparação deprimida, já que em julho do ano passado o País já passava pelo racionamento de energia elétrica. (TM)

Alckmin deve anunciar redução do pedágio na Castelo Branco

A Agência Reguladorade Transportes do Estado de São Paulo deve anunciar amanhã o acordo coma concessionária ViaOestepara reduzirem até 50%o preçodopedágio das marginais da Rodovia Castelo Branco. O governador Geraldo Alckmin garantiu, no sábado, que a redução na tarifa será definitiva. Alckmin lembrouquea tarifa atual de R$ 3,50não foi alterada com o recente reajuste nos pedágios estaduais. Ontem, a equipe técnica da

Artesp reuniu-secom representantes da ViaOeste na tentativade finalizarasnegociações. Oobjetivo era encontrar uma fórmula de tornar viável oprograma de fidelidade propostopelo governador, pelo qual os maiores usuários darodoviateriam direito aumdescontoproporcionalmente maior. A proposta deve beneficiar principalmente os moradores de Barueri, Osasco, Jandira e Carapicuiba. A expectativa do governo e

da concessionária é de que a redução aumenteo movimento de veículos nas marginais. A média diária de 12 mil veículos em cada sentido corresponde a umterço do que havia sido previsto. A queda nareceitalevou aViaOestea suspender a duplicação da Raposo, enquantoos termos do contrato não fossem revistos. Aempresafoimultada pelo atraso nas obras, mas recorreu.Alckmin garantiu que a duplicação será retomada em agosto. (AE)

Teresinha Matos

Brasil envia queixas contra UE à OMC

A Organização começa a revisar políticas européias amanhã. O País aproveitou para listar 70 práticas que considera injustas.

Enquantoo Mercosulea União Européia tentam estabelecer nesta semana, no Rio de Janeiro, uma base para um acordo entre os dois blocos, o Brasil ataca,emGenebra, a políticacomercial deBruxelas. Ontem, os delegados brasileiros enviaram à Organização Mundial do Comércio (OMC)uma listade 70queixas contra as práticas comerciais da UE.

A partir de amanhã, a enti-

daderealiza umarevisãodas políticas européias, como ocorre a cada dois anos pelas regrasda OMC. Dianteda oportunidade de avaliar o comportamentoe asleisda UEem relaçãoaocomércio internacional, o Brasil aproveitará paradeixar claroque não está de acordo com várias regras existentes naEuropa e queprejudicam asexportações brasileiras.

Agricultura – Um dos te-

mas que será questionado pelo Itamaraty é a existência dos subsídios àagricultura. Os europeus garantem que estão caminhando emdireção a uma reforma da ajuda estatal ao setor, mas os países exportadores de produtos agrícolas argumentam que a iniciativa da UEainda nãoé suficiente para acabar com as distorções nomercado agrícola mundial.

Uma das preocupações do

Brasil se refere aos subsídios às exportaçõesdadospor Bruxelasa seusprodutores. Segundoa avaliaçãodoItamaraty, esse tipo de subsídio não apenasdesloca ocomércio brasileiro, mastambém afetade formanegativaos preços internacionaisdos produtos agrícolas.

Têxteis – Outroassunto que fará parte das queixas brasileiras éa tarifaimposta pela UE à importação de têxteis. O

Balança já tem saldo de US$ 903 mi

Abalança comercialregistrou um superávit de US$ 139 milhõesnaterceira semana de julho.Comisso,o saldo, no mês,jáchega aUS$903 milhões,recorde noano,segundoo Ministério doDesenvolvimento, Indústriae

Comércio. Na semana anterior, a balança havia apurado superávit deUS$712 milhões,melhorresultado semanaldo PlanoReal,depois que fiscais alfandegários amenizaramo movimento grevista que vinha dificultan-

do o registro de exportações. Deacordo comoMinistério,o desempenhodoperíodo também foi consequência de um aumento das vendas de produtos básicos (especialmente,de soja),atéentão represadas à espera de me-

Argentina lidera queda da exportação

A quedadasexportações para a Argentina no primeiro semestre desteano representou 49,1%da reduçãototal dasvendas externasbrasileiras. As vendas para a Argentinacaíram66,2%em comparaçãocom operíodoentre janeiro e junho de 2001. O maior impacto ocorreu nosetor de manufaturados, O segmento representa 85% das vendas totais para a Argentina. A redução dos negó-

cioscomovizinhofoi de 68,4% no semestre, frente a 2001,uma quedaemtermos de valores de R$ 1,8 bilhão, na comparação com o mesmo período de 2001. Geral – Segundo o Ministério do Desenvolvimento, o resultado global dos negócios externos do País está sendo afetado negativamente pela retração das cotações internacionais. Os setores mais afetados pela queda de preçosfo-

ram o de semimanufaturados (redução de 10,8%)e ode produtos básicos (7,2%).

No entanto, os produtos básicos foram os que mais sofreram redução em termos de quantidade (9,8%) em relaçãoaoano passado. Os manufaturados vêm em seguida, registrando quedade8,3% no volume exportado em relaçãoa2001, emrazão,principalmente da queda das vendas para a Argentina. (AE)

lhores preços no mercado internacional.

Na terceira semana (entre 15 e21 de julho),em relação aos sete diasanteriores, houvequeda de17,5% namédia diáriade exportações, que passou de US$ 376,8 milhões paraUS$ 239,2 milhões.As maiores baixas ocorreram nasvendas deprodutos manufaturados (47,5%) e básicos (30,5%).

Ototalexportado naterceira semana deste mês foi de US$ 1,196 bilhão, enquanto as importaçõessomaram US$ 1,057 milhão.

Como resultadodasemana, o superávit acumulado no ano aumentou para US$ 3,509 bilhões. A previsão do governoéfecharo anocom US$ 5 bilhões. Em 2001, a balança registrousaldo deUS$ 2,6 bilhões. (GN/Reuters)

Associação promove seminário para incentivar exportações

A Associação Comercial de São Paulo - ACSP e a Federação das Associações Comerciais do Estado de São PauloFacesp, em seqüência ao Projeto “Dobrando as Vendas Externas com as Comerciais Exportadoras”, realiza no dia 8 de agosto, das 8h30 às 18h00, o Seminário “Exportar para crescer, novos caminhos para o mercado externo”, com o seguinte programa:

Abertura: Emerson Kapaz, presidente da Subcomissão de Comércio Exterior da Câmarados Deputados, Renato Abucham, vice-presidente de Comércio Exterior da ACSP, Robert Schoueri, vice-presidente de Comércio Exterior da Faceps, José Ulysses Viana Coutinho, presidente da Associação Brasileira de Empresas Trading e Valdir Santos, presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo, Campinas e Guarulhos - Sindaspcg.

Sessão 1: Panorama Geral do Comércio Exterior Brasileiro - Gustavo Sabóia Fontenele e Silva, Analista da Câmara de Comércio ExteriorCamex, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Sessão 2 : Dobrando as Vendas Externas com as Comerciais ExportadorasComo conseguir US$ 100 bilhões de exportações - José Cândido Senna, Diretor do Projeto Dobrando as Vendas Externas com as Comerciais Exportadoras.

Sessão 3 : Operações Simplificadas de Exportação e

Importação - Regina Terezin, diretora do Sindaspcg. Sessão 4: Garantias de Recebimento e Redução dos Riscos das Operações - Vincent Teillère, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Coface Rating-Groupe e Martinho Fernandes, Gerente Geral do escritório em São Paulo da SBCE - Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação.

Sessão 5 : Operações de Acondicionamento, Reacondicionamento e Montagem de Produtos - Representante de Estação Aduaneira de Interior - Eadi.

Sessão 6 : Programa de Apoio Tecnológico à Empresa Exportadora - Progex eSistema de Gestão IntegradoMari Katayama, diretora adjunta do Progex e Renato Sisto, gerente da Procwork, Sistemas SAP Brasil.

Sessão 7: Discussão de experiências e de negócios de exportação: Rita de Cássia Campagnoli Acea, diretora da Dahll Comércio Internacional e representante de indústria de médio porte que exporta. Rodas de Negócios Indústrias x Comerciais Exportadoras: o Seminário completase no dia 9, no horário das 9h00 às 12h00, quando os representantes de indústrias interessados em desenvolver exportações poderão contatar comerciais exportadoras, para apresentação de sua linha de produtos - através catálogos, material promocional ou amostra do mesmo. Esta será uma excelente oportunidade para as indústrias encontrarem um

novo canal para o Exterior e também para a comercial exportadora diversificar/ampliar/complementar a linha de produtos por ela representada. Os dois eventos aconte-

Itamaraty e osetor produtivo nacional argumentamque os europeusainda possuem taxas que impedemo aumento dasexportações brasileirasao mercado da UE.

Oataque brasileironão se limita, porém, a esses setores. OItamaratypromete bombardear os europeus com queixas referentes àliberalização do setordeserviçose em temas relacionados às salvaguardas impostas por Bru-

xelas em algunssetoresexportadores, como o do aço. A UE terá até sexta-feira para daruma resposta às queixas do Brasil. Apesarde não gerar qualquer tipode obrigaçãolegal,arevisão da política comercial naOMC é uma oportunidade para os governos demonstrarempublicamente que não estão satisfeitos com o comportamento deumdeterminado país. (AE)

Japão pretende diminuir venda de aço para China

Asprincipais siderúrgicas japonesas planejam reduzir em cerca de 30% as exportações de aço para a China entre julhoe setembrodesteano (em relaçãoao trimestreanterior), naesperança deimpedir que Pequim aplique tarifas integrais sobre as importações do produto.

ANippon Steel,porexemplo, planeja cortar em 40% as exportações de placasde aço eletromagnéticas, produtos de aços finos, usados em motores deeletrodomésticos, queserão acrescentadasa uma "redução aguda"de outros materiaisem açopara a China, de acordo com um executivo da empresa.

Apesar da ação, as exportações para aChina deoutros países do mundo permane-

cem vigorosas, com mais de 40% da cota de Pequim completaemum mês,umasituaçãoque,caso persista, pode levará à adoção de medidas de salvaguardas integrais.

O esforço das principais siderúrgicasjaponesas para cortar a exportaçõestem como objetivopersuadir Pequima excluir os produtos japoneses,caso asmedidas antidumping ou salvaguardassejam estabelecidas, segundo um executivode uma grande siderúrgica.

A China é o segundo maior mercadoparaos produtos emaço do Japão, depois da Coréia do Sul. As exportações para a China responderam por 19% do total das exportações de aço do Japão entre janeiro e maio. (AE)

comércio exterior

cem na Sede da ACSP, à Rua Boa Vista, 51 - 11º andar. Informações e inscrições no Departamento de Comércio Exterior da ACSP, pelo tel. 3244-3500 / 3454.

Câmara árabe firma parceria com a Líbia

A Câmara de Comércio Árabe Brasileira - CCAB e a Federação das Câmaras de Comércio, Indústria e Agricultura da Líbia, firmaram um convênio constituindo o Conselho de Cooperação Econômica e Empresarial Líbio-Brasileiro, que visa o fortalecimento das relações econômicas entre os dois países. O acordo foi assinado no último dia 6 pelo presidente da CCAB, Paulo Atallah e El Badri Hassan, vice-presidente da Federação líbia.

Segundo informações da CCAB, o comércio bilateral entre os dois países não é significativo e está restrito a açúcar, café e minério. Na primeira fase do acordo o objetivo é o fortalecimento edesenvolvimento da colaboração econômica em todas as áreas comerciais dos dois países.

Isso acontecerá através de projetos como o intercâmbio de publicações e desenvolvimento de novas publicações, comuns aambos os países, realização de exposições nacio-

nais dos setores agrícola, industrial, turístico e comercial na Líbia eno Brasil, fornecimento de informações sobre leis e regulamentos sobre investimentos e comércio, a elaboração de um manual ou guia econômico e comercial para as empresas buscarem desenvolver os mercados dos dois países e a realização de pesquisas de mercado de produtos e serviços. Além desses projetos, o Convênio prevê organizar missões empresariais para fomentar negócios. O Conselho deverá solicitar aos órgãos governamentais dos dois países a retirada das barreiras comerciais e para o investimento estrangeiro, que possam impedir o livre acesso para comercialização de produtos/serviços, financiamentos e investimentos diretos, além de mediar, quando possível, as divergências contratuais entre empresas dos dois países e facilitar registros de propriedade industrial, visando garantir os direitos dos investidores.

Oportunidades comerciais

PAÍSESQUEDESEJAM

EXPORTARPARAO BRASIL

TAIWAN

324 - Equipamentos e acessórios para golfe.

325 - Fivelas para cintos e malas.

326 - Multioperadora para TV acabo.

327 - Fita adesiva para embalagem.

328 - LED, transistor, diodos.

ISRAEL

329 - C-Guard, linha de produtos que permite controlar e bloquear a comunicação celular em locais como presídios.

Câmara de comércio têm novos diretores

Israel - A Câmara Brasil - Israel de Comércio e Indústria empossou a sua nova Diretoria e Conselho, para o período 20022004 , que tem na presidência o publicitário Mauro Salles e como vice-presidentes os diretores Jayme Pasmanik, Marcos Arbaitman, Nelson Grunebaum eRonald Goldberg. A cerimônia prestigiada por autoridades e nomes de projeção no mundo empresarial, inclusive pelo Governador Geraldo Alckmin, aconteceu em almoço na A Hebraica. Estados Unidos -Em substituição ao Sr.Alain Letort, que assumirá o mesmo posto em Tóquio, foi apresentado o Sr.Paul J.Kullman, como novo Cônsul Comercial em São Paulo, do U.S.Department of Commerce, órgão ligado ao Consulado Geral dos Estados Unidos e responsável pela promoção de negócios e investimentos de companhias norteamericanas em nosso país. Paul Kullman está vindo da China.

330 - Produtos para a indústria biológica e laboratorial.

331 - Cosméticos naturais dermatológicamente testados, velas e outros produtos.

PAÍSESQUEDESEJAM

IMPORTARDO BRASIL

TAIWAN

332 - Guaraná.

TOGO

333 - Confecções, roupas de cama, mesa e banho; cobertores; eletrônicos; computadores; celulares; relógios; confeitos; produtos farmacêuticos e joalheria.

Feira da Indústria Química na Índia Organizada pelas Câmaras de Indústria e Comércio da Índia, Departamento da Química e Petroquímica, Ministério da Química e Fertilizantes, Governo da Índia e com o suporte de outras 20 associações industriais, será realizada em Nova Delhi, no período de 18 a 21 de setembro, a India Chem 2002.

A indústria química, petroquímica e farmacêutica é um dos setores mais dinâmicos da economia indiana, com faturamento anual de US$ 28 bilhões, representando 12,5% da produção industrial total e16,2% das exportações.

A Feira reúne mais de 450 expositores locais e do exterior, envolvendo feira e conferências nas áreas Química, Petroquímica, Farmacêutica, Tecnologia, Máquinas, Processos e Sistemas de Controle e Automação. Maiores informações no site: www.indiachem2002.com

Captação da poupança segue alta e vai a R$ 2,9 bi

A caderneta de poupança aindaé uminvestimento atraenteparamuitos aplicadores. Prova disso é que o volume de depósitos feitos no mêsde julho continuousubindo.Ainda queemmenor proporção quando comparado ao mês de junho.

Em julho, até o dia 16, o Banco Central registrou uma captação líquida (depósitos efetuados menos ossaques, mais rendimentoscreditados), de R$ 2,941 bilhões, elev andoosaldo dacaderneta para R$ 129,454 bilhões no período. No mês passado, a captação líquida entre os dias 3 e14 de junhofoi deR$ 3,4 bilhões.

Parase ter uma idéia do crescimento atualdosdepósitos, no mês de maio, entre os dias 2e 23,a captação líquida ficou negativa em 86.297 milhões

Saques recuam– Mais: os depósitos vêm, desde junho, superando os saques.Fato queo mercado financeiro não viaháalgumtempo, quando ototalde recursos que saíam das cadernetas costumava ser maior do que o total que entrava. No mês de maio, por exemplo, as retiradas somaram

R$ 30,5 bilhões, enquanto os depósitos, R$29,7bilhões. Nestemês oquadro éoutro. Os depósitos foram de R$ 22,4 bilhões e as retiradas, de R$ 20,1 bilhões. Bom resultado – Apesar de o mês de junho ter batido o recordeem captação, com um total de R$ 6 bilhões, julho vem mantendo um movimento positivo. É preciso lembrarque, no mês passado, o volumeelevado dedepósitos tem umaexplicação,segundo o mercado. Por causa da mudança na forma de contabilizaçãodos fundosde rendafixa,antecipadapelo Banco Central e queprovocouperdas na maioriados fundosdeinves-

timento, omercado trabalha comahipótese dequemuita gente tenha tirado o dinheiro aplicadonos fundosetransferido para a poupança.

De 1º a 16 de julho a Caixa registrou depósitos de R$ 3,3 bilhões, contra saques de R$ 2,8 bilhões

Segurança – A decisãode ir para a poupança sempre tem umcaráter muitomais de proteção do que propriamente de rentabilidade. A caderneta continua sendo a aplicação financeira queoferece o menor ganho (6% ao anomais a variação da TR).

Porém, ainda é a que apresenta a maior segurança, especialmenteseo investidor não gosta de correr riscos. Na Caixa Econômica Federal, queconcentra hojemais de 90% dos depósitos em

Resposta ao Presidente da CVM

Ao expor na imprensa os seus projetos à frente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o seu novo presidente, Dr. Luiz Leonardo Cantidiano, formulou a idéia de eliminar a obrigação da sociedade de capital aberto publicar suas demonstrações financeiras nos Diários Oficiais e deu a razão: “Essa é uma tradição que precisa acabar. É muito cara, e o investidor não tem o costume de ler o Diário Oficial (sic)” (Gazeta Mercantil, 16/07/02). Lamenta-se que o novo presidente da CVM, ilustre advogado, demonstre um total desconhecimento da função das publicações oficiais dentro do ordenamento jurídico brasileiro. Ao confundir o princípio da publicidade legal com a mera tradição ou costume de leitura, aquela autoridade comete um equívoco jurídico que deve ser reparado mediante os seguintes esclarecimentos:

O regime de publicação oficial tem como função estabelecer a presunção legal do conhecimento pelos acionistas e por terceiros dos atos societários relevantes. Essa presunção legal de conhecimento dos atos societários é fundamental para o ordenamento jurídico, na medida em que é a partir da publicação na Imprensa Oficial que se iniciam os prazos aquisitivos e extintivos dos direitos dos acionistas e dos terceiros perante a sociedade. Dessa forma, o regime de publicação oficial, ao estabelecer a presunção de conhecimento, faz com que não possam os acionistas e os terceiros em geral alegar ignorância para os efeitos de eximirem-se dos prazos prescricionais aplicáveis, que são, todos eles, contados a partir da publicação oficial.

Assim, a publicação oficial tem função de dar validade e eficácia erga omnes aos atos e negócios jurídicos praticados pela sociedade anônima. Apublicação oficial, em conseqüência, é um dos fundamentos da segurança das relações jurídicas.

Funda-se o regime de publicação oficial no art. 37 da Constituição Federal, que consagra o princípio da publicidade, e nos arts. 1º e 3º da Lei de Introdução ao Código Civil, no art. 1.152 do novo Código Civil de 2002 e nos arts. 157 e 289 da Lei Societária. Não obstante a absoluta necessidade da publicação oficial dos atos societários para o efeito de criar segurança jurídica para a própria sociedade, seus acionistas e terceiros em geral, a CVM baixou a Instrução nº 361, de 2002, que de forma absolutamente ilegal e arbitrária procura “flexibilizar” as publicações oficiais nas ofertas públicas de que trata a Lei Societária. Essa medida truculenta, que demonstra a intenção da CVM de legislar por conta própria, ao arrepio do regime de estrita legalidade estabelecido no art. 5º, inciso II da Constituição Federal, já foi objeto de medidas judiciais tendentes à revogação desse aberrante dispositivo regulamentar.

Apropósito, não tendo a CVM argumentos para rebater a ação judicial proposta pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo - IMESPe a Associação Brasileira de Imprensas Oficiais - ABIO, em abril p.p., perante a 15ª Vara da Justiça Federal (Processo nº 2002.61.00.010418-6), apresentou exceção de incompetência do Foro Federal de São Paulo. Essa conduta judicial é incompatível com a moralidade administrativa estabelecida no referido art. 37 da Constituição Federal, caracterizando a litigância de má fé da CVM, na medida em que é autora e ré em inúmeros processos no Foro Federal de São Paulo, sem nenhuma argüição sobre a incompetência das Varas Federais de São Paulo. Todos esses fatos demonstram a intenção da CVM de desobedecer à Constituição Federal, à Lei Civil e à Lei Societária visando arbitrariamente sobrepor-se ao regime de segurança jurídica, que é a razão principal do ordenamento.

O fato novo dessa verdadeira cruzada obscurantista da CVM contém-se na declaração do seu novo presidente, Dr. Luiz Leonardo Cantidiano, que, embora advogado e jurista de nomeada, confunde o princípio constitucional da publicidade oficial com mera tradição e hábito de leitura. As Imprensas Oficiais lamentam essa continuada postura da CVM, que demonstra, de um lado, ignorância dos fundamentos do Direito brasileiro e, de outro, o continuado abuso de suas prerrogativas meramente regulamentares, que não podem ser utilizadas para contrariar o regime de estrita legalidade assegurado pela Constituição Federal de 1988. São Paulo, 23 de julho de 2002

Associação Brasileira de Imprensas Oficiais - ABIO

poupança, a expectativa para omêsdejulho édeumvolumedecaptação inferiorajunho. Mas acima damédia mensal registrada em 2002, segundo a Superintendência NacionaldeServiçose Captação do banco.

Acima da média – No período de 1 a 16 de julho, a Caixa registrou depósitos de R$ 3,3 bilhões e saques de R$2,8 bilhões.A captaçãolíquida,no mesmo espaço de tempo, foi de R$ 674,665 milhões.Acima da médiade

R$ 300milhõesquevinha sendo registrada neste ano.

A Caixa manteve, em julho, apoupança premiada.Uma estratégia bem-sucedida criada em 2000 com o objetivo de aumentar a captação da caderneta.

Saldo de R$ 100 – Para concorrera prêmiospela Loteria Federal o poupador só precisaterumsaldo médiono mês equivalente a R$ 100.

A Caixa é o únicobanco quedevolve integralmenteo saldo do poupador no caso de quebra do sistema. O Banco Central prevê a devolução de R$ 20 mil ao poupador.

Roseli Lopes

Intervenção do governo na Previ termina 5ª feira

Aintervenção federalna Previ,fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, termina nesta quintafeira, 52 dias depois do afastamentoda antigadiretoria. O saldo da operação éque a direção do banco volta a ter controle sobre a gestão do maior fundo do País, que administra investimentos de R$ 39,5 milhões. "O banco volta ateras rédeas dofundo",afirmou oministroda Previdência, José Cechin. Pelo novo estatuto, o representante indicadopelo Banco para presidir o Conselho Deliberativo terá direito a voto de minerva.

Só indicação– Outra mudança é que não haverá mais eleição para diretores, que serão indicados também pelo conselho. No mercado há fortesrumoresdeque oexpresidenteda PreviJoséTarquínio SardinhaFerro deve ser reconduzido ao cargo.

Cechin não disse se foi realmente constatadoum déficit atuarial na entidade, como foi comentado na época da decisão dogoverno intervir na gestão.

Segundoo ministro,asalteraçõesestatutáriasnão resolvem problemas pendentes, de impasses como a obrigação de os fundos descontarem Imposto de Renda sobre as aplicações.

A Secretaria de Previdência Complementar estátrabalhando agora naanálise das propostas de estatuto de 75 entidades de previdência privada patrocinadas por estatais. Apenas 15 delas foram consideradas adequadas à nova legislação. (AE)

Compras financiadas por cartão de crédito aumentam

21,5%

Os consumidores estão utilizando cada vez mais o cartão decrédito parafinanciar compras,principalmente aqueles commenor poder aquisitivo. Em nove meses, as transações com cartão tiveramum saltode 21,5%,passando de R$ 4,6 bilhões, em setembrode2001, para R$ 5,6 bilhões, em maio. O porcentual de crescimentoé quaseduasvezeso que cresceu em igual período as operaçõesdecréditopara pessoas físicas, através do sistema financeiro, quefoi de 11,9%(subiu de R$ 36 bilhões para R$ 40 bilhões).

Carência ajuda – O uso maior do plástico pela populaçãodebaixa rendae,principalmente, o fato de o cartão conceder em média 26 dias de crédito de graça, são os principais fatores para a expansão do mercado de cartões como instrumento de crédito. A conclusão faz parte de estudo realizado mensalmentepela Credicard "Indicadores do Mercado de MeiosEletrônicosde Pagamento",divulgado ontem. Roberto Lima, presidente do Conselhode Administração da empresas Credicard, Redecard e Orbitall,aponta comoprincipal atrativoofato deo créditosair de graça poraté40 dias,seacompra for realizada próxima do vencimento da fatura.

Em uma simulação realizada pela Credicard, uma compra de R$ 100 financiada no chequeespecial, por24dias, sai porR$ 106,94, considerando juros mensais de 8,7%.

No créditopessoal, a operação, com o mesmo prazo de contratação sai por R$ 104,16 (com juros mensais de 5,2%). "Emigualperíodo de financiamentoacompra sai pelo mesmo valornocartão,ou seja, R$ 100", diz. Baixa renda – O uso do cartão para financiarcom-

pras, inclusiveapóso vencimento dafatura docartão, é comum principalmente entre portadores de plásticos locais, com faixa de renda entre R$ 300e R$ 1 mil.Estes correspondem a 63% do universo de 38,5milhões de cartões em circulação no País. "Sãoesses consumidores, principalmente, que utilizam ocartão comoalternativade crédito", diz Lima.

Maioria– Os usuários de plásticos nacionais são os responsáveis por70% dasoperações de crédito rotativo. Os pagamentos com atraso, quando o consumidorentra no crédito rotativo, variaram de 30% a 35% do total de operações em2001, oequivalente a cerca de R$ 20 bilhões. Aadministradoranão divulga quantas dessas pessoas deixaram de pagar o mínimo da fatura no ano passado, entrandopara o cadastro de inadimplentes.

Perfil – O estudo realizado pela Credicardapontou ainda que, em geral,são as mulheres que mais utilizamo crédito rotativo, cujos juros são de em média 9,4% ao mês. As mulheressão portadoras de 42% do total de cartões emitidos erespondem por 51%das operaçõesde crédito rotativo. Os usuários de cartões nacionais, além de serem os que maisutilizam ocréditorotativo(70% dos casos) aparecemainda comoos quemais financiam compras, mesmo pagando juros. Limaacredita que esses consumidores agem assim porque muitas vezes não têm acesso a cheque especial ou a créditopessoal. Amédiade parcelamento com juros para esse consumidorestáem 9,8% dos casos, neste mês, contra3,3%, que é amédia total do mercado.

Adriana Gavaça

Projeção para julho é de um faturamento de R$ 5,6 bi

Julhodeverá serosegundo melhor mêsdo anoaté agora paraomercado decartãode crédito. As operações como uso do plástico devem atingir R$ 5,6 bilhões em julho, ficando abaixoapenasde maio, quando as transações somaram R$ 5,7 bilhões. O resultado representará um crescimento de13,3%, em relação ao mesmo mês de 2001 e de 7,8%, em comparação com junho último. Os dados fazemparte doestudo "Indicadores do Mercado de Meios EletrônicosdePagamento", divulgado ontem.

Eleições – A Credicard mantevemaisumaveza expectativa de crescimento para este ano em 14%. Segundo Roberto Lima, presidente do

Conselho de Administração daCredicard, Redecard e Orbitall, as eleições presidenciais não devem trazer impactos significativos sobre o mercado. "Nossa previsão é de que omercado termine o ano com faturamento de R$ 66,7 bilhões", diz.

Juros – Aredução de 0,50 ponto percentual do juro básico da economia, a Selic, porém, não deve levar a uma redução das taxas cobradas pelasadministradoras e bancos.

De acordo com Lima, a inadimplência emalta eos custosadministrativos, comoa CPMFegastoscomos Correios, impedem uma redução dos jurospelasadministradoras. (AG)

PSDB quer criar CPI para investigar as subprefeituras

A bancada do PSDB está estudando a possibilidade de entrar com pedido de formação deuma ComissãoParlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal. O objetivo é investigara denúncia de loteamento de cargos entre os v ereadores da bancadagov ernistaeda aliadaparaa aprovação do projeto de criação das subprefeituras.

"Nossa assessoria está pesquisando a viabilidade jurídicapara ainstauraçãoda CPI.Se forpossível,entraremos como pedidoassim que aCasavoltar dorecesso, no início do mês de agosto", disseo vereador Ricardo Montoro,líderda bancada do PSDB na Câmara.

Segundo o vereador tucano, opedidodecriaçãoda CPI estaria baseadoem uma denúncia,publicadaem um jornal paulista de circulação nacional. A reportagem, que citava aparticipação demais de30 vereadores,levantoua hipótese de que o governo teria negociado diversos cargos entreos integrantesdasbancadas governista e aliada para queo projeto decriaçãode subprefeiturasfosse aprovado na Câmara.

"Isso é muito grave e merece uma investigação cuidadosa. Mesmo se a CPI não for possível, iremos continuar atentos e fiscalizaremos todas as nomeações para as subprefeituras", afirmou Montoro.

Feira da Cidadania

A primeiraFeiradaCidadania da Associação Comercial de São Paulo, em conjunto com a Secretaria Estadual daJustiça,vaicontar com uma série de serviços que irão beneficiar o consumidor. Já foram fechadas parcerias commaisde 30entidades.O grupoorganizador jáconta comaparticipação daFundação Procone aAssociação Comercial vai participar com um estande do Movimento de Apoio ao Consumidor. Quem estiver como nome cadastrado na lista de inadimplentes poderá regularizar sua situação. Equipes treinadas da entidade irãodar orientações sobre documentos necessários e procedimentos para voltara ter crédito nos estabelecimentos comerciais da cidade.

O público participante terá a oportunidade tambémde registrar reclamações no Procon de empresas que prestaramserviços ouvenderam produtos de má qualidade. OInstituto dePesos eMedidas,o Ipem, também vai oferecer orientações ao consumidor de como reconhecer seo produtoestá dentrodos

A previsão é de que, até o final dapróxima semana,oPSDB játenha umaposição sobrea viabilidadejurídicada instauração da CPI. Se houver possibilidade, o pedido de investigaçãodeveserfeito assim que terminar o recesso na Câmara, no dia 6 de agosto. Procurado pelo Diário do Comércio, o líder do governo naCasa, vereadorJoséMentor (PT) declarou que não irá se pronunciaroficialmente sobre o assunto.

Polêmica - Apolêmica sobre a aprovação do projeto de subprefeituras surgiu da aprovação em primeira votaçãoda propostadogoverno, em sessão ocorrida na madrugada da última quarta-

feira (dia 17). Na ocasião, o projeto recebeu 45 votos favoráveis, número que correspondeu ao total devereadores presentes à sessão. O resultado dopleito surpreendeupois, atéo finalda tarde do dia anterior (terça, 16),as bancadasgovernistae aliada ainda estavam divididas sobre o assunto. Uma parte dos vereadores era a favorda votaçãoimediata,enquantooutra preferiadeixar o assunto para a pauta após o recesso.

Aleique criaassubprefeituras ainda foi aprovada em segunda votação na manhã da quinta-feira, dia 18.

Estela Cangerana

ajuda consumidor

padrões corretos de fabricação e embalagem. Documentos –Os visitantes poderão aproveitar o dia para colocarem ordemuma série de documentos.A Feira da Cidadania terá estandes de solicitaçãodecarteiras de identidadee de idoso, certidões de processos previdenciários e de nascimento, além de carteiras profissionais. Outro destaque da feira serão os serviços deinterme-

Colabore com a Santa Casa de Misericórdia

Conselho da Mulher Empresária, da Associação Comercial de São Paulo, está promovendo uma campanha em prol da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. O CME solicita a todos que contribuam para que a Santa Casa possa continuar atendendo a milhares de pacientes carentes. As pessoas jurídicas e físicas poderão colaborar fazendo depósitos no Bradesco - Agência 99-0 C/C 296.666-2Associação Comercial de São Paulo. A relação dos contribuintes será publicada neste jornal.

diação de mão-de-obra e habilitação para o seguro desemprego realizados pela ForçaSindical.O público tambémreceberá orientações jurídicas nas áreas tributária, cível e criminal.

Preservação – Equipes do policiamento ambientalirão distribuir na feira mudas e sementesdeplantase levarão

NOTAS

Alckmin vistoria

obras na linha Lilás

As obras da linha Lilás-5 do Metrô, entre Capão Redondo e o Largo Treze, a partir de 10h,pelo governadordo estado,Geraldo Alckmin.Na última semana, as equipes da CPTM e doMetrô iniciaram os testes dinâmicos da linha, fazendo os primeiros trens operaraolongo dotrecho.O governadorembarcará no trem em teste no pátio do Capão Redondo,desembarcará em Santo Amaro (Estação da Ponte Estaiada) e irá vistoriar as obras deintegração com a Linha C da CPTM.

Promotor apela ao TJ para tentar aumentar pena de seqüestradores de Olivetto

O promotor Marco Antonio Ferreira Lima apelou ontem ao Tribunal de Justiça (TJ) da sentençaque condenou a 16 anos de prisão os seqüestradores do publicitário Washington Olivetto. São eles Mauricio Hernandez Norambuena, Alfredo Augusto Canales Moreno, MarcoRodolfoRodrigues Ortega, Willian GaonaBecerra, Martha LígiaUrrego Mejiae Karina Dana Germano Lopez. Se asrazões de apelação do promotor forem acolhidas,a penaserá elevadapara 20 anos ecumprida em regime integralmente fechado.

Ferreira Lima quer que o seqüestroseja considerado "crime hediondo", circunstâncianegadapelajuíza KenarikBoujikian Felippe,da 19ª Vara Criminal. Sem este item, osréus têma possibilidade do benefício da progressãodo regimeda pena. Assim, após cumprirem apenas umsextoda penade16anos (cercade 2,5anos), terãodireitoao regimesemi-aberto, em colônia agrícola, caso a sentença seja reformada. Lima pedetambém acondenação dos seqüestradores

por crimes deformação de quadrilha e tortura, que a juízaentendeu não estarem configurados, absolvendo-os em conseqüência. Segundo o promotor, o grupo estava organizado em quadrilha para o cometimento de crimes. De acordocomo promotor,ocrime detorturaestá provado no processo. As torturas foram físicas e psíquicas,afirmou. Olivetto esteve confinado durante 53 dias em um cubículo,até ser resgatadopela polícia,em 1ºde fevereiro.Tinhaapenas um colchão e fazia asnecessidades fisiológicas em um balde. Uma lâmpada nunca se apagava eera obrigadoa ouvir, seminterrupção, músicaem altovolume. Sofriaconstantes ameaças e era espancado. O cubículo era monitorado, dia e noite, por uma câmera. Por último, Lima quer que sejaexcluídada penaa"motivaçãopolítica", porqueos seqüestradores pertenceriam a organizaçõeschilenasde extrema esquerda.O processo vai ao exame da defesa, que também poderá apelar, pleiteando a absolvição ou a redução da pena. (AE)

Prefeitura quer tombar 147 imóveis no Centro

A Prefeitura paulistana abriu processode tombamento de147imóveisdo Centro Velhoda cidade.A medida foi tomada pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural eAmbiental da Ci-

dade de São Paulo, órgão ligadoaoDepartamento de Patrimônio Histórico (DPH), da Secretaria Municipalda Cultura. Alémde imóveis,o tombamentoincluipraças, parques,monumentos e viadutos.

espécies raras da flora brasileira para demonstração.. No estande do Sesc (ServiçoSocialdo Comércio), o público poderá conhecer formas deevitar odesperdício de alimentos.

A Feira da Cidadania acontecerá em 15 de agosto, no Pátio doColégio, Centroda cidade, das 9h às 17h. (DC)

Cooperativa pára de funcionar no dia 31

ACooperativa Comunitária de Transporte Coletivo (CCTC) seráfechadadia31 por causade endividamento easlinhas operadaspelacooperativa serão distribuídas para outras viações. Os cerca de 500 funcionários cruzaram osbraçosontempois não havia combustível nos 97 ônibus.O secretáriomunicipaldos Transportes, Carlos Zarattini,disse queirátentar recolocá-los nas empresas que assumirãoaslinhasda CCTC.Os funcionáriospermanecem parados hoje.

Associação de Guarulhos comemora 39 anos

A Associação Comercial e Industrialde Guarulhosestá comemorando39 anos.O prêmio DestaqueEmpresarial Acig 2002 foi o ponto alto da festa de comemoração, realizada no OpenHall Convention Center com a presença de mais de 400 pessoas.

O presidente da Federação das Assocações Comerciais doEstado deSão Paulo(Facesp), edaAssociaçãoComercial, Alencar Burti, entre-

gou o prêmioDestaque Empresarial,categoria comércio,para PrimoPoli, doPoli Shopping,junto comAnunciato Thomeo Sobrinho, presidente da Acig. Também foram premiadas a VisteonSistemas Automotivos, nacategoria indústria, eaInfraero, emserviços.Na categoria terceiro setor, foi homenageadaa ACM de Guarulhos por ações sociais junto à comunidade local.

Em reunião, organizadores acertaram a participação do Procon, do Ipem e do Movimento de Apoio ao Consumidor Ricardo Lui/Pool 7
Primo Poli, Anunciato Thomeo e Alencar Burti durante entrega do prêmio

Nelsinho cria software para futebol

O programa permite que técnicos de cinco tipos de espor te testem esquemas táticos na frente da tela do computador

Otécnicode futebolNelsonBatista Júnior, o Nelsinho, resolveu levar o futebol paradentro docomputador.

O ex-treinador do Palmeiras, do São Pauloe doCorinthians, que começou a conviver com a informática em 1995, quando trabalhava no Japão, criouum softwarequepermitequetreinadoresde esportes como futebol, basquete, voleibol e handebol elaborem jogadas e esquemas táticos na frente do monitor.

O programa foi batizado de Táticas 1.0 epartiu da imaginação do técnico, auxiliado por um profissional de informática. O software permite queo usuáriosolte acriatividade edefina,conformea própriavontade, posição de jogadores e lances de ataque e também de defesa.

O computador faz uma pequena animaçãoapósadeterminação do esquema de jogo.

Se ousuário preferir, porém, há uma estrutura de j ogo já formatada no próprio software. O técnico escolhe o ângulo do qual quer observar os atletas:atrás do gol,da arquibancada central, da linha do meio-de-campo ou da po-

D ivulgação

Nelsinho criou o software com a ajuda de um profissional da informática e vai destinar o lucro a órgãos de caridade

sição de córner. O sistema informa ainda escalações, local, data, nomesdostécnicos, placar e exibe até as cores dos uniformes.

O software criado pelo técnico custa R$ 250 no varejo e pode ser manuseado em cinco idiomas

O programa pode ser manuseado nos idiomas português, inglês, espanhol, italianoe francês. "É material de trabalho para técnicos",explica Nelsinho. De acordo como treinador, porém, nada impede que o software seja manuseado por

curiosos que gostamdeesporte. Há quadras formatas especificamente para cada tipo de esporte.

Caseiro – Nelsinho, na verdade, já havia desenvolvido um programa similar, em 3D, parauso pessoal,no ano de 1996."Ossoftwaresque existiam tinham algumas deficiências", afirma. Há seis meses, porém, o técnico vem trabalhando para tornar a idéia comercialmente viável.Foram colocados duas mil unidades do Táticas 1.0 para venda nas livra-

rias da rede Saraiva. De acordo com o técnico,não há volume previsto de comercialização. A distribuição denovos softwares vai depender da respostados consumidores ao produto.

O programa custaR$250 no varejo e o lucro será destinado a instituições que trabalhamcomcrianças carentes. "Vamostirar apenas os custos", explica o técnico. O demo pode ser testado no endereço www.sfwinfo.com.br.

Isaura Daniel Técnico aderiu à informática durante estadia no Japão

Ticket: aviso de pagamento por celular

A Ticket, empresa de valerefeição, alimentação e combustível, começa a implementarno interior deSão Paulo,Vitória (ES)e Porto Alegre(RS) umserviçodiferenciado de atendimento aos clientes. Pormeio decelular, pager ou notebook, a empresa transmite aos comerciantes informações sobre datas depagamento, créditosereembolsos a serem recebidos.

Dessa forma ficamais fácil para odonodosestabelecimentos queaceitamtickets como pagamento, controlar o fluxo de caixa, explica a coordenadorade NovosNegócios daTicket,DanieleSchneider."Antes,os comerciantes precisavam ligar para a empresapara saberem que dia seria depositado o dinheiro,esperaro atendimentoe

Aparelho recupera os CDs riscados

O equipamento SkipDoctor, campeão nasvendas mundiais de recuperadores deCDe DVD, acaba de chegar ao Brasil pelaempresa BelnusTecnologia. O aparelho é capaz de livrar o CD dos arranhões e custa em torno de R$ 140. Rasuras leves, médias e também profundas podem ser revertidos, promete a fabricante do aparelho.

perder tempo", diz. O serviço vemsendooferecido deforma experimental nas capitais doestadode SãoPauloedo Rio de Janeiro.

Paraoferecer om-ticket (nome do serviço), a empresa adotou uma tecnologiaconhecida como Short Message System (SMS), através de um canal de comunicaçãosem fio (wireless) que permite ao estabelecimento credenciado receber as informações da empresano visor docelular digital.

Daniele Sneider explica que, aobuscarumaferramentatecnológicapara oferecer praticidade o usuário, a empresa tambémconseguiu reduzir gastosoperacionais. "O custo é 20% menor do que uma mala-direta e corresponde a 15% do valor de uma

Fotos digitais até embaixo da água

Dar um mergulho e depois mostrar as fotosfeitas embaixo d’água para a famíliae os amigos. A façanha é possívelcom máquinasdigitais.A empresa Elgin Canon desenvolveu capas para quatro tipos decâmeras digitais: A10, A20,S300 e S110. Elaspermitemque os equipamentos sejam usadosematé três metros de profundidade.

ligação nacentraldeatendimento", afirma.

Para usufruir do m-ticket, que é gratuito,o cliente precisase cadastrar no siteda empresa einformar quefuncionários, números dos celu-

Usuário: técnico do computador de casa

Como não correrao técnico da esquinaquandoo computador quebra? Um livro chamado Resolvendo Problemas no seu PC - Passo a Passo se propõe a transformar o usuário comumnumespertona área.A teoriado autor,LaércioVasconcelos,é quea maioriados problemasdos computadores têm soluções simples.

lares, pagers ounotebooks estão autorizados a receber as informações. Ocadastroé necessário para evitar que o serviço nãoseja considerado spam (tipo decomunicação on-line indesejávelque algumasempresas adotamcomo forma de divulgação). Empresa – A Ticket atende 50 mil empresas e 4,5 milhões de usuários por meio de uma redede 280milestabelecimentoscredenciados. Está presente no Brasil desde 1976, onde conquistou a liderançadosetorde refeiçãoconvênio com oTicket Restaurante. Possui entre outros produtos, o Ticket Alimentação,Ticket Car,Ticket Transporte,TicketSeg eTicket Farma.

Tsuli Narimatsu

Jogo de PC simula guerra entre tribos

O enfrentamento detribos bárbaras e clãs com guerreiros geneticamente modificados é o ambiente forjado no Tribes 2, novo jogo para PC daSierra Entertainment. O programa suporta até 62 jogadores. São várias etapas. Na ÁguiaSangrenta, a meta é eliminar o inimigo. Na Espada de Diamante, a maior arma é a mente.

Combinar tecnologia com produtividade? Nós sabemos como fazer!

• Soluções em Rede – Windows 2000 e Linux

• Servidores – Proxy, E-mail’s, Internet, Arquivos

• • Rede – Projeto, Suporte, Instalação, Link Compartilhado, Cabeamento

O lançamentodosoftware Táticas 1.0 ocorrenum momento emque otécnico Nelsinho Batistaestá forados campos de futebol. Nelsinho está sem time, mas diz que tem possibilidades de trabalho tantono Brasilquanto no Exterior. Uma das últimas atuaçõesdo técnicofoijunto ao São Paulo Futebol Clube. No currículo do técnico, porém, estão desde o Palmeiras, o Corinthians e o Atlético Paranaense, até o Sporting Barranquila, da Colômbia, e o Al Hilal, da Arábia Saudita. No Japão, o

técnico ficouentre 1994 e 1996. Foina terrada tecnologia o primeiro contato do profissional com a informática. "Comprei meu primeirocomputadorparaacessara Internet", conta ele. Nelsinho sempre foi curioso no mundoda tecnologiae da informação. Além daformação em Educação Física, o técnico, quejogou peloSão Paulo, o Ponte Preta e oSantos, procurou formaçãoem psicologia e nutrição assim que deixou de ser atleta para ocupar a posição de treinador. (ID)

USP cria banco digital dentro da telemedicina

O Programa de Telemedicina da Faculdade de Medicina da USPacaba de disponibilizar na Internetum banco deimagem digital de procedimentos de autopsias. Abase dedados, quepode ser acessada pormédicos, estudantes e pelas 108 faculdades da área médica do Brasil, possui 10 mil imagens da Teleautopsia do Programa de Telemedicina, inaugurado no último mês. Para acessar a base de dados, basta entrar no site da Faculdadede Medicina (www.fm.usp.br) ese cadastrar.As imagens disponíveis sãoresultadodas aulas ministradas pelo programa de telemedicina que escolheu a autopsia como primeira aula do programa.

A autopsia permite também queos alunosvejam como a doença repercute em todos os órgãos. Segundo Saldiva, a taxa de autopsia do HospitaldasClínicas (70%)é a maisalta domundo."Esse trabalho indica um controle de qualidade muito importantedo serviço hospitalar", garante. Em outros hospitais, esse procedimento é feito em apenas 5% dos óbitos.

A Faculdade de Medicina resolveu começar o programa de ensino com o tema da autopsia

Segundo o coordenador de telepatologia, Paulo Saldiva, essetemafoi indicadoparaa aula inaugural porque a autopsia é um procedimento indispensável noestudo da medicina.É um importante mecanismo no qual os médicos têm um retorno de sua conduta com relação aos procedimentos tomados com os pacientes antes de eles chegarem a falecer.

O Programade Telemedicina foitransmitido para as U ni ve rs id ad es Federais do Paraná, Pernambuco, Ceará e para mais duas particulares. A aula foi assistidapor alunos, pós-graduandos emédicoscomo educação continuada. Depois de duas semanas, o material apresentado nateleaula recebelegendase textos que também ficam disponíveis pela Internetpara o mundo inteiro. Todomêshaverá aapresentação de uma nova aula. Para Saldiva,essa éuma oportunidade para compartilhar o ensino e a pesquisa do maiorcentro médicodoPaís e contribuir para a formação das108 escolas médicas do Brasil. (Agência USP)

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Bolsas desabam em todo o mundo

Cresce a desconfiança e mercados reagem mal à concordata da WorldCom; Bovespa cai 6,52% e dólar bate recorde

A crise de confiança do mercado de ações americano, agravada pelo pedido de concordata da empresa de telefonia WorldCom,arrastou maisumavez osmercados acionários mundiais.

Na Bolsa de NovaYork o índice Dow Jones perdeu 2,93%, enquanto o Nasdaq recuou 2,78%. A queda foi lideradapelas açõesdo Citigroup, por causa da sua exposição à concordata da WorldCom, investigações relacionadas à Enron e suspeitas sobre umdos analistas do banco.

Bovespa – Ontem houve quedas nas bolsas asiáticas e européias e a Bolsa de Valores de São Paulo,Bovespa, não escapou da onda de pessimismo edesconfiança:desabou 6,52%. A concordatada WorldComacontece depois que a companhia, há algumas semanas, admitiu ter problemas em seus balanços financeiros.

O Ibovespa, principal indicador dabolsapaulista, fechou em 9.892 pontos, o nível mais baixo desde o pregão de 19 de agosto de 1999. Em ter-

mos porcentuais, aqueda de 6,52%é amaisexpressiva desde13 desetembro doano passado, logo depois dos atentadosaos Estados Unidos. Naquele dia,a Bovespa fechou com baixa de 7,26%. Comoresultado deontem,a Bovespa agoratem perdas acumuladas de 11,1% no mês e de 27,1% no ano.

Segundo Luiz Antônio Vaz das Neves, diretor da Planner Corretora deValores, a Bovespa teve forte queda por causa dopéssimodesempenho da Bolsa de Nova York. Mas também porquecaiu menos do queoutros mercados na sexta-feira.

Vendas – "ABovespa acaboucompensando oquedeveria ter caído no último pregão da semanapassada. Foi forte o movimento de venda de ações", disse. Por causa desse fluxo vendedor, o volumefinanceiro do pregãode ontem, deR$ 579,6milhões, foi o maior do mês.

Na avaliação deNeves, os mercados mundiais vivem um momento dereação em cadeia em que é difícil prever quando a turbulência vai pas-

sar."Creioqueasituação só vai melhorar quando as autoridades americanas baixarem medidaspara corrigir as falhas contábeis das empresas", acrescenta.

Rumores – A Bovespa também sofreu ontem com especulações a respeito de pesquisas eleitorais (umdos rumores era de que Ciro Gomes, do PPS,teria ultrapassado Luiz Inácio Lula da Silva, PT, assumindo a liderança na corrida presidencial)e com notícias negativas de empresas. Uma delas foi o anúncio do acordo de intençõespara avenda do controle da petrolífera argentina Perez Companc para a Petrobrás.

Petrobrás – As ações da estatalbrasileira reagiramcom baixa logo na abertura do pregãoe fecharamcomqueda de 6,94% para as preferenciaisede 8,89%paraasordinárias.

Os investidores temem um impacto negativo da aquisição sobre o caixa da empresa, além de mostrarem-se preocupados comos riscos da compra de ativos na Argentina neste momento.

Embratel– Já as ações da Embratel Participações, empresa controladapela concordatáriaWorldCom, tiveramum desempenhomenos negativo do que o esperado. Asações ONtiveram altade 2,2% por causa do baixo nível de preços.Além dessepapel, apenas Souza Cruz ON (0,6%) teve altaentre as 57 açõesquecompõem oIbovespa.

As maioresbaixas foram bastante expressivas: Inepar PN (-23,8%), Net PN (-21,4%), TeleLesteCelular PN(-14,5%), Comgás PNA (-13,6%)e IpirangaPetróleo PN (-12%).

A expectativa emtorno da chegada de técnicos do FMI ao Brasil e da possibilidade de um acordo detransição para o próximo governo, que havia impedido queda maior na sexta-feira, acabouofuscada ontem.

Dólar – Nomercado de câmbio,o diatambém foi nervoso e o dólar mais uma vezfechoucomcotação recordedoPlano Real.Amoeda americana encerrou os negócios cotada a R$ 2,901 para

compra e a R$ 2,903 para venda,com valorização de 1,15%.

C-Bond – Os indicadores de riscodoBrasiltiveram mais uma rodada de piora. Os C-Bonds, títulos da dívida externa brasileira maisnegociados, tinham queda de 2,76% no horário de fechamentodos negócios no Brasil, cotados a 61,75% dovalor deface. A taxa derisco doBrasil calculada pelo banco americano JP Morgan subia 3,99% às 18 horas, para 1.1614 pontos-base.

Rejane Aguiar/AE

Efeito dominó na Europa

As bolsas da Europa iniciaram a semana com fortes baixas, levadaspelos segmentos de seguros– apóso alertasobrelucros daseguradoraholandesa, Aegon–, e de petróleo, comaquedadospreços internacionais do barril. O pedido de concordata da WorldComtambém afetou negativamenteos mercados europeus. "Os investidores estão morrendocom esta volatilidade,e eu não vejoqueas condições vãovoltar aonormal atéque asférias deverão acabem", afirmou oestrategista paraEuropa doBank of America,RobertKerr. Oíndice FT-100, da Bolsa de Lon-

dres, fechou em queda 4,95%, em 3.895,5 pontos, nívelmais baixodesde 6de setembro de 1996.

Paris – Na Bolsa de Paris, o índice CAC-40 fechou em quedade 174,35pontos (5,25%), em 3.149,69 pontos, nível mais baixo desde outubro de 1998. As ações da seguradora Axa caíram 11%.

A Bolsa de Frankfurt fechou em queda acentuada de 5,15% pressionadopelo pedido de concordata da americana WorldCom. Madrifechou embaixade 2,62%. Quando a Bolsa de Nova York acentuou a queda arrastou o mercadojunto. (Reuters/AE/Dow Jones)

Terceirização do suporte cresce 14% ao ano

Economia com treinamento de profissionais é uma das vantagens de contratar uma empresa para cuidar da informática

A terceirizaçãode serviços é velha conhecida da maioria das empresas. Muitos empreendedores, no entanto, ficam em dúvidana horade terceirizar osuporte deinformáticade sistemas internos.Segundo estimativado Instituto de Pesquisa IDC Brasil, especializadoemtecnologia, a procura pelos serviços terceirizadosna áreadevecrescer 14% ao ano até 2005.

Questionamentos àparte, as recomendações são de pesquisar bem a empresa escolhida para a prestação de serviços e adotar ferramentas de bloqueio do acesso aos dados mais sigilososdo sistema."O principalé fazerumlevantamentodas atividadesdaem-

presa prestadora de serviços, considerandoo seuhistórico de atuação junto aoutros clientes do setor.Há ainda a opção deterceirizar apenas algunssetores dosuporteao sistema", explicao consultor de informática do Sebrae São Paulo, Egnaldo Paulino. Segundo o consultor,a decisãodeterceirizarpode ser menos vantajosa se a empresa fordepequenoporte. "Nesses casos é melhor manter um funcionário contratado, que podecolaborar tambémem outros departamentos da empresa", afirma.

C on tr ol e – Oscuidados com a segurança dos dados sob controledosfuncionários terceirizadospodemser

Software ajuda a

agilizar burocracia da exportação

A Softway Softcomex, empresa paulistaespecializada em soluções de software para comércio exterior, desenvolveu um novo programa, batizado Export Sys, que emite os principais documentos necessáriospara oficializaros processos burocráticos de exportação. O objetivo é conquistar, com este tipo de aplicativo, empresas que desejam ampliaratuação nomercado exterior num momento em que o País luta para fazer crescer o saldo positivo da sua balança comercial.

Segundo ogerente de sistemas de exportação da Softway, Renato Galani, o Export Sys contacom mecanismos que emitem os principais documentosnecessários ao processo de vendas para o mercado externo comoo Proforma,Invoice,PackingList, Sene,Saque,Borderô, InstruçãodeEmbarque, Pré-alerteCertificado de Seguro e Origem.

Documentos como Proforma, Certificado de Seguro e Origem são emitidos pelo sistema

reforçadosatravésde ferramentasque sirvamparabloquear determinadas informações. "Oscontratosde prestaçãode serviçosnaárea costumam detalhar todas as obrigações dasempresas prestadoras, incluindo penalidades para as situaçõesem que as regras não sejam cumpridas", explica Marcelo Barcellos Moreira, diretorgeral da Arcon, empresa carioca

especializada em soluções corporativas.

A Arconoferece aterceirização deserviçosemtrês frentes: oHelpDeskousuporte emsoftware ehardware,osuporte de infra-estrutura e a contratação de mãode-obra paraos projetosdos clientes. De acordo com Moreira, aterceirização dosserviços de informática pode levar a uma redução entre 25%

e 30% em relação aos gastos com pessoal contratado.

"A empresa passa a ter mais tempo para sededicar ao andamentode seus negócios, sem se preocupar com o treinamento em informáticade seusfuncionários", afirma o diretor geral da Arcon.

Integração – A procura pela terceirização dos serviços na Arcon vemcrescendo nos últimosdoisanos. "Sempre trabalhamos com o segmento, só queagora concentrando os nossos esforços na integração dos serviços prestados aos nossos clientes,como a formatação de projetos junto com a oferta de mão-de-obra especializada, porexemplo", explica Barcellos Moreira.

Segundo o diretor geral da Arcon, os profissionais terceirizados na área de informática podem apresentar umaprodutividade maisalta queos funcionários das empresas."Elesjá chegam treinados ese concentram num setor específicodentro da empresa", afirma Barcellos.

A Arcon possui hojeuma carteira de 30 clientes ativos e outros 60 em seu cadastro espalhados sobretudo pelos estadosdoRio deJaneiro,São Paulo, Distrito Federal.

A empresa presta serviços para a CSN,Elevadores Atlas Schindler, Petrobrás e Ministério da Previdência.

Isabela Barros

Cozinha é planejada no computador

Afabricantede cozinhas Kitchens, que possui 16 lojas em todo País, investiu R$ 2,5 milhões num sistema que interligaa fabricaçãodosmóveis, em Guarulhos, na Grande São Paulo, com os pontosde-venda da marca.

A empresa implantou um sistema informatizado que, alémdepermitirao consumidor a visualizaçãodo móvel nas especificações solicitadas na loja, envia os pedidos de formaimediata para a unidade industrial.

A expectativa éatrair consumidores interessadosna agilidade ena sofisticaçãodo processo deescolha.O processo está diminuindo em doisa três dias operíodo de fabricação dos móveis, normalmente de quinze dias.

ASoftway ofereceainda consultoria paraefetuar a manutenção. As taxas cobradas também variam conforme a utilização do sistema por parte da empresa e o tipo de negócio de exportação. Segundo as informações da Softway, companhiasdediversos segmentos já estão utilizandoo Export Sys.Entre elas, destacam-se Alcoa, General Motors, Ericcson, Motorola,Flextronics eHewlett Packard. (PC)

Alémdisso, osoftwarepode ser adaptado para o armazenamentode informações que possibilitam a exportação de produtosespecíficos. O dispositivo agrupa estas mercadorias de acordo com sua naturezae osregistra no Siscomex.O mesmoacontece com os certificados de origem. Quando um produto nacional não atende às normas para a emissão deste tipo de documento, osoftware pode resgatar informações sobre ohistórico doproduto para agilizar o processo. O sistema permite, também,o monitoramentode cada uma destas etapas de fechamentodos negóciosatravés do controledos custos, numa auditoriaconstante das informações sobre o estágio de exportação de um produto(se já embarcou, se o clientejáo recebeuouseestá parado em algum porto). É possível ainda enviar mensagens via e-mail para órgãos oficiais e clientes. Implantação –Parainstalar o software, aempresadeve ter o banco de dados da Oracle e equipamento Windowspara aplataforma.Ogerente desistemasda Softwayinformaque os custosvariamde acordo com o tipode empresa interessada e o que é necessário paraagilizar seusistemade exportação.

NOTAS

Câmeras que cabem na palma da mão

Câmeras fotográficas digitaisquecabemnapalma da mão,com11cm e12cm.Estessão algunsdoslançamentos que a Kodake a Olympus apresentarãona PhotoImageBrazil 2002, feira organizada e promovida pela AlcantaraMachado FeirasdeNegócios,queaconteceentre os próximos dias13 e16 de agosto noCentro deExposições Imigrantes, em São Paulo. As câmeras com tamanhos muitopequenos sãoasgrandes novidades do segmento.

Máquina filma até

62 segundos

A câmera digital Kodak EasyShare LS420 com 2,1 megapixelspesa somente150gramas, tem 11 cm e utiliza o sistema Kodak EasyShare, o padrão reconhecido pela facilidade de usopara fotografia digital e também grava vídeos com som. A Olympus Digital D-370, pesa190gramas, tem 12 cm e 1,3 megapixel dedefinição. Ela ainda é capaz de realizar filmagens de até 62 segundos.O preço sugerido peladistribuidora da Olympus é de R$ 1.099.

Atualmente, todosos estabelecimentos da empresa estão integrados on-line com a fábrica. O diretor industrial daKitchens,Marcos Silva, explica que a empresa adquiriu o sistema operacional LinuxSuse 7.0, cominterligação de rede por TCP-IP de 100 megabitspor segundo, para odesenvolvimento dos projetos e o software LignosX e o TCP gráfico para a produção dos móveis. Os produtos foram importados da Alemanha e da Itália.

Segundo Silva, uma empresa deinformática alemã foi contratada para implantar o sistema. A companhia alemã enviou técnicos especializados para treinar os funcionários da Kitchens do setor de produção e efetuar os ajustes necessários nos equipamentos. "O software adaptou-sebemao perfildosmóveis que a Kitchens fabrica. A principal vantagem émostrar aocliente naloja asolução pedida por ele. Por isso, o treinamento dos funcioná-

Digitais venderam

67% mais em 2001

Foram vendidas 30mil câmaras digitais no Brasil em 2001, oquerepresentaum crescimento de 67% em relação a 2000.A venda totalde câmaras no ano passado foi de 2,07milhões deunidades, contra2,22milhões doano anterior. Ainda em fotografia, no ano passado, foram consumidos 89milhões de rolosdefilmes noBrasil.Em 2000, este número chegou a 84 milhões.A expectativado setor échegara trêsmilhões de câmeras em 2002.

rios foi importante", diz o diretor industrial da empresa.

Segundo Silva, a empresa já percebe reduçãonosprazos de entrega dos móveis para os clientes. "Estamos conseguindo não repassar para os

clientes parte dos custos de produção e, assim, oferecer preços mais atraentes",diz Marcos Silva. Odiretor afirma que, inicialmente,foi difícilmudara postura dos vendedores e dos projetistas emrelação aos clientes. Os profissionais estavam acostumadosa oferecer apenas as opções tradicionaisde módulosdaempresa, que não davam margem às modificações muitas vezes pedidas pelos interessados.

A empresa realizou, simultaneamente, cursosintensivos para os vendedores das lojas e também para os encarregados dossetores deserviços, montageme assistência técnica aos clientes.

A gili dad e – Com dimensões totalmentepersonalizadas, os pedidos dos clientes sãoenviados àfabrica quejá conta com o maquinário adequadopara fabricar osmóveis deacordo comas medidas solicitadas.

Com isso, uma cozinha que poderá ser montada em menos tempo emrazão da agilidade do processo de escolha dosmodelos edomaterial que o software proporciona.

Esta agilização visa, também, consolidara relaçãode fidelidade daempresa como seuconsumidor. Trata-sede compradores das classes A e B,queexigemrapidez na montagem dascozinhas. Os produtos são diferenciados de acordo com o perfil do cliente: solteiros,casaissem filhos e famílias grandes.

Paula Cunha
Os funcionários foram treinados para colocar no sistema medidas solicitadas
O usuário pode ver, em simulação, como ficará sua cozinha sob medida
Paulo Pampolin/Digna
Imagem

Jorge Luiz da Rocha Pereira

N a gestão deum negócio diversas análises e parâmetros fazem parte da manutenção do sucesso empresarial. Entreeles,averificação do lucro líquido por meio do demonstrativode resultado mensal, o resultado do fluxo de caixa, atual, o controle dos custos fixos e variáveis.

Existe, entretanto,um parâmetrode relação direta com o mercado que é o fiel da balança para o sucesso de um negócio.Esseitemé opreço de venda, que primeiramente deve ter a sua elaboração adequada à realidade da empresa edepois aceitaplenamente pelo mercado consumidor. De nada adiantará para um negócio, que tenhao desejo do sucesso ter um preço competitivo,se essevalornão considerarcorretamente os custos da empresa. Afinal cada organização tem suas próprias despesas que sempre serãodiferentes deseusconcorrentes. Assim seus índices de comercializaçãodiferem muito entre si.

Sempre é bom lembrar que reduzir as gorduras é interessante, mas corroer os ossos é sinal da morte. O preço de venda é o

A vasta utilização dos índices mágicosemfunçãoda maciça aceitação por parte das empresas, como multiplicar o custo por dois, ou1,75, ouqualquer outro, pois o cliente não sabe mesmo comofoi calculado opreçodevenda, acarretadiversos problemas empresariais. Eles vão desde ovôo cego,emfunção dototal desconhecimentodasua elaboração, até avenda abaixo do custo, causa de boa parte da precocemortalidade empresarial.

A grande dificuldade empresarial normalmente está na elaboração do preço de venda que precisa estar adequado às necessidades mercadológicas. Preço devenda – O preço de venda quando calculado através doocultismo empresarial incorporado à gestão donegócio, onde o achômetr o e os índicesmágicos copiados eaceitos hádécadas, conduzem a organização ao brejo das corporações,onde lá estão milhares de empresas queforamseguidoras entusiastas do descaso com os custose margens de lucro reais e adequados às firmas.

Alguém poderia comentar: fazemos os cálculos de tal forma há anos e sempre deu certo para a empresa, atendendo e satisfazendo os anseios dos consumidorese dolucro do negócio. Pode ser até verdade que,por purasorte, tenha funcionado algumas vezes. Pelo menos dentro da visão restrita do administrador, que nãoconseguia analisaro seu negócio por meio, por exemplo, deum demonstrativo de resultados, fazendo com que todos os erros fossem compensadospelogiro de caixa diário.

Porém, comopassardos anos (dez anos), meses (cinco), semanas e até dias (atualmente), este erro elementar faz da elaboração errada do

preçodevenda umaponte para o estrondoso desastre de qualquer firma. Como calcularopreço de venda? Émuito simples,desde que se tenham as informações disponíveis. Quais são esses dados?

Mensais –1) Custosfixos ou indireto (pró-labore, salários mais encargos, aluguel, energiaelétrica, água,telefone, depreciação etc).

2) Faturamento mensal.

3) Custo da mercadoria vendida (CMV), ou seja, o custo direto que originou o referido faturamento.

4)Impostos federais,estaduais e municipais e taxas.

5) Comissão de venda.

6)Margem de lucro desejada por produto e serviço.

Levantamento doíndicede comercialização – 1) Realize a soma dos impostos + comissão + % custo fixo (Custo fixo mensal divididopelo faturamento médio anual) + % margem de Lucro.

2) Subtraia 1 (100%) do resultado obtidonaoperação anterior.

3) Divida por 100 o resultadoanterior–para tornar o número centesimal –trabalhe com no mínimotrês casasdepois da vírgula.

4)O resultado é o índice de comercialização.

Formação do Preçode Venda–1) Divida o custo da mercadoria ou serviço pelo índice de comercialização.

2) Se preferira multiplicação:divida1 pelo índice de comercialização (1 / índice) e multiplique pelo custo da mercadoria ou serviço.

Vantagens de eliminar o número mágico – 1) A empresa deixa deser refémde umnúmero comorigem desconhecida, podendo a partir da utilização do índice decomercialização calculado,conhecer a margem real de lucro sobreo produto ou serviço oferecido ao consumidor, visualizandoo limite mínimo dopreço,sem ultrapassar a barreira dos custos, dentro da realidade da empresa.

2)O empreendedorpoderáagora também realizar a comprae nãoapenasaceitar os preços impostos pelos fornecedores, pois sabea necessidade do seu negócio.

3) Poderádefinirquais produtos ou serviços são vantajosos equais sãodeficitários. Estesdevem sernegociados com os fornecedores e, se não conseguirsucesso, eliminados temporariamente até sua adequação à realidade empresarial.

4) Seguir critérios administrativos ede gestãopara aredução dos custos fixos.

5)Reconhecer os limites para investimentos e renegociação de dívidas. Sempre é bom lembrar que reduzir as gordurasé interessante, mas corroer osossos é sinalda morte.

Jorge Luiz da Rocha Pereira é consultor especialista do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e-mail: jorgep@sebraesp.com.br

Boa relação com o cliente depende de banco de dados

Fulano de Tal (chato), Beltrano(falecido). Háclientes que járeceberam cartascom esses dados escritosno envelope enocabeçalhodacorrespondência. Situaçõescomo essas, apesar de absurdas, acontecem comfreqüência. Elas são causadas por erros nosbancos dedados dasempresas. Um recente levantamento da consultoria americanaGartnerGroup constatou que cerca de 55% dos projetos de relacionamento comcliente implantadosem todo omundo nãoproduziram o resultado esperado. Um dos motivos do fracassodosprogramas éogrande número de incoerências nos bancos de dados das empresas. "Afalta deatençãodos atendentes e a ausência de uma triagem no banco de dadosda empresa,antesde se iniciar umacampanha de marketing derelacionamento, são as principais causas", dizPaulo Vasconcelos,responsável pelaáreade CRM (Consumer Relantionship Management) da Assesso Engenharia, de São Paulo. Para evitar constranger o cliente,a limpeza nobanco

Habib’s

Hoje éDia doFranqueado para os empresários donos de restaurantes do Habib’s. A data foi instituída este ano para comemorar osdez anos de funcionamento da primeira franquia da rede, em São Paulo.Aestratégiada empresa éestreitar as relações com os franqueados. Segundo o diretorde marketing do Habib’s, Thomaz de Aquino Pedroso, todos os

Panificadores

lançam produtos com marca própria

A Rede Pão, rede de panificadoras associadas do litoral paulista, lançou neste final de semana dois produtos com marca própria: café e sorvete. O projeto é do Sindicato da Indústriade Panificaçãoe Confeitaria e da Associação dos Proprietários de Panificadorasde Santosjuntocom duas empresas santistas: Café Floresta e Sorvete Ora Bolas. Um pacote de 250 gramas de café torrado e moído é vendidoaocomerciante por R$ 1,50. Já o da Rede Pão terá preço inicial de R$ 0,99. O investimentodoCafé Floresta parao projetofoi de R$ 20 mil. “Não queremos ter lucro em curto prazo. Com essa parceria vamosconquistar o paladardo consumidor”,diz Daniela Fernandes, gerente demarketing da marca. O sorvetedaRede Pãoseráfornecido pela OraBolas com o preço sugerido de R$ 1 para o pote de 450 ml.

O objetivo da rede, que surgiu em 2001 com a associação depadarias locais,éoferecer aosclientes preçosequivalentes aos dossupermercados, que podem repassar menores preços. (ASN)

de dados tem de ser feita antes de se iniciar o envio de correspondência aos consumidores.O primeiropasso éacertar oendereço, depoiso nomee o sobrenome do cliente. Segundo Vasconcelos, para a triagem ser eficiente, devese estar atento aos palavrões e as observações feitas pelos atendentes, como chato e morto. "Há softwares que funcionam como os sites de busca. Você coloca todas as palavras

Para evitar constrangimento, limpeza no cadastro deve ser feita antes do envio de cartas

(chave)que querencontrare ele traz os cadastros queas têm. Depois, é só eliminar as bobagens", diz Vasconcelos. Outro problema detectado nos cadastros são os erros na data de nascimento do consumidor e no CPF (Cadastro de Pessoas Físicas). Muitas companhias pregama agilidade no atendimento. Para serrápido,o atendentecadastra qualquer número ou erra nahora dadigitação dos

dados."Vi casosemque haviam milhares de clientes com a mesmadata de nascimento e o mesmo número de CPF, o que é impossível", afirma Vasconcelos. Pararastreare limpar 200 milcadastros, aAssesso cobra cerca de R$ 6 mil. A empresa atende companhias de todos os tamanhos. Grande porte – Um estudo da Assesso mostraque há uma estimativa nas empresas de grandeporte de que 2% dosdadosdos clientessão perdidosacada mês.Emgeral, são pessoas que mudam de endereço, alteram o telefone, se casam ou morrem. "Hácompanhiasque já perceberam que não adiantavainvestir emequipamentos e software paragerenciar negócios, se a base de dados não passar por uma rigorosa limpeza", afirma Vasconcelos.

Cláudia Marques

ser viço

Assesso Engenharia

Telefone: (11) 4195-5535

e-mail:

assesso@assesso.com.br

cria dia para os franqueados

empreendedores darede vão receber calculadoras de brindes e botons fazendo menção a data. A donada franquia que completa dois anos, Beatriz Braga, vai ganhar um troféueo restaurantevai ficar em festa durante o almoço. Os funcionários e osseus familiares tambémserão recompensados. Eles vãoganhar presentes e um bolo será oferecidoatodosos consu-

midores da loja. A data foi escolhida pois Beatriz foi quem sugeriu à rede a entrada no ramo do franchising."Ela representaum marco parao Habib’s.Foi a partir de 1992 que começamos a ganhar a confiança dos clientes", afirma Pedroso.

A intenção dogrupo é que oDiado Franqueadovire uma data nacional."No calendáriodosetorainda não

cursos e seminários

Dia 25

Flexibilizaçãodas LeisTrabalhistas –O objetivodocursoéanalisar osefeitoseosaspectosjurídicos, econômicos e sociais do Projeto de Lei. Duração: oito horas, das 9h30 às 17h30. O curso acontece na quinta-feira e é promovido pelo IOB Thomson.Ospalestrantesserãoo ministrodo TribunalSuperior do Trabalho,Almir Pazzianotto, AmauriMascaro, professorde direitoda USP e Danilo Pereira da Silva, presidente do Sindicatodos TrabalhadoresMetalúrgicos dePiracicaba. Local: L´Hotel, alameda Campinas, 266, Cerqueira César. Preço: R$ 350 (assinantes IOB) e R$400 (não assinantes). Asinscrições devem ser feitas até hoje pelo telefone 0800-782755.

Rua Dr. Bettencourt Rodrigues, 88, cj. 101 – Centro – SP. DIREITO TRIBUTÁRIO DIREITO COMERCIAL DIREITO SOCIETÁRIO

existe umdiacomemorativo", afirma Pedroso. Números – Hoje, a rede Habib’s tem 200 restaurantes. Desses, 110 franquias e 90 sãolojas próprias. Por mês, são atendidosnovemilhões de clientes no Brasil eno mundo. O grupo emprega oito mil funcionários e está presenteemSão Paulo,Minas Gerais, Riode Janeiro, entre outros estados. (CM)

Instituto Pão de Açúcar e Operação inverno – A palestraé direcionada a empresários que querem conhecer açõessociais privadas e públicas. Duração: duas horas, das 8h30 às 11h. O evento acontece na sexta-feira. Aspalestrantes serão asecretária municipal de Assistência Social de São Paulo, Aldaísa Sposati, e a diretora executiva do Instituto Pão de Açúcar, RosângelaBacimaQuilici. Local:CIEE,avenidaTabapuã, 540, Itaim Bibi. As inscrições são um quilo de alimento nãoperecível epodem serfeitas apartir de hoje pelos telefones (11) 3040-9945 ou pelo e-mail relpublicas@ciee.org.br.

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Dia 26

Serra defende mudanças para prestigiar o Mercosul

O candidato do PSDB à Presidência,José Serra, defendeuontem uma maior flexibilização da Tarifa Externa Comum (TEC), que regula o comércio dos países do Mercosul com parceiros fora dobloco, eafirmouque,se eleito, sua prioridadena políticacomercial regionalserá reforçar o livre comércio dentro bloco, formado por Brasil, Argentina,Uruguai e Paraguai. "Nossa meta é prestigiaroMercosul, mas com um sistema mais flexível e realista, aprofundando o livrecomércio antes de aprofundar a TEC", afirmou o candidato,após encontro com o comissário de Comércio da União Européia (UE), Pascal Lamy. Tornaro Mercosul uma zona delivre comérciosignifica zerartodas astarifasde comércio entre os países. Um processo que ainda não é completo porcontade uma lista de exceções e de acordos especiais, comooautomoti-

vo. A flexibilização da TEC (que varia até14%) reduza coesão do bloco, mas permite que cada parceiro busque acordoscomerciais individualmente.

Lamy tomoucafé da manhã ontem com o presidenciável petista, Luiz Inácio Lula da Silva. Ele propôs encontrar-se comos quatrocandidatos, mas só conseguiu acertar comLulae Serra. O comissário europeu disse que as reuniões foram relevantes, poisa eleição presidencial no Brasilé muito importanteparaa UE."Queremos ouvir e ser ouvidos. Não se tratade qualquerinterferência externana políticabrasileira, mas estamos acompanhando de perto o processo eleitoral no Brasil", afirmou. Lamy reiterou a importância que a coesão do Mercosul tem para a UE e que seu man-

"Nossa meta é um sistema mais flexível e realista, aprofundando os mecanismos de livre comércio "

dato negociador só pode ser feito com o Mercosul,e não com os quatro parceiros individualmente. Elerecusou-se a fazerqualquer comparação entre asposturasde Lulae Serra. No caso do Mercosul, limitou-sea dizer que Serra nãoparecesercontrário ao fortalecimento do Mercosul, mas que aparentemente quer traçar um mapa detalhado sobre os próximos passos do bloco e de suas negociações com a UE.

Quebra depaten tes – Ocomissário europeu afirmou que tem um relacionamento muitoamistosocom Serra,jáqueaUE apoiou a proposta brasileira –apresentadapor Serraquando era ministro da Saúde – de permitir a quebra de patentes de remédiosem casosemergenciais. Serra também destacou a ajuda de Lamy no que chamou de "a batalhados

Pesquisa indica que Ciro tem potencial para crescer mais

A pesquisa Vox Populi publicada no Correio Braziliense deste domingo dá um passo importanteno sentido de aprofundare melhorqualificar osnúmerosreferentesà intenção de voto. Ela procura comparar os quatro principais candidatos com duas referências, explica aanalista

Fátima Pacheco Jordão, consultora do Grupo Estado: percepçãode capacidadede resolver problemasconsiderados críticos e atributos pessoais mais valorizados que, segundo os eleitores, o futuro governante do país deve ter.

Ahipóteseé dequeoscandidatos em melhores posiçõesem relaçãoaositens maisdemandados (problemas eatributos) têmmelhorescondiçõesdecrescer daqui para a frente, se seus argumentos reforçarem as predisposições atuais dos eleitores e se não houver contestação ou argumentospersuasivos em contrário de seusadversários.

Pelo que foi publicado até agora, diz Fátima, o candidato Ciro Gomes – até por estar emuma fasedecrescimento nas pesquisas deintenção de voto e ter sido menos critica-

do até o momento – foi o que se saiu melhor. "E bem melhor."

Estes resultadoscolocam a perspectiva de que Ciro – cujo potencial eleitoralainda não foiatingido - possavir a crescer maisainda nestafase pré horárioeleitoral dacampanha.

"O diferencialde SerrasobreLula(capacidadede governar) foisuperado porCiro", explica a analista."Lula ainda lidera (poridentificação ou propostas)no atributo de preocupação com os mais pobres. Os atributos de honestidade e sinceridade têmsuperposição. Referemsemuitoà idéiadecumprir promessasfeitas, nãoapenas não ser corrupto."

Ela explica que a ordem de importância desses fatores tende a ser mais estável na mente do eleitor. O que pode mudar,em decorrênciade eventosdecampanha, éa atribuição dessas qualidades aos candidatos. Osconteúdosdo horárioeleitoralgratuito terão muito a ver com as percepçõesdetectadas nesta pesquisa.

Novos levantamentos –

Duas pesquisas eleitorais do

Ibope foramregistradasna sexta-feira no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na primeira delas, sobencomenda da TV Globo,serão entrevistadas, de sábado até a próximaquarta-feira, duas mil pessoas em todoo País sobre aintençãode votoparapresidenteda República. Asegunda pesquisa, encomendada pelo PT, coletará a opinião,desexta-feira atéhoje, de milpessoas emSão Paulo sobre as intenções de voto parapresidenteda República, governador e senador.

Na sexta-feira também foi protocolada no TSEuma pesquisa queserá realizada, em Minas Gerais, pelo Sensus DataWorld PesquisaeConsultoria S/C,sob encomenda do PFL para identificar as intençõesde voto para presidente da República, governador e senador. Essa pesquisa foi realizada entre 11 e 14 de julho, com 1.500 entrevistas. Naquinta-feira, oTSE registroutambém pedidos do Instituto Vox Populie da AOL Brasil Ltda. para realização e divulgação de pesquisas nacionais sobre a preferência dos eleitorado para presidente da República. (AE)

medicamentos", travadana Reunião Ministerialde Doha, em novembrodo ano passado. "Não quero dar opiniãonem tomar posição sobre os candidatos, porque a escolha é da população brasileira enão queroque pareça que estou interferindono processo", afirmouLamy, como já haviadeixadoclaro após encontro com Lula. Em visitaao Brasilpela segundavez este ano, Lamy participa amanhã da Reunião Ministerial Mercosul-União Européia, dentro do processo de negociaçãode umacordo delivre comércio entreos doisblocos. Oencontro, no Rio de Janeiro,foi marcado depois dafaltaderesultados da reunião anterior, que aconteceu emMadri em maio. Além do acordo, os europeus têm forteinteresse na escolha do padrão de TV digital a ser escolhido no Brasil. Eles disputam esse mercado de US$ 50 bilhões com os Estados Unidos e o Japão. (AE)

Para Garotinho, modelo energético deve ser alterado

O ex-secretáriode Energia do Rio, WagnerVicter, afirmou ontem queo atual modelo energético brasileiro deve passarpor"adequaçõese não revogações de quaisquer medidas já implantadas". Victerrepresentouo candidato do PSB à Presidência, Anthony Garotinho, durante o EnergySummit, um dos mais importantes eventos do setor no País. "Defendemos a manutenção das agências reguladoras e do mandato de seus diretores", disse. SegundoVicter,o programa de Garotinho vai priorizar o potencial regional de geração de energia. "Vamos aproveitar obagaço de cana onde ele é mais produzido, explorar a energia eólicano Nordeste e a carbonífera no suldoPaís",disse. Victer também afirmou ser prioridade concluiro programa dutoviário, fechando o sistema que liga a Bolívia ao Brasil, com sua extensão pelo estado do Rio,Espírito Santo e Bahia. "Caso isso não seja feito,teremos orisco de ter o acesão, com uma quantidade enorme de gás sendo queimada, sem poder ser aproveitada", declarou. (AE)

Corrupção não pode ser evitada, mas não deve ser sistêmica, afirma FHC

O presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem que acorrupção não pode ser evitada em todos os casos, mas não devesetornar uma práticacomum. "Ninguém podeevitar que haja desvios, que hajacorrupção aqui e ali,mas não podemos permitir que ela seja sistêmica", afirmou. Segundo ele, é precisosempre apurarasdenúncias e trabalharpara que eventuais desviossejam controlados pelos canais competentes - Ministério Público e Justiça.

O presidente fez estas declaraçõesna cerimôniade posse dos dirigentes da Agências Nacionais de Desenvolvimentoda Amazônia (ADA) ede Desenvolvimento do Nordeste (Adene). A ADA e a Adene substituem aSudam eSudene, extintas no ano passado depois da descoberta de casos decorrupção. Fernando Henrique enfatizou que as novas agências têm como objetivo dar mais transparênciaàs açõesdeincentivoeconômico noNorte e Nordeste.

A ADA eAdenesurgiram depoisdas denúnciasdos desvios de recursos do Fundo de Investimento daAmazônia (Finam),que eramdestinados à empreendimentos em diversos Estados da região. Asfraudes - que estão sendocomprovadas pelaPolícia Federal e Ministério Público Federal e detectadas anteriormente pela Secretaria Federal deControle(SFC)abriramuma grandecriseno governo, por conta do envolvimento de políticos, e resultaramna suspensãodasaplicações dos recursos.

Para o presidente é preciso sempre apurar as denúncias e que eventuais desvios sejam controlados

Diferentemente da Sudam e da Sudene, que recebiam recursos de impostos redirecionados de empresas,a Ada e Adene contarão com verbas do Orçamento da União. Para este ano, o orçamento previsto para as duas agências é R$1 bilhão. Aliberaçãode projetos de desenvolvimento começa a partir de agora e a idéia écondicionar aliberaçãode recursosa rígidoscritérios técnicos.

Irregularid ades – Apesar de o governo ter feito a instalação definitiva das novas agências de Desenvolvimento,a Uniãoainda nãoconseguiusaberqual foiodestino deR$1,3 bilhãodesviadoda extinta Sudam e nunca fez qualquer investigação sobre irregularidades na Sudene. Estima-se, porém,queR$ 700 milhõesem recursosque seriamusados parafinanciar projetos só na região Norte foram parar no exterior.

Ministro reitera veto a aumento do salário mínimo

As irregularidadescausaram a renúncia do presidente do Senado, Jader Barbalho, que também estava sendo acusado de desvios no Banco do Estado do Pará (Banpará), e doex-ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, além da ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarne y (PFL), e seu marido,Jorge Murad.O casal, inclusive, deverá ser processado pela Justiça Federaldo Tocantins, acusado de suposto envolvimento nas fraudes da Usimar Componentes Automotivos, que recebeu R$ 44milhões semnunca ter saído do papel. O principal objetivo do governo, com a criação da ADA e da Adene, é reaver o dinheiro desviado, por meio de açõesna AdvocaciaGeralda União (AGU).

Até agora,porém,apesar das investigações estarem distribuidas em vários Estados,nenhumtostão chegou as cofrespúblicos. "Pornossoscálculos, R$700milhões forampara contasparticulares no exterior, emvez de serem usadosem projetos", afirma o procurador do Tocantins, Mário Lúcio de Avelar,umdos investigadores das fraudesna Sudam.Na apuração dasirregularidades , os procuradores descobriram queentre diversascompras feitas com o dinheiro desviado estavam milhares de latas de cerveja. (AE)

Gros diz que há populismo na campanha eleitoral

Oministro doPlanejamento,Orçamento eGestão, Guilherme Dias, reiterou ontem, no Rio, sua sugestão de vetar a Lei de Diretrizes Orçamentárias queprevê umareserva de contingência de R$ 5 bilhões,para gastos com o aumento do salário mínimo e emendas parlamentares no ano que vem. O ministro disse achar inviável o aumento de20% dosaláriomínimo, tendo como base o orçamentoatual. "Eu,particularmente,não vejoespaço nesseorçamentode 2003, anão ser que haja majoração de tributos ou corte de gastos", explicou. Dias lembrou que o aumento deR$ 1,00 nosalário mínimo representa um gasto adicionalno orçamentode R$ 180 milhões. (Abr)

A atual campanha eleitoral no Brasil estásendo marcada pelo populismo. A afirmação foi feita ontem pelo presidente da Petrobras,Francisco Gros,durante oseminário ’Como sustentar a estabilidade’,realizadono Ibmec, e m São Paulo. Francisco Gros citou como exemplo adiscussão sobrea independência do Banco Centralea LeideResponsabilidade Fiscal. Segundoele,ofato dealguns candidatos afirmarem que são a favor da LRF com algumas ressalvas desmorona a lógica do sistema. Sobre a independência do Banco Central, Francisco Gros disse que fica "abismado coma pobrezada atualdiscussão". (AE)

Petrobrás compra Perez Companc

A estatal brasileira assinou um acordo premilinar para adquirir, por US$ 1,1 bilhão, 58,6% do capital do grupo argentino

A Petrobrás assinou ontem um acordo preliminar para adquirir o controle acionário do argentino Perez Companc S/A,maior grupodeenergia independente da América Latina.

A estatal brasileira divulgou fato relevantesobre a operação informandoque, em linhacomsuaestratégia

internacionaljá anunciadae objetivando se tornar uma empresa integrada de energia líder na América do Sul, negociou com a família Perez Companc e a Fundação Perez Companc a compra da empresa.

A Petrobráspretende adquirir 58,6% do capital total da companhia. A quantia, a

Goldfajn: déficit corrente será o menor desde 1991

O diretordePolíticaEconômicado Banco Central, IlanGoldfajn, disse ontem que odéficitemconta corrente dejunho seráo menor para o mês desde 1991. Ele também antecipou que os inv estimentos diretos estrangeirosacumulados nos12 mesescontinuarão cobrindo,com folga,o déficitdas contasexternas. Osdados oficiais serão divulgados nesta semana.

"Há sempredúvidassobre essa questão do financiamento.Nos últimos12 meses,os investimentos estrangeiros têm financiado100% dodéficit eneste mêsvai sernovamente o caso", afirmou.

Aj ust e – Em seminário promovido peloIbmec,ontemem São Paulo, odiretor doBCfez umabreveexposição sobre a importância da estabilidade e destacou que o Paíspassa, neste momento, por umterceiro grandeajuste, o dos preços administrados. "A relação dos bens controlados com osbenslivres era de 1 para 1 e, hoje, essa relação é no mínimode 1,7",

disse ele, destacando que o ajustenãocoloca emriscoa estabilidade dos preços.

Comentando o regime de metas parainflação, que acreditasero demaiorcapacidade de acomodar choques de oferta, o diretor do BC destacou que a volatilidade da atividadeeconômica teminfluência nas avaliações da autoridade monetáriano horizonte do combate à inflação. Goldfajn também defendeu uma política de intervenções mínimasporpartedo BCno câmbio,basicamente restritas a momentos em que hajamáformação depreços num mercado sem liquidez ou, ainda, num “ambiente de profecias auto-realizáveis” por parte do mercado. Odiretor admitiu,porém, que a parcela da dívida pública indexadaaocâmbiodeve ser reduzida.Mas, segundo ele, isso só ocorrerá no médio elongo prazo."Avelocidade dissoserá determinadapelas condições de mercado", disse, relacionandoa quantidade de dívida rolada e os níveis de preços do câmbio. (AE)

serpagaà famíliaeàFundação, será uma combinação de US$ 754.621.000 em espécie e de US$370.548.000 emtítulos de dívida a serem emitidos pela estatal. Esses títulos terão cupom anual de 6%, vencimento finalem seteanos e, em certas circunstâncias, poderãoser liquidados por meiode açõespreferenciais da Petrobrás na forma de American Depositary Shares.

Rentável – Segundoo presidente daPetrobrás,Francisco Gros, a estatal optou por adquirir o controle da Perez Compacpor não encontrar nenhumnegóciotão

rentável como este no Golfo do México. Grosrevelou que o custo do barril da Perez é de US$ 2,40, enquanto no Golfo a estatal só encontrounegócios de três a quatro vezes esse valor.

O executivo afirmou ainda que a compra da Perez consolidaa posiçãodaestatal na América Latinaeestáemlinha coma estratégiatraçada para que aPetrobrás se torne uma grande força internacional.

Grosafirmou quenãoestá nos planos da companhia novas aquisições, mas reiterou o interesse na empresa argentina Santa Fé."É uma empresa

pequena e terá pouco impacto na Petrobrás", disse. Maior produção –A compra da Perez Companc acrescentará 181 mil barris de óleo equivalente(somado aogás) à produção internacionalda Petrobrás,atualmente em torno dos 70 mil barris diários. A empresa fica, assim, muitopróxima àmetade produzir 300 mil barris por dia em 2005, estabelecida pelo planejamento estratégico.

A Petrobrás éuma das maiores empresas integradas de energia do mundo, com atuação em várias áreas, incluindo exploração e produçãodepetróleo egásnatural,

refino, distribuiçãoe comercializaçãode petróleoederivados, petroquímica egeração de energia. A área de atuação da Perez Companc envolve produção, transportee refinodepetróleo e gás natural, petroquímica, geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, assim como atividades florestais. Com sede em Buenos Aires, a companhia possuioperaçõesna Argentina, Brasil,Venezuela, Bolívia, Peru e Equador. Na Bolívia, é sócia da Petrobrásem duas refinariase em umadistribuidora de combustíveis. (Agências)

Brasileiro é indicado para a ONU

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU),Kofi Annan, anunciou ontemqueobrasileiro Sérgio Vieira deMello será o novoalto comissárioparaos Direitos Humanos da entidadee substituiráMaryRobinson,que porcinco anosocupou o posto em Genebra. Nunca nahistória diplomática do Brasil o País havia ocupado uma posição de tantodestaquenaONU como agora, com a indicação de Vieira de Mello.

A nomeação deverá ser confirmada hoje pela Assembléia Geral da ONU. Histórico – Vieira de Mello jamais fez parte do quadro de diplomatas do Itamaraty e trabalha na ONU desde 1969, onde conseguiu um alto nível de credibilidade.

O brasileiroé considerado o artífice do processo de tran-

BOLSA ELETRÔNICA DE COMPRAS

sição que levou o Timor Leste àindependência.Por dois anosem Dili como chefeda missão daONU,Vieira de Mello foiquem comandouo país após aretirada da Indonésia.

No início desse ano, o brasileiro se retirou do posto noTimor mas antes garantiu a realização de eleiçõese aformação de um governo local.

Sérgio Vieira de Mello será o novo alto comissário para os Direitos Humanos da entidade

Antes, Vieira deMello havia assumindo interinamente a operação da ONU em Kosovo e chegou a ser o chefe do Escritório da ONU para a Coordenação de Ajuda Humanitária.

O brasileiro também foi indicado para ocupar o posto de alto comissário da ONU para Refugiados,mas foiim-

Encontram-se abertas na Bolsa Eletrônica de Compras, do Governo do Estado de São Paulo, as seguintes Ofertas de Compras: Dispensa de LicitaçãoInicioCidadeNatureza da Despesa

pedido diante da falta de contribuições financeiras do Itamaraty ao órgão da ONU. I nd i ca ç ão – Apesar de a nomeação de um alto comissário serde responsabilidade pessoal do secretário-geral da ONU, tudo indicaque aindicação de Vieirade Melloteria sido cuidadosamente negociada com os principais países.

De acordo com aONU, oscinco membros permanentes do Conselho de Segurança (China, EstadosUnidos, França,Inglaterra e Rússia) teriam o direito de vetar o nome do candidato caso não fosse de seu interesse que o indicado chegassea ocuparumalto posto na organização.

Exatamente paraevitaro desgaste, os comentários nos corredoresda ONU são de queobrasileiroteria sidoo nome melhor recebido por Washington entre oscandidatos apresentadosporKofi Annan. As outras personalidades que estavam na disputa eram aex-presidente dasFilipinas, Corazón Aquino, eo ex-ministro das Relações Exteriores tailandês Surin Pitsuwan. Em ambos os casos, os norte-americanos estariam dispostos a vetar suas indicações já que consideram que os asiáticos defendemvalores

referentes aos direitos humanos que não são compartilhados por Washington. Mas muitos diplomatas ressaltam que a nomeação de Vieira de Mello faria parte de um acordoentre EUAe Brasil. Washington não se oporia ao brasileiro e,emretribuição, oItamaraty nãointerferiria na campanha conduzida pela Casa Branca para afastar o embaxiador brasileiro, José Maurício Bustani, do cargo de diretor da Opaq (Organização para a Proibição de Armas Químicas). Há trêsmeses,Bustanifoiretirado do posto por defender posições que não agradavam aos Estados Unidos com relaçãoao Iraque.

O que ninguém discute em Genebra é que Vieira de Melloassumeuma grande responsabilidade: promover os direitos humanos, manter mais de 50programas de cooperação em vários países e dar treinamento para polícias e exércitos. Tudo isso com um orçamento de apenas US$ 50 milhões.

Maso limiteorçamentário não éo único obstáculo. A principal restrição é a própria influênciadosEstados Unidos no trabalhodoaltocomissário. Mary Robinson, por exemplo, foi impedida de ir a Israel para investigar possíveis violaçõesaos direitos humanos e foi criticada pela CasaBranca em diversas oportunidades. (AE)

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CENTRAL DE TELEMARKETING

ANÁLISE João de Scantimburgo

Tudo como d’antes

Faz pouco tempo, mais ou menosdoisanos,o prefeito Celso Pitta vivia sob o tormentocotidiano doPT,tendoà frente, entre outros membros, a prefeita MartaSuplicy. Era um combate diuturno, com a intenção de enfraquecer o prefeito, até a possibilidade de enxotá-lo da Prefeituraantes de fimde seumandato, poisnão correspondia ao que o PT desejava de um prefeito, que fora eleito para resolver a crise aguda que molestava o município de São Paulo.

Nada comoumdiadepois do outro. Tenha,embora, memória curta a população votante, oque o PT estáagora fazendo é,exatamente, oque fazia contra Pitta. Pratica os mesmos atos, como se ainda existisse papel carbonoou sereproduzem os fatos com a mesma configuração. A prefeita Marta Suplicy, que nuncahavia administrado nemmesmo sua própria casa, pois que tinha governanta para isso,contratou apaniguadose aumentou asdespesas domunicípio.

Foi, depois, chorar suas magoas ao presidente da República,quandofoi colhida, como todosostitulares decargosde

administração– nãoquerdizer quesão administradores–pela Lei de Responsabilidade Fiscal, e tiveram de, ou se acomodardurante algumtempo, ou aumentar impostos, fazendo dinheiro à custa de um contribuinte esfolado até à sangria, como está acontecendo comosmunícipes,que recuam nas despesas, e já provocam recessão.

O que a sra. Marta Suplicy quer ela vai ter, pois que possui a canetae jávai abastecê-lade tinta,paraas nomeaçõeseas imposições dos vereadores que têm necessidade de saciarse nas suas ambições, sejam próprias, sejam as da carreira de políticos que começam na vereança e vão em frente, até à Câmara dos Deputados. Vê-se que, entra governo e sai governo, em todos os graus,da União aos municípios, e fica tudo namesma, namesmíssimamesmice, ademocracia enxovalhada.Tudo como d’antes. É o Brasilde hoje e de muitos e muitos anos.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

Gerente educador

Reynaldo Farah

O Estadão publicou oportuna reportagem sob o título Mercado exige a figura do"gerente educador" (Economia01/07/02), com úteis considerações sobre o assunto.

Volto a tecer comentários, como fiz em artigo no Diário do Comércio sobre o mesmo tema, poruma simplesrazão:quase tudo o que se publica no País na imprensa especializada sobre gestão empresarial naárea de vendas, gerenciamentoe recursos humanos, éapresentado comonovidadeou inspiradonos gurus de fora ou publicações idem.

Por uma questão de justiça e para o conhecimento do empresariado nacional, estas "novidades" são tão velhas e "made in Brazil" quanto à idade de alguns especialistas que as pregam. É a conhecida história do santo de casa...

Quemleu atéaquijá deveestar pensando em falta de modéstia, ou em manifestação de complexo de inferioridade e presunção. Aos céticos apresento-lhes a prova bem aqui no centro da Capital, matrizdeumamultinacional onde colaborei por 35 anos.

Trata-seda BarsaPlanetaInternacional sucessorada Encyclopaedia Britannica do Brasil. Desde a sua fundação há mais demeioséculo, assuaslideranças vem aperfeiçoando seus métodos de assistência, treinamentoe motivações detodos osrepresentantes autônomos e funcionários, numautêntico pioneirismo autodidata.

Acumulando experiências e evoluindoseus métodos baseados nas condições brasileiras, mercado potencial, psicologia dosclienteseumasalutar dose de entusiasmo.

Até alguns aspectos do badalado erevolucionário livro"Inteligênciaemocional" sucessoabsolutoem todo omundo,eram abordados naspalestras,aulas e artigos há mais de 30 anos.

Economia política

Diariamente se pode ver na mídia indicadores de mercado relativosaos fatoseconômicos. Confessoque medeslumbro com sua exatidão e não faço a menoridéiado quepretendem informar. Dow-Jones em queda de0,001%, Nasdaqsobe 0,137%, Bovespaem altade 0,004%.Ameta inflacionária para o ano próximo é de 2,6%, o PIBcrescerá de 2,3% - e por aí afora. Não há aspecto da Economia queescape a mensuração, com níveis de precisão fracionária quepor vezeschegam atrês casas decimais e competem com a precisão de instrumentos de medidade laboratórios da micro-física.

O que me espanta é que a Economia, cujograudecomplexidade deixa aClimatologia a léguas de distância, possa chegar a tal grau de precisão. Os indicadores daEconomia geralmente vêm junto com os da Meteorologiae enquanto estafazprevisões para o dia seguinte (e geralmente errano meio-a-meio),a Economia não só faz medidas deci-milimétricas, comopretende enxergar cenários a anos de distância. Ora,desdeseu início no século 18 até aos nossos dias, ela se chama Economia Política, descendendo, portanto, de duas coisas humanasasmaiscaprichosas e incertas.Como sondar os desígnios doPoder que movem a Política? Como matema-

Portanto, nesta área, os líderes aposentados ou os que passaram pela referida multinacional, estãoà altura das necessidades do mercado nacional, para curar as organizações com problemas de saúde no setor de vendas através de equipes. A começar pelos gerentes, os maioresresponsáveis pelosucesso dessas empresas. Os empresários ligadosnas necessidades de suas organizações sabem que podem perder o bonde daevolução domercado globalizado,se não promoverem uma amplareforma no gerenciamento dos recursos humanoscom ênfase aocorpode vendas, criando um clima de entusiasmo, valorização, justiça, respeito,recompensas (quenão precisam ser materiais) e, evidentemente, aplicandoo quea parafernália eletrônicae técnica oferecem dentro do marketing total moderno.

A maioria das empresas nacionais, com destaques das de serviços, estão defasadas, devagar e até desanimadas, por causa de recessão e da turbulência do mercado. Porém, éjustamentenesta conjuntura que se fazem necessárias às medidas supracitadas, com a garantia de substancial melhora no desempenho, no ânimo e objetivos de todos os funcionários. Palavra de quem faz isso há 40 anos!

Quem continuar cético, basta olhar em volta e sentir na pele os mausserviços,o péssimoatendimento, compromissos não atendidos, falta de pontualidade, cartasnãorespondidas,etc. etc.

A realidade é que estas absurdas falhas, em que pesem as facilidades de serem sanadas, custam bilhões de faturamento das empresasemgerale dassuas imagens negativas.Portanto, vale a pena investir num consultor prata da casa e muito mais barato!

Reynaldo Farah é conselheiro da Distrital Butantã da ACSP

Ascartas àRedaçãosomenteserão publicadas se contiverem,alémda identificação do missivista, endereço com rua, número, bairro, CEP e, se possível, telefone e rg. As cartas poderão ser resumidaspela redação, publicando-se, apenas o essencial. Os originais não serão devolvidos.

tizar oszilhõesdedecisõesque produzem o Mercado?

Ainda hámais. Dadoum determinado fato ouum determinado cenário,poucossão os economistas que nãoengatem uma cadeia de deduções que levam aconclusõesterminantes sobreos efeitosaesperare ocenário daí resultante.Como se advinhassemcapítulos deuma novela de TV. Com umaciênciadesse tipo, não é de admirar a surpresa, o espantoe odesapontamentocom que os economistas acordam diariamente, vendoastaxas da Selic estacionadas quando se esperavaque diminuissem,ouvelas baixar quanto se pensava que permanecessem estacionárias. Derepentesobeum Bush eum excedente de um trilhão de dólaresse converteemum déficitde centenasdebilhões. Umdólar que desancava o yen e o euro, de repente – não mais que de repente, como diria o Vinícius – cai abaixo das duas moedas.

Aparentemente o futuro da Economia, como oda Política e as outras coisas humanas, não deixará de escapar das previsões ezombar daspesquisas. O acasalamento de ambas édaqueles conúbios que originam tanto oscamelos como osPlanos Collor, Bresser e quejandos.

Benedicto Ferri de Barros e-mail=bdebarros@sanet.com.br

Ouvir os clientes

Alberto Centurião

Como se tratade um conceito recente em nosso meio, é comum a confusão entre ouvidoriae callcenter,central de atendimento ao consumidore CRM. Cada um destes termos foi criado paradenominar umaatividadeespecífica, voltadaparao atendimento e relacionamento com os consumidores e clientes. Uma central de atendimento ao consumidor existe com a finalidade de atender os usuários em questões maisou menosespecíficasrelativasàutilização dos protutos e/ou serviços da empresa. Suafunçãoé fornecerinformações e orientar sobre o uso, esclarecendodúvidas esolucionandoproblemas decorrentes da máutilização pelo usuário, bem como de defeitos ou falhas do produto ou serviço. Para consumo interno,a centralde atendimentoproduz estatísticasdos atendimentosprestados, queserãoobjetode análiseeeventualmente darão origem a mudanças em rotinas e produtos.

Um call center– literalmente, centraldechamadas –temfunção mais abrangente, assumindo caráter genérico na interfaceda empresa comseus clientese fornecedores. Além das tarefas citadas acima, um call center tambémsededica apesquisaroshábitos e opiniões dos públicos-alvoda empresa,bem comofazer telemarketing ativoe receptivo, em atividade de televendas ou de apoio a vendas.

Uma evolução do call center é ocontact center, queconcentra todas as viasde comunicação remotacom osclientes,agregando o e-mail ao binômio telefone/fax, agilizando e intensificando a interatividade com os clientes.

Já o CRMé ferramenta gerencial, utiliza o call center como fonte de dados, que se transformam eminformações aplicáveis na implementação de mudanças internas e no desenvolvimento de produtose serviços,com vistas a alcançar maior satisfação dos clientes.

Fogueira das vaidades A maioria não percebe, mas, no mundo dos bastidores da política,como no artístico, as carreiras e atitudes são determinadas em grandeza assustadora pela simples vaidade dosprotagonistas.Desconheço a existência de pesquisas científicas a respeito, mas com as costas surradas de mais de 30 anos de bastidores da vidapolíticadopaís,dos quais mais de10passados dentro de emissoras de rádio e televisão, ouso afirmar: quantomaioro egodocandidatoa artista ou funçãopública, mais longe ele vai.

Todos esses instrumentos têm – como também a ouvidoria – a finalidade de facilitar a comunicação comos clientes, criando vínculose contribuindo para a preservação e valorização da imagem da organização – seja ela uma empresa ou um órgão público.

Qual é, então, ofoco de atuação da ouvidoria?

Enquanto a central de atendimento e o call center existem paratratar dodia-a-dia,solucionando os casosrotineiros da comunicação com os clientes, a ouvidoria sevolta para os casos excepcionais, tratandodaquelas situações que nãoforam satisfatoriamente solucionadaspelo atendimento habitual. Aqueles casos de insatisfação dos clientes que os atendentes não têm autonomia ou discernimento para solucionar, sãoencaminhados ao ouvidor, que tem poder e conhecimento paradar-lhes tratamento diferenciado.

Outra função do ouvidor é gerar informações úteis para o processode aprimoramentocontínuo da organização. Enquanto o call center gera dados e oCRM interpreta esses dados, o ouvidor traza referênciaviva,carregada deemoção, decasosespeciais que sinalizamoportunidades de melhoriaparatodas asáreas da organização. Enquantoocall center tem atividade reativa, o CRM e a ouvidoria assumem atitudeproativa, antecipando-se aos problemas eprevenindo erros.

Ouvir o cliente interno é outra missão daouvidoria. Criaruma viadecomunicaçãopara alivre expressão devontades, opiniões e sugestões dos funcionários, com oobjetivode capitalizaras boas idéias e garantir um bom ambiente de trabalho, conquistando ocomprometimento de todos os setores da organização com a satisfaçãodos clientes externos, étrabalho doouvidor–ouombudsman,comoé mais freqüentemente chamado no meio empresarial.

Alberto Centurião é consultor

Prova de resistência Afirmo mais.Depende da capacidade de resistência desses candidatos ao que os demaisconsideram comodisciplina desnecessária ou concessão ao detalhe a construção dabase desustentaçãodesse egoinflado queos moveráao sucesso.Não háhora, fimde semana ou período de ócio ou descansosimples para os obcecados.Sim, eles são, todos, invariavelmente, obcecados pelosucesso, pelaexposição pública e pelo poder.

Vantagem competitiva

Pessoas comopolíticos de sucessoou artistas(atémesmo jornalistas) em constante evidência,possuem uma vantagemna competição com seus oponentes. Praticam valoresdistintos dosda maioriae preferem investir todo seu tempo ecírculo de relacionamento na constru-

ção das carreiras, deixando de ladoo que oscomuns mortais,fadados aoanonimato, curtem, como a companhia da família, depoucos amigos eo anonimatoquepermite freqüentarrestaurantes, supermercados,shopping centers,sem oincômodo, odesconfortode sesentirmal se nãofor reconhecidooutambém se "sentir mal"se for reconhecido.

Condição

Claro que todageneralização é perigosa, por isso, vamos deixar claro que há as famosas exceções.Atépara aregradecorrente desse padrão obcecado de comportamento dos candidatos ao sucesso, segundo a qual, eles acabam se tornando chatos, não só pela egolatria natural,mas porquesó enxergam seus objetivos e acabamsuperficiais nas conversas com os circunstantes.

Submissão

Fazembrincadeiras sem graça, aceitamposar eaparecer em qualquer situação, por mais ridículas que sejam e não cansam deperguntar emvolta, aos que têm por obrigação profissional (são pagos como assessoresouassistentes) de responder positivamente,como se saíram.

Espaço ocupado

Comraras exceçõestambém, sãopessoasassimque acabam sentando nas principais cadeiras de decisão, informação e entretenimento do país. Ou melhor, do mundo.

e Vera Gomes Chefe de Arte: Gerson Mora Material noticioso fornecido pelas agências Estado e Reuters Os artigos enviados à Redação do DC para eventual publicação devem conter no máximo2.800caracteres,sedigitados,ou40 linhasde70 toquescada,se datilografados.

P. S . Paulo Saab

Estudo do IPEA questiona benefícios da guerra fiscal

Os benefíciostributários

concedidos por alguns Estados como formade atrair inv estimentos acarretam perdas sociais.Issoporqueos impostos que deixam de ser arrecadados com a guerra fiscal poderiam estar financiandogastos públicos, voltados para programasde saúde, educação ebem-estar dapopulação.

Essa éuma dasconclusões preliminares de estudo feito pelo Institutode Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), denominado "Competição

Tributária na Federação Brasileira: Os incentivos tributáriosdosEstados afetamalocalização do Investimento Produtivo?"

Principais incentivos por região

• Sudeste – Éa região que possui maior capacidade de oferecer isenções fiscais e crédito subsidiado. A principal característica dos incentivos é a ênfase nadesconcentração industrial, beneficiando investimentoslocalizados fora das áreas metropolitanas.

•Sul – Os incentivos são voltados principalmente para os investimentos emcapitalfixo e degiro. Os limitesdo financiamento se situam entre 50% e 80%do valor previstodo investimento.

O título do levantamento é oportuno à medida que questiona asvantagensdabenevolência dos Estados em conceder incentivos detodas as ordenscomo formadeatrair mais indústriase,consequentemente, gerar empregos. Paraospesquisadores Napoleão Luiz Costa da Silva e Marco Antônio Cavalcanti, autores doestudo, nemsempre aguerra fiscaltraz benefícios para os Estados. "Os diferencias tributários

Isenção do ICMS ocorre de forma "camuflada"

"Dopontode vistajurídico, a guerra fiscal com o ICMS não deveria existir. Ela é feita de forma camuflada, poisemgeral nãoháumincentivo explícito", diz o consultor tributário Inocêncio Henrique do Prado. Isso porque todasasconcessões via imposto devem ser feitas através de convênios autorizados pelo Conselho NacionaldePolítica Fazendária (Confaz).

Segundo os especialistas, a guerrafiscaljá maisintensa no passado e um dos motivos paraa mudança de postura dos governos é a Lei de Responsabilidade Fiscal. De acordo com Lei, as renúncias fiscais queimpliquem em perda de dinheiroaos cofres públicos devem ser compensadas com outras receitas. O tributarista Gilberto Luiz do Amaral, presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), também acha que essa política para atrair investimentosexiste, masemnível bem mais moderado. Ele creditao fato às resistências do próprio Confaz, além da Lei de Responsabilidade Fiscal.

"Com certeza, a leicontribuiu para diminuir o ímpeto dos Estados em mexer com as alíquotas do imposto", diz. Malefícios – O consultor tributário da Trevisan, Lúcio A brahão, explica de forma didática os malefícios da redução da base de cálculo do ICMS ou daalíquota para os consumidores em geral.As v antagens tributárias fazem com queo produtocontemplado fique mais competitivo internamente e em outros Estados. Em contrapartida, aqueles que se sentem prejudicadoscom aconcorrência, queconsideramdesleal, começam a cercear o direito das empresas locais a obter créditosfiscais nasaquisições de mercadorias.

Como consequência dessa restrição ao aproveitamento

•Centro-Oeste – Oferece financiamentos que variam de 50% a 70% do ICMS devido a ser recolhido pela empresa beneficiária, com prazos de pagamento que variam de cinco a dezanos.As taxas de juros beneficiam as pequenas empresas.

•Norte – Todos os Estados concedem incentivos, baseados principalmentenaisenção tributária. Os limites variam entre eles.

entre os Estados possuem um efeito extremamente reduzido emtermos deatraçãode novos investimentos, principalmentede empresasouindústrias já instaladas em outras regiões, dizem. Paranorama – Por enquanto, a novidade do levantamentoemcurso éadescriçãodas característicasda guerra fiscal nasregiões brasileiras nos últimos anos (veja box).

de créditos do imposto cresce também o número deações deempresasnaJustiça contestando tais mudanças.

"É Estado brigandocom Estado no Supremoe o contribuinte, sentindo-se lesado, tambémtoma suasmedidas judiciais, completando um ciclo viciosoque nãotraz benefícios para amaioria dos contribuintes,nem para o País", diz. (SP)

Segundo os pesquisadores, a guerra fiscal ganhou força a partir dos anos 90, devido à globalizaçãoe retomada de investimentos estrangeiros no País.

Dosanos90 paracá,elase caracteriza basicamentepela concessão genenalizada de incentivos fiscais do ICMS, em conjuntocom a concessão de créditossubsidiados e vinculadosao recolhimento desse imposto. Entre os prin-

falências & concordatas

cipais benefícios concedidos , o estudo destaca a isenção paramicro e pequenasempresas,restituição totalouparcial do ICMS, prazos diferenciados ou suspensão para pagamentos ea concessão de crédito presumido.

Devido à acirrada competição fiscal, os Estados são obrigados aconceder outros tiposde incentivos,alémdos fiscaise creditícios, como a doação de terrenos, a execução de obras de terraplanagem eo fornecimentode infra-estrutura básica.

Táticas – Noâmbito dessa guerraparaatrair investimentos,umadas novidades visando coibí-la, mas entre os municípios, foia decisãode se fixar em 2% a alíquota mínima do Imposto sobre Serviços (ISS). A medida começa avalera partirdo próximo ano, quando as cidades que adotam alíquotasirrisórias deverãoseadequarao patamar estabelecido.

Com a mudança, as empresas de serviçosqueconcentravam suas atividades em cidades em função da vantagem tributáriadeverão rever seus planos de localização. No casodo ICMS,os Estadosque sesentemprejudicados com essa política pelo fato de estaremperdendo empresas para outrasregiões – é o caso de São Paulo – têm ingressado no Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar tais benefícios.

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 19 de julho de 2002, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:

Requerente: Laboratório Químico e Farmacêutico Bergamo Ltda. –Requerida: Prestofarma Comercial Importadora e Exportadora Ltda. – Rua Carlito, 90 – 06ª Vara Cível

Requerente:Paulifer S/A Ind. e Com. de Ferro e Aço – Requerido: Noroeste Produtos Siderúrgicos Ltda. – Rua da Gávea, 597 – 09ª Vara Cível

Requerente: Rodolixo Transportes de Resíduos Ltda. – Requerido: Gerson Carmo do Nascimento Limpeza-ME – Rua Dom Joaquim Luna, 06 – 22ª Vara Cível

Requerente: ClatexPolímeros Ind. e Com. de Espumas Ltda. – Requerido: Comércio de Colchões e Móveis Vambel LtdaME – Al. Sto. Amaro, 486 – 29ª Vara Cível

Requerente:Wilson Ney Zampolli –Requerido: Rogério Viscardi ME – Rua Dr. Campos Moura, 180 – 28ª Vara Cível

Requerente: Metalúrgica Spar Ltda. – Requerida: Anerpa Comércio de Materiais para Construção Ltda. – Rua Continental, 542 –30ª VaraCível

Requerente: Hidro Elétrica do Brasil Ltda. – Requerido: Araújo Júnior Engenharia Ltda. – Rua Arisugawa, 109 – 06ª Vara Cível

Requerente: Malharia Haca - Ind. e Comércio Ltda. – Requerida: Bazaria Magazine-ME – Av. Guapira, 2453 – 22ª Vara Cível

Requerente: Hidro Elétrica do Brasil Ltda. – Requerido: Hidrossil Instalações Hidráulicas Ltda. –Av. Santo Amaro, 537 - conj.6 s/Loja – 12ª Vara Cível

Requerente: Calçados Siboney Ltda. – Requerido: Vahran Kasbar Kasbarian – Rua Voluntários da Pátria, 2157 – 38ª Vara Cível

Requerente:Têxtil Dian Ltda. – Requerido: Confecções Nanda Ltda. – Rua José Paulino, 671 Loja 38 – 22ª Vara Cível

Requerente: Ramon Indústria de Plásticos Ltda. – Requerida: Império Ind. e Com. de Condutores Elétricos Ltda. – Rua Refinaria Presidente Bernardes, 1142 – 04ª Vara Cível

Requerente: Madeireira Felgueiras Ind. e Comércio de Tacos Ltda. – Requerido: Fernando e Fabrício Com. e Mão-de-Obra p/ Construção Civil Ltda. – Rua Jaboatão, 341 – 20ª Vara Cível

Requerente: Madeireira Felgueiras Ind. e Com. de Tacos Ltda. –Requerida: Mademor Transportes Com. de Madeiras e Mat. p/ Construção Ltda. – Av. João Paulo I, 2101 – 38ª Vara Cível

Requerente: Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais Ltda. – Requerido: Super do Brás Com. de Produtos Alimentícios Ltda. – Rua Vírgilio do Nascimento, 445 –30ª VaraCível

Requerente: Book Indústria e Comércio Ltda. – Requerido: Tratoraço Com. e Representação Ltda. – Rua Luiz Gama, 196 – 08ª Vara Cível

Requerente:C. Scheel Cobranças

Comerciais S/C Ltda. – Requerido: Disbrafe Distribuidora Brasileira de Ferramentas Ltda. – Rua Ibitirama, 661/667 – 19ª Vara Cível

Requerente: Irpel Ind. e Comércio Ltda. – Requerido: Jal Comércio de Pastas e Caixas Ltda. Rua Frederico Renê de Jaegher, 1465 – 10ª Vara Cível

Requerente:C. Scheel Cobranças

Comerciais S/C Ltda. –Requerida: RM Ferreira Moda Íntima Ltda. – Rua Coelho Lisboa, 434 lj. 11 – 24ª Vara Cível

Requerente:C. Scheel Cobranças

Comerciais S/C Ltda. – Requerido: Manoel Carlos da Silva Marques-ME – Av. Benedito de Andrade, 71 - lj. 36 – 18ª Vara Cível

Requerente: Plásticos Formar Ind. e Comércio Ltda. – Requerida: Patrícia Porsani-ME – Rua Armadores do Trato, 25-C – 31ª Vara Cível

Requerente: Novo Milênio Comercial Ltda. – Requerido: Cres

Com. e Administração de Refeições Ltda-EPP – Rua José Zappi, 216 – 32ª Vara Cível

Requerente: Multicidades Viagens e Turismo Ltda. – Requerido: Multiplast Ind. e Comércio de Plásticos Ltda. – Rua Antonio Foster, 391 – 15ª Vara Cível

Requerente: Comercial Crispim Ltda. – Requerido: JL Gomes

Materiais-ME – Rua Manoel

Antonio Pinto, 617 – 26ª Vara

Cível

Requerente: Companhia Siderúrgica Belgo Mineira – Requerido: Aços Paulistano Ltda. – Rua Cajati, 41 – 23ª Vara Cível

Requerente: Renadri Confecções

IOB RESPONDE

1) Tenho em meu estoque matérias-primas e produtos acabados sem mercado e sem condição de utilização. Qual o procedimento legal para baixá-los? No caso de materiais que tenham se tornado imprestáveis, se não existir possibilidade de serem vendidos nem mesmo como sucata, ou se essa venda não for do interesses da empresa, para que a dedução da perda respectiva produza efeitos na apuração do lucro real, é necessário solicitar a presença de autoridade fiscal no estabelecimento da empresa para atestar o fato e emitir laudo que certifique a destruição dos bens danificados, obsoletos ou invendáveis (alínea “c” do inciso II do art. 291 do RIR/99).

2) As regras que obrigam as pessoas jurídicas a manter à disposição da SRF, em meio magnético ou assemelhado, arquivos e sistemas que registrem negócios e atividades econômicas ou financeiras atualmente estão disciplinadas pelo art. 265 do RIR/99 ou pelo art. 72 da MP nº 2.158-35/2001?

Adisciplina vigente é a do art. 72 MP nº 2.158-35/ 2001. Portanto, não há mais limite de Patrimônio Líquido (anteriormente, igual ou inferior a R$ 1.633.072,44) que desobrigue as pessoas jurídicas que utilizam sistema de processamento eletrônico de dados de registrar negócios e atividades econômicas, escriturar livros ou elaborar documentos de natureza contábil fiscal e manter, à disposição da SRF, os respectivos arquivos digitais e sistemas A manutenção desses arquivos e sistemas deverá observar o prazo decadencial previsto na legislação tributária.

3) As despesas com bilhetes de passagem havidas por funcionários que moram em cidade diversa daquela onde está situada a empresa são reembolsadas pela pessoa jurídica. Esse reembolso deve ser adicionado ao salário do funcionário para fins de cálculo do IR Fonte?

Sim. De acordo com o art. 43 do RIR/99 são tributáveis os rendimentos provenientes do trabalho assalariado, as remunerações por trabalho prestado no exercício de empregos, cargos e funções e quaisquer proventos ou subsídios percebidos.

4) Os tickets de caixa, recibos não identificados e documentos semelhantes podem ser utilizados para comprovar despesas no livro Caixa?

Não. As despesas devem estar discriminadas e identificadas para serem comprovadas como necessárias e indispensáveis à manutenção da fonte produtora dos rendimentos. O ticket de caixa eletrônico, emitido por terminais de pontos de venda, em que há a perfeita identificação da despesa realizada é documento hábil para sua comprovação (Perguntas e Respostas IRPF/ 2001 - resposta à questão nº 369).

5) O encerramento de filial implica o desenquadramento da empresa do Programa de Recuperação Fiscal (Refis)?

de Roupas Ltda. – Requerido: Yellow Blue Comercial Ltda. –Pça. Leonor Kaupa, 100 Loja 30 – 28ª Vara Cível

Requerente: Siemens Eletroeletrônica S/A – Requerida: Telly Hidráulica e Elétrica Ltda. – Av. Patente, 444 – 39ª Vara Cível

Requerente: Ingram Micro Brasil Ltda. – Requerida: Dial Comércio e Importadora Ltda. – Rua dos Navegantes, 326 – 31ª Vara Cível

Requerente: Siemens Eletroeletrônica S/A – Requerida: Telly Hidráulica e Elétrica Ltda. – Av. Patente, 444 – 39ª Vara Cível

Requerente: Tech Data Brasil Ltda. – Requerida: Estrela de Minas Construção Civil Ltda. – Av. Brigadeiro Luiz Antonio, 140421-A – 04ª Vara Cível

Requerente: Jati Serviços Comércio e Importação de Aços Ltda.–Requerida: Comercial Eurosteel Ltda. – Rua Soldado Antonio Matias de Camargo, 277 – 19ª Vara Cível

Requerente: Jati Serviços Com.e Importação de Aços Ltda. –Requerida: Metalúrgica Elo Ind. e Comércio Ltda. – Rua B BVarela, 168 – 03ª Vara Cível

Requerente: Jati Serviços Com.e Importação de Aços Ltda. –Requerida: Art Viva Ind. e Comércio de Ornamentos Ltda. – Rua Dr. Jorge Assunção, 22 –35ª VaraCível

Requerente: Jati Serviços Com.e Importação de Aços Ltda. –Requerida: Labor Estruturas Metálicas Ltda-ME – Rua Gomes, 522 – 07ª Vara Cível

Requerente: Novo Cruzeiro Hidráulicos Louças e Metais Ltda. –Requerida: Gallozzi Engenharia de Instalações Ltda. – Rua Ponta Porã, 152 – 24ª Vara Cível

Requerente: Kab Confecções Ltda.

– Requerida: Master Service Assessoria e Comércio Ltda. – Rua Sabauna, 162 – 09ª Vara Cível

Requerente: BPC Comercial Ltda.

– Requerida: Tinsley e Filhos S/A Ind. e Comércio

Não. O encerramento de filial não é fator de desenquadramento da empresa do referido programa.

6) Nossa empresa deseja conceder a todos os funcionários e diretores um plano de previdência privada. A despesa é dedutível na apuração do lucro real? Para fins de IR Fonte o valor pago pela empresa deverá integrar o salário do funcionário/diretor?

Desde que paga indistintamente a todos os empregados/diretores a despesa poderá ser considerada dedutível na apuração do lucro real da pessoa jurídica. O valor do benefício pago pela empresa deverá incorporar o valor do salário do empregado/diretor, ficando sujeito ao IR Fonte (arts. 38 e 358 do RIR/99).

7) A constituição de filial de pessoa jurídica inscrita no Simples é fator impeditivo à manutenção da empresa no sistema?

Não. Contudo, deve ser observado o limite de receita bruta anual da matriz e da filial conjuntamente (microempresa = R$120.000,00; empresa de pequeno porte = R$ 1.200.000,00), além de atendidas as demais exigências estabelecidas na Lei nº 9.317/96 para enquadramento das pessoas jurídicas no Simples.

8) O condomínio residencial que contrata serviços de limpeza e conservação de empresa especializada está obrigado a efetuar a retenção do IR Fonte?

Não. Por não se caracterizar como pessoa jurídica na forma da legislação civil e fiscal o condomínio não é obrigado a reter o IR Fonte sobre os rendimentos que pagar quando o cumprimento dessa obrigação exigir a condição de pessoa jurídica da fonte pagadora (PN CST nº 37/72).

Maluf promete mais apoio às empresas

Candidato do PPB diz que, eleito, usará a Nossa Caixa para financiar a agricultura, e os pequenos e médios empreendimentos

Entrar na guerra fiscal para protegera indústriae osempregos em São Paulo, dar mais força àpolícia contra o crimee mudaro sistemaprisional,incentivaro turismo, usar aNossa Caixaparafinanciar a agricultura, a pequena e média empresa, fazer voltar às escolas os exames de final de ano, a segunda época, recuperação – e até a reprovação – e rever os contratos dos pedágios.

Essas foram algumas das promessas assumidas como compromissos de governo, do candidatodo PPBao governo do Estado, Paulo Maluf, para mais de 300 pessoas, na sua maioria empresários de todos os setores da economia, que superlotaram a reuniãoPlenária daAssociação

Comercial de São Paulo (ACSP). "Se eleitovireiaqui quantas vezes quiserem para ser cobrado e debater minhas ações futuras", disse.

Alencar Burti, presidente da Federação das Associações

Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp)eAssociação

Comercial lembrou que "esta

Casa cultua o diálogo, a liberdade de ser e de empreender."

Ele abriu ontem uma série de encontros comtodos oscandidatos aogovernode São Paulo, pedindoum compromisso dos governantes com a éticae coma livreiniciativa "que tem sido muito prejudicada ultimamente."

Id éias – Burti destacou aindaaimportânciada presença dos candidatos na Associação, comouma forma de quetodos possamconhecer idéias e programas de trabalho. Agradeceua presença de Maluf, ex-presidente da Associação, lembrando o papel daEntidade nadefesa da democracia edo desenvolvimento de São Paulo e do Brasil.

Entre os participantes, estavam presentes também Guilherme Afif Domingos, presidente emérito da Confederaçãodas AssociaçõesComerciais do Brasil (CACB), o ex-presidenteda ACSP,Lincoln da Cunha Pereira, o presidente da Bienal, Manoel PiresdaCosta,ocandidato ao senado peloPPB,Cunha

Bueno eNabil Sahyoun,presidentedaAlshop, além de deputados, vereadores e dirigentes de distritais e presidentes de Associações Comerciais do Interior paulista.

O candidato Paulo Maluf aproveitouo encontro para mostrar, num vídeo, sua vida e asrealizações de governo. Respondeua todas asperguntas queforam feitas,deixandoclaro quetinhaum compromisso com a Associação,"porter praticamente iniciadoaqui minhacarreira de homempúblico, aos 28 anos". Maluf abriu sua pales-

PT lança hoje plano de governo e promete um crescimento de 7%

O lançamento do programade governo do PT nesta terça-feira, depoisde vários adiamentos, é um dos destaques políticosdesta semana. O lançamento do programa do PT acontecerá em Brasília, naCâmara dosDeputados, com aparticipação dasprincipais lideranças do partido e carreatacomo candidato à PresidênciaLuiz InácioLula da Silva.

O programa de governo vai propor crescimento de 7% da economia, reajuste de 20% do saláriomínimo(chegando a R$ 240 em 2003), manutenção da CPMF,"mascom alíquotasimbólica", efimdo imposto sobre exportações.

Candidato petista vislumbra a criação de 10 milhões de empregos em quatro anos de governo

Além de Lula, estarão presentes ao atodelançamento ocandidato a vice-presidente, senador José Alencar (PL-MG),bem como presidentes dos partidos coligados (PT, PL, PCdoB, PMN e PCB), governadores, prefeitos, parlamentares, representantes da sociedade civil, líderes sindicais e empresariais.

Antes de embarcar hoje paraBrasília, Lula participade encontro emSão Paulocom conselheiros e empresários associados ao Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social.

Ele foi convidado aapresentarsuas propostas de governo e debater aspossibilidades de participação das empresasno processodedesenvolvimento econômico, social e ambiental do país.

E m p r eg o s – O candidato do PT à Presidência garante que seu programa de governo não dará respostas ao mercado financeiro, apesar de assegurar instrumentos de controle da atual política econô-

mica, como manutenção do superávit primário em 3,75% do Produto Interno Bruto (PIB). Luladiz estar mais preocupado com os indicadores sociais. "Brincou-se muito com o mercado nos últimos anos, masa preocupação excepcional do nosso plano, agora, é com a área social, porque esta é a grande dívida quetemosde pagar", afirmou. Na solenidadedelançamento do programa, em Brasília, o petista fará um discurso contundente emdefesa da retomada do crescimento com produção industrial e geração de empregos. Em um dos cadernos temáticos, que deve ser divulgado junto com a plataforma petista, aparecerá ameta de criação de 10 milhões de empregos em quatro anos de governo. O presidenciável reiterou que espera contar com a adesão de diversos setoresdo PMDB, incluindoo liderado pelo ex-governador Orestes Quércia,candidato aoSenado em São Paulo. Questionado se aceitaria Quércia no palanque, Lula respondeu que sim. "Se os peemedebistas vierem, serão bem-vindos, porque precisamos derrotar essa política econômica que tem levado o Brasil a uma desesperança muito grande", insistiu.

O comando da campanha petista quer alargara base de sustentação àcandidatura de Lula.Naúltima semana, fechou acordocomfatia expressiva do PMDB de Goiás e da Paraíba. Na quinta-feira, o governador de Minas, Itamar Franco (sem partido) também acertará sua participação nos comícios do PT.

Itamartemconversa marcada, em Belo Horizonte, como senadorJoséAlencar (PL-MG), vice de Lula. "Queremos que ele viaje conosco, porque o lema, agora, é trabalhar, trabalhar,trabalhar", afirmou o candidato.

Frente Trabalhista – Jáa equipe do candidato da Frente Trabalhista,CiroGomes, deve se reunir para detalhar o programa de governo. Hoje, Ciroparticipade debate na Federação dasIndústrias do EstadodeSãoPaulo (Fiesp) que temcomoobjetivo discutir propostas que constam do documento"O Brasilde TodosNós",divulgado pela Fiesp no início do ano.

A assessoriado candidato nãoconfirmou quandoele pretendese encontrarcomo presidente do Banco Central, Armínio Fraga, dandosequência aos encontros com políticos marcados por Fraga na semanapassada. OBanco Central também nãoconfirmou a data do encontro.

O candidato tucano José Serra,que aindanãomarcou data para lançar seu programa de governo, encontra nesta terça-feira com17 governadores queapóiamsua campanha em direção ao Palácio do Planalto.

Areunião fazpartede esforço encomendadopelos aliadosem reuniãodeemergência realizada na semana passada para discutir estratégias paraalavancar acandidatura deSerra. Segundo pesquisasdeopinião divulgadasnasemana passada, Serra foi ultrapassado pelo candidatoda FrenteTrabalhista. Amanhã, Serra sereúne com os coordenadores políticos e conselho político de campanha e na quinta com prefeitos que apóiamsua campanha. (AE)

trafazendo umresumo de suas realizações como ex-governador eex-prefeito,evitando "bater" nos outros candidatos.

No entanto, criticouos oito anos de governo do PSDB

em São Paulo – governadores Mário Covas e Geraldo Alckmin– pelafalta defirmeza para garantir aeconomia paulista, contraa guerra fiscal. "A economia do Estado de São Paulo representava 45% do PIB nacional, hoje caiu para apenas 33%." Com isso, segundo o candidato Paulo Maluf, o Estadonão perdeu apenas empresas e investimentos, mas também gerou 1,8milhões dedesempregados e um ABC "cheio de galpões vazios".

"Opresidente Fernando Henrique(PSDB) falhouem não fazer a Reforma Fiscal e a Reforma Política, quem sabe para aprovar a reeleição", criticou.Prometeu rever os

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contratos das concessionárias das estradas paulistas privatizadase abrir opedágio para carros, caminhões e ônibusdas 11danoiteàs seisda manhã, emtodooEstado. "Quem sejulgar prejudicado que vá à justiça contra o Estado, mas saibam que vou pedir aoMinistérioPúblico para investigar por que o pedágio é tão caro",afirmou. Garantiu que é possível baixar os pedágios de 20% a 30%. Maluf não parouporaí: disse que as privatizações foram feitas de maneira errada, sem queo dinheiro queentrou nocaixaabatesseum centavo da dívida paulista Sergio Leopoldo Rodrigues

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Maluf: "Para manter empregos em São Paulo entro mesmo na guerra fiscal."
Ademar Gardiman/Pool7

Crise das bolsas se agrava em todo o mundo

Dólar vai a R$2,93, em dia de fortes rumores

O dólar comercial fechou ontem cotado aR$ 2,93 para venda, emumnovorecorde doPlano Real, comaltade 1,15%sobreasexta-feira. A cotaçãodisparouperto do fim do dia, devido aos rumoresde que anova pesquisa eleitoral do instituto Vox Populi mostraria novo avanço do candidato CiroGomes sobre o tucanoJosé Serra. As incertezas internacionais também influíram. Página 11

Saldo da poupança é de R$ 2,9 bilhões em apenas 16 dias

Os depósitosnacaderneta de poupançacontinuam crescendo. Segundo os dados do Banco Central, em 16 dias dejulho,acaptação líquida j á atingiuR$2,941bilhões. Alémdisso, osdepósitos estão,desde junho,superando ossaques, fatoque hámuito tempo não acontecia no mercado financeiro. Página 10

As incertezas envolvendo odesempenhode grandes empresas, em especial as norte-americanas, derrubaram ontem osmercados emtodo o mundo. NosEUA, o índice DowJonesfechou abaixo de 8 mil pontos pela primeira vezdesde 98, embaixa de 2,93%. O Nasdaq caiu 2,77%.

A queda foi liderada pelas ações do Citigroupe pelas investigações relacionadas à Enron. As ações de empresas de telecomunicações também caíram,devidoàsprevisões ruins da BellSouth. Ontem, aWorldCom, que é controladora da Embratel,

conseguiu que a Justiça aprovasse seu pedidode empréstimo de US$ 2 bilhões para continuar operando.No domingo, a empresa entrou comopedido damaiorconcordata da história dos EUA. Na Europa,o mercadosofreu ainda com as previsões ruins da seguradora Aegon, da operadora detrens e ônibusStagecoach e pela Hugo Boss. A Bolsa de Londres fechou embaixade4,95%,a de Pariscaiu5,25%ea de Frankfurt, 5,15%. Ea Bovespa desabou6,52%, em9.892 pontos, nível mais baixo desde agosto de 1999. Página 11

● Concordata da WorldCom abala o setor bancário internacional

● Ações de seguradoras européias já apresentam queda de até 40%

● Bush insiste em que fundamentos da economia americana são sólidos

Maluf diz que entra na guerra fiscal para criar empregos em SP

Página 5

Acordo com o FMI não deve sair agora, prevêem analistas

Muita conversa, mas quase nada de concreto. Essa é a expectativadeanalistas paraa visitaao Brasildavice-diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional(FMI), Anne Krueger. Oobjetivo da executiva seria só o de "coletar informações". Ontem, ela encontrou-se com Armínio Fraga(BC)e hojereúnese como presidenteFernandoHenrique ecom oministro Pedro Malan. Página 12

a testar táticas

Software criado por técnico de futebol ajuda

Otécnicode futebolNélsonBatista Júnior, o Nelsinho,criou um software que permite a treinadores deesportescomo futebol, basquete, vôleie handebola elaborarjogadas eesquemastáticos diante do monitor . Todo olucro com avenda do programaserádestinado a crianças carentes. Página 8

Cresce a terceirização do suporte de informática

Dados de uminstituto especializado em tecnologia revelamqie aprocura porserviçosterceirizados deinformática deve crescer 14% ao anoaté 2005.No entanto,

antes de se decidirpor esse passo, lembram especialistas do setor, asempresas devem ter bem claro se o processo é mesmovantajoso etomar alguns cuidados. Página 9

O candidato ao governo de São Paulo peloPPB,Paulo Maluf, afirmou ontem que o atual governo estadual poderá acabar transformando São Paulo num cemitério das indústrias. Isso pornão reagir aos incentivos fiscais oferecidospeloss outrosestadosco-

momeioparaatrair investimentos. E avisou: "Se for eleito e se for preciso, vou mesmo entrar naguerra fiscalpara manter empresas e empregos em São Paulo". Em palestrana Associação Comercial de São Paulo, Maluf criticou o modelo das privatizaçõesfeitas pelosgovernos federale estaduale disse que, se eleito, "vão ficar com o governoa NossaCaixa-Nosso Banco,a Sabespe aCesp". Disse que vaiampliare não vender os ativos do estado, como forma de gerar emprego e justiça social. Página 3

PSDB quer CPI para investigar subprefeituras

Abancada do PSDBestá estudando juridicamente a possibilidade de entrar com pedido de formaçãodeCPI na Câmara parainvestigar a criação das subprefeituras.

O objetivoé examinaras denúnciasde loteamentode cargos entreos vereadores governistas e aliados para aaprovação do projetodas subprefeituras. Última página

Consumidor usa mais o cartão para financiar compras

O cartão de crédito para financiar compras vem sendo cadavez mais utilizadopelos consumidores,que vêm vantagens em relação às operações decréditofeitas pelo sistema financeiro.Enquanto asoperações feitas pelos bancossubiram11,9% em 9 meses, as compras por cartão cresceram 21,5%. Página 10

Balança comercial tem superávit de US$ 139 mi

A balança comercial brasileira apontousuperávit de US$ 139milhõesnaterceira semana de julho. Com isso, o saldo jáchega aUS$ 903milhões no mêse a US$ 3,509

bilhões no ano.O governo querfechar 2002com US$5 bilhões. Em 2001, a balança obtevesaldo de US$2,6 bilhões, primeiro resultado positivo após seis anos. Página 6

Operador do mercado financeiro em Nova York acompanha, preocupado, a evolução dos índices no começo da manhã, quando a queda era mais acentuada
Peter Morgan/Reuters
Paulo Maluf, Alencar Burti e Afif Domingos durante a reunião plenária da Associação Comercial de São Paulo

Dora Kramer

Com as estruturas abaladas

Quem definiu numa frase a situação foi um dirigente do PMDB: "Confortável não estou", disse em resposta à indagação sobre o efeito que o movimento ascendente de Ciro Gomes provoca nos aliados da candidatura José Serra. Se companhia serve para amenizar o receio do pemedebistacumpre notificá-lodeque noPT oclimanão édiferente. Ali também desconforto é uma boa palavra para traduzir o estado de ânimo com a arrancada do candidato da Frente Trabalhista.

Ontemasestrelasmaisbrilhantesdo PTestavamem Brasília, reunidas para a cerimônia de lançamento do programa degovernoproposto pelopartido.Hoje, oPSDB tenta reunir as suas para dar o recado do partido e mostrar as pessoas com quem Serra pretende governar. Por caminhos diferentes, os dois buscam a mesma coisa: escapardadinâmicaimposta pelalógicadaspesquisas que alimentam a onda Ciro.

Donosdascandidaturasde estruturasmaissólidas,PTe PSDB estavam , por isso mesmo, certos não apenas de que se confrontariam no embate final e decisivo, como também de que este seria o caminho institucioalmente mais natural. Ambos continuam acreditando - crença queadquire aresde torcida-que nofim tudoterminarácomo oprevisto,mas jáé perceptívelaolho nuum inequívocoabalo nessas convicções.

Semanapassadadois importantespetistasouviramdo presidente da República que o tucanato se aliará sem constrangimentosa Lula,caso Serranãochegue ao segundo turno. Umdesses petistasfoi JoséDirceu, quedeu publicidade à conversa desmentida por ele depois.

Um outro, no entanto, manteve o diálogo em sigilo e garante ter ouvido Fernando Henrique dizer,"de forma mais que enfática",que oPT poderia contarcom oPSDB para derrotar Ciro Gomes. FH ainda informou que ficaria à disposição dentro dos padrões escolhidos pelos petistas a fim de nãoatrapalhar a campanhanem criarembaraços políticos ou pessoais a Lula.

A preocupaçãovigente ultrapassa asuperficialidade de comparações entre Ciro e aventureiros do passado. Guarda relação mesmo é com o fato de a candidatura Ciro estar se tornandoestuário de um tipode político aquem interessa mais um porto qualquer para se atracar que um projeto com começo, meio e fim ao qual terá de se adaptar.

Por essaanálise, Lulae Serra -cada um aseu modo- têm planos bem definidos onde muita gente que está correndo hoje para a candidatura de Ciro, sabe que não terá lugar. Exatamente por causa das estruturas mais firmes que os cercam, os candidatos do PT e do PSDB não criariam as perspectivas que uma candidatura pouco orgânica propicia.

Defato, quandoa gentevê,por exemplo,um JairBolsonarodeclarar apoio aCiroGomesporque nosoutros dois não vota "nem morto", é de se perguntar que razões o mobilizam.

Bolsonarodedica omandatodedeputadoà defesa da censura,da penademorte,do fuzilamentodegovernantes, doretrocessopuroe simples. Considerando quejamais seviu Cirode braçosdados comqualquer dessasteses, realmente intriga a adesão.

Épossível mesmoque sejaapenaspor meraexpectativa de desorganização institucional e/ou administrativa.

Inimigos da onça

Com 60% das intenções de voto para a reeleição no Acre, o governador Jorge Viana (PT) está sofrendo pedido de impugnação de candidatura por parte de seus adversários. Até aí nada de extraordinário. Não fosse o autor da ação do advogado Rui Duarte, defensor do deputado cassado e hoje preso por assassinato, formação de quadrilha, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, Hildebrando Paschoal. Uma das testemunhas de acusação contra Jorge Viana é o suplente deHildebrando, também alvo deprocesso de cassação, José Alekssandro.

Vai ou racha

O PMDB está cobrando mais firmeza do candidato José Serranotratocomaliados deposiçõesdúbias.Ospemedebistas apontam para Tasso Jereissati cuja postura, aliás, de dúbia não tem nada.

O partidoquer que Serrapeça que Tassodefina-se claramente seestá com eleou com CiroGomes, a fimde liberar para o PMDB o palanque do tucano no Ceará. Dojeitoqueestá,Serranão podeiraoestado:sepresta homenagens a Sérgio Machado, do PMDB, enfurece Tasso e, sefica como ex-governador,deixa namão ospemedebistas que, afinal de contas, votam nele e não em Ciro.

Titularidade

A falta de títulos na biografia acabou reservando a Lula um inexistente cargo de "presidente de honra" do PT. O partido acreditater solucionado o problema,ao entronizá-loontem como"estadista-operário".Sejalá oque for isso.

Analista vê como provável disputa entre Lula e Ciro

Odiretor depesquisapara mercados emergentesdo banco UBS Warburg, Michael Gavin, acreditaque é cada vez maior a probabilidade de uma eventual disputa entre Lula (PT) e Ciro Gomes (PPS) no segundo turno das eleiçõespresidenciais. "Está maisevidente que(seráeleito)Lula ouCiroGomes e,na minhaopinião, CiroGomes deverá sero próximopresidente do Brasil", afirmou Gavin, apósparticipar doseminário"Brasil: EleiçõeseNervosismo Econômico",promovido pelo Council of the Americas ."Nãodá para ter umgrau maiordeconfiança de que José Serra (PSDB) poderá ressuscitar sua campanhae setornar presidenteno próximo ano", disse o analista do UBS Warburg.

Dívida – Duranteo semináriofoi divulgadoosresultados damais novapesquisa Vox Populi, que mostrou o crescimento deCiro Gomes para 27%, enquanto as inten-

ções devoto deSerra cairam para 14%,com Lulapermanecendo com35%. "O problema é que Ciroaindatem que se definir como candidato em termos de políticas econômicas. Meus clientesno Brasilse mostrampreocupados com suas declarações não muitoclaras ainda sobrereestruturação da dívida", acrescentou. Gavin ressaltou que, como candidato do governo, José Serra deverá obter importantes fontes deapoio na sua campanhanos próximos meses. Essa é uma das razões paraque o diretor de pesquisa econômica para a América Latinada consultoriaIDEAglobal, Ricardo Amorim, mantenha o seu cenário-base de que Serra ganhará as eleições deste ano. "Apesar de eu estar cada vez menos convicto (da vitória de Serra) em razão das recen-

É um exagero o ner vosismo observado no mercado em razão do cenário político brasileiro

tes quedas nas pesquisas eleitorais e, principalmente, pela mudança noapoioa Serra por lideranças empresariais e políticas, ainda acho que Serra vencerá", afirmou Amorim, durante a palestra. Serra – Ele citou três razões para acreditar na vitória do candidato do PSDB: 1) maior exposição em TV do Serra doque qualquer outro candidato. "Um fator quesempre decidiuas últimas eleições", disse. 2) transferênciade votos para o Serra daqueles eleitores que consideramo governo FHC"bomou ótimo",o que ainda nãoaconteceu, segundo Amorim.3) mais da metadedos eleitores ainda está indecisa ounem sabe os nomes dos candidatos. "Tudo isso vai levar Serra pelo menosao segundo turno", acrescentou Amorim. Já o diretordoprograma paraHe-

misfério Ocidentalda Universidade Johns Hopkins, professor Riordan Roett, ressaltou para o fato de que nenhum dos três principais candidatos na disputa (Lula, Ciro ou Serra) podem ser considerados de esquerda ou de direita.

C e nt r o – "São três candidatos sérios e com grande experiência na política nacional.E qualquerum delesvai governar o Brasil de uma maneira sérianoano quevem, portanto odiscurso de que umcandidatoestá maisàesquerda ou maisà direita não faz sentido.

Todoseles são de centro, dentro de umquadro moderadodediscurso, comoo Brasil se tornou um País moderado em termos de políticas", afirmouRoett. Paraele, é um exagero onervosismo observado no mercadoem razão do cenáriopolítico. "Espero queosanálistas parem de escreverexageros sobre o Brasil", disse. (AE)

Nova pesquisa consolida posições

já conhecidas

Nova pesquisado instituto Vox Populi confirma: o candidatodoPPS, CiroGomes, continua a subirna preferência do eleitor, chegando cada vez mais perto do líder da corridapresidencial, o petista Luiz Inácio Lula da Silva, e ampliando a vantagem em relaçãoaoterceiro colocado,o tucano José Serra.Levantamento nacional realizadono sábado eno domingomostra Lulacom 35%dasintenções de voto, Ciro com 27% e Serra com 14%. Anthony Garotinho, do PSB, está com 10%.

"O quadro é de rápida aproximaçãode Ciro emrelação aLula", diz a especialista Fátima Pacheco Jordão, analistade pesquisas eleitorais consultora do Grupo Estado. Desde o final de junho, mês em que teve publicidade mais intensaao ocuparosprogramas de televisãodos partidos queo apóiam(PPS,PDTe PTB), Ciro ganhou 11 pontos. Nomesmo período, Lula recuou 3 pontos e Serra caiu 7.

masituação consideradade empate técnico:43% a42%.

Nessas simulações, o petista supera Serra por47% a 35%.

Bate também Garotinho, por 50% a 28%.

Programa de governo do PT adota tom moderado

A força do candidato do PPS aparece também nas simulações em relação ao segundo turno

Opresidente doVox Populi, João Francisco Meira, aindaconsidera difícilfazer previsões sobre o resultado das eleições, mas avalia que Ciro está crescendo no espaço ocupado,no início do ano,pelafracassada candidatura da ex-governadora Roseana Sarney, doPFL. "O eleitor parece estarà procura deum nomequerepresente um meiotermo entrea co ntin uida de pura e simples do governoFernando Henrique e a mudança profunda das políticas em vigor", diz. "Agora encontrou uma nova alternativa."

O Partido dos Trabalhadores divulgou ontem,em Brasília, oseuprogramadegoverno,um documentode72 páginas, que evita o tom radical eabandona aproposta de ruptura com o atual modelo econômico alardeada durante muito tempo por integrantes do partido. Os petistas optaram pelo tom moderado, principalmente quando abordam as propostasde transição do atual modelo econômico.

"É curioso notar que o candidato tucano resistiu bem ao períodode maior exposição deCiro, mas foiperdendo terreno passada a etapade propaganda do adversário, com osdesdobramentos nos meios de comunicação", afirmaFátima. Ciro,por exemplo, foi apontado pelos espectadores como o concorrente que, ao lado de Lula, teveo melhordesempenhona série de entrevistas realizada pelo Jornal Nacional, da Rede Globo.

S i mu l a çõ e s – Aforça do candidato do PPSaparece também nas simulações de segundo turno, nas quais, pela primeira vez nas pesquisas do VoxPopuli, eleaparece à frentede Lula,ainda quenu-

O VoxPopuli entrevistou 1.994eleitores de115municípios de todo oPaís. A margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos - o que, como já se registrou em outras ocasiões, significa queos números obtidos pelos candidatos podem variar dentro dessa margem, paramais oupara menos.

Uma outra pesquisa do instituto,publicada pelojornal Correio Braziliense, oferece boas pistas dos motivosque levaram àarrancada docandidato do PPS. Em vez de aferir tão somente a intenção de votodo eleitor,o trabalho procurou sabera imagem queeletemdecada umdos concorrentes ao Planalto.

CiroGomes obteveomelhoríndice, por exemplo, quando os entrevistadosforam convidados a apontar se consideravam os oponentes aptos a manter a inflação em nível baixo. (AE)

"O esforço pelo crescimento seráestruturadosimultaneamentea umacriteriosae responsável transição entre o quetemoshojee oqueasociedadebrasileira reivindica",dizum dos trechos do documento. Intitulado"Um Brasil para Todos" e dividido em quatro capítulos: Crescimento, Emprego e Inclusão Social; Desenvolvimento, Distribuição de Renda e Estabilidade; InclusãoSociale Infra-estruturae Desenvolvimento Sustentável, o PT

garante que"a responsabilidade fiscal e aestabilidade dascontas públicasmarcarão aspolíticas" degoverno. E que o novo modelo de estabilidade econômica que Lula pretende construir será "incansável naarte de ouvir, propore negociar permanentementecom todosos segmentos dasociedade brasileira, de modoa impulsionar a recuperação da autoestima e da confiança que o País tanto precisa." Congresso – Lula afirmou ontem que governará sem problemas, caso seja eleito, mesmo sem termaioriado Congresso Nacional. Segundo Lula,isso será possível porquehaverá interlocução com a sociedade e relação séria entre os congressistas e a sociedade.

"O Congresso Nacional nunca foi um sério obstáculo para ninguém", disse o candidato, que participoudeencontrocomempresários em São Paulo. (AE)

Serra critica propostas

de aumento do mínimo

O candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, criticouontem as propostas de aumentodo saláriomínimoque têm sido apresentadas por seus concorrentes Ciro Gomes (PPS), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Anthony Garotinho (PSB). Segundo ele, todas as propostas sãoirreais. "AdoCiro émais queadoLula.Éde US$100, cercaR$ 280",afirmouele."Issodaívai custar mais de R$ 10 bilhões por ano,o que evidentemente é inviável", disse. O tucano prometeu"melhoragradual" domínimo, reativando ocrescimento da economia e diminuindo a in-

formalidade na Previdência Social,masnãose comprometeu comnenhumíndice deaumento.Ele nãoquiscomentara nova pesquisa do instituto Vox Populi, que apontou um aumentona diferença que osepara de Ciro. Agorasão14 pontos:Serra tem 14% e o candidato de PPS, 27%. O primeiro colocado é Lula, com 35% e Garotinho está com 10%. O candidato do PSDB encerrou uma visita a conjuntos habitacionais em Irajá, zona nortedo Rio.Durante avisita, ele prometeu a construção de 6milhões denovas moradias no País nos próximos quatro anos. (AE)

Nervosismo persiste; as bolsas caem de novo e o dólar sobe para R$ 2,92

Os mercados financeiros nãoconseguiramse recuperar do nervosismoda segunda-feira. ABovespafechou em queda de 1,48%e a cotaçãodo dólarencerrou em R$ 2,92, batendo novo recorde.A taxa de risco do Brasil alcançou 1.718 pontos, de acordo com a Enfoque. A Bolsa de NovaYork caiu 0,97%. NaEuropanão foidiferente:Londres perdeu 0,96% e Paris caiu 2,53%. Página 7

Com balança favorável, déficit corrente diminui

O déficit em conta corrente do país caiu para US$ 1,294 bilhão em junho, omenor resultado para o mês desde 1994. Contribuiu aaltado dólar, queimpulsiouasexportações. Apesar da agitação do mercado financeiro, o déficitfoi totalmente financiado pelos investimentos diretos estrangeiros, que somaram US$1,530 bilhão.Com esse resultado, o governo pode reduzir em US$ 1,6 bilhão suaprevisão dedéficitcorrente para este ano. Página 5

Associação Comercial abre guerra contra irregularidade

A Associação Comercial de São Paulo abriu inquérito policial contra uma associação de classe que utiliza nome similar ao seu e que envia boletos bancáriosde cobrança aos associados da entidade. Para o advogado criminalista LuizFlávioBorges D´Urso, isso caracterizaestelionatoe aAssociação "seráimplacáv el"nosentido de coibir a

EM LINHA

Barriga vazia, poupança cheia

O consumidor de pequena renda vem reduzindo gastos com alimentaçãopara fazerpoupança.Uma agência da CEFde SãoPaulo dizque os depósitosaumentaram motivados, principalmente, por assalariados com renda entreR$200eR$1.200. A preocupaçãocom odesemprego é o principal motivo da economia. Página 11

prática. A iniciativa foi motivada pelogrande númerode associadosque receberamas fichas de compensação. De acordo com o superintendente do Departamento Jurídico da entidade, advogado Carlos Orcesi da Costa, são recebidas diariamente, em média, 10 reclamações de associados quecaíram nesta armadilha. Página 14

Previdência privada cresce 30% em apenas seis meses

O patrimônio das empresas de previdência complementarrepresenta, atualmente, R$25,9bilhões,um bom saltose forconsiderado que há cinco anos era de apenas R$8,3 bilhões.Só no primeiro semestredo ano,o patrimônio registrou crescimento de 30%. Dados do setorrevelam queosegmento PGBL tem dado grande impulso às vendas. Página 9

a a Nova blitz para fechar pontos de distribuição de contrabando Última página Óculos estão cada vez mais fashion, sejam de receituário ou de sol Página 12 Setor de eventos é um dos maiores geradores de empregos no País Página 8

Quer falar com 20.000 empresários de uma só vez?

Governo libera R$ 17 bilhões para as pequenas empresas

Com o objetivo de garantir a manutenção do ritmoda atividade econômica no País, o presidente Fernando Henrique Cardoso anunciou ontemaliberaçãode recursos de R$17 bilhões para o financiamento de micro epequenasempresas dossegmentos comercial e agrícola. A previsão é, ainda, gerarquatro milhões de novos empregos.

O programa " Empreendedorpopular" ,por exemplo, vai receber R$1 bilhão, aos quais sesomamoutrosR$1 bilhão dasagências financiadorasde pequenosnegócios. Opresidente anuncioutambém a destinação deR$ 150 milhões de recursos do FAT para imóveis prontos. Pesquisa – O auxílio do governo vemem boahora para

Pesquisa mostra novo avanço de Ciro Gomes

A última pesquisa do institutoVox Populiconfirma que ocandidato doPPS, Ciro Gomes, continua a subir na preferênciado eleitor, chegando cada vezmais pertodolíder dacorridapresidencial, o petistaLuiz Inácio

Lulada Silva,eampliandoa vantagemem relaçãoaoterceiro colocado, o tucano José Serra. Lulaestácom35% das intençõesdevoto,Ciro subiu para 27% e Serra caiu para14%. EGarotinho,do PSB, está com 10%. Página 3

asmicroe pequenas empresas,queenfrentam problemas derentabilidade, emrazãodaaltade custosedaredução das vendas. Não bastasse,ainda se ressentemde um crescimento da inadimplência, como demonstra o estudo feito pelo Sebrae. Nos primeiros cinco meses do ano, ofaturamentodasempresas de pequeno porte caiu

22,8% em relaçãoao mesmo período do ano passado. E, atualmente 63%, das empresas pesquisadas têm clientes com pagamentos em atraso. Outro dado dapesquisa mostra que cresceu o nível de consultasfeitas aoSCPC da Associação Comercial de São Paulo.Issocorreem consequência do forte crescimento das vendas a prazo. Página 9

Krueger diz que equipe econômica é "sólida"

A vice-diretora-gerente do FMI, Anne Krueger, disse que oFundo apóia o Brasil. "Aequipe econômica(do País) é forte e sólida". Ela afirmou que o FMI continuará apoiando o Brasil qualquer quesejao resultadodaseleições. Krueger não quisdar declaração sobrese umacordopoderiaserassinado antes ou depois das eleições. Disse tratar-se de questão hipotética, masressaltouque todo programa é precedido de trabalho técnico. Página 5

Lideranças mundiais condenam ataque de Israel à Faixa

de Gaza

Palestinos carregam o corpo de uma criança morta durante o bombardeio da aviação israelense a

Líderes de todo omundo condenaram oataqueaéreo israelense na Faixa de Gaza quematou15 palestinos na madrugada deontem, entre eles um comandante do Hamas eoitocrianças, além de deixar145feridos. Em uma rara crítica à política israelense, o presidente norteamericano, George W. Bush, classificou comoexcessivo o ataquee salientouque este "não contribuipara aobtenção dapaz naregião".Cerca de30mil palestinosparticiparamdos funerais dasvítimasfataisdo ataque.Os corpos estavam colocados sobre macas e envoltos em bandeiras palestinas. Página 4

Um executivo que gosta de competir também na estrada

O empresário Marcos Ermírio de Moraes,donoda Dunas Race,é ohomem forte do rally brasileiro. Um dos herdeiros do grupo Votorantim, eleorganiza a principal competição off-road do País, o Rally Internacionaldos Sertões. A corrida, que começa hoje, movimenta R$ 20 milhões por ano. Página 13 Facesp aprova, por unanimidade, novo texto de estatuto

A assembléia geral da Federação dasAssociaçõesComerciais do Estado de São Paulo(Facesp) aprovou ontem, por unanimidade, seu novo estatuto. O presidente daentidade, Alencar Burti, disse queo texto éum passo decisivo para garantir a unidade empresarial. Página 5

Jafra tenta se tornar uma potência em cosméticos no País

A Jafra, empresa americana de venda direta de cosméticos, quer concentrar50% de suareceita no Brasil.A empresa tem30 milvendedoras no País, perdendo só para Avon e Natura.O presidente da Jafra, Ademar Seródio, foi um dos principais executivos da Avon até 1997. Página 11

alvos civis em Gaza
Ahmed Jadallah/Reuters

Mundo condena ataque israelense à Faixa de Gaza

Líderesmundiaise representantesde organismos multinacionais criticaram o ataque israelense à Faixade Gaza, que matou 15 pessoas e feriu outras 145. O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, criticou o ataque aéreo e disse que o incidente "não contribui para a paz". "O presidente disse que Israel deve ser cuidadosocom as conseqüências de suas ações e que acredita que este ataque nãocontribuipara apaz", afirmouo porta-vozdaCasa Branca, Ari Fleischer. Em uma raracrítica àpolítica israelense,o presidentenorteamericano, George W. Bush, classificou comoexcessivo o ataquede mísseis do país contra palestinos, realizado na última madrugada.

"O presidente disse antes que Israel deveria estar atento às consequências de suas ações no sentido de preservar o caminho para a paz e o presidente acredita que esta ação extrema não contribui para a paz", comentou com repórteres oporta-voz daCasa Branca, Ary Fleischer.

Bushtemdefendidoo direitode Israelde sedefender comincursões em áreas palestinas na tentativa de coibir ataques suicidas.Mas, desta vez, o presidente acredita que a operação foi longe demais.

O ataque aéreoisraelense na Faixade Gazamatou 15

residentes na Faixa de Gaza observam os enormes estragos feitos pelo

palestinos namadrugada de ontem, entre eles um comandante do Hamas e oito crianças, segundo o hospital local e fontes do grupo islâmico. Há pelo menos 145 feridos. Salah Shehada foi morto um dia depois de a direção do Hamas dizer que poderia suspender os atentados suicidas se Israel se retirasse das cidades da Cisjordânia e adotasse outras medidas. Shehada era o chefe das BrigadasIzz ElDeenAl Qassam, que cometeram dezenas deatentadosnos últimos meses.

O primeiro-ministro Ariel Sharondisseque obombardeio com aviões F-16 foi "um grandesucesso", maslamentou a morte de civis. Para o ministropalestino SaebEre-

Palestinos farão denúncia ao Tribunal Penal Internacional

A AutoridadePalestina (AP) anunciou ontem que apresentará uma denúncia contra Israel por "crimes contra a humanidade" ao Tribunal Penal Internacional criadorecentemente. Oconselheiro dolíder palestino YasserArafat, Nabil Abu Rudeina,fez oanúncio e acrescentouquesetrata de um "julgamento para a Corte". "Esperamosqueo processo comece rapidamente e examine a polícia do primeiro-minis-

tro, ArielSharon, quedestruiu o processo depaz e os esforçosinternacionais dereativálo". Arafat condenou o "silêncio da comunidade internacional" diantedo ataquecontra Gaza, segundo informou a agência palestina Wafa. "Foi uma tragédia que nenhum homempode imaginar.Pergunto ao mundo inteiro:como podepermanecer osilêncio diantede crimescomo este?", acrescentou. (AE-Ansa)

kat, a ação foi um crimede guerra e "umesforço de Sharon para torpedear qualquer iniciativa pela retomada do processo de paz".

Inaceitável – Oprimeiroministro Tony Blair qualificou o ataque de "inaceitável e contraproducente". Blairinsistiu para que se coloque um fim na "onda de violência que atormenta aregião".A alta comissária para Direitos HumanosdasNações Unidas, Mary Robinson, condenou o ataque destacando que"segundo os direitos humanos internacionais e as leis humanitárias,amorte deciviscomo conseqüência deuma operação militar está absolutamente proibida, não importando quão significativo seja o alvo do ataque".

O secretário-geral das ONU, Kofi Annan, também condenou os ataques. Ele disse que Israel "tem a responsabilidade moral e legal de tomar medidasque evitem a perda de vidashumanas inocentes", disse Annan. A ministra das Relações Exteriores da União Européia, Anna Lindh,disseque oataqueé "um crime contra o direito internacional e nãoé moralmente digno para uma democracia como Israel."

"Condeno a mortede civis inocentesnoataque contra Gaza. Quero apresentar as

Funerais atraem 30 mil pessoas

Cerca de 30 mil palestinos participaramontem nacidade de Gazados funeraisdas 15 vítimas do ataque aéreo israelense de ontem, que matou o chefe do braço armado da organização extremista islâmica Hamas.A multidão, incluindocentenas deativistas que disparavam para o ar, se reuniu em frente ao hospital onde jaziam os corpos dos mortos identificados. Os corpos estavam colocados sobre macas, envoltos em bandeiras palestinas, enquanto os restos despedaçados dos corposdo chefemilitar do Hamas, SalahShahada, sua mulher,suafilha eseuguarda-costas eram transportados em ataúdes fechados.

O chefe espiritual do Hamas, xeque Ahmed Yassin, encabeçava o cortejo fúnebre,instaladoem um jipe. Treze organizações que representam o conjunto dos movimentos nacionalistas e

Vice-ministra da Defesa de Israel deixa governo por divergir de Sharon

islamitas palestinosdecretaram hoje "dia da cólera". O alto comitê das forças nacionais eislâmicas, que reúne esses movimentos, pediu àpopulação paraunir-se aos funerais e manifestar-se em massa contraa ocupação israelense. Obraçoarmado do Hamas,as BrigadasEzzedine alQassam, responsável pela maioria dos ataques suicidas em Israel desde 1994, prometeu vingar a matança. Vingança – "Este massacre nãoficará impune. Vamos deixarem pedaçososcorpos de sionistas em cada restaurante, em cada ponto de ônibus, em cada ônibus", afirmou o grupo, que prometeu vingar também a mulher e a filhade Shehada,mortas no bombardeio.

Em Ramallah, na Cisjordânia,cidadeque estásobocupação israelense, 500 pessoas protestaramcontra oataque aéreo.

Repúdio – No Cairo, o ministrodos NegóciosEstrangeiros egípcio, Ahmed Maher, descreveu o bombardeiocomo"umaação direta contra civis". "É um crime cometido enquanto se realizam esforços para trazer a paz à região", acusou, acrescentando que estaação deIsrael "fecha derepente asportas dapaz". O chefe da diplomacia egípcia sugeriu aos EUA que condenemo ataque eempreendam "ações firmes" contra o Estado judaico. O príncipe sauditaSaud al-Faisal, em visita ao Cairo, também condenouo ataque e advertiuque opovo israelense"équemmais tema perder com o atual conflito no Oriente Médio"."Não existe justificativamoral, humanaou militar para estas ações. Deve responder-se a taisatos commedidas firmes",sublinhou Al-Faisal. (Reuters)

minhas condolências ao povo palestino e aos familiares das vítimas",disse orepresentante daPolíticaExterna e de Segurança da União Européia,Javier Solana,emcomunicado. Este bombardeio,que visouuma área muito povoada, "ocorreno momento em que israelenses epalestinos estãotrabalhando muito seriamente para acabarcoma violênciaerestaurar a cooperação", assinalou.

Frisando que "a União Européiacompreende odireito de Israel de proteger a sua segurança e de pôr fim aos atos de terrorismo de que são vítimas os seus cidadãos", Solana insistiu em que "este tipo de operação nãoconduzà paz nem à reconciliação".

Noruega e Suécia condenaram também o ataque. "Sinto profundamente pela morte das crianças e outros civis inocentes", declarou ontem o ministro das RelaçõesExteriores da Noruega, Jan Petersen. (Reuters)

Dalia Rabin-Pelosoff,filha do líderisraelenseassassinado por ter dadoinício a negociações de paz com os palestinos, renunciouontem aseucargo no gabinete israelense, em protesto à reocupação pelo Exército de cidades palestinas da Cisjordânia. Rabin-Pelosoff, cujo pai,Yitzhak Rabin, assinouosacordos depazinterinos com o líder palestino Iasser Arafat em 1993, foi nomeadano ano passadoviceministra da Defesado governode coalizão liderado pelo primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon (direitista). Um israelensecontrário ao processo de paz com os palestinos matouo entãopremiê em 1995.Cincoanos depois do assassinato,iniciou-se um levante palestino contraa ocupação israelense em meio a impasses nas negociações de paz. Um importante político israelense afirmou que RabinPelosoff,membro doPartido Trabalhista, estava "descontentecomSharone afirmou que, se ele desejava reocupar a

Cisjordânia e destruir a Autoridade Nacional Palestina, deveria fazê-lo sem a gente". Reocupação – As forças israelenses reocuparam sete das oito maiores cidades palestinas – áreas entregues ao controle palestino como partedosacordos depaz.Areocupação aconteceuapós atentados suicidas em Jerusalém em junho. Desde o início do levante, mais de 2.000 pessoas foram mortas, entre palestinos e israelenses. Israelenses esquerdistas acreditam que Sharon deseja desmembrar aAutoridade Nacional Palestina. O atual premiênãoconcorda coma entregade áreas ao controle dos palestinos. Sharon nega tentar derrubara administraçãopalestina. O futuro de Rabin-Pelosoff é incerto, mas ela afirmou no passado que continuariaa darseuintegral apoioao ministrodeDefesa de Israel, Binyamin Ben-Eliezer,líderdo PartidoTrabalhista. (Reuters)

Saddam fará referendo para legitimar governo

Opresidentedo Iraque, Saddam Hussein, planeja convocarum referendopara meados de outubro para legitimar oseu governo.Analistas dizem que setrata de um procedimento de rotina, agora adotado por Saddam a cadamandato de sete anos. Saddam,nopoder desde 1979, venceu oúltimoreferendo, em 1995, com 99,96% dos maisde 8milhões devotos válidos. O comparecimento foi de 99,47%.

Desta vez, Saddam está

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acuado pelas ameaças dos Estados Unidos, que se mostram dispostos a ir à guerra paraderrubaro regime no Iraque, país que é dono da segunda maior reserva de petróleo do mundo. No começo do mês, o presidenteBush disse quevai usar todas as ferramentas contra Saddam, a quem acusa de desenvolver armas de destruição em massa. O Iraque faz partedo grupode inimigosque Bushchama de"eixo do mal." (Reuters)

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Óculos estão cada vez mais fashion

Tanto os de receituário quanto os solares seguem tendências da moda, já que as pessoas combinam as peças com as roupas Fashion éa palavraque vem se incorporando ao cotidianodo consumidoremarcandopresença nosmaisvariados segmentos. Quanto mais as pessoas buscam seguiro fashion(estarna moda),mais a indústriae ocomércio têm que estar atentos. O consumidor é voraz, estimulado pelo mercado. Um dos produtosquetambém entrounessa velocidade de lançamentos são os óculos –tanto dereceituário quanto de sol. Esse é o motivo que lev ousegmento, essencialmente familiar, a iniciar pro-

cesso de profissionalização. Kelly Boonen,assessora de marketingdaTecnol, grupo nacionalcomsete fábricase umaimportadora deóculos, diz que tanto aindústria quanto as óticas são familiares no Brasil, uma tendência presente em toda a América Latina. Com oingressode grupos de internacionais deu-se início a uma nova fase, principalmente nas lojas, que se tornam mais fashion e amplas, voltadas principalmente para as classes A e B. Outro aspecto é que o varejo passava de pai para filho e hoje há

Batom em tinta dispensa o costumeiro retoque

Retocar o batom é o item da maquilagem mais refeito no transcorrer do dia. Os produtos de longa duraçãodemoram mais tempo para sair, mas mesmo assim pedem reposição. Parece queissovai mudar, ao menos é o que promete a Avon com o lançamento de seu primeiro batom em tinta. Avon Color Fix é composto pelo batom de ultrafixação e pelo glosslabial que dá acabamentoemalto brilho e protege os lábios. AvonColor FixBatom em Tinta – Ultrafixação é uma cobertura líquida, aplicável

com pincel, para ser usada sobre oslábios limposde qualquer outra cobertura. A fixação doproduto émaior, não transferindo acobertura para outrossuperfícies,como copos, talheres e lenços de papel. Depois de seco, o que ocorre um minutoapós aaplicação, fica com umacor opaca, sem brilho.Este podeseracrescentado como usode Avon Color Fix Gloss Labial. O batom possui 10 cores e o gloss é transparente, para ser usado sobre qualquer uma das cores.

O batom custa R$ 18,99 e o gloss, R$ 15,99. (BA)

maisprofissionalização no segmento.

Além disso, de imediato, os filhos que assumem o negócio informatizama loja,modernizam oatendimento. Embora não existam dados depesquisa,Kelly dizqueaté o iníciode 2001apenas 20% das óticas estavam informatizadas. O consumidor também é mais fiel às óticas do que, por exemplo, às lojas de confecção e de calçados, pois óculos estão ligados à saúde e ocliente prefere adquiri-los num local de "confiança", que ele já conhece.

O segmento é conservador em toda a cadeia, incluindo o consumidor final. A classe A e B eos mais jovenstrocam de armaçãoacada anoouanoe meio, enquanto osmaisvelhoschegam aficar seteanos com a mesma armação.

Duas coleções anuais – Os óculosdereceituárioou de grau também são alvo de moda. Segundo Kelly são lançadas duas coleçõesanuais que agregam variações no transcorrer do tempo. Cada uma delas temváriasposições, com possibilidadesdemudanças na haste, em cores e no formato da frente. No Brasil, a haste em acetato tem sidoa predileta,embora otitânio e oníquelfree também tenhamespaço. Ometal,ultraleve, com designtambém delicado é a tendência da temporada. O plástico colorido também marca presença ao lado do designarrojado, para aqueles que querem impor um estilo.

O consumidor divide-se entreaqueleque quer mostrar os óculos, usando-o comodefinidor deumaatitude eoutro queruma peçaquase invisível. Nesse caso, está a

armação três peças, na qual a lente está presa nas hastes e na ponta, não tendo aro frontal. Paraos jovens,aarmação éa clip-on que permite acoplar a lente solar sobre a normal, fixando-a comum imãno encaixeda ponte.É apraticidade decarregarapenas um óculos. As marcasBeneton e Vilenev oferecem essa armação.A Benettonoferece armação menores e a Fórum, as gigantes, paraóculosdereceituário.

Transparência nosol –Quemgosta deestarfashion deve se preparar. Os óculos de sol para o próximo verão terão lentes flash – transparentes. É isso mesmo, a lentes são mais claras, degradé, com efeitoespelhado ounão,que permitemveros olhos de quem as usa. Também haverá espaço para asmuito coloridas: rosa, dourado, azul, amarelo, além dos tradicionais verde, cinza e preto. Kelly destaca que ninguém gosta tantode pretoquanto oconsumidorbrasileiro.A troca de óculos solar por novo modeloocorre emumoudois anos, geralmente.

Para os jovens, uma tendência é o clip-on, a armação que permite fixar a lente do óculos de sol sobre a lente de grau. Prática, ela pode ser carregada no bolso.

As armaçõescontinuam grandes, sem ser máscaras, embora estas também estejampresentes. Nopróximo verão, elas serão mais aderentes,comose abraçassem o rosto.Sãomais esportivase misturam materiais.Háespaço para todos os estilos e tamanhos,das pequenasàsgigantescas, cada um usa o que gosta. Para a garotada,que

não tinhamarca específica,a empresa oferece óculos de sol TurmadaMônica.Com 30 anos de mercado, o Grupo Tecnol fez uma joint-venture com a norte-americana Viva, criandoa VivaBrasil, oferecendoas marcasGuess,Harley Davidson e Catherine Deneuve.

Desenhos ousados ou românticos na ponta das unhas

Nãohá limites para as unhas. A moda atual permite que elas tenham não sóas mais variadas cores, como também incorporem desenhos,cristais, piercing ou, pasme, pele de vison. A decoração emunha viveseu momentode pico, diz Mariela Basile, gerente de produto da Risqué. No Brasil,teve início há dois anos e está em sua fase popular, devendo diminuir deintensidade. Mas Mariela acreditaqueexistirão ondas deuso, ouseja, quandohouver motivo, como quando da CopadoMundo de futebol, as unhas entram na torcida. No Exterior,asmulheres decoram as unhas há mais tempo. NosEstados Unidos, unhas e cabelos são bem mais chamativos. As norte-americanas são mais ousadas, nesse sentido, do que as brasileiras. A Niasi, detentora da marca Risqué, oferece cursos de decoração de unhas para manicures. Elessão realizadosem centros técnicos de lojas que comerciliazam produtos paracabeleireiros, dizatécnica Mônica Helena Almeida. Comduração dedois dias,é apostilado e requer a compra deumkit com produtosda empresa para ser realizado. Românticos ouousados –Osdesenhosnas unhaspodem serromânticos, como florzinhas, ou mais ousados em cores fortes. Marieladiz queaté mesmoa mulher tímida pode usá-los, pois eles permitem coisasdelicadas. No local de trabalho, esses são os mais indicados. Os desenhos mais simples podem ser feitos pela própria consumidora em casa. Porém, a decoraçãoganhaespaço nas unhas de mulheres ousadas jovens de idade ou de espírito. Não se limita à mão das adolescentes.

Existem váriosníveisde decoração emunhas, explica Mariela. Elesvão da decoração em si, o desenho feito com o próprio pincel ou o palito de pau de laranjeira, normalmenteusado paratiraro excessodeesmalte,à aplicaçãode transfer(pressiona-se o desenho que cola na unha). Também épossívelaplicar pequenos cristais ou até mesmo piercing. Amaisrecente novidade,importada, écolagemde pelede visonnas unhas. A francesinha (ponta da unha em cor diferente) ganhoureleitura esurgeem tons fortes ou metalizados ou em meia-lua, no começo da unha em vez da ponta. Ar co-í ris – Houveépoca em que osrosas predominaram. Depois foi a vez dos vermelhos fortes, chegamos ao marrom,voltamos aonatural, com apenasbrilho. E hoje, tudo é permitido. Todas as cores.Não há maisditadura da moda. Mas também a permanência émais curta.Ma-

rieladizque acadatemporada surgem novas cores, acompanhando as tendências de moda da passarela. Porque o esmalte atualmente combina com a roupa. A consumidora muda muito rapidamente de cor e marca, pois há uma alta oferta. A empresa temque sermuitoágilpara não perder espaço. Desde setembro/outubro de2001, a Risqué é líderdo mercado de esmaltesque, segundo dados da associação do setor, movimentou 167 milhões deunidadesem 2001. Segundo o Instituto Nielsen, em 2001esse mercado girou R$ 130 milhões.Noperíodo maio/junho deste ano,o segmentocresceu 26,6%emvolumee35%em faturamento na comparação com igual períododo anopassado.Ainda segundoo Nielsen,aRisqué manteve aliderança nesse mesmo bimestre, detendo 29,7%do mercado.Asegunda marca ficou com 25,6% de participação. (BA)

Beth Andalaft
Solares transparentes e diversidade de modelos para os de receituário
Fotos: Divulgação
Não há limites para a criação de estampas e desenhos sobre as unhas
Os desenhos podem ser discretos e românticos em unhas naturais ou postiças
Fotos: Divulgação

Déficit corrente cai para US$ 1,294 bi

Graças à balança comercial, o volume é o menor para junho desde 94. BC espera que dívida caia para US$ 800 mi neste mês.

A alta cotação do dólar impulsionoua balança comercial e ajudou a reduzir o déficit em conta corrente do País para US$ 1,294 bilhão em junho, seu menor resultado para o mês desde 1994. E, apesar da agitação do mercado financeiro, o déficit foi totalmente financiado pelos inv estimentos diretos estrangeiros no mês, que somaram US$ 1,530 bilhão.

Em junho de 2001, o déficit em contacorrente haviasido deUS$2,115 bilhões.Em maiodeste ano, estava em US$ 1,833 bilhão.

Segundoestimativas do Banco Central, os bons resultados da balançacomercial

deverão contribuir para reduziro déficit em transações correntes em 2002 para US$ 18 bilhões, mesmo montante previsto pela autoridade monetária paraos investimentos diretos nesteano deeleições. A previsão inicial do BC era de déficit de US$ 19,6 bilhões. Nos últimos 12 meses terminados em junho, o déficit corrente somou US$18,153 bilhões,oque representa 3,5%do ProdutoInterno Bruto (PIB). Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, o volume é o menor desde setembrode1996. No mesmo período de 2001, o déficit acumulado em conta corrente es-

tava em US$ 26,619 bilhões, o que equivalia a4,8% do PIB. Nos12 mesesencerradosem maio deste ano, o saldo negativo era de US$ 18,974 bilhões (3,7% do PIB).

Balança – Segundo o eco-

Balanço de pagamentos tem superávit

O balanço de pagamentos teve superávit de US$ 8,677 bilhões em junho. O saldo foi alcançado graçasaos US$10 bilhões liberados com o novo empréstimofeito pelo País com o Fundo Monetário Internacional (FMI). No mês passado, obalanço de pagamentosregistrou déficit de US$ 426 milhões.

Nos primeirosseis meses do ano, o balanço de pagamentos acumula superávit de

5,368 bilhões de dólares. Em junho de 2001 o balanço de pagamentos fechou com um superávit de US$ 1,849 bilhões. No primeiro semestre do ano passado, esse superávit era de US$ 4,926 bilhões. Dívida – A dívida externa brasileira fechou omês de abril em US$ 203,970 bilhões.O valor apurado pelo BC émenor doque ofechamento de março, quando a dívida externa total estava em

US$ 210,766 bilhões. Juros – O gasto líquido com o pagamento de juros em junho atingiuUS$ 996milhões. De acordo com oBC, no semestre esses gastos atingiram US$ 6,526 bilhões. O resultado é inferioraos gastos registrados nomesmo períododo ano passado. Em junho de 2001, as despesas foram de US$ 1,245 bilhão, e no primeiro semestre de 2001 atingiram US$ 7,462 bilhões. (AE)

nomista-chefedo BancoSulamérica,Luiz Carlos Costa Rego,a altadodólar vemfavorecendo as exportações brasileiras, tornandoseus preços maiscompetitivos no mercado internacional. "As exportações certamentetêm efeito do dólar. Melhoram apesarda quedabrutal das vendaspara a Argentina", disseele, acrescentandoque asimportações devem permanecer contidas não só pelo baixo crescimento da economia, mas também devido a um processode substituição de importações.Com isso,o saldo da balança comercial vem crescendo. Emjunho, osuperávitchegoua US$675 milhões,valor superior aos US$ 423 milhões de maio (veja quadro acima). Em julho, apenas até a terceira

Krueger: equipe econômica é sólida

A vice-diretora-gerente do FundoMonetário Internacional (FMI), Anne Krueger, disse ontem, em entrevista coletiva no Ministério da Fazenda, que o FMI apóia fortemente oBrasil eas autoridades brasileiras. "A equipe econômica (do País) é forte e sólida". Anne afirmou ainda que,nos encontroscom o presidente FHC e com membrosdaequipe econômica (entre eles, oministro da Fazenda, Pedro Malan), discutiu-se a situação brasileira e a internacional.

Em sua avaliação, a economia dos principais países está em processo de recuperação, e as perspectivas da economia americana são de que esse

processo ocorra neste segundo semestre eentrandoem 2003. Essa recuperação deve facilitar a retomada na América Latina, onde, segundo ela,osproblemas sãolocalizados, não sistêmicos. Apoio – Anne Krueger afirmou que o Fundo continuará apoiando o Brasil. Esse apoio, segundo ela, também será dado para qualquer governo que saia vitorioso nas eleições presidenciais. Aexecutiva disse ainda queo Brasil vem apresentandoexcelente desempenho na área econômicanos últimosanos. Masadmitiu que há desafios, ressaltando acreditar queo governo brasileiro conseguiu enfrentar os últimos desafios

"com coragem", eque continuará nessa direção. Sobre a possibilidade de um acordo de transição, a diretora foigenérica. Disseque o Brasil tem um programa que está em curso com o Fundo, o governo está trabalhandoconjuntamente, e queos progressosestão acontecendo. "Vamos conversando conforme do progresso dos acontecimentos".

Krueger também não quis dardeclaraçõessobrese um acordo poderia ser assinado antesou depoisdaseleições. Disse tratar-sede questões hipotéticas, masressaltou que todo programa quefor negociado é precedido de um trabalho técnico. (AE)

Facesp aprova novo estatuto das Associação Comerciais do estado

A Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) já tem um novo estatuto. Depois de três anos de trabalhos,o texto foi aprovado ontem àtarde, por unanimidade, pela assembléia geral da entidade. Entre outras coisas, as afiliadas –396associações do interior paulista – passam a se chamar

A ssociação Comercial Empresarial (ACE), seguida pelo nome da cidade.

O presidente da Facesp e da Associação Comercial de São Paulo,Alencar Burti, disse que aaprovaçãoda reforma do estatuto foi um passo decisivo para garantir a unidade empresarial, osobjetivoseo futuro da entidade. "Gostaria que esseespírito quenos une aqui fosse preservado acima de tudo", disse. "Tenho absoluta certeza que hoje avança-

mos muitoem relaçãoàs necessidades do futuro."

Burti creditou a todos os presidentes de Associações Comerciais de São Paulo esse exemplo de atitude democrática. Ele lembrou que a globalização impôssituações jamais vistas antes para a economia de países em desenvolvimento, sobretudo,na América doSul, dificultando ainda maisa vida domicro, pequenoe médioempreendedor. "Porisso, nunca foi também tão importante estarmosunidos na defesa da classemédia empresarial, grande geradora de riquezas e empregos no Brasil", disse.

Constituição – ParaBurti, o novo estatuto da Facesp tem para a entidade a importância que a Constituição tem para o País. Cabe, portanto, ao estatutovelar pelosvaloresque

fazem parte davidaprática das Associações Comerciais, além de conferirmaiorresponsabilidade tanto à Entidade, como às suas afiliadas. "Cada um de nossos presidentes,assimcomo suas associações, representam não apenas seus municípios ou regiões, mas também os interesses maiores do Brasil".

Burti concluiu enfatizando que o novo Estatuto cria uma base sólidapara quea Facesp possa atingir seus objetivos depromover odesenvolvimento econômico e o empreendedorismo "sem medo de terlucro." Damesmamaneira,crianuma novaetapa na vida daentidade aodarao

Conselho Diretor a responsabilidade dedefinir os rumos da Facesp.

Sergio Leopoldo Rodrigues

semana, o saldo já está em US$ 903 milhões. Os sucessivos saldos comerciais devem garantir,segundo Altamir Lopes, um déficitem conta corrente de apenas US$ 800 milhõesneste mês.Com esseresultado, odéficit corrente acumulado em 12 meses pode baixar para apenas US$ 17 bilhões em julho.

Amaral critica protecionismo nor te-americano O ministrodo Desenvolvimento,Sérgio Amaral, aproveitou o encontro de ontem com a a vice-diretora-gerenteFMI, AnneKrueger,para criticar o protecionismo dos Estados Unidos. Segundo seus assessores,Amaral entregou a Krueger um documento comas sobretaxas aplicadaspelosEUA aprodutos brasileiros, como suco de laranja e aço. Entregou tambémuma tabelacomparando os custos de produção do Brasil com os dos EUA em soja, carne de frango e aço. O objetivofoi demonstrarqueo Brasilpodeaumentarsuas exportaçõesse foremretiradas asbarreiras. Anne afirmou ter um conhecimento genéricodosdados. (AE)

Emprego formal aumenta 18,5% no ano, diz Ministério

O mercado formal de emprego no País gerou 18,5% mais empregos nos primeirosseismeses desse ano em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com dados divulgadospelo Ministério do Trabalho, o mercadode trabalhoencerrouo semestrecom geraçãoacumulada de 680.750 empregos,sendo que no primeiro semestredo anopassado houveabertura de573.989 vagas.Emjunho, pelo sexto mês consecutivo, aumentouseo número deempregos com carteira assinada e surgiram 133.346 novas vagas, 0,61% a mais que os números de maio. (AE)

Investimento surpreende – Os investimentos estrangeiros diretos líquidos no Brasil, que somaram US$ 1,53 bilhão em junho, superaram as previsões. O próprio governo acreditava que,em razão da desconfiança externa sobre o País, o saldo não ultrapassaria US$ 1 bilhão no mês. No mesmo período em 2001, os investimentos foram de US$ 1,09 bilhão de dólares. "É um númerobom, ainda mais considerando-se a turbulência de junho", disse Ana Cristina,do Bradesco Asset Management. Nos últimos12 meses,os aportes externosficaram em US$22,174 bilhões–volume também suficiente para cobrir o déficit corrente do período. Para julho, o BC espera um investimentomais modesto, na casa dos US$ 800 milhões, emvirtudeda instabilidade dos mercadosfinanceiros no Brasil enoexterior.Até ontem osaldo somavaapenas US$ 500milhões. "A queda tem vínculo com a volatilidade não só doméstica, mas também externa. Isso contribui para a redução de fluxos para mercados emergentes,"

afirmouAltamir Lopes.Mas o volume, apesar de baixo, seriasuficiente para cobrir o déficit corrente projetado pelo governo para o mês. O executivonão descartou também a possibilidade de uma entrada maior do que os US$ 800 milhões previstos. "Tudo é possível. Pode ser superior". Elelembrou queem junho a previsão inicial era de umaentrada de investimentos diretos de US$ 1 bilhão. Lopes disse ainda que o BC mantém sua projeção de investimento direto estrangeiropara 2002emUS$18bilhões.Alguns analistaseempresários, porém, esperam ummontante menorparao ano. Ele ressaltou que, no primeiro semestre, esses investimentos já somam US$ 9,6 bilhões,o que,segundoLopes, dá margem para manter a projeção do ano. (Agências)

Negócios externos devem ficar abaixo

O Banco Central reduziu suaprojeção paraovolume de exportações e importações quedeverão ser feitas neste ano. Aexpectativa doBC agoraé dequeas vendasexternas do País somem US$ 53,601 bilhões e não mais US$ 58,223 bilhões, como previsto até o mês passado. Para as importações,a novaestimativado BCédeum total de US$48,601 bilhões, antesosUS$ 53,223bilhões esperados anteriormente.

Superávit maior – O chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, disse ainda que a autoridade monetária deve rever – para cima – a projeção de saldo da balança comercial para 2002.

do previsto

De US$5 bilhões, oBC passa a esperar um superávit de US$ 6 bilhões para o ano. Lopesressaltouque anovaprevisão é "ébastante conservadora’’. Issoporque abalançavem apresentandosucessivos resultados positivos nosúltimos meses. No ano, até a terceira semana de julho, já acumulasaldo de US$ 3,5 bilhões, valor que já é superior ao total de US$ 2,6 bilhões registrados durante todo o ano de 2001.

Lopes informou que a estimativa deUS$ 6bilhões para a balança ainda não é oficial, e que o anúncio da nova projeção só deverá ocorrer daqui a três meses. (Agências)

Setor de eventos movimenta 3% do PIB

A indústria, responsável por feiras, congressos etc., também é grande geradora de empregos, principalmente indiretos

A indústria de eventos (responsávelpela realizaçãode feiras, convenções, congressosetc.) vemassumindoimportância no país como geradoradeempregose renda. Em2001,o setormovimentou R$ 37 bilhões,ou o equivalente a 3% do Produto Interno Bruto (PIB). Superou segmentos tradicionaisco-

movestuário edebebidas, que contribuemcom 2,7%e 1%, respectivamente, e se aproximou da participação da indústria automobilística, de pouco mais de 3%.

Aindústria tambémé grandegeradora deempregos. De acordo com estudo feito pelo Sebraeem parceria com oFórumBrasileiro dos Convention& Visitors Bureau,entidades privadasde turismo, o setor de eventos emprega, hoje, 176 mil trabalhadores diretos e 551 mil terceirizados. Contando os empregosindiretos,o total sobe para algo em torno de 3 milhões de pessoas. O setor movimenta outras 52 atividades profissionais diferentes, diz o presidente da AssociaçãoBrasileira de Empresas Organizadoras de Eventos (Abeoc), doRiode

Salvador já é a 4ª maior cidade de negócios do País

Além do tradicional turismo de lazer, o Nordeste também está apostando no turismo de negócios. Salvador, capital da Bahia, já é a quarta cidade brasileira em número deeventos (feirasecongressos,por exemplo).Ficaatrás apenasdeSãoPaulo, Riode Janeiro ePortoAlegre, segundo o estudo do Sebrae. São realizados na cidade um totalde8,7mileventos por ano. Desses, entre 200 e 250são considerados de grande porte, com projeção nacional einternacional, segundo o Salvador Bahia Conv ention Bureaux, entidade que reúne informações turísticas sobre a região. Isso corresponde a 7% do total de eventos de grandeporte realizados no País e a expectativa é aumentar a participação para 9% ainda neste ano, diz a entidade.

Os turistas de negócios deverão somar36 milem 2002. A estimativa é que pulem para 50 mil no próximo ano. Hotéis – O turista de negócios gasta, na cidade, US$ 150 por dia, considerando despesascom hospedagem,alimentação e compras e permanece na cidadeentre quatro e cinco dias.

Salvador hoje tem 24mil leitosemhotéise flatse, no estado, são 76 mil.

A expansão,a exemplodo que ocorre em São Paulo, co-

meçaa preocupar. Aocupação média dos hotéis caiu este ano em relação aos números de2001.Emjunho, ataxa médiaficouem 40%,anteos 60% de igual mês de 2001. Viage ns – Salvador também está entre as maiores cidades do País em número de viagenscorporativas. SegundooFórum das Agências de Viagens Especializadas em Contas Comerciais (Favecc), a cidade é hoje o terceiro maior pólo de turismo corporativo. Isso não inclui apenas a participação em eventos, mas também viagens para conhecer empresas e sereunir com clientes.

O presidente do Fórum, Francisco Leme da Silva, diz quemais executivosestão viajando para a capital baiana em função do aumento da importância econômicada cidade. "Salvador hoje tem umpólo petroquímicoeum póloda indústriaautomobilística", diz. "Apesar das turbulências, o movimento do setor se manteve no primeiro semestre. As viagens internacionais caíram, nas no mercado interno omovimentoficou estável", afirma Leme da Silva. Aexpectativa parao segundosemestreéde crescimento. "Mas resta saber como vai se comportar a economia mundial", acrescentou. (TM)

Janeiro, AquiléiaHomem de Carvalho.

A pesquisa revelou ainda que acontecem no País 330 mil eventos porano, entre feiras, convenções e congressos. Participam 80 milhões de pessoas. A maioria,revela o estudo, éformada porresidentes das cidades onde ocorre o evento. Quem vem deforadesembolsa, em média, R$ 392 por dia, incluindo transporte, hospedagem,alimentaçãoe outras despesas, ante os R$ 58 gastos por participantes locais.

O setor também é um grande arrecadador de tributos, segundo o estudo.O recolhimento estimado édaordemdeR$ 4,2 bilhões por ano.

52% do total de feiras, congressose convenções que ocorrem no País. Em seguida, vem o Sul, com19%, o Nordeste,com18%, oCentroOeste, com 9%, eo Norte, com 2%.

O estado de São Paulo abriga umterço dos eventos, ou seja,um totalde 126 mil eventosporano. Osegundo lugar do ranking é ocupado pelo Paraná, com 23 mil eventos, seguido peloRio de Janeiro (22 mil) e Minas Gerais (21 mil).

O estado de São Paulo concentra cerca de 40% de todos os eventos que são realizados no Brasil

Na cidade de São Paulo, os números também são grandiosos. Por ano, visitam a Capital paulista 9 milhões de turistas, sendo que 60%deles vêm a negócios.

Amaior partedoseventos acontece nosegundo semestre, entre agosto e novembro, de acordo com o estudo. Os hotéis eflatssãosedes de 43,7% deles,seguidos por teatros,auditórios, clubes e centros de convenções.

São Paulo – Amaioria dos eventos estãoconcentrados no Sudeste, que responde por

Em2000,o turismodenegócios movimentou na Capital R$ 5,1bilhões. A expectativa do São Paulo Convention & Visitors Bureau é de que, em 2004,esta cifra cheguea R$ 6,6bilhões,com crescimento de 29%. São realizados na cidade 47 mil eventos por ano, segundo o estudo do Sebrae. Participamdas

feiras e eventos21,6 milhões de pessoas, com média de 460 pessoas por evento. Cada executivo fica em média 3,1 dias nacidade e gasta R$ 320,00 ao dia. Os residentes que visitam os eventos somam 67,2% do total e consomem por dia R$ 50,00. Um grande evento internacional gera transações estimadas em US$ 3,4 milhões e a captação é feita com quatro anos de antecedência . Simples – Opresidentedo Sebrae,Sérgio Moreira,destaca que apesquisa mostra a importância do setor de eventos, formado em grande parte porpequenas emicroempresasElas reivindicamo mesmotratamentode outrasorganizações domesmoporte:serem enquadradas no sistema simplificado

BOLSA ELETRÔNICA DE COMPRAS

depagamentos deimpostos, o Simples.

Adificuldadeé queemgeral asempresasde eventos movimentam quantiasgrandes para pagar as despesas das feiras que organizam, mas o faturamento é bem mais baixo. O exemplo éa ML Eventos, doRio de Janeiro,a empresa fatura entre R$ 80 mil e R$ 100 mil, mas movimenta R$ 1,5milhãoparapagar as despesas dos cinco eventos que realiza. Isso impede que a empresa se enquadre como micro, lamenta a proprietária Vera Bittencourt.

A pesquisa do Sebrae foi feita de janeiro a novembro do ano passado. Foramouvidas 400 empresas organizadoras de eventos em 120 cidades.

Teresinha Matos

Encontram-se abertas na Bolsa Eletrônica de Compras, do Governo do Estado de São Paulo, as seguintes Ofertas de Compras: Dispensa de LicitaçãoInicioCidadeNatureza da Despesa

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180253000012002OC0002025/7/2002ASSIS/SPSUPRIMENTO DE INFORMATICA 130142000012002OC0001025/7/2002BOTUC ATUMAT.DE ESCRIT.PAPEIS EM GERAL E IMPRESSOS

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180157000012002OC0008525/7/2002C AMPINAS/SPMAT.DE ESCRIT.PAPEIS EM GERAL E IMPRESSOS

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180250000012002OC0008025/7/2002DR ACENA/SPSUPRIMENTO DE INFORMATICA

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180204000012002OC0002225/7/2002G UA RU L H O

180269000012002OC0003625/7/2002I

MATERIAIS DE CONSUMO 090142000012002OC0011225/7/2002ITU/SPOUTROS

130032000012002OC0025825/7/2002MANDURI

Previdência privada dá salto e patrimônio atinge R$ 25 bi

O mercado de previdência complementarnoBrasil vai bem.O patrimônio dasempresasde previdência complementar abertascresceu 30% nos primeiros seis meses de 2002 em relação a igual período de 2001. Já é de R$ 25,9 bilhões. Há cinco anos, era de R$ 8,3 bilhões.

Mas oapetite do setor é grande. A expectativa do mercado é terminar este ano com um patrimônio de R$ 32 bilhões, segundo FuadNoman, presidenteda AssociaçãoNacional daPrevidênciaPrivada, Anapp.

ra FuadNomam, omercado potencial para o produto hoje equivale a12milhões de pessoas. Dessetotal, dezmilhões depotenciaisparticipantes, segundo a Associação, estão naprevidência pública.

R$ 671 milhões da receita total vieram dos planos oferecidos como benefício pelas empresas

Surpreendente – Entre os meses de janeiro e junho deste anoo mercadodeprevidência privadaarrecadou R$3,6 bilhões.Essemontanterepresenta 50% da receita conseguidaemtodoo ano passado.

O segmento Plano Gerador de Benefício Livre, PGBL, tem dado grande impulso às v endas. Asreceitascom as vendas desses planos,no primeiro semestredoano,somaram R$1,36bilhão. Os números fazem parteda pesquisada Associaçãodivulgada ontem.

"Nos últimos sete anos, entre400 e500mil pessoasem média entrarampara omercadode previdênciacomplementar,o queé umnúmero surpreendente", disse o presidente da Anapp.

Empresas em foco – Desde que foilançado,em2000, o segmento de PGBL acumula receitas de R$ 5,5 bilhões. Pa-

O ramo VidaGeradorde Benefício Livre, VGBL, também ajuda o mercado a ampliar as vendas. Estesplanos de seguroacumulam um patrimônio, em 2002,deR$ 571 milhões.

Hoje, dosR$ 25,9 bilhões de patrimônio do setor, R$ 19,8bilhões são de planos tradicionais. Aqueles que prevêem uma

rendagarantida, preestabelecida no momento da adesão do participante. Os demais estão distribuídos entre os segmentos de PGBL e VGBL. Participação cresce – Apesar de os planos individuais ainda lideraram no mercado, com R$ 2,7 bilhões da receita total domercado noprimei-

ro semestre, as empresas têm, segundo Noman, aumentadosua participação. DosR$ 3,6bilhões dereceita do setor,R$ 671milhões vieram dosplanosoferecidos pelas companhias comobenefício paraseusfuncionários.

Roseli Lopes

Previ: assume a nova diretoria

Depois de 53 dias, se encerra amanhã a intervenção na Previ,ofundo depensãodos funcionários do Banco do Brasil.

Avolta ànormalidadeserá formalizadacom a posse na diretoria da entidadeda chapa "Movimento em Defesa da Previ", eleita na véspera.

Ao todo, apenas 52,2% dos 137.388associadosativos e inativos da Previ votaram. A Chapa 2, formadapor membros da diretoriaque sofreu intervenção em junho, venceu as eleições com 51.143 votos, o correspondente a 71,22% dos eleitores.

A proposta da nova diretoria é"dar continuidadeà luta de resistênciaemelhorar os benefícios dos associados."

Conselhos– No Conselho Deliberativo, o Banco indicará três representantes, sendo os outrostrês eleitospelos funcionários.No Conselho Fiscal, o Banco indica dois e os funcionários elegem outros dois.

Antes da mudança,o Conselho Deliberativoda Previ eraformado porquatrorepresentantes dos funcionáriose trêsrepresentantesindicados peloBanco.Qualquerdecisão exigianomínimocinco votos, oque usualmente terminavaem impasse.

A diretoriajá tinha seis membros, sendo três eleitos diretamente pelosparticipantes etrêsindicadospelo Banco.

Irregularidades – A intervençãono maior fundode pensão do País, com patrimônio de R$ 38 bilhões, foi decretadano dia3 dejunho, depois que o Ministério da Previdência Social constatou irregularidades. Conformealei, aPrevideveria estar, desde o dia 30 de maio, com representação paritária nosseusdiversos órgãosdegestão, comvotode qualidade para orepresentantedoBancodoBrasil no Conselho Deliberativo e voto de qualidade para o representantedos servidoresnoConselho Fiscal.

Foi justamente essa mudança estatutária que foi feita pelo interventor nomeado pelo ministro. (AE)

Saldo cambial negativo de US$ 852 mi

Desde o início de julho até a última segunda-feira, US$ 2,6 bilhões já deixaram o Brasil. Essas saídasde recursos,vem pressionando acotação do real em relaçãoao dólar que,ontem,atingiuo seu maisalto níveldefechamento. (Leiamais napágina 7)

As saídas foram parcialmente compensadas por um ingressodeUS$ 1,7 bilhão por meio de operaçõescomerciais. Comisso, osaldo do mercado decâmbio no final no período é uma saída líquida de US$ 852 milhões. Em junho,a perdalíquida

no mercado cambial foi aindamaior:US$ 1,484bilhão. Nasúltimas semanas, entretanto, o destaque fica para o crescimento das remessas via contas de não residentes, as chamadas contas CC5, que já passam de US$ 1 bilhão. Pagamentos – Ao contrário do que se verifica neste mês,em junhoboa parte do dinheiro que deixou o Brasil foi para pagar compromissos de empresas instaladas no País que não conseguiram rolar suas dívidas, em função do cenário turbulento.

Segundo o chefe do Departamento Econômico do Ban-

co Central,AltamirLopes,a taxa derolagem dosempréstimos do setor privado no mês passado foi de 22%.

Nestemês, segundoele,a situaçãose reverteue asempresasestãoconseguindo se financiar no mercadoexterno. Os dados do BC mostram que, até o final da semana passada, a taxa de rolagem dos empréstimos do setor privado já estava em 141%.

Queda – Com isso,assaídas de recursos pelo mercado financeiro caíram de US$4,180 bilhões,nomês passado, paraUS$1,511bilhão, neste mês.

Em compensação, as remessas de recursos para o exterior por meio das chamadas contas CC5, contas de não residentes, subiram de US$ 605

milhõesparaUS$1,078 bilhão no mesmo período. O BCtem aindaUS$ 9,966 bilhões para poder intervir nomercado decâmbio atéo finaldoano. Deacordocom os dados da instituição, as reservas líquidas do País devem fechar o mês de julho em US$ 24,966 bilhões.

Como o acordo com o FMI determina queo piso dessas reservas não podeficar abaixo de US$ 15 bilhões, na prática restam US$ 9,966 bilhões para uso do BC.

Bancos suprem – Por outro lado, segundo informou Lopes, ospróprios bancos têm suprido boaparte da demanda pordólares.Emjunho,as instituições ofertaram US$ 1,127 bilhão.

Segundo o BC, o governo já fez uma recompra de US$ 2,038 bilhões de títulos da dívida externa.Desse total,US$1,915bilhão foram adquiridos em junhoe US$ 123 milhões,em julho. (AE)

Companhias oferecem benefícios e seguro de vida fica mais atraente

José Sabino Moreno Farias

N a tentativa de evitar escolhas unicamente pelo fator preço,seguradorase corretores de seguros buscam cada vez mais uma maior especialização. Esse processo é evidenciado diariamente emtodos os segmentos deseguros. E um exemploé oavançodarelação entre o departamento de recursos humanos das empresaseo segurodevidaem grupo, oferecidoaos funcionários como benefício.

A iniciativa apresenta aos funcionários o seguro como umbenefício mais atraente, já que sua importância é destacada normalmente apenas no momento da indenização, o quemuitas vezesnão ocorre diretamente ao segurado mas aos seus herdeiros. Não restam dúvidas de que o seguro de vida atende seu importante papel social,queé de manter arenda familiardiantedeum momento de dificuldade inesperado. Porém épouco valorizado sobre o ponto de vista de melhoria da qualidade de vida.

Estesnovosserviços variam de acordo com a seguradorae,normalmente, são oferecidosde maneira modular.

Portanto, nãoimplicam necessariamente em elevação do preço do seguro: isto dependerá do perfil de cada empresa e dos serviços adicionais oferecidos, já que alguns seguradores acreditam que contribuindona qualidade de vida dosseguradosproporcionalmente a expectativade sobrevivência aumente.

Os serviços podemser adaptados às necessidades da empresa, podendoser oferecidos de forma igual a todos os funcionários, ou segmentados,paraatender diferentes necessidades.

Alguns produtos de seguro de vida em grupo no mercado já agregam uma série de diferenciais

Estaotimização contribui para evitar oaumento do custo do seguro de vida,que aliásestá entre osbenefícios mais baratos do mercado.

Pensando em alterar essa visão alguns produtosde seguro de vidaemgrupo do mercado jáagregam umasérie de diferenciais. Como, por exemplo, novas coberturas, que incluem manutençãode renda por doençaou acidente,enfermidades graves e cesta básica.

E,ainda, serviçosoferecidospor meio deparcerias com empresas especializadas. Neste caso estão inclusos assistência a viagens, jurídica, funerale residencial; palestras de incentivo e prevenção de acidentes; segunda opinião médica; linhasde crédito com juros subsidiados e planos de sorteios, além de descontoscumulativos na contratação de outras apólices de seguros.

Essas alternativas oferecem ao departamento deRH uma forma criativa defortalecer seupacote debenefíciossem anecessidadedoscustos de implantação eestrutura para administração dos serviços, facilitandoa canalizaçãodos recursospara benefícios que atendamuma finalidade de suas políticas,que éa satisfação profissional e o melhoria da qualidade de vida dos funcionários.

Portanto,a qualificação dos serviços eevolução dos produtos das seguradoras é condição indispensávelà crescente satisfação dos segurados e seus familiares,permitindo,assim, areduçãoda concorrência de preços e incentivandoparcerias delongo prazo, que valorizem a importância do seguroparaas empresas e seus funcionários.

José Sabino Moreno Farias é gerente comercial da QBE Brasil Seguros S/A

Classificação do País é absurda, diz economista

O economista José AlexandreScheinkman, daUniversidade Princeton, disse, sobre oPaísser consideradooterceiropior paíspara seinvestir, que "issoé realmente um absurdo e, se fosse verdade, o Brasil não atrairiatanto investimento direto". Eleafirmouque"asagências deratingerram muito"e"tendem asermuito conservadoras em certascoisas, emenos em outras".

Ontem, porexemplo, foia vez do banco de investimento J.P. Morgan diminuiu a recomendaçãode compradepapéisdadívida brasileira.O banco rebaixou a recomendaçãode ligeiramenteacima damédia domercado (slight o v e r w ei g h t ) para ’neutra’ (neutral) Para Scheinkman, as classificações atribuídas pelas agênciasaoBrasilnão preo-

cupam tanto, mas o financiamento do Brasil eos preços pedidos pelo mercado,sim. "Preocupa quando as pessoas estão pedindo 20% ao ano para comprar um C-Bond." Fraudes – O economista disse que sóse saberá em meados de agostoa extensão dos problemas de contabilidade nas grandesempresas americanas, que provocou escândalos como os da Enron e da WorldCom. De acordo com ele, o órgão regulador das bolsas americanas pediu para as 500 maiores empresas refazerem suas contas. Segundo o economista, "na Europa há o medode que essas coisas estejam acontecendo lá também.Atéagora só descobriram problemas na Vivendi,masnão foiumescândalocomparável aosda Enron e da WorldCom."(AE)

Notícias ruins derrubam mercados

Bovespa cai 1,48% e dólar vai a R$ 2,92, com a piora do cenário externo, quedas em NY e nova pesquisa eleitoral

O mercado financeiro brasileiro teveum dia menos nervosoontem, masainda continuourefémdo cenário externo negativo,de pesquisaseleitorais e de piorados indicadores derisco. ABolsa de Valores de São Paulo, Bovespa,fechou em baixapelo terceiro pregão consecutivo e o dólar comercial bateu novo recorde no PlanoReal. O risco subiu e os títulos da dívida externa recuaram.

Foram duas as notícias que movimentaram o mercado ontem:adivulgação depesquisaeleitoraldo instituto Vox Populi com Ciro Gomes (PPS) àfrentedeJoséSerra (PSDB) na corrida presidenciale orebaixamentodarecomendaçãodos títulosbrasileirospelo bancoamericano JP Morgan. Ambas contribuempara aumentar a cautelados investidores na hora de aplicar no Brasil. Risco sobe mais – A taxa de risco do País calculada pelo banco americano JP Morgan subia 6,44% no horário do fechamentodos negócios no Brasil, para 1.718 pontos-base, de acordo com a Enfoque

Sistemas. Os C-Bonds, títulos da dívida externa brasileira maisnegociados, tinham queda de 3,04% às 18 horas, cotados a 59,87% do valor de face, também segundo a Enfoque

Dólar: outro recorde – A piora dos indicadores de risco foi o combustível da alta do dólar. A moeda americana fechou com valorização de 0,59%, cotada a R$ 2,918 para compra e a R$ 2,920 para venda. Mais uma vez,trata-se decotaçõesrecordes no Plano Real. Os investidores continuam evitandovender dólares no mercado. Por isso, as intervenções do Banco Central pormeiode vendadireta de dólares ou leilões de linha externa (em que vende a moeda americana comcompromisso de recompra) não têm tido efeito. Ontem oBancoCentralinterveiocom avendade US$ 50 milhões.

Bolsa paulista – A Bovespa não conseguiu recuperar-se ontem apesar de ter registradoseu piordesempenhoem quase três anos na segundafeira. A Bolsa encerrou os negócios com baixade 1,48%,

depois deter caído2,94% no pior momento do dia. As quedas do índice Dow Jones (0,97%) e da Nasdaq (3,60%), em Nova York, prejudicarama recuperação da Bovespa ontem.

O Ibovespa ficou em 9.745 pontos e o volume financeiro somou R$ 519,9 milhões, acima da média domês. Com o resultado de ontem, a Bovespa passa a acumular queda de 12,5% em julho. Desde o início do ano, as perdas chegam a 28,2%.

Quedas – As principais açõesdo Ibovespacontinua-

ram com quedas expressivas:

Telemar PN (-3,19%), Petrobrás PN (-2,43%)e ItaubancoPN(-2,60%) sãotrês exemplos.

Ospapéisda Embratelforam osdestaques entreas altas, recuperando parte das perdas. As ações ON subiram 11,1% eas PN,8,5%. Ospapéishaviamsofrido comas recentesdificuldades desua controladora WorldCom, que pediu concordata. Os preços caíram muito,o que abriu espaço para correção.

Aguiar

Bolsas européias mantêm tendência e fecham em baixa

As principais bolsas de valores daEuropa encerraram aterça-feiraem queda, em umpregãovolátil marcado pelaquedados papéisdeseguradoras ede empresasde tecnologia.

"Uma vez quea volatilidade se acalme eu acho que os gerentes de fundo devem voltar ao mercado, mas não é um cenário para um movimemto devolta maciça às ações", afirmou o estrategista para Europa do E*TradeSecurities, Martin Brooker.

Londres – A Bolsa de Londres, fechou em quedade 37,5 pontos (0,96%),em 3.858,0pontos. Oestrategista Mark Tinker,da Commerzbank Securities, disse queomercado deaçõesestá totalmentedeslocado dos fundamentos. "Os traders queeramtão agressivos ao puxar o mercado para cima, dois anos atrás, agora estão sendo igualmente agressi-

vos no sentidoinverso", afirmou Tinker.

No setor de seguros, as ações da Prudential caíram 8,0%easda Royal&SunAlliance recuaram 11%.

Paris – Na Bolsa de Paris, o índice CAC-40 fechou em queda de 79,53 pontos (2,53%), em 3.070,16 pontos,o nívelmais baixodesde outubro de 1998. As ações da seguradora Axa caíram 7,5%. As do banco Societé Générale caíram 5,7% e asdo BNP Paribas perderam 4%.

Madri – Em Madri, a bolsa local fechoucom o índice Ibex-35em queda de 93,30 pontos (1,49%), em 6.158,60 pontos, em condições de muitavolatilidade. Areversão da tendência em Nova York, depois do Dow Jones terregistradoumganho de mais de 1%, ajudou a compor ocenáriosombrio. Em Milão, a queda foi de 337 pontos (1,40%). (Agências)

Força Tarefa faz mais uma blitz em SP

Terceira operação realizada pela equipe coordenada pela Prefeitura desarticulou rede de contrabando que agia no Brás

A equipe da Força Tarefa coordenada pela Prefeitura de SãoPaulo fezontem uma blitz para localizar e fechar os principais pontos paulistanos de distribuição de mercadoriascontrabandeadas do Paraguai. Aoperação, realizada na regiãodo Brás, contoucom aparticipaçãodas polícias Militar, Civil e Rodov iária Federal, GuardaCivil Metropolitana, Receita Federal,Departamento de Controle do Uso do Imóvel (Contru), Secretaria de Implementaçãode Subprefeituras e Promotoria Pública.

Durante a blitz,foram apreendidos 20 caixasde documentos, arquivos magnéticos, passagens de ônibus falsas, carimbos de órgãos públicos, cercade US$200 falsos, uma moto roubada que seria levada para o Norte do País,umcaminhãocom mercadorias contrabandeadas e 10 ônibus clandestinos.

Aoperação identificou os responsáveis pela estrutura deredistribuição decontrabandodeSão Pauloparao resto doBrasil. Entre eles, dois homens procurados pela Justiça foram presos. Um deles, jácondenado, responde ainda a 20 processos, incluindo tráfico de drogas.

O Contru ainda fechou as cinco agências de turismo responsáveispelos ônibus ilegais que faziam as rotas São Paulo-Paraguai eSão PauloNordeste. Nenhuma delas tinha autorização parao funcionamento, além de apresentarem problemas defiaçãoelétrica eestocagemde material de forma irregular. Segundo o ouvidor municipal e coordenador da Força Tarefa, BeneditoMariano,a blitz de ontem superou todas as expectativas."Confirmamos ailegalidade dasopera-

ções e pudemos identificar os cabeças da estrutura que coordenavamtoda aredede contrabando a partir do Brás", disse o ouvidor. Mariano ainda afirmou que a Prefeitura deve ampliar suafiscalização paraimpedir a retomada das operações ilegais."Esteéo momento em que está se iniciando a quebra doroteiro do contrabando no Brasil", disse ele. Conseqüência – Ablitz da Força Tarefana tardede ontem foi uma conseqüência de uma operaçãorealizada pela

Alckmin vistoria obra do Metrô e promete nova linha para agosto

Alinha5 doMetrôdeSão Paulo vai começar a operar de formaexperimentala partir doprimeiro fimdesemana de agosto. Também chamada de Lilás, ela tem 9,6 quilômetros, vai ligar o Capão Redondo ao Largo Treze, na zona Sul, e deve ser inaugurada em setembro. As obras,que custaram US$ 646 milhões foram vistoriadas ontem pelo governador GeraldoAlckmin.

A linha 5 do Metrô vai ser inaugurada pelo secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e os deputados estaduais, já que o governador,como candida-

NOTAS

Veículos multados por fumaça preta

A Cetesb divulgou ontem relaçãode 500veículosautuados nos últimos 60 dias, na Grande São Paulo, por emitirfumaçapreta acima dos índices previstospela legislação.Asmultas, quevão deR$631,20a R$ 5.049,60, superamR$360 milnototal.

A OperaçãoFumaça Preta é realizada durante todo o ano, mas intensificadadurante os meses de inverno.

to, não podefazer inaugurações,apenas vistorias evisitas. Segundo o secretário Fernandes,a "operaçãobranca", a faseexperimental dalinha 5, que começano primeiro fim de semana de agosto, será dirigida a grupos de estudantes, de entidades representativas e de moradores da regiãointeressados em conhecer o metrô. "A previsãoéde quenos primeiros três meses vamos chegara 60 mil passageiros por dia (neste trecho). O Metrô de Brasília, com dois anos de funcionamento, tem 36 mil", disse. A expectativa é chegar a 90 mil até junho de

Semab recadastra artesãos de 3 feiras

A SecretariaMunicipal de Abastecimento (Semab)começa arecadastrar, em um mês, os expositores das feiras de arte eartesanato da Praça Benedito Calixto, em Pinheiros, do Bixiga e da Praça Júlio Prestes. Segunda- feira, uma portariaoficializou as feiras, queestarão organizadas em 120 dias. A idéia da secretaria é regularizar todos os 550 expositores das três feiras.

2003 edepoisda integração na estação Santa Cruz, a 350 mil passageiros/dia.

O projeto da extensão da linha 5 até a estação Santa Cruz e aChácara Klabin, com a construção demais 11,6quilômetros delinhas subterrâneas, foi apresentado pelo governoao BancoInteramericano deDesenvolvimento (BID) para financiamento. A segunda etapa do projeto, que inclui a melhora da linha da CPTM Osasco-Jurubatuba, devecustar cercade US$ 1,5milhão. Alinha4, quevai ligar a estação Luz à Vila Sônia, está em processo de licitação. (SM/AE)

Catarata: público terá exame gratuito Será realizada sábado, no Poupatempo Itaquera, a Campanha de Catarata, numa parceriacomaClínica Oftalmológica doHC.O atendimento será na Ala Azul do postoe podemparticipar pessoas com mais de 50 anos. Ospacientes passarãopor triagem eexames e,em casos com indicação de cirurgia, sairão doPostocomdata marcada para sua realização.

Polícia Federal na cidade de Ourinhos(Minas Gerais)na semana passada. Na ocasião, foram apreendidas cerca de 200toneladas de mercadoriascontrabandeadas que iriam abastecero comércio ilegalem SãoPaulo.Calculaseque asapreensõesrealizadas em Ourinhos atinjam cerca de R$ 30 milhões.

A rede de operações ilegais, centralizada em São Paulo, e quetinha conexãoemOurinhos,tambémestá ligada a um acidente ocorrido com umônibus quetransportava

passageiros ilegalmente há dois mesesem MinasGerais. O acidente ocasionou a morte de 25 pessoas. Entreas atividadesdarede ilegal desarticuladaontem estavamo contrabandode mercadorias, transporte ilegalde passageirose deanimais silvestres. Ablitznano Brásfoiaterceira operação da Força Tarefa da Prefeitura desde sua criação há aproximadamente dois meses.A primeiradelas foi na região da 25 de Março. Estela Cangerana

Sacoleiros

brasileiros movimentam US$

Os sacoleiros brasileiros são responsáveis por 95% das vendas em Ciudaddel Leste, no Paraguai. Dados do Banco Central daquele país indicam que os valoresmovimentados por esses vendedores correspondem a 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do Paraguai.Ouseja, US$2,5bilhões ao ano. Esses sãoos chamadosnúmeros"oficiais". Asestimativas, porém, são de que US$ 20 milhõesemcontrabando do Paraguaipassem, semanalmente, pelaPonte daAmizade e cheguem a Foz do Iguaçu, pelas mãos dos sacoleiros.

Brasil eParaguai,através da Receita Federale Ministério daFazendaparaguaiojá assinaram acordostentando

2,5 bi

diminuir ocontrabando e, consequentemente, inibir a pirataria, controlar a entrada ilegal de armas, munições, drogas e cigarros falsificados.

A Receita Federal apreendeu, entre 1994e 2001,em Fozdo Iguaçu, US$ 210 milhões em mercadorias procedentes do Paraguai. Em 2001, as apreensões chegaram a US$32,3 milhões. Naquele ano, a Polícia Federal indiciou 519 pessoaspor contrabando, contra 457 em 2000. O Paraguai também é a origemde grande partedos 35milhões de CDsfalsificados que entram ilegalmente no país todosos anos, gerandoum prejuízoestimadoem US$200milhões àsgravadoras.

Prefeita anda de ônibus e ouve reclamações dos passageiros

Aprefeita de São Paulo, Marta Suplicyfez uma viagem,ontem pelamanhã,durante maisdeumahora,em dois ônibus nazona Leste da cidade. Elaembarcouno ponto inicial da linha 3781, Cidade Tiradentes/Penha, seguiu até o terminal Cidade Tiradentes onde fez uma baldeaçãoem direção ao Largo de SãoMateuspelalinha 374C, que liga a Cidade Tiradentes ao Metrô Paraíso, na zona Sul da capital. OpercursodeMarta começouàs 7h. Elaconversou

agenda

Hoje Projetos – O gerente de parcerias estratégicas da Associação, José Roberto Moreira Constâncio, participa da apresentação dos novos projetos comerciais e sociais da São Paulo Comércio (SPCom). Às 19h30, na Casa das Caldeiras, avenida Francisco Matarazzo, 2.000. Quinta Co nj unt ur a – Reunião doComitêde Avaliação da Conjuntura. Às 12h30, nasede da entidade, rua Boa Vista, 51/12º andar.

commotoristase cobradores, que se queixaram da falta desegurançae mostraram marcasde tirosnos ônibus, resultado da violência contra a categoria. A prefeita ouviu também muitas reclamaçõesdos passageiros que estavamem um ônibus lotado.As principais foram a superlotação,o tempo de espera e as condições dos coletivos. O preço da passagem teve poucas reclamações dos usuários. Limpeza – Marta Suplicy conversou muito com os pas-

sageiros edisse que identificououtros problemas,como a limpezados ônibus eque eles chacoalham muito.Ela aproveitoupara defendero novosistemade tranportea ser implantado pela Prefeitura. O secretário municipal dos Transportes, CarlosZarattini não pôde ir e aguardou ofim daviagemno Largode São Mateus.

Marta Suplicy usou R$ 2,00 parapagara passagemdeR$ 1,40,maso cobradornãotinha troco pois havia saído do ponto sem dinheiro. (AE)

A Distrital Tatuapé da Associação Comercial de São Paulo promoveu apalestra Conhecendoo Sebrae , com Silvia Dias (à direita), consultorade Negócios do Serviço Brasileirode ApoioàsMicro

e Pequenas Empresas,o Sebrae.Oevento, coordenado pelo diretor-superintendente da distrital Ricardo Pereira Thomaz (à esquerda), reuniu empresáriose comerciantes da região.

Associação Comercial de São Paulo
Equipe que participou da operação é formada por representantes de polícias, Receita Federal e do Município
Dudu

Um empresário que vive fora da estrada

Cláudia Marques

O engenheiro Marcos Ermírio deMoraes bem que podia ser mais um empresário que gosta de competir em rally apenas por hobby. Maso tino paraos negóciosfalou mais alto.De aventureiro, o herdeiro do grupo Votorantim não tem nada. Ele deixou o cargo de executivo na companhia e abriu a empresa DunasRace.Em1996,a DunasassumiuaorganizaçãodoRally InternacionaldosSertões,a corridaoff-roadmaisimportante doPaís, quecomeçahojee dura11dias.Desde então,ofaturamento da competição saltou de R$ 70 mil para R$ 6 milhões. Veja o que ele diz sobre a empresa e a paixão por corridas.

O início nas corridas

Comecei a meinteressar porcompetições em1991, quando surgiunoBrasilo Rally de São Francisco, que saía de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, e ia até Maceió, em Alagoas. Foi aí que experimentei participar esportivamente pilotando uma moto.

Dois anos depois, aconteceu o primeiro Rally dos Sertões, que saía de Campos de Jordão,emSão Pauloeiaaté Natal,no RioGrandeNorte. Competi também com uma moto. Em 1996, montamos a Dunas e eu assumi o evento.

Aventura ou competição profissional

No Sertões, procurei valorizara competiçãoprofissional e não apenas a característica degrande aventura que esse tipo de corrida tem. Busquei consolidar a marcacomo sendo, de fato, o principal rallytodoterreno (tipode corrida que vai por estrada de terra e tem um alto grau de dificuldade) brasileiro.

Como agregar valor a um rally

A forma que encontrei para agregarvaloràcorrida foi atender melhoràs necessidades da imprensa.Um rally não existe sem uma boa divulgação. A exposição na mídiaé aúnicaformadefazer competiçõescomoessas darem certo, caírem nas graças dos patrocinadores.

Estamos distribuindo imagens via satélite. Temos dois helicópteros que filmam toda a competição. As câmeras são robotizadas,o que dá uma qualidadede imagemmuito boa. Comesse equipamento, o volume das cenas de impacto, aquelas que as pessoas gostam de ver, é bem maior.

O mapa do tesouro

Para os pilotos, os mapas e asplanilhas quemostramo percurso, dãodados develocidade, são fundamentais. Eles precisam estar corretos. Se nãoforem bemfeitos, geramdúvidas e desconfiança doscompetidores. Muitos acidentes acontecem por causa de informações erra-

das. Na Dunas, montei uma equipe para melhorara qualidadedos dadosdosmapas. Essaatitude deucredibilidade à competição. Outramudançaque agradou ospilotos foia novaintercalação de provas especiais (trechos definidos em que há competição de velocidade e marcação de ponto. Têm se de fazer o menor tempo num determinado trecho. O trajeto é fechado. Ninguém pode andar no circuito durante a prova).

Antes, os pilotos dirigiam 700 quilômetrosem velocidade normal para depoisfazer umacorrida especial de 40 quilômetros.Hoje,fazemosespeciaisa cada300 ou 500 quilômetros.Os competidores ficaram mais entusiasmados.

Sobre a presença de estrangeiros

Esteano,temos franceses, japoneses, portugueses e chilenos competindo. Batemos orecordede inscritosparaa competiçãode moto.São93 competidores contra41 do anopassado. Apresençade caminhões também aumentou. Em2001, houveapenas um participante. Este ano, sãocinco veículos.Achoque éa categoriaque maisvai crescer no rally. Por ser um automóvel grande, o patrocinador aparece mais quenas motos, nas quais só piloto leva o nome da empresa patrocinadora. Onúmerodecarros não muda muito. São 80 equipes, em média.

Sobre as dificuldades para organizar um rally Organizar um rally dá muitotrabalho. Épreciso terum envolvimento grande. A parte logísticada provatem de sermuito detalhada.Temos um grupo de70 pessoas que trabalhaparao fechamento das pistas para as provas especiais.Eu precisosaber,todos osdias,paraondeessas pessoas estão indo. A comunicação com essas equipes tem de ser perfeita.

Há também o pessoal da cenografia, que vai pelo asfalto e tem dechegar antes dos competidores. São eles que

cursos e seminários

Hoje

Capacitação empresarial – Best games – O curso faz parte do Programa Brasil Empreendedor e é direcionado a empresários de micro e pequenos negócios. Duração: 20 horas, das 8h30 às 12h30. O seminário é promovido pela Confirp Consultoria Contábil em parceria com o Banco do Brasil e o Centrocape e acontece de 29 de julho a 2 de agosto. Local: Confirp, rua Alba, 96, Jabaquara. As inscrições são gratuitas e podemserfeitaspelosite www.confirp.com.br,peloe-mailmarketing@confirp.com.br ou pelos telefones (11) 5078-3012.

organizam as chegadasàs cidades,montam aestrutura para receber os pilotos.

Essas equipes são organizadasde acordocom opercurso.Vamos fazendoumrevezamento para dar tempo para osgrupos se recomporem, irem até a próxima cidade. Uma equipe organiza metade de um especial eparte para o município seguinte, outro grupo conclui aespecial e assimvai.Éumloucura. No fim, todo mundo corre.

No meio do caminho tinha um caminhão de leite, um de bóias-frias, uma noiva

No rally, as decisões têm de ser tomadas rapidamente. Numa ocasião, eu precisava decidir se parava a competição porcausadeumcaminhão de leiteque entrou no percurso deuma provaespecial. Tinha chovido na região e o caminhão teve de mudar o trajeto e entrou no nosso roteiro. Só queele não podia passar porque a prova já estava acontecendo. Se ele esperassea corridaacabar, oleite podia estragar.A soluçãofoi compraro leite, 600litros, para manter a programação.

Outra situação parecida foi comum caminhãodebóiasfrias. Tivemos de pagar a diária de todos os trabalhadores, pois, para chegar à lavoura, eles tinham de passar no percurso da competição. A única vez que fomos obrigados a cancelar a prova foiquando apareceu uma noiva. Ela estavaindo deum vilarejo para uma cidade vizinha para se casar bem na horada prova especial e, se não parássemos, ela não ia chegar a tempo.

Sobre superar dificuldades nas provas

A situação de morte durante a competição é a mais complicada. Desdequeassumimos a competição, três pessoasfaleceram.Noano passado, ummotoristadaTV Cultura morreu afogado. Todo mundo ficou muito abalado, mas tivemos de continuar o rally.

Acidentes no Sertões

Há umamédia deum acidente para cada 40 mil quilômetros rodados. Esse número estádiretamenterelacionadocoma quantidadede novatos que participam. Este ano, nós temos muitos pilotos jovens, o que me preocupa. Agenteficasem tercertezaseeles sabem como é o ritmo de uma competição como o Rally Internacional dos Sertões. Por isso é importante terumaequipe de resgate bem preparada. Hoje,são dois helicópteros, quevão acompanhartodaa prova, dois aviões que sobrevoarão o roteiro do rally, que fazem aparte de comunicaçãocomo pessoalemterra. Há também médicos terrestres e paramédicos.

Sobre a redução de custos e dias para competir

Acompetição dura,normalmente,14 dias,mas,este ano, serão apenas 11. A intenção é terminar o rally deixando os participantescom um gostinho de quero mais. De pano de fundo, foi o jeito que encontrei para baixar os custos para os pilotos.

Os competidoresgastam entre R$ 20 mil e R$ 150 mil para participarem. Os valores oscilamporque hápilotos que já têm carro, não precisamcomprar, e outrosque precisamadquirir umveículo. O tamanho do grupo de apoio também interfere. As equipesdas montadorasgastam bem mais, cerca de R$ 500 mil cada equipe.

O rally dos Sertões movimentahoje cerca de R$20 milhões, compra de carro, pagamento de equipes.

Sobre a participação em competições

Não participomaisdos

Sertões, pois conheço o roteiro (um dos desafios do rally é que os pilotos não conhecem opercurso). Participode competiçõesno exterior,em Portugal, na Tunísia. Em 2000, eu fizo Paris-Dacar de carro. Semprebusco trazer desses eventos tecnologia e regulamentos novos para os Sertões.Também faço motocross no Brasil.

Sobre o grupo Votorantim Faço parte doconselhoda Votorantim. Não trabalho mais comoexecutivo. Vouà empresaapenasparaas reuniõesdoconselho. Masnão sou o único, estamos profissionalizando o grupo. O objetivo é que, nospróximos cinco anos,todos osmembros da família estejam no conselho,ou seja, ninguém terá cargoexecutivo. Vamos contratar profissionais do mercado para essas funções. Também estouenvolvido com um projeto parao terceiro setor,que éo Instituto Votorantim.

Como organizar o tempo

Jáfoimuito complicado administrar meutempo, principalmente quando eu era executivo na Votorantim, hádoisanos, etrabalhava também na Dunas. Agora, só no conselho, ficou mais fácil. Hoje, ocupo 20% do meu tempo com a Votorantin, 30% com a Dunas e 30% com uma fazenda de laranja no interiordeSão Paulo.Ficona capital durante a semana, passo dois dias no interior.

Rally e Votorantim: semelhanças e diferenças

Na Dunas, tenho asmesmaspreocupações quetinha naVotorantim. Reduzircus-

tos, aumentarreceitas, esse tipo decoisa é igual.Agora, tem uma situação que é muito diferente.Quandose éo executivo deuma empresa grande, trabalha-secomum número de pessoas muito reduzido, é a secretária e mais algunsfulanos. NaDunas, não. Eu falo com milhares de pessoas.

Todos os dias, eu sou questionado por minhas determinações, tenho de ouvir sugestõesotempotodo. Sóno evento, são quase mil pessoas envolvidas,todas próximasa mim.Aprendi comisso ater muito mais jogo de cintura e a ser mais comunicativo.

Rally social Fizemos uma parceria com o Real, que é nosso patrocinador,paradistribuir alimentos àpopulação dosvilarejos onde orally vai passar.A comida foi arrecadada pelo banco. Também há iniciativas das própriasequipes. No ano passado, algumas distribuírammaterial escolarpara a criançada. Outracoisa éomotor-home (espécie detrailer) médico. Ele vai funcionar com um centromédico. Vai atender, principalmente pacientes que precisamde consulta odontológica e ginecológica. Por onde o rally passar, o motor-home vai atender à população. Serão, emmédia, duas cidades por dia. Acho que podia haver uma contribuição socialmaior do automobilismo, já que é um esporte que movimenta númerosaltos. AFórmula 1devia contribuir mais. Em troca de sediar a corrida, a Prefeitura de São Paulo deveria pedir a eles dinheiro para a construção de uma creche, por exemplo.

Faça sua adesão ao SRC que a Associação Comercial de São Paulo negocia o recebimento dos débitos para você, efetuando cobrança amigável e personalizada de pessoas físicas registradas ou não como inadimplentes em nosso banco de dados.

Marcos Ermírio de Moraes, da Dunas: organizar o rally me fez aprender a ser mais rápido nas tomadas de decisões
Célio Júnior/Digna Imagens

Barriga vazia, poupança cheia

Paraqueo saláriodureaté o final do mês, o consumidor vem reduzindo radicalmente todotipo degasto,inclusive com alimentação. Com medodo desemprego,emfunçãodo agravamentodacrise econômica,o assalariado tempreferido pouparagastar. Segundo o gerente de uma agência da Caixa Econômica Federal, os pequenos depósitosem Caderneta de Poupança têm crescido nos últimos dois meses.Ele estima que, em sua agência, 60% dos quase R$ 150 milhões depositados em poupança pertencem aos assalariados.

Em contato com esses pequenospoupadores,o gerente da CEF descobriu que amaioriatem rendaentre R$ 200 a R$ 1.200 ao mês. Em média, todos cortaram suas despesas mensais,incluindo gastos com supermercados, ematé30%. O resultado dessa economia se transformouem depósitosmensaisna poupança. O perfil desses pequenos poupadores: sãohomens e mulheres com idades entre 40 e 60 anos,que se perderem seus empregosterão, em função da própria idade, dificuldades de arrumar uma nova colocação.

É o caso da comerciária R.N,52anos, comumarendamensal de R$1.500, que tirou os filhos da escola particularpara colocá-losem umaescola pública.Comisso, eladeixoudegastarR$ 220mensais."Esse dinheiro vaidireto paraapoupança", contou a comerciária. Ela diz que, desde que a família decidiu "apertar os cintos", nuncamais levouseusfilhos ao cinema, ao teatro ou ao shopping.

Adecisãode tirarosfilhos da escola privada e reduzir os gastosdafamília comalimentação, lazer eeducação foi tomada depois que o marido de R, o bancário A.N, foi demitido do banco onde trabalhava. Seis meses depois, A.N, que tem 55 anos idade, não conseguiu arrumar novo emprego, apesar de sereconomista e especialista em informática. A.N. faz parte dos 19,7% da População Economicamente Ativa daregião Metropolitana deSão Paulo que estádesempregada. Esse índicededesemprego éosegundo maiordos últimos72 anos. Sóperde para o registrado durante a crise de 1930, quando o desemprego atingiu 30% da população trabalhadora de São Paulo.

Ladeira abaixo

O novo comportamento do consumidor, que prefere comer menos e poupar mais, já está sendo sentido pelos supermercados. De acordo com a Abras,asvendas do setor supermercadista emjunho, em valores reais, registraram uma queda de 7,9% na comparação com omês anteriore de3,5% em relação a junho do ano passado. Noprimeiro semestre deste ano, as vendas dos super-

a

De cabelo em pé Segundoa Abras, oquadrode incertezaeinsegurança,eo orçamento apertado, têm levado o consumidor a adotar uma postura mais conservadora e seletiva quando o assunto é ir às compras. Além disso, o baixo poder de compra da população vemsendo gradativamente corroído, principalmente pelos sucessivos aumentos dastarifas dos preços administrados e serviços. Isso obriga os consumidores a transferirem uma grande parte de sua já apertada renda para o pagamento das tarifas e serviços. O gás de cozinha, porexemplo, aumentou 400% entrejulho de 1994e junho deste ano. O ônibus 230%. No mesmo período, osalário mínimo aumentou apenas 186%.

Ciclo interrompido Os fatoresaqui citadosinfluíram no mercado,comprometendoo desenvolvimento eos resultados do setor supermercadista, interrompendo, portanto,a recuperaçãoque, deacordocom aAbras, havia começado em maio. Diante disso, a expectativa do setor de supermercados,dealcançar um resultado positivono acumulado dosúltimossete meses, ficou adiada para agosto. Apesar disso, os supermercados devem registraresteano umcrescimentode 1,5% em relação a 2001.

Brasil deve concentrar

50% dos negócios da Jafra

A Jafra, empresa americana de venda direta de cosméticos, quer concentrar50% de seu faturamento no Brasil. O objetivoéatingir omesmo desempenho do mercado mexicano nos próximos anos. Hoje,o Méxicoé amelhor praça da marca no mundo, representando metade dasvendas totaisda Jafra.Os Estados Unidos respondem por 40% do lucro. A companhia está presente em 25países e temsuas vendas direcionadas para as classes A e B, com produtos custandoaté R$99.Até 2005,as metas são de dobrar o faturamento dasubsidiária brasileira a cada ano. Nesse prazo, a empresaseria detentorade 10% do portaa porta nacionalde cremese batons.Para este ano, estáprojetado um faturamento de US$ 20 milhões no Brasil. Em 2001,o faturamento global da Jafra foi de US$ 385 milhões, com lucro de US$ 63 milhões. "O Brasil é o mercadofuturomais importante para aJafra no mundo",explica o presidente da empresa no País, Ademar Seródio. Reabertura – A marca Jafra entrouno mercadonacional em 1973, pertencendoà Gillette. A empresa encerrou suas operações no País em

1994, sendo reaberta em 1999 sobocomando deSeródioe outros cinco sócios. O executivo foi um dos principais nomes da Avon brasileira até deixar a empresa, em 1997. Grupos – A Jafra possui 400 milvendedorasdeseus produtos no mundo. No Brasil,já são30mil mulhereslevando adiante o porta a porta da marca.O númerocorresponde à terceira colocação no ranking das maioresempresas de venda direta de cosméticos do País,perdendo apenas para a Avon e a Natura. "Osegredo está na venda direta bem trabalhada, estimulandoa formaçãodegruposparaa ofertadosprodutos", explica Seródio. Osistema daJafraconsiste em oferecer comissões de 35% do valordos produtos paraas suasvendedoras. Sea consultora consegue reunir outras mulheres,liderando um grupo devendas, passa a receber 16% de tudo o que for vendidopelasoutras. Amexicana GlóriaGonzalez,por exemplo, lidera umgrupo de 30mil vendedoras em seu país,tendo faturado US$1 milhão em 2001com os cosméticos da Jafra. "É praticamente uma empresa", explicaSeródio.De acordo com o executivo, já

existemmulheres faturando R$ 7 mil por mês dessa forma no Brasil, comgrupos de até 300 vendedoras.

Retinol – A Jafra possui umalinhade 250produtos comercializados noBrasil. Em média, 10% dos itens são fabricados no País, através da terceirização da produção. Até o final do ano, 50% dos artigos da marca devem estar sendo produzidos da mesma maneira."Nãoexistem planos de fabricação no País a curto prazo, o que vai mudar quando o Brasil chegar ao patamar de vendas do México",

diz Seródio. AJafra possui duasfábricas no mundo. Uma delas nosEstados Unidos e a outra no México.

Segundo Ademar Seródio, a idéia da empresa é concentrar todosos esforçosno desenvolvimento dos chamados cosméticos de alta tecnologia. Nessalinha, umdos principais artigos oferecidos pela empresa é o Jafra Retinol, vendido por R$ 99 a embalagem com30cápsulasde rejuvenescimento para aplicar na pele do rosto.

mercados foram 2% menores que asregistradas nomesmo período do ano passado.

A Abras diz que o desempenho negativo do mês de junho deve ser creditado às turbulência da economia(juros altos e oscilação docâmbio, comreflexos diretos emprodutos e insumos importados),à instabilidadepolítica eàsincertezas quantoao futuro político e econômico do Brasil.

Tango sem tanga Estudo feito pela consultoria Equis edivulgadopelaagência Reuters revela que a Argentinasaiu do primeiro lugar para onono, na classificaçãodos países latino-americanosporrenda percapita.A renda dos argentinoshoje é inferiora do Uruguai, Chile, Brasil, México, Venezuela, Panamá,Costa Rica ePeru. E pior: ariqueza argentinaé perversamente concentrada: 53% da renda vaipara 23% dapopulação. Os dados revelamainda que25% dos cidadãosargentinosestão sem emprego. Arenda per capitano Paísestáem US$266.Noanode 1997, a renda per capita dos hermanos alcançava US$ 688. Setor público & comunicação São Paulo sediará,nos próximos dias14e15deagosto, o2ºCongressoBrasileirode Comunicação no Serviço Público. Serão32 painéis,incluindo experiênciasdos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Pelaprimeira vez, no País, umevento da área de comunicação retratará aestrutura de comunicação da Presidência da República,Exército,Aeronáutica, Tribunal Superior Eleitoral e Senado Federal. As inscrições estão abertas e custam R$ 550 até o próximo dia 25 de julho. Informações nos telefones 11-5573-3627/5573-7573, ou no site www.megabrasil.com.br

TROCO

COMPULSIVOS –Um em cada quatro empregadores norteamericanosjádemitiram trabalhadores queusavama internet para navegar por sites pornográficos ou racistas.

COMPULSIVOS 2 – Osdados mostram ainda que51% das empresas dos EstadosUnidos tiveram problemas com funcionários quecostumamperder tempo com os sites pornográficos.

COMPULSIVOS 3 – A pesquisa revelou também que9%dos empregadossão assíduos frequentadores de sites racistas, 25% conversam emsalasdebate-papoe 17% jogam pela web.

COMPULSIVOS 4 – O levantamento foi feito pelo site de RH Personnel Today e pelacompanhia Websense. Foram ouvidos um total de544 gerentesda áreade recursos humanos.

Embraer fecha contrato de US$ 260 milhões com indianos

A Embraer anunciou ontem a venda de 10 aviões modelo 175 para a companhia aéreaJet Airways da Índia, com opção paraentregade dez outras aeronaves. O presidenteda companhia,Maurício Botelho, disse que a venda firme representa um negócio de cercadeUS$ 260milhões, mas pode chegar a US$ 520 milhõesse foremconfirmadas as opções de compra. Aentrega doprimeirojato está programada para junho de 2004. As demais entregas deverão se estender até 2007. Trata-se da primeira encomendado novomodeloEmbraer 175, com capacidade para78 passageiros.Onegó-

cio representa tambéma entrada da Embraerno mercadodaÍndia. "Estamosestreandonum novomercado, com potencial enorme", disse Botelho duranteafeirade aviação Farnborough International 2002.

De acordo com o executivo,o potencialdevendade aviões regionais no continente asiático,sem contara China, é de 300 unidades nos próximos dez anos.

Airways – Opresidenteda Jet Airways, Naresh Goyal, disse estar entusiasmado com o que chamou de parceriacomaEmbraer. "Coma compra desses aviões fortalecemos o nosso objetivo de ser

WorldCom precisará vender ativos na Europa

A concordata da WorldCom deverá forçar a empresa a estudar a venda de alguns de seusativos na Europa,incluindo umconjunto deserviçosde rede entre cidades importantes. A companhia tem cerca de 15 mil quilômetros emserviçosderede no continente, além de500 mil clientes corporativos, inclusive a Audi AG.

A WorldCom descartou a possibilidade de venda desses ativos, mas pode se juntar a umalonga listadeempresas, inclusive a BT Group PLC e a Energis PLC,que esperavam manter os negócios intactos, masforam forçadasavendêlos para levantar caixa, dizem analistas de mercado.

A derrocada de operadoras de telecomunicação cria oportunidadespara os concorrentes adquiriremosativos e roubarem clientes.

A InterouteTelecommunications Ltda, uma empresa privada do Reino Unido que operaserviçosde rede defibra óptica, já comprou ativos da KPNQwest NVe estáem buscade maisnegócios."Estamosolhandopara toda áreacomplementar ànossa", disse uma fonte da empresa.

A WorldCom instalou serviços derededefibraóptica em20 cidades,inclusivecentros financeiros,comoLondres, Frankfurt, Amsterdã, Milãoe Bruxelas.O focosão clientes corporativos. (AE)

a melhor companhiaaérea doméstica do mundo", disse Goyal. Segundooexecutivo indiano, a economia do seu país vaicontinuar registrando um crescimento econônico muitopositivo nospróximos anos, o que deve requerer ofortalecimento daaviação regional no País. Goyal afirmou que durante o processo de avaliação para a comprados jatos regionais sua empresa também analisou as aeronaves da principal concorrentedaEmbraer, a empresa canadense Bombardier. AJet Airways éa maior companhia aérea doméstica da Índia e opera uma média de 245 vôos por dia. (AE)

Colgate consegue obter lucro líquido recorde no mundo

O forte desempenho de seus principaisprodutos, especialmente nos Estados Unidos, levaram a ColgatePalmolive a obter lucro líquido recorde nosegundo trimestre deste ano. De abrila junho,a companhiaregistrou lucro líquido de US$ 327 milhões , o que representa aumentode 13,9% em relação aos US$ 287,2 milhõesdosegundo trimestre doanopassado. Ofaturamento alcançou US$ 2,297 bilhões, 2,6% amais do que os US$ 2,238 bilhões verificados há um ano. A divisão da companhia naAmérica Latina obteve resultados acima das expectativas. (AE)

América Latina segura desempenho da Endesa

AEndesa,maior empresa deenergia da Espanha, teve aumento de 10,6% em seu lucro líquido no primeiro semestre,com desempenho melhor que o esperado das operações latino-americanas, apesar da crise regional. Oprincipal obstáculoa melhores resultadosfoia própria Espanha,onde astarifas regulamentadas de energia permaneceram estáveise oscustos docombustível aumentaram. O lucrolíquido daEndesa na primeira metade do ano foi de 837 milhões de euros, o equivalentea US$ 832 milhões. Na opinião de sete analistas,o mercado esperava, emmédia, lucro líquidode

880milhões deeuros noperíodo. O faturamento semestralsubiu10,8%. "Amelhor notíciafoioresultado na América Latina, ondefoi feito umbom trabalhode controle de custos", disseAntonio Perez-Labarta, administrador deum fundoespecializado emempresas deinfraestrutura da Caja Madrid. A Endesa, que no Brasil tem participação na Companhia de Eletricidade doRio de Janeiro (Cerj)e na distribuidora Bandeirante, teve lucro operacional comas atividadesbrasileiras de213milhões de euros no primeiro semestre, alta de 101% em relaçãoa 2001, quandohouve crise no setor. (Reuters)

EM LINHA Joel Santos Guimarães
Isabela Barros
Seródio quer transformar a Jafra numa potência em cosméticos no País

Livraria Avant Garde fecha as portas engolida pela Internet

A livraria especializada em livros de arte, design, pintura e arquitetura Avant Garde vai fecharas portasapósoDia dosPais, emagosto,depois de30anos deatividade.Como no filme "Mensagem Para Você", onde a livraria infantil de Meg Ryan era engolida pela rede de megastores de Tom Hanks, a lojapaulistana teve seus negócios reduzidossignificativamente, em maisde 30% desde o início do ano, pelo avanço das vendas de livrospela Internete pelaalta do dólar dos últimos meses.

As mudanças dehábito de seusclientes, comoosarquitetos,designerse estilistas, também contribuíram para a diminuição do ritmo dos negócios, que seacentuou nos últimos meses. Os profissionais estão adquirindolivros por meio daInternetou nas grandes megastores que conseguem negociar com distribuidores estrangeiros quantidades significativas de material epodemoferecerao consumidor melhor preço já que têm girode mercadorias mais rápido.

Nem ofato deestar localizada num ponto nobre da cidade de São Paulo, no ShoppingIguatemi, porondecircula um público de alto poder aquisitivo, conseguiuimpedir o ritmo da queda nas ven-

das nos últimos meses.Outros fatores, como aumento do aluguel edo IPTU, também contribuíram para diminuir as margensde lucro e aumentar as despesas. "Já estávamos sentindo uma queda nasvendas desdeos atentados de 11 de setembro do ano passado. Penso queestes acontecimentos deixaramos consumidores inseguros e eles passaram a consumir apenas oessencial", explicaa proprietária da Avant Garde, Marly Henriquez Adaime. A empresária está estudan-

do a idéia de negociar a marca Avant Garde. "Mas isso ainda precisa ser amadurecido", diz Marly.A adoção de um site foi capazde impedira retração nosnegócios,poisa sua criação, manutençãoe atualizaçãoforam consideradas caras pela empreendedora. Segundo Marly, os grandes portais de vendas como Submarino eAmazontêmmais estrutura para se manter no mercado e, atualmente, utilizam os livros como chamariz paraoferecer aosinternautas produtos adicionaiscomo os

CDs e osDVDs. Outras megastores de livros, como a Saraiva e a Nobel também estão comercializando CDs eprodutos de papelaria.

Início –A AvantGarde surgiu há 30 anos quando sua proprietária decidiu deixar o cargode compradorainternacional de produtos,acessórios e manuaistécnicos na Dow Química.Quandocasou-see tevetrês filhas,decidiu utilizarseu conhecimento no ramo editorial para tornar-se importadoraindependente de livros.

O passo seguinte foi a especialização em livros de arte e a abertura da AvantGarde.A livrariatornou-se rapidamente referência e teve clientesfamososcomoo estilista Walter Rodrigues, que adquiria livros de cinema e artes plásticas, eocríticodecinema Rubens Ewald Filho.

O negócio se expandiu pois eraponto ondeartistassempre encontravamas obras procuradas. "Penso que cumpri minha função culturalnacidade econquistei uma segunda família com meusclientes. Asmudanças do mercado fazem parte da evolução da vida e é preciso aceitá-las",conclui Marly Henriquez Adaime.

Paula Cunha

Expo Bríndice: eleições fazem setor de brindes comercializar 15% mais

A 9ª edição da Expo Bríndice, feira deprodutos promocionais, presentescorporativos e mídia extensiva, que começouontem noCentrode Eventos São Luís(SP), acontecena expectativadaseleiçõesestaduais efederais.Segundo o diretor da feira, Luiz Roberto Salvador,o setorde brindes deve crescer de 10% a 15% este ano, motivado pelas campanhas políticas. No anopassado,osfabricantes debrindes movimentaram R$ 1,5 bilhão. "Brindes geram retorno imediato e imensurável", diz Salvador. Segundoele, osbrindesajudam a fixar a imagem de candidatos políticos e empresas, pois são produtos que não podem serencontrados em lojas.Por issochegama ser colecionados e atémesmo disputados como troféus. Osbrindes sãoumaferramenta importante para as empresas, principalmente pequenas emédias, quequerem fixar suasmarcas, chamar atenção dos consumidores e demonstrar simpatia aos clientes. Mas coma retração econômica, este mercado nãoestá favorável.Salvador diz que as eleições vão"salvar" os fabricantes.

Feira – A Expo Bríndice conta com mais de 100 expositoresqueapresentam em torno de5 mil itens,desde os maisbaratos,como chaveirose camisetas,até os mais sofisticados, como palm tops, web cams e eletrônicos.

A previsão é de receber oito mil visitantes até a próxima sexta-feira, 26de julho,último dia da mostra.

N o v id a d e s – AEngeplastic, por exemplo, apresenta nafeira umchaveiro emformato depizza ebiscoito que vem com o respectivo aroma. O fabricante garante que o cheiro dura por nove meses. Na linha de brindes úteis, a Onliveklança um cestodobrável pararoupasuja,impermeável, feito de nylone tela, que cabe dentro da mala e é ideal para quem sai de viagem. A 3D Brindes desenvolveuparaos executivosque viajam com frequência um porta ternos com espaço para laptop e troca de roupa.

Uma das empresasque direcionou seus produtos para a área política é a Unibrindes, que lança uma caneta em formato simples, mas com sofisticada impressão que permite estampar o rosto do candidato, em alta definição.

UE aprova aquisição da coreana Daewoo por GM

AComissãodaUnião Européia (UE) aprovou a aquisiçãoda coreana Daewoo Motor pelaGeneralMotors. "A operação não terá impacto antitruste", informou a UE. A transação sinalizava alguns problemas antitruste na Europa, já que a Daewoo possui menos de 1% do mercado europeu de automóveis.A GM detinha uma participação demercado de10,4% no primeiro semestre de 2002, deacordocom aAssociação de Fabricantesde Automóveis da Europa. A GM, juntamentecom seusparceiros,injetará US$ 400 milhõesem dinheiropara adquirir participação de 67% na Daewoo.Sozinha,a GM deterá fatiade 42,1% na novacompanhia,a serchamada de GMDaewoo Automotive and Technology. A japonesa Suzuki, na qual a GM detém participaçãode 20%, investiráUS$ 89milhõespara ficar com 14,9%. (AE) Credicard adota nova comunicação com consumidores

Telemar quer 70% do tráfego em sua área de abrangência

Dona de 70% do tráfego de longa distância dentro da sua região, a Telemar quer repetir a participação no mercado de chamadas interurbanas feitas para fora dos 16 Estados da sua área de cobertura. Segundoo presidentedaoperadora, Ronaldo Iabrudi, ameta deve seratingidaemmenos de 12meses,graçasauma maciça campanha publicitáOs números divulgados por Iabrudi indicam que o tráfegoque sai da região da Telemar é de 3 bilhões de minutospor ano."Queremos 70% disso", disse o executivo. Segundoele, omercadobrasileiro de longa distância movimentaentre R$7 bilhõese R$7,5 bilhõesao ano. "Um terço desse mercado é da Telemar", diz. (AE)

A Credicard, maior emissora decartões decrédito do País, prepara-se para lançar umserviço deenvio demensagens pelo celular, com informações previamente escolhidaspelo usuário,como limite de crédito disponível, data e valor da fatura.

O serviçodeve seroferecido inicialmente nosEstados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, atingindo todooBrasil até2003,quando poderá serestendido para os demais paísesda América Latina. A empresaYavox é a provedora de comunicação dedadosmóveis daCredicardnainiciativa. Aidéiaé criar um novo canal decomunicaçãocom clientes,reduzindo custos decall center e correspondências. (AE)

Livraria, no Shopping Iguatemi, está liqüidando o que restou no estoque
Paulo Pampolin/Digna
Imagem

Governo libera R$ 17 bi para pequenos

O volume, destinado ao financiamento de micro e pequenas empresas, tem o objetivo de gerar 4 milhões de empregos

O presidente Fernando Henrique Cardoso anunciou ontem a liberação de R$17bilhões para ofinanciamento demicro epequenas empresas, tantono comércio como na agricultura. O objetivo, disse ele, é garantir a manutenção do ritmo da atividade econômica no País e acriaçãode 4milhõesde empregos.

"Num momento emque o mundo passa por dificuldades, precisamos manter viva a nossacapacidade detomar medidas que mantenham a atividade econômica,liberando recursosparaatender aos maisnecessitados", disse Fernando Henrique. Os recursos, explicou, serão retiradosdo FGTS edo FAT, alémda contrapartidadosetor privado.

"Estamos dando uma injeção de R$ 17bilhões na economia. Isso ajudaa manter o ritmo de atividade e amplia empregos em 4milhões".O programa Empreendedor

oportunidades

Rugás Rugás

6X s/ juros ou Entrada p/ 60 dias e 12 parcelas fixas

Popular receberá R$ 1 bilhão, aos quais se somam mais R$ 1 bilhão dasagências financiadorasde pequenosnegócios. Osrecursos serãorepassados por meio da Caixa EconômicaFederal, Bancodo Brasile ONGs.

Opresidentedisse quealiberação de recursos para este segmento de pequenos negócios “certamente”garantirá penetração em camadas da população que,atualmente, têm pouco acesso ao crédito. Citou como exemplo o pro-

gramademicrocrédito, coordenado por uma ONG na favelada Rocinha,comoum dos que será atendido pelos novos recursos.

Imóveis – Fernando Henrique anunciou, ainda, a destinação de R$ 150 milhões de

recursosdoFATparao financiamentode imóveis prontos.

FHCtambémsereferiu às modificações que foram aprovadas na reunião do Conselho Deliberativo do Fundo deAmparo aoTraba-

lhador(Codefat), paraatender ao financiamentopara capital de giro aos pequenos e micro empresários, bemcomo aampliaçãodo Proger rural,que atendeapequenos agricultoresatualmente excluidos do Pronaf. (AE)

Inadimplência é problema secundário

A inadimplência cresceu no último ano, mas o maior problema enfrentado pelas micro e pequenas empresas do estado de São Paulo hoje é aqueda darentabilidade.Essassão as principais conclusões de estudo feito pelo Sebrae-SP no primeiro semestre deste ano. De acordo com a pesquisa, a inadimplência aumentou em 40% das micro e pequenaspaulistas entre 2001 e 2002. Hoje, segundo o Sebrae,63% dessasempresas têm clientes com pagamentos em atraso.

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vendascomprometida pelas dívidasé baixa,de 14%.Isso ocorre porquea maiorparte dos negócios é de baixo valor: 25% dospagamentosem atraso, por exemplo,referem-se a vendas de até R$ 200 e 51% são inferiores aR$ 1.000. "A inadimplênciade fato cresceu, mas não chega a afetar significativamente os negócios",avalia MarcoAurélio Bedê, um dos coordenadores da pesquisa. Para ele, as principais dificuldades das empresasde pequenoporte são a alta dos custos e a diminuição das vendas.

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Margens mais estreitas –O levantamentodo Sebrae mostrou que 87% das pequenase microempresasobservaramaumento no total de custos com matérias-primas e serviços entre 2001 e 2002. Além disso,nosprimeiros cinco meses deste ano, o faturamentodessas empresasteveretraçãode 22,8%,emrelação aomesmo intervalode 2001.Bedêacrescentou que, noperíodo,o ÍndicedePreços noAtacado (IPA),calculadopela FundaçãoGetúlio Vargas, acusou uma inflação de 10,4%.

"Tudo isso mostra uma redução evidente da rentabilidade". Combasenoestudo, 79% das micro e pequenas disseram quesuasmargens de lucrocaíram de2001 para cá, enquanto 20% afirmaram que os lucros continuaram iguaiseapenas1% verificaram crescimento.

Prazos maiores – Apesquisarevelou aindaquemais micro e pequenas empresas passaramatrabalhar com cheques pré-datados. Naúltima sondagemrealizada pelo Sebrae, há três anos, 64% dasempresas aceitavampré-

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datados. Neste levantamento, o número subiu para 79%. A participaçãodas vendas a prazono totaldenegócios também cresceu, mas em menor proporção: passoude 50% para 53%. Com isso, aumentou ainda o nívelde consultasfeitas ao Serviço Central de Proteção aoCrédito (SCPC),daAssociação Comercial de São Paulo,de 31%,em1999,para 42%, neste ano. "As empresas precisam vendermais e, por isso, alongam os prazos".

Giuliana Napolitano

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ANÁLISE João de Scantimburgo

Ok curral

Ofilmefez tantosucesso, que chegoua sercitado, num episódio qualquer,do qual não me lembro, pelo arcebispo de Nova York e por alguns magnatas deWall Street.Teve nos papéis títulosBurt LancastereKirk Douglas. Faltou olegendárioJohn Wayne,para quem já foilevantada uma estátua de corpo inteiro, como símbolo da conquista doOeste americano esuas peripécias,mais ou menos formais e sempre repetidas, mas que dãoprazer de ver de novo.

Os EstadosUnidos,como numerosos outros países, dentre eles o Brasil, transformou-se no curral onde se batem bandidos deváriaespécies,masdepredomínio os traficantesdedrogas, com o que fazem muito dinheiro, ao ponto de um deles, o Fernandinho Beira Mar, almoçar e jantarna saladodiretor da prisão – cumulo dos cúmulos é isso – tomando seu champagnepreferidoe os pratos quevãode umdosmelhores restaurantes do Rio de Janeiro.

Estamos precisando de um xerife,mas este nãoaparece ou tem medo de aparecer, pa-

ra não ter osdiascontados, como o pobre Tim Lopes, que foi cumprir sua missão de bomjornalista eacaboutrucidado por uma espada japonesa, dessas que os samurais sabem manipularadmiravelmente bem nassuascontendas com inimigos ferozes. Por enquanto temos, apenas,o curral, com os bandidosescondendo-se atrásdasparedes demadeira edos troncos das arvores derrubadas para o sustentar.

Será preciso, portanto, que a polícia de capitais gigantescas, as megalópolis, como São Paulo e Rio de Janeiro – onde aprefeitaMarta dançou domingoúltimonasruas para exibir ao menosessas habilidades ostensivas – para por cobro ao banditismo, aos crimes individuais,aos assaltos, ànecessidadequeteve oindustrial JorgeYunnes decercarsuabelapropriedade de ummuro, vindo,portanto,a morar num bunker. É do que precisamos, do xerife contra os bandidos.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

Telework ing

U madas grandes tendênciasdo cenário corporativo mundial é o Teleworking (Teletrabalho)ou Telecommuting. Pesquisas apontamque estenovo tipo de relação comercial proporciona uma série de benefícios para ambasaspartes: empregados eempregadores.Entreas vantagens estão as reduções de gastos com infra-estrutura, menos engarrafamentos, menos atrasos, maior tempo com a família eamaiorresistênciaa situações de crises. Alguns estudos indicam aumentos de produtividadequevariamde 20a45%de ganhos. Ao contrário da primeira impressão, o Teleworking não serestringe às residências,podendo ser realizado em um escritório satélite ou ainda num escritório móvel.

A destruição do World Trade Center foi umagrande prova para o Teleworking, quando diversas empresas,sob orisco de incalculáveis perdas financeiras, tiveramque restabelecer seus negócios emtempo recorde. Ainexistência deum plano de contingência foi umgrande entrave queatingiu atémesmo gigantes do mercado de consultoria. Aboa vontadede funcionários e fornecedores foi fundamental, mas ainda hoje existem muitos funcionários trabalhando em suas residências.

Asbarreiras tecnológicasparao adventodoTeleworking são praticamente inexistentes. A banda larga deixou de ser uma realidade exclusiva dos entusiastas da tecnologia, opreço v em caindoacadamêse,em muitos casos, os modems estão saindode graça comooque aconteceu com as antenas de recepçãode televisão digital via satélite.

AEletropaulo testou(março de 2002) as suas linhas para fornecimento de serviços de conectividade com a Internet. O piloto da Cemig está sendo fina-

O Estado de Direito

Fico na dúvida em intitular esteartigo. Devo chamá-lo de Estado de Direito ou de O direito doEstado? Acumulam-seos exemplosdo despreparogeneralizado de integrantes do Judiciário,da indispensávelformaçãojurídicia ao exercíciode seus cargos. Entretanto,não se deve atribuir o fato exclusiamente à degradaçãodo nível de ensino proporcionado pelas Faculdades de Direito do País, o que tem sido evidenciado pelos concursos eprovaspúblicos parao preenchimentodecargos judiciarios epara outorgar habilitação para oexercício de funções advocatícias. O que é acentuado pelaturbulênciae confusão que baixa de decisões das mais altas às maisbaixas instâncias. A pontode que, em lugar de exercer seu tradicional e supremo poder de dirimidor de conflitos e garantidor do Estado deDireito,oJudiciário vemsecaracterizando como um dos grandes perturbadores da governabilidade Constitucional e da ordem Jurídica do País.

Contudo, mais do que à insuficiência desua formaçãouniversitária, isso éantes um dos inúmeros efeitos colaterais dos 40 anos de ditadura que prevaleceram em nosso século de regimerepublicano. Defato,não

é tanto à ignorância intelectual quesedevem decisõesecomportamento dos membros desse poder que afrontam a Lei e o Direito, masà suaconvicção pessoal de que opoderque exercem os colocam acima e fora das normas.de Direito que lhes incumbe aplicar.

Recentemente, um desembargador doEstadodo Rio de Janeiroatuou por"desacato à autoridade" umaguardaque "multou carro deseu filho estacionadoem lugarproibido,ordenou à Polícia Militar que a levassea umaDelegacia,pediu abertura de inquérito e ainda ficou com seutalonário de multas" -segundo noticiamos jornais. Um fato banal que ilumina mais do que seudespreparo e ignorância das leis, a convicção de que detém um poder pessoal soberano, discricionário,invulnerável e impunível em sua prepotência.

Um magistrado queevidenciaessetipo dementalidadee de comportamento menos que umzelador doEstado deDireito é um contraventor da ordem pela qual lhe cumpre zelar. Vem daí adúvidaquenosassalta quantoao títulomaisadequado a este artigo.

Benedicto Ferri de Barros e-mail: bdebarros@sanet.com.br

O Conselho que nos falta

João Baptista de Oliveira

lizado. Aoque tudoindica, este serviço será bastanteacessível, levando ao chão o preço das conexões via banda larga. Hoje oTeleworkingconta com diversasferramentasde software parapropciar estaexperiência. São ferramentas de ecollaboration (colaboração eletrônica), compartilhamentode documentos, instant messages, agendas compartilhadas, vídeo conferência, web fone,uma infinidade derecursos que somente o tempopoderá classificá-los como utilidades ou inutilidades. Tambémentracomo debutante neste mercadoa tecnologia Bluetooth, prometendo ser um padrão universal para redes pessoais de comunicação sem fio a curtas distâncias. Entre todas estas maravilhas para propiciar a experiência do Teleworking,pouco ou nada tem se falado sobre segurança das informações. Podeserque asVPN (VirtualPrivate Network) estejam tomando o lugar de onipotência ocupado pelos firewalls no passado. Quem tinhaumfirewallem sua rede acreditava estar seguro contra qualquer mazela do mundodigital. Paraquem andapensando assim, a segurança das informações vaimuito além da criptografia para a camada de rede.

Vencidasas barreiras, oTeleworking tem tudo para emplacar em diversos segmentos que podem operar com trabalho distribuído, como por exemplo,jornalismo, publicidade,pesquisas, vendasemarketing, corretagem, atendimento aoconsumidor, consultoriafinanceira, desenvolvimento de sistemas edigitação. Talvez oTeleworking venhaa criar o mundo virtual globalizado tão sonhado pela "velha nova economia".

André Correia é especialista em Tecnologia em Processamento de Dados

Ascartas àRedaçãosomenteserão publicadas se contiverem,alémda identificação do missivista, endereço com rua, número, bairro, CEP e, se possível, telefone e rg. As cartas poderão ser resumidaspela redação, publicando-se, apenas o essencial. Os originais não serão devolvidos.

N ascida em 25 de janeiro de 1554, a cidade de São Paulo contapraticamentequatro séculos e meio de existência. E de muita história! História literária, continua nas muitas obras escritas em prosae verso sobre nossa "Paulicéia Desvairada". E história concreta, contada por suavariadae ricaarquitetura, por seus prédios, monumentos, praças, ruas eavenidas, alamedas, vilas, vielas, túneis, passagens e outros incontáveis logradouros desta que é uma entre as três maiores metrópoles do mundo.

Anda por São Paulo, especialmente por seu centro, de olhos, alma e coração abertos é descortinaruma cidadederara esurpreendente beleza, rica emdiversidade arquitetônica e paisagística. Apenas à guisa de exemplo, o romântico Martinelli –primeiro arranha-céuda América do Sul – lá está, registro vivo doinício dadécadade trinta.O nostálgicoViaduto SantaIfigênia também seapresenta como preciosa reminiscência dos chamados"bons tempos".Quepalavras usar para descrever o majestosoTeatro Municipal?Que dizerdosedifícios queocirculam na Praça Ramos de Azevedo – muitos dos quais projetados pelo próprio Ramos de Azevedo? E o prédio dos Correios com seus 18.000 metros quadrados de pura história? Eo pequeno e gracioso sobradinhoverdedo Conservatório Dramático e Musical de São Paulo?

Cruzando opoéticoViaduto do Chá, sobre o ainda belo Vale do Anhangabaú – outrora designado sistematicamente como "o vale do povo" –, deparamos com o Edifício Matarazzo,sede hoje do Banespa-Santander e futuramente daPrefeitura, eque tem um verdadeirobosqueemsua cobertura, com plantas e árvores deporte, como bananeiras,jaboticabeiras e que tais... Então, a partir da Praça do Patriarca, estende-se ochamado "centrovelho", que apresenta

Fogueira das vaidades II As considerações da coluna de ontema respeito da egolatria que move políticos, artistas, jornalistas, se estende aos demais campos da atividade humana, inclusive, na chamada iniciativaprivada e de forma também bastante acentuada, no mundo dos esportes.

métodos utilizados são os, digamos, mais ortodoxos.

um respeitável conjunto de prédios cuja beleza arquitetônica impressionaefascina edequeo edifício do Centro Cultural Banco do Brasil é uma boa mostra.

Dando sua contribuição, agregam-se espaçoshistóricosemblemáticos como o Pátio do Colégio, as Praças daSé, da Repúblicae Dom JoséGaspar, alémda Ladeira da Memória, dos Largos de SãoBento edo Café, entre tantos outros pontos marcados por suave nostalgia.

Tudo isso – e muito,muito mais– fazpartedahistória eda memória vivade nossaquerida cidade. Eé –ou pelomenos deveriaser– herançaperene,que tivemos oprivilégio dereceber de nossos antecessores e que temos o dever delegar aos nossos pósteros. Só que, de repente, alguém que vem administrar a cidade por um período de quatro anos, no máximo, oito anos entende de alterar isso ou aquilo, e láse vaiumvalioso eirrecuperável patrimônio histórico. Por isso e para isso – para evitar dilapidaçõese lesõesem relação ao imenso e valioso acervo histórico, cultural, arquitetônico, artístico e tradicional de São Paulo–,proponho acriaçãode um Conselho deNotáveis, que seriao guardiãodessaextraordinária riqueza pública. Poderia chamar-se, por exemplo, Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico deSão Paulo, ouConselho dePreservaçãodo PatrimônioPaulistano, ou comomelhor decidissem os próprios conselheiros. Teria a integrá-lo personalidades que guardassemlaços de respeito e de amor ànossa cidade.Sugiro algunsnomes: João de Scantimburgo, Paulo Bomfim, Hernani Donato, Og Pozzoli,Luiz Gonzaga Bertelli, Alencar Burti, IsraelDias Novaes,SólonBorges dos Reis, Mário Amato, Luiz FlávioBorges D’Urso,Dulce Salles Cunha Braga, Milu Vilela, Dorina Nowill...

João Baptista de Oliveira é consultor de empresas

Capitão do penta Não o chamando de vaidoso,por desconhecersuapersonalidade, usoo capitãodo penta,Cafú, como exemplo aleatório. Das vielas sem asfalto do já famoso Jardim Ireneparao pódiomaisaltodo esporte mundial– erguera Copa do Mundo – quanto de obcecado pelesucessonão teve o nosso jogador? No seu caso e da maioria dos atletas, todos de origem humilde, a necessidade faz o desejo, mas quantos, com ego menos reluzenteemenosforça de vontade nãodeixam dechegar lá, ficam pelo caminho, pela falta dos componentes mencionados na coluna de ontem?

Em todo lugar

Quantos bem sucedidos empresários e executivos não encontraramo caminho do sucesso ao deixar para trás os competidores com menos sedede sucesso?Aesmagadora maioria.E, assimcomona política, no esporte, no meio artístico e jornalístico, nem sempre,nestabusca obcecadapelo sucesso, pelo poder, pelavisibilidade pública,os

Razões e motivos São diversasasrazões que movem os que buscam o chamado sucesso. A base, mesmoquando éanecessidade, de sustentação da ação, como jásugeri empiricamente,é o tamanhodoego, odesejoincontidode chegarlá.Poucos são fruto do destino, envolvidos pela presença não cobiçadaemlugar ecircunstância certa. A regra é o ego maior do que atéacapacidadede discernir, muitas vezes.

Jânio Quadros

Outro exemplo. Amigos (daquelesraros,poucos) do ex-presidente Jânio Quadros relatam aindahoje, na intimidade, oquantoele sofreu no período que esteve fora da cena públicapor contada renúncia. Faltava-lhe,dizem esses amigos, o poder, o ego reconhecido, a vaidade alimentada.

Explicação plausível Depois de duas colunas dedicadas aespecular sobrea vaidade e o que move quem se expõeabertamente depúblico, fique mais fácil entender o comportamentodos queestão se oferecendo ä opinião pública em busca de votos, ou melhor ainda, de chegar, através do voto, ao sucesso, mas acimade tudo,ao autoreconhecimento de que consegue o que quer, não importa opreço. Sob osholofotes e aplausos.

fornecido

agências

e Reuters Os artigos enviados à Redação do DC para eventual publicação devem conter no máximo2.800caracteres,sedigitados,ou40 linhasde70 toquescada,se datilografados.

P. S . Paulo Saab

ACSP pede apuração de irregularidades

A Associação Comercial de São Paulo decide procurar a polícia para denunciar cobrança indevida de mensalidade

A Associação Comercial de São Paulo(ACSP)abriu inquéritopolicial contra associação de classe que usa nome similar aoseuintencionalmente para receber as mensalidades de seus associados, através do envio de boletos bancários. "Isso caracteriza estelionato eaAssociação

Comercial de SãoPaulo será implacável no sentido de coibir essa iniciativa criminosa", disse oadvogado criminalista, Luiz FlávioBorgesD’Urso, contratado especialmente para acompanhar o caso. Depoisdeformalizar representação junto ao Ministério Público de São Paulo no mês de fevereiro contra a práticailícita dasupostaentidade – denominada Associação

Comercialdo Estadode São Paulo – , a Associação Comercial de SãoPaulo deu entrada em inquérito na 1a Sec-

cional dePolícia,no centro da cidade.Asinvestigações foram iniciadas com os bancos onde aentidade de classe possui conta corrente. Os boletosou fichasdecompensação enviados pela entidade sãoprovenientes dediversos bancos, principalmente do HSBC. Todos foram notificados pela polícia para justificar a remessa dos documentos. Segundo oadvogado, somente o HSBC recebeu 50 ofícios de entidades de classe que, apesar de não manterem qualquer vínculo com a associação que está sendo investigada,foram surpreendidas com o recebimento da cobrança.

te de inúmeras outras entidades,o quemostraa claraintenção de ludibriar grande númerodepessoas, jáque não prestaqualquer tipode serviço ", explica.

Iniciativa ilícita ocorre com o envio de boletos bancários que confundem associados

Fotos– No momento, a polícia está trabalhando para obter dados efotos de seus principais dirigentes, para rec on h ec im e nt o junto às empresas que pagaram o boleto bancário, pensandose tratar daAssociação Comercial de São Paulo. O advogado informou aindaque o inquérito estásendoencaminhado ao fórum, ondeestá sendo solicitado um prazo maior para as investigações.

licialfoi motivadapelogrande número de associados que foramsurpreendidos como recebimentodas fichas de compensação. Devido à semelhança do nome e à forma de cobrança, via boleto bancário, é grandeo número de associados quepagaram, pensandose tratar decobrançapelos serviçosprestados pela ACSP. Segundo osuperintendente do Departamento Jurídico da Associação Comercial de

São Paulo, o advogado Carlos Orcesi da Costa,o setor jurídicodaentidade recebe,em média, cerca de 10reclamações por dia de associados que caíram na armadilha. "A Associação Comercial deSão Paulovem hátempos alertando seus associados para prestar o atenção no nome do credor que aparece no boleto antes de efetuar o pagamento. Agora sentiu a necessidade de contratar um advogado especializado para

falências & concordatas

"Oresponsávelpela associação figura como presiden-

Prejuízos – Ainiciativa da Associação Comercial de São Paulode abririnquéritopo-

Receita Federal começa a receber declaração de isentos dia 1º

A Receita Federal começa a receber dia 1º de agosto a entrega da declaração de Imposto de Renda de isentos 2001, ano base2002. Devem efetuar aDeclaração deIsentoaquelesque não declararam o imposto neste ano e receberam menos de R$ 10,8 mil no ano passado. Os contribuintes quejá fo-

ram incluídos na lista de pendências daReceita Federal e não entregarema declaração até 30de novembropoderão ter seus CPFs cancelados. Qualquer pessoa que possua oCPF, mesmo aquelas com menos de 18 anos, têm obrigaçãode fazersuadeclaração de IR, mesmo que sejam isentas.

Formas – A declaração poderá ser feita via internet, gratuitamente, através do site da Receita Federal(www.receita.fazenda.gov.br). Outras opções de enviosão o ReceitaFone (0300-780300), os Correios e as casas lotéricas. Nos correios, cobra-se uma taxade R$2,00enas casaslotéricas, R$0,50. (Agências)

Rua Tabapuã, 540 -S.Paulo/SP CEP 04533-001- Sede Própria PABX (11) 3040-9800/ FAX (11) 3040-9955 Telemarketing 0800-11-2929 www.ciee.org.br

No dia 10 de julho, o CIEE e a Presidência da República efetuaram a assinatura de acordo de cooperação para programas de estágios e treinamento de estudantes. Participaram da solenidade de assinatura do convênio, realizada no anexo do Palácio do Planalto, na capital federal, a ministra Anadyr Mendonça Rodrigues (corregedora geral da União), Ari Matos Cardoso (secretário de Admin. da Casa Civil), Ayrton Afonso de Almeida (secretário sub. da Casa Civil), Moisés do Espírito Santo Jr. (ger. de Assuntos Institucionais e Corporativos do CIEE) e Cláudia Uehara (ger. reg. Centro Oeste do CIEE), entre outros.

Moisés do Espírito Santo Jr., ger. de Assuntos Institucionais e Corporativos do CIEE (à esq.) e Ari Matos Cardoso, sec. de Adm. da Casa Civil.

No dia 4 de julho, o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, professor José Eduardo Cardozo, acompanhado do vereador Carlos Neder, esteve visitando as sedes do CIEE, na capital paulista, quando teve oportunidade de conhecer os serviços e atividades filantrópicas da instituição.

Na ocasião, estiveram presentes o presidente executivo do CIEE, Luiz Gonzaga Bertelli; Yvonne Capuano, conselheira do CIEE; Afonso Lamounier de Moura, gerente Nacional de Atendimento do CIEE e demais representantes da instituição.

acompanhar de perto a prática criminal", diz Orcesi. O advogado lembra que o artifício usado pela suposta entidadedeclasse éantigo, desde1993,pelomenos. Na época, usava o nome Associação Comercial e Industrial do Estado de São Paulo, mas teve seu registro cancelado devido a açõespropostas pelaACSP e pelo Ministério Público Estadual.

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 22 de julho de 2002, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:

Requerente: Termomecânica São Paulo S.A. – Requerida: Intergás Instalações Técnicas de Gás Ltda. – Praça Barão de Angra, 03 – 34ª Vara Cível

Requerente: Distribuidora de Medicamentos Santa Cruz Ltda. –Requerido: Drogaria Copersoma Ltda. – Rua Maria Teresa Assunção, 580 – 11ª Vara Cível

Requerente: Medcall Produtos Farmacêuticos Ltda. – Requerido: José Martins Robles Drogaria-ME – Rua Otacilio Tomanik, 14 – 12ª Vara Cível

Requerente: Mecall Produtos Farmacêuticos Ltda. – Requerido: Farmácia Doraci Ltda. – Rua Careiro, 71 – 29ª Vara Cível

Requerente: Guacical Distribuidora de Materiais p/ Construção Ltda. – Requerido: Revolução Material p/ Construção Ltda-ME–Av. Ragueb Chohfi, 4700 – 13ª Vara Cível

Requerente: Medcall Produtos Farmacêuticos Ltda. – Requerido: Robson Adriano Gonçalves Julio-ME – Av. Mercúrio, 76 –22ª VaraCível

Requerente: Rapidox Gases Industriais Ltda. – Requerido: Nova Solda Oxigênio e Material p/ Proteção Ltda. – Rua Araritaguaba, 315 – 25ª Vara Cível

Requerente: RP Consultores Empresariais S/C Ltda. – Requeri-

do: Framek’s Comércio e Representações Ltda. – Rua da Mooca, 3249 – 35ª Vara Cível

Requerente: RP Consultores Empresariais S/C Ltda. – Requerida: Sincas Emp. de Obra e Com. de Materiais Ltda. – Rua Dr. Professor José Marques da Cruz, 204 – 36ª Vara Cível

Requerente: Comercial Bom Jesus Ltda. – Requerido: Mercadinho Carumbé Ltda. – Av. Manoel Bolivar, 225 – 40ª Vara Cível

Requerente: Serveng Civilsan S/A - Empresas Associadas de Engenharia – Requerida: NCA Com. de Materiais p/ Construções Ltda. – Rua Caminho do Engenho, 82 – 33ª Vara Cível

Requerente:Jaltex Química Indústria e Comércio Ltda. – Requerida: Sapopemba Metalúrgica e Galvanoplastia Ltda. – Rua Custódio de Sá Faria, 65 – 38ª Vara Cível

Requerente: Falsi e Falsi Comércio de Peças Diesel Ltda. – Requerido: Tarcísio José Grizotto –Rua Ezequiel de Paula Ramos Junior, 79 – 30ª Vara Cível

Requerente: Escad Locação de Equipamentos p/ Terraplenagem S/C Ltda. – Requerido: Santo André Montagens e Terraplenagem S/A – Av. Nove de Julho, 4877 – 6ª Andar – 32ª Vara Cível

Requerente: Lucim Comércio e

Da esq. p/ a dir.: José Eduardo Cardozo, Luiz Gonzaga Bertelli, Carlos Neder e Afonso Lamounier de Moura.
Sílvia Pimentel

Dora Kramer

Na estrada do bom retiro

Não há duas conclusões possíveis: ou o candidato do PSB, Anthony Garotinho, tem um plano genial - mas ainda imperceptível a olho nu - para se reerguer na campanha àPresidência,ou estáemfrancoprocesso deretiradada candidaturapara, provavelmente,dedicar-se àtentativa de reeleição no Rio.

É verdade que a segunda hipótese não combina com os planos dele, arquitetados inicialmente para escapar do desgaste de um segundo mandato e aproveitara exposição de uma candidatura presidencial agora, com vistas à disputa de 2006. Mas é fato também que as recentes declarações do ex-governador combinam menos ainda como que se espera de um candidato a mais de dois meses de distância da eleição: Garotinhoapressa-se emexibirasmazelas dacampanha, queixando-se dafalta de dinheiro, e aindase dá ao desfrute de recusar encontros com banqueiros.

Considerando que recursos não brotam do asfalto, a recusa só pode ser marketing. E da mesma natureza daquele que orienta a produção de frases tais como "orem por esta candidatura", "não sei até quando vou resistir".

A primeira atitude, a que rejeita banqueiros, caracteriza a busca de uma marca de independência e a segunda, que expõe a fragilidade da campanha, pavimenta a estrada do retiro próximo.

São suposições, é claro, mas baseadas na evidência de quequemestánadisputapara valernãodizoqueocandidatodisse naterça-feira:"Deustenhamisericórdiade mim, não sei até quando vou aguentar."

Se issonão é uma declaraçãoexplícita de queo terreno do recuo já está sendo cultivado, com toda certeza um grito de guerra ao entusiasmo da militância é que não é.

Inclusive porque a exaltação e o arrebatamento não são sentimentos que cerquem a candidatura Garotinhono momento. Jacó Bittar, candidato ao governo de São Paulo pelo PSB, está anunciando desistência e Lídice da Mata, da Bahia, entrega os pontos até sábado e vai apoiar o PT. Caso o ex-governador também tome o rumo de casa - de onde, aliás, pouco tem saído, dada a quantidade de compromissosdecampanhaconcentrados noRio-,seráum cabo eleitoral muito disputado.

Nacandidatura Serra,ahipóteseda desistênciaévista com temor de que o patrimônio de 10% das intenções de voto possavir aengrossar aschances deLula ganharno primeiro turno.

A briga pelo espólio, se houver, será pesada e adicionará mais um fator de imprevisibilidade nessa já nada tranqüila nem previsível campanha eleitoral.

Inspiração

Oficialmente, aequipe de Garotinhodiz quevai tentar contornar a falta de dinheiro ampliando as vendas dos bônus deR$1, flagrantementeinspirados nacampanha do "tostão contra o milhão" feita por Jânio Quadros durante a eleição para a Prefeitura de São Paulo, em 1953.

Mesmo que a candidatura do PSB não sofresse com problemasde naturezapolíticae resistisseatéo final,dificilmente passaria incólume pela Justiça Eleitoral.

Os bônus, para venderem mais, precisam de propaganda.

Mas o artigo 7.º da legislação em vigor diz em seu inciso 5.º que não será tolerada publicidade eleitoral "que implique oferecimento,promessaou solicitaçãodedinheiro, dádiva, rifa, sorteio ou vantagem de qualquer natureza".

Ou seja, proibido de propagandear sua pretendida fonte de financiamento, Garotinho terá, digamos assim, alguma dificuldade para prosseguir.

Se não há milhão que resista a tantas intempéries, muito menos haverá de fazê-lo o tostão.

Intimidade

Nunca, desde os tempos dos palanques unitários da luta pelarestauração dademocracia, foramtão amistosasas relaçõesde FernandoHenrique Cardosocom oprimeiro escalão do PT.

O gesto de FH, de dizer a dois petistas graúdos que seu apoio será de Lula caso Serra não vá ao segundo turno, está criando ambiente para retribuições dentro do partido. Já há quem diga que o atual presidente não pode ser ignorado-muitomenoshostilizado -peloPT,nahipótese de conquista da Presidência da República.

Mais do que a constatação, já se faz mesmo uma proposta: estuda-se desdejá amelhor formade homenagearFernandoHenrique,reconhecendo pelomenosasqualidades pessoais daquele que foi o principal adversário dos petistas nos últimos anos.

A idéiaseria adeaproveitar aexperiênciadessesdois mandatos, a exposição ecredibilidade mundiais acumuladaspor FHe fazerdeleum superembaixadorbrasileiro junto a organismos internacionais oumesmo com funções de representação para missões específicas. De qualquerforma, sãoquinhentos outrospara serem pensados, pesadose debatidos com objetividadesó após as eleições.

Núcleo da campanha de Serra quer o apoio de FHC

Integrantes do núcleo político da campanha do senador José Serra (PSDB-SP) apontam doisfatores importantes que poderiam ajudareleitoralmente ocandidato tucano à presidência da República. Primeiro,passar aoeleitorado a idéia clara de que o governo está apoiando José Serra e, segundo, solidificar sua base desustentaçãopolítica formada pelo PSDB, PMDB e setores do PFL e PPB.

Apesar de o slogan da campanha de Serra estar centrado na promessa de mudanças, políticos ligadosao candidato entendem que ele precisa se apresentar mais vinculado

Ciro e Itamar se encontram em Belo Horizonte

O candidato àPresidência pela Frente Trabalhista, Ciro Gomes, encontrou-seontem com o governador deMinas Gerais, Itamar Franco (sem partido), por voltado meiodia, no Aeroporto da Pampulha. Itamar retornavade Juiz de Fora (MG) e Ciro chegava a capital mineira para um encontro com empresários e comício, à noite, em Nova Lima. "O encontro foi apenas uma feliz coincidência. Me avisaram que ele estava lá. Para meuprazere meudever, fuiabraçá-lo", disseCiro,em entrevista concedidana sede da Associação Comercial de Minas.

O candidato doPPS estava acompanhado de Omar Peres (PDT), atual assessor para Assuntos Especiais do governador mineiro.Questionado se ele havia solicitado apoio de Itamarà suacandidatura, Ciro negou. "Umhomem da altura de Itamar não pode ser aliciado". (AE)

Presidente do PT defende um novo acordo nacional

O presidente nacional do PT, José Dirceu,defendeu ontem um novo acordo nacional para possibilitar o crescimentoeconômico do País. "Há uma necessidade de mudara políticaeconômica e deo País aceitare compreender que precisa crescer e quenão existeoutraalternativa.É precisoum novocontratosocial,um acordonacional", afirmouDirceu, que destacou como pouco animadoras as previsões para o próximo ano. "Nós temos consciência de que o País,no primeirosemestre de 2003,terá que enfrentar umarealidade muito dura, uma demandasocial grande, um desemprego alto, uma economia quase estagnada euma criseinternacional que está se agravando. Os brasileiros precisam ter consciência, ao votar, que o Brasil precisa se unir para fazer essas reformas,criar condições de baixar os juros e retomar o crescimento econômico", acrescentou o presidente nacional do PT. (AE)

ao governo Fernando Henrique que,por suavez, deveria ser explícito em relação ao apoio ao tucano. Uma pesquisa feita pelo Ibopeno mês passado concluiu que menos da metadedos en tr ev ist ad os não identifica o senador José Serra como candidato governista. À pergunta sobre quem é o candidato governista,43% apontaramSerra; 9%disseramque éopetista LuizInacioLuladaSilva;8% optaram por Ciro Gomes, candi-

datodoPPS; e8%responderamsero candidatodoPSB, Anthony Garotinho.

Articuladores do PSDB entendem que Serra precisa se apresentar mais vinculado ao governo

Unidade – Outro componente considerado fundamental para ajudar JoséSerra, queestá emqueda nas pesquisas de intenção de voto, seria manter aunidade da aliança política que oapóiaea confiançados partidosem torno do candidato tucano.

A preocupação é evitar, nestafase, adesõesde serristas ao presidenciável Ciro Gomes ou mesmo a Lula.

O presidente do Partido dos Trabalhadores,deputado José Dirceu (SP), afirmou que será ampliado o apoio de setores do PMDB a Lula e que esses manifestações vão acontecer em breve.

Na avaliaçãode tucanos,o encontrodeSerra ontem com os governadoresque o apóiam foi importante na tentativa de consolidarsua base político-eleitoral. "Épreciso manter a confiança na candidatura Serra para reverter isso em apoios eleitorais", disse um parlamentar que integra o Conselho Político da campanha do senador tucano. (AE)

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Hamas ameaça revide violento a Israel

Movimento radical palestino convoca grupos para atacar os sionistas em qualquer lugar e a qualquer momento O"braço armado"domov imentoradical palestino Hamas apelou ontema todas as suas células e membros para que se preparem paramergulhar Israel num "mar de sangue", na seqüência do assassinato de seu líder Salah Chehadé."Apelamosa todos os nossosgrupos dentro dasfronteiras de 1948 para que estejam prontos para atacar os sionistas emqualquer lugare aqualquer momento",informam, num comunicado,as brigadas "Ezzedine al-Qassam", aludindoao conjuntodo território israelense edos territórios palestinos.

O "braçoarmado" do Hamas informatambém que "discípulos" do líderdo grupo foram osautores dos disparos de foguetes lançados na madrugadade ontemcontra objetivos israelenses na Faixa de Gaza, um dos quais causou ferimentosleves emdoiscolonos israelenses. Segundo o comunicado, esses disparos foram simplesmente uma primeirademonstração "do mar de sangueque os sionistas vão conhecer em conseqüência deste crime".

O balanço do ataque de segunda-feira, lançadocontra um edifício de apartamentos de um bairro densamente

povoado do centro da cidade de Gaza, aumentou ontem para17mortos comadescoberta, entreos escombros, dos cadáveres de duas crianças,de um e quatro anos.Do totalde mortos, 11 eram crianças entre os doismesese 13 anos. R e t i ra d a –O chanceler israelense, Shimon Peres, que vem enfrentando fortescríticas pelobombardeio que matou 15 palestinos emGaza,entre elesumchefe doHamas, disse ontem que Israel estaria disposto a se re-

Balanço do ataque de 2ª-feira, subiu para 17 mortos com a descoberta de cadáveres de duas crianças

tirar de algumas zonas da Cisjordânia e descongelar milhõesdedólaresem fundos palestinos retidos. Ogesto deboa vontade por parte dePerescontrastoucom declarações de altos funcionários israelenses que defenderam a ação e descartaram versões de que uma declaração de tréguahavia sido feita pelos grupos militantes horas antesdo ataque. Aomesmo tempo, esses funcionários reconheceram que a inteligênciamilitarqueconduziu ao

Argentina breca medidas judiciais

O governo argentino baixouontem umdecretoque suspende por 120 dias úteis as sentençasjudiciais quepermitem aos correntistas sacar em dinheiro seus depósitos bancários, apesar do congelamento.

O decreto estabelece a "suspensão... do cumprimentoe execução de todas as medidas cautelares e sentenças definitivasdos processos judiciais que se referem"à norma que estabeleceu o congelamento.

Desta forma o governo está tentandocombater ogrande problema que enfrenta o sistema financeiro,que perdeu comestas medidascerca de 4,3 bilhões de pesos desde fevereiro.

Ao mesmo tempo, enfrenta os milhares de correntistas

que confiaram na Justiça para poderemfugir do "curralzinho" financeiro eobter seu dinheiro.

"Todas as medidas emitidas nos últimos tempos totalizam uma soma verdadeiramente enorme", disse o chefe de Gabinete, Alfredo Atanasof.

A justificativa do governo para o decreto é que apenas 40 mil correntistasapresentaram pedidos àJustiça para recuperar seu dinheiro, e comoa dataparaapresentação já venceu, os11 milhões de correntistasrestantes não poderiam ter acesso ao benefício.

"Este procedimento prejudica a maioria, de modo que a medida tomada pelo governo,quedeve durar120dias, visa ganhar o tempo necessá-

riopara encontrar a solução para todos e não uma solução para poucos",acrescentou Atanasof.

O decreto estabelece também que os bancos deverão informar ao bancocentral as medidas judiciais quereceberem.

Também fixa as exceções pelas quais os correntistas podem executar as medidas.

Naterça-feiraos bancos públicos e privados do país emitiram documentos exigindoao governo que detivesse a sangria gerada pelas medidas judiciais.

Em meses anteriores, tanto o governo com decretos como o Congresso com leis sancionadastentaramconter as medidas, mas os juízesdecidiram queo congelamento

União Européia preocupa-se mas confia na firmeza da economia

O presidente da Comissão Européia, Romano Prodi, expressou ontempreocupação comas fortesquedasnos mercados de ações,mas afirmoumantera confiançana economia da região.Com as bolsas européias caindo para patamares só vistos na última crisedaÁsia, emoutubrode 1997, Prodi disse que é preciso tratardosproblemas de governância corporativa, particularmente nos EUA.

"Estamos muito preocupados em ver a instabilidade nos mercados, e existem questões relativasa governânciacorporativa e boa administração, sobretudonosEstados Unidos", declarou Prodi. Ele acrescentou, contudo, que "a economia da União Européia é muito saudável". Os comentáriosdeProdi somaram-se aos de autoridadesque tentamamenizaros temores de que as quedas nas bolsas prejudiquem o crescimento econômico. Opresidente do Banco da França, Jean-Claude Trichet, disse que o declínio mundial das ações não impedirá a aceleração do crescimentodazona do euro. (Reuters)

bombardeio foi deficiente. "É bem evidente que esses (dadosdainteligência) não sãotão precisoscomogostaríamos eé evidentequeserá preciso tirarmos liçõesdesta operação", afirmou o portavozda chancelaria, Daniel Taub.

Nove do mortos no ataque ocorrido durante a madrugada naCidadedeGazaeram crianças,entre eles umbebê de dois meses.

O grupo militante Hamas prometeu vingar a morte de Salah Shehadeh, chefeda ala militar do grupo, que, segundo Israel,foi responsávelpor dezenas de atentadosnos úl-

era inconstitucional.

Repercussão – De acordo com o advogado constitucionalistaDaniel Sabsay,omesmoacontecerá agora."Acredito que osjuízos vão considerá-lo(o decreto)inconstitucional, porque assim fizeram emrelação atodas as medidas pelas quais houve algum meio de limitar estes direitos(deretirar osdepósitos)", disse ele. "É claramente inconstitucional. A Constituição é clara quando estabelece que o presidente não pode, sob nenhuma circustância,desempenhar oexercício de funções judiciais."

Por sua parte, a promotora públicaBuenosAires Alicia Oliveira disse que recorrerá à Justiçapara protegeroscorrentistas do decreto.

Os juízes do fórum comercial de primeira instância, que são aqueles que decidem se odecretoserácumprido ou não, reuniram-senesta quarta-feira e disseram que serão suspensas provisoriamente todasas sentençasjudiciais que permitem a retirada dos depósitos, até que eles mesmo determinem uma posição definitiva.

Osbancosestão àbeirada falência, após perder em 2001 quase 25 por cento de seus recursos, o que levou o presidente Eduardo Duhalde a congelaros depósitosnoinício do ano. (Reuters)

timos 22meses dehostilidades.

O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, classificou o assassinato de "umde nossos maiores êxitos".

Por outro lado, dirigentes civise militares israelenses disseram que amorte de numerosos civis era uma grave erro.

Em sua primeirapágina, a ediçãode ontem do jornal Maariv afirmou: "Oassassinato éalgoembaraçoso", acrescentando que o Exército abriria umainvestigaçãoem torno do que o diário classificou de"desastre do bombardeio de Gaza". (Reuters)

Casa Branca vê solidez na economia dos EUA

A Casa Branca reafirmou ontem que a economia dos Estados Unidosestá crescendo solidamente, e que pediu aoCongressoNacional que aja rapidamente sobreasrecentes fraudes corporativas paraajudara "elevara confiança" nos abatidos mercados financeiros do país. Logo após os comentários do porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer, os parlamentares anunciaram ter chegado a um acordosobrea reforma corporativa,que se tornou uma urgência com as quedas

Bi cic le ta- ambu lân ci a –A cidade de Londres conta desde ontem comum novo serviço: as bici clet as-a mbulância. Equipadas com sirenes, luzes e maletas de e q u i p am e n t o s médicos, elasdarãomais agilidadeaoserviço de socorro. R euters

das bolsas de valores. "Quando se olha os dados –osseveros fatos sobre a economia– oseconomistasimparciais dirão a você que a economia está crescendo solidamente, que osfundamentos sãosólidos",disse Fleischer aos jornalistas. Uma das coisas que "o presidente acredita ser mais construtiva para elevar a confiançaé o Congresso Nacionalterminaralegislação sobre a contabilidade corporativa", acrescentou o portavoz de Bush. (Reuters)

Novo ministro da Economia uruguaio assume em meio a crise

Osenadordo governista

PartidoColorado doUruguai, Alejandro Atchugarry, assumiu ontem o cargo de ministro da Economia do Uruguai, em meio a uma das piorescrisesdahistória do país, castigado pela vizinha argentina.

Ao nomear um homem de sua confiançae com experiência parlamentar, o presidente JorgeBatlleprocura agilizar aaprovação noCongressode reformas fiscais pendentes que segundo o governo sãonecessáriaspara cumprircom asmetasfiscais fixadas com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O novo ministro pediu a cooperação dos setores políticos,financeiros esociais,

parafortalecerosistema financeiro.

"Estepaís semprecumpriu comsuas obrigaçõesecontinuará cumprindo... Para isso (é necessária)a estabilidade dosistema financeiro.Vamos trabalhar...para ofortalecimento do sistema."

Atchugarry disse também que oeconomistaJulioDe Brun, atualmentena direção de uma instituição de estímulo ao investimento, será o novo presidente do banco central.

A nomeação está sujeita à votação no Senado, informou uma fonte do governo.

Ajuda –O governoprecisa com urgência da ajuda do organismo para reativar o sistema financeiro, após os ban-

cosperderemmais de40por cento de seus depósitos entre janeiroejulho, emrazãodo temor dos correntistas de que fosse implementado um congelamento dedepósitos como o da Argentina.

Atchugarry substitui Alberto Bensión, que renunciou na segunda-feira por falta de apoio político do aliado do governo, o Partido Nacional,que oacusava denão conseguirenfrentar a recessão econômica que o país sofre desde 1999. No momento emque Atchugarry assume, Batlle enviou a Washington o diretor de Planejamento e Orçamento da presidência, Ariel Davrieux, para revisar asmetas fiscaisacertadas com o Fundo. (Reuters)

Fraga: novo acordo com FMI é provável

O País poderá ter de fechar outro programa com o Fundo, ou ampliar a linha de crédito existente, se a crise atual persistir

Um novo acordodo Brasil com o Fundo Monetário Internacional (FMI)depende apenas da vontadedo País e, mantida a atual conjuntura, é provável que venha a ser firmado. A afirmação foi feita ontem pelo presidente do Banco Central, Armínio Fraga. "Pelas conversas (com membros do FMI) que venho tendo,é apenasumaquestão operacional. É uma questão de tomarmos a decisão de iniciaroprocesso. FaltaoBrasil querere acertarosdetalhes", disse ele.

Perguntadoseum acordo até o final do ano era inevitáv el, Fraga respondeu: "Inevistável não, mas, se a coisa ficar como hoje, é muito pro-

vável". O Brasil tem um acordo como FMIem vigoraté dezembro easturbulências dos mercadosfinanceiros nosúltimos meses, causadas pelas incertezaseleitorais em um ambiente de elevada dívida pública, alimentaram as expectativas de um novo programa como Fundooude uma extensão da linha de crédito atual.

Noinício domês, opresidente doBCreuniu-se com membros do Fundo em Washington e, nesta semana encontrou-se, com a vice-diretora-gerente do FMI, Anne Krueger,que estánoBrasil paraparticipar deumseminário econômico.

Ajuda bem-vinda – Reco-

Para Bear Stearns, Brasil pode decretar moratória

O economista-chefe internacionaldobanco Bear Stearns, David Malpass, disse ontemque oBrasilestá acaminho de decretar a moratória de sua dívida. "Se não houver uma mudança na política econômicado País,haverá moratória". Indagado sobre quando essa moratória poderá ocorrer,Malpassafirmou queisso dependerádecomo o FMI irá operar em relação ao Brasil. "Se o Fundo liberar dinheiro para o Brasil agora, poderá atrasar esse evento para depois das eleições". Segundo o economista, há uma premissa no mercado de que a moratória do Brasil somente ocorreriadepois das eleições, também porque o Banco Centraldispõe deferramentas suficientes para atrasar esse processo. "Embora o nervosismo no mercado em relação à possibilidade de vitória deLula ou Ciro possadiminuir acapacidade doPaís depagara dívida, acredito que oresultadodas eleições não faráa menor diferença nessa questão", disse. "Ao contrário da avaliação do FMI,deque passadaa eleição, o mercado e a economia brasileira se estabilizaria, acredito que o grande problema do Brasil é o crescimento econômico, e não a volatilidade com as eleições".

F er ra m en t as –Para Malpass, a maior probabilidade é deoBC utilizarasferramentas de que dispõe para atrasar

O’Neill adia viagem ao Brasil, a pedido do presidente Bush

A pedido do presidente dos Estados Unidos, GeorgeW. Bush, aviagem dosecretário doTesouro americano,Paul O’Neill, ao Brasil, Uruguai e A rgentinafoiadiada parao período entre 5 e 7 de agosto. Originalmente,aviagem estavaprevista paraapróxima semana. O Departamento do Tesouroinformou queBush pediu para que O’Neill adiasse o tour porque o Congresso estáem uma fase críticade conclusões dostrabalhos sobre práticas contábeis corporativas, segurança doméstica e comércio. (AE)

nhecendo querecorrer ao Fundo não é "agradável", Fraga argumentou que ainda assim aajuda do FMIé bemvinda em momentos de crise. Para ele, o Brasil teria enfrentado uma profunda recessão em 1999, quando houve adesvalorização do real, se não tivesse um acordo com o FMI.

Mas um eventual acerto seria firmado apenas num prazo mais curto, em razão das eleições

"Ninguém vai ao médico porque gosta, mesmoquem vai fazersó umcheck-up. Se está sesentindo malvai porque precisa".

Segundo o presidente do BC, a posição atual do gover-

no é de que um eventual acordo venha a ser de curto prazo. Algo mais longo só seria possível após as eleições. "Nossa idéia não éassumir um compromisso de longo prazo, isso não seriarazoável. Pensamos em algo mais curto. Se formos ao Fundo depois das eleições, o presidente eleito poderia pensar em algo mais longo", afirmou Falandosobrea condução da economia, o presidente do BC disse ainda que sua preocupação se estende para 2003 e para a administração do próximo governo.

"Minhapreocupação éarrumaracasa paraqueopróximo presidente possa trabalhar com um mínimo de tranquilidade."

In fla ção – Fraga também disse não descartar a possibilidade de a inflação ficar dentroda metaneste ano,apesar de a última ata do Copom ter projetado um índice já acima do teto, que é de 5,5%.

"É cedo para ter esse tipo de conclusão", afirmou.Segundo ele, a situação ainda pode mudar. "Estamos trabalhandoparaisso. Só otempo dirá", afirmou (vejamais informações sobrea atado Copom na página 6).

O presidente doBC ressaltou, no entanto, que não que-

ria minimizar as dificuldades da conjuntura internacional elocal. "Estaríamostapando o sol com a peneira". Ao ser questionado se o estourodameta pordoisanos consecutivos nãoafetaria a credibilidade do sistema de metasnoBrasil, Fragadisse quetudoéuma questão de avaliaras circunstâncias. "Depende das justificativas". Opresidente do BC afirmou que não afeta a credibilidade quando o estouro da metaacontece para não trazer custosexcessivosdiante de choques na economia. Mas afetaria, sim, se o "BC tivesse sido frouxo e criado um ambiente artificial", afirmou ele. (Agências)

Superávit do governo central diminui

o máximo que puder a moratória dadívida. "Alémde declaraçõesfortesdeapoio do FMI e do Tesouro norteamericano, que poderiam atrasar a quedado mercado brasileiro,o BCpoderáfazer a rolagem da dívida interna através dos fundos de pensão brasileiros, quesão altamentecontrolados, assimcomo fez a Argentina", explicou. Malpass disseaindaachar difícil que haja um novo programa doFundo Monetário Internacional(FMI) para o Brasilantesdas eleições. "Ainda não está claro que todos os candidatosnoBrasil querem um pacote de transição, entãoficadifícilparao FMIemprestardinheiro no cenário de eleições". O economista acredita, porém, que há uma maior disposição do FMI de ajudar o Brasil do que foi observado com a Argentina em 2001. (AE)

As contas dogoverno central, que englobam o Tesouro Nacional, o Banco Central e a Previdência, tiveramsuperávitprimário(antes dopagamento de juros)de R$ 1,647 bilhão em junho. O saldo é inferior ao de R$ 1,981 bilhão, registrado em maio.

Segundoosecretário do Tesouro Nacional, Eduardo Guardia, as contasda Previdência Social foram as principais responsáveis pela redução. Entre maio e junho, o déficit da Previdência subiu de R$ 1,072 bilhão para R$ 1,444 bilhão. No mesmo período, o superávit do Tesouroficou praticamente estável,emR$ 3,1 bilhão, e o déficit do Banco Central aumentou de R$ 43,8 milhões para R$ 70,7 milhões.

Se me st re –A situação da Previdência afetou também as contas no semestre, embora o resultado final do governo centraltenha sido positivo. Houveumaumentono-

minal dosuperávit primário noperíodo,frente a2001,de R$ 18,46bilhões para R$ 20 bilhões. Devido à retração da economia,porém,a relação com o Produto Interno Bruto (PIB) permaneceu inalterada, em 3,2%.

Este resultado foi obtido porque,em contraposição a um crescimento do déficit da Previdência, de 0,8% do PIB no ano passado para 1,1% do PIB no primeiro semestre desteano, houveumaelevação do superávitdo Tesouro Nacional, de 4,1% do PIB para 4,4% no mesmo período. Segundo Guardia, esse movimento é decorrênciado aumento das despesas da Previdência.Houve, porexemplo, uma elevação de 11,9% no valor médio dosbenefícios e de 3,2%na quantidadedebenefícios, entre o primeiro semestre de 2001e igual intervalo deste ano.Asdespesas globais cresceram16,2%, atingindo 6,2% do PIBnos

Mesmo sob críticas, Sivam deve começar a operar nesta semana

Um gigantesco sistema de radares,que devecomeçara funcionar ainda nesta semana, vaiespionartraficantes, garimpeirose contrabandistas na Amazônia brasileira. Mas, por trás da rede de radares, aviões e torres de controle – um investimento de US$ 1,4bilhão –também háuma históriade espionagem, repleta de acusações de interferências da CIA, grampos telefônicos,subornose manobras diplomáticas.

Projetado pela empresa norte-americana de defesa Raytheon, o Sistema de Vigilância daAmazônia (Sivam), o contrato de defesa mais caro já firmadopelo Brasil, vai varrer5,2 milhões de quilômetrosquadrados da maior floresta tropical do mundo. Também vai catalogar sua biodiversidade eapontar populações indígenas. Há mais deuma década na prancheta, o Sivamtornouse o primeiroe maior escândalo do governo de Fernando Henrique Cardoso, o que em 1995 custou o cargo de vários funcionários públicos. FHClança osistemahoje,

sobcríticas daoposição ede parte da imprensa. Afirma-se que aespionagemnorteamericana conseguiu, com a ajuda defuncionários brasileiros, informações que garantiram o contrato à Raytheon, dandoaos Estados Unidosum olharonisciente sobre a Amazônia brasileira e suas fronteiras, especialmentenaColômbiadas guerrilhas e traficantes. Favorecimento – "Éclaro que foi uma jogada geopolítica dosEstados Unidos,com gravesconseqüências para possíveis atividades militares," afirmou o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que defendea reaberturadaCPI sobre o Sivam. Nestasemana, a Folha de S.Paulo publicou trechos de cartastrocadasentre 1994e 95 por autoridades brasileiras e norte-americanasa respeito do Sivam. As cartas, obtidas pelo jornal nos arquivos do governo norte-americano, mostram que a Raytheon tinha detalhes sobre a proposta que seria apresentada pela francesa Thales (exThomson-CSF)na concor-

rência.Areportagem revela que,comajudado Brasil,a Raytheonconseguiu melhores condições de financiamentono Eximbank norteamericano, e assimvenceu a disputa.A Aeronáuticanega favorecimento à Raytheon, mas admiteterenviadoum memorandoquefoi importantepara selar ofinanciamento do Eximbank. Aviões suspeitos – Apesar dascríticasem tornodalicitação, especialistas elogiam o sistema quefoicriado. Mas ressaltam queo governoainda precisa regulamentar uma lei,jáaprovadano Congresso, que permitirá aos militares derrubar aviões suspeitos. "Ficarmosnuma situação bempatética," disseRoberto Godoy, analista do jornal O Estado de S.Paulo . "Temos um olho eletrônico, a capacidade deinterceptar, masnão temos permissão para isso." Como ferramenta ambiental,ativistasdizem queo Sivam pode ter valor incalculável por conseguir dados sobre vida animal e vegetal, desmatamentos e padrões climáticos. (Reuters)

primeiros seis meses deste ano, ante 5,8% em 2001.

A arrecadação do Tesouro, entretanto, aumentou.De acordocomoMinistério da Fazenda, entre os principais fatores que contribuíram para a maior arrecadação estão: o pagamento de débitos em atrasoefetuado pelosfundos depensão,no totaldeR$7,4 bilhões;a arrecadação da contribuição de intervenção sobre domínio econômico (Cide) paracombustíveis a partir de janeiro, que acumu-

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lou até junho R$ 3,5 bilhões; e a tributação sobre a operação de permuta de títulos públicos da Petrobrás, no montante de R$ 1,1 bilhão. Esses três itens da arrecadação nãoexistiam noano passado.

Segundo o boletimdo Tesouro, também houve um aumento na arrecadação da CPMF, em R$ 1,4 bilhão, em função da elevação da alíquota de 0,30% para 0,38% a partirdemeados demarço do ano passado. (Agências)

Executivos da Adelphia são presos

A polícia de Nova York prendeu cinco ex-executivos da empresa americana, acusados de desviar dinheiro para uso pessoal

Cinco ex-executivos de alto escalãoda AdelphiaCommunications, sextamaior operadorade sistemasdetelevisão a cabo dos Estados Unidos, foram presos ontem pela políciadeNova York acusados de participar de umaconspiração defraudes contábeis no país.

John Rigas, 77 anos, fundador e ex-presidente da empresa, seus dois filhos Timothy Rigas e Michael Rigas, que trabalhavamnacompanhia,e outrosdoisexecutivos-sêniors foram presos. De acordo com as palavras do vice-procurador-geral dos Estados Unidos, Larry Thompson, os membros da família Rigas saquearam a empresa sistematicamente.

"Em menos de quatro anos, eles roubaram milhões de dólareseproporcionaram perdas de mais de US$ 60 bilhões aos investidores com as frau-

des", informou Thomspon. Os réus fizeram a empresa gastar US$ 13milhões para construirum campodegolfe nas terrasdafamíliaRigas. Tambémcom dinheiro da companhia adquiriram jatos eapartamentos deluxopara uso pessoal. Os cinco enfrentamum processocivilmovido pelaComissão deValores Mobiliários dos Estados Unidos,aSEC, queosresponsabiliza por uma das fraudes mais extensas já cometidas em uma empresa americana. No Brasil, a Adelphia opera TV a cabo por meio da marca ViacaboTV. A Adelphia pediu concordata no dia 25 de junho."Estecaso apresenta um quadroprofundamente pertubador deganânciae mentira numagrande empresa pública", disse o diretor daSEC,Stephen Cutler,em comunicado. Oempresário JohnRigas e asua família

controlam 60% da operadora de televisão a cabo. Antes de entrar em falência, a Adelphia trabalhava pa-

raobter empréstimodeUS$ 1,5bilhãodeumgrupo de bancos liderados por J.P. MorganChasee Citigroup.

GM suspende demissões e abre PDV

A General Motors do Brasil suspendeu a demissão de 700 trabalhadoresda fábrica de São Caetano do Sul, no ABC paulista,e propôsaredução dajornada detrabalho de40 para 32 horas semanais a partir do dia 8 de agosto. Paralelamente, a empresa abriráumProgramade Demissão Voluntária (PDV), para tentar alcançar os cortes programados. As medidas foram apresentadas estatarde em reunião entre a montadora e representantes dos trabalhadores, segundoinformações do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano. Ontemmesmo, oministro do Desenvolvimento,Indús-

tria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral, fez um apelo à AssociaçãoNacional dosFabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) para que as demissões do setor parem. Redução – Na GM, o secretário-geral doSindicato, Irapuã Serdas, disse que a decisão dos trabalhadores sobre as propostas será tomada hojepela tarde,em assembléia marcada para às 15 horas. Segundo ele, oacordofirmado ontem entrea montadora e os sindicalistas prevê a redução da jornada até o final de outubro. As horas não trabalhadas serão computadas no banco de horas para compensação futura. A redução

da jornada entra em vigor depois dasfériascoletivas programadas na fábrica de São Caetano, entre os dias 29 de julho e 7 de agosto.

A partir de novembro,os trabalhadoresda fábrica de SãoCaetano vãoentrarem lay-off, ou seja,suspensão temporária do contrato de trabalho,com aredução de 20% dos salários até 28 de fevereiro. "Esperamosque o mercado de veículos reaja até outubro para que o lay-off nãotenha de ser implementado", afirmou Serdas.

Temporários - Os 108 trabalhadorestemporários, cujos contratos terminam no fim deste mês, não serão

Projeto Empreender chega no interior para gerar empregos

O Projeto Empreender chegou ontemao interiordo Estado, com o seu lançamento nacidadede São José do RioPreto. Oprograma,que jáexisteem oitoestadosbrasileiros, será implementado em45 municípiosdo nortee do noroeste paulistana região de São José do Rio Preto. Serãobeneficiadascerca de 20 mil empresas na região. Ele é resultadoda parceria entre o Serviço de Apoio às Microe PequenasEmpresas (Sebrae-SP) e aConfederaçãodas AssociaçõesComerciais Brasileiras, a CACB.

Lançadooficialmente naúltima semana em São Paulo, o objetivo é elevar a competitividade das microe pequenas empresascom suportetécnico e gerencial.Dentro da iniciativa,são formadosgrupos de empresas deum mesmo ramo para discussãode problemas e iniciativas comuns. O presidente da Federação das Associações Comerciais doEstado deSão Paulo(Facesp)e da Associação Comercialde São Paulo, Alencar Burti, esteve presente ao evento ontem, em São José do Rio Preto. De acordo com

Burti,estaé umaalternativa para o alivio das desigualdades dedistribuição derenda. "Estamos trabalhandopara quehaja legislaçãoespecial para as micro e pequenas empresas formadas por pessoas que perderam oemprego no mercado formal", diz Burti. Estiveram presentesà cerimôniade lançamentooprefeito de São José do Rio Preto, Edinho Araújo, o diretor-superintendente do Sebrae-SP, José Luiz Ricca,e o vice-presidente das Associações Comerciaisda região,Antônio Carlos Parise. (PC)

Cresce uso de motores a

diesel

em picapes médias no Brasil

A motorização a diesel está conquistando os consumidores de picapes. Das 24,6 mil picapes médias comercializadas no País de janeiro a junho de 2002, 21,9mil eram equipadas com motores a diesel, o equivalentea89%. Noprimeiro semestre de 2001, a parcela era de 81%. O lançamento de produtos mais potentes nosegmento é um dos fatores que justificam a preferência do consumidor.

Menor custo e maior economia de combustívelsãooutras razões,além deuma depreciação mais baixa dos preços das picapes a diesel, o que melhora o valor de revenda. Em São Paulo, o preço de um litro de gasolina custa em média R$ 1,75. Jáo diesel sai por 60% desse valor, com preço médio de R$ 1,03 o litro epermite umaautonomia maior do veículo, de cerca de 10quilômetrosrodados por

litro nos centros urbanos, ante 5 a 6 km da gasolina. Com isso, o custo do quilômetro rodado deum veículo movido a diesel é de cerca de 30%do valorgasto pelomodelo que utiliza gasolina. Hoje, as picapes médias comercializadas no Brasil só dispõem da motorização a gasolina nas versões mais baratas,comoocorre na linha da S10, daGeneral Motors, e da Ranger, da Ford. (AE)

As duas instituições financeiras sãoas mesmasque, neste momento, tentamsedefender de acusaçõesde queteriamajudadoa enganar investidores na fraude da gigante de energia Enron. Na terça-feira, uma comissão doCongresso queinvestiga a quebra de Enron comunicouque oJ.P.Morgan eo Citigroup participaram de complexastransações financeiras de mais de US$ 8 bilhões, que eram contabilizadas pela Enron não como créditos, mas como fluxo de caixa. "Embora estejamos ressentidos pelanossarelação com aEnron, nósagimos todas as vezes com boa fé", disse odiretor-gerente doCitigroup, David Bushnell, em depoimentos aoSubcomitê Permanente de Investigações do Senado dos EUA, no início dasemana. Osdoisbancos tambémforam acusados de,

após operações financeiras com aEnron, teremoferecido o mesmo tipo de financiamento a outras empresas. Bushnell e o diretor-gerente doJ.P. MorganChase, Jeffrey Dellapina, enfatizaram em seus depoimentosque os bancos querepresentam não foram responsáveis e não deram conselhos sobre as práticas contábeis de clientes. Me rca do – Aprisãodos cinco executivos da Adelphia éumdos primeirosresultadosda avalanchede investigações contábeis que ocorre nesse momento nos EUA. O caso da operadora de TV a cabo, porém, vai além das fraudes contábeis da Enron e WorldCom, já que o dinheiro foi desviadopara usopessoal dos executivos. No mercado americano, a grande pergunta é como as empresas vão sobreviver sem aconfiança dos investidores. (Agências)

mantidos na empresa. As demissõesde 808funcionários foram anunciadas pelaGM no início da semana passada. A montadora justificou sua decisão alegandoa redução das vendas. No primeiro semestre,o volumedeveículos comercializado noPaíscaiu 14% na comparação com o mesmo período de 2001. Amaral – Emsuadeclaração, o ministro Amaral pediu aos representantes daAnfavea que levem em conta os esforçosdogovernoem negociaracordos automotivos com outrospaíses."Tudo o que estamos fazendoé para ampliar e reativar asvendas do setor", disse. (AE)

Games e DVDs fazem Blockbuster sair do prejuízo

ABlockbuster anunciou um lucro líquido mundial de US$ 41,7 milhões no segundo trimestre desteano, encerrado em30 de junho de 2002. Nomesmo períododo ano passado, aempresa haviaregistrado um prejuízo total de US$ 15,6 milhões.

As vendas notrimestre aumentaram paraUS$ 1,27bilhão, de US$ 1,22 bilhão em 2001. O resultado ficou em linhacomestimativada empresade análise financeira Thomson First Call. As vendas subiram3,9%noperíodo,lideradaspelo sólidodesempenho dos DVDs e o crescimento dos games.

A Blockbuster continua estimandoum crescimentodo lucro por ação em 2002 de no mínimo 20% acima do resultadode2001. Aprojeçãoda companhiaindica lucropor açãodeUS$ 1,21.A ThomsonFirst Callprevê umlucro por ação de US$ 1,30.

A Blockbuster planeja abrir cerca de300 lojascom investimentos de US$ 150 milhões aUS$ 175milhões. Osinvestimentosem 2001somaram US$95 milhões.Aempresa encerrou o trimestre com 8.138 lojasno mundo,incluindo as franquias. (AE)

Feira de vendas diretas começa hoje em SP

A 2ªFeira deOportunidades de Trabalho e Negócios através de Venda Direta –Porta a Porta começa hoje e vai até domingono Pavilhão Amarelo do ExpoCenter Norte emSão Paulo.O objetivo é atrair pessoas interessadaseminiciar novafunção profissionalouobter complemento de renda com a atividade comercial. Atualmente, 1,2milhãodepessoas atuam noramo, queteve faturamento de R$5,9 bilhões no ano passado. A cifra é 11,3% superior ao desempenho de 2000, que totalizou R$5,3bilhões.Oresultado éconseqüênciado aumento de interesse por este tipode trabalhoprovocado pelo crescimento do desemprego noPaís. Osetoratrai, além de profissionaisque perderam seus postos de trabalho, aposentados e donas decasa quequeremcomplementar a renda.

De acordo com os números divulgadospelo diretorda Feira,Vicente Defini,a expectativa de público para esta segunda edição do evento é de 10 mil visitantes contra 7.300 no ano passado. Segundo o diretor, a área de cosméticos e cuidados pessoais continua dominando.Entretanto,empresas deoutrosseto-

res estão se interessando pela modalidade devendas.Éo caso da Lorenzetti, fabricante de chuveiros queoferece purificadoresdear nosistema porta a porta."Este fenômeno está sendo observado no último ano", explica Defini. Ali mentos – Outrosetor que está começandoaparticipar deste tipo de negócio é o de alimentação. Segundo Defini, há informações de que a empresaQueijoTirolez, fabricante de laticínios, pretende começar a vender no sistema porta a porta. Umtotal de50empresas participamdamostra. Segundo a secretária executiva da AssociaçãoBrasileira de Empresas de Vendas Diretas, Fátima Gaspar, o mercado tem registrado média de crescimento anual de 10% a15% nos últimoscinco anos.Estecomportamento deve se repetir neste ano, masFátimapreferenão arriscar nenhuma previsão.

Paula Cunha

2ª Feira de Oportunidades de Trabalho e Negócios através da Venda Direta - Porta a Porta

Data: 25 a 28 de julho

Local: Pavilhão Amarelo do Expo Center Norte Horário: das 14 às 21 horas Entrada: gratuita ser viço

Varig reduz e Rio Sul aumenta número de vôos

A crise enfrentada pela Varigpoderá levara umaredefinição da operação no transporte doméstico com a Rio Sul ea Nordeste, que fazem partedomesmo grupo econômico, controlado pela FundaçãoRubenBerta. Ao contrário da Varig, a Rio Sul receberá novos jatos e deverá realizar mais vôos internos. Depois dedevolver setejatos Boeing 737 da GE Capital Aviation Services,no mês passado, aVarig admitiu,no início de julho, que a desvalorização do real anulou as eco-

nomias obtidas com areestruturação. A empresa parcelou o salário de parte da folha de pessoal no último mês. Fontes do setor indicam que o Grupo poderá redefinir o foco de atuação da Rio Sul e da Nordeste.ARioSul,que receberá cincojatosemdois meses,poderá seconcentrar nas ligações entre capitais, enquantoa Nordestefarialinhas do interior para grandes cidades. A Varig continuaria operando emgrandesaeroportos, dos quais partem vôos internacionais. (AE)

BC abriu mão da meta de inflação para cortar juro

O Banco Central, BC, decidiu abrirmãodocumprimento da meta de inflação para 2002, em prol da recuperação daeconomia, aoreduzir o juro básico da economia, a taxa Selic, de 18,5% para18% aoano, na última semana.

A confiança na manutenção da políticamonetária, pelo próximo governo, e a expectativa de que a inflação ficará abaixo da meta estabelecidapara2003 e2004foram osargumentosusados pelo Banco Centralparapromover o corte.

Na ata divulgada ontem, os diretoresdo BancoCentral dizem que concluíram, após exercícios desimulação, que a manutenção da taxa de juro em 18,5% ao ano e da taxa de câmbio em R$ 2,85 apontavam para uma inflação acima de 5,5% em 2002, masbem abaixo da meta para 2003. Divergência – A decisão de reduzir ataxa básicade juro, porém, não foi unânime. Dos sete diretores do Banco Central que formam o Comitê de Política Monetária, Copom, dois votaram contra a redução, na reunião de julho, realizadana semana passada, porainda considerarem necessário que o mercado financeiro se estabilizasse para só então os juros caírem.

A desaceleraçãoda economia voltou a sercitada na ata dareunião doComitêcomo um elemento que tende a impediro reajustedepreços, porconta da desvalorização cambial, que poderia afetar a inflação deste ano.Foi prin-

cipalmente essaconclusão que pesou sobre a decisão dos cinco diretores que votaram a favor do corte.

Deacordocomo documento, há indicações de queos resultados favoráveis da indústria e do comércio, observados em meses anteriores, estavam associados a fatores circunstanciais, decorrentesapenas deeventoscomo aSemana Santa,Dia das Mães e a Copa do Mundo. Reação – Para o economista Emílio Alfieri, da Associa-

Alfieri: atividade econômica deve reagir com o corte do juro, desde que a tendência seja mantida

ção Comercial deSão Paulo, a atividade econômica deve reagir um pouco com a reduçãodosjuros,desde quea tendência de queda seja mantida nos próximos meses. Mesmo assim, ele concorda com o BCde que não deverá ocorrer uma grande recuperação até dezembro.

Vendas menores – O Serviço Central de Proteção ao Crédito, SCPC, da Associação, queé umindicador do comportamentodas vendas a prazo, registrou retra-

ção de 2,8% no primeiro semestre, em comparação com igual período do ano anterior.

"Nos primeiros 21 dias de julho, porém,houve umareversão dessa tendência,com o indicador fechando crescendo 3,8%, em relaçãoao ano passado", diz Alfieri. O economista atribui essa recuperação à adoção do viésde baixa (que indica umatendênciapara osjuros), adotado pelo Banco Centralna reunião de junho,e aocorte realizadona última semana.

Adriana Gavaça

Tendência de queda pode continuar

A flexibilização das metas de inflação para 2003 e 2004 permite ao BancoCentral manter a política de corte de juros paraos próximosmeses.Esta éaopinião doseconomistas ouvidosontem pelo Diário do Comércio De acordo com o economista Emílio Alfieri, da Associação Comercial de São Paulo, a meta maior permite mais espaço para o Banco Central atuar nos juros.

O economista-chefe da Sul América Investimentos, Luiz Carlos CostaRego, também diz que é possível que o Banco Central dê sequênciaà redução dosjurosnos próximos meses. Istoporque, segundo ele, as reduções agora só serão sentidas nainflaçãoem seis meses, ou seja, só em 2003. "E para o ano que vem há espaço

para a inflação subir e ainda assimficar dentroda meta", diz o economista.

Condições – Para Alfieri, da Associação Comercial, esseano tambémofereciacondiçõesdeo BCreduzirosjuros, não fosse a escaladados preços administrados.

Na ata divulgada ontem sobrea última reunião doComitê dePolíticaMonetária, Copom, os diretores do Banco Centralapontam queo conjunto dos preços administrados terão impacto sobre a inflação de 8,9%.

Preços – "Se os preços administrados fossem excluídos da inflação ela ficaria dentro da meta este ano, já que os chamados preçoslivres devem acumular até o finaldo ano variação de3,99%", dizAlfieri.A meta de inflação fixada para es-

Taxas médias pouco variam, mas custo do crédito cai nos bancos

Ataxade juros médiacobradapelos bancossubiulev emente em junho,mas o spread bancário – queé a diferença entre a taxa de captação de recursos pelas instituições e a taxa cobrada do consumidor – recuou pelo terceiromês consecutivo,emmais um sinal de queda da demanda porcrédito no mercado. Os juros médios bancários, por sua vez, subiram 0,1 ponto porcentual, chegando a 59,6% emjunho, ante59,5% apurado em maio. De acordocomosdados divulgadosontem pelo Banco Central,BC, ataxa cobrada das pessoas jurídicas recuou de 43% ao ano em maio para 42,3% em junho.

Segundo Altamir Lopes, chefe doDepartamento Econômicodo BC,a queda nos juros para pessoas jurídicas se deveu à concentração em créditos mais curtos –comoo capitaldegiro ehotmoney–quenão sãomuitoinfluenciados pela variação dos juros. A taxa média cobrada dos consumidores subiu de 70% para 70,4%. Spread– A média do spreadbancário ficou em 37,1%em junho, frente a 40,3% em maio. Para as pessoas físicas, o spread caiude 50,2% para 46,6% em junho.

Nas transações de pessoas jurídicas o recuo foi maior, de 24,9% para 22,1%. "O spread não acompanhou (o aumento dos juros) porque as instituições bancárias não repassaram os custos para o consumidor final", disse Lopes, Inadimplência – A inadimplência média do sistema financeiro caiu,passando de 8,9% em maio para 8,5% em junho. As dívidas das pessoas físicas caíramde 15,2%para 14,9%. A inadimplência de pessoas jurídicasteve queda de 0,1 ponto porcentual, passando de4,9% emmaio para 4,8% em junho.

Cheque especial – A taxa média de juros sobre o uso do

limite dochequeespecial chegoua 158,8% ao anoem junho,ante 158,4%no mês anterior. Apesarda quedade 1,4% este ano, nos últimos 12 meses elaregistrouumaumento de 11,7%. No crédito pessoal,a taxade junhocaiu de 82% ao ano para 80,8% em junho.

O volume de crédito cedido pelos bancos em junho apresentou uma alta de 2,6% emrelação amaio,passando deR$ 201,8 bilhões para R$ 207,1 bilhões, puxando pelos empréstimos às empresas, que passaram de R$ 125,3 bilhões para R$ 130,5 bilhões. Para as pessoas físicas, o volume ficou namesma: R$ 76,5 bilhões.(Reuters/AE)

É possível, parao mercado brasileiro, engolir o índice de risco-país organizado pelo banco de investimento JP Morgan que, ao mesmo tempo, indicapara osinvestidoresestrangeirosum rebaixamento na indicação de compra dospapéis brasileirosno Exterior?

Afinal, nãoé o mesmo JP Morgan que está com seu nome manchado sob a suspeita de envolvimento no escândalo das fraudes nas contas da WorldCom, agigante dosetor de telecomunicações e controladora da Embratel?

Até que ponto o mercado deve trabalhar sob os indicadores erecomendações feitos pelo banco?

te ano é de 3,5%, com limite de dois pontos para baixo ou para cima.

A taxa de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Ampliado,IPCA, voltoua subire dobrou em junho, fechandoem 0,42%, ante 0,21% em maio.

Gás e ônibus – A alta ocorreu emdecorrência doaumento de preço do botijão de gás de cozinha (9,02% em junho e de 32,4% no ano) e das tarifas de ônibus em Salvador e Rio de Janeiro. O Copom prevê que a inflação deverá continuar pressionada em julho por conta dospreços administrados. Sãoaguardados reajustes no preço degasolina (de6,2%); nas tarifas de telefonia fixa (8,07%) e das tarifas de energia elétrica (10,96%).(AG)

Novas moedas de R$ 1: homenagem a JK e Drummond

Asmoedasde R$1ganharão um novo desenho a partir de agosto. O Conselho Monetário Nacional,CMN,autorizou, ontem, a cunhagem de50 milhõesdessasmoedas com a imagem do ex-presidente Juscelino Kubitschek, emhomenagemao centenário do seu nascimento.

Essas moedas são comuns e vão circular ao mesmo tempo com as moedas com a efígie da República. A iniciativa podereduzir um poucoossérios problemas de troco que o varejo vem enfrentando.

Ouro e prata – De acordo como chefeadjunto doDepartamento de MeioCirculantedo BC, LuísHenrique Cabral, o poeta Carlos Drummondde Andrade também seráhomenageado, assim como JK, com a cunhagem de moedas de ouro e prata,que serãovendidaspara colecionadores. As moedas deouro eprata emhomenagem a JKserão lançadasem 12 de setembro e as de Drummond em 31 de outubro.

Até dezembro o BC pretende também lançar moedas comemorativas da conquista do pentacampeonatomundialde futebol."Osdesenhos já estãosendo feitos", disse Cabral. (MM/AE)

no mercado internacional, depois que seu nome apareceu nos noticiários sobre as fraudes na WorldCom. Ainda que nada tenha sido provadoatéagora sobreseuenvolvimento, sua imagem acabou comprometida. O episódio WorldCom também tornoucontraditória aatuação doJP Morganno mercado de avaliação de risco-país. E aqui é desnecessário dizer o porquê.

O episódio da WorldCom também tornou contraditória a atuação do JP Morgan

A avaliação do JP Morgan é feita com base no comportamento do mercado. Mais especificamente dospapéis brasileiros. É um reflexo de como o mercado se comportou em relação a esses papéis, lembra PedroForato,gerentede Asset Management do banco BNL. Portanto,é tambémcerto que o JP Morgan não está emitindo uma opinião pessoal, diz Forato. Imagem comprometida–Isso podelivraro banco de qualquer suspeita de tentar direcionaromercado. Mas não tira da instituição a imagem negativa que passou a ter

Áreas diferentes? – Segundo a analista de mercado internacional da Tendências Consultoria, Maristella Anfanelli, a área que analisao riscopaís feita pelo banco provavelmente nadatenha a ver com aquela área que, s u po s t am e n te , possa ter participado do esquema de fraudes. "Essas duasáreascostumam ser distantes", diz a analista. São de áreas diferentes mas funcionam nomesmo banco sob o comando da mesma direção. As avaliações do banco, uma vez que são feitas em cima de índices, podemnão conter erros. Mas uma pergunta fica nacabeça dos investidores:eles podem,hoje, confiar plenamente nas avaliações doJPMorgansem qualquer dúvida? (Leia mai s sobre o assunto na página 11)

Roseli Lopes

S&P rebaixa rating de crédito do Santander

Aagênciade classificação de riscoStandard &Poor’s, S&P,rebaixouo rating de crédito no longo prazo do Banco Santander Central HispanoS/A –que noBrasil controla o Banespa – de "A+" para "A", refletindoo acentuado risco naAmérica Latina, especialmente no Brasil. A S&P também reafirmou orating decrédito no curto prazo"A-1"do Santanderea perspectiva é estável.

Volatilidade – "A maior volatilidade na América Latina, em especial no Brasil, está aumentandoo riscolatente queo Santanderenfrenta atravésde seussignificativos investimentos acumulados na região, que totalizavam US$ 16,6 bilhões em 30 de junho de 2002",disse Jesus Martinez, analista de crédito da agência.

Brasil – Os investimentos no Brasil representam 43% do total naAmérica Latina e 8% dos ativos do grupo, com aAméricaLatina como um todo representando 33%.

Desdea aquisição doBanespa, o riscoeconômico no Brasil temcrescido, fazendo com que o investimento do banco espanholnoPaísse tornemais vulnerávelàvolatilidade econômica e aumentando o perfil de risco, analisa a agência. América Latina – O risco econômico e do setor em países menores tambémvem se acentuando,nãoapenas na Argentina, mas em toda região, comexceçãodoChile. Os ativos totais consolidados nesses países representam 5%do balançopatrimonial consolidado doSantander Central Hispano S/A. Os ratings doBancoSantander continuam sendo sustentados,segundoa agência Standard& Poor’s,porforte posição doméstica, balanço patrimonial diversificado e melhor desempenho operacional, que contrabalançam a maior alavancagem e o risco de crédito decorrente de seus investimentos na América Latina. (AE/Dow Jones)

novo recorde: R$ 2,945

As quedasdas bolsasinternacionais e a crescente desconfiança emrelação àsempresas americanas mantiveram o dólar comercial em patamar recorde no Brasil ontem. Maisuma veza moeda fechoucomascotações mais elevadas do Plano Real: R$ 2,943 para compra e R$ 2,945 para venda, com alta de 0,86%. Nem mesmo a disparadada BolsadeNova Yorkno fimdatarde freoua tendência de alta.

Risco– O nervosismo foi grande pela manhã, quando o dólar atingiu a cotação inédita de R$ 2,975. As fortes quedas dasbolsaseuropéias assustaramos investidores. Mesmo a intervenção do Banco Central, BC, nãoestancou a alta do dólar.

Os indicadoresde riscodo Brasil continuampiorarando. De acordo com a Enfoque Sistemas, os C-Bonds, títulos da dívida externa brasileira, caíam 0,84%no horário do fechamento dosnegócios no Brasil, cotados a 59,37% do valor de face. A taxa de risco do País tinha alta de 2,79% às 18 horas, para 1.766 pontosbase, também segundoa Enfoque (RA)

Bolsa: fraqueza ameaça operadores

Os negócios na Bolsa caíram muito, 13 corretoras venderam seus títulos e o desemprego ronda o pregão

ABolsade Valores deSão Paulo, Bovespa, acumula queda de quase 30% no ano, perdeu cercadeR$100 milhões na médiadiária de negócios desdejaneiro econtinua sem perspectiva de recuperação. É nesse ambiente que trabalham os operadores de pregão. Além de enfrentarem o estresse natural da função,esses profissionaisagora convivem como fantasma das demissões.

O clima entreos operadoresde pregãonãoé dosmelhores.Um profissional,que prefere nãose identificarpor não ter autorização da corretora para darentrevistas, diz que o trabalho tem sido pesado. "Emmomentos decrise, trabalhamosmaisdo que o normal. Temos que encontrar o mais rápido possível interessados emcomprarpapéis que poucos querem. O pregão fica ainda mais estressante", afirma ooperador. "Mas não podemos reclamar, porque daqui a pouco tempo podemos estar sem emprego", completa. Teste de resistência – O pregão deontem, porexemplo, foi umteste de resistên-

cia para os operadores.

O sobe-e-desce da Bolsa paulista (que oscilou entre quedade 3,26% e altade 2,32%,parafecharcom ganho de1,96%) gerouordens decompra e venda de uma mesma açãoquase simultâneas. Aconstante mudança de tendência domercado em um único dia exige muita habilidade e rapidez do operador de pregão. A aversão ao risco no mundo todo tem afastado os aplicadores do mercado de ações brasileiro.

A aversão ao risco no mundo todo tem afastado os aplicadores do mercado de ações brasileiro

Giro cai muito – Em 1997, a Bovespa movimentava US$ 1 bilhão diariamente, o que garantia o emprego para cerca de mil operadores de pregão.

Hojea médiararamente chegaa US$200milhões eos operadores são pouco mais de200, deacordo comdados do Corp, a associação que representaa categoria."Casoa crise internacionalse agrave, a situação para os operadores aindapodepiorar", dizJosé Budeo, presidente do Corp.

Corretoras saem – A diminuição do volume de negóciosnaBovespa criamuitas dificuldades paraas corretoras. Cansadas de esperar pela recuperação do mercado de ações, enquanto viam as operações minguarem, muitas optaram por concentrar suas operações somentenaBolsa de Mercadorias e Futuros. De acordo com dados da Bovespa, este ano13 corretoras venderam seus títulos patrimoniais edeixaram deoperar naBolsa. Entre elas está a tradicional Novação, pertencente a Alfredo Rizkallah, ex-presidente da Bolsa. No volátil pregão de ontem, oIbovespafechou em 9.937pontose ogirosomou R$632,1 milhões. Comeste resultadoa Bovespa agora tem quedasde 10,7%no mês e de 26,8% no ano.

Em Nova York,o índice Dow Jones subiu 6,35%, enquanto o Nasdaq avançou 4,98%.

Rejane Aguiar

Saída de capital externo em junho soma R$ 288 milhões

O ritmo de saída do capital estrangeiro na Bovespa diminuiu. Deacordo com levantamento divulgado ontem, houve déficit de R$ 288,6 milhões nobalanço deentradas e saídas nos 20 primeiros pregões do mês.

O saldo negativo foi resultadode vendasde açõesde R$1,731 bilhão, ante comprasdeaçõesnumtotal de R$ 1,442 bilhão no período.

No anoasaídaderecursos atingeR$ 681,4milhões.Em junho, obalanço mostrou umdéficit deR$1,014 bilhão.

A evasão de recursos estrangeiros acompanhou a turbulência do mercado brasileiro. A expectativa é de que até o fim dejulho osestrangeiros continuem deixando a Bovespa, o que significa mais um saldo negativo. (RA)

Mercado não se recupera e a tensão aumenta entre os profissionais a cada dia
Dudu
Cavalcanti/N-Imagens

Empresas de ônibus boicotam contrato

Insatisfeitos com o novo sistema de transporte, empresários não entregam propostas e prefeita ameaça tirá-los das ruas Nenhuma dasoito empresas de transporte coletivo que atuam em São Paulo apresentou proposta parao contrato emergencial que vai entrar emvigorem agosto.Oprazo para a apresentaçãodas propostas terminaria ontem, às 10h, mas foi prorrogado até o dia 1º pela prefeita Marta Suplicy,que chegoua seirritar com os empresários.

Para resolver o impasse, o secretário municipal dos Transportes, Carlos Zarattini se reuniu, na tarde de ontem, com representantes da Transurb(sindicato dasempresas deônibus)e daSPTrans(órgãoresponsável pelotrans-

porte coletivo na cidade). Até o início da noite, areunião não havia tido resultado Ao prorrogaro prazopara a apresentação de documentos para o novo contrato, a prefeita afirmou que está disposta a "matar um leão por dia nestaluta" e que,caso as empresas insistam em não participar donovo processo de contratação,elas serãotiradas dasruas. Martaacredita que os empresários não entregaram osdocumentos porquenão pretendemcooperar com a melhoria do transporte público.

Segundo ela, isso seria uma manobra para atrasara im-

plementação donovo sistema de transporte na cidade, previsto para acontecer em janeiro de 2003. Prejuízo – Jáo Transurb afirmou, emnota oficial, que as companhias não c om p ar ec e ra m porque consideraram onovo contrato impossívelde sercumprido financeiramente."Emvirtudede fatoresexternos aos serviços prestados pelasempresase apesar de todo esforço empreendido, areceita nãovem acompanhando o custo, sen-

do verificados prejuízos da ordem de R$ 400 milhões, nos últimos 12 meses", explicava trecho da nota.

Mesmo irritada, Marta Suplicy prorrogou o prazo. Propostas poderão ser entregues até o dia 1º de agosto

O sindicatopatronal ainda divulgou que a ausência das empresas se deve ao "temor de se enfrentar uma aventura sem qualquer perspectiva depoder honrar as exigências legaisdecorrentes de um novocompromisso, que não trará o mínimo necessário para a sobrevivência das empresas de transporte."

Acausada revoltadosem-

Força Tarefa já prepara nova blitz

A Força Tarefa da Prefeitura deve fazer nova blitz nos próximos 30 dias.O ouvidor municipal ecoordenador da Força, Benedito Mariano, afirmouontem queaequipe já estána fasefinal deinvestigações equeumaquarta operação está previstapara o próximo mês. "Pretendemos continuar agindo sistematicamente.

A tualmente temos 40 locais sendo investigados", disse Mariano. O ouvidor ainda lembrououtras atividades em andamento,comoa investigação sobre 90 servidoresmunicipaisqueo Ministério Público estáfazendo e a

elaboração de uma minuta de projeto de lei, alterando o estatuto do funcionalismo. "As alterações no estatuto darão mais agilidade aos processos relacionados a crimes", afirmou.Outro resultado das ações da Força Tarefa éa intensificaçãoda fiscalização das empresas que atuamna área da Administração RegionalSé, feitapela Secretaria de Implementação das Subprefeituras.

Trabalho conjunto – A Força Tarefa, criada há aproximadamente dois meses parareprimir opagamentode propinas ecomércio ilega, conta com aparticipação das

Associação Comercial de São Paulo

REUNIÃO PLENÁRIA

INFORMAÇÕES, DEBATES E BUSCA DE SOLUÇÕES.

DIA E HORÁRIO DIA E HORÁRIO DIA E HORÁRIO DIA E HORÁRIO DIA HORÁRIO 29 de julho - 17 horas

TEMA

Análise da Conjuntura LOCAL

ACSP - Rua Boa Vista, 51 - 9o andar - Plenária

políciasMilitar, CivileFederal, da Guarda CivilMetropolitana,Receita Federal, Ministério Público, Contru, Secretaria de Implentação de Subprefeituras e Ouvidoria. Desdea últimaterça-feira, quando aconteceuaterceira blitz, a Força passou a contar tambémcoma atuaçãopermanente da Polícia Rodoviária Federal. Aoperação, realizada na regiãodo Brás, desarticulou uma rede de distribuiçãode mercadorias contrabandeadas do Paraguaiede transporteilegalde passageiros.

Naocasião, foram confirmadas as informações de que

cinco empresasde turismo queatuavam no Brás eram peças centrais no mercado de rotas irregularesentreSão Paulo, Paraguai e o Nordeste. São elas, a Vital Turismo, Cida Turismo, Bel Turismo, Limeirense Transportadora e Turismo e Nacional Turismo. Também foramdescobertos documentos queligam essas empresasà Linha VerdeTurismo,Princesa do NorteTurismo eaTransacreana.

As empresas nãotinham a autorização doMinistério dosTransportes necessária paraprestaresse tipo de serviço. (EC)

Agentes cuidam de presos e a PM vai para as ruas

O governadorde SãoPaulo,Geraldo Alckmin,assinará hoje a nomeação de quatro mil agentes de escolta e vigilância penitenciária. Eles substituirão os policiais militares que atuamcomo guardas de muralha em unidades prisionaisespalhada por todo o Estado. Osagentes farãoavigilância das áreas interna e externa dospresídios. Farãotambém escoltaarmadade presos ea revistadoslocais ondeosdetentospermanecem. No total, serão 4.095 policiais militares liberados paravoltar para o policiamento de rua.

Preparação – Antes de iniciarem suas atividades, no entanto, os novos agentes serãotreinadospelaEscola de Administração Penitenciáriam,num cursocomduração de 225 horas. Na seqüência, farão mais 225 horasde aulano CursodeFormação Técnico-Profissional, ministrado pela Polícia Militar. O início do trabalho nos presídios estáprevistopara 28deoutubro. Ajornadade trabalho dos novosagentes de escolta e vigilância será de 40horas semanais.Ossalários variam entre R$ 628,00 e R$ 901,25. (SM)

presários é o novo modelo de transporte que a Prefeitura pretendeaplicar. Ocontrato emergencial, que antecipa a implementação dofuturo sistema,altera opercentual de repasse de verba da Prefeitura para os empresários. Atualmente, 35% da remuneraçãodas empresas éfeita pelonúmero depassageiros. Os outros 65%vêm dos custos fixos. Pelo novo modelo, 60%da remuneraçãoserá feitacombase noslucrossobre o número de passageiros. Para a prefeitura, isso forçará a melhoria da qualidade dos serviços prestados.

Impasse – Apesar do im-

passe,até odia1º deagosto, osônibus continuarãorodando normalmente. SegundoMarta,a partir de então, "quem não assinar, está fora do sistema". A prefeita garantiu que a população não será prejudicada. "Temos um plano caso osônibus nãopossam mais rodar", explicou, se negando a revelar o plano. Já o secretário Zarattini dissequea hipótesedecontratação de empresas do interiordoEstado éestudada. "Estamos em contato já há algum tempo comoutros empresários", afirmou .

Estela Cangerana

A ga s a lh o –A Campanha do Agasalho daDistrital Penhaarrecadou cercade1350 peçasderoupae cobertores para a Associação Comunitá-

Obelisco do Ibirapuera irá passar por reforma

No ano em que se celebra os 70 anos da a Revolução Constitucionalista, o Mausoléu ao Soldado Constitucionalista de 32, o Obelisco do Ibirapuera,vai passarporuma grande reforma.

Com 72 metros de altura, o Obelisco, internamente, tem o formato de uma bala de canhão eabrigaumacriptaigreja e os túmulos de Martins,Miragaia, DráusioeCamargo(MMDC), jovensque morreram, dando início à revolução. A obra, patrocinada pela Nestlé, terá investimento de R$ 500 mil e engloba substituição das estruturas metálica e hidráulica, restauro do solo, limpeza do monumento e outras benfeitorias.

Colabore com a Santa Casa de Misericórdia

Conselho da Mulher Empresária, da Associação Comercial de São Paulo, está promovendo uma campanha em prol da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. O CME solicita a todos que contribuam para que a Santa Casa possa continuar atendendo a milhares de pacientes carentes. As pessoas jurídicas e físicas poderão colaborar fazendo depósitos no BradescoAgência 99-0 C/C 296.666-2 - Associação Comercial de São Paulo. A relação dos contribuintes será publicada neste jornal.

ria deAmpla Soliedariedade de Apoio, a Acasa. As doações foram entreguespor Maria Rita Marangon,coordenadora do CME Distrital.

Campanha contra a dengue prossegue também no inverno

ASecretaria Municipal de Saúdelança oficialmenteno domingoa campanha São Paulo Combate a Dengueno Inverno: NãoDeixe essaIdéia Esfriar. O lançamento será na praçada Paz,noIbirapuera. O evento será das 13h às 17h e contarácom apresentações musicais. Serão distribuídos cartilhas efolhetos informativos sobre a dengue e a eliminação de focos do mosquito. O telefonedo Disque-Dengue é o 0800-7720988.

agenda

Hoje Presidencial – O vicepresidente da Associação, Renato Abucham, participa de almoço com o candidato avice-presidente, senador José Alencar. Às 12h30, na Bovespa,rua XV de Novembro, 275. E nc on t ro –O coordenador-geral dasdistritais, Gaetano B.Luigi, participadeencontro comos candidatosdo PT José Eduardo Cardozoe Henrique Pacheco. Às 20h, avenida Ministro Petrônio Portela, 412.

Associação Comercial de São Paulo
Dudu
Cavalcanti/N-Imagens

Taxa de desemprego estável

A taxa média de desemprego ficou em 7,5% em junho, segundopesquisa divulgada ontem pelo Instituto Brasileirode GeografiaeEstatística (IBGE). A taxa ficou praticamente estável em relação a maio, quando estava em 7,7%, masfoi a maiorpara o mês desde 1999.

São Paulo continua tendo o maioríndice dedesemprego do País, de 8,5%, entre asseisregiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE. Em segundo lugar, aparece Salv ador (8,2%), depois Recife (7,3%), Belo Horizonte (6,6%),Porto Alegre(5,9%) e Rio de Janeiro (5,8%). No semestre,a taxamédia de desempregosubiupara 7,3% – no mesmo período de 2001, estava em6,3% ( v ej a quadro). Ocupados –O númerode pessoasocupadas noPaís cresceu 1,5% no primeiro semestredeste ano ante igual

período do ano passado, mas aexpansão nãofoisuficiente para absorver a mão-de-obra disponível no mercado. Segundo o IBGE,o número de desocupados (nãotrabalhando, mas procurando trabalho) cresceu 20,2% no mesmoperíodo, ouseja,a procura por trabalho tem crescido emritmo muito mais acentuado do que a ocupação.

A região metropolitana de São Paulo continua com o maior índice, de 8,5%, segundo o IBGE

A chefedo departamento de Empregoe Rendimento doinstituto, Shyrlene Ramos de Souza, ressaltou que os postos de trabalhovêm aumentando mais nos setores que pagam menores salários e têmíndices de informalidademaior, comocomércio –que tevealta de 1,9% no semestre– e serviços (2,6%).

A indústria da transformação e a construção civil reduziram o emprego no período, em 0,7% e 7,4%, respectivamente. (AE)

Rendimento dos ocupados cai desde janeiro de 2001

O rendimento dostrabalhadorescontinuou emqueda em maio, de acordo com o IBGE. A remuneração média dos ocupados diminuiu 1,8% nomês,antemaio doano passado. Nessabase decomparação,a rendavemapresentando redução desde janeirode 2001.Frente aabril, porém, houve crescimento de 1%. Orendimento médio está em R$ 792,76, o que equivale a aproximadamente quatro salários mínimos.

No acumulado do ano, a renda apresentou uma queda de 4,6%, na comparação com os cinco primeirosmeses do ano passado. De 1994 a 1997, o rendimento médios dos trabalhadores cresceu 20%. De 1998a 2001,houve redução de 11%.Ainda assim, há umaalta acumuladade14% durante o Plano Real. A pesquisa darenda tem uma defasagem de um mês e, porisso,osresultados referem-se a maio. (AE)

CACB discute plano estratégico

No momento em que o Brasilpassa porimportantes transformações geradaspelo impacto da globalizaçãoe se preparaparaelegero futuro presidente da República, a Confederação das Associações Comerciais doBrasil (CACB) marcauma reunião especial, entre hoje e sábado, na Costa do Sauípe (BA). Objetivo: discutir o planejamento estratégico da entidade.

Estarãopresentes ospresidentes e muitos dos vice-presidentes das 27 Federações de Associações Comerciais,que representam cerca de 2,2 mil A ssociações Comerciais e mais 2,5 milhõesde associados, na suamaioria micro, pequenos e médios empresários,além deprofissionaisliberais,dos maisimportantes municípios do País.

Adiscussão queocorrerá nessestrêsdias seráfundamental para ofuturoda CACB não apenas no que diz respeito a seusprojetos, mas

tambémpela avaliação que seráfeitasobreo atualmomento político,econômico e social que o Brasil atravessa e suas perspectivas,explica Natanael Miranda dos Anjos, superintendente da Federaçãodas AssociaçõesComerciaisdoEstado deSãoPaulo (Facesp), que estará representada pelo seu presidente, Alencar Burti, e pelo seu vice, Marco Aurélio Bertaiolli. Eleições –Não épor acaso que está na pauta dos debates o envio, a todos os candidatos à presidência, deuma posição da CACB sobre os principais problemas nacionaise a condução de suas soluções. Trata-se, também, de uma forma de, passada a eleição, cobrar do presidente eleito suas promessas. Alencar Burti destaca a importância doencontro.Para ele, nestemomento delicado paraavida nacional,aclasse média empresarial, responsável por 70%dos empregos

Tarifas públicas fazem

IPCA-15 subir 0,77%

Os preçosadministrados (controlados pelo governo) e os produtos alimentícios foram os maiores responsáveis pela inflação de 0,77% medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15)emjulho. Ataxaficou noteto dasprevisões do mercado(0,60%a 0,80%)e foi mais do que o dobro da registrada em junho (0,33%).

Os principais aumentos foram osdo gásde cozinha (7,94%),telefone fixo (5,39%), energia elétrica (1,78%), gasolina (1,43%) e ônibusurbanos (1,06%).No casodos alimentos,asmaioresaltas ocorreramnofeijão carioca(13,40%)e óleo de soja (10,38%).

Na região metropolitana de São Paulo, a inflação ficou em 0,63%. Entre as demais regiões,a maioralta foiapuradas em Brasília (1,02%) e a menor elevação, em Belém (0,47%). Oíndiceacumulado no ano atingiu3,82% enos últimos 12 meses 7,47%. O IPCA-15 é calculado segundo a mesma metodologia do IPCA, índice usado pelo governo para as metas de inflação. A diferença é o período de coleta que, no caso do IPCA-15, vai do dia 15 de um mês até o dia 15do outro.Em julho,a coleta foi realizada entre 14 de junho e 12 de julho. A pesquisa do IPCA ocorre ao longo de um mesmo mês. (AE)

no País, sevê pressionada de todos os lados,seja pelos juroselevados oupelaenorme carga tributária. "Vamos também incluir nessa estratégia a necessidade de incentivar a visão solidária e social jádesempenhada pelas micro, pequenas e médias empresas", disse Burti. Ele salientouque é preciso queos representantes eleitos pelo povo tenhamumcompromissocoma liberdadeecom oempreendedorismo no Brasil, "única forma de dar oportunidadea todos, gerar renda e empregos".

Opresidenteda CACB, LuizOtávioGomes, deverá abrir o encontro, que ocorrerá noHotel RenaissanceResortCosta doSauípe, a70 quilômetrosde Salvador. Durante a reunião,será definido ondeocorrerá o XIII Congresso da CACB. Também serão divulgadas informações sobre oProjeto Empreender e a apresentação do questionário "Uma Agenda para o Brasil"que, posteriomente,será enviadoaoscandidatos à presidência.

Sergio Leopoldo Rodrigues

O presidente Fernando Henrique Cardoso anunciou ontem que,se houvernecessidade, aAgênciaNacional do Petróleo (ANP) vai "intervir" no mercadode combustíveis para controlar os preços do gásde cozinha (GLP). "Acho que chegou a hora de a ANP atuar de maneiramais ativa na regulação dos preços e de intervir nos preços se for necessário, como a Aneel (AgênciaNacionalde Energia Elétrica) já faz no que diz respeito às tarifas de energia", afirmou.

Em Brasília,oministro de Minase Energia,Francisco Gomide, explicou, também ontem, que o governo poderá recomendar às empresas de distribuição de gásliquefeito de petróleo (gás de cozinha) que pratiquem margens de distribuiçãoe de revenda do produto em níveis considerados "adequados"por ele, sob pena de o governo fixar um preço máximo para o consumidor. Segundo Gomide,há uma apreensão dogoverno quanto aos níveis praticados no comércio do gás de cozinha e, por isso, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) vai estudar medidas alternativas parao controle dos preços. Ele disseque a propostaserápreparada ao longo da semana que vem para ser apresentada na reunião do CNPE marcada para a primeira semana de agosto.

porário de preços que vêm sendo praticados, talvez de forma abusiva", disse. Au xíl io- gás – Aparentemente, explicou oministro, as margens de distribuição e de revenda atualmente praticadas não incluíram as mudanças na formação de preço do gás de cozinha. Ele esclareceuque aPetrobrás nãousa maisa Parcelade Preços Específica (PPE) porque existe hoje o auxílio-gás, "que dá um alívio" para a população de baixa renda.

"Esperávamosque amargem de revenda e a margem dedistribuiçãonão fossem alteradas", disse Gomide. "O preço de referência foi alterado porque o subsídio ficou mais transparente,e essespreços subiram muito, na opinião do governo".

"Há um problema com os preços que vêm sendo praticados, talvez de forma abusiva", disse Gomide

O ministro ressaltou que o governo acredita na prática de preços livremente formados.

"Mas terá a disposição de intervir no mercado", advertiu. "Naturalmente, o governo prefere não ter o estabelecimento de um preço máximo, porque arranha, de certa maneira, afilosofiaquetentamos implementar".

O ministroressaltou quea discussão de preçosó se aplica aogás de cozinha, não se estendendo ao diesel e à gasolina. Ele negou que a proposta seja política.

O ministro assegurou,no entanto, que, casoo governo venha a determinar um teto para o preço do gás, isso ocorreria por um prazo "extremamente limitado". "Estamos convencidos deque háum problema específico etem-

BOLSA ELETRÔNICA DE COMPRAS

A decisão foi tomadana terça-feira à noite, emreunião no Palácio do Planalto, da qual participaram, além de Gomide, o ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente, o diretor-geral da ANP, Sebastião do Rego Barros,e o advogado-geral da União, José BonifácioBorges de Andrada. (AE)

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Tapetes: mais que objetos de desejo

Manter as peças dentro de casa se transformou em mania entre os paulistas. Quanto mais antigo, mais cobiçado é o tapete.

Elesvêmdo Oriente,da Europa, do Nordeste brasileiro ede ondemais aimaginação permitir. Comum pouco mais deinformação, os tapetes deixam de ser mero acessóriode decoração para ganhar status de objeto de desejo.E põe desejonisso.Na média, opreçodometrode umtapetepodevariar entre

R$ 200 e R$ 3 mil. Quanto mais velho, mais caro.

Via de regra, os tapetes levam o nome dos lugares onde sãoproduzidos, comopções quevão desdeo Shiraz,confeccionado nacidade iranianademesmonome, atéos moderníssimos modelos Guggenheim, inspirados nas obras dos pintoresMiró e Kandinsky expostas no museu homônimo.

Senhora Elegante – "Os tapetes orientais dão aconchego,não sãoobjetos demoda. Háainda os clássicos, como os Aubusson, de origem francesa.São comoumasenhora elegante, ficam melhorese mais sofisticadoscom opassar dos anos", afirma o arqui-

teto João Mansur, ele próprio um consumidor das peças, presentesnos principais cômodos de sua residência. Para o arquiteto, um tapete clássico écomo umquadro deVan Gogh penduradona parede: não vai perder nunca a sua importância.

A proprietáriadaredede lojas Século,especializada

emtapetes,Marion Xavier, explica que normalmente são considerados antigos os tapetesqueforam fabricados há mais de oitenta anos. M o da – "Há espaço para todos estilosegostos.Além dosorientais, consolidados na preferênciados consumidores tradicionais e bem informados, existem os moder-

Jantares temáticos resgatam romantismo entre casais

Ao invés de ficar em casa preparando aquelanoite especial para o parceiro, que tal contar com ajuda profissional? AJantar a2 éuma empresa especializada em jantares temáticos.Prepara acomida e decora o ambiente na própria casa do cliente.

Segundo Carina Chaves, proprietária daempresa Jantar a 2, o jantar especial é propício paraesquentar relacio-

namentos amorosos. "Transformamos em realidade a noite de sonho de cada casal", diz a empresária Carina. Ornamentos –Tendas, tapetes, almofadas, pétalas de rosas, aromatização personalizada, músicasde preferência, frutas, champagne, taças de cristal, talheres de prata, réchaud e velas acesas são montados e ficam à espera do casal. Há ainda serviços op-

cionais como violinistas, garçons, limousine, balões de gás e café da manhã.

A noite pode ser árabe, zen, românticaou oriental com cardápio também naversão light. O jantar e a ornamentação podem ser feitos em qualquerlugar, naprópriaresidência, noescritório, emum hotel,flat,de acordocoma preferência do cliente.

A Jantar a 2 se encarrega de montar e desmontar toda a produção,quechegaa ser quasecinematográfica, no diaseguinte.O preçodoserviçovaria entre R$ 680 e R$ 3.000, deacordo comos serviços e cardápio solicitados. Parcerias – A empresa tem parceriacom oFlatTransamárica e com o Hotel Emiliano para arealização dos jantaresnestes locais.Eterceiriza a comida. Oferece refei-

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editoraverbo.com.br

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nos, que mudamde tendência como a moda muda o padrão das roupasa cada estação", explica Marion. Deacordo com a proprietáriada Século,os tapetesde textura mais fofa ou mais peludosestão emalta,com grandevariedade decores e texturas à disposição no mercado. As lojasdamarca,in-

clusive, fazem tapetes sob encomenda para os consumidores,que podemescolhero tamanho eos materiaisespecíficos para as peças. Alémdostapetesde chão, há opções clássicas e modernas para usar na parede. Nesses casos, normalmente é observada a representação de alguma cena ou tema mitológico nas peças, sobretudo nas mais antigas.

Design – O conceito de peça criada comdesign, comum entre objetos de decoração emóveis,já pode ser aplicado aos tapetes. O próprio JoãoMansur assinou umalinha depeças nesseestilohátrês anos."Ocuidado comas formasé maior,com ênfasenas linhas geométricas", explica o arquiteto.

Outra opçãomuito procurada hoje são os chamados tapetes de sisal, queinclusive sãofabricadosnoPaís. "É possível usaros sisaiscomo base para outras peças, como os tapetesorientais,numa combinaçãomuito interessante", diz Mansur.

Via deregra,osespaços mais comuns para usar os tapetessãoosescritóriose as áreas nobres dacasa, como a sala de estar. "O uso está ligado aos hábitos e preferências dos moradores da casa. O que pode ser mais gostoso do que acordar e colocar o pé num tapete bem macio, por exemplo?", diz Mansur. Em outros lugares do mundo, comona Europa,por exemplo, são utilizados tapetes em espaços como a cozinha ou o banheiro.

Monte Altai – Não é possívelafirmarqual aexataorigem dos tapetes. Existe um consenso, no entanto, de que a maisantiga peçaconhecida foidescobertanoMonte de Altai,noSuldaSibéria, por arqueólogos soviéticos. O objeto foi encontrado no ano de 1949 e data da era antesde Cristo.Apeça étoda decorada e estava conservada em uminvólucrodeferro quandoidentificada pelos pesquisadores.

ções do Almanaranas noites árabeemarroquina.E japonesa do Restaurante Nakombi nas noites orientais.

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Profissional – A idéia de profissionalizar osjantares a dois foi de Carina Chaves, depois queumaamigapediu uma dica para"apimentar" o relacionamento. A produção foiumsucesso. Aospoucos, Carina começou a criar temas,organizar oscenáriose hoje faz em média 20 jantares pormês,em geral para pessoas quejá estãocomprometidas há algum tempo. Conselho –"Não recomendamos o serviço às pessoas em início de relacionamento", diz.Segundo ela, "tantoclima podeatéassustar". Carina conta que já houve casos em que pessoas se sentiram extremamente coagidas a namorar sério e casar e o efeito danoite acabou sendo contrário ao esperado. Para casais com filhos ou relacionamentos mais longos, o jantar especial pode ser uma oportunidadepararesgatar a paixão, conversar e fugir da rotina,segundo a proprietária da empresa.

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Ela conta que chega a aconselhar casais e que fica realizada em saber que o jantar foi bom. Em geral, a maior parte dos clientesda Jantar a2 são

mulheres quequeremagradar os parceiros. "Mas os homens adoram pois mexe com suas fantasias", diz. De acordo comCarina, há mulheresque preferem"fingir" que elas mesmas prepararam tudo.Outras abremo jogoe reconhecemacontratação dos serviços.

Início –Filhade donodo buffet em Sorocaba, em São Paulo,ela foiorganizando jantares para amigas, criando temas até que identificou um filão de negócio ainda não explorado.Aproveitou omaterial do buffet, acrescentou itens cenográficoseabriua empresa, emSorocaba,há cincoanos.Na capital,aJantar a 2 está há três anos. Carinaexplica queonegócionãoé sazonal.Emjunho, mês dos namorados, o movimento foi praticamente equivalente aos demais meses. "Não há data especial, ela se cria", afirma.

Isabela Barros
No jantar marroquino, a decoração privilegia lamparinas, véus, almofadas e tem música para dança do ventre
Tsuli Narimatsu
D ivulgação
O arquiteto Mansur e a empresária Marion posam ao lado do tapete Aubusson, peça originária da França

Vendas de shoppings ficam estagnadas

Os 542 shopping centers brasileiros encerraram o primeirosemestre comumempate do nível de vendas em relação a igual período do ano passado. O resultado,que ficouabaixoda expectativa inicial de crescer entre 1% e 2%, reflete problemas como a retraçãoda atividadeeconômica, o dólar valorizado em relação ao real, a redução da renda do trabalhador, omedo do desempregoe a chegada tardia do inverno.

A previsão inicial era de um crescimento de até 2% no primeiro semestre deste ano, frente ao mesmo período de 2001 considerados "tradicionais". O estado de São Paulo tem 114 shoppings. Sahyoun espera um resultado mais positivo já para este mês. "Duassemanas detempo frio e as liquidações devem contribuiro resultadodo mês", diz. Nastrês primeiras semanas de julho,as ligações feitas ao Usecheque – serviço de consultassobrecheques

O setor aposta em mais negócios nos próximos meses, com a inauguração de cerca de 30 shoppings no País

"Para o comércio, que esperava algum crescimento, isso pode serconsiderado uma derrota", disse ontem, em São Paulo, o presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), Nabil Sahyoun,durante olançamento da edição de inverno da Liquida São Paulo ( ve j a texto abaixo). Mesmocom essaqueda,o setor estima fechar 2002 com expansão de4%emrelação frente ao ano passado, com o faturamentoatingindo a

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marca dos R$ 41,6 bilhões. Noano passado, as vendas dosshoppings brasileirosforam de R$ 40 bilhões. "O segundosemestre sempre é melhor.O período tem datas promocionais fortes como o Natal", diz Sahyoun. Além disso, oempresário acredita numa redução maiordastaxas dejuros. "A pressão da sociedade levará o governo atomar essetipode medida", diz.

O aumento também pode ser favorecido pela base decomparação deprimida, já que, no segundo semestre de 2001, o País já passava pelo racionamento de energia e convivia também comacrise daArgentinae também com so reflexos dos atentados terroristas aos Estados Unidos. Novas lojas – Segundo a Alshop, metade dessa previsãode crescimento(ou seja, 2%) deve refletir a aceleração dos negócios dosetor. A outra metade será conseqüência do crescimento donúmero de shoppings. Até o final do ano, entre25 e30 centrosde compras entrarão em operação noPaís.Desses, quatro abrirão na Capital paulista, que já tem, segundo a entidade, 72shoppings, 35deles

da Associação Comercial de SãoPaulo, quefunciona como um indicador de vendas a vista – apresentavam crescimento de 14,5%, ante o mesmo período de 2001. Com isso, os estoques do varejo –delojasdedepartamento, de eletroeletrônicos, vestuário, concessionárias e supermercados – devem cair, acredita o empresário. Hoje,

as mercadorias têm ficado cercade40 dias emestoque nas lojas, ante uma média habitual de 10 a 15 dias. Outra preocupação dos shoppings no momento é a inadimplência. Segundo Sahyoun, noprimeiro semestre do anocresceu5%, em relação a igual período de 2001. No mesmo intervalo do ano passado, o calote nos

shoppings havia aumentadp 3%. "O pequeno lojista tem dificuldade de entender que o gasto comserviços deproteçãoaochequeé um investimento", diz o empresário. Ele recomenda que o lojista procure o melhor serviço de proteção ao crédito para evitar esse tipo de perda.

Liquida São Paulo começa amanhã

Começa amanhã, na GrandeSãoPaulo, a11ªediçãoda maior liquidação conjunta do comércio no País, a Liquida São Paulo. Devem participar 22 shopping centers e cerca de8 mil lojistasda região. Com descontos variando entre 10% e 70%, o setor espera aumentar a venda entre 2% e 3% durante a campanha –quetermina nopróximodia 4 –, em relaçãoa igual período do ano passado.

Na ediçãodeinverno de 2001, o crescimento de vendas oscilou entre 5%e 6%, disse o presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), Nabil Sahyoun. A entidade investiu R$ 1 milhão na campanha, queteráanúnciosna televisão, em jornaisdiários eem outdoors.

O lojista que quiser aderir

Falta de credibilidade abala o mundo

Os recentes escândalos contábeis e a concordata da WorldCom nos Estados Unidos iniciaram uma onda de especulação em todos os mercados financeiros mundiais. Como não poderia deixar de ser, no Brasil a crise se manifesta através da alta do dólar, da queda da Bolsa de Valores e o que é pior pela paralisação do consumo. As taxas de juros para o crédito ao consumidor continuam muito altas, mesmo com a redução feita pelo Copom, demonstrando definitivamente que não há relação entre a taxa de juros colocada pelo Banco Central do Brasil e a praticada pelo mer-

NOTAS

cado. Averdade é que o fator credibilidade, compreendido no sentido mais amplo de seu significado, éhoje o principal fator de inércia do mercado. Devemos ainda acrescentar o cenário das eleições que traz ainda maior grau de instabilidade pela diversidade de posições e filosofias que estão em jogo na corrida presidencial. O mercado de automóveis já iniciou um processo de encolhimento, através de férias coletivas e demissões que levarão a uma queda de produção para compatibilizar os estoques. Entretanto, como já sabemos, os efeitos destas medidas não são sentidos de ime-

Produção do velho

Corsa na Argentina

A General Motors deverá transferir a produção do modelo antigo do Corsa para a fábrica de Rosário na Argentina. A decisão está ligada à intenção de produzir novos modelos no Brasil, ao mesmo tem-

A Ford norte-americana firmou convênio com a US Small Business Administration, órgão dedicado ao desenvolvimento da pequena empresa, para criar mecanismos facilitadores de obtenção de linhas baratas de crédito

po em que precisa viabilizar um mínimo de produção no país vizinho.O impasse vivido pelos argentinos vem trazendo grande preocupação à indústria automobilística que investiu forte naquele mercado.

Incentivo à pequena empresa com o objetivo de compra de novos pontos comerciais ou melhoria dos atuais. Os bons exemplos deveriam ser seguidos, tanto da entidade dedicada às pequenas empresas quanto em relação aos seus objetivos.

diato. Em resumo, o que podemos constatar é que os cenários econômicos e políticos nacionais e internacionais sofreram mudanças significativas e inesperadas e que a digestão de fatos tão significativos levarão um certo tempo para ocorrer. Como já havíamos adiantado, esta última semana foi palco de feirões de quase todas as marcas, criando a tentativa de atrair o consumidor preocupado e atônito com a nova realidade tratada diariamente nos jornais. Acreditamos que esta será a tônica dos próximos meses até o término das eleições.

Fiatleva mais um do Brasil

Agora é o presidente da Iveco Brasil que vai para a Itália reforçar o time de reconstrução da Fiat spa. Píer Luigi Zanframundo será o novo companheiro de Gianni Coda , também saído da Fiat Brasil , que estará levando a experiência brasileira para a montadora italiana.

Valdner Papa Consultor do setor automotivo e-mail: valdner@globo.com

deve comprar um kit com adesivospara vitrines,etiquetas depreçosebanners internos, entre outros itens. O kit sai por R$ 70 reais.

A expectativa da entidade é de que cerca de 34 estabelecimento – incluindo shoppings e lojasde grande e pequeno porte – acabem aderindo à megaliquidação. "Há sempre os retardatários", destacou. Verão – Segundo a Alshop, a edição deverão da Liquida já começa a ser planejada. Sahyouninformou que,em janeiro os shoppings farão uma promoção conjunta

Meta de exportação

das montadoras é de 35%

As montadoras estabeleceram como meta exportar, até 2006, 35% de sua produção. Hoje este número é de 25%, porém devemos considerar que o acordo com o México trará um enorme impulso para esta iniciativa, uma vez que sendo a produção hoje concentrada em plataformas mundiais a especialização da manufatura por pólos de produção já é um fato. Deve-se também levar em consideração o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Itamaraty, que busca acordos automotivos com aÁfrica do Sul ea Comunidade Européia. Como sabemos, aÁfrica do Sul é uma porta muito importante para o mercado da Ásia e as

negociações já estão adiantadas. Com a Comunidade Européia, oprocesso é sempre mais lento ao estilo já conhecido dos europeus. Hoje, o México é um grande concorrente dos brasileiros nos mercados de exportação, porém os espaços de cada um começam a ser mais bem definidos e com sempre há lugar para todos. Deve-se levar em conta, também, aimportância da exportação na formação de conceito de qualidade que acaba por influir em todos os produtos da cadeia produtiva. Este ganho de qualidade e produtividade imposta pela exportação trará, sem dúvida, dividendos importantes para o mercado interno brasileiro.

Redes de serviço rápido

aumentam

É significativo o aumento da redes de serviços rápidos em direta concorrência com os concessionários. Antes, os serviços estavam centralizados em pneus, porém agora vem se consolidando a presença de grupos multinacionais dedicados a serviços de reparos de freio, escapamento, regulagem etc. É mais um mercado que pressiona a rede de distribuição. Oconcessionário deverá inovar seu serviço rápido.

A indústria automobilística norte-americana está enfrentando um impacto de US$ 1 bilhão no custo de produção dos veículos automotores por conta do aumento no preço do aço. Entende-se, agora, a grande

com a Secretaria da Cultura e com a Associação Paulista de Empresários TeatraisdoEstado deSão Paulo(Apetesp), distribuindomais de30mil ingressos para os clientes que comprarem a partir de determinado valor. Para auxiliar oslojistasna organização da Liquida São Paulo, a Alshop divulgou uma espécie de manual, com dicas e sugestões sobre os procedimentos a seremseguidos numa "liquidação ideal". São mais de dez procedimentos. ( veja alguns dele s no quadro ao lado). (TM)

ser viço

Redes de distribuição estão encolhendo

O processo de encolhimento das redes de distribuição é mundial. Neste último ano, adiminuição nos Estados Unidos foi de 350 concessionárias, número não muito diferente do ocorrido no Brasil, mas com uma grande diferença: os norteamericanos possuem mais de 18 mil concessionárias e o Brasil por volta de quatro mil. Assim, em nível percentual da rede, o processo de mudança em nosso País tem sido muito mais intenso e não vem ocorrendo só por motivos de concentração e sim como decorrência da piora na rentabilidade do negócio em si. Ojuro tem sido um dos algozes desta transformação, pois reduziu de forma significativa a lucratividade das redes de concessionários.

Preço do aço tem impacto sobre o valor do carro pressão de bastidor que o governo norte-americano vem exercendo sobre omercado de aço mundial. A indústria dos Estados Unidos aparentemente não consegue obter produtividade e estrutura de custos competitivos!

A Audi duplicou para dois anos a garantia de todos os seus veículos produzidos no Brasil e na Alemanha. Esta atitude demonstra a preocupação da montadora

Audi duplica garantia em fornecer ao consumidor a imagem de confiança que ele tanto deseja. Ao mesmo tempo fortalece o conceito de qualidade da produção no Brasil.

Valdner Papa
Liquida São Paulo Descontos de 10% a 70% em mais de 20 shoppings da Grande São Paulo Quando: de 26 de julho a 4 de agosto Informações para lojistas: (11) 3889-0505

Beber vinho requer muitos estudos

Cada vez mais presente no cotidiano dos brasileiros, o vinho exige dedicação para que a pessoa saiba reconhecer a bebida de qualidade e fazer as suas opções de consumo.

Numa épocaem queo vinho não era o objeto do desejo dos consumidores nem tão cultuado pelos meiosdecomunicação,o gastroenterologistaJosé LuizAlvimBorges, atual presidente da Associação Brasileira de Sommeliers (ABS), começou ase interessar pelo assunto. Diz ele que ao perceber a existência declassificação na variedade da bebida passou a pesquisar oassunto. Há exatos 20 anos, ele começoua ler muito sobre otema, viajar para conhecer vinícolas, fazer cursos e, principalmente, comprar vinhos. A partir daí

tornou-se um enófilo. Cabe um parêntesis aqui. O vinhoganhou tanto espaço nas prateleirasena vida das pessoas que háuma nomenclatura específicapara aquelesque lidamcom oprecioso líquido.Oenófilo éaquele apreciador esclarecido, que se dedica a cultuar e a estudar o vinho. O enólogo é o profissionalresponsável pela elaboraçãode umvinho,trabalhando navinícola.Para tal, ele freqüenta cursos superiores. Por fim, e não menos importante, especialmente para oconsumidor, háosommelier, também uma profissão

que exige formação, mas em cursoslivres.Éa pessoaque cuidadacarta devinhosdos restaurantes e orienta o cliente na escolha da bebida.

Claro que Borgespossui uma adega em casa. Considera-a modesta, com suas 800 garrafas. E revela que está difícilcomprarvinhos, pois emboraa indústria nacional tenha um bomproduto, ainda não é comparável aos grandes vinhos importados, de regiões clássicas e tradicionais, cujos preçosestão atrelados aodólar. Aocontrário do que podemimaginar as pessoas,um enófilonão bebe, necessariamente, vinho todosos dias.Borges dizque consome uma vez por semana. A não ser nas degustações daABS,emeventos oupara laudos de avaliação– um ato quase profissional.

Beber para conhecer – Então,Borgesreconhece facilmente um vinho? Negativo,

Sommelier, o profissional que ajuda o cliente a escolher certo

Um ciclo comum no Brasil, principalmente no segmento dealimentose bebidas,é o profissional começar a carreira comoajudante eir galgandoposições, atéatingir cargos no topo da carreira e boa remuneração. Como sommelier, profissional que trabalha com vinhos e charutos nos restaurantes, ocorre o mesmo.Aomenosfoi assim para profissionais de duas casas estreladasda capitalpaulista: João de Araújo Pereira, do restaurante Antiquarius, e Flávio Júnior de Souza, do restaurante O Leopoldo. Ambos começarama trabalharcomo ajudantes de sommelierse aprofundaram-se noassunto. Sãounânimes em relação à profissão: poucossão os restaurantes que contratamseus trabalhos. Apenasoschamados classeA. Osdemais, quase sempre, fazem suascartas de vinhoscontratando oprofissional sópara isso oupor indicação de importadoras.

O sommelier não apenas orienta e indica vinhos para o

consumidor, tambémelabora a carta de vinhos da casa, fazcompras,viajapara conhecernovidades. Ah!sim, fazdegustações. Pereira,que há nove anosestá no Antiquarius e antes trabalhou por cinco anos noPaddock, fez cursos na ABS. Souza, há cinco em O Leopoldo, seguiu quase a mesma trilha.Estoquista do Empório Santa Maria interessou-se pelo assunto e deslanchou na carreira. Bebe mais, conhece mais –

Não faltam lugares para aprender a conhecer vinho

Não é difícil para o consumidor tornar-se um enófilo ou iniciar um aprendizado acerca de vinhos. Existem várias entidades, como a ABS, a Sbav (SociedadeBrasileira deAmigos do Vinho),Confraria doVinho e por aí afora, que realizam cursos edegustações regularmente. Há também restaurantes que,em parceriacom empresas, promovem eventos para consumo da bebida. A ABS (fone 3814-1269 e site www.abs-sp.com.br), por exemplo,realiza nopróximo

dia 31,degustação devinhos Terrazas de los Andes, ao custo de R$ 15, sócios e R$30, demais. A Sbav (fone 3814-7905 e sitewww.sbav-sp.com.br), no dia 30, faz a degustação top do mês, com vinhos franceses, seguido dejantar. Opreço: R$ 75, sócios; R$ 90, não sócios. Jantar, R$ 30. No mês de agosto, a vinícola Aurorae a Cantina Speranza (fone 5051-1229) realizamAs 4Semanas doVinho,cada uma delas dedicada a um tipo de vinho. Preços variados.

O consumidor hoje, dizem os sommeliers, conhecemmais vinho e também bebem mais. Pereira dizque osclientes do Antiquarius,em geral,preferemvinhosportugueses, já queessa é cozinha típica da casa. JáSouza detalhaque 50% dos clientes deO Leopoldo sabem exatamente o que querem beber. Outros se aconselhamcomele. Eonacionaltem espaçonessascasas? Sim dizem Pereira e Souza. No Antiquarius, 95% da carta de vinhos são de importados; no O Leopoldo, 90%. E o cliente pede nacional? Os sommeliers confirmam e revelam algo interessante: estrangeiros têm curiosidade em conhecer oproduto brasileiro.Souzacompleta, se eles nãopedem,eusugiro, para mostrar o nível de nossa indústria.Pereira orienta:o vinho brasileiro é jovem, frutado e leve, ideal para ser consumido de imediato. Não deve ser armazenado. E eles bebem sempre? Todo dia, emdegustaçãoatrabalho, é a resposta imediata. Por prazer,parasaborear,só em dias de folgae mesmo assim, uma ou duas taças.

Fotos: Paulo Pampolin/Digna Imagem

explica. Aoexperimentardá para determinarregião,tipo e safrada bebida, mas não é fácil identificar a marca. Para tertal conhecimento, esclarece, é preciso beber freqüentemente ou ter consumido aquela bebidarecentemente. O enófilo defendea degustação às cegas, aquela em que não há rótulos à vista, como a melhorforma deavaliação, pois assim não há influência da marca no julgamento. A indústria nacionalpode ficar tranqüila.O presidenteda ABS diz que há no mercado nacionais melhores do que alguns importados. Quais? Aquelesconsiderados premiuns ou top de linha, cujo preço varia entre R$ 18 e R$ 20 e os espumantes nacionais, como os da Chandon Brasil, Salton Volpi ou Salton Classic eCasa Valduga.Borgesressalta que importados mais baratos que os nacionais sãoruins.O quedevefazero consumidor leigo, ao escolher o vinho? O presidente da ABS diz que é preciso ter um mínimo de conhecimento sobre os bons produtores nacionais como Miolo, Salton, Don Laurindo, Cave de Pedra, entre outros.

Nãoháuma regraparaescolher a bebida. Segundo ele, há muita variação na safra da uva brasileira, o que altera a qualidade.Em 99,a safrafoi ótima. Neste ano, também está sendo.Num restaurante a escolha é facilitada com a ajuda do sommelier, que vai indicar ovinho combase em custo/benefício. Até mesmo nos restaurantes classes A encontram-se opçõesda produção nacional.

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Beth Andalaft
Flávio Júnior de Souza, sommelier de O Leopoldo, na vasta adega da casa

Uma interessante matéria publicada no jornal Folha de S. Paulo r ev el a que osaumentosde tarifas, preços administrados e os preços doscombustíveis puxaram a inflação nos últimosanos, poissubiram muito acima da média dos preçosde mercadoa partirdo Plano Real. Basta verificar que enquantooIPCA, índice utilizado pelo Banco Centralpara medirainflação e balizarsuapolíticade meta inflacionária, subiu 118%, produtoscomoo gás decozinharegistraram incrementode 472% nos últimos oito anos, telef onefixo 381%,ônibus urbano250%, energia elétrica227%, metrô 225%egasolina 211%.

No mesmo período, os alimentos aumentaram em 73%, oseletrodomésticos em69%eo vestuárioem apenas 47%, demonstrando que os preços livres,

ANÁLISE

POSIÇÃO DA FACESP - ACSP Política absurda

sujeitos à competição do mercado, tiveram um desempenho bastante favorável duranteo Plano Real, masainflaçãonão foi contida de forma mais efetiva devidoao comportamento dos preços públicos ouadministrados pelo governo, provocando brutal transferência de renda das empresas e dos consumidores para um reduzido número de instituições.

A razãoinicial para a alta dos preços públicos foi a de recuperara rentabilidade das empresasa serem privatizadas,visando torná-lasmaisatrativas, mas a política de reajustes acima do dos preços livrescontinuou após a vendadasmesmas, devido ao critériode correção dastarifaspelo IGP–Índice Geral de Preços da FGV, que capta as variaçõesdos preços no atacado, no geral não transferidas para o consumidor,

Situação difícil

Não é possível que o expresidente George Bush, pai de George W. Bush não soubesse das maracutaias em que esteve envolvido há anos seu filho, atualmente presidente dos Estados Unidos. Segundo noticiário amplo, inclusivedo N.Y. Times , que li há dias, GeorgeW. Bush também praticou atos que as leis americanas condenam nos homens de negócio, e escapou de condenação, provavelmente, porter tomadoprovidenciassalvadoras em tempo.

Nos Estados Unidos, cujo fundo puritano ainda permanece intacto, apesar de todas as mudanças por que a naçãopassou e está passando, não é mais a dos pioneiros,nem ados s elf made men, mas,ainda, éa dos freqüentadores das Igrejasprotestantes,e a mão sobre a Bíblia vale para enxotar do poder um presidente que tenha jurado em falso, como ocorreu com Nixon e quase ocorre com Bill Clinton.É o fundo puritano, que se mantém e que levantou agora a onda contra os padre pedófilos.

OsEstados Unidostêm contribuído, excepcionalmente,para odesenvolvimento de todas as nações

não seexigindoreduções decorrentes de ganhos de produtividade, como seria dese esperarcomo benefício da privatização. Além disso, cria-se um "círculo vicioso"em que as tarifas são corrigidas peloIGP eacabamfazendo com que esse índice aumente, servindo depois de base parta novos reajustes.

guladoras nãopodem ignorar as condiçõesdo mercado ea situação dos consumidores em sua atuação.

Embora nãose justifique a volta do controle de tarifas comoinstrumento de combate à inflação, também não sepode aceitar queum pequenonúmero de empresas, por não enfrentarem concorrência, possam ter seus preços corrigidosde formaautomática e tão generosa, sem que se leve em conta a conjuntura, impondoaos demaissegmentos umadrenagem de recursos incompatível com uma economiadesindexadae em retração. As agências re-

No tocante aos combustíveis, assegura-se à Petrobrás liberdade como se enfrentasse concorrência efetiva, quando,naverdade,ela,alémde gozar deum monopóliodefato, vende produtosessenciais ao funcionamento da economia e à vida da população, o que lhe permite praticar preços totalmente em desacordocom asituação do mercado consumidor, provocando não apenas alta da inflação, como uma grande instabilidade, aovincular seus reajustes às oscilações do câmbio ou do preço do petróleo no exterior, quando a produção doméstica responde pela maior parcela desua venda. Também não se advoga um controle de preços que possa

comprometer asaúde financeira da empresa mas, não parece aceitável que uma empresa, possa se valerdeseu poderdemonopólio a fim de drenar para seus acionistas uma renda incompatível com a situação de um mercado em retração.Ocasodogás de cozinha, produtode uso essencial pela população debaixa renda, éum exemplo claro de uma política absurda na qualse permite um aumento exagerado em benefício da empresa e seus acionistas e, depois, o governo distribui "valegás", obrigando o contribuinte pagar duas vezes, como usuário dogás ecomo contribuinte quesustenta o subsídio.

Além das empresas que têm seus preços administrados ou detêm monopólio, o fisco é o grande beneficiáriodas elevaçõesdas tarifas e preços públicos,

pois, regra geral, tratamsedeprodutose serviço s que apresentam uma tributação extremament e elevada,tornando osgovernos sócios privilegiados dos aumentos.

Para agravara situação de empresas sujeitas ao mercado e dos consumidores, a alta da inflação faz comque oBanco Central mantenha os juro s elevados, prejudicando a atividade econômica, a renda, oemprego ea própria arrecadação. É preciso romper ess e "círculovicioso" dospreços administrados, sem cair noserrospassadod e congelar tarifas,mas, também, sem privilegia r alguns segmentos em detrimento dos demais. Talvez uma a redução de impostos que compensasse os reajustes de preços e mantivesse a receita tributária pudesse seruma alternativa.

do mundo. Tudoo que o progresso nos trouxe, em utensílios domésticos, em automóveis,em postosde serviço de gasolina e óleo, emlocomotivas, emtrens de aço, em aviões, enfim, em tudo o que é desenvolvimento ou, vulgarmente, denominado progresso, veio dos Estados Unidos está dando conforto a milhõesde habitantes do mundo.

Os Estados Unidos estão fazendo enorme esforço parasesustentarem, A Nova Roma, como podemos denominá-los, abrange o mundotodo, que fazdetudoparaos imitar, dos costumes no vestuário,às musicassem ritmo masbarulhentas paraestimular osistema nervoso dajuventude,a Nova Roma ainda é forte e devemostê-lacomo tal. Mas,tudo passa,comolá disse o padre Vieira num sermão,e os impérios todos, sem exceção,se não caíram de todo, caíram em parte ejá nãosãooque eram. É o que devem pensaros americanos,nesta fase decrise em quese encontram.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

Os artigos enviados à Redação do DC para eventual publicação devem conter no máximo2.800caracteres,sedigitados,ou40 linhasde70 toquescada,se datilografados.

Ascartas àRedaçãosomenteserão publicadas se contiverem,alémda identificação do missivista, endereço com rua, número, bairro, CEP e, se possível, telefone e rg. As cartas poderão ser resumidaspela redação, publicando-se, apenas o essencial. Os originais não serão devolvidos.

A fase decisiva

Quantosestejam iludidos comos resultadosdas pesquisas eleitoraisa estas alturas do campeonato devem seprecaver. Inclusive os que já projetam ministérios easpiram posiçõesde relevo na República. A fase decisiva do pleito só começará apartir de agosto quando entra no ar o horário político obrigatório. Atélá tudoénada nacorrida eleitoral.

Tradição mostra

A curta,e ainda emfase de consolidação, tradição eleitoral brasileira,pós período deausência deeleiçõesdeverdade pormais de 20 anos,mostra que em relação aohorário obrigatório na televisãoe norádio, pode-se tudo, menos desprezar suainfluência no comportamento do eleitorado. Goste-se ou não, é nesta fase da campanha que o eleitor, mesmo assistindoe ouvindo de forma obrigatória, forma seu juízo definitivo sobre o voto a ser dado. Estica o olhar, apura os ouvidos e o faro e decide de vez.

Nus na tela

Os candidatos e seus marqueteirossabem que pormais artifíciosque sejam utilizadosna apresentação docandidato,moldando-lhe um figurino mais apurado,como estão fazendo, por exemplo, com Lula,ou obrigando-o a semostrar maissimpático, maisaberto comoSerra,o quechega especialmente nastelas dostelevisoresdos eleitoresé aimagem real do postulante,

como seestivesse moralmentenu frente as câmeras. Coitadode quempensa que ainda engana o crivo dotelespectadorcada vez mais crítico.

Explorar detalhes

É possível,sim ,explorar detalhes positivosdecandidatos pelaação domarketing, da propaganda, aplicados às eleições. Mas o telespectador estará discernindoneste pleitomais doque noanterior eassim sucessivamente,até que a população seja politizada o suficiente para sabermudar, deverdade, pelovoto, osrumosdo desejoda maioria, hoje ainda tutelada por minorias.

Espaço

Nesta campanhahá um espaço de ilusionismo maior, contido no vácuo dafrustração causadapela decepção precoce quese teve com Roseana Sarney. A candidata a vice na chapa deSerra, deputado Rita Camata ea namorada de Ciro Gomes, a atrizPatrícia Pillar, que tira qualquer visibilidade do candidato a vice, oPaulinho daForça Sindical, são detalhes que ainda iludemos eleitorese as eleitoras.Sãochamarizesmachistas paradistrair o principal, chamando voto pelo acessório feminino. Com perdãodas feministas. Elaspoderia sercandidatas.

Cautela

Por isso, leitor, se alguém disser que já está eleito ou definido no segundo turno, ponha as barbas de molho, para não se queimar.

P. S . Paulo Saab
João de Scantimburgo

Barueri regulariza escritórios virtuais

O objetivo da lei municipal 1.316, assinada recentemente, é impedir a atuação de firmas fantasmas e facilitar a fiscalização

Para acabar como estigma de cidade que abriga grande númerode empresasfantasmas, o prefeito do Município de Barueri, na Grande São Paulo, GilbertoMacedoGil Arantes, resolveu baixar uma lei regulamentando os escritórios virtuais. Éa primeira cidade a impor normas para o funcionamento desses centros de negócios. Os escritórios virtuais vêm sendo procuradosprincipal-

mente porprofissionais liberais, executivos,advogados, consultores eaté empresas multinacionais comoforma de reduzir custos. Com o pagamento de uma taxa mensal, os usuários dispõem de salas, linha telefônica, fax, internet, secretáriae outrostipos de serviços,como assessoriajurídica e contábil. Em Barueri, noentanto, houve crescimento indiscriminado deescritórios dogê-

falências & concordatas

nero,mas quenãooferecem qualquer tipode infra-estrutura,abrigando muitasvezes empresas fantasmas. "O objetivo da lei é inibir a entrada dessas empresas, que são registradas ilegalmente no Município. Na região é comumo funcionamentode até cinco empresas num mesmolocal enão havianormas regulamentando esses estabelecimentos",disse osecretário de NegóciosJurídicos

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 23 de julho de 2002, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:

Requerente: Asserta Assessoria Empresarial Ltda. — Requerida: Madeiragem Madeiras e Ferragens Ltda. — Rua Paes Leme, 284 – 01ª Vara Cível

Requerente: São Paulo Ind. e Comércio de Molas Ltda. — Requerido: Mazzoni Ind. Mecânica Ltda. — Av. Ibiuna, 545Fundos — 33ª Vara Cível

Requerente: Acesita Serviços, Comércio, Indústria e Participações Ltda. — Requerida: Dalver Ind. e Comércio de Artefatos de Metal Ltda. — Rua Matashiro Yamaguishi, 267 — 37ª VaraCível

Requerente: Richard Saigh Indústria e Comércio S/A.— Requerida: Panificadora Rosa Mística Ltda. – Rua Dr. Benedito Tolosa, 50 — 27ª Vara Cível

Requerente: Richard Saigh Ind. e Comércio S/A. — Requerido: Jardim Antártica Pães e Doces Ltda. — Av. Mariana Caligiori Ronchetti, 1010 — 31ª Vara Cível

Requerente: Itapage S/A Celulose Papéis e Artefatos — Requerido: Spina Comércio e Representação Ltda. — Rua João Antonio, 491 — 37ª Vara Cível

de Barueri, Tatuo Okamoto. Com alei 1.316,publicada no Diário Oficial da cidade no último sábado,os estabelecimentossão obrigadosa se inscrever no município, funcionar no mínimo das 8 às 17 horas emanterpelomenos um atendente no escritório. Outra exigência é a de manter no local o documento de Inscrição Municipal original e livros fiscais, relativos ao ISS de seus usuários e, no caso de pessoa jurídica, cópias autenticadas do CNPJ e do contrato social.

cumprimentode ummesmo dispositivodaleipor cinco vezes implicará na cassação de licença dos estabelecimentos.

Requerente:Valter do Carmo Milanese — Requerida: Bawman Agropecuária e Comercial S/A — Av. Paulista, 2202 - 8º andar, conj. 86 — 11ª Vara Cível

Requerente: Branac Papel e Celulose Ltda. — Requerido: Eurocolor Gráfica Fotolito e Editora Ltda. — Rua do Manifesto, 2329 — 05ª Vara Cível

Requerente: Mercantil Importadora Genuína de Peças Ltda. — Requerida: Comercial Ipiranga de Autos Peças Ltda. – Rua Silva Bueno, 2669 — 30ª Vara Cível

Requerente: Metalúrgica Capaz Ltda. — Requerida: SC Speed Clena Produtos de Serviços de Limpeza Ltda. — Rua Hipólito José da Costa, 29 — 36ª VaraCível

Requerente: MIC Indústria e Comércio de Malhas Ltda. — Requerida: Italina S/A Ind.e Comércio – Rua Coronel Mário Azevedo, 156 — 26ª Vara Cível

Requerente: Renovadora de Pneus SL Ltda. — Requerida: Auto Viação Vila Rica Ltda. — Av. Carlos Lacerda, 3007 — 33ª Vara Cível

Requerente: Renovadora de Pneus SL Ltda. — Requerida: Auto Vi-

Requerente: Richard Saigh Ind. e Comércio S/A. — Requerido: Ohara e Cia Ltda. — Rua Fiação da Saúde, 341 — 07ª Vara Cível

ação Parelheiros Ltda. — Estrada de Parelheiros, 3000 – 38ª Vara Cível

Requerente:Javi Pneus Ltda.— Requerido: Expresso Urbano São Judas Tadeu Ltda. — Av. Raqueb Chohfi, 6300 — 03ª Vara Cível

Requerente: Renovadora de Pneus

SL Ltda. — Requerida: Viação Vila Formosa Ltda. — Rua Leandro de Servilha, 95 — 35ª Vara Cível

Requerente:Javi Pneus Ltda.— Requerida: Viação Vila Formosa Ltda. — Rua Leandro de Servilha, 95 – 07ª Vara Cível

Requerente: Renovadora de Pneus

SL Ltda. — Requerido: Expresso Urbano São Judas Tadeu Ltda. — Av. Raqueb Chohfi, 6300 — 03ª Vara Cível

Requerente: Renovadora de Pneus SL Ltda. — Requerido: Auto Viação Esmeralda Ltda. — Av. Carlos Lacerda, 3003 – 01ª Vara Cível

Requerente: Renovadora de Pneus

SL Ltda. — Requerida: Auto Viação Santo Expedito Ltda. Estrada do Alvarenga, 4000 — 29ª VaraCível

Requerente: Dom Comércio e Serviços Ltda. — Requerida: Papelaria Lolamar Ltda. — Rua Voluntários da Pátria, 1806 — 10ª Vara Cível

"Temos responsabilidade pelocliente ouempresaque hospedamos e com o respaldo da prefeitura nos sentimos maisseguros quantoàsatividades exercidasporesse cliente. Além disso, cooperamos aoapontaros que não trabalham de maneira regulamentada", diz a diretora do Virtual Office,o primeiro centro de negócios a se instalar na cidade, há seis anos, Mari Gladilone.

Separação – A lei possui 15 artigos edivideaatividade em três categorias: centros de negócios, escritórios virtuais e centros de apoio. Os estabelecimentosque nãocumprirem as novas normas estarão sujeitos àmulta quevaria de 25 a100 UFESPs(Unidade FiscaldoEstado deSãoPaulo). Na reincidência da infração, o valor é dobrado. O não

Alíquota – Obaixo valor da alíquota do Imposto sobre Serviços(ISS)emBarueri –que varia entre 0,5 a 2,5%, dependendodaatividade– é um dos principais atrativos dacidade que contribui para o aumentodo número de empresas prestadoras de serviços. A maioria funciona em escritórios virtuais, que também cresceram em número na região.

Os centros de negócios serão obrigados a fornecer aos fiscais livros contábeis de seus usuários

listas para cidades com alíquotasmenores estálevando aPrefeiturade SãoPauloestudar mudançasno sistema de taxação do Imposto Sobre Serviços (ISS). Na capital,aalíquota médiaé de5%,comum tetode 10%.A Secretariamunicipal deFinançasdeSão Paulo criou recentementeum grupo de trabalho, por meio de uma portaria, que está discutindo quais as medidas que poderiam ser adotadas.

ASecretaria de Negócios Jurídicos de Barueri não soube informar o número desses estabelecimentos, massabese que são muitos. Tanto que a migração de empresas pau-

Outra expectativa,na luta contraa guerrafiscal,é a aprovaçãono Senadodaalíquota mínimade 2%,válida em todo o território nacional e que começa a vigorar a partir do ano que vem.

Sílvia Pimentel

Empresa é acusada de assédio contra famílias

A indústria de fogões GEDako, instalada em Campinas, está sendo acusada de cometer coação e assédio moral contra os parentes de seus 1,6 mil funcionários. A Procuradoria Regional do Trabalho de Campinas entrou na Justiça com uma ação civil pública em que pede indenização coletiva e individual para cada família, por danos morais. No início deste mês, os funcionáriosfizeram umagreve de seis dias.Nesse período, a empresa enviou telegramas às mulheres, mães e filhos dos funcionários com ameaças de retaliações e demissão. Foram quatro telegramas por família, informou a assessoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região.

Telegrama – No texto do telegrama, aempresa alertou que a greve traria conseqüênciascomo o"comprometimento do orçamento familiar" e "colocação do emprego em risco". Sugeria uma "conversa francaemcasa"para que os parentes convencessem os trabalhadores a retornarem aos seus postos.

"Issoé assédio,coação.Extrapolaa legislaçãodotrabalho eentranaesfera do respeito àcidadania dos trabalhadores e de seus familiares", afirmou a subdelegada do Trabalho em Campinas, Cleciene Rodrigues.

Assessoria Contábil

Segundo aassessoriado sindicato, várias mulheres procuraram aentidade chorando em busca de informaçõese houve ocaso de uma mulher que saiude casa com os filhos depois de receber os telegramas, masacabou voltando, convencida pelomarido."Levei umsusto",conta FláviaCrispim, mulherde André Crispim, outra ameaçada. "Foi golpe baixo", afirma o marido.

Greve – A greve foi encerradano dia8 destemês,porém 59 empregados foram suspensos porterem cometido "faltas graves", conforme a empresa. Agrande maioria dossuspensos, informou a assessoriado sindicato, pertence à Cipa ou évítima de acidente de trabalho,e todos foram ameaçadosdedemissãopor justacausa. Ainda conforme aassessoria, nenhum dosgrevistas cometeu “falta grave”.

A assessoriade imprensa da Dako informou que a suspensão é garantida pela Constituição,e foi aplicada aos funcionários que insistiram em fazer greve no interior daempresa. Aassessoria acrescentou que a diretoria da indústria não irá comentar sobre ostelegramas esobre a ameaça de demissão por justa causa. ADako foicomprada pela GE há seis anos. (AE)

São Paulo, quinta-feira, 25 de julho de 2002

Posição da Facesp-ACSP

Reajuste de alguns preços revela graves distorções

Embora não se justifique a voltado controlede tarifas como instrumento de combate à inflação, também não sepode aceitarque umpequenonúmero deempresas, pornão enfrentarconcorrência, possamter seuspreçoscorrigidos de formaautomática etãogenerosa.É precisoromper essecírculo

vicioso dos preços administrados, sem cair no erro passado decongelar tarifas, mas, também, sem privilegiar alguns segmentos em detrimento dos demais. Talvez aalternativa pudesseser umaredução deimpostos que compensasse osreajustes de preços emantivessea receita tributária. Página 2

Prisão de fraudadores nos EUA ajuda as bolsas

O patriarca edois herdeiros da família Rigas, que fundouo grupo detelevisãoa cabo AdelphiaCommunications,foram presosontem. Doisoutros ex-executivos também foram detidos. Todosforamacusados deusar dinheiro da Adelphia para empréstimos pessoais,vôos para safáris na África e para a construçãode umcampode

golfede US$ 13 milhõesna propriedade dos Riga. A prisão foi um dos fatores que influenciaram a forte alta das bolsas, ontem, nos EUA, pormostrar adeterminação emsepunir osfraudadores de empresas.OíndiceDow Jones encerrou com alta de 6,35%, acompanhadopelo Nasdaq, que registrou elevação de 4,98%. Páginas 7 e 11

Desemprego já preocupa os operadores da Bovespa

A fortequeda de negócios na Bovespatrouxe aopregão a ameaça de demissões. O clima é tenso e o temor de cortes j unta-seao estresse natural da função.O pregãode ontemfoiuma amostra:omercado volátil gerou uma série deordens quasesimultâneas decompra e venda de uma mesma ação. Após altos e baixos,a Bovespa fechou em elevação de 1,96%, comum giro de R$ 632,1 milhões. O dólar atingiu novo recorde, o terceiro seguido, cotado aR$2,945paravenda, com alta de 0,86%. Página 7

Prefeitura em guerra com as empresas de transportes da cidade

Empresas de transporte da cidade não apresentaram ontem,últimodia doprazo, aspropostas paraocontrato emergencial que entra em vigorem agosto. Os empresáriosalegam prejuízos.Aprefeita MartaSuplicy ameaçou tirá-losdasruas,mas prorrogou o prazo. Última página

Hamas pretende mergulhar Israel em "mar de sangue"

O Hamas, braço armado domovimento radicalpalestino, fezuma convocação a todasas suascélulas emembros paramergulharIsrael "num mar de sangue", como revide ao assassinato deseu líder, Salah Chehadé. Ariel Sh aro n,pr ime iro -min ist ro deIsrael,afirmou queaoperação foi "um êxito". Página 4

Quer falar com 20.000 empresários de uma só vez?

Fraga admite novo acordo com FMI até o fim do ano

O presidente do Banco Central, Armínio Fraga, afirmou ontemque oestabelecimento de um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI)depende apenas da vontadedo País e que, mantida a atual conjuntura,é provávelque oacerto venha aser firmado."Pelas conversas (com membros do FMI) que venho tendo, é apenas uma questão operacional tomarmosadecisão de iniciar o processo. Só falta o Brasil querer e acertaros detalhes", avaliou. Fraga disseainda queum novoacordoatéo fimdo ano, oumesmoaextensão da linha de crédito do programaatual nãoéinevitável. "Mas se a coisa ficar como hoje (em referência às turbulênciasnos mercados financeiros), é muito provável".

OpresidentedoBC reco-

econômica atual e saídas para a crise. nheceu que recorrerao Fundo não é"agradável", mas argumentou que a ajuda extra é bem-vinda em momentos de crise. Paraele, o Brasil teria

Copom diz que reduziu juro para reativar a economia

A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada ontem, afirma que a decisão de reduzirojuro, naúltimareunião, teve comoobjetivopromover a recuperação da economia,mesmoem detrimento dametade inflaçãoparaeste

ano. Com a taxa menor da Selic, a inflação deverá superar os 5,5% fixados como meta. O economista Emílio Alfieri concorda quepodehaver reaçãodaatividadeeconômica,mas apenassea redução do jurocontinuar nos próximos meses. Página 6

Conhecer vinho exige dedicação

enfrentado umaprofunda recessãoem 1999,quando houve a desvalorização do real, senãotivesseum acordocomo FMI. Fragaacres-

centou que a posição do governoé de queum eventual entendimento venha aser de curto prazo, em razãodas eleições de outubro. Página 5

Confederação do Comércio discute os seus caminhos

No momento em que o Brasil se prepara para eleger o futuropresidente,a Confederaçãodas AssociaçõesComerciaisdoBrasil (CACB) marca uma reunião especial, entre hoje e sábado, na Bahia. Objetivo: discutiro planejamentoestratégico daentidade. Opresidente daAssociação Comercial deSão Paulo, Alencar Burti, destaca a importânciado encontro."Vamos discutir também a necessidadedeincentivara visãosolidáriaesocialjá desempenhadapelas pequenas empresas", disse. Página 12

Pampolin/Digna

Nãoé fácil reconhecer umbom vinho,tarefaque, nosrestaurantes, édirecionada parao sommelier,o profissional comcapacida-

de para orientar o cliente na escolhadamelhor opção. Mascomestudo eumaboa dose dededicação, épossível tornar-se um enófilo,

isto é, oapreciador esclarecido.Os interessados podem contarcom váriasentidades,que oferecemcursos e desgustações. Página 9

Desemprego em junho ficou em 7,5% no País

A taxa média de desempregoficouestável emjunhono País, na casa de 7,5%, de acordocomos dados doIBGE. Emmaio, foi de 7,7%.No entanto, é a maior para o mês desde 1999.Das seis regiões pesquisadas, omaioríndice ficou com São Paulo (8,5%) e o menorcom oRio (5,8%).E orendimento dostrabalhadores continua em queda: em maio, diminuiu1,8% em comparação a igualperíodo do ano anterior. Página 12

a Articuladores de Serra querem que apoio de FHC seja explícito Página 3

Estagnados, shoppings esperam vender mais no 2º semestre Página 13 O romantismo está de volta, com jantares temáticos para casais Página 8

Flávio Júnior de Souza, sommelier de O Leopoldo: orientação ao cliente e elaboração da carta do restaurante
Armínio Fraga, durante entrevista coletiva no BC: ele falou sobre a conjuntura
Ed Ferreira/AE

em casa é terapia para o estresse

Varandas e outros espaços das residências ganham vasos de plantas e se transformam no ambiente preferido dos moradores

Na varanda,num cantoda sala, debaixo deuma escada, nos fundos deuma loja. Qualquer lugar da casa ou do escritório pode ser transformado numjardim. As plantas podem ser acomodadas em vasosoucanteiros.A escolha depende doambiente que sepretende criar, doespaço disponível e de quanto se quer gastar. Quem experimentoua idéia,aprovou."O jardim meajuda arelaxar. É uma terapiaparao estresse do dia a dia", diz a empresária Mariana Laskani, dona da loja Laskani, de São Paulo.

Hádoisanose meio,Mariana construiu um jardim nosfundos deseuescritório, na movimentada rua 25 de Março,nocentro da cidade. "O ambiente é um verdadeiro oásis", afirma a empresária. Hoje, é no jardim que Mariana recebe os clientese os fornecedoresdas suaspedrarias e pérolas da Boêmia. A Laskanifoifundada em1944eé pioneira na venda desses produtos no Brasil.

Osfuncionários daloja, cerca de 50, também aproveitamo espaçoparadescansar nas horas vagas. "Eles conhecem ecurtem oambiente. O jardim melhorou o astral da empresa", afirma Mariana. O jardim foifeito com vasos deplantas tropicais,mais resistentes à falta de luminosidade dolocal, eocupatrês metros delargura porseis de

comprimento. O projeto da paisagista Flávia Abuhad Matalon,deSãoPaulo, custou cerca de R$ 1.200. A receptividade foitãoboaque Marianaestápensando em fazeroutro jardim,destavez no refeitório do prédio. "Acho que almoçar olhando as plantas vai ser maravilhoso", diz Mariana.

Preferência – Quatro tipos dejardinsestão entreospreferidos pelos brasileiros: o tropical, o oriental – japonês –, o clássico– inglês, francês, italiano – e o asiático tropical – balinês e indonésio. Atualmente, este último é o que está na moda. Segundo o paisagista EduardoLuppi, de São Paulo, o jardim asiáticotro-

pical faz sucesso porque mistura traços orientais, como as charmosas lanternasbalinesas ou indonésias, com as plantas tropicais,facilmente encontradas no Brasil.

O jardim japonês (ver texto ao lado) tambémtem muitos adeptos no País. Uma das razões é o pequeno espaço que ele pode ocupar nas casas. Há jardins feitos em áreas de um metro quadrado. "Pode ser uma boa opção para pessoas que moram emapartamentos", afirma Luppi. Manutenção – "O sucesso do jardimdepende dequem cuida",afirma Flávia.Emgeral, a manutenção deve ser feita uma vez por mês. Os donos da casa também devem

tomar cuidado com osanimais.Cãestêm deficarlonge das plantas. "Eles costumam cavar os canteiros e aí matam asflores",diz Flávia.Jáosgatos não provocam estragos. As dosagens de água e adubotambémprecisamser indicadas porum profissional. Cada planta tem uma quantidade certa de insumos que pode receber. Oexcesso ou a falta deles pode matá-la.

Cláudia Marques

ser viço

Eduardo Luppi Paisagismo

Telefone: (11) 5073-9422

Flávia Abuhab Matalon

Telefone: (11) 3819-8145

Orientais criam ambientes recheados de simbologia

Há três estilos de jardins orientais:o tsukyama, okaressansuie otchaniwa.O mais procuradoé o tsukyama, quebusca sintetizartodos os elementos da natureza. Até mesmo as pessoas da família podem estar representadas no jardim. Nesse caso, cada pedra simboliza uma pessoa. "Quem observa o jardim pode se interagir com ele mesmosem passearentre corredores eplantas", afirma Eduardo Luppi.

O tsukyama foi o jardim escolhido pelocasal Francisoe Heloísa Castro, de São Paulo, po. Eles o construíram na varanda do apartamento. Além deplantas, ojardimtemespelho-d’águae umalanterna oriental que faz dele um dos ambientes mais agradáveis da casa. "Quando chego cansadado trabalho,ficoouvindo o barulho da água para relaxar", afirma Heloísa. O outro tipode jardim japonês,o karessansui,conhecido como zen, influenciado pelatradiçãobudista, éum dos mais simples de todos. Para construí-lo são usados bambus, luminárias e pedriscos. "É umjardim contemplativo. Ideal para quem buscao desenvolvimentoda

imaginação", afirma Luppi. Otchaniwaéo tipomais complexodos jardins. É o preferido dosdescendentes de japonesesque vivem no País. Ele está ligado à cerimônia do chá. Tem regras rígidas na composiçãoedisposição de plantas e pedras. Nos jardinsjaponeses, quatro elementos são fundamentais para a harmonização dele: água,lanterna oriental, conhecida como torô, pontes e pedras. A água significa a prosperidade da família. "Nos há lugares em que não é possívelfazer cascatasouespelhos-d’água, deve-se usa r pedriscos para representar a água", afirma Luppi.

As lanternas, normalmenteem formade casas,significam que a família vai estar sempre iluminada. As pontes também devem estar presentes nosjardins, elas dão a idéia de travessia.

Preços – O valor de um jardimjaponês dependedas plantas que se vai colocar nele. Pode variar de R$ 1.500 a R$ 100 mil. Se a pessoa quiser ter no local um pinheiro matsuo, típico desses jardins, será preciso desembolsar uma quantia quepode chegar até R$ 60 mil. (CM)

Mariana Laskani, da Laskani: jardim construído nos fundos da loja, na rua 25 de Março, é terapia para o estresse diário

Cotação do dólar bate novo recorde

Pressão sobre o câmbio aumentou e moeda americana chegou a ser cotada em R$ 3,031, para fechar em R$ 2,995

Em mais um dia de bastante nervosismo no mercado financeiro, o dólar comercial ultrapassou pela primeira vez a barreira de R$ 3 durante os negócios. Cenário externo negativo, especulações em torno denovas pesquisas eleitorais efalta devendedores no mercado levaram o dólar a bater seu quarto recorde consecutivo ontem.

Os indicadores de risco brasileiros pioraram e a Bolsa de Valores de São Paulo, Bo-

vespa,fechou novamente com forte queda. Pequena queda – Depois de ter atingido a cotação máxima de R$3,031 logode manhã,o dólar perdeu ritmo ao longo do dia, mas ainda encerrou os negócios comcotações recordes.

A moeda americana fechou valendo R$ 2,992para compra e R$2,995para venda,nosegmento comercial.

O Banco Central, BC, interveiono mercadocomum leilãode linhaexternade

US$ 220 milhões, mas não conseguiu freara disparada das cotações. Nesse tipo de intervenção o BC vende dólares ao mercado com compromisso de recompra. Como odólarmantéma trajetória de alta apesar de estarcom cotações elevadas, a expectativa domercado éde que a moeda continue subindo, a não ser que o BC faça algo inesperado. "Nas mesas de operaçãocomenta-seque a tendênciado dólarédealta

Nível de R$ 3 preocupa Wall Street

Aoatingir ontem eultrapassarabarreira psicológica de R$3 pordólar,o câmbio acendeu a luz amarela para os analistas em Wall Street em relaçãoà economia brasileira. "Asituação émuito preocupante", disseà Agência Estado o economista para Brasil

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dobanco LehmanBrothers, Paulo Vieira da Cunha.

Fatores – Para ele, "uma melhoria dos mercados acionários dos EUA e um retorno ao acesso de financiamento de curto prazo para as empresas brasileirassão doisrequisitos fundamentais para ajudar ao câmbio no Brasil neste momento", explicou Cunha. Na opinião do economista para AméricaLatinadaThe Economist Inteligence Unit, Francis Freisinger, onível de R$ 3 por dólar é uma barreira

psicológica importante, agravada por umcenário externo desfavorável.

Para o diretor de Pesquisa Econômica para Mercados Emergentes do WestLB, John Welch, uma ajuda financeira porparte doFundoMonetário Internacional, FMI poderia servir dechoque positivo. "Mas uma melhora consistenteprecisariade notícias positivas no aspecto eleitoral, ou seja,uma subidaforte de José Serra(PSDB) nas pesquisas eleitorais." (AE)

porque por mais que as cotações estejam elevadas sempre aparecem compradores",diz o chefe da mesa de câmbio de um banco estrangeiro. Curtoprazo– Já o BC diz que a tendência de curto prazo da taxa de câmbio é de queda. Ao anunciar ontem os números das contas públicas de junho, o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, disse que as cotações do dólar estão muito elevadas para os fundamentos daeconomiabrasileira, que considera bons. Risco – Os indicadores de risco pioraram novamente ontem, também influenciados pelo cenário externo ruim e por novos rumores sobre pesquisas eleitorais. Os C-Bonds,principais títulosda dívidabrasileira,tinham queda de 3,58% no horário de fechamentodos negócios noBrasil,de acordo com a Enfoque Sistemas. A taxa de riscodoPaís, do JP Morgan, apresentava elevação de 6,51% às 18 horas, para 1.864 pontos-base.

Rejane Aguiar

Bovespa recua mais 2,73%

ABolsadeValores deSão Paulo, Bovespa, foi duramente atingida pela alta da percepção do risco brasileiro no mercadointernacional ontem.O Ibovespa caiu2,73%,para 9.665 pontos.Durante odia, o índice chegou a perder 4,54%, comosrumores sobre nova pesquisa eleitoral. Em Wall Street, após mais um dia de alta volatilidade, o índice DowJones fechoupraticamente estável, aos 8.186 pontos, em baixade 0,06%, enquantoo Nasdaqperdeu mais 3,88%.

NaEuropa, os mercados acionários mostraram avanços,comexcessãode Frank-

furt, que recuou 3,09%. O índice FT-100, da Bolsade Londres, fechou em alta de 5%, em 3.965,9 pontos.Na Bolsa de Paris, o índice CAC-40 cresceu 4,17% e foi para 3.149,72 pontos. O mercado de Madri subiu 5,09%, puxado pelas ações da Telefónica, com ganhos superiores a 14%. Masaindahá muitasdúvidas. "Os ganhos ainda não parecem convincentes e podem ser atribuídos mais à coberturade posiçõesea umrepique técnico, depoisde cairmosao nível mais baixodos últimos cinco anos", disse o estrategista Ian Williams, da corretora Granville.(MM/Agências)

Vantagens e cuidados no uso de cartões

A utilização do dinheiro de plástico está se tornando cada vez mais comum. Saiba como ganhar e como evitar prejuízos.

Os cartõesde créditoe débito sãoferramentas que substituem odinheiroe o cheque com segurança e facilidade. Nãoé preciso andar comummontedenotas no bolso, sepreocupar comtroco ou perdertempopreenchendo o cheque sem ter certeza, depois, em que mãos esse título vai parar. Têm a vantagem adicional de serem aceitos internacionalmente.

O portador de um cartão pode sacardinheiro em caixas automáticos do mundointeiro, em moeda local, sem qualquer problema.

No Brasil, o acesso a cartões de crédito é restrito à população economicamenteativa, urbana, com idade superior a 16anos. Esta populaçãosomacerca de 51 milhõesde pessoas. Quasemetade delas anda com um cartão de crédito no bolso.Outro tanto usa cartões de débito.

E há oscartões feitos especialmente para empresas, parafuncionários queviajam com freqüência ou que trabalham no departamento de compras. O Bradesco oferece até um cartão para que as empresas entreguemaos motoristasdesuasfrotas, para quando eles forem abastecer seusveículos. Ocartãoproporciona maior facilidade no controle dos custos. Este universo, como se vê, é imenso. Cartõesde débito – No quediz respeito aos cartões de débito, os problemas que o usuário deve evitar são poucos. Em caso de perda, roubo

ou extravio,avisar imediatamenteaobanco,para bloqueio, eregistrarboletimde ocorrência na delegacia mais próxima. ComoB.O.em mãos, o consumidor tem umaprovade quenãorealizoucomprasapósa datada perda ou do roubo do cartão, o que muitas vezes pode ser necessário.

Outro problema, que tem setornado menoscomum graças ao desenvolvimento denovas tecnologiaspelos bancos e ao trabalho da polícia, é aclonagem de cartões. Ela é feita por quadrilhas especializadas que possuem equipamentos semelhantes aosutilizados pelasadministradoraspara magnetizar e imprimircartões.A Delegacia deInvestigaçõessobre Crime Organizado (Deic) tem estado de olho nessa turma.

Cartões de crédito – Em relação aoscartões de crédito, o primeiro cuidado que o consumidor deve tomar diz respeito a suaspróprias finanças.As taxasde juroscobradas pelas administradoras estãoentreas maisaltasdo mercado. Podemchegara 300% ao ano. De maneira geral, quatro operações via cartão decréditotêmcobrança dejuros: saqueemdinheiro, compraparcelada, atrasono pagamento ecrédito rotativo. Se possível, o consumidor

deve evitá-las. Os cuidados recomendados pelos especialistas para que se evitem prejuízos são os seguintes:

•procurar pagar sempre na data de vencimento;

•evitar sacar dinheiro com o cartão de crédito. Se a opção do saqueforinevitável,procurar pagaromais rápido possível, já queisso significa menos juros;

•tentar pagaro valorintegral dafatura. Sevocê entrar nocréditorotativo -ouseja, pagar apenas parte da faturapagará juros elevados;

•verificar o valor da anuidadecobradae otipodecartão contratado. Uma pesquisa de preços em algumas instituições podesignificar economia;

Cerca de 51 milhões de brasileiros estão habilitados a portar cartões de crédito ou débito

•guardar os comprovantes de compra econferir sempre o extrato do cartão. Essa medida evita aborrecimentos, como acobrança por compras não realizadas. As administradoras de cartõesde crédito não são fiscalizadas pelo Banco Central. Os consumidores quetêm problemas devem recorrer aosórgãos dedefesa do consumidorou recorrerà Justiça. Nasaçõescujovalor da causa nãoultrapasse 40salários mínimos (R$ 8 mil), há o benefício do Juizado Especial Cível.Até 20 salários (R$4 mil), a presença do advogado

A briga pela operação da telefonia de longa distância

ficadispensada. O Juizado tem custo menor e é mais ágil do que a Justiça comum. Fraudes– Em casosde fraude ou clonagem de cartões,a administradoradeve assumir o prejuízo. A Justiça tem sido favorável ao consumidor. As empresas quefabricamos cartõeséquedevemter mecanismos para se defender de fraudes. No início de julho o Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade,mandou a Real Administradora de Cartões e Serviços pagar R$ 15 mil ao piloto João Luiz Tayar Siqueirapor danos morais. Ele recebeu um cartão de crédito Visa sem qualquer solicitação e comunicouao Banco Real seu desinteresse. O cartãonão foi destruído eacabou nas mãos dos assaltantes, que invadiramo apartamento do piloto no bairro de Ipanema, no Rio.Osladrõesfizeram despesas como cartão e o nome do piloto foi inscrito no SPC.

Decisões Judiciais– Em junho, a 4ªCâmara Cível do Tribunal de Alçadade Minas Gerais anuloucláusulas de contrato firmado entre a CredicardS.A.e o consumidor, Rogério Noronha Alves. As cláusulas permitiam a cobrançadejurosacima do limite de 12% ao ano, multa superior a 2% e a capitalização de juros.A Turma Julgadoraconsiderou abusivosos encargos. Adecisão anuloua cláusula que previa a incidência de multa convencional ou

compensatória deaté 10% sobre o saldo devedor, em casode rescisãocontratualpor inadimplemento.Os juízes arbitraram multa de apenas 2% sobre o débito pendente. No mesmo mês de junho, também em Minas Gerais, A 5ª Câmara Cível do Tribunal de Alçada impediu o Banco ABN Amro Real de debitar na conta do a po s e nt a do , Paulo Geraldo de Andrade, o valor de fatura relativa acompras efetuadas durante o período em que o cartão de crédito do cliente esteve extraviado. As compras foram feitas em Salvador, na Bahia, enquanto Paulo Geraldo passava férias com a família em Cabo Frio, no estado do Rio de Janeiro.

taxas sobre diversos serviços. Adicaé pesquisarparasaber que banco cobra taxasmais baixas. Mas o cliente deve ficar atento: nenhuma taxa pode sercobrada senão houver sido informadaao consumidor.

Há cartões para funcionários que viajam, para o departamento de compras e para administrar frotas

• As instituições financeiras têmo direitode cobrar uma taxa extra, além dos juros, docliente que está no cheque especial, até que ele quite a dívida.

Reclamações– O ProconSP registrou entre janeiro e julho deste ano cerca de 4.000 consultas e 500 reclamações deconsumidores que tiveram problemas com o uso do cartão de crédito. Cerca de 90% dos problemas, normalmente, são solucionados.

A cartilhado consumidor, elaborada peloDepartamento de Proteção eDefesa do Consumidor da Secretaria de DireitoEconômicodo Ministérioda Justiçadádicas para quemrequisita serviços financeiros.

•Ao abrir uma conta, leia cuidadosamenteo contrato.

Umaresoluçãodo Banco Central liberou a cobrança de

Curso ensina

• Ao assinar um contrato de cartão de crédito, o consumidor deve prestar atenção às cláusulas quelimitam ouexcluemosseus direitos,que devemestar redigidasem destaque, parafacilitarsua informação. Quem receber um cartão não-solicitado deve rasgá-lo imediatamente, contatar a administradora e pedir o cancelamento.

•Emcasode rouboouextravio, a providência imediata é informar a administradora. É importante anotar sempre o nome do atendente, o horário e o código de registro da comunicação. É muito fácil lidar com o dinheiro de plástico, e por isso elesedifundetão rapidamente. Tomando os cuidados devidos, basta só estar atento para não tratá-lo comouma fontemágica derecursos.

Eliana G. Simonetti

a economizar no recolhimento de impostos

ATelemar, antesmesmo de obteralicençada Anatel para prestação do serviço, ingressou na Justiçacom pedi-

A Embratel entrou ontem com um recurso no Tribunal Regional Federal da2ª Região,noRio deJaneiro,para cassar liminar concedida à Telemar, permitindo-lhe operar em longa distância. A Embratel questiona a abertura do mercadode ligações de longa distância. Já obteve duas liminares que impedem a prestação desses serviços pelaTelefônica apartirde São Paulo.

falências & concordatas

do para oferecê-loe obteve uma liminar no TRF da 2ª Região. Isso porque, por contrato, as empresas que antecipassem as metas de universalização dos serviços de telefoniaprevistaspara dezembro de2003 estariam liberadas para operar o DDD. (AE)

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 24 de julho de 2002, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:

Requerente: RCC Comércio e Indústria Ltda. – Requerido: Metalan Estruturas Metálicas Ltda. –Av. Mofarrej, 800 – 06ª Vara Cível

Requerente: PS Tubos e Conexões Ltda. – Requerido: Plastdutra Plásticos Ind. Ltda. – Rua Pedro Vicente, 237 – 25ª Vara Cível

Requerente: Granville Equipamentos de Segurança Ltda. –Requerida: Policooper São Paulo Cooperativa de Trabalho Múltiplos de SãoPaulo –Av. Itaberaba, 4168 – 07ª Vara Cível

Requerente: AABF Transportes e Representações Ltda. – Requerido: Metropolitan Card Marketing e Comunicação S/C. Ltda. – Rua Brig.Tobias, 118 - 34º andar - Sala 3412 – 13ª Vara Cível

Requerente: AABF Transportes e Representações Ltda. – Requerido: Overnight Promoções e Publicidade Ltda. – Rua Juvenal Parada, 35 – 12ª Vara Cível

Requerente: AABF Transportes e Representações Ltda. – Requerido: Banco Nacional de Informações Ltda. – Rua Antonio Sebastião, 156 – 20ª Vara Cível

Requerente: Imol Distribuidora de Bebidas Ltda. – Requerida: Mercearia Dom Lop – Rua Geolândia, 410 – 05ª Vara Cível

Requerente: AABF Transportes e Representações Ltda. – Requerida: Mundial Multas Assessoria S/C Ltda. – Rua Morro de Clemente, 11B – 04ª Vara Cível

Requerente: AABF Transportes e Representações Ltda. – Requerida: TMG Gravuras Ltda. – Rua Prof. Leôncio Correia, 768 – 08ª Vara Cível

Requerente: Karla Alves de Oliveira – Requerida: Ultrapress Cargas Ltda. – Rua Paulo Emílio, s/nº – quadra 06 – Box 02 – 24ª Vara Cível

Requerente: Megasteel Ind. e Comércio de Ferro e Aço Ltda. –Requerido: Metalúrgica Três Unidos Ltda. – Rua Javari, 440 – 13ª Vara Cível

Requerente: Açotubo Ind. e Comércio Ltda. – Requerido: Engegás Gases e Acessórios Ltda. –Rua Florêncio de Abreu, 80 –12ª VaraCível

Requerente: Unilever Bestfoods Brasil Ltda. – Requerido: New Company Representação Com. Importação Export. Ltda. – Rua Almeida Torres, 119 – 21ª Vara Cível

Requerente: Anaconda Industrial e Agrícola de Cereais S/A. –Requerida: Bela Cynthia Pães e Doces Ltda. – Rua Filipe Teixeira, 255 – 17ª Vara Cível

Requerente: Gradiente Telecom Ltda. – Requerida: Ezcony do Brasil Ltda. – Rua Henrique Ongari, 100 – 16ª Vara Cível

Requerente: Recuperadora de Peças para Autos Real Ltda. – Requerido: Loredana Comercial Consultoria Planejamento e MarketingLtda. – Rua Barão de Itapetininga, 255 – 39ª Vara Cível

Requerente: Malharia Caryma Ltda. – Requerido: Alakaluf Modas e Confecções Ltda. – Rua Müller, 587 – 21ª Vara Cível

Requerente:Paulo José Malta Correa da Silva – Requerida: Bryoline Ind. e Com. de Produtos Químicos Ltda. – Rua dos Bandeirantes, 306 – 05ª Vara Cível

Requerente: Ebid Editora Páginas Amarelas Ltda. – Requerido: Ceresini Grandolfo e Cia Ltda. – Rua do Manifesto, 2082/2092 – 09ª Vara Cível

Requerente: Eluma S/A Ind. e Comércio – Requerido: Bio Solar Energia Alternativa Ltda. –Rua Jean Gabriel Villim, 275 –40ª VaraCível

Requerente: Clarindo de Barros Villela – Requerido: Ortoshop - Serviços Artigos e Aparelhos Ortopédicos Ltda. – Rua Paes de Barros, 409 – 02ª Vara Cível

Requerente: Geral de Concreto S/ A – Requerido: Azevedo e Rinaldi e Construção Ltda. – Rua Castro Alves, 372 - conj. 05 –34ª VaraCível

Requerente: Kênia Indústrias Têxteis Ltda. – Requerido: Art Roma Modas Ltda. – Av. Carlos de Campos, 644 – 17ª Vara Cível

Requerente: L Tel Luz e Telecomunicações Ltda. – Requerida: M CR Telecom Ltda. – Rua Margarida de Lima, 2 – 19ª Vara Cível

Requerente: Consórcio “M” Ltda.Autofalência – Requerido: Consórcio “M” Ltda. - Autofalência – Rua Antonio de Godoy, 88 - 9º andar – 19ª Vara Cível

Concordata Requerente:Pannon Gráfica Ltda. – Requerida: Pannon Gráfica Ltda. – Rua General Flores, 366 – 29ª Vara Cível

Requerente: Souza Galasso Engenharia e Construções Ltda. –Requerida: Souza Galasso Engenharia e Construções Ltda. – Rua Prof. Carlos Reis, 46 – 28ª Vara Cível

É possívelobter economia no pagamento de praticamente todos osimpostose tributos. Quem garante é o consultor contábile tributário Honório Tadayosi Futida, que vai ministrar um curso nos dias 29 e 30, em São Paulo, especialmenteparaensinar como os os empresários podem utilizar o planejamento tributário para economizarnopagamento deimpostos e tributos.

Parapequenos – Segundo o consultor,a proposta do cursoémostrar possibilidades e exemplos de redução da carga tributária através de situaçõesreais vividas pelos própriosparticipantes. Embora haja ainda quem acredite que o planejamento tributário seja ferramenta ao alcanceapenas degrandesempresas, elegarante queessa engenharia vemsendocada vezmaisutilizada pelospequenos empresários, atépor uma questão de sobrevivência. "A preocupação com o assunto vemganhando força porque aumentaras vendas ou buscar novosmercados é muito mais difícildoque atuar naredução de custos relacionadosa impostos", diz. Outra idéiaequivocadaé achar que as empresas enquadradas no Simples não precisam se preocuparcom a economia no pagamento de tributos. Oregime especialfoi

criadoparasimplificaro recolhimento de impostos e tributos em termos de burocracia, e não para reduzir o valor do pagamento. Tantoque a diminuiçãoda cargatributária foi apontada como a principal sugestão dos pequenos empresários aoaperfeiçoamento do regime em pesquisa recente feitapeloSebrae. Na verdade, para muitas empresas oSimples representa um acréscimo na carga tributária. "Umaempresa queingressa no Simples passa a pagar IPI, ou seja, a contribuir com 0,5%sobreofaturamento", exemplifica.

Brechas – O consultorexplica queumbomplanejamentotributário érealizado atravésda interpretação minuciosadas leise dasbrechas que ela oferece. Um exemplo dizrespeito aos artigo 407 e 409,do regulamentodoImposto de Renda, de 1999. O dispositivo permitequeos impostosdecorrentes das vendas realizadas por empresas (lucro real) aos órgãos públicos sejam recolhidossomente após o pagamento pela estatal. "Isso significa que se a empresa estatalatrasar opagamento, oque é muitocomum, ou não efetuá-lo, a empresa tem prazo para recolher ou não recolher".

No casodasempresas enquadradasnoregimede lucro presumido, o pagamento dos impostos pode ser pos-

tergado para a data do recebimento peloserviço prestado ou venda de produto, independentementede onegócio ser com empresa pública. CPMF – Até o pagamento da ContribuiçãoProvisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) pode ser minimizado através de planejamento. Como a contribuição é recolhidatoda vez quehá saques na contacorrente, retiradas de altasquantiasdiversas vezesfaz diferençano final do mês.

Uma dica deeconomiaé deixar opró-labore dos sócios na conta corrente da empresa, emvezdeemitirum cheque ou fazer o pagamento em dinheiro. "Paga-se a metade doimpostodeixandoo valordisponívelnaconta da empresa", explica oconsultor.

Tópicos – Ocurso vai abordar outros temas como a tributação do PIS e Cofins nas empresas, despesas dedutíveis,procedimentos práticos para a retenção de impostos e montagem de planilhas.

Festa do Peão leva R$ 30 milhões a Barretos

A cidade se prepara para o rodeio, que deve atrair em torno de 800 mil pessoas e gerar 13 mil empregos diretos e indiretos

A cidade deBarretos já começa a se preparar para viver os seus onze dias de fartura financeira. A 47ª Festa do Peão Boiadeiro, que ocorre entre 15 e 25 de agosto, deve injetar R$ 30 milhõesna economia local e empregar direta e indiretamente 13 mil dos 105 mil habitantes do município.

O rodeio, que começou como uma brincadeira dos tropeiros da cidade, virou negócio sério para os profissionais do universo country. Neste ano, oinvestimentonafes-

tançaalcançouR$8,5 milhões e a perspectiva do clube Os Independentes, organizador da Festa do Peão, é de que o faturamento chegue a R$ 10 milhões. No ano passado, a festa garantiu R$8,5 milhões dereceita diantede umgasto de R$ 7 milhões.

Orodeio deBarretoséo maior dos 1.839 que ocorrem anualmente no País.Sãoesperadas 800 mil pessoas no Parque do Peão, número superioraos500 mil visitantes que compareceram à festa no ano passado. Os organizadores pretendem atrairum maior número de famílias, além dos já assíduos solteiros, oferecendo como chamariz as atividades folclóricas.

"Vamoster atraçõesapartir das 10 horas damanhã apostando na volta do folclore",diz opresidente doclube Os Independentes, Emílio Carlos dosSantos, quelançou oficialmente a festa nesta semana em São Paulo. O BailedaFamília, voltadoparaa terceira idade,o Rancho do

Rodeio ocorre dentro da nova lei do setor

A Festado PeãoBoiadeiro ocorreummês apósopresidente FernandoHenrique Cardoso sancionaraleique regulamenta osrodeiosno Brasil.Ofestade Barretosé uma das beneficiadas com a nova legislação, já que, por sua estrutura profissional e financeira, temcondições de se adequar às normas. Alei pede,por exemplo,o uso deesporas redondasduranteasprovas paraqueos animais não sejam machucados e a presença de um médico veterinário e umclínico geral de plantão. "Os animais são vistoriados após aapresentação eseestiveremmachucados, opeão édesclassi-

PAIOL

Agricultura move o agronegócio do País

Enquantooutros setoresda economia brasileira apresentam índices negativose queda de produção, a agricultura nacional conseguiucrescimento de5,12% nos quatroprimeirosmesesdoano. Com esse desempenho,o setorgarantiu praticamentesozinho ocrescimento de3,03% doPIBdo setor agropecuário.Foi oque informou ontema Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA).

provas de rodeio, como a montaria em

Peãozinho, espaçopara as crianças,e oMinishopping, local comvenda deartesanato e doces, são algumas das iniciativasdo grupoparadar à festa um tom mais familiar. A apresentação dedanças típicas,assimcomo aqueima do alho, um almoço típico commodadeviolaque será realizadovários dias,inte-

gram o roteiro educativo. Negócios – Outro objetivo dos organizadores é transformar gradativamente a Festa do Peãonuma referênciaem negócios, além de diversão. Dentro da estratégia ocorrerá neste ano, no primeiro final de semana da festa, uma exposição de cavalo manga larga marchador, além do tradi-

cionalespaço comercialcom estandes. "Queremos começar agerar negóciosna nossa festa", diz Emílio.

Uma pesquisa dos organizadores apontou que a maioria do público procura a festa por causa das provas de rodeio. O segundo fator que leva visitantes ao Parque é a muvuca, seguida dos shows.

Para este ano,os organizadoresampliaram ainfra-estrutura do Parque do Peão, passandode 400para 700seguranças,colocando milnovos bancos, alémde diversos banheiros.O ingressoserá únicoe nãohaverácobrança para a entrada no estádio, onde ocorrem os shows e as provas. Emtorno de100 hotéis, localizados numraio de150 Km, estão preparadospara receber os visitantes.

A festajávemcausando movimentação na região, com atividades sociais, como a escolha da Rainha da festa, neste ano Gabriela Pacheco.

Daniel

Data: 15 a 25

ficado", explica o presidente do clube Os Independentes, Emílio Carlos dos Santos, numaalusão àrigidezcom que as normas serão cumpridas. "A lei éuma vitória para os bons profissionais", diz. Por trabalhar com touros e cavalos selvagens,os rodeios acabam tendoalto grau de periculosidade. "É um esporte radical sim, talvez um dos mais perigosos, mas até hoje nenhum peão morreu na festa de Barretos", comemora o presidente da organização. Aprofissão depeão foiregulamentada no ano passado como atleta no Brasil. Atuam noPaís atualmenteumtotal de seis mil peões. (ID)

PIB gigante: R$ 350 bilhões este ano

No acumulado do ano, a agricultura apresenta um PIB deR$57,33 bilhões,apecuáriade R$45,08 bilhões ea agroindústria R$102,42bilhões. Contribuíramparaa expansão tanto o aumento de 1,60% da produção física das lavouras como a evolução de 3,46% dos preços médios dos produtos agrícolas. O PIB do agronegócio deve chegar a R$ 350,27 bilhõesno anocontra R$ 344,95 bilhões de 2001.

Neste ano, ocampeão de montariaem tourosdorodeio vai receber R$ 100 mil, o maiorprêmiodo rodeio nacional.Na prova,o peãotem oitosegundospara ficar em cimadotouro,quepesa em média 900kg, segurando apenasna cordaqueenvolve o tórax doanimal, sem tocálocomamãolivre.No ano passado,o campeãofoi o peãoElton Barbosa,dacidade de Douradina.

Neste ano, um dosgrande nomes da modalidade, o brasileiro Adriano Moraes, não deve participar das provas já que está machucado. Adriano,bicampeão mundial em touros, mora nos Estados Unidos, onde chegou a ser homenageado com uma estátua pelos cowboys locais. A segunda prova mais esperadadafestaé aCutiano, cujo troféu foi levado por Heleno Pimenta, de cidade goia-

na de Jussara, noanopassado. Na competição, o peão montao cavalochucrosegurando apenas nascordas amarradas à sua peiteira. Mul heres – Háaindaoutras seisprovas comoa Laço em Dupla, onde dois cavaleiros precisam laçar um bezerro de200 kg,e aBulldoging, naqualdoishomens derrubam o boi, virando o pescoço doanimalnochão. Neste ano, a Festa do Peão terá tam-

Queima do alho e moda de viola ainda fazem parte das atrações

Naprimeira FestadoPeão Boiadeirode Barretos,em 1956, o boi não era montado. Serviapara puxarascarroças nosdesfiles.Modade viola, queima do alho e doma de cavalos faziam parte da programaçãoda festa,quesurgiu comoiniciativa deumgrupo de rapazes da cidade.

Sentados numa mesa de bar,numdia friodejulhode 1955, eles fundaram o clube Os Independentes e estabeleceram quesó poderiamparticipar solteiros, independentes e maiores de idade.

O primeiro cenário da festa foi um picadeiro de circo. Os cowboys participantes, como Zé Ribeiro, vencedorem vá-

Projeção de recorde já se confirma

Os resultados confirmam as estimativas oficiais de uma produção recorde de grãos de 98,5 milhões detoneladas, em 2002,com destaquepara a soja, cujo volume de produçãodeverásuperar os41milhõesde toneladas.Ocrescimentoacumulado de1,54% do PIB do agronegócio brasileiro é o resultado da elevação de 1,81%e de0,95% daagricultura e pecuárianos primeiros quatro meses do ano.

rios dos rodeios da década de 60, começaram a tomar fama. Noano de1968,a leiinterna do clube, que conseguiu sede própria,mudoue osintegrantes puderam se casar.A

Modelo consolidado com a tecnologia

De acordo com a Confederação Nacional da AgriculturaePecuária (CNA),ocomportamento verificado no segmento, até a pouco tempo atrelado à ineficiência, revela a consolidação de um novo modelo agrícola. A nova agriculturabrasileira, comovem sendo chamada, temfortes bases tecnológicase gerenciais e é cadavez menos dependente dossuportes governamentais.

primeira rainha foi eleita em 1970. Os patrocinadores chegaram, o presidente da República Emílio Médici foi visitar o rodeio e a festa se tornou referência nacional. (ID)

Colheita fica abaixo da previsão, diz IBGE

Apesar do bom desempenho,asafra nãodeveatingir 100 milhões de toneladas, segundo oIBGE.Diferenteda CNA, aestimativadejunho do instituto projeta colheita de99,3 milhõesdetoneladas para2002, 0,77%superiora 2001.Os númerosterãoapenas ajustes técnicos, com possíveis mudanças nas estimativasde trigo,de4,3milhões de toneladas, emilho, 6,7 milhões de toneladas.

Local: parque do Peão Boiadeiro, no Km 428 da Rodovia Brigadeiro Faria Lima, na cidade de Barretos

Preço: ingressos de R$ 5 a R$ 20 Informações: www.osindependentes.com.br ser viço

Prova de touro terá o maior prêmio

bémuma provaparamulheres chamada Três Tambores. Em cima do cavalo, a amazona cruza por três tambores, fazendouma voltade360 graus ao redor de cada um. De acordo com a previsão do clube Os Independentes, entre cinco e seis peões de topo, premiadose populares, devemparticipar dasprovas. Umdos mais esperadosé o cowboyEdnei Caminhas,da cidade de Indaiatuba. (ID)

Milho e algodão têm os piores resultados De acordocom oIBGE, as reduções na colheita estimadadomilho,de-15,9% na primeira safraante acolheita passada, e de -13,5% do algodão, foram os principais fatores responsáveispelo fatode o País não alcançar neste ano a colheita de 100 milhões. "Se essesprodutos tivessemperformance melhor, teríamos chegadolá", informouoinstituto.O IBGEdivulgaránovas estimativas mensais.

Isaura
As
touro, ainda são os principais atrativos para o público na Festa do Peão
47ª Festa do Peão Boiadeiro da cidade de Barretos - SP
de agosto
Santos: a nova lei é uma vitória para os bons profissionais do setor
A queima do alho, atividade dos primeiros rodeios, ainda é feita em Barretos
D ivulgação

ANÁLISE João de Scantimburgo

A imprensa e a verdade

Na conferência, que não chegou a ser proferida, "A Imprensa e o Dever da Verdade", RuiBarbosa fazo elogio do The Times , deLondres,ao qual cola o adjetivo de primeiro jornal do mundo, analisando-o, como sabiafazer,pela sua elaboração, pelo amor a verdade, pelo critério posto na escolhadas matérias,enfim, em tudo quanto um jornal deve ter para manter informado seusleitores, comexatidãoe seriedade, fatores que fazem a grandeza de um periódico. Infelizmente, o The Times pertence hoje ao celebre tycoon da mídia Rupert Murdoch, e já não se pode confiar no jornal de que se ocupou Rui Barbosa comentusiasmo,de quem o lia todosos dias, duranteo tempo em que esteve exilado emLondres, porobra e graça de Floriano Peixoto, um dos tipos mais detestáveis da galeria depolíticos militaresou militarespolíticosque ocuparama curulpresidencial noBrasil. O The Times já não inspira tanta confiança, ou, mesmo, muito pouca.

Nolugar do The Times temos hojeo New York Times , da família OaksSulzberger, o

primeiro jornal domundo, com doisconcorrentes, mas inferiores,nos Estados Unidos, o Washington Post eo Los Angeles Times , esteoúltimo florãodos jornaisdofamoso citizen Kane, o famoso Hearst, que Orson Welles levou para a tela e seconsagrou como um dosmelhores filmesdetodos os tempos, sob todos os ângulosque oapreciemos eanalisemos. O jornal quedeve ser servir de padrão para a imprensa mundialé,portanto, naminha opinião, o New YorkTimes,onde sóentra averdade, ondenãotem lugaraideologia,onde osprincípios quefizeram a grandezados Estados Unidos, como nação liberal, adstrita rigorosamente à ética, é levada a serio de maneira absoluta. Li-o há dias, por obra e graçade MachadodeAssis, quemereceu umensaiosobre suaobra. Infelizmente,nãoo posso lertodos osdias, como osamericanos, que têm essa chance.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

Realidade e lenda

Max Schrappe

AConstituição brasileira confere àUnião, Estadose Municípios amplos poderes para instituirecobrarimpostos doscontribuintes,pessoas físicas e jurídicas. A aprovação da criação ou aumento de tributos, como a brutal majoração do IPTU perpetrada pela prefeitura dacidadede SãoPauloeoutras da região, passa pelo crivo, semprecomplacente, doPoder Legislativo. Isto seria muito positivo se questõesmeramente políticas,alheiasaos interesses maiores da Nação, não interferissem na posição do Parlamentopróou contraosimpostos. Entretanto, nãobastasse o fato deos parlamentares,comhonrosas exceções, compartilharem oapetite tributáriodoExecutivo,ainda hámecanismoscapazes de — sub-repticiamente, nas lacunasdalei —permitirque uma equipe econômica atropele opróprio Congresso,ossetores produtivosea sociedade,impondo medidascomo orecente aumento do IOF. Este eoutros aumentos, como o do IPI, jamais são revertidos, tornandose ônus crescente para a sociedade.

A performance retóricaobservada na apresentaçãoda medida à imprensa e a uma estupefata sociedade civil lembrou alguns episódios de triste memória davida nacional,quando os presidentes daRepública,ao contrário do que ocorreu com o professor Fernando Henrique Cardoso, não eram eleitos pelo votodireto dos cidadãos brasileiros.Estes, dentreos quais tambémdevem incluir-se,num conceito mais amplo, as empresas,não têmcontrapartidasem suadefesadiante doapetitefiscaldastrêsinstâncias governamentais.Oartigo 150daCarta, que tratadas limitações ao poder de tributar, é muito tênue no controle da voracidade tributária, que se constitui em verdadeiroestigma dobrasileirones-

Tempo e globalização

Só no domínio da ficção podemosimaginar que otempo possa voltar paratraz e refazer um caminho já feito. A irreversibilidadeé umacaracterística dessa coordenada fundamental na qual inserimos nossa percepção do mundo e dos acontecimentos. A seta do tempo desenha como biografiada realidadeuma configuraçãoem perpétuamudança, cujorelato constitui uma história. Todas as coisas e seres têm uma história, istoé, umcomeço,ummeioe umfim. Os cosmologistashoje suspeitam que o próprio cosmo teve um início e que um dia chegará ao seu fim. Os filósofos nos advertem de que chegado o fim aseta do tempoterá de continuaravançandoe comotudo quetinhaque acontecer já aconteceu, não terá outro roteiro aseguir, senãoo doretorno. Completado um círculo seiniciará um outro e assim a eternidade será o perpétuo recontar de umamesma história.Entretanto, mesmo neste caso, ao avançar o tempo estará andandoem frente, por novos caminhos, contando novas histórias.O"eternoretorno"de Nietzsche.

Essas divagações para além de uma cronologia que nossa mentesequer écapaz derepresentarcomum mínimodecon-

ses 500 anos de história. Projeto de lei dosenador Bornhausen, que tramitahá cercade três anos, criando o Código de Defesa do Contribuinte, parece estar coberto de poeira num canto esquecido do Legislativo... Desde o início do (primeiro) governode Fernando Henrique, há quase oito anos, a sociedade cobra, e Executivo e Legislativo prometem, a reforma tributária, que não se realizou. Elevou-se, no período, a cerca de 33% do PIB a arrecadação de impostos.A CPMF—que, de repente,transformou-se em questão de vida ou morte para o presidente — era provisória, lembram-se?Jamais foiparaa saúde, como queria o ex-ministro Adib Jatene, e agora é apontadapelo governocomoasalvação fiscal do Brasil. Por conta da briga com o PFL, na esteira do episódio Roseana Sarney, atrasa-se aaprovação dacontinuidadedo tributo"provisório" e se impõe à sociedade e aos setoresprodutivos o aumento do IOF.

Num País que tem os juros mais altos do mundo, aumentar a taxação sobre o tributo que incide sobre aplicações financeiras e — portanto — sobre o crédito, para compras e investimentos, significa desestimular a produção e o nível de atividades. O resultado prático dessa culturade cobrare aumentarimpostos para fazer frente a desequilíbrios fiscais crônicos todos conhecem.Ou seja,asociedade paga duplamente pela não realização da reforma tributária e pelatransferênciacada vezmaior de recursos privados para osetorpúblico,via impostos:reduz-se a capacidade de investimentose degeração deempregos, aumentando-se a dívida social, enquantonadase dáde volta à população.

Max Schrappe é presidente da Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica

Ascartas àRedaçãosomenteserão publicadas se contiverem,alémda identificação do missivista, endereço com rua, número, bairro, CEP e, se possível, telefone e rg. As cartas poderão ser resumidaspela redação, publicando-se, apenas o essencial. Os originais não serão devolvidos.

sistência e clareza não sofre dúvida. No entanto, no que diz respeito a um tempo que somos capazes devisualizarou de recuperar sob alguma forma de registro ou dememória, volta a fazer sentido a metáfora da realidade como uma história com princípio emeioque caminha para um fim. Emborase possaignorarque fim é este, pois no infinito aberto ao tempo todos os caminhos estão igualmente abertos, podemos supor que se o futuro de algumaforma contéme repeteo passado e se da trajetória desenhada pela seta do tempo podemos de algumaforma deduzir sua direção e sentido prováveis, no que se refere ao homem ele há de um dia voltar ao seu pontodepartida. Istoé,deque ele, ohomem, é uma sóe única espécie compartilhando uma única emesma morada.E que, por isso,e para sereconciliar com sua própria natureza e com seus sonhos de paz, terá de realizar o ecumenismo exigido e viabilizado pela globalização. Umaglobalização diversa daquela que hoje ainda se assenta sob as formas arcaicas da hegemonia e da luta pelo poder entre os povos, culturas e nações.

Benedicto Ferri de Barros e-mail: bdebarros@sanet.com.br

Semeadura de divisas

No futebol, o Brasil redescobre sua arte em consoante: os errespercorrematalhose perpetuam o gol. Na vida, o País se reencontra com suas raízes e seconscientizaque sua independência começa pelo início do alfabeto. OA de agricultura, de agroindústria e de agronegócioalimenta onossosonho de ver desperto ogigante adormecido em berço esplêndido. Foi assim que me senti ao participar do 1º Congresso de Agribusiness no mês passado em São Paulo. Participei de debates, li artigos, conversei commuita gente, ouvi relatos de experiências e me rendi diante das estatísticas.

É bem verdade tratar-se da rendição de um predisposto. Afinal não raras vezes tenho defendidoqueo agronegócio éa nossaverdadeira vocação econômica. Mais doque carros, softwares, hardwares,nós sabemos mais do que ninguémlavrar a terra, plantar, colher, processar e tecer uma cadeia sofisticadade produtose serviçosem tornodoque maisabundante temos nesse país continental: terra e água.

A "terraà vista", lá dos primórdios gerouos primeiros agronegócios.Lá se forammilhares e milharesde hectares de pau-brasil num extrativismo primitivo. E desde então nossa históriasempre teveasdigitais dos produtos agrícolas em ciclos econômicos queajudaram atalhar a trajetória de um povo: cana-de-açúcar,couro, fumo,cacau, borracha e café.

Da agricultura herdamos muitos dos nossos vícios coronelistas, cartoriaisepatrimonialistas. Mas seu legado não se resumiu a defeitos. Apesar e até porcausa delesdesenvolvemos virtudesque nos garantem a certeza de que o futuro que nos aguarda- alinaesquina, épromissor einevitável. Aprendemos com peculiar competência a aproveitar as dádivas do clima e soubemosdesvendar osmis-

tériosdas terrasmenosférteis. Pesquisa, trabalho e competência nos abriram os cerrados, onde floresceu asoja e abrigou novas fronteiras para os canaviais. Temos por baixo cerca 90 milhões deterrasagricultáveis a serem ocupadas com milho, soja,algodão, cana-de-açúcar, laranja, fruticultura, outras oleaginosas etc. Terras para gerar alimentocapazde saciar parte da fomedo mundo. Terras com capacidadedegerar energia suficienteparanoslibertar da égide do petróleo - finito, poluidor e concentrado em regiões conflituosas do planeta.

Hoje, os indicadores econômicos da agriculturajá são fantásticos.A balançacomercial agropecuária registrou saldo de US$14,74 bilhõesde janeiro a dezembro de 2001, 28% a mais que o saldo do período anterior, de US$11,43 bilhões.Nesse mesmoespaçode tempoasexportações cresceram 14,73% em dólare30,95% emvolume,resultando respectivamente em US$19,13 bilhõese 55milhões de toneladas.Numa economia com números pífios decrescimento, a agricultura cresceu 8,65% em 2001. Nesse período valedestacar aperformancedo complexo soja, açúcar, couro, milho e algodão. E opotencial éinimaginável. Há, noentanto, obstáculose o principaldeles éaglobalização capenga que exclui os produtos agrícolas. Derrubaras barreiras protecionistas no âmbito da OrganizaçãoMundial do Comércio é uma tarefa imprescindível para que possamosexplorar nosso potencial e crescer de forma sustentada. O fato indiscutível é que "uma notíciavem chegandolá dointerior..." e ao contrário do preconizado na música cantada por Milton Nascimento,jádeu no rádio, no jornal, na televisão... e na internet. O mundo sabe e nos teme. O futuro nos pertence.

Arnaldo Jardim é deputado estadual

Os artigos enviados à Redação do DC para eventual publicação devem conter no máximo2.800caracteres,sedigitados,ou40 linhasde70 toquescada,se datilografados.

As estrelas do show Fosse dado ao eleitor conhecer os segredos, as menções, as definiçõese conceitosquedele, eleitor, se diz, nas reuniões e formulação de ações dos candidatos, por parte dos "especialistas" eleitorais, certamente, ficariam todos ruborizados desaber quesãoconsiderados tão manipuláveis assim pelas técnicas da propaganda. Na verdade, os eleitores deveriam ser as estrelas do show, ou ,na pior das hipóteses, os candidatos, mas, na prática, as estrelas são os marqueteiros. Inclusive os que têm linha de produção e repetem a mesma campanha para diferentes e diversos candidatos.

São ,sim O problema, preclaro leitor/eleitor, éque somos, sim, manipuláveis pelas técnicas de propaganda aplicáveis aos candidatos a cargos eletivos. Os especialistas sabem, por meio de pesquisas, tirar de nós mesmos o que queremos ver e ouvir dos candidatos e os enrolamnessas bandeiraspor nós ansiadas. Não sei o nome quese dáaisso,mas afrustração lána frente,quandose constata que o "produto" candidatoanteriormente apresentado não contémas qualidades propagadas ou não cumpre as promessas cuidadosamente escolhidas para serem feitas, é desalentadora.

Sem retorno?

O mal já está feito, oumelhor, eleito, e não há como ir ao Procon processá-los porpro-

paganda enganosa. Todos sabemos oquantocustoupara cada brasileiro ter acreditado no produto Collor.Que, aliás, bendita seja a democracia brasileira,estáaí de novocom chances devoltara governar Alagoas.E quem sabe lá na frente? Isola.

Saída fácil

Para os "especialistas" fica fácil. É só mudar de lado. O marqueteiro atual de Lula,por exemplo, Duda Mendonça, foi poranos ohomem queinspirou a propaganda de Maluf, satanizando Lula e buscando tornarMaluf angelical. Derrota? Basta dizer que o produto não era bom. Lá está ele do outro lado, tornando Lulaangelical e tentando provar que os outros candidatos são o demônio. Ah. a publicidade tem cada uma. A coerência do PT, mais ainda.

Doce estrelato

Estrela mesmo é a impagável prefeitada maiorcidadedo continente. Quemaviu toda animadinha,sambando no Rio de Janeiro, fielmente escudada pelo namorado argentino, Luís Fabre, para apoiar a candidatura deBeneditada Silva a governadora daquele Estado, não imagina como padece nossailustre alcaidecom os problemas da metrópole de Piratininga.

Confirmado

Nãofalei queapropaganda nos vende qualquercoisa? Até nos empurrouuma candidata queseriaa redençãodamoralidade pública.

e

P. S . Paulo Saab

Todas as artes passam por São Paulo

Cidade oferece mostras com artistas consagrados e as mais variadas técnicas. Expõe ainda objetos do desejo, como canetas

O circuito das artes em São Paulo renova-se o ano todo, trazendo para a cidade os mais variados estilose técnicas produzidos pelas mãos de representativos artistas. Como é o caso da mostra Renoir – O Pintor da Vida, maior retrospectivado impressionista francês no Brasil que se encerraneste domingo,dia28. Podemser vistas no Masp (fone 251-5644) 138 obras trazidas de várias instituições e museus brasileiros, daEuropa edos EUA, abertasà visitaçãodas 11h às 17 h. Ingressos: R$ 10.

Há outras exposições que se realizam atémeados deagosto, como ada artistaplástica Carla Fatio. Há dois anos sem pintar,elaretorna com Alotropia – CorpoSerMente, compostaporcerca de60telasde diferentes tamanhos. Por meio delas,Carla jogacom a dualidade do pé no chão, do real, e o devaneio que também estápresentena vidadaspessoas. Até 23 de agosto, a mostra ficano ConjuntoCultural

da Caixa(fone3107-0498), aberto de 2ª a 6ª feira, das 10 às 16 h. Entrada franca. No mesmo local e até a mesma data, também está a exposição Madeira Sacra,do artista mineiro Mestre Ribeiro. Esculturas em madeira, a maioriade imagenssagradas, fazemo conjuntode 15obras expostas.Mestre Ribeiroiniciou carreira artísticaaos 28 anos de idade.Até então, trabalhava na lavoura, ao lado de seus 11 irmãos. Artistas que participaramde exposições dagaleria AdrianaPenteado Arte Contemporânea (fone

3081-1012) nosúltimos15 anos fazem parte da coletiva Só Gravura ,queretoma o projeto Feira da Gravura. São 100trabalhos de17artistas contemporâneos que podem servistosaté 25deagosto,de 5ª a domingo, das 14 às 18 h. Arte popular – Outraimportanteexposiçãoé a P op Brasil: A Arte Populare o PopularnaArte composta por trabalhos quese inspiraram no próprioPaís. Háuma significativacoleção deartepopularbrasileira, produzida a partir de 1930, por artistas como Heitordos Prazeres,J.

Borges, Antônio Poteiro e Waldomiro de Deus, entre outros. Em contraponto a essesclássicosingênuos,o curador Paulo Klein inclui expressivas obras de artistas contemporâneos, entre eles Emanuel Nassar e Cildo Meireles.Sãocerca de200obras, de mais de 90 artistas que estão expostas no Centro Cultural Banco do Brasil (fone 3113-3651)até 25deagosto,

Humor leve para encerrar as férias

Entre aspoucas estréiascinematográficas programadasparaeste fimde semana estão os filmes Beijando Jessica Stein (Kissing Jessica Stein) e Neve Pra Cachorro ( Snow Dog).O primeiro éuma comédia romântica, que foge aospadrões,aoabordar um casal homossexual.Ooutro, marcando o fim das férias escolares, é uma comédia, produzida pelos estúdios Disney, dirigida ao público infantil.

Beijando Jessica Stein t em como trama central um tema recorrente no cinema. Como fica amulherde30 sem ter umnamorado?Peça offBroadway de grande sucesso, transformada em filmepor suas próprias protagonistas, tenta responder essa questão. Jessica (JenniferWestfeldt) é umajornalista quenãoconseguearrumar namorado, constantemente pressionada pela família e pelos amigos. Em desespero de causa, ela respondeum anúncioderevista da seção "mulher procura mulher".

Encontra, então, a descolada Helen (Heather Juergensen),gerente de uma galeria dearte.A produçãosegueos mesmos clichês da comédia

vídeo/dvd

Crônica de uma Certa Nova York

Centra-se na história de um certo Joe Gould, vagabundo profissionalque vive pelas ruas de Nova York. Certo dia, ele cruza o caminho do jornalista Joseph Michell. Atraído pelo tipo excêntrico, de cabelos revoltos e com muitas histórias para contar, Michell resolveescreveroperfil de Gould. Ofilmecentra-se no personagem, que se apresenta como autor da"história oral" da humanidade, o mais longo livro detodos ostempos. Ele despertaa simpatiadaspessoas, eé dessa maneira que consegue sobreviver. Com

romântica heterossexual,resultando num filme regular. Jessica é indecisa, problemática, oque fazHelen irritarse. Acrescente-se o envolvimento da família na história e a presença do ex-namorado quevoltaa seinteressarpela jornalista e tem-se as situações cômicas da produção. Destaque para a atuação de Tovah Feldshuh,como Judy, responsável pelos melhores momentos de humor.

Ian Holm, Stanley Tucci e Susan Sarandon.Direção: StanleyTucci. Duração: 107 minutos. DVD/VHS. Eu ropa (nas locadoras)

American Pie 2

Como subtítulode A Segunda Vez é Ainda Melhor,éa continuaçãoda infame comédia para adolescentes. Quando umfilme fazum estrondososucesso, já se sabe, lá vem continuação. Aqui, aqueles garotos que só pensavam naquilo, apesar de terem vencido a barreira da primeira vez, continuam tão imaturosquanto antes.Todoo elenco original foi reunido para maisuma sessãode piadinhas de duplosentido. Porém,o públicojovemparece gostar disso mesmo. Com JasonBiggs, ShannonElizabeth,Chris Klein,MenaSuvari

Cachorrada – Neve pra Cachorro é umacomédia física, que extrai o humor de escorregões, quedas e torta na cara (aqui, neve, obviamente). O problema destaproduçãoé que ela se limita a duas gagues: quedas doprotagonista eataque dos cachorros. No centro da trama está o bem sucedido dentistaTed (CubaGooding, Jr,de Homensde Honra) que, de repente, descobre ser filho adotivo eter herdadoalgo da mãeverdadeira noAlasca.Lá vai ele, todo encapotado, para o meio da neve. Alidescobre que sua herança sãooitocãesque formamuma equipede trenó. Disposto a vender tudo e voltar para Miami, onde tem vários consultórios, Ted quer antes saber quem é seu verdadeiro pai. Entre os poucos moradores da cidade está o turrão Jack Trovão (o veterano James Coburn, astro de filmes de faroeste), com quem, evidentemente Ted vai se confrontar.Entre quedaseameaças doscães(oito lindos huskies siberianos e um colie), há espaço para um romance e algumas piadas. Indicado para crianças a partir de 7 anos. (BA)

de 3ª a domingo,das 12 h às 19h30. Entrada franca.

Outras artes –Para algumas pessoas, obras de artes são alguns cobiçados objetos do desejo, que passama ser cultuados por sua raridade. O circuitodasartes paulistano também oferece atrações para esse apreciador. O 8º São Paulo Pen Show,promovido pelo Pen Club do Brasil,expõe mais de 1500 canetas-tinteiro.

O destaque desteano são os modelos queassinaram os mais importantes Tratados de Paz. Entre elas,as Parker que os presidentes Bush e Gorbatchev usaram em 1990 e 91 para assinar acordos de desarmamento nuclear. Em seguida,trocaram as canetas.O Pen Show fica no Shopping Paulista (fone 3191-1100) até 11 de agosto, das 10 h às 22 h. Entrada franca.

Mulheresfamosas dasdécadasde 50 a 80 representadas por40bonecasvestidas commodelos de alta-costura,reproduzindo figurinos usados por elas emfilmes e festas são tema da mostra RéplicasdeEstrelas dosAnos50, 60, 70 e 80 , que o Shopping Pátio Higienópolis (fone 3823-2300)realizaatéo dia 31.Entreoutrasestão Marilyn Monroe,LadyDianae Jacqueline Kennedy. Aberta de 2ª a 6ª feira, das 10 h às 22 h e aos domingos, das 14 h às 20 h. Entrada franca.

As cantoras gaúchas fazem um espetáculo mesclando música, humor e

Música, teatroe humorfazem o espetáculo Rádio Esmeralda AM , que as cantoras gaúchasAdriana Marquese Simone Rasslan apresentam no Teatro Crowne Plaza (fone 289-0985) nos dias30 e 31 próximos, às 21 h. Apresentado há mais de dois anos no Rio Grandedo Sul,SantaCatarina e São Paulo, já foi visto por mais de 50 mil pessoas. Com muito humor, as cantoras montaram um repertório de canções que mostra o universo feminino, enveredando pelo sambade morro,brega, vanguarda e pelas baladas românticas dos anos 70.

Depoisde umaparticipaçãoespecial em Tangos & Tragédias, Adriana e Simone foram descobertas pelo também gaúcho Hique Gómez,

que estréia como diretor nesse espetáculo. Elas intercalam música ehumor apresentando-se comolocutoras deum programa de rádio, no qual respondem cartase telefonemas de ouvintes. Os ingressos custam R$ 15.

Instrumental – De hojea domingo, os guitarristas da nova safrada músicainstrumentalbrasileira, opaulistano Sydnei Carvalho e o cariocaAlexMartinho, apresentam-seno show In t en si ty Ambos formaram-se no GuitarInstituteTecnology, de Los Angeles. Os shows se realizam às 19 h hoje e amanhã e às 18h30nodomingo, no Centro CulturalSãoPaulo (fone 3277-3611), com música própriano repertório.Ingressos R$ 10 e R$ 5. (BA)

e Eugene Levy. Direção:James B.Rogers. Duração: 104 minutos. DVD ( C ol umbia)/VHS (Universal) - nas locadoras.

Contaminação

Demitido de uma indústria química, Joseph provoca um terrível acidente e se contamina com um pesticida mortal.David, peritoda Otan em produtos químicos, é chamado para investigar o caso.Ele sabebemdo quese trata, porqueanos antes ele mesmo se contaminara, causando a morte da mulher e da filha. Por ser hospedeiro, ele nãosofre as conseqüências da contaminação. Joseph passa aser perseguido pela polícia,que quereliminá-lo. David conta coma ajudada policialHolly. Drama de ação menor. Com William

Beth Andalaft
Hurt, Peter Weller e NataschaMcElhone. Direção:Anthony Hyckox. Duração: 98 minutos. DVD/VHS. Fo x (nas locadoras)
Beth Andalaft
"Alegoria", de Antônio Poteiro, é uma das obras da mostra "Pop Brasil"
Gorbatchev e Hemult Kohl trocam canetas depois de assinatura de tratado
Joanna Bacalso e Cuba Gooding, Jr: par romântico em "Neve pra Cachorro"
Heather Juergensen e Jennifer Westfeldt estão em "Beijando Jessica Stein"
Fotos: Divulgação
Eneida
Serrano/Divulgação
teatro Show de rádio no teatro

CEF garante que filas do FGTS diminuirão

Beneficiados pelo complemento ainda esperam pelo menos duas horas. Mas a Caixa promete melhorar o atendimento.

As filas que se tornaram comuns nasagênciasdaCaixa

Econômica Federal (CEF) em toda a cidade, em razão do crédito complementar do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), começarãofinalmente adiminuir. Pelo menos éo que espera a própria CEF ao estabelecer que os 34 milhões de trabalhadores que têm direito areceberaté R$ 100,00 de complementação doFGTS poderão fazero saquesem aapresentação do termo de recisão de contrato,a partir de10 de agosto. Será preciso apresentar apenas a carteira de identidade e o número do PIS.

Não existe prazo para o saque. Não é preciso correr para receber, pois não existe risco de perder o dinheiro

Segundo Gildásio Freitas, gerentede FGTSdaCaixa Econômica FederalemSão Paulo,nãohámotivos para correrias. A entrega do termo deadesãoparareceber o complemento podeserfeita

oportunidades

atédezembrode 2003. Depois que o trabalhador entregar o documento na CEF, não existeprazo limitepara osaque. Não é preciso correr pararecebero dinheiro,jáque, segundo a CEF, não existe risco de perdê-lo. Das113 milhões decontas quedeverão receber os complementos, 85 milhões têm saldo inferiora R$ 100,00. Quem estiver nessa faixa,poderáfazera adesão no atodorecebimento dodinheiro. Os trabalhadores que tiverem o cartãodo cidadão podem fazer o saque em lotéricaseterminais eletrônicos das agências. Conforme o gerente de FGTS da CEF, a procura, comcerteza, continuarágrande, masoatendimento certamente será mais rápido. Já houve casos de pessoas que passaram mais de cinco horas na fila.

Demora – José Cândido da Silvateve deesperar naporta da agência da CEF na rua São Bento por mais de uma hora, até receber uma senha.Depois disso,foi encaminhado por uma funcionária do banco que avisou que a espera era

de uma hora ou mais. Ele ainda não sabia quanto tinha direito a receber de complemento. "Estou desempregado desde 1996 e esse dinheiro vem em boa hora", disse. Já a costureira Elza Ferreira Neto, que trabalhana rua 25

de março, aproveitou o horáriodo almoçopara recebera complementação do FGTS. "Tenho pouco a receber, mas o queé da gentetem queir atrás". Ela não quis declarar o valor a receber, mas disse que era menos de R$ 500,00.

Boa parte dasfilas foram provocadas por problemas de preenchimento de 2,2 milhões de termos de adesão recebidos. Eles chegaram ao banco com errosno número do PIS, CEP, endereço, dados pessoais e das empresas. De acordo com a CEF, o pagamentodogrupode trabalhadores que têm direito a receber entre R$ 1 mil e R$ 2 mil deverá ser mais tranqüilo. O dinheiro será depositado num total de 2,755 milhões de contas,pertencentes a1,3 milhão detrabalhadores. Serão pagos R$3,95 bilhõese 39% dessestrabalhadores optaram pelo crédito em conta, paraevitar filas.Já forampagasno total6,4milhões de contas, o que equivale a R$ 1,9 bilhão.

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A hora da máquina

Maisdo quea intervenção da agência reguladora nos preços dos combustíveis - já determinada pelo presidente -, o que os aliados de José Serra querem de Fernando Henrique Cardoso éa revogação pura esimples do aumento no preço do botijão de gás de cozinha e, se possível, a demissãodo presidenteda Petrobrás,Francisco Gros.De preferência, com humilhação.

Tanto oPSDB quantoo PMDBestão considerandoo aumento das tarifas públicas, sobretudo na Petrobrás, um crime de lesa-campanha eleitoral. Os líderes dos dois partidos naCâmara, JutahyJúnior eGeddel VieiraLima, levaram as críticas aos núcleos de governo e de campanha junto com relatos dramáticos sobre o efeito dos aumentos sobre o eleitorado.

Baianos, ambos passaram os últimos dias em campanha no Estadoe, delá, principalmentedo interior,voltaram perplexos com o prejuízo.

"As pessoas dizem que o governo não quer ganhar a eleição e algumas até acreditam em teorias conspiratórias, segundo as quais Fernando Henrique estaria empenhandose pessoalmente na eleição do PT, que faria um governo desastroso,permitindoa volta deleaopoderem2006", conta Jutahy.

O líder do PSDB é até ameno ante a exaltação do pemedebista Geddel: "Votamos contra a privatização da Petrobrásque, pornãoser umaempresaprivada,deve sesubmeter a políticas públicas. Nesses termos, o aumento do gásfoi umequívoco queFernandoHenrique deveriaassumirpessoalmente. Osenhor Grosnão temo direitode lustrar a própria biografia atendendo à lógica dos lucros da Petrobrás, prejudicando o cotidiano das pessoas e causando um dano profundo na candidatura do governo." Poisse ocaroleitorestranha otom,aindanão viunada. Daqui para frente o que se pretende na campanha de Serra éofensiva total.Mãosna massacomforçaequivalentea umacandidaturaque temoapoiodo presidentedaRepública e de 15 governadores. A bordo dessa estrutura, reza a nova norma, Serra perderá a eleição apenas se quiser. Mas talvez não soe algo eleitoreira a regra?

"Nãotemimportância,depoisa gentemandaoCiro responder na TV se ele acha que a revogação do aumento do preço do gás é eleitoreira", parte para o ataque o líder do PMDB.

Ontem mesmo, os governistas já começaram a conversar mais objetivamente a respeito de algumas idéias esboçadasnodia anterior,aindadurantea reuniãodocandidato com os governadores aliados.

São três os pontosconsiderados prioritários: mudança da posturadocandidato,cujoânimo para afetividades eleitorais não andalá grande coisa; cobrançade firmeza por parte de correligionários, sem tolerância para posições dúbias; e discussão profunda sobre a melhor maneira e o momento ideal para FH entrar na campanha. Nos últimos dias, o presidente vem ouvindo apelos para que tomeainiciativadefalarabertamentearespeitoda campanha, comuma abordagemfranca sobreos acertos, as omissões e os equívocos de seu governo.

Os políticos acham maiseficienteSerraapresentar-se como candidato da"melhora" e não da"mudança". Este nicho, avaliam, está ocupado por Ciro.

A exposição dos acertos de FH teria o óbvio objetivo de estabelecer umaligaçãopositivapara Serra. Ao terreno dasomissõespertenceriaaquilo queogovernonãopôde fazer - salário mínimo decente, por exemplo - e no campo dos erros estariam os aumentos das tarifas. A respeito destes, a idéia seria o presidente se desculpar e revogar logo o que for possível.

E antes que os mais afoitos saiam concluindo que há alguma intenção de pôr a máquina do governo a funcionar emproldacandidatura deJoséSerra,cumpreinformar que é disso mesmo que se trata.

É público

Equivoca-se o candidato Ciro Gomes quando reage indignado às questões a respeito do empréstimo que seu coordenador de campanha, JoséCarlos Martinez, tomou a Paulo César Farias ainda durante o governo Collor. Ciro rechaça o que chama de "provocações", dizendo que não há razão para se envolver ou se preocupar com empréstimos de "dinheiro privado, entre pessoas físicas".

O dinheirodo falecidoPC Farias,administrado pelo irmãodeputado,étudomenosprivado.Aliás, Collor perdeu o poder e PC foi condenado à prisão exatamente pela natureza pública do patrimônio na seara de ambos amealhado.

Posto em sossego

O PFL aderiu oficialmente à oposição, mas se esqueceu de sair dos cargos federais que ocupa nos Estados.

JorgeBornhausen continuadono debons pedaçosem Santa Catarina, e assim ocorre País afora.

O Planalto,por sua vez,também nãopede devolução. Vai vernão consegueabrirmão do pefelê, cujaeficácia administrativa é de renome mundial.

Serra se declara confiante e

"Opresidente Fernando Henrique Cardoso me apóia e eu vou para o segundo turno", garantiu ontem o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, após caminhada decercade uma hora pelas ruasdo bairro do Bom Retiro, em São Paulo. Assim o candidato rebateu as informações divulgadas hoje pela imprensa de que o presidente FernandoHenrique Cardoso apoiaria Luiz Inácio Lula da Silva (PT) num eventualsegundoturno entreo presidenciável petistae o candidatoda FrenteTrabalhista, Ciro Gomes.

O presidente nacional do PSDB, José Aníbal, também rebateu as informações. "Conversei hoje pelo telefone com opresidente Fernando Henriquee elemegarantiu que essa conversa que a imprensa noticia entre ele e dois emissários petistas nunca existiu. Isso não é próprio dele (FHC) e sei que o presidente nãofaria essetipo deespeculação."

Na semanapassada, opresidente do PT,deputado José Dirceu,afirmoupara aimprensa em Washington que, aoconversarcom Fernando Henrique portelefone,teria "sentido"dopresidente uma disposição em apoiar Lula em umeventualsegundo turno entre o petista e Ciro Gomes. Controle de preços – Em rápida entrevista coletiva concedida após a caminhada,

José Serra voltou a defender um maior controle de preços, principalmente aqueles que estão sob a alçada de monopólio, como é o caso da Petrobras. "Soufavorável quenão haja abuso depreços, tem de haver controle",afirmou. O presidenciável disse que a determinação feita pelo presidente FernandoHenrique Cardoso de controle depre-

çosdogás,"não temnadaa ver com eleição",mas é uma medida que visa beneficiar a população.

José Serra afirmou que ficou "revoltado" com adecisão do Poder Judiciário que condenou os seqüestradores do publicitário Washington Olivettoaapenas 16anosde cadeia. "Comopresidente da República, vou mudara le-

gislação atual que favorece a impunidade e o crime e dá liberdadeaosassassinos." Segundo o candidato,é fundamentalmudar a legislação penal brasileira. Ele citou, inclusive,o casodosassassinos dafilha de GlóriaPerez. "Imagina a Glória Perez encontrando os assassinos de suafilhano restaurante?", questionou. (AE)

Vice de Lula defende reformas e um mercado de capitais fortalecido

Promover mudanças nas atuais regrasdomercado de capitais,ouvindoos agentes do próprio setor, que funciona como um mecanismo de de financiamento dasempresas, uma alavanca para a economia que traduza o sentimentode confiançados investidores. Essa é aproposta apresentada pelo candidato a vice-presidenteda República nachapa deLuizInácio Lula da Silva (PT), José Alencar (PL/MG), ontem, na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

SegundoAlencar, para fazer uma reforma que seja boa paraomercado decapitaise beneficie a sociedade é preciso consultar osagentes do mercado.Eleressaltoua necessidadedarealização em caráter de emergência das reformas tributária e previdenciária. O senador defendeu ainda o aumento das expor-

Abstenção aumenta na França e no Brasil

Apesar de apresentarem realidades eleitoraisbastante distintas,Brasil eFrançatêm registrado,em comum, nas últimas eleições, o crescimento dos índices de abstenção. Esse aspecto foi analisado ontem, em São Paulo, pela pesquisadora francesa Camille Goirand, do Instituto de Estudos Políticos de Lille. Ela participou do colóquio "As Eleiçõesna França e no Brasil em2002", juntamente com o cientista político André Singer, porta-voz do candidatodoPT àPresidência, Luiz Inácio Lula da Silva. André Singer.

Camille Goirand destacou que, em 1991, o índice de abstenção nas eleições presidenciais daFrançafoide18%. Passou a21% em1995 eatingiu28% noúltimo pleito.Na

França, o voto é facultativo. "As abstenções correspondem menos a uma indiferença, despolitização do eleitor, do que a uma vontade de protestar", disse. Os franceses se acham pouco representados pelos políticos e reclamam das semelhanças de propostada direita e esquerda francesa. Ma rgi nal iza ção –Já no Brasil,segundo AndréSinger, a causa da abstenção está mais ligada àfalta de conhecimento e não a uma forma de protesto, comoparece ser o caso na França. "Em nosso País éum problemacausado pela marginalização, não é protesto. Avolatilidade do voto também parece estar associada com isso, mas não tenho dadospara afirmarcom certeza, é mais uma intuição minha", disse. (AE)

Brizola diz que há desespero no PSDB

O presidente do PDT, Leonel Brizola,disseontemdepois deum encontro com o candidato à Presidência da Frente Trabalhista,Ciro Gomes (PPS), que os ataques dos partidáriosde JoséSerra (PSDB-PMDB) e Luiz Inácio LuladaSilva(PT)não são motivo para mudança na estratégia políticada campanha da Frente."A impressão que tenho é de que há um da-

do de desesperono grupo de Serra, que está em desgaste", afirmou.

Brizola respondeu com outra pergunta a uma indagaçãosobre a possibilidade de acirramento da crise, pelo fato deCiro propormudança radicalna economia. "Essa questãodo dólaralto, issoé culpa dos candidatos? É o desgaste da situação econômico-financeira". (AE)

tações para a construção de um superávit dabalança comercial. Segundo ele, os juros elevados em prática hoje no Brasil "emperram o desenvolvimento da economia e enfraquecem todos no País. O sistema tributário deve sermudado para defortalecerossetoreseincentivar as exportações". Ainda quanto ao mercado de capitais, Alencarcomentou sobreo risco da migração dos investidores daBovespapara adeNova Iorque, por exemplo, "se eles sentirem queos riscos são menores que aqui". O fortalecimento das pequenas e médias empresas está no plano de governo do PT. "As pequenase médiasempresas sãoas que gerammais empregos. Elas precisam receber incentivos paraabsorverem amão de obra que sobra no país". Sem espanto – José Alen-

car,comentou amanifestação deapoiodopresidente Fernando Henrique Cardoso ao presidenciável petista Lula, casoeleesteja nadisputa do segundo turno com Ciro Gomes, daFrente Trabalhista. "O presidente pode ter previsto que o candidato do governoJoséSerra nãochegará ao segundo turno. O apoiodele (FHC) ésempre bem-vindo", frisou. Aopiniãode Alencarnão encontra eco no senador José Jorge (PE),vice-presidente do PFL. Para ele, a notícia sobre o apoio de FHC, divulgada pela imprensa, prejudica a campanha de Serra. "O presidente por ter falado sobreuma hipótese.A campanha começa agora com o horário eleitoral gratuito", finalizou.

Ricardo Ribas

Eleitor já pode treinar a ordem de votação

Os eleitorespoderão treinar a ordem de votação dos candidatos em uma urna eletrônica instalada pelo TribunalRegional Eleitoral(TRE) na Praça da Sé. Assim, eles poderão treinara votaçãodo próximo dia 6de outubro. A ordem, segundo o TRE, será a seguinte:deputado federal, deputadoestadual, senador 1,senador2, governadore

A FALTA DE licenciamento ambiental constitui CRIME AMBIENTAL Lei nº 9605/98 Somos especializados em legislação e licenciamento ambiental atuamos a 18 anos no mercado licenciando

presidente.As demonstrações serão realizadas das 11 às 16 horas. É importanteque oeleitor conheça a ordem de votação e no dia da eleição leve sua "cola", paranãoerraros números de seus candidatos.Na próxima semana, apartirde 2ªfeira,a urnaficaráexposta na Avenida Paulista, em frente ao prédio da Gazeta. (AE)

Dólar ultrapassa R$ 3 reais e depois cede

Foi mais um dia instável nos mercados nacionais e internacionais. Dólar no País chegou a R$ 3,031 e fechou a R$ 2,995.

dá 26% a Ciro Gomes e Serra empata com Garotinho

OIbope divulgouontem nova pesquisa de intenção de v otopara a Presidênciada República. Ocandidato da Frente Trabalhista,Ciro Gomes, subiu quatro pontos porcentuais, de22%para 26%. O candidato doPT, Luiz Inácio Lula da Silva, manteveo primeirolugar, com 33%. Pela aliança gov ernista, José Serra (PSDBPMDB), caiu de 15% para

Piso do sistema de pagamentos vai mudar na 2º feira

Os bancos vão reduzir o valor mínimo das Transferências Eletrônicas Disponíveis (TEDs) de R$ 50 mil para R$ 5mil apartir desegundafeira, segundo anunciou a Febraban. As instituições vão induzir osclientes, pormeio dacobrança de uma taxa, a utilizar as operações eletrônicas parasubstituir cheques e documentos. Página 6

De Renoir a artistas populares, São Paulo traz de tudo um pouco

São Pauloestá repletade opções, da arte popular ao mestreRenoir.Aarte pode servistaaté emshoppings. NoPaulista, o8ºSãoPaulo Pen Show traz canetas utilizadas emassinaturas de tratados de paz.No Higienópolis, bonecas reproduzem personalidades como Lady Di e Marilyn Monroe. Página10

13%. Anthony Garotinho (PSB)subiuumponto, de 10% para 11%, empatando tecnicamente com Serra. Na simulaçãoparao segundoturno, CiroGomes ampliou a vantagem sobre Lula. Se as eleições fossem hoje,Ciro teria47% dosvotos, contra 40% de Lula. Na simulaçãocom Serra,Lula ganha com 48%dosvotos. Serra fica com 36%. (AE)

Osmercados brasileiros não conseguem superar a onda de nervosismo que persiste desde o início da semana. O dólar comercial ultrapassou ontem pela primeiravez a barreira dos R$ 3. Cenário externo negativo, especulações em torno denovas pesquisas eleitorais efalta devendedores no mercado de câmbio levaram o dólar a bater seu quarto recorde consecutivo. Após teratingidoo preço máximodeR$ 3,031logode manhã, o dólar perdeu ritmo aolongo do dia,mas ainda encerrou com cotação recorde,valendo R$ 2,995 para venda no segmento comercial.O BancoCentralrealizou umleilão delinha externadeUS$ 220milhões,mas

nãoconseguiu frearadisparada das cotações.

quisa eleitoral.Os indicadores de risco pioraram, também influenciados pelo cenárioexterno ruime porrumores sobre pesquisas eleitorais. OsC-Bonds, principais títulos dadívida externabrasileira, caíram 3,58%e a taxa de riscodoPaíssubiupara 1.864 pontos-base. Em Nova York, , após mais umdiade altavolatilidade e tensão,o índice DowJones fechouestável, em quedade 0,06%, enquanto o Nasdaq caiumais,cedendo 3,88%. NaEuropa, os mercados acionários registraram avanços,com exceçãoda Bolsade Frankfurt, que teve recuo de 3,09%.ABolsa deLondres fechou emaltade 5%ea de Paris subiu 4,17%. Página 7 Foi a primeira vez, desde a implantação do

Jovem é o mais atingido pela nova exclusão social

Um estudoda prefeitura paulistana, realizadocom 170milpessoas, mostraque a cara da pobreza mudou na cidade. Atualmente, 40% dos pobresfazemparteda chamada nova exclusão, formada por pessoasbrancas, com grau de instrução elevado, que vivem em famílias pequenas, têm casa própria e enfrentam o desemprego. Os mais afetados são os jovens.

Osdados demonstram que 77,2% dosnovos pobrestêm até25 anose nãoconseguem emprego formal ou informal, apesar de terem estudado. Outra pesquisa,esta feita peloIBGE, mostra quemais da metade dos quase 15 milhõesdeidosos doPaíssustentam os domicílios onde moram. Nove milhões deles possuem renda mensal de até R$ 657,00. Páginas 9 e última

Festa do Peão, fartura em Barretos

A cidade de Barretosjá se prepara paraa Festa do Peão Boiadeiro, que ocorreentre osdias 15e 25de agosto.O maiorrodeiodo País deve injetar R$ 30 milhões na economia local e gerar13 milempregosdiretose indiretos.Osorganizadores, paratornara festamais familiar,apostam em atividades folclóricas, como aqueimado alho commoda deviola, e pretendem com isso atrair cerca de 800 mil pessoas. As provas do rodeio ainda são o maior chamariz de públicoda festa,queneste ano tem como rainha Gabriela Pacheco. A montaria em touro,competição mais esperada, vai garantir um prêmio deR$ 100 mil para o grande campeão. O rodeio é um dos primeiros após a regulamentação do setor, aprovada na semana passada. Página 12

Bolsas – A Bolsa de Valores de São Paulo,Bovespa, tambémfoi fortementeatingida e caiu 2,73%. Durante o dia, chegou aperder 4,54%,com os rumores sobre nova pes-

País está na ante-sala da recessão, aponta sondagem

ASondagem Conjuntural da Indústria de Transformação,divulgada ontempelo InstitutoBrasileiro deEconomia daFGV, apontaque a desaceleração da atividade industrial,nessecomeço de semestre, "deixa de ser um processo lento e gradativo para tomar ares de recessão". As respostas das 1.220 empresaspesquisadas revelam que a demanda está fraca e os

estoques elevados. "Estamos na ante-sala da recessão", entende ocoordenador dapesquisa,Salomão Quadros. Isso não quer dizer que a recessãová ocorrerdefato,até porquea situação está melhor doque noano passado. Pelasondagem, asempresas não deverãorepassartodaa altadecustos parao consumidor, o que reduzirá o impacto inflacionário . Página 9

Taxa de desemprego cai para 18,8% em São Paulo

A taxa de desemprego na regiãometropolitana de São Paulocaiu de19,7%, em maio,para 18,8%nomês passado, segundo pesquisa

Banco que reduziu recomendação para o Brasil é rebaixado

Aagência Moody´srebaixou ontem as perspectivas de todosos ratingsde longo prazo doBanco J.P.Morgan, querecentemente reduziua recomendação para os papéis da dívida do Brasil. Página 6

feita pela Fundação Seade e peloDieese. Foramgeradas 80 milvagasnoperíodo, especialmente em serviços. O comércio demitiu. Página 9

Dívida pública tem um novo recorde, por causa do câmbio

OBrasil cumpriucomfolgaameta doFMIdesuperávit primário dosetor público no primeiro semestre. A dívidapública, porém,registrou um novo recordeem relação ao PIB, de 58,6%. Página 5

a Volume de crédito para pessoa física teve retração de 8,1% em junho Página 6 Para não intervir, governo sugere queda de 15% no preço do gás Página 8 ONU, com voto dos Estados Unidos, condena ação de Israel em Gaza Página 4

Paulo Witaker/Reuters
Gabriela Pacheco é a rainha da festa, que deverá reunir 800 mil pessoas
Paulo Pampolin/Digna Imagem

ONU condena ação de Israel em Gaza

Conselho de Segurança, com o voto dos Estados Unidos, foi unânime em considerar o ataque "injustificado" e "inaceitável"

O Conselho de Segurança das Nações Unidas condenouo ataque israelense na FaixadeGaza quematou14 civis, mas senegou a classificá-lo como umcrime de guerra, comopediamospalestinos.Em umasessãode emergência , o conselho mais poderoso da ONU também não aprovou uma resoluçãoproposta pelos países árabes da organização –pedindo o fimda"agressão militar" israelense contra palestinos.

No entanto, os 15membros do Conselho, inclusive os Estados Unidos, foram unânimes em criticar o que disseramconsiderar umataque "injustificado"e "inaceitável". Emmeio àrevolta dos

palestinoscom oataque,um atentado contra colonos israelenses deu continuidade ao ciclo de violência na região –umcolono morreueoutro ficou gravemente ferido em umassentamentoda Cisjordânia quando foramatingidospor tirosdisparadosde um carro.

Ao se dirigiraos membros doConselho deSegurança,o enviado da Autoridade Palestinana ONU,NasserAlKidwa, disse que o ataque aéreo israelense de segunda-feirafoi "um crime de guerra queincorre najurisdiçãodo Tribunal Penal Internacional (TPI)". Segundo Al-Kidwa, esse pode ser considerado o primeiro crime de guerra co-

Justiça aprova seqüestro dos bens da Argentina

Um Tribunalde Roma aprovou ontem o seqüestro debensda ArgentinanaItália,paracompensar aperda sofrida por cidadãos italianos que investiram embônus do Tesouro argentino. A medida foi movida poruma ação coletivade poupadoresitalianos paratentarrecuperaro dinheiro perdido.

Segundoo "Comitêde Poupadores na Argentina", presidido peloadvogado

MauroSandri ecomposto por dez italianos, a decisão da Justiça implica no embargo de imóveis do governo argentino e alguns milhões de dólaresdestinadosaopaís em direitos especiais de transferência,a divisautilizadapelo FundoMonetário Internacional.

Cerca de 350 mil investidores italianos investiram 25 bilhões de euros em bônus argentinos. (Reuters)

metido desde a abertura da corte, naHolanda, em 1º de julho.

EmboraIsraelnão tenha aceitado se submeter à jurisdição do TPI, o r e p r e s en t a n t e palestino pretendia convencer o conselho de remeter o caso ao tribunal – o que permitiria a aberturade um caso no TPI. O processo pode ser aberto peloConselhode Segurança da ONU ou por um Estado. Não reconhecida comoum Estado, a Autoridade Palestina não pode mover uma ação nessa corte. Ainda comodesdobramento

Autoridade Palestina insiste que o ataque de segunda-feira um crime de guerra

do ataque, aLiga dosPaíses Árabesconvocouuma reunião de emergência para esta quinta-feira, no Cairo. Inevitável – O vice-embaixador de Israel, Aaron Jacob, disse que a Autoridade Palestina "forçou" a ação militar israelense ao nãocontrolar as atividades dos militantes islâmicos.Jacob afirmou ainda queseu paísnunca teriarealizadoo ataque sesoubesse quais seriamsuas conseqüências.

O argumento, no entanto, não convenceu a todosos paísesrepresentados nases-

são, que reuniu os cinco membrospermanentes do conselho (Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, RússiaeChina)eos dez rotativos.

Para o embaixador irlandês na ONU, John Ryan, a morte de civis era inevitável em um ataque como aquele –realizadocom ummíssil em uma área densamente povoada. "Sugerir qualquer coisa diferente disso é hipocrisia", afirmou Ryan. A Irlanda é membro rotativo do conselho.

Pedido árabe – A reunião do Conselho de Segurança foi convocada a pedido de países árabes que fazem parte da ONU.Oataque jáhaviasido

condenado pelosEstados Unidos, a ONU e a União Européia separadamente. Em umcomunicadoconjunto, ospaíses árabesexigiram asuspensão total das ações militares de Israel contra palestinose aretirada das tropas israelenses dos territórios ocupados. O alvo do ataque israelense emGaza era o líder do braço armado do Hamas, Salah Shahada, que morreu na ação. Comochefe daorganização, autora da maior parte dos atentados suicidas contra alvos israelenses, Salah Shehada estavanotopo da lista de procurados pelos serviços desegurança israelenses. (Reuters)

EUA não derrubam pacto antitortura

Os Estados Unidos sofreram mais um revés na sua estratégia de isolamento em relação aos problemas mundiais. Desta vez, a derrota foi na tentativa de reescrever um tratadocontra atortura,que já está sendo discutido há dez anos. Washington queria reabrir as discussões porque dizia que o atual texto infringe os direitos dosEstados norte-americanose teve falhasna suatramitação. Mas reservadamente as autoridades do país admitem que fica-

ram incomodadas com as críticas ao tratamento dado aos presos das guerrilhas Taliban e AlQaeda, mantidosvendados eamarrados nabasede Guantánamo, encravada em Cuba.

A proposta norte-americana foi derrotada por 29 votos a 15 (e 8 abstenções) no Conselho Econômico e Social da ONU. A proposta praticamente enterraria o tratado, queacabou sendoaprovado por 35 votos a 8 (10 abstenções)e serásubmetidoainda

neste ano àAssembléia Geral.

Mesmo os aliados dos EUA demonstram irritação com as últimas posturas do país, como a rejeição ao Protocolo de Kyoto(contra oaquecimento global) e ao novo Tribunal Penal Internacional.

"Foi um verdadeiro teste da boavontade dosgovernos para enfrentar os EUA", disse Rory Mongoven,da ONG Human RightsWatch. "Felizmente,éuma liçãoparaos EstadosUnidos sobre adeterminação da comunidade internacional em avançar por conta própria."

Inspeção –Para entrarem vigor, o tratado precisa ser firmado eratificadopor20

países. Ele criaria um sistema internacional para a inspeção de presídios, a fim de garantir quenão hápráticadetortura.

O representante norteamericano Mike Dennis disse queos Estados deseu país não podem ser obrigados a aceitar inspeções,e alémdisso, argumentou, o tratado foi aprovado apenas por maioria – não por consenso – na Comissão de Direitos Humanos daONU. Em seuempenho contrao tratado, os Estados Unidos têmaliados exóticos, como China, Cuba, Sudão e Líbia. A União Européia e a maioria dos países latinoamericanos e africanos apóiam o tratado. (Reuters)

Desemprego argentino atinge recorde de 21,5%

A taxa de desemprego na Argentinaatingiu recorde históricode 21,5porcento em maio devido às dificuldades geradas por quatro anos de recessão eintensificadas após a moratória e a desvalorização da moeda, informou ontem a agência de estatísticasdo governo.O dadoanterior,relativo aoutubrode 2001, mostraumataxa de

desemprego de 18,3%. O último recorde havia sido atingido em maio de 1995, época da desvalorização no México, também chamada de crise "tequila", quando o desemprego alcançou 18,4%. A ministra do Trabalho, Graciela Camano, disse na terça-feira passada que esperava que a taxachegasse a uns 22%. (Reuters)

Congresso americano cassa deputado corrupto

O Congresso norte-americano cassouo mandato do deputado democrata de Ohio James Traficant, que foi condenado por suborno, chantagemeevasão fiscal emuma decisão judicial de maio deste ano.

A Justiça anunciará nasemana que vem a sentença, quepode serdeaté seteanos deprisão. Traficant, de61 anos, é o primeiro parlamentar a ser cassado desde 1980 e o segundo desde a Guerra Civil americana (1861-1865). Conhecido por seucomportamento excêntrico,Traficant duvidavatanto dacassação que chegou a prometer imitaro jeitodedançarde Michael Jackson se ela se concretizasse. Expulso, ele não cumpriu a promessa.

Apesar da cassação,ele insiste que voltará ao Congresso, mesmo que tenha fazer campanha da cadeia. James Traficantnegaas acusações e sedizvítimade uma perseguição. Segundo ele, oFBI tentaincriminá-lo desde a década de 80, quando ele foi acusadode corrupção pela primeira vez. Insolente – "Estoutriste por não termos feito isso antes", disse a deputada Loretta Sanchez, do mesmo partido de Traficant,masuma de suas principais críticas. Apesardas denúnciasde corrupção,James Traficant era umpolítico bastantepopular, conhecido pelo seu jeito insolentee pelotopete no estilo dofamoso cantorElvis Presley. (Reuters)

Governo sugere queda de 15% para o preço do gás

Oministrode Minase

Energia, Francisco Gomide, disse ontem que, se o governo decidir tabelar o preço do gás de cozinha, o valor ideal seria de R$23,emmédia,parao botijão de 13 quilos. O valor representa umaquedade 15% no atual preço médio do produto. Segundo ele, esse seria também umvaloradequado paraas distribuidoras e evitaria a intervenção do governo.

A proposta,que estásendo estudada peloConselho Nacional dePolítica Energética (CNPE) para evitar aumen-

tosabusivosnos preços do gásde cozinha, poderiaser também aplicada a todos os demais combustíveis. A idéia, segundo o ministro, é de que a Agência Nacional do Petróleo(ANP)tenha uma regraque possavalerpara coibir esse tipo de prática em todos oscasos.Gomideobservou que, no momento, o problema está concentrado nos preços do gás de cozinha. O governo, segundo o ministro, pretende, paralelamente àdefinição dessaregra,conversar com as distribuidoras para queelas passema prati-

car "margens aceitáveis"de lucroem relaçãoao preçodo gás e apropostaserviriacomo um alertaàs distribuidoras.Casonão hajaessaredução, o governo, segundo Gomide, poderá intervir no mercado.

Ao explicar o valor ideal do produto, Gomide disse que, noanopassado, a Petrobras repassava paraas distribuidoras ogás porR$ 9,00o botijão e sobre esse preço as distribuidoras aplicavam uma margem de R$ 9,00.

Margens maiores – O valor cobrado pela Petrobras

Proposta é eleitoral, dizem analistas

Diversos especialistascriticaram a proposta do governo de voltar a controlar os preços do gás de cozinha e relacionaram amedidaàcampanha presidencial."Isso éclaramenteuma questão pré-eleitoral", afirmou o chefe da consultoria especializada Expetro, Jean Paul Prates. "Éum mau sinal,porquesignifica que o governo pode controlar outros preçosdecombustí-

veis, se ele achar necessário, dependendo daspesquisas de intenção de voto", comentou. Mauro de Andrade, da consultoria Deloitte Touche Tomatsu,afirmou queamedida deve estimular a demanda, mas que também pode afetar as receitas da Petrobrás. "Elesdeveriam admitir que éumamedida deemergência parao períodoeleitoral efazer uma leiou decreto

especial", disse Andrade. O mercado de combustíveisfoiliberado emjaneiro, permitindo às companhias privadasimportar derivados de petróleo, produzir, refinar em território brasileiro e estabelecer ospreçoslivremente. Como os combustíveis acompanham a cotação internacional do petróleo, os preços têm subido coma desvalorização do real. (Reuters)

era subsidiadopela Parcela dePreço Específica(PPE). Com ofim daPPE, noinício deste ano, opreço do botijão na refinariasubiupara R$ 14,00,eo subsídiofoisubstituído peloauxílio-gás, queé destinado a famílias carentes. Ocorre, segundo Gomide, que as distribuidoras também aumentaram sua margem, passando-a deR$ 9,00 para R$ 14,00. Esse valor o governo considera muito elevado.

Gomide acredita que a margemdas distribuidoras deveria continuar sendo de R$ 9,00, totalizando, portanto, um preço deR$ 23,00 por botijão de gás ao consumidor. Esse preço seria médio, podendo variar para cima ou parabaixo, deacordo coma distância entre o consumidor ea áreade produção.Segundo nora divulgada ontem pelo Ministério de Minas e Energia,"em razão dasdiferentes alíquotasdo ICMS e dos custos dos fretes, os preços do GLP para o consumidor final apresentam variaçõesde município paramunicípio". (AE)

Setor de autopeças ameaça demitir

Sempre que se fala de carrosaprimeiraimagem que v em à cabeçasãoasmontadoras, queestão atravessando umperíodo devacas magras. Mas antes delas, vem a indústria de autopeças, cujo desempenho nãoanimaria nem mesmo aos otimistas. A receita do setor caiu 8,1% em relação ao mesmo período do ano passado, deacordo com os dados divulgados pelo Sindicato Nacionalda Indústria

Convocação

de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). Além disso, a ociosidade aumentou, oconsumo de energia elétrica foi reduzido e o presidentedaentidade, Paulo Butori, já falaem demissões.

A previsão para o ano, até o mês passado,erade faturamento emtorno deUS$ 12,3 bilhões, o equivalente a um aumento de 7,9% em relação a 2001. A entidade poderá re-

HEWLETT-PACKARD BRASIL S.A. CNPJ/MF nº 89.411.771/0001-85 – NIRE nº 35.300.135.792 Assembléia Geral Extraordinária – Edital de Convocação Ficam convidados os Senhores Acionistas da Hewlett-Packard Brasil S.A. ("Companhia") a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária a realizar-se em 05 de agosto de 2002, às 08:00 horas, na sede da Companhia, localizada no Município de Barueri, Estado de São Paulo, na alameda Rio Negro, 750, Alphaville, com a seguinte ordem do dia: (i) deliberar sobre a proposta da Diretoria de resgatar, nos termos do disposto no Parágrafo 5º, Artigo 4º, da Lei 6.404/76, com redação dada pela Lei 10.303, de 31.10.2001, 386 (trezentas e oitenta e seis) ações preferenciais classe "A" de emissão da Companhia, representativas de 0,33% do seu capital social, pelo valor patrimonial a ser apurado com base no Balanço Patrimonial da Companhia a ser levantado em 31 de julho de 2002, mediante aplicação de recursos existentes em conta de reserva de capital e sem redução do capital social da Companhia; (ii) deliberar sobre as condições e o modo em que se dará tal resgate; (iii) em decorrência das deliberações a serem tomadas nos termos dos itens (i) e (ii) acima, deliberar sobre o cancelamento das referidas 386 (trezentas e oitenta e seis) ações preferenciais Classe "A" de emissão da Companhia, alterando e adaptando o artigo 5º do seu Estatuto Social no tocante à quantidade de ações em que se divide o capital social, sem no entanto reduzi-lo; e (iv) modificar o Estatuto Social da Companhia em função das deliberações a serem tomadas pelos Acionistas nos termos dos itens (i), (ii) e (iii) acima. Encontram-se à disposição dos Acionistas, na sede da Companhia, os documentos relativos à proposta da Diretoria para resgate das ações.Barueri, 26 de julho de

às 10:00 horas; Local: sede da empresa na Capital do Estado de São Paulo; Convocação: dispensada a convocação, tendo em vista a presença da totalidade dos acionistas, conforme assinaturas

Ordem do Dia: (a) Deliberar sobre a renúncia do Diretor indicado pela acionista Construtora Augusto Velloso S.A., assumindo esta acionista, a condição de dissidência perante a companhia. Deliberações por Unanimidade: (a) Aprovar a renúncia do Sr. Ricardo Machado Ferreira Velloso, brasileiro, casado, engenheiro metalurgista, portador da cédula de identidade expedida pela Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo, RG nº 5.416.311, inscrito no CPF sob o nº 694.425.338-00, residente e domiciliado em São Paulo, no Estado de São Paulo, qualificado como Diretor indicado pela fundadora e acionista da companhia, Construtora Augusto Velloso S.A., tendo em vista a condição de dissidente assumida pela mesma, mediante a transferência da totalidade das ações que detinha na companhia para os acionistas remanescentes, nos termos indicados e lavrados no Livro de Transferência de Ações da Companhia; Lavratura e Leitura da Ata: foi oferecida a palavra a quem quisesse fazer uso desta, ninguém querendo fazer uso, foi encerrada a sessão para a lavratura desta ata, que reaberta a sessão e lida, foi por todos achada conforme, aprovada e assinada. (aa) Carlos André Andrioni Salgueiro Lourenço: Presidente e Marco Antônio Botter - Secretário. A presente é cópia fiel da lavrada no livro de registro de Atas da Assembléia Geral de Acionistas da Sociedade. Acionistas: Construtora Gomes Lourenço Ltda., Construtora Augusto Velloso S.A., Empresa Tejofran de Saneamento e Serviços Ltda. e Telar Engenharia e Comércio. São Paulo, 14 de julho de 2000. (a.a) Carlos AndréAndrioni Salgueiro Lourenço: Presidente; Marco Antônio Botter: Secretário. Certidão: Secretaria da

ver os números. A média mensal da receita do setor nos primeirosseis mesesdoano foi de R$ 920 milhões. Comisso,o níveldeemprego, que aumentou de 170,1 mil trabalhadores em maio para 170,3mil pessoas emjunho, deve começar a cairdaqui paraa frente.No mesmo mês do ano passado, o contingente totalizava 173,9 mil trabalhadores. "Nós trabalhamosem fun-

çãodas montadoras,queestão reduzindo suas encomendas",afirmou Butori. Segundo ele,hámuitos trabalhadores "limpando e pintando paredes nas fábricas deautopeças."O executivo disse que não há previsões sobreo possívelnúmero de demissões. "Masos rumores estão muito fortes", acrescentou.

Para ministro, não há chance de racionamento de energia em 2 anos

Oministrode Minase Energia, Francisco Gomide, descartou qualquer possibilidade de racionamentode energia em 2004, como previsto nasemana passadapor integrantesda Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica. Segundo o ministro,o risco é medido com base na previsão de mercado e nos dados daenergiadisponível. "Mas com bola decristal cada um faz como quer", comentou. Gomide apontadoiserros no raciocínio de quem prevê crise para 2004.O primeiro é considerar que o Produto InternoBrutoPIB) cre sce 6%. "Issonão acontecede uma hora para outra",disse. Osegundo erroestá na previsão de crescimento de 1,5 pontoporcentual deconsumo de energia para cada ponto porcentual de crescimento doPIB."É umacontadadécadade80",afirmou oministro, considerandoque atualmente não é possível fazer o mesmo raciocínio. Sinaisde alerta – Napróxima semana, segundoo ministro, serão criados quatro grupos de trabalho que deverão elaborar medidas para dar "sinais de alerta" em casos de risco decrise de abastecimento, estabelecer exigências de contrataçãofutura de energia pelasconcessionárias, definir novos critérios para o estabelecimento das tarifas de transmissão de energia e aperfeiçoaras regras defuncionamento do Mercado Atacadista de Energia (MAE). Com isso,o Programade Revitalização do Setor Elétri-

Risco de desabastecimento em 2004 foi previsto pela associação das distribuidoras

co será concluído somente no fim deste ano. As propostas deverão ser anunciadasna primeira semana de dezembro e depois encaminhadas ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Baixa renda – O ministro disse que seriam necessários cercade R$ 40milhõespor mêspara compensar asdistribuidoras de energia pelo aumento do universo de consumidores de baixarenda que pagam uma tarifamais barata deenergiaelétrica.O aumento desseconsumidor deve-se à leido setor elétrico quefixou um limite deconsumo de 80 quilowatts/hora por mêscomomínimopara definir o perfil da baixa renda. Ainda não está definido se os recursos para compensar as distribuidoras virão do contribuinte ou do consumidor.ParaGomide, aconta deve ser paga pelo contribuinte, uma vez que o consumidor de energia "está muito sofrido"em virtudedos aumentos extraspara compensar o racionamento. Térmicas – Gomide revelouaindaque oPrograma Prioritário deTermoeletricidade (PPT) deverá ter sua capacidade de geração reduzida de13.637megawatts (MW) para8 mila 9mil MW.Segundo ele,este últimomontante é uma "adequada complementação térmicapara o País". Ainda nãofoi definido qual será o número de usinas necessário para produzir os cerca de 9 milMW. A previsão feita pelo governo em abril era de que 40 usinas térmicasproduziriamos 13,6 mil MW. (AE)

BOLSA ELETRÔNICA DE COMPRAS

Encontram-se abertas na Bolsa Eletrônica de Compras, do Governo do Estado de São Paulo, as seguintes Ofertas de Compras: Dispensa de LicitaçãoInicioCidadeNatureza da Despesa

080300000012002OC000042/8/2002BRAGANCA PAULISTAMAT.DE ESCRIT.PAPEIS EM GERAL E IMPRESSOS 080300000012002OC000052/8/2002BRAGANCA PAULISTAMAT.EDUC ATIVO, ESPORTIVO E CULTURAL 080318000012002OC000022/8/2002JUNDIAIMAT.DE ESCRIT.PAPEIS EM GERAL E IMPRESSOS 080318000012002OC000012/8/2002JUNDIAI/SPSUPRIMENTO DE INFORMATICA 180110000012002OC000032/8/2002SAO JOSE DO RIO PRETO-SPMAT.DE ESCRIT.PAPEIS EM GERAL E IMPRESSOS 090134000012002OC000332/8/2002SÃO JOSE DOS CAMPOSSUPRIMENTO DE INFORMATICA 080348000012002OC000022/8/2002VOTOR ANTIMMAT.DE ESCRIT.PAPEIS EM GERAL E IMPRESSOS Co nv i teInicioCi d a d eNatureza da Despesa 090113000012002OC0003929/7/2002AR ACATUBA-SPPECAS DE REPOSICAO E ACESSORIOS 130136000012002OC0000129/7/2002AR ACATUBA-SPSUPRIMENTO DE INFORMATICA

180318000012002OC0002329/7/2002AVA R EMAT.DE ESCRIT.PAPEIS EM GERAL E IMPRESSOS

180318000012002OC0002429/7/2002AVA

Mais da metade dos idosos sustenta domicílios no País

Mais dametade dosquase 15 milhõesde idososque vivem no País sustentam os domicílios onde moram. A constatação faz partede uma pesquisa sobre operfildos brasileiros quetêm60anos ou maise são responsáveis por residências, feita com baseemdados de2000edivulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo descobriu que 62,4% dos idosos, ou cerca de 9 milhões de pessoas, são os principais provedores das casas onde moram, comumarenda mensal média de R$ 657.

Em 1991, o número era menor:apenas6,47 milhões de idososeram responsáveis pordomicílios,oque representava60,4% dapopulação acimade60anos. Orendimentomédio ficava emR$ 403 por mês.

Dototal de residênciasdo

País (44,8 milhões, de acordo com o IBGE), 8,9 milhões, ou 20%, eram sustentadas por idosos, há dois anos. Desses, apenas uma minoria – 1,6 milhão(17,9%) – tinha somenteum morador(opróprioidoso). Amaior parte, 36%, era formada por um casal, filhos e/ou outros parentes (veja quadro).

Nadistribuição porsexos, em 2000, 37,6%dos responsáveisidosos erammulheres – háuma década, estava em 31,9%. A idade média do idosoestava,hádois anos,em 69,4anos (70,2 anos,para mulheres,e 68,9anos, para homens).

População envelhece –A pesquisa revela,no entanto, que o aumento no número de

idosos responsáveispelas contas dacasa éresultado de um crescimento significativo do númerototal dehabitantes com mais de 60 anos de idade.

Segundo os dadosdo Censo de 2000, em 1991, o País tinha 10,7 milhõesdeidosos, querepresentavam 7,3% da população. Em 2000, este númerosubiu para 14,6 milhões, ou 8,6% do total.

O estudo revela ainda que a proporção de idososvem crescendo maisrapidamente que adecrianças. Em 1980, existiam16 idososparacada 100 criançasno país.Em 2000, esta relação praticamentedobrou,ficando em quase 30 idosos para cada 100 crianças.

"A quedana taxade fecundidadeaindaé aprincipal responsávelpelaredução do número de crianças,mas a longevidade vem contribuindo progressivamente para o aumento de idosos na população", diz o estudo do IBGE. "O crescimento da populaçãodeidosos nomundo(..)

está ocorrendo em níveis sem precedentes",indica odocumento.

Em 1950, a população global depessoas na chamada terceira idadeera decerca de 204 milhões. Quase cinco décadas depois, essa população chegavaa579 milhões,conformeapontam os dadosde 1998.

Para oBrasil, aprojeçãoé deque aexpectativa de vida também aumente: nos próximos 20 anos, estima-se que o número de idosos dobre, chegando a 30milhões,representando 13% da população. As mulheres dominam o cenário demográficobrasileiroentreos idosos:elasrepresentam 55,1% dos maioresde60anos evivemcerca deoito anosa maisdo queos homens.

Cidades – O levantamento mostra tambémque amaior parte dos idosos brasileiros prefere o ambiente urbano. A proporção deidososquevivemnas cidadesaumentou de76,7%,no iníciodosanos 90, para 81,4%, em 2000.

Pesquisa mostra que Brasil está na ante-sala da recessão, diz FGV

"Adesaceleração da atividade industrial, neste início desegundo semestre, deixa de ser umprocessolentoe gradativo para tomarares de recessão". Essa é a conclusão dapesquisade Sondagem Conjuntural da Indústriade Transformação, divulgada ontem pelaFundaçãoGetúlio Vargas.

A conclusão vem principalmente das respostas das 1.220empresas pesquisadas em relação ao nívelde demanda. A diferença entre os que achamquea demanda está fraca e os que acham que

está fortecresceude 5% em abril, mês da Sondagem anterior, para 17% este mês. A diferença de 12 pontos porcentuais de umtrimestre para o outro nessa questão e nesse período éidêntica àde 1983, praticamente igual àde 1998 e semelhante também à 1982. Em2001,no entanto,nosegundomês doracionamento de energia, adiferençaera ainda maior, alcançando 22 pontos percentuais. "Estamos melhor do que no anopassado, masparecidos com períodosque antecederamrecessões",disseo coor-

Funcionários da Vale ameaçam fazer greve

Os funcionáriosda CompanhiaValedoRio Doce ameaçam entrar em greve em agosto. Eles alegam que a empresa temreajustado ossalários abaixoda inflaçãodesde 1994e argumentam que,só nos últimos cinco anos, as perdas frenteà inflação somam 13 pontos percentuais. Uma grevenuma das maiores exportadoras do Paísserianegativa paraabalança comercial. Areceita

média semanal do grupo é de R$211milhões. Masocenário de greve de uma semana é descartado pelo diretor de recursos humanos da empresa, Marcus Roger. Ele diz que os funcionários daVale nãoentramem grevedesde osanos 80.“Os salários da companhia são acima da média do mercado.Em 2001,aempresa pagoude participaçãonos lucros2,8 saláriospara cada trabalhador”. (AE)

As capitais que concentram mais idosos são as do Sudeste, especialmenteo Rio de Janeiro, onde a população daterceira idade representa 12,8% do total de habitantes, e Porto Alegre, com 11,8%.

Emcontrapartida, ascidades da região Norte são as mais jovens : Boa Vista (RR) e Palmas (TO),porexemplo, têm 3,8% e 2,7% de habitante com mais de 60 anos.

O levantamento revela aindaque houveredução do analfabetismo nessafaixa etária, de 16,1%. Em 1991, 55,8% dos idosos responsáveis por domicílios declararam saber ler e escrever pelo menos umbilhete simples. Hádoisanos, essa taxa passou para 64,8%. Apesar disso, destaca o instituto, ainda existem 5,1 milhões de idosos analfabetos no País.

Segundo o levantamento, os homens são mais alfabetizados que as mulheres -– respectivamente, 67,7% e 62,6% do total. Uma razão para isso, diz o IBGE, pode ser o fato de que, até os anos 60, principalmente, os homens, de maneira geral, tinham mais acesso à escola do que as mulheres (vejareportagem sobreexclusão socialna última página). (GN/Reuters)

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Desemprego cai a 18,8% na região metropolitana de São Paulo, em junho

A taxa de desemprego na regiãometropolitana de São Paulocaiu 4,6% emjunho ante maio. Segundo pesquisa da Fundação Seade e do Dieese, o nível de desocupados caiu de 19,7% para 18,8% da População Economicamente Ativa (PEA) nos últimos dois meses. O levantamento mostra que foram gerados 80 mil novos postos de trabalho no período, queteve aindaa saída de6 mil pessoas da PEA,oque contribuiu para a quedado indicador. Nos 12meses completados em junho, a taxade desemprego apresentou crescimento: era 17,5%emjunho doanopassado esaltoupara 18,8%. A pesquisa estima em 1,769 milhão o número de pessoas desempregadas na região. A massa de desempregados éestimadaem 1,129milhão em desempregoaberto e640 mil em desemprego oculto. Segundo a metodologia utilizada,desemprego abertoincluias pessoas queprocuraram trabalho nos 30 dias anteriores à pesquisa e não exerceu nenhumaatividade remunerada nos últimos sete dias; desemprego oculto é

quando a pessoa não possui trabalhonem procurounos últimos trinta dias.

Na capital, a taxa de desemprego caiu 4,4%, enquanto nos outros municípios da região metropolitanaaqueda foi de 4,2%. Em junho, o tempo médio de procura por trabalhoaumentou para 50 semanas, uma a mais que a constatada em maio.

Pesquisa do Seade e do Dieese mostra que foram gerados 80 mil novos postos de trabalho no mês

Renda e carteira – O rendimentomédio realdostrabalhadores ocupados, segundo a pesquisa,não se alterou em junho, tendo permanecido em R$ 842,00. No mesmo período,o salário médioteveumaqueda de0,7%,para R$ 874,00.

O setor de serviços foi o quemaiscriou vagasemjunho, 65 mil, que foram ocupadas por trabalhadores com e sem carteira assinada. Na indústria,houve acriação de38 mil ocupações, principalmente de trabalhadores autônomos.Porsua vez,ocomércio daregião metropolitana de São Paulo, fechou 18 mil vagas, a maioriade assalariados comcarteira assinada. Nos outros setores, houve fechamento de 5 mil vagas. (AE)

AUTODATA

DE VEÍCULOS

GARANTIA 2

denadordapesquisa, Salomão Quadros. "A economia está suficientemente enfraquecida para que, se vier mais algumacoisa,ela afundar", afirmouQuadros. Eleressalva, noentanto, que"estamos na ante-sala da recessão, o que não querdizer que oBrasil vá entrar em recessão, pode ser que a situação melhore".

Estoques altos – ASondagemconstatou tambémque está ocorrendo um acúmulo de estoques, o que é interpretado pelo responsável pela pesquisa como outra evidência dodesaquecimento. "Muitas empresas estão excessivamente estocadas", disse. "O acúmulo de estoques significa quea produçãoestá acima doquesepodevender", disse.

A diferença entre as empresas queachamqueosestoques estão excessivos e as que achamqueelesestão insuficientes está em 15 pontos porcentuais. Onúmero é próximo ao máximo alcançado no ano passado, que foi dos 18 pontos porcentuais em outubro, no mês seguinte aos atentados de 11 de setembro, aindaem racionamento deenergia ecomcrise naArgentina. (AE)

YAMAHA

Como pólo exportador da Yamaha fora do Japão, a fábrica de Manaus prepara-se para fabricar uma novo moto mundial. O novo modelo, que será exclusivo da linha brasileira, será lançado até o fim deste ano e deve ser exportado para países da América Latina, Estados Unidos e alguns países da Europa.

YAMAHA 2

A subsidiária brasileira foi escolhida por ser a que melhor atende às estratégias de mercado da montadora, garante Shigeo Hayakawa, diretor comercial da Yamaha. “Contamos com boa localização, estrutura e custo operacional. Além disso, nosso mercado interno também é propício.”

RECADO 1

Vença quem vencer as eleições presidenciais, a Volkswagen não pretende rever estratégias para o Brasil, garante Elizabeth Carvalhaes, diretora de assuntos governamentais da montadora.

RECADO 2

“O que fazemos ou deixamos de fazer é uma determinação coorpora-

Devido à retração do mercado a MMC inicia a produção do Pajero TR4 – até agora importado como Pajero Io – em Catalão, GO, de maneira tímida. Fabricará apenas oito unidades por dia. “Estamos numa fase crítica na economia e que só mudará após as eleições. Por isso até lá nossa produção será baixa”, argumenta Eduardo Souza Ramos, presidente da MMC. Se o mercado mostrar-se “muito bem humorado”, diz Ramos, o ritmo da linha goiana poderá saltar para 42 unidades por dia em 2003. Mas o próprio executivo acha a hipótese remota.

tiva amplamente estudada. Todas as nossas definições estratégicas e de investimentos são feitas pela matriz, na Alemanha, com muita antecedência”, diz Carvalhaes.

VOLKSWAGEN É certo: até o fim do ano aVolkswagen inicia a produção de mais um modelo na fábrica de São José dos Pinhais, PR.

MOTORES

O Grupo PSA e a BMW

A exportação do Pajero TR4 foi autorizada pela Mitsubishi japonesa, mas apenas para o Mercosul. “Com a os problemas da Argentina acabamos ficando na mão, não tendo para quem exportar. Mas assim que o TR4 se estabilizar no mercado nacional encaminharemos novas negociações com o Japão para que possamos exportá-lo para outros países.”

De qualquer forma a MMC já prepara, para 2003, um novo modelo a ser produzido na fábrica de Catalão, que está recebendo investimentos de R$ 200 milhões.

produzirão, em conjunto, nova linha de pequenos motores a gasolina, projeto estimado em US$ 745 milhões. Estima-se em até 1 milhão de motores produzidos anualmente.

GARANTIA 1

Garantia contra danos acidentais em pneus para automóveis e caminhonetes por um período de seis meses ou até 10 mil quilômetros é o novo apelo de vendas da Michelin.

A garantia, que cobre danos causados por buracos, choques em guias ou obstáculos, vale apenas para pneus colocados no mercado de reposição.

CÉLULA

A General Motors japonesa produzirá automóveis movidos a célula de combustível antes do previsto. O primeiro veículo estará disponível em 2008.

RENAULT 1

Arison Souza não ocupa mais a direção de comunicação da Renault do Brasil. O executivo é agora o titular da diretoria de vendas de veículos utilitários da montadora.

RENAULT 2

A área de relações com a imprensa da Renault tem agora Marinete Veloso à frente, que passa a responder diretamente ao presidente Pierre Poupel.

MAIS

A partir de agosto a Audi aumentará de um para dois anos, sem limite de quilometragem, o prazo de garantia de todos os modelos 2002 e 2003 na Alemanha e no Brasil.

Concessão de crédito para as pessoas físicas cai 8,1%

O volume de crédito para pessoasfísicas registrouqueda de 8,1% em junho, se comparadocom omês de maio.

A s operações somaram em junho R$ 21,8 bilhões, contra R$ 23,8 bilhõesregistradas no mês anterior, excluindo as operações de financiamento imobiliário. Secomparado comigual mêsdoano anterior a queda é ainda mais acentuada: de 7,3%.

Amaior retraçãoocorreu na liberação de financiamentospara veículos, que caiu 21,3%, emcomparação com maio. Asoperações decréditopessoal ficaramlogoatrás, com queda de 12,8%.

Estudo mensal – Os nú-

merosfazem partedeestudo divulgadoontempela Partner Consultoria. O estudo é o primeirode umasérie que passará a serdivulgada mensalmente para o mercado, baseadoem dados divulgados pelo Banco Central e pelo Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística, IBGE.

De acordo com Álvaro Musa, sócio-fundadorda Partner, a retração nas operações de crédito compessoas físicas émais umadas consequênciasdo atual cenário macroeconômico que tem levadobancosaevitarem emprestar dinheiro, temendo a inadimplênciaE tambémos

Participação é de R$ 21,8 bilhões

As pessoasfísicas tiveram acesso maiorao crédito do que as empresas nos últimos dois anos.

Para se ter umaidéia, em junho de 2000, a participação dos empréstimos para este público correspondia a 13% do total de empréstimos liberados.Dois anosdepoisa participação subiu para 22%, o equivalente a R$ 21,8 bilhões.

A participação dos empréstimos para as pessoas jurídicas também cresceu nope-

ríodo: passoude28% para 37% do total de concessões. "Ocrescimento dosempréstimos para pessoas físicas também ocorreu em detrimento dadiminuição dosaldo dos financiamentos imobiliários e do crédito rural", dizBoanerges RamosFreire, diretor da Partner Consultoria. Só o saldo dos financiamentos imobiliários caíram de R$ 55 bilhões, em junho de 2000, para21 bilhões,em junho passado. Distribuição – O segmen-

to de cheque especial permanece na liderança denovas contratações de crédito. Em junho, esse tipo de empréstimo respondeupor 56% do total de concessões, umpouco abaixo de 2000, quando ficou em 58%.Em segundo lugar ficou o crédito pessoal, com 13%, seguido deoutras (refinanciamentos, empréstimospara turismo), com 12%; cartão decrédito(9%); veículos (7%) e aquisição de bens (3%). (AG)

consumidores estãofugindo dos empréstimos, com medo denãoter comohonrarcom o pagamento de todas as parcelas.

Recuo – A inadimplência depessoas físicas nosistema financeiro, emmaio,erade em média15%. Emjunho, segundo dados do Banco Central, BC,houve umamelhora, com o índice ficando pouco acima de 14%.

Aqueda novolume emprestado está relacionada ainda,deacordo comaconsultoria,à liberação dos recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, FGTS, referentes aos planos Collor e Verão, eaopagamento do primeiro loteda restituição do Imposto de Renda, que injetou um volume adicional de dinheiro no mercado, diminuindo a necessidade por financiamentos.

"Para que as operações de crédito voltem a crescer é preciso que a inadimplência recue ainda mais. Também é necessária umaqueda acentuada dos juros", diz Musa. Eleições – Boanerges RamosFreire,diretorda Partner,atribui principalmente às eleições presidenciais o recuonas operaçõesdecrédito às pessoas físicas. "Somente apósas eleiçõespoderemos assistir a uma retomada na concessão deempréstimos", diz Freire.

Ainda assim, diz, isso só ocorrerá de fato quando o governo, qualquerquesejao presidenteeleito, criar programas específicos para incentivar o crédito.

Segundo estudo da Partner, 34,3% doconsumo privado, que foi de R$ 63,6 bilhões, em junho, foi financiadoatravés decrédito aoconsumidor. O número, embora representativo, é ainda muito baixoem relação,porexemplo,aosEstados Unidos,em queo porcentualatinge os 70%.

Gavaça

BIS: crise argentina não afetou os bancos brasileiros

O Banco para Compensações Internacionais,BIS, que reúne os principais bancos centrais, avalia que a crise argentina não teve um impacto negativo nas atividades dos bancos internacionaisno Brasil, e no restante da América Latina, durante o primeiro trimestre. OBrasil registrouomaior declínioda exposição dos bancosestrangeiros naregião, após a Argentina. Segundo o BIS, os empréstimos estrangeiros no Brasil caíram US$ 8 bilhões entre o final de 2001e março passado, passandoa somarUS$135 bilhões. "Mas,apesar dessedeclínio, noprimeiro trimestre pelo menos a experiência dos bancosna Argentinanãoparece ter provocadoumasignificativa reavaliaçãodas suas atuais atividades no Brasil" comentou o BIS. (AE)

O bancoJPMorgan, que no início da semana reduziu a sua recomendação para os papéisda dívidaexternabrasileira,deacima da média (o verw eig ht) para neutro (neutral), teve ontem rebaixadas asperspectivasde todos os ratings de longo prazo de seus investimentos, de estável para negativa, pela agência de análise derisco Moody’s.

OJP Morgantambéméa instituição financeira que mede, pormeio deseu índice Embi, o risco dos países emergentes. Ontem, o riscoBrasil subiu e agora está apenas atrás daArgentina, Nigéria e Uruguai. (Leiamaissobre o assunto na página 7)

dústria deenergia",diza análise da agênciade classificação de risco. Imagem prejudicada – Segundo a Moody’s, "o JP Morgan Chase deve também sofrer prejuízos em sua imagem e reputação, assimcomo elevadas despesas legais e custos deacordos delitígio,resultado de seu papel na Enron e em outros grandes defaults corporativos."

Segundo a agência, o JP Morgan deve também sofrer prejuízos em sua reputação

Qualidade dos ativos – A mudançana perspectivado JPMorgan Chasee de suas subsidiárias refletea preocupação da agência Moody’s quanto à qualidade dos ativos nacarteirada área de banco de investimentos.

"A concentraçãode risco de crédito pode levar ao aumento de despesas de crédito, pressionando potencialmente olucro. Particularmente,as preocupaçõesestão concentradas nos setoresproblemáticos de telecomunicações, mídia e tecnologia, e dentro da in-

De acordo com os analistas da Moody’s, "isso pode impedir oimpulso dos negócios e a continuidade da lucratividade da área de banco de in ve sti men to s, mesmo quando o mercado se recuperar", afirma a nota.

Ontem à tardeas ações do JP Morgan era negociadas em queda de 3,39% na Bolsa de Nova York.

Investigação – Juntamente com o Citigroup, o JP Morgan está sendo investigado pela Securities and Exchange Commission (Sec, acorrespondentenos EstadosUnidos da Comissão de Valores Mobiliários, CVM), por causa das alegações de que ambos os bancos teriam ajudado a Enron a esconder sua dívida e inflado seu caixa antes do colapso da companhia de energia no final do ano passado. (AE)

Piso do sistema de pagamentos vai mudar

A partirda próxima segunda-feira todas as transaçõesbancárias comvalor igual ou superior a R$ 5 mil poderão serfeitas via Transferência Eletrônica Disponível, TED, queserá on-line e em tempo real. A Federação Brasileira das Associações de Bancos, Febraban, garante que toda a redebancária estápronta para trabalharcom onovo piso, que substituiu o anterior, de R$ 50 mil. A redução dopiso, anunciada ontem pela Febraban, vai aumentar onúmero de pagamentos viaTED. E st im at iv as apontam para um aumento equivalente a 20 vezesonúmero atual.Naúltima quarta-feira, o total de transações feitas pela TED foi de 3.619.

chegar a200 mil,segundo Fonseca.

Prontos – Apesar do aumento,as instituiçõesfinanceirasdevarejo eoBanco Central estãopreparados parasuportaro impactodareduçãodo pisono volumede operações,disse Reinaldo Rios, diretor setorial de Operaçõesde Tesouraria da Febraban.

A partirdo dia 7de agosto, o Banco Central passará a impor umônus aosbancos que continuarem compensando valores iguaisa R$5 milou acima pela forma tradicional deliqüidação.

A Febraban garante que toda a rede bancária está pronta para trabalhar com o novo piso

Salto – "Sejá na próxima semana todos os DOCs migrarem para a TED poderemoster um volume de 60 mil transações por dia", disse CarlosEduardoCorrea da Fonseca, diretor setorial de Tecnologia e Automação Bancária da Federação. Se também os cheques de valor igualou acima de R$ 5 milforem liquidados viaTransferência EletrônicaDisponível naprimeira semana do novo piso, o número detransaçõesdiárias viaTEDpode

Todas asinstituições financeiras pagarão o equivalente a 0,07% sobre ovolume total de cheques desse valor, liqüidados pela antigaforma de compensação.É umaespécie de depósito compulsório que os bancos terão de fazer.

Repasse –Essa cobrança do Banco Centraléumaforma de forçaros bancos a sóefetuar transações acima de R$ 5 mil via TED. Para estimular seus clientes a sóutilizar a TransferênciaEletrônica Disponível nos pagamentos mais elevados,asinstituições financeirastendem a repassar para seus clientes o valor dodepósito compulsório pago ao BC.

Roseli Lopes

Jovem é a maior vítima da nova pobreza

Estudo da Prefeitura mostra que a exclusão social hoje atinge principalmente pessoas de até 25 anos e com mais de 40 Pesquisarealizada pela Prefeitura com 170 mil pessoas apontou o novo perfil da pobreza na Capital. Os dados coletadosindicamque 40% dos pobres fazem parte do fenômeno chamado denova exclusão social.A população dessa faixa de pobreza é composta por pessoas brancas, com grau de instrução mais elevado, famílias menores, com casaprópria, mas com alto índice de desemprego e nenhuma fonte de renda. Osdados fazem parteda pesquisa Exclusão e Excluídos emSão Paulo: entendimento doprocessoe perfildapopulação , divulgada,ontem, pela

Secretaria Municipaldo Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedadede São Paulo. A pesquisa foi feita em 37 distritos da Capital. Inexperiência – O estudo também identificou que a ausência de experiênciade trabalho éumadas principais características de exclusão social. Os dados apontam que 77,2%dos novosexcluídos, divididos no perfil de posição no mercado de trabalho,nunca trabalharam. Essa camada éformadapor jovens de até 25 anos, que não conseguem emprego formal ou informal, disse o secretário Márcio Pochman, que coordenou a pesquisa. Mais escolaridade – Segundo ele, o novoperfil da

pobrezaapontaque amaior parte dessapopulação tem9 anos ou mais de escolaridade. Mas issonão significacondições mais favoráveis para entrar no mercadode trabalho. Na opiniãodosecretário,é preciso direcionar as políticas públicas de educação profissionalizante para quem tem experiência, mas não estudou.Paraos jovens,éavez de direcionar investimentos em programas de estágios. As condições de trabalho na nova exclusão social aponta queháoutros17,5% desempregados e 5,3% estão vivendo dos chamados bicos ou empregos informais, ape-

Prefeitura quer ampliar política social

Paraamenizar oproblema do desemprego e da miséria, a Prefeituraoptou poruma política social concentrada em três blocos de programas integrados. Oinvestimento total nessas ações foi de R$ 64 milhões em 2001. Para este ano, aprevisão éde queeste valor aumenteem atéquatro v ezes,chegando aos R$ 240 milhões.

Adefinição dapopulação atendidanosdois últimos anos foi feita a partir da seleção de 50distritos da cidade. Até o final deste ano, terão sido atendidas 280 mil famílias, o equivalente a 1,2 milhão de pessoas. Ou seja, 12%

da população da cidade. As prioridades desses programassociaisda Prefeitura sãode promovera redistribuição de renda, incentivar a emancipação econômicados mais carentes, investir na geraçãode postosde trabalhoe no desenvolvimento local. Oprimeiro blocodeações inclui famílias ou pessoas que morem em São Paulo há pelo menosdois anose que recebam até meio salário mínimo per capita. Neste bloco entram programasconhecidos como o Renda Mínima, Bolsa Trabalho, Começarde Novo e Operação Trabalho. Já no segundo bloco estão

Associação Comercial de São Paulo

REUNIÃO PLENÁRIA

INFORMAÇÕES, DEBATES E BUSCA DE SOLUÇÕES.

DIA E HORÁRIO DIA E HORÁRIO DIA E HORÁRIO DIA E HORÁRIO DIA HORÁRIO 29 de julho - 17 horas

TEMA TEMA TEMA TEMA Análise da Conjuntura

LOCAL LOCAL LOCAL LOCAL

ACSP - Rua Boa Vista, 51 - 9o andar - Plenária

A PRESENÇA DAS A PRESENÇA DAS A PRESENÇA DAS A PRESENÇA DAS

DISTRIT DISTRIT DISTRITAIS É AIS É AIS AIS FUNDAMENT FUNDAMENT FUNDAMENT FUNDAMENT FUNDAMENTAL. AL. AL. AL. P P PAR AR AR ARTICIPE! TICIPE! TICIPE!

asações que pretendem dar autonomiaaospobrese desempregados.Entre as principais iniciativas estão os programasOportunidade Solidária (que é uma incubadora deempreendimentos coletivos eindividuais), Capacitação Ocupacional (que pretende dar capacitaçãopara 100 mil pessoas) e Programa Central deCrédito Popular São Paulo Confia (voltado ao microcrédito,com taxasde juros entre 0,48% a 3,9%).

A políticasocial daPrefeitura se completa com o terceiro bloco de ações, que visa apromoção dodesenvolvimento local. Dessebloco fa-

NOTAS

Ontem foi o dia mais quente do inverno

A tarde seca e quente de ontem registrou a maior temperatura deste inverno na Capitalpaulista.Foram 29,5 graus.Por 3décimos degrau o calor não se igualou ao recorde absoluto de máxima em julho, 29,8 graus, registrado em 1999. A mínima, ao amanhecer, foi de 13,2 graus, e a umidade relativa do ar desceupara39% às 15h, na estação do Instituto Nacional deMeteorologia, nazona Norte. A onda de calor vai até odomingo, quandootempo deve ficarmaisnublado ea temperatura maisbaixa,segundo a InfoTempo.

zem parteos programasDesenvolvimento Local (que busca a recuperação de empresas e cooperativas) e São Paulo Inclui (que tem o objetivo de organizaro mercado de trabalho).

A cidade de São Paulo possui atualmente um milhão de desempregados. Entre eles, hámaispessoas comcurso superior doque analfabetos. Só na última década, foram fechados quase570mil postosde trabalhona indústria paulistana e o tempo médio deprocura porumanova colocação já chega, em média, a48semanas,quase um ano. (EC)

Paulo Coelho é eleito para a ABL

O escritor Paulo Coelho, de 54 anos,foi eleitoontem membroda AcademiaBrasileiradeLetras (ABL).Elevai ocupara cadeira21, quepertencia ao economista Roberto Campos,quemorreu em outubro de 2001. Coelho, autor de livros como O Diário de um Mago (1987), O Alquim is ta (88) e B r id a (90), foi eleito com22 votosa 15.Um dos votos dosacadêmicos foi anulado. Ele disputou a vaga com o sociólogo Hélio Jaguaribe, 78, pela segunda vez. Na primeira disputa,em março, nenhum candidato obteve os 19 votos necessários.

sar de ter experiência no mercadode trabalhoformal.No passado, as classes mais pobres ganhavam pouco, mas estavam empregadas, com carteira assinada.

Menos filhos – Os questionáriosentregues para as 170 mil famíliasbeneficiadas pelos programasdeempregoe geração de renda da Prefeitura e que foram alvo da pesquisa, mostra também um novo perfil familiar. Os excluídos aparecem emfamílias menos numerosas, ao contrário do passado, quando a pobreza era associadatambém à famílias de muitos dependentes. Hoje, 91,9%correspondem àspessoas que fazem parte de residências formadas pela mãe com o filho, ou desestruturadas por uma separação. As famílias têmmenos dependentes menores de 15 anose umaelevaçãorelativa de dependentes maiores de 40anos. Opeso daexclusão começou a pesarmais sobre os homens.Nouniverso de excluídos, o homem já representa 44,3% e as mulheres compõem 55,7% dessa faixa. Esseíndiceé de 33,6% na faixa da população que tem as antigascaracterísticas de pobreza,que aparecemno estudo.

Os excluídos da Capital são brancos com mais de 9 anos de escolaridade e que têm casa própria

Os dadosdo estudotambém apontaram queno universo de novos excluídos aparece uma maior incidência de brancos. A exclusão social atinge 59,9% dessa faixa. No passado, a chamada velha exclusão social, englobava um número elevado de negros e migrantes, principalmente, do Nordeste Brasileiro. Atualmente,os paulistanos compõem81% da nova exclusão social. Na nova exclusãosocialhá o predomínio de moradias próprias, ao contráriodo passado, quando as famílias tinham dificuldade decomprar a casa própria.

A pesquisa da Secretaria Municipal do Trabalho é considerada amaisamplae abrangentejáfeita emSão Paulo paraidentificar asnovas faces da pobreza. Do universo de pesquisados, 102 mil foram consideradosda velha exclusão social, que já têm políticas públicas que poderiamamenizar problemasde analfabetismo, ausência de moradia ou muitos filhos. "O processo de exclusão ganhou umcarátermais amploesofisticado e, o que é pior, ainda foifeito muitopoucopara mudar o quadro", finalizou.

Dora Carvalho

Ouvidor assume pasta da segurança

O ouvidor-geraldo município, BeneditoMariano, assume hoje a Secretaria Municipal de Segurança Urbana. A prefeita sancionou ontem a lei que cria a nova pasta, aprovadapela Câmaranasemana passada. A nomeação de Mariano para chefiar a secretariaserá publicadano Diário Oficial de hoje. A nova pasta deverá ser responsável pela segurançacomunitária. Os guardas municipaistrabalharãoem conjuntocoma polícia militar, basendo-se na experiência decooperação entre as polícias que vem sendo utilizada na Força Tarefa.

Colabore com a Santa Casa de Misericórdia

Conselho da Mulher Empresária, da Associação Comercial de São Paulo, está promovendo uma campanha em prol da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. O CME solicita a todos que contribuam para que a Santa Casa possa continuar atendendo a milhares de pacientes carentes. As pessoas jurídicas e físicas poderão colaborar fazendo depósitos no BradescoAgência 99-0 C/C 296.666-2 - Associação Comercial de São Paulo. A relação dos contribuintes será publicada neste jornal.

Associação Comercial de São Paulo

Conexão mostra o lançamento do projeto Empreender

O programa C on e xã o ACSP desta semana apresenta uma edição especial dedicada à Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo, a Facesp. Na pauta estará o lançamento do Projeto Empreender em São Paulo, queé oresultado de uma parceria daAssociação Comercialde SãoPaulocom o Serviço de Apoio à Pequena eMicro Empresa(Sebrae/SP).

O projeto, que já existe em oito estados e atende12 mil empresas, deverá ser estendido para mais 18 estados e o Distrito Federal. A previsão é de que nos próximos dois anos aEmpreender alcance 40 mil empresas.

O programa também mostrará umaentrevistacom o secretário geral daFacesp, Natanael Mirandados Anjos eaentrega doPrêmioDestaque Empresarial de Guarulhos.

O Conexão ACSP vai ao ar neste sábado, a partir das 11h, pelo canal 14 da TV Comunitária de São Paulo, transmitida pela Net e TVA.

Pólo Moda forma lojistas, além de vender

O shopping atacadista oferece treinamento, orientação em moda e transporta varejistas do interior a terminais rodoviários

O Pólo Moda, tradicional centro deprontaentregade vestuáriodo bairrodo Brás, estáapostandona oferta de serviços agregados para manter as compras dos quatro mil lojistas que freqüentamdiariamente o shopping.

Ocentroatacadista especializou-se no atendimento aos varejistas e, como iniciativadas230 lojaslocais,ofereceencontros de formação para os clientes,além de desfiles e orientações demoda com equipes especializadas. Uma das convidadas para palestra este ano, por exemplo, é Danielle Dyesbach, proprietária do Promostil, maior bureau de moda de Paris.

Além disso,há umserviço de transporte gratuito oferecidoparaos clientes.São 22 veículos que fazem o trajeto entreoPólo Moda,oshotéis da região central de São Paulo cadastrados parareceber os

visitanteseosterminais do Tietê e da Barra Funda. Hoje são 58mil clientes mantidos nocadastrodo shopping. AgerentecomercialdoPóloModa, Maria

Amélia Hespanha, explica que hoje 85% dos clientes são lojistas. No começo das atividades, porém, os maiores freqüentadores eram os chamadossacoleiros, vendedores

Feira oferecerá produto nacional a redes mundiais de supermercados

Paraestimularas exportações brasileiras através do canal supermercadista internacional, a Câmarade ComércioExterior(Camex), organiza, nos próximos dias 23 e 26 de setembro, no RioCentro,noRiodeJaneiro, a1º Feira para Compradores Internacionais de Supermercados. Aestimativaédeque maisde 200representantes dasmaiores redes mundiais de varejo estejam presentes.

Na próxima semana, o exsecretário-executivoda Câmara de Comércio Exterior Camex, Roberto Giannetti, visita os presidentes das redes JerónimoMartins, Sonae, Casino, Carrefour,Ahold, Tesco, Ochame Harry’s, lev ando carta-convitedo governo brasileiro para estimulara participaçãonoevento.

A AgênciadePromoçãoàs Exportações (Apex), estará custeando passagens eestadia desses representantes. RobertoGiannetti prevê que a feira para compradores internacionais possa gerar negócios iniciais de até US$ 1 bilhão até o final deste ano.

Idéia –No início doano, o Wal-Mart fechounegócios de mais de US$ 300 milhões com fornecedores brasileiros duranteuma feiradenegócios no Hotel Transamérica, em São Paulo, realizada exclusivamente para compradoresda rede.OWal -Marté uma empresa com faturamento de US$220 bilhões anuais, o maior do mundo. Para a ex-ministra Dorothéa Werneck, o sucesso deste evento demonstrou que os supermercadossão umaboa opção paraa promoçãocomercial e a abertura de espaço no mercado externo aos pro-

Microsoft vai contratar cinco mil pessoas este ano

A Microsofttem planosde contratar cincomil funcionários ainda neste ano. Bill Gatesafirmaque aempresa tem espaço para investir em pesquisa e desenvolvimento, apesar do difícilcenário econômico. A contratação deve ocorrer nesta área.

Apesar de outras empresas de tecnologiaestarem demitindo,Gates afirmouque as companhias da áreade chips edearmazenamento continuaminvestindo empesquisa e desenvolvimento.

O orçamento de pesquisa e desenvolvimento da companhiaamericanaparao ano fiscal de2003 estácrescendo para US$ 5,2 bilhões, acima dos US$4,3 bilhõesinvestidos no ano fiscal de 2002.

O quadro de pessoal em julho era de50,5 mil empregados,de modo queadiçãode cinco mil trabalhadoresrepresentará aumento de 10%.

Uma porta-voz da empresa acrescentou que a data limite para lançamento do novo servidor SQL seráno final de próximo ano, enquanto o novo Windowsdeveráchegar no mercado no segundo semestre de 2004.

A Microsoft, maior empresa mundial de software, reduziu recentementesua previsãode receita e lucro para o atual ano fiscal. A empresa estima uma receita de US$ 31,4 bilhõesaUS$ 32bilhões,em relação à projeção anunciada em abril, de US$ 31,5 bilhões a US$ 32,4 bilhões. (AE)

dutos brasileiros. Exemp los – A fabricante de cobertores e mantas, Etruria Indústriade Fibrase Fios Sintéticos, é uma das interessadas no evento. Com faturamento de US$ 8 milhões por ano, está buscando mercados alternativos deexportação, depois do colapso argentino. Afeira voltadapara ossupermercadistas internacionais temo apoioda Associação Brasileira das Empresas de Trading (Abece)e também da AssociaçãoBrasileira de Supermercados (Abras).

BNDES acompanha negociações da Varig com credores

O BancoNacional de Desenvolvimento Econômicoe Social (BNDES), que analisa oprojetode recapitalização da Varig, está acompanhando o processo de negociação da companhia com credores. A empresa aéreavem apresentando seu projeto de reestruturaçãoa fornecedorese admite, alémda renegociaçãodasdívidas,a conversão de parte delas em capital. As reuniões têm sidoconvocadas pela Varige ocorreram, recentemente, coma presença de representante do BNDES. Novos encontros estão previstos para esta e a próximasemana.Oobjetivo do BNDESé monitoraraevolução dos entendimentos com os fornecedores. (AE)

Nos últimos anos, entretanto,os investimentos emserviçosaos clientescorporativos se intensificaram.

O setor de relacionamento com os lojistas, no Pólo Moda, écomandado porum departamento de marketing queelabora pesquisasperiódicas para detectar as tendências dosegmento eas necessidades dos varejistas. No Pólo Moda existem lojasdos segmentos feminino, masculino, jovem,jeans, infanto-juvenil, bebê,cama, mesae banho,malharia e praia. Acessórios, bijuterias e calçados também são vendidos no shopping.

informais queabasteciam o varejo e o interior do País. Conforme Maria Amélia, o centro investe desdeo começo das suas atividades em um atendimento diversificado.

Iveco

reduz

Aretraçãodomercado de veículoslevouaIveco Latin America, fabricante de caminhões do grupoFiat, a demitir 40 de seus 450 trabalhadores da unidade de Sete Lagoas, em Minas Gerais. A empresa reduziu sua previsãode produçãodoscaminhões da linha Daily, fabricados no País, em mais de 28%,

Ponto a Ponto – A Ponto a Ponto, confecçãoespecializada em moda feminina, está hádezanos noPoloModae sua proprietária, Mariade FátimaCury, dizqueoempreendimento registrou bom desempenho no ano passado.

"Dobramos o tamanho da loja nesta última estação", diz. O empreendimento vem mantendoum crescimento médio de35% aoano, oque obteve em 2000. No ano passado, porém, afetado pela crise interna e mundial, o crescimento ficou em 15%.

a produção em Minas

de 7mil para5 milunidades este ano, oequivalente a um terço da capacidade destinada aos veículos da Iveco, já que a fábrica produz também o Ducato, da Fiat, efurgões Peugeot Citröen. Para adequar o ritmo da unidade à demanda interna, aIveco tambémconcedeu fériascoletivas de duas semanas aos tra-

balhadores deSete Lagoas.A produçãofoi paralisadano último dia 15 e sóvoltará a operar no dia 30. No período de paralisação, 250 caminhões - 60% da produção mensalda montadora - deixarão de ser produzidos. A fábrica emprega 800 pessoas e tem capacidade para 27 mil unidades por ano. (AE)

Paula Cunha
O Pólo Moda procurou sofisticar o ambiente de atacado, reunindo 230 lojas de roupas, calçados e acessórios
Dorothéa Werneck participou ontem da reunião preparatória para a feira

KFC tenta entrar novamente no Brasil

A rede americana especializada em frango frito, dos mesmos donos do Pizza Hut, retorna com mudanças no cardápio

A rede defast food americana especializada em frango frito, KentuckyFriedChicken (KFC), voltará ao País ainda este ano. Essa é a terceira tentativa de entrada da empresa no Brasil, desta vez com cardápios novos, adaptados ao paladar do brasileiro. As lojas devem ser abertas no segundo semestre, empraças fora de São Paulo.

Anova ofensiva do KFC, está sendo cuidadosamente trabalhadahámaisde dois anos por consultores de varejo.

Pesquisas de opinião revelaram o que os gringos custaram a ver anteriormente: o brasileiro não gosta de tempero mexicano e não come salada de repolhoe purêapimentado como acompanhamento nas refeições.

de, queatua em dezenasde países com quase 11 mil lojas, e faturaUS$ 8,9 bilhões no mundo. Em alguns mercados, a companhia ampliou o mixcomsanduíches, atal ponto que justamentea venda do frango fritopassou a responder por apenas 10% do total das vendas.

De propriedade da Tricon, a rede tem 11 mil lojas no mundo e faturamento de US$ 8,9 bilhões

Porissocogita-se queofamoso frango frito seja servido no prato comtalheres, ao inv és do tradicional balde, acompanhado de arroz. Os consumidores brasileiros não estão habituados a comer frango com as mãos.

Aempresa aindanão sabe se estrutura a lojacom o modelo defastfoodoucasual dinner,segundofontes que falaram comexclusividade ao Diário do Comércio

A adaptação a hábitos locais não é novidade para a re-

Gigante –Portrásda empreitada está aTricon, maior operadora de restaurantes do mundo, com 30 mil lojas, e que além do KFC, passou a administrar, em 1996, as marcas Pizza Hut e a mexicana Taco Bell. In fo rma çõ es de bastidores dãoconta deque a operadora negocia com um empresário brasileiro do ramodevarejoe alimentação uma master franquiafora de SãoPauloporquea imagem da rede estariadesgastada na cidade com as tentativas anteriores de pouco sucesso.

A Tricon nasceu de uma cisãoda PepsiCo(detentora das marcas KFC,Pizza Hut e TacoBell)e foiconstituída exclusivamente para atuar no ramodefastfood, umavez queo focoda Pepsié oramo de bebidas.

Tentativas – Essa será a terceiratentativa deconquistar o mercado brasileiro. A primeira foinadécadade70, quando o pianista Sergio

Mendes importou a franquia echegoua termeiadúziade lojas.Em 1992,PedroConde Filho, herdeirodePedro Conde, ex-dono do BCN, retomou as atividades e chegou a ter três lojas e quatro quiosques em quatro anos. Não teve fôlego para se manter. Est rangei ras – Não foi apenas o KFC , marca de forte expressão internacional que

chegou ao País e rapidamente arrumouasmalas. Subway, Arbyse Jackinthe Boxtambém não se adaptaram.

De acordo com o consultor Marcelo Cherto,doGrupo Cherto, muitasfranquias estrangeiras chegaram com uma postura arrogante, acreditando que o mesmo modelo quedeu certo láfora tinha queser seguido àriscapor

aqui. Claudia Bittencourt, da Consultoria Bittencourt, concorda e alerta para os erros de adaptação de cardápio, como no caso do KFC.

Pizza Hut – O Pizza Hut esteve prestes a abandonar o Paíshá quatroanos. No Rio de Janeironão possui mais nenhuma loja. Mas o franqueadordeSãoPaulo,a Internacional Restaurantes do Brasil (IRB) conseguiudar a volta porcima.Assumiu o comando em 1999e, a partir daí,implementou apizzade catupiry e marguerita, em adaptaçãoao gosto brasileiro,desenvolveu outrostipos de massa (mais finas), se rendeu ao catchup, investiu no treinamento de funcionários e baixou os preços. Resultado:jánoprimeiroano atingiu um faturamento de R$ 20 milhões. Este ano espera alcançar os R$ 30 milhões.

Emseguida fechouparcerias com marcas líderes como Kopenhagen, AmBev,Kibon eIllyCafé eincrementouseu mix deprodutos. "Adiversificação do nosso menucom inclusão de drinks, saladas, pastas eacompanhamentos nos ajudou a crescer", diz o diretor-geral da IRB, Jorge Aguirre. De acordo com fontes do setor, essa volta por cima da Pizza Hut pesou na decisão daTricon dereinvestir no KFC Brasil.

Tsuli Narimatsu

Rede McDonald’s conseguiu impor hábitos americanos

Casode sucesso,oMcDonald’s chegou ao Brasil e m 1979 com umaestratégia bemdiferentedasredes gigantesquenãoderam certo por aqui: abriu lojas próprias para consolidar a marca antes de franquear. A primeira unidade foi inaugurada em 1979, no Rio de Janeiro, e a segunda, apenas dois anos após, no estado de São Paulo.

Naépoca,o consumidor brasileiro nãoestava acostumado a pagar antes de comer, limparamesa, deixarasembalagens no lixo, comer torta doce fritae tomarsorvete de baunilha. Foram hábitos implantados aos poucos, apesar das resistências iniciais.

André Giglio,da consultoria Francap, lembra que o McDonald’s aindapreciso u derrubar o mau conceito que os hamburguerestinham no País.Hojea empresapossui 574restaurantesem128 cidades doBrasil e 639 quiosques de sorvetes.

Para Marcelo Cherto, do Grupo Cherto,o méritoda redefoi chegar sempressa, disposta a conhecer o mercado. Todas as informações sobrereceptividade dos clientes, reclamações e adaptações eram auditadas. (TN)

Aguirre, da Pizza Hut, rede que pertence aos donos do KFC: renovação

Cheque os dividendos ao comprar ação

Papéis de companhias com tradição na distribuição de lucros para acionistas podem ser ótimo negócio a longo prazo

O péssimo desempenho da Bolsa de Valoresde São Paulo, Bovespa,esteano tem afastado muitos investidores do mercado acionário. Masaindahá aquelesque encaram acompra de ações como uma espécie de investimento em patrimônio e resistem. Preocupam-se mais com as perspectivas positivas de crescimento de uma empresa ecomosdividendos distribuídos do que com o sobe-e-desce dos papéis na bolsa paulista.

Longo prazo – Os investidoresquevêem ações como patrimônio ficam mais afastadosdo estresseda bolsade v alores no dia-a-dia: esperam retorno em dividendos e

crescimento consistente da companhia em longo prazo.

Segundo analistasde mercado, há ações de muitas empresas negociadasnaBovespa que podemservir como patrimônio paraosinvestidores.

Tradição – Em geral,essas companhias têm em comum tradição de distribuição de dividendos para os acionistas,perspectivas decrescimento sólido em médioe longo prazos e relação equilibrada entre receitas e dívidas.

Alémdisso, normalmente atuam em setores pouco instáveis, que têm mercado consumidor cativo. Alguns exemplos sãoossetores de

petróleo,demineração, de metalurgia, petroquímico e bancário.

Indicador – O analista Mauro Mazzaro,da Planner Corretorade Valores,afirma que a tradição de distribuição dedividendosdeuma empresa é um dos melhores indicadores paraoinvestidor

sabersea açãopodeounão ser adquirida para formação de patrimônio. Ele também cita a lucratividade da companhia.

"Ações de empresas como Petrobrás,Vale doRioDoce, Fosfértil, Gerdau e Souza Cruz podem ser compradas por investidoresque querem

Corretora Souza Barros dá curso grátis sobre ações

A corretora Souza Barros vairealizar,no próximodia 21 de agosto, o curso IntroduçãoaoMercado deCapitais–A Facilidade de Investir pela Internet

Aquelesque estivereminteressados em participar e obterum melhoraproveitamento do curso, podem se cadastrar pelaInternete conhecer ositeda corretora ( ww w . so u z ab a r ro s . co m . br ) antecipadamente. Ocadastro égrátis,assim como o curso, e não há custo de manutenção, caso o cliente não tenha ações. Alémdissoo cliente,aose

cadastrar, recebe uma bonificação de com 500 milhas no programa de fidelidade do site.O curso foi desenvolvido para o público em geral, mas vai ter datas específicas para alunosde faculdadese empresas quequeiram aprender mais sobre o mercado de ações. (MM)

O curso Introdução ao Mercado de Capitais – A Facilidade de Investir pela Internet, acontece no dia 21 de agosto, às 19 horas, na Bolsa de Valores de São Paulo (rua XV de Novembro, 275, 1º andar) ser viço

formar patrimôniocompapéis decompanhias abertas", diz Mazzaro.

Já as ações do setor de telecomunicações, quetêm a maior liquidez na Bovespa, não são uma boa alternativa nesse caso.Essespapéissofremmuito comaturbulência do mercadoe,por isso, não oferecemtranqüilidade para os investidores.

Ficardeolho – As companhiasquedistribuem regularmente dividendospara os acionistas são boas alternativas,mas oinvestidorprecisa prestar atenção nos números. Muitas vezes, empresas querepassamparaos acionistas volumes grandes de dividendos podem estar sem planos consistentesde investimento.

Ou seja, distribuem as sobras de caixa entre os acionistas em vez de aplicá-las no desenvolvimento da própria companhiae isso nãoé um bom sinal. O ideal é que a empresa divida bema remuneração dos acionistas e os projetos de investimento.

Rejane Aguiar

Semana começa com expectativa ruim no mercado

A semana promete começaragitada nosmercadosfinanceiros, após a cotação do dólar percorrer uma escalada diária e fechar na sextafeiraem novorecorde,cotado a R$ 3,015para venda no segmentocomercial, com avançode 5,2%emcinco dias.

"Segunda-feiravai serum dia muitopesado. Afrustração com o discurso do ( m inistro Pedro) Malannão pegou porque o mercado já havia fechado",comentouum operador decâmbiodeum banco de investimentos. Isto porquehavia aexpectativa de que o ministro anunciasse alguma negociação concreta como FundoMonetário Internacional.

O desempenho daBolsa de Valoresde SãoPaulo, Bovespa,tambémfoi muito ruim,com uma queda de 4,64% no último pregão da semana, sem um indicativo de que as coisas possam melhorar nesta semana.

ANÁLISE João de Scantimburgo

Um dos maiores

O New York Review of Books publicou na semana passada um longo artigo de Michael Wood, sobre Machado de Assis, analisando sua obra, não semafirmarque onossopatrício e meu predecessor na Academia que ele fundou, comoum dos maiores escritores do mundodetodos os tempos. Não épouco,e nós que admiramos Machado, ficamos contentescom essa classificação, reconhecimento de uma obra incomparável de um escritor, que não teve nenhum professor, e é o gênio que conhecemos.

Machadode Assisfoio mais sentencioso escritor que tivemos. Deminha parte,vivo repetindo o que ele disse da loteria, para consolar os que assim comoeu, fazemsua fezinha,visandoaganhar algumdinheiroamais, para consumo diletante. "A loteria émulher. Insista,que umdia elacede". Cito de memória, embora entre aspas.Pode ser quea redaçãonão sejaexatamente essa. Mas as demais reflexões do bruxo do Cosme Velho são todas aproveitáveis, satisfazendo anossa angústia, quandodela somos presos.

Não conheço escritor brasileiro que não tenha escrito so-

bre Machado,sejaumlivro, seja umensaio,sejaumsimples artigo, com algumas consideraçõesa respeitodo,sem dúvida,grandeescritor, que tinhao privilégio deescrever em estilo do qual não se poderia tirar nem por uma palavra a maisou amenos. Machado foi o mais perfeito estilista da língua portuguesa. Superior a Rui Barbosa, que era opulento e barroco,superior a Camilo Castelo Branco, aseumestre Almeida Garrett, a Eça e outros, que seria longo citar. Transcorrido quase um séculoda mortedograndeescritor, que tinha pela mãe veneraçãode filhoreconhecido e amoroso, Machado de Assis fundou, com outros, a AcademiaBrasileira deLetras,uma das mais antigas instituições do Brasil, apesar das revoluções, das crises, da política desastradacomque fomosdotados, aomenos naRepública, pois o Império mereceu todos oselogios quese lhefizeram. Estejamos, portanto, orgulhososde Machado de Assis, omestiço degênio que honrou o país.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

Fogo nos livros

Arnaldo Niskier

A ntes da sessão de rotina da Academia Brasileira de Letras, o economista Celso Furtado,de renomeinternacional, aproxima-se damesa do chá e me pergunta, meio espantado: — O que você achou dessa professoraque mandou queimar livros em Miguel Pereira?

A resposta só poderia serde repulsa. Como entra na cabeça dealguém, ainda mais de responsabilidade, que a melhor forma de tratar os livros seja por intermédio da queima?As justificativas dadas, que pioram ainda mais o gesto insano, foram ridículas:"Os livros estavam velhos!";"Alguns delestinham fungos e traças!"; "Outros estavam escritos na antiga ortografia", etc.

E assim foram para o fogo dezenas de obras, entre as quais algunstrabalhos deRachel de Queiroz e José de Alencar. Um pouco mais de luz sobre essa terrível e lamentável idéia é ainda mais triste: "Vamos construirumanova biblioteca. Tínhamos quenoslivrar dessas velharias."

Raramente se viutamanha sucessão de equívocos. Livros bichadospodemser tratados, hoje em dia. Livros não envelhecem (o que envelhece é a cabeça de certas pessoas despreparadas). Livros com a antiga ortografia mesmo assim são úteis, atécomo documentos históricos, bastandoaprofessorachamar aatenção dosseus alunos para asdiferenças ortográficasocorridas.É tãocomplicado entender isso?

Aescolade MiguelPereira preferiu o caminho do absurdo. Não se pensou no que represen-

Cherchez l ’homme...

Nada sucede no universo humano semqueumhomem–um indivíduo – o faça.Velho provérbio francês pontificava: em casosmisteriosos,extraordinários, incompreensíveis, cherchez la femme – busquem a mulher. À História Humana, tanto noque serefere aoinsignificante como ao desmesurado, se aplica a mesmaregra, apenas mudado o sexo: cherchez l’homme.Arigor, coma progressivainvasão das mulheres nos processos coletivos –Madame Thatcher, Marta,Benedita, Roseana,Camata–e tambem dos gaye dos bi-frontais –o ditadoficaria maiscorreto se dissesse: cherchez l’!indiv idu –procureo indivíduo. Estaregravale tanto para o bem como para o mal,para o grandiosocomoparao mesquinho. Por traz do fato há sempreumsujeito queodeflagra ou faz. É salutaridentificá-lo. Poisé no anonimato quese ocultam as falcatruas e é mediante a nomeação dosresponsáveisque se pode identificaros merecedores derepúdio e castigoe os que são dignos de apreço e louvor. Isto se aplica tanto aos gols feitos no futebol quanto às maracutaiasdalegislação, àcorrupção ativaepassivaqueo anonimato aduba e incentiva. As reflexões acima nos foram deflagradas por umfato insignificante mas de extraordinário alcance como incentivoà irres-

tou, ao longo da história da humanidade,a queimade livros, de que foi prova mais recente a ação nazista em cima de obras que eles classificavam de "judaizantes". Como pode tamanha insensibilidade?

Além dos mais, o péssimo exemplo. A secretária deEducação, quefoi coniventecom esse crime hediondo, foi exonerada. Masficou, noespírito do povo brasileiro,a sensação de que formamosmonstros capazes de não perceber, nos cargos de comando para os quais são nomeados, o que essa medida pode representarpara umasociedade que se quer democrática. É mais um elemento na luta pela criação do gosto pela leituraentrenós. Osbrasileiroslêem dois livros por ano, incluindo os didáticos, em geral distribuídos gratuitamente pelo governofederal para alunos carentes. É uma brutal diferençaquandosecompara com países industrializados, que lêem 10 oumais livrospor ano (sem contar os didáticos). Está havendouma reaçãoperceptívelnomercado: aabertura de livrarias nas principais metrópolese algumasdelasjá coma participação de grupos internacionais, como a Fnac e a Santillana.

Mas o que não pode é contrapor a essesaudável movimento atitudesprimárias, dedesapreço pelo livro. A simbologia da queima é profundamente negativa – por isso fica difícil justificá-la, sobqualquerpontode vista.

Arnaldo Niskier é membro da Academia Brasileira de Letras

ponsabilidade e ao aumento da indecência na vida pública brasileira. A saber, a aprovação pelaCâmara dos Deputadosde umprojetoqueestende oforo privilegiado paraex-detentores de cargos públicos, de presidentes, parlamentares e juízes. Nestecaso, oshomens sechamam BonifáciodeAndrade eAndré Benassi – deputados autores da iniciativa. Beneficiários individuais poderiam serLalau,Luiz Estevão, Jader Barbalho, Roseana et al

Dois outroscasosmagnos nos vêm à mente., magnos. O de Bush, que em pouco mais de um ano desfechou uma série de calamidades dealcance mundial, que ameaçam aeconomia e a pazglobais. Elenãopassa de um indivíduo. Mas a despeito de sua insignificância,amonumentalidade deseu paísconfere asuasdecisõesemedidaso potencial das ações de um Gengis Khan. Masnão é para descrermosdos homens. EmBangladesh, uma das mais frágeis e mais atrazadas nações do mundo, um sóhomem – Muhammad Yunus – com umaúnica idéia–o BancodoPovo-está mudando a situação de miséria de toda uma população, e, mais doqueisso, alterandoemsuas bases a cultura e o modo de vida arcaicos de todo um povo. Cherchez l’individu

Benedicto Ferri de Barros e-mail: bdebarros@sanet.com.br

Honrados caloteiros

Antonio Delfim Netto

Muito pouco se tem falado sobre a performance da agricultura nessesúltimosdois anos. Bastou ampliaro crédito ao setor e liberar o dinheiro na hora certa, paraque os agricultores respondessem com uma safra de100 milhõesde toneladas de grãos em 2002. Talvez seja esteo únicosucesso acomemorar ao final do segundo mandatodo presidenteFernando Henrique. Ele só acontece porque o ministro Pratini de Moraes foicapaz de dobraras resistênciasda áreaeconômica do governo,impondo aexpansãodo crédito rurale lutando por sua liberação em tempo para oplantio. Depoisde cinco anos de patinação, a agricultura respondeu rapidamente aos estímulos docrédito eprincipalmente do câmbio flutuante, aumentando aproduçãode76 milhões para as100 milhões de toneladas que eram o objetivo do primeiro mandato. Foram ossofridos ruralistas, acoimados de "caloteiros" pela imprensaservil aogoverno, que taparam o rombo das contas externas ao proporcionar um superávitcomercialde 19 bilhões de dólares. Sem esse resultado, o Brasilteria feito um papelão parecido com o da Argentina. Alémde reduziro desequilíbrio de nossas contas externas a produção rural vai impedir queo PIBeste anotenha um crescimentopraticamente nulo. Com a queda continuada do nívelde atividade nos demais setores da economia, a taxade crescimentodoPIBestá sendo revista para um intervalo entre 1,5% e 1%. Provavelmenteserá negativoemtermosde crescimentoper capita,maso

datilografados. Ascartas àRedaçãosomenteserão publicadas se contiverem,alémda identificação do missivista, endereço com rua, número, bairro, CEP e, se possível, telefone e rg. As cartas poderão ser resumidaspela redação, publicando-se, apenas o essencial. Os originais não serão devolvidos.

Os artigos enviados à Redação do DC para

Eleição quase geral Por motivos que eu não entendo (econfesso depúblico minha ignorância)a imprensa brasileiradá um destaque monumentalà campanha presidenciale relegaasegundoplanoaseleições paragovernadores de Estado, senadores da República, deputadosfederais edeputadosestaduais. Deve ser falha minha, mas sempre pensei que para governar, o presidenteda República,por exemplo,precisa submeter leis aossenadores e deputados queformam o Congresso Nacional. E também sempre acreditei que um governador de Estado não governa sem uma Assembléia Legislativa.

desastreseria maior sea agricultura não tivesse produzido o que produziu. Há um efeito muito mais importante: é a oferta de alimentosque vemgarantindo osalário real dos trabalhadores. Aindaquesalário realtenhacaído, não há a menor dúvida que os preços agrícolas foram os que cresceram menos durante o plano Real.Hoje, éum fatoreconhecido que todo o aumento de produtividadeda agriculturaétransferido, viapreços,aos consumidores, como sempre foi,aliás.Nas atuaiscircunstâncias, de baixocrescimento econômico, aumento dodesemprego equedadosalário real, éesseaumentodaoferta de alimentos que tem evitado o agravamento da miséria que atinge alguns milhões de brasileiros.

Mais do que nunca, é preciso ampliar o suporteao setor rural, expandindo não somente o crédito de custeio das lavouras, masrevigorandoas condições definanciamento paraacomprade implementosepara os investimentos namodernizaçãodos meios detransportes, dos sistemas de irrigação e de processamento da produção . E também reduzir atributação e baixar os juros.Depois de perseguidos pelo governo durante longoperíodo, osnossoshonrados"caloteiros" demonstraram nessesúltimos doisanos que têm umaenorme capacidadedese recuperaredecontribuir decisivamente para a melhoriadaprodutividade de nossa economia. Nenhum governo decente pode abandonar a agricultura.

Antonio Delfim Netto é deputado federal

máximo2.800caracteres,sedigitados,ou40

Desdém estranho A forma até desdenhosa como são consideradas, em comparação à campanha presidencial, as candidaturas que não visem exclusivamente o trono do Paláciodo Planalto, é no mínimo estranha. Não interessa ao moradordos Estados saber tanto dos candidatosa governadore aoscargos legislativos,como estãosabendo de cada passo dos aspirantesà cadeirade FHC?Medo damídia deparecer provinciana?

Fascinação

Muitas vezes acho que a fascinação daimprensa brasileira pelo cargode presidente da República foi forjada às custas do aculturamento norteamericano,umavezque no grande irmão do norte, a figu-

ra do "Mr.President" é praticamente venerada. Mesmo que seja George W.Bush.Com todo o respeito. Convém ressalvar as figuras de Lincoln e Roosevelt, o da SegundaGuerra Mundial.

Fascinação II

Outras vezes tendo a acreditar que a fascinação seja herança cultural da figura do rei, quepor tantosséculos foio podermáximo eúnico nacolônia, no reino, no império e (é isso?) na República pátria. Vêse na figura do presidente a do rei. Etome-se vassalagem, quando o verdadeiro poder popular está nas Casas Legislativas. Vai entender.

Ao certo

Uma coisaeusei,oumelhor,não sei.Moroem São Paulo, voto em São Paulo e nãosei direito quem são os candidatos a governador, a senador(dois serão eleitos) ea deputados federal e estadual demeuEstado.Semser presunçoso, digo isto do alto de uma coluna de jornalismo político. Até confesso saber um pouco por conta da obrigação. Mas,e o grande público? A massa votante? Sabem tudo de Ciro, Serra, Garotinho (até dele) e de Lula. E os outros?

Cabe perguntar

A eleição é só para presidente da República? Ou me expliquem, por favor,porquenão há espaço na mídia para os demais cargos e candidatos...Votar só pelapropaganda elegeu até a Marta. Pobre eleitorado.

P. S . Paulo Saab

Preço de venda define sucesso de negócio

Para chegar ao valor correto da mercadoria, as empresas têm de ter o controle de todos os dados que interferem no custo De uma hora para a outra, a loja que vivia lotada de clientes fecha as portas. Mas o que podelevar um comerciante ao fracasso? Segundo os consultores ouvidospela reportagem do DC , odespreparo na horade formularo preço devenda econtrolar ofluxo de caixa da empresasão os principais motivosda morte súbita do negócio.

Para calcularopreçode venda, o empresáriotem de, primeiro, escolherotipo de cálculo. No Brasil, as três formasmaisusadas são:atradicional, ABCe RKW.A tradicionalé a mais usada pelos comerciantes. As despesas sãocalculadaslevando em conta opesodecadasetor, centrodecusto, nopreçodo produto. Uma mercadoria

que fica guardada na geladeira,por exemplo,tem maior incidênciadedespesas de energia elétrica do queum produto que não precisa desse tipo de armazenagem.

"O preço de venda, quando calculado combase noachômetro, com índices mágicos copiados de concorrentes, conduzem a organização ao brejo das corporações", diz Jorge Luiz da Rocha Pereira, consultor especialista do Sebrae (ServiçoBrasileiro de Apoio às Pequenas e Micro Empresas).

Segundo ele, o mais difícil no preço é ter o controle das informações. "Oscustos têm de serdivididosdemaneira organizada senão não funciona", afirma Pereira.

O consultor Richard Do-

mingos, da Confirp ConsultoriaContábil, deSãoPaulo, sugere que os custos sejam divididos da seguinte forma: diretos, indiretose despesas, variáveis e fixas. Os custos diretossãoos ligadosàprodução, como o valor do aço usado para fazer um parafuso e a mão-de-obra.Os indiretos são os que estão, indiretamente,ligados aáreaprodu-

tiva, gastos com seguro. As despesastambémsão importantes para a formataçãodopreçodevenda. Elas podemser variáveisoufixas. As primeiras variam de acordo com as vendas. Um exemplo são as comissões pagas aos vendedores.As fixasnão variam emfunção daprodução ou da venda. O aluguel e a manutenção da frota de veí-

culos estão nesse grupo. O empresário também não pode esquecer que, dentro do preço de venda tem de estar embutido o lucro da empresa. Parasaber quantoa companhia precisa lucrar, é preciso checarquala capacidade produtiva da firma. Esse item éimportantepara oempreendedor saber emquanto tempovai conseguirrecuperar o valor investido somado à remuneração dele. Fluxode caixa – Um dos erros dos empreendedores é comprarcom prazomenor que o de venda. Se a venda para os clientes for com prazo de30dias eopagamentoaos fornecedores feito com prazo de 20 dias, o empreendedor vaificarsempre 10 diaspor mês descapitalizado. Aí co-

meçam os problemas."Sem dinheiro,o empresário recorrea empréstimosbancários, que têm juros na casa de 8% aomês. Como os lucros ficam entre 5% e 6%, os juros abocanham olucro da empresa", afirma Domingos. Situação parecida acontece com o estoque."Hoje, não compensa ter estoque por causadopreço. Émuitocaro estocar produtos", diz Domingos. Ele recomenda que asempresas tenhamomínimo de estoque. "É mais importanteter dinheiro para pagar a vistaos fornecedores e assim conseguirdescontos do queterum valoraltode mercadorias estocado", afirma Domingos.

Economia de energia ajuda a reduzir custos

Em tempo de recessão, cortar custosjá entrou,definitiv amente, para o dicionário empresarial. Tudo pode ser reduzido. Os gastos com energiaelétrica estão entre eles. Com o racionamento, que durou mais de um ano, os empreendedores aprenderameconomizar. Mas,ainda há lições que podementrar para o dia a dia da empresa.

A Sylvania do Brasil, empresa especializada na fabricação de produtos de iluminação,está entre as companhiasque orientam os empresários para um melhor aproveitamento dos seus produtos. Segundo Eduardo Leonelo, gerente de produtos da Sylvania,existem diversas regras básicasque ajudamna economiade energiaelétrica (ver quadro ao lado).

As medidas são simples, masosresultados,em geral, são significativos para a redução das despesas das empresas. "Para cada atividade produtiva, existe uma iluminaçãocerta, que,comcerteza, vaigerareconomia de ener-

gia", afirma Leonelo.

Nasempresas, éprecisolevarem conta, alémda atividade, o número de funcionários que trabalham em cada ambiente.Em geral,sãonecessárias lâmpadas de maior potênciae eficiência,ouseja, as que iluminam melhor, por mais tempo e com um consumo de energia reduzido.

Segundo Leonelo, uma maior incidência de iluminação nãosignifica instalar mais pontosem um local, mas a utilização de lâmpadas com potência correta e adequada para o ambiente. A quantidadedeluzdeve ser bem administrada, pois o excessodelaé tãoprejudicial quanto a falta.

Lâmpadas especiais –

Existem tiposespeciais de lâmpadas que colaboram para uma melhor reprodução das cores, essencial para atividades como têxtil e de papel e paraosetor dearmazenamento de produtos alimentícios. Nesse caso, a iluminação adequada é essencial porquepodealterar acomposi-

cursos e seminários

Dia 30

Novasteses deplanejamento tributário – Ocurso vai abordar as mais recentes teses desenvolvidas pela equipe técnica do escritório de advocacia Oliveira Neves eAssociados sobreos diversostributos econtribuições pagas pelas empresas. Duração: três horas, 9h00 às12h00. Local:Mission Consultoria,avenida Paulista, 1.009, 5º andar. Preço: R$ 260. As inscrições devem ser feitas pelo telefone (11) 3067-6703 ou pelo e-mail marketing@mission.com.br.

Dia 1

Código Civil e as empresas – O objetivo é discutir os pontosmaisrelevantes doNovoCódigoCivil,que entra em vigor em janeiro de 2003, e as influências do novo texto sobre a vida das corporações. Duração: 102 horas, acontece todas terças e quintas-feiras, das 19h30 às 22h30. O curso começa na próxima quinta-

ção de alguns alimentos. Orientações gerais –A Eletropaulodistribui, periodicamente, manuaisde orientação para economia de energia elétrica em empresas e residências. Desdeo ano passado, atende ligações com pedido de orientação por causadoracionamentoe do aumento das tarifasnos últimosmeses.São empresários que desejam minimizar seus custos.

Paraas empresas, o engenheiro da Eletropaulo, MarceloMesquita, recomenda uma série de medidas que variam de acordo com o tipo de pontocomercial. Nocasode estabelecimentos comcâmaras frigoríficas,como mercearias, açougues,padarias e pequenos supermercados, deve-se calcular a quantidade de produtos em cada geladeira ou freezer. O excesso de itens prejudica o funcionamento do equipamento e exige um consumo maior de energia elétrica. Para um bom funcionamento dos eletrodomésticos,

feira(1)eterminadia26denovembro.Local: rua MaestroCardim, 1.170, Paraíso.Preço:R$ 3.840 (que pode ser dividido em cinco vezes sendo uma entradadeR$800mais quatroparcelasdeR$798,37). Doiscandidatos deumamesmaempresatêmdesconto de 5% e três pessoas de 10%. As inscrições devem ser feitas até hoje pelo telefone 3175-2300.

Processose conceitosdogerenciamento porcategorias – O seminárioé direcionado aprofissionais que querem implantar o gerenciamento de categoria no negócio. Duração: nove horas,das 8h às 17h. O curso acontece na próxima segunda-feira (1). Local: Associação ECR Brasil, avenida Diógenes Ribeiro de Lima, 2.872,7ºandar,Altoda Lapa.Preço:R$170 (associados) e R$ 220 (não-associados). Asinscrições devem ser feitas pelo telefone (11) 3838-4520 ou pelo e-mailmail: ecr@ecrbrasil.com.br.

deve-se verificarperiodicamente o estado das borrachas de vedação. "Timers (controlam o horário) nos computadores edetectores depresença nas lâmpadas também ajudamnaeconomia deenergia", diz Mesquita.

Paula Cunha

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Cláudia Marques
Dia 1

"A Previdência Social está sucateada"

O problema do sistema previdenciário é o mais grave do Brasil, segundo o advogado Cassio de Mesquita Barros Junior. Não por causa do déficit de caixa mas porque os serviços oferecidos aos cidadãos são de péssima qualidade.

Cassio deMesquita Barros Junior éprofessor aposentado da faculdade de Direito da Universidadede São Paulo. A gora só orienta alunos em pós-graduação. Aos 70 anos de idade, além de bater ponto no Largo São Francisco,ele continua trabalhando em seu escritório, o Mesquita Barros A dvogados, onde defende principalmente causas trabalhistas e redige pareceres sobre questões previdenciárias. Estas são suas especialidades: oDireito doTrabalho ePrevidenciário.

Seu currículo é impressionante. Ele foi vice-diretor da faculdade do Largo São Francisco,presidente da academiaNacional de Direito do Trabalho, membro da comissãode peritos nainterpretação e aplicação de normas internacionais do trabalho, da Organização Internacional do Trabalho.

Porquecontinua trabalhando mais de oito horas por dia? Porquesua aposentadoria, de R$2.800,00, é insuficiente para mantero padrão de vida aque está acostumado. E Cássio não quer correr o risco deter deenfrentar uma fila paraser atendidonum hospital do SUS, o Sistema Unificadode Saúde,seadoecer.

Na semana passada, depois queo governoanunciouque a Previdência Social apresentou no mês passado o pior resultadodo ano, registrando déficit deR$ 1,455 bilhão, e que osaldo negativocresceu mais de 80% em relação ao mesmo períodode2001,o advogado concedeu entrevista ao Diário do Comércio Ospontos principaisdaconversa foram os seguintes.

O trágico problema da Previdência "APrevidência Socialé o problema maisgravedo mundo do trabalho.É o problema mais sério do Brasil, hoje. Toca na vida de todos os trabalhadores, de todos os cidadãos brasileiros. Ela transformou em sucata toda a rede hospitalar do País. Ninguém pode se aposentar porque o que se recebe não é suficiente para viver. Aassistência médica da rede pública de saúde é rasteira. O SUS está na cova. Tudo, no sistema, émuito deficiente edemorado.O HospitalSão Paulo,daUniv ersidade Federalde São Paulo,tem umafiladedois quilômetros no setorde cardiologia. Apessoatem sorte se não morrer antes de ser atendida.É umatragédia enorme. Outro ponto fundamental:a PrevidênciaSocial deveria ser uma forma de distribuição de renda. O seguradocontribui parao sistema

com 8% de seusalário.Os que ganham muito pagam mais, os que ganhampouco contribuemcom menos, e todos teriam direito aos mesmosbenefícios e serviços. Mas como está, a Previdência estádesgraçandoa população. Nãoestáprestandoserviçoscomo deveria.Emvez de distribuirrendaestádistribuindopobreza, miséria, doença".

Onde o sistema falha "Em geralse culpao mau desempenho da economia pela crisena Previdência.Há candidatos à presidência, no próximo pleito, que se propõema resolver o problema acelerandoo crescimento econômico do Paíse criando mais empregos.Esta éuma explicação óbviae simplória. Quase todos osproblemas brasileirospoderão sersuperados se a economia crescer de forma mais acelerada. A Previdência Socialé reflexoda situação econômica do País mas tem dificuldades próprias".

Sistema ambicioso

senta nada diante dos gastos queelatem. Amulherprecisa, isto sim, ter um pré-natal bem feito, um parto bem assistido, coisas que a rede hospitalar não consegue oferecer. Pois ninguém admite retirar,ou pelomenossuspender esse auxílio natalidade".

Sucateamentoda rede de Saúde Pública "A terceira éaassistência médica. Elaé garantida,ao trabalhador e seusdependentes, de forma ilimitada no Brasil e no Exterior. O governo, supostamente, banca tratamento de uma cárie inflamada ou de uma operação de cérebrosem pestanejar. Nunca vi nada parecido noutro país. Oresultado dessa abrangência na ofertade serviço é que o SUS paga ao médico, por uma cirurgiade rim, que é uma coisa terrível e complicada, R$ 28,00. Como um médico vai trabalhar bem e viver com esse rendimento? Como um hospital pode se manter? Estaé afalência completa do sistema. E o pior é quedá margem ao crescimento dos planos de saúde privados, que funcionam como intermediários no acesso do doente ao hospital, cobram caropor esteserviçoe tambémpagam malaospro-

"Como está, hoje, o sistema previdenciário é uma desgraça. O trabalhador contribui com 8% de seu salário mas a Previdência, em vez de distribuir renda, distribui pobreza, miséria e doença"

"A primeira dificuldade específica da Previdência brasileira é aambição do programa. A Previdência garante ao trabalhador brasileiroe a seus dependentes e agregados 22 benefícios e serviços. É um programa tão generoso que nem a Suécia, um país rico, é capazde realizar. Imagine o Brasil,com tantasdificuldades.Este erro,o daambição, vemda origemdaPrevidência no Brasil. A legislação previdenciáriadáao brasileiro todasasgarantias ealegislação trabalhista garante-lhe todos os direitos. É uma legislação utópica. E o pior é que a maior fonte de arrecadação da Previdência, que tem um custo enorme, é o salário mínimo, que é muitoreduzi-

"Hoje ninguém pode se aposentar porque o que recebe do Estado não é suficiente para manter seu padrão de vida. Não pode ficar doente porque morre esperando assistência na fila do Sistema Unificado de Saúde"

do".

Pulverização dosserviços e benefícios

"Asegunda dificuldadeespecífica éa pulverizaçãodos serviços ebenefícios oferecidos. Não se trata aqui da aposentadoria ou doauxílio enfermidade. O sistema previdenciário é disperso em concessões quemuitas vezesnão têm significação alguma para o segurado.É ocaso doauxílio natalidade. Toda a mulher que vai ter nenê recebe do Estado dois salários mínimos, um dinheiro que nãorepre-

fissionais da saúde. Umavez oprofessorAdib Jatene, cirurgião cardiologista que já foi ministro da Saúde, disse que o Brasil não precisaterum hospitalemcada canto. Um posto desaúde com uma enfermeira bem formada e ummédicoresidente resolve mais da metade dosproblemas apresentados pela comunidade local. A população precisa de orientação e isso sai barato".

A reforma da Previdência "A Venezuela, o México, os países europeus, na maior parte do planeta osprogramasprevidenciáriosjá mudaram completamente. Mais dia, menos dia, isso terá de ser feito no Brasil. No México foi feito um esforço heróico para resolvero problema.Instituiu-sea aposentadoriacomo prioridade e todos os outros serviços foramsuspensos. Entãoas empresasorganizaram um sistema de seguro complementar para garantira rendadotrabalhadoremcaso dedoença.Areforma que se fez no Brasil, de forma geral, atéagora,foi apenasadministrativa. Não atacou o principal por razões políticas.Reformara Previdência,parao político,écomo construir uma rede de esgoto: é umtrabalho que não dávoto.Mas vamoschegara um ponto crítico, já que o déficit do sistema é cada vez maior,o númerode idososé crescentee hácadavezmais pessoas doentes precisando de assistência. Então a reforma será inevitável.

Oúnico remédioheróico

que se aplicou no Brasil até agora foi a reforma do fator previdenciário. Antes dessa reforma, a aposentadoria máxima eradeR$856,00.A lei de 1960 separava tempo de contribuição de tempo de serviço. Não importava quantotempo apessoatinha trabalhado. Setivesse contribuído cinco anos antes da aposentadoria, tinha direito ao benefício. É claro que muita gente sócontribuía cinco anos. E a Previdência vivia em regime de caixa arrombado. Agora a pessoa se aposenta aos 60 anos, mas recebe benefício proporcional ao tempo de contribuição. E há no ministérioumestudo para fazer com que o aposentado indenize o Estado pelo período em que não recolheu as indenizações. Isso porque o Paísnão temcondições de bancar tanta mordomia. Mas acorreção doproblema só se dará no longo prazo, porque a novalei nãopode prejudicar aqueles que já têm direito adquirido. Os efeitos negativos de tantosanos de desequilíbrioirãose resolvendo aos poucos. Quem não contribuir para a Previdência não contará tempo para a aposentadoria".

O que é preciso fazer "O novo governo terá de enfrentar este problema com coragem e rapidez. Terá de fazerumaavaliação da situação e estabelecer prioridades.Asleis 8212,deplano de custeio,e 8213, de plano debenefício, garantem aos segurados, cônjuges, companheiros,filhos, enteados e dependentes de uma maneirageral, aposentadoria porinvalidez, por idade, por tempode serviço, aposentadoria especialcinco anos antes quando a pessoa trabalha em serviços insalubres. Garantem ainda auxílio doença, saláriofamília,salário maternidade,pensão por morte, auxílio reclusão (para os familiares dos presos), serviço social e reabilitação profissional.Temmais. Trabalhador que sofre acidente no caminho parao trabalho,no horário de serviço, ou se sofre umaagressãoduranteo expediente e semachuca, recebe dinheirodo governo. Quem adquire doença profissional ficaencostado na Previdência. Quem fica doente por maisde 24 meses tem aposentadoria garantida, por conta da doença, mesmo que sare logo em seguida.

Osquechegam àidadedese aposentar mas querem continuar trabalhando, ganham um abonodepermanência em serviço. É uma miríade de coisas que multiplicam os encargos da Previdência. O sistema previdenciário, diz a lei, sedestina a suprir a rendaquando elaédiminuídaporcausa degravidez, doença, rescisão de contrato. Muitodisso poderia, se nãoser extinto, pelo menosser suspenso. A meu ver, o que o Paísmais necessita, hoje, éde um bom sistemade assistência médica. O Brasil não é mais um país jovem. Aumentou a população idosa e essa gente precisade assistência. Por isso o serviço médico deveria ser reformulado. Da seguinte forma:todos contribuiriam com um pouco de seu rendimento para que o governo tivesse como remunerar decentemente um bomsistemade saúde. Porque é muito difícil uma pessoa conseguir bancar sozinha os gastos com hospital, médico e até assistência básica, por melhor remunerada queseja. NaSuíça,que éum país rico, se fezassim. A aposentadoria é garantida pelo Estado. A assistência médica é provida porum sistema

po de Serviço, um sistema que tem sido elogiado e estudadopor outros países porque dá um caráter patrimonialao tempo de serviçodo trabalhador. Hoje, com a elevaçãodacontribuição das empresasparao FGTS, para cobrir o rombo que sobrou na Caixa Econômica Federal depois das falhas na correção do fundo provocadas pelos

"A Reforma, até agora, foi só administrativa. Não se tocou nos pontos sensíveis. Será preciso eliminar benefícios para melhorar a aposentadoria e o sistema de saúde. Mas isso não dá voto."

planos de estabilização econômica,muitas empresas simplesmente deixaram de recolher suas contribuições. Só no Estado de São Paulo há mais de 500 ações judiciais de empresas que não pagam mais o Fundo alegando que ele é um tributo. É uma alegaçãoabsurda. OFGTS éuma contribuição social de naturezaprevidenciária. Ofundo éadministrado porumconselho paritário. OSupremo Tribunal Federaljá decidiu assim. Mesmo assim essa questãoestá postanostribunais".

"Não tem sentido o Brasil ter um sistema trabalhista e previdenciário único para regiões tão diversas como o Amazonas e a capital paulista. As soluções terão de atender necessidades específicas"

misto, privado e estatal, e existe uma aposentadoria complementar queéproveniente de um fundo formado por contribuições dos empresários durante o contrato com o trabalhador. Se o novo governo trabalhar seriamente na reforma previdenciária, o problema daqualidade dos serviços, que éomaissério, seráresolvido emumadécada. O rombo do caixa da Previdência é um caso de solução mais demorada.Depende do crescimentoeconômico do País".

Desemprego "A lei previdenciária determina que a previdência indenize o trabalhador em caso de rescisão de contrato. Isso é um absurdo. OBrasil tem o Fundo deGarantia doTem-

Reforma trabalhista "Ao lado do problema econômico o Brasil tem um problema dementalidade. Discute tudo mas não decide nada.É sabido que a legislação trabalhista entravaaeconomia earesistência contra mudanças éenorme. Há propostas deflexibilização que não prejudicam ninguém, só trazembenefícios.A idéiadobanco dehoras,por exemplo. Outras propostas sãomais complicadas. É preciso considerar queem grandeparte dopaís nãohá sindicatose quemuitos sindicatos não têm força numa negociação. Essa gente precisa da lei para protegê-la. O acordonegociado nãopode se sobrepor^`a lei. Na verdade, as soluçõesprecisam serregionalizadas. Arealidade noAmazonas émuito diferente da realidadeda capitalpaulista. Nãotemsentido o Brasilter umregime trabalhista único, assim como um sistema previdenciário único. Deveriam ser feitos programas diferentes para regiões com necessidades diversas".

Aos 70 anos de idade, o advogado Cássio de Mesquita Barros Júnior está aposentado, mas continua trabalhando

O QUE SE ESPERA DO FUTURO GOVERNO?

País carece de reforma e não de tapa-buracos

Promover uma nova política habitacional,recuperar as combalidascidades e o vasto patrimônio histórico do Brasil não é a tarefa mais difícil posta ao futuro presidente da República, segundo Gilberto Belleza, presidente do Instituto dos Arquitetosdo Brasil–Departamento SãoPaulo (IAB-SP). "Basta um pouco de interesse, uma boa equipe, einiciativas conjuntas na área Federal,Estadual e Municipal", disse.

Antes, ou ao mesmo tempo,o presidente teráque resolver rapida men te questões que o País espera há muito tempo e que permitam pensar o Brasil a longo prazo. "E não apenaster queficartapando buracos", alerta Belleza. Em outras palavras, ele vê como prioridades, na área estratégica:

não sersurpreendido, constantemente,com novos impostos.

Senador defende o FMI e sugere acordo de transição

Juros menores e prazos maiores para imóveis deveriam fazer parte da recuperação

· Fazer a reforma política. Parao presidente doIABSP não hácomo promover mudanças, melhorar o bem estar da população, sem partidos fortes, fidelidade partidária e respeito ao eleitor. "Neste caso o Brasil ainda avançoumuito pouco, precisamos conquistar a capacidade de cobrança junto aos políticos", diz. · Fazer a reforma tributária.Nãose trataapenas de reduzira enormecargatributária sobreasempresas. Mas também garantir ao cidadão comumapossibilidade de "conhecer" osimpostos que paga, comoos recursos sãoutilizados e

· Fazer a reforma do sistema jurídico como um todo. ParaBelleza, éprecisosimplificar e baratear o sistema jurídico nacional para possibilitar maior acessoda população à Justiça. Segundo, fazer a reforma do Judiciário para agilizar a Justiça no Brasil eadequar a legislação à novas questões postas na área civil e criminal. C ab er á também ao novo presidente,se quiser gerarempregos e melhorara vida maioria dos cidadão do País – que residem nas cidades– incentivarocumprimento do Estatuto das Cidades. Gilberto Belleza diz que, praticamente, todas as cidades brasileiras estão muito deterioradas. "Elas precisam se tornar mais eficientes.E paraisso aquestão urbana precisa ser tratada com políticas integradas na área Federal, Estadual e Municipal", explica. Essas operações urbanas conjuntas podem ser feitas em três áreasprincipais, propõe o presidentedo IAB-SP. Primeiro, criando fontes de financiamento para: recuperação de áreas urbanas, patrimônio histórico. Segundo, integrando essas ações com uma nova política habitacional, com enfoque centrado na pesquisa de novas soluções habitacionais para o País. Sergio Leopoldo Rodrigues

É fundamental ter credibilidade

Um governo que consiga ter credibilidade externa, apoio da população e capacidade para negociar seus projetosno CongressoNacional. Resumidamente, é o queo empresário Álvaro Ferreira Mortari, diretor da Terranova FactoringFomento Comercial Ltda e diretor daAssociação Comercial deSão Paulo (ACSP) espera do próximo governante do País, para enfrentar dificuldades internas e externas. Para Mortari, o futuro presidente precisa ter muitodiscernimentonas suas atitudes. Precisarátercomo meta básicaa difícil missãode manteraestabilidade com inflação baixa, garantindo assim os avançosobtidos naeconomia depois do Plano Real. Paralelamente, terá que ter a sensibilidade para obter

O presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado,Jefferson Peres (PDT-AM), está defendendo um acordodetransição do Brasil com o Fundo Monetário Internacional (FMI) com a participação de todos os candidatos. "Seria um colchão deproteção contraturbulências, especulação,além de umaval paratranqüilizar toda a comunidade internacional em relação à segurança do Brasil, danossa economia", disse o senador. "Épreciso queseentenda que oFMInãoprocurapaís nenhumpara impor fórmulas mirabolantes ou leoninas. Ospaísesé queprocuramo Fundo quando estão em difi-

Proposto referendo para o ingresso do Brasil na Alca

A senadora Emilia Fernandes (PT-RS) apresentou parecer favorável a projeto do senador Roberto Saturnino (PT-RJ) que determina a realizaçãodeumreferendo popular sobre oingresso do Brasil na Área de LivreComércio das Américas(Alca). De acordocoma proposta, queestána Comissão do Mercosul,casoo governo brasileiroresolva aderiràAlca, a decisão terá que ser confirmada por umaconsulta popular.

culdades, ea receitado FMI, com poucas exceções, é a correta: rigor fiscal, seriedade administrativa. Acusa-seo fundo de terabandonadoa Argentina, masnão foi nenhuma fórmula imposta pelo FMIque faliua Argentina, foi o sistema de paridade cambial imposto alémde qualquer limite de bom senso, além da desordem fiscal das províncias", afirmou. Crise de confiança – JeffersonPeresachaquea grande ameaça ao Brasil agora é a possibilidade de uma crise de todo o sistema capitalista interna-

Seria um colchão de proteção contra turbulências, além de tranqüilizar a comunidade internacional

cional porconta da crisenos Estados Unidos, que ele aponta como uma crise de confiança, gerada pelafalta de ética, pelas fraudes nos balanços das empresas com a conivência das empresas de auditoria; "É uma situação difícil, porque todo esse sistema estava montado em uma supostaseriedade, acreditava-se que as empresas eram sérias, que os números e a valorizaçãode açõeseramverdadeiros, e agorase constata que era tudo fraude", falou. O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Se-

nado não está otimista em relação às negociações que vem mantendo no Brasil o comissáriode comércio daUnião Européia, Pascal Lamy. É que oeconomistafrancês jádeixouclaroque não há como reduzir de forma substancial os subsídios europeus à agricultura. "Como então podemos estabelecer um comércio mais livre apenas com base na indústria?", pergunta. "A nossaexpectativadeve ser também voltada para os chamados "países baleias", como Rússia, China,Índiae até a África do Sul, com quem devemos estabelecer parceriasbastante interessantes em futuropróximo",disse Jefferson Peres. (AS)

Presidenciáveis vão debater o meio ambiente com deputados

apoio aseusprojetosfundamentais –especialmente a reforma tributária e política –de todasas correntes políticas.

"Será nessaharmonia, nesse clima de consenso que irá garantir sua governabilidade, num ano difícil como será 2003",avalia Álvaro Mortari.Em outraspalavras,o novogoverno só conseguirá atravessar com êxitoo períododedificuldadesinternas eexternasse tiver credibilidadejunto à população e aos seus parceiros internacionais."Porque teremosque enfrentaralguns problemas já no início de 1993",lembraMortari, entre eles, uma nova negociação com o FMI, as barreiras protecionistas dos países desenvolvidos, alémdo clima de instabilidade gerado pelos escândalosnos Estados Unidos. (SLR)

AGENDA POLÍTICA

•· Terminana quarta-feira, dia 31,o prazo paraos partidospolíticosimpugnarem,por meiodepetição,indicações para acomposição das juntas eleitorais.Início da requisição pelo TSE às emissoras derádio e TV, de até dez minutos diários, contínuos ou não, para uso de divulgação de seus comunicados, boletins e instruções aos eleitores.

Emilia informou que a base do governo apresentou voto em separado,já queo governo defende o ingresso do país na Alca. Segundo a senadora, "as desigualdades entre Brasil e Estados Unidos explicam por que a Alca não é um bom negócio para os brasileiros". Para a senadora, a política dos americanoséprotecionista. "Nãoéporacasoque eles destinaram US$ 190bilhões para sereminvestidos nos próximos anos na agricultura,enquanto queaqui nós estamos lutando por uma políticaagrícola",afirmou a parlamentar. A senadora considera que será profundamente prejudicial à economia o Brasil se aliar a Alca numa postura submissa. (AS)

Senado reinicia os seus trabalhos no dia 6 de agosto

O presidente do Senado, Ramez Tebet,programou para odia6 deagosto,uma terça-feira,às 14h30, aprimeira sessão deliberativa da Casa nosegundo semestre, apóso términodorecesso parlamentar deste mês. A instalação dos trabalhos da Casa no segundo semestre, no entanto, acontece já no dia 1º de agosto, em sessão não-deliberativa,destinada adiscursos e comunicações dos senadores, marcada para as 10 horas. "Essa é arotinadefinida paraa retomadadostrabalhos legislativos", afirmou o secretário geral da Mesa, Raimundo Carreiro. Duas medidasprovisórias(MPs) estão trancando a pauta.(AS)

Os quatro principais candidatosà PresidênciadaRepública– LuizInácio Lulada Silva (PT),Ciro Gomes (PPS), JoséSerra(PSDB)e Anthony Garotinho (PSB) –vão participar,no próximo dia6 deagosto, noauditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, doFórum Itinerante Rio+10- OndeEstamos, Para Onde Vamos. Promovido peloConselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável(CEBDS), oevento éum desdobramento do Fórum Internacional promovido pela entidade emoutubro de

2001, no Rio de Janeiro, e que produziu um documento definindo as posições do empresariado latino-americano para a Conferência Rio+10, que se realizará em Johannesburg, África do Sul, ainda neste ano, como propósito de dar seqüênciaao esforço mundial para a preservação do meio ambiente.

Presenças –A aberturado Fórum está previstaparaas 9h30, enquanto o painel "Novos Rumos daSustentabilidadenoBrasil",que contará com a participação dos presidenciáveis, deverá começar às 10h30.

O Fórum deverá contar também com as presenças do vice presidente da República, MarcoMaciel; dopresidente da Câmara, deputado Aécio Neves;do presidente doSenado, Ramez Tebet; e dos ministrosJoséCarlos Carvalho (Meio Ambiente), Pedro Malan (Fazenda),Celso Lafer (Relações Exteriores), Ronaldo Sardenberg (Ciência e Tecnologia), Juarez doNascimento (Comunicações), Francisco Weffort (Cultura), JoséCechin(Previdência), e Francisco Gomide (Minas e Energia), entre outras autoridades. (AC)

Congresso recebe orçamento

para 2003 até dia 31de agosto

OCongresso deverá receber, atéo dia 31 deagosto, o projetode leiorçamentária anual(LOA) para2003, aser enviado pelo Executivo, e que deveráser aprovado em sessão conjuntado Senadoe da Câmara até odia 15 de dezembro ou em data a ser estabelecidano últimomêsdo ano pelo presidente do Senado,RamezTebet.Ao chegar ao Congresso, o projeto de orçamentodaUnião para 2003 deveráser examinadoe votado pela Comissão Mista dePlanos, OrçamentosPúblicos e Fiscalização.

Oprojetode leiorçamentária anualé composto pelo orçamento fiscal,orçamento da seguridadeeorçamento de investimentos –das empresasestatais.A proposta orçamentária para2003 será baseadanaLeide Diretrizes Orçamentárias(LDO) de 2003,aprovada noinício do mês pelo Congresso. A LDO de2003prevê superávitprimário do setorpúblico (sobra decaixa,antesdopagamento de juros) de 3,75% com relaçãoaoProduto InternoBruto (PIB);inflação anual de4%; crescimentoda economiade 4%;taxa dejurosdos títulospúblicos aofinal do ano de 12,84%; e cotação do dólarnorte-americano emdezembro de2003 de R$ 2,42.

Reserva – ALDOtambém fixou em R$ 6 bilhões a reserva de contingência, dos quais R$ 5 bilhõesdeverão ser usados para efetivar as emendas dosparlamentares ao orçamentode2003e conceder um aumento real para o atual salário mínimo, de R$ 200,00, em abril de 2003.

Baseado nas metas da LDO, o orçamentoda União para 2003 vai fixar recursos para pagamento das despesas do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, na parte relativa ao orçamento fiscal, que estabelece os gastos com a administraçãopública. Oorçamento daseguridade vaideterminar os gastos com a Pre-

vidência Social, saúde, assistência social etrabalho.Jáo orçamento deinvestimento vai estabelecerosgastosdas empresas estatais controladas pela União. Presidida pelo senador Carlos Bezerra (PMDBMT), a Comissão Mista de Orçamento – que vai analisar e votar o projeto de lei orçamentária para2003, antesde remeter a matéria ao Plenário do Congresso Nacional – é composta por 63 deputados e 22 senadores,alémdosrespectivos suplentes. Ao chegar oprojeto deleiorçamentária na comissão mista, será designado um relatorparaa matéria. (AS)

Agências lançam apelo para salvar os africanos da fome

Organizações não-governamentais se uniramem um apelo àpopulação britânica parafazer doaçõesque,segundo essas agências, podem evitarque 14milhões depessoas morram de fome no sul da África.

O apelo foi lançado pelo Comitê de Emergências e Desastres (nasiglaem inglês, DEC),organização quereúne 13 agências humanitáriasentreelas, asconceituadas CruzVermelha, OxfameSave the Children.

As 14 milhões de pessoas ameaçadasvivem em Moçambique, Angola, Zimbábue, Zâmbia, Lesoto, Maláui e Suazilândia– paísesquetiveram suas safrasagrícolas praticamente reduzidas a zero por causa de catástofres naturais, como secas e inundações, e instabilidades políticas.

Asdoações –quepodem

ser feitas em qualquer valor –seriam usadas paracomprar alimentose fornecerassistência médica e agrícola a esses países.

"Não é apenas uma questão deencheressas pessoasde grãos. Nósplantamos sementes noinvernoparaque possa haver umacolheita em setembro. Mas elesnão podem esperar atélá", afirmou uma porta-voz da Oxfam. Segundo asagências, parte das pessoas está comendo galhos e raízes para tentar aplacar a fome.

Outrosapelos jáforamfeitos, masnão atraíram doações suficientes e, segundo as agências, a situação está apenasseagravandonos jápobres países do sul da África. No entanto,segundo Bob Geldof,cantor quefundoua Live Aid, qualquer ajuda é bem-vinda.

"Salvar as vidasde milhões de pessoas não custa tanto dinheiro. Eusei queas pessoas se cansam de ver as mesmas fotos natelevisão ereceber pedidos de ajuda", reconhece Geldof.

Segundo as agências, o país mais afetadopelacrise é o Zimbábue, onde 6 milhões de pessoas estariam ameaçadas. Sem resposta – Oapeloà população ocorre em um momentoem que governos não têm respondido aos apelos de agências internacionais.

OFundo deAlimentação da ONU conseguiu arrecadar apenas 22% dos US$ 500 milhões que esperava receber de governos quandolançou um apelo no início deste mês. Até agora, apenas a Grã-Bretanha,aIrlanda,o Canadá,a Espanha, a Holanda e a Nova Zelândiaresponderam ao

apelo.

Aoapresentar opedidode ajuda, umaporta-voz daorganização Christian Aid, Judith Melby, disseque apenas emAngola um milhãode pessoas dependem "totalmente" de auxílio externo.

SegundoMelby,que visitou oscamposparadesabrigados no país, cerca de 85 mil soldados e 260mil civis deslocados pela guerra estão "desesperados por comida".

Com oacordo entre ogoverno angolano eos rebeldes da Unita, agências humanitárias passarama atenderáreas antes inacessíveis e descobriram que a escassez de comida é pior do que o estimado.

No Maláui, o governo declarouestado decalamidade pública por causa da fome. Milhares de crianças contraíram doenças ligadas à desnutrição. (Reuters)

Europa liberaliza comércio de carros

AComissãoEuropéia determinoualiberalização do comérciode automóveis na União Européia a partir de outubro. Emsetembro expiraadiretriz quegarantiudurante décadas exceções ao setor. "Falta claramente concorrência eé isso oque queremos para o setor, tanto na venda de carros novos, como em inspeções,consertose serviços", expôs Michael Tscherny, porta-voz do comissário de Livre Concorrência, Mario Monti, ao indicar, em Bruxelas,que avenda deautomóveis estará sujeita às mesmasregras comerciais válidas para os outros setores da economia. "Atualmente os fabricantes dividiramos mercados dentro da Europa, i so l a nd o - os .

Com isso,implantaram diferentes estratégias de preço", esclreceu. O consumidor é que sai prejudicado com isso,o alemão principalmente, pagando os preços mais elevados.

acontecia até agora, o comerciante poderá representar váriasmarcas aomesmotempo, podendo atender clientes deforade suaregiãodevendas.

Pelo sistemaanterior, adivisão regional era observada estritamente. Com isso, o comerciante nãopodiafazer propaganda além do seusetornem atender clientes de outrasregiões, anão serque estes viessempessoalmente até ele.

Venda de automóveis estará sujeita às mesmas regras comerciais válidas para os outros setores

Facilidades –Para ocomprador, areforma representa maior facilidade na comparação de preços, evitando que ele percorra várias concessionáriase revendedorasatéem outros países para conseguir o automóvel desejado ao preço mais barato. As diferenças de preço na UEtêm uma variação deaté 35%pelo sistema em vigoratésetembro.

Este permiteque as montadorasmantenham umarede exclusiva deconcessionárias em que tudo está sob seu controle, inclusiveos concertos emoficinas autorizadase a venda de peças.

O que mudou – O elementoprincipal dareformaéo fortalecimento docomerciante frente às montadoras e a vendalivre deautomóveis em todosos paísesda União Européia. O fabricante poderá continuar fazendo imposições e escolher uma rede exclusiva de concessionárias. Mas, ao contráriodo que

União Européia impõe novas e mais pesadas sanções ao Zimbábue

A União Européia agravou suas sançõescontra o Zimbábue. Os representantes do governo e do partido do presidente Robert Mugabe ficam proibidos de viajar para os15 paísesda UE e seusbens foram congelados.O motivodas sançõesé alinha durado ditadore ametaé afastar a ameaça de uma catástrofe de fome que pode atingir 10 milhões de pessoas no sul da África.

Reunidos em Bruxelas, os ministros de Relações ExterioresdaUnião Européia ampliaram de 52 para 72 o número de representantes do governo e do partido de Mugabeproibidos deentrarnos 15paísesda UEecujosbens ficam congelados. A primeira dama do Zimbábue também passou a integrar a lista. Até agora, só os colaboradores maisestreitosdo presidente Mugabe eram atingidos pelas sanções.

Ofertas –Conforme osistema de distribuição do comerciante, ele agora poderá divulgar suas ofertas em toda a Europa e abrir concessionárias e filiais nos países que desejar.Sob pressãodoParlamentoEuropeu edaComissão de Assuntos Sociaisda UE, que temiam o fechamento depequenos revendedores decarros, contudo, esta parte dareforma entrará mais tarde em vigor. Isso significa que somente a partir de 2005 serão abolidas todas as restriçõesà livreconcorrência no comércio de veículos.

A Comissão Européia também está decidida aacabar como monopóliodasmontadoras no que diz respeito às peçasde reposição.Nasconcessionárias, não são consertadas peças, mas sim repostas,oque senotanecessariamente naconta doconserto. No futuro, as peças não serão obtidas exclusivamente nas concessionárias, podendo sercomercializadas pelos fornecedores. Asmecânicas nãoautorizadas terãodireito a conseguir peças originais e a receber informaçõessobreo funcionamento dos diversos modelos.Com isso,asautoridadesdeBruxelas querem garantirqueos consumidores possam escolher alternativas mais baratas de consertar seu carro. Inspeção e consertos perfazem cerca de 40% dos custos deum automóvel na Europa.

L im i te s –A liberalização, contudo, teráseus limites, pois a Comissão ainda não autorizou o comércio de automóveis pelaInternet. Os supermercados, que em alguns países tentaram romper um tabu recentemente, oferecendo carros à venda, também ficarão fora do novo es-

quema de comércio de veículos por enquanto. O chanceler federal alemão,Gerhard Schröder, foi veementeem suas críticas à reforma. O Sindicato dos Metalúrgicos, por sua vez, teme a perda de até 100 mil empregos, somente na Alemanha. (Reuters)

Especialmente a Alemanha e aGrã-Bretanha se empenharam pelo agravamento do boicote. Osecretário de Estadodo MinistériodeRelaçõesExteriores alemão, Jürgen Chrobog, justificou que Mugabe faz tudo que possa empurrar o país a olhos vistos para uma catástrofe. O

ditador proibiu os fazendeiros brancos decultivarsuas terras, apesarda ameaçaevidente da catástrofedefome na ex-colônia britânica. P re ss ão –A proibiçãode viagempara os colaboradores mais importantes e o própriopresidente seriaa única possibilidade deaumentar a pressão, disseChrobog.A ajuda humanitária européia, ao contrário, não pode ser condicional, segundo ele. Catástrofehumanitária –O Zimbábue "é o casomais escandaloso de governos ruins e depostimos, que pode levar a uma catástrofe humanitária", justificou Chrobog, ex-embaixador alemão nos Estados Unidos. A ONU avalia que milhares de pessoas vãomorrer de fomee de doençascausadas porcarências, nos próximos seis meses, no sul da África. Faltam 1,2 milhão de toneladasde cereais. O governo alemão duplicou asuaajudaaodesenvolvimento. (Reuters)

Mugabe está proibido de viajar aos países da UE Howard Burditt/Reuters

Como a Reforma Tributária

vagueia pelo Congresso

AReforma Tributáriatem

sido, nos últimostrês anos, um dos temas mais debatidos na Câmara dos Deputados. A Comissão Especial que trata do tema, instalada em março de 1999, reuniu opiniões de representantes de todos os setores produtivos edosgov ernos Federal, estaduaise municipais.

Manual de fundos públicos - controle social e acesso aos recursos públicos

Autor: Associação Brasileira das Organizações não governamentais

Editora: Peirópolis; 195 páginas

O objetivo era apreciar a Proposta de Emenda Constitucional 175/99e asdiversas propostas que alteram o SistemaTributário Nacional. Desde a instalação até a aprovação dorelatório final, foram realizadas78 audiências públicas e mais de 135 reuniões nos diversos Estados da Federação,envolvendo to-

Este é um manual mesmo. Prático. Ensina tudopara quem queira montar uma organização não governamental ou filantrópica, onde existe dinheiro disponível para financiar seuprojeto, quaissão as condiçõespara seobter os recursos eo queé precisofazer, doponto devista burocrático. E isso tudo em termos de dinheiro do governo brasileiro e deinstituições egovernos deoutros países,como Alemanha, Austrália,Inglaterra, Japão e Canadá,que disponibilizam inclusive dinheiro a fundo perdido. Para quem quer entrar no ramo, é uma ferramenta essencial de trabalho.

falências & concordatas

584 – 08ª Vara Cível

dos os setores da sociedade e do Governo. Propostas demais – Além dasmaisde200emendas de parlamentares, a Comissão recebeu 48 propostas apresentadas pelasociedade civil organizada e quase mil sugestõespara apropostapreliminar do relator. A Comissão da Reforma

Novas fronteiras do Direito na era digital

Coordenadores: Ivette Senise Ferreira e Luiz Olavo

Baptista

buscou uma solução para conciliar os objetivos de simplificar o sistema tributário, melhorar seusefeitos econômicos e preservar grau de autonomia fiscal dos Estados compatível com as condições impostas pelo ambiente econômico. O parecer está pronto mas não há previsão de votação. (Ag. Câmara)

Editora: Saraiva; 280 páginas A difusão do uso da internet criou uma porçãodedebates em áreas diferentes. Sobre privacidade, liberdade de expressão, pornografia, criminalidade. O livro recém-publicado pela editora Saraiva é uma coletânea detrabalhos quetratam dasdúvidas suscitadaspela internet em diversas áreas do Direito: comercial, de autor, da responsabilidade social e de contratos eletrônicos. "Há uma resistência dos juristas diante de novas tecnologias. Mas eles não poderão prescindir de conhecimentos mínimos a fim de evitar inóquas discussões", diz Antonio Eduardo Ripari Neto um dos colaboradores da publicação.

Os empresários e a reforma

O Consultor de empresas RobertoNogueira Ferreira produziu umtrabalho original que acabade ser lançado pela Geração Editorial. É o livro A Reforma EssencialUma análise,sob a óticaempresarial,das propostase dos bastidores daReforma Tribut ár i a . Éum estudointeressante porque faz um apanhado histórico das tentativas feitas no Paíspara a simplificação do sistema deimpostos. Porqueconta umpouco da mobilização empresarial. Também porque enumera as razões pelas quais a reforma é

Coisa Julgada Inconstitucional

Coordenador:Carlos

Valder do Nascimento

Editora: América Jurídica; 167 páginas

necessária, doponto devista do bomfuncionamentodas empresas e do crescimento da economia brasileira como um todo. E por último porqueconta umpouco das intrigaspolíticas envolvidasna questão. "Manter acesa a chama da ReformaTributáriaé tarefa penosa mas indispensável.A frustraçãoe adecepção não devem dar lugar à passividade, esse sentimento que imobiliza e suga energias", diz o autor, ao concluir que, no governo Fernando Henrique, a perspectivade uma reforma já não existe.

Hápoucos trabalhostratando dos atos jurisdicionaispraticados emdesconformidade com a ConstituiçãoFederal.E estes atos sãomuitos. Algoé julgado inconstitucional depoisde esgotados todos os recursos possíveis na Justiça. Mas muitos tribunais de instâncias inferiores ignoram o fato e decidem de forma diferente. Este é um livroemque os autoresdiscutem sentençasinjustas, contrárias à moralidade, à realidade dos fatos e à Constituição. Ea conclusãodo coordenadoré deque estassentenças podem ser atacadas a qualquer momento, sem limite de prazo ou procedimento burocrático específico.

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 25 de julho de 2002, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências: Requerente: Companhia T. Janer Com. e Indústria –Requerida: Gráficas Brasileiras Inds. Gráficas e Editora Ltda. – Rua Tenente

Azevedo, 74 – 29ª Vara Cível

Requerente: Acesita Serviços, Com., Indústria e Participações Ltda. – Requerida: Stamp Graph Ind. e Comércio de Brindes e Serviços Ltda-ME – Rua Nilci Lima Martins, 75 – 23ª Vara Cível

Requerente: Acesita Serviços, Com., Ind. e Participações Ltda. – Requerida: Astra Decoração de Elevadores Ltda. – Rua Antonio Carneiro, 126 – 14ª Vara Cível

Requerente: Gerdau S/A. –Requerida: Crisciuma Comercial Ltda. – Praça Tóquio, 20A – 27ª Vara Cível Requerente: Gerdau S/A – Requerido: Simão Empreendimentos Imobiliários Ltda. – Av. República do Líbano,

agenda

Hoje

Cidadania – Reunião dos organizadoresda Feirada Cidadania.Às 9h30,rua Boa Vista, 51/11º andar.

Cívico – Reunião da comissão de eventos cívicos, coordenada pelo vice-presidente da entidade Francisco Giannoccaro.Às 15h, rua Boa Vista, 51/11º . Plenária –Reunião plenária daAssociação,com análiseda conjuntura.Às 17h,nasede daentidade, rua Boa Vista, 51/9º andar. Fórum – O diretor-superintendente da Distrital Centro,Roberto Mateus Ordine, participada reunião do Fórum São Paulo. Às 17h, na Câmara, viaduto Jacareí, 100/8º andar.

Terça Workshop – O departamento de Comércio Exteriorda AssociaçãoComercial promove oWorkshop Operações financeiras intern ac io na i s , comexposição

Requerente: Artes Gráficas e Editora Sesil Ltda. –Requerida: Tatiana Villa-ME – Rua Carapurui, 47 – 10ª Vara Cível

Requerente: Jati Serviços Com. e Importação de Aços Ltda. – Requerida: Astra Decoração de Elevadores Ltda. –Rua Antonio Carneiro, 126 – 14ª Vara Cível

Requerente: Compel Distribuidora e Com. de Auto Peças Ltda. – Requerido: Toninho Ota Auto Peças Ltda. – Av. Mutinga, 5387 – 36ª Vara Cível

Requerente: Ziale Ind. e Comércio Ltda. – Requerida: Nautic Company Ltda. –Rua Dr. Renato Paes de Barros, 477 – 15ª Vara Cível

Requerente: Aerozip Ind. e Comércio de Confecções Ltda.

– Requerido: Old Shed Magazine Ltda. – Rua Cel. Xavier de Toledo, 23 Loja

421/22 – 01ª Vara Cível

Requerente:Tech Data Brasil Ltda. – Requerido: Kin Wolf Consultoria e Informática Ltda. – Rua Pirajá, 1304 –32ª Vara Cível

Requerente:Tech Data Brasil Ltda. – Requerido: C J - Comércio e Serviço em Informática Ltda. – Av. Sapopemba, 3725 – 11ª Vara Cível

Requerente: Anaconda Industrial e Agrícola de Cereais S/ A – Requerido: Supermercado Praça Onze Ltda. –Rua Astrogildo Cintra, 22 –28ª Vara Cível

Requerente: London Ltda. –Requerida: Imper Leste Impermeabilizações e Revestimentos Ltda. – Rua Rêgo Barros, 1510 – 22ª Vara Cível

Requerente:Tech Data Brasil Ltda. – Requerida: Tecknic Informática e Assistência Técnica Ltda-ME – Av. do

do consultorde empresase executivo naáreainternacional, Gilberto Kfouri. Das13h às18h,na sededa entidade, rua Boa Vista, 51/9º andar.

Quarta C io i – Reunião-almoço daCâmara Intersetorialde Operações Internacionais (Cioi), coordenada pelo vice-presidente RenatoAbucham, com palestra do vice-presidente corporativo da Marcopolo S/A, José Antonio Fernandes Martins, sobreO Case Marcopolo , comentários sobre o comércio exterior brasileiro, Mercosul,acordo automotivo eerroscometidos pelos exportadores. Às 12h, rua Boa Vista, 51/12º . Quinta Pales tras – Reunião da comissão organizadorado ciclodepalestrassobre temas relacionados àsaúde. Às10h, rua Boa Vista, 51/11º andar.

Anastácio, 415 – 35ª Vara Cível

Requerente: Anaconda Industrial e Agrícola de Cereais S/ A – Requerida: Nilce’s Pães e Doces Ltda-ME – Rua Waldemar Martins, 1095 –22ª Vara Cível

Requerente: Bajo Posto e Serviços Ltda. – Requerido: MBJ - Projetos e Obras Ltda. – Av.Pedroso de Moraes, 1820 – 25ª Vara Cível

Requerente: Enrico Pagano Ind. Com. e Repres.Têxteis Ltda. – Requerido: Felipe Brandão do NascimentoME – Rua Carlos Afranio da Cunha Matos, 441 – 18ª Vara Cível

Requerente: Cobravel Factoring Fomento Mercantil Ltda. –Requerida: Secta Com. e Serviços Ltda. – Rua Bernardo de Claval, 616 –16ª Vara Cível

Requerente: Brasilivros Editora e Distribuidora Ltda.–

Requerida: Nativa Livraria e Papelaria Ltda. – Rua Catão, 72 – 39ª Vara Cível

Requerente: Anpes Representações Ltda. – Requerida: Via Lessa Comercial Ltda. – Rua Gaivota, 1210 – 22ª Vara Cível

Requerente: Brasvending Comercial Ltda. – Requerido: Fast Conveniência Ltda. –Av. Nazaré, 1542 – 31ª Vara Cível

Requerente: Brasvending Comercial Ltda. – Requerido: Collective Mind Brasil Ltda. – Rua Manoel da Nóbrega, 223 – 33ª Vara Cível

Requerente: Cevilha Ind. e Com. de Caixas de Papelão Ltda. – Requerido: Ramos e Boccallethi Projeto e Ilum. Ltda. – Rua Jaboticabal, 1139 – 37ª Vara Cível

Requerente: Brasvending Comercial Ltda. – Requerido: SN Comercial de Alimen-

tos Ltda-ME – Rua Moreira de Vasconcelos, 268 – 05ª Vara Cível

Requerente: Cobravel Factoring Fomento Mercantil Ltda. –Requerido: Mef Print Ind. e Comércio de Etiquetas Ltda-ME – Rua João Gomes Batista, 616 – 12ª Vara Cível

Requerente: Califórnia Com. de Rolamentos Ltda. – Requerida: Metalpress Eletrometalúrgica Ltda. – Av. Nossa Senhora de Encarnação, 800 – 23ª Vara Cível

Requerente: Fácil Assessoria S/ C Ltda. – Requerido: Mini Mercado Fiorezi Ltda. –Rua Fiorelli Peccicaco, 903 – 28ª Vara Cível

Requerente: Cia. Fiação e Tecelagem Divinópolis –Requerida: Malharia Montreal Ltda. – Rua Major Marcelino, 406 – 26ª Vara Cível

Requerente: Fácil

Requerente: Fácil Assessoria S/ C Ltda. – Requerida: Gráfica e Editora Rsgraphy Ltda. – Rua Arisugawa, 523 – 15ª Vara Cível

o CIDADES & ENTIDADES

Gestão empresarial no combate ao crime

Esta semana o coronel da reserva da Polícia Militar de São Paulo José Vicente da Silva Filho, de 55 anos, assume o posto de secretário nacional de SegurançaPública coma proposta delevarconceitos degestão empresarial para combater o crime.Seu nome foi indicadoparaocargona última semanapelo ministro da Justiça, Paulo de Tarso Ramos Ribeiro, e aprovado pelo presidente FernandoHenrique Cardoso. O coronel, queatuou por

acontece

Terça

Butantã–A diretoria da Distrital Butantã promove oIIcafé denegócioscom empresários. Às 8h

J ab aq ua ra –A Distrital faz reunião com palestra do regionaldobairro, Odilon Guedes. Às 19h30. Quarta

30 anos na Polícia paulista e é mestre em Psicologia Social e doutor em Administração, acreditaque aexperiência empresarial deve ser utilizadapara a segurança pública. "Temos de aplicaros conceitos degestão empresarialno combate ao crime. Aplicando conceitos empresariais de produtividade, William Brattonconseguiuuma redução de 70% dos crimes em Nova York."

Ipiranga – Reunião ordinária da diretoria da distrital, às 19h30. Vila Maria – Reunião ordináriada diretoriadadistrital, às19h30. Quinta

Santana –Reunião ordinária da diretoria da distrital, às 19h45.

Entre os planos do novo secretário,que também é pesquisadordo InstitutoFernando Braudel, está a conclusãodosprojetos quejáestão emandamento nasecretaria. Silva pretende terminar os estudos para aimplantação do boletim de ocorrência nacional,em parceiracom oInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Aidéia écriarum sistema padrão para as estatísticas de registrosde crimes.Asinformaçõesseriam usadasposteriormenteparaum planejamento mais eficaz da distribuição dosrecursos doFundo Nacional deSegurança Pública. "Precisamos, de imediato, definir os pontos críticos de violência no País e investir recursosdirecionados para programasconcretos dereduçãoda criminalidade", disse Silva. O coronelaindapretende implantar medidasdecombate ao roubo de cargas, criar um cadastronacional decriminosos procurados, investir

notreinamento de policiais comunitáriose nos serviços de inteligência das polícias. Silva Filhovaisuceder CláudioTucci, quedeixouo cargo com asaídadojurista MiguelReale Júnior do Ministério da Justiça. No município – A cidade de São Paulo já tem um nome para cuidar dasegurança municipal.Na últimasextafeira, o ouvidor-geral do município, Benedito Mariano, assumiu arecém-criadaSecretaria Municipal de SegurançaUrbana.Entreas responsabilidades donovo secretário,estaráa preocupaçãocoma segurança comunitária.

Mariano deverá utilizar sua experiência à frente da Força-Tarefa para estabelecerum trabalhodecooperação entre a Guarda Civil Metropolitana e as polícias Militar e Civil.

Estela Cangerana

São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 27, 28 e 29 de julho de 2002

A crise chega ao factoring, que está mais seletivo e reduz compra de crédito

Aexemplo dosbancos, as empresas de factoring também estão mais cautelosas na hora de selecionar os clientes, emrazãoda pioradoquadro econômico. Já é possível observar claramenteo encolhimento do valor médio dos créditos resultantesdasvendas feitas pelas empresas.

Até maio, asempresas de factoring autorizadasa atuar

no País compravamR$ 2 bilhõesemcréditospor mês, em média,volumequecaiu para R$1,6 bilhãoem maio. E a taxa cobrada subiu: em janeiro, erade 3,9%,passando a 4,10% em julho. Mesmo assim, o custo ainda é mais baixo do que o dos bancos, cuja médiaem maiojá estavaem 4,12%, de acordocom dados do Banco Central. Página 8

Exportadoras pagam salários 90% mais altos

Os funcionários de empresas exportadorasganham, em média, 90%mais do que os empregados de firmas que nãovendem aoExterior. Éo que revela estudo feito por pesquisadores da Universidade de Brasília edo Ipea, fundação vinculada ao governo. Ainda segundo a pesquisa, osfuncionários deexportadoras ficam mais tempo na companhia e têm nível de escolaridade superior. Além disso, as empresas que atuam no mercado externoempregam mais."Issorevela que as exportadoras não são as que empregam os trabalhadores menos qualificadose vendemapenasprodutos de menor valor agregado, como se poderia esperar de um país como o Brasil", afirma Jorge Arbache, um dos autores do estudo. Página 5

"Previdência tem de cortar benefícios e atender melhor"

Em entrevista ao Diário do Comércio o advogado Cassio de Mesquita Barros Júnior, professor da Universidade de São Paulo e especialistaem direito trabalhista e previdenciário, afirma que o próximo governo temuma tarefa inadiável: reverter o proces so de sucateamento dos serviços da Previdência Social. De acordocomo advoga-

do, "a aposentadoria e a assistênciamédica são tragédias nacionais". Para resolver o problema, sóvêumasaída: cortar algunsdos 22 benefícios eserviçosprevistos em leiquenãosão prioritários. "A Previdência brasileira é a maisambiciosa do mundo. Terá de ser reformada, como vem acontecendoem todos os países", afirma. Página 14

Nova fase do SBP começa hoje em meio a dúvidas das empresas

A entrada em vigor , nesta segunda-feira, do novo piso deR$5 mil paraastransferências eletrônicas dentro do Sistema de Pagamentos Brasileiro,SPB, trazumgrande desafio, principalmentepara o comércio:adequaro fluxo de caixa e não permitir o descasamento entre pagamen-

toserecebimentos.A mudança causa preocupação e dúvidasparalojas eempresas, quereclamamainda da falta de informações. "Não nos informaramquanto irá custaronovo sistema.Estamospreocupados", afirma Rosemeire Ribeiro Gregório, gerente do Departamento Fi-

nanceirodaBaco’s, especializada na venda de vinhos. Para driblar as dificuldades alguns empresáriosjá estão criando alternativas, como dividir opagamentoparaos fornecedoresem chequesinferiores aR$ 5mil.Outros implantaram sistemas de cartões próprios, para não de-

Rede americana KFC faz a sua terceira tentativa no Brasil

A rede defast food americana KFC vai tentarentrar novamente no Brasil. É a terceira tentativada marca,que fechou as portas nas duas outras ofensivas. Dessa vez, a estratégia é oferecer um frango

Mais empresas batem à porta do cliente

O sistema de vendas diretas deixou de ser exclusividade do setor de cosméticos no Brasil. Empresas de outros ramos, como eletrônicose telefones,começam a despertar para a comercialização porta a porta. É caso da Philips, Lorenzetti e Vésper. Até quemvende alimentos, como a fabricante de queijos Tirolez, quer ir atéa casado consumidorpara oferecer seus produtos. A Tirolez criou uma marcapara onovo sistema de vendas, quecomeçaaserutilizado em agosto na regiãoda GrandeSão Paulo."Nosso público consome menosqueijo do que poderiaconsumir",diz ogerentecomercial da empresa, Disney Criscione. As gigantesAvon e Natura,no entanto, aindalideram asvendas dosegmento. A Avon mantém um batalhão de 150 mil revendedoras no País.Neste ano, as empresas dosetordevemfaturar,juntas, um total de R$ 5,9 billhões. Página 8 Criscione, da Tirolez: nova marca para venda direta

mais adaptadoaopaladar nacional. A KFC pertence ao grupoTricon,que detémas redes Pizza Hut e Taco Bell. A Pizza Hut, por sinal, vem dando avoltaporcima.A marcanãotem maislojasno

Preço de venda ainda é problema para empreendedor

Calcular mal opreço de vendado produtoou não controlar corretamente o fluxo de caixada empresa estão entre os principais motivos damorte súbita da companhia,de acordocom ainformaçãodoSebrae (Serviço Brasileirode ApoioàsMicro e Pequenas Empresas).

Oconsultor da entidade, Jorge Luiz Pereira da Rocha, diz que muitos empreendedoresdiminuem ospreços porcausada concorrência ou trabalham com números aproximados."O preçode venda, calculado com base no achômetro, cheio de números mágicos, leva o empresário a pensarque onegócio estáindo bem", adverte. Página 13

Rio, mas reformou a estrutura em São Paulo e espera faturarR$30milhões em2002. "Diversificar o menu nos ajudoua crescer",diz odiretorgeral da franqueadora IRB, Jorge Aguirre. Página 11

penderdoSPB.O custoda transferência eletrônica também tira o sono de muitos empresários. Algunsbancos jásinalizaram queo custoda compensação eletrônica deverá variar segundoo cliente e o valor da transferência.

Matéria de Adriana Gavaça e Roseli Lopes na página 7

Setor de papel e celulose mantém ritmo de crescimento

A indústria de papel e celulose já dobrou de tamanho duasvezesnasduas últimas décadas. E a previsão é de continuar crescendo nesse ritmo nospróximosanos, segundoprojeção daBracelpa, entidadequerepresenta asempresasdo setor. Neste ano,a produçãodeverácrescer cerca de 4,5%. Página 12

Ao comprar ações, investidor deve observar dividendos

Apesardomau momento em que se encontra o mercado de ações, os investidores que escolherem com algum cuidado ospapéis podemfazer bom negócio a longo prazo,de acordocomanalistas. As empresas que distribuem regularmente dividendos aos seus acionistas são a melhor opção para quem quer formar um patrimônio. De todo modo,deve-se checarosnúmeros com cautela. Página 9

Atração pelo centro da cidade revitaliza a região

Obras na Praça do Patriarca fazem parte do corredor cultural da região central

Apesar datransferência de algunsdepartamentos para áreas maisnobres,grandes bancosainda conservam as raízesno centroda cidade.E váriasempresas, em especial na área de telecomunicações e telemarketing, estão chegando à região, atraídas pelas facilidades de transporte e infra-estrutura. Isso está gerando projetos de revitalização. No próximo anodevem chegar US$ 100 milhões do BID, destinadosa projetos culturais no Centro. Última página

Jorge Aguirre, da Pizza Hut, que tem os mesmos donos que o KFC: a diversificação do menu ajudou a rede a crescer

Exportadoras pagam salários maiores

Estudo mostra que os trabalhadores de empresas que atuam no mercado externo ganham 90% a mais do que os outros

Os funcionários de empresas exportadorasganham, em média, 90% a mais do que os empregados de firmas que não vendem aoExterior. Os trabalhadores deexportadorastambém ficammaistempo na companhia e tem nível de escolaridade superior. Além disso, as empresas que exportam empregam mais.

As conclusões fazem parte do estudo "Determinantes das Exportações Brasileiras: Nov asEvidências", feitopelos pesquisadores Jorge Saba Arbache,da Universidade de Brasília (UnB), e JoãoAlberto De Negri, Instituto de PesquisaEconômica Aplicada (Ipea), fundação pública vinculadaao MinistériodoPlanejamento.

junto dedadosdosMinistérios do Trabalho e do Desenvolvimento, Indústriae Comércio Exterior edo Instituto Brasileirode Geografiae Estatística (IBGE) entre 1996 e 1998 –uma amostra de31 empresas industriais, de todos ossetores, e 5milhões de trabalhadores.

As firmas que exportam também empregam, em média, um número maior de funcionários

"Isso mostra que as empresasexportadorasnãosão as queempregamos trabalhadores menos qualificados e vendem apenas produtos de menor valor agregado, como se poderia esperar de um país como o Brasil",afirma Arbache. "É comosedestinássemos os melhores recursos locais paragarantir competitividade internacional".

O estudo analisou um con-

De acordo coma pesquisa, um trabalhador deuma empresa exportadora ganha, em média,R$ 9.562 por ano.O defirmas comuns recebe apenas R$ 5.036."Vale notar que o maior salário médio das exportadoras vai contra a alegação comumente levantada em fóruns internacionais de que o Brasil se valeria de social dumping (isto é, que pagariasaláriosbem abaixo da média de mercado)para ganhar competitividade no mercado externo", diz o estudo. Odocumentoressalta que essa disparidade pode resultar de diferenças de educação, gênero, idade e região do País, "dentre outras variáveis que afetam a determinação desalários". Mas, segundo a pesquisa, essa diferença tambémpode serfrutode "prêmios" pagos pelas empresas

exportadoras. "Esse prêmio resultaria de fatores como a estrutura de mercado e ativismo social. As firmas exportadoras valorizam maisas variáveis de capital humano, sugerindo que elas dependem mais qualidadee eficiência", avalia o estudo, que diz ainda que saláriosmaiores podemaumentar osníveisde produtividade."Pode ser ainda que as exportadoras tenham mais elevado nível tecnológico esejam maiseficientes, o queaumentaria a produtividade marginal e, porconseguinte, osalário médio".

Um indicativo desse maior nível tecnológico, segundo Arbache, pode ser o grau de escolaridade, que é maior nas firmas quenegociam como mercado internacional. O tempo médio de estudo, nesse setor, é de7,7 anos – nas outras firmas é de 6,7 anos. "A

Brasil compete só com empresas, e não com setores, no Exterior

"A competitividade brasileirano Exteriornão estáassociada às indústrias, e sim a características particulares de cada empresa instalada no País".Segundo Jorge Saba Arbache, daUniversidade de Brasília (UnB), essa é uma das constatações do estudo "Determinantes das ExportaçõesBrasileiras: NovasEvidências". "Isso vaicontra tudo o que vem sendo falado ultimamente", diz ele.

Arbache afirmaque,no Brasil, não existem setores econômicos naturalmente voltados às vendas externas.

"Uma empresa não tem automaticamente mais vantagem do que outra apenas por ser do setor de recursos naturais, por exemplo, em que o Brasil tradicionalmentetem mais vantagem no Exterior. O efeito da indústria é limitado".

Paraele, essacompetitividade depende daempresa. "Espera-seque indústriasparecidasvendamde maneiras parecidas, mas não é o que acontece".

O governo, afirma Arbache, não está totalmente a par dessas características. "É preciso entender que ascoisas acontecem muito mais no nívelmicro,doqueno macroeconômico", diz.E épreciso conhecer isso paraelaborar uma política industrial adequada". Para ele, o governo deveria sebasear em exemplos práticos de empresasque têmconseguidose colocar no mercado internacional para, então, desenvolver políticasvoltadas aossetores dosquais essascompanhias fazemparte. "Por exemplo, a indústria aeronáutica brasileira vendelá

fora.Éuma fato.Essaindústria seria forte candidata para receber umapolítica industrialpara potencializar suas vendas",afirma."A idéia é partir de critérios objetivos, é preciso verquem éeficiente. Tudobem quevocê acaba ajudandoquemjá é ganhador, mas, com isso, consegue alavancar as exportações e gerarrecursos,que podem, eventualmente, ser usados em outros setores".

Nesse sentido, diz Arbache, fazerpolíticas deestímuloàs exportações voltadas para as micro e pequenas empresas é "inócuo". "Amenosque se organizem em cooperativas, essasfirmas, deformageral, sãopouco competitivas". Isso porque, explica, o tamanho influi no ganho de escala, que é fundamental para reduzir custos. (GN)

exigência é por trabalhadores mais qualificados", afirma. Entreasexportadoras, também é maior o tempo de permanência dos funcionários: de 60,6 meses, frente aos 37,3 meses das demais empresas. "Isso favoreceaacumulação de capital humano e reduz os custos de treinamento, atração e demissãode pessoal", diz o estudo.

"Ou seja, asempresas exportadoras precisamde mais produtividade e mais qualidade para competir internacionalmente.Por isso, tam-

bém precisam dosmelhores trabalhadores", diz Arbache. "Éa combinaçãode maisescolaridade, mais tecnologia, mais estabilidade e mais produtividade, o que permite ter umaestruturade custos enxuta,mesmocom salários um pouco maiores".

Multinacionais – Se as empresasnacionais que atuam no mercadoexterno pagam melhores salários do que as demais firmas, as exportadoras multinacionais que atuam no País oferecem rendimentos ainda maiores. A média anualédeR$ 18.886 por ano,praticamente odobro dasexportadoras brasileiras. De acordo com o estudo,issopode ser explicado, também, pelomaior nívelde escolaridade exigidopelas companhias estrangeiras. A média deestudo, nessasempresas, é de 9 anos.

Mais vagas – Além depagarem melhores salários, as

empresas exportadorastambém empregammais. Amédia de trabalhadores éde 360,4 por firma, enquanto, entre as companhias que não exportam, amédia está em 62,3. Nas multinacionais que atuam no Brasil, a média é de 761,5, mostra o estudo. Entre as 31 mil empresas analisadas noestudo, a maior exportadora tinha em seusquadros 32,9 mil funcionários, enquanto a maior firma não exportadora tinha apenas 4,7 mil.

Segundo Arbache, isso aconteceporque, hoje,oganho deescalahojeéum dos principais fatores determinantesque fazemuma empresaatuar nomercadointernacional. "A escala é muito importante paravenderinternacionalmente. Tende a reduzir os custos e empurrar a competitividade", diz.

Giuliana Napolitano

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Fipe já admite que a alta do dólar pode pressionar

A Fipe, tradicionalmente otimista quando a análise envolve repasse de dólar para os preços, já demonstra preocupaçõescom o atual nível da taxa decâmbio.Na quintafeira, odólarultrapassou a barreira psicológica dos R$ 3,00 e, na sexta, fechou em R$ 3,015 para venda.

Para o professorde economia da USPe coordenadoradjunto do Índice de Preços ao Consumidor(IPC-Fipe),

Juarez Rizzieri, se o dólar continuar neste nível, a justificativa do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) paraa reduçãoda taxade jurosna suareunião de julho,de 18,5%para 18% ao ano, de que não estava hav endorepassecambial para os preços, pode acabar sendo desbancada.

De acordo comRizzieri,o único caminhoque ogoverno tem agorapara tentar amenizar a pressão que o câmbio vem sofrendoseria a formalizaçãode umoutro acordo com oFundo MonetárioInternacional (FMI).

"Masatémesmo umacordo com Fundonãoterá,desta vez, a mesma força que teria em uma outra época não eleitoral,umavez queosprincipais candidatos à sucessão presidencial não concordam comaformalizaçãode um novo acordo", afirma oeconomista da Fipe.

Gás – Para Rizzieri, o câmbio, por ser livre, é hoje o sensor de risco da economia. E comotemde cumprir uma trajetória econômica até o fim do ano e tentar garantir uma transição presidencial tranqüila, o governo,diz Rizzieri, já deveestar olhando para alguns produtos que podem ter seus preços adminis-

IPC vai de 0,27% para 0,43% em São Paulo

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC),da Fipe,subiu para 0,43%na terceiraquadrissemana de julho. O indicador ficou no teto dasprevisões dosanalistas, queoscilavam entre 0,35%e 0,45%,e bem acimadoregistrado nasegunda prévia do mês, de 0,27%.

Segundo a Fipe, a alta foi provocada porpreços administrados e também por produtos alimentícios.

Noperíodo, ogrupo alimentação registrou a maior inflação,de0,98%, seguido por despesas pessoais (0,65%), que subiuem razão das férias escolares. Transportes teve alta de 0,04%; habitação, 0,29%; saúde, 0,27%; vestuário, 0,03%; e educação, 0,29%. (AE)

trados para tentar neutralizar uma possível inflaçãoalta "o que ele já está tentando fazer com o gás de cozinha".

"Porisso,ele(o governo) deveriafazer tambémalgum tipo de acordo com a Petrobras, que poderia absorver impactos dodólar em troca, se necessário, dealguns subsídios. Até porque,se a inflação espichardemais,aindexação setornaráinevitável", diz Rizzieri.

O coordenador da Fipe ressalta, que apesar da desvalorização cambial, ainflação encontra-se aindacontida porque as empresas não têm conseguido repassar aaltado dólar para os preços por causa da baixa renda da população. Por outro lado, lembra, o governo tem se esforçado para cortar gastos. (AE)

Com recuperação externa, setor de papel espera crescer

A indústria de papel e celulose já dobrou de tamanho duasvezesnasduas últimas décadas. E a previsão é de continuar crescendo nesse ritmo nos próximos anos, declarou o presidente do Sindicato e da Associação Brasileira das Empresas de Papel e Celulose (Bracelpa), Osmar Elias Zogbi, que tomou posse na segunda-feira passada. Segundo Zogbi, osetor vai encerrar 2002comumfaturamento daordem deUS$ 7 bilhões. Em 2001, o setor movimentouR$ 14,2bilhões.A produção anual de celulose deve crescer cerca de 4,5%, atingindo os 7,5 milhõesde tonelada. Ade papeldeve apresentar uma expansão menor, de3%,chegandoa 7,5 milhões de toneladas. No primeiro semestre, o crescimento de produçãofoi dessaordem. Zogbiestima que o resultado serámelhor no segundo que sazonalmente costuma ser mais forte, com a celulose registrando um aumento entre 4,5% e 5,5%.

A expectativa é de que a produção registre um salto de 20% em 2003. Quatro empresas estãoaumentando a produção no segundo semestrede2002(deagosto adezembro): Aracruz, Votorantim, Ripasae Riocel. Em 2003,a produçãoatualterá

um acréscimode 1,5milhão de toneladas de celulose. Um dos motivos do crescimento éa recuperaçãodo preço do papel eda celulose no mercado internacional. Asexportações também devem crescer, diz Zogbi. Para este ano, a previsão é de que as vendas externas fiquem em US$2 bilhões.Para 2003,espera-sequeatinjamUS$ 2,5 bilhões."O aumento será proporcionadopelosalto da produçãoe pelarecuperação do preçoda celuloseno mercado internacional".

Superávit – O setor de papel ecelulose éumdosmaiores geradores desaldo comercial do País. O superávit da balançacomercial daindústria éda ordemde US$1,5 bilhão."O saldo totalbrasileirodeveser de US$ 5 bilhões neste ano,

portanto, o nosso é bastante representativo", ponderou Zogbi. Por isso, o empresário também demonstrou preocupação em relação à Área Livre de Comércio dasAméricas (Alca). "A implementação de uma política industriale a efetivaçãodareforma tributáriasãopré-condições para queoBrasil assineo acordo da Alca",destacou. "Sóassim o produto brasileiro terá preço competitivo".

Zogbi disse que ele e a nova diretoria da entidadevão investir na participação do setorem fórunsinternacionais de floresta,papel ecelulose e

nas negociaçõesnaOMC (Organização Mundialdo Comércio).

O setor de papel e celulose é compostode 220 empresas, distribuída por16estados,e emprega 100 mil trabalhadores,alémdosocupados na área florestal. "Os investimentosanuaisdo segmento estão em torno de US$ 1,2 bilhão edevem permanecer nesse ritmo", disse Zogbi. Esses recursos são direcionados a aquisição de terras, reflorestamento, compra de equipamentos, preservação de meio-ambiente e marketing.

Teresinha Matos

Morre o economista

Rudiger Dornbusch

O economista Rudiger Dornbusch, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), faleceu na quinta-feira, aos 60 anos, vítima de câncer.

Dornbusch, professormestre de Economiae Administração Internacional do MIT,é autordeuma sériede livros sobre finanças e comérciointernacional e ficou conhecido após prever a crise do Méxicoem 1994.Emmarço, causoupolêmica aodefender

BOLSA ELETRÔNICA DE COMPRAS

que uma equipe de especialistas estrangeiros comandasse a economia argentina. "Rudi foia pessoaque nos trouxe à era moderna", disse Paul Krugman, professor de economia da Universidade de Princeton. (AE)

Encontram-se abertas na Bolsa Eletrônica de Compras, do Governo do Estado de São Paulo, as seguintes Ofertas de Compras: Dispensa de LicitaçãoInicioCidadeNatureza da Despesa

090166000012002OC000265/8/2002FERRAZ DE VASCONCELOSMATERIAL DE CONSTRUCAO

080309000012002OC000025/8/2002I TA P E T I N I N G AMOBILIARIO EM GERAL

080262000012002OC000325/8/2002SAO PAULOSUPRIMENTO DE INFORMATICA

080262000012002OC000335/8/2002SAO PAULOSUPRIMENTO DE INFORMATICA

280102000012002OC000125/8/2002SAO PAULOOUTROS MATERIAIS DE CONSUMO 090139000012002OC000095/8/2002SOROC ABA/SPEQUIPAMENTOS PARA INFORMATICA Co nv i teInicioCi d a d eNatureza da Despesa

180299000012002OC0001130/7/2002BAU RUOUTROS MATERIAIS DE CONSUMO

180299000012002OC0001230/7/2002BAU RUPECAS DE REPOSICAO E ACESSORIOS

090182000012002OC0006130/7/2002BAURU - SPOUTROS MATERIAIS DE CONSUMO

090182000012002OC0004130/7/2002BAURU - SPSUPRIMENTO DE INFORMATICA

180295000012002OC0005830/7/2002BEBEDOUR OSUPRIMENTO DE INFORMATICA 180288000012002OC0000930/7/2002BRAGANçA PAULISTA - SPPECAS DE REPOSICAO E ACESSORIOS

180289000012002OC0001130/7/2002CASA BRANCASUPRIMENTO DE INFORMATICA

180289000012002OC0001030/7/2002CASA BRANCAPECAS DE REPOSICAO E ACESSORIOS

180147000012002OC0000130/7/2002FERNANDOPOLISMAT.DE ESCRIT.PAPEIS EM GERAL E IMPRESSOS

380120000012002OC0005430/7/2002FRANCO DA ROCHAOUTROS MATERIAIS DE CONSUMO

380187000012002OC0002230/7/2002G UA RU L H O SOUTROS MATERIAIS DE CONSUMO 090144000012002OC0004430/7/2002ITU/SPOUTROS EQUIPAMENTOS E MATERIAL PERMANENTE

180294000012002OC0001930/7/2002RIBEIRAO PRETOMAT.DE ESCRIT.PAPEIS EM GERAL E

180294000012002OC0001830/7/2002RIBEIRAO PRETOSUPRIMENTO DE INFORMATICA

180294000012002OC0002030/7/2002RIBEIRAO PRETOOUTROS MATERIAIS DE CONSUMO

Redutores

180176000012002OC0000630/7/2002SAO PAULOGENEROS ALIMENTICIOS 180175000012002OC0007030/7/2002SAO PAULOOUTROS MATERIAIS DE CONSUMO 130125000012002OC0002630/7/2002SAO PAULOOUTROS MATERIAIS DE CONSUMO

180185000012002OC0004130/7/2002SAO PAULOSUPRIMENTO DE INFORMATICA

180116000012002OC0005830/7/2002SAO PAULOMAT.DE ESCRIT.PAPEIS EM GERAL E IMPRESSOS

180175000012002OC0007130/7/2002SAO PAULOMATERIAL DE CONSTRUCAO

180337000012002OC0001330/7/2002SAO PAULOSUPRIMENTO DE INFORMATICA

180152000012002OC0007930/7/2002SAO PAULOSUPRIMENTO DE INFORMATICA

180168000012002OC0005830/7/2002SAO PAULOMAT.DE ESCRIT.PAPEIS EM GERAL E IMPRESSOS

180124000012002OC0001330/7/2002SAO PAULOSUPRIMENTO DE INFORMATICA 130128000012002OC0001530/7/2002SãO PAULOSUPRIMENTO DE INFORMATICA

180284000012002OC0003230/7/2002SAO SEBASTIAOOUTROS MATERIAIS DE CONSUMO

180246000012002OC0002130/7/2002SER TAOZINHOSUPRIMENTO DE INFORMATICA

180298000012002OC0003230/7/2002SER

TÃOZINHOPECAS DE REPOSICAO E ACESSORIOS

180106000012002OC0008030/7/2002SOROC ABASUPRIMENTO DE INFORMATICA

180285000012002OC0004630/7/2002TAU

Sistema de pagamentos ainda preocupa

O comércio vai ser um dos setores da economia mais atingidos com o rebaixamento do piso, para R$ 5 mil, das transferências eletrônicas do Sistema de Pagamentos Brasileiro, SPB, que chega à sua fase mais crítica, a partir de agora. Parte do comércio ainda tem dúvidas sobre o sistema e quanto às tarifas que os bancos vão cobrar.

Comércio e indústria terão um grande desafio pela frente a partir desta segunda-feira, quandoos pagamentos acimadeR$5 mildeverão ser feitos prioritariamente através detransferências on-line e em tempo real.

Amudançaainda assusta lojas eempresasque temem um buraco no fluxo de caixa, aumentodedespesase vai atenção redobrada às finanças do estabelecimento, a partirda chegadaà fasefinal da implantaçãodo Sistema de Pagamentos Brasileiro, SPB, em estudo há 20 anos. Alguns lojistas reclamam ainda da falta de informações. "Não nos informaram quanto irácustar onovo sistema. Estamos preocupados", diz Rosemeire Ribeiro

Gregório,gerente doDepartamento Financeiro da Baco’s, loja especializadana venda de vinhos.

Fluxo de caixa – O problema de adequar o fluxo de caixaao novosistemaéqueas empresas aceitam em geral três tipos de pagamentos para asvendasque realizam:em dinheiro, cheque ou cartão de crédito.

Odinheiro recebidopelas lojas ainda será possível depositar a tempo de cobrir a emissão de uma Transferência EletrônicaDisponível, chamada pelos bancos apenas por TED, quevai sero principalinstrumento do novo sistema. Em último caso, oslojistas dizem que anteciparão afaturado cartão de crédito.

Semtroca – Com osche-

ques oproblemaéque eles não poderão ser trocados nos bancose nãoserãocompensados ao mesmo tempo que a TED. Resultado:umburaco no fluxo de caixa, que para ser coberto poderá custar caro. Drogarias, postosde gasolina, supermercados, lojas de confecção,calçados, perfumes e CD’s serão as maiores atingidas com o novo piso. Isso porque recebem pelas vendas cheques com valor inferiora R$5 mil,quecontinuarão sendocompensados pelo Banco do Brasil, demorandoatédois diasparaficar disponível na conta corrente. Noentanto,terão depagar a seus fornecedores grandes somas, que passarão a sair on-line e em tempo real da conta. Cheques – A entrada em

vigordaTED não significa, porém, que os cheques acima de R$ 5mil serãoabolidos. Eles continuarãosendo aceitos,mas estarãosujeitos ataxas salgadas,porque osbancos também estarão sujeitos à taxação do Banco Central. Alternativas – Para driblar essas dificuldades alguns empresários já estão criando alternativas, como dividir o pagamentoparaos fornecedores emchequesinferioresa R$ 5 mil.

"O jeito será pagar as distribuidoras com mais de um cheque",diz FabianoBonalume, gerente-geral de uma redede oitopostos degasoli-

Melhor é negociar as taxas com bancos

O custo da Transferência Eletrônica Disponível, TED, mais do que qualquer outra coisa, trazpreocupação para o comércio. A partir desta segunda-feira,ovarejo, assim comooutrossetores da economia, vãoprecisar negociar nosbancosdos quaissão clientes o valor da TED, se nãoquiseremarcar com taxaselevadas. Muitos bancos jásinalizaram queo custoda compensação eletrônica deverá mesmo variar de acordo com o cliente e o valor da transferência feita.

Cada cliente terá um atendimento eum valorpara a TED diferenciados, afirmou na semana passada ao Diário do Comércio a assessoria de comunicaçãode um grande banco. Aregradecobrança diferenciada valeespecialmente para os clientes pessoa jurídica.

Tarifasaltas– Assim, um cliente commuitos negócios num banco pode ficar isento dopagamento daTED.Já aquele correntista que não usa muitosserviços e movimenta baixos volumes corre orisco depagarumataxa mais salgada. Mas não é só isso. Apesar de o diretor de Política Monetária do Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo, ter

afirmado nomês deabril, quando o novo Sistema de Pagamentos Brasileiro, SPB, entrou em vigor, que as tarifas da TED deveriam ser menores do que as cobradas pelo DOC,nãofoiissoo que os bancos mostraram.

Na semana passada, as tarifas apuradas pelo Diário do Comércio em alguns bancosvariavam de R$ 8 a R$ 11 para as transferênciasfeitaspessoalmente nas agências, e de R$ 3,50 a R$ 5,40 nas transferências via Internet. Valores idênticos aoscobrados, por muitos bancos, pelo DOC. Semsentido – Para odiretor de Operações do Banco Central, Radjalma Costa, "não fazomenor sentido os bancos cobrarem pela TED o

mesmo valor pago pelo cliente na remessa de dinheiro via DOC". Segundo Costa, o custoda compensação com o novosistema depagamentos é menorpara os bancos. O que justificaria a redução. Atéa semana passada, no entanto, essa redução ainda não havia chegado às agênciasbancárias.A Federação Brasileira das Associações de Bancos, Febraban, prefere não falar do assunto. Novo piso – Para a Febraban, o valor das tarifas cobradas élivre, seaplicando também àTED. Portanto,cada instituição teria direito, segundo a Federação, de cobrar aquilo quequiser, desdeque respeite o limite máximo imposto pelo Banco Central.

ATEDéuma opçãoparaa transferência de recursos. O novo piso para sua utilização, que passa a valer a partir de hoje, é de R$ 5 mil. Todas as transferências com valor igual ou acima desse teto passarão a ser feitas de forma eletrônica e em tempo real. Custoparao cliente– Os chequesnesses valorespoderãocontinuar sendousados. Mas podem sair mais caro para o correntista. É que a partir de 7 de agosto,o Banco Central passará a cobrar dos bancosum depósito compulsório sobre o total de documentos comvalor acima deR$ 5 milliquidados fora da TED, pelo sistema tradicional.

O banco, por sua vez, tende a repassar esse ônus para seus clientes.Foiaforma encontrada pelo BC para que todos os documentos com valore elevados migrem para o sistema eletrônico de transferência de reservas.

Vantagem – Os clientes corporativos do Lloyds, por exemplo, vão ficar isentos, pelo menos por enquanto, do pagamento da TED nas transferências de valores iguaisou acimadeR$ 5mil, segundo Elói Fortes, responsável pelo SPB do banco. Outros bancos devem fazer o mesmo, diz Fortes.

Primeiros estudos remontam a 1982

na, concentrada na Zona Leste da Capital. A redecompra emmédia R$ 40 mil de gasolina por dia, através decheques. Ao mês cada um dos postos fatura cerca de R$ 400 mil, em valores "picados", diz Bonalume. Alémde odinheiro sairna hora da conta, os empresários reclamam ainda do custo da TED.Enquanto opiso estava emR$ 50mil, atésextafeira, o valor médio cobrado pelos bancos para efetuar a transação era de R$ 10.

Inviável– "Essevalor ésuperior a um DOC. Se tivermos que pagar esse valor para cada TED que fizermos ficará inviável", diz Rogério Darccin,gerente da Área Financeira da Camil Alimentos. A empresa já vinha operandocom aTED,masapenas para efetuar transferências entreosdez bancosemquea empresa possui conta. E, também, para transferir recursosparaas filiais noRio Grande do Sul e Ceará.

Tarifa menor– " V ín h amos fazendo em média de 5 a 6TED’s aodia.Isso aocusto de R$ 10", diz Darccin. Para os fornecedores,a Camil continuava emitindocheques. "Agoraestamos enviando cartas aos bancos exigindo uma tarifa menor, para que possamos usar a TED também com nossos fornecedores", diz.

Ofluxo decaixa nãopreocupa a Camil porque ela também passará a receber de seus clientes através da TED.

Rede Drogão emite cartão próprio para reduzir custos

A rede de drogarias Drogão, com 43 unidades em São Paulo, encontrou uma maneira de diminuir os custos com o novo Sistema de Pagamentos Brasileiro, SPB. Há um ano e meio ela intensificou a emissão de cartões próprios a fim de adequar o seu fluxo de caixa,com um maior númerodepagamentosfeitos eletronicamente, que passarãoa serfeitos pela rede a partir desta segundafeira, para opagamento de fornecedores. Nessecurto espaço tempo a rede jáconseguiu emitir 850 mil cartões para os seus clientes.

"Estamosbem otimistasde que conseguiremos nos adequar com tranqüilidade ao novo sistema", diz Nelson de Paula, gerente de Marketing

da Drogão.

Outra medida adotada pela empresa foi abolir orecebimento decheques pré-datados.Em troca,aredeparcela em até três vezes a compra feitasatravés docartão emitido pela loja.

A Drogão tem realizado ainda simulaçõescom ocaixa, já dentrodas exigências do Sistemade PagamentosBrasileiro, SPB."É uma formade prepararmos nossos funcionários", dizo gerentede Marketing.

Mas Nélson de Paula reclama, porém, que o custo da Transferência Eletrônica Disponível, TED, poderá torná-la inviável, caso os bancos não decidam baixara taxa. "Tem tudo para darcerto,mas dependerá dos bancos", diz.

As regras do SPB e o que muda no seu dia-a-dia

O novoSistemade Pagamentos Brasileiro,SPB,é uma alternativade transferência ao sistema tradicional. Pelo SPB as transferências de valores iguais ou acima de R$ 5mil –pisofixado pelo Banco Central – passam a ser feitaseletronicamente eem tempo real, via Transferência Eletrônica Disponível, TED.

ráarcar comuma taxa extra cobradapelobanco pornão utilizar a TED, porqueos bancos, nestes casos, serão penalizados com um compulsório pelo BC. Quem estará sujeito a essa taxa é sempre quememitiu ocheque enão quem recebeu.

Reestruturação – Só quea idéia precisou esperar pela reestruturação completa do sistema financeiro nacional –com saneamento e venda de bancos públicos e intervenções em grandesgrupos privados – além de enfrentar seis planos econômicosaté ogoverno conseguircontrolara inflação.

"Entre 1982 e 1984, quando sefalouno assuntopelaprimeira vez, logo se viu que o

Vinte anosde espera, prejuízos aos cofrespúblicos de mais deR$ 60 bilhõesem valores históricos para sanear bancosestaduais eoutros R$ 20bilhõesparasocorrer instituições privadas. Novidade para a população em geral, o Sistema de Pagamentos Brasileiro, SPB,que entrana suaprincipal fasea partirdo rebaixamento do piso para R$ 5 mil nesta segunda-feira, é um assunto antigodentro do Banco Central, BC. Os primeiros estudos para tratar de algo parecido datam de 1982.

desenho do sistema financeiro da época não permitia avançar em algodo gênero",

lembra Luís Gustavo da Matta Machado, funcionário de carreira do BC que chefia o Departamento deOperações Bancárias, o coração do SPB. Estaduais – E o motivo era simples: entre outras coisas, o sistema tinha dezenas de bancos estaduais que volta e meia fechavamo caixanovermelho e apresentavam patrimônio negativo. A idéia de evitar que bancos

falidos deixassem a conta a ser pagano BC não deslanchava. Ao contrário, o governo criou um programa de socorro para bancos privados, Proer, que consumiu, em valores da época, mais de R$ 20 bilhões. Aversãopública para sanear as instituições estaduais, Proes, custou aindamais caro: R$ 60 bilhões. Nesse período o BC estimulou a vinda de grupos estrangeiros para adquiririnstituições emdificuldade no mercado.

• TED: Coma TED, o dinheiro vaisairdacontado cliente instantaneamente e depositado no conta do favorecido no mesmo dia. Hoje, o DOC entra na conta do favorecido no dia seguinte.

• Contas correntes: As contas correntesnãopoderão mais ficar negativas, sob o riscodea transaçãoserrecusada.Olimite dochequeespecial servirácomoreserva para as contas e vai continuar sendo considerado como saldo para efeito de compensação.

• Cheques e DOC: Os chequese DOCpoderão continuar sendo usados,mesmo para valores acima do piso de R$ 5 mil. Mas o cliente pode-

• Pré-datados: Os cheques pré-datados com valor igual ou acimado tetode R$5 mil poderão serdepositados sem nenhum problema por quem tiver esses documentos em mãos. Os bancosnão podem cobrar nenhuma taxa de quem depositaem suaconta corrente um cheque acima de R$ 5 mil, diz o BC.

• Contas de consumo e de cartão de crédito: Nada muda. Poderãoser pagasem bancos,aexemplodo queé feitohoje, viachequeou DOC, alémdo débito automático.

• CP MF : Nada muda na cobrançada CPMF,queserá paga pelocliente tambémna TED. A exceção é para as transferências entre contas de mesma titularidade.

Adriana Gavaça e Roseli Lopes
Darccin, gerente financeiro da Camil: custo de R$ 10 para cada TED é inviável
Dudu Cavalcanti/N-Imagens

Na ante-sala da recessão econômica

Depois de ouvir 1.220 indústriasa respeitodonível de demandadosetor,a Fundação Getúlio Vargas concluiu quea economia brasileira estánaante-sala de uma recessão. Ao lado de enfraquecimento da atividade industrial e do aumento do desemprego, a maior procura das classes de menor renda pela poupançatambém podesercitada como indício de uma desaceleração da economia brasileira.

Ainda não existem pesquisas a respeito,masos bancos já identificam maior disposição dequem ganhamenos em guardar dinheiro na poupança. Na Caixa EconômicaFederal, porexemplo, cercade60% das contas de poupança têmentre R$ 1 mil eR$ 3 mil aplicados.A derrocada dos fundos de investimento com as perdas registradas desde maio e o aumento do número de postos de captação de poupança da Caixa (os correspondentes bancários) contribuem para atrair pequenos investidores. Mas, em grande parte, é o temor de uma piora na economia que levaquem ganha poucoapouparem vez de gastar.

Medo de mudanças

Parao economistaEmílioAlfieri, daAssociação Comercial de São Paulo, é a reação naturalao riscoque leva as pessoas a poupar neste momento. É o medo de mudançasbruscas no rumo da economia. Pesquisa feita em 1999 pela Associação Brasileira das Empresas de Crédito Imobiliá-

rio e Poupançajá mostrava que a maiorparte dos poupadores das classesD e E guardava dinheiro para evitar gastá-lo, pensando emter reservasparamomentos mais difíceis. Parece que é o que está acontecendo agora.

Ainda não há recessão

Alfieri, como a FGV, ainda não vê um cenárioque caracterize recessão. A economia brasileira apenas não temapresentado oritmo de recuperação que se esperava.E não estará em marchaàré enquantoalguns indicadores, como os de vendas no varejo, estiverempositivos.No acumulado de julho,até o último dia 24, as vendas a prazo tinham alta de 4,2% sobre igual período no ano passado em São Paulo, segundo a Associação Comercial. Alémde mostraremmelhora devendas, asconsultasaoSCPC indicamquea queda da confiança do consumidorno futurodaeconomia não é dramática, pelo menos por enquanto. Ainda há tempo para a economia brasileira afastar o risco da recessão. Mas isso vai depender principalmente dofimdacrisede confiança que abate a economia americana e da habilidadedo Banco Central para fazer o dólarvoltar a umpatamar razoável.Enquanto os consumidores ouvirem todos os dias notícias sobre dólar a R$ 3, quedas nas bolsas e suas conseqüências negativas sobre a economia, muitos devem trocar o consumo pela poupança.

OPINIÃO

Marco Aurélio Bedê*

Dólar a R$ 3 afeta pequenos

As cotações dodólar na casados R$3 prejudicam pequenas empresas que trabalham cominsumos importados. A alta da moeda americanaafeta diretamente muitas pequenas empresas que trabalham com produtosquevêmde outros países, cotados em dólar, como farinha de trigo, adubos agrícolas e combustíveis.

Empresas de factoring compram menos crédito

As empresas de factoring, assimcomo osbancos,tambémestãomaisrigorosas na hora de selecionar clientes e de comprar os créditos resultantes de vendas feitas por essas companhias. O resultado já é visível:encolhimento no valormédio compradopor mês e aumento da taxa cobrada para a compra. Até maio,as 740empresas de factoring autorizadas para atuar no País compravam em média R$ 2 bilhões ao mês. A partir dejunho, essevolume começou a diminuir para R$ 1,6bilhão. Noano passado o segmento registrou faturamento de R$27 bilhões. A expectativa agora é de que no máximorepetir esseresultado em 2002.

Piora econômica – "A situaçãoeconômica começou a piorar a partir de junho, com o aumento do riscopaís, por conta das eleições, e, em julho, com as fraudes nos balanços de empresas americanas, queserviram paraaumentar a desconfiança geral e

para diminuirasvendasinternamente", dizLuís Lemos Leite, presidente da Associação Nacional das Empresas de Factoring, Anfac.

A crise também pesou sobreo preço cobrado pelas empresas de factoring.A compra dos créditos que as empresas têm a receber a prazo é feita mediante à cobrança detaxade,em média, 4,10% ao mês.

Evolução –Em janeiro,a taxa médiaera de 3,90% mensais sobre o total comprado. Esse custo chegou a cair para3,81% em maio,mas voltoua subir em junho para 3,93% e, em julho, para 4,10%.

18,5% para18%, peloBanco Central,pouco deverácontribuir para uma mudança na taxa praticada pelas empresas de factoring.

O segmento espera faturar R$ 27 bilhões, o mesmo desempenho de 2001

Mesmo assim o custo ainda é inferiorao descontode duplicatas em bancos,cuja média estava em maio em 4,12% ao mês, último dado disponível no Banco Central, BC. Juros – A redução da taxa básica de juros, a Selic, de

O presidente da Anfac diz que ocusto dependede uma série decondicionantes. Primeiro, Leite diz que é preciso descontar quantoa factoring ganharia em uma aplicação financeira ao invés de decidir comprar créditos a prazo. Retorno –Uma aplicação em CDB, por exemplo, tem um retorno mensal deem média 1,2%, que é usado na formação de preço dataxade factoring. "Além disso, há a carga tributária, cujo peso é de em média 1,2% ao mês", explica Leite.

Também para chegar à taxa é precisodescontar oscustos com despesas operacionais (0,8% mensais), para colocar o crédito em cobrança bancária (0,2%) e um porcentual de expectativa delucro menos o risco de inadimplência, de em média 1%. O resultado éuma taxade4,40%. "E as empresas estão trabalhando comumtaxa inferior",dizo presidente da Associação. Clientes – Asempresas interessadas em venderos créditos a prazo para as empresasde factoring têm faturar ao ano de R$ 30mil a R$ 1,8 bilhão. Luís Leite lembra ainda que a operaçãode factoring não

Institutos revisam projeções econômicas

A médio e longo prazos, a altado dólaracabarápressionando ospreços deprodutosimportados oudaqueles que têm seus valores de negociação atrelados ao dólar. Parao Brasil,o ideal seria ocrescimento dasexportações, mas ocenário externo não está propício para importações.

*Marco Aurélio Bedê é consultor do Sebrae em São Paulo

ATENÇÃO

• O mercado financeiro começa a semana tentando descobrir até onde vai a escalada do dólar. Na sexta-feira, o ministroda Fazenda,Pedro Malan,frustrou asexpectativas de que iria anunciar mais um acordo do Brasil com o FMI e o dólar teve o quinto recorde consecutivo. Sem novas medidas, o dólar tende a continuar sem teto.

AGENDA ECONÔMICA

•Segunda-feira: O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio divulga o resultado da balança comercial na quartasemana de julho. No mês, osaldo está positivo em US$ 903 milhões.

•Terça-feira:A FundaçãoGetúlio Vargasdivulga oresultado do IGP-M no mês de julho. É o primeiro índice de inflação referente a julho a ser divulgado.

•Sexta-feira: O IBGE anuncia os dados referentes a julho do Sistema Nacionalde Pesquisade Custose Índices da Construção Civil.

As turbulências do mercado financeiro e a crise de credibilidadede grandescorporaçõesamericanastêm levado institutosdeeconomiaa rever suas projeções para o ano.As revisõesjá vinham sendofeitas nas últimassemanas,antesmesmo deo câmbio avançar e romper e ficar no nível de R$ 3,00.

Apesar da recente escalada, os cenários ainda apontam para uma taxa em torno de R$ 2,60 em dezembro. Uma dasprojeções preparadaspelo Institutode Economia da UniversidadeFederal doRio de Janeiro,contudo, chegaa prevercâmbiode R$3,20no fim do ano.

"Não sepode ficarmudando a projeção a cada nova cotação.Este mercadoémuito volátil", disse oeconomista Hamilton Kai,doGrupode Acompanhamento Econômico do Instituto de Pesquisa Econômia Aplicada, Ipea. Dificuldades – Astaxas de fimde anoaumentarampor causa das incertezas financeiras, da indefinição política e da dificuldade queas empresas estãoenfrentandopara renegociar suas dívidas. Com a redução da rolagem, elas têmdepagar compromissos emmoeda forte e compram dólares.A expectativade redução da taxa até dezembro pressupõe o fim do processo

eleitoral e o fato de que as turbulências internacionaisnão durem até o fim do ano.

O economista-chefe da SociedadeBrasileira de Estudo de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica, Sobeet, Fernando Ribeiro, refez o cenário econômico da entidade.

PIBencolhe– O crescimento do Produto Interno Bruto, PIB,para 2002foi reduzido de 2,2% para 1,9% e o saldo comercial, ampliado de US$4 bilhõesparaUS$ 5bilhões. A taxa do câmbio para ofim deano, entretanto,que havia sido ampliada de R$ 2,55 para R$ 2,65 em maio, foi mantidano mesmonível, apesardo avançodacotação do dólar nos últimos dias.

Segundo Ribeiro, o cenário montado já incluía a possibilidade de repiques da cotação. "Em primeiro lugar, desde o fimdo primeiro trimestre já esperávamosalguma turbulênciano sistema financeirointernacional que viesse a explicitar a vulnerabilidadebrasileira",disse o economista. "Houve um agravamento da conjuntura. Agora, a crise internacional também piorouo cenário para o Brasil", disse o economista Francisco Eduardo P. de Souza, responsável pelo setor de Conjuntura do Instituto. (AE)

Moody’s

se limitaapenas àcompra de créditos."Temos todo um trabalho deprestação deserviços, com visitas periódicas aos nossos clientes", diz.

Riscoavaliado– É nessas visitas,realizadas umavez pormês,que asempresasde factoring têm comoavaliar o risco oferecido pelas empresas."Checamoso caixada empresa e os sacados, a fim de evitar ao máximo sermos vítimas deinadimplência", diz Lemos Leite.

No ano passado,a inadimplência registrada pelasempresasde factoring foide 3,7% do totalfaturado, de R$ 27 bilhões.

Esteano,até oiníciodejulho,esteindicadorhavia subido para 4%. O número embora maior é inferior à média registrada pelo sistema financeiro como umtodo, que chegoua8% emjunho,de acordo com o levantamento efetuadopelo BancoCentral, BC.

rebaixa as notas da dívida da Ericsson

Aagênciade classificação deriscos Moody’sanunciou, na última sexta-feira, o rebaixamento da empresa sueca de telecomunicações Ericsson, abaixo da categoria de investment grade, isto é, "recomendável para investimento".

A Moody’s reduziu as notas dedívidas da Ericsson, que somam US$ 5,2 bilhões, para o primeiro degrau da classificação junk,o que querdizer que os títulos da empresa passam a ser considerados de altorisco.Aagência alertou que pode cortar novamente as notas da Ericsson.

Desafios– A Moody’sinformou queorebaixamento reflete a queda nas encomendas de produtos de telefonia móvel e ainda os desafios que a empresasueca enfrentapara reduzir o capital de giro e a estrutura.

De acordo com operadores do mercadode bônusna Europa, ospapéisda Ericsson têm sido negociados como títulos de alto risco há cerca de um mês. Osbônus em euros da Ericsson, com vencimento em 2006, e cupom de 6,875% estavamsendo negociados a 70% do seu valor de face na sexta-feira.

Os problemascomeçaram há umasemana,quandoa Ericsson anunciou a intenção delançar direitosdecompra deações numafutura emissão deUS$3,25bilhões,ao preço de 3,8 coroas suecas por ação,o querepresentava um desconto de 74% sobre a cotação do papel.

A Moody’s lançou um alerta de quesea operação da Ericsson fracassar, a empresa pode ser novamente rebaixada. (Reuters)

Menor preço pelo mesmo espaço, só no DC

Apenas R$ 36,00 cm/coluna* Maior cobertura pelo menor preço

Adriana Gavaça

Empresas ainda investem no Centro

Grandes bancos e empresas preferem conservar parte de seus negócios na Capital, ajudando na sua revitalização. No próximo ano, por exemplo, os projetos de recuperação receberão mais US$ 100 milhões do BID .

Infra-estrutura completa de serviços, transportefácil, faculdades, bares,restaurantes e centros culturais. Esses têm sidoos principaisatrativospara trazer o paulistano de volta ao Centro da cidade e manter várias empresas de grande porte na região.

Apesardas recentes mudançasdassedes dealguns bancos, como o BankBoston, Bic Bancoe Itaú,para outras áreas, essas empresas continuam mantendo parte de suasestruturas noCentroou estão investindo em ações de recuperação do local.

A principal justificativa paraa mudança de endereço dessas instituições é a falta de

potencialconstrutivo do Centro. Não há terrenos que possibilitem a construção, por exemplo, deum edifício de20 milmetrosquadrados, para reunir todos os departamentos desses bancos em um só local.Para isso,seria necessário ter espaços de, no mínimo, 5 mil metros quadrados,oque émuitoraro, diz Marco Antônio Ramos de Almeida, presidente da Associação Viva o Centro e diretor do BankBoston. Mas outros motivos vêm animando as empresas a permanecerem noCentroda maior metrópole doPaís.A região tem umaextensão de 4,4 km², o que corresponde a

0,5%da áreatotal dacidade. Apesardisso, olocalabriga 40%do setor financeiro. Também é tradicionalmente conhecido por abrigar fóruns, tribunais, escritórios jurídicos e cerca de 60 mil advogados.

Movimento – Passam pelo Centro aproximadamente 2 milhões de pessoas todos os dias. O local é servido por 280 linhas de ônibus, três estações ferroviárias e sete de Metrô. Pesquisa do próprio Metrô aponta que 22% do público que viaja por esse meio de transporte tem como destino a região central. E esse número poderá aumentar. A reformada estaçãodaLuze afutura ligação pelo subsolo com o Metrô deverá elevar o fluxo diário de passageiros de 50 mil para 500 mil pessoas.

A facilidadedechegarao Centroanimaalgumas empresasa permaneceremna região para facilitar a vida dos funcionários e fornecedores.

O Centro fica na frente de outras áreas da cidade em fornecimento de energia e é interligadocomestruturas defibraótica no subsolo.Esses

motivostêm sidosuficientes para atrairempresas detelecomunicações, web-hostings (quefaz a hospedagem de portaise sites na internet), além deprocessamento de dados, de telemarketing e outras de grande porte.

Sem contar que o preço mínimo por metro quadrado de um escritóriono Centroé de R$3,80, contra os R$ 30,60 cobradosna avenida Paulista, por exemplo.

Nova preferência – Na opinião do presidente da Associação Viva oCentro, depois do boom de empreendimentos na Vila Olímpia, as empresas de tecnologia deve-

Revitalização ganha força com o corredor cultural

A Agência deDesenvolvimento Econômico do Centro devereceberaté marçodo anoque vemum aporte de US$ 100milhões do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).

REUNIÃO PLENÁRIA

INFORMAÇÕES, DEBATES E BUSCA DE SOLUÇÕES. Associação Comercial de São Paulo

DIA E HORÁRIO DIA E HORÁRIO DIA E HORÁRIO DIA E HORÁRIO DIA HORÁRIO 29 de julho - 17 horas

TEMA TEMA TEMA TEMA

Análise da Conjuntura

LOCAL LOCAL LOCAL LOCAL

ACSP - Rua Boa Vista, 51 - 9o andar - Plenária

Segundo Nádia Somec, vice-presidente da Emurb (EmpresaMunicipal de Urbanização) eresponsável pelo Pró-Centro, a verba irá para o términoda recuperação docorredor culturalque abrange a rua Xavier de Toledo, Viaduto do Chá, Praças do Patriarca e Dom José Gaspar e oentorno do Teatro Municipal.Asobras chegarão até a Praça da República e o Largo do Arouche, mas ainda sem previsão de início.

Outro objetivo da agência é oferecer incentivospara os empresáriosque investirem naregião central, comodevolução do ISS (Imposto sobre Serviços) e IPTU.

No começo de agosto, uma equipe do BID visitará São Paulo para avaliar os investi-

mentos e as obras que já foram feitas noCentro.Para conseguir o dinheiro, a Prefeituradependeainda da aprovação dos novos senadores, que tomarão posse no ano que vem.

Queixas – Camelôs, falta de limpeza, estacionamentos esegurança sãoasprincipais queixas de empresários que continuam apostandono Centro. Para isso, ela apostamna recuperaçãodealgumas áreas da região.

A Klabin está patrocinando a recuperação do monumento a Carlos Gomes, dentro do programaAdoteuma Obra deArte, da Prefeitura. Já a Votorantim patrocinou a recuperação de partedaPraça Ramos de Azevedo. Outra obraque deve mudar a cara do Vale do Anhangabaúédo GovernodoEstado, que planeja recuperar dez velhoss cinemas da antiga Cinelândia do Centro, e construir uma garagem com 800 vagas no Paissandu.

rão voltar os olhospara o Centro. É o caso da web-hosting .comDomínio, que escolheu a rua Miguel Couto, pertodoVale doAnhangabaú, para sede de sua empresa. O BankBoston,por exemplo, mesmo tendo mudado sua sedepara a avenida Luis CarlosBerrini,na zona Sul, está investindo R$ 20 milhões emumprédionarua São Bentopara abrigaro setorde informática do banco.

OBic Banco,que emudou sua sedepara aavenida Paulista,também manterásua estruturade tecnologiano Centro. Segundo a gerente da divisão de marketingdoBic

Banco, é difícil e caro mudara estrutura de tecnologiae encontrar áreas com suporte de energia e cabeamento.

O diretor-administrativo do Bic Banco, Edênio Nobre, diz quea únicadesvantagem da região aindaé a decadênciadealgumasáreas."É necessária acriação de programas sociais para trazer moradoresparao Centro.Dessa forma, a regiãoperderia o ar de abandono e insegurança". A Universidade Anhembi Morumbi também está investindo no Centro. A principal vantagem da instituição é a proximidade com as linhas de Metrô.

Donosdebarese restaurantes também enxergam a possibilidade deaumentar a freqüencia de seus estabelecimentos à noite, com a inauguração do CampusVale do Anhangabaú, da Anhembi Morumbi, na antigasede do BankBoston, na rua Líbero Badaró.Parao reitordauniversidade, professor Gabriel Mário Rodrigues, trazer estudantes para o Centro é mais um passo paraa recuperação da região.

Centro do Banco do Brasil recebeu 390 mil visitantes

Divulgação/Centro Cultural Banco do Brasil

A recuperação deprédios históricos e a abertura de centros culturais e casas deespetáculos estão dando umnovo perfil para algumas áreas do Centro: o de pólo cultural. Só o Centro Cultural Banco do Brasil, inaugurado a menos de um ano na rua ÁlvaresPenteado, já recebeu 390 mil visitantes. Amédiaé de 1.100 visitas diárias, inclusive nos finais de semana. A grande aceitação se deve, em parte, à política de preços populares, com ingressosde R$ 3,00 a R$ 6,00. O banco investiuR$5 milhõesem2001no seu Centro Cultural e até o finaldo anoserãomais R$7,5 milhões.

calestáatraindo aatenção dos paulistanos. Segundo balanço da Secretaria Estadual de Cultura, em2001 mais de 1,2 milhãode pessoasvisitou o chamado quadrilátero cultural, que fica na região da Estação da Luz e Júlio Prestes.

O Centro Cultural Banco doBrasil ocupa um prédio erguidoem1901eque foi comprado em 1923 pelo Banco do Brasil, mas só em 1927, apósreforma, passoua sero primeiro imóvel próprio do banco emSão Paulo.Hoje, o espaço abriga sala de exposições, cinema,teatro, auditório, salas de vídeo, restaurante, bombonière e café.

Q u a d ri l á t e r o – Outro lo-

A mais badalada é a Pinatecoteca doEstado,que recebeu mais de 700 mil pessoas nas duas mega-exposições: Auguste Rodin e obras de Pablo Picasso e Juan Miró.

A Sala SãoPaulo do Complexo Cultural Júlio Prestes recebeu 270 mil pessoas em diversosespetáculos, queinclui apresentaçõesdas orquestras sinfônicas de Viena (Áustria), de Boston (EUA) e de Amsterdã (Holanda).

O BankBoston (prédio à esquerda) ajuda a conservar o Vale do Anhangabaú
Dudu Cavalcanti/N-Imagens
Dora Carvalho
Centro Cultural recebeu R$ 5 milhões em 2001

Porta a porta atrai novos segmentos

O sistema de vendas diretas deixou de ser exclusividade do setor de cosméticos. Empresas de outros ramos, como Philips e Lorenzetti, começam a usar o canal de comercialização, que reúne 1,5 milhão de vendedores no País. Até mesmo a Tirolez vai bater na casa dos consumidores para vender os seus queijos.

Trata-sede umsegmento que faturou R$ 5,3 bilhões no ano passado no Brasil, devendo chegar aos R$ 5,9 bilhões até o final de 2002. São empresas de todos os portes, que vendemde queijoa potesde plástico,passando por toneladasde itensdemaquiagem e cosméticos diversos.

O portaa portanacional, como é mais conhecido o sistemadevendasdiretas, começaa chamar aatenção de empresas que sempre ofereceram seus produtos no varejo, como Philips, Vésper e Lorenzetti. Segundo estimativa da Associação Brasileira das Empresas de Venda Direta (ABEVD), o setor reúne hoje umexército de1,5 milhãode v endedores espalhados por todo o País, montante que deve crescer 4% em 2002.

Hoje, as cinco maiores empresas do porta a porta nacionalsão aAvon, Natura,Hermes, Pierre Alexander e Tupperware, em respectiva ordem. "O Brasil já é tido como

o quarto maior mercado do mundo para a venda direta, perdendo apenasparaos EUA, Japão e Coréia", explica ovice-presidente daABEVD e do setor de Inovação da Natura, Marcelo Araújo. De acordo com Araújo,a estabilização da economia,

apósoPlano Real,foioestímulo que faltava à consolidação da venda direta no País, com a ampliação da capacidade deconsumo dasclasses Ce D.Outrotrunfo dosistemaé atingirregiões onde o varejo tradicional não chega. Distribuidora dos produtosda Hermeshá um ano,a empresária RoseneiNani viu seusnegóciosdobrarem de tamanho desde que começou atrabalhar com amarca. "Passamosde400para 800 revendedoras no período. O apelo da venda porta a porta é muito forte", diz Rosenei.

Vésper – A seleção de revendedores no sistema de venda diretaéa maisnova cartadadaVésper paraampliar o consumo dos seus telefones no País.A empresa já tem100 pessoasenvolvidas, emSãoPaulo, comavenda dopacoteVésper Biz, destinado às empresas.

O programainclui planos pré e pós pagos de telefonia fixa.A Vésperpossui hoje800

mil usuáriosde seusserviços no Brasil, para um potencial estimado de seis milhões de consumidores. Com a venda direta, a empresa pretende chegar adois milpacotes comercializados por mês.

A Lorenzetti, tradicional fabricante de chuveiros, está selecionando vendedores para oferecer, através do porta a porta, um purificador de água comasuamarca para residências. De acordo com o diretor comercial daLorenzetti, Carlos Botelho, a idéia é ter 20% das vendas do produto concentradas no porta a porta dentro de um ano. O

Cosméticos têm 86% das vendas diretas

purificadorde águada Lorenzetti também será oferecido no varejo convencional.

Philips – No caso da Philips, o porta a porta será viabilizado com o suporte de representantes para a venda dos produtosnos estados.O programa,chamado Super Plano Philips,terácomo trunfonas mãos dosvendedores opagamento dividido em até 12 prestações, sem necessidade de comprovação de renda. Aentrega dosprodutos será realizada diretamente pela empresa. De acordo com o consultor de vendas, marketing e finan-

çasMarco AurélioGiangiardi, da Quallimax, os empreendedores dispostos a investir noporta aportanãopodemesquecerde aspectos como a necessidade de criação deum conceito daquilo que se pretende vender. Aformação deumequipe de trabalho eficiente é outro pontoa serconsiderado,já que, na venda direta, as empresas nãocontrolam diretamente o trabalho de seus vendedores. "É preciso pensar em estratégia, estrutura, processos epessoas paratocar o negócio", explica o consultor Giangiardi.

Tirolez leva queijo até a casa dos consumidores

Os cosméticosrepresentam86%das vendas portaa porta no Brasil, segundo informações daABEVD. Entre as maiores empresas do setor, as estratégias para crescer são as mais diversas possíveis. No casoda Avon,o trunfo para ampliar asvendas em 2002 é trabalhar bem os preçosde seusprodutos,evitandoreajustes eaumentandoa quantidade deofertas sobre os valores dos catálogos. OBrasiléo segundomelhor mercado daAvonno mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. Em 2001,ofaturamento líquido globalda empresadecosméticos foi de US$ 6 bilhões, para US$ 2,2 bilhões de faturamentobruto nasubsidiária nacional. "O mercadobrasileiro ainda é muitopromissor,com2 milhõesde itens vendidos todos osdias", afirma o diretor de comunicação da Avon, Lírio Cipriani. Hoje, o item mais caro vendido pela Avon é uma colônia que custa R$ 35. O mais barato é um desodorante em oferta, saindo por R$ 0,99 na compra deduas unidades. "Somos umaempresade massae avendadireta éo nosso grandefoco noBrasil. Hoje, asvendasde produtos por telemarketing epelaInternet não chegam a 1% do total no País", diz Cipriani. Emoutros países,comoos Estados Unidos e a Venezuela, por exemplo,a Avon possui também quiosques.

Natura – A estratégia de crescimento damarca Natura no Brasil envolve três pontosbásicos:o desenvolvimentoe apesquisa denovas mercadorias,o treinamento das revendedorase ofortalecimento da marca.

De acordocom ovice-presidente de Inovação da empresa edaABEVD,Marcelo Araújo,a empresajá pensa em expandir seus negócios para mercadoscomo oamericano e o europeu.

"Passamos de 7% para 15% de participação no mercado nacionalde cosméticosem meados da década de 90. A base desse resultadofoi o investimento em novos produtos, sempremantendo um posicionamento mais seletivo no mercado", afirma Marcelo Araújo.

A Natura fechou o ano passado com um faturamento de R$ 1,3 bilhão. Para este ano, a metadaempresaé chegara R$ 1,8 bilhão em receita.

Tupperware entra no ramo de cosméticos

A Tupperware,empresa norte-americana de venda direta depotesdeplástico, roupas, acessórios e utilidades domésticas, planejadobrar de tamanho no Brasil nos próximoscinco anos. A base dessa expansão está no início da venda decosméticos, marcado para o primeiro trimestre dopróximoano. "O objetivo é diversificar para continuar ganhando espaço no País", explica a diretora de marketing da Tupperware no Brasil, Cristina Savi. O País é o quinto melhor mercadoda companhia no mundo, com US$ 90 milhões de faturamento em 2001.

Os negócios da Tupperware no Brasil jáchegaram a se igualaraosdo México, segunda melhor praça mundial

damarca. "Passamosportoda uma reestruturação,fizemos os cortes necessários e agora estamos prontos para o

crescimento", diz Cristina. De acordo com o empresárioOsmardeSouza, distribuidor domarca Tupperware na GrandeSão Paulo, a metrópole conta com 2,5 mil vendedores dos produtos da marca. "A média é de 180 encomendas recebidas por dia. Todassão embaladasindividualmente na fábrica", explica Osmar de Souza. O forte da comercialização daempresaestána linhade potes para freezer e microondas, com um tíquetemédio de R$ 15 porpedido. No ano passado, aTupperwarechegou a vender 10 milhõesde potes de plástico no Brasil.

A Tirolez,fabricantede queijosresponsável por20% das vendas do produto em São Paulo,criou umamarca exclusivaparavendersua linha porta aporta: a Tiroleza.

O objetivo é ampliar o hábito de consumo de queijo a partir de um trabalho de base, marcado paracomeçar emagosto, na Grande São Paulo. "O consumo per capita de queijo, em torno de três quilos por ano, é muito baixo. A situação nunca mudou porque asempresas dosetor não costumam ter fôlego para fazer grandesinvestimentos em propagandafora doponto-de-venda. O hábito de comer queijo só não é maior por faltade informação",explica o gerente comercial da Tiroleza, Disney Criscione.

Toda a operação da Tiroleza é separada dos negócios da Tirolez. Segundo Criscione, a idéiaépromover aabertura de pequenas lojas da Tiroleza nascasas desuasrevendedoras. "A mãe de um dos nossos diretores chegoua desenvolver esse trabalhono bairro em que mora. Estamos focados no públicoque não costumaadquirirqueijono supermercadoeconsome menos doque poderiaconsumir", afirma. Otreinamentodas vendedoras daTiroleza envolverá conhecimento sobre o uso de queijosmenos popularesentre osbrasileiros,comoo provolone. A Tirolez possui duasfábricasnoPaís. Uma delas em São Paulo e a outra no estado de Minas Gerais.

Isabela Barros
Rosenei: desde que começou a trabalhar com a Hermes a distribuidora passou de 400 para 800 vendedoras
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Souza, distribuidor da Tupperware, mantém 2,5 mil vendedoras na Grande SP
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Chilenos vêm ao Brasil negociar têxteis

Outras quatro missões comerciais do país visitarão São Paulo, Minas, Paraná e Rio Grande do Sul nos próximos meses

Microempresários chilenosdacidade deLaLiguajá programaram a vinda de cinco missões comerciais ao Brasil nos próximosmeses –em especial, aSão Paulo, Rio Grande doSul, Paranáe Minas Gerais. Aprimeira delas, formadapor empresáriosdo setor têxtil,percorreu centros de moda paulista no final de semana.

Ogrupoestáembusca de negócios com parceiros brasileiros. "O mundo globalizado exige jogo de cintura, por isso, além de vender, os fabricantesquerem comprarrou-

pasbrasileirasqueserão revendidas no Chile", destacou Luis Tapia Castro, gerente regionalda Corcepri,entidade quecuida dacapacitaçãodas micro e pequenas empresas no Chile.

O pequenos produtores chilenos – que fabricam peças em lã e linha para adultos e crianças –levaramnabagagem devoltaapossibilidade de comprar 6,6 mil peças, entre camisas, roupas infantis e conjuntos esportivos masculinos, defabricantesinstalados no Mart Center, centro de pronta-entrega de confecções

La Ligua, no Chile, tem 1,5 mil empresas do setor de malharia

Acidadechilena de La Ligua, queficaa 180quilômetros de Santiago, reúne 1,5 mil empresas doramo demalharia. Com 30 mil habitantes, a cidade temsua economiabaseada na agricultura, no comércio ena indústria de manufaturas.

Alémdemalhas, acidadeé famosapela qualidade de

da cidadedeSão Paulo."Os preços já foram negociados. Falta apenaslocalizar comerciantes chilenosinteressados no produto", disse Castro. BR Export – Os empresários tambémvisitaramo bairrodo BomRetiro efizeramos primeiroscontatos como BRExport, grupoque congrega 30 fabricantes do Bom Retiro interessados em fazer pequenasexportações, especialmente no sistema de pronta entrega. Raquel Wajsbrot, da Sicha Embalagens, queproduzsacolas plásticaspersonalizadas

e capas plásticas para cabides, disse que as empresas chilenas se mostraram interessadas em seus produtos."Oscontatos continuarãovia internet", destacou Raquel.A empresária, que produz 150 toneladas pormêsde produtosplásticos, faz a primeira incursão no mercado externo.

Os fabricantes do Bom Retirotambém estãosemovimentando. Shlomo Shoel, da Câmara dos Dirigentes Lojistasdo BomRetiroe daAssociação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), disse que os comerciantes do BRExport vi-

sitarão, em missão comercial nos próximosmeses, oChile e os Estados Unidos. Monte Sião – Amissão de La Ligua, que pela primeira vez visita oBrasil, esteve ainda em Monte Sião, cidade mineira especializada na fabricaçãode malharetilínea(tricô). "A experiência de crédito associativo dos fabricantes de Monte Siãodespertou muito interesse entre os microempresários chilenos", destacou Castro. Acidadetem um Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob), instituiçãoque atua junto àscooperativas de

crédito que,por suavez, efetuam empréstimos, recebem depósitos e oferecem outros serviços financeiros a seus associados.

Segundo o chefe da missão, os fabricantesde MonteSião estão interessados na compra de tecidos e fios de lã de alpaca a preçoscompetitivos. Os empresários da cidade mineira se abastecem no mercadomexicano enaArgentina, mas estão procurando parceirosquepossam oferecer preços mais competitivos.

Monte Sião leva peças de tricô a Paris

seus doces. A indústria têxtil da cidade se utiliza principalmente demáquinasfabricadas no Brasil. "Osprodutores deLaLigua têm interessenatecnologia brasileira", diz o gerente regional doCorcepri, entidadeque cuida da capacitação das micro e pequenas empresas no Chile, Luis Tapias Castro. ( TM)

País irá a feiras na Grécia, Austrália e Turquia

O Brasil estará presente, nos próximosmeses,em eventos selecionados pelo governoemdiversos países alvos, para acolocação de produtos brasileiros, segundo informações do Departamento de Promoção Comercial, Seçãode Feirase Turismo, do Ministério dasRelações Exteriores.

O estandebrasileiro,que será responsabilidadedo Ministério, distribuirá catálogos das empresasnacionais.O objetivo é oferecer um instrumento de divulgação dessas empresas no mercado externo – e com custos reduzidos. A despesa, para as empresas, limita-se ao enviode material promocional (catálogos, folhetos, fitas de vídeo, pequenas amostras etc.),de preferência no idioma indicado, para o Setor de Promoção Comercial (Secom), da embaixada responsável.O conhecimentode embarquedomaterial deve contera informação"withno commercial value"ecópia desse expediente seguir para a Seção deFeiras eTurismo, do Ministériode RelaçõesExteriores, em Brasília, para controle. As próximas feiras em que o Brasil estará presente: • IIF – Feira Internacional

de Izmir– Turquia, de26 de agosto a 3 de setembro

Idioma: inglês / www.izmirfair.com.tr

Secom:Ancara /remessa para:Embaixada doBrasilem Ancara (IranCaddesi,47/1-3 Gaziosmanpasa 06700 Ankara, Turkey) turbrem@tr-net.net.tr tel: (90312) 4685320 fax: (90312) 4685324

• Fine FoodsAustralia –Melbourne – Austrália, de 1 a 4 de setembro

Idioma:inglês /www.foodaustralia.com.au

Secom:Sidney/ remessa para: Consulado do Brasil em Sidney (31 Market Street Sidney NSW 2000 Australia) c o n s u l a d o @b r a z i l . s y dney.org tel: (612) 92674414 fax: (612) 92674419

• TIF – Feira Internacional de Salônica – Grécia, de 7 a 15 de setembro

Idioma: inglês / www.helexpo.gr/exhibitions/tif2002

Secom: Atenas / remessa para: Embaixadado Brasilem Atenas (Brazilian Embassy Philikis Etairias Square, 14 Kolonaki 106 73 Athens, Greece) secom@internet.gr tel: (301) 7221989 fax: (301) 7244731

A cidade mineira de Monte Sião,denominadaa Capital Nacional do Tricô,estáde malas prontas para divulgar seus produtos no Exterior. "Dois grupos de produtores da cidade vão mostrar os lançamentos em Paris, a capital mundial da moda", disse o presidente da Associação Comercial deMonte Sião,João Tadeu Dorta Machado.

A cidade, queencantou os

fabricantes chilenos de La Ligua, peloavanço tecnológico e organização,produz mensalmente 3,2 milhões de peças, movimentando R$ 30 milhões.

São 1,8 mil empresas formais, 87% dosegmento de malharia retilínea (tricô)e 420 lojas. "Osfabricantes de Monte Siãoestão sepreparando para exportar", destaca Machado.

Comerciais exportadoras se reúnem com indústria

Complementandoo seminário "Exportar para crescerNovos Caminhos para o Mercado Externo",que ocorreno dia8, aAssociaçãoComercial de São Paulo convida as indústriasa sereunircomcomerciais exportadorasno dia 9, entre as 9 horas e as 12 horas. O projeto, "Dobrando as vendas externas com as comerciais exportadoras", parte da realidade de que, embora dispondo de produtos potencialmente competitivos para brigarno mercado externo, muitas indústrias não possuem o "know-how" suficiente para esse passo. E, para adquiri-lo, não dispõem de imediato depessoas ou,ainda, não estão dispostas a

aguardar o tempo para se transformar em resultados. Deoutrolado, hánomercado um contingente de operadores de comércio exterior – os traderse ascomerciais exportadoras –devidamente instrumentalizadose que,na maiorpartedas vezes,têm clientes no Exterior (importadores).A dificuldade, porém, é a identificação dos fornecedores nacionais.

A participação nas Rodas deNegócios requeropreenchimento de ficha de inscrição,quedeveser solicitada no Departamento de ComércioExterior daAssociação,e o pagamento de taxa, dispensada aos participantes do seminário.

Câmara portuguesa prepara Anuário 2003

ACâmara Portuguesade Comérciono Brasilestápreparando a edição do Anuário 2003, que este ano será lançado noevento decomemoração do 90º Aniversário da Câmara, dia 20 de novembro.

A tiragem de 4milexemplares terá distribuiçãogratuita paraentidades nacio-

Colabore com a Santa Casa de Misericórdia

Conselho da Mulher Empresária, da Associação Comercial de São Paulo, está promovendo uma campanha em prol da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. O CME solicita a todos que contribuam para que a Santa Casa possa continuar atendendo a milhares de pacientes carentes. As pessoas jurídicas e físicas poderão colaborar fazendo depósitos no BradescoAgência 99-0 C/C 296.666-2 - Associação Comercial de São Paulo. A relação dos contribuintes será publicada neste jornal.

nais e internacionais, grandes empresas e veículos de comunicação,atingindo líderes empresariais, executivos e parceiros de negócios.

Aparticipação noAnuário estáaberta anãoassociados, que poderão aparecer gratuitamente naspáginas "Portugal em SãoPaulo", constituídaspor prestadoresdeserviços, comerciantes,industriais, importadores e exportadores de origem portuguesa ou que promovam produtos portugueses em SãoPaulo. Asempresastambém sãoconvidadas aanunciarem no Anuário, cujo fechamentoocorrerá em30de setembro.

Contatosdiretamente na Câmara, com Osório, RosângelaouIvana, pelostels:(11) 3208-7875 e 3272-9872.

Comesseobjetivo, asempresas investiram em tecnologiaUS$43 milhõesnosúltimosquatro anos."Aindústria de Monte Sião aumentou a produção, melhorou a qualidadee apresentouganhos em termos de preços", disse o empresário. As malharias deMonte Sião há 18 meses contam com um banco de crédito cooperativo, da redeBancoob, es-

pecializadoem trabalhar com pequenas e médias empresas. "Obancojátem380 cooperados e está contribuído de forma decisiva para o fomento dasmicroempresas locais", destacou Machado. Localização – Monte Sião fica a 180 quilômetros de São Paulo. Asmalhariasempregam 60% daforça produtiva dacidade,estimadaem 19,8 mil pessoas. (TM)

negócios e oportunidades

PAISES QUE DESEJAM

IMPORTAR DO BRASIL

MALÁSIA

334 - Milho

335 - Suco de laranja

PARAGUAI

336-Misturas abasedeascorbato de sódio e glucose, próprias para embutidos

HOLANDA

337- Escóriasdealtos-fornos granuladas (areia de escória), proveniente da fabricação de ferro e aço

INGLATERRA

338 -Calçados femininos com solado de couro natural ou reconstituído e parte superior em têxtil

339 - Papel cartão 344 - Válvulas

Associação prepara visita à alfândega de aeroportos

Numa iniciativa do Comitê de Usuários de Portos e Aeroportos do Estado de São Paulo (Comus),daAssociação Comercial deSão Paulo, e com a colaboração da Infraeroe da Receita Federal, será realizadauma visitatécnica aosAeroportos Internacionais de Guarulhos e Campinas, no próximo dia 13. Oobjetivoé oferecer aos operadoresdecomércio exterior um contato in loco, para esclarecimentode dúvidas e acompanhamento: das operações de unitizaçãode cargas para exportação; de despachos de importação e exportação; da liberação de carga para trânsito aduaneiro; entre outros. A saída, em ônibus fretado, será da sedecentral da Associação Comercial (r. Boa Vista, 51),por voltadas 8horas, com retorno às 17 horas. Informações einscrições no Departamento de ComércioExterior, tel.(11) 32443500, 3454 e 3986.

ESCÓCIA

340 - Granito, pórfiro, basalto, arenitoe outraspedras de cantaria ou de construção, desbastadas ou cortadas a serraou poroutromeio, emblocos ou placas de forma quadrada ou retangular

PERU

341 - Caixas basculantes para serem montadas sobre caminhões,comcapacidade de 8 a 10 metros cúbicos

SUIÇA

342 - Óleo demilho e frações

TURQUIA

343 - Café

PAQUISTÃO

345 - Sucatae desperdícios de metal

Evento debate o futuro do Mercosul em meio às crises

A Comissão das Comerciais Importadoras e Exportadoras da Associação ComercialdeSão Paulo, coordenada pelo diretor Carlos Alberto Nicolini,temreunião programada para o próximo dia 7, a partir das 17 horas, na sede da entidade. O tema principal será a discussão do futuro do Mercosul, colocado em xeque face à crise dos países-membro e da conjuntura externa. Para debater, estará presente o vice-presidente da Adebim-Associação de EmpresasBrasileiras para Integração de Mercado, Michel Alaby. A participação é aberta aos interessados, que devem confirmar presença pelo tel: (11)3244-3500 ou email: tneuma@acsp.com.br.

Departamento de Comércio Exterior da Associação Comercial
Gerente: Sidnei Docal R. Boa Vista, 51 – 8º andar Telefones: 3244-3500 e 3244-3397

Departamento do Tesouro

americano diz que apóia a política econômica do Brasil

O Departamento do Tesouro dos EUAmanifestou, ontem,apoio àpolíticaeconômica brasileira. "O Brasil está implementandoas políticas corretas. "Estamos esperançosos quanto a seu sucesso continuado", afirmou a porta-voz doTesouro, Michele Davis.A declaraçãofoi feitaem respostaaperguntas dosjornalistas quanto àposição que o secretário Paul O´Neill adotará em relação ao Brasil em sua visita à AméricadoSul,marcada para a próxima semana.Ele estáes-

calado para visitar Brasil, Argentinae Uruguaientre os dias 5 e 7 de agosto. Neste fim desemana, O´Neilldisseque não vai oferecer ajuda anenhum dessespaíses durante a viagem em razão da falta de garantias de que o dinheiro "trará benefícios e nãosimplesmente sairá do país para contas bancárias na Suíça". Michele Davis não quis comentar, porém, a sugestão de que haveriacorrupção nos governosdos trêspaísessulamericanos, implícita nas declarações de O´Neill. (AE)

Investimentos em CDB crescem para R$ 73,2 bi

Alémda poupança,também as aplicações em CDB foram beneficiadas pela saída dos investidores dos fundos de rendafixa. Do início do ano atéontem oestoque dos investimentosem CDBcresceumaisdeR$10 bilhões, passandodeR$62,6 bilhões

paraR$ 73,2 bilhões.Mas o número de contratos cresceu de formaaindamaissignificativa: passou de 62,6milhões para 114,5milhões ontem.Este saltoindica quehá mais pessoas investindo em CDB, mas com um valor médio aplicado menor. Página 6

Saldo comercial já passa de US$ 1 bilhão em julho

Faltando apenas três dias para o final de julho, a balançacomercial registrasuperáv itde US$1,052bilhão no mês, omaior desde janeiro de 1997. No ano, o saldo chegaaUS$ 3,658bilhõese,em 12meses,está emUS$6,160 bilhões, o melhor para este período desdefevereiro de 1995. Na quarta semana do mês,o desempenho continuoufavorável, apesardaalta das importações. Página 5

Bares situados perto de escolas não poderão vender bebida alcoólica

Os baresnos arredoresdas escolas sofrerão uma fiscalização maisrigorosa a partir deagora.O anúnciofoifeito ontempelo secretário estadualda Educação,Gabriel Chalita. O objetivo é fechar as portasdos estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicasem umperímetro de até 300 metros das instituições de ensino. De acordo com o secretário,alegislaçãoemvigor já impede a instalação desse tipo decomércio. Oinício das operações, porém, ainda depende da liberação de fiscais municipais. Última página

Governo reage a O´Neill e convoca embaixadora dos EUA

O governo brasileiro reagiucomdureza àsdeclarações do secretário do Tesouroamericano, Paul O´Neill, sobre o possível desvio de recursos da ajuda internacionaisaos países doConeSul. O chanceler Celso Lafer , a pedido do presidente Fernando Henrique, convocou a embaixadora dos EUA no Brasil, DonnaHrinak,para explicar as declarações de O´Neill.Às 18h32,elaesteve no Itamaraty ereuniu-se por 13 minutos com Lafer.

A manifestação do secretário americano são consideradassuficientemente sérias para gerarumincidente diplomático entre os dois países. Segundooporta-vozdo Itamaratry,Pedro Luiz Rodrigues, Lafer reiterou à embaixadora que as declarações de O´Neill provocaram "profundo mal-estar e repercussões negativasnos meiosgo-

vernamentais,políticos, na opinião pública e nos mercadosbrasileiros". Afirmou ainda que o governo e a sociedade não podem aceitar taisdeclarações.A embaixadora

americana se comprometeu a transmitir a posiçãoàs autoridades de seu país. Com o FMI – Por outro lado,uma missãobrasileirasegue hoje para Washington,

onde sereunirácomrepresentantes do FMI. Ainda ontem, oministroPedro Malan, da Fazenda, mostrou confiançaem quenãofaltará apoio ao Brasil. Página 11

Dólar dispara e fecha a R$ 3,185

O nervosismo aumentou ontem no mercado financeiro.Odólar subiu5,64%,cotado a R$ 3,185, o risco Brasil superou os 2.100pontos e os C-Bonds, principais títulos da dívida externa, desabaram 6,46%, negociados a 52,5% do seu valor de face.

Um dos motivos para a alta do dólar foram as declarações do secretário do Tesouro americano insinuandoque seu país não apoiaria novas liberações derecursos aoBrasil. Outrarazão éque os investidores evitaram vender a

moeda ontem, demodo que aspoucas operaçõesdecompraforam fechadascom cotaçõesmuito altas.No mês,a moeda já subiu 13% e, desde o começo do ano, 37,6%. O anúncio da idade uma missão àWashington, para tentarfecharoesperado pacote de ajuda com o FMI, pode trazer algum alívio às cota-

O diretor-responsável do Diário do Comércio e da revista Digesto Econômico, João de Scantimburgo (à direita), foi homenageado com uma placa de prata pelos serviços prestados à Associação Comercial de São Paulo. A placa foi entregue por Marcel Solimeo, do Instituto de Economia da ACSP, e Carlos Monteiro, vice presidente da entidade.

ções da moeda, segundo analistas. "Pode ser um alento, principalmente se vier seguidadeuma notíciadoBC quanto à nova forma deintervenção no câmbio", disse o economista-chefe doBanco Sul América, Luiz Carlos da Costa Rego, lembrando que vaisomente atéo finaldeste mês aestratégia doBC dein-

Governo dá

tervir no mercadocom 50 milhões de dólares por dia. Bolsas – As bolsas de valoresdos EUAdecolaram ontem, impulsionadaspor um fortemovimento deprocura porpreçosbaixos. Oíndice Dow Jones fechouem alta de 5,41%, enquanto o Nasdaq subiu5,79%. Masnemisso manteve o fôlego do mercado no Brasil.A Bovespa fechou com alta discreta,de0,25%, sustentada porações deempresasexportadoras, mais atrativas coma explosãodas cotações do dólar. Página 7

até

R$ 4,5 mi para empresas de software

O Ministério da Ciência e Tecnologia estáreformulando oseu programade incentivo às micro e pequenas empresas desoftwares quesaíram deincubadoras.O projeto,chamado Prosoft edesenvolvido pela Softexe pelo BNDES,oferece empréstimosentre R$500eR$4,5 milhões para asempresas. O Prosoft já beneficiou 22 empresas desde quefoilançado, em 1997, e aprovou um totaldeR$ 47,5 milhões em financiamentos. Página 10

a Receita ameaça de extinção mais de 3 milhões de empresas no País Página 14 OMC aceita panel pedido pelo Brasil contra barreira dos EUA ao aço Página 5 Empresas usam jogos nos sites para atrair e fidelizar as crianças Página 8

Celso Lafer: "insinuação não corresponde ao esforço de seriedade, de lisura e transparência que caracteriza o governo"
Arquivo AE

Nova solução para pagamento de contas

Pequenos empreendedores podem pagar boletos e realizar negócios on-line tendo apenas um endereço eletrônico

Ser um dos excluídos financeiros no Brasil – onde apenas 30%dapopulaçãoé considerada bancarizada –começa a deixar de ser um impedimento grave para empreendedores, pequenos empresários e profissionais liberais realizarem negócios. As empresasde tecnologia estão acordando para esse mercado, queprometecrescer muito nos próximos anos,principalmenteem cima dasdificuldadese custos crescentes para seter uma conta-corrente eutilizaros serviços dosistema financeiro tradicional.

A F2b investiu US$ 13,5 milhõesparaoferecer um serviço eletrônico não-financeiro, alternativo à tradicional redebancária,commenor custo, facilidade de uso e que dispensa investimentos em tecnologia.

O sistema é inédito eestá sendo desenvolvido no Brasil desde 1999,no rastrodo su-

cesso dosite/sistema Paypol, que chegou a 15 milhões de usuários em um ano, antes de ser adquirido pelo Yahoo. Até agora já são 17 mil usuários,quepodem chegar a um milhão emdezembro de 2003, nas contas de Laurymar Souza, diretor-executivoda empresa. A novidade é que com apenas um endereço eletrônicopode-serealizar várias operações,como pagamentosde boletos,recebimentos,remessas dedinheiroe até mesmo contratar serviços delogística paraentrega de produtos. As mercadorias podem ser entregues numa semana, pois a empresa conta comdez operadores logísticos no País.

A operação, garante Souza, leva pouco mais de um minuto: tempo suficiente para acessar a sua própriapágina de administração dos negócios dentro da F2b.

Se o microempresário não temacessoàInternet pode

tranqüilamente iraum dos cafés que oferecem este serviço. E,enquanto checa pagamentose recebimentos, tem tempo paradegustarum xícara da bebida, que cai muito bem com as últimas temperaturas baixas registradas.

S eg ur an ça – Odiretorexecutivo da F2b esclarece que o sistema não é um serviço financeiro. "Nós não somosuma instituiçãofinanceira enão podemosmexer nas contas dos usuários." Souza explica queo dinheiro movimentado pelos usuários

ficanos bancosconveniados eque somenteo clientepode movimentá-lo, sem acesso do F2b. O sistema de segurança adota criptografia de 128 bits,com senhaelogin criptografados.

Uma operação completa envolvendo oenviode um boletopore-mail eorecebimento ficam em R$ 2, menos da metade da tarifa cobrada em geral pelos bancos por um DOC (R$ 5,00).

Se acomparação for feita, por exemplo, com a Transferência Eletrônica Disponível,

Governo dá crédito para informática

O Ministério de Ciência e Tecnologia estáreformulando seuprograma deincentivo às micro epequenas empresas fabricantesde softwares que saíramde incubadoras. Desenvolvido pela Sociedade para Promoção da ExcelênciadoSoftware Brasileiro (Softex) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômicoe Social(BNDES),o Programa deApoio ao Setor de Software está sendo reestruturado em razão da nova Lei de Informática. Vanda Scartezini,Secretária de Política de Informática doMinistério de Ciência e Tecnologia, informa que esta nova lei tem um fundo deno-

NOTAS

Seminário discute aplicações na Web

ACLM Software,fornecedorade soluçõesde e-business, promovehojeoseminário Risco em aplicações Web , às 8h30min, na sala L’Orangerie do Hotel Sofitel, em SP. O evento discute o panorama da segurançaem sitesque realizam transações eletrônicas. Um dos maiores especialistasdo assunto no mundo, BrianChristian, abordará as medidas de segurança adotadas pelas empresas em oposição aos hackers.

minadoCati,equivalente a 0,5% dofaturamento do setor de informática. A reestruturação foi feita para garantir que um comitê público pudesse gerir o fundo.

Segundo Vanda, o programa do Softex e do BNDES gerou 1,3 mil empresas associadasaoprimeiro. Eramempresas incubadas, que saíram da dependência do governo e,atualmente, desenvolvem programas individuais e junto a universidades.

Crédito – O projeto oferece empréstimos de R$ 500 mil a R$ 4,5 milhões para empresas queapresentamfaturamento de atéR$ 4,5 milhões. Desde que foilançado, em

Feira de Broadcast começa na capital

Uma nova empresa, a Intellicast,será apresentada ao mercado naBroadcast &Cable,feira econgresso que acontece de amanhã até a sexta-feira, no Centrode Exposições Imigrantes,emSão Paulo.A empresa,especializado em soluções para o mercado de broadcast de vídeo e dados, transmissãode dados IP e deliveryde conteúdo digital já tem entre seus clientes aprincipalempresa desse mercado, a TV Globo.

dezembrode 1997,oProsoft já beneficiou 22 empresas, com a aprovação de R$ 47,5 milhões em financiamentos. O créditoé concedidono formatode longo prazo,financiadoemseisanos, com dois anos de carência. A dívida é corrigida pela Taxa de Juros a Longo Prazo (TJLP).

Entreas empresasbeneficadas estãoa Solutions, Medusa, ISM, Universe Inventários,Choicee EduWeb,do Rio de Janeiro; Disoft, Bankware, Qualityfour e Senior Solution, de São Paulo; Altus, dePorto Alegre; Visionnaire e Polo de Software; de Curitiba; GW-Commerce, Sistron e Arcadian, de Be-

lo Horizonte; Cérebro, CI&T eCyclades, domunicípio paulista de Campinas e Cybiz eActtivee Orbisat,dacidade de Manaus, no Amazonas. Desmembramento – Vanda Scartezini informa que qualquer empresafabricante de softwares pode se candidatar ao programa. No seu atual formato, há dois projetos de apoio aosetorempresarial e dois para formação acadêmica e técnica.

Nas duas situações, está previsto ainda o suporte para o lançamentodos produtos das empresas no mercado, além do apoio financeiro.

Paula Cunha

TED,para valoresacimade R$ 5 mil, através da Internet, pode chegara R$ 5,40.O valor mais do que dobra (R$ 11) se aoperação forfeitapor uma agência bancária.

Paulo Azambuja,diretor de Tecnologia da empresa, argumenta que "este serviço é extremamenteútilpara os nossosusuários quenãotêm acesso aumbancoon-line. Eles podem economizar tempo realizando seus pagamentosatravés daF2b,semenfrentar as filas dos bancos."

Jacques Blinbaum,um dos investidores da empresa, diz que "a opção de criar boletos permite aos usuários uma comunicação de forma mais profissional comseus clientes, bem como um pagamento mais facilitado."

AF2b templanostambém de expandir-se a outros mercadoscomo oMéxicoeos países da Ásia.

Lojas virtuais já usam plataforma para negócios

A F2b acaba de fechar uma parceriacoma Boldcorn, portal desenvolvedordo Moda Site, que abriga lojas e grifes variadas comoVR, Minelli eLuigi Bertolli. Além destas,mais150 lojas virtuais,entre elasLokau,MercadoBR,Brasil Shopping e Mercado Livre, já adotaram a plataforma da F2b como ambiente de negócios.

De acordo com Laurymar de Souza,diretor-executivo da empresa, outra parceria acertada foi com o site Raspa Já, daLotérica doEstado do Rio de Janeiro.

O F2b é um empresa brasileirafinanciada porumgrupo deinvestidores, em sua maioria americanos, entre os quais estão o fundo Neptune Capital Group ede Jacques Blinbaum, sócio e o fundador da companhia. (MM)

Vendas de computadores crescem menos de 0,5%

Asvendasde computadoresde grandeporte devem crescer menos de 0,5% no segundo trimestreem relação aomesmo períododoano passado. As causasdobaixo crescimento estão na demanda corporativa fraca nos últimosmeses. Mesmoassim, a empresade mediçãodemercado Dataquest atribuiu o resultado ao crescimento do setor nos Estados Unidos.

A Dataquestdisse que as vendas deservidores nosEstados Unidos subiram 9,9%, mas a especulação de que a demanda do setor detecnologia voltoua crescerainda é

considerada prematura.

A Hewlett-Packard (HP) tornou-se a maior fabricante mundial de servidores depois de comprar a concorrente Compaq Computer no último mêsde maio,mas aempresa resultante viusua participação no mercadocair de 33,8% no segundo trimestre de2001para 30,5%nomesmo período deste ano. Jáa DellComputer,asegunda empresa colocada no segmento, conseguiuum incremento de dois pontos percentuais de participação, atingindoum patamarde 18% do mercado. (Reuters)

ANÁLISE João de Scantimburgo

Mercados desorientados

O suplementocotidiano do jornal francês Le Figaro , de quinta-feirapassada, afirma que, justificada ounão, a crise está presente. Continuando: maisoumenosengajada nos gruposem fasede falênciaou retrograda categoria de "ações podres",banqueiros eseguradores estãosendolevados à tormenta bolsística". Ocomentário élongo, maspessimista, se se pode classificar como pessimista o comentário sobreacrise queseabateucomoumdossel dechumbosobre todas as bolsas.

Vê-seque1929está parecendo brinquedo de criança de par como queestá ocorrendo no mundo,emnossosdias.

Nada mais pára de pé. Estamos em fasede terremoto,como se todos os vulcões do mundo entraram em ebulição, inclusive o que foidescoberto na Amazônia, com um milhão e novecentos mil anos. Tudo, portanto, balança, e cai ou não cai, vai ou não vai para ao abismo, com as economias que todos defendemos commedo quenos escapem das mãos e do uso.

Os economistas, os analistas de grandes organizações, têm feito o possível para acalmar os

investidores, que essa fase passará,comotodasasfases do mercado, e que a calma e a paz voltarão paradar continuidade ao mercado, que é dele que dependem os aplicadores de poupança oude massasde dinheiro para fazer mais dinheiro.Na realidade, ostécnicos nãosabemmais oquedizer, como analistas, e fazem bem em ficar calados,pois errarão na certa.

Esperemos pormelhores dias, ficandocalmos, o mais possível, afim de nãotermos preocupações como as que estão em todos oslares com algum investimentoou uma poupança para os dias difíceis. Os chefes de Estado e de governoestãointranqüilose até mesmo na plácida Suíça já começamase mexerosgnomos de Zurich,temendo porsua estabilidade legendária. Esse é um dos signos da intranqüilidade quedomina todosos investidores. Juntemo-nosnum mutirão para acalmar o mercado.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

Agricultura natural

E studos realizados nos principaiscentrosmédicos do mundo constatamque umadas principais causas das más condições de saúde do homem modernoé oconsumo de alimentos contaminadospor agrotóxicose outros produtos usadosna agricultura convencional.

Preocupado comestegrave problema, em 1981, quando exercia o cargo de prefeito de Rio Claro, assinei um decreto que permitiu a implantação de um projetopioneiroe que hoje difunde-secada vez maisemSão Pauloe emoutros estadosdo Brasil.

Trata-se da agricultura natural, técnica desenvolvida pela Fundação Mokiti Okada e que adota cinco objetivosbásicos na suaaplicação:a produçãodealimentos que incrementem cada vez mais a saúde do homem, sem o uso de agrotóxicos oufertilizantes químicos; ser economicamente vantajosa tanto para o produtor quanto para o consumidor; ser praticada por qualquer pessoa e,além disso,tercaráterpermanente;orespeito eaconservação da natureza; a garantia da alimentação para toda a humanidade, independentemente deseu crescimento demográfico.

Estes cinco princípios foram estabelecidos pelo dr.Teruo Higa,professor de uma das mais importantes universidadesdo Japão ediretorda Fundação Mundial do Meio Ambiente. No início dadécada de 70, coma finalidade decombaterasdeficiências de solo decorrentes do plantio consecutivo de hortaliças, ele verificou que os microorganismos existentes na terra tanto podemcontribuir paraa vitalidadequanto paraadestruição. A osmicroorganismos de atuaçãopositiva, odr.TeruoHiga deu a denominação de "eficazes" eacaboupor transformá-los na base da agricultura natural.

Os resultados práticos desse método são inúmeros, mas alguns aspectos importantes da

Fanatismo religioso

Como todas ascoisas humanas, a religião tem historicamente servido às coletividades e aosindivíduos parasuasmanifestaçõesespirituais asmais elevadaseasmais hediondas. Pode-se afirmar a generalidade de que, em princípio, todas têm procuradoincentivar asformas as mais altas da solidariedade e dobem. Contudo,tambémé verdade que têmservido de apoio a algumas das piores atrocidades humanase nãosó nocasodos rituaisdesacrifício de pessoasexigidospelas religiões primitivas.Mesmo nahistóriadas religiões clássicase modernas, que ainda continuam a dirigir a consciência e o comportamento de indivíduos e povos, a religião teve historicamente,e continua ater na atualidade,umainfluência insuperável no que há de melhor e depior noespetáculohumano. Pense-se oque foramas cruzadas, a inquisição, Savonarola, o comportamentopolítico deLutero, ospapasdo Renascimento,as guerrasde religião.Olheseo que ocorrena atualidade entre católicoseprotestantes na Irlanda,entre judeuse muçulmanos no Oriente médio. Durkheim pôs em relevo o fato de que as religiões promovem e exprimemsimbolicamente o organismo coletivo, a sociedadeea solidariedadesocial.Sob seus ritos os mais herméticos há

agricultura natural devem ser destacados, entreeles:a preservaçãodomeio ambiente, pois torna desnecessário o usode agrotóxicos e fertilizantesquímicos; a reutilização das águas servidas e dejetosprovenientes de culturas e criação dos animais e seu uso como fertilizante orgânico; o controle da erosão do solo e em superfícies onde é feita a terraplanagem; apurificação da água de esgoto edos rios e ainda do lixo orgânico; a decomposição dos produtos químicos sedimentados pela longa utilização de agrotóxicos efertilizantes químicos;eo combateàsformigase cupins,que sãoproblemas constantes naagriculturana América Latina. A maior prova, no entanto, da eficiência da agricultura natural não está em nenhum livro ou tratadocientífico.O exemplo maior de sua eficácia podeser constatado em Rio Claro, onde o projeto pioneiro, desencadeado há20 anos,cresceue geroufrutos. Essa experiência é fundamental,por exemplo,para aEscolaMunicipal Agrícola "EngenheiroRubensFoot Guimarães",que oferece ensinode quintaa oitavasérie emparalelo com o aprendizado de técnicas agrícolas.Estaé umadaspoucas instituições de ensino do gênero mantidas pelopoderpúblico municipal no Estado e, com certeza, boa parte do sucesso desta escola se deve ao núcleo de agricultura natural que funciona em terreno contíguo. Comosepode observar,a agriculturanaturalchegou para ficar, poisreúne todosos requisitosnecessários aoestabelecimento deuma novafilosofia de plantio e consumo de alimentos. E é justamente por acreditar nessemétodoque, desdemeu primeiromandato na Assembléia Legislativa, passei a dedicar especial atenção ao fortalecimento dessarevolucionáriatécnica de tratamento de solo e plantio.

Aldo Demarchi é deputado estadual

Ascartas àRedaçãosomenteserão publicadas se contiverem,alémda identificação do missivista, endereço com rua, número, bairro, CEP e, se possível, telefone e rg. As cartas poderão ser resumidaspela redação, publicando-se, apenas o essencial. Os originais não serão devolvidos.

uma evidenteexpressão dacomunhão coletiva. Mas foi precisamente ofatodeasreligiões monoteístassacralizarem essa unidadee solidariedade étnica e grupal, ungindoseu povo como o eleito deum deus, que extremou opreconceito ea exclusão dos demais indivíduos e povos. Odeus únicoe todopoderosodo monoteísmoveioase transformar, assim, nomais intransigente obstáculo à comunhãoentreos homensenonúcleoque fundamenta fanatismos de todosos tipos.Sob esse aspecto, desde aAntiguidade o politeísmotemse mostrado mais tolerante,e, porisso mesmo, mais favorávelà convivência ecumênica.Não constaque Buda haja entronizado Deus algum nemque hajaapontado nenhum povo como de sua predileção.

Dentro das religiõesmonoteístas piorainda setornam as intolerâncias e exclusões resultantes das divisões sectárias quedisputama legitimidadee exclusividade de seus dogmas e a distinção de seus fieis como eleitosde Deus. Estas posturas originam e fomentam o fanatismo religioso capaz de alimentar asmais absurdas eperversas condutas do homem: o terrorismo sem sentido nem piedade.

Benedicto Ferri de Barros e-mail: bdebarros@sanet.com.br

Parar de dever

Emanuel Gonçalves

bastante comum nas pessoas que estão passando pelo processodo endividamento não perceberomomentocerto deestancareste procedimento. Todo desequilíbrioorçamentário, obviamente, teveseu começo.Semperceber ecomumcrédito imenso à sua disposição, o pensamento seguidode atitude vem automaticamente. A pessoa vai entrando no limitedo chequeespecial,ouretira dinheiro como cartãodecrédito, ouainda faz um empréstimo no banco, tipo CDC etc.

No mês seguinte, percebe que, além doscompromissos anteriores, tem mais aqueles gerados dentro do mês, logo, suas necessidades de recorrer ao crédito são maioresainda.Pronto, este seria um dos momentoscertos depararde seendividar.Apostura certa deveria ser verificar na ponta do lápis exatamente qual é omontantequeestá acimade sua capacidade de pagamento e, após identificar esse valor, eleger um,dois– ouquantosdosseus débitos forem necessários – e renegociá-los.

Voce vai ter de abrir mão de alguns privilégios neste momento. Por exemplo, setem dois ou mais cartões de crédito, fique somente comum. Deixeos outros delado, parandodepagar omínimo.Assim,em dois outrês mesesa própriaadministradora vai lhe propor um parcelamento do saldo devedor.

São dois ou três meses de fôlegoea prestaçãoparaquitaresse saldodevedorsempre podeser menor queo pagamentodotal valor mínimo. O fato é que cada casoéumcaso etemdeseravaliado dentro de sua realidade. O quenãopodeévocêficar complementando as suas necessidades de pagamento todo mês, criando dívidas parapagar dívidas. Enquanto você tem seu crédito positivo, ou seja, sem restrições, vá utilizando de forma ordenada para quitar débitos gerados anteriormentee,

conseqüentemente, manter seu nome limpo na praça. Acontece quenapráticaeste procedimento éfatal. Aolongo dosmeses,o volumedeseuendividamento cresceráassustadoramente. Quando você consegue mil reais para pagar em 12 prestações, já vai ficar devendo mais de R$ 2 mil. Isto em função dosjuros exagerados quesão praticados por todo o sistema financeiro.

Faça o seu orçamento com total prioridade para a sua subsistência.Suafontederenda éa única eprincipal receitaque deve epode ser utilizadapara quitarosseus compromissos,não empréstimos. Claro que nestas situações, você vai constatar que está devendo mais que recebe. Paciência,muitas coisasvãoter de ficar para depois.

É ilusãopensarquevocêvai passar imune por este processo, dependendodo estágio.Muita gente vive fazendo ginástica com o crédito, transformando seus problemas,que hojesão ruins, para pior ainda no futuro.

É sóverificarhádoisoutrês meses atrás, certamenteera menos ruim. Se não parar, vai piorando cada vez mais. Seu pensamento: "Ah, mas meu nome vai ficarsujo".Senão pararagora, mais tarde, vai do mesmo jeito porque você não vai mais ter onde recorrer. Conheço pessoas que ganham R$ 2mil por mês, equando me procuraram estavamdevendo quase R$30 mil napraça. Imaginem a ginástica de uma situaçãodessas, queinfelizmentedemonstra a realidade de uma grande parte da população.

Portanto, nunca édemais repetir: "Dívidas não se pagam contraindo mais dívidas". Pagase com a sua fonte de renda, mesmo que tenha de ser a curto, médiooulongoprazo, deacordo com a dimensão dos seus problemas.

Emanuel Gonçalves é especialista em negociação de dívidas

Os artigos enviados à Redação do DC para eventual publicação devem conter no máximo2.800caracteres,sedigitados,ou40 linhasde70 toquescada,se datilografados.

Almoço indigesto? O candidato tucano à sucessão presidencial, José Serra, almoçou no domingopassado no Palácio da Alvorada, com o presidente Fernando HenriqueCardoso. Apesardosemblante alegre de ambos, na saída, aose apresentarem àimprensa, élícito considerarque o menu do ágape não tenha sido dos mais palatáveis, ao menos no tom da conversa. A posição ainda desconfortável de Serra nas pesquisastem preocupado muitotucanato. Como aascensão deCiro Gomes preocupatambém acandidatura de Lula.Masesteé um prato de outro almoço.

Esperança

Mesmo sendo nomedenovela,na realidade da política brasileira,a esperança dos tucanos reside emdois fatos aindaausentesdacampanha: o horário político obrigatório que começa em agosto e a adesão silenciosa dos milhares e milhares de servidores públicos que ocupam bons cargos no governo e não querem mudanças que coloquem em risco suas posições. Achamada máquina pública, portendência natural conservadora, tende preferir um candidato vinculado ao esquema político dominante.

Idas e vindas

Se houver algum oscilação nos índices das pesquisas, a favor deSerra, muitagente que está correndo em direção a Ciro ficará depois em posição difícil. Éparte (lamentável) do adesismo na política . Os inte-

resses correm de um lado a outro conforme a probabilidade de vitória. Todos querem estar bem com o futuro poderoso de plantão.

Estratégias

O duro no horário político eleitoralobrigatório é suportar agenialidade dosmarqueteirosque fazem programas voltados para transformaros candidatosem produtoseganharo votomuito maispelo lado do aspecto psicológico da identificação do eleitor do que pela discussão detalhada de propostas de ação que não sejam generalistas.

Nem porteiro

Ouvi um marqueteiro genérico numa emissora de rádio comentando umquestionário queseaplica acandidatos,como nas empresas ao selecionar executivos, para ver quem é melhorpreparado.Diz o comentarista que entre os candidatos, pelo teste, há quem não sirva nem para porteiro de prédio, quanto mais parapresidente da República. Não mencionou nomes.

Sistema democrático

Esta é uma lacuna na liberdade democrática difícil de preencher. O presidente da República nãoé a melhorcabeça do país. Pode serboa, mas raramente é das mais brilhantes. Se até nos Estados Unidos é assim, imagine nas terras tupiniquins. Em todo caso,temos Lula, Ciro, Serra, e Garotinho (na ordem atual das pesquisas) gênios da administração pública.

e

fornecido

P. S . Paulo Saab

Governo pede explicações sobre O’Neill

O chanceler Celso Lafer convocou e embaixadora dos EUA no Brasil a explicar as declarações do secretário do Tesouro

As recentesdeclarações do secretário do Tesouro americano, Paul O’Neill, sobre o possível desvio de recursos da ajuda internacionalaos países do Cone Sul para "contas bancárias naSuíça",provocaramumsério atritonasrelações entre o Brasil e os Estados Unidos.

Por instrução do presidenteFernandoHenrique Cardoso, o ministro das Relações Exteriores,Celso Lafer,convocou ontem a embaixadora americana no País, Donna Hrinak, a darexplicações sobreas afirmaçõesfeitaspor O’Neill.

Considerando-se "indignado"coma iniciativadosecretário americano, Fernando Henrique foi além e deixou deixou claro que o governo poderá se recusar a receber O’Neill em sua visita programada parao Brasilna próxima semana, se as argumentações de Hrinak não foremconvincentes. Atéoinício da noite, ainda não havia um horário fechado para o encontrocom Hrinak,que poderia acontecer ontem ou hoje.

"Se a embaixadora Hrinak não esclarecer (as declara-

ções deO’Neill),o governo não terá condições de receber o secretário do Tesouro", afirmou FHC. Lafer também respondeu de formacontundente asdeclarações de O´Neill. Falando sobresua viagem àAmérica Latina na próxima semana, o secretário disse que os países precisam "pôr em prática políticasqueassegurem que, quando aassistênciafinanceira vier, que ela faça algo bom e não vá apenas sair do país para contas bancárias na Suíça".

O ministro afirmou que esse tipo de insinuação não correspondeaosesforçosde seriedade, de lisurae de transparência do governo brasileiro. "Tenho absoluta convicção de que o governo brasileiro cuida das contas públicas e dos recursosque recebe do FMI e deoutros organismos internacionais comabsoluto zelo, com absoluto cuidado e com uma absoluta preocupação de gestão macroeconômica", afirmou.

"Qualquer outra insinuaçãonão correspondeàrealidadeeao esforçodeseriedade, de lisurae de transparência que caracteriza o governo

do presidente Fernando Henrique Cardoso e a equipe econômica no trato desse tema", acrescentou. Questionado sobre a possibilidade de entrar em contato com asautoridades norteamericanas para manifestar a indignação do governo brasileirocomessas declarações, Lafer preferiu não responder. Seu porta-voz,PedroLuiz Rodrigues,limitou-se aafirmar que o chanceler daria al-

guns telefonemas na tarde de ontem.

Menos preocupação – As reações do ministro da Fazenda,pedroMalan,e do presidente do Banco Central, Armínio Fraga, foram mais contidas.Ambos minimizaramasdeclarações de O’Neill.

Malan respondeu que o Brasil já deu provas de sobra de sua reputação de bom usuário do dinheiro disponi-

bilizado pelos organismos internacionais. "Se entendi corretamente, O’Neill disse que esse apoiodepende depolíticasconfiáveiseo Brasiltem uma política confiável, ese depende do uso apropriado dessesrecursos, oBrasiltem uma seriedade que não está em questão por ninguém", avaliou Malan. Fraga,também mostrou pouca preocupação com as declaraçõesdeO’Neill. "Eu

estive lá (nosEstados Unidos) há pouco tempo, há três semanas, e converseicom ele olho no olho e posso garantir a você e aos ouvintes que não éum problemacom oBrasil. O Brasil tem sido um bom mercado para investimentos, e portanto, não vejo nessas declarações nenhum empecilho àcontinuidade desse trabalho nossocomo FMI", disse ( veja detalhes no texto abaixo). (Agências)

FMI deve receber missão brasileira hoje

O Ministério da Fazenda informouontemqueo governo enviará hoje à noite uma missão ao Fundo MonetárioInternacional (FMI), para continuarasnegociações com o Fundo.

A missão será chefiada pelo secretário-executivo do Ministérioda Fazenda,Amaury Bier, e terá também a presença do diretor de Política Econômicado Banco Central, Ilan Goldfajn. A decisão de enviar a missão a Washington foi tomada em conversa entre o ministro da Fazenda, Pedro Malan, e o diretor-gerente do FMI,

ANP tem poderes para controlar o preço do gás, afirma

O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Sebastiãodo Rego Barros, afirmou ontem que a agência tempoderes paracontrolar ospreçosdo gásdecozinha.

Já oministro-chefedaCasa Civil, Pedro Parente, afirmou queo ConselhoNacionalde Política Energética(CNPE) poderá baixar na próxima semana uma resolução para dar mais poderes à ANP na regulação de preços de combustíveis. "A interpretaçãodo Advogado Geraldo União (AGU) é de que a lei 9.478 (que regulamenta osetorde petróleo) dáà ANP a possibilidade de controlar preços. Sónão seicomo", disseRegoBarros durante o seminário "Óleo de Gás", promovido pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef).

Segundo Rego Barros, a lei que regulamenta o setor de petróleo abre essa possibilidade

No mesmo evento, Parente disseque aCNPEvai sereunir entreesta e apróxima semana para efetuar aresoluçãoquepermitirá queaANP intervenha nos preços em caráterprovisório,caso seja comprovada a prática de preços abusivos.

Após determinação do presidente FernandoHenrique Cardoso ocorridana semana passada, alguns órgãos do governo vêm analisando formas de controlar os preços dogásde cozinha,quesubiu mais de 30% neste ano.

Desde sua criação,em 1997, até agora, a ANP apenas

monitora os valores dos combustíveis e encaminha as conclusões para outros órgãos do governo. "A interpretação clássica que a ANP tem seguido é ade apurar deficiências de mercado e informar ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), mas existe uma interpretação da AGU que a agência herdou o direitodo Departamento Nacional de Combustíveis de controlar preços", afirmou Rego Barros. Oministro de Minas eEnergia, Francisco Gomide,já chegoua sugerir que o botijão não deveria ultrapassar R$ 23. Atualmente está em R$ 28. Sem retrocesso – Parente confirmou que o governo pode vir a adotar um preço máximo para a vendado gás de cozinha. Aindaassim,o ministronãovêum retrocesso no modelo de abertura do mercado. "Em nenhum momento passou pela cabeça do governo a revisãodo modelo de aberturaque pressupõeo livre mercado", disse. Parente afirmouainda que o governo não descarta a possibilidade devoltar a subsidiaro gásdecozinha."Não discutimos,porém nãodescartamos", disse. Parente também afirmou queo presidente da Petrobrás, Francisco Gros, está firme no cargo. Na semana passada,depoisdoanúncio da possibiliadecontrole dopreço do gás, houve boatos sobre

diretor

apermanênciadeGros no cargo.

A Petrobrás produz o GLP(gás de cozinha) e revende oprodutoparaas distribuidoras. Os preços dos combustíveis estãoliberados desde janeiro deste ano e têm acompanhado a desvalorização do dólar e as oscilações da cotaçãodo petróleonomercadointernacional. "Não há qualquer reparo com relação à atuação do presidente Gros. Ele está mantido,não há o quecriticara atuaçãodaPetrobrás". (Reuters)

Horst Koehler, ontem.

Em entrevista, Malan e o presidente do Banco Central, Armínio Fraga,reafirmaram ontem quenão faltaráapoio internacional aoBrasil neste momentoem queo Paísnegocia um novo acordo com o FMI, para reduzir as pressões sobre aeconomiabrasileira às vésperas das eleições.

Malan mostrou confiança no desfecho favorável das conversascom oFundo."Essas coisasnão sedecidem em 24 horas ou em 48 horas, elas estão em andamento, caminhandobem.Eu não tenho dúvida que o Brasil tem apoio

internacional e ele não faltará aoPaís e não seráexpresso apenas em palavras", disse o ministro.

Malan evitoufalaremdatas, mas notou que as conversasestãoaceleradas edevem ser concluídas em breve.

Candidatos – O ministro tambémenfatizou queum acordo com o Fundo está sendo negociado comeste governo enão estásendo cogitadono momento pedir um aval dos candidatos à Presidência. Ele notou ainda que os candidatos estão mostrando comprometimento com a inflação sob controle,a res-

ponsabilidade fiscal e orespeito a contratos.

"Este governo não deixará de governar, não seeximirá de suas responsabilidades, portanto nós não estamos nestemomento pensando em apresentar nenhum tipo de papel aqualquerumdos candidatos para que assine. É obrigação deste governo fazer o que parece ser apropriado aoPaís e nósos faremos", afirmou.

O ministro voltou a dizer que asturbulênciasexternas sãopassageiras. "Não tenho dúvidadeque essafaseserá superada". (Agências)

BOLSA ELETRÔNICA DE COMPRAS

Encontram-se abertas na Bolsa Eletrônica de Compras, do Governo do Estado de São Paulo, as seguintes Ofertas de Compras:

Dispensa de LicitaçãoInicioCidadeNatureza da Despesa

090146000012002OC000226/8/2002CASA BRANCAOUTROS MATERIAIS DE CONSUMO

090146000012002OC000236/8/2002CASA BRANCAMATERIAL DE CONSTRUCAO

380153000012002OC000496/8/2002FRANCODA ROCHAOUTROS MATERIAIS DE CONSUMO

090144000012002OC000456/8/2002ITU/SPGENEROS ALIMENTICIOS

200148000012002OC000626/8/2002S A N TO SPECAS E ACESSOR.E COMPONENTES DE INFORMATICA

170101000012002OC000196/8/2002SÃO PAULOSUPRIMENTO DE INFORMATICA

090032000012002OC002646/8/2002SOROC ABAGENEROS ALIMENTICIOS 080348000012002OC000036/8/2002VOTOR ANTIMMAT.EDUCATIVO, ESPORTIVO E CULTURAL Co nv i teInicioCi

180153000012002OC0022931/7/2002SAO PAULOGENEROS ALIMENTICIOS

232101230552002OC0006831/7/2002SAO PAULOGENEROS ALIMENTICIOS

220101000012002OC0001831/7/2002SAO

As coisas vão mudar dentro de casa

Com o Código Civil que entra em vigor em janeiro, estão previstas muitas mudanças no âmbito das famílias

A parte dedicada ao Direito de Família nonovoCódigo Civil, queentrará emvigor a partirde janeirodopróximo ano, é a que mais altera a vida das pessoas.A mulher, por exemplo,perdeu oprivilégio deter aguardados filhosnos casosde separação. Com o novo texto, essa responsabilidadepassa aser daquele,entre os pais, que tiver melhores condições.Outra alteraçãoé apossibilidadede modificar oregime decasamento,com autorização judicial.

Até quepontoessas eoutras novidades na área de família vãodiminuir as batalhas nos tribunais?Pelo menosnaparte quetratada guarda, muitagentejáestá prevendo que a subjetividade dotermo "melhorescondições" dê margem a muita discussão.A abertura doartigo tendea acirrarasdisputas, aumentandoo trabalhodos juízes nas Varas de Família. Guarda compartilhada –As críticas à subjetividade forammotivo paraaelaboração doProjetodeLei6350, em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, que

Atenção aos contratos de TV por assinatura

Segundo a Fundação Procon-SP, órgãodedefesado consumidor ligado ao governo estadual, de janeiro a maio deste ano foram feitas 1.073 consultas e registradas278 reclamações contra empresas de TV acabo. Os principais problemas são: cobrança indevida ou abusiva, dúvida sobre cobrança,reajuste econtrato, vício de qualidade, rescisãocontratual oualteração unilateral no documento e serviço não fornecido.

A técnica doórgão Maria Cecília Rodrigueslembra que, se não estiver por dentro dasregrasde contratação, o cliente ficará ainda mais vulnerável, casoa empresatente agir de má-fé. Na maior parte dasvezes, osassinantesaderem ao serviço sem saber as cláusulas contratuaisimpostas pela empresa. Se o usuário não exigir uma cópia do contrato etiver problemasfuturamente, será difícil reverter asituação.O pagamentoda primeira mensalidadeindica a aceitação do contrato.(AE)

institui a chamada guarda compartilhada. Comela, os dois dividem as responsabilidades pela educação dos filhos.

O problema é que o Código é feitoparaum País dedimensões continentais, que tem diferenças regionais marcantes. Práticas quesão comuns em grandes capitais são impensáveis nos rincões mais distantes do interior. O Código estabelece normas modernas queterão de seraplicadas a populações ext r e m am e n t e con serv ador as. Não será fácil.

filhos", diz.

Os advogados esperam que haja mais processos nas varas de família, para resolver litígios de casais

Para preveniro aumento delitígios,a advogadaespecializada em Direito de Família, EdnaLodi,defendeuma propostasuigeneris. "Os conflitos familiares deveriam ser acompanhados por uma espécie de conselho de sábios ou familiar e não por juízes de tribunais. Os judeus, por exemplo, consultamos rabinosantesde procurarema Justiça para resolver questões como separação ou guarda de

Aumento nas ações – Defensora ferrenha dodiálogo, a advogada acha que a área do direito de famíliaé umadas poucas que oferecem a oportunidade de diluiçãodo conflito antes do recurso ao Judiciário. "Aspessoas nãodeveriam ser tão radicais e contundentes e sim estudar todas as possibilidadesde conciliação. Isso evitaria trabalhoaos juízes quemuitas vezes demoram anos e anos para decidir uma causa eacabamafetando a vida de crianças inocentes", diz.

Outra sugestão igualmente inovadorae preventivapara reduzir as batalhasna Justiça é transformar o direito de Família em disciplina obrigatória nos currículos escolares, pelo menos do segundo grau. Isso porque a população desconhece a legislaçãonuma área que afetadiretamente a sua vida privada diária. "Seria interessanteque aspessoas entre os 14 e 18 anos tivessem noçõesbásicasde direito de

família,como os regimesde comunhãoprevistos em,em caso de casamento", diz. Edna Lodi argumentaa favor de sua idéia citando o fato de onovocódigopermitira possibilidade de troca de regimedebens. Issoseriauma prova de que muitos ainda se casam sem realmente conhecer as opções disponíveis. Na opinião da procuradora de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo, Luiza Nagib Eluf, no entanto, oideal emqualquercasoé optar pelaseparação totalde bens. "Principalmente quando os cônjuges já possuem algum patrimôniopessoal antes do casamento", diz.

Pensão– Um dosprincipais focos de brigas judiciais quando háseparação, apensãoalimentícia,deixará ser uma obrigação legal nos próximos dez anos, prevê a advogada. Anão ser emcasos excepcionais. Devido à independência conquistadapela mulher nas últimas décadas, os juízes estão avaliando com mais cautela os pedidos de pensão.

Sílvia Pimentel

Projetos querem a permissão de venda de remédios a granel

Pode entrar em vigor antes do que se imagina um projeto que prevê a venda fracionada de remédios nas farmácias. O sistema funciona assim: com basena receita,obalconista tem defornecerao comprador apenas a quantidade exatadefinidapelomédico. Se, por exemplo, o doente precisar tomar 12 comprimidos de determinado medicamento vendido em cartelasde 10 unidades, ele não será obrigadoa comprar 20comprimidos, mas só os 12 previstos na receita.

"Caso seja aprovado sem emendas nas Comissõesde Defesa do Consumidor e a de Constituição e Justiça,o textoseguirádiretopara asançãopresidencial", informa o secretário-geral da Mesa da Câmara,Mozart Vieirade Paiva.

A granel – A proposta, aprovada no Senado e, por unanimidade, na Comissão deSeguridade SocialeFamíliada Câmara,obriga asfarmácias a venderem a granel

falências & concordatas

medicamentos apresentados naforma de comprimidos, cápsulas, drágeas, tabletes, pílulas, supositórios e ampolas.

De autoriadoex-senador Ernandes Amorim(RO),o texto altera artigo daLei 6360/76, que dispõe sobre a vigilânciasanitária em produtos farmacêuticos.

Quem ganha – Para o relator doprojetona Comissão de Seguridade, deputado Rafael Guerra (PSDB-MG), a medidabeneficia atodos. "Ganham oconsumidor,o médico, os serviços de saúde, a indústriae as farmácias", garante.

Não há previsão para a votação final do projeto.As chancesde apreciação antes daseleiçõespresidencias reduzem-sea doisperíodos programados para "esforço concentrado": os dias 6e 7 e, depois, 27 e 28 de agosto. Mas o secretário-geral da Mesa revelaque aindanãopercebeu nenhuma movimentação para garantir aaprovação da

proposta antesdas eleições. O que, diga-se, é uma pena. Burocracia – Além da propostado ex-senador,tambémtramita na Câmara outroprojeto com objetivo semelhante, mas de autoria do deputado Ricardo Izar (PMDB-SP).A situaçãodesseprojeto estámaiscomplicada,porque estavavinculado a um projeto rejeitado pela Comissão deSeguridade. Para continuar valendo, precisa deum despachogarantindo uma tramitação independente.

Vários transtornos– Izar reclama: "As atuais embalagens trazem transtornos e prejuízos ao paciente que, muitas vezes, por falta de dois outrês comprimidos,éobrigado a comprar nova caixa de medicamento para completar o tratamento."

O deputado apostana medidapararesolver ainda outro problema: o risco de intoxicação de criançaspor consumir as sobras de remédios guardadas em gavetas. (AE)

Casos feios e tristes julgados recentemente pelo STJ

As brigas nas varas de famílianãosão bonitasdeassistir nem se resolvem facilmente. Frequentemente as partes lançammãodetodosos recursose chegamatéBrasília, aoSuperior TribunaldeJustiça, para resolversuaspendências. E não são necessariamente casos milionários, que envolvam grandes quantias. Gentedeclasse média também seengalfinha nostribunais. Veja alguns exemplos de decisões tomadas nas últimas semanaspelosministros do STJ: • O ministroEdson Vidigalconcedeu liminara uma empresária para suspender a ordem de busca e apreensão deseusfilhos, determinada pela Vara Cível de Vitória, capital do Espírito Santo. Tambémforamsobrestadas as açõesdealimentose regulamentaçãode visitasmovidas contra opai dascrianças. Ela alega tersido levadaa mudar para a cidade de Santos, no litoral paulista, emvirtude de “perseguições” empreendidas pelo ex-marido, que teria chegadoa invadirsuaantiga casa em Vitória. O casal separou-se amigavelmente e ficou acertado que a mãe ficaria com a posse eguarda dosgêmeos dequatroanos deidadeeo paipagaria pensão alimentícia. No entanto, o maridoobteve, na Justiça capixaba, liminar de busca e apreensão dos filhos, em conseqüênciade seudescontentamentocom dívidas resultantes da divisão dos bens, segundoalegações da defesa damulher.O marido teria prometido “verdadeira luta armada” contra a empresária. Ao decidir pela suspensão dos processos, o ministro Edson Vidigal designou a Vara Cível da Comarca de Santos para responder pelos atos

urgentes. Depois, irá ser decidido quemtem competência para julgar o caso.

• O mesmo ministro, no exercício da Presidência, acatou liminar proposta pela defesa de um cirurgião-dentista contrasua ex-mulhere filhos. Elesustentouquenão podia pagar a pensão alimentícia emsua integralidade.A liminar concedida sustou o mandado de prisão expedido contra ele. Abriga se arrasta desde 1995.Decisão judicial do Juízo da 12ª Vara de Família do Rio de Janeiro estabeleceu pensão de 47 salários além do pagamento das despesaseducacionais ede saúde.Professor assistente da Faculdade de Odontologia da Universidade doRiode Janeiro, ele nãoganhaosuficiente para cumprir a sentença. Por enquanto, está livre da cadeia.

•Também conseguiu permanecer em liberdade um engenheiro que está em litígiocom sua ex-mulher.Ele diz que não consegue pagar todaapensãocobrada por ela,de 14,78 saláriosmínimos ou R$ 2.956,00. O engenheiro estádesempregado desde dezembro de 2000, quando foi demitido da empresa onde trabalhava. A partir daí, passou a descumprir a decisãojudicial, fazendopagamentosemquantia inferior aovaloracordado. Os pagamentospassarama ser de R$ 705,00. O engenheiro deixou de cumprir suas obrigações em virtude do desemprego.Eo pagamento que vem sendo efetuadoé suficiente para fazer frente às despesas escolares da filha. Por isso safou-se da prisão. Temporariamente. Ashistórias,que sãofeias, podem ficar piores a partir do próximo ano. (EGS)

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 26 de julho de 2002, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:

Requerente: Rosset e Cia. Ltda. – Requerida: Virada Pro Sol Ind. e Comércio Ltda. – Rua Casemiro de Abreu, 381 – 07ª Vara Cível

Requerente: Dayhome Comercial Ltda. – Requerido: Yellow’s House Comércio de Utilidades Ltda. –Av. Sabiá, 617 – 13ª Vara Cível

Requerente: Adequação Ind. e Comércio Ltda. – Requerido: Gráfica Editora Camargo Soares Ltda. – Rua Independência, 767/777 –36ª Vara Cível Requerente: Gráfica Fênix Ltda. – Requerido: Mundial Diesel Com. de Auto Peças Ltda. – Alameda 2º Sargento Nevio B. dos Santos, 90 – 35ª Vara Cível

Requerente: DTS S/A Administração e Participações –Requerida: Aços Barcelona Ltda. – Rua dos Fonsecas, 325 – 39ª Vara Cível

Requerente: Dinaferro Distribuidora Nacional de Ferro e Aço Ltda. – Requerida: Conduban Ind. e Com. de Condutores Elétricos Ltda.– Rua Ganges, 780 –12ª VaraCível

Requerente: JN Fomento Mercantil Ltda. – Requerido: Easygraf Comercial LtdaME – Rua Domêncio de Palma, 640 – 25ª Vara Cível

Requerente: DNF Com. Ind. Importação e Exportação Ltda. – Requerida: Salvação Bebidas e Alimentos Ltda. – Rua Cavalheiro, 31 – 02ª Vara Cível

Requerente: MAF Telecomunicações e Comércio Ltda. –Requerida: Navera Sistemas de Telecomunicações Ltda-ME – Rua Carlos Barbieri, 27 – 03ª Vara Cível

Requerente: Jordan Style Creações Ltda-ME – Requerido: Comercial Joe

Collin Ltda. – Rua General Carneiro, 235 – 30ª Vara

Cível

Requerente: Serveng Civilsan S/A - Empresas Associadas de Engenharia – Requerida: FCK Construções Ltda. – Rua Comendador Elias Zarzur, 954 – 25ª Vara

Cível

Requerente: Pentágono Publicidade S/C Ltda. – Requerida: Duo Part Representações Comerciais Ltda. –Rua Getúlio Soares da Rocha, 104 – 22ª Vara Cível

Requerente: LHN Serviços Comunicação Visual Ltda.–Requerida: JD Produções S/C Ltda. – Rua Mauro de Araujo Ribeiro, 132 – 10ª Vara Cível

Requerente: Ferro e Aço Nossa Senhora de Fátima Ltda. – Requerido: Aço Forte

Comercial de Aços Ltda –Av. Clara Mantelli, 230 – 25ª Vara Cível

Requerente: Ebid Editora Páginas Amarelas Ltda. –

Requerida: Ricaflex Com. de Móveis p/ Escritório e Informática Ltda. – Av. do Estado, 5055 – 31ª Vara Cível

Requerente: Cumbica Com. Materiais Elétricos Ltda. –

Requerida: Construtora Mercosul Ltda. – Av. Ipiranga, 1097 conj. 101 - 10º andar – 07ª Vara Cível

Requerente: SND Comércio e Serviços Ltda. –Requerida: Skipconnect Informática e Comércio Ltda. – Rua Desembargador Euclides Silveira, 52 – 04ª Vara Cível

Requerente: Comercial Importadora Moreto Ltda. – Requerida: Engenharia e Instaladora Batista Ltda. –Rua Arthur de Azevedo, 685 – 37ª Vara Cível

Requerente: Eitel Telecomunicações e Informática Ltda.

– Requerido: Ótica Sebel Ltda. – Pça. Carlos Gomes, 67 - 12º andar Cj. M – 08ª Vara Cível

Requerente: Worth Fomento Mercantil Ltda. – Requerido: Aços Sigma Produtos Siderúrgicos Ltda. – Av. Nadir Dias de Figueiredo, 502 – 19ª Vara Cível

Requerente: Branac Papel e Celulose Ltda. – Requerida: Promocional Gráfica e Editora Ltda. – Rua Marambaia, 188 – 15ª Vara Cível

Requerente: Comercial Lovakia Ltda. – Requerida: Prestofarma Comercial Importadora e Exportadora Ltda. – Rua Carlito, 90 – 06ª Vara Cível

Requerente: Comercial Lovakia Ltda. – Requerido: Comercial Cartofil Ltda.-ME – Av. Inconfidência Mineira, 1737 – 38ª Vara Cível

Requerente: Hammer Alimen-

tos Gerais Ltda. – Requerido: AMS Componentes Eletro Mecânicos Ltda. –Rua Cangalia, 15 – 09ª Vara Cível

Requerente: Indústria Frigorífica Norte Colidense Ltda. - ‘Fricol’ – Requerido: Makro Atacadista S/A Pirajá. – Rua Carlos Lisdegno Carlucci, 519 –21ª VaraCível

Requerente: Casa de Tintas Usecor Ltda. – Requerido: Scac Fundações e Estrutura Ltda. – Av. Engenheiro Billings, 2403 – 04ª Vara Cível Requerente: Della Via Pneus Ltda. – Requerida: Flowtex do Brasil Ltda. – Rua Joaquim Távora, 09 – 38ª Vara Cível Requerente: Águia

Serra não inverte quadro eleitoral, diz

Ex-senador baiano reconheceu alguns avanços, nos últimos oito anos, na área educacional e criticou e a elevação dos juros

Criticas e mais críticas ao governo Fernando Henrique Cardoso(PSDB), aquemresponsabilizou pelanão realizaçãoda reforma tributária,a manutenção das desigualdadessociais eregionais noBrasil, a estagnaçãoda economia, dos juros altos como meio e fim emsi mesmo,da crisena áreada saúdee da"leniência" diante da corrupção no País. Essa foi a tônica do discurso do ex-senador Antônio Carlos Magalhães (PFL), ontem à tarde em São Paulo, durante palestra promovida pela Associação Brasileirados Dirigentesde VendaseMarketing do Brasil (ADVB). Eleenfatizou quenãovotará,sob hipótesealguma, no candidatodo governo,José Serra (PSDB) e deu como certa aida deCiro Gomes(PPS),

seu candidato confesso, para o segundo turno com Luiz Ignácio Lula da Silva (PT). "Tenho certezaque oCiro vaicomandarmesmo! Não vai soltar verba para ladrão ficar feliz", disparou.ACM reconheceu alguns avanços, nos últimos oito anos, apenas na área educacional, mas ressaltou que agora é preciso dar melhor qualidadeao ensino, preparar professores, evitar a evasão e a repetência.

"Mas na saúde não avançou nada", disse, lembrando o crescimento –eavolta –de inúmeras doenças no Brasil. Enc ontro – Ovice-presidente Carlos Monteiro representou opresidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alencar Burti, na reunião daADVB, ondecompareceram também seu ex-presi-

dente Élvio Aliprandi e Miguel Ignatios, membro do Conselho Superior da Associação. Na ocasião, o ex-senador fezuma defesaintransigente de Ciro Gomes, negando que ele tenhaalguma coisaa ver como ex-presidentecassado Fernando Collor de Mello. Rebateuas críticascitando

CNT espera uma decisão da Justiça para liberar pesquisa

A Confederação Nacional dosTransportes (CNT)desistiudetentar divulgarontema pesquisade intenção devoto encomendada ao Instituto Sensus,massuaassessoria informa que aguarda julgamento de recurso para liberar os resultados até o final da semana.

Durante o final de semana, o ministrosubstituto doTribunal Superior Eleitoral (TSE) José Gerardo Grossi concedeu liminar impedindo a divulgaçãoda pesquisa, que estava prevista para às 11 horas de ontem.

O pedido de liminar foi feito pela aliança PSDB-PMDB, que temcomocandidato a presidente o ex-ministro da Saúde José Serra, alegando que a pesquisa tratou de forma desigual os candidatos àeleição presidencial. Istoporquea candidata a vice , Rita Camata, não era citada no questionário sobrea influênciado vice na escolhado presidentedaRapública.

Nodomingo, ovice-procurador-eleitoral Paulo da RochaCampos entregouparecer ao TSE, opinando pela permanência da suspensão.

No parecer, Paulo da Ro-

cha Campos destaca o fato de queos pesquisados foram questionados inicialmente sobre o desempenho dos chefesdoExecutivo municipal, estadual e federal para, posteriormente,revelarem suaintenção de voto na eleição presidencial. Segundo o viceprocurador-eleitoral, há probabilidade de que o eleitor tenha sido influenciadopela avaliação dosgovernantes, realizada primeiramente.

Oministro Grossi, no entanto, deverá analisar o pedido de reconsideração da Sensus somente hoje, quando retornar de viagem.

A Sensus DataWorld Pesquisae Consultoriasolicitou ao ministro, em pedido encaminhado ao Ministério Público Eleitoral, que reconsiderassesua decisão. Na avaliação da CNT, a Justiça deve liberar a divulgação.

"A CNT está confiante que a JustiçaEleitoralacataráo recurso para garantir o direito de livre acesso à informação a todososbrasileiros", disseaentidade em comunicado.

Rigor técnico – O PSDB e o PMDBargumentam que uma parte do questionário da

Ciro mantém

As últimaspesquisas eleitorais, realizadas pelo Ibope e pelo instituto Vox Populi, mostram que ainda existe espaço para um crescimento da candidatura deCiro Gomes,

pesquisada Sensusfazreferência somente a três dos seis candidatos à vice-presidência. A pergunta seria a respeito da influência queeles teriam na escolha do candidato a presidente.

A Sensus disseque se comprometia a "nãopublicaros resultados ou divulgar análise objetiva ou subjetiva decorrentes, direta ou indiretamente, daparte do questionárioem queapenas trêsdos seiscandidatosa presidente da República são citados", informou o TSE.

Segundo a CNT, a pesquisa feita pela Sensus "sempre se pautou pelo rigor técnicoe científicodeacordo com os padrões internacionalmente aceitos". A sondagem está em sua quinquagésima edição. Recentespesquisas de intenção de voto têm mostrado oavançodocandidato da Frente Trabalhista,Ciro Gomes, e aqueda do governista JoséSerra. CiroGomesestá isolado emsegundo lugar, à frente de Serra, que na última pesquisa doIbopeempatou tecnicamente com o candidatodo PSB,AnthonyGarotinho. (AE)

boa perspectiva

candidatoda FrenteTrabalhista (PPS/PDT/PTB), de acordo com a analista Fátima Pacheco Jordão. Ciro Gomes conquistou, conforme apontou aPesquisaIbope/Rede

Globo, de 21 a 23 de julho, pela primeira vez, a supremacia em relação a Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno (47%contra 40%dasintenções de votos)(AE)

vários nomes, entre eles o próprioministro PedroMalan,que participaramdogoverno Collore hojefazem parte do governo e de sua base de sustentação.

ACM disse ainda que a "herança do governo que agora se encerra" é um país desigual na área social e regional. Credi-

tou às desunião dos três poderes da República– Executivo, Legislativo eJudiciário–por nãodeixar chegaraospobres o dinheiro destinado aos programas sociais.Criticoua submissão do atualgoverno ao Fundo Monetário Internacional(FMI) elamentouque adívida internatenhaalcançado cifras astronômicas, nos oito anos de FHC. "É preciso baixarosjuros queiraounão o FMI,porque essaé avontade de todos nós", enfatizou.

Crítica – Além disso, ACM afirmou que opresidente FernandoHenriquenão se beneficia, mas "transige" com a corrupção paramanter sua base aliada:"Batariao presidente buscar nosso apoio, o apoio do povo,que não precisaria negociar com parlamentar as coisassagradas do

País." Disse que a corrupção no Brasil "é hoje maior do que ontem",comparandocom o período doRegime Militar Também pediu uma dura reforma do PoderJudiciário, criticando juízes e desembargadores aposentados "que ganhamsalário-férias" ,em todo o Brasil.

Em relação areforma tributária ACM foitaxativo: "A reforma não foifeita porque o Fernando Henrique e o Pedro Malan não quiseram." Segundo o ex-senador baiano, essa posição se deveuao medodogoverno federal perdesse arrecadação com a reforma. Da mesma maneira, acusouogoverno detersido alertado várias vezes da possibilidade de "apagão".

Lula recebe apoio de empresários

Um grupo de empresários lançou na manhã de ontem, em São Paulo, um manifesto de apoio àcandidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência.O documento contém assinaturas de 100 empresários filiados e não-filiados ao partido. O objetivo do manifesto é dar apoiopolítico aopetista. Os empresáriosqueparticipam do movimento ressaltam que nãohaverá apoio financeiro à campanha.

Ocomitê empresarialque coordena o manifesto é encabeçado pelo empresário José Carlos de Almeida, da JC Engenharia. Também fazem parte do grupo OdedGrajew, doInstituto Ethos, Lawrence Pih, do Moinho Pacífico, Michael Haradom, da indústria de defensivos agrícolas da Fersol, PauloFeldmann, daErnst& Young, entre outros. Mudança – Almeida informouque atésetembroo co-

mitêespera coletarentre 5a 10 milassinaturas deempresários emtodoo País. De acordo com ele, a candidatura de Lula representa a mudança que se faz necessária no País.JáparaPaulo Feldmann, da Ernst & Young, "ninguém tem uma proposta tão honesta, concretae confiável como oLula". "Trabalhodiretamente comocapitalestrangeiro e não existe maisesse temorem relação ao PT",afirmou. (AE)

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Encadernações:

* Livros, Jornais e Revistas

* Diários

* Notas

Sergio Leopoldo Rodrigues
Antônio Carlos Magalhães entre Élvio Aliprandi e Carlos Monteiro, da ACSP

Estados Unidos avaliam as opções para atacar o Iraque

Os Estados Unidos avaliam a possibilidadedeocuparacidade de Bagdá eum ou dois centros decomando militare depósitos de armas, durante uma eventualação para derrubar o ditador Saddam Hussein, segundoinformouontem o jornal The New York Times. O objetivo seria matar ou isolarSaddam e assimevitar que o Iraque usasse suas armas de destruiçãoem massa,seja contrauma forçainvasora, contra vizinhos quese aliem aos EUA ou contra Israel.

A opção de começar a guerra ocupando Bagdá facilitaria ações"dedentro parafora" contraalvos distantesda capital, disseojornal,citando fontesdo governoe doPentágono. A principal vantagem dessa tática seria reduzir o número de soldados envolvidos natarefa,segundodefensores do plano.

De qualquer forma, os prós e contras datática estão sendodiscutidos eainda nãoforam apresentados formalmenteao presidenteGeorge W. Bush e a sua equipe de se-

gurança nacional. Apoio necessário –As autoridades dizemque épossívelparalisar osistema decomando e controledos militaresiraquianos, fortemente centralizado. Caso fiquem isolados de seus superiores, os oficiais de média patente não devem tentar improvisar, avaliam os americanos.

A estratégia de invadir Bagdá precisaria do apoio de outros países do golfo Pérsico, e osEstados Unidos estão preocupados com as consequências de uma ação militar de grande escala, segundo uma fonte não-identificada.

O jornal estima que até 250 mil soldadospodem serempregados na operação, seja

paraassumir diretamenteo controle da capital iraquiana ou para as tarefas de retaguarda.

O Departamento de Defesa não comentou a reportagem, mas a possibilidadede atacar o Iraque paraderrubar Saddam Hussein é abertamente discutida pelo governodos Estados Unidos. (Reuters)

Israel quer dialogar com palestinos

Oministro israelense da Defesa, Binyamin Ben-Eliezer, disse ontem que está disposto a discutir nos próximos dias questões de segurança comas autoridadespalestinas, mas o assassinato de uma adolescente palestina, horas antes doanúncio,voltoua complicar a situação.

Asdiscussões devemincluir oministro palestinodo Interior, Abdel Razzak Al Yahya, ou alguma autoridade do mesmo escalão. "Espero que vá bem. Então será possível dizer queestamos caminhando em uma direção que possa trazer estabilidade à área", afirmou Ben-Eliezer.

A Autoridade Palestina não comentoua retomada das negociações, mas já havia elogiado iniciativasemelhante tomada neste mês pelo chanceler Shimon Peres. Nenhum desses encontros,po-

rém, discutea paz propriamente dita, apenas meios para conter a violência. No domingo, o governo anunciou medidas para aliviar a situação dos palestinos que vivem sob ocupação. Os toquesde recolher serão reduzidos,12 mil palestinos vãorecebero direito detrabalharemIsrael ealgunspequenos postos de controle serão desmantelados.

Mas no mesmo dia houve novos episódios de violência. Cerca de cem colonos judeus que velavamum soldado mortoem uma emboscada saíram pelasruas deHebron em busca de vingança. Eles dispararam vários tiros, que mataram uma menina de 13 anos. Segundo a Rádio Israel, 15 pessoas ficaram feridas em incidentes com colonos. A polícia disseque os judeus apenas respondiam

a palestinos queos apedrejavam, mas mesmo assim prendeu quatro colonos.

Em MazraAlSharkiya, perto de Ramallah, um homemfoi mortoe outroficou ferido, também no domingo, pelo disparo de um tanque israelense.Os militares disseram queo homemque morreu havia atacado uma patrulha com blocos de concreto.

Em Ramallah, dois militantes palestinos forampresos próximos à sede do governo palestino.

Prisão – OExército israelenseprendeu doislíderesdo grupomilitante palestino Hamas, duranteuma operaçãoem Ramallah,naCisjordânia. Segundo Israel, Hussein Abu Kweik e Fureij Rumenia eram responsáveis por ataquesa civisisraelensese estavam sendo procurados. Um representante do Ha-

mas, Ismael Abu Shanab, disse, no entanto, queAbu Kweik - que teve sua mulher e três filhos mortos em um ataque israelense em março - era apenasum ativistapolíticoe não estavaenvolvido ematividades armadas.

Asprisões foramfeitasdepois que confrontos entre palestinos ecolonos judeusem Hebron, deixaram umapalestina de 14 anos morta e várias pessoasferidas no domingo.Oschoques teriam começado depois que um grupo de palestinos atirou pedras contra colonos que estavam retornando do funeral de um outro colonoe de um soldado israelense, mortos poratiradores palestinos.Os colonosteriam aberto fogo contra os rivais palestinos, atingindo aadolescenteNizinJamjoun navarandade sua casa. (Reuters)

Bush sanciona hoje a nova lei de combate a fraudes em empresas

O presidente norte-americano, George W.Bush,deve assinar nesta terça-feira uma lei de combate às fraudes contábeis,depois queuma série de escândalosdessa natureza prejudicou o mercado de ações.

Oporta-voz daCasaBranca,Ari Fleischer, informou ontem aos jornalistas que acompanham opresidente em viagem a Charleston, na Carolina doSul, queBush deve assinar aleiem cerimônia a ser realizada na Casa Brancae que contará com a presença de membros do Congresso e daforça-tarefa criadanasequência dosescândalos contábeis na Enron e na WorldCom . Outro escândalo –A Qwest Communications International Inc. , que está passandoporuma investigação contábil pela Securities and Exchange Commission (órgão reguladordos Estados Unidos),informouter utilizado métodosdecontabili-

dadeinadequados de 1999 a 2001. A empresa acrescentou que irá rever seus resultados financeiros.

Legislação é mais dura com culpados e foi criada na sequência dos escândalos contábeis na Enron

A Qwest, empresa de telefonialocal norte-americana que também enfrentaum processo criminaldo DepartamentodeJustiçado país, acrescentou ter contabilizadoirregularmentecerca de 1,16bilhão dedólares em vendas de capacidade ótica e de equipamentos de comunicação. Aempresa irá rever suas práticas contábeis e poderá reformulartodaa venda de capacidade ótica.

A revisão dos comunicados financeiros também incluirá ajustes em três transações relacionadas a vendasde equipamentos detelecomunicações.

A Qwest é uma das várias empresas de telecomunicações, como a Global Crossing Ltd.ea WorldComInc.,investigadas por reguladores federais dos EUA. (Reuters)

Argentina rebate O’Neill sobre desvio de recursos

O governo argentino discordou ontemdas declarações do secretário do TesourodosEstadosUnidos, Paul O’Neill, que disse ser necessário que aajuda financeira a países com problemas seja bem usada e não acabe em bancos na Suíça.A ajuda que a Argentina pode receber "não irá para uma conta na Suíça’’, disse o chefe do Gabinete de ministros, Alfredo Atanasof.

Ogoverno negociadesde fevereiro um pacote de ajuda como FMI(FundoMonetário Internacional) para sair da atual crise. Durante todos esses meses O’Neill sempre advertiunão estardispostoa dar seu apoio a um novo programa ao país seele não deixardeser "desorganizado’’. Para osecretário,oscontri-

Ucrânia suspende vôos de aeronaves militares

O Ministério daDefesa ucraniano suspendeu ontem, por tempo indeterminado, os vôos de todos os aviões militares, com exceção dos aparelhos de combate ligados à segurança do território.A medida foi tomada depois que um caça ucraniano caiu sábado no aeródromode Skniliv,perto deLviv, edeixou pelomenos 83pessoasmortas e 116 feridas. As causas do acidente são ainda desconhecidas, mas, segundoas pri-

meirasinformações,o avião – umSukhoi SU-27– estava sobrecarregado de combustível.

A Ucrânia, cujo armamento foi em grande parte herdado da extinta União Soviética, já tinhasuspenso, em outubro do anopassado, o lançamento de mísseisno seu território,apósa destruição acidental, por um míssil ucraniano, de um avião comercial russo, com78 passageiros a bordo. (Reuters)

buintes dos EUAnão têm de financiar um país imerso no caos político.

Nodomingo, O’Neilldisse à rede de televisãonorteamericana "Fox’’ que "estes países (da América do Sul) sãonossos amigos ealiados, mas precisam lançar políticas econômicasque assegurem que quando a assistência chegar, será bem usada e que não sairá do paíspara uma conta na Suíça’’. O’Neill não citou o ex-presidente argentino Carlos Menem (1989-1999), mas seus comentários foram feitos umasemana depois de o político argentino admitir a existência de uma conta na Suíça, não declarada na Argentina.

Uruguai – Ogoverno do Uruguai acreditaque conseguirá adiantar desembolsos doFundo Monetário Internacional (FMI)e deoutros organismosdecrédito para salvar sua economia.O país enfrenta uma criseem razão da forte queda das reservas ocasionada por uma fuga de depósitos, afirmou o vicepresidente, Luis Hierro. Nomomentoem que trocou quase toda a equipe econômica, o presidente Jorge Batlle enviouna terça-feira uma missãooficial a Washington, para tentar adiantaros recursosjáaprovados pelo Fundo Monetário Internacional, uma medida desesperada para recuperar a confiança de seu sistema bancário. (Reuters)

Para atacar o Iraque, o presidente Bush depende do apoio dos países do Golfo Pérsico e da comunidade internacional

OMC aceita denúncia do Brasil contra barreiras americanas ao aço

A Organização Mundial do Comércio(OMC) aprovou, ontem, a abertura de um painel(comitê de investigação) pedido pelo Brasilcontra as barreiras ao aço impostas pelos Estados Unidos. Com a autorização, o País passa a fazer parte deuma aliança composta pelaUnião Européia eoutros seispaísesno processo contra as salvaguardas da Casa Branca. O País era o único, até hoje, que não fazia parte do grupo que estava questionando o protecionismo americano na OMC.

"Osetor siderúrgicobrasileiro passou por um processo de privatização e modernização que resultou num alto nível de competitividade. O gov erno, portanto,considera que a preservação de um livre mercadonessesetore orespeito pelas regras internacionais são essenciais", afirmou a delegação brasileira na OMC.

No início de março deste ano, osEstados Unidos implementaram uma tarifa de até30% sobre as importações deaço detodoo mundo, inclusive do Brasil. Diantedasbarreiras, uma sériede países,entreelesa ChinaSuíça,Japão, Coréia, Nova Zelândiae oseuropeus decidiram pedir a intervenção da OMC parajulgar se a medida norte-americana estaria violando as regras do comércio internacional. O Brasil, porém, optou por questionar os Estados Unidos de forma independente. A estratégia era tentar conseguir que Washington aceitasse o argumento do Itamaraty de que os produtos brasileirosnão eram responsáveis pelas dificuldades enfrentadas pela indústria norte-americana.

bretaxados, oque devegerar um prejuízo de até US$ 400 milhões por ano ao País. Mas, diante dos sinais de que Washington nãoiria reveras taxas ao Brasil, o Itamaraty finalmente optou por se juntar ao grupo liderado por Bruxelas. "Adecisão dopresidente dos Estados Unidos de impor medidas de salvaguarda são inconsistentes com asobrigações assumidas pelo país na OMC", completou adelegação do Itamaraty.

Na avaliação do Brasil, a formação de coalizões de países para enfrentar o protecionismo parece estar dando resultados positivos. Há menos de duas semanas, uma outra aliança de 29 países(entre eles o Brasil) conseguiu que a OMCcondenasse umalei aduaneira dos EUA.

País passa a fazer parte de uma aliança formada pela União Européia e outras seis nações

E ur o p a – Apesar de estar ao lado da UE no caso contra Washington,o Brasilpoderá também pedir um painel contra as barreiras de Bruxelas aoaço nacional. Após osEUA, oseuropeus estabeleceram sobretaxas à importação de de produtos siderúrgicos.

A decisão de abrir um investigação por parte do Brasil, porém, somente será tomada em setembro.

"Fast track" deve dificultar acordo para Alca, diz Lafer

O ministro das Relações Exteriores, CelsoLafer,afirmou ontemquea nova versão da Trade Promotion Authority(TPA), aprovada sábado pela Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, tornará"ainda maisdifíceis" as negociações da Área de LivreComércio dasAméricas (Alca), caso otexto venha a ser confirmado nesta semana pelo plenário do Senado americano. Diantedessecenário, Lafer reforçou as dúvidas levantadasnofimdesemana pelo presidenteFernando Henrique Cardoso sobreaconclusãodo acordo dentro doprazo fixado,até o finaldedezembro de2004,e defendeua exploração de acertos com os países andinos.

temum aspectopositivo. Uma vez concedido o mandato, a equipe do presidente George W. Bush terá condiçõesdelevar adianteoprocesso de integraçãoda Alca e outras negociações em curso, como a nova rodada da OrganizaçãoMundial doComércio (OMC) ou mesmo o acordo com o Chile.

deseussócios do Mercosul sempre deixaramclaroque não aceitariam avançar nas negociações da Alca sem o fasttrack. Masigualmente sublinharam que não concordariam com "qualquer" TPA.

A esperança, portanto, era que, forada aliança,o Brasil conseguisse que a Casa Branca retirasse os produtos nacionais dalista dos itens so-

Acor do –Mesmo queos paísesque formamaaliança saiam vencedoresna disputa naOMCcontra os Estados Unidos, o temapoderá não estarresolvido. Paramuitos, apenas umacordo entre os produtores poderá evitar que umdos paísesvolte aaplicar tarifasparaproteger sua indústrialocal. Umadaspossibilidades poderia sera conclusão de umtratado no âmbitodaOCDE (grupo dos países ricos).O maiorobstáculo para arealização do acordo, porém,é arecusa da Casa Branca em aceitar retirarosentraves àsimportações de aço.(AE)

Fazenda pede suspensão da compra da rede Sé

A Secretariade Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda pediu ontem aoConselhoAdministrativo deDefesa Econômica(Cade) que suspenda temporariamente, em caráter cautelar, a compra dossupermercadosSé pelo grupo Pão de Açúcar. Há suspeitas de que consumidores de pelomenos sete cidades paulistas (São Paulo, São Carlos,Araraquara, Campinas, Franca, Piracicaba e São José dos Campos) seriam prejudicadoscoma transação, porque eladificultaria a concorrência nessas praças.

"Sea concentração(desupermercadosde umamesma rede) for muito alta, os preços naregiãopodemse elev ar",disseo secretáriode A companhamento Econômico,Cláudio Considera. "Aspessoas ficammeioprisioneiras da compra de produtos naqueles estabeleci-

mentos eelesjáfixam seus preços de acordo com isso." Ostécnicos suspeitamque a concentração de mercado nasmãosdo Pãode Açúcar pode ultrapassar 50% em algumascidades. "Nãoécerto que haja problemas, mas preferimos pedir a cautelar". Notadivulgadapela Seaeesclarece quea cautelar,caso seja concedida, não terá vinculaçãonem comospareceres nem como julgamentopelo Cade. Pela transação em análise, o Pão de Açúcar pretende comprar todas as lojas da rede Sé existentes no Brasil. Elas estão localizadas em15 cidades noEstado deSão Pauloe sua aquisição faria do grupo Pão deAçúcaramaiorrede supermercadista do Estado. Bompreço –Em outradecisão,a Seaeemitiu parecer aprovando parcialmente a compra dosupermercado Petipreço pela Bompreço Bahia. (AE)

O Itamaratyconsidera que o texto aprovado pelos deputados americanos pouco altera aversãoanterior,que vinha sendo considerada pelo governobrasileiro como "inaceitável". Um dos pontos mais delicadosé oque impede a abertura do comércio de produtos agrícolas de especialinteressedoBrasil. Conhecidacomo"fast track" (via rápida, em português), a TPAéum mandatoqueo Congresso americano concede ao Poder Executivo para concluir acordos comerciais. Uma vez fechado o acordo, seuconteúdo podeseraprovado ou rejeitado integralmente pelos parlamentares, que perderão o poder de alterar seus termos.

"As negociações (daAlca) já eram difíceis. Se esse projetoda TPAfor aprovadodefinitivamente pelo Senado, como deve ser, as negociações serão ainda mais difíceis e ainda maiscomplexas", afirmou Lafer.

Lafer ponderou que a iniciativa de o Congresso americano votar o projeto, cuja tramitação estava "adormecida" há pelomenossetemeses,

Até o momento, essas discussões não apresentam condições de evoluir para um acordo final justamente pelaausência formalda TPA. Em outras palavras: nem o Brasil,nem o Mercosulnem importantesparceiros da OMC se sentem aptos a fecharacordos comos Estados Unidospor conta do riscode verem seus termos alterados pelo Congresso americano.Nos últimos anos,osgoverno doBrasile

Lafer lembrou que o governo"nunca" considerou que as negociações da Alca seriam fáceis, mas"nunca" se indispôs afazerumesforço permanente para conseguiros melhores resultadospossíveis nesse acordo.

Essas declarações contraatacam as críticas dos Estados Unidos dequeoBrasil vem travando as negociações da Alca e reforçam a tese corrente no Palácio do Planalto e no Itamaraty deque sãoos próprios Estados Unidos quem criam as condições desfavoráveis para o acordo.

Prazo –Nessa linhaderaciocínio,o chancelerdeixou claro que, se as negociações não resultarem em ganhos claros eequilibrados para o Brasile seussócios doMercosul até o final de 2004, o acerto final não será assinado. Portanto, não entrará em vigor em 2005,comoestá previsto.

No últimosábado, em Guayaquil, no Equador, o presidente FernandoHenrique Cardosoafirmou que nãoacredita nocumprimento desses prazos, definidos há cinco anos.

"Vamos trabalhar para alcançarum equilíbrioapropriado. Se houver, poderemos chegar auma conclusão dasnegociaçõesda Alcaaté 2005. Se não houver o equilíbrio,não chegaremosao acordo", afirmou Lafer. (AE)

Ricupero prevê poucas mudanças

O embaixador Rubens Ricupero,secretáriogeral da Unctad (Conferência das NaçõesUnidasparao Comércio eo Desenvolvimento), disse quea aprovação, pelos Estados Unidos, da Trade Promotion Authority (TPA) não faz muita diferença parao Brasiloupara Argentina. "Asituação dosdois países,assimcomo adeoutros doMercosul,continua complicada como antes", comentou.

Ricupero afirmou que, mesmo que a TPA venha a ser aprovada pelo Senado ainda esta semana, não significará avançossignificativo nas relações comerciais com o Brasil e seus parceiros no Mercosul, já que temas importantes de interessedaregiãoforam excluídos. "Embora não tenha ainda em mãos o texto finalda TPA,tenho aimpressão de que os deputados conseguiram diluir a emenda que excluía as negociações dos

Saldo comercial já passa de US$ 1 bilhão em julho

Faltando apenas três dias úteis para o fim do mês, a balançacomercial registra um superávit deUS$ 1,052bilhão em julho – o maior desde janeiro de 1997. No ano, o saldochega aUS$3,658bilhões e, em 12 meses, já está emUS$ 6,160bilhões, omelhor parao períododesde fevereiro de 1995.

Odesempenho dabalança na quarta semana de julho continuou favorável. O superávit foi de US$ 149 milhões –as exportações passaram de US$ 1,196 bilhão, na segunda semana, paraUS$ 1,339bilhão, naterceira, eas importações foram de US$ 1,057 bilhãoparaUS$ 1,190bilhão. Os técnicos doMinistério do Desenvolvimento atribuíram esse crescimento das importações, principalmente, ao aumento dos gastos com produtos eletroeletrônicos, combustíveis e lubrificantes. A grande incógnitaagora é

saber como ficarão as importações até o fim do ano, diante docomportamento doritmo daatividade econômica. Tambémhá incertezassobre o impacto real da greve dos auditores fiscais da Receita Federal, suspensa na segunda semanade julho.Ostécnicos do governoavaliam queesse impacto jáfoi absorvido e que as importações nãodevemsofrer grandessaltosaté o final do ano. (AE)

EUA sobre a lei antidumping, salvaguardas e medidas compensatórias", alertouo embaixador.

Produtos sensíveis – Segundo Ricupero, essa emendaexistia naversão doSenado, masvinhasendodiluída na Câmara dos Representantes, oque já é negativopara o Brasil. "Esteja ou não explícita no texto final da TPA, dificilmenteo governo norteamericano poderá negociar temas que interessem ao Brasil". O embaixador, informado sobre as versõesdaTPA que passaram pelo Senado e, agora, pela Câmara de Representantes, explicou que os dois textos estabelecem, por exemplo,mecanismos de consulta para produtos considerados sensíveis pelos norte-americanos, entre eles, os agrícolas.

"O mais grave para o Brasil é que,nasduas versões, o Congresso obrigao Executivo afazer consultas antes de

negociar, porexemplo,determinada redução tarifária. Ou seja,não existe carta branca para esses temas, já que qualquer negociação terá de passar por quatro ou cinco comissões para responder questionários minuciosos antes de fechar esse ou aquele acordo", disse o embaixador. De acordo com o embaixador, o texto que havia sido aprovado ao final de maio peloSenado, por 66 votos a favor e 30 contra, considerava297 posições (produtos) considerados sensíveis, enquanto que o da Câmara aprovado nestesábado foi ampliado para 340 posições. "Isso significa que os deputados protegeram praticamente todos osprodutos de interesse prioritário para o Brasil, como suco de laranja, açúcar, óleo de soja, tabaco carnes, entreoutros, justamenteonde o Brasil é competitivo", alertou o embaixador. (AE)

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Associação Comercial de São Paulo

Assembléia Geral Edital de Convocação Ficam convocados os associados da Associação Comercial de São Paulo a se reunirem em assembléia geral no dia 5 de agosto de 2002, às 16h30, no 9º andar do edifício-sede da entidade, sito à Rua Boa Vista nº 51, para, nos termos do artigo 56, c.c. o artigo 54, do Estatuto social, deliberarem sobre a seguinte

Ordem do dia:

1 - Proposta da Diretoria Executiva, devidamente aprovada pelo Conselho Deliberativo, referente à reforma estatutária. São Paulo, 29 de julho de 2002

Alencar Burti Presidente

Colabore com a Santa Casa de Misericórdia

Conselho da Mulher Empresária, da Associação Comercial de São Paulo, está promovendo uma campanha em prol da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. O CME solicita a todos que contribuam para que a Santa Casa possa continuar atendendo a milhares de pacientes carentes. As pessoas jurídicas e físicas poderão colaborar fazendo depósitos no BradescoAgência 99-0 C/C 296.666-2 - Associação Comercial de São Paulo. A relação dos contribuintes será publicada neste jornal.

Violência atinge 16,1% das escolas

Pesquisa feita nas 6.161 unidades de ensino do Estado mostra também que houve queda nas ocorrências entre maio e junho

A Secretaria Estadual da Educação revelou ontem os dados da primeira pesquisa sobre violêncianos estabelecimentosdeensino público após a implantaçãodo Plano de Segurança nas Escolas. Pelos dados do governo, 16,1% do total de 6.161 escolas estaduais registraram algum tipo de violência em junho.

Emcomparaçãoa maio, quando opercentualfoi de 37,5%, houve uma queda de 57,2% no índice de violência. Ao mesmo tempo, o número deestabelecimentos quenão registraram nenhumtipode ocorrência em junho foi de 83,9% do total, contra 62,5% em maio. Os dados do governo registram apenas as ocorrências dentro das escolas, excetuando o que aconteceu em suas imediações.

A pesquisa foi realizada incluindo as instituiçõesdo município, da região metropolitana e do Interior. Foram contabilizadas as ocorrências contra a pessoa (lesão corporal, ameaça de bomba, porte e tráfico deentorpecentese porteilegalde armas)econtrao patrimônio(dano,depredação, pichação,furtoe arrombamento).

Todos os dadosforam armazenados a partir do registro feito voluntariamente pelas escolas emplanilha específica do Sistema de Cadastro de Alunos, da Secretaria. Plano de Segurança - Apesar do âmbito restrito da pesquisa,o secretárioEstadual daEducação, GabrielChalita, comemorou os resultados. Para ele, a redução nos índices de violência já reflete o sucesso do Planode Segurança nas Escolas, que começou a ser implantado em 7 de maio. O Plano tem uma série de ações educacionais, sociais e de infra-estrutura. Entre as medidas do pro-

gramaestáa instalaçãodevídeos e alarmes em aproximadamente2000 escolas.ASecretaria informou quejá está repassando a verba suficiente para a implantação dos sistemas em mais 1500 unidades. Outras 400 instituições também começaram a abrir aos finais de semana para uso da comunidade, dentro do projeto Parceirosdo Futuro. As açõesdoPlano de Segurança ainda incluem a capacitaçãode professores, o Centro deExcelência emAtendimento aoProfessor, encontros periódicosde educadores, a coberturade quadras esportivas, obras de manutenção dos prédios escolares, admissão de profissionais para aárea administrativa e a documentação para a identificação de alunos (o RG escolar).

Estatísticas- Todas essas medidasdaSecretaria da Educação visam diminuir as tristes estatísticas do ensino público. Do total de230 mil professores,cerca deseismil faltam ao trabalho na rede estadual diariamente. Segundo Chalita, um dos motivos dessa ausência, queatinge 2,6% dos educadores, seria o medo

Lojistas da Liberdade ajudam na revitalização da região central

Os comerciantesda Liberdadeestão dandomaisum passo paraa revitalizaçãoda região central. Falta pouco para otérminodasobrasde recuperação das calçadas das ruas Galvão Bueno, dos Estudantes e Praça da Liberdade. A previsão é de que até o final do ano o calçamento da área esteja pronto. Os empresários só dependem agora da finalização dasobrasquesão de responsabilidade daPrefeitura e da adesão de outros empresários.

A recuperação da região está sendo feita pelos comerciantes comapoio técnicoda A dministração Regional da Sé e da Distrital Centro da Associação Comercial. Vários empresários sereuniram, na semana passada, com o administradorregionalda Sé, Sérgio MarascoTorrecilhas, para discutir a revitalização. Cada empresário gasta cerca deR$ 175,00 pormetro linear de calçada, disse Roberto Mateus Ordine, diretorsuperintendente da Distrital. A té agora, 20 comerciantes estão envolvidos na revitalização da Liberdade,que foi dividida em duas etapas.

Nessa primeira fase, está sendo feita a recuperação das calçadas da rua Galvão Bueno, no trecho entre a rua dos Estudantes e oViaduto Cidade

de Osaka, na frente do Jardim Oriental e na Praça da Liberdade. Todas as calçadas estão sendopavimentadas comladrilho samurai para valorizar a tradição oriental da região. Já a segunda fase vai abranger outras ruas do bairro, como a da Glória, e serão iniciadas as obrasde remodelação das fachadas das lojas com padrões orientais. Para a realizaçãodasobras,cada empresário poderá obter crédito de até R$100miljunto ao BNDES.

A Distrital Centro também está preparando uma publicação especial que contará a história do bairro, do comércioe destacará osprincipais pontos do projeto de revitalização. O mesmo trabalho poderá ser estendidopara outras ruas de comércio tradicional do Centro,como a

SantaIfigênia,Florêncio de Abreu, Direita e São Bento. Quem quiser obter mais informações sobre a recuperaçãoda Liberdade,aDistrital fica narua Galvão Bueno, 83, o telefone é 3208-4096. CentroNovo – A Empresa Municipal de Urbanização, a Emurb, pretende entregar até setembro, as obras de recuperação do Quadrilátero Piloto, queabrange asavenidasSão JoãoeIpiranga eruasSetede Abril e Conselheiro Crispiniano. Calçadões internos também serão recuperados, além doreposicionamento de orelhões, lixeiras, caixas de correios ebancasde jornal. Serão plantadascerca de 60 árvores e calçamento será feito com piso podotátil, que auxilia os deficientes visuais

da violência nas escolas.Ele acredita que a redução dessas faltaspoderiaaté contribuir para a diminuição dessa mesma violência.

Pelos dados daSecretaria,

em junho 262 estabelecimentos de ensino foram furtados, 150 arrombados e 472 sofrearam danos ou depredações. Jáoscasosde agressãoe/ou lesão corporal foram regis-

trados em 260 escolas, outras 37tiveram problemas com tráfico e 30 registraram casos de porte ilegal de armas.

Estela Cangerana

Bares não poderão vender álcool perto de instituições de ensino

Para tentar coibir ainda mais a violência nas escolas, e nas suasimediações, asecretaria estadual de Educação e as prefeituraspaulistasvão tomar uma medida conjunta. O objetivoé proibiros bares de vender bebidas alcoólicas emum perímetrode até300 metrosde escolasda redeestadual paulista. Quem desobedecer terá o bar fechado. O anúncio foi feito ontem pelosecretário estadual de Educação, Gabriel Chalita, que explicou também que a legislação em vigor já impede a instalação de bares nessas condições. Com a medida, o governo espera evitar que estudantes consumam bebidas alcoólicas, a chamada de "droga lícita", reduzindo a criminalidade nas proximidades das escolas.

GCM receberá viaturas e terá aumento de efetivo

A Guarda Civil Metropolitana receberá R$ 4 milhões em investimentosneste ano, em razão da criação da Secretaria Municipal de Segurança Urbana. Oobjetivoétambém dobrar o número de viaturas, coma compra de 68 novos veículos e remanejamento de 100 carros que deixarão a inspeção de trânsito. O efetivo também será ampliado de formagradual, devendochegar a8 milguardas atéofinalde 2004.Hoje,a GCM conta com 5milhomens e mulheres.

Além de coletes leves à prova debala eradiocomunicadores para osque trabalham na rua, os guardas terão um seguro de vidapara que suas famílias sejamamparadas no caso deferimentos emserviço. De 1986 até hoje, 22 guardas foram mortos no cumprimento do dever.

Co mu ni ca çã o – AGCM terá também uma central de comunicação integradacom CET e as policias estaduais. A curtoemédioprazo, terá postos fixos no centro e perto das escolas, parques, centros esportivos. O trabalho de policiamento comunitário terá a participação de representantes das secretarias que realizam, projetos sociais da prefeitura, que ajudarão a integrar a comunidade. (SM)

O secretário, no entanto, não soube informar quando a medidaserá implementadae nemestimou o número de bares que poderão ser fechados. Segundo ele, a maior parte deste tipode comércio irregular está instalada próxima àsescolas daperiferia da cidade.

Na Capital – Na cidade de SãoPaulo, a parceria com a Prefeitura já começou a funcionar.De acordocomChalita,as operações defechamento de bares dependem somenteda liberação defiscais municipais para serem iniciadas, pois a parte burocrática já está acertada. Embora ainda não tenha os fiscaisparatrabalhar perto das escolas. Uma outra parceria entrouemfuncionamento no final de semana. A

Termina hoje prazo para assinatura de contrato emergencial

Apolêmicaentrea Prefeitura e as empresas de ônibus ganhou mais um capítulo ontem. A prefeita Marta Suplicy e o secretáriomunicipaldos Transportes,Carlos Zarattini, divulgaramnota oficial mantendo o prazo até o dia de hoje para as empresas assinarem o contrato de emergência, nos mesmo moldes da futuralicitação do novo sistema de transporte da cidade. Em contrapartida, o Transurb (sindicato das empresas) reuniu seus representantesnamanhã deontemedecidiu voltara discutircom o secretário uma possível solução para o caso. Segundo a assessoria dosindicato,as novas discussões com Zarattini, queocorreram natarde de ontem, não incluiriam a questão dossubsídios pela Prefeitura, nem o aumento das tarifas.

Em seu pronunciamento oficial,a Prefeituradestacou queasempresas queserecusarem a assinar o contrato estarãosujeitas àsubstituição poroutras, masnão haverá prejuízosparao município. "A prefeitura garantirá o transporte na cidade e os postos detrabalho dosmotoristas e cobradores de ônibus destas empresas",dizanota divulgadapelo governo municipal. (EC)

secretariaestadualde Segurança Pública e aPrefeitura iniciaram uma operação conjunta para impedir que baresda periferiadacidade funcionem depois de 1h.

A operação foi deflagrada feita com base em lei municipal que estabelece que apenas bares que oferecem estacionamento, segurança e isolamentoacústico podem funcionar depois desse horário.

Denarc – A partir de agosto, o Denarc será mobilizado, umavez por semana, para a operação Dia da Escola , fazendo visitassurpresas em 150 escolasconsideradas maisproblemáticas com relação às drogas.

Além disso, 70homens treinadose disfarçados de alunos serãoinfiltrados nas salas de aula. (SM)

NOTAS

Polícia prende italiano procurado

Policiaisprenderam domingo oempresário italiano Vicenso Consoli, de57 anos, identificado pela Interpol comoum criminosocondenado a 27 anos de prisão por participação em crimes de sequestro e homicídio na Itália. Consoli viveu 20 anos em Junadiaí com a identidade falsa de Alessandro Ghezzi.

CET inicia operação para a volta às aulas

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) iniciou ontem a Operação Volta às Aulas para ordenar o trânsito nas escolas com maior movimentodeveículos. Aoperação inclui atividades educativase afiscalização dosagentes da CET para coibir a formação de filas duplas e o estacionamento irregular.

Começa o bloqueio de celular pré-pago

Começouontemo bloqueiode celularespré-pagos que não foram recadastrados em São Paulo.Segundo determinaçãoda Secretariada Segurança às operadoras, o bloqueioserá feitoem lotes de10 mil. A BCP e aTelesp Celular informaramque o bloqueio aleatórioseria feito até o final do dia.

Associação Comercial de São Paulo
Dora Carvalho
Sérgio Marasco Torrecilhas e o superintendente Roberto Mateus Ordine
Tuca Vieira/N-Imagens

Estoque de aplicações em

CDB cresce mais de R$ 10 bi

A caderneta de poupança não foi o único investimento que viu o saldo total engordar após a exigência de marcação a mercado (atualização diária do valor dos títulos) nos fundosde renda fixa. O investimento em Certificado de Depósito Bancário,CDB,tambémfoifavorecido pela mudança.

Estoque – No início do ano, de acordo com dados da CentraldeCustódiae de Liquidação Financeira de Títulos, Cetip,que contabilizaas operações de CDB’s nas instituições financeiras, o estoque totaldessetipode aplicação erade R$62,6bilhões. Ontem esse valor já havia subido para R$ 73,2 bilhões.

O maior crescimento, porém, foi no número de con-

tratos, que puloude 62,6 milhões para 114,5 milhões. O aumentopode ser oindício de que há mais pessoas investindoemCDB,mas ovalor médio aplicado diminuiu. Valor alto – O que faz o investidorpreferir migrarpara a caderneta de poupança em velocidade maior do que para o CDB éque ovalor mínimo da aplicaçãopara o Certificado ainda é alto. No Bradesco, por exemplo, ele éde pelo menos R$ 1 mil.

O maior crescimento foi no número de contratos, que foi de 62,6 milhões para 114,5 milhões

Arentabilidade daaplicação é atrelada, na maioria dos casos, aumporcentualdo Certificado deDepósito Interbancário,CDI, que varia

de banco para banco. Em média ele tem sido de 90%, o equivalente a cercade 1% de rentabilidade bruta ao mês. Prazo atrapalha– Out ra desvantagem da aplicação é de que ela, apesar de ter liquidezdiária, temprazo para resgate.Ou seja, quem saca o dinheiro antes do prazo contratado está sujeito a um ganho menor. Porissoé importante o investidor,antes dedecidir que prazo irá contratar, analisar se nãoiránecessitar do dinheiro no curto prazo. Os prazosdisponíveis variam muito. NoBradescoo investidorpode aplicarodi-

Indicação para fundo de renda fixa

Oaumento davolatilidadedomercado financeiro aumenta, também, o risco das aplicações financeiras. Eleva,ainda, adúvidados investidores em relação às melhoresaplicações. Dólar em alta e incertezas quanto a um possível acordo do Brasilcom oFundoMonetário Internacional, FMI,deixam qualquer aplicação volátil, naopinião deMaurícioZanella, do Lloyds.

Segundoele, no meio da turbulência, os fundos de renda fixa continuam, ainda, sendo uma aplicação de menor risco. Mesmo depois das perdas queestas aplicações sofreramcom a antecipação da marcação a mercado de-

terminada pelo Banco Central, BC,que fez comque muitosinvestidores sacassem o dinheiro de seu fundo de renda fixa. Perdas – No mês de julho (até o dia 23), o patrimônio líquido dos fundos de renda fixacontinua encolhendoe somava R$ 125 bilhões, contra R$ 128 bilhões em junho.Osdados sãodaAssociação Nacional dos Bancosde Investimento, Anbid.

Juros futuros– Além de menos arriscadas que outrosfundos, asaplicações em renda fixa devem ganhar umpoucomaiscom aalta dos juros futuros. Ontem, os jurosdoscontratos com

vencimento emjaneirode 2003 subiram de 23,30% para25,40% ao ano.Essa elevação deve se refletir nas carteiras.

Cambial não – Para o especialista do Lloyds, apesar da alta do dólar o momento não éfavorável àaplicaçãonos fundos cambiais."Essaalta do câmbionãodeve sesustentar pormuito tempo, especialmenteseo País fechar um novoacordo como Fundo MonetárioInternacional", diz.

Os fundos DI devem continuar comvolatilidade mais elevada, aexemplo doque aconteceu em julho. O que os tornamenosindicadose recomendados. (RL)

nheiro pelo prazo de 30 dias até 2anos, através do CDB Fácil Bradesco. Incidência – A aplicação é sujeita à incidência do ImpostodeRenda, IR,de20% sobreo rendimento auferido. Alémdisso, podeocorrer a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras, IOF, se o resgate for feito antes daaplicação completar 30 dias.

O investidor terá quedesembolsarainda o valorde 0,38%daCPMF, emcada vencimento do contrato. É que o dinheiro volta automaticamentepara aconta-correntedo investidore paraele ser reaplicado estará sujeito todas asvezes emqueisso ocorrer ao pagamento da Contribuição.

Além dos CDB’s que rendem uma variação do CDI, há aplicações com taxas de juros prefixadas. Deacordo com a Cetip, a taxa média praticada no dia 26, para contratos prefixados de 90 dias era de 18,34% ao ano. A aplicaçãoem CDBpode sercontratada nos principais bancos de varejo.

Adriana Gavaça

Piso de R$ 5 mil do sistema de pagamentos não trouxe problemas

O primeiro dia do Sistema de Pagamentos Brasileiro, SPBcom onovo piso para transferências on-line, igual a R$5 mil, foitranqüilo,segundo a Federação Brasileira das Associações de Bancos, Febraban.

O novo piso passou a vigorarontem edeve significar um crescimentode20% no volume de transações via Transferência Eletrônica Disponível, TED, de acordo com a Febraban.

Transações –Na sexta-feira passada, último dia em que opiso da TED foi deR$50mil, onúmerode transações compensadaseletronicamentepelo Sistema de Transferência de Reservas, STR, chegou a 4milhões. A estimativa da Federação é de queaquantidadediária de transaçõescom aTEDatinja os 60 milhões.

O SPB teria funcionado tranqüilo, com osbancos perfeitamente preparados para o novo piso de R$ 5 mil, segundo a direção do setor Operacional do BC.

Solimeo: "Houve tempo para que o comércio se preparasse e qualquer problema deve ser contornado"

Comércio: normal – O comércio também operou com o novo piso normalmente ontem. A Associação Comercial de São Paulo, nãoregistrou nenhuma rec lamaç ão. "Houve tempo paraqueo comércio sepreparasse e qualquer problema deve ser contornado", disse Marcel Solimeo, diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo.

De acordocomaáreade Operações do Banco Central, BC,nãofoiregistrado nenhum problema com o sistema de compensação ontem.

Com o novo piso, todos ospagamentos e envios de dinheiro com valor igual ou superior a R$ 5mil serão feitos eletronicamente via TED, apesar deos chequese DOCs para essesvalores continuarem sendopermitidospelos bancos.

Roseli Lopes

SPB: Fraga diz que os bancos estão preparados

Depois depouco mais de três meses de operação, o Sistema de PagamentosBrasileiro, SPB, entrouontem em uma nova fase.

CVM: irregularidades em 27 balanços

Mobiliários, CVM,divulgou ontem uma lista dos desvios contábeispraticados por 27 empresasdecapital aberto entre 1999 e2001. Aautarquia aproveita o momento de desconfiança internacional coma contabilidadedas grandes corporações para mostrar que está atenta a irregularidades.

Desvios – Desde maio de 2001, a comissão determinou queestas companhiasrefizessem ou republicassem seus balanços por causa de "desvios". Os maiscomuns relacionam-se aodiferimentode créditosfiscais, casoda Bunge Alimentos, Elektro e Celpa; amortização de perdas cambiais, caso da Acesita; e reserva de lucros a realizar, problema dobalanço da Gerdau.

Algumas companhiasbrasileiras ainda contratam uma só empresapara prestarserviços de auditoria e consultoria, apesar do escândalo da falida gigante de energia Enron, que contratava a Andersen. Uma das cinco maiores auditorias domundo,a Andersen destruiudocumentos sobre as fraudes na Enron. O superintendente de nor-

mas contábeis da CVM, Antônio Carlos Santana,disse à Agência Reuters que os escândalos internacionais ainda não foram suficientespara acabarcomessaprática no Brasil, emboraexista uma instrução da CVM de 1999 contráriaa esseacúmulo de atividades pelas empresas de auditoria.

Mérito – Segundo opresidente da BDODirecta Auditores,ErnestoGelbcke, "a CVM tem o grande mérito de anteciparalguns dosproblemas queacontecem nos EUA."

A lista da autarquia inclui 14 itens, como a irregularidade nareavaliaçãode ativos das empresas baseada na expectativade caixafuturoe nos chamados "intangíveis" (marcas e patentes, por exemplo), o que vai contra as normas do setor. "Muitas empresas fizeram isso porque, às vezes, têm muita dívida e querem melhorar a situação patrimonial", comentou Gelbcke. Fazendouma avaliaçãodosativoscom base em valoresde mercado, uma empresa pode apresentar um número melhor de patrimônio líquido. "Estes desviosnãosãonecessariamente fraudes, muitasvezessão errosnoentendimento das instruções da

CVM", diz Antônio Carlos Santana, superintendente de Normas Contábeis da CVM. Céditofiscal – Se gu nd o Santana, o desvio mais comum registrado em 2002 foi o crédito fiscaldiferido, com "maisde seisempresas"com esse problema. O crédito fiscaldiferido é um instrumento que permite às empresas que tiveram prejuízos registrar como crédito a possibilidadefutura dediminuição do imposto de renda (ao abater o prejuízo do imposto).

Recolhimento – "As empresas podem reconhecer esse ativo, desde que tenham perspectiva de lucros futuros e histórico de rentabilidade", explica Santana."Como algumasempresastiveramprejuízos em três exercíciosseguidos, olhamos o histórico e determinamos quenão deveriamreconhecer os créditos fiscais."

Outroitem que levou empresas a refazeremseus balanços foi o diferimento das perdas resultantes da desvalorizaçãode 1999.A CVMpermitiu àscompanhias diferir(registraraolongo dosanos)asperdas cambiais de 1999 e de 2001 e amortizar essas perdas em até quatro anos.Essa amortização deveria ser feita no resultado de cada um dos exercíciosfiscais.(AE)

O presidente do Banco Central,BC,Armínio Fraga, confirmouque osbancosestão preparados para esta mudança. "Este é um projeto que já vem sendo construído há 3 anos. E ele tem detalhes e assuntos quesão deimportância capital principalmente paraasempresas. As operações inferiores a R$ 5 mil não serão afetadas. Mashá todo um esforço atrás disso e eu sugiro que quem tiver dúvida nãodeixede procurarseu banco", disse Fraga. Mais reais? – P erg unta do se comesta novasistemática haveriasobrade reais nos bancos que podem aumentar aturbulênciano câmbio,o presidente do BC disse que leunos jornaisesta manhãe viu que isto chamou a atenção dosque acompanham o mercado.

"Averdadeé queomercado sempretrabalha comum colchãodeliquidez. Nãoseria prudentetrabalhar na ponta do lápis, sem espaço para nenhumacontingência. Aliás, isso é feito no mundo inteiro. Se nós formos examinar a liquidez no mercado americano, ela aindaé maior do quea nossa em termos proporcionais. Entãoeu não me preocuparia comisso. Issoé um sinal de umaadministração cautelosa do risco e não éalgo queseja diferente aquinoBrasil doqueé no mundo inteiro", comentou.

Solidezeconômica– S obrea solidez daeconomia brasileira,dita portodasas autoridades monetárias brasileiras,Armínio Fraga disse que "na minha leitura, o mais

importante nestemomento, ummomento de uma certa tensãonaárea financeira,é não se esquecer das lições que nós aprendemos ao longo dos 20 anos, e apostar nisso.", disseo presidente doBanco Central.

Eledisseacreditar "que ninguém aqui noBrasil quer voltarparaa épocadainflação,aconfusão fiscal,queno fundo acaba prejudicando o funcionamento da economia. O receio é que os fundamentos mudem no futuro e eu tenho uma visão positiva disso."

Medo lá fora – Para o presidente do BC, "outro fator que dificultavemdefora.A situação dos mercados financeiros internacionais ébastante tensa também, e isso faz com que as empresas, os bancosglobais, atuemdeforma mais defensiva. De fato existe este medo mas eu não acredito que opróximo presidente váabrir mão das conquistas que foram sendo efetuadas ao longo dos últimos anos", afirmou Fraga.

Falta confiança – O presidente do Banco Central disse também queexiste umafalta de confiança do mercado financeiro internacional, que está abaladopelosseuspróprios problemas, no mercado brasileiro.

No entanto, ele ressaltou que, apesardas declarações do secretário do Tesouro Nacionaldos Estados Unidos, Paul O´Neill, não há nenhum empecilho para o Brasil obter uma ajuda financeira do FundoMonetário Internacional, FMI.

Eu estive lá, há pouco tempo, conversei com ele e posso garantirque não é umproblemacomoBrasil", afirmou. (AE)

Diversão atrai crianças a sites corporativos

As empresas descobriram que o público infantil entra na Internet para brincar e passaram a usar mais jogos nos portais

Quetal entrarnaInternet parase divertircomavaca

Galak, da Nestlé, a coala Lilica Ripilica,dafabricante de roupas Marisol, ou o cãozinho da raça Sheep Dog, da indústria de calçados Klin? Parecebrincadeira,mas oassunto é sério para as empresas quem têm as crianças como principais consumidoras.

A Nestlé acabou decriar umafábrica de chocolates virtual,a Marisol se prepara paracolocar noaros novos sites dos personagens Lilica e do tigre Tigor T. Tigre e a Klin reformulou oseu portal infantil há menos de umano, excluindo o que não erade preferência das crianças.

Asempresas que trabalham com o universo infantil correm para acompanhar o ritmo dos pequenos consumidores, queaocontrário dos adultos, não entram na

rede para comprarou buscar informações, mas para brincar. De acordo com o analista de Internet doIbopeeRatings, AlexandreMagalhães, o principalmotivo peloqual as crianças procuram a rede ainda é o entretenimento.

O coordenador de comunicação da fabricante de calçadosKlin, ArnaldoRabelo, conta que um dos itens mais acessados doportal da empresa éo Bichinho Virtual, um joguinho no qual a criança precisa alcançar osso, água, escova e brinquedo ao

O site da Klin (www.klin.com.br) traz jogos de entretenimento, mas é também altamente educativo. Há links com orientação sobre os cuidados necessários com o cão da raça Sheep Dog, dicas de leitura e também uma cartilha com os diretos universais das crianças. Da área de diversão fazem parte a Rádio Klin, com músicas de preferência do público infantil, desenhos do cãozinho para imprimir e pintar e um jogo, no qual a criança precisa alcançar alimentos e apetrechos ao animalzinho, acumulando pontos. O site consegue em torno de 40 mil acessos mensais. Três quartos dos cadastrados são crianças. De acordo com o coordenador de comunicação, Arnaldo Rabelo, os cadastros feitos na Internet são utilizados como fonte de pesquisas na empresa de calçados.

cãozinho exposto na tela. As crianças ainda ocupam um papel secundário no acesso àInternet, secomparadas aos adultos,mas vêmcrescendo como internautas. No mês de junho, por exemplo, a população com idade entre dois e 11 anos, representava 6,69% entre os navegantes, percentual maior doque os 5,05% registrados no mesmo período do ano passado. Personagem – Oprincipal objetivodas empresas,ao oferecer sites dos seus produtos, não é vender, mas fidelizaros pequenosconsumidores. Tantoque amaioria dos portaisusam ospersonagens da marca para ganhar a simpatia dospequenos. Nocaso da Marisol, a coala Lilica é quem ilustracartões virtuais enviadosquepodemser enviados pore-mail àsamiguinhas,o jogode caçarborbo-

letas etambém os desenhos para colorir. "Oferecemos entretenimento ligado ao personagem",diza analista de marketing dasmarcas in-

A Marisol colocará na Internet, em quinze dias, dois novos sites para os personagens de roupas infantis, a coala Lilica Ripilica e o tigre Tigor T. Tigre. A aposta é num número maior de brincadeiras, motivo que mais leva crianças à rede. Jogos de ligar pontos e encontrar letrinhas farão parte do novo portal. Lilica e Tigor estarão envolvidos em questões da natureza e ensinarão até, aos mais pequeninos, que som cada animal possui. "O objetivo é fazer as crianças brincarem com os personagens no site", diz a analista de marketing das marcas infantis da Marisol, Janine Kuroski. A criança poderá ter a imagem Lilica até mesmo como descanso de tela do seu computador. "As crianças compram porque se apaixonam pelos personagens", conta a analista Janine.

Epson foca crescimento em artes gráficas e fotografia no Brasil

A estratégia da Epson,fabricantejaponesa deequipamentos de impressãoe automação, segueduas diretrizes básicas para crescer no Brasil: ampliar omix deprodutos oferecidos em todas as áreas deatuação efortalecer aparticipação da companhia no segmento de artes gráficas e fotografia. "Queremos alavancar omercadonacional de impressoras seis cores", dizo presidenteda Epsondo Brasil, Wang Chi Hsin. Parao anofiscalque iniciou-se em maio, a Epson do Brasil trabalha com metas semelhantes às do ano anterior. Noúltimo ano, a empresa

• Soluções em Rede –Windows 2000 e Linux

• • Servidores –Proxy, E-mail’s, Internet, Arquivos

cresceu 28% em unidades comercializadas e apenas 10% em faturamento. A diferença, diz Wang, sedeu em decorrência da desvalorização do real e da queda do preço das impressoras,que juntoaos produtos complementares, respondempor 60%dosnegócios da subsidiária. (AE)

fantisda Marisol,JanineKuroski. De acordo com Janine, as própriasmeninas respondem por 80% das decisões de compradasroupas marca. Elas mesmas, aliás, pediram a reformulação dos site da coala Lilica (www.lilicaripilica.com.br).

"Também mostramos as coleções de roupas no site. Nosso objetivo, porém, não é vender, mas fortalecer a relação da criança com a marca", explica Janine.Nos novossitesdaLilica edoTigor,que entram no ar em duas semanas, oinvestimentomaioré justamente nasbrincadeiras, atividade preferida das crianças quando estão na frente da tela do computador.

Nestlé – A Nestléinaugurouumsite, naúltimasemana, com uma fábrica virtual de chocolates. No portal (www.nestle.com.br/chocofabrica), a criança aprende os

passos básicos da produção de chocolates jogando. A gerente de marketing da divisão de chocolatesinfantis,Fernanda Zamikhowsky,estima que as linhas infantis representem 30% das vendas de chocolate da Nestlé. Chokito, Galak, Surpresa e Milkybar, os quatro chocolates da empresa voltados às crianças, aliás, têm espaço especialnaInternet,com personagenspróprios ebrincadeiras. É o caso do Surpresa, que tem como mascote a menina mais curiosa da turma, e do Galak, cujo site é ilustrado pelaVaca Galak, que, num game, arremata os chocolates queaparecemna telaeseesquivadosdemais itens arremessados. A Nestlé possui 40 linhasdechocolate eumdos seus primeiros produtos para crianças foi a Farinha Láctea.

Teclado – Letras,números efunções.Cada umadasdivisões ganhou cordiferente no teclado infantil criado pela Leadership, empresa fabricante deacessórios deinformática. A companhia desenvolveu o tecladoKid’s Board com a ajuda de pedagogos para auxiliar as crianças em fase de alfabetização. O objetivo é tornar maisdivertidas ashoras de aprendizado escolar. D ivulgação

• • Rede –Projeto, Suporte, Instalação, Link Compartilhado, Cabeamento

• • • • • VPN –Interligue sua empresa com Segurança

• • Firewall –Solução Completa para a sua Empresa Combinar tecnologia com produtividade? Nós sabemos como fazer!

estudar o mercado antes de abrir uma empresa

Jorge Luiz da Rocha Pereira

Depoisde algunsdias pensando sobreas oportunidades de um novo negócio, um determinado cidadão brasileiro, procurando sobreviver por meio dos seus recursos,chega a umaconclusão. Eledescobre que precisa acreditar na difícil missãodetransformara pessoafísica empessoa jurídica. Tem de definir sobre aentrada ounão no clube do empreendedor nacional. Começa logo a compreender esentiras angústias, as alegrias de ver a felicidade do cliente satisfeito. Sente o sabor de vencer umconcorrente, dese tornarum sucessoempresarialcom oseu trabalhoe com odaqueles que você ensinou etreinou, apesar dastragédias sociaiseeconômicas estampadas na imprensa nacional.

Masvamos voltar ao passado, naabertura da empresa...Para todo longo caminhoexiste umprimeiro passo a ser dado. Ele pode vir depois de intensos estudos de mercado, das análises dos custos e da prov ável aceitação me rc ado ló gica,com osuporte de um plano estratégico de negócios. Isso vai possibilitar recursos para a empresa sair do papel e vislumbrar as diversas oportunidades de negócios. É o momentoem queonegócio deixao campodos sonhos e parte para a realidade, comumamargemrazoável de informações, para se tornar um empreendimento de sucesso.

pesadelos diários. Planoestratégico – Preencher um plano estratégico denegócios comos dados colhidos das mais diversas formas,como Internet, órgãos governamentais, associações comerciais etc, não basta. Existem parâmetros igualmente importantes.Além dessespassos básicoseestratégicos, o total conhecimento técnico sobreo negócio, a realização de simulações eprocessosde comercialização de produtos e serviços e seus resultados analisados em demonstrativos de resultadosefluxos decaixas são itens importantes.

Funcionários de shopping trocam de cargo por um dia

Um gerente-geral vai ocuparafunção deoperadorde câmerade TV deumshopping. A diretora de marketing vai virar ascensorista. A troca de funções faz parte da estratégia dogrupoIguatemi, de SãoPaulo, para promover a integração dos funcionários. Hoje, 18 pessoas, das 9h30 da manhã até 2h da tarde, trabalharão em cargos trocados.

se conheçam,saibam oque cada um da equipe faz. É uma forma de valorizar o trabalho dogrupo",afirma Charles Krell, gerente-geraldo shopping Iguatemi (hoje, operadorda centralde circuito interno de TV).

odia detroca sãoapresentadasduranteumalmoço no dia seguinte ao evento.Os profissionais que fizeram o treinamento e os donos dos cargos participam juntos do encontro.

O outro lado –

O plano estratégico de negócio não termina depois da abertura da empresa

Paraconseguir cumprir as necessidades doscontroles empresariais, oempreendedor deve visualizar e analisar os processosde relaçãocom ocliente.O atendimento ao consumidor, análises internas como cadastro, estoque e a área financeira (custos, margens e preço de venda), fluxode caixa,seguindoposteriormente para a expedição e entrega do produto. Todas essas atividades precisam ser monitoradas por controles, se possível informatizados eintegrados, para oferecer os recursos necessários à gestão empresarial e suas decisões estratégicas.

O programa foi implantado há dois anos. Uma vez por ano,osprofissionais com cargosmaiselevados, como diretores, gerentes,supervisores ecoordenadores,ocupam funções como auxiliar de limpeza, inspetor de segurança e ascensorista.

"Queremos que as pessoas

Diretora vira ascensorista em programa que promove a integração de profissionais

Durante o tempo de troca, os verdadeiros donos dos cargos acompanham os novatos na função. "É importante que o profissionalesteja observando e auxiliando os profissionais, afinal são funções que exigem habilidades específicas", afirma Krell.

As idéiascaptadas durante

Venda pela Web ajuda loja com estoque menor

O ato de ver como o é o trabalho do outrojárendeu bons frutos ao profissionais do Iguatemi. No ano passado, Krell foiauxiliar delimpeza.

Entre as funções dele, estava a deenrolarcom amão uma mangueira de água muito pesada. Dianteda dificuldade, Krell resolveu o problema. Ele criou um carrinho com

manivela para fazer o trabalho duro. Essa atitude tornou a vida dos funcionáriosda limpeza mais fácil. "Muitas vezes, os profissionais, por estarem habituados com o trabalho, não percebemquaisas mudançasque poderiam contribuir para a melhoria e agilidade do serviço", afirma Krell. Perspectivas – Desde que foiimplantado, oprojeto vemganhando adeptos.Este ano, o número de participantes dobrou. Para o próximo ano, a expectativaé que mais funcionários participem. Hoje, o shopping tem 344 funcionários.

Projeto capacita jovens de baixa renda na Bahia

Infelizmente, quase sempreas empresasnascem pormeio de partoprematuro. Asrazões sãomuitas.

Vão desde a necessidade de sobrevivência supremaaté o preenchimentode uma lacuna do segmento de mercado em determinada região.

Conhecimento – Quando o empreendedor já tem definidoo setordaeconomia em que vai ingressar, inclusive conhecendo os produtos ou serviços e ainda alguma coisa sobre o mercado, estecidadãojá faz parte de uma elite de risco reduzido.

Mas, se a abertura da empresa estiver condicionada apenas na pressa de ingressar no mercado, para aprov eitar algummomento, como a falta de determinadosprodutos ouserviços, ou nopossível interesse atual do mercado, é preciso tomar cuidado.

Tudo podeacontecera partir dessa atitude, desde a mudança radicalda sua v ida comoempreendedor, recheando sua existência da mais pura adrenalina, proporcionada pelos inúmerossustose problemas que irá enfrentar, atéos sonhosrealizados transformando-se em

Dados genéricos – São poucos os empresários que utilizam as informações coletadas na suaempresa para as tomadas estratégicasde decisões. Emgeral, elessebaseiam em dados genéricos domercado, experiênciaadquirida ou usama visãodosconcorrentes,que tambémsão importantes. O problema é que sem as informações reais do negócio, avisão empíricada organização, com certeza,secolocaem risco o futuro da empresa e seus objetivos. Portanto, um plano estratégico de negócionão termina logo após a aberturada empresa.Eleperdura portodaasua existência, pois as análises e as simulaçõesde novasoportunidades são uma continuidade obrigatória para a evolução da empresae desuasrelações mercadológicas. Avontade de setornar um sucessotambém representa umargumento forte para aviabilização do empreendimento. O empresário precisa pensar na existência do negócio de forma duradoura. A empresa tem de estar inserida no contextoda sua comunidade. É como um projeto devida elaborado apartir deuma idéiabem estruturada.

Jorge Luiz da Rocha Pereira é consultor especialista Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e-mail: jorgep@sebraesp.com.br

Quem forcomprar um livro nas lojas da rede Nobel, deSão Paulo,enão encontrar,vai poderfazer opedido pelaInternet semsairdalivraria.O projetovaibeneficiar, principalmente, as lojas de pequeno porte, que trabalham com estoque menor. "Com as vendas na Web, cada unidade da Nobel,até mesmosos quiosques,vãose tornar livrarias de grande porte, independente da área física. Enquanto na Internet, temos180mil títulosdisponíveis, na maioria das lojas da rede, esse número é de apenas 30mil", afirmaJosé Nivaldo Cordeiro, diretor de operações da Nobel. SegundoCordeiro, oprojeto surgiudepois quea empresa constatou, por meio de pesquisas, que, quando o consumidor não encontrava o produto, ia diretamente parao concorrente."Com a possibilidade de adquirir o livro pela Web, achamos que o cliente vaiconcluir acompra naloja.O objetivoénãodeixaroconsumidor sairdolocalsemo produto",afirmao executivo.

Para incentivar oscomerciantes franqueados, a rede estáoferecendo uma comis-

sãomaior paraas vendasfeitaspela Internetdo quepara as realizadas na loja física. Os funcionáriosdas franquias também estão recebendo um treinamento. "Eles vão orientaros consumidoresnahora da compra", afirmaCordeiro. Osempreendedores não terão nenhum custocom os cursos.

O procedimentode compraé normal.Ocliente faza operação como se estivesse no computador dasua casa. Odiferencial éque ovendedor está preparado para localizaro livrorapidamente,o consumidornão vaiprecisar ficar procurando a mercadoria no site. O prazo de entrega varia de dois a 15 dias, dependendo do endereço.

Aempresa investiuR$100 mil no programa. Todos os franqueados vão receber materialde divulgaçãoparaos pontos-de-venda.Não há custos para os comerciantes. Números – A livraria Nobel tem mais de100 lojas espalhadas pelo Brasil. Está presenteem19 estados.A empresa, fundadaem 1943, tem 100% de capital nacional e emprega hoje cerca de 1.200 pessoas. Para este ano, a meta é abrir mais 50 lojas. (CM)

cursos e seminários

Dia 31

Conferência sobre segurança das informações – O curso é direcionado aempresários. Duração:16horas,das 8h30às17h30.O eventoépromovido pela Missiona Consultoria e acontece na quarta e na quinta-feira. Local: Hotel Century Paulista, rua Teixeira da Silva, 647, Paraíso, São Paulo. Preço:R$ 850. As inscriçõesdevem ser feitas pelotelefone 0800143040ou pelo e-mail telemarketing@mission.com.br ouno site www.mission.com.br.

Código Civil e as empresas – Oobjetivo é discutir os pontos mais relevantes do Novo Código Civil, que entra em vigor em janeiro de 2003, e as influências do novo texto sobre a vida das corporações. Duração: 102 horas, acontece todas terças e quintas-feiras, das 19h30 às 22h30. O curso

Candeal, umbairro deSalvador, na Bahia, éum dos mais visitados na cidade. Mas nemsempre foiassim. Oíndice de criminalidade era alto eesgotoscorriam acéuaberto.Essecenário começou a mudar há cinco anos com a criação do projeto social Pracatum, liderado pelo músico Carlinhos Brown. Hoje, cerca de 200 jovens de baixa renda têm aulas diárias de música e noções de cidadania. Algunsdeles já tocam com importantes artistas nacionais. Há dois meses, oprojeto recebeuumcertificado daONU (Organização das Nações Unidas) como uma das100 melhorespráticasemdesenvolvimento local do mundo. De acordo com o diretor da Associação Pracatum, Caius Brandão, até o momento, 262 moradores foram capacitados parao trabalho, principalmentejovens. “Háum grupo de agentes de saúde voluntários, oCandeal Presente,quelevaorientações de saúdepara asfamílias,além de programadesaúdebucal que atende 126 crianças”, afirma. Alémdisso, acomunidade conta comum posto de saúde.

Casas – Para Carlinhos Brown, é difícil imaginar o Candeal háseis ou sete anos atrás. “Havia um trecho onde moravam40 famíliasetodas usavam um único banheiro. As ruas não eram pavimentadas. Quando chovia, dobravam os casos de dengue e outras doenças”, afirma. Atualmente, quem vai ao bairro não tem idéia de como era o lugar há pouco tempo. É no bairroque funcionaCandy AllGuethoSquare, casa ondesãofeitos osensaiosda Timbalada. Dentro do projeto, estão também as ações do Tá Rebocado. Nesteperíodo, foram construídas 122casas e252 receberam reformas. Oprograma possibilitou a construção e a reforma das casas considerandoos aspectos culturais e ambientais do local. Há uma diversificação no uso das cores, espaços e tamanhos das casas. As ações, além da construção e reforma das casas, envolve geração de emprego erenda, cuidadoscom o meio ambiente e saúde. São aspessoasda comunidade queresolvem queprojetos devem ser tocados,contribuindo para a organização comunitária. (ASN)

começa napróxima quinta-feira(1) etermina dia26 denovembro. Local:rua MaestroCardim,1.170,Paraíso. Preço:R$3.840(que podeser divididoem cincovezessendouma entradadeR$800 maisquatroparcelas de R$ 798,37). Dois candidatosde uma mesma empresa têm desconto de 5% e três pessoas de 10%. As inscrições devem ser feitas até hoje pelo telefone 3175-2300.

Processos e conceitos do gerenciamento por categorias – O seminário é direcionado a profissionais que querem implantar o gerenciamento de categoria no negócio. Duração: nove horas, das 8h às 17h. O curso acontece na próxima segunda-feira (1). Local: Associação ECR Brasil, avenida DiógenesRibeiro deLima, 2.872,7º andar,Altoda Lapa.Preço: R$170 (associados) eR$ 220 (não-associados).As inscrições devemser feitas pelo telefone (11) 3838-4520 ou peloe-mailmail:ecr@ecrbrasil.com.br.

Cláudia Marques

Software identifica padrões de sabores

Programa desenvolvido pela FZEA, da USP de Pirassununga, avalia a influência do amargo, azedo, doce e salgado

OLaboratório deFísica

A plicada e Computacional (Lafac), da Faculdadede Zootecnia eEngenharia deAlimentos (FZEA)daUSP de Pirassununga, estáelaborando um software para identificar a influência dos sabores na atividade elétrica cerebral. O objetivo éverificar a percepção,em profissionaisda indústria de alimentos e consumidores,dos sabores amargo, doce,azedo esalgado. Alémdemedirossinais elétricos do cérebro para esses tipos degosto, oprogramaserácapaz de identificar padrões de avaliação dossabores.

O trabalho teráduração de um ano e meio e será apresentado a algumas das indústrias de alimentos instaladas no País, na tentativa defirmar parcerias para viabilizar a ferramenta. Aidéiadoestudo

surgiua partir de pesquisas anteriores sobrea identificação,no cérebro,dos sinais elétricosemitidos pelasensibilidade das mãos esquerda e direita em separado.

De acordo com o professor da USPde Pirassunungaresponsávelpelo projeto,Ernane José XavierCosta,o

software vai funcionar com o suporte de um eletrodo superficialcolocadono couro cabeludo paracoletaros sinais do cérebro.

"A partir de então o software realiza operações matemáticas específicassobreossinais para diferenciar a percepção dos sabores pelas pes-

Zeus CRM pode armazenar informações e fidelizar clientes

A paulistaZanthus estáinvestindo no desenvolvimento de softwares elaborados para ramos específicos do varejo. A empresa lançou, no iníciodejulho, oprograma Zeus CRM, voltado para pequenase médiasredes desupermercados. O sistema armazenainformações a respeito dosconsumidores, comdadosquevão desde quanto os clientes gastam em suas compras até a formade pagamento escolhida, com dados ainda sobre a procura por ofertas e promoçõesnas lojas.

do em cinco lojas da rede BIG de supermercados, quatro no município deAtibaia eum em Bragança Paulista, ambos em São Paulo . O faturamento dos convênios das lojas passoua ser efetuado automaticamente e a operação todaéconcluídaem10 minutos. Antes do sistema, o prazo médio era de duas horas.

Programa ajuda a identificar as formas de pagamento e freqüência do consumo

O software éoferecido como umaferramenta defidelização do clientenum momentode concorrênciaacirrada no setor.

Rede BIG - O gerente de produtosde softwaresda Zanthus, Pedro Henrique Tosi Marques, informa que o novo programa foi implanta-

Mala Direta - O Zeus CRM destina-sea desenvolver tarefas de gestão de varejo mais abrangentes de acordo com anecessidadedo usuário.O software controla ouso dosseus cartõesde fidelizaçãoeé capaz de elaborar malas diretas personalizadas.

O programa pode cadastrar os produtos e assuntos de interesse dosconsumidores. Estes dados sãoobtidos atravésde questionários distribuídos nas lojas e transferidos para o sistemas. De posse das informações, a rede pode,

por exemplo, enviar uma mala-direta específica com ofertas de vinhos para consumidores que já adquirem a bebida com freqüência na rede. Também entram no projeto os clientes esporádicos, como os compradoresde vinho duranteo Natal, por exemplo.

Custos – Os preços do Zeus CRM oscilam de R$ 1,5 mil a R$ 10mil,de acordocoma quantidade de módulos escolhidos. É possível escolher tanto um pacote maissimples, apenascom asdespesas e aforma de pagamento, quantoumaplicativo mais sofisticado,queanalisa as preferências doconsumidor e elabora malas-diretas.

Apósa instalaçãodo software, arede varejistatem direitoaum númerodeterminado de horas de treinamento para seusfuncionários. Serviçosde orientação extra são cobrados à parte, conforme for necessário.

soas", explica Costa.

Redes Neurais - A tecnologia de redes neurais artificiais servirá para fazer a relação entre asinformações obtidas e os padrões dos diferentes gostos.

As redes neurais são procedimentos de cálculos feitos pelo computador que tentam

reproduzir os mecanismos de funcionamento da mente humana.

Nesse esquema, a língua faria o papel de sensor dos diferentes tipos de gosto, com o processamento das informações feito pelo cérebro.

Segundo Costa,o projeto servirá paramedir, inclusive, se a opinião de profissionais especializados em alimentos e bebidas, como osdegustadores, está deacordo com os sinais cerebrais emitidos.

"Oproduto podeconter determinado teor de amargo, porexemplo, eseravaliado como doce pelo degustador. É aí que entra a subjetividade pessoal naavaliação.Como software, as empresas podem mediro apurodo paladarde seusdegustadores", afirmao professor.

Língua Artificial- N ão existem hoje, no País, estudos

inéditos nalinha dosoftware capaz de identificar padrões de sabores. Segundo Costa, o projeto de umaparelho conhecidocomo língua artificiale desenvolvidopelaUSP de São Carlos éo modelo maisaproximado donovo sistema.

"Trata-se deumequipamento que mede a quantidade de moléculas quedão sabor aos alimentos", explica. Mais adiante, osoftware deveser capaz de identificar variações de sabores.

Supermercados - "As aplicaçõessão as mais amplas possíveis e vão dos degustadores ao desenvolvimento de pesquisas com oprograma juntoaosconsumidores de alimentos ebebidasnos supermercados", explica o professor Costa.

A competitividade do setor agrícolaestá levandoprodutoresrurais autilizar ocomputador em suas práticas diárias.No estadode SãoPaulo, o índice de informatização chegaa7%das unidadesde produção. Destas, 74% usam aInternetpara buscarmais informaçõessobreosetor e 71%fazem usoparaacessar dados de mercado.

A webtambém éutilizada por 48%daspropriedades comofontede informação paraadescobertade novas técnicas de cultivo e, em 28% dos casos, para comercialização eletrônica. Os dados constam deum levantamento realizadopelo Institutode Economia Agrícola (IEA), vinculado Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

O estudo foi feito com mais de 3200 unidades rurais produtoras doestado deSão Pauloentreosmesesde novembro de 2000 a junho de 2001. É a primeiravez que se faz umapesquisaespecífica

Cursos de Computação

para detectar o uso das tecnologias no campo. De acordo com a pesquisadora doIEA,VeraLúcia Francisco, aexigência em maximizaro potencialdas propriedadesagrícolas, minimizando erros,équeestá provocando a modernização das atividades eo investi-

mento emtecnologias de ponta.As últimasestatísticas sobrea adoçãodecomputadores nas atividades rurais foi feita em1995-96 durante o LevantamentoCensitário de Unidades de Produção Agropecuária eindicava autilização em apenas3,7% das propriedades no estado.

Aplicação - A pesquisa do IEA identificou que, dentre as utilizações mais comuns docomputador pelos agricultores, estão programas queauxiliam nacontabilidadegeral da fazenda (76%), na administração rural (66%), na administração dacriaçãodegado (56%), na administração da colheita(56%)ena administração de máquinas (53%).Isso semconsiderar o usodo editordetextos ( 81%).O levantamento,no entanto, não chegaa apontar qual é a utilização de preferência dos agricultores.

Com garantia de aprendizado para iniciantes e avançados, início imediato, cursos individuais e diferenciados com apostilas passo a passo

Isabela Barros
Paula Cunha
Tsuli Narimatsu

Como evitar que a empresa seja extinta

A Receita considerou mais de 3 milhões de empresas inaptas para atuar. Saiba como evitar problemas ao abrir um negócio.

Mais de três milhõesde empresas inscritas no CadastroNacional da Pessoa Jurídica, 22,85% do total de 13,5 milhões de empreendimentosexistentes noPaís,foram consideradas inaptas pela ReceitaFederal poromissão na entrega de Imposto de Renda e por falta de qualquer tipo de comunicação com o Fisco nos últimos cinco anos.

A Receita vainotificar osdonos das empresas que não foram formalmente encerradas para dar baixano CNPJ. Somente em São Paulo há quase 900.000 empresasnessas condições.Semacertara situação da empresa, o empreendedor não consegue regularizar sua situação como pessoa física.

Fechar empresa émuito maiscomplicadodo que abrir. Além daburocracia, é preciso pagar débitos fiscais com multa e juros. Por isso,

os especialistasrecomendam cuidado e paciênciaaos que têm boas idéias de negócios, para queelesse preparem bemantes deexperimentara aventura. É claro que a preparação toma algum tempo e exigeesforço. Maspodeevitar decepções. Diferenciais de sucesso –Entreosdias1 e3desetembro,emNatal, capitaldoRio Grande do Norte, acontecem oXI EncontroLatino-Americano do ProjetoEMPRETEC e o VIII Encontro Internacional deEmpreendedores. Ali serão debatidas formas e modelos de gestão empresarial vitoriosos e inovadores que consideramos aspectos dacultura, oassociativismo, a educação, a gestão familiar, a adaptabilidade do negócio e sua logística. Estes são fatores diferenciais que podemdefinir osucesso de um empreendimento.

OEmpretec éumprograma integrado de capacitação, desenvolvido pelaOrganizaçãodasNações Unidasedesenvolvidono BrasilpeloSebrae. Desde a sua criação, em 1993, este programa já formou 35.000 pessoas em todo o País. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 0800-842020 Ferramentas depreparação – Os candidatos a empresários contam ainda com algumas ferramentas para se prepararem, antes de ingressarnomundodos negócios. Muitas vezes elas são mal aproveitadaspor desconhecimento. Alguns exemplos são os seguintes.

• O Banco do Brasil mantém um serviço de apoio financeiro e estratégico para empreendedores. Eemseu site,na internet,há umasala virtualde negóciosinternacionais, umespaço dedicado

a clientes e não clientes do bancoque pretendemrealizar negócios internacionais.

•O Iniciando um Pequeno GrandeNegócio pela Internet- IPGN é um programa do Sebrae que orientao empreendedor a organizar suas idéias erecursos, indicando um roteiro com os principais aspectos a serem considerados no planejamento eabertura de um negócio. É um curso,mesmo, que pode ser feito emcasa, pelocomputador. Com ele, a pessoa elabora um plano que permite que se avalie a viabilidade de uma idéia ede suaimplementação. Há muitagente que acaba vendo sua empresa fracassar por faltade um planejamento cuidadoso.

Organismos nacionais, internacionais e bancos estatais oferecem apoio a empreendedores

do Sebrae,quem optoupelo Simples eainda assim está achando difícil manter-se em diacomo Leão,deveprocurarumcontador parasecertificar de que não está pagando impostos que não deveria. Ou analisar se o setor em que atua não há muita competição de empresas informais, quetêm custos muito mais baixos.

de suportequalificados. Há uma seleção rígida para que se participedesteprograma. Asempresastêmque ter grande potencial de crescimento,de geração de riquezas e/ou novos empregos paraopaís ou,ainda,detransformar a indústria. Os Empreendedores Endeavor recebem auxílio na busca por capital, parceiros estratégicos e clientes potenciais.

Como diz Marília Rocca,

Imposto restituído não é receita

Valoresdetributos econtribuições pagos a mais ou indevidamente pelas empresas, e recuperados posteriormente, não são receita, e portanto não devementrar nabase de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ. "A incidênciado ImpostodeRendasobreessesvalores éinconstitucional,pois a recuperação de custos não é receitatributável", alerta o tributarista Cândido Campos,doescritório Oliveira Neves e Associados.

Impostos a mais – O advogado explica queas receitas que devementrar nabase de cálculo deimpostos econtribuições sãoaquelasderivadasdofaturamento da empresa ou das operaçõesque representem retornofinanceiro.Exemplo: receitasprovenientes da venda de produto ou serviço. Já a recuperaçãodecustos oudespesasea entrada de outros valores significam mera recomposição dopatrimônio dasorganizações.

"É comum as empresas pagarem impostosamaisporque simplesmente incluem os valores recuperados na basede cálculo, não apenasdo Imposto de Renda, mas do PIS e da Cofins. O pior é que a maioria não tem idéia dos efeitos dessa taxação sobre o lucro", diz. Considerando o Imposto deRenda ea Contribuição Social sobre oLucro Líquido (CSLL), a tributação é de 34% sobre o faturamento. Com relação ao PIS e à Cofins, as empresas desembolsam3,65% sobrea receitalíquida mensal. Pressão – O advogadoexplica que caso o Fisco venha a contestar anãoinclusãodas quantias recuperadas na base de cálculo dos impostos e contribuições, há fortes argumentos para as empresas vencerem futuras batalhas judiciais. "Já há entendimento favorávelà não inclusão, apesardeo Fiscoinsistir em taxar esses valores. Isso acontece porque atualmente o

IOB RESPONDE

1) O veículo fornecido ao empregado para uso no trabalho integra o seu salário?

Se o empregador concede um veículo ao empregado para uso exclusivamente durante o trabalho e, ao final do expediente,o automóvel é devolvido à empresa, não há reflexos no salário do empregado. O veículo, neste caso, será considerado um instrumento para prestação do serviço e esta situação deve constar no contrato de trabalho.

Por outro lado, se o empregado utiliza o carro também para sua locomoção e/ou lazer, este benefício integra o salário do empregado e o seu valor arbitrado integrará a remuneração para todos os efeitos legais, inclusive para a incidência de INSS e FGTS. (Arts. 457 e 458 da CLT)

2) A contratante de serviços mediante cooperativa de trabalho está sujeita à retenção de 11% para o INSS?

Não.Deacordo com o art. 224-A do Regulamento da Previdência Social (RPS), a retenção de 11% para o INSS não se aplica à contratação de serviços por intermédio de cooperativa de trabalho.

3) O condomínio deve recolher contribuição previdenciária sobre a remuneração paga ao síndico?

Sim.Acontribuição é de 20% sobre o valor que o síndico receber ou, na ausência de remuneração, sobre o valor correspondente à isenção da taxa condominial. Caso haja pagamento de um valor fixo para o exercício da função de síndico além da isenção da taxa condominial, ambos servirão de base de cálculo para a contribuição. (Inciso III do art. 22 da Lei nº 8.212/91 e subitem 1.3 da Ordem de Serviço nº 151/96).

Ressalte-se que essa contribuição a cargo da empresa (no caso, o condomínio) não se confunde com a contribuição individual do síndico, que é considerado segurado obrigatório como contribuinte individual, quando eleito para exercer atividade de direção

diálogo coma ReceitaFederal é puramentefinanceiro e não mais jurídico. Não é à toa queo Brasiléo único país emergente domundo com umacarga tributáriacorrespondente a 35% do PIB", diz

A mesma opinião tem o tributarista Sidney Stahl, do escitórioStahl Advogados.Segundo ele,os valoresrecuperados comtributos pagosindevidamente devemser tratados como uma espécie indenizaçãoe como tal não são tributáveis. "Trata-se de uma reposição enão deum ganhoefetivoda empresa", diz.

Nesse caso, vale o mesmo entendimento empregado para os valores provenientes de desapropriaçãode imóveis, quedeixaram deser tributáveis a partir da Constituição de 1.988. Decisões – Aopinião dos advogados não é a única razãopelaqual oempresário deve estar atento para não pagar impostos a mais. Há decisões oficiais arespeito do as-

sunto. A decisão número 47, publicada em 1999, da 3a Região Fiscal, da Superintendência da Secretaria da Receita Federal diz: "O recebimento, em forma de créditos de ICMS, de direitos decorrentes de transaçõesrealizadas e escrituradas pelas empresas, e a recuperação de créditos do ICMS, não constituem fato gerador para o IRPJ, a ContribuiçãoSocial sobre o Lucro Líquido, aContribuição da Seguridade Social". O acórdão (10805.636/99), publicado no mesmo ano,pelo1º Conselho de Contribuintes, que diz: "O tratamento fiscal a ser atribuído aos valores recuperados deve ser particularizado, caso a caso, em função da natureza de cadatributo, visando neutralizaros anteriores efeitos provocados pela regra originaldeincidência, cujarelação jurídicaédesconstituída via restrição ou compensação".

Sílvia Pimentel

condominial, desde que receba remuneração. Caso não perceba remuneração, o síndico poderá filiar-se facultativamente à Previdência Social. (Alínea “f” do inciso V do art. 12 e art. 14 da Lei nº 8.212/91)

4) A empresa é obrigada a exigir de seus empregados a marcação de ponto?

Nos estabelecimentos da empresa onde houver mais de 10 trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída.

O controle da jornada de trabalho poderá ser efetuado em registro manual, mecânico ou eletrônico, devendo haver préassinalação do período de repouso.

Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos empregados constará explicitamente de ficha ou papeleta em seu poder.

Observe-se que o horário de trabalho será anotado em registro de empregados, com a indicação de acordos ou contratos coletivos porventura celebrados. (Art. 74 da CLT)

5) Há obrigatoriedade de anotação da concessão das férias na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) do empregado?

Sim. O empregado não poderá entrar em gozo das férias sem que apresente ao empregador sua CTPS, para que nela seja anotada a respectiva concessão. A anotação também é obrigatória no livro ou nas fichas de registro dos empregados. (§§ 1º e 2º do art. 135 da CLT)

6) O salário-habitação pago mensalmente ao empregado integra o pagamento do 13º salário?

Sim.Quando parte da remuneração do empregado for paga in natura (utilidades), como é o caso da habitação, o valor da quantia correspondente será computado para fixação do 13º salário.

• A partir de junhode 2000,foraminiciadas as atividades da Endeavor Brasil, umainstituição internacional sem fins lucrativos quevisapromovero desenvolvimento sócio-econômico através do empreendedorismo. Sua propostaé eliminar problemas comuns aos novos empreendedorescomo afalta de acessoa capital, à informação e a mecanismos

•O programa PIPE -Inovação Tecnológica, organizado pela Fapesp,oferece "bolsas/financiamentos" parao desenvolvimento depequenas empresas. Outra instituiçãoquetematuado fortementenessaárea éaFinep, que atua através da captação de recursos,emantém programas que procuram promover interação entre empresas de tecnologia.

Isentos devem declarar para manter

Quem possui CPF e obteve rendimentosinferioresa R$ 10.800,00 em 2001 deve entregar para a Receita Federal, entre os dias 1º de agosto e 30 denovembro, aDeclaração Anual de Isento. O procedimento evita o cancelamento do CPF. A entrega da declaraçãodeisento poderáserfeita a partir da próxima quintafeira pela internet,no site www.receita.fazenda.gov.br, peloReceitafone(0300 780 300)oupessolamente, em qualquer agência dos Correiosoucasalotérica. Basta informar o númerodo CPF, do títulode eleitor, adata de nascimento, e responder algumasperguntasacerca de suas posses.

Osque fizeramo registro deCPF em 2002estão dispensados deapresentar adeclaração anual de isento este ano. Também não precisam apresentar a declaração os cônjuges quefizeram a Declaração de Imposto de Ren-

CPF regular

da de Pessoa Física de 2002 em conjunto.

Quem é proprietário ou sóciode empresanãopoderá apresentar a declaração de isento, mesmo que seus rendimentosem 2001 tenham sido inferiores a R$10.800,00. Estima-se que mais de 43 milhões de brasileiros insentos entregarão a declaração.

Quem vive forado Brasil e não está obrigadoa apresentar a declaração de imposto de renda podeentregar a declaração anual deisento para manter a situação do CPF regular. Casoa situaçãocadastral do CPF de quem mora no exteriorjá esteja irregular, a regularização poderá se feita através do Receitafone no exterior: 55-78300-78300. Para entregara Declaração Anual de Isento, o brasileiro residente no exterior pode utilizar a Internet (www.receita.fazenda.gov.br). (Agências)

Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, a habitação ou outras parcelas in natura que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. (Arts. 457 e 458 da CLT).

7) Como se procede quando o nascimento do filho ocorre nas férias da empregada?

Neste caso as férias serão suspensas e a empregada passa a receber o salário-maternidade. Após o término da licença-maternidade, a empregada gozará o restante dos dias de férias.

8) Em quais circunstâncias o empregado comissionista faz jus a horas extras?

O empregado comissionista faz jus a horas extras quando sujeito a controle de horário. O adicional do trabalho extraordinário será de, no mínimo, 50% calculado sobre o valor das comissões a ele referente (Enunciado da Súmula do TST nº 340).

Por outro lado, não tem direito a horas extras o empregado que exerce atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) e no registro de empregados (inciso I do art. 62 da CLT).

Simonetti

Cotação do dólar dispara e sobe

Nervosismo e baixo volume de negócios empurram a moeda para R$ 3,185, novo recorde; risco supera 2.100 pontos

Odólar comercialteveontema maior alta porcentual em um único dia, desde o período da mudança do regime cambial brasileiro, em janeiro de 1999. Aomesmotempo, orisco-país bateu nos 2.195 pontos. As cotações dispararam constantemente já a partir da abertura dos negóciose amoedaamericana atingiucotação máxima de R$ 3,285 para venda, com alta de 8,95% frente ao real.

Intervençõesdo Banco Central, BC, com venda diretadedólares nofimdatarde, baixaram umpouco ascotações, mas nãoimpediram que a moeda fechasse mais umavez comvaloresrecordes no Plano Real: R$ 3,183 para comprae R$3,185 para venda, de acordo com a Enfoque Sistemas . A alta foi de 5,64%. No mês, o dólar já subiu 13%. Desde o início do ano, a valorização chega a 37,6% frente ao real.

Baixo giro – O principal combustível para a disparada dodólar ontemfoi obaixo volume de negócios. Temendo piora nocenário internacional econtinuidade do

crescimento da oposição na corridapresidencial, os investidores evitaram vender a moeda americana. Segundo operadores, osvendedores praticamente sumiram do mercado de câmbio ontem.

As poucas operações de compraforam fechadas em cotaçõesmuitoaltas,o que levou a Ptax(média do BC que leva em conta o volume de negócios em cada cotação) a R$ 3,1449 para venda. O dólar paralelo fechou com cotações inferiores às docomercial,oque nãoécomum.Em São Paulo,o paralelo ficou em R$ 3 para compra e R$ 3,1 para venda.

As declarações do secretário do Tesouro dos Estados

Unidos, PaulO’Neill,também ajudaram a turbinar o dólar.Ele insinuouque seu país não apoiaria novas liberações de recursos do FMI para o Brasil.

Acordo – E para o BC "meter medo no mercado", como disse umoperador decâmbio, é essencial que conte com o poder de fogo que um acordo com o fundo oferece.

"Mas parece que dessa vez o FMIdeveabandonaro governo brasileiro. O mercado jánão acreditaque,sozinho, o BC possa garantir a liquidez. É por isso que o dólar dispara", comentouum profissional damesa decâmbio de um banco estrangeiro. À noitefoianunciado que uma

equipe do governo chefiada pelo secretário-executivo doMinistérioda Fazenda, AmauryBier, embarca para Washington, hoje mesmo, para dar sequência aos entendimentosque vinhamsendo mantidos com o Fundo. Agosto: dúvidas – Há, ainda, outro problema que mantém o dólar em forte alta. Os analistas jácomeçam aespecular arespeito da formade atuação doBCem agosto. Nãofuncionou, estemês,a estratégia delevar aomercado US$ 50 milhões ou US$100 milhõesao diacom venda direta e leilões de linha externa da moeda, com compromisso de recompra.

"Osinvestidores jáaguardam pronunciamento do BC sobre comoserão asintervençõesno próximo mês", disse Fábio Fender, gerente de câmbio da corretora Liquidez. O mercado de câmbio refletiu,ainda, afrustraçãodos investidores com a falta de novidades da entrevista coletivaconcedida peloministro da Fazenda, Pedro Malan, na sexta-feira. Naavaliaçãodo mercado, Malan criou desne-

cessariamente uma falsa expectativa de anúncio de novo acerto com o FMI.Como a entrevistafoino fimdatarde de sexta-feira, no horário de fechamento do mercado de câmbio, a repercussão ficou para ontem.

Indicadores – A disparada dodólar provocoupiorados indicadores de risco do Brasil. A taxa de risco calculada pelo banco JP Morgan passouos2.000 pontos.Nohorário de fechamento dos pregões brasileiros, a taxa subia 10,1%,para2.195 pontos-

base. Os C--Bonds, títulos da dívida externa, caíam 6,46% às 18 horas, negociados a 52,50% do valor de face. Depoisde terfechado em forte baixa de 4,54% na sextafeira, a Bovespa acompanhou a recuperação da Bolsa de Nova York. A bolsa paulista subiu 0,25%, mas foi contaminada pelo nervosismo do câmbio. Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones teve alta de 5,25% e o Nasdaq subiu 5,78%.

Rejane Aguiar

Espanhóis estão nervosos

A instabilidade financeira no Brasil está deixando os investidores espanhóis nervosos, disse ontem o jornal britânico Financial Times. Empresas e bancosespanhóisinvestirammais de50bilhões deeuros no Brasil. Isso representa o dobrodoque foi aplicado na Argentina. Segundoojornal, aperspectiva deum governode esquerdavenceraseleições de outubro "poderia alterar signi-

ficativamente o ambiente de negócios no Brasil." O declínio do real tem atingido os lucros, como os da operadora Telefónica e do BSCH, "mas as preocupações vão mais fundo", e envolvema sucessãopresidencial. Segundo Jose Luiz Mora,analistadoMerrill Lynch, a dívida pública representa entre 40% e 50% (7 bilhões de euros) dos ativos do banco espanhol noBrasil, umaproporção alta.(AE)

Conheça a legislação sobre o câmbio

Em tempo de alta do dólar, é útil conhecer a regulamentação do Banco Central e o funcionamento dos fundos cambiais

Para obrasileiroque anda espantado com a recente alta dodólarnomercado nacionalvale apena conhecerum pouco mais sobreesteuniverso. OBanco Central, que administra o mercado cambial, tem normas a respeito. E há regulamentações específicas paratransações einvestimentos em moeda estrangeira que atingem pessoas e empresas.

A partir do próximo dia 5, a Aduaneiras estará oferecendo um cursoa empresários e envolvidos em negócios de comércioexterior. Ocurso, ministrado pelo especialista Angelo Luiz Lunardi, terá 15 horas deduração eserá dividido em quatro módulos: comércio exterior, câmbio, garantias bancáriasinternacionais e riscos elavagem de dinheiro. Informações podem ser obtidaspelos telefones11 3120-3030 e 0800 909047, ou pela internet,noendereço

Vence hoje primeira parcela de anistia de tributos

Vencehoje oprazo parao pagamentoda primeiraparcela dos débitos tributários, sem multa e juros, previsto na Medida Provisória 38.A medida permite às empresas pagarem em seis parcelas tributos federais em atraso.

Obrigação dedesistência – A anistia, no entanto, é limitada àsempresas com ações na Justiçacontestando valores de impostos. Para participardoprograma,é preciso comprovar que abriram mão dessas ações.

Naopinião dotributarista

Sidney Stahl, do escritório Sttahl Advogados, a medida provisória é inconstitucional pelo fato de não se aplicar às empresas que tenham processos meramenteadministrativos.

Sílvia Pimentel

Rótulos mais detalhados só no início de 2003

A AgênciaNacional deVigilância Sanitária prorrogou paraodia3 defevereiro do próximo ano o prazo para que os rótulos de todos os alimentos e bebidas vendidos no país contenhamexplicações mais completas sobre seuvalor nutritivo.O prazo terminava hoje.

Na tabela deverão constar dez itens: valorcalórico, carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas, colesterol, ferro, fibra alimentar, cálcioesódio.A quantidade deles será indicadapara porçõespadrãoindividuais, expressas em gramas ou mililitros,determinadas pela Anvisa para cada categoria de alimento.

Amedida fazparte das ações do Ministério da Saúde para orientar apopulação a consumir produtos que proporcionem uma alimentação saudável. O objetivo permitir ao consumidor a escolha adequada. (ABr)

cursos@aduaneiras.com.br.

Alguns esclarecimentos que podem ser úteis, para quem queira ou não participar do curso, e para curiosos de uma maneira geral, são os seguintes.

•Taxa decâmbio éo preço de umamoeda estrangeira medido em unidadesou frações (centavos) da moeda nacional. A moeda estrangeira maisnegociada éo dólardos Estados Unidos, e por isso sua cotação é a mais observada.

•As taxas de câmbio são livrementepactuadasentre as partes contratantes. O Banco Central apenas divulga a taxa média praticadano mercado de câmbio, tomando por base as operações realizadas no mercado interbancário.

• Chama-se mercado de câmbio oambiente abstrato onde se realizam as operações de câmbio entre os agentes autorizados pelo Banco Cen-

tral do Brasil eseus clientes. No Brasil, o mercado de câmbio é dividido em dois segmentos, livre e flutuante, que são regulamentados e fiscalizadospelo BancoCentral. Todos os negócios realizados no mercado paralelo, bem como apossede moeda estrangeira, sem origem justificada, são ilegais e sujeitam o cidadão oua empresa àspenas da lei.

•Qualquer pessoa física ou jurídica podeira uma instituição autorizada a operar emcâmbio paracomprarou vender moeda estrangeira. Nagrande maioriadoscasos osclientes não têm acesso à moedaestrangeiraem espécie. Na importação, por exemplo, uma pessoa entrega reais ao banco em troca do direito sobre o equivalente em moedaestrangeira, queéentregue aoexportador estrangeiro oua um terceiro interessado (normalmente um

banco) no exterior. Quem realizaviagens internacionais pode ter a moeda estrangeira entregue em espécie no País.

•Podemoperar nomercado de câmbio apenas as instituições autorizadas pelo Banco Central.Sãoagências de turismo, hotéis turismo e corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários.

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT, tambémé autorizadapeloBanco Centrala realizaroperações com vales postais internacionais,limitadosa US$ 3.000,00 por operação.

•Políticacambialé oconjunto deaçõesdoGoverno queinfluem no comportamento do mercado de câmbio e da taxade câmbio. O Banco Centralexecuta apolítica cambial definida pelo Conselho Monetário Nacional. Para tanto, regulamenta o mercado de câmbio e auto-

riza as instituições que nele operam. Também compete ao Banco Central fiscalizar o referido mercado, podendo punir dirigentes e instituições.Além disso, oBanco Centralpodeatuar diretamenteno mercado, comprando evendendomoeda estrangeira deforma ocasional e limitada, com o objetivo deconter movimentosdesordenados da taxade câmbio. Nosúltimostemposo BC tem vendido dólares e títulos cambiais.

• Fundos cambiais são investimentosemtítulos de renda fixa corrigidos pelo dólar,como Notasdo Tesouro NacionalCambiais eexport notes. Instrumentosde derivativos(swap de dólar, por exemplo) também são permitidos.Alémde acompanhar a variação do dólar, o capitalé rentabilizado com uma taxa de juros. É indicado para quem possui dívidas em

dólar ou quem acredita na desvalorização do real. Não raro, investidores buscam proteção cambial ao longo de um processo de desvalorizaçãoda moedanacional, como aatual,e se frustram diantedeuma valorização que ocorra logo em seguida. É necessário queo poupador entenda que ao adquirir quotas de um fundo cambial, ouroouaté mesmoa moeda norte-americana no mercado informal com objetivo de se proteger, ele precisa esquecer suacontabilidadeem reais.A legislaçãobrasileira faculta aopoupador transferir seusrecursos parao exterior. Esta é uma operação que tem se tornado mais comum. A posição mantida no exteriorélegal e,poristo,declaradacomo patrimônio.Gera recolhimento de imposto sobre ganhos.

Para conter a indústria da indenização

OCódigo deDefesa do Consumidor provocouprofundastransformações nas relaçõesde consumo. Não apenas nasrelaçõesentre as empresas e clientes, mas também no relacionamento médico-paciente. Segundo o Conselho Regional de Medicina,o númerode reclamaçõescontra médicos cresceu cerca de 60% nos últimos anos. A tendência de crescimento das queixastem duas explicações: aumento no número de profissionais da área de saúde– oBrasil temcerca de440 milmédicos edentistas ativos – e maior conscientização da população quanto aos seus direitos. O número deações na Justiçapor danosmoraisenvolvendo erros médicos não é desprezível, assimcomo os valores das indenizações. Para frear a ação dos advogados de portade hospital,tramita na CâmaradosDeputados projeto de lei limitando os va-

lores das indenizações ao intervalo entreR$20mil aR$ 180 mil, ou mil vezes o salário mínimo.

Seguro – O queparaavítima é um alento, para o médico transformou-se em pesadelo. Eles operam, hoje, sempre sobriscode sofrerum processo. Para que possam exercer suas atividades com mais tranquilidade, a boa notíciaé que asseguradoras agora estão trabalhando na área.A PortoSeguro estádesenvolvendooSeguro de Responsabilidade Civil Profissional especificamente para opessoal daárea desaúde. O segurogarante cobertura paradanos corporais emorais, quando comprovada negligência,omissão ou imperícia médica. Os prêmios são definidos deacordo com a especialidade médica e o valordacobertura. Ospreços dasapólices variamentreR$ 400mil eR$3 mil, para cobertura de R$ 100 mil. "Os va-

lores são menores para os clínicosgeraise maisaltospara os cirurgiõesplásticos, cuja atividade profissionalé mais passível de erro", explica o diretor de ramos elementares da Porto Seguro, Adilson Neri Pereira.

O produto jáfoi aprovado pela Superintêdencia de Seguros Privados e deverá estar à venda já em agosto.

O novo Código Civil, que entrará em vigor no próximo ano, deveráimpulsionar este mercado. Isso porque o prazo deprescrição para qualquer tipo de reclamação na área civil será reduzido de 20 para trêsanos. "Aspessoas quese sentirem lesadas ficarão mais atentas aos seusdireitos", diz o diretor da Porto Seguro. Primeiro – O primeiroseguro dogênerofoilançado em março desse ano pela Real Seguros. É dirigido para 55 especialidades médico-dentárias com coberturas que variam de R$ 100 mil a R$ 500

mil. Para adquirir o seguro, o profissional deve ter no mínimotrês anosde experiência no mercado. A expectativa da seguradora é comercializar cinco milapólices atéo final do ano.

Ações – Um passeio pelas decisões recentestomadas pelos tribunais revela porque o assuntoé tão quente.Conheça alguns exemplos.

•ATerceira TurmadoSuperior Tribunal deJustiça manteve a condenação do médico Alexandre Melo dos Santos, de Belo Horizonte, para indenizar uma paciente obesa pela perda do mamilo em uma cirurgiaplástica, em decorrência de erromédico. O valor da indenização foi fixado pela Justiça em 100 salários mínimos.

• O STJ também decidiu quea Unimed–Rio(Cooperativa de Trabalho Médico do Rio de JaneiroLtda) é parte legítima para responder judicialmente porerromédico

cometido por profissional associado,dentroou fora de hospitais de sua propriedade. Isso porque empresas de plano ou seguro-saúde estão sujeitas ao Código de Defesa do Consumidor.

Com a decisão, prosseguirá a ação deindenização movida pela segurada Marlúcia Carneiroda Silva, instrumentadora cirúrgica que machucouo músculodofêmur com uma bolsa de água quente, após umaoperação. Isso ocorreu em 1992 e até hoje ela usa bengala para andar.

• A enfermeira Maria Celinda Madrid Lastra conseguiu no Superior Tribunal de Justiça ser indenizada em 200 sálarios mínimos por erro em laudo médico.O laboratório Instituto Geral de Assistência Social Evangélica lançou um laudo equivocado, em 1995, assegurando que apaciente estava com câncer de mama.

Sílvia Pimentel

Receita avisa que cancelará CPFs

A Receita Federalinformou que 19,1 milhões de brasileiros podem ter o CPF cancelado, casonão apresentem a declaração de isento deste ano. Esseé o númerode pessoas que estão com situação do seu CPFirregular junto à Receita, porque não apresentarama declaraçãodeisento de 2001. O prazo para a entrega dadeclaração anualde isentosde2002 começano próximo dia1º de agostoe termina em 29 denovembro.

Todas aspessoas dispensadas de apresentar a declaração do Imposto de Renda Pessoa Física(IRPF) deste ano sãoobrigadas afazera declaraçãode isentos.Quem forobrigado aapresentar a declaração deisento enão o fizer por dois anos consecutivos teráautomaticamenteo seu número noCadastro de Pessoas Físicas(CPF) cance-

lado pela Receita Federal. A pessoa que deixar de entregar emum anoa declaraçãoé incluídapelaReceita numa lista de CPFscom situação "irregular", com o risco de ter o número cancelado se deixar de declarar também no ano seguinte. Invalidação – O supervisor nacional do Programa do Impostode Renda(PIR) da ReceitaFederal, AndréViol, previuquea Receita deve cancelar menos de 10 milhões de CPFs.Noúltimo cancelamento, feito em março deste ano, 11,5 milhões de pessoas tiveram o número CPF invalidado. Para aapresentação dadeclaração de isento, é obrigatória a informação do número do CPF, do título de eleitor e da data de nascimento. A entrega da declaração poderá ser feita nas agências dos Correios, nas lojas lotéricas, pelo

telefone,noBancodo Brasil (BB)oupor meiodo site da Receita FederalnaInternet ( w ww . r e c ei t a . f az e nda.gov.br). A declaração pela Internet éa únicaopção gratuita.

Declaração de isento – Para a entrega da declaração via postalregistrada pelosCorreios, o custo será de R$ 2,00. A utilização do volante lotérico, amais procuradapelas pessoas, teráum custode R$ 0,60. Essaopção, noentanto, só estará disponível a partir de 11 de agosto.

Quempreferir entregara declaração pelo Receitafone (0300-78-0300 - quando a ligação for efetuada no território brasileiro), independentementedo horárioe dadistância chamada,pagará R$ 0,27porminuto no casode utilização de telefone fixo e R$0,50 paratelefonemóvel. Para as ligações do exterior

(55-78300-78300), a tarifa é a aplicável às chamadas internacionais.Segundo Viol,o número do exteriorserve apenas paraas pessoasfísicas que estejam em trânsito fora doPaís equesãoresidentes no Brasil. Emigrantes – A novidade desteano éque osbrasileiros residentes noexteriorsó terão aopção de entregara declaração pelaInternet. Osresidentes no exterior também terão queresponderumcalendário, informando o endereço completoe dadossobrepatrimônio noBrasil. Outra novidade é que os correntistas doBancodoBrasil (BB) poderão entregara declaração de isento para si próprio ou terceiros. O custo, por declaração no BB, será de 0,75. Essa opção, porém, só estará disponível no dia 22 de agosto. Problemas – Quem tivero

CPF cancelado não poderá, entreoutras coisas,comprar a crediário, abrir conta em banco, tirar passaporte, receber aposentadoria, participar de concurso público ou receberprêmio deloterias. É muito problema. Se a pessoa nãoapresentara declaração no prazo,deverásolicitara regularização do CPF. O custo,porém, serámaior, deR$ 4,50.

Segundo o coordenador do PIR, a consulta ao cadastro doCPFé públicae cada vez maisestá sendoutilizadapelas empresas para verificarem a idoneidade das pessoas. De acordo com os dados da Receita, o cadastro do CPF temhoje133,2milhões de inscritos. Desse total, 75,7 milhões são números regulares, 19,1milhõescomsituação pendente e38,3 milhões têm o registro cancelado. (AE)

G. Simonetti

ANÁLISE João de Scantimburgo

Os EUA não mudam

Uma das cadeiras que fazem falta no currículosuperior do Brasil é o da História dos Estados Unidos, de parcom a História do Brasil e, mais particularmente, a Históriade São Paulo. Pelas relações que mantemos com os Estados Unidos, pelopoderio econômicodaquela nacionalidade,peloseu comportamento nacional e governamental emtodos os governos, seja democrataseja republicano, éimperiosoque as novas gerações conheçam os americanosnão pelocinema, mas na realidadede sua história

Os Estados Unidos são regidos sempre peloDestino Manifesto, defundocalvinista,e pelo big stick usado muito pelo primeiro Roosevelt, ostentando um orgulho que sob disfarces exerce seupoderio pelo mundo inteiro, inclusive na União Européia, da qual têm ciúmes,no exato sentido da palavra. Daí, não me surpreender nada a declaração de secretário doTesouro,Paul O. Neill, quando faz a ofensiva característica dosEstadosUnidos contra osinteresses brasileiros e de outros países sulamericanos.

O secretário do Tesouro, que causou repulsa no Brasil, e alvo de críticas severíssimasda im-

prensa, não fez mais do que seguir a velha tradição americana, quenão mudou nosúltimos anos, não muda facilmentee demonstraqueresistea qualquer mudança. Prossegue inalterávela políticado big stick,mas,sobretudo,o Destino Manifesto, jáfartamente estudado, para que tenha eu que repeti-lo aqui. Mas, acentuo, que vemde longe,dopuritanismo americano e de seu orgulho de nacionalidade poderosa.

O presidente Fernando Henrique Cardoso, cujo governo termina melancolicamente — essa a verdadeira melancolia, não o fim do governo e a mudança do Alvorada para seu apartamento em São Paulo ou num cargo internacional, que há muitos para receber candidatoscomoele –,como dólar disparado, quando afirmavamas autoridadesdaárea econômico-financeira que não sairia da cotação prevista desdeo iniciodogoverno. Mudoue osUSAnãomudaram. Esse o problema com que nos defrontamos na crise que sopra com furor de tornado sobre a economia brasileira.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

Eleitor sem representação

Humberto Dantas Neto

E m 1998, nas eleições para deputadofederal emSãoPaulo, cada partido ou coligação precisoudecerca de222mil votos para ocupar uma das 70vagas disputadas. Individualmente, somente dois deputados alcançaram este número, os outros 68 foram beneficiadospelos votosde legenda e de companheiros de chapa. Apesar desta dependência do partido edos outros concorrentes, omandato decada deputado éindividual, ouseja, depois de eleito opolíticopodemudar departido, levandoconsigo a preferência de seu eleitorado específico e dos cidadãos que votaramemsuaex-legenda ou em "colegas" de sua coligação.

Analisar este fatoem números nosdá uma dimensãoexata da falta de representação da população e da conseqüente ausência de identificação do eleitorado com o Poder Legislativo,seja federal, estadualoumunicipal. Analisaremos a eleição para deputado federal em São Paulo.

Dos 12,5 milhões de votos nominais para deputado federal em São Paulo, 7,5 milhões foram dados a deputados que tomaram posseem 1999.Ouseja, 60%do eleitorado que escolheuum político, nomomentodadiplomação, enxergaram suas escolhas. Mas se levarmos em conta o total do eleitorado que votou, 19,4 milhões, esta representação cai para cerca de 40%. Isso significa dizer queapenas quatro, emcadadez eleitores que participaram, foram nominalmente representados na Câmara. Isto é,escolheram um político e ele tomou posse.

Se esta representação já não é tão grande, as regras permitem queela setorneainda menor,ou pelo menosmais confusa.A mudança de partido durante o mandato ea saídapara aocupação de prefeiturase cargospúblicostornou ainda mais vazia a visão de representação. No caso detroca

Toque de recolher

Quemnão passou poruma guerra, dificilmente sabe do que significa toque de recolher. É a hora estabelecida pelos comandos vencedores, nas cidades ocupadas, para que se fechem em casa,com luzapagada, esó saiam no diaseguinte, no horáriopreviamente estabelecido pelo comando supremo das forças de ocupação. Geralmente, o toquede recolher começa as seis horas da tarde e termina as seis horas da manhã. Podem circularpelas cidades ocupadas apenasos médicos,que levamo distintivo da Cruz Vermelha,perfeitamente visível, impresso em letras que não necessitamde luz paraos identificar. Foradosmédicos, são simplesmentemetralhados pelas patrulhasos quese aventuram fora do recolher, andando nas ruas da cidade. Vêm estas palavras a propósito do toque de recolher imposto aos baresda periferiaonde, todos os fins de semana, havia mortos em quantidade. Morria mais gente aquinummês, por exemplo, do que na guerra do Vietnã, e tudoporque nos bares se reuniam para discutir futebol e política diversos tipos armados, que, ao cabo de alguns momentos,com a bebedeira tornando-osvalentese perigosos, davam tiros a torto e a direito,

matando não raro inocentes. Graçasaotoquede recolher, obra da governo Alckmin, os bares fecham mais cedo, e não têm sido registrados casos de morte. No domingo atrasado não morreu ninguém assassinado por um bêbado de cachaça. Bom resultado, portanto, fácil de ser adotado pela autoridade, que manda na Força Policial. Com isso evitam-se mortes, na maioria de jovens, que conversavam nos bares sobre o dia que já findara. É portanto, continuar, queas mortes diminuirão, semlevar o lutoeadoranumerosos lares humildes da periferia,das favelas e de locais antes perigosos. Foi oportuno o toque de recolher, inspirado nas guerras e nas medidasde segurança, impostaspelos governos.Não hápor que protestar contraessa medida, como fazem os donos de bar, que nãoseconformamcom a iniciativadogoverno. Otoque derecolher deveriainiciar-seàs 21 horas e terminar às 6 horas. Bastariaesse longoperíodopara o dono do bar fazer a sua féria e, depois, ir descansar, vendo um programade televisão, que lhe fará bem, por tomar-lhe as horasqueficaria alvodetirosdos bandidos que circulam pela periferia.

João de Scantimburgo

Desastre inevitável

de legenda,São Pauloregistrou, entrea posseeosmeses finaisde mandato, 17alterações. Emtermosnuméricos, isso representa quequasedois milhõesdevotos nominais foram levados para outros partidos. Teriam estes políticos consultado seu eleitorado sobreesta migração?Asmudanças carregaram consigo quase um quarto dos votos nominais de São Paulo, sendoque todosos deputados que mudaram de partido se elegeram às custas de votos de legenda ede outroscompanheiros de partido ou coligação. No total, além de carregarem 1,8 milhão de votos nominais,eleslevaram consigo 1,9 milhão de votos que usaramdaslegendas coligadas e dos companheiros de chapa. Alémdesses parlamentares, oito deputados assumiram o cargo como suplentes. Este número pode variar de acordo com a época. Em eleições municipais, por exemplo, inúmeros representantes deixam a Câmara para concorrerem às prefeituras municipais.Atualmente, o númerode suplentes está reduzido em virtude dadesincompatibilização. Dentre estes oito representantes, dois foram efetivadosno cargo e tambémmudaram departido, levando comeles umasignificativa quantidade de votos. Hoje, a parcela do eleitorado paulista que votou em um determinado candidato de um partido específico é equivalente a menos de 30% do total. Em quatro anos baixoude40% para30%oseleitores paulistas que olham para a Câmara e lá enxergam seu representante e partido, com o sério agravante de que a imensa maioriado eleitoradonão se lembra em quem votou nas eleições proporcionais. Diantedeste problema de falta de identificação entre eleitorado e PoderLegislativo, o queseriaprudente fazer?Aprometida reforma política.

Humberto Dantas Neto é mestre em Ciência Política

Ascartas àRedaçãosomenteserão publicadas se contiverem,alémda identificação do missivista, endereço com rua, número, bairro, CEP e, se possível, telefone e rg. As cartas poderão ser resumidaspela redação, publicando-se, apenas o essencial. Os originais não serão devolvidos.

A s criseseconômicashabitualmente têm origem ou se transformam,em seuprocesso,emproblemas comosfinanciadores internacionais. Está aí a Argentina e as últimas crises brasileiras para atestaro fato.Por conta disso, os discursos políticos "críticos" começame acabamem proporsoluçõesextramercado para com os financiadores internacionais,as chamadas moratórias,de triste memória. Em que consiste realmente o problema?

É claro que país algumpode dispensar o concurso dos banqueiros, pois é a partir das garantiasbancáriasqueo comércio entre as naçõespode acontecer. Cumprem, os bancos,esse fundamentale insubstituívelpapel. Sempre quese tentou fazer a substituição dos banqueiros, como o Brasil nos anos setenta com os países do bloco socialista, deu no quedeu: prejuízo. Ocaso da Polônia e asfamigeradas "polonetas", tãodenunciadas pelo Embaixador Meira Penna, é emblemático.Alguns bilhõesde dólares foram despejados no ralo do esgoto.

Os banqueiros, todavia, não se limitam afinanciar e garantir o comércio. Eles também garantem, mediante empréstimos, a liquidez corrente,de curtoprazo, dos países.Fazem os "papagaios" necessários parao fechamento das contas, quando há problemas.

O dramacomeça quandogovernos pródigosvêemnos financiadores internacionais agências de fomento. Aí passam aabsorvertodo tipoderecursos disponíveis, sem fazer os corretos cálculos da relação custo/benefício, a fim de alavancar o desenvolvimento.Quando seestá nocomeço dafesta, emque a proporção dívida/PIB é baixa e o serviçodadívida éaindairrelevante noorçamento,ninguém reclama. Quando,todavia, chegao diaemque os banqueiros dão o basta, porque a capacidade de endividamento esgotou-se e

o serviço da dívida passa a devorar parcela desproporcionaldo orçamento, toda sorte de discursopopulista contraosbanqueiros passa a ser feito. Ocurioso équeninguém se lembra de responsabilizar os governantes irresponsáveis que, livrese espontaneamente, foram buscarosrecursos eassinaram os contratos. Ilusoriamente, passama culparos banqueiros, que culpa nenhuma têm se bateram na sua porta. E, diante do contrato assinado, têmque executaradívida,postoque não passamde gestoresde recursos alheios.

Outra coisa curiosa é que esses atores políticos implicitamente propõem zerar (ou algo assim) a taxa de juros eprolongar ao infinito o prazo de pagamento da dívida (não é outro o intuito que está por trás da moratória). E depoisqueremlevantar recursos adicionais. É claro não há qualquer realismo nessas idéias. Algo porém é certo: os banqueiros não são doadores de recursos enquanto empresários. Assinou o contrato, tem que pagar.Compete aostomadoresde empréstimos serem precavidos ao tentaremlevantar recursos. Todos sabem que os juros são carose devem ser pagos e que um diao crédito venceráe tambémdeveráser pago.Ésimples assim.

Todoo carnavalqueasesquerdas fazem contra os banqueiros não passa de uma misturade ignorânciaedemá fé.Não enganamaspessoas bem informadas. Talvezconsigam enganar-sea si mesmas,encantadas que ficam com o próprio discurso. O que se vê é um descolamento da realidade, que é substituída no imaginário dessas pessoas por demôniosinexistentes. Opioré que essas pessoas ganham votos e acabam por se tornar governantes, tomando as decisões mais erradasem nomedacoletividade. O desastre, então, é inevitável.

José Nivaldo Cordeiro é economista e mestre em Administração de Empresas

Os artigos enviados à Redação do DC para eventual publicação devem conter no máximo2.800caracteres,sedigitados,ou40 linhasde70 toquescada,se datilografados.

Razões e culpas Osanalistas dofamoso mercadonão estão atribuindo diretamente às desastradasdeclarações dosecretário do Tesourodos EstadosUnidos, Paul O´Neill, a subida expressiva do dólar, embora estastenham contribuídopara sustentar a especulação que sempre ocorre em ocasiões como aque vivemos. O Sr. O´Neill foi extremamente infelizaosugerir que dinheiro doFMI entregueao Brasil, Argentina e Uruguai vai parar em contas suíças. Os Estados Unidos, hoje,em facede tantos escândalos de manipulação debalanços,nãopodem ser os paladinos da justiça mundial, como se propõem.

Desastre O secretário do Tesouro dosEstadosUnidos (ministro da Fazenda deles) não está fugindoà regra doque vem sendoo governoGeorgeW. Bush.Um desastreem termosinternoe derelaçõesinternacionais. Além deter levado o governo quase no grito, na apuração igualmente escandalosa dos votos, Bush não tem a menor sensibilidade para assuntos que fujam às fronteiras do grandepaísdo Norte. Deixa saudades imensas de Clinton.

Por aqui

Voltando ao ponto: os analistas entendem que as perturbações do dólar são conseqüência dafalta de ofertade dinheiropor partedosinvestidores internacionaisaos to-

madores brasileiros,públicos e privados. Pelosimplesfato de temerem queamanhã as dívidas queestariamsendo assumidas agora não seriam honradas pela indefinição de comportamento do eventual futuro presidente da República e sua equipe econômica.

Especuladores

É óbvio queo chamado mercado nãoé só formado por irmãs carmelitase frades franciscanos. Aespeculação corre solta diante de indefinições,em buscado ganhorápidoe fácil.Comocombatêlos? Só tendo uma estrutura macroeconômica menos vulnerável, o que ainda não é o nosso caso, e havendo apuração e punição contra os especuladores. Quem se habilita?

Insegurança

Cá entre nós, é uma irresponsabilidade que num períododecampanha presidencial se coloque a economia do país em riscopor contade especulações sobre atitudes futuras. A disputapelo podernão deveria, mas põe emrisco a vida financeira do país. A faltade definição mais precisapor parte dos candidatos,quanto aoque farão, ouoque faráo eleito, contribui para isso.

Quem paga?

Claro, oamigoleitorsabe quem paga, sempre a conta, no final. O pobre contribuinte brasileiroe adona decasa, nas compras do mêse no pagamento das taxas e tarifas públicas.

e

P. S . Paulo Saab

Empresa faz entregas com ciclistas

Os bikers, que somam

Se dependesse só de preços competitivos e custos reduzidos a Bike Courier teria pernasparasetornara maior empresa deentregas rápidas do País. De acordo com a empresa, os preços são em média 40% menoresdo queas concorrentesque seutilizamde motoboyseo tempodeentrega é até 50% menor.

Mas recrutar bikers que percorram em média 80 quilômetrospordiano sobe-edesce das ruas de São Paulo não é tarefa fácil. A Bike Cou-

rier jáperdeugrandesclientes, comoa Telefônica, por faltadefôlego. Nãoconseguiu aumentar oquadro de funcionários paraatendera demanda.Odesafio permaneceatéhoje eaempresareconhece ser difícil superar. "Não é fácil encontrar verdadeirosatletas dispostosa enfrentarotrânsito caótico da cidade como os motoboys", diz o sócio da empresa, Flávio Santos Meirelles. A atividaderequermuito preparo físico dos entregado-

res.Por isso,a maior parte dos 50 bikers que trabalham para a companhia participa de algum tipo de competição esportiva. Osciclistassãoos próprios donosdas bicicletas.A empresacusteiapneus e seguro de vida. Tempo –A utilizaçãodas bicicletas em substituição às motos não compromete o tempo de entrega, garante a BikeCourier. Osciclistaspedalam da VilaMariana, sede da empresa, até o Aeroporto Internacional de Guarulhos e não demoram mais do que 1h15 no percurso. Cada ciclista ganha comissão de acordo com o trecho e adistância percorridaenão pelo tempogastonasentregas. O cliente também paga por trecho, não por hora, o que compensa, principalmentese asentregasforem em localidades próximas. Essa é a maior vantagem do serviço. "Como os bikers querem ganhar mais, não ficam perdendotempona rua", explica Meirelles. A empresa atende pedidos de en-

Concordata da Pan já causa atraso de salários

Os350 funcionáriosdafábrica Pan Produtos Alimentícios Nacionais S/A, deSão Caetano do Sul, na Grande São Paulo, já sentiram os efeitos dasituação financeirada empresa, que entrou com um pedidode concordatanaúltima semana. Os salários relativosaomêsdejunho foram pagos com atrasado. Estima-sequea empresa tenha dívidascomos fornecedores que giram em torno de R$ 3milhões, valor ainda não confirmado pela Pan. Já houve um acordo com o Sindicato dosTrabalhadores da Indústriada Alimentação paraque os funcionáriosrecebamem parcelas, incluindo também os pagamentos

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de julho,quedeveriamsair no próximo dia 5. Os empregadosvão receberos doissalários a que têm direito parcelados em cinco semanas, financiamento queseráconcluídoaté16deagosto. De acordocomo tesoureirodo sindicato,CarlosVicente de Oliveira,osacordos foram feitosainda antes dopedido de concordata. A empresa tem 30 dias para apresentar todos os documentos relativos à administração,inclusiveos resultados da auditoria de suas contas,ativose passivosdacompanhia, queserão analisados pelo juiz responsável que vai acatar ou não o pedido de concordata feito. (AE)

a partir de:

DIÁRIAS DIÁRIAS DIÁRIAS

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Associação Comercial de São Paulo

Assembléia Geral Edital de Convocação Ficam convocados os associados da Associação Comercial de São Paulo a se reunirem em assembléia geral no dia 5 de agosto de 2002, às 16h30, no 9º andar do edifício-sede da entidade, sito à Rua Boa Vista nº 51, para, nos termos do artigo 56, c.c. o artigo 54, do Estatuto social, deliberarem sobre a seguinte

Ordem do dia:

1 - Proposta da Diretoria Executiva, devidamente aprovada pelo Conselho Deliberativo, referente à reforma estatutária. São Paulo, 29 de julho de 2002 Alencar Burti Presidente

tregasemtoda aregião da GrandeSão Paulo.Maspara entregas fora da cidade cobra uma pequena taxa extra. No caso das empresas de entregas queutilizam motoboys, aremuneraçãoéfeita por hora e épreciso pagar no mínimo duashoras porsaída.Só nissojá sãodesembolsados em torno de R$ 18.

Mercado –A BikeCourier existeháquatro anoseregistrou um crescimento de 80% no ano passado. A empresa nãoinforma ofaturamento mas garanteque faz,em média, 2 mil entregas por mês.

Todos os bikers são obrigados a andar com toalha, sabonete e desodoranteno bolso, paranãocausar máimpres-

são nos clientes no momento da entrega do material.

A Fórmula Academia, Vera Cruz Seguradora, Vaspex e Votorantim são alguns clientes. A empresa tem ainda parceriacoma RádioEldorado na qual os ciclistas informam as condições do trânsito.

Petrópolis cria marca para desportistas

A ÁguasPetrópolis Paulista, empresabrasileira deenvase de água, quer vender para osdesportistas. Acompanhia criou uma marca, chamada Petrópolis Athletic, que relacionaoconsumode água mineral ao esporte. Garrafas comcapacidade para 510 ml, contendo água com propriedades especiais, entraram no mercado no início deste mêscomo primeiro teste do público formado por atletas. A fabricação inicial ficará entre 300 mil e 500 mil unidades ao mês.

Seoproduto tiveraceitação, o próximo passo da empresaserá lançaroutrositens damesmalinha, comsabore adição de vitaminas, como os isotônicos naturais semcorantes. Paraesses produtos, os planos são de uma fabricação de 500 mil unidades mensais. As academias de ginástica,inclusive, estãoentreas potenciais consumidoras.

Asprojeções dodiretorindustrialda empresa,Amilcar

Lopes Júnior, são deque a linha desportista represente em torno de 5% da produção total da empresa.

Design – Agarrafa recémcriada para a marca Petrópolis Athletic foi elaborada num tamanho quefavorece o transporte.O atletapoderá pegá-la comfacilidade sem riscos de que escorregue das mãos,mesmoseelas estiverem úmidas por causa da práticaesportiva. Além disso, a embalagemconta comuma

tampa que a mantém hermeticamente fechadaapós cada dose de consumo.

A Petrópolis Paulista, também proprietária da marca de água Naturalis,detém cerca de 20% do mercado de garrafões de 20 litrosde água mineral no Estado de São Paulo.

A empresa envasa, inclusive, águas com marca de terceiros, geralmente redes varejistas.Lopes Júniordizqueo mercado estácrescendo para o setor de água e que negocia-

ções comgrifesdevestuário estão em andamento.

O direcionamento ao público desportista fazparte da da estratégia para melhorar o desempenho da empresa. No ano passado, as vendas da Águas Petrópolis Paulista caíram 8% em relação ao ano anterior. Em 2000, porém, o crescimento registrado sobre 1999 chegou a 30%.

Início – A Águas Petrópolis Paulista surgiuhá42anos. No início, era uma área verde batizada ParadaPetrópolis, dentrodo municípiode São Paulo, que possuía uma fonte de água natural. O proprietário resolveu explorar a extração da água e, em pouco tempo, formou uma empresa para envasá-la e distribuí-la. Na década de80, a companhia foiadquirida pelafamília Lopes e Amato e o processo de industrialização se consolidou. Hoje 110pessoas trabalham na Petrópolis.

Paula Cunha

e Brasília

TAM oferece mais vôos para Salvador, Goiânia

ATAM vaioferecer, apartir de5 de agosto,mais vôos ligandoSão PauloaSalvador e Goiânia. Também vai colocarmaisum vôodiárioentre Brasília e Rio de Janeiro. O diretorde Serviçosao PassageirodaTAM, Sérgio Jardim, afirma que a empresa não pretende transportar prejuízo. Segundo o executivo,a empresa estuda diariamente possíveis mudanças de rotas para diminuircustose melhorar oaproveitamento das suas aeronaves. A expectativa de ocupação superior a 60% fez a empresa ampliar a rota que parte diariamente do aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo), faz escala no aeroporto do Galeão (Rio de Janeiro)

e chega a Salvador. A aeronave sai às 10h17 de Congonhas echega às14hnaBahia. Jáo novo vôo para Goiânia partirá do aeroporto de Guarulhos às 22h30, com chegada à capital de Goiás às 24h. Conexão – Oobjetivoda companhia éoferecermais possibilidadede conexãopara os passageiros que chegam de Miami (EUA) a São Paulo, à noite. Pelamanhã, a TAM faráo trechoGoiânia-Guarulhos com saída às 7h. O novo horário permitirá o embarque dospassageiros do Centro-Oestepara osEUA. O transporte de passageiros doCentro-Oeste paraos EUA vem crescendo por causadaexpansão doagribusiness no cerrado. (AE)

Boeing faz parceria para aeronave estratosférica

A Boeing ea alemã CargoLifter AG assinaram um contrato para explorar conjuntamente conceitos paraaeronaves estratosféricas. O acordo prevêestudosdetalhados de plataformas estratosféricas mais leves do que o ar. As duasempresasdeverão ser capacitadas para se lançar como fornecedores de sistemas de aeronaves em atuais e futuros programas de desenvolvimento. "Essa é uma oportunidade em um novo setorpara aBoeing",disse CharlieGuthrie, diretor de conceitos avançados e protótipos rápidos daBoeing UnmannedSystems. Asaeronaves estratosféricas sãocapazesde voar acima de 12mil metros de altitude.

Wolfgang Schneider,principal executivo-chefe da CargoLifter, afirmou quea CargoLifter usará seu conhecimento emdesenvolvimento de plataformas leves para ajudaraBoeing aterumaposição deliderança nomercado de aeronaves estratosféricas, quedevecrescer durantea próxima década. Com sede em Berlim, a companhia alemã vem trabalhando para osetor de logística e aplicações. Primeiro produto da companhia, o CL75,um sistema baseado embalão dirigível, estáem teste de vôocomo protótipo desde outubro de 2001. O sistema será capaz de carregar 86 toneladas de carga em distâncias curtas. (AE)

Tsuli Narimatsu
Paulo
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Meirelles, da Bike Courier: empresa tem dificuldade de encontrar ciclistas dispostos a enfrentar o trânsito da cidade
Lopes Júnior: nova linha poderá representar 5% da produção da Petrópolis

Dora Kramer

Ao Congresso, as traças

Nada de anormal que dois meses antes da eleição muita gente estejaindecisa eo quadroainda indefinido.Afinal, Copado Mundo,que éCopado Mundo,só mobilizaas massas mesmo dias antes de começar, quem dirá eleições, cujo apelo popular não se pode comparar ao do futebol. Natural,portanto,queo númerodeindecisossejaaté bem maior do que o expresso nas pesquisas de opinião. Normalíssimo também que se alterem os resultados ao sabor das ondas eleitorais; perfeitamente admissível que todos osque dispõemde eleitoradose encham,na mesma proporção, de esperanças.

Tudo muito bem, tudo perfeitamente aceitável. Menos aassustadora evidênciade que,depresidente parabaixo, ninguém está dando a menor importância para o resto da eleição.

Em 6de outubrohaverá escolhade governadores,senadorese deputados,mas, notadamenteno quese refereao Parlamento, essa realidade está praticamente ausente da vida política. Do cotidiano das pessoas então, nem se fala. Pesquisa recente mostra que menos de 2% do eleitorado tem conhecimento de que haverá eleição para o Senado. E isso porque se trata de uma votação de mais destaque e caráter majoritário.

Aindasefaz algumdebatesobreos candidatosasenador. Mas arespeito dos deputados, sabe-secoisa alguma. Pergunte-seao vizinhode mesano restaurante- sejaum nobre salão ou popular bandejão - em quem vai votar para deputado e, se não for ele mesmo um candidato, a resposta quase certa será a expressão parva dos que desconhecem a natureza do assunto em discussão.

Poderíamos a partir deste ponto enveredar o raciocínio pelo sedutor terreno daatribuição de responsabilidades ao alheio. Além de delicioso do ponto de vista da faxina na consciência, éfacílimo discorrersobre aalienação dosujeito que não sabe em quem vota, muito menos por quê, e depois dá-se ao desfrute de passar quatro anos desancando todasas reputaçõesque dãoexpediente noCongresso Nacional.

O problema é que as coisas não são tão simples assim. É verdade que a maioria éindiferente à conformaçãodo Parlamento e não tem noção de que ali, passada a eleição, estará a representação da sociedade, em tese funcionando por delegação da mesma.

Não obstanteseja essaa durarealidade, éfato também queosveículosde comunicaçãonãolevam em contao pleito em toda a sua magnitude. Muito mais cômodo e barato publicar pesquisas, e daí em diante, comentar seus resultados ou as reações dos candidatos a elas, do que pôr o pé na estrada e a cabeça para funcionar.

Antes queo leitoraponte para cáseu dedoacusador, estamostodos incluídosnessa visãodistorcidadoque seja uma eleiçãogeral. Inclusiveo eleitor que,se nãoé despertado paraa importânciado exercícioda representatividade, também não acha ruim que não seja demandado a tal. Podemos nessa lista escrever também os nomes de certo tipo de candidato - a maior parte deles, é possível afirmar sem medo de incorrer numa injustiça - que prefere chegar aoLegislativo pelaviadecompromissos outrosquenão aqueles firmados com a representação popular. Estabelece-se,então,umacordo tácito,epérfido,pelo qual representantese representados fazem deconta que têm uma relação mas, de verdade, não se sentem minimamente comprometidos uns com os outros. Essa indiferença em relação à eleição do Congresso gera conseqüências bastante graves, sendo a mais evidente o fato de deixarmos passar a oportunidadede melhorar a composição do Poder Legislativo.

Considerandoafragilidade dospartidos,afragmentação de forças políticas e a quantidade de iniciativas que dependem do Parlamento, ignorar a escolha de deputados e senadoresequivalequase queaabrirmão demetadedo direito dovoto. Écomo seos brasileirosem outubroelegessem apenas meio presidente.

Comparação

Depois deamargar um duroinício e umarelação dificílima com a população, a prefeita Marta Suplicy pode estar a caminho da reconciliação com sua popularidade. Pelo menos éo que indicam os númerosde uma pesquisa Datafolha, comparando Marta com outros antecessores, todosigualmente com umano e meiode mandato cumprido.

Marta tem, nessa amostra, 29% de ótimo e bom, 42% de regular e 27% de ruim e péssimo. Jânio Quadros saiu-se o pior na comparação que o mostrava assim em 1987: 9% de ótimo e bom, 24% regular e 66% ruim e péssimo. A então petistaLuiza Erundina, quatro anosdepois, tinha21%, 36%e42%,respectivamente. PauloMaluf,do PPB, recebeu 25%, 38% e 36%.

Celso Pitta estava assim, em 1998: 11% de ótimo e bom, 26% de avaliaçãoregular e 62% oconsideravam ruim ou péssimo, com um ano e meio de administração.

Lula diz que terá parceria com a classe empresarial

O candidato do PT à Presidênciada República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse ontem aos empresários, durante palestra naFederaçãodas Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que "há mais concordâncias doque discordâncias", entre as propostas deseu partidoe assugeridas pela Fiesp no documento "O Brasil de Todos Nós", cartilhaelaborada pelaentidade com propostas parao futuro governante do País.

Lulaafirmou queserápreciso o PT ser eleito para que os empresários sejam reconhecidos como agentes políticos.

Luladisse queo atualgoverno dá muito valor para o MinistériodaFazendae pouco para aprodução."Existe algum representantedosetor produtivono governo?",indagou, acrescentando que no passado osetorindustrial chegou a ser representado no Comitê de Política Monetária (Copom), mas que o comitêhoje virou"agênciados bancos de agiotagem".

No início da palestra, o presidente da Fiesp, Horácio Lafer Piva, dissequesentia "uma certavibração positiva no ar". Ao fim da fala de Lula, se disse muitocontente com

oresultado. "Jásomamosaí algumasdécadas dehostilidade quase conjugal. Existem lembranças doces, lembranças amargas, mas lembranças empoeiradas", disse Piva. Preconceito – O candidato do PT declarou que concorda hoje commuitasdasreivindicações feitas pela Federação das Indústrias do Estado deSãoPaulo (Fiesp)enegou que aindaexista umarelação com o empresariado baseada no preconceito. "A convivência é democrática. Há muitas concordâncias noque eudefendo e no que a Fiesp quer. O importante é criar mecanis-

mos para que elas sejam colocadas em prática. Se eufor eleito terei uma parceria de co-responsabilidade com a Fiesp que nenhum outro presidente teve", afirmou. A palestra feita por Lula na sede da Fiesp reuniu uma platéiamaiorqueade seusadversáriosCiro Gomes (PPS, PTB e PDT) e Anthony Garotinho (PSB). Pelos cálculos da Fiesp, cerca de 420 empresários assistiramao discurso deLula. Como auditóriolotado, a entidade teve que instalar telões na área do café e em outra sala de conferências.(AE)

Ciro faz caminhada em São Paulo

Ao realizarcaminhada na manhãde ontempelobairro do Brás, região central de São Paulo, umdos maiorespólos paulistas deconcentração de ambulantes edevenda de produtos falsificados, ocandidato da Frente Trabalhista (PPS-PTB-PDT), Ciro Gomes, apresentou sua proposta para combater a economia informal."Senós fizermos crescera economiabrasileira a um perfil de 5% ao ano, geraremos um ambiente econômico participativo, com massa de salários e expansão de demanda, quepermitirá a

Garotinho defende menos impostos e o fim da CPMF

Ocandidatodo PSBàPresidênciada República, AnthonyGarotinho,disse ontem que omercado de capitais não pode sobreviver com as taxas e impostos que enfrentaatualmente. Ele afirmou que foi um dos defensoresdofimda CPMFparaas Bolsas e disse que as outras taxas tambémprecisam serestudadas. "Comum mercado fortalecido,o volume de transaçõesseria maior,oque facilitaria o acesso das empresasaocrédito, quehojeé escasso", disseGarotinho em apresentação de suas propostas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

Segundo ocandidato do PSB,o desenvolvimentoda Bolsa também depende da queda dos juros. "OBrasil precisa enfrentar o sistema financeiro paraadequar astaxas de juros à realidade mundial.Ospaíses emergentes têmuma taxa real médiade cerca de 3,5%, enquanto a do Brasil é de 10%."

Garotinho também defendeu a reforma tributária para desonerar o sistema produtivo nacional. Segundo ele, isso estimularia as exportações e a obtençãode superávit comercial.

Garotinho defendeu a popularização domercadode capitais. Ele disse que o acessode umamaiorquantidade de pessoas eempresasé imprescindívelparao crescimento da Bolsa. "Hoje o mercadodeações éelitista,diferente do que acontece em outros países". (AE)

formalização", avaliou. Ocandidato propôscomo saídas de atração dos trabalhadores para a formalidade uma mudança do modelo previdenciário quenão "supergrave a folha de pagamentos" e um sistema tributário mais simplificado, coma transferência dos tributos da cadeia produtivapara oconsumo, "principalmente das classes mais ricasda sociedade".Na avaliação de Ciro, a economia informalestá "salvando a Pátria, mas isso não é razoável". "Essagentetoda está sustentando suas famí-

lias no biscate. São 57 em cada 100 brasileiros que foram empurradospara essasituação", apontou.

Câmbio – Ciroclassificou aatualcrise nomercado de câmbio como uma "crônica de uma morteanunciada", que vem sendo alardeada por ele "hámaisdeseteanos". "Construímos uma matriz em que o País tem um rombo deUS$21 bilhõesnascontas externas a cada ano", afirmou Ciro durante caminha no bairro do Brás, região central de São Paulo. De acordo como candida-

to, "a explosiva e irresponsável" expansão da dívida externa brasileirafoi deUS$128 bilhões para US$ 250 bilhões, sendo que somente este ano a expansão será de US$ 27 bilhões."Lá fora, todo mundo está vendo queogoverno brasileiro passou daconta da irresponsabilidade fiscal e do manejo ruim dasdívidas. Há ainda uma crise nos Estados Unidos que agrava a aversão aorisco.Portanto,há uma necessidade monstruosano País por dólares e a fonte desses recursos secou", disse o candidato. (AE)

A Revista “Agitação”, publicação do CIEE, foi eleita pela Aberje, em 2002, como a melhor revista de empresas do País. Criado, em 1974, pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial, o Prêmio Aberje é a maior premiação brasileira, focalizando, anualmente, as empresas que mais se destacaram pelo tratamento à comunicação, como área estratégica de resultados.

Em sua 45ª edição, a Revista Agitação, editada bimestralmente pelo CIEE, tendo a PIC Comunicação como responsável pela arte e produção gráfica,

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Serão fornecidos certificados de participação. possui a tiragem de 65 mil exemplares, distribuídos gratuitamente aos estudantes, empresas e instituições de ensino. Publica reportagens e matérias voltadas a esses três públicos, além de retratar os serviços prestados pelo CIEE como organização que atua no 3º Setor (filantropia). A cerimônia de premiação foi realizada no último dia 24 de julho, no Espaço Apas Eventos, na cidade de São Paulo e reuniu representantes de veículos da imprensa, jornalistas e empresários.

EUA reafirmam apoio ao

Brasil e Tesouro retifica as declarações de O’Neill

A Casa Branca afirmou ontem queapóia aajuda internacional ao Brasil e quetem "grande confiança" na equipe econômicado País.Adeclaração foi uma tentativa de rev ertera crise diplomática causada pelasdeclarações do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Paul O’Neill.

O Tesouronorte-americanotambém retificou asafirmações de O’Neill. Segundo a secretária adjunta, Michele

Bolso Furado

A escalada do dólar começa a afetar o bolso da população. As empresas já estãorepassandopreços ao consumidor. É o caso da indústria de massas, que dependede trigoimportado. Os economistasreforçam que aalta namoeda doTio Samserefletirá, sim,nainflação nacional. E a Sobeet já rebaixou aperspectiva decrescimento do PIBde 2,3% para 1,9%. Página 9

Davis, ao dizer que temia que créditosde organismosinternacionaisfossem parar em"contasnaSuíça",o executivo referia-se à fuga de capitais, emespecial naArgentinae no Uruguai, e não ao Brasil. "O País demonstrou sua capacidade de usar de forma eficaz aassistência externa", afirmou ela. Ogoverno brasileiroaceitou as explicações e considerou o episódio "superado". Página 5

BC vai manter intervenção

no câmbio; dólar

Ocâmbio continuoupressionado,ontem,levando o dólar a subir 3,61%, cotado a R$ 3,30. Aescassez de linhas externas para o Brasil e a busca por dólares por empresas e bancos que têm de pagar dívidas no exterior são a principal explicaçãodosanalistas para a disparada da moeda. O diretor de Política Monetária do BancoCentral,

IGP-M registra a maior taxa desde agosto de 2000

O Índice Geralde Preços do Mercado (IGP-M), calculadopela FundaçãoGetúlio Vargas, divulgadoontem, fechoujulho com elevação de1,95%,a maiortaxadesde agosto de2000. O indicador, calculado pela Funda ção Getúlio Vargas, registrou elevação de 2,66% nos preços doatacadoe de0,90%nos preçosaoconsumidor ,enquanto o custo da construção ficou em 0,63%. Página 11

Indústria de fundos latina perde US$ 26 bi em junho

A indústriade fundosda

América Latinamanteve sua trajetória de perdasem junho.Ototal investidonaregião recuou US$ 26,4 bilhões, passando de 189,6 bilhões, em maio para US$ 163,2 bilhões. No ano, as perdas acumuladasda indústrialatina somam 4,78%, segundo o relatóriomensal divulgadopela Thomson Invest Tracker. Dototal dasperdasnosemestre oBrasil respondeu por uma fugada ordem de US$ 11,6 bilhões. Ossaques no Brasil em junho somaram US$ 9,4 bilhões. Página 6

Queda da moeda levou Uruguai ao feriado bancário

O Banco Central doUruguai suspendehoje oferiado bancário que decretou ontem, depois de forte queda da moeda do país,o peso. O feriadode24horas ocorre em meio a uma fuga de depósitos de todo o sistema bancário, devidoàcriseeconômica no país, golpeado pela crise da Argentina Página 4 Peso colombiano tem a 6ª baixa recorde ante dólar

O peso colombiano fechou ontempelasexta vezconsecutivaem nívelrecorde de baixa frenteao dólar.O peso fechoua 2.645,00 pordólar, com queda de 1,6% em relação aos 2.601,70 por dólar de segunda-feira. Um dos motivos da elevação de ontem pode ter sido a desvalorização do real frente ao dólar. Página 5

a Comércio deve reclamar da falta de troco com o Banco Central Página 6 Decoração se torna um bom nicho de mercado para os arquitetos Página 8 Isentos de IR têm de apresentar declaração até 29 de novembro Página 13

Luiz Fernando Figueiredo, anunciou,ontem, quecontinuaráa políticadeintervençãono câmbio paraagosto. O BC vai vender diretamente US$50milhões pordiaerolar os US$ 735 milhões de linhas externas que vencerão nomês que vem,ofertando um total de US$ 1,835 bilhão. Mas sefaltarliquidez,a instituição venderá maisdo que

os US$ 50 milhões. A maior partedosanalistas não crê que a políticareduza a pressãosobreo câmbio.Semnovos recursos do FMIe sem a permissão da instituiçãopara que se reduza o piso das reservas líquidas,oBCtem só cerca de US$ 5 bilhões para intervir nocâmbio.O dólar acumulaaltade 17,72%no mês e de 42 49% no ano.

Cirou parou de crescer, mostra pesquisa do Ibope

O candidato da Frente Trabalhista,Ciro Gomes, interrompeu a trajetória de crescimento nas pesquisas verificado no último mês. Segundo a pesquisa Ibope, divulgada ontem,CiroGomes obtém 25%das intençõesde votoe cai umpontopercentual. Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, subiuum ponto eficou com 34% das intençõesde votos eo tucano José Serra tem 14%, um ponto a mais do

que napesquisa dasemana passada.Anthony Garotinho, do PSB, fica com os mesmos 11% das intenções . Numa simulação de segundo turno,Ciro continuariavencendo o candidato do PT. Na pesquisa Datafolha, também divulgada ontem, Ciro Gomes subiude 18% para 28% e Lulacaiu de 38% para33%.Serrarecuou de 20% para 16% e Garotinho caiu de 13% para 11%. (AE)

O risco Brasil teve outra forte alta, de10,44%, subindopara2.390 pontos.OCBond caiu 2,86%, para 51% dovalordeface, nívelmais baixo desde janeiro de 1999. Jáa Bovespaconseguiufechou o dia comvalorização de 1,09%.Hoje, umamissão brasileira chega aWashington para negociar um novo acordo com o FMI. Página 7

Analistas estão céticos em relação a acordo com o FMI

Analistas internacionais estão céticos quanto às chances de conclusão de um novo acordo com o FMI na viagem da missãobrasileira quechega aWashingtonhoje."Dadasas recentesdeclarações do Tesouro norte-americano e o incidentediplomático com O´Neill, uma nova assistência financeiraao Brasilpareceduvidosa",disse o diretor de da BCP Securi ties, Walter Molano. Página 5

Ação social começa dentro da empresa

Água mineral para desportistas

A ÁguasPetrópolis Paulistaquervenderparaos desportistas. A empresa já começou afabricar entre 300mil e 500 mil unidades da água PetrópolisAthletic, voltadaparaatletas eacademias. Seo produto emplacar,a companhiavaicriar novositens da mesmalinha, comoosisotônicos.Segundoas projeções do diretor industrial, Amilcar Lopes Júnior, o segmento poderásignificar 5%daprodução da empresa. Página 10

O executivoValdemarde Oliveira Neto trouxe dos Estados Unidos para o Brasil a idéia de responsabilidade social. O assunto ganhou a simpatia de alguns empresários e surgiuo Instituto Ethos de Responsabilidade Social.Para quem quer ser socialmente responsável, Neto diz que a ação "começadentro de casa". Entre as ações da Ethos está a mobilização do empresariado nacional para questões como ética empresarial, qualidade devida no trabalho,preservação ambientale programas sociais. Página 12

Processos crescem e surgem seguros para erros médicos

As empresas deseguro começam a criar produtos voltados para médicos. Isso porque onúmerodereclamações contraelescresceu 60% nos últimos anos. Se em parteisso mostraaconsciênciadocidadão sobreseusdireitos, tambémfazflorescer aindústriade indenizações. Por isso, a Câmara debate um projeto de leisobre os valores indenizatórios. Página 13

Valdemar Neto, do Ethos: instituto vai promover a troca de informações entre as empresas que fazem ações sociais
Lopes Júnior: empresa investe em linha voltada para quem pratica esportes

Estados Unidos vêem sinais preocupantes na economia

A Casa Branca disse ontem ver sinais "preocupantes" nos dados daeconomianorteamericana,incluindo uma queda no índice de confiança do consumidor de ontem, masacreditaque os fundamentos econômicos são sólidos. O Conference Board, um grupo privado de pesquisa, informou que seu índice deconfiança doconsumidor caiunove pontos emjulho, para 97,1, seu menornível desde fevereiro. O número de junho foi revisado para baixo, ficando em 106,3.

Oporta-voz daCasaBranca, Ari Fleischer, declarou que a quedareflete em parte os atuais declínios do mercado acionárionorte-americano. Ele enfatizou que o presidentedos EstadosUnidos, George W. Bush, acredita que outros indicadores – incluindo crescimento econômico, baixo desemprego e baixa in-

flação–sugeremquea economia está sólida. "Há vários sinais na economia que demonstrama força que opresidentevê",dissea repórteres. "Mas não há dúvidaque vemossinaispreocupantes,como aconfiançado consumidor", acrescentou o porta-voz, dizendo que Bush querque oCongresso decrete uma lei que possa fortalecera economia.

Fleischer não identificou quais seriam estesprojetos de lei, mas Bush já pediuao Congresso para tornar permanente os cortes de impostos decretados em 2001 etornar lei medidas de proteção à aposentadoria.

aumenta as penalidades contra fraudes contábeis e fornece novospatamares parapunir corrupção corporativa. A lei foi assinada na esperança de restaurar a fé do investidor nascompanhias norte-americanas após uma onda de escândalos bilionários.

Índice de confiança do consumidor caiu nove pontos em julho, menor nível desde fevereiro

"Após11 de setembro nós nos recusamos a permitir que o medo prejudique nossa economia enós não p e rm i t i r em o s que a fraude prejudique ela também", afirmou o presidente dos EUA. A declaração foi feita durante cerimônia na Casa Branca, que contou com a participação de importantes parlamentares democratas e republicanos.

P ac ot e – Opresidente GeorgeW. Bushsancionou ontem um projeto de lei que

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O pacote legislativo, planejado para tornar mais difícil para executivos de compa-

nhias enganareminvestidores, foi apressado pela queda dosmercados acionáriose aproximaçãodas eleiçõesno Congresso. Ele cria uma nova comissão para supervisionar acontabilidade daindústria, até agora uma profissão autoregulamentadaque temsido implicada em uma série de falênciasquevão desdeacompanhiadeenergia Enronà empresa de telecomunicações WorldCom Apena máxima deprisão para executivosque cometeremviolaçãode correspondência quadruplicoupara 20 anos.Oprojeto deleiestebelece ainda como crime a fraude contábil,com umapena máxima de 25 anos de prisão.

O presidente Bush decidiu também criar umórgão permanente para cuidar da imagem dosEstadosUnidosno exterior. (Reuters)

Feriado bancário decretado pelo Uruguai será suspenso hoje

O governo uruguaio informou que o feriado bancário decretadoontem peloBanco Central será suspenso hoje. A corridabancária dosúltimos dias fez disparar o dólar de 24 pesos, nasemanapassada, para 35 pesos na manhã de ontem nas casas de câmbio.

A decisãodo BCuruguaio tomoude surpresaomercado namanhã deontem, embora fosse esperada uma medida do governo por causa da perdade reservas, que sangraram, emmédia, US$50 milhões por dia desde o início deste mês.

Nasexta-feira, últimodado oficialdo BC, as reservas estavam em US$ 725 milhões, quase quatro vezes menor do que o volume do final do ano passado, quando estavam em US$ 3 bilhões.

S aq ue s –Deacordo com fontes do Ministério de Economia, o BC não conseguiu fazerfrente aos saquesdos correntitas nos BancoMon-

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tevideo-Caja Obrera. A medida decretada interrompeu também os saques em caixas eletrônicos dos bancos.Há doismeses, ogoverno uruguaio conseguiudoFundo Monetário Internacional uma ajuda adicional de US$ 1,5 bilhão, recursos que ainda não haviam sido desembolsados. Essa ajuda se soma aindaa outrosUS$ 743milhões concedidos em março pelo Fundo.

Ao todo, o governo receberia, entre o que resta deste ano eopróximo, cercadeUS$3 bilhões do FMI, Banco MundialeBID. Nemisso,porém, conseguiu frear a desconfiança dos uruguaios nosistema financeiro e na políticaeconômica.

OUruguai,quepor décadas foirefúgio decapitais argentinos por sua estabilidade e tradição desegredo bancário,nãotinha umferiadohá pelo menos 70 anos, segundo economistas. (AE-Reuters)

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Decoração, um nicho para arquitetos

O interesse pelo bem morar e a popularização da atividade fez com que os profissionais passassem a atuar mais nessa área

Umasériedefatores tornou bem mais amplo o mercadode trabalhodearquitetos edecoradores.A televisão, por meio de programas, novelas e filmes, popularizou adecoração evalorizou obemmorar. Ograndenúmero de revistas especializadas e reportagens em jornais tornaram o tema assunto de conversas e,por fim,os próprios arquitetos passarama prestar mais atenção nesse nichode mercado,transformando-o num filão por eles encampado.

Oarquiteto PauloGalvão, donodo escritórioqueleva seu nome, acrescenta ainda que de uns anos para cá, as pessoas querem praticidade em suas casas, mas também morar melhor. Comoelas permanecemmais tempo em casa, em razão da violênciae daagitação dasgrandes cidades, querem transformar os espaços em ambientes agradáveis e aconchegantes.Esse,diz Paulo,que era considerado umprivilégio das pessoasde classe alta, passoua serdesejadopelas

pessoas commenos poder aquisitivo.

Desmistificado opapeldo profissional, as pessoas deixaram de ter medo de consultar oarquiteto ouo decorador. Inclusive, ressalta Paulo, porquesaimais barato do que comprar indiscriminadamente móveis e objetos. O projeto colocaaspeçasnos lugares certos. Não importa o tamanho da casa ou apartamento,sempre háumprojetoadequadoa serrealizado. Quantomenor oespaço, maior o desafio, ressalta o ar-

quiteto. Em relação à produção nacionalde móveise objetos de decoração, Paulo consideraque aindústria apercebeu-se da mudança no mercado, passandoa produzir mais e melhor. Sugestões – Os serviços de arquitetos ou decoradores é bastante variado,depende doprojeto aser realizado. Porém,Paulo ressaltaquese o cliente forneceo valor disponível,o profissionalfaz umtrabalho adequadoànecessidade. Oescritório de Paulo faz projetos residen-

Tratamento estético, uma nova forma de presentear os pais

Nada de gravatasou camisas, pai moderno ganha outrotipo de presente.Por exemplo, tratamentosem spas. Desde que o homem assumiu a vaidade, omercado ganhou novos produtos que facilitam oato depresentear.

O SlimSpa Moderno eo Spa LesBainsProvence criaram pacotes especiais para a ocasião. Combinando tratamentosestéticos com programas anti-estresse e de emagrecimento,atende-se ohomem urbano, que viveo agitado dia-a-dia da cidade.

NoSlimSpaUrbano, que possui duas unidades, uma na AcademiaCompetition, emSão Paulo,e a outraem SantoAndré,as atividades maisutilizadas pelos homens sãoa depilaçãodefinitiva(eliminação depêlosda barba,bigode,tóraxe cos-

NOTAS

Sorvete já vem com todas as misturas

Líder no mercado de sorvetes, a Kibon lança dois novos sabores da linha Delice: Cream &Rume Caramel Chocolate Chip. Oprimeiro combinasorvete nosaborde licor tipo rum, calda de chocolate e cookies de baunilha. O outro mistura sorvete de baunilha comcrocante de amendoim, sorvete de chocolate com calda de chocolate e cookies de chocolate. A linha Delice foicriada exatamente para atender o consumidorque gostademisturar aosorvetecoberturas eoutros ingredientes. Delicefoi criado em maio do ano passado e agora ofereceseisopçõesde sabor. O produto vem acondicionado em potestransparentes, com design moderno,que podem ser levados à mesa. (BA)

tas), massagenscorporais, limpeza depele emassagem facial e programação de emagrecimento. Para o Dia dos Pais a sugestão é ofather’s spa, um programa lightrelaxante, compostode limpezade pele, massagem, esfoliação e hidratação corporal, aocustodeR$125. Mais detalhes pelofones 3253-5839/3284-2754.

Clima de Provence – Com todaa sofisticação dessa região da França, o Spa Les Bains de Provence também criouum programaespecífico para pais executivos,que inclui banhorevitalizante, massagem shiatsu, máscara facial esfoliante e spa pedicure, ao preço de R$ 266. A realização dos tratamentostem duração de três horas. Outra opção incluimassagem corporal, máscara facial e terapia

Arcor quer mercado de cereal em barra

Anualmente, o mercadode barras de cereais movimenta mais de R$ 80 milhões e tornase cada vez mais competitivo, já que a disposição do consumidor por produtos saudáveis é crescente. A disputa vai acirrar-se a partir deagora, pois a Arcor, multinacional latinoamericana, ingressa no mercado com Cereal Mix, produto produzidona Argentina, que ela traz para o Brasil. As barrasCereal Mixchegam nossaboresclássico, chocolate, coco com cookies epêssego, contendo,emmédia, 80 calorias cada.Cereal Mix tem preçosugerido de R$0,70 abarra eR$1,89 o conjunto de três unidades. Com oproduto,a Arcorespera alcançar aterceira colocação no mercado de barras em apenas três anos. (BA)

capilarpor R$245emduas horas e meia de duração. Outras informações pelo fone 0800-171272.

P er f u me s – Algumas empresas criaram opções especialmente paraa data.Como a Mextra Cosméticos (fone 0800-216601),que oferece Davidoff Cool Water Man, fragrânciapara ohomemjovem e dinâmico, numa embalagem especial,incluindo umaftershave.O preço:R$ 144. A Greenwood (fone 0800-168055)tem duas opçõespara ohomemesportivo: FiorucciMare,num kit que junta eau de toilette e desodorante, ao custo de R$ 38; eo AquaNautilus emembalagens de 30 ml (R$ 70), 50 ml (R$ 115) e100ml(R$160). Ambos são na linha "cool water", águas frescas, umatendência atual. (BA)

Novas coberturas para sobremesas

Detentora da marca Queensberry, aKiviksMarknad lança uma linha de coberturas para sobremesas, incluindo sabores à base de frutas naturais, além dos tradicionais chocolate e caramelo. O produto podeser usado como cobertura de bolos, sorvetes e sobremesas, recheiosde tortase bolosoucalda paradoces, pudins, waffles e outros sobremesas.

As coberturasQueensberry sãoelaboradas compedaços de fruta,contendo, em média,35% do ingrediente. As de chocolatee caramelo são mais cremosas.Acondicionadas em embalagens de vidro, contendo230 g,estão disponíveis nos saboresmorango, framboesa, frutas silvestres, damasco, chocolate e caramelo. (BA)

ciaise comerciais.Dentrode uma tendência atual de as pessoas trabalharem em casa mesmo, o arquiteto dá o exemplodeum imóvel no Jardinspor ele transformado. Foram derrubadas paredes e abertos vãos. Localizado na entrada deuma vila, o sobrado não podia ter janela ou porta no piso inferior aberta para arua. Paulofez então vãos com vidro chumbado,para entradadeiluminação natural. Entradas independentes, para que escritório e residên-

cia ficassem isoladas. A escada interna de acessoao piso superior foi transferida para o fundo do imóvel, e a sala da frente transformou-se em escritório, com recepção, sala de espera, banheiro e sala de trabalho.No pisosuperior,o quarto enorme foi dividido em dois, o mesmo ocorrendo com o banheiro. Os quartos menores modificaram-se também: um virou suíte, integrando um dos banheiros; o outro foi desativado para abrigar a escada. No térreo, o halldeentradaganhou uma

porta em art nouveau. Outraidéia dePaulo relaciona-seaoquarto damenina, decorado assim que ela nasce.Quando elachegaà adolescência, éimportante criar um ambiente queela aprecie, pois é láque se isola, ouve música, estuda, navega na internet, enfim, é o seu refúgio.O arquitetocoloca móveis práticos, como mesa paracomputador, estante para vídeo, som, TV e livro e, geralmente, uma bicama, para aamiguinha que resolve dormirlá.Paulo optapelo clean,sem muitos detalhes, commateriaisclaros, como madeira marfim imperial, rádica imitando palhinha e gesso noteto paracolocação de iluminação indireta. Visual modernoecores fortese vibrantes. Às reminiscências da infância é destinada umavitrine de Barbies.

no qual a pessoa faz massagens relaxantes. Também pode-se optar por banhos revitalizantes e tratamentos estéticos, como limpeza de

Beth Andalaft
Antiga, a casa nos Jardins foi reformada e ganhou portas e vãos para iluminarO quarto da menina ganha estante, escrivaninha e uma vitrine de Barbies
Paulo Galvão Arquitetos –telefone 3081-6835 ser viço
Um dos ambientes do Spa Les Bains Provence,
pele e hidratação corporal

Analistas duvidam da

disposição do FMI de voltar a ajudar o País

Ceticismo é o sentimento que domina os analistas internacionais em relação à viagemdamissão brasileira, chefiada por Amaury Bier (da Fazenda)e IlanGoldfajn(do Banco Central), que chegará a Washington hoje. "Dadas as recentes declarações do Tesouro americano e o incidente diplomático (areação do governobrasileiroaos comentários de Paul O´Neill), uma nova assistênciafinanceira ao Brasil parece duvidosa", afirmou o diretor de pesquisa econômica da BCP Securities, WalterMolano.

no brasileiro deveriaagir enquanto dispõe de uma grande quantia de reservas internacionais, um sólido setorprivado e algum acesso ao mercado de capitais internacionalparaimplementar uma reestruturação "de forma tranqüila"de suasdívidasinterna e externa."Senão, acabará como a Argentina", alertou ele.

Para a BCP

Securities, "uma nova assistência financeira ao Brasil parece duvidosa no momento" .

"Além disso, um pacote de ajuda financeira deUS$ 10 bilhões não iria mudar o resultado final no Brasil.OPaís precisadeUS$ 50bilhõesa US$70 bilhões em financiamento adicional parareestruturar adívidainternae convertê-la emobrigaçõesdelongo prazo", acrescentou o analista.

Infelizmente, ressaltou Molano,as instituiçõesmultilaterais não dispõem de tais recursos para ajudar o Brasil. "O País não é prioridade para o G-7(grupodepaísesmais industrializados). Portanto, j á é hora de o Brasil jogar a toalha e aprender as lições da Argentina", afirmou.

Segundo Molano, o gover-

El eiç ões –Parao economista paramercadosemergentes do bancoHSBC, David Lubin, a disparada da cotação do dólar ontem é um reflexo do sentimentodo mercadode queserá extrem amente difícil para o Fundo Monetário Internacional (FMI)conseguir um novo pacote financeirode credibilidade para o Brasil durante uma campanha presidencial, particularmentedevido àrelutância de Lula e CiroGomes em assinar um programa do FMIantes deserem eleitos.

"Por um lado, é difícil crer queo Brasilficaráde mãos vazias por muito tempo. Mas, poroutrolado,ainda continuaquase impossível ver como Washington poderá ajudaro Brasil sem um acordo com todos os candidatos às eleições presidenciais". (AE)

Peso colombiano fecha com recorde de baixa

O peso colombiano fechou ontempelasexta vezconsecutivaem nívelrecorde de baixa frenteao dólar.O peso fechoua 2.645,00 pordólar, com queda de 1,6% em relação aos 2.601,70 por dólar do fechamento de segunda-feira. Ao longo do dia, o peso oscilou entre 2.565,20 e 2.655,00 pesos por dólar. A cotação média de hoje foi de 2.623,72 pesos por dólar; nela v ai se basear a Taxa Representativa do Mercado (TRM) para hoje.O volumealcançou US$ 465,3 milhões. O regime cambialcolombiano é de livre flutuação , mas um mecanismode controle da volatilidade prevê queo Banco Central venda opções de comprade dólares sempre que a TRM supere em 4% a média dos20 dias anteriores.Na segunda-feira, o BC ofereceu US$ 180 milhões em opçõesde comprade dólares eosbancosexerceram opções de compra de US$ 117 milhões.Onível paraaTRM de quarta-feira que servirá de

Menor preço pelo mesmo espaço, só no DC

Apenas R$ 36,00 cm/coluna* Maior cobertura pelo menor preço *válido para publicidade comercial

Para aplacar a crise, EUA declaram apoio ao Brasil

A Casa Branca, buscando resolver uma crise diplomática causada pelosecretário do Tesouro norte-americano, Paul O’Neill, afirmou ontem que apóia a ajuda internacional ao Brasil e que tem "grande confiança" naequipe econômicado País."OBrasilé um importanteamigo ealiado, e o presidente e sua administração têm grande confiança noBrasil eemsua equipe econômica", disse o porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer, numa tentativa de reconciliação com o Brasil (veja a reação domercado financeiro na página 7).

O’Neillenfureceu ogoverno brasileiro no domingo quando disse que sua visita à América Latina, prevista para a próxima semana, não tinha o objetivode trazerpromessas de nova ajuda internacional. Eletambém insinuou que qualquer ajuda ao Brasil poderia acabar em uma conta na Suíça se políticas sólidas não estiverem em prática. Os comentários do secretário do Tesouro contribuíram para aumentar o nervosismo nos mercados financeiros, enquanto os investidores, ansiosospelaassinatura de um novo acordo, decepcio-

naram-se com aperspectiva de demora do empréstimo.

O presidente Fernando Henrique Cardoso protestou na segunda-feira e pediu uma retratação do governo americano a respeito dos comentários de O’Neill.

Segundo aassessoriado ministro das RelaçõesExteriores, o ministro Celso Lafer disse à embaixadora americana Donna Hrinak na segunda-feira à tarde que as declaraçõesdeO’Neill causaram "extremo mal estar e uma repercussão negativa na àrea governamental epolítica, para opúblico epara o

mercadobrasileiro". Fleischer não quiscomentar a retratação, mas fez questão de deixar claro queos comentários de O’Neill não refletem a posição do presidente George W. Bush. "OBrasil demonstrou sua habilidade para usar aassistência monetáriainternacionaldeforma efetiva,eeles têm políticaseconômicas fortesem curso",disse."Os EUA continuarão apoiando a ajuda financeirainternacionalao Brasil.Essaé aposição do presidente e a posição da administração,incluindo o secretário, é claro". (Reuters)

Tesouro retifica declaração de O’Neill

gatilho para um novo leilão de opções está em 2.617,21 pesos por dólar. Sobre o movimento do mercado ontem, um trader disse que"aparentemente, houve uma grande de manda por dólares por parte de instituições o f fs h o r e . Também houve preocupação pela queda do real no Brasile pela queda dos preços dos bônus colombianos". (Reuters)

Comunicados

O secretário do Tesouro dosEstados Unidos, Paul O´Neill, referia-seao problemadefuga decapitais,particularmente agudo na Argentina e no Uruguai nos últimos meses, e não ao Brasil, ao manifestar sua preocupação de quecréditos deorganismos multilateraisaospaíses do Cone Sul acabemna Suíça. "O Brasil demonstrou sua capacidade de usar deforma eficaz aassistência (internacional)", afirmou Michele Davis,secretáriaadjunta do Tesouro para Informação Pública, emdeclaraçõesao jornal Washington Post "Apoiamos as conversações(dos brasileiros)com o FundoMonetário Internacional (FMI)", afirmou Davis,referindo-seàs negociaçõesque o secretário-executivo doministério daFazenda, Amaury Bier,iniciará hoje com o Fundo.

E x ag e r o s – A secretária disse que O´Neill nunca teve a intenção defazer "qualquer tipo de inferência sobre corrupção ou algo do tipo". Seuscomentários "foram puramente sobre a eficácia da ajuda para fortalecer o sistema bancário (...), que devem viracompanhadode

Argentina diz compreender as afirmações do secretário

"Nem duro, nem agressivo". Esta foi a definição do governo argentino sobre as declarações do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Paul O’Neill. ACasa Rosadafoi cuidadosapara não irritar o governoamericano.Em Buenos Aires,ninguémemitiu uma exigência de desculpas a Washington. Ochefedo gabinetedeministros, AlfredoAtanasof, não demonstrou indignação. Com

políticas que aumentam a probabilidade deo dinheiro permanecer no sistema bancário".

seu costumeiro tom monocórdio, tentou explicar as declarações colocando a culpa na imprensa sobre apéssimaimagem da Argentina no Exterior, como antro da corrupção: "O’Neill não foi nem duro nem agressivo.Ele só está falando isso pelas coisas que lê nos jornais". Atanasof até tentou brincar: "O’Neillpode ficartranqüilo, que odinheironão irápara conta alguma na Suíça". (AE)

Numa clarademonstração de que o atual secretário do Tesouro não compreende ou não se importa com o impacto de sua palavras, Davis disse que os mercados exageram em sua interpretaçãodos comentários de O´Neill. "A pergunta foi se ele estava levando dinheiro novo na visita que faráàAméricaLatina (na próxima semana)". O´Neill

respondeu: "Não, não, não", o que levou o mercado a concluir que ele voltara à posição que manifestou em junho, de refutaruma novaajudado FMI ao Brasil.

Repe tição –A retificação veio após um protesto formal e público do governo brasileiro contraa desastrada declaração,que provocouuma queda de5% doreal onteme apressou adecisão dasautoridades brasileiras de pedir novamente socorro ao FMI. Esta é asegundavez que O´Neill contribui para a agravar asituação financeirabrasileira. Nofinal dejunho, ele disseque não apoiaria nova ajuda do FMIao Brasil "porque o problema do País é político e não econômico". Diante de telefonemas irados de Brasília, O´Neill retificou a declaração e manifestou "apoio total ao Brasil". (AE)

e Hora: Na sede da Companhia, na Av. Paulista nº 1938 - 8º andar, São Paulo - SP, às 10:00 horas do dia 15 de julho de 2002. Presença: Acionistas em número legal, conforme assinaturas lançadas no Livro de Presença. Convocação: Por editais divulgados pelo Diário Oficial do Estado de São Paulo e Diário do Comércio nos dias 06, 09 e 11.07.2002 (págs. 07, 05 e 10) e (págs. 12, 07 e 05) respectivamente. Mesa: Presidente - Paulo Setubal-Neto, Secretário - Raul Penteado de Oliveira Neto. Deliberações: Foram discutidas e aprovadas pelos acionistas presentes, as seguintes matérias: a) Verificação e homologação do aumento do capital social para R$ 293.708.505,96 (duzentos e noventa e três milhões, setecentos e oito mil, quinhentos e cinco reais, noventa e seis centavos), conforme deliberado pela Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária de 30 de abril de 2002, mediante a emissão de 343.458 (trezentas e quarenta e três mil, quatrocentas e cinquenta e oito) ações ordinárias e preferenciais, as quais foram totalmente integralizadas, com obediência às formalidades legais. b) Reforma estatutária consistente na alteração do “caput” do artigo 3º, mantidos os demais itens, que passará a ter a seguinte redação: “Art. 3ºCAPITAL AUTORIZADO E AÇÕES - O capital autorizado é de R$ 500.000.000,00 (quinhentos milhões de reais) representado por até 10.000.000 (dez milhões) de ações nominativas, sem valor nominal, sendo 4.000.000 (quatro milhões) ordinárias e 6.000.000 (seis milhões) preferenciais. O capital subscrito é de R$ 293.708.505,96 (duzentos e noventa e três milhões, setecentos e oito mil, quinhentos e cinco reais, noventa e seis centavos), dividido em 5.277.505 (cinco milhões, duzentas e setenta e sete mil, quinhentas e cinco) ações nominativas, sem valor nominal, sendo 2.029.109 (dois milhões, vinte e nove mil, cento e nove) ordinárias e 3.248.396 (três milhões, duzentos e quarenta e oito mil, trezentas e noventa

IGP-M registra, em julho, maior inflação desde 2000

O Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), fechou em 1,95% em julho, a maior taxadesde agostode 2000. No atacado, o dólar foi o vilão da alta. No varejo, a maior pressão veio das tarifas administradas. Apesardo avanço da moeda americana, os repassesaoconsumidor estão sendo graduais, porque encontram uma espécie de barreira,formada pelodesaquecimento da atividade econômicae pelaquedada renda do trabalhador.

Segundo o coordenador de análises econômicas da FGV, Salomão Quadros, em julho ocorreu uma aceleração ge-

neralizada dainflação. Na maiorpartedosgrupos pesquisados, os aumentos foram superiores aos de junho, fora os segmentos de alimentação eeducação.O ÍndicedePreços por Atacado (IPA) passou de 2,31%, em junho, para 2,66%,nestemês, eoÍndice de Preços ao Consumidor (IPC) foide0,39%para 0,90%.Ambos fazemparte da composição do IGP-M. O economista explicou que ospicos doIGP-M sãogeralmente motivados pelo avanço dos preços no atacado, onde a influência da variação do câmbio émais intensa.Dentre astrês maiorescontribuições no IPA, duas estão liga-

dasaodólar: opreçodasoja aumentou 13,18% eo do trigo, 18,46%. Avariaçãode preço dos ovos foi de 11,39% e doóleo diesel de4,35%. O repasseintegral dodólar,do atacado para o varejo, tem sido pouco verificado, disse ele. Um caso típico, contudo, foido óleodesoja, queavançou14,68%no atacadoe 9,46% no varejo. Ta rifa s –Novarejo, as principaispressões inflacionárias aoconsumidor foram das tarifas de telefones (variação de9,45%),eletricidade residencial(2,79%) eplano de saúde(3,23%). Partedestes índices acabam sendo indiretamente transferidos pe-

locomércio aospreçosfinais de produtos. Daqui para frente, o dólar deveráditaro ritmodainflação,principalmente no atacado, mas comreflexosno varejo. "O IPCvai ser menos influenciado pelas tarifase preços administrados, mas haverá a continuidade do repasse gradual da alta do câmbio", afirmouQuadros,que preferiu não fazer previsões porcontada volatilidade do dólar.Noano, oIGP-Mtem altade5,50% e, nosúltimos 12 meses, de 9,99%. O Índice Nacional daConstrução Civil(INCC),que também compõem o IGP-M, foi de 0,63% em julho. (AE)

Venda de aço cai só 1,3% no semestre

Mesmocom acriseinternacional do setor siderúrgico, quatro empresas da área continuam figurandona listadas 40 maiores exportadoras brasileiras, divulgada pelo Ministério de Desenvolvimento.

A Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST), a Confab Industrial, a CompanhiaSiderúrgica Nacional (CSN)ea Açominas exportaramjuntas US$ 614,2 milhões de janeiro a junho, um volume 1,35% inferior ao registradoem igual período de 2001. No mês de junho, porém, a queda foi mais expressiva: o recuo das vendas externas das quatro empresasatingiu

37,3%, em parte por conta dasmedidas protecionistas adotadas pelos Estados Unidos.

A CST, nona maior exportadorado Paíse primeirano rankingdas siderúrgicas,obteve uma receita de US$ 264,6 milhões,resultado 14,5%inferior aoobservado emigual período de 2001. Os US$125,9milhões exportados de janeiroa junho garantiram à Confab a segunda colocação entre as maiores exportadoras de produtos siderúrgicos. A companhia, queaté omêspassado se mantinha na quartacolocação, expandiu em 59,4% as

vendas no mercado externo. Osembarques daCompanhia Siderúrgica Nacional (CSN) totalizaram US$ 118,9 milhões, volume que, embora 6,3% inferior ao registrado no primeiro semestre de 2001, garantiu à empresa a manutençãodoterceiro lugar entre as maiores exportadorasdo setor.As vendasexternas da companhia atingiram US$ 14,2 milhões em junho,o que representauma queda de 54,7% se comparado com igual mês do ano passado.

A companhia, que exporta principalmente placas, tem no Acordode Livre Comér-

BOLSA ELETRÔNICA DE COMPRAS

cio da América do Norte (Nafta) seuprincipal mercado,parao qualdestina38% das vendas externas.

A expectativa é de que a fusãocom aanglo-holandesa Corusvenhaa ampliarapenetração dosprodutos da CSN no mercado externo, especialmente nocontinente europeu.

A Açominas,que emmaio figurava como segunda maior exportadora do setor siderúrgico, caiu para a quarta colocaçãono acumulado até junho, com US$ 104,8 milhões, resultado 2,3% inferior ao dos seis primeiros meses de 2001. (AE)

Encontram-se abertas na Bolsa Eletrônica de Compras, do Governo do Estado de São Paulo, as seguintes Ofertas de Compras: Dispensa de LicitaçãoInicioCidadeNatureza da Despesa 090121000012002OC000447/8/2002ASSISGENEROS ALIMENTICIOS 180242000012002OC000567/8/2002AR AR AQUAR A/SPGENEROS ALIMENTICIOS 090121000012002OC000437/8/2002ASSISGENEROS ALIMENTICIOS 090121000012002OC000457/8/2002ASSISGENEROS ALIMENTICIOS 090121000012002OC000467/8/2002ASSISGENEROS ALIMENTICIOS 090121000012002OC000477/8/2002ASSISGENEROS ALIMENTICIOS 090121000012002OC000487/8/2002ASSISGENEROS ALIMENTICIOS 200151000012002OC001127/8/2002CAMPINAS S.PMAT.DE ESCRIT.PAPEIS EM GERAL E IMPRESSOS 380152000012002OC000217/8/2002CASA BRANCA - SAO PAULOOUTROS MATERIAIS DE CONSUMO

EM GERAL E IMPRESSOS

DE

PAULOSUPRIMENTO DE INFORMATICA 080348000012002OC000067/8/2002VOTOR ANTIMOUTROS MATERIAIS DE CONSUMO Co nv i teInicioCi d a

Alta do dólar pode elevar

As indústriasfarmacêutica edeeletroeletrônicosjá começam a reclamar dos efeitos da desvalorização do real nos preçosde seusprodutos. Eas empresas dosetor elétrico poderão solicitar um reajuste extraordinário de tarifas, caso odólar permaneçaem patamares elevados nos próximos dois meses.

Segundo a Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma), em junho, ospreços dosremédios jáestavam defasados em 7%.Segundo a entidade, que defende o reajuste dos valores, esses 7% nãoembutemaaltaexpressiva dodólar nosúltimos dias quando as cotações ultrapassaram os R$ 3.

A Febrafarmasolicitou à Câmara de Medicamentos (Camed),em junho, umaumento de7%, que nãofoi aceito pelo governo. Os reajustesdepreços dosmedicamentosno Brasilsãocontrolados pelo governo e vêm sendoconcedidos apenas uma vez por ano.Os preçosestão congelados desde o último reajuste autorizado pelo governo, de 4,32%, em janeiro.

Nos primeiros dias de agosto, os representantes da Febrafarma deverão se reunir para recalcular as perdas e definirumnovo percentualde reajuste a ser encaminhado à Camed – o último pedido, de 7%,foi calculadocombase numacotação médiamensal do dólar a R$ 2,65. A entidade afirmaquea produçãode medicamentos depende em 80% de insumos importados, que são cotados em dólar. Oprofessor deeconomia da USPe coordenador-adjunto doÍndice dePreços ao Consumidor daFipe (IPCFipe),Juarez Rizzieri,reconheceque aindústriafarmacêutica é uma das mais afetadaspelaescaladado dólar. "As empresasdeste setorpoderão desrespeitar o congelamento, a partirdo momento em que não conseguirem segurar a pressão dos custos dos insumos internacionais".

Eletrônicos – O presidente da AssociaçãoNacional dos Fabricantes deProdutos Eletroeletrônicos (Eletros), Paulo Saab, disseontem que os preçosde produtoseletroeletrônicos poderão subir com a alta do dólar.

Saab destaca que, dependendo da linhade produtos, orepassedos custospodeser maioraopreço finalaoconsumidor. Elecitacomo exemplo produtos como TVs acima de 29 polegadas, que possuemcircuitos internos

Saída é exportar "o que puder", avalia Ermírio

O empresário Antonio Ermírio deMoraes, presidente do Conselhode Administração da holding do Grupo Votorantim, disse ontem que, "com o realdesvalorizado, o exportador precisa correr e colocar noexterior quepuder".

"Acredito que a economia internamente está sobcontroleno quesitoinflaçãoe entendo quea desvalorização do real não será um fator preponderante para quese tenha um crescimento acentuado dospreços".Paraele, "aeconomiapassa porum processo de afrouxamento, por isso temos de exportar mais e quemdepende de créditos deve tomar cuidado para não se endividar".

Ao analisar a economia de formageral, oempresário disse que "nãohá indicativo algum de que venhamos a teruma catástrofepelafrente". E acrescentou: "Creio que este momento atual é transitório. OPaís deveráfechar o anoainda comumpequeno crescimento". (AE)

importados."Nas TVsacima de29polegadas, 85%da composição doprodutodepende da importação de matéria-prima.Nestes produtos, nossamargemdelucro está praticamente azero". Outrosprodutos maissensíveisà disparadado dólarsão DVDs e videocassetes, segundo o presidente da Eletros. Elétricas – As empresas do setor elétrico também poderãopedirum reajuste extraordinário detarifas. Segundo o analista da corretora BBA,MarcosSeverine, se o câmbio permanecer nesse patamar de R$ 3nos próximos60 dias,as empresasvão apresentar uma "queda de margem expressiva" e poderão alegar desequilíbrio econômico efinanceiro parasolicitar o reajusteà Aneel, como prevêo contratode concessão. MasSeverinelembra que esse reajuste, se concedido extraordinariamente,será consideradouma antecipação a ser descontada na próximadata-base deaumentode tarifas das empresas. Segundo o analista,as empresasdosetor vãosofrer tambémos impactossobreo endividamento emdólar,já queamaiorparte nãotem proteção integral dos débitos ( vejaoutrasinformações n a coluna deJoel Guimarães,na página 9). (AE)

Siscomex não está ideal,

mas já agiliza comércio

A implantação do Sistema de Comércio Exterior (Siscomex),se nãoatingiuonível ideal, ao menos, agilizouas operaçõesnos últimos anos.

A constatação édo consultor deempresase executivoda área internacional, Gilberto Kfouri,durante o seminário Operações FinanceirasInteranacionais, promovido ontempela AssociaçãoComercial de São Paulo.

Para Kfouri, o Siscome x praticamente extinguiu o uso depapel nas transaçõesde importação e exportação. Antes,disse oexecutivo, a burocracia dessasoperações erademoradae despendi a mais tempo que hoje. "Foi um avanço, mas aindaest á longe de ser o ideal", finalizou Kfouri.

Ricardo Ribas

Prefeitura muda sistema de transporte

O projeto, que começa a funcionar em julho de 2003, terá tarifa única e dividirá os coletivos em linhas locais e estruturais

O secretário municipal dos Transportes,Carlos Zarattini, anunciou ontem o funcionamento do novo sistema de transporte coletivo da cidade de São Paulo. A previsão é de que as novas operaçõescomecem emjulhode 2003, após três processosde licitações. O primeiro deles, que deve ser concluído em dezembro desteano,éparaa implantação, operação e manutençãode terminaise transferências.Os outrossão para transporte de passageiros em subsistemas estruturalelocal, com previsão de encerramento das licitações emfevereiroe em junhode 2003, respectivamente.

As 1.576linhasdetransporte coletivo serão divididas emdoissubsistemas. Nolocal, onde deverão circular 6 mil miniônibus e microônibus, haverá licitaçãopara 10 lotesde áreascompermissão deuso porsete anos,renováveis por mais três. As linhas irão circular apenas nos bairros.Oobjetivo émelhoraro atendimentonas viagens curtas e fortaleceros centros comerciais de cada região.

Jáo subsistemaestrutural será composto por nove lotes, com concessão de uso por 10 anos,renováveis pormais cinco. As linhas desse sistema serão compostas por veículos maiores, como os ônibus convencionais e os articulados,quefarão aligaçãoentre os bairros eo centro, através das grandes avenidas. O objetivoéatenderas demandas mais altas de transporte. Arrecadação – Segundo o secretário, astarifas serãodiferenciadas nos dois subsistemas. "Quemfor utilizarape-

nas o local pagará um valor menor que a passagemde ônibus atual.Já quemfizer a integração terá um preço equivalente aoatual", disse Zarattini. Para fazeratransferência entre as linhas, o passageiro utilizarácartão magnético e o pagamento será pelo sistema de tarifa única. Aadministração eadistribuição da verba entre as empresas que farãoparte do sistemaseráfeita porumaempresa financeira, que será criadaa partir de uma cisão daSPTrans. Também será instaurada uma autarquia reguladora, que fará a fiscalização do sistema e a arbitragem de possíveis conflitos entre as empresas.A SPTrans continua com suas funções atuais. Garantias – Apesar das grandes mudanças no sistemade transportecoletivoda cidade, o secretário garantiu que não haverá redução da frotaatual oudiminuiçãode empregados. "Ao contrário, o número de empregados por ônibusdeve aumentar,uma vez que os veículos serão mais utilizados", disse. Segundo Zarattini, o nú-

mero total de funcionários dosistema devesubir dos atuais41,5milpara45 mil. Ele também defendeu as alteraçõesnosistema comoa única forma de evitar um colapso geral nos transportes em São Paulo e atacou as empresas de ônibus que consideram o projeto inviável. "O

Impasse

sistemaatualestá completamente falido. Nossonovo projeto não sóé viável como também énecessário para a cidade."

Atualmentehá aproximadamente 9 mil ônibus e cerca de5,8 mil lotações regularizadas em circulação em São Paulo. Por dia, são feitas, em

média,5,7 milhõesdeviagens. A cidadetem, hoje, 134 quilômetros de linhas de trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), 50 quilômetros de Metrôe39quilômetros de corredores de ônibus.

Estela Cangerana

entre empresas e Secretaria emperra contrato de emergência

Namanhã de ontem, enquanto o secretário municipal dos Transportes anunciava as regras delicitação e o funcionamento donovo sistema de transporte coletivo da cidade, os empresários da Transurb(sindicato do setor) se reuniam para discutir se assinavam ou não o contrato emergencial com a Prefeitura.Oprazo finalparaa assinatura dodocumento venceu ontem.Oencontro, que começou às 11h30, ainda não havia acabado até o início da noite de ontem.

Além dediscutir sefariam ou não uma nova proposta ao

Acidente mata seis na via Anhangüera

Seis pessoas morreram e 17 ficaramferidasem umacidente na altura do km 437 da Rodovia Anhagüera. O ônibus da empresa F.B. Transportes e Turismo Ltda, que saiu do Brás, região central da capitalpaulista, comdestino à cidade de Brasília (DF), bateuna traseirade umcaminhão que transportava canade-açúcar.

Oacidenteaconteceu no início da madrugada de ontem,na pistasentidocapitalinteriorda RodoviaAnhangüera,no municípiodeAramina, região deFranca, interior do estado de São Paulo, quase nadivisa como estado de Minas Gerais, a 439 km da cidade de São Paulo.

O ônibus voltava para Brasília com sacoleiros que fo-

ram a São Paulo para comprarroupas. Quandoocoletivo tentou ultrapassar um caminhão carregado com cana, ocorreu a colisão.

Os passageiros foram arremessadospara frente, junto com os bancos.Alguns objetos foram parar a mais de 100 metros do local.

De acordo com informações depoliciaisrodoviários do 2º Pelotão da 4ª Companhia do 3º Batalhão, seis pessoas,sendotrês senhoras, uma criançaedoishomens, morreram no local.

Outras 17 pessoasforam encaminhadas paraa Santa Casa de Ituverava, Santa Casa de IgarapavaeHospitalSão Jorge,emItuverava. Cinco pessoas foram levadas para os hospitais em estado grave. O

caso está sendo registrado no Distrito Policialde Aramina. O trecho da Rodovia Anhanguera onde ocorreu o acidenteé administradopela concessionária Via Norte. Trens– Emmenosde 24 horas, duas pessoasmorreram atropeladas e uma ficou ferida em linhas de trem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Umtrem, queviajavasentido Guaianases, naLinha E da CPTM, atropelou um homem, namanhã deontem, entre as estações das cidades de Ferrazde Vasconcelos e Poá, Grande São Paulo. O homem, que não portava documentos, andavapela via. Segundoomaquinista da composição,a vítima se jo-

A história daessência e do perfume na cosmética brasileira, curiosidades e processo de fabricação foram temas da palestra de Jean Luc Morineau, que é especialista no assunto e perfumista profissional, na DistritalSantanada Associação Comercial. Mais de 40empresários, moradores da região e associados da entidade participaram doevento, quefoi coordenado pelodiretor-superintendenteda DistritalSantana, Carlos de Lena.

Colabore com a Santa Casa de Misericórdia

Conselho da Mulher Empresária, da Associação Comercial de São Paulo, está promovendo uma campanha em prol da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. O CME solicita a todos que contribuam para que a Santa Casa possa continuar atendendo a milhares de pacientes carentes. As pessoas jurídicas e físicas poderão colaborar fazendo depósitos no BradescoAgência 99-0 C/C 296.666-2 - Associação Comercial de São Paulo. A relação dos contribuintes será publicada neste jornal.

gou na frente do trem e morreu na hora.

Umrapaz e umaadolescente de 15anos também foram atropeladosentreasestações de tremAntonio GianettiNetoeGuaianases, da Linha E da CPTM. O homem morreu na hora e a adolescente foi atendidacomferimentos graves pelo Corpo de Bombeirose encaminhada para opronto-socorro do Hospital Guaianases. De acordo com a assessoria de imprensa da CPTM, os atropelamentos são comuns nas vias, já que há muitas famíliasmoramnas proximidades das estações e os pedestresagem comimprudência atravessando os trilhos a pé.

Dora Carvalho

secretário Zarattini, os respresentantes da Transurb também tentavamencontrar uma forma deimpedir que a Prefeitura tome das empresas o controle das frotas que operam na cidade. A medida, que é considerada legal, seria tomada pelo governo já na próxima quinta-feira para garantir apermanência doserviço que é considerado essencial para o município.

Queixa– O contrato de emergência do transporte coletivo de passageiros tem a duração de seis meses e já traz algumas alterações de acordo como novo sistema que a

Prefeitura implantará no próximo ano. A principal queixa das empresas é que, pelo documento, 35%do repasse de verbas do governo seriam feitos a partir do custo dos ônibus e os outros 65% pelo número de passageiros transportados. Os empresários alegam que essas exigências tornam o contrato inviável financeiramentee impossívelde ser cumprido. Já parao secretário Zarattini, " o novo contratosó nãoagrada àquelesque não estãocomprometidos com a melhoria do sistema de transporte de ônibus." (EC)

O Conselho da Mulher Empresária (CME) da Distrital Santo Amaro fez a doação de dez mil peças de agasalho para 12 entidades de assistênciasocialda região.Foram beneficiadas famílias,crianças e idosos. A entrega dos agasalhos foi feita pela coordenadora do CME de SantoAmaro, Rosa Simei Bruno, pelo diretor-

Distrital Mooca promove palestra com ex-ministro

A Distrital Mooca da Associação Comercial de São Paulo promoveu a palestra PolíticadeGeração deEmpregoe Renda, com o ex-ministro do Trabalho e presidente do TribunalSuperior doTrabalho, Almir Pazzianotto.

agenda

Hoje

Projeto Soluções– O vice-presidente daAssociação Comercial Carlos R.P. Monteiroparticipa daentrega solene dos prêmios do "Projeto Soluções", realizadopeloCiee epelojornal SPTVdaTVGlobo. Às 11h30,na TVGlobo,rua Dr. Chucri Zaidan, 46. Cioi – Reunião-almoço da Câmara Intersetorial de Operações Internacionais (Cioi),coordenada pelovice-presidenteRenato Abu-

Mais de 80empresários convidados, moradores, conselheirose associados da entidade participaram do evento. O debatefoi coordenado pelo diretor-superintendente daDistrital Mooca, Antonio Vico Mañas.

cham, com palestra do vicepresidentecorporativo da MarcopoloS/A, JoséAntonio Fernandes Martins, sobreO Case Marcopolo , comentários sobre o comércio exterior brasileiro, Mercosul, acordo automotivo e erros cometidos pelas empresas exportadoras. Às 12h, na rua Boa Vista, 51/12º andar, no Espaço Nobre de Recepções e Eventos. Constitucionalista – O diretor-superintendente da Distrital Centro, Roberto

superintendente, Alfredo Bruno Júnior e pela coordenadora dos assuntos filantrópicos da Associação, Maria de LourdesVergueiro, coma participação derepresentantes dasentidades filantrópicas. Boa parte das doações para aCampanhadoAgasalho 2002 foram feitas com a colaboração do Carrefour do bairro de Pinheiros.

acontece nas distritais

Hoje Ipiranga – Reuniãodadiretoria da distrital, às 19h30. Vila Maria – Reuniãoda diretoria da distrital, às 19h30.

Quinta Santana –Reunião da diretoria da distrital, às 19h45.

Mateus Ordine, participa da comemoraçãopelos 70 anos da Revolução Constitucionalista, promovida pelo Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Às 16h, naruaBenjamin Constant, 158/1º andar. Quinta P a l e st r a s – Reunião da comissão organizadora do ciclo de palestras sobre temas relacionados àsaúde. Às 10h, na sede da entidade, na rua Boa Vista, 51/11º andar, sala Abílio Borin.

Distrital Santo Amaro
Luciana Sampaio/N-Imagens

Bolso Furado

A escalada do dólar, que vem enchendo as burras dos especuladores, jácomeçaa afetar obolsodoconsumidor. Éque a indústria,o comércio e até o setor de serviçosestão repassando parte da alta da moeda do Tio Sam parao preçode algunsprodutos,inclusiveos da cesta básica. Éocaso,porexemplo, do trigo e seus derivados e do óleo de soja.

De acordo com a Associação das Indústrias de Massas Alimentícias (Abima),o quilo do macarrão, que no mês passado aumentou 10%, pode chegar ao final de agosto com reajuste acumuladode25%. Vale lembrar que o consumidor está pagando R$ 0,25 pelo pão francês,contra osR$0,15que pagava emabril.Causas:o aumentoexpressivoda tonelada do trigono mercado internacional,a pressãodo câmbioe acriseArgentina, principal fornecedora de trigo para o Brasil.

Como reajuste quea indústria de massas alimentícias promoveu no mês passado, cada região do País viu-se obrigada aadaptar seuspreços médios, para manter a heterogeneidade do setor. "Estamos sofrendo uma forte pressão dos moinhos e sendo

obrigadosa pagar uma farinha 40% a 50% mais cara, em curtoprazo", conta opresidente da Abima, Aluísio Quintanilha deBarros.Dependentedotrigo importado, a situaçãodas indústrias de massas alimentícias tende ase agravar.Um exemplo:o preçoda saca defarinhade trigosubiu deR$33 paraR$ 52. Isso vai obrigarnovamente aindústria arepassar custos,o quevai acabarafetando obolso, já furado,do consumidor final.

Tanto nos derivados do trigo como em outros produtos cotadosemdólar,os aumentos sónãoforam maiores porque, segundo economistas, a indústriae o comércio estão segurando seus preços ao máximo. Estes setores sabem que, com o poder de compra reduzido em até 30%, o consumidor não terá como absorver grandes reajustes. Empresários lembram ainda que, além dos custos dos insumos em dólar, a alta nas tarifas de energia, combustíveis e telefonia, também atreladas à moeda norte-americana, contribuíram para a forte redução (15% em média), nos últimos três meses, nas margens delucro daindústria e do comércio.

Despencou geral

Ontem àtarde, quandoo dólar chegouasercotadoa R$ 3,30,economistas disseram que,mesmo comos setores produtivossegurando aomáximoo reajustede preços ao consumidor, entre 15%a17% daaltadodólar serefletirá na inflação.Ou seja, se o dólar continuar no patamardeR$3,a inflação pode cresceraté3,5 pontos percentuais noacumulado de 12 meses. Os economistas jáprojetampara2002 uma inflação superior ao teto má-

a

Canais afetados

AConfederação NacionaldaIndústria(CNI) entendeque aturbulência no mercado financeiro pode afetar a economia real por dois canais. Por um lado, encarece ocrédito parapessoas físicas eempresas,o quereduz,como jáestáacontecendo,a disponibilidade de recursos para o consumo e investimento. O risco

Brasil baliza o custo dos empréstimos externosparaas empresas brasileiras enquanto as taxas de jurosno mercadofuturo determinam o custo de captação dos bancos.

Confiança minada

Asestrepoliasdo mercadofinanceiro já aumentaram as taxas de empréstimos para pessoasfísicase paraasempresas brasileiras tanto no mercado externo quanto no mercado interno. Além de encarecer o crédito, a turbulência que estamos vivendo podeminar aconfiança

Mueller passa a fabricar fogões em Santa Catarina

A catarinense Mueller, fabricantedemáquinasde lavar semi-automáticase fornos elétricos, está investindo na produçãodefogões para ganhar espaço no mercado nacional. A empresa criou umaunidade denegóciosespecífica paraosegmento, empregando a soma de R$ 20 milhões no novo projeto.

A atual produção de fogões da Muelleré de 7mil unidadesmensaisfabricadas, número quedevechegara15 mil peçaspor mês atéo final do ano. O lançamento do produto no País começou pelo Sul, devendo chegar às regiões Centro-Oeste eNor-

deste nos próximosmeses. O mercado doSudesteserá atendido até dezembro. Além das vendas nacionais, a Mueller está exportando 15% daprodução defogões. O desempenhoestá relacionadoaocâmbio favoráveleà aceitação dos itens em mercados como a África e a América Latina. A expectativa é de chegara 30%dacomercialização das peçaspara o Exterior até o final de 2003. Mar keti ng –Os investimentos da empresa para divulgar osfogõesentramno orçamento geral de marketingparaesteano: R$1milhão."Onosso focoéomesmo das máquinas semi-automáticas: investirnosconsumidores das classes B, C e D", explica odiretor superintendente daUnidade deFogões da Mueller, Rodrigo Kniest. Design – Segundo Kniest, os novos produtos devem ser oferecidos num preço médio de R$ 180 para o modelo com quatro bocas. "Estamos R$ 10 acima dos preços mínimos de mercado.O desafioé sedestacar por detalhes no design e desempenho do produto em relação à média do mercado", afirma o diretor.

A Muellerpretendechamar aatenção dosseus clien-

tesapartir decaracterísticas comoa colocaçãode açoesmaltado ao invés de alumínio nos queimadores de mesa ou o fornode alto rendimento, por exemplo. "São característicasque os consumidores vão descobrir com o uso", afirma Kniest. Negócios – As vendasdos fogões já respondem por 10% dos negócios da Mueller, mas devem chegara umterço do faturamento daempresa até o final do próximo ano.

"As vendas crescemjunto com o crescimento demográfico, além do ciclo de renovação das máquinas pelas famílias", explica Kniest.

Segundo o diretor superintendenteda Unidade de Fogões, as metasde médio pra-

zo da empresa sãode se concentrar no lançamento dos fogões. Novos produtos ficam para mais adiante. Tanquinhos– A Mueller foia responsável pelo lançamento,no mercadonacional, das máquinas de lavar semi-automáticas, também conhecidas como tanquinhos, há50 anos.Aempresa élíder no segmento no Brasile foi fundada no anode 1949, por descendentes deimigrantes alemãesestabelecidos noestado de Santa Catarina.

Aunidade de produção instalada nacidade deTimbó, no Vale do Rio Itajaí, tem 150 empregos diretos só para a produção dos fogões.

ximo de5,5% previstopelo Banco Central. A previsão mais otimistaé queinflação deste ano deverá ficar em 6%.Diante desse quadro, as previsões de crescimento do PIB estão sendo revistas para baixo. A Sociedade Brasileira deEstudos deEmpresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), que apostava em um crescimento de 2,3% do PIB em 2002, acredita agora queocrescimentoserá de apenas 1,9%.

de consumidores e empresários, afetando assimas decisões de consumo, produção etambém de investimentos.

Garotinho Go Home Nãofoidessa vezqueo candidato à Presidência da República pelo PSB, Anthony Garotinho, conseguiu chamar aatenção dos eleitores paulistanos. Ontem, aopassarcomcorreligionários pelas imediações da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa),noCentro dacidadede SãoPaulo, opresidenciávelfoi alvodo desprezo dos eleitores da metrópole.Aoestendera mão para cumprimentaros popularesque passavam,Garotinhose deparoucom orepúdio de muitos cidadãos, quesolenemente viravam ascostas como recompensa ao gesto oferecido. Na Praça da Sé, onde aconteceu o evento de campanha de Garotinho, omovimentotambém foi fraco.

TROCO

H2O –Paraamenizar aturbulência do mercado financeiro, a ordem é esfriar a cabeça. O mercado de águaengarrafada, por exemplo, já conseguiu vendeu este ano 2,6 bilhões de litros. H2O 1 – No ano passado foram comercializadosum totalde2 bilhõesdelitros.Pesquisa do LatinPanelrevela crescimento de 16% deste mercado.

E-mail:

H2O 2 – Nos últimos doze meses o setor de água engarrafada movimentou R$ 385,4 milhões contra os R$ 304,3 milhões do ano anterior. H2O 3 – Sobre o perfil dos consumidores do segmento, a pequisa revelou que 41% pertencem às classes A e B, 33% à classeC e 25% são oriundos das classes D e E.

Governo pode reduzir taxas para informática

As empresasdosetorde tecnologia da informação receberam ontem, do ministro do Desenvolvimento, Sérgio Amaral, a sinalizaçãode que o governo pode reduzir a Tarifa ExternaComum (TEC) para insumosde informática e computadores acabados. Amaralrecebeu representantes daIntel, Dell,Itautec, HP e IBM para discutir a proposta apresentada pelo setor ao presidente Fernando Henrique Cardosoem janeiro. Além da antecipação do cronograma deredução da TEC, o setor está reivindicando também a desoneração de impostos em cascata. "A propostavisareduziro custos dos PCsno Brasilpara combater o mercado cinza", disse odiretor-corporativo da Dell, Fernando Loureiro.

Taxa – ATEC para produtos acabados atualmente é de 26%.De acordo com ocronograma de unificação de tarifas noMercosul,ela cairá para16% em2006.Alguns insumosterão alíquotazero daqui quatroanos. "OBrasil tem a alíquota mais alta porque não há indústria no Paraguai, Uruguai e Argentina", explicou Loureiro. Segundo ele, Amaral sinalizou com apossibilidade de reduzir aTEC imediatamente. Quantoà reduçãode impostos, aproposta aindaestá sendo analisadapela Fazenda. O setor está pleiteando a eliminaçãodeimpostos em cascata, como PIS/Cofins e CPMF. Osempresáriosvão agendar uma reunião com o presidente FernandoHenrique para agosto. (AE)

IBM paga R$ 3,5 bilhões por empresa de consultoria

A IBM, gigante mundial do setor de informática e tecnologia, assinou um acordo definitivo para adquirir a unidade de consultoria da empresa PricewaterhouseCoopers LLP.A IBMpagará um totaldeUS$ 3,5bilhõespara levar a unidade.

A companhia informou queas comissões executivas dasduas companhiaschegaram aoacordo, sujeitoainda a aprovação regulatória e dos parceiros das unidades locais da PwC. As empresas esperam que a transação esteja concluída no fim do terceiro trimestre deste ano.

A PwC estima que a receita com a consultoria para o ano fiscal de2002vaitotalizar cerca deUS$4,9 bilhões. A PwC, que tem cerca de 30 mil empregados, será incluída na unidade de serviços de inovaçãode negóciosda IBMGlobal Services.

Comando – A diretora-geral da IBM Global Services para aAmérica, GinniRometty, será a diretora geral da novaunidade.A executiva vaise reportar aDoug Elix, vice-presidente-sênior da IBM Global Services. A aquisição já vinha sendo comentada pelo mercado. (AE)

Merrill Lynch: transação com Enron foi adequada

A Merrill Lynch sustentará que as transações da empresa com a gigante de energia Enron foram apropriadas e adequadas considerando as informações queestavamdisponíveis porocasião dosnegócios,de acordo como depoimento que representantesda corretoradarão ao subcomitê permanente de investigaçõesdo Comitêde Relações Governamentais do Senado dos Estados Unidos. Os parlamentares do subcomitêdeverão apresentar evidências sobre a ligação entre a área de pesquisa da corretora e a subscrição de ações para a Enron. Em comunicado com o resumo dos pontos queserão abordados nodepoimento ao subcomitê,a corretora informou queas decisões de negócio foram tomadas com base nas informações que estavam disponíveis na ocasião. "Em nenhum

momento adotamos transação que consideramos imprópria",informou aempresa no comunicado.

Segundo a corretora, a relação com a Enron foi modesta e obanco de investimentos recebeu uma comissão de US$ 8,2milhões com suas transaçõesparaa gigantede energia entre 1997 e2001, o que correspondeu a apenas 0,2% dos US$3,5 bilhões recebidos com comissões durante o período. AMerrill afirmou ainda que"em nenhummomento" asavaliações da companhia estiveram comprometidas. A Merrill informouquetinha conhecimento deque aEnron estava decepcionada com o rating neutro dado para sua ação por um analista da empresa, mas observou que a recomendação neutro foi mantida durante todo operíodo em discussão. (AE)

EM LINHA Joel Santos Guimarães
Isabela Barros
Sete mil fogões são fabricados ao mês na fábrica da Mueller, em Timbó
BMW – O chanceler alemão Gerhard Schroeder é fotografado aolado do Mini Cooper, modelo

Dólar mantém escalada e vai a R$ 3,30

Anúncio do BC de que vai continuar agindo no mercado não detém alta da moeda, que sobe mais 3,61%

O dólar comercialbateu mais um recordeontem. A moeda americana encerrou osnegócios cotadaa R$3,29 paracompra eaR$ 3,30para v enda, com valorização de 3,61% em relação a segundafeira,de acordocom a Enfoque Sistemas. Foi a oitava alta consecutivado dólar, que agora acumulaganhosde 17,02% em julhoe de 42,6% desde o início do ano.

A exemplo doque aconteceu na segunda-feira, os indicadores de risco do Brasil acompanharam o nervosismo do mercado de câmbio e

pioraram. A taxa de risco calculada pelo banco americano

JP Morgan subia6,47% no horário do fechamento dos mercadosno Brasil, para 2.337 pontos-base, segundo a Enfoque

Os C-Bonds,principais títulos da dívida externa brasileira,despencaram denovo. Os papéiseram negociadosa 50,62% do valor de face às 18 horas, com queda de 3,80%. Procura cresce – A falta de vendedores no mercado de câmbio, oaumento daprocura de dólares por empresas que precisam pagar dívidas

Europa: quedas persistem

A maioria das bolsas de valores européias ficouno vermelho ontem, com as ações de bancosliderandoasperdas.EmNovaYork, oDow Jones fechouem queda de 0,37%, enquanto o Nasdaq registrou ganho de 0,67%. A nova desvalorização do real no Brasil também foi um fator que ajudou a prejudicar algumas praças do velho continente,especialmente aespanhola. Em Madri, oIbex despencou 5,07%. O Santander CentralHispanoperdeu 10,74% eTelefónica recuou 8,37%. Tambémcaíram Endesa (-4,89%)e BBVA (-6,82%). Em Londres, a bolsa teve queda de 0,52%, enquantoqueem Parisaperda foide 0,47%. ABolsa de Frankfurt subiu 0,5% e Milão registrou pequena alta (0,1%). (Reuters/AE)

no Exterior e a desconfiança em relação ao poder de fogo doBanco Central, BC, para tentar conter o nervosismo do mercado foramos principais fatores que pressionaram as cotações no segmento comercial. Adicionalmente o agravamentoda criseeconômicanoUruguai ajudou a piorar o quadro. Futuroinfluencia – Tambémcontribuiupara aalta umfator técnico. Hoje vencem contratos dedólar futuro na Bolsa de Mercadorias e Futuros, BM&F, que sãoliquidados combasenaPtax (média ponderada do BC) desta quarta-feira.

Muitosinvestidores não imaginavamqueodólar ultrapassaria abarreira dos R$ 3quando fecharam os contratos futurose, porisso, precisam ajustar suasposiçõesagora. Fazemissocomprando amoeda nomercado à vista, pressionando ainda mais as cotações.

CasaBranca– Nem mesmo a manifestação da Casa Branca favorável a uma ajuda ao Brasil, contrariando a mávontadedo secretáriodoTe-

souro americano,Paul O’Neill, conseguiu barrar a disparada dodólar. Oportavoz do governo americano afirmou que osEstados Unidos apóiam a assistência financeira ao País.

Tambémnão teve efeitos sobreas cotaçõesdodólara definição pelo Banco Central da forma de intervenção no mercado de câmbio em agosto. OBCvaimanter a colocação diária de US$ 50 milhões que fez em julho, mas apenas com venda direta de dólares.Emjulho,o BCtambém atuava com leilões de linha externa(em que vendia dólares com compromissode recompra em determinado prazo). Pouca chance – Profissionais do mercado vêem pouca chance de sucesso nessa nova estratégia. "Se não funcionou comodólaraR$ 2,80,por que funcionaria agora?", perguntao chefeda mesade câmbio de umbanco europeu. O fato é que, para o mercado, o BC está enfraquecido

e um tanto perdido.

Embora pareça que o dólar vá continuar subindo a tendência é de recuo das cotações no comercial

Tendência de queda – Embora pareça queo dólar vá continuar subindo, a tendênciaéde recuodascotações. Pelomenos éoqueindicaa diferença entre as cotaçãoes no comercial e no paralelo. Desde que ocomercial ultrapassou R$ 3 vem superando o paralelo, o que raramente acontece. Isso significa que os agentes demercadonão estão apostando em continuidade da alta, senão inflariam ademanda pordólares no mercado paralelo.

A interpretação de quem trabalha como paralelo,por enquanto, é de queas cotações comerciais estão sem referência concreta, o que cedo ou tardevai provocar uma correção de preços.Ontem o dólar paralelo em São Paulo fechou a R$ 3,00 para compra e a R$ 3,20 para venda.

Bovespa sobe – O mercado acionário brasileiro, oque mais tem sofrido com a turbulênciadosúltimos meses,

conseguiu manter ontema trajetóriadealtainiciada na segunda-feira. A Bolsa de Valores de São Paulo, Bovespa, fechoucomvalorização de 1,09%, Ibovespa em 9.341 pontos e giro de R$ 828,5 milhões. Com isso a Bolsa passa a acumular quedade16,1% no mês e de 31,1% no ano. Recuperação – A recuperação de ações que estavam com preços baixos contribuiu para o resultado de ontem. As maiores altas do Ibovespa foramEmbratelPN (8,6%), Tef Data BrasilPN (7,9%) e Klabin PN (7,7%). As ações preferenciais série A daVale doRio Docesubiram 8%. Os papéis têm sido considerados defensivos pelosinvestidores. Já ações de bancos tiveram fortes quedas: Bradesco PN caiu 3,51% e Itaú PN 4,8%.

Rejane Aguiar

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